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As nulidades absolutas são aquelas que violam normas de ordem pública, ou seja, normas que
não podem ser afastadas pela vontade das partes e que visam proteger interesses fundamentais
do Estado e da sociedade. Exemplos de normas que geram nulidade absoluta são aquelas que
garantem o direito ao contraditório e à ampla defesa, a imparcialidade do juiz, a publicidade
dos atos processuais, entre outras. Quando uma nulidade absoluta é verificada, a ação penal
deve ser extinta sem resolução do mérito, ou seja, sem que se analise a questão principal do
processo. Além disso, a nulidade absoluta pode ser alegada a qualquer tempo, mesmo que não
tenha sido alegada anteriormente.
Já as nulidades relativas são aquelas que violam normas que protegem interesses particulares
das partes envolvidas no processo, como alegações, provas e prazos, por exemplo. Ao
contrário das nulidades absolutas, as nulidades relativas podem ser sanadas ou convalidadas
se a parte prejudicada não alegá-las no momento oportuno. Ou seja, a parte prejudicada deve
alegar a nulidade imediatamente após a ocorrência do vício, sob pena de preclusão. Além
disso, somente a parte prejudicada tem legitimidade para alegar a nulidade relativa, não
podendo ser alegada de ofício pelo juiz.
É importante destacar que a diferenciação entre nulidade absoluta e relativa é relevante para o
processo penal, pois tem consequências diferentes. A nulidade absoluta leva à extinção da
ação penal sem resolução do mérito, enquanto a nulidade relativa pode ser sanada ou
convalidada, desde que seja alegada no momento oportuno. Além disso, a alegação de
nulidade absoluta pode ser feita a qualquer tempo, enquanto a alegação de nulidade relativa
deve ser feita no momento oportuno, sob pena de preclusão.