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Matéria: MEDICINA LEGAL

Professor: LARISSA CAMAPUM


Teoria e Questões comentadas
Prof.ª. Larissa Camapum

Aula – Medicina Legal no contexto processual e civil.

Sumário
1 - O que é Medicina Legal ? ................................................................ 3
1.1- Definições................................................................................................................................ 4
1.2 - Sinonímias .............................................................................................................................. 6

2- Noções Históricas ............................................................................ 7


2.1- Cronologia ............................................................................................................................... 9
2.2 – Evolução Histórica da Medicina Legal ................................................................................. 10
2.3 – Evolução Histórica da Medicina Legal no Brasil .................................................................. 13

3- Importância do Estudo da Medicina Legal .................................... 14

4 - Divisão didática da disciplina........................................................ 15

5 - Relações com as Demais Ciências Jurídicas ................................. 17

4- Questões Comentadas ................................................................... 19

5- Lista de questões apresentadas (sem comentário) ....................... 26

6- Gabarito .......................................................................................... 2

7- Referencial Bibliográfico.................................................................. 2

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1 - O que é Medicina Legal ?

A Medicina Legal é uma ciência de largas proporções e de


extraordinária importância no conjunto dos interesses da
coletividade, porque ela existe e se exercita cada vez mais em
razão das necessidades da ordem pública e do equilíbrio social
(FRANÇA, 2017).

Sabe-se que na Medicina Legal aplica-se o conhecimento dos diversos


ramos da Medicina às solicitações do Direito (FRANÇA, 2017).

MEDICINA LEGAL

é ao mesmo tempo

Ciência Técnica Arte

Além disso, pode-se dizer, que é Ciência, Técnica e Arte ao mesmo


tempo:

 É ciência porque sistematiza seus métodos para um objetivo


determinado, exclusivamente seu, sem com isso formar uma consciência
restrita nem uma tendência especializada, daí exigir uma cultura maior e
conhecimentos mais abrangentes do que em qualquer outro campo da Medicina.
É inquestionavelmente ciência, pois ela interpreta e justifica seu pensamento
seguindo as exigências dos princípios da Filosofia da Ciência estabelecidos desde
Aristóteles.

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 O ato médico-legal é técnica, porque utiliza métodos sofisticados


em busca da verdade, tendo-se sempre o cuidado de usá-la no seu tempo certo:
sem sua tirania e sem seu monopólio na construção do pensamento.
 E é arte também porque, mesmo aplicando técnicas e métodos
muito exatos e sofisticados em busca de uma verdade reclamada, exige
qualidades instintivas para demonstrar de forma significativa, por exemplo, a
sequência lógica do resultado dramático da lesão violenta.

1.1- Definições

França (2017) destaca que as inúmeras relações com outras ciências


e o seu extenso raio de atividade tornam a Medicina Legal difícil de ser definida
com precisão.

A seguir alguns conceitos da Medicina Legal de acordo com os


estudiosos:

“A arte de fazer relatórios em juízo” (Ambroise Paré). ←


“A arte de aplicar os conhecimentos e os preceitos dos diversos ramos
principais e acessórios da Medicina à composição das leis e às diversas questões
de direito, para iluminá-los e interpretá-los convenientemente” (Foderé).

“É a Medicina considerada em suas relações com a existência das leis


e a administração da Justiça” (Adelon).

“A aplicação dos conhecimentos médicos nos casos de procedimento


civil e criminal que possam ilustrar” (Marc).

“É a ciência do médico aplicada aos fins da ciência do Direito”


(Buchner).

“O conjunto de conhecimentos físicos e médicos próprios a esclarecer


os magistrados na solução de muitas questões concernentes à administração da
Justiça e dirigir os magistrados na elaboração de um certo número de leis”
(Orfila).

“A arte de periciar os efeitos das ciências médicas para auxiliar a


legislação e a administração da Justiça” (Casper).

“A aplicação do conhecimento médico-cirúrgico à legislação” (Peyró e


Rodrigo).

“A expressão das relações que as ciências médicas e naturais podem


ter com a Justiça e a Legislação” (Dambre).

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“A ciência que ensina os modos e os princípios como os conhecimentos


naturais, adquiridos pela experiência, aplicam-se praticamente e conforme as
leis existentes para auxiliar a Justiça e descobrir a verdade” (Schermeyer).

“Constitui-se em ciência e arte que tem por objetivo a investigação de


fatos médicos e biológicos empregando recursos atualizados disponíveis em
todas as áreas do conhecimento técnico e científico” (Francisco Moraes Silva).

“O conjunto de princípios científicos necessários para esclarecer os


problemas biológicos humanos em relação com o Direito” (Samuel Gajardo).

“A arte de pôr os conceitos médicos ao serviço da administração da a-


Justiça” (Lacassagne).

“A aplicação das ciências médicas ao estudo e solução de todas as


questões especiais, que podem suscitar a instituição das leis e a ação da Justiça”
(Legrand du Saule).

“O conjunto sistemático de todos os conhecimentos físicos e médicos


que podem dirigir as diversas ordens de magistrados na aplicação e composição
das leis” (Prunelle).

“A arte de aplicar os documentos que nos proporcionam as ciências


físicas e médicas à confecção de certas leis, ao conhecimento e à interpretação
de certos feitos em matéria judicial” (Divergie).

“A ciência que emprega o princípio das ciências naturais e da medicina


para elucidar e resolver algumas das questões compreendidas na jurisprudência
civil, criminal, administrativa e canônica” (Ferrer y Garcés).

“O ramo da medicina que reúne todos os conhecimentos médicos que


podem ajudar a administração da Justiça” (Vargas Alvarado).

“O conjunto de conhecimentos médicos e biológicos necessários para


a resolução dos problemas que apresenta o Direito, tanto em sua aplicação
prática das leis como em seu aperfeiçoamento e evolução” (Calabuig).

“A resposta ou solução da medicina aos problemas do Direito ou da


Lei” (Teke).

“Um conjunto de vários conhecimentos científicos, principalmente


médicos e físicos, cujo objeto é dar devido valor e significação genuína a certos
feitos judiciais e contribuir na formação de certas leis” (Mata).

“A medicina considerada em suas relações com o Direito Civil, Criminal


e Administrativo” (Briand e Chaudé).

“O estudo do homem são ou doente, vivo ou morto, somente naquilo


que possa formar assunto de questão forense” (de Crecchio).

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“Um método de dar testemunho, na Justiça, nos casos de feridos aos


médicos” (Baptiste Condronchi).

“A ciência que ensina a aplicação de todos os ramos da Medicina aos


fins da Lei, tendo por limites, de um lado, os quesitos legais e, de outro, a ordem
interna da Medicina” (Taylor).

“A aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais”


(Nerio Rojas).

“Uma disciplina que utiliza a totalidade das ciências médicas para dar
respostas a questões judiciais” (Bonnet).

“A aplicação dos conhecimentos médicos às questões que concernem


aos direitos e deveres dos homens reunidos em sociedade” (Tourdes).

“O ramo das ciências médicas que se ocupa em elucidar as questões


da administração da justiça civil e criminal que podem resolver-se somente à
luz dos conhecimentos médicos” (Hoffmann).

“A parte da jurisprudência médica que tem por objeto o


estabelecimento das regras que dirigem a conduta do médico, como perito, e
na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas” (Souza
Lima).

“O conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a


servir ao Direito, cooperando na elaboração, auxiliando na interpretação e
colaborando na execução dos dispositivos legais, no seu campo de ação de
medicina aplicada” (Hélio Gomes).

“A aplicação de conhecimentos científicos dos misteres da Justiça”


(Afrânio Peixoto).

“A aplicação dos conhecimentos médico-biológicos na elaboração e
execução das leis que deles carecem” (Flamínio Fávero). ←

1.2 - Sinonímias
França (2017) destaca que a Medicina Legal tem recebido
denominações várias, cada qual revelando as diversas tendências com que ela
tem sido encarada em sua finalidade e em sua conceituação. Mesmo
considerando-se, na maioria das vezes, Medicina Legal como sinônimo de
Medicina Forense e de Medicina Judicial, é evidente que estas duas últimas
expressões são mais ajustadas às atividades das instituições de perícias junto à
administração dos tribunais, enquanto Medicina Legal tem, pela maior
extensão e abrangência, uma contribuição que vai mais além, inclusive com

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sua contribuição legislativa, doutrinária e filosófica, advinda


principalmente do ambiente universitário.

Croce e Croce Júnior (2012) abordam a existência de vários registros:

- Medicina Legal Forense (A. Paré)

- Questões Médico-Legais (P. Zacchias)

- Medicina Judiciária (Lacassagne)

- Medicina Judiciária ou dos Tribunais (Prunelle)

- Jurisprudência Médica (Alberti)

- Medicina Política (Marc)

- Medicina Forense (Sydney Smith)

- Antropologia Forense (Hebenstreit)

- Bioscopia Forense (Meyer)

- Medicina Forense Jurídica (sábios de Roma)

- Medicina Pericial; Medicina Criminal; Medicina da Lei; Biologia Legal;


Medicina Crítica; Biologia Forense; Medicina Política e Social (França).

2- Noções Históricas
De acordo com Silveira (2015), a medicina legal, como a
conhecemos hoje, é uma especialidade nova, historicamente falando, mas
seus traços originários podem ser detectados desde a Antiguidade.

Os antigos egípcios, por exemplo, já dispunham de uma forma de


medicina que poderíamos chamar legal, que era exercida pelos sacerdotes, os
praticantes da medicina da época, que eram, consequentemente, os
encarregados das perícias. A lei egípcia, por exemplo, protegia as mulheres
grávidas e punia os crime sexuais (SILVEIRA, 2015).

Na Babilônia de XVIII a.C, pelo Código de Hamurabi, já se


estabelecia uma relação jurídica entre médico e paciente, e os antigos hebreus
referiam-se a esse relacionamento nas leis de Moisés e no Antigo Testamento
(SILVEIRA, 2015).

Na Índia de 1300 a 800 a.C, loucos, crianças, velhos e embriagados


não poderiam testemunhar, conforme prescrevia o chamado Código de Manu
(SILVEIRA, 2015).

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Também os persas, classificavam as lesões sob o ponto de vista


pericial, e há reflexos dessa prática no seu livro sagrado,o Zend Avesta
(SILVEIRA, 2015).

França (2017) destaca que as duas primeiras Faculdades de Medicina


do Brasil – a da Bahia e a do Rio de Janeiro – incluíram oficialmente a
-9
-
Medicina Legal como disciplina obrigatória a partir de 1832. Neste mesmo ano,
o Código de Processo Criminal estabelecia a perícia oficial para a realização dos
exames de corpo de delito. Muitos destes dispositivos ainda se encontram no
Código de Processo Penal em vigor.

NY NA Madri em
↓ Mesmo com a vigência daquele Código a partir de 1832, somente
#
-

depois de 1856 foi regulamentada a atividade médico-pericial, através


o som do Decreto n o 1.746, de 16 de abril de 1856, quando se criou, junto à
Secretaria de Polícia da Corte, a Assessoria Médico-Legal, à qual cabia a
Fmino realização dos exames de “corpo de delito e quaisquer exames necessários para
a averiguação dos crimes e dos fatos como tais suspeitados” (FRANÇA, 2017).

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Foi criado na Bahia o Serviço Médico-Legal na estrutura da Secretaria
de Polícia e Segurança Pública, por um Decreto datado de 24 de abril de 1896.
O apogeu da Medicina Legal baiana se deu com Raymundo Nina
Rodrigues (1894-1906). De 1914 a 1918, assume a Cadeira o professor Oscar
Freire, que acumulou, também, a direção do Serviço Médico-Legal. De 1918 em
diante, Oscar Freire mudou-se para São Paulo, a fim de instalar a disciplina na
antiga Faculdade de Medicina Paulista (FRANÇA, 2017).

No Rio de Janeiro, a história do ensino médico-legal registra,


inicialmente, o nome do Conselheiro José Martins da Cruz Jobim, que só se
projetou com a contribuição de Agostinho José de Souza Lima que, na verdade,
foi quem iniciou o ensino e a prática eficaz neste Estado (FRANÇA, 2017).

Nos cursos de Direito e de Medicina Legal, seu ensino foi proposto


por Rui Barbosa, que conseguiu aprovar na Câmara dos Deputados um Decreto
criando a Cátedra de Medicina Legal nas Faculdades de Direito de todo o país,
a partir do ano de 1891 (FRANÇA, 2017).

Hoje, como se sabe, a prática médico-legal brasileira é uma


atividade oficial e pública, exercida nos Institutos Médico-Legais localizados
-
nas capitais dos 26 Estados federativos e na capital da República, além de sua
expansão no interior do país nos chamados Postos Médico-Legais, na sua
maioria ainda desprovidos das mínimas condições de trabalho (FRANÇA, 2017).

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2.1- Cronologia

Silveira (2015) destaca em seu livro uma abordagem cronológica da


medicina legal brasileira - a de Oscar Freire a qual é dividida em 3 fases:

÷
FASE ESTRANGEIRA - vai até 1877.
1ª •Período em que a maioria dos trabalhos feitos no Brasil são de
pequena importância, normalmente traduções de textos
FASE estrangeiros.
•A exceção aí é a toxicologia, de grande interesse médico-legal
na época.

FASE DE TRANSIÇÃO
•Posse de Agostinho José de Souza Lima, na cátedra de
2ª medicina legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro,
sucedendo Ferreira de Abreu, abre a segunda fase.
FASE •Segundo Oscar Freire, essa etapa foi o marco para a formação
da medicina legal brasileira, com alguns acontecimentos
particularmente importantes.

FASE DE NACIONALIZAÇÃO
3ª •Tem início na Bahia, com Raimundo Nina Rodrigues.
•Nomes como Afrânio Peixoto, Oscar Freire Diógenes Sampaio,
FASE Alcântara Machado, Estácio de Lima, Leonídio Ribeiro e Artur
Ramos participam ativamente desse período tão importante.

REVISANDO:

EVOLUÇÃO DA MEDICINA LEGAL NO BRASIL

o FASE ESTRANGEIRA (até 1877) - vinda da família real para o Brasil e o


início das escolas médico-cirúrgicas. Houve a publicação do código de processo
penal do império e outros arcabouços jurídicos.
o FASE DE TRANSIÇÃO, com Sousa Lima e Borges da Costa (de 1877 a
1895)- curso prático de Tanatologia Forense
1895
o FASE DE NACIONALIZAÇÃO (a partir de 1985) - Nina Rodrigues torna-se
catedrático de medicina legal da Faculdade de Medicina da Bahia. Afrânio
Peixoto estuda as correlações dos elementos éticos e sociais com a
criminalidade. Oscar Freire destaca-se nos estudos de sexologia forense.

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2.2 – Evolução Histórica da Medicina Legal


A história da Medicina Legal divide-se em cinco períodos(CROCE,
CROCE JÚNIOR, 2012):

 Antigo;
 Romano;
 Médio ou da Idade Média;
 Canônico (1200 a 1600);
 Moderno ou Científico (inicia-se em 1602) .

É só a partir da Idade Média que poderemos estabelecer uma


abordagem cronológica da medicina legal, que podemos estender até os
seus primeiros passos no Brasil (SILVEIRA, 2015):

• 1209- O papa Inocêncio III decreta que os médicos deveriam visitar


os feridos que estivessem à disposição dos tribunais;

• 1234- O papa Gregório IX exigia que os médicos dessem seu


parecer no diagnóstico de lesões observadas que considerassem mortais.
Declarava nulos casamentos nos quais, comprovadamente, não se consumara
conjunção carnal, o que era atestado pelo fato da mulher permanecer virgem;

O• 1521- Morto sob suspeita de envenenamento, o papa Leão XIII


teve o corpo submetido a uma necropsia;
-

• 1525- Surge na Itália, o Editto della gran carta della Vicaria de


Napoli , que exige o parecer dos peritos profissionais antes da decisão dos
juízes;

• 1532- É promulgada a lei básica do Império Germânico, sob o


governo de Carlos Magno. O assim chamado Código Criminal Carolino
(Legislação Carolina), estabelecia a intervenção do médico em crimes como o
homicídio, o aborto, o infanticídio, e as ofensas físicas, dentre outros, o que
redundava na obrigatoriedade do exame de corpo delito, não apenas da vítima,
mas também do acusado. Carlos Magno estabelece que os juízes devem se
apoiar nos pareceres médicos;

O
• 1575 - Ambroise Paré escreve sua obra denominada Tratado dos
Relatórios, que aborda temas da medicina legal, tais como asfixias, feridas,
-

embalsamamentos, e virgindade, dentre outros;

• 1578- Na Itália, o médico João Felipe Ingrassia publica uma das


primeiras obras sobre a medicina legal. Dois anos depois, ele restaura a
anatomia na Universidade de Nápoles.

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• 1595- Ainda na Itália, Batista Condronchi publica um tratado de


medicina legal;

• 1595- Também na Itália, Fortunato Fedele publica sua obra sobre


medicina legal;

÷
• 1641- É publicada a obra Questões Médicas Legais, em 3 volumes,
de autoria do médico e perito Paulo Zachias. O trabalho, considerado um marco
da medicina legal, engloba sexologia, psiquiatria, morte, alegados milagres, etc;

• 1814- Vem a público Impugnação Analítica ao Exame Feito Pelos


Clínicos Antônio Pedro de Souza e Manoel Quintão da Silva em Uma Rapariga
que Julgaram Santa, do médico mineiro Antonio Gonçalves Gomide, primeira
publicação, no Brasil, sobre medicina legal;

• 1832- As faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia


instituem a cadeira de medicina legal;

• 1835- É publicada, no Diário da Saúde, a autópsia do Senhor


Regente Bráulio Muniz, pelo Dr. Hércules Octávio Muzzi, cirurgião da família
imperial brasileira. Esta foi a primeira necropsia médico-legal publicada no
Brasil;

• 1836- Em Portugal, a reforma na educação passa a incluir o ensino


da medicina legal;

• 1839- Dissertação Médico-Legal Acerca do Infanticídio,


apresentada por Antônio Pereira das Neves, é uma das primeiras teses de
medicina legal no Brasil;

• 1845 - Em Portugual, Lima Leitão traduz o livro de Sedillot Traité


de Mè- decine Opératoire – Bandages et Appareils;

• 1846/1847- O primeiro catedrático de medicina legal da


Faculdade Nacional de Medicina, da Universidade do Brasil, José Martins da Cruz
Jobim, publica Reflexões Sobre Um Caso Julgado de Ferimento Mortal;

• 1867 – No Maranhão, Pedro Autran da Motta publica A Loucura


Instantânea ou Transitória;

• 1887 -Agostinho José de Souza Lima assume a cátedra de medicina


legal na Faculdade Nacional de Medicina;

• 1833 - Joaquim Marcelino de Brito publica Tratado Elementar de


Medicina Legal;

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• 1901 - É publicado o Manual de Autópsia Médico Legal, de

÷
Raimundo Nina Rodrigues.
-

• 1910 - Afrânio Peixoto publica Elemento de Medicina Legal;

• 1928- O Decreto n° 5,515, de 13 de agosto de 1928 devolve às


autoridades policiais a competência para a instrução criminal dos processos; o
Instituto Médico Legal passa, então, a integrar o Departamento Federal de
Segurança Pública;

• 1938 - É lançado o Tratado de Medicina Legal, de Flamínio Fávero;

÷
• 1942 - Hélio Gomes publica o livro Medicina Legal; • “ É publicada
a primeira edição do livro Lições de Medicina Legal, de autoria de Veiga de
Carvalho Bruno e Segre;

• 1948 - Com o mesmo título de Lições de Medicina Legal é publicado


livro de Almeida Junior.

1º) Período Antigo

- Medicina era mais arte do que ciência; registros esparsos; medicina e direito eram
empíricos e de cunho religioso.

- Técnicas de embalsamamento no Egito. Imotep (3000 a. C).

- Código de Hamurabi (1900 a. C. ) – relação médico-paciente.

- Hebreus, com a Talmude – obrigação do matrimônio e nulidade do casamento.

- Código de Manu Manustri (200 a. C. a 200 d. C.) – questão de crianças, velhos,


enfermos, etc, não podiam ser ouvidos como testemunhas.

- Período de conhecimento do corpo humano.

2º) Período Romano

- Advento do Cristianismo – possibilidade de exame dos corpos, mas externamente.

- Lei das XII Tábuas – questão da duração da gravide.;

- Código Justiniano - utilização de conhecimentos médico: casamento, separação de


corpos, impotência sexual, data do parto, viabilidade fetal, etc.

3º) Período Da Idade Média -


- Lei Sálica (511d. C.), Lei dos Francos e Capitulares de Carlos Magno (742 d. C.) –
exclusão das mulheres do trono e exame de lesão corporal.

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- Ordálios ou Prova dos Deuses – provas físicas.

- Santa Inquisição: “A veracidade dos testemunhos, nos casos de homicídio, deve ser
pesquisada a partir da colocação do suposto autor frente ao cadáver da vítima.
Observando-se as modificações fisionômicas do suspeito, alterações dos batimentos
cardíacos e presença de suores e palidez poder-se-á afirmar a culpabilidade do
mesmo, ante suas reação de medo ou pânico.”

- A valorização da confissão colocou a prova pericial em desprestígio com prevalência


da TORTURA.

4º) Período Canônico

- Influência do Cristianismo.

- Início da perícia médica – Decreto de Inocêncio III - os feridos eram levados ao


Tribunal e examinados por médico.

- Importância do exame médico nos crimes de natureza sexual, anulação de


casamento.

- Constituição Germânica obriga a perícia médica antes da decisão dos juízes –


Imperador Carlos V.

5º) Período Moderno

- Várias contribuições: Orfila; Tardieu; Hoffmann; Genival França e outros; -

- Ambroise Paré, pai da Medicina Legal.

=
- Fortunato Fidelis – Tratado de medicina legal.

- Limitações da ciência e do conhecimento. Fatores complexos na causalidade dos


fenômenos.

2.3 – Evolução Histórica da Medicina Legal no Brasil


■ 1808 – Vinda da Família Real.
■ 1813 – Primeira publicação médico-legal realizada por Gonçalves
Gomide.
■ 1830 – Código Criminal do Império, obrigando a participação do médico
nos feitos criminais.
■ 1832 – Escolas Médico-Cirúrgicas foram transformadas em Faculdades.
■ 1832 – Código de Processo Criminal – perícia oficial.

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■ 1851 - O primeiro decreto sobre o exercício legal da profissão de médico.


■ 1856 - Medicina Legal institucionalizou-se e já surgiu de forma
equivocada.
■ 1901 - Nina Rodrigues publicou o primeiro Manual de autópsia médico-
legal.
■ 1905 - Dr. Juliano Moreira e Dr. Afrânio Peixoto → Revista de Psiquiatria
da América Latina.
■ 1914 - Oscar Freire da Carvalho → fundador do IML da Bahia e de São
Paulo.
■ 1959 - Odontologia Legal → Tanner de Abreu.

Croce e Croce Júnior destacam em seu livro que a verdadeira


nacionalização da nossa Medicina Legal se deve à criação, por Raymundo Nina
Rodrigues, de uma autêntica Escola brasileira da especialidade na Bahia,
-

constituída, entre outros, por Alcântara Machado, Júlio Afrânio Peixoto, Leonídio
Ribeiro, Oscar Freire e Estácio Luiz Valente de Lima, que originariamente
“orientou a diferenciação da disciplina, dos seus métodos e da sua doutrina para
as particularidades do meio judiciário, das condições físicas, biológicas e
psicológicas do ambiente” (Gerardo Vasconcelos). E desde então se sucederam
sadiamente nas capitais brasileiras as escolas de Medicina Legal, interessando
aos juristas, advogados, delegados de polícia, médicos, psicólogos e psiquiatras
o conhecimento dessa disciplina, tal o grau de entrosamento que ela guarda
com todos os ramos do saber.

3- Importância do Estudo da Medicina Legal


Prestes Júnior, Moraes e Rangel (2012) enfatizam que a medicina
legal tem ampla aplicação na ciência jurídica, seja ela penal, civil ou
trabalhista, auxiliando na aplicação das leis e permindo à justiça o cumprimento
de seu mister social e constitucional.

É de fundamental importância para aquele que milita na área jurídica,


sobretudo na esfera penal, utilizar o conhecimento adquirido em relação aos
elementos constitutivos das provas periciais. É preciso ter discernimento sobre
a realidade de um fato de natureza científica que interessa à Justiça e caso seja
necessária a realização de outros exames subsidiários, que se saiba pedir, como
pedir e o que pedir, interpretandose, assim, corretamente, os laudos periciais
(JÚNIOR;MORAES; RANGEL, 2012).

Silveira (2012) também destaca que o estudo da Medicina Legal é de


interesse não apenas do médico que nela se especializa, o médico legista,
mas também dos demais, daqueles médicos que, cedo ou tarde serão chamados

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a orientar a justiça, ao jurista, a autoridade policial, no conhecimento do


momento apropriado para se solicitar exames, e na noção precisa do exame a
ser solicitado, o exame correto, viável, a fim de que esses orientados possam
saber interpretar o laudo médico que daí resultará.

4 - Divisão didática da disciplina


Para Croce e Croce Júnior (2012), por interesse didático, a Medicina
Legal admite uma parte geral, na qual se estuda a Jurisprudência Médica, ou
seja, a Deontologia e a Diceologia Médica, que ensejam aos profissionais da
Medicina conhecimentos sobre os seus deveres e direitos, e o Código de Ética
dos Advogados, e uma parte especial cuja divisão registraremos a seguir:

=
A) Antropologia Forense.

Estuda a identidade e a identificação, seus métodos, processos e técnicas.

B) Traumatologia Forense

Trata das lesões corporais e das energias causadoras do dano.

-
C) Sexologia Fosense

Versa sobre a sexualidade normal, patológica e criminosa. Analisa as sutis


questões inerentes à Erotologia, à Himenologia e à Obstetrícia forense.

:
D) Asfixiologia Forense

Vê as asfixias em geral, do ponto de vista médico e jurídico. Detalha as


particularidades próprias da esganadura, do estrangulamento, do
enforcamento, do afogamento, do soterramento, da imersão em gases
irrespiráveis etc., nos suicídios, homicídios e acidentes.

E) TANATOLOGIA

Preocupa-se com a morte e o morto em todos os seus aspectos médico-


legais, os fenômenos cadavéricos, a data da morte, o diagnóstico da morte,
a morte súbita e a morte agônica, a inumação, a exumação, a necropsia, o
embalsamento e a causa jurídica da morte.

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F) Toxicologia. -

Estuda os cáusticos, os envenenamentos e a intoxicação alcoólica e por


tóxicos, pelo emprego de processos laboratoriais. Graças à sua notável
evolução é, atualmente, especialidade que empresta seu saber à Medicina
Legal.

/
G) Psicologia Judiciária.

Versa sobre os fenômenos volitivos, afetivos e mentais inconscientes que


podem influenciar na formação, na reprodução e na deformação do
testemunho e da confissão do acusado e da vítima. Analisa, ainda, o
depoimento dos idosos e dos menores etc.

:
H) Psiquiatria Forense.

Estuda as doenças mentais, a periculosidade do alienado, as socioneuropatias


em face dos problemas judiciários, a simulação, a dissimulação, os limites e
modificadores da capacidade civil e da responsabilidade penal.

I) Policiologia científica

Visualiza os métodos científico-médico-legais empregados pela polícia na


investigação criminal e no deslindamento de crimes.

J) Criminologia

Estuda os diferentes aspectos da gênese e da dinâmica dos crimes.

K) Vitimologia.

Trata da análise racional da participação da vítima na eclosão e justificação


das infrações penais

L) Infortunística

Preocupa-se com os acidentes do trabalho, com as doenças profissionais, com


a higiene e a insalubridade laborativas.

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5 - Relações com as Demais Ciências Jurídicas

De acordo com França (2017), com as Ciências Jurídicas e Sociais, a


Medicina Legal empresta sua colaboração ao estudo do:
 Direito Penal nos problemas relacionados com lesões corporais, aborto
legal e aborto criminoso; infanticídio, homicídio e crimes contra a
liberdade sexual;
 Direito Civil, nas questões de paternidade, nulibilidade de casamento,
testamento, início da personalidade e direito do nascituro;
 Direito Administrativo, quando avalia as condições dos funcionários
públicos, no ingresso, nos afastamentos e aposentadorias;
 Direito Processual Civil e Penal, quando estuda a psicologia da
testemunha, da confissão, do delinquente e da vítima;
 Lei das Contravenções Penais, ao tratar dos anúncios dos meios
abortivos, da omissão de comunicação de crime no exercício da Medicina,
da inumação e exumação com infrações das disposições legais, e da
embriaguez;
 Contribui com o Direito Trabalhista no estudo das doenças do trabalho,
das doenças profissionais, do acidente do trabalho, com a prevenção de
acidentes, com a insalubridade e a higiene do trabalho;
 Direito Penitenciário, ao tratar dos aspectos problemáticos da
sexualidade nas prisões e da psicologia do encarcerado com vistas ao
livramento condicional;
 Direito Ambiental, quando se envolve nas questões ligadas às
condições de vida satisfatórias em um ambiente saudável, seja nos locais
de trabalho, seja fora deles;
 Direito Administrativo, quando se presta aos interesses da
administração pública no sentido de apreciar as admissões, licenças,
aposentadorias e invalidezes dos servidores públicos.
 Direito dos Desportos, analisando detidamente as mais diversas
formas de lesões culposas ou dolosas verificadas nas disputas desportivas
e no aspecto do “doping”, principalmente nos chamados desportos de
competição;

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 Direito Internacional Público, ao considerar as razões médico-legais


implicadas nos tratados dos quais nosso país é signatário no concerto das
nações;
 Direito Internacional Privado, ao decidir as questões civis
relacionadas com o estrangeiro no Brasil;
 Direito Comercial, não apenas nas perícias dos bens de consumo, mas
ao atribuir as condições de maturidade para a plena capacidade civil dos
economicamente independentes.

LEMBRAR QUE !! Misturo


No Brasil, a influência da Medicina Legal francesa foi decisiva.

=
A nacionalização da Medicina Legal brasileira e a sua estruturação como
-

especialidade começaram com a entrada de Agostinho José de Souza Lima, na


Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, inclusive inaugurando o primeiro curso
prático de prática tanatológica forense.

-
A verdadeira nacionalização se deu com Raymundo Nina Rodrigues na Bahia,

=
iniciando-se com ele a fase da pesquisa científica médico-legal a partir de nossa
própria realidade.

As duas primeiras Faculdades de Medicina do Brasil – a da Bahia e a do Rio de


Janeiro – incluíram oficialmente a Medicina Legal como disciplina obrigatória a

-0
partir de 1832. Neste mesmo ano, o Código de Processo Criminal estabelecia a
perícia oficial para a realização dos exames de corpo de delito. Muitos destes
dispositivos ainda se encontram no Código de Processo Penal em vigor.

Mesmo com a vigência daquele Código a partir de 1832, somente depois de


1856 foi regulamentada a atividade médico-pericial, através do Decreto no
1.746, de 16 de abril de 1856.

Foi criado na Bahia o Serviço Médico-Legal na estrutura da Secretaria de Polícia


e Segurança Pública, por um Decreto datado de 24 de abril de 1896.

O apogeu da Medicina Legal baiana se deu com Raymundo Nina Rodrigues


(1894-1906). De 1914 a 1918, assume a Cadeira o professor Oscar Freire, que
-
acumulou, também, a direção do Serviço Médico-Legal. De 1918 em diante,
Oscar Freire mudou-se para São Paulo, a fim de instalar a disciplina na antiga
Faculdade de Medicina Paulista.

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4- Questões Comentadas

1- (PC – MA – MÉDICO LEGISTA – CESPE - 2018) Raymundo Nina


Rodrigues exerceu relevante papel na história da medicina legal brasileira por
meio: -
a)da instituição da cátedra de medicina legal no curso de direito da Universidade
de São Paulo, onde lecionou a disciplina. ✗
b)procedimento que gera relatórios individualizados que não chegam a um
ponto de vista comum. ✗
c)dos estudos na área de psicanálise forense que desenvolveu na Universidade
de Ciências da Saúde, no Rio Grande do Sul. ✗

d)da criação, por ele, de uma escola brasileira de medicina legal, na Bahia, fato
✗ e
que nacionalizou a especialidade.
e)de estudos sobre os impactos da miscigenação na criminalidade que
desenvolveu na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Resolução:
Foi criado na Bahia o Serviço Médico-Legal na estrutura da Secretaria de Polícia
e Segurança Pública, por um Decreto datado de 24 de abril de 1896. O apogeu
da Medicina Legal baiana se deu com Raymundo Nina Rodrigues (1894-1906).
Gabarito 1 D

2- (POLITEC –AP- PERITO MÉDICO LEGISTA- FCC - 2017) A Medicina


Legal nasceu da necessidade do Direito ter prova técnica médica no
esclarecimento da justiça. Pode ser conceituada como a aplicação dos
conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles
carecem. Segundo a história da Medicina Legal brasileira, é correto afirmar que

:
a)é dividida em 4 fases, de acordo com Oscar Freire: fase imperial, estrangeira,
de transição e de nacionalização.
b) fase estrangeira vai desde o fim do período colonial até a república, quando
Afrânio Peixoto assumiu a cátedra de Medicina Legal da Faculdade de Medicina
da Bahia.
c)a primeira publicação da fase estrangeira se deu em 1841 por meio de um
parecer a respeito de um exame necroscópico. ✗
d)em 1832 foi criada a perícia profissional, tendo em vista que foram criadas
*
regras para os exames de corpo de delito.
e)a fase de nacionalização se iniciou após a primeira guerra mundial e seu início
foi marcado pela posse de Oscar Freire na cadeira de Medicina Legal da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. T
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Resolução:
A abordagem cronológica da medicina legal brasileira de Oscar Freire é dividida
em 3 fases.
A fase estrangeira, vai até 1877: período em que a maioria dos trabalhos
feitos no Brasil são de pequena importância, normalmente traduções de textos
estrangeiros; a exceção aí é a toxicologia, de grande interesse médico-legal
na época.
A posse de -
Agostinho José de Souza Lima, na cátedra de medicina legal da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sucedendo Ferreira de Abreu, abre a
segunda fase. Segundo Oscar Freire, essa etapa foi o marco para a formação
da medicina legal brasileira, com alguns acontecimentos particularmente
importantes.
A terceira fase tem início na Bahia, com Raimundo Nina Rodrigues. Nomes
como Afrânio Peixoto, Oscar Freire Diógenes Sampaio, Alcântara Machado,
Estácio de Lima, Leonídio Ribeiro e Artur Ramos participam ativamente desse
período tão importante. Fase de nacionalização ( da partir de 1985) - Nina
Rodrigues torna-se catedrático de medicina legal da Faculdade de Medicina da
Bahia. Afrânio Peixoto estuda as correlações dos elementos éticos e sociais com
a criminalidade. Oscar Freire destaca-se nos estudos de sexologia forense.
Gabarito 2 D

3- (SPTC - GO– MEDICO LEGISTA-FUNIVERSA- 2015) A respeito do


conceito de Medicina Legal, na perspectiva de que o Direito não pode abrir mão
dos conhecimentos médico-biológicos para o exercício efetivo de suas diversas
áreas de abrangência, e tendo sempre em mente a necessidade de inseri-lo em
uma perspectiva histórica e contextual, assinale a alternativa correta.
.

a)A Medicina Legal é uma ciência autônoma em função de se valer de método,


objeto e objetivos próprios, que lhe conferem uma característica própria e
distante dos conceitos médico-biológicos vigentes, uma vez que está voltada
única e exclusivamente para os interesses das matérias jurídicas.


b)Entende-se a Medicina Legal como a medicina que se coloca a serviço das
ciências jurídicas e sociais, não dispondo de método próprio, objeto específico
ou objetivo particular, mas necessitando, para o seu exercício do conhecimento,
de aspectos peculiares à disciplina, podendo assim ser considerada uma
especialidade médica.
c)No estabelecimento de um conceito para a Medicina Legal, deve-se levar em
consideração o seu caráter multidisciplinar, as suas relações com outras ciências
e o seu extenso raio de atividade; tais características contemplam, na
totalidade, o conceito extensivo da matéria, espelhando uma posição mais
coerente e consistente para o tema.

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d)O conceito restritivo de Medicina Legal, por entender a matéria como uma
especialidade médica, traduzindo-a apenas como questões médico-legais que
podem ser avaliadas e resolvidas por qualquer médico, apresenta-se como a
melhor definição para a matéria, estando em consonância com as demandas
atuais da Justiça.
e)A aplicação de conhecimentos médicos ao serviço da justiça não demanda
conhecimentos específicos e especializados, situando-se no campo de atuação
da Deontologia Médica, que é matéria exclusiva de atuação dos Conselhos de
Medicina (Federal e regionais) e caracteriza a chamada Medicina Forense.
Resolução:
A Medicina Legal é uma ciência de largas proporções e de extraordinária
importância no conjunto dos interesses da coletividade, porque ela existe e se
exercita cada vez mais em razão das necessidades da ordem pública e do
equilíbrio social.
Hoje, mais do que nunca, a Medicina Legal se apresenta como uma contribuição
da mais alta valia e de proveito irrecusável. É uma disciplina de amplas
possibilidades e de profunda dimensão pelo fato de não se resumir apenas ao
estudo da ciência hipocrática, mas de se constituir da soma de todas as
especialidades médicas acrescidas de fragmentos de outras ciências acessórias,
destacandose entre elas a ciência do Direito.
Além do conhecimento da Medicina e do Direito, exige-se o concurso de outras
ciências afins e da tecnologia para se firmar com mais precisão o resultado
desejado, esclarecer coerentemente o raciocínio e exercer com facilidade a
dialética.
Gabarito 3 B
4- (PC – RJ –PERITO LEGISTA- CLINICA MEDICA/NECROPSIA -
2011) O “Traité des Relatoires” pode ser considerado como a primeira grande
obra de Medicina Legal do mundo ocidental, cujo autor foi:
(A) Ambroise Paré.

(B) Lacassagne.
(C) Thoinot.
(D) Foderé.
(E) Devergie.
Resolução:
Na França, em 1575, surge o Traité des Relatoires, escrito pelo grande cirurgião
Ambroise Paré. Nele, o autor estuda, entre outros temas médico-legais, as
feridas por projéteis de arma de fogo.
Gabarito 4 A

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5- (PC – RJ – PERITO LEGISTA- CLINICA MEDICA/NECROPSIA-2011)


Foi professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Bahia do fim do século
XIX ao início do século XX; estudioso da Criminologia, correlacionava aspectos
étnicos com o comportamento delinquente; considerado o pai da Medicina Legal
brasileira. O fragmento acima refere-se a:


(A) Nina Rodrigues. -

(B) Oscar Freire.


(C) Afrânio Peixoto.
(D) Souza Lima.
(E) Conselheiro Jobim.
Resolução:
A verdadeira nacionalização da nossa Medicina Legal se deve à criação,
por Raymundo Nina Rodrigues, de uma autêntica Escola brasileira da
especialidade na Bahia, constituída, entre outros, por Alcântara Machado, Júlio
Afrânio Peixoto, Leonídio Ribeiro, Oscar Freire e Estácio Luiz Valente de Lima,
que originariamente “orientou a diferenciação da disciplina, dos seus métodos
e da sua doutrina para as particularidades do meio judiciário, das condições
físicas, biológicas e psicológicas do ambiente” (Gerardo Vasconcelos). E desde
então se sucederam sadiamente nas capitais brasileiras as escolas de Medicina
Legal, interessando aos juristas, advogados, delegados de polícia, médicos,
psicólogos e psiquiatras o conhecimento dessa disciplina, tal o grau de
entrosamento que ela guarda com todos os ramos do saber.
Gabarito 5 A

6- (POLITEC – AP - PERITO MÉDICO-LEGISTA COM ESP.


PSIQUIATRIA- FCC-2017) Existem relatos antigos da aplicação da Medicina


para solução de dúvidas em processos. Sendo assim, a Medicina Legal é:
(A) uma área extinta, visto que em 2015 o nome da especialidade passou a ser
Medicina Legal e Perícia Médica.
-

(B) executada por meio de perícias médicas, que são atividades privativas de

médico.
-

-
(C) dividida, do ponto de vista doutrinário do Direito, em Medicina Legal Geral
me e Medicina Legal Específica.
(D) desempenhada de forma excelente por qualquer médico, mesmo que ele
não tenha conhecimentos específicos da área.
(E) ministrada exclusivamente nos cursos de graduação de Medicina.
Resolução:

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A Medicina Legal é: uma ciência de largas proporções e de extraordinária


importância no conjunto dos interesses da coletividade, porque ela existe e se
exercita cada vez mais em razão das necessidades da ordem pública e do
equilíbrio social.
Para Croce e Croce Júnior (2012), por interesse didático, a Medicina Legal
admite uma parte geral, na qual se estuda a Jurisprudência Médica, ou seja, a
Deontologia e a Diceologia Médica, que ensejam aos profissionais da Medicina
conhecimentos sobre os seus deveres e direitos, e o Código de Ética dos
Advogados, e uma parte especial.
Gabarito 6 B

7- (ANALISTA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL – DETRAN - RJ - 2011) A


antropologia Física surge vinculada aos estudos fisio-biológicos do século XVIII
e XIX, visando compreender o processo de evolução pelo qual se originaram os
humanos modernos, com ênfase nos aspectos biológicos e físicos referentes a
este processo. Sua metodologia se centraliza na comparação fóssil-residual
além do estudo comparativo de diferentes "tipos humanos". Podemos dizer da
-

antropologia:


a) Antropologia forense é ramo da medicina legal que tem como principal objeto
a identidade e identificação do ser humano.
b) O uso da antropologia geral, não é aceita como prova na esfera penal.
c) A antropologia identifica restos humanos, desde que não estejam
esqueletizados.
d) A antropologia e sua grande relação com a biologia e a osteologia, possibilita
somente a identificação de animais esqueletizados.
Resolução:
Para resolver esta questão deve-se lembrar da divisão da Medicina Legal e seus
conceitos.
ANTROPOLOGIA FORENSE É:a parte da Medicina Legal que estuda a identidade
e a identificação, seus métodos, processos e técnicas.
Gabarito 7 A

8- (PC – ES – MÉDICO LEGISTA - CESPE UnB -2011) A medicina legal


é, a um só tempo, arte e ciência. Arte, porque a realização de uma perícia
médica requer habilidade na prática do exame e estilo na realização do laudo.
Ciência, porque, além de ter um campo próprio de pesquisas, vale-se de todo o
conhecimento oferecido pelas demais especialidades médicas.
Hygino de C. Hercules. Medicina legal. São
Paulo: Atheneu, 2005, p. 10 (com adaptações).

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Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a


seguir, relativos ao conceito de medicina legal.
-Segundo Hoffman, o grande legista austríaco, a medicina legal não consiste
em uma arte, mas em uma ciência. C
-Tourdes, que define a medicina legal de forma mais ampla que Ambroise Paré
e Johannes Bohn, compreende essa área como uma ciência que objetiva o
estudo da jurisprudência civil. E
-De acordo com Ambroise Paré, a medicina legal é a arte de produzir relatórios
na justiça.

:
Resolução:
Para Hoffmann, Medicina legal é:
“O ramo das ciências médicas que se ocupa em elucidar as questões
da administração da justiça civil e criminal que podem resolver-se somente à
luz dos conhecimentos médicos” .

Para Tourdes, Medicina Legal é:


“A aplicação dos conhecimentos médicos às questões que concernem aos
direitos e deveres dos homens reunidos em sociedade”.

Para Ambroise Paré, Medicina legal é:


“A arte de fazer relatórios em juízo”.
Gabarito 8 C/E/C

9- (MP – SP – 2013 - IBFC) Com relação à História da Medicina Legal, é


incorreto afirmar que:
a) Guando regulamentado o Processo Penal em 1832, este estabeleceu regras
para os exames de corpo de delito.
b) Oscar Freire iniciou o ensino científico da Medicina Legal em São Paulo. ✗
c) A primeira citação do exame médico de uma vítima de homicídio refere-se à
morte de Júlio César no ano 44 a.C. ✗
d) O Código Penal mais antigo que se conhece é o Código de Hamurabi, da
Babilônia.
1575

e) Em 1275, Ambroise Pare escreveu o Traite des Relatoires, considerado o

primeiro livro de Medicina Legal Ocidental. ,
Resolução:

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1832 foi marcado por:


 As faculdades de medicina do Rio de Janeiro e da Bahia instituem a
cadeira de medicina legal;
 Escolas Médico-Cirúrgicas foram transformadas em Faculdades;
 Código de Processo Criminal – perícia oficial.
1914 foi marcado por:
 Oscar Freire da Carvalho → fundador do IML da Bahia e de São Paulo.
1959 foi marcado por:
 Código Penal mais antigo - Odontologia Legal → Tanner de Abreu.

1575 na França, surge o:


 Traité des Relatoires, escrito pelo grande cirurgião Ambroise Paré. Nele,
o autor estuda, entre outros temas médico-legais, as feridas por projéteis de
arma de fogo
Na Babilônia de XVIII a.C, pelo Código de Hamurabi, já se estabelecia uma
relação jurídica entre médico e paciente, e os antigos hebreus referiam-se a
esse relacionamento nas leis de Moisés e no Antigo Testamento.
Gabarito 9 E

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5- Lista de questões apresentadas (sem comentário)

1- (PC – MA – MÉDICO LEGISTA – CESPE - 2018) Raymundo Nina


Rodrigues exerceu relevante papel na história da medicina legal brasileira
por meio:
a)da instituição da cátedra de medicina legal no curso de direito da Universidade
de São Paulo, onde lecionou a disciplina.
b)procedimento que gera relatórios individualizados que não chegam a um
ponto de vista comum.
c)dos estudos na área de psicanálise forense que desenvolveu na Universidade
de Ciências da Saúde, no Rio Grande do Sul.
d)da criação, por ele, de uma escola brasileira de medicina legal, na Bahia, fato
que nacionalizou a especialidade.
e)de estudos sobre os impactos da miscigenação na criminalidade que
desenvolveu na Universidade Estadual do Rio de Janeiro.

2- (POLITEC –AP- PERITO MÉDICO LEGISTA- FCC - 2017) A Medicina


Legal nasceu da necessidade do Direito ter prova técnica médica no
esclarecimento da justiça. Pode ser conceituada como a aplicação dos
conhecimentos médico-biológicos na elaboração e execução das leis que deles
carecem. Segundo a história da Medicina Legal brasileira, é correto afirmar que
a)é dividida em 4 fases, de acordo com Oscar Freire: fase imperial, estrangeira,
de transição e de nacionalização.
b) fase estrangeira vai desde o fim do período colonial até a república, quando
Afrânio Peixoto assumiu a cátedra de Medicina Legal da Faculdade de Medicina
da Bahia.
c)a primeira publicação da fase estrangeira se deu em 1841 por meio de um
parecer a respeito de um exame necroscópico.
d)em 1832 foi criada a perícia profissional, tendo em vista que foram criadas
regras para os exames de corpo de delito.
e)a fase de nacionalização se iniciou após a primeira guerra mundial e seu início
foi marcado pela posse de Oscar Freire na cadeira de Medicina Legal da
Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.

3- (SPTC - GO– MEDICO LEGISTA-FUNIVERSA- 2015) A respeito do


conceito de Medicina Legal, na perspectiva de que o Direito não pode abrir mão
dos conhecimentos médico-biológicos para o exercício efetivo de suas diversas

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áreas de abrangência, e tendo sempre em mente a necessidade de inseri-lo em


uma perspectiva histórica e contextual, assinale a alternativa correta.
a)A Medicina Legal é uma ciência autônoma em função de se valer de método,
objeto e objetivos próprios, que lhe conferem uma característica própria e
distante dos conceitos médico-biológicos vigentes, uma vez que está voltada
única e exclusivamente para os interesses das matérias jurídicas.
b)Entende-se a Medicina Legal como a medicina que se coloca a serviço das
ciências jurídicas e sociais, não dispondo de método próprio, objeto específico
ou objetivo particular, mas necessitando, para o seu exercício do conhecimento,
de aspectos peculiares à disciplina, podendo assim ser considerada uma
especialidade médica.
c)No estabelecimento de um conceito para a Medicina Legal, deve-se levar em
consideração o seu caráter multidisciplinar, as suas relações com outras ciências
e o seu extenso raio de atividade; tais características contemplam, na
totalidade, o conceito extensivo da matéria, espelhando uma posição mais
coerente e consistente para o tema.
d)O conceito restritivo de Medicina Legal, por entender a matéria como uma
especialidade médica, traduzindo-a apenas como questões médico-legais que
podem ser avaliadas e resolvidas por qualquer médico, apresenta-se como a
melhor definição para a matéria, estando em consonância com as demandas
atuais da Justiça.
e)A aplicação de conhecimentos médicos ao serviço da justiça não demanda
conhecimentos específicos e especializados, situando-se no campo de atuação
da Deontologia Médica, que é matéria exclusiva de atuação dos Conselhos de
Medicina (Federal e regionais) e caracteriza a chamada Medicina Forense.

4- (PC – RJ –PERITO LEGISTA- CLINICA MEDICA/NECROPSIA -


2011) O “Traité des Relatoires” pode ser considerado como a primeira grande
obra de Medicina Legal do mundo ocidental, cujo autor foi:
(A) Ambroise Paré.
(B) Lacassagne.
(C) Thoinot.
(D) Foderé.
(E) Devergie.

5- (PC – RJ – PERITO LEGISTA- CLINICA MEDICA/NECROPSIA-2011)


Foi professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Bahia do fim do século
XIX ao início do século XX; estudioso da Criminologia, correlacionava aspectos

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étnicos com o comportamento delinquente; considerado o pai da Medicina Legal


brasileira. O fragmento acima refere-se a:
(A) Nina Rodrigues.
(B) Oscar Freire.
(C) Afrânio Peixoto.
(D) Souza Lima.
(E) Conselheiro Jobim.

6- (POLITEC – AP - PERITO MÉDICO-LEGISTA COM ESP.


PSIQUIATRIA- FCC-2017) Existem relatos antigos da aplicação da Medicina
para solução de dúvidas em processos. Sendo assim, a Medicina Legal é:
(A) uma área extinta, visto que em 2015 o nome da especialidade passou a ser
Medicina Legal e Perícia Médica.
(B) executada por meio de perícias médicas, que são atividades privativas de
médico.
(C) dividida, do ponto de vista doutrinário do Direito, em Medicina Legal Geral
e Medicina Legal Específica.
(D) desempenhada de forma excelente por qualquer médico, mesmo que ele
não tenha conhecimentos específicos da área.
(E) ministrada exclusivamente nos cursos de graduação de Medicina.

7- (ANALISTA DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL – DETRAN - RJ - 2011) A


antropologia Física surge vinculada aos estudos fisio-biológicos do século XVIII
e XIX, visando compreender o processo de evolução pelo qual se originaram os
humanos modernos, com ênfase nos aspectos biológicos e físicos referentes a
este processo. Sua metodologia se centraliza na comparação fóssil-residual
além do estudo comparativo de diferentes "tipos humanos". Podemos dizer da
antropologia:
a) Antropologia forense é ramo da medicina legal que tem como principal objeto
a identidade e identificação do ser humano.
b) O uso da antropologia geral, não é aceita como prova na esfera penal.
c) A antropologia identifica restos humanos, desde que não estejam
esqueletizados.
d) A antropologia e sua grande relação com a biologia e a osteologia, possibilita
somente a identificação de animais esqueletizados.

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8- (PC – ES – MÉDICO LEGISTA - CESPE UnB -2011) A medicina legal


é, a um só tempo, arte e ciência. Arte, porque a realização de uma perícia
médica requer habilidade na prática do exame e estilo na realização do laudo.
Ciência, porque, além de ter um campo próprio de pesquisas, vale-se de todo o
conhecimento oferecido pelas demais especialidades médicas.
Hygino de C. Hercules. Medicina legal. São
Paulo: Atheneu, 2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto acima com referência inicial, julgue os itens a
seguir, relativos ao conceito de medicina legal.
-Segundo Hoffman, o grande legista austríaco, a medicina legal não consiste
em uma arte, mas em uma ciência.
-Tourdes, que define a medicina legal de forma mais ampla que Ambroise Paré
e Johannes Bohn, compreende essa área como uma ciência que objetiva o
estudo da jurisprudência civil.
-De acordo com Ambroise Paré, a medicina legal é a arte de produzir relatórios
na justiça.

9- (MP – SP – 2013 - IBFC) Com relação à História da Medicina Legal, é


incorreto afirmar que:
a) Guando regulamentado o Processo Penal em 1832, este estabeleceu regras
para os exames de corpo de delito.
b) Oscar Freire iniciou o ensino científico da Medicina Legal em São Paulo.
c) A primeira citação do exame médico de uma vítima de homicídio refere-se à
morte de Júlio César no ano 44 a.C.
d) O Código Penal mais antigo que se conhece é o Código de Hamurabi, da
Babilônia.
e) Em 1275, Ambroise Pare escreveu o Traite des Relatoires, considerado o
primeiro livro de Medicina Legal Ocidental.

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6- Gabarito

Gabarito 1 D Gabarito 6 B

Gabarito 2 D Gabarito 7 A

Gabarito 3 B Gabarito 8 C/E/C

Gabarito 4 A Gabarito 9 E

Gabarito 5 A

7- Referencial Bibliográfico

CFM. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Disponível em:


http://www.portalmedico.org.br/notasdespachos/CFM/1998/306_1998.pdf.

CROCE, D., CROCE JÚNIOR, D. Manual de Medicina Legal. São Paulo: Editora
Saraiva, 8ª ed., 2012.

FRANÇA, G.V. Medicina legal. - Rio de Janeiro : Guanabara Koogan, 11ª ed,
2017.

PRESTES JÚNIOR,L.C.L., MORAES, T.M., RANGEL, M. A Importância do


Ensino da Medicina Legal na Formação da Carreira Jurídica . ❙R. EMERJ,
Rio de Janeiro, v. 15, n. 59, p. 76-84, jul.-set. 2012.

SILVEIRA, P.R. Fundamentos da Medicina Legal. Rio de Janeiro: Editora


Lumen Juris, 2ª ed., 2015.

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