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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

CEARÁ – CAMPUS CRATEÚS


Discente: Ana Kelly Lima dos Santos
Iana Cristine Macêdo Duarte
Rafaela Santos de Sousa
Curso: Licenciatura em Letras
Semestre: 01
Disciplina: Metodologia de Pesquisa
Docente: Valéria Lourenço

Resenha
O perigo de uma única história

Crateús CE
2018
O perigo de uma única história. Chimamanda Ngozi Adichie, 2009, Nigéria

O vídeo é um relato pessoal que leva a reflexão de como as histórias


são e como devem ser contadas. Chimamanda Adiche é uma escritora
nigeriana, que é a narradora de sua própria história. Ela aprendeu a ler muito
cedo e passou também a escrever histórias com base naquilo que lia, conforme
foi crescendo descobriu que contar apenas uma única história tinha o seu lado
perigoso, Chimamanda fala a respeito de como as histórias quando contadas
de uma única forma, afetam as nossas vidas e principalmente o modo como
enxergamos os lugares que neles habitam. Ela se apresenta como “contadora
de histórias” menciona também que quando era criança, costumava ler livros
americanos e britânicos, que traziam personagens brancos de olhos azuis, que
comiam maçãs e falavam sobre o tempo ensolarado, seu pensamento mudou
quando descobriu os livros africanos, pois eram de difícil acesso .
Isso foi determinante para Adichie compreender o real perigo de uma
historia única, pois morando na Nigéria, com outra cultura e outras pessoas,
podia ver que as histórias fictícias fugiam da realidade. Enquanto nos Estados
Unidos, ela vivenciou vários episódios que apenas a fizeram confirmar os
grandes clichês existentes. Sua colega de quarto se chocou ao saber que o
inglês também era a língua oficial na Nigéria. Além disso, ficou bastante
desapontada quando pediu para ouvir o que chamava de “música tribal” e
Adichie consequentemente escutou Mariah Carey. Sua colega de quarto
conhecia apenas uma única versão sobre à África, e sua história espelhou seu
trabalho literário, criticado por não ser “autenticamente africano” enquanto que
seus personagens dirigiam carros, não passavam fome e tinham coisas em
comum com os americanos.
Esta diferenciação entre o “Eu e o Outro” segundo a autora, é uma das
graves consequências da história única. “Ela rouba das pessoas sua dignidade,
faz o reconhecimento de nossa humanidade compartilhada. Enfatiza como nós
somos diferentes, ao invés de como somos semelhantes”. Chimamanda
Adichie tem razão quando diz que as histórias podem ser usadas para
capacitar e humanizar e isso devem e podem ser feito em qualquer lugar no
mundo, principalmente em nosso País e seus estados. Pode ser feito através
de uma educação mais ampla, mostrando todos os lados das histórias pela
leitura. Acredito que os esforços dos educadores brasileiros estão caminhando
para esse sentido, através da indução e acesso a obras de todos os
continentes com certeza poderemos ter uma juventude mais aberta à cultura
mundial.

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