Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
EFICIÊNTE E RESPONSÁVEL
Autor:
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
A sociedade tem amplas interesses ligados às atividades desenvolvidas pelo governo
que, por sua vez, tem como alvo básico oferecer serviços que acudam as precisões coletivas
de maneira eficiente e eficaz, ou seja, o gestor público deve ter como alvo a eficiência e a
eficácia para governar o setor público.
A precisão da eficiência e eficácia na gestão pública tem como vertente o
desenvolvimento social que afeta diretamente a sociedade como um todo, contribuindo na
melhoria dos serviços públicos prestados à sociedade. Portanto, eficácia e eficiência são
estimadas essenciais a qualquer organização pública ou privada. Ambos os princípios são
fundamentais para o planejamento da gestão pública, estabelecendo as finalidades para
conseguir esses objetivos.
O significado de eficiência e eficácia na maioria das vezes estão mais atuais em
campos como administração e economia. Depois da Emenda Constitucional nº 19 de 1998, a
eficiência adveio a ser um princípio constitucional da administração pública. O
1
princípio da eficiência significa que em toda ação administrativa tem que ser de bom
atendimento, rapidez, urbanidade, segurança, sendo transparente, neutro e sem burocracia,
sempre visando à qualidade na gestão administrativa. Apesar de muitos doutrinadores
subentende que o princípio da eficiência no ordenamento jurídico constitucional, o mesmo só
surgiu expressamente como princípio a partir da Emenda Constitucional n. 19, de 04 de junho
de 1998.
Sua introdução na Constituição Federal do Brasil ocorreu por causa do novo cenário
econômico-político mundial que, com a globalização e o neoliberalismo, configurou um
modelo de Estado mínimo. Ou seja, o Estado passou-se a ser um “prestador de serviços
públicos essenciais, como aqueles relativos à defesa da pátria, à segurança pública, à
administração da justiça, ou ainda, à arrecadação de tributos” (MORAES, 1999, p. 127).
O princípio da eficiência teve sua origem no direito privado, mas veio com a chamada
Reforma Administrativa para o poder Público. Além de surgir para burocratizar a estrutura
administrativa brasileira, também atende à necessidade de se adequar aos novos parâmetros de
organização e prestação de serviços que a política de desestatização veio a requerer
(MORAES, 1999, p. 127).
Neste artigo pretendem-se discutir, de forma sucinta, alguns pontos importantes sobre o
fundamento e conceito do princípio da eficiência, suas mudanças com a Emenda
Constitucional nº 19 após sua instituição e a influência da eficiência na atividade dos agentes
públicos.
3
Na Constituição da República Federal em seu art. 37, caput, expressamente dispõe que
Administração Pública, e sua atuação, esta sujeita a observar o princípio da legalidade em
suas atividades.
Conforme a Constituição 1988 elenca em seu artigo:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
Este artigo declara que os gestores públicos, devem atuar em nome da Administração
pública, praticando seus atos devidamente respaldados em prévia determinação legal.
Diferentemente ocorre na administração privada, pois seus administradores dispõem de ampla
liberdade de gerir seus negócios. Ou seja, o gestor público só pode realizar seus atos desde
que esteja autorizado em lei.
Diante da aplicação do artigo 37, caput da CF/1988, o princípio da eficiência esta
administração pública está cada vez mais presente na gestão pública. Pois este princípio
espera que a prestação de serviços governamentais ocorra com qualidade, regularidade, com
transparência e segurança na utilização dos recursos públicos.
Conceitua Peter Drucker (2003, p. 298) o princípio da eficiência:
“eficiência é fazer as tarefas de forma corretas, eficácia são as coisas
certas. Uma organização ideal seria ao mesmo tempo eficácia e
eficiente, de maneira que as suas atuações (métodos procedimentos)
empregados aos recursos (matérias e intelectuais) consigam o máximo
de aproveitamento eficiente.
4
e acrescenta que “o dever da eficiência corresponde ao dever da boa
administração.”
5
4. MATERIAL E MÉTODOS
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
O bom administrador público para aplicar o princípio da eficiência com sucesso deve
ter como parâmetro a moral administrativa, eficiência, justiça e racionalidade, ou seja, todos
esses requisitos elencá-lo para a conclusão do princípio. A necessidade da aplicação da
eficiência no serviço público está elencada as exigências políticas, culturais e sociais de cada
região em face do momento a ser vivenciado pelos cidadãos de determinada localidade. Desse
modo o agente público desempenha com afinco as atribuições que compete o seu cargo ou
função, sendo inadmissível agir com total falta de responsabilidade ou falta de atenção, pois
este estará sujeito às sanções administrativas, civis e penais previstas em lei.
Por isso que o principal objetivo do princípio da eficiência é satisfazer às necessidades
coletivas desde que tenha igualdade dos usuários, ou seja, é a utilização dos melhores meios
sem se distanciar dos objetivos da Administração Pública, para que possa atingir a satisfação
das necessidades coletivas. Caso contrário o administrador se não estiver atento para a
objetividade de seu princípio, poderá ocorrer faltas e sanções administrativas devido a suas
arbitrariedades.
Portanto, a principal finalidade do princípio da eficiência é a escolha da solução mais
adequada ao interesse público, para que possa satisfazer plenamente a demanda social. A
Administração Pública deve aplicar meios idôneos e adequados ao fim pretendido, nem mais
nem menos o essencial para atender a toda a coletividade.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Hoje em dia uma dos grandes debates e discussões e por causa das denúncias de
corrupções, é a ineficiência da administração pública, que deriva da ausência de uma melhora
6
administrativa. Para poder atender as demandas da população fazendo valer os interesses
públicos da população. Porém, na procura dessa administração ideal, voltada para o povo nos
deparamos com situações que frustram a efetivação desses desejos, devido atuações como
nepotismo, e também o excesso de corrupção, que assolam o Estado.
Para que uma administração pública seja eficiente e com interesses da coletividade
deve, fundamentalmente, respeitar as exigências legais e orientação dos Tribunais de Contas,
e ter respeito ao cidadão. Por essa razão, a Emenda Constitucional n. 19, de 1998, incluiu em
seu texto, o princípio da eficiência. Portanto, para que haja um bom funcionamento do Brasil,
basta tão-somente existir excelência nos serviços públicos de energia, telefonia, água,
combustível, etc, que são serviços essenciais a toda a coletividade. Para isso, depende
integralmente de o administrador público administrar fundamentalmente com qualidade e
rapidez.
É indispensável salientar que o ato de governar não é simples, especialmente em um
ambiente tão dinâmico com corrupções lavradas em todos os cantos do País, mas as
informações são um instrumento fundamental para se alcançar o sucesso na administração
pública. O administrador necessita todos os dias buscar analisar sobre seus atos considerando
especialmente a eficácia e eficiência, pois a eficácia é indispensável para bons resultados e a
eficiência serve para melhorar o emprego dos recursos públicos. Aproveitar desses conceitos e
do princípio da eficiência de forma harmoniosa vai proporcionar ao gestor público um ótimo
desenvolvimento, no alcance de seus objetivos, o ato de administrar não é simples,
especialmente em um mundo em grande evolução.
7. REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, I. (2014); Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Barueri: Manole, 2014.
7
DRUCKER, Peter. The effective executive. HarperCollins Publishers, 1993. GROTTI, Dinorá
Adelaide Musetti. O Serviço público e a constituição brasileira de 1988. São Paulo:
Malheiros, 2003. P. 298-299.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. São Paulo: Malheiros, 2002,
p.94.
PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito administrativo. São Paulo: Atlas, 2002.