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PROCESSUAL PENAL
Competência
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz
Apresentação..................................................................................................................4
Competência...................................................................................................................5
Introdução.......................................................................................................................5
Jurisdição........................................................................................................................5
Princípios........................................................................................................................6
Investidura......................................................................................................................6
Indelegabilidade............................................................................................................... 7
Inafastabilidade............................................................................................................... 7
Inevitabilidade.................................................................................................................8
Correlação......................................................................................................................8
Competência...................................................................................................................9
Conceito..........................................................................................................................9
Competência Material. .....................................................................................................9
Competência Funcional. ...................................................................................................9
Competência em Razão da Matéria................................................................................ 13
Competência pelo Lugar da Infração............................................................................. 15
Crimes Tentados. ........................................................................................................... 18
Crimes Permanentes..................................................................................................... 18
Crimes à Distância. ........................................................................................................ 18
Crimes Praticados Fora do Território Nacional.............................................................. 19
Crimes Praticados a Bordo de Embarcação ou Aeronave.............................................. 19
Crime Praticado em Local incerto na Divisa de duas Comarcas..................................... 19
Competência pelo Domicílio ou Residência do Réu........................................................ 20
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Competência
Geilza Diniz
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Competência
Geilza Diniz
Apresentação
Querido(a) aluno(a), é com muito carinho e com extrema dedicação que apresento a vo-
cês o pdf de competência, da disciplina Direito Processual Penal. Nele, iremos trabalhar esse
tema tormentoso, que muitos alunos desistem de estudar, mas que, com paciência e dedica-
ção, conseguiremos estudar e gabaritar qualquer questão sobre o assunto.
Meu nome é Geilza Diniz sou formada pela UFRR, Mestra em Direito pela UFPE e Doutora
em Direito pelo UniCeub. Juíza do TJDFT desde 2003, aprovada em 1º lugar, com a maior
nota final no concurso, em toda a história do Tribunal. Fui juíza do TJRR e fui ainda aprovada
no concurso de Consultor Legislativo do Senado, Procurador do Banco Central, Advogada da
União, dentre outros.
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Competência
Geilza Diniz
COMPETÊNCIA
Introdução
Um dos estudos mais complicados na disciplina direito processual penal é o que vamos
estudar agora. Apesar de complexo, cheio de detalhes e com constantes alterações legais e
jurisprudenciais, é um estudo que recomendamos que o aluno enfrente com coragem, pois cai
muito em concurso.
Nosso estudo será baseado em doutrina, na lei, na jurisprudência e em muitas questões
de concurso, com maior enfoque no que tem sido mais cobrado nos concursos e com o cui-
dado de ajudar você a montar uma boa base nessa matéria.
Jurisdição
Ao pensarmos em jurisdição, o conceito nos remete à resolução de conflitos entre pes-
soas. Os conflitos podem ser resolvidos de diversas maneiras, não apenas pela jurisdição. A
jurisdição é apenas um dos mecanismos de resolução de conflitos. Segundo Carnelucci, em
seu clássico conceito, a lide é um conflito de interesses qualificada por uma pretensão resis-
tida e é a partir desse conflito que surge a necessidade de resolução.
Autotutela, as próprias partes, de forma violenta, vêm a resolver um conflito. Hoje, isso é
tratado como crime, o crime de exercício arbitrário das próprias razoes. Na autotutela as par-
tes resolvem o conflito, portanto, por meio da força bruta. Olho por olho, dente por dente. Hoje,
o Estado é que deve resolver esses conflitos, quando não puderem ser resolvidos de forma
harmônica pelos particulares.
A segunda modalidade de resolução de conflitos é a autocomposição. Nela, as próprias
partes, de forma pacífica, compondo e resolvendo o seu conflito, conseguem a solução do
mesmo. Aqui já não se tem mais força bruta, mas sim composição.
Tem-se ainda a renúncia, quando após um conflito, uma das partes prefere renunciar ao
seu direito para colocar fim ao conflito.
Tem-se ainda a submissão da vontade de um dos conflitantes à vontade do outro e tem-
-se ainda a transação, em que cada parte resolve abrir mão de parte de seu direito para transigir
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Competência
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com a outra. Todas essas formas são formas de resolução de conflitos sem a intervenção do
poder judiciário.
Algumas vezes, haverá a heterocomposição, quando as partes não puderam, por si sós,
resolver o conflito que havia entre elas, sendo necessário que outra pessoa, alguém de fora,
componha o conflito, alcance a paz social.
O objetivo, o escopo da jurisdição será trazer de volta a paz social que foi rompida, no caso
do direito processual penal, pela prática de uma infração. A jurisdição é o poder-deve dado
aos juízes para dizer o direito.
Jurisdição é dizer o direito, vem do latim juris (direito) e dicere (dizer). Assim, a jurisdição
é o poder do Estado de dizer o direito no caso concreto.
Em nossa Constituição, temos as seguintes previsões:
Esse dispositivo, que está no rol dos direitos fundamentais, nos demonstra que é cláusula
pétrea que, quando ocorre um crime, é direito do autor do crime saber quem irá lhe julgar, um
juízo ou tribunal existente e previsto antes mesmo da prática do ilícito, sendo vedado o juízo
ou tribunal de exceção, ou seja, juízo ou tribunal criado após a prática do ilícito. Não pode
haver juízo ou tribunal criado post factum. Essa previsão é feita segundo as regras de com-
petência. Cesare Beccaria, no livro “Dos delitos e das penas”, é uma grande referência sobre
esse tema.
Art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.
Princípios
Investidura
O primeiro princípio da jurisdição é o da investidura. Para que se exerça a jurisdição, para
que se diga o direito, é necessário que se esteja regularmente investido no cargo. Em regra, a
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Competência
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investidura se dá por concurso público de provas e títulos. Mas pode se dar, também, por meio
de outros provimentos, como o quinto constitucional e a forma de investidura dos membros
dos tribunais.
Indelegabilidade
Não se pode delegar a outro órgão o poder de julgar, que é ínsito ao poder judiciário. As
exceções permitidas são apenas as previstas constitucionalmente, como, por exemplo a pre-
visão do julgamento feito pelo Senado, nos casos de crimes de responsabilidade, que são
considerados por alguns doutrinadores como jurisdição atípica:
Juiz Natural
A cláusula constitucional já vista e inserta no inciso LVII do art. 5º nos traz que a exis-
tência de um juiz natural, previsto anteriormente à prática da infração penal, é uma cláusula
pétrea ínsita ao conceito de jurisdição. Também faz parte desse princípio a vedação da exis-
tência de juízo ou tribunal de exceção.
Inafastabilidade
Segundo a CF, inciso XXXV, a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ame-
aça a direito, isso porque o acesso à justiça também é direito fundamental. Assim, o judiciário
aprecia lesões ou ameaças a direito, não podendo isso ser afastado sequer em virtude de lei.
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Competência
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Inevitabilidade
Correlação
Características
Inércia
O juiz não pode dar início ao processo penal, não ajuíza ação penal, ele se submete à ne-
cessidade de provocação das partes.
Substitutividade
Lide
Imutabilidade
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Competência
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Competência
Conceito
A competência é uma medida da jurisdição que é atribuída a cada juiz. Todo juiz possui
jurisdição, mas nem todo juiz possui competência. O juiz deve ser, além de competente, o juiz
natural e imparcial, com definição nas leis e regras de organização judiciária.
O art. 69 do CPP contém as principais regras de competência no direito processual penal:
Competência Material
Analisando o artigo acima descrito, temos competência material assim delimitadas:
• Competência ou critério “ratione materiae”: art. 69, inciso III, do CPP – natureza da in-
fração, como, por exemplo, os crimes eleitorais;
• Competência ou critério “ratione personae”: art. 69, inciso VII, do CPP – prerrogativa
de função;
• Competência ou critério “ratione loci”: art. 69, incisos I e II, do CPP;
Competência Funcional
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Competência
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• Fase do procedimento:
Exemplo: juiz das garantias, juiz da condenação, juiz da execução – competência funcional hori-
zontal.
• Objeto do juízo:
Veja uma tabela com as principais distinções entre competência absoluta e competência
relativa:
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Competência
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A Súmula 33 do STJ determina que a incompetência relativa não pode ser declarada de
ofício. Prevalece na doutrina o entendimento de que essa súmula tem aplicação somente
para o processo civil, ou seja, para o processo penal a incompetência relativa pode ser decla-
rada de ofício.
Veja que é um precedente recente, aplicando a Súmula 33 do STJ ao processo penal. Não
é, todavia, um assunto pacífico.
Outra questão importante: o art. 567 do CPP prevê que a incompetência do juízo anula so-
mente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido
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Competência
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Assim, o STF amplia o teor do art. 567 do CPP, possibilitando que o juiz competente, ao
receber o processo do juiz incompetente, possa ratificar todos os atos decisórios ou não. Fica
a questão, todavia, se seria possível ratificar toda a instrução, considerando o princípio da
identidade física do juiz. Nosso posicionamento é no sentido de que mesmo a instrução po-
deria ser ratificada, havendo uma flexibilização ao princípio mencionado. Isso porque aquele
juiz que fez a instrução era incompetente, de forma que o juiz competente é quem realmente
deve proferir a sentença.
Para fixar a competência, algumas perguntas devem ser respondidas, na ordem:
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Competência
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O art. 70 do CPP traz regras sobre a competência, determinando que a regra de competên-
cia, no processo penal, é fixada pelo lugar em que se consumar a infração e, alternativamente,
no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resul-
tado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a juris-
dição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção.
Veja que temos o critério do último ato da execução tanto para a tentativa, porque aí não ha-
verá consumação, como ainda para o caso de crime que se consuma fora do território nacional.
Nos artigos 70, §3º, e 71, o CPP traz a competência pela prevenção. Firma-se a compe-
tência a partir do juiz que decidiu primeiro no processo ou inquérito. A competência pela pre-
venção ocorrerá quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção e no caso de infração continuada ou
permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições.
Feitas essas primeiras observações, vamos agora analisar a competência em razão da
matéria.
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Competência
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Na justiça comum, teremos a justiça estadual e federal, sendo que a competência da jus-
tiça federal é delimitada pelo art. 109 da CF, que prevê a competência quando o crime envolver
bens, serviços ou interesses da União, autarquias federais e empresas públicas federais.
A súmula 38 do STJ disciplina que compete à justiça estadual comum, na vigência da Cons-
tituição de 1988 o processo e julgamento das contravenções penais, ainda que praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesses da União, autarquias federais e empresas públicas
federais. Assim, a justiça federal não julga contravenções, os chamados crimes anões.
A Súmula 42 do STJ determina que os crimes contra bens, serviços ou interesses de so-
ciedade de economia mista federal são de competência da justiça estadual.
Um caso muito interessante diz respeito à súmula 91 do STJ, que dizia que os crimes con-
tra a fauna são de competência da justiça federal. Posteriormente, essa súmula foi cancelada,
passando a ser da competência da justiça estadual os crimes contra a fauna.
Mas cuidado!!!!
Todavia, o STF entende que caberá à justiça federal julgar crime ambiental que envolva ani-
mais silvestres, animais ameaçados de extinção, espécimes exóticos ou animais protegidos
por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, desde que haja caráter transnacional.
Segundo a Súmula 122 do STJ, compete à justiça federal o processo e julgamento unifica-
do dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regrado do art.
78, II, a, do CPP. Por esse artigo, haveria preponderância do local da infração com pena mais
grave. Qual o motivo disso? O fato de que a competência da justiça federal ter sede constitu-
cional. Logo, havendo crimes conexos de competência da justiça estadual e federal, por conta
da sede constitucional, a justiça federal exercerá a “vis atrativa”.
Segundo a Súmula 140 do STJ, compete à justiça comum estadual processar e julgar o
crime em que o indígena figure como autor ou vítima. Logo, se houver um indígena, seja como
réu ou como vítima, ele deve ser tratado como qualquer outro. Para atrair a competência da
justiça federal, teria que envolver toda uma questão indígena.
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Competência
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Como vimos, o art. 70 do CPP fixa as principais regras a respeito da competência pelo lu-
gar da infração, trazendo a regra geral de fixação de competência pelo local da consumação
do crime. Vejamos algumas situações que costumam ser cobradas em concurso, acerca da
fixação da competência por meio dessa regra.
HOMICÍDIO: a consumação do homicídio se dá no local da morte, sendo competente o
tribunal do júri da comarca em que ocorreu o resultado morte, portanto. Todavia, quando a
vítima é atingida em uma cidade e é levada, ainda viva, para tratamento em outra cidade e lá
vem a falecer, a competência não será do tribunal do júri do local da morte, mas sim do local
da ação. Nesse sentido veja o seguinte precedente, do STJ:
Homicídio- vítima atingida em uma cidade que veio a falecer em outra - Competência do
local onde o crime se consumou Inteligência do artigo 70 do Código de Processo Penal
A competência é do Juízo onde se consumou a infração, pois é o meio social, que foi
ferido, na sua normalidade, o que necessita de ser tranquilizado com o conhecimento
dos responsáveis, pelo crime a aplicação, a eles, da pena apta a readaptá-la a esse meio.
O Juízo competente para processar e julgar o acusado é da Comarca de Aimorés-MG,
onde a vítima foi alvejada com tiros de revólver que lhe causaram os ferimentos mortais,
e não o Juízo da comarca de Vitória-ES, onde em busca de melhor assistência médica
veio a falecer. (Superior Tribunal de Justiça CC 2104 RT 678/378).
O objetivo desse entendimento é atender a busca da verdade no processo penal, pois a ins-
trução deve ocorrer no local que melhor facilite a colheita das provas, ou seja, o local da ação.
Em suma: nos crimes de homicídio em que a ação ocorre em determinado local e a morte
em outro, apesar da regra do art. 70 do CPP, a competência será do tribunal do júri do local em
que ocorreu a ação.
CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO: quando o crime base ocorrer em determinado
local e o resultado agravador ocorrer em outro, a competência será firmada pelo local em que
ocorreu o resultado agravador, confira-se:
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Em suma: nos crimes qualificados pelo resultado, compete ao juízo do local do resultado
agravador o processo e julgamento do crime.
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§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provi-
são de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de
vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Logo, em caso de crime de estelionato praticado mediante cheque sem provisão de fundo,
não se aplicam mais as súmulas acima e sim o art. 70. §4º, do CPP, sendo competente o local
do domicílio da vítima ou, em caso de mais de uma vítima, firma-se por prevenção.
ESTELIONATO MEDIANTE FALSIFICAÇÃO DE CHEQUE: nesse crime, temos a ação de uma
terceira pessoa, que não o titular do cheque, que falsifica o cheque, em regra a assinatura. Nes-
se caso, o STJ editou a súmula 48, pela qual “compete ao juízo do local da obtenção da vanta-
gem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque”.
Em suma: estelionato mediante falsificação de cheque – competência do local da obtenção
da vantagem ilícita.
Tem prevalecido que essa situação não foi alterada pela lei 14.155/2021, de forma que
continua aplicável a súmula 48 do STJ, porque o estelionato mediante falsificação de cheque
não foi expressamente previsto na lei.
CONTRABANDO E DESCAMINHO: segundo a súmula 151 do STJ, a competência para o
processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do
juízo federal do lugar da apreensão dos bens.
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Crimes Tentados
Seguindo no estudo do CPP, a parte final do art. 70 disciplina que, nos casos de tentativa, a
competência é firmada pelo local da prática do último ato de execução.
Crimes Permanentes
O art. 71 do CPP preceitua:
Crimes à Distância
Quando parte do crime é cometida no território nacional e outra parte no estrangeiro, o
art. 70, §1º, do CPP determina que será competente para processar e julgar o delito o local em
que, no Brasil, foi praticado o último ato de execução.
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O §2º do mesmo dispositivo disciplina que se o último ato de execução for praticado no
exterior, será competente para processar e julgar a infração penal o juiz do local em que o
crime, embora parcialmente, tenha produzidor ou deveria produzir o resultado.
Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil,
será competente o juízo da Capital da República.
Prevê o art. 89 do CPP que os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas
territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações
nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro
em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em
que houver tocado.
Já com relação às aeronaves, disciplina o art. 90 do CPP que os crimes praticados a bor-
do de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou
ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao
território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo território se
verificar o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.
Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89
e 90, a competência se firmará pela prevenção.
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Veja que, normalmente, quando houver qualquer dúvida ou incerteza, a competência é fir-
mada pela prevenção, o que acontece também com crimes praticados em local certo, haven-
do incerteza quanto a pertencer a uma ou outra comarca, nos termos do art. 70, §3º, do CPP.
Dispõe o art. 72 do CPP que não sendo conhecido o lugar da infração, a competência será
firmada pelo local do domicílio ou residência do réu. Trata-se de um critério subsidiário.
Caso o réu tenha duas ou mais residências, a ação poderá ser proposta em qualquer des-
ses locais, devendo ser firmada por prevenção.
Caso a residência do réu seja ignorada ou o paradeiro do réu seja desconhecido, o art. 72,
§2º, disciplina que será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento formal dos fatos.
Justiça Militar
Compete à justiça militar julgar os crimes militares definidos em lei, conforme disposi-
ção expressa do art. 124 da Constituição. O Código Penal Militar é quem faz essa definição,
subdividindo os crimes militares em próprios, que são os definidos no CPM e não possuem
paralelo na legislação comum, como a deserção, por exemplo e em impróprios, que são os
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crimes definidos no CPM e que encontram paralelo na legislação comum, como o homicídio,
roubo, dentre outros.
Observe que nem todos os crimes praticados por militares serão da competência da justi-
ça militar. Assim, os crimes contra a vida de civis praticados por militares estaduais em serviço
serão julgados pelo júri. É o que determina o §1º do art. 9º do CPM:
Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra
civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
Se for crime praticado por militar estadual contra outro militar, será da competência da
justiça militar.
A Lei n. 13.491/2017 trouxe alterações ao CPM, de forma que os crimes dolosos contra a
vida praticados por militares das forças armadas contra civil serão da competência da justiça
militar da união, desde que praticados em contexto:
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Essa lei, portanto, passou a prever a competência da justiça militar não somente para jul-
gamento dos crimes previstos no CPM, mas também de outros crimes previstos na legislação
comum, quando praticados por militar em serviço. Houve, assim, a perda da eficácia das Sú-
mulas 172 e 75 do STJ.
A justiça militar não julga os crimes conexos, de forma que, caso haja conexão entre crime
militar e crime que não seja da competência da justiça castrense, deverá haver a separação ou
desmembramento dos processos, como prevê a Súmula 90 do STJ.
Importante ainda lembrar que há a justiça militar estadual, cujo julgamento, em primeira
instância, é feito nas auditorias militares e a justiça militar federal, que julga os membros das
formas armadas. Nesse passo, entende-se que havendo crime contra a vida de civil praticado
por integrante das forças armadas, a competência será da justiça militar federal.
A Súmula 53 do STJ determina que compete à justiça comum estadual processar e julgar
civil acusado de prática de crime contra instituições militares.
Não se aplica a Lei 9099/95 à justiça militar, nos termos do art. 90-A desta lei.
Justiça Eleitoral
De acordo com o art. 121 da Constituição, cabe à justiça eleitoral julgar os crimes eleitorais
e os conexos. Os crimes eleitorais são os definidos no Código Eleitorais e em leis especiais.
Sobre a competência da justiça eleitoral para o julgamento dos crimes conexos, cite-se a
importante decisão do STF, que reafirmou o comando constitucional e decidiu que compete à
justiça eleitoral analisar a existência ou não de conexão:
Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos.
Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns
aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. STF.
Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019
(Info 933).
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz
A competência da justiça federal é disciplinada pelo art. 109 da CF. Algumas situações
merecem especial atenção.
Crimes contra a fauna com o cancelamento da súmula 91 do STJ, a competência passou
a ser da justiça estadual, salvo em excepcionais hipóteses acima analisadas.
Crimes praticados por prefeitos se o crime for de desvio de verba sujeita à prestação de
contas perante órgão federal: justiça federal, súmula 208, STJ.
Desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal: justiça estadual, sumu-
la 209 do STJ.
Crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo crian-
ça ou adolescentes, quando praticados por meio da rede mundial de computadores: justiça
federal, se observado o atributo da internacionalidade (STJ, CC 150.564/MG).
Incidente de deslocamento de competência prevê o art. 109, §5º, da CF:
Conexão e Continência
Tanto a conexão como a continência são critérios para a prorrogação de competência. O
art. 76 do CPP trata da conexão e o art. 77 trata da continência.
Sobre a conexão, preceitua o CPP:
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz
No inciso I, tem-se a conexão intersubjetiva, em que duas ou mais infrações são pratica-
das por duas ou mais pessoas. O que justifica a reunião de processos são as pessoas, por
isso intersubjetiva.
A conexão intersubjetiva pode ser por simultaneidade ou ocasional se, ocorrendo duas ou
mais infrações penais, forem praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou
seja, não há exigência de prévio ajuste entre as pessoas que praticaram o crime.
Pode ainda a conexão intersubjetiva ser por concurso quando, ocorrendo duas ou mais
infrações penais, forem praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo
e o lugar. Aqui, a diferença é que haverá liame subjetivo entre os agentes.
E por fim, pode ser a conexão intersubjetiva por reciprocidade, quando forem praticados
os crimes por duas ou mais pessoas, umas contra as outras, como é o clássico exemplo das
lesões corporais recíprocas.
O inciso II cuida da conexão objetiva, material ou lógica, pois o vínculo entre os crimes
está na motivação deles. A conexão será objetiva teleológica quando uma infração penal visa
facilitar a prática de outra.
Será objetiva consequencial em três situações: quando uma infração for praticada para
ocultar a outra, para conseguir a impunidade de outra ou para assegurar a vantagem de outra.
Tem-se ainda a conexão instrumental ou probatória, prevista no inciso III, que ocorre
quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias influir na prova de
outra infração.
Resumindo, tem-se conexão:
• Intersubjetiva:
– Por simultaneidade;
– Por concurso;
– Por reciprocidade;
• Objetiva:
– Teleológica;
– Consequencial;
• Instrumental.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz
Para nunca mais errar, veja que na conexão temos dois ou mais crimes, enquanto na con-
tinência temos crime único.
No inciso I, tem-se a continência por cumulação subjetiva, porque há um crime único, pra-
ticado por duas ou mais pessoas, seja em coautoria ou participação.
No inciso II, tem-se a continência por cumulação objetiva, que ocorre nos casos de concur-
so formal, aberratio ictus, aberratio criminis com resultado duplo.
Havendo conexão ou continência, o art. 78 do CPP traz regras de prevalência de foro:
Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguin-
tes regras:
I – no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a
competência do júri;
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos.
III – no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;
IV – no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.
Prevê o art. 82 que, se não obstante a conexão ou continência, forem instaurados proces-
sos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram
perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade
dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
Apesar da conexão ou continência, poderá haver separação obrigatória dos processos, nas
seguintes situações:
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Competência
Geilza Diniz
Veja que, se sobrevier doença mental a um dos réus durante a ação penal, esta ficará
suspensa em relação ao doente e correrá em relação aos demais, sendo causa de separação
obrigatória do processo.
Com relação ao §2º, embora mencione o art. 461, do CPP, após a reforma, o dispositivo
encontra-se previsto no art. 469, §1º.
Trata-se de hipóteses de separação obrigatória do processo, as do art. 79 do CPP. Aten-
ção, pois isso cai muito em concurso.
O art. 80 do CPP, por outro lado, traz as situações de separação facultativa dos processos,
ou seja, quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar
diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
Muito importante, ainda, é a disposição do art. 81 do CPP:
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da
sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifi-
que a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação
aos demais processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o
juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que
exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.
Observe que, no caso do júri, se a desclassificação ocorrer na fase da pronúncia, nos ter-
mos do art. 419 do CPP, o processo será remetido para o juízo competente. Mas, se a desclas-
sificação ocorrer no plenário e houver crime único, o juiz presidente suspenderá a votação e
proferirá a sentença, como determinado no art. 492, §1º, do CPP. Se houver crimes conexos,
se os jurados absolverem o réu do crime doloso contra a vida, caberá aos jurados apreciar a
responsabilidade do acusado em relação ao outro, pois são competentes para a análise dos
demais ao julgarem o mérito do crime doloso contra a vida.
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Competência
Geilza Diniz
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão di-
plomática de caráter permanente.
Os que tem foro por prerrogativa de função no STJ estão elencados no art. 105, I, “a”, da
Constituição Federal:
A competência originária dos Tribunais de Justiça será para o julgamento dos prefeitos,
nos termos do art. 29, X, da CF; juízes estaduais e do Distrito Federal, inclusive os da Justiça
Militar Estadual, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral, nos termos do art. 96, III, da CF
e membros do Ministério Público Estadual e do Distrito Federal, também ressalvada a compe-
tência da Justiça Eleitoral, nos termos do art. 96, III, da CF.
O STF, ao julgar questão de ordem na Ação Penal 937, em 3/5/2018, fez uma restrição à apli-
cação e fixação das regras de competência no foro por prerrogativa de função, quais sejam:
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Competência
Geilza Diniz
• O foro por prerrogativa de função só ocorre nos crimes cometidos durante o exercício
do mandato e relacionado às funções desempenhadas;
• O marco final para a definição da competência é o final da instrução processual, com
a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais. Após
esse momento, o fato do agente vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava não
influencia mais na competência.
Com esse novo entendimento do STF, raras, para não dizer nenhuma, serão as situações
em que o agente com foro por prerrogativa de função venha a praticar crime doloso contra a
vida e não seja julgado pelo júri, considerando que é difícil imaginar um crime doloso contra a
vida relacionado às funções desempenhadas.
Ainda sobre a competência pelo foro por prerrogativa de função, destaca-se a súmula 721
do STF, que disciplina que a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
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Competência
Geilza Diniz
RESUMO
Jurisdição – Dizer O Direito.
Competência – art. 69 do CPP e seguintes disciplinam a competência, que é medida da
jurisdição.
A competência, quando fixada pelo lugar da infração, segue a teoria do resultado como
regra geral.
No caso de tentativa – lugar do último ato de execução.
Execução iniciada no Brasil, com consumação no exterior – lugar do último ato de execu-
ção praticado no Brasil.
Se o último ato de execução for praticado no exterior – lugar em que o crime produziu ou
devia produzir o resultado, no Brasil.
Competência pela prevenção: crimes continuados ou permanentes, quando incerto o lu-
gar do crime.
Crime do homicídio doloso – exceção ao lugar da consumação, podendo ser adotado o
local da conduta – teoria da atividade.
Competência pela natureza da infração: pode levar em conta a quantidade de pena previs-
ta abstratamente, como no caso dos crimes de menor potencial ofensivo ou o objeto jurídico
do crime.
Crimes dolosos contra a vida – júri.
Justiça especial: militares, eleitorais.
Justiça comum: federal e estadual.
Competência pelo domicílio ou residência do réu: quando desconhecido o lugar da infra-
ção (critério subsidiário).
Se o réu tiver mais de uma residência – prevenção
Residência incerta ou paradeiro ignorado – juiz que primeiro souber do fato.
Ação penal privada exclusiva – o querelante pode optar pelo domicílio ou residência do
réu, ainda que conhecido o lugar da infração.
Continência e conexão: critérios de modificação da competência, memorizar artigos 76 e
77 do CPP.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz
Súmulas Pertinentes
Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de docu-
mento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o docu-
mento público, não importando a qualificação do órgão expedidor
Súmula 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-
-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a compe-
tência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
STF tem súmula, n. 704, no sentido de que “não viola as garantias do juiz natural, da
ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do pro-
cesso do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Súmula 706 do STF: É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência
penal por prevenção.
Súmula vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
Súmula n. 521, do STF, “o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de
estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o
do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.”
Súmula n. 522, do STF: “Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a com-
petência será da justiça federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento
dos crimes relativos a entorpecentes.”
Súmula n. 721 do STF: “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual”.
Súmula 555, do STJ: É competente o Tribunal de Justiça para julgar conflito de jurisdição
entre Juiz de Direito do Estado e a Justiça Militar local.
Súmula n. 151 do STJ: “A competência para o processo e julgamento por crime de contra-
bando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão
dos bens.”
Súmula 122 do STJ: “Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,
“a”, do Código de Processo Penal”.
Súmula 235 do STJ: “A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.”
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Competência
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) A respeito
da competência, de acordo com as Súmulas dos Tribunais Superiores é incorreto afirmar:
a) Tendo o condutor do veículo apresentado ao Policial Rodoviário Federal a carteira nacional
de habilitação falsificada, a competência para o processo e julgamento do caso penal é da
Justiça Estadual do local onde o crime foi cometido.
b) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
c) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
d) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
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Competência
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a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
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Competência
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II – Crime apenado com 2 a 12 anos de reclusão foi cometido na jurisdição federal do Mu-
nicípio “X”. Outro crime, porém apenado com reclusão de 3 a 8 anos de reclusão, foi co-
metido na jurisdição federal do Município “Y”. Os crimes são conexos entre si e devem
ser processados conjuntamente por força do art. 78, II, ´a´, CPP. Segundo entendimento
preponderante na doutrina e na jurisprudência, a competência é do Juízo Federal com
jurisdição sobre o Município “Y”.
III – Analisando em sentença processo criminal sob sua competência por dois crimes co-
nexos, Juiz Federal absolve “X” do delito de moeda falsa (art. 289, CP) por entender que
não há elementos suficientes para a condenação. Quanto ao delito remanescente (art.
299, CP, falsidade ideológica), entende que a falsidade, embora provada a autoria e a
materialidade, não tem aptidão para atingir diretamente bens, serviços ou interesses
da União, de modo que deverá declinar de sua competência quanto a esse último delito
para a Justiça Estadual.
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Competência
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IV – Os crimes praticados nos municípios que não sejam sede de vara federal serão pro-
cessados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva, sendo inviável a de-
legação de competência para a Justiça Estadual, não podendo haver a definição da
competência de outro juízo se for crime único de tráfico.
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Competência
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b) Caso desclassifique infração que tenha dado causa à conexão, o juiz continuará compe-
tente para julgar os delitos remanescentes e os corréus, haja vista a regra da perpetuatio
jurisdicionis.
c) Nos crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da capital da
República, independentemente de o acusado ter residido ou não no Brasil.
d) Os domicílios do réu e da vítima são critérios de determinação da competência jurisdicional.
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Competência
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a) O juiz de uma causa deve ser imparcial, legalmente investido e competente, o que se har-
moniza com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de jurisdição para o processo e
julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas;
b) A redistribuição de processos pela instalação de novas varas ofende os princípios do devi-
do processo legal, do juiz natural e da perpetuatio jurisdictionis;
c) Não viola o princípio do juiz natural a convocação de juízes de primeiro grau para compor
órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação de recursos em segundo grau de jurisdi-
ção, ainda que observadas as diretrizes legais federais ou estaduais;
d) A atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do
devido processo legal;
e) Viola o princípio do juiz natural o desaforamento da sessão de julgamento pelo júri, quando
não verificada a ocorrência de interesse de ordem pública, dúvida sobre a imparcialidade dos
jurados, segurança pessoal do acusado ou comprovado excesso de serviço impeditivo da
realização do julgamento no prazo de seis meses.
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do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro
por prerrogativa de função de um dos denunciados. Já Súmula 705, da mesma corte, estabe-
lece que a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor,
não impede o conhecimento da apelação por este interposta.
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a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a au-
toridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá
preferir o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competên-
cia do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem
pena mínima cominada mais alta.
d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República,
com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados interna-
cionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de desloca-
mento de competência para a Justiça Federal.
e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agen-
te, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do
exercício da função pública.
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a) Em operação de fiscalização de trânsito realizada no DF, Eliane foi flagrada dirigindo sem
a habilitação. Irritada, a condutora do veículo proferiu palavras que ofenderam o decoro dos
profissionais que trabalhavam na fiscalização. Nessa situação, competirá ao juiz da vara de
delitos de trânsito julgar as infrações cometidas.
b) Roberto importou do exterior, para venda, grande quantidade de equipamentos eletroele-
trônicos. Ele não declarou esses bens à aduana brasileira nem recolheu os tributos que se-
riam devidos. Antes de chegar a Brasília, destino final, seu voo fez escalas em São Paulo e
Goiânia. Nessa situação, havendo a apreensão da mercadoria em Brasília, competirá à justiça
federal do DF processar e julgar a ação.
c) João, juiz federal, foi acusado de praticar crime de instigação ao suicídio. Nessa situação,
a competência para processar e julgar o acusado será do tribunal do júri da comarca em que
ele exerça a sua função.
d) Três amigas, de dezessete, dezoito e dezenove anos de idade, foram acusadas de cometer
crime doloso contra a vida e crimes continentes com este em concurso de pessoas. Nessa
situação, a competência para processar e julgar a ação penal contra as acusadas será do
tribunal do júri.
e) Aderbal, juiz estadual, e Pablo, autônomo, foram acusados de cometer o crime de roubo em
concurso formal. Nessa situação, a separação dos processos para que sejam processados e
julgados em juízos distintos gerará nulidade, pois afrontará o princípio do juiz natural.
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a) Pela prevenção mesmo que forem vários os acusados com diferentes residências;
b) Pela sede do lugar de serviço se o agente serve em local de fronteira;
c) Pela auditoria de onde for praticado o primeiro ato de execução, atendida a especialização;
d) Se a infração for praticada por militares de diferentes corporações, prevalecerá o foro onde
servir o acusado de maior posto.
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GABARITO
1. a 18. d 35. C
2. b 19. b 36. E
3. b 20. d 37. b
4. d 21. b 38. d
5. c 22. b 39. b
6. d 23. a 40. e
7. a 24. b 41. e
8. e 25. c 42. a
9. C 26. d 43. c
10. E 27. b 44. e
11. c 28. b 45. a
12. a 29. b 46. b
13. d 30. c 47. d
14. c 31. e 48. a
15. c 32. b 49. c
16. d 33. a 50. a
17. e 34. E
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GABARITO COMENTADO
Questão 1 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) A respei-
to da competência, de acordo com as Súmulas dos Tribunais Superiores é incorreto afirmar:
a) Tendo o condutor do veículo apresentado ao Policial Rodoviário Federal a carteira nacional
de habilitação falsificada, a competência para o processo e julgamento do caso penal é da
Justiça Estadual do local onde o crime foi cometido.
b) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
c) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
d) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
Letra a.
a) Errada. Nesse caso, a competência é da justiça federal. O STJ tem súmula sobre o assunto:
Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de docu-
mento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o docu-
mento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
Súmula 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-
-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a compe-
tência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
c) Certa. Do mesmo modo, a alternativa C foi elaborada com base em entendimento sumulado
do STF, estando correta, portanto:
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d) Certa.
Letra b.
a) Errada. De acordo com a Súmula n. 521 do STF:
o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a moda-
lidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a
recusa do pagamento pelo sacado.
c) Errada. Por causa da expressão “ou entre estados da federação”. Vejamos o teor da Súmula
n. 522 do STF:
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Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da justiça
federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento dos crimes relativos a
entorpecentes.
Súmula 555: É competente o Tribunal de Justiça para julgar conflito de jurisdição entre
Juiz de Direito do Estado e a Justiça Militar local.
Letra b.
a) Errada. Nesse caso, a separação não somente não é obrigatória, como o STF tem súmula,
n. 704, no sentido de que “não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido
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processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prer-
rogativa de função de um dos denunciados”.
Confira-se, ainda:
(…) 4. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal
a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados (do Supremo Tribunal Federal). A decisão pela manuten-
ção da unidade de processo e de julgamento perante o Supremo Tribunal Federal ou pelo
desmembramento da ação penal está sujeita a questões de conveniência e oportunidade,
como permite o art. 80 do. [, rel. min.Rosa Weber, 1ªT, j. 11-9-2014, DJE 196 de 8-10-2014.]
b) Certa. Tendo por base o disposto no art. 76, inciso II, do CPP:
c) Errada. Ocorre a conexão intersubjetiva por reciprocidade quando duas ou mais infrações
penais forem cometidas por duas ou mais pessoas, umas contra as outras.
d) Errada. De acordo com o art. 75 do CPP:
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Letra d.
a) Errada. O art. 73 do CPP prevê hipótese de foro de eleição:
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
c) Errada. Não depende, na hipótese, da propositura da ação penal, podendo ser em qualquer
fase do inquérito ou processo, conforme §5º do art. 109 da Constituição Federal:
CF, art. 109, § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Supe-
rior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004).
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Letra c.
a) Errada. Observe o teor da Súmula vinculante 45:
b) Errada. O juiz deverá, no caso, ao pronunciar o crime doloso contra a vida, submeter os
demais ao júri popular. Nesse sentido, veja o seguinte precedente:
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Letra d.
a) Errada. Conforme entendimento sumulado já visto, no caso do tráfico interestadual preva-
lece a competência da justiça estadual.
b) Errada. No caso se trata de crime plurilocal, com possibilidade excepcional de deslocamen-
to da competência para facilitação da instrução probatória, conforme decisão do STF:
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Araújo, ocasionou a morte desta, cinco dias após tê-la operado, decorrendo o óbito de
uma embolia gordurosa não diagnosticada pela denunciada, a qual sequer chegou a exa-
minar a vítima após a alta hospitalar, limitando-se a prescrever remédios pelo telefone,
em total afronta ao Código de Ética Médica (artigo 62 do CEM)”. 2. Embora se possa afir-
mar que a responsabilidade imputada à recorrente possa derivar de negligência decor-
rente da falta do exame pessoal da vítima e do seu correto diagnóstico após a alta hos-
pitalar, é inconteste que esse fato deriva do ato cirúrgico e dos cuidados pós-operatórios
de responsabilidade da paciente, de modo que se está diante de crime plurilocal, o que
justifica a eleição como foro do local onde os atos foram praticados e onde a recorrente
se encontrava por ocasião da imputada omissão (por ocasião da prescrição de remédios
por telefone à vítima). 3. Recurso não provido.
(RHC 116200, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-176 DIVULG 06-09-2013 PUBLIC 09-09-2013)
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(I) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e
(II) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação
para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou
deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
Tese definida na AP 937 QO, rel. min. Roberto Barroso, P, j. 3-5-2018, DJE 265 de 11-12-
2018.
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Letra a.
a alternativa A foi dada como incorreta, mas ressalto que posteriormente ao concurso, houve
o seguinte entendimento do STJ:
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em favor do juízo no qual se situa a conta favorecida. No caso em que a vítima, induzida
em erro, efetuou depósito em dinheiro e/ou transferência bancária para a conta de ter-
ceiro (estelionatário), a obtenção da vantagem ilícita ocorreu quando o estelionatário se
apossou do dinheiro, ou seja, no momento em a quantia foi depositada em sua conta.
STJ. 3ª Seção. CC 167.025/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
14/08/2019.
STJ. 3ª Seção. CC 169.053-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 11/12/2019
(Info 663).
b) Certa. Nos termos da Súmula 521 do STF, que determina que o foro competente para pro-
cesso e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de che-
que sem provisão de fundos é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
c) Certa. pois a Súmula 48 do STJ preceitua que compete ao juízo do local da obtenção da
vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação
de cheque.
d) Certa. Por fim, a alternativa D está correta, era o que predominava no STJ, vide CC 139.800/
MG, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, DJe 01/07/2015.
Letra e.
a) Errada. A Súmula 528 do STJ disciplina que compete ao juiz federal do local da apreensão
da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
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b) Errada. A Súmula 140 do STJ diz que compete a justiça comum estadual processar e julgar
o crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
c) Errada. A Súmula 235 do STJ determina que a conexão não determina a reunião dos pro-
cessos se um deles já foi julgado.
d) Errada. A Súmula 376 do STJ disciplina que compete à turma recursal processar e julgar
mandado de segurança contra ato de juizado especial.
e) Certa. Nos termos da Súmula 546 do STJ, que disciplina que a competência para processar
e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual
foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
Certo.
Ótima redação, na questão, para anotar e estudar para concurso. Vejamos novamente o teor
das súmulas.
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Errado.
Trata-se, no caso, de cumulação subjetiva, nos termos do art. 77, inciso II, do CPP.
Letra c.
Súmula 122 do STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,
a, do Código de Processo Penal.
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Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 70, §1º, do CPP.
b) Errada. Nos termos do art. 70, §3º, do CPP, a competência nesse caso será firmada pela
prevenção.
c) Errada. Nesse caso, a competência será firmada pelo domicílio ou residência do réu.
d) Errada. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domi-
cílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração, nos termos do art.
73 do CPP.
Letra d.
a alternativa D é a única correta. Confira-se:
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Letra c.
a) Errada. O STJ entende que, nos casos de delitos praticados, a competência será estadual
quando o crime for perpetrado contra agência franqueada e houver ocasionado efetivo
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prejuízo unicamente a bens jurídicos privados. Por outro lado, incidirá o art. 109, IV, da Cons-
tituição Federal, nos casos em que a ofensa for direta à EBCT, ou seja, ao serviço fim dos cor-
reios, os serviços postais, atraindo, pois, a competência federal.
b) Errada. Nos termos da Súmula 546 do STJ, a competência para processar e julgar o crime
de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado
o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
c) Certa. Confira-se:
Compete à Justiça Federal processar e julgar as ações penais que envolvam suposta divul-
gação de imagens com pornografia infantil em redes sociais na internet. A jurisprudência
do STJ entende que só a circunstância de o crime ter sido cometido pela rede mundial
de computadores não é suficiente para atrair a competência da Justiça Federal. Contudo,
se constatada a internacionalidade do fato praticado pela internet, é da competência da
Justiça Federal o julgamento de infrações previstas em tratados ou convenções inter-
nacionais (crimes de guarda de moeda falsa, de tráfico internacional de entorpecentes,
contra as populações indígenas, de tráfico de mulheres, de envio ilegal e tráfico de meno-
res, de tortura, de pornografia infantil e pedofilia e corrupção ativa e tráfico de influência
nas transações comerciais internacionais). O Brasil comprometeu-se, perante a comuni-
dade internacional, a combater os delitos relacionados à exploração de crianças e ado-
lescentes em espetáculos ou materiais pornográficos, ao incorporar, no direito pátrio, a
Convenção sobre Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas,
por meio do Decreto Legislativo n. 28/1990 e do Dec. n. 99.710/1990. A divulgação de
imagens pornográficas com crianças e adolescentes por meio de redes sociais na inter-
net não se restringe a uma comunicação eletrônica entre pessoas residentes no Brasil,
uma vez que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, poderá acessar a página
publicada com tais conteúdos pedófilo-pornográficos, desde que conectada à internet
e pertencente ao sítio de relacionamento. Nesse contexto, resta atendido o requisito da
transnacionalidade exigido para atrair a competência da Justiça Federal. Precedentes
citados: CC 112.616-PR, DJe 1º/8/2011; CC 106.153-PR, DJ 2/12/2009, e CC 57.411-RJ,
DJ 30/6/2008. CC 120.999-CE, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora
convocada do TJ-PE), julgado em 24/10/2012.
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d) Errada. Nos termos do art. 109, IV, da CF. A competência é da justiça federal para processar
e julgar as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União
ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, excluídas a contravenções.
e) Errada. O STF tem entendimento consolidado no sentido de que a competência para julga-
mento do crime de exploração de trabalho escravo é da justiça federal.
Letra c.
a alternativa C está errada, porque, de acordo com o art. 72 do CPP, não sendo conhecido o
lugar da infração, a competência será regulada pelo domicílio ou residência do réu.
a) Certa. Nos termos do art. 70 do CPP.
b) Certa. Nos termos do art. 71 do CPP.
d) Certa. Nos termos do art. 78, II, b, do CPP.
e) Certa. Nesse caso, como ao final da primeira fase do procedimento do júri o juiz reconhece
não haver crime doloso contra a vida, cessa a competência do júri popular.
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Letra d.
Em tese, foram praticados diversos crimes, ou seja, associação criminosa e roubo em Serri-
nha, latrocínio em Feira de Santana, extorsão mediante sequestro em Simões Filho e lesões
corporais do Código de Trânsito em Salvador. Nesse caso, considerando que nenhum deles
se submete a justiça especializada, deve prevalecer a regra de conexão, prevista no art. 76 do
CPP. Em tal caso, a regra de competência é fornecida pelo art. 78, II, a, do CPP, prevalecendo a
jurisdição do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave, ou seja, Feira de San-
tana, onde houve o crime de latrocínio.
Letra e.
a) Errada. O art. 78, IV, do CPP determina que na determinação da competência por conexão
ou continência, serão observadas as seguintes regras... no concurso entre a jurisdição co-
mum e a especial, prevalecerá esta.
b) Errada. De acordo com o art. 70 do CPP, no caso de tentativa, será firmada a competência
pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.
c) Errada. Nesse caso, a competência será firmada pela prevenção, nos termos do art. 71
do CPP.
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d) Errada. A desclassificação ocorreu pelo Conselho de Sentença, pelos jurados, logo, cabe o
próprio juiz presidente do júri sentenciar o crime.
e) Certa. Nos termos do art. 72 do CPP.
Letra d.
Lei 9.099/99. Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada
a infração penal.
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Letra b.
I – Errado. A competência é do Tribunal de Justiça, tratando-se de competência originária.
Confira-se:
II – Certo. Sendo de se destacar a Súmula 209 do STJ, que disciplina que compete à Justiça
Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimô-
nio municipal.
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Letra d.
A primeira assertiva é verdadeira, nos termos do art. 78, II, a, do CPP. A segunda é falsa, por
força do art. 72 do CPP. A terceira é verdadeira, conforme súmula 546 do STJ. A quarta é ver-
dadeira, conforme art. 63 da lei 9099/95. A quinta é verdadeira, nos termos do art. 77 do CPP
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Competência
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ser processados conjuntamente por força do art. 78, II, ´a´, CPP. Segundo entendimento
preponderante na doutrina e na jurisprudência, a competência é do Juízo Federal com
jurisdição sobre o Município “Y”.
III – Analisando em sentença processo criminal sob sua competência por dois crimes co-
nexos, Juiz Federal absolve “X” do delito de moeda falsa (art. 289, CP) por entender que
não há elementos suficientes para a condenação. Quanto ao delito remanescente (art.
299, CP, falsidade ideológica), entende que a falsidade, embora provada a autoria e a
materialidade, não tem aptidão para atingir diretamente bens, serviços ou interesses
da União, de modo que deverá declinar de sua competência quanto a esse último delito
para a Justiça Estadual.
Letra b.
I – Certo. Confira-se:
3. Assim sendo, para atrair a competência da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca
proibida em rio interestadual deveria gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afe-
tando trecho do rio que se alongasse por mais de um Estado da Federação, como ocor-
reria se ficasse demonstrado que a atividade pesqueira ilegal teria o condão de reper-
cutir negativamente sobre parte significativa da população de peixes ao longo do rio,
por exemplo, impedindo ou prejudicando seu período de reprodução sazonal. 4. Situação
em que os danos ambientais afetaram apenas a parte do rio próxima ao Município em
que a infração foi verificada, visto que a denúncia informa que apenas dois espécimes,
dentre os 85 Kg (oitenta e cinco quilos) de peixes capturados, tinham tamanho inferior
ao mínimo permitido e os apetrechos de pesca apresentavam irregularidades como falta
de plaquetas de identificação, prejuízos que não chegam a atingir a esfera de interesses
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da União. (....) STJ. 3ª Seção. CC 146.373/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, jul-
gado em 11/05/2016.
Letra b.
I – Certo. Nos termos da Súmula 528 do STJ. O item II está correto, confira-se:
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Em caso de exportação ou remessa de droga do Brasil para o exterior via postal, a consu-
mação do delito ocorre no momento do envio da droga, juízo competente para processar e
julgar o processo, independentemente do local da apreensão. Inaplicabilidade da Súmula
528 desta Corte Superior, na espécie. Conflito de Competência conhecido para declarar
competente o Juízo Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás. (CC 146.393/SP,
Relator Ministro Felix Fischer, Terceira Seção, DJe de 01/07/2016)
III – Errado. Em relação à exportação de drogas, não se aplica a súmula 528 do STJ. O item IV
está errado, nos termos do art. 109, §3º, da CF.
Letra a.
a) Certa. Pode acontecer a separação dos processos na situação descrita na alternativa A.
b) Errada. Nos termos do art. 88 do CPP.
c) Errada. Nos termos do art. 78, II, a, do CPP.
d) Errada. Nos termos da Súmula 122 do STJ.
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raí/MS, valendo-se de celular que ingressou indevidamente naquele presídio, efetue ligações
para alguém que esteja em Maracaju/MS, exigindo o pagamento de vantagem indevida, sob
pena de causar mal a um filho adolescente que estuda em Campo Grande/MS. A vítima, acre-
ditando que seu filho poderia ser morto, deixa a cidade de Maracaju/MS, desloca-se para
Dourados/MS e saca importância em dinheiro na agência bancária dessa cidade, operando,
em seguida, na cidade de Fátima do Sul/MS, a entrega da quantia a um comparsa do presidi-
ário. O foro competente para processar e julgar o delito é:
a) Naviraí.
b) Maracaju.
c) Campo Grande.
d) Dourados.
e) Fátima do Sul.
Letra b.
A alternativa correta é a B, pois, sendo o crime de extorsão um crime formal, ele se consuma
com o constrangimento, mediante grave ameaça, no caso, e com o intuito de obter para si ou
para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma
coisa, o que ocorreu em Maracaju, local em que a vítima estava e recebeu o telefonema.
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d) Na hipótese de crimes conexos, o juiz que decretar a prisão preventiva de um dos acusados
fica, em face da prevenção, competente para a apreciação de todos os crimes, independente-
mente do número de infrações cometidas.
e) No caso de crime continuado, com diversos processos em andamento, o juiz prevento de-
verá avocar os demais, sendo nula qualquer sentença proferida por outro juízo, ainda que
definitiva.
Letra c.
a) Errada. O art. 73 prevê a possibilidade de o querelante preferir o foro de domicílio ou
da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração, nos casos de exclusiva
ação privada.
b) Errada. Nos termos da Súmula 721 do STF.
c) Certa. Nos termos da Súmula 122 do STJ.
d) Errada. Nos termos do art. 78, II, do CPP, pois a prevenção é critério residual.
e) Errada. Pois o art. 82 do CPP excepciona processos com sentença definitiva.
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Competência
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Letra d.
A meu ver, a alternativa D poderia ser mais bem redigida, mas não deixa de estar certa. No
primeiro caso, cabe ao Tribunal do Júri, em regra, do local da morte, admitindo-se, excepcio-
nalmente, caso a morte ocorra em outro local, como vimos no material, que seja o processo
e julgamento feito no local dos fatos. No segundo caso, a regra do juizado especial é que a
competência é a do lugar em que foi praticada a infração penal. No juizado, o julgamento é
feito pelo juiz singular.
Letra b.
a) Errada. Conforme art. 76 do CPP.
b) Certa. Conforme art. 88 do CPP.
c) Errada. Conforme art. 78, II, do CPP.
d) Errada. Conforme art. 82 do CPP.
e) Errada. Conforme art. 71 do CPP.
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Competência
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Letra b.
a) Errada. Trata-se de continência, conforme art. 77, I, CPP.
b) Certa. Conforme art. 81 do CPP.
c) Errada. Conforme art. 88 do CPP.
d) Errada. Conforme art. 72 do CPP.
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Competência
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Letra b.
I – Errado. Conforme a Súmula 122 do STJ:
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Competência
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Letra c.
a) Errada. Caberá o RESE apenas das decisões que concluírem pela incompetência do juízo
e que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição. A decisão que rejeita a exceção
de suspeição não é passível de RESE, portanto, nos termos do art. 581, incisos I e II, do CPP.
b) Errada. Ocorrerá suspensão e não interrupção, nos termos do art. 99. O art. 111 do CPP
e) Errada. O art. 108 do CPP admite a oposição da exceção de incompetência verbalmente ou
por escrito.
correta:
Júri, com exceção das hipóteses em que a prerrogativa de função é estabelecida exclusiva-
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Letra e.
A única alternativa incorreta é a E, pois o STJ já decidiu que na hipótese de conexão entre
crime federal e crime estadual, em que existiu atração do processamento/julgamento para
a Justiça Federal, sobrevindo a extinção da punibilidade do agente pela prática do delito fe-
deral, desaparece o interesse da União, devendo haver o deslocamento da competência para
a Justiça Estadual. Nesse sentido: CC 110998/MS, Rel. Min. Maria Thereza De Assis Moura,
Terceira Seção, julgado em 26/05/2010.
Letra b.
A única incorreta é a alternativa B. Confira-se:
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Competência
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Letra a.
A alternativa correta é a “A”, elaborada nos termos da Súmula 702 do STF:
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Competência
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Errado.
O erro é que a Súmula 704 do STF afirma que não viola as garantias do juiz natural, da ampla
defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do cor-
réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.
Certo.
Questão elaborada nos termos do art. 78 e 79 do CPP.
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Competência
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Errado.
São todas hipóteses de conexão, nos termos do art. 76 do CPP. Na continência, devemos lem-
brar que há apenas um crime.
Letra b.
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou ad-
quirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B do
ECA), quando praticados por meio da rede mundial de computadores (internet). STF. Plenário.
RE 628624/MG, Rel. Orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
28 e 29/10/2015 (repercussão geral) (Info 805).
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Competência
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Letra d.
O indiciamento é ato do delegado, por isso compete ao juiz de primeira instância julgar
eventual habeas corpus contra o ato. Por outro lado, a instauração do inquérito decorreu
de requisição do Procurador da República, logo a competência para habeas corpus contra
esse ato é do TRF.
Letra b.
a) Errada. A competência do júri (tentativa de homicídio) atrairá a do crime de latrocínio.
c) Certa. O STF entende que excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos ou
culposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro, a
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Competência
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competência para julgar o fato será do local onde foi praticada a conduta (local da execução).
Adota-se a teoria da atividade. STF. 1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 13/8/2013.
c) Errada. A competência, como visto no presente material, é da justiça federal.
d) Errada. Conforme art. 83 do CPP.
e) Errada. A competência é da justiça estadual, nos termos do CC 121431-SE, do STJ.
Letra e.
A resposta está diretamente no art. 90 do CPP.
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Competência
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Letra e.
a) Errada. No juizado criminal, por exemplo, a competência é firmada pelo local em que o cri-
me é praticado.
b) Errada. O art. 16 da Lei Maria da Penha disciplina que a retratação pode ocorrer até o rece-
bimento da denúncia.
c) Errada. Nos termos do art. 568 do CPP, a nulidade, neste caso, pode ser sanada a qualquer
tempo.
d) Errada. Pois o art. 89 da Lei 9099/95 menciona crime e não infração penal. A alternativa E
está correta, nos termos do art. 529 do CPP.
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Competência
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Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 82 do CPP.
b) Errada. O art. 73 se aplica apenas aos casos de exclusiva ação priva.
c) Errada. Deve-se levar em consideração a pena máxima (CF HC 190756 -RS, do STJ).
d) Errada. O incidente de deslocamento da competência pode ser suscitado em qualquer fase
do inquérito ou processo, nos termos do art. 109, §5º, da CF.
e) Errada. Era a redação do art. 84, §1º, do CPP, declarada inconstitucional pela ADIN n. 2797.
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Competência
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e) Ato infracional praticado por jovem de 17 anos, equivalente a crime contra a fauna, dentro
do Parque Nacional de Brasília, deve ser julgado na Seção Judiciária do Distrito Federal da
Justiça Federal.
Letra c.
a) Errada. Conforme entendimento do STJ de que competem aos juízes federais processar
e julgar os delitos cometidos a bordo de aeronaves, independente delas se encontrarem em
solo. (HABEAS CORPUS N. 108.478 - SP).
b) Errada. Prevalece o foro por prerrogativa de função, fixado na Constituição Federal.
d) Errada. Os Procuradores de Justiça serão julgados pelo STJ. Nos termos do art. 105, I, a, da
CF. a alternativa E está errada, pois a competência é da Vara da Infância e Juventude do DF.
Letra e.
a) Errada. Nos termos do art. 71 do CPP.
b) Errada. Nos termos do art. 75 do CPP.
c) Errada. Nos termos do art. 79, §1º, do CPP.
d) Errada. O art. 109, IV, da CF, exclui as contravenções da competência da justiça federal.
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Letra a.
A alternativa A é cópia perfeita do art. 80 do CPP.
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Competência
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c) João, juiz federal, foi acusado de praticar crime de instigação ao suicídio. Nessa situação,
a competência para processar e julgar o acusado será do tribunal do júri da comarca em que
ele exerça a sua função.
d) Três amigas, de dezessete, dezoito e dezenove anos de idade, foram acusadas de cometer
crime doloso contra a vida e crimes continentes com este em concurso de pessoas. Nessa
situação, a competência para processar e julgar a ação penal contra as acusadas será do
tribunal do júri.
e) Aderbal, juiz estadual, e Pablo, autônomo, foram acusados de cometer o crime de roubo em
concurso formal. Nessa situação, a separação dos processos para que sejam processados e
julgados em juízos distintos gerará nulidade, pois afrontará o princípio do juiz natural.
Letra b.
A alternativa B é a única correta, nos termos da Súmula 151 do STJ, que determina que “a
competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-
-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens”.
a) Errada. Não houve delito de trânsito, já que dirigir sem habilitação, por si só, não é crime.
Ressalto que, atualmente, não existem mais no TJDFT varas de delito de trânsito.
c) Errada. Prevalece, no caso, o foro por prerrogativa de função, que está previsto na CF e não
em Constituição Estadual.
d) Errada. A pessoa que tem 17 anos não pode ser julgada pelo júri e sim pela Vara da Infância
e Juventude, devendo haver desmembramento do processo.
e) Errada. Um deles tem prerrogativa de foro, de forma que a separação dos processos não
gera nulidade, já que o juiz natural de Pablo é o de primeira instância.
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Letra d.
a) Errada. Segundo a Súmula 140 do STJ, compete à justiça comum estadual processar e
julgar o crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
b) Errada. Em face da Súmula 721, STF:
c) Errada. Isso corre apenas nos casos de ação exclusivamente privada, conforme art. 73
do CPP.
d) Certa. A competência é do Tribunal de Justiça do Estado ao qual pertence o membro do MP.
Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 73 do CPP.
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b) Errada. Os deputados estaduais são julgados pelos Tribunais de Justiça (cf. HC 347944 /
AP, STJ).
c) Errada. porque compete aos Tribunais de Justiça o julgamento dos Procuradores gerais do
Estado.
d) Errada. A regra é a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, nos termos
do art. 78, II, do CPP.
e) Errada. O júri também julga os crimes conexos.
Letra c.
a) Certa. Nos termos do art. 109.
b) Certa. Por força do art. 567 do CPP.
c) Errada. No caso, a separação é facultativa, nos termos do art. 80 do CPP.
d) Certa. Nos termos do art. 76, I, do CPP e a alternativa E está correta, nos termos do seguinte
precedente do STJ:
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Competência
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d) Se a infração for praticada por militares de diferentes corporações, prevalecerá o foro onde
servir o acusado de maior posto.
Letra a.
O art. 71 do CPP disciplina que se firma pela prevenção. A regra da residência é somente para
quando não se sabe o lugar da infração.
Geilza Diniz
Formada pela UFRR, mestra em Direito pela UFPE e doutora em Direito pelo UniCeub. É juíza do TJDFT
desde 2003, tendo sido aprovada em 1º lugar, com a maior nota final no concurso, em toda a história do
Tribunal. Foi juíza do TJRR e foi ainda aprovada nos concursos para Consultor Legislativo do Senado,
Procurador do Banco Central, Advogado da União, dentre outros.
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