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Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
CAXITO-DEZEMBRO
2022/2023
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO DE ANGOLA – ISTA
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Criado pelo Decreto nº 24/07 do Conselho de Ministros, em 07 Maio de 2017
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
CURSO DE DIREITO
CAXITO - DEZEMBRO
2022/2023
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho primeiramente aos meus familiares, que tanto sofrem comigo durante
este período da minha formação e aos colegas, amigos que de forma direita ou indireita têm me
acompanhado e dando forças, ao Dr. Bartolomeu, que consiste em grande sacrifício para o
melhoramento da minha formação.
I
AGRADECIMENTOS
II
RESUMO
III
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA..........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS...............................................................................................................II
RESUMO..................................................................................................................................III
1- INTRODUÇÃO......................................................................................................................1
1.1- Objectivos........................................................................................................................2
1.1.1-Geral...............................................................................................................................2
1.1.2- Específicos....................................................................................................................2
1.2- Justificativa......................................................................................................................2
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................3
2.1- Conceito, Direito Internacional Privado..........................................................................3
2.2- O que é o direito internacional privado............................................................................3
2.3- DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E DIREITO INTERNACIONAL
PRIVADO...............................................................................................................................3
3- PRINCÍPIOS, SUJEITOS E FONTES...................................................................................4
3.1- Princípios do direito internacional privado......................................................................4
3.2- Objecto e denominação do DIP.......................................................................................6
4- SUJEITOS DE DIREITO INTERNACIONAL.....................................................................6
4.1- Objeto da norma de Direito internacional privado..........................................................7
4.2- Conflito de leis no espaço................................................................................................7
4.3- Objetivos do Direito Internacional Privado.....................................................................8
4.4- Elementos de conexão......................................................................................................9
4.5- Valladão classifica os elementos de conexão em:...........................................................9
5- NA ORDEM JURÍDICA ANGOLANA................................................................................9
5.1- Aplicação do Direito Estrangeiro no Processo..............................................................10
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................11
7- BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................12
1- INTRODUÇÃO
Uma regra que não tem por preocupação a justiça é digna de ser chamada “norma jurídica”?
Durante séculos, filósofos e jus-filósofos das mais diversas matizes têm tentado encontrar os contornos
da justiça, e o modo com que este valor tão aspirado e de difícil apreensão se relaciona com o direito.
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DIP é tão simplesmente indicar o direito material aplicável a um caso pluriconectado, qual
seria, de facto, o papel da justiça no âmbito desta disciplina?
Não procurarei tratar, neste estudo, de temas tão caros à Teoria da Justiça como o
conteúdo do justo ou de reflexões sobre a justiça em suas diversas acepções. Antes, buscarei
demonstrar que o DIP, na condição mesma de sobredireito, tampouco pode prescindir de uma
reflexão finalística ou teleológica no que respeita às consequências práticas de sua aplicação
em casos concretos. A preocupação com o resultado material (justeza das decisões) em
decorrência da aplicação de normas jurídicas é, aliás ao menos para parte significativa dos
teóricos (particularmente os de cunho não positivista) elemento imprescindível para a
aceitação de uma norma.
1.1- Objectivos
1.1.1-Geral
1.1.2- Específicos
1.2- Justificativa
Diante disso, percebemos que não existe um Direito superior a todos os demais, capaz
de resolver esses conflitos. O Direito Internacional Privado supre esta ausência, determinando
qual ordenamento jurídico que deve ser aplicado a cada situação concreta, que permita (em
razão de elementos de conexão) a aplicabilidade de mais de um ordenamento jurídico.
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2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O direito internacional trata destas relações e deste âmbito normativo, que pode ser
positivado ou costumeiro (costumes). Denomina-se Direito internacional público quando
tratar das relações jurídicas (direitos e deveres) entre Estados, ao passo que o Direito
internacional privado trata da aplicação de leis civis, comerciais ou penais de um Estado sobre
particulares (pessoas físicas ou jurídicas) de outro Estado.
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Há duas correntes doutrinárias concentradas em determinar as diferenças entre as duas
disciplinas, A primeira corrente dá ênfase à natureza da norma ao conceber o Direito Público
como ramo do Direito onde as normas jurídicas são de natureza pública, em outras palavras,
cogentes, sendo o Direito Privado o ramo do Direito onde as normas são permissivas, ou seja,
não cogentes. Uma segunda corrente, que é a predominante, privilegia a natureza da pessoa
envolvida na relação jurídica, ou seja, baseia-se nas partes que compõem a relação jurídica,
construindo um Direito Público como aquele que regula situações jurídicas figurando em uma
parte o Estado, tornando o Direito Privado aquele que regulamenta situações jurídicas onde o
Estado não seja parte ou então equiparado a um particular. (MACHADO, 2002)
Assim sendo, o ponto de partida de todo o DIP assenta em dois princípios ou regras:
Regra da não transactividade: nenhuma lei, seja a do foro ou qualquer outra, aplica-
se à factos que não se achem em contacto com ela.
Princípio do reconhecimento das situações jurídicas constituídas no âmbito de eficácia
duma lei estrangeira.
Do exposto resulta que, quer o direito de conflitos de lei no tempo, quer o direito de
conflitos de lei no espaço têm como critério base “a localização dos factos” por um lado no
tempo e por outro no espaço, daí que se afirma que estes dois direitos são “direitos de
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conexão”. A conexão dos factos com os O.J é que constitui o ponto determinante de
aplicabilidade dos mesmos sistemas jurídicos, por isso, podemos enunciar como regra base de
todo direito de conflitos a seguinte: “a quaisquer factos aplicam-se as leis e só se aplicam as
leis que com eles se achem em contacto”. Esta regra é que nos vai dar o âmbito de aplicação
possível de qualquer lei. (RECHSTEINER, 2007)
Na vida jurídica, uma relação jurídica pode estar em contacto com um ou mais
ordenamentos jurídicos através de um dos seus elementos, daí que temos situações jurídicas
internas; relactivamente internacionais; e absolutamente internacionais.
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Solução: Por força de um princípio universal de direito, segundo o qual “devem ser
respeitados os direitos adquiridos e deve-se garantir a continuidade da vida jurídica dos
indivíduos, tutelando as suas naturais expectativas, devemos concluir que, o juiz do foro,
nestes casos, deve aplicar o direito estrangeiro com o qual a situação jurídica tem contacto,
pois, aqui não se coloca o problema da lei aplicável, na medida em que a situação está apenas
em contacto com um único O.J e só este pode ser aplicado.
O Direito Internacional Privado tem como propósito indicar leis que regulem contratos
firmados entre indivíduos de países diferentes, como também adoções ocorridas entre pais e
crianças de nacionalidades diferentes, sequestros internacionais, e outras relações da área
trabalhista, familiar, contratual ou comercial que necessitem do poder jurídico. (MACHADO,
2002, p. 67).
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Os atores não têm personalidade jurídica, mas exercem influência no direito
internacional.
Ex: organizações não-governamentais => não estão relacionadas com Estados e
governos.
Ex: Greenpeace, WWF, Human Rights Watch, Cruz Vermelha
Entende-se como conflito de leis no espaço qualquer relação humana ligada a duas ou
mais ordens jurídicas cujas normas não são coincidentes. O juiz ou o intérprete da lei, diante
de um caso de conflito de leis no espaço, assiste portanto à concorrência de duas ou mais leis -
produzidas por países (ou províncias) diferentes sobre a mesma questão jurídica. (RESEK,
2008, p. 44).
Assim, temos como objeto do DIPr resolver conflitos de leis no espaço. Podemos
observar que quando aplicamos uma lei estrangeira em razão das determinações de uma lei
local, não estamos tratando de conflitos, mas tão-somente do reconhecimento de um direito
adquirido no exterior. Quem vai nos dizer se iremos aplicar a lei nacional ou estrangeira é a
nossa própria lei, normalmente a atual Lei de Introdução, a LINDB.
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Temos ainda como objecto do DIPr: indicar direito competente para o fato
interjurisdicional; indicar direito aplicável ou adequado a esse fato; determinar a jurisdição
competente em matéria de Direito Processual; resolver conflito de leis escolhendo a lei
aplicável ao fato interjurisdicional. (MACHADO, 2002, p. 45).
De acordo com Rechsteiner (2007), a conexão internacional da causa sub judice (sob a
apreciação judicial) é pressuposto de fato necessário para a aplicação, pelo juiz, de uma
norma de Direito Internacional Privado da lex fori (lei do foro). Assim, a norma de conexão
determinará o Direito aplicável, ou seja, o Direito doméstico ou determinado Direito
estrangeiro. (RECHSTEINER, 2007, p. 54).
Assim, o Direito Internacional Privado vai indagar qual o vínculo mais significativo
para uma relação jurídica com conexão internacional. O autor supracitado argumenta ainda
que cada Estado estabelece a partir do elemento de conexão, ou seja, a partir da norma do
Direito Internacional Privado designativa do Direito aplicável, a relação mais estreita com
uma determinada ordem jurídica. Indica o elemento de conexão que mais lhe convém, uma
vez que este, na realidade, pode distinguir-se, consideravelmente, nos vários ordenamentos
jurídicos nacionais. O elemento e objeto de conexão serão estudados de forma aprofundada na
próxima Unidade. (RECHSTEINER, 2007).
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direitos fundamentais tem caráter universal, e não deverá esbarrar nas Constituições nacionais
dos diferentes países.
É a estas regras de conflitos que cabe a tarefa de coordenar essas diferentes ordens
jurídicas na sua aplicação, de modo que cada aspecto ou efeito da relação jurídica concreta só
por uma dessas ordens ou leis venha a ser regida.
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Desde esta perspectiva e com base nos ensinamentos do professor Ferrer Correia, o
DIPr passa a ser um ramo da ciência jurídica que formula os princípios e regras conducentes à
determinação da lei ou leis aplicáveis a situações emergentes das relações privadas
internacionais e assegura o reconhecimento, no Estado do foro, das relações jurídico-privadas
constituídas à luz de um ordenamento jurídico estrangeiro.
Nos dias atuais, existem, basicamente, três tendências gerais nos diferentes sistemas
jurídicos nacionais. Conforme a primeira, cumpre ao juiz aplicar o direito estrangeiro de
ofício. A adoção desses princípios, entretanto, não significa que o juiz não possa exigir das
partes a colaboração na pesquisa do direito estrangeiro, sendo-lhe facultado determinar
diligências para apuração do teor, da vigência e da interpretação de tal direito. Para a corrente
oposta àquela que admite a aplicação do direito estrangeiro pelo juiz ex oficio, cabe
unicamente às partes do processo alegar e provar o direito estrangeiro. Nesse sentido, não
incumbe ao juiz tomar a iniciativa.
Muitos países não seguem qualquer dos dois princípios in extremis. Deixam, em
princípio, a critério do juiz decidir em que medida deve atuar por iniciativa própria, para que
seja aplicado o direito estrangeiro ao processo. Mas também dentro desse âmbito, detectam-se
diferenças entre os ordenamentos jurídicos nacionais.
Deste modo, o direito angola no art.º 55 da sua lei, regula, expressamente, como o juiz
deve aplicar o direito estrangeiro. A sua interpretação, contudo, é controvertida na doutrina.
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Embora o teor da lei não seja muito claro, Haroldo Valladão chega a conclusão de que a lei
estrangeira deve ser conhecida por todos, e o juiz deve aplicá-la, em princípios de ofício.
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como tentativa de conclusão fica então a ideia de ser o DIP um direito nacional,
atendendo aos interesses individuais e particulares (privados) de seus súditos, enquanto o
Direito Internacional Público, ou das gentes, atende a conflitos de caráter público (e não
particular) e interesse geral dos Estados, devendo ser lei comum e invariável para todos os
Estados.
Assim, podemos dizer que as normas do direito internacional privado indicam, na sua
essência, qual o direito aplicável a uma relação jurídica de direito privado com conexão
internacional, dependendo sempre, para serem aplicadas, de uma autoridade judiciária ou de
um órgão, com funções equivalentes, que seja internacionalmente competente. A ausência
desse requisito processual impede o juiz, tribunal ou outro órgão, equiparado ao Poder
Judiciário, de pronunciar-se com relação ao mérito da causa sub judice.
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7- BIBLIOGRAFIA
1. DOLINGER, J. (1993). "Direito Internacional Privado (Parte Geral) (2ª ed.). Ed.
Renovar.
2. FRIEDRICH, T. S. (2007). Normas Imperativas de Direito Internacional Privado .
lois de police: Ed. Forum.
3. MACHADO, J. B. (2002). Lições de Direito Internacional Privado (3.ª ed.).
Coimbra,.
4. RECHSTEINER, B. W. (2007). Direito Internacional Privado: teoria e prática (10ª
ed.). (r. e. atual, Ed.) São Paulo: Saraiva.
5. RESEK, J. F. (2008). Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva.
6. ROCHA, O. (1975.). Curso de Direito Internacional Privado. ( 3ª ed.). São Paulo:
Saraiva.
7. SEITENFUS, R. ( 1997). Manual das Organizações Internacionais. Porto Alegre:
Livraria do Advogado.
8. VALLADÃO, H. (1974). Direito Internacional Privado ( 4ª ed., Vol. 1). (F. Bastos,
Ed.)
9. VALLADÃO, H. (1980). Direito Internacional Privado (Vol. 5ª ). Rio de Janeiro,
Brasil: Freitas Bastos.
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