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Abreviações:
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RESUMO
ABSTRACT
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INTRODUÇÃO
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1. CONCEITO DE PROVA
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Antunes Varela, Diereito Processual Civil( O processo civil declarstório), pág.167.
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Genival Veloso de França, em sua obra intitulada (medicina legal 7ª ed. Editora Guanabara Koogan
2004 pág 12).
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Sobre objectos ou instrumentos.3
Sobre pessoas vivas visam o diagnóstico de:
- Lesões corporais: determinação da idade, sexo, de grupo racial;
- gravidez; parto e puerpério;
-conjunção carnal ou actos libinosos em casos de crimes sexuais;
-determinação de paternidade e maternidade;
-comprovação de doenças profissionais e acidentes de trabalho;
-evidências de molésticas graves;
-determinação do aborto.
As lesões corporárias como objecto da prova médico-legal podem ser descritas da
seguinte maneira:
1º Número de lesões: o médico-legal ao fornecer uma prova pericial que tenha a ver
com lesões corporais, tem de descrever o número de lesões; se muitas lesões descrição
genérica do grupo atentando às lesões principais.
2º Dimensões: descrever pelo menos as dimensões principais; em conjuntos, referenciar
as dimensões do grupo e das lesões principais, não esquecer de indicar as unidades
utilizadas.
3º Tempo de evoluçao
4º Consequências previsíveis
5º Tipo de lesão
6º Sede.
7º Modo como denotam ter sido produzidas(instrumentos e violência)
8º tempo que demandam para a cura ou consolidação.
Sobre pessoas mortas, visam o diagnóstico:
- a causa da morte;
-da causa jurídica da morte;
- do tempo aproximado da morte;
-a identificação do morto;
-da presença de veneno em suas víceras;
-a retirada de um projétil.
Nos esqueletos:
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Genival Veloso de França acredita que as perícias podem ser realizadas em vivos, nos esqueletos, nos
objectos e até nos animais(2004 pag.12)
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-fundamentalmente a identificação do morto;
-quando possível a causa da morte.
c) Sobre objectos: não raras; exemplos: exames de armas e projétis, levantamento de
impressão digital, sangue urina, saliva, roupas, móveis e utensílios.
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código de processo civil, cujo o nº1 estabelece que « A prova pericial faz-se mediante
arbitramento, que pode conscistir em exame, vistoria ou avaliação.
Ganha especial relevância aqui o exame, visto que o nosso CPC, faz menção que os
exames dizem respeito a averiguação feita sobre coisas móveis e pessoas.
Pode, pois, sumariamente afirmar-se que a perícia médico-legal tem lugar quando, para
a percepção e apreciação dos factos, sejam necessários especiais conhecimentos
científicos do dominio da medicina legal.
Imaginemos agora em uma hipótese em que uma fabrica de cigarros “cigaretts”
contígua a uma comunidade rural, esteja a expelir vários quimicos nocivos a saúde
humana, e nesta mesma fase verifica-se um grande crescimento cancerígeno aos
residentes dessa mesma comunidade. Em sede do processo civil, caso um dos sujeitos
decida levar a cabo uma acção destinada a responsabilizar civilmente a fábrica, na fase
de apresentação das provas deverá requerer-se um perito médico para se poder avaliar se
efectivamente as situações cancerígenas têm surgido por conta da poluição causada pela
fábrica “cigaretts” O médico autor do relatório deverá configurar um parecer, e para
formar o seu juízo ou expressar a sua opinião técnica observará o lesado. E nessa
medida, pela observação, obtém conhecimentos directos sobre a realidade
processualmente relevante.
As perícias médico-legais são realizadas obrigatoriamente pelos serviços médico-legais
ou pelos peritos médicos contratados. Ao se reconhecer que a medicina legal contribui
decisivamente para o correcto funcionamento da administração da justiça.
Os peritos no processo estão vinculados pelo segredo de justiça e pelo dever de sigilo
profissional, estão ainda sujeitos ao mesmo dever de imparcialidade e isenção que
oneram a actividade judiciária.
5.A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO PROCESSO PENAL
ANGOLANO
Em processo penal a prova é um meio de reviver os factos pretéritos e a verdade desse
facto irá servir como instrumento para busca da verdade real.
No âmbito penal, encontramos o respaldo legal da prova pericial no art. 192º do C.P. P
Muitas vezes para se chegar a uma conclusão mais próxima da realidade e da veracidade
é necessário a realização de pericias com objectivo de realizar-se análises minuciosas
dos factos alegados.
A realização destas pericias legais possui uma pequena divisão, podendo ser electivas
ou de urgência. A realização de pericias electivas são agendadas e geralmente são feitas
durante o dia, como por exemplo, as realizadas em lesões corporais por brigas, por
acidente de trânsito.
As de úrgencia, faz-se antes por ter maior subsídio para a realização da perícia,
independentemente do hórario, tendo como exemplo, o estupro e a embriaguez.
Quanto aos seus efeitos, as perícias médico-legais podem ser: retrospectivas,
prospectivas, de retratação e interpretativa.
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A retrospectiva: é realizada no presente para elucidar factos ocorridos no passado, como
exemplo, um homicio, que já ocorreu, e a pericia tem o objectivo de levantar dados para
se chegar a uma conclusão da causa da morte e da possivel autoria do crime.
A prospectiva, é realizada no presente, mas que busca a pretensão de determinar acção
ou consequências futuras, como um exame de insanidade mental com o intuito de
ressocialização de determinados individuos.
A retratação: sendo a que cumpre com os ditames básicos da pericia realizada,
observando e relatando minuciosamente todos os detalhes que foram apurados.
A interpretativa: em que o perito designado, através de interpretações e associações de
factos apresentados para análise do caso concreto, chega a uma conclusão lógica de
determinados factos ocorridos.
Entre tanto, a medicina legal quanto ao refente a PMP conecta-se com o direito
processual penal devido a sua relevância nas lesões corporais, sexualidade criminosa,
aborto ilegal e ilicitude infanticídio, homicídio entre outros factos.
Em suma, a plicação da Medicina Legal no DPP não está só na gravidade dos crimes,
nos motivos e nas circuntàncias, mas também na qualidade e qualidade do dano, do
modo de execução, na complexidade do estado imotivo daquele que praticou o delito,
entre outros muitos aspéctos.4
5.1 A FUNÇÃO DO MÉDICO PERITO
O papel do médico perito judicial é orientar o juíz sobre questões técnicas de medicina
artigo 194º do código de processo penal.
O perito judicial deve se declarar impedido quando não puder exercer suas actividades
com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros.
As pericias no ambito penal devem ser preferencialmente realizadas nas instituições
médico-legais 193º do código de processo penal.
6. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO DIREITO DO TRABALHO
ANGOLANO
A prova médico pericial no âmbito do Direito do trabalho é uma das mais usuais, por
muitas vezes envolver doenças ocupacionais ou acidentes de trL´labalho no exercicio
laboral.
O regime de provas traçados pelo código de processso civil, sendo uma delas a prova
perícial, é aplicável ao processo laboral. No âmbito do Direito do trabalho é atribuído
grande peso, levando-se em conta que a maioria das decisões no âmbito da justiça do
trabalho se pautam nos laudos emitidos nas perícias médicas, em que pese muitas vezes
tal laudo não tenha carácter conclusivo.
‘’O argumento que embasa tal admissão tem sido crescentemente firmado na teoria da
equivalência das condições, onde qualquer das condições é causa de todas
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Lívia de Oliveira Santos, em seu livro Medicina Legal e sua aplicação Prática no DPP: A Perícia Médico-
Legal como meio de Prova; pág. 28.
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consequências, na medida em que eliminada uma das condições, o resultado não
existiria’’ Amorim 2012 não paginado.
Ai entra o papel da perícia médica, atestar o chamado nexo concausal. A problemática
gira em torno da interpretação e consequentemente da ponderação do laudo
inconclusivo pelo Juiz ou tribunal, que muitas vezes é entendido com base na teoria da
equivalência das condições e gera a responsabilidade excessiva e desordenada do
reclamado, considerando que o orgão julgador não tem conhecimentos técnicos para a
avriguação da extensão ou até mesmo existência do nexo concausal entre a doença
ocupacional e o trabalho.
A importância da pericia judicial no processo trabalhista é que a função do perito
trabalhista judicial é de avaliar todos os casos ligados a justiça do trabalho quando
nomeado pelo juiz, também é seu dever emitir laudos periciais, contendo o seu parecer
técnico como prova sobre as condições do trabalhador (reclamante), juntamente com a
empresa na qual move a acção( réu).
Apesar de todas pericias acabarem seguindo os mesmos moldes, algumas se diferenciam
pela máteria, pela complexidade e pela obrigatoriedade.
Podemos citar três tipos de pericias trabalhistas, nos interessa mais falar de duas sendo
as mais importantes:
Perícia médica: necessária quando o reclamante alega que sofreu um acidente de
trabalho ou que é portador de doença ocupacional. Isso porque é comum o pedido de
indemnização pelas más condições de trabalho, o que só poderá ser atestado por um
perito, ou até mesmo indemnização por acidente de trabalho, o que demandará a
investigação de um médico, fisioterapeuta ou outro especialista.
7. DOCUMENTOS DE PROVA MÉDICO-PERICIAL
Documentos são quaisquer objectos elaborados pelo homem com a finalidade de
reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto. 5 Assim sendo, apresentaremos um
conceito mais específico aos documentos médico- judiciais. Os documentos médico-
judiciáis são instruemntos escritos, ou simples exposições verbais mediante os quais o
médico fornece esclarecimentos à justiça.
7.1-ESPÉCIES DE DOCUMENTOS MÉDICO-PERICIAL
Notificações;
Atestado ;
Relatório;
Consulta;
Parecer;
Depoimento Oral.
NOTIFICAÇÕES
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In Direito Processual Civil, de Antunes Varela 3ª edição pág. 196.
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São comunicações compulsórias feitas pelos médicos competentes de um facto
profissional, por necessidade social ou sanitária, como acidente de trabalho, doenças
infecto contagiosas, uso habitual de substâncias entorpecentes ou crime de ação pública
que tiverem conhecimrnto e não exponham o cliente a procedimento criminal.( G. V.
França)
ATESTADOS
É a afirmação simples e por escrito de um facto e suas consequências. Para o nosso
trabalho importa falar do atestado judicial: este, é aquele expedido por solicitação do
Juiz ou que integra os autos judiciários. Atende a administração da justiça.
Tipos de atestados: De vacina; De sanidade(ou insanidade)física ou mental; De óbito.
RELATÓRIO
É a descrição minuciosa de um facto médico-legal e de suas consequências,
requesitadas por autoridade competente. Art. 197 CPP.
Tipos: o relatório recebe o nome de AUTO quando é ditado pelo perito ao escrivão,
durante ou logo após é denominado de LAUDO quando é redigido pelos próprio(s)
perit(os) posteriormente ao exame.
PARTES DO RELATÓRIO:
Preâmbulo: é a parte onde os peritos declaram suas identificações, títulos, residências,
qualificam a autoridade que a requereu e a autoridade que autorizou a perícia, o
examindo; a hora e a data em que a perícia é realizada e a sua finalidade.
Quesitos: são as partes formuladas pela autoridade judicial, pelo MP ou pelos
advogados das partes.
Histórico: consiste no registo dos factos mais significativos que motivam o pedido da
períciaou que possam esclarecer e orientar a acção do legisperito.
Descrição: é a descrição minuciosa, clara, metódica e singular de todos os factos
apurados directamente pelo perito. Constitui a parte essencial do relatório.
Discussão: é a análise cuidadosa dos factos fornecidos pelo exame e registrado na
descrição,compará-los con os informes disponíveis relatados no histórico,
encaminhando assim o entendimento do leitor à conclusão.
Conclusão: é o somatório de todos os elementos objectivos observados e discutidos
pelo perito, constituindo a decisão sintética natural da discussão elaborada.
Resposta aos Quesitos: as respostas aos quesitos formulados devem ser precisas e
concisas.
PARECER MÉDICO-LEGAL
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O parecer médico-legal é a resposta escrita de autoridade médica, de comissão de
prifissionaisou de sociedade científica, a consulta formulada com intuito de esclarecer
questões de interesse jurídico.
DEPOINTO ORAL
O depointo oral é um estrumento de prova médico-pericial em que fundamenta nos
esclarecimentos dados pelo perito, acerca do relatório apresentado pelo júri ou em
audiência de instrução e julgamento.
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Lívia de Oliveira Santos, Medicina Legal e sua aplicação prática no DPP: a perícia-médico legal como
meio de prova, pág 65
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b)-A Exumação
a palavra exumar significa desenterrar o cadáver. Após a realização da exumação e
dirimida qualquer dúvida sobre a identidade do cadáver, os peritos efeturão um novo
exame do corpo delito para sanar as dúvidas as dúvidas existentes motivadoras da
exumação.
A exumação é diferente da inumação. A inumação é o interro ou o sepultamento.
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Lívia de Oliveira Santos, Medicina Legal e a sua aplicação np DPP; Página 53.
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CONCLUSÃO
Este presente estudo, procurou demonstrar toda tragetória mundial e nacional da Prova
médica-pericial no processo judicial, o seu impacto e impotância em vários âmbitos.
Ficou evidente a grande relação da Medicina e o Direito nos de hoje. A prova médica-
pericial é um instruemento valioso para as sentenças judiciais.
O Direito busca apoio da Medicina Legal através da perícia médica-legal na busca de
certeza e verdade inabaláveis. Neste trabalho descrevemos algumas modalidades de
provas médica-periciais, alguns exames; onde o exame de corpo e delito( a prova
clínica) é considerada uma das maiores relevâncias nos processos judiciais.
O laudo pericial produzido por peritos capacitados tem objectivo de afastar todas as
dúvidas e incertezas geradas durante o processo e fica como um instrumento primordial
nas decisões dos juizes.
Em concluão, vamos afirmar que a prova médico-peririal é a prova técnica de
conhecimento médico, fático-científico que fornece subsídios essenciais para decisões
judiciais. A prova médica-pericial é de grande valia na maioria das vezes, para a
formação do entendimento do juiz que não dispõe de conhecimentos suficintes à
respeito da matéria médica.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Genival Veloso de França; Medicina Legal, 7ª edição de 2004.
2. Lívia de Oliveira Santos; Medicina Legal e suas aplicações Práticas no Direito
Processual Penal: a Perícia Médico Legal como meio de prova.
3. Antunes Varela; Direito Processual Civil.
4. Grandão Ramos; Direito Processual Penal, 2011.
5. Oliveira B, Santos; A valoração Pericial.
6. Carla Soares , A Indemnização da Vida e do Corpo nas Decisões Judiciais , 2010
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