Você está na página 1de 19

3 ÉTICA e INTEGRIDADE.

3.1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e


deveres à luz do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do Código
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo
Federal (Decreto nº 1.171/1994).
3.2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203,
de 22 de novembro de 2017). Gestão de riscos e medidas mitigatórias
na Administração Pública.
3.3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023).
3.4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade
social.
3.5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração
Pública. Lei nº 14.129/2021.
3.6 Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011.
3.7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no
âmbito do serviço público.
3 ÉTICA e INTEGRIDADE.

3.1 Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e


deveres à luz do artigo 37 da Constituição Federal de 1988, e do
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994).

Os princípios e valores éticos do serviço público no Brasil são


fundamentais para garantir, no exercício das atividades governamentais.
● eficiência
● transparência
● integridade

Estabelecidos
● artigo 37 da Constituição Federal de 1988
● Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994).

Legalidade:
Todas as ações devem estar de acordo com a lei, respeitando os
princípios constitucionais e legais.

Impessoalidade:
O servidor público deve tratar todos os cidadãos de forma igualitária,
sem discriminação ou favorecimento pessoal.

Moralidade:
As atividades devem ser pautadas por princípios éticos e morais,
visando o bem comum e o interesse público.

Publicidade:
As ações do governo devem ser transparentes e acessíveis ao público,
garantindo o direito à informação.

Eficiência:
Busca pela excelência no serviço público, utilizando os recursos
disponíveis de forma adequada e alcançando os melhores resultados
possíveis.

Além desses princípios, o Código de Ética Profissional do Servidor


Público Civil do Poder Executivo Federal estabelece direitos e deveres
específicos para os servidores, incluindo:
Dignidade, honra e reputação:
O servidor tem direito ao respeito e à preservação de sua dignidade no
exercício de suas funções, assim como deve agir de forma a preservar a
honra e a reputação do serviço público.

Probidade:
O servidor deve agir com integridade, honestidade e ética em todas as
suas atividades, evitando qualquer forma de corrupção ou
desonestidade.

Lealdade e respeito hierárquico:


Deve haver lealdade institucional e respeito à hierarquia no ambiente de
trabalho, sem prejuízo à liberdade de expressão e ao direito de crítica
construtiva.

Responsabilidade:
O servidor é responsável por suas ações e omissões no exercício de
suas funções, devendo agir de forma diligente e competente.

Transparência e sigilo:
Deve-se garantir a transparência nas ações governamentais, ao mesmo
tempo em que se respeita o sigilo necessário para proteger informações
sensíveis.

Imparcialidade:
O servidor deve agir com imparcialidade, sem favorecer interesses
pessoais ou de terceiros, priorizando sempre o interesse público.
3.2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº
9.203, de 22 de novembro de 2017). Gestão de riscos e medidas
mitigatórias na Administração Pública.

O Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017

instituiu a Política de Governança da Administração Pública Federal


direta, autárquica e fundacional

Essa política estabelece diretrizes, princípios e mecanismos de gestão


para promover a eficiência, a eficácia e a integridade das atividades
governamentais.

Também destaca a importância da gestão de riscos como parte


integrante desse processo.

aprimorar a tomada de decisões e fortalecer a capacidade de entrega


de resultados pelos órgãos e entidades governamentais.

gestão de riscos

desempenha um papel crucial dentro do contexto da governança


pública.

envolve identificar, avaliar e responder aos riscos que podem afetar a


consecução dos objetivos institucionais

Inclui riscos relacionados a aspectos financeiros, operacionais,


estratégicos, legais, de conformidade e reputacionais.

Medidas mitigatórias

São ações adotadas para reduzir a probabilidade de ocorrência de um


risco ou minimizar seu impacto caso ocorra

Podem incluir políticas, procedimentos, controles internos, treinamento


de pessoal, tecnologia da informação e outras iniciativas para fortalecer
a capacidade de gerenciar e responder aos riscos de maneira eficaz.
3.3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023).

O que é integridade pública?

É o conjunto de valores, princípios e normas que norteiam o


comportamento dos agentes públicos e das instituições públicas.

Ela se baseia na honestidade, na imparcialidade, na transparência,


na responsabilidade e na accountability.

É a base sobre a qual repousa a confiança e a credibilidade do


governo e das instituições públicas em uma sociedade.

Quais são os principais elementos da integridade pública?

Ação em prol do interesse público:


Os agentes públicos devem sempre agir em prol do interesse
público, e não em benefício próprio ou de terceiros.

Impessoalidade:
As decisões e ações dos agentes públicos devem ser tomadas de
forma impessoal, sem favorecimento a pessoas ou grupos
específicos.

Moralidade:
Os agentes públicos devem observar os princípios da moralidade
pública, que incluem o respeito à dignidade humana, à justiça e à
equidade.

Eficiência:
Os agentes públicos devem agir de forma eficiente, buscando o
melhor resultado possível com o uso dos recursos públicos.

Transparência:
As ações dos agentes públicos devem ser transparentes, permitindo
o acompanhamento da sociedade.

Accountability:
Os agentes públicos devem prestar contas de seus atos à sociedade.

Decreto nº 11.529/2023
Institui o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à
Informação da Administração Pública Federal e a Política de
Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública
Federal

Estabelece as diretrizes e os procedimentos para a implementação e


o monitoramento de programas de integridade nos órgãos e
entidades da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional

Qual o objetivo?

Prevenir, detectar e remediar atos de corrupção, fraude,


irregularidade e desvio de conduta.

Estabelecer diretrizes e medidas para fortalecer a ética, a


transparência e a responsabilidade no serviço público.

Criação de um ambiente de trabalho ético e transparente no serviço


público, contribuindo para a construção de uma sociedade mais justa
e democrática.

Quais as medidas?

exige a aplicação consistente de leis e regulamentos, bem como a


adoção de práticas éticas em todas as esferas do governo.

vigilância constante e esforços contínuos para combater a


corrupção, promover a transparência e garantir a prestação de
contas.

Código de conduta e ética


defina os padrões de comportamento esperados dos agentes
públicos e as sanções aplicáveis em caso de violação;

Canal de denúncia
que permita o recebimento, a análise e o tratamento de relatos de
irregularidades ou ilícitos praticados contra a administração pública;

Mecanismos de controle interno


avaliem os riscos de corrupção e verifiquem a conformidade das
atividades realizadas pelos agentes públicos com as normas internas
e externas;

Ações de treinamento e comunicação


disseminem a cultura de integridade e capacitem os agentes
públicos para o cumprimento das regras de conduta e ética;

Instâncias de governança
coordenem, supervisionem e avaliem a implementação e o
funcionamento dos programas de integridade.

A Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção


(STPC)

Criada em 2016, vinculada à Controladoria-Geral da União (CGU)


atua como um pilar fundamental na promoção da ética, da
integridade e da transparência na administração pública federal.
órgão de referência no combate à corrupção, impulsionando
medidas inovadoras e aperfeiçoando continuamente suas ações.

Quais as funções e papéis desempenhados?

Estabelecimento de Normas e Procedimentos:


O decreto pode estabelecer normas claras e procedimentos para
garantir que os servidores públicos ajam de maneira ética e
transparente em suas funções.

Prevenção de Conflitos de Interesse:


Pode conter disposições para evitar situações de conflito de
interesse entre as responsabilidades públicas dos servidores e seus
interesses pessoais ou privados.

Combate à Corrupção:
O decreto pode incluir medidas para combater a corrupção no
serviço público, como sistemas de controle interno, mecanismos de
denúncia de irregularidades e punições para práticas corruptas.

Promoção da Transparência:
Deve promover a transparência na administração pública, garantindo
o acesso público à informação e exigindo prestação de contas por
parte dos órgãos governamentais e servidores.

Educação e Treinamento:
Pode prever programas de educação e treinamento para sensibilizar
os servidores sobre questões éticas, promover a conformidade com
as normas estabelecidas e capacitar os funcionários a lidar com
dilemas éticos.

Fortalecimento das Instituições:


Ao promover a integridade, o decreto contribui para fortalecer as
instituições governamentais, aumentando a confiança dos cidadãos
no governo e melhorando a eficiência e eficácia da administração
pública.
3.4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e
equidade social.

O que é transparência?

Fornecem informações claras e acessíveis sobre como os recursos


públicos estão sendo utilizados e como as políticas estão sendo
implementadas.

Qual a importância?

Permite que os cidadãos entendam e avaliem as ações do governo,


participem do processo decisório e responsabilizem os líderes por suas
escolhas.

Contribui para a qualidade da gestão pública, pois promove a prestação


de contas e o controle social.

Os gestores públicos são incentivados a agir de forma responsável e


eficiente, sabendo que estão sujeitos a escrutínio público.

Qual a relação entre transparência e equidade social?

A transparência e a qualidade na gestão pública são elementos


fundamentais para promover a cidadania e a equidade social.

Ao fornecer acesso igualitário a serviços públicos de qualidade e


garantir que as políticas governamentais sejam implementadas de
maneira justa e imparcial, os governos podem ajudar a reduzir as
disparidades socioeconômicas e promover a inclusão social.

Construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos


tenham oportunidades iguais de acesso aos recursos e benefícios
públicos.

Decreto n.11.527, de 16 de maio de 2023

Alterou o Decreto n. 7.724/2012


regulamenta a LAI

Quais as principais mudanças?


estabelece a obrigatoriedade de utilização de Sistema eletrônico
específico, criado e mantido pela CGU, para o registro e o atendimento
aos pedidos de acesso à informação

altera procedimentos para classificação e desclassificação de


documentos

reforça que o tratamento de informações pessoais pode e deve ser


realizado pelos órgãos e entidades para a prestação de informações
públicas, quando for possível a ocultação, a anonimização ou a
pseudonimização das informações pessoais relativas à intimidade, à
vida privada, à honra e à imagem.

DECRETO Nº 11.529, DE 16 DE MAIO DE 2023

O que criou?
Institui o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à
Informação da Administração Pública Federal e a Política de
Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública
Federal.

O Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação da


Administração Pública Federal – Sitai

Mudaram as regras para a coordenação das atividades relativas à


transparência e ao acesso à informação

O que é o Sitai?

Coordenar e articular as atividades relativas à integridade, à


transparência e ao acesso à informação

estabelecer padrões para as práticas e as medidas de integridade,


transparência e acesso à informação

aumentar a simetria de informações e dados nas relações entre a


administração pública federal e a sociedade.

O que é a Política de Transparência e Acesso à Informação?

Compreende a transparência passiva, a transparência ativa e a abertura


de dados produzidos e custodiados pela administração pública federal
direta, autárquica e fundacional
Quais as funções da unidade setorial do SITAI?

Coordenação e articulação com as funções constantes nos sistemas de


corregedoria, ouvidoria, controle interno, gestão da ética, transparência
e outras essenciais ao funcionamento do programa de integridade.

A ouvidoria
As atividades de ouvidoria permanecem inalteradas
manteve a Portaria CGU no 581/2021

continua sendo o ponto de referência para o cidadão que quiser se


manifestar sobre os serviços de acesso à informação.

E onde a Ouvidoria pode contribuir?

Fortalece princípios e objetivos que norteiam as ações do SisOuv, e


externalizam nosso papel na garantia da integridade

Princípios e objetivos da Política de Transparência e Acesso à


Informação da Administração Pública Federal:

Foco no cidadão para definição de prioridades de transparência ativa e


abertura de dados e informações;

participação da sociedade na formulação, na execução e no


monitoramento das políticas públicas e no controle da aplicação de seus
recursos;

melhoria da gestão das informações disponibilizadas pela administração


pública federal para a provisão mais eficaz e eficiente de serviços
públicos e para a prestação de contas adequada à sociedade;

respeito à proteção dos dados pessoais.

Qual a relação da Ouvidoria com o Programa de Integridade?

Responsáveis por algumas das “funções de integridade”


A qualidade do atendimento ao cidadão
Melhoria de processos e controles gerenciais
Disponibilização de informações claras com orientações sobre canais,
procedimentos e fluxos
Tratamento de denúncias
Proteção ao denunciante
Plano de Integridade

Quais as medidas propostas pela ouvidoria?


ou sob sua responsabilidade passam a ter sua implementação
monitorada e avaliada, no âmbito do órgão ou entidade, pelas unidades
setoriais do Sitai, sem prejuízo das ações de monitoramento e avaliação
adotadas pelo órgão central do SisOuv.

Como o Sitai funcionará?

O Sitai é composto pelo órgão Central, a Controladoria-Geral da União,


e pelas unidades setoriais, que são aquelas responsáveis pela gestão
da integridade, da transparência e do acesso à informação.

As unidades setoriais

administração pública federal direta


serão as Assessorias Especiais de Controle Interno (AECI)

para a administração pública federal autárquica e fundacional


Os dirigentes máximos definirão o modelo mais adequado para a
implementação da unidade setorial, podendo ser concentrado em uma
só área, ou em mais áreas.

Existe vinculação do SisOuv com Sitai?


Não, o SisOuv, assim como os demais sistemas, é autônomo e
permanece diretamente subordinado à autoridade máxima do órgão ou
da entidade da administração pública federal.

Qual a relação do SisOuv com Sitai?


O SisOuv trabalhará em parceria com Sitai, sem subordinação, e as
atividades serão exercidas de forma complementar e integrada para a
melhoria da entrega do serviço público.

O Sitai atuará de forma complementar e integrada aos demais sistemas


estruturadores, principalmente aqueles que coordenem as atividades de
instâncias que lhe prestem apoio, de forma a evitar a sobreposição de
esforços, racionalizar os custos e melhorar o desempenho e a qualidade
dos resultados.

Qual o papel da Autoridade de Monitoramento da LAI (AMLAI)?


definida na Lei de Acesso à Informações
É responsável por assegurar a boa implementação da Lei nos órgãos e
entidades.

Monitoramento da prestação de informações públicas por meio do


Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) e da publicação proativa de
informações de interesse coletivo e geral

Garantir o bom funcionamento da transparência passiva e ativa.

Garantir a elaboração dos planos de dados abertos, e a efetiva abertura


das bases de dados conforme o planejado

Decreto no 8.777/2016
Trata da Política de Dados Abertos.
A Política de Transparência e Acesso à Informação unifica essas três
atribuições, que devem ser coordenadas em harmonia, e agora passam
a compor o Sitai, junto das atribuições relativas aos planos de
Integridade.

A função de autoridade de monitoramento da LAI passa ser


competência das Assessorias Especiais de Controle Interno?
Sim, para os órgãos da administração direta, conforme expresso no §
4o do art. 5o do Decreto no 11.529/2023.
Para as autarquias e fundações, não há mudança.

A AMLAI é designada pelo dirigente máximo, devendo ser a ele


diretamente subordinada.

Quem é responsável pela prestação de informações públicas?


Não é responsabilidade do controle interno
é um serviço amplo e abrangente dentro dos órgãos e entidades.
Os SICs recebem as demandas da sociedade e as distribuem
internamente, mas todas as áreas, sejam elas meio ou finalísticas, têm
papel essencial nesse processo.
As Assessorias Especiais de Controle Interno serão responsáveis por
garantir o bom funcionamento desse serviço, além da publicação de
informações em transparência ativa e em formato aberto
Os órgãos da administração federal direta tem autonomia para definir
seus fluxos internos para a prestação de informações públicas.
Os SICs podem permanecer no âmbito das Ouvidorias, ou serem
alocados em outras unidades, como já acontece em alguns órgãos.
Como é a prestação de informações públicas no caso das
autarquias e fundações da administração federal?
A AMLAI segue com as atribuições já definidas em outros Decretos, e
seus fluxos internos não precisarão ser modificados.

Haverá mudanças na Plataforma Fala.BR para manifestações de


Ouvidoria?
Não, a ouvidoria continua com a obrigatoriedade da utilização exclusiva
da Plataforma para recebimento de manifestações e a tramitação, por
intermédio do módulo de triagem e tratamento da Plataforma Fala.BR.
E, no caso de impossibilidade de utilização do módulo, a unidade de
ouvidoria informará anualmente ao órgão central do SisOuv as medidas
de mitigação de riscos adotadas para a salvaguarda dos direitos dos
manifestantes usuários de tais serviços, bem como a justificativa para a
manutenção de ferramenta diversa.

Haverá mudanças na Plataforma Fala.BR para pedidos de acesso à


informação?
Não, mantem-se a obrigatoriedade de uso do Fala.BR como canal único
para recebimento de pedidos e recursos da LAI, e para o registro da
resposta final a ser apresentada ao cidadão.
o decreto que regulamenta a LAI no Poder Executivo Federal, apenas
incorporou tal obrigatoriedade.
Manteve-se também a discricionariedade para que os órgãos e
entidades avaliem suas necessidades específicas e utilizem processos
e ferramentas internas que considerem mais apropriadas à prestação do
serviço de informação ao cidadão, garantindo o cumprimento dos
prazos legais estabelecidos.

E quanto às empresas públicas e sociedades de economia mista?


Elas seguem obrigadas a cumprir o previsto na LAI e no Decreto no
7.724/2012.
Assim, permanecem obrigadas implementar tanto a transparência
passiva, quanto a transparência ativa de informações por elas
produzidas ou custodiadas.
3.5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na
Administração Pública. Lei nº 14.129/2021.

Qual o objetivo da Lei nº 14.129/2021 (Lei de Governo Digital)?

Promover a transformação digital do Estado brasileiro e impulsionar o


governo eletrônico.

O que é governo eletrônico?


Refere-se ao uso de tecnologias da informação e comunicação (TIC)
para melhorar os serviços públicos, aumentar a eficiência administrativa
e promover a participação cidadã

O que ficou definido pela Lei nº 14.129/2021?


Estabelece regras e instrumentos para o aumento da eficiência da
Administração Pública, especialmente por meio da inovação, da
transformação digital e da participação dos cidadãos.

Quais as diretrizes?
Serviços digitais acessíveis por dispositivos móveis
● aplicativo Meu INSS
● Carteira de Trabalho Digital
Uso de plataforma única de acesso a informações e serviços, o gov.br
Estímulo às assinaturas eletrônicas nas interações entre órgãos
públicos e cidadãos
Fortalecimento da transparência e do uso de dados abertos pelo
governo
Aplicação da tecnologia para otimizar processos de trabalho da
Administração Pública
reduzir os gastos da Administração Pública e melhorar o atendimento à
população

Quais mudanças?
O número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no
Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) são os números padrões
de identificação do cidadão ou da pessoa jurídica para acesso aos
serviços do governo digital.

O que facilita o login único?


amplia a segurança
facilita a interoperabilidade
obtenção automática de dados entre os órgãos do governo federal
evita a repetição desnecessária de pedidos de documentos e
informações ao cidadão

Qual a vantagem?
A possibilidade de o cidadão solucionar suas demandas com o governo
24 horas por dia, sete dias por semana, de forma ágil, cômoda e
eficiente
Integrando os estados e os municípios, gerando ainda mais economia
aos cofres públicos e mais facilidade para o dia a dia dos brasileiros

Quais os serviços já ofertados?


O Auxílio Emergencial, a Prova de Vida do INSS, o PIX, a Carteira de
Trabalho Digital, e a Carteira Digital de Trânsito.

O que a lei apresenta?


o conceito de governo como plataforma, o Gov.br
uma infraestrutura tecnológica que facilite o uso de dados de acesso
público e promova a interação entre diversos agentes, de forma segura,
eficiente e responsável

Objetivo?
Estímulo à inovação, à exploração de atividade econômica e à
prestação de serviços à população.
Incentivo aos entes públicos para a criação de laboratórios de inovação,
abertos à participação e à colaboração da sociedade

Para que servem os laboratórios de inovação?


desenvolver a experimentação de conceitos, ferramentas e métodos
inovadores para a gestão pública, a prestação de serviços públicos, o
tratamento de dados e a participação do cidadão no controle da
Administração Pública.

3.6 Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011.

Qual a importância da Lei nº 12.527/2011, conhecida como Lei de


Acesso à Informação (LAI)?
Foi um marco importante no Brasil para promover a transparência e o
acesso à informação pública
Representa um avanço significativo na promoção da transparência e no
fortalecimento da democracia no Brasil, permitindo que os cidadãos
exerçam seu direito de acesso à informação e participem ativamente da
vida pública do país.
Ela contribui para a accountability dos órgãos públicos, para o combate
à corrupção e para o fortalecimento do controle social.

O que a LAI estabeleceu?


As regras e procedimentos que garantem o direito dos cidadãos de
acessar informações públicas, sejam elas administrativas, legislativas
ou judiciais, produzidas ou custodiadas pelos órgãos e entidades do
poder público.

Quais os principais pontos da LAI?

Princípio da publicidade:
Estabelece que a publicidade é a regra e o sigilo a exceção, garantindo
o acesso amplo às informações públicas, salvo aquelas protegidas por
sigilo específico.

Pedido de acesso à informação:


Qualquer pessoa física ou jurídica pode solicitar informações públicas
aos órgãos e entidades do poder público, de forma gratuita e
simplificada, por meio de um pedido escrito, eletrônico ou presencial.

Prazos para resposta:


A LAI estabelece prazos para que os órgãos públicos respondam aos
pedidos de informação, que variam de acordo com a complexidade do
pedido, podendo ser de até 20 dias, prorrogáveis por mais 10 dias,
mediante justificativa.

Divulgação proativa:
Os órgãos e entidades públicas são obrigados a divulgar uma série de
informações de interesse público, de forma proativa e em suas
respectivas páginas na internet, sem a necessidade de solicitação.

Restrições ao acesso:
A LAI prevê algumas exceções em que o acesso à informação pode ser
restrito, como para proteção da segurança nacional, da privacidade e da
segurança das pessoas, entre outras hipóteses legalmente previstas.
3.7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência
artificial no âmbito do serviço público.

Quais os benefícios da utilização da inteligência artificial (IA) no


serviço público?
Maior eficiência, precisão e personalização na prestação de serviços.

Quais os cuidados com a utilização da inteligência artificial (IA) no


serviço público?
Essa utilização seja transparente e imparcial para proteger os direitos
individuais, evitar discriminação e promover a confiança dos cidadãos
nas instituições governamentais.

Quais as medidas para garantir a transparência e a imparcialidade


nos usos da inteligência artificial no serviço público?

Explicabilidade e interpretabilidade:
Os algoritmos de IA utilizados no serviço público devem ser
transparentes e explicáveis, de modo que os resultados e decisões
gerados possam ser compreendidos e contestados.
Isso envolve o uso de técnicas que permitem entender como o algoritmo
chegou a uma determinada conclusão.

Auditoria e supervisão:
É essencial estabelecer mecanismos de auditoria e supervisão para
monitorar o desempenho e os impactos dos sistemas de IA ao longo do
tempo.
Isso pode incluir a revisão por partes independentes, a realização de
avaliações de impacto e a prestação de contas das decisões tomadas
com base em algoritmos.

Diversidade e representatividade dos dados:


A qualidade e imparcialidade dos resultados de IA dependem da
qualidade dos dados utilizados no treinamento dos algoritmos.
Portanto, é importante garantir a diversidade e representatividade dos
dados, para evitar viéses e discriminação.

Ética na IA:
Deve-se promover a discussão e implementação de princípios éticos
para orientar o desenvolvimento e uso de IA no serviço público.
Isso inclui considerações sobre privacidade, equidade, justiça e
responsabilidade.

Transparência nos processos decisórios:


Os órgãos governamentais devem fornecer informações claras sobre
como a IA é utilizada em seus processos decisórios, quais critérios são
considerados e como os resultados são interpretados e aplicados.

Participação e envolvimento dos cidadãos:


Os cidadãos devem ser envolvidos no desenvolvimento e na
implementação de sistemas de IA no serviço público, garantindo que
suas preocupações e perspectivas sejam consideradas.

Você também pode gostar