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Orçamentária Anual (LOA), cujas definições e detalhes estudaremos na aula
subsequente.
Por enquanto importa essa forma de sistematização e segurança ao
relacionar o planejamento ao orçamento de forma programada e compatível,
resultando no aumento da qualidade dos planos estratégicos. Segurança
econômica inclusive reforçada por um princípio também adotado na CF-88 que
visa evitar que despesas correntes sejam custeadas por meio de dívidas
contraídas por financiamentos, empréstimos e títulos emitidos; princípio este
denominado Regra de Ouro.
No artigo 37 da Constituição Federal do Brasil também estão expostos os
princípios que regem a Administração Pública, definindo as atribuições
constitucionais a serem seguidas bem como base para o sistema jurídico
concernente. No corpo do texto são proferidos os princípios expressos da
legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência, havendo outras
leis infraconstitucionais que dispõem outros princípios e implícitos. São fatores
que diferenciam a gestão pública da privada, os quais resumidamente
conceituamos a seguir.
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para favorecer locais de propriedade relacionada a autoridades ou políticos; são
feitas aquisição de materiais impróprios ou inconvenientes, como bebidas,
artigos supérfluos de luxo, alimentação gourmetizada, material com conteúdo
pornográfico, ou publicação de sites com fundo promocional encoberto, em
detrimento da aquisição artigos básicos, merenda adequada, livros, plataformas
sociais, etc.
Já as transgressões comumente observadas de ilegalidade dos atos são:
gasto com folha de pagamento acima do limite permitido; contratações sem
concurso público em determinadas condições não justificáveis, às vezes
agravadas com remuneração acima do teto ou do mercado; dispensa indevida
de atos licitatórios ou fraude de sua necessidade fracionando valores para
suposta dispensa; uso de recursos com saúde e educação abaixo do mínimo
estipulado, entre outros.
Em suma, quando uma instituição pública empreende atos administrativos
que não beneficiam a sociedade com melhorias previstas no planejamento, mas
promove apenas a imagem política ou em benefício de influenciadores e
interesses espúrios, mesmo que dentro das diretrizes da lei, tais ações são
consideradas dentro da legalidade, mas não são legítimas.
2.2 Governança
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confiável, abrangente e monitorável, com práticas de definição, documentação e
comunicação para que cada plano atinja plenamente o sucesso.
3.1 Eficiência
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empregados para tal, o que geralmente se atinge quando se age da melhor forma
possível.
É atribuída a uma boa produtividade ou relação custo-benefício, e assim
sendo, tem teor funcional, de conduta e de aprimoramento técnico do agente no
cumprimento dos resultados, passível de avaliação funcional considerando as
mesmas condições e instrumental semelhantes, fatores mais relacionados à
eficácia, em que independa da capacitação humana. Essa avaliação citada visa
ao aperfeiçoamento da equipe a serviço de melhorar o planejamento estratégico,
com treinamento, seleção e reciclagem, podendo inclusive ser componente dele,
basicamente com viés administrativo, técnico e econômico.
Dependendo do setor ou resultado pretendido, outra forma semelhante de
analisar é na relação de insumos e produção, avaliando a necessidade de
readequar a organização, a incidência de falhas e a diminuição de desperdícios,
minimizando os custos e aumentando a produção sem comprometer a
qualidade. Em tempo, lembrando que no serviço público, esta qualidade pode
ser não só o produto físico em si, mas a forma de atendimento, um prazo
razoável se possível com respostas rápidas, segurança, isenção de burocracia
e entraves, com clareza e demonstração de cuidado e importância relacionados
à expectativa do cidadão.
Em suma e comparativamente com os demais conceitos em questão, a
eficiência se traduz numa conduta de excelência pelo servidor, com máxima
competência e resultado plenamente satisfatório em compatibilidade com os
recursos e meios disponibilizados.
3.2 Eficácia
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necessário o conhecimento e a capacitação do agente para maior eficácia, à
custa de inteligência e inovação quando for preciso transpor limites e desafios.
Comparativamente com os demais conceitos em questão, a eficácia se
atinge no cumprimento pleno da meta, no exercício da função, no atingimento do
objetivo ou mesmo indo além, com influência dos fundamentos de sentido
tecnológico-instrumental e os meios empregados para os quais os agentes
devem estar capacitados e conscientes, em função do bem comum.
3.3 Efetividade
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ocorrência de novos fatos antes não documentados, que vêm à tona fazendo
repensar o comportamento humano.
Os estudos citados, de forma geral, se debruçam sobre os conceitos de
bem e de mal, o que seria mau ou bom. É, logicamente, um conceito relativo,
mas regras e padrões estabelecidos o tornam absoluto em determinadas
aplicações, como esta que agora discutimos: na administração pública. Por
exemplo, algumas brincadeiras e piadas amenizam o relacionamento familiar,
mas podem ser inconvenientes em discussões para a tomada de decisões numa
equipe administrativa.
Essas regras podem ser adotadas ao próprio comportamento de cada ser,
contribuindo para o bem-estar pessoal e a autoestima, independentemente do
ambiente que compartilha. Neste meio, no entanto, forma um caráter que ajuda
a se relacionar com os demais que, por sua vez, também adotam tais valores,
mesmo se diferenciando cada qual com sua pessoalidade e independência de
posições quanto a opiniões em geral. Ainda com a possível alteração desse
meio, em relação à cultura, por exemplo, podem se alterar os princípios morais;
aquilo que era considerado feio fazer, passa a não mais ser por influência de
uma moda, pela importação de costumes estrangeiros ou pela constante
mudança de paradigmas. Já a ética mantém seus valores repousados na
constância e permanência que sempre a preservaram.
Para o agente público, cabe permanentemente cumprir essa ética na sua
conduta, inclusive legalmente pelos aspectos fundamentados em leis,
observando seus deveres profissionais com os valores morais estabelecidos.
Diria que além de cumprir, deve estar sempre revendo como melhorá-los e
ajustá-los, pois o servidor se relaciona, direta ou indiretamente, com um número
desmesurável de cidadãos que sequer optam por determinadas relações, às
vezes por necessidades de diferentes graus de urgência, condições e situações,
às vezes contra a vontade própria na qual se observa uma inicial
impessoalidade, mas que se traduz como a imagem da instituição que
representa.
Oportunamente elencamos alguns desses princípios de ética que
independem do lugar: honestidade, benevolência, integridade, imparcialidade,
dignidade, oposição à injustiça com atitude (coragem), autonomia, compaixão,
beneficência, consistência e cumprimento do que se dispõe a fazer. Neste último
princípio, lamentavelmente transcende a posição inversa que muitos agentes
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políticos assumem em relação também a princípios que deveriam dar exemplo:
oposição à corrupção, aplicação de meritocracia e prática da isonomia.
5.1 Publicidade
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aquisições, as técnicas para condução das mesmas exigem que a publicidade
seja feita de acordo com listas de fornecedores, com possibilidade de ampliação
com a colocação de anúncios em veículos de grande abrangência. Para tanto,
geralmente são utilizadas publicações de grande circulação, como jornais
selecionados, publicações comerciais especializadas e meio digital (em sites e
plataformas, além da utilização de recursos on-line para informar pedidos à lista
de fornecedores cadastrados).
5.2 Transparência
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controladores externos, atendendo à Lei nº 8.784/99, que prevê nos artigos 31 e
32 a “convocação facultativa de audiências e consultas públicas”; no artigo 33
“outros meios de participação dos administrados”; e ainda no artigo 48 atesta o
exercício da transparência por meio da participação popular e de audiências
públicas, não só nas leis de diretrizes orçamentárias mas também na execução
de planos, leis e orçamentos.
De acordo com Jacson (2018), não apenas na administração financeira
se faz a gestão de problemas de transparência, burocracia e falta de controle,
mas também no planejamento público.
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5.3 Confidencialidade
NA PRÁTICA
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momento para a divulgação conforme cronograma técnico, a fim de obter um
resultado não influenciado por especuladores ou tendenciosa articulação.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
ACKOFF, R.L. Planejamento Empresarial, 126 p. São Paulo: Ed. LTC, 1976.
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ORSI, A.; MARINO, E.; ROSSI, L.; BERTOIA, N.; SHINIASHIKI, R. Cultura
organizacional e terceiro setor. São Paulo, 2005. Disponível em:
<http://gc.facet.br/artigos/completo.php?artigo=14&formato=pdf>. Acesso em:
set. 2019.
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