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PROCESSUAL PENAL
Provas – Parte II
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Provas – Parte II
Caroline Argôlo e Fábio Roque
Sumário
Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Provas – Parte II............................................................................................................................... 4
1. Tipos de Prova. . ............................................................................................................................. 4
1.1. Confessional............................................................................................................................... 4
1.2. Testemunhal. . ............................................................................................................................. 5
1.3. Documental...............................................................................................................................15
1.4. Pericial........................................................................................................................................15
2. Formas de Prova......................................................................................................................... 17
2.1. Direta.......................................................................................................................................... 17
2.2. Indireta...................................................................................................................................... 17
3. Indício e Presunção................................................................................................................... 18
Resumo..............................................................................................................................................19
Mapa mental................................................................................................................................... 28
Questões de Concurso.................................................................................................................. 29
Gabarito............................................................................................................................................60
Referências.......................................................................................................................................61
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Provas – Parte II
Caroline Argôlo e Fábio Roque
Apresentação
Olá, futuro concursado!
Nós e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de concurso e criando questões inéditas para que você consiga
fixar todo o conteúdo estudado!
As referências bibliográficas estarão presentes ao final da aula. Assim, você terá um supor-
te caso queira um aprofundamento sobre os temas.
Traremos, também, jurisprudência atualizada, pois, sabemos, não basta saber a legislação
ou as considerações doutrinárias sobre o Direito Processual Penal, sendo imprescindível que
estejam atentos às compreensões dos tribunais.
Aqui, na Parte II da Aula sobre Provas, trataremos dos seguintes tópicos: tipos de prova;
formas de prova; indício e presunção.
Esperamos que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: ma-
terial obrigatório! Então, fica ligado no curso GRAN. Estamos esperando as dúvidas no Fó-
rum do aluno!
Vamos começar?
Caroline Argolo (@professoracarolineargolo)
• Advogada, professora e autora de obras jurídicas;
• Mestra em Ciências Criminológico-Forenses e Mestra em Políticas Sociais e Cidadania;
• Especialista em Direito Penal, Especialista em Direito do Estado e Especialista em Com-
pliance e Direito Anticorrupção.
• Fábio Roque Araújo (@professorfabioroque)
• Juiz Federal, professor e autor de obras jurídicas;
• Doutor e Mestre em Direito Público pela UFBA.
• Canal no Youtube: Fábio Roque Araújo.
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Provas – Parte II
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PROVAS – PARTE II
1. Tipos de Prova1
1.1. Confessional
Confissão é a admissão, por parte do imputado, da sua responsabilidade. A confissão2 re-
cai sobre fatos, pois apenas dos fatos o réu se defende.
A confissão pode ser judicial, quando realizada perante o magistrado, ou extrajudicial,
quando realizada perante outras autoridades, na fase pré-processual (no inquérito policial, na
CPI, na investigação realizada pelo MP etc.).
A confissão judicial será, ainda, própria, quando realizada perante a autoridade judicial
competente para o julgamento do processo, ou imprópria, quando realizada diante de autori-
dade incompetente (ex.: confissão perante o juízo deprecado).
Quanto aos seus efeitos, a confissão poderá ser simples, complexa ou qualificada. Con-
fissão simples é aquela que se adstringe a reconhecer o fato imputado. Confissão complexa
ocorre quando o acusado reconhece vários fatos criminosos. Por fim, confissão qualificada é
aquela em que o réu confessa, mas acrescenta algum elemento apto a excluir a responsabili-
dade penal, como uma excludente de ilicitude ou dirimente de culpabilidade.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 545 do STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento
do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do CP. Todavia, divergindo da
referida súmula, vale considerar que o STF possui julgados no sentido de que a confissão
qualificada não autoriza a incidência da atenuante (HC n. 119.671/SP, rel. Min. Luiz Fux).
Ainda, a confissão poderá ser classificada como expressa, quando, claramente, o acusado
confessa os fatos criminosos; ou ficta, decorrente de algum acontecimento, como, por exem-
plo, o pagamento de indenização à vítima ou o silêncio do acusado. Ambas as situações não
se adequam ao ordenamento jurídico pátrio, haja vista a independência das instâncias de res-
ponsabilidade (art. 935 do CPC), bem como diante do direito que o acusado goza de perma-
necer calado (art. 5º, LXIII, CF), bem como em razão da premissa de que o seu silêncio não
importará confissão (art. 198, CPP)3.
1
ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor. Código de Processo Penal para concursos. 10ª ed. Salvador: Editora JusPODIVM, 2021.
2
De acordo com o art. 389 do CPC, há confissão, judicial ou extrajudicial, quando a parte admite a verdade de fato contrário ao
seu interesse e favorável ao do adversário.
3
ARAÚJO, Fábio Roque; COSTA, Klaus Negri. Processo Penal Didático. 4ª ed. Salvador: Editora JusPODIVM, 2021.
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De mais a mais, a confissão, em analogia ao CPM (art. 307), para ter valor de prova deve ser
feita perante autoridade competente, ser livre, espontânea e expressa, deve versar sobre o fato
principal, ser verossímil e, por fim, ter compatibilidade e concordância com as demais provas.
Art. 197 do CPP. O valor da confissão se aferirá pelos critérios adotados para os outros elementos
de prova, e para a sua apreciação o juiz deverá confrontá-la com as demais provas do processo,
verificando se entre ela e estas existe compatibilidade ou concordância. (destacamos).
Por fim, atentem-se que o réu poderá se retratar da confissão, desdizendo o que afirmou,
no todo ou em parte. Desejando fazê-lo, não pode o juiz negar-lhe a oportunidade para se re-
tratar, sob pena de nulidade por cerceamento do direito de defesa, pressupondo requerimento
nesse sentido. O magistrado, em razão do livre convencimento motivado (art. 93, IX, CF), não
está vinculado à retratação, que tem valor relativo, podendo ser ilidida pelo conjunto probatório.
1.2. Testemunhal
Testemunha é a pessoa desinteressada que depõe sobre fatos relevantes para o desfecho
da demanda. Sob o ponto de vista doutrinário, temos as seguintes espécies de testemunhas:
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A quantidade de testemunhas4 que cada parte poderá arrolar varia de acordo com o proce-
dimento adotado. Assim, nos procedimentos mais importantes, temos:
a) Procedimento comum ordinário: 8 testemunhas;
b) Procedimento comum sumário: 5 testemunhas;
c) Procedimento comum sumaríssimo: a Lei n. 9.099/1995 foi omissa. O entendimento
majoritário na doutrina, ao qual aderimos, é de que podem ser arroladas até 3 testemunhas;
d) Procedimento do júri, em sua segunda fase: 5 testemunhas.
Assevere-se que o artigo se refere à pessoa natural, o ser humano. Não se concebe a hipó-
tese da pessoa jurídica funcionando como testemunha.
4
Conforme consagrado entendimento doutrinário e jurisprudencial, o número de testemunhas deve ser computado tendo em
vista cada fato delituoso e cada delinquente, considerados individualmente.
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Art. 203 do CPP. A testemunha fará, sob palavra de honra, a promessa de dizer a verdade do que
souber e lhe for perguntado, devendo declarar seu nome, sua idade, seu estado e sua residência,
sua profissão, lugar onde exerce sua atividade, se é parente, e em que grau, de alguma das partes,
ou quais suas relações com qualquer delas, e relatar o que souber, explicando sempre as razões de
sua ciência ou as circunstâncias pelas quais possa avaliar-se de sua credibilidade. (destacamos)
Art. 208 do CPP. Não se deferirá o compromisso a que alude o art. 203 aos doentes e deficientes
mentais e aos menores de 14 (quatorze) anos, nem às pessoas a que se refere o art. 206.
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Art. 206 do CPP. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto,
recusar-se a fazê-lo o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desqui-
tado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro
modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
O CPP excepciona a regra de que toda pessoa está obrigada a depor como testemunha. No
artigo em tela, reconhece-se que pelo forte vínculo familiar existente com o acusado, não se
pode compelir a pessoa a testemunhar.
Três observações importantes ao dispositivo:
a) deve-se interpretá-lo de forma a englobar não apenas o cônjuge, mas também o com-
panheiro(a);
b) o artigo em apreço faz menção ao fato de se poder exigir a oitiva destas pessoas “quan-
do não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circuns-
tâncias”. Se, por exemplo, o filho do réu é a única testemunha do fato, pode-se obrigá-lo a tes-
temunhar. Neste caso, todavia, não será compromissado (art. 208, CPP), não sendo possível, a
nosso sentir, imputar-lhe o crime de falso testemunho, não porque não firmou o compromisso,
mas porque a própria lei o exime do dever de dizer a verdade.
Art. 207 do CPP. São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou
profissão, devam guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o
seu testemunho.
5
Saliente-se que a prerrogativa tratada no artigo diz respeito a parentes do acusado, não se estendendo aos parentes da
vítima, que estão obrigados a depor e podem cometer o crime de falso testemunho (art. 342, CP).
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c) ofício: atividade de cunho manual, mecânica. Ex.: a secretária do advogado que teve
acesso a provas sigilosas;
d) profissão: atividade especializada que exige determinada habilidade intelectual. Ex.: tra-
balho de advogados, médicos, psicólogos etc.
As pessoas enquadradas em tais atribuições poderão depor, caso desejem, se desobriga-
das pela parte interessada.
EXEMPLO
Um paciente pode desobrigar o seu psiquiatra do dever de sigilo, para que testemunhe acerca
de seu quadro clínico.
Percebam que o CPP admite o depoimento, pressupondo autorização, desde que o depo-
ente deseje fazê-lo. Aceitando depor, será compromissado a dizer a verdade, já que pode ser
enquadrado no falso testemunho (art. 342, CP). No que tange ao advogado, a regra foi reitera-
da pelo Estatuto da Advocacia (art. 7º, XIX, Lei n. 8.906/1994).
Por fim, a despeito das divergências doutrinárias em torno da matéria, o STF “firmou en-
tendimento no sentido de que não há irregularidade no fato de, na fase judicial, os policiais
que participaram das diligências serem ouvidos como testemunhas” (HC 91.487/RO, Rel. Min.
Cármen Lúcia).
Art. 209 do CPP. O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras testemunhas, além das indi-
cadas pelas partes.
§ 1º Se ao juiz parecer conveniente, serão ouvidas as pessoas a que as testemunhas se referirem.
§ 2º Não será computada como testemunha a pessoa que nada souber que interesse à decisão da
causa.
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O § 2º trata da testemunha inócua. Ela não será computada como testemunha, para efeitos
de observância do limite legal. Cumpre esclarecer que quando o CPP faz menção a testemunha
“que nada souber que interesse à decisão da causa” não está se referindo, necessariamente,
ao fato criminoso em si. A testemunha que nada sabe sobre o fato criminoso, mas, conhecen-
do o acusado, depõe sobre sua personalidade ou conduta social (as relações do acusado com
sua família, vizinhança, empregado/empregador etc.), está prestando testemunho sobre fato
que interessa à causa, pois estas circunstâncias serão valoradas, caso sobrevenha sentença
condenatória (art. 59, caput, CP).
Ademais, da leitura do art. 210 do CPP, evidencia-se a característica da individualidade, ao
dispor que as testemunhas devem ser ouvidas separadamente, cabendo ao juiz fazer com que
umas não ouçam o depoimento das outras. Devem ser reservados espaços separados para as
testemunhas, de forma a assegurar a incomunicabilidade (parágrafo único). Assim, objetiva-se
evitar que algumas testemunhas exerçam influência sobre as outras.
Deve o juiz advertir a testemunha das penas cominadas ao crime de falso testemunho
(art. 342, CP). É certo que ninguém se escusa de cumprir a lei alegando desconhecê-la, sendo
o compromisso de dizer a verdade um imperativo legal. Todavia, o CPP exorta o magistrado a
fazer a advertência para que a testemunha fique ciente de que pode cometer crime.
Saliente-se, ainda, que a jurisprudência dos Tribunais Superiores admite a possibilidade de
advogado responder como partícipe no crime de falso testemunho, quando orientar a testemu-
nha a falsear ou calar a verdade (STF – RHC 81.327/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; STJ – HC 30.858/
RS, Rel. Min. Paulo Gallotti).
Seja como for, não podemos deixar de destacar que a retratação da testemunha até a pro-
lação da sentença no processo em que mentiu, extingue a punibilidade, por força do disposto
no art. 342, § 2º, CP6.
Todavia, se o falso ocorre em plenário de julgamento, proferida a sentença em audiên-
cia, inexiste a possibilidade de a testemunha se retratar, o que ocasionaria a extinção da
punibilidade7.
6
Por outro lado, em consonância com o art. 211 do CPP, se o juiz, ao prolatar a sentença (vale dizer, após a conclusão da
instrução criminal) constatar a prática do crime de falso testemunho, deverá remeter cópia do depoimento à autoridade
policial, requisitando a instauração do inquérito policial (art. 5º, II, CPP).
7
Portanto, admite-se a imediata apresentação da testemunha à autoridade policial, para que proceda, inclusive, à lavratura
do flagrante, se o juiz não entender por bem, ele mesmo, presidir a formalização da prisão (art. 307, CPP).
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Art. 212 do CPP. As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admi-
tindo o juiz aquelas que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importa-
rem na repetição de outra já respondida.
Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar a inquirição.
Sim, conforme art. 214 do CPP. Contraditar a testemunha significa impugnar sua participa-
ção no processo, alegando ser ela suspeita, impedida ou indigna de fé. Deve a parte contraditar
a testemunha em audiência, antes da sua oitiva, expondo os argumentos que a inabilitem ou
afastem a credibilidade. Feita a contradita, o juiz deve franquear a palavra à testemunha para
que se manifeste acerca do seu teor. Após a resposta da testemunha, o juiz decidirá o inciden-
te, excluindo a testemunha (cf. art. 207, CPP, supra) ou não lhe deferindo o compromisso (cf.
art. 208, CPP, supra).
Pode-se ainda formular a arguição de defeito, existindo suspeita de parcialidade (ex.: tes-
temunha amiga ou inimiga do réu) ou indignidade (ex.: testemunha que já foi condenada pelo
crime de falso testemunho). Nesta situação, o juiz não excluirá a testemunha e ainda tomará o
seu compromisso. O CPP permite que a parte formule tal arguição para que o juiz fique ciente
da circunstância que envolve a testemunha, atribuindo o valor que entender adequando ao teor
do depoimento.
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Ademais, assinale-se que, por vezes, o fato criminoso pode deixar algum trauma na vítima
ou mesmo na testemunha. O risco de intimidação pode comprometer o próprio conteúdo do
depoimento. Por essa razão, cabe ao juiz, constatando o fato, determinar a inquirição do ofen-
dido ou da testemunha por videoconferência. Na eventual impossibilidade (por falta de equipa-
mentos, de estrutura etc.), o juiz ouvirá a vítima ou testemunha na sala de audiência, impondo
a retirada do réu, é o que se depreende do art. 217 do CPP.
O juiz pode ordenar a retirada do réu de ofício (constatando a humilhação, temor ou cons-
trangimento), assim como por provocação da própria vítima ou da testemunha. Naturalmente,
o defensor do réu deve permanecer no recinto, assistindo a oitiva e, querendo, formulará per-
guntas. A retirada do defensor representa flagrante ofensa ao princípio do contraditório, sendo
fato gerador de nulidade absoluta.
Questão intrigante diz respeito ao réu que, sendo advogado devidamente habilitado nos
quadros da OAB, atua em causa própria. Poderá o juiz determinar a sua retirada? Assiste razão
ao STJ que, ao apreciar a questão, decidiu: “Nos termos do art. 217, do CPP, o réu pode ser
retirado da sala de audiências, quando constranger o depoimento de testemunhas, sendo irre-
levante a circunstância de o réu atuar em causa própria, se o Juiz providenciou a assistência de
dativo para o ato” (HC 11.550/SP, Rel. Min. Gilson Dipp). Desta forma, assegura-se o contraditó-
rio, com a nomeação do defensor para o ato, e preserva-se a vítima ou testemunha de eventual
humilhação, temor ou constrangimento.
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Serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz (rol taxativo):
a) Presidente da República;
b) Vice-Presidente da República;
c) Senadores;
d) Deputados federais;
e) Ministros de Estado;
g) Secretários de Estado;
i) Deputados estaduais;
O CPP não estipula limite de tempo para que as autoridades ajustem o local, dia e hora da
inquirição. Todavia, no afã de evitar abusos, o STF consignou que se a autoridade não atender
ao chamado judicial no prazo de 30 (trinta) dias, perderá esta prerrogativa, podendo o juiz de-
signar o local, dia e hora para a oitiva (AP 421 QO/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa).
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Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, pa-
lavras e votos. [...] § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre infor-
mações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.
“no sentido de que a autoridade consular não pode ser perturbada no exercício de suas funções; se
necessário, será ouvida em sua residência ou no próprio consulado”.
• A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de
sua residência, expedindo-se, para esse fim, carta precatória, cuja expedição não sus-
penderá a instrução criminal. De mais a mais, a oitiva poderá ser realizada por meio de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em
tempo real, permitida a presença do defensor e podendo ser realizada, inclusive, durante
a realização da audiência de instrução e julgamento.
• Embora o art. 222 do CPP determine que as partes devem ser intimadas, a ausência de
intimação apenas ensejará nulidade se restar demonstrado algum prejuízo para a parte:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 155/STF: “É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da
expedição de precatória para inquirição de testemunha”.
Súmula n. 273/STJ: “Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desne-
cessária intimação da data da audiência no juízo deprecado”. O STF, atualmente, compac-
tua do mesmo entendimento, muito embora ressalve que, entre a intimação da expedição
da precatória e a oitiva, deve decorrer prazo razoável, sob pena de se impossibilitar a atu-
ação da defesa técnica (HC 91.501/RJ, Rel. Min. Eros Grau).
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1.3. Documental
Art. 232 do CPP. Consideram-se documentos quaisquer escritos, instrumentos ou papéis, públicos
ou particulares.
Parágrafo único. À fotografia do documento, devidamente autenticada, se dará o mesmo valor do
original.
O CPP acolheu uma acepção restrita de documento, identificando-o, apenas, com escritos,
instrumentos ou papéis, públicos ou particulares:
a) Instrumentos (documentos pré-constituídos): são documentos elaborados com o intui-
to de provar algo. Ex.: contratos;
b) Documentos eventuais ou acidentais (meros papeis): possuem objetivo diverso da de-
monstração probatória, mas acidentalmente podem ser utilizados com este objetivo;
c) Documentos particulares: elaborados por qualquer do povo;
d) Documento público: elaborado por funcionário público no desempenho funcional, equi-
parando-se a ele, para efeitos penais, aqueles originados de entidade paraestatal, o título ao
portador, o transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantis e
o testamento particular (art. 297, § 2º, CP).
Em uma acepção mais ampla, documento pode abranger quaisquer objetos representados
por sinais gráficos distintos da escrita, tais como desenhos, pinturas, fotos, planilhas, esque-
mas, e-mails etc.
1.4. Pericial
O perito é um auxiliar da justiça com conhecimentos especializados em determinada área,
que colaboram na formação do convencimento do magistrado. Deve ser imparcial, exercendo
um juízo de valor isento, distanciado das partes envolvidas na questão.
Como regra, o perito é oficial, vale dizer, funcionário público devidamente investido na fun-
ção mediante aprovação em concurso público. De forma excepcional, pode ser nomeado peri-
to não oficial, que, necessariamente, deve ser portador de diploma de curso superior, preferen-
cialmente, na área específica sobre a qual vai se manifestar (art. 159, § 1º).
Se o perito, no desempenho de seu mister, falsear ou calar a verdade, incorre no crime de
falsa perícia (art. 342, CP).
De mais a mais, o perito é pessoa de confiança da autoridade (delegado ou juiz), não sen-
do permitido às partes intervenção na nomeação. Nada impede, todavia, a apresentação de
quesitos, que são as perguntas a serem respondidas pelos peritos, elaboradas pela autoridade
e pelas partes.
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Nas ações privadas, caso a perícia seja realizada por precatória, as partes podem acordar que
os peritos sejam nomeados pela autoridade deprecante, e não pelo órgão deprecado. Isso não sig-
nifica intervenção na designação, e sim na escolha da autoridade nomeante (art. 177, CPP).
As partes (e o assistente de acusação) poderão indicar assistentes técnicos, que serão
ou não admitidos por deliberação judicial. A função do assistente é diretamente ligada aos
interesses da acusação ou da defesa. Não interferem na realização da perícia oficial, caben-
do-lhes a elaboração de parecer técnico, que também poderá servir como fonte de convenci-
mento do magistrado (art. 159, §§ 3º e 4º, CPP).
Ademais, em linha de princípio, o perito (oficial) não poderá recusar o seu encargo (injusti-
ficadamente), pois tal recusa, por si só, já constitui infração funcional, passível de responsabi-
lização, conforme art. 277 do CPP. Não obstante, considerando que a penalização expressa no
referido artigo é a aplicação de multa no valor de cem a quinhentos mil-réis, ante a ausência de
atualização monetária, resta inaplicável a referida penalidade.
• O inciso I, do art. 279, do CPP, referencia o disposto no artigo 47, incisos I e II, do CP, re-
lativos à imposição de penas de interdição de direitos, com vedação ao exercício:
a) de cargo, função ou atividade pública, bem como de mandato eletivo;
b) profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação especial, de licença ou
autorização do poder público. Naturalmente, se foi imposta uma sanção penal desta
natureza, o condenado não poderá ser admitido a funcionar no processo penal na con-
dição de perito;
• Impedimento semelhante àquele imposto aos magistrados. Se o perito já se pronunciou
anteriormente acerca da questão colocada para sua apreciação, pode ter comprometida
a sua imparcialidade para o funcionamento na causa. Saliente-se, à luz do § 2º da Lei n.
11.343/2006 (Tóxicos), que o perito que elaborar o laudo de constatação não está impe-
dido de atuar na confecção do laudo definitivo (conforme art. 279, II do CPP);
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• No que tange às hipóteses insertas no inciso III do art. 279, do CPP, estão impedidos os
analfabetos e os menores de 21 anos. Atualmente, os peritos são, em regra, oficiais e,
portanto, servidores públicos devidamente habilitados em concurso público; já os peri-
tos não oficiais devem ser portadores de diploma de curso superior. Por tais razões, o
impedimento relativo ao analfabeto encontra-se absolutamente obsoleto e destituído
de importância prática. De modo similar, a vedação ao funcionamento do menor de 21
anos será de difícil ocorrência prática. De toda sorte, por força deste impedimento legal,
devem os editais de concurso para perito prever a idade mínima de 21 anos. Na remota
hipótese de inexistir perito oficial e o perito não oficial, portador de diploma de curso
superior, ter menos de 21 anos, estará impedido para funcionar no processo penal.
2. Formas de Prova
2.1. Direta
É classificada como direta aquela prova que está ligada diretamente ao fato probando, ao
objeto do litígio.
EXEMPLO
A testemunha, as imagens de câmeras de vigilância que evidenciam o crime.
2.2. Indireta
Já a prova indireta não está diretamente ligada ao fato, mas guarda certo nexo de causa-
lidade e que se fazendo um raciocínio, pode se chegar ao fato probando. Aqui, estamos no
campo dos indícios e presunções de verdade sobre o fato a ser provado.
EXEMPLO
Quando uma pessoa é chamada em Juízo e, depondo, afirma ter visto o réu, de arma em punho,
ameaçando a vítima e retirando bens, temos uma prova direta sobre o roubo, pois se está
falando sobre o próprio fato cuja existência é o fulcro da acusação. De modo diverso, se a
testemunha afirma apenas ter visto o réu ser preso e com ele encontrado o relógio reclamado
pela vítima, temos, apenas, uma prova indireta do roubo, pois, para se chegar ao fato probando
usaremos do raciocínio indutivo8.
8
STUMVOLL, Victor Paulo. Ciminalística. 7ª ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2019.
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3. Indício e Presunção
Indício é o que é provável, é um sinal indicativo de que algo existiu. Conforme o art. 239 do
CPP é considerado indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato,
autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Presunção é mera opinião, uma suposição que, quando não é de origem legal, não pode
servir como meio de prova. São simples probabilidades, de conclusão lógica.
Dito de outra maneira, presunção é a opinião pessoal, a convicção ou a suspeita que se for-
ma em nossa consciência, da existência real de um fato ou circunstância desconhecidos, face
a outros fatos ou circunstâncias conhecidos, que, por sua natureza, devam, ou possam estar
relacionados com o fato que se desconhece; ao passo que indício é todo e qualquer fato, sinal,
marca ou vestígio, conhecido e provado, que, por sua relação necessária ou possível com outro
fato, que se desconhece, prova ou leva a presumir a existência deste último9.
9
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RESUMO
Caro (a) aluno (a), chegamos ao fim de nossa décima segunda aula. Mas antes que possa-
mos nos despedir, vamos revisar os conceitos estudados com um breve resumo!
1. Tipos de Prova
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 545 do STJ: Quando a confissão for utilizada para a formação do convencimento
do julgador, o réu fará jus à atenuante prevista no art. 65, III, d, do CP. Todavia, divergindo da
referida súmula, vale considerar que o STF possui julgados no sentido de que a confissão
qualificada não autoriza a incidência da atenuante (HC n. 119.671/SP, rel. Min. Luiz Fux).
• A confissão, para ter valor de prova deve ser feita perante autoridade competente, ser
livre, espontânea e expressa, deve versar sobre o fato principal, ser verossímil e, por fim,
ter compatibilidade e concordância com as demais provas.
• O réu poderá se retratar da confissão, desdizendo o que afirmou, no todo ou em parte.
Desejando fazê-lo, não pode o juiz negar-lhe a oportunidade para se retratar, sob pena de
nulidade por cerceamento do direito de defesa, pressupondo requerimento nesse sentido.
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1.2. Testemunhal: Testemunha é a pessoa desinteressada que depõe sobre fatos rele-
vantes para o desfecho da demanda. Sob o ponto de vista doutrinário, temos as seguintes
espécies de testemunhas:
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a) Oralidade;
b) Objetividade;
c) Retrospectividade;
d) Judicialidade;
e) Individualidade;
f) Imediação.
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1.2.6. Prova testemunhal de ofício: prerrogativa conferida ao juiz de produzir a prova tes-
temunhal de ofício. Embora exista divergência, o entendimento majoritário na doutrina e na
jurisprudência é no sentido da constitucionalidade de tal possibilidade (testemunhas extra-
numerárias).
1.2.7. Crime de falso testemunho: Deve o juiz advertir a testemunha das penas cominadas
ao crime de falso testemunho (art. 342, CP).
• A jurisprudência dos Tribunais Superiores admite a possibilidade de advogado respon-
der como partícipe no crime de falso testemunho, quando orientar a testemunha a fal-
sear ou calar a verdade (STF – RHC 81.327/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; STJ – HC 30.858/
RS, Rel. Min. Paulo Gallotti).
• É possível a retratação da testemunha até a prolação da sentença no processo em que
mentiu. Assim ocorrendo, estará extinta a punibilidade, por força do disposto no art. 342,
§ 2º, CP. Todavia, se o falso ocorre em plenário de julgamento, proferida a sentença em
audiência, inexiste a possibilidade de a testemunha se retratar.
• O STF possui o sedimentado entendimento de que “o falso testemunho é crime de na-
tureza formal e se consuma com a simples prestação do depoimento falso, sendo de
todo irrelevante se influiu ou não no desfecho do processo” (HC 81.951/SP, Rel. Min.
Ellen Gracie).
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Serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz (rol taxativo):
a) Presidente da República;
b) Vice-Presidente da República;
c) Senadores;
d) Deputados federais;
e) Ministros de Estado;
g) Secretários de Estado;
i) Deputados estaduais;
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JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 155/STF: “É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da
expedição de precatória para inquirição de testemunha”.
Súmula n. 273/STJ: “Intimada a defesa da expedição da carta precatória, torna-se desne-
cessária intimação da data da audiência no juízo deprecado”. O STF, atualmente, compac-
tua do mesmo entendimento, muito embora ressalve que, entre a intimação da expedição
da precatória e a oitiva, deve decorrer prazo razoável, sob pena de se impossibilitar a atu-
ação da defesa técnica (HC 91.501/RJ, Rel. Min. Eros Grau).
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• De forma excepcional, pode ser nomeado perito não oficial, que, necessariamente, deve
ser portador de diploma de curso superior, preferencialmente, na área específica sobre
a qual vai se manifestar (art. 159, § 1º).
• Se o perito, no desempenho de seu mister, falsear ou calar a verdade, incorre no crime
de falsa perícia (art. 342, CP).
• O perito é pessoa de confiança da autoridade (delegado ou juiz), não sendo permitido
às partes intervenção na nomeação. Nada impede, todavia, a apresentação de quesitos.
• Nas ações privadas, caso a perícia seja realizada por precatória, as partes podem acordar
que os peritos sejam nomeados pela autoridade deprecante, e não pelo órgão deprecado.
• As partes (e o assistente de acusação) poderão indicar assistentes técnicos (cuja função
é a elaboração de parecer técnicos), que serão ou não admitidos por deliberação judicial.
• O perito (oficial) não poderá recusar o seu encargo (injustificadamente), pois tal recusa,
por si só, já constitui infração funcional, passível de responsabilização, conforme art.
277 do CPP.
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2. Formas de Prova
2.1. Direta: é classificada como direta aquela prova que está ligada diretamente ao fato
probando, ao objeto do litígio.
EXEMPLO
A testemunha, as imagens de câmeras de vigilância que evidenciam o crime.
2.2. Indireta: não está diretamente ligada ao fato, mas guarda certo nexo de causalidade e
que se fazendo um raciocínio, pode se chegar ao fato probando. Aqui, estamos no campo dos
indícios e presunções de verdade sobre o fato a ser provado.
EXEMPLO
Quando uma pessoa é chamada em Juízo e, depondo, afirma ter visto o réu, de arma em punho,
ameaçando a vítima e retirando bens, temos uma prova direta sobre o roubo, pois se está
falando sobre o próprio fato cuja existência é o fulcro da acusação. De modo diverso, se a
testemunha afirma apenas ter visto o réu ser preso e com ele encontrado o relógio reclamado
pela vítima, temos, apenas, uma prova indireta do roubo, pois, para se chegar ao fato probando
usaremos do raciocínio indutivo.
3. Indício e Presunção
• Indício (art. 239 do CPP): a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com
o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
• Presunção é mera opinião, uma suposição que, quando não é de origem legal, não pode
servir como meio de prova.
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MAPA MENTAL
TIPOS DE PROVA
Classificação
Própria, quando realizada perante a autori- Testemunha é a pessoa desinteressada São as características da prova testemunhal: Pode a testemunha deixar de comparecer? Instrumentos (documentos pré-constituídos): são documen-
dade judicial competente para o julgamento que depõe sobre fatos relevantes para a) Oralidade; tos elaborados com o intuito de provar algo. Ex.: contratos;
do processo; b) Objetividade; Como a testemunha contribui com a Administração da Jus-
o desfecho da demanda. Sob o ponto de
c) Retrospectividade; tiça, o seu comparecimento é obrigatório (art. 218, CPP). Documentos eventuais ou acidentais (meros papeis): pos-
vista doutrinário, temos as seguintes espé-
Imprópria, quando realizada diante de autori- d) Judicialidade; O militar será requisitado aos superiores, em respeito à suem objetivo diverso da demonstração probatória, mas
Judicial cies de testemunhas:
dade incompetente. e) Individualidade; hierarquia. acidentalmente podem ser utilizados com este objetivo;
f) Imediação. Quanto ao funcionário público, exige-se a notificação do
Indireta: testemunhas que souberam dos Documentos particulares: elaborados por qualquer do povo;
chefe do serviço.
Quando realizada perante outras autori- fatos por intermédio de outras pessoas.
Quantidade de testemunhas: Cumpridas todas as formalidades da intimação, a ausência
Extrajudicial dades, na fase pré-processual. Documento público: elaborado por funcionário público no
a) Procedimento comum ordinário: 8 testemunhas; injustificada autoriza a condução coercitiva da testemunha,
Numerárias: são testemunhas arroladas desempenho funcional, equiparando-se a ele, para efeitos
b) Procedimento comum sumário: 5 testemunhas; de imediato, ou em dia designado.
pelas partes e devidamente compromissa- penais, aqueles originados de entidade paraestatal, o título
c) Procedimento comum sumaríssimo: a Lei n.
Aquela que se adstringe a reco- Consoante art. 219, o juiz poderá aplicar à testemunha ao portador, o transmissível por endosso, as ações de
das. Compõem o limite máximo de teste- 9.099/1995 foi omissa. O entendimento majoritário
Simples nhecer o fato imputado; faltosa a multa prevista no art. 453 do CPP, sem prejuízo do sociedade comercial, os livros mercantis e o testamento
munha para cada procedimento. na doutrina, ao qual aderimos, é de que podem ser
processo penal por desobediência, e condená-la ao paga- particular (art. 297, § 2º, CP).
arroladas até 3 testemunhas;
Extranumerárias: ouvidas por iniciativa do mento de custas de diligência.
d) Procedimento do júri, em sua segunda fase: 5
magistrado e, em regra, compromissadas As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice,
testemunhas.
Ocorre quando o acusado reco- de comparecer a depor, serão inquiridas onde estiverem (art.
(art. 209, CPP). É o caso das testemunhas O corréu não pode ser testemunha, pois, sendo
Complexa nhece vários fatos criminosos; 220 do CPP).
referidas, que são aquelas mencionadas também réu, tem o direito ao silêncio, não lhe
por outra testemunha. Se o juiz reputar podendo ser imposto o dever de dizer a verdade e,
Exceção ao dever de comparecimento - Serão inquiridos em
Aquela em que o réu confessa, mas acrescenta relevante, pode determinar a oitiva da em consequência, as penas cominadas para o crime
local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz Pericial
algum elemento apto a excluir a responsabili- pessoa apontada, a despeito de requeri- de falso testemunho, consignado no art. 342 do CPP.
(rol taxativo):
dade penal, como uma excludente de ilicitude mento da parte.
Qualificada Pessoas desobrigadas a depor: ascendente ou des-
ou dirimente de culpabilidade; a) Presidente da República;
cendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que O perito é um auxiliar da justiça com conhecimentos especia-
Informantes: não se sujeitam ao compro- b) Vice-Presidente da República; lizados em determinada área, que colaboram na formação
desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo
Quando, claramente, o acusado misso de dizer a verdade, nem tampouco c) Senadores; do convencimento do magistrado. Deve ser imparcial,
do acusado, salvo quando não for possível, por outro
confessa os fatos criminosos. compõem o limite máximo de testemu- d) Deputados federais; exercendo um juízo de valor isento, distanciado das partes
Expressa modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de
e) Ministros de Estado; envolvidas na questão.
nhas. São as pessoas enumeradas nos arti- suas circunstâncias.
gos 206 e 208 do CPP. f) Governadores de Estados e Territórios;
Como regra, o perito é oficial;
Decorrente de algum acontecimento, como, por Pessoas proibidas de depor: pessoas que, em razão g) Secretários de Estado;
De forma excepcional, pode ser nomeado perito não oficial,
exemplo, o pagamento de indenização à vítima ou Própria: Testemunha ouvida sobre os fatos de função, ministério, ofício ou profissão, devam h) Prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios; que, necessariamente, deve ser portador de diploma de
o silêncio do acusado (ambas as situações não se criminosos que integram o objeto do pro- guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte i) Deputados estaduais; curso superior, preferencialmente, na área específica sobre a
adequam ao ordenamento jurídico pátrio, haja vista cesso. interessada, quiserem dar o seu testemunho. j) Membros do Poder Judiciário; qual vai se manifestar (art. 159, § 1º);
A despeito das divergências doutrinárias em torno da k) Ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, Se o perito falsear ou calar a verdade, incorre no crime de
a independência das instâncias de responsabilidade
matéria, o STF “firmou entendimento no sentido de dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal falsa perícia (art. 342, CP);
(art. 935 do CPC), bem como diante do direito que Impróprias: testemunha que depõe sobre
O perito é pessoa de confiança da autoridade (delegado ou
algum ato da persecução criminal. É o que que não há irregularidade no fato de, na fase judicial, Marítimo
o acusado goza de permanecer calado (art. 5º, LXIII, juiz), não sendo permitido às partes intervenção na nomea-
os policiais que participaram das diligências serem l) Membros do MP (art. 40, I, da Lei Orgânica do Nacional do
CF), bem como em razão da premissa de que o seu ocorre, por exemplo, na busca e apreensão ção. Nada impede, todavia, a apresentação de quesitos;
Ficta ouvidos como testemunhas” (HC 91.487/RO, Rel. Min. Ministério Público (Lei nº 8.625/1993)). Nas ações privadas, caso a perícia seja realizada por precató-
silêncio não importará confissão (art. 198, CPP)). domiciliar (art. 245, § 7º, CPP) e na leitura
Cármen Lúcia). ria, as partes podem acordar que os peritos sejam nomeados
do auto de prisão em flagrante (art. 304,
O STF consignou que se a autoridade não atender ao pela autoridade deprecante, e não pelo órgão deprecado;
§ 3º, CPP). Crime de falso testemunho: Deve o juiz advertir a chamado judicial no prazo de 30 (trinta) dias, perderá esta As partes (e o assistente de acusação) poderão indicar assis-
Súmula 545 do STJ: Quando a confissão for utilizada para a testemunha das penas cominadas ao crime de falso prerrogativa, podendo o juiz designar o local, dia e hora para tentes técnicos (cuja função é a elaboração de parecer técni-
formação do convencimento do julgador, o réu fará jus à ate- Laudadores: testemunhas que prestam testemunho (art. 342, CP). cos), que serão ou não admitidos por deliberação judicial;
a oitiva (AP 421 QO/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa).
nuante prevista no art. 65, III, d, do CP. Todavia, divergindo da declarações relacionadas aos anteceden- A jurisprudência dos Tribunais Superiores admite a O perito (oficial) não poderá recusar o seu encargo (injusti-
O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes
referida súmula, vale considerar que o STF possui julgados no tes do réu. Também chamadas de teste- possibilidade de advogado responder como partícipe ficadamente), pois tal recusa, por si só, já constitui infração
do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do STF pode- funcional, passível de responsabilização, conforme art. 277
sentido de que a confissão qualificada não autoriza a incidên- munhas de “beatificação”. no crime de falso testemunho, quando orientar a
rão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em do CPP.
cia da atenuante (HC n. 119.671/SP, rel. Min. Luiz Fux). testemunha a falsear ou calar a verdade (STF – RHC
que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo
Testemunha da coroa: diz respeito ao 81.327/SP, Rel. Min. Ellen Gracie; STJ – HC 30.858/RS, Conforme art. 279, inciso I, do CPP, há vedação ao exercício:
juiz, Ihes serão transmitidas por ofício.
A confissão, para ter valor de prova deve ser feita perante testemunho prestado pelo agente infil- Rel. Min. Paulo Gallotti). a) de cargo, função ou atividade pública, bem como de
Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemu-
autoridade competente, ser livre, espontânea e expressa, deve trado. Esta figura foi prevista em alguns É possível a retratação da testemunha até a prolação mandato eletivo;
nhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão
diplomas, como a Lei nº 12.850/2013 da sentença no processo em que mentiu. Assim b) profissão, atividade ou ofício que dependam de habilitação
versar sobre o fato principal, ser verossímil e, por fim, ter com- do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
ocorrendo, estará extinta a punibilidade, por força especial, de licença ou autorização do poder público. Natu-
patibilidade e concordância com as demais provas. (Crime Organizado) e a Lei nº 11.343/2006 confiaram ou deles receberam informações.
do disposto no art. 342, § 2º, CP. Todavia, se o falso ralmente, se foi imposta uma sanção penal desta natureza, o
(Drogas). Agente infiltrado é o policial Aos representantes diplomáticos serão aplicadas as regras condenado não poderá ser admitido a funcionar no processo
ocorre em plenário de julgamento, proferida a
O réu poderá se retratar da confissão, desdizendo o que afir- que, com autorização judicial, disfarçado, da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (Decreto penal na condição de perito;
sentença em audiência, inexiste a possibilidade de a
mou, no todo ou em parte. Desejando fazê-lo, não pode o juiz ingressa em uma organização criminosa, nº 56.435/1965, art. 31, item 2), que asseguram que o agente Impedimento semelhante àquele imposto aos magistrados.
testemunha se retratar.
negar-lhe a oportunidade para se retratar, sob pena de nuli- Se o perito já se pronunciou anteriormente acerca da ques-
colhendo material probatório acerca das O STF possui o sedimentado entendimento de que diplomático não é obrigado a prestar depoimento como
tão colocada para sua apreciação, pode ter comprometida a
dade por cerceamento do direito de defesa, pressupondo práticas delitivas. “o falso testemunho é crime de natureza formal e se testemunha. Contudo, poderá fazê-lo, se quiser.
sua imparcialidade para o funcionamento na causa.
requerimento nesse sentido. consuma com a simples prestação do depoimento Em se tratando dos agentes consulares, contudo, aplicam-se No que tange às hipóteses insertas no inciso III do art. 279,
Inócua: é a pessoa que não sabe absolu- falso, sendo de todo irrelevante se influiu ou não as regras da Convenção de Viena, de 1963, “no sentido de que do CPP, estão impedidos os analfabetos e os menores de
tamente nada da causa, de maneira a não no desfecho do processo” (HC 81.951/SP, Rel. Min. a autoridade consular não pode ser perturbada no exercício 21 anos.
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ser computada no número legal (art. 209, Ellen Gracie). de suas funções; se necessário, será ouvida em sua residên-
§ 2º, CPP). cia ou no próprio consulado”.
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Provas – Parte II
Caroline Argôlo e Fábio Roque
QUESTÕES DE CONCURSO
001. (IADES/PC-DF/2017/PERITO CRIMINAL/ADAPTADA) O termo “prova” não é unívoco.
Apesar de ser um termo basilar no Direito, sobretudo no Direito Penal e no Processual Penal,
trata-se de um vocábulo que possui várias acepções, que precisam ser desveladas para o al-
cance de todo o seu conteúdo. A respeito dos significados e das classificações desse termo,
julgue o item a seguir.
Uma das acepções do termo relaciona-se aos meios que podem ser utilizados para provar.
Nesse sentido, a prova trata-se do processo a partir do qual se verifica a procedência, a verda-
de ou a exatidão dos fatos que se alegam.
Conforme vimos, prova é tudo aquilo que contribui para a formação do convencimento do jul-
gador, demonstrando fatos e, excepcionalmente, o Direito.
Errado.
Conforme vimos, prova é tudo aquilo que contribui para a formação do convencimento do jul-
gador, demonstrando fatos e, excepcionalmente, o Direito.
Errado.
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Caroline Argôlo e Fábio Roque
Conforme vimos, indício é o que é provável, é um sinal indicativo de que algo existiu. É conside-
rado indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por
indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Certo.
Conforme o caput do art. 158, do CPP, “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável
o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado”.
Errado.
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Provas – Parte II
Caroline Argôlo e Fábio Roque
Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão
instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior. [...] § 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame [...].
Certo.
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a) Errada. Conforme o art. 204, do CPP, “O depoimento será prestado oralmente, não sendo
permitido à testemunha trazê-lo por escrito”.
b) Certa. Conforme o art. 220, do CPP, “As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por
velhice, de comparecer para depor, serão inquiridas onde estiverem”.
c) Errada. Conforme o art. 209, do CPP, “O juiz, quando julgar necessário, poderá ouvir outras
testemunhas, além das indicadas pelas partes”.
d) Errada. Conforme art. 209, Parágrafo único, do CPP, “Não será vedada à testemunha, entre-
tanto, breve consulta a apontamentos”.
Letra b.
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Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, pa-
lavras e votos. [...] § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre infor-
mações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.
Letra b.
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior. [...] § 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame [...].
Errado.
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a) Errada. Conforme art. 161, CPP: “O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer
dia e a qualquer hora”.
b) Errada. Conforme art. 158, CPP:
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
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Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Para representar as lesões encontradas no cadáver, os peritos, quando possível, juntarão ao laudo
do exame provas fotográficas, esquemas ou desenhos, devidamente rubricados.
Letra d.
Para efeitos penais, o reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil.
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As pessoas impossibilitadas, por enfermidade ou por velhice, de comparecer a depor, serão inquiri-
das onde estiverem.
A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência,
expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes.
Se o juiz tiver notícia da existência de documento relativo a ponto relevante da acusação ou da de-
fesa, providenciará, independentemente de requerimento de qualquer das partes, para sua juntada
aos autos, se possível.
Letra b.
JURISPRUDÊNCIA
Info 259 – STJ
DIREITO PENAL. EXAME PERICIAL NO CASO DE CRIME DE FURTO QUALIFICADO PELA
ESCALADA. Ainda que não tenha sido realizado exame de corpo de delito, pode ser reco-
nhecida a presença da qualificadora de escalada do crime de furto (art. 155, § 4º, II, do
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CP) na hipótese em que a dinâmica delitiva tenha sido registrada por meio de sistema
de monitoramento com câmeras de segurança e a materialidade do crime qualificado
possa ser comprovada por meio das filmagens e também por fotos e testemunhos. De
fato, nas infrações que deixam vestígios, é indispensável o exame de corpo de delito, nos
termos do que disciplina o art. 158 do CPP, o qual somente pode ser suprido pela prova
testemunhal quando aqueles houverem desaparecido. Contudo, estando devidamente
demonstrada a existência de provas referentes à utilização da escalada para realizar o
furto, por meio de filmagem, fotos e testemunhos, mostra-se temerário desconsiderar o
arcabouço probatório ante a ausência de laudo pericial da escalada, o qual certamente
apenas confirmaria as provas já existentes. Note-se que prevalece igualmente no STJ o
entendimento de que não se deve reconhecer uma nulidade sem a efetiva demonstra-
ção do prejuízo, pois a forma não deve preponderar sobre a essência no processo penal.
Ademais, importante ponderar que não pode o processo penal andar em descompasso
com a realidade, desconsiderando elementos de prova mais modernos e reiteradamente
usados, os quais, na maioria das vezes, podem revelar de forma fiel a dinâmica delitiva e
as circunstâncias do crime praticado. REsp 1.392.386-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Belli-
zze, julgado em 3/9/2013.
Letra b.
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Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I – violência doméstica e familiar
contra mulher; [...]
Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: [...] VII – de-
terminar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; [...].
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior.
Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a chegada dos peritos, que poderão
instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
No exame por precatória, a nomeação dos peritos far-se-á no juízo deprecado. Havendo, porém, no
caso de ação privada, acordo das partes, essa nomeação poderá ser feita pelo juiz deprecante.
Letra b.
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JURISPRUDÊNCIA
[...] PRODUÇÃO ANTECIPADA DE PROVAS. NÃO VIOLAÇÃO DA SÚMULA 455 DESTA
CORTE. [...] 1. A orientação jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça, com base no
princípio do pas de nuílité sans grief, previsto no art. 563 do Código de Processo Penal,
é no sentido de que eventual nulidade decorrente da falta de citação pessoal do réu é
sanada quando ocorre o comparecimento do réu aos autos. 2. Na hipótese, inexiste nuli-
dade por ausência de intimação pessoal do réu não encontrado pelo Oficial de Justiça
no endereço declinado no interrogatório e que, ciente do inquérito policial contra si ins-
taurado, mudou-se e não informou o novo endereço. Ademais, eventual nulidade restou
superada, porquanto diante da notícia de que se encontrava preso, foi citado e ofereceu
resposta à acusação por meio de defensor constituído. 3. Revela-se idôneo o funda-
mento apresentado para a produção antecipada de provas. No caso, em razão do risco
irreparável das testemunhas se olvidarem de detalhes relevante do fato em virtude do
decurso temporal. [...] (AgRg no AREsp 1823407/PR, Rel. Ministro REYNALDO SOARES
DA FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021)
Certo.
JURISPRUDÊNCIA
[...] PRECEDENTES. DEPOIMENTO DOS POLICIAIS PRESTADOS EM JUÍZO. MEIO DE PROVA
IDÔNEO. [...] Ademais, segundo a jurisprudência consolidada desta Corte, o depoimento
dos policiais prestado em Juízo constitui meio de prova idôneo a resultar na condena-
ção do réu, notadamente quando ausente qualquer dúvida sobre a imparcialidade dos
agentes, cabendo à defesa o ônus de demonstrar a imprestabilidade da prova, o que não
ocorreu no presente caso. (AgRg no HC 672.359/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA
FONSECA, QUINTA TURMA, julgado em 22/06/2021, DJe 28/06/2021)
Errado.
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Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento
à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição
por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu,
prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor. Parágrafo único. A adoção de qual-
quer das medidas previstas no caput deste artigo deverá constar do termo, assim como os motivos
que a determinaram.
Certo.
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I – violência doméstica e familiar
contra mulher; II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
Letra e.
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Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: I – requerer a oitiva
dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência
mínima de 10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; [...].
Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia: II – indicar assistentes téc-
nicos que poderão apresentar pareceres em prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência.
Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfoto-
gráficas, desenhos ou esquemas.
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As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas irrelevan-
tes, impertinentes ou protelatórias.
Letra e.
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior. [...] § 3º Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao
ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico.
O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Certo.
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Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize,
por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo
o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o
pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
As cartas particulares, interceptadas ou obtidas por meios criminosos, não serão admitidas em
juízo. Parágrafo único. As cartas poderão ser exibidas em juízo pelo respectivo destinatário, para a
defesa de seu direito, ainda que não haja consentimento do signatário.
Letra d.
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O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior.
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:
I – violência doméstica e familiar contra mulher;.
Letra d.
A primeira parte da assertiva, qual a seja a que indica que o depoimento de policial em juízo é
dotado de fé pública, está correta. Entretanto, conforme vimos na Aula 11, o sistema das pro-
vas legais ou sistema das provas tarifadas, não adotado pelo Brasil, é um sistema em que a lei
estabelece a priori o peso de cada prova, ou seja, neste sistema há hierarquia entre as provas.
Errado.
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Conforme vimos, a confissão é a admissão, por parte do imputado, da sua responsabilidade. Aten-
tem-se, porém, que o réu poderá se retratar da confissão, desdizendo o que afirmou, no todo ou
em parte. Desejando fazê-lo, não pode o juiz negar-lhe a oportunidade para se retratar, sob pena
de nulidade por cerceamento do direito de defesa, pressupondo requerimento nesse sentido. No
entanto, o magistrado, em razão do livre convencimento motivado (art. 93, IX, CF), não está vincula-
do à retratação, que tem valor relativo, podendo ser ilidida pelo conjunto probatório (art. 200, CPP).
Certo.
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Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, serão, se necessário,
traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea nomeada pela autoridade.
Letra e.
Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior.
Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diplo-
ma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técni-
ca relacionada com a natureza do exame. § 2º – Os peritos não oficiais prestarão o compromisso
de bem e fielmente desempenhar o encargo.
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O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora.
Letra c.
Conforme art. 187, do CPP: “O interrogatório será constituído de duas partes: sobre a pessoa
do acusado e sobre os fatos.
§ 1º Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão,
oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou
processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicio-
nal ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.
§ 2º Na segunda parte será perguntado sobre:
I – ser verdadeira a acusação que lhe é feita;
II – não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece
a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas
esteve antes da prática da infração ou depois dela;
III – onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;
IV – as provas já apuradas;
V – se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o
que alegar contra elas;
VI – se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se
relacione e tenha sido apreendido;
VII – todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circuns-
tâncias da infração;
VIII – se tem algo mais a alegar em sua defesa.
Errado.
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Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I – violência doméstica e familiar
contra mulher; II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
Errado.
Se ocorrer dúvida sobre a identidade da testemunha, o juiz procederá à verificação pelos meios ao
seu alcance, podendo, entretanto, tomar-lhe o depoimento desde logo.
Se qualquer testemunha houver de ausentar-se, ou, por enfermidade ou por velhice, inspirar receio
de que ao tempo da instrução criminal já não exista, o juiz poderá, de ofício ou a requerimento de
qualquer das partes, tomar-lhe antecipadamente o depoimento.
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A testemunha que morar fora da jurisdição do juiz será inquirida pelo juiz do lugar de sua residência,
expedindo-se, para esse fim, carta precatória, com prazo razoável, intimadas as partes. § 1º A expe-
dição da precatória não suspenderá a instrução criminal. [...].
As perguntas serão formuladas pelas partes diretamente à testemunha, não admitindo o juiz aque-
las que puderem induzir a resposta, não tiverem relação com a causa ou importarem na repetição de
outra já respondida. Parágrafo único. Sobre os pontos não esclarecidos, o juiz poderá complementar
a inquirição.
Errado.
Os peritos elaborarão o laudo pericial, onde descreverão minuciosamente o que examinarem, e res-
ponderão aos quesitos formulados. Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado no prazo máximo
de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Errado.
Conforme art. 171, do CPP: “Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo
a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indica-
rão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado”.
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Nas perícias de laboratório, os peritos guardarão material suficiente para a eventualidade de nova
perícia. Sempre que conveniente, os laudos serão ilustrados com provas fotográficas, ou microfoto-
gráficas, desenhos ou esquemas.
Errado.
Nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por
meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por
que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado.
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No exame para o reconhecimento de escritos, por comparação de letra, observar-se-á o seguinte: [...]
IV – quando não houver escritos para a comparação ou forem insuficientes os exibidos, a autorida-
de mandará que a pessoa escreva o que lhe for ditado. Se estiver ausente a pessoa, mas em lugar
certo, esta última diligência poderá ser feita por precatória, em que se consignarão as palavras que
a pessoa será intimada a escrever.
Errado.
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neas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. [...]
Certo.
O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma
de curso superior. § 2º Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desem-
penhar o encargo. [...]
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JURISPRUDÊNCIA
PROCESSUAL PENAL. PETIÇÃO. ART. 213, CAPUT, C/C ART. 224, “A”, DO CP. ALEGAÇÃO
DE DEFICIÊNCIA NA DEFESA DO RÉU. NULIDADE DO PROCESSO. INOCORRÊNCIA. NÃO
DEMONSTRAÇÃO DE PREJUÍZO SOFRIDO. AUSÊNCIA DE REALIZAÇÃO DO EXAME DE
CORPO DE DELITO. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS A PARTIR DAS DEMAIS
PROVAS EXISTENTES NOS AUTOS. I – “No processo penal, a falta da defesa constitui
nulidade absoluta, mas a sua deficiência só o anulará se houver prova de prejuízo para o
réu.” (Enunciado n.º 523 da Súmula do Pretório Excelso) II – A perícia não é, necessaria-
mente, imprescindível, em sede dos crimes de estupro e de atentado violento ao pudor.
Havendo nos autos outras provas capazes de levar ao convencimento do julgador, não
há que se falar em nulidade processual por ausência do exame de corpo de delito (Pre-
cedentes do Pretório Excelso e do STJ).
Petição recebida como habeas corpus. Writ denegado. (Pet 4.369/PR, Rel. Ministro FELIX
FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 07/03/2006, DJ 10/04/2006, p. 228).
Errado.
JURISPRUDÊNCIA
[...] INCIDÊNCIA DA MAJORANTE DO EMPREGO DE ARMA. APREENSÃO E PERÍCIA.
DESNECESSIDADE. COMPROVAÇÃO DA SUA UTILIZAÇÃO NA AÇÃO CRIMINOSA POR
OUTROS MEIOS DE PROVA.
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Errado.
JURISPRUDÊNCIA
PENAL E PROCESSO PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. FURTO
QUALIFICADO. AUSÊNCIA DE PERÍCIA DEVIDAMENTE JUSTIFICADA. ROMPIMENTO DE
OBSTÁCULO CONFIRMADO POR MEIO DE OUTROS MEIOS DE PROVAS. AGRAVO REGI-
MENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Por expressa disposição legal, é imprescindí-
vel a prova técnica para o reconhecimento do furto qualificado pelo rompimento de obs-
táculo/arrombamento, sendo possível a substituição do laudo pericial por outros meios
de prova apenas quando o delito não deixar vestígios, estes tenham desaparecido ou,
ainda, se as circunstâncias do crime não permitirem a confecção do laudo. 2. Na hipó-
tese dos autos, é possível extrair dos excertos acima transcritos que, não obstante o
crime em comento tenha deixado vestígios, a prova técnica para a comprovação do ale-
gado rompimento de obstáculo não foi realizada, mas restou devidamente justificada a
ausência do laudo pericial ante a necessidade de se providenciar o imediato reparo dos
danos causados às janelas do veículo para que o dono pudesse utilizar o veículo sem
colocar em risco a segurança de seus bens. (e-STJ fls. 194). 3. Verificada, na espécie, a
inviabilidade material para realização da prova, em razão do desaparecimento dos vestí-
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gios, resta configurada a excepcional possibilidade de a prova técnica ser suprida pelos
demais elementos de provas carreados aos presentes autos, consistentes em prova tes-
temunhal, depoimento das vítimas, além da atuação criminosa ter sido visualizada por
câmeras públicas de monitoramento (vídeo, ID 15565241), o reconhecimento do recor-
rente pelo policial que fez a prisão e a confissão do acusado. 4. Agravo regimental não
provido. (AgRg no REsp 1900903/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA,
QUINTA TURMA, julgado em 09/02/2021, DJe 12/02/2021).
Errado.
O depoimento será prestado oralmente, não sendo permitido à testemunha trazê-lo por escrito.
Parágrafo único. Não será vedada à testemunha, entretanto, breve consulta a apontamentos.
Errado.
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São proibidas de depor as pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam
guardar segredo, salvo se, desobrigadas pela parte interessada, quiserem dar o seu testemunho.
A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo
o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o
pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Errado.
A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo
o ascendente ou descendente, o afim em linha reta, o cônjuge, ainda que desquitado, o irmão e o
pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo quando não for possível, por outro modo, obter-se ou
integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias.
Errado.
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Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto,
não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Errado.
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Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: VI – proceder
a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações.
A acareação será admitida entre acusados, entre acusado e testemunha, entre testemunhas, entre acu-
sado ou testemunha e a pessoa ofendida, e entre as pessoas ofendidas, sempre que divergirem, em
suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes. Parágrafo único. Os acareados serão re-
perguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação.
Vê-se, pois, que a acareação é admitida tanto na fase investigativa, quanto na fase processual.
Errado.
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Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
II – apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
III – colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV – ouvir o ofendido;
V – ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título VII,
deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que lhe tenham ouvido
a leitura;
VI – proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII – determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar
aos autos sua folha de antecedentes;
IX – averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua
condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quais-
quer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
Portanto, a autoridade policial não precisa de autorização judicial para a apreensão da arma
utilizada pelo traficante; trata-se de prerrogativa/dever decorrente de lei.
Errado.
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GABARITO
1. E 26. E
2. E 27. C
3. C 28. e
4. C 29. C
5. E 30. E
6. E 31. E
7. C 32. E
8. b 33. E
9. b 34. C
10. E 35. E
11. E 36. C
12. d 37. E
13. b 38. C
14. b 39. E
15. b 40. E
16. C 41. E
17. E 42. E
18. C 43. E
19. e 44. E
20. e 45. E
21. C 46. E
22. C 47. C
23. E 48. E
24. d 49. E
25. d 50. E
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REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Fábio Roque; TÁVORA, Nestor. Código de Processo Penal para concursos. 10ª ed.
Salvador: Editora JusPODIVM, 2021.
ARAÚJO, Fábio Roque; COSTA, Klaus Negri. Processo Penal Didático. 4ª ed. Salvador: Editora
JusPODIVM, 2021.
BRASIL. Código de Processo Penal brasileiro. Texto publicado em 03 de outubro de 1941, com
alterações adotadas até a Lei n. 13.964 de 24 de dezembro de 2019. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del3689.htm. Acesso em 08 de agosto de 2021.
STUMVOLL, Victor Paulo. Criminalística. 7ª ed. Campinas, SP: Millennium Editora, 2019.
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Caroline Argôlo
Advogada. Parecerista. Professora. Autora. Mestra em Ciências Criminológico-Forenses. Especialista
em Direito Penal. Especialista em Direito do Estado. Especialista em Compliance e Direito Anticorrupção.
Mestranda em Políticas Públicas e Cidadania.
Fábio Roque
Juiz federal. Doutor e mestre em Direito Público pela UFBA. Professor. Autor.
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