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ATIVIDADE DISCURSIVA.

O Direito Internacional Privado é considerado um ramo do direito interno, pois


suas normas são de natureza essencialmente nacionais. Tais normas são
ainda de natureza indicativa, se prestam a determinar à lei aplicável ao caso
concreto e não a resolução do mérito em si. Isso porque o objeto do Direito
Internacional Privado é a resolução de conflitos de leis estrangeiras no espaço
decorrentes que relações jurídicas que possuam conexão internacional.

Com base nisso, responda:

1. No que consiste uma relação jurídica com conexão internacional?


Explique e exemplifique.

Elementos de conexão são o apoio ao direito internacional privado para


determinar o cumprimento de normas ao caso real. Objetivando para indicar
qual legislação será aplicada para solucionar conflitos, onde há conexão de
mais de um sistema legal. Ou seja, os elementos de conexão apresentam
posição excepcional no âmbito das relações internacionais, possuindo a função
de esclarecer as aparentes divergências de leis no espaço internacional,
estabelecendo a maneira que lei deve ser empregada à relação jurídica
internacional privada.

Através do elemento de conexão do direito internacional, sendo parte da norma


que torna possível a determinação do direito aplicável no caso, seja a norma
nacional ou estrangeira. Dessa forma, determinam qual legislação será
aplicada à demanda. No Brasil, é a Lei de Introdução ao Direito Brasileiro –
LINDB que traz os elementos de conexão no caso concreto.

No Brasil, é a territorialidade o elemento de conexão historicamente mais


aplicado. Até mais que a nacionalidade. Um retrato disso é a LINDB, que do
art. 7º ao 12, estabelece regras que tomam por referência parâmetros
territoriais para a definição da competência.
Exemplo.

Havendo divergência entre a lei nacional e a lei estrangeira deverá o juiz


aplicar a que melhor resolva, com justiça, ao caso concreto. Nesse exato
sentido está o art. 9º da Convenção Interamericana sobre Normas Gerais de
Direito Internacional Privado (1979), segundo o qual “as diversas leis que
podem ser competentes para regular os diferentes aspectos de uma mesma
relação jurídica serão aplicadas de maneira harmônica, procurando-se realizar
os fins colimados por cada uma das referidas legislações”, complementando
que “as dificuldades que forem causadas por sua aplicação simultânea serão
resolvidas levando-se em conta as exigências impostas pela equidade no caso
concreto”. (MAZZUOLI, p. 69-70).

2. No que consiste um conflito de leis estrangeiras no espaço? Explique e


exemplifique.

Os conflitos de leis no espaço são, portanto, as situações em que mais de um


ordenamento nacional possa incidir sobre uma relação privada que transcende
as fronteiras de um ente estatal, ou seja, que tenha conexão internacional.

Significa dizer que o conflito de leis estrangeiras no espaço ocorre quando, em


um primeiro momento, não é possível definir qual norma de Direito que
solucionará a lide, dada a possibilidade de aplicação de ambas.

Exemplo.

Uma das situações que pode causar esse fato é uma das partes de um
contrato ser empresa estrangeira sem representação no Brasil. Ou um cidadão
francês, de 17 anos, domiciliado no Paraguai, está no Brasil e pretende
celebrar testamento. Pergunta-se: Ele tem capacidade civil? No caso, precisará
analisar três leis envolvidas baseando-se no Princípio da Territorialidade.
3. No caso de um conflito entre leis estrangeiras que envolva uma relação
jurídica que tenha por objeto o direito de propriedade de um bem imóvel,
como ele será resolvido? Explique e fundamente.

Nos casos de imóveis seja a localização no Brasil ou em outro país, temos a


possibilidade de competência dando assim autoridade judiciaria ao caso.

Somente a autoridade judiciária brasileira será competente para julgar ações


relativas a imóveis situados no Brasil, conforme determina a LINDB. Caso o
imóvel seja localizado em outro país, compete à autoridade judiciária do local.
Assim, considerando o Princípio da Territorialidade aplica -se a lei do estado do
território do bem.

De acordo o artigo 8º, I, da LINDB, será aplicada a jurisdição de onde se


encontra o bem imóvel.
Artigo 8º — “Para qualificar os bens e regular as relações a
eles concernentes, aplicar-se-á a lei do país em que
estiverem situados.

§ 1º - Aplicar-se-á a lei do país em que for domiciliado o


proprietário, quanto aos bens móveis que ele trouxer ou se

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