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MAT1513 - Laboratório de Matemática - David Pires Dias - 2017

TG7 - Forma Polar e Raı́zes

Forma Polar
Sabemos que qualquer número complexo z = a+bi pode ser considerado
como um ponto (a, b) do plano com

a = ρcosθ b = ρsenθ

e ρ e θ como representados na figura ao lado.


Assim z = a + bi = (ρcosθ) + (ρsenθ)i.
Podemos então escrever qualquer número complexo z na forma
p b
z = ρ(cosθ + isenθ), onde ρ = |z| = a2 + b2 e tgθ = .
a
Tal representação é chamada de forma polar ou trigonométrica do número complexo z.

O ângulo θ é chamado de argumento de z e escrevemos θ = arg(z). Note que arg(z) não é único;
quaisquer dois argumentos de z diferem entre si por um múltiplo inteiro de 2π. Além disso, é preciso
atenção ao caso z = 0.


Exercı́cio 1 Escreva os números a seguir na forma polar: (a) z = 1 + i (b) w = 3−i

A forma polar dos números complexos nos dá uma intuição(sugestão) sobre a multiplicação e a
divisão. Dados z1 = ρ1 (cosθ1 + isenθ1 ) e z2 = ρ2 (cosθ2 + isenθ2 ), então

z1 z2 = ρ1 ρ2 [cos(θ1 + θ2 ) + isen(θ1 + θ2 )] (1)

Esta fórmula nos diz que para multiplicarmos dois números complexos basta multiplicarmos seus
módulos e somarmos seus argumentos.

Exercı́cio 2 Demonstre a relação apresentada na equação (1).

Um argumento similar usando as fórmulas de subtração para seno e cosseno mostra que para dividir
dois números complexos dividimos os módulos e subtraı́mos os argumentos.
z1 ρ1
= [cos(θ1 − θ2 ) + isen(θ1 − θ2 )] , z2 6= 0 (2)
z2 ρ2

Exercı́cio 3 Demonstre a relação apresentada pela equação (2).

Em particular, tomando z1 = 1 e z2 = z = ρ(cos θ + isen θ), temos


1 1
= (cosθ − isenθ) (3)
z ρ

Exercı́cio 4 Demonstre a relação anterior, isto é, a equação (3).



Exercı́cio 5 Ache o produto dos números complexos 1 + i e 3 − i na forma polar.

Dado z = ρ(cosθ + isenθ), temos z 2 = ρ2 (cos2θ + isen2θ) e z 3 = zz 2 = ρ3 (cos3θ + isen3θ). Em


geral obtemos o seguinte resultado, cujo nome é uma homenagem ao matemático francês Abraham De
Moivre (1667-1754).

Theorem 1 (Teorema de De Moivre) Se z = ρ(cosθ + senθ) e n for um inteiro positivo, então

z n = [ρ(cosθ + isenθ)]n = ρn [cos(nθ) + isen(nθ)].

Isso nos diz que para elevar à n-ésima potência um número complexo elevamos à n-ésima potência
o módulo e multiplicamos o argumento por n.

Exercı́cio 6 Prove, por indução, o Teorema de De Moivre.

Exercı́cio 7 Enuncie e demonstre o Teorema anterior para n um inteiro qualquer.

1 1 10
 
1 1
Exercı́cio 8 Sendo z = + i, calcule + i . Represente geometricamente as diferentes
2 2 2 2
potências de z.

Raı́zes complexas

O Teorema de De Moivre também pode ser usado para encontrar as n-ésimas raı́zes de números
complexos. Uma n-ésima raiz de um número complexo z é um número complexo w tal que wn = z.

Escrevendo esses dois números na forma polar, isto é, w = ξ(cosφ + isenφ) e z = ρ(cosθ + isenθ) e
usando o Teorema de De Moivre obtemos

ξ n [cos(nφ) + isen(nφ)] = ρ(cosθ + isenθ).

A igualdade desses dois números complexos mostra que ξ n = ρ, logo ξ = ρ1/n . E além disso,
cos(nφ) = cosθ e sen(nφ) = senθ. Do fato de que seno e cosseno têm perı́odo 2π segue que nφ = θ+2kπ,
θ + 2kπ
ou seja, φ = .
n
    
θ + 2kπ θ + 2kπ
Assim w = ρ1/n cos + isen . Como dessa expressão resultam valores di-
n n
ferentes de w para k = 0, 1, 2, ..., n − 1, temos o seguinte:

Raı́zes de um Número Complexo Seja z = ρ(cosθ + isenθ) e n um inteiro positivo. Então z tem
as n raı́zes distintas dadas por
    
1/n θ + 2kπ θ + 2kπ
wk = ρ cos + isen
n n
com k = 0, 1, 2, ..., n − 1.

Observe que cada uma das n raı́zes de z tem um módulo |wk | = ρ1/n . Assim, todas as n raı́zes
de z estão sobre o cı́rculo de raio ρ1/n , no plano complexo. Também, uma vez que o argumento de
cada uma das n raı́zes excede o argumento da raiz anterior por 2π/n, vemos que as n raı́zes de z são
igualmente espaçadas sobre esse cı́rculo.
Exercı́cio 9 Ache as (seis) raı́zes sextas de −8 (resolva z 6 = −8) e represente-as geometricamente.
Conclua!

Exercı́cio 10 Determine todas as soluções da equação

a) 4x2 + 9 = 0 c) z 2 + z + 2 = 0 e) x2 − 4x + 5 = 0
1 1
b) x2 − 8x + 17 = 0 d) x4 = 1 f ) z2 + z + = 0
2 4

Exercı́cio 11 Escreva o número na forma polar com argumento entre 0 e 2π.



a) −3 + 3i b) 1 − 3i c) 3 + 4i d) 8i

Exercı́cio 12 Determine a forma polar para zw, z/w e 1/z colocando primeiro z e w na forma polar.
√ √ √
a) z = 3 + i, w = 1 + 3i c) z = 2 3 − 2i, w = −1 + i
√ √
b) z = 4 3 − 4i, w = 8i d) z = 4( 3 + i), w = −3 − 3i

Exercı́cio 13 Determine as potências indicadas usando o Teorema de De Moivre.


√ 5 √
a) (1 + i)20 b) (1 − 3i) c) (2 3 + 2i)5 d) (1 − i)8

Exercı́cio 14 Determine as raı́zes indicadas. Esboce as raı́zes no plano complexo.

a) As raı́zes oitavas de 1 c) As raı́zes cúbicas de i

b) As raı́zes quintas de 32 d) As raı́zes cúbicas de 1 + i

Bibliografia: Stewart, J. Cálculo, vol I, São Paulo: Pioneira Thomson Lear ning, 2001.
Juan Villanueva Os Números Complexos 13


(b) Multiplicando pelo conjugado do número 2 − i no numerador e denominador do
número complexo z, temos que:

1+i 2+i
z= √ ·√
2−i 2+i
(√ )
(1 + i) 2 + i
= (√ ) (√ )
2−i 2+i
( √ ) ( √ )
1· 2−1·1 + 1·1+1· 2 i
= (√ )2
2 + 12
√ √
2−1 2+1
= + i.
3 3

(c)

(d)

1.5 Representação polar


Consideremos um número complexo z = x + yi ̸= 0. Seja θ0 o ãngulo formado pelo
eixo real com o vetor correspondente a z no sentido anti-horário. Como

x = |z| cos θ0 e y = |z| sen θ0 ,

temos que
z = |z|(cos θ0 + i sen θ0 ) .

Assim, é sempre possível representar z ̸= 0 na forma

z = ρ(cos θ + i sen θ) , (1.2)

onde ρ > 0 e θ ∈ R. Uma tal representação é chamada uma representação polar


ou representação trigonométrica de z; ρ e θ são designados as coordenadas polares de
z. Se número real θ satisfaz (1.2), diz-se que θ é um argumento de z. Logo, se θ0
é um argumento de z então θ0 + 2kπ, com k ∈ Z, também é um argumento de z.
Em particular, z possui infinitos argumentos. Assim, o conjunto arg z de todos os
argumentos de z é dado por

arg z = {θ0 + 2kπ : k ∈ Z}.

O único argumento de z que pertence ao intervalo [0, 2π) é chamado o argumento


principal de z e é denotado por Arg z. Por exemplo,
π 3π
Arg 1 = 0 , Arg i = , Arg(−1) = π e Arg(−i) = .
2 2
Juan Villanueva Os Números Complexos 14

Seja z ̸= 0 um número complexo. A identidade


[ ]
z = |z| cos(Arg z) + i sen(Arg z)

é chamada a forma polar de z.

Exemplo 1.5.1. . Determine a forma polar dos seguintes números complexos e


represente-os geometricamente.
√ √
(a) z = 2 3 + 2i. (c) z = − 3 + i.

(b) z = −2 + 2i. (d) z = −3 − 3 3i.

Solução.
√( √ )
2
(a) Temos que Arg z = π
6
e |z| = 2 3 + 22 = 4. Logo, a forma polar de z é
( π π)
z = 4 cos + i sen .
6 6
√ √
(b) Temos que Arg z = 3π
4
e |z| = (−2)2 + 22 = 2 2. Logo, a forma polar de z é
( )
√ 3π 3π
z = 2 2 cos + i sen .
4 4
√( √ )2
(c) Temos que Arg z = 5π
6
e |z| = − 3 + 12 = 2. Logo, a forma polar de z é
( )
5π 5π
z = 2 cos + i sen .
6 6
√ ( √ )2
(d) Temos que Arg z = 4π
3
e |z| = (−3)2 + − 3 3 = 6. Logo, a forma polar de
zé ( )
4π 4π
z = 6 cos + i sen .
3 3

1.5.1 Fórmulas do produto e do quociente


Utilizando a representação polar, vamos obter uma fórmula para o produto e o quo-
ciente de dois números complexos. Sejam

z1 = ρ1 (cos θ1 + i sen θ1 ) e z2 = ρ2 (cos θ2 + i sen θ2 )

representações polares de dois números complexos. Então,

z1 · z2 = ρ1 ρ2 (cos θ1 + i sen θ1 )(cos θ2 + i sen θ2 )


[ ]
= ρ1 ρ2 (cos θ1 cos θ2 − sen θ1 sen θ2 ) + i(cos θ1 sen θ2 + sen θ1 cos θ2 )
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donde concluímos que


[ ]
z1 · z2 = ρ1 ρ2 (cos(θ1 + θ2 ) + i sen(θ1 + θ2 ) .

Analogamente ao procedimento anterior, temos:


z1 ρ1 (cos θ1 + i sen θ1 )
=
z2 ρ2 (cos θ2 + i sen θ2 )
ρ1 cos θ1 + i sen θ1 cos θ2 − i sen θ2
= · ·
ρ2 cos θ2 + i sen θ2 cos θ2 − i sen θ2
[ ] [ ]
ρ1 cos θ1 cos θ2 − sen θ1 (− sen θ2 ) + i cos θ1 (− sen θ2 ) + sen θ1 cos θ2
= ·
ρ2 cos2 θ2 + sen2 θ2
ρ1 [ ]
= (cos θ1 cos θ2 + sen θ1 sen θ2 ) + i(sen θ1 cos θ2 − cos θ1 sen θ2 ) .
ρ2
Isto é,
z1 ρ1 [ ]
= (cos(θ1 − θ2 ) + i sen(θ1 − θ2 ) .
z2 ρ2

1.5.2 Fórmula de De Moivre


Sejam n ∈ N e
zj = ρj (cos θj + i sen θj ) , j = 1, . . . , n,

representações polares de n números complexos. Procedendo indutivamente, tem-se


[ ]
z1 · · · zn = ρ1 · · · ρn (cos(θ1 + · · · + θn ) + i sen(θ1 + · · · + θn ) .

Em particular, se z = cos θ + i sen θ, obtemos

z n = (cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ) , n ∈ N. (1.3)

A igualdade (1.3), também é válida para expoentes não-positivos. Isto é,

(cos θ + i sen θ)n = cos(nθ) + i sen(nθ) , n ∈ Z.

Esta igualdade é conhecida como a fórmula de De Moivre.

Exemplo 1.5.2. . Determine a forma polar dos seguintes números complexos.

(a) z = (1 + i)16 .

(b) z = (1 − i)16 (1 + i)20 .


( √ )3 ( √ )3
−1 3 −1 3
(c) z = + i + − i .
2 2 2 2

(1 − i)16 (1 + i)20
(d) z = ( √ )12 ( √ ).
− 3
2
− 2i
1 1
2
+ 23 i
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Solução.

(a) Seja w = 1 + i. Temos que Arg w = π4 e |w| = 12 + 12 . Donde,
√ ( π π)
w = 2 cos + i sen .
4 4
Logo,

z = w16
[√ ( π π ) ]16
= 2 cos + i sen
4 4
(√ )16 [ ( π) ( π )]
= 2 cos 16 · + i sen 16 ·
4 4
8
= 2 (cos 4π + i sen 4π)
[ ]
= 28 cos(2 · 2π) + i sen(2 · 2π) .

Portanto, a forma polar de z é

z = 28 (cos 0 + i sen 0) .

(b) Sejam w = 1 − i e t = 1 + i. Temos que Arg w = 7π e Arg t = π4 . Também tem-se,


√ √ 4
|w| = 2 e |t| = 2. Donde,
( )
√ 7π 7π
w = 2 cos + i sen ,
4 4
√ ( π π)
t = 2 cos + i sen .
4 4
Logo,

z = w16 t20
[ ( )]16 [ (
√ 7π 7π √ π π )]20
= 2 cos + i sen · 2 cos + i sen
4 4 4 4
(√ )16 [ ( 7π
) (

)] ( ) [ (
√ 20 π) ( π )]
= 2 cos 16 · + i sen 16 · · 2 cos 20 · + i sen 20 ·
4 4 4 4
[ 8 ] [ 10 ]
= 2 (cos 28π + i sen 28π) · 2 (cos 5π + i sen 5π)
[ ]
= 218 cos(28π + 5π) + i sen(28π + 5π)
= 218 (cos 33π + i sen 33π)
[ ]
= 218 cos(π + 2 · 16π) + i sen(π + 2 · 16π) .

Portanto, a forma polar de z é

z = 218 (cos π + i sen π) .


Juan Villanueva Os Números Complexos 17

√ √
−1
(c) Sejam w = +
2 √ 2
3
ie t = −1 − 23 i. Temos que Arg w = 2π e Arg t = 4π . Também
(
2
) √ (
3
)
3
( −1 )2 √ 2 ( −1 )2 √ 2
tem-se, |w| = 2
+ 23 = 1 e |t| = 2
+ −2 3 = 1. Donde,

2π 2π 4π 4π
w = cos + i sen e t = cos + i sen .
3 3 3 3
Logo,

z = w 3 + t3
( )3 ( )3
2π 2π 4π 4π
= cos + i sen + cos + i sen
3 3 3 3
[ ( ) ( )] [ ( ) ( )]
2π 2π 4π 4π
= cos 3 · + i sen 3 · + cos 3 · + i sen 3 ·
3 3 3 3
= (cos 2π + i sen 2π) + (cos 4π + i sen 4π)
=1+1
= 2.

Portanto, a forma polar de z é

z = 2(cos 0 + i sen 0) .

√ √
(d) Sejam w = 1 − i, t = 1 + i, u = − 2
3
− 12 i e v = 1
2
+ 2
3
i. Temos que

7π π 4π π
Arg w = , Arg t = , Arg u = e Arg v = .
4 4 3 3
Também tem-se,
√ √
|w| = 2, |t| = 2, |u| = 1 e |v| = 1 .

Donde,
( )
√ 7π 7π
w = 2 cos + i sen ,
4 4
√ ( π π)
t = 2 cos + i sen ,
4 4
4π 4π
u = cos + i sen ,
3 3
π π
v = cos + i sen .
3 3
Juan Villanueva Os Números Complexos 18

Logo,

w16 t20
z=
u12 v
[√ ( ) ]16 [√ ( ) ]20
2 cos 7π 4
+ i sen 7π
4
· 2 cos π
4
+ i sen π
4
= ( ) 12 ( )
cos 4π + i sen 4π · cos π3 + i sen π3
[(√ ) [ 3 ( )
3
( )] ] [(√ )20 [ ( ) ( )] ]
16
2 cos 16 · 4 + i sen 16 · 4
7π 7π
· 2 cos 20 · 4 + i sen 20 · 4
π π

= [ ( ) ( ) ] ( )
cos 12 · 4π 3
+ i sen 12 · 4π
3
· cos π
3
+ i sen π
3
[ 8 ] [ 10 ]
2 (cos 28π + i sen 28π) · 2 (cos 5π + i sen 5π)
= ( )
(cos 16π + i sen 16π) · cos π3 + i sen π3
[ ]
218 cos(28π + 5π) + i sen(28π + 5π)
= ( ) ( )
cos 16π + π3 + i sen 16π + π3
cos 33π + i sen 33π
= 218 ·
cos 49π + i sen 49π
[ (3 )3
( )]
49π 49π
= 2 cos 33π −
18
+ i sen 33π −
3 3
( )
50π 50π
= 218 cos + i sen
3 3
[ ( ) ( )]
2π 2π
18
= 2 cos + 2 · 8π + i sen + 2 · 8π .
3 3

Portanto, a forma polar de z é


( )
18 2π 2π
z=2 cos + i sen .
3 3

1.6 Raiz n-ésima de um número complexo


Definição 1.6.1. Sejam w um numero complexo e n um número natural. Diz-se que
z ∈ C é uma raiz n-ésima de w se
zn = w .

Se w = 0, é claro que z = 0 é a única solução da equação z n = 0. Logo, o número 0


possui uma única raiz n-ésima que é o próprio 0.

A continuação veremos que se w ̸= 0 então existem exatamente n soluções distintas


da equação z n = w. Isto é, w possui n raízes n-ésimas distintas.

Teorema 1.6.2. Seja n um número natural. Todo número complexo não nulo possui
exatamente n raízes n-ésimas complexas distintas. Mais precisamente, se

w = ρ(cos θ + i sen θ),


Juan Villanueva Os Números Complexos 19

onde ρ > 0 e θ = Arg(w), então as n raízes n-ésimas de w são:


[ ( ) ( )]
√ θ + 2kπ θ + 2kπ
zk = n ρ cos + i sen ,
n n

com k = 0, 1, . . . , n − 1.

A raiz n-ésima de w obtida fazendo k = 0 é chamada raiz n-ésima principal de w.



A notação n w é reservada para esta raiz.

Como as n raízes de w possuem o mesmo módulo, a saber, n |w|; elas são repre-

sentadas por n pontos sobre a circunferência com centro na origem e raio n |w|. Além
disso, estes pontos estão igualmente espaçados ao longo desta circunferência devido à
relação de seus argumentos.

Exemplos 1.6.3. .

1. Calcule as raízes quadradas de w = 4. Represente geometricamente estas raízes.


Solução. Temos que Arg w = 0 e |w| = 4. Logo, a forma polar de w é

w = 4(cos 0 + i sen 0) .

Portanto, as raízes quadradas de w são os números


[ ( ) ( )]
√ 0 + 2kπ 0 + 2kπ
zk = 4 cos + i sen , para k = 0, 1.
2 2

Calculando, obtemos:
( )
0 0
z0 = 2 cos + i sen
2 2
= 2(cos 0 + i sen 0)
= 2(1 + 0i)
=2

e
[ ( ) ( )]
0 + 2π 0 + 2π
z1 = 2 cos + i sen
2 2
= 2(cos π + i sen π)
= 2(−1 + 0i)
= −2 .

2. Calcule as raízes quadradas de w = −4. Represente geometricamente estas raízes.


Juan Villanueva Os Números Complexos 20

Solução. Temos que Arg w = π e |w| = 4. Logo, a forma polar de w é

w = 4(cos π + i sen π) .

Portanto, as raízes quadradas de w são os números


[ ( ) ( )]
√ π + 2kπ π + 2kπ
zk = 4 cos + i sen , para k = 0, 1.
2 2

Calculando, obtemos:
( π π)
z0 = 2 cos + i sen
2 2
= 2(0 + i)
= 2i

e
[ ( ) ( )]
π + 2π π + 2π
z1 = 2 cos + i sen
2 2
( )
3π 3π
= 2 cos + i sen
2 2
[ ]
= 2 0 + i(−1)
= −2i .

3. Calcule as raízes cúbicas de w = 8. Represente geometricamente estas raízes.


Solução. Temos que Arg w = 0 e |w| = 8. Logo, a forma polar de w é

w = 8(cos 0 + i sen 0) .

Portanto, as raízes cúbicas de w são os números


[ ( ) ( )]
√3 0 + 2kπ 0 + 2kπ
zk = 8 cos + i sen , para k = 0, 1, 2.
3 3

Calculando, obtemos:
( )
0 0
z0 = 2 cos + i sen
3 3
= 2(cos 0 + i sen 0)
= 2(1 + 0i)
= 2,
Juan Villanueva Os Números Complexos 21

[ ( ) ( )]
0 + 2π 0 + 2π
z1 = 2 cos + i sen
3 3
( )
2π 2π
= 2 cos + i sen
3 3
( √ )
1 3
=2 − + i
2 2

= −1 + 3i

e
[ ( ) ( )]
0 + 4π 0 + 4π
z2 = 2 cos + i sen
3 3
( )
4π 4π
= 2 cos + i sen
3 3
( √ )
1 − 3
=2 − + i
2 2

= −1 − 3i .

4. Calcule as raízes quadradas de w = −2i. Represente geometricamente estas


raízes.
Solução. Temos que Arg w = e |w| = 2. Logo, a forma polar de w é

2
( )
3π 3π
w = 2 cos + i sen .
2 2
Portanto, as raízes quadradas de w são os números
[ ( 3π ) ( 3π )]
√ 2
+ 2kπ 2
+ 2kπ
zk = 2 cos + i sen , para k = 0, 1.
2 2
Calculando, obtemos:
( )
√ 3π 3π
z0 = 2 cos + i sen
4 4
( )
√ 1 1
= 2 −√ + √ i
2 2
= −1 + i

e
( )
√ 7π 7π
z1 = 2 cos + i sen
4 4
( )
√ 1 1
= 2 √ −√ i
2 2
= 1 − i.
Juan Villanueva Os Números Complexos 22


5. Calcule as raízes quadradas de w = −2 + 2 3i. Represente geometricamente
estas raízes.
√ ( √ )2
Solução. Temos que Arg w = 2π
3
e |w| = (−2)2 + 2 3 = 4. Logo, a forma
polar de w é ( )
2π 2π
w = 4 cos + i sen .
3 3
Portanto, as raízes quadradas de w são os números
[ ( 2π ) ( 2π )]
√ 3
+ 2kπ 3
+ 2kπ
zk = 4 cos + i sen , para k = 0, 1.
2 2
Calculando, obtemos:
( 2π 2π )
3
z0 = 2 cos + i sen 3
2 2
( π π)
= 2 cos + i sen
( 3√ ) 3
1 3
=2 + i
2 2

= 1 + 3i

e
[ ( 2π ) ( 2π )]
3
+ 2π 3
+ 2π
z1 = 2 cos + i sen
2 2
( )
4π 4π
= 2 cos + i sen
3 3
( √ )
1 − 3
=2 − + i
2 2

= −1 − 3i .

6. Calcule as raízes quartas de w = −16. Represente geometricamente estas raízes.


Solução. Temos que Arg w = π e |w| = 16. Logo, a forma polar de w é

w = 16(cos π + i sen π) .

Portanto, as raízes quartas de w são os números


[ ( ) ( )]

4 π + 2kπ π + 2kπ
zk = 16 cos + i sen , para k = 0, 1, 2, 3.
4 4
Calculando, obtemos:
( π π)
z0 = 2 cos + i sen
( 4 )4
1 1
=2 √ +√ i
2 2
√ √
= 2 + 2i ,
Juan Villanueva Os Números Complexos 23

[ ( ) ( )]
π + 2π π + 2π
z1 = 2 cos + i sen
4 4
( )
3π 3π
= 2 cos + i sen
4 4
( )
1 1
= 2 −√ + √ i
2 2
√ √
= − 2 + 2i ,

[ ( ) ( )]
π + 4π π + 4π
z2 = 2 cos + i sen
4 4
( )
5π 5π
= 2 cos + i sen
4 4
( )
1 1
= 2 −√ − √ i
2 2
√ √
= − 2 − 2i

e
[ ( ) ( )]
π + 6π π + 6π
z3 = 2 cos + i sen
4 4
( )
7π 7π
= 2 cos + i sen
4 4
( )
1 1
=2 √ −√ i
2 2
√ √
= 2 − 2i .

7. Determine e represente geometricamente as raízes cúbicas da unidade.


Solução. Seja u = 1. Temos que Arg u = 0 e |u| = 1. Logo, a forma polar de u
é
u = cos 0 + i sen 0.

Portanto, as raízes cúbicas da unidade são os números


[ ( ) ( )]
√3 0 + 2kπ 0 + 2kπ
zk = 1 cos + i sen , para k = 0, 1, 2.
3 3

Calculando, obtemos:

z0 = cos 0 + i sen 0
= 1,
Juan Villanueva Os Números Complexos 24

2π 2π
z1 = cos + i sen
3 √ 3
1 3
=− + i
2 2
e
4π 4π
z2 = cos + i sen
3 √ 3
1 3
=− − i.
2 2

8. Ache as soluções das seguintes equações.

(a) z 2 + 3 = 0. (b) z 3 = 8i.

Solução.

(a) As soluções da equação z 2 + 3 = 0 são as raízes quadradas de w = −3.


Temos que Arg w = π e |w| = 3. Logo, a forma polar de w é

w = 3(cos π + i sen π) .

Portanto, as raízes quadradas de w são os números


[ ( ) ( )]
√ π + 2kπ π + 2kπ
zk = 3 cos + i sen , para k = 0, 1.
2 2

Calculando, obtemos:
√ ( π π)
z0 = 3 cos + i sen
2 2

= 3(0 + i)

= 3i

e
[ ( ) ( )]
√ π + 2π π + 2π
z1 = 3 cos + i sen
2 2
( )
√ 3π 3π
= 3 cos + i sen
2 2

= 3(0 − i)

= − 3i .
√ √
Assim, as soluções da equação z 2 + 3 = 0 são z0 = 3i e z1 = − 3i.
Capítulo 1 Unidad 2. Funciones de Variable Compleja

1.1 Función Exponencial Compleja

Lema 1.1 (Biyectividad de la función exponencial compleja restringida)


La función ez restringida al rectángulo infinito
Ay0 = {z ∈ C | y0 ≤ Im z < y0 + 2π}
es inyectiva sobre C − {0}, y ez | Ay0 es suprayetiva.

Demostración Si ez = ew , con z, w ∈ Ay0 , entonces


ez−w = 1 y w − z = 2πni, n ∈ Z
Por lo cual z = w, ya que la distancia entre las partes imaginarias de dos puntos cualesquiera en Ay0 es menor
que 2π. Por lo tanto ez | Ay0 es inyectiva. Ahora, dado w ∈ C, w 6= 0. La ecuación ez = w tiene solución z en
A y0
w
w = |w| = ex eiy
|w|
si y sólo si
log |w| = x y ei arg w
= eiy

donde la segunda ecuación tiene un número infinito de soluciones, una de las cuales satisface y0 ≤ y <
y0 + 2π. 
La proposición nos dice que la exponencial compleja comparte algunas propiedades con la exponencial
real, pero no todas. La exponencial real es creciente y por tanto tiene una inversa, el conocido logaritmo natural.
Por otro lado, debido a que ez es periódica y por tanto no inyectiva, no podemos definir una sola función inversa
de la exponencial. Lo que sí podemos hacer es restringir el dominio de la exponencial compleja, para que sea
inyectiva en ese dominio. Como ez tiene periodo 2πi, es natural considerar cualquier franja horizontal de ancho
2π; en forma explícita, sean y0 ∈ R y
Ay0 = {x + iy | x ∈ R, y0 ≤ y ≤ y0 + 2π}
Notamos que en la prueba de la proposición anterior la asociación
w → log |w| + i arg w
establece una función inversa, lo cual sugiere la siguiente definición.
1.2 Logaritmo Complejo

1.2 Logaritmo Complejo

Definición 1.1 (Logaritmo complejo)


La función con dominio C − {0}, y rango Ay0 y regla de correspondencia
log z = log |z| + i arg z, con arg z ∈ [y0 , y0 + 2π)
se llama rama de logaritmo.

Comentario Nótese que para que el logaritmo sea función, es necesario restringir el codominio;
{x + iy | y0 < y ≤ y0 + 2π}, y0 ∈ R
o
{x + iy | y0 ≤ y < y0 + 2π}, y0 ∈ R
La geometría de la función logaritmo es la inversa de la exponencial: círculos concéntricos al origen se desarrollan
en segmentos de líneas verticales y semirectas que parten del origen se transforman en rectas horizontales.
Al escribir la función es su forma polar
log z = log(reiθ ) = log r + iθ

El valor principal del logaritmo de z, que denotaremos por Log z, es el valor que se obtiene cuando se usa el
argumento principal de z en la ecuacion log z = ln |z| + i arg z. Recordemos que el argumento principal de
z, que denotaremos por θp , es el argumento de z que satisface −π < θp ≤ π. Tenemos que todos los valores de
arg z pueden obtenerse a partir del valor principal θp , usando la fórmula arg z = θp + 2nπ, n = 0, ±1, ±2, ....
Tomando n = 0 en esta expresión obtenemos el valor principal, Log z.
Ejemplo 1.1 Para encontrar todos los valores de log(1 − i), se tiene
√ √
 
−π −π
log(1 − i) = log |1 − i| + i arg(1 − i) + 2iπn = log 2 + i + 2iπn = log 2 + i + 2πn , n ∈ Z
4 4
Para encontrar el valor principal Log(1 − i) consideramos n = 0, en este caso

 
−π
Log(1 − i) = log 2 + i
4

2
1.2 Logaritmo Complejo

 Ejercicio 1.1 Determine Log(−1 − i) y todos los valores de log(−1 − i)


Solución El número complejo −1 − i se muestra gráficamente en la figura

3π √
El valor principal θp de este número complejo es − y su módulo es 2. Por lo que
4

 

Log(−1 − i) = log 2 + i −
4
Mientras que

 

log(−1 − i) = log 2 + i 2nπ − , n = 0, ±1, ±2, ...
4

Teorema 1.1 (Logaritmo como inversa de la exponencial)


El logaritmo es la inversa de la exponencial en el siguiente sentido: si log(z)representa una rama de
logaritmo, entonces
elog z = z ∀ z ∈ C − {0}

también si se elije la rama


y0 ≤ y < y0 + 2π

entonces
log(ez ) = z ∀ z ∈ Ay0

Demostración Como log z = log |z| + i arg z,


z
elog z
= elog |z| ei arg =zz
= |z|
|z|
Recíprocamente, si z = x + iy, donde y0 ≤ y < y0 + 2π, se tiene
log(ez ) = log |ez | + i arg ez = log |ez | + iy = log ex + iy = z
Esto se sigue ya que arg(ez ) = y, por la forma en que se eligió la rama de logaritmo. 
Comentario Notamos que en el resultado anterior si z ∈ / Ay0 , entonces no necesariamente elog z = z, por
ejemplo, y0 = 0, y z = 2πi, se tiene log(e2πi ) = 0.
 Ejercicio 1.2 Encuentre todos los valores de (−1)i
Solución Tenemos que
(−1)i = ei log(−1) = ei(log |−1|+i(π+2πn)) = e−π−2nπ , n ∈ Z
 Ejercicio 1.3 Encuentre todos los valores de 2i
Solución Tenemos que
2i = ei log(2) = ei(log |2|+i2πn) = e−2nπ+i log |2| , n ∈ Z

3
Capítulo 1 Problemas para pensar

Proposición 1.1 (Propiedad de logaritmo)


Sea log z la rama de logaritmo cuyo argumento toma valores en [y0 , y0 + 2π), si z, w ∈ C{0}, entonces
log(zw) = log z + log w mód 2πi

Demostración
log(z · w) = log |z · w| + i arg (z · w)
= log |z| + log |w| + i(arg z + arg w)
= log |z| + i arg z + log |w| + i arg w
= log z + log w
Ejemplo 1.2 Tomando la rama cuyo argumento toma valores en [0, 2π), multiplicamos los complejos
 √  1 i

− 2i √ − √ = −1 − i
2 2
ahora
 √  
1 i



3π 7π

√ 13π
log − 2i + log √ − √ = log( 2) + log 1 + i + = log( 2) + i
2 2 2 4 4
por otra parte
√ 5π 13π 5π
log(−1 − i) = log( 2) + i , y − = 2π
4 4 4


K Capítulo 1 Problemas para pensar k


1. Encuentre los valores
log 1
log i
2. Encuentre log[(−1 − i) · (1 − i)] en el intervalo [0, 2π)
3. Demuestre que log z = 0 si z = 1.

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