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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENGENHARIA DE SÃO CARLOS


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS
LABORATÓRIO DE MADEIRAS E DE ESTRUTURAS DE MADEIRA

SET 613 - FÔRMAS DE MADEIRA PARA


CONCRETO ARMADO

Prof. Titular Carlito Calil Junior

São Carlos, agosto de 2005


Reimpressão
s
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 PLANEJAMENTO E PROJETO DE FÔRMAS 1
1.2 UTILIZAÇÃO DAS FÔRMAS 3
1.3 CLASSiFICAÇÃO POR TIPO DE MATERIAL EMPREGADO 4
1.4 SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA 4
1.5 PATOLOGIA E RECOMENDAÇÕES DE PROJETO 4

2 MATERIAIS 5
2.1 MADEIRAS SERRADAS COMERCIAIS 5
2.2 CHAPAS DE MADEIRA COMPENSADA 8
2. 2.1 Generalidades 8
2.2.2 Parâmetros Elásticos e de Resistência da
Madeira Compensada 12
2.3 ACESSÓRIOS 14
2.3.1 Pregos 14
2.3.2 Tensores 16
2. 3. 3 Assessórios comerciais 16

3 SISTEMAS DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS 19


3.1 SISTEMA TRADICIONAL (ABCP) 19
3.2 SISTEMA TOSHIO UENO 23
3.3 SISTEMA FORMAPRÉ 25
3.4 SISTEMA FORMAPRONTA (MADEIRIT) 26
3.5 SISTEMA PRÁTIKA 29
3.6 SISTEMA GETHAL 31
3.7 FÔRMAS ESPECiAiS 36
3.8 CUIDADOS NA DESFORMA 37
...

4 AÇÕES EM FÔRMAS E ESCORAMENTOS DE MADEIRA 39


4.1 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL 39
4.1.1 Fôrmas para Lajes 39
4.1.2 Fôrmas para Vigas 39
4.1.3 Formas para Pilares 40
4.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO 40
4.2.1 Comportamento do Concreto 40
4.2.2 Peso do Concreto 40
4.2.3 Pega e endurecimento 40
4.2.4 Retração 40
4.3 AÇÕES NAS FORMAS E CIMBRAMENTOS 41
4.3.1 Peso Próprio das Fôrmas 41
4.3.2 Peso do Concreto Fresco 41
4.3.3 Sobrecargas 41
4.4 COMBiNAÇÃO DAS AÇÕES 42
4. 4.1 Estados Limites Últimos 42
4.4.2 Estados Limites de Utilização 42
4.4.3 Coeficientes para as combinações das ações 42
4.5 ESTUDO DA PRESSÃO LATERAL DO CONCRETO 43
4.5.1 Vigas 45
4.5.2 Pilares 45

5 PROJETO DE FÔRMAS E CIMBRAMENTOS DE MADEIRA 47


5.1 DADOS 47
5.1.1 Projeto Estrutural 47
5.1.2 Projeto de Fôrmas 47
5.2 FÔRMA E CIMBRAMENTO DAS LAJES 49
5.2.1 Painéis de laje 49
5.2.2 Combinações das ações 50
5.2.3 Dimensionamento do espaçamento entre transversinas 50
5.2.4 Dimensionamento do espaçamento entre pontaletes 53
5. 2. 5 Verificação dos pontaletes 55
5.3 FÔRMAS E CIMBRAMENTOS DAS VIGAS 57
5. 3. 1 Esquema geral 57
5. 3. 2 Esforços 58
5. 3. 3 Dimensionamento do espaçamento entre garfos no
fundo da viga 59
5. 3. 4 Dimensionamento do espaçamento dos garfos na
lateral da viga 60
5.4 FÔRMAS DOS PILARES 62
5. 4.1 Esquema geral 62
5.4.2 Ações a considerar 62
5. 4. 3 Dimensionamento do espaçamento entre sarrafos 64
5.4.4 Dimensionamento do espaçamento entre tensores 65
5.4.5 Posicionamento dos sarrafos e tensores no pilar 66
5.5 DETALHAMENTO DAS PEÇAS E DOS CORTES 67
5.5.1 Laje 67
5.5.2 Pilares 67
5.5.3 Vigas 68
5.5.4 Otimização dos cortes das chapas 68
5.5.5 Otimização das madeiras de pinus 70

6 EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE UM
PROJETO DE FÔRMAS 71
PREFÁCIO

Esta publicação foi especialmente desenvolvida para a disciplina de graduação


"Formas e cimbramentos de madeira", disciplina optativa oferecida pelo Laboratório de
Madeiras e de Estruturas de Madeira (LaMEM) do Departamento de Engenharia de
Estruturas (SET) da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da Universidade de São
Paulo (USP)
Colaboraram nesta publicação os alunos do Programa de Aperfeiçoamento de
Ensino (P AE):

Giani Pfister (Iniciação Científica/1995)


F emando Okimoto (Programa P AE/96)
Guilherme Corrêa Stamato (Programa P AE/97 e 98)

São Carlos, agosto de 2005,

Prof. Dr. Carlito Calil Junior


LaMEM-EESC-USP
1 I

Denomina-se fôrmas a um conjunto de elementos cuja função é moldar as estruturas de concreto,


garantindo a obtenção das dimensões desejadas. Em essência, fôrmas são estruturas temporárias
destinadas a sustentar o concreto fresco até que o mesmo atinja resistência suficiente para ser auto-
portante. As fôrmas devem suportar também a sobrecarga da concretagem, seu peso próprio, carga
oriunda de outros materiais, etc.

As fôrmas de concreto devem apresentar resistência suficiente para suportar esforços provenientes de
seu peso próprio, do peso e empuxo lateral do concreto, do adensamento, do trânsito de pessoas e
equipamentos, com rigidez suficiente para manter as dimensões e forma previstas no projeto de
estrutura para os elementos de concreto. Deve-se garantir sua estabilidade utilizando-se suportes e
contraventamentos.

As fôrmas devem ser estanques para evitar perda de água e fmos durante a concretagem, exceto no
caso de fôrmas absorventes, onde é feito o controle da drenagem do excesso de água utilizada para
aumentar a trabalhabilidade do concreto. Ainda, deve possibilitar o correto posicionamento da
armadura, um correto lançamento e adensamento do concreto, bem como garantir a segurança tanto
para os trabalhadores como para a estrutura de concreto.

Quanto ao acabamento, as fôrmas devem ter texturas conforme as eXJgencias de cada projeto,
especialmente nas estruturas de concreto aparente. Devendo-se observar sempre que a aderência da
fôrma/concreto deve ser a menor possível para facilitar a desforma, para tanto, as chapas de
compensado são geralmente tratadas com produto desmoldante, a fim de permitir a desforma sem
dailOS para o concreto e para as fôrmas. Assim, as fôrmas devem ser projetadas e construídas visando
a si.mplicidade, permitindo fácil desforma e reaproveitamento.

As fôrmas são estruturas provisórias, que têm três funções principais: dar forma ao concreto,
proporcionar a superfície do concreto a textura requerida e suportar o concreto fresco até que ele
adquira capacidade auto suporte.

1.1 PLANEJAMENTO E PROJETO DE FÔRMAS

O planejamento das fôrmas busca determinar o que fazer, onde fazer e quando fazer. O projeto
busca estabelecer como fazer. Assim, um planejamento de fôrma inicia-se pela análise e estudo dos
desenhos geométricos das estruturas à construir, resultando dai a primeira estimativa do que fazer,
através da escolha do esquema mais econômico para cada caso.

Esta etapa é muitas vezes fornecida ao construtor através de uma proposta de um projetista ou firma
especializada. É apresentada a idéia do método ou sistema escolhido, uma previsão de custo unitário,
uma previsão do volume total de serviços, índices de mão-de-obra e uma estimativa de tempo para
execução.

Isto permite comparar os métodos alternativos, e escolher a linha de planejamento a adotar. Isto
definido, é feita a programação propriamente dita do reaproveitamento.

Como uma indicação básica, poderíamos seguir o roteiro de planejamento:

,. Estudo e análise da estrutura projetada.


e Divisão da obra em zonas de serviço, em planta e em corte, em função de suas características
semelhantes, quantidades aproximadamente iguais de serviços e os respectivos volumes destes.

e Determinar os prazos mínimos de execução da fôrma, armação, concretagem e desforma em


função do quantitativo de cada zona.

e Determinar os tempos necessários a execução dos demais serviços de estrutura.

e Estabelecer o prazo ótimo para a execução total da estrutura.

e Estabelecer o cronograma e os planos de reutilização das fôrmas em função dos dados anteriores.

e Prever as quantidades de materiais necessários para a execução do projeto dos moldes, de acordo
com as áreas totais de fôrmas.

e Prever as necessidades e utilização de equipamentos pesados quando necessário.

e Determinar uma especificação básica para os materiais a serem utilizados na execução do projeto.

e Estimar o custo planejado para comparações com dados existentes.

e Revisão das etapas do planejamento e reajustes necessários.

Conforme já dito anteriormente, após o planejamento devemos ter um plano que indique ao
engenheiro do campo, o que, onde e quando fazer.

O projeto, consiste no conjunto de elementos que permitam elucidar junto ao pessoal encarregado de
executá-lo, todos os detalhes de como executar as fôrmas.

Muito tempo e dinheiro podem ser economizados quando se otmnza o trabalho, apresentando
desenhos simples, claros e completos para serem utilizados pelo pessoal de campo na execução.

Por exemplo: Se somente nos fosse entregue um desenho da geometria da obra ("forma") com
indicações das quantidades de ferro à colocar na armação, mas não nos fosse fornecido nenhum
desenho dos detalhes da armação, como forma e dimensões parciais totais de cada barra, com um
elucidativo quadro de quantidades, é claro que conseguiríamos executar a obra, mas com certeza isto
nos custaria muito mais tempo e dinheiro, além de arriscarmos a qualidade dos serviços.

E isto é exatamente o que ocorre em termos de projetos para execução de fôrmas. Poucas obras são
executadas com um projeto definido e racionalizado de fôrmas.
Até em termos administrativos um projeto tem sua importância realçada, pois é fato constatado que
para se transmitir bem uma ordem e até cobrá-la, precisamos ser o mais claro e definido possível. E
este é um fator importante quanto ao desenho de fôrma. Um desenho de fôrma é mais do que uma
simples proposta indicativa de detalhes, é uma orientação definida de ordem de operações para o
operário, especificando a maneira de como completar cada operação e concluir uma tarefa, sem
maiores necessidades de consulta.

Assim na apresentação de um desenho de fôrma racionalizado deve-se seguir as seguintes regras


gerais:

e Incluir ordens de comando por escrito, chamando atenção de forma sucinta à detalhes difíceis de
representar. Exemplo: canto chanfrado com 3 cm/45°; contra-flecha de 1,5 em, etc.

e Incluir notas breves e claras para evitar mal-entendidos.

e Fazer todos os desenhos em uma única escala geral, de preferência 1:50, indicando, quando
necessário detalhes em escalas maiores como 1:25 ou 1:10.

2
" Escrever sempre de maneira legível, prevendo as difíceis condições de campo para o manuseio dos
desenhos.

" Incluir claras e elucidativas cotas, com dimensões em centímetros, sempre cuidadosamente
"checadas".

" Sempre que for necessário, usar símbolos padrões e abreviações para todos os desenhos, mas
indicar em tabela estas convenções adotadas.

" Padronizar o "lay-out" de todos os desenhos para facilidade de leitura.

" Indicar o título do desenho de maneira a identificar perfeitamente a parte da estrutura em que será
utilizado, se possível numerar conforme ordem de uso.

" Incluir vistas isométricas para esclarecer novos detalhes ou soluções não convencionais.

" Fornecer sempre uma planta com o arranjo geral da obra ou parte dela indicando o desenho
executivo de cada uma das partes.

" Em cada desenho executivo, incluir o "lay-out" de montagem dos painéis, indicando a locação de
cada um, bem como identificando-o de forma conveniente, conforme tipo e localização.

" Detalhar da melhor forma possível cada um dos painéis ou peças.

" Apresentar em desenhos padronizados as dimensões de corte e montagem das peças mais comuns
como vigas e pilares.

"' Finalmente, os desenhos de fôrma devem permitir executar a estrutura sem dificuldades, sendo
coerentes com os desenhos estruturais e de arquitetura. E ainda, indicar os valores adotados de
tensões, cargas, velocidade de concretagem, tipo de concreto, temperatura do concreto, etc.

Obedecidas estas regras, teremos à princípio um bom projeto. Entretanto é necessário proceder uma
revisão dos desenhos através da seguinte listagem:

"' Obediência ao número, locação e detalhes de todas as juntas de construção.


"' Seqüência de concretagem.
"' Adaptação aos sistemas de escoramento
"' Verificação dos parâmetros adotados no cálculo das estruturas da fôrma propriamente dita.

1.2 UT~UZAÇÃO DAS FÔRMAS:

"' Blocos e sapatas para fundação


"' Pilares
"' Vigas
., Lajes
., Cintas
., Vigas paredes
"' Túneis
" Maciços, etc.

3
1.3 CLASSIFICAÇÃO POR TiPO DE MATERIAL EMPREGADO

Os diferentes componentes dos sistemas de fôrmas são fabricados à partir de grande variedade de
materiais, tendo como principal componente a madeira, entre outros como aço, alumínio, plástico,
papelão, etc.

A escolha destes materiais é determinada em função de uma série de fatores:


-número de utilizações previstas;
- textura requerida da superfície do concreto;
- cargas atuantes;
- tipo estrutura a ser moldada;
- custo dos componentes e mão-de-obra;
-equipamentos para transporte;
-cronograma das obras;
- investimento inicial, etc.

1.4 SISTEMA DE FÔRMAS DE MADEIRA

São as fôrmas tradicionais comumente utilizadas para confecção do concreto, composta por peças de
madeira usualmente encontradas no mercado: tábuas, chapas de madeira compensada, sarrafos,
pontaletes e vigas, além de acessórios como pregos, grampos, etc., tendo-se ainda as racionalizadas,
que suprime o uso de pregos nas uniões das peças, desenvolvendo-se um sistema de fixação.

1.5 PATOLOGIA E RECOMENDAÇÕES DE PROJETO

A maioria dos acidentes que ocorrem durante as construções tem como causa falhas das formas ou
escoramentos, provenientes do projeto ou da execução destes serviços, e surgem usualmente na
ocasião da concretagem, pois é neste momento que a estrutura provisória começa a ser carregada.
Neste instante o concreto tem seu peso máximo adicionado à energia de lançamento e vibração. As
principais causas de falhas em fôrmas são oriundas de:

@ aLsência ou erro no cálculo do projeto;


" desforma inapropriada e retirada prematura do escoramento;
" travamentos inadequados aos esforços laterais;
" vibrações internas e externas não previstas;
" escoramentos não verticais ou apoiados em solos instáveis;
" controle inadequado no lançamento do concreto.

Por isso, há necessidade de se observar algumas recomendações para o projeto estrutural de fôrmas.
Não existe um só tipo de projeto, pois as fôrmas são dimensionadas de acordo com seu sistema
construtivo. Porém, seguem abaixo algumas recomendações:

" atenção com os detalhes construtivos das fôrmas;


" elaborar projetos seguros e econômicos;
" supervisionar e inspecionar trabalhos;
" prever plataforma e acessos para os operários;
" analisar práticas construtivas adotadas;
" estabilização e contenção para solos de apoio;
" projetos de escoramentos e reescoramentos;
" planejamento do transporte e demais operações com fôrma e desforma.

4
2MATERIAIS

Os materiais mais usuais na construção de fôrmas de madeira para concreto armado,


são: madeira serrada, chapas de madeira compensada e acessórios.

Nesta oportunidade nos restringiremos ao comentário da madeira e das chapas


compensadas, que ainda representam a maior opção de uso em nossas obras.

Comentaremos mais a frente sobre os acessórios auxiliares, tais como prego, tirantes,
ancoragem, etc.

As propriedades mais importantes dos materiais de moldes são:

a) Resistência;

b) Rigidez;

c) Acabamento;

d) Economia, em função do custo inicial e sua durabilidade para reutilizações.

2.1 MADEIRAS SERRADAS COMERCIAIS.

A madeira serrada de Pinho do Paraná, há alguns anos atrás, era a mais utilizada na
confecção das fôrmas. Sua disponibilidade, entretanto, diminuiu rapidamente, o que
acarretou o aumento do seu custo, encarecendo as fôrmas. Esse aumento levou os
construtores a pesquisarem novos sistemas de fôrmas que utilizassem diferentes tipos
de madeira. Várias espécies têm tido aceitação crescente perante o mercado
consumidor, entre estas, o cedrilho tem sido bastante utilizado, mas as madeiras de
pinos já começam a mostrar suas vantagens, pois também têm boa trabalhabilidade e
são encontradas em nossa região a preços mais baixos. A seguir, relaciona-se no
Quadro 2.1 as propriedades das algumas espécies de madeiras nacionais.

5
Quadro 2 1 - Valores médios de madeiras dicot:iledôneas e coníferas nativas e de florestamento
Nome comum Nome científico Pap(l2%) (o (o ft90 fv EcO
3
(dicotiledôneas) Kglm MP a MP a MP a MP a MP a n
Angelim Araroba Votaireopsis araroba 688 50,5 69,2 3,1 7,1 12876 15
Angelim Ferro Hymenolobium spp 1170 79,5 117,8 3,7 11,8 20827 20
Angelim Pedra Hymenolobium petraeum 694 59,8 75,5 3.5 8,8 12912 39
Angelim Pedra Verdadeiro Dinizia excelsa 1170 76,7 104,9 4,8 lU 16694 12
Branquilho Termilalia ~ 803 48,1 87,9 ,.,
.),_
')
9,8 13481 10
Cafearana Andira spp 677 59,1 79,7 3,0 5.9 14098 ll
Canafístula Cassia ferrw:únea 871 52,0 84,9 6,2 11,1 14613 12
Casca Grossa Vochysia spp 801 56,0 120,2 4.1 8,2 16224 31
Castelo Gossypiospermum praecox 759 54.8 99.5 7.5 12,8 11105 12
Cedro Amargo Cedrella odorata 504 39.0 58.1 3,0 6,1 9839 21
Cedro Doce Cedrella spp 500 3L5 71,4 3.0 5,6 8058 10
Champagne Dipterys odorata 1090 93,2 133,5 2,9 10,7 23002 12
Cupiúba Goupia glabra 838 54,4 62.1 3,3 10,4 13627 33
Catiúba Qualea paraensis 1221 83,8 86,2 3,3 11,1 19426 13
E.Alba Eucalyptus alba 705 47,3 69,4 4,6 9,5 13409 24
E. Camaldulensis Eucalyptus camaldulensis 899 48.0 78.1 4.6 9,0 13286 18
E. Citriodora Eucalyptus citriodora 999 62,0 123,6 3,9 10,7 18421 68
E. Cloeziana Eucalyptus cloeziana 822 51,8 90,8 4,0 10,5 13963 21
E. Dunnii Eucalyptus dunnii 690 48.9 139,2 6,9 9,8 18029 15
E. Grandis Eucalyptus grandis 640 40,3 70,2 2,6 7,0 12813 103
E. Maculata Eucalyptus maculata 931 63.5 115,6 4.1 10,6 18099 53
E. Maidene Eucaliptus maidene 924 48,3 83,7 4,8 10,3 14431 10
E. Microcorys Eucalyptus microcorys 929 54,9 118,6 4.5 10,3 16782 31
E. Paniculata Eucalyptus paniculata 1087 72,7 147,4 4,7 12,4 19881 29
E. Propinqua Eucalyptus propinqua 952 51,6 89,1 4,7 9,7 15561 63
E. Punctata Eucalyptus punctata 948 78,5 125,6 6,0 12,9 19360 70
E. Saligna Eucalyptus salüma 731 46,8 95,5 4,0 8,2 14933 67
E. Tereticornis Eucalyptus tereticornis 899 57,7 115,9 4,6 9,7 17198 29
E. Triantha Eucalyptus triantha 755 53,9 100,9 2,7 9,2 14617 08
E. Umbra Eucalyptus umbra 889 42.7 90,4 3,0 9,4 14577 08
E. Urophylla Eucalyptus urophylla 739 46,0 85,1 4,1 8,3 13166 86
Garapa Roraima Apuleia leiocarpa 892 78,4 108,0 6,9 11,9 18359 12
Guaiçara Luetzelbur2:ia spp 825 71,4 115,6 4,2 12,5 14624 11
Guarucaia Peltophorum vogelianum 919 62,4 70,9 5,5 15,5 17212 13
Ipê Tabebuia serratifolia 1068 76,0 96,8 3,1 13,1 18011 22
Jatobá H ymenaea spp 1074 93,3 157,5 3,2 15,7 23607 20
Louro Preto Ocotea spp 684 56,5 111,9 3,3 9,0 14185 24
Maçaranduba Manilkara spp_ 1143 82,9 138,5 5,4 14,9 22733 12
Mandioqueira Qualea spp 856 71,4 89,1 2,7 10,6 18971 16
Oiticica Amarela Clarisia racemosa 756 69,9 82,5 3,9 10,6 14719 12
Quarubarana Erisma uncinatum 544 37,8 58,1 2,6 5,8 9067 11
Sucupira Dip_lotropis SQP 1106 95,2 123,4 3,4 11,8 21724 12
Tatajuba Bag_assa o-uianensis 940 79,5 78,8 3,9 12,2 19583 10
Pinho do Paraná Araucaria angustifolia 580 40,9 93,1 1,6 8,8 15225 15
Pinus caribea Pinus caribea var. caribea 579 35,4 64,8 3,2 7,8 8431 28
Pinus bahamensis Pinus caribea var.bahamensis 537 32,6 52,7 2,4 6,8 7110 32
Pinus hondurensis Pinus caribea var.hondurensis 535 42,3 50,3 2,6 7,8 9868 99
Pinus elliottii Pinus elliottii var. elliottii 560 40,4 66,0 2,5 7.4 11889 21
Pinus oocarpa Pinus oocarpa shiede 538 43,6 60,9 2,5 8,0 10904 71
Pinus taeda Pinus taeda L. 645 44,4 82,8 2,8 7,7 13304 15
Coeficiente de vmiação para resistências a solicitações normais 8 = 18%
Coeficiente de variação para resistências a solicitações tangenciais 8=28%

6
Pap(I2%J =massa específica aparente a 12% de umidade
fco = resistência à compressão paralela às fibras
fto = resistência à tração paralela às fibras
ft 9o =resistência à tração normal às fibras
fv = resistência ao cisalhamento
Eco = módulo de elasticidade longitudinal obtido no ensaio de compressão paralela às
fibras
n = número de corpos de prova ensaiados

O Quadro 2.2, indica peças com dimensões comerciais, mais comuns no mercado
nacional, apresentando propriedades geométricas de Madeiras Serradas Retangulares -
Dimensões Nominais em polegada, com Nomenclatura e Dimensões Métricas.

. - D"Imensoes pad romza


Q uad ro 22 .. d e M a d.
. d as e comerciaiS eira Serrad a
Dimensões de Madeiras Serradas (em)
Tipos PB -5 Comerciais
3,0 X 30,0
Pranchões 15,0 X 23,0 4,0 X 20,0 até 4,0 X 40,0
10,0 X 20,0 6,0 X 20,0 até 6,0 X 30,0
7,5 X 23,0 9,0 X 30,0
5,0 X 16,0
6,0 X 12,0
15,0 X 15,0 6,0 X 15,0
7,5 X 15,0 6,0 X 16,0
Vigas 7,5 X 11,5 10,0 X 10,0
5,0 X 20,0 12,0 X 12,0
5,0 X 15,0 20,0 X 20,0
25,0 X 25,0
25,0 X 30,0
7,5 X 7,5 5,0 X 5,0
Caibros 7,5 X 5,0 5,0 X 6,0
5,0 X 7,0 6,0 X 6,0
5,0 X 6,0 7,0 X 7,0
3,8 X 7,5 2,0 X 10,0
Sarrafos 2,2 X 7,5 2,5 X 10,0
3,0 X 15,0
2,5 X 23,0
Tábuas 2,5 X 15,0 1,9 X 10,0 até 1,9 X 30,0
2,5 X 11,5 2,5 X 10,0 até 2,5 X 30,0

1,0 X 5,0
Ripas 1,2 X 5,0 1,5 X 5,0
1,5 X 10,0
2,0 X 5,0

7
2.2 CHAPAS DE MADEIRA COlY.IPENSADA

2.2.1 Generalidades

O consumo cada vez maior de materiais de construção e as crescentes dificuldades


para obtenção de madeira maciça, com dimensões e qualidade adequadas às diversas
necessidades, juntamente com a grande explosão na tecnologia de fabricação ocorrida
pouco antes da metade deste século, conduziram ao desenvolvimento da indústria de
produtos derivados da madeira.

Dentre estes produtos, os compostos laminados constituem uma considerável porção


dos derivados de madeira, usados atualmente. São obtidos pela associação de lâminas
de madeira, em sua forma original ou modificadas, coladas com adesivos ou ligadas
mecanicamente por elementos discretos, tais como pregos e parafusos.

Dependendo da disposição das lâminas, estes laminados podem ser classificados como
paralelos ou transversais.

A madeira larninada colada, composta por lâminas de espessura entre 1,5 e 3,0 em,
podendo excepcionalmente chegar a Sem, é um exemplo típico de laminação paralela.
Os eixos longitudinais das lâminas coincidem com a direção de suas fibras e são
paralelos ao eixo longitudinal da peça, figura 2.1-a-b.

Atualmente, estes laminados paralelos estão sendo produzidos com lâminas de menor
espessura, sendo conhecidos como microlaminados. O custo adicional de adesivo
necessário devido ao grande número de linhas de cola, é compensado pelo acréscimo
de resistência e rigidez.

A madeira compensada ou simplesmente compensado é o composto laminado


transversal mais utilizado em aplicações estruturais. As lâminas adjacentes, com
espessura entre lmm e 5mm, são propositadamente orientadas com direções de fibras,
formando diferentes ângulos, em função das características desejadas para a chapa
final. Na prática, é comum defasar estas lâminas de 90°, conforme figura 2.1-c.

Outro produto laminado de interesse são os painéis sanduíches, compostos por


lâminas de face de alta resistência e rigidez e por um núcleo de características
inferiores, figura 2.1-d-e.

A industrialização da madeira compensada iniciou nos Estados Unidos e na


Alemanha, a partir algumas espécies de madeira de baixa densidade e poucas formas
de arranjos das lâminas. Atualmente, utiliza a maioria das espécies, comercialmente
importantes, e uma grande variedade de tipos de composição, pelos principais países
do mundo.

Essencialmente, a madeira compensada constitui-se de dois componentes: as lâminas


de madeira e o adesivo.

8
As lâminas de madeira são obtidas por corte direto da madeira bruta, através de facas.
Este corte pode ser executado por faqueamento, forçando-se a faca contra o tronco, ou
por corte rotatório, fazendo o tronco girar em tomo de seu eixo contra uma faca fixa.

Vários tipos de lâminas de madeira dura para superfície de compensado decorativo


são obtidas por faqueamento, entretanto, o compensado estrutural é sempre produzido
a partir de lâminas obtidas por cmte rotatório, conforme ilustra a figura 2.2.

a) Madeira Laminada b) Madeira Laminada Colada


Colada Horizontal Vertical

c) Compensado

d) -Painel Sanduíche
Papelão-.corrugado

Fig. 2.1. Composto de madeira

VERTICAL

Fig. 2.2 - Obtenção de lâminas de madeira por corte rotató1io

9
Como conseqüência deste corte rotatório, o plano das lâminas coincide com o plano
longitudinal-tangencial (LT) da madeira. A variação dos parâmetros elásticos e de
resistência de uma lâmina de madeira neste plano LT, segundo BODIG e JA YNE
(1982), pode ser representada por um gráfico de coordenadas polares, conforme a
figura 2.3 ilustra, para o caso de módulo de elasticidade. Observa-se o módulo
atingindo valor máximo na direção longitudinal e mínimo na direção tangencial.
L

Fig. 2.3 - Variação dos parâmetros característicos das lâminas de madeira no plano
LT.

O adesivo é predominantemente de origem sintética (fenolformaldeído, resorcinol-


formaldeído ), tendo a função de interligar as lâminas.

Segundo BODIG e JAYNE (1982), o volume de adesivo utilizado no compensado é


quase sempre inferior a 1% do volume total do composto, assim, para finalidades
práticas, a sua contribuição nas propriedades deste é mínima. Entretanto, deve ser
enfatizada a importância da qualidade do adesivo , fundamental para as características
de resistência e elasticidade da chapa.

A designação de uso final do compensado é função da espécie e qualidade das lâminas


do arranjo, bem como do tipo de adesivo usado na fabricação da chapa.

As chapas de madeira compensada, normalmente são constituídas por um número


ímpar de lâminas, dispostas de tal forma que as direções das fibras das lâminas
alternadas sejam paralela e que as direções das fibras adjacentes formem um ângulo de
90°. A figura 2.4 ilustra a composição de uma chapa com cinco lâminas, destacando
as lâminas de face e a lâmina do núcleo (central).
lâmina de face

lâmina do núcleo

lâminas transversais

lâmina de face
Fig. 2.4. Compensado com número ímpar de laminas

10
Usualmente, todas as chapas de madeira compensada devem ser estruturalmente
balanceadas, isto é, devem ser simétricas em relação ao seu plano centraL Assim, as
lâminas de cada lado deste plano, eqüidistantes do mesmo, devem ter as mesmas
propriedades físicas, mesma espessura e orientação de fibras. O plano de simetria na
lâmina do núcleo implica na existência de um número ímpar de lâminas.

Na fabricação das chapas compensadas este balanceamento deve ser rigorosamente


seguido, para garantir que estas permaneçam planas quando sujeitas a condições de
temperatura e umidade diferentes daquelas de fabricação.

Outros tipos de chapas balanceadas podem ser obtidos, como por exemplo, utilizando
lâminas de diferentes espécies de madeira; entretanto, os riscos de empenamentos das
chapas são bem maiores.

A opção de fabricar os compensados com um número par de lâminas, embora não


viole as condições de balanceamento do mesmo, devido à colocação de duas lâminas
centrais com mesma orientação de fibras, não tem sido bem aceita comercialmente,
visto que, o ganho de eficiência do produto obtido não corresponde ao custo adicional
de uma lâmina e adesivo. A figura 2.5 mostra a composição de uma chapa com sete
lâminas.

Fig. 2.5 - Compensado com sete lâminas.

De uma maneira geral, pode-se dizer que o compensado possui duas características
peculiares: as lâminas de madeira são ligadas uma as outras por adesivos sintéticos, tal
como ocorre na madeira laminada; e a orientação do eixo de simetria destas lâminas
que, contrastando com a madeira laminada, são ajustados transversalmente, de acordo
com uma disposição pré-determinada, de forma a se obter uma equivalência das
propriedades elásticas e de resistência, nas direções principais da chapa.

A eficiência desta composição transversal pode ser visualizada pela análise dos
parâmetros característicos da chapa, em função dos parâmetros das lâminas.

A figura 2.6-a expõe, em linha cheia, a variação do módulo de elasticidade médio da


composição de duas lâminas de madeira de mesma espécie e espessura, baseada na
vruiação do módulo de elasticidade destas lâminas, apresentada na figura 2.3.
Observa-se que os valores mínimos de E ocouem nas direções de 45° com os eixos
longitudinal e transversal.

11
Na figura 2.6-b é apresentado, também em linha cheia, o diagrama para uma
composição de lâminas, onde a direção das fibras nas lâminas é desalinhada de um
ângulo de 30°. Neste caso, consegue-se um valor de E quase constante, aproximando-
se assim a isotropia do material.

L L

T T

a) Composição de duas lâminas transversais b) Composição de lâminas defasadas de


30°
Fig. 2.6 - Parâmetros característicos da chapa.

2.2.2 Parâmetros Elásticos e de Resistência da Madeira Compensada

Em decorrência da aplicação estrutural das chapas de madeira compensada, a


determinação de seus parâmetros elásticos e de resistência tem merecido especial
atenção dos pesquisadores.

Fundamentalmente, os trabalhos se dirigem a dois objetivos específicos:

+ formulação de equações teóricas para avaliação destes parâmetros, a partir das


propriedades das lâminas individuais;

+ determinação experimental destes parâmetros, a partir da proposição de métodos de


ensaios compatíveis com a teoria e específicos para este produto.

O compensado normal, isto é, de número ímpar de lâminas, balanceado, com lâminas


alternadas paralelas e adjacentes perpendiculares, pode ser considerado, para análise
estrutural, como um material plano ortotrópico, ou seja, com simetria elástica, em
relação a dois planos perpendiculares, sendo como todo material ortotrópico,
caracterizado por propriedades direcionais. As lâminas de madeira são consideradas
perfeitamente elásticas em seus planos e o efeito da cola é negligenciado.

As direções principais de elasticidade (x e y), são identificadas como na figura 2.7. A


direção x é paralela à direção das fibras da lâmina de face, sendo a direção y
perpendicular a estas fibras.

12
FIBRA DE FACE

CHAPA DE COJ\1PENSADO

Fig. 2.7- Planos de simetria elástica e direções principais do compensado.

O Quadro 2.3, apresenta propriedades de chapas de compensado encontradas no


mercado da Indústria Madeirit.

Quadro 2.3 - Características mecânicas das chapas Madeirit


Espessura Nominal (mm)/ 12/09 15/11 18/13 21115
,,
Número de Lâminas
Tensão de Ruptura à flexão- 11 ~0,36 625,69 520,90 508,46
?
Ciru0 =(kgf/cm-) 4 1,12 444,14 438,33 465,75
! Tensão admissível à flexão -
2
11 -l.S0,02 178,90 142,20 143,22
' O"actm (kgf/cm ) 100,92 116,72 117,12 122,73
Módulo de elasticidade à flexão 11 _§7156 83486 65953 67176
?
- E (kgf/cm-) 41080 50662 46891 50153
Bitola Média para efeito de 12,00 14,80 17,60 20,40
cálculo (mm)
j Tolerância (mm) 0,50 0,50 0,50 0,50
ll <;

Módulo de Resistência em 1 0,240 0,365 0,516 0,694


2 3
cm - W (cm )
Módulo de Inércia em 0,144 0,270 0,454 0,707
? 4
1 em-- I(em)
Fonte: Catálogo Madeirit

Dimensões padrão das Chapas: 2,44 x 1,22 mm ou 2,50 x 1,25 m


Espessura (mm): 4,6,9,12,15,18,21,24,27,30.

13
2.3 ACESSÓRIOS

2.3.1 Pregos

Os pregos disponíveis no mercado, tem dimensões variadas (Figura 2.8). Há, no


entanto, uma série de vantagens na escolha de um único tipo de prego, que permita
executar todas as ligações. Entre elas estaria o controle do consumo e a rapidez do
serviço.

O desperdício, em geral causado por desvios diários, em pequenas quantidades, e por


perdas devidas à má utilização e negligência, pode aumentar o custo das fôrmas.

Dentre as bitolas indicadas, recomenda-se que sejam utilizadas os de números 18 x 24


e 18 x 30, correspondente a diâmetros de 3,4 mm e comprimento de 50 e 60 mm, para
ligação de tábuas ou sarrafos com 1 polegada de espessura. O primeiro para uma
ligação mais prolongada e o segundo quando se prevê um despregamento próximo,
pois o prego 18 x 30 fica com sua ponta saliente na emenda de duas tábuas
superpostas. E assim esta ponta, que não deve ser dobrada, permite, mediante uma
simples pancada no martelo, o arrancamento do prego.

Uma outra solução seria a utilização de pregos com 2 cabeças (Figura 2.9). Isto é de
grande valia, pois não somente simplifica e acelera a retirada das fôrmas, como
permite melhor aproveitamento do material.

Por outro lado, os pregos número 17 x 24 e 17 x 27 também podem ser recomendados


em função da madeira utilizada, uma vez que possuem menor diâmetro (3mm),
evitando o fendilhamento das peças.

Quando se trata de pregar chapas compensadas em tábuas, deve-se usar pregos de


bitola menor, como por exemplo 14 x 18 e 15 x 18, que possuem diâmetro de 2,2 mm
e 2,4 mm respectivamente e comprimento de 36 mm. Neste caso as pontas
normalmente não devem ficar aparentes.

14
21 x33 3x6 4,90 x 76 mm l6x2l 2x 12 2,70x48 mm
~----"'-"""'
-1ii'SilllD'W'U!
> -t:i-.. . .
~;"""""" 1:0
:;>
l6x 18 l l/2x 12 2,70x4lmm
20x48 4l/4x7 4,40x 110 mm ~ CID1D"DIUil!llD
~~ '>
~ """-""
m:ia1lli3l&EI'ltl1D
> l5x27 2 1/2x 13 2,40 x62 mm
20x42 3 3/4x 7 4,40 x 96 mm ~-;;= :;>
~oom;=~; ;;;;> 15x21 2x 13 2,40x48 mm
~ _.,.__,..
20x39 3 1/2 x7 4,40 x 90 mm ~-~~~ :;>

.
-1!11llml!il't'a1lll

20 X 33 3x7 4,40x 76 mm
>- ~ ~/18
IID'il!'tllllllm
1 1/2 X 13
:;>
2,40 x 41 mm

~ =---
-Dl9Dllllll >- ~-""""
15 X 15 1 1/4x 13
:;>
2,40x 34 mm
20x30 2 3/4x7 4,40x69 mm --~
~;;;-;~ > 14x27 2 1/2 X 14 2,20 x 62 mm

~
19x39
,._,.,..
3 1/2 X 9 3,30 x 90 mm ~-=···
l4x21 2x14 2,20x43 mm
:;>
:;;:,.. ~;;;;;;;::::-
J!ID'ZI.Uottn'l'l'ZI.

19 x36 3l/4x9 3,90 x 83 mm


>
~ Dll!lllll"it'Sm'D
mm ;> ~ J.!~l8 l 1/2x 14
;;;:..
2,20x4l mm
-~~

19 x33 3x9 3,90x76 mm 14x 15 11/4x 14 2,20x34mm


~-;;~ >- ~---
14x 11 1 X 14
>
2,20x 25 mm
19 x30 2 3/4x 9 3,90 x 69 mm ~-:",.;;;;; >
~;;;;;;;;-.;;;;; > 13x 18 1 l/2x 15 2,00x41 mm
19x27 2 l/2x 9 3,90 x 62 mm ~.;;;;;:;; >--
~;;;;;;";,;;;;" > l3x 15 11/4x15 2,00x 34 mm
19x21 2x9 3,90 x 48 mm ~= ;;,.
~xll 1x15 2,00x25 mm
~ .._._
mmn~rn
c;;;;.. ;;;;;->
19x15 11/4x9 3,90 x 34 mm 12x 15 1,80 x 34 mm
~-u•-w-;:;;;,..
!Z11'll'llm'IIO~ ~ >
12x 12 l,80x28 mm
18 x36 3l/4x lO 3,40 x 83 mm ~- >-
~ -~-
-~- > lJ X 18 1 1/2 X 16 1,60x41 mm
18 x33 3 X lO 3,40 x 76 mm 11 X 12 1 1/6 X 16 1,60x28 mm
~----·
J:ll!IUII'l!ll';\=11~
> F
11 X 1]
>
1 X 16 l,60x25 mm
18 X 30 23/4x10 3,40x 69 mm
~;;:;;= > lOx 12 1 l/6x 17 l,50x28mm
18 x27 21/2x 10 3,40 x 62 mm !F= >
~-,....;• 10 X 11 1 X 17 1,50x25 mm
D'll!!'lil!'t!lim1!:1=s:m:
>
18 X 24 21/4x10 3,40 x 55 mm lOx 10 7/8x17 l,50x 23 mm
~;;;;:;~;. > [lê ;;,.

~ J..8 x2l 2x lO 3,40 x48 mm 10x 9 3/4x 17 1,50x21 mm


!m"i!l~=

18_x 11 J X 10
> 3,40 x 25 mm
~-
8 X 11
>
l X 18 1,30x25 mm
~-b'et!l7;1)~>
2 3[4 11 8x lO 7/8 X 18 1,30x23 mm
~-~17, X 30 X 3,00 x 69 mm
> 8x8 1,30x 18 mm
~-J~x 27 2l/2x 11 3,00 x 62 mm
> 8x7 5/8 X 18 1,30x 16 mm
17x 24 21L4xl1 3,00 x 55 mm
~;;;;-;,;;;;:;, >
~ _j7x21 2 X]) 3,00 x 48 mm w 7x9 >
1,20x 21 mm
E:!l>li>D='I'> ~--.;;... 6x7 5/8 X 19 1,10 x 16 mm
16x27 2 1L2 X 12 2?Jx62 mm 6x6 l/2x 19 1,10 x 14 mm
@-;;; 1==-
~::::;;1.2: 31 2 1 /4~,70 x 55 mm
o=-=-
4x6 1/2x 20 0,90x 14 mm

Fig. 2.8- Tabela de dimensões de Pregos com cabeça da Gerdau.

17x27(21/2x 11)

~~~~~~;;.
18 X 27 (2 ] /2 X 10)

~í~Ní#N
18 x 30 (2 3/4x 10)

~ki

Fig. 2.9- Tabela de dimensões de Pregos de cabeça dupla da Gerdau.

15
2.3.2 Tensores

Os tensores são utilizados para conectar formas de paredes de pilares, suportando as


pressões do concreto fresco. Normalmente são utilizados como tensores vergalhões de
aço com partes soldadas, roscas e porcas ou acessórios especiais. Alguns tensores
utilizados podem ser perdidos, sendo cortados junto à superfície do pilar quando
desformado, outros tensores podem ser removidos completamente e reutilizados.

As barras utilizadas tem diâmetros que podem variar de 3!16"a 5/8". Nestes casos,
deve-se considerar a seção utilizada e a tensão admissível compatível com o tipo de
aço empregado, conforme as normas, ou a resistência do acessório de fixação
utilizado.

Os esforços admissíveis para o uso de tensores variam conforme o diâmetro do


vergalhão.

É interessante certificar-se dos valores a considerar, tal como carga admissível, junto
ao fabricante. Como orientação para cada diâmetro de vergalhão temos:

0 114" CA-50 -F= 800 kgf


0 5/16"CA-50 -F= 1350 kgf
0 3/8" CA-50 -F= 1600 kgf

2.3.3. Acessórios comerciais.

Já existe atualmente no mercado nacional uma gama razoável de acessórios destinados


à montagem de fôrmas para concreto.armado. Entretanto, a maioria se destina às
fôrmas denominadas "Fôrmas de grande área", que englobam as paredes e lajes, no
caso das construções civis (comerciais, residenciais e industriais), e os blocos e
maciços em construções pesadas, como é o caso das barragens.

Para as obras consideradas leves, como edifícios civis, temos no uso das torres
tubulares pré-fabricadas, nas escoras metálicas, nas vigas metálicas e mistas, e nas
treliças extensíveis, algumas das opções de equipamentos disponíveis no mercado
para a execução de lajes.

Consideramos nestes casos as escoras e a ton·es como escoramentos, que por sua vez
complementam os serviços da fôrma.

Para as fôrmas de pilares que geometricamente podem ser considerados como parede,
em que o comprimento de aproxima da altura, é possível se utilizar com sucesso os
sistemas de fôrmas empregados na concretagem de paredes. Existem ainda alguns
tipos de painéis mistos ou metálicos que se destinam a fôrmas de colunas com seção
retangular, especificamente. Alguns exemplos de acessórios são apresentados na
figura 2.10.

16
revestimento chanfro de P\/C
fenólico
barra
trapezoidal

chave
especial porca
luva de trapezoidal
vedação com asa

Fig. 2.10.a- Acessórios GETHAL.

Fig 2. - Acessólios JERUEL

Fig. 2.10.c- Acessórios ROHR

17
Fig. 2.10.d- Acessórios ULMA

Fig. 2.10.e- Acessórios DOCA

Quanto às vigas, a pré fabricação de equipamentos tem encontrado sérios obstáculos,


principalmente quando estas vigas aparecem em conjunto com as lajes que lhes
intercepta, tomando difícil a concepção de acessórios versáteis o suficiente para
englobar todas as possibilidades.

Aqui é bom lembrar que todos estes acessonos somente encontram sua melhor
performance quando aplicados através de um projeto especificamente executado para
a obra. e ainda, desde que esta obra se adapte às suas limitações.

18
Em decorrência do crescimento da construção de estruturas de concreto, surgiu a
necessidade de otimizar a utilização das fôrmas, visando diminuir custos e melhorar a
qualidade final das estruturas.

No início, quando a indústria de compensados ainda era pouco desenvolvida no país,


as fôrmas eram confeccionadas exclusivamente em madeira maciça, utilizando tábuas
como painéis. Como não existia nenhuma indicação técnica a respeito, em 1943, a
Associação Brasileira de Concreto Portiland (ABCP) lançou um Boletim Técnico onde
apresentava um sistema de fôrmas de madeira maciça.

Duas décadas depois, com o desenvolvimento da indústria de madeira compensada, foi


desenvolvido por Toshio Ueno o primeiro sistema otimizado de fôrmas do país,
utilizando a madeira compensada onde se tem contato direto com o concreto. A partir
de então, vários sistemas foram desenvolvidos por outras empresas, ou trazidos do
exterior, visando sempre diminuição do custo, simplicidade e agilidade na montagem e
na desforma e a melhoria do acabamento final do concreto.

A seguir estão apresentados alguns dos sistemas estruturais mais importantes do país.

3.1. SISTEMA TRADICIONAL (ABCP)

Em 1943 a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP) estabeleceu


procedimentos básicos para a aplicação de fôrmas de madeira serrada em construções
de estruturas de concreto. Esses procedimentos fazem parte do Boletim Técnico no 50
da ABCP (6), aos quais até hoje permanecem em vigor. De maneira geral esses
procedimentos estabelecem que:

o as fôrmas devem ser executadas de acordo com as dimensões indicadas na


planta de formas do projeto estrutural;
o as fôrmas devem possuir rigidez suficiente para não ocasionarem defeitos de
execução tais como flechas excessivas, desalinhamentos, etc;
o as fôrmas devem ser praticamente estanques, para evitar a perda de cimento
através das fendas;
o as fôrmas devem ser construídas de tal modo que permitam a retirada de suas
partes com facilidade;
o as fôrmas devem permitir o maior número possível de reutilizações.

Dentro desse sistema, as denominações dos elementos básicos das fôrmas, dadas às
diversas peças que as compõem são indicadas a seguir:

19
- Painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar (a, b, e, f)- são elementos de
superfícies planas, de dimensões variadas, fonnadas por tábuas de 2,5 em de espessura
por 30,0cm de largura, ligadas por sarrafos de 2,5 em x 10,0 em ou por caibros de 7,5
em x 7,5cm (Figuras 3.1, 3.2 e 3.3).

- Travessões (c) - são elementos de suporte dos painéis de 1aje, formados por caibros
de 7,5 em x 7,5cm x 10,0 em, que se apoiam nas guias (Figura 3.1);

- Guias (d)- são elementos de suporte dos travessões apoiados nas pernas (pés-
direitos, escoras). São formadas de caibros de 7,5cm x 10,0 em ou tábuas de 2,5 em x
30,0 em caso em que se suprimem os travessões (Figura 3.1).

- Travessas de apoio (g)- são elementos fixados nas travessas verticais das faces das
vigas (Figura 3.1), e se destinam a servir de apoio para as extremidades dos painéis das
lajes, travessões e guias;

- Cantoneiras - são elementos triangulares pregados nos cantos internos das fôrmas
para evitar cantos vivos em pilares e vigas;

- Gravatas (m)- são elementos de travamentos dos painéis de pilares e de vigas,


destinados a resistir aos esforços atuantes devidos ao lançamento do concreto fresco na
fôrma (Figura 3.2 e 3.3);

- Montantes (i)- são elementos destinados a reforçar as gravatas dos pilares (Figura
3.3).São formadas de caibros de 7,5cm x 7,5cm ou 7,5cm x 10,0 em e reforçam ao
mesmo tempo várias gravatas. Os montantes, colocados em face opostas dos pilares,
são ligados entre si por ferros redondos ou tirantes;

- Pé-direito (perna) (k)- são elementos de suporte dos painéis de laje, compostos por
caibros de pinho de 7,5 em x 10,0 em (Figura 3.1).

- Pontaletes (pernas) (l)- são elementos de suporte dos painéis de fundo das vigas
compostos por caibros de 7,5 em x 10,0 em (Figura 3.2);

- Escoras (mãos-francesas) (m)- são elementos inclinados que, trabalhando à


compressão, impedem o deslocamento dos painéis laterais das fôrmas das vigas
(Figura 3.2);

- Chapuz e tala (o)- são elementos compostos de sarrafos de 2,5 em x 10,0 em, usados
como suporte e reforço na fixação dos elementos de escoramento, ou com o apoio dos
extremos das escoras (Figuras 3.1 e 3.2) , respectivamente; entre os elementos de
escoramento e os painéis para que não haja deslocamentos durante o lançamento do
concreto (Figura 3.1);

- Calços - elementos de madeira sobre os quais se_afleiam os pontaletes e pés-direitos


---
(pernas), por intermédio das cunhas e geralmente feitas de tábuas de 2,5cm x 30,0 em
(Figura 3.1).

20
Figura 3.1- Arranjo típico de fôrmas de laje e viga (ABCP, 1943)

Figura 3.2- Arranjos de painéis de viga (ABCP, 1943)

21
Figura 3.3- Arranjo de pilar com gravatas e montantes (ABCP)

22
3.2. SISTEMA TOSHIO UENO

É um sistema que surgiu na década de 60; é considerado o percursor da otimização das


fôrmas de madeira para concreto annado em edifícios. Esse sistema desenvolveu uma
nova filosofia de utilização das fôrmas de madeira.

Pela primeira vez elaborou-se um projeto de fôrmas de madeira que substituía as peças
de madeira serrada por chapas de madeira compensada na confecção dos painéis de
laje, painéis de viga e painéis de pilar. Esse sistema, entretanto, incorporou todos os
critérios básicos do sistema tradicional regulamentados pela ABCP publicados no
Boletim Técnico no 50. Em essência, esse sistema consiste na confecção de elementos
de fôrmas no próprio canteiro da obra, utilizando-se chapas de madeira compensada de
diferentes espessuras, enrijecidas por meio de sarrafos de madeira serrada pregados nas
chapas de compensado. O sistema apresenta, como os demais, três elementos típicos:
painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar que estão descritos a seguir:

o painéis de laje

Constituídos de chapas de madeira compensada suportadas por vigas (transversinas)


compostas de dois sarrafos justapostos, apoiados em escoras de madeira;

o painéis de viga (lateral e fundo)

São painéis de chapas de madeira compensada, com as bordas emijecidas por sarrafos
pregados em suas partes dependendo da altura da viga (ver figura 3.4). O escoramento
dos painéis de viga emprega o "gmfo de pema dupla", característico do sistema.

Figura 3.4- Painéis de viga. Sistema Toshio Ueno.

23
- painéis de pilar

Neste sistema emprega-se chapas de madeira compensada para a confecção dos


painéis. O enrigecimento desses painéis é feito por meio de dois sarrafos justapostos
verticais, travados ao longo do comprimento do pilar, com ferros redondos (Figura 3.5
e 3.6).

42 42

l DE COMPENSADO
1

8 4 60 4 8

84

Figura 3.5- painel de pilar (planta). Sistema Toshio Ueno.

24
,-----
1
N
r 25

- 4
o
- COMPENSADO

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~~~- i'

84
r
Figura 3.6- painel de pilar (vista frontal). Sistema Toshio Ueno.

3.3 SISTEMA FORMAPRÉ

É um sistema de fô1mas de madeira para concreto armado em edifícios criado em


1980. Este sistema ape1feiçoou o sistema Toshio Ueno tanto no projeto das fôrmas
quanto na técnica de execução das mesmas. É um sistema versátil que se adapta
também às obras com pouco espaço nos canteiros, pois trabalha apenas com um jogo
de fôrmas. Desta maneira, permite que suas peças sejam confeccionadas fora da obra,
possibilitando uma montagem ordenada, reduzindo o espaço necessário para estoques.
Identificando as várias peças, transf01ma a montagem em um simples jogo de armar.

Este sistema é formado por painéis de laje, painéis de viga e por painéis de pilar,
como desc1ito a seguir:

25
-painéis de laje (assoalho)
São constituídos de um conjunto de chapas de madeira compensada, de mesma
espessura, fixados em vigas transversinas (sarrafos simples de pinus de 2,5cmxl4cm),
que se apoiam em vigas longarinas (dois sarrafos de pinus de 2,5cmxl4cm). O
escoramento do assoalho é feito por meio de escoras metálicas ou por pontaletes de
madeira roliça, preferencialmente eucalipto não beneficiado.

- painéis de viga
As fôrmas das vigas são constituídas por pame1s laterais e pame1s de fundo,
confeccionados com chapas de madeira compensada de 14mm de espessura. As
bordas superiores dos painéis laterais são enrijecidas por meio de sarrafos pregados
que, além de evitar o desfibramento, permitem o apoio do painel da laje. As bordas
inferiores também são enrigecidas com sarrafos pregados na face interna do painel, de
modo a permitir o apoio do painel de fundo.

- painéis de pilar
São elementos confeccionados em chapas de madeira compensada de espessura
14mm. A rigidez do painel é garantida por enrigecedores formados por dois sarrafos
de pinho pregados na chapa. A estabilidade do conjunto é garantida por meio de
tensores metálicos fincados ao longo do comprimento do painel. O conjunto é
aprumado por meio de escoras de madeira ou metálicas.

3.4 SISTEMA FORMAPRONTA (MADEIRIT)

Baseia-se integralmente no sistema Toshio Ueno, industrializando, porém, a


fabricação dos elementos. Dentre as vantagens desse sistema ressaltam-se: a precisão
na confecção das fôrmas, o emprego de mão de obra especializada e a utilização de
pequeno espaço de armazenagem na obra. Este sistema, assim como os demais, é
constituído por painéis de laje, painéis de viga e painéis de pilar, descritos a seguir:

-painéis de laje
O assoalho das lajes é constituído de chapas de madeira compensada, em geral de
18mm, fixadas em longarinas formadas por dois sarrafos de pinho. O assoalho é, em
geral, constituído por pontaletes de madeira ou escoras metálicas, conforme se mostra
na figura 3.7.

- painéis de viga
Os painéis de fundo e os painéis laterais são confeccionados em chapas de madeira
compensada. O conjunto é enrijecido por meio de pontaletes duplos de madeira que
trabalham como escoras e, ao mesmo tempo, como gravatas, abraçando as laterais da
viga. São os "garfos" do sistema Toshio Ueno, como mostra a figura 3.7 e 3.8.

- painéis de pilar
Os painéis são formados de chapas de madeira compensada, estruturados por meio de
montantes verticais constituídos por dois san-afos de madeira. O conjunto é travado
por tensores metálicos, e sua estabilidade é garantida por meio de san·afos de prumo
como mostrado na figura 3.9.

26
(f)
..·
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Figura 3.7- Ananjo dos painéis de lajes, de vigas e escoramentos (Sistema


Formapronta)

27
CHAPA DE MADEIRA COMPENSADA
:·l"':.: ·,:~ ··: ,- ~· ; o,.'.·:.,~-;;.~
;
I
&
~ :;-;• :.
~=
I'

li- GRAVATA DE PONTALETES DE MADEIRA


QUE FAZEM PARTE DO GARFO
:(/'/:
1\
I) CUNHAS DE MADEIRA
1\
\.. -- GARFO EM DUPLO PONTALETE
DE MADEIRA
:·./,-.,.. ..

i}/
.- ,_.-/ ..

\ CUNHA DE MADEIRA
J

~\]
.. .. . .. ~ ._..

CORTE

Figura 3.8- Detalhes de painéis de viga. Sistema Formapronta.

28
1'\Etl'----- CHAPA DE MADEIRA
COMPENSADA

~'<------ DUPLO SARRAFO DE


MADEIRA

< E - - - TENSOR

~:;:I.:~;;;;;;;;íi- GASTALHO EM SARRAFO


DE MADEIRA

CORTE

PLANTA

Figura 3.9- Detalhe de painéis de pilar. Sistema Formapronta.

3.5 SISTEMA PRÁTIKA

Este sistema baseia-se nos sistemas Toshio Ueno e Formapré. Utiliza apenas um jogo
de fôrmas e, uma vez definidas as peças para o andar tipo, projetam-se os andares
atípicos, utilizando-se os mesmos painéis, devidamente ajustados com complementos.
O sistema garante grande reaproveitamento das peças a serem utilizadas no andar tipo.

Quanto ao escoramento, o sistema Prátika prefere usar equipamentos metálicos em


pavimentos atípicos, devido à variação do pé-direito. No pavimento-tipo, o
cimbramento pode ser metálico ou de madeira (em geral pontaletes de pinus),
procurando a solução mais econômica, em função das características da obra.

29
Todas as peças são projetadas com dimensões compatíveis com a utilização manual
em obra. Em seguida, são pré-fabricadas, numeradas e estocadas, conforme as figuras
3.10 e 3.11.

PAINEL DE LAJE
LONGARINA
GUIA DE ALINHAMENTO INFERIOR
P/ VIGAS EXTERAS

LONGARINA
SUPERIOR

ESCORA DE
VIGA !GARFO)

ESCORA
DE LAJE

GUIA P/ APOIO
LONGARINAS DE LAJES.

Figura 3.10- Arranjo de fôrmas de lajes e de vigas, com cimbramentos de madeira.


Sistema Prátika

30
~---CHAPA DE MADEIRA
COMPENSADA

<tE-- TENSORES-----------'

GASTALHO EM
DE MADEIRA

PLANTA VISTA

Figura 3.11 - Fôrmas para pilares. Sistema Prátika

3.6 SISTEMA GETHAL

Este sistema também utiliza chapas de madeira compensada para os painéis de laje,
painéis de viga e painéis de pilar, usando, basicamente, escoramentos metálicos. O
principal elemento do sistema é a chapa de madeira compensada, que é fabricada nas
espessuras de 12mm e 18mm.

O sistema Gethal é normalmente dimensionado para chapas de 18mm de espessura,


utilizando chapas mais finas para a execução de peças curvas. Definidas as
caracteristicas dos painéis, como por exemplo espessura da chapa, número de
reutilizações, etc., é feita a determinação do arranjo adequado para o escoramento, ou
seja, os equipamentos Gethal.

Como nos sistemas anteriores, o sistema Gethal é composto de painéis de lajes, de


vigas e de pilares, conforme descrito a seguir:

- Painéis de laje
Esses painéis são constituídos de chapas de compensado, apoiadas sobre transversinas
mistas, compostas de perfis metálicos e de madeira maciça ou, dependendo do vão a
ser vencido, sobre vigas treliçadas de madeira.

As peças de apoio dessas transversinas são longarinas do mesmo material, ou seja,


treliças ou vigas compostas, que são responsáveis pela transmissão dos esforços ao
escoramento. O sistema Gethal utiliza escoras metálicas para os casos comuns, ou
torres metálicas para o caso de grandes alturas, conforme a figura 3.12.

31
Fundo da laje

barrotes

longarina

Escora metálica

Figura 3.12- Painéis de laje sustentado por vigas treliçadas.

- painéis de vigas

As formas para vigas do sistema são confeccionadas com chapas de madeira


compensada, tanto para os painéis laterais quanto para os de fundo.

Os painéis laterais são reforçados, em sua parte superior, por um sarrafo fixado ao
longo da borda superior. Os painéis laterais são apoiados, por meio deste sarrafo, nos
gastalhos. O conjunto de apoio é constituído por dois braços verticais de madeira
(gastalho), ligados por uma haste metálica em forma de "U". Os ajustes dos painéis
são feitos por meio de cunhas de madeira colocadas entre a travessa inferior e a peça
metálica, conforme a figura 3.13.

32
... .
SARRAFO

GASTALHO

TRAVESSA

CUNHA

CRUZETA

PONT ALETE (ESCORA METÁLICA)

Figura 3.13- Painéis de viga. Sistema Gethal.

- Painéis de pilares
Vários tipos de painéis de pilar são utilizados neste sistema, cada um se adequando ao
tipo de obra a ser considerado. São eles:
• painéis de chapa de madeira compensada enrijecida- consiste em painéis de chapa
de compensado enrijecido com caibros de 7,5cmx7,5cm, ou com sarrafos duplos de
2,5cmxl0cm ou com perfil metálico. O painel é travado ao longo da altura por
meio de barras de "ferros redondos"(barras de ancoragem) presos em gravatas de
caibros duplos, conforme a Figura 3.14.
• painéis com gravatas moduladas - como nos sistemas tradicionais, os painéis são
travados por meio de gravatas. A gravata é formada por um conjunto de peças de
madeira maciça ou de perfis metálicos, onde cada peça tem, na extremidade, um
encaixe metálico com um parafuso, que permite o apoio e a fixação de outra peça.
Essas gravatas são montadas ao longo da altura do pilar, conforme a figura 3.15.
• painéis com placas moduladas - a placa é uma peça metálica revestida com madeira
compensada. Cada conjunto de quatro placas formam um elemento tubular. Como
a altura de cada placa é de 55cm, o sistema só pode ser usado em pilares cujo pé-
direito seja múltiplo de cinco centímetros, conforme a figura 3.15.

33
SARRAFO

CAIBRO DUPLO

} ' CAIBRO 3"' x 3"


;

BARRA DE ANCORAGEM

ELEVACÃO

CAIBRO DUPLO
CAIBRO 3"x 3"'

SARRAFO

PLANTA

Figura 3.14- Painéis de pilar enrijecidos com sarrafos simples (Sist. Gethal).

34
CHAPA DE MADEIRA
COMPENSADA

GRAVATA MODULADA "GETHAL"


(SARRAFOS E CHAPA METÁLICA

<E-+--- CHAPA DE MADEIRA


COMPENSADA

'----- RETICULADO DE NERVURAS EM


CHAPA COM DISPOSfTiVO DE
ENCAIXE

Figura 3.15- Painéis de pilar com gravatas moduladas e com placas moduladas.
Sistema Gethal.

35
3.7. FÔRMAS ESPECIAIS

Consideramos como fôrmas especiais os moldes que se destinam a estruturas de


concreto consideradas como especiais. Entre estas estruturas especiais poderíamos
considerar resumidamente as seguintes:

1 - Estrutura com concreto arquitetônico

São estruturas em que o concreto, além de suas funcões estruturais, se apresenta


também com finalidades arquitetônicas enfatizadas, quer através se uma textura
especial, quer através de detalhes ornamentais.

A textura normalmente é obtida através da utilização de moldes com placas de contato


especiais. Os detalhes ornamentais podem, em certos casos, ser obtidos com moldes
de gesso.

2 - Concreto Pré Moldado

O concreto pré-moldado pode ser utilizado tanto para fins estruturais quanto para fins
arquitetônicos, através de elementos da fachada. Neste caso, as fôrmas para pré-
moldados devem obedecer alguns requisitos básicos, tais como:

a) possuir alta rigidez e precisão dimensional para a boa aplicação das peças pré-
moldadas entre ±0,1 e ±0,2%, com limite máximo de 20mm para as peças em
geral.
b) o material empregado deve permitir um máximo de reutilizações com um mínimo
de reparos e manutenção.
c) as fôrmas devem obedecer um planejamento prévio quanto ao seu posicionamento
na área de concretagem.
d) a construção do molde deve ser projetada para que se obtenha um desempenho
bastante elevado em todas as operações.

3- Concreto Pré-Moldado e Protendido

Neste caso, é importante prever o efeito da protensão e o formato da peça, para que
esta não venha a transmitir esforços às fôrmas após a protensão. Em princípio, os
moldes devem ser desformados antes da protensão.

4 - Cascas, Cúpulas e Lajes Duplas

Dado a variedade destes tipos de estrutura, na verdade, cada caso deve ser
meticulosamente estudado, quanto às cargas e esforços a considerar, detalhes da
execução dos moldes, colocação do concreto e desforma.

5 - Concreto Massa

É o caso usual encontrado nas barragens de concreto. Para este caso, normalmente se
faz uso de equipamentos especiais. Entre estes equipamentos estão as chamadas
fôrmas trepantes e as fô1mas auto-trepantes.

36
6- Túneis

Também pelas suas características, não se pode prever uma solução padronizada. Há
entretanto alguns sistemas de fô1mas metálicas, p1incipalmente nos casos de arcos,
que apresentam bons resultados.

7 - Torres, Silos e Chaminés

Nestes tipos de estruturas especiais, a solução normalmente recai sobre o sistema de


formas deslizantes. Este serviço, em geral, é executado por empresas especializadas.

8- Pontes e Viadutos

É também um caso típico de uma estrutura pesada onde os esforços nas fôrmas devem
ser cuidadosamente verificados. Na verdade, grande parte do problema reside também
no sistema de escoramento, uma vez que se trata de fôrmas elevadas, onde não se
pode contar como o solo abaixo do vão, ou por se tratar de um rio, ou para não
interromper o trafego de uma viajá existente.

9 - Fôrmas Absorventes

Esta tecnologia surgiu recentemente, e consiste na utilização de geotexteis no contato


entre a forma e o concreto, que visa absorver e drenar o excesso de água utilizado para
melhorar a plasticidade do concreto, além de concentrar finos na supe1fície do
concreto, aumentando sua resistência e diminuindo sua porosidade, o que melhora as
condições do recob1imento e aumenta a vida útil da estrutura.

Esta tecnologia é bastante indicada para estruturas de concreto aparente, pois a


superfície resultante deste processo é muito mais bem acabada que a resultante dos
processos convencionais. Sendo uma tecnologia ainda recente, muitas adaptações
devem ser feitas, e os custos avaliados.

3.8 CUIDADOS NA DESFORMA

A desforma tem grande importância na fase de forma de uma estrutura, pois o número
de reutilizações e, portanto, o custo desta fase, depende da qualidade desta tarefa.
Além disso, deve ser seguida uma seqüência de desforma que não provoque esforços
no concreto que não tenham sido previstos no cálculo, tal como esforços negativos no
meio do vão de lajes e vigas.

Recomenda-se o seguinte roteiro para desforma:

-Começar pelos pilares:


• retira-se os prendedores dos tensores e os tensores quando estes forem
reaproveitáveis;
• retira-se os gastalhos fixos no chão;
• retira-se os painéis das faces dos pilares.

37
- fôrmas das vigas:
• retira-se a guia de nivelamento de apoio das transversinas pregadas nos garfos das
vigas;
• retira-se o garfo do meio e reescora-se o fundo da viga;
• retira-se os garfos restantes, reescorando a cada 1 metro aproximadamente.

- fôrmas das lajes:


• retira-se as longarinas e transversinas;
• reescora-se a faixa de reescoramento das extremidades para o centro;
• retira-se os mosquitos;
• com cuidado, retira-se as chapas de compensado.

• Na prática, a maioria dos danos que ocorrem nas formas surgem durante a
desforma, isso ocorre simplesmente por falta de cuidado por parte da mão de obra.
A substituição prematura de peças da forma por deterioração na desforma provoca
desperdícios que oneram significativamente a obra. Assim, recomenda-se que os
detalhes de projeto facilitem a desforma e previnam qualquer acidente. É
importante também que o engenheiro esteja sempre presente nas fases de desforma.

38
E ESCO E

4.1 COMPORTAMENTO ESTRUTURAL

O projeto das fôrmas para uma estrutura de concreto armado é efetuado com muitas
simplificações; as peças são dimensionadas no regime elástico segundo os Estados
Limites, e a consideração das diferentes partes da estrutura é feita individualmente.

4.1.1 Fôrmas para Lajes

As fôrmas para lajes devem receber diretamente o peso do concreto somado às


sobrecargas definidas abaixo. As cargas são suportadas pelos painéis de laje e
transmitidas às transversinas e longarinas que descarregam nas escoras de laje.

4.1.2 Fôrmas para Vigas

As fôrmas para vigas devem ser dimensionadas para que o painel de fundo suporte a
carga vertical, e os painéis de face suportem o empuxo lateral do concreto fresco nas
faces. Na questão da carga vertical a ser transmitida às escoras há ainda que
considerar, além da projeção da viga, a componente proveniente das lajes adjacentes.
Esta parcela depende da particularidade de cada projeto de como é realizada a ligação
da laje e viga com a disposição final dos pés direitos.

Fundo da viga:
O primeiro passo é a determinação do carregamento vertical incidente sobre o fundo
da viga. Nas combinações destas ações, devem ser computados: o peso próprio do
concreto, do aço e das fôrmas. Para a sobrecarga, deve ser considerado o peso de
equipamentos e trabalhadores. Para os diferentes componentes das fôrmas, são feitas
as verificações dos Estados Limites Último e de Utilização.

Faces da viga:
O concreto fresco lançado na fôrma comporta-se temporariamente como fluido,
produzindo um empuxo hidrostático sobre as faces da viga. Assim, as faces das vigas
estão sujeitas ao empuxo do concreto fresco e também devem suportar parte da carga
vertical da laje que eventualmente esteja apoiada na fôrma da viga. É muito
importante estudar as características construtivas do sistema de fôrmas que estiver
sendo adotado, para se definir a parcela de carregamento que cabe a cada elemento da
estrutura e como este carregamento se efetiva. O sistema a ser adotado, muitas vezes,
depende da experiência da empresa ou pelo bom senso do projetista ou empreiteiro.

39
4.1.3 Fôrmas para Pilares

Na execução de fôrmas para pilares, deve-se considerar o empuxo atuante sobre as


fôrmas. A pressão varia de um valor máximo da base do pilar, diminuindo até zero na
outra extremidade, ou poderá ser considerado um valor máximo equivalente constante
na altura total.

4.2 PROPRIEDADES DO CONCRETO

As propriedades do concreto mais importantes para o projeto de fôrmas são as


seguintes:

4.2.1 Comportamento do concreto

Basicamente, ao misturarmos os elementos que compõem o concreto, obtemos uma


massa cujas propriedades iniciais se situam entre as das substâncias líquidas e as
plásticas.

A rapidez com que o concreto passa do estado plástico ao sólido influencia


consideravelmente a pressão lateral que atua sobre os moldes onde se deposita.

4.2.2 Peso do concreto

De uma forma geral, consideramos o peso específico do concreto amado como sendo
de 2500kg/m3 , tanto para cálculo das pressões laterais como para cálculo de cargas
verticais.

4.2.3 Pega e Endurecimento

O tempo que decorre desde a adição da água ao início das reações com os compostos
do cimento é chamado de tempo de início de pega.

O fenômeno de pega tem seu início evidenciado pelo aumento brusco de viscosidade
da pasta e pela elevação da temperatura. Quando a pasta cessa de ser deformável e se
torna rígida para pequenas cargas temos o fim da pega.

A seguir, a massa continua a aumentar sua coesão e consistência, durante o


endurecimento. Para os cimentos normais, sem aditivos, o início de pega se processa
após 60 minutos e chega ao fim de pega entre 5 e 1O horas.

4.2.4 Retração

A saída da água livre no concreto fresco, durante seu endurecimento, produz o


fenômeno que chamamos de retração, caracterizado pela perda de volume do concreto.

40
Estima-se que em média para o concreto armado, a deformação proveniente da
retração seja da ordem de 0,25rnrnlrn para um período de tempo de 10 dias, sendo
ainda prevista urna tensão da tração da estrutura impedida de deslocar-se da ordem de
65 kg/crn2 .

4.3 AÇÕES NAS FÔRMAS E CIMBRAMENTOS

No dimensionamento de fôrmas e cimbramentos, deve-se considerar:

4.3.1 Peso Próprio das Fôrmas

Deve ser considerado cada tipo de fôrma a seus materiais componentes (madeira, aço,
fibra, etc.). Entretanto para fôrmas de madeira, e até mesmo mistas (madeira e aço),
pode-se estimar um peso próprio entre 40 e 60 kg/rn2 , que normalmente incluímos na
sobrecarga considerada. Este peso próprio é tratado corno ação variável para efeito de
combinação das ações, pois o tempo de atuação da estrutura corno um todo curto (até
30 dias).

4.3.2 Peso do Concreto Fresco

Para o cálculo das ações nas formas, adota-se corno peso específico do concreto
fresco: yc = 2500 kgffrn3

4.3.3 Sobrecargas

Geralmente, considera-se em um projeto de Fôrmas e Cimbramentos as sobrecargas


que cobrem as ações devidas à concretagern (incluindo o impacto do concreto sobre a
fôrma), vibração do concreto, equipamentos e circulação de operários na fase de
concretagern.

a) Vibração do Concreto

A sobrecarga devida a vibração do concreto pede ser considerada corno sendo 10% da
carga do concreto.

b) Demais Sobrecargas

São consideradas corno sobrecargas, as cargas provenientes, por ocasião da


concretagern (lançamento), de material estocado, circulação dos trabalhadores e
equipamentos. Estas são adotadas variando de 150 a 200 kgf/rn2 . Algumas vezes, o
implemento de equipamentos especiais, principalmente os de vibração e lançamento,
pode aumentar estas estimativas. Neste valor já esta incluído o peso próprio da forma

41
4.4 COMBINAÇÕES DAS AÇÕES

Seguindo os critérios de dimensionamento da NBR7190/96, para a verificação dos


Estados Limites Últimos e de Utilização, devem ser feitas as combinações das ações
para se encontrar os valores de cálculo. As combinações e os coeficientes mais
importantes para o dimensionamento de fôrmas e cimbramentos especificados por esta
norma estão apresentados a seguir:

4.4.1 Estados limites últimos

Combinações últimas especiais ou de construção

F,= ~Y,;F,;.< +rQ(FQu + t,if/ 01 Fw> J


Neste caso as ações variáveis são divididas em dois grupos, as principais (Fql.k) e as
secundárias (Fqj.k) com seus valores reduzidos pelo coeficiente \!foi, que leva em conta a
baixa probabilidade de ocorrência simultânea das ações variáveis. Deve-se observar
que para o caso de fôrmas e cimbramentos não existe ações permanentes.

4.4.2 Estados limites de utilização

Combinações de curta duração

m n

Fd,uti = LFgi,k + FQl,k +L \!f llQj,k


i=l j=2

São utilizadas quando for importante impedir defeitos decorrentes das deformações da
estrutura. Neste caso a ação variável principal atua com seus valores referentes a
média duração.

4.4.3 Coeficientes para as combinações de ações

4.4.3.1 Combinações últimas

Para as combinações nos estados limites últimos são utilizados os seguintes


coeficientes:
YQ = coeficiente de majoração para as ações variáveis
\!fo = coeficiente de mino ração para as ações variáveis secundárias

Os valores dos coeficientes apresentados pela norma são os seguintes:

a) Ações variáveis (yQ)

A norma brasileira especifica os seguintes valores para yq em análise de combinações


últimas:

42
Quadro 4.1- Acões variáveis (Fonte: NBR 7190/1997)
Combinações ações variáveis em geral incluídas as efeitos da
cargas acidentais móveis
temperatura
Normais yQ = 1,4 yf -- 1,2

Especiais ou de Construção YQ = 1,2 yf = 1,0


Excepcionais YQ = 1,0 yf =0

b) Ações variáveis secundárias (\jfo)

Este coeficiente varia de acordo com a ação considerada, como pode ser visto na
tabela 9.
c) Combinações de utilização

Para as combinações nos estados limites de utilização são utilizados os seguintes


coeficientes:

\jfl = coeficiente para as ações variáveis de média duração


\jf2 = coeficiente para as ações variáveis de longa duração

Os valores de \jfl e \jf2 são apresentados na tabela 9.

Quadro 4.2 - Fatores de minoracão (Fonte: NBR 7190/1997)


Ações em estruturas correntes 'Yo 'Pl 'Y2

Cargas acidentais dos edifícios 'Yo 'Yl 'Y2


- Locais em que não há predominância de
pesos de equipamentos fixos, nem de
elevadas concentrações de pessoas 0,4 0,3 0,2
- Locais onde há predominância de pesos de
equipamentos fixos, ou de elevadas
concentrações de pessoas 0,7 0,6 0,4
-Bibliotecas, arquivos, oficinas e
garagens 0,8 0,7 0,6

4.5 ESTUDO DA PRESSÃO LATERAL DO CONCRETO

Muitos estudos e ensaios foram realizados para determinar urna fórmula de cálculo
para a pressão lateral que o concreto exerce sobre as fôrmas, mas os resultados
obtidos tem diferido bastante em função das muitas variáveis que afetam o problema.

43
As pressões atuantes nas partes da fôrma é de difícil equacionamento, pois depende de
diversos fatores os quais nem sempre são de fácil conhecimento. Os principais fatores
que influenciam são:
e Velocidade de lançamento do Concreto.
• Temperatura do Concreto .
e Dosagem do Concreto.
• Consistência do Concreto .
• Sistema de adensamento .
• Impacto de lançamento .
• Fôrma e dimensões dos moldes .
• Quantidades e distribuição das armaduras .
• Peso específico do Concreto .
• Altura da camada de Concreto Fresco .
• Dimensões dos agregados .
Temperatura ambiente.
"
• Textura e Permeabilidade dos Painéis .
• Seção Transversal das Fôrmas

A seguir, apresenta-se uma análise qualitativa da influência de alguns fatores na


pressão exercida pelo concreto.

V elo cidade de Concretagem ? a pressão ~


Temperatura ~ a pressão ~
Dosagem do Cimento ~ a pressão ~
Consistência ~ a pressão ~
Energia de Adensamento ~- a pressão ~
Impacto de lançamento ~ a pressão ?
Dimensões da Fôrma ? a pressão ?
Armação ~ a pressão ~
Peso do Concreto ~ a pressão f
Altura da camada f a pressão ~
Assim , nota-se que a pressão lateral do concreto não é fácil de ser equacionada,
embora já tenha sido bastante pesquisada.

44
4.5.1 Vigas

A pressão lateral que o concreto exerce nas paredes da viga não varia linearmente com
a altura, porém como trata-se de um elemento cuja relação altura/lado é pequena,
pode-se considerar o diagrama de pressões triangular.

O cálculo da flexão considerando carga triangular é complexo, assim, permite-se a


aproximação da carga para uma distribuição uniforme, com intensidade igual à
intensidade à profundidade de 2/3H da consideração da carga triangular.

h
H

Ph

Pressão lateral: Ph = y . h . K
onde:
y = peso específico do concreto
1- senq) 1- senl5°
K= = = 0.60
1 + senq) 1 + sen15°
com <P = 15° (ângulo de atrito interno do concreto)
2
h = altura considerada para adoção da pressão uniforme = -H
3
H= altura total da viga

4.5.2 Pilares

No caso de pilares a relação altura/lado é grande, considerando-se então a seguinte


variação para a pressão lateral: (pressão de Janssen)

45
··r········· ---,
z

I
I

r·R c---
f.l·K·z )J
Ph=p· ( 1-e R

y = peso específico do concreto

. h'd
K =raiO , .
1 rau11co
á rea
= - - ,- -
b·h b·h
penmetro 2b + 2h 2(b +h)

JJ. = coeficiente de atrito do concreto com a chapa de compensado = tg 1Oo = O, 17 6

1- sen<P
K= = O. 6 ---7 ( <P = 15°)
1+ sen<P

Neste caso, considera-se, para efeito de cálculo, a carga uniformemente distribuída,


com valor igual à máxima pressão de Janssen, conforme a figura anterior.

46
5 ETO DE FORMAS E Cl

5.1 DADOS

O primeiro passo a ser seguido pelo projetista de fôrmas é a avaliação rigorosa do


projeto de estrutura, das formas da estrutura de concreto, das dificuldades que
poderão surgir, das condições do canteiro de obra e, baseado na sua experiência e
em seu conhecimento, adotar o sistema de fôrmas mais indicado para cada caso

5.1.1 Projeto Estrutural

OBRA: Modelo para a Disciplina SET613


LOCAL: Laboratório de Madeiras e de Estruturas de Madeira

10

250
A
Â

Planta Corte AA
Concreto fck = 20 MPa
Yconc = 25 kN/m3 (concreto armado)

5.1.2 Projeto de Fôrmas

O projetista deve especificar os materiais que serão utilizados nas estruturas


de fôrmas e cimbramentos: classe de resistência da madeira maciça, tipo de chapa
de compensado, fabricante, espessura, etc. O dimensionamento é feito baseado nas
características destes materiais, assim, a utilização de outros materiais, com
diferentes características podem debilitar ou encarecer a estrutura.

Material: Madeira Maciça classe C 25: pc2s 5,50 kN/m3


=
Ee2s = 850 kN/cm2

47
Madeira Compensada 12mm:pcomp = 5,50 kN/m3
(Madeirit) 122cm X 244cm
2
fc,m,comp = 3,00 kN/cm

Quadro 51espec1 1caçoes do f;abncante:


. F ont e: Ca t'l e1n·t
a ogo M a d.
Espessura Nominal (mm)/ Número de Lâminas 12/09
Tensão de Ruptura à flexão- <Jrup=(kgf/cm2) 11 650,36
..L 401,12
Tensão admissível à flexão - <Jadm (kgf/cm2) 11 180,02
..L 100,92
Módulo de elasticidade à flexão- c (kgf/cm2) 11 87156
..L 41080
Bitola Média para efeito de cálculo (mm) 12,00
Tolerância (mm) 0,50
Módulo de Resistência em 1 cm2 - W (cm3) 0,240
Módulo de Inércia em 1 cm2 - I (cm4) 0,144

Para o dimensionamento das estruturas de fôrmas e cimbramentos, é


necessário que se considere sobrecargas devido à: circulação de pessoas e
equipamentos, acúmulo de concreto em pequenas regiões, impacto no despejo de
concreto, etc. O valor desta sobrecarga pode ser adotado de acordo com o item 4.3,
tendo atenção para casos extraordinários onde a sobrecarga pode ultrapassar estes
valores.

Sobrecargas: Circulação: qcirc = 2 kN/m2

Vibração e Impacto: qv; = (10%) gc

Disposições: Deslocamentos (estado limite de utilização):


ô.rnáx ::; L/500

Esquemas Estáticos: bi-apoiada


2 tramos
3 tramos ou mais

bi-apoiada 3 ou + tramos
lllllllllllllllllllllllllllllp lllllllllllllllllllllllliilllp
Esquema l i
L

Flecha 5-p·L4 p·L4


a a
384· E· I 185-E·I

48
5.2 FÔRMA E CIMBRAMENTO DAS LAJES

Para o dimensionamento das fôrmas e cimbramentos das lajes, deve-se seguir um


roteiro lógico, que pode ser resumido como sendo: posicionamento das chapas de
madeira compensada, dimensionamento dos espaçamentos entre transversinas,
dimensionamento dos espaçamentos entre pontaletes e verificação da estabilidade
dos pontaletes.

5.2.1 Painéis da Laje

• Distribuição das chapas

Nesta etapa, deve-se buscar a melhor distribuição das chapas para cada laje,
evitando o cortes desnecessários e procurando reaproveitar retalhos de chapas
cortadas de outras lajes. É importante lembrar da faixa de reescoamento para lajes
onde o menor vão ultrapasse 3,0 metros.

obs: transversinas paralelas ao menor


lado

• Esquema Estático: biapoiada

O cálculo do espaçamento entre transversinas pode ser feito considerando viga


biapoiada (+conservador), ou viga com vários apoios( +exato). Quando o cálculo
for feito considerando-se vigas contínua, deve-se garantir que esta condição exista
em todos os tramos, ou adotar espaçamentos diferentes para cada situação. Para
este exemplo, os cálculos serão feitos considerando-se viga biapoiada.

we
b
Transversina Transversina

49
5.2.2 Combinações das ações:

A norma NBR 7190197 "Projeto de estruturas de madeira" especifica as


combinações das ações que devem ser feitas a fim de se encontrar o valor de
projeto das ações. As combinações usuais para estruturas de fôrmas e
cimbramentos estão apresentadas abaixo.

- peso do concreto armado

gconc = Yconc X h.Jaje


= 25 x O, 10 = 2,50 kNim2
- peso próprio das chapas

gcomp = e Ycomp X
= 5,5 x 0,012 = 0,07 kNim2
(pode ser desprezado devido à pequena magnitude)

- sobrecarga: circulação

qcírc = 2,00 kNim2

e combinação para o estado limite último:

F, = y Q[ FQ,,, +~'li Oj.clFQj,,]


qd = 1,2[qconc + 0,7 X qcirc] = 1,2[2,5 + 0,7 X 2,0] = 4,68 kN I m 2
= 4,68xl04 kNicnr

e combinação para o estado limite de utilização:


m

qd.utí = FQl,k +L 1Jf


j=2
l.lQi.k

qd,uti = qconc + 0,6 X qcirc = 2,5 + 0,6 X 2,0 = 3,70 kN I m 2


= 3,70xl0·4 kNicnr

5.2.3. Dimensionamento do espaçamento entre transversinas: (LT)

O cálculo do espaçamento entre transversinas é feito considerando-se o Estado


Limite de Utilização, caracterizado pela flecha máxima admitida para estruturas de
fôrmas (LI500). Em seguida, deve-se verificar a resistência do material (Estado
Limite Último) para este espaçamento. O espaçamento das tranversinas é calculado
em função da flecha e do momento fletor na chapa de compensado.

50
•Estado Limite de Utilização:

Esquema estático:
Pct,uti = qd,uti xb

e
b = largura unitária

4
5·Pd,uti ·LT :::; LT
a=
384·E·I 500

L < 384 ·E cornp · b · e


3
]73'
T- [ 5·500·12·(qd,utixb)

Obs.: - preferir espaçamentos iguais


- transversinas sob emendas das chapas
- configurações de apoios

LT :::; [ 384.871,56 ·1,2 ]73'


3

4
5. 500 ·12. (3,70 -10- )

LT :::; 37,3 em

244 244
esp. = = 40,7 ou esp. = 34,9
6 7
=> 6 espaçamentos iguais de 40,7 em
ou 7 espaçamentos iguais de 34,9 em

Para que se possa encaixar 6 transversinas no comprimento de 244cm


(comprimento da chapa de compensado, aproxima-se para 40,7cm o espaçamento
entre transversinas ) . Este aumento é permitido quando consideramos que a largura
do apoio interno é de 12,5cm e o externo de 3.7cm (figuras a seguir) e não pontual
como se admite teoricamente.

51
Sarrafo do
painel da viga
Seção da
Transversina

2.5cm
~(
I 7.5cm
)~
I 2.5cm ,l J J2.5cm

12,5cm
( )
Interno Externo

• Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático:

11111111111111111111111111111111111111mm
e
b = largura unitária

pct = 4,68xl0-4xb kN/cm

P __
M=-"--"'-d x1 2
8
qd xbxL~
M
h 8 h qdxL~x3 4,68xlü-4 x40,7 2 x3
<J=-X-= X-= =-'--------
I 2 bxh 3 2 4xh 2 4x122
'
12
2
cr=0,40kN/cm
\
fc,m.comp = 3,00kN/cm2
fc.k,comp = 0,7x3,00 = 2,1 kN/cm2
kmoct,l =O, 9 ( carregamento de curta duração)
kmoct,2 = 0,8 (classe de umidade 4)
kmoct,3 = 0,8 (sem prévia classificação das peças)

f c,d,comp = kmod X fc,k,comp = 2,10x0,58


14
=o'86kN I cm2
Yw '
Portanto, cr=0,40kN/cm2 < fc.ct,comp, não atingindo o estado limite último.

52
Assim, a distribuição das transversinas fica:

~~ ~
,-- --
I
-~
I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I
t·- --~
........ ...... ...... .........
I
I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I I
I I

~~
L L
1 1
6 x 40,7 = 244cm
.I
No cálculo do espaçamento das transversinas também pode-se considerar
viga contínua, desde que se garanta que todas as chapas estejam apoiadas em pelo
menos 3 transversinas (viga contínua de 2 tramos). Neste caso, a verificação do
Estado Limite Último pode tornar-se crítico.

5.2.4 Dimensionamento do espaçamento entre pontaletes: LP

Assim como cálculo do espaçamento entre transversinas, o cálculo do espaçamento


entre pontaletes é feito a partir do Estado Limite de Utilização, verificando-se em
seguida o Estado Limite Último. Este cálculo é feito em função da flecha e do
momento fletor na tranversina.

• Distribuição das transversinas

Área de influência de
uma transversina

53
e Seção adotada para as transversinas

Propriedades:
A= 2x(2,5 x15) = 75 cm 2
2 5 53
I= 2x ' xl = 1406 em 4
12

2,5cm i 7,5cm I 2,5cm


~( )~
12,5cm
( )

e~Estado Limite de Utilização:

Esquema estático:
Pct,uti = qd,uti X b

lllllllllllllllllll!illlllllllllllllllllllll

4
a = 5 · Pd,uti · Lp ::; Lp
384 · Ec 25 ·I 500

X
L< 384·Ec25 · /
p- [ 5·500-(pd,utixb) ]

pct,uti = qct.uriXb = qct.utiXLT = 3,70xl04 x40,7 = 0,015lkN/cm

L :::;[ 3s4-s5o,oo-14o6Jx
p 5-500·0,0151
LP = 230cm

e Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático:

llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
Lp

54
pct = 4,68xl0-4x40,7 = 0,019 kN/cm
M = pdxz2
8

2
M h 8 xh = 0,019x230 x7,5 =0, 67 kN/cm 2
(Y=-X-=
I 2 I 2 8x1406

fc.k.C25 = 2,5 kN/cm2


kmoct.I=0,9 (carregamento de curta duração)
kmoct.z = O, 8 (classe de umidade 4, madeira verde)
kmoct.3 = 0,8 (sem prévia classificação das peças)

_ kmod xfc,k,C25 _ 0,58x2,50 _ kN/ 2


f c d C25 - - - 104
, em
'' Yw 1,4

Portanto, cr=0,67kN/cm2 < fc.ct , é inferior o estado limite último, adota-se 1


pontalete no meio do vão (lembrar que as transversinas já estão apoiadas nas
extremidades sobre as guias fixadas nos garfos).

-- -- -- u

Pontaletes apoiando
as transversinas
i
~--

LP.real = 122 em

5.2.5 Verificação dos Pontaletes

Tendo dimensionado o espaçamento entre os pontaletes, é possível avaliar a carga


aplicada longitudinalmente a cada uma destas peças. Em geral, estas peças são
classificadas como peças longas, e a verificação da estabilidade deve ser feita como
segue:

55
• Ações

Área de influência
dos pontaletes
I
I
t--
I

, __ I
-- --

carga atuante: Pp.ct = LT.reai X LP.real X qct = 122 X 40,7 X 4,68xl0-4 = 2,32 kN

• Geometria

Propriedades:
A= (7,5 x7,5) = 56,3 cm 2
7 5 x7 5 3
I= ' ' = 263 7 cm 4
12 '
1~ 7,5 em ~I
. 263,7
lmin = 56,3 = 2,16 em

270
A-=--= 125 < 140 peça longa
2,16

• Verificação da estabilidade

Pp = 2,32 kN
2 2
%= n x Eco m xi
, n x 850,00x 263,7
= - - -2- - -
1- Lõ 270
% =30,35kN

L
el,ef = e1 + ec = ei + ea + ec
ei =O
ec = O não existe cargas permanentes
e = 270/ =O 9cm ou e -7,5/ -O 25cm
a 1300 ' a- /30- '
el,ef = 0,90

11 ( 7,5 x7,5)

30,35 )
Md =2,32x0,9 ( =2,2~kN.cm
30,35-_,3_
7 7

56
a a
___!:::!5!_ + _!:!!!_ ::; 1'o
fc.d fc.d
_ Md h_ 2,26x7,5 _ kN/ 2
crMd - - X - - - 0037
' - em
I 2 263,7x2
Nd 2,32 2
O'Nd =-- = = 0,041kN I em
hxb 7,5x7,5

0,032 + 0,041 =O 07 <lO [OK]


1,04 1,04 ' '

5.3 FÔRMAS E CIMBRAMENTO DAS VIGAS

O roteiro para o dimensionamento das fôrmas e cimbramentos das vigas se baseia


no cálculo do espaçamento entre garfos. O cálculo destes espaçamentos também é
feito a partir da flecha máxima permitida paro o Estado Limite de Utilização
(L/500), verificando-se a resistência para o Estado Limite Último.

Sendo os painéis das laterais e de fundo das vigas independentes, submetidos a


carregamentos diferentes e com geometrias e rigidez diferentes, é de se esperar que
os espaçamentos entre os garfos sejam diferentes, porém isto é inviável para a
execução. Assim sendo, a solução mais simples é a adoção do menor espaçamento
calculado para os dois casos. Outras soluções podem ser dadas para otimizar o uso
dos materiais, como o enrigecimento das seções, a adoção de gravatas, colocação
de tensores, etc.

5.3.1 Esquema geral

Lateral da
viga

Forma
da laje
concreto
Fundo da garfo
viga

57
5.3.2 Esforços

qh,d (2/3H)

(2/3 H) = 20 em

30 em
M
IT1ll
B D
20 em

qv - Pressão vertical (qv.ct e qv.ct.uti)


qh.máx - Pressão máxima horizontal (qh.máx e qct.máx.uti)
q2!3H- Pressão equivalente a altura 2/3H (q213H,ct e qz;3H.ct.uti)

• pressão vertical

qv.d,uti = (qconcr +1Jf1Xqvib)H = (25 + 0,6x0,1x25)0,30 = 7,95 kN/m2


qv.d = yq(qconcr + \!foXqvib)H = 1,2(25,0 + 0,7X2,5)0,30 = 9,63 kN/m2
• pressão horizontal

qh.máx = qvxk, onde: k é o coeficiente de empuxo lateral :


1- senç& 1- sen15°
k= = =06
1+senç& 1+sen15° '
qh.máx.mi = 7,95 x 0,6 = 4,77 kN/m 2

qh.máx = 9,63 X 0,6 = 5,78 kN/m2

A pressão de projeto deve ser tomada com o valor da pressão a 2/3 da altura
H.

qh,d,uti = qh.máx X 2/3 = 4, 77 X 2/3 = 3,18 kN/m2


qh.d = qh X 2/3 = 5,78 X 2/3 = 3,85 kN/m2

58
5.3.3 Dimensionamento do espaçamento dos garfos no fundo da viga: (LG,I)

O dimensionamento do espaçamento entre garfos é realizado para o fundo


da viga e para as laterais, adotando-se no final o menor espaçamento encontrado
entre os dois casos. O cálculo deste espaçamento também é feito levando-se em
consideração a flecha limite (L/500) como estado limite de utilização:

" Seção do fundo da viga:


15 em
~j
Pv

1I I I l
1,2 em
2,5 em Ii I I i
~~5 enl5 em+5 e~~
" Ações - carga linearmente distribuída:

pv.d.uri = 7,95 X 0,15 = 1,19 kN/m = 0,0119 kN/cm


pv.ct = 9,63 x 0,15 = 1,44 kN/m = 0,0144 kN/cm

" Geometria:

1,2 X Í 5 X 0,6 + 2 X 2,5 X 5 X 2,45


C.G.: y = = 168 em
CG 1,2 X 15 + 2 X 2,5 X 5 '

3
3,7 x15 [5 x2,5
3 ( )2] =;:_,~_cm
Inércia: ~= - +5x2,5x 2,45-1,68
4

12 12

M. de Elasticidade: Ecomp = 871,56 kN/cm2 e Ec2s = 850,00 kN/cm2

" Estado Limite de Utilização:

Esquema estático:
P.d.uti = 1,19 kN/m

llllillllllllllllllil!llllllllllllllllllllll
garfos

~-----7
LG,1 I garfos

4
a= 5 X Pv ,d ,uti X LG,1 LG 1
~--'

384xExi 500
59
_ 384xExi _ 384x850,00x49,4_
L G,l- 3 - 3 - 815
, em
500 X5 XPv,d,uti 500 X5 X0,0119

• Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático:
Pv.d = 1,44 kN/m

i
111111111111111111111111111111111 1111111111

I
LG,1
~--~

Pv d X 12
M=--''--
8
2
Pv,d xLG,l
2
a =-M x h =---'8"---_XE_ = 0,0145x81,5 x1,85 = 0, 45 kN 1 cm2
I 2 I 2 8x49,4

Portanto a< fc.d, [OK]

5.3.4 Dimensionamento do espaçamento dos garfos na lateral da viga: (Lc,z)

• Seção da lateral da viga:


Ph.d

(2/3 H) 20 em

30 em

Ph,máx

• Ações - carga linearmente distribuída:

ph.d,uti = qh.d.uti X b = 3,18 X 0,30 = 0,95kN/m = 0,0095 kN/cm


ph.ct = qh.d xb = 3,85 x 0,30 = 1,15kN/cm = 0,0115 kN/cm

60
111 Geometria:

3
bX 8 30 X 1 ,2 3 4
Inércia: i= = = 4,32 em
12 12

M. de Elasticidade: E = 871,56 k:N/cm2 (do compensado)

111 Estado Limite de Utilização

Esquema estático:

=bx = 0,0095 kN/cm

-----e
Ph,d,uti qh,d,uti

1111111111111111111111111111111 11 11111111111

b
garfos

1-<E--------7
LG,2 I
garfos

4
a= 5 X Ph ,d,uti X LG,2 ::;-'-
LG 2
384 X Ecomp X I 500

384 X Ecomp X I 384 X 871,56 X 4,32


LG,2 = 3 =3 = 39cm
500 X 5 X Ph d uti 500 X 5 X 0,0095
' '

111 Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático:
Ph.ct = 1,15 kN/m

i
11111!!1111111111111111 i! 11111 1111111111111

2
M = Pd xl
8
2
Ph,d xL G,Q_.
2
M h 8 XE_= 0,0115x39 x0,6 =OJOkN /cm2
cr=-x-=
I 2 I 2 8x4,32

Portanto cr < fc.ct, [OK]

Portanto adota-se o espaçamento entre os garfos de 40,7 em. Observa-se porém que
LG.I é aproximadamente o dobro de LG.z. Neste caso, poderia se pensar em alguma

61
'
alternativa para diminuir o número" de garfos, adotando-se elementos de suporte
para a parede da viga entre um garfo e outro.

5.4 FÔRMAS DOS PILARES

O dimensionamento das formas dos pilares é feito em duas etapas: cálculo do


espaçamentos entre sarrafos e cálculo dos espaçamentos entre tensores.

5.4.1 Esquema geral

-r--- Sarrafo

Vista Lateral
Pilar de Concreto
Compensado

Vista Frontal

5.4.2 Ações a considerar

• Pressões do concreto (pressões horizontais ):


(Janssen)

62
onde:
y é o peso específico do concreto, já com as combinações das ações:
yct.uti = Yconcr + 1jflXYvib = 25,0 + 0,6x2,5 = 26,5 kN/m
3

Yct = yq(yconcr + 1jfoXyvib) = 1,2(25,0 + 0,7x2,5) = 32,1 kN/m


3

- )l é o coeficiente de atrito concreto/parede da forma


11 = tan<j>' = tanl0° = 0,176
- R é o raio hidráulico da seção
R = A = area = a x b = 15 x 30 = 5 em
R perímetro 2(a+b) 2(15+30)
1-sen~ 1-sen15°
- k é o coeficiente de empuxo lateral : k = = = O6
1 + sen~ 1 + sen15° '

No caso de painéis de pilares: z = H, que é a altura total do pilar a ser


preenchida em uma única concretagem, em geral é igual à cota do piso superior
menos a cota do piso atual, que no presente caso é 280 em.

( l
Substituindo-se estes valores na equação de Janssen:

l
0 ,176x0,6x2,80)
__ 26,5x0,05 _- 0,05 _ kN/ 2_ -4kN/ 2
q h d ut1 - - - - - 1 e - 751
, m - 75110
, · em
, , 0,176

Pressões horizontais

8,00
I I l
7,00
I I ~
I I
I
~
v~
--
z
~

o
6,00
5,00
4,00 v
tctl
111 3,00
111
,_
(!)
2,00
a. I
1,00
0,00 I
o o o o o o o o o o
o C\1 '<t c.o CX) o_ C\1 -.:t c.o co
6 6 6 6 6 -r- ~ .,.- .,..- .,...-

Altura z (m)

63
32 1 0 05
qh d = • x ·
' 0,176
1- e-
( 0,176x0,6x2,80J
0•05
l = 9,09 kN I m 2 = 9 09-10-4
'
kN I cm 2

• Geometria:

3 3
_ b X e _ b X 1,2 _ Ü
I ---- - 144 x b em 4
12 12 '

5.4.3 Dimensionamento do espaçamento entre sarrafos: (Ls)

O cálculo do espaçamento entre sarrafos é feito em função da flecha (E.L.Util.) na


chapa de compensado. Este espaçamento deve ser verificado para o Estado Limite
Último.

• Estado Limite de Utilização

Esquema estático:
Ph,d,uti =b x qh,d,uti = 7,51 x1 o·4xb kN/cm

11111111111111111111111111111111111111111111

Ls
-----e b

4
a= 5xph,d,uti xLs ~ Ls
384xExl 500
,-----------------
L = 384xExi 384x410,82x0,144xb = cm
s 3 23
500x5xph.d.uti 500x5x7,5lxl0-4 b

Adota-se Ls = 19 (3 linhas de sarrafos)

• Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático:

4
Ph.d= 9,09x1 o· xb kN/cm

llllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll

64
')
Ph d x I-
M=-''----
8
2
Ph,d XLs
<J = _M x.!: = ---"'-8__ x.!: = 9,09 xl0-4 xbxl92 xO 6 =O 17kN I cm2
I 2 I 2 0,144xbx8 ' '

Portanto (J < fc.d.comp [OK]

5.4.4 Dimensionamento do espaçamento entre tensores: {Ltens)

O cálculo do espaçamento entre tensores é feito em função da flecha máxima


(E.L.Util.) permitida para os sarrafos. Este espaçamento deve ser verificado para o
E. L Último.

• Seção do sarrafo

5em

2,5 em~ 2,5 em

Área: S = 2 x ( 2,5 x 5 ) = 25 cm2


2,5x5 3
Momento de inércia: I = 2 x = 52, 1 cm4
12

• Estado Limite de Utilização

Esquema estático do sarrafo


4
Ph,d,uti = qh,d,ut;Xls =7,51 x1 0. x19 = 0,0143 kN/cm

1-
tensor

Ltens

tensor
:: ( 2 X 2,5 X 1O)

65
4
a= 5 X Ph,d,uti X Ltens :::; Ltens
384xExl 500

_ 384xExl _ 384x850,00x52,1 =?
L ~s- 3 - 3 8em
500x5xph d uti 500x5x0,0143
' '

adota-se 4 tensores

• Verificação do Estado Limite Último:

Esquema estático do sarrafo


4
Ph.d= qh,d xls =9,09x10" x19 = 0,0173 kN/cm
1-
tensor

Ltens

tensor
: ( 2 X 2,5 X 1O)

2
M = _P-'h,c:.:_d_x_z_
8
x r2
Ph,d LJ[ens
2
a= M x h= 8 x h= 0,0173x78 x1= 0,63kN I cm2
I 2 I 2 5 2,1 X 8 2
Lembrando que fc.d,C25 = 1, 04 kN I cm2
Portanto cr < fc,d [OK]

5.4.5 Posicionamento dos sarrafos e tensores no pilar

119cm
26cml~.--~~---7-8_c_m____~_l~___2_:_:_:_:____~_l~_____78--cm-----2~~_c_m~:l
66
5.5 DETALHAMENTO DAS PEÇAS E DOS CORTES

Para a utilização do projeto no canteiro de obras, o detalhamento das peças e dos


cortes das chapas deve ser feito com o máximo de precisão e clareza, o objetivo
desse detalhamento é a otimização da utilização do material, diminuindo as perdas e,
consequentemente, os custos.

5.5.1 Laje

Os desenhos de locação das peças das longarinas estão apresentados no decorrer do


exemplo.

2 pçs
5 pçs [l 7,5X7,5

}' 10 pçs

20 pçs c:::::J

30 pçs =
o
IJ
[l
2,5 X 15

2,5 X 10

7,5X7,5

~
244

I· ·I 240
~I
5.5.2. Pilares
270
.I
8 pçs 4 pçs 4 pçs 8 pçs 4 pçs

[ ] I60 ~ 20 tl48,5
28,5 I60
6,5 21

w
15
17,5
220 45

4 pçs

D ]!8,5

45 15 15

40 pçs [] 2,5X5

16 pçs [] 2,5X5

8 pçs [] 2,5X5

248,5

268,5 !I !
280

67
5.5.3. Vigas

2 pçs 2 pçs
15 33,5

244 244

I· ·I I· ·I
2 pçs 2 pçs
33,5

214 199

I· ·I I· ·I
2 pçs 20 pçs [] 7,5 X7,5

22,5 20 pçs [] 7,5 X7,5

263
244
I: 275 -I .I
I· ·I 4 pçs [] 2,5X5
2 pçs
4 pçs [] 2,5X5
22,5
4 pçs [] 2,5X5
199

I· ·I 4 pçs [] 2,5X5

60 pçs c::::::J [] 2,5 X 10


35
199
212
242

5.5.4 Otimização dos cortes das chapas


2 pçs

122

244

68
2 pçs
33,5

33,5
""''""~~,~~""'

122
22,5
"'"'""~~-~

.. ..
,, ,

15
'-············
15
244

4 pçs

45

122
45

15

15 244

1 pç

22,5

22,5

15 122
15 28,5 28,5

45

60 60 244 60 60

69
1 pç

45
60 60 60 60

122

244

Portanto utilizar-se-á 9,5 chapas de compensado 12mm.

5.5.5. Otimização das madeiras de Pinus

Tabela de Madeira
Seção 2,5 X 5 2,5 X 10 2,5 X 15 7,5 X 7,5
40 X 280 60 X 35 10 X 240 20 X 275
16 X 268,5 20 X 25 5 x270
L 8 X 248,5 20 X 263
4 x244 30 X 15
4 x242
4 X 212
4 X 199
L total (m) 210,7 26,0 24,0 125,6 Total
Volume (m3) 0,263 0,065 0,090 0,707 1,13

70
6 EXEM DE DETALHAMENTO DE
ETO DE FÔRMAS

A seguir estão apresentadas três plantas de locação de peças e detalhes da


distribuição das chapas de compensado das formas de lajes, posicionamento das
transversinas e pontaletes das lajes, e posicionamento dos garfos. Para um projeto
completo, deve-se incluir no caderno de montagem o detalhamento de cada tipo de
garfo e de pontalete, especificando na planta de locação seu posicionamento. Deve-se
incluir também recomendações de montagem e de desforma, lista de material total e
de cada elemento, incluindo quantidade de madeira, número de chapas de
compensado, quantidade de pregos, de tensores, etc. É importante também
especificar claramente a qualidade do material que deve ser utilizado, evitando que se
utilize material com características inferiores às previstas no projeto.
Na desforma devem ser tomados cuidados especiais, recomendando-se:
começar pelas vigas retirando-se a guia de nivelamento de apoio das
transversinas pregadas nos garfos das vigas.
retira-se o garfo do meio e reescora-se o fundo da viga
retiram-se os garfos restantes, reescorando a cada um metro aproximadamente.

71
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1 I
L409

'.'
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCRETO PORTLAND (ABCP). Fôrmas de
madeira para concreto armado em edifícios comuns. Boletim técnico nº 50, ABCP, São
Paulo, 1943.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7190/97 - Projeto de estruturas


de madeira. Rio de Janeiro: ABNT. 1997.

BODIG, J. & JAYNE, B. A Mechanics of wood and wood composites. Ed. Van Nostrand
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JUNIOR, C. Fôrmas de madeira para concreto armado- SET 613 Complementos


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GELL. Catálogo comercial- Fôrmas para concreto.

Catálogo comercial -Pregos GERDAU.

GETHAL . Catálogo comercial - Fôrmas, equipamentos e serviços.

MADEIRIT. Catálogo comercial- qualidade e economia.

MADEIRIT. Catálogo comercial - Sistema Formapronta

VAZ, J. Silos verticais de madeira compensada. Dissertação (mestrado) - Escola de Engenharia de


São Carlos da Universidade de São Paulo, São Carlos, 1987.

75

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