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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

ALEXANDRE DA SILVA SOUZA

RESUMO DA DISCIPLINA: FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL COMPLEXA

4° CRÉDITO

ILHÉUS – BAHIA

2021
O corpo ℂ (Aula 01_17/08)

Definição. Um número complexo z é um par ordenado de números reais z = (x,y)


satisfazendo as seguintes regras de manipulação para a soma e o produto:

(1) z1 + z2 = (x1,y1) + (x2,y2) = (x1 + x2, y1 + y2).

(2) z1z2 = (x1,y1)(x2,y2) = (x1x2 - y1y2, x1y2 + y1x2).

(3) Comutatividade: z1 + z2 = z2 + z1 e z1z2 = z2z1.

(4) Asociatividade: (z1 + z2) + z3 = z1 + (z2 + z3) e (z1z2)z3 = z1(z2z3).

(5) (0,0) é elementro neutro aditivo: z + (0,0) = z para todo z complexo.

(6) (1,0) é identidade multiplicativa: z(1,0) = z para todo z complexo.

(7) Todo z = (x,y) tem um simétrico aditivo, o númeo -z = (-x, -y), ou seja, (x,y) + (-x,-y) =
(0,0).

𝑥 −𝑦
(8) Todo z = (x,y) ≠ (0,0) tem um inverso multiplicativo, o número ( 2 2 , 2 2 ), ou seja,
𝑥 +𝑦 𝑥 +𝑦

𝑥 −𝑦
(x,y) ( 2 2 , 2 2 ) = (1,0).
𝑥 +𝑦 𝑥 +𝑦

(9) Distribuitividade do produto em relação à soma: z1(z2 + z3) = z1z2 + z1z3.

Todas essas propriedades decorrem de (1), (2) e do fato de que elas são válidas para a
soma e o produto de números reais. Um conjunto munido de uma soma e de um produto
para os quais valem (3) a (9) é chamado corpo. Concluímos que os números complexos
formam um corpo, que é representado pelo símbolo ℂ.
O número complexo (x,0) é identificado com o número real x (observe que, como (x1,
0) + (x2, 0) = (x1 + x2, 0) e (x1, 0)(x2, 0) = (x1x2, 0), essa identificação é perfeitamente
lícita). Dessa maneira o corpo ℝ dos números reais é visto como um subconjunto ℂ.

Representação cartesiana e representação polar (Aula 02_24/08)

Convém notar que as definições dadas no parágrafo anterior para a soma e o produto de
números complexos são formais, isto é, independem do sentido matemático que
possamos atribuir ao número.

No entanto elas têm como consequência o fato extremamente importante de que


podemos identificar o conjunto dos números complexos com o plano R2 = {(x,y) / x,y ∈
R}, por meio do isomorfismo R-linear R2 → ℂ definido por (x,y) = x + iy.

Dado o número complexo z = (x,y) = x + iy chamamos ao número real x de parte real de


z e ao número real y de parte imaginária de z e escrevemos

x = Re(z) , y = Im(z).

Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Re(z) e Im(z) são as coordenadas do ponto z no plano R2, ao qual chamaremos de plano
complexo ℂ sempre que considerarmos seus pontos como números complexos.
Definição. Dado um número complexo z = x + iy, definimos o conjugado de z por

𝑧 = x – iy

Definição. O módulo de um número complexo z = x + iy é definido como a distância de


z = (x, y) à origem (0, 0) do plano complexo, isto é,

2 2
|z| : = 𝑥 +𝑦

As coordenadas cartesianas e polares estão relacionadas por:

Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Logo o número complexo z = x + iy pode ser reescrito da seguinte forma:

z = r cos θ + ir sen θ

2 2
Onde r = 𝑥 +𝑦 .

Explorando a representação polar do corpo complexo, podemos chegar em uma


importante identidade, a Fórmula de De Moivre: (Aula 04_31/08)

𝑛 𝑛 𝑛 𝑛
𝑧 = 𝑟 [cos 𝑐𝑜𝑠 (𝑛θ) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝑛θ)] = 𝑟 (𝑐𝑜𝑠θ + 𝑖𝑠𝑒𝑛θ) , n ∈𝑁

Exemplo 1. Encontre uma representação polar para 𝑧 = 1 + 𝑖.


Temos 𝑟 = |𝑧| = 2. Como z se encontra no primeiro quadrante temos que a
1 π
solução para tg θ = 1
=1éθ= 4
. Assim, uma forma polar de z é

π π
1 + 𝑖 = 2(𝑐𝑜𝑠 4
+ 𝑖 𝑠𝑒𝑛 4
).

Desigualdades (Aula 02_24/08) e (Aula 03_26/08)

Geometricamente a desigualdade triangular corresponde ao fato de que o comprimento


de um dos lados de um triângulo é no máximo igual à soma dos comprimentos dos
outros dois lados.

Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Desigualdade triangular generalizada:

| 𝑛 | 𝑛
| ∑ 𝑧|≤ ∑ 𝑧 ,
| |
|𝑗 =1 𝑗| 𝑗=1 𝑗
| | ∀𝑧1…, 𝑧𝑛∈ 𝐶

Outra desigualdade útil:

||𝑧| + |𝑤|| ≤ |𝑧| + |𝑤|

Desigualdade de Cauchy-Schwarz:
|𝑛 | 𝑛
2
𝑛
2
|∑ 𝑧𝑤|≤
| |
|𝑗=1 𝑗 𝑗|
∑ 𝑧𝑗
𝑗=1
| | 𝑗=1
|
∑ 𝑤𝑗 ,| ∀𝑧1, …, 𝑧𝑛, 𝑤1, …𝑤𝑛∈ 𝐶

Exemplo 2. Considere 𝑤 = 1 + 2𝑖 𝑒 𝑧 = 3 − 𝑖. Com isso, temos:

𝑤 + 𝑧 = 4 + 𝑖 ⇒ |𝑤 + 𝑧| = 1 + 16 = 17.
Por outro lado,

|𝑤| = 1 +4 = 5, |𝑧| = 9+1 = 10.


Portanto,

|𝑤 + 𝑧| = 17 < 5+ 10 = |𝑤| + |𝑧|.

Topologia do plano complexo. (Aula 05_02/09)

Definição. O disco de centro z0 ∈ 𝐶 e raio r é o definido como sendo o conjunto

( ) |
𝐷𝑟 𝑧0 = { 𝑧 ∈𝐶 ; 𝑧 − 𝑧𝑜 < 𝑟 } |

Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Definição. O disco fechado de centro z0 ∈ 𝐶 e o raio r é dado por

( ) |
𝐷𝑟 𝑧0 = { 𝑧 ∈𝐶 ; 𝑧 − 𝑧𝑜 < 𝑟 } |
Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Definição. O círculo de cetnro z0 ∈ 𝐶 e raio r é dado por

( ) |
𝐶𝑟 𝑧0 = { 𝑧 ∈𝐶 ; 𝑧 − 𝑧𝑜 < 𝑟 } |

Fonte: Próprio autor com auxílio do Geogebra.

Definição. Se 𝐴 ⊆ 𝐶, então o interior de A é o conjunto:

{ ( ) }
int(A) = 𝑧∈𝐶: ∃ 𝑟 > 0 / 𝐷𝑟 𝑧0 ⊂ 𝐴

Definição. Um conjunto 𝐴 ⊆ 𝐶 é aberto se A = int(A).


OBS. int(A) ≤ A,∀ 𝐴 ⊆ 𝐶.

Exemplo 3. A = Cr(z0) ⇒ int(Cr(z0)) = ∅

Utiliza-se o mesmo argumento do exemplo anterior. Vale lembrar que o circulo é só a


casca.

Demonstração. Suponha por absurdo que existe w ∈ int(Cr(z0)). Assim, deve existir r >
0 tal que Dr(z0) ⊂ Cr(z0). (Contradição!!!). Porque o disco contém todos os pontos que
distam z0 a uma distância menor do que r e o círculo não contém, logo o disco não está
contido no círculo. E portanto int(Cr(z0)) = ∅.

Exemplo 4. Todo disco Dr(z0) é um conjunto aberto.

Exemplo 5. C é um conjunto aberto.

Limite de funções complexas (Aula 06_09/09)

No que segue U, denota um subconjunto aberto de 𝐶 e f: U → 𝐶 uma função na variável


Z. é comum vermos como uma função que depende de duas funções de variáveis reais:

f: U → 𝐶 f(z) = u(x,y) + iv(x,y)

z → w = f(z) Onde z = (x,y) = x + iy

Definição. Seja z0 ∈𝑈'. Dizemos que o w0 ∈ 𝐶 é o limite de f quando f tende a z0 se, para ε
> 0, existir δ> 0 tq.

z ∈𝑈 0 < |z-z0| < δ → |f(z) – w0| < ε

Notação: 𝑓(𝑧) = 𝑤0

OBS. O limite de uma função quando existe é único.

Definição. Sejam z0 ∈𝑈' e f: U → 𝐶. Dizemos que f é contínua em z0 se ocorrer:

𝑓(𝑧) = 𝑓(𝑧0)

OBS. Se f é contínua em todos os pontos de U’, então dizemos que f é contínua.

Exemplo 6. Se f(z) = 𝑧 então


𝑓(𝑧) = 𝑧0

De fato, seja ε > 0. Como

|f(z) − f(z0)| = |z – z0| = |z – z0| = |z – z0|,

considerando δ = ε, temos que

∀z ∈ 𝐶, 0 < |z – z0| < δ ⇒ |f(z) − f(z0)| < ε

1 *
Exemplo 7. A função 𝑓(𝑧) = 𝑧
é contínua em 𝐶

Derivação no plano complexo (Aula 07_14/09) e (Aula 08_16/09)

Lembre-se que, se f é uma função real, então a derivada de f no ponto x0 ∈ ℝ é definida


pelo limite do quociente de Newton:

𝑓(𝑥)−𝑓(𝑥0)
𝑓'(𝑥0) 𝑥−𝑥0

, desde que este limite exista.

Definição. Sejam z0 ∈𝑈' e f: U → 𝐶. Dizemos que f é derivável em z0 se existir o limite

𝑓(𝑧)−𝑓(𝑧0)
𝑧−𝑧0

Neste caso, escrevemos f’(z0) para expressar tal limite e o chamamos de derivada de f
no ponto z0.

Proposição (3.2). Se f é derivável em z0, então f é contínua em z0.

OBS. Note que a recíproca da proposição anterior não é verdadeira (em geral). De fato,
as funções f(z) = 𝑧 e g(z) = |z| são contínuas, mas não são deriváveis.

Proposição (3.3). Sejam f, g: U → 𝐶 funções deriváveis em z0 ∈𝑈'. Então:

i) (c.f)’(z0) = c.f’(z0), ∀ 𝑐∈𝐶.


ii) (f + g)’(z0) = f’(z0) + g’(z0).
iii) (f.g)’(z0) = f(z0).g’(z0) + g(z0).f’(z0).
1 𝑓'(𝑧0)
iv) ( 𝑓 )' (z0) = - 2 , 𝑥 𝑓(𝑧0)≠0
𝑓(𝑧0)

Exemplo 8. A função g: 𝐶 → 𝐶 dada por g(z) = 𝑧 não tem derivada em ponto algum de
𝐶.

Equações de Cauchy – Riemann (Aula 09_21/09)

Teorema (Condições de Cauchy – Riemann): Se a função f(z) = u (x, y) + i v (x, y) é


derivável no ponto z0 = (x0 + y0), então

∂𝑢
(
{ ∂𝑥 𝑥0, 𝑦0 = ) ∂𝑣
∂𝑦 (𝑥0, 𝑦0) ∂𝑣
∂𝑥 (𝑥0, 𝑦0) = −
∂𝑢
∂𝑦 (𝑥0, 𝑦0)

Funções Holomorfas (Aula 10 _ 28/09)

Definição. Seja f: U → 𝐶 uma função. Dizemos que f é holomorfa em U se f’(z) existe,


‘’∀ 𝑧∈𝑈.

Teorema (Lvomann – Menchef): Se f é contínua e as derivadas parciais de u e v


satisfazem as condições de C.-R em dados os pontos de U, então f é holomorfa em U.

Definição. Uma função f definida em todo 𝐶 é inteira se ela é holomorfa em 𝐶.

Definição. Um ponto singular de f (ou singularidade de f) é um ponto z0 ∈ 𝐶 tq. existe


( )
um disco 𝐷𝑟 𝑧0 tq. f é uma holomorfa exceto no ponto z0.

Exemplo 9. Funções constantes e polinômios são exemplos de funções inteiras.

Exemplo 10. A função ℎ(𝑧) = 𝑧 não possui pontos singulares, pois ela não é derivável
em ponto algum.

Séries de Potências (Aula 10_28/09) e (Aula 11_30/09)

→ Sequências e Séries de números complexos.


Definição. Uma sequência de números complexos é uma função 𝑥: 𝑁→𝐶.

O número complexo x(n) é chamado de n-ésimo termo ou termo geral da


sequência.


Notação. (𝑥𝑛) , (𝑥𝑛) ou (𝑥1, 𝑥2, 𝑥3, … , 𝑥𝑛, …)
𝑛 ∈𝑁 𝑛=1

Definição. Uma sequência (xn) é limitada quando existe k > 0 tq.

|xn| < K, ∀ 𝑛∈𝑁

Exemplo 11. 𝑎𝑛 = 𝑛, 𝑛∈𝑁, é divergente, pois é ilimitada.

𝑛
Exemplo 12. 𝑎𝑛 = (− 1) , 𝑛∈𝑁, é divergente, pois conseguimos extrair subsequências

que se convertem para números distintos.

∞ ∞
Definição. A série ∑ 𝑧𝑛 é chamada de absolutamente convergente quando ∑ |𝑧𝑛| é
𝑛=0 𝑛=0

convergente. (Aula 12_14/10)


𝑛
Proposição 6. Dada uma série ∑ 𝑎𝑛𝑧 , Existe um disco fechado de centro 0 tq. esta
𝑛=0

série converge absolutamente em todos os pontos interiores a esse disco e diverge em


todos os pontos exteriores a esse disco. (Aula 13_19/10)

Definição. O raio R do disco fechado da proposição 6 é chamado de raio de



𝑛
convergência da série ∑ 𝑎𝑛𝑧 . (Aula 13_19/10)
𝑛=0

Exemplo 13. (Aula 14_21/10)

∞ 𝑛
𝑧
𝑓(𝑧) = ∑ 𝑛!
;𝑅 = ∞
𝑛=0
Por uma proposição anterior, já sabemos que f é uma função holomorfa (derivável) pois
é definida por uma série de potências.

Note que:
2 3 𝑛
𝑧 𝑧 𝑧
𝑓(𝑧) = 1 + 𝑧 + 2!
+ 3!
+ …+ 𝑛!
+…

Portanto:
2 𝑛−1
' 2𝑧 3𝑧 𝑛𝑧
𝑓 (𝑧) = 1 + 2!
+ 3!
+…+ 𝑛!
+…

∞ 𝑛−1
𝑛𝑧
∑ 𝑛!
𝑛=1

Definição. Sejam 𝑈 ⊆ 𝐶 um domínio e f: U → 𝐶. Dizemos que f é analítica se, para


todo 𝑧0∈𝑈, f se expressa como uma série de potências de centro 𝑧0 com raio de

convergência R > 0. (Aula 15_26/10)

OBS. A proposição 2.9 nos diz que toda função analítica é holomorfa!(Aula 15_26/10)

1
Exemplo 14. A função 𝑓: 𝐷1(0) → 𝐶 dada por 𝑓(𝑧) = 1−𝑧
é analítica.

De fato, para todo 𝑧∈𝐷1(0), tem – se


𝑛
𝑓(𝑧) = ∑ 𝑧
𝑛=0

A exponencial complexa (Aula 16 _ 28/10)

A exponencial é a função complexa definida pela série inteira:


𝑧 1 𝑛 1 2 1 3
𝑒 = exp 𝑒𝑥𝑝 (𝑧) =   ∑ 𝑛!
𝑧 = 1 + 𝑧 +   2𝑧 + 6
𝑧 +…
𝑛=0
Utilizando-se o critério da razão vê-se que o raio de convergência da série acima é ∞,
logo exp: ℂ → ℂ uma função holomorfa em ℂ. Além disto, a sua derivada pode ser
calculada derivando-se a série termo a termo, e temos

∞ ∞
𝑑 𝑛 𝑛−1 1 𝑛
𝑑𝑧
exp 𝑒𝑥𝑝 (𝑧) =   ∑ 𝑛!
𝑧 =  ∑ 𝑛!
𝑧 = 𝑒𝑥𝑝⁡(𝑧)
𝑛=1 𝑛=0


𝑛
Por outro lado, se S = ∑ 𝑎𝑛𝑧 é uma série de potências tal que S' = S e 𝑎0 = 1, então S
𝑛=0

= exp. Com efeito, a relação S' = S implica que 𝑛𝑎𝑛 = 𝑎𝑛−1, para todo n ≥ 1 logo

1 1 1 1 1
𝑎𝑛 =   𝑛
𝑎𝑛−1 = 𝑛
. 𝑛−1
𝑎𝑛−2 =  …  𝑛!
𝑎0 = 𝑛!
.

Outro fato importante sobre a exponencial, é que ela é um homomorfismo do grupo


aditivo ℂ no grupo multiplicativo ℂ * = ℂ - {0}.

Teorema 13. A exponencial imaginária é uma parametrização regular, periódica de


período 2𝜋, do círculo S¹. Além disto, vale a identidade de Euler:

𝑖𝑡
𝑒 = cos 𝑐𝑜𝑠 𝑡 + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 𝑡,       𝑡∈𝑅

𝑖 0+1.𝑖 0
Exemplo 15.  𝑒 = 𝑒 = 𝑒 (cos 𝑐𝑜𝑠 1 + 𝑖 𝑠𝑒𝑛 1)

π
−1+𝑖 2 −1 π π 𝑖
Exemplo 16.  𝑒 = 𝑒  (cos 𝑐𝑜𝑠 2
+ 𝑖 𝑠𝑒𝑛  2
) = 𝑒

O logaritmo complexo (Aula 17_09/11)

Gostaríamos de definir o logaritmo complexo como sendo a função inversa da


exponencial. No entanto isto não é possível, uma vez que a exponencial é periódica de
*
período 2π, e portanto não é injetora. Apesar disto, existem abertos 𝑈 ⊂ 𝐶 , onde é
possível definir – se uma inversa da exponencial.

OBS. Dado 𝑧∈𝐶, seja 𝑤 ∈ 𝐶 tq.

𝑧 = 𝑒𝑥𝑝⁡(𝑤)
Ora, já vimos que

exp 𝑒𝑥𝑝 (𝑤) = exp 𝑒𝑥𝑝 (𝑤 + 2π𝑖𝑗) , ∀ 𝑗∈𝑅

Logo, temos que

𝑧 = exp 𝑒𝑥𝑝 (𝑤 + 2π𝑖𝑗) , ∀ 𝑗∈𝑅

Definição. Seja 𝑧∈𝐶,  𝑧≠0. O logaritmo complexo de z é denotado por log(z) e definido
por

log 𝑙𝑜𝑔 (𝑧) = ln 𝑙𝑛 |𝑧| + 𝑖 𝑎𝑟𝑔⁡(𝑧)

Exemplo 17.
π
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑧 = 1,  𝑡𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑞𝑢𝑒 |𝑧| = 1 𝑒 𝐴𝑟𝑔(𝑖) =   2
.  𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑙𝑛⁡|𝑖| = ln 𝑙𝑛 1 = 0,   𝑠𝑒𝑔𝑢𝑒 𝑞𝑢𝑒  

π π
𝐿𝑜𝑔 𝑖 = ln 𝑙𝑛 |𝑖| + 𝐴𝑟𝑔(𝑖) = 0 + 𝑖 2
= 2
𝑖
Referências

LINS NETO, A., Funções de uma Variável Complexa. 2.ed. Rio de Janeiro: IMPA,
2008. (Projeto Euclides).

HOYO MARIANA. Função Exponencial Complexa. Youtube, 2020. Disponível em:


https://www.youtube.com/watch?v=CUH7aVNbRrE.

SILVA, Marcos Afonso da. Análise complexa e aplicações. 2018.

COSTA, Tamires Imaculada Santos. Resumo do seminário: A função exponencial.


2020.

SOARES, M. G. Cálculo em uma variável complexa. 5.ed. Rio de Janeiro: IMPA, 2014.
(Coleção Matemática Universitária)

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