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UNIVERSIDADE XXXXXXXXXXXXXX

CENTRO XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
DEPARTAMENTO DE XXXXXXXXXXXXX
CURSO DE DIREITO

NOME COMPLETO DO ALUNO

LGPD E A APLICAÇÃO NAS STARTUPS

CIDADE
2023
NOME COMPLETO DO ALUNO

LGPD E A APLICAÇÃO NAS STARTUPS

Artigo apresentado ao Centro de XXXX, da


Universidade XXXXX como requisito parcial
para a obtenção do título de Bacharel em
Direito.

Orientador: Prof. Dr./ Me./ Esp. e nome

CIDADE
2023
NOME COMPLETO DO ALUNO

LGPD E A APLICAÇÃO NAS STARTUPS

Artigo apresentado ao Centro XXXX, da Universidade XXXXXXX, como


requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito.

RESULTADO: ____________________ NOTA: ______________

RECIFE, _______ de ______________ de __________.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Prof. Dr./ Me./ Esp. e nome (orientador)
Instituição

__________________________________________
Prof. Dr./ Me./ Esp. e nome (examinador)
Instituição

__________________________________________
Prof. Dr./ Me./ Esp. e nome (examinador)

SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...................................................................................................6
2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO DIREITO COMERCIAL.....................................7
3 DO EMPRENDEDORISMO, DA INOVAÇÃO E DA DISRUPÇÃO NA
INDÚSTRIA 4.0..................................................................................................12
4 DO CONCEITO DE STARTUP E DO MARCO LEGAL DAS STARTUPS NO
BRASIL...............................................................................................................16
5 CONCLUSÃO..................................................................................................23
REFERÊNCIAS..................................................................................................24

LGPD E A APLICAÇÃO NAS STARTUPS


Nome Completo do Aluno1

RESUMO

A inovação e a disrupção advinda da Internet promoveu diversas


transformações na sociedade, inclusive nas relações negociais. Assim, as
startups representam uma nova concepção de negócio oriunda do Vale do
Silício, nos Estados Unidos, integrantes do que se denomina de Indústria 4.0.
Tal modelo, pautado em aspectos de inovação, incerteza e alto índice de
lucratividade visa atender e suprir inúmeras demandas sociais através do uso
da tecnologia, com o fornecimento de novos produtos e serviços. No Brasil, o
ecossistema de startups também é bastante grande, sendo que a
regulamentação de tal modelo de negócios adveio no país, pela primeira vez,
através do que se denominou de Marco Legal das Startups que em conjunto
com a já existente LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados – deu um
sustentáculo maior às relações existentes em tal modelo de negócios. Apesar
de tais regulamentações ainda ser pequena diante da grandiosidade do modelo
de negócios startup, já é um passo significativo para que o Estado reconheça
tais instituições e lhes atribua subsídio para crescimento, visto que elas são
também responsáveis pelo desenvolvimento do país. Deste modo, este
trabalho buscou responder o seguinte questionamento: Em quais pontos a
LGPD se relaciona com as startups no Brasil? Assim, o objetivo geral do
trabalho foi demonstrar as maneiras como o ordenamento jurídico nacional tem
se relacionado ao validar e legitimar tal concepção de negócio, e também
incentivar o debate e a discussão em cima do tema. A metodologia utilizada foi
a de revisão sistemática de literatura por meio do método dedutivo. Assim,
buscou-se enfatizar a importância das startups no país e também a
necessidade das mesmas serem regulamentadas pelo Estado nacional.

Palavras-chaves: LGPD. Marco Legal das Startups. Startup.

1
Graduanda em Direito pela Universidade XXXXXXXX. E-mail: XXXXXXXX
5

ABSTRACT

The innovation and disruption arising from the Internet promoted several
transformations in society, including in business relationships. It is known that
commercial transactions have evolved a lot over time, that is, the way of
producing and accumulating wealth has undergone extensive changes, from a
simple exchange model, in the beginnings of civilization, to reaching peaks of
evolution, through of the Industrial Revolutions, given that the first of them took
place in England, in the 18th century, which enabled the emergence of many
others with the same objective, that is, to produce more with less. Thus,
startups represent a new business concept from Silicon Valley, in the United
States, part of what is called Industry 4.0. Such a model, based on aspects of
innovation, uncertainty and a high level of profitability, aims to meet and supply
numerous social demands through the use of technology, with the provision of
new products and services. Examples of successful startups in the world are:
Google, Microsoft, Yahoo!, and many others. In Brazil, the startup ecosystem is
also quite large, and the regulation of such a business model came in the
country, for the first time, through what was called the Legal Framework for
Startups. Although such regulation is still small compared to the grandeur of the
startup business model, it is already a significant step for the State to recognize
such institutions and assign them subsidies for growth, since they are also
responsible for the country's development. So, how can startups develop in an
extremely bureaucratic country like Brazil? Thus, the general objective of the
work was to demonstrate the ways in which the national legal system has been
related to validating and legitimizing such a business concept, and also to
encourage debate and discussion on the subject. The methodology used was
the systematic literature review through the deductive method.

Keywords: LGPD. Legal Framework for Startups. Startup.

1 INTRODUÇÃO

As relações comerciais sofreram profundas mudanças ao longo do


tempo, desde a antiguidade até os dias atuais, que em razão das frequentes
transformações sociais impulsionadas por ferramentas de tecnologia e da
informação, constantemente aparecem novas formas e modelos de negócios.
Os modelos de negócios da Idade Média, por exemplo, configuravam-se
em feiras por meio das denominadas corporações de ofício. Posteriormente,
com a Revolução Industrial na Inglaterra alcançou-se uma nova maneira de se
alcançar escalabilidade, até então, possível apenas nas formas manuais de
produção predominantes nas empresas da época.
6

Neste sentido, houve a potencialização dos meios de produção, os quais


passaram a produzir mais, usando uma quantidade inferior de recursos.
Contudo, na contramão de tal escalabilidade, existia a excessiva exploração da
mão de obra nas fábricas, as quais forneciam condições indignas de trabalho
aos empregados.
Com o tempo, o surgimento da Internet em 1990, provocara profundas
mudanças nas relações pessoais e também nas relações negociais. As
ferramentas de tecnologia e da comunicação tornaram possível o surgimento
de novos negócios configurados como negócios digitais, marcados também
pela escalabilidade, esta, por sua vez, muito mais gigantesca do que a
proporciona pela primeira Revolução Industrial na Inglaterra.
Assim, diante de toda esta conjuntura histórico-evolutiva, que surge no
Vale do Silício, nos EUA, a concepção de Startup, a qual se pauta em uma
nova estrutura negocial pautada em inovação e tecnologia com substrato em
um ambiente de incertezas, porém, com altas possibilidades lucrativas.
Assim, no Brasil, a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, em vigor no
país desde 2020, teve forte inspiração na GDPR – General Data Protection
Regulation, vigente nos países europeus, e trouxe uma inovação significativa
ao trazer uma legislação específica que aborda sobre a proteção dos dados,
resguardando a privacidade do indivíduo, para que esta não seja violada,
inclusive por recursos de tecnologia. Assim, tal legislação se associa com o
Marco Legal das Startups, de 2021, no que tange aos novíssimos negócios que
são realizados em ambiente virtual.
Diante do exposto, com este trabalho buscou-se responder a seguinte
questão: Em quais pontos a LGPD se relaciona com as startups no Brasil?
Para isso o objetivo geral foi: ressaltar os principais aspectos da LGPD que
mais se relacionam com as startups no Brasil. Os objetivos específicos foram:
conceituar startup como novo modelo de negócio e explanar sobre o Marco
Legal das Startups; discorrer sobre a necessidade de proteção de dados dos
usuários de Internet; abordar os principais pontos da LGPD que se relacionam
com as startups. Logo, buscar-se-á fomentar as discussões e os debates em
cima da regulamentação das startups no Brasil, a fim de que o Estado favoreça
o potencial que as mesmas possuem de desenvolvimento do país nos mais
diversos setores. A metodologia de pesquisa utilizada foi a de revisão
7

sistemática de literatura por meio do método dedutivo. Sendo assim, foram


realizadas pesquisas em fonte de dados como Portal de Periódicos CAPES e
SCIELO. Além de serem analisadas jurisprudências e legislações pertinentes
ao tema. Ainda, fora estabelecido um lapso temporal de dez anos para a
seleção das publicações acadêmicas que subsidiarão a elaboração do
trabalho.

2 DO CONCEITO DE STARTUP E DO MARCO LEGAL DAS STARTUPS NO


BRASIL

O conceito de Startup surge de uma ideia inovadora a qual possui como


aspectos ser escalável e repetível, ou seja, que possui carácter difuso, de
grande abrangência. Deste modo, o ideal deste tipo de negócio visa
transformar hábitos de consumo da sociedade através de uma proposta mais
ágil e efetiva. Trata-se de um empreendimento que está intimamente ligado à
tecnologia e inovação o qual tem como objetivo desenvolver e aprimorar um
modelo de negócio, ou seja, possuem a capacidade de criar produto ou serviço
inovador. Assim, Firjan (2016, n.p) pontua que:

As startups são entendidas [...] como modelos de negócios em


execução de forma “imatura”, buscando se lançar no mercado com
um propósito inovador que tenha um valor significativo e, muitas
vezes, estimulando a apreciação de um bem com base na
utilidade e limitação relativa da riqueza. É considerado um
negócio de risco perante a sua imprevisibilidade relacionada à
aceitação no mercado, impacto gerado pelos seus produtos ou
serviços, gestão operacional, entre outros fatores que
configuram incertezas e instabilidade para os investidores.

A transformação digital faz com que surja um cenário de inovação e


disrupção, mas também de instabilidades e incertezas. Ademais, as startups
também criam novos modelos mentais quando comparados com os modelos
tradicionais existentes (MATOS; RADAELLI, 2020, n.p).
Fazendo um paralelo entre uma startup e uma empresa tradicional,
assevera-se que em uma startup a cultura é empreendedora, aberta e
divertida. O foco é no propósito. A inovação é transformadora, radical. A
tecnologia é a mais recente. O gerenciamento ocorre de forma simples,
8

pequena e flexível. O planejamento utiliza do modelo “lean” o qual é pautado


em aprendizado. Já na empresa tradicional, por sua vez, a cultura é avessa a
riscos. O foco é direcionado para o resultado. A inovação é incremental. A
tecnologia se baseia em sistemas legados. O gerenciamento ocorre de maneira
complexa, em múltiplos níveis e de forma mais lenta. O planejamento advém
do plano de negócios (FEIGELSON, 2018, n.p).
Ademais, as startups são empreendimentos escaláveis. Neste sentido, as
startups buscam crescer cada vez mais, sem que tal crescimento prejudique a
estrutura do empreendimento sobre o qual ela se alicerça. Elas também
possuem como características o fato de serem repetíveis. Isso significa que as
startups fornecem o mesmo produto ou serviço constantemente de maneira
ilimitado, ou seja, não ocorre a interrupção do fornecimento de produtos e
serviços (MATOS; RADAELLI, 2020, n.p).
Há alguns anos as startups se configuram como um dos pontos
importantíssimos do mundo da tecnologia. Visto que são nelas que surgem
várias ideias inovadoras e diversos serviços são criados. Contudo, o caminho
de formação de tais companhias não se mostra nada fácil, principalmente em
seu início. O Brasil tem uma lei recente que trata sobre o tema, ou seja,
denominado de Marco Legal das Startups (PEREIRA et al., 2022, n.p).
A versão inicial do texto do Marco Legal das Startups circulou a partir de
outubro de 2020 e foi unido a outro projeto parecido, o qual foi unido pelo
Ministério da Ciência Tecnologia e Inovações e pelo Ministério da Economia. A
referida Lei entrou em vigor a partir de agosto de 2021 e denomina-se Lei
Complementar 182 (LANA, 2023, n.p).
A principal característica do Marco Legal das Startups é definir o que é
uma startup do ponto de vista legal do Brasil, e, a partir disso, traçar alguns
princípios e garantias. Ou seja, é equivalente ao Marco Civil da Internet, no
sentido de dar fundamento para futuros ordenamentos (ANUNCIAÇÃO;
FERNANDES, 2021, pp. 240-255).
Ademais, as empresas e sociedades cooperativas precisam desempenhar
suas atividades de inovação de produtos, serviços ou modelos de negócios.
Além de ter que ter receita bruta anual de até 16 milhões de reais e CNPJ de
no máximo 10 anos e também se enquadrar no Inova Simples, regime que foi
instituído junto com o Marco Legal das Startups. Sendo assim, mesmo uma
9

empresa veterana, faturando alto, não se configura como uma Startup


(PEREIRA et al., 2022, n.p).
Neste sentido, por meio do Marco Legal das Startups foi instituído um
ambiente legalizado e de regulação, a fim de ajudar tais companhias com
pouco tempo de existência, de caráter experimental e de pequeno porte. Além
disso, várias das ações até já existiam, mas não na forma de regulamentação.
Assim, ao mesmo tempo em que a regulamentação elimina algumas etapas e
incentiva o investimento, o Marco Legal impede que empresas que não se
enquadram na definição de startup, aproveitem-se dos benefícios de forma
irregular (LANA, 2023, n.p).
Diante do exposto, pontua-se que o Brasil encontra-se em ritmo acelerado
de desenvolvimento de empresas de inovação, inclusive, com cada vez mais
“unicórnios”, ou seja, empresas que conseguem atingir o valor de mercado de 1
bilhão de dólares (DOS SANTOS PIVA; JUNIOR, 2022, n.p).
A Lei ainda estabelece que as startups podem receber verbas de
empresas com obrigações de investimento em pesquisa, desenvolvimento e
inovação. Pessoas físicas ou jurídicas também podem investir normalmente em
startups, mas o investidor não precisa estabelecer um vínculo formal com a
empresa ou virar sócio, apenas fornecer o dinheiro. Isso significa, que vínculos
como o direito de ganhar voto na administração, ou direito de gerência, já não
existem mais para tais investidores. Estes também se desobrigam de
obrigações fiscais e tributárias, caso os resultados na empresa investida não
sejam favoráveis ao esperado. O denominado investidor anjo aplica
conhecimento, experiência, credibilidade e verba em empresas com potencial
de crescimento, esperando alcançar lucros depois que o negócio der certo
(ANUNCIAÇÃO; FERNANDES, 2021, pp. 240-255).
O denominado sandbox regulatório trata-se de um ambiente existente nas
startups para testar produtos e serviços com menos burocracia. Tais etapas
são facilitadas por agências de regulação, as quais devem incentivar a
concorrência e também a inovação (PEREIRA et al., 2022, n.p).
Ademais, a Lei Complementar ainda prevê a modalidade de concorrência
de startups para a administração pública, via licitação, com o limite de R$1,6
milhões por contrato (DOS SANTOS PIVA; JUNIOR, 2022, n.p).
10

A aprovação da lei passou por algumas críticas como especialistas que


criticam o sandbox regulatório, considerando-os como uma burocracia que visa
acabar com outras burocracias, ou seja, uma tentativa do Estado de oficializar
algo que já acontecia normalmente em iniciativas privadas, como nas
incubadoras e nos projetos de fomento. Ainda, a Lei deixou uma lacuna a
respeito de investimentos com o setor de educação, inclusive o ensino superior
e pesquisas acadêmicas, que andam fragilizadas financeiramente no país
(SANTORO et al., 2022, n.p).
Ainda, muitas reclamações foram feitas a respeito dos vetos do governo
ao projeto original, sendo o principal deles o que adveio do artigo 7º, o qual
permitia que os investidores compensassem prejuízos e investimentos que
deram errado com o lucro da venda de ações futuras. Além de que, o governo
vetou um trecho da Lei que permitia e facilitava o acesso de startups ao
mercado de capitais (DOS SANTOS PIVA; JUNIOR, 2022, n.p).
A Lei Complementar n° 182/2021 não trata apenas de startup, ela
também traz algumas alterações relativas às sociedades anônimas. O objetivo
do governo em se criar tal lei se deve ao fato de tornar possível a promoção de
medidas de fomento ao ambiente de negócios e o aumento da oferta de capital
para investimento em empreendedorismo inovador, ou seja, criando-se uma
regulamentação fica mais atrativo para o investidor investir em tais empresas
(LANA, 2023, n.p).
Startup não se trata de mais uma forma de empresa, ou seja, trata-se de
um enquadramento econômico empresarial. Neste sentido, não importa a
forma que se esteja exercendo a atividade empresarial, ou seja, pode ser o
Empresário Individual, a EIRELI ou qualquer uma das modalidades de
sociedades empresárias para poderem se enquadrar como startup. Além de
que, não apenas atividades de natureza empresarial poderão ser enquadradas
como startups, mas também as sociedades simples e cooperativas
(ANUNCIAÇÃO; FERNANDES, 2021, pp. 240-255).
Os benefícios para a empresa que busca o enquadramento como startup
diz respeito ao aporte de capital (pelo investidor anjo), pode ser iniciada como
uma atividade provisória, além de que o Município, o Estado, o Distrito Federal,
a União, poderão contratar tais empresas para que prestem algum tipo de
11

serviço ao governo, por meio de uma licitação específica, concorrendo apenas


as startups (PEREIRA et al., 2022, n.p).
O Marco Legal das Startups é bastante importante, visto que é a primeira
legislação própria para as startups no Brasil. Principalmente por estabelecer
uma regulamentação própria para estas empresas fundamentais para o
desenvolvimento do país, visto que trazem soluções inovadoras por meio da
tecnologia, e são portadoras de futuro, impactando na vida de todos os
indivíduos.

3 LGPD

O Direito Civil está em constante transformação, visto que os


denominados novos direitos fazem com que ocorra mudanças reiteradas e de
maneira rápida na sociedade, marcada pelos recursos de tecnologia e
ferramentas de Internet responsáveis por tais mudanças (TEIXEIRA, 2020,
n.p).
Neste sentido, temas e normas de direito civil acabam sendo analisados
de maneira mais ampla por outros ordenamentos os quais tem o intento de
acompanhar as alterações da sociedade, tornando mais precisa a subsunção
da norma, e no caso do Código Civil, de normas que foram positivadas em
2002 (BOTELHO, 2020, p.18).
Logo, ao se falar da seara civil, a norma mais relevante do ordenamento
jurídico pátrio que permite a subsunção, diz respeito à Lei Geral de Proteção de
Dados de 2020 (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
A LGPD trata-se do marco regulatório brasileiro da privacidade de dados
no país. Ela garante que todo brasileiro tem o direito de ter seus dados
pessoais preservados e protegidos e que, empresas, instituições e governo
atuem com responsabilidade para que não haja vazamento de informações
(PINHEIRO, 2020, n.p).
A LGPD foi sancionada em agosto de 2018. Ela estabelece regras sobre
a coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais, protegendo os
usuários e impondo penalidades para quem não cumprir com as suas
obrigações. Ela garante a privacidade de dados no Brasil. Protegendo, assim,
os direitos fundamentais na era digital (PINHEIRO, 2020, n.p).
12

Casos recentes de vazamento de dados, fizeram com que governo,


empresas e sociedade se preocupassem bastante em criar mecanismos para
evitar a invasão de privacidade (BOTELHO, 2020, p.18).
A mudança dos hábitos das pessoas em um mundo digital, criou novas
ameaças aos novos direitos fundamentais, demandando legislação específica.
Outro fator relevante é a perda financeira causada por ataques cibernéticos.
Apenas no Brasil, em 2019, o rombo foi de R$80 bilhões, conforme pesquisa
realizada pela União Internacional de Telecomunicações, relacionada à ONU
(TEIXEIRA, 2020, n.p).
A necessidade de privacidade dos dados deve ocorrer urgentemente,
uma vez que os dados digitais aumentam exponencialmente, com mais
organizações armazenando-os em servidores, ao invés de unidades de
armazenamento físico, como discos rígidos ou DVDs (PINHEIRO, 2020, n.p) 2. 3
Entretanto, a maioria das pessoas desconhece o quanto elas tem sido
rastreadas por várias empresas que coletam o seu comportamento, a fim de
lhe vender um produto que pode não estar completamente relacionado ao seu
hábito de uso na Internet (BOTELHO, 2020, p.18). 4

O mercado global de segurança da informação atingirá 170 bilhões em


2022, à medida em que as empresas responderem globalmente as crescentes
ameaças e cyberataques, em computadores conectados à Internet, que
ocorrem a cada 45 segundo (BOTELHO, 2020, p.18).
A LGPD se aplica tanto à pessoa física quanto à pessoa jurídica,
empresas de qualquer tamanho, pequenas empresas ou empresas globais e
também à profissionais autônomos(BOTELHO, 2020, p.18).
As pessoas jurídicas são tanto empresas privadas como públicas.
Inclusive, a LGPD tem um capítulo inteiro sobre o tratamento de dados
pessoais pelo poder público, que, portanto, também terá que se adequar às
disposições dela (BOTELHO, 2020, p.18).

2
PINHEIRO, Patricia Peck. Proteção de Dados Pessoais: comentários à Lei n. 13.709/2018-
LGPD. Saraiva Educação SA, 2020
3
PINHEIRO, Patricia Peck. Proteção de Dados Pessoais: comentários à Lei n. 13.709/2018-
LGPD. Saraiva Educação SA, 2020.
4
BOTELHO, Marcos César. A LGPD e a proteção ao tratamento de dados pessoais de
crianças e adolescentes. Revista Direitos Sociais e Políticas Públicas–Unifafibe, v. 8, n. 2,
p. 18, 2020.
13

A LGPD se aplica tanto para os dados presentes em meios físicos


como digitais. Desta maneira, a tutela normativa da referida lei vai além dos
cuidados com os dados oriundos dos meios eletrônicos, pois também diz
respeito àqueles advindos de arquivos físicos
(SANTOS, 2019, n.p).
Na prática, se a empresa da Europa, por exemplo, oferecer serviços ao
mercado brasileiro e coletar dados de pessoas localizadas no Brasil, ela
também terá que se adequar a LGPD (SANTOS, 2019, n.p).
Têm algumas exceções na LGPD para as quais a lei não se aplica,
como para fins jornalísticos, artísticos ou acadêmicos, mas, de resto, toda e
qualquer atividade que utilizar dado pessoal, estará sujeita à lei (SANTOS,
2019, n.p).
A LGPD traz um conceito expansionista do que deve ser considerado
dado pessoal. Assim, ela define como dado pessoal toda e qualquer
informação que identifica ou que possa identificar uma pessoa (SANTOS,
2019, n.p).
Neste sentido, a lei fala a respeito da pessoa natural, ou seja,
somente pessoa física. Dessa forma, não está prevista no escopo da lei a
proteção de informação de pessoa jurídica (SANTOS, 2019, n.p).
Logo, toda informação que, isolada ou em conjunto com outra, possa
identificar uma pessoa é considerada dado pessoal, como por exemplo:
cadastros de funcionários e terceiros, cadastros de clientes, endereço IP com
geolocalização, dados financeiros e dados de consumo (PINHEIRO, 2020,
n.p).
Praticamente, todo e qualquer dado pode vir a ser considerado dado
pessoal. A LGDP diferencia dado pessoal do dado pessoal sensível, de
maneira que este é tratado com mais rigor pela lei, visto que são dados que
podem ter algum cunho discriminatório como origem racial e étnica, convicção
religiosa, opinião política, filiação sindical, dados de saúde, vida sexual,
genética ou biometria (PINHEIRO, 2020, n.p).
Outro conceito relevante da lei é o de dado anonimizado que é relativo
ao titular que não pode ser identificado. Dado pessoal, por sua vez, quando
anonimizado, está fora do escopo de aplicação da LGPD, causando
14

questionamentos de muitas empresas sobre a utilidade que possui a


informação caracterizada como anônima (PINHEIRO, 2020, n.p).
Contudo, existem áreas de pesquisa machine learning e outras
tecnologias que se valem bastante de dados anonimizados. A grande
questão aqui é o fato de a anonimização não ser um processo fácil. Deste
modo, precisa se ter muita cautela nela, principalmente dependendo do
tamanho da amostra (PINHEIRO, 2020, n.p).
Assim, para ser considerado anonimizado, o processo não pode ser
reversível. Além disso, se houver um número pequeno de indivíduos, a
anonimização pode não ser tão eficiente (PINHEIRO, 2020, n.p).
No que tange ao tratamento, a LGPD define tratamento como qualquer
operação realizada com dados pessoais, incluindo coleta, produção,
recepção, utilização, transmissão, arquivamento, eliminação, em suma, tudo
o que pode ser feito com os dados pessoais (PINHEIRO, 2020, n.p).
Um dos pontos mais relevantes da lei foi a criação da Autoridade
Nacional de Proteção de Dados - ANPD, que terá um papel fundamental de
orientar a aplicação da lei e de fiscalizar a aplicação de sanções, em caso de
violação (PINHEIRO, 2020, n.p).
O titular é a parte mais envolvida no tratamento, pois se trata da
pessoa física a quem se refere os dados pessoais. Também existem os
agentes de tratamento que são: controlador e operador (PINHEIRO, 2020,
n.p).
O controlador é quem toma as decisões referentes ao tratamento de
dados pessoais. Já o operador é quem realiza o tratamento de dados
pessoais em nome do controlador (PINHEIRO, 2020, n.p).
Existe também a figura do encarregado que se trata da pessoa
indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação
entre o controlador, os titulares dos dados, e a ANPD – Autoridade Nacional
de Proteção de Dados (PINHEIRO, 2020, n.p).
Neste sentido, é função do encarregado orientar os funcionários e
contratados da empresa a respeito de práticas a serem tomadas em relação à
proteção de dados pessoais (PINHEIRO, 2020, n.p).
Diante do exposto, a LGPD elenca um rol de princípios que as
empresas devem observar nas atividades de tratamento de dados pessoais,
15

são eles: o princípio da finalidade; o princípio da adequação; o princípio da


necessidade; o princípio do livre acesso; o princípio da qualidade dos dados;
o princípio da segurança; o princípio da prevenção; o princípio da não-
discriminação; o princípio da responsabilização e da prestação de contas (DE
TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
O primeiro deles diz respeito ao princípio da finalidade, em que os
dados pessoais somente poderão ser tratados para propósitos legítimos,
específicos e explícitos informados ao titular (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-
38).
Além disso, pelo princípio da adequação, o tratamento dos dados deve
ser compatível com as finalidades informadas ao titular (DE TEFFÉ; VIOLA,
2020, p. 1-38).
Já o princípio da transparência defende que os titulares devem receber
informações claras, precisas e facilmente acessíveis sobre a realização do
tratamento (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
Pelo princípio da necessidade, o tratamento dos dados deve ser
limitado ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades (DE
TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
De acordo com o princípio do livre acesso, os titulares poderão
consultar de maneira facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do
tratamento de seus dados (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
O princípio da qualidade dos dados estabelece a garantia aos titulares
da exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados (DE TEFFÉ; VIOLA,
2020, p. 1-38).
Pelo princípio da segurança, as empresas deverão utilizar medidas
técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais (DE TEFFÉ;
VIOLA, 2020, p. 1-38).
E pelo princípio da prevenção, as empresas deverão adotar medidas
preventivas contra a ocorrência de danos ocorridos do tratamento de dados.
O princípio da não-discriminação trata da proibição de tratamento para
fins discriminatórios, ilícitos ou abusivos (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
Por fim, o princípio da responsabilização e prestação de contas –
accountability - está relacionado à capacidade dos agentes de tratamento em
16

demonstrar que estão adotando medidas eficazes e capazes de comprovar a


observância e o cumprimento da LGPD (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020, p. 1-38).
Desta maneira, o que se percebe é que os princípios bases
preceituados expressamente na LGPD permitem que os dados pessoais do
indivíduo sejam tratados da maneira mais segura possível, de forma a fazer
valer o que apregoa as boas práticas empresariais (DE TEFFÉ; VIOLA, 2020,
p. 1-38).

5 CONCLUSÃO

O reconhecimento das startups como instituto legal pelo ordenamento


jurídico brasileiro garantiu uma segurança jurídica maior, principalmente por
parte dos denominados “investidores anjo” que, recorrentemente, aplicam
capital em tais negócios empresarias.
Pontua-se que tais estruturas é um reflexo da evolução do direito
comercial e das próprias transformações sociais e empresariais possibilitadas
pelos recursos de tecnologia e informação na denominada Indústria 4.0. Ou
seja, tal cenário favorece os aspectos de escalabilidade, repetibilidade e alta
lucratividade das startups, as quais tem como fulcro a inovação calcada em um
cenário de incertezas, porém, de múltiplas possibilidades e oportunidades.
Contudo, tal cenário pode ser prejudicado pelo excesso de burocracia
que caracteriza o Estado brasileiro, o qual faz com que prevaleça uma série de
entraves para o desenvolvimento das startups, assim como também prejudica a
evolução das próprias empresas nacionais como um todo.
No entanto, o Marco Legal das Startups, sancionado em 2021 pela Lei
Complementar n. 182/2021, em conjunto com a Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD) se mostram como um avanço para o ordenamento jurídico
nacional, em razão de trazer para startups uma regulamentação para a seara
jurídica pátria, as quais se mostram importantíssimas para o crescimento e
desenvolvimento do país.

.
REFERÊNCIAS
17

ANUNCIAÇÃO, Ingrid Iana Matos, FERNANDES, Gabriela Andrade. “As


startups no ordenamento jurídico: uma leitura comparada dos ecossistemas de
startups na Argentina, no Chile e no Brasil”, Cadernos de Ciências Sociais
Aplicadas, ano XVIII, v. 18, n. 32, UESB, Vitória da Conquista, Bahia, jul.-dez.,
pp. 240-255, 2021, DOI: http://doi.org/10.22481/ccsa.v18i32.9263, disponível
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