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DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
E TRAUMATOLOGIA
COACHING
CANAL CARREIRAS POLICIAIS
MEDICINA LEGAL
Prezados, esse material é complementar ao estudo direcionado de vocês.
De acordo com a necessidade de cada assistido, o Coach irá recomendar o
estudo a título de aprofundamento ou revisão. Nossa missão aqui é estudar
os pontos com maior incidência no concurso de Delegado de Polícia e de
forma estratégica. Para tanto, selecionamos o que realmente cai e trazemos
os pontos e discussões principais, sempre balizados na estatística de
incidência em nossos certames policiais.
CAPÍTULO 1.
INTRODUÇÃO
A medicina legal é uma ciência aplicada que sistematiza suas técnicas e
seus métodos a favor da Administração da Justiça. Não se trata de uma
especialidade médica propriamente dita, mas sim da atuação da medicina
a serviço das ciências jurídicas e sociais.
DOCUMENTOS MÉDICO-LEGAIS
Documentos médico-legais são instrumentos escritos ou simples exposições
verbais objetivando elucidar a Justiça e servir como prova para formação
de convicção do juiz.
4. Pareceres;e
5. Depoimentos orais.
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1. NOTIFICAÇÃO:
Delton Croce ensina que as “notificações são comunicações compulsórias
às autoridades competentes de um fato médico sobre moléstias
infectocontagiosas e doenças do trabalho”, que tem como objetivo evitar a
disseminação da doença.
Trata-se de crime próprio, pois somente o médico pode ser sujeito ativo
desde delito, consumando-se o delito no exato momento da omissão, não se
exigindo qualquer resultado que advenha dessa conduta omissiva.
2. ATESTADOS:
São certificados médicos que atestam um fato. Importante, porém, destacar
que somente o atestado judiciário se caracteriza como documento médico-
legal. Aqueles atestados de saúde para faltar ao trabalho (atestados
oficiosos) ou para licença do serviço público (atestados administrativos) não
se afiguram como documentos médico legais.
3. RELATÓRIOS:
Trata-se de documento legal que descreve minuciosamente um fato médico
e suas consequências, em razão do interesse judicial desse acontecimento.
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O RELATÓRIO MÉDICO-LEGAL POSSUI SETE PARTES: preâmbulo, quesitos,
histórico, descrição, discussão, conclusões e respostas aos quesitos.
4. PARECER MÉDICO-LEGAL:
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A resposta à perícia desse especialista consubstancia o que a doutrina
denomina de parecer médico-legal.
5. DEPOIMENTO ORAL:
O depoimento oral deriva da oitiva do perito em juízo, com valor probatório
de prova técnica, e não testemunhal. Dessa forma, quando o perito é
chamado a falar em juízo sobre alguma divergência apontada pelas, ele
atua na condição de perito, e não de testemunha.
O perito não afirmará que houve um estupro, ele relatará que há indícios de
conjunção carnal. Porém, como sabemos, o estupro exige o dissenso da
vítima. Nesse caso, cabe ao Delegado de Polícia, buscar elementos que o
possibilitem afirmar que houve não só a conjunção carnal, mas também o
constrangimento. Ou seja, a autoridade deverá colher indícios de que a
atuação do agente foi criminosa, forçada, contra a vontade da vítima.
TRAUMATOLOGIA FORENSE
A traumatologia médigo-legal estuda as lesões e estados patológicos
produzidos sobre o corpo humano, apresentando o seu diagnóstico e
prognóstico. A traumatologia estuda também as diversas espécies de
energias vulnerantes que atuam sobre o corpo humano.
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ENERGIAS DE ORDEM MECÂNICA:
As energias de ordem mecânica são aquelas capazes de modificar o estado
de repouso e movimento de um corpo, produzindo lesões em parte ou no
todo. Essas energias são representadas por elementos concretos, elementos
que podemos “pegar com as mãos”. Ex. martelo, tesoura, faca.
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Camadas da Epiderme: (em sequência)
1. Camada Basal – Camada mais profunda da pele, geradora das
células da epiderme, só com células vivas.
2. Camada Espinhosa;
3. Camada Granulosa;
4. Camada Lúcida;
5. Camada Córnea – Camada mais superficial da pelo, onde as células
perdem o núcleo.
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Lesão em linha: ocasionada por agente cortante deslizando sobre a pele,
também conhecida como lesão em arco de violino. Ex. faca que desliza
sobre a pele.
Lesão em plano: ocasionada por agente contundente. Ex. soco.
Por vezes, esse instrumento perfurante adentra por uma parte do corpo e sai
por outra. O ferimento de saída, quando presente, se apresenta mais
irregular e com diâmetro menor do que o de saída.
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Lei de Langer ou Polimorfismo — Feridas ocasionadas por instrumentos
perfurantes de médio calibre, quando produzidas em região de
entrecruzamento e superposição de fibras elásticas, acarretam aspecto
estrelado, bizarro, anômalo ou polimorfo.
Por sua vez, pode ocorrer da profundidade da lesão ser maior do que a do
comprimento do próprio objeto perfurante, pois há regiões no corpo
humano que possuem maior depressibilidade dos tecidos. A essas lesões, a
doutrina chama de “FERIDAS EM ACORDEÃO” (localizadas geralmente no
abdômen). Ex: lâmina curta que, em razão da depressão da pele, consegue
atingir órgãos profundos.
folha de papel.
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As feridas incisas (cortantes) são lineares, apresentam bordas regulares,
profundidade também regular e hemorragia abundante. As feridas incisas
têm um predomínio da extensão em relação à profundidade, com maior
sangramento. São características inversas a das feridas punctórias.
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atingidos vasos calibrosos ou pela secção da medula. As consequências
jurídicas mais importantes são o homicídio e suicídio.
A ferida cirúrgica é diferente da ferida incisa, pois reside fundo plano, onde
não podemos averiguar nem o ponto de entrada e nem mesmo o ponto de
saída.
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A data da ferida incisa é determinada e avaliada pela própria evolução do
processo de cicatrização da pele.
Genival Veloso França, com o brilhantismo que lhe é peculiar, afirma que há
distinção clara entre as lesões no pescoço a título de homicídio ou suicídio.
Segundo o autor, nos casos de homicídio, o autor da agressão sempre se
posiciona por trás da vítima, provocando um ferimento da esquerda para a
direita, em sentido horizontal, uniforme, terminando com a mesma
profundidade do início, ligeiramente voltado para cima.
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As contusões podem ser ativas, passivas ou mistas. Nas contusões ativas, o
instrumento vulnerante vem de encontro à superfície corpórea. Ex.; soco. Nas
contusões passivas, a superfície corpórea (a vítima) vai de encontro ao
instrumento vulnerante. Ex.; a pessoa cai e bate com a cabeça no solo.
Assim, a atuação pode ser ativa/direta, passiva/ indireta ou mista (a
combinação de ambas).
tecido.
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podem deixar a sua marca na lesão e, como tal, pode ser determinante
para formar a justa causa que se busca através dos elementos que são
colhidos na fase de investigação policial.
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Esse fenômeno de alteração da cor da
equimose só ocorre nos vivos, pois se trata de uma reação vital ao próprio
extravasamento do sangue. No morto, a equimose (produzida quando a
vítima ainda estava viva) mantém a sua coloração até surgirem os
fenômenos da putrefação, que modificação sua tonalidade.
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Primeiramente cumpre destacar que os livores são reações abióticas e a
equimose biótica, ou seja, ocorre quando o ser está vivo. Para
diferenciarmos adota-se a Técnica de Bonnet: Deve ser feita uma incisão na
pele e observar os tecidos embaixo do corte. Se vermos um pontilhado de
sangue saindo dos vasos, estaremos diante de livores. Se os tecidos estiverem
impregnados por sangue, estaremos diante de equimose.
ligamento.
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Desnivelamento dos ossos (desarticulação óssea), total ou parcial, do
contato.
EM RESUMO:
Entorse - Estiramento ou ruptura dos ligamentos;
Luxação – Desarticulação óssea;
Fratura – Ruptura óssea.
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Outras espécies de lesões contusas: atropelamento; lesões ocasionadas por
artefatos explosivos, lesões por cinto de segurança.
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Lesões produzidas por ações cortocontudentes
São ferimentos produzidos por instrumentos que não apenas cortam, como
também contundem, cuja ação e efeitos se explicam não só pelo gume que
apresentam, como também pelo seu peso e pela força viva com que são
acionados. Há gume, mas a pressão se faz sem deslizamento.
LESÕES ESPECIAIS:
ESCALPE: arrancar o couro cabeludo da vítima, como ocorre na batida de
carro em que o contato com o vidro gera arrancamento parcial do couro
cabeludo.
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ESQUARTEJAMENTO: É o resultado da atuação de energia vulnerante que
divide o corpo em quatro pedaços.
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As armas de fogo utilizam a força dos gases gerada pela queima da pólvora
para lançar um projétil. São máquinas térmicas, como os motores dos carros
e as caldeiras, ou seja, utilizam a transformação em gás da pólvora ou do
combustível ou, ainda, da água para realizarem as suas funções.
Projétil
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As lesões características desses instrumentos se apresentam através de um
orifício de entrada (sempre), um trajeto (sempre) e um orifício de saída (nem
sempre).
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3. Orla de Enxugo: Ocorre pela passagem do projétil através dos tecidos,
deixando neles as suas impurezas. Quando há a orla de enxugo e também a
de escoriação, teremos o Anel de Fisch.
4. Zona de Tatuagem: Resulta da impregnação de grãos de pólvora
incombusta que alcançam o corpo e se incrustam na pele. Orienta a perícia
quanto à posição da vítima e do agressor. É sinal indiscutível de orifício de
entrada. Não sai com a lavagem, somente com procedimento cirúrgico
(somente presente no tiros a curta distância ou com cano encostado)
5. Zona de Esfumaçamento: Formada pela fuligem resultante da combustão
da pólvora. É chamada de zona de falsa tatuagem, pois sai com a lavagem.
Pode não aparecer na pele protegida por vestes. (somente presente no tiros
a curta distância ou com cano encostado)
6. Zona de Queimadura ou Chamuscamento: Resultado da ação
superaquecida dos gases, queimando a pele. (somente presente no tiros a
curta distância ou com cano encostado)
7. Sinal de Schusskanol: Esfumaçamento encontrado no túnel do tiro diante
de tiros de cano encostado ou a curta distância.
8. Sinal de Benassi: Trata-se de tatuagem escura que fica impregnada no
osso (mancha escura), em decorrência de disparo com cano encostado.
9. Boca de Mina de Hoffmann: Trata-se de ferida de entrada de projétil de
arma de fogo quando diante de tiro com cano encostado quando há
superfície óssea no local do disparo. Muito comum em execuções e suicídio.
Nesse caso, ao contrário da regra, as bordas da lesão ficam evertidas (pra
fora).
10. Boca de fechadura: Ocorre nos ossos da calvária, quando o projétil tem
incidência tangencial, porém com um mínimo de inclinação suficiente para
penetrar na cavidade craniana, se assemelhando a um buraco de
fechadura.
11. Ferida em sedenho: Caracteriza-se pela ferida oblíquoa provocada por
projétil de arma de fogo, somente atingindo a pela, sem as demais
camadas.
12. Rosa de Tiro de Cevidalli: Conjunto de feridas oriundas de projeteis
múltiplos, diante de disparo de espingarda. De início, os múltiplos projéteis
caminham juntos, e depois vão se separando, abrindo-se em área de
projeção, de diâmetro cada vez maior e constituindo-se o que se chama de
“Rosa de Tiro”. Quanto maior a rosa de tiro, em tese, mais distante o disparo
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e vice-versa.
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AS LESÕES PODEM SER CLASSIFICADAS, SEGUNDO A DISTÂNCIA DO DISPARO, EM:
TIRO ENCOSTADO: Todos os elementos do disparo alcançam o alvo. O orifício
de entrada tem a forma irregular, denteada ou com entalhes, pela ação
resultante dos gases que descolam e dilaceram os tecidos. As bordas são
evertidas, em geral não há sinais de outros elementos do disparo na pele,
pois penetram na ferida juntamente com o projétil a este fenômeno
chamamos Câmara de Mina de Hoffmann, sendo mais comum nos tiros
encostados na fronte. Nos tiros encostados no crânio, nas costelas e
escápulas, podemos encontrar um halo fuliginoso na lâmina externa do osso
referente ao orifício de entrada chamado de Sinal de Benassi. Ainda na
entrada podemos observar o Sinal de Werkgartner, que representa o
desenho da boca e da alça de mira da arma (pela zona de tatuagem
esfumaçamento).
- TIRO A CURTA DISTÂNCIA: Apresenta a forma arredondada ou ovalar,
bordas invertidas, aréola equimótica, orla de contusão e enxugo, as zonas
de tatuagem e esfumaçamento;
- TIRO A LONGA DISTÂNCIA: Apresenta a forma arredondada ou ovalar,
bordas invaginadas, aréola equimótica e orlas de contusão e enxugo. Há
somente ação mecânica do projétil.
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Nos tiros a curta distância, diante de arma com projéteis múltiplos, é possível
verificar, por vezes, a presença de bucha pneumática no local da lesão.
Essa bucha é utilizada para retardar a dispersão dos projeteis, promovendo
maior estabilidade ao tiro. Quando encontrada no local da lesão,
caracteriza o disparo a curta distância ou com cano encostado.
CALIBRE
Calibre nominal é o que vem escrito pelos fabricantes dos projéteis. Já o
calibre real é aquele medido entre as raias do cano da arma.
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transferida ao tecido. Esse fenômeno é verificado durante o trajeto do
projétil, dentro do organismo da vítima, apresentando-se como um forte
deslocamento de ar, derivada da pressão do projétil, que resulta em diversas
lesões a tecidos internos. De acordo com o tamanho da cavidade
temporária, a lesão de saída pode ser muito grande ou até mesmo menor
do que o orifício de entrada.
Nos PAF de alta velocidade, na maioria das vezes, as lesões são bem
parecidas com as de baixa velocidade. Contudo, segundo Prof. Higino, as
feridas de projeteis de fuzil (alta velocidade) na cabeça podem ser tão
devastadoras de modo a impossibilitar a distinção entre a ferida de entrada
e saída do projétil.
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Importante, contudo, destacar que os projeteis de maior velocidade
provocam cavidades temporárias maiores, pois a pressão transmitida ao
organismo é muito mais acentuada.
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LESÕES CAUSADAS POR ENERGIA TÉRMICA
Termonoses - As termonoses ocorrem quando a ação da onda térmica não
atinge diretamente o organismo. Ação difusa da fonte térmica através da
irradiação. As termonoses dividem-se em:
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Há doutrinadores que classificam a lesão as queimaduras da seguinte forma:
1. Superficiais (vermelhidão, eritemas);
2. Parciais Superficiais (destroem a epiderme até a camada basal,
apresentando flictenas – bolhas);
3. Parciais Profundas (destroem a derme da pele, sem afetação dos
anexos cutâneos);
4. Destroem todos os planos da pele, inclusive os anexos cutâneos.
Engana-se quem pensa que apenas o calor pode causar lesões. O frio
também pode! O frio pode produzir lesões:
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orelhas, dedos, pés), com subsequente perda das mesmas. Ex. Mal das
trincheiras.
CAPÍTULO 2.
LESÕES CAUSADAS POR ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica é outra espécie de energia de ordem física, que pode
causar graves distúrbios do organismo humano e, até mesmo, a morte.
A corrente elétrica somente entra onde ela pode sair. Para sair ela tem que
soltar os elétrons em algum lugar. Toda eletricidade do planeta escorre para
a terra. Por isso, se encostarmos-nos a um fio de alta tensão, mas estivermos
de bota emborrachada o corpo não será atingido pela corrente.
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Quando a energia elétrica atinge um ser humano, tudo pode acontecer, ele
pode não sofrer nada, como também morrer carbonizado. Duas são suas
formas de energia elétrica: natural (atmosférica) e industrial. A ação da
primeira é a fulminação e da segunda, a eletroplessão.
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1. ENERGIA ELÉTRICA NATURAL: denomina-se fulguração ou fulminação o
efeito da eletricidade natural (atmosférica). Os acidentes surgem
quando a vítima é apanhada diretamente pela descarga de uma
nuvem (raios) sobre o solo ou, então, indiretamente, quando a
descarga se origina de uma nuvem sobre outra.
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A fulguração, além do Sinal de Lichtenberg, pode acarretar lesão ao
tímpano, visão e no sentido nervoso. Dentre essas lesões à visão, a literatura
traz duas espécies bem características:
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EFEITO JAULE – Transformação da energia elétrica em calor, podendo causar
queimaduras em todos os graus. Causa até mesmo carbonização!
RESISTÊNCIAS CORPORAIS:
De acordo com o ESTADO DA PELE:
1. Pele seca, áspera, espessa, calosa, queratinizada, carbonizada,
protegida por borracha, cerâmica Maior proteção.
2. Pele úmida, lisa, delgada, suada, sem proteção isolante Menor
proteção.
ASSOCIAÇÃO EM PARALELO
A corrente procura sempre a menor resistência e o caminho mais curto, se o
individuo estiver calçado com sapado de borracha, a energia continuará a
correr no fio. Se estiver descalço e dentro de uma possa de água o seu
corpo, em baixa resistência, será um chamariz para a energia e será
absorvido por grande parte da energia que corre nos fios. Uma parte da
energia vai continuar passando pelo fio e outra será absorvida pelo
organismo humano.
ASSOCIAÇÃO EM SÉRIE
Quando ocorre associação em série o individuo recebe a corrente em sua
totalidade. Isso acontece quando o individuo segura a ponta de um fio
arrebentado. Nesse caso, haverá maior risco de dano ao organismo do que
diante da associação em paralelo, pois nesta o indivíduo recebe parte da
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energia.
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para funcionar com determinado padrão de energia elétrica. Assim, quando
uma energia elétrica atinge o ser humano acaba por alterar a fisiologia
elétrica do individuo, acarretando a possibilidade de sérios prejuízos.
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LESÕES CAUSADAS PELA RADIOATIVIDADE
A radioatividade, aos poucos, causam lesões que podem causar a morte. A
energia radioativa atinge o átomo e transfere para ele elevado nível de
energia. O átomo absorve uma quantidade considerável de energia e vai
liberando-a aos poucos. Alguns exemplos de fonte de radiação incluem: os
raios X, rádio e cobalto radioativos, compostos do bário, tório, etc.
A partícula alfa, quando expelida não ultrapassa nem mesmo uma folha de
papel. A partícula Beta não consegue adentrar na pele, causando apenas
certa vermelhidão. No entanto, a partícula gama adentra a pele,
ultrapassando até mesmo o chumbo, sendo bloqueada apenas pelo
concreto (pode causar grande prejuízo ao corpo humano). O individuo se
protege muito bem, quando vestido, das radiações ALFA E BETA, no entanto,
quando diante da radiação gama, somente o tempo de permanência sob
o contato com a radiação pode determinar uma garantia de não prejuízo
ao individuo.
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1. Diminuição da pressão atmosférica: quanto maior a altitude, menor
será a pressão atmosférica e também menor a quantidade de
oxigênio. Isso força o coração trabalhar mais no sentido de compensar
a falta de oxigênio, acarretando dispneia, náuseas, taquicardia, e até
perda da consciência. Esse fenômeno é conhecido como Mal das
Montanhas ou do Aviador.
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MANOBRA DE TOYMBEE – Consiste em tampar o nariz e simular uma deglutição.
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Vamos ver se você aprendeu? Qual tipo de agente vulnerante atua na
asfixia? Físico-Químico!
TIPOS DE SUFOCAÇÃO
A) Sufocação Direta – Obstrução direta dos orifícios respiratórios. Este tipo de
asfixia é realizado quando diante de desproporção física da vítima para
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com o homicida ou diante de situação em que a vítima tenha a sua
resistência reduzida. Este deverá ser muito mais forte do que a vítima para
provocar a sufocação direta com êxito. Outra forma de realizar a sufocação
direta decorre da obstrução das vias aéreos (normalmente, acidentais, em
idosos, crianças e bêbados). A pessoa que, por exemplo, aspira o chiclete
bloqueando as vias aéreas. Pode deixar marcas ou não, quando diante de
obstrução dos orifícios respiratórios, a depender do modo.
MODIFICAÇÃO DO AR AMBIENTAL
Afogamento – Liquido
Soterramento – Sólido Granular
Confinamento – Gases não tóxicos, porém que não servem para a
respiração.
A) Soterramento:
Caracterizado quando a pessoa está viva no momento do desabamento e
acaba por se asfixiar ao respirar o material sólido que cai sobre si. Para tanto,
deve ser aberto o cadáver e analisar as vias aéreas com intuito de averiguar
se há material do desabamento em sua arvore respiratória e também no
sistema digestório. Caso haja, podemos caracterizar a morte por asfixia
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O Cogumelo de espuma caracteriza um
edema de pulmão, tratando-se de um sinal característico na morte por
soterramento, afogamento, eletroplessão e outras mais. Assim, o cogumelo
de não é um sinal patognomônico.
B) Confinamento
Ocorre quando a vitima está em um local sem circulação do ar que, por
conseguinte acaba por tornar insuficiente a presença de oxigênio a fim de
propiciar a oxigenação do organismo humano. O nosso organismo quando
entra em um ambiente com menos de 7% de oxigênio não agüenta e o
individuo acaba por desmaiar, causando a morte em seguida. (morte muito
comum em poços, onde o ar é paupérrimo; em pessoas que são
locomovidas dentro da mala de um carro após um tempo de permanência
no local; pessoas que ficam afundadas em submarino ou mesmo dentro da
geladeira).
C) Afogamento
Trata-se de asfixia por alteração do ar ambiental, do estado gasoso para o
liquido. O afogamento se dá através da aspiração e ingestão da água. Em
virtude disto, os sinais de morte por afogamento podem ser encontrados no
sistema respiratório e também no digestivo.
IMPORTANTE: A água do sangue tem mais sal do que a água doce e menos
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A) AFOGAMENTO EM ÁGUA DOCE:
Na água doce há sal, porém em menos quantidade do que na água
salgada.
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DIFERENÇA DO SANGUE DA VÍTIMA DO AFOGAMENTO:
AFOG. EM AGUA SALGADA – SANGUE MAIS DENSO (MENOS DILUÍDO) – Menor
o ponto crioscópico (PONTO DE CONGELAMENTO DO SANGUE).
AFOG. EM AGUA DOCE – SANGUE MENOS DENSO (MAIS DILUÍDO) – Maior o
ponto crioscópico (PONTO DE CONGELAMENTO DO SANGUE).
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hidrocussão, que acarreta uma parada cardíaca. Nesse caso, de fato, a
causa da morte não foi o afogamento.
TIPOS DE ENFORCAMENTO:
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1. Enforcamento Típico – nó do enforcamento na parte superior (traseira)
do pescoço. No enforcamento típico a cabeça do individuo fica
posicionada para frente.
2. EnforcamentoAtípico – nó do enforcamento na parte anterior ou
lateral do pescoço. No enforcamento atípico, se o nó estiver na parte
anterior do pescoço a cabeça ficará direcionada para trás; já se o nó
estiver na lateral, a cabeça ficará direcionada para o lado oposto do
nó.
IMPORTANTE: A cabeça fica sempre ao lado oposto do nó, seja
enforcamento típico ou atípico.
RESUMO:
O estrangulamento deixa sulco horizontal e abaixo do osso hioide.
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Como definir s a suspensão do corpo no enforcamento foi feita em vida ou
após a morte, para mascarar a real causa?
Deve-se analisar sinais de reações vitais, tais como a presença de cianose,
petéquias acima do laço, aumento do volume da língua e edemas.
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As estruturas amareladas são os
nervos vagos, ligados ao bulbo. A afetação do nervo vago pode causar a
parada cardiorrespiratória ou perda de demais funções do organismo.
hióide, que se localiza acima da laringe. É muito difícil causar uma asfixia no
pescoço sem lesionar o osso hióide.
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O alvéolo é responsável pela hematose, troca de gás carbônica, atuando
em conjunto com os vasos capilares a fim de proporcionar a oxigenação do
sangue. O sangue chega no pulmão com pouco oxigênio e sai com muito
oxigênio. O sangue pouco oxigenado recebe o oxigênio dos pulmões e é
direcionado para o organismo.
ASFIXIAS QUÍMICAS
Monóxido de Carbono, Cianeto Ácido, Organo-Fosforados (pesticidas);
Carbamato (Chumbinho) e Curare.
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carboxihemoglobina. Se houver presença de mais de 50%, podemos
caracterizar a morte por intoxicação por CO.
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