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DECLARAÇÃO DE HELSINKI
LEGISLAÇÃO, BIOÉTICA, CÓDIGOS DE ÉTICA, ATOS PRIVATIVOS ETC
As exceções ao consentimento do enfermo, portanto, só é considerado irrelevante quando diante de uma necessidade
imperiosa e inadiável do ato médico salvador, ou quando frente a um iminente perigo de vida haja objeção do
periclitante ou de seus familiares. Estaria aí justificado o tratamento arbitrário, quando não se argui a antijuridicidade do
constrangimento ilegal nem se exigem maiores consentimentos. Diz o bom senso que, em situações dessa ordem, em
que o tratamento é indispensável e inadiável, estando o próprio interesse do doente em jogo, deve o médico realizar,
com meios moderados, aquilo que aconselha sua consciência e o que é melhor para o paciente (princípio da
beneficência).
Detalhe, o primeiro consentimento (consentimento primário) não exclui a necessidade de consentimentos secundários
ou continuados. Exemplo, um paciente que permite seu internamento num hospital não está com isso autorizando o
uso de qualquer tereapêutica e sempre que houver mudanças significativas nos procedimentos terapêuticos, deve-se
obter o consentimento continuado (princípio da temporalidade). Por tais razões, certos termos de responsabilidade
exigidos no momento da internação por alguns hospitais, onde o paciente ou seus familiares atestam anuência aos
riscos dos procedimentos que venham a ser realizados durante sua permanência nosocomial, não têm nenhum valor
ético ou legal. E se tal documento foi exigido como condição imposta para o internamento, numa hora tão grave e
desesperada, até que se prove o contrário, isso é uma forma indisfarçável de coação.
Em qualquer momento da relação profissional, o paciente tem o direito de não mais consentir uma determinada prática
ou conduta, mesmo já consentida por escrito, revogando assim a permissão outorgada (princípio da revogabilidade).
O consentimento não é um ato imutável e permanente. E ao paciente não se pode imputar qualquer infração ética ou
legal.
Por outro lado, há situações em que, mesmo existindo a permissão tácita ou expressa e consciente, não se justifica o
ato permitido, pois a norma ética ou jurídica pode impor-se a essa vontade, e a autorização, mesmo escrita, não
outorgaria esse consentimento. Nesses casos, quem legitima o ato médico é a sua indiscutível necessidade e não a
simples permissão (princípio da não maleficência).
Orientar a vítima a delegacia civil e ao perito oficial, a qualquer dia e a qualquer hora quando a infração deixar
vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do
acusado. Exame de corpo de delito tem prioridade em (Lei n.º 13.721, de 2018):
I – Violência doméstica e familiar contra mulher;
II – Violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência.
NR-32
PRONTUÁRIO
Refere-se a todo documento, não apenas o registro da anamnese, como fichas de ocorrências e de prescrição
terapêutica, os relatórios da enfermagem, da anestesia e da cirurgia, a ficha do registro dos resultados de exames
complementares utilizado na defesa do profissional, caso ele venha ser responsabilizado por algum resultado atípico
ou indesejado. Conselho Federal de Medicina, por meio de sua Resolução CFM n.º 1.638/2002, estabelece normas e
define prontuários médicos e torna obrigatória a criação da Comissão de Prontuários nas mais diversas instituições de
saúde no seu art. 2º: Determinar que a responsabilidade pelo prontuário médico cabe:
I. Ao médico assistente e aos demais profissionais que compartilham do atendimento;
II. À hierarquia médica da instituição, nas suas respectivas áreas de atuação, que tem como dever zelar pela qualidade
da prática médica ali desenvolvida;
III. À hierarquia médica constituída pelas chefias de equipe, chefias da Clínica, do setor até o diretor da Divisão Médica
e/ou diretor técnico.
O médico e/ou instituição tem o direito de guarda, o paciente tem acesso a informação nele contida, e não existe
nenhum dispositivo ético ou jurídico que determine o médico ou ao diretor clínico de uma instituição de saúde entregar
os originais do prontuário, de fichas de ocorrências ou de observação clínica a quem quer que seja autoridade ou não,
porque “ninguém está obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.
No Parecer-Consulta CFM n.º 02/1994 ficou estabelecido que as instituições de saúde não estão obrigadas a enviar,
mesmo por empréstimo, os prontuários aos seus contratantes públicos ou privados e, segundo o Parecer-Consulta
CFM n.º 05/1996, “o diretor clínico não pode liberar cópia de prontuários de paciente para Conselhos de Saúde, porém
tem o dever de apurar quaisquer fatos comunicados, dando-lhes conhecimento de suas providências, sob pena de
responsabilidade ética ou mesmo criminal”.
Nem mesmo a Justiça, conforme decidiu o Supremo Tribunal Federal em acórdão do Recurso Extraordinário Criminal
n.º 91.218-5/SP, 2ª Turma, pode solicitar original de prontuário, pois foi decidido que a instituição ou o médico tem o
direito de não atender à requisição de fichas clínicas, como forma de manter o segredo profissional (RT562, ago. 1982,
407/425).
Dispõe sobre a digitalização e a utilização de sistemas informatizados para a guarda, o armazenamento e o manuseio
de prontuário de paciente.
Os documentos originais poderão ser destruídos após a digitalização após revisão e certificado digital no âmbito da
ICP-Brasil. Mínimo de 20 anos após o último registro em prontuário, tanto o prontuário digital quando o físico pode ser
destruído ou devolvido ao paciente.
Receita médica: faz parte do prontuário médico, onde contém informação sobre formas de adm., formulação magistral
(artesanal) ou industrializado, quando escrito no prontuário do paciente, é chamada prescrição médica, podem
receitar ou prescrever medicamentos os médicos e dentistas e aqueles que estejam autorizados a fazê-lo quando em
programas previamente elaborados e supervisionados em que se utilizem certos e determinados remédios ou produtos
medicamentosos convencionados
O art. 35, alínea “c”, da Lei n.º 5.991, de 17 de dezembro de 1973, determina: “Somente será aviada a receita: que
contiver a data e a assinatura do profissional, endereço do consultório ou da residência, e o número de inscrição no
respectivo Conselho profissional”. O verso da receita pode ser usado para continuação da receita ou outras
recomendações que se considerem necessárias ao tratamento. O Parecer Consulta CFM nº 19/2019 não considera
infração ética a colocação do nome do laboratório após a prescrição de medicamentos genéricos, sem recebimento de
vantagens e contemplando unicamente a confiabilidade do prescritor no genérico daquele laboratório e a segurança
terapêutica do paciente
Tipos de receita:
1. Receita de Controle Especial –utilizada para a prescrição de medicamentos à base de substâncias constantes das
listas “C1” (outras substâncias sujeitas a controle especial), “C2” (retinoicas para uso tópico) e “C5” (anabolizantes). O
formulário é válido em todo o território nacional, devendo ser preenchido em duas vias. Terá validade de 30 dias a
partir da data de emissão. A prescrição poderá conter, em cada receita, três substâncias da lista “C1” e de suas
atualizações. A quantidade prescrita de cada substância da lista “C1”, “C5” e suas atualizações é de cinco ampolas, e,
para as outras formas farmacêuticas, a quantidade refere-se a 60 dias de tratamento.
2. Receita Azul ou Receita B– é um impresso, padronizado, na cor azul, utilizado na prescrição de medicamentos que
contenham substâncias psicotrópicas – listas B1 e B2 e suas atualizações constantes na Portaria SVS/MS n.º
344/1998. Terá validade por 30 dias, a partir de sua emissão, e com validade apenas na unidade federativa que
concedeu a numeração. Poderá conter cinco ampolas. Para as demais formas farmacêuticas o tratamento será
correspondente a 60 dias.
3. Receita Amarela ou Receita A– é um impresso, na cor amarela, para a prescrição dos medicamentos das listas A1 e
A2 (entorpecentes) e A3 (psicotrópicos). Poderá conter somente um produto farmacêutico. Será válida por 30 dias, a
contar da data de sua emissão, em todo o território nacional. As notificações de Receita “A”, quando para aquisição em
outra unidade federativa, exige-se que sejam acompanhadas de receita médica com justificativa de uso. E as
farmácias, por sua vez, ficarão obrigadas a apresentá-las, dentro do prazo de 72 horas, à Autoridade Sanitária local,
para averiguação e visto.
4. Receita Especial de Retinoides– lista C2 (retinoides de uso sistêmicos), com validade por um período de 30 dias e
somente dentro da unidade federativa que concedeu a numeração. Poderá conter cinco ampolas. Para as demais
formas farmacêuticas, a quantidade para o tratamento corresponderá no máximo a 30 dias a partir da sua emissão.
5. Receita Especial para Talidomida – lista C3, tratamento para 30 dias; validade de 15 dias.
6. Receita de Substâncias antirretrovirais– lista C4. Formulário próprio, estabelecido pelo programa de DST/AIDS.
7. Receita Renovável, que é um modelo criado para atender os doentes crônicos. Seu sentido é evitar que o paciente
tenha que se deslocar com frequência aos centros de saúde e hospitais para obtenção exclusiva de receitas. Deve ser
utilizada de com cuidado, levando em conta certos requisitos.
OBS: O talão de Notificação de Receita “A” é distribuído gratuitamente ao profissional do Hospital, Clínica ou
autônomo, pela Autoridade Sanitária Estadual ou Municipal. Para solicitar o talão de Notificação de Receita “A” ou
retirar a numeração para imprimir os blocos de Notificação de Receita “B” ou a de Retinoides de Uso Sistêmico, o
profissional deverá dirigir-se pessoalmente à Autoridade Sanitária local munido de: Carteira do CRM e documentos que
indiquem sua residência.
No caso de o profissional não ter disponibilidade para comparecer pessoalmente à Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (ANVISA), poderá solicitar a retirada da ficha cadastral, talão e/ou numeração, por pessoa de sua confiança,
e para tal deverá autorizá--la por escrito no receituário comum do profissional, anexando cópia da documentação:
Carteira do CRM e documento que indique sua residência ou domicílio.
No que diz respeito à validade da receita, preceitua o parágrafo único do art. 35 da Lei n.º 5.991, de 17 de dezembro
de 1973, alterado pela Lei n.º 13.732, de 8 de novembro de 2018, que passa a vigorar com a seguinte redação: “O
receituário de medicamentos terá validade em todo o território nacional, independentemente da unidade da Federação
em que tenha sido emitido, inclusive o de medicamentos sujeitos ao controle sanitário especial, nos termos
disciplinados em regulamento”.
TELEMEDICINA
GINECO
Vulvovaginites:
CD: SOROLOGIAS pct + parceiros (Teste rápido HIV, Sífilis, Hepatites) + sempre tratar parceiros
USO ORAL:
Tomar
DOR ABDOMINAL DE ORIGEM NÂO GINECOLÓGICA
OBST
Categoria A: Estudos adequados e bem controlados não conseguiram demonstrar risco para o feto no primeiro
trimestre de gravidez (e não existe evidência de risco nos últimos trimestres).
Categoria B: Estudos de reprodução com animais não conseguiram demonstrar risco para o feto e não existem
estudos adequados e bem controlados em mulheres gestantes OU estudos com animais demonstraram um efeito
adverso, mas estudos adequados e bem controlados com mulheres gestantes não conseguiram demonstrar um risco
para o feto em nenhum dos três trimestres, ou seja, quando os benefícios, ultrapassam os riscos.
Categoria C: Estudos de reprodução com animais demonstraram efeito adverso no feto e não existem estudos
adequados e bem controlados em seres humanos, mas os potenciais benefícios podem justificar o uso do fármaco em
mulheres gestantes, apesar dos potenciais riscos.
Categoria D: Existe evidência positiva de risco para o feto humano baseada em dados de reação adversa a partir de
investigação ou experiência no mercado ou estudos em seres humanos, mas os potenciais benefícios justificam o uso
do fármaco em mulheres gestantes, apesar dos potenciais riscos (prescritos apenas quando extremamente
necessários).
Classe X: Estudos em animais ou seres humanos demonstraram anormalidades fetais ou existe evidência positiva de
risco para o feto humano com base nos dados de reação adversa a partir de investigação ou experiência no mercado e
os riscos envolvidos com o uso do fármaco em gestantes claramente superam os potenciais benefícios. (praticamente
proscrito)
Abcesso e fleimão:
Se flutuando:
Grave: Interna + MOV + lab + drenagem + ATB IV + complementação de ATB oral na alta
Se endurecido:
PCR
Choque circulatório
Sedação importante / curarização
Grandes cirurgias
Bradpnéia progressiva
Ritmo respiratório irregular com apnéia e repercussão gasométrica
Lesão total, ou parcial (importante) do nervo frênico
FR > 35 irpm
CV < 15 ml/kg
Pimax > -25 cmH20
PaO2 < 60 mmHg + PaCO2 > 55 mmHg + PH < 7.30
IRpA (tipo l, ou tipo ll) não responsiva à VNI
Fadiga (FMR) ou falência muscular respiratória
Escala de Coma de Glasgow menor ou igual à 8
Etomidato 0.3 mg
Propofol 1.5 mg
Midazolam 0.3 mg
Quetamina 1.5 mg
Succinilcolina 1.5 mg
Rocurônio 1.0 mg
ORTOPEDIA
PSIQ
REFERÊNCIAS
Martins HS, Damasceno MCDT, Awada SB. Pronto-Socorro: Medicina de Emergência. Editora Manole, 2013.