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ÉTICA, CIDADANIA E

SUSTENTABILIDADE
AULA 4

Prof. Nivaldo Vieira Lourenço


CONVERSA INICIAL

Ao tratarmos de ética, cidadania e sustentabilidade é preciso


conhecermos a Constituição Federal do Brasil de 1988, em especial o Título III,
Capítulos I a VI, que tratam da organização político-administrativa e suas
prerrogativas, e de seu Capítulo VIII, que trata da organização, das
responsabilidades e dos procedimentos da gestão pública. Isso implica em
afirmar que os diferentes órgãos da Administração Pública se organizam e são
responsáveis pela gestão, criação, execução e aplicabilidade dos serviços
públicos, vinculando-se às ações e atitudes daqueles que exercem a função
pública, como gestores e/ou funcionários. Para aperfeiçoarmos nossos
conhecimentos, estudaremos a moralidade pública e administrativa por meio os
seguintes tópicos:

1. Moralidade pública, administrativa e transparência no setor público;


2. Lei de acesso à informação e o Programa Basil Transparente;
3. Governança;
4. Compliance;
5. Exemplo de Programa de Integridade: compliance.

TEMA 1 – MORALIDADE PÚBLICA, ADMINISTRATIVA E TRANSPARÊNCIA


NO SETOR PÚBLICO

O princípio da moralidade pública e administrativa, em face de


desmandos de ordem política e econômica em todos os níveis e instâncias da
vida em sociedade, constitui o grande desafio para as reflexões sobre ética,
cidadania e sustentabilidade. O regime jurídico ao qual se submetem os serviços
públicos, pela condição formal, e definido legalmente, é de incumbência do
direito público; porém, é de questão ético-moral que sejam prestados os serviços
públicos adequadamente e com maior alcance à população.
Desde o período clássico grego, a ordem pública vincula-se às condições
da vida na pólis, sendo nela que se estabelecem relações e inter-relações
definidoras de limites, obrigações e responsabilidades que cabem a todos os
cidadãos.
A vinculação entre a ordem constitucional e a vida na pólis pressupõe a
ordem ético-moral, que avalia as relações estabelecidas entre a moralidade

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vivencial e a moralidade pública, exigindo transparência e práticas de avaliação
e controle pela coletividade sobre as formulações das políticas públicas. Assim,
podemos compreender que a conduta da ação se reflete na prática da
moralidade, cujos princípios são normativos e revelados pela conformidade ou
não aos bons costumes.
A ação estatal é norteada por diversos princípios, e a administração
pública, em suas diversas instâncias (federal, estadual, distrital e municipal),
constitui-se no instrumento de base do qual o Estado dispõe para dar
consecução às demandas da população e executar as prioridades do governo.
Ao analisar essas informações e, nesse sentido, a legalidade, tanto a
veracidade como a transparência são elementos constitutivos de todos os
momentos da tomada de decisão e da implementação das ações planejadas e
executadas; portanto, devemos também compreender a importância da
transparência no setor público.
Diante de constatações de desvio de condutas na gestão dos recursos
públicos, surge uma ampla rede de agências e instituições de fiscalização,
avaliação e prestação de contas. Exigindo por parte da Administração Pública
uma maior necessidade de avaliação, acompanhamento e controle das ações e
dos atos públicos, podemos citar dois exemplos de órgãos que fazem o controle
externo das ações do Poder Público: o Ministério Público e os Tribunais de
Contas.
Por intermédio da atuação das instâncias de controle, o princípio da
transparência, ao lado do princípio da legalidade, permite e estimula o
exercício da cidadania ativa e, portanto, distingue os âmbitos de ação e avaliação
da moral social, que se caracteriza pela unilateralidade de suas normas. A
moralidade como princípio da gestão pública leva ao entendimento de que o
gestor público deve obediência à moral legal e pública, o que implica em ações
de acordo com aquilo que, no senso comum, conhecemos por honestidade.
Desse modo, é de extrema importância a participação efetiva da população
no processo de controle das políticas públicas, o que nos remete à chamada
cidadania ativa e plena.

• Cidadania ativa: representada pelas ações dos movimentos sociais e dos


atores sociais – consolidação dos pressupostos da democracia ativa e
efetiva.

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• Cidadania plena: relaciona-se com o republicanismo clássico, que se
expressa pela preocupação com a res publica.

Para concluir este tema, citaremos os aspectos mais importantes para o


aprendizado da cidadania ativa: a autonomia, a igualdade perante a lei e a
independência, que significa a capacidade de os indivíduos se garantirem livres
nos âmbitos pessoal, profissional e sociopolítico.

TEMA 2 – LEI DE ACESSO À INFORMAÇÃO E O PROGRAMA BRASIL


TRANSPARENTE

A Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527/2011) regula o acesso às


informações previsto no inciso XXXIII do art. 5º, no inciso II do parágrafo 3º do
art. 37, e no parágrafo 2º do art. 216 da Constituição Federal de 1988. Esta lei
abrange órgãos e entidades da esfera pública e de todos os poderes e entes da
federação, aplicando-se também às entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam recursos públicos.
Conforme a lei, art. 4º, inciso I, informações são: “dados, processados ou
não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento,
contidos em qualquer meio, suporte ou formato”. Já o art. 5º afirma que é “dever
do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada,
mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão”.
O acesso às informações públicas será assegurado mediante a criação
de serviço de informações ao cidadão, em órgãos e entidades do poder público
e por meio de realização de audiências públicas ou consultas públicas,
incentivando a participação popular. O dirigente máximo do órgão público deve
designar autoridade, que seja diretamente subordinada a ele, para:

1. Assegurar o cumprimento das normas relativas ao acesso à informação;


2. Monitorar a implementação do serviço e apresentar relatórios periódicos;
3. Implementar e aperfeiçoar a aplicação da lei;
4. Orientar as unidades do órgão.

Os aspectos éticos morais que permeiam as premissas legais se


relacionam com os valores de civilidade, respeito mútuo e preservação da ordem
legal.

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No processo de ampliação das esferas de avaliação e controle, de
deveres e direitos da cidadania, surge o Programa Brasil Transparente, voltado
especificamente para aplicar a Lei n. 12.527/2011. Ele é um mecanismo de
controle e avaliação dos processos de acesso à informação e do direito dos
cidadãos à transparência no setor público. A Portaria n. 277/2013, editada pela
CGU (Controladoria Geral da União), apresenta os objetivos do Programa Brasil
Transparente:

• A Administração Pública transparente e aberta à participação social;


• Promover o uso de novas tecnologias e soluções criativas;
• Promover o intercâmbio de informações e experiências ao
desenvolvimento e à promoção da transparência pública;
• Apoiar medidas para a implementação da Lei de Acesso à Informação;
• Capacitar os servidores públicos para atuarem como agentes de mudança
na implementação de uma cultura de acesso à informação;
• Aprimorar a gestão pública por meio da transparência;
• Incentivar a publicação de dados em formato aberto na internet;
• Disseminar a Lei de Acesso à Informação.

O Programa Brasil Transparente responsabiliza civil, penal e


administrativamente o servidor público que não cumprir ou não fizer cumprir a
lei. Nesses casos, o servidor responderá civil, penal e administrativamente pelo
exercício irregular de suas atribuições, de maneira que a responsabilidade civil
decorre de ato omisso, doloso ou culposo; a responsabilidade penal abrange
crimes e contravenções imputadas ao servidor e a responsabilidade civil-
administrativa resulta de ato omisso ou comissivo praticado no desempenho do
cargo ou função.

TEMA 3 – GOVERNANÇA

Muito se fala sobre o tema governança, e por essa razão é necessário


sabermos que o termo se refere ao processo de controle e direção
realizado pelo governo, pelo mercado ou por redes, ou seja, por organizações
públicas ou privadas.
A governança está relacionada a processos de coordenação social, razão
pela qual não se limita à forma hierárquica e verticalizada, baseada no controle
direto e formal, como acontece nos governos. Ela ocorre também nos mercados,

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que são sistemas de competição, e nas redes, que são sistemas de cooperação.
Podemos então concluir que a governança não existe somente nas organizações
públicas, responsáveis pela direção política do Estado, mas também nas
empresas privadas que administram e dirigem seus empregados com o objetivo
de obter o lucro; elas possuem regras e implementam suas decisões.
O governo do Estado é exercido por meio de um processo interativo entre
os atores sociais, como os representantes dos Estado (eleitos, concursados,
terceirizados) e os representantes da sociedade civil. Assim, a governança é
exercida por diversos atores envolvidos ou partes interessadas (stakeholders),
por meio de instituições formais e informais (leis, regulamentos normas,
costumes) os quais regulam o processo de tomada de decisão.
Então podemos perguntar: Para que servem as boas práticas de
governança?
Para aprimorar a qualidade do processo decisório, para garantir o respeito
aos princípios éticos e as normas legais, para dar a legitimidade da gestão
perante os atores sociais, para gerir as decisões, controles e ações para o
alcance de objetivos, para aumentar o valor econômico e social da organização,
e para alinhar os objetivos organizacionais, ou seja, a missão.
Concluímos, desse modo, que a governança é a estrutura que assimila os
processos de direção e controle, estabelecendo os modos de interação entre os
gestores nas empresas públicas, ou os proprietários nas empresas privadas
(shareholders) e as partes interessadas, como a sociedade representada por
uma associação ou sindicato, ou, ainda, por uma organização não
governamental, bem como no setor privado o cliente ou fornecedor de matéria-
prima (stakeholders).
Assim sendo, é necessário conhecermos mais dois termos: gestão de
riscos e integridade; Vieira e Barreto (2019) definem a gestão de riscos como o
conjunto de procedimentos por meio dos quais as organizações identificam,
analisam, avaliam, tratam e monitoram os riscos que podem afetar
negativamente o alcance dos objetivos.
Podemos então concluir que a gestão de riscos é um mecanismo para
melhorar o desempenho das organizações públicas ou privadas por meio da
identificação de oportunidades e da garantia dos princípios éticos das normas
legais.
Já a integridade, também conhecida como compliance, é uma estrutura

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que coordena as ações que asseguram a conformidade dos agentes aos
princípios éticos e às normas legais.
Podemos, portanto, afirmar que a governança, em um regime
democrático, deve:

1. Assegurar o retorno das ações de seus agentes aos estabelecer as


competências, sanções e recompensas.
2. Estabelecer procedimentos para definição dos objetivos na resolução de
problemas públicos (stakeholders).
3. Organizar procedimentos de desempenho (para dar cumprimento
aos objetivos) e conformidade (para garantir a integridade).

TEMA 4 – COMPLIANCE

O que significa compliance?


O termo vem do inglês, e significa “estar em conformidade com algo”. A
palavra original é comply, e significa “cumprir”. Nesse sentido, compreendemos
que compliance é o conjunto de práticas e mecanismos utilizados para manter
uma empresa de acordo com as demandas éticas e legais, sendo uma
ferramenta cujo objetivo é aplicar de forma adequada processos de controles,
como incentivos a denúncias de irregularidades, auditorias, aplicar o código de
ética e analisar os procedimentos internos e diretrizes das empresas, sejam elas
públicas, sejam privadas.
O compliance é aplicado com o objetivo de manter a empresa dentro dos
padrões comportamentais, respeitando as leis, normas e os preceitos éticos de
sua atuação, estabelecendo procedimentos e padronizando regras e tarefas,
preparando assim os funcionários e fiscalizando sua correta aplicação. O
compliance pode ser inserido em todas as organizações e empresas, mesmo
aquelas sem fins lucrativos. Podem existir particularidades que, nesses casos, o
compliance deverá ser aplicado em áreas específicas e de formas diferentes.
Logo, concluímos que o compliance pode ser aplicado em empresas em
geral, em instituições financeiras, nos governos (poderes executivo, legislativo e
judiciário), nos partidos políticos, nas escolas, nas universidades, no esporte e
nas ONGs (organizações não governamentais).
Por que foi desenvolvido o conceito de compliance?

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Devido a necessidades do mercado financeiro e a partir de uma série de
convenções internacionais e da adoção de leis anticorrupção pelos países. Um
marco importante foi a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção,
realizada no ano de 2003, também conhecida como “Convenção de Mérida”, na
qual foi elaborado um documento estabelecendo que os Estados deveriam
adotar medidas para prevenir a corrupção e melhorar as normas contábeis e de
auditoria no setor privado. No Brasil, são dois os marcos importantes para a
entrada do compliance na legislação: a Lei de Lavagem de Dinheiro, de 2012, e
a Lei Anticorrupção, de 2013.
Quais são os benefícios do compliance?
Inserir nas instituições públicas ou privadas uma cultura baseada no que
é correto, ou seja, com o objetivo de prevenir riscos, respeitar a legislação,
manter uma boa imagem para o público, respeitar as normas jurídicas e os
preceitos éticos, criar um ambiente saudável para os funcionários e
fornecedores, aumentar a produtividade, diminuir chances de penalidades e
reduzir custos.

TEMA 5 – MODELO DE PROGRAMA DE INTEGRIDADE: COMPLIANCE

Vamos apresentar um modelo de compliance implementado no estado do


Paraná, por meio da CGE (Controladoria Geral do Estado), a qual é responsável
por estabelecer as diretrizes para a implementação do Programa Estadual de
Integridade e Compliance no estado do Paraná. O programa envolve a
concepção, implementação e monitoramento de políticas, procedimentos e
práticas em torno do respeito à moralidade e eficiência administrativa.
O Programa de Integridade e Compliance no Estado do Paraná agrega
métodos e técnicas para prevenir e descobrir práticas irregulares e ilegais, como
fraudes, subornos, assédio e desvios de conduta. A aplicação do método é a
base da cultura ética e honesta, e tem o objetivo de fortalecer a credibilidade no
cumprimento da legislação. É uma cultura que fortalece as práticas de
compliance e envolve os funcionários, servidores, terceirizados e pessoas que
tenham relação com o estado do Paraná. Conforme estudos, o governo
paranaense declara: “Com a aplicação da metodologia de compliance, o
Governo do Paraná vai aumentar a transparência de suas ações, aprimorar o
combate à corrupção e garantir uma gestão eficiente e confiável dos recursos
públicos”.
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No processo de implementação do programa e análise nos órgãos do
estado do Paraná, serão identificados e classificados eventuais riscos de cada
setor, tendo como principal foco o controle interno, que tem papel fundamental
nos processos e procedimentos adotados para os apontamentos. O estado do
Paraná elaborou um Código de Ética e Conduta específico para cada secretaria
ou órgão. A Ouvidoria do Estado do Paraná também é um canal receptor de
denúncias. Assim, o Programa de Integridade e Compliance do Estado do
Paraná é uma ferramenta de gestão, que tem como base a ética e a integridade,
e uma de suas finalidades é promover uma cultura baseada na honestidade.
O programa paranaense é uma política de estado, firmada com a Lei
Estadual n. 19.857, de 29 de maio de 2019, e regulamentada pelo Decreto
Estadual n. 2.902, de 1 de outubro de 2019, que tornou obrigatória a
implementação do Programa de Integridade e Compliance da Administração
Pública Estadual no âmbito da administração pública direta, fundacional,
autárquica e serviços sociais autônomos do Estado do Paraná, sendo a
Controladoria-Geral do Estado do Paraná responsável pelas diretrizes de
implementação nesses órgãos e entidades.
As etapas e fases do Programa de Integridade e Compliance são:

1. Identificação e classificação dos riscos;


2. Estruturação do Plano de Integridade;
3. Definição dos requisitos, como medidas de mitigação dos riscos
identificados;
4. Elaboração de matriz de responsabilidade;
5. Desenho dos processos e procedimentos de Controle Interno, geração
de evidências e respectiva implementação desses processos e
procedimentos;
6. Elaboração do Código de Ética e Conduta;
7. Comunicação e treinamento;
8. Estruturação e implementação do Canal de Denúncias;
9. Realização de auditoria e monitoramento;
10. Ajustes.

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NA PRÁTICA

Pesquise se existe, em seu estado ou município, alguma legislação em


relação à aplicação do compliance. Elabore um relatório e apresente suas
considerações em relação ao processo de implementação para o controle de
excessos nas ações políticas e administrativas do estado pesquisado.

FINALIZANDO

Os estudos apresentados nesta etapa confirmam que os cidadãos e os


gestores públicos e privados devem gerir com ética, moral e moralidade nas
questões que são de sua responsabilidade.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição (1988). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 5 out. 1988.

Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso
em: 24 maio 2023.

BRASIL. Lei n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Diário Oficial da União,


Poder Legislativo, Brasília, DF, 18 nov. 2011. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/lei/l12527.htm>.
Acesso em: 24 maio 2023.

BRASIL. Lei n. 12.683, de 9 de julho de 2012. Diário Oficial da União, Poder


Legislativo, Brasília, DF, 10 jul. 2012. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12683.htm>.
Acesso em: 24 maio 2023.

BRASIL. Lei n. 12.846, de 1 de agosto de 2013. Diário Oficial da União, Poder


Legislativo, Brasília, DF, 2 ago. 2013. Disponível em:
<https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12846.htm>.
Acesso em: 24 maio 2023.

PARANÁ. Lei n. 19.857, de 19 de maio de 2019. Diário Oficial do Estado do


Paraná. Paraná. PR, 29 maio 2019. Disponível em:
<https://www.legislacao.pr.gov.br/legislacao/pesquisarAto.do?action=exibir&cod
Ato=220833&indice=1&totalRegistros=1>. Acesso em: 24 mao 2023.

RODRIGUES, Z. A. L. Ética na gestão pública. Curitiba: InterSaberes, 2016.

VIEIRA, J. B., BARRETO, R. T. S. Governança, gestão de riscos e


integridade. Brasília: Enap, 2019. Disponível em:
<https://repositorio.enap.gov.br/bitstream/1/4281/1/5_Livro_Governan%C3%A7
a%20Gest%C3%A3o%20de%20Riscos%20e%20Integridade.pdf>. Acesso em:
24 maio 2023.

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