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DIREITO

PROCESSUAL PENAL
Competência

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

Apresentação..................................................................................................................4
Competência...................................................................................................................5
Introdução.......................................................................................................................5
Jurisdição........................................................................................................................5
Princípios........................................................................................................................6
Investidura......................................................................................................................6
Indelegabilidade............................................................................................................... 7
Inafastabilidade............................................................................................................... 7
Inevitabilidade.................................................................................................................8
Correlação......................................................................................................................8
Competência...................................................................................................................9
Conceito..........................................................................................................................9
Competência Material. .....................................................................................................9
Competência Funcional. ...................................................................................................9
Competência em Razão da Matéria................................................................................ 13
Competência pelo Lugar da Infração............................................................................. 15
Crimes Tentados. ........................................................................................................... 18
Crimes Permanentes..................................................................................................... 18
Crimes à Distância. ........................................................................................................ 18
Crimes Praticados Fora do Território Nacional.............................................................. 19
Crimes Praticados a Bordo de Embarcação ou Aeronave.............................................. 19
Crime Praticado em Local incerto na Divisa de duas Comarcas..................................... 19
Competência pelo Domicílio ou Residência do Réu........................................................ 20

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Foro de Eleição nas Ações Penais Privadas.................................................................. 20


Competência pela Natureza da Infração....................................................................... 20
Justiça Militar............................................................................................................... 20
Justiça Eleitoral. ............................................................................................................22
Competência da Justiça Federal....................................................................................23
Conexão e Continência...................................................................................................23
Competência Ratione Personae.....................................................................................26
Resumo.........................................................................................................................29
Questões de Concurso...................................................................................................32
Gabarito........................................................................................................................ 57
Gabarito Comentado. .................................................................................................... 58

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Geilza Diniz

Apresentação

Querido(a) aluno(a), é com muito carinho e com extrema dedicação que apresento a vo-
cês o pdf de competência, da disciplina Direito Processual Penal. Nele, iremos trabalhar esse
tema tormentoso, que muitos alunos desistem de estudar, mas que, com paciência e dedica-
ção, conseguiremos estudar e gabaritar qualquer questão sobre o assunto.
Meu nome é Geilza Diniz sou formada pela UFRR, Mestra em Direito pela UFPE e Doutora
em Direito pelo UniCeub. Juíza do TJDFT desde 2003, aprovada em 1º lugar, com a maior
nota final no concurso, em toda a história do Tribunal. Fui juíza do TJRR e fui ainda aprovada
no concurso de Consultor Legislativo do Senado, Procurador do Banco Central, Advogada da
União, dentre outros.

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Geilza Diniz

COMPETÊNCIA
Introdução
Um dos estudos mais complicados na disciplina direito processual penal é o que vamos
estudar agora. Apesar de complexo, cheio de detalhes e com constantes alterações legais e
jurisprudenciais, é um estudo que recomendamos que o aluno enfrente com coragem, pois cai
muito em concurso.
Nosso estudo será baseado em doutrina, na lei, na jurisprudência e em muitas questões
de concurso, com maior enfoque no que tem sido mais cobrado nos concursos e com o cui-
dado de ajudar você a montar uma boa base nessa matéria.

Jurisdição
Ao pensarmos em jurisdição, o conceito nos remete à resolução de conflitos entre pes-
soas. Os conflitos podem ser resolvidos de diversas maneiras, não apenas pela jurisdição. A
jurisdição é apenas um dos mecanismos de resolução de conflitos. Segundo Carnelucci, em
seu clássico conceito, a lide é um conflito de interesses qualificada por uma pretensão resis-
tida e é a partir desse conflito que surge a necessidade de resolução.
Autotutela, as próprias partes, de forma violenta, vêm a resolver um conflito. Hoje, isso é
tratado como crime, o crime de exercício arbitrário das próprias razoes. Na autotutela as par-
tes resolvem o conflito, portanto, por meio da força bruta. Olho por olho, dente por dente. Hoje,
o Estado é que deve resolver esses conflitos, quando não puderem ser resolvidos de forma
harmônica pelos particulares.
A segunda modalidade de resolução de conflitos é a autocomposição. Nela, as próprias
partes, de forma pacífica, compondo e resolvendo o seu conflito, conseguem a solução do
mesmo. Aqui já não se tem mais força bruta, mas sim composição.
Tem-se ainda a renúncia, quando após um conflito, uma das partes prefere renunciar ao
seu direito para colocar fim ao conflito.
Tem-se ainda a submissão da vontade de um dos conflitantes à vontade do outro e tem-
-se ainda a transação, em que cada parte resolve abrir mão de parte de seu direito para transigir

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com a outra. Todas essas formas são formas de resolução de conflitos sem a intervenção do
poder judiciário.
Algumas vezes, haverá a heterocomposição, quando as partes não puderam, por si sós,
resolver o conflito que havia entre elas, sendo necessário que outra pessoa, alguém de fora,
componha o conflito, alcance a paz social.
O objetivo, o escopo da jurisdição será trazer de volta a paz social que foi rompida, no caso
do direito processual penal, pela prática de uma infração. A jurisdição é o poder-deve dado
aos juízes para dizer o direito.
Jurisdição é dizer o direito, vem do latim juris (direito) e dicere (dizer). Assim, a jurisdição
é o poder do Estado de dizer o direito no caso concreto.
Em nossa Constituição, temos as seguintes previsões:

Art. 5º, XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção.

Esse dispositivo, que está no rol dos direitos fundamentais, nos demonstra que é cláusula
pétrea que, quando ocorre um crime, é direito do autor do crime saber quem irá lhe julgar, um
juízo ou tribunal existente e previsto antes mesmo da prática do ilícito, sendo vedado o juízo
ou tribunal de exceção, ou seja, juízo ou tribunal criado após a prática do ilícito. Não pode
haver juízo ou tribunal criado post factum. Essa previsão é feita segundo as regras de com-
petência. Cesare Beccaria, no livro “Dos delitos e das penas”, é uma grande referência sobre
esse tema.

Art. 5º, LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente.

Nesse dispositivo, o legislador constituinte já fala da competência como um direito fun-


damental, o que vai obedecer às regras constitucionais e regras legais, de organização judici-
ária, sobre a competência para processo e julgamento das infrações penais.

Princípios
Investidura
O primeiro princípio da jurisdição é o da investidura. Para que se exerça a jurisdição, para
que se diga o direito, é necessário que se esteja regularmente investido no cargo. Em regra, a

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investidura se dá por concurso público de provas e títulos. Mas pode se dar, também, por meio
de outros provimentos, como o quinto constitucional e a forma de investidura dos membros
dos tribunais.

Indelegabilidade
Não se pode delegar a outro órgão o poder de julgar, que é ínsito ao poder judiciário. As
exceções permitidas são apenas as previstas constitucionalmente, como, por exemplo a pre-
visão do julgamento feito pelo Senado, nos casos de crimes de responsabilidade, que são
considerados por alguns doutrinadores como jurisdição atípica:

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I – processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilida-
de, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica
nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles.

Parte da doutrina aponta as cartas precatórias, de ordem e rogatória como exceção à


indelegabilidade, porque o juiz ou tribunal delegaria a outro juiz ou tribunal a prática de ato
inerente ao feito original. Todavia, ao nosso sentir, trata-se de delegação de competência para
determinado ato e não de delegação de jurisdição. No mesmo sentido entende Paulo Rangel
em “Direito Processual Penal”, pg. 321.

Juiz Natural

A cláusula constitucional já vista e inserta no inciso LVII do art. 5º nos traz que a exis-
tência de um juiz natural, previsto anteriormente à prática da infração penal, é uma cláusula
pétrea ínsita ao conceito de jurisdição. Também faz parte desse princípio a vedação da exis-
tência de juízo ou tribunal de exceção.

Inafastabilidade

Segundo a CF, inciso XXXV, a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ame-
aça a direito, isso porque o acesso à justiça também é direito fundamental. Assim, o judiciário
aprecia lesões ou ameaças a direito, não podendo isso ser afastado sequer em virtude de lei.

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Inevitabilidade

Também chamado de irrecusabilidade, esse princípio significa que a jurisdição não se


submete à vontade das partes, ou seja, as partes não podem escolher se irão ou não se sub-
meter à jurisdição, pois ela se impõe, o que é ainda mais presente no direito processual penal.

Correlação

Princípio também chamado de simetria ou congruência e que se relaciona com a inércia


da jurisdição, significa que não pode haver julgamento citra, ultra ou extra petita. O juiz fica
adstrito ao que lhe foi pedido.
No processo penal, o princípio da simetria é mais bem estudado no tópico da sentença
criminal e tem a peculiaridade de que se relaciona não ao pedido formulado na denúncia ou
queixa, mas sim aos fatos. O réu se defende dos fatos.

Características
Inércia

O juiz não pode dar início ao processo penal, não ajuíza ação penal, ele se submete à ne-
cessidade de provocação das partes.

Substitutividade

A jurisdição é um dos métodos de resolução dos conflitos, substituindo a atividade


das partes.

Lide

Conforme Carnelucci, trata-se de um conflito de interesses caracterizado por uma preten-


são resistida. É preciso esse conflito para que a lide se submete à jurisdição. Sem resistência,
não tem lide. No processo penal, há lide e a pretensão é necessariamente resistida.

Imutabilidade

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O CPC veio trazer a noção de coisa julgada inconstitucional e a imutabilidade da coisa


julgada passou a ganhar uma dimensão ainda maior. No processo penal, por causa da possi-
bilidade de revisão criminal, a imutabilidade da coisa julgada tem uma dimensão menor.

Competência

Conceito
A competência é uma medida da jurisdição que é atribuída a cada juiz. Todo juiz possui
jurisdição, mas nem todo juiz possui competência. O juiz deve ser, além de competente, o juiz
natural e imparcial, com definição nas leis e regras de organização judiciária.
O art. 69 do CPP contém as principais regras de competência no direito processual penal:

Art. 69. Determinará a competência jurisdicional:


I – o lugar da infração:
II – o domicílio ou residência do réu;
III – a natureza da infração;
IV – a distribuição;
V – a conexão ou continência;
VI – a prevenção;
VII – a prerrogativa de função.

Competência Material
Analisando o artigo acima descrito, temos competência material assim delimitadas:
• Competência ou critério “ratione materiae”: art. 69, inciso III, do CPP – natureza da in-
fração, como, por exemplo, os crimes eleitorais;
• Competência ou critério “ratione personae”: art. 69, inciso VII, do CPP – prerrogativa
de função;
• Competência ou critério “ratione loci”: art. 69, incisos I e II, do CPP;

Esses são os critérios, portanto, para definir que a competência é material.

Competência Funcional

Quando se fala em competência funcional, leva-se em consideração o juiz:

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• Fase do procedimento:

Exemplo: juiz das garantias, juiz da condenação, juiz da execução – competência funcional hori-
zontal.

• Objeto do juízo:

Exemplo: júri, no qual temos a competência do colegiado e a competência do juiz presidente


– competência funcional horizontal.

• Grau de jurisdição: competência funcional vertical.

Veja uma tabela com as principais distinções entre competência absoluta e competência
relativa:

COMPETÊNCIA ABSOLUTA COMPETÊNCIA RELATIVA


Não admite prorrogação Permite prorrogação
Firmada em função do interesse público Interesse primordial das partes
Pode ser arguida em qualquer tempo e grau de Há momento certo para arguir, sob pena de
jurisdição preclusão
Sua violação implica em nulidade absoluta Sua violação implica em nulidade relativa

Na competência absoluta, não se admite prorrogação, por exemplo, em face da conexão


ou continência. É necessário o desmembramento ou que o juiz que tem a competência abso-
luta exerça a “vis atrativa”.
A competência absoluta é firmada especialmente em face de um interesse público para a
fixação da competência, como por exemplo o melhor local para a colheita da prova, enquanto
a relativa é firmada levando em consideração primordialmente o interesse das partes.
Como regra geral, se violada a competência absoluta, haverá nulidade absoluta, enquanto
na competência relativa, se violada, ocorrerá nulidade relativa. Falamos, no primeiro caso,
como regra geral, porque os tribunais têm adotado a teoria da relativização das nulidades
processuais, de forma que, mesmo que a nulidade fosse absoluta, só se proclama a nulidade
se houver efetivo prejuízo. De toda maneira, é importante saber a diferença teórica.

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A Súmula 33 do STJ determina que a incompetência relativa não pode ser declarada de
ofício. Prevalece na doutrina o entendimento de que essa súmula tem aplicação somente
para o processo civil, ou seja, para o processo penal a incompetência relativa pode ser decla-
rada de ofício.

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZOS FEDERAIS LIGADOS A TRFs DIFEREN-


TES. AÇÃO PENAL. ESTELIONATO PREVIDENCIÁRIO EM PROVEITO PRÓPRIO. COMPE-
TÊNCIA TERRITORIAL RELATIVA. ARGUIÇÃO DE OFÍCIO, SEM PRÉVIA PROVOCAÇÃO DO
MP E ANTES DO OFERECIMENTO DE DEFESA PRÉVIA PELO RÉU: IMPOSSIBILIDADE.
ENUNCIADO DA SÚMULA 33 DO STJ.
1. Embora o Código de Processo Penal seja omisso no tocante à competência relativa,
seu art. 3º admite a utilização de “interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito”. Como decorrência, mostra-se per-
feitamente possível aplicar o Código de Processo Civil, para, de forma subsidiária, reco-
nhecer a possibilidade de modificação de competência em razão do território (art. 102
do CPC), assim como a perpetuação da jurisdição (art. 87 do CPC), caso a competência
relativa não seja arguida a tempo e modo.
2. O questionamento sobre o Juízo Federal competente para julgar ação penal em que
o réu é acusado de ter cometido estelionato previdenciário em proveito próprio envolve
apenas competência territorial relativa, já que a competência absoluta da Justiça Fede-
ral para o julgamento da ação penal não é posta em dúvida.
3. A competência em razão do local é relativa, não podendo ser decretada de ofício.
Enunciado 33 da Súmula do STJ. Precedentes desta Corte.
4. Conflito negativo conhecido para declarar a competência do Juízo Federal da 4ª Vara
Criminal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro/RJ, o suscitado.
(CC 134.272/RO, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, jul-
gado em 14/10/2015, DJe 02/12/2015)

Veja que é um precedente recente, aplicando a Súmula 33 do STJ ao processo penal. Não
é, todavia, um assunto pacífico.
Outra questão importante: o art. 567 do CPP prevê que a incompetência do juízo anula so-
mente os atos decisórios, devendo o processo, quando for declarada a nulidade, ser remetido

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ao juiz competente. Todavia, ao julgar o HC 83006/SP, o STF reconheceu a possibilidade de


ratificação, pelo juízo competente, inclusive dos atos decisórios:

HABEAS CORPUS. DENÚNCIA. MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL. RATIFICAÇÃO. PRO-


CURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA. INQUÉRITO NO ÂMBITO DO STF. LEI N. 8.038/90. 1.
“Tanto a denúncia quanto o seu recebimento emanados de autoridades incompetentes
rationae materiae são ratificáveis no juízo competente”. Precedentes. 2. Caso em que a
notificação para a apresentação de resposta (art. 4º da Lei n. 8.038/90), fase anterior ao
julgamento em que o Tribunal deliberará pelo recebimento ou rejeição da denúncia (art.
6º da Lei n. 8.038/90), não permite se inferir que tenha o relator do inquérito ratificado o
ato de recebimento da denúncia, exarado pelo juízo de origem. 3. Alegações formuladas
a respeito da inépcia da denúncia que, além de demandarem o exame de provas, insus-
cetível de realização em sede de habeas corpus, inserem-se no âmbito da deliberação a
ser realizado oportunamente pelo Tribunal em julgamento que está previsto no art. 6º da
Lei n. 8.038/90. Ordem indeferida.
(HC 83006, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 18/06/2003, DJ
29-08-2003 PP-00030 EMENT VOL-02121-17 PP-03374)

Assim, o STF amplia o teor do art. 567 do CPP, possibilitando que o juiz competente, ao
receber o processo do juiz incompetente, possa ratificar todos os atos decisórios ou não. Fica
a questão, todavia, se seria possível ratificar toda a instrução, considerando o princípio da
identidade física do juiz. Nosso posicionamento é no sentido de que mesmo a instrução po-
deria ser ratificada, havendo uma flexibilização ao princípio mencionado. Isso porque aquele
juiz que fez a instrução era incompetente, de forma que o juiz competente é quem realmente
deve proferir a sentença.
Para fixar a competência, algumas perguntas devem ser respondidas, na ordem:

1. Justiça comum ou especial?


2. Há foro por prerrogativa de função?
3. Qual o foro competente? (comarca ou circunscrição)
4. Qual o juízo competente? (vara)

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O art. 70 do CPP traz regras sobre a competência, determinando que a regra de competên-
cia, no processo penal, é fixada pelo lugar em que se consumar a infração e, alternativamente,
no caso de tentativa, pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.

Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a competência
será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será competente o
juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou devia produzir seu resul-
tado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a juris-
dição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pela prevenção.

Veja que temos o critério do último ato da execução tanto para a tentativa, porque aí não ha-
verá consumação, como ainda para o caso de crime que se consuma fora do território nacional.
Nos artigos 70, §3º, e 71, o CPP traz a competência pela prevenção. Firma-se a compe-
tência a partir do juiz que decidiu primeiro no processo ou inquérito. A competência pela pre-
venção ocorrerá quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção e no caso de infração continuada ou
permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições.
Feitas essas primeiras observações, vamos agora analisar a competência em razão da
matéria.

Competência em Razão da Matéria

Ao começar a estudar competência, vimos que devemos perguntar se a competência é


comum ou especial. Como exemplos da justiça especial, temos a justiça eleitoral, militar e
jurisdição política ou atípica, nos crimes de responsabilidade. Tudo o que não for justiça es-
pecial será justiça comum.

 Obs.: Lembre-se de que justiça federal é justiça comum e não especial.

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Na justiça comum, teremos a justiça estadual e federal, sendo que a competência da jus-
tiça federal é delimitada pelo art. 109 da CF, que prevê a competência quando o crime envolver
bens, serviços ou interesses da União, autarquias federais e empresas públicas federais.
A súmula 38 do STJ disciplina que compete à justiça estadual comum, na vigência da Cons-
tituição de 1988 o processo e julgamento das contravenções penais, ainda que praticadas em
detrimento de bens, serviços ou interesses da União, autarquias federais e empresas públicas
federais. Assim, a justiça federal não julga contravenções, os chamados crimes anões.
A Súmula 42 do STJ determina que os crimes contra bens, serviços ou interesses de so-
ciedade de economia mista federal são de competência da justiça estadual.
Um caso muito interessante diz respeito à súmula 91 do STJ, que dizia que os crimes con-
tra a fauna são de competência da justiça federal. Posteriormente, essa súmula foi cancelada,
passando a ser da competência da justiça estadual os crimes contra a fauna.

Mas cuidado!!!!
Todavia, o STF entende que caberá à justiça federal julgar crime ambiental que envolva ani-
mais silvestres, animais ameaçados de extinção, espécimes exóticos ou animais protegidos
por compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, desde que haja caráter transnacional.

Segundo a Súmula 122 do STJ, compete à justiça federal o processo e julgamento unifica-
do dos crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regrado do art.
78, II, a, do CPP. Por esse artigo, haveria preponderância do local da infração com pena mais
grave. Qual o motivo disso? O fato de que a competência da justiça federal ter sede constitu-
cional. Logo, havendo crimes conexos de competência da justiça estadual e federal, por conta
da sede constitucional, a justiça federal exercerá a “vis atrativa”.
Segundo a Súmula 140 do STJ, compete à justiça comum estadual processar e julgar o
crime em que o indígena figure como autor ou vítima. Logo, se houver um indígena, seja como
réu ou como vítima, ele deve ser tratado como qualquer outro. Para atrair a competência da
justiça federal, teria que envolver toda uma questão indígena.

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Competência pelo Lugar da Infração

Como vimos, o art. 70 do CPP fixa as principais regras a respeito da competência pelo lu-
gar da infração, trazendo a regra geral de fixação de competência pelo local da consumação
do crime. Vejamos algumas situações que costumam ser cobradas em concurso, acerca da
fixação da competência por meio dessa regra.
HOMICÍDIO: a consumação do homicídio se dá no local da morte, sendo competente o
tribunal do júri da comarca em que ocorreu o resultado morte, portanto. Todavia, quando a
vítima é atingida em uma cidade e é levada, ainda viva, para tratamento em outra cidade e lá
vem a falecer, a competência não será do tribunal do júri do local da morte, mas sim do local
da ação. Nesse sentido veja o seguinte precedente, do STJ:

Homicídio- vítima atingida em uma cidade que veio a falecer em outra - Competência do
local onde o crime se consumou Inteligência do artigo 70 do Código de Processo Penal
A competência é do Juízo onde se consumou a infração, pois é o meio social, que foi
ferido, na sua normalidade, o que necessita de ser tranquilizado com o conhecimento
dos responsáveis, pelo crime a aplicação, a eles, da pena apta a readaptá-la a esse meio.
O Juízo competente para processar e julgar o acusado é da Comarca de Aimorés-MG,
onde a vítima foi alvejada com tiros de revólver que lhe causaram os ferimentos mortais,
e não o Juízo da comarca de Vitória-ES, onde em busca de melhor assistência médica
veio a falecer. (Superior Tribunal de Justiça CC 2104 RT 678/378).

O objetivo desse entendimento é atender a busca da verdade no processo penal, pois a ins-
trução deve ocorrer no local que melhor facilite a colheita das provas, ou seja, o local da ação.
Em suma: nos crimes de homicídio em que a ação ocorre em determinado local e a morte
em outro, apesar da regra do art. 70 do CPP, a competência será do tribunal do júri do local em
que ocorreu a ação.
CRIMES QUALIFICADOS PELO RESULTADO: quando o crime base ocorrer em determinado
local e o resultado agravador ocorrer em outro, a competência será firmada pelo local em que
ocorreu o resultado agravador, confira-se:

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Geilza Diniz

RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. LATROCÍNIO. CRIME COMPLEXO. COM-


PETÊNCIA DO LOCAL ONDE FOI VERIFICADO O RESULTADO MORTE. INCOMPETÊNCIA
RATIONE LOCI. NULIDADE RELATIVA. NECESSIDADE DE SER ARGÜÍDA EM MOMENTO
PROCESSUAL OPORTUNO. PREJUÍZO À DEFESA NÃO DEMONSTRADO. FORMAÇÃO
DE QUADRILHA.CRIME PERMANENTE. COMPETÊNCIA FIRMADA POR PREVENÇÃO.
RECURSO IMPROVIDO.
1. Hipótese na qual a defesa alega que os réus estão sendo processados por juízo
incompetente, pois o crime apurado consumou-se na Comarca de Dourados/MS, eis
que a mera subtração do veículo no município de Angélica não teria o condão de fixar a
competência naquela comarca.
2. Nos crimes qualificados pelo resultado, fixa-se a competência no lugar onde ocor-
reu o evento qualificador, ou seja, onde o resultado morte foi atingido, assim, tendo os
corpos das vítimas do latrocínio sido encontrados na Comarca de Dourados, e havendo
indícios de que lá foram executadas, a competência se faz pela regra geral disposta nos
arts. 69, I e 70, “caput”, do CPP.
3. A incompetência territorial constitui-se em nulidade relativa, sendo impróprio o reco-
nhecimento de qualquer vício, se não suscitado em tempo oportuno - antes de proferida
a sentença? e se ausente a demonstração de prejuízo à defesa, tendo em vista o princí-
pio pas de nullité sans grief.
4. Em matéria processual não se declara nulidade sem a efetiva ocorrência de prejuízo,
ou, ainda, quando o ato processual não houver influído na apuração da verdade subs-
tancial, ou na decisão da causa, nos termos do artigo 563 do Código de Processo Penal.
5. Não obstante o fato de a incompetência ratione loci ter sido oportunamente aventada,
não se vislumbra a demonstração de qualquer prejuízo sofrido pelos recorrentes, o que
impede a declaração da nulidade, devendo ser perpetuada a competência do Juízo de
Direito da Comarca de Dourados/MS.
6. No que tange ao delito de formação de quadrilha, crime de natureza permanecente, a
competência é firmada por prevenção, nos termos do art. 83 do CPP.
7. Recurso improvido.
(RHC 22.295/MS, Rel. Ministra JANE SILVA (DESEMBARGADORA CONVOCADA DO TJ/
MG), QUINTA TURMA, julgado em 28/11/2007, DJ 17/12/2007, p. 229)

Em suma: nos crimes qualificados pelo resultado, compete ao juízo do local do resultado
agravador o processo e julgamento do crime.

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CRIME DE ESTELIONATO MEDIANTE EMISSÃO DE CHEQUE SEM FUNDOS: o tipo penal


do art. 171, §2º, VI, do CP foi objeto de duas importantes súmulas, quanto à competência. A
súmula 521 do STF disciplina que o foro competente para processo e julgamento dos crimes
de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos é o do
local em que se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
A Súmula 244 do STJ prevê que compete ao foro do local da recusa processar e julgar o
crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos. Em suma: a competência para
processo e julgamento de crime de estelionato mediante cheque sem fundos é o do local da
recusa pelo banco sacado.
No entanto, em 2021, tivemos importante alteração nesse assunto, com a lei nº 14.155/2021,
que inseriu o §4º do art. 70 do CPP, prevendo:

§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código
Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de cheques sem suficiente provi-
são de fundos em poder do sacado ou com o pagamento frustrado ou mediante transferência de
valores, a competência será definida pelo local do domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de
vítimas, a competência firmar-se-á pela prevenção.

Logo, em caso de crime de estelionato praticado mediante cheque sem provisão de fundo,
não se aplicam mais as súmulas acima e sim o art. 70. §4º, do CPP, sendo competente o local
do domicílio da vítima ou, em caso de mais de uma vítima, firma-se por prevenção.
ESTELIONATO MEDIANTE FALSIFICAÇÃO DE CHEQUE: nesse crime, temos a ação de uma
terceira pessoa, que não o titular do cheque, que falsifica o cheque, em regra a assinatura. Nes-
se caso, o STJ editou a súmula 48, pela qual “compete ao juízo do local da obtenção da vanta-
gem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque”.
Em suma: estelionato mediante falsificação de cheque – competência do local da obtenção
da vantagem ilícita.
Tem prevalecido que essa situação não foi alterada pela lei 14.155/2021, de forma que
continua aplicável a súmula 48 do STJ, porque o estelionato mediante falsificação de cheque
não foi expressamente previsto na lei.
CONTRABANDO E DESCAMINHO: segundo a súmula 151 do STJ, a competência para o
processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-se pela prevenção do
juízo federal do lugar da apreensão dos bens.

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Portanto, o mais importante é a competência da justiça federal para o processo e julga-


mento desses crimes. A questão ganha relevo porque é comum que os produtos do contra-
bando ou descaminho ingressem indevidamente em uma cidade e são apreendidos em outro.
Nesse caso, a competência será firmada pela prevenção.
Em suma: crimes de contrabando ou descaminho: competência da justiça federal, por
prevenção.
INFRAÇÕES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO: diversamente da regra do CPP, em que a
competência pelo local é firmada pelo local da consumação do crime, a Lei n. 9.099/95 deter-
mina, em seu art. 63, que a competência do juizado será determinada pelo lugar em que foi
praticada a infração penal.

Crimes Tentados
Seguindo no estudo do CPP, a parte final do art. 70 disciplina que, nos casos de tentativa, a
competência é firmada pelo local da prática do último ato de execução.

Crimes Permanentes
O art. 71 do CPP preceitua:

Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou


mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.

O exemplo clássico é do crime de extorsão mediante sequestro. Enquanto a vítima estiver


com a liberdade restringida, o crime está acontecendo, é permanente. Caso seja sequestrada
em uma cidade e mantida em cativeiro em outra, o juízo de qualquer delas poderá processar e
julgar o crime, firmando-se a competência pela prevenção.

Crimes à Distância
Quando parte do crime é cometida no território nacional e outra parte no estrangeiro, o
art. 70, §1º, do CPP determina que será competente para processar e julgar o delito o local em
que, no Brasil, foi praticado o último ato de execução.

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O §2º do mesmo dispositivo disciplina que se o último ato de execução for praticado no
exterior, será competente para processar e julgar a infração penal o juiz do local em que o
crime, embora parcialmente, tenha produzidor ou deveria produzir o resultado.

Crimes Praticados Fora do Território Nacional


Caso o crime tenha sido praticado fora do Brasil, em regra não será julgado no Brasil. Toda-
via, há algumas situações de extraterritorialidade da lei penal brasileira no art. 7º do CP. Nessas
situações, o art. 88 do CPP disciplina:

Art. 88. No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no Brasil,
será competente o juízo da Capital da República.

Crimes Praticados a Bordo de Embarcação ou Aeronave

Prevê o art. 89 do CPP que os crimes cometidos em qualquer embarcação nas águas
territoriais da República, ou nos rios e lagos fronteiriços, bem como a bordo de embarcações
nacionais, em alto-mar, serão processados e julgados pela justiça do primeiro porto brasileiro
em que tocar a embarcação, após o crime, ou, quando se afastar do País, pela do último em
que houver tocado.
Já com relação às aeronaves, disciplina o art. 90 do CPP que os crimes praticados a bor-
do de aeronave nacional, dentro do espaço aéreo correspondente ao território brasileiro, ou
ao alto-mar, ou a bordo de aeronave estrangeira, dentro do espaço aéreo correspondente ao
território nacional, serão processados e julgados pela justiça da comarca em cujo território se
verificar o pouso após o crime, ou pela da comarca de onde houver partido a aeronave.

Crime Praticado em Local incerto na Divisa de duas Comarcas

A competência será firmada por prevenção, nos termos do art. 91 do CPP:

Art. 91. Quando incerta e não se determinar de acordo com as normas estabelecidas nos arts. 89
e 90, a competência se firmará pela prevenção.

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Veja que, normalmente, quando houver qualquer dúvida ou incerteza, a competência é fir-
mada pela prevenção, o que acontece também com crimes praticados em local certo, haven-
do incerteza quanto a pertencer a uma ou outra comarca, nos termos do art. 70, §3º, do CPP.

Competência pelo Domicílio ou Residência do Réu

Dispõe o art. 72 do CPP que não sendo conhecido o lugar da infração, a competência será
firmada pelo local do domicílio ou residência do réu. Trata-se de um critério subsidiário.
Caso o réu tenha duas ou mais residências, a ação poderá ser proposta em qualquer des-
ses locais, devendo ser firmada por prevenção.
Caso a residência do réu seja ignorada ou o paradeiro do réu seja desconhecido, o art. 72,
§2º, disciplina que será competente o juiz que primeiro tomar conhecimento formal dos fatos.

Foro de Eleição nas Ações Penais Privadas


Mesmo que seja conhecido o lugar da infração, tratando-se de ação penal privada, o art.
73 do CPP estabelece que, na ação penal privada exclusiva (de forma que não se aplica à ação
penal privada subsidiária da pública), a vítima pode optar por ajuizar a ação penal no foro do
domicílio ou residência do querelado.

Competência pela Natureza da Infração


Levando-se em consideração o tipo de crime cometido, o julgamento poderá estar afeto à
justiça especial, como eleitoral ou militar, assim como poderá definir a competência da justiça
federal ou estadual.

Justiça Militar
Compete à justiça militar julgar os crimes militares definidos em lei, conforme disposi-
ção expressa do art. 124 da Constituição. O Código Penal Militar é quem faz essa definição,
subdividindo os crimes militares em próprios, que são os definidos no CPM e não possuem
paralelo na legislação comum, como a deserção, por exemplo e em impróprios, que são os

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crimes definidos no CPM e que encontram paralelo na legislação comum, como o homicídio,
roubo, dentre outros.
Observe que nem todos os crimes praticados por militares serão da competência da justi-
ça militar. Assim, os crimes contra a vida de civis praticados por militares estaduais em serviço
serão julgados pelo júri. É o que determina o §1º do art. 9º do CPM:

Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra
civil, serão da competência do Tribunal do Júri.

Se for crime praticado por militar estadual contra outro militar, será da competência da
justiça militar.
A Lei n. 13.491/2017 trouxe alterações ao CPM, de forma que os crimes dolosos contra a
vida praticados por militares das forças armadas contra civil serão da competência da justiça
militar da união, desde que praticados em contexto:

I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou


pelo Ministro de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não
beligerante; ou
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribui-
ção subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e
na forma dos seguintes diplomas legais...
Esse mesmo diploma legal, no art. 9º, II, do CPM, dispõe que serão da competência da justiça militar
os crimes previstos no CPM e na legislação penal, quando praticados:
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou asse-
melhado;
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar,
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou refor-
mado, ou civil; (Redação dada pela Lei n. 9.299, de 8.8.1996)
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado,
ou assemelhado, ou civil;
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração
militar, ou a ordem administrativa militar.

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Essa lei, portanto, passou a prever a competência da justiça militar não somente para jul-
gamento dos crimes previstos no CPM, mas também de outros crimes previstos na legislação
comum, quando praticados por militar em serviço. Houve, assim, a perda da eficácia das Sú-
mulas 172 e 75 do STJ.
A justiça militar não julga os crimes conexos, de forma que, caso haja conexão entre crime
militar e crime que não seja da competência da justiça castrense, deverá haver a separação ou
desmembramento dos processos, como prevê a Súmula 90 do STJ.
Importante ainda lembrar que há a justiça militar estadual, cujo julgamento, em primeira
instância, é feito nas auditorias militares e a justiça militar federal, que julga os membros das
formas armadas. Nesse passo, entende-se que havendo crime contra a vida de civil praticado
por integrante das forças armadas, a competência será da justiça militar federal.
A Súmula 53 do STJ determina que compete à justiça comum estadual processar e julgar
civil acusado de prática de crime contra instituições militares.
Não se aplica a Lei 9099/95 à justiça militar, nos termos do art. 90-A desta lei.

Justiça Eleitoral
De acordo com o art. 121 da Constituição, cabe à justiça eleitoral julgar os crimes eleitorais
e os conexos. Os crimes eleitorais são os definidos no Código Eleitorais e em leis especiais.
Sobre a competência da justiça eleitoral para o julgamento dos crimes conexos, cite-se a
importante decisão do STF, que reafirmou o comando constitucional e decidiu que compete à
justiça eleitoral analisar a existência ou não de conexão:

Compete à Justiça Eleitoral julgar os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos.
Cabe à Justiça Eleitoral analisar, caso a caso, a existência de conexão de delitos comuns
aos delitos eleitorais e, em não havendo, remeter os casos à Justiça competente. STF.
Plenário. Inq 4435 AgR-quarto/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 13 e 14/3/2019
(Info 933).

São plenamente aplicáveis na justiça eleitoral os institutos do juizado especial criminal, já


que não há vedação, pela lei. Assim, cabe, na justiça eleitoral, transação penal e suspensão
condicional do processo.

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Competência da Justiça Federal

A competência da justiça federal é disciplinada pelo art. 109 da CF. Algumas situações
merecem especial atenção.
Crimes contra a fauna  com o cancelamento da súmula 91 do STJ, a competência passou
a ser da justiça estadual, salvo em excepcionais hipóteses acima analisadas.
Crimes praticados por prefeitos  se o crime for de desvio de verba sujeita à prestação de
contas perante órgão federal: justiça federal, súmula 208, STJ.
Desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal: justiça estadual, sumu-
la 209 do STJ.
Crimes consistentes em disponibilizar ou adquirir material pornográfico envolvendo crian-
ça ou adolescentes, quando praticados por meio da rede mundial de computadores: justiça
federal, se observado o atributo da internacionalidade (STJ, CC 150.564/MG).
Incidente de deslocamento de competência  prevê o art. 109, §5º, da CF:

§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com


a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de
direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Jus-
tiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a
Justiça Federal.

É o chamado incidente de deslocamento de competência.

Conexão e Continência
Tanto a conexão como a continência são critérios para a prorrogação de competência. O
art. 76 do CPP trata da conexão e o art. 77 trata da continência.
Sobre a conexão, preceitua o CPP:

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:


I – se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por
várias pessoas, umas contra as outras;
II – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para
conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas;
III – quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na
prova de outra infração.

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No inciso I, tem-se a conexão intersubjetiva, em que duas ou mais infrações são pratica-
das por duas ou mais pessoas. O que justifica a reunião de processos são as pessoas, por
isso intersubjetiva.
A conexão intersubjetiva pode ser por simultaneidade ou ocasional se, ocorrendo duas ou
mais infrações penais, forem praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou
seja, não há exigência de prévio ajuste entre as pessoas que praticaram o crime.
Pode ainda a conexão intersubjetiva ser por concurso quando, ocorrendo duas ou mais
infrações penais, forem praticadas por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo
e o lugar. Aqui, a diferença é que haverá liame subjetivo entre os agentes.
E por fim, pode ser a conexão intersubjetiva por reciprocidade, quando forem praticados
os crimes por duas ou mais pessoas, umas contra as outras, como é o clássico exemplo das
lesões corporais recíprocas.
O inciso II cuida da conexão objetiva, material ou lógica, pois o vínculo entre os crimes
está na motivação deles. A conexão será objetiva teleológica quando uma infração penal visa
facilitar a prática de outra.
Será objetiva consequencial em três situações: quando uma infração for praticada para
ocultar a outra, para conseguir a impunidade de outra ou para assegurar a vantagem de outra.
Tem-se ainda a conexão instrumental ou probatória, prevista no inciso III, que ocorre
quando a prova de uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias influir na prova de
outra infração.
Resumindo, tem-se conexão:
• Intersubjetiva:
– Por simultaneidade;
– Por concurso;
– Por reciprocidade;
• Objetiva:
– Teleológica;
– Consequencial;
• Instrumental.

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O art. 77 do CPP passa a tratar da continência:

Art. 77. A competência será determinada pela continência quando:


I – duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma infração;
II – no caso de infração cometida nas condições previstas nos arts. 51, § 1º, 53, segunda parte, e
54 do Código Penal.

Para nunca mais errar, veja que na conexão temos dois ou mais crimes, enquanto na con-
tinência temos crime único.
No inciso I, tem-se a continência por cumulação subjetiva, porque há um crime único, pra-
ticado por duas ou mais pessoas, seja em coautoria ou participação.
No inciso II, tem-se a continência por cumulação objetiva, que ocorre nos casos de concur-
so formal, aberratio ictus, aberratio criminis com resultado duplo.
Havendo conexão ou continência, o art. 78 do CPP traz regras de prevalência de foro:

Art. 78. Na determinação da competência por conexão ou continência, serão observadas as seguin-
tes regras:
I – no concurso entre a competência do júri e a de outro órgão da jurisdição comum, prevalecerá a
competência do júri;
Il - no concurso de jurisdições da mesma categoria:
a) preponderará a do lugar da infração, à qual for cominada a pena mais grave;
b) prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas
penas forem de igual gravidade;
c) firmar-se-á a competência pela prevenção, nos outros casos.
III – no concurso de jurisdições de diversas categorias, predominará a de maior graduação;
IV – no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta.

Prevê o art. 82 que, se não obstante a conexão ou continência, forem instaurados proces-
sos diferentes, a autoridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram
perante os outros juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva. Neste caso, a unidade
dos processos só se dará, ulteriormente, para o efeito de soma ou de unificação das penas.
Apesar da conexão ou continência, poderá haver separação obrigatória dos processos, nas
seguintes situações:

Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:


I – no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II – no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
§ 1º Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum corréu, sobrevier o
caso previsto no art. 152.
§ 2º A unidade do processo não importará a do julgamento, se houver corréu foragido que não pos-
sa ser julgado à revelia, ou ocorrer a hipótese do art. 461.

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Veja que, se sobrevier doença mental a um dos réus durante a ação penal, esta ficará
suspensa em relação ao doente e correrá em relação aos demais, sendo causa de separação
obrigatória do processo.
Com relação ao §2º, embora mencione o art. 461, do CPP, após a reforma, o dispositivo
encontra-se previsto no art. 469, §1º.
Trata-se de hipóteses de separação obrigatória do processo, as do art. 79 do CPP. Aten-
ção, pois isso cai muito em concurso.
O art. 80 do CPP, por outro lado, traz as situações de separação facultativa dos processos,
ou seja, quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar
diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão
provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
Muito importante, ainda, é a disposição do art. 81 do CPP:

Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no processo da
sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifi-
que a infração para outra que não se inclua na sua competência, continuará competente em relação
aos demais processos.
Parágrafo único. Reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o
juiz, se vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que
exclua a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.

Observe que, no caso do júri, se a desclassificação ocorrer na fase da pronúncia, nos ter-
mos do art. 419 do CPP, o processo será remetido para o juízo competente. Mas, se a desclas-
sificação ocorrer no plenário e houver crime único, o juiz presidente suspenderá a votação e
proferirá a sentença, como determinado no art. 492, §1º, do CPP. Se houver crimes conexos,
se os jurados absolverem o réu do crime doloso contra a vida, caberá aos jurados apreciar a
responsabilidade do acusado em relação ao outro, pois são competentes para a análise dos
demais ao julgarem o mérito do crime doloso contra a vida.

Competência Ratione Personae

As principais regras da competência em razão da função estão na Constituição, que prevê


inicialmente a competência do STF para o julgamento dos crimes comuns. Confira-se:

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Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, ca-
bendo-lhe:
I – processar e julgar, originariamente:
b) nas infrações penais comuns, o Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do
Congresso Nacional, seus próprios Ministros e o Procurador-Geral da República;
c) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os
membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão di-
plomática de caráter permanente.

Os que tem foro por prerrogativa de função no STJ estão elencados no art. 105, I, “a”, da
Constituição Federal:

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:


I – processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de res-
ponsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribu-
nais de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais.

A competência dos TRFs encontra-se no art. 108, I, “a”, da CF:

Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:


I – processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do Tra-
balho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral.

A competência originária dos Tribunais de Justiça será para o julgamento dos prefeitos,
nos termos do art. 29, X, da CF; juízes estaduais e do Distrito Federal, inclusive os da Justiça
Militar Estadual, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral, nos termos do art. 96, III, da CF
e membros do Ministério Público Estadual e do Distrito Federal, também ressalvada a compe-
tência da Justiça Eleitoral, nos termos do art. 96, III, da CF.

O STF, ao julgar questão de ordem na Ação Penal 937, em 3/5/2018, fez uma restrição à apli-
cação e fixação das regras de competência no foro por prerrogativa de função, quais sejam:

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Competência
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• O foro por prerrogativa de função só ocorre nos crimes cometidos durante o exercício
do mandato e relacionado às funções desempenhadas;
• O marco final para a definição da competência é o final da instrução processual, com
a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais. Após
esse momento, o fato do agente vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava não
influencia mais na competência.

Com esse novo entendimento do STF, raras, para não dizer nenhuma, serão as situações
em que o agente com foro por prerrogativa de função venha a praticar crime doloso contra a
vida e não seja julgado pelo júri, considerando que é difícil imaginar um crime doloso contra a
vida relacionado às funções desempenhadas.
Ainda sobre a competência pelo foro por prerrogativa de função, destaca-se a súmula 721
do STF, que disciplina que a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

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Competência
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RESUMO
Jurisdição – Dizer O Direito.
Competência – art. 69 do CPP e seguintes disciplinam a competência, que é medida da
jurisdição.
A competência, quando fixada pelo lugar da infração, segue a teoria do resultado como
regra geral.
No caso de tentativa – lugar do último ato de execução.
Execução iniciada no Brasil, com consumação no exterior – lugar do último ato de execu-
ção praticado no Brasil.
Se o último ato de execução for praticado no exterior – lugar em que o crime produziu ou
devia produzir o resultado, no Brasil.
Competência pela prevenção: crimes continuados ou permanentes, quando incerto o lu-
gar do crime.
Crime do homicídio doloso – exceção ao lugar da consumação, podendo ser adotado o
local da conduta – teoria da atividade.
Competência pela natureza da infração: pode levar em conta a quantidade de pena previs-
ta abstratamente, como no caso dos crimes de menor potencial ofensivo ou o objeto jurídico
do crime.
Crimes dolosos contra a vida – júri.
Justiça especial: militares, eleitorais.
Justiça comum: federal e estadual.
Competência pelo domicílio ou residência do réu: quando desconhecido o lugar da infra-
ção (critério subsidiário).
Se o réu tiver mais de uma residência – prevenção
Residência incerta ou paradeiro ignorado – juiz que primeiro souber do fato.
Ação penal privada exclusiva – o querelante pode optar pelo domicílio ou residência do
réu, ainda que conhecido o lugar da infração.
Continência e conexão: critérios de modificação da competência, memorizar artigos 76 e
77 do CPP.

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Competência
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Súmulas Pertinentes

Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de docu-
mento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o docu-
mento público, não importando a qualificação do órgão expedidor
Súmula 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-
-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a compe-
tência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.
STF tem súmula, n. 704, no sentido de que “não viola as garantias do juiz natural, da
ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do pro-
cesso do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados”.
Súmula 706 do STF: É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência
penal por prevenção.
Súmula vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.
Súmula n. 521, do STF, “o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de
estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o
do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.”
Súmula n. 522, do STF: “Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a com-
petência será da justiça federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento
dos crimes relativos a entorpecentes.”
Súmula n. 721 do STF: “a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o
foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual”.
Súmula 555, do STJ: É competente o Tribunal de Justiça para julgar conflito de jurisdição
entre Juiz de Direito do Estado e a Justiça Militar local.
Súmula n. 151 do STJ: “A competência para o processo e julgamento por crime de contra-
bando ou descaminho define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão
dos bens.”
Súmula 122 do STJ: “Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,
“a”, do Código de Processo Penal”.
Súmula 235 do STJ: “A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.”

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Competência
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Súmula 48 do STJ: compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar


e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque.
Súmula 528 do STJ: compete ao juiz federal do local da apreensão da droga remetida do
exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.
Súmula 140 do STJ: compete a justiça comum estadual processar e julgar o crime em que
o indígena figure como autor ou vítima.
Súmula 376 do STJ: disciplina que compete à turma recursal processar e julgar mandado
de segurança contra ato de juizado especial.
Súmula 209 do STJ: compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito por desvio de
verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal.

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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) A respeito
da competência, de acordo com as Súmulas dos Tribunais Superiores é incorreto afirmar:
a) Tendo o condutor do veículo apresentado ao Policial Rodoviário Federal a carteira nacional
de habilitação falsificada, a competência para o processo e julgamento do caso penal é da
Justiça Estadual do local onde o crime foi cometido.
b) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
c) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
d) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

Questão 2 (VUNESP/2019/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) No que concerne à competência, o


STF entende, por súmula, que
a) o foro competente para o processo e o julgamento dos crimes de estelionato, sob a mo-
dalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde o título foi
emitido (521).
b) a competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se restringe aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau (702).
c) salvo ocorrência de tráfico para o exterior ou entre Estados da Federação, quando, então,
a competência será da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e o julga-
mento dos crimes relativos a entorpecentes (522).
d) o foro por prerrogativa de função estabelecido pela Constituição Estadual prevalece sobre
a competência constitucional do Tribunal do Júri (721).
e) é competente o Supremo Tribunal Federal para julgar conflito de jurisdição entre juiz de
direito do Estado e a Justiça Militar local (555).

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Questão 3 (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) A respeito de jurisdição e


competência no processo penal, assinale a opção correta.
a) Em caso de crime praticado por prefeito em concurso com partícipe que não tenha foro
privilegiado, a separação do processo será obrigatória, e a competência para julgamento será
do tribunal de justiça.
b) No caso de ter sido praticado mais de um crime, um deles com o objetivo de se conseguir
impunidade em relação ao outro, a competência será determinada pela conexão.
c) Ocorrerá a conexão intersubjetiva por reciprocidade se duas ou mais infrações forem co-
metidas por duas pessoas contra terceira pessoa sem unidade de desígnios.
d) A precedência da distribuição fixará a competência quando em comarcas contíguas houver
mais de um juiz competente, face o início da execução ou o resultado do crime.
e) É de competência da justiça estadual o julgamento dos crimes de embriaguez ao volante
e contrabando descobertos em diligência policial, por se tratar de competência por conexão
instrumental.

Questão 4 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO) Sobre competência, sua fixação e modificação no processo penal, é correto
afirmar que:
a) é desconhecida, no processo penal, a hipótese de foro de eleição.
b) na conexão de crimes de competência das justiças federal e estadual, o entendimento pre-
valente, mas não unânime, é no sentido de promover-se a separação dos processos
c) o provimento do incidente de deslocamento de competência provocado pelo Procurador-
-Geral da República somente depende de que, diante de grave violação a direitos humanos,
tenha sido proposta ação penal e haja possibilidade de responsabilização internacional do
Estado brasileiro.
d) configurado desacato à autoridade de juiz de Direito no exercício de funções eleitorais, a
competência para o julgamento do crime será da Justiça Federal.

Questão 5 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTI-


ÇA SUBSTITUTO) Sobre competência, junção e separação de processos, assinale a alter-
nativa correta:

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Competência
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a) Concorrendo a competência por prerrogativa de função e a do Tribunal do Júri, preponde-


rará em qualquer caso aquela sobre esta.
b) No processo relativo a crime doloso contra a vida, o juiz sumariante, ao pronunciar o acu-
sado, poderá e deverá examinar os crimes conexos para, se for o caso, afastá-los da aprecia-
ção do Tribunal do Júri.
c) A regra de reunião das diferentes ações penais instauradas por crimes conexos não se
aplica, salvo para fins de soma ou unificação de penas, se algum deles já tiver sido definitiva-
mente sentenciado, haja ou não transitado em julgado a respectiva decisão.
d) Imposta a unidade de processo e julgamento nos casos de conexão e continência, poderá
todavia ocorrer sua facultativa separação nos casos em que sobrevier a algum dos acusados
doença mental.

Questão 6 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre o tem a


relacionado à competência, marque a alternativa correta:
a) Em regra, o crime de tráfico de drogas deve ser processado e julgado pela Justiça Estadual.
No entanto, se caracterizado o tráfico transnacional ou o tráfico interestadual, deve a Justiça
Federal julgar o feito, notadamente se a investigação ficou a cargo da Polícia Federal.
b) Conforme jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, no caso do crime de homicí-
dio, no qual os atos executórios (p. ex., disparos de arma de fogo) foram praticados na cidade
de Rio Verde, mas a morte da vítima ocorreu em Goiânia, tendo ela falecido na UTI do hospital,
a competência para o julgamento da ação penal será necessariamente do Juízo de Goiânia,
local onde se consumou o crime (competência em razão do local da infração - ratione loci).
c) Na hipótese de um Prefeito praticar um homicídio doloso contra seu desafeto político, que
fazia forte oposição a ele no Município, deverá o Prefeito ser julgado pelo Tribunal do Júri da
comarca onde ocorreu o crime, ainda que não seja o local onde exerça seu mandato de Chefe
do Poder Executivo Municipal.
d) O Plenário do STF firmou entendimento no sentido de que o foro por prerrogativa de fun-
ção aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às
funções desempenhadas. Na mesma ocasião, fixou a tese de que ao final da instrução pro-
cessual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais,

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a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.

Questão 7 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) No que se re-


fere à competência para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, marque a alter-
nativa incorreta:
a) Conforme jurisprudência dominante do STJ, no caso de estelionato praticado mediante
“golpe” realizado por anúncio de mercadoria na internet, na qual a vítima efetua o pagamento
por transferência bancária entre contas correntes em favor do autor, mas não recebe a mer-
cadoria, a competência para a apuração do delito é do Juízo do local da agência bancária do
estelionatário, pois é onde entra o numerário, afinal, a consumação ocorre quando o autor
obtém a vantagem ilícita.
b) Conforme entendimento jurisprudência! sumulado, se o agente emite dolosamente um
cheque sem provisão de fundos na cidade de Goiânia a fim de adquirir um aparelho eletrô-
nico, mas possui conta em agência bancária situada na cidade de Anápolis, a competência
territorial para o julgamento do crime de estelionato será da comarca de Anápolis, afinal, é na
agência bancária em que o agente possui conta corrente que se dá a recusa do pagamento
pela instituição financeira.
c) De acordo com enunciado sumular, se o agente entra num estabelecimento comercial na
cidade de Goiânia e emite dolosamente um cheque falso a fim de adquirir um aparelho eletrô-
nico, a competência territorial para o julgamento do crime de estelionato será da comarca de
Goiânia, mesmo se a agência bancária do autor for situada na cidade de Anápolis, pois lá foi
o local onde se deu a obtenção da vantagem ilícita, afinal, foi em Goiânia que o estelionatário
auferiu proveito econômico em prejuízo da vítima, já que na ocasião recebeu a mercadoria
(aparelho eletrônico), mesmo sem pagar efetivamente por ela, já que efetuou o pagamento
com cheque falso.
d) Na linha da jurisprudência dominante do STJ, no caso de estelionato cuja obtenção de
vantagem ilícita foi concretizada via depósito bancário em dinheiro feito pela vítima na conta
corrente do estelionatário, a competência para julgar o crime será do local da agência bancá-
ria onde entrou o numerário em benefício do autor e em prejuízo da vítima.

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Competência
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Questão 8 (FCC/2019/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) Em matéria de competência,


a) cabe à Justiça Estadual do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal
processar e julgar o respectivo crime de tráfico.
b) cabe à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que indígena figure como ví-
tima, mas não quando a ele for atribuída a autoria da infração.
c) a conexão determina a reunião dos processos, ainda que um deles já tenha sido julgado.
d) cabe ao Tribunal de Justiça do Estado processar e julgar o mandado de segurança contra
ato do juizado especial.
e) fica firmada em razão da entidade ou órgão ao qual apresentado o documento público fal-
so, independentemente da qualificação do órgão expedidor.

Questão 9 (MPE-SC/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) Dispõe a Súmu-


la n. 721 do Supremo Tribunal Federal que a competência constitucional do Tribunal do Júri
prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Consti-
tuição Estadual. A Súmula Vinculante n. 45 do Supremo Tribunal Federal resultou da conver-
são da Súmula n. 721.

Questão 10 (MPE-SC/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A competência


será determinada pela continência quando também duas ou mais pessoas forem acusadas
pela mesma infração, tal como no concurso necessário de pessoas. Neste caso, trata-se de
modalidade de continência por cumulação objetiva.

Questão 11 (CESPE/2019/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Caso seja verificada conexão proba-


tória entre fatos concernentes a crimes de competência da justiça estadual e a crimes de
competência da justiça federal, é correto afirmar que
a) o processamento e o julgamento dos crimes de forma unificada não é possível, em razão da
impossibilidade de modificação da regra de competência material pela conexão.
b) o juízo estadual é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,
com exceção da hipótese de posterior sentença absolutória em relação ao delito estadual.
c) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,
independentemente da pena prevista para cada um dos delitos.

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Competência
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d) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,


salvo o caso de ser prevista pena mais grave ao delito estadual.
e) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento unificado dos crimes,
excluída a hipótese de posterior sentença absolutória em relação ao delito federal.

Questão 12 (VUNESP/2019/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


correta quanto à competência e o seu regramento previsto no Código de Processo Penal.
a) Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a com-
petência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato de
execução.
b) Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a juris-
dição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições,
a competência firmar-se-á pelo princípio da extraterritorialidade.
c) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela prevenção.
d) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, salvo conhecido o lugar da infração.

Questão 13 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito de competência jurisdicio-


nal, é correto afirmar que
a) a competência penal por prerrogativa de função não prevalece sobre a regra de competên-
cia do local da infração.
b) competem à justiça federal o processamento e o julgamento unificado de crimes cone-
xos de competência federal e estadual, salvo se os crimes afetos ao juízo estadual forem
mais graves.
c) a competência constitucional do tribunal do júri é uma cláusula pétrea, razão pela qual é
inadmitida a sua ampliação por lei ordinária.
d) o juízo de admissibilidade da exceção da verdade relacionada ao crime de calúnia em des-
favor de autoridade pública com foro por prerrogativa de função é de competência das ins-
tâncias ordinárias.

Questão 14 (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da competência no processo


penal, assinale a opção correta, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.

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Competência
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a) O julgamento de crime de roubo perpetrado contra agência franqueada da Empresa Brasi-


leira de Correios e Telégrafos competirá à justiça federal.
b) O julgamento de crime de uso de documento falso decorrente de apresentação de certifica-
do de registro de veículo falso a policial rodoviário federal competirá à justiça estadual.
c) Compete à justiça federal julgar crime de divulgação e publicação na rede mundial de com-
putadores de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
d) Compete à justiça federal o julgamento de contravenções praticadas em detrimento de in-
teresses da União, quando elas forem conexas aos crimes de sua competência.
e) Compete à justiça estadual o julgamento de crime de redução de trabalhador a condição
análoga à de escravo.

Questão 15 (MPE-PR/2019/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Sobre competência, nos


termos do Código de Processo Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa
incorreta:
a) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
b) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou
mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
c) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo juízo que pri-
meiro praticou algum ato processual.
d) Havendo conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, prevale-
cerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas
forem de igual gravidade.
e) Se reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se
vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua
a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.

Questão 16 (FUNDAÇÃO CEFETBAHIA/2018/MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO) Para responder a presente questão, considere a situação hipotética a seguir.
No dia 05 de novembro de 2018, um grupo constituído de cinco pessoas, todos imputáveis,
se associaram em comunhão de desígnios para o fim específico de cometer crime. Assim,

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deram início ao empreendimento criminoso na cidade de Serrinha-BA, onde adentraram em


um condomínio de classe média alta e ali arrombaram 20 apartamentos e subtraíram bens
móveis, dentre eles um veículo Toyota Hilux, utilizado pela quadrilha para empreender fuga.
Ao chegarem no município de Feira de Santana-BA, faltou combustível, razão pela qual foram
obrigados a abandonar aquele automóvel. Na sequência, abordaram um motorista na pista,
o qual conduzia o veículo Ford F.1000, cabine dupla, quando o mesmo foi ameaçado com
emprego de arma de fogo pelos membros da quadrilha, vindo a reagir ao assalto, sendo alve-
jado por projéteis de arma de fogo que o levaram a óbito. Em seguida, a quadrilha subtraiu o
veículo da vítima. No município de Simões Filho-BA, sequestraram uma idosa e passaram a
se comunicar com familiares da vítima, exigindo o preço como condição do resgate. A partir
daí, passaram a ser perseguidos por agentes da Polícia Militar. Já na cidade de Salvador-BA,
ainda perseguidos, empreenderam excessiva velocidade causando um acidente automobi-
lístico na Avenida Tancredo Neves, na altura do Shopping da Bahia, onde colidiram com o
veículo Volkswagem GOL, produzindo perda total nesse veículo e graves lesões corporais no
seu condutor.
Por fim, foram conduzidos a uma delegacia de repressão a Crimes Contra o Patrimônio, na
capital do Estado, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante. Nos termos da legislação
pátria (art. 78 do CPP), a alternativa que contém a comarca do foro competente para conhe-
cer, processar e julgar os crimes praticados pela quadrilha é
a) Serrinha.
b) Salvador.
c) Simões Filho.
d) Feira de Santana.
e) a que tem competência fixada pela prevenção.

Questão 17 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) A competência criminal:


a) na hipótese de conexão e continência, importarão unidade de processo e julgamento salvo
no concurso entre jurisdição comum e especial.
b) pelo lugar da infração, será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infra-
ção, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que foi iniciado o ato de execução.

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c) tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais


jurisdições, firmar-se-á pelo local onde se iniciou os atos de execução.
d) na hipótese de crimes dolosos contra a vida, quando resultar em desclassificação pelo
Conselho de Sentença, em julgamento realizado perante o Tribunal do Júri, deverá ser o pro-
cesso remetido ao juiz singular para a análise do crime desclassificado.
e) não sendo conhecido o lugar da infração, será regulada pelo único domicílio do réu co-
nhecido.

Questão 18 (FCC/2018/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Praticado delito de


menor potencial ofensivo, determinará, de regra, a competência jurisdicional
a) a prevenção.
b) o lugar em que se consumar a infração penal.
c) a distribuição do termo circunstanciado.
d) o lugar em que foi praticada a infração penal.
e) o domicílio ou residência do autor do fato.

Questão 19 (CONSULPLAN/2018/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Avalie as seguin-


tes asserções e a relação proposta entre elas.
I – “O juízo da Comarca é o competente para examinar mandado de segurança impetrado
contra o Presidente da Comissão Processante e o Presidente da Câmara, que decretou
a perda do mandato do Prefeito de Mutuca, Minas Gerais, por infração político-admi-
nistrativa.”
PORQUE
II – “Prefeitos são julgados originariamente pela 2ª instância, com eficácia ‘ex nunc’, nas
hipóteses de infração comum de natureza criminal, dos crimes dolosos contra a vida,
dos crimes impróprios de responsabilidade e dos crimes de desvio de verba federal
incorporada ao patrimônio municipal.”

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.

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c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.


d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

Questão 20 (CONSULPLAN/2018/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Em relação à


competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadei-
ras e F para as falsas.
( ) Na determinação da competência por conexão ou continência, havendo concurso de
jurisdições da mesma categoria, prepondera a do lugar da infração a qual for cominada
a pena mais grave.
( ) A competência será determinada pelo domicílio ou residência da vítima quando o lugar
da infração for desconhecido.
( ) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em
razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não impor-
tando a qualificação do órgão expedidor.
( ) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração
penal. ( ) A competência será determinada pela continência nas hipóteses de concurso
formal, erro na execução e resultado diverso do pretendido.
A sequência está correta em
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, F, F, V
c) F, F, V, V, F.
d) V, F, V, V, V.

Questão 21 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) Analise as assertivas abaixo:


I – É entendimento consolidado na jurisprudência do STJ que, para atrair a competência
da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca proibida em rio interestadual, que é
bem da União, deveria gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afetando trecho
do rio que se alongasse por mais de um Estado da Federação, de modo que se os da-
nos afetaram apenas pequena parte do rio interestadual próximo a determinado muni-
cípio em que verificada a infração, a competência não será da Justiça Federal.

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Competência
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II – Crime apenado com 2 a 12 anos de reclusão foi cometido na jurisdição federal do Mu-
nicípio “X”. Outro crime, porém apenado com reclusão de 3 a 8 anos de reclusão, foi co-
metido na jurisdição federal do Município “Y”. Os crimes são conexos entre si e devem
ser processados conjuntamente por força do art. 78, II, ´a´, CPP. Segundo entendimento
preponderante na doutrina e na jurisprudência, a competência é do Juízo Federal com
jurisdição sobre o Município “Y”.
III – Analisando em sentença processo criminal sob sua competência por dois crimes co-
nexos, Juiz Federal absolve “X” do delito de moeda falsa (art. 289, CP) por entender que
não há elementos suficientes para a condenação. Quanto ao delito remanescente (art.
299, CP, falsidade ideológica), entende que a falsidade, embora provada a autoria e a
materialidade, não tem aptidão para atingir diretamente bens, serviços ou interesses
da União, de modo que deverá declinar de sua competência quanto a esse último delito
para a Justiça Estadual.

Diante das assertivas acima, analise as alternativas abaixo:


a) todas as assertivas estão integralmente corretas.
b) apenas a assertiva I está integralmente correta.
c)apenas as assertivas I e II estão integralmente corretas.
d) apenas as assertivas II e III estão integralmente corretas.

Questão 22 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) No que se refere à compe-


tência no processo penal relacionado ao tema do tráfico internacional de drogas, analise
as afirmativas abaixo à luz do entendimento consolidade na jurisprudência do superior
tribunal de justiça:
I – Quando se trata de importação, a competência para julgar a ação penal é do juízo do
local da apreensão da droga, onde se consuma o crime, e não o lugar do destino;
II – Quando se trata de exportação, cujos últimos atos de execução são praticados dentro
do país, frente ao disposto no art. 70 do CPP, a competência é do Juízo Federal do local
da remessa da droga para o exterior;
III – Tanto na importação como na exportação, a competência é do Juízo Federal onde
apreendida a droga;

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Competência
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IV – Os crimes praticados nos municípios que não sejam sede de vara federal serão pro-
cessados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva, sendo inviável a de-
legação de competência para a Justiça Estadual, não podendo haver a definição da
competência de outro juízo se for crime único de tráfico.

Ante as assertivas acima:


a) apenas as assertivas I, II e IV estão integralmente corretas;
b) apenas as assertivas I e II estão integralmente corretas;
c) apenas as assertivas III e IV estão integralmente corretas;
d) apenas a assertiva III está integralmente correta.

Questão 23 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2018/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO) Examine as alternativas abaixo, referentes à competência, assinalando a CORRETA:
a) Entre as exceções ao princípio da unicidade, figura a situação em que o concurso de pesso-
as, em crime doloso contra a vida, dá-se entre o agente que responde originariamente perante
Tribunal de Justiça e aquele que não se submete, em regra, a foro por prerrogativa de função.
b) Em crime praticado fora do Brasil, quando aplicável a lei brasileira, o juízo competente será
sempre o da Capital da República.
c) A teor do que dispõe o CPP, na hipótese de crimes conexos, concorrendo jurisdições da
mesma categoria, preponderará a determinada pela prevenção.
d) A unidade de processo e de julgamento imposta pelo CPP não prevalece se, ocorrendo dois
crimes dolosos contra a vida, conexos, for um deles de competência da Justiça Federal e ou-
tro da Justiça Estadual.

Questão 24 (MPE-MS/2018/MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Considere


que um determinado indivíduo, recolhido e cumprindo pena no presídio da cidade de Navi-
raí/MS, valendo-se de celular que ingressou indevidamente naquele presídio, efetue ligações
para alguém que esteja em Maracaju/MS, exigindo o pagamento de vantagem indevida, sob
pena de causar mal a um filho adolescente que estuda em Campo Grande/MS. A vítima, acre-
ditando que seu filho poderia ser morto, deixa a cidade de Maracaju/MS, desloca-se para
Dourados/MS e saca importância em dinheiro na agência bancária dessa cidade, operando,

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em seguida, na cidade de Fátima do Sul/MS, a entrega da quantia a um comparsa do presidi-


ário. O foro competente para processar e julgar o delito é:
a) Naviraí.
b) Maracaju.
c) Campo Grande.
d) Dourados.
e) Fátima do Sul.

Questão 25 (MPE-SP/2017/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Assinale a al-


ternativa correta.
a) A competência jurisdicional só será determinada pelo domicílio do réu quando desconhe-
cido o lugar da infração.
b) Em homicídio praticado em coautoria, por pessoa com prerrogativa de função estabelecida
pela Constituição Federal e outra sem foro privilegiado, a continência importa em unidade do
processo e prorrogação da competência do Tribunal do Júri.
c) A Justiça Federal é competente para o processo e julgamento unificado dos crimes cone-
xos de competência federal e estadual, ainda que a pena aplicada ao crime de competência
estadual seja mais grave.
d) Na hipótese de crimes conexos, o juiz que decretar a prisão preventiva de um dos acusados
fica, em face da prevenção, competente para a apreciação de todos os crimes, independente-
mente do número de infrações cometidas.
e) No caso de crime continuado, com diversos processos em andamento, o juiz prevento de-
verá avocar os demais, sendo nula qualquer sentença proferida por outro juízo, ainda que
definitiva.

Questão 26 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Considere os Casos 1 e 2 abaixo.


Caso 1: Iniciada a prática de homicídio em Florianópolis, a morte da vítima ocorreu em Itajaí e
a prisão do acusado em Blumenau.
Caso 2: Delito de menor potencial ofensivo foi praticado em Itajaí e se consumou no Balneário
de Camboriú, não sendo possível a transação penal.

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É competente para julgar as ações penais,


a) o Tribunal do Júri da Comarca de Itajaí (Caso 1) e o juiz singular, segundo a organização
judiciária da Comarca do Balneário de Camboriú (Caso 2).
b) em ambos os casos, segundo a regra de distribuição, o juiz criminal da Comarca de Itajaí.
c) o Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis (Caso 1) e o juiz singular, segundo a organi-
zação judiciária da Comarca de Itajaí (Caso 2).
d) o Tribunal do Júri (Caso 1) e o juiz singular (Caso 2), segundo a organização judiciária da
Comarca de Itajaí.
e) em ambos os casos, segundo a regra de prevenção, o juiz criminal da Comarca de Itajaí.

Questão 27 (MPE-PR/2017/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a opção correta,


de acordo com a legislação processual penal:
a) A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
b) No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, havendo concurso de juris-
dições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número
de infrações, independentemente das respectivas penas.
d) Se, não obstante a conexão ou continência, foram instaurados processos diferentes, que
já estão com sentença definitiva, a unidade dos processos não poderá se dar, ulteriormente,
para o efeito de soma ou de unificação das penas, no juízo da execução.
e) Tratando-se de infração continuada, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pelo local em que a última ocorreu.

Questão 28 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da divisão do exercício da ju-


risdição entre os diversos órgãos jurisdicionais, assinale a opção correta.
a) A competência será determinada pela conexão, quando duas ou mais pessoas forem acu-
sadas pela mesma infração.

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Competência
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b) Caso desclassifique infração que tenha dado causa à conexão, o juiz continuará compe-
tente para julgar os delitos remanescentes e os corréus, haja vista a regra da perpetuatio
jurisdicionis.
c) Nos crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da capital da
República, independentemente de o acusado ter residido ou não no Brasil.
d) Os domicílios do réu e da vítima são critérios de determinação da competência jurisdicional.

Questão 29 (TRF - 2ª REGIÃO/2017/TRF - 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Analise


as assertivas sobre a competência penal e, depois, marque a opção correta:
I – A conexão entre crimes da competência da Justiça Federal e da Estadual não enseja a
reunião dos feitos;
II – São requisitos para o deferimento do incidente de deslocamento de competência para
a Justiça Federal a grave violação de direitos humanos, a necessidade de assegurar
o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados internacionais e a
incapacidade de o estado membro, por suas instituições e autoridades, levar a cabo,
em toda a sua extensão, a persecução penal.
III – Se cometidos durante o horário de expediente, compete à Justiça Federal julgar os
delitos praticados por funcionário público federal.

a) Apenas a assertiva I está correta.


b) Apenas a assertiva II está correta.
c) Apenas a assertiva III está correta
d) Todas as assertivas estão corretas.
e) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

Questão 30 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Com relação à exceção de


incompetência, assinale a alternativa correta:
a) É cabível o recurso em sentido estrito da decisão que reconhece a incompetência do juízo
ou que rejeita a exceção de incompetência oposta;
b) A oposição de exceção de incompetência do juízo, a ser apresentada no prazo da defesa,
interromperá o curso do processo, de modo a evitar o prejuízo para as partes pelo proferimento de

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Competência
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manifestações judiciais capazes de gerar sucumbência ou decisões que realizem o enfrenta-


mento do mérito;
c) De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Jus-
tiça, a ratificação é viável tanto em relação a atos instrutórios como decisórios, seja relativa
ou absoluta a incompetência verificada, salvo quando se tratar de sentença de mérito;
d) Encaminhados os autos para o juízo indicado como competente por força da procedência
da exceção de incompetência oposta, e havendo discordância do magistrado quanto à atri-
buição da competência ao juízo perante o qual atua, deverá remeter imediatamente os autos
para o juízo de origem, abstendo-se de praticar qualquer ato instrutório ou decisório;
e) A exceção de incompetência deverá ser necessariamente oposta por escrito, procedendo-
-se à sua autuação em apartado, dando-se continuidade ao trâmite do processo principal.

Questão 31 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a alternativa in-


correta:
a) Considera-se absoluta a competência em razão da matéria, a competência por prerrogativa
de função e a competência funcional;
b) Considera-se relativa a competência territorial, a competência por prevenção a competên-
cia por distribuição e a competência por conexão ou continência;
c) A competência ratione personae prevalece sobre a competência ratione loci;
d) A competência pela prerrogativa de função prevalece sobre a competência do Tribunal do
Júri, com exceção das hipóteses em que a prerrogativa de função é estabelecida exclusiva-
mente pela Constituição Estadual;
e) A conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e da Justiça Estadual importará
na prevalência da competência da Justiça Federal, perante a qual se procederá ao julgamento
do denunciado pela prática de crime de competência estadual, mesmo na hipótese de extin-
ção da punibilidade pela morte do único corréu denunciado pela prática do crime de compe-
tência da Justiça Federal.

Questão 32 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


incorreta:

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a) O juiz de uma causa deve ser imparcial, legalmente investido e competente, o que se har-
moniza com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de jurisdição para o processo e
julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas;
b) A redistribuição de processos pela instalação de novas varas ofende os princípios do devi-
do processo legal, do juiz natural e da perpetuatio jurisdictionis;
c) Não viola o princípio do juiz natural a convocação de juízes de primeiro grau para compor
órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação de recursos em segundo grau de jurisdi-
ção, ainda que observadas as diretrizes legais federais ou estaduais;
d) A atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do
devido processo legal;
e) Viola o princípio do juiz natural o desaforamento da sessão de julgamento pelo júri, quando
não verificada a ocorrência de interesse de ordem pública, dúvida sobre a imparcialidade dos
jurados, segurança pessoal do acusado ou comprovado excesso de serviço impeditivo da
realização do julgamento no prazo de seis meses.

Questão 33 (MPE-GO/2016/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre a com-


petência penal, marque a alternativa correta:
a) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
b) A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo no concur-
so entre a jurisdição comum e a especial.
c) Instaurados processos diferentes, não obstante a conexão ou continência, a autoridade de
jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, inclu-
sive os que já estiverem com sentença definitiva.
d) A conexão e a continência não consubstanciam formas de alteração da competência, mas
de fixação, sendo que sempre resultam na unidade de julgamentos.

Questão 34 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A Súmula 704


do Supremo Tribunal Federal, dispõe que viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e

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Competência
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do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do co-réu ao foro
por prerrogativa de função de um dos denunciados. Já Súmula 705, da mesma corte, estabe-
lece que a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor,
não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Questão 35 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) De acordo com


o Código de Processo Penal, a conexão e a continência importarão unidade de processo e
julgamento, salvo no concurso entre a jurisdição comum e militar e no concurso entre a juris-
dição comum e a do juízo de menores. Segundo o mesmo Estatuto, na determinação da com-
petência por conexão ou continência serão observadas, entre outras, as seguintes regras: no
concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração, à qual for
cominada a pena mais grave; prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número
de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade.

Questão 36 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A competência,


segundo o Código de Processo Penal, será determinada pela continência, quando a prova de
uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra
infração e, por conexão, entre outros casos, se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem
sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em
concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras.

Questão 37 (TRF - 3ª REGIÃO/2016/TRF - 3ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Segun-


do o Supremo Tribunal Federal, o julgamento dos crimes relacionados à pornografia na inter-
net compete:
a) À Vara da Criança e Adolescente, uma vez que o crime está previsto no ECA;
b) À Justiça Federal, pois, dentre outros motivos, presente a internacionalidade;
c) À Justiça Estadual, sempre que as imagens tiverem sido postadas no Brasil;
d) À Justiça Estadual, desde que as imagens tenham sido acessadas no Brasil.

Questão 38 (TRF - 3ª REGIÃO/2016/TRF - 3ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Em virtu-


de de um ofício encaminhado pelo COAF, noticiando movimentações bancárias suspeitas, um
Procurador da República requisitou a instauração de Inquérito Policial, para apurar a suposta

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prática de lavagem de dinheiro e de crimes financeiros. A Polícia Federal instaurou o inquérito,


tendo o Delegado determinado, de plano, o indiciamento do investigado. Desejando questionar
a ordem de indiciamento e a própria instauração do inquérito policial, a defesa decide impetrar
habeas corpus, tendo o advogado dúvidas acerca de quem seja a autoridade competente para
apreciar a ação constitucional. Diante desse cenário, assinale a opção correta:
a) A decisão de impetrar habeas corpus é incorreta, pois não há coação ilegal, sequer em tese;
b) A autoridade competente é o juiz de primeira instância;
c) A autoridade competente é o Tribunal Regional Federal;
d) A análise da ordem de indiciamento compete ao juiz de primeira instância e a da instaura-
ção do inquérito policial ao Tribunal Regional Federal.

Questão 39 (CESPE//TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à competência no processo pe-


nal e à jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta.
a) Na hipótese de um crime de latrocínio em que haja conexão com um crime de tentativa
de homicídio, deve haver a reunião de processos em um só juízo, e preponderará a compe-
tência do juízo ao qual esteja associado o crime cominado com pena mais grave, no caso o
de latrocínio.
b) Nos crimes culposos contra a vida em que os atos de execução ocorram em um lugar e
a consumação, em outro, excepcionalmente adota-se a teoria da atividade, e a competência
para julgar o fato será do juízo do local dos atos executórios.
c) É da competência da justiça estadual o processo dos réus acusados pelo crime de redução
à condição análoga à de escravo, porque a conduta criminosa atinge a liberdade individual de
homem específico, não caracterizando violação a interesse da União.
d) A competência pela prevenção se dá quando, concorrendo dois ou mais juízes igualmente
competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles anteceda aos outros ao determinar a
citação do réu.
e) Os crimes contra a honra da vítima quando praticados pelas redes sociais da Internet são
da competência exclusiva da justiça federal.

Questão 40 (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ) Indivíduo que pratique crime a bordo de aeronave


estrangeira em espaço aéreo brasileiro, será processado e julgado pela justiça

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a) da comarca correspondente ao espaço aéreo em que a aeronave se encontrava no exato


momento do cometimento do crime ou, não sendo possível precisá-la, pela justiça da comar-
ca em cujo território se verificar o pouso.
b) de seu país de origem, pois, somente se estivesse a bordo de aeronave nacional é que a
justiça brasileira seria competente.
c) da comarca correspondente ao espaço aéreo em que a aeronave se encontrava no exato
momento do cometimento do crime.
d) do estado da Federação onde ele tiver residido por último ou, se ele nunca tiver residido no
Brasil, no juízo da capital da República.
e) da comarca em cujo território ocorrer o pouso ou pela comarca de onde houver partido a
aeronave.

Questão 41 (FMP CONCURSOS/2015/MPE-AM/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) As-


sinale a alternativa correta.
a) A competência será determinada pelo lugar da ação ou omissão, independentemente do
procedimento a ser adotado no processo.
b) De acordo com os termos da Lei n. 11.340/2006, nas ações penais públicas condicionadas
à representação por ela tratadas, só será admitida a retratação da representação até o ofere-
cimento da denúncia pelo Ministério Público.
c) A nulidade, quando decorrente de ilegitimidade do representante da parte, poderá ser sana-
da até a sentença de primeiro grau, mediante ratificação dos atos processuais.
d) Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, o Ministério Pú-
blico, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outra in-
fração penal, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
e) Nos crimes contra a propriedade imaterial que procedem mediante ação penal privativa do
ofendido, não será admitida queixa com fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido
o prazo de 30 dias, após a homologação do laudo.

Questão 42 (FCC/2015/TJ-SE/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à competência no processo


penal, é correto afirmar:

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Competência
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a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a au-
toridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá
preferir o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competên-
cia do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem
pena mínima cominada mais alta.
d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República,
com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados interna-
cionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de desloca-
mento de competência para a Justiça Federal.
e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agen-
te, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do
exercício da função pública.

Questão 43 (MPDFT/2015/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO) Conforme a legisla-


ção em vigor e a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, examine os itens
a seguir sobre competência, indicando a assertiva CORRETA:
a) O crime de furto de uma carteira de um passageiro, cometido a bordo de aeronave comer-
cial pousada no aeroporto de Brasília, deve ser julgado na Vara Criminal da Justiça comum
local do Distrito Federal.
b) A competência para julgamento de juiz de direito que pratique crime doloso contra a vida é
do tribunal do júri do local da consumação do delito.
c) O Brasil adota a teoria do resultado para a fixação da competência territorial de crimes
ocorridos integralmente no Brasil, hipótese em que não se aplica a teoria da ubiquidade.
d) Compete ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região o julgamento criminal dos Promotores
e Procuradores de Justiça do MPDFT.
e) Ato infracional praticado por jovem de 17 anos, equivalente a crime contra a fauna, dentro
do Parque Nacional de Brasília, deve ser julgado na Seção Judiciária do Distrito Federal da
Justiça Federal.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

Questão 44 (CESPE/2015/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação às disposições do CPP so-


bre competência, assinale a opção correta.
a) Em se tratando de crime permanente praticado em território de duas ou mais jurisdições, a
competência será firmada pela residência do réu.
b) Não há mais hipótese no CPP de competência por distribuição.
c) Em se tratando de crimes conexos em que existe corréu acometido por doença mental, a
unidade processual permanece, embora não seja possível prolatar sentença condenatória em
seu desfavor.
d) A justiça federal deverá julgar os casos de contravenção praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesses da União.
e) Caso não se conheça o local da infração e o réu tenha mais de um domicílio, será aplicada
a regra da prevenção para fins de fixação da competência jurisdicional.

Questão 45 (VUNESP/2015/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o artigo 80, do Códi-


go de Processo Penal, nos processos conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou,
quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou
por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração
para outra que não se inclua na sua competência.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à reve-
lia, ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152
do Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instau-
ração de incidente de insanidade mental.

Questão 46 (CESPE/2015/TJ-DFT/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Cada uma das opções a


seguir apresenta uma situação hipotética acerca da competência criminal, seguida de uma
assertiva a ser julgada. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

a) Em operação de fiscalização de trânsito realizada no DF, Eliane foi flagrada dirigindo sem
a habilitação. Irritada, a condutora do veículo proferiu palavras que ofenderam o decoro dos
profissionais que trabalhavam na fiscalização. Nessa situação, competirá ao juiz da vara de
delitos de trânsito julgar as infrações cometidas.
b) Roberto importou do exterior, para venda, grande quantidade de equipamentos eletroele-
trônicos. Ele não declarou esses bens à aduana brasileira nem recolheu os tributos que se-
riam devidos. Antes de chegar a Brasília, destino final, seu voo fez escalas em São Paulo e
Goiânia. Nessa situação, havendo a apreensão da mercadoria em Brasília, competirá à justiça
federal do DF processar e julgar a ação.
c) João, juiz federal, foi acusado de praticar crime de instigação ao suicídio. Nessa situação,
a competência para processar e julgar o acusado será do tribunal do júri da comarca em que
ele exerça a sua função.
d) Três amigas, de dezessete, dezoito e dezenove anos de idade, foram acusadas de cometer
crime doloso contra a vida e crimes continentes com este em concurso de pessoas. Nessa
situação, a competência para processar e julgar a ação penal contra as acusadas será do
tribunal do júri.
e) Aderbal, juiz estadual, e Pablo, autônomo, foram acusados de cometer o crime de roubo em
concurso formal. Nessa situação, a separação dos processos para que sejam processados e
julgados em juízos distintos gerará nulidade, pois afrontará o princípio do juiz natural.

Questão 47 (MPE-SP/2015/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a alternativa correta:


a) Crime praticado contra indígena deverá, necessariamente, ser julgado pela Justiça Federal.
b) A competência do Tribunal do Júri não prevalece sobre a prerrogativa de função estabele-
cida, exclusivamente, em Constituição Estadual.
c) Nas ações de iniciativa privada, a queixa poderá ser aforada no domicílio ou residência do
ofendido, posto que outro seja o local da consumação.
d) A competência é pressuposto processual de validade da instância, ou seja, requisito indis-
pensável à instauração e ao desenvolvimento regular do processo.
e) É competente para o processo e julgamento de Promotor de Justiça o Tribunal de Justiça
do Estado onde foi praticada a infração.

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Competência
Geilza Diniz

Questão 48 (FCC/2008/TJ-RR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Em matéria de competência,


conforme se extrai da Constituição federal e do Código de Processo Penal,
a) nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio
ou de residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
b) compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar os Governadores e Deputados Estaduais.
c) compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o Procurador-Geral da República e os Procu-
radores- Gerais dos Estados.
d) nos casos de conexão ou continência, a regra geral é a prevalência do local onde ocorreu o
maior número de infrações.
e) o júri somente tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, e, assim, em
caso de conexão com crime que não é de sua competência, haverá separação dos processos.

Questão 49 (MPE-BA/2015/MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Quanto à


competência no processo penal, é INCORRETO afirmar que:
a) Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente, de-
clará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte.
b) Segundo dispõe o Código de Processo Penal, a incompetência do juízo anula somente os
atos decisórios.
c) De acordo com o Código de Processo Penal, nos casos de conexão e continência, será obri-
gatória a separação dos processos quando, pelo excessivo número de acusados, houver risco
de que seja prolongada a prisão provisória de um deles.
d) Há conexão intersubjetiva por reciprocidade quando, ocorrendo duas ou mais infrações
penais, houverem sido praticadas por várias pessoas umas contra as outras.
e) O Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido que o Tribunal de Justiça Estadual, ao es-
tabelecer a organização e divisão judiciária, pode atribuir a competência para o julgamento
de crimes sexuais contra crianças e adolescentes ao Juízo da Vara da Infância e Juventude.

Questão 50 (MPM/2013/MPM/PROMOTOR DE JUSTIÇA MILITAR) Em se tratando de infra-


ção continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a com-
petência é fixada:

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

a) Pela prevenção mesmo que forem vários os acusados com diferentes residências;
b) Pela sede do lugar de serviço se o agente serve em local de fronteira;
c) Pela auditoria de onde for praticado o primeiro ato de execução, atendida a especialização;
d) Se a infração for praticada por militares de diferentes corporações, prevalecerá o foro onde
servir o acusado de maior posto.

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Competência
Geilza Diniz

GABARITO
1. a 18. d 35. C
2. b 19. b 36. E
3. b 20. d 37. b
4. d 21. b 38. d
5. c 22. b 39. b
6. d 23. a 40. e
7. a 24. b 41. e
8. e 25. c 42. a
9. C 26. d 43. c
10. E 27. b 44. e
11. c 28. b 45. a
12. a 29. b 46. b
13. d 30. c 47. d
14. c 31. e 48. a
15. c 32. b 49. c
16. d 33. a 50. a
17. e 34. E

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Competência
Geilza Diniz

GABARITO COMENTADO
Questão 1 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO) A respei-
to da competência, de acordo com as Súmulas dos Tribunais Superiores é incorreto afirmar:
a) Tendo o condutor do veículo apresentado ao Policial Rodoviário Federal a carteira nacional
de habilitação falsificada, a competência para o processo e julgamento do caso penal é da
Justiça Estadual do local onde o crime foi cometido.
b) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
c) É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
d) A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa de
função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

Letra a.
a) Errada. Nesse caso, a competência é da justiça federal. O STJ tem súmula sobre o assunto:

Súmula 546 do STJ – A competência para processar e julgar o crime de uso de docu-
mento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o docu-
mento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

b) Certa. E é entendimento sumulado no STF, qual seja:

Súmula 702 do STF: A competência do tribunal de justiça para julgar prefeitos restringe-
-se aos crimes de competência da justiça comum estadual; nos demais casos, a compe-
tência originária caberá ao respectivo tribunal de segundo grau.

c) Certa. Do mesmo modo, a alternativa C foi elaborada com base em entendimento sumulado
do STF, estando correta, portanto:

Súmula 706 do STF: É relativa à nulidade decorrente da inobservância da competência


penal por prevenção.

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Competência
Geilza Diniz

d) Certa.

Súmula vinculante 45: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o


foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constituição Estadual.

Questão 2 (VUNESP/2019/TJ-RJ/JUIZ SUBSTITUTO) No que concerne à competência, o


STF entende, por súmula, que
a) o foro competente para o processo e o julgamento dos crimes de estelionato, sob a mo-
dalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde o título foi
emitido (521).
b) a competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos se restringe aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau (702).
c) salvo ocorrência de tráfico para o exterior ou entre Estados da Federação, quando, então, a
competência será da Justiça Federal, compete à Justiça dos Estados o processo e o julgamen-
to dos crimes relativos a entorpecentes (522).
d) o foro por prerrogativa de função estabelecido pela Constituição Estadual prevalece sobre a
competência constitucional do Tribunal do Júri (721).
e) é competente o Supremo Tribunal Federal para julgar conflito de jurisdição entre juiz de di-
reito do Estado e a Justiça Militar local (555).

Letra b.
a) Errada. De acordo com a Súmula n. 521 do STF:

o foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a moda-
lidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a
recusa do pagamento pelo sacado.

c) Errada. Por causa da expressão “ou entre estados da federação”. Vejamos o teor da Súmula
n. 522 do STF:

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

Salvo ocorrência de tráfico para o exterior, quando, então, a competência será da justiça
federal, compete à justiça dos estados o processo e julgamento dos crimes relativos a
entorpecentes.

d) Errada. A Súmula n. 721 do STF determina que:

a competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.

e) Errada. A competência, no caso, é do Tribunal de Justiça:

Súmula 555: É competente o Tribunal de Justiça para julgar conflito de jurisdição entre
Juiz de Direito do Estado e a Justiça Militar local.

Questão 3 (CESPE/2019/TJ-PA/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) A respeito de jurisdição e


competência no processo penal, assinale a opção correta.
a) Em caso de crime praticado por prefeito em concurso com partícipe que não tenha foro
privilegiado, a separação do processo será obrigatória, e a competência para julgamento será
do tribunal de justiça.
b) No caso de ter sido praticado mais de um crime, um deles com o objetivo de se conseguir
impunidade em relação ao outro, a competência será determinada pela conexão.
c) Ocorrerá a conexão intersubjetiva por reciprocidade se duas ou mais infrações forem co-
metidas por duas pessoas contra terceira pessoa sem unidade de desígnios.
d) A precedência da distribuição fixará a competência quando em comarcas contíguas houver
mais de um juiz competente, face o início da execução ou o resultado do crime.
e) É de competência da justiça estadual o julgamento dos crimes de embriaguez ao volante
e contrabando descobertos em diligência policial, por se tratar de competência por conexão
instrumental.

Letra b.
a) Errada. Nesse caso, a separação não somente não é obrigatória, como o STF tem súmula,
n. 704, no sentido de que “não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido

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Competência
Geilza Diniz

processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prer-
rogativa de função de um dos denunciados”.
Confira-se, ainda:

(…) 4. Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal
a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados (do Supremo Tribunal Federal). A decisão pela manuten-
ção da unidade de processo e de julgamento perante o Supremo Tribunal Federal ou pelo
desmembramento da ação penal está sujeita a questões de conveniência e oportunidade,
como permite o art. 80 do. [, rel. min.Rosa Weber, 1ªT, j. 11-9-2014, DJE 196 de 8-10-2014.]

b) Certa. Tendo por base o disposto no art. 76, inciso II, do CPP:

Art. 76. A competência será determinada pela conexão:


I – se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por
várias pessoas, umas contra as outras;
II – se, no mesmo caso, houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar as outras, ou para
conseguir impunidade ou vantagem em relação a qualquer delas.

c) Errada. Ocorre a conexão intersubjetiva por reciprocidade quando duas ou mais infrações
penais forem cometidas por duas ou mais pessoas, umas contra as outras.
d) Errada. De acordo com o art. 75 do CPP:

a precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma circunscrição judiciária,


houver mais de um juiz igualmente competente.

e) Errada. pois o crime de contrabando é de competência da Justiça Federal, conforme Súmu-


la n. 151 do STJ:

A competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho


define-se pela prevenção do Juízo Federal do lugar da apreensão dos bens.
Assim, embora a competência para o crime de embriaguez ao volante seja de compe-
tência da justiça estadual, a conexão dos crimes faria com que ambos fossem julgados
na justiça federal, nos termos da súmula n. 122 do STJ, que preceitua que “compete à
Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de competência
federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, a, do Código de Processo Penal.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

Questão 4 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO) Sobre competência, sua fixação e modificação no processo penal, é correto
afirmar que:
a) é desconhecida, no processo penal, a hipótese de foro de eleição.
b) na conexão de crimes de competência das justiças federal e estadual, o entendimento pre-
valente, mas não unânime, é no sentido de promover-se a separação dos processos
c) o provimento do incidente de deslocamento de competência provocado pelo Procurador-
-Geral da República somente depende de que, diante de grave violação a direitos humanos,
tenha sido proposta ação penal e haja possibilidade de responsabilização internacional do
Estado brasileiro.
d) configurado desacato à autoridade de juiz de Direito no exercício de funções eleitorais, a
competência para o julgamento do crime será da Justiça Federal.

Letra d.
a) Errada. O art. 73 do CPP prevê hipótese de foro de eleição:

Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.

b) Errada. Prevalece o entendimento consolidado na Súmula 122 do STJ:

Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de


competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de
Processo Penal.

c) Errada. Não depende, na hipótese, da propositura da ação penal, podendo ser em qualquer
fase do inquérito ou processo, conforme §5º do art. 109 da Constituição Federal:

CF, art. 109, § 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados
internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Supe-
rior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de
competência para a Justiça Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004).

d) Certa. Há, inclusive, precedente do STJ, nesse sentido:

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

PENAL. CONFLITO DE COMPETÊNCIA. CRIME COMUM PRATICADO CONTRA JUIZ ELEI-


TORAL. INTERESSE DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 1. A competência
criminal da Justiça Eleitoral se restringe ao processo e julgamento dos crimes tipica-
mente eleitorais. 2. O crime praticado contra Juiz Eleitoral, ou seja, contra órgão jurisdi-
cional de cunho federal, evidencia o interesse da União em preservar a própria adminis-
tração. 3. Conflito conhecido para declarar a competência do Juízo Federal do Juizado
Especial Cível e Criminal da Seção Judiciária do Estado de Rondônia, ora suscitado. STJ,
TERCEIRA SEÇÃO, CC 45552 / RO, julgado em 08/11/2006, DJe 27/11/2006.

Questão 5 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO) Sobre competência, junção e separação de processos, assinale a alternativa
correta:
a) Concorrendo a competência por prerrogativa de função e a do Tribunal do Júri, preponde-
rará em qualquer caso aquela sobre esta.
b) No processo relativo a crime doloso contra a vida, o juiz sumariante, ao pronunciar o acu-
sado, poderá e deverá examinar os crimes conexos para, se for o caso, afastá-los da aprecia-
ção do Tribunal do Júri.
c) A regra de reunião das diferentes ações penais instauradas por crimes conexos não se
aplica, salvo para fins de soma ou unificação de penas, se algum deles já tiver sido definitiva-
mente sentenciado, haja ou não transitado em julgado a respectiva decisão.
d) Imposta a unidade de processo e julgamento nos casos de conexão e continência, poderá
todavia ocorrer sua facultativa separação nos casos em que sobrevier a algum dos acusados
doença mental.

Letra c.
a) Errada. Observe o teor da Súmula vinculante 45:

A competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.

b) Errada. O juiz deverá, no caso, ao pronunciar o crime doloso contra a vida, submeter os
demais ao júri popular. Nesse sentido, veja o seguinte precedente:

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

PROCESSO PENAL E PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO QUALIFICADO.


ABSOLVIÇÃO. TRIBUNAL DO JÚRI. CRIME DE ROUBO CONEXO. JULGAMENTO PELO JUIZ
PRESIDENTE DO TRIBUNAL DO JÚRI. INCOMPETÊNCIA. NULIDADE ABSOLUTA RECO-
NHECIDA. COMPETÊNCIA DO CONSELHO DE SENTENÇA. HABEAS CORPUS NÃO CONHE-
CIDO. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
1. Ao Tribunal do Júri compete o julgamento dos crimes dolosos contra a vida e dos deli-
tos conexos, salvo os eleitorais e os militares.
2. Se os jurados votarem pela absolvição do acusado do crime doloso contra a vida, como
no presente caso, afere-se que reconheceram sua competência para o julgamento do
feito, logo, ao Conselho de sentença também caberá o julgamento da infração conexa.
3. Tendo sido a sentença condenatória do delito de roubo proferida por juízo absoluta-
mente incompetente, verifica-se a ocorrência de nulidade absoluta, presente, portanto, a
existência de constrangimento ilegal.
4. Habeas corpus não conhecido. Ordem concedida de ofício para anular a sentença do
Juízo singular que julgou o delito de roubo, devendo os autos serem encaminhados ao
Tribunal do Júri, competente para julgamento do crime conexo.
(HC 293.895/RS, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, QUINTA TURMA, julgado em 17/10/2019,
DJe 29/10/2019)

c) Certa. Elaborada nos termos da Súmula 235 do STJ:

A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi julgado.

d) Errada. Nesse caso, a separação é obrigatória, conforme CPP:

Art. 79. A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo:


I – no concurso entre a jurisdição comum e a militar;
II – no concurso entre a jurisdição comum e a do juízo de menores.
§ 1º Cessará, em qualquer caso, a unidade do processo, se, em relação a algum co-réu, sobrevier
o caso previsto no art. 152.

Questão 6 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre o tem a


relacionado à competência, marque a alternativa correta:
a) Em regra, o crime de tráfico de drogas deve ser processado e julgado pela Justiça Estadual.
No entanto, se caracterizado o tráfico transnacional ou o tráfico interestadual, deve a Justiça
Federal julgar o feito, notadamente se a investigação ficou a cargo da Polícia Federal.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Competência
Geilza Diniz

b) Conforme jurisprudência dominante dos Tribunais Superiores, no caso do crime de homicí-


dio, no qual os atos executórios (p. ex., disparos de arma de fogo) foram praticados na cidade
de Rio Verde, mas a morte da vítima ocorreu em Goiânia, tendo ela falecido na UTI do hospital,
a competência para o julgamento da ação penal será necessariamente do Juízo de Goiânia,
local onde se consumou o crime (competência em razão do local da infração - ratione loci).
c) Na hipótese de um Prefeito praticar um homicídio doloso contra seu desafeto político, que
fazia forte oposição a ele no Município, deverá o Prefeito ser julgado pelo Tribunal do Júri da
comarca onde ocorreu o crime, ainda que não seja o local onde exerça seu mandato de Chefe
do Poder Executivo Municipal.
d) O Plenário do STF firmou entendimento no sentido de que o foro por prerrogativa de fun-
ção aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o exercício do cargo e relacionados às
funções desempenhadas. Na mesma ocasião, fixou a tese de que ao final da instrução pro-
cessual, com a publicação do despacho de intimação para apresentação de alegações finais,
a competência para processar e julgar ações penais não será mais afetada em razão de o
agente público vir a ocupar cargo ou deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.

Letra d.
a) Errada. Conforme entendimento sumulado já visto, no caso do tráfico interestadual preva-
lece a competência da justiça estadual.
b) Errada. No caso se trata de crime plurilocal, com possibilidade excepcional de deslocamen-
to da competência para facilitação da instrução probatória, conforme decisão do STF:

EMENTA Recurso ordinário em habeas corpus. Processual Penal. Crime de homicídio


culposo (CP, art. 121, §§ 3º e 4º). Competência. Consumação do delito em local dis-
tinto daquele onde foram praticados os atos executórios. Crime plurilocal. Possibilidade
excepcional de deslocamento da competência para foro diverso do local onde se deu
a consumação do delito (CPP, art. 70). Facilitação da instrução probatória, Precedente.
Recurso não provido. 1. A recorrente foi denunciada pela prática do crime de homicídio
culposo (art. 121, § 3º, c/c § 4º do Código Penal), porque “deixando de observar dever
objetivo de cuidado que lhe competia em razão de sua profissão de médica e agindo de
forma negligente durante o pós-operatório de sua paciente Fernanda de Alcântara de

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Araújo, ocasionou a morte desta, cinco dias após tê-la operado, decorrendo o óbito de
uma embolia gordurosa não diagnosticada pela denunciada, a qual sequer chegou a exa-
minar a vítima após a alta hospitalar, limitando-se a prescrever remédios pelo telefone,
em total afronta ao Código de Ética Médica (artigo 62 do CEM)”. 2. Embora se possa afir-
mar que a responsabilidade imputada à recorrente possa derivar de negligência decor-
rente da falta do exame pessoal da vítima e do seu correto diagnóstico após a alta hos-
pitalar, é inconteste que esse fato deriva do ato cirúrgico e dos cuidados pós-operatórios
de responsabilidade da paciente, de modo que se está diante de crime plurilocal, o que
justifica a eleição como foro do local onde os atos foram praticados e onde a recorrente
se encontrava por ocasião da imputada omissão (por ocasião da prescrição de remédios
por telefone à vítima). 3. Recurso não provido.
(RHC 116200, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 13/08/2013,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-176 DIVULG 06-09-2013 PUBLIC 09-09-2013)

c) Errada. A competência é do Tribunal de Justiça, no caso. Confira o seguinte precedente


do STJ:

HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. CRIMES DE HOMICÍDIO TENTADO E CONSU-


MADO DUPLAMENTE QUALIFICADO CONTRA A MULHER DO PREFEITO, A MANDO
DESTE. DECRETO DE PRISÃO PREVENTIVA. ARGÜIÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO E FALTA
DE PROVAS DA AUTORIA. IMPROCEDÊNCIA. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL
DE JUSTIÇA PARA PROCESSAR E JULGAR O PREFEITO, NÃO O CO-RÉU QUE NÃO POSSUI
PRERROGATIVA DE FORO.
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DO JÚRI. CISÃO DO PROCESSO. CONCESSÃO DE ORDEM
DE OFÍCIO.
1. Muito embora não se tenha examinado o pedido especificamente com relação ao ora
Paciente, pelas mesmas razões declinadas nos julgamentos de impetrações anteriores
do co-réu, evidencia-se a ausência das ilegalidades apontadas.
2. Há robustos indícios de autoria dos crimes que, pelas características delineadas, retra-
tam, in concreto, a frieza e a periculosidade do agente, no caso, apontado como execu-
tor de homicídio, primeiro, tentado e, depois, consumado, contra a esposa do Prefeito, a
mando deste, a indicar a necessidade da segregação cautelar para a garantia da ordem
pública.

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3. Além de o excesso de prazo reclamado ter sido plenamente justificado, mormente em


face da atuação da própria defesa, a questão resta superada, na medida em que já fora
concluída a instrução criminal. “Encerrada a instrução criminal, fica superada a alegação
de constrangimento por excesso de prazo” (Súmula n.º 52 do STJ).
4. Conquanto não argüida na impetração, verifica-se flagrante ilegalidade diante da incom-
petência absoluta do Tribunal de Justiça para processar e julgar o ora Paciente, que não
possui prerrogativa de foro, por crime doloso contra a vida.
5. Inexistindo prerrogativa de foro para o co-réu, exsurge a competência do Júri Popular
para julgá-lo, devendo os dispositivos constitucionais serem harmonizados, isto é, man-
tém-se a competência do Tribunal de Justiça para processar e julgar, originariamente, o
Prefeito (art. 29, inciso X, CF); e, com relação ao co-réu, a competência é do Tribunal do
Júri (art. 5º, inciso XXXVIII, alínea d, CF). Precedentes do STJ e do STF.
6. Habeas corpus denegado, mas concedida a ordem, de ofício, para declarar a incom-
petência do Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão para processar e julgar o ora
Paciente na ação penal originária, devendo ser cindido o julgamento para a preservação
da competência do Tribunal do Júri.
(HC 36.844/MA, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 14/06/2005, DJ
01/08/2005, p. 483)

d) Certa. Foi exatamente o que o STF entendeu no julgamento da AP 937:

(I) O foro por prerrogativa de função aplica-se apenas aos crimes cometidos durante o
exercício do cargo e relacionados às funções desempenhadas; e
(II) Após o final da instrução processual, com a publicação do despacho de intimação
para apresentação de alegações finais, a competência para processar e julgar ações
penais não será mais afetada em razão de o agente público vir a ocupar outro cargo ou
deixar o cargo que ocupava, qualquer que seja o motivo.
Tese definida na AP 937 QO, rel. min. Roberto Barroso, P, j. 3-5-2018, DJE 265 de 11-12-
2018.

Questão 7 (MPE-GO/2019/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) No que se re-


fere à competência para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, marque a alter-
nativa incorreta:

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Competência
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a) Conforme jurisprudência dominante do STJ, no caso de estelionato praticado mediante


“golpe” realizado por anúncio de mercadoria na internet, na qual a vítima efetua o pagamento
por transferência bancária entre contas correntes em favor do autor, mas não recebe a mer-
cadoria, a competência para a apuração do delito é do Juízo do local da agência bancária do
estelionatário, pois é onde entra o numerário, afinal, a consumação ocorre quando o autor
obtém a vantagem ilícita.
b) Conforme entendimento jurisprudêncial sumulado, se o agente emite dolosamente um
cheque sem provisão de fundos na cidade de Goiânia a fim de adquirir um aparelho eletrô-
nico, mas possui conta em agência bancária situada na cidade de Anápolis, a competência
territorial para o julgamento do crime de estelionato será da comarca de Anápolis, afinal, é na
agência bancária em que o agente possui conta corrente que se dá a recusa do pagamento
pela instituição financeira.
c) De acordo com enunciado sumular, se o agente entra num estabelecimento comercial na
cidade de Goiânia e emite dolosamente um cheque falso a fim de adquirir um aparelho eletrô-
nico, a competência territorial para o julgamento do crime de estelionato será da comarca de
Goiânia, mesmo se a agência bancária do autor for situada na cidade de Anápolis, pois lá foi
o local onde se deu a obtenção da vantagem ilícita, afinal, foi em Goiânia que o estelionatário
auferiu proveito econômico em prejuízo da vítima, já que na ocasião recebeu a mercadoria
(aparelho eletrônico), mesmo sem pagar efetivamente por ela, já que efetuou o pagamento
com cheque falso.
d) Na linha da jurisprudência dominante do STJ, no caso de estelionato cuja obtenção de
vantagem ilícita foi concretizada via depósito bancário em dinheiro feito pela vítima na conta
corrente do estelionatário, a competência para julgar o crime será do local da agência bancá-
ria onde entrou o numerário em benefício do autor e em prejuízo da vítima.

Letra a.
a alternativa A foi dada como incorreta, mas ressalto que posteriormente ao concurso, houve
o seguinte entendimento do STJ:

Na hipótese em que o estelionato se dá mediante vantagem indevida, auferida mediante


o depósito em favor de conta bancária de terceiro, a competência deverá ser declarada

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Competência
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em favor do juízo no qual se situa a conta favorecida. No caso em que a vítima, induzida
em erro, efetuou depósito em dinheiro e/ou transferência bancária para a conta de ter-
ceiro (estelionatário), a obtenção da vantagem ilícita ocorreu quando o estelionatário se
apossou do dinheiro, ou seja, no momento em a quantia foi depositada em sua conta.
STJ. 3ª Seção. CC 167.025/RS, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em
14/08/2019.
STJ. 3ª Seção. CC 169.053-DF, Rel. Min. Sebastião Reis Júnior, julgado em 11/12/2019
(Info 663).

b) Certa. Nos termos da Súmula 521 do STF, que determina que o foro competente para pro-
cesso e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de che-
que sem provisão de fundos é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
c) Certa. pois a Súmula 48 do STJ preceitua que compete ao juízo do local da obtenção da
vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação
de cheque.
d) Certa. Por fim, a alternativa D está correta, era o que predominava no STJ, vide CC 139.800/
MG, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, TERCEIRA SEÇÃO, DJe 01/07/2015.

Questão 8 (FCC/2019/TJ-AL/JUIZ SUBSTITUTO) Em matéria de competência,


a) cabe à Justiça Estadual do local da apreensão da droga remetida do exterior pela via postal
processar e julgar o respectivo crime de tráfico.
b) cabe à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que indígena figure como ví-
tima, mas não quando a ele for atribuída a autoria da infração.
c) a conexão determina a reunião dos processos, ainda que um deles já tenha sido julgado.
d) cabe ao Tribunal de Justiça do Estado processar e julgar o mandado de segurança contra
ato do juizado especial.
e) fica firmada em razão da entidade ou órgão ao qual apresentado o documento público fal-
so, independentemente da qualificação do órgão expedidor.

Letra e.
a) Errada. A Súmula 528 do STJ disciplina que compete ao juiz federal do local da apreensão
da droga remetida do exterior pela via postal processar e julgar o crime de tráfico internacional.

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Competência
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b) Errada. A Súmula 140 do STJ diz que compete a justiça comum estadual processar e julgar
o crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
c) Errada. A Súmula 235 do STJ determina que a conexão não determina a reunião dos pro-
cessos se um deles já foi julgado.
d) Errada. A Súmula 376 do STJ disciplina que compete à turma recursal processar e julgar
mandado de segurança contra ato de juizado especial.
e) Certa. Nos termos da Súmula 546 do STJ, que disciplina que a competência para processar
e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual
foi apresentado o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.

Questão 9 (MPE-SC/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) Dispõe a Súmu-


la n. 721 do Supremo Tribunal Federal que a competência constitucional do Tribunal do Júri
prevalece sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Consti-
tuição Estadual. A Súmula Vinculante n. 45 do Supremo Tribunal Federal resultou da conver-
são da Súmula n. 721.

Certo.
Ótima redação, na questão, para anotar e estudar para concurso. Vejamos novamente o teor
das súmulas.

Súmula Vinculante 45 do STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece


sobre o foro por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição
estadual.
Súmula 721, STF: A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.

Questão 10 (MPE-SC/2019/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A competência


será determinada pela continência quando também duas ou mais pessoas forem acusadas
pela mesma infração, tal como no concurso necessário de pessoas. Neste caso, trata-se de
modalidade de continência por cumulação objetiva.

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Competência
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Errado.
Trata-se, no caso, de cumulação subjetiva, nos termos do art. 77, inciso II, do CPP.

Questão 11 (CESPE/2019/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Caso seja verificada conexão proba-


tória entre fatos concernentes a crimes de competência da justiça estadual e a crimes de
competência da justiça federal, é correto afirmar que
a) o processamento e o julgamento dos crimes de forma unificada não é possível, em razão da
impossibilidade de modificação da regra de competência material pela conexão.
b) o juízo estadual é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,
com exceção da hipótese de posterior sentença absolutória em relação ao delito estadual.
c) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,
independentemente da pena prevista para cada um dos delitos.
d) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento dos crimes conexos,
salvo o caso de ser prevista pena mais grave ao delito estadual.
e) o juízo federal é o competente para o processamento e o julgamento unificado dos crimes,
excluída a hipótese de posterior sentença absolutória em relação ao delito federal.

Letra c.

Súmula 122 do STJ: Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos
crimes conexos de competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II,
a, do Código de Processo Penal.

Questão 12 (VUNESP/2019/TJ-AC/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


correta quanto à competência e o seu regramento previsto no Código de Processo Penal.
a) Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a com-
petência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último ato
de execução.
b) Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta a juris-
dição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais jurisdições,
a competência firmar-se-á pelo princípio da extraterritorialidade.

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Competência
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c) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pela prevenção.


d) Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio ou da
residência do réu, salvo conhecido o lugar da infração.

Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 70, §1º, do CPP.
b) Errada. Nos termos do art. 70, §3º, do CPP, a competência nesse caso será firmada pela
prevenção.
c) Errada. Nesse caso, a competência será firmada pelo domicílio ou residência do réu.
d) Errada. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de domi-
cílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração, nos termos do art.
73 do CPP.

Questão 13 (CESPE/2019/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) A respeito de competência jurisdicio-


nal, é correto afirmar que
a) a competência penal por prerrogativa de função não prevalece sobre a regra de competên-
cia do local da infração.
b) competem à justiça federal o processamento e o julgamento unificado de crimes cone-
xos de competência federal e estadual, salvo se os crimes afetos ao juízo estadual forem
mais graves.
c) a competência constitucional do tribunal do júri é uma cláusula pétrea, razão pela qual é
inadmitida a sua ampliação por lei ordinária.
d) o juízo de admissibilidade da exceção da verdade relacionada ao crime de calúnia em des-
favor de autoridade pública com foro por prerrogativa de função é de competência das ins-
tâncias ordinárias.

Letra d.
a alternativa D é a única correta. Confira-se:

CALÚNIA, INJÚRIA E DIFAMAÇÃO. VÍTIMA COM PRERROGATIVA DE FORO. OPOSIÇÃO


DE EXCEÇÃO DA VERDADE. ADMISSÃO E PROCESSAMENTO PELO MAGISTRADO DE

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Competência
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PRIMEIRO GRAU. LEGITIMIDADE. COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL


APENAS PARA O JULGAMENTO DO INCIDENTE.INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 85 DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE.
1. Nos termos do artigo 85 do Código de Processo Penal, os Tribunais só são compe-
tentes para o julgamento da exceção da verdade, cujo juízo de admissibilidade e ins-
trução são feitos perante o magistrado de primeira instância. Doutrina. Precedentes do
STJ e do STF.
2. No caso dos autos, a exceção da verdade oposta pelos pacientes foi admitida pela
magistrada de primeiro grau, que intimou o excepto para apresentar contestação, ressal-
tando que a sua competência se restringiria ao processamento do incidente, cujo julga-
mento será realizado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, não havendo que se
falar, por conseguinte, em ofensa ao princípio do juiz natural.
3. Habeas corpus não conhecido. (HC 311.623/RS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, QUINTA
TURMA, julgado em 10/03/2015, DJe 17/03/2015)

Questão 14 (CESPE/2019/TJ-BA/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da competência no processo


penal, assinale a opção correta, de acordo com o entendimento dos tribunais superiores.
a) O julgamento de crime de roubo perpetrado contra agência franqueada da Empresa Brasi-
leira de Correios e Telégrafos competirá à justiça federal.
b) O julgamento de crime de uso de documento falso decorrente de apresentação de certifica-
do de registro de veículo falso a policial rodoviário federal competirá à justiça estadual.
c) Compete à justiça federal julgar crime de divulgação e publicação na rede mundial de com-
putadores de imagens com conteúdo pornográfico envolvendo criança ou adolescente.
d) Compete à justiça federal o julgamento de contravenções praticadas em detrimento de in-
teresses da União, quando elas forem conexas aos crimes de sua competência.
e) Compete à justiça estadual o julgamento de crime de redução de trabalhador a condição
análoga à de escravo.

Letra c.
a) Errada. O STJ entende que, nos casos de delitos praticados, a competência será estadual
quando o crime for perpetrado contra agência franqueada e houver ocasionado efetivo

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prejuízo unicamente a bens jurídicos privados. Por outro lado, incidirá o art. 109, IV, da Cons-
tituição Federal, nos casos em que a ofensa for direta à EBCT, ou seja, ao serviço fim dos cor-
reios, os serviços postais, atraindo, pois, a competência federal.
b) Errada. Nos termos da Súmula 546 do STJ, a competência para processar e julgar o crime
de uso de documento falso é firmada em razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado
o documento público, não importando a qualificação do órgão expedidor.
c) Certa. Confira-se:

Compete à Justiça Federal processar e julgar as ações penais que envolvam suposta divul-
gação de imagens com pornografia infantil em redes sociais na internet. A jurisprudência
do STJ entende que só a circunstância de o crime ter sido cometido pela rede mundial
de computadores não é suficiente para atrair a competência da Justiça Federal. Contudo,
se constatada a internacionalidade do fato praticado pela internet, é da competência da
Justiça Federal o julgamento de infrações previstas em tratados ou convenções inter-
nacionais (crimes de guarda de moeda falsa, de tráfico internacional de entorpecentes,
contra as populações indígenas, de tráfico de mulheres, de envio ilegal e tráfico de meno-
res, de tortura, de pornografia infantil e pedofilia e corrupção ativa e tráfico de influência
nas transações comerciais internacionais). O Brasil comprometeu-se, perante a comuni-
dade internacional, a combater os delitos relacionados à exploração de crianças e ado-
lescentes em espetáculos ou materiais pornográficos, ao incorporar, no direito pátrio, a
Convenção sobre Direitos da Criança adotada pela Assembleia Geral das Nações Unidas,
por meio do Decreto Legislativo n. 28/1990 e do Dec. n. 99.710/1990. A divulgação de
imagens pornográficas com crianças e adolescentes por meio de redes sociais na inter-
net não se restringe a uma comunicação eletrônica entre pessoas residentes no Brasil,
uma vez que qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, poderá acessar a página
publicada com tais conteúdos pedófilo-pornográficos, desde que conectada à internet
e pertencente ao sítio de relacionamento. Nesse contexto, resta atendido o requisito da
transnacionalidade exigido para atrair a competência da Justiça Federal. Precedentes
citados: CC 112.616-PR, DJe 1º/8/2011; CC 106.153-PR, DJ 2/12/2009, e CC 57.411-RJ,
DJ 30/6/2008. CC 120.999-CE, Rel. Min. Alderita Ramos de Oliveira (Desembargadora
convocada do TJ-PE), julgado em 24/10/2012.

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d) Errada. Nos termos do art. 109, IV, da CF. A competência é da justiça federal para processar
e julgar as infrações penais praticadas em detrimento de bens, serviços ou interesse da União
ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, excluídas a contravenções.
e) Errada. O STF tem entendimento consolidado no sentido de que a competência para julga-
mento do crime de exploração de trabalho escravo é da justiça federal.

Questão 15 (MPE-PR/2019/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Sobre competência, nos


termos do Código de Processo Penal, analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa
incorreta:
a) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou,
no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de execução.
b) Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou
mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
c) Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo juízo que pri-
meiro praticou algum ato processual.
d) Havendo conexão ou continência, no concurso de jurisdições da mesma categoria, prevale-
cerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número de infrações, se as respectivas penas
forem de igual gravidade.
e) Se reconhecida inicialmente ao júri a competência por conexão ou continência, o juiz, se
vier a desclassificar a infração ou impronunciar ou absolver o acusado, de maneira que exclua
a competência do júri, remeterá o processo ao juízo competente.

Letra c.
a alternativa C está errada, porque, de acordo com o art. 72 do CPP, não sendo conhecido o
lugar da infração, a competência será regulada pelo domicílio ou residência do réu.
a) Certa. Nos termos do art. 70 do CPP.
b) Certa. Nos termos do art. 71 do CPP.
d) Certa. Nos termos do art. 78, II, b, do CPP.
e) Certa. Nesse caso, como ao final da primeira fase do procedimento do júri o juiz reconhece
não haver crime doloso contra a vida, cessa a competência do júri popular.

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Questão 16 (FUNDAÇÃO CEFETBAHIA/2018/MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITU-


TO) Para responder a presente questão, considere a situação hipotética a seguir.
No dia 05 de novembro de 2018, um grupo constituído de cinco pessoas, todos imputáveis,
se associaram em comunhão de desígnios para o fim específico de cometer crime. Assim,
deram início ao empreendimento criminoso na cidade de Serrinha-BA, onde adentraram em
um condomínio de classe média alta e ali arrombaram 20 apartamentos e subtraíram bens
móveis, dentre eles um veículo Toyota Hilux, utilizado pela quadrilha para empreender fuga.
Ao chegarem no município de Feira de Santana-BA, faltou combustível, razão pela qual foram
obrigados a abandonar aquele automóvel. Na sequência, abordaram um motorista na pista,
o qual conduzia o veículo Ford F.1000, cabine dupla, quando o mesmo foi ameaçado com
emprego de arma de fogo pelos membros da quadrilha, vindo a reagir ao assalto, sendo alve-
jado por projéteis de arma de fogo que o levaram a óbito. Em seguida, a quadrilha subtraiu o
veículo da vítima. No município de Simões Filho-BA, sequestraram uma idosa e passaram a
se comunicar com familiares da vítima, exigindo o preço como condição do resgate. A partir
daí, passaram a ser perseguidos por agentes da Polícia Militar. Já na cidade de Salvador-BA,
ainda perseguidos, empreenderam excessiva velocidade causando um acidente automobi-
lístico na Avenida Tancredo Neves, na altura do Shopping da Bahia, onde colidiram com o
veículo Volkswagem GOL, produzindo perda total nesse veículo e graves lesões corporais no
seu condutor.
Por fim, foram conduzidos a uma delegacia de repressão a Crimes Contra o Patrimônio, na
capital do Estado, onde foi lavrado o Auto de Prisão em Flagrante. Nos termos da legislação
pátria (art. 78 do CPP), a alternativa que contém a comarca do foro competente para conhe-
cer, processar e julgar os crimes praticados pela quadrilha é
a) Serrinha.
b) Salvador.
c) Simões Filho.
d) Feira de Santana.
e) a que tem competência fixada pela prevenção.

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Competência
Geilza Diniz

Letra d.
Em tese, foram praticados diversos crimes, ou seja, associação criminosa e roubo em Serri-
nha, latrocínio em Feira de Santana, extorsão mediante sequestro em Simões Filho e lesões
corporais do Código de Trânsito em Salvador. Nesse caso, considerando que nenhum deles
se submete a justiça especializada, deve prevalecer a regra de conexão, prevista no art. 76 do
CPP. Em tal caso, a regra de competência é fornecida pelo art. 78, II, a, do CPP, prevalecendo a
jurisdição do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave, ou seja, Feira de San-
tana, onde houve o crime de latrocínio.

Questão 17 (VUNESP/2018/TJ-MT/JUIZ SUBSTITUTO) A competência criminal:


a) na hipótese de conexão e continência, importarão unidade de processo e julgamento salvo
no concurso entre jurisdição comum e especial.
b) pelo lugar da infração, será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infra-
ção, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que foi iniciado o ato de execução.
c) tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais
jurisdições, firmar-se-á pelo local onde se iniciou os atos de execução.
d) na hipótese de crimes dolosos contra a vida, quando resultar em desclassificação pelo
Conselho de Sentença, em julgamento realizado perante o Tribunal do Júri, deverá ser o pro-
cesso remetido ao juiz singular para a análise do crime desclassificado.
e) não sendo conhecido o lugar da infração, será regulada pelo único domicílio do réu conhecido.

Letra e.
a) Errada. O art. 78, IV, do CPP determina que na determinação da competência por conexão
ou continência, serão observadas as seguintes regras... no concurso entre a jurisdição co-
mum e a especial, prevalecerá esta.
b) Errada. De acordo com o art. 70 do CPP, no caso de tentativa, será firmada a competência
pelo lugar em que foi praticado o último ato de execução.
c) Errada. Nesse caso, a competência será firmada pela prevenção, nos termos do art. 71
do CPP.

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Competência
Geilza Diniz

d) Errada. A desclassificação ocorreu pelo Conselho de Sentença, pelos jurados, logo, cabe o
próprio juiz presidente do júri sentenciar o crime.
e) Certa. Nos termos do art. 72 do CPP.

Questão 18 (FCC/2018/MPE-PB/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Praticado delito de


menor potencial ofensivo, determinará, de regra, a competência jurisdicional
a) a prevenção.
b) o lugar em que se consumar a infração penal.
c) a distribuição do termo circunstanciado.
d) o lugar em que foi praticada a infração penal.
e) o domicílio ou residência do autor do fato.

Letra d.

Lei 9.099/99. Art. 63. A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada
a infração penal.

Questão 19 (CONSULPLAN/2018/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Avalie as seguin-


tes asserções e a relação proposta entre elas.
I – “O juízo da Comarca é o competente para examinar mandado de segurança impe-
trado contra o Presidente da Comissão Processante e o Presidente da Câmara, que
decretou a perda do mandato do Prefeito de Mutuca, Minas Gerais, por infração po-
lítico-administrativa.”
PORQUE
II – “Prefeitos são julgados originariamente pela 2ª instância, com eficácia ‘ex nunc’, nas
hipóteses de infração comum de natureza criminal, dos crimes dolosos contra a vida,
dos crimes impróprios de responsabilidade e dos crimes de desvio de verba federal
incorporada ao patrimônio municipal.”

A respeito dessas asserções, assinale a alternativa correta.


a) A segunda afirmativa é falsa e a primeira verdadeira.
b) A primeira afirmativa é falsa e a segunda é verdadeira.

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Competência
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c) As duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.


d) As duas afirmativas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira.

Letra b.
I – Errado. A competência é do Tribunal de Justiça, tratando-se de competência originária.
Confira-se:

Reexame Necessário-Cv 1.0460.09.037516-9/002, TJMG, 3ª Câmara Cível, j. 25.03.10: A


competência para o julgamento de mandado de segurança impetrado contra o presidente
de câmara municipal ou de suas respectivas comissões, quando o objeto é a perda de
mandato do prefeito municipal, é originária do Tribunal de Justiça, a teor do disposto no
artigo 106, I, “”c””, da Constituição Estadual, com a redação dada pela EC 58/03. Assiste
razão ao Ministério Público ao invocar a incompetência absoluta do juiz de primeiro
grau para julgar o feito, porquanto se trata de mandado de segurança manejado contra
o Presidente da Câmara Municipal de Ouro Fino e contra o Presidente da Comissão Pro-
cessante de Cassação do Mandato Eletivo do Prefeito Municipal de Ouro Fino. E cediço
é que o artigo 106, I, “c”, da Constituição Estadual, com a redação dada pela Emenda
Constitucional 58/03 - declarada constitucional no Incidente de Inconstitucionalidade n.
1.0000.07.454442-0/000, julgado em 09.01.2008 -, prevê que é da competência originá-
ria deste Tribunal de Justiça o julgamento de writ aviado contra o presidente da câmara
municipal ou de respectiva comissão, cujo objeto seja a perda de mandato do prefeito
municipal”.

II – Certo. Sendo de se destacar a Súmula 209 do STJ, que disciplina que compete à Justiça
Estadual processar e julgar prefeito por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimô-
nio municipal.

Questão 20 (CONSULPLAN/2018/TJ-MG/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Em relação à


competência no processo penal, analise as afirmativas a seguir, marque V para as verdadei-
ras e F para as falsas.
( ) Na determinação da competência por conexão ou continência, havendo concurso de
jurisdições da mesma categoria, prepondera a do lugar da infração a qual for cominada
a pena mais grave.

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Competência
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( ) A competência será determinada pelo domicílio ou residência da vítima quando o lugar


da infração for desconhecido.
( ) A competência para processar e julgar o crime de uso de documento falso é firmada em
razão da entidade ou órgão ao qual foi apresentado o documento público, não impor-
tando a qualificação do órgão expedidor.
( ) A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infra-
ção penal.
( ) A competência será determinada pela continência nas hipóteses de concurso formal,
erro na execução e resultado diverso do pretendido.
A sequência está correta em
a) V, F, V, F, F.
b) F, V, F, F, V
c) F, F, V, V, F.
d) V, F, V, V, V.

Letra d.
A primeira assertiva é verdadeira, nos termos do art. 78, II, a, do CPP. A segunda é falsa, por
força do art. 72 do CPP. A terceira é verdadeira, conforme súmula 546 do STJ. A quarta é ver-
dadeira, conforme art. 63 da lei 9099/95. A quinta é verdadeira, nos termos do art. 77 do CPP

Questão 21 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA)ANALISEASASSERTIVASABAIXO:


I – É entendimento consolidado na jurisprudência do STJ que, para atrair a competência
da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca proibida em rio interestadual, que é
bem da União, deveria gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afetando trecho
do rio que se alongasse por mais de um Estado da Federação, de modo que se os da-
nos afetaram apenas pequena parte do rio interestadual próximo a determinado muni-
cípio em que verificada a infração, a competência não será da Justiça Federal.
II – Crime apenado com 2 a 12 anos de reclusão foi cometido na jurisdição federal do Mu-
nicípio “X”. Outro crime, porém apenado com reclusão de 3 a 8 anos de reclusão, foi co-
metido na jurisdição federal do Município “Y”. Os crimes são conexos entre si e devem

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Competência
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ser processados conjuntamente por força do art. 78, II, ´a´, CPP. Segundo entendimento
preponderante na doutrina e na jurisprudência, a competência é do Juízo Federal com
jurisdição sobre o Município “Y”.
III – Analisando em sentença processo criminal sob sua competência por dois crimes co-
nexos, Juiz Federal absolve “X” do delito de moeda falsa (art. 289, CP) por entender que
não há elementos suficientes para a condenação. Quanto ao delito remanescente (art.
299, CP, falsidade ideológica), entende que a falsidade, embora provada a autoria e a
materialidade, não tem aptidão para atingir diretamente bens, serviços ou interesses
da União, de modo que deverá declinar de sua competência quanto a esse último delito
para a Justiça Estadual.

Diante das assertivas acima, analise as alternativas abaixo:


a) todas as assertivas estão integralmente corretas.
b) apenas a assertiva I está integralmente correta.
c) apenas as assertivas I e II estão integralmente corretas.
d) apenas as assertivas II e III estão integralmente corretas.

Letra b.
I – Certo. Confira-se:

3. Assim sendo, para atrair a competência da Justiça Federal, o dano decorrente de pesca
proibida em rio interestadual deveria gerar reflexos em âmbito regional ou nacional, afe-
tando trecho do rio que se alongasse por mais de um Estado da Federação, como ocor-
reria se ficasse demonstrado que a atividade pesqueira ilegal teria o condão de reper-
cutir negativamente sobre parte significativa da população de peixes ao longo do rio,
por exemplo, impedindo ou prejudicando seu período de reprodução sazonal. 4. Situação
em que os danos ambientais afetaram apenas a parte do rio próxima ao Município em
que a infração foi verificada, visto que a denúncia informa que apenas dois espécimes,
dentre os 85 Kg (oitenta e cinco quilos) de peixes capturados, tinham tamanho inferior
ao mínimo permitido e os apetrechos de pesca apresentavam irregularidades como falta
de plaquetas de identificação, prejuízos que não chegam a atingir a esfera de interesses

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da União. (....) STJ. 3ª Seção. CC 146.373/MG, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, jul-
gado em 11/05/2016.

II – Errado, pois a competência é o juízo federal, por preponderar a competência do lugar da


infração a que for cominada pena mais grave.
III – Errado, pois ocorre, no caso, a “perpetuatio jurisdictionis”.

Questão 22 (PGR/2017/PGR/PROCURADOR DA REPÚBLICA) No que se refere à competên-


cia no processo penal relacionado ao tema do tráfico internacional de drogas, analise as
afirmativas abaixo à luz do entendimento consolidade na jurisprudência do superior tribu-
nal de justiça:
I – Quando se trata de importação, a competência para julgar a ação penal é do juízo do
local da apreensão da droga, onde se consuma o crime, e não o lugar do destino;
II – Quando se trata de exportação, cujos últimos atos de execução são praticados dentro
do país, frente ao disposto no art. 70 do CPP, a competência é do Juízo Federal do local
da remessa da droga para o exterior;
III – Tanto na importação como na exportação, a competência é do Juízo Federal onde
apreendida a droga;
IV – Os crimes praticados nos municípios que não sejam sede de vara federal serão pro-
cessados e julgados na vara federal da circunscrição respectiva, sendo inviável a de-
legação de competência para a Justiça Estadual, não podendo haver a definição da
competência de outro juízo se for crime único de tráfico.

Ante as assertivas acima:


a) apenas as assertivas I, II e IV estão integralmente corretas;
b) apenas as assertivas I e II estão integralmente corretas;
c) apenas as assertivas III e IV estão integralmente corretas;
d) apenas a assertiva III está integralmente correta.

Letra b.
I – Certo. Nos termos da Súmula 528 do STJ. O item II está correto, confira-se:

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Competência
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Em caso de exportação ou remessa de droga do Brasil para o exterior via postal, a consu-
mação do delito ocorre no momento do envio da droga, juízo competente para processar e
julgar o processo, independentemente do local da apreensão. Inaplicabilidade da Súmula
528 desta Corte Superior, na espécie. Conflito de Competência conhecido para declarar
competente o Juízo Federal da Seção Judiciária do Estado de Goiás. (CC 146.393/SP,
Relator Ministro Felix Fischer, Terceira Seção, DJe de 01/07/2016)

III – Errado. Em relação à exportação de drogas, não se aplica a súmula 528 do STJ. O item IV
está errado, nos termos do art. 109, §3º, da CF.

Questão 23 (FUNDEP/GESTÃO DE CONCURSOS/2018/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA


SUBSTITUTO) Examine as alternativas abaixo, referentes à competência, assinalando a CORRETA:
a) Entre as exceções ao princípio da unicidade, figura a situação em que o concurso de pesso-
as, em crime doloso contra a vida, dá-se entre o agente que responde originariamente perante
Tribunal de Justiça e aquele que não se submete, em regra, a foro por prerrogativa de função.
b) Em crime praticado fora do Brasil, quando aplicável a lei brasileira, o juízo competente será
sempre o da Capital da República.
c) A teor do que dispõe o CPP, na hipótese de crimes conexos, concorrendo jurisdições da
mesma categoria, preponderará a determinada pela prevenção.
d) A unidade de processo e de julgamento imposta pelo CPP não prevalece se, ocorrendo dois
crimes dolosos contra a vida, conexos, for um deles de competência da Justiça Federal e ou-
tro da Justiça Estadual.

Letra a.
a) Certa. Pode acontecer a separação dos processos na situação descrita na alternativa A.
b) Errada. Nos termos do art. 88 do CPP.
c) Errada. Nos termos do art. 78, II, a, do CPP.
d) Errada. Nos termos da Súmula 122 do STJ.

Questão 24 (MPE-MS/2018/MPE-MS/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Considere


que um determinado indivíduo, recolhido e cumprindo pena no presídio da cidade de Navi-

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Competência
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raí/MS, valendo-se de celular que ingressou indevidamente naquele presídio, efetue ligações
para alguém que esteja em Maracaju/MS, exigindo o pagamento de vantagem indevida, sob
pena de causar mal a um filho adolescente que estuda em Campo Grande/MS. A vítima, acre-
ditando que seu filho poderia ser morto, deixa a cidade de Maracaju/MS, desloca-se para
Dourados/MS e saca importância em dinheiro na agência bancária dessa cidade, operando,
em seguida, na cidade de Fátima do Sul/MS, a entrega da quantia a um comparsa do presidi-
ário. O foro competente para processar e julgar o delito é:
a) Naviraí.
b) Maracaju.
c) Campo Grande.
d) Dourados.
e) Fátima do Sul.

Letra b.
A alternativa correta é a B, pois, sendo o crime de extorsão um crime formal, ele se consuma
com o constrangimento, mediante grave ameaça, no caso, e com o intuito de obter para si ou
para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma
coisa, o que ocorreu em Maracaju, local em que a vítima estava e recebeu o telefonema.

Questão 25 (MPE-SP/2017/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Assinale a al-


ternativa correta.
a) A competência jurisdicional só será determinada pelo domicílio do réu quando desconhe-
cido o lugar da infração.
b) Em homicídio praticado em coautoria, por pessoa com prerrogativa de função estabelecida
pela Constituição Federal e outra sem foro privilegiado, a continência importa em unidade do
processo e prorrogação da competência do Tribunal do Júri.
c) A Justiça Federal é competente para o processo e julgamento unificado dos crimes cone-
xos de competência federal e estadual, ainda que a pena aplicada ao crime de competência
estadual seja mais grave.

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Competência
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d) Na hipótese de crimes conexos, o juiz que decretar a prisão preventiva de um dos acusados
fica, em face da prevenção, competente para a apreciação de todos os crimes, independente-
mente do número de infrações cometidas.
e) No caso de crime continuado, com diversos processos em andamento, o juiz prevento de-
verá avocar os demais, sendo nula qualquer sentença proferida por outro juízo, ainda que
definitiva.

Letra c.
a) Errada. O art. 73 prevê a possibilidade de o querelante preferir o foro de domicílio ou
da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração, nos casos de exclusiva
ação privada.
b) Errada. Nos termos da Súmula 721 do STF.
c) Certa. Nos termos da Súmula 122 do STJ.
d) Errada. Nos termos do art. 78, II, do CPP, pois a prevenção é critério residual.
e) Errada. Pois o art. 82 do CPP excepciona processos com sentença definitiva.

Questão 26 (FCC/2017/TJ-SC/JUIZ SUBSTITUTO) Considere os Casos 1 e 2 abaixo.


Caso 1: Iniciada a prática de homicídio em Florianópolis, a morte da vítima ocorreu em Itajaí e
a prisão do acusado em Blumenau.
Caso 2: Delito de menor potencial ofensivo foi praticado em Itajaí e se consumou no Balneário
de Camboriú, não sendo possível a transação penal.
É competente para julgar as ações penais,
a) o Tribunal do Júri da Comarca de Itajaí (Caso 1) e o juiz singular, segundo a organização
judiciária da Comarca do Balneário de Camboriú (Caso 2).
b) em ambos os casos, segundo a regra de distribuição, o juiz criminal da Comarca de Itajaí.
c) o Tribunal do Júri da Comarca de Florianópolis (Caso 1) e o juiz singular, segundo a organi-
zação judiciária da Comarca de Itajaí (Caso 2).
d) o Tribunal do Júri (Caso 1) e o juiz singular (Caso 2), segundo a organização judiciária da
Comarca de Itajaí.
e) em ambos os casos, segundo a regra de prevenção, o juiz criminal da Comarca de Itajaí.

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Competência
Geilza Diniz

Letra d.
A meu ver, a alternativa D poderia ser mais bem redigida, mas não deixa de estar certa. No
primeiro caso, cabe ao Tribunal do Júri, em regra, do local da morte, admitindo-se, excepcio-
nalmente, caso a morte ocorra em outro local, como vimos no material, que seja o processo
e julgamento feito no local dos fatos. No segundo caso, a regra do juizado especial é que a
competência é a do lugar em que foi praticada a infração penal. No juizado, o julgamento é
feito pelo juiz singular.

Questão 27 (MPE-PR/2017/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a opção correta,


de acordo com a legislação processual penal:
a) A competência será determinada pela continência quando a prova de uma infração ou de
qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra infração.
b) No processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da
Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver residido no
Brasil, será competente o juízo da Capital da República.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, havendo concurso de juris-
dições da mesma categoria, prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número
de infrações, independentemente das respectivas penas.
d) Se, não obstante a conexão ou continência, foram instaurados processos diferentes, que
já estão com sentença definitiva, a unidade dos processos não poderá se dar, ulteriormente,
para o efeito de soma ou de unificação das penas, no juízo da execução.
e) Tratando-se de infração continuada, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a
competência firmar-se-á pelo local em que a última ocorreu.

Letra b.
a) Errada. Conforme art. 76 do CPP.
b) Certa. Conforme art. 88 do CPP.
c) Errada. Conforme art. 78, II, do CPP.
d) Errada. Conforme art. 82 do CPP.
e) Errada. Conforme art. 71 do CPP.

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Competência
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Questão 28 (CESPE/2017/TJ-PR/JUIZ SUBSTITUTO) Acerca da divisão do exercício da ju-


risdição entre os diversos órgãos jurisdicionais, assinale a opção correta.
a) A competência será determinada pela conexão, quando duas ou mais pessoas forem acu-
sadas pela mesma infração.
b) Caso desclassifique infração que tenha dado causa à conexão, o juiz continuará compe-
tente para julgar os delitos remanescentes e os corréus, haja vista a regra da perpetuatio
jurisdicionis.
c) Nos crimes praticados fora do território brasileiro, será competente o juízo da capital da
República, independentemente de o acusado ter residido ou não no Brasil.
d) Os domicílios do réu e da vítima são critérios de determinação da competência jurisdicional.

Letra b.
a) Errada. Trata-se de continência, conforme art. 77, I, CPP.
b) Certa. Conforme art. 81 do CPP.
c) Errada. Conforme art. 88 do CPP.
d) Errada. Conforme art. 72 do CPP.

Questão 29 (TRF - 2ª REGIÃO/2017/TRF - 2ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Analise


as assertivas sobre a competência penal e, depois, marque a opção correta:
I – A conexão entre crimes da competência da Justiça Federal e da Estadual não enseja a
reunião dos feitos;
II – São requisitos para o deferimento do incidente de deslocamento de competência para
a Justiça Federal a grave violação de direitos humanos, a necessidade de assegurar
o cumprimento, pelo Brasil, de obrigações decorrentes de tratados internacionais e a
incapacidade de o estado membro, por suas instituições e autoridades, levar a cabo,
em toda a sua extensão, a persecução penal.
III – Se cometidos durante o horário de expediente, compete à Justiça Federal julgar os
delitos praticados por funcionário público federal.

a) Apenas a assertiva I está correta.

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b) Apenas a assertiva II está correta.


c) Apenas a assertiva III está correta
d) Todas as assertivas estão corretas.
e) Apenas as assertivas II e III estão corretas.

Letra b.
I – Errado. Conforme a Súmula 122 do STJ:

Compete à Justiça Federal o processo e julgamento unificado dos crimes conexos de


competência federal e estadual, não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de
Processo Penal.

II – Certo. Nos termos do art. 109, §5º, da CF.


III – Errado. Não existe essa regra em nosso ordenamento jurídico.

Questão 30 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Com relação à exceção de


incompetência, assinale a alternativa correta:
a) É cabível o recurso em sentido estrito da decisão que reconhece a incompetência do juízo
ou que rejeita a exceção de incompetência oposta;
b) A oposição de exceção de incompetência do juízo, a ser apresentada no prazo da defesa,
interromperá o curso do processo, de modo a evitar o prejuízo para as partes pelo proferi-
mento de manifestações judiciais capazes de gerar sucumbência ou decisões que realizem
o enfrentamento do mérito;
c) De acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Jus-
tiça, a ratificação é viável tanto em relação a atos instrutórios como decisórios, seja relativa
ou absoluta a incompetência verificada, salvo quando se tratar de sentença de mérito;
d) Encaminhados os autos para o juízo indicado como competente por força da procedência
da exceção de incompetência oposta, e havendo discordância do magistrado quanto à atri-
buição da competência ao juízo perante o qual atua, deverá remeter imediatamente os autos
para o juízo de origem, abstendo-se de praticar qualquer ato instrutório ou decisório;

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e) A exceção de incompetência deverá ser necessariamente oposta por escrito, procedendo-

-se à sua autuação em apartado, dando-se continuidade ao trâmite do processo principal.

Letra c.

a) Errada. Caberá o RESE apenas das decisões que concluírem pela incompetência do juízo

e que julgar procedentes as exceções, salvo a de suspeição. A decisão que rejeita a exceção

de suspeição não é passível de RESE, portanto, nos termos do art. 581, incisos I e II, do CPP.

b) Errada. Ocorrerá suspensão e não interrupção, nos termos do art. 99. O art. 111 do CPP

preceitua que em regra as exceções não suspendem o andamento da ação penal.

d) Errada. Porque é o caso de suscitar conflito de competência.

e) Errada. O art. 108 do CPP admite a oposição da exceção de incompetência verbalmente ou

por escrito.

Questão 31 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a alternativa in-

correta:

a) Considera-se absoluta a competência em razão da matéria, a competência por prerrogativa

de função e a competência funcional;

b) Considera-se relativa a competência territorial, a competência por prevenção a competên-


cia por distribuição e a competência por conexão ou continência;

c) A competência ratione personae prevalece sobre a competência ratione loci;

d) A competência pela prerrogativa de função prevalece sobre a competência do Tribunal do

Júri, com exceção das hipóteses em que a prerrogativa de função é estabelecida exclusiva-

mente pela Constituição Estadual;

e) A conexão entre crimes de competência da Justiça Federal e da Justiça Estadual importará

na prevalência da competência da Justiça Federal, perante a qual se procederá ao julgamento

do denunciado pela prática de crime de competência estadual, mesmo na hipótese de extin-


ção da punibilidade pela morte do único corréu denunciado pela prática do crime de compe-
tência da Justiça Federal.

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Letra e.
A única alternativa incorreta é a E, pois o STJ já decidiu que na hipótese de conexão entre
crime federal e crime estadual, em que existiu atração do processamento/julgamento para
a Justiça Federal, sobrevindo a extinção da punibilidade do agente pela prática do delito fe-
deral, desaparece o interesse da União, devendo haver o deslocamento da competência para
a Justiça Estadual. Nesse sentido: CC 110998/MS, Rel. Min. Maria Thereza De Assis Moura,
Terceira Seção, julgado em 26/05/2010.

Questão 32 (MPE-PR/2016/MPE-PR/PROMOTOR SUBSTITUTO) Assinale a alternativa


incorreta:
a) O juiz de uma causa deve ser imparcial, legalmente investido e competente, o que se har-
moniza com a previsão de órgão colegiado em primeiro grau de jurisdição para o processo e
julgamento dos crimes praticados por organizações criminosas;
b) A redistribuição de processos pela instalação de novas varas ofende os princípios do devi-
do processo legal, do juiz natural e da perpetuatio jurisdictionis;
c) Não viola o princípio do juiz natural a convocação de juízes de primeiro grau para compor
órgão julgador do respectivo Tribunal, na apreciação de recursos em segundo grau de jurisdi-
ção, ainda que observadas as diretrizes legais federais ou estaduais;
d) A atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de
função de um dos denunciados não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do
devido processo legal;
e) Viola o princípio do juiz natural o desaforamento da sessão de julgamento pelo júri, quando
não verificada a ocorrência de interesse de ordem pública, dúvida sobre a imparcialidade dos
jurados, segurança pessoal do acusado ou comprovado excesso de serviço impeditivo da
realização do julgamento no prazo de seis meses.

Letra b.
A única incorreta é a alternativa B. Confira-se:

EMENTA: HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL PENAL. INSTALAÇÃO DE


NOVAS VARAS POR PROVIMENTO DE TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL. REDISTRIBUIÇÃO

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DE PROCESSOS. NÃO-CONFIGURAÇÃO DE NULIDADE. PRECEDENTES. ORDEM DENE-


GADA. 1. A al. a do inc. I do art. 96 da Constituição Federal autoriza alteração da com-
petência dos órgãos do Poder Judiciário por deliberação dos tribunais. Precedentes. 2.
Redistribuição de processos, constitucionalmente admitida, visando a melhor presta-
ção da tutela jurisdicional, decorrente da instalação de novas varas em Seção Judiciária
do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, não ofende os princípios constitucionais do
devido processo legal, do juiz natural e da perpetuatio jurisdictionis. 3. Ordem denegada.
(STF, 2ª Turma, Relatora a Ministra Carmen Lúcia, DJe 23.04.2013).

Questão 33 (MPE-GO/2016/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Sobre a com-


petência penal, marque a alternativa correta:
a) A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de com-
petência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária caberá ao
respectivo tribunal de segundo grau.
b) A conexão e a continência importarão unidade de processo e julgamento, salvo no concur-
so entre a jurisdição comum e a especial.
c) Instaurados processos diferentes, não obstante a conexão ou continência, a autoridade de
jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros juízes, inclu-
sive os que já estiverem com sentença definitiva.
d) A conexão e a continência não consubstanciam formas de alteração da competência, mas
de fixação, sendo que sempre resultam na unidade de julgamentos.

Letra a.
A alternativa correta é a “A”, elaborada nos termos da Súmula 702 do STF:

A competência do Tribunal de Justiça para julgar prefeitos restringe-se aos crimes de


competência da Justiça comum estadual; nos demais casos, a competência originária
caberá ao respectivo tribunal de segundo grau

b) Errada. Nos termos do art. 78, IV, do CPP.


c) Errada. Nos termos do art. 82 do CPP.
d) Errada. Nos termos do art. 79, §2º, do CPP.

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Questão 34 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A Súmula 704


do Supremo Tribunal Federal, dispõe que viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e
do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro
por prerrogativa de função de um dos denunciados. Já Súmula 705, da mesma corte, estabe-
lece que a renúncia do réu ao direito de apelação, manifestada sem a assistência do defensor,
não impede o conhecimento da apelação por este interposta.

Errado.
O erro é que a Súmula 704 do STF afirma que não viola as garantias do juiz natural, da ampla
defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do cor-
réu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados.

Questão 35 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) De acordo com


o Código de Processo Penal, a conexão e a continência importarão unidade de processo e
julgamento, salvo no concurso entre a jurisdição comum e militar e no concurso entre a juris-
dição comum e a do juízo de menores. Segundo o mesmo Estatuto, na determinação da com-
petência por conexão ou continência serão observadas, entre outras, as seguintes regras: no
concurso de jurisdições da mesma categoria, preponderará a do lugar da infração, à qual for
cominada a pena mais grave; prevalecerá a do lugar em que houver ocorrido o maior número
de infrações, se as respectivas penas forem de igual gravidade.

Certo.
Questão elaborada nos termos do art. 78 e 79 do CPP.

Questão 36 (MPE-SC/2016/MPE-SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA/MATUTINA) A competência,


segundo o Código de Processo Penal, será determinada pela continência, quando a prova de
uma infração ou de qualquer de suas circunstâncias elementares influir na prova de outra
infração e, por conexão, entre outros casos, se, ocorrendo duas ou mais infrações, houverem
sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em
concurso, embora diverso o tempo e o lugar, ou por várias pessoas, umas contra as outras.

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Errado.
São todas hipóteses de conexão, nos termos do art. 76 do CPP. Na continência, devemos lem-
brar que há apenas um crime.

Questão 37 (TRF - 3ª REGIÃO/2016/TRF - 3ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Segun-


do o Supremo Tribunal Federal, o julgamento dos crimes relacionados à pornografia na inter-
net compete:
a) À Vara da Criança e Adolescente, uma vez que o crime está previsto no ECA;
b) À Justiça Federal, pois, dentre outros motivos, presente a internacionalidade;
c) À Justiça Estadual, sempre que as imagens tiverem sido postadas no Brasil;
d) À Justiça Estadual, desde que as imagens tenham sido acessadas no Brasil.

Letra b.
Compete à Justiça Federal processar e julgar os crimes consistentes em disponibilizar ou ad-
quirir material pornográfico envolvendo criança ou adolescente (arts. 241, 241-A e 241-B do
ECA), quando praticados por meio da rede mundial de computadores (internet). STF. Plenário.
RE 628624/MG, Rel. Orig. Min. Marco Aurélio, Red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em
28 e 29/10/2015 (repercussão geral) (Info 805).

Questão 38 (TRF - 3ª REGIÃO/2016/TRF - 3ª REGIÃO/JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO) Em virtu-


de de um ofício encaminhado pelo COAF, noticiando movimentações bancárias suspeitas, um
Procurador da República requisitou a instauração de Inquérito Policial, para apurar a suposta
prática de lavagem de dinheiro e de crimes financeiros. A Polícia Federal instaurou o inquérito,
tendo o Delegado determinado, de plano, o indiciamento do investigado. Desejando questionar
a ordem de indiciamento e a própria instauração do inquérito policial, a defesa decide impetrar
habeas corpus, tendo o advogado dúvidas acerca de quem seja a autoridade competente para
apreciar a ação constitucional. Diante desse cenário, assinale a opção correta:
a) A decisão de impetrar habeas corpus é incorreta, pois não há coação ilegal, sequer em tese;
b) A autoridade competente é o juiz de primeira instância;
c) A autoridade competente é o Tribunal Regional Federal;

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d) A análise da ordem de indiciamento compete ao juiz de primeira instância e a da instaura-


ção do inquérito policial ao Tribunal Regional Federal.

Letra d.
O indiciamento é ato do delegado, por isso compete ao juiz de primeira instância julgar
eventual habeas corpus contra o ato. Por outro lado, a instauração do inquérito decorreu
de requisição do Procurador da República, logo a competência para habeas corpus contra
esse ato é do TRF.

Questão 39 (CESPE//TJ-AM/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à competência no processo pe-


nal e à jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta.
a) Na hipótese de um crime de latrocínio em que haja conexão com um crime de tentativa
de homicídio, deve haver a reunião de processos em um só juízo, e preponderará a compe-
tência do juízo ao qual esteja associado o crime cominado com pena mais grave, no caso o
de latrocínio.
b) Nos crimes culposos contra a vida em que os atos de execução ocorram em um lugar e
a consumação, em outro, excepcionalmente adota-se a teoria da atividade, e a competência
para julgar o fato será do juízo do local dos atos executórios.
c) É da competência da justiça estadual o processo dos réus acusados pelo crime de redução
à condição análoga à de escravo, porque a conduta criminosa atinge a liberdade individual de
homem específico, não caracterizando violação a interesse da União.
d) A competência pela prevenção se dá quando, concorrendo dois ou mais juízes igualmente
competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles anteceda aos outros ao determinar a
citação do réu.
e) Os crimes contra a honra da vítima quando praticados pelas redes sociais da Internet são
da competência exclusiva da justiça federal.

Letra b.
a) Errada. A competência do júri (tentativa de homicídio) atrairá a do crime de latrocínio.
c) Certa. O STF entende que excepcionalmente, no caso de crimes contra a vida (dolosos ou
culposos), se os atos de execução ocorreram em um lugar e a consumação se deu em outro, a

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competência para julgar o fato será do local onde foi praticada a conduta (local da execução).
Adota-se a teoria da atividade. STF. 1ª Turma. RHC 116200/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, julgado
em 13/8/2013.
c) Errada. A competência, como visto no presente material, é da justiça federal.
d) Errada. Conforme art. 83 do CPP.
e) Errada. A competência é da justiça estadual, nos termos do CC 121431-SE, do STJ.

Questão 40 (CESPE/2016/TJ-DFT/JUIZ) Indivíduo que pratique crime a bordo de aeronave


estrangeira em espaço aéreo brasileiro, será processado e julgado pela justiça
a) da comarca correspondente ao espaço aéreo em que a aeronave se encontrava no exato
momento do cometimento do crime ou, não sendo possível precisá-la, pela justiça da comar-
ca em cujo território se verificar o pouso.
b) de seu país de origem, pois, somente se estivesse a bordo de aeronave nacional é que a
justiça brasileira seria competente.
c) da comarca correspondente ao espaço aéreo em que a aeronave se encontrava no exato
momento do cometimento do crime.
d) do estado da Federação onde ele tiver residido por último ou, se ele nunca tiver residido no
Brasil, no juízo da capital da República.
e) da comarca em cujo território ocorrer o pouso ou pela comarca de onde houver partido a
aeronave.

Letra e.
A resposta está diretamente no art. 90 do CPP.

Questão 41 (FMP CONCURSOS/2015/MPE-AM/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) As-


sinale a alternativa correta.
a) A competência será determinada pelo lugar da ação ou omissão, independentemente do
procedimento a ser adotado no processo.
b) De acordo com os termos da Lei n. 11.340/2006, nas ações penais públicas condicionadas
à representação por ela tratadas, só será admitida a retratação da representação até o ofere-
cimento da denúncia pelo Ministério Público.

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c) A nulidade, quando decorrente de ilegitimidade do representante da parte, poderá ser sana-


da até a sentença de primeiro grau, mediante ratificação dos atos processuais.
d) Nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, o Ministério Pú-
blico, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos,
desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outra in-
fração penal, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena.
e) Nos crimes contra a propriedade imaterial que procedem mediante ação penal privativa do
ofendido, não será admitida queixa com fundamento em apreensão e em perícia, se decorrido
o prazo de 30 dias, após a homologação do laudo.

Letra e.
a) Errada. No juizado criminal, por exemplo, a competência é firmada pelo local em que o cri-
me é praticado.
b) Errada. O art. 16 da Lei Maria da Penha disciplina que a retratação pode ocorrer até o rece-
bimento da denúncia.
c) Errada. Nos termos do art. 568 do CPP, a nulidade, neste caso, pode ser sanada a qualquer
tempo.
d) Errada. Pois o art. 89 da Lei 9099/95 menciona crime e não infração penal. A alternativa E
está correta, nos termos do art. 529 do CPP.

Questão 42 (FCC/2015/TJ-SE/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação à competência no processo


penal, é correto afirmar:
a) Se, não obstante a conexão ou continência, forem instaurados processos diferentes, a au-
toridade de jurisdição prevalente deverá avocar os processos que corram perante os outros
juízes, salvo se já estiverem com sentença definitiva.
b) Nos casos de ação penal de iniciativa privada subsidiária da pública o querelante poderá
preferir o foro de domicílio ou residência do réu ainda quando conhecido o lugar da infração.
c) Na determinação da competência por conexão ou continência, preponderará a competên-
cia do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, entendida esta como a que tem
pena mínima cominada mais alta.

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d) Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República,


com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados interna-
cionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior
Tribunal de Justiça, apenas no momento do oferecimento da denúncia, incidente de desloca-
mento de competência para a Justiça Federal.
e) A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agen-
te, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do
exercício da função pública.

Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 82 do CPP.
b) Errada. O art. 73 se aplica apenas aos casos de exclusiva ação priva.
c) Errada. Deve-se levar em consideração a pena máxima (CF HC 190756 -RS, do STJ).
d) Errada. O incidente de deslocamento da competência pode ser suscitado em qualquer fase
do inquérito ou processo, nos termos do art. 109, §5º, da CF.
e) Errada. Era a redação do art. 84, §1º, do CPP, declarada inconstitucional pela ADIN n. 2797.

Questão 43 (MPDFT/2015/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO) Conforme a legisla-


ção em vigor e a jurisprudência dominante no Superior Tribunal de Justiça, examine os itens
a seguir sobre competência, indicando a assertiva CORRETA:
a) O crime de furto de uma carteira de um passageiro, cometido a bordo de aeronave comer-
cial pousada no aeroporto de Brasília, deve ser julgado na Vara Criminal da Justiça comum
local do Distrito Federal.
b) A competência para julgamento de juiz de direito que pratique crime doloso contra a vida é
do tribunal do júri do local da consumação do delito.
c) O Brasil adota a teoria do resultado para a fixação da competência territorial de crimes
ocorridos integralmente no Brasil, hipótese em que não se aplica a teoria da ubiquidade.
d) Compete ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região o julgamento criminal dos Promotores
e Procuradores de Justiça do MPDFT.

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e) Ato infracional praticado por jovem de 17 anos, equivalente a crime contra a fauna, dentro
do Parque Nacional de Brasília, deve ser julgado na Seção Judiciária do Distrito Federal da
Justiça Federal.

Letra c.
a) Errada. Conforme entendimento do STJ de que competem aos juízes federais processar
e julgar os delitos cometidos a bordo de aeronaves, independente delas se encontrarem em
solo. (HABEAS CORPUS N. 108.478 - SP).
b) Errada. Prevalece o foro por prerrogativa de função, fixado na Constituição Federal.
d) Errada. Os Procuradores de Justiça serão julgados pelo STJ. Nos termos do art. 105, I, a, da
CF. a alternativa E está errada, pois a competência é da Vara da Infância e Juventude do DF.

Questão 44 (CESPE/2015/TJ-PB/JUIZ SUBSTITUTO) Em relação às disposições do CPP so-


bre competência, assinale a opção correta.
a) Em se tratando de crime permanente praticado em território de duas ou mais jurisdições, a
competência será firmada pela residência do réu.
b) Não há mais hipótese no CPP de competência por distribuição.
c) Em se tratando de crimes conexos em que existe corréu acometido por doença mental, a
unidade processual permanece, embora não seja possível prolatar sentença condenatória em
seu desfavor.
d) A justiça federal deverá julgar os casos de contravenção praticada em detrimento de bens,
serviços ou interesses da União.
e) Caso não se conheça o local da infração e o réu tenha mais de um domicílio, será aplicada
a regra da prevenção para fins de fixação da competência jurisdicional.

Letra e.
a) Errada. Nos termos do art. 71 do CPP.
b) Errada. Nos termos do art. 75 do CPP.
c) Errada. Nos termos do art. 79, §1º, do CPP.
d) Errada. O art. 109, IV, da CF, exclui as contravenções da competência da justiça federal.

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Questão 45 (VUNESP/2015/TJ-MS/JUIZ SUBSTITUTO) De acordo com o artigo 80, do Códi-


go de Processo Penal, nos processos conexos, será facultativa a separação quando
a) as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou lugar diferentes, ou,
quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou
por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
b) venha o juiz ou tribunal a proferir sentença absolutória ou que desclassifique a infração
para outra que não se inclua na sua competência.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julgado à reve-
lia, ainda que representado por defensor constituído e regularmente citado.
d) concorrerem jurisdição comum e do juízo falimentar.
e) em relação a algum corréu, por superveniência de doença mental, nos termos do artigo 152
do Código de Processo Penal, ainda que indispensável a suspensão do processo para instau-
ração de incidente de insanidade mental.

Letra a.
A alternativa A é cópia perfeita do art. 80 do CPP.

Questão 46 (CESPE/2015/TJ-DFT/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Cada uma das opções a


seguir apresenta uma situação hipotética acerca da competência criminal, seguida de uma
assertiva a ser julgada. Assinale a opção que apresenta a assertiva correta.
a) Em operação de fiscalização de trânsito realizada no DF, Eliane foi flagrada dirigindo sem
a habilitação. Irritada, a condutora do veículo proferiu palavras que ofenderam o decoro dos
profissionais que trabalhavam na fiscalização. Nessa situação, competirá ao juiz da vara de
delitos de trânsito julgar as infrações cometidas.
b) Roberto importou do exterior, para venda, grande quantidade de equipamentos eletroele-
trônicos. Ele não declarou esses bens à aduana brasileira nem recolheu os tributos que se-
riam devidos. Antes de chegar a Brasília, destino final, seu voo fez escalas em São Paulo e
Goiânia. Nessa situação, havendo a apreensão da mercadoria em Brasília, competirá à justiça
federal do DF processar e julgar a ação.

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c) João, juiz federal, foi acusado de praticar crime de instigação ao suicídio. Nessa situação,
a competência para processar e julgar o acusado será do tribunal do júri da comarca em que
ele exerça a sua função.
d) Três amigas, de dezessete, dezoito e dezenove anos de idade, foram acusadas de cometer
crime doloso contra a vida e crimes continentes com este em concurso de pessoas. Nessa
situação, a competência para processar e julgar a ação penal contra as acusadas será do
tribunal do júri.
e) Aderbal, juiz estadual, e Pablo, autônomo, foram acusados de cometer o crime de roubo em
concurso formal. Nessa situação, a separação dos processos para que sejam processados e
julgados em juízos distintos gerará nulidade, pois afrontará o princípio do juiz natural.

Letra b.
A alternativa B é a única correta, nos termos da Súmula 151 do STJ, que determina que “a
competência para o processo e julgamento por crime de contrabando ou descaminho define-
-se pela prevenção do juízo federal do lugar da apreensão dos bens”.
a) Errada. Não houve delito de trânsito, já que dirigir sem habilitação, por si só, não é crime.
Ressalto que, atualmente, não existem mais no TJDFT varas de delito de trânsito.
c) Errada. Prevalece, no caso, o foro por prerrogativa de função, que está previsto na CF e não
em Constituição Estadual.
d) Errada. A pessoa que tem 17 anos não pode ser julgada pelo júri e sim pela Vara da Infância
e Juventude, devendo haver desmembramento do processo.
e) Errada. Um deles tem prerrogativa de foro, de forma que a separação dos processos não
gera nulidade, já que o juiz natural de Pablo é o de primeira instância.

Questão 47 (MPE-SP/2015/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA) Assinale a alternativa correta:


a) Crime praticado contra indígena deverá, necessariamente, ser julgado pela Justiça Federal.
b) A competência do Tribunal do Júri não prevalece sobre a prerrogativa de função estabele-
cida, exclusivamente, em Constituição Estadual.
c) Nas ações de iniciativa privada, a queixa poderá ser aforada no domicílio ou residência do
ofendido, posto que outro seja o local da consumação.

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Competência
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d) A competência é pressuposto processual de validade da instância, ou seja, requisito indis-


pensável à instauração e ao desenvolvimento regular do processo.
e) É competente para o processo e julgamento de Promotor de Justiça o Tribunal de Justiça
do Estado onde foi praticada a infração.

Letra d.
a) Errada. Segundo a Súmula 140 do STJ, compete à justiça comum estadual processar e
julgar o crime em que o indígena figure como autor ou vítima.
b) Errada. Em face da Súmula 721, STF:

a competência constitucional do tribunal do júri prevalece sobre o foro por prerrogativa


de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual.

c) Errada. Isso corre apenas nos casos de ação exclusivamente privada, conforme art. 73
do CPP.
d) Certa. A competência é do Tribunal de Justiça do Estado ao qual pertence o membro do MP.

Questão 48 (FCC/2008/TJ-RR/JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO) Em matéria de competência,


conforme se extrai da Constituição federal e do Código de Processo Penal,
a) nos casos de exclusiva ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de domicílio
ou de residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
b) compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar os Governadores e Deputados Estaduais.
c) compete ao Supremo Tribunal Federal julgar o Procurador-Geral da República e os Procu-
radores- Gerais dos Estados.
d) nos casos de conexão ou continência, a regra geral é a prevalência do local onde ocorreu o
maior número de infrações.
e) o júri somente tem competência para julgar os crimes dolosos contra a vida, e, assim, em
caso de conexão com crime que não é de sua competência, haverá separação dos processos.

Letra a.
a) Certa. Nos termos do art. 73 do CPP.

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Competência
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b) Errada. Os deputados estaduais são julgados pelos Tribunais de Justiça (cf. HC 347944 /
AP, STJ).
c) Errada. porque compete aos Tribunais de Justiça o julgamento dos Procuradores gerais do
Estado.
d) Errada. A regra é a do lugar da infração à qual for cominada pena mais grave, nos termos
do art. 78, II, do CPP.
e) Errada. O júri também julga os crimes conexos.

Questão 49 (MPE-BA/2015/MPE-BA/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO) Quanto à


competência no processo penal, é INCORRETO afirmar que:
a) Se em qualquer fase do processo o juiz reconhecer motivo que o torne incompetente, de-
clará-lo-á nos autos, haja ou não alegação da parte.
b) Segundo dispõe o Código de Processo Penal, a incompetência do juízo anula somente os
atos decisórios.
c) De acordo com o Código de Processo Penal, nos casos de conexão e continência, será obri-
gatória a separação dos processos quando, pelo excessivo número de acusados, houver risco
de que seja prolongada a prisão provisória de um deles.
d) Há conexão intersubjetiva por reciprocidade quando, ocorrendo duas ou mais infrações
penais, houverem sido praticadas por várias pessoas umas contra as outras.
e) O Superior Tribunal de Justiça tem reconhecido que o Tribunal de Justiça Estadual, ao es-
tabelecer a organização e divisão judiciária, pode atribuir a competência para o julgamento
de crimes sexuais contra crianças e adolescentes ao Juízo da Vara da Infância e Juventude.

Letra c.
a) Certa. Nos termos do art. 109.
b) Certa. Por força do art. 567 do CPP.
c) Errada. No caso, a separação é facultativa, nos termos do art. 80 do CPP.
d) Certa. Nos termos do art. 76, I, do CPP e a alternativa E está correta, nos termos do seguinte
precedente do STJ:

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RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CRIMES DE ESTUPRO DE VULNERÁVEL.


ALEGADA INCOMPETÊNCIA DO JUÍZO. INEXISTÊNCIA. AUTORIZAÇÃO DE LEI ESTA-
DUAL. FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA DAS VARAS DA INFÂNCIA E JUVENTUDE PARA JUL-
GAMENTO DO FEITO. POSSIBILIDADE RECONHECIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDE-
RAL EM HIPÓTESE IDÊNTICA. PRECEDENTES DA QUINTA TURMA DO STJ. RECURSO
DESPROVIDO.
1. O Supremo Tribunal Federal, em hipótese idêntica, se posicionou no sentido de que
Tribunal de Justiça estadual, ao estabelecer a organização e divisão judiciária, pode atri-
buir a competência para o julgamento de crimes sexuais contra crianças e adolescentes
ao Juízo da Vara da Infância e Juventude, por agregação, ou a qualquer outro Juízo que
entender adequado.
2. No caso, o Tribunal de Justiça gaúcho ponderou que “a Lei Estadual n.º 12.913/08
alterou o art. 2º da Lei Estadual n.º 9.896/93 e passou a autorizar que o Conselho da
Magistratura, excepcionalmente, atribua competências adicionais à Vara da Infância e
juventude: [...] Diante do permissivo legal, o Conselho da Magistratura - órgão responsável
pelo planejamento da organização e da administração judiciárias, conforme previsão do
COSE, expediu o Edital n.º 058/2008-COMAG, transferindo da 9.ª Vara Criminal do Foro
Central da Capital para os 1º e 2º Juizados da Infância e Juventude a competência para
instruir e julgar feitos criminais que figurem como vítimas crianças e adolescentes.” 3.
Não há, portanto, nenhuma nulidade da ação penal por incompetência absoluta do Juízo
da Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Porto Alegre/RS.
4. Recurso desprovido.
(RHC 33.531/RS, Rel. Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 25/02/2014,
DJe 12/03/2014)

Questão 50 (MPM/2013/MPM/PROMOTOR DE JUSTIÇA MILITAR) Em se tratando de infra-


ção continuada ou permanente, praticada em território de duas ou mais jurisdições, a com-
petência é fixada:
a) Pela prevenção mesmo que forem vários os acusados com diferentes residências;
b) Pela sede do lugar de serviço se o agente serve em local de fronteira;
c) Pela auditoria de onde for praticado o primeiro ato de execução, atendida a especialização;

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Competência
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d) Se a infração for praticada por militares de diferentes corporações, prevalecerá o foro onde
servir o acusado de maior posto.

Letra a.
O art. 71 do CPP disciplina que se firma pela prevenção. A regra da residência é somente para
quando não se sabe o lugar da infração.

Geilza Diniz
Formada pela UFRR, mestra em Direito pela UFPE e doutora em Direito pelo UniCeub. É juíza do TJDFT
desde 2003, tendo sido aprovada em 1º lugar, com a maior nota final no concurso, em toda a história do
Tribunal. Foi juíza do TJRR e foi ainda aprovada nos concursos para Consultor Legislativo do Senado,
Procurador do Banco Central, Advogado da União, dentre outros.

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