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TERCEIRO SETOR (OSs, OSCIPs, Sistema S e Fundações de Apoio)

ADMINISTRATIVO

ALGUNS CONCEITOS QUE SEMPRE CAUSAM CONFUSÃO:

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/2016 a) Os conselhos profissionais são considerados autarquias
profissionais ou corporativas. CERTO

(CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2002 Os conselhos profissionais, instituídos a partir da competência da União
Federal para regulamentar as profissões (Constituição da República, art. 22, XVI), foram disciplinados pelo art. 58 da Lei n.º 9.649/1998, que foi alvo
de liminar deferida na ADIMC-1.847/SP. Acerca dos conselhos profissionais, julgue o item abaixo.
Tais entes pertencem à administração pública federal. Certo
Sendo, ontologicamente, autarquias, esses conselhos podem exercer, na sua plenitude, o poder de polícia.Certo

● O que são agências reguladoras? Em qual contexto surgiram? Como se diferenciam das demais autarquias?
As agências reguladoras são entes (geralmente autarquias constituídas sob regime especial), dotados de autonomia administrativa e
de maior independência técnica.
Foram criadas em contexto de abertura dos mercados e privatizações como forma de o Estado regular o funcionamento do
mercado, garantindo a boa prestação dos serviços entregues à iniciativa privada.
A independência e a autonomia das agências reguladoras são materializadas por meio de peculiaridades, tais como:
▪ Dirigentes que servem por mandatos fixos com prazo determinado;
▪ Funcionamento pelo princípio da especialidade: os atos praticados no escopo de sua área de atuação, dentro dos limites de
competência, não podem ser revistos ou alterados pelo Poder Executivo, apenas pelo Judiciário.
(CESPE) - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2013/XV A) No exercício de seu poder normativo, as agências reguladoras exercem função de
natureza legislativa (NORMATIVA), particularmente no que se refere ao estabelecimento de normas relacionadas aos seus objetivos
institucionais. ERRADO

FCC 2017 - As entidades autônomas integrantes da administração indireta que atuam em setores estratégicos da atividade
econômica, zelando pelo desempenho das pessoas jurídicas e por sua consonância com os fins almejados pelo interesse público e
pelo governo são denominadas c) agências autárquicas reguladoras.

AGÊNCIA REGULADORAS = RESP. OBJETIVA, já que é autarquia, pj de direito público.

DECORE! Para alguns autores e para o CESPE, as agências reguladoras possuem poder
normativo técnico e introduzem direito NOVO no ordenamento. VEJA ABAIXO.

CEBRASPE (CESPE) - Técnico Tributário da Receita Estadual (SEFAZ RS)/2018 - As agências reguladoras possuem
b) independência administrativa, mas são submetidas à supervisão ministerial. CERTA
e) poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos regulamentares, desde que não criem obrigação nova.
ERRADA -com a vigência da teoria da deslegalização, que fundamenta a edição dos regulamentos autorizados, as agências podem
efetivamente inovar na ordem jurídica, desde que respeitem o caráter técnico de suas normas e não fujam ao objeto delegado
pelo Poder Legislativo. A deslegalização é a atribuição que o Legislativo faz ao Executivo para editar normas técnicas, por
intermédio de seus órgãos e entidades especializados, podendo inclusive inovar na ordem jurídica

CESPE - Procurador do Estado de Pernambuco/2018 - No que diz respeito à administração indireta e ao regime jurídico das agências
reguladoras e executivas, assinale a opção correta.
b) Embora as agências reguladoras disponham de poder normativo técnico, as normas que resultam do seu poder regulamentar não
introduzem direito novo no ordenamento.ERRADA

Agências Reguladoras e Executivas


Agências Reguladoras são autarquias especiais criadas para exercer as funções de regulação e
fiscalização, e, embora sujeitas à supervisão ministerial, se encontram fora da hierarquia administrativa e da
influência política.
Essas agências são autarquias com regime jurídico especial, que atendem ao princípio da especialidade, e
sua maior independência ocorre em relação ao Poder Executivo, apenas. Desempenham atividades típicas de
Estado na área de regulação e fiscalização.
Podem ser classificadas em duas espécies: as que “exercem o Poder de Polícia” como Anvisa, ANS,
ANA, e as que “controlam as atividades que constituem objeto de concessão, permissão, ou autorização de
serviço público”

CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ PA)/Administrativa/2020 As agências que atuam na provisão dos bens públicos e na proteção
do interesse público, estabelecendo parâmetros para saúde, segurança e meio ambiente, bem como os mecanismos de oferta dos bens
mencionados, executam o modelo de regulação a) social.
REGULAÇÃO ECONÔMICA: REGULAÇÃO SOCIAL: REGULAÇÃO ADMINISTRATIVA:
É a regulação cujo propósito É a que intervém na provisão dos bens Diz respeito à intervenção nos
principal é facilitar, limitar ou públicos e na proteção do interesse procedimentos administrativos e
intensificar os fluxos e trocas de público, define padrões para saúde, burocráticos, bem como aos procedimentos
mercado, por intermédio de políticas segurança e meio ambiente e os administrativos adotados pelo Poder Público
tarifárias, princípios de mecanismos de oferta universal em sua relação com os administrados.
confiabilidade do serviço público e desses bens. Segundo Gonçalves (2002), a regulação
regras de entrada e saída do administrativa diz respeito às normas
mercado. jurídicas editadas pela Administração
Pública no exercício da função
administrativa.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Interno (COGE CE)/Auditoria/Governamental/2019 No Brasil, as agências reguladoras
desenvolvem, entre outras, a atividade de impor limitações administrativas previstas em lei, além de fiscalizar e, se necessário, repreender
atividades que sejam consideradas incompatíveis com o bem-estar social. Tais atribuições das agências reguladoras são exemplos de b) uso
do poder de polícia.
FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Auditoria e Fiscalização/2018 - Diante de conduta irregular praticada por
concessionária de serviço público telefônico, a agência reguladora do setor:
a) deve recomendar ao poder concedente a rescisão do contrato de concessão em execução, para fins de nova licitação para prestação
dos serviços públicos nos padrões que reputa adequados. ERRADO (É o caso de Caducidade e não rescisão)
b) pode iniciar procedimento para declaração de caducidade, durante o qual deverá demonstrar a má execução dos serviços públicos à
população, para remessa da conclusão ao poder concedente. ERRADO (Considerando que a ANATEL não é o poder concedente. O
processo de caducidade será iniciado pelo Poder Concedente).
c) poderá impor multa à concessionária, como expressão de seu poder de polícia, demonstrado o cabimento em procedimento para
apuração da referida conduta. CERTO
d) deverá lavrar auto de infração e imposição de multa, conduta de natureza discricionária por parte da agência reguladora. ERRADO
Não há conduta discricionária. A multa é ato vinculado.
e) tem competência para editar ato normativo impondo penalidade aos diretores da empresa, seguida da apuração de responsabilidade
para confirmação do sancionamento. ERRADO Atos normativos são gerais e abstratos. Já as multas são concretas, são individuais.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Direito/2018 - Na realização de auditoria em agência executiva estadual, o
analista de controle externo deverá ter ciência de que: b) os processos judiciais da agência são de competência da justiça estadual
comum, por se tratar de uma autarquia estadual.
São pressupostos necessários para a qualificação:
I) Celebração de contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor, que terá a periodicidade
mínima de um ano; e, cumulativamente,
II) Plano estratégico de reestruturação ou de desenvolvimento institucional em andamento.
Foro das Autarquias:
- Autarquia Federal: Justiça Federal;
- Autarquia Estadual/Municipal: Justiça Estadual;

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TCE-RO)/Administração/2019 - Por princípio, as agências reguladoras: c) possuem
independência e podem escolher instrumentos que incentivem a eficiência produtiva e alocativa.
● Há alguma relação obrigatória entre autarquias de regime especial e as agências reguladoras? Os termos
podem ser considerados sinônimos?
Não é correto tratar os termos como sinônimos. Autarquias de regime especial são criadas por lei sob regime especial
autárquico, ainda que a sua atividade não seja a regulação.
Embora não seja comum, as agências reguladoras sequer precisam ser constituídas sob a forma de autarquia e
integrar a Administração Indireta. Em outras palavras, nada impede que a Administração Pública decida efetuar a
regulação de um determinado serviço diretamente por meio de um órgão da Administração Direta.
(CESPE) - Juiz de Direito (TJDFT)/2016/XLIII No que se refere a características e regime jurídico das entidades da administração
indireta, assinale a opção correta.
a) As agências reguladoras são fundações de regime especial, cuja atividade precípua é a regulamentação de serviços e de
atividades concedidas, que possuem regime jurídico de direito público, autonomia administrativa e diretores nomeados para o
exercício de mandato fixo. ERRADO ⇒ Ñ NECESSARIAMENTE FUNDAÇÕES, O NORMAL É QUE SEJA AUTARQUIA

(CESPE) - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2013/XV E) As agências reguladoras e as agências executivas integram a administração
pública indireta, tendo apenas as agências reguladoras a natureza de autarquia de regime especial. ERRADO
TANTO AS AGÊNCIAS REGULADORAS, QUANTO AS AGÊNCIAS EXECUTIVAS SÃO DENOMINADAS COMO AUTARQUIAS EM REGIME
ESPECIAL.
O art. 37, § 8º, que estabelece os fundamentos das tais agências executivas, dispõe que ÓRGÃOS E ENTIDADES poderão firmar o
contrato de gestão e ganharem autonomia gerencial, orçamentária e financeira. Ora, se ÓRGÃO pode ser agência executiva,
então É POSSÍVEL QUE UMA AGÊNCIA EXECUTIVA INTEGRE A ADMINISTRAÇÃO DIRETA, ao contrário do que consta na assertiva...
● O que são AGÊNCIAS EXECUTIVAS?
Agência executiva é uma qualificação concedida por meio de Decreto a autarquias e fundações públicas (, empresas
públicas e sociedades de economia mista )que celebrarem contrato de gestão com o respectivo Ministério Supervisor,
viabilizando o aumento de sua autonomia gerencial, financeira e orçamentária. Portanto, não se trata de um outro
tipo de entidade da administração indireta.
Para receberem essa qualificação, as autarquias e fundações públicas precisam (artigo 51, Lei nº 9.649/98):
I – ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II – ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
§ 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
(CESPE) - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2013/XV
b) A qualificação de uma autarquia ou fundação pública como agência executiva deve ser feita por ato do titular do ministério em
cuja área de competência esteja enquadrada sua principal atividade.ERRADO
A QUALIFICAÇÃO SERÁ CONFERIDA MEDIANTE DECRETO, E NÃO MEDIANTE ATO ADMINISTRATIVO.
Em verdade, a qualificação de uma autarquia ou fundação pública como agência executiva será feita em ato do Presidente da
República.
CELEBRA CONTRATO COM O MINISTÉRIO SUPERVISOR, MAS A QUALIFICAÇÃO É CONCEDIDA POR DECRETO DO PR
C) Um dos requisitos necessários à qualificação de uma autarquia ou fundação pública como agência executiva é a celebração de
contrato de gestão com o respectivo ministério supervisor ao qual se acha vinculada. CERTO
D) As relações de trabalho nas agências reguladoras são regidas pela Consolidação das Leis do Trabalho e legislação trabalhista
correlata, em regime de emprego público. ERRADO ⇒ ESTATUTÁRIO

(CESPE) - Analista Judiciário (TJ CE)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 e) São consideradas agências executivas as autarquias,
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista que apresentam regime jurídico especial que lhes concede maior
autonomia em relação ao ente federativo que as criou. ERRADO

CESPE 2016 - Órgãos e entidades públicos, tanto da administração direta quanto da indireta, podem aumentar a sua autonomia
gerencial, orçamentária e financeira mediante contratos firmados, conforme previsão legal.CERTA
DA ADM DIRETA TAMBÉM PODE CELEBRAR CONTRATO DE GESTÃO

(CESPE) - Juiz de Direito (TJDFT)/2016/XLIII e) As agências executivas são compostas por autarquias, fundações, empresas
públicas ou sociedades de economia mista que celebram contrato de gestão com órgãos da administração direta a que estão
vinculadas, com vistas ao aprimoramento de sua eficiência no exercício das atividades-fim e à diminuição de despesas.
E - ERRADO - AGÊNCIA EXECUTIVA É UMA QUALIFICAÇÃO DADA APENAS A AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES, EMBORA AS DEMAIS
ENTIDADES (políticas ou administrativas) E ÓRGÃOS POSSAM CELEBRAR CONTRATO DE GESTÃO COM O PODER PÚBLICO.
CF . ART. 37 ⇒ § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta
poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação
de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

(CESPE) - Juiz Federal (TRF 5ª Região)/2015/XIII c) A agência executiva deve celebrar contrato de gestão com o respectivo
ministério supervisor, com periodicidade mínima de um ano, no qual se estabelecerão os objetivos, metas e indicadores de
desempenho da entidade, bem como os recursos necessários e os critérios e instrumentos para a avaliação do seu
cumprimento.CERTO

● Há alguma relação obrigatória entre autarquias de regime especial e as agências executivas? Os termos podem ser
considerados sinônimos?
Não. Qualquer autarquia (não é necessário que tenham sido criadas sob regime especial) ou fundação que vier a celebrar contrato
de gestão com o respectivo Ministério supervisor, desde que atenda aos demais requisitos legais, pode receber a qualificação de
agência executiva.
● O que são consórcios públicos e quais as suas principais características?
Dispõe o Decreto 6.017/2007 que consórcio público é a pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma
da Lei nº 11.107/2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse
comum,
1. constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica (autarquia
interfederativa),
2. ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos.

(CESPE) - Analista Judiciário (TJ CE)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2014 a) Os consórcios públicos sob o regime jurídico de direito público são
associações públicas sem personalidade jurídica criadas para a gestão associada de serviços públicos de interesse de mais de um ente federativo.

Consórcios podem ter personalidade pública ou privada.

Convênios não possuem personalidade jurídica.

Regime Jurídico Administrativo:


Regime Jurídico da Administração e Regime Jurídico Administrativo:

FCC - Procurador Judicial (Recife)/2014 No que diz respeito ao regime jurídico administrativo, considere as seguintes
afirmações:
I. Há, neste tipo de regime, traços de autoridade, de supremacia da Administração, sendo possível, inclusive, que nele se
restrinja o exercício de liberdades individuais.- Correta.
II. As chamadas prerrogativas públicas, para que sejam válidas, devem vir respaldadas em princípios constitucionais explícitos na
Constituição Federal. Incorreta. As prerrogativas públicas também são respaldadas por princípios implícitos.
III. Via de regra, também integram o regime jurídico administrativo de um município as leis, os decretos, os regulamentos e as
portarias do Estado em que ele se localiza. Incorreta. O Município é um ente federativo que é dotado, dentre outros atributos, de
autogoverno, auto-organização e autoadministração, sendo a observância a preceitos estaduais uma exceção, sob pena de se evidenciar
uma interferência indevida dos Estados nos Municípios.
IV. É tendência da maioria da doutrina administrativista contemporânea não mais falar em “restrições” ou “sujeições” como
traço característico do regime jurídico administrativo, em razão dessas expressões poderem levar à falsa conclusão de que as atividades
da Administração que visam a beneficiar a coletividade podem estar sujeitas a limites. Incorreta. Na Administração Pública não há
liberdade pessoal. O princípio da indisponibilidade do interesse público vem firmar a ideia de que o interesse público não se encontra à
disposição do administrador ou de quem quer que seja. Assim, a Administração encontra “restrições” ou “sujeições” com base nesse
princípio.

● FCC - Defensor Público do Estado do Paraná/2017 - Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é correto afirmar: c)
As contas bancárias de entes públicos que contenham recursos de origem pública prescindem de autorização específica para fins do exercício
do controle externo.

STF/STJ: o Ministério Público (STJ, HC 308.495, de 2015) e o Tribunal de Contas (STF, MS 33.340, de 2015) prescindem de
autorização judicial para fins de controle externo de recursos de origem pública.

● FCC - Defensor Público do Estado do Paraná/2017 - Sobre Agentes Públicos e Princípios e Regime Jurídico Administrativo, é correto afirmar: a)
O princípio da impessoalidade destina-se a proteger simultaneamente o interesse público e o interesse privado, pautando se pela igualdade de
tratamento a todos administrados, independentemente de quaisquer preferências pessoais. ERRADO 70 % de erro

O princípio objetiva a igualdade de tratamento que a Administração deve dispensar aos administrados que se
encontrem em idêntica situação jurídica. Nesse ponto, representa uma faceta do princípio da isonomia. Por outro lado, para
que haja verdadeira impessoalidade, deve a Administração voltar-se exclusivamente para o interesse público, e não para o
privado, vedando-se, em consequência, sejam favorecidos alguns indivíduos em detrimento de outros prejudicados.
Princípio da Impessoalidade: O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções com base
em critérios pessoais. Toda atividade da Adm. Pública deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 O regime jurídico-administrativo caracteriza-se a) pelas prerrogativas e
sujeições a que se submete a administração pública.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE GO)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2015 O regime jurídico-administrativo brasileiro está
fundamentado em dois princípios dos quais todos os demais decorrem, a saber: o princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado e o princípio da indisponibilidade do interesse público.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE MT)/Administrativa/2015 Com relação ao regime jurídico-administrativo, assinale a opção
correta. e) A legalidade na administração significa conformidade com a lei e autorização da lei como condição da ação administrativa.
● FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 O Supremo Tribunal Federal, em importante julgamento, negou pedido formulado por
servidor público em ação por ele ajuizada perante a Corte Suprema. O mencionado servidor sustentou, na demanda, a inexistência de
nepotismo. No entanto, exercia função comissionada em Tribunal ao qual seu irmão era vinculado como juiz. Assim, a Corte Suprema negou o
pedido, reconheceu a configuração do nepotismo e, por consequência, a violação a um dos princípios básicos da Administração pública.
Trata-se especificamente do princípio da b) impessoalidade.

Princípios expressos, explícitos ou constitucionais:

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 O princípio da legalidade se aplica apenas ao Poder
Executivo federal.
● FCC - Técnico Ministerial (MPE PB)/Técnico Ministerial/Diligências e Apoio Administrativo/2015 Juscelino, servidor público estadual e
responsável pela condução de determinado processo administrativo, de caráter litigioso, constata causa de impedimento que o inviabiliza de
conduzir o citado processo. No entanto, Juscelino queda-se silente e não comunica a causa de impedimento, continuando à frente do
processo administrativo. Neste caso, configura violação ao princípio da a) impessoalidade.

A exigência de IMPESSOALIDADE decorre do princípio da isonomia, o que repercute:


a) na exigência de licitação prévia às contratações realizadas pela Administração;
b) na necessidade de concurso público para o provimento de cargo ou emprego público;
c) na vedação ao nepotismo, conforme cristalizado na Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal;
d) na invocação de impedimento ou suspeição pela autoridade responsável por julgar o processo administrativo;
e) no respeito à ordem cronológica para pagamento dos precatórios etc.

● FCC - Técnico Ministerial (MPE PB)/Técnico Ministerial/"Sem Especialidade"/2015 - A sistemática dos precatórios judiciais está prevista no
artigo 100 da Constituição Federal que dispõe: Os pagamentos devidos pelas Fazendas Públicas Federal, Estaduais, Distrital e Municipais, em
virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos
respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim. O citado
dispositivo constitucional constitui cristalina aplicação do princípio da: e) impessoalidade.
● FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 Considere a seguinte situação hipotética: Dimas, ex-prefeito de um Município do
Amapá, foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Estado, tendo em vista que adotou na comunicação institucional da Prefeitura logotipo
idêntico ao de sua campanha eleitoral. O Tribunal considerou tal fato ofensivo a um dos princípios básicos que regem a atuação administrativa.
Trata-se especificamente do princípio da d) impessoalidade.

Assunto: Princípios implícitos, reconhecidos e infraconstitucionais

Princípio da hierarquia: trata de relação de coordenação e de subordinação presente na


administração. Assim, como regra, o subordinado deve cumprir as ordens emanadas de seus
superiores hierárquicos. Além disso, representam aplicação do poder hierárquico a
possibilidade de rever os atos dos subordinados; delegar e avocar atribuições; punir os
subordinados que cometam irregularidades, etc.

Princípio da precaução: decorre da ideia de que é preciso evitar a ocorrência de


catástrofes antes que elas ocorram, uma vez que muitos danos são de difícil reparação quando
já consumados. Com isso, a Administração deve adotar conduta preventiva diante da
possibilidade de danos ao ambiente ou ao próprio interesse público. Uma consequência desse
princípio é a inversão do ônus da prova diante de projetos que possam causar riscos à
coletividade. Caberá ao interessado provar que o seu projeto é seguro para a coletividade,
devendo a Administração sempre avaliar a existência ou não de reais condições de segurança.
O princípio da SINDICABILIDADE impõe que a Administração Pública se submeta a controle.
Esse controle é feito pelo Poder Judiciário (legalidade) ou pela própria Administração (mérito
administrativo e legalidade). Segundo a doutrina a sindicabilidade é a possibilidade de
submeter qualquer lesão ou ameaça de lesão a direito, decorrentes de atos da Administração, a
algum tipo de controle.
Princípio da sindicabilidade: significa que todo ato administrativo pode se submeter a
algum tipo de controle. Vale lembrar que, no Brasil, vigora o princípio da inafastabilidade da
tutela jurisdicional (CF, art. 5º, XXXV), de tal forma que toda lesão ou ameaça de direito
poderá ser controlada pelo Poder Judiciário. Além disso, a sindicabilidade também abrange a
autotutela, pois a própria Administração pode exercer controle sobre os seus próprios atos,
anulando os ilegais e revogando os inconvenientes e inoportunos.

O princípio de proteção à confiança leva em conta a boa-fé do cidadão, que acredita e espera que os atos praticados pelo poder público sejam
lícitos e, nessa qualidade, sejam mantidos e respeitados pela própria administração e por terceiros. "7. Incidência do princípio da confiança no tocante à
Administração Pública, o qual se reporta à necessidade de manutenção de atos administrativos, ainda que se qualifiquem como antijurídicos, desde que
verificada a expectativa legítima, por parte do administrado, de estabilização dos efeitos decorrentes da conduta administrativa. Princípio que
corporifica, na essência, a boa-fé e a segurança jurídica". (REsp 1.229.501/SP, de minha relatoria, Segunda Turma, julgado em 6/12/2016, DJe 15/12/2016). (REsp 1498719/PR,
Rel. Ministro OG FERNANDES, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/11/2017, DJe 21/11/2017)

Maria Sylvia Zanella Di Pietro nos fornece rol exemplificativo de situações em que tais princípios podem ser invocados, a saber:
Manutenção de atos administrativos inválidos – situações excepcionais em que a retirada dos atos provoca prejuízos maiores que sua
conservação.
Atos praticados por funcionários de fato – aplicável, nesse caso, a teoria da aparência, logo, embora ilegais, os atos podem ser mantidos
perante terceiros de boa-fé.
Prazo decadencial para anulação – há previsão no art. 54 da Lei de Processo Federal de que, depois de decorridos cinco anos, o desfazimento
dos atos viciados pela Administração não será mais possível.
Modulação temporal dos efeitos dos atos ilegais – com base no art. 27 da Lei 9.868/1999, o STF pode, por 2/3 de seus membros, modular
temporalmente os efeitos dos atos inconstitucionais, restringindo-se os efeitos retroativos (ex tunc mitigado), dando-se caráter ex nunc ou em momento no
futuro (pro futuro), como aplicação direta da segurança jurídica.
Modulação no âmbito das Súmulas Vinculantes – na Lei 11.417/2006 (art. 4.º), a eficácia vinculante da Súmula é imediata, no entanto os
efeitos, por votação de 2/3 dos Ministros, poderão ser restringidos.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2021 Dado o princípio da confiança, caso verificada legítima expectativa do
administrado, pode haver a manutenção de atos administrativos antijurídicos. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Notário e Registrador (TJDFT)/Remoção/2019 No âmbito da atuação pública, faz-se necessário que a
administração pública mantenha os atos administrativos, ainda que estes sejam qualificados como antijurídicos, quando verificada a
expectativa legítima, por parte do administrado, de estabilização dos efeitos decorrentes da conduta administrativa. A interrupção dessa
expectativa violará o princípio da: b) confiança

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado de Sergipe/2017 Em virtude dos princípios da proteção à confiança e da segurança
jurídica, entende o STF que podem ser considerados válidos os atos praticados por agente público ilegalmente investido.

● CEBRASPE (CESPE) - Notário e Registrador (TJ SE)/Remoção/2014 Considerando os conceitos do direito administrativo e os
princípios do regime jurídico-administrativo, assinale a opção correta. a) O princípio da proteção à confiança legitima a possibilidade de
manutenção de atos administrativos inválidos.

Princípio da confiança e boa-fé


Princípio da confiança ⇒ protege a boa-fé do administrado, a boa-fé é princípio que tanto se aplica aos administrados (protegendo-os e
impondo-os proceder com lealdade e honestidade) como à Administração Pública, quando determina que se atue com correção.
Princípio da boa-fé ⇒ pode ser notado sob dois aspectos: subjetivo e objetivo. A crença de que os atos são legais e está-se agindo corretamente
é a acepção subjetiva. A conduta leal e honesta do administrado e da Administração refere-se ao sentido objetivo.

● 60% DE ERRO⇒ CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 Ponto de Exclamação
Atenção: Esta é uma questão com gabarito preliminar. A prescrição e a decadência administrativas conferem destaque ao princípio constitucional da
segurança jurídica, expresso com relação à administração pública.

A segurança jurídica não é um princípio constitucional expresso no Art. 37, caput, da CF.
O princípio da Segurança Jurídica: É positivado/Explícito --> Ordenamento jurídico brasileiro;
Mas NÃO é expresso --> Constituição Federal (Administração Pública);
E sim é EXPRESSO --> Lei 9.784/99 (Administração Pública FEDERAL).
PRINCÍPIO DA INTRANSCENDÊNCIA

2016 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: TCE-PR Prova: CESPE - 2016 - TCE-PR - Analista de Controle - Jurídica Quando a União firma um
convênio com um estado da Federação, a relação jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e determinado governador ou
outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de
comando político não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que a
inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido a ações e(ou) omissões de gestões anteriores não
configura ofensa ao princípio da administração pública denominado princípio do(a) intranscendência.

NÃO CONFUNDIR:
ATO DE INSCRIÇÃO ⇒ pode
X
MEDIDAS PUNITIVAS ⇒ não pode ⇒ O STF veda apenas estas, no que toca às GESTÕES POSTERIORES ÀQUELA
QUE COMETERA A IRREGULARIDADE.

A questão refere-se ao Princípio da intranscendência subjetiva na inscrição de unidade federativa em cadastro de inadimplentes,
divulgado no INFORMATIVO 791-STF
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CESPE TJDFT/AJ/2015 Situação hipotética: Um Estado utilizou irregularmente verba recebida da União por meio de convênio e, por conta
disso, foi declarado inadimplente.
Assertiva: Nessa hipótese, o STF entende que se deve aplicar à gestão subsequente sanções por ato praticado pela administração anterior,
mesmo que o novo gestor tome providências para sanar as irregularidades verificadas. (ERRADA)
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INFORMATIVO 791 - STF O princípio da intranscendência subjetiva impede que sanções e restrições superem
a dimensão estritamente pessoal do infrator e atinjam pessoas que não tenham sido as causadoras do ato
ilícito. Assim, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções proíbe a aplicação de sanções às
administrações atuais por atos de gestão praticados por administrações anteriores. A inscrição do Estado
de Pernambuco no CAUC ocorreu em razão do descumprimento de convênio celebrado por gestão anterior,
ou seja, na época de outro Governador. Ademais, ficou demonstrado que os novos gestores estavam
tomando as providências necessárias para sanar as irregularidades verificadas. Logo, deve-se aplicar, no
caso concreto, o princípio da intranscendência subjetiva das sanções, impedindo que a Administração atual
seja punida com a restrição na celebração de novos convênios ou recebimento de repasses federais. STF. 1ª
Turma. AC 2614/PE, AC 781/PI e AC 2946/PI, Rel. Min. Luiz Fux, julgados em 23/6/2015 (Info 791)

PRINCÍPIOS SETORIAIS ⇒ Os princípios constitucionais setoriais são normas que tratam de determinado
tema, título ou capítulo específico da constituição. Em síntese, esses princípios tratam de um tema específico.
FCC - Técnico Judiciário (TRE PE)/Segurança/2004 Dos princípios gerais da Administração Pública referidos expressamente
na Constituição Federal derivam outros, que são chamados de princípios setoriais, mas dentre estes NÃO pode ser considerado
o da
a) licitação para contratação de obras e serviços. ⇒ é princípio setorial.
b) acessibilidade aos cargos públicos.⇒ é princípio setorial.
c) inviolabilidade do domicílio e da propriedade. ⇒ não é princípio setorial.
d) prescritibilidade dos ilícitos administrativos.⇒ é princípio setorial.
e) responsabilidade civil da Administração. ⇒ é princípio setorial.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 A respeito dos princípios aplicáveis à administração pública, assinale a
opção correta.
a) Dado o princípio da autotutela, poderá a administração anular a qualquer tempo seus próprios atos, ainda que eles tenham produzido
efeitos benéficos a terceiros. -boa-fé de terceiros: decai em 5 anos // má-fé de terceiros: não decai.
b) Apesar de expressamente previsto na CF, o princípio da eficiência não é aplicado, por faltar-lhe regulamentação legislativa. ERRADO
⇒DEVER DE EFICIÊNCIA: A eficiência da atividade administrativa, com efeito, produz frutos e causa benefícios à própria
coletividade. Daí configurar-se como dever do administrador público. Aliás, a EC nº19/1998, como vimos, acrescentou no art. 37, caput,
da CF, o princípio da eficiência. Ainda para atendimento a esse princípio, a EC nº 45/2004, acrescentando o inciso LXXVIII ao art. 5º da
CF, assegurou a todos o direito à razoável duração do processo e aos meios garantidores da celeridade de seu procedimento, tudo na
tentativa de instilar e propiciar maior eficiência no exercício das funções cometidas ao Poder Judiciário."
c) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos órgãos da
administração pública. CERTO
d) O princípio da autoexecutoriedade impõe ao administrador o ônus de adequar o ato sancionatório à infração cometida. ERRADO ⇒
princípio da razoabilidade/proporcionalidade

● CESPE - Professor de Educação Básica (SEDF)/Atividades/2017 O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio
da publicidade.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 Determinada autoridade administrativa deixou de anular ato
administrativo ilegal, do qual decorriam efeitos favoráveis para seu destinatário, em razão de ter decorrido mais de cinco anos desde a prática do ato,
praticado de boa-fé.
Nessa situação hipotética, a atuação da autoridade administrativa está fundada no princípio administrativo da c) segurança jurídica.

● 63% DE ERRO⇒ CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016 A respeito dos
princípios da administração pública, assinale a opção correta. b) Decorre do princípio da continuidade do serviço público a possibilidade de
preencher, mediante institutos como a delegação e a substituição, as funções públicas temporariamente vagas.

O princípio da continuidade dos serviços públicos é assim enunciado por José Cretella Júnior: a atividade da
Administração é ininterrupta, não se admitindo a paralisação dos serviços públicos. Com outras palavras, os serviços públicos
não podem sofrer solução de continuidade.
Algumas consequências práticas advindas do princípio em tela podem ser destacadas:
Restrição ao direito de greve, nos termos do art. 37, VII, da CF, de 1988;
Institutos da substituição, interinidade, suplência, “o responder pelo expediente nos casos de vacância”;
Na hipótese de rescisão do contrato administrativo, a Administração Pública detém a prerrogativa de, nos casos de
serviços essenciais, ocupar provisoriamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato;
A oposição restrita da exceção do contrato não cumprido. Nesse caso, o Estado pode ficar até 90 dias sem pagar e
a empresa contratada ainda assim tem o dever de manter a execução dos serviços, regidos pela Lei 8.666/1993 (inc. XIV do art.
78 da Lei 8.666/1993);
Manutenção de contratos administrativos ilícitos, que digam respeito à execução de serviços essenciais. No lugar de
rompimento imediato do contrato, gerando um verdadeiro caos à Administração e à sociedade, é costumeira a determinação
para que a Administração promova procedimento de licitação para a supressão dos vícios, com a continuidade da prestação dos
serviços até a homologação do novo certame.

● CEBRASPE (CESPE) - Auxiliar Técnico de Controle Externo (TCE-PA)/Administrativa/2016 O princípio da precaução impõe à administração,
diante de situações e ações que envolvam risco, a adoção de medidas preventivas contra a ocorrência de dano para a coletividade.

"Princípio da Precaução:
O princípio da precaução foi formulado pelos gregos e significa ter cuidado e estar ciente. Precaução relaciona-se com a
associação respeitosa e funcional do homem com a natureza. Trata das ações antecipatórias para proteger a saúde das pessoas e
dos ecossistemas. Precaução é um dos princípios que guia as atividades humanas e incorpora parte de outros conceitos como
justiça, eqüidade, respeito, senso comum e prevenção."
Aplicação efetiva do Princípio da Precaução - Ambiental - Âmbito Jurídico
O princípio da precaução tem sua aplicação com base em dois pressupostos: a possibilidade de que condutas humanas
causem danos coletivos vinculados a situações catastróficas que podem afetar o conjunto de seres vivos; e a falta de evidência
científica (incerteza) a respeito da existência do dano temido. Lida-se com um risco não mensurável, potencial, não avaliável. Sua
aplicação demanda um exercício ativo da dúvida, vez que sua lógica visa ampliar a incerteza, sendo que esta não exonera de
responsabilidade; pelo contrário, ela reforça a criação de um dever de prudência.

● CESPE 2016 - O princípio da proteção à confiança da administração pública c) corresponde ao aspecto subjetivo do princípio da segurança
jurídica.

Sentido objetivo: Está relacionado com a irretroatividade - Sentido subjetivo: Está relacionado com a confiança na
de atos que prejudiquem a estabilidade jurídica. administração pública, ainda que os atos praticados sejam
ilegais.

● CESPE 2017 - c) Ao princípio da publicidade corresponde, na esfera do direito subjetivo dos administrados, o direito de petição aos órgãos da
administração pública. ⇒ CESPE gosta de relacionar o direito de petição como uma forma de assegurar o princípio da publicidade.
● CESPE ) O direito de petição é um dos instrumentos para a concretização do princípio da publicidade." CERTA
● (FCC) Em uma manifestação popular pacífica, centenas de policiais militares dispararam bombas de gás e balas de borracha por horas
ininterruptas contra os manifestantes que reivindicavam direitos trabalhistas ao governo. Por considerar exagerada a reação dos policiais, que deixou
centenas de feridos, o Ministério Público sustenta que os agentes públicos responsáveis pela operação violaram princípios da Administração pública, em
especial o princípio da: c) proporcionabilidade, pois os policiais utilizaram medidas de intensidade superior à estritamente necessária à situação.

O princípio da RAZOABILIDADE tem por escopo aferir a compatibilidade entre os meios empregados e os fins visados na prática de
um ato administrativo, de modo a evitar restrições aos administrados inadequadas, desnecessárias, arbitrárias ou abusivas por
parte da administração pública.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 - Acerca do princípio da segurança jurídica, assinale a opção correta.
b) A garantia do contraditório e da ampla defesa no processo administrativo disciplinar relaciona-se à segurança jurídica. CERTA
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRF 1ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2017 - Para os autores que defendem o
princípio da subsidiariedade, a atividade pública tem primazia sobre a iniciativa privada, devendo o ente particular se abster de exercer atividades que o
Estado tenha condições de exercer por sua própria iniciativa e com seus próprios recursos. ERRADO

PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE: o Estado só deve atuar quando o particular não tiver condições de
atuar sozinho, hipótese em que deve estimular, ajudar, subsidiar a iniciativa privada.

Para Odete Medauar, esse princípio é analisado em dois aspectos:


Vertical: relaciona-se ao critério de distribuição de competências entre a União e os Estados-membros
e determina que só deva haver intervenção da União quando estritamente necessário.
Horizontal: significa que o poder público só deve agir de forma residual. Tal princípio é analisado em
duas vertentes: a proximidade, em que a atuação deve ser atribuída ao órgão mais próximo do cidadão; e a
suficiência, a de que a execução da tarefa deve ser de atribuição daquele órgão que possa desempenhá-la com
maior eficiência.
⇒ “Devem ficar a cargo do Estado as atividades que lhe são próprias como ente soberano, consideradas
indelegáveis ao particular (segurança, defesa, justiça, relações exteriores, legislação, polícia); e devem ser
regidas pelo princípio da subsidiariedade as atividades sociais (educação, saúde, pesquisa, cultura,
assistência) e econômicas (industriais, comerciais, financeiras), as quais o Estado só deve exercer em caráter
supletivo da iniciativa privada, quando ela for ineficiente” (por Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Campo Grande/2019 - O princípio do julgamento objetivo visa afastar o caráter discricionário
quando da escolha de propostas em processo licitatório, obrigando os julgadores a se ater aos critérios prefixados pela administração pública, o que
reduz e delimita a margem de valoração subjetiva no certame. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle (TCE-PR)/Jurídica/2016 - Quando a União firma um convênio com um estado da Federação, a relação
jurídica envolve a União e o ente federado e não a União e determinado governador ou outro agente. O governo se alterna periodicamente nos termos
da soberania popular, mas o estado federado é permanente. A mudança de comando político não exonera o estado das obrigações assumidas. Nesse
sentido, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem entendido que a inscrição do nome de estado-membro em cadastro federal de inadimplentes devido a
ações e(ou) omissões de gestões anteriores não configura ofensa ao princípio da administração pública denominado princípio do(a) a)
intranscendência.

O postulado da INTRANSCENDÊNCIA impede que sanções e restrições de ordem jurídica superem a dimensão
estritamente pessoal do infrator .
Súmula 615-STJ: Não pode ocorrer ou permanecer a inscrição do município em cadastros restritivos
fundada em irregularidades na gestão anterior quando, na gestão sucessora, são tomadas as providências
cabíveis à reparação dos danos eventualmente cometidos.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Fiscalização/Direito/2016 - A supremacia do interesse público sobre o interesse
particular, embora consista em um princípio implícito na Constituição Federal de 1988, possui a no referido texto, como o princípio da moralidade e o
princípio da legalidade.
● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 - A atuação da Administração pública é informada por
princípios, muitos com previsão explícita na Constituição Federal, inerentes ao regime publicístico a que se encontra jungida. Nas situações concretas,
esses princípios, muitas vezes, se interpenetram e precisam ser cotejados e harmonizados. Nesse diapasão, tem-se que a) o princípio da
segurança jurídica impede que novas leis atinjam atos jurídicos aperfeiçoados com base na legislação precedente, sem que isso importe afronta ao
princípio da legalidade.

● FCC - Técnico Judiciário (TRT 3ª Região)/Administrativa/Contabilidade/2009 A aplicação do princípio da legalidade, expresso no artigo 37,
caput, da Constituição Federal, traz como consequência a
d) obrigatoriedade de lei para fixação e aumento de remuneração dos servidores públicos, inclusive aqueles submetidos ao regime da
Consolidação das Leis do Trabalho. ERRADO ⇒ Ñ PRECISA DE LEI PARA AUMENTAR REMUNERAÇÃO DE ESTATAIS
e) obrigatoriedade de lei para criação de cargos, mas não para a sua extinção, que, quando vagos, pode ser feita por decreto. CERTO

Origem, Conceito e Fontes do Direito Administrativo:


Fonte: Cyonil Borges e Adriel Sá, 2017, p. 59

1ª FONTE ) LEI em "sentido amplo"abrangendo:

a) ATOS NORMATIVOS PRIMÁRIOS: Ex: ECs,LCs,LO.s,MPs, LDs (Leis Delegadas), Decretos e Resoluções
( emanadas da CF/88);

b) ATOS NORMATIVOS SECUNDÁRIOS: Ex: atos administrativos = PORTARIAS, INSTRUÇÕES


NORMATIVAS, DECRETOS REGULAMENTARES;
-----------------------------
2ª FONTE: JURISPRUDÊNCIA ➜ CONJUNTO REITERADO DE DECISÕES DOS TRIBUNAIS. Ex; Informativos
STF,STJ.

obs: Enquanto a JURISPRUDÊNCIA é considerada FONTE SECUNDÁRIA no Direito Administrativo, a


SÚMULA VINCULANTE é considerada FONTE PRIMÁRIA.
---------------------------------
3ª FONTE: COSTUMES ➜Conjunto de regras INFORMAIS ( não escritas); Suprem LACUNAS ou deficiências
na legislação administrativa;
OBS: Não são admitidas se CONTRA LEGEM (violadores da legalidade); PRAETER LEGEM ( além da
Lei) SÃO ADMITIDAS EM HIPÓTESES ESPECIAIS.
--------------------------------------
4ª FONTE: DOUTRINA ➜ opinião de juristas, cientistas e teóricos do direito. ESCLARECE E EXPLICA.
--------------------------------
5ª FONTE: PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO = POSTULADOS UNIVERSALMENTE RECONHECIDOS (podem ser
EXPRESSOS ou IMPLÍCITOS)

CRITÉRIOS DE DEFINIÇÃO DIREITO ADMINISTRATIVO:

- CRITÉRIO DA RELAÇÃO JURÍDICA: - CRITÉRIO TELEOLÓGICO ou FINALISTA:

O Direito Administrativo compreende o conjunto de regras O Direito Administrativo representa um sistema de princípios que
jurídicas que disciplinam a relação entre a Administração e o regula as atividades do Estado na consecução de seus fins.
administrado (particular). Legalista ou Francês ➜Estudo das normas
Teleológico ➜ Regula a atividade do Estado
Serviço Público ➜ Estuda a atividade do Estado

Objetivo/MATERIAL/FUNCIONAL (O QUE FAZ?) SUBJETIVO/FORMAL/ORGÂNICO: (quem faz?)

Atividade administrativa desempenhada pelo estado,visando satisfazer É o conjunto de órgãos ,agentes e entidades que exercem a função
as necessidades que a coletividade possui. administrativa estatal.
(POLÍCIA ADMINISTRATIVA,SERVIÇO PÚBLICO; FOMENTO)

CERTO:
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 O surgimento do contencioso administrativo no sistema
administrativo francês teve como um dos seus fundamentos o reforço ao princípio da separação dos poderes.

O Contencioso Administrativo, implantado na França com as ideias de independência dos poderes, inaugurou a fase
do administrador-juiz, pois a administração era, ao mesmo tempo, parte e juiz. Com isso, a França passou a ter o sistema
de dualidade de jurisdições; os conflitos de natureza privada são resolvidos pelos juízes e os litígios que envolvam o poder
público são solucionados pelo Conselho de Estado, órgão responsável por dirimir os conflitos que tinham como uma das
partes a Administração Pública.
O sistema francês, também denominado sistema do contencioso administrativo e sistema da dualidade de jurisdição,
possui como principal característica a existência de uma Justiça Administrativa, cujo funcionamento independe da
atividade da Justiça do Poder Judiciário. Além disso, a competência da Justiça Administrativa incide sobre litígios onde
em um dos pólos figura necessariamente a Administração Pública. Na França, em caso de conflito de competência, o
impasse é resolvido pelo Tribunal de Conflitos, criado justamente com este escopo.

Fonte: Jus e Direito Diário

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado (PGE PB)/2021


Acerca da teoria geral de direito administrativo, julgue os itens a seguir.
I O direito brasileiro tem forte influência do direito francês, havendo adotado o sistema de contencioso administrativo francês. ERRADO
II A administração pública em sentido subjetivo consiste no conjunto de atividades administrativas exercidas pelo Estado. ERRADO⇒ OBJETIVO
III Atos administrativos normativos constituem fonte do direito administrativo. CERTO

● (CESPE) - Agente de Polícia (PC PE)/2016 a) A lei é uma fonte primária e deve ser considerada em seu sentido amplo para abranger
inclusive os regulamentos administrativos. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 O direito administrativo consiste em um
conjunto de regramentos e princípios que regem a atuação da administração pública, sendo esse ramo do direito constituído pelo seguinte
conjunto de fontes: a) lei em sentido amplo e estrito, doutrina, jurisprudência e costumes.

● (CESPE) - Analista Judiciário (TRE PE)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 O direito administrativo é


a) um ramo estanque do direito, formado e consolidado cientificamente. (É MUTÁVEL)
b) um ramo do direito proximamente relacionado ao direito constitucional e possui interfaces com os direitos processual, penal, tributário,
do trabalho, civil e empresarial. CERTO
c) um sub-ramo do direito público, ao qual está subordinado.(FAZ PARTE DO DIREITO PÚBLICO)
d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser considerado de maneira dissociada das demais regras e
princípios.
e) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações jurídicas entre agentes públicos e órgãos do Estado.

● Atividades privadas de interesse público e de fomento


(CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019
incluem-se entre as atividades precípuas da administração pública. Certo ⇒ bem polêmica.

No sentido em que foi cobrada a questão ela aborda as atividades da adm pública, que são:
* fomento;
* polícia administrativa;
* regulamentação/fiscalização; e
* serviços públicos.
Ao entrar na seara dos serviços públicos, sabe-se que podem ser prestados diretamente ou indiretamente por meio de concessão, permissão e
autorização.
Assim, o particular ao prestar atividades privadas de interesse público acaba por desempenhar o serviço público em si, claro existe
entendimento afeto a disciplina de serviço público para compreender o que de fato se enquadra.

● CEBRASPE (CESPE) - Juiz Estadual (TJ PA)/2019/"Prova Anulada"


A expressão "direito administrativo do espetáculo" é utilizada para
B) indicar a proliferação de institutos e interpretações vinculados à produção de cenário imaginário destinado a produzir entretenimento dos
indivíduos, antes da efetiva implantação de valores fundamentais.

O "Direito Administrativo do espetáculo" - Com algum exagero, pode­-se utilizar a expressão "Direito Administrativo do
espetáculo" para qualificar o estado de coisas vigente. Indica a proliferação de institutos e interpretações descolados,
vinculados à produção de um cenário imaginário e destinado a produzir o entretenimento dos indivíduos antes do que a
efetiva implantação de valores fundamentais. Marçal Justen Filho: O Direito Administrativo de espetáculo (Fórum Administrativo ‐ Fa, Belo
Horizonte, v. 9, n. 100, p. 65-85, jun. 2009.).


ERRADO:

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Direito/2018 Considerando a origem, a natureza jurídica, o objeto e os diferentes
critérios adotados para a conceituação do direito administrativo, assinale a opção correta.
a) No direito administrativo, adota-se o modelo francês de jurisdição como forma de controle da administração. ERRADO = A - No âmbito do
Direito Administrativo, existem dois tipos de sistemas básicos de controle da Administração Pública: o inglês e o francês. O Brasil adota o
Sistema Inglês, no qual os atos do administrativo podem ser revistos pelo Poder judiciário. Já no sistema francês, existe uma Justiça
Administrativa e suas decisões em regra não podem ser revistas pelo Poder Judiciário.
BRASIL ⇒ SISTEMA INGLÊS DE JURISDIÇÃO

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 Em sentido estrito, a administração pública compreende os
órgãos administrativos e governamentais que desempenhem as funções administrativa e política.

Sentido AMPLO: político (governamental) + administrativo


Sentido RESTRITO: administrativo.
Se for SUBJETIVO: órgãos;
Se for OBJETIVO: funções.

● CEBRASPE (CESPE) - Oficial de Inteligência/Área 1/2018


Entre as fontes de direito administrativo, as normas jurídicas administrativas em sentido estrito são consideradas lei formal e encontram sua
aplicabilidade restrita à esfera político-administrativa.
A lei formal é aquela oriunda do Poder Legislativo, sujeita ao rito constitucional para aprovação de leis. Essas leis não
se limitam apenas à esfera político-administrativa, já que podem atingir também a esfera privada das pessoas.
São fontes de direito administrativo a lei em sentido amplo e estrito, doutrina, jurisprudência e costumes.
A Lei em sentido amplo é toda norma geral e obrigatória, emanada de qualquer órgão que tenha o poder de legislar, é
toda a manifestação escrita da norma jurídica, mesmo que não emane do Poder Legislativo. Ex.: A constituição, os
Decretos e os Regulamentos. Assim, lei em sentido amplo é todo o direito escrito.
A lei em sentido estrito, é o ato emanado do Poder Legislativo, é a norma geral e obrigatória emanada do Poder
Legislativo. Neste sentido, falamos em Leis ordinárias e leis constitucionais, ou, apenas as leis ordinárias, eis que a
Constituição é elaborada pelo legislativo com poderes especiais.
Lei em sentido material - é referente a conteúdo, é aquela que possui matéria de lei, é aplicável a todos, mas pode ser
originada de qualquer órgão que tenha o poder de legislar. Ex.: Constituição, Decretos, Regulamentos. Não são órgãos do
Poder Legislativo.
Lei em sentido formal - é quando parte do Legislativo, qualquer que seja seu conteúdo, pode ser ou não geral, atingir ou
não a todos. É lei porque formalmente é um ato emanado do Poder Legislativo, não importa o seu conteúdo.
Portanto as normas jurídicas administrativas não são consideradas lei formal pois essas são oriundas do Poder Legislativo,
sujeita ao rito constitucional para aprovação de leis. E sua aplicabilidade não está restrita apenas à esfera
político-administrativa, já que podem atingir também a esfera privada das pessoas.

● No Brasil, assim como no sistema de common law, o costume é uma das fontes principais do direito administrativo. (Fontes do direito
administrativo: a fonte predominante é a lei, e as secundárias são a doutrina, a jurisprudência e por fim os costumes).
● De acordo com o critério teleológico (DA RELAÇAO JURÍDICA), o direito administrativo é um conjunto de normas que regem as relações entre a
administração e os administrados.

● (CESPE) - Auditor Estadual (TCM-BA)/Controle Externo/2018 Direito administrativo é o sistema dos princípios jurídicos que regulam a
atividade do Estado para o cumprimento de seus fins, de utilidade pública. Maria Sylvia Zanella Di Pietro. Direito administrativo. 22.ª ed. São Paulo: Atlas, 2009, p. 44
No fragmento de texto precedente, define-se direito administrativo conforme d) o critério teleológico.

CRITÉRIO DEFINIÇÃO DE DIREITO CRÍTICAS


ADMINISTRATIVO

Legalista, Tem por objeto de estudo a O Direito Administrativo não deve se resumir à
exegético, interpretação das normas jurídicas interpretação de leis e de regulamentos
empírico, caótico, administrativas e atos administrativos, devendo considerar a carga valorativa
ou francês complementares. dos princípios, além da doutrina, da jurisprudência e
dos costumes.

Poder Executivo ou Tem por objeto de estudo a As atividades estatais de Administração Pública são
Italiano atividade desempenhada pelo Poder principalmente, mas não exclusivamente, realizadas
Executivo. pelo Executivo. Outras atividades levadas a efeito
pelo Executivo são regidas por outros ramos do direito
(ex.: Constitucional, Civil, Empresarial).

Relações Regem as relações entre a Outros ramos também regem a relação entre o Estado e
Jurídicas Administração e os administrados. os administrados (Direitos Tributário, Penal,
Eleitoral).

Serviço Estuda as atividades entendidas Sentido amplo: Direito Administrativo abrangeria


Público como serviço público. assuntos abordados por outros ramos do Direito (ex.:
Constitucional).
Sentido restrito: Direito Administrativo abrangeria
atividades industriais e comerciais prestadas pelo
Estado, fugindo ao objeto do estudo do Direito
Administrativo.

Teleológico Regula a atividade do Estado para Imprecisão acerca das finalidades do Estado,
o cumprimento de seus fins. abrangendo a atividade legislativa do Estado.
Hierarquia Direito Administrativo rege os Critério é parcialmente válido. Ex.: Presidência da
Orgânica órgãos inferiores do Estado, República é objeto de estudo do Direito Administrativo
enquanto o Direito Constitucional e não é órgão inferior, mas sim independente e
estuda os órgãos superiores. indispensável à estrutura do Estado (leia-se: órgão
superior).

Negativista ou Exclui as atividades do Estado Não define o Direito Administrativo. Dentro do


residual de legislação e de jurisdição. Poder Executivo nem tudo é regido pelo Direito
Administrativo
(Ex.: Atividade Política – Direito Constitucional).

Ramo do direito que rege a


Administração Pública como
Da Administração forma de atividade; define Critério mais aceito pela Doutrina
Pública suas pessoas administrativas,
organização e agentes; regula,
enfim, os seus direitos e
obrigações, umas com as outras
e com os particulares, por
ocasião do desempenho da
atividade administrativa.

● (CESPE) - Escrivão de Polícia (PC PE)/2016 Acerca de conceitos inerentes ao direito administrativo e à administração pública, assinale a opção
correta.
c) Segundo o delineamento constitucional, os poderes do Estado são independentes e harmônicos entre si e suas funções são reciprocamente
indelegáveis. CERTO
e) Pelo critério legalista(DA RELAÇÃO JURÍDICA), o direito administrativo compreende os direitos respectivos e as obrigações mútuas da
administração e dos administrados. ERRADO -1) corrente legalista: considera que o Direito Administrativo resume-se ao
conjunto da legislação administrativa existente no país. Tal critério é reducionista, pois desconsidera o papel
fundamental da doutrina na identificação dos princípios básicos informadores do ramo;"
● Em sentido objetivo , administração pública designa os entes que exercem a atividade administrativa de forma a balizar a execução da função
administrativa.(SUBJETIVO/FORMAL/ORGÂNICO)

2. Organização Administrativa:

Órgãos do Poder Judiciário:


Federal: STF, STJ, TST, TSE, STM, TRF, TRT, TRE, TJDFT.
Estadual: TJs

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI), cuja sede se
encontra na capital do estado, integra a administração a) direta federal. CERTO

+ de 50 % de erro (CESPE) - Técnico Judiciário (STF)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013


A administração direta é constituída pelo conjunto de órgãos e entidades administrativas (POLÍTICAS) submetidos a
regime de direito público para os quais foi atribuída a competência para o exercício, de forma centralizada, das
atividades administrativas do Estado. Errado

Administração Indireta = entidades ADMINISTRATIVAS


Administração direta = entidades POLÍTICAS
2.1 Administração Direta (órgãos públicos):

TEORIA DO MANDATO TEORIA DA REPRESENTAÇÃO

Agente público Mandatário Tutor, Curador


(tem procuração do Estado). (representa o incapaz).

Estado Pessoa jurídica que outorga Incapaz (deve ser tutelado,


o mandato. representado).

Críticas Pessoa jurídica não tem existência concreta, Como poderia um incapaz outorgar ou
é abstração. validar sua representação e ser
responsável pelos atos ilícitos
praticados pelo tutor?
Não acarretaria qualquer
responsabilidade para o Estado
se o ato fosse ilícito.

CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 Embora apresentem diferenças, as teorias do mandato, da
representação e do órgão têm como traço comum a imputação da vontade do órgão público à pessoa jurídica em que aquele se encontra
inserido. ERRADO
A Teoria do órgão veio substituir as superadas teorias do mandato e da representação, pelas quais se
pretendeu explicar como se atribuiriam ao Estado e às demais pessoas jurídicas públicas os atos das
pessoas humanas que agissem em seu nome.
Pela teoria do mandato considerava-se o agente (pessoa física) como mandatário da pessoa jurídica,
mas essa teoria ruiu diante da indagação de quem outorgaria o mandato.
Pela teoria da representação considerava-se o agente como representante da pessoa, à semelhança do
tutor e do curador dos incapazes. Mas como se pode conceber que o incapaz outorgue validade a sua
própria representação?
Diante da imprestabilidade dessas duas concepções doutrinárias, Gierke formulou a Teoria do Órgão,
segundo a qual as pessoas jurídicas expressam a sua vontade através de seus próprios órgãos, titularizados
por seus agentes (pessoas humanas), na forma de sua organização interna. O órgão - sustentou Gierke - é
parte do corpo da entidade e, assim, todas as suas manifestações de vontade são consideradas como da
própria entidade

CERTO:

● Os órgãos não dotados de personalidade jurídica própria que exercem funções administrativas e integram a União por desconcentração,
componentes de uma hierarquia, fazem parte da administração direta.
● A administração direta é constituída de órgãos, ao passo que a administração indireta é composta por entidades dotadas de personalidade
jurídica própria, como as autarquias, que são destinadas a executar serviços públicos de natureza social e atividades administrativas.
● A teoria do órgão, segundo a qual os atos e provimentos administrativos praticados por determinado agente são imputados ao órgão por ele
integrado, é reflexo importante do princípio da impessoalidade.
● A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da
administração pública direta.
● O Ministério da Educação é um exemplo de órgão componente da administração pública direta integrado à estrutura administrativa da União.
● Administração direta remete à ideia de administração centralizada, ao passo que administração indireta se relaciona à noção de administração
descentralizada.
● A Presidência da República integra a administração pública federal direta.
● De acordo com a teoria da imputação, atualmente adotada no ordenamento jurídico brasileiro, a manifestação de vontade de pessoa jurídica
dá-se por meio dos órgãos públicos, ou seja, conforme essa teoria, quando o agente do órgão manifesta sua vontade, a atuação é atribuída ao
Estado.
● O TJPE é um(a) c) órgão independente.

Órgãos independentes: são os originários da Constituição Federal e representativos dos Poderes de Estado: Presidência da
República, Câmara dos Deputados, Senado Federal, STF, STJ e demais tribunais, TCU, MPU etc. (e seus representantes
simétricos nos entes da Federação).

● Órgãos e entidades públicos, tanto da administração direta quanto da indireta, podem aumentar a sua autonomia gerencial, orçamentária e
financeira mediante contratos firmados, conforme previsão legal.
● FCC - Analista Ministerial (MPE PE)/Jurídica/2018 Os órgãos públicos que integram a organização administrativa, na qualidade de “centros
de competência para desempenho de funções estatais”, b) são representados por agentes públicos, mas não se confundem com estes, pois as
consequências e conquistas são atribuídas àquelas unidades de competência e, em consequência, às pessoas jurídicas que elas integram.

CONTRATO DE GESTÃO:

● FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Judiciária/2017 A figura do contrato de gestão está prevista no ordenamento para disciplinar
diferentes relações jurídicas, entre as quais figuram:
I. a fixação de metas de desempenho visando à ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e
entidades da Administração direta e indireta. CERTO
II. a disciplina para permissão de serviço público em caráter precário, não passível de concessão.ERRADO A permissão de serviço
público opera-se mediante contrato administrativo típico, conforme previsto no art. 175, caput, CF/88 c/c Lei 8.987/95, aplicando-se,
como regra geral, as mesmas normas vigentes para a concessão de serviços públicos.

III. o estabelecimento de indicadores de desempenho para fins de participação nos lucros ou resultados de empregados públicos
submetidos ao regime celetista.ERRADO inexiste o mais vago respaldo no ordenamento para que se possa cogitar da existência de
contrato de gestão, no que tange à hipótese descrita neste item.

CONTRATO DE GESTÃO: § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da


administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus
administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou
entidade, cabendo à lei dispor sobre:
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos
dirigentes;
III - a remuneração do pessoal.

ERRADO:

● Embora dotados de personalidade jurídica (DESPERSONALIZADOS), os órgãos públicos não possuem capacidade processual para a defesa de
suas prerrogativas e competências institucionais.(Os órgãos INDEPENDENTES e os AUTÔNOMOS possuem capacidade processual)
● O fato de a advocacia pública, no âmbito judicial, defender ocupante de cargo comissionado pela prática de ato no exercício de suas atribuições
amolda-se à teoria da representação (teoria da imputação (ou teoria do órgão).
● Órgão público é ente despersonalizado, razão por que lhe é defeso, em qualquer hipótese, ser parte em processo judicial, ainda que a sua
atuação seja indispensável à defesa de suas prerrogativas institucionais. (Os órgãos públicos, em regra, não possuem capacidade processual,
SALVO nos órgãos independentes e autônomos na defesa de suas prerrogativas constitucionais e institucionais).
● A hierarquia é o escalonamento em plano vertical dos órgãos e agentes da administração. Desse modo, se, de um lado, os agentes de grau
superior têm poderes de fiscalização e de revisão sobre os agentes de grau menor, os órgãos superiores AUTÔNOMOS, como os ministérios,
exercem o controle sobre os demais órgãos de sua estrutura administrativa e sobre os entes a eles vinculados.

ÓRGÃOS:
* Independentes: Representam um dos Três Poderes.
* Autônomos: Ministérios
* Superiores: Divisões de um Ministério. Ex: DPF em relação ao Ministério da Justiça.
* Subalternos: Pequenas Unidades de um Órgão Superior. Ex: RH do DPF.

● Faculta-se (UMA OBRIGAÇÃO) poder público, nos contratos de gestão, o estabelecimento de metas de desempenho para o aumento da
eficiência do ente contratante.

Administração Indireta:

Empresa Pública Sociedade de Economia Mista

Totalidade do capital público Capital público e privado


Qualquer forma de Organização Obrigatoriamente S/A
Causas de entidades federais Causas de entidades federais
julgadas na Justiça Federal julgadas na Justiça Estadual

RESUMINDO:
Fundação pública de direito público ⇒ Adm indireta
Fundação pública de direito privado ⇒ Adm indireta
Fundações privadas ⇒ Não pertence a administração indireta (ESSA É A DA QUESTÃO ABAIXO)

(CESPE) - Assistente (FUB)/Administração/2015 As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração
indireta. Errado ⇒ 70 % DE ERRO

CARACTERÍSTICAS COMUNS ÀS AGÊNCIAS REGULADORAS:

*Exercem função regulatória relacionada a serviços públicos e a atividades econômicas em sentido amplo;
*Contam com instrumentos que asseguram razoável autonomia perante o Executivo;
*Possuem amplo poder normativo no que concerne às áreas de sua competência;
*Submetem-se aos controles judicial e legislativo.
DI PIETRO: as normas genéricas e abstratas emanadas das agências reguladoras decorrem expressamente da lei. Não
constituem manifestação do poder regulamentar porque tal competência foi outorgada pela Constituição, em caráter privativo, ao Chefe
do Poder Executivo. Sua delegação, nas hipóteses em que admitida, exige manifestação de vontade do titular da competência, que, na
hipótese examinada, não é o legislador. Afasta a existência de suporte constitucional ao regulamento autônomo, de modo que as agências
não podem editar normas em relação a temas não ventilados em lei. Em outras palavras, não podem inovar no plano jurídico sem que
haja supedâneo em lei.

"[...] Outro ponto de celeuma doutrinária é a questão da REGULAMENTAÇÃO TÉCNICA OU DOS REGULAMENTOS
AUTORIZADOS, cuja manifestação se vê, especialmente, NA FUNÇÃO NORMATIVA EXERCIDA PELAS AGÊNCIAS REGULADORAS, as
quais recebem a função de regular por meio da DESLEGALIZAÇÃO de parte da matéria.
[...]
Deslegalização quer dizer que, A LEI DELEGA A FUNÇÃO DE CRIAR NORMA A RESPEITO DE ASSUNTOS TÉCNICO A
ÓRGÃOS ADMINISTRATIVOS.
Por exemplo, é o que ocorre com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), criada pela Lei nº 9.472/97, com a função de
"orgão" regulador das telescomunicações (...). Naquela lei, o art. 19, elenca diversas competências à autarquia e, entre elas, há a de
EXPEDIR NORMAS SOBRE A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. O fundamento é que os profissionais técnicos podem adequar as exigências
para a correta prestação dos serviços de telecomunicações em razão de critérios técnicos e científicos, não capazes de ser previstos pelo
legislador ordinário. É a chamada DISCRICIONARIEDADE TÉCNICA, porque a LEI ESTABELECE PARÂMETROS , DIRETRIZES para
que, em NÍVEL ADMINISTRATIVO, seja feita a COMPLEMENTAÇÃO da lei, com CONTEÚDO TÉCNICO." BORTOLETO, Leandro. Direito
Administrativo para os concursos de analista dos tribunais.

CERTO:

(CESPE) - Analista em Desenvolvimento Regional (CODEVASF)/Administração/2021 São exemplos de entidades integrantes da


administração pública indireta as agências reguladoras, as sociedades de economia mista e as organizações sociais. Errado

FCC - Assistente Técnico Fazendário (Manaus)/"Sem Área"/2019 A organização administrativa descentralizada tem como
característica inerente ao modelo
a) o estabelecimento de estruturas hierarquizadas nas diversas pessoas jurídicas que compõem a Administração indireta, com
servidores com vínculo funcional estatutário, porque representantes de atividades estatais. ERRADO ⇒ A descentralização
administrativa se baseia em uma distribuição de competências entre entidades diferentes, não havendo manifestação do poder
hierárquico. Ressalte-se que no âmbito da Administração Indireta é possível que o regime de pessoal seja estatutário, como no caso
das autarquias, ou mesmo celetistas, como no caso das empresas estatais.
b) a criação de pessoas jurídicas integrantes da Administração indireta, variados os regimes jurídicos a que se sujeitam, mas
comum entre elas a obrigatoriedade de submissão a concurso público para contratação de empregados públicos. CERTO
c) a competência para edição de atos administrativos discricionários e vinculados, vedada a delegação de poder normativo,
privativo da Administração central. ERRADO ⇒ Ao contrário do que afirma a assertiva, várias entidades integrantes da Administração
Indireta possuem poder normativo, no âmbito de suas respectivas competências, como é o caso, por exemplo, das agências
reguladoras.
d) os poderes disciplinar e hierárquico, que projetam efeitos sobre os servidores estatutários e celetistas que integram seus
quadros, bem como sobre terceiros contratados para prestação de serviços de quaisquer natureza. ERRADO ⇒O erro da assertiva
consiste em afirmar que o poder hierárquico alcança terceiros contratados para a prestação de serviços. Ressalte-se que o poder
hierárquico configura um poder de estruturação interna, que define a competência entre órgãos e agentes públicos dentro de uma
mesma pessoa jurídica.
e) o enquadramento, para fins de caracterização de sujeito ativo de ato de improbidade, dos servidores e administradores
integrantes das diversas pessoas jurídicas que integram, à exceção daquelas sujeitas a regime jurídico de direito privado, como
preservação da igualdade de concorrência. ERRADO ⇒Os atos de improbidade também podem ser praticados por qualquer agente
público, servidor ou não, contra Administração Indireta, incluindo as empresas estatais sujeitas ao regime jurídico de direito privado.

FCC - Analista Judiciário (TRF 3ª Região)/Judiciária/Sem Especialidade/2019 Nos termos da Constituição Federal de 1988 e
da legislação aplicável, o regime jurídico das sociedades de economia mista confere a essas entidades
a) a dispensa de realizar licitações quando se tratar da comercialização, prestação ou execução, de forma direta, de produtos,
serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais. CERTO -
ESSA DESGRAÇA CAIU NO TRF 4 E Ñ TAVA A LEI DAS ESTATAIS
Sabemos que, de regra, as empresas do Estado se submetem ao dever de licitar, mas não mais pela Lei 8.666. Seguem, hoje, a
lei 13303. E, por esta lei, há exceções ao dever de licitar. Confira:
Art. 28. Os contratos com terceiros destinados à prestação de serviços às empresas públicas e às sociedades de
economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade, à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ativos
integrantes do respectivo patrimônio ou à execução de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como à
implementação de ônus real sobre tais bens, serão precedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as hipóteses
previstas nos arts. 29 e 30.
(...)
§ 3º São as empresas públicas e as sociedades de economia mista dispensadas da observância dos dispositivos
deste Capítulo nas seguintes situações:
I - comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas mencionadas no caput , de produtos,
serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais;
II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, vinculada a
oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento competitivo.

c) a prerrogativa de pleitear ao presidente do tribunal ao qual couber o conhecimento do respectivo recurso a suspensão da
execução da liminar ou de sentença, de modo a evitar grave lesão à ordem, à saúde, à segurança e à economia públicas. ERRADA
Não é uma questão trivial. De boa, não constou sequer do edital. Há algumas leis que permitem a suspensão da execução,
chamada de suspensão da segurança. Isso é previsto, por exemplo, na Lei 8437 e na lei do Mandado de Segurança. Ocorre que tal
prerrogativa é para Ministério Público ou pessoa jurídica de Direito Público.

FCC - Técnico Judiciário (TRF 3ª Região)/Administrativa/Sem Especialidade/2019 Para maior especialização na execução de
atividades de sua competência, os entes políticos podem promover a criação de entidades descentralizadas, que comporão a chamada
Administração Indireta. No tocante à Administração Indireta,
a) a empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital
exclusivamente estatal, devendo revestir-se obrigatoriamente da forma de sociedade anônima. ⇒ Na verdade, as sociedades de
economia mista é que DEVEM ser sempre S.A. Já as empresas públicas podem assumir qualquer tipo de configuração admitida em
direito.
b) as entidades da Administração Indireta que sejam dotadas de personalidade jurídica de direito privado, em vista da maior
flexibilidade do seu regime jurídico, são dispensadas de fazer licitação para realizar suas contratações.
c) somente por lei federal poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia
mista e de fundação, seja qual for o ente político envolvido.
d) a empresa pública, a sociedade de economia mista e as respectivas subsidiárias, que explorem atividade econômica de
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, estão sujeitas a regime de licitação e contratação pública idêntico ao
aplicável aos órgãos da Administração Direta e às entidades de direito público, como as autarquias. ⇒ Sabemos que, de regra, as
empresas do Estado se submetem ao dever de licitar, mas não mais pela Lei 8.666. Seguem, hoje, a lei 13303. E, por esta lei, há
exceções ao dever de licitar
e) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas abrange também as autarquias, fundações,
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder
público. CERTA
FCC - Analista (DPE RS)/Economia/2017 A organização administrativa estruturada em administração direta e indireta
pressupõe a existência de pessoas jurídicas com personalidade jurídica e competências próprias, que possuem características comuns,
a exemplo
a) da necessidade de serem criadas por lei, na qual estarão previstas todas as competências, obrigações e escopo de atuação,
não dependendo de outros atos para serem formalmente instituídas. ERRADO ⇒ Nem todas as entidades de administração indireta
deverão ser criadas por lei.
b) da submissão a regime jurídico de direito privado, ainda que possam contar com participação pública em sua formação,
como os consórcios públicos, as sociedades de economia mista, as fundações e as autarquias especiais. ERRADO ⇒ As autarquias e
fundações públicas/autárquicas não se submetem a regime jurídico de direito privado, mas público.
c) da submissão a regime celetista ou estatutário, à semelhança do que se admite para a Administração direta, que conta com a
dualidade de regimes jurídicos para seus servidores. ERRADO ⇒ Assim, a partir da citada decisão do STF, voltou a vigorar a
redação original do art. 39 da Carta Magna, de modo que cada ente da federação somente poderá instituir regime jurídico
único para os respectivos servidores da administração direta, das autarquias e das fundações públicas. (ALEXANDRE, Ricardo;
DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P. 87).
d) do controle externo a que se submetem, tal qual o exercido pelo Poder Judiciário e pelos Tribunais de Contas, estes
últimos que analisam critérios de legalidade dos atos e negócios da Administração, mas também examinam aspectos de
economicidade. CERTO ⇒ Além do controle finalístico por parte do ente instituidor, à semelhança de todos os entes e
entidades da Administração Direta e Indireta, as autarquias, como ocorre com todos os demais órgãos e entidades
integrantes da administração pública, também se submetem ao controle externo do Legislativo, exercido com o auxílio do
Tribunal de Contas (CF/1988, arts. 70 e 71). (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo:
Método, 2015.E-book. P. 86).
e) do regime de execução próprio, sujeito a expedição de precatórios a serem pagos em ordem cronológica, respeitados os
débitos de pequeno valor, dotados de preferência, a fim de aplicação do princípio da isonomia em relação aos credores. ERRADO ⇩
Nesse contexto, deve-se registrar que o STF adotou um entendimento mais flexível no que concerne à Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos (ECT). Alegando peculiaridades do regime jurídico da ECT, uma empresa pública que presta serviço
público em regime de monopólio afirmou a impossibilidade de os seus bens serem penhorados independentemente de
estarem ou não afetados diretamente a prestação de serviços públicos. Assim, estabeleceu a execução ajuizada contra a
instituição, que somente poderia ocorrer pelo regime de precatórios previsto no art. 100 da CF (STF, 1.ª Turma, RE 393032
AgR/MG). (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P. 105).

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Direito/2021 A Companhia Estadual de Águas e Esgotos
do Rio de Janeiro (CEDAE), sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos de saneamento em caráter não
concorrencial no estado do Rio de Janeiro, é submetida ao regime de precatórios. Certo
A jurisprudência da Suprema Corte é no sentido da aplicabilidade do regime de precatório às sociedades de economia
mista prestadoras de serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial. [RE 852.302 AgR, rel. min. Dias Toffoli, j. 15-12-2015, 2ª
T, DJE de 29-2-2017.]= ADPF 387, rel. min. Gilmar Mendes, j. 23-3-2017, P, DJE de 25-10-2017
Entendimento mais recente foi adotado na ADPF 275/PB: É inconstitucional a determinação judicial que decreta a constrição de bens de
sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos em regime não concorrencial, para fins de pagamento de débitos trabalhistas.
Sociedade de economia mista prestadora de serviço público não concorrencial está sujeita ao regime de precatórios (art. 100 da CF/88) e, por isso,
impossibilitada de sofrer constrição judicial de seus bens, rendas e serviços, em respeito ao princípio da legalidade orçamentária (art. 167, VI, da
CF/88) e da separação funcional dos poderes (art. 2º c/c art. 60, § 4º, III).

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ PA)/Direito/2020 A administração indireta inclui as sociedades de economia mista, cujos agentes
são a) empregados públicos regidos pela CLT e sujeitos às normas constitucionais relativas a concurso público e à vedação de acumulação
remunerada de cargos públicos.
● CEBRASPE (CESPE) - Auditor-Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ RS)/2019 A entidade da administração pública indireta criada por meio de lei
para desempenho de atividades específicas, com personalidade jurídica pública e capacidade de autoadministração é a a) autarquia.
● FCC - Técnico Judiciário (TJ MA)/Apoio Técnico Administrativo/2019 Diferem as autarquias das empresas estatais, por exemplo, quanto c) à
forma de sua criação, pois as autarquias são criadas por lei, enquanto as empresas estatais têm sua instituição autorizada por lei.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Administrativo de Procuradoria (PGE PE)/Calculista/2019 A criação de fundações públicas de direito público
ocorre por meio de lei, não sendo necessária a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas.

Essa exigência só é cabível no caso das fundações públicas de direito privado.De acordo com Di Pietro, há INEXIGIBILIDADE de
inscrição de seus atos constitutivos no Registro Civil das Pessoas Jurídicas para as de direito PÚBLICO, porque a sua personalidade já
decorre da lei.

Fundação pública de direito público Fundação pública de direito privado


- criada diretamente por lei específica, adquirindo personalidade - sua criação deve ser autorizada por lei específica, sendo a
jurídica com a simples vigência da lei instituidora. É uma espécie de criação efetiva dessa entidade feita na forma da lei civil, com o
autarquia, denominada "fundação autárquica" ou "autarquia registro dos seus atos constitutivos.
fundacional"

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente de Procuradoria (PGE PE)/2019 A administração pública direta reflete uma administração centralizada,
enquanto a administração indireta reflete uma administração descentralizada.

● FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2019/VIII Com relação à estrutura da Administração Pública brasileira, é correto
afirmar:
a) Defensoria Pública, Ministério Público e Tribunal de Contas integram a chamada administração pública direta. CERTO
b) autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e agências reguladoras integram a chamada
administração pública direta.
c) o modelo de Administração Pública gerencial (BUROCRÁTICA) se baseia nos princípios da formalidade, da impessoalidade e do
profissionalismo.
d) o modelo de Administração patrimonialista, informado pelo princípio do profissionalismo, tem como finalidade a gestão do
patrimônio público.
e) o modelo de Administração burocrático (GERENCIAL) compreende o cidadão como cliente dos serviços públicos prestados pelo
Estado diretamente ou mediante delegação. A alternativa e está incorreta porque o modelo de Administração Pública patrimonialista é
aquele que não diferencia patrimônio público do patrimônio privado. O patrimonialismo remete ao que de pior o Estado ineficiente pode
abarcar: falta de profissionalismo, nepotismo e corrupção, entre outros.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Administrativa/2018 Julgue o item que se seguem à luz do Decreto-lei n.º 200/1967. A
supervisão ministerial sobre a administração indireta pode exercer medida de intervenção por motivo de interesse público.

Parágrafo único. A supervisão exercer-se-á mediante adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento:
a) indicação ou nomeação pelo Ministro ou, se fôr o caso, eleição dos dirigentes da entidade, conforme sua natureza jurídica;
b) designação, pelo Ministro dos representantes do Govêrno Federal nas Assembléias Gerais e órgãos de administração ou contrôle da entidade;
c) recebimento sistemático de relatórios, boletins, balancetes, balanços e informações que permitam ao Ministro acompanhar as atividades da
entidade e a execução do orçamento-programa e da programação financeira aprovados pelo Governo;
d) aprovação anual da proposta de orçamento-programa e da programação financeira da entidade, no caso de autarquia;
e) aprovação de contas, relatórios e balanços, diretamente ou através dos representantes ministeriais nas Assembléias e órgãos de administração
ou contrôle;
f) fixação, em níveis compatíveis com os critérios de operação econômica, das despesas de pessoal e de administração;
g) fixação de critérios para gastos de publicidade, divulgação e relações públicas;
h) realização de auditoria e avaliação periódica de rendimento e produtividade;
i) intervenção, por motivo de interêsse público.

● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 As entidades integrantes da Administração pública
possuem diferentes características e contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto cometido a
cada uma. Nesse sentido, as c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no mercado, integram a
Administração indireta.
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 No que se refere a organização administrativa, administração pública
indireta e serviços sociais autônomos, assinale a opção correta.
a) Por execução indireta de atividade administrativa entende-se a adjudicação de obra ou serviço público a particular por meio de processo
licitatório. ERRADO ⇒ "Às vezes, a lei opta pela execução indireta da atividade administrativa, transferindo-a a pessoas
jurídicas com personalidade de direito público ou privado, que compõem a chamada Administração Indireta do Estado."
Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Syvia Zanella Di Pietro
b) É possível a participação estatal em sociedades privadas, com capital minoritário e sob o regime de direito privado. CERTO ⇒ É
plenamente viável imaginar a participação de um ente estatal em sociedades privadas, com capital minoritário e sob
regime de direito privado. Vamos tomar como exemplo uma empresa pública que tenha capital 50% da União, 30% do Estado e 20% do
Município. Veja que a participação do Município e do Estado (no exemplo hipotético) é minoritária em sociedade privada e
sob regime de direito privado.
● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 Assinale a opção que apresenta a entidade da administração pública
indireta que deve obrigatoriamente ser constituída com personalidade jurídica de direito público. c) autarquia
● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 Uma empresa pública é proprietária de dois galpões onde armazenava o maquinário utilizado
nas obras que realizava. Esse maquinário, com o passar do tempo, foi substituído por itens mais modernos, de forma que a empresa se desfez
desses bens. Os galpões, dessa forma, ficaram vazios, o que levou a direção da empresa a decidir alienar os imóveis para investimento do
capital. Enquanto tramitava o processo interno para autorização da alienação, os referidos bens foram penhorados em ações judiciais que
tramitavam para recebimento de dívidas não pagas. A empresa c) não possui fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus
bens, em face de se tratar de pessoa jurídica de direito privado e dos galpões estarem sem qualquer afetação à prestação de serviços
públicos.

⇒ o STF, apesar de ainda não ter se manifestado especificamente quanto ao entendimento que deva ser dado
ao conceito de bens públicos, tem reconhecido expressamente a aplicação de prerrogativas próprias dos bens
públicos a bens que, adotada a classificação do Código Civil, seriam classificados como privados. A título de
exemplo, o Tribunal já reconheceu que os bens pertencentes aos Correios (empresa pública), quando utilizados nas
atividades essenciais da instituição, gozam de impenhorabilidade e de imunidade a impostos (RE 220.906/DF;
407.099/RS).” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.750)

● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 O poder de tutela exercido pela Administração direta incide sobre d) os entes que integram a
Administração indireta, conforme previsto em lei, consubstanciado em controle finalístico, que verifica a adequação da atuação do ente ao
seu escopo institucional.
● (CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 10ª Região)/Administrativa/2013 As ações judiciais promovidas contra sociedade de economia mista
sujeitam-se ao prazo prescricional de cinco anos. Errado

Autarquias: 5 anos (dec. 20.910/1932 art. 1/ dec. lei 4597/1942, art. 2)

Empresas Públicas e Soc. Economia Mista: A prescrição ocorrerá em 10 anos, quando a lei não lhe haja
fixado prazo menor (art. 205/CC).

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 Um cidadão hipossuficiente comparece à
Defensoria Pública, buscando assistência judiciária para anular um auto de infração lavrado por agente do Departamento Estadual de Trânsito −
DETRAN/AM, autarquia estadual do Amazonas, que lhe teria aplicado uma sanção por infração de trânsito, sendo certo que referido cidadão
não possui veículo automotor. Diante dessa situação, deve-se ajuizar ação anulatória da referida autuação em face do d) DETRAN/AM, pois as
autarquias possuem personalidade jurídica própria, cabendo-lhes a responsabilidade pelos atos de seus agentes.

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 Dentre as entidades da Administração indireta, há
uma espécie que obrigatoriamente deve assumir a forma de sociedade anônima. Trata-se da e) sociedade de economia mista.

● (CESPE) - Analista Administrativo (TCE-ES)/Direito/2013 b) Embora a autarquia responda objetivamente pelos prejuízos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, é admitida a responsabilidade subsidiária do ente federativo que a tenha criado.
● A criação, pela União, de sociedade de economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de
sociedade anônima, e a maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.

Decreto Lei 200/67): Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei
para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto
pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta.

● Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza jurídica, podem participar do capital das empresas
públicas.

ASSIM: Somente as pessoas administrativas - ( QUE FAÇAM PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA), seja qual for seu nível federativo- ( U, E, DF, M)
ou sua natureza jurídica ( P.J. DE DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO- NESTE ÚLTIMO SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA) , podem participar
do capital das empresas públicas ( CONTANTO QUE FAÇAM PARTE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA).

● Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas sob qualquer forma empresarial admitida em direito, as sociedades de
economia mista somente podem constituir-se sob a forma de sociedade anônima.
● A administração pública direta reflete uma administração centralizada, enquanto a administração indireta reflete uma administração
descentralizada.
● O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações integra a administração direta, enquanto a Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP), agência sob a supervisão desse ministério, integra a administração indireta.
● As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime trabalhista próprio das empresas privadas.
● Lei não pode criar autarquia cujo objeto seja a prestação de apoio geral a projetos de Estado, ainda que o objetivo seja prestar apoio a vários
pequenos programas de governo da União ligados a diversas áreas, tendo em vista a falta de precisão do objeto de sua atuação.
● O princípio da especialidade na administração indireta impõe a necessidade de que conste, na lei de criação da entidade, a atividade a ser
exercida de modo descentralizado.
● Fundação pública é a entidade da administração indireta vinculada ao ministério cuja área de competência enquadre a principal atividade
dessa fundação.
● As entidades que compõem a administração indireta são vinculadas ao ministério em cuja área de competência estiver enquadrada sua
principal atividade.
● Uma autarquia federal pode firmar contrato com o poder público com a finalidade de ampliar sua autonomia financeira e gerencial.
(CONTRATO DE GESTÃO)

Contrato de gestão: órgãos e entidades da administração direta e indireta. Agências executivas: autarquias e fundações.

● A criação de pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública dá-se por meio da inscrição de seus atos constitutivos no
registro público competente, desde que haja autorização legal.
● As empresas públicas, entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, cuja criação é autorizada por lei, possuem patrimônio
próprio e podem ser unipessoais ou pluripessoais.

Unipessoal significa que 100% do capital social pertence à Pluripessoal significa que o capital social é repartido com outras
PJ instituidora. PJs.
-100% do capital social de tal EP pertence à União, por -O capital social de tal EP pertence 51% à União, 40% ao Estado de
exemplo. São Paulo (PJ de direito público interno) e 9% a outra EP qualquer
(PJ da adm. pública indireta), por exemplo.

● Dada a autonomia a eles conferida pela Constituição Federal de 1988 (CF), todos os entes federativos, incluindo-se os municípios, podem criar
entidades da administração indireta.
● As autarquias territoriais não detêm autonomia política. = autarquias territoriais = territórios
● As autarquias são pessoas jurídicas criadas por lei e possuem liberdade administrativa, não sendo subordinadas a órgãos estatais.
● Na hipótese de um ente federado pretender instituir uma fundação pública de direito público a criação dessa entidade deverá ser formalizada
por meio de autorização em lei ordinária específica cabendo a lei complementar definir as áreas de atuação
● As autarquias, pessoas jurídicas de direito público, são criadas por lei e têm capacidade de autoadministração.
● Sociedade de economia mista é empresa estatal com personalidade jurídica de direito privado; seu capital é oriundo tanto da iniciativa privada
quanto do poder público.
● Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar
antes de celebrar contratos destinados à prestação de serviços por terceiros.
● As entidades da administração indireta têm legitimidade ativa para propor ação civil pública em defesa de interesses difusos, homogêneos e
coletivos.

percebe-se que, realmente, todas as entidades integrantes da Administração Indireta, vale dizer, autarquias, fundações públicas, empresas
públicas e sociedades de economia mista, encontram-se contempladas

● O Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar serviços relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia
Legislativa o respectivo projeto de lei autorizativa. Sabe-se que tal entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo estadual criará
uma EMPRESA PÚBLICA. (FCC)
● (FCC) As empresas estatais integram a Administração Indireta e podem exercer funções com natureza de serviço público ou de atividade
econômica. A natureza das atividades que desempenham a) pode predicar o regime jurídico aplicável aos bens da empresa, tendo em vista
que as prestadoras de serviço público podem receber a proteção do regime jurídico de direito público para proteção dos bens afetados àquele
serviço.
● (FCC)Quando determinada pessoa política cria uma autarquia para desempenho de parcela de suas funções, além de ampliar o espectro da
Administração indireta, c) direciona sua organização administrativa com intuito de descentralização, permitindo o surgimento de um ente com
estrutura administrativa distinta, embora não se possa tratar propriamente de uma pessoa jurídica soberana e independente.

● FCC - Procurador do Estado do Amapá/2018 - No tocante às regras típicas do regime jurídico administrativo, é sabido que nem todas se
aplicam às empresas estatais – assim consideradas as empresas públicas e as sociedades de economia mista –, em vista da natureza
jurídica de direito privado que tais entidades ostentam. Todavia, toda empresa estatal deve observar:
a) o regime de precatórios para pagamento de suas dívidas.
b) a necessidade de autorização legislativa para alienação de bens imóveis de seu patrimônio.
c) os limites constantes do art. 37, XI, da Constituição Federal, no pagamento da remuneração de seus empregados. (aplica-se às
empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do
Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral).
d) a vedação constitucional à acumulação de cargos, empregos e funções públicas. CERTA
e) o regime de licitações da Lei nº 8.666/93.(As licitações promovidas pelas empresas estatais são reguladas pela lei n° 13.303/2016).
● FCC - Técnico de Controle Externo (TCE-CE)/Administração/Suporte Administrativo Geral/2015 A desconcentração pode ser conceituada
como a repartição de funções entre vários órgãos de uma mesma Administração. De outro lado, a descentralização, a despeito de também ser
técnica de racionalização da prestação das atividades do Estado, implica a criação de outras pessoas jurídicas. Sobre elas, é correto afirmar:
b) Os ministérios e as secretarias de estado originam-se do emprego da técnica da desconcentração; constituem-se órgãos que integram a
pessoa jurídica que os criou, detendo, no entanto, em relação àquelas, autonomia no que concerne aos assuntos que justificaram sua criação.
ERRADO ⇒ Tais órgãos são Autônomos, no entanto, essa autonomia refere-se à esfera administrativa, técnica e financeira,
não podendo se desviarem das matérias que justificaram sua criação.
d) A Administração pública indireta tem origem no emprego da técnica da descentralização, que implica a criação de pessoas com
personalidade jurídica própria, que assumem obrigações em nome próprio. CERTO

● FCC - Técnico Ministerial (MPE PE)/Administrativa/2018 - Uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos de
abastecimento de água à população: e) submete-se à responsabilidade extracontratual nos mesmos moldes da Administração direta, em
razão do seu escopo de atuação, respondendo objetivamente pelos danos causados por seus agentes no exercício de suas atividades.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJDFT)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2015 A criação, pela União, de sociedade de
economia mista depende de autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a maioria de
suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta.

Lei 13.303/2016 (Lei das Estatais): Art. 4o Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua
maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta.

Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do
Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem
como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 No Brasil, a Administração federal compreende a
Administração direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e dos Ministérios, e a
Administração indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica própria: autarquias, empresas
públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. Em relação à Administração indireta e suas categorias de entidades, é
estabelecido que a) as fundações públicas são criadas para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou
entidades de direito público, com autonomia administrativa e patrimônio próprio.

Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:


I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar
atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira
descentralizada.
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a
exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria
à União ou a entidade da Administração Indireta.
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude
de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades
de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e
funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.

● FCC - Analista Judiciário (TRF 5ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2017 A estruturação da Administração pública em Administração
direta e indireta traz implicações para o exercício das atividades que devem ser disponibilizadas aos administrados, direta ou indiretamente.
Para tanto,
a) as pessoas jurídicas que integram a Administração indireta são dotadas dos mesmos poderes típicos da Administração direta, a
exemplo do poder de polícia, com a peculiaridade de que todos os aspectos de seu exercício devem estar expressamente previstos em lei.
ERRADO ⇒ A doutrina majoritária e o STF entendem que a delegação do poder de polícia a essas pessoas não é
possível, uma vez que o poder de polícia tem fundamento no poder de império do Estado e só poderia ser
exercido por pessoas jurídicas de direito público. O STJ, de outro lado, já decidiu que as fases de consentimento e
de fiscalização podem ser delegadas a entidades com personalidade jurídica de direito privado integrantes da
Administração Pública. Independentemente do posicionamento adotado, a alternativa está equivocada ao
afirmar que as entidades da administração indireta detém os mesmos poderes típicos da administração direta, a
exemplo do poder de polícia, uma vez que existem as restrições acima apontadas, no tocante às pessoas jurídicas
de direito privado integrantes da Administração Pública indireta.
c) o poder normativo inerente ao Chefe do Poder Executivo não pode ser delegado aos entes que integram a Administração indireta,
independentemente da matéria ou da natureza jurídica dos mesmos, por se tratar de competência exclusiva.ERRADO ⇒ A alternativa não
trata especificamente do poder regulamentar do chefe do Poder Executivo (competência para edição de decretos
regulamentares e decretos autônomos, esses últimos delegáveis aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao
Advogado-Geral da União). Trata-se, na verdade, do poder normativo, expressão mais ampla que abrange a atividade
normativa do Poder Executivo de uma maneira geral. Nessa ótica, dentro do poder normativo, existem os
regulamentos autorizados, atos normativos que complementam as disposições legais, e não apenas as
regulamentam. A competência para edição de regulamentos autorizados pode ser delegada a entidades da
administração indireta, especialmente as agências reguladoras, daí o erro da questão.
d) os entes que integram a Administração pública indireta ficam adstritos ao escopo institucional previsto nas leis ou atos que os
instituíram, cabendo à Administração Central o acompanhamento dessa atuação, no regular exercício do poder de tutela, que não implica,
contudo, ascendência hierárquica sobre os mesmos, salvo expressa disposição nesse sentido. CERTO

ERRADO:

● Autarquia pode ser criada por ato administrativo originário de ministério (Criada somente por lei específica).
● É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal (iniciativa de lei é do chefe do respectivo poder), desde que este
encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse estritamente sobre a criação da entidade.
● A empresa pública, entidade da administração indireta, possui personalidade jurídica de direito público (PRIVADO).
● É possível a constituição de fundação pública de direito público ou de direito privado (Autarquias e fundações não podem desempenhar
atividade econômica) para a exploração direta de atividade econômica pelo Estado, quando relevante ao interesse público. ( Fundação pública
de direito público - seja com pj de direito privado, seja com pj de direito público - integra a Administração Indireta. Fundação pública de direito
privado não se confunde com as fundações privadas).
● As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta.

A FUNDAÇÃO PRIVADA É DO CÓDIGO CIVIL. Ñ DA ADM INDIRETA

● Autarquias possuem personalidade jurídica e patrimônio próprios, embora não façam (FAZEM) jus a receitas próprias.
● As entidades que possuem personalidade jurídica de direito privado e são criadas para a exploração de atividade econômica sob a forma de
sociedades anônimas são denominadas fundações públicas (SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA).
● Quando criadas como autarquias de regime especial, as agências reguladoras integram a administração direta (INDIRETA).

Agências Reguladoras: são autarquias em regime especial, ou seja, lei que criou conferiu uma maior autonomia.
Agências Executivas: são autarquias ou fundações públicas que firmam um contrato de gestão para possuir maior autonomia.

AGÊNCIAS REGULADORAS P/ CESPE


● possuem independência administrativa, mas são submetidas a supervisão ministerial. CERTA 2018
● possuem poder normativo técnico, que consiste na possibilidade de editar atos regulamentares, desde que não criem obrigação
nova. ERRADA, podem sim inovar, desde que respeitem o caráter técnico de suas normas e não fujam ao objeto delegado pelo
Poder Legislativo.
● a responsabilidade civil das agências reguladoras é objetiva, já que é uma entidade de direito público (CF, art. 37, § 6º)
● c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias sob regime especial criadas com a finalidade de disciplinar e controlar
certas atividades econômicas. CERTA 2017

● Autarquias possuem personalidade jurídica e patrimônio próprios, embora não façam jus a receitas próprias.
● É defesa aos Poderes Judiciário e Legislativo a criação de entidades da administração indireta, como autarquias e fundações públicas.
⇒ ERRADO, pois qualquer Poder pode criar entidade da administração indireta.
● Uma empresa pública consiste em uma entidade de direito privado em que pelo menos 51% (100 %) do seu capital pertence à administração
pública.
● As prerrogativas do poder público sobre os particulares, decorrentes da supremacia do interesse público, são integralmente afastadas quando
a administração, eventualmente, se nivela, sob algum aspecto, a entidade sob regime de direito privado.

Maria Sylvia Zanella di Pietro: "O que é importante salientar é que, quando a Administração emprega modelos
privatísticos, nunca é integral a sua submissão ao direito Privado; às vezes, ela se nivela ao particular, no sentido de que
não exerce sobre ele qualquer prerrogativa de poder público; mas nunca se despe de determinados privilégios..."

● As entidades administrativas, como as autarquias, são pessoas jurídicas de direito público interno, detentoras de autonomia política e
financeira e de autorregulação. (Os únicos entes que apresentam autonomia política são as pessoas federativas = União, Estados-membros,
DF e Municípios).
● Uma causa de descontinuidade de fornecimento de insumos básicos para a atividade de uma sociedade de economia mista sob o controle
acionário da União deverá ser julgada pela justiça federal.

Súmula 556 do STF: "É competente a Justiça comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista"). EP - Justiça comum
federal.

● Por ter sido criada mediante lei específica, a OAB possui natureza de autarquia.
A OAB não está incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como autarquias especiais. (SUI GENERIS)

● Integram a administração federal indireta, entre outras entidades, os serviços sociais autônomos e as organizações sociais. (Entidades
paraestatais são pessoas jurídicas privadas que não integram a estrutura da administração direta ou indireta)
● As autarquias somente podem ser criadas mediante lei específica, enquanto empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações,
que integram a administração indireta, podem ter sua criação autorizada mediante decreto do presidente da República. (LEI)
● Órgãos como o SESC, o SENAI e o SESI são autarquias que colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse
público.entidades pertencentes ao terceiro Setor (paraestatais).
● Por ser dotada de personalidade jurídica de direito público (PRIVADO) e integrar a administração pública indireta, a empresa pública não pode
(PODE) explorar atividade econômica.
● (Questão Polêmica) Fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de direito público ligadas à administração indireta.

No Decreto-lei 200/1967, as fundações públicas possuem personalidade jurídica de Direito Privado. Ocorre que a doutrina
majoritária admite a existência de fundações com personalidade de Direito Público. (Para ser a Fundação Autárquica, ela teria que
mencionar fundação pública de direito público, e não só fundação pública)

Quando o CESPE quer mencionar as Fundações Autárquicas ela menciona o termo Fundações públicas de direito público;
Quando ela menciona apenas o termo Fundação Pública ela se refere às entidades de DIREITO PRIVADO.

● As fundações (AUTARQUIAS) são pessoas jurídicas de direito público criadas por lei específica para desempenhar de forma descentralizada
atividade típica de Estado. (Fundação pública de direito público é criada por lei específica, já a fundação pública de direito privado é autorizada
por lei).
● É facultado às empresas públicas e às sociedades de economia mista adotar quaisquer formatos jurídicos empresariais, como, por exemplo, o
de sociedade anônima ou o de sociedade cooperativa.

EMPRESAS PÚBLICAS - Qualquer formato; Sociedade de economia mista - APENAS S.A

● A supervisão ministerial exercida sobre as autarquias é exemplo de controle administrativo hierárquico (FINALÍSTICO). (Não há hierarquia, nem
subordinação).
● As autarquias e as empresas públicas integram a administração indireta e assemelham-se quanto ao modo de criação e ao regime jurídico, pois
a criação de ambas depende de autorização legislativa e ambas submetem-se tanto ao regime público como ao regime privado. (as
autarquias possuem personalidade jurídica de direito público, ao passo que as empresas públicas possuem personalidade jurídica de direito
privado).
● Adotando-se o critério de composição do capital, podem-se dividir as entidades que compõem a administração indireta em dois grupos: um
grupo, formado pelas autarquias e fundações públicas, cujo capital é exclusivamente público; e outro grupo, constituído pelas sociedades de
economia mista e empresas públicas, cujo capital é formado pela conjugação de capital público e privado. (as empresas públicas detêm 100%
de aporte público na formação de seu capital social).
● As fundações públicas, tanto as de direito público quanto as de direito privado, são necessariamente criadas por lei, devendo estar o
patrimônio delas vinculado a um fim específico. (Apenas as fundações públicas de direito público é que são criadas por lei)
● As fundações, públicas e privadas, são entidades pertencentes à administração indireta. (Existem basicamente três tipos de Fundações:
Fundações Públicas de Direito Público, Fundações Públicas de Direito Privado e Fundações Privadas. Acontece que as duas primeiras pertencem
à Administração Indireta. Logo, a Fundação Privada não integra os entes Administrativos, daí o erro da questão).
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Ministerial (MPE CE)/2020 A administração pública indireta é composta por órgãos e agentes públicos que, no
âmbito federal, constituem serviços integrados na estrutura administrativa da presidência da República e dos ministérios.

Art. 4° A Administração Federal compreende:


I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da Presidência da República e
dos Ministérios.
II - A Administração Indireta, que compreende as seguintes categorias de entidades, dotadas de personalidade jurídica
própria: a) Autarquias; b) Emprêsas Públicas; c) Sociedades de Economia Mista. d) fundações públicas.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal (Pref Boa Vista)/2019 A investidura em empregos públicos em sociedades de economia mista
depende de prévia aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a proibição constitucional de acumulação
remunerada de funções e cargos públicos. SE ESTENDE

Desconcentração e Descentralização:

DESCENTRALIZAÇÃO POR SERVIÇOS: DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO:


O serviço é prestado por entidade da O serviço é prestado por particulares, aos quais,
administração indireta, à qual a lei transfere a mediante delegação do poder público, é atribuída
sua titularidade; PRAZO INDETERMINADO a sua mera execução; COMO É CONTRATO, É POR PRAZO
SEMRviço - sem ajuda de alguém de fora (próprio DETERMINADO.
estado cria) DESCENTRALIZAÇÃO POR COLABORAÇÃO - Estado não
Em contrapartida tem a DESCENTRALIZAÇÃO POR criará a entidade que executa o serviço
SERVIÇO - Estado cria a própria entidade. COMlaboracao - Com ajuda de alguém fora do estado

(CESPE) - Procurador do Estado de Pernambuco/2018 A) Ocorre ERREI - CESPE) - Técnico do Ministério Público da
descentralização por serviços quando o poder público contrata empresa União/Administrativa/2010 A descentralização administrativa
privada para desempenhar atividade acessória à atividade finalística da efetivada mediante delegação decorre de ato unilateral do Estado e,
administração. ERRADO normalmente, tem prazo indeterminado. Errado

(CESPE) - Procurador do Estado de Pernambuco/2018


E) No caso de descentralização por colaboração, a alteração das
condições de execução do serviço público independe de previsão
legal específica. CERTO ⇒ PQ DEPENDE DE CONTRATO

Verifica-se a descentralização por colaboração quando o poder público,


por meio de contrato ou ato administrativo unilateral, transfere a
titularidade e a execução de determinado serviço público a pessoa
jurídica de direito privado.

(CESPE) - Procurador do Estado de Pernambuco/2018 B) A autorização,


a permissão e a concessão de serviços públicos a empresas privadas
caracterizam desconcentração administrativa. ERRADO
A autorização, a permissão e a concessão de serviços públicos a
empresas privadas caracterizam descentralização administrativa por
delegação ou colaboração.

ADM DIRETA PARA LEI SERVIÇO OU TITULARIDADE + EXECUÇÃO


INDIRETA OUTORGA
ADM DIRETA PARA CONTRATO OU DELEGAÇÃO OU SOMENTE EXECUÇÃO
PARTICULAR ATO ADM COLABORAÇÃO

CERTO:

● FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Tecnologia da Informação/2019 No que concerne aos conceitos de descentralização e delegação, como
ferramentas utilizadas para gestão no âmbito da Administração pública, é correto afirmar que d) a descentralização pode ser utilizada
concomitantemente com a delegação, como, por exemplo, na hipótese de constituição de uma empresa pública, conferindo-lhe a
exploração de determinado serviço público de titularidade do ente instituidor.

QUESTÃO MUITO INTERESSANTE! Para melhor compreensão da questão é necessário saber que a diferença
reside na amplitude da transferência. Enquanto a amplitude da transferência na desconcentração ocorre dentro dos
limites da Administração (INTERNO), dentro do mesmo órgão ou de um órgão para outro; na descentralização essa
transferência pode ser delegada também para fora da Administração (INTERNA ou EXTERNA), que pode ocorrer por
meio de outorga, também denominada de descentralização de serviços, ou por meio de delegação, também
denominada de descentralização por colaboração.

● FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2018 Acerca da desconcentração e descentralização, é correto afirmar: a) A
descentralização se consubstancia na transferência de poderes e atribuições para um sujeito de direito distinto e autônomo.
● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 Considere que o Estado do Amazonas tenha decidido
criar, por lei específica, uma autarquia, atribuindo a ela o serviço público de transporte intermunicipal. A situação narrada constitui exemplo de
d) descentralização administrativa, com transferência da titularidade do serviço ao novo ente, dotado de auto-administração.

Descentralização política: criação de diversos entes políticos, dotados de autonomia política, financeira e
administrativa (União, estados-membros, Distrito Federal e municípios).
- Descentralização administrativa (descentralização horizontal): criação (por meio de lei) de entidades da
Administração Indireta, o qual recebe a titularidade de determinado serviço público (autarquia, fundações, empresas públicas
e sociedades de economia mista)
- DescOncentração (descentralização vertical): criação de Órgãos, repartições dentro da estrutura da própria pessoa
jurídica (mera técnica administrativa de otimização e organização).

● A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição
da empresa pública dependa de autorização legislativa.
● A criação de secretaria municipal de defesa do meio ambiente por prefeito municipal configura caso de desconcentração administrativa.
● A fusão do Ministério do Trabalho e Emprego com o Ministério da Previdência Social mencionada é exemplo de concentração administrativa.
● A distribuição de competências entre os órgãos de uma mesma pessoa jurídica denomina-se desconcentração, podendo ocorrer em razão da
matéria, da hierarquia ou por critério territorial.
● O fato de a administração pública desmembrar seus órgãos, distribuindo os serviços dentro da mesma pessoa jurídica, para melhorar a sua
organização estrutural, constitui exemplo de ato de desconcentração.
● Há, no setor público brasileiro, a previsão de descentralização das atividades de planejamento governamental, com o objetivo de impedir o
crescimento desmesurado da máquina administrativa, recorrendo-se, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato. (Art. 10, 7º
, DL 200/67 - Para melhor desincumbir-se das tarefas de planejamento, coordenação, supervisão e contrôle e com o objetivo de impedir o
crescimento desmesurado da máquina administrativa, a Administração procurará desobrigar-se da realização material de tarefas executivas,
recorrendo, sempre que possível, à execução indireta, mediante contrato, desde que exista, na área, iniciativa privada suficientemente
desenvolvida e capacitada a desempenhar os encargos de execução).
● Se, em razão do grande número de contratações realizadas pela União, for criado um Ministério de Aquisições, ter-se-á, nessa situação,
exemplo do fenômeno denominado desconcentração administrativa.
● Considere que determinado município tenha extinguido órgão de sua estrutura administrativa e que o serviço público correspondente tenha
sido delegado a pessoa jurídica de direito privado. Nessa situação, ocorreu descentralização da atividade administrativa, com ruptura do liame
hierárquico e exclusão da relação de subordinação com o município.

ERRADO:

● Desconcentração administrativa consiste na distribuição do exercício das funções administrativas entre pessoas jurídicas autônomas (Criação
de órgãos desprovidos de personalidade jurídica).
● A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secretarias-gerais, é modalidade de descentralização
(DESCONCENTRAÇÃO) de poder.
● Define-se desconcentração (DESCENTRALIZAÇÃO) como o fenômeno administrativo que consiste na distribuição de competências de
determinada pessoa jurídica da administração direta para outra pessoa jurídica, seja ela pública ou privada.
● A descentralização (DESCONCENTRAÇÃO) administrativa consiste na distribuição interna de competências agrupadas em unidades
individualizadas.
● Ao outorgar determinada atribuição a pessoa não integrante de sua administração direta, o Estado serve-se da denominada desconcentração
(DESCENTRALIZAÇÃO) administrativa.
● Analisando a justificativa do próprio Cespe para essa questão, vi que o professor comentou a questão corretamente. Vejamos:
● A transferência, mediante ato administrativo, da execução de determinado serviço público a uma autarquia configura descentralização
administrativa por outorga. EXPLICAÇÃO DO CESPE = "A descentralização administrativa por outorga ocorre quando o Estado cria uma entidade
e a ela transfere, por lei, determinado serviço público, normalmente por prazo indeterminado. Ocorre relativamente com as entidades da
administração indireta, quando o Estado descentraliza a prestação dos serviços, outorgando-os a outras entidades. Nesse caso, o serviço é
transferido para uma autarquia, empresa pública ou sociedade de economia mista. Delegação: quando o Estado transfere, por contrato ou ato
unilateral, unicamente a execução do serviço, para que o ente delegado o realize ao público em seu próprio nome e por sua conta e risco, sob
fiscalização do Estado, efetivada normalmente por prazo determinado, como nos contratos de concessão ou nos atos de permissão. Em suma, a
transferência da execução do serviço público pode ser feita por OUTORGA ou por DELEGAÇÃO. Entretanto, há diferenças relevantes entre os
institutos. A outorga só pode ser realizada por lei, enquanto a delegação pode ser por lei, por contrato ou por ato administrativo."
● A descentralização,(DESCONCENTRAÇÃO) uma característica da administração direta, visa distribuir competências dentro de uma mesma
pessoa jurídica, organizada hierarquicamente, a fim de atingir um melhor desempenho.
● Configura descentralização,(DESCONCENTRAÇÃO) administrativa o ato de criação, pela administração direta, de órgão público para a
distribuição interna de determinada atribuição.
● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Distrito Federal/2019 A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados,
como as secretarias-gerais, é modalidade de descentralização de poder.

ATOS ADMINISTRATIVOS:

NORMATIVO: ORDINATÓRIOS: ENUNCIATIVOS: NEGOCIAIS: PUNITIVOS:


REgulamentos ORDINatórios Certidões ADMIssão Multa,
INstruções normativas CIRCulares Atestados HOMOLOGAção Interdição de atividade
REGIMEntos Ofício Pareceres VISTOs Destruição de coisas.
DEcretos INstruções Apostilas DIspensa
REsoluções PORtarias REnúncia
DELIberações. Avisos Licença
DESpachos Autorização
ORDEM de serviço. Permissão
PROVImentos Aprovação

LICENÇAS PERMISSÕES AUTORIZAÇÕES


Tem por objeto uma atividade material. Tem por objeto o uso de bens Tem por objeto o uso de bens públicos;
públicos. prestação de serviços de utilidade
pública ou atividade material.
São vinculadas São discricionárias São discricionárias

Não são revogáveis (EM REGRA) São revogáveis São revogáveis


A licença é unilateral pq vc deve cumprir
as determinações previamente
estabelecidas, ou seja, não há opção. A
única opção que vc tem é de se adequar
ou não.
Ex: CNH, faz quem quer, mas pra fazer, precisa
passar por todo o procedimento, exames, etc.

NÃO SÃO PASSÍVEIS DE REVOGAÇÃO os seguintes atos:


➥ vinculados;
➥ que exauriram seus efeitos;
➥ meros atos administrativos, como certidões, atestados, votos
➥ atos que integram um procedimento, porque a cada novo ato ocorre a PRECLUSÃO com relação
ao ato anterior;
➥ os atos que geram direitos a terceiros (o chamado direito adquirido), conforme estabelecido na
Súmula 473 do STF.

FCC - Técnico Judiciário (TRE TO)/Administrativa/2011 Podem ser revogados os atos administrativos
a) que já exauriram seus efeitos.⇒ NÃO PODE SER REVOGADO
b) enunciativos, também denominados "meros atos administrativos", como certidões e atestados.⇒ NÃO PODE SER REVOGADO
c) vinculados.⇒ NÃO PODE SER REVOGADO
d) que geram direitos adquiridos. ⇒ NÃO PODE SER REVOGADO
e) editados em conformidade com a lei. CERTO

FCC - Técnico Judiciário (TRE SE)/2015 Bernardo, chefe de determinada repartição pública, concedeu licença ao seu subordinado, o
servidor Joaquim, pelo período de um mês. Transcorrido tal período, Bernardo decidiu revogar o aludido ato administrativo por razões de
conveniência e oportunidade. No caso narrado, a revogação c) não é possível, tendo em vista que ela não retroage. CERTO ⇒ POIS O
ATO JÁ SE CONSUMOU ⇒ JÁ SE EXAURIU ⇒ NÃO É MAIS POSSÍVEL A REVOGAÇÃO
MODALIDADES DE ATOS ADMINISTRATIVOS:

→ ATOS ENUNCIATIVOS: São todos aqueles em a Administração se limita a certificar ou a atestar um fato, ou emitir uma opinião
sobre determinado assunto, constantes de registros, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao motivo e
ao conteúdo. Ex: atestado, Parecer, Certidão e apostila

→ ATOS NORMATIVOS: São aqueles que contém um comando geral do Executivo visando o cumprimento de uma lei. Podem
apresentar-se com a característica de generalidade e abstração (decreto geral que regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção
(decreto de nomeação de um servidor). Ex: regulamentos, regimentos,decretos, deliberações, resoluções, etc

→ ATOS ORDINATÓRIOS: São os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta funcional de seus agentes.
Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser expedidos por chefes de serviços aos seus subordinados. Logo, não obrigam aos
particulares. Ex: Instruções, Circulares, Portarias, Ordem de serviço, Provimento e Aviso

→ ATOS NEGOCIAIS: embora unilaterais, encerram um conteúdo negocial, de interesse recíproco da Administração e do
administrado, mas não adentram a esfera contratual. São todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da Administração apta a
concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder
Público. Ex: autorização, permissão e licença

→ ATOS PUNITIVOS: São aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela Administração, visando punir as infrações
administrativas ou conduta irregulares de servidores ou de particulares perante a Administração. Ex: multa, interdição, destruição e
demolição

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 Ponto de Exclamação Atenção: Esta é uma
questão com gabarito preliminar. Ato administrativo discricionário publicado pelo Poder Executivo de um estado poderá ser objeto de ação
judicial, sendo vedado ao Poder Judiciário apreciar os motivos da elaboração desse ato. Errado

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 Ponto de Exclamação Atenção: Esta é uma
questão com gabarito preliminar.
Situação hipotética: Determinado órgão publicou a Portaria A, para tratar de certo tema. Em seguida, publicou a Portaria B, sobre o
mesmo assunto da Portaria A, revogando esta expressamente. Posteriormente, editou a Portaria C, que revogou expressamente a Portaria B, sem
tratar de qualquer tema. Assertiva: Nessa situação hipotética, a revogação da Portaria B pela Portaria C caracteriza a revogação da revogação,
mas não reativa a vigência da Portaria A. Certo

(CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Os atos administrativos são


a) os que ocorrem quando o fato corresponde à descrição contida na norma legal. ⇒conceito de "ato"
b) aqueles que ocorrem quando o fato descrito na norma produz efeitos no campo do direito administrativo. ⇒conceito de fato
administrativo
c) aqueles praticados no exercício da função administrativa. ⇒ ato da administração
d) os atos legais declarados pelo Estado ou por seus representantes, com efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob
regime jurídico de direito público e sujeito ao controle pelo Poder Judiciário. CERTA
e) aqueles que decorrem de acontecimentos naturais independentes do homem. ⇒conceito de "fato"

a) Em sentido amplo, é considerada ato administrativo toda declaração unilateral de vontade do poder público no exercício de atividades
administrativas, revestido de todas as prerrogativas de regime de direito público, visando o cumprimento da lei, sujeito a controle jurisdicional,
INCLUÍDOS os atos gerais, abstratos e os acordos bilaterais firmados pela administração pública.

REGULAMENTO EXECUTIVO

(CESPE) - Técnico do Ministério Público da União/Apoio Técnico e Administrativo/Administração/2013


É denominado regulamento executivo o decreto editado pelo chefe do Poder Executivo federal para regulamentar leis. Certo

Dito assim também é verdade: "regulamentos executivos são os regulamentos comuns expedidos sobre
matéria anteriormente disciplinada pela legislação permitindo a fiel execução da lei". (Manual de
Direito Administrativo, Alexandre Mazza, 3 edição, 2013, p. 288)

Obs.: DECRETO é a forma do ato; REGULAMENTO é o conteúdo (há essa diferença). Um decreto é, portanto,
um veículo normativo introdutor de um regulamento.
(CESPE) - Técnico Judiciário (TST)/Administrativa/2003 Permissão simples é ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o poder
público faculta ao particular a execução de serviços de interesse coletivo, ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas
condições estabelecidas pela administração. Certo

CESPE - 2013 - c) Um parecer jurídico opinativo, exemplo de ato enunciativo, que indica juízo de valor, depende de outros atos de caráter
decisório.
CESPE Atos enunciativos, como as certidões, os atestados e os pareceres, são aqueles que atestam ou reconhecem uma situação de fato ou de
direito, sem manifestação de vontade produtora de efeitos por parte da administração pública.

FCC - Técnico Judiciário (TRF 2ª Região)/Administrativa/2007 Dentre os vários critérios de classificação e espécies dos atos administrativos,
considere
I. aqueles que contêm um comando geral visando a correta aplicação da lei; ⇒ ATOS NORMATIVOS
II. os que certificam, atestam ou declaram um fato. ⇒ ATOS ENUNCIATIVOS

QUESTÃO MUITO BOA E DIFÍCIL!


FCC - Técnico Judiciário (TJ PE)/Judiciária e Administrativa/2012
a) os atos negociais, embora unilaterais, encerram um conteúdo negocial, de interesse recíproco da Administração e do administrado, mas não
adentram a esfera contratual. CORRETO. Os atos negociais são aqueles nos quais ocorre uma coincidência da pretensão do particular com relação
ao que deseja a Administração Pública. Há, por conseguinte, interesse recíproco entre as partes, sem, contudo, constituir-se contrato, que é ato
bilateral. De toda maneira, os atos negociais estabelecem efeitos jurídicos entre a Administração e os administrados, impondo a ambos a
observância de seu conteúdo e o respeito às condições de sua execução.

b) não há distinção entre o ato punitivo da Administração, apenando o ilícito administrativo e o ato punitivo do Estado, que apena o ilícito
criminal, visto que ambos têm a natureza de ilicitude. INCORRETO. Atos punitivos são aqueles que contêm sanções a serem
aplicadas a servidores ou a particulares, em decorrência de infrações legais, regulamentares ou ordinatórias. Podem
ser de ordem interna ou externa.
Os atos punitivos internos são aplicados, em regra, àqueles submetidos à hierarquia administrativa, ou seja, à organização interna
corporis do órgão ou entidade da Administração. Como exemplo de atos punitivos internos podem ser citados a advertência, a suspensão
até 90 dias e a demissão, todos aplicáveis aos servidores estatutários federais (art. 127 da Lei 8.112/90).
Os atos punitivos externos são aqueles aplicados aos administrados em geral e se fundamentam no poder de império que possui o
Estado. São exemplos de atos punitivos externos aqueles decorrentes do exercício do poder de polícia: multas, interdição de atividades e
destruição de coisas.
No entanto, os atos administrativos punitivos não se confundem com o jus puniendi estatal, que é mais abrangente,
envolvendo, por exemplo, punições judiciais aplicadas no cometimento de crimes.

c) os atos negociais são genéricos, abstratos e de efeitos gerais, que não se limitam entre as partes − Administração e administrado requerente.
INCORRETO. Os atos negociais são atos individualizados, que permitem ao destinatário determinados direitos, nas
condições permitidas ou impostas pela Administração. Diferem-se, por isso, dos atos normativos, pois estes são
gerais e abstratos.
Para José dos Santos Carvalho Filho, os atos negociais são conceituados como atos de consentimento, pois, por meio
de tais atos, o particular, com a anuência da Administração, poderá fazer algo que, antes, não poderia. Daí serem
nominados de atos de consentimento.

d) os atos ordinatórios atuam também no âmbito interno das repartições, alcançando funcionários subordinados a outra chefia, assim como
obrigam os particulares. INCORRETO. Os atos ordinatórios são de efeitos internos. Não obrigam, de regra, os particulares em
geral. Tampouco alcançam outros servidores não submetidos hierarquicamente àquele que expediu o ato, o qual,
normalmente, não cria direito para o administrado.
Questão interessante diz respeito à possibilidade de os atos ordinatórios atingirem particulares: é possível sim,
mesmo que tais particulares não estejam submetidos à hierarquia administrativa. Mas isso em caráter de exceção.
Vamos esclarecer com um exemplo.
Suponha que o órgão “X” funcione das 8 às 14 horas de cada dia. O diretor ou presidente do órgão baixa ordem de
serviço mudando o horário de funcionamento, que passa a ser das 13 às 19 horas. Isso atinge o particular? Sim, afinal
aqueles que desejarem obter alguma informação do órgão devem observar o novo horário de funcionamento.

e) nos atos ordinatórios, além de sua função ordinatória, observa-se que eles criam, normalmente, direitos e obrigações para os administrados,
mas não geram deveres para os agentes administrativos a que se dirigem. INCORRETO. Como já afirmado, os atos ordinatórios são de efeitos
internos. Logo, geram deveres para os agentes administrativos a que se dirigem, e normalmente, não criam direitos e obrigações para os
administrados. para esse último caso, no entanto, vimos que há exceção
(CESPE) - Notário e Registrador (TJ RR)/2013 Suponha que determinado cidadão que pretenda construir uma casa tenha sido informado pelo
órgão estatal competente de que a administração deve, por meio de ato administrativo, consentir a construção, antes do início das obras. Nessa
situação, o ato administrativo de consentimento a ser expedido pela administração é a
a) permissão.
b) aprovação.
c) admissão.
d) autorização.
e) licença. CERTO
"... a administração deve, por meio de ato administrativo, consentir a construção..."
Achei difícil! O pulo do gato é entender o "deve" como ato vinculado.

(CESPE) - Analista Judiciário (TRE MS)/Administrativa/2013


d) A admissão é ato administrativo discricionário pelo qual a administração faculta ao interessado a inclusão em estabelecimento do governo para
a utilização de um serviço público. Errado
Admissão é o ato administrativo vinculado em que a Administração reconhece ao particular o direito a prestação de um serviço público. É o ato
unilateral e vinculado pelo qual a Administração faculta a alguém a inclusão em estabelecimento governamental para o gozo de um serviço
público.
Exemplo : ingresso em estabelecimento oficial de ensino na qualidade de aluno; o desfrute dos serviços de uma biblioteca pública como inscrito
entre seus usuários.
O ato de admissão não pode ser negado aos que preencham as condições normativas requeridas, por exemplo, o acesso a hospitais públicos.

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE TO)/Administrativa/2017 Com relação à classificação dos atos administrativos, assinale a opção
correta.
a) Configura ato simples aquele que necessariamente resulta da manifestação de órgão singular. ERRADA, o órgão pode ser singular ou
colegiado para produzir ato simples. "Atos simples são os que decorrem da declaração de vontade de um único órgão, seja ele singular ou colegiado.
Exemplo: a nomeação pelo Presidente da República; a deliberação de um Conselho."Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Syvia Zanella Di Pietro
b) Configura ato composto (COMPLEXO) aquele que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados,
cuja vontade se funde para formar um ato único. ERRADO (...) Ato composto é o que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, em que a vontade de
um é instrumental em relação a de outro, que edita o ato principal. "
c) Configura espécie de ato individual aquele que têm efeito prático imediato, como, por exemplo, as portarias administrativas. ERRADA,
portaria é ato com destinatário geral. "4.Quanto aos destinatários, os atos administrativos podem ser gerais e individuais.
Os atos gerais atingem todas as pessoas que se encontram na mesma situação; são os atos normativos praticados pela Administração, como regulamentos,
portarias, resoluções, circulares, instruções, deliberações, regimentos."Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Syvia Zanella Di Pietro
d) Configura espécie de ato geral aquele que produz efeitos no caso concreto, como, por exemplo, o tombamento. ERRADA, tombamento
é ato com destinatário individual. "4.Quanto aos destinatários, os atos administrativos podem ser gerais e individuais.
(...) Atos individuais são os que produzem efeitos jurídicos no caso concreto. Exemplo: nomeação, demissão, tombamento, servidão administrativa, licença,
autorização."Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Sylvia Zanella Di Pietro
e) Configura ato complexo o decreto assinado pelo chefe do Executivo e referendado por ministro de Estado. CERTO "Atos complexos são
os que resultam da manifestação de dois ou mais órgãos, sejam eles singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um ato único.
As vontades são homogêneas; resultam de vários órgãos de uma mesma entidade ou de entidades públicas distintas, que se unem em uma só
vontade para formar o ato; há identidade de conteúdo e de fins. Exemplo: o decreto que é assinado pelo Chefe do Executivo e referendado pelo Ministro de
Estado; o importante é que há duas ou mais vontades para a formação de um ato único. Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Syvia Zanella Di Pietro

FCC - 2010 - Sobre atos administrativos, considere:


I. Ato que resulta da manifestação de um órgão, mas cuja edição ou produção de efeitos depende de outro ato, acessório. COMPOSTOS
II. Ato que resulta da manifestação de dois ou mais órgãos, singulares ou colegiados, cuja vontade se funde para formar um único
ato.COMPLEXOS
III. Atos que a Administração impõe coercitivamente aos administrados, criando para eles, obrigações ou restrições, de forma unilateral. DE
IMPÉRIO

(CESPE) - Analista Judiciário (TRE MS)/Judiciária/2013 - No que se refere à administração pública e ao ato administrativo, assinale a opção correta.
a) Os atos administrativos gerais, a exemplo dos atos normativos, podem ser objeto de impugnação direta por meio de recurso
administrativo. Para Maria Sylvia, os atos administrativos individuais podem ser atacados por recursos administrativos. Os gerais, por sua vez,
só podem ser impugnados via controle de constitucionalidade. Acrescento que esse entendimento é para provas de Direito Administrativo.

b) Ato inexistente é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da administração pública, mas não se origina de um
agente público, mantendo-se, porém, aqueles efeitos já produzidos perante terceiros de boa-fé. - "Ato inexistente é aquele que possui apenas
aparência de manifestação
de vontade da administração pública, mas, em verdade, não se origina de um agente público, mas de alguém que se passa por tal condição,
como o usurpador de função.
A principal diferença entre um ato nulo e um ato inexistente é que nenhum
efeito que este (o ato inexistente) tenha produzido pode ser validamente mantido, nem
mesmo perante terceiros de boa-fé."

c) A multa administrativa goza de executoriedade na medida em que a administração pode obrigar o administrado a cumpri-la por meios
indiretos, como o bloqueio de documento de veículo.
Autoexecutoriedade divide-se em executoriedade (meios diretos de coerção) e exigibilidade (meios indiretos de coerção - ex: multa) .

d) O ato administrativo será discricionário quando a lei não estabelecer margem alguma de liberdade para atuação do administrador, fixando
uma única maneira de agir nos termos da lei.

e) Os atos normativos editados conjuntamente por diversos órgãos da administração federal, como as portarias conjuntas ou instruções
normativas conjuntas da Secretaria da Receita Federal do Brasil e da Procuradoria da Fazenda Nacional, são exemplos de ato administrativo
complexo. CERTA

A publicidade dos atos administrativos é um requisito de moralidade e não de forma.

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 No que tange a conceitos, requisitos, atributos e classificação dos atos
administrativos, assinale a opção correta.
a) Licença e autorização são atos administrativos que representam o consentimento da administração ao permitir determinada atividade; o
alvará é o instrumento que formaliza esses atos. CERTO⇒ O Alvará é o instrumento pelo qual a Administração Pública confere licença ou
autorização para a prática de ato ou exercício de atividade sujeitos ao poder de polícia do Estado. Mais resumidamente, o alvará é o
instrumento da licença ou da autorização. Ele é a forma, o revestimento exterior do ato; a licença e a autorização são o conteúdo do ato.
b) O ato que decreta o estado de sítio, previsto na CF, é ato de natureza administrativa de competência do presidente da República. ERRADO ⇒
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio; "Entretanto, cabe ressaltar
que a doutrina e jurisprudência convergem em afirmar que a fiscalização jurisdicional do estado de sítio deverá se restringir ao chamado
controle de legalidade. Significa dizer que o Poder Judiciário não dispõe de competência para o exame do juízo de conveniência e
oportunidade do Congresso Nacional (que autoriza a medida) e do Presidente da República (que decreta a medida) para a imposição do
estado de sítio. Essa atuação discricionária do Congresso Nacional e do Presidente da República, de natureza
essencialmente política, não se sujeita à fiscalização do Poder Judiciário."Direito Constitucional Descomplicado, 16ª ed. (2017) - Marcelo
Alexandrino e Vicente Paulo
d) O atributo da autoexecutoriedade não impede que o ato administrativo seja apreciado judicialmente e julgado ilegal, com determinação da
anulação de seus efeitos; porém, nesses casos, a administração somente responderá caso fique comprovada a culpa. ERRADO ⇒ RESP. OBJETIVA

● (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE RS)/Administrativa/2015 c) O fenômeno da TREDESTINAÇÃO lícita se aplica a atos administrativos
de desapropriação, quando a finalidade específica é alterada, mas mantém-se a finalidade genérica, de modo que o interesse público continue
a ser atendido.

Tredestinação é dar uma finalidade diversa da prevista no ato originário. Pode ser classificada como lícita ou ilícita.
Quando ilícita, é porque o poder expropriante conferiu ao patrimônio finalidade diversa da pública. Por exemplo, desapropria o
imóvel com a finalidade de construção de escolas, e, ao fim, entrega a particular para a instalação de oficina mecânica. Neste
caso, fica autorizado o instituto da retrocessão.
Já a lícita é quando o Poder Público confere ao patrimônio destinação diversa da específica, porém, igualmente pública. Por
exemplo, a desapropriação é para construção de creches, e, ao fim, são construídas escolas.

● d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança de multa e de desapropriação. = A aplicação da
multa é exemplo de autoexecutoriedade, a cobrança é dotada de exigibilidade
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 - Todos os fatos alegados pela administração pública são considerados
verdadeiros, bem como todos os atos administrativos são considerados emitidos conforme a lei, em decorrência das presunções de veracidade
e de legitimidade, respectivamente.
● No âmbito do direito administrativo, segundo a doutrina majoritária, a autoexecutoriedade dos atos administrativos é caracterizada pela
possibilidade de a administração pública: d) executar suas decisões por meios coercitivos próprios, sem a necessidade da interferência do
Poder Judiciário.
● É certo que a Administração se manifesta por meio de atos administrativos. No que concerne ao desfazimento dos atos administrativos e seus
efeitos, é correto afirmar que: Quando presente vício de legalidade, a Administração tem o dever de anular o ato administrativo, dever este que
encontra limite, sempre que, nos termos da lei, tenha transcorrido prazo razoável e dos atos decorram efeitos favoráveis para destinatários de
boa-fé. (FCC)
● A finalidade que um ato administrativo deve alcançar é determinada pela lei, inexistindo, nesse aspecto, liberdade de opção para a autoridade
administrativa. 2017 ⇒ A FINALIDADE É VINCULADA
MOTIVO: diz respeito ao PASSADO (indica as situações que levaram a adm pública à prática de um ato).

OBJETO: diz respeito ao PRESENTE (é efeito imediato que o ato produz).


FCC - Técnico Ministerial (MPE MA)/2013 O efeito jurídico imediato que o ato administrativo produz é d) o objeto do ato.

FINALIDADE: diz respeito ao FUTURO (o que se quer alcançar com a prática do ato).
"Mauro, servidor público, praticou determinada infração (MOTIVO) e a Administração Pública utilizou a remoção como
forma de punição (FINALIDADE → incorreta, no caso)."

CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Os atos administrativos são
a) os que ocorrem quando o fato corresponde à descrição contida na norma legal. ⇒ FATO JURÍDICO
b) aqueles que ocorrem quando o fato descrito na norma produz efeitos no campo do direito administrativo.⇒ FATO ADMINISTRATIVO
c) aqueles praticados no exercício da função administrativa. ⇒ ATO DA ADMINISTRAÇÃO
d) os atos legais declarados pelo Estado ou por seus representantes, com efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime
jurídico de direito público e sujeito ao controle pelo Poder Judiciário. CERTO
e) aqueles que decorrem de acontecimentos naturais independentes do homem ⇒ FATO

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Saúde Bucal/2015 Em regra, o silêncio da administração pública, na seara
do direito público, não é um ato, mas um fato administrativo.

O CESPE já adotou a visão de Di Pietro:


"Neste sentido, explica Maria Sylvia Zanella Di Pietro, "até mesmo o silêncio pode significar forma de manifestação da vontade, quando a lei assim o
prevê; normalmente ocorre quando a lei fixa um prazo, findo o qual o silêncio da Administração significa concordância ou discordância."
Desta forma, quando o silêncio é uma forma de manifestação de vontade, produz efeitos de ato administrativo. Isto porque a lei pode atribuir ao
silêncio determinado efeito jurídico, após o decurso de certo prazo.
Entretanto, na ausência de lei que atribua determinado efeito jurídico ao silêncio, estaremos diante de um fato jurídico administrativo."

ERRADAS

● Comando ou posicionamento emitido oralmente por agente público, no exercício de função administrativa e manifestando sua vontade, não
pode ser considerado ato administrativo. (atos administrativos podem ser ESCRITOS ou VERBAIS/ORAIS). Silêncio não é ato administrativo, é fato
administrativo. Para ser ato administrativo deve haver DECLARAÇÃO DE VONTADE).
● Em razão do princípio da tipicidade, é vedado à administração celebrar contratos inominados. (ATOS)

A tipicidade é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados
resultados)
-Atos adm unilaterais --> devem estar tipificados em lei
-Contratos administrativos --> não precisam estar tipificados em lei

● Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes determinada forma de agir, o poder público atua com base
na autoexecutoriedade (IMPERATIVIDADE) dos atos administrativos.
AUTOEXECUTORIEDADE - Prerrogativa de que certos atos administrativos sejam executados imediata e diretamente pela própria
Administração, independentemente de ordem ou autorização judicial.
IMPERATIVIDADE - É a característica pela qual os atos administrativos se impõem como obrigatórios a terceiros, independentemente da
anuência destes, que, assim, sujeitam-se à imposição estatal. É uma aplicação direta do princípio da supremacia do interesse público.
● CESPE 2018 - A imperatividade AUTOEXECUTORIEDADE do ato administrativo prevê que a administração pública, para executar suas
decisões, não necessita submeter sua pretensão ao Poder Judiciário. ELES ADORAM FAZER ESSA TROCA

● Realizado o procedimento licitatório e celebrado o contrato administrativo, é admissível que a administração revogue o ato de adjudicação do
objeto ao vencedor.

ANTES da HOMOLOGAÇÃO E APÓS a HOMOLOGAÇÃO E ADJUDICAÇÃO: pode APÓS a assinatura do contrato, NÃO
ADJUDICAÇÃO: pode revogar, sem revogar, porém, só é válida se observar o pode revogar, só ANULAR.
manifestação dos licitantes. contraditório e a ampla defesa

Atributos ou características dos atos administrativos:

ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO :


Os atos administrativos são revestidos de propriedades jurídicas especiais decorrentes da supremacia do interesse
público sobre o privado. Nessas características, reside o traço distintivo fundamental entre os atos administrativos e as demais
categorias de atos jurídicos, especialmente os atos privados. A doutrina mais moderna faz referência a cinco atributos:

a) presunção de legitimidade;
b) imperatividade;
c) exigibilidade;
d) autoexecutoriedade;
e) tipicidade."
(CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 10ª Região)/Administrativa/2013 Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos da presunção de
legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade. Certo

Auto executoriedade - Sem Autorização do Judiciário, prevista em lei ou urgências.


Imperatividade - Impõe a terceiros, Independe da sua concordância, independe de lei.

Autoexecutoriedade:
A prerrogativa de praticar atos e colocá-los em imediata execução, sem dependência à manifestação judicial, é que
representa a autoexecutoriedade. Tanto é autoexecutória a restrição imposta em caráter geral, como a que se dirige diretamente
ao indivíduo, quando, por exemplo, comete transgressões administrativas. É o caso da apreensão de bens, interdição de
estabelecimentos e destruição de alimentos nocivos ao consumo público. Verificada a presença dos pressupostos legais do ato, a
Administração pratica-o imediatamente e o executa de forma integral. Esse o sentido da autoexecutoriedade. A
autoexecutoriedade é atributo de somente alguns tipos de atos administrativos. Na verdade, apenas duas categorias de atos
administrativos são autoexecutáveis:
a) aqueles com tal atributo conferido por lei. É caso do fechamento de restaurante pela vigilância sanitária;
b) os atos praticados em situações emergenciais cuja execução imediata é indispensável para a preservação do interesse
público. Exemplo: dispersão pela polícia de manifestação que se converte em onda de vandalismo."
(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PE)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite
exceções, como nas hipóteses de cobrança de multa e de desapropriação. CERTO
-Aplicação de multa: autoexecutoriedade
-Cobrança de multa: exigibilidade
-Desapropriação: se o expropriado discordar do valor ofertado, a Administração Pública terá de recorrer ao Poder Judiciário
para despojá-lo do bem.

AUTO-EXECUTORIEDADE - subdivide-se em: exigibilidade e executoriedade.


exigibilidade - a adm.pública, no ato do Poder de Polícia, SEMPRE pode decidir sem prévia autorização do Poder
Judiciário.
EX: "eu decido aplicar a multa", "eu decido interditar determinado estabelecimento" etc.
executoriedade - a adm.pública, no ato do Poder de Polícia, NEM SEMPRE poderá executar sem prévia autorização
do Poder Judiciário.
EX: na aplicação de uma multa o agente de trânsito não pode, simplesmente, colocar a mão no
bolso do particular e quitar o valor da multa por ele (agente) aplicada. A ação de cobrar o valor da multa dependerá
de prévia autorização do Poder Judiciário.

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 10ª Região)/Administrativa/2013 Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos atributos
da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade. Certo
2009- CESPE- TRE-MA- Técnico Judiciário - Área Administrativa - São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a
imperatividade, a exigibilidade e a autoexecutoriedade. CERTO
CESPE/TRE-MA/TÉCNICO/2009 - São atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a imperatividade, a exigibilidade e
a autoexecutoriedade. CERTO
2013 – CESPE - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) Técnico Judiciário - Administrativo - Segundo a doutrina, os atos administrativos gozam dos
atributos da presunção de legitimidade, da imperatividade, da exigibilidade e da autoexecutoriedade.CERTO
2012- CESPE- MCT -Técnico - O ato administrativo goza do atributo da exigibilidade, ou seja, só se pode exigir o seu cumprimento por
meio de ação judicial . ERRADO

Imperatividade ou coercibilidade:
Ao contrário da presunção de legitimidade, a imperatividade é atributo da maioria dos atos administrativos, não estando
presente nos atos enunciativos, como certidões e atestados, nem nos atos negociais, como permissões e autorizações."

(CESPE) - Auxiliar Técnico de Controle Externo (TCE-PA)/Administrativa/2016 A imperatividade é atributo indissociável dos atos
administrativos. Errado

1) Presunção de legitimidade: em TODOS os atos administrativos e em TODOS os atos da adm.


2) Imperatividade: ausente em atos enunciativos e em atos negociais.
3) Exigibilidade: ausente em atos enunciativos.
4) Tipicidade: ausente em atos bilaterais.
5) Autoexecutoriedade: ausente em atos enunciativos e em atos negociais. Deve estar prevista em lei ou ser emergencial.

Presunção de Veracidade (conformidade do ato com os fatos)


e de Legitimidade (conformidade do ato com a lei):
Efeitos: o ato produz efeitos imediatos; em regra, o Judiciário não pode declarar a nulidade ex officio; inverte o ônus da
prova (apenas a presunção de veracidade). Presunção que tem sido contestada, porque a Administração também tem de comprovar a
verdade dos fatos em que se fundamenta, podendo o juiz e o promotor requisitarem provas;
#95943 CESPE - Analista Judiciário (TRE MS)/Administrativa/2013 #99311 CESPE - Defensor Público do Estado do Tocantins/2013

b) O ato administrativo ilegal praticado por agente administrativo d) A presunção de legitimidade é atributo de todos os atos
corrupto produz efeitos normalmente, pois traz em si o atributo da administrativos, estando presente mesmo nos casos de desrespeito
presunção, ainda que relativa, de legitimidade. ao devido processo legal pela administração pública.
Gab.: Correto Gab.: Errado

Tipicidade:
o ato administrativo deve corresponder a figuras previstas em lei."
NÃO CONFUNDA TIPICIDADE COM LEGALIDADE.
(CESPE) - Analista Judiciário (TJ CE)/Técnico-Administrativa/Ciências Contábeis/2014 O ato administrativo deve corresponder a figuras
previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. Essa característica do ato administrativo decorre do atributo da
A) tipicidade.
D)LEGALIDADE

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Auxiliar Judiciário (TJ PA)/"Sem Área"/2020 O atributo ou característica do ato administrativo que assegura que o ato é
verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou defeitos, até que se prove o contrário, denomina-se e) presunção de legitimidade.
● CEBRASPE (CESPE) - Auxiliar Judiciário (TJ PA)/"Sem Área"/2020 A propriedade da administração de, por meios próprios, pôr em execução
suas decisões decorre do atributo denominado b) autoexecutoriedade.
● (CESPE) - Juiz Estadual (TJ PR)/2019 A administração pública pode produzir unilateralmente atos que vinculam os particulares. No entanto,
tal vinculação não é absoluta, devendo o particular, para eximir-se de seus efeitos e anular o ato, comprovar, em juízo ou perante a própria
administração, o defeito do ato administrativo contra o qual se insurge, por caber-lhe o ônus da prova. Essa descrição refere-se ao atributo do
ato administrativo denominado c) presunção de legalidade. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Ministerial (MPC TCE-PA)/Controle Externo/2019 Acerca dos atos administrativos, assinale a opção correta.
A) São atos administrativos somente os atos produzidos pelos poderes do Estado.
B) Licença é ato administrativo discricionário, na medida em que ao poder público compete a análise do preenchimento dos requisitos legais
exigidos para o exercício de determinada atividade. INCORRETO ⇒VINCULADO
C) A imperatividade caracteriza-se pela permissão para a imposição de obrigações a terceiros, ainda que estas venham a contrariar interesses
privados. CERTO
D) Em virtude da inafastabilidade do interesse público, os atos administrativos devem possuir destinatários gerais e indeterminados, sendo
vedada a edição de atos com destinatários individualizados, ainda que coletivos.
E) São atos administrativos simples somente os atos praticados por agente público de forma isolada. INCORRETO ⇒ Ato simples é
aquele praticado por um único órgão. Porém, esse órgão poderá ser singular/unipessoal ou
colegiado.

● FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2018 Em relação aos atos administrativos, é INCORRETO afirmar:
a) O ato de delegação da competência para a prática de determinado ato administrativo retira da autoridade delegante a possibilidade de
também praticá-lo. INCORRETO ⇒ NÃO RETIRA
b) A motivação não é obrigatória em todos os atos administrativos. CERTO
c) Há atos administrativos despidos de autoexecutoriedade.CERTO
d) Os atos administrativos, quando editados, trazem em si uma presunção relativa de legitimidade.CERTO
e) A motivação do ato administrativo se consubstancia na exposição dos motivos, sendo a demonstração das razões que levaram à prática
do ato.CERTO

Salvo disposição em contrário, como regra geral, presume-se a cláusula de reserva, ou seja, o agente
delegante não transfere a competência, mas apenas a amplia, mantendo-se competente após a delegação
juntamente com o agente delegado, ou seja, o agente delegante se reserva na competência delegada. (CARVALHO,
Matheus. Manual de Direito Administrativo. 4ª ed. Salvador: JusPodivm, 2017).
TCU: É entendimento pacífico no Tribunal que o instrumento da delegação de competência não retira a
responsabilidade de quem delega, visto que remanesce a responsabilidade no nível delegante em relação aos atos do
delegado.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PE)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 -A respeito dos atributos dos atos administrativos,
assinale a opção correta. d) A autoexecutoriedade, como atributo, admite exceções, como nas hipóteses de cobrança de multa e de
desapropriação.

-Aplicação de multa: autoexecutoriedade


-Cobrança de multa: exigibilidade
-Desapropriação: se o expropriado discordar do valor ofertado, a Administração Pública terá de recorrer ao Poder
Judiciário para despojá-lo do bem.
Exigibilidade:
A exigibilidade, conhecida entre os franceses como privilège du préalable, consiste no atributo que permite à
Administração aplicar punições aos particulares por violação da ordem jurídica, sem necessidade de ordem judicial. A
exigibilidade, portanto, resume-se ao poder de aplicar sanções administrativas, como multas, advertências e interdição de
estabelecimentos comerciais."
Processo desapropriatório
Outrossim, pôde-se observar que somente compete ao Poder Público, seus delegatários ou concessionários de
serviços a proposição da desapropriação, que compreende duas fases: a primeira de natureza administrativa, não gozando
de auto-executoriedade e tendo seu início na declaração de utilidade pública; a segunda, contudo, possui natureza judicial e
inicia-se quando o valor definido para a indenização na fase administrativa não for aceito pelo expropriado. Assim,
garante-se que, como prega o art. 5º, inciso XXIV da Constituição da República, a indenização nos casos de desapropriação
será prévia e justa.

● Assinale a opção que indica o atributo conforme o qual o ato administrativo deve corresponder a uma figura definida previamente pela lei
como apta a produzir determinados resultados. a) TIPICIDADE

(Legalidade ---> estar de acordo na lei; Tipicidade ---> previsão na lei).

● Assinale a opção que apresenta o atributo pelo qual determinados atos administrativos podem ser executados direta e imediatamente pela
própria administração pública, independentemente de intervenção do Poder Judiciário: c) AUTOEXECUTORIEDADE
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Apoio Especializado/Medicina do Trabalho/2017 - A administração pública pode
executar diretamente seus atos administrativos, até mesmo pelo uso da força, sem a necessidade da intervenção do Poder Judiciário. Essa
prerrogativa corresponde ao atributo da a) AUTOEXECUTORIEDADE
● FCC - Técnico Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 - Os atos administrativos são dotados de atributos que lhe
conferem peculiaridades em relação aos atos praticados pela iniciativa privada. Quando dotados do atributo da autoexecutoriedade: e)
implicam na prerrogativa da própria Administração executar, por meios diretos, suas próprias decisões, sendo possível ao Judiciário analisar
a legalidade do ato.
● FCC - Analista Ministerial (MPE PB)/Analista Ministerial/Auditor de Contas Públicas/2015 Considere as seguintes situações hipotéticas
envolvendo três Analistas do Ministério Público da Paraíba:
I. João emite certidão a administrado; ATO ENUNCIATIVO
II. Júlio emite parecer em determinado processo administrativo; ATO ENUNCIATIVO
III. Clara fornece atestado a administrado. ATO ENUNCIATIVO
A propósito do atributo da imperatividade dos atos administrativos, a) nenhum dos atos é munido de tal atributo.

A imperatividade decorre do poder extroverso do Estado (permissão para interferir na esfera jurídica, gerando obrigações), de modo que
há imperatividade quando a Administração Pública impõe sua vontade, independentemente de concordância de terceiros. Assim, pode-se
inferir que esse atributo não está presente em atos enunciativos (certidão/atestado/parecer) e negociais
(licença/permissão/autorização), mas apenas naqueles que impõem obrigações.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória, entretanto, se a
administração pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos.

ERRADAS

● Ao fazer uso de sua supremacia na relação com os administrados, para impor-lhes determinada forma de agir, o poder público atua com base
na autoexecutoriedade (IMPERATIVIDADE) dos atos administrativos.
● FCC - Analista Judiciário (TRT 24ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 -Considere:
I. O atributo da presunção de legitimidade dos atos administrativos depende de lei expressa. ERRADO
II. A imperatividade significa que os atos administrativos são cogentes, obrigando a todos quantos se encontrem em seu circulo de
incidência, ainda que o objetivo por ele alcançado contrarie interesses privados. CERTO
III. Em alguns atos administrativos, como as permissões e autorizações, está ausente o cunho coercitivo.CERTO
IV. A presunção de legitimidade dos atos administrativos é juris et de jure (iuris tantum), ou seja, presunção relativa.ERRADO

iuris et de iure = presunção absoluta. iuris tantum = presunção relativa.

Elementos, requisitos e pressupostos (atos administrativos):

Elementos CONCEITO
CO-mpetência Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (Direito Administrativo Descomplicado. 23. ed. São Paulo: Método, 2015, p. 505): "Podemos
definir competência como o poder legal conferido ao agente público para o desempenho específico das
atribuições de seu cargo. [...] Somente a lei pode estabelecer competências administrativas; por essa razão, seja
qual for a natureza do ato administrativo - vinculado ou discricionário - o seu elemento competência é sempre
vinculado."
FI-nalidade Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 512): "A finalidade é um elemento sempre vinculado. Nunca
é o agente público quem determina a finalidade a ser perseguida em sua atuação, mas sim a lei. Podemos
identificar nos atos administrativos:
a) uma finalidade geral ou mediata, que é sempre a mesma, expressa ou implicitamente
estabelecida na lei: a satisfação do Interesse público;
b) uma finalidade especifica, imediata, que é o objetivo direto, o resultado específico a ser
alcançado, previsto na lei, e que deve determinar a prática do ato."
FO-rma Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 513): "A forma é o modo de exteriorização do ato
administrativo. Todo ato administrativo é, em princípio, formal, e a forma exigida pela lei quase
sempre é a escrita (no caso dos atos praticados no âmbito do processo administrativo federal, a forma é
sempre e obrigatoriamente a escrita [...] Apesar de autores como o Prof. Hely Lopes Meirelles
prelecionarem que a forma é elemento sempre vinculado nos atos administrativos, pensamos que, hoje, essa
afirmativa deve, no máximo, ser considerada uma regra geral."
MO-tivo Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 513): "O motivo é a causa imediata do ato administrativo. É a
situação de fato e de direito que determina ou autoriza a prática do ato, ou, em outras palavras, o pressuposto
fático e jurídico (ou normativo) que enseja a prática do ato." DETALHE: Pode ser vinculado ou
discricionário.
OB-jeto Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino (ob. cit., p. 517-8): "O objeto do ato administrativo identifica-se com o seu
conteúdo, por meio do qual a administração manifesta sua vontade, ou atesta simplesmente situações
preexistentes. Pode-se dizer que o objeto do ato administrativo é a própria alteração no mundo jurídico
que o ato provoca, é o efeito jurídico imediato que o ato produz. [...] Pode-se afirmar, portanto, como o
faz a doutrina em geral, que: (a) nos atos vinculados, motivo e objeto são vinculados; (b) nos atos
discricionários, motivo e objeto são discricionário"

"Para Celso Antônio, são pressupostos de validade do ato administrativo:


Pressuposto Subjetivo: a autoridade administrativa COMPETENTE para a prática do ato;
Pressupostos Objetivos: MOTIVO e requisitos procedimentais;
Pressuposto Teleológico: FINALIDADE;
Pressuposto Lógico: causa;
Pressuposto Formalístico: FORMA."

(CESPE) - Técnico Judiciário (STF)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2013 ⇒ De acordo com a
corrente dominante na literatura, o motivo é requisito de validade do ato administrativo, denominado
pressuposto objetivo de validade. Certo

Prova: CESPE - 2012 - ANATEL - Analista Administrativo Competência, finalidade, forma, motivo e objeto
são requisitos de validade de um ato administrativo. CERTA.

CERTAS

(CESPE) - Juiz Estadual (TJ AM)/2016 A finalidade reflete o fim mediato dos atos administrativos, enquanto o objeto, o fim imediato, ou seja,
o resultado prático que deve ser alcançado. CERTO

VÍCIO NA FORMA
CESPE - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 Considere que determinada autoridade do TRE/PI tenha negado pedido
administrativo feito por um servidor do quadro, sem expor fundamentos de fato e de direito que justificassem a negativa do pedido. Nesse
caso, o ato administrativo praticado pela autoridade do TRE/PI
a) não possui presunção de veracidade.
b) pode ser editado sob a forma de resolução.
c) é considerado, quanto à formação da vontade, ato administrativo complexo.
d) classifica-se como ato administrativo meramente enunciativo.
e) apresenta vício de forma. CERTO

Por se ter negado um pedido, era necessário que se motivasse o ato. Se não houve motivação, houve desrespeito a uma formalidade. Ou
seja, nesse caso, é vício na forma. Resposta: e

VÍCIO NO MOTIVO
(CESPE) - Delegado de Polícia (PC GO)/2017 Após o término de estágio probatório, a administração reprovou servidor público e editou ato
de exoneração, no qual declarou que esta se dera por inassiduidade. Posteriormente, o servidor demonstrou que nunca havia faltado ao
serviço ou se atrasado para nele chegar.

Nessa situação hipotética, o ato administrativo de exoneração é


a) nulo por ausência de finalidade.
b) anulável por ausência de objeto.
c) anulável por ausência de forma.
d) anulável por ausência de motivação.
e) nulo por ausência de motivo. CERTO
Nulo ou anulável?
-Se atingir requisito convalidável (competência e forma), o ato será anulável,
cabendo convalidação (mas nem sempre...) ou anulação.
-Se atingir requisitos não convalidáveis (finalidade, motivo e objeto), o ato será
nulo, cabendo apenas a anulação.
Como a inassiduidade atingiu o requisito não convalidável do motivo, é ato nulo.

Muita gente confunde motivo com objeto e com motivação:


-Objeto: conteúdo do ato.
-Motivo: justifica a prática do ato.
-Motivação: forma escrita das razões para a prática do ato.

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 Os atos administrativos, entendidos como as
manifestações das vontades da Administração pública, têm entre suas finalidades resguardar e declarar direitos ou impor obrigações. Para ter
validade, um ato administrativo deve ter determinados elementos ou requisitos em relação à competência, finalidade, forma, motivo e objeto
ou conteúdo. A finalidade é c) o objetivo que a Administração busca com a prática do ato administrativo e a sua prática não pode ser
diversa daquela prevista na regra de competência.

● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 A atuação da Administração pública pauta-se na legalidade, mas dentro desse conceito lhe é
dado agir com certa margem de liberdade de escolha em determinadas situações, quando a ausência de disposição expressa ou a
indeterminação dos termos legais conferem mais de uma opção de decisão. Essa atuação é qualificada como b) discricionária, pois
quando não há previsão expressa da conduta que a Administração deve adotar em determinada situação, o exercício de interpretação para
aplicação da norma pode permitir a identificação de mais de uma opção possível e válida de decisão.
● FCC - Técnico Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/2010 O revestimento exterior do ato administrativo, necessário à sua perfeição, é
requisito conhecido como b) forma.
● FCC - Analista Ministerial (MPE PB)/Analista Ministerial/Auditor de Contas Públicas/2015 A Administração pública concedeu autorização
para porte de arma a servidor do Ministério Público do Estado da Paraíba. Cumpre salientar, no entanto, que o ato administrativo foi
fundamentado em motivo falso. Nesse caso, a autorização em questão c) será nula, em razão do vício de motivo.

A autorização em questão é nula, pois o vício no motivo é insanável.

MOTIVO FALSO ⇒ VÍCIO NO ELEMENTO MOTIVO ⇒ NÃO É POSSÍVEL CONVALIDAR


MOTIVO AUSENTE ⇒ VÍCIO NO ELEMENTO FORMA ⇒ PODE CONVALIDAR

● FCC - Técnico Ministerial (MPE PB)/Técnico Ministerial/Diligências e Apoio Administrativo/2015 Considere a seguinte situação hipotética:
Determinado órgão público do Estado da Paraíba nomeia Marcílio para cargo público inexistente. Nesse caso, o ato administrativo de
nomeação apresenta vício de: d) objeto.

O objeto deve ser:


⇒ Lícito: o Poder Público não pode obrigar que o particular faça algo proibido por lei (p. ex.: um Município não pode desapropriar
bens imóveis da União; a autoridade competente não pode aplicar suspensão, quando, em verdade, é cabível a advertência);
⇒ Possível: o resultado desejado deve ser atingível material e juridicamente (p. ex.: demissão ou nomeação de servidor falecido,
instalação de antena de concessionária em terreno pantanoso, desapropriação de terras produtivas pela União para fins de Reforma
Agrária). No caso da questão, em análise, temos a nomeação para cargo inexistente, ou seja, não há o objeto do ato, daí a correção da
letra “D”.
⇒ Moral: a Administração deve se comportar de forma ética, honesta e justa (p. ex.: repúdio à emissão de pareceres sob
encomendas);
⇒ Determinado/determinável: o ato administrativo deve ter um resultado certo, identificado (p. ex.: o ato de desapropriação deve
recair sobre bens certos e individualizados) ⇒ Definido quanto ao Destinatário, Efeitos, Tempo e Lugar

● FCC - Técnico Ministerial (MPE PB)/Técnico Ministerial/Diligências e Apoio Administrativo/2015 Considere duas situações distintas:
I. José, servidor público estadual e responsável pela condução de determinado processo administrativo, aplicou pena de advertência a servidor
quando cabível a pena de suspensão. ⇒ VÍCIO DE OBJETO O que se pretendia? Punir. = finalidade. O que foi feito? Punição errada = Objeto
II. Josefina, servidora pública estadual, revogou ato de permissão de uso, sob o fundamento de que a Administração pública necessitava
daquele bem público; no entanto, a seguir, permitiu o uso do mesmo bem a terceira pessoa. ⇒ VÍCIO DE MOTIVO Sujeito é quem pratica o
ato. destinatário é quem recebe as ações do ato
As situações narradas apresentam vício de b) objeto e motivo, respectivamente.
O que é tredestinação ilícita?
Tredestinação é quando a destinação final de um bem expropriado divergiu da finalidade da qual se planejou inicialmente.
A tredestinação pode ser lícita ou ilícita.
Será lícita quando a Administração Pública dê ao bem finalidade diversa, porém preservando a razão do interesse público.
Será ilícita quando resultante de desvio do propósito original(desvio de finalidade);neste caso, caberá retrocessão, ou seja, a
devolução do bem ao domínio expropriado, para que reingresse ao patrimônio daquele de quem foi tirado.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Judiciária/2017 Após a conclusão de processo administrativo disciplinar contra servidor
público federal, a autoridade pública que tem atribuições legais para editar ato punitivo, suspendeu o servidor por cento e vinte dias.Nessa
situação hipotética, o ato de suspensão do servidor por cento e vinte dias é nulo por vício de: c) objeto.

Atos administrativos: espécies, classificação, fases de constituição:

"4.13.3.4 Quanto ao objeto


a) atos de império: praticados pela Administração em posição de superioridade diante do particular.
Exemplos: desapropriação, multa, interdição de atividade;
b) atos de gestão: expedidos pela Administração em posição de igualdade perante o particular, sem usar de sua supremacia
e regidos pelo direito privado.
Exemplos: locação de imóvel, alienação de bens públicos;
c) atos de expediente: dão andamento a processos administrativos. São atos de rotina interna praticados por agentes
subalternos sem competência decisória.
Exemplo: numeração dos autos do processo."

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2021 Ponto de Exclamação Atenção: Esta é uma questão com gabarito preliminar.
Por meio da licença, ato unilateral e vinculado, a administração faculta aos interessados o exercício de determinada atividade.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 A discricionariedade para a prática de determinado ato
administrativo pode decorrer de disposição expressa ou de omissão de norma legal.

CESPE: A fonte da discricionariedade é a própria lei; aquela só existe nos espaços deixados por esta. Nesses espaços, a atuação livre da
Administração é previamente legitimada pelo legislador. Normalmente essa discricionariedade existe: quando a lei expressamente a
confere à Administração; quando a lei é omissa.

● FCC - Oficial de Justiça (TJ MA)/2019 - A emissão de licença para obras de construção constitui ato administrativo: c) passível de ser
controlado pelo Poder Judiciário no que se refere aos requisitos legais para sua emissão, porque configura ato administrativo vinculado.
● I. Atos administrativos, endereçados aos servidores públicos, que veiculam determinações atinentes ao adequado desempenho de suas
funções, e não atingem os administrados, não criando para estes direitos ou obrigações. ordinatórios
II. Atos administrativos que declaram, a pedido do interessado, uma situação jurídica preexistente relativa a um particular, mas não contém
uma manifestação de vontade da Administração Pública .enunciativos
Nesse casos, são conhecidos, respectivamente, como espécies de atos: c) ordinatórios e enunciativos.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ AM)/Direito/2019 - A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a
posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento
licitatório
Ano: 2016 Banca: CESPE Órgão:TRT Prova: Técnico Administrativo a) A homologação é ato unilateral e vinculado pelo qual a administração
pública reconhece a legalidade de um ato jurídico. CERTO

Maria Sylvia Di Pietro: Homologação é o ato unilateral e vinculado pelo qual a Administração Pública
reconhece a legalidade de um ato jurídico. Ela se realiza sempre a posteriori e examina apenas o aspecto de
legalidade, no que se distingue da aprovação.

NÃO ESQUEÇA ⇒ HOMOLOGAÇÃO ⇒ ATO VINCULADO ⇒ VEJA QUE NÃO TEM “R” E PORTANTO Ñ É DISCRICIONÁRIO.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador de Contas (MPC TCE-PA)/2019 - Assinale a opção que apresenta, na ordem em que estão, exemplos de atos
administrativos enunciativos, normativos, ordinatórios, negociais e punitivos:
a) certidões / regulamentos / ordens de serviço / autorizações / destruições de coisas apreendidas
● CESPE - Técnico Judiciário (TRE TO)/Administrativa/2017- Assinale a opção que apresenta espécie de ato administrativo vinculado quanto ao
conteúdo. e) licença CERTO
● CESPE - Técnico Judiciário (TJ CE)/Judiciária/2014 - Considere que a prefeitura de determinado município tenha concedido LICENÇA para
reforma de estabelecimento comercial. Nessa situação hipotética, assinale a opção em que se explicita o poder da administração
correspondente ao ato administrativo praticado, além das classificações que podem caracterizá-lo. a) poder de polícia, ato unilateral e
vinculado"
● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEF SC)/Auditoria e Fiscalização/2018 - Quando a Administração pública atua executando atos
materiais, como a edificação de um muro, realização da poda de árvores ou, direta ou indiretamente, promovendo o recolhimento do lixo,
pratica: b) fatos administrativos, que não têm conteúdo que expresse manifestação de vontade decisória, não obstante possam gerar efeitos
e consequências na esfera de direitos dos administrados.

Um FATO ADMINISTRATIVO é a materialização de um ATO ADMINISTRATIVO (conteúdo decisório).


Por exemplo: Determinada autoridade administrativa, através de um ato administrativo, determina a demolição de
uma ponte que estava condenada pela defesa civil.
A demolição de tal ponte é o fato administrativo que resultou da ordem da autoridade, ou seja, do ato
administrativo.
Se a demolição gerar dano a algum particular, a administração pública responde objetivamente ao dano,
independentemente de dolo ou culpa do agente (RESPONSABILIDADE OBJETIVA).

● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Direito/2018 - O ato administrativo adequado para se instituir comissão
encarregada de elaborar proposta de edital de concurso público para provimento de vagas em cargos públicos é o(a): d) portaria.
● FCC - Técnico Ministerial (MPE PB)/Técnico Ministerial/Diligências e Apoio Administrativo/2015 - Pietra, servidora pública, apostilou
determinado tema, apenas reconhecendo a existência de direito criado por norma legal. No que concerne às espécies de atos administrativos,
a apostila citada corresponde a ato administrativo:
a) ordinatório. ( Circulares - Ofícios -Portarias -Avisos -Despachos - Ordens de Serviço - Instruções (≠ Instruções
Normativas)
b) normativo. (- Decretos - Regimentos - Deliberações - Resoluções - Instruções Normativas
c) negocial. ( licença - autorização - permissão - aprovação - admissão - visto - homologação - dispensa - renúncia -
protocolo adm.)
d) punitivo. (- Multa - Interdição de Atividade - Destruição de Coisas)
e) enunciativo.CERTO (- Certidão - Atestado - Parecer - Apostila)

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 A doutrina do Direito Administrativo distingue
duas espécies de atos administrativos: os vinculados e os discricionários. O que os distingue é a ausência, nos atos vinculados, do seguinte
aspecto, presente nos atos discricionários: b) mérito.

ERRADAS

(CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ ES)/2013 e) A locação de um prédio pela administração traduz um ato da administração
que, embora regido pelo direito público, põe o particular em posição igualitária com o poder público. ERRADO ⇒ LOCAÇÃO ⇒ ATO DE
GESTÃO ⇒ REGIDO PELO DIREITO PRIVADO

(CESPE - TCE PA 2016)Considerando que servidor público de determinada autarquia federal tenha solicitado ao setor técnico daquela
entidade a emissão de parecer para subsidiar sua tomada de decisão, julgue o item a seguir, acerca dos atos administrativos.
Considerando-se a prerrogativa com que atua a administração, o parecer solicitado é classificado como ato de gestão. Gabarito: ERRADO.
​Comentário: A emissão de parecer para subsidiar a tomada de decisão é classificado, quanto à sua prerrogativa, um ato de expediente.
O parecer não possui conteúdo decisório, apenas emite uma opinião para preparar outro ato de conteúdo decisório, ou seja, emite uma
opinião acerca de algum assunto a fim de subsidiar uma decisão posterior.

​Obs: Caso seja adotado como fundamento para a decisão, o referido parecer passará a integrar o ato administrativo decisório.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Administrativa/2018 - A licença consiste em um ato administrativo unilateral e discricionário.
(VINCULADO)
● CEBRASPE (CESPE) - Advogado da União/2015 O titular do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação redigiu e submeteu à análise de sua
consultoria jurídica minuta de despacho pelo indeferimento de pedido da empresa Salus à habilitação em dada política pública governamental.
A despeito de não apresentar os fundamentos de fato e de direito para o indeferimento, o despacho em questão invoca como fundamento da
negativa uma nota técnica produzida no referido ministério, cuja conclusão exaure matéria coincidente com aquela objeto do pedido da
empresa Salus. A propósito dessa situação hipotética, julgue o item que se segue, relativo à forma dos atos administrativos. O ato em questão
— indeferimento de pedido — deve ser prolatado sob a forma de resolução e não de despacho.
Despachos - decisões referentes à processos e requerimentos.

Resoluções - ato administrativo expedido por autoridades visando a estabelecer normas gerais ou adotar providências individuais no
âmbito da competência exclusiva das autoridades e órgãos.

4.14.1 Atos normativos


d) resoluções: são atos administrativos inferiores aos decretos e regulamentos, expedidos por Ministros de Estado, presidentes de
tribunais, de casas legislativas e de órgãos colegiados, versando sobre matérias de interesse intemo dos respectivos órgãos;
4.14.2 Atos ordinatórios
g) despachos: são decisões de autoridades públicas manifestadas por escrito em documentos ou processos sob sua
responsabilidade.
Espécies de atos administrativos:
a) Atos normativos: emanam atos gerais e abstratos visando correta aplicação da lei.
Ex: Resolução: expedidos pelas altas autoridades do executivo para regulamentar matéria exclusiva.
b) Atos ordinatórios: visam disciplinar o funcionamento da Administração e a conduta de seus agentes.
Ex: Despachos administrativos: decisões tomadas pela Administração.

Desfazimento do ato administrativo (Anulação, Revogação, Cassação, Caducidade, Contraposição):

Caducidade do ato administrativo:


Norma jurídica posterior torna inviável a permanência da situação permitida pelo ato.

Caducidade da concessão:
A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão (...) - Art.
38, lei nº 8.987/1995.

a) Revogação ⇩ b) Anulação ⇩ c) Cassação ⇩ d) Caducidade ⇩ e) Contraposição ⇩


A retirada se dá em por razões de quando o beneficiário não quando uma lei nova quando se emite um ato
razões de oportunidade ilegalidade.A mantém as condições torna inadmissível uma com competência diversa,
e conveniência. Só a ADMINISTRAÇÃO E O PODER inicialmente impostas enquanto situação que antes era mas com efeitos
ADMINISTRAÇÃO JUDICIÁRIO PODEM desfruta da situação jurídica. permitida pelo direito e contrapostos. Um ato
PODERÁ REALIZAR. REALIZAR. Efeitos EX TUNC. Retirada de um ato que que foi permitida pelo ato elimina o efeito do outro.
Produz efeitos EX NUNC Segundo CABM EX NUNC SE DESCUMPRIU UMA CONDIÇÃO precedente. Ex.: nova lei Ex.: exoneração↔nomeação.
FOR PREJUDICIAL e se IMPOSTA. Possui ILEGALIDADE de zoneamento que põe
BENEFICIAR EX TUNC. Prazo NA SUA EXECUÇÃO. Ex.: hotel uma rua onde há um
será de 5 anos. que vira “casa de tolerância”. circo.

Segundo Di Pietro, NÃO SÃO PASSÍVEIS DE REVOGAÇÃO:


- Atos vinculados
- Atos que exauriram os seus efeitos
- Quando já se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato
- Os mero atos adm
- Atos que integram um procedimento
- Atos que geram direito adquirido

CERTAS

● (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 Ponto de Exclamação Atenção: Esta é uma
questão com gabarito preliminar. Situação hipotética: Determinado órgão publicou a Portaria A, para tratar de certo tema. Em seguida,
publicou a Portaria B, sobre o mesmo assunto da Portaria A, revogando esta expressamente. Posteriormente, editou a Portaria C, que revogou
expressamente a Portaria B, sem tratar de qualquer tema. Assertiva: Nessa situação hipotética, a revogação da Portaria B pela Portaria C
caracteriza a revogação da revogação, mas não reativa a vigência da Portaria A.

Conforme entendimento dominante da doutrina, quando ocorre a revogação da revogação, não há repristinação tácita, ou seja, a segunda revogação não
reativa automaticamente a vigência do primeiro ato revogado.
● FCC - Procurador do Estado do Amapá/2018 O ex-governador Sérgio Cabral terá que devolver o colar do mérito que recebeu do Ministério
Público estadual do Rio de Janeiro. A decisão foi tomada no início da tarde desta sexta-feira (21) pelo Órgão Especial do Colégio de
Procuradores de Justiça. De acordo com os procuradores, o ex-governador, preso desde novembro do ano passado, tem ainda que entregar à
instituição a medalha e diploma que tenha recebido. (Adaptado de: Notícia do site G1, publicada em 21/07/2017)
A propósito da notícia acima mencionada, o ato administrativo relatado é um exemplo de
a) anulação.
b) revogação.
c) contraposição.
d) cassação. CERTO

A cassação é hipótese de extinção do ato administrativo que ocorrerá quando:


“o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a fim de poder continuar desfrutando da situação
jurídica”(BANDEIRA DE MELLO, Celso Antonio, 1992:151-152 "apud" DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 28° edição, Atlas, 2015).

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor do Estado (CAGE RS)/2018 Determinado prefeito exarou ato administrativo autorizando o uso de bem público
em favor de um particular. Pouco tempo depois, lei municipal alterou o plano diretor, no que tange à ocupação do espaço urbano, tendo
proibido a destinação de tal bem público à atividade particular. Nessa situação hipotética, o referido ato administrativo de autorização de uso
de bem público extingue-se por:
a) revogação.
b) anulação.
c) contraposição.
d) caducidade.CERTO
e) cassação.

Caducidade - NORMA JURÍDICA posterior torna inviável a continuidade do ato


Cassação - INDIVÍDUO deixa de cumprir condições para a manutenção do ato

● FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Anulada" Suponha que um agente público da Secretaria de Estado da
Educação, após longo período de greve dos professores da rede pública, objetivando desincentivar novas paralisações, tenha transferido os
grevistas para ministrarem aulas no período noturno em outras escolas, mais distantes. Ato contínuo, promoveu o fechamento de diversas
classes do período da manhã de estabelecimento de ensino no qual estavam lotados a maioria dos docentes transferidos, justificando o ato
assim praticado em uma circular aos pais dos alunos na qual afirmou ter ocorrido inesperada redução do número de docentes, decorrente da
necessidade de transferência para outras unidades como forma de melhor atender à demanda da sociedade. Nesse contexto, e) o poder
judiciário poderá anular as transferências dos docentes por desvio de finalidade, bem como o fechamento das salas por vício de motivo com
base na teoria dos motivos determinantes.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 No que concerne a revogação, anulação e convalidação de ato
administrativo, assinale a opção correta. d) Um ato administrativo que apresente defeitos sanáveis poderá ser convalidado quando
não lesionar o interesse público, não sendo necessário que a administração pública o anule.
● FCC - Agente de Fomento Externo (AFAP)/2019 Considere a edição de ato administrativo indeferindo pedido administrativo de particular para
que o poder público municipal promova urgentes reparos no leito da rua onde está situada sua residência, em razão do aparecimento de uma
rachadura que vem progressivamente aumentando de tamanho, ocasionando risco a ele e demais moradores do local. Essa medida
d) pode ser objeto de recurso administrativo, o que permite à Administração pública superior convalidar ou anular o ato administrativo, caso
reste demonstrada sua inadequação e inconveniência diante da situação fática. ERRADO ⇒ Apenas Competência e Forma podem ser
convalidados. Esse termo se restringe a esses dois elementos do ato. Diante de uma ato inconveniente, se procede à revogação. Se ilegal,
anulação.
e) demandará a interposição de recurso administrativo por parte do requerente, sem prejuízo de poder adotar medidas judiciais para
intervenção da obra, diante da situação emergencial caracterizada. CERTO

● FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2018 Numa hipótese em que um processo administrativo disciplinar
tenha tramitado até a fase final, com proferimento de decisão aplicando penalidade ao servidor público, e que se tenha verificado a
inexistência de intimação do mesmo no início do procedimento para apresentação de regular defesa, b) há nulidade, gerando
fundamento para anulação dos atos posteriores e retomando-se o procedimento para conferir oportunidade de defesa ao servidor público.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Município de João Pessoa/2018 Em resposta a consulta sobre a validade de determinado ato
administrativo, o procurador municipal responsável recomendou a nulidade do ato.
A respeito dessa situação, assinale a opção correta. a) Na recomendação, devem estar indicadas, de modo expresso, as consequências
jurídicas e administrativas da decretação do ato de invalidação.
Art. 21. A decisão que, nas esferas administrativa, controladora ou judicial, decretar a invalidação de ato, contrato, ajuste, processo ou norma
administrativa deverá indicar de modo expresso suas consequências jurídicas e administrativas.
Parágrafo único. A decisão a que se refere o caput deste artigo deverá, quando for o caso, indicar as condições para que a regularização ocorra de modo
proporcional e equânime e sem prejuízo aos interesses gerais, não se podendo impor aos sujeitos atingidos ônus ou perdas que, em função das peculiaridades
do caso, sejam anormais ou excessivos.
1. A decisão de invalidação/nulidade de ato/contrato/ajuste/processo/norma administrativa deverá indicar
expressamente as consequências jurídicas e as consequências administrativas decorrentes dessa invalidação (art. 21, caput, LINDB)
2. Essa decisão deverá ser proporcional, sem possibilidade de impor ônus/perdas anormais/excessivas contra os sujeitos
que serão por ela atingidos (art. 21, parágrafo único, LINDB)

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 A prefeitura de determinado município concedeu licença a um
comerciante para que o restaurante dele funcionasse em determinado imóvel. Alguns meses após a concessão da licença, o comerciante
decidiu transformar seu restaurante em uma boate. Considerando-se essa situação hipotética, a administração municipal deverá proceder à b)
cassação da licença.

"A cassação é a extinção do ato administrativo por descumprimento das condições fixadas pela Administração ou
ilegalidade superveniente imputada ao beneficiário do ato(...)" (OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 5ª ed. São
Paulo: Método, 2017)

Direito Administrativo, 30ª ed. (2017) - Maria Syvia Zanella Di Pietro


7.11 EXTINÇÃO
7.11.1 MODALIDADES
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello (2008:436-438), um ato administrativo extingue-se por:
(...) III retirada, que abrange:
a) revogação, em que a retirada se dá por razões de oportunidade e conveniência;
b) invalidação, por razões de ilegalidade;
c) cassação, em que a retirada se dá "porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer atendidas a
fim de poder continuar desfrutando da situação jurídica"; o autor cita o exemplo de cassação de licença para funcionamento de
hotel por haver se convertido em casa de tolerância;
d) caducidade, em que a retirada se deu "porque sobreveio norma jurídica que tornou inadmissível a situação antes
permitida pelo direito e outorgada pelo ato precedente"; o exemplo dado é a caducidade de permissão para explorar parque de
diversões em local que, em face da nova lei de zoneamento, tornou-se incompatível com aquele tipo de uso;"

● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 Suely, diretora de uma escola da rede pública,
autorizou que o zelador daquela unidade ocupasse, para fins de moradia, uma edícula existente no terreno, formalizando a autorização
mediante outorga de permissão de uso. Justificou o ato praticado, pelo interesse público na permanência do zelador nas dependências do
estabelecimento de ensino no período noturno, o que contribuiria para a segurança patrimonial, haja vista o registro de diversos furtos de
material. Contudo, passados alguns meses, a Diretora foi informada de que seria realizada uma reforma na escola e que a edícula deveria estar
desocupada para estocar os materiais necessários e servir de refeitório e vestiário para os trabalhadores contratados. Diante da superveniência
de tal circunstância, o ato administrativo praticado por Suely, consistente na permissão de uso ao zelador, e) é passível de revogação, pela
própria Administração, pelas razões de conveniência e oportunidade fundadas no interesse público.
● FCC - Analista Jurídico de Defensoria (DPE AM)/Ciências Jurídicas/2018 Um servidor público comissionado, designado para prestar serviços
junto à Secretaria de Governo de determinado Município e que exercia interinamente as funções de chefia de gabinete, editou ato aplicando
penalidade a um outro servidor concursado no bojo de um processo administrativo disciplinar. A competência para aplicação da pena era da
chefia de gabinete, conforme dispunha a legislação competente. O servidor que fora apenado recorreu administrativamente da decisão, sob o
fundamento de que a legislação que rege o funcionalismo público estabelece que a autoridade competente para a aplicação de penalidades a
servidores concursados também deve ter ingressado no serviço público mediante concurso público de provas e títulos. Imputa, portanto, ao
ato praticado pelo servidor comissionado o vício de incompetência. Após o processamento do recurso e chegada a hora da decisão, o chefe de
gabinete que efetivamente ocupava o cargo já havia retornado e reassumido suas funções, razão pela qual os autos lhe foram submetidos para
eventual reconsideração. Este servidor, considerando que a alegação do recorrente seja condizente com a legislação aplicável,
b) deve anular a decisão, diante de sua patente ilegalidade, reconduzindo o servidor ao cargo anteriormente ocupado e exonerando o servidor
comissionado, independentemente de processo administrativo, porque inexistente vínculo estatutário. ERRADO
d) pode RATIFICAR a decisão proferida pelo servidor ocupante de cargo em comissão, no caso dela estar materialmente correta, embora
formalmente viciada pela incompetência. CERTO

b) ERRADO. A questão não afirma, em momento algum, se a competência era (ou não) exclusiva. E esse fato é importantíssimo para definir
essa alternativa como certa ou errada. SE A COMPETÊNCIA FOR EXCLUSIVA, NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE CONVALIDAR O ATO, PORTANTO,
O MESMO DEVE SER ANULADO. SE, A CONTRARIO SENSU, A COMPETÊNCIA NÃO FOR EXCLUSIVA, O ATO PODERÁ SER CONFIRMADO, POR
MEIO DA SUA CONVALIDAÇÃO. Muito menos, por isso deverá exonerar o seu substituto. Até porque, exoneração não é punição, e se a
questão quisesse dizer que o servidor comissionado deveria ser punido com perda do seu cargo, deveria sugerir a destituição da função.

Segundo Di Pietro: "Quanto ao sujeito, se o ato for praticado com vício de incompetência, admite-se a convalidação, que
nesse caso recebe o nome de ratificação, desde que não se trate de competência outorgada com exclusividade, hipótese em que se
exclui a possibilidade de delegação ou de avocação."
● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 O poder da Administração pública de rever seus próprios atos é um dos mecanismos de
controle que, tal como os demais, encontra limites c) no exaurimento dos efeitos do ato que se pretende anular ou revogar, pois a
revisão não reverteria a situação decorrente de irregularidade que se buscou corrigir.
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Município de Salvador/2015 A respeito da revogação de ato administrativo, assinale a opção correta.
a) Revogação é instrumento jurídico utilizado pela administração pública para suspender temporariamente a validade de um ato
administrativo por motivos puramente discricionários.ERRADO ⇒
b) A prerrogativa de invalidar ato administrativo é da própria administração pública, ao passo que a de revogá-lo é do Poder Judiciário, em
decisão referente a caso concreto que lhe seja apresentado.ERRADO ⇒
c) Se ficar constatado que determinado ato administrativo contém vício de legalidade, a administração pública deverá promover a sua
revogação. ERRADO ⇒ ANULAÇÃO
d) Em geral, a revogação do ato administrativo produz efeitos ex tunc, mas, em determinadas situações, pode ela ter efeitos ex nunc.ERRADO
⇒ INVERTIDO
e) Caso haja a revogação de ato administrativo revogador, não poderão ser aproveitados os efeitos produzidos no período em que vigorava o
primeiro ato revogador. CERTO

...a só revogação não terá o efeito de repristinar o ato revogado, porque a isso se opõe o art. 2º, §3º, da Lei de
Introdução às Normas do Direito Brasileiro, conquanto destinada a norma às leis revogada e revogadora. Na
verdade, não se pode mais conceber que o ato revogado, expungido do universo jurídico, ressuscite pela só
manifestação de desistência do ato revogador. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 26ª ed.
Atlas, 2013).

● O objeto da revogação deve ser: e) um ato administrativo eficaz.

A revogação é a supressão de um ato administrativo válido e discricionário por motivo de interesse público
superveniente, que tornou inconveniente ou inoportuno.--> Na revogação não há ilegalidade; Efeitos ex nunc

Segundo Di Pietro, NÃO SÃO PASSÍVEIS DE REVOGAÇÃO:


- Atos vinculados
- Atos que exauriram os seus efeitos
- Quando já se exauriu a competência relativamente ao objeto do ato
- Os mero atos adm
- Atos que integram um procedimento
- Atos que geram direito adquirido

● As decisões proferidas em processo administrativo que: (I) tenham se baseado em fatos ou motivos inexistentes; (II) tenham sido proferidas por
autoridade incompetente; (III) não tenham sido motivadas; ou (IV) se destinem a finalidade distinta daquela indicada: e) Devem ser anuladas
pela própria Administração, observado o prazo decadencial previsto na legislação e considerando que não sejam sanáveis os vícios
identificados.
● Indivíduo que possui licença para dirigir veículo automotor foi acometido por doença que o tornou incapacitado para conduzir o tipo de veículo
para o qual era habilitado.Nessa situação hipotética, caberá ao órgão administrativo competente extinguir o ato administrativo concessivo da
licença para dirigir por meio de: c) CASSAÇÃO.

CASSAÇÃO é a retirada do ato porque o destinatário descumpriu condições que deveriam permanecer
atendidas a fim de dar continuidade à situação jurídica, a exemplo da cassação de uma licença para
funcionamento de hotel que passou a funcionar como casa de prostituição;

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Acerca da extinção dos atos administrativos,
assinale a opção correta. a) A cassação é a extinção do ato administrativo por descumprimento da execução desse ato pelo seu
beneficiário.
● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019 São irrevogáveis os atos administrativos que, instituídos por lei, confiram
direito adquirido.

Súmula 473: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

VC PODE DÁ ? Não, pq é irrevogável.


V Vinculados;
C Consumados;
PO - Procedimento administrativo;
DE - Declaratório/Enunciativos;
DÁ - Direitos Adquiridos.
● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 Dentre os atos praticados pela Administração
Pública, há um que decorre da necessidade da revisão de escolhas previamente manifestadas pela autoridade pública, de maneira a imprimir
novos rumos à atuação administrativa e readequá-la à perseguição do interesse público. Trata-se do ato administrativo de d) revogação.
● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2019 Determinada empresa obteve licença do órgão
ambiental competente para instalação de uma planta industrial em determinada localidade do Estado. Todavia, fiscais do órgão ambiental
constataram que a referida empresa não adotou nenhuma das providências recomendadas, iniciando a execução das atividades industriais sem
a obtenção da licença de operação necessária. Em vista dessa situação irregular, os fiscais propõem à chefia do órgão ambiental a extinção da
licença de instalação concedida. O ato administrativo a ser emitido, no caso, é uma a) cassação.

A cassação é o desfazimento de um ato válido em virtude de descumprimento pelo beneficiário das condições que
deveria manter, ou seja, ocorre quando o administrado comete alguma falta. Funciona, na verdade, como uma sanção contra o
administrado por descumprir alguma condição necessária para usufruir de um benefício. Podemos mencionar como exemplo a
cassação da carteira de motorista por exceder o limite de pontos previstos no CTB, a cassação da licença para exercer uma profissão
por infringir alguma norma legal, a cassação de uma licença para construir em decorrência de descumprimento de normas de
segurança, etc

● FCC - Analista Judiciário (TRE AP)/Judiciária/2015 Joelma, servidora pública do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá, praticou ato
administrativo com vício de motivo. Francisco, particular e atingido pelo ato, pleiteou sua anulação perante o Poder Judiciário. No caso narrado,
é d) cabível a anulação, que pode ser feita pelo Poder Judiciário, ou pela própria Administração pública.

Elementos do Ato ADM:


CO FI FO MO OB
Pode convalidar: CO FO.
São discricionários: MO OB.
Revoga se for: inoportuno, inconveniente ⇒ Está dentro da discricionariedade da Administração Pública (em
maiúsculo mesmo - sentido FOS - Formal, Orgânico, Subjetivo) - Mérito adm.
Anula se for: Ilegal - Vícios que o torne ilegal.
PJ: Só pode ANULAR, impossível se imiscuir no MÉRITO ADMINISTRATIVO.
Motivação é diferente de MOTIVO:
Motivo: Pressuposto de fato ou de direito!!!
Motivação: Exposição, por escrito, do motivo - Está relacionado com o elemento FORMA!!!

● FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 Considere a seguinte situação hipotética: o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá
emitiu certidão a Ariovaldo, atestando a inexistência de registro de inscrição (título de eleitor) em nome do interessado perante a Justiça
Eleitoral. No dia seguinte à emissão da certidão e antes de entregá-la a Ariovaldo, o Tribunal decidiu revogá-la por razões de conveniência e
oportunidade. No caso narrado, a revogação e) não é possível, pois a certidão é ato administrativo que não comporta revogação.

Atos administrativos que não comportam revogação:


atos vinculados;
atos consumados;
atos que geram direitos adquiridos;
atos enunciativos;
atos que integram procedimento.


ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ AM)/Direito/2019 Em razão do exercício da sua prerrogativa de autotutela, a administração
poderá revogar seus atos administrativos válidos, com efeitos ex tunc. EX NUNC
● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019 A ab-rogação extingue os efeitos próprios e impróprios do ato
administrativo. ERRADO

Ab-rogação é a revogação total (não parcial) do ato administrativo, culminando na extinção total dos seus efeitos
próprios, daí o gabarito.
Os efeitos próprios são aqueles que fazem parte da natureza do ato, sendo as consequências desejadas pelo agente
público ao praticá-lo. Por exemplo, o efeito próprio de um ato de autorização de uso de praça pública para a realização de um
show privado é permitir o uso privativo do bem público por um período determinado.
Por sua vez, os efeitos impróprios são as consequências reflexas, indiretas da prática do ato administrativo, muitas
vezes indesejadas ou fora do controle do agente que praticou o ato. Por exemplo, o ato de autorização de uso da praça pública
para a realização do show pode gerar, como efeito impróprio, a celebração de contratos com fornecedores de equipamentos,
gerando direitos e obrigações para as partes contratantes, inclusive direito de indenização em caso de rescisão antecipada.
Pois bem. A ab-rogação extingue apenas os efeitos próprios do ato revogado, mas não os impróprios.
● Certidão negativa de débito trabalhista emitida por tribunal pode ser revogada a qualquer momento devido à discricionariedade da
administração. (Certidões -espécie de ato enunciativo- são irrevogáveis. A revogação não pode atingir os meros atos administrativos, como
certidões, atestados, votos, porque os efeitos deles decorrentes são estabelecidos pela lei)

ATO ADMINISTRATIVO E PRODUÇÃO DE EFEITOS JURÍDICOS :


Dentre os atos da Administração distinguem-se os que produzem e os que não produzem efeitos jurídicos. Estes últimos não são
atos administrativos propriamente ditos, já que não se enquadram no respectivo conceito. Nessa última categoria, entram:
1. os atos materiais, de simples execução, como a reforma de um prédio, um trabalho de datilografia, a limpeza das ruas etc.;
2. os despachos de encaminhamento de papéis e processos;
3. os atos enunciativos ou de conhecimento, que apenas atestam ou declaram a existência de um direito ou situação, como os
atestados, certidões, declarações, informações; 4. os atos de opinião, como os pareceres e laudos."

Convalidação e Conversão dos atos administrativos:

LEI 9784: Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a
terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.

STJ: Somente são passíveis de convalidação os atos da Administração que não foram impugnados administrativa
ou judicialmente.
● Pedro, servidor público de um órgão municipal encarregado da fiscalização de obras civis, emitiu autorização para Saulo
construir um muro de arrimo e também demolir uma pequena edícula, comprometendo-se a providenciar, junto a seu superior,
a formalização do correspondente alvará. Ocorre que Jair, morador de imóvel vizinho, sentiu-se prejudicado pelas obras, que
causaram abalo em seu imóvel e denunciou a situação à autoridade competente, requerendo a nulidade do ato, face a
incompetência de Pedro para emissão da autorização. Diante desse cenário,b) a autorização conferida é passível de
convalidação pela autoridade competente, se preenchidos os requisitos legais e técnicos para concessão da licença. CERTO
bem polêmica, pq se foi impugnado, não poderia convalidar.

Existem dois vícios (ilegalidades) que podem ser convalidados. Use o mnemônico FOCO para
memorizar. São eles:

FO- FORMA (desde que não se trate de forma essencial à validade do ato)
CO- COMPETÊNCIA (desde que não se trate de competência exclusiva)

Há três formas de CONVALIDAÇÃO:


1. RETIFICAÇÃO - suprimir a ilegalidade do ato por um vício de forma (não essencial) ou vício de competência
(não exclusiva).
2. REFORMA - novo ato suprime a parte inválida do ato anterior, mantendo sua parte válida.
3. CONVERSÃO - retira-se a parte inválida do ato anterior e substitui por uma nova parte, de forma que o novo
ato passa a conter a parte válida anterior e uma nova parte nascida.

RATIFICAÇÃO REFORMA CONVERSÃO


(corrige o vício) (remove o vício) (substitui o vício)

É o ato administrativo por meio do qual a um novo ato suprime a parte inválida de um ato é semelhante à reforma, mas diferencia-se porque,
administração sana o ato inválido, suprindo a anterior, mantendo a sua parte válida. Por exemplo: após retirar a parte inválida do ato anterior, a
ilegalidade que o vício. Essa convalidação é realizada ato anterior concedia licença e férias a um servidor; administração a substitui por uma nova parte, nascida
pelo próprio servidor ou pela autoridade superior, se se verifica depois que não tinha direito à licença, com um ato chamado de aproveitamento. O exemplo é
conforme a competência de cada um. Essa é a pratica-se novo ato retirando essa parte do ato a promoção de dois servidores: (A e B). Depois, se
convalidação que estamos acostumados, quando anterior e se ratifica a parte relativa às férias. constatado que B não deveria ser promovido, a
simplesmente o vício é corrigido, com efeitos administração desfaz apenas a promoção deste, mas
retroativos. Preserva-se o ato, corrigindo o vício de substitui por C, que deveria ter sido promovido
forma ou de competência. (mantém A, e insere C no lugar de B).

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 Em um único ato administrativo, foram concedidas
férias e licença a um servidor público da Secretaria de Estado de Economia do Distrito Federal. Na semana seguinte, publicou-se outro ato, que
ratificava as férias desse servidor e retirava-lhe a licença concedida, por ter sido constatado que ele não fazia jus à licença. Nessa situação,
realizou-se-a convalidação do ato administrativo, por meio de reforma.

CESPE: O item está certo, pois há três formas de convalidação. A primeira e a retificação, a segunda e
a reforma e a terceira e a conversão. A reforma é a forma de aproveitamento que admite que novo ato
suprima a parte invalida do ato anterior, mantendo sua parte válida.
PROFESSOR: A questão está certa, mas é passível de interposição de recurso. Infelizmente, as bancas
estão com este hábito de cobrar questões sobre temas que não são pacíficos. Vou comentar primeiro o
porquê de considerar o item correto, mas na sequência vou justificar a possibilidade de interposição de
recurso.
José dos Santos Carvalho Filho faz uma classificação da convalidação em três espécies, vejamos:
(i) ratificação: é o ato administrativo por meio do qual a administração sana o ato inválido, suprindo a
ilegalidade que o vício. Essa convalidação é realizada pelo próprio servidor ou pela autoridade superior,
conforme a competência de cada um. Essa é a convalidação que estamos acostumados, quando
simplesmente o vício é corrigido, com efeitos retroativos. Preserva-se o ato, corrigindo o vício de forma ou de
competência. Aqui, já temos uma pequena divergência, pois o Carvalho Filho considera a ratificação como a
correção do vício de forma ou de competência. Existem divergências sobre o sentido dessa expressão, mas
não vamos comentar aqui porque foge ao objeto desta correção;
(ii) reforma: um novo ato suprime a parte inválida de um ato anterior, mantendo a sua parte válida.
Aqui, o exemplo do autor é justamente o caso da questão, vejamos: ato anterior concedia licença e férias a
um servidor; se se verifica depois que não tinha direito à licença, pratica-se novo ato retirando essa parte do
ato anterior e se ratifica a parte relativa às férias. Perceba que a questão segue EXATAMENTE o exemplo do
livro do Carvalho Filho, daí a correção da assertiva;
(iii) conversão: é semelhante à reforma, mas diferencia-se porque, após retirar a parte inválida do ato
anterior, a administração a substitui por uma nova parte, nascida com um ato chamado de aproveitamento.
O exemplo é a promoção de dois servidores: (A e B). Depois, se constatado que B não deveria ser promovido,
a administração desfaz apenas a promoção deste, mas substitui por C, que deveria ter sido promovido
(mantém A, e insere C no lugar de B).
Enfim, pelos ensinamentos de Carvalho Filho, o quesito é certo.
⇒ Mas qual é o motivo do recurso? Há muita divergência na doutrina. Por exemplo, Maria di Pietro
explica o seguinte:
O objeto ou conteúdo ilegal não pode ser objeto de convalidação. Com relação a esse elemento do ato
administrativo, é possível a conversão, que alguns dizem ser espécie do gênero convalidação e outros afirmam
ser instituto diverso, posição que nos parece mais correta, porque a conversão implica a substituição de um ato
por outro. Pode ser definida como o ato administrativo pelo qual a Administração converte um ato inválido em
ato de outra categoria, com efeitos retroativos à data do ato original. O objetivo é aproveitar os efeitos já
produzidos.
Não se confunde conversão com reforma, pois aquela atinge o ato ilegal e esta afeta o ato válido e se faz por
razões de oportunidade e conveniência; a primeira retroage e a segunda produz efeitos para o futuro. Exemplo:
um decreto que expropria parte de um imóvel é reformado para abranger o imóvel inteiro.
Resumindo: temos três divergências: (i) a autora não considera a reforma como espécie de
convalidação; (ii) o sentido do termo reforma, tem um sentido totalmente diferente do que o sentido
defendido por Carvalho Filho; (iii) o caso que a questão defendeu é classificado como conversão, que a
autora entende que não se confunde (não é espécie) de convalidação.
Por fim, o próprio Carvalho Filho deixa uma observação em nota de rodapé no seu livro, alegando que: note-se que
a reforma e a conversão afetam o elemento objeto do ato no qual pode ocorrer vício extrínseco; no entanto, não há
convalidação do elemento viciado, mas sim sua supressão ou substituição.
Dessa forma, como o edital não especifica a referência bibliográfica, o avaliador não poderia cobrar uma
explicação de um autor que entra em conflito com outro autor. Isso, por si, é elemento suficiente para propor a anulação.
Se todos esses argumentos não forem suficientes, que tal usar o próprio Cespe ou Cebraspe como referência. No
padrão de resposta no concurso de juiz do TJDFT, o Cespe elaborou uma resposta dizendo que a convalidação é uma
espécie de um instituto maior, o sanatório. Vejamos as palavras da própria banca:
Um ato administrativo, entretanto, embora dotado de ilegalidade, pode ser mantido pela Administração Pública,
através da utilização do instituto da sanatória. As modalidades de saneamento do ato administrativo são: convalidação,
ratificação e conversão.
A convalidação é o ato administrativo que suprime um defeito de ato administrativo anteriormente editado,
retroagindo seus efeitos a partir da data da edição do ato administrativo convalidado.
A ratificação é o ato por meio do qual é expurgado ou corrigido um defeito relativo a competência, declarando-se
sua validade desde o momento em que foi editado. Não podem ser ratificados atos cuja competência para edição é de
competência exclusiva de autoridades indicadas na Constituição Federal.
Conversão é o ato editado com aproveitamento de elementos válidos de outro ato primitivamente dotado de
ilegalidade, para a mesma finalidade deste, com retroação dos seus efeitos ao momento da edição do ato original.
Eu não gosto e nem concordo com essa classificação da banca, que foi realizada sem qualquer referência
bibliográfica e sem contestar obras de alguns dos principais autores nacionais. Não obstante, é uma referência da
própria banca, que considerou dois pontos: (i) a convalidação como espécie (e não como gênero); (ii) não mencionou a
reforma como espécie, mas sim a conversão, em um modelo de classificação próximo do adotado pela Maria di Pietro.
CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJDFT)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2015 A respeito das sociedades de
economia mista, da convalidação de atos administrativos, da concessão de serviços públicos e da desapropriação, julgue o item a seguir.
Situação hipotética: Poucos dias depois de determinado ato administrativo de autoridade competente ter concedido licença e férias a
servidor do TJDFT, verificou-se que o servidor não tinha direito à licença. Novo ato foi, então, praticado, retirando-se a concessão da licença
e ratificando-se a concessão das férias. Assertiva: Nesse caso, o ato posterior convalidou o anterior, por meio de ratificação.Errado
E o erro da questão? É que, na verdade, há um caso de reforma e não de ratificação. Retirou-se a parte inválida, mantendo-se a
válida, típica reforma do ato.

● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018 A invalidação dos atos administrativos pode se dar por anulação ou revogação. O
aproveitamento dos atos administrativos que apresentem vícios pode se dar por meio de convalidação, e) desde que não se trate de ato
que, por exemplo, tenha exaurido seus efeitos, de forma que o ato convalidatório não produzirá qualquer outro efeito.
● FCC - Técnico Judiciário (TRE SE)/2015
I. Na convalidação é suprido vício existente em um ato ilegal, com efeitos retroativos à data em que este foi praticado.CERTO. A
convalidação é o ato de corrigir vício sanável. Como temos um vício, a convalidação deverá ter efeito retroativo, à semelhança da anulação.
II. Não se admite, ainda que excepcionalmente, que a convalidação seja feita pelo administrado. ERRADO. Admite-se, excepcionalmente, a
convalidação por ato do particular. Muitas das vezes, a Administração precisa, para sanear o processo interno, de o particular juntar à
documentação necessária. Este ato é chamado de saneamento.
III. Em situações excepcionais, admite-se a convalidação de ato administrativo com vício de motivo. ERRADO. São elementos convalidáveis:
competência e forma. Motivo não pode ser corrigido.

● Acerca da extinção de ato administrativo, a) A confirmação, que somente é possível quando não há prejuízo para terceiros, implica a renúncia
da administração ao poder de anular ato ilegal.

A confirmação difere da convalidação porque ela não corrige o vício do ato; ela o mantém tal como foi praticado. Somente é possível
quando não causar prejuízo a terceiros, uma vez que estes, desde que prejudicados pela decisão, poderão impugná-la pela via
administrativa ou judicial.

● Um técnico judiciário do TRE/PI assinou e encaminhou para publicação uma portaria de concessão de licença para capacitação de um analista
judiciário pertencente ao quadro de servidores do tribunal. O ato de concessão da licença é de competência não exclusiva do presidente do
tribunal. e) Caso não seja verificada lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, o ato deverá ser convalidado.
● FCC - Técnico Ministerial (MPE PE)/Administrativa/2018 Os atos administrativos vinculados, quando editados pela Administração pública
com vícios,
a) são nulos caso apresentem vícios de legalidade, o que impede o aproveitamento dos mesmos e dos direitos deles decorrentes. ERRADO⇒ A
Administração Pública possui prazo decadencial de 05 anos para anular os atos ilegais por ela praticados, nos termos do art. 54 da Lei nº
9.784/99. Dessa forma, poderão ser aproveitados, em nome da segurança jurídica e da confiança, os atos ilegais praticados pela
Administração, se não anulados no prazo de 05 anos.
c) podem ser convalidados no caso de serem sanáveis os vícios de legalidade que o maculam, como, por exemplo, em se tratando de vício de
forma. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Auditor do Tribunal de Contas do Espírito Santo/2012 A ratificação, forma de convalidação de ato administrativo que
contenha vício sanável, possui efeitos ex tunc, isto é, seus efeitos retroagem ao momento em que o ato originário foi praticado.

ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 A convalidação de atos administrativos possui como pressuposto a
impossibilidade de retroação dos efeitos à época em que o ato foi praticado. CONVALIDAÇÃO ⇒ EX TUNC

● Ato administrativo praticado por autoridade incompetente e que apresente defeito não pode ser convalidado.
Vício de COMPETÊNCIA: em regra, é convalidável. Exemplo: se a competência é não exclusiva e o ato
for praticado por outra autoridade, o ato é anulável, logo, sanável;
Vício de FINALIDADE: não é convalidável. O ato praticado desviado de sua finalidade não pode ser
aproveitado;
Vício de FORMA: é convalidável, desde que não se trate de forma essencial. Por “forma essencial”
entenda-se aquela necessária à validade do ato, ou seja, a que seja expressamente estabelecida em
norma;
Vício de MOTIVO: não é convalidável. O vício de motivo ocorre quando a matéria de fato ou de
direito é materialmente inexistente ou inadequada ao resultado pretendido; e
Vício de OBJETO: não é convalidável. Alguns autores entendem ser possível. No entanto, abre-se um
parêntese para esclarecer a admissibilidade da conversão do objeto, que, como vimos, aproxima-se da
convalidação, mas com esta não se identifica.
Pra guardar : FOCO na convalidação.

Teoria dos Motivos Determinantes:


Segundo a teoria dos motivos determinantes a validade do ato fica vinculada à veracidade dos motivos
expressos para praticá-lo.
Teoria dos Motivos determinantes -> ato discricionário -> não é obrigatório motivar -> se motivar -> o administrador fica vinculado aos motivos
elencados.

● FCC - Defensor Público (DPE AP)/2018 Como é cediço, o controle judicial dos atos administrativos diz respeito a aspectos de legalidade,
descabendo avaliação do mérito de atos discricionários. Considere a situação hipotética: em sede de ação popular, foi proferida decisão judicial
anulando o ato de fechamento de uma unidade básica de saúde, tendo em vista que restou comprovado que os motivos declinados pelo
Secretário da Saúde para a prática do ato − ausência de demanda da população local − estavam em total desconformidade com a realidade.
Referida decisão afigura-se B) legítima, com base na teoria dos motivos determinantes, não extrapolando o âmbito do controle judicial.

● CEBRASPE (CESPE) - Auxiliar Institucional (IPHAN)/Área 1/2018 Segundo a Teoria dos Motivos Determinantes, o gestor público é obrigado a
tomar a atitude descrita como impositiva na lei. ATO VINCULADO
● Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: STJ Prova: Técnico Judiciário - Administrativa A motivação do ato administrativo pode não ser obrigatória,
entretanto, se a administração pública o motivar, este ficará vinculado aos motivos expostos. CERTO
● Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: EMAP Prova: Conhecimentos Básicos - Cargos de Nível Superior Caso não haja obrigação legal de motivação
de determinado ato administrativo, a administração não se vincula aos motivos que forem apresentados espontaneamente. ERRADO

PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO

CERTAS

● (CESPE) - Agente de Inteligência/2018 Nas situações de silêncio administrativo, duas soluções podem ser adotadas na esfera do direito
administrativo. A primeira está atrelada ao que a lei determina em caso de ato de conteúdo vinculado. A segunda, por sua vez, ocorre no caso
de ato de caráter discricionário, em que o interessado tem o direito de pleitear em juízo que se encerre a omissão ou que o juiz fixe prazo para
a administração se pronunciar, evitando, dessa forma, a omissão da administração.
● As atividades da polícia judiciária não se confundem, necessariamente, com o exercício do poder de polícia administrativo. 2018
Polícia:

1. judiciária = em regra, repressiva/ 2. administrativa = em regra, preventiva/ incide sobre


incide sobre pessoas/ combate crimes bens e direitos / protege a coletividade.

● FCC - Analista Judiciário (TRT 21ª Região)/Judiciária/2017 Em relação aos servidores públicos que ocupam cargo ou emprego público e ao
exercício dos poderes inerentes à Administração pública,
a) o poder disciplinar aplica-se exclusivamente aos servidores ocupantes de cargos públicos, estando os empregados públicos, no exercício de
suas funções, sujeitos ao poder de polícia pelo Estado. ERRADO ⇒ O poder disciplinar autoriza à Administração Pública a
apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais pessoas sujeitas à disciplina
administrativa.” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.225).
b) o vínculo efetivo dos servidores públicos autoriza que os ocupantes de cargo exerçam o poder normativo e regulamentar com a edição de
decretos autônomos de organização administrativa.ERRADO ⇒ “na competência atribuída aos Chefes de Poder Executivo para que
editem normas gerais e abstratas destinadas a detalhar as leis, possibilitando a sua fiel execução (regulamentos).” (ALEXANDRE,
Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.227).
c) o poder hierárquico distingue-se do poder disciplinar, com este não se confundindo, aplicando-se o primeiro para as relações funcionais com
o Poder Público, sendo o disciplinar para qualquer relação contratual entre poder público e terceiros não servidores. ERRADO⇒ O poder
disciplinar aplica-se: ocupantes de cargos públicos, empregados públicos e particulares com vínculo jurídico
com a adm púb.

Quando há vínculo funcional, o poder disciplinar é decorrência do poder hierárquico. Em virtude da existência de
distribuição escalonada dos órgãos e servidores de uma mesma pessoa jurídica, compete ao superior hierárquico dar ordens e
exigir do seu subordinado o cumprimento destas. Caso o subordinado não atenda às determinações do seu superior ou
descumpra o dever funcional, o seu chefe poderá (poder-dever) aplicar as sanções previstas no estatuto funcional.” (ALEXANDRE,
Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.225)
d) em que pese o poder de polícia se aplique a todos os servidores públicos, no exercício de suas funções, titulares de cargos efetivos,
ocupantes de empregos públicos ou aqueles que ocupam cargo em comissão, seu exercício é exclusivo do Chefe do Executivo, em razão de
sua indelegabilidade.
e) não obstante a diversidade de regime jurídico a que estão sujeitos, há normas comuns, aplicáveis às duas categorias, como a exigência
de concurso público para ingresso no serviço público, excetuadas as nomeações para cargos comissionados, nos termos da lei. CERTO
● FCC - Técnico Judiciário (TST)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Dentre os princípios que regem a atuação da Administração
pública nos processos administrativos em geral e sua relação com os poderes da Administração pública,
a) os princípios do contraditório e da ampla defesa podem ser mitigados pelo poder de polícia, permitindo que a Administração restrinja o
acesso do administrado interessado aos atos administrativos constantes dos autos como medida de melhor atendimento do interesse
público.ERRADO⇒ “A exigibilidade é a regra na atuação do poder de polícia. Contudo, a executoriedade exige algumas
peculiaridades, como a autorização expressa em lei, ou ainda, o caráter urgente da medida como condição inafastável para
proteção do interesse público, evitando sacrifícios para a coletividade, o que seria consequência inevitável se tivesse que se
submeter às delongas naturais do Judiciário.
Também se admite a executoriedade quando inexistir outra via de direito capaz de assegurar a satisfação do interesse público que a
Administração está obrigada a defender, em cumprimento à medida do poder de polícia, sendo vedada, em qualquer caso, a
arbitrariedade.
Todavia, ressalte-se que esses atributos não dispensam o cumprimento de determinadas formalidades, tais como:
o dever de notificar previamente o administrado, de instaurar procedimento administrativo com
contraditório e ampla defesa, além de outras exigências previstas em lei específica.” (MARINELA, Fernanda. Direito
Administrativo. 10ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016. E-book. P. 348).
b) o poder regulamentar permite que a Administração edite decretos instituindo sanções mais adequadas para determinadas infrações
administrativas, de modo a garantir que nos processos administrativos seja priorizado o princípio da finalidade, impondo-se a decisão que
melhor atenda o interesse público.ERRADO⇒ o poder regulamentar, não autoriza que a administração inove ao editar
um decreto. O exercício do poder regulamentar tem objetivo de detalhar as leis. Portanto, não pode criar
novas sanções.
c) o poder disciplinar dispensa a exposição dos motivos de fato e de direito que ensejaram a decisão exarada no processo administrativo,
tendo em vista que o conjunto probatório deste constante é suficiente para o atingimento da conclusão.ERRADO⇒ “A aplicação de
qualquer penalidade requer um procedimento administrativo prévio, em que sejam assegurados ao interessado o contraditório
e a ampla defesa (art. 5.º, LV, da Constituição Federal). Além disso, a pena aplicada deve estar devidamente motivada
(art. 50, II, da Lei 9.784/1999). Caso esses aspectos não sejam observados, a punição poderá ser invalidada administrativa ou
judicialmente.” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado. 1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P. 227)
d) o exercício do poder de polícia pela Administração pública, que pode limitar os direitos dos administrados em geral, com base na
legislação vigente, não pode cercear o direito ao contraditório e à ampla defesa a que têm direito quando no âmbito do processo
administrativo. CERTO
e) o poder regulamentar também se presta à edição de normas que permitam a instituição de direitos e garantias aos administrados quando
estes figurem como interessados nos processos administrativos, de forma a que os princípios que regem esse instituto sejam preservados.
ERRADO⇒ o poder regulamentar não tem a finalidade de instituir direitos e garantias, ele apenas disciplina a fiel execução das leis.

● Em virtude do poder hierárquico, a administração é dotada da prerrogativa de ordenar, coordenar, controlar e corrigir as atividades de seus
órgãos e agentes no seu âmbito interno.
● (FCC) O exercício dos poderes inerentes à função executiva e a regular atuação da Administração pública não estão dissociados da influência
dos princípios que regem a Administração pública em toda sua atuação. Essa relação: b) de subordinação aos princípios da legalidade e da
impessoalidade não afasta a possibilidade da Administração pública adotar medidas administrativas de urgência ou de firmar relações
jurídicas diretamente com alguns administrados, sem submissão a procedimento de seleção público, desde que haja previsão legal para
tanto.
● (FCC)Embora nem toda ilegalidade decorra de conduta abusiva, todo abuso de poder se reveste de ilegalidade.


ERRADAS:

● A) O pagamento de multa aplicada em decorrência do poder de polícia não pode configurar condição para que a administração pratique outro
ato em favor do interessado. ERRADO. É possível que a administração condicione a prática de outro ato em favor do interessado somente após
o pagamento de multa. Ex.: certificado de licenciamento anual do veículo somente será expedido quando as multas estiverem quitados art.
131, 2º, do Código de Trânsito Brasileiro.
● (FCC) Configura-se excesso de poder no caso em que o agente, embora no âmbito da sua competência, não considera o interesse público, que
deve nortear a atuação administrativa.

O ABUSO DE PODER ou de autoridade é gênero que comporta as seguintes espécies:


I) O agente atua fora dos limites de sua competência (EXCESSO DE PODER);
II) O agente, embora dentro de sua competência, afasta-se do interesse público que deve nortear todo o desempenho
administrativo (DESVIO DE PODER OU DE FINALIDADE).

Abuso de Poder: Excesso de Poder e Desvio de Finalidade (poderes da Administração):


Excesso de poder: Desvio de poder ou de finalidade: Omissão de poder:
ocorre quando o agente vai além do permitido na quando o agente pratica o ato por constata a inércia da Administração
lei e dos seus limites de atuação. Pode haver também motivo ou com fins diversos do em fazer o que lhe compete,
a violação da regra de competência se ele se apropriar de previsto na lei. injustificadamente.
competência que a Administração ou ele próprio não
dispunha;

CERTAS


ERRADAS
● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Distrito Federal/2019 Ocorre desvio de poder na forma omissiva quando o agente público que
detém o poder-dever de agir se mantém inerte, ao passo que o excesso de poder caracteriza-se pela necessária ocorrência de um
transbordamento no poder-dever de agir do agente público, não sendo cabível na modalidade omissiva.

JUSTIFICATIVA (CESPE): O abuso de poder (excesso ou desvio de poder) pode ocorrer na forma omissiva. Assim, se um agente
público age com excesso ou desvio de poder e seu superior hierárquico, conhecedor do fato, nada faz para reparar o mal, claro esta
que houve abuso de poder na sua forma omissiva, pois o superior manteve-se inerte quando deveria ter agido.
Ou seja, a banca indica que a espécie excesso de poder pode se apresentar na forma omissiva.

O ABUSO DE PODER, pode se manifestar de 3 formas:


1) EXCESSO DE PODER: quando a autoridade extrapola os limites de sua competência
2) DESVIO DE PODER: o agente age dentro da sua competência. Mas ao invés de praticar o ato com finalidade de satisfazer o
interesse público, a autoridade pratica o ato para satisfazer interesses privados. Desvio de finalidade!
3) OMISSÃO DE PODER: uma autoridade pública com competência para agir em determinada situação, fica inerte, deixando
de fazer alguma coisa diante do caso concreto
O ABUSO DE PODER pode se manifestar de forma omissiva ou comissiva. Vejamos o que bem conceituou o renomado doutrinador Hely Lopes Meirelles:
"O abuso de poder tanto pode revestir a forma comissiva como a omissiva, porque ambas são capazes de afrontar a lei e
causar lesão ao direito individual do administrado. A inércia da autoridade administrativa, deixando de executar determinada
prestação de serviço a que por lei está obrigada, lesa o patrimônio jurídico individual. É forma omissiva de abuso de poder, quer o
ato seja doloso ou culposo."

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Desenvolvimento de Sistemas/2018 O desvio de poder ocorre quando o
ato é realizado por agente público sem competência para a sua prática. EXCESSO DE PODER
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 Em razão da discricionariedade do poder hierárquico, não são considerados
abuso de poder eventuais excessos que o agente público, em exercício, sem dolo, venha a cometer.

Não há necessidade de dolo para a configuração do abuso de poder.

PODER HIERÁRQUICO:

CERTAS

(CESPE) - Oficial Policial Militar (PM AL)/Combatente/2012 Durante a desocupação de uma via pública em que estudantes
manifestavam-se contra atos do governo, um oficial da polícia militar verificou que um dos soldados sob seu comando utilizava força
excessiva, agredindo os manifestantes desnecessariamente com o uso de cassetete. Diante dessa atitude, o oficial ordenou que o soldado
se contivesse e atuasse de forma mais moderada.
Nessa situação hipotética, a ordem dada pelo oficial caracterizou o exercício do poder
b) disciplinar, tendo em vista que objetivou a manutenção da disciplina dos subordinados. MARQUEI ESSA
Quando falamos em Poder Disciplinar, em sentido de Direito Administrativo e para essas provas, estamos falando especificamente
do poder dado à Administração para apuração de atos ilícitos (faltas) cometidos por agentes públicos quaisquer e por terceiros
vinculados especificamente a eles. TEM QUE HAVER instauração do regular processo disciplinar. Ou seja, só se fala em Poder Disciplinar
quando na questão se falar em ato ilício e apuração do ato por regular processo disciplinar. A palavrinha "disciplinar" engana, mas em
Direito Administrativo é isso e nada mais.
d) hierárquico, tendo em vista que configurou uma ordem dirigida a um subordinado na cadeia de comando. CERTO
O Poder Disciplinar tem a faculdade de punir internamente as infrações funcionais dos servidores. Na questão, trata-se apenas de
uma ordem, em que o oficial usou para com seu subordinado. Por isso caracteriza-se como Poder Hierárquico.

● FCC - Analista Judiciário (TRF 4ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2019 - Sobre os assim chamados “poderes da
Administração Pública”, afirma-se corretamente que o e) dever de obediência, característico do poder hierárquico, não se aplica no
exercício da função legislativa.
● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado do Acre/2017 A estrutura hierárquica da administração pública permite a b) revisão por
agente de nível hierárquico superior de ato administrativo ou processo administrativo que contiver vício de legalidade.
Vejamos nas palavras de Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo Brasileiro. 42. ed. São Paulo: Malheiros, 2016, p. 145,
grifamos):
Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos os seus aspectos (competência, objeto,
oportunidade, conveniência, justiça, finalidade e forma), para mantê-los ou invalidá-los, de oficio ou mediante
provocação do interessado. A revisão hierárquica é possível enquanto o ato não se tornou definitivo para a
Administração, ou não criou direito subjetivo para o particular, isto é, não fez nascer para o destinatário um direito
oponível à Administração

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Ministerial (MPE CE)/2020 - Um tenente da Marinha do Brasil determinou que um grupo de soldados realizasse a
limpeza de um navio, sob pena de sanção se descumprida a ordem. Nesse caso, o poder a ser exercido pelo tenente, em caso de
descumprimento de sua ordem, é disciplinar e deriva do poder hierárquico.
● FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Judiciária/2017 Suponha que o Secretário de Transportes de determinado Estado tomou conhecimento,
por intermédio de matéria jornalística, da existência de longas filas para carregamento dos cartões de utilização dos trens administrados por
uma sociedade de economia mista vinculada àquela Pasta. Diante dos fatos apurados, decidiu avocar, para área técnica da Secretaria, algumas
atividades de gerenciamento e logística desempenhadas por uma das Diretorias da referida empresa. Fundamentou sua decisão no exercício
dos poderes hierárquico e disciplinar. Considerando a situação narrada, c) descabe a invocação dos poderes citados, sendo certo que a
atuação da Secretaria deve se dar nos limites do poder de tutela.

Delegação ⇒ NÃO precisa haver hierarquia entre o ente Avocação ⇒ SEMPRE deve haver hierarquia.
delegante e o ente delegado Regra: Proibida. Apenas pode-se avocar competências
Regra: Permitida Ex: Ministério da Fazenda delega a nos casos previstos em lei. Deve haver prazo certo e
competência de fiscalizar tributos à Secretaria da RFB. motivo fundamentado.
Exceção: Proibida. Apenas nos casos expressos em lei Exceção: Permitida em casos específicos previstos na
pode-se vedar a delegação legislação.
Ex: Não se pode delegar a competência de decidir
recursos

● FCC - Técnico Judiciário (TRF 3ª Região)/Administrativa/Sem Especialidade/2019 O poder hierárquico é um elemento importante na
coordenação dos agentes incumbidos do exercício de determinadas funções estatais. Tal poder d) permite a revisão de ofício dos atos dos
subordinados, seja por razões de mérito, seja por razões de legalidade, ressalvados eventuais limites impostos pela lei.
● FCC - Analista Judiciário (TRF 3ª Região)/Judiciária/Sem Especialidade/2019 No tocante à delegação e avocação de competências
administrativas, a Lei Federal de Processo Administrativo − Lei nº 9.784/1999, quanto ao uso de tais mecanismos na modalidade vertical
(observando a linha hierárquica) ou na modalidade horizontal (sem observar a linha hierárquica), admite a c) delegação em ambas as
modalidades, mas a avocação apenas na modalidade vertical.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Administrativo de Procuradoria (PGE PE)/Calculista/2019 O administrador público age no exercício do poder
hierárquico ao editar atos normativos com o objetivo de ordenar a atuação de órgãos a ele subordinados.
A propósito do tema versado nesta questão, ensina Maria Sylvia Di Pietro, ao discorrer sobre os poderes que decorrem da organização
administrativa para a Administração Pública:
"1. o de editar atos normativos (resoluções, portarias, instruções), com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados; trata-se de atos
normativos de efeitos internos e, por isso mesmo, inconfundíveis com os regulamentos; são apenas e tão somente decorrentes da relação
hierárquica, razão pela qual não obrigam pessoas e ela estranhas." (Direito Administrativo, 26ª edição, 2013, p. 96)
Com apoio na doutrina acima, e considerando que se trata de característica decorrente exclusivamente da relação hierárquica, pode-se concluir,
com facilidade, que o poder administrativo de que está falando é o poder hierárquico.

FCC/TRE-RR/2015/A edição de atos normativos de efeitos internos, com o objetivo de ordenar a atuação dos órgãos subordinados
decorre do poder c)hierárquico.

Atos normativos estão presente em três poderes: o hierárquico (decorrente das relações hierárquicas), o de polícia e o normativo.
Nos atos normativos decorrentes do poder hierárquico a norma é INTERNA, com finalidade de ordenar a atuação dos orgãos subordinados,
não se estende a pessoas estranhas pois decorre tão somente da hierarquia.
Nos atos normativos decorrentes do poder de polícia as normas atingem pessoas estranhas à Administração. A norma é EXTERNA e visa
limitar o interesse individual em prol do coletivo.
Por fim, os atos normativos editados pelo poder normativo/regulamentar são apenas complementares à lei, visando sua fiel execução. Por
exemplo, conceitos técnicos em portarias, regulamentos, resoluções etc.

● 63% DE ERRO⇒ FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 Considere as assertivas abaixo.
I. No Poder Legislativo, inexiste hierarquia no sentido de relação de coordenação e subordinação, no que diz respeito às suas funções
institucionais. CERTO ⇒ [...] a função administrativa se difunde entre todos os órgãos que a exercem, seja qual for o
Poder que integrem. [...] Entretanto, nos Poderes Judiciário e Legislativo não existe hierarquia no sentido de
coordenação e subordinação, no que diz respeito às suas funções institucionais, tanto assim que não há hierarquia
entre juiz e desembargador, entre o vereador e o deputado estadual. Mas, importante é lembrar que, tanto o
Legislativo quanto o Judiciário, quando exercem suas funções administrativas, serão abraçados pela hierarquia.
II. No Poder Legislativo, a distribuição de competências entre Câmara e Senado se faz de forma que haja absoluta independência funcional
entre uma e outra Casa do Congresso.CERTO ⇒No Poder Legislativo, a distribuição de competências entre a Câmara e o
Senado também se faz de forma que haja absoluta independência funcional entre uma e outra casa do Congresso.
Vigora o princípio da partilha das competências constitucionais, peculiar às federações como a brasileira, em função
do qual o poder legiferante já se encontra delineado na Constituição. Assim, não há poder de mando, por exemplo,
do Legislativo federal em relação ao estadual, quando a matéria é suscetível de ser disciplinada por este. Nem do
Legislativo estadual sobre o minicipal, se se trata de competência atribuída ao Município.
III. A relação hierárquica caracteriza-se como uma relação estabelecida entre órgãos, de forma necessária e permanente.CERTO ⇒ Para
Mario Masagão, a relação hierárquica caracteriza-se por ser "uma relação estabelecida entre órgãos de forma
necessária e permanente; que os coordena; que os subordina uns aos outros; e gradua a competência de cada um".
Daí a sua definição de hierarquia, como o vínculo que coordena e subordina uns aos outros órgãos da Administração
Pública, graduando a autoridade de cada um.

PODER DISCIPLINAR:

Autoriza à Administração Pública a apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos e às demais
pessoas sujeitas à disciplina administrativa. Dessa forma, somente está sujeito ao poder disciplinar aquele que possui
algum vínculo específico com a Administração, seja de natureza funcional ou contratual.” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de.
Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.225)

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPE PI)/Engenharia/Engenharia Civil/2018 O poder disciplinar da administração pública é
considerado discricionário nos procedimentos previstos para apuração de faltas administrativas, tendo em vista que não existem regras rígidas,
por exemplo, para considerar a gravidade da infração e arbitrar uma pena.

ATENÇÃO PARA ESSA!!


⇒ Vinculado com relação ao dever de punição, ou seja, se houve infração é obrigado a punir, não há discricionariedade neste caso.
⇒ Discricionário com relação à graduação da penalidade, limitado a faixa definida em lei, ou seja, dentro dos limites estipulados
haverá certa discricionariedade na escolha da punição para cada caso específico.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 O poder disciplinar, decorrente da hierarquia, tem sua discricionariedade
limitada, tendo em vista que a administração pública se vincula ao dever de punir.

● FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 Considere as assertivas abaixo concernentes ao poder disciplinar.
I. É sempre vinculado. ERRADO ⇒ Importante frisar que, constatada a infração, a Administração é obrigada a punir seu
agente. É um dever vinculado. Mas a escolha da punição é discricionária. Assim, o poder disciplinar é vinculado quanto
ao dever de punir e discricionário quanto à seleção da pena aplicável. (Mazza)
II. Há discricionariedade no momento da aplicação da pena, podendo a Administração pública levar em consideração, para a escolha da
pena, dentre outros aspectos, a natureza e a gravidade da infração. CERTO
III. Há discricionariedade no momento de decidir se instaura ou não o processo administrativo disciplinar.ERRADO ⇒ O agente público não
pode escolher entre punir e não punir, entre instaurar ou não o procedimento de investigação. Trata-se de ato
vinculado.
IV. Deve, em regra, ser aplicado a particulares não sujeitos à disciplina interna da Administração pública.ERRADO

● FCC - Assistente Técnico Administrativo (SEMF Teresina)/Técnico do Tesouro Municipal/2016 - Considere duas situações hipotéticas: Daniela
cursa nutrição na Universidade Federal do Piauí desde 2014. Instada por um grupo de colegas, estudantes do mesmo curso, aderiu à prática de
atos de vandalismo na Universidade como forma de chamar a atenção das autoridades responsáveis e pleitear melhores condições para os
estudantes, como bolsas de estudo e vale-refeição. Já Rafaela, é funcionária de um banco privado em Teresina, tendo sido sancionada pelo
Município ao pretender reunir-se com colegas em local aberto ao público, sem preencher os requisitos legais para tanto. O poder disciplinar da
Administração pública: a) aplica-se somente na primeira hipótese. (O poder disciplinar se aplica somente aos servidores públicos ou
aos particulares que estejam ligados por algum vínculo jurídico específico à Administração. Logo somente a estudante da Universidade
Federal será penalizada pelo poder disciplinar).
● FCC - Analista Judiciário (TRT 9ª Região)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2015 - As infrações disciplinares inserem-se no campo do direito
administrativo sancionatório, sendo que, quanto ao regime jurídico aplicável às mesmas: b) admitem definição genérica da conduta mediante
a adoção de conceitos jurídicos indeterminados, sempre por meio de lei formal, que tornam possível a avaliação discricionária da
administração acerca da caracterização do ilícito e de suas penas.

A Administração poderá fazer juízo de valor quanto à tipificação da hipótese a ser apenada. Além disso, a
gradação da pena também é suscetível de VALORAÇÃO.
IMPORTANTE: não há escolha (discricionariedade) por parte a autoridade no momento de instaurar o processo. Ela deverá agir, sob risco de incorrer no
crime de condescendência criminosa (art. 320 do Código Penal).

● O poder disciplinar é a faculdade que possui a administração de punir internamente as infrações funcionais de seus servidores e demais
pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da administração.
● FCC - Técnico Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Os servidores públicos estão sujeitos à hierarquia no exercício
de suas atividades funcionais. Considerando esse aspecto, a) o poder disciplinar a que estão sujeitos é decorrente dessa hierarquia, visto que
guarda relação com o vínculo funcional existente e observa a estrutura organizacional da Administração pública para identificação da
autoridade competente para apuração e punição por infrações disciplinares.
● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Administrativo Fazendário (SEFAZ RS)/2018 A responsabilização de servidor público que tenha negado
publicidade a atos oficiais terá como fundamento os poderes a) disciplinar e hierárquico.

ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Ministério Público da União/Apoio Técnico e Administrativo/Segurança Institucional e Transporte/2015 - O
servidor responsável pela segurança da portaria de um órgão público desentendeu-se com a autoridade superior desse órgão. Para se vingar do
servidor, a autoridade determinou que, a partir daquele dia, ele anotasse os dados completos de todas as pessoas que entrassem e saíssem do
imóvel. O ato da autoridade superior foi praticado no exercício de seu poder disciplinar.

Trata-se, em verdade, de um misto de poder hierárquico (poder de comando) e abuso de poder na acepção desvio de finalidade (praticar
o ato com o fim diverso da previsão legal.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Desenvolvimento de Sistemas/2018 A aplicação de uma multa por um
agente de trânsito retrata um exemplo de aplicação do poder disciplinar da administração pública. PODER DE POLÍCIA

PODER REGULAMENTAR:

O exercício do poder regulamentar encontra fundamento no art. 84, IV, da Constituição Federal, consistindo na
competência atribuída aos Chefes de Poder Executivo para que editem normas gerais e abstratas destinadas a detalhar as leis,
possibilitando a sua fiel execução (regulamentos).
Registramos que não há unanimidade na doutrina quanto ao uso da expressão poder regulamentar. Há autores que, à
semelhança do conceito anteriormente proposto, a utilizam apenas para se referirem à faculdade de editar regulamentos
conferida aos Chefes do Executivo. Outros usam uma acepção mais ampla, englobando também os atos gerais e abstratos
emitidos por outras autoridades, como resoluções, portarias, regimentos, deliberações e instruções normativas. Há ainda quem
se refira a todas essas providências gerais e abstratas editadas sob os auspícios da lei com o objetivo de possibilitar-lhe o
cumprimento como manifestações do poder normativo.
OBRIGAÇÕES SUBSIDIÁRIAS ⇒ PODER REGULAMENTAR
(CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 Em relação aos poderes e deveres da administração pública, assinale a
opção correta. a) É juridicamente possível que o Poder Executivo, no uso do poder regulamentar, crie obrigações subsidiárias que
viabilizem o cumprimento de uma obrigação legal. CERTA ⇒ O termo "obrigações subsidiárias" não é muito comum.
Essas obrigações subsidiárias/derivadas, apesar de serem diversas/diferentes, respeitam as obrigações
contidas na lei (primárias/originárias).
PODER REGULAMENTAR:
(...) É legítima, porém, a fixação de obrigações subsidiárias (ou derivadas) diversas das obrigações primárias (ou
originárias) contidas na lei nas quais também se encontra imposição de certa conduta dirigida ao administrado. Constitui, no
entanto, requisito de validade de tais obrigações sua necessária adequação às obrigações legais. Inobservado esse requisito, são
inválidas as normas que as preveem e, em consequência, as próprias obrigações." José dos Santos Carvalho Filho - 31ª ed. (2017) -
Manual de Direito Administrativo
"Os decretos de execução, uma vez que necessitam sempre de uma lei prévia a ser regulamentada, são atos normativos
ditos secundários (o ato primário é a leí, pois deflui diretamente da Constituição); situam-se hierarquicamente abaixo da lei, a
qual não podem contrariar, sob pena de serem declarados ilegais. (...)
A doutrina fala em regulamento autorizado (ou delegado) quando o Poder Legislativo, na própria lei, autoriza o Poder
Executivo a disciplinar determinadas situações nela não reguladas. A lei traça apenas linhas gerais, parâmetros, diretrizes, e
incumbe o Poder Executivo de completar as disposições dela constantes não simplesmente regulamentá-la (em sentido
próprio)." Direito Administrativo Descomplicado (2017), Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, p.284, 286

#158296 CESPE - Defensor Público do Estado de Sergipe/2012"A respeito dos poderes da administração pública, assinale a opção
correta. c) O poder regulamentar permite que a administração pública crie os mecanismos de complementação legal indispensáveis à
efetiva aplicabilidade da lei, sendo ilegítima a fixação, realizada pelo poder regulamentar, que crie obrigações subsidiárias (ou derivadas)
diversas das obrigações primárias (ou originárias) contidas na própria lei." (ERRADA)

MAS SE VIER SIMPLES, MARCA O SIMPLES


FCC - Técnico Ministerial (MPE PE)/Administrativa/2012 No que concerne ao poder regulamentar, considere a seguinte situação
hipotética: o Prefeito de Olinda expediu decreto regulamentar cujo conteúdo contraria lei do mesmo Município, bem como impõe
obrigações que não estão previstas na mencionada lei. Sobre o tema, é correto afirmar que decreto regulamentar
a) não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não estejam previstas. CERTO
b) não pode contrariar a lei, porém pode impor obrigações que nela não estejam previstas. ERRADO

65% DE ERRO⇒ (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TC-DF)/2021 O ato regulamentar poderá impor
obrigações e direitos, desde que estes não sejam contrários à lei que tiver ensejado a sua prática.
O erro da questão está no "desde que", já que não basta apenas não ser contrário à lei, o objeto de obrigações derivadas ou
subsidiárias deve estar previsto no próprio conteúdo da lei, ou seja, o ato regulamentar pode sim criar essas obrigações e direitos, mas
apenas se isso for previsto no ato normativo primário. A questão deixa muito genérico (criar obrigações e direitos). Não é tão flexível
assim.
Os atos administrativos que regulamentam as leis não podem criar direitos e obrigações, porque isso
é vedado em dos postulados fundamentais de nosso sistema jurídico: ninguém será obrigado a fazer ou
deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei (CF, art. 5º, II).
É legítima, porém, a fixação de obrigações derivadas ou subsidiárias diversas das obrigações
primárias ou originárias contidas na lei nas quais também encontra-se a imposição de certa conduta
dirigida ao administrado. Constitui, no entanto, requisito de validade de tais obrigações sua necessária
adequação às matrizes legais.
JUSTIFICATIVA DA BANCA - ERRADO. É inconstitucional o regulamento que cria direitos ou obrigações novas, estranhos à lei, ou
que faz reviver direitos, deveres, pretensões, obrigações, ações ou exceções que a lei apagou.

CERTAS

● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018 O poder normativo atribuído ao Executivo deve observar limites e parâmetros
constitucionalmente estabelecidos, dentre os quais b) a possibilidade de sua delegação para agências reguladoras, constituídas sob a
forma de autarquias, para organização das atividades reguladas, bem como para estabelecimento de critérios técnicos.

A pegadinha é que:
Poder Executivo PODE delegar Decreto Autônomo, mas só pra Ministro, AGU, PGR (e não Autarquia)
Poder Executivo NÃO PODE delegar Decreto Regulamentar, é exclusivo do Chefe do Executivo
Poder Executivo PODE delegar função regulatória (ou normativa secundária) pra Autarquia/Agência, que pode expedir Resoluções e
Portarias (mas não Decreto Autônomo nem Decreto Regulamentar) -> Nesse caso a Autarquia/Agência responde como Poder
Concedente
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Judiciária/"Sem Especialidade"/2018 - No exercício do poder regulamentar, o Poder Executivo
pode editar regulamentos autônomos de organização administrativa, desde que esses não impliquem aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Desenvolvimento de Sistemas/2018 O poder regulamentar permite que a
administração pública complemente as lacunas legais intencionalmente deixadas pelo legislador.

“A doutrina fala em regulamento autorizado (ou delegado) quando o Poder Legislativo, na própria lei, autoriza o Poder Executivo a
disciplinar determinadas situações nela não reguladas. A lei traça apenas linhas gerais, parâmetros, diretrizes, e incumbe o Poder Executivo de
completar as disposições dela constantes, não simplesmente regulamentá-las (em sentido próprio).
É importante enfatizar os seguintes pontos:
a) a existência dos regulamentos autorizados não tem previsão expressa no texto constitucional, diferentemente do que ocorre
com os regulamentos de execução, previstos no art. 84, IV, da Carta Política;
b) os regulamentos autorizados efetivamente completam a lei, veiculam disposições que não constam da regulação legal, nem mesmo
implicitamente (a lei é intencionalmente lacunosa), em suma, inovam o direito (embora seguindo as diretrizes estabelecidas na lei); os regulamentos de
execução não podem, na teoria, inovar o direito, de forma alguma;
e) a lei geralmente incumbe órgãos e entidades administrativos de perfil técnico da edição de regulamentos autorizados, que devem dispor acerca
de matérias de índole técnica pertinentes à área de atuação do órgão ou entidade; os regulamentos de execução são de competência privativa do Chefe do
Poder Executivo, indelegável, e não se restringem a assuntos de ordem técnica, podendo tratar de qualquer assunto administrativo.” (grifou-se) (PAULO, Vicente;
ALEXANDRINO, Marcelo. Direito Administrativo Descomplicado. 23ª ed. São Paulo: Método, 2015. P.258/259)

● CESPE. 2016 - Poder regulamentar é a prerrogativa concedida à administração pública de editar atos gerais para complementar as leis e
permitir a sua efetiva aplicação. Trata-se da prerrogativa conferida à Administração Pública de editar atos normativos gerais para complementar
as leis e permitir sua efetiva aplicação.
● O poder regulamentar é a faculdade de que dispõem os chefes de Poder Executivo de expedir atos administrativos gerais e abstratos, de efeitos
externos, que explicitem o disposto nas leis a fim de garantir a sua fiel execução.
● FCC - Técnico Judiciário (TST)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 - O poder normativo da Administração pública: d) pode ter
natureza originária nas situações expressamente previstas constitucionalmente, fora das quais fica restrito a hipóteses de prévia existência
de leis que demandem a disciplina e explicitação da forma de aplicação das mesmas às situações concretas.
● FCC - Analista Judiciário (TRE PR)/Judiciária/2017 - Nos autos do Recurso Especial nº 1.655.947 − RN (2017/0038911-4), o Relator (Min.
HERMAN BENJAMIN), ao apreciar determinada Portaria do Distrito Federal que vedava aos servidores da polícia o uso de determinadas
vestimentas no local de trabalho, tais como shorts, chinelos, dentre outros, entendeu que esse ato delimitava alguns conceitos constantes de
legislação que tratava da adequada apresentação daqueles servidores públicos. Com base nestas informações, o relator qualificou a edição da
portaria como c) manifestação do poder regulamentar, pois a portaria explicitou os conceitos já constantes da legislação, permitindo a
aplicação em concreto dos mesmos.
● FCC - Técnico Ministerial (MPE PE)/Administrativa/2018 A edição de um decreto municipal que, pretendendo incentivar a reciclagem de
lixo, estabelece a concessão de prêmios aos moradores que conseguirem comprovar determinadas quantidades de seleção, coleta e entrega
nas oficinas especializadas, bem como estabelece multas para aqueles que não o fizerem, d) configura excesso de poder normativo, já
que extrapola os limites materiais admitidos para os decretos autônomos do Chefe do Executivo, ingressando em matéria de lei.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE MT)/Administrativa/2015 c) No exercício do poder regulamentar, é vedado restringir
preceitos da lei regulamentada.
● FCC - Analista Judiciário (TRT 9ª Região)/Administrativa/2015 Nos autos do Recurso Extraordinário 632.265 RJ, o Ministro Relator do
Supremo Tribunal Federal entendeu que o Estado do Rio de Janeiro teria editado decreto indevidamente para criar nova forma de recolhimento
de tributo, matéria reservada à lei. A conduta do Poder Executivo em questão e) excede o poder regulamentar e viola o princípio da
legalidade, pois adentra matéria reservada à lei.
● FCC - Técnico Judiciário (TRT 15ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2018 O Princípio da Separação de Poderes é compatível com a
atribuição de poder normativo ao Executivo, tendo em vista que no exercício dessas funções,
a) as autoridades devem praticar atos que produzam efeitos internos à Administração pública, não disciplinando as relações
individuais dos administrados. ERRADO ⇒ Os atos normativos das autoridades administrativas produzem tanto efeitos internos,
quanto efeitos externos à Administração Pública. O poder regulamentar não pode inovar, em regra, na ordem jurídica, mas ele
também alcança as relações dos administrados. P.ex: um decreto que regulamenta a apresentação da declaração de imposto de
renda alcança as relações individuais dos administrados.
b) os usuários não podem ser instados a seguir as ordens e regras emanadas da Administração pública, considerando que somente a
lei pode ter caráter autônomo. ERRADO ⇒ Em regra, apenas a lei tem caráter autônomo, mas vimos que excepcionalmente também
podem ser editados decretos com caráter autônomo. Além disso, em alguns casos a Administração, ainda que não possa inovar na
ordem jurídica, poderá editar obrigações de caráter secundário, como por exemplo a exigência de determinados documentos para
comprovar a aptidão para exercer um direito previsto em lei. Por fim, os atos administrativos podem gozar da imperatividade,
situação em que os particulares serão obrigados a seguir as ordens emanadas do poder público.
c) a Administração pública deve respeitar a repartição constitucional de competências, somente podendo editar atos normativos de
caráter geral e abstratos nos casos expressamente autorizados ou diante de lacunas legislativas. ERRADO ⇒ Os regulamentos não se
destinam a cobrir lacunas legislativas, mas a disciplinar a legislação existente.
d) a edição de decretos deverá observar os limites expressamente estabelecidos na Constituição para implicar caráter autônomo
às suas disposições. CERTO ⇒ DECRETOS AUTÔNOMOS

PODER DE POLÍCIA:

DELEGAÇÃO DO PODER DE POLÍCIA

Resumindo o que deve levar pra prova:


Quando a questão perguntar sobre delegação de poder de polícia para Entidades administrativas de
direito privado:

● É possível delegação (sendo genérica) = CERTO


● É possível delegação de todas as fases = ERRADO
● As fases delegadas serão: Consentimento, Fiscalização e Sanção= CERTO

● O STF (Tema 532) (Info 996), decidiu: É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado
integrantes da Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação
própria do Estado e em regime não concorrencial”.

● Atualmente - SANÇÃO DE POLÍCIA Pode ser delegada a pessoas jurídicas de direito privado (Observados os requisitos):
I) Por meio de Lei
II) capital social Majoritariamente público
III) Preste atividade exclusivamente de serviço público de atuação própria do Estado.
IV Prestação de Regime não Concorrencial

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 O poder de polícia administrativa é indelegável a
particulares e entre órgãos. Errado

É válido destacar que o poder de polícia administrativa se espalha por toda a Administração de Direito Público. Assim, podemos concluir, que não há impedimento de
as corporações específicas – encarregadas ordinariamente da polícia judiciária – exercerem condicionamentos e limitações a bens, a direitos e a atividades (polícia
administrativa).
Portanto, segundo a doutrina majoritária do direito administrativo brasileiro, é correto afirmar que o poder de polícia exercido pelo Estado
poderá incidir na área judiciária.

CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TJ AC)/Judiciária/2002 Segundo a doutrina majoritária do direito administrativo brasileiro, é correto
afirmar que o poder de polícia exercido pelo Estado não poderá incidir na área judiciária. Errado

As taxas de polícia têm por fato gerador o exercício regular do poder de polícia (atividade administrativa), cuja fundamentação é
o princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, que permeia todo o direito público. Assim, o bem
comum, o interesse público, o bem-estar geral podem justificar a restrição ou o condicionamento do exercício de direitos individuais.”
(ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado.10ª ed. São Paulo: Método, 2016. P.27)
A doutrina costuma fazer a distinção entre o poder de polícia originário e poder de polícia derivado. O poder de polícia
originário é aquele exercido pelos órgãos dos próprios entes federativos, cujo fundamento é a própria repartição de competências
materiais e legislativas constante na Constituição Federal.
Por sua vez, fala-se em poder de polícia delegado para fazer referência ao poder de polícia atribuído às pessoas de direito público
da Administração Indireta, delegação esta que deve ser feita POR MEIO DE LEI do ente federativo que detém o poder de polícia
originário.
FCC - Defensor Público do Estado de São Paulo/2019/VIII Em relação ao poder de polícia administrativo, considere as assertivas abaixo.
I. Licença é ato administrativo discricionário e tem como característica a revogabilidade, podendo a administração, em respeito ao interesse
público, cassar os efeitos do ato que a concede. ERRADO ⇒ VINCULADO E DEFINITIVO
II. Autorização é ato administrativo declaratório e vinculado e, dessa forma, uma vez adimplidas as condições legais, deverá a Administração
outorgá-la, não podendo, por conta de sua natureza jurídica, revogá-la posteriormente.ERRADO ⇒ DISCRICIONÁRIO
III. Sanção de polícia tem como característica o emprego de medidas inibitórias ou dissuasoras e tem como finalidade cessar práticas ilícitas
perpetradas por particulares e por funcionários públicos, garantida a ampla defesa.CERTO ⇒ CONTRADITÓRIO e AMPLA DEFESA POSTERGADS OU
DIFERIDOS.
IV. O poder de polícia administrativo poderá ser delegado, mediante lei específica, a entes da Administração Indireta.CERTO ⇒ o Poder de
Polícia pode ser delegado às pessoas jurídicas de direito público (Autarquias, Fundações Públicas e Associações Públicas). Mas não pode ser
delegado a pessoa jurídica de direito privado quanto às fases de ordem (legislação) e de sanção. Somente os atos relativos ao consentimento e à
fiscalização são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do poder de coerção do Poder Público (Recurso Especial
817534/MG).
V. Sanção de polícia, quando extroversa, é imposta a todos os administrados, indistintamente, com a finalidade de inibir condutas ilícitas ou, se
ocorrida, reprimir o autor da infração.CERTO ⇒ A sanção não se destina a inibir nada. Ela é para reprimir. O ato de polícia é coercitivo, é uma
ordem que deve ser cumprida. Agora, uma vez descumprido, surge para o Estado o dever de sancionar, como decorrência do atributo da
autoexecutoriedade.

CERTAS

PRESCRIÇÃO PODER DE POLÍCIA


(CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/2016
E) Prescreve em cinco anos a pretensão punitiva da administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia. CERTO
LEI Nº 9.873, DE 23 DE NºVEMBRO DE 1999.
Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia,
objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada,
do dia em que tiver cessado.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE TO)/Judiciária/2017 O secretário de segurança pública de determinado município brasileiro
editou portaria proibindo a venda de bebidas alcoólicas no dia do pleito eleitoral. Nessa situação hipotética, o ato do secretário tem como
fundamento o b) poder de polícia, sendo a justiça estadual o juízo competente para processar e julgar mandado de segurança que
questione a sua legitimidade. (ATENÇÃO ⇒ NÃO É A JUSTIÇA ELEITORAL)

É poder de polícia porque:

1) é uma mera portaria (poder normativo) e não foi editada pelo Chefe do Executivo, logo, não é poder
regulamentar.
2) tem caráter externo à administração, para regular os particulares, logo, não é poder hierárquico.

Atos normativos:

1) no poder regulamentar: complementa, esmiúça, pormenoriza a lei, para a sua fiel execução, por meio de
decretos e regulamentos. Compete apenas ao Chefe do Executivo.

2) no poder de polícia: caráter externo à adm., para regular as relações dos particulares. Atividades do PP:
legislação, consentimento, fiscalização, sanção.

3) no poder hierárquico: caráter interno à adm., para regular as relações dos subordinados.

STF: É da competência da Justiça Estadual o mandado de segurança em que se questiona a legitimidade de ato da Secretaria
de Segurança Pública, decorrente do poder de polícia administrativo.
PODER DE POLÍCIA + GUARDAS MUNICIPAIS
(CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 Em relação aos poderes e deveres da administração pública, assinale a opção
correta.
c) De acordo com o STF, é possível que os guardas municipais acumulem a função de poder de polícia de trânsito, ainda que fora da
circunscrição do município. ERRADO ⇒ entende o STF que o poder de polícia (que inclui a fiscalização do trânsito, mas não segurança
pública) da guarda municipal deve ser exercido dentro da esfera de atuação do município.

"DIREITO ADMINISTRATIVO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PODER DE POLÍCIA. IMPOSIÇÃO DE MULTA


DE TRÂNSITO. GUARDA MUNICIPAL. CONSTITUCIONALIDADE.
1. Poder de polícia não se confunde com segurança pública. O exercício do primeiro não é prerrogativa exclusiva das
entidades policiais, a quem a Constituição outorgou, com exclusividade, no art. 144, apenas as funções de promoção da
segurança pública.
2. A fiscalização do trânsito, com aplicação das sanções administrativas legalmente previstas, embora possa se dar
ostensivamente, constitui mero exercício de poder de polícia, não havendo, portanto, óbice ao seu exercício por entidades não
policiais.
3. O Código de Trânsito Brasileiro, observando os parâmetros constitucionais, estabeleceu a competência comum dos entes da
federação para o exercício da fiscalização de trânsito.
4. Dentro de sua esfera de atuação, delimitada pelo CTB, os Municípios podem determinar que o poder de
polícia que lhe compete seja exercido pela guarda municipal.
5. O art. 144, p.8º, da CF, não impede que a guarda municipal exerça funções adicionais à de proteção dos bens, serviços e
instalações do Município. Até mesmo instituições policiais podem cumular funções típicas de segurança pública com exercício de
poder de polícia. Entendimento que não foi alterado pelo advento da EC nº 82/2014.
6. Desprovimento do recurso extraordinário e fixação, em repercussão geral, da seguinte tese: é constitucional a atribuição às
guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente
previstas." (STF, RE 658570, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: Min. ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 06/08/2015,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-195 DIVULG 29-09-2015 PUBLIC 30-09-2015)

EDIÇÃO DE ATOS NORMATIVOS PODE OCORRER COMO EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA:

CEBRASPE (CESPE) - Analista Técnico-Administrativo (DPU)/2016 - A edição de ato normativo constitui exemplo do exercício do poder
de polícia pela administração pública. (ATENÇÃO = POLÊMICA)
⇒ Uma das coisas que você precisa saber sobre Poder de Polícia é que ele possui várias formas de manifestação. Normalmente,
o Poder de Polícia é manifesto de forma repressiva, a posteriori. Pense num exemplo clássico: a multa. Você só leva uma multa se
praticar um ilícito, e apenas depois de tê-lo praticado. Não existe multa antes da violação de uma lei ou norma administrativa.
Agora, outra forma do Poder de Polícia se manifestar é através da edição de normas.
Seja por meio de Lei, seja por meio de Decretos, Portarias, Resoluções, etc., toda (ou quase toda) norma pode ser interpretada
como manifestação do Poder de Polícia, atuando de forma preventiva, a priori, antes do ilícito se concretizar, visando a inibição do
mesmo.
Art. 78 do CTN: "Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando
direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à
segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos."
Então, se a administração pública, por meio de um ato normativo infra legal, limita ou disciplina um direito para proteger os
interesses da coletividade, isso é poder de polícia.

Fases do poder de polícia:


1) ordem (norma ou legislação de polícia); --> "Poder Regulamentar" em sentido amplo
2) consentimento (ex.: licença e autorização);
3) fiscalização; e
4) sanção.

CESPE - TJ-CE 2014 ⇒ Um dos meios pelo quais a administração exerce seu poder de polícia é a edição de atos normativos de caráter
geral e abstrato. CERTO

Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: TJ-PI Prova: Titular de Serviços de Notas e de Registros ⇒ No exercício do poder de polícia, pode a
administração atuar tanto mediante a edição de atos normativos, de conteúdo abstrato, genérico e impessoal, quanto por intermédio de
atos concretos, preordenados a determinados indivíduos. CERTO

Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AL Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária⇒ O poder de polícia não é exercido mediante atos
administrativos normativos, mas apenas mediante atos individuais de efeitos concretos. ERRADO
Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: TRE-MT Prova: Técnico Judiciário - Área Administrativa ⇒ O poder de polícia administrativa
manifesta-se por meio de atos concretos e específicos, mas não de atos normativos, pois estes não constituem meios aptos para seu
adequado exercício. ERRADO

Ano: 2005 Banca: CESPE Órgão: TRE-GO Prova: Analista Judiciário - Área Administrativa ⇒ O poder de polícia materializa-se mediante
atos administrativos de efeitos concretos, mas não por meio de atos normativos. ERRADO

● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018 Uma concessionária de serviço público regularmente contratada por um estado
da federação sujeita-se ao c) poder de polícia exercido pelo ente federado que figura como poder concedente, em relação aos atos
externos ao contrato, dissociados desta avença, esta que traz as regras e condições para reger a relação de delegação de serviço público.

O poder público exerce o poder de polícia sobre a atuação do contratado em suas atividades externos.
Aqui, não estamos falando do controle do contrato em si, mas das atividades da concessionária. Por exemplo: os
órgãos ambientais podem controlar uma concessionária quanto ao cumprimento das regras ambientais. Isso é poder de
polícia e não se trata da relação contratual (da avença), pois a concessionária estaria sujeita a este controle
independentemente da concessão; Já o contrato (a avença) trata das regras e condições para reger a delegação do serviço
público.
O ponto da questão que fugiu da cobrança trivial da banca resume-se em:
Se a concessionária descumprir cláusulas estipuladas no contrato, aplica-se o Poder Disciplinar, pois o contrato é um
instrumento que gera o vínculo específico com a Administração.
Caso a concessionária extrapole o contrato, descumprindo dispositivos estranhos a este, aplica-se o Poder de Polícia.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Apoio Especializado/Desenvolvimento de Sistemas/2018 As atividades da polícia judiciária não se
confundem, necessariamente, com o exercício do poder de polícia administrativo.

● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 Considera-se exemplo da atuação da Administração pública quando expressa seu poder de
polícia a
a) notificação ao permissionário de imóvel público para desocupação ao término do prazo de vigência do ato autorizativo ou diante de
descumprimento das condições do termo. ERRADO
b) imposição de multa ao contratado no caso de descumprimento de determinada cláusula de um contrato administrativo. ERRADO ⇒O poder
de polícia decorre da lei. No caso em tela, a cobrança de multa se dá pelo descumprimento de cláusula contratual, e não de disposição legal,
pelo que não pode ser enquadrada como exercício de poder de polícia.
c) ordem para que o concessionário de serviço público expeça carteirinha de isenção para determinados usuários de transportes coletivos.
ERRADO ⇒ Em razão da amplitude das competências e das responsabilidades da Administração, seria impossível que
toda a função administrativa fosse desempenhada por um único órgão ou agente. Por isso, faz-se necessário distribuir
essas competências e atribuições entre os vários órgãos e agentes que fazem parte da Administração.
Contudo, para que essa divisão de tarefas ocorra harmoniosamente, os órgãos e agentes públicos são organizados em
graus hierárquicos, de forma que o agente que está no plano superior emita ordens e fiscalize a atuação dos seus
subordinados. Essa relação de subordinação (hierarquia) acarreta algumas consequências, como o dever de obediência
dos subordinados, a possibilidade de o superior delegar ou avocar atribuições e, também, a de rever os atos dos seus
subordinados. (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P.223)
d) exigência de carteira de habilitação especial para conduzir determinados veículos motorizados, em razão do porte ou de alguma outra
especificidade. CERTO

● FCC - Técnico Judiciário (TRE AP)/Administrativa/2015 A autorização e a licença constituem exemplos clássicos do exercício do poder de
polícia e são medidas consideradas b) preventivas.

Preventivos: Repressivos:

Fiscalização, Vistoria, Ordem, Notificação, autorização, Dissolução de reunião, apreensão de mercadorias deterioradas,
licença. internação de pessoas com doença contagiosa.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 - Determinado agente público, valendo-se de sua função e no exercício do
poder de polícia, aplicou multa manifestamente descabida a um desafeto pessoal. Nessa situação, o ato administrativo c) atenta
contra a moralidade administrativa, se conhecidos os verdadeiros motivos subjacentes à sua prática.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 - Determinada autoridade sanitária, após apuração da infração, em
processo administrativo próprio, aplicou a determinada farmácia a pena de apreensão e inutilização de medicamentos que haviam sido
colocados à venda, sem licença do órgão sanitário competente, por violação do disposto nas normas legais e regulamentares pertinentes. Nessa
situação hipotética, a autoridade sanitária exerceu o poder e) de polícia, em razão de ter limitado o exercício de direito individual em benefício
do interesse público.
● FCC - Assistente Técnico Fazendário (Manaus)/"Sem Área"/2019 - A edição de lei autorizativa para que o Poder Executivo possa exigir a
adoção de determinadas práticas preventivas pelos comerciantes sujeitos à sua fiscalização importa: d) expressão de função típica do
Legislativo, de imposição de obrigações aos administrados por meio de lei, o que também enseja controle da atuação do Executivo.

Poder de Polícia:
- Em sentido amplo: atividade legislativa e administrativa de restrição e condicionamento
- Em sentido estrito: apenas atividade administrativa.

● FCC - Auditor Fiscal Ambiental (SEMAR PI)/2018 - A atuação do poder público consistente na concessão de licenças de instalação e
funcionamento de empreendimentos, avaliando o cumprimento de condições e requisitos legais e normativos relativos à proteção e
preservação do meio ambiente, é expressão:
a) da atividade regulatória e fiscalizadora a cargo do Poder Público que, posta à disposição da sociedade, enseja a cobrança de tarifa dos
solicitantes. ERRADA

Nesse ponto devemos esclarecer que o exercício regular do poder de polícia pode dar ensejo à cobrança de taxas, mas
não pode servir para cobrança de tarifas, que é adequada para remunerar serviços públicos em sentido estrito
(energia, transporte, água canalizada etc.), e não para custear o exercício do poder de polícia.” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS,
João de. Direito Administrativo Esquematizado. 1ª ed. São Paulo: Método, 2015.E-book. P. 233).

d) do poder de polícia, ensejando a cobrança de taxa, fixada em lei, para a cobertura do custo administrativo envolvido na atividade
demandada. CERTA

● (CESPE) - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2013/XV a) No Código Tributário Nacional, é apresentada a definição legal de poder de polícia, cujo
exercício constitui um dos fatos geradores da taxa.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPC TCE-PA)/Comunicação Social/2019


O exercício do poder de polícia é
E) cabível tanto por meio de determinações de ordem pública quanto por consentimentos de pedidos feitos à administração.

ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Policial Rodoviário Federal/2019 Constitui poder de polícia a atividade da administração pública ou de empresa privada
ou concessionária com delegação para disciplinar ou limitar direito, interesse ou liberdade, de modo a regular a prática de ato em razão do
interesse público relativo à segurança.

O Poder de Polícia pode ser ORIGINÁRIO, quando exercido pelas pessoas políticas que integram o Estado (União,
Estados, DF e Municípios) ou DELEGADO, quando exercido pelas pessoas administrativas do Estado, ou seja, pelos
componentes da Administração Indireta.
Para que ocorra a delegação do Poder de Polícia, é necessário o preenchimento de condições de validade:
↳ Deve decorrer de lei formal, oriunda do regular exercício da função legislativa;
↳ O delegatário (aquele que recebe a delegação) deve ser integrante da Administração Indireta, devendo possuir,
ainda, personalidade jurídica de direito público.
↳ Preste atividade exclusivamente de serviço público de atuação própria do estado;
↳ Prestação em regime não concorrencial

É constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a pessoas jurídicas de direito privado integrantes da
Administração Pública indireta de capital social majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público
de atuação própria do Estado e em regime não concorrencial. STF. Plenário. RE 633782/MG, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 23/10/2020
(Repercussão Geral – Tema 532) (Info 996)
Empresa ESTATAL ➜ PODE (pessoa de direito privado, mas que preste serviços públicos exclusivos do Estado)
Empresa PRIVADA ➲➜ NÃO Pode (Concessionária)

● CESPE) - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Norte/2015 -Com relação aos poderes da administração pública e aos poderes e
deveres dos administradores públicos, assinale a opção correta.
a) A cobrança de multa constitui exemplo de exceção à autoexecutoriedade do poder de polícia, razão por que o pagamento da multa cobrada
não pode se configurar como condição legal para que a administração pública pratique outro ato em favor do interessado. ERRADO

Na realidade, a questão pode ser dividida em duas partes. Na primeira, está CERTA, ao afirmar que cobrança da multa
administrativa, decorrente do poder de polícia, não é autoexecutória. Com efeito, para que a Administração receba tais
valores, precisará da intervenção do Poder Judiciário. Contudo, a parte final está ERRADA: é possível que o pagamento da
multa configure como condição para que a Administração pratique outro ato em favor do interessado, desde que haja
previsão legal nesse sentido. É o que ocorre, por exemplo, no caso da liberação de veículos, apreendidos e com multas
vencidas. Para o STJ, é possível cobrar do interessado o pagamento das multas já vencidas e que lhe foram devidamente
notificadas, como condição de liberação do veículo. Nesse sentido, já decidiu o STJ (REsp 1148433):
No caso de veículos apreendidos (e não somente retidos), o art. 262, § 2º, do CTB autoriza o agente público a condicionar
a restituição ao pagamento da multa e dos encargos com a apreensão[...]
Assim, está ERRADO dizer que não se pode condicionar um ato da administração à prática de outro.

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (TRE MT)/Administrativa/2015 b) A discricionariedade é característica fundamental do


exercício do poder de polícia.

A regra é que os atos de polícia sejam praticados com discricionariedade. Porém, há exemplos de atos vinculados,
como o dever de fiscalização antes da concessão do "habite-se". Ou seja, a discricionariedade, embora característica, não é
fundamental, pois o poder de polícia também pode ser vinculado e, nem por isso, deixa de ser "de polícia".

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

Responsabilidade aquiliana = responsabilidade extracontratual = responsabilidade civil

QUANDO FALAR EM RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO E PRESCRIÇÃO QUINQUENAL


(CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/2019 Em processos contra a fazenda pública, a prescrição quinquenal abrange a administração direta e
indireta, desde que pessoas jurídicas de direito público, a qualquer título. Errado
Conforme o art. 1º-C da Lei 9.494/97, “Prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos causados por agentes
de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos“. Logo, a
prescrição quinquenal não é estrita às ações contra pessoas jurídicas de direito público.

Direito Penal: todo ato antijurídico é ilícito.


Direito Administrativo: ato antijurídico pode ser lícito ou ilícito.

(CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/2019 Ato antijurídico é aquele estritamente derivado de uma ilicitude do agente. Errado
​ Ato ANTIJURÍDICO ---> é aquele que causou DANO, não importando se foi lícito ou ilícito.

(CESPE) - Juiz Estadual (TJ PA)/2019 Segundo o entendimento majoritário do STJ, no caso de ação indenizatória ajuizada contra a
fazenda pública em razão da responsabilidade civil do Estado, o prazo prescricional é quinquenal, como previsto pelas normas de
direito público, em detrimento do prazo trienal contido no Código Civil. CERTO

Ditadura militar: imprescritibilidade.

As ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o Regime Militar de exceção são
imprescritíveis. Inaplicabilidade do prazo prescricional do art. 1º do Decreto 20.910/1932. (REsp 816209/RJ).

CESPE-AGU-10 As ações de reparação de dano ajuizadas contra o Estado em decorrência de perseguição, tortura e prisão, por motivos políticos,
durante o Regime Militar não se sujeitam a qualquer prazo prescricional. CERTO

CESPE-PGDF-13 No âmbito da responsabilidade civil do Estado, são imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes
de atos de tortura ocorridos durante o regime militar de exceção. CERTO

(CESPE) - Procurador de Contas (MPC TCE-PA)/2019 E) Segundo entendimento do STJ, a imprescritibilidade da pretensão de recebimento de
indenização decorrente de atos de tortura ocorridos durante o regime militar de exceção não alcança as ações por danos materiais. ERRADO

1) Teoria da Irresponsabilidade
➜ o Estado não responde.
2) Teoria Civilista (da responsabilidade subjetiva)

➜ diferencia Atos de Gestão de Atos de IMPÉRIO.


➜ o Estado só responde pelos Atos de GESTÃO.
➜ Depende da demonstração de dolo/culpa do agente.
➜ É difícil diferenciar atos de gestão/império, por isso surgiu a teoria a seguir.

3) Teoria da Culpa Administrativa (Culpa do Serviço, Culpa anônima ou faute du servisse)


➜ A culpa é do SERVIÇO (não do agente).
➜ logo, não depende da demonstração de dolo/culpa do agente.
Na omissão genérica, a responsabilidade civil do Estado é subjetiva, deve-se comprovar a culpa do Estado, bem como a
existência do fato e do dano, além do nexo de causalidade entre estes.
Na omissão específica, a responsabilidade civil do Estado é objetiva. Essa omissão decorre, segundo jurisprudência do STF*,
da condição do Estado em custodiar pessoas ou coisas (como presos e internados em hospitais) ou da ligação por alguma
condição específica (estudantes e professores em escolas).

4) Teoria do Risco Administrativo


➜ adotada no Brasil como regra.
➜ Estado deve indenizar, independente de culpa.
➜ responsabilidade objetiva.
➜ fato do serviço + nexo de causalidade + dano.
➜ ADMITE excludente de responsabilidade.
Excludentes são circunstâncias que, ocorrendo, afastam o dever de indenizar. São três:
a) culpa exclusiva da vítima:
Diferente é a solução para os casos da chamada culpa concorrente, em que a vítima e o agente público provocam, por
culpa recíproca, a ocorrência do prejuízo. Nesses casos, fala-se em concausas.
Exemplo: acidente de trânsito causado porque a viatura e o carro do particular invadem ao mesmo tempo a pista alheia.
Nos casos de culpa concorrente, a questão se resolve com a produção de provas periciais para determinar o maior
culpado. Da maior culpa, desconta -se a menor, realizando um processo denominado compensação de culpas. A culpa concorrente
não é excludente da responsabilidade estatal, como ocorre com a culpa exclusiva da vítima. Na verdade, a culpa concorrente é
fator de mitigação ou causa atenuante da responsabilidade. Diante da necessidade de discussão sobre culpa ou dolo, nos casos
de culpa concorrente aplica -se a teoria subjetiva;
b) força maior ou Caso Fortuito.
c) Fato Exclusivo de terceiro.

5) Teoria do Risco Integral


➜ Estado é segurador universal.
➜ NÃO admite excludente de resp.
➜ Adotada como exceção nos casos de acidente nucleares, terrorismo/guerra, danos ambientais.

AÇÃO REGRESSIVA = É IMPRESCRITÍVEL (pois está na categoria de ações de ressarcimento ao erário)

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PE)/Administrativa/2017 A responsabilidade do Estado por conduta omissiva d) caracteriza-se mediante a
demonstração de culpa, de dano e de nexo de causalidade.

CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR EXCLUEM A RESP. CIVIL DO ESTADO? HÁ


DIVERGÊNCIA NA DOUTRINA, MAS O CESPE E A FCC ENTENDEM QUE SIM.
● (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Caso fortuito (FORÇA MAIOR) consiste em
acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, excludente da responsabilidade do Estado. ERRADO ⇒ MAS NÃO PQ O
CASO FORTUITO NÃO EXCLUI, E SIM PQ DEU O CONCEITO DE FORÇA MAIOR.
Tanto o Caso Fortuito e o de Força maior excluem a responsabilidade do Estado. Além disso, embora haja divergência
conceitual do que é cada um, a diferença é irrelevante, pois os efeitos práticos são o mesmo: a exclusão da
responsabilidade. Rafael Carvalho Rezende de Oliveira: Página 759 - Curso de Direito Administrativo (2017)

CUIDADO, POIS TEM UM COMENTÁRIO DO SANDRO DIZENDO QUE NÃO EXCLUI.

● FCC - 2018 - DPE-AP - Defensor Público Uma dessas teorias é a do risco administrativo, de acordo com a qual o Estado responde objetivamente
pelos atos comissivos de seus agentes, independentemente de culpa ou dolo, bastando a comprovação do nexo de causalidade, admitindo,
contudo, excludentes de responsabilidade como caso fortuito e culpa exclusiva da vítima.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 Força maior, culpa de terceiros e caso fortuito constituem causas atenuantes
da responsabilidade do Estado por danos.

Causas de EXCLUSÃO da Causas que ATENUAM / REDUZEM a


Responsabilidade Civil do Estado Responsabilidade Civil do Estado

Culpa Exclusiva da Vítima Culpa Concorrente da Vítima


Culpa Exclusiva de Terceiro Culpa Concorrente de Terceiro
Caso Fortuito ou Força Maior

● FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Anulada" Considere que um grupo de moradores de determinado bairro tenha
sido afetado pelo rompimento de uma adutora instalada por empresa privada concessionária de serviço público de fornecimento de água e
tratamento de esgoto, sofrendo diversos prejuízos materiais em decorrência do ocorrido. De acordo com os preceitos constitucionais aplicáveis
à espécie, no que tange à responsabilidade civil, referida concessionária b) possui responsabilidade objetiva pelos danos causados, a qual,
contudo, pode ser afastada caso comprovada a ocorrência de caso fortuito.
● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita do Distrito Federal (SEFAZ DF)/2020 Uma vez que o ordenamento jurídico brasileiro adota a
teoria da responsabilidade objetiva do Estado, com base no risco administrativo, a mera ocorrência de ato lesivo causado pelo poder público à
vítima gera o dever de indenização pelo dano pessoal e(ou) patrimonial sofrido, independentemente da caracterização de culpa dos agentes
estatais ou da demonstração de falta do serviço público. Não obstante, em caso fortuito ou de força maior, a responsabilidade do Estado pode
ser mitigada ou afastada.CERTO
Justificativa da Banca: A responsabilidade civil do Estado está prevista no art. 37, § 6.º, da Constituição Federal de 1988. A assertiva foi adotada
pelo STF por força do julgamento do RE 109.615-2/RJ, de relatoria do ministro Celso de Mello.

● Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: Administrador A responsabilidade civil do Estado deve ser excluída em situações inevitáveis, isto é,
em caso fortuito ou em evento de força maior cujos efeitos não possam ser minorados. CERTO

● (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 Força maior, culpa de terceiros e caso fortuito constituem causas atenuantes da
responsabilidade do Estado por danos. Errado (EXCLUDENTES)

● (CESPE) - Analista Judiciário (TRE RS)/Administrativa/2015 Assinale a opção correta concernente à responsabilidade do Estado.
b) O caso fortuito, como causa excludente da responsabilidade do Estado, se caracteriza pela imprevisibilidade e inevitabilidade. ⇒ ERRADO
Força maior = imprevisível e inevitável.
Caso fortuito = imprevisível ou previsível

CULPA IN ELIGENDO e CULPA IN VIGILANDO

Nas palavras da doutrina de José dos Santos Carvalho Filho (Manual de Direito Administrativo. 22ª edição., Rio de Janeiro, 2009, p. 531-532):
Para configurar-se esse tipo de responsabilidade, bastam três pressupostos. O primeiro deles é a ocorrência do fato
administrativo, assim considerado como qualquer forma de conduta, comissiva ou omissiva, legítima ou ilegítima, singular ou
coletiva, atribuída ao Poder Público. Ainda que o agente estatal atue fora de suas funções, mas a pretexto de exercê-las, o
fato é tido como administrativo, no mínimo pela má escolha do agente (culpa in eligendo) ou pela má fiscalização de sua conduta
(culpa in vigilando).
Associe sempre esses termos à hipótese em que o servidor, FORA DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES,
ocasiona dano ao particular como se em exercício estivesse (pelo fato de se utilizar de equipamentos, veículos, vestimentas utilizadas
no serviço).
Nesses casos, a responsabilidade estatal será OBJETIVA, haja vista a MÁ ESCOLHA DE SEU AGENTE (culpa in eligendo) e a
MÁ FISCALIZAÇÃO DE SEUS ATOS (culpa in vigilando).

CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016 - João, servidor público, ao dirigir
veículo automotor pertencente à frota de seu órgão de lotação, no exercício de sua função, bateu em veículo automotor de particular.
a) Poderia haver responsabilização do Estado por culpa in eligendo e culpa in vigilando caso João estivesse atuando fora de suas
funções mas a pretexto de exercê-las. CERTO

Aplicando a Teoria do Risco Administrativo + culpa exclusiva de terceiro:


➜ O ESTADO NÃO RESPONDE PELO DANO CAUSADO POR / AO TERCEIRO ALCOOLIZADO.

➜ ESTADO RESPONDE PELO DANO SOFRIDO AO CUSTODIADO SOB SUA PROTEÇÃO/GUARDA


↳ ATENÇÃO: NESTE CASO, A RESPONSABILIDADE PODE SER ATENUADA SIM, POIS, O
ESTADO NÃO FOI O RESPONSÁVEL IMEDIATO - MAS NÃO DEIXOU DE SER RESPONSÁVEL
➜ SE OBRIGADO A INDENIZAR, A RESPONSABILIDADE / INDENIZAÇÃO PODE SER ATENUADA EM
QUE PESE APLICAÇÃO DA CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO, QUE NÃO O DESOBRIGA QUANTO AO
CUSTODIADO.

Ação de indenização proposta por (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 c) O regime publicístico de
responsabilidade objetiva, instituído pela CF, não é aplicável subsidiariamente
pessoa que sofreu dano em razão de aos danos decorrentes de atos notariais e de registro causados por
ato de notário ou registrador particulares delegatários do serviço público.

Se for proposta contra o Estado: Se for proposta contra o tabelião ou registrador:


Responsabilidade objetiva. Responsabilidade subjetiva
Prazo prescricional: 5 anos. Prazo prescricional: 3 anos
Receberá por precatório ou RPV. Receberá por execução comum.

(CESPE) - Juiz Federal (TRF 2ª Região)/2013/XIV


B) Segundo a jurisprudência do STF, os elementos que compõem a estrutura e delineiam o perfil da responsabilidade civil do poder público
compreendem:
1. a alteridade do dano; (= DANO ⇒ OCORRÊNCIA DE DANO A PARTICULAR)
2. a causalidade material entre o eventus damni e o comportamento positivo ou negativo do agente público; (NEXO DE CAUSALIDADE)
3. a oficialidade da atitude casual e lesiva imputável a agente do poder público, que, nessa condição fundamental tenha incidido em conduta
lesiva ou omissiva, independentemente da licitude, ou não, do seu comportamento funcional; (DANO CAUSADO PELO AGENTE PÚBLICO)
4. e a ausência de causa excludente da responsabilidade estatal. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ PA)/Direito/2020 Quanto à responsabilidade civil por danos causados por seus agentes a
terceiros, uma entidade da administração indireta, dotada de personalidade jurídica de direito privado e exploradora de atividade
econômica estará sujeita
a) ao regime da responsabilidade civil objetiva do Estado.
b) ao regime jurídico da responsabilidade civil privada. ⇓
Art. 37, 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ou culpa.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em
lei.
1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem
atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre:
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários;

● ESSA QUESTÃO É BOA: FCC - Analista Jurídico de Defensoria (DPE AM)/Ciências Jurídicas/2019 No tocante à responsabilidade
extracontratual do Estado, as seguintes teorias foram adotadas em determinado momento histórico:
1. Teoria do risco administrativo, propiciando a responsabilidade objetiva do Estado; 4ª
2. Teoria da irresponsabilidade, afastando a responsabilidade do Estado; 1ª
3. Teoria civilista da culpa, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa in eligendo e culpa in vigilando em relação aos
agentes causadores do dano; 2ª
4. Teoria da culpa do serviço, propiciando a responsabilidade subjetiva, baseada na culpa anônima do serviço público.3ª
Do ponto de vista evolutivo, tais teorias se sucederam na seguinte sequência: b) 2, 3, 4 e 1.
OLHA ISSO AQUI ⇒ SOBRE EXCLUDENTES DE ILICITUDE E RESP. CIVIL E RESP CIVIL DO ESTADO
QUESTÃO DE PENAL
III - Os efeitos das causas excludentes de antijuridicidade se estendem à esfera extrapenal. CERTA.
Extra penais = Efeitos civis
CPP, art. 65. Faz coisa julgada no cível a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em
estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
ATENÇÃO ⇒ NÃO CONFUNDA ISSO AÍ COM A RESP. CIVIL DO ESTADO ⇒ O ESTADO RESPONDE MESMO QUE HAJA EXCLUDENTES DE ILICITUDE.
OLHA ESSA QUESTÃO DE ADM ⇒ (CESPE) - Analista Judiciário (TJ AM)/Direito/2019 ⇒ O Estado não é civilmente responsável por danos
causados por seus agentes se existente causa excludente de ilicitude penal. ERRADO ⇒ É SIM

DECORE ENTÃO ⇒ EXCLUDENTES DE ILICITUDE FAZEM COISA JULGADA NO CÍVEL ⇒ PORÉM NÃO SE CONFUNDE COM A RESP CIVIL DO ESTADO,
QUE CONTINUA ⇒ EX: Policial reage em um assalto a banco e acaba alvejando e matando um refém que tentava fugir no meio de uma troca de
tiros com assaltantes. O policial estaria agindo dentro da hipótese de excludente de ilicitude (estrito cumprimento do dever legal), contudo, o
Estado responderia civilmente pela morte do civil inocente (teoria do risco administrativo).

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NO CASO DE EXCLUDENTES DE ILICITUDE:

STJ Edição nº 61: A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que
estes estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.
Segundo a orientação jurisprudencial do STJ, a Administração Pública pode ser condenada ao pagamento de indenização
pelos danos cíveis causados por uma ação de seus agentes, mesmo que consequentes de causa excludente de ilicitude penal. (STJ -
REsp: 1266517 PR 2011/0161696-8, Relator: Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, Data de Julgamento: 04/12/2012, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação:
DJe 10/12/2012)

● Q932886 (Cespe - Delegado/PF 2018) O Estado não será civilmente responsável pelos danos causados por seus agentes sempre que estes
estiverem amparados por causa excludente de ilicitude penal. Errado.
● Q898619 (Cespe - PGM Manaus/AM 2018) A existência de causa excludente de ilicitude penal não impede a responsabilidade civil do
Estado pelos danos causados por seus agentes. Certo.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOS CASOS DE ATOS LEGISLATIVOS:

Em regra, o Estado não pode ser responsabilizado por atos legislativos.

Porém, existem três exceções:

(i) edição de lei inconstitucional;

(ii) edição de leis de efeitos concretos;

(iii) omissão legislativa.

No primeiro caso, a responsabilidade do Estado surge porque nem o Poder Legislativo pode contrariar aquilo que a própria
Constituição Federal defende.

No segundo caso, a lei será lei apenas em sentido formal, mas não o será em sentido material. Assim, as leis de efeitos
concretos possuem, na verdade, os mesmos efeitos de um ato administrativo. O exemplo seria uma desapropriação de um
imóvel determinado mediante lei, adotada para perseguir indevidamente o seu proprietário. Nesse caso, a lei não teria
generalidade e abstração, mas sim um efeito concreto, determinado.

Por fim, na omissão legislativa, a responsabilidade surgirá apenas de forma bastante excepcional, quando a Constituição
fixar um prazo para dispor sobre um direito e este não for regulamentado, mesmo diante do reconhecimento da mora pelo
Poder Judiciário.

(CESPE) - Analista Judiciário (TJ AM)/Direito/2019 Em caso de aplicação de lei de efeitos concretos que gere danos ou prejuízos a pessoas
determinadas, é possível a responsabilização civil do Estado. Certo
Delegado de Polícia Federal / 2021 Conforme a teoria do risco administrativo, uma empresa estatal dotada de personalidade
jurídica de direito privado que exerça atividade econômica responderá objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,
causarem a terceiros, resguardado o direito de regresso contra o causador do dano. GABARITO PRELIMINAR: CERTO. COMENTÁRIO DO
PROFESSOR: Errado. As empresas estatais que desempenham atividade econômica não respondem de forma objetiva, mas subjetiva. A
responsabilidade pode ser objetiva se a estatal prestar serviço público.

Delegado de Polícia Federal / 2021 É subjetiva a responsabilidade civil do Estado decorrente de conduta omissiva imprópria, sendo
necessária a comprovação da culpa, do dano e do nexo de causalidade. Certo. Há casos em que a norma prevê um dever de atuação e,
assim, a omissão corresponderia à infração direta ao dever jurídico, o que ele denomina de ilícito omissivo próprio.

Delegado de Polícia Federal / 2021 Se um terceiro aproximar-se de um autor de um crime que estiver imobilizado pela polícia e
acertá-lo com um tiro letal, estará configurada a responsabilidade objetiva do Estado. Certo. Trata-se de entendimento do STJ de que se
uma pessoa for imobilizada pela polícia militar e morre após violenta agressão de terceiro, há dever especial do Estado de assegurar a
integridade e a dignidade daqueles que se encontram sob sua custódia.

CESPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Direito Quanto à responsabilidade civil por danos causados por seus agentes a terceiros,
uma entidade da administração indireta, dotada de personalidade jurídica de direito privado e exploradora de atividade econômica estará
sujeita B) ao regime jurídico da responsabilidade civil privada.

59% DE ERRO⇒ FCC - Analista Judiciário (TJ MA)/Direito/2019/ Na amplitude da abrangência das funções exercidas pelo
Executivo, a possibilidade de arguição de culpa de terceiro se mostra possível:
a) pelo ente público demandado com fundamento em responsabilidade objetiva pura, a fim de indenizar aquele que tenha sofrido
danos.ERRADO ⇒ A responsabilidade objetiva pura, amparada na teoria do risco integral, não admite excludente de responsabilidade.
b) nos casos em que o poder público figure no polo passivo de demanda de ressarcimento de danos, independentemente da
modalidade de responsabilização que lhe seja imposta.ERRADO ⇒ Não é independentemente da modalidade de responsabilização que
lhe seja imposta, pois nos casos amparados pela teoria do risco integral a exemplo de acidentes nucleares não é possível a incidência de
excludentes de responsabilidade.
c) diante de dedução de pleito indenizatório com fundamento em responsabilidade objetiva decorrente de acidente de trânsito,
pela quebra do nexo de causalidade. Certo ⇒ A culpa de terceiro, ou culpa da vítima, é considerada uma situação que
afasta a responsabilidade civil do Estado, ou seja, trata-se de um excludente de responsabilidade. Isso porque essa
situação rompe o nexo de causalidade entre a conduta do agente público e o dano sofrido pelo terceiro, uma vez que,
subtraída a conduta da vítima, o dano não teria acontecido.
Os excludentes de responsabilidade podem ser arguidos pelo Poder Público nas hipóteses em que a sua
responsabilidade civil está fundamentada na teoria do risco administrativo responsabilidade civil objetiva do
Estado -, como no caso de acidentes de trânsito causados por agentes públicos.
d) nos casos de responsabilidade subjetiva dos entes públicos, porque demandam prova de culpa ou dolo do agente público, não se
aplicando essa lógica para as concessionárias de serviço público, sempre sujeitas à responsabilidade objetiva.ERRADO ⇒ Nos casos de
responsabilidade subjetiva dos entes públicos responsabilidade por omissão não há necessidade de se provar culpa ou dolo do agente
público, mas apenas a falha da própria Administração (consubstanciada na falta, intempestividade ou má prestação do serviço público),
sem a necessidade de se individualizar o agente responsável.
e) desde que haja concorrência com culpa da vítima, o que excluiria o nexo de causalidade capaz de imputar responsabilidade civil
objetiva aos entes públicos. ERRADO ⇒ Na hipótese de culpa concorrente da vítima, a responsabilidade do ente público não é totalmente
afastada, mas apenas atenuada."

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPE AP)/Psicologia/2021 Acerca da responsabilidade civil do Estado, julgue os itens a seguir.
I A teoria adotada no Brasil sobre a responsabilidade civil do Estado é a teoria da culpa administrativa. RISCO ADMINISTRATIVO
II Se determinado agente público, nessa qualidade, causou dolosamente um dano à terceiro, então é facultado a este propor ação
diretamente contra o agente público.
A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser
ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte
ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa. STF. Plenário. RE 1027633/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 14/8/2019 (repercussão geral) (Info 947).
III Nas causas em que o Estado for condenado por ato de agente público, este poderá responder regressivamente, de maneira subjetiva,
perante o Estado.CERTO
Assinale a opção correta. Apenas o item III está certo.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 Historicamente, a responsabilidade civil do Estado evoluiu a partir
da teoria da irresponsabilidade civil do Estado, passando por um período no qual predominaram teorias de responsabilidade subjetiva.
Atualmente, encontra-se sedimentada e prevalecente a teoria da responsabilidade objetiva do Estado. CERTO
Histórico de evolução:

1º Irresponsabilidade do Estado;

2º Responsabilidade com previsão legal

3º Teoria da responsabilidade subjetiva

4º Teoria da culpa do serviço ou faute

5º Teoria da responsabilidade objetiva

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 A culpa recíproca da vítima é causa excludente da responsabilidade
do Estado. ERRADO

Caso fortuito e força maior: em regra são excludentes. Todavia, podem ser atenuantes em casos que se
verifique omissão do estado.
Culpa recíproca: atenuante.

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019 Servidor público que, no exercício de suas atribuições, causar dano a
terceiro será responsabilizado em ação regressiva.

● FCC - Oficial de Justiça (TJ MA)/2019 O servidor público titular de cargo efetivo cuja atuação, no exercício de suas funções, ensejar danos ao
erário ou a terceiros: d) pode ser responsabilizado diante de culpa ou dolo, diferentemente do ente público, sujeito à
responsabilidade civil objetiva.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Tribunal de Contas de Rondônia/2019 Considere as seguintes situações hipotéticas.
I João, agente de uma fundação pública de direito público, no exercício de suas funções, causou dano a terceiro. OBJETIVA
II Pedro, agente de sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica, no exercício de suas funções, causou dano a
terceiro.SUBJETIVA
III Antônio, agente de empresa privada prestadora de serviços públicos, no exercício de suas funções, causou dano a terceiro.OBJETIVA
Assinale a opção que apresenta, na ordem em que aparecem, as formas de responsabilidades das referidas pessoas jurídicas pelos danos
causados por João, Pedro e Antônio. c) objetiva / subjetiva / objetiva

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado do Acre/2017 Após falecimento de Pedro, vítima de atropelamento em linha férrea, seus
herdeiros compareceram à DP para que fosse ajuizada ação indenizatória por danos morais contra a empresa concessionária responsável pela
ferrovia onde havia acontecido o acidente, localizada em área urbana. Na ocasião, seus parentes informaram que, apesar de Pedro ter
atravessado a ferrovia em local inadequado, inexistia cerca na linha férrea ou sinalização adequada. Com base nessa situação hipotética e no
entendimento dos tribunais superiores acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
e) A demonstração da omissão no isolamento por cerca ou na sinalização do local do acidente acarretará a responsabilização civil da
empresa concessionária, embora possa haver redução da indenização dada a conduta imprudente de Pedro. CERTO
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995. Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido,
cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização
exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade.
Manual de Direito Administrativo - 6ª Ed. (2016) - Alexandre Mazza:
"Diferente é a solução para os casos da chamada culpa concorrente, em que a vítima e o agente público provocam, por
culpa recíproca, a ocorrência do prejuízo. Nesses casos, fala-se em concausas. Exemplo: acidente de trânsito causado porque a
viatura e o carro do particular invadem ao mesmo tempo a pista alheia.
(...) A culpa concorrente não é excludente da responsabilidade estatal, como ocorre com a culpa exclusiva da vítima.
Na verdade, a culpa concorrente é fator de mitigação ou causa atenuante da responsabilidade. Diante da necessidade de
discussão sobre culpa ou dolo, nos casos de culpa concorrente aplica-se a teoria subjetiva;
(...)
A doutrina tradicional sempre entendeu que nos danos por omissão a indenização é devida se a vítima comprovar que a
omissão produziu o prejuízo, aplicando-se a teoria objetiva. Ocorre que a teoria convencional da responsabilidade do Estado não
parece aplicar-se bem aos danos por omissão, especialmente diante da impossibilidade de afirmar-se que a omissão causa o
prejuízo. A omissão estatal é um nada, e o nada não produz materialmente resultado algum.
Na esteira dessa inaplicabilidade, aos danos por omissão, da forma tradicional de pensar a responsabilidade estatal,
Celso Antônio Bandeira de Mello vem sustentando há vários anos que os danos por omissão submetem-se à teoria subjetiva.
Atualmente, é também o entendimento adotado pelo STF (RE 179.147) e pela doutrina majoritária."
⇒ A despeito de situações fáticas variadas no tocante ao descumprimento do dever de segurança e vigilância contínua
das vias férreas, a responsabilização da concessionária é uma constante, passível de ser elidida tão somente
quando cabalmente comprovada a culpa exclusiva da vítima. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 517)
⇒ No caso de atropelamento de pedestre em via férrea, configura-se a concorrência de causas, impondo a redução da
indenização por dano moral pela metade, quando: (i) a concessionária do transporte ferroviário descumpre o dever de cercar e
fiscalizar os limites da linha férrea, mormente em locais urbanos e populosos, adotando conduta negligente no tocante às
necessárias práticas de cuidado e vigilância tendentes a evitar a ocorrência de sinistros; e (ii) a vítima adota conduta imprudente,
atravessando a via férrea em local inapropriado. (Tese julgada sob o rito do art. 543-C do CPC/73 - Tema 518)

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 7ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 A respeito da responsabilidade do Estado,
assinale a opção correta.
A)Caso fortuito consiste em acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, excludente da responsabilidade do Estado.
ERRADA,trata da força maior, não do caso fortuito.
1) Caso fortuito ocorre nos casos em que o dano seja decorrente de ato humano ou de falha da
Administração. Não é causa excludente da responsabilidade do Estado.
2) Força maior é acontecimento imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes. É uma
excludente de responsabilidade.

B) O Estado pode ser responsabilizado pela morte do detento que cometeu suicídio. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 Caio, detento em unidade prisional do estado de Alagoas, cometeu
suicídio no interior de uma das celas, tendo se enforcado com um lençol. Os companheiros de cela de Caio declararam que, mesmo diante de
seus apelos, nada foi feito pelos agentes penitenciários em serviço para evitar o ato. A família de Caio procurou a Defensoria Pública a fim de
obter esclarecimentos quanto à possibilidade de receber indenização do Estado. Nessa situação hipotética, à luz da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal, o defensor público responsável pelo atendimento deverá informar a família de Caio de que b) é cabível o ajuizamento de
ação de reparação de danos morais em face do estado de Alagoas.
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO
ESTADO. SUICÍDIO. DETENTO. ESTABELECIMENTO PRISIONAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. 1. O Superior
Tribunal de Justiça sedimentou o entendimento de que a responsabilidade civil do Estado pela morte de
detento em delegacia, presídio ou cadeia pública é objetiva, pois é dever do Estado prestar vigilância e
segurança aos presos sob sua custódia. STJ, AgInt no REsp 1305249 / SC, Data do Julgamento: 19/09/2017)

Em suma:
• Em regra: o Estado é objetivamente responsável pela morte de detento. Isso porque houve inobservância
de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88.
• Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a morte do detento
não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade entre o resultado morte e a omissão
estatal.
O STF fixou esta tese em sede de repercussão geral:
Em caso de inobservância de seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, inciso XLIX, da CF/88,
o Estado é responsável pela morte de detento. STF. Plenário. RE 841526/RS, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/3/2016 (repercussão
geral) (Info 819).
Caso uma pessoa que esteja presa cometa suicídio, o Estado terá o dever de indenizar seus familiares? Em
caso positivo, qual seria o tipo de responsabilidade?
A responsabilidade do Estado é objetiva.
A responsabilidade civil do Estado pela morte de detento em delegacia, presídio ou cadeia pública é
objetiva. Nesse sentido: STJ. 2ª Turma. AgInt no REsp 1305249/SC, Rel. Min. Og Fernandes, julgado em 19/09/2017.
Isso significa que o Estado deverá sempre ser condenado a indenizar os familiares do preso que se
suicidou?
NÃO.
Somente haverá a responsabilização do Poder Público se, no caso concreto, o Estado não cumpriu seu dever
específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF/88.
Como se adota a teoria do risco administrativo, o Estado poderá provar alguma causa excludente de
responsabilidade. Assim, nem sempre que houver um suicídio, haverá responsabilidade civil do Poder
Público.
O Min. Luiz Fux exemplifica seu raciocínio com duas situações:
• Se o detento que praticou o suicídio já vinha apresentando indícios de que poderia agir assim, então,
neste caso, o Estado deverá ser condenado a indenizar seus familiares. Isso porque o evento era previsível
e o Poder Público deveria ter adotado medidas para evitar que acontecesse.
• Por outro lado, se o preso nunca havia demonstrado anteriormente que poderia praticar esta conduta, de
forma que o suicídio foi um ato completamente repentino e imprevisível, neste caso o Estado não será
responsabilizado porque não houve qualquer omissão atribuível ao Poder Público.
Vale ressaltar que é a Administração Pública que tem o ônus de provar a causa excludente de
responsabilidade.
O acórdão do STF no RE 841526/RS “é claro ao afirmar que a responsabilização do Estado em caso de morte
de detento somente ocorre quando houver inobservância do dever específico de proteção previsto no art. 5º,
inciso XLIX, da Constituição Federal. Logo, se o Estado nada pôde fazer para evitar o sinistro, não há
falar em responsabilidade civil do ente estatal, pois a conclusão em sentido contrário ensejaria a
aplicação da inconstitucional teoria do risco integral.”
DIZER O DIREITO: https://www.dizerodireito.com.br/2018/08/responsabilidade-civil-do-estado-em.html

● CEBRASPE (CESPE) - Agente de Polícia Judiciária (PC SE)/2021 (e mais 1 concurso)


Na hipótese de fuga de um preso recluso em uma penitenciária do estado de Sergipe, o estado responderá objetivamente por crime praticado
pelo foragido, ainda que cometido vários meses após a fuga, uma vez que o nexo causal independe do tempo transcorrido.

Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do
Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistema prisional, quando não demonstrado o
nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada. (STF - RE: 608880 MT, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de
Julgamento: 08/09/2020, Tribunal Pleno, Data de Publicação: 01/10/2020)

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 Considerando as modernas ferramentas de controle do Estado e de
promoção da gestão pública eficiente, assinale a opção correta acerca do direito administrativo e da administração pública.
a) Em função do dever de agir da administração, o agente público omisso poderá ser responsabilizado nos âmbitos civil, penal e
administrativo.

"2.PODER-DEVER DE AGIR
(...) Esse aspecto dúplice do poder administrativo é que se denomina de poder-dever de agir. E aqui são irretocáveis
as já clássicas palavras de HELY LOPES MEIRELLES: "Se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o
administrador público é uma obrigação de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade”.
Ilegais, desse modo, serão as omissões específicas, ou seja, aquelas que estiverem ocorrendo mesmo diante de
expressa imposição legal no sentido do facere administrativo em prazo determinado,4 ou ainda quando, mesmo sem prazo
fixado, a Administração permanece omissa em período superior ao aceitável dentro de padrões normais de tolerância ou
razoabilidade. (...)
Quanto ao agente omisso, poderá ele ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente, conforme o
tipo de inércia a ele atribuído. Pode, inclusive, ser punido por desídia no respectivo estatuto funcional, ou, ainda, ser
responsabilizado por conduta qualificada como improbidade administrativa.8 Caso da omissão administrativa sobrevenham
danos para terceiros, têm estes ação indenizatória em face da pessoa administrativa a que pertencer o servidor inerte,
respondendo este em ação regressiva perante aquela (art. 37, 6º, CF)." José dos Santos Carvalho Filho - Manual de Direito
Administrativo 30ª Ed., 2016

● FCC - Fiscal de Defesa do Consumidor (PROCON MA)/2017 A Administração do Tribunal de Justiça contratou motoristas, em regime
temporário, para condução das viaturas oficiais destacadas para os desembargadores que residem fora da Capital, a fim de viabilizar o
transporte dessas autoridades nos dias de sessão. Em um desses dias, após o desembarque da autoridade pública, no trajeto para o local onde
funcionavam as instalações administrativas das Câmaras do Tribunal, a viatura colidiu com um ônibus, tendo ocorrido danos em ambos os
veículos. Diante desse cenário, no que concerne à responsabilidade extracontratual do Estado, E) aplica-se a responsabilidade objetiva em
relação aos entes públicos, sendo indispensável, no caso, apurar o nexo de causalidade entre os danos gerados pelo acidente e a conduta
que o ocasionou, independentemente de estar ou não caracterizada culpa dos condutores, admitindo-se, no entanto, a incidência de
excludentes de responsabilidade.

● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018 O caixa de uma instituição financeira pública deixou de efetivar a autenticação da
guia de recolhimento de tributo que lhe fora apresentada por um cliente, juntamente com outras tantas faturas, não obstante tenha realizado a
retirada dos recursos da conta-corrente do mesmo. O cliente constatou o equívoco meses depois, quando descobriu restrição a seu nome no
cadastro de inadimplentes do ente federal credor do tributo. Tendo restado esclarecido que não se tratou de dolo por parte do funcionário do
banco, bem como considerando o disposto no artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal, que trata da responsabilidade extracontratual
do Estado, c) poderia ser imposta responsabilidade à pessoa jurídica de direito privado empregadora do caixa cuja atuação ensejou danos ao
cliente, independentemente do vínculo funcional, caso se tratasse de prestadora de serviço público, o que não procede no presente caso.

Instituição financeira pública = Estatal (pode ser Sociedade de Economia Mista ou Empresa Pública).
Simplificadamente, as Estatais podem ser: Exploradoras de Atv. Econômica OU Prestadoras de Serviços
Públicos.
Só as Prestadoras de Serviços Públicos se sujeitam à teoria do risco ADMINISTRATIVO, logo, à
Responsabilidade Objetiva.
Atuar explorando atividade econômica não é prestar Serviço Público. Pense: o Banco do Brasil (S.E.M. - Estatal) presta
Serviço Público? Não. Atua como uma instituição financeira, quase que em pé de igualdade com as instituições
financeiras privadas.
Para o STF, as instituições financeiras, incluindo as do Estado, respondem conforme o Código de Defesa do
Consumidor. Logo, embora não respondam com base na teoria do risco administrativo, terão responsabilidade
objetiva, aplicando-se as regras da legislação consumerista.

● FCC - Técnico (DPE RS)/Administrativa/2017 A responsabilidade extracontratual do Estado é estabelecida diante do preenchimento de alguns
requisitos e pode ser imposta
d) às pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público, que respondem sob a modalidade objetiva diante da demonstração
de nexo de causalidade entre a atuação de seus agentes e os danos causados a terceiros, que também demandam comprovação.
e) aos entes públicos e aos privados que mantenham vínculo funcional ou contratual com a Administração pública e, em razão dele, recebam
repasse de dinheiro público, o que lhes obriga a reparar eventuais danos causados a terceiro, sob a modalidade objetiva. ERRADO

O STJ pacificou o entendimento de que, na hipótese em a concessionária de serviço público interrompe o


fornecimento de água como forma de compelir o usuário ao pagamento de débitos pretéritos, é desnecessária a
efetiva comprovação dos danos morais, por constituírem dano in re ipsa (independem de comprovação). Os autos
devem ser devolvidos à origem, a fim de que o Tribunal a quo prossiga no exame do recurso de Apelação, em
especial no tocante ao pedido de majoração do quantum indenizatório. (STJ - REsp: 1694437 RJ 2017/0182678-1, Relator: Ministro
HERMAN BENJAMIN, Data de Julgamento: 16/11/2017, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 19/12/2017)

● (CESPE) - Juiz Federal (TRF 1ª Região)/2015/XVI Um servidor público, fiscal de determinada agência reguladora federal, promoveu a
interdição cautelar de um estabelecimento comercial por violação de normas regulatórias. Após dois meses, a agência reguladora constatou
que a interdição ocorreu por erro do fiscal, e autorizou a desinterdição do estabelecimento. Posteriormente, a empresa prejudicada ajuizou
ação contra o servidor responsável pela interdição, por meio da qual pediu indenização sob a alegação de que ele foi responsável pelo prejuízo.
Com relação a essa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da jurisprudência predominante no STF e STJ relativamente à matéria. a)
O processo deve ser extinto sem resolução do mérito por ilegitimidade passiva, pois, conforme a CF, não se admite a responsabilidade civil
per saltum da pessoa física do agente.

● Cespe – 2013–Determinada professora da rede pública de ensino recebeu ameaças de agressão por parte de um aluno e, mais de uma vez,
alertou à direção da escola, que se manteve omissa. Nessa situação hipotética, caso se consumem as agressões, a indenização será devida pelo
Estado, desde que presentes os elementos que caracterizem a culpa.
● CESPE 2017 - Maria, professora de escola da rede pública, recebeu de um aluno ameaças de agressão e, mais de uma vez, avisou à direção da
escola, que se manteve inerte. Com a consumação das agressões pelo aluno, a professora ajuizou ação indenizatória contra o Estado. A respeito
dessa situação hipotética e de aspectos legais a ela pertinentes, assinale a opção correta. d) A responsabilidade do Estado derivou
do descumprimento do dever legal, a ele atribuído, de impedir a consumação do dano.
● Um ato, ainda que lícito, praticado por agente público e que gere ônus exorbitante a um cidadão pode resultar em responsabilidade civil do
Estado.
● b) A responsabilidade civil objetiva aplica-se a todas as pessoas jurídicas de direito público.
● a) A responsabilidade civil do Estado independe da análise da culpa da conduta estatal.

CERTA, o Estado responderá objetivamente independentemente de ter conduta culposa ou dolosa. Caso ocorra comprovação
do dolo/culpa do agente, o Estado poderá entrar com ação de regresso contra ele.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016 Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
A)Se ato danoso for praticado por agente público fora do período de expediente e do desempenho de suas funções, a responsabilidade do
Estado será afastada.
B) Os danos oriundos de ato jurisdicional ensejam a responsabilização direta e objetiva do juiz prolator da decisão.
C) Em razão do princípio da supremacia do interesse público, são vedados o reconhecimento da responsabilidade e a reparação de dano
extrajudicial pela administração.
D) A responsabilidade objetiva de empresa concessionária de serviço público alcança usuários e não usuários do serviço público. CERTO
STF - RE 591874/MS I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de
serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre
do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato
administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para
estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado.

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 Por imperícia, um policial militar disparou, acidentalmente, sua arma de
fogo, ao manuseá-la em via pública, ferindo um transeunte.No que tange à responsabilidade civil do Estado nessa situação hipotética, assinale
a opção correta. a) A responsabilidade civil do Estado independe da análise da culpa da conduta estatal.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRF 1ª Região)/Administrativa/2017 Alguns meses após a assinatura de contrato de concessão de
geração e transmissão de energia elétrica, a falta de chuvas comprometeu o nível dos reservatórios, o que deteriorou as condições de geração
de energia, elevando os custos da concessionária. A agência reguladora promoveu, então, alterações tarifárias visando restabelecer o equilíbrio
econômico-financeiro firmado no contrato. Todavia, sem que houvesse culpa ou dolo da concessionária, o fornecimento do serviço passou a ser
intermitente, o que provocou danos em eletrodomésticos de usuários de energia elétrica. Considerando essa situação hipotética, julgue o item
que se segue. A concessionária deverá ser responsabilizada pelos danos causados a usuários.

A CF prevê a responsabilidade objetiva de pessoa jurídica prestadora de serviços públicos (CF, art. 37, 6º). Logo, a concessionária será
responsabilizada, independentemente de dolo ou culpa, por se tratar de responsabilidade objetiva.
ATENÇÃO: Quando o fato fortuito é interno, ou seja, é previsível diante da rotina da atividade, não se rompe o nexo de causalidade.

● A responsabilidade objetiva de empresa concessionária de serviço público alcança usuários e não usuários do serviço público.
● Se determinado agente de uma sociedade de economia mista estadual, concessionária do serviço de energia elétrica, causar, durante a
prestação de um serviço, dano à residência de um particular, a concessionária de serviço público poderá responder pelo dano causado ao
particular, independentemente da comprovação de culpa ou dolo do agente.
● De acordo com o entendimento do STF, empresa concessionária de serviço público de transporte responde objetivamente pelos danos
causados à família de vítima de atropelamento provocado por motorista de ônibus da empresa.

● Segundo o entendimento do STF, a responsabilidade civil do Estado pela morte de detento sob sua custódia é objetiva, com base na teoria do
risco administrativo, em caso de inobservância do seu dever constitucional específico de proteção, tanto para as condutas estatais comissivas
quanto para as omissivas. (CESPE)

ATO COMISSIVO RESPONSABILIDADE OBJETIVA

OMISSÃO GENÉRICA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA

OMISSÃO ESPECÍFICA (quando ele tem responsabilidade RESPONSABILIDADE OBJETIVA


pelas pessoas sob sua custódia ou guarda - papel de
garantidor)

● Uma autarquia estava edificando o prédio de sua nova sede. Durante as obras de fundação, as instalações de gasodutos existentes no subsolo
foram perfuradas e houve abalos em algumas construções vizinhas. Nesse caso, a autarquia responde objetivamente pelos danos efetivamente
causados, demonstrado o nexo de causalidade entre eles e a atuação daquele ente. (FCC)
● A anulação de um ato administrativo pela autoridade superior do servidor que o praticou, constatada a existência de vício de legalidade, d)
não afasta a possibilidade de responsabilização objetiva do Estado se o administrado demonstrar o nexo de causalidade entre a atuação do
servidor e os danos que comprovar ter sofrido.

Risco Integral = Nexo Resp. Objetiva = Nexo + Conduta + Dano [ação] Resp. Subjetiva = Nexo + Conduta + Dano + Dolo/Culpa [omissão]

● No estacionamento do Fórum de um determinado município, um advogado colidiu com uma viatura da polícia militar que estava no local para
fazer o transporte de presos para audiência. Diante das avarias no veículo, o advogado ingressou com ação de indenização contra o Estado,
fundamentando seu pedido na responsabilidade objetiva do Estado,: c) sendo possível ao Estado deduzir, em defesa, culpa exclusiva da vítima,
demonstrado que tenha sido o advogado o exclusivo responsável pelo acidente.
● Os princípios que informam a atuação da Administração pública, embora possam ser isoladamente identificados como parâmetros para
controle das funções executivas, na maior parte das vezes expressam-se por meio de normas que não lhes fazem alusão direta. Como exemplo
da presença implícita do princípio que se destaca nas diversas atribuições e obrigações da Administração pública pode-se mencionar a: a)
responsabilidade civil do Estado sob a modalidade objetiva, em decorrência da prática de atos lícitos, que bem representa o conteúdo do
princípio da isonomia, de forma a evitar a distribuição desigual dos ônus entre os administrados.

o Estado responde pelos danos que seus agentes causarem independentemente de ser esse ato ilícito ou lícito. O que justifica a
responsabilidade do estado pela prática de um ato ilícito é o princípio da LEGALIDADE, já o dano decorrente de um ato lícito é
justificado pelo princípio da ISONOMIA, pois o estado não pode beneficiar toda a coletividade prejudicando especialmente uma
pessoa).

● FCC - Auditor de Controle Interno (CGM São Luís)/Abrangência Geral/2015 - A Secretaria de Educação de determinado Município desenvolveu
um programa de disponibilização, nos finais de semana, das instalações escolares externas, em especial para a prática de atividades esportivas
e culturais. Durante um jogo de futebol realizado em uma dessas ocasiões, um dos alunos que estava participando da partida, chocou-se contra
a trave do gol, que estava solta e tombou, atingindo na cabeça outro aluno que estava próximo. Em razão do acidente, o aluno ficou
seriamente machucado, sofrendo sequelas. Em decorrência do acidente, a) o Município poderá ser responsabilizado
extracontratualmente, tendo em vista que a voluntariedade do comparecimento a escola não afasta a responsabilidade objetiva do ente
público no caso descrito, em que um equipamento da área esportiva deu causa a danos em um aluno

O Estado tem responsabilidade pelas pessoas sob sua custódia e guarda (exemplo dos presidiários, dos
estudantes e dos internados em hospitais públicos). Nestas situações, haverá a responsabilidade objetiva do Estado,
mesmo que o prejuízo não decorra de ação direta de um agente do Poder Público. Quando este tiver o papel de garantidor
da integridade de pessoas, responderá com base no §6º art. 37 da CF/1988, ou seja, de modo objetivo.
Para que se chegue à conclusão exposta, é preciso conhecer o significado de omissão genérica e omissão
específica. Um exemplo do autor Sérgio Cavalieri Filho elucida a distinção:
Se um motorista embriagado atropela e mata pedestre que estava na beira da estrada, a Administração
(entidade de trânsito) não poderá ser responsabilizada pelo fato de estar esse motorista ao volante sem condições. Isso
seria responsabilizar a Administração por omissão genérica.
Mas se esse motorista, momentos antes, passou por uma patrulha rodoviária, teve o veículo parado, mas os
policiais, por alguma razão, deixaram-no prosseguir viagem, aí haverá omissão específica que se erige em causa
adequada do não impedimento do resultado. Nesse segundo caso haverá responsabilidade objetiva do Estado.

FICA O BIZU DE PROVA.


Se a questão não fizer nenhuma alusão a casos hipotéticos sobre pessoas sob a guarda ou a
custódia do Estado (presidiários, alunos ou hospitalizados), pode marcar que a omissão estatal importará a
responsabilização do Estado com base na teoria subjetiva.
Ao contrário disso, se houver um contexto, o concursando deve, primeiro, perceber se se refere às pessoas então
mencionadas. Em caso positivo, haverá omissão específica, e, sendo assim, o caso será de responsabilidade
objetiva.

● FCC - Técnico Ministerial (MPE PE)/Administrativa/2018 Os servidores que integram o corpo funcional de autarquias e fundações a) podem
praticar atos que acarretem responsabilidade civil às pessoas jurídicas que representam, o que não afasta a possibilidade de
responsabilização pessoal, na esfera administrativa e civil, o que abrange configuração de atos de improbidade, assim como não afasta a
possibilidade de se submeterem a processo criminal independente.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Controle Externo (TCE-PA)/Educacional/2016 - Situação hipotética: O motorista de determinado veículo
particular, não tendo respeitado o sinal vermelho do semáforo, provocou a colisão entre o veículo que dirigia e um veículo oficial do TCE/PA que
estava estacionado em local proibido. Assertiva: Nessa situação, o valor da indenização a ser paga pelo Estado será atenuado ante a
existência de culpa concorrente, já que o Brasil adota a teoria da responsabilidade objetiva do tipo risco administrativo.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 No que diz respeito à responsabilidade civil do Estado, assinale a opção
correta.
a) Como o direito brasileiro adota a teoria do risco integral, a responsabilidade extracontratual do Estado converte-o em segurador universal no
caso de danos causados a particulares.

"A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu art. 37, p. 6º, subsume-se à teoria do
risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto para as omissivas, posto rejeitada a teoria do
risco integral. (...)" [STF, RE 841.526, rel. min. Luiz Fux, j. 30-3-2016, P, DJE de 1º-8-2016, com repercussão geral.]

b) Cabe indenização em decorrência da morte de preso dentro da própria cela, em razão da responsabilidade objetiva do Estado. CERTO

Segundo o STF, na situação em que o Estado deveria proteger o preso, mas não o faz, a omissão ensejará responsabilidade
objetiva.
"Assim, na hipótese de danos advindos de omissões estatais, a regra geral será a sujeição do poder público a uma
modalidade subjetiva de responsabilidade civil em que a pessoa que sofreu a lesão deverá provar (o ônus da prova é dela) a
falta ou a deficiência de um serviço público a cuja prestação o Estado estava obrigado e demonstrar a existência de um efetivo
nexo de causalidade entre o dano por ela sofrido e a omissão havida.)
Cumpre enfatizar que a atribuição ao poder público de responsabilidade civil subjetiva, na modalidade "culpa
administrativa", pelos danos ensejados por omissão estatal na prestação de serviços públicos obrigatórios (faute de service)
é uma regra geral. Isso porque há situações nas quais, mesmo em face de omissão, o Estado responde
objetivamente."Direito Administrativo Descomplicado (2017), Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, p.925-928
"EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO POR MORTE DE
DETENTO. ARTIGOS 5º, XLIX, E 37, p. 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
1. A responsabilidade civil estatal, segundo a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, p. 6º, subsume-se à teoria do
risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas quanto paras as omissivas, posto rejeitada a teoria do risco
integral. (...)
7. A responsabilidade civil estatal resta conjurada nas hipóteses em que o Poder Público comprova causa impeditiva da
sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão com o resultado danoso.
8. Repercussão geral constitucional que assenta a tese de que: em caso de inobservância do seu dever específico
de proteção previsto no artigo 5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte do
detento. (...)"(STF, RE 841526, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2016, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL -
MÉRITO DJe-159 DIVULG 29-07-2016 PUBLIC 01-08-2016)

c) O regime publicístico de responsabilidade objetiva, instituído pela CF, não é aplicável subsidiariamente aos danos decorrentes de atos
notariais e de registro causados por particulares delegatários do serviço público.

O Estado responde, objetivamente, pelos danos causados por notários e registradores. O Estado
responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções,
causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de
improbidade administrativa. O Estado possui responsabilidade civil direta, primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais
de registro, no exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros. 37, 6, CF. STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz
Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

(CESPE) - Procurador de Contas (MPC TCE-PA)/2019


A) Conforme entendimento do STF, a responsabilidade civil doEstado por atos de notários e oficiais de registro que, nessa
qualidade, causarem danos a terceiros é direta, primária e objetiva. CERTO

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O TEMA

Há decisões em contrário proferidas pelo STJ (ex: AgRg no REsp 1377074/RJ). Inclusive a
banca cespe, em 2019, cobrou os dois posicionamentos (STJ e STF) em concursos diferentes.
Vejamos:
CESPE/2019:A responsabilidade civil do respectivo ente federativo estatal será subsidiária,
porque tais agentes se responsabilizam diretamente pelos seus atos. CERTO!

Obs: Adotou o posicionamento do STJ!

Falou em cartório, se houver erro ou falha decorrente dos oficiais de cartório:

STF: diz que a responsabilidade de indenizar o particular é do ESTADO, cabendo a este (o


Estado) ação de regresso contra o tabelião.

STJ: a responsabilidade do estado é subsidiária enquanto o próprio tabelião tem a


responsabilidade OBJETIVA.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TRT 8ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016 - João, servidor público, ao dirigir veículo
automotor pertencente à frota de seu órgão de lotação, no exercício de sua função, bateu em veículo automotor de particular. Considerando
essa situação hipotética, assinale a opção correta. a) Poderia haver responsabilização do Estado por culpa in eligendo e culpa in
vigilando caso João estivesse atuando fora de suas funções mas a pretexto de exercê-las.
Associe sempre esses termos à hipótese em que o servidor, FORA DO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES, ocasiona dano ao particular como se
em exercício estivesse (pelo fato de se utilizar de equipamentos, veículos, vestimentas utilizadas no serviço).
Nesses casos, a responsabilidade estatal será OBJETIVA, haja vista a MÁ ESCOLHA DE SEU AGENTE (culpa in eligendo) e a MÁ FISCALIZAÇÃO
DE SEUS ATOS (culpa in vigilando).

Culpa in ELIGENDO Culpa in VIGILANDO

É aquela proveniente da má escolha de um É a oriunda de falta de fiscalização por parte do


representante ou preposto, como, por exemplo, a pessoa empregador, quer com respeito aos empregados, quer com
admitir ou manter a seu serviço um empregado sem as respeito à própria coisa, como por exemplo, o proprietário de
aptidões necessárias ao trabalho que lhe é confiado uma empresa de transporte que não fiscaliza
convenientemente a atuação de seus motoristas, ou permite o
trânsito de veículos imprestáveis e que, por isso, ocasiona
acidentes.

● FCC - Analista Judiciário (TRT 23ª Região)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2016 - Considere a seguinte situação hipotética: em
determinado Município do Estado do Mato Grosso houve grandes Deslizamentos de terras provocados por fortes chuvas na região, causando o
soterramento de casas e pessoas. O ente público foi condenado a indenizar as vítimas, em razão da ausência de sistema de captação de águas
pluviais que, caso existisse, teria evitado o ocorrido. Nesse caso, a condenação está: c) correta, haja vista a omissão estatal, aplicando-se a
TEORIA DA CULPA DO SERVIÇO PÚBLICO.
● FCC - Defensor Público do Estado do Rio Grande do Sul/2018 - Em uma unidade prisional brasileira, superlotada e na qual ocorrem violações
diárias de direitos humanos pela ausência de condições mínimas de saúde, higiene, segurança e preservação da intimidade, um preso cumpriu
integralmente o tempo correspondente de privação de liberdade de determinada pena. No período, foi assediado moral e fisicamente de várias
formas, ficou diversas vezes privado de sol e de banho, não dormiu por muitas noites por falta de colchões, desenvolveu doença pulmonar e
ficou viciado em crack, substância com a qual jamais havia tido contato antes da privação de liberdade. O Estado em que situada a unidade
prisional passa por gravíssima crise financeira e atrasa salários de seus servidores, mas aplica na gestão da saúde, educação e segurança
pública os percentuais constitucionais e legais mínimos previstos, além de gastar nos limites de sua lei orçamentária, o que foi respeitado
durante todo o período em que o apenado cumpriu pena. Considerando a situação acima e a jurisprudência recente do Supremo Tribunal
Federal, decidida em sede de repercussão geral, que se assemelha ao fato narrado, considerada a Teoria da Reserva do Possível, os danos
experimentados pelo preso: e) deverão ser indenizados pelo Estado, tanto os danos materiais como os morais, independentemente de
comprovação de culpa na fiscalização das condições de saúde e higiene da unidade prisional, sendo irrelevante conhecer se foram aplicados
todos os recursos previstos na lei orçamentária nas áreas da segurança e saúde prisional.

Estado atuando como GARANTE = Responsabilidade OBJETIVA.

STF: O dever de ressarcir danos, inclusive morais, efetivamente causados por ato de agentes estatais ou
pela inadequação dos serviços públicos decorre diretamente do art. 37, § 6º, da Constituição, disposição normativa
autoaplicável. Ocorrendo o dano e estabelecido o nexo causal com a atuação da Administração ou de seus agentes, nasce a
responsabilidade civil do Estado. O Estado é responsável pela guarda e segurança das pessoas submetidas a
encarceramento, enquanto permanecerem detidas. É seu dever mantê-las em condições carcerárias com
mínimos padrões de humanidade estabelecidos em lei, bem como, se for o caso, ressarcir danos que daí decorrerem.

● FCC - Analista (DPE RS)/Administração/2017 Durante as comemorações do aniversário de um município, que aconteciam na praça matriz,
houve um princípio de tumulto, possibilitando que se desse início a uma série de furtos. Em decorrência desses acontecimentos, o
policiamento foi acionado e durante as ações de contenção, houve troca de tiros, ao que consta, iniciada pelos agentes policiais, atingindo
alguns munícipes, um deles de forma fatal. A família do munícipe falecido b) pode pleitear indenização pelos danos emergentes
comprovados, bem como por possíveis danos morais, em face tanto do poder público responsável pelo policiamento, quanto daquele
incumbido de garantir a segurança dos munícipes no evento, demonstrado o nexo de causalidade.
● FCC - Analista Judiciário (TRE SP)/Judiciária/2017 Suponha que tenha ocorrido o rompimento de uma adutora de empresa prestadora de
serviço público de saneamento básico, causando prejuízos materiais a diversas famílias que residem na localidade, as quais buscaram a
responsabilização civil da empresa objetivando a reparação dos danos sofridos. De acordo com o regramento constitucional aplicável, referida
empresa d) sujeita-se, ainda que concessionária privada de serviço público, à responsabilização objetiva, que admite, em certas hipóteses,
algumas causas excludentes de responsabilidade, como força maior.

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2018 - Cinco alunos de determinada escola pública
estadual, beneficiados por transporte escolar gratuito custeado pelo Estado, durante o percurso entre a unidade escolar e as respectivas
residências, sofreram danos físicos, alguns de grande proporção, em razão de acidente de veículo envolvendo a van escolar que os conduzia.
Em razão destes fatos, os pais dos acidentados procuraram a Defensoria Pública para responsabilizar o Estado, responsável pelo transporte, que
d) responde objetivamente pelos danos materiais e morais causados aos alunos, bastando a comprovação do nexo de causalidade
entre o acidente de trânsito e os prejuízo sofridos pelos mesmos, cabendo ao ente público mover ação de regresso contra o responsável
direto nos casos de dolo ou culpa.

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Distrito Federal/2019 É possível responsabilizar a administração pública por ato omissivo do poder
público, desde que seja inequívoco o requisito da causalidade, em linha direta e imediata, ou seja, desde que exista o nexo de causalidade
entre a ação omissiva atribuída ao poder público e o dano causado a terceiro.

RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO:

ATO COMISSIVO RESPONSABILIDADE OBJETIVA

OMISSÃO GENÉRICA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA

OMISSÃO ESPECÍFICA RESPONSABILIDADE OBJETIVA

CULPA CONCORRENTE RESPONSABILIDADE OBJETIVA, PORÉM ATENUADA

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado do Amazonas/2016 Um motorista alcoolizado abalroou por trás viatura da polícia militar que
estava regularmente estacionada. Do acidente resultaram lesões em cidadão que estava retido dentro do compartimento traseiro do veículo.
Esse cidadão então ajuizou ação de indenização por danos materiais contra o Estado, alegando responsabilidade objetiva. O procurador
responsável pela contestação deixou de alegar culpa exclusiva de terceiro e não solicitou denunciação da lide. O corregedor determinou a
apuração da responsabilidade do procurador, por entender que houve negligência na elaboração da defesa, por acreditar que seria útil à defesa
do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração do acidente. Considerando essa situação hipotética, julgue o próximo item.
1)Foi correto o corregedor quanto ao entendimento de que seria útil à defesa do poder público alegar culpa exclusiva de terceiro na geração
do acidente, uma vez que, provada, ela pode excluir ou atenuar o valor da indenização.
ATENÇÃO PQ A BANCA USOU “ATENUAR” EQUIVOCADAMENTE ⇒ Atenuação/mitigação/redução/abrandamento seria na
hipótese de concausa, ou seja, culpa concorrente, que não se confunde com culpa exclusiva!

Aplicando a Teoria do Risco Administrativo + culpa exclusiva de terceiro:


➜ O ESTADO NÃO RESPONDE PELO DANO CAUSADO POR / AO TERCEIRO ALCOOLIZADO.

➜ ESTADO RESPONDE PELO DANO SOFRIDO AO CUSTODIADO SOB SUA PROTEÇÃO/GUARDA


↳ ATENÇÃO: NESTE CASO, A RESPONSABILIDADE PODE SER ATENUADA SIM, POIS, O
ESTADO NÃO FOI O RESPONSÁVEL IMEDIATO - MAS NÃO DEIXOU DE SER RESPONSÁVEL

➜ SE OBRIGADO A INDENIZAR, A RESPONSABILIDADE / INDENIZAÇÃO PODE SER ATENUADA EM


QUE PESE APLICAÇÃO DA CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO, QUE NÃO O DESOBRIGA QUANTO AO
CUSTODIADO.

2)Diante da ausência de denunciação da lide, ficou prejudicado o direito de regresso do Estado contra o motorista causador do acidente.

O assunto não é pacífico na doutrina, mas o entendimento dominante é no sentido de inaplicabilidade do referido instituto

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal (Pref Boa Vista)/2019


Julgue o item a seguir, acerca das disposições constitucionais a respeito de direito administrativo.
Um município poderá ser condenado ao pagamento de indenização por danos causados por conduta de agentes de sua guarda municipal,
ainda que tais danos tenham decorrido de conduta amparada por causa excludente de ilicitude penal expressamente reconhecida em
sentença transitada em julgado.

Por mais que as excludentes de ilicitude afastem a relevância penal da conduta, a responsabilidade civil do Estado
pode perdurar, uma vez que o regime jurídico administrativo não é o mesmo que o penal, As causas que rompem o nexo
causal entre a conduta do Estado e o dano são: Culpa exclusiva da vítima ou de terceiro e a força maior. A culpa
concorrente é uma atenuante da responsabilidade.
“7) A Administração Pública pode responder civilmente pelos danos causados por seus agentes, ainda que estes
estejam amparados por causa excludente de ilicitude penal.” (Jurisprudência em teses nº 61. P. 2. Acesso em: 12/08/19. Disponível em:
https://scon.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp)

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Município de Manaus/2018


A respeito do entendimento do STJ sobre a responsabilidade civil do Estado, julgue o item seguinte.
A existência de causa excludente de ilicitude penal não impede a responsabilidade civil do Estado pelos danos causados por seus agentes.

● CESPE - Analista Judiciário (TRE GO)/Administrativa/2015 "Rafael, agente público, chocou o veículo que dirigia, de propriedade do ente ao
qual é vinculado, com veículo particular dirigido por Paulo, causando-lhe danos materiais. A responsabilidade da administração pode ser
afastada caso fique comprovada a culpa exclusiva de Paulo e pode ser atenuada em caso de culpa concorrente.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ PA)/Administração/2020 Acerca da responsabilidade civil do Estado, assinale a opção correta.
a) É vedado ao Estado realizar pagamento administrativo de dano causado a terceiro, devendo aguardar eventual condenação em ação
judicial para proceder ao pagamento mediante precatório.
b) O Estado não deve indenizar prejuízos oriundos de alteração de política econômico-tributária caso não se tenha comprometido
previamente por meio de planejamento específico. CERTO
c) A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público gera direito a indenização caso se comprove cabalmente erro da
administração pública. STF ⇒ A nomeação tardia de candidatos aprovados em concurso público, por meio de ato judicial, à qual atribuída eficácia
retroativa, confere direito à indenização equivalente às remunerações que teriam sido percebidas e à contagem retroativa do tempo de serviço,
porém, não gera direito às promoções ou progressões funcionais.
Para o STF, a promoção ou a progressão funcional – a depender do caráter da movimentação, se vertical ou horizontal – não se resolve
apenas mediante o cumprimento do requisito temporal. Pressupõe a aprovação em estágio probatório e a confirmação no cargo, bem como o
preenchimento de outras condições indicadas na legislação ordinária.

d) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros
usuários, mas subsidiária para não usuários. STF⇒ a responsabilidade é objetiva tanto em relação aos usuários como terceiros, enfim, os que
não ostentem a qualidade de usuários.
e) O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados de empresa terceirizada não gera responsabilidade solidária do poder
público, mas tão somente subsidiária. O inadimplemento dos encargos trabalhistas dos empregados do contratado não transfere
automaticamente ao Poder Público contratante a responsabilidade pelo seu pagamento, seja em caráter solidário ou subsidiário, nos termos do
art. 71, 1º, da Lei nº 8.666/93. STF.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 O Estado é civilmente responsável por dano causado a particular em
decorrência de má conservação de rodovia que se encontra sob responsabilidade pública
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPE PI)/Engenharia/Engenharia Civil/2018 No contexto da responsabilidade civil do Estado, a culpa
da vítima será considerada como critério para excluir ou para atenuar a responsabilização do ente público.

Embora haja divergência na doutrina, são usualmente aceitos como excludentes a culpa exclusiva da vítima, a força maior e o caso
fortuito (alguns falam ainda em "culpa de terceiros"). Caso a administração pública demonstre que houve culpa recíproca - isto é, dela e
do particular, concomitantemente -, sua obrigação de indenizar será proporcionalmente atenuada.
Advirta-se, contudo, que a teoria do risco administrativo, embora dispense a prova da culpa da Administração, permite que o
Poder Público demonstre a culpa da vítima para excluir ou atenuar a indenização. Isto porque o risco administrativo não se confunde com
o risco integral. O risco administrativo não significa que a Administração deva indenizar sempre e em qualquer caso o dano suportado pelo
particular; significa, apenas e tão somente, que a vítima fica dispensada da prova da culpa da Administração, mas esta poderá demonstrar a
culpa total ou parcial do lesado no evento danoso, caso em que a Fazenda Pública se eximirá integral ou parcialmente da indenização.

● FCC - Analista Judiciário (TST)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 Considere que, em um período de chuvas intensas, tenha
ocorrido o transbordamento de um rio situado no perímetro urbano de determinada cidade. Os moradores da região sofreram vários prejuízos
em função do transbordamento e buscaram, judicialmente, indenização do poder público sob a alegação de que os danos decorreram do
atraso nas obras de aprofundamento da calha do rio, bem como da paralisação dos serviços de dragagem e da omissão na adoção de outras
medidas que pudessem evitar ou minimizar os danos sofridos. O pleito apresentado d) é cabível mesmo não individualizada conduta
comissiva de agente público, se demonstrado o nexo de causalidade com a falha na prestação do serviço.

Em síntese, a teoria da culpa administrativa exige a presença dos seguintes elementos para possibilitar a
responsabilização do Estado: omissão de agente público, dano, nexo causal e a culpa do Estado (presumida pelo não
funcionamento ou pelo funcionamento inadequado do serviço público).
Para exemplificar a responsabilidade subjetiva do Estado, na modalidade teoria da culpa administrativa, é possível
imaginar a hipótese em que um assalto ocorre na frente de um posto policial e os policiais de plantão nada fazem para evitar a
ação dos marginais. Nesse caso, é possível responsabilizar subjetivamente o Estado pela omissão no dever de prestar o serviço de
segurança.
A teoria aqui esposada é também aplicável em relação a fenômenos da natureza, como no caso de enchentes, e a atos de
multidão que venham a causar danos a terceiros.” (ALEXANDRE, Ricardo; DEUS, João de. Direito Administrativo Esquematizado.1ª ed. São Paulo:
Método, 2015.E-book. P. 620)

● FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Reaplicada" Carlos, servidor público municipal que atua em hospital da rede
pública estadual, no exercício regular de sua função, aplicou determinada medicação em um paciente, que, sendo alérgico à mesma, acabou
vindo a óbito. No procedimento instaurado para apuração de responsabilidades, restou comprovada a ausência de culpa de Carlos, eis que o
mesmo apenas seguiu a prescrição do médico responsável, também servidor do mesmo hospital. Inconformados, os familiares do falecido
solicitaram à Defensoria Pública a adoção das medidas judiciais cabíveis para a responsabilização civil pelos danos sofridos. Diante da situação
narrada, a) cabe a responsabilização objetiva do Estado, independentemente da comprovação de dolo ou culpa de quaisquer dos
servidores, sendo esta última circunstância necessária apenas para fins de direito de regresso.

ERRADAS
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 Situação hipotética: João solicitou à administração licença de
instalação para loja de fogos de artifício em área residencial, tendo efetuado o pagamento das taxas. A portaria regulamentadora local prevê
vistoria em 24 horas, o que não ocorreu. De todo modo, a loja passou a funcionar irregularmente, instalada às ocultas e sem o conhecimento
da administração pública. Nesse período, ocorreu uma explosão decorrente de incêndio que provocou a combustão de grande quantidade de
pólvora que se encontrava depositada no interior da loja. O acidente resultou em prejuízos morais e materiais aos vizinhos que habitam na
região. Assertiva: Nessa situação, houve falha da administração pública no dever de fiscalizar a atividade de risco realizada pela empresa, o que
caracteriza a responsabilidade objetiva do Estado por omissão e gera o dever de indenizar os vizinhos, ainda que regressivamente possa
demandar em desfavor de João.

Percebe-se que, além da ausência de requisitos positivos, incide a culpa exclusiva do proprietário, porque não aguardou a
necessária licença e estocou pólvora.
Não houve licença para a atividade e também não houve conhecimento do poder público sobre a irregularidade, logo, afasta-se a
responsabilidade objetiva do Estado.
STF: Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que
exista a violação de um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para funcionamento sem as cautelas legais
ou quando for de conhecimento do poder público eventuais irregularidades praticadas pelo particular. (RE 136861/SP, Relator(a): EDSON FACHIN, Relator(a) p/
Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES, Tribunal Pleno, julgado em 11/03/2020, ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-201 DIVULG 12-08-2020 PUBLIC 13-08-2020)
Segundo o ministro Gilmar Mendes, a questão resume-se à responsabilidade por fato ilícito causado por terceiro, que instalou clandestinamente loja
sem obedecer a legislação municipal, estadual e federal.

● CEBRASPE (CESPE) - Atividades Técnicas de Complexidade Intelectual de Nível Superior (ME)/Perfil Profissional 2/Direito/2020
● Considere que o caminhão de Alípio tenha sido retido por alegado excesso de peso após passar pela balança de pesagem de determinada
concessionária em uma rodovia federal. Considere ainda que, enquanto Alípio era levado pelo agente ao interior do escritório da
concessionária para a lavratura do auto de infração, seu caminhão tenha sido furtado nas dependências do referido posto de pesagem. Nessa
situação hipotética, é devida indenização a Alípio, pois a conduta do agente foi comissiva, o que configura a responsabilidade objetiva do
Estado.
O erro está na palavra comissiva. A atitude do agente foi omissiva. A responsabilidade em caso de
omissão do Estado (ou pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público) recebe o seguinte
tratamento:
Omissão Genérica: a responsabilidade é subjetiva, havendo necessidade de comprovar dolo ou culpa
(teoria da culpa).
Omissão Específica: a responsabilidade é objetiva, não havendo necessidade de comprovar dolo ou culpa
(teoria do risco administrativo)
No presente caso, a omissão é específica, pois havia dever específico de vigilância e conservação,
afinal o motorista estava parado no pátio da concessionária unicamente em virtude da autuação que seria
realizada.
Via de regra, a concessionária responderá de forma objetiva. No caso de dever específico de vigilância
e conservação, como o narrado pela questão, demonstrada o nexo de causalidade entre a omissão do agente da
concessionária e o dano causado fica caracterizada a responsabilidade objetiva da concessionária,
respondendo o Estado apenas de forma subsidiária.
Isso porque a concessão de serviço público ocorrerá por conta e risco da concessionária, não
respondendo o Estado, a priori, pelos danos causados por aquela. Veja o art. 2º, II da Lei nº 8.987/95:
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, considera-se: II - concessão de serviço público: a
delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência,
à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado;

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 A condenação do Estado em ação indenizatória ajuizada em razão
de dano causado por servidor público enseja a responsabilização do servidor em ação regressiva, independentemente da configuração de dolo
ou culpa na conduta.

O Estado responde objetivamente, mas a responsabilidade civil do servidor é regressiva e subjetiva.


Consequentemente, o servidor não pode ser demandado diretamente, mas somente pelo Estado em ação de
regresso. Ademais, para que isso ocorra, é imprescindível que o servidor tenha atuado com dolo ou culpa.
Assim, o trecho independentemente torna a questão incorreta.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ AL)/2020 As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços
públicos respondem pelos seus atos que causarem danos a particulares somente se verificado que a conduta tenha sido dolosa ou culposa.
● a) A responsabilidade civil objetiva das concessionárias e permissionárias de serviços públicos abrange somente as relações jurídicas entre elas
e os usuários dos serviços públicos. ⇒ TERCEIROS + USUÁRIOS
● e) A responsabilidade da administração pública será sempre objetiva. ⇒ Negativo, para atos omissivos, pela teoria da culpa anônima ou
administrativa, o Estado responde, de regra, subjetivamente.
● De acordo com a teoria da culpa do serviço, a responsabilidade do Estado depende da demonstração de culpa do agente público, aspecto esse
que a distingue da teoria do risco administrativo. (Na Teoria da Culpa do Serviço Não há em que se falar da culpa do agente - Depende da falha
na prestação do serviço)
Risco Administrativo Teoria Objetiva, independe de Dolo ou Culpa;

Culpa Administrativa Teoria Subjetiva, basta o mau funcionamento, inexistência ou retardamento do serviço.

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019 Ato antijurídico é aquele estritamente derivado de uma ilicitude do
agente.

Ato ANTIJURÍDICO ⇒ é aquele que causou DANO, não importando se foi lícito ou ilícito.
Para a configuração da responsabilidade civil do Estado, a licitude ou a ilicitude da conduta do agente é irrelevante. Na
verdade, segundo Maria Sylvia Di Pietro, a responsabilização do Estado decorre da prática de ato antijurídico, assim entendido
como o ato lícito ou ilícito de agente público que cause um dano anormal e específico a terceiro.
Em outras palavras, no contexto da responsabilidade civil do Estado, para classificar um ato como antijurídico
não importa se ele foi ou não praticado em conformidade com a lei, bastando que ele tenha causado dano a alguém.

Direito Penal: todo ato antijurídico é ilícito.


Direito Administrativo: ato antijurídico pode ser lícito ou ilícito.

● Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos
seus servidores públicos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não (CASO) seja
comprovada a ocorrência de dolo ou culpa.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Técnico-Administrativo (DPU)/2016 - Situação hipotética: Considere que uma pessoa jurídica de direito público
tenha sido responsabilizada pelo dano causado a terceiros por um dos seus servidores públicos. Assertiva: Nessa situação, o direito de regresso
poderá ser exercido contra esse servidor ainda que não seja comprovada a ocorrência de dolo ou culpa. Necessário comprovar a culpa ou
dolo do agente para que esse restitua aos cofres públicos os valores pagos.
● (CESPE) - Assistente Judiciário (TJ AM)/"Sem Área"/2019 Ato antijurídico é aquele estritamente derivado de uma ilicitude do agente.

Ato ANTIJURÍDICO ---> é aquele que causou DANO, não importando se foi lícito ou ilícito.

● FCC - Analista Jurídico de Defensoria (DPE AM)/Ciências Jurídicas/2018 Durante o trajeto por uma rodovia federal, um veículo particular foi
parado por um bloqueio policial, que estava à procura de traficantes de uma determinada organização criminosa. Não obstante os ocupantes
do veículo tenham se identificado e a descrição física dos mesmos não fosse coincidente com os suspeitos procurados, a polícia não os liberou
do bloqueio, determinando que fossem conduzidos à delegacia mais próxima para que prestassem depoimento. Não foi possível colher o
depoimento dos ocupantes do veículo porque o sistema eletrônico da delegacia não estava funcionando, nem havia delegado de plantão,
decidindo os policiais por manter os ocupantes do veículo custodiados até o dia seguinte, apenas quando foi registrada a presença dos mesmos
naquelas dependências. Com base na narrativa feita e no que concerne à esfera de direitos dos ocupantes do veículo, o ocorrido
a) enseja responsabilidade objetiva do Estado tendo em vista que o poder de polícia administrativo exercido pelos agentes policiais demanda
expressa previsão legal de todos os atos e providências permitidos. ERRADO ⇒ DISCRICIONARIEDADE
e) pode demandar responsabilização do Estado, considerando, sem prejuízo de outras alegações, que o serviço público não funcionou
adequadamente, em razão do sistema inoperante e da ausência do delegado de plantão, o que inviabilizou o depoimento dos ocupantes.

Havendo comprovação de prejuízo, sim a situação pode demandar responsabilização do Estado. Veja que a questão não abordou a
licitude ou não da detenção dos ocupantes do veículo, mas apenas questionou sobre a possibilidade de responsabilidade.
⇒ Sistema da delegacia sem funcionar + falta de delegado = Policiais forçarem ocupantes do carro a passarem noite na delegacia =
Dano
Em relação à letra a): Acredito que o erro da alternativa esteja em "expressa previsão legal de todos os atos e providências
permitidos". Embora o poder de polícia decorra da lei, ele também é dotado do atributo da discricionariedade, e é
juridicamente impossível a previsão detalhada de todas as suas atuações.
"...discricionariedade é pura e simplesmente o resultado da impossibilidade da mente humana poder saber sempre, em
todos os casos, qual a providência que atende com precisão a finalidade da regra de direito." (MELLO, Celso Antônio Bandeira de.
Discricionariedade e Controle Jurisdicional. 2ª ed., 5ª tiragem. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 43.)

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 É objetiva a responsabilidade do agente público em exercício que, por ato
doloso, cause danos a terceiros. SUBJETIVA

● CEBRASPE (CESPE) - Advogado (EBSERH)/2018 O Estado terá o dever de indenizar no caso de dano provocado a terceiro de boa-fé por
agente público necessário. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Advogado (EBSERH)/2018 Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário
público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares de boa-fé.
O princípio da proteção à confiança não é tão comum em provas, mas vem caindo com frequência em provas da CESPE.
3.3.15.4. APLICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA SEGURANÇA JURÍDICA, BOA- FÉ E PROTEÇÃO À CONFIANÇA
Existem inúmeras situações em que os três princípios podem ser invocados. Algumas são analisadas a seguir, a título ilustrativo:
(...)
b) na manutenção de atos praticados por funcionário de fato:
Nesse caso, o servidor está em situação irregular, ou porque não preenche os requisitos para o exercício do cargo, ou
porque ultrapassou a idade limite para continuar no cargo, ou porque está em situação de acumulação irregular, enfim
porque existe algum tipo de irregularidade em sua investidura. A rigor, os atos por ele praticados seriam ilegais, porque,
estando irregularmente no exercício do cargo, emprego ou função, ele não teria competência para a prática de atos
administrativos. No entanto, mantêm-se os atos por ele praticados, uma vez que, tendo aparência de legalidade,
geraram nos destinatários a crença na validade do ato." (Di Pietro, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo / Maria Sylvia Zanella Di
Pietro. - 27. ed. - pg. 85-89 - São Paulo: Atlas, 2014).
Exemplo bem usual de aplicação dessa lógica ocorre no caso de atos praticados por agente público investido
irregularmente na função (funcionário de fato). Está sedimentado na doutrina e na jurisprudência o entendimento
segundo o qual, em nome da segurança jurídica, os atos praticados pelo funcionário de fato, embora eivados de um
vício quanto à competência, devem ser considerados válidos. Trata-se de uma estabilização da ilegalidade promovida
em nome de valores maiores tutelados pelo ordenamento, como a boa-fé e a segurança jurídica (proteção à confiança
legítima)." (g.n.) (Mazza, Alexandre. Manual de Direito Administrativo - 7ª ed. - pág. 154 - São Paulo: Saraiva, 2017).
(Professor Bruno Lira - TECCONCURSOS)

CUIDADO COM A DIFERENÇA ABAIXO:

Usurpação de função: Agente putativo:

ocorre quando uma pessoa se faz passar por é aquele que desempenha uma atividade pública na presunção de que
agente público, sem que, de qualquer modo, seja há legitimidade, embora não tenha havido investidura dentro do
investido em cargo, emprego ou função pública. procedimento legalmente exigido. Ocorre quando, por exemplo, um
Nesse caso o infrator se faz passar por agente servidor está suspenso do cargo, ou exerce função depois de
sem ter essa qualidade. O usurpador comete crime vencido o prazo de sua contratação, ou continua em exercício após a
definido no art. 328 do CP. A doutrina considera o idade-limite para aposentadoria compulsória. Assim, com base na
ato praticado pelo usurpador como ato teoria da aparência, o ato praticado por funcionário de fato é
inexistente, ou seja, não chega a ser ato considerado válido (seus efeitos). O objetivo é proteger a boa-fé do
administrativo. administrado. Nesse caso, o Estado é responsável pelos danos
que o agente público putativo vier a causar enquanto exercer a
qualidade de agente público.

Controle da Administração: conceitos, princípios, abrangência e classificações

AUTOTUTELA TUTELA
(controle hierárquico) (controle finalístico)

Decorre de hierarquia Inexiste hierarquia

Subordinação Vinculação ou supervisão ministerial


ou controle finalístico

Controle pleno e ilimitado Controle restrito e limitado

Classificações de controle:

a) origem: interno, externo e popular;


b) momento: prévio, concomitante e posterior (ou corretivo);
c) aspecto ou natureza (controlado): legalidade e mérito;
d) amplitude: hierárquico/finalístico;
e) espécies ou órgão: administrativo, legislativo e judicial.
(CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018 Quanto ao aspecto controlado, o controle classifica-se em
controle de legalidade ou de correção (MÉRITO). Errado

50% DE ERRO⇒ (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Controle Externo/2021 No Brasil, o Poder Legislativo e o Poder

Judiciário são legitimados para exercer o controle externo, que deve ser efetuado por órgãos alheios à administração. Certo

O controle interno é aquele exercido pelos órgãos da Administração, como integrantes do aparelho do próprio
poder, enquanto que o controle externo é aquele exercido por órgãos alheios à Administração. MELLO, Celso Antônio Bandeira de.
Curso de direito administrativo. 11 ed. São Paulo: Malheiros, 1999.

CESPE - 2012 - TRE-RJ - Técnico Judiciário - Área Administrativa A administração pública está sujeita a controle interno — realizado por órgãos da

própria administração — e a controle externo — a cargo de órgãos alheios à administração. CERTO

● Delegado de Polícia Federal / 2021 Apenas a Constituição Federal de 1988 pode prever modalidades de controle externo. CERTO
Não podem as legislações complementar ou ordinária e as Constituições estaduais prever outras modalidades
de controle que não as constantes da Constituição Federal, sob pena de ofensa ao princípio da separação de
Poderes; o controle constitui exceção a esse princípio, não podendo ser ampliado fora do âmbito
constitucional. Fonte: Maria Sylvia Zanella Di Pietro - Direito Administrativo - 30ª Ed. 2017

CESPE - 2017 - TCE-PE - Analista de Controle Externo - Auditoria de Contas Públicas Com base nas peculiaridades administrativas e
financeiras locais, as Constituições estaduais poderão prever modalidades de controle diversas daquelas dispostas na Constituição Federal
de 1988 (CF), desde que não as contrariem. ERRADO

● (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 A representação e a reclamação administrativas,
bem como o pedido de reconsideração de recursos administrativos, são meios que possibilitam à administração pública exercer o controle de
seus atos. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Controle Externo/2021 Os ministérios públicos dos estados e da
União não possuem competência para exercer o controle externo da administração pública.ERRADO

● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Controle Externo/2021 O poder de autotutela permite à
administração pública rever os seus próprios atos quando estes forem ilegais, inoportunos ou inconvenientes; o poder de tutela consiste na
fiscalização exercida por órgão da administração direta sobre entidade da administração indireta, nos termos definidos em lei, para garantir o
cumprimento de suas finalidades institucionais. CERTO

● (CESPE) - Analista Ministerial (MPC TCE-PA)/Controle Externo/2019 Na administração pública, o controle


a) interno de caráter gerencial é exercido sobre atos emitidos pela própria entidade. ERRADO ⇒ O controle interno administrativo é exercido
sobre atos emitidos pela própria entidade.
b) interno de caráter administrativo é exercido sobre atos de uma entidade por outra do mesmo poder.ERRADO ⇒ O controle interno
gerencial é exercido sobre atos de uma entidade por outra do mesmo poder (ex: controladorias, sistemas de controle interno).
c) externo de caráter técnico incide sobre atos de gestão de recursos públicos. Correto, o controle exercido pelos Tribunais de Contas é
externo-técnico e incide sobre atos de gestão de recursos públicos.
d) externo de caráter político é exercido pelos tribunais de contas, de forma exclusiva. ERRADO ⇒ Controle externo-político é aquele
exercido pelas casas legislativas.
e) externo de caráter técnico é exercido pelo Poder Legislativo sobre decisões do Poder Executivo. ERRADO ⇒ Controle exercido pelo Poder
Legislativo é externo-político. O controle externo-técnico é exercido pelos TC's.

● (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018 Julgue o item a seguir, referente a conceitos, tipos e formas de
controle na administração pública. -- No caso das autarquias e das empresas estatais em geral, o controle é pleno e ilimitado. Errado
● O direito de petição constitui instrumento de controle administrativo da administração pública.
● Representa hipótese de controle parlamentar a apuração de irregularidades por comissões parlamentares de inquérito.

Em suma, o controle legislativo parlamentar pode ser dividido em direto ou indireto:


direto, também chamado de político, realizado pelas Casas Legislativas;
indireto, também chamado de técnico-financeiro, a cargo do TRIBUNAL DE CONTAS.

● Os atos administrativos discricionários são passíveis de controle judicial no que concerne a vícios de legalidade, o que inclui também a
avaliação da inexistência ou falsidade dos motivos declinados pela Administração para a edição do ato. (FCC)
● Pedro, proprietário de um pequeno comércio, teve seu estabelecimento interditado por autoridade da vigilância sanitária, que consignou, no
auto lavrado, como razão determinante para interdição, a existência de alimentos com prazo de validade vencido. Inconformado com a medida,
Pedro, comprovando sua situação de hipossuficiência, procurou a Defensoria Pública solicitando a adoção das medidas cabíveis para levantar a
interdição de seu estabelecimento. Diante de tal cenário, afigura-se juridicamente cabível a anulação judicial do ato de interdição, caso
demonstrada a inexistência ou falsidade do motivo declinado pela Administração para a interdição. (FCC)
● FCC - Defensor Público do Estado do Maranhão/2018 - O recurso administrativo é meio hábil para propiciar o reexame da atividade da
Administração por razões de legalidade ou de mérito. O recurso hierárquico IMPRÓPRIO é aquele dirigido: b) pela parte, à autoridade ou
órgão estranho à repartição que expediu o ato recorrido, mas com competência julgadora expressa.

O recurso hierárquico impróprio é interposto para fora da entidade que proferiu a decisão recorrida (ex.: recurso interposto
contra decisão proferida por autarquia federal perante determinado Ministério ou Presidente da República).
A nomenclatura utilizada para designar o presente recurso justifica-se na medida em que não há hieraquia propriamente dita
entre entidades administrativas diversas, mas apenas relação de vinculação.
Em razão da inexistência de hierarquia e da possibilidade de intromissão de pessoa jurídica nos atos praticados por pessoa jurídica
diversa, relativizando a sua autonomia administrativa, afirma-se que o cabimento do recurso hierárquico impróprio depende de
previsão legal expressa.

Representação: é a denúncia feita por qualquer pessoa sobre irregularidades. Por exemplo, o art. 74, §2º, da CF,
estabelece que “qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei,
denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União”
Reclamação administrativa: possui uma definição ampla para representar o ato pelo qual o administrado, seja ele
servidor público ou particular, manifesta o seu inconformismo com alguma decisão administrativa que lhe afete
direitos ou interesses. O ponto chave da reclamação administrativa é que ela ocorre quando o administrado deseja
que a Administração reveja um ato que esteja afetando um direito ou interesse próprio
Pedido de reconsideração: “recurso” dirigido à mesma autoridade que adotou a decisão anterior para que esta o
aprecie novamente
Recurso hierárquico próprio: pode ser chamado simplesmente de recurso hierárquico ou apenas recurso, em sentido
estrito. Trata-se do pedido de reexame do ato dirigido à autoridade hierarquicamente superior àquela que editou o
ato
Recurso hierárquico Impróprio: dirigido à autoridade ou órgão com competência específica, não integrante da relação
hierárquica. Por não existir hierarquia, esse tipo de recurso só é possível quando há previsão legal, atribuindo a
competência e estabelecendo os limites de seu exercício pelo órgão controlador
Revisão: é aquele destinado a rever a aplicação de sanções, pelo surgimento de fatos novos, não conhecidos no
momento da decisão original.

Representação - Representar contra irregularidades, condutas abusivas da administração.


Reclamação - Oposição a atos da administração que afetam direitos ou interesses legítimos.
Reconsideração - Pedido à mesma autoridade para reconsiderar um ato
Revisão - Reexame da decisão a partir de fatos novos

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Administração/2018 No controle administrativo, o meio utilizado para se expressar
oposição a atos da administração que afetam direitos ou interesses legítimos do interessado é denominado
a) recurso administrativo.
b) representação.
c) fiscalização hierárquica.
d) pedido de reconsideração.
e) reclamação. CERTO

Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: TCM-BA Provas: CESPE - 2018 - TCM-BA - Auditor Estadual de Controle Externo No que concerne ao
controle administrativo, o meio utilizado para denunciar irregularidades feitas na própria administração é denominado
A) pedido de reconsideração.
B) representação. CERTO
C) recurso administrativo.
D) revisão.
E) reclamação administrativa.

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (TJ PA)/Direito/2020 - Acerca do controle da administração pública, julgue os itens a seguir.
I Em nenhuma hipótese é possível a revogação, pelo Poder Judiciário, de atos praticados pelo Poder Executivo. CERTO
II A reclamação para anulação de ato administrativo em desconformidade com súmula vinculante é uma modalidade de controle externo
da atividade administrativa. CERTO
III Nenhuma lei pode criar uma modalidade inovadora de controle externo não prevista constitucionalmente.CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPC TCE-PA)/Direito/2019 - A respeito de controle na administração pública, julgue os itens a seguir.
I O controle de legalidade tem foco na avaliação da conformidade dos procedimentos administrativos com as normas e os padrões
estabelecidos. CERTO
II O controle de gestão examina os resultados alcançados e os meios empregados, exclusivamente com base em critérios de legalidade e
legitimidade. ERRADO (O controle de gestão pode analisar aspectos de economicidade e eficácia, sendo a economicidade a relação de custos
versus benefícios alcançados).
III Nos tribunais de contas brasileiros, o controle externo é exercido ex ante ex post, de forma predominante.ERRADO Ex ante é controle
preventivo. O controle predominante é o ex post, ou a posteriori.

● ATENÇÃO QUE ESSA EU ERREI NA PROVA: CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Ministério Público da União/Apoio Técnico e
Administrativo/Administração/2018 Controle interno se refere, SEMPRE, a atos de natureza administrativa. CERTO

● MESMO ASSUNTO:CESPE - 2016 - PGE-AM - Procurador do Estado - O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a
atividades de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário. CERTO

● FCC - Analista Judiciário (TRT 6ª Região)/Administrativa/2018 - Considere os itens:


I. Ato vinculado;
II. Ato discricionário.
No que concerne aos itens apresentados, a) ambos se submetem a controle interno e externo, este exercido tanto pelo Poder
Legislativo, por meio do Tribunal de Contas, como pelo Poder Judiciário.
● FCC - Auditor Fiscal da Receita Estadual (SEFAZ GO)/2018 - Assemelha-se em características ou extensão o controle exercido pelos Tribunais
de Contas com o exercido pela própria Administração pública sobre os atos por esta praticados porque: d) compreende, com limites, a
possibilidade de verificação da adequação e pertinência da discricionariedade dos referidos atos.
● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018 - Os tipos e as formas de controle da atividade
administrativa variam segundo o poder, o órgão ou a autoridade que o exercita ou o fundamenta.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STJ)/Administrativa/2018 O Poder Judiciário deverá manter sistema de controle interno com a
finalidade, entre outras, de comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial de seus órgãos.
● FCC - Técnico Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 O controle exercido pela Administração direta sobre a
Administração indireta denomina-se d) poder de tutela, que não pressupõe hierarquia, mas apenas controle finalístico, que analisa a
aderência da atuação dos entes que integram a Administração indireta aos atos ou leis que os constituíram.

Controle Administrativo (Direito Administrativo)

(CESPE) - Procurador do Tribunal de Contas de Rondônia/2019 No âmbito do controle na administração pública, o controle administrativo pode
ser corretamente entendido como
a) o preceito de accountability que os administradores públicos devem observar ao elaborar a prestação de contas, a tempo de informar ao
Poder Legislativo que a aplicação dos recursos está em conformidade com a legislação vigente. A) Errado, este item está relacionado com o controle
Legislativo de natureza financeiro-orçamentário e não o controle administrativo.

b) o preceito legal que compulsa o administrador a aplicar com eficiência e eficácia os recursos monetários no atendimento das
necessidades da população.B) Errado, este item esta relacionado com o preceito legal referente aos princípios que regem a administração pública
(art. 37 da CF), e não exemplo de controle administrativo.

c) a emissão de juízo de valor proferida por agente público após fiscalizar determinado projeto executado com recursos públicos. CERTO
C) CORRETO - o controle administrativo consiste justamente na possibilidade que tem a Administração Pública de fiscalizar e corrigir seus próprios
atos, de ofício ou quando provocada, o controle interno (autotutela) de cada poder objetivando a revisão de seus próprios atos.

d) a participação do cidadão em ato público reivindicando maior eficiência no combate à corrupção, pois consubstancia exercício de
controle social, que é uma forma de controle incidente sobre a gestão pública.
D) Errado, O controle administrativo está ligado ao controle interno, o controle social está ligado ao controle externo, logo item errado.

e) a multiplicidade de controles, desde que devidamente aplicados, o que garante efetividade na gestão pública.
E) Errado, o controle administrativo é apenas uma forma do controle da administração o qual comporta além do controle administrativo, o
controle legislativo e o controle judicial e não a multiplicidade de controles como está afirmando no item.

CERTAS
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador Municipal de Belo Horizonte/2017 No que concerne aos mecanismos de controle no âmbito da
administração pública, assinale a opção correta.
a) É vedado aos administrados providenciar sanatórias de atos administrativos para sua convalidação, de modo a participar de ações de
controle da administração pública, uma vez que as ações de controle são prerrogativa exclusiva dos agentes públicos.ERRADO ⇒ "Como
decorrência do princípio da indisponibilidade do interesse público, a Constituição contém diversos dispositivos que dão aos
administrados a possibilidade de - diretamente ou por intermédio de órgãos com essa função institucional - verificarem a regularidade da
atuação da administração pública e impedirem a prática de atos ilegítimos, lesivos ao indivíduo ou à coletividade, ou provocarem a
reparação dos danos deles decorrentes."Direito Administrativo Descomplicado (2017), Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, p.951
d) No sistema de administração pública adotado no Brasil, o ato administrativo é revisado por quem o praticou, não havendo proibição
quanto à revisão ser realizada por superior hierárquico ou órgão integrante de estrutura hierárquica inerente à organização administrativa.CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado do Amazonas/2016 O controle administrativo interno é cabível apenas em relação a atividades
de natureza administrativa, mesmo quando exercido no âmbito dos Poderes Legislativo e Judiciário.

ATENÇÃO⇒ Caso não tivesse a palavra "administrativo" e a questão fosse "O controle interno é cabível apenas em
relação a atividades de natureza administrativa (...)", estaria errada. ATENÇÃO PQ É CONTROLE ADMINISTRATIVO DENTRO DOS
CONTROLES DA ADMINISTRAÇÃO

A doutrina procura dividir as formas de controle da Administração em diversas categorias,


partindo dos mais variados critérios:
1) quanto ao órgão controlador:
a) controle legislativo: é aquele realizado pelo parlamento com auxílio dos Tribunais de Contas. Exemplo:
comissões parlamentares de inquérito;
b) controle judicial: promovido por meio das ações constitucionais perante o Poder Judiciário. O controle
judicial pode ser exercido a priori ou a posteriori, conforme se realize antes ou depois do ato controlado,
respectivamente. O controle judicial sobre a atividade administrativa é sempre realizado mediante provocação da parte
interessada. Exemplo: mandado de segurança e ação civil pública;
c) controle administrativo: é o controle interno no âmbito da própria Administração. Pode ser realizado de
ofício ou por provocação da parte interessada. Exemplo: recurso hierárquico.

2) quanto à extensão:
a) controle interno: realizado por um Poder sobre seus próprios órgãos e agentes. Exemplo: controle exercido
pelas chefias sobre seus subordinados;
b) controle externo: quando o órgão fiscalizador se situa fora do âmbito do Poder controlado. Exemplo:
anulação judicial de ato da Administração."

● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 Pedro, diretor da área responsável pelo controle
interno da Administração direta e autárquica de determinado Estado, teve conhecimento, em auditoria realizada em entidade autárquica da
área de apoio à pesquisa universitária, de desvios de recursos públicos praticados por gestores responsáveis por indicar projetos contemplados
com verbas de programa gerenciado naquele âmbito. Considerando o escopo da atividade de controle interno e as disposições constitucionais
que disciplinam o tema, Pedro a) deverá dar ciência da irregularidade ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade
solidária.
● FCC - Auditor Público Externo (TCE-RS)/Administração Pública ou de Empresas/2018 (e mais 2 concursos) Considere:
I. Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
II. Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
III. Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.
IV. Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
Nos termos definidos pela Constituição Federal, o contido nos itens I a IV corresponde às finalidades e) do sistema de controle interno
mantido, de forma integrada, pelos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário.

CF⇒ Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle
interno com a finalidade de:
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de
direito privado;
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União;
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
§ 1º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade,
dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. ( É SOMENTE OS
RESPONSÁVEIS PELO CONTROLE Q TÊM RESPONSAB. SOLIDÁRIA)
§ 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Contas Públicas (TCE-PB)/Demais Áreas/2018 Os sistemas de controle são o conjunto de instrumentos
contemplados no ordenamento jurídico que têm por objetivo a fiscalização da legalidade dos atos da administração pública.
No Brasil, a CF consagra o sistema de controle b) uno de jurisdição, haja vista que a lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário
lesão ou ameaça a direito.

Sistema francês, Contencioso Administrativo ou Sistema inglês ou de Jurisdição Única.


Sistema da Dualidade de Jurisdição. A intervenção do Judiciário está permitida independente do
A intervenção do Poder Judiciário estaria permitida esgotamento das vias administrativas.
somente após o esgotamento das vias administrativas. O Poder Judiciário goza da coisa julgada material, já a
Existe dualidade de jurisdição do sistema francês: Administração não têm caráter conclusivo.
- Jurisdição administrativa (formada pelos tribunais É o sistema adotado no Brasil.
administrativos, com plena jurisdição em matéria administrativa)
- Jurisdição comum (formada pelos órgãos do Poder
Judiciário, para resolver os demais litígios).
Não é aplicado no Brasil.

EXCEÇÕES ao Sistema Francês: EXCEÇÕES à Jurisdição Única no Brasil:


1) Litígios decorrentes de atividades públicas com caráter 1) Justiça Desportiva
privado; 2) Reclamação ao STF de ato que viole Súmula Vinculante (Lei
2) Litígios que envolvam questões de estado e capacidade das 11.417/2006, art. 7º, 1º).
pessoas e de repressão penal; 3) Habeas data Exige-se uma negativa ou omissão da via administrativa.
3) Litígios que se refiram à propriedade privada. 4) Mandado de Segurança Veda-se o seu uso quando houver recurso
administrativo com efeito suspensivo, independentemente de caução (Lei
12.016/09 Art. 5º, I)
5) Ações judiciais contra o INSS relativas à concessão de benefícios
previdenciários Precisa de prévio requerimento administrativo. (STF RE 631.240)

● #621389 CESPE - Auditor Estadual (TCM-BA)/Infraestrutura/2018 "O controle externo da atividade financeira da administração pública
compreende as funções de fiscalização financeira propriamente dita, de consulta, de informação, de julgamento, corretivas, de ouvidor e
sancionatórias. No que se refere ao controle externo pelo Poder Judiciário, assinale a opção correta. c) O Poder Judiciário pode realizar
controle externo, já que o Brasil adota o sistema da jurisdição una, em que o Poder Judiciário tem o monopólio da função jurisdicional,
cabendo-lhe apreciar, com força de coisa julgada, lesões ou ameaças a direitos individuais e coletivos." CERTO

ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Judiciário (STM)/Administrativa/2018 Situação hipotética: O Poder Legislativo sustou decreto editado pelo
presidente da República, sob o entendimento de que houve exorbitância do poder regulamentar. Assertiva: Nesse caso, o Poder Legislativo agiu
errado, haja vista que a competência para sustar atos do Poder Executivo é exercida pelo Poder Judiciário, mediante provocação.

CF/ 88
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação
legislativa;
Não confundir:
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo
Tribunal Federal;

Controle Legislativo ou Parlamentar:

Parlamentar direto (Controle Político):


A característica do CONTROLE POLÍTICO tem por base a possibilidade de fiscalização e decisão do Poder Legislativo sobre
atos ligados à função administrativa e de organização do Executivo e do Judiciário.
O controle legislativo - por vezes chamado controle parlamentar -, pelo fato de ser um controle externo, somente pode ocorrer nas
situacões e nos limites diretamente previstos no texto da Constituição Federal.
O controle legislativo possui marcada índole política, razão pela qual ele não se limita ao estrito controle de legalidade formal,
abrangendo outros aspectos, como a eficiência e, para alguns autores, até mesmo a conveniência pública de determinadas atuações do
Poder Executivo.
5.2. Hipóteses constitucionais de controle parlamentar direto:
5.2.7. Controles exercidos pelo Congresso Nacional
(...) b) é competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, V);

O poder convocatório é outra das prerrogativas do Legislativo no que toca ao controle. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal
(ou qualquer de suas Comissões) podem convocar Ministro de Estado ou autoridades ligadas diretamente à Presidência da República para
prestarem depoimento sobre assunto previamente determinado (art. 50, caput, CF).
O Controle financeiro é aquele exercido pelo Poder Legislativo sobre o Executivo, o Judiciário e sobre sua própria administração no
que se refere à receita, à despesa e à gestão dos recursos públicos.

● 60% DE ERRO ⇒ (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Direito/2021 O controle legislativo político da
administração pública direta e indireta ocorre quando ela é submetida à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à
sua legalidade, economicidade e legitimidade. Errado CONTROLE LEGISLATIVO FINANCEIRO

● (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Direito/2021 O controle legislativo político da administração pública direta
e indireta ocorre quando ela é submetida à fiscalização contábil, financeira, orçamentária e patrimonial, quanto à sua legalidade,
economicidade e legitimidade. Errado

17.4 CONTROLE LEGISLATIVO


Basicamente, são dois os tipos de controle: o político e o financeiro.
17.4.2 Controle político
O controle abrange aspectos ora de legalidade, ora de mérito, apresentando-se, por isso mesmo, como de natureza política, já
que vai apreciar as decisões administrativas sob o aspecto inclusive da discricionariedade, ou seja, da oportunidade e conveniência diante
do interesse público.
17.4.3 Controle financeiro
A Constituição Federal disciplina, nos artigos 70 a 75, a fiscalização contábil, financeira e orçamentária, determinando, no último
dispositivo, que essas normas se aplicam, no que couber, à organização, composição e fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados e do
Distrito Federal, bem como dos Tribunais e Conselhos de Contas dos Municípios. Di Pietro (2020, pg. 1680)

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado do Amazonas/2016 As comissões parlamentares de inquérito são instrumentos de controle
externo destinados a investigar fato determinado em prazo determinado, mas desprovidos de poder condenatório.

As CPIs exercem o controle externo e não têm poder condenatório, devendo encaminhar suas conclusões para o MP, para
que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores
CF⇒ Art. 58 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das autoridades
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado
Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Ministerial (MPC TCE-PA)/Controle Externo/2019 - O controle político inclui: a) a competência do Congresso
Nacional para sustar atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.

O controle exercido pelo Poder Legislativo com base no inciso V do art. 49, ora em análise, é um controle de
legalidade ou legitimidade, e não um controle de mérito administrativo, haja vista que o dispositivo não autoriza o
Poder Legislativo a apreciar a oportunidade ou a conveniência dos atos controlados, e sim a sustar
aqueles que extrapolem ou contrariem o exercício legítimo das competências conferidas ao Poder Executivo pela
própria Constituição, ou pelo Congresso Nacional.

● CEBRASPE (CESPE) - Auditor de Contas Públicas (TCE-PB)/Demais Áreas/2018 - Em determinado estado da Federação, a assembleia legislativa,
por meio de decreto legislativo, sustou ato expedido pelo governo local, que regulamentava lei estadual para autorizar o Poder Executivo a
instituir tratamento excepcional, mediante concessão de remissão e anistia, cumuladas ou não com parcelamento, para a liquidação de créditos
tributários referentes ao ICMS. A assembleia legislativa entendeu que o ato administrativo excedia o poder da administração pública de
regulamentar a lei estadual. Nessa situação hipotética, a assembleia legislativa exerceu: c) o controle político, para paralisar o ato do Poder
Executivo.
● CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-MG)/Administração/2018 (e mais 6 concursos) Com relação ao pedido escrito de
informação no âmbito do controle parlamentar, assinale a opção correta.
a) A legitimidade passiva para o fornecimento de informações é apenas dos ministros de Estado. ⇒ A legitimidade passiva para o
fornecimento de informações será dos: Ministros de Estado; Qualquer titular de órgão subordinado à
Presidência da República.
CF/88: Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar
Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime de
responsabilidade a ausência sem justificação adequada.
b) O prazo estipulado para que as informações sejam devidamente prestadas é de trinta dias, cabendo prorrogação por igual período. ⇒ O
art. 50, §2º da CF ensina que o prazo para atendimento será de 30 dias, não mencionando nenhuma
possibilidade de prorrogação. Art. 50, § 2º As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão
encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput
deste artigo, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias,
bem como a prestação de informações falsas.
c) A legitimidade ativa para requerer informações por pedido escrito é da Câmara dos Deputados e do Senado Federal exclusivamente, sendo
vedado o requerimento pelas comissões de cada uma dessas Casas. ⇒ São legitimados ativos para requerer informações: A
Câmara dos Deputados; O Senado Federal; Qualquer das Comissões dessas casas.
d) É permitido impetrar mandado de segurança a fim de compelir determinada autoridade estatal a prestar as devidas informações caso a
autoridade não tenha atendido ao pedido. ⇒ O STF decidiu, em sede de Agravo Regimental nº 28.251, que não cabe
impetração de mandado de segurança quando as autoridades convocadas para prestarem informação não
atenderem a solicitação ou a recusarem.
e) O pedido escrito de informação tem por finalidade a obtenção de informações relacionadas com o exercício das atribuições da
administração pública. CERTO

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Municipal de Controle Interno (CGM João Pessoa)/2018 Compete ao controle interno auxiliar o Poder
Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da República.

⇒ O TCU é órgão do controle externo, e não interno.


Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da
União, ao qual compete (...).
Art. 74. Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a
finalidade de:
(...)
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Parlamentar indireto (Tribunais de Contas, Controle técnico-financeiro):


TCU:
Art. 71. O controle externo, a cargo do CN, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo PR, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em SESSENTA DIAS a contar de seu
recebimento;
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta,
incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou
outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público; (ATENÇÃO→ AQUI É DIFERENTE DE APRECIAR AS CONTAS DO PRESIDENTE)
III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, EXCETUADAS AS NOMEAÇÕES PARA CARGO DE PROVIMENTO EM COMISSÃO,
bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, RESSALVADAS AS MELHORIAS POSTERIORES QUE NÃO ALTEREM O
FUNDAMENTO LEGAL DO ATO CONCESSÓRIO;

O TCU APRECIA, para fins de registro: NÃO APRECIA:


- A legalidade dos atos de admissão de pessoal; - Nomeações para cargos em COMISSÃO;
- As concessões de aposentadorias, reformas e pensões. - Melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato
(NÃO TEM CONTRADITÓRIO) concessório.

Súmula vinculante nº 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando
da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, EXCETUADA A APRECIAÇÃO DA
LEGALIDADE DO ATO DE CONCESSÃO INICIAL DE APOSENTADORIA, REFORMA E PENSÃO.
ATENÇÃO: (STF) Se o TCU demorar prazo superior a 5 ANOS, deve atribuir ao interessado o contraditório e a ampla defesa.

IV - realizar, por iniciativa própria, da CD, do SF, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira,
orçamentária, operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades referidas
no inciso II;
V - fiscalizar as contas nacionais das empresas supranacionais de cujo capital social a União participe, de forma direta ou indireta, nos termos do
tratado constitutivo;
VI - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pela União mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município;
VII - prestar as informações solicitadas pelo CN, por qualquer de suas Casas, ou por qualquer das respectivas Comissões, sobre a fiscalização
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;
VIII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de despesa ou irregularidade de contas, as SANÇÕES previstas em lei, que estabelecerá,
entre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;
IX - assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
X - sustar, se não atendido, a execução do ATO impugnado, comunicando a decisão à CD e ao SF;
XI - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados.
§ 1º No caso de CONTRATO, o ato de sustação será adotado diretamente pelo CN, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas
cabíveis.
§ 2º Se o CN ou o Poder Executivo, no prazo de NOVENTA DIAS, não efetivar as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decidirá a
respeito.
§ 3º As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão EFICÁCIA DE TÍTULO EXECUTIVO.
§ 4º O Tribunal encaminhará ao CN, TRIMESTRAL e ANUALMENTE, RELATÓRIO de suas atividades.

No caso de sustação de CONTRATO:


(em regra) ⇒ Adotado pelo CN + solicita de imediato q o PODER EXECUTIVO tome as medidas cabíveis.
(se demorar 90 dias sem nada ser feito) ⇒ TC decidirá a respeito
1) O STF assegurou o exercício do poder geral de cautela ao TCU com base no inciso IX do art. 71 da Constituição, para assinar
prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade, inclusive
com relação a contratos. Desse modo, o Tribunal poderia determinar ao gestor para que este (o gestor) corrigisse as irregularidades
identificadas e, se fosse o caso, anulasse o contrato ilegal.
2) O TCU, dentro da prerrogativa subsidiária de "decidir a respeito", prevista no §2º do art. 71, pode determinar diretamente
(ele mesmo) a sustação do contrato, mas somente se o Congresso Nacional ou o Poder Executivo não tomem medidas a respeito no
prazo de noventa dias.

CERTAS

● FCC - Defensor Público do Estado do Amazonas/2018/"Prova Anulada" O controle legislativo da Administração pública, exercido com o
auxílio dos Tribunais de Contas, autoriza d) o exame prévio de editais, com a suspensão do certame até que sejam sanadas eventuais
irregularidades identificadas. CERTO

● FCC - Analista em Gestão (DPE AM)/Especializado de Defensoria/Administração/2018 Determinada Secretaria de Estado instaurou
procedimento licitatório para a contratação de obras de grande vulto. Publicado o edital da concorrência pública, um potencial interessado em
participar do certame apresentou impugnação perante o Tribunal de Contas do Estado, sustentando que as condições de qualificação técnica
fixadas não seriam aderentes ao objeto licitado, apresentando-se restritivas e deliberadamente direcionadas para viabilizar a participação de
determinado grupo de empreiteiras. Considerando as disposições constitucionais que disciplinam a atuação dos Tribunais de Contas e as
disposições da Lei n° 8.666/1993 a respeito do papel de tal órgão no controle das despesas públicas decorrentes de contratos administrativos e
congêneres, a impugnação apresentada d) é juridicamente cabível, podendo o Tribunal de Contas sustar a licitação, solicitando
informações à Administração e somente autorizando o prosseguimento após sanadas irregularidades eventualmente constatadas.

⇒ O TRIBUNAL DE CONTAS PODE SUSTAR ATO, NÃO PODE CONTRATO


⇒ A LICITAÇÃO É UM ATO
Lei nº 8.666/1993:
Art. 113, 1º: Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar ao
Tribunal de Contas ou aos órgãos integrantes do sistema de controle interno contra irregularidades na
aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste artigo.

● CEBRASPE (CESPE) - Assistente Ministerial (MPC TCE-PA)/Controle Externo/2019 Acerca dos controles interno e externo da administração
pública, assinale a opção correta.
a) Cabe ao controle interno auxiliar o Poder Legislativo no julgamento das contas prestadas anualmente pelo presidente da República. ⇒ O
auxílio é do controle externo, no caso, pelo Tribunal de Contas da União.
b) No controle interno, ao verificar se a administração tem respeitado disposições imperativas no exercício de suas atribuições, dispensa-se
realização do controle de mérito.
c) Os atos administrativos do Poder Executivo, do Legislativo e do Judiciário bem como os atos de gestão de bens e valores públicos são
objetos do controle externo. CERTO

● FCC - Auditor Fiscal (SEFAZ BA)/Administração, Finanças e Controle Interno/2019 A doutrina sobre controle da Administração tem
diferenciado as contas de governo e as contas de gestão, como demonstra o texto a seguir: “Existem dois regimes jurídicos de contas públicas:
a) o que abrange as denominadas contas de governo, exclusivo para a gestão política do chefe do Poder Executivo, que prevê o julgamento
político levado a efeito pelo Parlamento, mediante auxílio do Tribunal de Contas, que emitirá parecer prévio (CF, art. 71, I, c/c art. 49, IX); b) o
que alcança as intituladas contas de gestão, prestadas ou tomadas, dos administradores de recursos públicos, que impõe o julgamento técnico
realizado em caráter definitivo pela Corte de Contas (CF, art. 71, II), consubstanciado em acórdão que terá eficácia de título executivo (CF, art.
71, § 3º), quando imputar débito (reparação de dano patrimonial) ou aplicar multa (punição).” (FURTADO, José de Ribamar Caldas. Os regimes
de contas públicas: contas de governo e contas de gestão. Revista do TCU 109 (2007): 61-89)
Sabe-se, porém, que, por vezes, o Chefe do Poder Executivo presta contas de governo e também atua como Administrador de recursos
públicos, propiciando a tomada de contas de gestão. Conforme recente entendimento do Supremo Tribunal Federal, exarado em regime de
Repercussão Geral (RE no 848826 / CE – CEARÁ – acórdão publicado em 24/08/2017), envolvendo o exame de contas de prefeito municipal,
b) tanto as contas de governo quanto as contas de gestão do Chefe do Poder Executivo devem ser julgadas pelo respectivo Poder
Legislativo, com base em parecer prévio do Tribunal de Contas competente.

A doutrina faz a separação entre as contas de governo e as contas de gestão. Aquela tem um aspecto mais
macro, considerando a gestão como um todo; esta, por sua vez, tem um aspecto mais estrito, considerando os atos,
contratos, pagamentos, etc. Existia um entendimento muito consolidado nos tribunais de contas e na doutrina de
que os tribunais de contas, em relação aos prefeitos, deveriam emitir parecer prévio sobre as contas em seu aspecto
macro (contas de governo), mas poderiam julgar as contas dos prefeitos de pequenos municípios que atuassem
diretamente na gestão assinando contratos, determinando pagamentos, etc. (contas de gestão). Assim, teríamos
dois julgamentos: (i) das contas de governo, realizadas pela Câmara Municipal, com base no parecer prévio do
Tribunal de Contas; (ii) das contas de gestão, realizadas diretamente pelo Tribunal de Contas.
Mas o STF fulminou totalmente esse entendimento ao julgar o RE 848.826, fixando a seguinte tese com repercussão
geral:
Para os fins do artigo 1º, inciso I, alínea g, da Lei Complementar 64/1990, a apreciação das contas de prefeito,
tanto as de governo quanto as de gestão, será exercida pelas Câmaras Municipais, com auxílio dos Tribunais de
Contas competentes, cujo parecer prévio somente deixará de prevalecer por decisão de 2/3 dos vereadores. (STF.
Plenário. RE 848826/DF, rel. orig. Min. Roberto Barroso, red. p/ o acórdão Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 10/8/2016 (repercussão
geral) (Info 834)
ATENÇÃO⇒ O ENTENDIMENTO SÓ FAZ MENÇÃO À ESFERA MUNICIAL

● FCC - Assistente Técnico de Defensoria (DPE AM)/Assistente Técnico Administrativo/2018 Sob o aspecto da legalidade, legitimidade e
economicidade, são objeto de controle do Tribunal de Contas b) os atos do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário,
estes dois últimos no exercício atípico da função administrativa.

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado de Alagoas/2017 À luz da jurisprudência dos tribunais superiores, assinale a opção correta
acerca das formas de ressarcimento do erário. d) Tanto o título executivo judicial quanto o extrajudicial formado no âmbito do tribunal de
contas são instrumentos hábeis para o ressarcimento ao erário, podendo os dois coexistir.

Não configura bis in idem a coexistência de título executivo extrajudicial (acórdão do TCU) e sentença
condenatória em ação civil pública de improbidade administrativa que determinam o ressarcimento ao erário e se
referem ao mesmo fato, desde que seja observada a dedução do valor da obrigação que primeiramente foi executada no momento
da execução do título remanescente. STJ. 1ª Turma. REsp 1413674-SE, Rel. Min. Olindo Menezes (Desembargador Convocado do TRF 1ª Região), Rel.
para o acórdão Min. Benedito Gonçalves, julgado em 17/5/2016 (Info 584).

● FCC - Analista Judiciário (TRT 9ª Região)/Judiciária/Oficial de Justiça Avaliador Federal/2015 - As atividades desempenhadas pela
Administração pública não estão imunes a controle, o que é inerente, inclusive, ao princípio da separação de poderes. Contrapondo o controle
exercido pelos Tribunais de Contas e a teoria do ato administrativo, a atuação daquelas Cortes de Contas: c) envolve também análise de mérito
da atuação da Administração pública, pois abarca exame de economicidade, o que implica avaliar a relação entre as opções disponíveis e o
benefício delas decorrentes.

FCC: Os Tribunais de Contas podem ingressar no mérito dos atos e contratos, como medida de exame de
economicidade, bem como exercer competências sancionatórias e corretivas, desta sendo exemplo a sustação de ato
impugnado, ainda que seja necessária posterior comunicação ao Legislativo.

● FCC - Auxiliar da Fiscalização Financeira II (TCE-SP)/"Sem Área"/2015/1 - Suponha que o órgão responsável pelo controle interno da
Administração Estadual tenha identificado, em sede de auditoria anual in loco realizada junto à sociedade de economia mista estadual,
desconformidades nas demonstrações financeiras da companhia que indicam que estas podem não refletir, adequadamente, a sua situação
financeira e patrimonial. Uma dessas desconformidades diz respeito à conciliação de movimentações financeiras, o que ensejou a suspeita de
potenciais desvios de recursos aportados pelo Estado perante a companhia. Diante de tal cenário, o órgão responsável pelo controle interno
deverá: a) dar ciência do ocorrido ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária, sem prejuízo da continuidade dos
trabalhos.

● FCC - Analista Ministerial (MPE PE)/Jurídica/2018 - O controle externo exercido pelo Poder Judiciário e pelos Tribunais de Contas
envolve a possibilidade de desfazimento ou de determinação para desfazimento de atos ou contratos firmados pela Administração pública,
conforme o caso. Essa atuação
d) autoriza o desfazimento de contratos nos casos de comprovada ilegalidade, tais como vício de motivo ou desvio de finalidade.
ERRADA (O contrato administrativo será suspenso diretamente pelo Congresso Nacional, e não pelo Tribunal de Contas ou pelo Poder
Judiciário, na forma do art. 71, §1º da CF. Art. 71, §1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis).
Sustar: aTo Tcu
Sustar: CONtratos: CONgresso
e) também incide sobre os contratos celebrados por consórcios públicos, como, por exemplo, a contratação da referida associação
pública pelos Municípios titulares para prestação de serviço público à comunidade. CERTA

ERRADAS:

● Tribunais de contas estaduais têm competência para julgar (APRECIAR) as contas do governador do respectivo estado.

O Tribunal de Contas não julga as contas dos Chefes do Poder Executivo (Prefeito, Governador e
Presidente da República). Cabe a esse órgão, em relação ao Chefe do Poder Executivo, a emissão de um parecer sobre
as contas, sendo que estas serão julgadas pelo Poder Legislativo (Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e
Congresso Nacional).

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Estado do Amazonas/2016 A CF atribui ao TCU a competência para a apreciação dos atos de concessão e
renovação de concessão de emissoras de rádio e televisão. CONGRESSO NACIONAL

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de
emissoras de rádio e televisão;
Controle Jurisdicional:

● (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 Ponto de Exclamação Atenção: Esta é uma
questão com gabarito preliminar. Ato administrativo discricionário publicado pelo Poder Executivo de um estado poderá ser objeto de ação
judicial, sendo vedado ao Poder Judiciário apreciar os motivos da elaboração desse ato. Errado

● (CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 10ª Região)/Administrativa/2013 Os atos discricionários praticados pela administração pública estão
sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário quanto à legalidade formal e substancial, observada a vinculação da administração aos motivos
embasadores dos atos por ela praticados, os quais conferem a eles legitimidade e validade. Certo

O poder judiciário sempre fará o controle formal(aspectos objetivos como competência, quorum de aprovação qd existir, validade,
vigência...) todavia, em regra o aspecto substancial também conhecido como de conteúdo, não cabe ao Poder judiciário, por ser
conveniência e oportunidade. Entretanto na questão sob análise, O Cespe fez menção sobre os motivos *embasadores*, meio que
aproximando-se da teoria dos motivos determinantes, assim, o judiciário poderá adentrar profundamente no aspecto substancial.

● FCC - Auditor Fiscal de Tributos Municipais (Manaus)/2019 Um particular apresentou requerimento a determinado órgão da administração
estadual. Passados 60 dias sem que a Administração pública tenha emitido decisão a respeito, o requerente: c) pode requerer ao
Poder Judiciário o suprimento da decisão administrativa em sendo vinculada a natureza do ato administrativo pleiteado.

Na hipótese de ação judicial que vise a suprir o silêncio da Administração, o Poder Judiciário pode adotar soluções
distintas, a depender da natureza do ato que a Administração deixou de emitir. Caso se trate de ato discricionário, o Judiciário irá
determinar que a Administração se manifeste. () Por outro lado, caso se trate de ato vinculado, o próprio Judiciário poderá suprir
a omissão e emitir o ato no lugar da Administração, se verificar que estão presentes todos os requisitos previstos em lei para a
prática do ato. Afinal, nos atos vinculados, o papel da Administração é simplesmente verificar o atendimento dos requisitos
previstos na lei e praticar o ato tal qual determinado na norma, sem margem de liberdade

● (CESPE) - Técnico Judiciário (TRT 10ª Região)/Administrativa/2013 Conforme a jurisprudência, o ato administrativo que impõe sanção
disciplinar a servidor público vincula-se aos princípios da proporcionalidade, dignidade da pessoa humana e culpabilidade. Dessa forma, o
controle jurisdicional desse ato é amplo, não se limitando aos aspectos formais do procedimento sancionatório. certa
● FCC - Analista (DPE RS)/Processual/2017 Suponha que determinado agente público tenha outorgado permissão de uso de um bem público,
consistente em um terreno com pequena edificação (galpão), à determinada empresa privada, a título precário e gratuito, justificando o ato,
expressamente, como medida de economia administrativa visando a desoneração de custos incorridos com vigilância e manutenção.
Apresentou, ainda, estudos realizados por consultoria especializada indicando a inviabilidade de exploração econômica do bem. O ato em
questão foi anulado judicialmente, em sede de ação intentada por entidade representativa da sociedade civil onde restou comprovado que os
estudos financeiros nos quais se baseou a autoridade eram inconsistentes e o bem seria passível de exploração econômica mediante outorga a
título oneroso. No caso narrado, o controle judicial do ato administrativo praticado e) não extrapolou, em tese, os limites admissíveis, os
quais contemplam a aferição da veracidade dos motivos de fato e de direito invocados pela autoridade para a prática do ato, com base na
teoria dos motivos determinantes.

É importante salientar que o controle judicial abrange tanto os atos vinculados quanto os discricionários, uma vez que
ambos precisam obedecer aos requisitos de validade (competência, forma, finalidade etc.). Assim, é possível que tanto os atos
administrativos vinculados quanto os discricionários apresentem vícios de legalidade ou ilegitimidade, em razão do qual poderão
vir a ser anulados pelo Poder Judiciário, no exercício do controle jurisdicional.”

● FCC - Analista Judiciário (TRE AP)/Judiciária/2015 Considere as assertivas abaixo.


I. Aristóteles, administrado, ingressou com ação judicial, pleiteando ao Poder Judiciário que examinasse ato administrativo, sob o
aspecto da legalidade. O Judiciário recusou-se a analisar o ato, por se tratar de ato discricionário. ERRADO ⇒ os atos discricionários
podem ser analisados pelo Poder Judiciário, desde que sob o aspecto da legalidade.

II. Davi, administrado, ingressou com Reclamação Constitucional contra ato administrativo que contrariou Súmula Vinculante do
Supremo Tribunal Federal. A Corte Suprema julgou procedente a Reclamação e anulou o ato administrativo. CERTO ⇒ RECLAMAÇÃO
É CABÍVEL APENAS CONTRA ATO OU DECISÃO JUDICIAL. ATENÇÃO⇒ NÃO É CABÍVEL CONTRA LEI!!!

III. Os atos interna corporis da Administração Pública, em regra, são apreciados pelo Poder Judiciário. ERRADO ⇒ Atos interna
corporis (Regimentos dos atos colegiados), em regra, não são apreciados pelo Poder Judiciário, porque se limitam a
estabelecer normas sobre o funcionamento interno dos órgãos; no entanto, se exorbitarem em seu conteúdo,
ferindo direitos individuais e coletivos, poderão também ser apreciados pelo Poder Judiciário.
No que concerne ao controle judicial dos atos administrativos, está correto o que se afirma em a) II, apenas.

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE GO)/Administrativa/2005 c) Até os chamados atos políticos e os atos interna corporis
podem ser objeto de controle judicial, desde que atendidos certos requisitos. CERTO
Agentes Públicos

O teto constitucional é analisado em cada cargo, conforme decisão do STF (REs 602043 e 612975)

CERTAS

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 É vedado o exercício do direito de greve a todos os servidores
públicos que atuem diretamente na área de segurança pública. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Delegado de Polícia Federal/2018 A vedação absoluta ao direito de greve dos integrantes das carreiras da segurança
pública é compatível com o princípio da isonomia, segundo o STF. CERTO
● CEBRASPE (CESPE) - Auditor do Estado (CAGE RS)/2018 Conforme o STF, no que se refere às carreiras de segurança pública, o exercício do
direito de greve é A) vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública.

CEBRASPE (CESPE) - Agente Federal de Execução Penal/2013 Com relação à greve no serviço público, o STF tem decidido aplicar a
legislação existente para o setor privado aos servidores públicos. Entretanto, em razão da índole de suas atividades públicas, o STF decidiu
pela inaplicabilidade do direito de greve a certos servidores, como os que exercem atividades relacionadas à manutenção da ordem pública,
à segurança pública e à administração da justiça. Gab: Certo

STF: O exercício do direito de greve, sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os servidores públicos que atuem
diretamente na área de segurança pública. É obrigatória a participação do Poder Público em mediação instaurada pelos órgãos classistas das carreiras
de segurança pública, nos termos do art. 165 do CPC, para vocalização dos interesses da categoria. STF. Plenário. ARE 654432/GO, Rel. orig. Min. Edson Fachin, red.
p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 5/4/2017 (repercussão geral) (Info 860).

● No âmbito da administração
CEBRASPE (CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
pública, é possível a existência de servidores com efetividade e sem estabilidade, bem como de servidores com
estabilidade e sem efetividade. Certo
Prova inequívoca de que a estabilidade não se confunde com efetividade é o art. 19 do ADCT. Vejamos o seu § 1.º: “Art. 19. Os
servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em
exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da
Constituição, são considerados estáveis no serviço público. § 1.º O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será contado como
título quando se submeterem a concurso para fins de efetivação, na forma da lei.”
Eefetividade não se confunde com estabilidade. Logo, é possível ser efetivo, sem ser estável (servidor que ainda não cumpriu os
requisitos constitucionais). Também, é possível ser efetivo e estável (requisitos atingidos). Por fim, é possível ser estável, sem ser efetivo
(art. 19 do ADCT: a estabilização constitucional). Sobre o tema, o autor José dos Santos Carvalho Filho apresenta-nos a seguinte síntese:
a) Efetividade com Estabilidade: é o caso do servidor, ocupante de cargo efetivo, que cumpriu os requisitos constitucionais de estabilidade;
b) Efetividade sem Estabilidade: o servidor público efetivo que ainda não cumpriu as condições para a estabilidade;
c) Estabilidade sem Efetividade: é o que ocorre com os servidores públicos civis alcançados pela regra do art. 19 do ADCT (estabilização
constitucional); e
d) Sem Estabilidade e sem Efetividade: os empregados das empresas estatais, embora concursados, não são efetivos ou estáveis.

​ Servidores com efetividade e sem estabilidade: você que passa no concurso agora, assume o cargo (se tornando efetivo), mas
ainda não é estável (apenas após 3 anos)
​ Servidores sem efetividade e com estabilidade: seu tio que era servidor publico civil numa autarquia antes da CF 88 mas não
havia sido investido por concurso publico. Após o trenzinho da alegria a CF 88 ele se tornou estável em virtude do Art 19 do ADCT, mas não
é efetivo pois não cumpriu os requisitos do Art 37 (concurso publico).
​ Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta,
autárquica e das fundações públicas, em exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos continuados, e que
não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
​ A norma do art. 19 do ADCT da Constituição brasileira possibilita o surgimento das seguintes situações: a) o servidor é estável
por força do art. 19 do ADCT e não ocupa cargo de provimento efetivo; b) o servidor que se tornou estável nos termos do art. 19 do ADCT
ocupa cargo de provimento efetivo após ter sido aprovado em concurso público para o provimento deste cargo; c) o servidor ocupa cargo
de provimento efetivo em razão de aprovação em concurso público e é estável nos termos do art. 41 da Constituição da República. O STF já
se manifestou sobre essas hipóteses e, quanto às listadas nos itens a e b, firmou o entendimento de que, independentemente da
estabilidade, a efetividade no cargo será obtida pela imprescindível observância do art. 37, II, da Constituição da República. [ADI 114, voto da rel.
min. Cármen Lúcia, j. 26-11-2009, P, DJE de 3-10-2011.]Vide ADI 100, rel. min. Ellen Gracie, j. 9-9-2004, P, DJ de 1º-10-2004

TEMPORÁRIOS
>Contratação excepcional.
>Regime contratual de direito público.
>Temporário não tem cargo, tem função.
>Não há concurso público, é exceção ao princípio do concurso público, afinal são admitidos
por processo seletivo simplificado, o qual pode conter provas, provas e títulos ou mera
análise curricular.
>Em casos de emergência, não cabe nem processo simplificado.
>Não são regidos pela CLT nem pela 8112, são regidos pela lei 8745/1993 em âmbito federal.
>Aplica-se o regime geral de previdência social. (CF/88 Art. 40 §13)

(CESPE) - Técnico Judiciário (TJ RR)/2012 Os servidores contratados para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público
estão sujeitos ao mesmo regime jurídico aplicável aos servidores estatutários. Errado

CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Município de João Pessoa/2018 Considerando o entendimento dos tribunais superiores, assinale a
opção correta, no que diz respeito a agentes públicos.
a) Para o STJ, em processo disciplinar que apure infração administrativa que configura ação penal, o prazo prescricional será determinado pela
pena em abstrato cominada na condenação penal transitada em julgado. Na letra A, gente, se transitou em julgado, é pena em abstrato? Ou seja,
ainda que você não conheça o precedente do STJ, por raciocínio meio lógico, consegue concluir pela incorreção. Leva-se em consideração a pena em
concreto para o estabelecimento da prescrição.
b) Para o STJ, é vedado a banca examinadora de concurso público exigir em questão da prova conhecimento de legislação superveniente à
publicação do edital. ERRADO Na letra B, devem ser observadas duas condicionantes. Fiquem atentos: a primeira é que a legislação superveniente
guarde relação com as matérias previstas no edital. A segunda é que o edital não vede a exigência de conhecimentos sobre alterações legislativas
posteriores à sua divulgação.

c) Para o STF, não será devido o abono de permanência ao policial civil que permanecer em atividade após o preenchimento dos requisitos
para a concessão da aposentadoria voluntária especial. ERRADO Na letra C, o abono de permanência é uma forma de indenização conferida ao
servidor que tiver completado os requisitos da aposentadoria voluntária, ordinária ou especial. Representa o valor da contribuição previdenciária. O
servidor paga, ordinariamente, a contribuição, e o Estado repõe como indenização. E tal valor é considerado de natureza extrateto.
d) Para o STJ, candidato aprovado em concurso público fora do número de vagas ofertadas em edital terá direito subjetivo à nomeação caso
comprove o surgimento de vagas durante a validade do certame. ERRADO - Na letra D, não é só o fato de termos novas vagas. Isso, por si só, não é
suficiente. Faz-se necessário um ato inequívoco da Administração. Entenda como uma ação que demonstre que deseja suprir as novas vagas, ainda
dentro do prazo de validade do anterior.

ERRADAS
● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 O exercício, ainda que não abusivo, do direito de greve por
servidor público civil em estágio probatório é falta grave e suficiente para sua imediata exoneração pela autoridade competente, haja vista a
inexistência de estabilidade.

Súmula nº 316, do STF: A simples adesão à greve não constitui falta grave.
STF: A simples circunstância de o servidor público estar em estágio probatório não é justificativa para demissão com fundamento na sua
participação em movimento grevista por período superior a trinta dias. 2. A ausência de regulamentação do direito de greve não transforma os dias de
paralização em movimento grevista em faltas injustificadas.

CEBRASPE (CESPE) - Atividades Técnicas de Complexidade Intelectual (MEC)/Analista Contábil/2014 Segundo a jurisprudência do STF,
o servidor público em estágio probatório que se ausenta do serviço para a participação em movimento grevista incorre em falta grave.

● CEBRASPE (CESPE) - Procurador do Ministério Público junto ao TC-DF/2021 A vedação ao enriquecimento ilícito de servidor público civil
autoriza a administração pública a descontar-lhe os dias de paralização relativos ao exercício do direito de greve, ainda que este tenha sido
invocado em decorrência de conduta ilícita do poder público. (SALVO)

STF: A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores
públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre. É permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo,
incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público. STF. Plenário. RE 693456/RJ, Rel. Min Dias Toffoli, julgado em 27/10/2016
(repercussão geral) (Info 845).

● CEBRASPE (CESPE) - Analista Ministerial (MPE CE)/Direito/2020 Acerca de provimento e vacância de cargo, emprego ou função pública,
julgue o item seguinte. A partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, o provimento de função pública ocorre somente mediante
aprovação em concurso público de provas e títulos.

Diferenças categóricas:
CARGO PÚBLICO: por meio de concurso (possui estabilidade);
FUNÇÃO PÚBLICA: necessidade excepcional (processo seletivo);
EMPREGO PÚBLICO: possui uma situação híbrida (concurso, porém sem estabilidade).
Dentro do cargo público há, ainda, uma subclassificação:
CARGO EM COMISSÃO (livre nomeação, sem estabilidade); e
FUNÇÃO DE CONFIANÇA (necessariamente exercida por ocupante de CARGO PÚBLICO).

● (CESPE) - Juiz Estadual (TJ PR)/2017 O ingresso na carreira de juiz se dá mediante concurso público de provas e títulos, com a participação da
OAB em todas as fases, exigindo-se do candidato que ele seja bacharel em direito com, no mínimo, três anos de atividade jurídica. Nesse
sentido, de acordo com o entendimento do STF, a exigência de comprovação do triênio de prática forense, quando houver ausência de
especificação de data no edital, deverá ser cumprida a) no ato de inscrição definitiva no concurso.

Nos concursos públicos para ingresso na Magistratura ou no MP a comprovação dos requisitos exigidos deve ser feita na inscrição
definitiva e não na posse.
inscrição preliminar (comumente feita pela internet)
inscrição definitiva (quando o candidato já deve entregar alguns documentos)

● CEBRASPE (CESPE) - Assessor Técnico (TCE-RN)/Jurídico/2015 As pessoas físicas que espontaneamente assumem funções públicas em
situações de calamidade são consideradas particulares em colaboração com o poder público e integram a administração pública em sentido
subjetivo.

De fato, as pessoas físicas que espontaneamente assumem funções públicas em situações de


calamidade são consideradas particulares em colaboração com o poder público. Seria o caso, por
exemplo, da pessoa que espontaneamente auxilia os bombeiros a resgatar vítimas de uma enchente.
Porém, não é correto afirmar que tais pessoas integram a administração pública em sentido subjetivo, pois
não existe lei que contenha tal previsão.
Percebe que foi adotado aqui o conceito formal de administração pública, pelo qual a administração
pública só é composta por aquelas pessoas, órgãos e entidades previstos em lei, que seriam, basicamente,
a administração direta e indireta e respectivos agentes.

PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM O PODER PÚBLICO: São considerados particulares em


colaboração com o Estado aqueles que, sem perderem a qualidade de particulares, atuam, em situações
excepcionais, em nome do Estado, mesmo em caráter temporário ou ocasional, independentemente do
vínculo jurídico estabelecido, exercendo função pública. Além de manifestar a vontade do Estado, este os
habilita e dá força jurídica para tanto. Estes agentes NÃO INTEGRAM A ESTRUTURA da Administração
Pública, executando atividades públicas em situações específicas.
Regime Previdenciário (Aposentadoria, Pensão, RPPS)

Antes do RE 636553/RS (Tema 445) Depois do RE 636553/RS (Tema 445)

Não havia prazo para o Tribunal de Contas apreciar a O Tribunal de Contas possui o prazo de 5 anos para
legalidade do ato de concessão inicial da aposentadoria, apreciar a legalidade do ato de concessão inicial da
reforma ou pensão. aposentadoria, reforma ou pensão.

Se o Tribunal de Contas demorasse mais de 5 anos para Se o Tribunal de Contas demorar mais de 5 anos para
apreciar a legalidade do ato, ele continuaria podendo apreciar a legalidade, ele não poderá mais rever esse ato.
examinar, mas passava a ser necessário garantir Esgotado o prazo, considera-se que a aposentadoria,
contraditório e ampla defesa ao interessado reforma ou pensão está definitivamente registrada,
mesmo sem ter havido a análise pelo Tribunal de Contas.

Esse prazo de 5 anos era contado a partir da data da Mesma regra. O prazo de 5 anos para que o Tribunal de
chegada, ao TCU, do processo administrativo de Contas julgue a legalidade do ato de concessão inicial de
concessão inicial da aposentadoria, reforma ou pensão. aposentadoria, reforma ou pensão, é contado da chegada
do processo à respectiva Corte de Contas.

A SV 3 possuía uma exceção A SV não possui mais exceção. Em nenhum caso será
necessário contraditório ou ampla defesa.

(CESPE) - Analista de Controle Externo (TCE-RJ)/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021 O STF determina que não é preciso assegurar
o contraditório e a ampla defesa nos processos que visam a apreciação da legalidade da concessão inicial de aposentadoria, reforma e
pensão. Certo

● CEBRASPE (CESPE) - Defensor Público do Estado do Acre/2017 Acerca do ato administrativo de concessão de aposentadoria,
assinale a opção correta de acordo com o entendimento do STF.
a) Em nome da segurança jurídica, a não observância do prazo de cinco anos para o exame de legalidade do ato inicial concessivo de
aposentadoria resulta na convalidação de eventual nulidade existente. QUESTÃO DESATUALIZADA! AGORA PODE, ANTES NÃO ERA ESSE PRAZO⇒ O
Tribunal de Contas tem o prazo de 5 anos para julgar a legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, prazo esse
contado da chegada do processo à Corte de ContasEm atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima, os Tribunais de Contas
estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar
da chegada do processo à respectiva Corte de Contas. STF. Plenário. RE 636553/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 19/2/2020 (repercussão
geral Tema 445) (Info 967).

b) Trata-se de ato administrativo simples, cujos efeitos se produzem a partir da sua concessão pelo órgão de origem do servidor,
sujeitando-se a controle a posteriori pelo tribunal contas competente. ERRADO ⇒ STF:O ato de concessão de aposentadoria é complexo
c) Trata-se de ato administrativo complexo, que somente se aperfeiçoa com o exame de sua legalidade e consequente registro no tribunal
de contas competente. CERTO
d) O exame de legalidade da concessão de aposentadoria, por ser este um ato administrativo concessivo de direitos ao destinatário,
submete-se ao prazo decadencial de cinco anos, contado a partir da sua concessão, salvo comprovada má-fé. QUESTÃO DESATUALIZADA! AGORA
PODE, ANTES NÃO ERA ESSE PRAZO⇒ O Tribunal de Contas tem o prazo de 5 anos para julgar a legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma ou pensão, prazo esse contado da chegada do processo à Corte de ContasEm atenção aos princípios da segurança jurídica
e da confiança legítima, os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial
de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas. STF. Plenário. RE 636553/RS, Rel. Min.
Gilmar Mendes, julgado em 19/2/2020 (repercussão geral Tema 445) (Info 967).

e) Em razão do devido processo legal, o exame de legalidade e registro do referido ato junto ao tribunal de contas necessita,
impreterivelmente, da observância do contraditório e da ampla defesa do servidor público interessado. ERRADO ⇒ Súmula Vinculante n 3: Nos
processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou
revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria,
reforma e pensão.

Classificação dos agentes públicos

CERTAS
● d) Consideram-se agentes honoríficos os particulares em colaboração com o poder público, os quais, nessa colaboração, caracterizam-se como
agentes públicos.

Realmente, os agentes honoríficos enquadram-se no conceito de particulares em colaboração com o Poder Público, caracterizando-se
pelo exercício de funções públicas relevantes, em razão de sua condição cívica, honorabilidade ou elevada especialização profissional. É o
caso dos jurados e dos mesários eleitorais. Devem, sim, ser considerados agentes públicos, porquanto desenvolvem função pública.

Particulares em colaboração (extraído do livro de Celso de Melo)


a) Por delegação do Poder Público Concessionárias e Permissionárias, atividades notariais e de registro,
leiloeiros, tradutores e intérpretes.
b) Mediante requisição - Jurados, mesários e conscritos (equivalente ao "honorífico" da classificação de Hely)
c) Os que sponte própria (vontade própria) assumem espontaneamente determinada função pública
em momento de emergência, como no combate a uma epidemia, incêndio, enchente
d) contratado por locação civil de serviços (equivalente ao agente credenciado de Hely.)

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico Ministerial (MPE CE)/2020 Ministros e secretários estaduais e municipais são agentes políticos cujos vínculos
funcionais não têm natureza permanente, mas que, com base no seu poder político, traçam e implementam políticas públicas constitucionais e
políticas públicas de governo.

RE 228.977/SP: Os magistrados enquadram-se na espécie agente político, investidos para o exercício de atribuições
constitucionais, sendo dotados de plena liberdade funcional no desempenho de suas funções, com prerrogativas próprias e
legislação específica

ERRADAS

● CEBRASPE (CESPE) - Técnico do Ministério Público da União/Apoio Técnico e Administrativo/Segurança Institucional e Transporte/2015 - O
servidor público federal estável, habilitado em concurso público e empossado em cargo de provimento efetivo, só perderá o cargo em virtude
de sentença judicial transitada em julgado.

LEI 8112/90: CF/88:


-PAD -PAD
-Sentença Judicial Transitado -Sentença Judicial Transitado em
em Julgado Julgado
-Excesso de gasto com o pessoal
-Avaliação de desempenho
insatisfatória

Funções, cargos e empregos públicos

● FCC - Técnico Judiciário (TRE SP)/Administrativa/"Sem Especialidade"/2017 O vínculo funcional a que se submetem os servidores públicos
pode variar de acordo com a estruturação da Administração pública e a natureza jurídica do ente a que estão subordinados, por exemplo, b) os
empregados de empresas públicas ou de sociedades de economia mista que explorem atividades econômicas necessariamente devem
seguir o mesmo regime de obrigações trabalhistas das empresas privadas.

5 Licitações (arts. 1º a 53 da Lei nº 8.666/1993):

5.1 Dos Princípios (arts. 1º a 5º, e art. 50 Lei 8.666):

CERTO:

● O princípio do julgamento objetivo visa afastar o caráter discricionário quando da escolha de propostas em processo licitatório, obrigando os
julgadores a se ater aos critérios prefixados pela administração pública, o que reduz e delimita a margem de valoração subjetiva no certame.
● Ao contratar serviços ou obras visando à promoção de baixo impacto sobre recursos naturais, a administração pública atende ao princípio do
desenvolvimento nacional sustentável. (São considerados critérios e práticas sustentáveis, entre outras: I - baixo impacto sobre recursos
naturais como flora, fauna, ar, solo e água;)
● A garantia da observância do princípio da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração pública e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável são objetivos da licitação.
O artigo cita primeiramente os objetivos e logo após cita os princípios.
Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos
da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento
convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
● É possível estabelecer margem de preferência adicional no caso de produtos manufaturados nacionais resultantes de desenvolvimento e
inovação tecnológica realizados no país.
● No curso de uma licitação, é vedado alterar os critérios e as exigências fixadas no instrumento convocatório.
● Em atendimento ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, o edital, caracterizado como a lei interna da licitação, vincula tanto a
administração quanto os licitantes.
● Dado que, conforme previsto na Lei n. o 8.666/1993, a promoção do desenvolvimento nacional sustentável é um dos objetivos da licitação
pública no Brasil, é possível incentivar a preservação do meio ambiente no procedimento licitatório.
● A Lei Geral de Licitações e Contratos compreende, entre outros, os princípios licitatórios da vinculação ao instrumento convocatório, do
julgamento objetivo e da adjudicação compulsória ao vencedor. (PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS= EFICIÊNCIA, COMPETITIVIDADE, PROCEDIMENTO
FORMAL, SIGILO DAS PROPOSTAS, ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA).
● Entidades privadas no exercício da função pública, ainda que tenham personalidade jurídica de direito privado, sujeitam-se ao processo
licitatório para celebrar contratos administrativos.
● A Lei de Licitações e Contratos da administração pública estabelece que a licitação seja processada e julgada em conformidade com os
princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade e da publicidade.
● Consoante o princípio da indisponibilidade do interesse público, as empresas estatais, embora regidas pelo direito privado, devem submeter-se
ao processo licitatório, uma vez que administram recursos total ou parcialmente públicos.
● Nessa situação hipotética, de acordo com as disposições da Lei n.º 8.666/1993 — Lei de Licitações e Contratos —, qualquer cidadão poderá
requerer à administração municipal informação sobre os valores referentes à obra realizada pela empresa A, em observância ao princípio da
publicidade.
● Em decorrência do princípio da economicidade, as compras devem ser subdivididas na quantidade de parcelas que forem necessárias para
aproveitar as oportunidades do mercado. Cuidado com esse “DEVEM”(Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão:
● I - atender ao princípio da padronização, que imponha compatibilidade de especificações técnicas e de desempenho, observadas, quando for o
caso, as condições de manutenção, assistência técnica e garantia oferecidas; II - ser processadas através de sistema de registro de preços; III -
submeter-se às condições de aquisição e pagamento semelhantes às do setor privado;IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas
necessárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visando economicidade)
● O primeiro critério de desempate de licitação conduzida em igualdade de condições aos participantes é a exigência de os bens e serviços,
objetos da licitação, serem produzidos no país.
● É vedada a participação das cooperativas de trabalho em processo licitatório para contratação de mão de obra, quando o labor, por sua
natureza, demandar subordinação do trabalhador, ante os prejuízos que possam advir para o patrimônio público.==
Súmula/TCU nº 281
É vedada a participação de cooperativas em licitação quando, pela natureza do serviço ou pelo modo como é usualmente executado no mercado em
geral, houver necessidade de subordinação jurídica entre o obreiro e o contratado, bem como de pessoalidade e habitualidade.
● O procedimento licitatório previsto na referida lei é um ato administrativo formal.
● (FCC/16) O princípio do formalismo moderado, c) é vetor de interpretação e aplicação das normas sobre licitações públicas que afasta o
apego excessivo a formalidades, exigindo observância das que se afigurem essenciais às finalidades de obtenção da melhor proposta e
tratamento isonômico dos administrados.
Maria Sylvia Zanella Di PIETRO: "INFORMALISMO não significa, nesse caso, ausência de forma; o processo administrativo é formal
no sentido de que deve ser reduzido a escrito e conter documentado tudo o que ocorre no seu desenvolvimento; é informal no
sentido de que não está sujeito a formas rígidas." O objetivo principal do princípio do FORMALISMO MODERADO é atuar em favor do
administrado. Isso significa que "a Administração não poderá ater-se a rigorismos formais ao considerar as manifestações do
administrado." Nesse sentido, "o processo administrativo deve ser simples, despido de exigências formais excessivas, tanto mais que
a defesa pode ficar a cargo do próprio administrado, nem sempre familiarizado com os meandros processuais."

ERRADO:

● As fundações públicas não são (SÃO) sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos demais entes da administração indireta.
● Embora a Constituição Federal de 1988 preveja que o princípio da obrigatoriedade de licitação tem alcance amplo, os municípios com
população inferior a dez mil habitantes não estão sujeitos a tal princípio, tendo os prefeitos dessas localidades o poder discricionário de
analisar a conveniência e a oportunidade da realização de certame licitatório. (O examinador possivelmente quis confundir com o disposto na
Lei de Acesso à Informação. Municípios com até 10 mil habitantes ficam dispensados da divulgação na internet de informações de interesse
coletivo ou geral).
● Nas contratações públicas de bens e serviços, deve ser concedido tratamento diferenciado e favorecido a agricultores familiares e produtores
rurais, desde que sejam pessoas jurídicas. (O tratamento favorecido é para o agricultor pessoa física).
● Em respeito ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório, não é permitido (É PERMITIDO) à administração pública alterar edital de
licitação já publicado. (Quando a alteração afetar a formulação das propostas originalmente realizadas pelos licitantes: será necessária a
divulgação pela mesma forma e com a reabertura do mesmo prazo inicialmente estabelecido. Já quando a alteração não afetar a formulação
das propostas: será dispensada a reabertura do prazo de intervalo mínimo).
● É vedado exigir aos licitantes a comprovação de capital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo ou qualquer outra condição que comprometa,
restrinja ou frustre a isonomia entre os licitantes ou o caráter competitivo do certame. == É plenamente possível exigir capital ou patrimônio
líquido mínimo, para o fim de comprovação da capacidade econômico financeira da empresa de executar o objeto do contrato. O limite disso é
10%, como se vê no § 3o do art. 31 acima.
● O princípio da adjudicação obrigatória ao vencedor é a garantia de que a administração pública celebrará o contrato com o vencedor do
certame. (Não se confunde o direito à adjudicação com eventual direito de contratar)
● A legislação norteadora dos princípios da licitação veda toda e qualquer cláusula restritiva de participação no procedimento licitatório. (Pode
também haver exigência que se tenha experiência anterior com o objeto licitado; regularidade fiscal, trabalhista; qualificação econômico
financeira/ patrimonial... ou outros elementos indispensáveis para a execução do contrato.
● Dado o princípio da transparência dos atos administrativos, o conteúdo das propostas apresentadas na licitação deve ficar disponível à
consulta pública até a data de sua abertura. (o conteúdo das propostas será sigiloso até a sessão pública de sua abertura).
● Uma das finalidades da licitação é promover o desenvolvimento nacional sustentável: critérios de sustentabilidade devem ser considerados
como obrigações da contratada, embora a sua inserção nos autos e no instrumento convocatório seja facultativa. (É OBRIGATÓRIA a isenção
dos critérios de sustentabilidade nos autos e no instrumento convocatória).
● Conforme o princípio da publicidade, a licitação não pode ser sigilosa, devendo ser públicos todos os atos de seu procedimento, em todas as
suas fases, incluído o conteúdo das propostas apresentadas antes da respectiva abertura. (§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e
acessíveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura).
● O objetivo da licitação é selecionar, para a administração pública, a proposta de menor valor (MAIS VANTAJOSA), em observância ao princípio
da isonomia.
● Em razão do princípio da isonomia, é vedada qualquer diferenciação entre particulares para a contratação com a administração pública.
(Art.5-A As normas de licitações e contratos devem privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de
pequeno porte na forma da lei).
● As entidades da administração indireta com personalidade jurídica de direito privado não se subordinam às normas que regem a Lei de
Contratos e Licitações da administração pública. (administração direta, autárquica e fundacional: aplicação integral da Lei 8.666/1993;
empresas públicas e sociedades de economia mista: Lei 13.303/2016: como norma principal (primária); Lei 8.666/1993: nos casos
expressamente determinados pela Lei 13.303: (i) critério de desempate previsto no art. 3º, 2º; (ii) disposições penais previstas nos arts. 89 a
99).
● Em razão do princípio da moralidade, é vedada a participação de servidor público na referida licitação. (O enunciado da questão generalizou
TODOS OS SERVIDORES PÚBLICOS, mas o que fere a moralidade e legalidade é a participação no certame de servidores do órgão. Art. 9º Não
poderá participar, direta ou indiretamente, da licitação ou da execução de obra ou serviço e do fornecimento de bens a eles necessários: III -
servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsável pela licitação).
● Deve-se dar publicidade, mensalmente, em órgão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas
(NÃO SE APLICA À DISPENSA quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional) as compras feitas pela administração
direta ou indireta do setor público, com o objetivo de clarificar a identificação do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o
nome do vendedor e o valor total da operação. (CESPE: A afirmação feita no item está errada, pois a obrigatoriedade de dar publicidade às
compras feitas pela administração direta ou indireta do setor público não se aplica aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do
artigo 24 da Lei nº 8.666/93, conforme disposto no artigo 16 da mesma lei. Por esse motivo, opta‐se pela alteração de seu gabarito).

Definições, obras e serviços, compras (arts. 6 a 16, Lei 8.666):


Entre os regimes passíveis de serem adotados, há o da empreitada por preço global, que é quando se contrata a execução da obra ou do serviço por
preço certo e total, e a empreitada por preço unitário, que é quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
determinadas (art. 6º, VIII, a e b, da Lei nº 8.666/93).
A empreitada por preço global deve ser adotada quando for possível definir previamente no projeto, com boa margem de precisão, as quantidades dos
serviços a serem executados; enquanto que a empreitada por preço unitário deve ser preferida para objetos que, por sua natureza, não permitam a
precisa indicação dos quantitativos orçamentários.

CERTO:

● De acordo com a Lei de Licitações e Contratos, não é obrigatória a existência de crédito orçamentário para licitar, mas apenas para contratar
uma obra, visto que a previsão da obra no orçamento da União atende ao estabelecido na referida Lei.
● A empreitada por preço global deve ser adotada quando for possível definir previamente no projeto, com boa margem de precisão, as
quantidades dos serviços a serem executados; enquanto que a empreitada por preço unitário deve ser preferida para objetos que, por sua
natureza, não permitam a precisa indicação dos quantitativos orçamentários.
● É possível que a administração pública autorize o início da execução de obra contratada antes da aprovação do respectivo projeto executivo,
desde que o projeto básico já tenha sido aprovado. ( O projeto básico é requisito indispensável para a abertura de licitação para a realização de
obras e serviços. O Projeto Executivo é dispensável, desde que autorizado pela Administração)
● É permitida a licitação de uma obra pública com a utilização do projeto básico, podendo, no interesse da administração, o projeto executivo ser
desenvolvido concomitantemente à execução do empreendimento.
REGRA: que o PROJETO EXECUTIVO seja elaborado antes da OBRA.
EXCEÇÃO: é possível a elaboração do PROJETO EXECUTIVO CONCOMITANTE COM A OBRA desde que sejam cumpridos 02 requisitos cumulativos:
1) já tenha sido elaborado o PROJETO BÁSICO; e
2) tenha sido autorizado pela ADMINISTRAÇÃO que o PROJETO EXECUTIVO ocorra concomitantemente com a obra e não antes dela.
● No regime de execução indireta por empreitada por preço global, o poder público contrata terceiros para a execução de obra por preço certo e
total. (O preço ajustado leva em consideração a prestação de serviço por preço certo e total. Nesse regime, o pagamento deve ser efetuado
após a conclusão dos serviços ou etapas definidas em cronograma físico-financeiro).
● Quando for tecnicamente justificável, será permitida a realização de licitação cujo objeto inclua bens de marca, características e especificações
exclusivas.
● O projeto básico é requisito indispensável para a abertura de licitação para a realização de obras e serviços.
● O sistema de controle originário no quadro geral de preços deve ser preferencialmente informatizado.== Art. 15. As compras, sempre que
possível, deverão: (...)§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral de preços, quando possível, deverá ser informatizado.
● Economia na execução, conservação e operação são requisitos que devem ser considerados tanto em projetos básicos quanto em projetos
executivos de obras e serviços. == Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os
seguintes requisitos: (...) III - economia na execução, conservação e operação;
● Na elaboração de projetos de engenharia direcionados à licitação de obras, deve-se considerar, entre outros requisitos, a possibilidade de
emprego de mão-de-obra, de materiais, de tecnologia e de matérias-primas existentes no local onde será executada a obra. == IV -
possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação;
● As compras, sempre que possível, deverão ser subdivididas em tantas parcelas quantas necessárias para aproveitar as peculiaridades do
mercado, visando economicidade.
● Para licitar obras, não é obrigatória a existência de projeto executivo aprovado por autoridade competente, desde que o projeto básico possua
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para CARACTERIZAR a obra.
● Na elaboração do projeto básico, não é permitido orçamento sem quantidades definidas ou com quantidades que não correspondam às
previsões reais de projeto.
● Os requisitos para a realização da referida compra incluem a adequada caracterização do seu objeto e a indicação dos recursos orçamentários
para o seu pagamento. (Nenhuma compra será feita sem a adequada caracterização de seu objeto e indicação dos recursos orçamentários para
seu pagamento, sob pena de nulidade do ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa). Se vai gastar tem que saber em quê e com qual
dinheiro/recurso!
● A ausência de recursos orçamentários que assegurem a quitação das obrigações decorrentes de determinada obra a ser executada no exercício
financeiro corrente impede a realização do certame licitatório dessa obra, independentemente da modalidade de licitação escolhida pelo
administrador público.
● O risco do contratante em relação aos custos é maior no regime de empreitada por preço unitário que no regime de empreitada por preço
global.
● O projeto básico — conjunto de elementos necessários e suficientes para caracterizar a obra ou serviço objeto da licitação — deve ser
elaborado com base nos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica, o adequado tratamento do impacto ambiental do
empreendimento, as condições de avaliação do custo e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo sempre conter orçamento
detalhado e global da obra, sob pena de nulidade.
● O agente de compras deve observar a especificação completa do bem a ser adquirido, a definição das unidades e das quantidades a serem
adquiridas em função do consumo e as condições de guarda e armazenamento que evitam a deterioração do material.

Nas compras deverão ser observadas, ainda:


I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca;
II - a definição das unidades e das quantidades a serem adquiridas em função do consumo e utilização prováveis,
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante adequadas técnicas quantitativas de estimação;
III - as condições de guarda e armazenamento que não permitam a deterioração do material.

● A ausência de recursos orçamentários que assegurem a quitação das obrigações decorrentes de determinada obra a ser executada no exercício
financeiro corrente impede a realização do certame licitatório dessa obra, independentemente da modalidade de licitação escolhida pelo
administrador público. (Recurso orçamentário = dotação orçamentária; recurso financeiro = dinheiro. De fato, não é exigida a disponibilidade
de recursos financeiros (dinheiro), mas tão somente a disponibilidade de recursos orçamentários (dotação).
● Obras e serviços de engenharia só poderão ser licitados se houver projeto básico (INDISPENSÁVEL) aprovado pela autoridade competente e
disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório. (O Projeto Executivo é dispensável, desde que autorizado pela
Administração)
● Sob pena de nulidade e responsabilização do servidor, nenhuma compra pode ser realizada sem a adequada caracterização do seu objeto e a
indicação dos recursos orçamentários para seu pagamento.

ERRADO:
● O conjunto de elementos necessários e suficientes para caracterizar o objeto de licitação deve constar do projeto básico, que consiste de
documento não (É INTEGRANTE) integrante do edital.
● Devido ao fato de ser elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, um projeto básico para obras e serviços de
engenharia não possibilita (POSSIBILITA) a definição do prazo de execução da obra ou serviço.
● Conforme a Lei n.º 8.666/1993, considera-se compra (ALIENAÇÃO) toda operação de transferência de domínio de bens a terceiros. (Compra -
toda aquisição remunerada de bens para fornecimento de uma só vez ou parceladamente).
● Nos processos licitatórios de materiais de escritório para órgãos públicos, é possível a exigência de que o fornecedor entregue produtos de
determinadas marcas e modelos, desde que estejam especificados no edital. (desde que tecnicamente justificável).
● A solução técnica escolhida e os métodos construtivos são definidos na etapa de projeto executivo, posterior ao projeto básico. ( É NO
BÁSICO)
● Os pontos hidráulicos e a estimativa de tubulações são informações suficientes para compor o projeto hidráulico de um projeto básico. ==
todos os elementos do projeto hidráulico devem ser quantificados, inclusive a tubulação, não sendo possível a adoção de estimativa.
● (NÃO) Admite-se a revisão de um projeto básico durante a fase da obra, se houver necessidade de modificação de algum procedimento.
● A solicitação do fiscal para que o projeto possibilitasse o emprego de materiais e mão de obra disponíveis no local é inadequada (ADEQUADA),
pois permite o direcionamento, ferindo, consequentemente, o princípio da isonomia. (Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de
obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, materiais,
tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação).
● Conforme a Lei de Licitações e Contratos, o projeto básico pode ser substituído pelo termo de referência nas situações em que o valor das
obras de engenharia for inferior a cento e cinquenta mil reais. Projeto básico constitui documento fundamental à execução de uma obra, o
qual é INDISPENSÁVEL em tais casos. E mais: não há qualquer previsão legal para substituir o projeto básico pelo termo de referência
● Nos processos licitatórios de materiais de escritório para órgãos públicos, é possível a exigência de que o fornecedor entregue produtos de
determinadas marcas e modelos, desde que estejam especificados no edital.==Para essa banca, esse item só é correto quando aparecer o
termo tecnicamente justificável. Conforme questão a seguir: Quando for tecnicamente justificável, será permitida a realização de licitação cujo
objeto inclua bens de marca, características e especificações exclusivas.
● Conforme a referida lei, há apenas dois elementos obrigatórios no projeto básico de uma obra pública: as especificações técnicas dos serviços e
os desenhos gráficos com detalhes construtivos.

IX - Projeto Básico o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra
ou serviço, devendo conter os seguintes elementos:
a) visão global da obra e identificar todos os seus elementos com clareza;
b) soluções técnicas globais e localizadas;
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais a incorporar à obra;
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos;
e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra;
f) orçamento detalhado do custo global da obra;

O projeto básico deve conter todos os métodos construtivos necessários para a execução da obra.
PROJETO BÁSICO -> ELEMENTOS NECESSÁRIOS E SUFICIENTES PARA CARACTERIZAR A OBRA OU SERVIÇO;
PROJETO EXECUTIVO -> ELEMENTOS NECESSÁRIOS E SUFICIENTES À EXECUÇÃO COMPLETA DA OBRA.
● Para pagamento do excedente de piso, o fiscal poderá compensar na medição a inserção de outros serviços não executados no período, desde
que não haja desequilíbrio financeiro no contrato. == Essa é uma prática totalmente vedada pelo TCU em diversas deliberações. A prática em
tela, trata do "Pagamento por Química", onde o fiscal usa o saldo de um serviço ocioso para pagar o acréscimo não previsto em planilha do
outro serviço.
● Devido ao fato de ser elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, um projeto básico para obras e serviços de
engenharia não possibilita a definição do prazo de execução da obra ou serviço.
● Não é recomendável exigir que um projeto garanta a facilidade de execução da obra, já que isso pode implicar prejuízo para a durabilidade da
edificação. (Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de obras e serviços serão considerados principalmente os seguintes requisitos: I
- segurança; II - funcionalidade e adequação ao interesse público; III - economia na execução, conservação e operação; IV - possibilidade de
emprego de mão-de-obra, materiais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para execução, conservação e operação; V - facilidade na
execução, conservação e operação, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço; VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de
segurança do trabalho adequadas; VII - impacto ambiental).
● De acordo com o entendimento do Superior Tribunal de Justiça acerca do disposto no art. 7.°, § 2.°, III, dessa lei, é necessária, para a realização
da licitação, a existência de disponibilidade financeira que assegure, de fato, o pagamento das obrigações decorrentes das obras ou serviços a
serem executados no exercício financeiro em curso, ou seja, o recurso deve estar disponível à administração ou, pelo menos, já ter sido
liberado.== a lei não exige que os recursos orçamentários estejam prontamente disponíveis, mas tão somente a previsão destes recursos
● Questão Polêmica! Na compra de material de informática, deve-se proceder à especificação completa do bem, podendo-se, em determinadas
situações, indicar a marca do bem. (Com Base na Lei 8.666= Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (...) § 7o Nas compras deverão
ser observadas, ainda: I - a especificação completa do bem a ser adquirido sem indicação de marca; Porém o TCU possibilita, em sua
jurisprudência, a indicação de marca em situações bem específicas conforme a Súmula 270/2012 TCU: Em licitações referentes a compras,
inclusive de softwares, é possível a indicação de marca, desde que seja estritamente necessária para atender exigências de padronização e que
haja prévia justificação).
● Na administração pública, é vedado ao autor do projeto básico participar da licitação ou da execução da obra pública no exercício de
fiscalização, de supervisão ou de gerenciamento. (É permitida a participação do autor do projeto ou da empresa, na licitação de obra ou
serviço, ou na execução, como consultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da
Administração interessada).
● Conforme definição legal, o projeto básico EXECUTIVO, sem cuja aprovação pela autoridade competente não é possível realizar licitação de
obras públicas, consiste no documento que contém os elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, conforme as normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas.==X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa
da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT;
IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou
complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a
viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição
dos métodos e do prazo de execução, devendo conter os seguintes elementos:

Assunto: Alienação de bens móveis e imóveis. Licitação dispensada (arts. 17 a 19, Lei 8.666)
CERTO
● A doação de geradores (que estejam inoperantes) para estabelecimentos assistenciais de saúde geridas por organizações da sociedade civil de
interesse público poderá ser realizada sem licitação.==
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e conveniência sócio-econômica,
relativamente à escolha de outra forma de alienação;
● Bens imóveis da administração pública adquiridos em função de procedimentos judiciais ou de dação em pagamento poderão, por ato da
autoridade competente, ser alienados mediante procedimento licitatório na modalidade LEILÃO.
● Não se realizará procedimento licitatório no caso de alienação de bem imóvel da administração pública para outro órgão ou entidade também
da administração pública.
● Em regra, a modalidade licitatória para locação de bem imóvel deve ser a concorrência, no entanto pode ser realizada a contratação direta no
caso de imóvel que, em razão da localização e das instalações, atenda às exigências da administração. (desde que o preço seja compatível com
o valor de mercado, segundo avaliação prévia).
● A alienação de um bem móvel pode ocorrer mediante permuta entre entidades da administração pública. (permitida exclusivamente entre
órgãos ou entidades da Administração Pública)

ERRADAS
● A venda de um bem imóvel pertencente a uma unidade da administração pública para outro órgão público dependerá de autorização
legislativa, de avaliação prévia do seu valor e de licitação na modalidade concorrência.(DISPENSADA a licitação no caso venda a outro órgão
ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo. Não cabe à administração, discricionariamente, decidir sobre a
realização ou não da licitação).
● Se o governo de determinado estado da Federação construir imóveis residenciais destinados a programa habitacional de interesse social, a
venda desses imóveis às pessoas cadastradas no programa deverá ser realizada com base nos dispositivos da inexigibilidade (DISPENSA) , já
que, nesse caso, a licitação é inviável.
Dispensável → Adm compra algo
Inexigível → Adm compra algo
Dispensada → Adm vende algo


Contratação Direta (dispensa e inexigibilidade - arts. 24 a 26, Lei 8.666):
Inexigibilidade, art. 25:

>> Artista consagrado.

>> Fornecedor exclusivo,que é considerado de acordo com Hely Lopes Meirelles:


Ser o único na localidade, quando for convite;
Ser o único com registro cadastral, quando for tomada de preços;
Ser o único no país, quando for concorrência.

>> Serviço técnico especializado, que deverá atender a 4 requisitos cumulativamente (lei 8.666, art. 25, inciso II):
1. Serviço técnico especializado, previsto no art. 13;
2. Possuir natureza singular, fora do comum;
3. Ser prestado por empresa ou profissional de notória especialização;
4. Não ser de publicidade ou propaganda.

CERTO:

● Será necessária a licitação para a contratação da empresa de publicidade, mesmo que o serviço a ser prestado seja considerado singular e a
empresa a ser contratada possua notória especialização na área.
● A lei veda a preferência por marca na hipótese de contratação direta por inexigibilidade em razão de fornecedor exclusivo.
● A contratação direta por notória especialização é caso especial de inexigibilidade de licitação. (ESNOBE)
● É dispensável a licitação na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde
que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto
ao preço, devidamente corrigido
● É permitida a contratação direta pela administração pública, em razão da inexigibilidade de licitação, de profissional de qualquer setor artístico,
diretamente ou por meio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
● Nas hipóteses de contratação direta por dispensa ou por inexigibilidade de licitação, caso se comprove superfaturamento, o fornecedor ou o
prestador de serviços e o agente público responsável pelo ato responderão, de forma solidária, pelo dano causado à fazenda pública.
● Na hipótese de rescisão de contrato administrativo de execução de obra, estando esta inacabada, a lei permite que outro prestador de serviços
seja contratado mediante dispensa de licitação. (desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas
condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço devidamente corrigido).
● Se comprovado superfaturamento na contratação, o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público serão solidariamente
responsabilizados pelos danos causados ao erário.
● Ausência de mercado concorrencial e impossibilidade de julgamento objetivo caracterizam inviabilidade de competição, casos em que ocorre a
inexigibilidade de licitação.
● Em casos de situação de emergência ou de calamidade pública, poderá haver contratação direta, com dispensa de licitação, tendo o contrato
decorrente prazo máximo de duração de CENTO E OITENTA DIAS, vedada a sua prorrogação. (para as parcelas de obras e serviços que possam
ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou
calamidade)
● Situação hipotética: Determinado tribunal de contas, para comemorar o aniversário de sua criação, realizará um evento no qual está prevista a
apresentação de renomado músico nacional. Assertiva: Nessa situação, a contratação do referido músico configura hipótese de inexigibilidade
de licitação, por se tratar de profissional do setor artístico consagrado pela opinião pública.
● No concurso — modalidade licitatória de caráter intelectual —, o julgamento técnico é relativamente subjetivo, mas não arbitrário. ==No
concurso, não se aplicam os tipos de licitação (menor preço ou técnica e preço.)
● Quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento ou quando houver guerra ou
grave perturbação da ordem, a licitação será dispensável.==Art. 24. É dispensável a licitação:
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
VI - quando a UNIÃO tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou normalizar o abastecimento;
● Caso pretenda comprar um medicamento produzido por apenas uma indústria farmacêutica, utilizado para tratar doença tropical típica em
algumas regiões brasileiras, o responsável pelo setor de compras de um hospital público deverá considerar inexigível a licitação.
● Considerando que determinado órgão público, visando aumentar sua eficiência na prestação de serviços, pretenda contratar empresa
particular especializada para capacitar seus servidores, julgue o item a seguir, com base nas disposições da legislação que regula a contratação
de serviços na administração pública.
● Se o serviço for de natureza singular e a empresa possuir notória especialização, a contratação poderá ocorrer por inexigibilidade de licitação.
● É inexigível a licitação para a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por intermédio de empresário exclusivo,
desde que o referido profissional seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
● A legislação permite a contratação direta na hipótese de licitação deserta, se a repetição do processo licitatório for acarretar prejuízo para a
administração pública.
● A contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por intermédio de empresário exclusivo, desde que consagrado pela
crítica especializada ou pela opinião pública, é uma hipótese de inexigibilidade de licitação.
● É dispensável a licitação na hipótese de contratação, por empresa pública, de compras ou de obras e serviços de engenharia se o valor
estimado não ultrapassar 20% do limite estabelecido na Lei n.º 8.666/1993, podendo-se, nesse caso, optar pela modalidade convite.
● A existência de mais de uma alternativa para a contratação de determinado serviço, por si só, não descaracteriza a inviabilidade de competição
para efeitos de contratação direta por inexigibilidade de licitação. (Ou seja, mesmo que tenha mais de uma alternativa, o que determina a
inexigibilidade será a singularidade, e não a quantidade de alternativas).
● (Questão Polêmica) Na contratação de restaurador para preservar obra arquitetônica existente em prédio público estadual, tombado pelo
patrimônio histórico e a ser reformado, é inexigível a licitação.
OBRAS DE ARTE E OBJETOS OU BENS DE VALOR HISTÓRICO:

DISPENSÁVEL INEXIGÍVEL
*para aquisição/restauração; *apenas restauração;
*autenticidade certificada; *natureza singular;
*compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade. *notória especialização.

CORRELATA: Licitação dispensável. Ex: Museu de Artes restaura obra de arte.


NÃO CORRELATA: Licitação inexigível. Ex: TRT restaura estatua do órgão.
OBS: É necessário conhecer a finalidade do contratante, para saber se é correlata ou não.

● Situação hipotética: A Defensoria Pública da União, interessada em adquirir determinados bens, abriu processo licitatório cujo resultado foi
licitação deserta. Assertiva: Nessa situação, se for comprovado que a realização de outro processo licitatório causará prejuízos à administração,
o órgão poderá adquirir os bens por meio de dispensa de licitação, desde que mantenha todas as condições constantes do instrumento
convocatório inicial. == OBS, ñ se aplica se for convite, tem que repetir.
● Determinada autarquia necessita instalar um escritório regional e, para tanto, pretende comprar ou alugar um imóvel. De acordo com as
disposições da Lei federal nº 8.666/93, que dispõe sobre licitações e contratos administrativos, e) a licitação poderá ser dispensada tanto
para a aquisição como para a locação, desde que as necessidades de instalação e localização condicionem a escolha, observada a
compatibilidade de preço com o mercado, segundo avaliação prévia.

ERRADO:

● Em caso de grave perturbação da ordem interna, é dispensável a realização de processo licitatório pela administração pública para a celebração
de contratos. ERRADO, comentário do prof. Sandro Bernardes:
"Entretanto, o que se dispensa é a LICITAÇÃO, não o PROCESSO LICITATÓRIO, ou seja, a formalização da contratação direta não dispensa um
processo, com os registros formais do que se vá fazer."
● Configura hipótese de dispensa (INEXIGIBILIDADE) de licitação a contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou por
intermédio de empresário exclusivo, desde que o profissional seja consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
● O prazo máximo de vigência para o contrato emergencial é de 180 cento e oitenta dias consecutivos e ininterruptos, sendo permitida uma
única prorrogação (VEDADA a prorrogação dos respectivos contratos).
● Em razão de rescisão contratual, é permitida a realização de dispensa de licitação para a contratação de remanescente de obra, serviço ou
fornecimento, independentemente da (ATENDIDA A) ordem de classificação da licitação anterior, mantidas as mesmas condições oferecidas
pelo licitante vencedor.
● Dispensa (INEXIGIBILIDADE) de licitação pressupõe impossibilidade de competição entre potenciais fornecedores; inexigibilidade (DISPENSA)
de licitação é prerrogativa da administração para a escolha do contratado.
● Não havendo interessados quando da realização de procedimento licitatório, é permitida a dispensa de licitação se o certame não puder ser
repetido sem prejuízo para a administração, situação em que devem ser suprimidas (MANTIDAS) as condições que tiverem impedido tal
certame.
● Será inexigível (EXIGÍVEL) a licitação, caso os agentes administrativos com competência técnica para tanto concluam que a característica de
determinado objeto atende melhor ao interesse público.
● Caso, em razão de fortes chuvas em determinado município, uma represa se rompa e ocasione alagamento em alguns bairros, e, em razão
desse fato, o governo local decrete estado de calamidade pública, poderá o município valer-se da inexigibilidade (DISPENSÁVEL) de licitação
para realizar obras de reparo da represa e evitar novos alagamentos. (no prazo máximo de 180 dias consecutivos e ininterruptos, contados da
ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos).
● Considere que a empresa X, vencedora de licitação para prestar serviços de segurança nos terminais de ônibus urbanos de determinado
município, tenha falido e deixado de cumprir suas obrigações para com o poder público e que a administração tenha contratado,
emergencialmente, a empresa Y para executar os serviços no prazo de cento e oitenta dias. Nessa situação, se novo processo de licitação não
for concluído dentro do referido prazo, a administração pública pode, de acordo com a legislação, efetuar a prorrogação do contrato
emergencial com a empresa Y por mais noventa dias. (É VEDADA A PRORROGAÇÃO)
● A CF, no intuito de proteger a moralidade administrativa, exige que toda compra realizada pelo poder público seja precedida de licitação.
● Nos casos de inexigibilidade de licitação, ainda que seja possível a competição, a lei autoriza a não realização de processo licitatório, com base
em critérios de oportunidade e conveniência. (Inexigibilidade decorre da inviabilidade de competição, ou seja, quando há impossibilidade
jurídica de competição entre licitantes)
● A dispensa (INEXIGIBILIDADE) da licitação ocorre quando há inviabilidade de competição, isto é, inexigibilidade de licitar.
● A licitação será inexigível nos casos em que a administração pública der preferência a produto de marca específica cujo fornecimento seja feito
por representante comercial exclusivo, sendo, assim, permitida a aquisição direta do produto, sob a justificativa de inviabilidade de competição.
(vedada a preferência de marca).
● A contratação de assessorias técnicas não admite inexigibilidade de licitação.
Não é para qualquer tipo de contrato que se aplica a situação de inexigibilidade, mas tão somente para os contratos de prestação de serviços, desde
que observados cumulativamente três requisitos:
1) a enumeração do serviço no dispositivo legal citado (art. 13);
2) sua natureza singular, isto é, não basta estar previsto de forma expressa no art. 13 da Lei 8.666/1993, sendo necessário que o serviço se torne
único devido à sua complexidade e relevância; e
3) a notória especialização do profissional, assim considerado, nos termos do § 1º do art. 25.
● O conserto de equipamento importado poderia ter sido contratado por inexigibilidade. ==o caso em tela não se enquadra em hipótese de
inexigibilidade de licitação. Isso porque, apesar da inexigibilidade poder ser analisado no caso concreto, o enunciado da assertiva não traz
informações necessárias para que se possa enquadrar o certame como inexigível. Para que a licitação seja inexigível deve haver inviabilidade de
competição.
● O governador não praticou ato ilícito ao contratar diretamente a referida empresa, pois a prestação de serviços publicitários é hipótese de
inexigibilidade de licitação, estando incorreto o julgamento do tribunal.== art.25,ii, da lei: [...] vedada a inexigibilidade para serviços de
publicidade e divulgação
● Se não for alcançado o número mínimo legalmente exigido de empresas qualificadas no Convite, estará configurada hipótese de dispensa de
licitação. (Súmula 248 do TCU: não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação sob a modalidade
Convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º,
do art. 22 (Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de
licitantes exigidos no 3º deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite).
(O.N. AGU/nº12: Não se dispensa licitação, com fundamento nos incs. v e vii do art. 24 da lei no 8.666, de 1993, caso a licitação fracassada ou
deserta tenha sido realizada na modalidade convite.
● Desde que o serviço seja de natureza singular, a contratação de empresa de notória especialização para realizar a capacitação de servidores
públicos poderá ser feita por meio de dispensa (INEXIGIBILIDADE) de licitação.
● O poder público poderá promover treinamento de seus servidores mediante contratação direta, por dispensa (INEXIGIBILIDADE) de licitação,
de profissional de notória especialização de natureza singular.
● É dispensada (DISPENSÁVEL) a licitação, segundo a Lei n.º 8.666/1993, se houver comprometimento da segurança nacional naqueles casos
estabelecidos por lei aprovada pelo Congresso Nacional no início no ano legislativo. (É dispensável a licitação: IX - quando houver possibilidade
de comprometimento da segurança nacional, nos casos estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa
Nacional).
● É inexigível (DISPENSÁVEL) a licitação para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica e tecnológica com
recursos concedidos pela CAPES, pela FINEP, pelo CNPq ou por outras instituições de fomento à pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim
específico. (Para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e serviços de
engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a alínea b do inciso I do caput do art. 23); (LICITAÇÃO DISPENSADA: Todos os casos
são de alienação de bens)
● Todos os casos de dispensa de licitação devem ser formalizados pelos órgãos que a processam.== Com exceção da dispensa de licitação por
valor
● Rescindido o contrato com a empresa prestadora do serviço, a administração pública poderá firmar novo contrato de terceirização, e, sendo o
valor do contrato inferior a R$ 4.000,00, é possível firmá-lo verbalmente.== apenas pequenas compras de pronto pagamento, assim
entendidas aquelas de valor não superior a 5% do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea "a" desta Lei feitas em regime de
adiantamento. PERCEBA Q HAVERÁ CONTRATO, mas verbal
● Em toda licitação, é indispensável a celebração de contrato, sendo esse instrumento insubstituível, porque, no direito administrativo, prevalece
a formalização do processo licitatório.
“Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos
preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por
outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
§ 4º É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor,
nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.”
A celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais — qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo — para o
desenvolvimento de atividades contempladas no contrato de gestão constitui hipótese de inexigibilidade DISPENSA de licitação.

Modalidades de licitação. Local de realização. Publicação do edital (arts. 20 a 23, 52 e 53):

Falou em compra de imóvel, marca concorrência.

CERTO:

● A concorrência será realizada por comissão permanente ou especial composta de, no mínimo, três membros.
Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas serão processadas e julgadas por
comissão permanente ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes aos
quadros permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação.
● Ao se licitar a aquisição de um equipamento hospitalar, o edital de abertura da licitação deverá conter explicação das características de
desempenho desse equipamento.
● É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das referidas.
● A licitação na modalidade concurso dispensa as formalidades específicas da concorrência.
● Caso a administração pública convoque, por meio de convite, dez empresas do mesmo ramo do objeto a ser licitado para contratação de
determinado serviço, e, por desinteresse de alguns convidados, apenas uma empresa apresente proposta, a administração poderá prosseguir
com o certame, desde que justifique devidamente o fato e as circunstâncias especiais.==A regra é que o convite deve contar com pelo menos
três participantes. Tanto é assim que a norma afirma que quando for impossível a obtenção de três propostas válidas, o convite deve ser
repetido.
● A Lei de Licitações instituiu como modalidades de licitação a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso e o leilão, tendo vedado a
criação de outras modalidades ou a combinação das existentes, embora o pregão tenha sido legalmente instituído, mais tarde, como nova
modalidade de licitação.
● Convite e tomada de preços são modalidades de licitação que podem ser adotadas pela administração pública para a contratação de obras.
● Concorrência é a modalidade de licitação recomendada para compras que importem valores elevados.


Em julho de 2018, em decorrência do Programa Nacional de Desestatização (PND), a Companhia de Energia
do Piauí (CEPISA), uma sociedade de economia mista, foi vendida, mediante leilão, para a Equatorial
Energia.
● A partir dessa informação, julgue o item seguinte, acerca de organização administrativa e licitação.
● O leilão, do qual decorreu a desestatização da CEPISA, é uma modalidade de licitação para a venda de bens
públicos a quem oferecer o maior lance. Outra modalidade de licitação cabível no caso seria a
concorrência. (Técnico Ministerial (MPE PI)/Administrativa/2018) NAS DESESTATIZAÇÕES APLICA-SE, EM
CONJUNTO COM A LEI 8.666/93, A LEI 9.491/ 1997 QUE AUTORIZA A UTILIZAÇÃO DA MODALIDADE
LEILÃO. (Nessa hipótese não se aplica o artigo 19, pois o bem não provém de dação em pagamento ou
processo judicial.)

● Se, para executar a ampliação das instalações físicas da edificação, uma empresa construtora for contratada na modalidade empreitada por
preço unitário, então essa contratação caracteriza uma execução indireta. (Execução indireta - a que o órgão ou entidade contrata com
terceiros sob qualquer dos seguintes regimes: a) empreitada por preço global - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço
certo e total; b) empreitada por preço unitário - quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades
determinadas).
● A concorrência pública pressupõe uma fase preliminar denominada habilitação, que habilita os que poderão participar da fase seguinte, a de
classificação. (1. Edital; 2. Habilitação; 3. Classificação (Dividido em: abertura dos envelopes e julgamento das propostas); 4. Homologação; 5.
Adjudicação).
● Na modalidade convite, o certame deverá ser repetido caso não haja, no mínimo, três propostas, em razão de limitações de mercado ou
manifesto desinteresse dos convidados, se ausente a justificativa fundamentada dessas circunstâncias no processo.
● Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a
instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores.
● Modalidade de licitação corresponde ao procedimento utilizado para conduzir o certame; tipo de licitação é o critério de julgamento que será
utilizado para selecionar a proposta mais vantajosa para a administração.
● O objeto a ser licitado pode ser dividido em lotes menores para que o caráter competitivo da licitação não seja comprometido. (Art. 23 7o Na
compra de bens de natureza divisível e desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de quantidade
inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a
economia de escala)(Excepcionalmente, o texto da lei define que é possível o parcelamento e a utilização de modalidade mais simples, sempre
que se tratar de parcelas de natureza específica que devam ser executadas por pessoas diversas daquela que está executando a obra ou
prestando o serviço principal). (PERMITIDO o parcelamento de objeto; PROIBIDO o fracionamento de despesas)
● Concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão são modalidades de licitação, sendo vedada a combinação entre elas ou a criação
de outras modalidades.
● Concorrência é a modalidade de licitação cabível no caso de alienação de bem imóvel de propriedade da administração pública,
independentemente de seu valor.
● Sempre que houver republicação do edital por motivo de alteração que afete a formulação de propostas, será necessária a reabertura do prazo
para recebimento de propostas, devendo o prazo definitivo ser contado a partir da data da última publicação do edital.
Art 21, lei 8666:
3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior serão contados a partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do convite, ou
ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde.
4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido,
exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração não afetar a formulação das propostas.
● Para participar de uma tomada de preços, a empresa deverá estar cadastrada junto ao órgão ou atender às condições exigidas para o
cadastramento.
● O objeto a ser licitado pode ser dividido em lotes menores para que o caráter competitivo da licitação não seja comprometido.
PERMITIDO o parcelamento de objeto
PROIBIDO o fracionamento de despesas

ERRADO:

● Para a promoção de atividades de natureza artística, técnica ou científica, a modalidade licitatória apropriada é o convite (CONCURSO).
● É permitida (É VEDADA) a combinação das modalidades de licitação previstas na Lei n.º 8.666/1993, de modo a propiciar ao gestor maior
flexibilidade nas contratações públicas.
● Pelo seu caráter simplificado, a modalidade convite não pode (PODE) ser substituída pela concorrência.
● Será considerada regular a licitação se, tendo três empresas se apresentado, somente duas cumprirem todos os requisitos exigidos. (Súmula
248 TCU: Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação sob a modalidade Convite, impõe-se a
repetição do ato, com a convocação de outros possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º, do art. 22 = Quando,
por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no
3o deste artigo, essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de repetição do convite.).
● Para realizar aquisições internacionais ou contratações de grande vulto, a modalidade licitatória mais recomendada é a tomada de preço
(CONCORRÊNCIA). (Grande vulto= 25 x 3.300.000, logo, 83.500.000).
● Para que um edital de licitação seja impugnado devido ao descumprimento de normas e condições por parte da administração pública, é
necessário (NÃO É NECESSÁRIO) que o interessado na impugnação comprove a sua participação no procedimento como licitante. (Qualquer
cidadão é parte legítima para impugnar edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, devendo protocolar o pedido até 5 (cinco)
dias úteis antes da data fixada para a abertura dos envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à impugnação em até
3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no 1o do art. 113).
● A modalidade de licitação adequada deve ser definida de acordo com o objeto a ser adquirido ou obra a ser contratada, decisão que deve ser
seguida pela apuração do valor total do objeto a ser licitado. = Nem toda modalidade é escolhida em razão do valor.
1. Escolha em razão do valor: concorrência, tomada de preços, convite.
2. Escolha em razão do objeto: concurso e pregão.
● Os prazos de antecedência para divulgação do instrumento convocatório, previstos na Lei de Licitações e Contratos, qualquer que seja a
modalidade escolhida pelo gestor público, são contados em dias corridos, e variam apenas com relação ao número mínimo de dias, conforme
o tipo de licitação adotado. NO CONVITE SÃO 5 DIAS ÚTEIS
● Na modalidade concurso, só é possível contratar trabalhos artísticos que serão pagos por meio de prêmios, pois, nessa modalidade, não se
permite a remuneração direta aos vencedores. (prêmios ou remuneração).
● Concurso é a modalidade de licitação indicada para a escolha de trabalho técnico ou científico, mediante a instituição aos vencedores de
prêmios em dinheiro,(prêmios ou remuneração aos vencedores) conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de trinta dias. (45 dias)

Convite = 5d úteis
Pregão = 8d úteis
Tomada de Preços e Leilão = 15d
(+) Técnica = 30d
Concorrência = 30d
(+) Técnica = 45d
Concurso = 45d

● De acordo com a legislação vigente, é permitida, conforme o tamanho do contrato, a criação de novas modalidades de licitação ou a
implantação de processos licitatórios mistos e adaptados. (É vedada a criação de outras modalidades de licitação ou a combinação das
referidas neste artigo).
● ATENÇÃO: Não se admite qualquer tipo de alteração no edital de licitação após sua divulgação.(e, se tal modificação afetar a formulação das
propostas, o prazo deve ser reaberto). OUTRA QUESTÃO ENVOLVENDO O MESMO ASSUNTO DADA COMO CERTA:No curso de uma licitação, é
vedado alterar os critérios e as exigências fixadas no instrumento convocatório. (Perceba que existe uma diferença entre "qualquer tipo de
alteração" e "alterar os critérios e as exigências)
● Convite é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as condições exigidas para
cadastramento até o terceiro dia anterior (24 HORAS ANTES DA) data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
TOMADA DE PREÇOS = 3 PALAVRAS = 3 DIAS ANTES
CONVITE = 1 PALAVRA = 1 DIA ANTES = 24 HORAS.
● É vedada a criação de modalidades de licitação não expressamente previstas na Lei n.º 8.666/1993, sendo permitida,(VEDADO TAMBÉM) a
combinação entre as modalidades constantes da referida lei.
● A legislação vigente define o prazo máximo para divulgação do edital de acordo com a modalidade de licitação. (Nesse caso a lei 8666 exige
prazos mínimos).
● A modalidade de licitação por leilão (TOMADA DE PREÇO) pode ocorrer entre os interessados, previamente cadastrados, quenão pode onerar
o objeto do contrato ou restringir a regularização atendam aos requisitos exigidos para o cadastramento até o terceiro dia anterior à data de
recebimento das propostas.
● Concorrência (TOMADA DE PREÇO) é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que atenderem a todas as
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.
● É recomendável (É PROIBIDO) que o administrador público fracione ou desmembre obra, compra ou serviço, para o devido enquadramento do
valor dentro dos limites de dispensa previstos nessa lei. ( fracionamento de despesas é PRÁTICA ILÍCITA )
● Nos três editais de licitação, ficou definido que o regime de execução da empreitada seria integral e que cada um dos concorrentes poderia
participar somente de duas, das três tomadas de preços, para evitar que todas as atividades fossem assumidas por uma única empresa. Assim,
conforme a regra, os licitantes que oferecessem propostas nas três licitações deveriam ser inabilitados. Nessa situação, a regra que limita a
participação dos concorrentes a duas tomadas de preço é amparada legalmente, já que seu objetivo é mitigar o risco financeiro dos futuros
contratados. (Não há qualquer amparo para este tipo de procedimento, ainda que, ao fim, possa parecer algo razoável na visão do
administrador)
● O leilão de bens móveis independe (DEPENDE) de avaliação prévia da administração.
BENS IMÓVEIS> DEPENDE DE AVALIAÇÃO PRÉVIA, LICITAÇÃO + AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA.
BENS MÓVEIS> DEPENDE DE AVALIAÇÃO PRÉVIA E DE LICITAÇÃO.
● As modalidades de licitação incluem a concorrência, a tomada de preços, o convite, o concurso, o leilão e a seleção por melhor técnica e preço.
(Melhor técnica é critério de julgamento, ao lado do menor preço, maior lance ou oferta e técnica e preço).
● Apenas modificações no edital que inquestionavelmente afetem a formulação de propostas demandarão a reabertura do prazo para
recebimento das propostas.
REGRA: QUALQUER MODIFICAÇÃO EXIGE NOVA DIVULGAÇÃO E REABERTURA DO PRAZO
EXCEÇÃO: quando inqüestionavelmente a alteração não afetar a formulação das propostas.
● Concurso (CONCORRÊNCIA) é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, preliminarmente, comprovem possuir a qualificação
exigida no edital para a execução do seu objeto. (Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores).

Assunto: Fases e tipos de licitação (arts. 27 a 48)


CERTO
● A modalidade licitatória de concorrência admite que se estabeleça uma etapa de pré-qualificação para licitantes interessados.
● Para a construção de uma obra pública, conforme previsão em edital, o qual permite o consórcio, será realizada licitação da qual poderão
participar empresas tanto nacionais quanto estrangeiras.
A participação na referida licitação de empresas estrangeiras como consorciadas está em conformidade com a legislação pertinente, pois é
permitida desde que, além do atendimento às demais exigências legais, a liderança seja de empresa brasileira.
No processo de licitação em exame, não poderá ocorrer a participação simultânea de uma mesma empresa isoladamente e em consórcio, em
razão de impedimento legal.
● O edital de licitação descumpriu a legislação ao exigir atestados técnicos fornecidos por pessoas físicas ou jurídicas, pois apenas os de pessoas
jurídicas podem ser aceitos. (A comprovação de aptidão referida no inciso II do "caput" deste artigo, no caso das licitações pertinentes a obras
e serviços, será feita por atestados fornecidos por PESSOAS JURÍDICAS de direito público ou privado).
● Os tipos de licitação "melhor técnica" ou "técnica e preço" serão utilizados exclusivamente para serviços de natureza predominantemente
intelectual, em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e gerenciamento e de engenharia consultiva em geral e,
em particular, para a elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e executivos.

ERRADAS
● No projeto básico, define-se o orçamento sintético, ou seja, parametrizado, do objeto a ser contratado.
PROJETO BÁSICO: ORÇAMENTO DETALHADO (PORMENORIZADO/ANÁLITICO) DO CUSTO GLOBAL DA OBRA
PROJETO SINTÉTICO: Um projeto Geral (NÃO DETALHADO)
PROJETO ANÁLITICO: Um projeto Pormenorizado (DETALHADO)
● Caso o SLU exija prestação de garantia para a execução do contrato, esta deverá ficar limitada a 1% (5%) do valor estimado do objeto da
contratação.
GARANTIA DA PROPOSTA - 1%
GARANTIA DO CONTRATO - 5%
GARANTIA DO CONTRATO GRANDE VULTO - 10%
● Dado o caráter emergencial do serviço, é dispensável a análise prévia da minuta do contrato pela assessoria jurídica do SLU. (As minutas de
editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas por
assessoria jurídica da administração, mesmo que em caráter emergencial).
● Não se exige que a minuta do futuro contrato integre o edital convocatório da licitação. (deve integrar sempre)
● Será nulo o edital de licitação que fixar o preço máximo admitido para a aquisição de bens comuns.
PARA COMPRAS:
- Nâo pode ser fixado preço mínimo
- Pode ser fixado preço máximo
PARA ALIENAÇÕES:
- Deve ser fixado preço mínimo (ex.: leilão, em que deve ser estabelecido um lance mínimo)
● No projeto básico, define-se o orçamento (DETALHADO/ANALÍTICO) sintético, ou seja, parametrizado, do objeto a ser contratado.
● A construção de um prédio público, fruto de um projeto básico padrão, foi licitada adotando-se o regime de execução empreitada por preço
global e a concorrência como modalidade delicitação. Durante a divulgação do edital, alguns licitantes questionaram que as informações do
projeto básico estavam incompletas, o que não foi aceito pela comissão de licitação. O prédio foi orçado em trinta milhões de reais e a licitante
vencedora apresentou uma proposta de vinte milhões de reais.
Caso fosse aceito o questionamento de que as informações do projeto básico estavam incompletas, a comissão de licitações poderia sanar esse
problema mudando o regime de execução para empreitada por preço unitário. (Art 21 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação pela
mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inqüestionavelmente, a alteração
não afetar a formulação das propostas)



4. Contratos Administrativos (Lei 8.666/1993):

CERTO:

● Aos contratos administrativos aplicam-se, supletivamente, as disposições de direito privado.


● Aplicam-se de forma supletiva os princípios da teoria geral dos contratos e das disposições de direito privado aos contratos administrativos.
● A exigência de garantia contratual de 10% é lícita, desde que a obra seja de grande vulto e tenha alta complexidade.
● Contrato de direito privado firmado em igualdade de condições pela administração pública com particular não pode ser anulado
unilateralmente.(é possível haver, nos contratos de direito privado firmados com a Administração, as cláusulas exorbitantes - mas precisam
estar EXPRESSAS)
● Serviços de execução continuada (os quais se contrapõem aos de execução instantânea). Não podem sofrer solução de continuidade (não
podem ser interrompidos), sob pena de prejuízo à Administração. Exemplos: vigilância, limpeza, motorista e manutenção de equipamentos.
● A comutatividade representa a equivalência entre as obrigações previamente ajustadas pelas partes contratantes.
● Contratos públicos são celebrados em caráter intuitu personae, sendo, em regra, vedada a subcontratação.
● Todos os contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado,
apuradas no procedimento da licitação.
● Por razões de interesse público, um contrato administrativo pode ser rescindido unilateralmente pela administração pública.
● No âmbito da contratação pública, assim como ocorre na esfera civil, a contratação do particular poderá ocorrer verbalmente, sem a
necessidade, em determinadas hipóteses, de formalizá-la por meio de contrato administrativo.
● Contratos públicos são celebrados em caráter intuitu personae, sendo, em regra, vedada a subcontratação. (Art. 72. O contratado, na execução
do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o limite
admitido, em cada caso, pela Administração).
● Todos os contratos para os quais a lei exige licitação são firmados intuitu personae, ou seja, em razão de condições pessoais do contratado,
apuradas no procedimento da licitação.
● É dispensável o termo de contrato, independentemente do valor da contratação, se se tratar de compra com entrega imediata e integral. (§ 4o
É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste artigo, a critério da Administração e independentemente de seu
valor, nos casos de compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem obrigações futuras, inclusive
assistência técnica).
● É vedado o estabelecimento de contrato administrativo por prazo indeterminado.
● A publicidade é condição de eficácia dos atos da administração pública, por isso a inobservância do dever de publicação de atos oficiais pode
caracterizar prática de ato de improbidade administrativa.
● Chuvas ocorridas no período de execução da obra podem ser justificativas legalmente aceitáveis de atraso de cronograma, desde que
excepcionais ou imprevisíveis no período de ocorrência e tenham causado impactos nas atividades críticas da obra.
● A aceitação da justificativa para os atrasos de terraplenagem e fundações depende de a contratada comprovar que as chuvas foram
imprevisíveis ou excepcionais.
● Situação hipotética: O Ministério Público de determinado estado da Federação, visando reformar seu edifício sede, firmou contrato
administrativo. Iniciada a execução do contrato, a administração resolveu modificar unilateralmente o contrato em decorrência de acréscimo
quantitativo do objeto contratado.Assertiva: Nessa situação, o contratado é obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos realizados até o limite de 50% do valor inicial atualizado do contrato.
● (FCC) Sabe-se que os contratos administrativos diferem dos contratos regidos pelo direito privado. São muitas as peculiaridades e derrogações,
podendo ser destacada, como característica privativa daqueles contratos em face dos contratos regidos pelo direito privado, a: e) duração de
grande parte dos contratos administrativos adstrita à vigência dos créditos orçamentários a eles relativos.
● (FCC) Uma das características dos contratos administrativos denomina-se COMUTATIVIDADE, segundo a qual o contrato administrativo: e) se
reveste de obrigações recíprocas e equivalentes para as partes.
● (FCC) No que tange ao regime jurídico dos contratos celebrados pela Administração pública, é correto afirmar: a) Em contrato de obra pública, a
inadimplência do contratado, com referência aos esncargos trabalhistas, fiscais e comerciai e o uso das obras e edificações, inclusive perante o
Registro de Imóveis.

#PRAZO DE DURAÇÃO E PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS


=> REGRA GERAL: duração dos contratos adstrita à vigência dos créditos orçamentários (01/01 a 31/12)
=> EXCEÇÃO:
1. Projetos do PPA: até 4 anos
2. Serviços NATUREZA CONTÍNUA: até 60 meses (pode ser prorrogado por ATÉ 12 meses: caráter excepcional, devidamente
justificado + autorização autoridade superior)
3. Aluguel de equipamento e utilização de programas de informática: até 48 meses
4. Até 120 meses:
---> comprometimento segurança nacional;
---> materiais para as forças armadas
---> bens produzidos no país de alta tecnologia
---> contratos de incentivo à inovação e pesquisa científica
5. PPP: 5 a 35 anos (Lei nº 11.079, art. 5, inciso I)

ERRADO:

● O prazo de vigência de qualquer contrato administrativo é determinado e adstrito à existência de créditos orçamentários. APENAS ADSTRITO
● Em toda licitação (EM REGRA), é indispensável a celebração de contrato, sendo esse instrumento insubstituível, porque, no direito
administrativo, prevalece a formalização do processo licitatório. (É obrigatório nos casos de concorrência e tomada de preços, bem como nas
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nas demais em
que a adm. puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-convite, nota de empenho de despesa, autorização de compra
ou ordem de execução de serviço).
● As normas do direito privado aplicam-se diretamente (subsidiariamente/ supletivamente) sobre contrato administrativo celebrado pela
administração pública.
● Em razão do caráter personalíssimo dos contratos administrativos, a administração não poderá admitir a subcontratação do referido serviço. ==
Art.72.O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra,
serviço ou fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.
● Os contratos administrativos submetem-se sempre ao regime jurídico de direito privado. (Art. 54. Os contratos administrativos de que trata
esta Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os princípios da teoria geral
dos contratos e as disposições de direito privado).
● De acordo com a Lei n.º 8.666/1993, o contrato administrativo deve ser escrito, sendo nulo e de nenhum efeito todo contrato verbal celebrado
com a administração pública. (É nulo e de nenhum efeito o contrato verbal com a administração, salvo o de pequenas compras de pronto
pagamento, assim entendidas aquelas de valor não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido no art. 23, inciso II, alínea a desta
lei, feitas em regime de adiantamento. R$ 8.800,00
● A disposição das cláusulas de um contrato administrativo é livre à negociação pelo particular, com a finalidade de se buscar o equilíbrio
contratual. (Contrato de adesão. As cláusulas são previamente estabelecidas pela administração: as cláusulas necessárias e exorbitantes não
são passíveis de negociação, só cabendo aos particulares aceità-las).
● A administração pública possui a prerrogativa de alterar unilateralmente o objeto do contrato, desde que a alteração seja apenas quantitativa,
mantendo-se a qualidade do objeto.===
A alteração poderá ser tanto qualitativa(objeto em si) quanto quantitativa(valor do contrato)
Sendo quantitativa, poderá ser alterado em 25% tanto para aumentos quanto para supressões
Sendo qualitativa, admite as mesmas alterações quantitativas, porém tratando-se de reforma de edifício, poderá chegar a 50% de aumento.
PS: Tratando-se de supressões, se houver acordo, qualquer percentagem é admitida
● Os contratos de locação em que o poder público é o locatário são regidos exclusivamente PREDOMINANTEMENTE por normas de direito
privado.Art. 62 da Lei 8.666/93 (...)3º (...)
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido,
predominantemente, por norma de direito privado;
● O prazo de execução de um contrato administrativo é iniciado na data de assinatura do contrato.(O prazo do início da execução do contrato
estará previsto no contrato, sendo que seu início não necessariamente coincidirá com o da data da assinatura).
● A duração dos contratos administrativos de prestação de serviços executados de forma contínua é limitada à vigência dos respectivos créditos
orçamentários.
● A administração, por oportunidade e conveniência, pode (NÃO PODE) celebrar contrato por tempo indeterminado.
● Nos contratos administrativos, é permitido que a administração pública efetue acréscimo superior ao que a lei obriga o contratado a aceitar,
desde que se faça devidamente o reajuste do preço do contrato. (Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos,
salvo as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes).
● A contratada atuou de forma legalmente correta ao paralisar unilateralmente a obra até a regularização dos débitos, pois ela tem o direito de
fazê-lo quando o atraso de pagamento é superior a sessenta dias. (90 NOVENTA DIAS)

Assunto: Execução dos contratos (arts. 66 a 76 da Lei 8.666/1993)


CERTAS
● Durante a execução de um contrato que exija cálculos complexos, será permitida a contratação de um terceiro, com conhecimentos
especializados, para auxiliar o gestor de contratos na verificação desses procedimentos.
● A execução de um contrato de fornecimento de alimentos perecíveis permite a dispensa do recebimento provisório.
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisório nos seguintes casos:
I - gêneros Perecíveis e alimentação Preparada;
II - serviços Profissionais;
III - Obras e Serviços de valor até 176 mil, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à verificação de
funcionamento e produtividade.
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento será feito mediante recibo.
PPP - OS - 176
● Mesmo após o recebimento definitivo, o construtor e o fabricante de materiais respondem solidariamente, independentemente da existência
de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes da construção. (O recebimento provisório ou
definitivo NÃO EXCLUI a responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do
contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato).
● Salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e previstos no edital, o recebimento definitivo deverá ser realizado em até 90 noventa
dias.
● A prorrogação do contrato somente poderá ser feita por TERMO ADITIVO, devido ser uma alteração contratual, admitida por lei.
● O APOSTILAMENTO é um ato administrativo que registra variações no contrato, que não caracterizam alteração contratual, tais como: variação
do valor, decorrente de reajuste (previsto no contrato), retificação, etc.

ERRADAS
● São limitadas as decisões e providências atribuídas a um gestor de contratos, que, para evitar a acusação de intromissão em obrigações alheias,
deve ignorar fatos que ultrapassem a sua competência.
ART 67 =§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a competência do representante deverão ser solicitadas a seus superiores em
tempo hábil para a adoção das medidas convenientes."
● O recebimento provisório deve ser realizado pela comissão (PELO RESPONSÁVEL PELO ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAÇÃO), mediante
termo assinado pelas partes, no prazo máximo de quinze dias após o contratado ter informado, por comunicação escrita, que a obra fora
encerrada. (O recebimento provisório deve ser realizado pelo responsável pelo acompanhamento e fiscalização da obra. Uma comissão de
servidores nomeada só pode realizar o recebimento definitivo e não o provisório).
● O recebimento definitivo exclui (NÃO EXCLUI) a responsabilidade civil do contratado pela solidez e pela segurança da obra, respeitados os
limites estabelecidos no contrato.
● Os entes da administração pública direta ou indireta respondem subsidiariamente quanto ao cumprimento das obrigações trabalhistas
independentemente de (caso evidenciada) conduta culposa, especialmente no que refere ao dever de fiscalizar o adimplemento das
obrigações. (A aludida responsabilidade não decorre de mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada).
Lei 8.666 ----- ADM responde SOLIDARIAMENTE pelos encargos previdenciários, apenas.
● Não existem contratos verbais para serviços, alienações e obras; APENAS para pequenas compras de pronto pagamento

Cláusulas Exorbitantes, Alteração e Extinção Contratual:
CERTAS

Assunto: Sistema de Registro de Preços (SRP) - Decreto nº 7.892/2013
SRP - Procedimento de registro formal de preços, não é modalidade de licitação. Validade máxima de um ano. Precedido de licitação, ora na modalidade
concorrência, ora na modalidade pregão.
Art. 7º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, ou na modalidade de pregão, e será
precedida de ampla pesquisa de mercado.
p. 1º O julgamento por técnica e preço, na modalidade concorrência, poderá ser excepcionalmente adotado, a critério do órgão gerenciador e mediante
despacho fundamentado da autoridade máxima do órgão ou entidade.
p. 2º Na licitação para registro de preços não é necessário indicar a dotação orçamentária, que somente será exigida para a formalização do contrato ou
outro instrumento hábil.

CERTAS
● Nos processos licitatórios, o prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações.

ERRADAS
● Uma licitação para registro de preços poderá ser realizada utilizando-se a modalidade tomada de preços.
== Art. 7º A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de concorrência, do tipo menor preço, nos termos da Lei nº 8.666, de
1993, ou na modalidade de pregão, nos termos da Lei nº 10.520, de 2002, e será precedida de ampla pesquisa de mercado.
● O julgamento da licitação para registro de preços, por técnica e preço, pode ser adotado, desde que seja prolatado despacho fundamentado da
autoridade máxima do órgão. Para a realização desse tipo de licitação, NÃO é necessária a indicação de dotação orçamentária.

- Fato da Administração: desequilíbrio é causado por uma atuação ESPECÍFICA da administração que incide sobre o contrato e impede sua
execução.

- Fato do Príncipe: também é causado pelo poder público, porém a atuação é extracontratual, ou seja, GERAL e ABSTRATA.

(CESPE) - Técnico Judiciário (TRE PI)/Administrativa/2016


O TRE/PI firmou um contrato administrativo com um particular para o fornecimento de determinados bens. Durante a execução do contrato, foi
publicada uma lei que aumentou impostos sobre esses bens. A revisão do contrato foi, então, proposta com base em causas que justificassem a
inexecução contratual para a manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.

Nessa situação hipotética, a revisão baseia-se na ocorrência


a) do fato do príncipe. CERTO
b) de caso fortuito.
c) de força maior.
d) do fato da administração.
e) de interferência imprevista.

Acumulação de cargos e empregos públicos e funções

"EXEMPLOS DE PROFISSÕES REGULAMENTADAS DE NÍVEL SUPERIOR


Medicina - Lei nº 12.842 de 10 de julho de 2013;
Fisioterapeuta e Terapeuta ocupacional - Decreto-lei n. 938, de 13 de outubro de 1969;
Psicologia - Lei nº 4.119, de 27 de agosto de 1962;
Assistente Social - Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993;
Biólogo e Biomédico - Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979;
Fonoaudiólogo - Lei nº 6.965, de 9 de dezembro de 1981;
Nutricionista - Lei nº 8.234, de 17 de setembro de 1.991;
Enfermeiro - Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986."
http://www.saude.sp.gov.br/coordenadoria-de-recursos-humanos/areas-da-crh/cpass/conteudo/acumulacao-de-cargos

(CESPE) - Auditor do Estado (CAGE RS)/2018


Maria, ocupante do cargo de assistente social do estado do Rio Grande do Sul, prestou concurso público para o emprego de enfermeira em uma
sociedade de economia mista federal. Há compatibilidade de horários no exercício cumulativo das duas funções.

Conforme o entendimento do STF, nessa situação Maria


b) não pode acumular as duas funções, pois o cargo de assistente social não é considerado cargo da área da saúde.
c) pode acumular as duas funções, pois a situação está abarcada nas hipóteses excepcionais de acumulação remunerada de cargos e empregos
públicos.
CERTA, assistente social + enfermeira => ambas as profissões são privativas da saúde e regulamentadas, logo, a acumulação é possível (CF, Art. 37, XVI,
c).

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