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O trabalho em equipe é um dos pilares do trabalho na ESF e na APS dia. Não existe um código de ética
multiprofissional e invariavelmente ocorre conflitos pelas diferentes visões de cada profissão e de cada profissional
diante de dilemas éticos.
Características do trabalho em equipe: cooperação, colaboração e divisão de responsabilidades.
No trabalho em equipe, os resultados obtidos são maiores do que a soma dos resultados individuais, aumentando a
eficácia e a eficiência do atendimento prestado à população.
A ORGANIZAÇÃO DE SERVIÇOS E A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE (RAS) NO BRASIL
Os componentes que estruturam as RAS incluem: Atenção Básica à Saúde (centro de comunicação); os pontos de
atenção secundária e terciária; os sistemas de apoio; os sistemas logísticos e o sistema de governança.
Atenção Terciária Hospitalização, Internação
Alta complexidade
Atenção Secundária Ambulatórios de especialidade focais
Condição de maior necessidade de tecnologias duras
Atenção Primária Organização em ESF e outras modalidades com foco no território
Tecnologias leves e abordagens biopsicossocial
MODELO DE ATENÇÃO
É um sistema lógico que organiza o funcionamento das RAS, articulando:
• As relações entre a população e suas subpopulações estratificadas por riscos;
• os focos das intervenções do sistema de atenção à saúde;
• os diferentes tipos de intervenções sanitárias.
O Modelo de atenção à saúde é definido em função das situações demográficas e epidemiológicas e dos
determinantes sociais da saúde.
QUAL O MODELO DE ATENÇÃO À SAÚDE ADOTADO HOJE EM DIA?
As unidades e equipes da APS como centro coordenador, que ordenarão os fluxos e contrafluxos, por meio dos
sistemas logísticos, e contando com o auxílio dos sistemas de apoio. Todo esse conjunto será gerido por um sistema
de governança Inter federativo e transversal.
QUAIS AS FUNÇÕES DA APS NAS RAS?
Ser base: ser a modalidade de atenção e de serviço de saúde com o mais elevado grau de descentralização e
capilaridade, cuja participação no cuidado se faz sempre necessária.
• Ser resolutiva: identificar riscos, necessidades e demandas de saúde, utilizando e articulando diferentes
tecnologias de cuidado individual e coletivo, por meio de uma clínica ampliada capaz de construir vínculos positivos
e intervenções clínica e sanitariamente efetivas, na perspectiva de ampliação dos graus de autonomia dos
indivíduos e dos grupos sociais.
• Coordenar o cuidado: elaborar, acompanhar e gerir projetos terapêuticos singulares, bem como acompanhar e
organizar o fluxo dos usuários entre os pontos de atenção das RAS. Atuar como o centro de comunicação entre os
diversos pontos de atenção, responsabilizando-se pelo cuidado dos usuários por meio de uma relação horizontal,
contínua e integrada, com o objetivo de produzir a gestão compartilhada da atenção integral.
Ordenar as redes: reconhecer as necessidades de saúde da população sob sua responsabilidade, organizando-as em
relação aos outros pontos de atenção, contribuindo para que a programação dos serviços de saúde parta das
necessidades de saúde dos usuários
REDES DE ATENÇÃO À SAÚDE NO SUS
Rede Cegonha
Rede de atenção às urgências e emergências (RUE)
Rede de atenção á saúde das pessoas com doenças crônicas
Rede de cuidado á pessoa com deficiência
Rede de atenção psicossocial
COMUNICAÇÃO ENTRE OS PONTOS DE ATENÇÃO DA RAS
A comunicação entre os pontos de atenção da RAS (APS, Atenção Ambulatorial Especializada e Atenção Hospitalar)
deve ocorrer através de instrumentos pactuados)
• Fichas de compartilhamento do cuidado
• Documento de Referência (Contrarreferência)
• Outros documentos utilizados pelo serviço de saúde local
RAS PRINCIPAIS IMPACTOS NOS SISTEMAS DE SAÚDE
• Redução da fragmentação da atenção;
• Melhora da eficiência global do sistema;
• Impedimento da multiplicação de infraestrutura e serviços de forma desordenada e desorganizada;
• Melhor atendimento às necessidades e expectativas dos indivíduos;
• Melhora no custo efetividade dos serviços de saúde;
• Redução de hospitalizações desnecessárias;
• Redução da utilização excessiva de serviços e redução do quantitativo de exames realizados;
• Redução no tempo de permanência hospitalar;
• Aumento de produtividade;
• Melhora na qualidade da atenção;
• Produção de uma oferta balanceada de atenção geral e especializada;
• Continuidade da atenção, gerando uma maior efetividade clínica;
• A utilização de diferentes níveis de atenção pelos indivíduos é facilitada;
• Aumento na satisfação dos usuários;
• Melhora no autocuidado.
ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
É componente estruturante do sistema de saúde brasileiro tem provocado um importante movimento com o intuito
de reordenar o modelo de atenção no SUS.
O principal propósito da ESF é reorganizar a prática da atenção à saúde em novas bases e substituir o modelo
tradicional, levando a saúde para mais perto das famílias e, com isso, melhorar a qualidade de vida da população.
COMPOSIÇÃO DA ESF: uma equipe multiprofissional, Podem ser acrescentados a essa composição os
composta por no mínimo: profissionais de:
Saúde Bucal (cirurgião-dentista, preferencialmente
• Médico (preferencialmente da Medicina de Família e especialista em Saúde da Família e Auxiliar ou Técnico
Comunidade); de Saúde Bucal) e os
• Enfermeiro (preferencialmente especialista em Saúde Agentes de Combate às Endemias (ACE).
da Família);
• Auxiliar e/ou Técnico de Enfermagem;
• Agentes Comunitários de Saúde (ACS)
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS
• São a porta de entrada de um sistema hierarquizado e regionalizado de saúde;
• Trabalha com território adscrito, com uma população delimitada, sob a sua responsabilidade;
• Intervém sobre os fatores de risco aos quais a comunidade está exposta;
• Presta assistência integral, permanente e de qualidade;
• Realiza atividades de educação, promoção, prevenção e recuperação da saúde.
PROFISSIONAIS DO eMulti
•Assistente Social •Médico(a) Cardiologista
•Professional/Professor de Educação Física •Médico(a) Acupunturista
•Farmacêutico(a) Clinico(a) •Médico(a) Dermatologista
•Fisioterapeuta •Médico(a) Endocrinologista
•Fonoaudiólogo(a) •Médico(a) Geriatra
•Nutricionista •Médico(a) Ginecologista/Obstetra
•Psicólogo(a) •Médico(a) Hansenologista
•Terapeuta Ocupacional •Médico(a) Homeopata
•Médico(a) Veterinário(a) •Médico(a) Infectologista
•Profissional Sanitarista •Médico(a) Pediatra
•Professor com Formação em Arte e Educação •Médico(a) Psiquiatra
A ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA DE SAÚDE E A ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE (APS) NO BRASIL
PREVINE BRASIL
Modalidade financiamento da APS desde 2019.
Eixos do financiamento do Previne Brasil:
1. Captação ponderada
2. Pagamento por desempenho
3. Incentivo por base populacional
4. Incentivo à ações estratégicas
CAPTAÇÃO PONDERADA
• Repasse financeiro às prefeituras e Distrito Federal com base na população cadastrada.
• O cadastro deve ser feito pelas equipes de saúde (eSF, eAP, eSFR, eCR ou eAPP).
• Cadastro feito pelo CPF ou CNS. • Qualquer profissional da equipe pode fazer cadastro
PAGAMENTO POR DESEMPENHO
• Definição do valor a ser transferido depende dos resultados alcançados no conjunto de indicadores monitorados e
avaliados no trabalho das equipes de Saúde da Família e de Atenção Primária.
• Através do monitoramento desses indicadores, podem ser avaliados os acessos, a qualidade e a resolutividade
dos serviços prestados pelas eSF/eAP.
INCENTIVO FINANCEIRO COM BASE EM CRITÉRIO POPULACIONAL
Faz parte da apuração do valor de referência para o financiamento da APS. O valor do incentivo per capita é
definido pelo Ministério da Saúde anualmente e publicado em portaria. O aporte estabelecido por município e
Distrito Federal leva em conta estimativa populacional mais recente divulgada pelo IBGE
INCENTIVO À AÇÕES ESTRATÉGICAS
Incentivos contemplam a implementação de programas, estratégias e ações que refletem na melhoria do cuidado
na APS e na Rede de Atenção à Saúde.
FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA APS: O TERRITÓRIO E SUAS CONDICIONALIDADES
TERRITÓRIO
O território é um lugar com limites definidos onde as pessoas vivem, trabalham, circulam e se divertem. Nele,
encontram-se ambientes construídos e ambientes naturais. O território é, sobretudo, um espaço de relações de
poder, de informações e de troca.
TERRITÓRIO VIVO
• O território apresenta muito mais do que uma extensão geométrica quando aplicado aos sistemas e serviços de
saúde.
• O território tem um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural que o
caracteriza e se expressa num território em permanente construção;
• No território há interação constante que dá vida e movimento.
• A interação social se materializa no território pelos processos de produção e reprodução da vida, estruturando
diferentes relações de poder entre pessoas, grupos sociais, instituições, Estado e população.
• Território não se restringe às ruas e edificações.
• No território, as relações se estabelecem por meio de trocas, de diálogos, de negociações, de pactuações ou de
conflitos entre diferentes pessoas e grupos.
• Podemos, portanto, conceituar o território como um espaço limitado políticoadministrativamente ou por ação de
um grupo social.
O QUE É TERRITÓRIO EM TERMOS DE SAÚDE?
Território é o espaço delimitado, produzido pela sociedade, no qual existem múltiplos objetos geográficos (naturais
e construídos), atores sociais – pessoas (indivíduos e grupos) e instituições –, relações (fluxos) e poderes diversos.
O território deve ser relativamente homogêneo, resultado de uma produção histórica, ambiental e social capaz de
gerar uma identidade própria com problemas e necessidades sociais.
A reestruturação dos serviços de saúde característica da Estratégia Saúde da Família pressupõe relação próxima
com a comunidade (aumentando o vínculo com o indivíduo e com sua família).
• A organização territorial dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) segue uma lógica de reorientar a
delimitação espacial, as formas de acesso e a aplicação dos recursos nas unidades.
• A descentralização de ações e de serviços para os municípios causou a limitação de cada sistema de saúde com
base no território e na população definida.
• As Unidades Básicas de Saúde (UBS) possuem espaço delimitado com determinadas características, naturais ou
elaboradas pelo homem, que definem o ambiente e influem no processo saúde-doença da população.
TERRITÓRIOS DA ESF:
ÁREA
MICROAREA
MORADIA
Distritos, área, microárea e moradia são os territórios em saúde identificados a nível municipal
DISTRITO • Distritos sanitários: unidade operacional básica mínima do SUS.
• Pode se identificar com o território do município ou com parte dele.
• Capaz de proporcionar assistência à saúde nos níveis primário, secundário e terciário.
• Possui território conceitualmente bem definido;
• A microárea é formada por um conjunto de famílias que congrega, no máximo, 750 habitantes,
constituindo a unidade operacional do ACS.
MORADIA • Espaço de vida da família.
• Objeto das ações de prática em vigilância em saúde.
• Espaço de menor agregação social, permitindo aprofundar o conhecimento para o
desenvolvimento de ações de saúde.
O PROCESSO DE TERRITORIALIZAÇÃO NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA
TERRITORIALIZAÇÃO
É uma ferramenta utilizada pela APS que auxilia na compreensão do processo saúde doença da população
permitindo a realização do diagnóstico e assinalando possíveis necessidades de intervenção para os
problemas encontrados naquele território.
• Trata-se da apropriação do espaço por distintos atores sociais, sendo a representação deste espaço muito mais
que uma área geográfica, tendo um perfil epidemiológico, administrativo, tecnológico, político e social que o
caracteriza e se expressa em permanente construção.
AS ORIGENS DA TERRITORIALIZAÇÃO
Relatório Dawson (1920)
• Primeira tentativa de organizar serviços de saúde por região e conforme a necessidade da comunidade
• Construção de redes regionalizadas de assistência
• Os principais objetivos da territorialização são permitir que as necessidades e os problemas dos grupos sejam
definidos, possibilitando o estabelecimento de ações mais apropriadas e resolutivas.
• A territorialização compõe o que se chama de Planejamento Estratégico Situacional.
ETAPAS DA TERRITORIALIZAÇÃO
FASE 1: Planejamento FASE 2: coleta de dados FASE 3: análise da dados
Fase 1: Planejamento
• Compreensão do processo de territorialização a ser discutido em reuniões de equipe
• Levantamento dos dados previamente existentes
• Definição de responsabilidades entre os membros da equipe
COMO ELABORAR MAPAS • Você pode utilizar o Google Earth ou mesmo utilizar uma cartolina grande.
“INTELIGENTES”? • O importante é que consiga representar sua área de abrangência dividida em
Microáreas, com o maior detalhamento possível, por ruas e casas. Lembrando
sempre que nossa área de maior interesse é a família e as pessoas que lá estão
Essas famílias se relacionam com seus vizinhos (a rua), seu bairro (a microárea) e tudo
que lá existe, sejam potencialidades e fragilidades.
• Esse diagnóstico é fundamental para enriquecimento da capacidade de intervenção
no processo saúde doença no território.
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO SITUACIONAL
ALIMENTAÇÃO DO MAPA VIVO Identificação das populações expostas a riscos, problemas prioritários,
vulnerabilidades, etc
DISCUSSÃO NAS REUNIÕES DE Informação-decisão-ação
EQUIPE
PES: MOMENTO EXPLICATIVO Identificação do problema a ser abordado, de suas causas e consequências.
Identificação do problema a ser abordado, de suas causas e consequências
PES: MOMENTO NORMATIVO Elaboração de um plano de ação sobre o problema que sofrerá intervenção,
definindo-se os objetivos
PES: MOMENTO ESTRATÉGICO Momento onde será feita a análise de viabilidade de planejamento,
considerando a governabilidade
PES: MOMENTO TÁTICO- Momento de colocar em prática as ações planejadas e avaliar os resultados
OPERACIONAL delas
FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA APS: O TRABALHO EM EQUIPE
O trabalho em equipe contribui para a obtenção de impactos sobre os diferentes fatores que interferem no
processo saúde-doença.
• A ação multiprofissional pressupõe a possibilidade da prática de um profissional se reconstruir na prática do
outro, ambos sendo transformados para a intervenção na realidade em que estão inseridos.
• Equipe: um grupo de pessoas com habilidades complementares, comprometidas umas com as outras e por um
objetivo e projeto comum.
• Equipe multiprofissional: aquela que não é centrada em uma única especialidade.
• Multidisciplinaridade: associação ou justaposição de disciplinas que abordam um mesmo objetivo a partir de
distintos pontos de vista.
• Interdisciplinaridade: busca a superação das fronteiras disciplinares, estabelecendo um consenso. Troca entre as
disciplinas com integração dos instrumentos, métodos e esquemas conceituais.
• Transdisciplinaridade: Princípio teórico que busca uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando
efetivamente de um tema comum (transversal). Ou seja, na transdisciplinaridade não existem fronteiras entre as
disciplinas
EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DE SAÚDE
Composta por diferentes profissionais, de diferentes áreas da saúde, que trabalham juntos para oferecer um
atendimento completo e personalizado aos pacientes.
• Cada um desses profissionais possui conhecimentos e habilidades específicas que complementam o trabalho
dos demais.
• Construção de um projeto comum • Articulação das ações • Interação comunicativa entre os agentes
• Superação do isolamento dos saberes • Flexibilidade dos diferentes saberes
• Maior autonomia e criatividade dos agentes e integração entre disciplinas
REUNIÃO DE EQUIPE
• Planejar um espeço na agenda para reunião de equipe
• Organizar uma pauta para a reunião (pode ser construída durante a semana anterior)
• Todos devem ter espaço de fala: fazer circular a palavra
• Deve ser um espaço para valorizar o saber de todos
A reunião de equipe é planejada?
PLANEJAMENTO
• Objetivo • Participantes • Local, data, hora • Duração estimada • Material necessário • Agenda • Pautas
CONDUÇÃO
• Produzir ata da reunião e realizar a leitura da ata da reunião anterior.
• Estimular a participação de todos. • Gerenciar o tempo. • Tomar decisões.
• Atribuir responsabilidades e apontar pendências.
• Fazer resumo e confirmar se todos compreenderam as combinações.
ACOMPANHAMENTO
• Acompanhar se as combinações estão sendo cumpridas.
• Construção de pautas de forma coletiva ao longo da semana anterior (quadro/caderno da equipe).
O QUE FAZER
• Informes – breve.
• Monitoramento de indicadores (desconstrução da visão de que metas e resultados são externos à equipe).
• Discussão de casos complexos.
• Discutir sobre o monitoramento dos casos existentes.
• Planejamento das visitas domiciliares.
• Avaliação do processo de trabalho.
• Discussão sobre o papel dos profissionais, incluindo NASF.
• Pactuar encaminhamentos e responsabilidades.
• Educação Permanente da equipe.
CUIDADO
• Reuniões não planejadas e mal conduzidas podem gerar:
- Perda de credibilidade. - Transmissões de mensagem erradas. - Perda de tempo dos envolvidos. - Desmotivação e
improdutividade da equipe.
• Um dos grandes desafios do trabalho em equipe é compreender que cada um carrega histórias de vida e podem
ocupar papéis de apoio ou resistência no trabalho em grupo
DISCUSSÃO DE CASOS CLÍNICOS NA EQUIPE
• Casos difíceis que necessitam de múltiplos olhares para tomada de decisão e acompanhamento da equipe.
• Fio condutor para a troca de saberes e construção conjunta de um plano terapêutico comum.
• A discussão de caso em equipe promove: contribuição dos diversos componentes da equipe a partir de diferentes
olhares.
• Conhecimento e responsabilização de todos os membros da equipe pelos casos discutidos.
PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR
• O Projeto Terapêutico Singular é uma forma de organização da gestão do cuidado, instituída no processo de
trabalho em saúde entre as equipes da Atenção Básica.
• Trata-se de ferramenta viabilizadora de diálogo interativo entre os profissionais envolvidos na Atenção Básica,
permitindo o compartilhamento de casos e o acompanhamento longitudinal de responsabilidade destas equipes
(BRASIL, 2011).
• O PTS é uma ferramenta que instrumentaliza o desenvolvimento de propostas e condutas terapêuticas articuladas
para e com o usuário, e por isso não deve ser desenvolvida exclusivamente pelos profissionais da saúde.
• O desenvolvimento do Projeto Terapêutico Singular pode criar um espaço para a efetivação da clínica ampliada e
de uma prática de cuidado não segmentada ou isoladamente desenvolvida pelo profissional, evitando assim a
referência e contrarreferência a outros níveis de atenção à saúde, sem antes esgotar as possibilidades terapêuticas
disponíveis para responder às necessidades identificadas pelas Equipes de Saúde da Família na Atenção Básica.
ECOMAPA ou Demonstra as relações entre os membros de uma família e a comunidade e ajuda a avaliar os
Mapa de Rede apoios e suportes disponíveis e sua utilização pela família.
A ferramenta Na abordagem às famílias, pode ser necessário realizar uma intervenção formal por meio da
PRACTICE entrevista familiar.
Pode ser utilizada nessas situações mais complexas e deve ser aplicada em reuniões familiares.
VISITA DOMICILIAR – ATENÇÃO DOMICILIAR
Proporciona ao paciente um cuidado ligado diretamente aos aspectos referentes à estrutura familiar, à
infraestrutura do domicílio e à estrutura oferecida pelos serviços para esse tipo de assistência.
Assim, evita-se hospitalizações desnecessárias, diminui o risco de infecções e a superlotação de serviços de urgência
e emergência, melhora a gestão dos leitos hospitalares e o uso dos recursos.
Critérios de Elegibilidade
Passo 1: Avaliação da resolutividade da VD: A VD será resolutiva?
Passo 2: Avaliação da razoabilidade da VD: A VD é a melhor alternativa para a situação?
Passo 3: Aderência do usuário e sua família ao acompanhamento: há engajamento e corresponsabilização?
Passo 4: Autorização do usuário e da família. Passo 5: Análise da infraestrutura domiciliar
FERRAMENTAS NA PRÁTICA DA APS: ACOLHIMENTO E ACESSO AVANÇADO
Acolhimento é uma diretriz da Política Nacional de Humanização (PNH), que não tem local nem hora certa para
acontecer, nem um profissional específico para fazê-lo
• O acolhimento é uma postura ética que implica na escuta do usuário em suas queixas, no reconhecimento do seu
protagonismo no processo de saúde e adoecimento, e na responsabilização pela resolução, com ativação de redes
de compartilhamento de saberes. compromisso de resposta às necessidades dos cidadãos que procuram os serviços
de saúde.
OBJETIVOS
• Ampliar o acesso;
• Buscar a integralidade da atenção;
• Reorganizar o serviço a partir das necessidades, riscos e vulnerabilidade dos usuários;
• Redefinir relações;
• Reavivar conhecimentos ampliando a visão de análise e atuação sobre os problemas de saúde;
• Qualificação e humanização da assistência;
• Reconhecer o usuário como sujeito no seu processo saúde-doença.
PARA QUE SERVE?
• É uma forma de ampliação e facilitação do acesso.
• Facilita a continuidade e redefinição dos projetos terapêuticos dos usuários.
• Pode server como umdispositivo de reorganização do processo de trabalho em equipe.
ACOLHIMENTO X TRIAGEM
“O acolhimento na porta de entrada só ganha sentido se entendemos como uma passagem para o acolhimento nos
processos de produção de saúde.”
ACOLHIMENTO TRIAGEM
Objetivo: inclusão sob a ótica do vínculo e da Objetivo: exclusão
vulnerabilidade “quem não vou atender?”
Programação x Imprevisto “quem não deveria estar aqui?”
“quem precisa ser atendido?”
ACOLHIMENTO Encontro complexo entre dois ou mais sujeitos
Sujeito Profissional de Saúde x Sujeito Usuário
Co-produção de compromissos singulares a partir de necessidades, de interesses e de direitos de cada um desses
sujeitos.
Ӄ UMA FORMA DE ATENDER A TODOS QUE Ouvir pedidos
PROCURAM OS SERVIÇOS ROMPENDO COM A LÓGICA Dar respostas ao usuário e sua rede social
DA EXCLUSÃO.” Escutar, Analisar a demanda
Responsabilizar-se e dividir responsabilidade
COMO POSTURA • Prevenir • Cuidar
• Proteger • Tratar
• Recuperar • Promover
COMO TÉCNICA • Avaliar riscos e vulnerabilidade.
• Construir respostas positivas
• Usuário como sujeito ativo e participante da própria saúde
REORIENTADOR DO SERVIÇO • Avaliação das demandas e construção coletiva do fluxo dos serviços
DESAFIOS
• Ampliar o acesso: Sem sobrecarga para as equipes Sem prejudicar a qualidade das ações
• Superar a prática profissional centrada na dimensão biológica e centrada no profissional.
• Formular formas de adaptação a vulnerabilidade local.
• Responsabilização de toda a unidade.
Um aspecto dos Serviços de Saúde mais valorizado pela população e que mais gera insatisfação quando não está
ocorrendo de forma adequada é:
O ACESSO
• Amplitude de horário; • Ausência de atraso de nomeação; • Ausência de atraso na chegada à UBS.
O ACESSO E O PRIMEIRO CONTATO
“O princípio do primeiro contato refere-se ao fato de ser o ponto de entrada mais fácil e próximo do usuário para os
serviços de um sistema de saúde, portanto, a acessibilidade advoga por um local de atendimento próximo e que
não prejudique ou atrase o diagnóstico e as intervenções necessárias para se resolver um determinado problema de
saúde.”
ACESSO E ACESSIBILIDADE
• Para Donabedian (2003), acesso e acessibilidade a ações e serviços de saúde têm significados semelhantes. Dizem
respeito à capacidade de obtenção de cuidados de saúde, quando necessário, de modo fácil e conveniente.
• Acessibilidade ou acesso aparecem como um dos aspectos da oferta de serviços relativos à capacidade de
produzir serviços e de responder às necessidades de saúde de uma determinada população.
A acessibilidade tem duas dimensões:
• Geográfica: refere-se à distância e ao tempo de locomoção dos usuários para chegar aos serviços, incluindo os
custos da viagem, dentre outros.
• Sócio-organizacional: diz respeito a todas as características da oferta que podem facilitar ou dificultar a
capacidade das pessoas no uso dos serviços.
E O QUE É O ACESSO AVANÇADO?
• É um modelo de acesso facilitado, em que a pessoa vinculada àquela equipe consegue um atendimento quando
precisa, no horário mais adequado e com a forma de agendamento mais confortável;
• Mais conhecido como “Faça o trabalho de hoje, hoje!”
• Geralmente a agenda tem 65-75% das vagas para o mesmo dia com grande capacidade de oferta de consultas.
• Nesse modelo há diminuição do tempo de espera e do absenteísmo muito comum em marcações a longo prazo.
E isso é possível a partir da reorganização do processo de trabalho, de pequenos rearranjos nos fluxos da
unidade, nas formas de agendamento e no enfrentamento de alguns desafios:
• Abrir mão de uma agenda fragmentada em função de grupos por patologias ou faixas etárias (dias específicos
para gestantes, crianças, hipertensos ou diabéticos).
• Evitar pré-agendamentos prolongados, pois pode gerar um desperdício de tempo
• Envolver todos os profissionais disponíveis para oferecer os melhores recursos de acordo com as necessidades da
população de sua área.
• A equipe precisa estar mais voltada para as necessidades da população, com uma agenda mais adequada à
procura diária das pessoas (ter diagnósticos de demandas atualizados);
• Definir quanto tempo será necessário para uma consulta pré-agendada, considerando que esta se dará para no
máximo uma semana e ir diminuindo esse tempo até conseguir chegar “Faça o trabalho de hoje, hoje!”!
• As unidades de saúde estão autorizadas a realizar procedimentos “com internação de curta permanência” e
enquadradas como estabelecimento de saúde tipo 1.
Papel do médico – incentivar a melhoria estrutural e de insumos para qualificar a assistência e expandir as ações
de cuidado em saúde
PRINCÍPIOS DE ANESTESIA LOCORREGIONAL
PRINCÍPIOS DE ANESTESIA LOCORREGIONAL
Lidocaína: disponível nas concentrações de 0,5, 1,2 e 5%; em tubetes de 1,8ml ou ampolas de 10 e 20ml; com ou
sem epinefrina.
Apresentações tópicas: geléias 2 e 5%; creme 4%, soluções para uso em mucosa 2 e 20% e spray 10%.
• Para sondagem uretral, geléia 2 ou 5%.
• Dose máxima de 5 a 7mg/Kg de peso.
• Atenção no uso em portadores de hepatopatias crônicas.
Atenção à região perianal: drenagem com urgência, não se espera apresentar sinal de flutuação: risco de fasceíte
necrotizante (síndrome de Fournier). Na dúvida, encaminhe com urgência para a avaliação de um cirurgião.
Complicações SEGUIMENTO
• Recidiva do abscesso: se o tamanho da • Reavaliar em um ou dois dias para remoção das gazes e do dreno, e
incisão não for grande o suficiente para para verificação da ferida.
drenagem adequada; local não explorado • Orientar compressas mornas no local, durante 15 minutos, 4x ao dia,
completamente, deixadas áreas até melhora; trocar os curativos diariamente; verificar sinais de infecção
loculadas. sistêmica.
• Sangramento. • A antibioticoterapia está indicada se houver celulite coexistente, se o
• Disseminação sistêmica da infecção: paciente for imunocomprometido ou tiver um corpo estranho (enxerto
endocardites, osteomielites, formação de vascular, telas, cateteres e válvulas).
abscessos pleurais, articulações etc • Podem-se associar analgésicos e anti-inflamatórios para a dor pós-
drenagem
LAVAGEM OTOLÓGICA
INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES
• Otalgia. • Diminuição importante da audição. • • Obte aguda.
Dificuldade de realizar otoscopia. • Desconforto • História pregressa ou atual de perfuração bmpânica.
audibvo. • Tinnitus (zumbido). • Tontura ou • História de cirurgia otológica. Paciente não cooperabvo
verbgem. • Tosse crônica.
ONICOCRIPTOSE
• Porção lateral ou espícula da unha penetra no • Estágio 1: dor, leve edema ou eritema.
tecido mole dos tecidos adjacentes. • Estágio 2: dor, edema, hiperemia e secreção purulenta.
• Relacionada ao corte inadequado dos cantos das • Estágio 3: dor, edema, hiperemia, hipertrofia dos tecidos
unhas e uso de sapatos apertados na parte moles (granulação) e secreção purulenta.
anterior do pé
Tratamento conservador: controlar os sintomas até que o canto doentes alcance a extremidade distal e possa ser
cortado adequadamente. - Cerca de 70% dos pacientes respondem ao tratamento conservador. - Uso de canaletas
ou mechas de algodão sob o canto doente da unha.
Tratamento cirúrgico: consiste da remoção do canto da unha e do tecido de granulação.
ARBOVIROSES
DENGUE Picada de mosquito vetor (fêmea) Inoculação Viral Replicação em linfonodos regionais (por
2-3 dias) Viremia (por 4-7 dias) / Infecção de tecidos e órgãos Manifestações clínicas (após
Vírus do Dengue 1 dia de viremia assintomática)
(RNA) –família
Flaviviridae, do ATEDIMENTO Registro Casos suspeitos (prova de laço, peso e PA sentada e pé, classificação
gênero Flavivírus de gravidade Atendimento médico – por prioridade.
GRUPO B
• Caso suspeito de dengue. • Ausência de sinais de alarme.
• Com sangramento espontâneo de pele (petéquias) ou induzido (prova do laço positiva).
• Condições clínicas especiais e/ou de risco social ou comorbidades.
Solicitar exames complementares: HEMOGRAMA!
• Acompanhamento e observação até o resultado dos exames;
• Prescrever hidratação oral conforme recomendado para o grupo A, até o resultado dos exames;
• Prescrever paracetamol e/ou dipirona
Paciente com hematócrito normal: Tratamento em regime ambulatorial com reavaliação clínica diária – clínica e
laboratorial, até 48 horas após a queda da febre ou imediata, na presença de sinais de alarme;
• Paciente com surgimento de sinais de alarme ou aumento do hematócrito: ü Seguir conduta do grupo C.
• Reavaliação a cada 24 horas • Notificar o caso. • Exames específicos para confirmação não são necessários para
condução clínica.
GRUPO C
• Caso suspeito de dengue. • Com ou sem sangramento de pele. Sem hipotensão.
• Presença de um ou mais sinais de alarme.
Iniciar a reposição volêmica imediata, em qualquer ponto de atenção, independente do nível de complexidade, inclusive
durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares.
REPOSIÇÃO VOLÊMICA 10ml/kg de soro fisiologico na primeira hora. Acompanhamento 48hrs.
GRUPO D
• Reposição volêmica (adultos e crianças): 20 ml/kg em até 20 minutos - em qualquer nível de complexidade, inclusive
durante eventual transferência para uma unidade de referência, mesmo na ausência de exames complementares.
• Oxigenioterapia • Reavaliação clínica a cada 15-30 minutos e de hematócrito em 2 horas.
• Monitorização continua – leito de UTI
• Repetir fase de expansão até três vezes – de acordo com reavaliação clínica.
Extravasamento de plasma, levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento grave
ou sinais de disfunção orgânica como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o sistema nervoso central (SNC);
Aumento do hematócrito, quanto maior sua elevação maior será a gravidade.
Todo caso suspeito de dengue deve ser notificado à Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a notificação das formas
graves da doença.
CHIKUNGUNYA • Depois da picada de um mosquito infectado, o início da doença ocorre geralmente entre 4 e 8
Vírus Chikungunya dias, mas pode variar de dois a 12 dias.
(CHIKV)
Aedes aegypti e Residente ou visitante de áreas epidêmicas até 2 semanas antes do início dos sintomas, ou com
Aedes albopictus; vínculo epidemiológico com caso confirmado, apresentando:
Febre de início súbito – superior a 38,50 C + Artralgia ou Artrite intensa de início agudo não
Aguda 0-4 dias explicada por outras condições.
Subaguda Cefaleia, náusea, fadiga e exantema;
14 a 3 meses O que a difere: fortes dores nas arKculações, que podem estar acompanhadas de edema.
Crônica – Apos 3
TTO A dor aguda tratada de forma inadequada é uma das principais causas de sua
cronificação, causando outros sintomas como a depressão, a fadiga e os distúrbios do sono;
Analgésico comum (paracetamol, dipirona)
Codeína, Tramadol, Compresas frias 4/4 por 20 min. Fisioterapia, apoio psicologico.
Corticoide. (não utilizar anti-inflamatorio e corticoide na fase aguda).
Repouso, evitar esforços, retornar a unidade no caso de persistencia de febre.
Subaguda prednisona 0,5 mg/kg de peso/dia, em dose única pela manhã.
Fase crônica da doença, pode ser iniciado a hidroxicloroquina na dose de 6 mg/kg/dia (dose
máxima 600 mg/dia) via oral (VO), por um período de seis semanas;
• O vírus Zika pode • Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3 - 7 dias; • Evolução benigna;
ser encontrado em • Tratamento: sintomáticos.
fluidos biológicos:
Leite materno; Urina; População de risco Gestantes nos primeiros três meses de gravidez (primeiro trimestre)
Sêmen; Saliva; Sangue MICROCEFALIA.
(transmissão por
transfusão) Notificação compulsória
FEBRE AMARELA Doença febril aguda; • Duração máxima de 12 dias;
Vírus amarílico • Quadro clínico de gravidade variável: de formas leves até fatais;
• Evolução bifásica (infecção e intoxicação);
Febre amarela urbana
(FAU) • FAS: Principal vetor e reservatório: mosquito Haemagogus janthinomys
Febre amarela • Hospedeiro natural: macaco (primatas);
silvestre (FAS) • Homem não vacinado: pode entrar no ciclo.
Diferenciadas pela • FAU: Mosquito Aedes aegypti é o principal vetor e reservatório. • Homem: único hospedeiro
localização geográfica,
espécie vetorial e tipo de
hospedeiro • FAS: macaco infectado mosquito silvestre macaco sadio à homem
• FAU: homem infectado mosquito Aedes aegypti homem sadio.
Indivíduo com quadro febril agudo (até sete dias), de início súbito, acompanhado de icterícia
e/ou manifestações hemorrágicas, residente em (ou procedentete)
Área de risco para febre amarela ou de locais com ocorrência de epizootia confirmada
em primatas não humanos (PNH) ou isolamento de vírus em mosquitos vetores, nos
úlKmos 15 dias, não vacinado contra febre amarela ou com estado vacinal ignorado.
Quadro com duração de cerca de três dias, após, observa-se remissão da febre e melhora da
sintomatologia que pode durar de horas até dois dias.
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
COVID-19 E SÍNDROME PÓS-COVID
PANDEMIA X EPIDEMIA
PANDEMIA O termo se refere à distribuição geográfica EPIDEMIA Ocorrência de casos de uma doença,
de uma doença e não à sua gravidade. comportamento especificamente relacionado à saúde,
ou outros eventos relacionados à saúde, claramente em
excesso da expectativa normal em determinada
comunidade ou região, precisamente especificados.
COVID-19
Causada pelo SARS-COV-2
• Identificada em humanos em dezembro de 2019 na
China
• No Brasil, o primeiro caso notificado ocorreu em 26 de
fevereiro de 2020
• Pandemia
Sintomas
• Principais sintomas: febre, cansaço e tosse seca
Sintomas menos comuns: ageusia, anosmia, congestão nasal, conjuntivite, dor de garganta, dor de cabeça, mialgia,
artralgia, diferentes tipos de exantema, náusea ou vômito, diarreia, calafrios ou tonturas
Classificação
Leve
• Sintomas inespecíficos, como febre, fadiga, tosse (com ou sem dispneia, congestão nasal ou cefaleia; diarreia,
náuseas e vômitos
• Pacientes idosos e / ou imunossuprimidos podem apresentar sintomas atípicos
• Os sintomas devido a adaptações fisiológicas da gravidez ou eventos adversos da gravidez (por exemplo, dispneia,
febre, sintomas gastrointestinais, fadiga) podem se sobrepor aos sintomas de COVID-19
Grave
• Adultos: pneumonia com sinais gravidade; saturação capilar ≤90% em ar ambiente; sinais de desconforto
respiratório (uso de músculos acessórios, incapacidade de falar frases completas, frequência respiratória > 30
mrpm) sintomas de gravidade em crianças
• Crianças: pneumonia com tosse ou desconforto respiratório e taquipneia, tiragem, gemência, cianose central,
incapacidade de amamentar ou beber, convulsões ou redução do nível de consciência
Crítico
• Sepse, choque séptico, síndrome do desconforto respiratório agudo, insuficiência respiratória grave, disfunção de
múltiplos órgãos, pneumonia grave, necessidade de suporte respiratório e internações em unidades de terapia
intensiva.
Sintomas de gravidade em crianças
• Tosse ou dificuldade respiratória E: Cianose central OU SpO₂ < 90%; desconforto respiratório severo; sinais de
pneumonia com um sinal de perigo geral (incapacidade de amamentar ou beber, letargia ou inconsciência ou
convulsões; tiragem torácica ou taquipneia).
• O diagnóstico é clínico, mas a imagem do tórax pode identificar ou excluir complicações pulmonares.
<2meses: >60 resp/min
2-11 meses: >50 resp/min
1-5anos de idade: >40 resp/min
Exames complementares
• TC de tórax: TC de tórax diagnostica COVID-19 em 87,9% das pessoas que tinham COVID-19 e identificou
incorretamente em 20% das pessoas que não tinham COVID19.
• Rx tórax: diagnosticou COVID-19 corretamente em 80,6% das pessoas que tinham COVID-19 e identificou
incorretamente o COVID-19 em 28,5% das pessoas que não tinham COVID-19.
• A evidência sugere que a CT de tórax é melhor para descartar a infecção por COVID19 do que para distingui-la de
outros problemas respiratórios. Portanto, sua utilidade pode ser limitada em excluir a infecção por COVID-19 em
vez de distingui-la de outras causas de infecção pulmonar.
• Testes rápidos devem ser coletados entre o 1 e o 8 dia dos sintomas
• Kit Teste rápido COVID Ag:
Coleta deve ser realizada por meio de swab Nasofaríngeo
91,8% de sensibilidade e 98,0% de especificidade
• Kit TR DPP® COVID-19 AG:
Coleta deve ser realizada por meio de swab Nasal
Indivíduo sintomáticos: 90,3% de sensibilidade e 98,8% de especificidade ndivíduo assintomático: 90,3% de
sensibilidade geral 91,8% de sensibilidade e 98,0% de especificidade
• RT-PCR em tempo real: detecção do RNA do SARS-CoV-2 em amostras do trato respiratório: técnica padrão ouro.
Em casos leves, coletar até o 8 dia de sintomas.
Em casos graves, coletar até o 14 dia dia de sintomas
• RT-LAMP idenrfica o SARS-CoV-2 em amostra de saliva durante o período de infecção arva do vírus. é mais simples
e rápido do que o RT-PCR e não requer o uso de aparelhos laboratoriais complexos, Em uso na rede de saúde
suplementar do Brasil.
SÍNDROME PÓS-COVID 19
• Sinais e sintomas recorrentes ou persistentes após infecção pelo Covid, não atribuídas a outras causas.
• Na literatura, descrita como Covid longa, Covid-19 pós-aguda, síndrome pósCovid, efeitos de longo prazo da
Covid, síndrome Covid pós-aguda, Covid crônica
ABORDAGEM À VIOLÊNCIA
“Uso intencional da força física ou do poder real ou em ameaça, contra si próprio, contra outra pessoa, ou contra um
grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha qualquer possibilidade de resultar em lesão, morte, dano
psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação”
- Impactos
Violência não é apenas um problema médico, é também um problema social que afeta a saúde:
• provoca morte, lesões e traumas físicos e um sem-número de agravos mentais, emocionais e espirituais
• diminui a qualidade de vida das pessoas e das coletividades
• mostra a inadequação da organização tradicional dos serviços de saúde
• coloca novos problemas para o atendimento médico
• evidencia a necessidade de uma atuação muito mais específica, interdisciplinar, multiprofissional, intersetorial e
engajada do setor, visando às necessidades dos cidadãos
Tipologias
• Violência criminal;
• Violência estrutural;
• Violência institucional;
• Violência interpessoal;
• Violência em espaços sociais;
• Violência intrafamiliar;
• Violência contra pessoas que tem sofrimento ou adoecimento mental;
• Violência autoinfligida;
• Violência cultural;
• Violência de gênero;
• Violência racial;
• Violência contra a pessoa com deficiência;
• Violência por homofobia.
Violência e a A população negra tem sua história baseada nas desigualdades.
população A fragilidade da população negra pode ser identificada na precocidade dos óbitos, nas altas taxas
negra de mortalidade materna e infantil, na maior prevalência de doenças crônicas e infecciosas, bem
como nos altos índices de violência urbana que incidem sobre a população negra.
Reconhecer que essa fragilidade é uma violência é urgente para o planejamento do cuidado
dessa população.
Doenças e agravos que necessitam de abordagem específica sob pena de se inviabilizar a promoção
da equidade em saúde no País
a) geneticamente determinados – doença falciforme, deficiência de glicose 6- fosfato
desidrogenase, foliculite;
b) adquiridos em condições desfavoráveis – desnutrição, anemia ferropriva, doenças do trabalho,
DST/HIV/aids, mortes violentas, mortalidade infantil elevada, abortos sépticos, sofrimento
psíquico, estresse, depressão, tuberculose, transtornos mentais (derivados do uso abusivo de
álcool e outras drogas);
c) de evolução agravada ou tratamento dificultado – hipertensão arterial, diabetes melito,
coronariopatias, insuficiência renal crônica, câncer, miomatoses.
META DA PNSP
Reconhecimento do racismo, das desigualdades étnico-raciais e do racismo institucional como
determinantes sociais das condições de saúde, com vistas à promoção da equidade em saúde. ]
Causas externas é um fator de morbimortalidade importante de ser abordado
Violência e a Impacto da violência nessa população A prevalência da violência total no Brasil em 2019 foi de
população 18,27% .
LGBTQIAPN+ Em todos os subtipos de violência, as maiores prevalências ocorreram entre mulheres LGB+
Marca: A discriminação por orientação sexual e por identidade de gênero incide na determinação
social da saúde, no processo de sofrimento e adoecimento decorrente do preconceito e do estigma
social reservado às populações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Objetivo-geral: Promover a saúde integral de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais,
eliminando a discriminação e o preconceito institucional, bem como contribuindo para a redução
das desigualdades e a consolidação do SUS como sistema universal, integral e equitativo.
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Fatores de risco de um homem cometer violência contra a parceira
Portanto, a tarefa dos profissionais da saúde não é apenas identificar o agressor, tratando-o individualmente, pois
isso seria desconsiderar que muitas vezes a família possui uma dinâmica que inclui a violência em suas relações.
Nesse caso, ao se retirar o agressor, outra pessoa pode passar a atuar em seu lugar;
Fatores de proteção à atos infracionais ou violentos cometidos pelo adolescente
• projeto de vida baseado em sonhos e metas; • mais elevada inteligência, correlacionada a curiosidade,
• compreensão das consequências dos próprios criatividade e rendimento escolar;
atos; • envolvimento com amigos que também têm intolerância aos
• bom envolvimento na escola (acadêmico e comportamentos infracionais e violentos;
relacional); • religiosidade;
• envolvimento em atividades de lazer educativas • existência de adulto significativo para contrabalançar os
(artísticas, esportivas); conflitos com os pais, frequentes nessa fase da vida.
• relações afetuosas e seguras com adultos;
• supervisão familiar;
Fatores de proteção à atos violentos cometidos por adultos
• apoio e suporte social – poder contar com pessoas e instituições que ofereçam afeto e apoio;
• perseverança para enfrentar as dificuldades – mesmo quando o planejado não deu certo – e para continuar
tentando, apesar dos obstáculos;
• cultivo da satisfação com a vida e da autoestima elevada;
• conquista, satisfação e sucesso no trabalho;
• opção por estratégias mais ativas de enfrentamento dos problemas, buscando ajuda de outras pessoas e de
profissionais especializados para apoiá-los na reflexão ou na resolução dos conflitos;
• capacidade de sustentar a si mesmo e à sua família;
• ter família ou relacionamentos afetivos estáveis.
Prevenção da violência
• A prevenção primária se destina a evitar que a violência surja, sobre os fatores que contribuem para sua ocorrência
e sobre os agentes dela em tempo anterior à ação violenta;
• A prevenção secundária se realiza quando a violência já ocorreu. Significa respostas mais imediatas à violência,
enfocando a capacidade de diagnóstico, o tratamento precoce e a limitação da invalidez;
• A prevenção terciária compõe-se de respostas mais a longo prazo, visando intervir, controlar e tratar os casos
reconhecidos, buscando reduzir os efeitos, as sequelas e os traumas; prevenir a instalação da violência crônica e
promover a reintegração dos indivíduos.
TRAUMA Trauma contuso - Não ocorre solução de descontinuidade e as lesões ocorrem por mecanismo
ABDOMINAL indireto, podendo cursar com compressão e esmagamento ou cisalhamento de vísceras
abdominais; hemorragia; ruptura de órgãos e vasos abdominais além de lesões por
desaceleração.
Exame físico: inspeção, ausculta, percussão e palpação. As estruturas adjacentes como tórax,
uretra, vagina, períneo, dorso e nádegas podem nos dar pistas de possíveis lesões de órgãos
abdominais. Além disso, o exame da bacia é de suma importância nesse momento. Indica-se
toque retal e vaginal em todos pacientes politraumatizados com trauma maior.
Avaliação inicial pode incluir FAST (Focused Assessment with Sonography for Trauma) - Avaliação
da presença de fluidos intra-abdominais que inclui o exame de quatro regiões importantes (saco
pericárdico, espaços hepato e esplenorrenal e pelve ou recesso de Douglas), sendo
extremamente útil na detecção da causa de choque
Trauma • Injúria ou lesão no escalpo com ou sem evidência de alteração de consciência;
cranioencefálico • Classifica-se de acordo com a Escala de Coma de Glasgow (ECG)
(TCE)
Causas de Trauma Cranioencefálico
● 50%: acidentes automobilísticos. Neste grupo, a principal faixa etária é de adolescentes e
adultos jovens. Dos 15 aos 24 anos, os acidentes de trânsito são responsáveis por mais mortes
que todas as outras causas juntas.
● 30%: quedas. Neste grupo há um grande número de idosos. Entretanto, no Brasil são muito
frequentes as quedas de lajes, que são ignoradas pelas estatísticas internacionais.
● 20%: causas “violentas”: ferimentos por projétil de arma de fogo e armas brancas.
Classificação da gravidade
Mínima ECG = 15 sem perda de consciência ou amnésia
Leve ECG = 14 ou 15 com amnésia transitória ou breve perda de consciência
Moderada ECG = 9 a 13 ou perda consciência superior a 5 minutos ou déficit neurológico focal
Grave ECG = 5 a 8
Crítica ECG = 3 a 4
Escorpionismo
Principais manifestações são dor e parestesia local.
Manifestações graves: hipo ou hipertermia, sudorese profusa; náusea, vômito, sialorreia, dor abdominal, diarreia,
arritmia, hipo ou hipertensão, ICC, choque, EAP, taquipneia, agitação, sonolência, agitação mental.
MORTALIDADE INFANTIL
O óbito infantil corresponde àquela morte que ocorre em crianças nascidas vivas até um ano de idade incompleto
(364 dias de vida).
O óbito nessa faixa etária é dividido nos seguintes subgrupos:
• neonatal precoce (de 0 a 6 dias);
• neonatal tardio (de 7 a 27 dias);
• pós-neonatal (de 28 até 364 dias).
As mortes infantis, em sua maioria, são consideradas evitáveis, porém é preciso considerar os desafios a serem
enfrentados, como as diferenças regionais e o acesso oportuno aos serviços de saúde, visto que há um arranjo de
fatores biológicos, sociais, culturais e de falhas no sistema de saúde, que auxiliam para os elevados números deste
tipo de óbito.
PUERICULTURA
• É um conjunto de ações promotoras de saúde, exercidas continuamente desde a gestação à adolescência, com
foco na criança, mas contemplando sua família e comunidade.
• O objetivo é acompanhar o crescimento e o desenvolvimento, para garantir o cuidado integral da saúde das
crianças.
Situações de Risco de Vulnerabilidade
Mundo Baixo peso ao nascer (<2500g) Mais do que três filhos morando juntos;
Prematuros <37sem Ausência de pré-natal;
Asfixia (Apgar <3 no 5min) Atraso ou não realização de vacinas;
Malformação congênita Atraso no desenvolvimento;
Crianças internadas ou com intercorrências na RN de mãe adolescente (< 18 anos);
maternidade Residente em área de risco;
Mundo Baixas taxas de aleitamento materno RN de mãe com baixa instrução (< 8 anos de
exclusivo até o 6º mês de vida; estudo);
Baixas taxas de aleitamento materno até os dois Problemas familiares e socioeconômicos que
anos ou mais; interfiram na saúde da criança;
História de Violência.
A Primeira Consulta
Considerando a alta taxa de mortalidade nos primeiros dias de vida, a primeira consulta é providencial para a
garantia do cuidado das crianças.
PREVENÇÃO DE ACIDENTES
A OMS considera como destruição aguda frave as crianças com peso para a altura ou IMC/idade entre < -3 desvio
padrão, e com desnutrição moderada as com peso para a altura ou IMC/idade entre < -2 e > -3 desvio padrão.
*Sinais de gravidade indicam necessidade de investigação hospitalar: Impossibilidade de beber ou mamar ● Vômito
de tudo que ingere ou bilioso ● Convulsões, Letargia ou inconsciência; hipotonia; irritabilidade ● Pele pálida,
cianótica, acinzentada, moteada ou com turgor reduzido ● Taquipneia ou hipoventilação ● Taquicardia ● Má
perfusão periférica ● Abaulamento da fontanela ● Choro fraco, contínuo ou agudo; gemido
DIARREIA NA INFÂNCIA
• Aumento do número de evacuações (mais que 3) com fezes aquosas ou de pouca consistência
• Bactérias, vírus ou parasitas
• Costumam ser autolimitadas (2 a 14 dias), e variam de leve a grave (desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos)
• Importante causa de desnutrição em países em desenvolvimento;
• Diarreia Aquosa Aguda: agente infeccioso que não invade tecido. Não há sangue ou pus na fezes. Pode desidratar,
se não houver reposição (E. Coli, rotavirus);
• Disenteria aguda: sangue nas fezes, podendo ter muco ou pus. Invasão da mucosa. Febre, mas menor perda de
agua. Shiguela, Giardia, Entamoeba;
• Diarreia Persistente: > 14 dias (exceto dç celíaca). Dano à mucosa que prejudica absorção. 20% das diarreias;
Abordagem e Manejo
• Pergunta sobre pessoas próximas com mesmo sintoma é rápido e eficaz;
• Avaliar gravidade, risco de complicações e desidratação;
• Número de evacuações, características das fezes, febre, náuseas e vômitos;
• Comparar peso com a úlvma medida (Caderneta da Criança);
• Sinal da dobra cutânea!
• Estado mental, olhos fundos, mucosa oral seca.
• Coproculturas ficam reservadas para os casos de diarreia persistente. De uma forma geral, exames laboratoriais
não são necessários...
• A investigação laboratorial é reservada para as crianças com desidratação grave e que necessitem de hidratação
venosa;
• Crianças estáveis hemodinamicamente podem ser tratadas seguramente com a Terapia de Reidratação Oral (TRO);
COMO PREPARA O SRO
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA EM CRIANÇAS
• O diagnóstoco evológico das IRA, na právca, é de dificil comprovação;
• IRA do trato respiratório superior: resfriados, faringites, tonsilites, ovtes e sinusites;
• IRA do trato respiratório inferior: epiglovtes, laringites, pneumonias e bronquiolites;
• As de Trato Superior são as mais comuns nas crianças;
Resfriado Comum
• Infecção viral aguda limitada ao trato resp. superior; Complicações do resfriado
• Diversos vírus; • Otites;
• Transmissão por via aérea ou contato; • Exacerbação de asma
• Susceptilidade no inicio da vida escolar ou creche; • Sinusite
• Febre (3 dias), secreção nasal hialina que pode tornar-se • Doença no trato resp. inferior
amarela;
• Tosse, diminuição do apetite, irritabilidade;
• Podem aparecer eritemas e linfadenomegalias.
Tratamento e Prevenção
• Manutenção do aquecimento da criança, higiene nasal frequente com soro fisiológico, hidratação, umidificação do
ar e estímulo à oferta do leite materno (em crianças amamentadas) e orientação para retorno ao serviço de saúde se
houver piora do quadro (dificuldade respiratória ou para alimentar-se, compromehmento do es tado geral);
• Vacinação contra Influenza;
• Benefício clínico incerto de antitussígenos e expectorantes; Pressão pela prescrição de medicamentos...
• Em diversos lugares do Brasil é comum a utilização de plantas medicinais (“lambedores”)
Pneumonia
• Infecção do parênquima pulmonar por vírus, bactérias, parasitas ou fungos;
• Crianças com pneumonia bacteriana típica apresentam febre, calafrios, dores abdominais, associadas ou não à
dor torácica, e tosse produtiva;
• A taquipneia é um sinal útil para o diagnóstico de pneumoniana infância;
• Se a ausculta pulmonar sugerir o diagnóstico de pneumonia, deve-se pesquisar o possível agente etiológico por
meio de minuciosa história clínica, dando-se especial atenção para questões relacionadas com viagens, exposições a
animais e pessoas doentes, sobretudo com tuberculose;
Abordagem e manejo
• Na prática, dificil diferenciação entre Típica e atípica;
• Macrolídeos (azitromicina) podem ser uvlizados nas crianças maiores de 5 anos ou suspeita de avpia;
• Gravidade = hospitalização: tiragem, sonolência, desnutrição, comorbidades crônicas e baixa idade (< 2 meses).
Falha terapêutica ambulatorial e internação por incapacidade da família e cuidar;
• Reavaliar a criança 48 horas após o início da terapêutica.
PREVENÇÃO
• Vacinação anti-pneumococos e influenza está no
calendário básico;
• Evitar o tabagismo passivo;
• Manter aleitamento materno;
• Medidas de controle da exposição à poluição
atmosférica.
○ Desatenção excessiva
■ Distração;
■ frequentemente interrompe as tarefas antes do término e passa a outras atividades ○ Impulsividade excessiva
■ frequentemente faz coisas sem antes refletir
Duração mínima de 6 meses e que estejam presentes em pelo menos mais de um ambiente.
MANEJO
Não farmacológico: Farmacológico:
● Psicoeducação sobre o diagnóstico, curso, e tratamento; ● psicoestimulantes (metilfenidato e anfetaminas, que
● Estratégias comportamentais, intervenções em sala de devem ser usados a partir dos 6 anos de idade)
aula, treinamento de habilidades sociais e organizacionais,
● Terapia cognitiva, acompanhamento com ● não estimulantes(clonidina, imipramina)
psicopedagogia.
JUVENTUDE
Saúde do Adolescente
• Segundo a OMS (1989), a adolescência é representada por indivíduos na faixa etária entre 10 a 19 anos de idade, e
juventude entre 15 e 24 anos de idade.
• O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA (1990), lei nº 8.069/90; no artigo 2º, considera adolescente a
pessoa entre 12 e 18 anos de idade e Segundo o estatuto da juventude, a faixa etária vai de 15 a 29 anos de idade.
Prevenção de doenças e Promoção de Saúde Exposição a tela
• Exercício físico Menores de 2 anos: não devem
• Alimentação saudável 2 a 5 anos: no máximo 1 hora
• Controle de exposição à telas 11 a 13 anos: 2h por dia, restrições durante as
refeições, e pelo menos 1hr antes de dormir
Violência na Criança e no Adolescente
• A principal causa de violência contra crianças, foram
por violência sexual (44%) , seguida da psicológica (36%), negligência (33%) e violência Zsica (29%).
• A residência foi o local de maior ocorrência dos casos de violência contra crianças
Quando suspeitar?
• Corrimento Vaginal;
• Lacerações;
• Queimaduras (luva, meia, limites bem definidos);
• Lesões físicas, fraturas, equimoses, hematomas (relação temporal e estória incoerente e estágios diferentes de
evolução);
• Alteração no comportamento das crianças e dos adolescentes;
• Valorizar qualquer suspeita do cuidador;
• Quem faz o cuidado?
Consulta do Adolescente
O adolescente tem direito à:
• PRIVACIDADE: O direito de ser atendido sozinho, em espaço privado de consulta.
• CONFIDENCIALIDADE: As informações discuhdas na consulta não podem ser passadas aos seus pais e ou
responsáveis sem a permissão expressa do adolescente.
Situações de exceção:
• A garantia de confidencialidade e privacidade, fundamental para ações de prevenção, favorece a abordagem de
temas como sexualidade, uso prejudicial de álcool e outras drogas, violência entre outras situações.
• Porém, há casos em que a garantia da proteção passa pela quebra do sigilo, podendo haver constrangimento
ocasionado pela revelação à família e/ou rede de proteção.
Nesses casos, explicar a decisão ao adolescente, oferecendo a ele a oportunidade de se preparar para o momento da
comunicação, amortece o impacto emocional dessa atitude.
“Subjetivo” (S) Nessa parte se anotam as informações recolhidas na entrevista clínica sobre o motivo da consulta ou
o problema de saúde em questão. Inclui as impressões subjetivas do profissional de saúde e as
expressadas pela pessoa que está sendo cuidada. Se tivermos como referencial o “método clínico
centrado na pessoa” (MCCP), é nessa seção que exploramos a “experiência da doença” ou a
“experiência do problema”, vivida pela própria pessoa, componente fundamental do MCCP.
“Objetivo” (O) Nessa parte se anotam os dados positivos (e negativos que se configurarem importantes) do exame
físico e dos exames complementares, incluindo os laboratoriais disponíveis
“Avaliação”(A) Após a coleta e o registro organizado dos dados e informações subjetivas (S) e objetivas (O), o
profissional de saúde faz uma avaliação (A) mais precisa em relação ao problema, queixa ou
necessidade de saúde, definindo-o e denominando-o. Nessa parte se poderá utilizar, se for o caso,
algum sistema de classificação de problemas clínicos, por exemplo, o CIAP.
“Plano” (P) A parte final da nota de evolução SOAP é o plano (P) de cuidados ou condutas que serão tomados em
relação ao problema ou necessidade avaliada. De maneira geral, podem existir quatro tipos
principais de planos:
1) Planos Diagnósticos: nos quais se planejam as provas diagnósticas necessárias para elucidação do
problema, se for o caso;
2) Planos Terapêuticos: nos quais se registram as indicações terapêuticas planejadas para a
resolução ou manejo do problema da pessoa: medicamentos, dietas, mudanças de hábitos, entre
outras;
3) Planos de Seguimento: nos quais se expõem as estratégias de seguimento longitudinal e
continuado da pessoa e do problema em questão;
4) Planos de Educação em Saúde: nos quais se registram brevemente as informações e orientações
apresentadas e negociadas com a pessoa, em relação ao problema em questão.
SOAP no eSUS APS – Avaliação SOAP no eSUS APS – Plano
• Na construção da lista de problemas pode ser usado • Registro dos planos pactuados • Criação dos
tanto CID10 quanto CIAP2 documentos necessários para o plano
• CIAP2: Classificação Internacional de Atenção Primária -
2ª edição •
Frequentemente mais útil que o CID10 para o trabalho na
APS, já que foi construído para incluir problemas
indefinidos
DOCUMENTOS GERADOS A PARTIR DO PLANO TERAPÊUTICO DO PACIENTE
Receitas médicas • Receita simples
Tipos de receita existentes no Brasil • Receita de controle especial
• Receita tipo A (Amarela)
• Receita tipo B1 e B2 (Azul)
Receita Simples: • Validade por 30 dias
• Pode ser válido por até 6 meses de tratamento no caso do registro na receita de uso
contínuo
Prescrição de • Duas vias • Receita com validade de 10 dias
antimicrobianos:
Receituário de • Validade: 30 dias em todo o território nacional
Controle Especial ou C • Emitir em duas vias sempre
• quantidade permi[da: 05 ampolas para injetáveis, e quantidade correspondente a 60 dias
de tratamento para outras formas farmacêuticas.
• Máximo 3 (três) substâncias ou medicamentos
Exemplos: anticonvulsivantes, antidepressivos
Receituário de controle • B1 (psicotrópicos): vale por 30 dias após a data da prescrição
azul ou B Exemplo: benzodiazepínicos
• B2 (anorexígenos): 30 dias após prescrição; 30 dias de tratamento
Exemplo: Sibutramina
Muito pouco usada na APS
Validade apenas no Estado!
Receituário de controle • Tem 30 dias de validade após a prescrição (todo território nacional)
amarelo ou A • Mais utilizadas na APS para prescrição de opioides fortes em pacientes em cuidados
paliativos
• Uso para medicamentos de alto poder de dependência Exemplos: morfina, fentanil,
oxicodona, metilfenidato (ritalina)
• Lembrar que, no Brasil, não é raro encontrar pacientes com dificuldade de ler e compreender as receitas
• Algumas unidades de saúde montam fluxos específicos em suas farmácias (duas vias, renovação de prescrição, etc)
• A renovação de receitas é um fator importante a ser organizado no processo de trabalho, visto que é um motivo
muito frequente de consulta
Capítulo III - Responsabilidade Profissional
É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou ilegível, sem a devida identificação de seu número de
registro no Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar em branco folhas de receituários,
atestados, laudos ou quaisquer outros documentos médicos.
Atestado médico
1. Declaração de Óbito (D.O)
2. Atestado por Doença
3. Atestado para Repouso à Gestante (120 dias)
4. Atestado por Acidente de Trabalho
5. Atestado para Fins de Interdição
6. Atestado de Aptidão Física
7. Atestado de Sanidade Física e Mental
8. Atestado para Amamentação
9. Atestado de Comparecimento
OUTROS DOCUMENTOS
Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT
Preenchimento da CAT:
• Responsabilidade do empregador
• Caso o empregador não preencha, deve ser preenchido por médico assistente
• Não necessita necessariamente de afastamento do trabalho
• Caráter epidemiológico, social e trabalhista
• Estabilidade de 12 meses após retorno ao trabalho
Declaração de Óbito – DO Capítulo X - Documentos Médicos
DESTINO DE CADA VIA DA D.O. • É VEDADO AO MÉDICO:
• Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado
1ª via (BRANCA) – Encaminhada à Secretaria Municipal de pessoalmente, ou quando não tenha prestado
Saúde ou Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer
como plantonista, médico substituto ou em caso de
2ª via (AMARELA) – Entregue ao representante/familiar da necropsia e verificação médico legal
pessoa falecida para ser utilizada para obtenção da • É VEDADO AO MÉDICO: • Art. 84. Deixar de atestar
Certidão de Óbito junto ao Cartório de Registro Civil óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência,
exceto quando houver indícios de morte violenta
3ª via (ROSA) – Encaminhada à Secretaria Municipal de
Saúde ou Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal
Responsabilidade Ética e Jurídica do Médico:
• Preencher os dados de identificação com base em um documento da pessoa falecida. Na ausência de documento,
caberá, à autoridade policial, proceder o reconhecimento do cadáver.
• Registrar os dados na DO, sempre com letra legível e sem abreviações ou rasuras.
O QUE NÃO SE DEVE FAZER:
• Assinar DO em branco.
• Preencher a DO sem examinar o corpo e constatar a morte
• Preencher a DO quando há sinais de morte violenta
• Utilizar termos vagos para o registro das causas de morte como parada cardíaca, parada cardiorrespiratória ou
falência de múltiplos órgãos
• Cobrar pela emissão da DO
SISTEMAS DE INFORMAÇÕES EM SAÚDE NA APS
• Existe no Brasil um grande número de diferentes Sistemas de Informações em Saúde (SIS) voltados à:
a. Operação de estabelecimentos assistenciais,
b. Gerência de redes de serviços,
c. Estatísticas vitais,
d. Investigação e ao controle de diversas doenças
e. Podem e devem ser usados para o planejamento, por parte do gestor, de intervenções sobre sua realidade
sanitária.
• Constituído por vários subsistemas e tem como propósito geral facilitar a formulação e avaliação das políticas,
planos e programas de saúde, subsidiando o processo de tomada de decisões.
• O Programa Nacional de Imunizações (PNI) é um dos maiores do mundo, ofertando, atualmente, 48 diferentes
imunobiológicos (vacinas especiais, soros e imunoglobulinas) para toda a população.
QUAIS IMUNOBIOLÓGICOS ENCONTRO NO SUS? • 48 imunobiológicos (vacinas, soros e imunoglobulinas).
• Destas, 18 são vacinas para crianças e adolescentes
ofertadas no Calendário Nacional de Vacinação
1. BCG, 11. Tetra viral (sarampo, caxumba e rubéola e varicela),
2. Hepatite B, 12. DTP,
3. Penta, 13. Hepatite A,
4. Pólio inativada, 14. Varicela,
5. Pólio oral, 15. Difteria e tétano adulto (dT),
6. Rotavírus, 16. Meningocócica ACWY,
7. Pneumo 10, 17. HPV quadrivalente,
8. Meningo C, 18. dTpa,
9. Febre amarela, 19. Influenza (esta ofertada durante Campanha anual) e
10. Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) 20. Pneumocócica 23-valente (Pneumo 23)
CRITÉRIOS PARA VACINAÇÃO
• Toda a população pode se vacinar no SUS.
• Comparecer a um Estabelecimento de Saúde com o cartão de vacinação em mãos.
• A ausência do Cartão de Vacinação não é um impeditivo para se vacinar.
• Nos casos de perda do cartão de vacinação, a orientação é para procurar a unidade de saúde onde recebeu as
vacinas para resgatar o histórico de vacinação e fazer a segunda via.
SEGURANÇA DAS • Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) - continuidade de monitoramento da
VACINAS segurança do produto.
• Programa Nacional de Imunizações (PNI) - monitoramento dos eventos adversos pós
vacinação.
CENTROS DE REFERÊNCIAS DE IMUNOBIOLÓGICOS ESPECIAIS (CRIE)
• Finalidade: facilitar o acesso da população aos imunobiológicos especiais, principalmente para as pessoas com
imunodeficiências congênita ou adquirida e de outras condições especiais de morbidade ou pessoas expostas a
situações de risco
• Garantir os mecanismos necessários para investigação, acompanhamento e elucidação dos casos de eventos
adversos graves e/ou inusitados associados temporalmente à aplicação de imunobiológicos.
VACINAÇÃO No Brasil não há obrigatoriedade de comprovação vacinal para entrada no país.
PARA OS • Recomendação para que os turistas internacionais atualizem a situação vacinal previamente à
VIAJANTES chegada ao Brasil, conforme as orientações do calendário de vacinação do país de origem ou
residência, em especial, as vacinas contra febre amarela, poliomielite, sarampo e rubéola,
difteria e tétano
• Para viagens internacionais, o Ministério da Saúde orienta que o viajante esteja com a sua
situação vacinal atualizada, conforme as orientações do Calendário Nacional de Vacinação.
• Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP).
IDADE VACINA DOSES DOENÇAS EVITADAS
Ao nascer BCG dose única Formas graves de tuberculose
Vacina contra hepatite B dose ao nascer Hepatite B
2 meses DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 1ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite
e outras infecções causadas pelo
Haemophilus influenzae tipo b e
Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 1ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Rotavírus humano G1P1 - VORH 1ª dose Diarreia por Rotavírus
(Vacina Oral de Rotavírus Humano)
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) 1ª dose Pneumonias, meningites, otites,
sinusites pelos sorotipos que compõem
a vacina
3 meses Meningocócica C (Conjugada) 1ª dose Meningite meningocócica tipo C
4 meses DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 2ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite
e outras infecções causadas pelo
Haemophilus influenzae tipo b e
Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 2ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
Rotavírus humano G1P1 - VORH 2ª dose Diarreia por Rotavírus
(Vacina Oral de Rotavírus Humano)
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) 2ª dose Pneumonias, meningites, otites,
sinusites pelos sorotipos que compõem
a vacina
5 meses Meningocócica C (Conjugada) 2ª dose Meningite meningocócica tipo C
6 meses DTP + Hib + HB (vacina pentavalente) 3ª dose Difteria, tétano, coqueluche, meningite
e outras infecções causadas pelo
Haemophilus influenzae tipo b e
Hepatite B
Poliomielite 1,2,3 (VIP - inativada) 3ª dose Poliomielite (paralisia infantil)
9 meses Vacina contra febre amarela (atenuada) dose inicial Febre amarela
12 meses SRC (tríplice viral) 2 doses (primeira com Sarampo, caxumba e rubéola
SCR e segunda com
SCRV)
Pneumocócica 10-valente (PCV 10) Reforço Pneumonias, meningites, otites,
sinusites pelos sorotipos que compõem
a vacina
Meningocócica C (Conjugada) Reforço Pneumonias, meningites, otites,
sinusites pelos sorotipos que compõem
a vacina
15 meses (SCRV) 2 doses (segunda da Sarampo, caxumba, rubéola e varicela
SRC e primeira da
varicela)
Hepatite A (HA) 1 dose Hepatite A
Poliomielite 1 e 3 (VOP - atenuada) reforço Poliomielite (paralisia infantil)
DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche
4 anos DTP (tríplice bacteriana) 2º reforço Difteria, tétano e coqueluche
Poliomielite 1 e 3 (VOP - atenuada) reforço Poliomielite (paralisia infantil)
Varicela (monovalente) 1 dose (segunda Varicela
dose da varicela)
Vacina contra febre amarela (atenuada) reforço Febre amarela
A partir de 5 Pneumocócica 23-valente (PPV 23) 1 dose Meningite, pneumonias, sinusite, otite
anos e bronquite
A partir de 7 Difteria e Tétano (dT) 3 doses (considerar Difteria e tétano
anos doses anteriores com
penta e DTP)
9 a 14 anos Papilomavírus humano (HPV) 2 doses (com Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18
intervalo de 6 (recombinante)
meses)
CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE
De 11 a 19 Hepatite B 3 doses (iniciar ou completar o Hepatite B
anos (na esquema, de acordo com a situação
primeira vacinal)
visita ao dT (Dupla tipo adulto) 3 doses (iniciar ou completar o Difteria e tétano
serviço de esquema, de acordo com a situação
saúde) vacinal)
Febre amarela dose única ou reforço Febre amarela
(atenuada)
SCR (Tríplice viral) Iniciar ou completar 2 doses, de acordo Sarampo, caxumba e rubéola
com a situação vacinal
Pneumocócica 23- 2 doses, com intervalo de 5 anos entre Meningite, pneumonias,
valente (PPV 23)* (para a as mesmas sinusite, otite e bronquite
população indígena a partir dos 5
anos de idade, sem comprovação
vacinal com as vacinas
pneumocócicas conjugadas)*
9 a 14 anos Papilomavírus humano 2 doses (2ª dose: 6 meses após a 1ª Papilomavírus humano 6, 11,
(HPV) dose) 16 e 18 (recombinante)
Meningocócica ACWY 1 dose Meningite meningocócica
(Conjugada) sorogrupos A, C, W e Y
dT (Dupla tipo adulto) reforço Difteria e tétano
PRINCIPIOS
O que é RENAME?
• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
• Importante instrumento orientador do uso de medicamentos e insumos no SUS
• Apresenta os medicamentos oferecidos em todos os níveis de atenção e nas linhas de cuidado do SUS,
proporcionando transparência nas informações sobre o acesso aos medicamentos da rede.
Decreto Nº. 7508 de 28 de junho de 2011:
“a Rename compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou
de agravos no âmbito do SUS” “
a cada dois anos, o Ministério da Saúde consolidará e publicará as atualizações da Rename”
Política Nacional de Medicamentos (Portaria GM/MS nº 3.916, de 30 de outubro de 1998)
“O Ministério da Saúde estabelecerá mecanismos que permitam a contínua atualização da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais (Rename), imprescindível instrumento de ação do SUS, na medida em que contempla um
elenco de produtos necessários ao tratamento e controle da maioria das patologias prevalentes no País.”
A assistência farmacêutica no SUS
Resolução do Conselho Nacional de Saúde nº 338, de 6 de maio de 2004 Aprova a Política Nacional de
Assistência Farmacêutica
Corrobora a “utilização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), atualizada periodicamente
como instrumento racionalizador das ações no âmbito da Assistência Farmacêutica”
1. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica.
2. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica.
3. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
4. Relação Nacional de Insumos.
5. Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar.
Componente Básico da RENAME
• Financiamento tripartite:
• União, estados e municípios transferem os recursos e as secretarias municipais de saúde ficam responsáveis pela
compra e distribuição desses medicamentos.
• Também garante o fornecimento dos insumos e medicamentos destinados ao controle do tabagismo, à influenza,
à prevenção ao vírus sincicial respiratório, à intoxicação por cianeto, à alimentação e nutrição, à hepatite, aos
hemocomponentes, a coagulopatias e hemoglobinopatias, às imunoglobulinas, à IST/aids, às vacinas e aos soros.
Componente Especializado da RENAME
• São medicamentos que estão contemplados nos Protocolos Clínicos de Diretrizes Terapêuticas (PCDT)
• Foco no tratamento de condições crônicas de maior complexidade ou custo de tratamento
“...estratégia de acesso a medicamentos para doenças crônico degenerativas, inclusive doenças raras, (...) busca da
garantia da integralidade do tratamento medicamentoso, em nível ambulatorial...”
Subdividido em grupos
• Grupo 1: financiamento pelo MS
1A: financiamento e aquisição centralizada no MS, que distribui para as secretarias de estado
1B: financiamento pelo MS e aquisição pelas Secretarias de Estados
• Grupo 2: financiamento, aquisição e distribuição pelas Secretarias de Estado
• Grupo 3: aquisição e distribuição pelas Secretarias Municipais
Relação nacional de Insumos e relação nacional de medicamentos de uso hospitalar
• Insumos: contempla produtos para a área de saúde, relacionados aos programas do Ministério. Ex: preservativos,
DIU, seringas, etc
• Medicamentos de uso hospitalar: descritos em tabelas específicas acessadas pelo SIGTAP, financiados no âmbito
da média e da alta complexidade
Formulário Terapêutico Nacional
Documento orientador para o uso dos medicamentos, juntamente com os PCDT publicados pelo MS
• Contém informações científicas e com base em evidências
• São apresentadas indicações terapêuticas, contraindicações, precauções, efeitos adversos, interações, esquemas
de administração, orientação ao paciente, formas farmacêuticas e apresentações disponíveis, entre outras
informações
Objetivo
• auxiliar profissionais de saúde e gestores para a seleção, a prescrição, a dispensação e o uso dos medicamentos e
insumos indispensáveis e adequados às condições clínicas mais prevalentes.
Ferramenta rápida e objetiva para consulta de informações sobre medicamentos pelos profissionais de saúde,
permitindo a melhoria do cuidado ao paciente e a promoção do uso racional de medicamentos.
Como consultar a RENAME?
• índice remissivo busca pelo nome do fármaco em sua forma base ou por sua denominação derivada (sais,
ésteres e outros)
• Apêndice A à os itens são apresentados de acordo com o Sistema de Classificação Anatômica Terapêutica Química
(orientação da OMS)
• Apêndice B cinco anexos, com descrição do grupo de financiamento da Assistência Farmacêutica ao qual
pertencem:
• I – Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da Assistência Farmacêutica.
• II – Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica.
• III – Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.
• IV – Relação Nacional de Insumos.
• V – Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar
• Masculinidades: termo u0lizado para contemplar as formas de representar o masculino – varia de acordo com o
contexto cultural e época;
Por que os homens adoecem e morrem mais do que as mulheres?
Acham que nunca irão adoecer, por isso não se cuidam.
Geralmente tem medo de descobrir doenças.
Estão envolvidos na maioria das situações de violência.
Não seguem tratamentos e recomendações.
Não procuram os serviços de saúde.
Estão mais expostos a acidentes de transito e de trabalho.
Utilzam álcool e outras drogas com maior frequência.
Reflita: Como os padrões de masculinidade afetam as condições de saúde dos homens?
Política Nacional de Atenção Integral da Saúde do Homem (PNAISH)
Acolhimento e Acesso Tem como diretriz promover ações de saúde que
Saúde sexual e Reprodutiva contribuam significativamente para a compreensão da
Paternidade e Cuidado realidade singular masculina nos seus diversos contextos
Prevenção de violência Acidentes socioculturais e político-econômicos, respeitando os
Doenças Prevalentes na população masculina diferentes níveis de desenvolvimento e organização dos
sistemas locais de saúde e tipos de gestão de Estados e
Municípios
Objetivo ampliar e melhorar o acesso da população masculina adulta (20 a 59 anos) do Brasil aos serviços de
saúde.
Plano de Ação
• Elaborar estratégias para facilitar o acesso dos homens aos serviços de saúde.
• Sensibilizar os homens e suas famílias, incentivando o autocuidado e hábitos saudáveis, através de ações de
informação, educação e comunicação.
• Associar as ações governamentais com as da sociedade civil organizada, a fim de efetivar a atenção integral à
saúde do homem.
• Fortalecer a atenção básica e melhorar o atendimento, a qualidade e a resolutividade dos serviços de saúde.
• Desenvolver estratégias de educação permanente dos trabalhadores do SUS.
• Avaliar e oferecer recursos humanos, equipamentos e insumos (incluindo medicamentos) para garan.r a atenção
integral à população masculina.
• Analisar de forma ar.culada com as demais áreas técnicas do MS os sistemas de informação.
• Realizar estudos e pesquisas que contribuam para a melhoria das ações através do monitoramento da Política
Paternidade e cuidado
Objetiva sensibilizar gestores, profissionais de saúde e a população em geral sobre os beneccios do envolvimento
ativo dos homens com em todas as fases da gestação e nas ações de cuidado com seus filhos, destacando como
esta participação pode trazer saúde, bem-estar e fortalecimento de vínculos saudáveis entre crianças, homens e
suas parceiras.
Lei do Acompanhante (Lei Federal nº 11.108, de 07 de abril de 2005) - Indicado pela gestante, o pai do bebê, o
parceiro atual, a mãe, um(a) amigo(a), ou outra pessoa que a gestante escolher.
Desafios
• Envolver e engajar os homens nas tarefas de cuidado (referentes ao cuidado com as crianças e cuidado de outros
nas configurações familiares) - empoderamento dos homens e das mulheres, maior equidade de gênero e
distribuição dos papéis
• Inserir o homem na lógica dos serviços e na ESF/AB, no pré-natal, parto e puerpério – conexão, afeto e vínculo
• Compreender o “cuidar” não apenas como uma qualidade feminina – todos ganham
Saúde Mental
Triagem depressão e ideação suicida
A sensibilização das pessoas para os perigos da depressão e seus efeitos clínicos e sociais permite a identificação
precoce e possibilidade de tratamento nas unidades de saúde.
Identificação precoce Inicio da abordagem precoce
Triagem depressão e ideação suicida
Manifestações comuns de depressão
• Irritabilidade e agressividade devido a cultura machista, que interplela o homem a não chorar
• Múltiplos sintomas 5sicos persistentes sem causa evidente;
• Baixa energia, fadiga, cansaço, problemas do sono;
• Tristeza ou depressão do humor persistente, ansiedade;
• Perda de interesse ou prazer em atividades que antes eram prazerosas;
• Alterações cogni0vas, na agilidade de raciocínio, na memória e na capacidade de tomar decisões
• Pensamentos negativos, pessimismo exagerado;
Caso o paciente apresente algum dos sintomas acima, deve ser realizada pelo profissional de saúde, a identificação
de risco de depressão aplicando o questionário PHQ-2, composto por duas questões (pode ser aplicado por
qualquer profissional de saúde):
SINAIS DE ALERTA
● O aparecimento ou agravamento de problemas de conduta ou de manifestações verbais durante pelo menos
duas semanas.
● Preocupação com sua própria morte ou falta de esperança.
● Expressão de ideias ou de intenções suicidas.
● Isolamento.
● Outros fatores: Exposição ao agrotóxico, perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação por
orientação sexual e identidade de gênero, agressões psicológicas e/ou físicas, sofrimento no trabalho, diminuição
ou ausência de autocuidado, conflitos familiares, perda de um ente querido, doenças crônicas, dolorosas e/ou
incapacitantes.
Alcoolismo
• Prevalência de consumo abusivo de álcool é superior entre os homens em relação às mulheres.
• Impacto na saúde, vida social, relações familiares.
• Um em cada 4 homens que fazem uso de álcool se tornam dependentes, ao passo que uma em cada 10 mulheres
usuárias de álcool se torna dependente.
ESTRATÉGIAS
Fortalecer redes de apoio Valorizar a autonomia Articular o cuidado em rede
*Questinário AUDIT. CAGE
Acidentes e violência
A mortalidade por acidentes de trabalho no Brasil, embora estável, é alta e a0nge mais alguns grupos populacionais:
homens, negros, índios e pessoas com baixa escolaridade, além de ter maior incidência nas regiões Norte, Nordeste
e Centro-Oeste.
Maior risco entre homens
A maioria das mortes por acidentes ocorre entre homens, de 20 a 59 anos idade produtiva e com baixo nível de
escolaridade. A mortalidade entre os homens “é consideravelmente superior” em todas as regiões
Principais causas de morbidade da população masculina
• Lesões, envenenamento e algumas outras consequências de causas externas.
• Doenças do aparelho digestivo.
• Doenças do aparelho circulatório.
•Algumas doenças infecciosas e parasitárias.
• Doenças do aparelho respiratório
• Causas externas de morbidade e mortalidade.
• Doenças do aparelho circulatório.
• Neoplasias (tumores).
• Doenças do aparelho digesavo.
• Algumas doenças infecciosas e parasitárias.
E o câncer de próstata?
NÃO ESTÁ INDICADO RASTREAMENTO DE CA PRÓSTATA
PREVENÇÃO:
• Ter uma alimentação saudável. • Manter o peso corporal adequado. • Praticar atividade física. • Não fumar.
• Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
Causas ainda desconhecidas, relacionadas com: SINAIS E SINTOMAS
• Idade (quanto mais velho maior a probabilidade), • Dificuldade de urinar;
• Hormônio (testosterona), • Demora em começar e terminar de urinar;
• Histórico familiar, • Sangue na urina;
• Raça (maior incidência no homem negro), • Diminuição do jato de urina;
• Alimentação (dieta rica em gorduras e pobre em • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à
vegetais e frutas). noite.
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSIVEIS
• As DCNT são responsáveis pela maior carga de morbimortalidade no mundo, acarretando perda de qualidade de
vida, limitações, incapacidades, além de alta taxa de mortalidade prematura.
As DCNT foram responsáveis por cerca de 70% das mortes ocorridas globalmente em 2019.
• Esse grupo de doenças crônicas têm quatro fatores de risco modificáveis em comum:
Falta de atividade física
Alimentação inadequada
Uso abusivo do álcool
Tabagismo
Promover saúde, prevenir, tratar
e reabilitar pessoas com HAS, Dislipidemias, Obesidade e Diabetes Mellitus tipo 2
Prevenção primária
• É a ação tomada para remover causas e fatores de risco de um problema de saúde individual ou populacional antes
do desenvolvimento de uma condição clínica.
Melhores condições socioeconômicas gerais;
Leis contra tabagismo, alcoolismo, fast-food e consumismo infantil;
Mais espaços públicos para a prática de atividades físicas e lazer (ex.: parques e praças verdes, ciclovias,
quadras poliesportivas);
Mais opções culturais variadas (teatro, cinema, biblioteca, exposições, feiras, festivais, shows) e acessíveis
em todas as partes das cidades;
Mais acesso a alimentos in natura a preços acessíves em toda a cidade; ü Mais segurança cidadã em toda a
cidade.
Hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento das DCNT, sobre a qual pode ser acrescido – ou não – o
tratamento farmacológico
Perder peso;
Usar dieta DASH;
Reduzir uso de sal;
Praticar atividade física;
Reduzir uso do álcool;
Cessar tabagismo.
Orientações alimentares: Regras de ouro
Faça de alimentos in natura ou minimamente processados a base da sua alimentação
Utilize óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e criar
preparações culinárias
Limite o uso de alimentos processados, consumindo-os em pequenas quantidades
Evite alimentos ultraprocessados
Incentivo para atividade física
Rastreamento
Ações para detecção e tratamento precoce das doenças, muitas vezes antes de os sintomas surgirem, reduzindo
assim as consequências sérias
Hipertensão Arterial Adultos de baixo RCV acima de 18 anos, após uma medida normal, rastrear a
Sistêmica cada 3 ou 5 anos.
Adultos maiores de 40 anos e/ou com medida de pré-hipertensão, e/ou com
risco cardiovascular intermediário ou alto, rastrear anualmente.
Adulto com idade ≥ 18 anos, quando presente na Unidade de Atenção Primária
para consulta, atividades educativas, procedimentos, entre outros; se não
houver registro no prontuário de ao menos uma verificação da PA nos últimos
dois anos, verificar e registrar a PA.
Dislipidemia Homens com 35 anos ou mais Grau A // Homens de 20 a 35 anos com alto risco Grau B;
Mulheres com 45 anos ou mais Grau A // Mulheres de 20 a 45 anos com alto risco Grau
B;
HIPERTENSÃO ARTERIAL
• O objetivo é determinar o risco global de um indivíduo entre 30 e 74 anos de desenvolver DCV em geral nos
próximos 10 anos
RISCO CARDIOVASCULAR?
• Anamnese, exame clínico e exames complementares quando indicados..
Tem como objetivo identificar indivíduos que estão em maior risco de desenvolver doenças cardíacas e, assim,
direcionar estratégias de prevenção e tratamento adequadas.
• A estratificação do risco cardiovascular pelo escore de Framingham
Avalia-se
Idade, Sexo, Colesterol Total, Tabagismo, HDL–C, PAS
• Elevação persistente da PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a
90 mmHg, medida com a técnica correta, em pelo menos duas ocasiões diferentes, na ausência de medicação anti-
hipertensiva
Atentar para estresse físico e emocional
• MRPA (Medida Residencial da Pressão Arterial)
• 3 medidas pela manhã, antes do desjejum e da tomada de medicamento, e 3 à noite, antes do jantar, durante 5
dias, ou • 2 medidas pela manhã e à noite durante 7 dias.
Avaliação individualizada
História clínica • Dispnéia, dor torácica, palpitações, acuidade visual; • Hábitos de vida: uso de sal, álcool,
tabaco, sedentarismo; • História familiar: antecedentes de IAM (infarto agudo do miocárdio)
e AVE (acidente vascular encefálico); • Aspectos socioeconômicos; • Uso medicamentos (ex.:
anti-inflamatórios, ACO, anorexígenos [sibutramina], descongestionantes nasais).
Exame físico • Antropometria: IMC, circunferência abdominal - 88 cm para mulheres e 102 cm para
homens; • Dados vitais –PA nos dois membros superiores na primeira avaliação e FC
(frequência cardíaca); • Inspeção: fácies e aspectos sugestivos de hipertensão secundária; •
Pescoço: palpação e ausculta das artérias carótidas, verificação de turgência jugular e
palpação de tireoide. Exame do precórdio e ausculta cardíaca: arritmia, sopros, B3, B4. •
Exame do pulmão: ausculta de estertores, roncos e sibilos. • Exame do abdome: a ausculta de
sopros em área renal objetivam detectar hipertensão secundária a obstrução de artérias
renais. • Extremidades: avaliar pulsos.
Rotina • Glicemia; • Colesterol total, HDL, LDL, triglicérides; • Creatinina / Urina tipo I; • Potássio; •
complementar ECG (eletrocardiograma); • Fundoscopia (encaminhar ao oftalmologista). • * FREQUÊNCIA
mínima ANUAL
Lesões de órgãos-alvo - parâmetros
1. Sobrecarga de ventrículo E em ECG;
2. Ecocardiograma com índice de massa ventricular ≥ 116 g/m2 nos homens ou ≥ 96 g/m2 nas mulheres;
3. Índice tornozelo-braqual > 0,9;
4. Doença renal crônica estágio 3;
5. Albuminúria entre 30 e 300mg/24h ou relação albumina/creatinina urinária entre 30 e 300mg/g.
Acompanhamento
Depois de iniciar tratamento medicamentoso: ü Verificação semanal da PA até a consulta médica de reavaliação com
30 dias.
Caso não tenha atingido a meta, deve-se:
Avaliar adesão terapêutica/ observar a técnica de verificação da PA e equipamento;
Aumentar a dose do fármaco já usado;
OU adicionar outro fármaco;
OU substituir o fármaco, se não houver efeito ou haja efeitos indesejados.
Urgências e emergências hipertensivas
Pseudocrises hipertensivas: Crises hipertensivas:
• São situações nas quais o aumento acentuado da PA é
desencadeado por dor (cefaléia, cólica), desconforto (tonturas, • Quando há risco de desenvolvimento de
mal-estar), ansiedade ou por associação desses fatores alguma complicação clínica associada ao
• Grupo de pessoas responsável pela maior procura por um aumento abrupto dos níveis pressóricos
atendimento de urgência com PA acentuadamente elevada.
Urgências hipertensivas: Emergências hipertensivas:
• Quando há elevação importante da pressão arterial, em geral • São situações em que ocorre progressiva lesão
PAD> ou = 120 mmHg, com condição clinica estável , sem aguda de órgãos alvo e risco iminente de morte,
comprometimento de órgãos alvo, mas que existe risco que necessitam de redução imediata da PA (não
potencial de lesão aguda de órgão alvo. necessariamente para níveis normais).
Deve proceder o controle pressórico de forma menos intensa Tais emergências devem ser tratadas
que nas emergências, podendo se estabelecer esse controle em preferencialmente com agentes
até 24h, com medicações por via oral. antihipertensivos parenterais em unidades de
urgência.
Pacientes COM lesão em órgão-alvo
• Definida a necessidade de tratamento endovenoso e monitorização contínua, acionar o Serviço de Atendimento
Móvel/SAMU (192) para transferência até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA)/emergência de unidade
hospitalar, conforme regulação local.
Pacientes SEM lesão de órgão-alvo
• Reduzir gradualmente a PA;
• Realizar acompanhamento ambulatorial precoce (em até 7 dias).
Metas Terapêuticas
Objetivo de redução a PA de pelo menos 20 mmHg na PA sistólica e 10 mmHg na PA diastólica, idealmente reduzir a
PA para menos de 140/90 mmHg.
Ótimo
• < 65 anos: Objetivo de PA < 130/80 mmHg se tolerado (manter PA > 120/70 mmHg);
• ≥ 65 anos: Objetivo de PA < 140/90 mmHg se tolerado, considerer individualmente o contexto de fragilidade
individual, grau de independência e tolerabilidade (manter PA > 120/70 mmHg).
Dislipidemias
RASTREIOS
Indicações: Periodicidade:
• Homens com 35 anos ou mais – Grau A; O intervalo adequado para rastreamento é
• Homens de 20 a 35 anos com alto risco – Grau B; incerto. Recomenda-se a cada 5 anos para
• Mulheres com 45 anos ou mais – Grau A; pessoas com resultados normais; podendo ser
• Mulheres de 20 a 45 quando se enquadrarem como alto risco – em um intervalo maior ou menor, a depender do
Grau B. risco cardiovascular.
• Devem ser rastreados os níveis de colesterol de todos os pacientes com DAC, bem como os equivalentes
coronarianos (outras formas clínicas de aterosclerose), tais como:
Doença ateromatosa coronariana
Doença arterial periférica
Aneurisma de aorta
Estonose da carótida sintomática
2 ou mais fatores de risco cardiovascular >20% (ou seja, alto risco)
Hipertrofia de VE instalada
Diagnóstico
• LDL-c ≥ 160mg/dL – Hipercolesterolemia Isolada
• TG ≥ 150mg/dL– Hipertrigliceridemia isolada
• LDL-c ≥ 160mg/dL + TG ≥ 150mg/dL – Hiperlipidemia mista
• HDL-c ≤ 50mg/dL (mulheres) ou 40mg/dL (homens) – HDL baixo
Medicações que interferem na avaliação do perfil lipídico
• Antiagregantes plaquetários e anticoagulants (clopidogrel)
• Anti-hipertensivos (diuréticos, betabloqueadores e iECA)
• Glicocorticoides (prednisone e prednisolona)
• Antimicrobianos (cetoconazol, neomicina)
• Antipilépticos (carbamazepina)
• Antipsicoticos (clorpromazina, olanzapina, clozapina, risperidona)
• Hormônios (levosroxina e contraceptivos orais)
• Imunossupressor (ciclosporina)
• Isotresnoína
•Hipoglicemiantes (linagliptina)
• Antirretrovirais (lopinavir, ritonavir)
MANEJO
Sinvastatina – 40 a 80mg/dia, em 1 tomada à
noite;
• Benzafibrato–400 a 600mg/dia;
• Ciprofibrato–100mg/dia;
Se glicemia de jejum estiver muito alta (>ou=300mg/dL) o uso da insulina está indicado, mesmo que por curtos
periodos de tempo, até normalizar a glicemia;
• Pacientes obesos (IMC>30) se beneficiam da Metformina desde o início do tratamento
– Indicações de insulinoterapia
• Se o controle não for alcançado após o uso de metformina em associação com uma sulfoniluréia por três a seis
meses;
• Quando os níveis de glicemia em jejum estiverem >300mg/dL, na primeira avaliação ou no momento do
diagnóstico, principalmente se acompanhado de perda de peso, cetonúria e cetonemia;
• Diabetes gestacional;
• Situações de estresse agudo metabólico (cirurgias, infecções graves, AVE, politrauma, IAM).
• A dose inicial costuma ser de 10 UI de insulina NPH, ou 0,2UI/kg para as pessoas obesas, podendo ser reajustada
em 2 UI a 4 UI, conforme média de três glicemias capilares de jejum consecutivas, até atingir meta glicêmica
• Insulina regular é útil no tratamento da hiperglicemia pós-prandial – a administrar 30 minutos antes da refeição.
• A pessoa em uso de insulina deve ser instruída sobre a detecção e o manejo da hipoglicemia;
• Obesidade em crianças, adolescentes e gestantes – observar curva antropométrica específica por idade.
• Obesidade em idosos:
TRATAMENTO
• Terapia nutricional. Terapia medicamentosa
• Terapia comportamental Orlistat
Abordar crenças Liraglutida
Controle de estímulos, automonitoramento Sibutramina
Reestruturação cognitiva Bupropiona
Avaliar pensamento supersticioso, dicotômico, Metformina
idealizações Topiramato
Tratamento em grupo Lorcaserina
Cirurgia bariátrica
• Indicações: IMV ≥ 40 ou ≥35 com comorbidades, tratamento adequado ≥ 2 anos sem sucesso
• Critérios de exclusão: endocrinopatias reversíveis, abuso de álcool ou outras drogas, doença psiquiátrica grave ou
descontrolada, incapacidade de reconhecer riscos e benefícios
Acompanhamento ambulatorial
Monitorar ingesta nutricional
Monitorar comorbidades
Revisar medicações
Avaliar suporte nutricional
Dar suporte para atividade física
Manejar condições psicológicas
Doença Renal Crônica
Manejo terapêutico
● Tratar e acompanhar doenças de base;
● Todo paciente portador de DRC é alto RCV – prescrever estatina e avaliar AAS;
● Prescrever iECA ou BRA e monitorar Cr e K – suspender se aumento de 30% da Cr ou K>6;
● A partir do estágio 3A – avaliar eritropoietina;
● Monitorar vitamina D e fazer reposição se abaixo de 30ng/dL; ●
Monitorar taxas de fósforo e cálcio;
● Estágio 4 e 5: observar restrições dietéticas. Evitar AINEs. Se indicado o uso de insulina, controle rigoroso da
glicemia pelo risco de hipoglicemia.
ATENÇÃO - ERROS COMUNS
• Deixar de estimar a TFG diante de níveis séricos de creatinina dentro dos parâmetros da feixa de referências, em
pessoas com indicação de rastreamento;
• Diagnosticar DRC sem um segundo exame, 3 meses depois do primeiro;
• Deixar de ajustar a posologia de medicamento com excreção renal, como antibióticos e insulina;
• Deixar de monitorar creatinina e potássio após introdução ou aumento de iECA ou BRA2;
• Suspender metformina antes da TFG estar abaixo de 30.
Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica - DPOC
FATORES DE RISCO
• Tabagismo é responsável por 80- 90% e 15% dos tabagistas terão DPOC;
• Exposição ambiental – poeiras e produtos químicos, fogão a lenha, poluição extradomiciliar;
• Tuberculose pode ser fator de risco – monitorar;
• Portadores de HIV tem risco aumentado para DPOC;
• Mais prevalente em populações economicamente vulneráveis.
É uma condição pulmonar heterogênea caracterizada por sintomas respiratórios crônicos (dispneia, tosse,
produção de escarro e/ou exacerbações) devido a anormalidades das vias aéreas (bronquite, bronquiolite)
e/ou alvéolos (enfisema) que causam obstrução persistente e muitas vezes progressiva, do fluxo aéreo;
• Flebotomia (sangria)
Cor pulmonale descompensado e Ht > 55%.
• Apoio psicossocial – educação em saúde para otimizar autonomia; abordagem das exacerbações
– Manejo terapêutico farmacológico
Substâncias Psicoativas
• São substâncias naturais ou sintéticas que, ingeridas, provocam alterações do SNC, modificando o comportamento,
humor e cognição; possuem propriedades reforçadoras e favorecem a autoadministração
• Podem induzir tolerância, abuso e dependência.
Experimental Uso eventual para experimentar seus efeitos, sem recorrência sistemática.
Recreacional ou Ocasional Uso intermitente em que há algum padrão de consumo, sem causar problemas
(físicos, emocionais, legais, familiares e sociais).
Abusivo Padrão de uso com consequências nocivas (critérios específicos).
Dependência Padrão abusivo com dependência (critérios específicos).
FATORES DE RISCO
Fatores de proteção Ambiente estável, Alto grau de motivação, Forte vínculo com os pais, Supervisão parental e
disciplina consistentes, Ligação com instituições pró-social, Associação com amigos com conduta mais convecional.
Substâncias utilizadas
Classificadas de acordo com os efeitos farmacológicos no SNC
1. Depressoras da Atividade do SNC: álcool; soníferos ou hipnóticos; ansiolíticos; opiáceos; inalantes ou solventes. 2.
Estimulantes da Atividade do SNC : cocaína (e seus derivados como crack e merla); anfetaminas; tabaco.
3. Perturbadoras da Atividade do SNC, Alucinógenas: mescalina (do cacto mexicano); maconha ou THC
(tetrahidrocanabinol); psilocibina (cogumelos); lírio (trombeteira, zabumba ou saia branca); LSD; MDMA (ecstasy);
anticolinérgicos.
Abordagem Inicial
Avaliação clínica Exames Complementares
● Substâncias usadas
● Tratamentos anteriores ● Álcool: TGO, TGP, GGT,
● Comorbidades Hemograma
● História familiar ● Injetáveis ou associadas a
● Perfil psicossocial comportamento sexual: Anti HCV,
● Exame Fisico Anti HIV, Anti HBs, HBsAg e VDRL
Diagnóstico diferencial de sintomas de humor que se apresentam em um paciente com uso de SPA
Sintomas típicos da substância (intoxicação ou abstinência) sem história Sintomas provavelmente remitirão
psiquiátrica prévia. nos primeiros dias.
Sintomas resultantes diretamente dos efeitos duradouros da substância, que Provável transtorno do humor
iniciaram dentro de 4 semanas da última exposição, mais graves e arrastados introduzido por substância.
que intoxicação ou abstinência.
Sintomas variáveis com intensidade variável em qualquer momento da Provável transtorno do humor
abstinência ou tratamento; sintomas persistentes após longa abstinência; preexistente.
história familiar ou história prévia de episódio de humor (antes do início do
uso crônico de substância).
Abordagem Terapêutica
Intervenções Psicossociais:
FRAMES
• Feedback: resumo das avaliações sobre a repercussão das drogas
• Responsability: ênfase na responsabilidade pessoal do paciente pela mudança
• Advice: recomendações claras para que mude hábitos
• Menu: apresentar opções para mudança
• Self-efficacy: empatia e reforço da autoeficácia
Família • Abordar problemas familiares e incluir no Plano terapêutico
• Estratégias de redução de danos Estratégias de gerenciamento de
casos
• Intervenções comunitárias: Equipe multiprofissional
Escolas, sala de espera, grupos de pacientes Prever abandonos e
• Grupos de auto-ajuda recidivas
• Narcóticos Anônimoas (NA) Estar disponível
● Alcoólicos Anônimos (AA
Encaminhamento
• Suspeita de comorbidade psiquiátrica; • Não melhora com tratamento inicial; • Múltiplas tentativas prévias sem
sucesso.
Estágios Motivacionais
• Pré-contemplação (“Eu não vou”) – Não considera a possibilidade de mudar, nem se preocupa com a questão. “Eu
não quero parar de fumar”
• Contemplação (“Eu poderia”) – Admite o problema, é ambivalente e considera adotar mudanças eventualmente.
“Eu quero parar de fumar, mas não sei quando”.
• Preparação (“Eu vou / Eu posso”) – Inicia algumas mudanças, planeja, cria condições para mudar, revisa tentativas
passadas. “Eu tenho tentado parar de fumar de um tempo para cá” ou “Eu tenho uma data e um esquema para
começar nos próximos 30 dias”.
• Ação (“Eu faço”) – Implementa mudanças ambientais e comportamentais, investe tempo e energia na execução da
mudança.“Eu tenho feito uso descontínuo do cigarro de um mês para cá, ficando sem fumar pelo menos um dia
inteiro durante este período”.
ABORDAGEM
Tabagismo
1 maço de cigarro = 20 cigarros.
Quantos maços por dia X Há quantos anos?
Teste de Fargerström
● Avalia o grau de dependência à nicotina.
● As respostas indicam em que âmbito pode haver mais desconforto ao deixar de fumar, quais sintomas da
abstinência podem ser mais impactantes.
TRATAMENTO
• Terapia Cognitvo Comportamental
• Intervenção em Grupo
Objetivo de cada encontro é aprofundar as discussões relacionadas a temas que ajudem a cessação e partilhar
experiências
• Etapas:
Preparar o fumante para solucionar seus problemas
Estimular habilidades para resistir às tentações de fumar
Preparar para prevenir a recaída
Preparar para lidar com o estresse
Tratamento Farmacológico
Indicações:
• > 20 cigarros ao dia;
• 1º cigarro fumado antes de 30 min depois do despertar e fumar mais de 10 cigarros por dia;
• Resultado do Teste de Fargeström maior ou igual a 5;
• Já tentou somente com abordagem cognitivo comportamental mas não obteve êxito;
• Não possuir contraindicações ao fármaco.
OPÇÕES FARMACOLÓGICAS Disponíveis na RENAME
Bupropiona
Goma de mascar de nicotina
Adesivo de nicotina
Varenicilina
Clonidina
Nortriptilina
Problemas relacionados ao consumo de álcool
• Transtorno por uso de álcool (TUA)
Nomenclatura atual para descrever os problemas associados ao consumo de álcool;
• Craving ou fissura
Desejo de experimentar os efeitos da droga; forte e subjetiva energia; irresistível impulso para usar droga;
pensamento obsessivo; alívio para os sintomas de abstinência; incentivo para autoadministar a substância;
expectativa de resultado positivo.
• Binge
Consumo de álcool em quantidade suficiente para atingir alcoolemia de 0,08g/dL (aprox. 5 doses para homens e 4
doses para mulheres) em 2 horas;
Rastreamento do TUA ● CAGE ● AUDIT
CAGE
Detecta o uso nocivo e dependência de álcool (CID10).
Sensibilidade 43-94% e especificidade 70-97%, para duas ou mais respostas positivas.
Aplicar na primeira entrevista para definição de intervenção breve
(C) Alguma vez você sentiu que deveria diminuir (cutdown) a quantidade de bebida ou parar de beber?
(A) As pessoas o aborrecem (annoyed) porque criticam o seu modo de beber?
(G) Você se sente culpado (guilty)/ chateado consigo mesmo pela maneira como costuma beber?
(E) Você costuma beber pela manhã (eye-opener) para diminuir o nervosismo ou a ressaca?
AUDIT
Aplicar na segunda entrevista para definir padrão de consumo e pactuar intervenções, caso necessárias.
“Agora vou fazer algumas perguntas sobre seu consumo de álcool ao longo dos últimos 12 meses”
Diretrizes diagnósticas na identificação de pacientes com TUA
1. Consumo de álcool em quantidade ou tempo maiores do que o pretendido;
2. Desejo persistente ou esforços mal sucedidos para reduzir e controlar o uso de álcool;
3. Tempo gasto em obtenção ou utilização de álcool, bem como na recuperação de seus efeitos;
4. Fissura ou forte desejo pelo álcool;
5. Fracasso em desempenhar papéis sociais por conta do uso recorrente de álcool;
6. Uso continuado de álcool, apesar dos problemas sociais e interpessoais;
7. Abandono ou redução de atividades sociais e profissionais;
8. Uso de álcool em situações em que isso representa perigo para a integridade física;
9. Manter uso de álcool apesar da consciência de ter problema físico ou psicológico causado pela substância;
10. Tolerância (quantidades gradativamente maiores para obter intoxicação ou redução do efeito em uso de
quantidade de álcool usual);
11. Abstinência (síndrome de abstinência do álcool ou o paciente consome substância estritamente relacionadas
para aliviar ou evitar sintomas de abstinência)
Classificação do TUA
TUA Leve (2-3 critérios)
Contexto em que o consumo de álcool traz prejuízo e consequências negativas à vida do paciente em uma fase
inicial.
TUA Moderado (4-5 critérios) e Grave (>6 critérios)
Conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos no qual o uso de bebida alcoólica tem prioridade
muito maior do que outros comportamentos que eram priorizados.
Conduta para problemas relacionados ao álcool
Exame clínico completo
• Observar sinais e sintomas de desnutrição, problemas gastrointestinais, doenças do fígado, pancreatite,
neuropatias periféricas, problemas cardiovasculares, prejuízos cerebrais, imunológicos, anemias, osteoporose e
câncer.
DIAGNÓSTICO
Baciloscopia;
Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB);
Cultura para micobactéria;
Investigação complementar por exames de imagem.
Presença de pelo menos um ou mais dos seguintes critérios, conhecidos como sinais cardinais da
hanseníase:
1) Lesão(ões) e/ou áreas(s) da pele com alteração de sensibilidade térmica e/ou dolorosa e/ou tátil;
2) Espessamento de nervo periférico, associado a alterações sensitivas e/ou motoras e/ou autonômicas;
3) Presença do M. leprae, confirmada na baciloscopia de esfregaço intradérmico ou na biópsia de pele.
• Testar sensibilidade térmica: com tubo de água quente e fria ou éter. (Primeira a ser alterada);
• Testar sensibilidade tátil: com chumaço de algodão;
• Testar sensibilidade à dor: com cabeça de alfinete.
Classificação Operacional
É baseada no número de lesões cutâneas:
• PAUCIBACILAR (PB) – casos com até cinco lesões cutâneas e baciloscopia obrigatoriamente negativa.
Hanseníase Tuberculóide ou Indeterminada (doença localizada em uma região anatômica e/ou um
tronco nervoso comprome<do)
• MULTIBACILAR (MB) – casos com mais de cinco lesões cutâneas e/ou baciloscopia positiva.
Hanseníase Dimorfa ou Virchowiana (doença disseminada em várias regiões anatômicas e/ou mais de
um tronco nervoso comprometido.
Tuberculóide São placas com bordas nítidas, elevadas, geralmente eritematosas e micropapulas, que
surgem como lesões únicas ou em pequeno número, baciloscopia negativa e alterações de sensibilidade.
Virchowiana Progressiva infiltração sobretudo da face, com acentuação dos sulcos cutâneos, perda
dos pelos dos cílios e supercílios (madarose), congestão nasal e aumento dos pavilhões auriculares,
Infiltração difusa das mãos e pés, com perda da conformação usual dos dedos, que assumem aspecto
“salsichoide”, Múltiplas pápulas e nódulos cutâneos, assintomáticos e de consistência firme
(hansenomas), geralmente com coloração acastanhada ou ferruginosa.
Indeterminada Forma inicial da doença; Manchas hipocrômicas na pele, em pequeno número, sem
qualquer alteração do relevo nem da textura da pele;
Principais nervos acometidos Facial, Auricular, Trigêmeo (supraorbital), Radial, Ulnar, Mediano,
Tibial, Fibular comum.
EXAMES COMPLEMENTARIOS
A baciloscopia de pele (esfregaço intradérmico), O resultado negativo não exclui o diagnóstico,
positiva classifica o caso como Multibacilar (MB), independentemente do número de lesões.
Avaliação neurológica simplificada
TRATAMENTO
Dose mensal Rifampicina, Clofazimina, Dapsona (comparecimento mensal para dose supervisionada);
Dose diária autoadministrada Clofazimina, Dapsona
Paucibacilar 6 meses
o tratamento estará concluído com seis (06) doses supervisionadas em até 09 meses.
Na 6ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico.
Multibacilar 12 meses
o tratamento estará concluído com doze (12) doses supervisionadas em até 18 meses.
Na 12ª dose, os pacientes deverão ser submetidos ao exame dermatológico.
REAÇÕES HANSENICAS
Podem ocorrer até 5 anos após o tratamento.
Devem ser tratada com AINE ou corticóide e encaminhar ao especialista
MEDICINAS TRADICIONAIS
“É a soma total do conhecimento, habilidades e práticas baseadas nas teorias, crenças e experiências de diferentes
culturas, explicáveis ou não, e usadas na manutenção da saúde, bem como na prevenção, diagnóstico, tratamento
ou melhoria de doenças físicas e mentais”
MEDICINAS ALTERNATIVAS
“Nos países onde o sistema de saúde dominante é baseado na medicina alopática ou onde a Medicina Tradicional
não foi incorporada no sistema de saúde nacional, muitas vezes estas Medicinas são chamadas de ‘alternativas’”
MEDICINA COMPLEMENTAR
“Medicina Complementar geralmente refere-se ao uso de uma abordagem não-convencional em conjunto com a
medicina convencional.”
MEDICINA INTEGRATIVA
“Medicina Integrativa está associada a uma mudança de paradigma e, para exercê-la, é necessário reorientar as
crenças, práticas e experiências em relação à saúde.”
Conceito foi criado a partir do ano 2000.
O termo Práticas Integrativas advém deste conceito.
PRINCÍPIOS QUE A DEFINEM
Paciente e médico são parceiros no processo de cuidado e cura;
• Todos os fatores que influenciam a saúde, bem-estar e doença são levados em consideração, incluindo a mente, o
espírito e a comunidade, bem como o corpo;
• O uso adequado de ambos os métodos convencionais e tradicionais facilita a resposta natural de cura do corpo;
• Intervenções naturais e menos invasivas eficazes devem ser usadas sempre que possível;
• Não rejeita a medicina convencional nem aceita acriticamente terapias alternativas;
• Boa medicina é baseada em boa ciência, orientada para a investigação de novos paradigmas;
• Juntamente com o conceito de tratamento, os conceitos mais amplos de promoção da saúde e prevenção da
doença são fundamentais, incluindo a prevenção quaternária;
• Praticantes da medicina integrativa devem adotar os seus princípios e se comprometerem à autoreflexão, ao
autodesenvolvimento e ao autocuidado.
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)
• OMS - no final da década de 70 criou o Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas
na área e estimulando os estados membros a formularem e implementarem políticas públicas para uso racional e
integrado das medicinas tradicionais, com foco na atenção primária.
Objetivo: ´"Estimular os mecanismos naturais de prevenção de agravos e recuperação da saúde por meio de
tecnologias efetivas e seguras, com ênfase na escuta acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na
INTEGRAÇÃO do ser humano com o meio ambiente e a sociedade. Outros pontos compartilhados pelas diversas
abordagens abrangidas nesse campo são a visão ampliada do processo saúdedoença e a promoção global do
CUIDADO HUMANO, especialmente do AUTOCUIDADO."
Objetiva aumentar a resolubilidade do SUS e ampliar o acesso às práticas integrativas e complementares em saúde
(PICS), garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso.
É transversal em suas ações no SUS e está presente em todos os níveis de atenção, prioritariamente na
Atenção Primária à Saúde (APS).
Práticas Integrativas e Complementares em Saúde
• São cada vez mais procuradas e apreciadas como formas legítimas de cuidado eficiente em saúde;
• São formas de cuidado que chamam a atenção pela integratividade com que lidam com a complexidade humana
(em suas dinâmicas física, emocional, mental, social e espiritual) em uma prática sistematizada e coerente;
• Muitas pessoas já usam as PICS em suas vidas, mas boa parte não expõe isso aos profissionais de saúde a não ser
que a pergunta seja feita ativamente.
Fitoterapia
• Terapêutica que utiliza os medicamentos cujos constituintes ativos são plantas ou derivados vegetais;
• Prática tradicional e milenar de cuidados em saúde;
• A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, foi constituída por decreto presidencial, em 17 de
fevereiro de 2005;
• Diversos estados no Brasil tem políticas estaduais de plantas medicinais e fitoterápicos.
Segundo a PNPIC, as plantas medicinais podem ser oferecidas à população em uma ou mais das seguintes formas:
• In natura (planta fresca): coletada no momento do uso
• Seca (droga vegetal): planta medicinal (ou suas partes) que contenham substâncias ou classes de substâncias,
responsáveis pela ação terapêutica, após processos de coleta, estabilização, quando aplicável, e secagem, podendo
estar na forma íntegra, rasurada, triturada ou pulverizada;
• Fitoterápico manipulado: produzido por farmácia de manipulação
• Fitoterápico industrializado (medicamento fitoterápico): produzido pela indústria farmacêutica
Medicina Tradicional Chinesa (MTC)
• Fundamentada em teoria taoísta sendo desenvolvida há mais de 5000 anos;
• Pensamento analógico: os movimentos da natureza também são expressados no corpo humano e nos processos
fisiopatológicos;
• Saúde influenciada por fatores internos, como emoções (medo, raiva, alegria, apego, vontade) e por fatores
externos, como mudanças climáticas (secura, umidade, calor, frio).
As práticas em MTC visam interferir nestes fatores, influenciando positivamente na saúde do indivíduo.
• Fitoterapia chinesa
• Dietoterapia chinesa
• Acupuntura
• Moxabustão
• Ventosas
• Auriculoterapia
• Práticas corporais: Tai Chi Chan / Chi Kung
• Massoterapias: Tuiná / Shiatsu
Mindfulness
• Prática de meditação que tem se mostrado efetiva na prevenção e tratamento de condições de saúde crônicas.
Principais componentes:
• Autorregulação da atenção intencionalmente ao que está acontecendo a cada momento
• Autorregulação da atenção enquanto qualidade mental caracterizada por uma atitude de abertura e curiosidade
frente à experiência.
DOENÇAS DIARREICAS AGUDAS (DDA)
• Ingestão de ovos embrionados presentes em alimentos crus mal lavados ou pela ingestão de água contaminada
(áscais e Trichuris) e penetração a9va das larvas infectantes (ancilostomídeos) na pele íntegra do hospedeiro;
• Assintomáticos à febre, sudorese, fraqueza, palidez, náuseas à tosse, febre e eosinofilia (Loefler) à dor
abdominal/cólica, perda de ape9te, diarreia, dores musculares e anemia
• Tratamento:
Adultos: Doxiciclina 300mg (dose única)
Crianças: Eritromicina 12,5mg/kg (6 em 6 horas por 3 dias)
NOTIFICAÇÃO
Os surtos de DDA, também chamados de surtos de Doenças de Transmissão Hídricas e Alimentares (DTHA), devem
ser noJficados imediatamente
ZOONOSES RAIVA, LEISHMANIOSE, FEBRE MACULOSA
Após inoculada leva dias a semanas para alcançar o SNC – período passível de Profilaxia Pós-Exposição
(PPE); • Período de incubação de 1 a 3 meses.
CONTATO DIRETO ? - Lavar com agua e sabão, e classificar entre LEVE e GRAVE
CÃO OU GATO LEVE Não iniciar profilaxia, observação por 10 dias.
Se o animal morrer, desaparecer, ou apresentar sinais de raiva, VACINA 0, 3, 7 e 14.
Profilaxia Pré-exposição • Recomendada para pessoas de alto risco – veterinários, biólogos, agrotécnicos, trabalhadores de
laboratórios que manipulam o vírus;
• Pessoas com exposição prolongada – testes sorológicos periódicos.
NOTIFICAÇÃO.
LEISHMANIOSE Leishmaniose visceral: Leishmania Chagasi.
Leishmaniose tegumentar: Leishmania brasiliensis, L. Guyanensis e L. amazonensis.
Fêmea de
flebotomíneo Espectro heterogêneo – 4 principais apresentações
ingurgitada • Lesões ulceradas no local da picada do flebomíneo (L. Cutânea localizada);
• Múltiplos nódulos não ulcerarativos (L. Cutânea difusa);
• Inflamação destrutiva da mucosa (L mucosa);
• Infecção disseminada visceral (L. Visceral ou Calazar).
O critério de cura é clínico, sendo indicado o acompanhamento regular por 12 meses para verificação da
resposta terapêutica e também para a detecção de possível recidiva após terapia inicial bem-sucedida.
Entretanto, para fins de encerramento do caso no Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan), não é necessário aguardar o término do acompanhamento.
FEBRE MACULOSA • Doença febril causada pela espiroqueta Rickepsia rickepsii
• Reservatório: carrapatos do gênero Amblyomma (A. cajennense, A.cooperi ou dubitatum e A.
espiroqueta Aureolatum).
Rickepsia rickepsii
Antecedentes epidemiológicos sugesAvos: Visita na mata ou picada de carrapato previamente
(usualmente 4 a 11 dias antes)
Doença Febril Aguda sem foco aparente (>38ºC por mais de cinco dias)
+ Presença de escara de inoculação (lesão com centro crostoso-necrótico com halo eritematoso
circundante; indica o ponto onde foi a picada do carrapato)
Linfadenopatia (geralmente ipsilateral à escara de inoculação); Exantema macular, maculopapular ou
maculo-vesicular (principalmente em tronco e membros); Cefaléia; Mialgias; Artralgias; Mal-estar geral;
Calafrios; Náuseas.
Início precoce de antibioaticoterapia, quando suspeita clínica, antes mesmo da confirmação laboratorial.
Em adultos, Cloranfenicol, 50mg/kg/dia, via oral, dividida em 4 tomadas,
ou Doxiciclina, 100mg, de 12/12 horas, via oral.
Manter o esquema até 3 dias após o término da febre.
Nos casos graves, a droga de escolha é o Clorafenicol, 500mg, EV, de 6/6 horas.
Complicada: Dor abdominal intensa, mucosas amarelas, icterícia, mucosas muito hipocoradas, redução
Plasmodium do volume de urina, vômitos persistentes, sangramento, falta de ar, cianose, aumento FC, convulsão ou
falciparum: mais desorientação, prostação, comorbidades descompensadas.
grave. Plasmodium Anemia grave, Hipoglicemia, Acidose metabólica, Insuficiência renal, hiperlactatemia, Hiperparasitemia.
malariae
Importância de diagnosticar nas 24 horas a partir do início dos sintomas, a fim de evitar formas graves,
óbitos pela doença e contribuir para a interrupção da transmissão.
GOTA ESPESSA
Teste Rápido
TRATAMENTO
Tratamento das infecções pelo P. vivax ou P. ovale com Cloroquina em 3 dias e Primaquina em 7 dias.
Tratamento das infecções pelo P. vivax ou P. ovale para recorrência entre 5 e 60 dias com
artemeter/lumefantrina ou artesunato/mefloquina por 3 dias, conforme a disponibilidade local, e
primaquina por 14 dias.
NOTIFICAR !!!
Prevenção Uso de mosquiteiros, uso de repelente, colocar telas nas janelas, uso de roupas que
protejam braços e pernas.
PARASITOSES
INTESTINAIS
Diarreia – mais frequente nas infecções por protozoários intestinais, na tricuríase e na estrongiloidíase;
• Os enteroparasitas que habitam o intestino grosso – Entamoeba histolytica, Trichuris trichiura,
Schistossoma mansoni – podem causar diarreia com muco e sangue;
• Os parasitas que se localizam no intestino delgado – Strongyloides stercoralis e Giardia lamblia -
provocam diarreia osmótica.
DIAGNOSTICO
Exame Parasitológico de Fezes (EPF), aliado aos dados clínico-epidemiológicos;
• Avaliar 3 amostras aumenta a sensibilidade do método;
• Coletar 3 amostras em dias separados (consecutivos ou alternados)
ESQUITOSSOMOSE HOSPEDEIRO DEFINITIVO: Humano - Na fase adulta, o parasita vive nos vasos sanguíneos do intestino e
fígado
• HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: Caramujo do gênero Biomphalaria
SINONÍMIA -
“Xistose”, “barriga FORMA AGUDA: Assintomática ou Dermatite Cercariana; - 3 a 7 semanas após o contato pode ocorrer
d’água” e “doença febre, linfadenopatia, anorexia, dor abdominal e cefaleia. Pode ter também diarreia, náuseas e tosse
dos caramujos”; seca.
DERMATITE CERCARIANA caracterizada por micropápulas “avermelhadas” semelhantes às picadas de
AGENTE insetos.
ETIOLÓGICO
Schistosoma Após seis meses de infecção, há risco do quadro clínico evoluir para a fase crônica.
mansoni Gravidade da doença depende diretamente: • da carga parasitária, • do estado nutricional do paciente;
• do tempo de parasitismo.
Manifestações:
HEPATOINTESTINAL
Astenia, fadiga, tontura, cefaleia, sintomas distônicos, sensação de plenitude, flatulência, dor
epigástrica, hiporexia, diarreia recorrente, hepatomegalia, fibrose hepática.
HEPÁTICA
Diarreia recorrente, hepatomegalia com fibrose.
HEPATOESLÊNICA
Hipertensão portal, hepatoesplenomegalia, varizes esofágicas, sintomas intestinais, hemorragia dig.
INVESTIGAÇÃO DX
Pesquisa de ovos de Schistosoma nas fezes (Kato-Katz) – é necessário solicitar como especificação do
Exame Parasitológico de Fezes (EPF).
Outros métodos:
• Sorológico (Imunofluorescência indireta ou ELISA): não faz diagnóstico.
• Ultrassonografia hepática auxilia no diagnóstico da fibrose de Symmers e nos casos de
hepatoesplenomegalia: não faz diagnóstico.
• Biópsia retal ou hepática - não recomendada na rotina, pode ser útil em casos suspeitos e na presença
de exame parasitológico de fezes negativas.
TTO:
PRAZIQUANTEL
Adultos: 50mg/kg Crianças: 60mg/kg
• Apresentação: 600mg/comprimido; Dose única, via oral; máximo 7 comprimidos.
• Orientar repouso por pelo menos 3 horas após ingestão, para evitar náuseas e tonturas
DOENÇA DE FEBRE PERSISTENTE (>7 dias)
CHAGAS +
Edema de face ou de membros; Exantema; Adenomegalia; Hepatomegalia; Esplenomegalia;
Trypanosoma •Cardiopatia aguda (taquicardia, sinais de insuficiência cardíaca); Manifestações hemorrágicas
cruzi, protozoário (hematêmese, hematoquezia ou melena); Icterícia.
flagelado. •Manifestações digestivas (diarreia, vômito e epigastralgia intensa) são mais comuns em casos por
transmissão oral.
Diagnóstico
• Sorologia para Chagas - Importante na fase crônica.
• Anticorpos IgG anti-T. cruzi - indica doença crônica.
TRATAMENTO:
•Benznidazol: (adulto = 5 mg/kg/dia, 1 a 3x/dia, 60 dias; criança = 5 a 10 mg/kg/dia, 2x/dia, 60 dias)
• Tratar: forma aguda, congênita e crônica recente
Nos casos leves, sem complicações, e nas formas indeterminadas, o tratamento pode ser realizado na
atenção básica, por médico generalista que conheça as particularidades do medicamento e da doença
de Chagas.
LEPTOSPIROSE Zoonose, causada por leptospiras patogênicas, transmiAdas pelo contato com urina de animais
infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria.
Reservatório: amplo espectro de animais domésAcos e selvagens.
No meio urbano: roedores (especialmente o rato-de-esgoto);
Bactéria helicoidal Outros reservatórios são os suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães.
(espiroqueta)
• Seres humanos - hospedeiros acidentais e terminais dentro da cadeia de transmissão.
Icterícia: é um sinal caracterísAco, possuindo uma tonalidade alaranjada muito intensa (icterícia
rubínica) e geralmente aparece entre o 3º e o 7º dia da doença - preditor de pior prognóstico
DIAGNOSTICO
TRATAMENTO
FASE PRECOCE
• Amoxicilina, em adultos na dose de 500mg, VO, de 8/8 horas, durante 5 a 7 dias. Crianças, administrar
50mg/kg/dia, VO, a cada 6/8 horas, durante 5 a 7 dias;
• Doxiciclina: 100mg, VO, de 12 em 12 horas, durante 5 a 7 dias
FASE TARDIA
• Penicilina G Cristalina: 1.5 milhões UI, IV, de 6/6 horas; ou,
• Ampicilina: 1g, IV, 6/6 horas; ou, • Ceftriaxona: 1 a 2g, IV, 24/24h; ou,
• Cefotaxima 1g, IV, de 6/6 horas.
• Para crianças utiliza-se Penicilina cristalina: 50 a 100.000U/kg/dia, IV, em 4 ou 6 doses; ou Ampicilina:
50 a 100mg/kg/dia, IV, dividido em 4 doses; ou Ceftriaxona: 80 a 100mg/kg/dia, em 1 ou 2 doses; ou
Cefotaxima: 50 a 100mg/kg/dia, em 2 a 4 doses.
TUNGÍASE A maioria das lesões aparece nos pés, e em alguns casos, nas mãos;
• Podem ser únicas ou bastante numerosas, dependendo da infestação do solo;
espécie de pulga,
Tunga penetrans A lesão surge como uma pequena pápula marrom escura com um halo fino e claro ao seu redor;
• Pode causar dor ou coceira; • Pode ocorrer infecção secundária e até abscessos no local;
• O diagnóstico é clínico-epidemiológico;
• Diagnóstico diferencial: verrugas virais
É autolimitada com duração de quatro a seis semanas;
TRATAMENTO
Extração manual do parasito, com assepsia e materiais estéreis;
• Nos casos com infecção secundária, antibioticoterapia
• Infestação: tiabendazol, 25mg/kg, em uma ou duas doses diárias de três a cinco dias;
• Realizar profilaxia antitetânica
POLÍTICAS DE EQUIDADE E SAÚDE DE POPULAÇÕES ESPECÍFICAS
O correto preenchimento do quesito raça/cor nos sistemas de informação dos serviços de saúde, juntamente com a
análise e a divulgação desses dados, desagregados, são alternativas para identificar problemas e propor soluções
quanto aos eventos em saúde dos grupos étnicos atingidos.
O grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos
ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e que u)liza os logradouros públicos e as áreas
degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades
de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
Esta Política é um dispositivo criado para produzir respostas às necessidades da população em situação de
rua, garantindo a integralidade do cuidado e a universalidade de acesso ao SUS. Entendendo que população
em situação de rua é um grupo heterogêneo que habita logradouros públicos, áreas degradadas e
ocasionalmente utiliza abrigos e albergues para pernoitar.
PORTARIA Nº 122, DE 25 DE JANEIRO DE 2011 CONSULTÓRIOS DE RUA
Define as diretrizes de organização e Formado por equipes multiprofissionais, visando formação de
funcionamento das Equipes de Consultório na vínculos com a população de rua
Rua. As atividades serão realizadas de forma itinerante e deverão
utilizar as instalações das Unidades de saúde do território, de
acordo com a necessidade do usuário.
Devem ter horaríos flexíveis, geralmente diferentes das unidades
fixas.
Ferramentas de trabalho das Equipes de eCR
Articulação intersetorial (serviço social, habitação, emprego, educação) e multiprofissional de saúde (equipe da
atenção primária com apoio de psicologia, psiquiatria, reabilitação/fisioterapia, terapia ocupacional);
• Capacidade da equipe estabelecer vínculos através da escuta empática, do respeito à diversidade das formas de
vida dessa população e da compreensão de que os serviço de saúde em geral são violentos com esse público, logo,
é essencial criar relações de confiança com a equipe;
Diversidade sexual e respeito às identidades de gênero: grande destaque nas últimas décadas → luta dos
movimentos sociais;
Nos anos de 1960 e 1970 a discussão em torno do campo da diversidade sexual e de gênero começou a ser
pleiteada no bojo das lutas libertárias → movimentos acadêmicos passam a debater o termo gênero;
Gênero então passa a sugerir a determinação de papéis de homens e mulheres na sociedade, porém em
concordância com o sexo biológico, que se refere às características biológicas e fisiológicas de homens e mulheres.
Existem normas das quais determinados corpos e expressões de gênero são lidos e reconhecidos numa sociedade:
repetimos expressões de gênero, ao longo do tempo, que citam e reiteram uma maneira de ser de um determinado
gênero;
Gênero passa a ser entendido na acepção de performatividade → uma construção social que é produzida pela
repetição de determinadas maneiras de fazer o gênero que criam uma série de efeitos que são tomados com
essências.
Dessa forma, podemos dizer que as normas de gênero são as regulações que dão legibilidade ao gênero e que
regem o reconhecimento deste.
Assim como a expressão de gênero, o modo como as pessoas exprimem o seu gênero e através dessas
performances reiteram identificações e desidentificações.
Sexo Biológico: conformação anátomo-fisiológica dos sistema geniturinário.
A QUEM SE DIRIGE
• Povos e comunidades que têm seus modos de vida, produção e reprodução social relacionados
predominantemente com o campo, a floresta, os ambientes aquáticos, a agropecuária e o extrativismo, como
camponeses, agricultores familiares, trabalhadores rurais, comunidades de quilombos, populações que habitam ou
usam reservas extrativistas, populações ribeirinhas, populações atingidas por barragens, ciganos, dentre outros.
MARCOS LEGAIS
• Em 2005 foi instituído o Grupo da Terra (Portaria MS/GM nº 2.460/2005) para atender às necessidades de
atenção à saúde dessa população.
Objetivo: elaborar a Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e da Floresta (PNSIPCF)
Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Redefinição do arranjo organizacional das equipes de Saúde da
Família, Equipe(s) de Saúde da Família Ribeirinha (ESFR) e da(s) Equipe(s) de Saúde da Família Fluvial (ESFF) para os
municípios da Amazônia Legal e Pantanal Sul Mato grossense, assim como a definição dos valores de financiamento
destas equipes e de custeio das Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF), considerando as especificidades locais.
Obs.: o Programa Mais Médicos tem sido um diferencial no acesso a saúde dessa população.
POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DAS PESSOAS PRIVADAS DE LIBERDADE NO SISTEMA
PRISIONAL
OBJETIVO GERAL Garantir o acesso das pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral
no SUS.
DIRETRIZES
• Promoção da cidadania e inclusão das pessoas privadas de liberdade por meio da articulação com os diversos
setores de desenvolvimento social, como educação, trabalho e segurança.
• Atenção integral resolutiva, continua e de qualidade às necessidades de saúde da população privada de liberdade
no sistema prisional, com ênfase em atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais.
• Respeito à diversidade étnico racial, às limitações e às necessidades físicas e mentais especiais, às condições
econômicosociais, às práticas e concepções culturais e religiosas, ao gênero, à orientação sexual e à identidade de
gênero.
• Intersetorialidade para a gestão integrada e racional e para a garantia do direito à saúde.
Emergência sanitária, com prevalência elevada de doenças transmissíveis e não transmissíveis, como
• Tuberculose (23x maior que população em geral);
• HIV/AIDS; • Hepatites; • Sífilis;
• Dermatites; • Hipertensão;
• Saúde Mental (3x maior que população em geral).
Desafios atuais da PNAISP
1. Aumentar a cobertura assistencial.
2. Qualificar as intervenções intersetoriais.
3. Informatizar os serviços, por meio da implantação do novo sistema de informação da Atenção Básica (estratégia e
SUS AB) para monitoramento e avaliação permanente dos serviços prestados.
4. Ofertar processos de educação permanente e continuada para todas as equipes de atenção básica prisional.
5. Qualificar a gestão das equipes em processos tripartite e intersetoriais.
6. Aprimorar a infraestrutura para o atendimento em saúde.
Atualmente 34 DSEIs em todas regiões do Brasil. DSEIs atuam no território através dos Pólos Base (equivalente à
UBS) com equipe multidisciplinar. DSEIs têm planejamento participativo (controle social) pelos CONDISI (conselho
distrital indígena).
BOLSA FAMÍLIA E BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO CONTINUADA
O Beneficio de Prestação Continuada (BPC), criado pela Lei Federal nº 8.742/93 – Lei Orgânica da Assistência
Social (LOAS), que regulamentou o art. 203, inciso V, da Carta Política Pátria; e os beneficios eventuais federadivos,
criados por entes da federação Estados, Distrito Federal e Municípios, conforme critérios e prazos definidos pelo
Conselho Nacional de Assistência Social
O BPC, criado em 1993, é devido ao idoso de 65 anos ou mais de idade, e ao deficiente, cuja renda familiar seja
inferior a um quarto do salário mínimo. (Art. 20 caput da LOAS).
• Esse é um benefício de assistência social, ou seja, quem está solicitando não precisa ter contribuído com a
Previdência Social, por isso ele é chamado de beneficio e não de aposentadoria, e sua ajuda equivale a um salário
mínimo.
Bolsa Família
Concessão de beneficios de pagamentos mensais, portanto, de trato sucessivo, às famílias consideradas
pobres ou extremamente pobres, com requisitos para concessão e manutenção estabelecidos em lei
federal, com valor definido, de caráter temporário, não gerando direito adquirido uma vez que devem ser
revistos a cada dois anos para avaliação da elegibilidade das famílias para o recebimento desses
beneficios.,
O Programa Bolsa Família foi instituído pela Lei nº 10.836/2004, regulamentada pelo Decreto nº 5.209/2004 e
veio como uma necessidade de unificar as ações governamentais de transferência de recursos do Governo
Federal.
Características do Programa Bolsa Família
Solicitação de exames de rastramento de forma não Exames solicitados de uma forma sistemática para uma
sistemica, ou seja, solicitados em uma consulta população de risco, dentro de um programa estruturado.
realizada pelo paciente por algum outro motivo ou Garantir cobertura de todas as pessoas, consideradas de
em uma consulta de rotina. risco. Só é efetivo se atingir pelo menos 70%.
A população alvo é monitorada e convidada para a
realização;
RASTREAMENTO E PREVENÇÃO QUARTENÁRIA
Os incidentalomas Tais exemplos, cada vez mais comuns, são potenciais geradores de
Os sobrediagnósticos significativos danos iatrogênicos e de medicalização excessiva, devido às
O sobretratamento suas múltiplas cascatas de intervenções. Eles demandam fortemente
Paradoxo da popularidade prevenção quaternária
Decisão compartilhada MCCP
A decisão compartilhada: - Individualizar a oferta de cuidados preventivos oportuno.
- Processo colaborativo entre o profissional de saúde e o indivíduo.
- Compartilhar informações, considerar preferências e valores, garantindo que estejam no plano de cuidado.
- Evidências científicas e valores pessoais.
- Recursos informativos visuais para apoio à decisão
RECOMENDAÇÕES PARA RASTREAMENTOS
Para rastreamento e detecção precoce do câncer é necessário conhecer o comportamento da doença que se deseja
rastrear e as características do teste de rastreamento.
CÂNCER DE O aumento da probabilidade de resultados falsos-positivos em função da alta prevalência de
PULMÃO tuberculose, gerando imagens radiológicas que criam dificuldades no diagnóstico diferencial
(SANTOS et al., 2016).
Assim, até o momento, não há uma recomendação oficial do INCA sobre essa modalidade de
rastreamento.
Fatores de risco: idade avançada, hereditariedade, população negra, obesidade. Principalmente pai
ou irmão com história de câncer de próstata antes dos 60 anos de idade (pode aumentar o risco 3 a
10 vezes);
Diretrizes nacionais e internacionais recomendam PSA e toque retal para avaliação de homens
com elevado risco para neoplasia prostática, e sintomas de dificuldade de urinar, diminuição do
jato de urina, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite e sangue na urina (BRASIL,
2016; MOTTET, 2023).
COLO Mulheres dos 25 aos 64 anos que tenham iniciado vida sexual em algum momento da vida.
UTERINO
Periodicidade do Papanicolau:
• Dois exames com intervalo anual.
• Após dois exames anuais normais, realiza se somente um exame a cada três anos.
• Mulheres > 64 anos que nunca fizeram o exame: dois exames com intervalo de 1 a 3 anos
MAMA A recomendação do INCA é que a mamografia de rastreamento seja oferecida às mulheres de 50 a
69 anos, uma vez a cada dois anos,
Fatores de risco:
● Idade: maior que 50 anos.
● Comportamentais e ambientais: sobrepeso e obesidade após a menopausa; ingestão de bebida
alcoólica; exposição à radiação ionizante, presente em exames ou tratamentos que usam raios-X,
tais como mamografia, tomografia e radioterapia.
Hereditariedade: mutações especialmente BRCA1 e BRCA2. Apenas 5 a 10% dos casos, nem todo
histórico de câncer de mama na família é alto risco. Atenção para: histórico de câncer de ovário, ou
vários casos de câncer de mama em familiares consanguíneos, sobretudo em idade jovem e em
parentes de primeiro grau, ou de câncer de mama em homem.
● Endócrinos: exposição ao estrógeno, menarca precoce (antes 12 anos); menopausa tardia (após
os 55 anos); nuliparidade; primeira gravidez após os 30 anos; uso recente de TRH pós-menopausa;
uso recente de contraceptivos orais (estrogênio-progesterona);
CÓLON Fatores de risco para câncer colorretal:
• Idade acima de 50 anos.
• Câncer colorretal ou pólipo adenomatoso/serrilhado avançado.
• Doença inflamatória intestinal.
• Sinais e sintomas de câncer colorretal.
• Adultos com síndromes hereditárias que predispõem câncer colorretal.
• Álcool, sedentarismo, dieta, obesidade, tabagismo
Para pessoas classificadas como de alto risco para os cânceres de cólon e reto, as condutas de
rastreamento e acompanhamento devem ser indicadas de acordo com as categorias de risco,
seguindo protocolos clínicos, com periodicidade e grupo etário diferenciados.
LÁBIO E Atualmente, não existem evidências suficientes sobre os benefícios e riscos do rastreamento do
CAVIDADE câncer oral.
ORAL
Recomenda-se, portanto, o diagnóstico precoce, pela inspeção visual minuciosa dos tecidos da
cavidade oral com vistas a identificar alterações teciduais. Por serem, muitas vezes, lesões
inespecíficas, a confirmação diagnóstica de lesões suspeitas é feita por meio do procedimento de
biópsia e exame anatomopatológico.
Desordens orais potencialmente malignas: Queilite actínica, Eritroplasia, Leucoplasia oral, Fibrose
submucosa, Líquen plano, entre outras
PELE A detecção precoce do câncer de pele: diagnóstico precoce, orientação população e profissionais
de saúde alertas para lesões de pele com características anormais e de que seja realizada a
confirmação diagnóstica -> assimetria, bordas, cor, diêmetro, evolução.
HAS Recomenda-se triagem para hipertensão em adultos com 18 anos ou mais com medição da
pressão arterial no consultório.
Anual em adultos com 40 anos ou mais e em adultos com risco aumentado para HAS (como
pessoas negras, com pressão arterial normal alta ou com sobrepeso/obesidade).
• A cada 3-5 anos para adultos de 18 a 39 anos baixo risco para HAS e com medida prévia de
pressão arterial normal.
DIABETES Em adultos assintomáGcos, recomenda-se triagem para pré-diabetes e diabetes Gpo 2 em adultos
de 35 a 70 anos com sobrepeso ou obesidade.
Sugere-se a utilização do Questionário Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) para estratificação de
risco de desenvolvimento de diabetes.
PREVENÇÃO Rastreamento entre mulheres de mais de 65 anos, centrada no compartilhamento da decisão entre
FRATURA a mulher e seu médico.
PATOLÓGICA • As mulheres devem ser informadas dos riscos e apoiadas em suas decisões para posterior
rastreamento, diagnóstico e tratamento.
• Rastreamento é contraindicado em mulheres abaixo de 65 anos e entre homens.
• Use o FRAX para apoiar sua conduta.
DISFUNSÃO Contraindica-se rastreamento para disfunção tireoidiana em adultos maiores de 18 anos,
TIREOIDIANA assintomáticos.
• Essa recomendação não se aplica para gestantes, pessoas com história de cirurgia ou doença de
tireóide, indivíduos em uso de medicações tireotóxicas (lítio, amiodarona), radioterapia em tireóide
ou região cervical prévia, doença de hipotálamo ou pituitária
Rastreamento O Sistema Único de Saúde (SUS) e a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays,
em mulheres Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSI-LGBT) são conquistas sociais que buscam garantir o direito
lésbicas, constitucional à saúde para as pessoas trans.
bissexuais,
trans • Também se ressalta que, atualmente, consideramos outras identidades nesta sigla e que ela
própria está em debate diante do aparecimento de novas identidades e sujeitos políticos no Brasil,
como, por exemplo, as pessoas intersexo, as pessoas não binárias, queers, assexuais, entre outros.
FAZEM RASTREIO…
EDUCAÇÃO PERMANENTE NO PMMB 0800-644-6543 TELESAÚDE
A Educação Permanente é aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao quotidiano das
organizações e ao trabalho.
SEGUNDA OPINIÃO Resposta sistematizada, construída com base em revisão bibliográfica, evidências
FORMATIVA científicas e clínicas a perguntas originadas das teleconsultorias.
As melhores teleconsultorias são selecionadas a partir de critérios de relevância e
pertinência em relação às diretrizes do SUS e publicadas no Portal BVSAPS
(http://aps.bvs.br)
TELE-EDUCAÇÃO Atividades educacionais à distância por meio de tecnologias de informação e comunicação
para apoiar a qualificação de estudantes, profissionais e trabalhadores da área da saúde.
Biblioteca Virtual em Prover amplo acesso ao conhecimento científico e técnico atualizado, relevante e aplicável
Saúde da Atenção para APS no âmbito do SUS, para apoiar as atividades de teleconsultoria, telediagnóstico e
Primária à Saúde tele-educação realizadas no âmbito do Programa Nacional de Telessaúde Brasil Redes.
(BVS APS)
Ampliar a visibilidade da coleção de Segunda Opinião Formativa (SOF) e promover o seu
acesso e uso para além do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes.
Sistema Universidade • O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) foi criado em 2010 para atender às
Aberta do SUS necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais que atuam no
(UNA-SUS) Sistema Único de Saúde (SUS).
Portal Saúde Baseada • O Ministério da Saúde, em parceria com a OPAS/OMS, oferta a todos os profissionais de
em Evidências saúde do Brasil, bases de dados científicas para auxiliá-los na tomada de decisão clínica e
de gestão.
INÍCIO (ufrn.br)
Saúde Mental Sensação de bem estar e capacidade de sentir e lidar com diversos sentimentos, incluindo aqueles
considerados negativos, como raiva, tristeza e infelicidade.
O SOFRIMENTO MENTAL NA APS Acesso Porta de entrada Estratégia efetiva de integração dos cuidados em
saúde mental da população:
• Elevada carga de doença dos transtornos mentais. • Pela conexão entre problemas de saúde física e mental.
• Acesso e tratamento aos TM.
Ações de saúde mental no território
O SOFRIMENTO MENTAL – ocorre em decorrência de muitos fatores não vistos em um primeiro olhar.
Depressão e Ansiedade devem ser vistas como manifestações clínicas de fatores adversos do processo de viver das
pessoas que atendemos.
Pessoas quem expressam sofrimento na atenção primária á saúde podem remeter a dificuldades muitos comuns
da vida moderna
Tratamento
Pode ser realizado psicofármacos e/ou psicoterapias
Deve considerar
Diagnóstico específico
Preferência do paciente e objetos do paciente
Resporta a tto prévios
Disponibilidade de tto
Relação custo/efetividade
Cormobidades psiquiátricas
Particularidades do paciente (idade, comorbidades clínicas, outra medicações em uso).
Medicamentoso:
De escolha – inibidores seletivos da recaptação da serotonia (ISRS) e inibidores da recaptação de
serotonina e norepinefrina (ISRSN).
Benzodiazepínicos devem ser evitados sempre que possível.
Quando encaminhar ?
Caso refrátario: ausência de resposta ou resposta parcial a duas estratégias terapeuticas
efetivas (psicoterapia e/ou psicofármacos em dose terapêutica e por pelo menos 8 semanas).
Caso associado a transtorno por uso de substância grave;
Paciente com ideação suicida persistente;
DEPRESSÃO X TRISTEZA
Um dos erros mais comuns na prática médica é diagnosticar depressão em pacientes chorosos ou tristes por conta
de eventos cotidianos.
TRISTEZA NÃO É SINÔNIMO DE DEPRESSÃO.
Usar critérios bem definidos para estabelecer o diagnóstico.
• Apesar disso, essa ideia continua influente tanto para médicos quanto para pacientes.
• Há estudos que indicam que o uso prolongado de antidepressivos pode reduzir a concentração
de serotonina.
• Cerca de 50% dos pacientes tem mais de um episódio ao longo da vida;
• A média de 4 episódios ao longo da vida;
• A duração média de cada episódio é de 16 a 20 semanas;
• 12% dos pacientes terão curso crônico sem remissão dos sintomas.
Se uma das respostas acima forem positivas, fazer uma terceira pergunta aumenta a
especificidade para 89%:
1. Isso é algo que você gostaria de ter ajuda hoje ou alguma outro dia?
Episódio depressivo é caracterizado por sintomas fundamentais:
Pontos de corte:
5 – 8: sintomas muito leves, subsindrômicos.
>9: rastreamento positivo para episódio atual:
9 – 14: episódio leve.
15 – 19: episódio moderado.
>20: episódio grave.
Fatores de risco
• História pessoal ou familiar de depressão
• Presença de estressor psicossocial (trabalho, relações etc)
• Uso exagerado dos serviço de saúde
• Doenças crônicas
• Outros transtornos psiquiátricos
• Mudanças hormonais (puerpério, por exemplo)
• Sintomas físicos sem explicação
• Dor, em especial dor crônica
• Abuso de substâncias
DISTIMIA Transtorno depressivo crônico com menor intensidade de sintomas, presentes pelo menos há dois
anos. Tem maior comprometimento funcional e ocupacional que a depressão, devido ao tempo de duração.
Tratamento é semelhante ao da depressão.
Antidepressivos têm evidência de que são eficazes para o tratamento da depressão grave e moderada,
melhorando os sintomas ou eliminando-os.
Antidepressivos não são mais eficazes do que o placebo em depressões leves.
As duas condições são muito frequentes e devem receber atenção especial do médico de família. Prescrever mais
para alguns grupos e menos para outros. Ter a melhor precisão diagnóstica possível.
Encaminhamento?
• Maioria dos casos com abordagem exclusiva na APS; • Presença de sinais de gravidade (ideação suicida); • Dúvida
diagnóstica; • Suspeita de psicose afetiva (transtorno bipolar); • Sintomas psicóticos; • Não resposta clínica após
alguns meses de tratamento; • Agravamento do quadro apesar do tratamento adequado.
• Risco de Suicídio
• É uma situação de emergência!
• Perguntar abertamente sobre o tema.
• Perguntar não induz ideação que não exista previamente.
• Falar abertamente sobre o tema PREVINE o suicídio.
• Ter desejo de morrer não é ideação suicida.
AVALIAR Escolha do farmaco Resposta prévia, comorbidades especifica, perfil de efeitos adversos, custos,
tempo do fármaco no mercado, toxicidade.
Uso de Benzodiazepínicos
PRESCRIÇÃO DEVE SER FEITA DA MANEIRA MAIS CRITERIOSA POSSÍVEL. NA DÚVIDA, NÃO PRESCREVA
• É a droga mais vendida no Brasil
Psicoterapia
Terapia de reatribuição
Terapia de solução de problemas
Terapia Interpessoal
Terapia focada em solução
CONTROLE SOCIAL NA POLÍTICA DE SAÚDE MENTAL A participação social é um requisito fundamental para a
construção de uma Política de Saúde Mental alinhada com os ideais do Movimento Brasileiro de Reforma
Psiquiátrica e da Luta Antimanicomial.
INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS (IST) E AIDS
CORRIMENTO VAGINAL
Queixa de corrimento? Anamnese e exame ginecológico (toque e exame especular).
A Candida albicans é o principal agente etiológico da candidíase vaginal, com características principais de
apresentar clínica de prurido vulvovaginal intenso, corrimento branco, grumoso e com aspecto caseoso (nata de
leite), sem odor, com a presença de placas brancas ou branco-amareladas recobrindo a vagina e colo uterino. O
pH vaginal é ácido (3,8 - 4,0) e o quadro clínico se acentua no período pré-menstrual.
Gonococo (Neisseria gonorrhoeae), pode estar associada a infecção por Chlamydia trachomatis ambas
são infecções sexualmente transmissíveis (IST) e são as principais etiologias das cervicites. O exame físico pode
identificar dor à mobilização do colo uterino, material mucopurulento no orifício externo do colo, edema cervical
e sangramento ao toque da espátula ou swab. As principais complicações dessa cervicite, quando não tratada,
incluem doença inflamatória pélvica, gravidez ectópica e infertilidade..
CORRIMENTO URETRAL
FATORES DE RISCO ORIENTAÇÕES
Idade abaixo de 30 anos Realizar orientações centradas na pessoa e suas práticas sexuais
Novas ou múltiplas parcerias Contribuir para que a pessoa reconheça e minimize o próprio risco
sexuais de infecção por uma IST.
Parcerias com IST Oferecer testagem para HIV, sífilis e Hep B e C.
História prévia Oferecer testagem molecular para clamidia e gonococo
Presença de outra IST Oferecer vacinação, quando indicado.
Uso irregular de Informar sobre a possibilidade de realizar prevenção combinada de
preservativo IST/HIV/Hep.
Tratar, acompanhar e orientar a pessoa e parceiros.
Notificar o caso, quando indicado.
ATENÇÃO !!!
recomenda-se oferta de tratamento presuntivo (independentemente do estágio clínico ou sinais e sintomas), com
dose única de benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões, UI, IM (1,2 milhão de UI em cada glúteo). –
Todas as parcerias devem ser testadas.
VERRUGAS ANOGESTINAIS
• Papiloma vírus humano (HPV)
CRITÉRIOS MAIORES: (1) DOR EM HIPOGASTRO (2) DOR À MOBILIZAÇÃO DO COLO UTERINO (3) DOR À
PALPAÇÃO DE ANEXOS
CRITÉRIOS MENORES: (1) FEBRE (2) LEUCOCITOSE (3) AUMENTO PCR, VHS
(4) CORRIMENTO VAGINAL OU SECREÇÃO CERVICAL ANORMAL (5) PRESENÇA DE MASSA PÉLVICA AO EF
CRITÉRIO ELABORADOS
(1) ENDOMETRITE EM EXAME ANATOMOPATOLÓGICO
(2) ABSCESSO TUBO-OVARIANO OU EM FUNDO DE SACO EM EXAME DE IMAGEM
(3) LAPAROSCOPIA COM EVIDÊNCIA DE INFLAMAÇÃO PÉLVICA
TRATAMENTO
HIV / AIDS
A primeira fase da infecção (infecção aguda) é o tempo para o surgimento de sinais e sintomas inespecíficos da
doença, que ocorrem entre a primeira e terceira semana após a infecção.
O aparecimento de infecções oportunistas e neoplasias
é definidor da aids.
A primeira fase da infecção (infecção aguda) é o tempo
para o surgimento de sinais e sintomas inespecíficos da Exemplos: - Pneumocistose, neurotoxoplasmose,
doença, que ocorrem entre a primeira e terceira semana tuberculose pulmonar atipica ou disseminada, meningite
após a infecção. criptocócica e retinite por citomegalovírus .
• Para gestantes que não tiveram acesso ao pré-natal, o diagnóstico pode ocorrer no momento do parto, na própria
maternidade, por meio do TR para HIV;
TESTE
Obter consentimento para o teste.
Garantir confidencialmente sobre o resultado do exame.
Definir se o paciente estará sozinho ou acompanhado no momento do resultado.
ELEMENTOS QUE PODEM SER INCLUDIOS NA DISCUSSÃO…
Benefícios se resultado negativo Benefícios se resultado positivo
O paciente se traqnuiliza que não tem HIV, deve Existem ttos eficazes que previnem complicações pelo
continuar medidas para evitar a infecção, suas doenças HIV, É possível medidas para evitar a tranmissão, O tto
poderam ser tratadas sem serem afetadas pelo HIV. para outras doenças podem ser ajustados, Podem ter
filhos saudáveis, É possível ter maior controle sobre para
quem contar e quando contar, do que se a doença for
descoberta mais tadialmente, quando já há
manifestações.
Confidencialidade dentro da equipe O sigilo a respeito do diagnóstico do HIV é um direito do paciente,
assegurado por lei (Lei n.º 14.289, de 3 janeiro de 2022)
Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) para HIV
Uso de antirretrovirais para reduzir o risco de infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus.
- Determinados grupos de indivíduos estão sob maior risco, sendo alvo prioritário para PrEP. –
Contextos específicos associados a um maior risco de infecção:
• Repetição de práticas sexuais com penetração sem o uso de preservativo;
• Quantidade e diversidade de parcerias sexuais e eventuais;
• Histórico de episódios de Infecções Sexualmente Transmissíveis;
• Busca repetida por Profilaxia Pós-Exposição;
• Contextos envolvendo situações de troca de sexo por dinheiro, objetos de valor, drogas e moradia.
Candidatos à PrEP deverão iniciar a profilaxia mediante testagem negativa para HIV. Caso seja confirmada a
infecção pelo HIV, a PrEP não está indicada
HEPATITES VIRAIS
• Virus da hepatite A, B, C, D ou Delta e E - diferentes agentes etiológicos;
• Quadro assintomático: desafio para saúde pública - A maioria das pessoas infectadas desconhece seu diagnóstico:
manutenção da cadeia de transmissão - Importância do rastreamento oportuno e vacinação
APS
HEPATITE A HEPATITE B
Tem vacina (Universal, toda população de
qualquer faixa etária) Teste rápido (ou HbsAg) e verificar documentação de
Calendário nacional vacinação infantil: esquema vacinal
DTP+Hib+HB (Penta) aos 0, 2, 4 e 6 meses Se positivo Notificar
Demais idades: 3 doses com intervalos ideais de Solicitar teste complementarios
0-1-6 meses (iniciar ou completar o esquema de Verificar a vacinação
acordo com situação vacinal) Agendar retorno 2-4s
HBV-DNA
• Vacina Hepatite A no SUS - Calendário nacional detectável ou outro marcador reagente ?
vacinação infantil: 1 dose. Garantir seguimento
Verificar vacinação familiares e contactantes
Transmitida por contato fecal-oral, ingestão de água Solicitar demais exames para seguimento.
e/ou alimentos (pode ocorrer por via sexual); Gestantes encaminhar para pré natal alto risco
Orientar…
- Clínica: sintomas inicias como fadiga, mal-estar, febre, Encaminhar para vacinação
dores musculares que podem ser seguidos de sintomas
GI como enjoo, vômitos, dor abdominal, Icterícia,
colúria.
• Hepatite C tem cura e o tratamento é gratuito pelo • O vírus da hepatite Delta – HDV tem expressivo
SUS! impacto clínico e epidemiológico na região norte do
Brasil;
• Anti-HCV + HCV-RNA reagentes = tratamento
• Acomete apenas pessoas infectadas pelo vírus da
• Contato com sangue contaminado, pelo hepa.te B;
compartilhamento de agulhas, seringas e outros objetos
para uso de drogas; • Sua transmissão pode ocorrer concomitantemente à
•Procedimentos invasivos (ex.: hemodiálise, cirurgias, infecção pelo HBV (coinfecção) ou posteriormente à
transfusão) em os devidos cuidados de biossegurança; infecção pelo HBV (superinfecção);
• Reutilização ou falha de esterilização de equipamentos
médicos/odontológicos; • Diagnóstico = anti - HDV.
•Falha de esterilização de equipamentos de manicure;
• Reutilização de material para realização de tatuagem;
• Uso de sangue e seus derivados contaminados.
PROFILAXIA PÓS-EXPOSIÇÃO (PEP)
Acidente ocupacional material biológico (ex.: profissionais de saúde, limpeza)
- Exposição sexual de risco consentida
- Violência sexual
Com morbidades associadas OU uso de ATB nos últimos 3 CURB-65 maior ou igual a 3, sepse, intubação
meses Beta-lactâmico+ Fluoroquinolona / macrolídeo
1) Beta-lactâmico + macrolídeo
2) Fluoroquinolona (se alergias aos outros)
IDOSOS
Maior risco, maior causa de mortalidade, incidência Prevenção:
aumenta. Vacina antipneumocócica
Vacina anti-influenza
Manifestações Clínicas Atípica: falta dos sintomas clássicos como febre (ausente em 60% dos casos), tosse,
escarro purulento ou dor torácica
• A taquipnéia é o sinal mais indicativo de pneumonia no idoso;
• Alteração do estado mental (Delirium em 15-50% dos casos), declínio súbito da funcionalidade, descompensação
de doenças estabelecidas: podem ser os únicos sintomas nos idosos - considerar esses sintomas para evitar atraso
no diagnóstico e início do tratamento; • Idosos desidratados: sem crepitações à ausculta respiratória.
Infância e Adolescência
É uma das complicações de infecções das vias
aéreas superiores em crianças.
Idade<2meses, Tiragem subcostal, Convulsões, Sonolência, Estridor em repouso, Desnutrição grave, Impossibilidade
de ingestão de líquidos, Sinais de hipoxemia, Doença de base debilitante,
Derrame pleural, abscesso pulmonar, pneumatocele
Falha da terapêutica ambulatorial
Apoio familiar não favorável ao tto domicilar,
Antibióticoterapia de escolha
ITU complicada Necessária realização de urocultura e exame de imagem; • Avaliar sinais e sintomas que possam
indicar hospitalização. OBS: Homens tratar como complicada
ITU associada a cateter 90% das pessoas que usam cateter tem bacteriúria assintomática; • Não está indicada
antibioticoterapia.
ITU recorrente não complicada em mulheres Necessária realização de urocultura antes do tratamento.
• 2 episódios em 06 meses ou 03 episódios nos últimos 12 meses
Encaminhar…
Pessoas com mau estado geral, com risco de sepse ou intolerância para tto oral
Individuos com sinais e sintomas sugestivos de obstrução do trato urinário, avaliação urológica, com ex imagem.
Gestantes com suspeita de pielonefrite.
QUADROS DOLOROSOS NA APS
● Glicocorticóides injetáveis ou orais por curto período (até 2 semanas), ex: até 30mg/dia de prednisona.
Tratamento farmacológico – Opióides
● Fracos: Codeína, Tramadol;
Atenção para os efeitos colaterais; Uso prolongado para dor crônica não neoplásica apresentou efeitos colaterais
menores (náuseas e cefaleia).
Tratamento farmacológico – Psicofármacos
● Tricíclicos: Amitriphlina: 25 – 75 mg/dia; Nortriphlina 10- 25 mg/dia;
Úteis nos casos de dor crônica, o efeito analgésico é independente do efeito anhdepressivo;
● Carbamazepina: a dose deve ser titulada, iniciando-se com 100mg de 12/12h e, dependendo da resposta e da
tolerância, aumentar a cada 3 dias, com doses terapêuticas situadas entre 400 e 1.200mg/dia;
Principal indicação: neuralgia do trigêmeo, mas também indicada nas dores paroxísticas, em choque ou parestesias;
● Gabapentina: dose titulada a partir de 900 mg/dia, divididos em 3 tomadas com doses eficientes entro 1.800 e
3.600 mg/dia;
Dores neuropáticas, bom resultado em neuralgia pós-herpética, neuropatia diabética dolorosa, traumatismos
medulares, dor central pós-AVE, dor do membro fantasma.
CEFALEIA
CLÍNICA • Dor unilateral, forte • Crises de 2-30 min • Frequência: > 5 vezes ao dia.
TRATAMENTO • Indometacina
DOR Musculoesquelética
● Causas mecânicas: miofascial, musculoligamentar, osteoartrose, hérnia discal, colapso vertebral, osteoporose,
espondilolistese, fratura, alterações congênitas;
● Neoplasias;
● Artrites inflamatórias;
● Infecções: cutâneas, herpes zoster, pielonefrite, entre outras;
● Doenças viscerais (prostatite, endometriose, DIP, nefrolitíase, pielonefrite, pancreatite, colecistite, úlcera péptica,
aneurisma aórtico).
SINAIS DE ALERTA Exames Complementares
Idade <20 e >50
Dor que piora a noite ● Devem ser solicitados em quadros com sinais de alerta ou gravidade
História de neoplasia ● Avaliar necessidade em lombalgia inespecífica após 4 semanas sem
Emagrecimento melhora ao tratamento
Febre ● Exames bioquímicos e hematológicos: devem ser direcionados de
Grande trauma acordo com a queixa, se suspeita de lesões tumorais, infecciosas,
Tto para osteoporose metabólicas ou inflamatórias.
Dor refrátaria ao tto
Imunossuprimidos
Fraqueza muscular
Disturbios urinários ou gastrointestinais
Anestesia em sela (sx cauda equina)
EXAME FÍSICO
Inspeção – Curvaturas fisiológicas da coluna (lordose e cifose) e curvatura não fisiológica (escoliose), movimentos
que provocam dor, limitações funcionais, posição antálgica, diferença de comprimento dos membros inferiores,
posturas inadequadas, amplitude de movimento.
Palpação – Musculatura paraespinhal e dorsal, processos espinhosos, articulações sacroilíacas, posição dos ossos
pélvicos (deformidades da pelve)
Avaliação neuromuscular – Reflexo patelar, aquileu, flexão do tornozelo e hálux, força muscular, sensibilidade
(lateral, medial e dorsal do pé), exame motor (análise da deambulação do paciente - solicitar que o mesmo caminhe
sobre os calcanhares e ponta dos pés)
•Orientar o paciente em relação às caracteríshcas da dor lombar e seu plano de tratamento, com ênfase no
autocuidado.
• Incenhvar a conhnuidade das ahvidades de vida diária, atividade fisica e exercício Fisico, respeitando a condição
de saúde de cada paciente: a melhor recomendação é um retorno lento e gradual às suas ahvidades normais, sem
repouso no leito ou exercícios na fase aguda.
• Orientação postural e alongamentos, principalmente para as principais atividades: dormir (altura do travesseiro),
levantar da cama, sentar, pegar peso e nas ações de limpeza como varrer, passar roupa etc;
• Termoterapia: calor superficial possui benefícios na redução da dor lombar aguda e subaguda.
ORIENTAÇÕES
• Retornar para reavaliação com duas e quatro semanas realizando exame fisico direcionado em cada visita;
• Promover e facilitar o retorno ao trabalho, quando aplicável
• Se houver suspeita que a dor esteja associada à condições/atribuições do trabalho, encaminhar para serviço de
referência de Saúde do Trabalhador do município/região.
• Cirurgia para hérnia de disco geralmente não é indicada. Na maioria das vezes os pacientes melhoram com
tratamento conservador;
ANEMIAS
VCM >100 geralmente – Revise medicamentos se usa zidovudina ou anticonvulsionantes, uso de alcool,
● Investigação: dosagem de Vitamina B12, pesquisa de ● Tratamento: dieta rica em cítricos e folhas verdes,
anticorpos anticélulas parietais, anticorpos antifator ácido fólico, via oral, 5mg/dia por 4 meses e
intrínseco; manutenção de ácido fólico 5 mg/semana se causa
irreversível;
● Tratamento:
hidroxicobalamina ou cianocobalamina intramuscular ● Repetir Hemograma entre 10º e 14º dia de
(5000mcg, a cada 7 dias por 01 mês / manutenção tratamento
5000mcg, 1x/mês por 02 meses seguido de 5000mcg a
cada 3 meses por 6 meses ou contínuo se causa
irreversível);
Doença inflamatória crônica das vias aéreas inferiores que se caracteriza, clinicamente,
por hiperresponsividade brônquica à diferentes estímulos, com consequente obstrução ao fluxo aéreo, de forma
recorrente e, tipicamente, reversível
SINTOMAS GATILHOS
• Chiados ao respirar;
• Aperto no peito; 1- As alterações bruscas do clima;
• Falta de ar; 2- Contato com poeira doméstica;
• Tosse seca; 3- Contato com pólen, mofo ou cheiros fortes;
• Respiração rápida e curta; 4- Contato com pêlos de animais;
• Desconforto torácico 5- Infecções respiratórias virais ( gripes e resfriados);
6- Exposição a fumaças;
● Ocorrerem/pioram à noite ou pela manhã ao 7- Uso de alguns medicamentos
despertar 8- Ingestão de alimentos;
● Ocorrem/pioram durante as atividades de rotina ou 9- Alterações emocionais e predisposição genética.
com a prática de atividade física, à infecção respiratória,
exposição a alérgenos/irritantes inalatórios (avaliar
perfil ocupacional), mudanças climáticas, riso ou choro
intensos, estresse, ciclo menstrual.
ANAMNESE
EXAME FÍSICO
● Sibilos expiratórios, hiperexpansão pulmonar e hragem intercostal).
● Podem ocorrer sinais de atopia como, rinite alérgica, sinais de dermahte atópica, entre outros.
Atenção: No período intercrises, o exame clínico pode ser normal, o que não exclui o diagnóstico de asma
Diagnóstico clínico em menores de dois anos
Lactante sibilante X Bebê chiador
Critérios para diagnóstico de asma em lactentes Investigar
sibilantes
a) Respiração ruidosa, tosse seca, vômitos associados à
Critérios maiores pai ou mãe com asma; lactente com tosse.
dermatite atópica b) Retrações (esforço respiratório).
Critérios menores diagnóstico médico de rinite alérgica; c) Dificuldade à alimentação (sucção deficiente ou
sibilância não associada a resfriado; eosinofilia maior ou recusa alimentar).
igual a 4% no hemograma; sensibilização alérgica a leite d) Alterações da frequência respiratória e padrão
e ovo respiratório (expiração prolongada, tiragens)
FUNÇÃO PULMONAR Exames complementares
• Espirometria: Deve ser utilizada no diagnóstico/início
do tratamento a partir dos 5 anos de idade, pois é um • Hemograma
exame limitado para diagnóshco de asma na infância. • Dosagem de IgE
Detecção de limitação do fluxo de ar, e • Radiografia simples de tórax:
demonstração de significativa
REVERSIBILIDADE, parcial ou completa, após
inalação de broncodilatador.
Diagnóstico diferencial
• Em crianças: fibrose cística, doença pulmonar crônica da prematuridade, discinesia ciliar, más formações
congênitas, imunodeficiências;
• Obstrução mecânica de vias aéreas superiores;
• Obstrução de vias aéreas superiores e inferiores;
• Insuficiência cardíaca esquerda;
• Intoxicação exógena por gases irritantes;
• Hiperventilação por ansiedade.
• DPOC – em adultos;
• Refluxo gastro-esofágico;
• Síndrome da tosse crônica das vias aéreas (gotejamento pós-nasal);
• Bronquite eosinoÑlica;
• Disfunção das cordas vocais;
• Asma ocupacional;
• Outras causas de tosse crônica - tuberculose
Classificação de INTENSIDADE
Oxigenioterapia – nos pacientes com sat abaixo de 94 ou 92 a critério clinico sempre titulável de 1 a 3 l/min
DROGAS DE SEGUNDA LINHA
1. Ipatropio - excelente em casos selecionados se ocorrer falha de tratamento da primeira linha ou em pacientes
muito graves em associação ao beta 2 de curta na primeira hora – 2 a 4 jatos a cada 20 minutos
2. Sulfato de magnésio - em crise grave com resposta não satisfatória em crianças acima de 4 anos. Lembrando
que é vasodilatador e pode causar hipotensão. Deve estar em leito de urgência ou em CTI, sempre monitorado,
infusão lenta em BIC e com fator de correção . 50mgkg X peso da criança dividido 0,1 para sulfato de magnesio de
50 %
CI: Resultado da soma e da interação das capacidades físicas e mentais do indivíduo e suas interações com
os fatores ambientais relevantes.
Avaliação multidimensional da Pessoa Idosa
Sinais e sintomas indiferenciados, muitas vezes sutis, Incapacidades
podem ser de alarme na população idosa como: Deficiências
Comorbidades
Ausência de febre mesmo em contextos Declínio Funcional
infecciosos graves
Alteração comportamental Idade X Funcionalidade
Desorientação aguda Idade: NÃO é um bom marcador de declínio funcional
Fadiga/adinamia Funcionalidade: bom marcador de vitalidade
Estratificação de risco clínico funcional
Capacidade Funcional – novo indicador de saúde
Saúde = Funcionalidade global do indivíduo -> a capacidade de gerir a própria vida ou cuidar de si mesmo.
Diagnóstico clínico X capacidade funcional
• Ênfase na identificação da pessoa idosa de risco e orientações capazes de reservar ou recuperar sua
independência e autonomia.
• Simples e de rápida aplicação: Considerado uma metodologia de Avaliação Geriátrica Ampla utilizável por
qualquer profissional de saúde ou familiares.
Humor/Comportamento: é a motivação necessária para a realização das atividades e/ ou participação social. Inclui
também o comportamento do indivíduo, que é afetado pelas outras funções mentais, como senso-percepção,
pensamento e consciência;
Mobilidade: é a capacidade individual de deslocamento e de manipulação do meio. Por sua vez, a mobilidade
depende de quatro subsistemas funcionais: a capacidade aeróbica e muscular (massa e função), o
alcance/preensão/pinça (membros superiores) e a marcha/ postura/transferência. A continência esfincteriana é
também considerada um subdomínio da mobilidade, pois a sua ausência (incontinência esfincteriana) é capaz de
interferir na mobilidade e restringir a participação social do indivíduo.
• A frequência de pessoas idosas que adquiriram os medicamentos na APS foi de 20,3% e com recursos próprios foi
de 13,5%.
Isso, pode indicar uma ampliação do acesso aos medicamentos no SUS, mas também pouca valorização de outras
práticas terapêuticas não medicamentosas.
Promover a prevenção quaternária - combate ao sobrediagnóstico e ao sobretratamento
Comorbidades Atendimento por diferentes profissionais Duplicação e interação medicamentosa
Iatrogenia
APS: coordenação da assistência, manejo, revisão regular da medicação, contribuir com apoio à família.
Promover a prevenção quaternária - combate ao sobre diagnóstico e ao sobre tratamento
“Medicalização” da velhice leva a Polifarmácia Investigar Hipotensão Ortostática
• Excesso de medicamentos.
• Interação medicamentosa. Sintomatologia: Visão turva, sensação de
• Dosagem excessiva, ou insuficiente. desfalecimento, tontura, confusão e até desmaio
• Fragilidade metabólica: fígado e rim dificuldades de • Conduta: - Aferir PA em decúbito e posteriormente em
acesso. ortostatismo;
• Dificuldades na administração
(Des)Prescrição
A desprescrição é o processo planejado e supervisionado de redução da dose ou interrupção de medicamentos que
possam estar causando danos ou que não sejam mais benéficos.
Faz parte de uma boa prescrição - recuar quando as doses são muito altas ou interromper medicamentos
que não são mais necessários
critérios de Beers e STOPP/START
A lista de Beers é mais utizada no momento da Os critérios STOPP/START são mais úteis no rastreio,
prescrição para prevenir e evitar os medicamentos com a finalidade de detectar possíveis erros na
inapropriados. prescrição e se há omissão de medicamentos
STOP
NÃO inice medicamentos para tratar sintomas… Identificação de prescrições dos medicamentos
Sem determinar se uma terapia atual ou a falta de potencialmente inapropriados, com foco nos
aderência á ela são as possiveis causa para isso. medicamentos que podem causar interações e análise
das prescrições com duplicidade terapêutica
START
NÃO prescreva medicamentos para paciente em uso de Detecta os medicamentos potencialmente omissos
5 ou mais medicamentos, nem continue medicações (MPO), ou seja, fármacos que deveriam ter sido
indefinidamente, sem sua revisão abragente dos prescritos as pessoas idosas e não foram.
medicamentos atuais do paciente.
Desprescrição em 5 etapas 1- Verificar quais são, e porque o paciente usa. 2- Tem risco ? >80 3- Alguma dessas
medicações pode ser desprescrita 4- Qual delas sera a primeira desprecrição ? 1 por vez. – Baixar gradualmente,
5- Monitorar a desprecrição e demais farmacos.
Suporte Social – avaliar
Identificar os cuidadores (familiares, vizinhos, amigos, profissionais que apoiam a pessoa idosa) e o suporte social
de que poderia dispor ou dispõe:
• Alguém poderia ajuda-lo caso você fique doente ou incapacitado? Quem?
• Quem seria capaz de tomar decisões de saúde por você caso não seja capaz de fazê-lo?
Abordagem intersetorial
• Centro de Referência de Assistência Social (CRAS); • Centro de Referência para a Mulher; • Delegacias Policiais; •
Conselhos Municipais de Direitos das Pessoas Idosas; • Ministério Público (MP); • Instituto Médicos Legal (IML);
• Secretaria Municipal de Assistência Social.
Alterações não transitórias Urogenitais: mucosa mais delgada, propicionando prolapsos genitais, resecamento e
sangramento vaginal, dispareunia, disúria, aumento de frequência e urgência miccional. Metabolismo lipidico,
Metabolismo osseo, Ganho de peso e modificação de distribuição corporal corporal: tedência ao acumulo de
gordura na região abdominal.
ABORDAGEM TERAPÊUTICA
NÃO-FARMACOLÓGICA TERAPIA HORMONAL
a depender do sintoma apresentado DIRETRIZES ATUAIS
FOGACHOS Resfriar o ambiente, Roupas A TH é o tratamento mais efetivo para o tratamento dos sintomas
adequadas, Aumentar número de banhos, vasomotores e de atrofia urogenital no pós-menopausa.
Aumentar hidratação, Dieta saudável e É especialmente indicada para mulheres sintomáticas abaixo de
controle de peso, Exercícios físicos regulares, 60 anos ou com menos de 10 anos de menopausa.
Cessação do tabagismo, Respiração lenta e A dose, a via, a duração e o regime da TH para tratamento dos
profunda. sintomas devem ser individualizados.
ALTERAÇÃO DO SONO Controlar fogachos A dose hormonal deve ser ajustada para a menor dose eficaz e
noturnos, Evitar cafeína, Evitar exercício 3 menor tempo de uso (5 anos).
horas antes de dormir, Reduzir exposição a
telas, Evitar cochilos. Deve ser evitado devido à associação com aumento do
ATROFIA UROGENITAL Usar lubrificante risco de doenças cardiovasculares nesses grupos de
íntimo/óleo vegetal, Incentivo à prática sexual mulheres.
regular Contraindicações da TH
TRANSTORNO PSICOSSOCIAL ABSOLUTAS: • Câncer de mama • Câncer de endométrio
• Sangramento genital não esclarecido • Doença arterial
coronariana e cerebrovascular • Antecedente de doença
tromboembólica • Porfirias • Doença hepática grave
RELATIVAS:
• HAS e DM não controlados • Endometriose • Miomatose uterina
PLANEJAMENTO FAMILIAR E REPRODUTIVO
• Garantia de direitos iguais de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem ou pelo casal
e de acesso igualitário a informações, meios, métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade
(Lei 14.443 /2022, alterando Lei 9263 de 12/01/1996)
SAÚDE REPRODUTIVA Implica que a pessoa possa “ter uma vida sexual segura e saFsfatória, tendo autonomia
para se reproduzir e a liberdade de decidir sobre quando e quantas vezes deve fazê-lo. Devem, portanto, ser
ofertados a homens e mulheres adultos, jovens e adolescentes, informação, acesso e escolha a métodos eficientes,
seguros, permissíveis e aceitáveis.
PLANEJAMENTO REPRODUTIVO Designa um conjunto de ações de regulação da fecundidade, as quais podem
auxiliar as pessoas a prever e controlar a geração e o nascimento de filhos, e englobam adultos, jovens e
adolescentes, com vida sexual, com e sem parcerias estáveis, bem como aqueles e aquelas que se preparam para
iniciar sua vida sexual.
A escuta qualificada deve ser centrada na pessoa e no seu discurso e guiada pelas suas necessidades.
Acolhimento com escuta Indetificar motivos do contato da mulher, direcionar param o atendimento.
ativa
Registrar antecentes pessoais obstétricos e patológicos.
Abordar, as questões referentes a parcerias, identidade de gênero, orientação
sexual, satisfação sexual pessoal e do casal.
Questionar medicações em uso.
Avaliação Global Investigar sintomas presença de dispareunia, sangramentos vaginais pós-coito,
principalmente se há intenção de uso de DIU.
Questionar sobre desejo de concepção ou anticocepção
Indagar conhecimentos sobre métodos contraceptivos.
Exame físico geral e específico
MÉTODOS HORMONAIS
Vía de Tipos Apresentação
administração
Combinado (monofásico) AOC Elenilestradiol 0,03mg + levonorgestrel 0,15mg
Orais Minipílulas Noretisterona 0,35 mg
Pilula antic de emergência (AHE) Levonorgestrel 0,75 mg
Injetáveis Mensais (combinado) Enantato de norestisterona 50mg + valerato de estradiol 5mg
Trimestrais (progestágeno) Acetato de medroxiprogesterona 150mg
COMO UTILIZAR?
AOC e Minipílula AC injetável
Iniciar preferencialmente entre o 1 e 5 dia do ciclo Se trimestral, a cada 3 meses (13 semanas).
menstrual. Manter o intervalo de sete dias entre as Se mensal, a cada 4 semanas (30 dias)
cartelas, no caso de AOC monofásico.
O trimestral pode ser adiantado ou atrasado em até
Minipílula: Ingerir 1 comprimido ao dia sem intervalo duas semanas.
entre as cartelas. O mensal pode ser andiantado ou atrasado em até 7
dias.
ATENÇÃO À SAÚDE DA GESTANTE
REDE CEGONHA
Linha de Cuidados que assegura: Diretrizes da Rede Cegonha
•Às mulheres, direito 1. Garantia do acolhimento com classificação de risco,
• ao planejamento reprodutivo ampliação do acesso e melhoria da qualidade do PRÉ-NATAL.
• a atenção humanizada na gravidez, parto, 2. Garantia de vinculação da gestante à unidade de referência
abortamento e puerpério e ao transporte seguro.
3. Garantia das boas práticas e segurança na atenção ao Parto
• Às crianças, direito e nascimento.
• ao nascimento seguro 4. Garantia da atenção à saúde das crianças de 0 a 24 meses
• crescimento e desenvolvimento saudáveis com qualidade e resolutividade.
5. Garantia da ampliação do acesso ao planejamento
produtivo.
ATENDIMENTO DA GESTANTE
Acolhimento Captação precoce Organização dos atendimentos PRÉ NATAL
Rodas de gestantes Puerpério Papel da Equipe de Saúde Atendimento da gestante
CONSULTA PRÉ-NATAL
PRIMEIROS PASSOS
• Confirmação do diagnóstico de gravidez • Cadastramento no SISPRENATAL
• Registro dos dados no prontuário e na caderneta da gestante
• Classificação de risco gestacional. • Vinculação com a maternidade de referência (se possível)
PARTO HUMANIZADO
• Movimento que visa reposicionar a mulher como • Crítica a procedimentos invasivos e sem, ou com
protagonista no momento do parto. pouca evidência cientifica:
• Construção compartilhada do plano de parto. • Episiotomia • Kristeller • Vitamina K no recém
• Direito a presença de acompanhante. nascido • Aspiração no recém nascido
FATORES DE RISCO
Permitem acompanhamento na APS Exigem acompanhamento compartilhado
• Idade < 15 ou > 35 anos • Diabetes
• Situação familiar insegura • Anemia falciforme
• Não aceitação da gravidez • Antecedente de TVP
• Múltiplas cesáreas • Anemia grave (hemoglobina < 8)
• Infecção urinária • Polidramnia
• Anemia leve a moderada • Oligodramnia
• Síndromes hipertensivas
PERIODICIDADE DAS CONSULTAS LEMBRAR…
Tentar fazer no mínimo 06 consultas
Até 28 semanas MENSALMENTE (01 no primeiro trimestre, 02 no segundo e 03 no terceiro).
De 28 a 36 semanas QUINZENALMENTE
De 36 até o parto SEMANALMENTE A cada consulta de acompanhamento deve ser reavaliado o
Risco Gestacional.
Em algumas situações esse acompanhamento
deverá ser diário.. A partir de 41 semanas, mesmo em gestações de risco habitual,
já fazer o acompanhamento compartilhado com o local escolhido
O acompanhamento precisa ser adaptado às para o Parto.
realidades locais e sempre que possível Não existe “Alta do Pré Natal” e mesmo quando a Gestação é
multiprofissional. classificada como de Alto Risco e a gestante encaminhada ao
PNAR, o acompanhamento conFnua sob responsabilidade da ESF
e também sendo feito na UBS
EXAMES NA PRIMEIRA CONSULTA
Hemograma, Tipificação sanguinea, fator RH, coombs indireto se fator Rh negativo, Glicemia em jejum,
Eletroforese de hemoglobina (mulheres negras, antecedentes familiares de anemia falciforme, ou anemia crônica)
Teste rápidos para sífilis e/ou VDRL, HIV, Taxoplasmose IgG e IgM, Hepatite, Urina 1/ Urocultura,
Ecografia obstétrica com função de verificar a idade gestacional (não obrigatório)
Exame de de secreção vaginal se necessário, Parasitológico de fezes (se houver indicação)
CONDUTAS GERAIS CALENDÁRIO VACINAL
• Suplementação de ferro e ácido fólico
Vacina dupla adulto (tétano e difteria bebe
• ferro elementar (40 mg/dia); e mãe)
• ácido fólico (400 µg/dia ou 0,4 mg/dia). Vacina dTpa (tétano, difteria, coqueluche)
Utilizar no período pré-gestacional até o final da gestação. primeira dose a partir da 20semana
Vacina Hepatite B
• Realizar Consulta Odontológica Vacina Influenza
Vacina covid-19
Entregar cardeneta da Gestante
Pré natal do parceiro
INTERCORRÊNCIAS NA GESTAÇÃO
Condições clínicas de identificação de maior riscam na gestação atual
Existem várias formulações à base de ferro e deve-se estar atento à equivalência de cada formulação. A dose de 30
mg de ferro elementar, em geral, é disponibilizada em 150 mg de sulfato ferroso, 90 mg de fumarato ferroso e 250
mg de gluconato ferroso.
SINDROMES HIPERTENSIVAS NA GESTAÇÃO
Pressão arterial sistólica maior ou igual a 140mmHg e/ou diastólica maior ou igual a 90mmHg
Alto risco História de PE, principalmente se critérios de gravidade, Gestação múltipla, Hipertensão crônica, DM,
Doença renal, doença autoinmune (SAAF, LES).
Baixo risco Nuliparidade, Obesidade IMC>30, História familiar de PE (mãe ou irmã), características
sociodemograficas (afrodescendente, status socieconômico baixo), Idade >35anos, Fatores de risco pessoal (baixo
peso ao nascer ou PIG, intervalo interpartal >10anos).
Classificação e Definições
1- Hipertensão Arterial Crônica- Hipertensão relatada e aferida antes da vigésima semana de gestação
5-Síndrome HELLP:O acrônimo HELLP significa hemólise, aumento de enzimas hepáticas e plaquetopenia
Rotina Mínima de Exames, além dos já preconizados
• Hemograma (particularmente hematócrito, hemoglobina e plaquetas).
• Desidrogenase láctica (DHL).
• Bilirrubinas totais.
• Creatinina. • Transaminase oxalacética (TGO/AST).
DIAGNÓSTICO DE ECLÂMPSIA E PRÉ ECLÂMPSIA
Proteinúria
• >300 mg/24h
• Relação proteinúria/creatinúria > 0,3
• Fita reagente com uma ou mais cruzes de proteína
Pré Eclâmpsia não se configura numa indicação absoluta de Cesariana, sendo inclusive preferível o PN,
quando possível.
Hiperglicemia na gestação aumenta o risco de morbidade materna e perinatal, com repercussões em médio e longo
prazo, tanto para a mãe como para o seu filho.
FATORES DE RISCO DIAGNÓSTICO
Idade >35 • Glicemia de jejum (GJ) na primeira consulta de
Sobrepeso, Obesidade, ganho excessivo na gestação pré-natal.
Deposição central excessiva de gordura corporal
Baixa estatura (<1,50m) • Glicemia de jejum ≥126 mg/dL: diabetes mellitus
Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão diagnosticado na gestação (diabetes prévio);
ou prê-eclâmpsia na gravidez atual
Antecedentes obstétricos de abortamento de • Glicemia de jejum entre 92 mg/dL e 125 mg/dL:
repetição, malformações, morte fetal ou neonatal, diabetes mellitus gestacional.
macrossomia (peso >4,5), DMG
História familiar de DM • Para pacientes com glicemia de jejum
Sindrome de ovários policísticos <92 mg/dL no 1º trimestre: realizar teste oral de
tolerância à glicose (TOTG) com 75 g, entre 24 e 28
semanas, com avaliação da GJ, G1h e G2h
TRATAMENTO Valores de Referência do TOTG
Medidas não Farmacológicas JEJUM menor que 92mg/dl
Adequação Nutricional- 40 a 55% de carboidratos , 15 a 20% PÓS 01H 180mg/dl
de proteínas e 30 a 40% de Lipídios PÓS 02H 153mg/dl
Realização de Atividades Físicas Na impossibilidade de realização do TOTG-75g,
frente a recursos escassos, pode-se repetir a
Medidas Farmacológicas glicemia de jejum entre 24 e 28 semanas,
Insulina- Na dose de 0,3 a 0,5UI/kg/dia fracionadas em duas mantendo os mesmos valores de referência usados
ou três aplicações. no 1º trimestre.
SÍFILIS
Infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria (espiroqueta) Treponema pallidum.
Quadro Clínico/Manifestações clínicas
Lesão inicial apesar de típica, difícil de ser diagnosticada, devido regressão espontânea.
Manifestações cutâneas apresentando lesões pleomórficas, podendo ser facilmente confundida com outras
patologias.
Num QC típico teremos: Aparecimento de lesão ulcerada após cerca de 07 a 21 dias Desaparecimento da
úlcera Aparecimento de Rash disseminado após 45 a 60 dias com manifestações sistêmicas inespecíficas,
que também desaparecem de forma espontânea a partir daí inicia-se a fase latente tardia…
DIAGNOSTICO NA GESTAÇÃO
Na Gestação a positividade do Teste Rápido (TR) o qual faz parte da rotina de atendimento pré natal, já na
primeira consulta, e é um Teste Treponêmico, com altíssimas sensibilidade e especificidade, autoriza o
tratamento para Sífilis em Gestantes sem histórico de tratamento anterior.
Importante salientar que, mesmo após tratamento correto, não ocorrerá negativação do TR, situação
semelhante à dos outros testes treponêmicos, como TPHA ou FTA-Abs O VDRL deve ser solicitado e usado
nesses casos para controle da resposta terapêutica;
TRATAMENTO
Sífilis adquirida recente: < 1 ano de evolução (primária, Sífilis adquirida tardia: >1 ano de evolução (latente
secundária e latente recente) tardia e terciária)
TTO: Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM, dose única TTO: Benzilpenicilina benzatina 2,4 milhões UI, IM,
(1,2m em cada glúteo) (1,2m em cada glúteo) 3 doses, por 3 semanas.
Total: 7,2 milhões
Neurossífilis
Benzilpenicilina potássicsa / cristalina 18-24 milhões UI/dia IV, adm em doses de 3-4 milhões, a cada 4h ou por
infusão continua por 14 dias.
Na Gestante sempre vamos considerar o TTO para Sífilis Tardia ou latente, fazendo o Esquema de 7.200.000 UI.
Após gestação: • A cada 3 meses no 1º ano • A cada 6 meses até a estabilização dos títulos
• Títulos devem cair progressivamente até permanecerem negativos ou inferiores a 1:8
• Se títulos permanecerem baixos e estáveis em 2 oportunidades após um ano, pode ser dada alta