Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Sumário
Parte Geral – Punibilidade. . ........................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
1. Extinção da Punibilidade.........................................................................................................................................4
1.1. Previsão Legal............................................................................................................................................................5
2. Morte do Agente..........................................................................................................................................................6
2.1. Pontos Relevantes sobre a Morte. .................................................................................................................7
3. Anistia, Graça e Indulto............................................................................................................................................8
4. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção. ..............................................................................................8
4.1. Decadência...................................................................................................................................................................9
4.2. Renúncia.................................................................................................................................................................... 10
4.3. Perdão..........................................................................................................................................................................12
4.4. Perempção. . ...............................................................................................................................................................14
5. Abolitio Criminis.. .......................................................................................................................................................15
6. Retratação.....................................................................................................................................................................16
7. Perdão Judicial............................................................................................................................................................16
8. Prescrição......................................................................................................................................................................17
8.1. Delitos Imprescritíveis........................................................................................................................................18
9. Espécies de Prescrição.........................................................................................................................................20
9.1. PPP – Prescrição da Pretensão Punitiva. ...............................................................................................20
9.2. PPE – Prescrição da Pretensão Executória. .........................................................................................26
10. Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição. ............................................................................27
10.1. Causas Suspensivas. . ........................................................................................................................................27
10.2. Pacote Anticrimes & art. 116........................................................................................................................ 28
10.3. Causas Interruptivas. . ......................................................................................................................................29
11. Penas Leves & Concurso de Pessoas..........................................................................................................30
12. Jurisprudência..........................................................................................................................................................30
Resumo................................................................................................................................................................................33
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 2 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 3 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
1. Extinção da Punibilidade
Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas que o aluno
aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decorrer da história, monopolizado
pelo Estado.
Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança privada”, como
ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros exploravam e disputavam
áreas da Europa.
Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o caráter
de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário – em alguns casos, mesmo diante de uma
situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa exercer o seu direito de punir.
Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo pratique um cri-
me, e que mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito e culpável, não possa
ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de extinguir o direito de punir do qual
o Estado é detentor.
A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último não
depende da conduta ser de fato, punível.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 4 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
De acordo com o conceito analítico de crime, crime é fato típico, ilícito e culpável. Portanto, a
punibilidade não é requisito do crime.
Errado.
Extinção da punibilidade
CP. Art. 107. Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 5 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O rol acima eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental.
Uma vez que você já foi apresentado a todas essas hipóteses, é essencial entender
o seguinte:
Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar arroladas
em outros pontos da legislação, por exemplo, o que ocorre com o delito de peculato culposo,
que possui uma previsão específica de causa extintiva de punibilidade para a sua conduta.
Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas (ao menos
em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo dos diplomas legais e
artigos que apresentam tais especificidades, e não podem ser cobradas se o examinador não
mencionar tais pontos da legislação no conteúdo programático do edital.
Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das causas ex-
tintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar pela primeira delas: A
morte do agente.
2. Morte do Agente
A CF, em seu art. 5º, XLV, expressa o denominado princípio da pessoalidade da pena:
Nesse contexto, por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da
punibilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do condenado,
excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, que podem
ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 6 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia solvit”. Uma
vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa a persecução
penal: A ação penal não se instaura, se estiver instaurada ela cessa, e se já finalizada não se
executa a pena aplicada.
Nesse sentido, vejamos uma questão sobre essa temática:
A morte do agente, conforme o art. 107 do CP, é causa de exclusão da punibilidade e não da
tipicidade.
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 7 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
www.grancursosonline.com.br 8 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
4.1. Decadência
“Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido
em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.”
(Guilherme Nucci)
Logo, o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública condicionada à
representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), motivo pelo qual o direito de
agir se esvaiu, e cessou a existência do direito de punir.
Este instituto também está previsto no Código de Processo Penal, em seu art. 38, que
merece ser lido:
CPP. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no di-
reito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 9 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
4.2. Renúncia
Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: A renúncia é um ins-
tituto que só se aplica na ação penal privada.
O que acontece na renúncia é o seguinte: Uma vez que a ação penal é privada, o ofendido
decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
Tendo em vista que neste caso temos um direito disponível, o ofendido pode optar por
renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi seja exercido em des-
favor do acusado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 10 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos mencionados (a renúncia expressa ou
tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibilidade do autor.
• Características da Renúncia:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 11 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
4.3. Perdão
Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, temos o institu-
to do perdão.
Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidindo, portanto, não
renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal.
Mesmo nesse caso, ainda assim será possível que o ofendido não veja o autor do delito
ser punido pelo Estado.
Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime
já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em
renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.
Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação
penal privada.
O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o interesse de ver o
autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a extinção da punibilidade.
Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos mesmos moldes da renúncia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 12 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não aceitar o perdão.
Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que o julgamento vá até
o final, se acreditar por exemplo que é inocente e que poderá ser absolvido.
Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para se manifes-
tar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão como aceito.
Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, a todos os acusados.
Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que decidirem não aceitá-lo.
Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão concedido por uma das vítimas não afeta
o direito das outras de continuarem com o processo.
Mais uma questão para analisarmos:
Já sabemos que a renúncia é um ato unilateral e que, portanto, não depende da aceitação do
querelado, diferentemente do perdão (ato bilateral).
Errado.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 13 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
4.4. Perempção
E para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é aplicável
apenas à ação penal privada: A perempção.
Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a quei-
xa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor processado an-
tes mesmo do início da ação penal, e no perdão, o ofendido decide perdoar o autor durante
o processo.
Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelante (ofendido),
que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações
processuais.
Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade que ocorre nos se-
guintes casos:
Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio – é importante revisar
esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol despenca em provas.
Apenas uma observação: Na hipótese em que o querelante deixa de formular o pedido de
condenação nas alegações finais, não temos um mero esquecimento do querelante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 14 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais DEIXEM CLARO que o
querelante não quer mais ver o acusado punido.
Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do querelado, e que
apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não deverá ser declarada
a perempção.
5. Abolitio Criminis
CP. Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Outra causa extintiva de punibilidade a abolitio criminis, ou seja, o surgimento de lei nova
mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime.
Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 11.106/2005, que
revogou o crime de adultério.
A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz cessar os efei-
tos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por exemplo, permanecerão.
O legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (Art. 214 CP). Entretanto,
o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser considerado como uma modalidade de
estupro (Art. 213 CP).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 15 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Exatamente. Embora o dispositivo tenha sido revogado formalmente, ele passou a integrar o
art. 213 do CP, não sendo caso de abolitio criminis.
Certo.
6. Retratação
Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao
permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado.
São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país:
7. Perdão Judicial
O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente que iremos
estudar na aula de hoje é o perdão judicial.
Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor
de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre
a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade.
No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Código Penal, a previsão do art.
120 é de que estamos diante de sentença CONDENATÓRIA sem efeito de reincidência:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 16 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Perdão judicial
CP. Art. 120. A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobrando o assun-
to na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou apenas a letra da lei),
pode optar pela resposta correta.
Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está no art. 121 do Código
Penal (homicídio):
CP. Art. 121, § 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária.
E assim, caro aluno, terminamos a exposição das principais causas extintivas de punibi-
lidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que embora também seja causa extintiva
de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista sua maior complexidade e nível de
detalhamento em face das outras hipóteses que acabamos de estudar.
Antes de seguirmos, vamos analisar mais uma questão:
Vamos em frente!
8. Prescrição
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.
Portanto, o Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu a extinção da
punibilidade do agente.
O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa de extin-
ção da punibilidade. Entretanto, há posicionamentos referentes às nuances que envolvem a
prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 17 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte, e estão arrola-
dos como tal na própria CF/1988. São os seguintes casos:
A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis em nosso or-
denamento jurídico: O racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 18 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Os crimes hediondos, bem como os equiparáveis a eles. Tráfico de drogas, tortura e terrorismo
são prescritíveis.
Errado.
Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos para os
quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar as espécies de
prescrição existentes em nosso ordenamento.
Vejamos mais uma questão interessante:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 19 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Errado.
9. Espécies de Prescrição
Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 20 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.
Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em relação à pena
cominada?
Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja recomendável, re-
comendo que o aluno não se esforce demais tentando decorar esses seis incisos. Dedique-se
a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria.
Dito isso, é importante observar os efeitos da PPP:
A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos secundários
como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, remove tanto efeitos pe-
nais quanto extrapenais.
A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora em diante:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 21 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 22 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 23 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
§ 1 A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
º
depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese,
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.
Traduzindo: O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima
cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito.
Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da pretensão pu-
nitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o
trânsito em julgado da sentença.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 24 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Na situação apresentada, note que não há mais a possibilidade de que a pena cominada se
torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reformatio in pejus quando
o Tribunal competente avaliar a causa).
Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que serve
como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de reclusão).
Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano e 2
anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocorrerá a pres-
crição superveniente.
Por esse motivo, na situação hipotética narrada, o Tribunal teria até o ano de 2007 para
julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente.
Na situação mencionada, note que houve uma dilatação temporal grande entre o recebi-
mento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível.
O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), entretanto, devemos tomar por base o
prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 25 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse cálculo
(como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri).
CP. Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela
pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um
terço, se o condenado é reincidente.
Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada com
trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada, e de acordo com
o art. 109.
A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição
previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3).
Vamos analisar mais uma questão:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 26 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou o
crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Em relação a Paulo, o prazo prescricional será reduzido à metade.
Ainda não estudamos as hipóteses de redução dos prazos de prescrição. Vejamos as dispo-
sições do art. 115 do CP:
Certo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 27 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre
durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei n. 7.209,
de 11.7.1984)
Antes Depois
A ideia desse inciso é simples: Evitar a impunidade em razão da prescrição quando a defe-
sa ingressa com uma quantidade de recursos legais em quantia que tenha efeito protelatório
por longo prazo.
Em outras palavras: Como na pendência de recursos ao Tribunais Superiores ou Embargos
de Declaração a contagem da prescrição continuava a correr, podia ser que quando o recurso
fosse analisado pelos referidos Tribunais, o delito já estivesse prescrito (ou muito próximo
disso). Um exemplo você já verificou na aula de hoje, no notório caso do jogador de futebol.
Assim, com a vigência da Lei n. 13.964/19, havendo embargos de declaração, caso esses
sejam considerados inadmissíveis, ocorrerá a suspensão da prescrição.
No mesmo sentido, havendo Recurso Especial (REsp) ao STJ ou Extraordinário (RE) ao STF,
até o trânsito em julgado, não corre prescrição, se estes forem igualmente rejeitados.1
1
NUCCI, Guilherme de Souza. Comentário ao Pacote Anticrimes. p. 18.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 28 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Muito cuidado com o requisito de que os recursos (RE e REsp) e os Embargos de Declaração
sejam considerados inadmissíveis para que ocorra a suspensão da prescrição.
Essa é a análise da doutrina sobre o texto do artigo.
Ademais, a doutrina faz ainda uma importante observação: as novas regras sobre a pres-
crição são normais penais desfavoráveis ao réu – de modo que não retroagem para alcançar
delitos praticados antes da vigência do pacote anticrime.
Inciso IV:
IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 29 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Interromper a prescrição, por sua vez, faz zerar a contagem, que começa novamente na-
quele momento. Esse é o efeito das causas previstas no art. 117.
Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol apresentado. Você precisa
conhecê-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima dessas hi-
póteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos mencionados.
12. Jurisprudência
Querido(a) aluno(a), após a apresentação de toda a base teórica, passamos agora a con-
solidar e a comentar as previsões jurisprudenciais mais importantes acerca dos assuntos
estudados na aula de hoje.
Nos termos do inciso IV do art. 117 do Código Penal, o acórdão condenatório sempre
interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja
mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta.
*STF. Plenário. HC 176473/RR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/04/2020.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 30 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
A referida súmula busca rechaçar a chamada prescrição virtual ou prescrição “em pers-
pectiva”, “por prognose”, “projetada” ou “antecipada”.
É aquela em que o juiz, ao verificar que muitos anos já se passaram desde o dia em que o
prazo prescricional começou ou voltou a correr, acredita que o inquérito ou processo não se-
rão mais necessários, pois há uma grande possibilidade de o delito prescrever. A partir disso,
o magistrado avalia uma pena hipotética que aplicaria ao réu em caso de condenação e se
restaria caracterizada a prescrição em perspectiva.
Os Tribunais Superiores não admitem a prescrição virtual em virtude da ausência de previ-
são legal e por afrontar o princípio da presunção de não culpabilidade.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 31 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
extinção da punibilidade mesmo sem a quitação da multa. Bastará cumprir a pena priva-
tiva de liberdade e comprovar que não tem condições de pagar a multa.”
Tese fixada pelo STJ: “Na hipótese de condenação concomitante a pena privativa de liber-
dade e multa, o inadimplemento da sanção pecuniária, pelo condenado que comprovar
impossibilidade de fazê-lo, não obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade.’
STJ. 3ª Seção. REsp 1785383-SP e REsp 1785861/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, jul-
gados em 24/11/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 931) (Info 720).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O inadimplemento da pena de multa obsta a
extinção da punibilidade do apenado? Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/97ea3cfb64eeaa1e-
dba65501d0bb3c86. Acesso em: 2 mar. 2022
“A comunicabilidade da interrupção do prazo prescricional alcança tão somente os cor-
réus do mesmo processo. Dessa forma, havendo desmembramento, os feitos passam
a tramitar de forma autônoma, possuindo seus próprios prazos, inclusive em relação à
prescrição.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 121.697/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
19/10/2021.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não se comunica a interrupção do prazo pres-
cricional a corréus de processos diversos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8e5e15c4e6d-
09c8333a17843461041a9. Acesso em: 2 mar. 2022
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 32 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
RESUMO
Extinção da Punibilidade
A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último
não depende da conduta ser de fato, punível.
Hipóteses (CP. Art. 107):
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 33 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Espécies:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 34 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 35 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Prescrição
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 36 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Multa
Espécies de Prescrição
Categorias de PPP
www.grancursosonline.com.br 37 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Prescrição Retroativa
• É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publicação da sen-
tença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 38 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 39 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
QUESTÕES DE CONCURSO
010. (CESPE/2020/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebida alcoólica em
uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravi-
dade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime praticado por Mário contra a moça admite a extinção da punibilidade pela prescrição
e pela renúncia ao direito de queixa.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 40 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 41 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 42 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 43 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 44 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 45 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 46 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
GABARITO
1. E 37. c
2. E 38. a
3. C 39. c
4. E 40. c
5. C 41. a
6. C
7. E
8. E
9. C
10. E
11. C
12. c
13. c
14. d
15. e
16. c
17. c
18. e
19. e
20. e
21. d
22. a
23. b
24. e
25. a
26. d
27. d
28. b
29. a
30. a
31. d
32. a
33. b
34. a
35. c
36. b
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 47 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
GABARITO COMENTADO
010. (CESPE/2020/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebida alcoólica em
uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravi-
dade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime praticado por Mário contra a moça admite a extinção da punibilidade pela prescrição
e pela renúncia ao direito de queixa.
Para responder a essa questão, devemos saber que o delito de lesão corporal leve é de ação
penal pública condicionada à representação do ofendido. Portanto, conforme estudamos, o
instituto da renúncia só é cabível nas ações penais privadas, o que torna a afirmação do exa-
minador incorreta.
Errado.
Exatamente isso. O item está de acordo com o art. 120 do CP: A sentença que conceder perdão
judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
Certo.
À essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interruptivas da pres-
crição, que simplesmente despenca em provas.
Dito isso, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou da queixa interrompem a
contagem de prazo prescricional.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 48 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Outra questão simples. Você leu toda essa aula e sequer ouviu falar nessa modalidade de
casamento do agente com a vítima, certo? Isso se dá porque essa causa de extinção de puni-
bilidade foi revogada em 2005, e não leva mais à extinção da punibilidade do agente.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 49 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é interrompida, por ex-
pressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível.
Letra e.
Questão polêmica, haja vista que a renúncia excepcionalmente é cabível em delitos de ação
penal pública condicionada a representação (por previsão contida na Lei n. 9.099/1995).
Entretanto, nesses casos, a dica é a seguinte: Utilize a regra geral para responder à questão
apresentada pelo examinador. Senão você não vai encontrar resposta alguma. É o famoso
“procurar a assertiva menos errada”.
Na regra geral, a renúncia e a perempção são institutos exclusivos dos crimes de ação pe-
nal privada.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 50 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O instituto da perempção, conforme estudamos, só pode ser aplicado no caso de ação penal
privada (que o examinador decidiu chamar de exclusiva para confundir o aluno). Tal diferen-
ciação se dá pois existe a ação penal privada subsidiária da pública, na qual, se houver negli-
gência por parte do querelante, o direito de agir simplesmente retornará ao MP (não havendo
a extinção da punibilidade do agente).
Letra c.
Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas interruptivas de
prescrição do art. 117 CP, e estar atento às pegadinhas elaboradas pelo examinador:
a) Errada. Possui causas de interrupção e suspensão.
b) Errada. É prazo penal e, portanto, o dia de início incluiu-se na contagem.
c) Errada. Incidirá sobre a pena de cada crime, conforme o art. 119 do CP.
d) Errada. Regula-se pela pena aplicada, conforme art. 110 do CP.
e) Certa. O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão con-
denatórios recorríveis (Art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o termo con-
denatório por absolutório, de modo que realmente a sentença absolutória recorrível não inter-
rompe o prazo prescricional.
Letra e.
Vejamos:
a) Errada. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (Art. 119 CP).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 51 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo o os dizeres sentença con-
denatória por sentença absolutória. Dessa forma, a publicação de sentença absolutória recor-
rível realmente não integra o rol de causas de interrupção da prescrição.
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 52 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Questão que parece difícil – mas é tranquila. Em primeiro lugar, lembre-se que a prescrição
retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível
após a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é
realizado com base em uma pena fixada em concreto. Não tem segredo.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 53 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Questão para o cargo de promotor, que, no entanto, você consegue acertar apenas lendo o CP.
Conforme prevê o art. 119, A prescrição incidirá sobre cada crime, isoladamente. Sem surpresa.
Letra e.
Questão tranquila – basta conhecer o rol de institutos que possibilitam a extinção da punibi-
lidade do agente. A obediência hierárquica não faz parte dele.
Letra a.
A autoridade policial sequer pode arquivar autos de inquérito por conta própria. Muito mais
absurda seria a possibilidade do delegado declarar a extinção da punibilidade de um agente
delitivo, como se fosse um magistrado. Nada disso.
Nesse sentido, cabe ainda citar o doutrinar Rogério Greco, sobre o procedimento correto de
declaração da extinção da punibilidade:
A extinção da punibilidade pode ocorrer nas fases policial e judicial. Se houver inquérito em anda-
mento, deverá a autoridade policial remetê-lo à justiça, oportunidade em que o Ministério Público
solicitará o seu arquivamento; se a denúncia já tiver sido recebida, o juiz, com base no art. 61 do
Código de Processo Penal, deverá declará-la de ofício”
Letra d.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 54 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 55 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Questão que extrapola o conteúdo de nossa aula e adentra a parte especial do código penal
(abordando peculiaridades do delito de peculato culposo). No entanto, não custa somar no
nosso aprendizado.
A reparação do dano no crime de peculato culposo extingue a punibilidade… se realizada an-
tes da sentença irrecorrível. Uma vez que já existe sentença transitada em julgado, ocorrerá a
redução da pena – mas não a extinção da punibilidade.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 56 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.
O instituto que tem o condão de extinguir a punibilidade é a morte do AGENTE, e não a morte
da VÍTIMA.
Letra d.
Outra banca, outro certame, e o mesmo padrão – cobrar as causas de interrupção da prescri-
ção. Como você já deve estar cansado de saber, a publicação da sentença ou acordão conde-
natórios recorríveis é uma das hipóteses capazes de interromper o curso da prescrição.
Letra b.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 57 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Doença grave do agente não é causa de extinção da punibilidade. Imagine só essa possibili-
dade. O que ia ter de réu adoecendo não é brincadeira…
Letra a.
Mais uma vez: O casamento do agente com a vítima não é mais causa extintiva de punibilida-
de, pois tal hipótese foi revogada em 2005 pelo legislador.
Letra c.
Ah professor, mas o Joesley Batista tinha conseguido imunidade penal com a delação
dele.
Boa observação, mas não confunda as coisas. Teoricamente falando, todo indivíduo que fe-
cha um acordo de delação premiada confessa sua parcela de culpa e fornece informações
relevantes quanto à organização criminosa que ele integra.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 58 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Entretanto, se bastasse a confissão, era só todo mundo confessar e delatar para não ser
preso, certo?
Apenas por curiosidade (visto que tal diploma legal não está em estudo nessa aula), o que a
Lei n. 12.850 prevê em seu art. 4º é que o Juiz poderá conceder o perdão judicial (este sim é
causa de extinção da punibilidade) ou reduzir em até 2/3 a pena a depender dos resultados
obtidos com a delação premiada. No caso de Joesley, o que (inicialmente) aconteceu foi que
o MP e o judiciário consideraram que os resultados de sua delação foram bons o suficiente
para justificar o perdão judicial pelos delitos por ele praticados. Portanto, não foi mera con-
sequência de sua confissão.
Letra b.
A sentença que concede perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. O
examinador copiou e colou o teor do art. 120 do CP. Simples e direto.
Letra c.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 59 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
Questão que também adentra o conteúdo da parte especial do CP, mas que vale a pena comentar:
a) Errada. Não cabe a retratação no delito de injúria.
b) Errada. Pegadinha excelente. Quem desiste é o querelante, não o querelado (que é o autor
da infração penal).
c) Certa. É o que prevê o art. 180, parágrafo 5º, CP.
d) Errada. É cabível renúncia no caso de ação penal pública condicionada à representação, de
forma excepcional, por previsão na Lei n. 9.099/1995.
e) Errada. Os delitos imprescritíveis previstos na CF são o racismo e a ação de grupos arma-
dos, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Letra c.
www.grancursosonline.com.br 60 de 62
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas
c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada
d) Anistia, graça ou indulto
e) Prescrição, decadência ou perempção
De novo essa mesma pegadinha. Nota zero em originalidade para a organizadora. Conforme
você já sabe, o perdão não é cabível no caso de ação penal pública – se restringe apenas à
ação penal privada.
Letra c.
Cuidado. O perdão é um instituto aplicável apenas a ação penal privada. Por consequência,
portanto, não é cabível o perdão em crimes de ação pública, conforme afirma a assertiva A.
Letra a.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
www.grancursosonline.com.br 61 de 62
Douglas Vargas
Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para EVELIN SOFIA FUCK - 12239563931, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.