07 - Arma de Fogo

MEDICINA LEGAL
Lesões e Mortes por Ação Contundente

de Projéteis de Arma de Fogo Comuns
e de Alta Energia
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
MEDICINA LEGAL
Lesões e Mortes por Ação Contundente de Projéteis de
Arma de Fogo Comuns e de Alta Energia
Manoel Machado
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Lesões e Mortes por Ação Contundente de Projéteis de Arma de Fogo Comuns e de
Alta Energia..........................................................................................................................................................................4
1. Balística Forense..........................................................................................................................................................4
2. Lesões por Projéteis de Arma de Fogo. ...........................................................................................................6
3. Efeitos dos Tiros em Relação a Distância.................................................................................................. 10
4. Sinais Característicos em Lesões por Arma de Fogo. ...........................................................................12

Mapa Mental......................................................................................................................................................................13
Questões de Concurso.................................................................................................................................................14
Gabarito...............................................................................................................................................................................23
Gabarito Comentado.................................................................................................................................................... 24
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Manoel Machado
Apresentação
Fala, guerreiro(a)!!
Como está a sua preparação? Vai me dizer que esse não era o concurso dos seus sonhos?
Mas você chegou até aqui e, independentemente da sua resposta, se seu objetivo for a prepa-
ração de qualidade, te garanto que está lendo a apresentação de um curso que irá mudar sua
visão sobre a Medicina Legal. E é sobre essa área que quero conversar com você.
Um primeiro ponto: é bem verdade que alguns assuntos foram vistos durante sua gradua-
ção ou pós, em um nível de profundidade e abordagem bastante diferente do que é visto em
provas de concursos. Um segundo ponto, você provavelmente pode estar se queixando de que
não se lembra da maioria dos assuntos já vistos, sobretudo se for para resolver questões. E
ainda um terceiro ponto diz respeito a você que nunca nem viu nem ouviu sobre essa área do
conhecimento. Bom, em todos os casos o ponto chave para o estudo de concursos são as
questões! Com a correta seleção de questões você conseguirá amplificar seu desempenho de
uma forma muito rápida, aumentando seus acertos e entendendo seus erros.
Não quero te convencer a estudar por qualquer método de estudo em específico. Sobre
isso, você deve descobrir o que funciona para você! Meu objetivo guerreiro(a) é que você tenha
um poderoso material em mãos. Os meus PDFs do Gran Cursos Online trabalham com uma
seleção de tópicos de assuntos direcionados ao perfil das questões utilizadas pelas maiores
bancas da área no país. A parte teórica do assunto é discorrida de forma a te conduzir a apren-
der o suficiente para cada tópico. Em alguns casos, para evitar um texto demasiado extenso,
um tópico ou outro sobre o conteúdo pode ser tratado diretamente nos comentários de ques-
tões. E olha elas novamente?
Aqui, você encontrará uma seleção de questões cuidadosamente escolhidas e todas co-
mentadas de acordo com o perfil das bancas. Não é uma seleção aleatória de questões sobre
o assunto! Não mesmo! É uma escolha sistematizada e com método! O que eu estou falando
aqui é da oportunidade de ter um estudo dirigido e com apoio de teoria.
Esse é o meu trabalho: DISSECAR um conjunto de questões selecionadas com método,
produzir um perfil do tipo de cobrança dos tópicos daquele conjunto de questões, estruturar e
escrever uma aula autossuficiente com teoria e questões comentadas! Como se não bastasse,
estou praticamente todo o tempo disponível no fórum de dúvidas. Te convido a experimentar
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Vamos começar?!
Prof. Manoel Machado
@prof.manoelmachado
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Manoel Machado
LESÕES E MORTES POR AÇÃO CONTUNDENTE DE

PROJÉTEIS DE ARMA DE FOGO COMUNS E DE ALTA
ENERGIA
1. Balística Forense
Segundo Chemello, arma é todo objeto que tem por objetivo aumentar a capacidade de
ataque ou deseja, podendo estas serem classificadas em armas próprias ou improprias se são
ou não produzidas com este fim. As armas próprias podem ser ainda subdivididas em manuais
ou de arremesso. As armas manuais funcionando como prolongamento do braço, espadas por
exemplo, e as de arremesso permitindo efeitos à distância, tais como as armas de fogo.
De acordo com Barros, arma de fogo:
É todo o engenho constituído de um conjunto de peças, com a finalidade de lançar um projétil no

espaço pela força de propulsão (gases de pólvora).
Conceitualmente a Balística é a ciência que estuda as armas de fogo, o alcance e a direção

dos projetis, além dos efeitos decorrentes. Especificamente Tocchetto define Balística Foren-
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se como sendo uma disciplina, integrante da Criminalística, que estuda as armas de fogo, sua
munição e os efeitos dos disparos por elas produzidos, sempre que tiverem uma relação direta
ou indireta com infrações penais, visando a esclarecer e provar sua ocorrência.
Importante dissertar um pouco mais sobre os aspectos abordados nas definições acima.
Entende-se como armas de fogo aquelas que expelem projetis utilizando força expansiva de
gases resultantes da combustão de pólvora. Consideram-se como elementos essenciais às
armas de fogo: a arma, a carga de projeção e o projetil.
Em regra, a Balística é dividida em: Balística Interna, Balística Externa e Balística de Efeitos.
A Balística Interna trata do estudo da estrutura, do mecanismo, do funcionamento das ar-

mas de fogo, bem como dos efeitos do tiro (detonação da espoleta e deflagração da pólvora),
no seu interior, até que o projétil saia do cano da arma.
A Balística Externa trata da trajetória do projétil, após saída do cano da arma, até sua para-
da. Aspectos como velocidade, resistência do ar, movimentos, dentre outros, serão analisadas
nesse contexto.
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A Balística de Efeitos trata dos efeitos produzidos pelo projétil desde a saída da arma até
sua parada. Efeitos como ricochete, perfurações e lesões causados pelo impacto do projétil
contra objetos inanimados ou seres vivos.
2. Lesões por Projéteis de Arma de Fogo

Conforme anteriormente mencionado, a frequência em que as armas de fogo são utiliza-
das em locais de crime contra a vida é consideravelmente elevada, tornando-se imperativo o
estudo da balística terminal.
As lesões provocadas por armas de fogo, em regra, são do tipo perfurocontusas, visto que
o projétil contunde e em seguida perfura o tecido, podendo, eventualmente, transfixar o corpo
da vítima. Os autores, em regra, classificam os efeitos decorrente da entrada o projétil no corpo
da vítima como sendo:
• Efeito primário;
• Efeito secundário; e,
• Efeito explosivo.
Efeitos primários são aqueles produzidos pela ação mecânica do projétil ao procurar ven-
cer a resistência/elasticidade oferecida pelo alvo. Ocorrem independentemente da distância
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do disparo e compreendem: o orifício propriamente dito, a orla de contusão, a auréola equimó-

tica e a orla de enxugo.
Orifício de entrada propriamente dito é o orifício deixado pela passagem do projétil. Em se
tratando de tecido vivo, exemplo do corpo humano ou animal, é o ferimento, lesão ou solução
de continuidade provocada pela entrada de projétil de arma de fogo para dentro do corpo, na
maioria das vezes com bordas invertidas. Em muitos casos é possível determinar a localiza-
ção aproximada do atirador pelo ângulo de perfuração da vítima.
A Orla de Contusão é aquela alteração na qual, no momento da penetração do projétil, a

pele tende a amoldar-se ao projétil e, como consequência, cria uma área erodida. Isto se deve,
em parte, ao atrito do projétil com a pele associado ao movimento de rotação do projétil, e em
parte, à diferença de elasticidade entre a derme e a epiderme, o que resulta no arrancamento
da epiderme, formando uma orla escoriada ou contundida. A análise dessa erosão permite
uma série de informações quanto à trajetória.
A Auréola equimótica é uma infiltração de sangue resultante da ruptura de vasos capilares,

provocada pela passagem do projétil. A auréola equimótica é formada em torno do orifício de
entrada e apresenta coloração variável com o tempo, ou seja, com o transcorrer do tempo vai
se acentuando até o tom roxo escurecido. Importante lembrar que a auréola equimótica é uma
reação vital, logo ela permite definir as lesões post mortem que não apresentam esse sinal.
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Ao atingir um alvo flexível, como a pele humana, normalmente adere-se a esta superfície
e, em parte, envolve o projétil, resultando na “limpeza” do projétil nas bordas da superfície do
suporte. Os resíduos ou sujidades deixadas na pele caracterizam a orla de enxugo. A orla de
enxugo é concêntrica nos disparos perpendiculares e arciforme (em forma de arco) ou elíptica
nos disparos oblíquos. A tonalidade depende das substâncias que se encontram aderidas ao
projétil, sendo normalmente escura.
Deve-se observar, ainda, que nas superfícies de maior resistência ocorre a deposição da liga
metálica que compõe o projétil, principalmente naqueles cujos elemento principal é o chumbo.
Os efeitos secundários (produzidos por outros elementos que não o projétil) são os efeitos
resultantes do depósito dos resíduos dos demais elementos do cartucho sobre a superfície,
ou seja, dos resíduos gasosos e sólidos da combustão da pólvora e da detonação da espoleta
sobre o suporte.
Através dos efeitos secundários pode-se, muitas vezes, determinar a distância aproximada
entre a boca do cano da arma e a vítima. Podemos enumerar os efeitos secundários como
sendo: a zona de chama, a zona de esfumaçamento e a zona de tatuagem.
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Na zona de chama temos a lesão de queimadura na pele, normalmente disposta ao redor

do orifício de entrada, cuja formação se dá pela ação direta da chama e ação térmica dos ga-
ses aquecidos. Apresenta cor avermelhada e de aspecto apergaminhado. Se houver pelos nes-
sa região anatômica, estes podem estar chamuscados, quebradiços, crestados e ligeiramente
retorcidos.
Na zona de esfumaçamento é a região na qual ocorre o depósito superficial de fuligem

oriunda da combustão da pólvora e da detonação da espoleta ao redor do orifício de entrada.
Esta zona pode ser facilmente removida por lavagem. Está presente nos disparos de curta
distância e sua cor depende do tipo da pólvora, da idade do cartucho, da distância do disparo,
dentre outros aspectos.
A zona de tatuagem é produzida pela incrustação dos grãos de pólvora incombusta ou

não, que atingem o alvo ao redor do orifício de entrada, bem como de pequenos fragmentos
que se desprendem do projétil. É devido à maior massa e à maior energia cinética, que os de-
mais resíduos de disparo, como gases e produtos da combustão, vencem maiores distâncias
e penetram na superfície do alvo, como micro projéteis, incrustando-se nele de forma mais ou
menos profunda, não sendo removíveis por lavagem.
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As lesões de saída além de forma irregular, possuem bordas evertidas, halo equimótico e
muitas vezes, fragmentos de tecidos. Ademais, as dimensões são maiores que as de entrada
já que, o projétil possui ação mais contundente do que perfurante devido a algumas alterações
ao longo do seu trajeto, causando deformidades. Por fim, por conta dessas características,
tornam-se mais sangrantes em comparação às lesões de entrada.
3. Efeitos dos Tiros em Relação a Distância

Tiro a longa distância
Geralmente, ferimento de entrada do tiro à longa distância tem diâmetro menor que o do
projétil devido à elasticidade e à retratabilidade dos tecidos cutâneos, forma arredondada
quando o tiro é perpendicular ou elíptico quando a inclinação do tiro é oblíqua. Presença de
orla de escoriação, orla de enxugo, aréola equimótica e bordas invertidas. Não há os efeitos
secundários do tiro.
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Tiro a curta distância (à queima-roupa)

O tiro a curta distância é aquele em que o projétil é lançado contra o alvo há uma distância
capaz de causar o ferimento de entrada e os efeitos secundários, os quais são as lesões de-
correntes da ação dos resíduos de combustão e semicombustão da pólvora, e das partículas
sólidas do projétil. Não há um espaço em centímetros que determine o tiro à curta distância,
sendo esse determinado pela presença dos efeitos secundários. O ferimento desse tipo de tiro
pode ter borda arredondada ou elíptica, orla de escoriação, zona de tatuagem, bordas inverti-
das, halo de enxugo, zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona
de compressão de gases.
O tiro à queima-roupa é uma forma de tiro à curta distância que além das zonas de tatu-
agem e de esfumaçamento, há a queimadura superficial dos pelos, cabelos, pele e zona de
compressão de gases.
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4. Sinais Característicos em Lesões por Arma de Fogo

O orifício de entrada pode ser resultante de tiro encostado, à curta distância (queima rou-
pa) ou a distância. Nos tiros encostados, o orifício de entrada tem forma irregular e denteada,
devido à ação dos gases que dilaceram os tecidos (câmara de mina de Hoffmann).
O sinal de Benassi, esfumaçamento/queimadura óssea, geralmente acompanha a câmara
de mina. Observe que Hoffmann é sinal de tecidos moles, perecível com a putrefação, ao pas-
so que Benassi não.
Nas adjacências da lesão, é verificada creptação gasosa do tecido celular subcutâneo, por
infiltração dos gases da combustão. Pode ficar impresso o desenho da boca e da alça de mira
na pele, através de um halo de tatuagem e esfumaçamento (sinal de Wergaetner).
Sinal de Bonnet – ocorre no disparo efetuado contra o crânio que, em virtude da sua cama-
da dupla, desestabiliza o projétil ao atingi-lo, formando um orifício em formato de cone (funil),
com base maior na camada mais interna e menor na camada externa (entrada do projétil).
MAPA MENTAL
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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITU-
TO/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a relevância da determinação da distância de um dis-
paro com arma de fogo, bem como a necessidade de conhecimento acerca dos elementos
do disparo na saída da arma, para a verificação de um tiro a curta distância (queima-roupa),
quando observados os sinais na pele da vítima, também deverá ser levado em consideração o
seguinte aspecto:
A zona de chamuscamento é um sinal indispensável nesse caso.
002. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ADAPTADA) Quanto

aos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo, julgue o item abaixo:
Nos tiros encostados, as lesões conhecidas como “boca de mina” não são encontradas quan-
do as armas que os deflagraram possuírem compensadores de recuo.
003. (ACAFE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA/2014/ADAPTADA) Com

relação aos ferimentos produzidos por projéteis de arma de fogo, analise a afirmação a seguir.
São componentes do orifício de saída a orla de escoriação, a orla de enxugo, a zona de tatua-
gem e a zona de esfumaçamento.
004. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de

cinquenta anos de idade assassinou a tiros a esposa de trinta e oito anos de idade, na manhã
de uma quarta-feira. De acordo com a polícia, o homem chegou à casa do casal em uma mo-
tocicleta, chamou a mulher ao portão e, quando ela saiu de casa, atirou nela com uma arma de
fogo, matando-a imediatamente. Em seguida, ele se matou no mesmo local, com um disparo
da arma encostada na própria têmpora.
Considerando a situação hipotética apresentada e os diversos aspectos a ela relacionados,
julgue o item a seguir.
Ao realizar a necropsia no cadáver masculino, espera-se que sejam verificados sinal de Benas-
si, sinal do funil de Bonnet e câmara de mina de Hoffmann.
005. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) Em exa-

mes periciais, a trajetória dos projéteis e seu impacto são fatores relevantes para análise. Nes-
se sentido, é correto afirmar que, à medida que um projétil balístico produz uma ferida por meio
de penetração na pele, também provoca feridas na sua saída, já que os projéteis prosseguem
em velocidade:
a) constante sem deformar-se, tendendo a produzir feridas regulares com bordas invertidas.
b) constante e com deformações, produzindo feridas irregulares e invertidas.
c) mais lenta e sem deformações, produzindo feridas regulares e evertidas.
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d) mais lenta e com deformações, produzindo feridas irregulares, laceradas e evertidas.

e) mais rápida em função da fragilidade tecidual gerada pela entrada, causando lacera-
ções na pele.
006. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) Julgue o seguinte item, a respeito de le-

sões produzidas por projéteis de arma de fogo.
Todas as lesões produzidas por projéteis únicos de arma de fogo devem ser classificadas
como perfurocontusas.
007. (IBADE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2017) A perícia médico-legal em um ca-

dáver indica uma lesão na cabeça, com característica estrelada na pele, forte impregnação de
fumaça e detritos granulares provenientes da incombustão da pólvora no conduto produzido
através da massa encefálica. Nesta, foi encontrado um objeto metálico, totalmente feito de
chumbo, em forma ogival. Na lateral deste objeto foi identificada a presença de estriações.
Com base nesses dados, pode-se dizer:
a) Tal lesão é conhecida como sinal do rasgão crucial de Nerio Rojas.
b) Apontam-se características de lesão provocada por projétil de arma de fogo de alta energia,
cujo disparo foi feito a longa distância.
c) O disparo foi efetuado a curta distância, o -que impossibilita a formação do cone de dispersão.
d) Tal lesão é cortocontusa.
e) O cadáver possui lesão provocada por projétil de arma de fogo comum, tendo havido disparo
com o cano da arma encostado na cabeça.
008. (INSTITUTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DE PERÍCIA DO RIO GRANDE DO NORTE/INSTITU-

TO AOCP/2017) A seguinte imagem mostra um orifício produzido por projétil de arma de fogo.
A orla escurecida, denominada orla de enxugo, resulta de:
a) ressecamento do tegumento, pela passagem rápida do projétil.

b) sujidades do projétil, que aderem ao tegumento durante a entrada do projétil.
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c) grânulos de pólvora incombusta, que aderem ao tegumento durante a entrada do projétil.

d) gases aquecidos, que acompanham o projétil em seu trajeto e carbonizam a borda do orifício.
e) escoriação e eversão da epiderme, provocadas pelos gases que acompanham o projétil.
009. (IESES/INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS DE SANTA CATARINA/2017) Um local de

morte, como a própria designação esclarece, é definido como o sítio onde ocorreu a extinção
de uma pessoa. Assim, para a elucidação dos fatos que culminaram no evento morte, o perito
criminal deve realizar um minucioso levantamento dos vestígios, das posições dos objetos,
do cadáver e do próprio ambiente. Em um local de morte por arma de fogo, por exemplo, o
ambiente é vasculhado em toda a sua amplitude, fotografando-se os pontos de impactos de
projéteis, se houver. Determina-se, também, a distância, a origem e a direção do disparo, esta-
belecendo-se, desse modo, a provável trajetória. Em seguida, examina-se o cadáver à procura
dos ferimentos, os orifícios de entrada e de saída do projétil, e suas localizações. Por fim,
examinam-se os próprios projéteis e estojos encontrados no local, com o escopo de se fazer a
identificação mediata da arma (microcomparação balística) que causou a lesão, caso nenhu-
ma seja encontrada. Destarte, todos os procedimentos descritos anteriormente para o local de
morte por arma de fogo, entendidos como uma diligência processual penal veiculada através
do instrumento conhecido como laudo de local, visam determinar a causa jurídica da morte; ou
seja, estabelecer a diagnose diferencial entre homicídio, suicídio e acidente.
Baseando-se nos dados citados, podemos classificar os ferimentos produzidos pelo projétil
disparado por uma arma de fogo como:
a) cortantes.
b) cortocontundentes.
c) perfurocortantes.
d) perfurocontundentes.
010. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a rele-

vância da determinação da distância de um disparo com arma de fogo, bem como a necessi-
dade de conhecimento acerca dos elementos do disparo na saída da arma, para a verificação
de um tiro a curta distância (queima-roupa), quando observados os sinais na pele da vítima,
também deverá ser levado em consideração o seguinte aspecto:
O orifício de entrada do PAF apresentará bordas nitidamente chamuscadas.
011. (FCC/SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO DO AMAPÁ/2017) Cadáver do

sexo masculino, 47 anos, encaminhado para exame necroscópico por suspeita de homicídio.
Ao exame, constatou-se presença de orifício circular, de bordas regulares e invertidas, diâme-
tro de 1,5 cm em região frontal à direita, orla de escoriação e de enxugo. Ao redor do orifício
foi encontrada equimose arroxeada circular com 3 cm de diâmetro e grãos de pólvora incom-
bustas incrustadas na derme que não saíram à lavagem do corpo. O exame da face externa da
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calota craniana revelou orifício circular no osso frontal à direita, com impregnação de resíduos
da combustão nas bordas da lesão óssea. Considere os seguintes sinais:
1. Sinal de Werkgartner
2. Sinal de Benassi
3. Sinal de Bonnet
4. Zona de tatuagem
5. Zona de esfumaçamento
6. Orla equimótica
Os sinais descritos pelo Perito Médico Legista, no caso descrito acima, são:
a) 1, 3 e 5.
b) 2, 3 e 4.
c) 2, 4 e 6.
d) 1, 5 e 6.
e) 3, 4 e 6.
012. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2016) Um cadáver jovem,

do sexo masculino, encontrado por moradores de uma região ribeirinha, estava nas seguintes
condições: vestido com calção de banho; corpo apresentando dois orifícios, o primeiro deles
medindo cerca de 1 cm, ligeiramente elíptico, na parte posterior do tórax, na altura da região es-
capular direita; o segundo, de mesmo tamanho que o primeiro, circular, no pescoço, logo abai-
xo da nuca. O primeiro orifício apresentava orla de enxugo, orla de escoriação e orla de contu-
são; em torno do segundo orifício, foram observadas zonas de esfumaçamento e de tatuagem.
Nessa situação hipotética, as lesões descritas:
a) foram causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a longa distância e a
curta distância, respectivamente.
b) decorreram de ação cortocontundente produzida a curta distância.
c) foram causadas por instrumentos perfurocortantes, e o instrumento que produziu o segun-
do orifício foi usado a curta distância.
d) foram, ambas, causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a curta
distância.
e) são compatíveis com a ação de projéteis de alta energia disparados a longa distância.
013. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2015) No disparo de arma de fogo pro-

duzido por fuzil, a principal característica que determina a gravidade das lesões é o(a):
a) formato pontiagudo do projétil.
b) capacidade de fragmentação do projétil.
c) calibre do projétil.
d) massa do projétil.
e) velocidade do projétil.
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014. (FCC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA/2014) Em relação aos disparos de projétil

de arma de fogo, considere:
1. Orla de escoriação ou de contusão.
2. Zona de tatuagem.
3. Orla de esfumaçamento.
4. Sinal de Werkgaertner.
( ) Depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e
impalpáveis da pólvora combusta.
( ) Arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes da penetra-
ção no corpo.
( ) Impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.
( ) Desenho da boca e da massa de mira do cano ao redor da lesão de entrada.
Correlacionando o conceito com sua respectiva definição, a ordem correta, de cima para baixo,
está expressa em:
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 3 – 2 – 1 – 4.
c) 4 – 1 – 2 – 3.
d) 3 – 1 – 2 – 4.
e) 1 – 2 – 3 – 4.

Por suas características, ferem o corpo humano por ação perfurocontundente.

A zona de tatuagem será o marcador do limite dessa distância.
017. (FUNIVERSA/POLÍCIA TÉCNICO CIENTÍFICA DO ESTADO DE GOIÁS/2014) A Balística,

ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o seu movimento, as forças envolvidas
na sua impulsão, a trajetória e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa e
terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a análise pericial do corpo de delito,
notadamente na avaliação dos efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação
a esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) A Balística interna, ao estudar a estrutura e os mecanismos das armas, bem como a com-
posição da munição a ser empregada, apresenta relação direta com o conhecimento dos
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efeitos produzidos pelo arrasto, pelo coeficiente balístico e pela estabilidade dos projéteis de
alta energia.
b) O deslocamento dos tecidos no corpo humano, quando são percutidos por projéteis de alta
energia, resulta na formação das ondas de choque, que são diretamente responsáveis pelo
poder lesivo desses projéteis.
c) A análise do orifício de saída de um projétil de arma de fogo de alta energia não apresenta
relação com os estudos de Balística externa, uma vez que suas características são influencia-
das pelo comportamento do projétil a partir do momento em que atinge o corpo da vítima.
d) A Balística terminal estuda os efeitos e as lesões provocadas pelos projéteis de arma de
fogo no ser humano, apresentando grande interesse ao médico-legista.
e) Estudos de Balística externa, envolvendo a trajetória, os movimentos, os fatores que inter-
ferem na estabilidade, na direção e no alcance dos projéteis, permitiram que se comprovasse
que projéteis de alta e média energia se comportam de maneira idêntica e, com isso, determi-
nam feridas perfurocontusas semelhantes.

O orifício de entrada é maior que o de saída, as bordas são invertidas e há abundante
sangramento.
019. (FUMARC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS/2013) Nas lesões produzi-

das por projéteis de arma de fogo cicatrizadas (antigas), ocorre o desaparecimento dos ele-
mentos característicos das feridas perfurocontusas. Nesses casos, nos cadáveres, o exame
histológico torna-se relevante.
No diagnóstico histoquímico específico para o chumbo, é utilizado:
a) Rodizonato de sódio.
b) Estearato de magnésio.
c) Glicolato de amido sódico.
d) Permanganato de potássio.
020. (FUNCAB/PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA DO MATO GROSSO/2013) O

estudo das lesões produzidas pelos projéteis de rma de fogo inclui:
a) as orlas, as zonas e a balística interna.
b) a lesão de entrada, o trajeto e a lesão de saída.
c) a lesão de entrada, a trajetória e a lesão de saída.
d) o projétil, a lesão de entrada, a trajetória e a lesão de saída.
e) a lesão de entrada, a balística interna e a lesão de saída.
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A orla de escoriação será simétrica em relação ao orifício de entrada do PAF.
022. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Numa análise ob-

jetivando comprovar a existência de resíduos de tiro, aponte a opção em que a amostra não é
destruída.
a) Via úmida.
b) Rodizonato de sódio associado a um estereoscópio.
c) Microscópio Eletrônico de Varredura - MEV.
d) Calcinação associada a uma marcha analítica qualitativa para cátions e ânions.
e) Resíduos de nitrito e nitratos.

O orifício de saída não apresenta o halo de enxugo, as bordas são evertidas e, normalmente,
tem diâmetro maior do que o de entrada.
024. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Nos tiros dispara-

dos à curta distância, sem interposição de anteparos, ao redor do ferimento de entrada do
projétil de arma de fogo:
a) deverão constar as três orlas decorrentes do cone de explosão da arma de fogo, indepen-
dente da distância.
b) estarão presentes os grânulos de pólvora combusta que formam a tatuagem.
c) basta que a orla de tatuagem esteja presente para caracterizar a curta distância.
d) a orla de tisnado é produzida pelos grânulos de pólvora incombusta.
não será possível visualizar a orla de escoriação porque estará oculta pela pólvora.
025. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) A presença de um

halo pulverulento acinzentado ao redor de orifício ósseo situado no crânio, causado por entra-
da de projétil de arma de fogo, indica tiro disparado:
a) à queima-roupa.
b) encostado à pele.
c) contra anteparo.
d) a distância.
e) de ricochete.
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026. (FGV/SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO MARA-

NHÃO/2012) As feridas em sedenho resultam da:
a) ação penetrante de um instrumento cortante na região anterior do pescoço.
b) transfixação de vísceras ocas por instrumentos perfurantes.
c) ação mutilante dos instrumentos corto-contundentes nas extremidades dos membros.
d) ação subcutânea dos instrumentos pérfuro-contundentes nos tiros oblíquos.
e) escoriação da pele nos tiros tangencias.
027. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PIAUÍ/2012) Num terreno baldio, foi encon-
trado o cadáver de um homem, com aproximadamente vinte e cinco anos. Apresentava um
ferimento de entrada de projétil de arma de fogo, exibindo bordas invertidas, orla de escoria-
ção, halo de enxugo, forma ovalada e, por baixo da pele, uma área de destruição enegrecida,
escarificada. Os peritos observaram que o corpo apresentava rigidez cadavérica generalizada,
manchas de hipóstases fixas no dorso, opacificação das córneas e ausência de mancha verde
abdominal. Pode-se, então, concluir que o disparo foi feito de que maneira?
a) Encostado.
b) À queima-roupa.
c) A distância.
d) Embutido.
e) Cavitário.
028. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ ADAPTADA) Quanto

O exame do denominado “anel de Fisch” auxilia na determinação da direção do tiro.
029. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2012) Em relação aos disparos de arma de

fogo, tem-se que:
a) o trajeto do projétil pode ser determinado pelo orifício de saída.
b) nos orifícios de entrada sempre encontramos orla de contusão e enxugo.
c) nos disparos à queima roupa encontramos o sinal de Werkgaertner.
d) o sinal de Romanesi está localizado no orifício de saída do projétil.
030. (PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/EDUCA/2012) Nos disparos de projéteis de

arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com
entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bor-
das evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:
a) encostado.
b) à curta distância.
c) à longa distância.
d) à média distância.
e) quase encostado.
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O orifício de entrada nos tiros a curta distância apresenta forma arredondada ou elíptica, bor-
das invertidas, orla de escoriação, zona de tatuagem, zona de esfumaçamento zona de quei-
madura, halo de enxugo, aréola equimótica e zona de compressão de gases.
032. (EDUCA/PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/2012) O respectivo sinal de balística

resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam
na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:
a) orla de escoriação ou contusão.
b) orla de enxugo.
c) zona de esfumaçamento.
d) zona de tatuagem.
e) zona de chamuscamento.

O sinal de Werkgaertner é característico dos tiros efetuados a longa distância.
034. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011) Não é característica

dos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo a distância:
a) Orla de escoriação.
b) Halo de enxugo.
c) Aréola equimótica.
d) Zona de chamuscamento.

O sinal de Werkgartner é um parâmetro a ser levado em conta.
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GABARITO
1. E
2. C
3. E
4. C
5. d
6. E
7. e
8. b
9. d
10. E
11. c
12. a
13. e
14. d
15. C
16. C
17. d
18. E
19. a
20. b
21. E
22. c
23. C
24. c
25. b
26. d
27. a
28. C
29. d
30. a
31. C
32. d
33. E
34. d
35. E
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GABARITO COMENTADO
001. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/DELEGADO DE POLÍCIA SUBSTITU-
TO/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a relevância da determinação da distância de um dis-
paro com arma de fogo, bem como a necessidade de conhecimento acerca dos elementos
do disparo na saída da arma, para a verificação de um tiro a curta distância (queima-roupa),
quando observados os sinais na pele da vítima, também deverá ser levado em consideração o
seguinte aspecto:
A zona de chamuscamento é um sinal indispensável nesse caso.
A zona de chama, também se denomina zona de chamuscamento ou zona de queimadura, é

produzida pelos gases superaquecidos e inflamados que se desprendem por ocasião dos tiros
encostados e atingem o alvo, produzindo queimadura de pele da região dos pelos e das vestes.
Errado.

Nos tiros encostados, as lesões conhecidas como “boca de mina” não são encontradas quan-
do as armas que os deflagraram possuírem compensadores de recuo.
Além de reduzir o recuo, também minimizam o deslocamento vertical do cano do fuzil, manten-
do-o alinhado ao alvo mesmo em sequências rápidas de tiro, o que também acaba minimizan-
do efeito da mina de Hoffman em tiros encostados.
Certo.

São componentes do orifício de saída a orla de escoriação, a orla de enxugo, a zona de tatua-
gem e a zona de esfumaçamento.
O orifício de saída não apresenta nenhum dos efeitos primários ou secundários dos tiros, sal-
vo a orla de escoriação em casos muito específicos quando o corpo esteja encostado em
um anteparo.
Errado.
004. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de

cinquenta anos de idade assassinou a tiros a esposa de trinta e oito anos de idade, na manhã
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de uma quarta-feira. De acordo com a polícia, o homem chegou à casa do casal em uma mo-
tocicleta, chamou a mulher ao portão e, quando ela saiu de casa, atirou nela com uma arma de
fogo, matando-a imediatamente. Em seguida, ele se matou no mesmo local, com um disparo
da arma encostada na própria têmpora.
Considerando a situação hipotética apresentada e os diversos aspectos a ela relacionados,
julgue o item a seguir.
Ao realizar a necropsia no cadáver masculino, espera-se que sejam verificados sinal de Benas-
si, sinal do funil de Bonnet e câmara de mina de Hoffmann.
De acordo com Malthus:
O sinal de Benassi, esfumaçamento/queimadura óssea, geralmente acompanha a câmara de mina.

Observe que Hoffmann é sinal de tecidos moles, perecível com a putrefação, ao passo que Benassi
não. O sinal do funil (embudo, Bonnet) constitui-se de uma diferença significativa nas dimensões
de entrada e saída em determinado osso. O projetil de arma de fogo produz um orifício menor na
primeira tábua óssea e outro menor na segunda tábua óssea.
Como a região da têmpora fica sob os ossos temporais, um tiro encostado nessa região deixa-
ria todas essas características.
Certo.
005. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) Em exa-

mes periciais, a trajetória dos projéteis e seu impacto são fatores relevantes para análise. Nes-
se sentido, é correto afirmar que, à medida que um projétil balístico produz uma ferida por meio
de penetração na pele, também provoca feridas na sua saída, já que os projéteis prosseguem
em velocidade:
a) constante sem deformar-se, tendendo a produzir feridas regulares com bordas invertidas.
b) constante e com deformações, produzindo feridas irregulares e invertidas.
c) mais lenta e sem deformações, produzindo feridas regulares e evertidas.
d) mais lenta e com deformações, produzindo feridas irregulares, laceradas e evertidas.
e) mais rápida em função da fragilidade tecidual gerada pela entrada, causando lacera-
ções na pele.
Ao atingir um alvo, um projétil dissipa parte de sua energia no impacto, diminuindo sua velo-
cidade. Quando o alvo são os tecidos do corpo, esse projétil tende a aumentar os danos por
causa da sua desaceleração no interior do corpo, acarretando lesões de saídas irregulares,
evertidas e de tamanho maior que a de entrada.
Letra d.
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006. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) Julgue o seguinte item, a respeito de le-

sões produzidas por projéteis de arma de fogo.
Todas as lesões produzidas por projéteis únicos de arma de fogo devem ser classificadas
como perfurocontusas.
Essa é a regra para os projeteis que penetram o alvo. No entanto, em tiros onde os projeteis
atingem de raspão a pele, a lesão encontrada pode ser do tipo contundente apenas, caracteri-
zando-se por uma escoriação.
Errado.
007. (IBADE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2017) A perícia médico-legal em um ca-

dáver indica uma lesão na cabeça, com característica estrelada na pele, forte impregnação de
fumaça e detritos granulares provenientes da incombustão da pólvora no conduto produzido
através da massa encefálica. Nesta, foi encontrado um objeto metálico, totalmente feito de
chumbo, em forma ogival. Na lateral deste objeto foi identificada a presença de estriações.
Com base nesses dados, pode-se dizer:
a) Tal lesão é conhecida como sinal do rasgão crucial de Nerio Rojas.
b) Apontam-se características de lesão provocada por projétil de arma de fogo de alta energia,
cujo disparo foi feito a longa distância.
c) O disparo foi efetuado a curta distância, o -que impossibilita a formação do cone de dispersão.
d) Tal lesão é cortocontusa.
e) O cadáver possui lesão provocada por projétil de arma de fogo comum, tendo havido disparo
com o cano da arma encostado na cabeça.
A lesão estrelada na pele, com forte impregnação de resíduos e pólvoras incombusta no inte-
rior do crânio indicam um disparo de arma de fogo com cano encostado na cabeça.
Letra e.
008. (INSTITUTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DE PERÍCIA DO RIO GRANDE DO NORTE/INSTITU-

TO AOCP/2017) A seguinte imagem mostra um orifício produzido por projétil de arma de fogo.
A orla escurecida, denominada orla de enxugo, resulta de:
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a) ressecamento do tegumento, pela passagem rápida do projétil.

b) sujidades do projétil, que aderem ao tegumento durante a entrada do projétil.
c) grânulos de pólvora incombusta, que aderem ao tegumento durante a entrada do projétil.
d) gases aquecidos, que acompanham o projétil em seu trajeto e carbonizam a borda do orifício.
e) escoriação e eversão da epiderme, provocadas pelos gases que acompanham o projétil.
O que ocorre na entrada dos projeteis de arma de fogo na pele é o halo de enxugo, concêntrico
nos tiros perpendiculares. Geralmente, a tonalidade é escura, mas pode variar de acordo com
as substâncias que o projétil leva consigo ao penetrar no alvo. O halo é decorrente da passa-
gem do projétil através do tecido, atritando e contundido, limpando neles suas impurezas.
Letra b.
009. (IESES/INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS DE SANTA CATARINA/2017) Um local de

morte, como a própria designação esclarece, é definido como o sítio onde ocorreu a extinção
de uma pessoa. Assim, para a elucidação dos fatos que culminaram no evento morte, o perito
criminal deve realizar um minucioso levantamento dos vestígios, das posições dos objetos,
do cadáver e do próprio ambiente. Em um local de morte por arma de fogo, por exemplo, o
ambiente é vasculhado em toda a sua amplitude, fotografando-se os pontos de impactos de
projéteis, se houver. Determina-se, também, a distância, a origem e a direção do disparo, esta-
belecendo-se, desse modo, a provável trajetória. Em seguida, examina-se o cadáver à procura
dos ferimentos, os orifícios de entrada e de saída do projétil, e suas localizações. Por fim,
examinam-se os próprios projéteis e estojos encontrados no local, com o escopo de se fazer a
identificação mediata da arma (microcomparação balística) que causou a lesão, caso nenhu-
ma seja encontrada. Destarte, todos os procedimentos descritos anteriormente para o local de
morte por arma de fogo, entendidos como uma diligência processual penal veiculada através
do instrumento conhecido como laudo de local, visam determinar a causa jurídica da morte; ou
seja, estabelecer a diagnose diferencial entre homicídio, suicídio e acidente.
Baseando-se nos dados citados, podemos classificar os ferimentos produzidos pelo projétil
disparado por uma arma de fogo como:
a) cortantes.
b) cortocontundentes.
c) perfurocortantes.
d) perfurocontundentes.
As lesões causadas por projeteis de armas de fogo ao penetrarem o alvo é do tipo perfurocon-
tusa ou perfurocontundentes.
Letra d.
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O orifício de entrada do PAF apresentará bordas nitidamente chamuscadas.
O que ocorre na entrada dos projeteis de arma de fogo na pele é o halo de enxugo, concêntrico
nos tiros perpendiculares. Geralmente, a tonalidade é escura, mas pode variar de acordo com
as substâncias que o projétil leva consigo ao penetrar no alvo. O halo é decorrente da passa-
gem do projétil através do tecido, atritando e contundido, limpando neles suas impurezas.
Errado.
011. (FCC/SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO DO AMAPÁ/2017) Cadáver do

sexo masculino, 47 anos, encaminhado para exame necroscópico por suspeita de homicídio.
Ao exame, constatou-se presença de orifício circular, de bordas regulares e invertidas, diâme-
tro de 1,5 cm em região frontal à direita, orla de escoriação e de enxugo. Ao redor do orifício
foi encontrada equimose arroxeada circular com 3 cm de diâmetro e grãos de pólvora incom-
bustas incrustadas na derme que não saíram à lavagem do corpo. O exame da face externa da
calota craniana revelou orifício circular no osso frontal à direita, com impregnação de resíduos
da combustão nas bordas da lesão óssea. Considere os seguintes sinais:
1. Sinal de Werkgartner
2. Sinal de Benassi
3. Sinal de Bonnet
4. Zona de tatuagem
5. Zona de esfumaçamento
6. Orla equimótica
Os sinais descritos pelo Perito Médico Legista, no caso descrito acima, são:
a) 1, 3 e 5.
b) 2, 3 e 4.
c) 2, 4 e 6.
d) 1, 5 e 6.
e) 3, 4 e 6.
“... equimose arroxeada circular com 3 cm de diâmetro”  Orla equimótica

“... grãos de pólvora incombustas incrustadas na derme que não saíram à lavagem do corpo.”
 Zona de tatuagem
“... impregnação de resíduos da combustão nas bordas da lesão óssea” Sinal de Benassi
Letra c.
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012. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2016) Um cadáver jovem,

do sexo masculino, encontrado por moradores de uma região ribeirinha, estava nas seguintes
condições: vestido com calção de banho; corpo apresentando dois orifícios, o primeiro deles
medindo cerca de 1 cm, ligeiramente elíptico, na parte posterior do tórax, na altura da região es-
capular direita; o segundo, de mesmo tamanho que o primeiro, circular, no pescoço, logo abai-
xo da nuca. O primeiro orifício apresentava orla de enxugo, orla de escoriação e orla de contu-
são; em torno do segundo orifício, foram observadas zonas de esfumaçamento e de tatuagem.
Nessa situação hipotética, as lesões descritas:
a) foram causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a longa distância e a
curta distância, respectivamente.
b) decorreram de ação cortocontundente produzida a curta distância.
c) foram causadas por instrumentos perfurocortantes, e o instrumento que produziu o segun-
do orifício foi usado a curta distância.
d) foram, ambas, causadas por instrumentos perfurocontundentes empregados a curta
distância.
e) são compatíveis com a ação de projéteis de alta energia disparados a longa distância.
Note que ambos os orifícios apresentam sinais de disparos de armas de fogo, ou seja, de
lesões perfurocontusas. O destaque vai para o segundo orifício com as zonas de esfumaça-
mento e tatuagem, característicos de disparos a curtas distâncias. Sobre o primeiro orifício,
não se pode afirmar que ocorreu a curta ou longa distância. O formato elíptico pode indicar um
disparo a longa distância ou atrapalhada por algum anteparo. Ainda assim, a letra A é a única
alternativa correta.
Letra a.
013. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2015) No disparo de arma de fogo pro-

duzido por fuzil, a principal característica que determina a gravidade das lesões é o(a):
a) formato pontiagudo do projétil.
b) capacidade de fragmentação do projétil.
c) calibre do projétil.
d) massa do projétil.
e) velocidade do projétil.
Projeteis de arma de fogo de alta energia, como os disparados pelos fuzis tem como maior
característica de dano causado a sua velocidade.
Letra e.
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014. (FCC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA/2014) Em relação aos disparos de projétil

de arma de fogo, considere:
1. Orla de escoriação ou de contusão.
2. Zona de tatuagem.
3. Orla de esfumaçamento.
4. Sinal de Werkgaertner.
( ) Depósito de fuligem que circunscreve a ferida de entrada, formado pelos resíduos finos e
impalpáveis da pólvora combusta.
( ) Arrancamento da epiderme motivado pelo movimento rotatório do projétil antes da penetra-
ção no corpo.
( ) Impregnação de grãos de pólvora incombustos que alcançam o corpo.
( ) Desenho da boca e da massa de mira do cano ao redor da lesão de entrada.
Correlacionando o conceito com sua respectiva definição, a ordem correta, de cima para baixo,
está expressa em:
a) 4 – 3 – 2 – 1.
b) 3 – 2 – 1 – 4.
c) 4 – 1 – 2 – 3.
d) 3 – 1 – 2 – 4.
e) 1 – 2 – 3 – 4.
Orla de escoriação ou de contusão: ocorre em detrimento do arrancamento da epiderme devi-

do ao movimento de rotação do projétil antes de penetrar no corpo. Logo, ao redor do local de
impacto na pele, surge uma região escoriada ou desepitelizada.
Zona de tatuagem: é resultado da impregnação dos resíduos de combustão e semicombustão
da pólvora, e das partículas sólidas do próprio projétil.
Orla de esfumaçamento: é chamada também de zona de falsa tatuagem, já que ao ser lavada
ela desaparece. É resultado do depósito deixado pela fuligem que envolve a ferida de entrada,
sendo formada pelos resíduos finos e impalpáveis da pólvora combusta.
Sinal de Werkgaertner: É a marca da boca do cano da arma de fogo na pele.
Letra d.

Por suas características, ferem o corpo humano por ação perfurocontundente.
Os projeteis de arma de fogo são instrumentos de ação perfurocontundentes.

Certo.
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A zona de tatuagem será o marcador do limite dessa distância.
A zona de tatuagem é formada pelos resíduos maiores (sólidos) de pólvora incombusta ou

parcialmente comburida e pequenos fragmentos que se desprendem do projétil que, ao atin-
girem o alvo, nele se incrustam ao redor do orifício de entrada. Sendo característica de tiro a
curtas distâncias, os efeitos que a provocam cessam ou desaparecem geralmente em tiros a
partir de 50 cm.
Certo.
017. (FUNIVERSA/POLÍCIA TÉCNICO CIENTÍFICA DO ESTADO DE GOIÁS/2014) A Balística,

ao estudar os projéteis de arma de fogo, englobando o seu movimento, as forças envolvidas
na sua impulsão, a trajetória e os efeitos finais, pode ser dividida em Balística interna, externa e
terminal. Tal estudo fornece elementos importantes para a análise pericial do corpo de delito,
notadamente na avaliação dos efeitos produzidos pelos projéteis de alta energia. Com relação
a esse assunto, assinale a alternativa correta.
a) A Balística interna, ao estudar a estrutura e os mecanismos das armas, bem como a com-
posição da munição a ser empregada, apresenta relação direta com o conhecimento dos
efeitos produzidos pelo arrasto, pelo coeficiente balístico e pela estabilidade dos projéteis de
alta energia.
b) O deslocamento dos tecidos no corpo humano, quando são percutidos por projéteis de alta
energia, resulta na formação das ondas de choque, que são diretamente responsáveis pelo
poder lesivo desses projéteis.
c) A análise do orifício de saída de um projétil de arma de fogo de alta energia não apresenta
relação com os estudos de Balística externa, uma vez que suas características são influencia-
das pelo comportamento do projétil a partir do momento em que atinge o corpo da vítima.
d) A Balística terminal estuda os efeitos e as lesões provocadas pelos projéteis de arma de
fogo no ser humano, apresentando grande interesse ao médico-legista.
e) Estudos de Balística externa, envolvendo a trajetória, os movimentos, os fatores que inter-
ferem na estabilidade, na direção e no alcance dos projéteis, permitiram que se comprovasse
que projéteis de alta e média energia se comportam de maneira idêntica e, com isso, determi-
nam feridas perfurocontusas semelhantes.
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Balística interna: conhecida também como balística interior, é a parte da balística que estuda
a estrutura, mecanismos e funcionamento das armas de fogo, o tipo de metal usado na sua
fabricação bem como, a sua resistência às pressões desenvolvidas na ocasião do tiro.
Balística externa: conhecida também como balística exterior, estuda a trajetória do projétil,
desde a saída da boca do cano da arma até a sua parada final (repouso).
Balística dos efeitos: conhecida também como balística terminal ou balística do ferimento,
estuda os efeitos gerados pelo projétil desde que abandona a boca do cano até atingir o alvo.
Letra d.

O orifício de entrada é maior que o de saída, as bordas são invertidas e há abundante
sangramento.
O orifício de entrada é sempre menor que o orifício de saída e apresenta bordas invertidas com
maior abundância de sangramento.
Errado.
019. (FUMARC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS/2013) Nas lesões produzi-

das por projéteis de arma de fogo cicatrizadas (antigas), ocorre o desaparecimento dos ele-
mentos característicos das feridas perfurocontusas. Nesses casos, nos cadáveres, o exame
histológico torna-se relevante.
No diagnóstico histoquímico específico para o chumbo, é utilizado:
a) Rodizonato de sódio.
b) Estearato de magnésio.
c) Glicolato de amido sódico.
d) Permanganato de potássio.
O professor Genival França afirma:
Recomenda-se o diagnóstico histoquímico, por meio de uma técnica microquímica específica para
chumbo, utilizando o rodizonato de sódio, com a finalidade de evidenciar, nos cortes histológicos da
lesão, algum fragmento do projétil, sob forma metálica ou iônica.
Letra a.
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020. (FUNCAB/PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA DO MATO GROSSO/2013) O

estudo das lesões produzidas pelos projéteis de rma de fogo inclui:
a) as orlas, as zonas e a balística interna.
b) a lesão de entrada, o trajeto e a lesão de saída.
c) a lesão de entrada, a trajetória e a lesão de saída.
d) o projétil, a lesão de entrada, a trajetória e a lesão de saída.
e) a lesão de entrada, a balística interna e a lesão de saída.
Uma importante distinção dentro dos estudos balísticos é importante aqui.

Trajetória é o percurso que o projétil faz do cano da arma até o alvo.
Trajeto é o percurso que o projétil faz dentro do corpo da vítima, geralmente compreendido
entre os orifícios de entrada e saída.
Dito isso, é compreensível que o estudo das lesões causadas por projéteis de arma de fogo se
concentra no orifício (ou lesão) de entrada, no trajeto e no orifício de saída (ou lesão).
Letra b.

A orla de escoriação será simétrica em relação ao orifício de entrada do PAF.
A pele se rompe, no ponto de impacto do projétil, por atingir o limite de sua elasticidade. A
epiderme se rompe primeiro, formando uma orla escoriada ao redor do ponto de impacto, mas
não necessariamente simétrica.
Errado.
022. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Numa análise ob-

jetivando comprovar a existência de resíduos de tiro, aponte a opção em que a amostra não é
destruída.
a) Via úmida.
b) Rodizonato de sódio associado a um estereoscópio.
c) Microscópio Eletrônico de Varredura - MEV.
d) Calcinação associada a uma marcha analítica qualitativa para cátions e ânions.
e) Resíduos de nitrito e nitratos.
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A questão trata de métodos de análises de resíduos de tiro em amostras. A utilização de um

método instrumental, qual seja, o microscópio de varredura eletrônica – MEV, permite a análise
sem que a amostra seja destruída. Grave isso!
Letra c.

O orifício de saída não apresenta o halo de enxugo, as bordas são evertidas e, normalmente,
tem diâmetro maior do que o de entrada.
O orifício de saída não apresenta halo de enxugo, nem as zonas de esfumaçamento ou tatua-
gem, dado que todos os esses efeitos do disparo estão presentes no orifício de entrada. Além
disso, o orifício de saída é maior que o de entrada e apresenta as bordas evertidas (voltadas
para fora).
Certo.
024. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Nos tiros dispara-

dos à curta distância, sem interposição de anteparos, ao redor do ferimento de entrada do
projétil de arma de fogo:
a) deverão constar as três orlas decorrentes do cone de explosão da arma de fogo, indepen-
dente da distância.
b) estarão presentes os grânulos de pólvora combusta que formam a tatuagem.
c) basta que a orla de tatuagem esteja presente para caracterizar a curta distância.
d) a orla de tisnado é produzida pelos grânulos de pólvora incombusta.
não será possível visualizar a orla de escoriação porque estará oculta pela pólvora.
O tiro à curta distância é aquele em que o projétil é lançado contra o alvo há uma distância
capaz de causar o ferimento de entrada e os efeitos secundários, os quais são as lesões de-
correntes da ação dos resíduos de combustão e semicombustão da pólvora, e das partículas
sólidas do projétil. Não há um espaço em centímetros que determine o tiro à curta distância,
sendo esse determinado pela presença dos efeitos secundários. O ferimento desse tipo de tiro
pode ter borda arredondada ou elíptica, orla de escoriação, zona de tatuagem, bordas inverti-
das, halo de enxugo, zona de esfumaçamento, zona de queimadura, aréola equimótica e zona
de compressão de gases.
Letra c.
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025. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) A presença de um

halo pulverulento acinzentado ao redor de orifício ósseo situado no crânio, causado por entra-
da de projétil de arma de fogo, indica tiro disparado:
a) à queima-roupa.
b) encostado à pele.
c) contra anteparo.
d) a distância.
e) de ricochete.
O sinal de Benassi consiste na presença de um halo fuliginoso permanente na lâmina externa

da calvária em tiros dados no crânio, quando a arma está sobre a pele.
Letra b.
026. (FGV/SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO MARA-

NHÃO/2012) As feridas em sedenho resultam da:
a) ação penetrante de um instrumento cortante na região anterior do pescoço.
b) transfixação de vísceras ocas por instrumentos perfurantes.
c) ação mutilante dos instrumentos corto-contundentes nas extremidades dos membros.
d) ação subcutânea dos instrumentos pérfuro-contundentes nos tiros oblíquos.
e) escoriação da pele nos tiros tangencias.
Ferida em sedenho é aquela que transfixara o alvo através das partes moles de forma oblíqua
ou quase tangencial. Feita por arma branca, projétil ou outro corpo estranho.
Letra d.
027. (NUCEPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO PIAUÍ/2012) Num terreno baldio, foi encon-
trado o cadáver de um homem, com aproximadamente vinte e cinco anos. Apresentava um
ferimento de entrada de projétil de arma de fogo, exibindo bordas invertidas, orla de escoria-
ção, halo de enxugo, forma ovalada e, por baixo da pele, uma área de destruição enegrecida,
escarificada. Os peritos observaram que o corpo apresentava rigidez cadavérica generalizada,
manchas de hipóstases fixas no dorso, opacificação das córneas e ausência de mancha verde
abdominal. Pode-se, então, concluir que o disparo foi feito de que maneira?
a) Encostado.
b) À queima-roupa.
c) A distância.
d) Embutido.
e) Cavitário.
MEDICINA LEGAL
Manoel Machado
A presença de uma área de destruição enegrecida, escarificada por baixo da pele é caracterís-
tico de tiro encostado em virtude dos elementos de carga que penetram no orifício.
Letra a.
028. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ ADAPTADA) Quanto

O exame do denominado “anel de Fisch” auxilia na determinação da direção do tiro.
Anel de Fish é o conjunto de três orlas que se caracteriza como parte dos efeitos primários do
tiro, e sua análise auxilia na determinação da direção do tiro.
Certo.
029. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2012) Em relação aos disparos de arma de

fogo, tem-se que:
a) o trajeto do projétil pode ser determinado pelo orifício de saída.
b) nos orifícios de entrada sempre encontramos orla de contusão e enxugo.
c) nos disparos à queima roupa encontramos o sinal de Werkgaertner.
d) o sinal de Romanesi está localizado no orifício de saída do projétil.
Quando um corpo está encostado em um anteparo, o orifício de saída pode apresentar uma
orla de escoriação, uma característica conhecida como Sinal de Romanesi.
Letra d.
030. (PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/EDUCA/2012) Nos disparos de projéteis de

arma de fogo em que resulta em orifício de entrada com a forma irregular, denteada ou com
entalhes, pela ação resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos, bem como bor-
das evertidas e presença do Sinal de Werkgartner. A definição refere-se a uma espécie de tiro:
a) encostado.
b) à curta distância.
c) à longa distância.
d) à média distância.
e) quase encostado.
Forma irregular do orifício de entrada e presença do sinal de Werkgartner indicam tiro encostado.
Letra a.
MEDICINA LEGAL
Manoel Machado

O orifício de entrada nos tiros a curta distância apresenta forma arredondada ou elíptica, bor-
das invertidas, orla de escoriação, zona de tatuagem, zona de esfumaçamento zona de quei-
madura, halo de enxugo, aréola equimótica e zona de compressão de gases.
São característicos dos disparos a curta distância a presença de todos os efeitos primários,
como a orla de escoriação, halo de enxugo e a aréola equimótica, e os efeitos secundários
do tiro como a zona de tatuagem, zona de esfumaçamento, zona de queimadura e a zona de
compressão de gases, além da borda arredondada ou elíptica e invertidas presentes no orifício
de entrada.
Certo.
032. (EDUCA/PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/2012) O respectivo sinal de balística

resulta da impregnação de grãos de pólvora incombusta que alcançam o corpo e se incrustam
na pele, orientando a perícia quanto à posição da vítima e do agressor. Trata-se do sinal de:
a) orla de escoriação ou contusão.
b) orla de enxugo.
c) zona de esfumaçamento.
d) zona de tatuagem.
e) zona de chamuscamento.
Zona de tatuagem: é resultado da impregnação dos resíduos de combustão e semicombustão

da pólvora, e das partículas sólidas do próprio projétil. Pode adquirir formatos arredondados
nos tiros perpendiculares ou forma de crescente no caso de tiros oblíquos. Possui variações
de cor, forma, extensão e intensidade conforme a pólvora. Através da análise da zona de tatu-
agem, a perícia pode estabelecer a distância exata do tiro ao utilizar a mesma arma e a mesma
munição em vários tiros de prova.
Letra d.

O sinal de Werkgaertner é característico dos tiros efetuados a longa distância.
O sinal de Werkgaertner é característico dos tiros efetuados encostados.

Errado.
MEDICINA LEGAL
Manoel Machado
034. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011) Não é característica

dos ferimentos produzidos por projétil expelido por arma de fogo a distância:
a) Orla de escoriação.
b) Halo de enxugo.
c) Aréola equimótica.
d) Zona de chamuscamento.
A zona de chamuscamento é um dos efeitos secundários do tiro e que ocorre a curtas distâncias.
Letra d.

O sinal de Werkgartner é um parâmetro a ser levado em conta.
Sinal de werkgaertner é a marca da boca do cano da arma em tiros encostados.

Errado.
Manoel Machado
Graduado em Química, realizou mestrado e doutorado na área de Química com transdisciplinaridade em
Física. É também licenciado em Matemática e Física. Possui significativa experiência no ensino de ciências
exatas (Matemática, Química e Física) nos mais diversos níveis, ministrando aulas em duas universidades
federais (da Bahia e de Sergipe), estaduais, privadas, além de cursos preparatórios e escolas de nível
médio do estado da Bahia. Aprovado em seis processos seletivos dentro da área de Química. Aprovado
no concurso para Soldado da PM-BA, onde serviu por dois anos. Aprovado em 1º lugar PCD no concurso
para Agente Comercial (Escriturário) do Banco do Brasil. Especialista em Criminologia, foi aprovado no
concurso e concluiu o Curso de Formação Profissional com sucesso na Academia Estadual de Segurança
Pública do Ceará para o cargo de Perito Criminal da Perícia Forense do Estado do Ceará.

07 - Arma de Fogo

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MEDICINA LEGAL

Lesões e Mortes por Ação Contundente

4. Sinais Característicos em Lesões por Arma de Fogo. ...........................................................................12

LESÕES E MORTES POR AÇÃO CONTUNDENTE DE

De acordo com Barros, arma de fogo:

É todo o engenho constituído de um conjunto de peças, com a finalidade de lançar um projétil no

Conceitualmente a Balística é a ciência que estuda as armas de fogo, o alcance e a direção

A Balística Interna trata do estudo da estrutura, do mecanismo, do funcionamento das ar-

2. Lesões por Projéteis de Arma de Fogo

do disparo e compreendem: o orifício propriamente dito, a orla de contusão, a auréola equimó-

A Orla de Contusão é aquela alteração na qual, no momento da penetração do projétil, a

A Auréola equimótica é uma infiltração de sangue resultante da ruptura de vasos capilares,

Na zona de chama temos a lesão de queimadura na pele, normalmente disposta ao redor

Na zona de esfumaçamento é a região na qual ocorre o depósito superficial de fuligem

A zona de tatuagem é produzida pela incrustação dos grãos de pólvora incombusta ou

3. Efeitos dos Tiros em Relação a Distância

Tiro a curta distância (à queima-roupa)

4. Sinais Característicos em Lesões por Arma de Fogo

002. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ADAPTADA) Quanto

003. (ACAFE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA/2014/ADAPTADA) Com

004. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de

005. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) Em exa-

d) mais lenta e com deformações, produzindo feridas irregulares, laceradas e evertidas.

006. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) Julgue o seguinte item, a respeito de le-

007. (IBADE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2017) A perícia médico-legal em um ca-

008. (INSTITUTO TÉCNICO-CIENTÍFICO DE PERÍCIA DO RIO GRANDE DO NORTE/INSTITU-

a) ressecamento do tegumento, pela passagem rápida do projétil.

c) grânulos de pólvora incombusta, que aderem ao tegumento durante a entrada do projétil.

009. (IESES/INSTITUTO GERAL DE PERÍCIAS DE SANTA CATARINA/2017) Um local de

010. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a rele-

011. (FCC/SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO DO AMAPÁ/2017) Cadáver do

012. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2016) Um cadáver jovem,

013. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ACRE/2015) No disparo de arma de fogo pro-

014. (FCC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA/2014) Em relação aos disparos de projétil

015. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ADAPTADA) Quanto

016. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a rele-

017. (FUNIVERSA/POLÍCIA TÉCNICO CIENTÍFICA DO ESTADO DE GOIÁS/2014) A Balística,

018. (ACAFE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA/2014/ADAPTADA) Com

019. (FUMARC/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE MINAS GERAIS/2013) Nas lesões produzi-

020. (FUNCAB/PERÍCIA OFICIAL E IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA DO MATO GROSSO/2013) O

021. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2018/ADAPTADA) Tendo em vista a rele-

022. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Numa análise ob-

023. (ACAFE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA/2014/ADAPTADA) Com

024. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) Nos tiros dispara-

025. (FUNCAB/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2013) A presença de um

026. (FGV/SECRETARIA DE ESTADO DA GESTÃO E PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO MARA-

028. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ ADAPTADA) Quanto

029. (UEG/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE GOIÁS/2012) Em relação aos disparos de arma de

030. (PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/EDUCA/2012) Nos disparos de projéteis de

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032. (EDUCA/PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIARA–PB/2012) O respectivo sinal de balística

033. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ADAPTADA) Quanto

034. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011) Não é característica

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002. (MPPB/MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DA PARAÍBA/2011/ADAPTADA) Quanto

003. (ACAFE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA/2014/ADAPTADA) Com

004. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SERGIPE/2018) Um homem de

De acordo com Malthus:

O sinal de Benassi, esfumaçamento/queimadura óssea, geralmente acompanha a câmara de mina.

005. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO/2018) Em exa-

006. (CESPE–CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/2018) Julgue o seguinte item, a respeito de le-