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INSTITUTO DE QUÍMICA
Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de
Tecnologia para Inovação - PROFNIT
Salvador
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA – UFBA
INSTITUTO DE QUÍMICA
Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de
Tecnologia para Inovação - PROFNIT
Salvador
2018
Ficha catalográfica elaborada pelo Sistema Universitário de Bibliotecas (SIBI/UFBA),
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
(Salmo 23)
RESUMO
Este trabalho teve como proposta a criação de um Guia para elaboração de modelos
de contratos de transferência de tecnologia com enfoque em bônus, maturidade e
riscos tecnológicos. Resultando em um instrumento que pudesse oferecer
informações de uma maneira simples e dinâmica aos agentes do ecossistema de
inovação e aos que dele fizerem uso, decorrente da observação implementada na
legislação de CT&I inseridas no novo marco legal (13.243/2016) e no decreto
(9.283/18) que o regulamentou, relacionados ao impulso do desenvolvimento
inovativo da pesquisa tecnológica e da transferência de tecnologia. Esse estudo
realizou-se por meio de uma análise comparativa das boas práticas aplicadas nos
escritórios de transferência de tecnologia em algumas partes do mundo (EUA, Reino
Unido e França), e das atividades desenvolvidas no NITs, bem como a identificação
dos métodos e estratégias adotados por eles, que os diferenciaram dos NITs
nacionais. Foi analisado o contexto histórico a partir da aprovação do Bayh Dole Act
(1980), marco regulamentar dos EUA, que serviu de inspiração para a criação das
legislações brasileiras ligadas à inovação. A metodologia utilizada foi a qualitativa,
descritiva e exploratória por meio de um mapeamento documental de legislações
nacionais e internacionais ligadas à CT&I. Foi abordada, ainda, a necessidade de
construção de uma maior segurança técnica e jurídica para com os contratos que
envolvam transferência de tecnologia, a fim de aumentarmos a capacidade e a
produtividade tecnológica, e contribuirmos para a transformação e o aprimoramento
do sistema nacional de inovação no Brasil.
This paper proposes the creation of a Guide for the elaboration of models of
contracts of technology transfer with focus on bonuses, maturity and technological
risks. Resulting in an instrument that could provide information in a simple and
dynamic way to agents of the innovation ecosystem and those who make use of it,
resulting from the observation implemented in the CT&I legislation inserted in the
new legal framework (13.243/2016) and in the decree (9.283/18) that regulated it,
related to the impetus of the innovative development of technological research and
technology transfer. This study was carried out through a comparative analysis of
good practices applied in technology transfer offices in some parts of the world (USA,
UK and France) and the activities developed in NITs, as well as the identification of
the methods and strategies adopted by them that differentiate them from national
NITs. The historical context was analyzed with the approval of the Bayh Dole Act
(1980), the US regulatory framework, which served as an inspiration for the creation
of Brazilian legislation related to innovation. The methodology used was qualitative,
descriptive and exploratory through a documentary mapping of national and
international laws related to the CT&I. The need to build greater technical and legal
security for contracts involving technology transfer was also addressed in order to
increase technological capacity and productivity and to contribute to the
transformation and improvement of the national innovation system in Brazil.
3.2. Específicos........................................................................................... 19
4. METODOLOGIA ............................................................................................. 20
5. RESULTADOS ENTREGÁVEIS ..................................................................... 21
6. CAPÍTULO I - LEGISLAÇÃO NACIONAL E COMPARATIVO INTERNACIONAL
DA CT&I ............................................................................................................... 22
6.1. Lei de Inovação Tecnológica - LEI 10.973/2004 ...................................... 22
6.5. LEI BAYH DOLE ACT - Public Law 96-517 ( LEI Americana) ................... 25
6.6. LEI Civil de Propriedade Intelectual “LOI Nº 92-597 DI 1ER JUILLET 1992”
(LEI Francesa) ................................................................................................. 26
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
impactar em uma negociação malsucedida. Em outros casos, ela nem mesmo será
transferida, e, ainda, em outras hipóteses não há interesse da outra parte em
proteger o seu ativo, optando em mantê-lo por segredo industrial.
19
3. OBJETIVOS
3.1. Geral
• Elaborar um Guia para Elaboração de Modelos de contratos de Transferência
de Tecnologia para ser utilizado pelos agentes do Ecossistema de Inovação.
3.2. Específicos
• Desenvolver Modelos de Contratos de Transferência de Tecnologia para
Cessão e Licença para Exploração de Patentes (EP), explicitando a
maturidade, o bônus e os riscos tecnológicos associados, bem como a
avaliação e a valoração da tecnologia;
• Desenvolver Modelos de Contratos de Transferência de Tecnologia para
Fornecimento de Tecnologia (Know-how/Software) , explicitando a
maturidade, o bônus e os riscos tecnológicos associados, bem como a
avaliação e a valoração da tecnologia;
• Desenvolver Modelos de Contratos de Transferência de Tecnologia para
Licença para Exploração de Patentes (EP), explicitando a maturidade, o
bônus e os riscos tecnológicos associados, bem como a avaliação e a
valoração da tecnologia
• Criar fluxogramas dos processos de transferência de tecnologia e averbação
de contratos dos procedimentos possíveis.
20
4. METODOLOGIA
5. RESULTADOS ENTREGÁVEIS
1
A promulgação da EC nº 85 da CF/88 determina que o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e
Inovação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração entre entes, tanto públicos quanto privados,
com vistas a promover o desenvolvimento científico e tecnológico e a inovação.
2
De acordo com o Art 16 da Lei 10.973/2004, são competências do Núcleo de Inovação Tecnológica: I -
zelar pela manutenção da política institucional de estímulo à proteção das criações, licenciamento,
inovação e outras formas de transferência de tecnologia; II - avaliar e classificar os resultados decorrentes
23
de atividades e projetos de pesquisa para o atendimento das disposições desta Lei; III - avaliar solicitação
de inventor independente para adoção de invenção na forma do art. 22; IV - opinar pela conveniência e
promover a proteção das criações desenvolvidas na instituição; V - opinar quanto à conveniência de
divulgação das criações desenvolvidas na instituição, passíveis de proteção intelectual; VI - acompanhar o
processamento dos pedidos e a manutenção dos títulos de propriedade intelectual da instituição.
3
De acordo com o INPI, a Transferência de Tecnologia é definida como uma negociação econômica e
comercial, que deverá atender a preceitos legais e promover o processo de conhecimento científico e
tecnológico, protegido ou não para alavancar o desenvolvimento da inovação no país.
24
Embora ainda não seja o ideal, o Marco Legal é um grande passo para
estimular que o conhecimento gerado nas instituições de ciência e
tecnologia seja melhor aproveitado pelas empresas e pela sociedade, de
forma a contribuir fortemente para o desenvolvimento econômico e social do
país. (CAMPAGNOLO, 2018).
4
Incluído pelo Art 16 da Lei 13.243/16: VII - desenvolver estudos de prospecção tecnológica e de
inteligência competitiva no campo da propriedade intelectual, de forma a orientar as ações de inovação da
ICT; VIII - desenvolver estudos e estratégias para a transferência de inovação gerada pela ICT; IX -
promover e acompanhar o relacionamento da ICT com empresas, em especial para as atividades previstas
nos arts. 6o a 9o; X - negociar e gerir os acordos de transferência de tecnologia oriunda da ICT.
25
6.5. Lei Bayh Dole Act - Public Law 96-517 ( LEI Americana)
A Lei Bayh Dole Act (Public Law 96-517), aprovada nos Estados Unidos em
dezembro de 1980, tornou-se um divisor de águas para o desenvolvimento
tecnológico e inovativo americano, no qual consolidou a tríplice hélice - universidade,
governo e indústria - fomentando a construção de um ecossistema de inovação forte
e desafiador, destacando-se no cenário mundial de proteção intelectual e
transferência de tecnologia, e gerando riqueza e renda para o país. O Bayh Dole foi
um marco decisivo nas relações construídas entre universidades e empresas com
foco na inovação. A referida legislação estimulou, também, o processo de parcerias
26
6.6. Lei Civil de Propriedade Intelectual “Loi nº 92-597 di 1er juillet 1992” (Lei
Francesa)
5
Technology push é quando o mercado tem um efeito mais forte sobre a inovação do que a pressão por
oferta da tecnologia (HISRICH, 2009).
28
Quadro 3 - Comparação entre as Modalidades dos Contratos de Exploração de Patentes e Contratos Tecnológicos
- transferência
Cláusula Lei aplicável
Cláusula - foro ou cláusula compromissória de arbitragem
Cláusula Local e data
Assinaturas dos contratantes e intervenientes
Assinaturas e CPF de duas testemunhas
Fonte: FORTEC (2012).
6
Acordos cooperativos de Pesquisa e Desenvolvimento.
45
7
Background - conhecimento das partes, anterior ao início do projeto
8
Sideground - produção do conhecimento, por qualquer uma das partes, fora do projeto
46
9
Foreground conhecimento desenvolvido pelas partes durante o projeto
47
900 Gráfico
Gráfico1 1. Pedidos
- Pedidos de de Averbaçãode
Averbação de Contratos
Contratos dede
Tecnologia por Categoria
Tecnologia por Categoria
800
700
600
500
400
300
200
100
0
2014 2015 2016 2017 2018
8.000
7.000
6.000
5.000
4.000
3.000
2.000
1.000
0
11. CONSIDERAÇÕES
Por meio desse trabalho, percebeu-se que, após a criação da Lei de Inovação
Tecnológica (10.976/2004) e, posteriormente, com os avanços trazidos pelo Marco
Legal (Lei 13.243/16) e o Decreto (9.823/18), que o regulamentou, houve uma
evolução no desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
Entretanto, os atores envolvidos no ecossistema da inovação precisam estar
engajados nesse propósito de melhoria contínua da CT&I no país, demandando o
apoio e atuação dos NITs nas atividades que lhe são próprias, explícitas nas
legislações vigentes. O investimento no aprimoramento das ICTs será de
fundamental importância para fomentar parcerias entre a academia, o governo e a
indústria, aliada à capacitação constante de recursos humanos em propriedade
intelectual, observando as melhores práticas desenvolvidas nos escritórios de
transferência de tecnologia mundiais, analisando os métodos de avaliação, de
valoração e de negociação utilizados pelos ETTs para a elaboração de contratos
resultantes de pesquisa científica e tecnológica, aliados aos estudos da análise de
maturidade tecnológica com suas métricas de inovação relacionadas aos processos
resultantes.
REFERÊNCIAS
BORGES NETO, Mario. Arco digital: desafios para o avanço da Ciência Brasileira.
Minas Gerais: Universidade Federal de Santa Maria, 2018. Disponível em:
<http://coral.ufsm.br/arco/sitenovo/?p=318>. Acesso em: 10 jun. 2018.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4a Edição. São Paulo:
Editora Atlas S/A, 2002.
PUBLIC LAW 99-502. Federal Technology Transfer Act of 1986- Oct. 20,1986.
Disponível em:
https://www.govtrack.us/congress/bills/99/hr3773>. Acesso em 05 set.2018.
PUBLIC LAW 96-517. 96th Congress. An Act. To amend the patent and trademark
laws. 94 STAT. 3015. Lei Bayh Dole Act. Disponível em: <
https://history.nih.gov/research/downloads/PL96-517.pdf > . Acesso em 20 mar.2018.
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0167718703000870?via%3Dihub>
Acesso em: 11 jul. 2018.
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS CONTRATOS AVERBADOS OU REGISTRADOS PELO INPI
III - Procuração, observado o disposto nos artigos 216 e 217 da Lei n° 9.279,
de 1996;
IV - Contrato, fatura, ou instrumento representativo do ato, observando-se
as formalidades de atos praticados no exterior, quando aplicável;
V - Tradução para o idioma português, quando redigido em idioma
estrangeiro;
VI - Formulários Ficha Cadastro da Pessoa Jurídica ou Física contratantes;
VII - Estatuto, contrato social ou ato constitutivo da pessoa jurídica e última
alteração sobre objeto social consolidada e representação legal da pessoa jurídica
da empresa cessionária, franqueada ou licenciada, domiciliada ou residente no
Brasil;
VIII - Outros documentos, a critério da parte interessada, pertinentes ao
negócio jurídico.
§ 1º. O prazo para decisão é de até 30 (trinta) dias, contado a partir da data
de publicação da notificação do requerimento na Revista da Propriedade Industrial,
observado o disposto no art. 211 da Lei n° 9.279, de 1996.
CAPÍTULO III
DAS PARTES DO CONTRATO
CAPÍTULO IV
63
DOS PRAZOS
CAPÍTULO V
DO CERTIFICADO
CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Presidente
65
CONSIDERANDO:
PATENTE é uma concessão pública, conferida pelo estado, que garante ao seu
titular a exclusividade ao explorar comercialmente a sua criação. Deverá ser
identificada pelo n0 do pedido de patente e data do depósito no órgão responsável.
§2º. A patente só poderá ser abandonada por qualquer das Partes mediante
comunicação formal à outra parte, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias
antes do vencimento de qualquer prazo estipulado pelos órgãos internacionais de
patente ou pelo INPI.
§4º. A Parte que tiver conhecimento de qualquer ato que possa representar infração
à patente deverá comunicar imediatamente à outra, fornecendo as informações
necessárias para a condução de eventuais ações.
§5º. As Partes não garantem o deferimento dos pedidos de patentes pelo Instituto
Nacional de Propriedade Industrial – INPI e/ou pelos escritórios oficiais no exterior.
O presente contrato terá duração de xxx (por extenso) anos a contar da data de sua
assinatura, respeitando o prazo de vigência da patente em questão.
Tanto a licenciante como a licenciada poderão dar por rescindido este contrato nos
seguintes casos:
Assinaturas:
____________________ _____________________
Licenciante Licenciada
Testemunhas:
___________________
_____________________
Nome: Nome:
C.P.F: C.P.F:
71
CONTRATO DE TRANSFERÊNCIA DE
TECNOLOGIA DE SOFTWARE PARA
FORNECIMENTO DE TECNOLOGIA
(KNOW-HOW) QUE ENTRE SI CELEBRAM
A INSTITUIÇÃO A E, DO OUTRO LADO, A
INSTITUIÇÃO B.
Considerando:
____________________________
LICENCIANTE ____________________________
Representante legal LICENCIADA
Representante legal
Testemunhas:
___________________
_____________________
Nome: Nome:
C.P.F: C.P.F:
78
Considerando:
___________________________________
LICENCIANTE __________________________________
Representante legal LICENCIADA
Representante legal
Testemunhas:
___________________
_____________________
Nome: Nome:
C.P.F: C.P.F:
85
Nome, nacionalidade, estado civil, profissão, inscrito (a) no CPF sob o nº xx,
abaixo firmado, assume o compromisso de manter confidencialidade e sigilo sobre
todas as informações técnicas e outras relacionadas ao desenvolvimento da
tecnologia “XXXXX”, a que tiver acesso durante a apresentação realizada nas
dependências da Instituição.
Por este Termo de Confidencialidade e Sigilo compromete-se a:
1) utilizar as informações confidenciais a que tiver acesso na avaliação apenas para
desenvolver atividades relacionadas ao projeto e mediante autorização e
conhecimento da Instituição;
2) não repassar o conhecimento das informações confidenciais e nem efetuar
nenhuma gravação ou cópia da documentação que tiver acesso, responsabilizando-
se por todas as pessoas que vierem a ter acesso às informações, por seu
intermédio, obrigando-se, assim, a ressarcir à Instituição/empresa pela ocorrência de
qualquer dano e/ou prejuízo oriundo de uma eventual quebra de sigilo das
informações fornecidas.
Neste Termo, as seguintes expressões serão assim definidas:
Local, / / .
Assinatura