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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA

DEPARTAMENTO DE FÍSICA
ENGENHARIA CIVIL

IURI DE ARAÚJO CAVALCANTE


CLERISTON DE MATOS NERY FILHO
LUCAS RAMON BACELAR
JONATHAS DA SILVA LOPES
JOÃO GABRIEL DA SILVA SOUZA

RELATÓRIO
MEDIDA DENSIDADE DE OBJETO

Feira de Santana/BA
2021
1. RESUMO.
Neste relatório foi apresentado o que é necessário para encontrar a
densidade de um objeto, nesse caso, uma caixa de fósforos (cheia) e
determiná-la. Para auxiliar a realização desses cálculos foram utilizadas as
regras da teoria de erros.
2. INTRODUÇÃO.
As determinações experimentais envolvem medidas e como as medidas
estão sempre sujeitas a alguma incerteza, é preciso fazer-se alguma
estimativa dessas incertezas antes que os resultados possam ser
interpretados ou usá-los. Assim, quando medimos uma grandeza um certo
número de vezes, os valores obtidos provavelmente não serão idênticos
devido aos erros experimentais.
Erros sistemáticos são aqueles decorrentes de causas constantes e se
caracterizam por ocorrerem sempre com os mesmos valores e sinal. Também
chamados de erros aleatórios ou estatísticos, eles resultam do somatório de
pequenos erros independentes e incontroláveis afetando o observador, o
instrumento de medida, o objeto a ser medido e as condições ambientais.
A densidade é a razão da massa pelo volume de um corpo. Trata-se de
uma propriedade física que permite a identificação de uma substância ou
material.
Tanto a massa como o volume são duas grandezas extensivas. Isto
significa que seu valor depende do tamanho do corpo. Por exemplo, um litro de
água irá ter a massa e o volume bem menores que toda a água de uma piscina
olímpica. Contudo, a razão entre estas duas propriedades extensivas, massa e
volume, resulta em uma propriedade intensiva, ou seja, que independe do
tamanho da amostra. Considerando o mesmo exemplo da água, tanto a
presente em um litro como a da piscina, nas mesmas condições de
temperatura, terão densidades equivalentes. A unidade da densidade é
composta por uma unidade de massa dividida por uma de volume. De acordo
com o Sistema Internacional (SI), a densidade é expressa em kg/m³.

3. REFERENCIAL TEORICO.
 Incerteza em medidas indiretas: propagação de erros

Quando uma grandeza z , determinada indiretamente, é uma função de


várias grandezas medidas, com suas respectivas incertezas, de maneira direta
( x ± ∆ x , y ± ∆ y , ⋯ ) , sua incerteza ∆ z será determinada a partir das incertezas das
grandezas medidas. Por exemplo, o volume V de um cubo de aresta a , cuja
medida direta forneceu a=( 10 ±1 ) cm , terá como valor mais provável
3 3
V = (10 cm ) =1000 c m . Entretanto, como a tem dispersão, teremos variações
prováveis no valor de V entre V −¿=(9 cm ) =729c m ¿ e V +¿=(11cm ) =1331cm ³ ¿. Arredondando
3 3 3

para uma faixa simétrica, resulta em V = (1000 ± 300 ) c m3, ou seja, a incerteza de
a “se propagou” para V .

Existe uma forma sistemática de calcular a propagação das incertezas


para qualquer operação matemática elementar ou função. Supondo que a
grandeza física, medida indiretamente, está determinada por uma função
z=f (x , y , …), das várias grandezas medidas diretamente com suas respectivas
incertezas (x ± ∆ x , y ± ∆ y , …), a incerteza ∆ z propagada pode ser calculada
utilizando ferramentas do cálculo diferencial, conforme mostrado a seguir:

∆ z= |∂∂ fx|∆ x+|∂∂ fy |∆ y +…


Aplicando a equação para funções simples, obtêm-se os resultados de
z ± ∆ z para várias funções elementares mostradas na tabela abaixo.
Funções mais complexas podem ser decompostas com ajuda dessas
fórmulas básicas e da equação acima.

z=f (x , y ) ∆z

Soma z=x + y ∆ x +∆ y

Subtração z=x− y ∆ x +∆ y

Produto z=xy x ∆ y+ y ∆ x

Produto por uma z=ax a∆x


constante

Potência z=x
n
nx
n−1
∆x

Divisão x x∆ y+ y ∆ x
z=
y y
2

Cosseno z=cos (x) sen ( x ) ∆ x


Seno z=sen(x ) cos ( x ) ∆ x

Logaritmo de base c z=log c ( x) log c ¿ ¿

Exponencial z=c x c x ln( c)∆ x

Voltando para o exemplo do volume do cubo, se consideramos a


fórmula de propagação para a potência cúbica, com x=10 cm e ∆ x=1 cm ,
conferimos que ∆ V =3 ( 10 cm )2 ( 1 cm ) =300 cm ³ é exatamente a estimativa
realizada para a incerteza de V .

Nos cálculos de propagação de erros, constantes físicas bem


conhecidas, como g, por exemplo, ou números irracionais, como π ou e ,
são considerados sem erro. Nesse caso, o número de algarismos
significativos utilizados deve ser suficiente para que o efeito do truncamento
seja desprezível diante das incertezas experimentais.

 Densidade

Em física, define-se a densidade de um corpo (ou objeto) como sendo a


razão entre sua massa e seu volume. Por exemplo, para saber a densidade de
um tijolo, basta saber a sua massa total e seu volume total. Matematicamente,
temos:
m
d=
V
Na equação acima temos:
d – Representa a densidade
m – Representa a massa do corpo (ou objeto)
V – Representa o volume

4. OBJETIVO.
Determinar a densidade de um objeto usando as relações de
propagação de incertezas presentes na apostila de teoria de erros da USP
postado no google classroom na página 28. Iremos associar a toda medida
um grau de incerteza usando as regras da teoria de erros e as de algarismos
significativos no tratamento de dados.
5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL.

A partir da caixa de fósforo, identificamos as três dimensões da caixa


(espessura, largura e comprimento), e as denominamos L(1) , L(2), L(3) ,
respectivamente.
Com as medidas em mãos, organizamos em uma tabela contendo: os
valores das grandezas, as incertezas e as unidades de medida. A partir dos
valores L e ∆ Ldas dimensões da caixa, obtidas pela tabela, foi calculado o
volume total de cada uma das dimensões e comparado com o volume total
obtido pelo valor médio, e o erro percentual E% entre V e o volume médio. E
também foi calculado o valor da massa da caixa de fósforo e o seu desvio
padrão.

6. RESULTADO E DISCUSSÃO.

Volume
Li(1)(cm)
Tabela - Medidas Lᵢ¹
Medidas(i) Lᵢ⁽¹⁾ ∆Lᵢ⁽¹⁾ (∆Lᵢ⁽¹⁾)²
1 1,7 0,1 0,01
2 1,5 -0,1 0,01
3 1,6 0,0 0,00
4 1,5 -0,1 0,01
5 1,7 0,1 0,01
soma 8 0 0,04
media 1,6

8,5
Valor medio = L(1) = =1 ,6 cm
5

Dp da medida = σ =
√ ∑ ( ΔT )2 =
n−1 √ 0,04
4
=0,1cm

0,1
Dp da média = σ m= =0 , 0 447 cm
√5
Erro aleatório = ± σ m =± 0 ,1

1
Erro escalar = =0,5 cm
2

∆ M =0,5+0,1=0,6
(1)
L =( 1,6 ±0,6 ) cm

 Li(2)(cm)
Tabela - Medidas Lᵢ²
Medidas(i) Lᵢ⁽²⁾ ∆Lᵢ⁽²⁾ (∆Lᵢ⁽²⁾)²
1 3,5 -0,06 0,0036
2 3,6 0,04 0,0016
3 3,5 -0,06 0,0036
4 3,6 0,04 0,0016
5 3,6 0,04 0,0016
soma 17,8 0 0,012
media 3,56

17,8
Valor medio = L(2) = =3 ,7
5

Dp da medida = σ =
√ ∑ ( ΔT )2 =
n−1 √ 0,12
4
=0 , 0 547

0,0547
Dp da medida = σ m= =0 , 0 244 cm
√5
Erro aleatório = ± σ m =± 0,1

1
Erro escalar = =0,5 cm
2

∆ M =0,5+0,1=0,6
(2)
L =( 3 ,7 ± 0,6 ) cm

 Li(3)(cm)
Tabela - Medidas Lᵢ³
(3)
Medidas(i) Lᵢ ∆Lᵢ(3) (∆Lᵢ(3))²
1 4,9 0,0 0,0
2 5 0,1 0,01
3 4,8 -0,1 0,01
4 4,9 0,0 0,0
5 4,9 0,0 0,0
soma 24,5 0 0,02
media 4,9

24,5
Valor medio = L(3) = =4 , 9
5

Dp da medida = σ =
√ ∑ ( ΔT )2 =
n−1 √ 0,02
4
=0,0707

0,0707
Dp da medida =σ m= =0 , 0 316 cm
√5
Erro aleatório = ± σ m =± 0,1

1
Erro escalar = =0,5 cm
2

∆ M =0,5+0,1=0,6
(3)
L =( 4,9 ± 0,6 ) cm

 Volume a partir de ( L ± ∆L) cm


Vtotal = V ± ∆V

V =1, 6∗3 , 6∗4 , 9

V =28,22

V =28

∆ V =3,6∗4,9∗0,6+1,6∗4,9∗0,6+1,6∗3,6∗0,6

∆ V =10,58+4,70+ 3,45

∆ V =18,73

∆ V =1 8
Vtotal = ¿)cm

 Volume
V =1, 7∗3 ,5∗4 , 9
V =29,15
V =29

E %=|V −V
V |
∗100=|
29 |
2 8−29
∗100

E %=| |∗100
−1
29
E %=0,03∗100
E %=3

 Massa

Tabela - Medidas mᵢ
Medidas(i) mᵢ ∆mᵢ (∆mᵢ)²
1 6,90 -0,08 0,0064
2 7,00 0,02 0,0004
3 7,10 0,12 0,0144
4 7,00 0,02 0,0004
5 6,90 -0,08 0,0064
soma 34,9 0 0,028
media 6,98

σ=
√ 0,028
5−1
=0,0836 g

0,0836
σ m= =0,0374 g
√5
Ea =± 0,03 74 g

E=∆ m=( 0,0 4+0,01 ) g

m=( 6,98 ± 0,05 ) g

 Cálculo da densidade
m
d=
V
6,98 g
d=
28,22 cm ³
g
d=0,2473 3
cm

g
d=0,25 3
cm

m∆ V +V ∆ m
∆ d=

6,98∗18,73+28,22∗0,05
∆ d=
(28,22)²
g
∆ d=0,1659 3
cm
g
∆ d=0,1 6
c m3

7. CONCLUSÃO.
Durante a produção do relatório nos obtivemos e fizemos o tratamento
dos dados, após isso foi possível chegar ao resultado da densidade no valor de
0,25g/cm3, para chegar nesse valor usamos as fórmulas fornecidas pelo
professor e pesquisas feitas na internet, as quais podem ser encontradas ao
longo do relatório e nas referências. Só foi possível chegar ao resultado da
densidade usando os cálculos de volume e seus respectivos erros.

8. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.

http://www.ufjf.br/fisica/files/2010/03/01_Pratica1.pdf

https://www.iq.unesp.br/Home/Departamentos/FisicoQuimica/

laboratoriodefisica/insinsinstru-de-medidas-e-propagacao-de-erros_lf_ebb.pdf
http://macbeth.if.usp.br/~gusev/ApostilaErros.pdf

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