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ÍNDICE GERAL

INDICE DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS .............................................................2


RESUMO.................................................................................................................3
ABSTRACT.............................................................................................................3
INTRODUÇÃO........................................................................................................4
1.CONCEITO DE PROVA.......................................................................................5
1.1 A PERÍCIA MÉDICA-LEGAL..........................................................................5
2. O OBJECTO DA PERÍCIA MÉDICA-LEGAL..................................................5
3. CLASSIFICAÇÃO DOUTRINAL E LEGAL DA PERÍCIA.............................7
4. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO PROCESSO CIVIL
ANGOLANO...........................................................................................................7
5. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO PROCESSO PENAL
ANGOLANO..........................................................................................................8
5.1 A FUNÇÃO DO MÉDICO PERITO................................................................9
6. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO DIREITO DO
TRABALHO...........................................................................................................9
7. DOCUMENTOS DE PROVA MÉDICA-PERICIAL........................................10
7.1 ESPÉCIES DE DOCUMENTOS MÉDICO-PERICIAL.................................10
8. MODELOS DAS PROVAS MÉDICA-PERICIAL..........................................12
9. PRESSUPOSTOS DA PROVA MÉDICA PERICIAL À LUZ DO CPPA......13
10. O VALOR DA PROVA MÉDICA-PERICIAL..............................................13
CONCLUSÃO....................................................................................................... 14
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................15

1
Abreviações:

PMP – Prova Médica-Pericial;


DPP- Direito Processual Penal
DC- Direito Civil
Art.-Artigo
CPP-Código de Processo Penal
CPC-Código de Processo Civil
MP-Ministério Público

2
RESUMO

Observando a prova médico-legal como instrumento utilizado pelos magistrados para


resolver conflitos nos processos judiciais, de forma a obter uma avaliação imparcial e
mais próxima da veracidade, a perícia médica se tornou um importante meio de prova e
eficaz, em técnicas precisas de um profissional qualificado para essa função.
O Direito seja ele em qual âmbito se tratar vem ganhando mais qualidade na prolação de
sentenças baseadas em relatórios médico-legais . Tendo a PMP como objetivo a
produção de provas através de documentos e demonstrações técnicas, sendo
denominada de laudo pericial, de forma a garantir que maior parte das sentenças
exaradas , como a aplicabilidade das penas , ou mesmo o cumulo de infrações, fossem
aplicadas de forma mais precisa e mais perto da realidade dos factos decorridos, tratados
a nível do DPP e DP.
Palavras-chave: Prova Médico-Pericial; Direito Processual Penal; Direito Penal ;

ABSTRACT

Observing the medical-legal evidence as an instrument used by magistrates to resolve


conflicts in judicial proceedings, in order to obtain an impartial assessment and closer to
the veracity , medical expertise has become an important and effective means of
evidence, in precise techniques of a professional qualified for this role.
The law , whatever the scope it is being dealt with, has been gaining more quality in the
delivery of verdicts based on medical-legal reports having the PMP as an objetive the
production of evidence through documnets and technical demonstrations , beig called an
expert report, in order to guarantee that most of the verdicts handed down, such as the
applicability of sentences, or even the accumulation of infractions, were applied more
precisely and closer to the reality of the facts that occurred, dealt with at the level of the
DPP and DP.

Keywords: Medical-Expert Evidence; Criminal Procedural Law; Criminal Law

3
INTRODUÇÃO

As provas sempre estiveram presentes nas actividades humanas para estabelecerem a


veracidade dos factos,e sendo assim falamos da prova pericial, no âmbito do Direito
penal, Direito Processual Civil por ser aqui onde existe inúmeras situações de litígios,
que tem como objectivo
alcançar um resultado favorável e justiça; e do Direito do trabalho. A perícia é
fundamental na busca da verdade dos factos, que podem se tornar a alma de uma
decisão judicial.
É tão importante, que é real dizer que a credibilidade da justiça, principalmente na
esfera penal, está directamente interligada á credibilidade da prova médico-
legal(perícia), e, se falhar poderá acarretar em erros ou injustiças na hora da sentença.
Deste modo, a pericía médico-legal dispõe-se a encontrar a prova, isto é, aquilo que
mostra a autenticidade de um evento, tornando justificável a confirmação que a perícia
médico-legal, quando colocada em conjunto no processo civil, penal, é um método
muito eficaz e eficiente para se auferir a autoria de um crime a alguém.

4
1. CONCEITO DE PROVA

A prova é o conjunto de elementos produzidos pelas partes ou determinadas pelo juiz,


visando a formação do convencimento quanto a actos, factos e circunstâncias.
Sendo assim, a prova é um elemento que vai convencer o magistrado a respeito de
determinados actos e factos ocorridos dentro da empreitada criminosa, demonstrando
assim, que de acordo com aquelas, o facto se desenvolveu e veio a ser praticado de
determinado modo.
Salientar que o objectivo da prova é tão somente acabar com a dúvida existente sobre a
máteria controvertida no processo, ou seja, as provas têm a finalidade a demonstraação
da realidade dos factos.1

1.1A PERÍCIA MÉDICO-LEGAL


Define-se perícia médico-legal como um conjunto de procedimentos médicos e técnicos
que tem como finalidade o esclarecimento de um facto de interesse da justiça ou como
um acto pelo qual a autoridade procura conhecer por meios técnicos e científicos, a
existência ou não de certos acontecimentos, capazes de interferir na decisão de uma
questão judiciária ligada à vida ou a saúde do Homem ou que com ele tenha relação.2
Uma vez feita a definição de perícia médico-legal, importa agora estabeler o conceito da
pessoa apta a fornecer essa prova, ou seja, o perito.
O Perito
A palavra perito vem do latim: peritus-verbo perior= que significa experimentar, saber
por experiência. Assim sendo, perito é a pessoa qualificada ou experiente em
determinados assuntos, incubidos por autoridades competentes, com a tarefa de
exclarecer um facto de interesse da justiça, ou a polícia acerca de factos, pessoas ou
coisas, a seu juízo como início da prova quando solicitada.
Logo, o ideal nas perícias médico-legias seria a actuação de um médico-legista.
2.OBECTO DA PERÍCIA MÉDICO-LEGAL
Sobre pessoas vivas
Sobre pessoas mortas;

1
Antunes Varela, Diereito Processual Civil( O processo civil declarstório), pág.167.
2
Genival Veloso de França, em sua obra intitulada (medicina legal 7ª ed. Editora Guanabara Koogan
2004 pág 12).

5
Sobre objectos ou instrumentos.3
Sobre pessoas vivas visam o diagnóstico de:
- Lesões corporais: determinação da idade, sexo, de grupo racial;
- gravidez; parto e puerpério;
-conjunção carnal ou actos libinosos em casos de crimes sexuais;
-determinação de paternidade e maternidade;
-comprovação de doenças profissionais e acidentes de trabalho;
-evidências de molésticas graves;
-determinação do aborto.
As lesões corporárias como objecto da prova médico-legal podem ser descritas da
seguinte maneira:
1º Número de lesões: o médico-legal ao fornecer uma prova pericial que tenha a ver
com lesões corporais, tem de descrever o número de lesões; se muitas lesões descrição
genérica do grupo atentando às lesões principais.
2º Dimensões: descrever pelo menos as dimensões principais; em conjuntos, referenciar
as dimensões do grupo e das lesões principais, não esquecer de indicar as unidades
utilizadas.
3º Tempo de evoluçao
4º Consequências previsíveis
5º Tipo de lesão
6º Sede.
7º Modo como denotam ter sido produzidas(instrumentos e violência)
8º tempo que demandam para a cura ou consolidação.
Sobre pessoas mortas, visam o diagnóstico:
- a causa da morte;
-da causa jurídica da morte;
- do tempo aproximado da morte;
-a identificação do morto;
-da presença de veneno em suas víceras;
-a retirada de um projétil.
Nos esqueletos:
3
Genival Veloso de França acredita que as perícias podem ser realizadas em vivos, nos esqueletos, nos
objectos e até nos animais(2004 pag.12)

6
-fundamentalmente a identificação do morto;
-quando possível a causa da morte.
c) Sobre objectos: não raras; exemplos: exames de armas e projétis, levantamento de
impressão digital, sangue urina, saliva, roupas, móveis e utensílios.

3.CLASSIFICAÇÃO DOUTRINAL E LEGAL DA PERÍCIAl


Com insignificantes divergências, a pericia é classificada pela doutrina em:
1-Judicial: é determinada pelo poder judiciário, quer de ofício, quer a requerimento das
partes envolvidas no litigio, cível (art 558º C.P.C), Penal ( art 192 C.P.P) e do trabalho.
2-Extrajudicial: a que é realizada a pedido das partes de modo particular.
3-Necessária ( ou obrigatória) : é determinada, de modo impositivo, por lei ou pela
natureza do facto, quando há necessidade, por força da norma jurídica positivada, de ser,
por via dela, provada a materialidade do facto. Se esse tipo de perícia não se concretizar,
têm se o processo por nulo.
4-Facultativa: quando o fato pode ser provado por outros meios (documentos, etc), sem
necessidade absoluta de perícia.
5-Oficial: é determinada pelo juiz.
6-Requerida: é solicitada Pelas partes litigantes.
7-Contemporânea ao processo: é feita no curso do processo.
8-Cautelar: é realizada na fase preparatória da ação, isto é, antes do processo principal.
9-Direta: tem como presente o objecto da perícia.
10-Indireta: é feita com base em indícios ou sequelas deixadas pelo fato investigado.
4. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO DIREITO PROCESSUAL
CIVIL ANGOLA
Diz-nos a prática que as acções destinadas a efectivar a responsabilidade civil
extracontratual por danos que se expressam em lesões corporais, o que na esmagadora
maioria dos casos tem subjacente acidente de viação, a prova pericial reveste-se de
especial significado.
A propósito a prova pericial em matéria civil vem disposto no art 388º do código civil,
sendo que a prova pericial tem por fim a percepção ou apreciação de factos por meios
de peritos, quando sejam necessários conhecimentos especiais que os julgadores não
possuem, ou quando os factos, relativos a pessoas, não devam ser objecto de inspecção
judicial.
E processualmente, como meio de prova organizado e produzido no próprio processo a
que respeita, mostra-se previsto, no que a temática civilista interessa, no artigo 568º do

7
código de processo civil, cujo o nº1 estabelece que « A prova pericial faz-se mediante
arbitramento, que pode conscistir em exame, vistoria ou avaliação.
Ganha especial relevância aqui o exame, visto que o nosso CPC, faz menção que os
exames dizem respeito a averiguação feita sobre coisas móveis e pessoas.
Pode, pois, sumariamente afirmar-se que a perícia médico-legal tem lugar quando, para
a percepção e apreciação dos factos, sejam necessários especiais conhecimentos
científicos do dominio da medicina legal.
Imaginemos agora em uma hipótese em que uma fabrica de cigarros “cigaretts”
contígua a uma comunidade rural, esteja a expelir vários quimicos nocivos a saúde
humana, e nesta mesma fase verifica-se um grande crescimento cancerígeno aos
residentes dessa mesma comunidade. Em sede do processo civil, caso um dos sujeitos
decida levar a cabo uma acção destinada a responsabilizar civilmente a fábrica, na fase
de apresentação das provas deverá requerer-se um perito médico para se poder avaliar se
efectivamente as situações cancerígenas têm surgido por conta da poluição causada pela
fábrica “cigaretts” O médico autor do relatório deverá configurar um parecer, e para
formar o seu juízo ou expressar a sua opinião técnica observará o lesado. E nessa
medida, pela observação, obtém conhecimentos directos sobre a realidade
processualmente relevante.
As perícias médico-legais são realizadas obrigatoriamente pelos serviços médico-legais
ou pelos peritos médicos contratados. Ao se reconhecer que a medicina legal contribui
decisivamente para o correcto funcionamento da administração da justiça.
Os peritos no processo estão vinculados pelo segredo de justiça e pelo dever de sigilo
profissional, estão ainda sujeitos ao mesmo dever de imparcialidade e isenção que
oneram a actividade judiciária.
5.A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO PROCESSO PENAL
ANGOLANO
Em processo penal a prova é um meio de reviver os factos pretéritos e a verdade desse
facto irá servir como instrumento para busca da verdade real.
No âmbito penal, encontramos o respaldo legal da prova pericial no art. 192º do C.P. P
Muitas vezes para se chegar a uma conclusão mais próxima da realidade e da veracidade
é necessário a realização de pericias com objectivo de realizar-se análises minuciosas
dos factos alegados.
A realização destas pericias legais possui uma pequena divisão, podendo ser electivas
ou de urgência. A realização de pericias electivas são agendadas e geralmente são feitas
durante o dia, como por exemplo, as realizadas em lesões corporais por brigas, por
acidente de trânsito.
As de úrgencia, faz-se antes por ter maior subsídio para a realização da perícia,
independentemente do hórario, tendo como exemplo, o estupro e a embriaguez.
Quanto aos seus efeitos, as perícias médico-legais podem ser: retrospectivas,
prospectivas, de retratação e interpretativa.

8
A retrospectiva: é realizada no presente para elucidar factos ocorridos no passado, como
exemplo, um homicio, que já ocorreu, e a pericia tem o objectivo de levantar dados para
se chegar a uma conclusão da causa da morte e da possivel autoria do crime.
A prospectiva, é realizada no presente, mas que busca a pretensão de determinar acção
ou consequências futuras, como um exame de insanidade mental com o intuito de
ressocialização de determinados individuos.
A retratação: sendo a que cumpre com os ditames básicos da pericia realizada,
observando e relatando minuciosamente todos os detalhes que foram apurados.
A interpretativa: em que o perito designado, através de interpretações e associações de
factos apresentados para análise do caso concreto, chega a uma conclusão lógica de
determinados factos ocorridos.
Entre tanto, a medicina legal quanto ao refente a PMP conecta-se com o direito
processual penal devido a sua relevância nas lesões corporais, sexualidade criminosa,
aborto ilegal e ilicitude infanticídio, homicídio entre outros factos.
Em suma, a plicação da Medicina Legal no DPP não está só na gravidade dos crimes,
nos motivos e nas circuntàncias, mas também na qualidade e qualidade do dano, do
modo de execução, na complexidade do estado imotivo daquele que praticou o delito,
entre outros muitos aspéctos.4
5.1 A FUNÇÃO DO MÉDICO PERITO
O papel do médico perito judicial é orientar o juíz sobre questões técnicas de medicina
artigo 194º do código de processo penal.
O perito judicial deve se declarar impedido quando não puder exercer suas actividades
com imparcialidade e sem qualquer interferência de terceiros.
As pericias no ambito penal devem ser preferencialmente realizadas nas instituições
médico-legais 193º do código de processo penal.
6. A PROVA MÉDICA-PERICIAL NO ÂMBITO DO DIREITO DO TRABALHO
ANGOLANO
A prova médico pericial no âmbito do Direito do trabalho é uma das mais usuais, por
muitas vezes envolver doenças ocupacionais ou acidentes de trL´labalho no exercicio
laboral.
O regime de provas traçados pelo código de processso civil, sendo uma delas a prova
perícial, é aplicável ao processo laboral. No âmbito do Direito do trabalho é atribuído
grande peso, levando-se em conta que a maioria das decisões no âmbito da justiça do
trabalho se pautam nos laudos emitidos nas perícias médicas, em que pese muitas vezes
tal laudo não tenha carácter conclusivo.
‘’O argumento que embasa tal admissão tem sido crescentemente firmado na teoria da
equivalência das condições, onde qualquer das condições é causa de todas

4
Lívia de Oliveira Santos, em seu livro Medicina Legal e sua aplicação Prática no DPP: A Perícia Médico-
Legal como meio de Prova; pág. 28.

9
consequências, na medida em que eliminada uma das condições, o resultado não
existiria’’ Amorim 2012 não paginado.
Ai entra o papel da perícia médica, atestar o chamado nexo concausal. A problemática
gira em torno da interpretação e consequentemente da ponderação do laudo
inconclusivo pelo Juiz ou tribunal, que muitas vezes é entendido com base na teoria da
equivalência das condições e gera a responsabilidade excessiva e desordenada do
reclamado, considerando que o orgão julgador não tem conhecimentos técnicos para a
avriguação da extensão ou até mesmo existência do nexo concausal entre a doença
ocupacional e o trabalho.
A importância da pericia judicial no processo trabalhista é que a função do perito
trabalhista judicial é de avaliar todos os casos ligados a justiça do trabalho quando
nomeado pelo juiz, também é seu dever emitir laudos periciais, contendo o seu parecer
técnico como prova sobre as condições do trabalhador (reclamante), juntamente com a
empresa na qual move a acção( réu).
Apesar de todas pericias acabarem seguindo os mesmos moldes, algumas se diferenciam
pela máteria, pela complexidade e pela obrigatoriedade.
Podemos citar três tipos de pericias trabalhistas, nos interessa mais falar de duas sendo
as mais importantes:
Perícia médica: necessária quando o reclamante alega que sofreu um acidente de
trabalho ou que é portador de doença ocupacional. Isso porque é comum o pedido de
indemnização pelas más condições de trabalho, o que só poderá ser atestado por um
perito, ou até mesmo indemnização por acidente de trabalho, o que demandará a
investigação de um médico, fisioterapeuta ou outro especialista.
7. DOCUMENTOS DE PROVA MÉDICO-PERICIAL
Documentos são quaisquer objectos elaborados pelo homem com a finalidade de
reproduzir ou representar uma pessoa, coisa ou facto. 5 Assim sendo, apresentaremos um
conceito mais específico aos documentos médico- judiciais. Os documentos médico-
judiciáis são instruemntos escritos, ou simples exposições verbais mediante os quais o
médico fornece esclarecimentos à justiça.
7.1-ESPÉCIES DE DOCUMENTOS MÉDICO-PERICIAL
Notificações;
Atestado ;
Relatório;
Consulta;
Parecer;
Depoimento Oral.
NOTIFICAÇÕES

5
In Direito Processual Civil, de Antunes Varela 3ª edição pág. 196.

10
São comunicações compulsórias feitas pelos médicos competentes de um facto
profissional, por necessidade social ou sanitária, como acidente de trabalho, doenças
infecto contagiosas, uso habitual de substâncias entorpecentes ou crime de ação pública
que tiverem conhecimrnto e não exponham o cliente a procedimento criminal.( G. V.
França)
ATESTADOS
É a afirmação simples e por escrito de um facto e suas consequências. Para o nosso
trabalho importa falar do atestado judicial: este, é aquele expedido por solicitação do
Juiz ou que integra os autos judiciários. Atende a administração da justiça.
Tipos de atestados: De vacina; De sanidade(ou insanidade)física ou mental; De óbito.
RELATÓRIO
É a descrição minuciosa de um facto médico-legal e de suas consequências,
requesitadas por autoridade competente. Art. 197 CPP.
Tipos: o relatório recebe o nome de AUTO quando é ditado pelo perito ao escrivão,
durante ou logo após é denominado de LAUDO quando é redigido pelos próprio(s)
perit(os) posteriormente ao exame.
PARTES DO RELATÓRIO:
Preâmbulo: é a parte onde os peritos declaram suas identificações, títulos, residências,
qualificam a autoridade que a requereu e a autoridade que autorizou a perícia, o
examindo; a hora e a data em que a perícia é realizada e a sua finalidade.
Quesitos: são as partes formuladas pela autoridade judicial, pelo MP ou pelos
advogados das partes.
Histórico: consiste no registo dos factos mais significativos que motivam o pedido da
períciaou que possam esclarecer e orientar a acção do legisperito.
Descrição: é a descrição minuciosa, clara, metódica e singular de todos os factos
apurados directamente pelo perito. Constitui a parte essencial do relatório.
Discussão: é a análise cuidadosa dos factos fornecidos pelo exame e registrado na
descrição,compará-los con os informes disponíveis relatados no histórico,
encaminhando assim o entendimento do leitor à conclusão.
Conclusão: é o somatório de todos os elementos objectivos observados e discutidos
pelo perito, constituindo a decisão sintética natural da discussão elaborada.
Resposta aos Quesitos: as respostas aos quesitos formulados devem ser precisas e
concisas.

PARECER MÉDICO-LEGAL

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O parecer médico-legal é a resposta escrita de autoridade médica, de comissão de
prifissionaisou de sociedade científica, a consulta formulada com intuito de esclarecer
questões de interesse jurídico.
DEPOINTO ORAL
O depointo oral é um estrumento de prova médico-pericial em que fundamenta nos
esclarecimentos dados pelo perito, acerca do relatório apresentado pelo júri ou em
audiência de instrução e julgamento.

8. MODELOS DAS PROVAS MÉDICO-PERICIAIS


A prova médica pode ser dividida em duas partes: a Prova Clínica e a Prova Patológica.
1ªA Prova Clínica é a área da Medicina Legal dirigida para a actividade médica-
pericial na pessoa viva sempre que se necessita de uma prova com fundamentação
científica para o esclarecimento da justiça. Ela pode ser realizada pelos seguintes
exames:
-Exame directo ou preliminar
-Exame intercalar
-Exame psicossomático
-Exame sexual
-Exame final
2ª A prova Patológica é a área da Medicina Legal dirigida para a actividade médica-
pericial em cadáveres, esqueletos, com o objectivo esclarecer os mecanismos, tempo,
efeitos e causas que levaram o indivíduo à morte tornando-se um dos principais
compunentes da investigção criminal. As circunstâncias que procederam e circundaram
a morte, inspeções e coleta de prova no local onde o corpo foi encontrado são incluidos
neste tipo de prova.
Ela pode ser: a autópsia e exumação etc.
A Autópsia médico-legal
Uma das mais significativas tarefas da Medicina Legal é estabelecer em casos de morte
violenta causa médica da morte, ou seja, o mecanismo que originou o óbito do
indivíduo.6
Esta é necessaária sempre que haja uma morte violenta(acidente, suicídio, homicídio)
ou sempre que haja uma morte de causa indeterminada e que pela circuntâncias em que
ocorre possa levantar suspeita de ter havido a actuação de um agente externo que tenha
provocado a morte. Art.201, Código de Processo Penal.

6
Lívia de Oliveira Santos, Medicina Legal e sua aplicação prática no DPP: a perícia-médico legal como
meio de prova, pág 65

12
b)-A Exumação
a palavra exumar significa desenterrar o cadáver. Após a realização da exumação e
dirimida qualquer dúvida sobre a identidade do cadáver, os peritos efeturão um novo
exame do corpo delito para sanar as dúvidas as dúvidas existentes motivadoras da
exumação.
A exumação é diferente da inumação. A inumação é o interro ou o sepultamento.

9. PRESSUPOSTOS DA PROVA MÉDICO-PERICIAL


1º A perícia deve ser ordenada ou solicitada por ôrgãos competentes( o MP ou os
Ôrgãos de Polícia Criminal) via de regra;Art.195 nº1 CPP;
2º A perícia deve ser realizada em estabelecimentos, laborátorios ou serviço oficial
apropriado; Art.193 nº1; CPP.
3º A perícia via de regra deve ser feita por médico legistas; salvo excepções por
médicos com capacidade de fazer.
10. O VALOR DA PROVA MÉDICO-PERICIAL
A prova médica-perocial no processo judicial é um elemento demonstrativo de
autenticidade ou veracidade de um facto. Não são todos os factos que devem ser
demostrados, mas apenas aqueles que geram incertezas quanto a sua existência u forma
de ocorrência e que são impreecndíveis para o conjugamneto do processo. Desde modo
as provas desenpenham um papel de importância vital para a resolução de conflitos
existentes no mundo do Direito que os juizes examinam todas as possibilidades
existentes e resolvem situações que se poseram como complicadas.
No processo penal ninguém pode ser condenado se não houver provas médico-periais
especialmente ao nosso tema, que liguem o autor acto pelo qual está sendo acusado;
então as provas médicp-periciais desenvolvem uma função essencal, qual seja de
averiguar factos no processo e no meio social visto que o julgamento baseado em provas
médico-pericial não forma trabalho solitário do juiz, mas ao inverso é infiltrado no
âmbiente social que se evolui, estando assim firmemente enfestado por aspéctos
médicos.7

7
Lívia de Oliveira Santos, Medicina Legal e a sua aplicação np DPP; Página 53.

13
CONCLUSÃO
Este presente estudo, procurou demonstrar toda tragetória mundial e nacional da Prova
médica-pericial no processo judicial, o seu impacto e impotância em vários âmbitos.
Ficou evidente a grande relação da Medicina e o Direito nos de hoje. A prova médica-
pericial é um instruemento valioso para as sentenças judiciais.
O Direito busca apoio da Medicina Legal através da perícia médica-legal na busca de
certeza e verdade inabaláveis. Neste trabalho descrevemos algumas modalidades de
provas médica-periciais, alguns exames; onde o exame de corpo e delito( a prova
clínica) é considerada uma das maiores relevâncias nos processos judiciais.
O laudo pericial produzido por peritos capacitados tem objectivo de afastar todas as
dúvidas e incertezas geradas durante o processo e fica como um instrumento primordial
nas decisões dos juizes.
Em concluão, vamos afirmar que a prova médico-peririal é a prova técnica de
conhecimento médico, fático-científico que fornece subsídios essenciais para decisões
judiciais. A prova médica-pericial é de grande valia na maioria das vezes, para a
formação do entendimento do juiz que não dispõe de conhecimentos suficintes à
respeito da matéria médica.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Genival Veloso de França; Medicina Legal, 7ª edição de 2004.
2. Lívia de Oliveira Santos; Medicina Legal e suas aplicações Práticas no Direito
Processual Penal: a Perícia Médico Legal como meio de prova.
3. Antunes Varela; Direito Processual Civil.
4. Grandão Ramos; Direito Processual Penal, 2011.
5. Oliveira B, Santos; A valoração Pericial.
6. Carla Soares , A Indemnização da Vida e do Corpo nas Decisões Judiciais , 2010

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