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LEGISLAÇÃO
EM C&T
ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS
À LUZ DA LEI 13.243/2016.
Co-autores
Irineu Afonso Frey
GEDAI/UFPR, 2018
MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
GLOSSÁRIO
Lista de abreviaturas.
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SUMÁRIO
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APRESENTAÇÃO
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O Quadro 01 apresenta uma análise comparativa das alterações inseridas no texto legal.
Quadro nº 01
Antes Atualmente
Art. 167. São vedados:
Art. 167. São vedados: (...)
(...) VI - a transposição, o remanejamento ou a
VI - a transposição, o remanejamen- transferência de recursos de uma categoria de
to ou a transferência de recursos de programação para outra ou de um órgão para
uma categoria de programação para outro, sem prévia autorização legislativa;
outra ou de um órgão para outro, sem (...)
prévia autorização legislativa; § 5º A transposição, o remanejamento ou a
(...) transferência de recursos de uma categoria de
Não havia § 5º. programação para outra poderão ser admi-
tidos, no âmbito das atividades de ciência,
tecnologia e inovação, com o objetivo de
viabilizar os resultados de projetos restritos a
essas funções, mediante ato do Poder Execu-
tivo, sem necessidade da prévia autorização
legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
1 BARBOSA, B. Denis. Direito da Inovação: Comentários à Lei Federal de Inovação, Incentivos Fis -
cais à Inovação, Legislação estadual e Local, Poder de Compra do Estado. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Lumen
Juris, 2011.
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Art. 23. É competência comum da União, Art. 23. É competência comum da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
Municípios: cípios:
(...) (...)
V - proporcionar os meios de acesso à V - proporcionar os meios de acesso à cultu-
cultura, à educação e à ciência; ra, à educação, à ciência, à tecnologia, à
pesquisa e à inovação;
Quadro 3
Antes Atualmente
Art. 24. Compete à União, aos Es-
Art. 24. Compete à União, aos Estados e
tados e ao Distrito Federal legislar
ao Distrito Federal legislar concorrente-
concorrentemente sobre:
mente sobre:
(...)
(...)
IX - educação, cultura, ensino, des-
IX - educação, cultura, ensino e despor-
porto, ciência, tecnologia, pesquisa,
to;
desenvolvimento e inovação;
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Quadro 4
Antes Atualmente
Quadro 5
Antes Atualmente
Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ci-
ência, Tecnologia e Inovação (SNCTI)
será organizado em regime de cola-
boração entre entes, tanto públicos
quanto privados, com vistas a pro-
moverodesenvolvimentocientícoe
Não havia art. 219-B.
tecnológico e a inovação.
§ 1º Lei federal disporá sobre as nor-
mas gerais do SNCTI.
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios legislarão concorrente-
mente sobre suas peculiaridades.
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Art. 23 [...]
Parágrafoúnico.Leiscomplementaresxarãonormasparaacooperaçãoentrea
União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvol -
vimento e do bem-estar em âmbito nacional
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Art. 200. Ao sistema único de saúde Art. 200. Ao sistema único de saúde
compete, além de outras atribuições, compete, além de outras atribuições,
nos termos da lei: nos termos da lei:
(...) (...)
V - incrementar em sua área de atu- V - incrementar em sua área de atu-
açãoodesenvolvimentocientícoe açãoodesenvolvimentocientícoe
tecnológico; tecnológico e a inovação;
De acordo com a Constituição Federal, com a alteração dada pela EC nº 85, ao Siste -
ma Único de Saúde também competirá incrementar, em sua área de atuação, o desenvol-
vimento cientíco e tecnológico e a inovação. Mesmo em uma análise simplista, ninguém
poderia olvidar a necessidade de articular o sistema de saúde com a inovação.
Existe, todavia, um sério problema. O nanciamento desse sistema é feito por meio do
produto da arrecadação de contribuições sociais, além de outras fontes (art. 195). Serviços,
pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) provenientes dos orçamentos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: II - dos trabalha-
dores;II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contri-
2 Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos (Lei 11.107/05) e os convênios de cooperação (art. 116 da lei 8.666/93) entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos. (Reda -
ção dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
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buição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social
de que trata o art. 201; III - sobre a receita de concursos de prognósticos. V - do importador
de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar A partir do impedimento
da presidenta Dilma Roussef, entretanto, uma série de alterações constitucionais estão em
curso, alterações que praticamente impossibilitarão o cumprimento efetivo do marco legal
objetodesteestudo.Adiantefaremosumdetalhamentosimplicadodecadaumdeles:
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• Estímulosscais
• Financiamento
• Subsídios
• Compras estatais
O estado brasileiro criou, por meio desta Lei, o Regime Especial de Tributação para a
Plataforma de Exportação de Serviços de Tecnologia da Informação - REPES, o Regime Espe -
cial de Aquisição de Bens de Capital para Empresas Exportadoras - RECAP e o Programa de
Inclusão Digital, estabelecendo incentivos scais às pessoas jurídicas que investem em Pes-
quisa e Desenvolvimento de inovações tecnológicas. A Lei busca aproximar o setor privado
dos centros de inovação, potencializando os resultados das pesquisas, tendo como base os
conceitos trabalhados no Manual de Frascati, documento que é referência metodológica
internacional para os estudos estatísticos das atividades de P&D.
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APÓS O
CUMPRIMENTO
BENEFICIÁRIOS METAS BENEFICIOS
DAS METAS A
PARTIR DE 2017
• Investimentos
mínimos em P&D
• Crédito presu- • Veículos que
• Empresas que (inovação);
mido de IPI de consumam
produzem veícu-
até 30 pontos 15,46% menos
los no país; • Aumento do
percentuais; terão direito
volume de gastos
a abatimento
• Empresas que em engenharia,
• Crédito presumi- de um ponto
não produzem, tecnologia indus-
do de IPI refe- percentual de
mas comerciali- trial básica (TIB) e
rente a gastos IPI;
zam veículos no capacitação de
em pesquisa e
país; fornecedores;
desenvolvimento • Veículos que
e a investimentos consumam
• Empresas que • Produção de
em tecnologia 18,84% menos
apresentem veículos mais
industrial bási- terão direito
projeto de in- econômicos;
ca, engenharia a abatimento
vestimento para
de produção e de dois pontos
produção de • Aumento da
capacitação de percentuais
veículos no país. segurança dos
fornecedores. de IPI.
veículos produ-
zidos.
5.1.2 FINANCIAMENTO:
a) Financiamento direto:
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Fonte: www.gentequeinova.com.br
5 Os sujeitos dos contratos e os valores serão cticios por submeterem-se à clausulas de sigilo e
condencialidade.
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a) Financiamento indireto:
b) Setor elétrico
A Lei nº 9.991/00, que criou a Agência Nacional de Energia Elétrica, estabeleceu ex-
pressamente a obrigatoriedade de que as concessionárias de natureza pública e privada
invistam no mínimo 1% de sua receita bruta com P&D.
O único entrave para com o relacionamento com Centros de Pesquisa é que a ANEEL
impõe que esses investimentos tenham retorno total da titularidade da propriedade intelec-
tual para as concessionárias6.
A título de ilustração apresenta-se, nos anexos desta obra, modelo de contrato de P&D
entre uma ICT e uma concessionária de energia de natureza pública ou privada7.
Endereço:www.nep.gov.br
7 Os sujeitos dos contratos e os valores serão ctícios por submeterem-se à clausulas de sigilo e
condencialidade.
8 Os sujeitos dos contratos e os valores serão ctícios por submeterem-se à clausulas de sigilo e
condencialidade.
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5.1.3 SUBSÍDIOS
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Segundo a nova redação dada pela Lei nº 10.973/04, parques tecnológicos10 são com -
plexos planejados de desenvolvimento empresarial e tecnológico, promotores da cultura de
inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de
sinergiasematividades depesquisa cientíca,dedesenvolvimentotecnológico edeinova-
ção, entre empresas e uma ou mais ICTs, com ou sem vínculo entre si.
Tais espaços permitem às empresas que, com apoio estatal, transformem pesquisa em
produto, aproximando os centros de conhecimento (universidades, centros de pesquisas e
escolas) do setor produtivo (empresas em geral). Esses ambientes são propícios para o de -
senvolvimento de Empresas de Base Tecnológica (EBTs) e para a difusão da Ciência, Tecno-
logia e Inovação, ou seja, tornam-se locais que estimulam a sinergia de experiências entre
as empresas, aumentando sua competitividade.
Neles podem funcionar incubadoras de empresas que são organizações ou estruturas
que possuam o m de estimular ou prestar apoio logístico, gerencial, jurídico e tecnológico
ao empreendedorismo inovador e intensivo em conhecimento, com a função de facilitar a
criação e o desenvolvimento de empresas que tenham como diferencial a realização de
atividades voltadas à inovação11. Ademais, oferecem formação complementar ao empre-
endedor e facilitam e agilizam o processo de inovação tecnológica nos pequenos negócios.
Em um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar tempora-
riamenteosparticipantes,asempresasincubadastêmacessoaserviçosquedicilmente
encontrariam se trabalhassem sozinhas. Além de espaço para a instalação de escritórios ou
laboratórios, via de regra, as incubadoras oferecem sala de reunião, auditório, área para
demonstração dos produtos, secretaria, biblioteca e uma série de outros benefícios com o
suporte de instituições de ensino e pesquisa, órgãos governamentais e iniciativas privadas.
10 Art 2º, X da Lei 10.973/04 com nova redação conferida pela Lei 13.243/2016.
11 Art 2º, III da Lei nº 10.973/04 com nova redação conferida pela Lei nº 13.243/2016
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Omaissignicativoserviçoprestadopelasincubadoraséaconsultoriagerenciale
tecnológica, que aborda as seguintes áreas:
• Gestão empresarial;
• Gestão tecnológica;
• Comercialização de produtos e serviços;
• Contabilidade;
• Marketing;
• Assistência jurídica;
• Captação de recursos;
• Contratoscomnanciadores;
• Engenharia de produção;
• Propriedade intelectual.
• Prospecção de negócios.
• Logística.
• Ganho em escala.
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Estas linhas possuem como objetivo esclarecer as principais mudanças que envolvem as
ICTs no que se refere à inovação e pesquisa cientíca após as modicações na Lei de Inovação.
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na Lei. Aliás, a própria representação da ICT pública, no âmbito de sua política de inovação,
poderá ser delegada ao gestor do Núcleo de Inovação Tecnológica.
Dentre as modicações nas competências do NIT, este deve agora desenvolver estudos
de prospecção tecnológica e de inteligência competitiva no campo da propriedade intelec -
tual, de forma a orientar as ações de inovação da ICT, desenvolver estudos e estratégias para
a transferência de inovações geradas pela ICT, promover e acompanhar o relacionamento
da ICT com empresas e negociar e gerir os acordos de transferência de tecnologia oriunda
da ICT. Entre essas novas competências, destaque-se que muitos NIT já desempenham essas
funções, em especial a de negociar e gerir as interações com o setor empresarial.
Sobre a possibilidade do NIT ter uma personalidade jurídica própria, as modicações
no artigo 16 estabelecem que ele poderá ser constituído com personalidade jurídica própria,
comoentidadeprivadasemnslucrativos.Sendoconstituídocompersonalidadejurídica
própria, a ICT deverá estabelecer as diretrizes de gestão e as formas de repasse de recursos.
Uma alternativa para as ICTs é estabelecer parceria com entidades privadas sem ns lucra-
tivos já existentes para exercer as competências do NIT.
OIncisoVIItambémfoimodicado, redenindo oqueantesseentendiaporinstitui-
ção de apoio, para renomeá-la de fundação de apoio. A modicação foi feita para incluir
no escopo dessas fundações o suporte a projetos de estímulo à inovação. O Inciso VIII traz,
igualmente,alterações,ampliandooconceitodepesquisadorpúblico,incluindonade-
nição o detentor de função pública - que antes era restrita a ocupante de cargo efetivo,
cargo militar ou emprego público - desde que realize, como atribuição funcional, atividade
de pesquisa, desenvolvimento e inovação - um conceito mais amplo do que a realização de
pesquisabásicaouaplicadadecarátercientícooutecnológico.
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ICT envolvido na execução das atividades da parceria recebesse a bolsa de estímulo à ino-
vação diretamente de instituição de apoio ou agência de fomento. De acordo com a nova
redação, essa possibilidade ca estendida também ao aluno de curso técnico, de gradua-
ção ou de pós-graduação e a bolsa poderá ser recebida diretamente da ICT.
Sobre a natureza tributária desta bolsa, foi acrescido um parágrafo neste artigo (§4º)
armando que ela se caracteriza como doação, não congurando vínculo empregatício e
não caracterizando contraprestação de serviços nem vantagem para o doador. Com esta
determinação legal, afastam-se as dúvidas sobre a incidência de Imposto de Renda.
Importantes modicações nos parágrafos segundo e terceiro também alteram substan-
cialmente a dinâmica das negociações dos acordos de parceria das ICTs com o setor pro -
dutivo.Anteriormente,aLeiestabeleciaqueaspartesrmassememcontratoatitularidade
da propriedade intelectual e a participação nos resultados da exploração das criações-re
sultantes da parceria, assegurando aos signatários o direito ao licenciamento. Além disso, a
propriedade intelectual e a participação nos resultados deveriam ser asseguradas na propor-
ção equivalente ao montante do valor agregado ao conhecimento já existente no início da
parceriaedosrecursoshumanos,nanceirosemateriaisalocadospelaspartescontratantes.
Essa dinâmica altera-se com as mudanças no dispositivo legal, uma vez que agora a Lei
prevê que agora a propriedade intelectual e a participação nos resultados referidas devem
ser asseguradas às partes contratantes, nos termos do contrato – com o permissivo, porém, de
que a ICT ceda ao parceiro privado a totalidade dos direitos de propriedade intelectual me-
diante compensação nanceira ou não nanceira, desde que economicamente mensurável.
O artigo 9ª-A também representa uma modicação interessante. Ele permite que, me-
diante a aprovação de um plano de trabalho, os órgãos e entidades da União, dos Esta -
dos, do Distrito Federal e dos Municípios concedam recursos para a execução de projetos
de pesquisa, desenvolvimento e inovação às ICTs ou diretamente aos pesquisadores a elas
vinculados, por termo de outorga, convênio, contrato ou instrumento jurídico assemelhado.
Os parágrafos do artigo 9º-A mencionam um procedimento simplicado para celebra-
ção e prestação de contas, além de disposições sobre prorrogação de prazos e transposição,
remanejamento ou transferência de recursos de categoria de programação para outra. É
interessante que a transferência de recursos da União para uma ICT de outra esfera da fede-
ração em função de um projeto de ciência, tecnologia e inovação pode sofrer restrições ape -
nas por conta de inadimplência da própria ICT e não do Estado, Distrito Federal ou Munícipio
ao qual ela se vincule. Sobre essa possibilidade, a novidade mais visível é a de transferência
direta para o pesquisador, mas tudo ainda está pendente de regulamentação.
A transferência direta ao pesquisador, ao mesmo que parece promover um celerida-
de sempre bem-vinda aos procedimentos de pesquisa, deixa de lado os controles contábeis
enanceirosquesãopromovidosnoâmbitodaICTeemespecialdeumafundaçãode
apoio. Some-se ainda questão relacionadas à propriedade intelectual resultante dos arran-
jos de pesquisa, que normalmente passam por negociação e supervisão no âmbito do NIT,
papel que resta fragilizado.
O artigo 11º da Lei de Inovação também teve uma interessante alteração. Anterior-
mente ele previa que, nos casos e condições denidos em regulamento, a ICT – no caso, o
que hoje seria a ICT pública - poderia ceder seus direitos sobre a criação, mediante manifes -
tação expressa e motivada, a título não-oneroso, para que o respectivo criador os exercesse
em seu próprio nome e sob sua inteira responsabilidade, nos termos da legislação pertinente.
O Decreto nº 5563/2005, que regulamenta a Lei de Inovação, não prevê esses casos e
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condições, mas apenas xa um procedimento para que a ICT realize essa cessão, mediante
uma decisão da autoridade máxima da ICT, ouvido o Núcleo de Inovação Tecnológica.
De acordo com a nova redação desse artigo, a ICT pode ceder seus direitos não ape -
nas ao criador, a título gratuito, para que este os exerça sobre seu próprio risco, mas também
a terceiro, mediante remuneração. De qualquer modo, decisão sempre dependerá da au-
toridade máxima, ouvido o NIT.
3. Vantagens especiais
4. Vetos
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vado no Congresso Nacional foram vetados pela Presidência da República, por entender
ser de contrariedade ao interesse público, usando da faculdade expressa no § 1o do art. 66
da Constituição Federal.
O primeiro ponto vetado foi a previsão de inclusão de um §5º no art. 9º da Lei de
Inovação. Este artigo trata especicadamente dos acordos de parceria entre ICTs públicas
e privadas para a realização de atividades conjuntas de P&D. O mencionado parágrafo
previa que “Aplica-se ao aluno de ICT privada o disposto nos §§ 1o e 4o”. O desdobramento
dessa previsão era que o aluno da ICT privada poderia receber diretamente da instituição,
fundação de apoio ou agência de fomento, uma bolsa de estímulo à inovação que, como
tal, seria caracterizada como doação pura, ou seja, sem implicar vantagens diretas ou indi-
retas para o doador. Sendo caracterizada como doação pura, ela estaria, na esteira do §4º
do mencionado artigo, isenta de pagamento de Imposto de Renda, assim como de recolhi -
mento compulsório de contribuição previdenciária.
As razões do veto invocadas naquele contexto seriam de que tal prerrogativa acar -
retaria uma perda de arrecadação. Como tal, a consequência prática é que as bolsas de
estímulo de inovação recebidas por agentes ligados à ICTs privadas no âmbito de acordos
de parceria modelados conforme o caput do artigo 9º não gozam da isenção scal e previ-
denciária prevista no §4º do mencionado artigo.
No mesmo diapasão, o parágrafo único do artigo 21-A também foi vetado. O mencio -
nado dispositivo disciplina que os entes federativos, assim como órgãos de fomento, ICTs pú -
blicas e fundações de apoio possam conceder bolsas de estimulo à inovação. O parágrafo
vetadoestendiaaestaamesmaisençãoscaleprevidenciária.
Sob o mesmo argumento de perda de receita, o parágrafo segundo artigo 2º da Lei
no 8.032/90 (Lei de Isenção e/ou Redução de Imposto de Importação) também foi vetado.
A redação original previa isenção de Imposto de Importação (II), do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) e do Adicional ao Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFR-
MM), além da dispensa de exame de similaridade e de controle prévio ao despacho adu -
aneiro, para as importações de máquinas, equipamentos, aparelhos e instrumentos, bem
como de suas partes e peças de reposição, acessórios, matérias-primas e produtos interme-
diários,destinadosàpesquisacientíca,tecnológicaedeinovação.
Sob a mesma lógica de afastar a incidência de isenção sobre bolsa, foi igualmente
vetado o artigo 7º da Lei nº 13.243/16, que pretendia alterar o artigo 4º da Lei nº 8.958/94 (Lei
das Fundações de Apoio) acrescentando-lhe um parágrafo oitavo. Segundo o menciona-
do artigo, as ICTs podem autorizar a participação de seus servidores nas atividades realiza -
das pelas fundações, remunerando-os por meio de bolsas. O que o vetado parágrafo oitavo
fazia era estender a isenção aos preceptores de residências médica e multiprossional, bem
como aos bolsistas de projetos de ensino, pesquisa e extensão, inclusive os realizados no âm -
bito dos hospitais universitários, no que concerne o mencionado artigo.
Por m, o também vetado artigo 16 da Lei nº 13.242/16 estabelecia uma ampla isen-
ção para a concessão de bolsa destinada às atividades de ensino, pesquisa e extensão, em
educação e formação de recursos humanos nas diversas áreas do conhecimento, por parte
de ICT, agência de fomento ou fundação de apoio, inclusive em situações de residências
médicaemultiprossionalenoâmbitodehospitaisuniversitários.
A proposta de texto do artigo 10º também foi vetada. O texto original previa que “Os
instrumentos rmados com ICTs, empresas, fundações de apoio, agências de fomento e pes-
quisadores cujo objeto seja compatível com a nalidade desta Lei poderão prever, para sua
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As alterações introduzidas pelo novo Marco Legal buscam criar uma maior sinergia no
ecossistema da inovação no Brasil. Para possibilitar uma visão sistêmica dessas alterações,
serão apresentados a seguir quadros comparativos entre o que estava em vigor antes e a
legislação atual.
A Lei nº 13.243/2016 dedicou dois artigos bem detalhados sobre os Princípios e con-
ceitos relacionados à inovação. Os quadros a seguir apresentam de forma comparativa os
princípios e conceitos relacionados à Inovação, contidos na parte de Disposições Prelimina-
res do Capítulo I.
PRINCÍPIOS E CONCEITOS RELACIONADOS À INOVAÇÃO
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X-fortalecimentodascapacidadesoperacional,cientí -
ca, tecnológica e administrativa das ICTs;
XII-simplicaçãodeprocedimentosparagestãode
projetos de ciência, tecnologia e inovação e adoção de
controle por resultados em sua avaliação;
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Antes ATUALMENTE
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
considera-se: III - criador: pessoa física que seja inventora, obtentora ou
III - criador: pesquisador que autora de criação;
seja inventor, obtentor ou autor de
criação; IV - inovação: introdução de novidade ou aperfeiçoamento
no ambiente produtivo e social que resulte em novos produ-
IV - inovação: introdução de novida- tos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação
de ou aperfeiçoamento no ambiente de novas funcionalidades ou características a produto, servi-
produtivo ou social que resulte ço ou processo já existente que possa resultar em melhorias
em novos produtos, processos ou e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho;
serviços;
V - Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT):
V - Instituição Científica e Tecno- órgão ou entidade da administração pública direta ou indi-
lógica - ICT: órgão ou entidade da reta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrati-
administração pública que tenha por vos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede
missão institucional, dentre outras, e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou
executar atividades de pesquisa bá- em seu objetivo social ou estatutário a pesquisa básica ou
sica ou aplicada de caráter científico aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvol-
ou tecnológico; vimento de novos produtos, serviços ou processos;
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Fonte: Análise das alterações instituídas pela Lei nº 13.243/2016 à Lei nº 10.973/2004.
Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm.
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A Lei nº 13.243/2016 dedicou três artigos, também bem detalhados, sobre os estímulos
à construção de ambientes especializados e cooperativos de inovação, atualmente deno-
minados de Ecossistemas da Inovação. O Quadro Estímulo à construção de ambientes es -
pecializados e cooperativos de inovação apresenta de forma comparativa esses estímulos,
contidas no Capítulo II.
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NOVIDADE LEGISLATIVA
Art. 3º-B. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios, as respectivas agências de fomento e as
ICTs poderão apoiar a criação, a implantação e a consolidação de ambientes promotores da inova
-
ção, incluídos parques e polos tecnológicos e incubadoras de empresas, como forma de incentivar o
desenvolvimento tecnológico, o aumento da competitividade e a interação entre as empresas e as
ICTs.
§ 1º As incubadoras de empresas, os parques e polos tecnológicos e os demais ambientes promotores
da inovação estabelecerão suas regras para fomento, concepção e desenvolvimento de projetos em
parceria e para seleção de empresas para ingresso nesses ambientes
§2ºParaosnsprevistosnocaput,aUnião,osEstados,oDistritoFederal,osMunicípios,asrespectivas
agências de fomento e as ICTs públicas poderão:
I - ceder o uso de imóveis para a instalação e a consolidação de ambientes promotores da inovação,
diretamenteàsempresaseàsICTsinteressadasoupormeiodeentidadecomousemnslucrativosque
tenha por missão institucional a gestão de parques e polos tecnológicos e de incubadora de empresas,
mediantecontrapartidaobrigatória,nanceiraounãonanceira,naformaderegulamento
II - participar da criação e da governança das entidades gestoras de parques tecnológicos ou de incu
-
badoras de empresas, desde que adotem mecanismos que assegurem a segregação das funções de
nanciamentoedeexecução.
Art. 3º-C. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estimularão a atração de centros de
pesquisa e desenvolvimento de empresas estrangeiras, promovendo sua interação com ICTs e empre
-
sas brasileiras e oferecendo-lhes o acesso aos instrumentos de fomento, visando ao adensamento do
processo de inovação no País.
Art. 3º-D. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas agências de fomento
manterãoprogramasespecícosparaasmicroempresaseparaasempresasdepequenoporte,obser
vando-se o disposto na Lei Complementar no 123, de 14 de dezembro de 2006.
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A Lei nº 13.243/2016 dedicou nove artigos sobre os estímulos à participação das ICTs no
processo de inovação. O quadro que segue apresenta de forma comparativa esses estímu-
los, contidos no Capítulo III.
Antes Atualmente
Art. 6º É facultado à ICT pública celebrar contrato de
transferência de tecnologia e de licenciamento para ou-
torga de direito de uso ou de exploração de criação por
ela desenvolvida isoladamente ou por meio de parceria.
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40
MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
Antes Atualmente
. Art. 8º É facultado à ICT prestar a institui
ções públicas ou privadas serviços com- Art. 8º É facultado à ICT prestar a
patíveis com os objetivos desta Lei, nas instituições públicas ou privadas serviços
atividades voltadas à inovação e à pes- técnicos especializados compatíveis com
quisacientícaetecnológicanoambiente os objetivos desta Lei, nas atividades
produtivo. voltadasàinovaçãoeàpesquisacientí-
ca e tecnológica no ambiente produtivo,
visando, entre outros objetivos, à maior
§ 1º A prestação de serviços prevista competitividade das empresas.
no caput deste artigo dependerá de apro- § 1º A prestação de serviços prevista
vação pelo órgão ou autoridade máxima no caput dependerá de aprovação pelo
da ICT. representante legal máximo da instituição,
facultada a delegação a mais de uma
autoridade, e vedada a subdelegação.
§ 2º O servidor, o militar ou o empregado
público envolvido na prestação de serviço
prevista no caput deste artigo poderá rece-
ber retribuição pecuniária, diretamente da
ICT ou de instituição de apoio com que esta
tenharmadoacordo,sempresobaforma
de adicional variável e desde que custeado
exclusivamente com recursos arrecadados
no âmbito da atividade contratada.
§ 3º O valor do adicional variável de
quetratao§2odesteartigocasujeito
à incidência dos tributos e contribuições
aplicáveis à espécie, vedada a incorpo-
ração aos vencimentos, à remuneração
ou aos proventos, bem como a referência
como base de cálculo para qualquer
benefício, adicional ou vantagem coletiva
ou pessoal.
§ 4º O adicional variável de que trata
esteartigocongura-se,paraosnsdoart.
28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991,
ganho eventual.
41
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Antes Atualmente
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Antes Atualmente
Antes Atualmente
Art. 13. É assegurada ao criador par- Art. 13. É assegurada ao criador participação míni-
ticipação mínima de 5% (cinco por ma de 5% (cinco por cento) e máxima de 1/3 (um
cento) e máxima de 1/3 (um terço) nos terço) nos ganhos econômicos, auferidos pela ICT,
ganhos econômicos, auferidos pela ICT, resultantes de contratos de transferência de tecno-
resultantes de contratos de transferên- logia e de licenciamento para outorga de direito
cia de tecnologia e de licenciamento de uso ou de exploração de criação protegida da
para outorga de direito de uso ou de qual tenha sido o inventor, obtentor ou autor, apli
-
exploração de criação protegida da cando-se, no que couber, o disposto no parágrafo
qual tenha sido o inventor, obtentor ou único do art. 93 da Lei no 9.279, de 1996.
autor, aplicando-se, no que couber, o § 2º Entende-se por ganho econômico toda forma
disposto no parágrafo único do art. 93 de royalty ou de remuneração ou quaisquer bene-
da Lei no 9.279, de 1996. fíciosnanceirosresultantesdaexploraçãodireta
§ 2º Entende-se por ganhos econô- ou por terceiros da criação protegida, devendo ser
micos toda forma de royalties, re- deduzidos:
muneração ou quaisquer benefícios I - na exploração direta e por terceiros, as despesas,
nanceirosresultantesdaexploração os encargos e as obrigações legais decorrentes da
direta ou por terceiros, deduzidas as proteção da propriedade intelectual;
despesas, encargos e obrigações II - na exploração direta, os custos de produção da
legais decorrentes da proteção da ICT.
propriedade intelectual. § 4º A participação referida no caput deste ar
-
tigo deverá ocorrer em prazo não superior a 1 (um)
§ 4º A participação referida no caput ano após a realização da receita que lhe servir de
deste artigo será paga pela ICT em prazo base, contado a partir da regulamentação pela
não superior a 1 (um) ano após a realiza - autoridade interna competente.
ção da receita que lhe servir de base.
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Antes Atualmente
Antes Atualmente
Art. 16. Para apoiar a gestão de sua polí-
Art. 16. A ICT deverá dispor de núcleo tica de inovação, a ICT pública deverá dispor
de inovação tecnológica, próprio ou de Núcleo de Inovação Tecnológica, próprio
em associação com outras ICT, com ou em associação com outras ICTs.
analidadedegerirsuapolíticade
inovação. § 1º São competências do Núcleo de
Inovação Tecnológica a que se refere o caput,
Parágrafo único. São competên- entre outras:
cias mínimas do núcleo de inovação
tecnológica: VII - desenvolver estudos de prospecção
tecnológica e de inteligência competitiva no
I - zelar pela manutenção da política campo da propriedade intelectual, de forma a
institucional de estímulo à proteção orientar as ações de inovação da ICT;
das criações, licenciamento, inova-
ção e outras formas de transferência VIII - desenvolver estudos e estratégias para a
de tecnologia; transferência de inovação gerada pela ICT;
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Antes Atualmente
Art. 17. A ICT, por intermédio do
Ministério ou órgão ao qual seja Art. 17. A ICT pública deverá, na forma de
subordinada ou vinculada, manterá regulamento, prestar informações ao Ministério
o Ministério da Ciência e Tecnologia da Ciência, Tecnologia e Inovação.
informado quanto:
I - à política de propriedade intelec- Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput
tual da instituição; àICTprivadabeneciadapelopoderpúblico,
II - às criações desenvolvidas no na forma desta Lei.
âmbito da instituição;
III - às proteções requeridas e
concedidas; e
IV - aos contratos de licenciamen-
to ou de transferência de tecnologia
rmados.
Parágrafo único. As informações
de que trata este artigo devem ser
fornecidas de forma consolidada, em
periodicidade anual, com vistas à sua
divulgação, ressalvadas as informa-
ções sigilosas.
Antes Atualmente
Art. 18. As ICT, na elaboração e exe - Art. 18. A ICT pública, na elaboração
cução dos seus orçamentos, adotarão as e na execução de seu orçamento, adotará
medidas cabíveis para a administração e as medidas cabíveis para a administração e
gestão da sua política de inovação para a gestão de sua política de inovação para
permitir o recebimento de receitas e o pa - permitir o recebimento de receitas e o pa -
gamentode despesas decorrentes da apli- gamento de despesas decorrentes da apli-
cação do disposto nos arts. 4o, 6o, 8o e 9o, cação do disposto nos arts. 4o a 9o, 11 e 13,
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
INOVAÇÕES LEGISLATIVAS
Art. 9º-A. Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
cípios são autorizados a conceder recursos para a execução de projetos de pesquisa,
desenvolvimento e inovação às ICTs ou diretamente aos pesquisadores a elas vinculados,
por termo de outorga, convênio, contrato ou instrumento jurídico assemelhado
§1ºAconcessãodeapoionanceirodependedeaprovaçãodeplanodetrabalho.
§ 2º A celebração e a prestação de contas dos instrumentos aos quais se refere o caput
serãofeitasdeformasimplicadaecompatívelcomascaracterísticasdasatividadesde
ciência, tecnologia e inovação, nos termos de regulamento.
§3ºAvigênciadosinstrumentosjurídicosaosquaisserefereocaputdeverásersuciente
àplenarealizaçãodoobjeto,admitidaaprorrogação,desdequejusticadatecnica -
menteereetidaemajustedoplanodetrabalho
§ 4º Do valor total aprovado e liberado para os projetos referidos no caput, poderá ocor-
rer transposição, remanejamento ou transferência de recursos de categoria de progra-
mação para outra, de acordo com regulamento.
§ 5º A transferência de recursos da União para ICT estadual, distrital ou municipal em
projetos de ciência, tecnologia e inovação não poderá sofrer restrições por conta de
inadimplência de quaisquer outros órgãos ou instâncias que não a própria ICT.
Art. 14-A. O pesquisador público em regime de dedicação exclusiva, inclusive aquele
enquadrado em plano de carreiras e cargos de magistério, poderá exercer atividade
remunerada de pesquisa, desenvolvimento e inovação em ICT ou em empresa e participar
da execução de projeto aprovado ou custeado com recursos previstos nesta Lei, desde
que observada a conveniência do órgão de origem e assegurada a continuidade de suas
atividades de ensino ou pesquisa nesse órgão, a depender de sua respectiva natureza.
(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
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Além de trazer estímulos à inovação para ICT, a Lei nº 13.243/2016 também apre
-
senta estímulos à inovação nas empresas em seu Capítulo IV, conforme Quadro Estímulo à
Inovação nas Empresas:
Antes Atualmente
Art. 19. A União, as ICT e Art. 19. A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios,
as agências de fomento as ICTs e suas agências de fomento promoverão e incentiva-
promoverão e incentivarão o rão a pesquisa e o desenvolvimento de produtos, serviços e
desenvolvimento de produ- processos inovadores em empresas brasileiras e em entidades
tos e processos inovadores brasileirasdedireitoprivadosemnslucrativos,mediantea
em empresas nacionais e concessãoderecursosnanceiros,humanos,materiaisoude
nas entidades nacionais de infraestruturaaseremajustadoseminstrumentosespecícose
direito privado sem ns lucrati- destinados a apoiar atividades de pesquisa, desenvolvimento
vos voltadas para atividades e inovação, para atender às prioridades das políticas industrial
de pesquisa, mediante a e tecnológica nacional
concessãoderecursosnan - § 1º As prioridades da política industrial e tecnológica na-
ceiros, humanos, materiais cional de que trata o caput deste artigo serão estabelecidas
ou de infraestrutura, a serem em regulamento.
ajustados em convênios ou § 2º-A. São instrumentos de estímulo à inovação nas em -
contratosespecícos,desti - presas, quando aplicáveis, entre outros:
nados a apoiar atividades de I -subvenção econômica
pesquisa e desenvolvimento, II–nanciamentoIII-participaçãosocietária;
para atender às prioridades IV - bônus tecnológico
da política industrial e tecno- V - encomenda tecnológica;
lógica nacional. (Vide VI-incentivosscais
Medida Provisória nº 497, de VII - concessão de bolsas
2010) VIII - uso do poder de compra do Estado;
§ 1º As prioridades da IX - fundos de investimentos;
política industrial e tecnoló- X - fundos de participação;
gica nacional de que trata o XI-títulosnanceiros,incentivadosounão
caput deste artigo serão es- XII - previsão de investimento em pesquisa e desenvolvimento
tabelecidas em regulamento. em contratos de concessão de serviços públicos ou em regu-
lações setoriais.
§ 2o A concessão de § 3o A concessão da subvenção econômica prevista no §
recursos financeiros, sob a fo-r 1o deste artigo implica, obrigatoriamente, a assunção de con-
ma de subvenção econômica, trapartidapelaempresabeneciária,naformaestabelecida
financiamento ou participação nosinstrumentosdeajusteespecícos.
societária, visando ao desenvol- § 4o O Poder Executivo regulamentará a subvenção econô-
vimento de produtos ou proces- mica de que trata este artigo, assegurada a destinação de
sos inovadores, será precedida percentual mínimo dos recursos do Fundo Nacional de Desen-
de aprovação de projeto pelo volvimentoCientícoeTecnológico-FNDCT.
órgão ou entidade concedente.
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
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Antes Atualmente
I - (VETADO);
II - (VETADO).
§ 1o (VETADO).
Antes Atualmente
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Antes Atualmente
Art. 22. Ao inventor independente que
comprove depósito de pedido de Art. 22. Ao inventor independente que
patente é facultado solicitar a adoção comprove depósito de pedido de patente é
de sua criação por ICT, que decidirá facultado solicitar a adoção de sua criação
livremente quanto à conveniência e por ICT pública, que decidirá quanto à con-
oportunidade da solicitação, visando veniência e à oportunidade da solicitação e
à elaboração de projeto voltado a sua à elaboração de projeto voltado à avalia-
avaliação para futuro desenvolvimento, ção da criação para futuro desenvolvimen-
incubação, utilização e industrialização to, incubação, utilização, industrialização e
pelo setor produtivo. inserção no mercado.
III - assistência para constituição de empresa que produza o bem objeto da invenção;
(Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
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Art.6ºParaosnsdestaLei,considera-se:
(...)
XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens, insumos, serviços e obras necessá-
riosparaatividadedepesquisacientícaetecnológica,desenvolvimentodetecnologia
ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de pesquisa aprovado pela institui-
ção contratante. (Incluído pela Lei nº 13.243/2016)
A Lei nº 8.666/93 foi alterada no ano de 2010 pela Lei nº 12.349/2010, introduzindo o
princípio do desenvolvimento nacional sustentável e trazendo, entre outras, a seguintes van -
tagens competitivas ao produtor nacional:
Esse dispositivo autoriza que a União utilize compras públicas como forma de estimulo
a determinados setores da atividade produtiva por meio de regulamentação respeitando
os critérios previsto no art 6º.
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Lei Nº 8.666/93
Antes Agora
Art. 24 (...)
§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras e
serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação
especíca.(IncluídopelaLeinº13.243/2016)
Art. 24 (...)
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9º à hipótese prevista
no inciso XXI do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243/2016)
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Desse modo, o RDC previu regras diferenciadas que afastam alguns pontos da Lei nº
8.666/93.
O Governo gostou dessa experiência e resolveu ampliar, aos poucos, esse regime dife -
renciado para outras áreas.
Assim, em 2012, foram editadas três novas Leis prevendo que o RDC poderia ser utiliza -
do também para licitações e contratos envolvendo:
• o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento);
• obras e serviços de engenharia no âmbito do SUS (Sistema Único de Saúde);
• obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino.
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
Antes Depois
Art. 13. O visto temporário poderá ser Art. 13. O visto temporário poderá ser concedi-
concedido ao estrangeiro que preten- do ao estrangeiro que pretenda vir ao Brasil:
da vir ao Brasil: (...)
(...) V - na condição de cientista, pesquisador,
V - na condição de cientista, profes- professor,técnicoouprossionaldeoutracate -
sor,técnicoouprossionaldeoutra goria, sob regime de contrato ou a serviço do
categoria, sob regime de contrato ou governo brasileiro;
a serviço do Governo brasileiro; VIII-nacondiçãodebeneciáriodebolsavin -
culada a projeto de pesquisa, desenvolvimento
e inovação concedida por órgão ou agência
de fomento.
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
O Marco Legal inseriu o pesquisador como sujeito apto a receber vistos temporários.
Essa alteração teve como objetivo adequar o Estatuto do Estrangeiro à possibilidade de
contratação de pesquisadores de nível médio e tecnólogo, que poderão vir a trabalhar em
projeto de pesquisa, desenvolvimento e inovação especícos, sem possuir vínculo de profes-
sor visitante, conforme o que foi descritos nos comentários a respeito das mudanças na Lei
de Contratação Temporária neste Manual.
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
Estes arranjos foram realmente celebrados. Como constam cláusulas de sigilo e conden-
cialidade, entretanto, os autores desta o bra alteraram os sujeitos, objeto, duração, valores, a
mdepreservaraintegridadedoarranjoeapossibilidadedeensejarconsequênciasjurídicas.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
REFERÊNCIAS BILBIOGRÁFICAS
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59
MANUAL DE LEGISLAÇÃO EM C&T: ANÁLISE DOS MARCOS LEGAIS À LUZ DA LEI 13.243/2016
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ção Tecnológica, e dá outras providências.: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
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mentária de 2016 e dá outras providências: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
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cional de Imigração: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L6815.htm
BRASIL. (1990, abr 12). LEI No 8.023, DE 12 DE ABRIL DE 1990. Retrieved abr 19, 2018, from
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