O documento discute as diferenças entre nulidade absoluta e relativa no processo penal brasileiro. A nulidade absoluta ocorre quando há violação a normas de interesse público ou princípios constitucionais e invalida todo o processo. A nulidade relativa ocorre quando há violação a normas que protegem os interesses das partes e depende de arguição da parte prejudicada.
Descrição original:
A nulidade no Processo Penal pode ser conceituada como um defeito jurídico que torna inválido ou destituído de valor de um ato ou o processo, total ou parcialmente. São, portanto, defeitos ou vícios no decorrer do processo penal, podendo, também, aparecer no inquerito policial. Guilherme de Souza Nucci (2007, p. 771) ensina que a nulidade "é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a observância da forma prevista em lei, podendo levar a sua inutilidade e conseqüente renova
O documento discute as diferenças entre nulidade absoluta e relativa no processo penal brasileiro. A nulidade absoluta ocorre quando há violação a normas de interesse público ou princípios constitucionais e invalida todo o processo. A nulidade relativa ocorre quando há violação a normas que protegem os interesses das partes e depende de arguição da parte prejudicada.
O documento discute as diferenças entre nulidade absoluta e relativa no processo penal brasileiro. A nulidade absoluta ocorre quando há violação a normas de interesse público ou princípios constitucionais e invalida todo o processo. A nulidade relativa ocorre quando há violação a normas que protegem os interesses das partes e depende de arguição da parte prejudicada.
A nulidade no Processo Penal pode ser conceituada como um defeito
jurídico que torna inválido ou destituído de valor de um ato ou o processo, total ou parcialmente. São, portanto, defeitos ou vícios no decorrer do processo penal, podendo, também, aparecer no inquerito policial. Guilherme de Souza Nucci (2007, p. 771) ensina que a nulidade "é o vício que contamina determinado ato processual, praticado sem a observância da forma prevista em lei, podendo levar a sua inutilidade e conseqüente renovação".
Em outras palavras, a nulidade é a ineficácia do ato ou relação
processual, causada pela não observância da lei. Pode ser absoluta, quando a grave violação à lei torna o vício insanável, ou relativa, quando torna o ato apenas anulável, possibilitando que o vício seja suprido pelas partes. Esse instituto encontra fundamentação nos Artigos 563 a 573 do CPP.
NULIDADE ABSOLUTA.
Ocorre toda vez que for desrespeitada as normas de interesse público
ou quando ocorrer desacordo a um determinado princípio constitucional. São vícios que decorrem da violação de uma determinada forma de ato, que visa à proteção de interesse de ordem pública.
Podem ser declaradas em forma de ofício pela autoridade judicial e em
qualquer grau de jurisdição, sendo reconhecida a qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado e em qualquer grau de jurisdição. O prejuízo sempre existirá para as partes, pois independe da reprovação dos acusados, que poderá ser feita pelo juiz em qualquer fase do processo. Quando houver prejuízo presumido, não precisa de provas pelas partes, o relato sobre o prejuízo é suficiente.
A nulidade absoluta se caracteriza pela falta de um elemento substancial
do ato jurídico. Não admite convalidação ou retificação; é de ordem pública. Dentre suas principais caracteristicas temos: o vício atinge um interesse público; o juiz deve reconhecer lá de oficio; existe uma ofensa direta a princípio constitucional do processo; o vício jamais se convalida.
NULIDADE RELATIVA.
A nulidade relativa ocorrerá diante de hipóteses de desrespeito a
exigência estabelecida pela lei (norma infraconstitucional) do interesse das partes, mas não em desrespeito à ordem pública generalizadamente. Assim como acontece em relação à nulidade absoluta, sua invalidação depende de ato judicial que declare sua ocorrência, já que, como mencionado, a invalidade dos atos processuais não é automática.
Para que seja reconhecida, é essencial que haja arguição em momento
oportuno pelo interessado, pois, via de regra, não é possível que seja decretada de ofício pelo juiz, além de que se convalida se a parte prejudicada não se manifestar demonstrando o prejuízo a ela acarretado pelo ato.
Na nulidade relativa, viola-se a exigência estabelecida pelo ordenamento
legal, é capaz de gerar prejuízo. Dentre suas principais caracteristicas temos:
finalidade de resguardar um direito;
pode-se convalidar; pode corrigir o vício; pode ratificar; é de interesse das partes.
DIFERENÇA ENTRE NULIDADES ABSOLUTA E RELATIVA.
Quanto ao fundamento, a nulidade absoluta, genericamente, ocorre se a
norma em questão for considerada defeituosa, houver sido instituída para resguardar, predominantemente, o interesse público. Já a nulidade relativa aparece se a regra violada servir para determinar, especificamente, o interesse das partes. As nulidades relativas dependem de provocação pela parte interessada, no momento oportuno. É a regra decorrente do interesse nas nulidades, pois que somente podem ser arguídas pela parte que dela fizer proveito, desde que não tenha dado causa (art. 565).
Se o vício contiver violação a um princípio constitucional, a nulidade
deverá ser absoluta, ou até mesmo, inexistente. Verificamos que o processo penal nacional está resguardado, não apenas pela legalidade, mas também, por princípios mais abrangentes, com embasamento constitucional.
No tocante as nulidades relativas, a demonstração do prejuízo deve ser
efetuada pela parte que indicar o fato vicioso. Assim, somente haverá declaração do vício se não ocorrer outra possibilidade de se reparar o ato procedimental, deve ser argüída no momento oportuno, sob pena de preclusão. Assim, deve ser verificado, no sistema processual, qual o ato passível de nulidade, pois cada procedimento possui um momento fatal para argüição. O artigo 571 do CPP, determina quando as nulidades devem ser argüídas peremptoriamente.