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PROCESSUAL
PENAL
Jurisdição e Competência
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Livro Eletrônico
DOUGLAS DE ARAÚJO VARGAS
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Jurisdição e Competência
Prof. Douglas Vargas
Introdução.................................................................................................5
Jurisdição – Dizendo o Direito!......................................................................5
Características da Jurisdição.........................................................................7
Art. 383 do CPP e Tipificação do Fato.............................................................8
Prorrogação e Competência........................................................................ 13
Competência Absoluta e Relativa................................................................. 14
Competência Absoluta e suas Características................................................. 14
Competência Relativa................................................................................. 16
Espécies de Competência............................................................................ 17
Características da Competência do Júri......................................................... 19
Observações sobre a Justiça Militar.............................................................. 21
Crimes Conexos........................................................................................ 28
Jurisprudência Relevante............................................................................ 28
Outros Conflitos........................................................................................ 30
Competências Territoriais............................................................................ 30
Prevenção................................................................................................ 31
Distribuição.............................................................................................. 37
Alteração da Competência.......................................................................... 37
Continência.............................................................................................. 38
Conexão................................................................................................... 38
Prevalência do Foro.................................................................................... 40
Casos de Separação Obrigatória.................................................................. 41
Perpetuação da Jurisdição........................................................................... 44
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Avocação de Processos............................................................................... 45
Prevenção – Art. 83................................................................................... 45
Foro por Prerrogativa de Função.................................................................. 46
Hipóteses Constitucionais........................................................................... 48
Juízes e Promotores................................................................................... 51
Resumo.................................................................................................... 59
Princípios Específicos da Jurisdição............................................................... 60
Questões de Concurso................................................................................ 66
Gabarito................................................................................................... 80
Gabarito Comentado.................................................................................. 81
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Jurisdição e Competência
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Introdução
O termo “jurisdição” é, sem dúvidas, um dos mais utilizados no cotidiano pelos
Em seriados e filmes, acontece a mesma coisa: “você está fora da sua jurisdi-
ção”, dizem os personagens. O mais engraçado é que, muitas vezes, essa utilização
Na aula de hoje, você vai entender com propriedade o que realmente significa
cia, e porque os roteiros de filmes e seriados deveriam ser escritos sob a supervi-
cada um de seus elementos, de modo que você vai ficar muito bem preparado(a)
lar sobre uma curiosidade que pode nos ajudar a entender o assunto: os brocardos
jurídicos.
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Jurisdição e Competência
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Os brocardos jurídicos, em maior parte, são escritos em latim e tratam dos mais
diversos temas. E, quanto à jurisdição, existem dois que são de especial relevância:
competência?
poder do Estado de aplicar o Direito, e sim de uma norma para definição de QUEM
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cabe ao Estado-Juiz realizar uma análise e dizer o Direito naquela situação (ou seja,
Juiz tem uma determinada competência determinada por lei – e só atuará em situ-
Com isso, acaba acontecendo o seguinte: alguns juízes têm competências mais
amplas do que outros. Um Juiz Federal, como o juiz Sérgio Moro, possui uma com-
petência menos ampla do que um Ministro do STF, cuja competência alcança todo
o território nacional.
Características da Jurisdição
da em provas) é a inércia.
Inércia: em regra, um Juiz não atua de ofício – deve ser PROVOCADO para
Por força da inércia, o órgão jurisdicional tem que ser provocado para atuar. Não
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Além disso, é claro que o órgão jurisdicional também não possui o direito de se
omitir e dizer “não julgo” – caso seja provocado a fazê-lo –, muito menos julgar
Sobre o assunto em tela, é interessante observar o que rege o art. 383 do CPP.
Veja só:
Art. 383. O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa,
poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em consequência, tenha de
aplicar pena mais grave.
Para exemplificar o que dispõe o art. 383, a doutrina costuma apresentar o se-
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um estupro de vulnerável.
ÇÃO dos fatos contidos na denúncia. Conforme ensina Capez, o réu se defende
Ainda nos ensinamentos de Capez, esse fato também se torna possível pois se
parte do princípio que o juiz conhece o direito. Basta às partes que lhe in-
formem sobre os fatos! Ou seja... dá-me os fatos, que lhe darei o direito!
Existência de lide: deve existir um conflito de interesses (uma lide) para que
Essa característica nos leva à próxima, que é, sem dúvidas, a mais importan-
substitutividade.
a resolução do conflito.
Ora, se solicitamos a prestação jurisdicional para que resolva uma lide (um
ao caso, é fato que não se obterá o que querem as partes – e, sim, o que o Estado
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tação jurisdicional.
atuação do Direito.
Esquematizando:
Características da Jurisdição
Essa última, por sua vez, tem princípios específicos, os quais conheceremos a
processo penal.
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Merece destaque o fato de que a jurisdição não pode ser delegada, enquanto
Esquematizando:
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Prorrogação e Competência
A competência, por sua vez, é um assunto muito mais extenso – pois trata da
É o estudo da competência que permite dizer qual órgão irá atuar em determinados
casos!
as partes.
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Jurisdição e Competência
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mitir prorrogação.
Existem três casos em que será considerada a competência do juízo como ab-
soluta:
1) Competência Funcional
em três tipos:
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Algumas autoridades públicas, por força do foro por prerrogativa de função, de-
vem ser julgadas no STF, outras no STJ, e outras por outros tribunais.
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respeitada, pode ser questionada pelas partes a qualquer tempo, em qualquer grau
Competência Relativa
A competência relativa, como o próprio nome nos leva a crer, é mais tolerante
pelas partes (assim como a absoluta), tal arguição não poderá ocorrer a qual-
quer tempo!
Cuidado:
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Jurisdição e Competência
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Processual Penal!
processual penal.
propriamente ditas, o que fará com que o assunto fique mais prático e mais fácil
de entender!
Espécies de Competência
1) Tribunal do Júri
Art. 74. A competência pela natureza da infração será regulada pelas leis de organiza-
ção judiciária, salvo a competência privativa do Tribunal do Júri.
§ 1º Compete ao Tribunal do Júri o julgamento dos crimes previstos nos arts. 121, §§
1º e 2º, 122, parágrafo único, 123, 124, 125, 126 e 127 do Código Penal, consumados
ou tentados. (Redação dada pela Lei n. 263, de 23/02/1948)
§ 2º Se, iniciado o processo perante um juiz, houver desclassificação para infração da
competência de outro, a este será remetido o processo, salvo se mais graduada for a
jurisdição do primeiro, que, em tal caso, terá sua competência prorrogada.
§ 3º Se o juiz da pronúncia desclassificar a infração para outra atribuída à competência
de juiz singular, observar-se-á o disposto no art. 410; mas, se a desclassificação for
feita pelo próprio Tribunal do Júri, a seu presidente caberá proferir a sentença (art. 492,
§ 2º).
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sos contra a vida. Veja como agora fica muito mais fácil entender o conceito de
apenas o Tribunal do Júri tem a competência para julgar os crimes dolosos contra
a vida!
Por isso, muito cuidado para não cair em uma pegadinha básica sobre esse
assunto:
petência!
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Note, ainda, que crimes conexos aos crimes contra a vida também pas-
Tribunal do Júri.
Federal.
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• latrocínio;
2) Justiça Militar
avançada em concursos para cargos militares (como para carreiras nas polícias
militares e corpo de bombeiros militares dos estados). Isso porque a Justiça Militar
tem seu próprio Código Penal e seu próprio Código de Processo Penal, ambos
de natureza militar.
a Constituição Federal:
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em
lei.
Art. 125.
§ 4º Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados,
nos crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos discipli-
nares militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil,
cabendo ao tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais
e da graduação das praças. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004)
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lei estão previstos no Código Penal Militar, bem como as circunstâncias em que
to, homicídio praticado por militar contra civil, por expressa previsão cons-
• Julgamento de Civis:
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não.
está em outra mudança causada no CPM pelo texto da lei 13.491/2017. Vejamos:
§ 2º Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da
União, se praticados no contexto[...]
Quase todo aluno sabe que, por expressa previsão constitucional, a competên-
para julgar militares das Forças Armadas quando estes praticarem crimes dolosos
dos (de que tal norma é inconstitucional ou mesmo de que é perfeitamente válida).
A verdade é que o Supremo Tribunal Federal é o único que tem competência para
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Por esse motivo, o correto é considerar que a letra da lei está valendo – e que
vida quando praticados por militares das Forças Armadas e dentro do con-
texto previsto no CPM. E qual contexto é esse, professor? É aquele que se en-
quadra nas circunstâncias previstas nos incisos e alíneas do art. 9º, parágrafo 2º:
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e co-
metidos por militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência
da Justiça Militar da União, se praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº
13.491, de 2017)
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da Re-
pública ou pelo Ministro de Estado da Defesa;
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo
que não beligerante; ou
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem
ou de atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da
Constituição Federal e na forma dos seguintes diplomas legais:
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica;
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999;
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral.
res das Forças Armadas que praticarem o crime de homicídio doloso contra a vida
de civil fora das circunstâncias do parágrafo 2º, aplica-se a regra do parágrafo 1º:
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por
militares contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri.
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Cabe salientar, ainda, que EM REGRA o homicídio praticado por militar da ativa
3) Justiça Eleitoral
acabou trazendo uma maior protagonismo da Justiça Eleitoral nas notícias em geral.
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ser cobradas em prova, visto que, por força do art. 121, uma lei complementar
deve tratar do assunto, e tal diploma legal dificilmente faz parte do conteúdo pro-
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos tribunais,
dos juízes de direito e das juntas eleitorais.
4) Justiça Federal
Ou seja, aquilo que é competência da Justiça Federal estará escrito como tal. Todo
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competência dos juízes federais. Mas como tal artigo é um pouco extenso, va-
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apenas as criminais.
A única boa notícia sobre essa lista extensa é que o examinador costuma co-
brar o assunto acima de forma direta (colocando uma assertiva extraída do rol de
não está configurada como competência da Justiça Federal, será da Justiça Estadu-
Crimes Conexos
tiça Estadual.
Jurisprudência Relevante
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Outros Conflitos
Competências Territoriais
da matéria.
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Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar
a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de
execução.
§ 1º Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o últi-
mo ato de execução.
§ 2º Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou
devia produzir seu resultado.
§ 3º Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando incerta
a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou mais
jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território de
duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção.
ção de competência.
Prevenção
Antes que possamos continuar nosso estudo, é preciso que você entenda o con-
ceito de PREVENÇÃO. Você ainda vai ler muito esse termo, tanto em nossa aula
quanto nas provas de concursos, então, primeiramente, vejamos o que ele significa.
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flitos de competência. Quando não houver outro critério para solucionar uma
nas divisas entre jurisdições, tornando complicado determinar o local exato para
solucionar o caso.
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Ou seja, caro(a) aluno(a), para não se confundir, quando for resolver uma ques-
ter internacional, aplique as regras e teorias previstas no CP. Você estará solucio-
Esclarecida essa diferença, vamos falar de mais uma exceção à regra do art. 70
homicídio, temos que a teoria utilizada por definição judicial é a teoria da ativi-
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Sei que são muitas hipóteses para casos singulares. Infelizmente, o examinador
de modo que não temos saída senão listar cada uma delas.
Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-se-á pelo do-
micílio ou residência do réu.
§ 1º Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela prevenção.
§ 2º Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será competen-
te o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato.
Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro de
domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração.
Essa é a chamada regra supletiva, utilizada caso a regra geral não possa ser
aplicada. Nesse caso, por algum motivo, não se conhece o local da infração, mas,
Temos ainda a regra do art. 73, específica para ação penal exclusivamente
privada, nas quais o querelante tem o direito de optar pelo trâmite do processo no
Veja que a regra prevista no art. 73 é para ação penal exclusivamente privada,
ou seja, não se aplicará aos casos de ação penal privada subsidiária da pública.
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Esquematizando:
Entretanto, ainda fica a seguinte pergunta: o que fazer quando existirem dois
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Distribuição
Distribuição nada mais é do que a maneira que o legislador optou para dizer
crição judiciária, será selecionado qual julgará um determinado caso por sorteio, o
finalidade.
Alteração da Competência
ria para que o caso concreto possa ser processado de uma melhor forma.
Continência
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Conexão
• Ocorre quando existe uma ligação entre as infrações penais (liame) que jus-
tifique sua união em um mesmo processo para facilitar seu julgamento.
• A conexão serve para evitar decisões contraditórias, bem como para facilitar
o trâmite geral do processo (e atos como a produção de prova).
Continência
Conexão
A conexão, por sua vez, é um pouco mais complexa que a continência. Vejamos
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Sobre a conexão, a doutrina faz a distinção entre cada um desses incisos. Es-
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Prevalência do Foro
certo que existirão inúmeros benefícios (tais como evitar contradições, facilitar a
óbvia: onde tínhamos dois ou mais juízos competentes, agora apenas um irá pre-
valecer.
A questão é a seguinte: como selecionar qual dos juízos deverá manter sua
São muitas informações, mas esquematizando fica bem mais fácil. Vejamos:
Art. 78, I
• Competência do Júri prevalece sobre outras competências.
• Única exceção é a de concurso entre crimes de competência do júri
e de competência da Justiça Militar ou Eleitoral (nesse caso, os feitos
devem permanecer separados).
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Art. 78, II
• Mesma categoria significa juízes aptos a julgar os mesmos tipos de
causas (como, por exemplo, dois juízes de primeiro grau).
• Nesse caso, segue-se uma lista de prioridades, na seguinte ordem:
foro do local da infração mais grave, foro onde foi cometido o
maior número de crimes, e, caso permaneça o conflito, prevenção.
Art. 78, IV
• Quando houver conflito entre a jurisdição especial (como a eleitoral,
por exemplo) e a jurisdição comum, prevalecerá a especial.
• Logo, em concurso entre crimes eleitorais e crimes comuns, a Justiça
Eleitoral deverá julgar todos os delitos.
uno dos feitos. Também já sabemos qual justiça deve prevalecer em casos especí-
ficos (ao estudar o art. 78). Entretanto, ainda nos resta aprender que em deter-
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autor maior de idade, o menor será julgado pelos Juizados da Infância e Juventude,
enquanto que o maior de idade terá sua participação apurada pela Justiça Criminal
de forma regular.
Quanto ao § 1º, estamos diante do caso em que um dos autores acaba padecendo
de uma doença mental que enseja a suspensão do processo até a sua recuperação.
Entretanto, não se pode suspender também o processo para o réu que se en-
contra bem de saúde, motivo pelo qual os processos devem ser desmembrados,
Por fim, temos o § 2º, que trata da fuga de um dos réus. Aqui, é necessário ana-
lisar se é possível que o réu possa ser julgado à revelia. Se for possível, a junção
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Existem ainda casos em que, embora a separação não seja obrigatória, o legis-
lador previu a possibilidade de separação dos feitos. Note que estamos diante de
Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido
praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo exces-
sivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro
motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
Esses casos são simples – basta que você conheça o rol que pode ensejar a se-
processos pode ser reconhecida de ofício pelo juiz ou arguida pelas partes.
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Perpetuação da Jurisdição
do CPP:
Art. 81. Verificada a reunião dos processos por conexão ou continência, ainda que no
processo da sua competência própria venha o juiz ou tribunal a proferir sentença abso-
lutória ou que desclassifique a infração para outra que não se inclua na sua competên-
cia, continuará competente em relação aos demais processos.
No caso do art. 81, ocorreu o seguinte: alguns processos foram reunidos, por
atração (ou seja, que determinou a escolha de competência que prevaleceu sobre
Nessa situação, o que deve acontecer com os processos que foram atra-
Até aí a definição é bastante simples, certo? No entanto, como toda boa regra,
a do art. 81 também possui uma exceção, prevista em seu parágrafo único, espe-
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que o homicídio foi culposo), o júri não poderá continuar atuando no julgamen-
Portanto, note que ocorreu o contrário do que se aplica aos casos regulares, nos
quais o processo continuaria sob a tutela do juízo mesmo após sua desclassificação
Avocação de Processos
cesso.
não é sinônimo de trânsito em julgado. Sentença definitiva, nesse caso, quer dizer
Prevenção – Art. 83
Você com certeza se lembra de que falamos que a prevenção é o coringa das
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Art. 83. Verificar-se-á a competência por prevenção toda vez que, concorrendo dois ou
mais juízes igualmente competentes ou com jurisdição cumulativa, um deles tiver an-
tecedido aos outros na prática de algum ato do processo ou de medida a este relativa,
ainda que anterior ao oferecimento da denúncia ou da queixa (arts. 70, § 3º, 71, 72, §
2º, e 78, II, c).
sobre o assunto:
tência definida por prevenção, a nulidade não será absoluta (apenas relativa), de
modo que, para ser arguida, irá depender da comprovação de que houve prejuízo!
giado).
O CPP não aborda todas as regras específicas para cada cargo – pois quem o
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Ótimo. Uma vez que você já sabe dessas peculiaridades e orientações, vamos
função, denominada pela doutrina como ratione funcionae, nada mais é do que a
prerrogativa que certos agentes possuem para serem julgados por Tribunais em
Assim, antes de discutir efetivamente qual foi a decisão do STF e o que mudou
texto constitucional.
Mas não se preocupe que iremos, ao final do estudo, tratar da nova posição da
funções que exercem, por Órgãos Superiores de Jurisdição, de acordo com normas
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princípio da igualdade, haja vista que o tratamento especial tem por objetivo tu-
Hipóteses Constitucionais
1) Presidente da República
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4) STJ
Existem ainda alguns indivíduo que possuem foro por prerrogativa de função no
5) Outras hipóteses
Por fim, temos ainda o foro por prerrogativa de função para os seguintes casos:
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Tome nota da Súmula 704/STF, que trata da extensão do foro por prerrogativa de
função ao corréu:
Súmula 704/STF:
Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo
legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por
prerrogativa de função de um dos denunciados.
Juízes e Promotores
Você já sabe que os magistrados possuem foro por prerrogativa de função nos
Isso se aplica aos membros do Ministério Público, por força da Lei Orgânica Na-
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Art. 40. Constituem prerrogativas dos membros do Ministério Público, além de outras
previstas na Lei Orgânica:
III - ser preso somente por ordem judicial escrita, salvo em flagrante de crime ina-
fiançável, caso em que a autoridade fará, no prazo máximo de vinte e quatro horas, a
comunicação e a apresentação do membro do Ministério Público ao Procurador-Geral de
Justiça;
gativa de não serem presos, salvo em flagrante de crime inafiançável ou por ordem
Restrição do Foro
o foro por prerrogativa de função apresentado pela Carta Magna da seguinte forma:
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PR e Vice
Ministros STF
PGR
Ministros de Estado
STF
AGU
Ministros TCU
Governadores
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Juízes Federais
Juízes do Trabalho
TRF/TRE
Juízes Militares
Juízes de Direito
TJ
Promotores e Procuradores de Justiça
estaduais.
Agora sim. De posse da previsão original, podemos passar a fazer uma bre-
ve análise da decisão tomada pelo STF para restringir o foro por prerrogativa de
mestre MÁRCIO ANDRÉ LOPES CAVALCANTE, Juiz Federal e autor do excelente we-
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Segundo Márcio, dois problemas são acarretados pelo modelo original do foro
[...] O modelo amplo de foro por prerrogativa de função tradicionalmente adotado acar-
reta duas consequências graves [...] para o STF:
1ª) Afasta o Tribunal do seu verdadeiro papel, que é o de Suprema Corte, e não o de
tribunal criminal de primeiro grau.
2ª) Contribui para a ineficiência do sistema de justiça criminal. O STF não tem sido ca-
paz de julgar de maneira adequada e com a devida celeridade os casos abarcados pela
prerrogativa.
ministros, não era capaz de julgar todas as ações antes da ocorrência da prescrição
dos delitos.
Ademais, o STF não é um Tribunal unicamente penal, devendo dar vazão tam-
tivo, Tributário)...
Com o objetivo de ao menos mitigar o problema causado pela amplitude das re-
levantou uma Questão de Ordem (QO) no âmbito da Ação Penal 937/RJ, sugerindo
que o plenário do STF decidisse, antes de julgar o mérito da ação penal, sobre duas
questões:
• Seria possível mudar a interpretação que até hoje era dada ao art. 102, I,
“b”, da CF/88 e passar a entender que o foro por prerrogativa de função dos
penhada?
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nais tramitando no STF – haja vista que, uma vez que se restringe a aplicabilidade
do foro por prerrogativa de função, muitos réus terão suas ações enviadas de volta
nado, para que o processo tivesse que ser remetido à outra instância da justiça
Resumindo um assunto que foi amplamente discutido e que possui uma grande
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mação mas que não tem relação com as suas funções, o juízo competente
plomação e que tem relação com suas funções, aí sim surge a competência
guinte entendimento:
configurar um evento limite a partir do qual a competência do STF não mais será
afastada pela situação do ocupante do cargo com foro por prerrogativa de função.
será o fim da instrução processual, que uma vez alcançado, impede que o processo
seja remetido às instâncias inferiores, mesmo que o réu perca sua qualidade (deixe
Ufa! E é isso! Podemos finalmente partir para o último tópico de nossa aula!
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RESUMO
Brocardos Jurídicos
• “Da mihi factum, dabo tibi ius”: dá-me os fatos, que te darei o Direito. Dire-
Conceitos
Características da Jurisdição
• Inércia: em regra, um Juiz não atua de ofício – deve ser PROVOCADO para
• Existência de lide: deve existir um conflito de interesses (uma lide) para que
a resolução do conflito.
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Prorrogação de Competência
• A competência processual, via de regra, é improrrogável, ou seja, deve ser
exercida exclusivamente pelo juízo competente.
Competência Absoluta
• Competência absoluta não admite prorrogação!
• Existem três casos:
− Competência Funcional:
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Competência Relativa
Espécie de Competências
• Em razão da matéria:
– Tribunal do Júri;
– Justiça Militar;
– Justiça Eleitoral;
– Justiça Federal.
Competências Territoriais
a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último
ato de execução.
Prevenção
Distribuição
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Continência
Conexão
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Prevalência de Foro
Art. 78, I
• Competência do Júri prevalece sobre outras competências.
• Única exceção é a de concurso entre crimes de competência do júri
e de competência da Justiça Militar ou Eleitoral (nesse caso, os feitos
devem permanecer separados).
Art. 78, II
• Mesma categoria significa juízes aptos a julgar os mesmos tipos de
causas (como, por exemplo, dois juízes de primeiro grau).
• Nesse caso, segue-se uma lista de prioridades, na seguinte ordem:
foro do local da infração mais grave, foro onde foi cometido o
maior número de crimes, e, caso permaneça o conflito, prevenção.
Art. 78, IV
• Quando houver conflito entre a jurisdição especial (como a eleitoral,
por exemplo) e a jurisdição comum, prevalecerá a especial.
• Logo, em concurso entre crimes eleitorais e crimes comuns, a Justiça
Eleitoral deverá julgar todos os delitos.
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Separação Facultativa
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (VUNESP/TJ-MS/JUIZ) e acordo com o artigo 80, do Código de Proces-
ferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolon-
gar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente
a separação.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser
mente citado.
do réu.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado
a infração.
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do CPP que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento
c) pela prevenção.
-se-á pelo(a)
a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.
b) quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando in-
certa a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas
c) nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá eleger o foro de do-
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Paulo contra agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
de-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código
de Processo Penal,
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penal.
execução.
execução.
na cidade de Jacareí, onde Xisto é preso em flagrante por policiais civis, prisão esta
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ciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três crimes de corrupção
a) por conexão.
b) por continência.
c) por prevenção.
cional:
a res furtiva para seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagran-
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b) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais
grave é cominada.
Mazagão.
d) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais
grave é cominada.
três indivíduos.
e levado para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias
até o pagamento do resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade
bam presos. Instaurada a ação penal, pelo referido crime permanente de extorsão
a) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório.
b) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela pre-
venção.
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forem acusadas pela prática da mesma infração penal e quando a prova de uma
c) continência.
d) conexão intersubjetiva.
e) conexão instrumental
ção à qual for cominada a pena mais grave, exceto no caso de crimes conexos de com-
exceção.
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prevenção.
cessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por
d) nos casos de ação penal de iniciativa pública, não sendo conhecido o lugar da
b) duas ou mais infrações forem praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas.
d) duas ou mais infrações forem praticadas por várias pessoas em concurso, em-
outra.
Questão 18 (FCC/TRF 2/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Tício resolveu matar seu desafeto
Cícero. Deu início à execução do homicídio em São José dos Campos/SP, onde efe-
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tuou disparos de arma de fogo contra o veículo em que este se encontrava. Cícero
conseguiu fugir e, perseguido, foi novamente alvejado por Tício em São Sebastião/
SP, Caraguatatuba/SP, Ubatuba/SP e Angra dos Reis/RJ, local em que, face à apro-
minosa. Nesse caso, a competência para processar e julgar o ilícito penal cometido
b) Ubatuba/SP.
c) Caraguatatuba/SP.
d) São Sebastião/SP.
lugar da infração.
forma
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a) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de execução antes
da prisão do agente.
b) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número de atos
de execução.
b) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar
d) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
e) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
o lugar.
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a) pela prevenção.
b) por conexão.
d) pela continência.
e) por distribuição.
c) de regra, pelo local onde tiver sido iniciada a execução da infração, ainda que a
e) pelo lugar em que tiver sido iniciada a execução no Brasil, se a infração se con-
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probatória, sendo que todos os fatos ocorreram no mesmo dia e no Estado de Mato
Considerando tais informações, é correto afirmar que Gabriel foi denunciado peran-
pluralidade de agentes.
forem cometidas por várias pessoas em concurso, ainda que não estejam na
Assinale:
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a) Natureza da infração.
b) Litispendência.
c) Distribuição.
d) Conexão ou continência.
e) Prerrogativa de função.
pretendido.
tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
b) Caso desclassifique infração que tenha dado causa à conexão, o juiz continuará
da perpetuatio jurisdictionis.
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jurisdicional.
Questão 30 (TRF 2/TRF 2/JUIZ FEDERAL) Analise as assertivas sobre a competên-
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GABARITO
1. a 25. d
2. b 26. b
3. e 27. b
4. a 28. c
5. e 29. b
6. a 30. b
7. a
8. c
9. b
10. c
11. c
12. b
13. b
14. a
15. b
16. c
17. c
18. e
19. e
20. d
21. c
22. a
23. d
24. b
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GABARITO COMENTADO
tes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não lhes prolongar a pri-
são provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.
c) houver corréu em local incerto ou não sabido ou foragido que não possa ser julga-
Letra a.
tâncias de tempo ou lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusa-
dos e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o
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do réu.
d) se trate de ação privada, ficará a cargo do querelante, que pode escolher entre
e) se trate de crime tentado, será fixada no lugar onde deveria ter se consumado
a infração.
Letra b.
do réu!
do CPP que nos crimes consumados, como regra, a competência para julgamento
c) pela prevenção.
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Letra e.
Segundo o art. 70 do CPP, no caso de tentativa (ou seja, a infração penal não se
consumou), a competência será fixada pelo lugar em que foi praticado o último ato
de execução.
-se-á pelo(a)
a) prevenção.
b) lugar da infração.
c) conexão ou continência.
d) distribuição.
Letra a.
de uma jurisdição, segundo o art. 71 do CPP, a competência será firmada pela pre-
venção.
tência!
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b) quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando in-
certa a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas
c) nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá eleger o foro de do-
Letra e.
Paulo contra agência bancária da Caixa Econômica Federal, em que tenha havido a
a) Justiça Federal.
b) Justiça Estadual.
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Letra a.
Para acertar essa questão, você precisa primeiro se lembrar que a CEF é uma Em-
Letra a.
de-se por foro supletivo ou foro subsidiário, previsto no artigo 72, caput, do Código
de Processo Penal,
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penal.
execução.
execução.
Letra c.
O art. 72 do CPP determina que não sendo conhecido o lugar da infração, a compe-
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Letra b.
deve prevalecer a do lugar da infração à qual for cominada a pena mais grave!
O delito de roubo possui uma pena mais grave do que o delito de furto, motivo pelo
na cidade de Jacareí, onde Xisto é preso em flagrante por policiais civis, prisão esta
ciado pelo Ministério Público da comarca de Jacareí pelos três crimes de corrupção
a) por conexão.
b) por continência.
c) por prevenção.
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Letra c.
Uma vez que você identifique ser esse o caso, fica fácil. Segundo o CPP (art. 71),
prevenção!
cional:
Letra c.
Das assertivas listadas acima, a única que lista simultaneamente dois fatores que
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a res furtiva para seus amigos José e Manoel, que também são presos em flagran-
b) conexão e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais
grave é cominada.
Mazagão.
d) continência e será da comarca de Macapá, onde ocorreu o crime cuja pena mais
grave é cominada.
três indivíduos.
Letra b.
Em primeiro lugar, note que temos uma situação hipotética que caracteriza a cha-
mada CONEXÃO PROBATÓRIA, tendo em vista que a prova de uma infração (do
Diante disso, aplicamos ainda o art. 78 do CPP para sanar o conflito entre as juris-
dições de mesma categoria. Segundo tal norma, deve prevalecer o juízo do lugar
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e levado para o cativeiro na cidade de Maruim − SE, onde permaneceu por sete dias
até o pagamento do resgate e libertação, esta última em uma rua deserta na cidade
bam presos. Instaurada a ação penal, pelo referido crime permanente de extorsão
a) da comarca de Barra dos Coqueiros, onde foi praticado o último ato executório.
b) das comarcas de Aracaju, Barra dos Coqueiros e Maruim e firmar-se-á pela pre-
venção.
Letra b.
Não se assuste com o enunciado gigante dessa questão: ela é fácil! Basta que você
forem acusadas pela prática da mesma infração penal e quando a prova de uma
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c) continência.
d) conexão intersubjetiva.
e) conexão instrumental
Letra a.
Quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela prática da mesma infração
penal, estaremos diante de hipótese de continência (art. 77, inciso I). Já quando
a prova de uma infração penal influir na prova de outra infração penal, estaremos
ção à qual for cominada a pena mais grave, exceto no caso de crimes conexos de com-
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Letra b.
Conforme estudamos, no concurso de jurisdições de mesma categoria, prevalece a
do lugar da infração com a pena mais gravosa (art. 78, II). Entretanto, essa nor-
ma não se aplica nos casos de crimes conexos de competência federal e estadual
(Súmula n. 122 do STJ)!
prevenção.
cessivo número de acusados e para não lhes prolongar a prisão provisória, ou por
d) nos casos de ação penal de iniciativa pública, não sendo conhecido o lugar da
Letra c.
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É o que preconiza o art. 80 do CPP, que foi cobrado em sua literalidade pelo exa-
minador!
b) duas ou mais infrações forem praticadas, ao mesmo tempo, por várias pessoas
reunidas.
d) duas ou mais infrações forem praticadas por várias pessoas em concurso, em-
outra.
Letra c.
A conexão instrumental está prevista no art. 76, inciso III, e é caracterizada quan-
Questão 18 (FCC/TRF 2/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Tício resolveu matar seu desafeto
Cícero. Deu início à execução do homicídio em São José dos Campos/SP, onde efe-
tuou disparos de arma de fogo contra o veículo em que este se encontrava. Cícero
conseguiu fugir e, perseguido, foi novamente alvejado por Tício em São Sebastião/
SP, Caraguatatuba/SP, Ubatuba/SP e Angra dos Reis/RJ, local em que, face à apro-
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minosa. Nesse caso, a competência para processar e julgar o ilícito penal cometido
b) Ubatuba/SP.
c) Caraguatatuba/SP.
d) São Sebastião/SP.
Letra e.
Lembre-se que, nos crimes tentados, em regra, o juízo competente será o do local
em que foi realizado o último ato de execução. Note, portanto, que Tício alvejou
Cícero pela última vez em Angra dos Reis, onde, por circunstâncias alheias à sua
Dessa forma, o juízo da comarca de Angra dos Reis será o responsável pelo proces-
lugar da infração.
forma
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Letra e.
a) será determinada pelo local em que foi praticado o último ato de execução antes
da prisão do agente.
b) será determinada pelo local em que tiver sido praticado o maior número de atos
de execução.
Letra d.
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b) duas ou mais infrações houverem sido umas praticadas para facilitar ou ocultar
d) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
e) duas ou mais infrações houverem sido praticadas, ao mesmo tempo, por várias
o lugar.
Letra c.
Haverá continência quando duas ou mais pessoas forem acusadas pela mesma in-
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Letra a.
Como você já deve estar expert a essa altura de nosso estudo, na determinação
a) pela prevenção.
b) por conexão.
d) pela continência.
e) por distribuição.
Letra d.
Não confunda com a conexão, que ocorre com o concurso de delitos (existe mais
de um delito)!
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c) de regra, pelo local onde tiver sido iniciada a execução da infração, ainda que a
e) pelo lugar em que tiver sido iniciada a execução no Brasil, se a infração se con-
Letra b.
cobrar a matéria segue sempre uma mesma linha (e os mesmos artigos são sempre
probatória, sendo que todos os fatos ocorreram no mesmo dia e no Estado de Mato
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Considerando tais informações, é correto afirmar que Gabriel foi denunciado peran-
Letra d.
situação da questão, por força de tal artigo, devemos verificar em qual local foi per-
petrado o delito mais grave – que, no caso, foi o ROUBO, perpetrado em SINOP-MT.
Dessa forma, é o juízo criminal de SINOP que será competente para receber a de-
pluralidade de agentes.
forem cometidas por várias pessoas em concurso, ainda que não estejam na
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Assinale:
Letra b.
conexão e a continência.
mente!
a) Natureza da infração.
b) Litispendência.
c) Distribuição.
d) Conexão ou continência.
e) Prerrogativa de função.
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Letra b.
Dos critérios apresentados pelo examinador, o único que não é utilizado para a de-
pretendido.
tempo, por várias pessoas reunidas, ou por várias pessoas em concurso, embora
Letra c.
Ocorrerá a conexão nos casos de duas ou mais infrações praticadas por duas ou
mais pessoas, ao mesmo tempo, ou por várias pessoas em concurso, embora di-
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b) Caso desclassifique infração que tenha dado causa à conexão, o juiz continuará
da perpetuatio jurisdictionis.
jurisdicional.
Letra b.
julgar os delitos remanescentes e os corréus, por força do art. 81 do CPP, que ma-
Questão 30 (TRF 2/TRF 2/JUIZ FEDERAL) Analise as assertivas sobre a competên-
ção penal.
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Letra b.
I – Errado. Os feitos irão, sim, ser reunidos, sob a tutela da Justiça Federal, por
II – Certo. É uma das hipóteses expressas no art. 109 da CF/1988, que trata da
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