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Dos Juizados Especiais Cíveis - Parte I
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
Sumário
Juizados Especiais Cíveis – Parte I............................................................................................... 3
1. Aspectos Introdutórios............................................................................................................... 4
2. Regras Específicas: Capítulo I e Seções I a VIII do Capítulo II............................................ 6
Exercícios......................................................................................................................................... 29
Gabarito............................................................................................................................................ 38
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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
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Cordialmente, torço para que a presente aula que seja de profunda valia para você e sua
prova, uma vez que foi elaborada com muita atenção, zelo e consideração ao seu esforço, que,
para nós, é sagrado.
Caso fique com alguma dúvida após a leitura da aula, por favor, envie-a a mim por meio do
Fórum de Dúvidas, e eu, pessoalmente, a responderei o mais rápido possível. Será um grande
prazer verificar sua dúvida com atenção, zelo e profundidade, e com o grande respeito que
você merece.
Bons estudos!
Seja imparável!
1. Aspectos Introdutórios
No direito brasileiro, os Juizados Especiais consistem em órgãos responsáveis pela ma-
nutenção de microssistemas processuais, criados para que seja conferida maior efetividade
a determinados princípios e regras jurídicas em nível que não seja possível, como regra, no
procedimento judicial comum.
A mesma lógica se aplica a todos os Juizados Especiais, que, no direito brasileiro, são:
• Juizados Especiais Cíveis;
• Juizados Especiais Criminais;
• Juizados Especiais da Fazenda Pública;
• Juizados Especiais Federais.
Obs.: Esta lista aborda os Juizados existentes de forma genérica, sem contemplar eventuais
subdivisões administrativas internas.
Professor, quais seriam esses “princípios e regras jurídicas” aptos a receber maior efeti-
vidade?
Para assimilar a resposta desta pergunta, você deve se questionar: quais são os principais
motivos que levam os processos judiciais comuns a perderem sua utilidade ou a não alcança-
rem resultado algum? Costuma-se dizer que tais motivos são, principalmente, a morosidade
(lentidão) e o excesso de formalismo.
À vista destes motivos, o legislador pretendeu criar procedimentos diferenciados dentro
do direito processual civil, para que as causas mais suscetíveis de serem prejudicadas pela
morosidade e pelo formalismo exacerbado tramitem, judicialmente, de forma mais célere e
mais simples.
Prática e teoricamente, um procedimento mais célere e mais simples tende a efetivar o
princípio do acesso à justiça, possibilitando que os cidadãos (jurisdicionados) recebam o bem
da vida em tempo razoável e de forma justa.
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Diante desta lógica, constatou-se que algumas ações específicas, por envolverem valores
menores e bens jurídicos mais essenciais e comuns, poderiam ser regidas por um procedi-
mento diferenciado, que desse maior rapidez e simplicidade ao processo, em prol da rápida
solução dos conflitos.
Dessa forma, as ações de maior repercussão, seja pelo envolvimento de maiores valores
ou pela abrangência de objetos mais complexos, permaneceriam regidas pelo procedimen-
to comum, e as ações mais “simples” poderiam seguir um rito diferenciado, para que sejam
solucionadas de forma mais rápida, sem permanecerem numa fila de processos densos e
complexos.
Seguindo tal lógica, o Poder Constituinte Originário inseriu, no texto da Constituição Fede-
ral de 1988, a seguinte regra:
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Os Juizados Especiais Cíveis dos Estados são definidos e regulamentados pela Lei Federal
n. 9.099/1995. Neste microssistema, o gênero “causas cíveis de menor complexidade” é res-
tringido de modo a abranger somente as causas cíveis de menor complexidade mencionadas
no art. 3º da referida lei.
Nesta aula, estudaremos este microssistema processual de forma sistematizada, median-
te comentários individualizados e contextualizados a cada dispositivo da referida norma, com
pertinentes associações à doutrina e à jurisprudência.
CAPÍTULO I
Disposições Gerais
Art. 1º Os Juizados Especiais Cíveis e Criminais, órgãos da Justiça Ordinária, serão criados pela
União, no Distrito Federal e nos Territórios, e pelos Estados, para conciliação, processo, julgamento
e execução, nas causas de sua competência.
Art. 2º O processo orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia
processual e celeridade, buscando, sempre que possível, a conciliação ou a transação.
O primeiro artigo da lei estabelece a competência para criação dos Juizados Especiais
Cíveis, bem como quais entes federados podem ter um Juizado desta natureza em sua estru-
tura orgânica.
Os Juizados Especiais Cíveis situam-se na estrutura orgânica dos Tribunais de Justiça dos
Estados e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Portanto, os Juiza-
dos Especiais Cíveis integram os âmbitos estadual e distrital.
Professor, e quanto à União? Ela não pode ser contemplada por um Juizado Especial Cível
da Lei n. 9.099/1995 integrante de sua estrutura?
Não, caro(a) aluno(a). O motivo pelo qual a União é excluída da possibilidade de ter este
microssistema é o fato de que as causas cíveis de menor complexidade de interesse da União
já são processadas e julgadas nos Juizados Especiais Federais, regidos pela Lei Federal n.
10.259/2001.
Temos agora a primeira regra a aprender:
1) Os Juizados Especiais Cíveis, nos Estados, são criados pelos próprios Estados.
2) No Distrito Federal, o respectivo Juizado Especial Cível é criado pela União.
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Professor, por qual razão o Distrito Federal não é competente para criar o próprio
Juizado?
A razão, caro(a) aluno(a), é dogmática: o art. 22 da Constituição Federal, um dos que de-
finem a repartição de competências constitucionais, atribuiu tal competência à União em seu
inciso XVII, que no ano da publicação da Lei n. 9.099/95 tinha os seguintes termos:
Os Municípios, por não possuírem o Poder Judiciário entre suas funções, naturalmente não
podem ter Juizados Especiais em sua estrutura orgânica.
Ademais, cabe salientar que o art. 1º também confere aos Juizados Especiais Cíveis a
competência executória, de modo que pode, sem necessidade de remessa dos autos a qual-
quer outro órgão, executar suas decisões provisórias ou definitivas, na forma da lei.
As atividades de julgamento e de execução, no entanto, NÃO são as prioritárias dos Jui-
zados. Nestes órgãos, a primazia pertence à CONCILIAÇÃO e à MEDIAÇÃO. Os juízes leigos
atuantes nos Juizados – figura esta que estudaremos mais adiante – devem, em cooperação
direta com as partes, tentar solucionar o conflito por meio da autocomposição (conciliação ou
mediação).
Obs.: Embora o art. 2º cite “conciliação ou a transação”, devemos interpretá-lo com sentido
mais genérico: o de que deve ser buscada, ao máximo, a autocomposição, que com-
preende toda forma de solução pacífica de conflitos por meio de consenso entre as
partes. Essa interpretação é mais recomendável até porque, atualmente, ao tratar-se
de autocomposição, citam-se a conciliação e a mediação. O termo “transação” é, pro-
priamente, de um instituto de direito material, e por isso, modernamente, vem sendo
deixado de lado quando o assunto é autocomposição processual.
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Obs.: Em provas, as descrições desses princípios podem aparecer de diversas formas, mas,
se você conhecer o núcleo essencial de cada um, não terá quaisquer problemas.
Capítulo II
Dos Juizados Especiais Cíveis
Seção I
Da Competência
Art. 3º O Juizado Especial Cível tem competência para conciliação, processo e julgamento das cau-
sas cíveis de menor complexidade, assim consideradas:
I – as causas cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo;
II – as enumeradas no art. 275, inciso II, do Código de Processo Civil;
III – a ação de despejo para uso próprio;
IV – as ações possessórias sobre bens imóveis de valor não excedente ao fixado no inciso I deste
artigo.
Quando a Constituição Federal falou em causas cíveis de menor complexidade, ela não
especificou que causas seriam essas. Esse papel coube ao art. 3º da Lei n. 9.099/95, que es-
pecificou, nos seus quatro incisos, que causas são essas.
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Art. 1.063. Até a edição de lei específica, os juizados especiais cíveis previstos na Lei n. 9.099, de
26 de setembro de 1995, continuam competentes para o processamento e julgamento das causas
previstas no art. 275, inciso II, da Lei n. 5.869, de 11 de janeiro de 1973.
Portanto, caro(a) aluno(a), o art. 275, inciso II do CPC de 1973 continua produzindo efeitos
em relação aos Juizados Especiais Cíveis até que a redação do inciso II do art. 3º, ora em co-
mento, seja alterada.
As causas mencionadas no art. 275, inciso II do CPC de 1973, e que devem ser processa-
das nos Juizados, independentemente do valor (podem ser até 40 salários mínimos ou até
mais, como 80, 90 ou 500 salários mínimos), são:
• a) de arrendamento rural e de parceria agrícola;
• b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio;
• c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico;
• d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre;
• e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo,
ressalvados os casos de processo de execução;
• f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legis-
lação especial;
• g) que versem sobre revogação de doação;
• h) nos demais casos previstos em lei.
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Professor, quer dizer que, para garantir o sucesso nas questões de Juizados Especiais
Cíveis, devo conhecer a redação de um dispositivo do CPC de 1973, mesmo já revogado?
Recomendo-lhe especial atenção quanto às ações de alíneas “e” e “f”. Se o examinador disser
que tais ações são, “em qualquer hipótese”, de competência do Juizado, a afirmação estará er-
rada, vez que as próprias alíneas criam exceções a tal competência (exceções estas que estão
devidamente grifadas acima).
O PULO DO GATO
Você percebeu que a última alínea fala “nos demais casos previstos em lei”. Se o examinador
for extremamente rigoroso, poderá cobrar alguma espécie de ação que, conforme previsão
em lei esparsa, deveria seguir o procedimento sumário do CPC de 1973 independentemen-
te do valor.
Como forma de precaução, informo a você a hipótese mais comum de tramitação no Juizado
Especial e que, ainda, é prevista só na legislação esparsa: a ação revisional de aluguel. Confor-
me o art. 68 da Lei n. 8.245/91, essa ação deveria seguir o rito sumário, independentemente
de seu valor.
Por ser uma ação corriqueira, fica a dica!
3) AÇÃO DE DESPEJO PARA USO PRÓPRIO. Esta ação prescinde de maior detalhamento:
independentemente de seu valor (40, 100, 200 salários mínimos), tramitará no Juizado Espe-
cial Cível.
4) AÇÕES POSSESSÓRIAS SOBRE BENS IMÓVEIS DE VALOR NÃO EXCEDENTE A 40 SALÁ-
RIOS MÍNIMOS. Todas as ações possessórias (reintegração de posse, manutenção de posse
e interdito proibitório), quando tiverem por objeto um imóvel de valor não maior que 40 salários
mínimos, tramitarão no Juizado Especial Cível.
Cuidado para não confundir:
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§ 1º Compete ao Juizado Especial promover a execução:
I – dos seus julgados;
II – dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salário mínimo, observado
o disposto no § 1º do art. 8º desta Lei.
Obs.: Nas comarcas onde não existirem Varas Especializadas, naturalmente, as ações serão
de competência da Vara Única ou de uma das Varas Cíveis entre as quais se distri-
buem todas as competências.
§ 3º A opção pelo procedimento previsto nesta Lei importará em renúncia ao crédito excedente ao
limite estabelecido neste artigo, excetuada a hipótese de conciliação.
Eis uma regra importantíssima: a CONDENAÇÃO não pode ultrapassar 40 salários míni-
mos, mas a CONCILIAÇÃO pode, sim, envolver qualquer valor, até um milhão de salários míni-
mos, por exemplo.
Veja que, nos Juizados Especiais, não existe nenhuma limitação à vontade das partes
quando o assunto é conciliação.
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III – do domicílio do autor ou do local do ato ou fato, nas ações para reparação de dano de qualquer
natureza.
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, poderá a ação ser proposta no foro previsto no inciso I deste
artigo.
Antes de verificar a fundo qual é o foro competente para processar e julgar, em Juizado
Especial, uma causa cível de menor complexidade, é necessário ter em mente que, em qual-
quer caso, será competente, ao menos concorrentemente, o foro do domicílio do réu, seja seu
domicílio civil propriamente dito ou onde ele trabalhe, invista ou tenha unidade comercial/eco-
nômica (estabelecimento, filial, agência, sucursal ou escritório).
Quando a ação tiver por objeto o cumprimento de obrigação civil, será concorrentemente
competente o foro do lugar onde a obrigação deva ser cumprida.
Já quando a ação tiver por objeto a reparação por danos morais, materiais ou de qualquer
outra espécie, serão concorrentemente competentes os foros de domicílio do autor e do local
onde o dano tenha ocorrido ou sido praticado (ato/fato).
Veja: as regras dos incisos II e III são, necessariamente, regras de competência territorial
concorrente, pois nunca excluem a competência do foro do domicílio do réu.
Por força do princípio do juiz natural e da regra processual de prevenção do juízo (art. 59
do CPC), será perpetuada a competência daquele que tiver por primeiro apreciado a causa, e
se não tiver sido impugnada a sua competência.
Obs.: Se o foro onde tiver sido ajuizada a ação não for o territorialmente competente, mas
não houver alegação de incompetência territorial até a contestação, o fenômeno será
outro: prorrogação de competência.
Seção II
Do Juiz, dos Conciliadores e dos Juízes Leigos
Art. 5º O Juiz dirigirá o processo com liberdade para determinar as provas a serem produzidas, para
apreciá-las e para dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
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− Como a audiência do Juizado Especial é una, a parte que tiver seu meio de prova inde-
ferido será prejudicada, e poderá, em grau de recurso, suscitar nulidade da audiência
por cerceamento de defesa, provando que aquele meio de prova não era excessivo,
nem pertinente, tampouco protelatório.
− Se a Turma Recursal acolher essa preliminar de nulidade, o processo voltará ao Juiza-
do de origem para realização de nova audiência.
• Princípio da Imediatidade ou Imediação: O juiz dirigirá o processo com liberdade para
apreciar as provas e dar especial valor às regras de experiência comum ou técnica.
− É característica clássica do princípio da imediatidade/imediação que o juiz tenha con-
tato direto com a prova produzida, analisando-a/apreciando-a.
− Os Juizados envolvem matérias cíveis muito próximas da rotina comum de todas as
pessoas. Por isso, o juiz não só pode como deve dar especial valor às regras de expe-
riência comum ou técnica.
Art. 6º O Juiz adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime, atendendo aos
fins sociais da lei e às exigências do bem comum.
Os Juizados Especiais Cíveis não são órgãos essencialmente técnicos. Você já sabia disso
porque viu no início da aula que os Juizados são marcados pelo princípio da informalidade.
A adoção de critérios gerais de justiça e equidade dá espaço à fundamentação conforme
proporcionalidade e razoabilidade. Dessa forma, não é raro que os juízes leigos ou togados da
Turma Recursal interpretem de forma não literal determinadas disposições normativas e/ou
contratuais.
Ademais, ganham notável espaço nos Juizados as interpretações finalística/teleológica e
sociológica.
Art. 7º Os conciliadores e Juízes leigos são auxiliares da Justiça, recrutados, os primeiros, preferen-
temente, entre os bacharéis em Direito, e os segundos, entre advogados com mais de cinco anos de
experiência.
Parágrafo único. Os Juízes leigos ficarão impedidos de exercer a advocacia perante os Juizados
Especiais, enquanto no desempenho de suas funções.
Os requisitos deste artigo são muito importantes e de muito provável cobrança em prova.
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O PULO DO GATO
O juiz leigo é alcançado por um impedimento legal de atuar no Juizado. No entanto, embora
o art. 7º, parágrafo único não seja específico, há entendimento pacífico de que esse impedi-
mento somente se aplica no âmbito no Juizado em que o respectivo advogado atua como juiz
leigo. Veja:
Obs.: O impedimento de atuar como advogado no Juizado em que exerça suas funções
também se aplica ao conciliador, embora a lei faça referência apenas ao juiz leigo. Na
prova, não se preocupe se a banca somente se referir ao juiz leigo: ela estará simples-
mente se baseando no texto literal da Lei n. 9.099/95.
• 1) Conciliadores e Juízes Leigos não precisam ser concursados. Alguns Estados até promo-
vem concursos públicos para essas funções, mas não há tal obrigatoriedade na legislação.
É mais comum que os juízes da localidade escolham alguém para exercer cada função.
• 2) Conciliadores apenas tratam das tentativas de conciliação/mediação. Já os juízes
leigos podem, igualmente, tratar da conciliação/mediação e conduzir a instrução.
− Veremos mais adiante que, embora o juiz leigo seja incumbido de proferir decisão,
sua decisão não é imperiosa: ela deve ser homologada por um juiz togado, que pode,
inclusive, substituí-la.
Seção III
Das Partes
Art. 8º Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as pessoas
jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insolvente civil.
Você lembra das hipóteses em que a ação deve tramitar na Vara, e não no Juizado, em ra-
zão da matéria? As alimentares, falimentares, de acidente de trabalho etc. O art. 8º apresenta
hipóteses em que a ação não poderá tramitar no Juizado, independentemente do valor, em
razão da pessoa envolvida.
NÃO poderão tramitar no Juizado ações que envolvam incapazes (absoluta ou relativa-
mente), nem mesmo com representação ou assistência de outra pessoa. O mesmo raciocínio
vale para o preso.
Já as pessoas jurídicas de direito público e as empresas públicas da União devem ser pro-
cessadas nos Juizados Especiais da Fazenda Pública (Lei n. 12.153/2009).
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A massa falida e o insolvente civil, igualmente, devem ser processados perante uma Vara
Cível, e não nos Juizados, independentemente do valor da causa.
Não é qualquer pessoa que pode ser AUTORA no Juizado Especial Cível.
Podem ser autores, apenas, os seguintes:
1) Pessoas físicas MAIORES DE 18 ANOS E CAPAZES;
Obs.: O cessionário de direito de pessoa jurídica não poderá ser autor no Juizado.
2) Pessoas jurídicas que se qualifiquem como ME, EPP, MEI, OSCIP e Sociedade de Crédito
ao Microempreendedor.
Art. 9º Nas causas de valor até vinte salários mínimos, as partes comparecerão pessoalmente, po-
dendo ser assistidas por advogado; nas de valor superior, a assistência é obrigatória.
Nos Juizados Especiais Cíveis, é possível a atuação sem advogado! Trata-se de um direito
já tradicionalmente conhecido no ramo justrabalhista, denominado jus postulandi.
No entanto, esse direito tem um limite: somente pode ser exercido nos processos de valor
não excedente a 20 (vinte) salários mínimos.
Não confunda:
A atuação sem advogado no Juizado Especial Cível em processos de até 20 (vinte) salários mí-
nimos é apenas uma faculdade, e não uma obrigação. Não há problema nenhum quando a parte
contrata um advogado para representá-la, no Juizado, em processo de valor não excedente a este.
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Uma verdadeira obrigação somente existe quando o valor da causa ultrapassa esse limite de
20 (vinte) salários mínimos, caso em que será obrigatória a assistência da parte por advogado.
§ 1º Sendo facultativa a assistência, se uma das partes comparecer assistida por advogado, ou se
o réu for pessoa jurídica ou firma individual, terá a outra parte, se quiser, assistência judiciária pres-
tada por órgão instituído junto ao Juizado Especial, na forma da lei local.
Há duas situações em que uma parte terá o direito de exigir do Juizado o fornecimento de
assistência judiciária (representação por advogado):
1) Quando, sendo o processo de valor não maior que 20 salários mínimos, a parte contrária
tem advogado constituído;
2) Quando, sendo o processo de valor não maior que 20 salários mínimos, a parte ré é pes-
soa jurídica ou, se pessoa física, é empresária individual.
Obs.: Perceba que, nas duas situações, uma condição é inalterável: deve o processo ter valor
não excedente a 20 salários mínimos (situação em que a assistência é facultativa).
§ 2º O Juiz alertará as partes da conveniência do patrocínio por advogado, quando a causa o reco-
mendar.
Às vezes, por mais que a parte tenha o direito de atuar sem advogado, a matéria envolvida
pode ser tão complexa a ponto de demandar uma densa instrução probatória, e/ou uma sig-
nificativa fundamentação jurídica. Nesses casos, o juiz será obrigado a, pelo menos, alertar a
parte de que a assistência por advogado, naquele caso, é recomendável.
No entanto, se a parte não atender à recomendação e persistir na ideia de atuar sem advo-
gado, não poderá o juiz fazer nada, senão conduzir o processo normalmente. Afinal, o direito
de postular em causa própria no Juizado, sem advogado, em processos de até 20 salários
mínimos, não pode ser afastado com fundamento na incapacidade técnica do sujeito.
§ 3º O mandato ao advogado poderá ser verbal, salvo quanto aos poderes especiais.
Nos Juizados Especiais Cíveis, o mandato verbal ou tácito consiste na outorga de poderes
pela parte a algum advogado por um meio que não seja a procuração formal.
Geralmente, quando a parte é acompanhada de advogado em sua ação no Juizado, ela
confere ao advogado uma procuração específica, com poderes gerais e, na maioria das vezes,
também poderes especiais.
As exceções a esse fato verificam-se quando uma parte vai para a audiência sem advo-
gado nenhum, mas, na espera pelo início de sua audiência – ou até mesmo após seu início –,
essa parte aceita que um advogado ali presente a acompanhe na audiência.
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Para você relembrar a diferença entre poderes para o foro em geral e poderes especiais,
cito o art. 105, caput, do CPC:
Art. 105. A procuração geral para o foro, outorgada por instrumento público ou particular assinado
pela parte, habilita o advogado a praticar todos os atos do processo, exceto receber citação, con-
fessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se
funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência
econômica, que devem constar de cláusula específica.
A partir da palavra “exceto”, são os poderes especiais. Portanto, os poderes para o foro
em geral (tidos pelo advogado investido em mandato tácito/verbal) são todos, com exceção
dos especiais.
Portanto, o advogado investido em mandato tácito/verbal NÃO PODERÁ: receber citação,
confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o
qual se funda a ação, receber, dar quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipos-
suficiência econômica.
O PULO DO GATO
O mandato verbal, por incrível que pareça, tem uma forma escrita: deve haver registro, na ata da
audiência, de que determinado advogado (devidamente qualificado na ata) acompanha a parte.
§ 4º O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto
credenciado, munido de carta de preposição com poderes para transigir, sem haver necessidade de
vínculo empregatício.
Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência.
Admitir-se-á o litisconsórcio.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
O art. 10 quer dizer que, nos Juizados Especiais Cíveis, não cabe nenhuma forma de inter-
venção de terceiros tratada no CPC, citando expressamente a assistência, que nada mais é que
uma das formas de intervenção de terceiros.
As formas de intervenção de terceiros tratadas no CPC são:
• 1) Assistência;
• 2) Denunciação da lide;
• 3) Chamamento ao processo;
• 4) Amicus curiae;
• 5) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica.
Este ponto pode ser facilmente esclarecido: ao tempo em que foi redigido o art. 10 da Lei
n. 9.099/95, o incidente de desconsideração da personalidade jurídica não tinha regulamenta-
ção legal, exceto no Código de Defesa do Consumidor, para as relações de consumo. Ademais,
esse incidente não era tratado, especificamente, como forma típica de intervenção de tercei-
ros. Tal tratamento surgiu do CPC de 2015.
Portanto, neste caso, devemos interpretar o art. 10 com o método sistemático (em con-
junto com o art. 1.062 do CPC/2015), que nos levará a um resultado restritivo (permanecerão
proibidas as formas de intervenção de terceiro, exceto o incidente de desconsideração da per-
sonalidade jurídica).
Portanto, em processos que tramitem sob os Juizados Especiais, é cabível a instauração
do incidente de desconsideração da personalidade jurídica (IDPJ).
O IDPJ é um procedimento instaurado por decisão interlocutória do juiz, a requerimento
das partes ou do MP interveniente (nunca de ofício), a fim de possibilitar que os sócios da em-
presa respondam pelas dívidas da empresa. Logo, a instauração do IDPJ acarretará a citação
dos sócios para que exerçam o contraditório, manifestando-se nos autos.
O IDPJ é regulamentado pelos arts. 133 a 137 do CPC de 2015, aplicando-se, como dito,
aos processos dos Juizados Especiais.
Há outro ponto a se destacar no art. 10: é PERMITIDO o litisconsórcio.
Litisconsórcio é a participação de várias pessoas num mesmo polo (consórcio) de um li-
tígio (litis). Várias pessoas participam de um processo em conjunto, em razão de defenderem
seus direitos uma ao lado da outra, no mesmo “lado” do conflito.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
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A Lei n. 9.099/95 não cria novas hipóteses de intervenção do MP como fiscal da lei. Ela se
limita a não criar impeditivos a tal atuação.
No CPC, as hipóteses de intervenção do MP como custos legis são enumeradas, exempli-
ficativamente, no art. 178.
Seção IV
Dos atos processuais
Art. 12. Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno, conforme
dispuserem as normas de organização judiciária.
Este dispositivo não delimita um horário específico para a prática de atos processuais,
mas permite a prática desses atos durante a noite, em horário a ser previsto pelas normas de
organização judiciária.
Se a prova se limitar a cobrar a redação do art. 12, bastará saber que os atos processu-
ais são públicos e que podem ser praticados durante horário noturno. No entanto, é possível
que o examinador cobre esse dispositivo em conjunto com o art. 212, caput e § 1º do CPC,
que dispõem:
Art. 212. Os atos processuais serão realizados em dias úteis, das 6 (seis) às 20 (vinte) horas.
§ 1º Serão concluídos após as 20 (vinte) horas os atos iniciados antes, quando o adiamento preju-
dicar a diligência ou causar grave dano.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
Os horários acima destacados aplicam-se somente à prática física dos atos processuais.
Quando o ato processual for praticado de forma eletrônica, no sistema de processos eletrô-
nicos, deverá ele ser realizado em qualquer horário, devendo a parte, para evitar preclusão,
praticá-lo até as 24 horas do último dia do prazo (art. 213, caput).
De qualquer modo, você deve conhecer qual é a delimitação legal de horários para prática
de atos processuais, porque tal dado é cobrado com relativa frequência em provas, e pode per-
feitamente ser explorado em conjunto com o CPC.
Art. 12-A. Na contagem de prazo em dias, estabelecido por lei ou pelo juiz, para a prática de qualquer
ato processual, inclusive para a interposição de recursos, computar-se-ão somente os dias úteis.
O art. 12-A, incluído pela Lei n. 13.728/2018, traz importantíssima novidade: os prazos
processuais são contados tão somente em dias úteis também nos Juizados Especiais Cíveis.
Finais de semana, feriados, dias sem expediente forense e recessos forenses são descon-
siderados do lapso temporal que forma o prazo.
A regra do cômputo de dias úteis aplica-se somente a prazos PROCESSUAIS, que são aqueles
concedidos para a prática de algum ato no processo.
Prazos decadenciais e prescricionais, por exemplo, são contados em dias corridos, e não se
sujeitam à regra do art. 12-A.
Art. 13. Os atos processuais serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais
forem realizados, atendidos os critérios indicados no art. 2º desta Lei.
§ 1º Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
O art. 13 é um dos dispositivos do direito processual brasileiro (ao lado do art. 188 do CPC)
que insculpem o princípio da instrumentalidade das formas, também conhecido como princí-
pio da finalidade.
A forma dos atos processuais, caso não seja observada de maneira rigorosa, não causará
a nulidade do ato se a sua finalidade for atingida.
Em algumas hipóteses bem específicas, a forma será um elemento essencial do ato
processual.
O erro quanto à forma dos atos processuais é uma nulidade relativa. Em razão do princípio
do aproveitamento (§ 1º), os atos que puderem ser aproveitados a fim de que se atinjam as
suas finalidades serão, prontamente, aproveitados, sem declaração de nulidade.
Obs.: O aproveitamento só é possível quando dele não resulta prejuízo a quaisquer das
partes (§ 1º).
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
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Conclusão: o erro de forma somente causará a nulidade do ato se, pela forma como prati-
cado, não puder ser aproveitado. Portanto, quando a forma do ato for essencial, será um caso
em que eventual ato de forma errônea não poderá ser aproveitado.
A aplicação desses princípios é reforçada nos Juizados Especiais e até pode ser vista
como decorrência lógica dos princípios da informalidade, da simplicidade e da economia pro-
cessual, expressamente listados no art. 2º da Lei n. 9.099/95.
§ 2º A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio
idôneo de comunicação.
Obs.: No momento em que o legislador permitiu o uso de qualquer meio idôneo de comu-
nicação, ele não proibiu as cartas. Ele apenas as tornou facultativas. Se, em deter-
minado caso concreto, o juízo perceber que somente a expedição da carta é capaz
de preencher a finalidade do ato – por quaisquer razões concretas –, poderá, sim, ser
expedida a carta.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
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Seção V
Do pedido
Art. 14. O processo instaurar-se-á com a apresentação do pedido, escrito ou oral, à Secretaria do
Juizado.
§ 1º Do pedido constarão, de forma simples e em linguagem acessível:
I – o nome, a qualificação e o endereço das partes;
II – os fatos e os fundamentos, de forma sucinta;
III – o objeto e seu valor.
§ 2º É lícito formular pedido genérico quando não for possível determinar, desde logo, a extensão
da obrigação.
§ 3º O pedido oral será reduzido a escrito pela Secretaria do Juizado, podendo ser utilizado o siste-
ma de fichas ou formulários impressos.
Os requisitos da petição inicial, nos Juizados, são bem mais simples e reduzidos do que
os previstos no CPC. Basta saber quem são as partes, onde as partes podem ser encontradas,
o que gerou a demanda, o porquê de ter surgido a demanda e a pretensão do autor (resumida-
mente, os requisitos do § 1º).
Inclusive, é permitido às partes, nos casos em que a assistência por advogado for faculta-
tiva, comparecer diretamente ao Juizado para, com o auxílio de servidor, apresentar pedidos
verbais, que deverão ser reduzidos a termo escrito pelo servidor.
Também é permitido que a parte entregue sua petição já escrita, de modo a prescindir da
intervenção de serventuário.
A petição inicial somente será indeferida se contiver defeito patente e grave, de modo a
impedir até mesmo uma análise superficial do caso ou a tramitação do processo.
Art. 15. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão ser alternativos ou cumulados; nesta
última hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele dispositivo.
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No procedimento comum do CPC, aprendemos que a cumulação de pedidos contra o mesmo réu
pode ocorrer mesmo que não exista conexão entre eles. No entanto, o art. 15 da Lei n. 9.099/95
tem regra específica: deve haver conexão entre os pedidos para que eles possam ser cumulados.
Outro requisito da cumulação de pedidos, no Juizado, é o de que a soma de todos eles (va-
lor global) não ultrapasse 40 (quarenta) salários mínimos, que é o limite da competência dos
Juizados Especiais Cíveis em razão do valor.
Vale registrar que será possível a atuação da parte sem advogado quando a soma de todos
os pedidos cumulados não ultrapassar 20 (vinte) salários mínimos.
É muito mais comum que os pedidos sejam apresentados pela parte autora sem o prévio
conhecimento da ré. Neste caso, será a ré, desde logo, citada para comparecer à audiência de
conciliação, de cuja data tomará ciência no próprio ato da citação.
A Lei n. 9.099/95 não só prevê que a audiência de conciliação é o primeiro ato, como tam-
bém prevê a necessidade de sua designação no prazo máximo de 15 (quinze dias). Para fins de
prova, é importante conhecer essas regras. No entanto, na prática, muitos Juizados oportuni-
zam à parte ré, primeiramente, a apresentação de defesa, para apenas depois designarem au-
diência de conciliação, que por várias vezes ocorre após o prazo máximo de 15 (quinze) dias.
O art. 17 traz uma regra específica dos Juizados, que não existe no procedimento comum do CPC:
é possível que as partes (autora e ré) apresentem conjuntamente uma petição, de modo que será
possível, de imediato, a realização de audiência conciliatória, sem nenhum ato prévio de citação da ré.
Se não houver conciliação e, na própria petição, já estiverem expostas as pretensões con-
trapostas de ambas as partes, será dispensada a apresentação de contestação pela ré. Dessa
forma, o processo poderá seguir diretamente em conclusão para sentença.
Seção VI
Das Citações e Intimações
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A citação pelo correio (inciso I) é preferencial, e somente não será realizada quando impos-
sível a citação por esta forma.
A citação pelo correio somente não será preferencial na hipótese do inciso III, quando for fun-
damentadamente justificada a necessidade de citação por oficial de justiça. A situação mais co-
mum dessa necessidade ocorre quando o citando reside em local não servido por serviços postais.
O inciso II, na prática, corresponde a uma citação por correio, mas tem o papel de esclare-
cer que, quando o réu é pessoa jurídica ou empresário individual, a citação pode ser entregue
a pessoa que trabalhe na recepção do estabelecimento. Trata-se da teoria da aparência, devi-
damente adotada neste dispositivo.
§ 1º A citação conterá cópia do pedido inicial, dia e hora para comparecimento do citando e adver-
tência de que, não comparecendo este, considerar-se-ão verdadeiras as alegações iniciais, e será
proferido julgamento, de plano.
§ 2º Não se fará citação por edital.
§ 3º O comparecimento espontâneo suprirá a falta ou nulidade da citação.
Art. 19. As intimações serão feitas na forma prevista para citação, ou por qualquer outro meio idô-
neo de comunicação.
§ 1º Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes.
§ 2º As partes comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo,
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência da co-
municação.
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As intimações (atos de comunicação que ocorrem após a citação) têm as mesmas formas
previstas para as citações (art. 18). No entanto, o caput do art. 19 permite certa flexibilidade a
tais meios, permitindo intimações por quaisquer meios idôneos de comunicação.
Dessa forma, torna-se possível, por exemplo, a realização de intimação por e-mail, desde
que tal comunicação torne inequívoca a ciência da parte. Trata-se da aplicação do princípio da
instrumentalidade das formas, já abordado nesta aula.
O § 1º dispõe sobre uma questão importantíssima: quando atos processuais forem prati-
cados na própria audiência (designação de prova técnica, determinação de juntada de docu-
mentos etc.), as partes serão consideradas intimadas na própria audiência, de modo a tornar
desnecessária qualquer intimação posterior.
Para o andamento do processo, a existência de endereço atualizado nos autos é funda-
mental, uma vez que todas as intimações dirigidas às partes vão para os endereços informa-
dos nos autos. Este é, inclusive, um dever das partes (art. 77, inciso V, CPC).
Se uma das partes negligenciar o dever de manter o endereço atualizado, ela não poderá
reclamar se, em razão de intimação enviada a endereço não mais ocupado, perder um prazo
para a prática de ato processual importante (§ 2º).
Seção VII
Da Revelia
Art. 20. Não comparecendo o demandado à sessão de conciliação ou à audiência de instrução e jul-
gamento, reputar-se-ão verdadeiros os fatos alegados no pedido inicial, salvo se o contrário resultar
da convicção do Juiz.
Nos Juizados, não se aplicam, exatamente, as exceções previstas no art. 345 do CPC quan-
to à impossibilidade de presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor quando da
revelia da parte ré. No rito da Lei n. 9.099/1995, a presunção de veracidade é limitada pelo bom
senso – convicção – do juiz.
Se o juiz entender que, naquele caso, a presunção de veracidade de todos os fatos alega-
dos pode gerar injustiça flagrante, ele não será obrigado a implementar tal presunção.
A regra é, mesmo, bem genérica. Não define se a presunção deve ser afastada quando os
fatos são inverossímeis, se estão em contradição com provas dos autos, se a petição está
desacompanhada de instrumento imprescindível, dentre outras condições. As partes, no caso
de revelia, ficam “nas mãos do juiz” no que se refere à extensão da presunção de veracidade
dos fatos.
Seção VIII
Da Conciliação e do Juízo Arbitral
Art. 21. Aberta a sessão, o Juiz togado ou leigo esclarecerá as partes presentes sobre as vantagens
da conciliação, mostrando-lhes os riscos e as consequências do litígio, especialmente quanto ao
disposto no § 3º do art. 3º desta Lei.
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Às vezes, caro(a) aluno(a), o óbvio precisa ser dito: o juiz não pode, em hipótese alguma,
revelar qual será sua decisão de mérito como forma de estimular a conciliação. É possível que
você já tenha visto isso acontecer em alguma unidade judiciária, mas saiba que tal forma de
obter a conciliação é antiética e compromete, por completo, a imparcialidade do juiz.
O que o art. 21 permite é o esclarecimento dos riscos e das consequências do litígio, e não
do entendimento particular do magistrado. Em teoria, o juiz deve apenas salientar, na audiên-
cia, sobre os ônus probatórios de cada parte e sobre as consequências práticas de eventual
procedência ou improcedência do pedido. Não pode, nunca, revelar qual será sua decisão. De-
verá o juiz limitar-se a fazer observações no campo hipotético, e tecer esclarecimentos sobre
as necessidades da instrução probatória.
Afinal, quando um juiz adianta qual será sua decisão de mérito naquele caso concreto, ele
inutiliza várias possíveis técnicas de negociação que podem ser utilizadas, pois provavelmente
a parte “beneficiada” pelo entendimento exposto pelo juiz não cooperará com uma negociação
da qual somente lhe podem advir prejuízos.
Ademais, o adiantamento do entendimento sobre o mérito, pelo magistrado, compromete
inteiramente a sua imparcialidade. Afinal, se o magistrado chegou ao ponto de usar desse arti-
fício para tentar obter a conciliação, ele fará questão de levar a efeito em eventual sentença o
entendimento exposto na tentativa de conciliação, como forma de punição à parte que discor-
dou da proposta, ressalvadas raras exceções.
Não há problema nenhum no fato de o juiz incentivar as partes a entabular conciliação.
Afinal, o próprio art. 21 impõe esse estímulo. O que se proíbe é que o juiz force uma das partes
a concordar com uma conciliação que não queira.
Por fim, cabe relembrar que o § 3º do art. 3º da lei ora em estudo permite que, em conci-
liação, sejam envolvidos valores até maiores que 40 salários mínimos. Sim! É possível que,
no Juizado, seja homologado um acordo de 500 (quinhentos) salários mínimos, por exemplo.
Apenas as condenações, em sentença, é que não podem ultrapassar tal limite.
Art. 22. A conciliação será conduzida pelo Juiz togado ou leigo ou por conciliador sob sua orientação.
§ 1º Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado mediante
sentença com eficácia de título executivo.
§ 2º É cabível a conciliação não presencial conduzida pelo Juizado mediante o emprego dos recur-
sos tecnológicos disponíveis de transmissão de sons e imagens em tempo real, devendo o resulta-
do da tentativa de conciliação ser reduzido a escrito com os anexos pertinentes.
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Art. 23. Se o demandado não comparecer ou recusar-se a participar da tentativa de conciliação não
presencial, o Juiz togado proferirá sentença.
A presunção de veracidade dos fatos narrados pelo autor ocorrerá tanto na hipótese de falta à
audiência presencial como na de falta à audiência telepresencial.
Não há justificativa genérica para que a parte se recuse a participar de audiência virtual.
Os motivos a fundamentar eventual ausência são os mesmos que valem para as audiências
presenciais, como a força maior.
Art. 24. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo arbitral, na
forma prevista nesta Lei.
§ 1º O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de compromisso, com
a escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-lo-á e designará, de
imediato, a data para a audiência de instrução.
§ 2º O árbitro será escolhido dentre os juízes leigos.
Art. 25. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts. 5º e 6º
desta Lei, podendo decidir por equidade.
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Você pode já ter estudado em direito processual civil que o juiz somente pode decidir por equi-
dade nos casos expressos em lei (art. 140, parágrafo único, CPC). Eis aqui um desses casos:
no juízo arbitral instituído perante o Juizado, o juiz leigo pode decidir, inclusive, por equidade.
Obs.: A banca poderá tentar confundir o candidato ao afirmar que o juiz leigo, na condição de
árbitro escolhido pelas partes, “deveria” julgar por equidade, ou seja, que o julgamento
por equidade seria uma obrigação. Essa afirmação, patentemente, estaria errada. É
perfeitamente possível que o árbitro decida por vários fundamentos, e não por equida-
de. A equidade é uma faculdade.
Art. 26. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subsequentes, o árbitro apresentará o laudo ao
Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível.
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EXERCÍCIOS
001. (2019/AOCP/TJ-MG/JUIZ LEIGO) Considerando os princípios que regem os Juizados
Especiais Cíveis, assinale a alternativa correta a respeito das citações e intimações, nos ter-
mos do que dispõe a Lei n. 9.099/1995.
a) Em caso de pessoa jurídica ou firma individual, a citação far-se-á, obrigatoriamente, na pes-
soa de seu representante legal.
b) Como regra geral, a citação far-se-á com aviso de recebimento em mão própria.
c) Em casos excepcionais e demonstrada a necessidade, a citação poderá se dar por edital.
d) As citações poderão ser feitas por qualquer meio idôneo de comunicação.
a) Errada. Tratando-se de pessoa jurídica ou firma individual, a citação será feita mediante en-
trega ao encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado (art. 18, II).
b) Certa. É a regra do art. 18, inciso I, que prevê tal meio de citação independentemente de
qualquer condição.
c) Errada. Não se fará citação por edital (art. 18, § 2º).
d) Errada. Há formas específicas de citação previstas na Lei n. 9.099/95, que devem, priorita-
riamente, ser adotadas.
Letra b.
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c) Errada. O limite para postulação sem advogado é de 20 (vinte) salários mínimos (art. 9º).
d) Errada. O maior de dezoito anos poderá ser autor, independentemente de assistência, inclu-
sive para fins de conciliação (art. 8º, § 2º).
Letra a.
003. (2019/AOCP/TJ-MG/JUIZ LEIGO) Podem tramitar nos Juizados Especiais Cíveis, segun-
do a Lei n. 9.099/1995, EXCETO
a) as causas cíveis de menor complexidade de valor não excedente a quarenta vezes o salá-
rio mínimo.
b) as execuções dos títulos executivos extrajudiciais, no valor de até quarenta vezes o salá-
rio mínimo.
c) as execuções das sentenças arbitrais proferidas em sede dos Juizados Especiais Cíveis.
d) as causas relativas à capacidade das pessoas, desde que de cunho patrimonial.
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d) Errada. Dos atos praticados na audiência, considerar-se-ão desde logo cientes as partes
(art. 19, § 1º).
e) Errada. Vide comentário à letra “d”.
Letra a.
a) Errada. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo ar-
bitral, na forma prevista nesta Lei (art. 24).
b) Errada. Vide comentário à letra “a”, que apresenta o fundamento legal da interrupção do pro-
cesso judicial pela arbitragem.
c) Certa. Vide comentário à letra “a”.
d) Errada. O art. 24 deixa claro que a arbitragem pode ser instituída até mesmo depois do início
do processo no Juizado.
e) Errada. Não há tal requisito na Lei n. 9.099/95, nem em quaisquer outras leis.
Letra c.
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a) Errada. Não poderão ser partes, no processo instituído por esta Lei, o incapaz, o preso, as
pessoas jurídicas de direito público, as empresas públicas da União, a massa falida e o insol-
vente civil (art. 8º, caput).
b) Errada. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de
assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio (art. 10).
c) Errada. Os pedidos mencionados no art. 3º desta Lei poderão ser alternativos ou cumulados;
nesta última hipótese, desde que conexos e a soma não ultrapasse o limite fixado naquele
dispositivo (art. 15).
d) Certa. O art. 18, § 2º é incondicional: “Não se fará citação por edital”.
Letra d.
Embora o art. 10 vede expressamente qualquer forma de intervenção de terceiro, seu alcance
foi derrogado pelo art. 1.062 do CPC de 2015, que dispõe: “O incidente de desconsideração da
personalidade jurídica aplica-se ao processo de competência dos juizados especiais”.
Errado.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
I – Certo. O árbitro conduzirá o processo com os mesmos critérios do Juiz, na forma dos arts.
5º e 6º desta Lei, podendo decidir por equidade (art. 25).
II – Certo. Não obtida a conciliação, as partes poderão optar, de comum acordo, pelo juízo ar-
bitral, na forma prevista nesta Lei (art. 24).
III – Errado. Não existe tal previsão na Lei n. 9.099/95.
IV – Errado. O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de com-
promisso, com a escolha do árbitro pelas partes. Se este não estiver presente, o Juiz convocá-
-lo-á e designará, de imediato, a data para a audiência de instrução (art. 24, § 1º).
Letra a.
011. (2019/CESPE/TJ-BA/JUIZ LEIGO) O laudo emitido pelo juízo arbitral do juizado especial
cível adquire natureza de título judicial se for homologado pelo(a)
a) conciliador do juizado especial.
b) juiz leigo do juizado especial.
c) juiz togado do juizado especial.
d) juízo da vara cível.
e) turma recursal.
Ao término da instrução, ou nos cinco dias subsequentes, o árbitro apresentará o laudo ao Juiz
togado para homologação por sentença irrecorrível (art. 26).
Letra c.
O art. 3º, § 1º, inciso I outorga aos Juizados Especiais a competência executória quanto aos
seus julgados, que são títulos executivos judiciais, eis que produzidos por sentença judicial.
Letra e.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
a) Errada. O árbitro deve ser um dos juízes leigos (art. 24, § 2º).
b) Errada. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subsequentes, o árbitro apresentará o
laudo ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível (art. 26).
c) Errada. O juízo arbitral considerar-se-á instaurado, independentemente de termo de compro-
misso, com a escolha do árbitro pelas partes (art. 24, § 1º).
d) Errada. Não sendo possível a sua realização imediata, será a audiência designada para um
dos quinze dias subsequentes, cientes, desde logo, as partes e testemunhas eventualmente
presentes (art. 27, parágrafo único).
e) Certa. Ao término da instrução, ou nos cinco dias subsequentes, o árbitro apresentará o lau-
do ao Juiz togado para homologação por sentença irrecorrível (art. 26).
Letra e.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
A questão comete extrapolação, pois não há nenhuma norma na lei que proíba o direito ao re-
curso, ressalvada a situação do art. 26 (homologação de laudo arbitral). Essa isolada exceção
não é suficiente para que se possa excluir a incidência de tal princípio no âmbito dos Juizados.
Errado.
O simples fato de a execução ser de título extrajudicial não torna facultativa a assistência por
advogado. Tal facultatividade somente existiria, por certo, se o valor da execução não ultrapas-
sasse 20 (vinte) salários mínimos – limite estabelecido no art. 9º.
Errado.
018. (INÉDITA/2021) À luz das disposições da Lei n. 9.099/95, e consideradas todas as suas
alterações posteriores, julgue o item subsequente:
Apenas em períodos de pandemia ou outras situações de força maior, é cabível a conciliação
não presencial conduzida pelo Juizado mediante o emprego dos recursos tecnológicos dispo-
níveis de transmissão de sons e imagens em tempo real, devendo o resultado da tentativa de
conciliação ser reduzido a escrito com os anexos pertinentes.
Não há restrição de tal possibilidade a tais períodos. É a regra do art. 22, § 2º, válida para todos
os cenários fáticos.
Errado.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
019. (INÉDITA/2021) À luz das disposições da Lei n. 9.099/95, e consideradas todas as suas
alterações posteriores, julgue o item subsequente:
Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo juiz leigo mediante sen-
tença com eficácia de título executivo.
Obtida a conciliação, esta será reduzida a escrito e homologada pelo Juiz togado mediante
sentença com eficácia de título executivo (art. 22, § 1º).
Errado.
020. (INÉDITA/2021) À luz das disposições da Lei n. 9.099/95, e consideradas todas as suas
alterações posteriores, julgue o item subsequente:
Se o demandado recusar-se a participar da tentativa de conciliação não presencial, o juiz toga-
do designará audiência presencial.
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Dos Juizados Especiais Cíveis – Parte I
Gustavo Deitos
GABARITO
1. b 8. d 15. E
2. a 9. E 16. E
3. d 10. a 17. C
4. d 11. c 18. E
5. b 12. e 19. E
6. a 13. e 20. E
7. c 14. C
Gustavo Deitos
Professor de Cursos Preparatórios pra Concursos Públicos. Coach especialista em Concursos Públicos.
Servidor do TRT da 12ª Região.
Convocações: Técnico Judiciário do TRT da 12ª Região e Analista Judiciário do TRF da 3ª Região. Outras
aprovações: 8° lugar – TRT da 24ª Região – Analista Judiciário, 39° lugar – TST – Analista Judiciário e 48°
lugar – TRT da 24ª Região – Técnico Judiciário.
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