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DIREITO

PROCESSUAL PENAL
Procedimentos – Parte II

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Procedimentos – Parte II

Sumário
Douglas Vargas

Apresentação. . .................................................................................................................................. 4
Procedimentos - Parte II.. ............................................................................................................... 5
1. Procedimento do Tribunal do Júri............................................................................................. 5
1.1. Competência do Tribunal do Júri.. ........................................................................................... 6
1.2. Tribunal do Júri & Crimes Preterdolosos............................................................................. 6
1.3. Competência Mínima. . .............................................................................................................. 7
1.4. Composição do Tribunal do Júri............................................................................................. 7
1.5. Princípios do Tribunal do Júri. . ................................................................................................ 8
1.6. Procedimento do Tribunal do Júri.......................................................................................... 8
1.7. Pronúncia.................................................................................................................................. 10
1.8. Impronúncia..............................................................................................................................13
1.9. Absolvição Sumária.................................................................................................................13
1.10. Jurados......................................................................................................................................15
1.11. Julgamento...............................................................................................................................16
1.12. Abertura da Audiência.......................................................................................................... 18
1.13. Instrução em Plenário...........................................................................................................19
1.14. Algemas....................................................................................................................................19
1.15. Fluxo dos Atos após o Início da Instrução.. ...................................................................... 20
1.16. Debates.....................................................................................................................................21
1.17. Réplica e Tréplica................................................................................................................... 22
1.18. Tempo....................................................................................................................................... 22
1.19. Finalização dos Debates...................................................................................................... 23
1.20. Quesitos. . ................................................................................................................................ 24
1.21. Pontos Interessantes sobre a Votação. . ........................................................................... 25
Resumo............................................................................................................................................. 27
Questões de Concurso.................................................................................................................. 33
Gabarito............................................................................................................................................ 43
Gabarito Comentado.....................................................................................................................44

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Procedimentos – Parte II
Douglas Vargas

Apresentação
Queridos alunos,
Hoje vamos iniciar nossos estudos sobre os PROCEDIMENTOS no âmbito processual pe-
nal. Veremos detalhadamente o seguinte procedimento especial:
• Do Tribunal do Júri;

Veja que trabalharemos diversos procedimentos especiais ao longo de nosso curso, mas
esta aula contemplará apenas o procedimento do tribunal do júri, tema de extrema relevância
em provas de concursos e repleto de detalhes que você precisará dominar.
Faremos um estudo contextualizado, direcionado ao entendimento do fluxo procedimental
do júri, e com um foco estatístico nos pontos mais importantes. Lembre-se que a leitura do
texto legal de forma complementar é obrigatória, haja vista que artigos menos cobrados po-
dem cair, e que este PDF ficaria demasiado extenso caso comentássemos artigo por artigo. A
ideia, sempre, é um estudo eficiente.
Como de praxe, ao final da aula, faremos uma lista de questões sobre o tema.
Um excelente dia de estudos para todos vocês!
Prof. Douglas

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PROCEDIMENTOS - PARTE II
1. Procedimento do Tribunal do Júri

Cena do Seriado “American Crime Story” – Júri de O.J Simpson

Seguindo adiante no estudo das normas procedimentais, hoje vamos tratar das normas a
serem observadas no tribunal do júri, cuja competência é a de julgar os crimes dolosos con-
tra a vida.
Para mim, o Júri é uma instituição fascinante. Talvez uma das mais fascinantes que exis-
tem em nosso ordenamento jurídico.
Em outros países, é utilizado de uma forma mais ampla do que no nosso, seguindo ritos
com diferenças marcantes quando comparados com o instituto previsto em nossa CF/88.
Apesar disso, sua essência é basicamente a mesma: Um órgão que conta com a partici-
pação de um juiz togado e diversos jurados, de modo que um cidadão seja julgado por seus
pares nos casos em que isso se fizer necessário.
Nosso objetivo de hoje será o de conhecer, a fundo, como funcionam os procedimentos do
tribunal do júri em nosso país. Qual sua competência, sua composição e suas formalidades. E
tudo com foco na resolução de questões, como manda o figurino.

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1.1. Competência do Tribunal do Júri


O tribunal do Júri tem a competência CONSTITUCIONAL de julgar os chamados crimes
dolosos contra a vida. O legislador não fez distinção entre crimes consumados e tentados, de
modo que o tribunal do júri tem competência para julgar a ambos.
Tal competência está prevista no art. 5º, XXXVIII da CF, a saber:

CF- Art. 5º, XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, asse-
gurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

Além disso, o tribunal do júri também é responsável por julgar os crimes conexos ou conti-
nentes aos crimes dolosos contra a vida, como prevê o art. 78, inciso I do CPP:

CPP- Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as
seguintes regras:
I – no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a
competência do júri.

Assim, indivíduo que praticou, por exemplo, um estupro, e não satisfeito praticou ainda
um homicídio doloso, de forma conexa, será julgado por ambas as condutas perante o tribu-
nal do júri.

1.2. Tribunal do Júri & Crimes Preterdolosos


Caro aluno, muito cuidado: Crimes “Seguidos de Morte”, que integram o conjunto de crimes
PRETERDOLOSOS (nos quais o agente possui DOLO na conduta ANTECEDENTE e CULPA na
conduta CONSEQUENTE) não são de competência do júri.

EXEMPLO
Lesões Corporais seguidas de morte.
Latrocínio (Roubo seguido de morte).

Isso ocorre pois o ataque contra a vida da vítima aqui não é doloso, e sim culposo, o que
afasta a competência do tribunal do júri.

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1.3. Competência Mínima


Outra observação importante sobre o tribunal do júri é que sua competência, além de cons-
titucional, é mínima:

A competência do Tribunal do Júri pode ser AMPLIADA pela lei (não necessita de emenda
constitucional) mas não pode ser REDUZIDA.

1.4. Composição do Tribunal do Júri


O tribunal do júri é um órgão composto pelos seguintes integrantes:

O conselho de sentença possui uma grande importância, pois é a ele que cabe decidir se
o réu será condenado ou absolvido, através da chamada votação de quesitos, sobre a qual ire-
mos discorrer mais à frente.

O número mínimo de jurados para que o Tribunal do Júri inicie seus trabalhos é 15.

É o que rege o art. 463 do CPP:

CPP- Art. 463. Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz presidente declarará instala-
dos os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a julgamento.

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1.5. Princípios do Tribunal do Júri


O tribunal do júri é regido pelos seguintes princípios:

1.6. Procedimento do Tribunal do Júri


Uma vez que entendemos os princípios básicos que regem o Tribunal do Júri, podemos
finalmente adentrar o estudo de seu procedimento propriamente dito.
O procedimento do júri é chamado pela doutrina de procedimento bifásico ou escalonado,
e é dividido em duas fases:

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Começaremos pela primeira: O juízo de admissibilidade.


• 1ª Fase

A primeira fase tem um objetivo básico: tratar as questões de ordem técnica desde logo,
sob a tutela do juiz togado (que possui o conhecimento jurídico para tal), de modo a facilitar o
trabalho dos juízes leigos (os jurados). Além disso, a primeira fase também serve para confir-
mar a competência do tribunal do júri.
Essa fase é muito parecida com o rito do procedimento comum ordinário, com algumas
pequenas diferenças:
− Manifestação do Ministério Público

CPP- Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouvirá o Ministério Público ou o querelante sobre prelimi-
nares e documentos, em 5 (cinco) dias.

No procedimento do júri, após o oferecimento de uma resposta à acusação por parte do


réu, o juiz deve ouvir o Ministério Público sobre os documentos juntados pelo acusado.
Lembre-se de que, no procedimento comum ordinário, essa fase também existe, mas por
analogia ao artigo 409 do CPP, que é específico sobre o tribunal do júri. Essa norma, portanto,
teve sua origem no procedimento especial, e acabou “migrando” para o procedimento comum.
− Prazo para realização da audiência

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No procedimento comum ordinário, o CPP concede o prazo de 60 dias para a realização


da audiência de instrução e julgamento. No tribunal do júri, no entanto, esse prazo é de ape-
nas 10 dias.

CPP- Art. 410. O juiz determinará a inquirição das testemunhas e a realização das diligências reque-
ridas pelas partes, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
− Diligências

A fase de diligências do procedimento comum ordinário (CPP, art. 402), não existe no tri-
bunal do júri.
− Oralidade

Assim como ocorre no procedimento sumaríssimo, as alegações finais no tribunal do júri


devem ser necessariamente orais, não podendo ser oferecidas por escrito.
Observadas essas peculiaridades do procedimento do tribunal do júri em relação ao pro-
cedimento comum ordinário, tome nota da seguinte informação: A primeira fase do procedi-
mento do tribunal do júri (instrução e acusação preliminar) deve ser concluída em no máxi-
mo 90 dias!

CPP- Art. 412. O procedimento será concluído no prazo máximo de 90 (noventa) dias.

1.7. Pronúncia
Antes de mais nada, vamos dar uma olhada em um pequeno esquema para que você possa
se situar melhor quanto aos procedimentos que estudamos até o presente momento, e que
são essenciais para entender bem o conceito de pronúncia:

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Note que o procedimento, por hora, se assemelha muito com o procedimento comum ordi-
nário. Vários ritos foram repetidos, desde a citação do acusado para lhe informar de que foi re-
cebida uma denúncia contra ele, até a manifestação da defesa e a possibilidade de nomeação
de defensor dativo. Praticamente tudo seguiu o rito de um procedimento comum.
Mas aí é que a coisa muda de figura: após as alegações finais da primeira fase, o juiz não
irá proferir uma sentença condenatória ou absolutória para o réu. Ele irá decidir simplesmente
pela pronúncia ou impronúncia deste:

CPP- Art. 413. O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade


do fato e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.

Em outras palavras: O juiz togado irá decidir se está convencido da materialidade do fato
e da existência de indícios suficientes de autoria ou participação para levar o acusado para

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a segunda fase do tribunal do júri, na qual ele será submetido ao crivo dos jurados (juízes
não togados).
É muito interessante notar que a atuação do magistrado, nesse momento, fica um pouco
“tolhida”. Isso acontece pelo seguinte motivo: Se o magistrado pronunciar o réu afirmando
categoricamente estar convencido de que este é o autor da infração penal que ensejou a de-
núncia, poderá influir no pensamento dos jurados.
Pense comigo:
Ao analisar o caso concreto, o juiz decide pela pronúncia do acusado, afirmando que existe
a materialidade do fato e certeza de que o réu é o autor de um homicídio.
Nessa situação, ao tomarem ciência da decisão de pronúncia, haverá uma tendência de
que os jurados tomem por base a decisão do juiz para embasar a sua própria convicção sobre
os fatos, o que prejudicaria totalmente a imparcialidade do júri.
Este é o fenômeno que o STF chamou, em seu informativo 597, de excesso de linguagem.
Para dificultá-lo, o magistrado deve evitar demonstrar de forma muito clara o seu conven-
cimento sobre o assunto, limitando-se a fazer um juízo de probabilidade, e não de certeza,
conforme leciona Leonardo Barreto Moreira Alves.

DICA
É muito importante que você faça a leitura dos artigos 406 a
421 do CPP, cuja literalidade também é muito cobrada pelas
bancas ao elaborar questões sobre o procedimento do tribu-
nal do júri.

Uma vez que o juiz decide pela pronúncia do réu, deve decidir sobre sua prisão, conforme
expressa previsão do art. 413 e seus parágrafos. Note, portanto, que não existe a prisão auto-
mática do réu como consequência de sua pronúncia:

CPP- Art. 413, § 2º Se o crime for afiançável, o juiz arbitrará o valor da fiança para a concessão ou
manutenção da liberdade provisória.
§ 3º O juiz decidirá, motivadamente, no caso de manutenção, revogação ou substituição da prisão
ou medida restritiva de liberdade anteriormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a
necessidade da decretação da prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título
IX do Livro I deste Código.

Além disso, uma vez que o juiz decida pela pronúncia, deve intimar o réu dessa decisão
(aqui temos uma intimação de um ato já praticado). Tal intimação, via de regra, deve ser feita
pessoalmente, mas é admissível a intimação por edital, em caso de réu solto e não encontrado.

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1.8. Impronúncia
Se na pronúncia existe a materialidade delitiva e existem indícios de autoria, é claro que é
possível a situação oposta: O magistrado não entende que existe prova de materialidade ou
indícios suficientes de autoria para pronunciar o réu.
Nessa situação, deverá fazer o oposto: impronunciá-lo. Note que, no entanto, o próprio
CPP prevê expressamente que a impronúncia não impede que o réu seja novamente denuncia-
do caso sejam obtidas novas provas:

CPP- Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes
de autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado. (Redação dada
pela Lei n. 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova de-
núncia ou queixa se houver prova nova.

1.9. Absolvição Sumária


Você ainda se lembra das hipóteses de absolvição sumária, que você aprendeu em nossa
aula sobre o procedimento comum ordinário? Pois veja só que surpresa: Existe a mesma pos-
sibilidade no tribunal do júri. O juiz, portanto, tem ainda a opção de absolver sumariamente o
acusado, caso estejam presentes os pressupostos para tal.
Nesse sentido, a redação do art. 415 é muito parecida com a do art. 397 do CPP. Note que
muito parecida é diferente de idêntica, motivo pelo qual é muito importante que você leia e re-
leia ambos os artigos, para não se confundir na hora da prova.

CPP- Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
I – provada a inexistência do fato;
II – provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
III – o fato não constituir infração penal;
IV – demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no inciso IV do caput deste artigo ao caso de inimputa-
bilidade prevista no caput do art. 26 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código
Penal, salvo quando esta for a única tese defensiva.

Certo. Diante do exposto, você já sabe das seguintes possibilidades na primeira fase do
tribunal do júri:

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Até aí está muito fácil. O problema é o seguinte: E se o Juiz discordar da acusação, e en-
tender que não ocorreu um crime doloso contra a vida? O que acontece?
Devemos sempre nos lembrar da premissa básica de que o magistrado analisa fatos. Essa
é a essência da jurisdição (dai-me os fatos que lhe darei o direito). Nesse sentido, pode ser
que o juiz, ao analisar a peça acusatória, venha a discordar da existência de crime doloso con-
tra a vida.
Por exemplo:

EXEMPLO
Tyrion derruba veneno na bebida de seu sobrinho, Joffrey, que vem a óbito. O Ministério Públi-
co de Porto Real oferece a denúncia contra Tyrion por homicídio doloso.
O juiz de Porto Real, no entanto, entende que Tyrion praticou homicídio culposo, pois derramou
o veneno na bebida de seu sobrinho por negligência, sem ter a intenção de matar.

E eis que surge um problema: se não estamos diante de um crime doloso contra a vida,
não estamos diante da competência do tribunal do júri, certo?
Corretíssimo! E assim sendo, surge uma nova possibilidade de atuação do magistrado:
desclassificar a denúncia.

CPP- Art. 419. Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de cri-
me diverso dos referidos no § 1º do art. 74 deste Código e não for competente para o julgamento,
remeterá os autos ao juiz que o seja.
Parágrafo único. Remetidos os autos do processo a outro juiz, à disposição deste ficará o acusado
preso.

Temos, portanto, a chamada desclassificação, na qual o juiz do tribunal do júri remete os


autos do processo ao juiz competente para julgá-lo.
Veja como a atuação do juiz togado é importante: Até agora não tratamos da atuação
dos jurados.
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• Segunda Fase

Agora que você já compreende bem a primeira fase da atuação do tribunal do júri, pas-
samos para a próxima fase. Infelizmente, essa fase tem um caráter ainda mais formal e ins-
trumental, de modo que iremos recorrer bastante à leitura do CPP para conhecer os ritos que
podem ser cobrados em prova.
Iniciaremos com a leitura do art. 422, que trata do primeiro passo da segunda fase do rito
do tribunal do júri:

CPP- Art. 422. Ao receber os autos, o presidente do Tribunal do Júri determinará a intimação do
órgão do Ministério Público ou do querelante, no caso de queixa, e do defensor, para, no prazo de 5
(cinco) dias, apresentarem rol de testemunhas que irão depor em plenário, até o máximo de 5 (cin-
co), oportunidade em que poderão juntar documentos e requerer diligência.

Na primeira fase, a audiência irá seguir a regra geral (8 testemunhas). Já na segunda fase,
quando se trata de arrolar as testemunhas que irão depor em plenário, a regra é que no máxi-
mo 5 testemunhas poderão ser arroladas por cada parte.

Em seguida, o juiz-presidente terá as seguintes atribuições:

CPP- Art. 423. Deliberando sobre os requerimentos de provas a serem produzidas ou exibidas no
plenário do júri, e adotadas as providências devidas, o juiz presidente:
I – ordenará as diligências necessárias para sanar qualquer nulidade ou esclarecer fato que interes-
se ao julgamento da causa;
II – fará relatório sucinto do processo, determinando sua inclusão em pauta da reunião do Tribunal
do Júri.

1.10. Jurados
Finalmente vamos começar a tratar da atuação dos jurados. Embora este ainda não seja
o momento de nos dedicar unicamente a este assunto (o que será feito posteriormente nessa
aula), já é hora de fazer algumas observações iniciais:

CPP- Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de
18 (dezoito) anos de notória idoneidade.
§ 1º Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em razão de
cor ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau de instrução.
§ 2º A recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor de 1 (um) a 10 (dez) salários
mínimos, a critério do juiz, de acordo com a condição econômica do jurado.

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Como você provavelmente já sabia, o serviço do júri é obrigatório, de forma que a recusa
injustificada a atender ao chamado do júri acarreta multa, a critério do magistrado.
A atuação como jurado é de enorme responsabilidade, haja vista que a tomada de decisão
dos jurados também deve ser imparcial, assim como seria a de um juiz togado.
Por esse motivo, aplicam-se aos jurados as mesmas regras de impedimento e suspeição
aplicáveis aos juízes.
É interessante notar que, de forma que se possa manter a imparcialidade do júri, as partes
tem o direito de apresentar provas que permitam justificar ao juiz-presidente o afastamento de
um jurado. É a chamada recusa justificada.

EXEMPLO
Um dos jurados é irmão do acusado.
Previsão de Impedimento (CPP)
CPP- Art. 252, V - ele próprio ou seu cônjuge ou parente, consanguíneo ou afim em linha reta ou
colateral até o terceiro grau, inclusive, for parte ou diretamente interessado no feito.

Na situação hipotética acima, fica óbvio que o jurado que é irmão do réu não poderá atuar
de forma imparcial, motivo pelo qual caberá ao Ministério Público arrazoar o impedimento do
jurado de modo a afastá-lo da atuação naquele caso específico.
Cuidado!
Não existe um limite legal para a recusa justificada dos jurados. Se porventura forem
recusados tantos jurados que não reste um número suficiente para compor o conselho de
sentença, o juiz-presidente deve marcar uma nova data para julgamento convocando jurados
suplentes (é o chamado estouro da urna).
Além da recusa motivada, existe ainda a possibilidade de recusa imotivada de três jurados
por cada uma das partes.
Na recusa imotivada, como o próprio nome diz, o Ministério Público ou a defesa poderão
recusar o jurado, sem qualquer tipo de justificativa. É só recusar, e pronto.

1.11. Julgamento
Após essas observações iniciais, podemos finalmente passar para a o estudo da realiza-
ção do julgamento propriamente dito. E em primeiro lugar, devemos falar nas hipóteses em que
faltar algum ator importante do processo (MP, Advogado e Acusado).

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Os artigos que tratam das hipóteses acima são de leitura obrigatória. Vamos lá:

CPP- Art. 455. Se o Ministério Público não comparecer, o juiz presidente adiará o julgamento para o
primeiro dia desimpedido da mesma reunião, cientificadas as partes e as testemunhas. (Redação
dada pela Lei n. 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Se a ausência não for justificada, o fato será imediatamente comunicado ao Procu-
rador-Geral de Justiça com a data designada para a nova sessão.
CPP- Art. 456. Se a falta, sem escusa legítima, for do advogado do acusado, e se outro não for por
este constituído, o fato será imediatamente comunicado ao presidente da seccional da Ordem dos
Advogados do Brasil, com a data designada para a nova sessão.
§ 1º Não havendo escusa legítima, o julgamento será adiado somente uma vez, devendo o acusado
ser julgado quando chamado novamente.
§ 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o juiz intimará a Defensoria Pública para o novo julgamento,
que será adiado para o primeiro dia desimpedido, observado o prazo mínimo de 10 (dez) dias.
Art. 457. O julgamento não será adiado pelo não comparecimento do acusado solto, do assistente
ou do advogado do querelante, que tiver sido regularmente intimado.
§ 1º Os pedidos de adiamento e as justificações de não comparecimento deverão ser, salvo com-
provado motivo de força maior, previamente submetidos à apreciação do juiz presidente do Tribunal
do Júri.
§ 2º Se o acusado preso não for conduzido, o julgamento será adiado para o primeiro dia desimpe-
dido da mesma reunião, salvo se houver pedido de dispensa de comparecimento subscrito por ele
e seu defensor.

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CPP- Art. 458. Se a testemunha, sem justa causa, deixar de comparecer, o juiz presidente, sem preju-
ízo da ação penal pela desobediência, aplicar-lhe-á a multa prevista no § 2º do art. 436 deste Código.

DICA
É recorrente em provas o teor do art. 460, que versa sobre a
espera das testemunhas antes de seu depoimento:
CPP- Art. 460. Antes de constituído o Conselho de Sentença,
as testemunhas serão recolhidas a lugar onde umas não pos-
sam ouvir os depoimentos das outras.

1.12. Abertura da Audiência


Uma vez que todos os que são necessários estão presentes (o que, felizmente, é a regra),
a seção é declarada aberta (lembre-se de que devem haver ao menos 15 jurados para que
isso ocorra).
O procedimento a ser tomado assim que ocorre a abertura da audiência merece ser esque-
matizado para se tornar um pouco menos abstrato. Vejamos:

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Procedimentos – Parte II
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É interessante notar que o art. 472 narra exatamente os dizeres que devem ser repetidos
aos jurados para que estes prestem seu compromisso:

CPP- Art. 472. Formado o Conselho de Sentença, o presidente, levantando-se, e, com ele, todos os
presentes, fará aos jurados a seguinte exortação:
Em nome da lei, concito-vos a examinar esta causa com imparcialidade e a proferir a vossa decisão
de acordo com a vossa consciência e os ditames da justiça.
Os jurados, nominalmente chamados pelo presidente, responderão:
Assim o prometo.
Parágrafo único. O jurado, em seguida, receberá cópias da pronúncia ou, se for o caso, das decisões
posteriores que julgaram admissível a acusação e do relatório do processo.

1.13. Instrução em Plenário


Pronto: já estão tomadas todas as formalidades. O conselho de sentença já está pronto, os
jurados prestaram seu compromisso e todos os envolvidos essenciais estão presentes.
O próximo passo é a realização das oitivas, começando-se pela vítima, seguindo para as
testemunhas de acusação e defesa, e por fim, passando para o interrogatório do réu.
Segundo o CPP, temos o seguinte:

CPP- Art. 473. Prestado o compromisso pelos jurados, será iniciada a instrução plenária quando o
juiz presidente, o Ministério Público, o assistente, o querelante e o defensor do acusado tomarão,
sucessiva e diretamente, as declarações do ofendido, se possível, e inquirirão as testemunhas arro-
ladas pela acusação.

Durante as oitivas, as perguntas podem ser realizadas diretamente pelas partes. Entretan-
to, existe uma peculiaridade bastante relevante:
Os jurados NÃO podem fazer perguntas diretamente!
Sempre que os jurados tiverem o interesse em formular uma pergunta à uma testemunha,
por exemplo, devem fazê-lo por intermédio do juiz-presidente, por expressa previsão do art.
473, parágrafo 2º:

CPP- Art. 473, § 2º Os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às testemunhas, por inter-
médio do juiz presidente.

1.14. Algemas
Outra observação que merece nota é sobre o uso de algemas: O CPP veda ex-
pressamente o uso de algemas no acusado durante o plenário do júri, salvo a se-
guinte exceção:

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CPP- Art. 474, § 3 Não se permitirá o uso de algemas no acusado durante o período em que perma-
º

necer no plenário do júri, salvo se absolutamente necessário à ordem dos trabalhos, à segurança
das testemunhas ou à garantia da integridade física dos presentes.

1.15. Fluxo dos Atos após o Início da Instrução


Após o início da instrução, estamos diante do seguinte cenário:

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1.16. Debates

Cena dos debates orais no filme “Time to Kill”

Finalizadas as oitivas, é hora de passar para o momento mais querido pelos produtores de
Hollywood quando o assunto são filmes de julgamentos: As sustentações orais da acusação
e defesa, na tentativa de influir na íntima convicção dos jurados sobre os fatos até então
apresentados.
Os debates orais seguem a seguinte ordem:

É o que rege o art. 476 do CPP:

CPP- Art. 476. Encerrada a instrução, será concedida a palavra ao Ministério Público, que fará a acu-
sação, nos limites da pronúncia ou das decisões posteriores que julgaram admissível a acusação,
sustentando, se for o caso, a existência de circunstância agravante.
§ 1º O assistente falará depois do Ministério Público.
§ 3º Finda a acusação, terá a palavra a defesa.

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1.17. Réplica e Tréplica


Tendo em vista que os argumentos apresentados pela outra parte podem ser dignos de
contra argumentação, o CPP prevê a possibilidade de réplica e de tréplica:

CPP- Art. 476, § 4º A acusação poderá replicar e a defesa treplicar, sendo admitida a reinquirição de
testemunha já ouvida em plenário.

Obviamente, só existe a possibilidade de tréplica se houver réplica! Dessa forma, se a


promotoria decidir não utilizar do seu direito de réplica após a sustentação oral realizada pela
defesa, fica ali encerrado o debate.

1.18. Tempo
Os debates orais no tribunal do júri possuem um prazo específico, previsto no art. 477 do CPP:

Além disso, é importante conhecer o que o CPP determina no caso de existir mais de um
acusador ou mais de um advogado de defesa, para que seja feita a correta divisão do tempo:

CPP- Art. 477, § 1º Havendo mais de um acusador ou mais de um defensor, combinarão entre si a
distribuição do tempo, que, na falta de acordo, será dividido pelo juiz presidente, de forma a não
exceder o determinado neste artigo.

E em havendo mais de um acusado, ocorre o seguinte:

CPP- Art. 477, § 2º Havendo mais de 1 (um) acusado, o tempo para a acusação e a defesa será
acrescido de 1 (uma) hora e elevado ao dobro o da réplica e da tréplica, observado o disposto no §
1º deste artigo.

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Com mais de um acusado, portanto, temos o seguinte:

Existem ainda algumas possibilidades interessantes durante os debates orais. A primeira


delas é a de que os jurados peçam, por intermédio do juiz-presidente, que o orador (seja o advo-
gado de defesa ou o promotor) indique onde se encontra nos autos do processo a peça citada
por este, ou um esclarecimento qualquer de fato por ele alegado:

CPP- Art. 480. A acusação, a defesa e os jurados poderão, a qualquer momento e por intermédio do
juiz presidente, pedir ao orador que indique a folha dos autos onde se encontra a peça por ele lida
ou citada, facultando-se, ainda, aos jurados solicitar-lhe, pelo mesmo meio, o esclarecimento de fato
por ele alegado.

E existe ainda a possibilidade da realização dos chamados apartes, que nada mais são do
que intervenções realizadas por uma das partes durante a fala do orador, com autorização do
juiz. Os apartes não podem ultrapassar três minutos e esse tempo não é subtraído do tempo
do orador.

1.19. Finalização dos Debates


Uma vez finalizados os debates orais, o juiz pergunta aos jurados se estes se sentem pron-
tos a votar:

CPP- Art. 480, § 1º Concluídos os debates, o presidente indagará dos jurados se estão habilitados a
julgar ou se necessitam de outros esclarecimentos.

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Se forem necessários mais esclarecimentos, o juiz o fará:

CPP- Art. 480, § 2º Se houver dúvida sobre questão de fato, o presidente prestará esclarecimentos
à vista dos autos.

E se não forem, ato em que os jurados se sentem prontos, o juiz deverá passar
para a fase de leitura dos chamados quesitos.

1.20. Quesitos
Os quesitos nada mais são do que perguntas simples e diretas elaboradas pelo presi-
dente, que são lidas aos jurados e por eles respondidas para que se chegue à conclusão do
julgamento.
Sobre os quesitos, é absolutamente essencial fazer a leitura do CPP:

CPP- Art. 482. O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve
ser absolvido. (Redação dada pela Lei n. 11.689, de 2008)
Parágrafo único. Os quesitos serão redigidos em proposições afirmativas, simples e distintas, de
modo que cada um deles possa ser respondido com suficiente clareza e necessária precisão. Na
sua elaboração, o presidente levará em conta os termos da pronúncia ou das decisões posteriores
que julgaram admissível a acusação, do interrogatório e das alegações das partes.
Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre:
I – a materialidade do fato;
II – a autoria ou participação;
III – se o acusado deve ser absolvido;
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia
ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.
§ 1º A resposta negativa, de mais de 3 (três) jurados, a qualquer dos quesitos referidos nos incisos I
e II do caput deste artigo encerra a votação e implica a absolvição do acusado.
§ 2º Respondidos afirmativamente por mais de 3 (três) jurados os quesitos relativos aos incisos I e
II do caput deste artigo será formulado quesito com a seguinte redação:

O jurado absolve o acusado?

§ 3º Decidindo os jurados pela condenação, o julgamento prossegue, devendo ser formulados que-
sitos sobre:
I – causa de diminuição de pena alegada pela defesa;
II – circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena, reconhecidas na pronúncia ou em
decisões posteriores que julgaram admissível a acusação.

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1.21. Pontos Interessantes sobre a Votação

Estarão presentes o juiz-presidente, o membro do ministério público, o assistente de acu-


sação, o defensor do acusado, o escrivão e o oficial de justiça, mas o réu não estará presente.
A votação é realizada com cédulas, que permitem formalizar as respostas às perguntas
elaboradas com base no art. 483 do CPP, utilizando simplesmente os termos SIM e NÃO.
Uma vez concluída a votação, cabe ao juiz-presidente proferir a sentença, em plenário, de
modo que as partes já saiam da audiência intimadas (cientificadas) da decisão.
E assim termina uma sessão do tribunal do júri. Procedimento extenso, cansativo, cheio de
detalhes (como não poderia deixar de ser, afinal de contas, o tribunal do júri tem sob sua tutela
alguns dos crimes mais graves previstos em nosso ordenamento jurídico).
Antes que possamos prosseguir com a matéria, segue uma recomendação final de seu
professor:
Faça a leitura do CPP, principalmente dos artigos 406 ao 493.

Mas professor, vou ler todos esses artigos?

Eu sei que é uma leitura chata – no entanto, extremamente recomendável. Ao elaborar a


aula, nós professores focamos sempre nas questões mais complexas e mais envoltas de dou-
trina e jurisprudência, de forma que você possa absorver os conceitos que sirvam de base para
todo o seu aprendizado.
Alguns artigos, no entanto, são quase autoexplicativos, e só serviriam para deixar a aula
completamente cheia de texto de lei, o que a princípio não agrega muito ao nossa aprendizado
e deixa o formato da aula muito pesado.
Entretanto, uma vez que você possui um certo conhecimento da disciplina, é necessário
também conhecer a literalidade da lei, ao menos por alto. Muitas questões são mera cópia do

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Código de Processo Penal, e se você quer maximizar os seus acertos, tem que combinar o
estudo esquematizado das nossas apostilas com a leitura da lei seca.
Por isso essa recomendação.
E digo mais: faça o teste! Leia os artigos do CPP, leia nossa aula, leia o CPP de novo, e de-
pois vá fazer questões. Você vai sentir na pele o efeito dessa leitura combinada.

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RESUMO
Procedimento do Tribunal do Júri
• O tribunal do Júri tem a competência CONSTITUCIONAL de julgar os chamados crimes
dolosos contra a vida
• Também é responsável por julgar os crimes conexos ou continentes aos crimes dolosos
contra a vida
• Crimes PRETERDOLOSOS (nos quais o agente possui DOLO na conduta ANTECEDENTE
e CULPA na conduta CONSEQUENTE) não são de competência do júri.
• A competência do Tribunal do Júri pode ser AMPLIADA pela lei (não necessita de emen-
da constitucional) mas não pode ser REDUZIDA!

Composição

• O número mínimo de jurados para que o Tribunal do Júri inicie seus trabalhos é 15.

Princípios do Tribunal do Júri

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Procedimento
• O procedimento do júri é chamado pela doutrina de procedimento bifásico ou escalona-
do.
• Fases:

• A primeira fase tem dois objetivos: tratar as questões de ordem técnica e confirmar a
competência do Tribunal do Júri.

Prazo para Realização da Audiência


• 10 dias

Pronúncia
• O juiz togado irá decidir se está convencido da materialidade do fato e da existência de
indícios suficientes de autoria ou participação para levar o acusado para a segunda fase
do tribunal do júri, na qual ele será submetido ao crivo dos jurados.
• Não existe a prisão automática do réu como consequência de sua pronúncia

Impronúncia
• O magistrado não entende que existe prova de materialidade ou indícios suficientes de
autoria para pronunciar o réu.
• A impronúncia não impede que o réu seja novamente denunciado caso sejam obtidas
novas provas.

Absolvição Sumária
• Despenca em provas!
• O juiz, fundamentadamente, absolverá desde logo o acusado, quando:
− Provada a inexistência do fato;
− Provado não ser ele autor ou partícipe do fato;
− O fato não constituir infração penal;
− Demonstrada causa de isenção de pena ou de exclusão do crime.

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Atribuições do Juiz Togado

• Se não estiver diante de um crime doloso contra a vida o juiz pode também DESCLASSI-
FICAR a denúncia.

Segunda Fase
• Na primeira fase, a audiência irá seguir a regra geral (8 testemunhas). Já na segunda
fase, quando se trata de arrolar as testemunhas que irão depor em plenário, a regra é que
no máximo 5 testemunhas poderão ser arroladas por cada parte!

Jurados
• O serviço do júri é obrigatório, de forma que a recusa injustificada a atender ao chamado
do júri acarreta multa, a critério do magistrado
• Aplicam-se aos jurados as mesmas regras de impedimento e suspeição aplicáveis aos
juízes
• Não existe um limite legal para a recusa justificada dos jurados
• Existe ainda a possibilidade de recusa imotivada de três jurados por cada uma das par-
tes.

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Julgamento

• Antes de constituído o Conselho de Sentença, as testemunhas serão recolhidas a lugar


onde umas não possam ouvir os depoimentos das outras.

Abertura da Audiência

Instrução em Plenário
• Iniciam-se as oitivas.
• Os jurados NÃO podem fazer perguntas diretamente!
− Devem fazê-las por intermédio do juiz-presidente

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• O CPP veda expressamente o uso de algemas no acusado durante o plenário do júri,


salvo exceção.
• Finalizadas as oitivas, o próximo passo são as sustentações orais:

• Existe a possibilidade de réplica e tréplica.


• Tempo (Regra Geral):

• Tempo (Mais de um acusado)

Finalização dos Debates


• Concluídos os debates, o presidente indagará dos jurados se estão habilitados a julgar
ou se necessitam de outros esclarecimentos.

Quesitos e Votação
• O Conselho de Sentença será questionado sobre matéria de fato e se o acusado deve
ser absolvido.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO-PROVA 1)
Acerca dos aspectos processuais no direito penal, julgue o item subsequente.
A simples leitura da decisão de pronúncia do plenário do tribunal do júri induz à nulidade do
julgamento.

002. (IDECAN/2021/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) Ao instituto do júri penal é as-


segurado(a)
a) a extensividade na defesa.
b) o resguardo da votação.
c) a autonomia dos veredictos.
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
e) a irrecorribilidade dos veredictos.

003. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INI-


CIAL) Assinale a opção correta, acerca dos quesitos no tribunal do júri.
a) Quesito que verse sobre causa de aumento de pena deverá preceder quesito que trate de
causa de diminuição de pena.
b) Caso os jurados absolvam acusado do crime de homicídio, persistirá a competência deles
para julgar demais crimes conexos que existirem.
c) Alegação de excludente de ilicitude deve vir quesitada separadamente do quesito absolutó-
rio genérico.
d) O quesito formulado de modo complexo não é causa de nulidade do julgamento.
e) A tese de desclassificação deve preceder o quesito da absolvição.

004. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO–DIREITO) Hugo é investigado pela prá-


tica de lesão corporal seguida de morte contra Márcia, crime esse cometido em Manaus. A
autoridade policial realizou interceptação telefônica e tomou conhecimento de que Hugo havia
confessado ser o autor do crime ao irmão da vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base no que dispõe a legislação
de regência.
A competência para processar e julgar Hugo, se este figurar como réu, será do tribunal do júri
da comarca de Manaus.

005. (FCC/2018/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) O Tribunal do Júri é com-


posto por um juiz togado, seu presidente e por:
a) sete jurados.
b) vinte e cinco jurados.

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c) vinte e um jurados.
d) nove jurados.
e) quinze jurados.

006. (FGV/2015/TJ-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ESCREVENTE-ÁREA JUDICIÁRIA) Durante


os debates orais no Tribunal do Júri:
a) se houver mais de um acusador, caberá ao juiz disciplinar a divisão do tempo, independen-
temente da combinação entre eles;
b) havendo mais de um acusado, o tempo para acusação não sofrerá acréscimo algum;
c) se houver mais de um defensor, caberá ao juiz disciplinar a divisão do tempo, independente-
mente da combinação entre eles;
d) o assistente de acusação também deve ser consultado se deseja ou não fazer uso da réplica;
e) os apartes deverão ser coibidos pelo Juiz Presidente, já que não regulamentados por lei

007. (MPDFT/2013/MPDFT-PROMOTOR DE JUSTIÇA) Sobre o Tribunal do Júri, é INCORRE-


TO afirmar:
a) Seu procedimento desdobra-se em juízo da acusação, que analisa a admissibilidade da pre-
tensão punitiva, e juízo da causa, que diz respeito ao mérito da acusação.
b) Se o acusado houver permanecido preso durante a instrução criminal, a pronúncia do juiz
importará em automática manutenção da cautela extrema, sendo, por outro lado, necessária a
motivação do decreto de prisão na hipótese de o pronunciado encontrar-se solto.
c) A decisão de impronúncia não faz coisa julgada formal e material.
d) Se o advogado do acusado, regularmente intimado, não comparecer à sessão de julgamen-
to, e não houver escusa legítima, o julgamento será adiado uma única vez, cabendo ao juiz-pre-
sidente intimar a Defensoria Pública para o novo julgamento.
e) Nos termos da lei, o sistema de colheita de depoimentos em plenário é, para as partes, o
do exame direto e cruzado, ao passo que, para os jurados, o sistema é o indireto, ou presi-
dencialista.

008. (NC-UFPR/2012/TJ-PR/JUIZ) Como é composto o Tribunal do Júri?


a) Um (01) Juiz togado que o preside, vinte e cinco (25) jurados que serão sorteados entre os
alistados, exigindo-se a presença de pelo menos quinze (15) para a instalação dos trabalhos.
b) Um (01) Juiz togado que o preside, quinze (15) jurados sorteados entre os vinte e cinco (25)
alistados, exigindo-se a presença de pelo menos sete (07) para a instalação dos trabalhos.
c) Um (01) Juiz togado que o preside, sete (07) jurados sorteados entre os quinze (15) presen-
tes na abertura dos trabalhos, o réu ou réus, o representante do Ministério Público, ao menos
um (01) Advogado de defesa e o Escrivão.

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d) Um (01) Juiz togado que o preside, sete (07) jurados sorteados entre os vinte e cinco (alis-
tados), o réu ou réus, o representante do Ministério Público, ao menos um (01) Advogado
de defesa.

009. (FCC/2012/TJ-GO/JUIZ) Em relação ao procedimento relativo ao Tribunal do Júri, é cor-


reto afirmar que:
a) estão isentos do serviço do júri os cidadãos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.
b) a intimação da decisão de pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, ao defensor no-
meado ou constituído, e ao Ministério Público.
c) não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de
autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, absolverá sumariamente o acusado
d) não poderá servir o jurado que, no caso de concurso de pessoas, houver integrado o Con-
selho de Sentença que julgou o outro acusado ou tiver funcionado em julgamento anterior do
mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior.
e) contra a sentença de impronúncia caberá recurso em sentido estrito.

010. (DPE-PE/2015/DPE-PE-ESTAGIÁRIO DE DIREITO) Considerando o procedimento do Tri-


bunal do Júri, assinale a afirmativa correta
a) Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou
queixa se houver prova nova.
b) A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da exis-
tência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o disposi-
tivo legal em que julgar incurso o acusado, sendo dispensável a especificação das circunstân-
cias qualificadoras e das causas de aumento de pena
c) O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a
acusação, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias.
d) O recurso cabível para atacar a sentença de impronúncia é o recurso em sentido estrito.
e) O juiz não poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação que impor-
te em pena mais grave ao acusado.

011. (FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/2014/DPE-MG/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre o


procedimento do tribunal do júri, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
desclassificar a infração, impronunciar ou absolver o acusado de maneira que exclua a compe-
tência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.
b) Durante a instrução em plenário, os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às
testemunhas, por intermédio do juiz presidente, assim como poderão requerer acareações,
reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimento dos peritos, leitura de peças que se refi-

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ram, exclusivamente, às provas colhidas por precatória e às provas cautelares, antecipadas ou


não repetíveis.
c) Se, da decisão dos jurados resultar a desclassificação da infração para outra, de compe-
tência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir a sentença, o mesmo
ocorrendo em relação aos crimes conexos não dolosos contra a vida.
d) O conselho de sentença será questionado sobre matéria de fato e de direito e se o acusado
deve ser absolvido.

012. (UFMT/2012/TJ-MT/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em relação ao Tribunal do Júri, assinale a


afirmativa INCORRETA.
a) Como a competência do Tribunal do Júri é considerada cláusula pétrea, ela não pode
ser reduzida.
b) O Tribunal do Júri possui competência constitucional para julgar todos os crimes dolosos
contra a vida.
c) O crime de latrocínio não é da competência do Tribunal do Júri.
d) Os crimes conexos aos crimes de competência do Tribunal do Júri são atraídos e julgados
pela corte popular.

013. (FCC/2013/MPE-SE/ANALISTA–DIREITO) No que se refere a procedimento no Tribunal


do Júri, é INCORRETO afirmar:
a) Poderão ser jurados os cidadãos maiores de 18 anos.
b) Estão isentos do serviço do júri aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento.
c) Contra a sentença de impronúncia caberá apelação.
d) O juiz, fundamentadamente, impronunciará desde logo o acusado quando provado não ser
ele o autor ou partícipe do fato.
e) O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederam
à publicação da lista geral fica dela excluído.

014. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) O Tribunal de Júri é composto


por 01 (um) juiz togado e por
a) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 05 (cinco) dos quais constituirão
o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
b) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais constituirão
o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
c) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 05 (cin-
co) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
d) 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais cons-
tituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.

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Procedimentos – Parte II
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e) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 07 (sete)
dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.

015. (CESPE/2016/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONHECIMENTOS GERAIS (PERITO CRIMI-


NAL E MÉDICO) Compete ao tribunal do júri processar e julgar o crime de
homicídio culposo.
b) rixa com resultado morte.
c) lesão corporal seguida de morte.
d) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.
e) latrocínio.

016. (CESPE/2010/MPE-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Com relação à primeira fase do pro-


cedimento do tribunal do júri, assinale a opção correta.
a) O juiz absolverá o acusado quando não existir prova de ter este concorrido para a in-
fração penal.
b) O juiz pronunciará o acusado quando houver indícios suficientes de materialidade e auto-
ria do fato.
c) O juiz impronunciará o acusado quando restar provado não ser ele autor do fato e não for
possível indicar o verdadeiro autor.
d) As sentenças de pronúncia e impronúncia são impugnáveis por recurso em sentido estrito.
e) O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora, com
isso, o acusado fique sujeito a pena mais grave.

017. (FCC/2013/MPE-AM/AGENTE TÉCNICO–JURÍDICO) No procedimento relativo aos pro-


cessos da competência do Tribunal do Júri, o acusado será interrogado
a) antes da apresentação da defesa preliminar.
b) ao final da instrução, antes dos debates.
c) após a apresentação da defesa preliminar e antes da inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação.
d) após a inquirição das testemunhas de acusação e antes da inquirição das testemunhas
arroladas pela defesa.
e) após os debates, antes da prolação da sentença.

018. (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ) Assinale a opção correta, acerca do procedimento relativo


aos processos de competência do tribunal do júri.
a) O cidadão alistado no serviço do júri, que é de natureza facultativa, ao ser intimado, poderá
solicitar sua exclusão mediante simples petição dirigida ao juiz presidente do tribunal do júri.
b) O jurado, por não ser magistrado de carreira, não poderá ser responsabilizado criminalmente
nos mesmos termos em que são os juízes togados.

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c) O alistamento, no serviço obrigatório do júri, compreenderá os cidadãos maiores de vinte e


um anos, de notória idoneidade.
d) O alistamento, no serviço obrigatório do júri, compreenderá os cidadãos maiores de vinte
cinco anos, de notória idoneidade, porque o jurado é equiparado ao juiz, para todos os efeitos,
e essa é a idade exigida para o ingresso na magistratura.
e) O alistamento, no serviço do júri, de caráter obrigatório, compreenderá os cidadãos maiores
de dezoito anos, de notória idoneidade.

019. (FGV/2014/TJ-RJ/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) Sobre o procedimento relati-


vo aos processos da competência do Tribunal do Júri, é correto afirmar que:
a) em caso de impronúncia do réu, enquanto não extinta a punibilidade, poderá ser formulada
nova denúncia, se houver prova nova;
b) não caberá absolvição sumária;
c) contra a sentença de impronúncia caberá recurso em sentido estrito;
d) em hipótese alguma caberá intimação por edital da decisão de pronúncia;
e) na primeira fase do procedimento, a acusação deverá arrolar testemunhas, até no máximo
de 05, na denúncia ou queixa.

020. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) No procedimento relativo aos


processos de competência do Tribunal do Júri, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado quando
a) provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.
b) o fato não constituir infração penal.
c) demonstrada causa de exclusão do crime.
d) provada a inexistência do fato.
e) não se convencer da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.

021. (FCC/2014/MPE-PE-PROMOTOR DE JUSTIÇA) Na instrução preliminar do procedimen-


to do júri,
a) o Ministério Público poderá arrolar até o máximo de oito testemunhas, concluindo-se o pro-
cedimento no prazo máximo de cento e vinte dias.
b) não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz considerará preclusa a oportunidade e
designará audiência.
c) a sentença deve ser necessariamente proferida em audiência.
d) arguidas preliminares na defesa, sobre elas o Ministério Público deverá ser ouvido em
audiência.
e) as exceções serão processadas em apartado.

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022. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) Nas comarcas com mais de


1.000.000 (um milhão) de habitantes, o presidente do Tribunal do Júri alistará de
a) 800 (oitocentos) a 1.500 (mil e quinhentos) jurados.
b) 500 (quinhentos) a 2.000 (dois) mil jurados.
c) 400 (quatrocentos) a 800 (oitocentos) jurados.
d) 300 (trezentos) a 700 (setecentos) jurados.
e) 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) jurados.

023. (IPAD/2012/PC-AC/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) São características do Tribunal do Júri


previstas pela Constituição da República todas as alternativas abaixo, EXCETO:
a) a competência para julgamento de todos os crimes contra a pessoa.
b) o sigilo das votações.
c) a soberania dos veredictos.
d) a plenitude de defesa.
e) a ampla defesa e o contraditório efetivos.

024. (FAURGS/2014/TJ-RS-OFICIAL DE JUSTIÇA PJ-H) Assinale a afirmativa correta, em re-


lação ao procedimento aplicado nos processos da competência do Tribunal do Júri, conforme
o Código de Processo Penal.
a) O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato
e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
b) É vedada a participação de assistente de acusação na instrução preliminar.
c) Na instrução preliminar, o juiz não poderá indeferir a produção de nenhuma prova requerida
pela defesa, em nome do princípio da plenitude de defesa.
d) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá recurso em senti-
do estrito.
e) A intimação da decisão de pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, ao defensor no-
meado, ao defensor constituído e ao Ministério Público.

025. (MPE-RS/2017/MPE-RS-SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Nos termos do Código de Pro-


cesso Penal, acerca do procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal do
Júri, assinale a alternativa correta.
a) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá recurso em senti-
do estrito.
b) O Conselho de Sentença será constituído por 7 (sete) dos jurados sorteados dentre os
alistados.
c) O sorteio dos jurados será realizado a portas abertas pelo juiz, cabendo-lhe retirar as cédulas
até completar o número de 23 (vinte e três) jurados para a reunião periódica ou extraordinária.

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d) Estão isentos do serviço do júri os cidadãos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos de idade
que requeiram sua dispensa.
e) Não estão impedidos de servir no mesmo Conselho as pessoas que mantenham união es-
tável reconhecida como entidade familiar.

026. (FUMARC/2011/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre o tribunal do júri é INCORRE-


TO afirmar:
a) Nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes serão alistados de 300 (trezentos)
a 700 (setecentos) jurados.
b) Se o interesse da ordem pública reclamar o juiz poderá, logo após o interrogatório do acusa-
do, determinar o desaforamento do julgamento.
c) O serviço de jurado é obrigatório e somente compreenderá maiores de 18 anos.
d) Os jurados poderão formular perguntas às testemunhas por intermédio do juiz-presidente.

027. (CESPE/2010/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a opção correta acerca do


procedimento nos feitos de competência do tribunal do júri
a) Diversamente do que ocorre no procedimento comum, no rito do júri o juiz recebe a denúncia
após a apresentação da resposta escrita do acusado.
b) Apresentada a defesa, o juiz deve designar audiência de instrução e julgamento para data
próxima. Nessa data, a oitiva do MP sobre preliminares e documentos constituiria inversão
tumultuária, pois essa apreciação será feita por ocasião das alegações finais e da pronúncia.
c) Os peritos podem ser ouvidos em audiência de instrução e julgamento para esclarecimento
sobre laudos, mas isso depende de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz.
d) Não há previsão legal de concessão de tempo para manifestação oral, ao assistente de acu-
sação, nas alegações finais da primeira fase do júri.
e) Tendo o réu respondido solto ao processo, não pode o juiz, na pronúncia, decretar sua se-
gregação cautelar.

028. (MPE-RS/2014/MPE-RS-SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Em se tratando de proce-


dimento relativo aos processos da competência do Tribunal do Júri, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) O juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado, quando provado não ser ele o autor
ou partícipe do fato.
b) Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diver-
so dos relativos à competência do Tribunal do Júri e não for competente para o julgamento,
remeterá os autos ao juiz que o seja.
c) O procedimento relativo aos processos da competência do tribunal do júri será concluído no
prazo máximo de 90 dias.
d) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.

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e) O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acu-
sado fique sujeito a pena mais grave.

029. (VUNESP/2009/TJ-MS-TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) O ques-


tionário contendo os quesitos a serem apreciados pelos jurados no Tribunal do Júri, de acordo
com o art. 483 do CPP, deverá ser formulado na seguinte ordem, e indagando sobre:
a) materialidade, autoria, nexo de causalidade, qualificadoras e causas de aumento e diminui-
ção de pena.
b) materialidade, autoria, privilégios e qualificadoras, causas de aumento e diminuição.
c) materialidade, autoria, se o acusado deve ser absolvido, se existe causa de diminuição de
pena, circunstâncias qualificadoras, ou causas de aumento de pena.
d) autoria, materialidade, agravantes e atenuantes, causas de aumento e de diminuição de pena.
e) autoria, materialidade, causas de aumento e de diminuição de pena.

030. (EJEF/2009/TJ-MG/JUIZ) Em se tratando do julgamento pelo Tribunal do Júri, marque a


opção CORRETA.
a) Quando dos debates, a parte só poderá intervir, com aparte, tendo a permissão do Juiz.
b) Quando dos debates, só poderá ter aparte, quando a parte que estiver falando o permitir.
c) Quando dos debates, poderá existir aparte apenas da defesa, ante o princípio da plenitude
de defesa.
d) Quando dos debates, não poderá haver qualquer aparte.

031. (FCC/2009/DPE-MA-DEFENSOR PÚBLICO) Pela nova sistemática aplicada ao Tribunal


do Júri, se os defensores exercerem o seu direito de recusar o número máximo de jurados
sorteados para a composição do Conselho de Sentença, comparecendo o número total de
jurados previsto pelo Código de Processo Penal, quantos acusados poderão ser julgados em
uma sessão sem que haja cisão do julgamento?
a) No máximo 6.
b) No mínimo 5.
c) No máximo 4.
d) No mínimo 4.
e) No mínimo 3.

032. (FCC/2009/TJ-GO–JUIZ) O procedimento de instrução preliminar em caso de competên-


cia do Tribunal do Júri deverá ser concluído em até
a) cento e vinte dias.
b) trinta dias.
c) sessenta dias.
d) oitenta e um dias.
e) noventa dias.

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033. (VUNESP/2009/TJ-SP-OFICIAL DE JUSTIÇA) Os jurados sorteados, preferencialmente,


serão convocados para comparecerem ao Tribunal do Júri
a) pessoalmente.
b) por meio do oficial de justiça.
c) pelo correio ou qualquer outro meio hábil.
d) por telefone.
e) por e-mail.

034. (FGV/2008/TJ-MS–JUIZ) Ao final da primeira fase do processo dos crimes de competên-


cia do júri, quais as diferentes decisões que o juiz presidente do Tribunal do Júri poderá tomar?
a) Pronúncia, impronúncia, despronúncia e desclassificação.
b) Pronúncia, impronúncia, despronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
c) Pronúncia, despronúncia, desclassificação e arquivamento.
d) Pronúncia, impronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
e) Pronúncia, impronúncia, desclassificação, absolvição sumária e condenação sumária.

035. (1EJEF/2007/TJ-MG–JUIZ) Marque a alternativa INCORRETA.


Nos processos do Tribunal do Júri, o juiz de direito deverá assegurar:
a) o sigilo das votações.
b) a soberania dos veredictos.
c) a repetição da votação, se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com
outra já proferida.
d) a competência exclusiva para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, consumados
ou tentados.

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GABARITO
1. E
2. d
3. b
4. E
5. b
6. d
7. b
8. a
9. d
10. a
11. d
12. b
13. d
14. d
15. d
16. e
17. b
18. e
19. a
20. e
21. e
22. a
23. a
24. a
25. b
26. b
27. c
28. a
29. c
30. a
31. a
32. e
33. c
34. d
35. d

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/CEBRASPE/2021/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO-PROVA 1)
Acerca dos aspectos processuais no direito penal, julgue o item subsequente.
A simples leitura da decisão de pronúncia do plenário do tribunal do júri induz à nulidade do
julgamento.

O entendimento do Superior Tribunal de Justiça é firmado nesse sentido:


“A simples leitura da pronúncia no Plenário do Júri não leva à nulidade do julgamento, que
somente ocorre se a referência for utilizada como argumento de autoridade que beneficie ou
prejudique o acusado” (Tese n. 08, Ed. n. 75 da Jurisprudência em Teses).
Errado.

002. (IDECAN/2021/PC-CE/INSPETOR DE POLÍCIA CIVIL) Ao instituto do júri penal é as-


segurado(a)
a) a extensividade na defesa.
b) o resguardo da votação.
c) a autonomia dos veredictos.
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida.
e) a irrecorribilidade dos veredictos.

De acordo com a Constituição Federal, em seu art. 5º, temos acerca do Tribunal do Júri:
Plenitude → de Defesa
Sigilo → das votações
Soberania → dos veredictos
Competência → julgamento de crimes dolosos contra a vida.
Letra d.

003. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INI-


CIAL) Assinale a opção correta, acerca dos quesitos no tribunal do júri.
a) Quesito que verse sobre causa de aumento de pena deverá preceder quesito que trate de
causa de diminuição de pena.
b) Caso os jurados absolvam acusado do crime de homicídio, persistirá a competência deles
para julgar demais crimes conexos que existirem.
c) Alegação de excludente de ilicitude deve vir quesitada separadamente do quesito absolutó-
rio genérico.
d) O quesito formulado de modo complexo não é causa de nulidade do julgamento.
e) A tese de desclassificação deve preceder o quesito da absolvição.
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Vejamos caso a caso:


a) Errada. De acordo com o art. 483 do CPP, a causa de diminuição de pena alegada pela defe-
sa precede a causa de aumento de pena.
b) Certa. Exatamente. Reconheceu-se a competência do júri diante da absolvição. Nesse caso,
conforme estudamos, caberá a ele julgar os crimes conexos.
c) Errada. A excludente de ilicitude será analisada no quesito absolutório genérico.
d) Errada. O STJ entende ser nulo o julgamento quando os quesitos forem apresentados com
má redação ou quando forem formulados de modo complexo, a ponto de causarem perplexi-
dade ou de dificultarem o entendimento dos jurados.
e) Errada. De acordo com o CPP, art. 483, § 4º: Sustentada a desclassificação da infração para
outra de competência do juiz singular, será formulado quesito a respeito, para ser respondido
após o 2º (segundo) ou 3º (terceiro) quesito, conforme o caso.
Letra b.

004. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO–DIREITO) Hugo é investigado pela prá-


tica de lesão corporal seguida de morte contra Márcia, crime esse cometido em Manaus. A
autoridade policial realizou interceptação telefônica e tomou conhecimento de que Hugo havia
confessado ser o autor do crime ao irmão da vítima, Miguel.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o item a seguir, com base no que dispõe a legislação
de regência.
A competência para processar e julgar Hugo, se este figurar como réu, será do tribunal do júri
da comarca de Manaus.

Conforme estudamos, os crimes PRETERDOLOSOS (nos quais o agente possui DOLO na con-
duta ANTECEDENTE e CULPA na conduta CONSEQUENTE) não são de competência do júri.
Exemplos: Lesões Corporais seguidas de morte e Latrocínio (Roubo com resultado morte).
Isso ocorre pois o ataque contra a vida da vítima aqui não é doloso, e sim culposo, o que afasta
a competência do tribunal do júri.
Errado.

005. (FCC/2018/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) O Tribunal do Júri é com-


posto por um juiz togado, seu presidente e por:
a) sete jurados.
b) vinte e cinco jurados.
c) vinte e um jurados.
d) nove jurados.
e) quinze jurados.
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Vamos nos lembrar do que diz o CPP:

CPP, Art. 447. O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu presidente e por 25 (vinte e
cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete) dos quais constituirão o Conselho
de Sentença em cada sessão de julgamento.
Letra b.

006. (FGV/2015/TJ-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ESCREVENTE-ÁREA JUDICIÁRIA) Durante


os debates orais no Tribunal do Júri:
a) se houver mais de um acusador, caberá ao juiz disciplinar a divisão do tempo, independen-
temente da combinação entre eles;
b) havendo mais de um acusado, o tempo para acusação não sofrerá acréscimo algum;
c) se houver mais de um defensor, caberá ao juiz disciplinar a divisão do tempo, independente-
mente da combinação entre eles;
d) o assistente de acusação também deve ser consultado se deseja ou não fazer uso da réplica;
e) os apartes deverão ser coibidos pelo Juiz Presidente, já que não regulamentados por lei

O assistente de acusação tem o direito de falar após o MP, na forma do art. 476, §1º do CPP.
Por esse motivo, deverá também ser consultado sobre o desejo de fazer uso da tréplica, assim
como é o órgão ministerial.
Letra d.

007. (MPDFT/2013/MPDFT-PROMOTOR DE JUSTIÇA) Sobre o Tribunal do Júri, é INCORRE-


TO afirmar:
a) Seu procedimento desdobra-se em juízo da acusação, que analisa a admissibilidade da pre-
tensão punitiva, e juízo da causa, que diz respeito ao mérito da acusação.
b) Se o acusado houver permanecido preso durante a instrução criminal, a pronúncia do juiz
importará em automática manutenção da cautela extrema, sendo, por outro lado, necessária a
motivação do decreto de prisão na hipótese de o pronunciado encontrar-se solto.
c) A decisão de impronúncia não faz coisa julgada formal e material.
d) Se o advogado do acusado, regularmente intimado, não comparecer à sessão de julgamen-
to, e não houver escusa legítima, o julgamento será adiado uma única vez, cabendo ao juiz-pre-
sidente intimar a Defensoria Pública para o novo julgamento.
e) Nos termos da lei, o sistema de colheita de depoimentos em plenário é, para as partes, o
do exame direto e cruzado, ao passo que, para os jurados, o sistema é o indireto, ou presi-
dencialista.

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Muito cuidado com questões assim – nas quais o examinador pede que você identifique a
assertiva INCORRETA.
Dito isso, o Art. 413, parágrafo 3º do CPP rege que “O juiz decidirá, motivadamente, no caso
de manutenção, revogação ou substituição da prisão ou medida restritiva de liberdade ante-
riormente decretada e, tratando-se de acusado solto, sobre a necessidade da decretação da
prisão ou imposição de quaisquer das medidas previstas no Título IX do Livro I deste Código.”
Não há que se falar, portanto, em manutenção da prisão de forma automática – haja vista que
a decretação deve ser sempre MOTIVADA.
Letra b.

008. (NC-UFPR/2012/TJ-PR/JUIZ) Como é composto o Tribunal do Júri?


a) Um (01) Juiz togado que o preside, vinte e cinco (25) jurados que serão sorteados entre os
alistados, exigindo-se a presença de pelo menos quinze (15) para a instalação dos trabalhos.
b) Um (01) Juiz togado que o preside, quinze (15) jurados sorteados entre os vinte e cinco (25)
alistados, exigindo-se a presença de pelo menos sete (07) para a instalação dos trabalhos.
c) Um (01) Juiz togado que o preside, sete (07) jurados sorteados entre os quinze (15) presen-
tes na abertura dos trabalhos, o réu ou réus, o representante do Ministério Público, ao menos
um (01) Advogado de defesa e o Escrivão.
d) Um (01) Juiz togado que o preside, sete (07) jurados sorteados entre os vinte e cinco (alis-
tados), o réu ou réus, o representante do Ministério Público, ao menos um (01) Advogado
de defesa.

Segundo o art. 447 do Código de Processo Penal, “O Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz
togado, seu presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados,
7 (sete) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.”.
Ademais, o art. 463 determina que “Comparecendo, pelo menos, 15 (quinze) jurados, o juiz
presidente declarará instalados os trabalhos, anunciando o processo que será submetido a
julgamento.”
Letra a.

009. (FCC/2012/TJ-GO/JUIZ) Em relação ao procedimento relativo ao Tribunal do Júri, é cor-


reto afirmar que:
a) estão isentos do serviço do júri os cidadãos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos.
b) a intimação da decisão de pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, ao defensor no-
meado ou constituído, e ao Ministério Público.

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c) não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de


autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, absolverá sumariamente o acusado
d) não poderá servir o jurado que, no caso de concurso de pessoas, houver integrado o Con-
selho de Sentença que julgou o outro acusado ou tiver funcionado em julgamento anterior do
mesmo processo, independentemente da causa determinante do julgamento posterior.
e) contra a sentença de impronúncia caberá recurso em sentido estrito.

Segundo o art. 449 do CPP, Não poderá servir o jurado que:

I – tiver funcionado em julgamento anterior do mesmo processo, independentemente da causa de-


terminante do julgamento posterior;
II – no caso do concurso de pessoas, houver integrado o Conselho de Sentença que julgou o outro
acusado;
III – tiver manifestado prévia disposição para condenar ou absolver o acusado.
O examinador simplesmente combinou dois incisos do art. 449 do CPP. Por isso é tão impor-
tante ler a lei seca!
Letra d.

010. (DPE-PE/2015/DPE-PE-ESTAGIÁRIO DE DIREITO) Considerando o procedimento do Tri-


bunal do Júri, assinale a afirmativa correta
a) Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia ou
queixa se houver prova nova.
b) A fundamentação da pronúncia limitar-se-á à indicação da materialidade do fato e da exis-
tência de indícios suficientes de autoria ou de participação, devendo o juiz declarar o disposi-
tivo legal em que julgar incurso o acusado, sendo dispensável a especificação das circunstân-
cias qualificadoras e das causas de aumento de pena
c) O juiz, ao receber a denúncia ou a queixa, ordenará a citação do acusado para responder a
acusação, por escrito, no prazo de 15 (quinze) dias.
d) O recurso cabível para atacar a sentença de impronúncia é o recurso em sentido estrito.
e) O juiz não poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação que impor-
te em pena mais grave ao acusado.

Questão embasada no art. 414 do CPP, parágrafo único, segundo o qual no âmbito do Tribunal
do Júri, enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova denúncia
ou queixa se houver prova nova.
Letra a.

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011. (FUNDEP (GESTÃO DE CONCURSOS)/2014/DPE-MG/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre o


procedimento do tribunal do júri, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se vier a
desclassificar a infração, impronunciar ou absolver o acusado de maneira que exclua a compe-
tência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.
b) Durante a instrução em plenário, os jurados poderão formular perguntas ao ofendido e às
testemunhas, por intermédio do juiz presidente, assim como poderão requerer acareações,
reconhecimento de pessoas e coisas, esclarecimento dos peritos, leitura de peças que se refi-
ram, exclusivamente, às provas colhidas por precatória e às provas cautelares, antecipadas ou
não repetíveis.
c) Se, da decisão dos jurados resultar a desclassificação da infração para outra, de compe-
tência do juiz singular, ao presidente do Tribunal do Júri caberá proferir a sentença, o mesmo
ocorrendo em relação aos crimes conexos não dolosos contra a vida.
d) O conselho de sentença será questionado sobre matéria de fato e de direito e se o acusado
deve ser absolvido.

Questão muito boa, que acaba pegando o aluno que está desatento. O conselho de sentença
será questionado sobre matéria de FATO e se o acusado deve ser absolvido (Art. 482 CPP).
Matéria de DIREITO é competência do juiz-presidente, que possui capacidade técnica para tal!
Letra d.

012. (UFMT/2012/TJ-MT/OFICIAL DE JUSTIÇA) Em relação ao Tribunal do Júri, assinale a


afirmativa INCORRETA.
a) Como a competência do Tribunal do Júri é considerada cláusula pétrea, ela não pode
ser reduzida.
b) O Tribunal do Júri possui competência constitucional para julgar todos os crimes dolosos
contra a vida.
c) O crime de latrocínio não é da competência do Tribunal do Júri.
d) Os crimes conexos aos crimes de competência do Tribunal do Júri são atraídos e julgados
pela corte popular.

Muito cuidado com afirmações taxativas e absolutas como “TODOS”, “NENHUM”, pois o exa-
minador adora utilizar esses termos para elaborar boas pegadinhas.
O Tribunal do Júri possui sim a competência constitucional para julgar os crimes dolosos con-
tra a vida. Entretanto, não serão TODOS que serão julgados pelo Júri!
Se, por exemplo, um indivíduo com foro por prerrogativa de função previsto na CF/88 (Como
um Senador ou Presidente da República) pratica um crime doloso contra a vida, será julgado

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por tal tribunal, haja vista que ambas as competências foram definidas em norma constitucio-
nal. No exemplo em que trabalhamos, o processo tramitaria no STF – e não no tribunal do júri.
Letra b.

013. (FCC/2013/MPE-SE/ANALISTA–DIREITO) No que se refere a procedimento no Tribunal


do Júri, é INCORRETO afirmar:
a) Poderão ser jurados os cidadãos maiores de 18 anos.
b) Estão isentos do serviço do júri aqueles que o requererem, demonstrando justo impedimento.
c) Contra a sentença de impronúncia caberá apelação.
d) O juiz, fundamentadamente, impronunciará desde logo o acusado quando provado não ser
ele o autor ou partícipe do fato.
e) O jurado que tiver integrado o Conselho de Sentença nos 12 (doze) meses que antecederam
à publicação da lista geral fica dela excluído.

A impronúncia ocorre quando o juiz não se convence da materialidade do fato ou da existência


de indícios suficientes de autoria ou de participação (Art. 414 CPP). Não é a prova de que o
acusado não é o autor do fato que irá resultar em sua impronúncia (na verdade, tal prova resul-
tará em sua absolvição sumária).
Letra d.

014. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) O Tribunal de Júri é composto


por 01 (um) juiz togado e por
a) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 05 (cinco) dos quais constituirão
o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
b) 20 (vinte) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais constituirão
o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
c) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 05 (cin-
co) dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
d) 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 07 (sete) dos quais cons-
tituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
e) 25 (vinte e cinco) jurados que serão escolhidos pelo presidente dentre os alistados, 07 (sete)
dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.

Questão fácil – novamente o examinador se baseia apenas no art. 447 do CPP. São 25 jurados,
um juiz togado e 07 jurados selecionados para o conselho de sentença. Muito simples!
Letra d.

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015. (CESPE/2016/POLÍCIA CIENTÍFICA-PE/CONHECIMENTOS GERAIS (PERITO CRIMI-


NAL E MÉDICO) Compete ao tribunal do júri processar e julgar o crime de
homicídio culposo.
b) rixa com resultado morte.
c) lesão corporal seguida de morte.
d) induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio.
e) latrocínio.

Questão boa, e que premia o candidato bem preparado. Como você já sabe, o tribunal do júri
tem competência sobre os crimes dolosos contra a vida.
Homicídio culposo não se enquadra nessa categoria.
Rixa com resultado morte e lesão corporal com resultado morte são crimes preterdolosos,
nos quais a morte ocorre de forma CULPOSA (só há dolo na rixa e na lesão corporal, respec-
tivamente).
O latrocínio, por sua vez, é o roubo com resultado morte, que no entanto é crime contra o
PATRIMONIO e não contra a vida, a despeito de seu resultado (o agente, primariamente, quer
subtrair um bem da vítima).
O único delito que sobra, portanto, é o de induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, que
efetivamente é um crime doloso contra a vida.
27% dos candidatos (em base de dados online com mais de 9000 respostas) erram essa ques-
tão. Veja como é importante analisar com calma as assertivas apresentadas pelo examinador!
Letra d.

016. (CESPE/2010/MPE-RO/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Com relação à primeira fase do pro-


cedimento do tribunal do júri, assinale a opção correta.
a) O juiz absolverá o acusado quando não existir prova de ter este concorrido para a in-
fração penal.
b) O juiz pronunciará o acusado quando houver indícios suficientes de materialidade e auto-
ria do fato.
c) O juiz impronunciará o acusado quando restar provado não ser ele autor do fato e não for
possível indicar o verdadeiro autor.
d) As sentenças de pronúncia e impronúncia são impugnáveis por recurso em sentido estrito.
e) O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora, com
isso, o acusado fique sujeito a pena mais grave.

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Conforme estudamos, a essência da jurisdição está na frase “dai-me os fatos que lhe darei o
direito”. O juiz togado, bacharel em direito, sabe o direito – e portanto julga os fatos, e não a
tipificação jurídica à ele apresentada pelo Ministério Público.
Por esse motivo, desde que não altere a descrição dos fatos apresentados na denúncia, o juiz
pode sim dar nova definição jurídica diversa, mesmo que mais gravosa para o acusado.
Letra e.

017. (FCC/2013/MPE-AM/AGENTE TÉCNICO–JURÍDICO) No procedimento relativo aos pro-


cessos da competência do Tribunal do Júri, o acusado será interrogado
a) antes da apresentação da defesa preliminar.
b) ao final da instrução, antes dos debates.
c) após a apresentação da defesa preliminar e antes da inquirição das testemunhas arroladas
pela acusação.
d) após a inquirição das testemunhas de acusação e antes da inquirição das testemunhas
arroladas pela defesa.
e) após os debates, antes da prolação da sentença.

O interrogatório do acusado sempre ocorre após todas as outras oitivas, sendo realizado ao
final da instrução, antes apenas dos debates orais entre a acusação e a defesa.
Letra b.

018. (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ) Assinale a opção correta, acerca do procedimento relativo


aos processos de competência do tribunal do júri.
a) O cidadão alistado no serviço do júri, que é de natureza facultativa, ao ser intimado, poderá
solicitar sua exclusão mediante simples petição dirigida ao juiz presidente do tribunal do júri.
b) O jurado, por não ser magistrado de carreira, não poderá ser responsabilizado criminalmente
nos mesmos termos em que são os juízes togados.
c) O alistamento, no serviço obrigatório do júri, compreenderá os cidadãos maiores de vinte e
um anos, de notória idoneidade.
d) O alistamento, no serviço obrigatório do júri, compreenderá os cidadãos maiores de vinte
cinco anos, de notória idoneidade, porque o jurado é equiparado ao juiz, para todos os efeitos,
e essa é a idade exigida para o ingresso na magistratura.
e) O alistamento, no serviço do júri, de caráter obrigatório, compreenderá os cidadãos maiores
de dezoito anos, de notória idoneidade.

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Questão extraída do art. 436 do CPP:

Art. 436. O serviço do júri é obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18


(dezoito) anos de notória idoneidade.
Letra e.

019. (FGV/2014/TJ-RJ/TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) Sobre o procedimento relati-


vo aos processos da competência do Tribunal do Júri, é correto afirmar que:
a) em caso de impronúncia do réu, enquanto não extinta a punibilidade, poderá ser formulada
nova denúncia, se houver prova nova;
b) não caberá absolvição sumária;
c) contra a sentença de impronúncia caberá recurso em sentido estrito;
d) em hipótese alguma caberá intimação por edital da decisão de pronúncia;
e) na primeira fase do procedimento, a acusação deverá arrolar testemunhas, até no máximo
de 05, na denúncia ou queixa.

Mais uma questão embasada no art. 414, parágrafo único, CPP:

Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de


autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
Parágrafo único. Enquanto não ocorrer a extinção da punibilidade, poderá ser formulada nova de-
núncia ou queixa se houver prova nova.
Letra a.

020. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) No procedimento relativo aos


processos de competência do Tribunal do Júri, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o
acusado quando
a) provado não ser ele o autor ou partícipe do fato.
b) o fato não constituir infração penal.
c) demonstrada causa de exclusão do crime.
d) provada a inexistência do fato.
e) não se convencer da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.

De novo nosso campeão de questões: Art. 414 do CPP.

Art. 414. Não se convencendo da materialidade do fato ou da existência de indícios suficientes de


autoria ou de participação, o juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado.
Letra e.

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021. (FCC/2014/MPE-PE-PROMOTOR DE JUSTIÇA) Na instrução preliminar do procedimen-


to do júri,
a) o Ministério Público poderá arrolar até o máximo de oito testemunhas, concluindo-se o pro-
cedimento no prazo máximo de cento e vinte dias.
b) não apresentada a resposta no prazo legal, o juiz considerará preclusa a oportunidade e
designará audiência.
c) a sentença deve ser necessariamente proferida em audiência.
d) arguidas preliminares na defesa, sobre elas o Ministério Público deverá ser ouvido em
audiência.
e) as exceções serão processadas em apartado.

Mais uma vez o examinador se atém à letra da lei, pura e simples:

Art. 407. As exceções serão processadas em apartado, nos termos dos arts. 95 a 112 deste Código.”
Letra e.

022. (FCC/2012/TJ-RJ/TECNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA) Nas comarcas com mais de


1.000.000 (um milhão) de habitantes, o presidente do Tribunal do Júri alistará de
a) 800 (oitocentos) a 1.500 (mil e quinhentos) jurados.
b) 500 (quinhentos) a 2.000 (dois) mil jurados.
c) 400 (quatrocentos) a 800 (oitocentos) jurados.
d) 300 (trezentos) a 700 (setecentos) jurados.
e) 80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) jurados.

Particularmente, eu sou contra questões que cobram apenas a capacidade de memorizar do


aluno. Uma coisa é estudar o texto de lei e memorizar pontos chave e artigos mais cobrados,
que tratam de alguma norma aplicável à casos concretos.
Outra é decorar números, o que não exige raciocínio algum.
Mas como as bancas cobram a matéria dessa forma, faz parte estar ciente disso e se preparar
adequadamente. Nesse sentido e segundo o art. 425 do CPP, temos o seguinte:

Art. 425, CPP - Anualmente, serão alistados pelo presidente do Tribunal do Júri de 800 (oitocentos) a
1.500 (um mil e quinhentos) jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (um milhão) de habitantes,
de 300 (trezentos) a 700 (setecentos) nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes e de
80 (oitenta) a 400 (quatrocentos) nas comarcas de menor população.
Letra a.

023. (IPAD/2012/PC-AC/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL) São características do Tribunal do Júri


previstas pela Constituição da República todas as alternativas abaixo, EXCETO:
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a) a competência para julgamento de todos os crimes contra a pessoa.


b) o sigilo das votações.
c) a soberania dos veredictos.
d) a plenitude de defesa.
e) a ampla defesa e o contraditório efetivos.

Crimes contra a vida são uma espécie de crimes contra a pessoa. A competência do tribunal
do júri é para julgamento de crimes dolosos contra a vida, mas não se estende aos demais de-
litos praticados contra a pessoa, motivo pelo qual a assertiva A está incorreta.
Letra a.

024. (FAURGS/2014/TJ-RS-OFICIAL DE JUSTIÇA PJ-H) Assinale a afirmativa correta, em re-


lação ao procedimento aplicado nos processos da competência do Tribunal do Júri, conforme
o Código de Processo Penal.
a) O juiz, fundamentadamente, pronunciará o acusado, se convencido da materialidade do fato
e da existência de indícios suficientes de autoria ou de participação.
b) É vedada a participação de assistente de acusação na instrução preliminar.
c) Na instrução preliminar, o juiz não poderá indeferir a produção de nenhuma prova requerida
pela defesa, em nome do princípio da plenitude de defesa.
d) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá recurso em senti-
do estrito.
e) A intimação da decisão de pronúncia será feita pessoalmente ao acusado, ao defensor no-
meado, ao defensor constituído e ao Ministério Público.

Outra questão simples. Segundo o art. 413 do CPP, “O juiz, fundamentadamente, pronunciará
o acusado, se convencido da materialidade do fato e da existência de indícios suficientes de
autoria ou de participação.”
Letra a.

025. (MPE-RS/2017/MPE-RS-SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Nos termos do Código de Pro-


cesso Penal, acerca do procedimento relativo aos processos da competência do Tribunal do
Júri, assinale a alternativa correta.
a) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá recurso em senti-
do estrito.
b) O Conselho de Sentença será constituído por 7 (sete) dos jurados sorteados dentre os
alistados.
c) O sorteio dos jurados será realizado a portas abertas pelo juiz, cabendo-lhe retirar as cédulas
até completar o número de 23 (vinte e três) jurados para a reunião periódica ou extraordinária.

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d) Estão isentos do serviço do júri os cidadãos maiores de 65 (sessenta e cinco) anos de idade
que requeiram sua dispensa.
e) Não estão impedidos de servir no mesmo Conselho as pessoas que mantenham união es-
tável reconhecida como entidade familiar.

Conforme determina o art. 447 do CPP, Tribunal do Júri é composto por 1 (um) juiz togado, seu
presidente e por 25 (vinte e cinco) jurados que serão sorteados dentre os alistados, 7 (sete)
dos quais constituirão o Conselho de Sentença em cada sessão de julgamento.
Letra b.

026. (FUMARC/2011/PC-MG/DELEGADO DE POLÍCIA) Sobre o tribunal do júri é INCORRE-


TO afirmar:
a) Nas comarcas de mais de 100.000 (cem mil) habitantes serão alistados de 300 (trezentos)
a 700 (setecentos) jurados.
b) Se o interesse da ordem pública reclamar o juiz poderá, logo após o interrogatório do acusa-
do, determinar o desaforamento do julgamento.
c) O serviço de jurado é obrigatório e somente compreenderá maiores de 18 anos.
d) Os jurados poderão formular perguntas às testemunhas por intermédio do juiz-presidente.

Por força do art. 427 do CPP, é competência do TRIBUNAL determinar o desaforamento – e não
do juiz por si só. Pegadinha sutil, mas muito recorrente em provas. Fique atento!
Letra b.

027. (CESPE/2010/MPE-SE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a opção correta acerca do


procedimento nos feitos de competência do tribunal do júri
a) Diversamente do que ocorre no procedimento comum, no rito do júri o juiz recebe a denúncia
após a apresentação da resposta escrita do acusado.
b) Apresentada a defesa, o juiz deve designar audiência de instrução e julgamento para data
próxima. Nessa data, a oitiva do MP sobre preliminares e documentos constituiria inversão
tumultuária, pois essa apreciação será feita por ocasião das alegações finais e da pronúncia.
c) Os peritos podem ser ouvidos em audiência de instrução e julgamento para esclarecimento
sobre laudos, mas isso depende de prévio requerimento e de deferimento pelo juiz.
d) Não há previsão legal de concessão de tempo para manifestação oral, ao assistente de acu-
sação, nas alegações finais da primeira fase do júri.
e) Tendo o réu respondido solto ao processo, não pode o juiz, na pronúncia, decretar sua se-
gregação cautelar.

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Conforme preconiza o art. 411, parágrafo 1º, CPP, “Os esclarecimentos dos peritos dependerão
de prévio requerimento (das partes) e deferimento pelo juiz.”.
Letra c.

028. (MPE-RS/2014/MPE-RS-SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) Em se tratando de proce-


dimento relativo aos processos da competência do Tribunal do Júri, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) O juiz, fundamentadamente, impronunciará o acusado, quando provado não ser ele o autor
ou partícipe do fato.
b) Quando o juiz se convencer, em discordância com a acusação, da existência de crime diver-
so dos relativos à competência do Tribunal do Júri e não for competente para o julgamento,
remeterá os autos ao juiz que o seja.
c) O procedimento relativo aos processos da competência do tribunal do júri será concluído no
prazo máximo de 90 dias.
d) Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação.
e) O juiz poderá dar ao fato definição jurídica diversa da constante da acusação, embora o acu-
sado fique sujeito a pena mais grave.

Quando houver prova de que o acusado não é o autor ou partícipe do fato, não ocorrerá sua
impronúncia, e sim sua absolvição sumária!
Letra a.

029. (VUNESP/2009/TJ-MS-TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS) O ques-


tionário contendo os quesitos a serem apreciados pelos jurados no Tribunal do Júri, de acordo
com o art. 483 do CPP, deverá ser formulado na seguinte ordem, e indagando sobre:
a) materialidade, autoria, nexo de causalidade, qualificadoras e causas de aumento e diminui-
ção de pena.
b) materialidade, autoria, privilégios e qualificadoras, causas de aumento e diminuição.
c) materialidade, autoria, se o acusado deve ser absolvido, se existe causa de diminuição de
pena, circunstâncias qualificadoras, ou causas de aumento de pena.
d) autoria, materialidade, agravantes e atenuantes, causas de aumento e de diminuição de pena.
e) autoria, materialidade, causas de aumento e de diminuição de pena.

Olha a que ponto chega o examinador para cobrar a letra da lei: exigir que o candidato saiba a
ORDEM da formulação de quesitos aos jurados. Absurdo – porém aconteceu nesse certame e
irá com certeza acontecer em outros.
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Estamos, é claro, diante do art. 483 do CPP:

Art. 483. Os quesitos serão formulados na seguinte ordem, indagando sobre: (Redação dada pela
Lei n. 11.689, de 2008)
I – a materialidade do fato; (Incluído pela Lei n. 11.689, de 2008)
II – a autoria ou participação; (Incluído pela Lei n. 11.689, de 2008)
III – se o acusado deve ser absolvido; (Incluído pela Lei n. 11.689, de 2008)
IV – se existe causa de diminuição de pena alegada pela defesa; (Incluído pela Lei n. 11.689, de
2008)
V – se existe circunstância qualificadora ou causa de aumento de pena reconhecidas na pronúncia
ou em decisões posteriores que julgaram admissível a acusação. (Incluído pela Lei n. 11.689, de
2008)
Letra c.

030. (EJEF/2009/TJ-MG/JUIZ) Em se tratando do julgamento pelo Tribunal do Júri, marque a


opção CORRETA.
a) Quando dos debates, a parte só poderá intervir, com aparte, tendo a permissão do Juiz.
b) Quando dos debates, só poderá ter aparte, quando a parte que estiver falando o permitir.
c) Quando dos debates, poderá existir aparte apenas da defesa, ante o princípio da plenitude
de defesa.
d) Quando dos debates, não poderá haver qualquer aparte.

Conforme preconiza o art. 497, XII do CPP, é atribuição do juiz-presidente do Tribunal do Júri
“regulamentar, durante os debates, a intervenção de uma das partes, quando a outra estiver
com a palavra, podendo conceder até 3 (três) minutos para cada aparte requerido, que serão
acrescidos ao tempo desta última.”.
Por esse motivo, quando dos debates, a parte só poderá intervir, com aparte (ou seja, quando
a outra parte estiver com a palavra), com a permissão do juiz.
Letra a.

031. (FCC/2009/DPE-MA-DEFENSOR PÚBLICO) Pela nova sistemática aplicada ao Tribunal


do Júri, se os defensores exercerem o seu direito de recusar o número máximo de jurados
sorteados para a composição do Conselho de Sentença, comparecendo o número total de
jurados previsto pelo Código de Processo Penal, quantos acusados poderão ser julgados em
uma sessão sem que haja cisão do julgamento?
a) No máximo 6.
b) No mínimo 5.
c) No máximo 4.
d) No mínimo 4.
e) No mínimo 3.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Procedimentos – Parte II
Douglas Vargas

Questão boa, que nos força a fazer um cálculo simples!


Se são 25 jurados sorteados para a reunião, e cada parte pode recusar de forma imotivada até
3 jurados cada, temos que até seis acusados poderão ser julgados em uma mesma sessão
sem causar a cisão do julgamento (haja vista que o máximo de recusas seria de 18 (3x6).
Como o conselho de sentença necessita de 7 jurados para ser formado, e inicia-se a reunião
com 25 jurados, temos que a subtração do número máximo de recusas imotivadas (18) resul-
taria exatamente em 7 jurados – exatamente o necessário para a realização do julgamento!
Letra a.

032. (FCC/2009/TJ-GO–JUIZ) O procedimento de instrução preliminar em caso de competên-


cia do Tribunal do Júri deverá ser concluído em até
a) cento e vinte dias.
b) trinta dias.
c) sessenta dias.
d) oitenta e um dias.
e) noventa dias.

Não pode perder uma questão como essa de forma alguma. Basta ler o art. 412 do CPP, que
determina que o procedimento de instrução preliminar no Tribunal do Júri seja finalizado em
até 90 dias.
Letra e.

033. (VUNESP/2009/TJ-SP-OFICIAL DE JUSTIÇA) Os jurados sorteados, preferencialmente,


serão convocados para comparecerem ao Tribunal do Júri
a) pessoalmente.
b) por meio do oficial de justiça.
c) pelo correio ou qualquer outro meio hábil.
d) por telefone.
e) por e-mail.

Questão simples, baseada no art. 434 do CPP:


“Os jurados sorteados serão convocados pelo correio ou por qualquer outro meio hábil para
comparecer no dia e hora designados para a reunião, sob as penas da lei.”
Letra c.

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Procedimentos – Parte II
Douglas Vargas

034. (FGV/2008/TJ-MS–JUIZ) Ao final da primeira fase do processo dos crimes de competên-


cia do júri, quais as diferentes decisões que o juiz presidente do Tribunal do Júri poderá tomar?
a) Pronúncia, impronúncia, despronúncia e desclassificação.
b) Pronúncia, impronúncia, despronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
c) Pronúncia, despronúncia, desclassificação e arquivamento.
d) Pronúncia, impronúncia, desclassificação e absolvição sumária.
e) Pronúncia, impronúncia, desclassificação, absolvição sumária e condenação sumária.

Essa com certeza você tirou de letra. O que o juiz pode fazer ao final da primeira fase do pro-
cesso de competência do tribunal do júri é pronunciar o réu, impronunciá-lo, desclassificar o
delito para outro que não é de competência do júri ou absolver sumariamente o acusado!
Letra d.

035. (1EJEF/2007/TJ-MG–JUIZ) Marque a alternativa INCORRETA.


Nos processos do Tribunal do Júri, o juiz de direito deverá assegurar:
a) o sigilo das votações.
b) a soberania dos veredictos.
c) a repetição da votação, se a resposta a qualquer dos quesitos estiver em contradição com
outra já proferida.
d) a competência exclusiva para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida, consumados
ou tentados.

Essa você já aprendeu na aula de hoje: A competência para o julgamento de crimes dolosos
contra a vida, consumados ou tentados, é, em regra, do tribunal do júri. Entretanto essa com-
petência não é absoluta nem exclusiva (pois pode passar para outros tribunais em casos ex-
cepcionais, como ocorre com os autores que possuem foro por prerrogativa de função previsto
na CF/88).
Letra d.

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Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

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