O documento discute documentos médico-legais, incluindo três tipos principais: atestados médicos, relatórios médico-legais e pareceres médico-legais. Atestados médicos são declarações simples de um fato médico e suas consequências, enquanto relatórios médico-legais registram todos os fatos relevantes de uma perícia médica solicitada por uma autoridade competente.
O documento discute documentos médico-legais, incluindo três tipos principais: atestados médicos, relatórios médico-legais e pareceres médico-legais. Atestados médicos são declarações simples de um fato médico e suas consequências, enquanto relatórios médico-legais registram todos os fatos relevantes de uma perícia médica solicitada por uma autoridade competente.
O documento discute documentos médico-legais, incluindo três tipos principais: atestados médicos, relatórios médico-legais e pareceres médico-legais. Atestados médicos são declarações simples de um fato médico e suas consequências, enquanto relatórios médico-legais registram todos os fatos relevantes de uma perícia médica solicitada por uma autoridade competente.
servir de prova. Conceito de Documento Médico Legal
Será documento médico legal uma
declaração escrita, de interesse jurídico, firmada por médico, sobre matéria médica. Tipos de Documentos Médico Legais Em Medicina Legal são reconhecidos três tipos de documentos:
1 – O Atestado Medico. 2 – O Relatório Médico-Legal. (Auto e Laudo). 3 – O Parecer Médico-Legal. Atestado Médico
Segundo SOUZA LIMA o atestado médico
é definido como “a afirmação simples e por escrito de um fato médico e suas conseqüências”. Condições para que este documento produza seus efeitos: a) Que o médico tenha realmente praticado o ato (exame, intervenção cirúrgica, parto, biópsia, etc.).
b) Que o médico esteja legalmente habilitado, ou
seja, que tenha autorização legal para o exercício da Medicina: posse de um título idôneo (diploma expedido por estabelecimento de ensino oficial ou particular reconhecido, ou prova de revalidação de diploma estrangeiro, de conformidade com a legislação em vigor), registros, anotações e inscrição no Conselho Regional de Medicina da respectiva Região. Condições para que este documento produza seus efeitos:
c) Que não esteja sujeito à interdição de
direito mencionada no n.º IV do artigo 69 do Código Penal: “incapacidade temporária para a profissão ou atividade cujo exercício depende de habilitação especial ou de licença ou autorização do poder público”. Tipos de Atestados a) Atestados clínicos - Possuem múltiplas finalidades, entre as quais certificar condições de sanidade ou enfermidade, conseqüências de intervenções cirúrgicas, impossibilidade de comparecimento ao trabalho por determinado número de dias, etc. Atestados Clínicos
Os atestados deste tipo, de regra são dirigidos em folhas
de receituário, sempre por profissionais legalmente habilitados, como já foi referido acima. No cabeçalho de papel para receitas são obrigatórios os seguintes dados: nome do profissional, sua qualidade de médico (ou cirurgião dentista), número de inscrição no Conselho Regional de Medicina (ou de Odontologia), CPF (?), endereço do consultório, número de telefone, CEP e cidade. Em caráter facultativo: residência, especialidade, horário das consultas, alguns títulos profissionais, científicos e relacionados com o magistério. Atestados Clínicos (continuação)
O atestado clínico é sempre fornecido a pedido
do interessado, e este fato deve ser declarado, exceção feita aos atestados de sanidade, às vezes chamados “laudos de capacidade”, para ingresso no funcionalismo público (federal, estadual ou municipal), fornecidos por médicos de instituições oficiais, após exames minuciosos. Atestados Clínicos (continuação)
A seqüência da declaração é a seguinte:
qualificação da pessoa (com residência, se necessário ou conveniente); referência à solicitação do interessado; às vezes a finalidade a que se destina (fins escolares, fins militares); o fato médico e suas conseqüências. Atestados Clínicos (continuação) Importante:
Não esquecer as regras de segredo
profissional (artigo 154 do Código Penal) : “revelar alguém, sem justa causa, segredo de que tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a outrem”. Atestados e o Código de Ética Medica O Código de Ética Médica também cuida da matéria: Capítulo X - Atestado e Boletim Médico. É vedado ao Médico:
Art. 110: Fornecer atestado sem ter praticado ato
profissional que o justifique, ou que não corresponda à verdade. Art. 111: Utilizar-se do ato de atestar como forma de angariar clientela. Art. 112: Deixar de atestar atos executados no exercício profissional, quando solicitado pelo paciente ou seu responsável legal. Parágrafo único: O atestado médico é parte integrante do ato ou tratamento médico, sendo o seu fornecimento direito inquestionável do paciente, não importando em qualquer majoração dos honorários. Art. 113: Utilizar-se de formulários de instituições públicas para atestar fatos verificados em clínica privada. Atestado Médico e Decreto Estadual n.º 19.276/50 A assinatura do atestado será aposta, juntamente com o local e data, obrigatoriamente sobre selo médico ou atestado padronizado, a não ser nos seguintes casos (Decreto Estadual n.º 19.276/50): a) atestados de saúde para fins militares; b) atestados de saúde para fins eleitorais) atestados de saúde que tenham por fim instrução de processos de Assistência Jurídica, nos termos das leis processuais; d) atestados de saúde expedidos no interesse dos hansenianos, seus filhos e parentes e suas caixas beneficentes. Atestados para internação
Há algumas doenças, cuja notificação por parte dos
médicos às autoridades sanitárias é obrigatória, havendo preceitos legais que regem o assunto. O Código Penal ( art. 269 ) estabelece penas para os médicos que deixarem de “ denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória”. Neste caso não de se invocar o dever do sigilo, uma vez que um interesse maior, o da coletividade, está em pauta; a revelação é necessária: é a justa causa a que se refere o artigo 154. Atestados para internação (cont.) A finalidade da notificação compulsória é dupla: fornecer elementos para as estatísticas demógrafo - sanitárias e permitir o emprego de outras medidas profiláticas, entre as quais o isolamento ( ou internação hospitalar compulsória ).
São passíveis, ainda, de notificação, além das doenças infecto-
contagiosas (algumas), as toxicomanias ou intoxicações habituais por substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica. Finalmente, ainda que não seja para internação, é obrigatória a notificação de doenças profissionais e das produzidas por condições especiais do trabalho comprovadas ou suspeitas. (CAT – comunicação de acidente do trabalho) Atestados para fins previdenciários
São as comunicações de infortúnios e
doenças para obtenção de benefícios previdenciários. Para que não haja rejeição deste tipo de atestado necessário se faz que no atestado conste o código numérico do Código Internacional de Doenças. Atestados judiciários Com esta denominação, HÉLIO GOMES incluía os atestados requisitados por juiz, como, por exemplo, aqueles com que os jurados justificam suas faltas às sessões do Tribunal do Júri. Como se sabe, o serviço de júri é obrigatório (art. 434, CPP). De acordo com o parágrafo 4º do art. 443, “sob pena de responsabilidade, o presidente só revelará as multas que incorrerem os jurados faltosos, se estes, dentro de quarenta e oito horas, após o encerramento da sessão periódica, oferecerem prova de justificado impedimento”. Justificado impedimento será, certamente, a impossibilidade de comparecimento por motivo de doença, comprovada por atestado médico. ATESTADOS FALSOS O atestado é chamado de gracioso, de favor ou complacente quando fornecido a alguém por amizade ou por qualquer outro motivo. Não se efetiva o ato médico (exame, por exemplo). Às vezes é dado com fim de lucro. É improcedente a alegação de que sua finalidade é meramente protocolar, sem importância. ATESTADOS FALSOS e o Código Penal Um atestado gracioso ou “lucrativo” poderá vir a caracterizar um “atestado falso”, punível, nos termos do artigo 302 do Código Penal: Art. 302 - Dar o médico, no exercício da sua profissão, atestado falso: Pena - detenção, de um mês a um ano. Parágrafo único - Se o crime é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa, de mil cruzeiros a seis mil cruzeiros. RECOMENDAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO ATESTADO 1 - escrever com clareza, de modo legível; 2 - mencionar no texto a finalidade para a qual foi solicitado o documento. 3 - referir quem solicitou o atestado. 4 - colocar o nome completo da pessoa examinada. 5 - jamais atestar sem exame, e inserir esta idéia no texto. RECOMENDAÇÕES PARA PREENCHIMENTO DO ATESTADO 6 - colocar diagnóstico não é procedimento anti-ético se tal especificação for do interesse do paciente. 7 - Poderá ser empregado o Código Internacional de Doenças. 8 - mencionar local e data. 9 - utilizar papel com timbre ou, pelo menos, com carimbo que refira o nome e registro do Conselho de Medicina com clareza. Atestado de Óbito
É parte integrante de um Documento
Complexo que se chama Declaração de Óbito Atestado de Óbito Relatório Médico-Legal O relatório médico legal, auto ou laudo, é o registro de todos os fatos pertinentes de uma perícia médica praticada, em regra, por peritos oficiais e solicitada por autoridade competente. Chama-se auto se for ditada à um escrivão logo após o exame. Se for redigido posteriormente pelos peritos chama-se laudo. Partes do Relatório Médico-Legal
O relatório médico legal contém,
classicamente, as seguintes partes: Preâmbulo. Quesitos. Histórico. Descrição. Discussão. Conclusões. Resposta aos quesitos. Preâmbulo É a introdução do relatório médico legal e serve-lhe como cabeçalho. Fazem parte do preâmbulo: Nome e identificação da autoridade que determinou a perícia; Nomes e títulos dos peritos ( e residência nos casos dos louvados ); Finalidade do exame; Qualificação do examinado; Transcrição dos quesitos. Preâmbulo (cont.)
Na área criminal os quesitos são oficiais,
padronizados para os principais tipos de perícia podendo ser solicitados ou não quesitos acessórios ou suplementares. Na área cível os quesitos são apresentados pela autoridade requisitante e pelos patronos das partes. Preâmbulo (exemplo) Histórico
É o relato do fato ou circunstância a ser esclarecida e
que deu origem à perícia e ao procedimento judiciário do qual ela é parte integrante. Nesta parte do relatório cabem informes colhidos de diversas fontes e maneiras: da vítima, da autoridade requisitante, elementos colhidos nos autos e de terceiros. Entre estes, os de outros profissionais (médicos, peritos criminais, dados de prontuários hospitalares, de autos ou laudos anteriores ou outros documentos relacionados com o caso). Os peritos podem e devem ouvir testemunhas ou interessados. Histórico (cont.) Esta parte do laudo possui, em Medicina Legal, escasso valor, por ter a presunção de falsidade em função dos interesses das partes envolvidas. Todavia, quando coincidirem com informações fidedignas ou com as verificações pessoais dos peritos, tornam-se peças importantes esclarecendo e completando o exame e as suas conclusões. No histórico devem ser registrados: Hora, dia e local do fato; Natureza do evento: agressão, acidente... Número de agressores se for o caso; Tipo de agente vulnerante; Regiões do corpo atingidas; Local e tipo de atendimento médico, tempo de internação. Outros informes. Descrição É a reprodução precisa, fiel e minuciosa de tudo que o perito viu, dos elementos colhidos no decorrer do exame, dos resultados das provas laboratoriais, exames radiológicos e outros exames solicitados. O perito fará o “visum et repertum” dos textos clássicos. Tem de ser metódica, clara, numerada em itens distintos. Os fatos descritos objetivos são a base sobre a qual assentarão as partes restantes do relatório médico legal. Descrição (cont.) Sempre que possível deverá ser ilustrada com fotos, esquemas de lesões, representação tridimensional dos trajetos dos projéteis. As lesões não devem ser descritas apenas pelos nomes e sim tendo em conta o número, sede (região anatômica e pontos de reparo fixos), forma, dimensões, direções, profundidade, aspectos das bordas, coloração, entre outros. Não deve ensejar, jamais, diferenças com outros examinadores. Descrição (cont.)
É a parte mais importante
do relatório médico legal.
Obs.: Pergunta comum em
concursos!!! Discussão Consiste na interpretação dos fatos, diagnósticos, prognósticos – quando possível – e outros elementos considerados necessários. Nela os peritos comentam os dados obtidos pelo exame, cotejando-os com os informes registrados no histórico, discutem as várias hipóteses, exteriorizam suas impressões pessoais, analisam cuidadosa e pormenorizadamente a matéria e, se for o caso, documentam suas assertivas com referências e citações dos tratadistas. Discussão (cont.) Do cotejo dos dados, dos elementos estudados e discutidos, forçosamente surgirão as conclusões. Sempre que o assunto causar estranheza, tal deve ser confessado sem receio ou vacilação. Em psiquiatria forense esta parte do relatório denomina-se considerações psiquiátrico- forenses. Discussão (cont.) A discussão deve ser orientada, principalmente para encaminhar as deduções periciais que as conclusões e os quesitos conterão. Apesar de não ser da competência do legista a afirmação da natureza jurídica do fato, ele deve, dentro do possível, fornecer elementos que permitam caracterizá-la. Conclusões São a síntese diagnóstica, a análise sumária do que foi deduzido e concluído do histórico e do exame minucioso, decorrência lógica e inevitável do raciocínio na discussão. Em suma, baseia-se em elementos objetivos e comprovados; representam a síntese de tudo e justificam as respostas aos quesitos. Sua redação deve ser clara e sintética, rejeitando ao máximo a nomenclatura complexa, se possível numeradas e ordenada de maneira coerente. Resposta aos Quesitos Constituem o resumo da totalidade que os peritos observaram, descreveram, discutiram e concluíram. Devem ser simples, sucintas, convincentes, sempre que possível “telegráficas”, afirmativas ou negativas. Às vezes, todavia, os peritos não podem concluir afirmando ou negando. Assim, não há demérito, em certas ocasiões, responder: “sem elementos”, “provável”, “prejudicado”, “pode resultar”, “aguardar evolução”, entre outras. Todos os quesitos devem ser respondidos ainda que seu objeto seja contrário às convicções dos peritos ou escapar à sua competência. PARECER MÉDICO LEGAL O parecer médico legal, segundo Flamínio Fávero, é a resposta a uma consulta feita por interessado a um ou mais médicos, a uma comissão de profissionais, ou uma sociedade científica sobre fatos recentes à questão a ser esclarecida. É documento particular pedido a quem tenha competência especial no assunto, que independe de qualquer compromisso legal e que é aceito ou faz fé pelo renome de quem o subscreve. Alguns autores chamam o parecer médico legal de “consulta médico legal”. Partes do Parecer Médico-Legal No parecer médico legal constam quatro partes: Preâmbulo. Exposição. Discussão. Conclusões. Parecer Médico-Legal (cont.)
Como vimos acima, falta no parecer
médico legal, a parte descritiva propriamente dita, porquanto, em geral, não há exames a serem feitos, que podem, entretanto existir. Preâmbulo e Exposição No preâmbulo são registrados o nome do médico consultado, seus títulos e qualidades, o nome do autor da consulta e seus títulos se quiser, e a maneira pela qual foi feita a consulta, verbal ou por escrito. Na exposição serão transcritos os quesitos e o objeto da consulta. Discussão
Ao contrário do relatório médico legal no
qual a descrição é a parte mais importante, no parecer médico legal a discussão é a parte capital do documento, onde todos os fatos apresentados serão analisados com minúcia e documentação adequada. Obs.: Pergunta comum em concursos!!! Conclusões
É onde o profissional consultado dirá o
seu modo de ver a respeito, respondendo por fim aos quesitos propostos. EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS EXEMPLOS