Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Apresentação
E aí, guerreiros!
Na aula de hoje, vamos tratar de dois assuntos chatos, que envolvem muita leitura da le-
gislação vigente, mas que são absolutamente importantes para fins de prova: a PRESCRIÇÃO
e as demais causas de EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
Você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e culpável, o au-
tor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no entanto, depende de uma
série de circunstâncias, as quais também estudaremos de forma detalhada.
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas que o aluno
aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decorrer da história, monopolizado
pelo Estado.
Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança privada”, como
ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros exploravam e disputavam
áreas da Europa.
Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o caráter
de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário – em alguns casos, mesmo diante de uma
situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa exercer o seu direito de punir.
me, e que mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito e culpável, não possa
ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de extinguir o direito de punir do qual
o Estado é detentor.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
4 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último não
Previsão Legal
Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no CP, em seu arti-
go 107:
Extinção da punibilidade
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
5 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O rol acima eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental.
Uma vez que você já foi apresentado ao rol acima, é essencial entender o seguinte:
Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar arroladas
em outros pontos da legislação, como por exemplo o que ocorre com o delito de peculato
culposo, que possui uma previsão específica de causa extintiva de punibilidade para a sua
conduta.
Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas (ao menos
em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo dos diplomas legais e
artigos que apresentam tais especificidades, e não podem ser cobradas se o examinador não
mencionar tais pontos da legislação no conteúdo programático do edital.
Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das causas ex-
tintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar pela primeira delas: A
morte do agente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
6 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
CF/88 – Art. 5º:
XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
7 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
gação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, que podem ser estendidas
aos sucessos nos termos do art. 5º da CF.
Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia solvit”. Uma
vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa a persecução
penal: A ação penal não se instaura, se estiver instaurada ela cessa, e se já finalizada não se
executa a pena aplicada!
Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no âmbito pe-
nal:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
8 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o indulto. São ins-
titutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos esquematizar!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
9 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que embora sejam ins-
titutos diferentes, todos tem o mesmo condão (de extinguir a punibilidade).
Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais abrangen-
tes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência!
1.3.1. Decadência
“Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido
em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.”
Guilherme Nucci
Ou seja: o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública condicionada
à representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), motivo pelo qual o direito
de agir se esvaiu, e cessou a existência do direito de punir.
Este instituto também está previsto no CPP, em seu art. 38, que merece ser lido:
Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no direito
de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do dia em
que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o prazo
para o oferecimento da denúncia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
10 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
11 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
1.3.2. Renúncia
Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: A renúncia é um ins-
O que acontece na renúncia é o seguinte: Uma vez que a ação penal é privada, o ofendido
decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
Tendo em vista que neste caso temos um direito disponível, o ofendido pode optar por
renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi seja exercido em
desfavor do acusado.
Renúncia Expressa
O ofendido formaliza uma declaração dizendo ao Estado que não quer mais
ver processado o autor do delito.
Renúncia Tácita
O ofendido pratica um ato incompatível com a vontade de punir o acusado.
O exemplo mais clássico desse ato é o do querelante que convida o querelado
para ser padrinho de seu filho.
Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos acima (a renúncia expressa ou tácita),
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
12 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Características da Renúncia
Unilateral
A renúncia não depende da aceitação do acusado. Se o ofendido renunciar ao
seu direito de queixa, estará encerrada a ação penal.
Pré-Processual
Só é possível renunciar ANTES do oferecimento da queixa!
Indivisível
Se a ação envolve mais de um autor, a renúncia beneficiará a TODOS eles.
Irretratável
Uma vez que o ofendido renuncie, não poderá voltar atrás, pois já haverá ocor-
rido a extinção da punibilidade.
1.3.3. Perdão
Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, temos o insti-
tuto do perdão.
Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidindo, portanto, não
renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal.
Mesmo nesse caso, ainda assim será possível que o ofendido não veja o autor do delito
ser punido pelo Estado.
Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime
já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em
renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
13 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação
penal privada.
O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o interesse de ver o
autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a extinção da punibilidade.
Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos mesmos moldes da renúncia.
Bilateral
Ao contrário da renúncia, o perdão, para ter validade, precisa ser aceito pelo
acusado.
Pós-Processual
Só é possível perdoar após iniciada a ação penal, até seu trânsito em julgado.
Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não aceitar o perdão!
Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que o julgamento vá até
o final, se acreditar por exemplo que é inocente e que poderá ser absolvido!
Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para se manifes-
tar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão como aceito!
Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, à todos os acusados.
Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que decidirem não aceita-lo.
Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão concedido por uma das vítimas não afeta
o direito das outras de continuarem com o processo!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
14 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
1.3.4. Perempção
E para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é aplicável
apenas à ação penal privada: A perempção.
Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a queixa
no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor processado antes
mesmo do início da ação penal, e no perdão, o ofendido decide perdoar o autor durante o pro-
cesso.
Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelante (ofendido), que
ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações proces-
suais!
Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade que ocorre nos se-
guintes casos:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
15 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio – é importante revisar
esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol despenca em provas!!
Apenas uma observação: Na hipótese em que o querelante deixa de formular o pedido de
condenação nas alegações finais, não temos um mero esquecimento do querelante.
Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais DEIXEM CLARO que o
querelante não quer mais ver o acusado punido.
Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do querelado, e que
apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não deverá ser declarada
a perempção!
Outra causa extintiva de punibilidade a abolitio criminis, ou seja, o surgimento de lei nova
mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime.
Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da lei 11.106/2005, que
revogou o crime de adultério.
A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz cessar os efei-
tos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por exemplo, permanecerão.
Observação Importante
É importante ainda observar que não basta a revogação formal de uma norma incrimina-
dora para que ocorra a abolitio criminis. É necessário que ocorra a chamada descontinuidade
normativo-típica!
Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formalmente um tipo
penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso acontecer, não houve a des-
continuidade normativo-típica, e consequentemente, não houve abolitio criminis!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
16 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (Art. 214 CP). Entretanto,
o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser considerado como uma modalidade de
estupro (Art. 213 CP).
1.5. Retratação
Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E,
ao permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado.
São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
17 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente que ire-
Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor
de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre
Perdão judicial
Art. 120 - A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidên-
cia.
Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobrando o assun-
to na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou apenas a letra da lei),
Penal (homicídio):
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequên-
cias da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne des-
necessária.
E assim, caro aluno, terminamos a exposição das principais causas extintivas de punibi-
lidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que embora também seja causa extintiva
de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista sua maior complexidade e nível de
Vamos em frente!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
18 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
2. Prescrição
Ou seja: O Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu a extinção da
punibilidade do agente.
Caso notório foi o que ocorreu com o jogador Edmundo, condenado em 1999 por acidente
que matou 3 pessoas e teve declarada a extinção da punibilidade pela prescrição quando o
caso chegou ao STF.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
19 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa de ex-
tinção da punibilidade. Entretanto, o problema são as nuances que envolvem a prescrição,
as quais passaremos a estudar desde momento em diante.
Comecemos com uma afirmação básica:
Existem casos em que a prescrição de um delito é inadmissível em nosso ordenamento
jurídico!
Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte, e estão arrola-
dos como tal na própria CF/88. São os seguintes casos:
Delitos Imprescritíveis
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
20 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis em nosso
ordenamento jurídico: O racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a or-
dem constitucional e o Estado Democrático.
Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos para os
quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar as espécies de
prescrição existentes em nosso ordenamento!
2.1. Espécies
A diferença entre ambas é simples: A PPP ocorre antes do trânsito em julgado, e a PPE,
depois.
PPP
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º do
art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: (Redação dada pela Lei n. 12.234, de 2010).
I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em relação à pena
cominada?
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
21 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja recomendável, re-
comendo que o aluno não se esforce demais tentando decorar esses seis incisos. Dedique-se
a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria.
Efeitos
como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, remove tanto efeitos
Categorias
A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora em dian-
te:
Prescrição propriamente dita
Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o prazo prescri-
cional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não se tem a pena definitiva,
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
22 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
23 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como prazos pe-
nais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que está incluído o dia do
começo na contagem do prazo.
Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o prazo pres-
cricional para o delito de furto simples:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
24 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
dade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, se deu bem com a demora do Estado
para apurar o delito de furto.
Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente
A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente.
Primeiramente, vamos ler o que diz o Código Penal:
Traduzindo: O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima
cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito.
Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da pretensão
punitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e
o trânsito em julgado da sentença!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
25 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Na situação acima, note que não há mais a possibilidade de que a pena cominada se torne
maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reformatio in pejus quando o
Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que serve
Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano e 2
anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocorrerá a pres-
crição superveniente!
Por esse motivo, na situação hipotética acima, o Tribunal teria até o ano de 2007 para jul-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
26 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Prescrição Retroativa
Na situação acima, note que houve uma dilatação temporal grande entre o recebimento da
denúncia e a publicação da sentença penal recorrível.
O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), entretanto, devemos tomar por base o
prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
27 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse cálculo
(como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri).
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela pena
aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se
o condenado é reincidente.
Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada com
trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada, e de acordo com
o art. 109.
A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição
previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3).
Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição
Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que tratam das
causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos:
Causas Suspensivas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
28 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre
durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei n. 7.209,
de 11.7.1984)
Antes Depois
II – enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro; II – enquanto o agente cumpre pena no exterior;
A ideia desse inciso é simples: Evitar a impunidade em razão da prescrição quando a defe-
sa ingressa com uma quantidade de recursos legais em quantia que tenha efeito protelatório
por longo prazo.
Em outras palavras: Como na pendência de recursos ao Tribunais Superiores ou Embargos
de Declaração a contagem da prescrição continuava a correr, podia ser que quando o recurso
fosse analisado pelos referidos Tribunais, o delito já estivesse prescrito (ou muito próximo
disso). Um exemplo você já verificou na aula de hoje, no notório caso do jogador de futebol.
Assim, com a vigência da Lei 13.964/19, havendo embargos de declaração, caso esses
sejam considerados inadmissíveis, fica suspensão a prescrição.
No mesmo sentido, havendo Recurso Especial (REsp) ao STJ ou Extraordinário (RE) ao
STF, até o trânsito em julgado, não corre prescrição, se estes forem igualmente rejeitados.1
1
NUCCI. Guilherme de Souza. Comentário ao Pacote Anticrimes. P. 18.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
29 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Muito cuidado com o requisito de que os recursos (RE e REsp) e os Embargos de Declaração
sejam considerados inadmissíveis para que ocorra a suspensão da prescrição.
Essa é a análise da doutrina sobre o texto do artigo.
Ademais, a doutrina faz ainda uma importante observação: as novas regras sobre a pres-
crição são normais penais desfavoráveis ao réu – de modo que não retroagem para alcançar
delitos praticados antes da vigência do pacote anticrime.
Inciso IV
IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
Causas Interruptivas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
30 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Interromper a prescrição, por sua vez, faz zerar a contagem, que começa novamente na-
quele momento. Esse é o efeito das causas previstas no art. 117.
Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol acima. Você precisa conhe-
ce-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima dessas hipóteses,
simplesmente cobrando a literalidade dos artigos acima.
Penas Leves & Concurso de Pessoas
Por fim, é importante observar as seguintes peculiaridades previstas no CP:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
31 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
REVISÃO
Extinção da punibilidade
• A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último
não depende da conduta ser de fato, punível.
• Hipóteses (Art. 107):
– I – pela morte do agente;
– II – pela anistia, graça ou indulto;
– III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
– IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
– V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação
privada;
– VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
– IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
• O rol do art. 107 é exemplificativo!
Espécies:
• Morte do Agente
– Não impede que a vítima intente ação civil para reparação de dano contra os herdei-
ros do autor.
– Mesmo com a morte do agente delitivo, os familiares podem intentar ação de revisão
criminal.
– A extinção da punibilidade de um dos agentes que tenha falecido não irá se estender
aos coautores e partícipes.
– Se a morte for presumida, a posição majoritária dos doutrinadores é que não ocorre
a extinção da punibilidade.
• Anistia, Graça e Indulto
− Anistia é um “perdão” oferecido pelo CONGRESSO NACIONAL.
◦ Atinge um FATO e não uma PESSOA.
− Graça é um “perdão” oferecido pelo Presidente da República.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
32 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
33 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Prescrição
• Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.
Delitos Imprescritíveis
• Racismo;
• Ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático;
• Segundo o STF, a CF não impede a criação de novos delitos imprescritíveis por legisla-
ção infraconstitucional;
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
34 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Espécies de Prescrição
• PPP: Prescrição da pretensão punitiva.
• PPE: Prescrição da Pretensão Executória
Categorias de PPP
• Prescrição propriamente dita
− Ocorre antes da sentença condenatória.
− Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela
pena máxima cominada ao delito
• Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente
– O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima cominada
em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito.
– Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois mo-
mentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o trânsito em julgado da
sentença!
– Inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da publicação da sentença con-
denatória recorrível, e não da consumação do delito!
• Prescrição Retroativa
− É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publicação da
sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.
PPE
• Ocorre depois de transitar em julgado a sentença condenatória, tanto para a acusação
quanto para a defesa.
• Caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição previstos no art. 109 au-
mentam (são aumentados de 1/3).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
35 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (FCC / PGE-SE / PROCURADOR) A prescrição
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
36 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
37 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
38 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
39 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Questão 18 (PC-SP / PC-SP / ESCRIVÃO) Assinale a opção errada acerca das modalidades
de extinção da punibilidade.
a) Pela morte do agente.
b) Pela confissão do agente, em caso de delação premiada.
c) Pela anistia, graça ou indulto.
d) Pela retroatividade de lei que não mais considere o fato como criminoso.
e) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
Questão 19 (TJSC / TJSC / ANALISTA JUDICIÁRIO) No direito penal, NÃO constitui uma cau-
sa de extinção da punibilidade:
a) O perdão da vítima nos crimes de ação pública.
b) A renúncia ao direito de queixa nos crimes de ação privada.
c) A concessão de anistia ou indulto.
d) A prescrição.
e) A retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
40 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
41 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Questão 24 (FCC / TRE-AP / ANALISTA JUDICIÁRIO) De acordo com o Código Penal NÃO é
causa de extinção da punibilidade a
a) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
b) morte do agente.
c) anistia.
d) prescrição.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
Questão 25 (FCC / TRE-AP / ANALISTA JUDICIÁRIO) Acerca das causas de extinção da pu-
nibilidade, assinale a opção correta.
a) O perdão judicial pode alcançar toda e qualquer infração penal, ficando a critério do juiz a
sua aplicação quando da prolação da sentença.
b) Nas duas seguintes hipóteses a pretensão punitiva e executória não será atingida pela
prescrição: os crimes de racismo e de tortura.
c) O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada em abstrato para o crime.
d) A decadência é o instituto jurídico mediante o qual o Estado perde o seu direito de punir ou
de executar a sentença penal condenatória transitada em julgado.
e) A anistia, causa extintiva da punibilidade, somente poderá ser concedida antes da sentença
penal condenatória; nesse caso, o Estado renuncia ao jus puniendi
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
42 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Questão 27 (TRT3 / TRT3 / JUIZ) Na sistemática do Código Penal, são causas de extinção
de punibilidade, exceto:
a) Morte do agente
b) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada
d) Anistia, graça ou indulto
e) Prescrição, decadência ou perempção
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
43 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
44 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
GABARITO
1. e 28. a
2. e 29. c
3. e 30. d
4. e
5. d
6. a
7. c
8. b
9. b
10. e
11. a
12. d
13. c
14. a
15. d
16. a
17. c
18. b
19. a
20. c
21. a
22. d
23. b
24. a
25. c
26. c
27. c
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
45 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
GABARITO COMENTADO
Questão 1 (FCC / PGE-SE / PROCURADOR)
A prescrição
a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.
Letra e.
Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas interruptivas de
prescrição do art. 117 CP, e estar atento às pegadinhas elaboradas pelo examinador.
O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios
recorríveis (Art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o termo condenatório por
absolutório, de modo que realmente a sentença absolutória recorrível não interrompe o prazo
prescricional!
Letra e.
Vejamos:
a) Incorreta. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (Art. 119 CP).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
46 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra e.
Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é interrompida, por ex-
pressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
47 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra e.
A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), e não gera
reincidência. Dessa forma, a assertiva correta é a letra E!
Letra d.
Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo o os dizeres sentença
condenatória por sentença absolutória. Dessa forma, a publicação de sentença absolutória
recorrível realmente não integra o rol de causas de interrupção da prescrição!
Letra a.
Questão que parece difícil – mas é fácil! Em primeiro lugar, lembre-se que a prescrição retroa-
tiva é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível após
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
48 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é realizado
com base em uma pena fixada em concreto. Não tem segredo!
Letra c.
À essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interruptivas da pres-
crição, que simplesmente despenca em provas.
Dito isso, é claro que, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou da queixa
interrompem a contagem de prazo prescricional.
Letra b.
Outra banca, outro certame, e o mesmo padrão – cobrar as causas de interrupção da prescri-
ção. Como você já deve estar cansado de saber, a publicação da sentença ou acordão conde-
natórios recorríveis é uma das hipóteses capazes de interromper o curso da prescrição.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
49 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra b.
O prazo da prescrição da pretensão executória é calculado com base na pena aplicada na
sentença (haja vista que já ocorreu o trânsito em julgado). E, conforme prevê expressamente
o Código Penal, há o aumento de 1/3 nesse prazo se o condenado for reincidente!
Letra e.
Questão para o cargo de promotor, que no entanto você consegue acertar apenas lendo o CP.
Conforme prevê o art. 119, A prescrição incidirá sobre cada crime, isoladamente. Sem surpre-
sa!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
50 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra a.
Questão muito fácil – basta conhecer o rol de institutos que possibilitam a extinção da puni-
bilidade do agente. A obediência hierárquica não faz parte dele!
Letra d.
Outra questão simples. Você leu toda essa aula e sequer ouviu falar nessa modalidade de
casamento do agente com a vítima, certo? Isso se dá porque essa causa de extinção de puni-
bilidade foi revogada em 2005, e não leva mais à extinção da punibilidade do agente.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
51 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra c.
O instituto da perempção, conforme estudamos, só pode ser aplicado no caso de ação penal
privada (que o examinador decidiu chamar de exclusiva para confundir o aluno). Tal diferen-
ciação se dá pois existe a ação penal privada subsidiária da pública, na qual, se houver negli-
gência por parte do querelante, o direito de agir simplesmente retornará ao MP (não havendo
a extinção da punibilidade do agente).
Letra a.
Questão básica. A única causa de extinção da punibilidade presente na questão é o perdão
judicial.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
52 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra d.
A autoridade policial sequer pode arquivar autos de inquérito por conta própria. Muito mais
absurda seria a possibilidade do delegado declarar a extinção da punibilidade de um agente
delitivo, como se fosse um magistrado. Nada disso!
Nesse sentido, cabe ainda citar o doutrinar Rogério Greco, sobre o procedimento correto de
declaração da extinção da punibilidade:
A extinção da punibilidade pode ocorrer nas fases policial e judicial. Se houver inquérito em anda-
mento, deverá a autoridade policial remetê-lo à justiça, oportunidade em que o Ministério Público
solicitará o seu arquivamento; se a denúncia já tiver sido recebida, o juiz, com base no art. 61 do
Código de Processo Penal, deverá declará-la de ofício”
Letra a.
Doença grave do agente não é causa de extinção da punibilidade. Imagine só essa possibili-
dade! O que ia ter de réu adoecendo não é brincadeira...
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
53 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra c.
Mais uma vez: O casamento do agente com a vítima não é mais causa extintiva de punibilida-
de, pois tal hipótese foi revogada em 2005 pelo legislador.
Letra b.
A confissão do agente, em delação premiada, não é causa de extinção da punibilidade (não é
à toa que sequer você ouviu falar nela durante essa aula).
Ah professor, mas o Joesley Batista tinha conseguido imunidade penal com a delação dele!
Boa observação, mas não confunda as coisas! Teoricamente falando, todo indivíduo que fe-
cha um acordo de delação premiada confessa sua parcela de culpa e fornece informações
relevantes quanto à organização criminosa que ele integra.
Entretanto, se bastasse a confissão, era só todo mundo confessar e delatar para não ser pre-
so, certo?
Apenas por curiosidade (visto que tal diploma legal não está em estudo nessa aula), o que
a lei 12.850 prevê em seu art. 4º é que o Juiz poderá conceder o perdão judicial (este sim é
causa de extinção da punibilidade) ou reduzir em até 2/3 a pena a depender dos resultados
obtidos com a delação premiada. No caso de Joesley, o que (inicialmente) aconteceu foi que
o MP e o judiciário consideraram que os resultados de sua delação foram bons o suficiente
para justificar o perdão judicial pelos delitos por ele praticados. Portanto, não foi mera con-
sequência de sua confissão!
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
54 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra a.
Cuidado! O perdão é um instituto aplicável apenas a ação penal privada! Por consequência,
portanto, não é cabível o perdão em crimes de ação pública, conforme afirma a assertiva A!
Letra c.
A sentença que concede perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
O examinador copiou e colou o teor do art. 120 do CP. Simples e direto.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
55 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
b) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está con-
dicionada à aceitação da vítima.
c) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima
ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.
d) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investigações até a
sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado.
e) o rol constante do artigo 107, do Código Penal, é taxativo
Letra a.
Conforme estudamos, o perdão judicial não se aplica a qualquer infração penal – e sim nos
casos específicos previstos em lei. Embora não seja objeto de estudo da aula de hoje (e sim
da parte geral), a analogia in bonam partem é permitida em direito penal, principalmente no
que diz respeito a extinguir a punibilidade do acusado.
Letra d.
Questão interessante. Vejamos se você está afiado:
a) Incorreta. A sentença que concede o perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
b) Incorreta. Perda do direito de representar pelo decurso do prazo é renúncia, e não peremp-
ção.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
56 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra b.
Mais uma excelente questão para revisar!
a) Incorreta. Anistia é atribuição do Congresso Nacional. Atribuição do PR é a concessão de
graça e indulto!
b) Correta! O prazo deve ser contado como prazo PENAL, pois influi no direito à liberdade do
acusado. Inclui-se, portanto, o dia do começo!
c) Incorreta. Existem causas de extinção da punibilidade previstas na parte ESPECIAL do CP,
como ocorre no delito de peculato culposo, por exemplo.
d) Incorreta. O indulto só extingue a punibilidade, mas não reestabelece a primariedade do
beneficiado (ao contrário do que ocorre com a anistia).
e) Incorreta. O perdão judicial só é cabível para os delitos previstos em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
57 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
c) anistia.
d) prescrição.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
Letra a.
Questão que extrapola o conteúdo de nossa aula e adentra a parte especial do código penal
(abordando peculiaridades do delito de peculato culposo). No entanto, não custa somar no
nosso aprendizado!
A reparação do dano no crime de peculato culposo extingue a punibilidade... se realizada an-
tes da sentença irrecorrível. Uma vez que já existe sentença transitada em julgado, ocorrerá a
redução da pena – mas não a extinção da punibilidade.
Letra c.
Mais uma questão digna de comentários em todas as assertivas. Vamos lá:
a) Incorreta. O perdão judicial não alcança toda e qualquer infração penal – e sim apenas os
delitos para os quais tal instituto está previsto em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
58 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
penal privada.
Letra c.
Questão que também adentra o conteúdo da parte especial do CP, mas que vale a pena co-
mentar:
b) Incorreta. Pegadinha excelente. Quem desiste é o querelante, não o querelado (que é o au-
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
59 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra c.
De novo essa mesma pegadinha. Nota zero em originalidade para a organizadora! Conforme
você já sabe, o perdão não é cabível no caso de ação penal pública – se restringe apenas à
ação penal privada.
Letra a.
Outra excelente questão para revisão:
a) Correta. É isso mesmo!
b) Incorreta. A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da pretensão punitiva (PPP)
e não da pretensão executória (PPE).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
60 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
Letra c.
Questão polêmica, haja vista que a renúncia excepcionalmente é cabível em delitos de ação
penal pública condicionada a representação (por previsão contida na lei 9.099/95).
Entretanto, nesses casos, a dica é a seguinte: Utilize a regra geral para responder à questão
apresentada pelo examinador. Senão você não vai encontrar resposta alguma. É o famoso
“procurar a assertiva menos errada”.
Na regra geral, a renúncia e a perempção são institutos exclusivos dos crimes de ação penal
privada.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
61 de 65
DIREITO PENAL
Da Extinção da Punibilidade. Prescrição
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
www.grancursosonline.com.br
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
62 de 65
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 63 de 65
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 64 de 65
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para DAYVSON CARLOS DA SILVA - 05893371496, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.