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PROJETO DE PESQUISA

GESTÃO PÚBLICA: COMO REALIZAR UMA GESTÃO AOS


PRINCÍPIOS DA LEI EM TEMPO DE PANDEMIA DO NOVO
CORONAVÍRUS/COVID-19

DANILO SOUZA DA SILVA

Caracaraí - RR
2021
SUMÁRIO

1. TEMA...................................................................................................................................02

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA..........................................................................................02

2. INTRODUÇÃO-TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO.......................................................02

3. JUSTIFICATIVA...............................................................................................................03

4. OBJETIVOS........................................................................................................................04

4.1 GERAL.........................................................................................................................04

4.2 ESPECÍFICOS..............................................................................................................05

5. REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................................................05

6 METODOLOGIA DA PESQUISA....................................................................................07

7. CRONOGRAMA................................................................................................................08

REFERÊNCIAS......................................................................................................................09
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1. TEMA

Políticas Públicas: Gestão Pública à luz da Constituição Federal de 1988.

1.1 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Gestão Pública: como realizar uma gestão aos princípios da lei em tempo de pandemia
do novo coronavírus/covid-19

2. INTRODUÇÃO – TEMA E PROBLEMATIZAÇÃO

Com o surgimento da pandemia do novo coronavírus/covid-19 através de notícias


pelos mecanismos de comunicação em massa, Rádios e jornais, percebemos o afrouxamento
de alguns atos de corrupção dentro da Gestão Publica através do processo licitatório em
relação à Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei de Licitações e Contratos.
A Gestão Pública é o principal elo entre os recursos públicos e os interesses da
sociedade e com o passar dos anos foi ganhando conceituações diferentes, uma vez que os
acontecimentos surgidos e impactados sobre ela foram absorvidos pelas revoluções sociais e
pelas mudanças econômicas e culturais. Cada processo da história com suas evoluções
econômicas, políticas e as mudanças sociais impactaram fortemente na construção da gestão
pública. Por isso, é muito importante que na composição de todos os setores da gestão pública
os cargos tenham menos vieses de indicações políticas para que se possa dar vez aos
profissionais com formação técnica e de carreira dentro do serviço público. Isso traria um
ganho maior à Administração Pública, pois com a troca de poderes ou mandatos, as políticas
públicas estabelecidas como necessárias para a sociedade poderiam ter continuidades efetivas.
A Gestão Pública de Estados e Municípios não é uma tarefa fácil de ser realizada.
Entretanto, cabe às pessoas que se dispõem a realizá-la, seja de forma eletiva ou de carreira, o
exercício da profissão com responsabilidade, prezando-se, sobretudo, pelo cuidado com o
bem público e, para isso, é de suma importância que os gestores proponham políticas públicas
em favor da sociedade, visando a construção delas com efetividade. O que desvirtua a Gestão
Pública é a corrupção, que é o processo de levar vantagem pessoal e sobre o bem público. Isso
tem construído a todo o momento na sociedade descrédito para com a classe política. Isso é
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um problema ao passo que o distanciamento da sociedade na fiscalização dos atos de


corrupção tem levado a prática se consolidar ainda mais.
A pandemia promovida pelo Coronavírus (COVID-19) tem fomentado novos hábitos
de vida e isso fez com que novas legislações fossem implantadas e algumas alteradas até 31
de dezembro de 2020, como, por exemplo, a Lei n. 13.979/2020, que abre um campo diferente
na aquisição de produtos necessários à manutenção da qualidade de vida da sociedade. Dispõe
sobre as medidas tangentes ao enfrentamento da emergência de saúde pública de importância
internacional decorrente do Coronavírus. Porém, o que deveria ser um processo de agilidade
na compra de insumos e equipamentos ao combate a esse surto, tornou-se uma porta aberta
para atos de corrupção em diversos estados brasileiros. Há menos segurança e serviços menos
efetivos e que corroboram para o aumento de contaminados, principalmente àqueles em
estado grave, que não conseguem escapar com vida.
Partindo dessa ideia, surge a seguinte problemática: Como a Gestão Pública pode
desempenhar um papel condizente com os princípios fundamentais da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência? Diante da problemática constituída, foi
necessário delimitar o campo de pesquisa que transcorreu em trazer os Princípios
Fundamentais da Gestão Pública e como ela foi constituída durante a sua existência, bem
como as legislações importantes para o processo de compras de serviços e produtos sob a Lei
de Responsabilidade Fiscal e a Lei 8.666/93, contemplando os processos de corrupção
instituídos pela má gestão.

3. JUSTIFICATIVA

Definir a Gestão Pública demanda um esforço grande e complexo, com vistas a


compreender os conceitos correlatos. Ela se constrói solidamente quando apresenta projetos
efetivos ao país, nas mais diversas esferas, a partir dos seus instrumentos sociais, econômicos,
políticos e culturais. Nesse sentido, a Gestão Pública compreende as necessidades humanas, o
desenvolvimento de tais necessidades e de seus ambientes em uma perspectiva econômica.
(LINHARES, 2008).
Isso exige propostas e que o gestor público, no uso de suas atribuições administrativas,
incorpore-as, efetive-as e entenda-as. Cada setor de sua responsabilidade exige, de seu gestor,
conhecimento técnico ou que seja capaz de montar uma equipe técnica que seja capaz de
suprir necessidades e interesses. Desse modo, devem obedecer a Constituição Federal de 1988
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e outras legislações que norteiam a Gestão Pública, como a Lei de Responsabilidade Fiscal e a
Lei de Licitações e Contratos.
Gestão Pública é um termo que intrinsecamente está correlacionado ao papel de
administrar para o bem da sociedade. Terá o administrador, em sua árdua tarefa de gestão,
responsabilidades sérias que poderão melhorar a condição de vida e dar qualidade a ela,
abarcando as mais diversas pessoas e grupos. Assim, quando os gestores públicos assumem
funções sem qualquer planejamento ou de bases que construam o bem social, colocará o
governo em bases frágeis, corroborando para práticas em discordância com o interesse do
povo e, principalmente, destoante das legislações, que além de trazer prejuízos para toda a
sociedade, trará sobre ela implicações jurídicas. Os princípios fundamentais orientadores de
toda a atividade da Administração Pública se encontram, explícita ou implicitamente, na
Constituição Federal do Brasil (1988).
A partir das leituras realizadas e descritas nessa pesquisa, o que se quer deixar muito
bem claro é que o Brasil possui uma cultura política corrupta que abala os princípios morais
da sociedade. Precisa-se de bases sólidas de direitos, capazes de proteger o país e a sociedade
em cada ente federado. Espera-se que essa pesquisa produza inúmeros efeitos que vão desde o
conhecimento melhor da Gestão Pública e seus efeitos morais em respeito às legislações do
país até uma cobrança mais efetiva e concisa da sociedade pela garantia do zelo e uso
responsável do dinheiro público.

4. OBJETIVOS

4.1 GERAL

A pesquisa realizada tem como objetivo discutir acerca de como a Gestão Pública foi
construída ao longo de seus processos históricos, culturais e de como ela está instituída por
Leis que estabilizaram a economia no país a partir da década de 1990, passando, à título de
controle, a obedecer o teto de gastos como, também, ampara-se em leis que conduzem o
processo licitatório justo, igual e responsável, quais sejam: Lei de Responsabilidade Fiscal e
Lei de Licitações e Contratos.
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4.2 ESPECÍFICOS

a) Compreender e analisar como é realizada a Gestão da Área Publica em tempo de


pandemia do Novo Coranavírus/COVID-19.

b) Conhecer algumas legislações que normatizam a Gestão, como as leis de


Responsabilidade Fiscal e a Lei de licitações e contratos;

c) Promover e fomentar a discussão acerca da importância da boa gestão, com vistas à


garantia do guardo e uso responsável do bom funcionamento do bem público e seus
recursos;

d) Compreender como o processo de Gestão Pública foi se remodelando ao longo da


história;

e) Analisar brevemente a existência de atos de corrupção serem frequentes na Gestão


Pública, tendo em vista que ao longo do estudo, pode-se perceber que mesmo com
legislações sérias, a corrupção entrelaça com muitos gestores públicos na condução de
suas práticas administrativas e políticas ilícitas.

5. REFERENCIAL TEÓRICO

Definir a Gestão Pública demanda um esforço grande e complexo, com vistas a


compreender os conceitos correlatos. Ao longo da história, desde a colonização do Brasil,
perpassando pelo Império, Primeira República até aos dias atuais, ela foi construída de acordo
com pensamentos movidos pela composição histórica que incorporou ideologias, interesses,
situações e a busca pelo poder (MORAES, 2014).
Gonçalves (2020, p. 13) defende que, atualmente, a Gestão Pública deve ser motivada
por princípios que propiciam a execução de políticas públicas que o país necessita, devendo,
sobretudo, considerar as demandas coletivas. Ela se constrói solidamente quando apresenta
projetos efetivos ao país, nas mais diversas esferas, a partir dos seus instrumentos sociais,
econômicos, políticos e culturais. Moraes (2014, p. 54), menciona que a Gestão Pública
compreende as necessidades humanas, o desenvolvimento de tais necessidades e de seus
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ambientes em uma perspectiva econômica. Desse modo, devem obedecer a Constituição


Federal de 1988 e outras legislações que norteiam a Gestão Pública, como a Lei de
Responsabilidade Fiscal e a Lei de Licitações e Contratos.
Segundo a Carta Magna, a Administração Pública, com caráter direto ou não, deve
seguir o Art. 37, que aponta os princípios fundamentais expressos: a legalidade,
impessoalidade, publicidade, eficiência e moralidade e todos os outros que estão descritos
implicitamente por todo texto constitucional, como o Princípio da Supremacia do Interesse
Público, que confere prerrogativas à Administração Pública e o Princípio da Indisponibilidade
do Interesse Público, que delimita a atuação estatal. Juntos, eles formam a base do Regime
Jurídico Administrativo. O Decreto-Lei Nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, em seu Art. 30
parágrafo 2º, coloca ao maior chefe da gestão pública do país a responsabilidade da execução
e garantia de todas as leis sob sua responsabilidade, devendo elas serem capazes de promover
a sustentabilidade e a harmonia de todo os sistemas da Administração Pública (DI PIETRO,
2019).
A pandemia do Coronavírus tem assustado autoridades e a sociedade de um modo
geral, em todo o mundo. Isso fez com que as ações públicas fossem redirecionadas para a
minimização e contenção de seus impactos. No caso do processo licitatório, devido à urgência
em adquirir inúmeros produtos imprescindíveis para o enfrentamento da pandemia, como
respiradores e insumos hospitalares, a dispensa de licitação foi adotada para atender o caráter
emergencial, que, infelizmente, abriu caminhos para atos de corrupção (MELLO; GRILLO,
2020). Gonçalves (2020, p. 09), reitera que a pandemia movida pelo Coronavírus mudou as
regras do processo licitatório, dispensando os gestores públicos de uma série de instrumentos
importantes exigidos pela Lei 8.666/1993. Um deles é o aumento do valor da dispensa da
licitação pelos entes federados. Isso preocupa órgãos de controle, pois a gestão pública, em
muitas casos, dá espaço para a corrupção. Essa flexibilidade, segundo o autor, está
normatizada pela Lei Federal 13.979/2020 (GONÇALVES, 2020).
Bittencourt (2020, p. 10), aponta que a dispensa de licitação mais abrangente
fomentada pela Lei 13.979/2020 foi criada para romper com os processos burocráticos da Lei
de Licitação. Nesse sentido, os gestores públicos ficam autorizados a adquirir o que precisam
de forma rápida, mas isso não dispensa o uso racional do dinheiro público. Segundo o autor,
por mais que as ações devam estar comprovadas no Portal da Transparência de cada entre
federado, não estão livres de fiscalização pelo Poder Legislativo, auxiliado pelos Tribunais de
Contas e de outros órgãos de controle. Segundo o G1 Notícias (2020), desde que o processo
licitatório foi abrandado pela “Lei do Coronavírus”, muitos gestores públicos brasileiros têm
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se aproveitado para cometerem atos ilícitos. Ainda para o portal de notícias, a Polícia Federal
recebeu nesse período de pandemia inúmeros apontamentos de atos ilícitos para compra de
suprimentos emergenciais (MELLO; GRILLO, 2020).
A partir das leituras realizadas e descritas nessa pesquisa, o que se quer deixar muito
bem claro é que o Brasil possui uma cultura política corrupta que abala os princípios morais
da sociedade. Precisa-se de bases sólidas de direitos, capazes de proteger o país e a sociedade
em cada ente federado. Espera-se que essa pesquisa produza inúmeros efeitos que vão desde o
conhecimento melhor da Gestão Pública e seus efeitos morais em respeito às legislações do
país até uma cobrança mais efetiva e concisa da sociedade pela garantia do zelo e uso
responsável do dinheiro público.

6. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A pesquisa teve como base de estudo o tipo bibliográfico, contando com a abordagem
qualitativa. A pesquisa bibliográfica é defina por Gil (2010) como aquela que busca por
resultados já estudados e publicados, bem como por novas análises, interpretações e escritas,
mas sempre fiéis ao texto original, que teve anos de estudo para sua comprovação, sendo,
posteriormente, disponibilizadas à sociedade. Pêssoa (2017, p. 55), afirma que a pesquisa
pode assumir duas abordagens: a qualitativa e quantitativa, ou as duas ao mesmo tempo.
Adotou-se a abordagem quantitativa nesse trabalho.
O método qualitativo difere do quantitativo por não empregar instrumentos
estatísticos, e pela forma de coleta e análise dos dados. A metodologia qualitativa preocupa-se
em analisar ou interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano. Fornece análise mais detalhada sobre as investigações, hábitos,
atitudes e tendências de comportamento (GIL, 2010).
Quanto aos objetivos, a pesquisa é exploratória, para quem Andrade (2010, p. 112)
pesquisa exploratória, “busca apenas levantar informações sobre um determinado objeto,
delimitando assim um campo de trabalho, mapeando as condições de manifestação desse
objeto”.Destarte, conclui-se que a pesquisa exploratória, na maior parte dos casos, constitui
um trabalho preliminar ou preparatório para outro tipo de pesquisa. (ANDRADE, 2010).
A pesquisa teve como intuito a busca por publicações disponibilizadas pelos meios digital e
físico. As ferramentas que auxiliaram a busca pela internet foram o Google Livros, ScIELO,
Revistas Digitais, Portais de Notícias e outros que contaram com a vasta disponibilização
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promovida pelo meio eletrônico. Na parte física, os materiais consultados foram livros,
apostilas e revistas que proporcionaram os conhecimentos necessários e compuseram com
grande veracidade dos fatos toda a pesquisa.
Acerca dos procedimentos técnicos, a pesquisa é bibliográfica. Segundo Pêssoa (2017,
p. 59): é aquela que se realiza a partir do registro disponível, decorrente de pesquisa
anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos teses etc. Utiliza-se de dados ou de
categorias teóricas já trabalhados por outros autores e devidamente registrados. Sendo assim,
a pesquisa bibliográfica é desenvolvida baseada em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Boa parte dos estudos exploratórios pode ser
definida como pesquisas bibliográficas.

7. CRONOGRAMA

2021

1º sem.
Etapas
.

JAN FEV MAR ABR

1. Revisão bibliográfica X X - -

2. Definição da pesquisa / X X - -
objetivos

3. Elaboração do instrumento X X - -
de pesquisa/Coleta de dados

4. Análise e discussão dos X X - -


dados

5. Elaboração do artigo - X X -
científico

6. Redação final do Artigo - - X -


científico

7. Defesa - - - X
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8. Redação final do artigo- Pós - - - X


banca

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 10.


ed. São Paulo: Atlas, 2010.

BITTENCOURT, S. A Contratação Emergencial Por Dispensa de Licitação em Função


da Pandemia Provocada pelo Coronavírus. O licitante. 2020. Disponível em:
http://www.olicitante.com.br/emergencial-coronavirus/. Acesso em: 01. Fev. 2021.

DI PIETRO, M. S. Z. Direito Administrativo. 32ª ed. São Paulo: Editora Forense, 2019.

GONÇALVES. E. Licitação em Tempos de Pandemia. 2020. Disponível em:


http://www.eduardorgoncalves.com.br/2020/05/licitacao-em-tempos-de-pandemia-
normas.html. Acesso em: 20. Jan. 2021.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 5ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.

MELLO, B.; GRILLO, M. A Pandemia como Brecha para a Corrupção no Brasil. Revista
Época. 2020. Disponível em https://epoca.globo.com/brasil/a-pandemia-como-brecha-para-
corrupcao-no-brasil-1-24427569. Acesso em: 15. Jan. 2021.

MORAES, M. V. E. de. Gestão pública e desenvolvimento: proposições para uma agenda de


governo. Revista de Políticas Públicas e Gestão Governamental, v. 13, n. 2, p. 9-20, 2014.

PESSÔA, V. L. S. Pesquisa qualitativa: aplicações em Geografia (Org). Porto Alegre:


Imprensa Livre, 2017.

PORTAL G1 NOTÍCIAS. Investigações de desvios e superfaturamento na Saúde atingem


pelo menos seis estados. 2020. Disponível em https://g1.globo.com/
jornal-nacional/noticia/2020/06/03/investigacoes-de-superfaturamento-e-desvios-na-saude-
atingem-pelo-menos-seis-estados.ghtml. Acesso em: 13. Jan. 2021.

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