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MEDICINA LEGAL

Tanatologia Médico-Legal

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
MEDICINA LEGAL
Tanatologia Médico-Legal
Manoel Machado

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Tanatologia Médico-Legal.. .........................................................................................................................................4
1. Tanatologia Forense...................................................................................................................................................4
1.1. Conceito de Morte.. ...................................................................................................................................................4
1.2. Critérios Diagnóstico de Morte........................................................................................................................4
1.3. Tipos de Morte...........................................................................................................................................................5
2. Fenômenos Cadavéricos ou Sinais Tanatológicos...................................................................................6
2.1. Fenômenos Abióticos Imediatos.....................................................................................................................6
2.2. Fenômenos Abióticos Consecutivos ou Mediatos...............................................................................6
2.3. Fenômenos Transformativos............................................................................................................................7
3. Fenômenos Abióticos Transformativos.........................................................................................................7
3.1. Destrutivos..................................................................................................................................................................7
3.2. Conservadores.. ........................................................................................................................................................11
4. Cronotanatognose....................................................................................................................................................12
Resumo.................................................................................................................................................................................14
Exercícios.............................................................................................................................................................................16
Gabarito...............................................................................................................................................................................25
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................26

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Tanatologia Médico-Legal
Manoel Machado

Apresentação
Fala, guerreiro(a)!!
Como está a preparação? Vai me dizer que esse não era o concurso dos seus sonhos?
Mas você chegou até aqui e, independente da sua resposta, se seu objetivo for a preparação
de qualidade, te garanto que está lendo a apresentação de um curso que irá mudar sua visão
sobre a Medicina Legal. E é sobre essa área que quero conversar com você.
Um primeiro ponto, é bem verdade que alguns assuntos foram vistos durante sua gradua-
ção ou pós, em um nível de profundidade e abordagem bastante diferente do que é visto em
provas de concursos. Um segundo ponto, você provavelmente pode estar se queixando de que
não se lembra da maioria dos assuntos já vistos, sobretudo se for para resolver questões. E
ainda um terceiro ponto diz respeito a você que nunca nem viu nem ouviu sobre essa área do
conhecimento. Bom, em todos os casos o ponto chave para o estudo de concursos são as
questões! Com a correta seleção de questões você conseguirá amplificar seu desempenho de
uma forma muito rápida, aumentando seus acertos e entendendo seus erros.
Não quero te convencer a estudar por qualquer método de estudo em específico. Sobre
isso, você deve descobrir o que funciona para você! Meu objetivo guerreiro(a) é que você tenha
um poderoso material em mãos. Os meus PDFs do Gran Cursos Online trabalham com uma
seleção de tópicos de assuntos direcionados ao perfil das questões utilizadas pelas maiores
bancas da área no país. A parte teórica do assunto é discorrida de forma a te conduzir a apren-
der o suficiente para cada tópico. Em alguns casos, para evitar um texto demasiado extenso,
um tópico ou outro sobre o conteúdo pode ser tratado diretamente nos comentários de ques-
tões. E olha elas novamente?
Aqui, você encontrará uma seleção de questões cuidadosamente escolhidas e todas co-
mentadas de acordo com o perfil das bancas. Não é uma seleção aleatória de questões sobre
o assunto! Não mesmo! É uma escolha sistematizada e com método! O que eu estou falando
aqui é da oportunidade de ter um estudo dirigido e com apoio de teoria. Esse é o meu trabalho:
DISSECAR um conjunto de questões selecionadas com método, produzir um perfil do tipo de
cobrança dos tópicos daquele conjunto de questões, estruturar e escrever uma aula autossufi-
ciente com teoria e questões comentadas! Como se não bastasse, estou praticamente todo o
tempo disponível no fórum de dúvidas. Te convido a experimentar esse método de preparação.
Prof. Manoel Machado
@prof.manoelmachado

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TANATOLOGIA MÉDICO-LEGAL
1. Tanatologia Forense
1.1. Conceito de Morte
Na Grécia Antiga, em sua mitologia, entende-se que Tânatos (Thanatos), filho de Nix (noite)
e Érebro (escuridão do mundo inferior), era irmão gêmeo de Hípnos. Thanatos era a personi-
ficação da morte, que, nascido em 21 de agosto, tinha essa data como o dia preferido para
arrebatar as vidas enquanto Hípnos era a personificação do sono.
Tanatologia Forense é a parte da Medicina Legal que estuda a morte e as suas repercus-
sões na esfera jurídico-social. A morte, na sua acepção mais simples, consiste na cessação
total e irreversível das funções vitais. Temos ainda uma importante distinção entre a chamada
morte clínica e a morte encefálica.
Morte clínica é definida quando ocorre inconsciência, ausência de movimentos respiratórios
e batimentos cardíacos eficientes, porém com viabilidade cerebral e biológica. Avanços das téc-
nicas de ressuscitação cardiorrespiratórias; avanços no desenvolvimento de equipamentos de
sustentação da vida (pressão sanguínea, respiração, etc.) para pacientes com lesões cerebrais
severas; transplantes de órgãos; são algumas formas de reverter ou impedir a morte encefálica.
A morte encefálica é a definição legal de morte. É a completa e irreversível parada de todas
as funções do cérebro. Isto significa que, como resultado de severa agressão ou ferimento
grave no cérebro, o sangue que vem do corpo e supre o cérebro é bloqueado e o cérebro morre.

1.2. Critérios Diagnóstico de Morte


Segundo o Conselho Federal de Medicina em sua Resolução 1480/97, a morte é cons-
tatada diante da parada total e irreversível das atividades encefálicas. É o que se denomina
morte encefálica.
Alguns critérios internacionalmente aceitos de acordo com a Harvard Medical School:
1) Ausência de resposta ao mais intenso estímulo doloroso.
2) Ausência de movimentos ou respiração espontânea, definida como ausência de esforço
para respirar por três minutos fora do respirador, com a tensão de CO2 normal e respiração de ar
ambiente por 10 minutos antes do teste.
3) Ausência de reflexos, pupilas não reativas, ausência de reflexos de nervos cranianos (cornea-
no, faringeano, movimentos oculares à rotação da cabeça, irrigação dos ouvidos com água fria, etc.).
4) Eletroencefalograma (EEG) isoelétrico.
No Brasil de acordo com a Consulta CREMESP n. 85.199/2004: quando um paciente for con-
siderado em “Morte Encefálica”, portanto, em óbito, o médico responsável pelo paciente deve
comunicar o fato à família e com a concordância dos responsáveis legais pelo paciente, ele
deve suspender imediatamente os meios artificiais de sustentação das funções vegetativas.

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Com a concordância dos responsáveis legais, a responsabilidade das providências cabe ao


médico responsável pelo paciente e na sua ausência ao médico intensivista.

1.3. Tipos de Morte


Os principais tipos de morte reconhecidos pela doutrina são:
• Morte natural: é aquela que resulta de uma patologia, pois é natural que um dia se morra.
Pode ser assistida, quando um médico assistente fornece a Declaração de Óbito ou não
assistida, quando SVO (Serviço de Verificação de Óbito) fornece a Declaração.
• Morte violenta: é a que resulta de ato praticado por outra pessoa(homicídio), ou por
si mesma (suicídio), ou em razão de acidentes, sempre existindo responsabilidade
penal a ser apurada
• Morte suspeita: é a que após investigação cuidadosa das circunstâncias em que o óbito
ocorreu e de seu local, suscita razões para se suspeitar, de modo fundamentado, que
sua causa tenha sido violenta, e não natural.
• Morte súbita: é a imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta,
atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.
• Morte agônica: corresponde à morte lenta com sofrimento, sendo possível estimar o
tempo de sobrevivência por meio de docimasias.

A morte pode ser considerada ainda real, ou aparente, entendida como um estado do organis-
mo no qual as funções vitais se reduziram à um mínimo tal que dão a impressão errônea da morte.
Abaixo segue um quadro resumo com as classificações médico-legais para os tipos de mortes.

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2. Fenômenos Cadavéricos ou Sinais Tanatológicos


Os sinais tanatológicos dividem basicamente em abióticos e em transformativos. Cada um
desses sinais terão uma série de implicações na análise do cadáver.

2.1. Fenômenos Abióticos Imediatos


Como o próprio nome diz, ocorrem imediatamente a cessão das funções vitais do corpo, são eles:
1. Perda da consciência
2. Desaparecimento dos movimentos e do tônus muscular
3. Perda dos movimentos respiratórios e dos batimentos cardíacos
4. Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos
5. Perda das funções cerebrais.

2.2. Fenômenos Abióticos Consecutivos ou Mediatos


Por outro lado, os consecutivos ocorrem algum tempo após a morte sendo principalmente
caracterizados por:
1. Desidratação cadavérica: Fenômeno mais acentuado em crianças e idosos. Perda de 8
g/Kg de peso por dia (podendo chegar a 18 g/Kg/dia). Perda de peso. Pergaminhamento da
pele. Dessecamento de mucosas e lábios. Modificações oculares: tela viscosa, perda da ten-
são do globo, turvação da córnea, mancha negra da esclerótica
2. Livor mortis ou manchas de hipóstase ou livor cadavérico: É a descoloração de uma
região do corpo causada por acúmulo de sangue, ocorre nas áreas em que o corpo está en-
costado no chão ou recebendo pressão, porque os capilares estão comprimidos. O livor mortis
começa geralmente entre uma e duas horas após a morte, e se torna permanente entre seis e
doze horas após a morte.

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3. Algor mortis ou esfriamento cadavérico: É a redução linear da temperatura da pele que


ocorre após a morte. Uma vez cessadas as funções vitais, o corpo esfria a uma média de 1,0ºC
a 1,5ºC por hora. A temperatura média de um ser humano, vivo, é entre 36ºC e 37ºC, então, o
cadáver atinge a temperatura do ambiente em no máximo 24 horas após a morte. (Logicamen-
te, fatores como o clima devem ser levados em consideração).
4. Rigor mortis ou rigidez cadavérica: Trata-se de uma mudança química nos músculos,
causando aos membros do cadáver um endurecimento (rigor) e impossibilidade de mexê-los
ou manipulá-los. Inicia-se pelos membros superiores (face, mandíbula, pescoço) e, de forma
gradativa, se estende ao restante do corpo.

2.3. Fenômenos Transformativos


Os fenômenos transformativos são classificados em destrutivos, autólise, putrefação (com-
posta por 4 estágios) e maceração, e os conservativos, como a mumificação, a saponificação, co-
reificação e a petrificação. Vejamos em detalhes cada um desses fenômenos na próxima sessão.

3. Fenômenos Abióticos Transformativos


Os fenômenos cadavéricos transformativos podem ser classificados em destrutivos ou
conservativos. Fazem parte do primeiro grupo a autólise, putrefação e maceração. No segundo
grupo podemos encontrar a mumificação e a saponificação.

3.1. Destrutivos
3.1.1. Autólise

É o primeiro fenômeno caracteriza-se por uma série de processos fermentativos anaeróbicos


que ocorrem no interior das células do indivíduo após sua morte, por meio das enzimas presentes
nesses organismos e ocorrem independentemente de qualquer ação de outros microrganismos.

Não confundir a autólise com o próximo processo, a putrefação!

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A partir desse tópico poderão aparecer imagens sensíveis com objetivo didático de apresenta-
ção do conteúdo de forma a auxiliar em sua fixação. Não tenho qualquer intenção de chocá-los
ou causar mal-estar, mas apenas melhorar a exposição de um conteúdo que precisa ser ilustra-
do. Caso você tenha algum problema com a visualização de imagens sensíveis, entre em contato
com o Gran Cursos ou comigo pelo Fórum de Dúvidas, que providenciaremos um material sem
imagens para você.

3.1.2. Putrefação

A putrefação, também conhecida como marcha cadavérica da putrefação. Consiste na de-


composição fermentativa dos tecidos pela ação de diversos seres microscópicos, em seguida
da autólise. O abdômen é onde se inicia este processo, com uma mancha verde característica,
fato que só não ocorre nos recém-nascidos.
A doutrina divide este fenômeno em quatro períodos: cromático, gasoso, coliquativo e es-
quelitização. Vejamos:
1º Período – Cromático
A fase cromática e ocorre entre as primeiras 24 horas. Inicia-se com a mancha verde abdo-
minal pela ação de bactérias no intestino grosso, mais especificamente, na região do ceco, na
fossa ilíaca direita. O professor Genival França indica que:

A localização da mancha verde na fossa ilíaca direita é explicada devido ao fato de o ceco ser a
parte mais dilatada e mais livre do intestino grosso e ainda por ser o segmento no qual se acumula
maior quantidade de gases e, finalmente, porque é a parte que fica mais próxima à parede abdomi-
nal. O aparecimento dessa mancha, em nosso meio, surge entre 20 e 24 h depois da morte.

A região do ceco, no intestino grosso, é onde se concentra maior quantidade de fezes e por
isso é rica em bactérias.

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2º Período – Gasoso
Período gasoso ou enfisematoso é aquele em que do interior do corpo os gases da putre-
fação vão formando bolhas na epiderme, o cadáver incha. Há projeção dos olhos e da língua,
bem como a distensão do abdômen e o escurecimento da pele.

Nesta fase ocorre a circulação póstuma de Brouardel quando todo o corpo está em decom-
posição, impregnado de uma mancha verde e em forma arborescente.

3º Período – Coliquativo
O período coliquativo ou de liquefação é aquele em que as partes moles se decompõem, a
derme se descola da epiderme e o corpo perde sua forma. Nesta fase há a presença de larvas
e insetos necrófagos em grande número. Os insetos presentes na chamada fauna cadavérica
(área estudada pela entomologia forense) e em específico as moscas, podem determinar o tem-
po de morte das vítimas de assassinato por meio dos ovos e larvas encontrados no cadáver.

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4º Período - Esqueletização
Esqueletização, ou período de redução esquelética, é o quarto estágio de decomposição (pu-
trefação). É caracterizada pela desintegração da pele, tecidos moles e certos orgãos devido ao pro-
cesso de liquefação, restando apenas os orgãos mais sólidos como o útero/glândula da próstata,
coração, tendões, cartilagens, unhas e cabelo. Na fase de esqueletização o cadáver vai perdendo
os tecidos moles. Os músculos, vísceras e ossos vão aparecendo. O período dura de meses a anos.

3.1.3. Maceração

A maceração é o processo de transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento


dos tecidos e órgãos quando os mesmos ficam submersos em um meio líquido e nele se em-
bebem. O mais frequente é que aconteça com a água e o líquido amniótico, este com o feto
morto após o 5º ou 6º mês no interior do útero (existe uma pequena divergência na literatura,
mas o mais aceito é que ocorra entre o 6º e 9º mês).

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3.2. Conservadores
3.2.1. Mumificação

Surge em corpos mantidos em condições de muito baixa umidade, geralmente em temperatu-


ras altas (ou muito baixas) e com oxigênio abundante. Dessecamento dos tecidos. Pelo menos 4 a
6 meses para se completar e em um ano ou mais surgem as características de múmias recentes.
Processo favorecido em crianças, no sexo feminino, em indivíduos magros, em condições
patológicas como hemorragias, desidratação intensa, antibioticoterapia prolongada e algumas
intoxicações (ex.: arsênico, cianeto).

3.2.2. Saponificação

Surge em corpos mantidos em condições de grande umidade, com acesso restrito de ar.
Transformação do tecido adiposo em adipocera. Início ao 3º-4º mês e se completa em um
ano ou mais. Processo favorecido em crianças, no sexo feminino, na obesidade, em condições
patológicas que originam degeneração do tecido adiposo (ex.: alcoolismo).
Aparece após estágio relativamente avançado de putrefação, geralmente limitado a algu-
mas partes do cadáver, com aspecto de cera e as seguintes características: consistência untu-
osa, mole e quebradiça; cheiro rançoso adocicado; coloração amarelado, róseo ou acinzentado.

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3.2.3. Coreificação

Coreificação decorre da conservação do cadáver em urna metálica (especialmente fabrica-


da com folha de zinco galvanizado), hermeticamente fechada. Neste processo, as partes mo-
les sofrerão ressecamento com consequente diminuição de volume, enquanto a pele assume
uma característica de couro curtido.

3.2.4. Petrificação

Fenômeno abiótico conservador raro. Infiltração dos tecidos por sais de cálcio. Quase ex-
clusivo de embriões e fetos mortos resultantes de gestações ectópicas. Formação do litopédio.

Não confundir com maceração!!

4. Cronotanatognose
É o conhecimento ou a determinação do tempo decorrido entre a morte e encontro do ca-
dáver (ou exame necroscópico). Esta datação nem sempre é fácil de ser realizada, pois está
demasiadamente dependente de diversos fatores, tais como:
• Características individuais
• Meio ambiente
• Tipo de morte

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Quanto maior o tempo entre o óbito e o exame, maior será a dificuldade na determinação
precisa do lapso transcorrido, em horas ou dias, desde o decesso.
Compreendem a observação de modificações e fenômenos que se instalam progressiva-
mente no cadáver, bem como exames complementares que permitem datar, com relativa pre-
cisão dentro de uma faixa temporal, o momento do óbito.
Com base em diversas observações e características gerais, um calendário de morte pode
ser estabelecido com os seguintes critérios:
CALENDÁRIO DA MORTE:
• Menos de 2h: Corpo flácido, quente e sem livores.
• De 2 a 4h: Rigidez na nuca e mandíbula, esboço de livores e esvaziamento das papilas
oculares no fundo de olho.
• De 4 a 6h: Rigidez dos membros superiores, da nuca e da mandíbula, livores relativamente
acentuados e anel isquêmico de 1/2 do diâmetro papilar no fundo de olho.
• Mais de 8 e menos de 16h: Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, não surgimento
da mancha verde abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• Mais de 16 e menos de 24h: Rigidez generalizada, esboço de mancha verde abdominal,
e reforço da fragmentação venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• De 24 a 48h: Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas
não localizáveis no fundo de olho.
• De 48 a 72h: Extensão da mancha verde abdominal e fundo de olho reconhecível só
na periferia.
• De 72 a 96h: Fundo de olho irreconhecível.

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RESUMO

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CALENDÁRIO DA MORTE:
• Menos de 2h: Corpo flácido, quente e sem livores.
• De 2 a 4h: Rigidez na nuca e mandíbula, esboço de livores e esvaziamento das papilas
oculares no fundo de olho.
• De 4 a 6h: Rigidez dos membros superiores, da nuca e da mandíbula, livores relativamente
acentuados e anel isquêmico de 1/2 do diâmetro papilar no fundo de olho.
• Mais de 8 e menos de 16h: Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, não surgimento
da mancha verde abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• Mais de 16 e menos de 24h: Rigidez generalizada, esboço de mancha verde abdominal,
e reforço da fragmentação venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• De 24 a 48h: Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas
não localizáveis no fundo de olho.
• De 48 a 72h: Extensão da mancha verde abdominal e fundo de olho reconhecível só
na periferia.
• De 72 a 96h: Fundo de olho irreconhecível.

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EXERCÍCIOS
001. (CEBRASPE/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-RJ/2022) Entre os fenômenos cadavéricos,
aquele que pode atingir o feto morto retido do quinto ao nono mês de gravidez no útero materno
é chamado de:
a) mumificação.
b) saponificação.
c) corificação.
d) litopédio.
e) maceração.

002. (CESPE-CEBRASPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-PB/2022) Assinale a opção em que


os dois tipos de fenômenos transformativos verificados nos cadáveres em estado de decomposi-
ção estão correta e respectivamente exemplificados:
a) conservadores: autólise, putrefação e maceração; destrutivos: mumificação e saponificação.
b) conservadores: mumificação e saponificação; destrutivos: autólise, putrefação e maceração.
c) conservadores: mumificação e maceração; destrutivos: saponificação e autólise.
d) conservadores: putrefação e maceração; destrutivos: autólise e maceração.
e) conservadores: autólise, mumificação e saponificação; destrutivos: putrefação e maceração.

003. (FEPESE/AUXILIAR MÉDICO-LEGAL/IGP-SC/2022) Em Tanatologia, são critérios com-


plementares utilizados para a caracterização da morte em indivíduos com mais de 2 anos a(o):
a) Positividade do teste de apneia.
b) Ausência de perfusão periférica e cianose.
c) Coma aperceptivo com arreatividade inespecífica, dolorosa e vegetativa, de causa definida.
d) Ausência de reflexos corneano, oculocefálico, oculovestibular e do vômito.
e) Ausência das atividades bioelétrica ou metabólica cerebrais.

004. (FGV/TÉCNICO POLICIAL DE NECROPSIA/PC-RJ/2022) A putrefação, geralmente, tem


como primeira manifestação visível a “mancha verde” que se localiza na região inguinoabdo-
minal direita.
Aparece cerca de 20 a 24 horas após a morte e é devida à ação do gás sulfídrico sobre a hemo-
globina. Da fossa ilíaca se espalha para o resto do abdome, tórax, pescoço e face.
A “mancha verde” na região inguinoabdominal representa a evidência da decomposição dos
tecidos justamente na região que corresponde à(ao):
a) bexiga, onde o acúmulo de urina inicia o processo.
b) duodeno, onde a acidez vinda do estômago inicia o processo.
c) intestino grosso, onde há abundância de bactérias que iniciam o processo.

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d) duodeno, onde a bile e o suco pancreático iniciam o processo.


e) intestino grosso, onde há abundância de enzimas da digestão que iniciam o processo.

005. (FAPEC/PERITO MÉDICO LEGISTA/PC-MS/2021) Sobre os fenômenos transformativos


destrutivos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Autólise é o mais precoce dos fenômenos cadavéricos.
b) Putrefação cadavérica consiste na decomposição fermentativa da matéria orgânica por
ação de diversos germes e alguns fenômenos daí decorrentes.
c) No período cromático ou de coloração da putrefação, de maneira geral, a mudança de cor se
inicia pelos pés do cadáver, quando estes estiverem presos ao corpo.
d) No período de esqueletização, a atuação do meio ambiente e dos elementos que surgem
do trabalho da desintegração do corpo fazem com que os ossos se apresentem quase livres,
presos apenas por alguns ligamentos articulares.
e) Maceração é um processo especial de transformação que sofre o cadáver do feto no útero
materno, do sexto ao nono mês de gravidez. Esse fenômeno pode ser séptico de acordo com
as condições do meio onde o corpo permanece.

006. (FAPEC/PERITO MÉDICO LEGISTA/PC-MS/2021) Baseado nos fenômenos cadavéricos


estudados, é possível estabelecer um calendário de morte. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Corpo flácido, quente e sem livores: menos de 2 horas.
b) Rigidez de membros superiores da nuca e da mandíbula, livores relativamente acentuados e
anel isquêmico de ½ do diâmetro papilar no fundo de olho: de 4 a 6 horas.
c) Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, sem mancha verde abdominal e desapareci-
mento das artérias do fundo de olho: mais de 8 horas e menos de 16 horas.
d) Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas não localizá-
veis em fundo de olho: 24 a 48 horas.
e) Fundo de olho irreconhecível: a partir de 12 horas.

007. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) Os livores de hipóstase, em geral, têm coloração vio-


lácea; porém, poderão apresentar-se de tonalidade diferente em situações especiais, tais como:
a) afogamento e intoxicação por organofosforados.
b) intoxicação por monóxido de carbono e por substâncias metemoglobinizantes.
c) intoxicação por barbitúricos e por substâncias metemoglobinizantes.
d) intoxicação por monóxido de carbono e por benzenos.
e) afogamento e intoxicação por carbamatos.

008. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) Durante a investigação de um crime, alguns fato-


res auxiliam o perito na pesquisa da hora provável da morte, cuja determinação pode ser de
grande valia, por meio da observação de alguns fenômenos cadavéricos, tais como:

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a) desidratação; resfriamento do corpo; flacidez muscular.


b) espasmo cadavérico; livores de hipóstase; mancha negra da esclerótica.
c) resfriamento do corpo; livores de hipóstase; rigidez muscular.
d) relaxamento dos esfíncteres; resfriamento do corpo; livores de hipóstase.
e) mancha negra da esclerótica; resfriamento do corpo; rigidez muscular.

009. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) O cadáver de um homem sepultado há cerca de


seis meses foi exumado para localizar projétil de arma de fogo, que deixou de ser recolhido du-
rante a necropsia por falta de condições técnicas. Cumpridos os trâmites de praxe, a abertura
do caixão revelou aos peritos e autoridades presentes: odor rançoso e desagradável; tronco e
membros inferiores preservados e de tonalidade pardo-amarelada. O achado possibilitou aos
peritos revisar as lesões descritas no laudo de necropsia e concluir seu trabalho. O caso rela-
tado permite concluir que o corpo:
a) possivelmente passou por algum método de conservação antes do sepultamento, por isso
a putrefação ainda não se completou.
b) está mumificado, por isso tronco e membros inferiores estão preservados.
c) está na fase gasosa, por isso o odor exalado e a conservação de tronco e membros inferiores.
d) está na fase coliquativa que antecede a esqueletização, por isso tronco e membros inferio-
res ainda estão preservados.
e) apresenta o fenômeno de adipocera ou saponificação, por isso tronco e membros inferiores
estão preservados.

010. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) São animais cujas alterações em cadáveres podem


servir para avaliar há quanto tempo ocorreu a morte:
a) formigas.
b) baratas.
c) crustáceos.
d) moscas.
e) ratos.

011. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) A causa jurídica da morte de uma pessoa pode


ser natural ou violenta. As mortes violentas podem decorrer de acidente, suicídio ou crime.
Sobre o tema, é correto afirmar que:
a) em tempos de paz, a causa jurídica mais comum das mortes violentas é o crime doloso.
b) cabe ao perito legista estabelecer a causa jurídica das mortes violentas.
c) a morte é considerada suspeita quando ocorre de modo inesperado, não se achando sinais
de violência pela perinecroscopia.

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d) quando ocorrer morte por complicação infecciosa em um caso de vítima de acidente de


trabalho, qualquer médico plantonista de pronto-socorro pode dar a declaração de óbito.
e) a declaração de óbito é dispensável quando for solicitado exame complementar.

012. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Diversos fatores podem


interferir na evolução da putrefação cadavérica, EXCETO:
a) Espasmo cadavérico.
b) Idade do morto.
c) Temperatura ambiente.
d) Umidade do ar.

013. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Nas mortes violentas


ou suspeitas, já previstas por lei, os peritos nomeados ou oficiais, por solicitação da autorida-
de competente, só poderão realizar a necropsia após 6 h de verificado o óbito. Sobre o exame
necroscópico, é CORRETO afirmar que:
a) é um exame que pode ser realizado no indivíduo vivo ou morto.
b) não pode ser documentado por meio de um relatório médico-legal.
c) não pode ser realizado em indivíduos menores de um ano de idade.
d) um dos objetivos é destacar a causa da morte.

014. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Cadáver de 40 anos foi


encontrado em casa em putrefação na chamada “mancha verde abdominal” que ocorre no(a):
a) fossa ilíaca esquerda, pela presença do sigmoide.
b) fossa ilíaca direita, pela presença do ceco.
c) hipocôndrio direito, pela presença da bile na vesícula biliar.
d) hipocôndrio esquerdo, pela presença do cólon descendente.

015. (FAPEC/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-MS/2021) A tanatologia forense, tradicionalmente,


é compreendida como o ramo da medicina legal que tem como objeto de estudo a morte, o
morto e suas repercussões. Sobre os fenômenos cadavéricos, é correto afirmar, EXCETO:
a) a autólise é o processo de destruição das células pela ação de suas próprias enzimas.
b) a maceração é um processo de transformação no qual há destruição dos tecidos moles do cadá-
ver, provocada pela ação prolongada de líquidos. Os estudos apontam para duas espécies de ma-
ceração: a séptica, resultado da exposição prolongada do cadáver em ambiente líquido contamina-
do; e a asséptica, em que não há contaminação do líquido onde o cadáver se encontra submerso.
c) a saponificação, também conhecida como adipocera, é um fenômeno transformativo des-
trutivo em que o tecido do corpo adquire um aspecto amarelo-acinzentado, untuoso, mole ou
quebradiço. Geralmente, a saponificação ocorre quando o cadáver fica exposto a um ambiente
excessivamente úmido, quente e pouco arejado.

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d) a corificação é um processo transformativo em que o cadáver adquire um aspecto seme-


lhante ao couro, pois seus tecidos cutâneos são transformados em razão da desidratação. Em
alguns casos, é possível a reidratação dos tecidos para identificar as lesões no cadáver, possi-
bilitando-se diferenciar as lesões causadas em vida das provocadas post mortem.
e) uma das fases da putrefação é a chamada fase gasosa, que ocorre com o início da decom-
posição, quando são formados gases no interior do corpo do cadáver. É nessa fase que é pos-
sível observar a chamada circulação póstuma de Brouardel.

016. (IDECAN/ODONTOLOGIA/PEFOCE/2021) Nem sempre o destino do cadáver é a sua


transformação destrutiva. Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas podem ser
relativamente conservadas pela ocorrência de processos biológicos ou físico-químicos, natu-
rais ou artificiais. Qual desses processos não é um fenômeno conservador?
a) Saponificação.
b) Mumificação.
c) Coreificação.
d) Petrificação.
e) Maceração.

017. (IDECAN/ODONTOLOGIA/PEFOCE/2021) Um cadáver, que estava sem identificação, foi


achado por moradores. A vítima estava próxima ao riacho local. Apresentava as partes moles
se decompondo, transformando-se em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa
fetidez. Havia a presença de larvas e insetos necrófagos em grande número. A fase de putre-
fação em que o corpo se encontrava é denominada período:
a) cromático.
b) enfisematoso.
c) gasoso.
d) de esqueletização.
e) coliquativo.

018. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Nem sempre o destino do cadáver é


a sua transformação destrutiva. Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas po-
dem ser relativamente conservadas pela ocorrência de processos biológicos ou físico-quími-
cos, naturais ou artificiais. Qual desses processos não é um fenômeno conservador?
a) Saponificação.
b) Maceração.
c) Mumificação.
d) Coreificação.
e) Petrificação.

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019. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Os fenômenos transformativos se divi-


dem em dois tipos: conservadores e destrutivos. A respeito de tais fenômenos, é correto afirmar que:
a) os períodos cromático e enfisematoso são partes da fase de putrefação.
b) a saponificação é um fenômeno destrutivo, pois a adipocera causa decomposição rápida
pelo acúmulo de gordura.
c) na maceração, os músculos e tendões do cadáver viram pó.
d) na fase de autólise, surge a circulação póstuma de Brouardel.
e) a esqueletização começa após 180 dias.

020. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) A respeito da causa jurídica da morte,


é correto dividir objetivamente em diversos tipos. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Morte natural: pode ser assistida ou não assistida, sendo considerada assistida a morte que
ocorre na presença de um médico.
b) Morte agônica: corresponde à morte lenta com sofrimento, sendo possível estimar o tempo
de sobrevivência por meio de docimasias.
c) Morte violenta: corresponde à causada por outra pessoa, mediante violência, ou seja, homicídio.
d) Morte suspeita: é sinônimo de morte súbita.
e) Morte súbita: corresponde à que ocorre imediatamente após o início de um determinado
quadro clínico, sendo sinônimo da morte instantânea.

021. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) A necessidade de diagnóstico de


causa jurídica de morte é o principal motivo da realização de necropsias forenses, que devem
ser realizadas mesmo em caso de dúvidas, como manda o CPP em seus artigos 159 e 160. Em
relação à determinação da causa jurídica da morte, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Em relação aos tipos de morte, é correto dividi-las em morte natural ou violenta.
b) Mortes violentas podem ser por acidente, suicídio ou homicídio.
c) Em caso de morte suspeita, é atribuição do perito legista a realização da necropsia e deter-
minação da causa médica da morte.
d) É atribuição do médico legista a determinação da causa jurídica da morte.
e) Morte suspeita e morte por causa indeterminada não são a mesma coisa.

022. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Para se verificar a certeza da morte


e evitar que alterações ocorridas após o óbito mascarem ou forneçam informações erradas
sobre suas causas, é necessária a observação cuidadosa dos fenômenos cadavéricos. Os fe-
nômenos cadavéricos são classificados em abióticos e transformativos; os primeiros ocorrem
sem a interferência de agentes biológicos, enquanto nos transformativos essa interferência é
intensa, exceção feita à autólise. Os abióticos se dividem em imediatos e mediatos ou conse-
cutivos. São sinais de fenômenos abióticos imediatos os elementos listados nas alternativas
a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.

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a) Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos.


b) Parada cardiorrespiratória.
c) Palidez.
d) Miose.
e) Abolição do tônus muscular.

023. (INSTITUTO AOCP/PERITO CRIMINAL/ITEP–RN/2021) O cadáver que se encontra em


posição de lutador, aspecto gigantesco e circulação póstuma de Brouardel se encontra:
a) na fase dos fenômenos abióticos consecutivos.
b) na fase de coloração da putrefação.
c) na fase gasosa da putrefação.
d) na fase coliquativa da putrefação.
e) no fenômeno de autólise.

024. (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP–RN/2021) Morte violenta


é aquela que:
a) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação exógena e lesiva.
b) se produz mesmo que tardiamente, decorrente de uma ação exógena e lesiva.
c) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação endógena e lesiva.
d) se produz mesmo que tardiamente, decorrente de uma ação endógena e lesiva.
e) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação exógena e não lesiva.

025. (INÉDITA/2022) Em uma exumação realizada em um cemitério, o médico-legista se de-


parou com um caixão hermeticamente selado. Tão logo abriu a tampa superior, verificou que o
corpo havia sofrido um fenômeno transformativo típico desse tipo de urna metálica. Trata-se de:
a) autólise.
b) coreificação.
c) mumificação.
d) maceração.
e) saponificação.

026. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) O diagnóstico


diferencial entre as lesões produzidas em vida ou depois da morte pode ser realizado por meios
tradicionais e meios subsidiários (exames de laboratório). Como característica(s) de lesões intra-
vitam, pode-se ter:
a) ausência de coagulação de sangue.
b) escoriação e irretratibilidade dos tecidos.
c) lesões brancas e infiltração hemorrágica nos tecidos.

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d) equimose e presença de crosta na escoriação.


e) flictenas contendo ar.

027. (VUNESP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA/2018) Senhora de 73 anos de idade,


viúva, com antecedentes de diabetes mellitus e doença arterial coronariana, mas sem acompa-
nhamento médico há 5 anos, é encontrada morta na cama onde habitualmente dormia, quando
a filha foi visitá-la. Após acionar a autoridade policial, logo a equipe pericial chega ao local de
morte. Aparentemente, não houve alteração da cena. O cadáver estava em decúbito dorsal,
sem sinais de injúrias externas, com livores de hipóstase fixos, rigidez cadavérica em todo
o corpo e ausência de mancha verde abdominal. Considerando a temperatura ambiente de
aproximadamente 20 ºC e ausência de fatores internos e externos que possam influenciar
a cronologia de fenômenos cadavéricos, constitui, com maior probabilidade, uma estimativa
aproximada correta do tempo de morte (intervalo post mortem):
a) 4 horas.
b) 7 horas.
c) 15 horas.
d) 24 horas.
e) 36 horas.

028. (FCC/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2018) Dentre os fenômenos ca-


davéricos transformativos, tem-se a:
a) autólise, que é o processo de destruição macroscópica decorrente da ação da água do meio
ambiente em que o cadáver se encontra.
b) putrefação, fenômeno que antecede a autólise, caracterizada pela decomposição fermen-
tativa da matéria inorgânica.
c) maceração, que é o processo de conservação que ocorre na morte do feto dentro do útero
materno em qualquer tempo da gestação.
d) mumificação, que é um processo destrutivo do cadáver, sendo decorrente de meios naturais.
e) saponificação, na qual o cadáver é transformado em uma substância untuosa após um certo
estágio da putrefação.

029. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de qua-


renta e cinco anos de idade morreu após se engasgar com um pedaço do sanduíche que comia
em uma lanchonete. Ele estava na companhia do seu cunhado, que não conseguiu ajudá-lo a
retomar o fôlego. Os empregados da lanchonete acionaram o socorro médico, mas não houve
êxito na tentativa de evitar a morte do homem.
Considerando essa situação hipotética e os diversos aspectos a ela relacionados, julgue
o item a seguir.

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Se o socorro médico tivesse chegado uma hora após o óbito do homem, seria possível constatar
a rigidez completa do cadáver e a presença de livores de hipóstases fixados.

030. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) O Algor mor-


tis é uma técnica muito utilizada na perícia forense, já que permite ao perito criminal identificar:
a) morte sem resposta inflamatória.
b) primeiro estágio do Rigor mortis
c) resfriamento do cadáver e estimativa do tempo de óbito.
d) morte de animais provocada por outros animais.
e) morte de animal resultada de agressão humana.

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GABARITO
1. e
2. b
3. e
4. c
5. c
6. e
7. b
8. c
9. e
10. d
11. c
12. a
13. e
14. e
15. c
16. e
17. e
18. b
19. a
20. b
21. d
22. d
23. c
24. b
25. b
26. d
27. c
28. e
29. E
30. c

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GABARITO COMENTADO
001. (CEBRASPE/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-RJ/2022) Entre os fenômenos cadavéricos,
aquele que pode atingir o feto morto retido do quinto ao nono mês de gravidez no útero materno
é chamado de:
a) mumificação.
b) saponificação.
c) corificação.
d) litopédio.
e) maceração.

A maceração é o processo de transformação destrutiva em que ocorre o amolecimento dos te-


cidos e órgãos quando os mesmos ficam submersos em um meio líquido e nele se embebem.
O mais frequente é que aconteça com a água e o líquido amniótico, este com o feto morto após
o 5º ou 6º mês no interior do útero.
Letra e.

002. (CESPE-CEBRASPE/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL/PC-PB/2022) Assinale a opção em que


os dois tipos de fenômenos transformativos verificados nos cadáveres em estado de decomposi-
ção estão correta e respectivamente exemplificados:
a) conservadores: autólise, putrefação e maceração; destrutivos: mumificação e saponificação.
b) conservadores: mumificação e saponificação; destrutivos: autólise, putrefação e maceração.
c) conservadores: mumificação e maceração; destrutivos: saponificação e autólise.
d) conservadores: putrefação e maceração; destrutivos: autólise e maceração.
e) conservadores: autólise, mumificação e saponificação; destrutivos: putrefação e maceração.

Os fenômenos cadavéricos transformativos podem ser classificados em destrutivos ou con-


servativos. Fazem parte do primeiro grupo a autólise, putrefação e maceração. No segundo
grupo podemos encontrar a mumificação e a saponificação.
Letra b.

003. (FEPESE/AUXILIAR MÉDICO-LEGAL/IGP-SC/2022) Em Tanatologia, são critérios comple-


mentares utilizados para a caracterização da morte em indivíduos com mais de 2 anos a(o):
a) Positividade do teste de apneia.
b) Ausência de perfusão periférica e cianose.
c) Coma aperceptivo com arreatividade inespecífica, dolorosa e vegetativa, de causa definida.

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d) Ausência de reflexos corneano, oculocefálico, oculovestibular e do vômito.


e) Ausência das atividades bioelétrica ou metabólica cerebrais.

A ausência de atividade elétrica cerebral ou ausência de atividade metabólica cerebral ou au-


sência de perfusão sanguínea cerebral são os exames complementares utilizados para carac-
terizar de forma inequívoca a morte cerebral em indivíduos maiores de 2 anos.
Letra e.

004. (FGV/TÉCNICO POLICIAL DE NECROPSIA/PC-RJ/2022) A putrefação, geralmente,


tem como primeira manifestação visível a “mancha verde” que se localiza na região inguino-
abdominal direita.
Aparece cerca de 20 a 24 horas após a morte e é devida à ação do gás sulfídrico sobre a hemo-
globina. Da fossa ilíaca se espalha para o resto do abdome, tórax, pescoço e face.
A “mancha verde” na região inguinoabdominal representa a evidência da decomposição dos
tecidos justamente na região que corresponde à(ao):
a) bexiga, onde o acúmulo de urina inicia o processo.
b) duodeno, onde a acidez vinda do estômago inicia o processo.
c) intestino grosso, onde há abundância de bactérias que iniciam o processo.
d) duodeno, onde a bile e o suco pancreático iniciam o processo.
e) intestino grosso, onde há abundância de enzimas da digestão que iniciam o processo.

O professor Genival França indica que:

A localização da mancha verde na fossa ilíaca direita é explicada devido ao fato de o ceco ser a
parte mais dilatada e mais livre do intestino grosso e ainda por ser o segmento no qual se acumula
maior quantidade de gases e, finalmente, porque é a parte que fica mais próxima à parede abdomi-
nal. O aparecimento dessa mancha, em nosso meio, surge entre 20 e 24 h depois da morte.

A região do ceco, no intestino grosso, é onde se concentra maior quantidade de fezes e por
isso é rica em bactérias.
Letra c.

005. (FAPEC/PERITO MÉDICO LEGISTA/PC-MS/2021) Sobre os fenômenos transformativos


destrutivos, assinale a alternativa INCORRETA.
a) Autólise é o mais precoce dos fenômenos cadavéricos.
b) Putrefação cadavérica consiste na decomposição fermentativa da matéria orgânica por
ação de diversos germes e alguns fenômenos daí decorrentes.

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c) No período cromático ou de coloração da putrefação, de maneira geral, a mudança de cor se


inicia pelos pés do cadáver, quando estes estiverem presos ao corpo.
d) No período de esqueletização, a atuação do meio ambiente e dos elementos que surgem
do trabalho da desintegração do corpo fazem com que os ossos se apresentem quase livres,
presos apenas por alguns ligamentos articulares.
e) Maceração é um processo especial de transformação que sofre o cadáver do feto no útero
materno, do sexto ao nono mês de gravidez. Esse fenômeno pode ser séptico de acordo com
as condições do meio onde o corpo permanece.

a) Certa. A autólise é o primeiro fenômeno transformativo destrutivo que ocorre no cadáver.


b) Certa. A putrefação ocorre em algumas fases iniciadas a partir de bactérias e germes.
c) Errada. A fase cromática é o primeiro período da putrefação e ocorre entre as primeiras 24
horas. Inicia-se com a mancha verde abdominal pela ação de bactérias no intestino grosso,
mais especificamente, na região do ceco, na fossa ilíaca direita.
d) Certa. Na fase de esqueletização o cadáver vai perdendo os tecidos moles. Os músculos,
vísceras e ossos vão aparecendo. O período vai de meses a anos.
e) Certa. A maceração é um fenômeno de transformação que ocorre no cadáver quando em
meio aquoso como nos afogados (maceração séptica), ou pode ocorrer no feto quando morre
no útero da mãe do sexto ao nono mês de gestação (maceração asséptica).
Letra c.

006. (FAPEC/PERITO MÉDICO LEGISTA/PC-MS/2021) Baseado nos fenômenos cadavéricos


estudados, é possível estabelecer um calendário de morte. Assinale a alternativa INCORRETA:
a) Corpo flácido, quente e sem livores: menos de 2 horas.
b) Rigidez de membros superiores da nuca e da mandíbula, livores relativamente acentuados e
anel isquêmico de ½ do diâmetro papilar no fundo de olho: de 4 a 6 horas.
c) Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, sem mancha verde abdominal e desapareci-
mento das artérias do fundo de olho: mais de 8 horas e menos de 16 horas.
d) Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas não localizá-
veis em fundo de olho: 24 a 48 horas.
e) Fundo de olho irreconhecível: a partir de 12 horas.

CALENDÁRIO DA MORTE:
• Menos de 2h: Corpo flácido, quente e sem livores.
• De 2 a 4h: Rigidez na nuca e mandíbula, esboço de livores e esvaziamento das papilas
oculares no fundo de olho.

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• De 4 a 6h: Rigidez dos membros superiores, da nuca e da mandíbula, livores relativamen-


te acentuados e anel isquêmico de 1/2 do diâmetro papilar no fundo de olho.
• Mais de 8 e menos de 16h: Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, não surgimento
da mancha verde abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• Mais de 16 e menos de 24h: Rigidez generalizada, esboço de mancha verde abdominal,
e reforço da fragmentação venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• De 24 a 48h: Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas
não localizáveis no fundo de olho.
• De 48 a 72h: Extensão da mancha verde abdominal e fundo de olho reconhecível
só na periferia.
• De 72 a 96h: Fundo de olho irreconhecível.
Letra e.

007. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) Os livores de hipóstase, em geral, têm coloração vio-


lácea; porém, poderão apresentar-se de tonalidade diferente em situações especiais, tais como:
a) afogamento e intoxicação por organofosforados.
b) intoxicação por monóxido de carbono e por substâncias metemoglobinizantes.
c) intoxicação por barbitúricos e por substâncias metemoglobinizantes.
d) intoxicação por monóxido de carbono e por benzenos.
e) afogamento e intoxicação por carbamatos.

De acordo com Wilson Palermo, os livores cadavéricos podem apresentar diferentes tonalida-
des dependendo da causa morte:
• Morte por intoxicação por monóxido de carbono: carminados/cor cereja;
• Morte por envenenamento com cianeto: vermelho mais intenso;
• Morte por asfixia: violáceo-escuro.
Letra b.

008. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) Durante a investigação de um crime, alguns fato-


res auxiliam o perito na pesquisa da hora provável da morte, cuja determinação pode ser de
grande valia, por meio da observação de alguns fenômenos cadavéricos, tais como:
a) desidratação; resfriamento do corpo; flacidez muscular.
b) espasmo cadavérico; livores de hipóstase; mancha negra da esclerótica.
c) resfriamento do corpo; livores de hipóstase; rigidez muscular.
d) relaxamento dos esfíncteres; resfriamento do corpo; livores de hipóstase.
e) mancha negra da esclerótica; resfriamento do corpo; rigidez muscular.

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O Livor mortis, o Algor mortis e o Rigor mortis são alterações cadavéricas que permitem esti-
mar o tempo de morte.
• Livor mortis – É a descoloração de uma região do corpo causada por acúmulo de san-
gue, ocorre nas áreas em que o corpo está encostado no chão ou recebendo pressão,
porque os capilares estão comprimidos. O livor mortis começa geralmente entre uma a
duas horas após a morte, e se torna permanente entre seis e doze horas após a morte.
• Algor mortis (resfriamento cadavérico) – É a redução linear da temperatura da pele que
ocorre após a morte. Uma vez cessadas as funções vitais, o corpo esfria a uma média
de 1,0ºC a 1,5ºC por hora. A temperatura média de um ser humano, vivo, é entre 36ºC e
37ºC, então, o cadáver atinge a temperatura do ambiente em no máximo 24 horas após
a morte. (Logicamente, fatores como o clima devem ser levados em consideração).
• Rigor Mortis (rigidez cadavérica) – Trata-se de uma mudança química nos músculos, cau-
sando aos membros do cadáver um endurecimento (rigor) e impossibilidade de mexê-los
ou manipulá-los. Inicia-se pelos membros superiores (face, mandíbula, pescoço...) e, de
forma gradativa, se estende ao restante do corpo.
Letra c.

009. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) O cadáver de um homem sepultado há cerca de


seis meses foi exumado para localizar projétil de arma de fogo, que deixou de ser recolhido du-
rante a necropsia por falta de condições técnicas. Cumpridos os trâmites de praxe, a abertura
do caixão revelou aos peritos e autoridades presentes: odor rançoso e desagradável; tronco e
membros inferiores preservados e de tonalidade pardo-amarelada. O achado possibilitou aos
peritos revisar as lesões descritas no laudo de necropsia e concluir seu trabalho. O caso rela-
tado permite concluir que o corpo:
a) possivelmente passou por algum método de conservação antes do sepultamento, por isso
a putrefação ainda não se completou.
b) está mumificado, por isso tronco e membros inferiores estão preservados.
c) está na fase gasosa, por isso o odor exalado e a conservação de tronco e membros inferiores.
d) está na fase coliquativa que antecede a esqueletização, por isso tronco e membros inferio-
res ainda estão preservados.
e) apresenta o fenômeno de adipocera ou saponificação, por isso tronco e membros inferiores
estão preservados.

Segundo Maltus “adipocera é o resultado da hidrólise de gorduras em ambiente úmido e sem


oxigênio”. É um fenômeno conservador transformativo raro que pode surgir após a primeira
semana sendo perceptível aos 3 meses. Aparece após estágio relativamente avançado de
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putrefação, geralmente limitado a algumas partes do cadáver, com aspecto de cera e as se-
guintes características:
• consistência untuosa, mole e quebradiça;
• cheiro rançoso adocicado;
• coloração amarelado, róseo ou acinzentado.
Letra e.

010. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) São animais cujas alterações em cadáveres po-


dem servir para avaliar há quanto tempo ocorreu a morte:
a) formigas.
b) baratas.
c) crustáceos.
d) moscas.
e) ratos.

Os insetos presentes na chamada fauna cadavérica (área estudada pela entomologia forense)
e em específico as moscas, podem determinar o tempo de morte das vítimas de assassinato
por meio dos ovos e larvas encontrados no cadáver.
Letra d.

011. (FGV/PERITO LEGISTA/PC-RJ/2021) A causa jurídica da morte de uma pessoa pode ser
natural ou violenta. As mortes violentas podem decorrer de acidente, suicídio ou crime. Sobre
o tema, é correto afirmar que:
a) em tempos de paz, a causa jurídica mais comum das mortes violentas é o crime doloso.
b) cabe ao perito legista estabelecer a causa jurídica das mortes violentas.
c) a morte é considerada suspeita quando ocorre de modo inesperado, não se achando sinais
de violência pela perinecroscopia.
d) quando ocorrer morte por complicação infecciosa em um caso de vítima de acidente de
trabalho, qualquer médico plantonista de pronto-socorro pode dar a declaração de óbito.
e) a declaração de óbito é dispensável quando for solicitado exame complementar.

a) Errada. Afirmação completamente descabida pois não há como se fazer tal relação. As mor-
tes violentas podem ser homicidas (culposas ou dolosas), suicidas ou acidentais.
b) Errada.

Ao perito, cabe ver e reportar, de forma objetiva e imparcial, todos os fatos por ele diretamente
apurados. Significa dizer que o perito vai se utilizar de todos os seus conhecimentos técnicos para
produzir a prova da forma mais isenta possível, sem julgar o fato.

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Perito não determina causa jurídica da morte. Quem fará isso é o juiz, amparado no laudo pro-
duzido pelo Perito.
c) Certa. A morte suspeita é aquela que ocorre em circunstância duvidosa, inesperada ou com
possibilidade de não ter sido natural.
d) Errada. Morte por acidente de trabalho é considerada violenta e o corpo precisa ser encami-
nhado ao setor médico legal para avaliação pelo perito médico legista.
e) Errada. A declaração de óbito pelo médico responsável nunca pode ser dispensada.
Letra c.

012. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Diversos fatores po-


dem interferir na evolução da putrefação cadavérica, EXCETO:
a) Espasmo cadavérico.
b) Idade do morto.
c) Temperatura ambiente.
d) Umidade do ar.

Espasmos cadavéricos tem relação com fenômenos cadavéricos consecutivos e não com evo-
lução da putrefação, que já é a terceira fase dos fenômenos destrutivos.
Letra a.

013. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Nas mortes violentas


ou suspeitas, já previstas por lei, os peritos nomeados ou oficiais, por solicitação da autorida-
de competente, só poderão realizar a necropsia após 6 h de verificado o óbito. Sobre o exame
necroscópico, é CORRETO afirmar que:
a) é um exame que pode ser realizado no indivíduo vivo ou morto.
b) não pode ser documentado por meio de um relatório médico-legal.
c) não pode ser realizado em indivíduos menores de um ano de idade.
d) um dos objetivos é destacar a causa da morte.

Exame necroscópico é realizado no cadáver para determinar a causa da morte, quando esta
for violenta ou houver suspeita de morte violenta. Após o exame, é fornecida a declaração de
óbito e liberado o corpo para preparo pelo serviço funerário.
Letra e.

014. (FUMARC/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITUTO/PC-MG/2021) Cadáver de 40 anos foi


encontrado em casa em putrefação na chamada “mancha verde abdominal” que ocorre no(a):
a) fossa ilíaca esquerda, pela presença do sigmoide.
b) fossa ilíaca direita, pela presença do ceco.
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c) hipocôndrio direito, pela presença da bile na vesícula biliar.


d) hipocôndrio esquerdo, pela presença do cólon descendente.

A fase da putrefação inicia-se com o período cromático, em geral, de dezoito a vinte e quatro
horas após o óbito, com uma duração aproximada de sete a doze dias, dependendo das condi-
ções climáticas. Inicia-se pelo aparecimento de uma mancha esverdeada na pele da fossa ilí-
aca direita (mancha verde abdominal), cuja cor é devida à presença de sulfometahemoglobina
na porção intestinal do ceco.
Letra e.

015. (FAPEC/DELEGADO DE POLÍCIA/PC-MS/2021) A tanatologia forense, tradicionalmente,


é compreendida como o ramo da medicina legal que tem como objeto de estudo a morte, o
morto e suas repercussões. Sobre os fenômenos cadavéricos, é correto afirmar, EXCETO:
a) a autólise é o processo de destruição das células pela ação de suas próprias enzimas.
b) a maceração é um processo de transformação no qual há destruição dos tecidos moles do cadá-
ver, provocada pela ação prolongada de líquidos. Os estudos apontam para duas espécies de ma-
ceração: a séptica, resultado da exposição prolongada do cadáver em ambiente líquido contamina-
do; e a asséptica, em que não há contaminação do líquido onde o cadáver se encontra submerso.
c) a saponificação, também conhecida como adipocera, é um fenômeno transformativo des-
trutivo em que o tecido do corpo adquire um aspecto amarelo-acinzentado, untuoso, mole ou
quebradiço. Geralmente, a saponificação ocorre quando o cadáver fica exposto a um ambiente
excessivamente úmido, quente e pouco arejado.
d) a corificação é um processo transformativo em que o cadáver adquire um aspecto seme-
lhante ao couro, pois seus tecidos cutâneos são transformados em razão da desidratação. Em
alguns casos, é possível a reidratação dos tecidos para identificar as lesões no cadáver, possi-
bilitando-se diferenciar as lesões causadas em vida das provocadas post mortem.
e) uma das fases da putrefação é a chamada fase gasosa, que ocorre com o início da decom-
posição, quando são formados gases no interior do corpo do cadáver. É nessa fase que é pos-
sível observar a chamada circulação póstuma de Brouardel.

a) Certa. A autólise é o primeiro fenômeno transformativo destrutivo que ocorre no cadáver, por
ação das próprias enzimas presentes no organismo.
b) Certa. A maceração é um fenômeno de transformação que ocorre no cadáver quando em
meio aquoso como nos afogados (maceração séptica), ou pode ocorrer no feto quando morre
no útero da mãe do sexto ao nono mês de gestação (maceração asséptica).
c) Errada. A saponificação é um processo transformativo CONSERVATIVO e não destrutivo.

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d) Certa. A corificação decorre da conservação do cadáver em urna metálica (especialmente


fabricada com folha de zinco galvanizado), hermeticamente fechada. Neste processo, as par-
tes moles sofrerão ressecamento com consequente diminuição de volume, enquanto a pele
assume uma característica de couro curtido.
e) Certa. Segundo período da putrefação, o período gasoso ou enfisematoso é aquele em que
do interior do corpo os gases da putrefação vão formando bolhas na epiderme, o cadáver in-
cha. Há projeção dos olhos e da língua, bem como a distensão do abdômen.
Letra c.

016. (IDECAN/ODONTOLOGIA/PEFOCE/2021) Nem sempre o destino do cadáver é a sua


transformação destrutiva. Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas podem ser
relativamente conservadas pela ocorrência de processos biológicos ou físico-químicos, natu-
rais ou artificiais. Qual desses processos não é um fenômeno conservador?
a) Saponificação.
b) Mumificação.
c) Coreificação.
d) Petrificação.
e) Maceração.

Os fenômenos cadavéricos transformativos podem ser classificados em destrutivos ou con-


servativos. Fazem parte do primeiro grupo a autólise, putrefação e maceração. No segundo
grupo podemos encontrar a coreificação, petrificação mumificação e a saponificação.
Letra e.

017. (IDECAN/ODONTOLOGIA/PEFOCE/2021) Um cadáver, que estava sem identificação, foi


achado por moradores. A vítima estava próxima ao riacho local. Apresentava as partes moles
se decompondo, transformando-se em uma massa pastosa, semilíquida, escura e de intensa
fetidez. Havia a presença de larvas e insetos necrófagos em grande número. A fase de putre-
fação em que o corpo se encontrava é denominada período:
a) cromático.
b) enfisematoso.
c) gasoso.
d) de esqueletização.
e) coliquativo.

A marcha da putrefação pode ser dividida em quatro períodos:


1. Fase de coloração ou cromática decorre de processos oxidativos que escurecem a pele.

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2. Fase gasosa ou enfisematosa decorre do aumento de volume pelos gases da putrefação;


3. Fase coliquativa na qual os tecidos moles do corpo se liquefazem;
4. Fase da esqueletização, é fase final da putrefação em que remanesce o esqueleto.
Letra e.

018. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Nem sempre o destino do cadáver é


a sua transformação destrutiva. Muitas vezes, as formas macroscópicas ou anatômicas po-
dem ser relativamente conservadas pela ocorrência de processos biológicos ou físico-quími-
cos, naturais ou artificiais. Qual desses processos não é um fenômeno conservador?
a) Saponificação.
b) Maceração.
c) Mumificação.
d) Coreificação.
e) Petrificação.

Os fenômenos cadavéricos transformativos podem ser classificados em destrutivos ou con-


servativos. Fazem parte do primeiro grupo a autólise, putrefação e maceração. No segundo
grupo podemos encontrar a coreificação, petrificação mumificação e a saponificação.
Letra b.

019. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Os fenômenos transformativos se divi-


dem em dois tipos: conservadores e destrutivos. A respeito de tais fenômenos, é correto afirmar que:
a) os períodos cromático e enfisematoso são partes da fase de putrefação.
b) a saponificação é um fenômeno destrutivo, pois a adipocera causa decomposição rápida
pelo acúmulo de gordura.
c) na maceração, os músculos e tendões do cadáver viram pó.
d) na fase de autólise, surge a circulação póstuma de Brouardel.
e) a esqueletização começa após 180 dias.

a) Certa. A marcha da putrefação pode ser dividida em quatro períodos: cromático, gasoso ou
enfisematosa, coliquativo e esqueletização.
b) Errada. A saponificação é um fenômeno conservativo.
c) Errada. A maceração é um fenômeno de transformação que ocorre no cadáver quando em
meio aquoso como nos afogados (maceração séptica), ou pode ocorrer no feto quando morre
no útero da mãe do sexto ao nono mês de gestação (maceração asséptica).
d) Errada. A circulação póstuma de Brouardel ocorre quando todo o corpo está em decomposição,
impregnado de uma mancha verde e em forma arborescente (período gasoso da putrefação).

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e) Errada. o processo de esqueletização, que reduz o corpo somente aos ossos, pode variar de
acordo com o tipo de ambiente que fica exposto o cadáver, entre dois a três anos.
Letra a.

020. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) A respeito da causa jurídica da morte,


é correto dividir objetivamente em diversos tipos. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Morte natural: pode ser assistida ou não assistida, sendo considerada assistida a morte que
ocorre na presença de um médico.
b) Morte agônica: corresponde à morte lenta com sofrimento, sendo possível estimar o tempo
de sobrevivência por meio de docimasias.
c) Morte violenta: corresponde à causada por outra pessoa, mediante violência, ou seja, homicídio.
d) Morte suspeita: é sinônimo de morte súbita.
e) Morte súbita: corresponde à que ocorre imediatamente após o início de um determinado
quadro clínico, sendo sinônimo da morte instantânea.

A causa jurídica é classificada em:


• Morte natural: decorrente de doença ou envelhecimento. Pode ser assistida ou não assistida.
• Morte Violenta: resulta de homicídio, suicídio ou acidente.
• Morte suspeita: é a morte inesperada e estranha, sem sinais de violência.
• Morte súbita é a imprevista, que sobrevém instantaneamente e sem causa manifesta,
atingindo pessoas em aparente estado de boa saúde.
• Morte agônica: corresponde à morte lenta com sofrimento, sendo possível estimar o
tempo de sobrevivência por meio de docimasias.
Letra b.

021. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) A necessidade de diagnóstico de


causa jurídica de morte é o principal motivo da realização de necropsias forenses, que devem
ser realizadas mesmo em caso de dúvidas, como manda o CPP em seus artigos 159 e 160. Em
relação à determinação da causa jurídica da morte, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Em relação aos tipos de morte, é correto dividi-las em morte natural ou violenta.
b) Mortes violentas podem ser por acidente, suicídio ou homicídio.
c) Em caso de morte suspeita, é atribuição do perito legista a realização da necropsia e deter-
minação da causa médica da morte.
d) É atribuição do médico legista a determinação da causa jurídica da morte.
e) Morte suspeita e morte por causa indeterminada não são a mesma coisa.

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a) Certa. É possível dentro de uma perspectiva geral dividir os tipos de morte em natural
(não violenta) ou violenta.
b) Certa. As mortes violentas resultam de homicídio, suicídio ou acidente.
c) Certa. Morte suspeita é a morte inesperada e estranha, sem sinais de violência, cabendo ao
perito médico legista determinar a causa médica da morte.
d) Errada. O perito médico legista determinar a causa médica da morte e não a causa jurídica
da morte, esta é atribuição dos operadores do direito.
e) Certa. Morte suspeita é a morte inesperada e estranha, sem sinais de violência, também
pode ser chamada de morte por causa indeterminada.
Letra d.

022. (IDECAN/MÉDICO PATOLOGISTA/PEFOCE/2021) Para se verificar a certeza da morte


e evitar que alterações ocorridas após o óbito mascarem ou forneçam informações erradas
sobre suas causas, é necessária a observação cuidadosa dos fenômenos cadavéricos. Os fe-
nômenos cadavéricos são classificados em abióticos e transformativos; os primeiros ocorrem
sem a interferência de agentes biológicos, enquanto nos transformativos essa interferência é
intensa, exceção feita à autólise. Os abióticos se dividem em imediatos e mediatos ou conse-
cutivos. São sinais de fenômenos abióticos imediatos os elementos listados nas alternativas
a seguir, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a.
a) Perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos.
b) Parada cardiorrespiratória.
c) Palidez.
d) Miose.
e) Abolição do tônus muscular.

Os fenômenos cadavéricos abióticos imediatos são: perda da consciência; desaparecimento


dos movimentos e do tonus muscular, perda dos movimentos respiratórios e dos batimentos
cardíacos, perda da ação reflexa a estímulos táteis, térmicos e dolorosos, perda das funções
cerebrais, palidez e midríase (dilatação das pupilas).
Letra d.

023. (INSTITUTO AOCP/PERITO CRIMINAL/ITEP–RN/2021) O cadáver que se encontra em


posição de lutador, aspecto gigantesco e circulação póstuma de Brouardel se encontra:
a) na fase dos fenômenos abióticos consecutivos.
b) na fase de coloração da putrefação.
c) na fase gasosa da putrefação.

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d) na fase coliquativa da putrefação.


e) no fenômeno de autólise.

A fase gasosa é a segunda fase da putrefação. Do interior do corpo, vão surgindo gases, com
bolhas na epiderme, de conteúdo líquido. O cadáver toma aspecto gigantesco, principalmente
na face, no abdome e nos órgãos genitais masculinos, dando-lhe a posição de lutador. É nessa
fase também que aparece a circulação póstuma de Brouardel quando todo o corpo está em
decomposição, impregnado de uma mancha verde e em forma arborescente.
Letra c.

024. (INSTITUTO AOCP/ASSISTENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP–RN/2021) Morte violenta


é aquela que:
a) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação exógena e lesiva.
b) se produz mesmo que tardiamente, decorrente de uma ação exógena e lesiva.
c) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação endógena e lesiva.
d) se produz mesmo que tardiamente, decorrente de uma ação endógena e lesiva.
e) se produz apenas instantaneamente, decorrente de uma ação exógena e não lesiva.

As mortes violentas resultam de homicídio, suicídio ou acidente, ou seja, elas ocorrem, mesmo
que tardiamente, resultantes de ação exógena e lesiva.
Letra b.

025. (INÉDITA/2022) Em uma exumação realizada em um cemitério, o médico-legista se de-


parou com um caixão hermeticamente selado. Tão logo abriu a tampa superior, verificou que o
corpo havia sofrido um fenômeno transformativo típico desse tipo de urna metálica. Trata-se de:
a) autólise.
b) coreificação.
c) mumificação.
d) maceração.
e) saponificação.

Coreificação decorre da conservação do cadáver em urna metálica (especialmente fabricada


com folha de zinco galvanizado), hermeticamente fechada. Neste processo, as partes moles
sofrerão ressecamento com consequente diminuição de volume, enquanto a pele assume uma
característica de couro curtido.
Letra b.

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026. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) O diag-


nóstico diferencial entre as lesões produzidas em vida ou depois da morte pode ser realizado
por meios tradicionais e meios subsidiários (exames de laboratório). Como característica(s)
de lesões intravitam, pode-se ter:
a) ausência de coagulação de sangue.
b) escoriação e irretratibilidade dos tecidos.
c) lesões brancas e infiltração hemorrágica nos tecidos.
d) equimose e presença de crosta na escoriação.
e) flictenas contendo ar.

Podemos diferenciar as lesões porque nas lesões intra vitam existe reação vital, que não é
observada nas lesões post mortem. As lesões em vida cobrem-se de camada seroalbuminosa,
sangue, formam crosta, apresentam-se na forma de equimose etc.
Letra d.

027. (VUNESP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA/2018) Senhora de 73 anos de idade,


viúva, com antecedentes de diabetes mellitus e doença arterial coronariana, mas sem acompa-
nhamento médico há 5 anos, é encontrada morta na cama onde habitualmente dormia, quando
a filha foi visitá-la. Após acionar a autoridade policial, logo a equipe pericial chega ao local de
morte. Aparentemente, não houve alteração da cena. O cadáver estava em decúbito dorsal,
sem sinais de injúrias externas, com livores de hipóstase fixos, rigidez cadavérica em todo
o corpo e ausência de mancha verde abdominal. Considerando a temperatura ambiente de
aproximadamente 20 ºC e ausência de fatores internos e externos que possam influenciar
a cronologia de fenômenos cadavéricos, constitui, com maior probabilidade, uma estimativa
aproximada correta do tempo de morte (intervalo post mortem):
a) 4 horas.
b) 7 horas.
c) 15 horas.
d) 24 horas.
e) 36 horas.

CALENDÁRIO DA MORTE:
• Menos de 2h: Corpo flácido, quente e sem livores.
• De 2 a 4h: Rigidez na nuca e mandíbula, esboço de livores e esvaziamento das papilas
oculares no fundo de olho.
• De 4 a 6h: Rigidez dos membros superiores, da nuca e da mandíbula, livores relativamen-
te acentuados e anel isquêmico de 1/2 do diâmetro papilar no fundo de olho.

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• Mais de 8 e menos de 16h: Rigidez generalizada, manchas de hipóstase, não surgimento


da mancha verde abdominal e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• Mais de 16 e menos de 24h: Rigidez generalizada, esboço de mancha verde abdominal,
e reforço da fragmentação venosa e desaparecimento das artérias do fundo de olho.
• De 24 a 48h: Presença de mancha verde abdominal, início de flacidez e papilas e máculas
não localizáveis no fundo de olho.
• De 48 a 72h: Extensão da mancha verde abdominal e fundo de olho reconhecível só
na periferia.
• De 72 a 96h: Fundo de olho irreconhecível.
Letra c.

028. (FCC/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2018) Dentre os fenômenos ca-


davéricos transformativos, tem-se a:
a) autólise, que é o processo de destruição macroscópica decorrente da ação da água do meio
ambiente em que o cadáver se encontra.
b) putrefação, fenômeno que antecede a autólise, caracterizada pela decomposição fermen-
tativa da matéria inorgânica.
c) maceração, que é o processo de conservação que ocorre na morte do feto dentro do útero
materno em qualquer tempo da gestação.
d) mumificação, que é um processo destrutivo do cadáver, sendo decorrente de meios naturais.
e) saponificação, na qual o cadáver é transformado em uma substância untuosa após um certo
estágio da putrefação.

a) Errada. Autólise é o primeiro dos fenômenos transformativos destrutivos que ocorre por
ação das enzimas presente no próprio organismo.
b) Errada. Putrefação é o segundo fenômeno cadavérico, que ocorre após a autólise.
c) Errada. Maceração, que é o processo de conservação que ocorre na morte do feto dentro do
útero materno entre o 6º e o 9º mês de gestação.
d) Errada. A mumificação é um fenômeno conservativo.
e) Certa. A saponificação é um fenômeno conservador transformativo raro que pode surgir
após a primeira semana sendo perceptível aos 3 meses. Aparece após estágio relativamente
avançado de putrefação, geralmente limitado a algumas partes do cadáver, com aspecto de
cera e as seguintes características: consistência untuosa, mole e quebradiça; cheiro rançoso
adocicado; coloração amarelado, róseo ou acinzentado.
Letra e.

029. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de qua-


renta e cinco anos de idade morreu após se engasgar com um pedaço do sanduíche que comia

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MEDICINA LEGAL
Tanatologia Médico-Legal
Manoel Machado

em uma lanchonete. Ele estava na companhia do seu cunhado, que não conseguiu ajudá-lo a
retomar o fôlego. Os empregados da lanchonete acionaram o socorro médico, mas não houve
êxito na tentativa de evitar a morte do homem.
Considerando essa situação hipotética e os diversos aspectos a ela relacionados, julgue o
item a seguir.
Se o socorro médico tivesse chegado uma hora após o óbito do homem, seria possível consta-
tar a rigidez completa do cadáver e a presença de livores de hipóstases fixados.

CALENDÁRIO DA MORTE:
• Menos de 2h: Corpo flácido, quente e sem livores.
Errado.

030. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) O Algor mor-


tis é uma técnica muito utilizada na perícia forense, já que permite ao perito criminal identificar:
a) morte sem resposta inflamatória.
b) primeiro estágio do Rigor mortis
c) resfriamento do cadáver e estimativa do tempo de óbito.
d) morte de animais provocada por outros animais.
e) morte de animal resultada de agressão humana.

O Livor mortis, o Algor mortis e o Rigor mortis são alterações cadavéricas que permitem esti-
mar o tempo de morte.
• Livor mortis – É a descoloração de uma região do corpo causada por acúmulo de san-
gue, ocorre nas áreas em que o corpo está encostado no chão ou recebendo pressão,
porque os capilares estão comprimidos. O livor mortis começa geralmente entre uma a
duas horas após a morte, e se torna permanente entre seis e doze horas após a morte.
• Algor mortis (resfriamento cadavérico) – É a redução linear da temperatura da pele que
ocorre após a morte. Uma vez cessadas as funções vitais, o corpo esfria a uma média
de 1,0ºC a 1,5ºC por hora. A temperatura média de um ser humano, vivo, é entre 36ºC e
37ºC, então, o cadáver atinge a temperatura do ambiente em no máximo 24 horas após
a morte. (Logicamente, fatores como o clima devem ser levados em consideração).
• Rigor mortis (rigidez cadavérica) – Trata-se de uma mudança química nos músculos, cau-
sando aos membros do cadáver um endurecimento (rigor) e impossibilidade de mexê-los
ou manipulá-los. Inicia-se pelos membros superiores (face, mandíbula, pescoço...) e, de
forma gradativa, se estende ao restante do corpo.
Letra c.

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Manoel Machado

Graduado em Química, realizou mestrado e doutorado na área de Química com transdisciplinaridade em


Física. É também licenciado em Matemática e Física. Possui significativa experiência no ensino de ciências
exatas (Matemática, Química e Física) nos mais diversos níveis, ministrando aulas em duas universidades
federais (da Bahia e de Sergipe), estaduais, privadas, além de cursos preparatórios e escolas de nível
médio do estado da Bahia. Aprovado em seis processos seletivos dentro da área de Química. Aprovado
no concurso para Soldado da PM-BA, onde serviu por dois anos. Aprovado em 1º lugar PCD no concurso
para Agente Comercial (Escriturário) do Banco do Brasil. Especialista em Criminologia, foi aprovado no
concurso e concluiu o Curso de Formação Profissional com sucesso na Academia Estadual de Segurança
Pública do Ceará para o cargo de Perito Criminal da Perícia Forense do Estado do Ceará.

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