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DIÓGENES BORGES VASCONCELOS

JORGE ALBERTO LENZ


RICARDO FERNANDES DA SILVA
SARA RACHEL ORSI MORETTO
WALMOR CARDOSO GODOI

ROTEIROS DE FÍSICA EXPERIMENTAL 1

Departamento de Física
UTFPR Campus Curitiba

CURITIBA
2020

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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Departamento Acadêmico de Física

R Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 1: DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DE UM


CORPO SÓLIDO

Nome:

Turma: Professor (a):

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo geral

Obter a densidade de um corpo a partir das medidas de sua massa e suas dimensões.

1.2 Objetivos específicos

Utilizar os instrumentos de medidas, realizar propagação de erros, gráficos. Comparar o


resultado da densidade encontrado com o do material especificado.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

2.1 Erros estatísticos e sistemáticos

Geralmente ocorrem vários tipos de erros numa mesma medição, os quais podem pertencer a
dois grandes grupos. Considerando n resultados para um mensurado, a seguinte distinção é feita:

Erro sistemático: É sempre o mesmo nos n resultados. Isto é, quando existe somente erro
sistemático, os n resultados são iguais e a diferença para o valor verdadeiro é sempre a mesma.
Erros sistemáticos podem ter causas muito diversas e geralmente são definidos como: erros
sistemáticos instrumentais (que resultam da calibração do instrumento de medição), ambientais
(efeito do ambiente sobre a experiência), observacionais (pequenas falhas do procedimento ou
limitações do próprio observador), teórico (uso de fórmulas teóricas aproximadas para a
obtenção dos resultados) e outros.

Erro estatístico ou erro aleatório: É um erro tal que os n resultados se distribuem de maneira
aleatória em torno do valor verdadeiro (na ausência de erro sistemático). Conforme o número de
repetições da medição aumenta indefinidamente, o valor médio se aproxima do valor verdadeiro
da grandeza. Em geral estas variações se devem somente ao processo de medida, mas em certos
casos, as variações aleatórias são intrínsecas ao próprio mensurado. Por exemplo, ao se medir a

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massa em uma balança, o erro estatístico pode ser induzido por correntes de ar ou vibrações,
que são fatores aleatórios.

Devido à relativa arbitrariedade nas definições de erro estatístico e sistemático, as organizações


internacionais recomendam que as incertezas, que correspondem às quantificações destes erros
(estimadas com no máximo dois algarismos significativos), sejam classificadas apenas como
incertezas de tipo A e de tipo B. As incertezas estimadas por métodos estatísticos são
denominadas incertezas de tipo A, enquanto as incertezas estimadas de outras maneiras são as
de tipo B. Para um determinado processo de medição, as incertezas de tipo A ou de tipo B se
referem, respectivamente, aos erros usualmente entendidos como estatísticos ou como
sistemáticos residuais. Entende-se por erros sistemáticos residuais os erros sistemáticos que
restam, depois de feitas todas as correções possíveis no resultado final.

2.2 Incertezas tipo A e tipo B

A incerteza padrão tipo A (𝜎𝐴) é obtida por métodos estatísticos. Se a medição é repetida n
vezes, 𝜎𝐴 é o desvio padrão do valor médio deste conjunto de medidas, ou seja:

𝜎𝐴 ≅ 𝜎 (1)
√𝑛
(aproximação para valores grandes de n)
Onde

𝑛 (𝑦 − 𝑦̅ ) 2 (2)
2 𝑖
𝜎 ≅∑
𝑛−1
𝑖=1

é a variância do conjunto de n medições, e

∑𝑛 𝑦𝑖 (3)
𝑦̅= 𝑖=1
𝑛
é o valor médio dos n resultados para a medição da grandeza y, repetida n vezes.

A equação (2) pode também ser escrita como:

𝑛
𝜎2 ≅ 1 𝑛 (4)
∑ 𝑦2 𝑦̅ 2
𝑛 − 1− 𝑖 𝑛−1
𝑖=1

A incerteza padrão tipo B (𝜎𝐵) é a incerteza dada na forma de desvio padrão e avaliada por
qualquer método que não seja estatístico, ou seja, é a incerteza correspondente aos erros
sistemáticos residuais.
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Em geral, a relação entre a incerteza padrão tipo B e o limite de erro sistemático residual (𝐿𝑟),
que corresponde ao valor máximo admissível para o erro de medição, pode ser dada por:

𝜎𝐵 ≅ 𝐿𝑟 (5)
2

A incerteza padrão total (𝜎𝑡) é dada por:

𝜎2 = 𝜎2 + 𝜎2 (6)
𝑡 𝐴 𝐵

2.3 Determinação da densidade, do volume e de suas respectivas incertezas

A densidade de um corpo sólido pode ser obtida pela seguinte expressão:


𝑚
𝑑=
𝑉 (7)

No caso de um corpo com dimensões X, Y e Z, o volume V é dado por:

𝑉 = 𝑋𝑌𝑍 (8)

Os erros podem ser calculados por propagação de erros, por derivadas parciais. Assim, o erro da
densidade será:

∆𝑑 = √( 𝜕𝑑 2
𝜕𝑑 2 2
) ∆𝑚2 + ( ) ∆𝑉 (9)
𝜕𝑚 𝜕𝑉

onde ∆m é o erro combinado da massa (que é uma medida direta), ∆V é o erro propagado do
volume (que é uma medida indireta), dado por

𝜕𝑉 2 𝜕𝑉 2 𝜕𝑉 2
∆𝑉 = √( ) 2 (10)
𝜕𝑋 ∆𝑋2 + ( ) ∆𝑌2 + ( ) ∆𝑍
𝜕𝑌 𝜕𝑍

onde ∆X, ∆Y e ∆Z são os erros combinados das medidas dos lados X,Y e Z.

3. MATERIAL UTILIZADO

Corpos de prova metálicos, paquímetro, micrômetro, régua, balança digital.

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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1 Obtenção da densidade usando apenas um corpo de prova (CP)

a) Você recebeu 01 corpo-de-prova (CP1) metálico com dimensões X, Y e Z para medida


de densidade. Utilize a régua e faça a medição das dimensões necessárias para obter o
valor do volume de cada CP fornecido com a incerteza. Lembre-se de fazer pelo menos
cinco medições de cada dimensão X, Y e Z.
Além disso, lembre-se de apresentar o erro combinado levando em conta os algarismos
significativos adequados. Repita o procedimento com o micrômetro e com o
paquímetro, e apresente os resultados nas tabelas 1, 2 e 3.
b) Utilize a balança e obtenha a massa do CP. Realize 5 medidas para se ter a média e o
desvio padrão da massa e o erro combinado. Apresente os dados na tabela 4.
c) Faça a propagação de erros e calcule a densidade com os dados de a e b em g/cm³.
Lembre-se de apresentar o erro propagado sempre com 2 algarismos significativos.
Apresente esses dados na tabela 5.
d) Compare o resultado da densidade obtida pelo instrumento mais preciso com o valor
tabelado do material utilizado.

4.2 Medida da densidade de um corpo por método gráfico

a) Escolha cinco corpos de prova (CPs) constituídos pelo mesmo material. Dica: eles
devem ter dimensões e massas diferentes.
b) Obtenha a massa de cada um dos cinco CPs (lembre-se de fazer cinco medidas de massa
para cada corpo de prova). Apresente os dados na tabela 6.
c) Faça a medida do volume de cada um dos CPs com o paquímetro. Para CP1 pode
utilizar as mesmas medidas do item 4.1.
d) No papel milimetrado faça um gráfico da Massa (g) por Volume (cm³) dos dados
obtidos.
e) Calcule a densidade do material de que são compostos os CPs a partir do gráfico do
papel milimetrado (coeficiente angular).
f) No SciDavis faça um gráfico da massa (g) por Volume (cm³) utilizando barra de erros.
g) Calcule a densidade do material de que é composto os CPs a partir do gráfico do
SciDavis (regressão linear – ajuste de reta).
h) Comparar o resultado da densidade encontrado com o do material especificado.
i)

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5. RESULTADOS

5.1 Dados obtidos para obtenção da densidade usando apenas um corpo de prova
(CP)

Tabela 1: Dados obtidos para o item 4.1 utilizando a régua.


Medida Lado X (mm) Lado Y (mm) Lado Z (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro
instrumental
Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

Tabela 2: Dados obtidos para o item 4.1 utilizando o paquímetro


Medida Lado X (mm) Lado Y (mm) Lado Z (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro
instrumental
Desvio Padrão
Erro estatístico

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Erro Combinado

Tabela 3: Dados obtidos para o item 4.1 utilizando o micrômetro.


Medida Lado X (mm) Lado Y (mm) Lado Z (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro
instrumental
Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

Tabela 4: Dados obtidos para o item 4.1 para a massa do corpo.


MedidaMassa (g) 1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão Erro estatístico


Erro Combinado

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Tabela 5: Dados obtidos para a densidade do corpo do item 4.1.


Instrumento Densidade (g/cm3) Erro propagado da
Densidade (g/cm3)

régua

paquímetro

micrômetro

5.2. Dados obtidos para medida da densidade de um corpo por método gráfico

Tabela 6: Dados obtidos para as massas dos corpos.


Medida 1 CP1 CP2 CP3 CP4 CP5
2
3
4
5
Média Erro
instrumental
Desvio padrão Erro
estatístico
Erro combinado

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Tabela 7: Dados obtidos para as dimensões do corpo CP1.


Medida
Lado A (mm) Lado B (mm) Lado C (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

Tabela 8: Dados obtidos para as dimensões do corpo CP2.


Medida Lado A (mm) Lado B (mm) Lado C (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

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Tabela 9: Dados obtidos para as dimensões do corpo CP3.


Medida
Lado A (mm) Lado B (mm) Lado C (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

Tabela 10: Dados obtidos para as dimensões do corpo CP4.


Medida Lado A (mm) Lado B (mm) Lado C (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

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Tabela 11: Dados obtidos para as dimensões do corpo CP5.


Medida Lado A (mm) Lado B (mm) Lado C (mm)
1
2
3
4
5
Média
Erro instrumental

Desvio Padrão
Erro estatístico
Erro
Combinado

Tabela 12: Valores obtidos para massa e volume dos corpos de prova.

CP 1 Massa (g) Erro Massa (g)Volume (cm3) Erro Volume (cm3)


2
3
4
5

5.3 Cálculo da densidade do material de que são compostos os CPs a partir do gráfico
do SciDavis

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6. DISCUSSÕES

7. CONCLUSÃO

Para responder este item, solicita-se ao aluno levar em conta as seguintes perguntas: Os
objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais foram as
dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual destes resultados,
com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores). Quais as principais fontes de
erro nestas determinações?

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BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física experimental.


Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

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EXPERIMENTO 1: DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DE UMA


CHAPA METÁLICA

Nome:

Turma: Professor (a):

1. OBJETIVOS

Através das medidas das dimensões e da massa de uma chapa metálica, identificar os erros
estatísticos (tipo A) e sistemáticos residuais (tipo B) envolvidos nestas medições, assim como
calcular, através da propagação de erros, as incertezas nas medidas do volume e da massa
específica de uma chapa metálica.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

2.1 Erros estatísticos e sistemáticos

Geralmente ocorrem vários tipos de erros numa mesma medição, os quais podem pertencer a
dois grandes grupos. Considerando n resultados para um mensurado, a seguinte distinção é feita:

Erro sistemático: É sempre o mesmo nos n resultados. Isto é, quando existe somente erro
sistemático, os n resultados são iguais e a diferença para o valor verdadeiro é sempre a mesma.
Erros sistemáticos podem ter causas muito diversas e geralmente são definidos como: erros
sistemáticos instrumentais (que resultam da calibração do instrumento de medição), ambientais
(efeito do ambiente sobre a experiência), observacionais (pequenas falhas do procedimento ou
limitações do próprio observador), teórico (uso de fórmulas teóricas aproximadas para a
obtenção dos resultados) e outros.

Erro estatístico ou erro aleatório: É um erro tal que os n resultados se distribuem de maneira
aleatória em torno do valor verdadeiro (na ausência de erro sistemático). Conforme o número de
repetições da medição aumenta indefinidamente, o valor médio se aproxima do valor verdadeiro
da grandeza. Em geral estas variações se devem somente ao processo de medida, mas em certos
casos, as variações aleatórias são intrínsecas ao próprio mensurado. Por exemplo, ao se medir a
massa em uma balança, o erro estatístico pode ser induzido por correntes de ar ou vibrações, que
são fatores aleatórios.

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R Disciplina: Física Experimental 1

Devido à relativa arbitrariedade nas definições de erro estatístico e sistemático, as organizações


internacionais recomendam que as incertezas, que correspondem às quantificações destes erros
(estimadas com no máximo dois algarismos significativos), sejam classificadas apenas como
incertezas de tipo A e de tipo B. As incertezas estimadas por métodos estatísticos são
denominadas incertezas de tipo A, enquanto as incertezas estimadas de outras maneiras são as
de tipo B. Para um determinado processo de medição, as incertezas de tipo A ou de tipo B se
referem, respectivamente, aos erros usualmente entendidos como estatísticos ou como
sistemáticos residuais. Entende-se por erros sistemáticos residuais os erros sistemáticos que
restam, depois de feitas todas as correções possíveis no resultado final.

2.2 Incertezas tipo A e tipo B

A incerteza padrão tipo A (𝜎𝐴) é obtida por métodos estatísticos. Se a medição é repetida n
vezes, 𝜎𝐴 é o desvio padrão do valor médio deste conjunto de medidas, ou seja:

𝜎𝐴 ≅ 𝜎 (1)
√𝑛

(aproximação para valores grandes de n)

Onde

𝑛 (𝑦 − 𝑦̅ ) 2 (2)
2 𝑖
𝜎 ≅∑
𝑛−1
𝑖=1

é a variância do conjunto de n medições, e

∑𝑛 𝑦𝑖 (3)
𝑦̅= 𝑖=1
𝑛
é o valor médio dos n resultados para a medição da grandeza y, repetida n vezes.

A equação (2) pode também ser escrita como:

𝑛
𝜎2 ≅ 1 𝑛 (4)
∑ 𝑦2 𝑦̅ 2
𝑛 − 1− 𝑖 𝑛−1
𝑖=1

A incerteza padrão tipo B (𝜎𝐵) é a incerteza dada na forma de desvio padrão e avaliada por
qualquer método que não seja estatístico, ou seja, é a incerteza correspondente aos erros
sistemáticos residuais.
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Em geral, a relação entre a incerteza padrão tipo B e o limite de erro sistemático residual (𝐿𝑟),
que corresponde ao valor máximo admissível para o erro de medição, pode ser dada por:

𝜎𝐵 ≅ (5)
𝐿𝑟
2
A incerteza padrão total (𝜎𝑡) é dada por:

𝜎2 = 𝜎2 + 𝜎2 (6)
𝑡 𝐴 𝐵

2.3 Propagação de Incertezas

Uma grandeza w, que é calculada como função de outras grandezas x, y, z,..., pode ser
representada por:

𝑤 = 𝑤(𝑥, 𝑦, 𝑧, … ) (7)

Onde as grandezas x, y, z,..., são experimentais, e cujas incertezas padrões são, respectivamente,
𝜎𝑥, 𝜎𝑦, 𝜎𝑧, …

Se as incertezas em x, y, z,..., são independentes entre si, a incerteza padrão em w, 𝜎w, em


primeira aproximação, é dada por:

2
𝜕𝑤 2 2
𝜕𝑤 2 2
𝜕𝑤 2 2
(8)
𝜎w = ( 𝜎𝑥 + ( 𝜎𝑦 + ( 𝜎𝑧 + ⋯
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑧
) ) )

Obs.: 𝜎𝑥, 𝜎𝑦, 𝜎𝑧, …, assim como 𝜎w, são positivos por definição.

A Tabela 1 abaixo mostra algumas funções w e as respectivas 𝜎w2 .

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Tabela 1: Algumas funções w e as respectivas 𝜎w2.


w = w(𝑥, 𝑦, 𝑧, … ) 𝝈2w

𝑤 = 𝑎𝑥 ± 𝑏𝑦 ± 𝑐𝑧 ± ⋯ 𝜎2
w = 𝑎2𝜎2
𝑥 + 𝑏2𝜎2
𝑦 + 𝑐2𝜎2
𝑧 +⋯

𝑤 = 𝑎 𝑥𝑚 𝜎2
w = (𝑎 𝑚 𝑥𝑚−1)2𝜎2
𝑥

𝑤 = 𝑎𝑥 + 𝑏 𝜎2
w = (𝑎)2𝜎2
𝑥

𝑤 =𝑎𝑥𝑦 𝜎2
w = (𝑎 𝑦)2𝜎2
𝑥 + (𝑎 𝑥)2𝜎2
𝑦

𝑤 =𝑎𝑥𝑦𝑧 𝜎w
2 = (𝑎 𝑦 𝑧)2𝜎2
𝑥 + (𝑎 𝑥 𝑧)2𝜎2
𝑦 + (𝑎 𝑥 𝑦 )2𝜎2
𝑧

𝑤 =𝑎𝑥 𝑎 2 2 𝑎𝑥 2
𝜎2
w = ( ) 𝜎 𝑥 + ( 2) 𝜎
2
𝑦 𝑦 𝑦 𝑦

𝑤 = 𝑎𝑥𝑝𝑦𝑞 𝜎2
w = (𝑎 𝑝 𝑥𝑝−1𝑦𝑞)2𝜎2
𝑥 + (𝑎 𝑞 𝑥𝑝𝑦𝑞−1)2𝜎2
𝑦

𝑤 = 𝑎 sin 𝑥 𝜎2
w = (𝑎 cos 𝑥)2𝜎2𝑥
(𝜎𝑥 em radianos)
2
𝑤 = log𝑎 𝑥 2
1
𝜎w =( ) 𝜎𝑥2
𝑥 ln 𝑎

3. MATERIAL UTILIZADO

Chapa metálica, régua, paquímetro e micrômetro.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Utilizando a chapa metálica fornecida, faça 05 medidas (em mm) do comprimento (C)
utilizando a régua milimétrica, 05 medidas (em mm) da largura (L) utilizando o paquímetro e 05
medidas (em mm) da espessura (E) utilizando o micrômetro. Faça cinco medidas (em g) da
massa da chapa (M) em balança digital. Utilize todos os algarismos significativos, para todas as

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medidas realizadas e complete a Tabela 2. Calcule a média, o desvio padrão e o erro estatístico
ou aleatório (𝜎𝐴) para cada conjunto de medidas. Preencha a Tabela 2.

2) Se LC = 1 mm é o limite de erro de calibração para a régua milimétrica, o erro correspondente

pode ser obtido pela regra geral 𝜎𝑐 = 𝐿𝐶2 = 0,5 𝑚𝑚. Se não existirem outros erros sistemáticos

significativos, considera-se que o erro sistemático residual 𝜎𝐵 = 𝜎𝐶. O erro padrão total será

𝜎𝑡 = √𝜎𝐴2 + 𝜎𝐵2.

Considere 𝐿𝐶 = 2 𝑥 0,05 𝑚𝑚 (nônio com 20 divisões) para as medidas realizadas com o


paquímetro, 𝐿𝐶 = 2 𝑥 0,001 𝑚𝑚 para o micrômetro (nônio com 10 divisões) e o erro (linear) de
calibração fornecido pelo manual da balança. Supondo também que não existem outros erros
sistemáticos significativos, complete a Tabela 3, apresentando os valores médios, 𝜎𝐴 , 𝜎𝐵 e 𝜎𝑡
para as grandezas C, L, E e M. Nesta mesma tabela, escreva estas grandezas na forma 𝑦̅ ± 𝜎𝑡.

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3) Determine o volume da peça 𝑉 = 𝐶 𝑥 𝐿 𝑥 𝐸 e a incerteza padrão para o volume, através da


propagação de erros (ambos em cm 3). Apresente todos os passos de seus cálculos e preencha a
Tabela 3 (dados do volume).

4) Determine a massa específica da peça 𝜌 = 𝑀 e a incerteza padrão para a massa específica,


𝑉

através da propagação de erros (ambos em g/cm3). Apresente todos os passos de seus cálculos e
preencha a Tabela 3 (dados da densidade).

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5. RESULTADOS

Tabela 2: Medidas das dimensões e da massa da chapa e os respectivos erros


estatísticos.
Medidas 1 C (mm)L (mm)E (mm)M (g)
2
3
4
5
Valor médio (𝑦̅)
Desvio padrão (𝜎) Erro estatístico

(𝜎𝐴 = σ )
√𝑛

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Tabela 3: Erros sistemáticos e padrão total das dimensões e da massa da chapa; volume e massa
especifica da chapa e os respectivos erros propagados.
Grandeza 𝑦̅ 𝜎𝐴 𝜎𝐵 𝜎𝑡 𝑦̅ ± 𝜎𝑡 Unidade
C mm
L mm
E mm
M g
V ------ ------ cm3
𝜌 ------ ------ g/cm3

6. DISCUSSÕES

1) Caso não tivéssemos considerado a incerteza tipo B das grandezas envolvidas nos nossos
cálculos, isto levaria a uma diminuição significativa da incerteza padrão nos resultados? Refaça
os cálculos das incertezas do volume e massa específica, desconsiderando este tipo de incerteza.

2) Como a incerteza nas medidas de volume e massa específica ficaram afetadas pelo fato de
utilizarmos três instrumentos diferentes n0as medidas das dimensões da chapa? Estime como
ficariam as incertezas do volume e massa específica, caso fizéssemos: a) a medida da largura
com a régua (mantendo o comprimento com a régua e a espessura com o micrômetro)? b) a
medida do comprimento com o paquímetro (mantendo a largura com o paquímetro e a espessura
com o micrômetro)?

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7. CONCLUSÃO

Para responder este item, solicita-se ao aluno levar em conta as seguintes perguntas: Os
objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais foram as
dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual destes resultados,
com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores). Quais as principais fontes de
erro nestas determinações?

BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física experimental.


Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

9
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Departamento Acadêmico de Física

R Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 2: MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE


VARIADO (MRUV)

Nome do(a) Aluno(a)

1. OBJETIVOS

Estudar as características do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) e obter as


equações horárias do movimento. Elaboração de gráficos com papel dilog (log x log) e papel
milimetrado.
Objetivos específicos: Utilizar os instrumentos de medidas, realizar propagação de erros,
construir gráficos em papéis pautados e no computador, obter a aceleração do movimento de um
objeto por equações de movimento e pelas leis de Newton.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV), demonstra que a velocidade varia


uniformemente em razão ao tempo. O MRUV pode ser definido como um movimento de um
móvel em relação a uma referência ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre
constante. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em intervalos de tempo
iguais.

2.1 Equação do Movimento

A equação do MRUV da posição em função do tempo pode ser dada por


1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑡 + 𝑎𝑡 2 (1)
2
onde 𝑥 é a posição final em metros, 𝑥0 é a posição inicial em metro, 𝑣0 é a velocidade inicial em
m/s, 𝑡 o tempo em segundos e 𝑎 a aceleração.
Para a constante, a velocidade final 𝑣em função do tempo pode ser dada por
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 (2)

onde 𝑣0 é a velocidade inicial em m/s, 𝑡 o tempo em segundos e 𝑎 a aceleração.

Para não haver confusão com a notação de coordenadas para elaboração de gráficos (x, y),

1
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R
Disciplina: Física Experimental 1
vamos assumir 𝑥 − 𝑥0 = 𝑑. Assim, se 𝑣0 = 0, a equação (1) pode ser reescrita como

2
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R Disciplina: Física Experimental 1

𝑑 = 1 𝑎𝑡2
(3)
2

Também pode-se obter a velocidade do MRUV em função do deslocamento d (no lugar do


tempo t).

𝑣2 = 𝑣02 + 2𝑎𝑑 (4)

2.2 Leis de Newton para um corpo de massa m suspenso acoplado ao um


corpo de massa M deslizante

Ao aplicar as leis de Newton num bloco deslizante M e bloco suspenso m acoplados


conforme Figura 1 pode-se obter a seguinte equação para a aceleração:
𝑚
𝑎=
𝑀+𝑚 𝑔 (5)

onde g= 9,79 m/s2.

Figura 1: Sistema de massa m suspenso acoplado ao um corpo de massa M deslizante

3. MATERIAL UTILIZADO

Trilho de ar mais acessórios (sensores, cronômetro digital, carrinho), papel dilog, papel
milimetrado.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Monte o aparato experimental para trabalhar com MRUV, segundo as Figuras 2 e 3.

3
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R Disciplina: Física Experimental 1

2) Prenda uma massa (m) na extremidade livre do barbante;

3) Coloque o 1º sensor justaposto ao pino do carrinho (esse sensor ficará desligado);

4) Coloque o 2º sensor a 10,00 cm do pino do carrinho;

5) Libere o carrinho e verifique no cronômetro o tempo (t) gasto para percorrer a distância (d)
entre os sensores, anotando o resultado (com todos os algarismos significativos) na Tabela 1.
Repita este procedimento mais quatro vezes.

6) Repita a experiência variando a posição do segundo sensor, de acordo com a Tabela 1.

7) Preencha a Tabela 2, ou seja, para cada distância (d), percorrida pelo carrinho, calcule o
2
tempo médio (𝑡̅), e o tempo médio ao quadrado, (𝑡̅ ). Calcule o erro padrão total (σp) para d e t, e
o erro propagado para (𝑡2̅ ). Almeja-se calcular os erros de d e 𝑡2̅ , para que eles sejam utilizados
no Gráfico 2 (gráfico d x t2), quando este for realizado pelo programa Scidavis, que ocorrerá
mais adiante.

8) Meça a massa (M) do carrinho (com todos os algarismos significativos) cinco vezes e anote
os valores na Tabela 3. Repita o procedimento para a massa do corpo suspenso, levando em
conta a massa do suporte (m). Calcule e anote (Tabela 3) o valor médio e o erro padrão total (σp)
para essas massas.

Figura 2: Aparato experimental contendo o trilho de ar, carro massa M, suporte com massa m, roldana e
cronômetro/fonte DC.

4
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R Disciplina: Física Experimental 1

Figura 3: Esquema ligação cabos fonte DC, sensor e cronômetro: (a) fonte de tensão DC, (b) sensor START
cronômetro e (c) sensor STOP.

Tabela 1: Medidas de tempo.

d (m) 𝑡1(𝑠) 𝑡2(𝑠) 𝑡3(𝑠) 𝑡4(𝑠) 𝑡5(𝑠)

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

Tabela 2: Média e desvios tempo.


d (m) 𝜎𝑝(𝑑) 𝑡̅(𝑠) 𝜎𝑝(𝑡̅) (𝑡)̅ 2(𝑠2) 𝜎𝑝(t̅)2

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

Tabela 3: Medidas de massa


Medidas 𝑀 (𝑘𝑔) 𝑚 (𝑘𝑔)

5
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R Disciplina: Física Experimental 1

Valor médio

𝜎𝑝

5. RESULTADOS

5.1 Obtenção da aceleração do carro utilizando a resultante de forças

a) Com os dados acima, obtenha a aceleração do movimento (em m/s 2), utilizando a equação 5
(resultante de forças) e os dados da Tabela 3.

b) Qual o erro propagado da aceleração por este método?

5.2 Obtenção da aceleração do carro utilizando as equações do MRUV

1. Preencha a Tabela 4 utilizando as equações 3 e 4 e os dados de tempo e deslocamento


medidos.

Tabela 4. Aceleração e velocidade.

Medida a(m/s2) Erro v(m/s) Erro


propagado de a propagado de v

(m/s2) (m/s)

6
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R Disciplina: Física Experimental 1

2. Construa o gráfico v x t em papel milimetrado. (a) Qual o tipo de relação entre v e t? (b)
Obtenha a aceleração a partir deste gráfico. (c) Pelo gráfico determine a distância percorrida.

3. Construa o gráfico de a x t em papel milimetrado. (a) Qual o tipo de relação entre a e t? (b)
Obtenha a aceleração a partir deste gráfico.

4. Construa o gráfico d x t em papel milimetrado. Qual o tipo de relação entre d e t

5. Construa o gráfico de d x t em papel di-log e obtenha a aceleração a partir deste gráfico.

6. Construa o gráfico de d x t2 usando papel milimetrado, faça o ajuste de reta, e obtenha a


aceleração a partir deste gráfico.

7. Preencha a Tabela 5.

Tabela 5. Resumo dos resultados obtidos para aceleração

Método a Erro de a

(m/s2) (m/s2)

Resultante de forças

7
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Grá fico v x t milimetrado XXXXXXXXXXXXXXXX


XXXXXXXXXXXXXXXX

Grá fico a x t XXXXXXXXXXXXXXXX


XXXXXXXXXXXXXXX
Milimetrado
Grá fico de d x t em papel di-XXXXXXXXXXXXXXXX
logXXXXXXXXXXXXXXXX

Grá fico d x t2 XXXXXXXXXXXXXXXX


XXXXXXXXXXXXXXXX

Valor médio de a Tabela 4

6. DISCUSSÕES

7. CONCLUSÃO

Os objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais
foram as dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual
destes resultados, com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores).
Quais as principais fontes de erro nestas determinações?

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R Disciplina: Física Experimental 1

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos aos estudantes pela elaboração do esquema da Figura 1: Arthur Müller, Andrey
Vianna, Guilherme Ventura, Bruno Gomes.

BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física


experimental. Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas,
termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

9
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Departamento Acadêmico de Física

R Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 2: MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE


VARIADO (MRUV)

Nome do(a) Aluno(a)

1. OBJETIVOS

Estudar as características do Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) e obter as


equações horárias do movimento. Elaboração de gráficos com papel dilog (log x log) e papel
milimetrado.
Objetivos específicos: Utilizar os instrumentos de medidas, realizar propagação de erros,
construir gráficos, obter a aceleração do movimento de um objeto por equações de movimento e
pelas leis de Newton.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

O Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (MRUV) demonstra que a velocidade varia


uniformemente em razão ao tempo. O MRUV pode ser definido como um movimento de um
móvel em relação a uma referência ao longo de uma reta, na qual sua aceleração é sempre
constante. Diz-se que a velocidade do móvel sofre variações iguais em intervalos de tempo
iguais.

2.1 Equação do Movimento


A equação do MRUV da posição em função do tempo pode ser dada por
1
𝑥 = 𝑥0 + 𝑣0𝑡 + 𝑎𝑡 2 (1)
2
onde 𝑥 é a posição final em metros, 𝑥0 é a posição inicial em metro, 𝑣0 é a velocidade inicial em
m/s, 𝑡 o tempo em segundos e 𝑎 a aceleração.
Para a constante, a velocidade final 𝑣em função do tempo pode ser dada por
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎𝑡 (2)

onde 𝑣0 é a velocidade inicial em m/s, 𝑡 o tempo em segundos e 𝑎 a aceleração.

Para não haver confusão com a notação de coordenadas para elaboração de gráficos (x, y),
vamos assumir 𝑥 − 𝑥0 = 𝑑. Assim, se 𝑣0 = 0, a equação (1) pode ser reescrita como

1
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R Disciplina: Física Experimental 1

𝑑 = 1 𝑎𝑡2
(1)
2

Também pode-se obter a velocidade do MRUV em função do deslocamento d (no lugar do


tempo t).

𝑣2 = 𝑣02 + 2𝑎𝑑 (4)

2.2 Leis de Newton para um corpo de massa m suspenso acoplado ao um corpo de


massa M deslizante

Ao aplicar as leis de Newton num bloco deslizante M e bloco suspenso m acoplados


conforme Figura 1 pode-se obter a seguinte equação para a aceleração (𝑎):
𝑚
𝑎=
𝑀+𝑚 𝑔 (5)

onde g= 9,79 m/s2.

Figura 1: Sistema de massa m suspenso acoplado ao um corpo de massa M deslizante

3. MATERIAL UTILIZADO

Trilho de ar e acessórios (sensores, cronômetro digital, carrinho), papel dilog, papel


milimetrado.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Monte o aparato experimental para trabalhar com MRUV, segundo as Figuras 2 e 3.

2) Prenda uma massa (m) na extremidade livre do barbante;

3) Coloque o 1º sensor justaposto ao pino do carrinho (esse sensor ficará desligado);

2
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R Disciplina: Física Experimental 1

4) Coloque o 2º sensor a 10,00 cm do pino do carrinho;

5) Libere o carrinho e verifique no cronômetro o tempo (t) gasto para percorrer a distância (d)
entre os sensores, anotando o resultado (com todos os algarismos significativos) na Tabela 1.
Repita este procedimento mais quatro vezes.

6) Repita a experiência variando a posição do segundo sensor, de acordo com a Tabela 1.

7) Preencha a Tabela 2, ou seja, para cada distância (𝑑) percorrida pelo carrinho, calcule o
2
tempo médio (𝑡̅), e o tempo médio ao quadrado (𝑡 ). Calcule o erro padrão total (𝜎𝑡 ) para 𝑑 e 𝑡,
2 2
e o erro propagado para 𝑡 . Almeja-se calcular os erros de 𝑑 e 𝑡 , para que eles sejam utilizados
no Gráfico 2 (gráfico 𝑑 𝑥 𝑡2), quando este for realizado pelo programa Scidavis, que ocorrerá
mais adiante.

8) Meça a massa (𝑀) do carrinho (com todos os algarismos significativos) cinco vezes e anote
os valores na Tabela 3. Repita o procedimento para a massa do corpo suspenso, levando em
conta a massa do suporte ( 𝑚). Calcule e anote (Tabela 3) o valor médio e o erro padrão total
(𝜎𝑡) para essas massas.

Figura 2: Aparato experimental contendo o trilho de ar, carro de massa M, suporte com massa m, roldana e
cronômetro/fonte DC.

3
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R Disciplina: Física Experimental 1

Figura 3: Esquema da ligação da fonte DC, sensor e cronômetro: (a) fonte de tensão DC, (b) sensor START
cronômetro e (c) sensor STOP.

Tabela 1: Medidas de tempo.

𝑑 (𝑚) 𝑡1(𝑠) 𝑡2(𝑠) 𝑡3(𝑠) 𝑡4(𝑠) 𝑡5(𝑠)

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

Tabela 2: Média e desvios do tempo.


𝑑 (𝑚) 𝜎𝑡𝑑 (𝑚) 𝑡̅(𝑠) 𝜎𝑡𝑡(𝑠) 2 𝜎 2 (𝑠2)
𝑡 (𝑠2) 𝑡𝑡

0,100

0,200

0,300

0,400

0,500

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Tabela 3: Medidas de massa


Medidas 𝑀 (𝑘𝑔) 𝑚 (𝑘𝑔)

Valor médio

𝜎𝑡

5. RESULTADOS

1) Construa o gráfico 𝑑 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡 (Gráfico 1), utilizando dados da Tabela 2, no papel


milimetrado (Faça a curva manualmente. Equilibre os pontos acima e abaixo da mesma). Inclua,
neste caso, o ponto (0,0). Qual o tipo de relação entre estas duas grandezas (𝑑 𝑥 𝑡)?
Obs.: Quando esta curva for realizada através do programa Scidavis, forneça a equação da curva
e o respectivo coeficiente de correlação dos dados.

2) Construa o gráfico 𝑑 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡2 (Gráfico 2), utilizando dados da Tabela 2, no papel


milimetrado (Faça a reta, utilizando régua transparente. Equilibre os pontos acima e abaixo da
mesma). Inclua, neste caso, o ponto (0,0). Qual o tipo de relação, entre estas grandezas
(𝑑 𝑒 𝑡2)?
Obs.: Quando esta curva for realizada através do programa Scidavis, forneça a equação da curva
e o respectivo coeficiente de correlação dos dados.

3) (a) Calcule o coeficiente angular da reta do Gráfico 2, utilizando dois pontos que passam
sobre a reta (marque na reta os dois pontos utilizados para este cálculo). (b) Calcule a
aceleração do movimento (𝑎3).

5
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4) (a) Calcule o coeficiente angular e linear da melhor reta que representa a tendência dos
pontos experimentais (𝑑 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡2) da Tabela 2, utilizando o método dos mínimos quadrados-
MMQ (Utilize a Tabela 4 como apoio). (b) Apresente a equação desta reta e plote o gráfico (no
mesmo sistema de eixos que realizou o Gráfico 2) utilizando apenas dois pontos (𝑥𝑖, 𝑦𝑖), que
devem ser destacados na folha de gráficos (Obs.: para um 𝑥𝑖 arbitrário encontre o 𝑦𝑖
correspondente, utilizando a equação da reta que você encontrou). Por que é conveniente
traçarmos a reta utilizando o MMQ? (c) Calcule a aceleração do movimento (𝑎4) utilizando o
coeficiente angular obtido pelo MMQ.

∑𝑛 𝛿𝑥 𝛿𝑦 𝑎
𝑖=1 𝑖 𝑖
𝐴= ∑𝑛 2 =2=
𝑖=1 𝛿𝑥𝑖

𝐵 = 𝑦̅ − 𝐴𝑥̅ =

𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵 =

Tabela 4: Método dos Mínimos Quadrados - MMQ

Ponto 𝑥𝑖 = 𝑡2𝑖 𝑦𝑖 = 𝑑𝑖 𝛿𝑥𝑖 = (𝑥𝑖 − 𝑥) 𝛿𝑦𝑖 = (𝑦𝑖 − 𝑦) 𝛿𝑥𝑖𝑖𝛿𝑦 𝛿2𝑥𝑖

1 0 0

𝑥̅ = ̅=
𝑦
∑= ∑=

5) Construa o gráfico 𝑑 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑡 (Gráfico 3) no papel di-log onde, tanto d e quanto t devem ser
plotados em escala logarítmica (Faça a reta, utilizando régua transparente. Equilibre os pontos
acima e abaixo da mesma.). Qual o tipo de relação entre estas duas grandezas na base log?
Obs.: Quando esta curva for realizada através do programa SciDavis, forneça a equação da
curva e o respectivo coeficiente de correlação.
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6) (a) Calcule o coeficiente angular (marque na reta os dois pontos utilizados para este
cálculo) e o coeficiente linear da reta do Gráfico 3. (b) Calcule a aceleração do movimento
(𝑎6).

7) Calcule a aceleração do movimento usando as leis de Newton (𝑎7), através das forças
resultantes nos dois corpos. Apresente o erro propagado.

8) (a) Compare (percentualmente) as acelerações calculadas nos itens 3) e 6) com a aceleração


calculada pelo MMQ, item 4), considerada mais precisa. (b) Faça o mesmo para a aceleração
obtida no item 7).

9) Escreva as equações horárias 𝑑 𝑥 𝑡, 𝑣 𝑥 𝑡 e 𝑎 𝑥 𝑡 para o movimento estudado. Utilize a


aceleração obtida pelo MMQ, item 4) ou, caso não tenha realizado os itens 4) e 8), utilize o
valor médio entre as acelerações calculadas nos itens 3), 6) e 7).

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6. DISCUSSÕES

7. CONCLUSÃO

Os objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais foram as
dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual destes resultados,
com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores). Quais as principais fontes de
erro nestas determinações?

AGRADECIMENTOS

Agradecimentos aos estudantes pela elaboração do esquema da Figura 1: Arthur Müller, Andrey
Vianna, Guilherme Ventura, Bruno Gomes.

BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física


experimental. Londrina: EDUEL, 2009.

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PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

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EXPERIMENTO 3: CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

Nome do (a) aluno (a):

Turma: Professor (a):

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral

Verificação da conservação de energia mecânica, por meio, do movimento de uma


esfera de aço em uma rampa de lançamento horizontal e em queda livre (lançamento
horizontal).

1.2 Objetivos Específicos

Construir os gráficos que descrevem a trajetória da esfera;


Construir os gráficos da energia cinética e da energia potencial;
Observar o comportamento e a relação entre a energia cinética, energia potencial e
energia mecânica.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Quando abandonamos uma bolinha de massa m e raio r de uma altura h1 (posição 1), em
uma rampa de lançamento horizontal, a energia mecânica no ponto mais alto é somente
potencial gravitacional. A partir deste ponto, deve-se considerar, além da energia potencial
gravitacional, as energias cinéticas de translação e rotação do corpo. Conforme Figura 1, a
energia total nos pontos 1 e 2 são dadas, respectivamente, por:

𝐸1 = 𝑚𝑔ℎ1 (1)

𝐸 = 𝑚𝑔ℎ + 1 𝑚𝑣 2 1 2 (2)
2 2 0 + 𝐼𝑤
2 2
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Figura 1 - Diagrama esquemático do sistema de lançamento e da rampa de aterrissagem da


esfera de metal lançada horizontalmente

Onde o primeiro termo da equação 2 é a energia potencial gravitacional no ponto 2, o


termo do meio, desta mesma equação é a energia cinética de translação do centro de massa da
2
esfera e o último termo corresponde à energia cinética de rotação. Como 𝐼 = 𝑚𝑟2, é o momento
5
v0
de inércia da esfera em relação ao eixo que passa pelo seu centro, e 𝑤 = é a velocidade angular
r
da esfera, a energia cinética de rotação da esfera será 1 𝑚𝑣 2.
5 0
Assim, a energia no ponto 2, também pode ser escrita como:

𝐸 = 𝑚𝑔ℎ + 7 𝑚𝑣2 (3)


2 2 0
10

A velocidade no ponto 2, denominada 𝑣0, será paralela ao eixo x, caracterizando o


movimento como lançamento horizontal.
Quando a esfera é lançada a partir do ponto 2, sua velocidade angular passa a ser
constante, uma vez que não há torque externo sobre ela. Assim sendo, a velocidade angular da
v0
esfera em qualquer ponto após o lançamento é igual à velocidade angular 𝑤2 = no ponto 2.
r

Assim, em qualquer ponto i (ver Figura 1), após o lançamento da esfera, a energia da
bolinha 𝐸i é dada pela expressão:

1 2
1 2 (4)
𝐸i = 𝑚𝑔ℎi + 𝑚𝑣i + 𝑚𝑣0
2 5
Onde as parcelas, referentes a energia potencial gravitacional 𝑈i e a energia cinética 𝐾i ,
são dadas respectivamente por:

𝑈i = 𝑚𝑔ℎi (5)
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1 2
1 2
𝐾i = 𝑚𝑣i + 𝑚𝑣0 (6)
2 5

A velocidade 𝑣i pode ser obtida por:

𝑣2 = 𝑣2 + 𝑣2 (7)
Sendo, i xi yi

𝑣xi = 𝑣0 (8)

𝑣yi = √2𝑔𝑦i

As equações horárias de deslocamento para o corpo em um ponto i qualquer, são:


𝑥i = 𝑣0𝑡 (9)

1 2
𝑦i = 𝑔𝑡
2
Onde se conclui que:

𝑔 (10)
𝑣0 = √ 𝑥i
2𝑦i

3. MATERIAL UTILIZADO

Rampa de lançamento horizontal nivelada, Esferas de aço, Folhas de papel branco


com carbono, régua. balança.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Meça a massa 𝑚 da esfera e anote o valor na Tabela 1.


2) Meça ℎ1e ℎ2 e anote os valores na Tabela 1.
3) Prenda as duas folhas no anteparo vertical, a fim de que a altura ℎi da esfera (ao colidir com o
anteparo) possa ser registrada.
4) Coloque o anteparo vertical na posição 𝑥i = 5,00 𝑐𝑚, abandone a esfera da posição 1 e meça
o valor de ℎi com a régua. Mantendo o anteparo em 5,00 cm, repita o procedimento por mais 05
vezes. Determine ℎ𝑖 e 𝑦𝑖, lembrando que 𝑦𝑖 = ℎ2 − ℎ𝑖.
5) Repita o item 4) para todos os valores de xi sugeridos na Tabela 2.
6) Calcule os valores de 𝑣0 para cada par (𝑥i, 𝑦𝑖), e o valor médio 𝑣0. Apresente todos estes
valores na Tabela 1. Use g = 9,79 m/s2.
7) Calcule U, K e E para os pontos 1 e 2. Utilize 𝑣0 para o cálculo de K e E para o ponto 2.
Apresente estes valores na Tabela 2.
8) Complete a Tabela 2 no sentido de obter os valores de Ui, Ki e Ei para cada par (𝑥i, 𝑦i). Utilize
𝑣0 para o cálculo de Ki e Ei.
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5. RESULTADOS

Tabela 1 – Dados iniciais do Experimento


𝑚= (kg) ℎ1 = (10-2 m) ℎ2 = (10-2 m)

𝑈1 = (J) 𝐾1 = (J) 𝐸1 = (J)

𝑈2 = (J) 𝐾2 = (J) 𝐸2 = (J)

Tabela 2 – Dados para verificar a conservação da energia mecânica


𝑥i ℎ𝑖 𝑦𝑖 𝑣0 𝑣yi 𝑣i 𝑈i 𝐾i 𝐸i
(10-2 m) (10-2 m) (10-2 m) (m/s) (m/s) (m/s) (J) (J) (J)

5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
35,00
40,00

𝑣0 = (m/s)

1) Por meio dos valores encontrados para 𝐸i , incluindo 𝐸1 𝑒 𝐸2 , determine o valor médio e o
erro estatístico ou aleatório para esta grandeza, indicando a energia mecânica da seguinte forma
𝐸 ± 𝜎𝑡 (Consideraremos, neste experimento, apenas a incerteza estatística nos valores
calculados da energia mecânica).
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2) Foi possível, neste experimento, verificar a conservação da energia mecânica? Por quê? Qual
a razão (percentual) entre 𝜎t e 𝐸?

3) Construa os gráficos de U, K e E em função de x, no mesmo sistema de coordenadas


(energia versus x) e faça comentários sobre os resultados obtidos. Obs.: Quando estas curvas
forem realizadas através do programa Scidavis, forneça as equações das curvas e os respectivos
coeficientes de correlação.
Obs.: Considere para o ponto 𝑥 = 0, 𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑈2, 𝐾2 𝑒 𝐸2, 𝑟𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒.

6. CONCLUSÕES E DISCUSSÕES
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Disciplina: Física Experimental 1

7. BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física


experimental. Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v.
3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e


termodinâmica. 5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.


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Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 4: MOMENTO DE INÉRCIA DE UM DISCO

Nome do(a) aluno(a):

OBJETIVOS

Determinação do momento de inércia de um disco a partir do princípio de conservação de energia.

INTRODUÇÃO TEÓRICA

O movimento de um corpo extenso (constituído de muitas partículas) exibe também, além do


movimento de translação do seu centro de massa, o movimento de rotação em torno deste. Tal movimento é
governado pela segunda lei de Newton para a rotação, a qual afirma que o torque total aplicado ao corpo é
proporcional a sua aceleração angular, sendo a constante de proporcionalidade a medida da sua inércia
rotacional, conhecida como momento de inércia I . Tal quantidade depende não só da massa do corpo
mas também de como ela encontra-se distribuída em torno do centro de massa: dois corpos de mesma massa
e sujeitos ao mesmo torque resultante experimentam efeitos rotacionais diferentes em virtude da diferença na
distribuição espacial de suas massas em torno dos seus respectivos eixos de rotação. Neste experimento
buscamos determinar o momento de inércia de um disco de massa M e raio R , usando o princípio de
conservação da energia
Considere o aparato experimental ilustrado na figura a seguir. A massa m quando liberada no ponto 1 cai
sob ação da gravidade com uma aceleração, a∈ g a tensão gerada no barbante no instante em que é
liberada promove o torque que aciona o movimento de rotação do disco. Desprezando o atrito no mancal do
disco, podemos afirmar que a energia total do sistema massa - disco é constante ao longo da distância de
queda H (ponto 1 ao 2). Sejam Ei e Ef as energias mecânicas inicial (ponto 1) e final (ponto 2),
respectivamente, se a energia se conserva temos Ei=Ef , ou ainda

1 1 (1)
mhH = I ω2+ mv2
f f
2 2

onde v f e ωf são as velocidades linear e angular da massa m e do disco, respectivamente,


quando a massa m passar pelo ponto 2. Como o barbante é inextensível e não escorrega pela borda do
disco a altura y que a massa cai deve ser igual ao comprimento de barbante s=R θ que se desenrola,
ou seja, y=R θ , se derivarmos esta equação em relação ao tempo teremos v =R ω , onde é a
velocidade angular do disco. O uso desta relação na equação da conservação da energia permite expressar o
momento de inércia em termos da velocidade final da massa. Esta velocidade pode então ser determinada
usando-se as fórmulas do MRUV.

MATERIAL UTILIZADO:

Disco uniforme, um par de sensores fotoelétricos ligados a um cronômetro digital, fio, massa suspensa, fita
adesiva, trena.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1) Meça o raio R e a massa M do disco, meça também a massa m que ficará suspensa. Anote cada um
destes valores, assim como o erro padrão total correspondente. Caso estas medidas sejam feitas uma única
vez, considere apenas o erro de calibração no erro padrão total.

R(m )=

M (kg)=

m (kg)=
2) Enrole o fio inextensível na fenda existente ao longo da borda do disco (dê pelo menos uma volta
completa no fio), cujo momento de inércia se deseja determinar. Na outra extremidade do fio prenda a
pequena massa m . Esta massa, quando liberada, será responsável pela aceleração do disco (examine a
figura do diagrama).

3) Utilizando o cronômetro em conjunto com os sensores, meça 5 vezes o tempo que a massa suspensa
gasta para cair uma distância H, que por conveniência será próxima ao perímetro do disco. Para isto, deve-
se previamente medir o perímetro do disco e depois, dispor os dois sensores, tal que a distância entre eles
seja H. O tempo medido deve corresponder ao valor médio do período T (o sistema está ligeiramente
acelerado). Calcule o valor médio t dos tempos medidos e o erro padrão total correspondente. Apresente o
valor de H e o erro padrão total correspondente (Caso a medida de H seja feita uma única vez,
considere apenas o erro de calibração).

t ( s) =

H (m)=
4) Calcule a velocidade com que o corpo passa pelo ponto 2 utilizando a expressão v= √ 2 aH sabendo
2
que v= 0 no ponto 1 e que a= 2 H / ¯t . Apresente o valor de a e v f e os correspondentes erros
propagados.

a (m / s2)=

v (m / s )=

5) Calcule a velocidade angular do disco e o correspondente erro propagado, quando o corpo passa pelo
ponto 2.

ωf (rad / s )=

RESULTADOS:

1) A partir dos dados obtidos, calcule o momento de inércia I exp do disco e o correspondente erro
propagado, utilizando a lei de conservação de energia mencionada na introdução teórica. Use g = 9,79
m/s2.

I exp (kg . m2)=

2) O cálculo teórico do momento de inércia de um disco homogêneo de massa M e raio R , com eixo de
2
rotação passando pelo seu centro é I=MR /2 . Utilize esta expressão teórica para calcular o valor do
momento de inércia e o correspondente erro propagado. Calcule o desvio percentual do valor obtido no item
anterior em relação a este valor, ou seja,

I (kg .m2) =MR2 / 2=

ϵ = 100 . (I exp−I)/I =

CONCLUSÕES:

BIBLIOGRAFIA:

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e termodinâmica.
10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física experimental. Londrina:


EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.; ZIMMERMANN, E.


Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.
SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II: termodinâmica e
ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica. 5. ed. São
Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas,
termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.


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R Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 5: PÊNDULO SIMPLES - MHS

Nome do (a) aluno (a):

Turma: Professor (a):

1. OBJETIVOS

1.1 Objetivo Geral


Estudar o Movimento Harmônico Simples (MHS) a partir de um pêndulo simples.

1.2 Objetivos Específicos


Verificar de quais grandezas o período depende; Determinar a aceleração da gravidade local.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Segundo o que conta a história, foi Aristóteles o primeiro a enunciar uma lei para a queda dos
corpos. Para ele, corpos pesados caiam de forma mais rápida que corpos mais leves. Galileu
Galilei surgiu como o primeiro a medir a aceleração da gravidade. Argumentava que num meio
em que a resistência do ar fosse nula, o valor desta aceleração, segundo suas estimativas, levava
a um valor cerca de 4 m/s 2. Já o padre Mersenne (1588-1648), após diversas tentativas,
conseguiu um valor em torno de 8 m/s 2. Huygens (1629-1695) refez o último experimento de
Mersenne, em 1659, encontrando valores entre 9 e 10 m/s 2 (KOYRÉ, 1988). Foram
experimentos que ocorreram em queda livre, seguindo um MRUV. Outra maneira de se medir o
valor de g, é utilizando um pêndulo simples. O equacionamento é dado a seguir.

Seja um pêndulo simples, constituído por um corpo de massa 𝑚, preso em uma das
extremidades de um fio de comprimento 𝐿. A força resultante sobre o corpo é dada por:

1
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R Disciplina: Física Experimental 1

Figura 1: Pêndulo Simples. Fonte: autores

(1)
∑ 𝐹→ = 𝑃̅→ + 𝜏→

 Ou
L
𝑚𝑎𝑡
= −𝑚𝑔 sin 𝜃 (2)
𝜏→ Onde
m
s 𝑃→
̅ é o peso do corpo suspenso

𝜏→ é a tensão no fio
𝑎𝑡 é a aceleração tangencial do corpo
𝜃 é o deslocamento angular do corpo
𝑠 é o arco de circunferência que subentende 𝜃

A equação (2) pode ser escrita como:


𝑑2𝑠
(3)
𝑚 2
= −𝑚𝑔 sin 𝜃
𝑑𝑡

Fazendo-se em (3), 𝑠 = 𝐿𝜃 e usando-se a aproximação sin 𝜃 ≅ 𝜃, valida para valores de 𝜃


pequenos, tem-se:
𝑑2𝜃 𝑔
(4)
2
= − 𝜃 = −𝑊 𝜃
𝑑𝑡2 𝐿
Assim, 𝑔
𝑊2 = 2𝜋 (5)
2
=( )
𝐿 𝑇

Desta maneira, g poderá ser obtido a partir de:


𝐿
𝑔 = 4𝜋2 (6)
𝑇2

3. MATERIAL UTILIZADO
Tripé, haste metálica, gancho, presilha, régua, transferidor, fio, bolinhas, balança digital,
cronômetro.

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4.
R
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Disciplina: Física Experimental 1

Figura 2: Montagem do Experimento. Fonte: autores.

1) Realize a montagem do experimento, conforme Figura 2.

2) Determine a massa das quatro esferas fornecidas (𝑚1, 𝑚2, 𝑚3 e 𝑚4), com o auxílio da
balança.

3) Ajuste o comprimento do pêndulo, do ponto de suspensão (gancho) até o centro da esfera, de


modo que ele tenha aproximadamente 20,00 cm. Anote o valor de 𝐿 e o seu respectivo erro
padrão total (𝜎𝑡) na Tabela 1.

4) Desloque a esfera da posição de equilíbrio, tal que o deslocamento angular não exceda 10 
(Utilize o transferidor para estabelecer o valor do deslocamento angular inicial). Solte a esfera e
determine o tempo necessário para esta executar 10 (dez) oscilações completas ( ∆𝑡). Repita o
procedimento mais quatro vezes e determine o período médio (𝑇̅), e o período médio ao
quadrado (𝑇̅2 ) para estas cinco medidas. Anote o resultado na Tabela 1, assim como o erro
padrão total (𝜎𝑡) para 𝑇̅, e o erro propagado para 𝑇̅2 .
Os erros de 𝐿 e 𝑇̅ 2 podem ser utilizados em gráficos 𝑇̅2 𝑥 𝐿, quando os mesmos são realizados
por programas computacionais, como por exemplo o SciDAVis.

5) Repita a experiência para comprimentos próximos a 40,00 cm, 60,00 cm e 80,00 cm. Anote
os resultados na Tabela 1.

6) Repita todo o procedimento para as outras esferas e preencha as Tabelas 2, 3 e 4.

3
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5. RESULTADOS
5.1) Preencha as Tabelas 1, 2, 3 e 4 com os valores dos comprimentos do fio, períodos, períodos ao quadrado, e os respectivos erros, para os experimentos
realizados com as massas 𝑚1, 𝑚2, 𝑚3 e 𝑚4, respectivamente.

Tabela 1: Valores dos comprimentos do fio, períodos, períodos ao quadrado, e respectivos erros, para a massa 𝑚1.
𝑚1 = (𝑘𝑔)
∆𝑡 (𝑠) 𝑇̅(𝑠 ) 𝑇̅2 (𝑠 2)
𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝑇̅ (𝑠) 𝜎𝑡𝑇̅2 (𝑠2)

Tabela 2: Valores dos comprimentos do fio, períodos e períodos ao quadrado, e respectivos erros, para a massa
𝑚2.
𝑚2 = (𝑘𝑔)
∆𝑡 (𝑠) 𝑇̅(𝑠 ) 𝑇̅2 (𝑠 2)
𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝑇̅ (𝑠) 𝜎𝑡𝑇̅2 (𝑠2)

4
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Tabela 3: Valores dos comprimentos do fio, períodos e períodos ao quadrado, e respectivos erros, para a massa
𝑚3.
𝑚3 = (𝑘𝑔)
∆𝑡 (𝑠) 𝑇̅(𝑠 ) 𝑇̅2 (𝑠 2)
𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝑇̅ (𝑠) 𝜎𝑡𝑇̅2 (𝑠2)

Tabela 4: Valores dos comprimentos do fio, períodos e períodos ao quadrado, e respectivos erros, para a massa
𝑚4.
𝑚4 = (𝑘𝑔)
∆𝑡 (𝑠) 𝑇̅(𝑠 ) 𝑇̅2 (𝑠 2)
𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝐿 (𝑚) 𝜎𝑡𝑇̅ (𝑠) 𝜎𝑡𝑇̅2 (𝑠2)

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5.2) Apenas através das tabelas 1,2, 3 e 4, pode-se supor alguma dependência do período em
relação às massas? Por quê?

5.3) Trace gráficos do quadrado do período pelo comprimento, para cada uma das massas,
utilizando (a) papel milimetrado e/ou (b) o SciDAVis. Forneça para cada gráfico obtido no item
(b), a equação da melhor curva ajustada pelo programa e o fator de correlação. Apresente os
gráficos em anexo (itens (a) e (b)).
Obs.: Uma alternativa ao item (a), ou até mesmo uma complementação ao referido item, é traçar
os gráficos do período em função do comprimento, para cada uma das massas, no papel di-log,
onde, tanto o período quanto o comprimento devem ser plotados em escalas logarítmicas.

5.4) Calcule e apresente o valor de 𝑔 obtido através de cada gráfico e o valor médio, 𝑔̅ (faça a
média entre os quatro valores obtidos), para os itens 3(a) e 3(b) separadamente.

5.5) Determine o erro percentual, comparando os valores de 𝑔̅ obtidos no item 5.4) com o valor
da gravidade local de Curitiba, sabendo que
𝑚 𝑚
𝑔𝑐𝑢𝑟𝑖𝑡𝑖𝑏𝑎 = 9,78760387 e σ = 0,00000001 (GEMAEL et al.,2020).
𝑠2 𝑠2

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5.6) Refaça os gráficos do item 3 (b) no SciDAVis, utilizando as barras de erros de 𝑇̅ 2 ( os
erros de 𝐿 devem ser convertidos em erros de 𝑇̅2 ). Apresente a equação da melhor curva
ajustada pelo programa e o fator de correlação. Considere os erros apresentados pelo programa,
nos cálculos dos coeficientes angulares de cada gráfico. Considere também o número de
algarismos significativos a ser utilizado para estes coeficientes e para os valores de 𝑔
correspondentes. Recalcule os valores de 𝑔 para cada gráfico, apresentando os erros para estas
medidas. Calcule o valor de 𝑔̅ e erro correspondente. Compare 𝑔̅ obtido com o valor
especificado no item 5.5).

5.7) Esta questão é adequada aqueles que tem maior afinidade com o SciDAVIS .
Faça os gráficos de T x L no SciDAVIS (use o Fit Wizard - Assistente de Ajuste – escreva a
função de ajuste), para cada uma das esferas, e obtenha a aceleração gravitacional a partir deles.
Utilize as barras de erros de 𝑇 ( os erros de 𝐿 devem ser convertidos em erros de 𝑇). Apresente
a equação da melhor curva ajustada pelo programa e o fator de correlação. Considere os erros
apresentados pelo programa, nos cálculos dos coeficientes de cada gráfico. Considere também o
número de algarismos significativos a ser utilizados para estes coeficientes e para os valores de
𝑔 correspondentes. Calcule os valores de 𝑔 para cada gráfico, apresentando os erros para estas
medidas. Calcule o valor de 𝑔̅ e erro correspondente. Compare 𝑔̅ obtido com o valor
especificado no item 5.5).

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R
6. DISCUSSÕES
Disciplina: Física Experimental 1

7. CONCLUSÃO
Para responder este item, solicita-se ao aluno levar em conta as seguintes perguntas: Os
objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais foram as
dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual destes resultados,
com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores). Quais as principais fontes de
erro nestas determinações?

BIBLIOGRAFIA

GEMAEL, C.; DE FREITAS, S. R. C.; FAGGION, P.L.; DA SILVA, J.S. JR.; SIMÕES, K.
Rede gravimétrica científica para o estado do Paraná. Anais do Simpósio de Geomática.
Presidente Prudente – SP. 9 – 13 de julho de 2002. p. 105 – 109.
HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e
termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.
JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física experimental.
Londrina: EDUEL, 2009.
KOYRÉ, A. Estudios de historia del pensamiento científico. México: Siglo Veintiuno, 1988.

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Disciplina: Física Experimental 1
GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;
ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.
SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:
termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.
SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.
5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.
TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e
ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.
VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

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Disciplina: Física Experimental 1

EXPERIMENTO 6: OSCILADOR MASSA-MOLA AMORTECIDO PELO AR

Nome do(a) aluno(a):

OBJETIVOS:

Estimar o coeficiente de amortecimento b para um corpo oscilante no ar e suspenso por uma mola vertical;
verificar a estabilidade do período e compará-lo com o período do sistema sem amortecimento.

INTRODUÇÃO TEÓRICA
Quando um oscilador harmônico oscila na presença da força de atrito sua energia mecânica decai
paulatinamente com o tempo, o reflexo visível deste fenômeno é o decaimento da própria amplitude de
oscilação. A força de atrito que geralmente é considerada no contexto das oscilações é a força de arraste
viscoso, a qual é proporcional a velocidade do corpo oscilante e atua sempre na direção contrária ao
movimento, ou seja, f =−bv , onde b é uma constante denominada coeficiente de amortecimento e
v é a velocidade do corpo oscilante. A constante b depende do meio (através do seu coeficiente de
viscosidade) e da geometria do corpo (seu diâmetro, por exemplo). A segunda lei de Newton aplicada a um
corpo de massa m ,suspenso por uma mola exercendo uma força elástica F=−k y , sendo k a
constante elástica, e ainda sob ação da força de arraste f (ver figura) resulta em uma equação diferencial
de segunda ordem:

d2 y2
dt
+ b dy (1)
y=0
m dt + k
m

a qual deve ser resolvida para se obter a posição vertical y do corpo em função do tempo. A solução para
b pequeno (pequeno amortecimento, como é o caso deste experimento) é uma função oscilatória cuja
amplitude decai exponencialmente com o tempo (ver referência para detalhes da obtenção desta solução):
y (t )= A (t ) cos (ω t )
onde

A (t )=A0 e−bt /2m (2)

sendo A 0 a amplitude inicial e

b
2 1 /2
(3)
ω=ω0 [ 1−( 0 ) ]
2mω
é a frequência de oscilação do sistema amortecido, a qual em virtude de b ser muito pequeno, é
aproximadamente igual a frequência de oscilação ω0 do sistema na ausência de amortecimento, ou seja,

ω≈ω 0 =( k / m)1/2 . O período de oscilação do sistema amortecido é dado por T =2 π/ ω

(a) Diagrama de forças para a segunda lei de Newton. (b) Metodologia para o monitoramento da amplitude
em função do tempo.

MATERIAL UTILIZADO:

Tripés, hastes metálicas, gancho, presilhas, pinça, réguas, mola, corpo de prova de aproximadamente 250g,
balança digital, cronômetro.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL:

1- Montar o oscilador com mola de pequeno k e m≈250 g . Anotar a leitura da régua para a posição
de equilíbrio do corpo ( y=0 ) e o valor da massa do corpo, previamente medida. Anote também o erro
padrão total da massa .

2- Provocar no corpo uma deformação inicial y=20 cm e abandoná-lo, tomando este instante como
t =0 (ver ilustração). Fazer três vezes a medida do tempo decorrido, até a amplitude atingir 18 cm cm
(ver segunda ilustração). Anotar na Tabela Amplitude versus Tempo os valores dos tempos medidos e da
média ¯t destes tempos em segundos, para cada medida.

3- Repetir o procedimento 2 até a amplitude atingir cada um dos valores especificados na Tabela.

4- Determinar a constante elástica da mola, em N/m, pela lei de Hooke.

5- Verificar se o período T mantém constante durante as oscilações amortecidas e depois determinar


T utilizando 10 oscilações completas. Repetir a medida de T pelo menos mais duas vezes.
RESULTADOS:

1) m (g) = +/-

Tabela Amplitude X tempo


A ( cm) A / A0 ln( A / A0) t (s) t (s) t (s) ¯t ( s) σt
20,00
18,00
16,00
14,00
12,00
10,00
08,00
06,00

2) (a) Fazer o gráfico A X t em papel milimetrado. (b) Fazer o gráfico de A X t utilizando o SciDAVis.
Usando este programa obtenha a equação da curva que melhor se ajusta aos dados, forneça no gráfico esta
equação e o fator de correlação. Apresente estes dados em anexo.

3) Caso o corpo de prova tivesse uma massa bem menor que 250 g, como seria a curva de A X t para
esta nova massa, quando comparada com a curva que você obteve? Idem para uma massa bem maior que 250
g.

4) (a) Fazer o gráfico de A X t ou ( A0/ A) X t em papel monolog, onde A ou ( A0/ A)


devem ser plotados na escala logartimica e t na escala linear. Obtenha a equação da reta resultante. (b)
Fazer o gráfico de ln ( A 0 / A ) X t utilizando o SciDAVis. Usando este programa obtenha a equação
da curva que melhor se ajusta aos dados, forneça no gráfico esta equação e o coeficiente de correlação.
Apresente estes dados em anexo.

5) Determinar o valor de b através dos gráficos do item 4.

6) Apresentar o valor da deformação da mola no equilíbrio estático, y0 , o valor da massa m utilizada.


Determine o erro experimental de y0 e m . Apresente o cálculo da constante elástica k da mola bem
como seu erro propagado. Considerar g=9,79m / s2 .

7) Como você observou a constância de T ? Apresentar os valores medidos do período (pelo menos três)
do sistema oscilante. Apresentar o valor médio
do período e o seu erro propagado

8) Calcular o período T 0 do sistema oscilante na ausência do amortecimento com o erro propagado.


Compare o valor médio de T com T 0 (referência). Este resultado já era esperado? Por que?

DISCUSSÕES:

CONCLUSÕES:

Para responder este item, solicita-se ao aluno levar em conta as seguintes perguntas: Os objetivos foram
atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais foram as dificuldades? Como foram os
resultados obtidos? Qual o desvio percentual destes resultados, com relação aos valores esperados (caso
tenhamos estes valores). Quais as principais fontes de erro nestas determinações?

BIBLIOGRAFIA:

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e termodinâmica.
10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física experimental. Londrina:


EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.; ZIMMERMANN, E.


Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II: termodinâmica e
ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica. 5. ed. São
Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e ondas,
termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.


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EXPERIMENTO 7: DETERMINAÇÃO DA VELOCIDADE DO SOM NO AR

Nome do(a) Aluno(a)

1. OBJETIVOS

Determinação da velocidade de propagação do som no ar, mediante ressonância em uma coluna


de ar e medida da temperatura ambiente.

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

2.1 A velocidade do som

A velocidade do som em qualquer meio é dada por

𝐵
v =√ (1)
𝜌

onde 𝜌 é a densidade do meio e B é o módulo de compressão volumétrica, definido por

Δ𝑝
𝐵=−
Δ𝑉⁄𝑉 (2)

onde uma mudança na pressão Δ𝑝 causa variação no volume 𝑉 de um meio, de Δ𝑉.

Para um gás ideal submetido a processos adiabáticos (como é o caso da propagação do som

nesse meio), a equação 1 pode ser escrita em função de temperatura como a seguir:

𝛾𝑅𝑇
𝑣=√ (3)
2𝑀

Onde 𝛾 é a constante adiabática dada pela razão do calor específico a pressão constante c p e
volume constante cv, Cp/Cv (para o ar 𝛾 = 1,4), R é a constante universal dos gases ideais (R =
8,314462 J/mol.K), T é a temperatura absoluta do gás (em K) e M é a sua massa molecular (em
kg/mol)

1
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Considerando o ar como um gás ideal com 𝛾 = 1,4 ; M=29,0 x10-3 kg/mol e T = 296 K (22,85 oC
) obtém-se uma velocidade do som no ar igual a v = 345,00 m/s. E, para T = 298 K (24,85 oC)
obtém-se v = 344,59 m/s.

2.2 Ressonância em um tubo com extremidade aberta e outra fechada

A Figura 1 mostra um tubo com duas extremidades fechadas. Uma das extremidades do tubo é
móvel (pistão) permitindo variar o comprimento L do espaço de ar confinado. Se o pistão vibrar
com amplitude pequena em relação a amplitude das ondas que se propagam no ar, então esta
extremidade será um nó de deslocamento.

Figura 1: Ar confinado em um tubo com duas extremidades fechadas.

Fonte: O autor.
A condição de onda estacionária é a mesma que corda oscilante com duas extremidades
fixas. A condição de onda estacionária neste sistema pode ser dada por um número inteiro de
meios comprimentos de onda 𝜆𝑛 para cada harmônico.

𝜆𝑛
𝐿=𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,2,3,4 … (4)
2

Se 𝑣 = 𝜆𝑓, as frequências admissíveis no tudo são:


𝑓𝑛
= 𝜆𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,2,3,4 .. (5)
𝑣

Da equação (4) 𝜆𝑛 = 2𝐿⁄𝑛, então a equação (5) pode ser escrita como:
𝑓𝑛 𝑣 (6)
= 2𝐿⁄𝑛
2
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ou

𝑓𝑛 = 𝑛 𝑣
= 𝑛𝑓1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,2,3,4 … (7)
2𝐿

Onde 𝑓1 = 𝑣⁄2𝐿é a frequência fundamental, ou seja, frequência mais baixa permitida.

Se a extremidade direita do tubo da Figura 1 estiver aberta, essa extremidade será um ventre
de deslocamento. Também é um nó de pressão, pois a pressão aí é a pressão atmosférica, a
qual é fixa. A condição de onda estacionária é a mesma que corda oscilante com uma
extremidade fixa e outra livre. A condição de onda estacionária neste sistema pode ser dada
por um número ímpar de quartos comprimentos de onda (Figura 2). Assim,

𝜆𝑛
𝐿=𝑛 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,3,5,7 … (8)
4

As frequências admissíveis no tubo são

𝑣
𝑓𝑛 = 𝑛 = 𝑛𝑓1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑛 = 1,3,5,7 .. (9)
4𝐿

onde
𝑣 é a frequência fundamental.
𝑓1 = 4𝐿

Figura 2: Ondas estacionárias em um tudo com uma extremidade aberta e outra fechada.

Fonte: Tipler (2009).

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A hipótese de a extremidade aberta do tubo ser um ventre de deslocamento (e portanto, um nó


de pressão) está baseada na ideia da onda sonora ser uma onda unidimensional, o que estará
correto se o diâmetro do tubo for muito pequeno comparado ao comprimento de onda da onda
sonora. Na prática, o ventre de deslocamento e o nó de pressão estão ligeiramente além da
extremidade aberta do tubo (Figura 2). Assim, o comprimento efetivo do tubo, 𝐿𝑒𝑓, será um
pouco maior que o seu comprimento, ou seja

𝐿𝑒𝑓 = 𝐿 + Δ𝐿 (10)

Onde Δ𝐿 é a correção terminal para o comprimento efetivo do tubo.

2.3 Caso: frequência e comprimento de onda são constantes.

Quando a frequência e o comprimento de onda são constantes, para atingir os harmônicos é


necessário variar o comprimento do tubo. Um diapasão com frequência f0 vibra em frente da
extremidade aberta do tubo da Figura 2 e envia ondas sonoras de velocidade v com o
comprimento de onda 𝜆0 = 𝑣⁄𝑓0. Essas ondas são refletidas no fundo do tubo. Quando o
comprimento do tubo for tal que se cumpre uma condição de onda estacionária (Figura 2)
ocorrerá a ressonância e se pode perceber o reforço da energia da onda sonora pelo volume do
som detectado pelo ouvido. Se Δ𝐿 for a correção terminal do tubo, o tubo ressonará quando seu
comprimento for Ln (para n= 1,3, 5, 7 ...) dado por

1
𝐿𝑛 + Δ𝐿 = 𝑛 𝜆0 (𝑛 = 1, 3, 5, 7 … ) (11)
4

O comprimento de onda então pode ser obtido pela determinação da distância entre dois
comprimentos de onda de ressonância consecutivos

1
𝐿𝑛+2 − 𝐿𝑛 = 𝜆0 (𝑛 = 1,3,5,7, … ) (12)
2

Assim, a velocidade do som será

𝑣 = 𝜆0𝑓0 = 2(𝐿𝑛+2 − 𝐿𝑛)𝑓0 (𝑛 = 1,3,5,7, … ) (13)

4
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3. MATERIAL UTILIZADO

Tubo para ressonância do som (similar ao tubo de Kundt), diapasão de f0=440 Hz, trena,
termômetro (0-100oC).

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

1) Coloque o diapasão para vibrar na extremidade aberta do tubo e determine os


comprimentos da coluna de ar 𝐿1, 𝐿3, 𝐿5 e 𝐿7, onde ocorrem, respectivamente, o primeiro, o
terceiro, o quinto e o sétimo harmônicos, através do ajuste do êmbolo do tubo. Faça cinco
medidas do comprimento, para cada um dos harmônicos e calcule o valor médio e o erro
padrão total (𝜎𝑡) destas medidas. Utilize a Tabela 1 para anotar os dados experimentais. Inclua
nesta tabela o valor da frequência do diapasão (𝑓0) e o respectivo erro instrumental (considere
1 Hz).

2) Faça várias medidas de temperatura (pelo menos 05) durante a prática. Calcule o valor médio
𝑇̅ e o erro padrão total (𝜎𝑡) destas medidas. Anote os valores na Tabela 2.

5. RESULTADOS

1) Apresente os valores de 𝐿1, 𝐿3, 𝐿5 e 𝐿7 e os respectivos valores médios e desvios padrões


totais. Anote também o valor da frequência (𝑓) usada e o respectivo erro instrumental.

Tabela 1: Medidas de comprimento

𝑛 𝐿𝑛 𝐿 (𝑚) 𝐿̅(𝑚 )𝜎𝑡𝐿(𝑚)

1 𝐿1

3 𝐿3

5 𝐿5

7 𝐿7

𝑓= ± (𝐻𝑧)

2) Apresente os valores coletados da temperatura e os respectivos valores médios e desvios


padrões totais, em ℃ 𝑒 𝐾.
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Tabela 2: Medidas de temperatura.

𝑇 (℃) 𝑇̅(℃) 𝜎𝑡𝑇(℃)

𝑇̅(𝐾 ) ± 𝜎𝑡𝑇(𝐾) =

3) (a) Determine o comprimento de onda 𝜆0 através do gráfico de 𝐿𝑛 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑛, utilizando os


dados da Tabela 1. Faça o gráfico através do SciDAVis. Forneça no gráfico a equação da curva e
o respectivo coeficiente de correlação. (b) Determine a velocidade da onda 𝑣, utilizando a
relação 𝑣 = ⅄0 𝑓0. Obs.: Caso a barra de erros para 𝐿𝑛 tenha sido utilizada no gráfico,
determine o erro propagado para ⅄0 e 𝑣 (c) Determine a correção terminal através do
coeficiente linear da reta. Apresente o erro para esta medida.

4) (a) Determine o comprimento de onda da onda estacionária que se estabelece no tubo,

através de L3 – L1, L5 – L3 e de L7 – L5. Determine o valor médio do comprimento de onda, 𝜆̅, e o


seu erro propagado. (b) Determine a velocidade da onda 𝑉, com o respectivo erro propagado,
utilizando a relação 𝑉 = 𝜆𝑓. (c) Determine o valor da correção terminal e seu respectivo erro,
para cada um dos comprimentos 𝐿1, 𝐿3, 𝐿5 e 𝐿7. Determine o valor médio da correção terminal
e o erro correspondente.

6
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𝛾𝑅𝑇̅
5) Determine a velocidade da onda 𝑣′, através da relação 𝑣′ = √ , com o respectivo erro
𝑀

propagado.

6) (a) Qual dos dois resultados de velocidade calculados acima é considerado mais preciso? Por
quê? (b) Determine o desvio percentual entre os valores médios de 𝑣 e 𝑣′.

6. DISCUSSÕES

7. CONCLUSÃO

Para responder este item, solicita-se ao aluno levar em conta as seguintes perguntas:
Os objetivos foram atingidos? Caso não tenham sido atingidos na totalidade, quais
foram as dificuldades? Como foram os resultados obtidos? Qual o desvio percentual
destes resultados, com relação aos valores esperados (caso tenhamos estes valores).
Quais as principais fontes de erro nestas determinações?

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BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física


experimental. Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

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EXPERIMENTO 8: EQUIVALENTE ELÉTRICO DO CALOR

Nome do (a) aluno (a):

Turma: Professor (a):

1. OBJETIVOS

1.1 OBJETIVO GERAL

Realizar um experimento para verificar o equivalente elétrico do calor

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar o comportamento da inércia térmica;

Verificar a transformação de energia elétrica em calor;

Determinar a similaridade entre a energia elétrica dissipada pelo resistor e o calor


absorvido pela água e o calorímetro (equivalente elétrico do calor).

2. INTRODUÇÃO TEÓRICA

Na tentativa de desmistificar a teoria do calórico que defendia que o calor estaria


aprisionado no interior dos materiais, conde de Rumford apresentou um trabalho intitulado:
Pesquisa sobre a fonte de calor provocado pelo atrito à Royal Society de Londres em 1978.
Seu trabalho era fruto das pesquisas envolvendo a construção de canhões. Após Rumford,
surgiu James Prescott Joule oferecendo continuidade a defesa das idéias de Rumford e
formando evidências ao que hoje em dia é denominado de teoria cinética molecular para
especificar a origem do calor. Para isso, Joule montou diversos experimentos com alto grau de
precisão. O objetivo era o de mostrar a equivalência entre o calor e outras formas de energia,
como por exemplo, energia mecânica e a energia elétrica.

A 9ª Conferência Geral de Pesos e Medidas, em 1948, eliminou a caloria do Sistema


Internacional de unidades, e, hoje, o calor ou a energia térmica também deve ser medida em
joules, de modo que, a princípio, não haveria muito sentido a realização de experimentos para
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determinar a relação entre a caloria e o joule. Porém, o conceito de equivalente mecânico ou


elétrico tem, porém, grande importância histórica e talvez ainda valha a pena executar um
experimento para constatá-lo.

3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

3.1 – MATERIAL UTILIZADO

1 Fonte de alimentação com indicadores de tensão e corrente. Preferencialmente que a


fonte a ser utilizada seja do tipo chaveada.

1 calorímetro de capacidade térmica em torno de 20 cal/oC.

1 termômetro digital.

1 cronômetro

2 cabos de ligação.

1 proveta.

2 Multímetros

3.2 MONTAGEM

Figura 1: Montagem usando medidores da fonte

Fonte: Manual do equipamento Azeheb


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3.3 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E DADOS INICIAIS

1. Coloque 150 g (aproximadamente) de água no calorímetro. Cuidado para garantir que o


resistor esteja coberto pela água antes de ligá-lo à rede elétrica;

Massa de água= +/- g

2. Tampe o calorímetro e introduza o termômetro digital em seu interior. Cuidado para não
tocar o resistor nas paredes do calorímetro para não o danificar.

3. Aguarde o equilíbrio térmico e anote a temperatura inicial θi e também o erro


instrumental.

θi = +/-

4. Prepare o cronômetro manual para medida do tempo. As medições serão realizadas a cada
10 segundos. Sugere-se que um experimentador fique responsável em monitorar o
cronômetro e outro o termômetro para realizar as medidas durante o mesmo intervalo de
tempo.

5. Conecte o resistor que deve estar dentro do calorímetro à fonte de alimentação de


maneira a permitir a medição da tensão aplicada e da corrente que circulará no resistor
(fio preto no conector preto e fio vermelho no conector vermelho).

6. Garanta que a fonte esteja zerada em relação a tensão e corrente antes de ligar. Ajuste a
fonte de alimentação com os seguintes procedimentos:

1. Ligue a fonte de alimentação


2. Ajuste a tensão elétrica para aproximadamente 15,0 V e mantenha este valor ao
longo de todo o experimento.
3. Ajuste a corrente para aproximadamente 3,00 A e mantenha este valor ao longo
de todo o experimento.
4. Ligue a fonte de alimentação e simultaneamente acione o cronômetro.
5. Anote os resultados experimentais de temperatura (θ), tensão elétrica (V),
corrente (i) com os respectivos erros e calcule a potência (P = Ui) e o erro
propagado para os valores de tempo sugeridos na Tabela 1.

Tabela 1: Medidas

t (s) σt (s) θ (0C)σθ (0C)U (V) σU (V) i (A) σi (A) P(W) σP (W)

0,00
10,00
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20,00

30,00

40,00

50,00

60,00

70,00

80,00

90,00

100,00

110,00

120,00

130,00

140,00

150,00

160,00

170,00

180,00

190,00

200,00

210,00

220,00

230,00

240,00

250,00

260,00

270,00

280,00

290,00
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300,00

310,00

320,00

330,00

340,00

350,00

360,00

370,00

380,00

390,00

400,00

410,00

420,00

430,00

440,00

450,00

460,00

470,00

480,00

490,00

500,00

510,00

520,00

530,00

540,00

550,00

560,00

570,00
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580,00
590,00
600,00

7. No instante t=360 s abra o circuito desconectando um dos cabos da fonte. Dessa maneira
a fonte deixa de fornecer energia ao sistema. Meça o intervalo de tempo até a temperatura
estabilizar.

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

1. Com os dados da Tabela 1 confeccionar o gráfico “temperatura x tempo” no


SciDavis.

2. Confeccionar também o gráfico “Potência x tempo”.

3. Calcular o valor da área A sob a curva, Potência x tempo, usando o SciDavis. Qual é o
seu significado físico?

4. Calcular o valor da quantidade de calor consumida pelo sistema (responsável pela


elevação da temperatura). Para a capacidade térmica do calorímetro utilize o valor de 20
cal/oC. Para temperatura final é razoável considerar o valor intermediário no patamar de
temperatura do gráfico do item 1.

𝑄 = 𝑄Calorímetro + 𝑄Ŕgua

5. Calcular o equivalente elétrico do calor.

6. Calcular o desvio percentual do equivalente elétrico do calor (valor


experimental), com o valor tabelado (1 cal= 4,186 J).
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5. BIBLIOGRAFIA

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de física: gravitação, ondas e


termodinâmica. 10. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2016. v.2. E-book.

JURAITIS, K. R.; DOMICIANO, J. B. Introdução ao laboratório de física


experimental. Londrina: EDUEL, 2009.

PIACENTINI, J.J.; GRANDI, B. C. S.; HOFMANN, M. P.; DE LIMA, F. R. R.;


ZIMMERMANN, E. Introdução ao laboratório de física. 3. ed. Florianópolis: Editora da
UFSC, 2008.

SEARS, F. W.; ZEMANSKY, M. W; YOUNG, H. D.; FREEDMAN, R. A.; Física II:


termodinâmica e ondas. 12.ed. São Paulo: PEARSON ADDISON-WESLEY, 2008-2009. v. 3.

SERWAY, R. A.; JEWETT, J. W. JR. Princípios de física: oscilações, ondas e termodinâmica.


5. ed. São Paulo: CENGAGE LEARNING, 2014. v.2. E-book.

TIPLER P. A.; MOSCA, G. Física para cientistas e engenheiros: mecânica, oscilações e


ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v. 1. E-book.

VUOLO, J. H. Fundamentos da teoria de erros. 2.ed. São Paulo: BLUCHER, 1996.

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