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PACHEGO GONÇALVES | 9999999999 | alesantosf2020@gmail.com | CPF: 860.542.

154-18

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MEDICINA LEGAL
Ponto 1 – Perícia e Peritos
MEDICINA LEGAL – PONTO 1
CPF: 860.542.154-18

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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MENSAGEM DO CURSO

Vamos dar início à Medicina Legal para estudando os seguintes pontos:


• Corpo de delito;
• Perícia e peritos;
• Documentos médico-legais.

Traumatologia se sagra como o campeão de cobrança em provas para Delta,


contudo é muito importante este contato inicial com a matéria e sua interligação com
aspectos gerais do processo penal (provas e cadeia de custódia).

É sempre difícil estudar ML, porquanto são muitos nomes e expressões que
fogem bastante da nossa rotina jurídica.

A dica é que você estude fazendo anotações à mão, em postite ou caderninho


de anotações. Escrever é uma boa forma de decorar os termos.

Vamos aos estudos.

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SUMÁRIO

1.1 DOUTRINA (RESUMO)................................................................................................. 4


1.2. CONCEITO E DIVISÃO DA MEDICINA LEGAL .............................................................. 4
1.3 HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL .................................................................................. 6
1.3.1 DESDE ANTIGUIDADE .............................................................................................. 6
1.3.2. NO BRASIL ............................................................................................................... 7
2. PERÍCIAS E PERITOS EM MEDICINA LEGAL ................................................................... 8
2.1 TIPOS DE PERÍCIA ........................................................................................................ 9
2.3 PERÍCIA E CORPO DE DELITO .................................................................................... 10
2.4 CADEIA DE CUSTÓDIA ............................................................................................... 15
3. DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS ................................................................................. 27
3.1 NOTIFICAÇÕES (COMUNICAÇÕES COMPULSÓRIAS): ............................................... 27
3.2 ATESTADOS (CERTIFICADOS): ................................................................................... 28
3.3 PRONTUÁRIO: ........................................................................................................... 28
3.4 RELATÓRIOS: ............................................................................................................. 29
3
3.5 PARECER (RESPOSTAS TÉCNICAS DADAS ÀS CONSULTAS MÉDICO-LEGAIS): ........... 31
3.6 DEPOIMENTO ORAL: ................................................................................................. 31
3.7 ATESTADO OU DECLARAÇÃO DE ÓBITO ................................................................... 31
4. QUESTÕES ...................................................................................................................
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PONTO 1

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1.1 DOUTRINA (RESUMO)


1.2. CONCEITO E DIVISÃO DA MEDICINA LEGAL

Nas palavras de Genival Veloso França a “Medicina Legal é a contribuição da


medicina, e da tecnologia e outras ciências afins, às questões do Direito na elaboração
das leis, na administração judiciária e na consolidação da doutrina”.
Outras definições:
• “Medicina Legal é o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos
destinados a servir ao Direito, cooperando na elaboração, auxiliando a
interpretação e colaborando na execução dos dispositivos legais atinentes ao seu
campo de ação de medicina aplicada” (Hélio Gomes).
• “Medicina Legal é a aplicação de conhecimentos médico- -biológicos na
elaboração e execução das leis que deles carecem” (Flamínio Fávero).
• “Medicina Legal é a aplicação de conhecimentos médicos e científicos aos
problemas judiciais que podem ser por eles esclarecidos” (Marc, Vilbert e N.
Rojas).
França, citado na obra de Palermo, trata a medicina legal como uma disciplina
ampla, pois não se resume a um campo da medicina, mas é construída através da soma
de várias especialidades, sendo disciplina eminentemente jurídica. Palermo cita a
medicina legal como a mais importante e significativa das ciências subsidiárias do
Direito.
4
Segundo Rogério Greco, a influência da Medicina Legal no campo legislativo
pode ser percebida em três aspectos:
1. acende luzes para a elaboração de novas leis;
2. coopera na execução
CPF:das leis existentes;
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3. interpreta dispositivos legais de significação médica.

Desse modo, a Medicina Legal auxilia o Direito na elaboração, execução


(aplicação) e interpretação das leis.

Trata-se de um ramo de estudo que se aplica na seara forense, fornecendo um


estudo interdisciplinar que buscar produzir conhecimentos técnico-científicos, no
intuito de conduzir a um juízo de certeza, fundamentador de todo provimento jurídico-
penal, seja ele condenatório ou absolutório. Apesar de ser uma especialidade da
medicina, ela aplica outros conhecimentos dos diversos ramos da medicina para às
necessidades do direito.
A relação da medicina legal e a ciência jurídica trata estuda questões
relacionadas na tabela abaixo:
Tabela 1 - relação da medicina legal e a ciência jurídica (adaptado da obra de Palermo,
2020)

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Com o direito penal e processual penal Responsabilização criminal,


principalmente no que diz respeito ao
correto enquadramento dos crimes às
normas incriminadoras. No âmbito
processual penal, auxiliam o operador do
direito a utilizar de forma adequada os
institutos referentes às provas, ao exame
de corpo de delito, aos peritos e perícias,
bem como preservação de locais de crime
e cadeia de custódia, por exemplo;
Com o direito civil e processual civil questões ligadas ao casamento,
paternidade, capacidade jurídica e
psicologia da testemunha;
Com o direito trabalhista área ligada à infortunística (acidentes de
trabalho, doenças profissionais etc.);
Com o direito desportivo: trata de questões voltadas à busca por
substâncias proibidas em atletas etc.;
Com o direito administrativo quando se aborda questões relativas a
atestados médicos, principalmente
envolvendo servidores públicos.
5
Podemos dividir a medicina legal em “Geral”, que estuda os deveres
(deontologia médica) e os direitos (diceologia médica), e “especial”, que estuda as
diferentes áreas da medicina legal. Dentre elas: antropologia, traumatologia,
tanatologia, sexologia, psiquiatria, psicologia, toxicologia, infortunística.
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Com as Ciências Jurídicas e Sociais, a Medicina Legal empresta sua colaboração
ao estudo do Direito Penal nos problemas relacionados com os crimes em geral. Com o
Direito Civil, nas questões de paternidade, nulibilidade de casamento, testamento, início
da personalidade e direito do nascituro. Com o Direito Administrativo, quando avalia as
condições dos funcionários públicos, no ingresso, nos afastamentos e aposentadorias.

Em relação aos operadores do Direito, Palermo cita diversos campos nos quais
a Medicina Legal poderá ou virá a ser empregada. Os principais ramos são o criminal, o
cível e o trabalhista. O juiz de direito poderá requisitar laudos, dentre eles o médico-
legal, além da decisão sobre o deferimento do pedido da admissão de assistente técnico
para para acompanhar a produção da perícia, de acordo com o art. 3°-B, do CPP.

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Art. 3º B - O juiz das garantias é responsável pelo


controle da legalidade da investigação criminal e pela
salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido
reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-
lhe especialmente:
...
X - requisitar documentos, laudos e informações ao
delegado de polícia sobre o andamento da investigação;
...
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico
para acompanhar a produção da perícia;

1.3 HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL


1.3.1 Desde Antiguidade

Lacassagne divide a história da Medicina Legal em três períodos: no primeiro


vai das épocas primitivas até o Império Romano; o segundo tem seu início nas obras dos
juris romanos e o terceiro, chamado de moderno ou positivo que vai do século VIII até
nossos dias, é também o período científico.
Os primeiros indícios da relação entre a Medicina e o Direito são mencionados
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na Antiguidade, nos quais os sacerdotes, que governavam à base da força e da evocação
divina, eram concomitantemente legisladores, juízes, médicos além de representantes
de Deus na terra. No entanto, as necropsias eram proibidas, uma vez que os cadáveres
eram considerados sagrados. O Código de Hamurabi, a mais antiga legislação penal de
que se tem notícia, trazia em seu bojo normas que evidenciavam a relação entre Direito
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e Medicina, porém não estipulava que o Juiz deveria ouvir o médico para tomar suas
decisões. O Código de Manu proibia que crianças, idosos, ébrios, indivíduos com
desenvolvimento mental incompleto e pessoas insanas fossem ouvidas nos tribunais na
condição de testemunha, outro indício da interferência da medicina no direito.
O Hsi Yuan Lu, tratado chinês elaborado aproximadamente em 1240 a.c, trazia
instruções sobre o exame post mortem, listava antídotos para venenos e apresentava
informações sobre respiração artificial.
A primeira citação documental acerca de exame cadavérico em vítima de
homicídio, segundo os relatos de Suetônio, refere-se à tanatoscopia realizada no
cadáver do ditador romano Caio Júlio César e foi realizado por Antístio, médico e amigo
do Imperador.

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Na Idade Média, houve avanço do reconhecimento de médicos como


testemunhas especiais em juízo, não sendo os juízes, entretanto, obrigados a ouvi-los.
Já as Capitulares de Carlos Magno prescreviam que os julgamentos deveriam ser
pautados em pareceres médicos, devendo os julgadores tomar depoimentos dos
médicos nos alguns casos, como o de lesão corporal, infanticídio, tortura, estupro,
impotência. Porém na prática inquisitoriais nordo-germânica, continuava o juízo de
Deus.
Os primeiros tratados sobre o tema começam a emergir na segunda metade do
século XVI. Na Alemanha, considerada o berço da Medicina Legal, em 1532, foi
promulgada a Constitutio Criminalis Carolina, primeiro documento ordenado de
Medicina Judiciária. Esse discutia sobre temas médico-legais e previa a obrigatoriedade
de se ouvir os médicos antes das sentenças.

Ambroise Paré (1575) lança o tratado ocidental Des Rapports et des Moyens
d'Embaumer lês Corps Morts, sendo considerado pela França, o pai da Medicina
Forense.
Uma obra mais detalhada, publicada em 1602 por Fortunato Fidelis, intitulada
De Relatoribus Libri Quator in Quibis ea Omnia quae in Forensibus ae Publicis Causis
Mediei Preferre SolentPlenissime Traduntur. A obra, dividida em quatro volumes, tratava
respectivamente de saúde pública; ferimentos, simulação de doenças e erro médico;
virgindade, impotência, gravidez e viabilidade fetal e, finalmente, sobre vida e morte,
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fulguração e envenenamento.
Paulus Zacchias, entre os anos de 1621 e 1658, publicou uma coletânea de dez
livros que serviu de referência sobre Medicina Legal até o início do século XIX. A partir
da segunda metade deste século, a Medicina Legal passa a ser considerada como ciência
voltada para a Justiça. Por esta obra, este autor ficou reconhecido como o verdadeiro
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pai e fundador da Medicina Legal.

1.3.2. No Brasil

Aqui, estudos começaram de forma tardia em relação a Europa. Apesar da


influência de Portugal no meio cultural, esse país não teve a mesma importância na
medicina forense nesta época. No final da era colonial surgiram os primeiros
documentos médico-legais, frutos de estudos influenciados pela França e um tanto mais
sutilmente, pela Itália e pela Alemanha.
Oscar Freire divide o estudo da Medicina Legal em três grandes períodos:
1. Estrangeira: regulamentação do processo penal (1832); criação de
escolas de Medicina (1808), sendo obrigatória a disciplina de medicina legal; fundação
do necrotério do Rio de Janeiro.
2. De transição: começa um caráter prático da Medicina Legal, Agostinho
José de Souza Lima (1977).

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3. De nacionalização: estudos na área de psiquiatria forense e antropologia


criminal, Raimundo Nina Rodrigues, na Bahia (1895); Lei Maximilianao (1915) – deu o
direito dos professores de medicina legal, que não eram peritos oficiais, de realizarem
suas perícias nas suas alas prática, que alguns correlacionam como “perito ad hoc”;
Serviço médico legal passa a constituir o Instituto Médico Legal no Rio de Janeiro (1924).

Complementando esse tema, Raymondo Nina Rodrigues foi o fundador, na


cidade de Salvador, da primeira Escola de Medicina Legal do país, sendo quem
nacionalizou o ensino e a pesquisa dessa prática médica. A partir de 1891, a disciplina
de Medicina Legal passa a configurar como obrigatória nos cursos de Direito do país,
após ser proposta por Rui Barbosa perante a Câmara dos Deputados.
A perícia médica criminal foi instituída oficialmente no Brasil em 1832, quando
o ramo do Processo Penal é estruturado no país, por força do advento do Código Penal
do Império, datado de 16 de dezembro de 1830. A vigência do Código de Processo Penal
de 1941, em vigor até os dias atuais, determina que as perícias sejam procedidas apenas
por Peritos oficiais. Em 20 de outubro de 1967 foi fundada a Associação Brasileira de
Medicina Legal, sendo hoje a Medicina Legal reconhecida pelo Conselho Federal de
Medicina, pela Associação Médica Brasileira e pela Comissão Nacional de Residência
Médica do Ministério da Educação como especialidade médica.

\; corpo de delito; cadeia de custódia; perícias e peritos em Medicina Legal; Lei nº


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12.030/09; dispositivos do Código de Processo Penal específicos sobre o exame de
corpo de delito, cadeia de custódia e perícias em geral; Lei nº 14.022/20.

2. PERÍCIAS E PERITOS EM MEDICINA LEGAL


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A Perícia criminal tem sua autonomia técnica, científica e funcional assegurada
pela Lei nº 12.030 de 17 de setembro de 2009. De acordo com esta lei, fazem parte os
profissionais de curso superior que, mediante aprovação em concurso público, foram
nomeados para os cargos de Perito Criminal, Perito Médico-legista ou Perito
Odontolegista.
Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais para as
perícias oficiais de natureza criminal.
Art. 2o No exercício da atividade de perícia oficial de
natureza criminal, é assegurado autonomia técnica, científica e
funcional, exigido concurso público, com formação acadêmica
específica, para o provimento do cargo de perito oficial.
Art. 3o Em razão do exercício das atividades de perícia
oficial de natureza criminal, os peritos de natureza criminal estão
sujeitos a regime especial de trabalho, observada a legislação
específica de cada ente a que se encontrem vinculados.

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Art. 4o (VETADO)
Art. 5o Observado o disposto na legislação específica
de cada ente a que o perito se encontra vinculado, são peritos
de natureza criminal os peritos criminais, peritos médico-legistas
e peritos odontolegistas com formação superior específica
detalhada em regulamento, de acordo com a necessidade de
cada órgão e por área de atuação profissional.
O cargo de Perito Criminal é composto por profissionais de diversas áreas de
atuação lotados em Institutos de Identificação ou Institutos de Criminalística, e
desempenham suas atividades em laboratórios ou locais de crime2,3. Por outro lado, o
Perito MédicoLegista e o Perito Odontolegista são profissionais graduados em Medicina
e Odontologia, respectivamente, e atuam nos Institutos de Medicina Legal onde
realizam atividades como exames traumatológicos, necroscópicos e de identificação
humana

2.1 Tipos de perícia

Existem dois tipos diferentes de perícia, são elas: administrativas e judiciais. As


perícias administrativas podem ser de origem estatuária, secundárias, entre outros. Já
as judiciais abrangem um ramo auxiliar do direito que ajuda a desvendar fatos e
autorias. Essas podem ser de origem civil, trabalhista, criminal. O perito oficial é aquele
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que está judicialmente condicionado a proceder um exame para desvendar os fatos
ocorridos aos interessados (CARVALHO et.al.).
A perícia, segundo Palermo, possui duas partes: a objetiva, destacadas na
descrição e, a subjetiva, representada pela discussão. Mesmo sendo baseado em ciência
e ter preferência para que o juiz de direito tenha elementos para sua convicção, o artigo
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182 (CPP), cita que o juiz não está restrito ao laudo pericial.
A perícia médico-legal é definida como o conjunto de procedimentos médicos
e técnicos que têm por finalidade o esclarecimento de um fato de interesse judicial, com
a finalidade precípua de produzir prova, definindo a partir daí, a materialidade do delito
(França).

Existem vários tipos de perícia existentes no Instituto Médico-legal, exemplos:


I. No vivo: exames de corpo de delito de lesões corporais, verificação de ato
libidinoso, conjunção carnal.
II. No morto: autopsia ou necropsia.
III. Nas ossadas e esqueletos: São feitos exames antropológicos para estimar
o perfil biológico (sexo, raça, cor ou idade), podendo identificar o periciando.
IV. Nos objetos: divididas em objetos propriamente ditos e em secreções.

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Para os cadáveres serem examinados no IML (necropsia) é necessário um


motivo, que pode decorrer de três razões: a morte violenta, morte suspeita ou morte
não identificada.
A morte violenta é a morte por causas externas, não abrange, portanto, as
doenças naturais. São causas externas, por exemplo, homicídio, suicídio etc. Por sua vez,
as causas suspeitas são as que levam a dúvidas, veja o caso de um indivíduo de 80 anos
que morreu sozinho em casa, esse acontecimento é normal, no entanto, não é normal
que uma pessoa de 20 anos, com saúde hígida, morra sozinho em casa, tem-se então
uma morte suspeita. Em relação aos não identificados a necessidade surge justamente
de sua não identificação, sendo necessário, portanto, identificá-lo para saber quem
morreu.
A perícia criminal é uma atividade técnico-científica prevista no Código de
Processo Penal, indispensável para elucidação de crimes quando houver vestígios,
embora recomendada em todos os casos que possam incidir. Garantindo, desta forma,
direitos humanos do indivíduo e da sociedade, pois permite que o julgador disponha de
um juízo de certeza quando da prolação de sentença penal, condenatória ou
absolutória.

2.3 PERÍCIA E CORPO DE DELITO

A perícia é feita no corpo de delito. A prova, por sua vez, nada mais é do que o
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demonstrativo da veracidade do fato. O corpo de delito não se confunde com local de
crime, este é a área regional onde ocorreu o crime, o corpo de delito é, por exemplo, a
faca, o sêmen, pode inclusive o corpo humano, dentre outros. É, portanto, o conjunto
de elementos decorrentes do fato delituoso.
CUIDADO – o corpo de delito pode ser qualquer elemento, não somente o
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corpo humano.
São conceitos diferentes entre o Corpo de Delito e o Exame do Corpo de Delito.
O corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais deixados pela infração penal. Corpo
de delito é a materialidade do crime. Já o Exame de Corpo de Delito, é o exame realizado
nos vestígios materiais deixados pela infração penal.
Portanto, o corpo de delito é o conjunto de elementos materiais ou vestígios
que indicam a existência de um crime. O exame de corpo de delito é uma importante
prova pericial, sua ausência em caso de crimes que deixam vestígios gera a nulidade do
processo. Caso a falta de realização do exame direto seja levada a efeito por omissão do
Estado investigador, se do ato resultar prejuízo para a defesa, esvaziando a acusação, o
procedimento de nulidade deverá ser observado.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não
podendo supri-lo a confissão do acusado.

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Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do


exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva:
(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
I - violência doméstica e familiar contra mulher;
(Incluído dada pela Lei nº 13.721, de 2018)
II - violência contra criança, adolescente, idoso ou
pessoa com deficiência. (Incluído dada pela Lei nº 13.721, de
2018)
Art. 564. A nulidade ocorrerá nos seguintes casos:
III - por falta das fórmulas ou dos termos seguintes:
b) o exame do corpo de delito nos crimes que deixam
vestígios, ressalvado o disposto no Art. 167;
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.

O exame de corpo de delito direto é aquele feito diretamente na vítima, por


sua vez, o indireto é feito através de documentos, depoimentos, ambos, porém, são
realizados pelo médico-legista. Quando a única maneira de se comprovar a
materialidade de um delito é através do corpo de delito indireto, este deverá ser
realizado. O relatório hospitalar, por exemplo, é um documento indireto, da qual
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decorre a perícia indireta.

- LEGISLAÇAO APLICADA

O artigo mais importante do Código de Processo Penal, no que tange à perícia,


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é o artigo 158, o qual torna o exame de corpo de delito indispensável, quando a infração
deixar vestígios, seja o exame direto ou indireto, não podendo supri-lo, nem mesmo, a
confissão do acusado. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a
qualquer hora.
O artigo 159 do CPP foi modificado pela Lei n. 11.690/08, e a partir de então o
exame de corpo de delito passou a ser realizado por um perito oficial e não mais por
dois, como era antes da modificação. Note que se for perito oficial o exame de corpo de
delito poderá ser realizado por um só perito, conforme caput do artigo citado, porém,
se não houver perito oficial, e surgir a necessidade de realização do exame por perito ad
hoc, serão necessários dois, conforme se extrai do §1º do referido artigo.
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias
serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso
superior.

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§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado


por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso
superior preferencialmente na área específica, dentre as que
tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do
exame.
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de
bem e fielmente desempenhar o encargo. (Redação dada pela
Lei nº 11.690, de 2008)

Sobre o prazo do laudo:


160 - Parágrafo único. O laudo pericial será elaborado
no prazo máximo de 10 dias, podendo este prazo ser prorrogado,
em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
Pela leitura do artigo 161 do CPP o exame de corpo de delito será feito em
qualquer dia e hora, portanto, não há problema em se realizar uma necropsia à noite,
por exemplo.
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito
em qualquer dia e a qualquer hora.
Em reforço ao que foi disposto no artigo 161 é o artigo 162, que dispõe que a
autopsia será feita pelo menos 6 horas depois da morte, salvo quando pelos sinais de
morte, os peritos julgarem que possa ser feita antes, logo, será feita em qualquer dia e
12
hora.
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas
depois do óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de
morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o que
declararão no auto.
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Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o
simples exame externo do cadáver, quando não houver infração
penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame
interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
O tempo de espera de 6 horas surge em decorrência dos fenômenos
cadavéricos, os quais poderão estar completamente estabelecidos com 6 horas. Esse
aguardo é uma recomendação, não sendo, portanto, obrigatório. Casos em que a
etiologia da morte está bem definida, a necropsia poderá ser feita com um intervalo
menor daquele estabelecido em lei, como exemplo temos um esmagamento do crânio
em um atropelamento.
No caso de existir dúvidas sobre a identidade do cadáver (art. 166), não só o
exumado, mas qualquer cadáver, nós temos três caminhos periciais, outro caminho é a
família, se esta reconhecer o corpo a autoridade lavra o auto de reconhecimento e
resolve a dúvida.

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Art. 166 - Havendo dúvida sobre a identidade do


cadáver exumado, proceder-se-á ao reconhecimento pelo
Instituto de Identificação e Estatística ou repartição congênere
ou pela inquirição de testemunhas, lavrando-se auto de
reconhecimento e de identidade, no qual se descreverá o
cadáver, com todos os sinais e indicações.

Os principais caminhos periciais de identificação são:


1. Datiloscopia ou papiloscopia, que é a impressão digital;
2. Exame odontolegal, analisando a arcada dentária;
3. DNA, que é o ácido desoxirribonucleico.

Existe uma peculiaridade, na papiloscopia deve haver um documento chamado


primeiro registro, uma vez que em nada adiantaria retirar as digitais se não tiver um
banco de dados para comparação, como aquele formado pela expedição de carteiras de
identidade. No exame odontolegal é a mesma coisa, o dentista deve ter em seu
consultório registros (prontuário ou modelos de gesso), assim, estes serão comparados
com o periciando. Se nenhum desses dois for capaz de conduzir à identificação devemos
partir para a análise de verossimilhança por DNA, este pode não ter o primeiro registro,
o que exige a comparação do DNA da pessoa com o DNA de um suposto familiar.
Reparem que não sendo possível realizar o exame de corpo de delito, por terem
13
desaparecidos os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta, conforme se
extrai da inteligência do artigo 167 do CPP. Ressaltamos que a prova testemunhal não
supre o exame de corpo de delito, a não ser em uma situação específica de
desaparecimento dos vestígios.
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Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de
delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova
testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
O artigo 168 do CPP traz a hipótese de o primeiro exame pericial não ter sido
completo, determinando que seja procedido um exame complementar. É importante
lembrar do prazo de 30 dias, contado da data do crime.
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro
exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame
complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do
ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o No exame complementar, os peritos terão
presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a
deficiência ou retificá-lo.

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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§ 2o Se o exame tiver por fim precisar a classificação do


delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo
que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida
pela prova testemunhal.

O local do crime deve ser preservado, conforme se extrai do art. 6º c/c 169 do
CPP. A preservação do local do crime é feita no intuito de não tornar o lugar inidôneo
para perícia. Essa dinâmica é chamada cadeia de custódia, a qual abrange o conjunto de
procedimentos adotados pelos peritos para proteger a cena do crime e os vestígios
colhidos, em consequência a própria perícia.

Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver


sido praticada a infração, a autoridade providenciará
imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a
chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com
fotografias, desenhos ou esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as
alterações do estado das coisas e discutirão, no relatório, as
consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
Em nome do livre convencimento motivado o juiz não fica adstrito ao laudo,
14
podendo rejeitá-lo, no todo ou em parte, adotando-se o sistema liberatório de perícias
no sistema brasileiro. Desta forma, o juiz pode dispensar o laudo, embora, o exame de
corpo de delito seja indispensável, sendo de realização obrigatória. Todavia, o
magistrado poderá, perfeitamente, não concordar com o laudo, conforme art. 182,
desde que o faça de maneira fundamentada.
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Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo
aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
O juiz ou autoridade policial poderão negar a realização da perícia, quando
considerar não ser necessária ao esclarecimento da verdade, salvo o exame de corpo de
delito, conforme art. 184.

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o


juiz ou a autoridade policial negará a perícia requerida pelas
partes, quando não for necessária ao esclarecimento da
verdade.

- Novo Código de Processo Civil:


Art. 464. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.
§ i° 0 juiz indeferirá a perícia quando:

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I - a prova do fato não depender de conhecimento especial de


técnico;
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;
III - a verificação for impraticável.
§ 2° De ofício ou a requerimento das partes, 0 juiz poderá, em substituição à
perícia, determinar a produção de prova técnica simplificada, quando 0 ponto
controvertido for de menor complexidade.
§ 3° A prova técnica simplificada consistirá apenas na inquirição de especialista,
pelo juiz, sobre ponto controvertido da causa que demande especial conhecimento
científico ou técnico.
§ 4° Durante a arguição, 0 especialista, que deverá ter formação acadêm ica
específica na á re a objeto de seu depoim ento, poderá valer-se de qualquer recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens com 0 fim de esclarecer os pontos
controvertidos da causa.
Art. 473. O laudo pericial deverá conter:
I. a exposição do objeto da perícia;
II. a análise técnica ou científica realizada pelo perito;
III. a indicação do método utilizado, esclarecendo-o e demonstrando ser
predominantemente aceito pelos especialistas da área do conhecimento da qual se
originou;
IV. resposta conclusiva a todos os quesitos apresentados pelo juiz, pelas
15
partes e pelo órgão do Ministério Público.
§ 1º No laudo, o perito deve apresentar sua fundamentação em linguagem
simples e com coerência lógica, indicando como alcançou suas conclusões.
§ 2º É vedado ao perito ultrapassar os limites de sua designação, bem como
emitir opiniões pessoais que excedam o exame técnico ou científico do objeto da perícia.
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§ 3º Para o desempenho de sua função, o perito e os assistentes técnicos
podem valer-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo
informações, solicitando documentos que estejam em poder da parte, de terceiros ou
em repartições públicas, bem como instruir o laudo com planilhas, mapas, plantas,
desenhos, fotografias ou outros elementos necessários ao esclarecimento do objeto da
perícia.

2.4 CADEIA DE CUSTÓDIA

Os artigos 158-A e 158-F traz menções sobre a cadeia de custódia:


(CPP) Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de
todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a
história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas
de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu
reconhecimento até o descarte.

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§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do


local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos
quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2° O agente público que reconhecer um elemento como de
potencial interesse para a produção da prova pericial fica
responsável por sua preservação.
§ 3° Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente,
constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal.

Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser


devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua espaço
ou condições de armazenar determinado material, deverá a
autoridade policial ou judiciária determinar as condições de
depósito do referido material em local diverso, mediante
requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de
natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

Palermo (2020) salienta a importância do início da cadeia de custódia "com


16
procedimentos policiais ou periciais nos quais se detecte a existência de um vestígio".
Este tópico deve estar correlacionado com o artigo 158-B, H, do CPP, no qual faz menção
ao ato de isolamento e preservação dos ambientes em que podem ser encontrados os
vestígios, arrematando a previsão contida no art. 158-A, § 1°, do mesmo diploma legal.
Podemos dividir local de crime, em termos espaciais, em local imediato, local mediato e
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local relacionado:
I. Área imediata: é aquele abrangido pelo corpo de delito e o seu entorno,
local em que estão, também, a maioria dos vestígios materiais. Em geral, todos os
vestígios que servirão de base para os peritos esclarecerem o fato concentram-se no
local imediato;
II. Área mediata: é a área adjacente ao local imediato. É toda a região
espacialmente próxima ao local imediato e a ele geograficamente ligada, passível de
conter vestígios relacionados;
III. Área relacionada: é todo e qualquer lugar sem ligação geográfica direta
com o local do crime e que possa conter algum vestígio ou informação no contexto do
exame pericial.
Vestígios e indícios têm definições diferentes, sendo a do indício prevista no
art. 239 do CPP.

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Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida


e provada, que, tendo relação com 0 fato, autorize, por indução,
concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Após constada a presença de um vestígio, outras etapas estão previstas no
artigo 158-B.
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o
rastreamento do vestígio nas seguintes etapas: (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
I - reconhecimento: ato de distinguir um elemento
como de potencial interesse para a produção da prova pericial;
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
II - isolamento: ato de evitar que se altere o estado das
coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato
e relacionado aos vestígios e local de crime; (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
III - fixação: descrição detalhada do vestígio conforme
se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua
posição na área de exames, podendo ser ilustrada por
fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua
descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável
pelo atendimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
17
(Vigência)
IV - coleta: ato de recolher o vestígio que será
submetido à análise pericial, respeitando suas características e
natureza; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
V - acondicionamento: procedimento por meio do qual
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cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de
acordo com suas características físicas, químicas e biológicas,
para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de
quem realizou a coleta e o acondicionamento; (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VI - transporte: ato de transferir o vestígio de um local
para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens,
veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a
manutenção de suas características originais, bem como o
controle de sua posse; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)

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VII - recebimento: ato formal de transferência da posse


do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo,
informações referentes ao número de procedimento e unidade
de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem
transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do
exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de
quem o recebeu; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
VIII - processamento: exame pericial em si, manipulação
do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas
características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o
resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo
produzido por perito; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
IX - armazenamento: procedimento referente à guarda,
em condições adequadas, do material a ser processado,
guardado para realização de contraperícia, descartado ou
transportado, com vinculação ao número do laudo
correspondente; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
X - descarte: procedimento referente à liberação do
vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente,
mediante autorização judicial. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
18
2019) (Vigência)

Cada órgão de perícia oficial de natureza criminal fica responsável por detalhar
a forma do cumprimento das etapas descritas por ocasião do tratamento dos vestígios,
conforme o artigo 158-C.
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Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada
preferencialmente por perito oficial, que dará o
encaminhamento necessário para a central de custódia, mesmo
quando for necessária a realização de exames complementares.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Todos vestígios coletados no decurso do inquérito
ou processo devem ser tratados como descrito nesta Lei, ficando
órgão central de perícia oficial de natureza criminal responsável
por detalhar a forma do seu cumprimento. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º É proibida a entrada em locais isolados bem como
a remoção de quaisquer vestígios de locais de crime antes da
liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como
fraude processual a sua realização. (Incluído pela Lei nº 13.964,
de 2019) (Vigência)

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Palermo ainda salienta que pode haver inversões nas etapas da cadeia de
custódia, desde que não se comprometa a integridade, nem se percam os registros
sobre a história do vestígio, tudo isto com vistas ao atendimento de preceitos básicos
da Administração Pública, como eficiência e otimização dos recursos públicos.

A Portaria n° 82/2014 da SENASP compreende duas fases, no contexto das


etapas da cadeia de custódia:
Tabela 2 – Fases no contexto da cadeia de cuastódia da Portaria n° 82/2014 da SENASP
(adaptado de Palermo, 2020):
Fase Definição Abrange
Externa compreende todos os passos a preservação do local de crime; a
entre a preservação do local busca do vestígio; 0 reconhecimento
de crime ou apreensões dos do vestígio; a fixação do vestígio; a
elementos de prova e a coleta do vestígio; o
chegada do vestígio ao órgão acondicionamento do vestígio; o
pericial encarregado de transporte do vestígio e o
processá-lo. recebimento deste.
Interna compreende todas as etapas a recepção e conferência do vestígio;
entre a entrada do vestígio no a classificação, guarda e/ou
órgão pericial até sua
devolução juntamente com o
distribuição do vestígio; a análise
pericial, a guarda e devolução do
19
laudo pericial, ao órgão vestígio de prova; a guarda de
requisitante. vestígios para contra perícia; e o
registro da cadeia de custódia
Quando concluídas as perícias, as cautelas e armazenamento do material
deverão ser adequadas para cada CPF: tipo860.542.154-18
de material colhido, ou seu descarte apropriado.
Importante é definir a contra perícia, que segundo a Portaria n° 82/2014 da SENASP, é
uma nova perícia realizada em material que já teve sido examinado, originando a
contraprova.
Palermo (2020) destaca que a cadeia de custódia se aplica tanto ao inquérito
policial, quanto ao processo propriamente dito.
A proibição do ingresso em locais isolados deve ser vista com cuidado, assim
como a remoção dos vestígios nesses locais, antes da liberação pelo perito responsável
(art. 158-C § 2º). A autoridade deverá analisar o dolo do agente que promove tais atos.
A manutenção e integridade dos vestígios estão referenciados no art.
158-D. Portanto, há uma preocupação na segurança do material e eventuais
reponsabilidades pelo manuseio inadequado desses.
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do
vestígio será determinado pela natureza do material. (Incluído
pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

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§ 1º Todos os recipientes deverão ser selados com


lacres, com numeração individualizada, de forma a garantir a
inviolabilidade e a idoneidade do vestígio durante o transporte.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º O recipiente deverá individualizar o vestígio,
preservar suas características, impedir contaminação e
vazamento, ter grau de resistência adequado e espaço para
registro de informações sobre seu conteúdo. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 3º O recipiente só poderá ser aberto pelo perito que
vai proceder à análise e, motivadamente, por pessoa autorizada.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 4º Após cada rompimento de lacre, deve se fazer
constar na ficha de acompanhamento de vestígio o nome e a
matrícula do responsável, a data, o local, a finalidade, bem como
as informações referentes ao novo lacre utilizado. (Incluído pela
Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 5º O lacre rompido deverá ser acondicionado no
interior do novo recipiente. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
Todos os Institutos de Criminalística deverão ter um local adequado para
20
armazenamento e controle dos vestígios, tendo um serviço de protocolo para que o
material seja recebido, conferido e armazenados. Esse local é denominado de “”Centrais
de Custódias”.
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão
ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos
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vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão
central de perícia oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei
nº 13.964, de 2019) (Vigência)
§ 1º Toda central de custódia deve possuir os serviços
de protocolo, com local para conferência, recepção, devolução
de materiais e documentos, possibilitando a seleção, a
classificação e a distribuição de materiais, devendo ser um
espaço seguro e apresentar condições ambientais que não
interfiram nas características do vestígio. (Incluído pela Lei nº
13.964, de 2019) (Vigência)
§ 2º Na central de custódia, a entrada e a saída de
vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações
sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam.
(Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)

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§ 3º Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio


armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas
a data e a hora do acesso. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
§ 4º Por ocasião da tramitação do vestígio armazenado,
todas as ações deverão ser registradas, consignando-se a
identificação do responsável pela tramitação, a destinação, a
data e horário da ação. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019)
(Vigência)
Por último, o artigo 158-F faz menção no destino do material entre a finalização
da perícia e o armazenamento.
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material
deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela
permanecer. (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019) (Vigência)
Parágrafo único. Caso a central de custódia não possua
espaço ou condições de armazenar determinado material,
deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as
condições de depósito do referido material em local diverso,
mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia
oficial de natureza criminal. (Incluído pela Lei nº 13.964, de
2019) (Vigência)
21
Dois artigos têm uma relação direta com a cadeia de custódia, são eles o 6º e o
169.
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da
infração penal, a autoridade policial deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se
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alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos
peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
II - apreender os objetos que tiverem relação com o
fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela
Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o
esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for
aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro,
devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas
que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a
acareações;

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VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de


corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo
datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de
antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto
de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua
atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele,
e quaisquer outros elementos que contribuírem para a
apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos,
respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e
o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos,
indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)

2.5 LEI 14.022/2020 - PROTEÇÃO ESPECÍFICA PARA MULHERES, CRIANÇAS E


ADOLESCENTES, IDOSOS E PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A Lei 14.022/2020 teve o relevante papel de regulamentar o funcionamento dos


órgãos competentes para o trâmite de medidas que visem a conferir proteção específica
para mulheres, crianças e adolescentes, idosos e pessoas com deficiência, adaptando o
22
procedimento das respectivas normas aplicáveis para deferir-lhes uma mais adequada
proteção de seus direitos. Os principais pontos da lei se referem à possibilidade de
solicitação e concessão de medidas protetivas por meios eletrônicos, prorrogação
automática das medidas até o final da pandemia e, ainda, o estabelecimento da
necessidade de realização de campanha informativa sobre tais questões.
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Os serviços públicos e atividades relacionadas ao atendimento à mulher em
situação de violência doméstica, a crianças, a adolescentes, a pessoas idosas e a pessoas
com deficiência, deverá assegurar um atendimento ágil, em especial, se significar risco
de vida e a integridade dessas pessoas, com atuação focada na proteção integral da
criança/adolescente e do idoso. Uma novidade é a comunicação online das violências. A
lei estabelece que, a ofendida poderá solicitar quaisquer medidas protetivas de urgência
à autoridade competente por meio dos dispositivos de comunicação online.
Independente da disponibilização dos meios virtuais de atendimento, o presencial ainda
é obrigação do poder público.
Assim como a autoridade competente poderá autorizar a medida eletronicamente.
Para tanto, a autoridade poderá considerar provas coletadas eletronicamente ou por
meio audiovisual e, ainda, colher provas que exijam a presença física da vítima.
A comunicação ao Ministério Público independe=de da autorização da ofendida. O
juiz providenciará a intimação do ofensor, que poderá ser realizada por meios
eletrônicos, cientificando-o da prorrogação da medida protetiva.

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Art. 1º Esta Lei dispõe sobre medidas de enfrentamento à


violência doméstica e familiar contra a mulher e de
enfrentamento à violência contra crianças, adolescentes,
pessoas idosas e pessoas com deficiência durante a emergência
de saúde pública de importância internacional decorrente do
coronavírus responsável pelo surto de 2019.
Art. 2º A Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
Art. 3º - § 7º-C Os serviços públicos e atividades essenciais,
cujo funcionamento deverá ser resguardado quando adotadas
as medidas previstas neste artigo, incluem os relacionados ao
atendimento a mulheres em situação de violência doméstica e
familiar, nos termos da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, a
crianças, a adolescentes, a pessoas idosas e a pessoas com
deficiência vítimas de crimes tipificados na Lei nº 8.069, de 13 de
julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), na Lei nº
10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso), na Lei nº
13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com
Deficiência), e no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de
1940 (Código Penal)." (NR)
"Art. 5º-A Enquanto perdurar o estado de emergência de
23
saúde internacional decorrente do coronavírus responsável pelo
surto de 2019:
I - os prazos processuais, a apreciação de matérias, o
atendimento às partes e a concessão de medidas protetivas que
tenham relação com atos de violência doméstica e familiar
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cometidos contra mulheres, crianças, adolescentes, pessoas
idosas e pessoas com deficiência serão mantidos, sem
suspensão;
II - o registro da ocorrência de violência doméstica e familiar
contra a mulher e de crimes cometidos contra criança,
adolescente, pessoa idosa ou pessoa com deficiência poderá ser
realizado por meio eletrônico ou por meio de número de
telefone de emergência designado para tal fim pelos órgãos de
segurança pública;
Parágrafo único. Os processos de que trata o inciso I
docaputdeste artigo serão considerados de natureza urgente."

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Art. 3º O poder público deverá adotar as medidas


necessárias para garantir a manutenção do atendimento
presencial de mulheres, idosos, crianças ou adolescentes em
situação de violência, com a adaptação dos procedimentos
estabelecidos na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria
da Penha), às circunstâncias emergenciais do período de
calamidade sanitária decorrente da pandemia da Covid-19.
§ 1º A adaptação dos procedimentos disposta nocaputdeste
artigo deverá assegurar a continuidade do funcionamento
habitual dos órgãos do poder público descritos na Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), no âmbito de sua
competência, com o objetivo de garantir a manutenção dos
mecanismos de prevenção e repressão à violência doméstica e
familiar contra a mulher e à violência contra idosos, crianças ou
adolescentes.
§ 2º Se, por razões de segurança sanitária, não for possível
manter o atendimento presencial a todas as demandas
relacionadas à violência doméstica e familiar contra a mulher e
à violência contra idosos, crianças ou adolescentes, o poder
público deverá, obrigatoriamente, garantir o atendimento
presencial para situações que possam envolver, efetiva ou
24
potencialmente, os ilícitos previstos:
I - no Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), na modalidade consumada ou tentada:
a) feminicídio, disposto no inciso VI do § 2º do art. 121;
b) lesão corporal de natureza grave, disposto no § 1º do art.
CPF: 860.542.154-18
129;
c) lesão corporal dolosa de natureza gravíssima, disposto no
§ 2º do art. 129;
d) lesão corporal seguida de morte, disposto no § 3º do art.
129;
e) ameaça praticada com uso de arma de fogo, disposto no
art. 147;
f) estupro, disposto no art. 213;
g) estupro de vulnerável, disposto nocapute nos §§ 1º, 2º, 3º
e 4º do art. 217-A;
h) corrupção de menores, disposto no art. 218;
i) satisfação de lascívia mediante presença de criança ou
adolescente, disposto no art. 218-A;

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II - na Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da


Penha), o crime de descumprimento de medidas protetivas de
urgência, disposto no art. 24-A;
III - na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da
Criança e do Adolescente);
IV - na Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do
Idoso).
§ 3º Conforme dispõe o art. 158 do Decreto-Lei nº 3.689, de
3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), mesmo
durante a vigência da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020,
ou de estado de emergência de caráter humanitário e sanitário
em território nacional, deverá ser garantida a realização
prioritária do exame de corpo de delito quando se tratar de
crime que envolva:
I - violência doméstica e familiar contra a mulher;

II - violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa


com deficiência.
§ 4º Nos casos de crimes de natureza sexual, se houver a
adoção de medidas pelo poder público que restrinjam a
circulação de pessoas, os órgãos de segurança deverão
25
estabelecer equipes móveis para realização do exame de corpo
de delito no local em que se encontrar a vítima.
Art. 4º Os órgãos de segurança pública deverão
disponibilizar canais de comunicação que garantam interação
simultânea, inclusive com possibilidade de compartilhamento de
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documentos, desde que gratuitos e passíveis de utilização em
dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, para
atendimento virtual de situações que envolvam violência contra
a mulher, o idoso, a criança ou o adolescente, facultado aos
órgãos integrantes do Sistema de Justiça - Poder Judiciário,
Ministério Público e Defensoria Pública, e aos demais órgãos do
Poder Executivo, a adoção dessa medida.
§ 1º A disponibilização de canais de atendimento virtuais
não exclui a obrigação do poder público de manter o
atendimento presencial de mulheres em situação de violência
doméstica e familiar e de casos de suspeita ou confirmação de
violência praticada contra idosos, crianças ou adolescentes.

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§ 2º Nos casos de violência doméstica e familiar, a ofendida


poderá solicitar quaisquer medidas protetivas de urgência à
autoridade competente por meio dos dispositivos de
comunicação de atendimentoon-line.
§ 3º Na hipótese em que as circunstâncias do fato
justifiquem a medida prevista neste artigo, a autoridade
competente poderá conceder qualquer uma das medidas
protetivas de urgência previstas nos arts. 12-B, 12-C, 22, 23 e 24
da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha),
de forma eletrônica, e poderá considerar provas coletadas
eletronicamente ou por audiovisual, em momento anterior à
lavratura do boletim de ocorrência e a colheita de provas que
exija a presença física da ofendida, facultado ao Poder Judiciário
intimar a ofendida e o ofensor da decisão judicial por meio
eletrônico.
§ 4º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, após a
concessão da medida de urgência, a autoridade competente,
independentemente da autorização da ofendida, deverá:
I - se for autoridade judicial, comunicar à unidade de polícia
judiciária competente para que proceda à abertura de
investigação criminal para apuração dos fatos;
26
II - se for delegado de polícia, comunicar imediatamente ao
Ministério Público e ao Poder Judiciário da medida concedida e
instaurar imediatamente inquérito policial, determinando todas
as diligências cabíveis para a averiguação dos fatos;
III - se for policial, comunicar imediatamente ao Ministério
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Público, ao Poder Judiciário e à unidade de polícia judiciária
competente da medida concedida, realizar o registro de boletim
de ocorrência e encaminhar os autos imediatamente à
autoridade policial competente para a adoção das medidas
cabíveis.
Art. 5º As medidas protetivas deferidas em favor da mulher
serão automaticamente prorrogadas e vigorarão durante a
vigência da Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, ou durante
a declaração de estado de emergência de caráter humanitário e
sanitário em território nacional, sem prejuízo do disposto no art.
19 e seguintes da Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei
Maria da Penha).
Parágrafo único. O juiz competente providenciará a
intimação do ofensor, que poderá ser realizada por meios
eletrônicos, cientificando-o da prorrogação da medida protetiva.

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Art. 6º As denúncias de violência recebidas na esfera federal


pela Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 e pelo serviço
de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência
sexual - Disque 100 devem ser repassadas, com as informações
de urgência, para os órgãos competentes.
Parágrafo único. O prazo máximo para o envio das
informações referidas nocaputdeste artigo é de 48 (quarenta e
oito) horas, salvo impedimento técnico.
Art. 7º Em todos os casos, a autoridade de segurança pública
deve assegurar o atendimento ágil a todas as demandas
apresentadas e que signifiquem risco de vida e a integridade da
mulher, do idoso, da criança e do adolescente, com atuação
focada na proteção integral, nos termos da Lei nº 8.069, de 13
de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e da Lei
nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 (Estatuto do Idoso).

3. DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS

Palermo destaca que eles são usados para produzir e representar uma
manifestação do pensamento, baseada em critérios médico-legais.
27
3.1 Notificações (comunicações compulsórias):

São documentos por meio dos quais a autoridade é informada sobre a ocorrência
de determinado evento. Podem possuir caráter compulsório ou decorrer de
necessidade social ou sanitária, como nos casos de acidentes do trabalho, doenças
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infectocontagiosas, AIDS. Quando as notificações estão previstas em lei, elas são
compulsórias, sendo o profissional obrigado a fazê-la, como ocorre com algumas
doenças em que os médicos são obrigados a comunicar a vigilância epidemiológica. Uma
alteração vigente são os casos de violência contra a mulher que for atendida em serviços
de saúde públicos ou privados (Lei n° 13.931, de 10 de dezembro de 2019 (publicada em
11/12/2019), alterou a Lei n° 10.778, de 24 de novembro de 2003).
Art. 1° o art. 1° da Lei n° 10.778, de 24 de novembro de 2003,
passa a vigorar com as seguintes alterações:
"Art. 1° Constituem objeto de notificação compulsória, em todo
o território nacional, os casos em que houver indícios ou
confirmação de violência contra a mulher atendida em serviços
de saúde públicos e privados.
.........................................................
§ 4° Os casos em que houver indícios ou confirmação de
violência contra a mulher referidos no caput deste artigo serão

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obrigatoriamente comunicados à autoridade policial no prazo de


24 (vinte e quatro) horas, para as providências cabíveis e para
fins estatísticos." (NR)

3.2 Atestados (certificados):

São documentos que atestam, ou seja, afirmam para alguém que determinado
fato ocorreu, firma a veracidade de um fato. O atestado tem um caráter mais singelo,
incide sobre determinado fato, e não sobre determinada condição, que é mais ampla e
genérica. É uma informação declaratória, reduzida e simples, de um fato médico e suas
consequências, para fins de licença, dispensa ou aptidão.
Podem ser oficiosos ou não oficiais (interesse das pessoas física ou jurídica),
como os usados para justificar faltas ou ausências em determinadas situações, ex.:
certificado de comparecimento em consultas médicas; administrativos, utilizados para
afastamento de atividade laboral; ou ainda, judicais, que decorrem do cumprimento de
obrigações legais, como o atestado de presença em uma audiência. Ainda existe os
administrativos, que são destinados aos fatos relativos ao servidor público
Os atestados devem expedir rigorosamente o fato ocorrido, sob pena de crime
de falsidade de atestado médico.

3.3 Prontuário:
28
Engloba todo o acervo documental do paciente, incluindo a anamnese e o rgistro
de cuidados médicos prestados. Palermo cita a importância médico-legal do prontuário
que serve tanto para resguardar como para fornecer elementos que possam apontar
responsabilidade jurídico-penal.
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O prontuário é um documento resguardado pelo sigilo médico, cujo
preenchimento é de responsabilidade intransferível do profissional de medicina. As
informações fornecidas ao médico e mantidas em prontuário se revestem de sigilo e
pertencem única e exclusivamente ao paciente, todavia, não raramente, vemos o
gravíssimo equívoco de determinar ao médico ou ao nosocômio o fornecimento de
cópia dos documentos do prontuário médico sem a análise do cabimento e da real
necessidade de tal determinação.
Uma autorização expressa do paciente é exigida, por conta de seu direito à
intimidade, que tem plena aplicação ao se ter acesso ao prontuário médico. A esfera
íntima do paciente é resguardada inclusive de seus familiares.
O Código de Ética Médica, normatizado através da Resolução do Conselho
Federal de Medicina nº 1.931 de 17 de setembro de 2009.
“É vedado ao médico:
(...)

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Art. 73 - Revelar fato de que tenha conhecimento em


virtude do exercício de sua profissão, salvo por justa causa, dever
legal ou autorização expressa do paciente.
(...)
Art. 89. Liberar cópias do prontuário sob sua guarda,
salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente, para
atender ordem judicial ou para a sua própria defesa.
§ 1º Quando requisitado judicialmente o prontuário será
disponibilizado ao perito médico nomeado pelo juiz.
§ 2º Quando o prontuário for apresentado em sua
própria defesa, o médico deverá solicitar que seja observado o
sigilo profissional.

3.4 Relatórios:

São documentos mais amplos, são os verdadeiros documentos da medicina-legal.


Os relatórios apresentam com detalhes tudo o que interessa em uma perícia judicial-
criminal. São os documentos que descrevem minuciosamente o fato submetido à perícia
médica, a fim de responder à autoridade policial ou judicial acerca da materialidade do
delito. Sua função, portanto, é determinar a materialidade do delito, através da perícia.
Assim, as autoridades e operadores do direito poderão classificar juridicamente o que
29
está ocorrendo com o indivíduo.

Os relatórios podem assumir a forma de auto ou laudo:


Tabela 3 – Formas de relatórios médico-legais (adaptado de Palermo – 2020)
Laudo Se o documento é realizado após as investigações dos peritos
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Auto Se é ditado diretamente ao escrivão e diante de testemunhas
A única diferença entre auto e laudo é a forma de produção, sendo o laudo redigido
pelo próprio examinador e o auto ditado a um auxiliar que pelo perito redigirá.
Quando o relatório é elaborado por perito ad hoc, exige-se deste o compromisso
legal de fielmente cumprir seu mister. Quando elaborado por perito oficial dispensa-se
o compromisso legal.
O relatório pode ser requisitado pelos Delegados, pelos membros do MP, por
Juízes de Direito ou por presidentes de inquérito policial militar. O Conselho Tutelar
tinha legitimidade para requisitar perícia, porém, não tem mais. Ressalta-se, ainda,
que a requisição não se confunde com a solicitação, uma vez que a solicitação pode ser
feita por qualquer pessoa interessada em um resultado, a uma das autoridades
competentes para lavrar uma requisição. Os oficiais da PM não são legitimados para
requisitar perícia, a não ser que estejam presidindo o Inquérito Policial Militar, só nesse
caso terão a legitimidade referida.

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O relatório da perícia é uma peça do inquérito e não tem a pretensão de esgotar


a materialidade e a autoria. Quando uma suposta vítima de agressão solicita à
autoridade uma perícia, através desta poderá ser constatada apenas a ocorrência da
agressão. Ao passo que a autoria e as circunstâncias em que se deu a agressão estão
fora da seara da perícia médico-legal. Isso quem fará são os agentes da investigação
policial judiciária, desde o detetive ou investigador, até o Delegado que preside as
investigações. A função da perícia é apenas determinar a materialidade do crime.
Como documento mais importante da perícia, o relatório se divide nas seguintes
partes:
a. Preâmbulo: no qual consta informação de data, hora, local do exame, autoridade
requisitante, qualificação do perito e do periciado, bem como a autoridade que
requerreu. Essa individualização tem por objetivo evitar fraudes em perícias, impedindo
que uma pessoa se passe por outra ao ser submetida à perícia.

b. Quesitos oficiais e acessórios: cada crime tem seu quesito oficial, a exemplo da lesão
corporal, art. 129 do CP, onde tem-se 6 (seis) quesitos: houve ofensa à integridade física
ou à saúde? Qual o instrumento ou meio? Foi produzido com emprego de fogo, veneno,
explosivo, asfixia? Houve perigo de vida? Houve incapacidade para ocupações habituais
por mais de 30 dias? Houve incapacidade permanente, enfermidade incurável, perda ou
inutilização de membro, deformidade, aborto?
Os quesitos servem, portanto, para informar se houve a lesão, caracterizar qual foi o
30
elemento que a produziu e colocar formas agravantes. Depois de tudo isso, é realizada
a classificação da lesão, que podes ser leve, grave ou gravíssima. Os quesitos oficiais são
previstos em normativas internas por sua vez, os quesitos acessórios ou especiais são
formulados por quem preside o inquérito, o que exige bastante habilidade para sua
elaboração.
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c. Histórico: deve ser o mais curto e completo possível e, segundo Palermo, deve conter
o registro dos fatos mais importantes que deram origem à requisição. Não deve omitir
nenhuma informação importante, mas também não pode invadir a intimidade da pessoa
com informações irrelevantes. Hygino Hercules cita a possibilidade dos fatos podem ser
narrados de maneira que não ocorreram, por isso a necessidade de relacionar o histórico
com a descrição contida no corpo do laudo, através da discussão.
d. Descrição (exame): é feita a efetiva descrição da lesão que está sendo vista. De acordo
com o professor Genival Veloso França, essa é a parte mais importante do relatório. Aqui
que se situa o visum et repertum (ver e repetir). Palermo cita que o perito deve ser capaz
de transformar em palavras tudo o que perceber através dos seus sentidos, devendo ser
claro e objetivo. Além disso, o perito deve evitar realizar diagnósticos na descrição, para
que não incorra em erro.
e. Discussão: esse elemento pode existir ou não, é destinada ao confronto de ideias e
questionamento das hipóteses eventualmente elencadas quando da descrição. Quando
o relatório é autoexplicativo não precisa discutir. Porém, às vezes, ele não o é, o que

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torna necessário a realização dessa fase. Palermo enfatiza o cuidado do perito de não
emitir juízo pessoal, o que pode ser capaz de interferir no processo. Na discussão, ocorre
o confronto do histórico com a descrição, afim de discutir convergências e divergências,
inclusive com a utilização de bases científicas para que se possa chegar a uma conclusão.
f. Conclusão: a conclusão deve ser objetiva e é a síntese da parte descritiva com a de
discussão. Hygino Hercules cita que é nessa parte que o perito deve assumir uma
postura quanto à ocorrência ou não de um fato.
g. Resposta aos quesitos: aqui, os quesitos devem ser respondidos de forma objetiva e
concisa, se limitando ao questionamento feito. A resposta pode ser afirmativa, “sim” ou
negativas, “não”, porém há casos em que não tem possibilidade de se afirmar, de forma
objetiva, sendo a resposta com a expressão "prejudicado". Caso não haja informações
suficientes para responder o quesito, utiliza-se então “sem elementos”.

3.5 Parecer (respostas técnicas dadas às consultas médico-legais):

Os pareceres diferenciam-se dos relatórios, pois são opiniões, embasados em


literatura e não na descrição dos fatos, buscam saber o que a literatura pertinente
informa sobre o assunto para fundamentar o raciocínio do profissional. No parecer não
há necessidade de exame direto, o que permite que seja feito a partir da análise de
documentos. No parecer não existe a parte descrição, presente no relatório médico-
legal.
31
Palermo afirma que o parecer eventualmente não precisa se limitar,
exclusivamente, à análise objetiva dos dados.

3.6 Depoimento oral:


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Os peritos podem ser chamados para serem ouvidos em juízo, para que seja
possível esclarecer dúvidas não esclarecidos nos laudos.
(CPP) Art. 159. (...)
§ 5º Durante 0 curso do processo judicial, é permitido às
partes, quanto à perícia: (Incluído pela Lei n° 11.690, de 2008)
I - requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova
ou para responderem a quesitos, desde que o mandado de
intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidas sejam
encaminhados com antecedência mínima de 10 (dez) dias,
podendo apresentar as respostas em laudo complementar;
(Incluído pela Lei n° 11.690, de 2008)

3.7 Atestado ou declaração de óbito

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A Declaração de Óbito é o documento-base do Sistema de Informações sobre


Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). Além da sua função legal, os dados de
óbitos são utilizados para conhecer a situação de saúde da população e gerar ações
visando a sua melhoria. Para tanto, devem ser fidedignos e refletir a realidade. As
estatísticas de mortalidade são produzidas com base na DO emitida pelo médico.
Art. 77. Nenhum sepultamento será feito sem certidão
do oficial de registro do lugar do falecimento ou do lugar de
residência do de cujus, quando o falecimento ocorrer em local
diverso do seu domicílio, extraída após a lavratura do assento de
óbito, em vista do atestado de médico, se houver no lugar, ou
em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que tiverem
presenciado ou verificado a morte. (Redação dada pela Lei n°
13.484, de 2017)
§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de
menos de 1 (um) ano, 0 oficial verificará se houve registro de
nascimento, que, em caso de falta, será previamente feito.
(Redação dada pela Lei n» 6.216, de 1975).
§ 2° A cremação de cadáver somente será feita daquele
que houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no
interesse da saúde pública e se 0 atestado de óbito houver sido
firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no
32
caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade
judiciária. (Incluído pela Lei n° 6.216, de 1975).
Não se deve confundir o conceito de atestado ou declaração de óbito com a
certidão de óbito. A Declaração de Óbito é um documento fornecido pelo médico,
atestando a causa da morte. Já a certidão de óbito é concedida exclusivamente pelo
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cartório após a família apresentar os documentos exigidos.
Quando a morte ocorre com assistência médica, a declaração de óbito será
fornecida, pelo médico assistente, ou seja, aquele que era responsável pelo tratamento
Novo Código de Ética Médica - Res. CFM. n° 2.217/2018:
Art. 83 Atestar óbito quando não o tenha verificado
pessoalmente, ou quando não tenha prestado assistência ao
paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista,
médico substituto ou em caso de necropsia e verificação
médico-legal.
Art. 84 Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha
prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte
violenta.
Hygino Hercules assevera que nos casos de internação hospitalar com um curto
período, normalmente, cabe ao serviço de patologia do hospital a realização da
autópsia.

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A Lei n. 11.976, de 7 de julho de 2009, dispõe sobre a Declaração de Óbito e a


realização de estatísticas de óbitos em hospitais públicos e privados.
Art. 1o O documento oficial do Sistema Único de Saúde
para atestar a morte de indivíduos, pacientes e não pacientes, é
a Declaração de Óbito.
Art. 2o (VETADO)
§ 1o A Declaração de Óbito deve ser preenchida em
tantas vias quantas forem determinadas e da forma como for
estabelecida pela regulamentação específica.
§ 2o Obrigatoriamente, uma das vias será remetida a
cartório de registro civil e outra à secretaria estadual ou
municipal de saúde da jurisdição onde ocorreu o óbito.
§ 3o Nas regiões e nos locais onde forem instalados
sistemas informatizados de comunicação de informações, os
órgãos envolvidos obedecerão ao disposto na respectiva
regulamentação.
§ 4o Para a identificação das doenças deve ser usada a
Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização
Mundial da Saúde, salvo definição alternativa emanada do
Sistema Único de Saúde.
Art. 3o (VETADO)
33
Art. 4o Todos os hospitais, e outros estabelecimentos de
saúde onde ocorrerem óbitos, devem realizar, mensalmente,
estudo da respectiva estatística de óbitos com a finalidade de
aperfeiçoar os seus serviços e os registros correspondentes.
Art. 5o As secretarias estaduais e municipais de saúde
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instalarão comissões ou serviços de investigação e/ou
verificação de óbitos visando a resolução de casos de
falecimentos por causas mal definidas e a busca da plena
notificação dos falecimentos ao Sistema Único de Saúde.
Art. 6o (VETADO)

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4. QUESTÕES

(DPC-MG – 2006) - Quando os dois Peritos não chegam, na perícia criminal, a um ponto
de vista comum, cada um apresentará à parte o seu próprio relatório. Chama-se a isso
de perícia:
a) Nula.
b) Contraditória.
c) Complementar.
d) Sucinta.
GABARITO: B
COMENTÁRIO: Entende-se por perícia contraditória aquela em que diferentes peritos
chegam a conclusões diversas a respeito da mesma matéria médica. Em outros termos,
fato único gera conclusões diferentes e até opostas.

(CESPE - 2009 - PC-PB - Papiloscopista e Técnico em Perícia) - As perícias deverão ser


feitas
a) por um perito oficial, mas devem ser homologadas por um segundo perito.
b) por dois peritos oficiais obrigatoriamente.
c) por pelo menos duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior,
no caso de não haver peritos oficiais.
d) por um perito oficial, desde que este preste o compromisso de bem e fielmente
34
desempenhar o encargo.
e) por apenas uma pessoa idônea, se não houver peritos oficiais.
GABARITO: C
COMENTÁRIO: Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados
por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
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§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre
as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. Art. 159. O
exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente desempenhar
o encargo. (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)

(CEPERJ - 2009 - PC-RJ - Delegado de Polícia) - Sobre o exame de corpo de delito e


outras perícias, é correto afirmar que:
a) o laudo pericial será elaborado no prazo de 10 dias, podendo ser prorrogado no
máximo para 30 dias, em casos excepcionais, a requerimento dos peritos.
b) serão realizados por dois peritos oficiais, portadores de diploma de curso
superior, designados pela Autoridade competente.

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c) serão realizados por mais de um perito oficial em caso de perícia complexa que
abranja mais de uma área de conhecimento especializado, com escusa de indicação de
outro assistente técnico pela parte
d) o Ministério Público, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante e o
acusado terão permissão para formular quesitos e indicar assistente técnico.
e) os assistentes técnicos indicados pelas partes poderão realizar pareceres em
prazo fixado pelo juiz, mas não será admitida sua inquirição em audiência do mesmo
modo que os peritos.
GABARITO: D
COMENTÁRIO: o Ministério Público, o assistente de acusação, o ofendido, o querelante
e o acusado terão permissão para formular quesitos e indicar assistente técnico. (art.
159, §3º, CPP)

(FUNCAB - 2013 - POLITEC-MT - Perito Médico Legista – Psiquiátrica) Sobre o Parecer


médico-legal, marque a assertiva correta:
a) É um documento que exprime dúvidas sobre um relatório médico-legal e que
pode ser solicitado pela autoridade ou mesmo por outro perito.
b) É um documento gerado por divergências em uma consulta médico-legal,
cabendo ao perito relator a sua execução.
c) Compõe-se de cinco partes: preâmbulo, exposição, descrição, discussão e
35
conclusão.
d) É o documento que atesta a veracidade de uma perícia forense
e) É feito por um professor renomado na matéria ou por um grupo de peritos de
uma instituição oficial.
GABARITO: C
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COMENTÁRIO:
A - Essa afirmativa está relacionada com os quesitos.
B - Perícia Complementar
C - O parecer NÃO POSSUI DESCRIÇÃO
D - Atestado
E - Correta definição de parecer.

(FUNIVERSA - 2015 - POLÍCIA CIENTÍFICA - GO - Perito Criminal) Com base nos conceitos
de perícia e de perito, bem como na normatização estabelecida no CPP, assinale a
alternativa correta.
a) Falsa perícia pode ser definida como a afirmação contra a verdade, como a
negação da verdade e como o silêncio acerca da verdade, só podendo ocorrer nos casos
em que atuam peritos oficiais.
b) O juiz pode rejeitar partes de um laudo, mas não o laudo todo.

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c) Para a realização do exame de corpo de delito e de outras perícias, a regra


absoluta é o perito oficial, não cabendo alternativas.
d) A iniciativa da perícia cabe à autoridade policial ou à autoridade judiciária e às
partes, estando todas elas aptas para indicar os peritos.
e) Corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais (elementos sensíveis)
deixados pela infração penal, ou seja, representa a materialidade do crime.
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
A- ERRADA - Art. 342, CP. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral:
B- ERRADA - Art. 182, CPP. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou
rejeitá-lo, no todo ou em parte.
C- ERRADA - Art. 159, § 1o CPP - Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2
(duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na
área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza
do exame
D- ERRADA - As partes não indicam peritos, mas sim assistentes técnicos.
E – CORRETA - Corpo de delito é, para a Medicina legal e o Direito, o conjunto dos
vestígios materiais resultantes da prática criminosa.
36
(FUNIVERSA - 2015 - POLÍCIA CIENTÍFICA - GO - Médico Legista) Considerando os
conceitos de perícia e de perito, bem como a normatização estabelecida no CPP,
assinale a alternativa correta.
a) A detecção de vestígios do crime nas coisas não é exame de corpo de delito.
b) O exame de corpo de delito só poderá ser feito por via direta.
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c) A autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do óbito, salvo se os peritos,
pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele prazo, o
que declararão no auto.
d) O exame de corpo de delito, em questões médico-legais, só poderá ser feito nas
dependências dos Institutos de Medicina Legal ou dos hospitais públicos durante o
correr do dia solar.
e) Exame de corpo de delito é a procura de vestígios do crime no corpo humano.
GABARITO: C
COMENTÁRIO: Art. 162 CPP. A autópsia será feita pelo menos 6 (seis) horas depois do
óbito, salvo se os peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser
feita antes daquele prazo, o que declararão no auto.
Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas
permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para
a verificação de alguma circunstância relevante.

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(FUNIVERSA - 2015 - POLÍCIA CIENTÍFICA - GO - Médico Legista) - A narração escrita de


todas as circunstâncias de uma perícia médica, determinada por uma autoridade
policial ou judiciária a um profissional previamente nomeado e comprometido na
forma da lei, denomina-se
a) auto pericial.
b) relatório médico-legal.
c) parecer médico-legal.
d) notificação pericial.
e) consulta médico-legal.
GABARITO: B
COMENTÁRIO: Quando se fala de NARRAÇÃO ESCRITA, só podemos falar de laudo, que
é um tipo de relatório médico-legal, portanto a alternativa menos errada seria a letra B.
RELATÓRIO, temos: fatos ditados por um perito a um escrivão - auto; fatos escritos,
narrativa ESCRITA por um perito - laudo. Jamais poderia ser a letra A, pois seria uma
narração DITADA e não escrita.

(FUNIVERSA - 2015 - POLÍCIA CIENTÍFICA - GO - Médico Legista) - Com relação ao laudo


médico-legal, assinale a alternativa correta.
a) É um documento privativo dos peritos oficiais, devendo, necessariamente, ser
assinado por um perito relator e por um perito revisor, sob pena de nulidade.
37
b) Tem por função principal o esclarecimento de dúvidas das autoridades policial
ou judiciária em relação a uma perícia prévia ou mesmo à apreciação técnica de fatos
novos ao processo em curso, caracterizando-se pela presença de quesitos
complementares.
c) Quando é ditado a um escrivão durante a realização da perícia, denomina-se
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auto.
d) Quesitos são perguntas que têm por finalidade a caracterização de fatos
relevantes ao processo em curso, guardando relação direta com os tipos específicos de
perícias e, desse modo, não podendo ser padronizados, não sendo, assim, parte
integrante do laudo.
e) São partes integrantes: preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão,
conclusão e resposta aos quesitos.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: são partes de um Laudo, que é um relatório:
• Preâmbulo – que contém nome do perito, seus títulos, nome da autoridade que
o nomeou, motivo da perícia, nome e qualificação do indivíduo a ser examinado;
• Histórico – que é a anamnese do caso, colheita de informações do fato, local,
envolvidos;

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• Descrição – que é a parte mais importante, deve ser minuciosa ao relatar as


lesões e sinais do indivíduo, e se envolver cadáver tem que constar os sinais da morte,
identidade, exame interno e externo;
• Discussão – que é o diagnóstico onde o perito externará sua opinião, relatório
dos critérios utilizados;
• Conclusão – que é o resumo do ponto de vista do perito, baseando-se nos
elementos objetivos e comprovadores de forma segura;
• Respostas aos quesitos – eventualmente oferecidos pelas partes ou juízo. Os
quesitos serão transcritos e receberão pronta e sucinta resposta. Devemos encontrar
nesta parte do laudo uma verdadeira síntese de tudo que ficou registrado, analisado e
concluído no texto precedente.

(Escrivão – PCPA – 2016) - Dentre as alternativas a seguir, assinale a que representa,


de acordo com a literatura sobre o tema, uma espécie de documento médico-legal.
a) Denúncia
b) Atestado
c) Petição
d) Agravo
e) Sentença
GABARITO: B
COMENTÁRIO: Os atestados são documentos que atestam, ou seja, afirmam para
38
alguém que determinado fato ocorreu. É uma informação declaratória reduzida e
simples de um fato médico e suas consequências para fins de licença, dispensa ou
aptidão. Os atestados devem expedir rigorosamente o fato ocorrido, sob pena de crime
de falsidade de atestado médico.
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(IBFC - 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Médico Legista Área B) - A Medicina Legal é uma
ciência de grandes proporções e muita diversificação. A respeito do conceito de
Medicina Legal, analise as afirmativas.
I. A Medicina Legal é a ciência a serviço das ciências jurídicas e sociais.
II. Embora se relacione estreitamente com o Direito Processual Penal, a Medicina
Legal não apresenta relação com o Direito Processual Civil.
III. Uma das definições de Medicina Legal é que esta é a arte de pôr os
conhecimentos médicos a serviço da administração da Justiça.
IV. A Medicina Legal tem recebido diversas denominações, como: Medicina
Judiciária, Medicina Política e Medicina Forense.

Estão corretas as afirmativas:


a) I, II e III, apenas
b) I, III e IV, apenas
c) II, III e IV, apenas

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d) I, II e IV, apenas
e) III e IV, apenas
GABARITO: B
COMENTÁRIO:
I – Verdadeiro "Com as Ciências Jurídicas e Sociais, a Medicina Legal empresta sua
colaboração ao estudo do Direito Penal nos problemas relacionados com lesões
corporais, aborto legal e aborto criminoso; infanticídio, homicídio e crimes contra a
liberdade sexual. (Genival V. de França)
II – Falso - Com o Direito Civil, nas questões de paternidade, nulabilidade de casamento,
testamento, início da personalidade e direito do nascituro. Com o Direito
Administrativo, quando avalia as condições dos funcionários públicos, no ingresso, nos
afastamentos e aposentadorias. (Genival V. de França).
III e IV – Verdadeiro – outras definições de Medicina Legal.

(FCC - 2017 - POLITEC - AP - Perito Médico Legista - Especialização em Psiquiatria) O


Código de Ética Médica atualmente vigente (Resolução do Conselho Federal de
Medicina n° 1.931/2009) tem um capítulo dedicado à auditoria e perícia médica. De
acordo com esse capítulo e seus artigos, é correto afirmar que:
a) o médico perito pode assinar laudos em que não tenha feito pessoalmente o
exame.
39
b) o médico pode ser perito judicial em casos que envolvam seu paciente, mesmo
que isso seja capaz de intervir na sua imparcialidade.
c) o médico perito pode realizar exames cautelares dentro de delegacias e/ou
instituições prisionais.
d) o médico perito pode atrelar o valor dos seus honorários ao valor da causa.
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e) o médico perito deve sempre atuar com absoluta isenção, sem ultrapassar os
limites da sua atribuição e competência.
GABARITO: E
COMENTÁRIO:
A- ERRADA - É vedado ao médico: Art. 92. Assinar laudos periciais, auditoriais ou de
verificação médico-legal quando não tenha realizado pessoalmente o exame.
B- ERRADA - É vedado ao médico: Art. 93. Ser perito ou auditor do próprio paciente, de
pessoa de sua família ou de qualquer outra com a qual tenha relações capazes de influir
em seu trabalho ou de empresa em que atue ou tenha atuado.
C- ERRADA - É vedado ao médico: Art. 95. Realizar exames médico-periciais de corpo de
delito em seres humanos no interior de prédios ou de dependências de delegacias de
polícia, unidades militares, casas de detenção e presídios.
D- ERRADA - É vedado ao médico: Art. 96. Receber remuneração ou gratificação por
valores vinculados à glosa ou ao sucesso da causa, quando na função de perito ou de
auditor.

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E- CORRETA - É vedado ao médico: Art. 98. Deixar de atuar com absoluta isenção
quando designado para servir como perito ou como auditor, bem como ultrapassar os
limites de suas atribuições e de sua competência.

(FCC - 2017 - PC-AP - Delegado de Polícia) O exame de corpo de delito


a) é dispensável nos crimes que deixam vestígios.
b) deve ser feito imediatamente para que não se percam os vestígios do crime, o
que veda a indicação de assistente técnico pelas partes.
c) deve ser feito, em regra, pelo menos 2 horas após o óbito.
d) realiza-se sobre vestígios do corpo humano, havendo regime diverso para o
exame sobre objetos e sobre reconhecimento de escritos.
e) pode ser rejeitado pelo juiz, no todo ou em parte.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-
lo, no todo ou em parte.

(INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Perito Criminal – Químico) Sobre os locais de


crime, assinale a alternativa correta.
a) É dever do perito criminal dirigir-se ao local de crime, providenciando para que
não sejam alterados o estado e conservação das coisas.
b) Quando os vestígios foram mantidos inalterados, desde a ocorrência dos fatos
40
até o seu completo registro, o local de crime é classificado como inidôneo.
c) O local de crime imediato é onde se concentra a maior parte dos vestígios,
enquanto o local mediato é a região adjacente à área imediata em que ocorreu o fato
delituoso.
d) Todo local de crime consiste de um espaço físico, sendo inimaginável uma
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localidade virtual de onde se possam extrair vestígios.
e) Arrombamentos são comuns em locais de crimes relacionados à morte violenta,
mas não aos crimes contra o patrimônio.
GABARITO: C
• COMENTÁRIO: Podemos dividir local de crime, em termos espaciais, em local
imediato, local mediato e local relacionado:
• Local imediato: local em que estão a maioria dos vestígios materiais.
• Local mediato: área adjacente ao local imediato. Região espacialmente próxima
ao local imediato, passível de conter vestígios relacionados com a perícia em execução.
• Local relacionado: todo e qualquer lugar sem ligação geográfica direta com o
local do crime e que possa conter algum vestígio ou informação.

(Prova UEG - 2018 - PC-GO - Delegado de Polícia) Quanto às perícias de local, são
levados em conta os diversos vestígios encontrados. A análise desses elementos
deverá constituir a materialidade dos fatos, provendo a Justiça com provas suficientes

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para o alcance da dinâmica dos fatos, das motivações de um crime porventura


cometido e, preferencialmente, para o apontamento da autoria do mesmo. Nesse
sentido, tem-se o seguinte:
a) a prova testemunhal substitui o exame de corpo de delito mesmo quando
vestígios forem encontrados.
b) a análise dos vestígios é dispensável quando o culpado confessar o crime ou for
pego em flagrante.
c) vestígios são provas do cometimento de um crime, sobretudo se são
encontrados no local dos fatos.
d) o corpo da vítima é parte do corpo de delito e os vestígios nele encontrados.
e) corpo de delito é o conjunto de vestígios encontrados no local dos fatos ou a
estes relacionados.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: dentro dos crimes materiais, classificam-se entre aqueles que, na
linguagem do código de processo penal, aqueles que deixam vestígios, nos quais, por
segurança, o referido diploma legal exige que sua materialidade seja comprovada por
meio do auto de exame de corpo delito.

(Prova CESPE - 2018 - PC-MA - Delegado de Polícia Civil) - Texto 1A9AAA: Em


determinada cidade interiorana, por volta das dezesseis horas de um dia ensolarado,
o corpo de uma mulher jovem foi encontrado por populares, em área descoberta de
41
um terreno baldio. O delegado de plantão foi comunicado do fato e, ao dirigir-se ao
local, a autoridade policial verificou que o corpo se encontrava em decúbito dorsal e
despido. A perícia de local, tendo realizado exame perinecroscópico, verificou que o
corpo apresentava temperatura de 27 ºC, além de rigidez completa de tronco e
membros. Constataram-se escoriações na face, fraturas dos elementos dentários
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anteriores, manchas roxas na região cervical anterior e duas lesões profundas na
região torácica anterior, abaixo da mama esquerda, medindo a maior delas 4 cm × 1
cm. Havia tênue mancha de tonalidade avermelhada na face posterior do corpo, que
só não se evidenciava nas partes que estavam em contato com o solo. Nas adjacências
das lesões torácicas e no solo próximo ao corpo, havia pequena quantidade de sangue
coagulado. No mesmo terreno onde estava o corpo, foi encontrada uma faca de gume
liso único. A lâmina, que estava suja de sangue, tinha formato triangular e media 20
cm de comprimento e 4 cm de largura em sua base. Exames laboratoriais realizados
posteriormente atestaram que o sangue presente na faca pertencia à vítima. Após a
lavagem do corpo, foi possível detectar lesões torácicas, de acordo com as imagens
mostradas na figura a seguir.

Considerando a situação hipotética apresentada no texto 1A9AAA e a figura que a ele


se segue, assinale a opção correta.

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a) Se não houvesse um perito médico-legista oficial na localidade, mas houvesse


um médico e um dentista lotados no posto de saúde local, o delegado de polícia poderia
nomeá-los para que eles realizassem o exame de corpo de delito.
b) O exame de corpo de delito deverá ser iniciado somente no período diurno.
c) Será necessário aguardar ao menos seis horas após a localização do cadáver para
se proceder à autópsia.
d) O exame interno do cadáver poderá ser dispensado, uma vez que as lesões
externas são suficientes para se estabelecer com precisão a causa da morte.
e) Após realizar o exame cadavérico, o perito médico-legista deverá redigir o
parecer médico-legal, no qual deverá descrever minuciosamente o que observou e
responder aos quesitos formulados.
GABARITO: A
COMENTÁRIO: Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados
por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas,
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre
as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

(Medicina Legal Prova VUNESP - 2018 - PC-BA - Delegado de Polícia) - Jovem do sexo
masculino é encontrado morto no seu quarto, aparentemente um caso de suicídio por
enforcamento. Logo ao chegar no local de morte, a equipe pericial encontra a vítima
42
na cama, com o objeto usado como elemento constritor removido. Nessa situação, o
perito criminal deve
a) avaliar detalhadamente o local, buscar pistas de envolvimento de terceiros, não
realizar o exame pericial do cadáver e registrar a alteração notada no laudo final.
b) fazer o boletim de ocorrência com a alteração notada, isolar e preservar o local
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de morte, e solicitar o envio de equipe pericial do instituto médico-legal para realização
de perícia conjunta.
c) informar à autoridade policial sobre a alteração do local de morte, emitir o laudo
de impedimento e determinar a remoção imediata do cadáver para o instituto médico-
legal.
d) realizar o exame externo do cadáver, de tudo que é encontrado em torno dele
ou que possa ter relação com o fato em questão, e registrar no laudo a alteração notada
no local de morte.
e) realizar o registro fotográfico do local, investigar as circunstâncias da morte, não
realizar o exame pericial do cadáver, coletar o provável instrumento utilizado e
descrever no laudo a alteração do local de morte
GABARITO: D
COEMNTÁRIO:
A – Atribuição da autoridade policial que preside o inquérito policial;
B – Dever da \autoridade policial;

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C – Existe a necessidade de analisar o local de crime antes da remoção do corpo;


D – Correta;
E – Dever da autoridade policial.

(FUNDATEC - 2018 - PC-RS - Delegado de Polícia) - De acordo com a resolução do


Conselho Federal de Medicina nº 1.779/2005, que trata da responsabilidade médica
no fornecimento da Declaração de Óbito, é INCORRETO afirmar que:
a) É vedado ao Médico deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
b) Em caso de morte natural, sem assistência médica, em local que disponha de
serviço de verificação de óbito, a declaração de óbito deverá ser fornecida pelos médicos
do serviço de verificação de óbito.
c) Em caso de morte natural, sem assistência médica, em local sem serviço de
verificação de óbito, a declaração de óbito deverá ser fornecida pelos médicos do
Instituto Médico-Legal.
d) Em caso de morte violenta, a declaração de óbito deverá ser fornecida,
obrigatoriamente, pelos serviços médico-legais.
e) Em caso de morte natural, sem assistência médica, em local sem serviço de
verificação de óbito, a declaração de óbito deverá ser fornecida pelos médicos do
serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência,
por qualquer médico da localidade.
43
GABARITO: C
COMENTÁRIO: Art. 115. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando
assistência, exceto quando houver indícios de morte violenta.
Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão às
seguintes normas: 1) Morte natural:
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I. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO): A Declaração de Óbito
deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO: A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos
do serviço público de saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua
ausência, por qualquer médico da localidade.
II. Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que
vinha prestando assistência ao paciente."

(Instituto Acesso - 2019 - PC-ES - Delegado de Polícia) - Enquanto área de estudo e


aplicação de conhecimentos científicos, a Medicina Legal está alicerçada em um
conjunto de conhecimentos destinados a defender os direitos e os interesses dos
homens e da sociedade. Assinale a seguir a alternativa que descreve corretamente a
Medicina Legal.

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a) É fundamentalmente uma forma de apoiar as investigações das polícias técnicas,


sempre que haja evento a ser investigado que resultou em dano físico e/ou mental.
b) É um conjunto de noções sobre como ocorrem as lesões corporais, as
consequências delas decorrentes, as alterações relacionadas com a morte e os
fenômenos cadavéricos, além da formulação de conceitos diferenciais em embriaguez e
uso de drogas, as asfixias mecânicas e suas características, os crimes sexuais e sua
análise pericial, entre outros.
c) É uma atribuição designada ao médico legista, podendo ser exercida por
profissional civil ou militar, desde que investido por instituição que assegure a
competência legal e administrativa do ato profissional.
d) É um conhecimento médico e paramédico que, no âmbito do direito, concorre
para a elaboração, interpretação e execução de leis existentes. Por meio de pesquisa
científica realiza seu aperfeiçoamento, estando a medicina a serviço das ciências
jurídicas e sociais.
e) É a aplicação de conhecimento médico e biológico na execução de leis segundo
a previsão legal, com obrigação de fazer relatórios cooperando na elaboração,
auxiliando na interpretação, e colaborando na execução das leis de forma a ser uma
medicina aplicada.
GABARITO: D
COMENTÁRIO: na obra de Hélio Gomes, verá o conceito: “Medicina Legal é o conjunto
44
de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, cooperando
na elaboração, auxiliando a interpretação e colaborando na execução dos dispositivos
legais atinentes ao seu campo de ação de medicina aplicada” (Hélio Gomes). Portanto
a alternativa D está correta, vamos discutir as outras alternativas:
a. Note que a definição de medicina legal é mais ampla do que somente restringido
CPF: 860.542.154-18
a investigação de crime, temos também, por exemplo, auxílio a elaboração de leis,
portanto tem outras finalidades.
b. Medicina Legal é uma ciência, e não um conjunto de noções.
c. Medicina legal é uma especialidade médica, em que alguns casos podem ser
exercidos por outros profissionais que não sejam médicos legistas (conforme § 1o artigo
159 CPP): “§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica,
dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.
(Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)”.
d. Certa.
e. Não pode relacionar a medicina Legal à obrigação de fazer laudos, apenas auxilia
na elaboração, interpretação e executarão dos dispositivos legais.

(FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto) - Considerando as regras


sobre o conceito de corpo de delito, é correto afirmar que:

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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a) o exame de corpo de delito é medida dispensável no caso das infrações que


deixam vestígios;
b) o exame de corpo de delito pode ser direto ou indireto e pode ser suprido, nas
infrações que deixam vestígios, pela confissão do acusado;
c) na falta de perito oficial, o exame poderá ser realizado por qualquer pessoa
idônea que demonstre possuir conhecimento sobre a matéria, assim avaliado pela
autoridade policial;
d) será dada prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar
de crime que envolva violência doméstica e familiar contra mulher e violência contra
criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência;
e) o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial,
portador de diploma de curso superior, não sendo facultadas ao Ministério Público, ao
assistente de acusação, ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de
quesitos nem a indicação de assistente técnico.
GABARITO: D
COMENTÁRIO: CPP. Art. 158. Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do
exame de corpo de delito quando se tratar de crime que envolva: I - violência
doméstica e familiar contra mulher; II - violência contra criança, adolescente, idoso ou
pessoa com deficiência.

(INSTITUTO AOCP - 2021 - PC-PA - Delegado de Polícia Civil) - A respeito da cadeia de


45
custódia, assinale a alternativa correta.
a) O início da cadeia de custódia dá-se com o ato de transferir o vestígio de um
local para o outro, utilizando as condições adequadas.
b) Uma das etapas da cadeia de custódia, o armazenamento, consiste no
procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma
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individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para
posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o
acondicionamento.
c) É proibida a entrada em locais isolados bem como a remoção de quaisquer
vestígios de locais de crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo
tipificada como fraude processual a sua realização.
d) O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela
natureza do material e só poderá ser aberto pelo perito que vai proceder à análise,
pela autoridade policial e, motivadamente, por pessoa autorizada.
e) Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de
custódia, devendo nela iniciar o procedimento de descarte.
GABARITO: C
COMENTÁRIO: 158-C do Código de Processo Penal passa a estabelecer que é proibida a
entrada em locais isolados, bem como, a remoção de quaisquer vestígios de locais de

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crime antes da liberação por parte do perito responsável, sendo tipificada como fraude
processual a sua realização.

(FGV - 2021 - PC-RN - Delegado de Polícia Civil Substituto) - Relativamente à prova


pericial, é correto afirmar que:
a) O juiz ficará vinculado às conclusões do laudo pericial;
b) o exame de corpo de delito será feito exclusivamente em dias úteis;
c) se houver divergência entre os peritos, prevalecerá a opinião do perito mais
antigo na carreira, descartando-se as declarações e respostas do perito mais novona
carreira;
d) não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os
vestígios, a prova pericial estará irremediavelmente prejudicada e nenhuma outra
modalidade de prova poderá suprir-lhe a falta;
e) em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto,
proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou
judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do
acusado, ou de seu defensor.
GABARITO: E
COMENTÁRIO: Art. 168 do CPP: Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame
pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação
da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público,
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do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.

CPF: 860.542.154-18

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