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DIREITO PENAL

Parte Geral – Punibilidade

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITO PENAL
Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas

Sumário
Parte Geral – Punibilidade. . ........................................................................................................................................4
Introdução.............................................................................................................................................................................4
1. Extinção da Punibilidade.........................................................................................................................................4
1.1. Previsão Legal............................................................................................................................................................5
2. Morte do Agente..........................................................................................................................................................6
2.1. Pontos Relevantes sobre a Morte. .................................................................................................................7
3. Anistia, Graça e Indulto............................................................................................................................................8
4. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção. ..............................................................................................8
4.1. Decadência...................................................................................................................................................................9
4.2. Renúncia.................................................................................................................................................................... 10
4.3. Perdão..........................................................................................................................................................................12
4.4. Perempção. . ...............................................................................................................................................................14
5. Abolitio Criminis.. .......................................................................................................................................................15
6. Retratação.....................................................................................................................................................................16
7. Perdão Judicial............................................................................................................................................................16
8. Prescrição......................................................................................................................................................................17
8.1. Delitos Imprescritíveis........................................................................................................................................18
9. Espécies de Prescrição.........................................................................................................................................20
9.1. PPP – Prescrição da Pretensão Punitiva. ...............................................................................................20
9.2. PPE – Prescrição da Pretensão Executória. .........................................................................................26
10. Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição. ............................................................................27
10.1. Causas Suspensivas. . ........................................................................................................................................27
10.2. Pacote Anticrimes & art. 116........................................................................................................................ 28
10.3. Causas Interruptivas. . ......................................................................................................................................29
11. Penas Leves & Concurso de Pessoas..........................................................................................................30
12. Jurisprudência..........................................................................................................................................................30
Resumo................................................................................................................................................................................33

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Questões Comentadas em Aula.. ...........................................................................................................................39


Questões de Concurso................................................................................................................................................40
Gabarito...............................................................................................................................................................................47
Gabarito Comentado....................................................................................................................................................48

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PARTE GERAL – PUNIBILIDADE


Introdução
Olá, querido(a) aluno(a)!
Seja muito bem-vindo(a) ao estudo do tema prescrição e demais causas de extinção
da punibilidade. São assuntos que envolvem muita leitura da legislação vigente, mas que
são absolutamente importantes para fins de prova. Iremos estudar, especificamente e deta-
lhadamente:
1. Causas de extinção da punibilidade;
2. Previsão legal;
3. Atualizações legislativas recentes.
Dessa forma, você verá que, em alguns casos, mesmo praticando um fato típico, ilícito e
culpável, o autor não poderá ser punido. Como e quando isso pode acontecer, no entanto, de-
pende de uma série de circunstâncias, as quais também estudaremos no decorrer desta aula
Sem mais delongas, vamos ao que interessa!
Bons estudos!

1. Extinção da Punibilidade
Ao estudar Direito Penal e Direito Processual Penal, uma das primeiras coisas que o aluno
aprende é que o jus puniendi (direito de punir) foi, com o decorrer da história, monopolizado
pelo Estado.
Não existe mais o instituto da justiça com as próprias mãos, da “vingança privada”, como
ocorria em tempos passados, nos quais vikings e outros guerreiros exploravam e disputavam
áreas da Europa.
Entretanto, dizer que o jus puniendi se encontra nas mãos do Estado não lhe dá o caráter
de direito absoluto e imperecível. Pelo contrário – em alguns casos, mesmo diante de uma
situação de ilícito penal, pode ser que o Estado não possa exercer o seu direito de punir.
Nesse sentido, abre-se a possibilidade de que um determinado indivíduo pratique um cri-
me, e que mesmo diante da correta configuração do fato típico, ilícito e culpável, não possa
ser punido, haja vista a existência de uma causa capaz de extinguir o direito de punir do qual
o Estado é detentor.

A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último não
depende da conduta ser de fato, punível.

E assim já caiu em prova:

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001. (IADES/2018/PM-DF/SOLDADO MÚSICO/ADAPTADA) Crime é fato típico, ilícito, culpável


e punível.

De acordo com o conceito analítico de crime, crime é fato típico, ilícito e culpável. Portanto, a
punibilidade não é requisito do crime.
Errado.

1.1. Previsão Legal


Inicialmente, as causas extintivas de punibilidade estão arroladas no Código Penal (CP),
em seu art. 107:

Extinção da punibilidade
CP. Art. 107. Extingue-se a punibilidade:
I – pela morte do agente;
II – pela anistia, graça ou indulto;
III – pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso;
IV – pela prescrição, decadência ou perempção;
V – pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada;
VI – pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite;
IX – pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

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O rol acima eu não preciso nem dizer, certo? Tem que conhecer. É fundamental.
Uma vez que você já foi apresentado a todas essas hipóteses, é essencial entender
o seguinte:

O art. 107 apresenta um rol exemplificativo de causas extintivas de punibilidade.

Dessa forma, existem outras causas extintivas de punibilidade que podem estar arroladas
em outros pontos da legislação, por exemplo, o que ocorre com o delito de peculato culposo,
que possui uma previsão específica de causa extintiva de punibilidade para a sua conduta.
Não é necessário, no entanto, que você se preocupe com essas outras causas (ao menos
em um primeiro momento). Elas devem ser atacadas quando do estudo dos diplomas legais e
artigos que apresentam tais especificidades, e não podem ser cobradas se o examinador não
mencionar tais pontos da legislação no conteúdo programático do edital.
Ótimo. Uma vez que passamos por essa parte introdutória, vamos tratar das causas ex-
tintivas de punibilidade previstas no art. 107, uma por uma, a começar pela primeira delas: A
morte do agente.

2. Morte do Agente
A CF, em seu art. 5º, XLV, expressa o denominado princípio da pessoalidade da pena:

CF/1988 – art. 5º:


XLV – nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

Nesse contexto, por expressa previsão do art. 107 do CP, o falecimento gera a extinção da
punibilidade do agente, haja vista que a pena não poderá passar da pessoa do condenado,
excetuada a obrigação de reparar o dano e a decretação de perdimento de bens, que podem
ser estendidas aos sucessos nos termos do art. 5º da CF.

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Como nos ensina a doutrina, temos a aplicação do brocardo “mors omnia solvit”. Uma
vez que ocorre o falecimento do agente, pelo princípio da personalidade, cessa a persecução
penal: A ação penal não se instaura, se estiver instaurada ela cessa, e se já finalizada não se
executa a pena aplicada.
Nesse sentido, vejamos uma questão sobre essa temática:

002. (IBADE/2020/PREFEITURA DE LINHARES – ES/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/DI-


REITO/ADAPTADA) A morte do autor do crime traz como consequência a extinção da tipicidade.

A morte do agente, conforme o art. 107 do CP, é causa de exclusão da punibilidade e não da
tipicidade.
Errado.

2.1. Pontos Relevantes sobre a Morte


Existem alguns pontos bastante importantes quanto aos efeitos da morte no âmbito penal:

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3. Anistia, Graça e Indulto


A próxima hipótese de extinção da punibilidade são a graça, a anistia e o indulto. São ins-
titutos parecidos, mas que possuem algumas peculiaridades. Vamos esquematizar.

4. Decadência, Renúncia, Perdão e Perempção


A seguir, temos a decadência, a renúncia, o perdão e a perempção, que embora sejam ins-
titutos diferentes, todos tem o mesmo condão (de extinguir a punibilidade).
Estudaremos cada um deles separadamente, pois são tópicos um pouco mais abrangen-
tes do que a graça, a anistia e o indulto. Comecemos pela decadência.
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4.1. Decadência
“Decadência é a perda do direito de agir pelo decurso de determinado lapso temporal, estabelecido
em lei, provocando a extinção da punibilidade do agente.”
(Guilherme Nucci)

Logo, o ofendido demorou muito para representar (na ação penal pública condicionada à
representação) ou para realizar a queixa (na ação penal privada), motivo pelo qual o direito de
agir se esvaiu, e cessou a existência do direito de punir.
Este instituto também está previsto no Código de Processo Penal, em seu art. 38, que
merece ser lido:

CPP. Art. 38. Salvo disposição em contrário, o ofendido, ou seu representante legal, decairá no di-
reito de queixa ou de representação, se não o exercer dentro do prazo de seis meses, contado do
dia em que vier a saber quem é o autor do crime, ou, no caso do art. 29, do dia em que se esgotar o
prazo para o oferecimento da denúncia.

Os prazos em questão estão relacionados com a representação ou queixa do ofendido


não ser intentada no prazo legal, de modo que, via de regra, é de 6 meses, a contar da data do
conhecimento da autoria.
Outra consequência importante da vinculação da decadência aos prazos de representa-
ção ou queixa é a seguinte:

Não cabe decadência em ação penal pública incondicionada.

Se a ação penal pública incondicionada não necessita de representação ou queixa do


ofendido, não há que se falar em decadência.

• Observações importantes sobre a Decadência:

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4.2. Renúncia
Antes mesmo de ser apresentado ao conceito de renúncia, anote aí: A renúncia é um ins-
tituto que só se aplica na ação penal privada.

Não existe renúncia na ação penal pública, não importa a espécie.

O que acontece na renúncia é o seguinte: Uma vez que a ação penal é privada, o ofendido
decide que não quer mais ver o autor punido, por algum motivo.
Tendo em vista que neste caso temos um direito disponível, o ofendido pode optar por
renunciar a ele, dizendo ao Estado que não quer mais que o jus puniendi seja exercido em des-
favor do acusado.

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Existem duas modalidades de renúncia:

Uma vez que o ofendido realiza um dos dois atos mencionados (a renúncia expressa ou
tácita), ocorrerá, assim como na decadência, a extinção da punibilidade do autor.

• Características da Renúncia:

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Vejamos como os examinadores abordam esse assunto:

003. (CESPE/2020/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO/ADAPTADA) Antônia foi vítima de


calúnia praticada por Francisca e Rita. Inconformada, Antônia, na mesma semana em que
sofreu a calúnia, tomou as providências para que fosse proposta a ação penal cabível, mas o
fez apenas contra Francisca, porque Rita era amiga de sua mãe.
Nessa situação hipotética, ocorreu a renúncia.

Perceba que o comportamento de Antônia em relação à Rita, também se estendeu à Francis-


ca, uma vez que, a renúncia é um ato indivisível e beneficiará todos os autores do delito.
Certo.

4.3. Perdão
Seguindo adiante em nosso estudo das causas extintivas de punibilidade, temos o institu-
to do perdão.
Uma vez que o ofendido exerceu seu direito à ação penal privada (decidindo, portanto, não
renunciar), pode ser que ele volte atrás depois do início da ação penal.
Mesmo nesse caso, ainda assim será possível que o ofendido não veja o autor do delito
ser punido pelo Estado.
Note, portanto, que a principal diferença entre a renúncia e o perdão é que a queixa-crime
já foi oferecida, e a ação já foi iniciada. Iniciada a ação penal, portanto, não se fala mais em
renúncia, e sim no chamado perdão do ofendido.

Assim como ocorre na renúncia, o perdão também é um instituto aplicável somente à ação
penal privada.

O perdão é simples, visto que o querelante irá manifestar ao judiciário o interesse de ver o
autor (ou autores) perdoados pelo que fizeram, causando também a extinção da punibilidade.
Além disso, também pode ser expresso ou tácito, nos mesmos moldes da renúncia.

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São características do perdão que divergem daquelas previstas para a renúncia:

Veja bem: uma vez iniciada a ação penal, o acusado tem o direito de não aceitar o perdão.
Embora o perdão lhe seja benéfico, veja que o acusado pode desejar que o julgamento vá até
o final, se acreditar por exemplo que é inocente e que poderá ser absolvido.
Uma vez que o querelante decide perdoar o querelado, este tem três dias para se manifes-
tar. Caso não aceite ou recuse nesse prazo, o juiz considerará o perdão como aceito.
Assim como na renúncia, o perdão deve ser oferecido igualmente, a todos os acusados.
Entretanto, o processo continuará em andamento para aqueles que decidirem não aceitá-lo.
Além disso, se houver mais de uma vítima, o perdão concedido por uma das vítimas não afeta
o direito das outras de continuarem com o processo.
Mais uma questão para analisarmos:

004. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO) Nos crimes de


ação penal privada, a extinção da punibilidade pela renúncia e pelo perdão do ofendido está
condicionada à aceitação do querelado.

Já sabemos que a renúncia é um ato unilateral e que, portanto, não depende da aceitação do
querelado, diferentemente do perdão (ato bilateral).
Errado.

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4.4. Perempção
E para finalizar o estudo deste tópico, temos mais uma previsão que também é aplicável
apenas à ação penal privada: A perempção.
Na decadência, temos o decurso do prazo (o ofendido não representa ou oferece a quei-
xa no prazo legal). Na renúncia, o ofendido decide que não quer ver o autor processado an-
tes mesmo do início da ação penal, e no perdão, o ofendido decide perdoar o autor durante
o processo.
Na perempção, no entanto, o que ocorre é uma negligência do querelante (ofendido),
que ingressa em juízo para ver o acusado punido, mas deixa de cumprir suas obrigações
processuais.
Dessa forma, a perempção é uma causa de extinção da punibilidade que ocorre nos se-
guintes casos:

Eis as hipóteses em que ocorrerá a perempção. Não tem remédio – é importante revisar
esses casos até se sentir confortável em identificá-los. Esse rol despenca em provas.
Apenas uma observação: Na hipótese em que o querelante deixa de formular o pedido de
condenação nas alegações finais, não temos um mero esquecimento do querelante.

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Segundo a doutrina, o que deve acontecer é que as alegações finais DEIXEM CLARO que o
querelante não quer mais ver o acusado punido.
Se for possível subentender que o ofendido ainda quer ver a punição do querelado, e que
apenas esqueceu de incluir esse pedido em suas alegações finais, não deverá ser declarada
a perempção.

5. Abolitio Criminis
CP. Art. 2º Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.

Outra causa extintiva de punibilidade a abolitio criminis, ou seja, o surgimento de lei nova
mais benéfica que deixa de considerar um fato como crime.

Exemplo clássico de abolitio criminis na história de nosso país é o da Lei n. 11.106/2005, que
revogou o crime de adultério.

A abolitio criminis, embora seja causa de extinção de punibilidade, não faz cessar os efei-
tos extrapenais da sentença, de modo que os efeitos civis, por exemplo, permanecerão.

 Obs.: Observação Importante:


 Não basta a revogação formal de uma norma incriminadora para que ocorra a abolitio
criminis. É necessário que ocorra a chamada descontinuidade normativo-típica.
 Em alguns casos, o legislador elabora uma lei que, embora revogue formalmente um
tipo penal, mantém a punibilidade da conduta em outro artigo. Se isso acontecer, não
houve a descontinuidade normativo-típica, e consequentemente, não houve abolitio
criminis.

Veja um exemplo para simplificar:

O legislador realizou a revogação do crime de atentado violento ao pudor (Art. 214 CP). Entretanto,
o então crime de atentado violento ao pudor passou a ser considerado como uma modalidade de
estupro (Art. 213 CP).

Na situação apresentada, que realmente aconteceu em nosso ordenamento jurídico, o


legislador revogou o art. 214 CP, mas não ocorreu a abolitio criminis, haja vista que a conduta
continuou a ser punida nos termos do art. 213 do Código Penal.
E para fixarmos:

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005. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO) A revogação do


crime de atentado violento ao pudor não configurou abolitio criminis, pois houve continuidade
típico-normativa do fato criminoso.

Exatamente. Embora o dispositivo tenha sido revogado formalmente, ele passou a integrar o
art. 213 do CP, não sendo caso de abolitio criminis.
Certo.

6. Retratação
Em alguns casos, a lei autoriza o agente delitivo a retratar-se (retirar o que foi dito). E, ao
permitir que ele o faça, extingue sua punibilidade pelo delito praticado.
São exemplos de retratação previstos na lei penal de nosso país:

7. Perdão Judicial
O último dos institutos capazes de causar a extinção da punibilidade do agente que iremos
estudar na aula de hoje é o perdão judicial.
Em alguns casos, a lei permite que o magistrado deixe de aplicar a sanção penal ao autor
de um delito. O entendimento majoritário (adotado pela doutrina e pelo STJ) é de que ocorre
a chamada sentença declaratória de extinção de punibilidade.
No entanto, se o examinador perguntar apenas segundo o Código Penal, a previsão do art.
120 é de que estamos diante de sentença CONDENATÓRIA sem efeito de reincidência:

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Perdão judicial
CP. Art. 120. A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.

Por isso, é muito importante notar sob qual aspecto o examinador está cobrando o assun-
to na questão. Uma vez que você identificar o foco (jurisprudencial ou apenas a letra da lei),
pode optar pela resposta correta.
Um exemplo de extinção da punibilidade pelo perdão judicial está no art. 121 do Código
Penal (homicídio):

CP. Art. 121, § 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se
torne desnecessária.

E assim, caro aluno, terminamos a exposição das principais causas extintivas de punibi-
lidade. Passaremos agora ao estudo da prescrição, que embora também seja causa extintiva
de punibilidade, merece um capítulo à parte, haja vista sua maior complexidade e nível de
detalhamento em face das outras hipóteses que acabamos de estudar.
Antes de seguirmos, vamos analisar mais uma questão:

006. (FUNDEP/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ADAPTADA) O perdão


judicial constitui causa extintiva de punibilidade que afasta os efeitos da sentença condena-
tória e, diferentemente do perdão do ofendido, não precisa ser aceito para gerar efeitos.

Exatamente isso. Tome nota e não esqueça mais!


Certo.

Vamos em frente!

8. Prescrição
A prescrição é a perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.

Portanto, o Estado não exerceu o jus puniendi no prazo legal, de forma que ocorreu a extinção da
punibilidade do agente.

O conceito em si é bastante simples. Você já sabe que a prescrição é uma causa de extin-
ção da punibilidade. Entretanto, há posicionamentos referentes às nuances que envolvem a
prescrição, as quais passaremos a estudar desde momento em diante.

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Comecemos com uma afirmação básica:


Existem casos em que a prescrição de um delito é inadmissível em nosso
ordenamento jurídico.

Alguns delitos foram considerados imprescritíveis por nosso constituinte, e estão arrola-
dos como tal na própria CF/1988. São os seguintes casos:

8.1. Delitos Imprescritíveis


CF/1988. Art. 5º […]
XLII – a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão,
nos termos da lei;
XLIV – constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares,
contra a ordem constitucional e o Estado Democrático;

Não há previsão de imprescritibilidade de delitos no Código Penal – apenas na Cons-


tituição Federal. A doutrina majoritária inclusive defende que existe uma vedação implícita
na criação de hipóteses de imprescritibilidade em legislação infraconstitucional, visto que a
prescrição dos delitos seria um direito fundamental.
Entretanto, de forma divergente, cabe observar que já houve posicionamento do STF, em
sede de Recurso Extraordinário, no sentido de que a CF não veda que a legislação infracons-
titucional crime novas hipóteses de delitos imprescritíveis. Esse assunto é polêmico, mas é
importante que você conheça as duas vertentes.

A regra geral, portanto, é considerar apenas dois delitos como imprescritíveis em nosso or-
denamento jurídico: O racismo e a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático.

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E os examinadores adoram cobrar esse assunto:

007. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ADAPTADA) Os crimes


hediondos, a tortura, o tráfico de drogas e o racismo são imprescritíveis.

Os crimes hediondos, bem como os equiparáveis a eles. Tráfico de drogas, tortura e terrorismo
são prescritíveis.
Errado.

Agora sim. Já sabemos o que é a prescrição e que existem dois casos de delitos para os
quais as regras de prescrição são inaplicáveis. Passemos agora a analisar as espécies de
prescrição existentes em nosso ordenamento.
Vejamos mais uma questão interessante:

008. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/PROCURADOR DO MUNICÍ-


PIO/ADAPTADA) A prescrição da pena de multa ocorrerá sempre em dois anos.

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Veja as regras do art. 114 do CP em relação à prescrição da pena de multa:

Errado.

9. Espécies de Prescrição
Basicamente, a prescrição se divide em duas modalidades:

A diferença entre ambas é simples: A PPP ocorre antes do trânsito em julgado, e a


PPE, depois.

9.1. PPP – Prescrição da Pretensão Punitiva


Prescrição antes de transitar em julgado a sentença
CP. Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1º
do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime,
verificando-se: (Redação dada pela Lei n. 12.234, de 2010).
I – em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze;
II – em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não excede a doze;
III – em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não excede a oito;
IV – em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro;

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V – em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois;
VI – em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.

Professor, o examinador pode cobrar esse rol de prazos de prescrição em relação à pena
cominada?

Pode. Infelizmente, pode. Entretanto, embora a leitura do art. 109 seja recomendável, re-
comendo que o aluno não se esforce demais tentando decorar esses seis incisos. Dedique-se
a isso apenas se já estiver dominando o resto da matéria.
Dito isso, é importante observar os efeitos da PPP:
A prescrição da pretensão punitiva tem o condão de excluir tanto os efeitos secundários
como principais da sentença condenatória (se houver). Dessa forma, remove tanto efeitos pe-
nais quanto extrapenais.

Aplicam-se às penas restritivas de direito os mesmos prazos previstos para as privativas de


liberdade.

A PPP está dividida em três categorias, as quais passaremos a analisar de agora em diante:

Vamos começar pela prescrição propriamente dita.

9.1.1. Prescrição Propriamente Dita

A prescrição propriamente dita é a primeira espécie de PPP (prescrição da pretensão pu-


nitiva), e ocorre antes da sentença condenatória.
Você já conhece a previsão do art. 109 CP (que trata da proporção entre o prazo prescri-
cional e a pena). Entretanto, é importante observar que, enquanto não se tem a pena definitiva,
deve-se regular o prazo prescricional pela pena máxima cominada ao delito.
Vejamos um exemplo para compreender melhor o cálculo da prescrição:

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Para verificar se houve a extinção da punibilidade pela prescrição do delito na situação


apresentada, primeiro devemos nos perguntar o seguinte:

Quando se inicia contagem do prazo prescricional?

A resposta está no art. 111 do CP:

Termo inicial da prescrição antes de transitar em julgado a sentença final


CP. Art. 111. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, começa a correr: (Redação
dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
I – do dia em que o crime se consumou.
II – no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa;
III – nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência;
IV – nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do registro civil, da data
em que o fato se tornou conhecido.
V – nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, previstos neste Código ou em
legislação especial, da data em que a vítima completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já
houver sido proposta a ação penal.

Certo. A contagem do prazo prescricional deve se iniciar em 01/01/2001, data em que


Danny praticou o delito de furto simples (Art. 111, inciso I).
É importante observar que os prazos de prescrição devem ser contados como prazos pe-
nais, pois influem diretamente na liberdade do acusado, de modo que está incluído o dia do
começo na contagem do prazo.
Sabendo disso, precisamos então analisar o art. 109 do CP para saber qual o prazo pres-
cricional para o delito de furto simples:

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Agora ficou fácil. Temos o seguinte:

O exemplo mencionado foi bastante simplificado – não estamos consideramos as causas


de interrupção ou de suspensão da prescrição, por exemplo – mas o objetivo é que você en-
tenda a formula básica sobre a prescrição punitiva propriamente dita.
Com base apenas nos dados apresentados, note que o IP só foi entregue ao Ministério
Público 8 anos após a prescrição do delito, de modo que o agente delitivo já teve extinta sua
punibilidade em relação àquele fato delituoso. Danny, portanto, se deu bem com a demora do
Estado para apurar o delito de furto.

9.1.2. Prescrição Superveniente, Subsequente ou Intercorrente

A segunda espécie de PPP é a da prescrição superveniente.


Primeiramente, vamos ler o que diz o Código Penal:

Prescrição depois de transitar em julgado sentença final condenatória


CP. Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela
pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um
terço, se o condenado é reincidente.

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§ 1 A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado para a acusação ou
º

depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese,
ter por termo inicial data anterior à da denúncia ou queixa.

Traduzindo: O prazo prescricional, que antes era calculado com base na pena máxima
cominada em abstrato, agora será calculado com base na pena concreta cominada ao delito.
Dessa forma, estamos diante de uma categoria de cálculo de prescrição da pretensão pu-
nitiva que ocorre entre dois momentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o
trânsito em julgado da sentença.

Vejamos uma situação hipotética para melhor compreensão:

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Na situação apresentada, note que não há mais a possibilidade de que a pena cominada se
torne maior (a acusação não recorreu e não existe possibilidade de reformatio in pejus quando
o Tribunal competente avaliar a causa).
Dessa forma, temos uma sentença que ainda não transitou em julgado, mas que serve
como parâmetro para fins de cálculo de prescrição (1 ano e meio de reclusão).
Com base no que prevê o CP, o prazo prescricional para penas máximas entre 1 ano e 2
anos é de 4 anos. Portanto, caso o Tribunal não julgue o caso nesse prazo, ocorrerá a pres-
crição superveniente.

No caso da prescrição superveniente, inicia-se a contagem do prazo prescricional a partir da


publicação da sentença condenatória recorrível, e não da consumação do delito.

Por esse motivo, na situação hipotética narrada, o Tribunal teria até o ano de 2007 para
julgar o caso antes que ocorresse a prescrição superveniente.

9.1.3. Prescrição Retroativa

A última modalidade de PPP é semelhante à prescrição superveniente, no entanto, como


o próprio nome diz, é contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publi-
cação da sentença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.
Vejamos:

Na situação mencionada, note que houve uma dilatação temporal grande entre o recebi-
mento da denúncia e a publicação da sentença penal recorrível.
O prazo prescricional continua o mesmo (4 anos), entretanto, devemos tomar por base o
prazo entre a publicação da sentença e a data do recebimento da denúncia:

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Essa é a regra geral. Alguns procedimentos possuem regramentos que influem nesse cálculo
(como as causas interruptivas específicas que existem no tribunal do júri).

9.2. PPE – Prescrição da Pretensão Executória


Finalizadas as hipóteses de PPP (prescrição da pretensão punitiva), temos finalmente a
prescrição da pretensão executória, que ocorre depois de transitar em julgado a sentença con-
denatória, tanto para a acusação quanto para a defesa.

CP. Art. 110. A prescrição depois de transitar em julgado a sentença condenatória regula-se pela
pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados no artigo anterior, os quais se aumentam de um
terço, se o condenado é reincidente.

Essa modalidade é mais simples, afinal de contas, já temos uma pena cominada com
trânsito em julgado. Basta calcular a prescrição com base na pena aplicada, e de acordo com
o art. 109.
A única observação é que, caso o condenado seja reincidente, os prazos de prescrição
previstos no art. 109 aumentam (são aumentados de 1/3).
Vamos analisar mais uma questão:

009. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Pe-


dro, com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados pela

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prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou o
crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Em relação a Paulo, o prazo prescricional será reduzido à metade.

Ainda não estudamos as hipóteses de redução dos prazos de prescrição. Vejamos as dispo-
sições do art. 115 do CP:

Certo.

10. Causas Interruptivas e Impeditivas de Prescrição


Para finalizar o assunto, devemos fazer a leitura dos arts. 116 e 117 do CP, que tratam das
causas interruptivas e impeditivas de prescrição. Vejamos:

10.1. Causas Suspensivas


Causas impeditivas da prescrição
Art. 116. Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não corre: (Redação dada pela
Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
I – enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da exis-
tência do crime; (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
II – enquanto o agente cumpre pena no exterior; (Redação dada pela Lei n. 13.964, de 2019)
III – na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando
inadmissíveis; e (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

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IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)
Parágrafo único. Depois de passada em julgado a sentença condenatória, a prescrição não corre
durante o tempo em que o condenado está preso por outro motivo. (Redação dada pela Lei n. 7.209,
de 11.7.1984)

Como já sabemos, a prescrição é a perda do direito de punir em face da decorrência de


prazo previsto em lei.
Impedir a prescrição é suspender sua contagem, durante um período, retomando-se de-
pois a contagem do ponto onde esta parou.

10.2. Pacote Anticrimes & art. 116


Outro ponto da legislação penal que foi alterado, o art. 116 recebeu novos incisos, e uma
pequena alteração. A primeira delas é bastante simples, foi modificada a redação do inciso II:

Antes Depois

II – enquanto o agente cumpre pena no II – enquanto o agente cumpre pena no


estrangeiro; exterior;

Em segundo lugar, temos o surgimento do inciso III:

III – na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais Superiores, quando


inadmissíveis; (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019)

A ideia desse inciso é simples: Evitar a impunidade em razão da prescrição quando a defe-
sa ingressa com uma quantidade de recursos legais em quantia que tenha efeito protelatório
por longo prazo.
Em outras palavras: Como na pendência de recursos ao Tribunais Superiores ou Embargos
de Declaração a contagem da prescrição continuava a correr, podia ser que quando o recurso
fosse analisado pelos referidos Tribunais, o delito já estivesse prescrito (ou muito próximo
disso). Um exemplo você já verificou na aula de hoje, no notório caso do jogador de futebol.
Assim, com a vigência da Lei n. 13.964/19, havendo embargos de declaração, caso esses
sejam considerados inadmissíveis, ocorrerá a suspensão da prescrição.
No mesmo sentido, havendo Recurso Especial (REsp) ao STJ ou Extraordinário (RE) ao STF,
até o trânsito em julgado, não corre prescrição, se estes forem igualmente rejeitados.1

1
NUCCI, Guilherme de Souza. Comentário ao Pacote Anticrimes. p. 18.

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Muito cuidado com o requisito de que os recursos (RE e REsp) e os Embargos de Declaração
sejam considerados inadmissíveis para que ocorra a suspensão da prescrição.
Essa é a análise da doutrina sobre o texto do artigo.

Ademais, a doutrina faz ainda uma importante observação: as novas regras sobre a pres-
crição são normais penais desfavoráveis ao réu – de modo que não retroagem para alcançar
delitos praticados antes da vigência do pacote anticrime.
Inciso IV:

IV – enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução penal. (Incluído pela
Lei n. 13.964, de 2019)

A segunda e importante novidade apresentada pela Lei n. 13.964/19 está na suspensão


da prescrição enquanto se cumpre o novo “Acordo de Não Persecução Penal”.
O novo acordo, introduzido na legislação pelo pacote anticrimes, é mais bem estudado no
âmbito da disciplina do Direito Processual Penal. Por hora, basta que você saiba que consiste
em instituto que permite ao Ministério Público não denunciar o investigado, fazendo um acor-
do e impondo condições ao autor do delito.
O que o inciso IV busca garantir é que, enquanto não se cumprir integralmente o acordo,
a prescrição fica suspensa, permitindo assim que em caso de descumprimento o MP possa
ingressar em juízo com a denúncia.

10.3. Causas Interruptivas


Causas interruptivas da prescrição
CP. Art. 117. O curso da prescrição interrompe-se:
I – pelo recebimento da denúncia ou da queixa; (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)
II – pela pronúncia;
III – pela decisão confirmatória da pronúncia;
IV – pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis;
V – pelo início ou continuação do cumprimento da pena;
VI – pela reincidência.
§ 1º Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção da prescrição produz efei-
tos relativamente a todos os autores do crime. Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo
processo, estende-se aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. (Redação dada pela Lei n.
7.209, de 11.7.1984)
§ 2º Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, todo o prazo começa a
correr, novamente, do dia da interrupção. (Redação dada pela Lei n. 7.209, de 11.7.1984)

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Interromper a prescrição, por sua vez, faz zerar a contagem, que começa novamente na-
quele momento. Esse é o efeito das causas previstas no art. 117.
Não é necessário tecer muitos comentários a respeito do rol apresentado. Você precisa
conhecê-los e pronto – os examinadores não costumam elaborar muito em cima dessas hi-
póteses, simplesmente cobrando a literalidade dos artigos mencionados.

11. Penas Leves & Concurso de Pessoas


Por fim, é importante observar as seguintes peculiaridades previstas no CP:

12. Jurisprudência
Querido(a) aluno(a), após a apresentação de toda a base teórica, passamos agora a con-
solidar e a comentar as previsões jurisprudenciais mais importantes acerca dos assuntos
estudados na aula de hoje.

Nos termos do inciso IV do art. 117 do Código Penal, o acórdão condenatório sempre
interrompe a prescrição, inclusive quando confirmatório da sentença de 1º grau, seja
mantendo, reduzindo ou aumentando a pena anteriormente imposta.
*STF. Plenário. HC 176473/RR, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 27/04/2020.

Conforme estudamos, o art. 117 do Código Penal traz as hipóteses de interrupção da


prescrição, caracterizando situações nas quais o Estado não se manteve inerte. Seu inciso IV,
refere-se especificamente à interrupção da prescrição pela publicação da sentença ou acór-
dão condenatórios recorríveis.

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Portanto, determinado Tribunal agiu e prolatou acórdão confirmando a condenação. Logo,


justifica-se a interrupção da prescrição para o cumprimento do devido processo legal.
Assim, o entendimento jurisprudencial é no sentido de que uma condenação em segundo
grau, seja confirmando integralmente a sentença, seja reduzindo ou aumentando a pena ante-
riormente imposta possui o condão de interromper a prescrição.

A prescrição da medida de segurança imposta em sentença absolutória imprópria é regu-


lada pela pena máxima abstratamente prevista para o delito.
*STJ. 5ª Turma. REsp 39920-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 6/2/2014 (Info 535).

As penas e as medidas de segurança são as espécies de sanção penal previstas em nos-


so ordenamento jurídico. Aplicadas para os inimputáveis e semi-imputáveis, as medidas de
segurança também se submetem às regras do art. 109 do CP.

Súmula n. 438-STJ: É inadmissível a extinção da punibilidade pela prescrição da preten-


são punitiva com fundamento em pena hipotética, independentemente da existência ou
sorte do processo penal.

A referida súmula busca rechaçar a chamada prescrição virtual ou prescrição “em pers-
pectiva”, “por prognose”, “projetada” ou “antecipada”.
É aquela em que o juiz, ao verificar que muitos anos já se passaram desde o dia em que o
prazo prescricional começou ou voltou a correr, acredita que o inquérito ou processo não se-
rão mais necessários, pois há uma grande possibilidade de o delito prescrever. A partir disso,
o magistrado avalia uma pena hipotética que aplicaria ao réu em caso de condenação e se
restaria caracterizada a prescrição em perspectiva.
Os Tribunais Superiores não admitem a prescrição virtual em virtude da ausência de previ-
são legal e por afrontar o princípio da presunção de não culpabilidade.

O inadimplemento da pena de multa impede a extinção da punibilidade mesmo que já


tenha sido cumprida a pena privativa de liberdade ou a pena restritiva de direitos?
Regra: SIM: “Se o indivíduo for condenado a pena privativa de liberdade e multa, o inadim-
plemento da sanção pecuniária obsta (impede) o reconhecimento da extinção da punibi-
lidade. Em outras palavras, somente haverá a extinção da punibilidade se, além do cum-
primento da pena privativa de liberdade, houver o pagamento da multa.”
Exceção: se o condenado comprovar que não tem como pagar a multa: “Se o condenado
comprovar a impossibilidade de pagar a sanção pecuniária, neste caso, será possível a

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extinção da punibilidade mesmo sem a quitação da multa. Bastará cumprir a pena priva-
tiva de liberdade e comprovar que não tem condições de pagar a multa.”
Tese fixada pelo STJ: “Na hipótese de condenação concomitante a pena privativa de liber-
dade e multa, o inadimplemento da sanção pecuniária, pelo condenado que comprovar
impossibilidade de fazê-lo, não obsta o reconhecimento da extinção da punibilidade.’
STJ. 3ª Seção. REsp 1785383-SP e REsp 1785861/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, jul-
gados em 24/11/2021 (Recurso Repetitivo – Tema 931) (Info 720).
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. O inadimplemento da pena de multa obsta a
extinção da punibilidade do apenado? Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em:
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/97ea3cfb64eeaa1e-
dba65501d0bb3c86. Acesso em: 2 mar. 2022
“A comunicabilidade da interrupção do prazo prescricional alcança tão somente os cor-
réus do mesmo processo. Dessa forma, havendo desmembramento, os feitos passam
a tramitar de forma autônoma, possuindo seus próprios prazos, inclusive em relação à
prescrição.”
STJ. 5ª Turma. AgRg no RHC 121.697/SP, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em
19/10/2021.
Fonte: CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Não se comunica a interrupção do prazo pres-
cricional a corréus de processos diversos. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível
em: https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/8e5e15c4e6d-
09c8333a17843461041a9. Acesso em: 2 mar. 2022

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RESUMO
Extinção da Punibilidade

A punibilidade não é requisito do crime – de modo que a existência ou não deste último
não depende da conduta ser de fato, punível.
Hipóteses (CP. Art. 107):

*O rol do art. 107 é exemplificativo.

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Espécies:

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Prescrição

Perda do direito de punir do Estado diante de sua inércia.

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Multa

Espécies de Prescrição

Categorias de PPP

Prescrição propriamente dita


• Ocorre antes da sentença condenatória.
• Enquanto não se tem a pena definitiva, deve-se regular o prazo prescricional pela pena
máxima cominada ao delito.

Prescrição superveniente, subsequente ou intercorrente


• O prazo prescricional será calculado com base na pena concreta cominada ao delito.
• Categoria de cálculo de prescrição da pretensão punitiva que ocorre entre dois mo-
mentos: A publicação da sentença condenatória recorrível e o trânsito em julgado da
sentença.
• Início da contagem do prazo: A partir da publicação da sentença condenatória recorrível.
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Prescrição Retroativa
• É contada de forma retroativa, tomando como base o termo inicial (publicação da sen-
tença recorrível) e a data de recebimento da denúncia.

Redução dos Prazos de Prescrição

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QUESTÕES COMENTADAS EM AULA


001. (IADES/2018/PM-DF/SOLDADO MÚSICO/ADAPTADA) Crime é fato típico, ilícito, culpável
e punível.

002. (IBADE/2020/PREFEITURA DE LINHARES – ES/ANALISTA DE CONTROLE INTERNO/DI-


REITO/ADAPTADA) A morte do autor do crime traz como consequência a extinção da tipicidade.

003. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO) Nos crimes de


ação penal privada, a extinção da punibilidade pela renúncia e pelo perdão do ofendido está
condicionada à aceitação do querelado.

004. (CESPE/2020/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/DIREITO) Antônia foi vítima de calúnia pra-


ticada por Francisca e Rita. Inconformada, Antônia, na mesma semana em que sofreu a ca-
lúnia, tomou as providências para que fosse proposta a ação penal cabível, mas o fez ape-
nas contra Francisca, porque Rita era amiga de sua mãe. Nessa situação hipotética, ocorreu
a renúncia.

005. (CESPE/CEBRASPE/2020/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL/DIREITO) A revogação do


crime de atentado violento ao pudor não configurou abolitio criminis, pois houve continuidade
típico-normativa do fato criminoso.

006. (FUNDEP/2019/MPE-MG/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ADAPTADA) O perdão


judicial constitui causa extintiva de punibilidade que afasta os efeitos da sentença condena-
tória e, diferentemente do perdão do ofendido, não precisa ser aceito para gerar efeitos.

007. (CESPE/2019/MPE-PI/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/ADAPTADA) Os crimes


hediondos, a tortura, o tráfico de drogas e o racismo são imprescritíveis.

008. (VUNESP/2019/PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO – SP/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/


ADAPTADA) A prescrição da pena de multa ocorrerá sempre em dois anos.

009. (CESPE/2019/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Pedro,


com vinte e dois anos de idade, e Paulo, com vinte anos de idade, foram denunciados pela
prática de furto contra Ana. A defesa de Pedro alegou inimputabilidade. Paulo confessou o
crime, tendo afirmado que escolhera a vítima porque, além de idosa, ela era sua tia.
Com relação a essa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.
Em relação a Paulo, o prazo prescricional será reduzido à metade.

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Parte Geral – Punibilidade
Douglas Vargas

QUESTÕES DE CONCURSO
010. (CESPE/2020/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebida alcoólica em
uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravi-
dade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime praticado por Mário contra a moça admite a extinção da punibilidade pela prescrição
e pela renúncia ao direito de queixa.

011. (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/ADAPTADA) A


sentença que concede o perdão judicial afasta os efeitos penais da sentença penal condena-
tória, exceto para fins de reincidência.

012. (CESPE/2013/TJ-BA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMOÇÃO) As


causas interruptivas da prescrição incluem o(a):
a) sentença de absolvição sumária.
b) oferecimento de denúncia.
c) recebimento da queixa.
d) indiciamento no inquérito policial.
e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri

013. (CESPE/2012/TJ-RO/ANALISTA/PROCESSUAL) Acerca das causas de extinção da puni-


bilidade, assinale a opção correta.
a) O perdão judicial pode alcançar toda e qualquer infração penal, ficando a critério do juiz a
sua aplicação quando da prolação da sentença.
b) Nas duas seguintes hipóteses a pretensão punitiva e executória não será atingida pela
prescrição: os crimes de racismo e de tortura.
c) O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada em abstrato para o crime.
d) A decadência é o instituto jurídico mediante o qual o Estado perde o seu direito de punir ou
de executar a sentença penal condenatória transitada em julgado.
e) A anistia, causa extintiva da punibilidade, somente poderá ser concedida antes da sentença
penal condenatória; nesse caso, o Estado renuncia ao jus puniendi

014. (CESPE/2009/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA) Não leva à extinção da punibilidade


do agente:
a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
b) a prescrição, a decadência ou a perempção.

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c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada.


d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

015. (FCC/2010/TCE-RO/PROCURADOR) A prescrição é interrompida


a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela sentença absolutória imprópria.
c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva.
d) pela sentença concessiva de perdão judicial.
e) pelo acórdão condenatório recorrível.

016. (FCC/2013/TRT 6ª REGIÃO (PE)/JUIZ DO TRABALHO) Constituem causas de extinção da


punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada.
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial.
b) a decadência e o perdão do ofendido.
c) a renúncia e a perempção.
d) a perempção e o perdão judicial.
e) a renúncia e a decadência

017. (FCC/2009/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) A extinção da punibilidade pela perempção


a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública.
b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal.
c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva.
d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública.
e) aplica-se à ação penal pública.

018. (FCC/2005/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO) A prescrição


a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.

019. (FCC/2005/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO) A prescrição


a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.

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d) exclui o dia de início na contagem do prazo.


e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva.

020. (FCC/2006/SEFAZ-PB/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/PROVA 2) A chama-


da prescrição retroativa concerne à prescrição
a) da pretensão executória, gerando futura reincidência.
b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
c) subsequente, gerando futura reincidência.
d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência.
e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência.

021. (FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) O curso da pres-


crição NÃO é interrompido:
a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena.
b) pela reincidência.
c) pelo recebimento da denúncia.
d) pela publicação da sentença absolutória recorrível.
e) pela decisão confirmatória da pronúncia

022. (FCC/2002/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) A “prescrição retroativa” baseia-


-se na pena
a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal.
b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória.
d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória.
e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva e a
executória.

023. (FCC/2016/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a prescrição, é correto afirmar que:


a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença,
aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data
da sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da
pena fixada na sentença.

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024. (FCC/2009/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No caso de concurso de crimes, a pres-


crição incidirá:
a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da pretensão
executória.
b) sempre sobre o total da pena.
c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, isoladamente,
se formal.
d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e sobre total,
se o concurso for material ou formal.
e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente.

025. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ESPECIALIDADE DIREITO)


NÃO constitui causa de extinção da punibilidade
a) a obediência hierárquica.
b) a perempção.
c) o perdão judicial.
d) a anistia.
e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada.

026. (FCC/2012/TRF 2ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS) É IN-


CORRETO afirmar que a extinção da punibilidade:
a) será declarada se ocorrer a decadência do direito queixa.
b) poderá ser reconhecida em processo de habeas corpus.
c) será declarada, no caso de morte do acusado, à vista da certidão de óbito.
d) será declarada, na fase do inquérito, pela autoridade policial.
e) deverá ser declarada de ofício pelo juiz, em qualquer fase do processo.

027. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO – SP/AUDITOR FISCAL DO MUNICÍPIO/PROVA


4) No que concerne às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que:
a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para efeito de reincidência.
b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do
decurso do prazo para o seu exercício.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação penal privada.
e) o indulto deve ser concedido por lei.

028. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR) No tocante às causas de extinção da punibilidade, é cor-


reto afirmar que

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a) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.


b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
c) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
d) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do beneficiado.
e) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.

029. (FCC/2011/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com o Código


Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
a) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
b) morte do agente.
c) anistia.
d) prescrição.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.

030. (FCC/2006/BACEN/ANALISTA DO BANCO CENTRAL/ÁREA 4/PROVA 2) No que concerne


às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a renúncia ao direito de queixa só pode ocorrer antes de iniciada a ação penal privada.
b) a chamada prescrição retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão executória.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) o indulto deve ser concedido por lei.
e) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do
decurso do prazo para seu exercício.

031. (FGV/2014/PROCEMPA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ADVOGADO) As opções a seguir


apresentam causas de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a.
a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.

032. (VUNESP/2014/TJ-PA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) É causa de extinção da puni-


bilidade o/a:
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa

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033. (MPE-RS/2014/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) O curso da prescrição in-


terrompe-se:
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
c) pela prolação de sentença absolutória.
d) pelo pedido de explicações em juízo.
e) em virtude da prática de novo fato delituoso.

034. (FUNDEP/2010/TJ-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Analisando as causas de extinção da pu-


nibilidade, NÃO se inclui entre elas
a) a doença grave do agente.
b) a graça.
c) a perempção.
d) a renúncia ao direito de queixa.

035. (VUNESP/2011/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/CRITÉRIO


REMOÇÃO) Assinale a alternativa que não indica causa de extinção da punibilidade.
a) Perdão aceito nos crimes de ação privada.
b) Retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso.
c) Casamento do agente com a vítima, no crime de estupro.
d) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

036. (PC-SP/2010/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Assinale a opção errada acerca das


modalidades de extinção da punibilidade.
a) Pela morte do agente.
b) Pela confissão do agente, em caso de delação premiada.
c) Pela anistia, graça ou indulto.
d) Pela retroatividade de lei que não mais considere o fato como criminoso.
e) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

037. (CONSULPLAN/2015/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTRO/REMO-


ÇÃO) Quanto às penas e à extinção da punibilidade, assinale a alternativa correta.
a) Constitui pena privativa de liberdade a limitação de fim de semana.
b) Para efeito de reincidência são considerados os crimes militares próprios e políticos.
c) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
d) O fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime importa em renún-
cia tácita ao direito de queixa.

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038. (VUNESP/2015/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA) Sobre as causas de extinção de


punibilidade, pode-se afirmar que
a) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qualquer infração
penal, mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia
in bonam partem.
b) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está con-
dicionada à aceitação da vítima.
c) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima
ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.
d) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investigações até a
sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado.
e) o rol constante do art. 107, do Código Penal, é taxativo.

039. (VUNESP/2013/MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No tocante à extinção da punibilida-


de, assinale a alternativa correta.
a) A retratação é admitida nos crimes de calúnia, injúria e difamação
b) O perdão do ofendido é um ato pelo qual o querelado desiste do prosseguimento da ação
penal privada.
c) Na receptação culposa, sendo o criminoso primário, será cabível o perdão judicial
d) A renúncia é instituto exclusivo da ação penal privada
e) A prescrição não incidirá sobre os crimes de terrorismo e tortura.

040. (TRT 3R/2013/TRT 3ª REGIÃO (MG)/JUIZ DO TRABALHO) Na sistemática do Código Pe-


nal, são causas de extinção de punibilidade, exceto:
a) Morte do agente
b) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada
d) Anistia, graça ou indulto
e) Prescrição, decadência ou perempção

041. (TJ-SC/2011/TJ-SC/ANALISTA JURÍDICO) No direito penal, NÃO constitui uma causa de


extinção da punibilidade:
a) O perdão da vítima nos crimes de ação pública.
b) A renúncia ao direito de queixa nos crimes de ação privada.
c) A concessão de anistia ou indulto.
d) A prescrição.
e) A retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso.

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GABARITO
1. E 37. c
2. E 38. a
3. C 39. c
4. E 40. c
5. C 41. a
6. C
7. E
8. E
9. C
10. E
11. C
12. c
13. c
14. d
15. e
16. c
17. c
18. e
19. e
20. e
21. d
22. a
23. b
24. e
25. a
26. d
27. d
28. b
29. a
30. a
31. d
32. a
33. b
34. a
35. c
36. b

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Parte Geral – Punibilidade
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GABARITO COMENTADO
010. (CESPE/2020/MPE-CE/TÉCNICO MINISTERIAL) Mário, após ingerir bebida alcoólica em
uma festa, agrediu um casal de namorados, o que resultou na morte do rapaz, devido à gravi-
dade das lesões. A moça sofreu lesões leves.
A partir dessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
O crime praticado por Mário contra a moça admite a extinção da punibilidade pela prescrição
e pela renúncia ao direito de queixa.

Para responder a essa questão, devemos saber que o delito de lesão corporal leve é de ação
penal pública condicionada à representação do ofendido. Portanto, conforme estudamos, o
instituto da renúncia só é cabível nas ações penais privadas, o que torna a afirmação do exa-
minador incorreta.
Errado.

011. (CESPE/2020/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA DE ENTRÂNCIA INICIAL/ADAPTADA) A


sentença que concede o perdão judicial afasta os efeitos penais da sentença penal condena-
tória, exceto para fins de reincidência.

Exatamente isso. O item está de acordo com o art. 120 do CP: A sentença que conceder perdão
judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
Certo.

012. (CESPE/2013/TJ-BA/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/REMOÇÃO) As


causas interruptivas da prescrição incluem o(a):
a) sentença de absolvição sumária.
b) oferecimento de denúncia.
c) recebimento da queixa.
d) indiciamento no inquérito policial.
e) decisão que impronuncia o réu no procedimento do júri

À essa altura, você já percebeu o quanto é importante ler o rol de causas interruptivas da pres-
crição, que simplesmente despenca em provas.
Dito isso, segundo o art. 117, inciso I, o recebimento da denúncia ou da queixa interrompem a
contagem de prazo prescricional.
Letra c.

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013. (CESPE/2012/TJ-RO/ANALISTA/PROCESSUAL) Acerca das causas de extinção da puni-


bilidade, assinale a opção correta.
a) O perdão judicial pode alcançar toda e qualquer infração penal, ficando a critério do juiz a
sua aplicação quando da prolação da sentença.
b) Nas duas seguintes hipóteses a pretensão punitiva e executória não será atingida pela
prescrição: os crimes de racismo e de tortura.
c) O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo máximo da pena privativa
de liberdade cominada em abstrato para o crime.
d) A decadência é o instituto jurídico mediante o qual o Estado perde o seu direito de punir ou
de executar a sentença penal condenatória transitada em julgado.
e) A anistia, causa extintiva da punibilidade, somente poderá ser concedida antes da sentença
penal condenatória; nesse caso, o Estado renuncia ao jus puniendi

Vamos analisar as assertivas:


a) Errada. O perdão judicial não alcança toda e qualquer infração penal – e sim apenas os
delitos para os quais tal instituto está previsto em lei.
b) Errada. São imprescritíveis os delitos de racismo e de ação de grupos armados, civis ou
militares, contra o Estado Democrático e a ordem constitucional.
c) Certa. É o que prevê o caput do art. 109, CP.
d) Errada. O conceito apresentado é o de prescrição, e não de decadência.
e) Errada. É possível conceder anistia antes ou depois da sentença penal condenatória.
Letra c.

014. (CESPE/2009/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA) Não leva à extinção da punibilidade


do agente:
a) a retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.
b) a prescrição, a decadência ou a perempção.
c) a renúncia do direito de queixa ou o perdão aceito, nos crimes de ação privada.
d) o casamento do agente com a vítima, nos crimes contra os costumes.
e) a retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

Outra questão simples. Você leu toda essa aula e sequer ouviu falar nessa modalidade de
casamento do agente com a vítima, certo? Isso se dá porque essa causa de extinção de puni-
bilidade foi revogada em 2005, e não leva mais à extinção da punibilidade do agente.
Letra d.

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015. (FCC/2010/TCE-RO/PROCURADOR) A prescrição é interrompida


a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela sentença absolutória imprópria.
c) pela reincidência, se corresponder à prescrição da pretensão punitiva.
d) pela sentença concessiva de perdão judicial.
e) pelo acórdão condenatório recorrível.

Mais uma vez, o examinador cobrando o rol do art. 117. A prescrição é interrompida, por ex-
pressa previsão no CP, pelo acórdão condenatório recorrível.
Letra e.

016. (FCC/2013/TRT 6ª REGIÃO (PE)/JUIZ DO TRABALHO) Constituem causas de extinção da


punibilidade relacionadas exclusivamente aos crimes de ação penal privada.
a) o perdão do ofendido e o perdão judicial.
b) a decadência e o perdão do ofendido.
c) a renúncia e a perempção.
d) a perempção e o perdão judicial.
e) a renúncia e a decadência

Questão polêmica, haja vista que a renúncia excepcionalmente é cabível em delitos de ação
penal pública condicionada a representação (por previsão contida na Lei n. 9.099/1995).
Entretanto, nesses casos, a dica é a seguinte: Utilize a regra geral para responder à questão
apresentada pelo examinador. Senão você não vai encontrar resposta alguma. É o famoso
“procurar a assertiva menos errada”.
Na regra geral, a renúncia e a perempção são institutos exclusivos dos crimes de ação pe-
nal privada.
Letra c.

017. (FCC/2009/DPE-MT/DEFENSOR PÚBLICO) A extinção da punibilidade pela perempção


a) pode ocorrer na ação penal privada exclusiva e na subsidiária da pública.
b) pode ocorrer antes da instauração da ação penal.
c) só pode ocorrer na ação penal privada exclusiva.
d) só pode ocorrer na ação penal privada subsidiária da pública.
e) aplica-se à ação penal pública.

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O instituto da perempção, conforme estudamos, só pode ser aplicado no caso de ação penal
privada (que o examinador decidiu chamar de exclusiva para confundir o aluno). Tal diferen-
ciação se dá pois existe a ação penal privada subsidiária da pública, na qual, se houver negli-
gência por parte do querelante, o direito de agir simplesmente retornará ao MP (não havendo
a extinção da punibilidade do agente).
Letra c.

018. (FCC/2005/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO) A prescrição


a) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
b) exclui o dia de início na contagem do prazo.
c) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
d) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.
e) não é interrompida pela sentença absolutória recorrível.

Para responder essa questão, é necessário ter feito a leitura do rol de causas interruptivas de
prescrição do art. 117 CP, e estar atento às pegadinhas elaboradas pelo examinador:
a) Errada. Possui causas de interrupção e suspensão.
b) Errada. É prazo penal e, portanto, o dia de início incluiu-se na contagem.
c) Errada. Incidirá sobre a pena de cada crime, conforme o art. 119 do CP.
d) Errada. Regula-se pela pena aplicada, conforme art. 110 do CP.
e) Certa. O curso da prescrição interrompe-se pela publicação da sentença ou acórdão con-
denatórios recorríveis (Art. 117, IV). Entretanto, note que o examinador trocou o termo con-
denatório por absolutório, de modo que realmente a sentença absolutória recorrível não inter-
rompe o prazo prescricional.
Letra e.

019. (FCC/2005/PGE-SE/PROCURADOR DO ESTADO) A prescrição


a) é calculada pelo total da pena no caso de concurso de crimes.
b) admite a interrupção, mas não a suspensão do respectivo prazo.
c) é calculada pelo máximo da pena cominada no caso de prescrição da pretensão executória.
d) exclui o dia de início na contagem do prazo.
e) retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão punitiva.

Vejamos:
a) Errada. No caso do concurso de crimes, o cálculo é realizado isoladamente (Art. 119 CP).

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b) Errada. Admite tanto a interrupção quanto a suspensão.


c) Errada. É calculada com base na pena cominada de forma concreta, haja vista que já ocorreu
o trânsito em julgado no caso de PPE.
d) Errada. O dia do início deve ser incluído na contagem do prazo. Como se trata de prazo que
afeta o direito de liberdade do acusado, lembre-se que deve ser contado como prazo penal, e
não processual.
e) Certa. Conforme estudamos, a PPP (prescrição da pretensão punitiva) possui três modali-
dades. Uma delas realmente é a prescrição retroativa.
Letra e.

020. (FCC/2006/SEFAZ-PB/AUDITOR FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/PROVA 2) A chama-


da prescrição retroativa concerne à prescrição
a) da pretensão executória, gerando futura reincidência.
b) da pretensão punitiva, gerando futura reincidência.
c) subsequente, gerando futura reincidência.
d) da pretensão executória, não gerando futura reincidência.
e) da pretensão punitiva, não gerando futura reincidência.

A prescrição retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão punitiva), e não gera


reincidência. Dessa forma, a assertiva correta é a letra E.
Letra e.

021. (FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) O curso da pres-


crição NÃO é interrompido:
a) pelo início ou continuação do cumprimento da pena.
b) pela reincidência.
c) pelo recebimento da denúncia.
d) pela publicação da sentença absolutória recorrível.
e) pela decisão confirmatória da pronúncia

Mais uma vez o examinador faz a mesma pegadinha, substituindo o os dizeres sentença con-
denatória por sentença absolutória. Dessa forma, a publicação de sentença absolutória recor-
rível realmente não integra o rol de causas de interrupção da prescrição.
Letra d.

022. (FCC/2002/PGE-SP/PROCURADOR DO ESTADO) A “prescrição retroativa” baseia-


-se na pena

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a) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão punitiva estatal.


b) cominada em abstrato e atinge a pretensão punitiva estatal.
c) cominada em abstrato e atinge a pretensão executória.
d) fixada em concreto na sentença e atinge a pretensão executória.
e) fixada em concreto na sentença e atinge simultaneamente a pretensão punitiva e a
executória.

Questão que parece difícil – mas é tranquila. Em primeiro lugar, lembre-se que a prescrição
retroativa é modalidade de PPP (prescrição da pretensão PUNITIVA). Além disso, ela é cabível
após a publicação da sentença e antes do trânsito em julgado, de modo que seu cálculo é
realizado com base em uma pena fixada em concreto. Não tem segredo.
Letra a.

023. (FCC/2016/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO) Sobre a prescrição, é correto afirmar que:


a) o oferecimento da denúncia ou queixa é causa interruptiva da prescrição.
b) o prazo da prescrição da pretensão executória regula-se pela pena aplicada na sentença,
aumentado de um terço, se o condenado for reincidente.
c) no caso de concurso de crimes, as penas se somam para fins de prescrição.
d) é reduzido de metade o prazo de prescrição quando o agente for menor de 21 anos na data
da sentença.
e) no caso de fuga ou evasão do condenado a prescrição é regulada de acordo com o total da
pena fixada na sentença.

O prazo da prescrição da pretensão executória é calculado com base na pena aplicada na


sentença (haja vista que já ocorreu o trânsito em julgado). E, conforme prevê expressamente
o Código Penal, há o aumento de 1/3 nesse prazo se o condenado for reincidente.
Letra b.

024. (FCC/2009/MPE-CE/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No caso de concurso de crimes, a pres-


crição incidirá:
a) sobre a pena de cada um, isoladamente, apenas na hipótese de prescrição da pretensão
executória.
b) sempre sobre o total da pena.
c) sobre o total da pena, se o concurso for material, e sobre a pena de cada um, isoladamente,
se formal.
d) sobre a pena de cada um, isoladamente, se corresponder a crime continuado, e sobre total,
se o concurso for material ou formal.
e) sempre sobre a pena de cada um, isoladamente.

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Questão para o cargo de promotor, que, no entanto, você consegue acertar apenas lendo o CP.
Conforme prevê o art. 119, A prescrição incidirá sobre cada crime, isoladamente. Sem surpresa.
Letra e.

025. (FCC/2009/MPE-SE/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/ESPECIALIDADE DIREITO)


NÃO constitui causa de extinção da punibilidade
a) a obediência hierárquica.
b) a perempção.
c) o perdão judicial.
d) a anistia.
e) o perdão do ofendido nos crimes de ação privada.

Questão tranquila – basta conhecer o rol de institutos que possibilitam a extinção da punibi-
lidade do agente. A obediência hierárquica não faz parte dele.
Letra a.

026. (FCC/2012/TRF 2ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/EXECUÇÃO DE MANDADOS) É IN-


CORRETO afirmar que a extinção da punibilidade:
a) será declarada se ocorrer a decadência do direito queixa.
b) poderá ser reconhecida em processo de habeas corpus.
c) será declarada, no caso de morte do acusado, à vista da certidão de óbito.
d) será declarada, na fase do inquérito, pela autoridade policial.
e) deverá ser declarada de ofício pelo juiz, em qualquer fase do processo.

A autoridade policial sequer pode arquivar autos de inquérito por conta própria. Muito mais
absurda seria a possibilidade do delegado declarar a extinção da punibilidade de um agente
delitivo, como se fosse um magistrado. Nada disso.
Nesse sentido, cabe ainda citar o doutrinar Rogério Greco, sobre o procedimento correto de
declaração da extinção da punibilidade:

A extinção da punibilidade pode ocorrer nas fases policial e judicial. Se houver inquérito em anda-
mento, deverá a autoridade policial remetê-lo à justiça, oportunidade em que o Ministério Público
solicitará o seu arquivamento; se a denúncia já tiver sido recebida, o juiz, com base no art. 61 do
Código de Processo Penal, deverá declará-la de ofício”
Letra d.

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027. (FCC/2007/PREFEITURA DE SÃO PAULO – SP/AUDITOR FISCAL DO MUNICÍPIO/PROVA


4) No que concerne às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que:
a) a sentença que concede o perdão judicial será considerada para efeito de reincidência.
b) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do
decurso do prazo para o seu exercício.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) a renúncia ao direito de queixa ocorre antes de iniciada a ação penal privada.
e) o indulto deve ser concedido por lei.

Questão interessante. Vejamos se você está afiado:


a) Errada. A sentença que concede o perdão judicial não será considerada para efeitos de
reincidência.
b) Errada. Perda do direito de representar pelo decurso do prazo é renúncia, e não perempção.
c) Errada. Só cabe perdão na ação penal privada.
d) Certa. Renúncia é cabível antes de iniciada a ação penal privada. Depois disso, é cabí-
vel o perdão.
e) Errada. O indulto é concedido via decreto.
Letra d.

028. (FCC/2010/TCE-RO/AUDITOR) No tocante às causas de extinção da punibilidade, é cor-


reto afirmar que
a) a concessão de anistia é atribuição exclusiva do Presidente da República.
b) o dia do começo inclui-se no cômputo do prazo da decadência.
c) são previstas exclusivamente na parte geral do Código Penal.
d) a concessão do indulto restabelece a condição de primário do beneficiado.
e) é cabível o perdão judicial em qualquer crime.

Mais uma excelente questão para revisar.


a) Errada. Anistia é atribuição do Congresso Nacional. Atribuição do PR é a concessão de
graça e indulto.
b) Certa. O prazo deve ser contado como prazo PENAL, pois influi no direito à liberdade do
acusado. Inclui-se, portanto, o dia do começo.
c) Errada. Existem causas de extinção da punibilidade previstas na parte ESPECIAL do CP,
como ocorre no delito de peculato culposo, por exemplo.
d) Errada. O indulto só extingue a punibilidade, mas não reestabelece a primariedade do be-
neficiado (ao contrário do que ocorre com a anistia).
e) Errada. O perdão judicial só é cabível para os delitos previstos em lei.
Letra b.

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029. (FCC/2011/TRE-AP/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA) De acordo com o Código


Penal NÃO é causa de extinção da punibilidade a
a) reparação do dano posterior à sentença irrecorrível no crime de peculato culposo.
b) morte do agente.
c) anistia.
d) prescrição.
e) retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso.

Questão que extrapola o conteúdo de nossa aula e adentra a parte especial do código penal
(abordando peculiaridades do delito de peculato culposo). No entanto, não custa somar no
nosso aprendizado.
A reparação do dano no crime de peculato culposo extingue a punibilidade… se realizada an-
tes da sentença irrecorrível. Uma vez que já existe sentença transitada em julgado, ocorrerá a
redução da pena – mas não a extinção da punibilidade.
Letra a.

030. (FCC/2006/BACEN/ANALISTA DO BANCO CENTRAL/ÁREA 4/PROVA 2) No que concerne


às causas de extinção da punibilidade, é correto afirmar que
a) a renúncia ao direito de queixa só pode ocorrer antes de iniciada a ação penal privada.
b) a chamada prescrição retroativa constitui modalidade de prescrição da pretensão executória.
c) cabe perdão do ofendido na ação penal pública condicionada.
d) o indulto deve ser concedido por lei.
e) a perempção constitui a perda do direito de representar ou de oferecer queixa, em razão do
decurso do prazo para seu exercício.

Outra excelente questão para revisão:


a) Certa. É isso mesmo.
b) Errada. A prescrição retroativa é modalidade de prescrição da pretensão punitiva (PPP) e
não da pretensão executória (PPE).
c) Errada. Só é cabível perdão na ação penal privada.
d) Errada. O indulto deve ser concedido por decreto presidencial.
e) Errada. Esse é o conceito de decadência.
Letra a.

031. (FGV/2014/PROCEMPA/ANALISTA ADMINISTRATIVO/ADVOGADO) As opções a seguir


apresentam causas de extinção da punibilidade, à exceção de uma. Assinale-a.

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a) Indulto e graça.
b) Prescrição e decadência.
c) Anistia.
d) Morte da vítima.
e) Perdão aceito, nos crimes de ação privada.

O instituto que tem o condão de extinguir a punibilidade é a morte do AGENTE, e não a morte
da VÍTIMA.
Letra d.

032. (VUNESP/2014/TJ-PA/OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) É causa de extinção da puni-


bilidade o/a:
a) perdão judicial.
b) inimputabilidade.
c) semi-imputabilidade.
d) adequação social da conduta.
e) inexigibilidade de conduta diversa

Questão básica. A única causa de extinção da punibilidade presente na questão é o per-


dão judicial.
Letra a.

033. (MPE-RS/2014/MPE-RS/SECRETÁRIO DE DILIGÊNCIAS) O curso da prescrição in-


terrompe-se:
a) pelo oferecimento da denúncia.
b) pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis.
c) pela prolação de sentença absolutória.
d) pelo pedido de explicações em juízo.
e) em virtude da prática de novo fato delituoso.

Outra banca, outro certame, e o mesmo padrão – cobrar as causas de interrupção da prescri-
ção. Como você já deve estar cansado de saber, a publicação da sentença ou acordão conde-
natórios recorríveis é uma das hipóteses capazes de interromper o curso da prescrição.
Letra b.

034. (FUNDEP/2010/TJ-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO) Analisando as causas de extinção da pu-


nibilidade, NÃO se inclui entre elas

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a) a doença grave do agente.


b) a graça.
c) a perempção.
d) a renúncia ao direito de queixa.

Doença grave do agente não é causa de extinção da punibilidade. Imagine só essa possibili-
dade. O que ia ter de réu adoecendo não é brincadeira…
Letra a.

035. (VUNESP/2011/TJ-SP/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTROS/CRITÉRIO


REMOÇÃO) Assinale a alternativa que não indica causa de extinção da punibilidade.
a) Perdão aceito nos crimes de ação privada.
b) Retroatividade da lei que não mais considera o fato como criminoso.
c) Casamento do agente com a vítima, no crime de estupro.
d) Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite.

Mais uma vez: O casamento do agente com a vítima não é mais causa extintiva de punibilida-
de, pois tal hipótese foi revogada em 2005 pelo legislador.
Letra c.

036. (PC-SP/2010/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL) Assinale a opção errada acerca das


modalidades de extinção da punibilidade.
a) Pela morte do agente.
b) Pela confissão do agente, em caso de delação premiada.
c) Pela anistia, graça ou indulto.
d) Pela retroatividade de lei que não mais considere o fato como criminoso.
e) Pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.

A confissão do agente, em delação premiada, não é causa de extinção da punibilidade (não é


à toa que sequer você ouviu falar nela durante essa aula).

Ah professor, mas o Joesley Batista tinha conseguido imunidade penal com a delação
dele.

Boa observação, mas não confunda as coisas. Teoricamente falando, todo indivíduo que fe-
cha um acordo de delação premiada confessa sua parcela de culpa e fornece informações
relevantes quanto à organização criminosa que ele integra.

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Entretanto, se bastasse a confissão, era só todo mundo confessar e delatar para não ser
preso, certo?
Apenas por curiosidade (visto que tal diploma legal não está em estudo nessa aula), o que a
Lei n. 12.850 prevê em seu art. 4º é que o Juiz poderá conceder o perdão judicial (este sim é
causa de extinção da punibilidade) ou reduzir em até 2/3 a pena a depender dos resultados
obtidos com a delação premiada. No caso de Joesley, o que (inicialmente) aconteceu foi que
o MP e o judiciário consideraram que os resultados de sua delação foram bons o suficiente
para justificar o perdão judicial pelos delitos por ele praticados. Portanto, não foi mera con-
sequência de sua confissão.
Letra b.

037. (CONSULPLAN/2015/TJ-MG/TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE REGISTRO/REMO-


ÇÃO) Quanto às penas e à extinção da punibilidade, assinale a alternativa correta.
a) Constitui pena privativa de liberdade a limitação de fim de semana.
b) Para efeito de reincidência são considerados os crimes militares próprios e políticos.
c) A sentença que conceder perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência.
d) O fato de receber o ofendido a indenização do dano causado pelo crime importa em renún-
cia tácita ao direito de queixa.

A sentença que concede perdão judicial não será considerada para efeitos de reincidência. O
examinador copiou e colou o teor do art. 120 do CP. Simples e direto.
Letra c.

038. (VUNESP/2015/MPE-SP/ANALISTA DE PROMOTORIA) Sobre as causas de extinção de


punibilidade, pode-se afirmar que
a) o perdão judicial, previsto no inciso IX, art. 107, CP, não se dirige a toda e qualquer infração
penal, mas apenas àquelas previamente determinadas pela lei, embora se admita a analogia
in bonam partem.
b) a hipótese do inciso V, art. 107, CP, que trata do perdão nas ações privadas, não está con-
dicionada à aceitação da vítima.
c) a perempção, prevista no inciso IV, art. 107, CP, é instituto jurídico mediante o qual a vítima
ou seu representante, perde o direito de queixa ou de representação em virtude da inércia.
d) a extinção da punibilidade poderá ser reconhecida desde o início das investigações até a
sentença penal condenatória ainda não transitada em julgado.
e) o rol constante do art. 107, do Código Penal, é taxativo.

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Vamos analisar as assertivas:


Correto. Conforme estudamos, o perdão judicial não se aplica a nenhuma infração penal – e
sim nos casos específicos previstos em lei. Embora não seja objeto de estudo da aula de hoje
(e sim da parte geral), a analogia in bonam partem é permitida em direito penal, principalmente
no que diz respeito a extinguir a punibilidade do acusado.
a) Errada. O perdão é ato bilateral e sujeita-se à aceitação da parte contrária.
b) Errada. Esse instituto é o da decadência.
c) Errada. Poderá ser reconhecida após o trânsito em julgado.
d) Errada. Trata-se de rol exemplificativo.
Letra a.

039. (VUNESP/2013/MPE-ES/PROMOTOR DE JUSTIÇA) No tocante à extinção da punibilida-


de, assinale a alternativa correta.
a) A retratação é admitida nos crimes de calúnia, injúria e difamação
b) O perdão do ofendido é um ato pelo qual o querelado desiste do prosseguimento da ação
penal privada.
c) Na receptação culposa, sendo o criminoso primário, será cabível o perdão judicial
d) A renúncia é instituto exclusivo da ação penal privada
e) A prescrição não incidirá sobre os crimes de terrorismo e tortura.

Questão que também adentra o conteúdo da parte especial do CP, mas que vale a pena comentar:
a) Errada. Não cabe a retratação no delito de injúria.
b) Errada. Pegadinha excelente. Quem desiste é o querelante, não o querelado (que é o autor
da infração penal).
c) Certa. É o que prevê o art. 180, parágrafo 5º, CP.
d) Errada. É cabível renúncia no caso de ação penal pública condicionada à representação, de
forma excepcional, por previsão na Lei n. 9.099/1995.
e) Errada. Os delitos imprescritíveis previstos na CF são o racismo e a ação de grupos arma-
dos, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
Letra c.

040. (TRT 3R/2013/TRT 3ª REGIÃO (MG)/JUIZ DO TRABALHO) Na sistemática do Código


Penal, são causas de extinção de punibilidade, exceto:
a) Morte do agente
b) Retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso
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c) Perdão aceito nos crimes de ação penal privada e ação penal pública condicionada
d) Anistia, graça ou indulto
e) Prescrição, decadência ou perempção

De novo essa mesma pegadinha. Nota zero em originalidade para a organizadora. Conforme
você já sabe, o perdão não é cabível no caso de ação penal pública – se restringe apenas à
ação penal privada.
Letra c.

041. (TJ-SC/2011/TJ-SC/ANALISTA JURÍDICO) No direito penal, NÃO constitui uma causa de


extinção da punibilidade:
a) O perdão da vítima nos crimes de ação pública.
b) A renúncia ao direito de queixa nos crimes de ação privada.
c) A concessão de anistia ou indulto.
d) A prescrição.
e) A retroatividade da lei que não mais considera o fato criminoso.

Cuidado. O perdão é um instituto aplicável apenas a ação penal privada. Por consequência,
portanto, não é cabível o perdão em crimes de ação pública, conforme afirma a assertiva A.
Letra a.

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Agente da Polícia Civil do Distrito Federal, aprovado em 6º lugar no concurso realizado em 2013. Aprovado
em vários concursos, como Polícia Federal (Escrivão), PCDF (Escrivão e Agente), PRF (Agente), Ministério
da Integração, Ministério da Justiça, BRB e PMDF (Soldado – 2012 e Oficial – 2017).

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