Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
desenvolver o planejamento estratégico e aplicá-lo para redigir, conforme
esperado, o Plano de Desenvolvimento, e de acordo com o tempo previsto, o
gestor e sua equipe terão a competitividade proporcional para obter sucesso nas
ações empreendidas. Assim, a correta utilização de ferramentas metodológicas
e instrumentos é imprescindível; realiza-se uma ampla pesquisa e diagnóstico
da região, fundamentada nos eixos Socioterritorial, Institucional, Ambiental,
Econômico e de Infraestrutura, os quais, unidos, apresentam todo um contexto
sustentável, que proporcione a possibilidade de construir cenários e uma visão
de futuro como resultado da aplicação do plano. Deve contemplar um Plano de
Ação com propostas, programas e projetos para serem executados em períodos
determinados, a curto, médio e longo prazo, resultando em um Plano de
Desenvolvimento que possa sair do papel, sendo consultado quando necessário,
com apoio às ações de todas as áreas de atuação dos municípios e das
instituições envolvidas, cuja aplicação conduza aos resultados previstos de
forma efetiva e sustentável.
No decorrer do estudo, deve-se considerar a identificação das prioridades
de acordo com as demandas, as cadeias produtivas, e em quais segmentos há
potencial para crescimento e dinamização da economia, respeitando sempre o
aproveitamento e a preservação de valores e patrimônios naturais, cênicos e
histórico-culturais existentes, com propostas claras e bem estruturadas, com
ênfase no aspecto social, a depender de indicadores como o IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) e da necessidade de se criar novas oportunidades
de emprego e renda, suprindo possível demanda da população em relação à
oferta de serviços e equipamentos sociais, saneamento, acessibilidade,
comunicação e infraestrutura urbana. Entre outros aspectos, não só por atenção
a exigências do terceiro setor e, mais frequentemente, do Ministério Público,
deve-se prever e zelar pela implantação de proteção ao meio ambiente, à
biodiversidade, à regularização fundiária e às populações em risco. A instituição
da gestão regional, monitoramento suprainstitucional, independentemente da
continuidade política partidária, é de suma importância, atuando com a
sociedade civil, a academia, as ONGs e o Ministério Público. Assim, como
veremos na sequência, não pode haver dúvidas quanto a contextos, cenários e
visão do futuro, devendo-se respeitar o Plano de Governo assumido e a
viabilidade perante os recursos disponíveis.
3
Com o Plano de Ação, elaboramos uma relação mais específica para cada
ação proposta, conforme os citados eixos estratégicos e os possíveis
indicadores, como abordaremos a seguir, generalizadamente:
4
constituem as funções públicas de interesse comum, delimitando seus campos
de atuação e os critérios de parceria, com destaque ainda para a promoção do
desenvolvimento econômico e social da RM, com a partilha equilibrada de seus
benefícios e a definição de políticas compensatórias dos efeitos da sua
polarização, como objetivos das FPICs, cabendo aos agentes envolvidos no
exercício dessas funções a adoção permanente das medidas legais
administrativas necessárias. Nesse caso, ainda temos o Estatuto da Metrópole,
que fornece orientações quanto à execução das funções públicas de interesse
comum – seja por meio de governança interfederativa (Lei n. 13.683/2018), de
consórcios intermunicipais (Lei Federal n. 11.107/2005), ou parcerias público-
privadas (como veremos na sequência), de acordo com a Lei Federal n. 13.089,
art. 9º, X.
Como FPICs, há ações, no plano, que podem servir genericamente para
outros planos que não o RM, a seguir exemplificadas:
5
• Consórcios Intermunicipais de Saúde;
• Hospitais.
6
Outros fatores aparecem como importantes instrumentos para à
consolidação de planejamentos estratégicos: contextualização e diagnósticos
reais e concisos do ambiente a intervir, pensando em cenários com visão do
futuro. Desde o Plano de Governo, já está em movimento o processo de gestão:
o conhecimento do ambiente atual e futuro, contextualizado, é primordial, sendo
necessária contextualização da região em estudo, com levantamento e análise
de dados primários e secundários, mapas georreferenciados, diagnóstico da
realidade, utilização da matriz Fofa (Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e
Ameaças) e benchmarking de boas práticas, nacionais ou internacionais, com a
elaboração de diagnóstico integrado de todos elementos que abrange. Aplicando
as informações e os dados em propostas inovadoras, soluções e projeções,
viabiliza-se uma legítima construção de cenários e uma visão de futuro,
relacionada a um plano de governo ou a uma fase inicial de construção de
prognóstico para o futuro, estabelecendo uma ligação entre o diagnóstico
anterior e a elaboração dos Planos e Propostas. Com os cenários, é possível
contemplar visões do mundo a partir das quais podemos tomar decisões que
ajudam todos a compreender os impactos das ações do presente no futuro
desejado. Também é possível detectar e evitar problemas antes que eles
aconteçam. Os Planos e Propostas buscam demonstrar a viabilidade para os
cenários de futuros hipotéticos, que servirão de subsídio aos debates públicos,
que ocorrem, por exemplo, durante oficinas de construção de cenários e visão
de futuro.
Os cenários são considerados como horizontes de futuro de curto, médio
e longo prazo. Propõem a construção de uma visão futura com desenvolvimento
sustentável, por meio de estratégias de complementariedade entre as
dimensões social, econômica, ambiental e institucional da região,
compartilhadas por todos. Esse planejamento, a partir de cenários, tem o
propósito de auxiliar os atores a mudar sua visão de realidade, com a intenção
de combinar a visão da realidade atual com a realidade futura, buscando, a partir
dessa síntese, fomentar um conjunto de ações robustas no presente, que
tenham impactos positivos no futuro. Entre os desafios dessa fase, é comum a
dificuldade na consolidação das políticas regionais, em equilíbrio com
movimentos exógenos e endógenos, com uma consciência de mútua valorização
das iniciativas locais e das políticas nacionais, mas em caráter coletivo, como
7
política regional e integradora, além da identificação dos interesses públicos
daqueles segmentados.
Para elaborar os cenários, devemos avaliar a região em estudo,
questionando quais são as variáveis do ambiente externo que mais podem
impactar o desempenho da administração pública, quais são as possibilidades
de comportamento dessas variáveis em um período de médio e longo prazo, e o
que a organização fará para, se não for possível eliminar, ao menos minimizar o
impacto negativo, aproveitando as oportunidades para tanto. Nisso, importa
considerar a sua influência em políticas públicas, legislação, tecnologia,
inovação, meio ambiente, educação, educação sociocultural e demais áreas,
inclusive integradamente.
• Beneficiários;
• Sociedade e comunidade indiferenciada;
• Processos Internos;
• Aprendizado, capacitação e crescimento sustentável.
9
Já para a fiscalização e controle de projeto, deve ser desenvolvido um
plano de monitoramento e avaliação que apresente metas e indicadores
específicos para quantificar as expectativas de resultado e impacto das ações
dos Programas e Projetos propostos. Por monitoramento, entendemos uma
modalidade de fiscalização, como útil instrumento de fiscalização utilizado para
verificar o cumprimento das deliberações do plano e dos resultados esperados.
Durante todo o período de implementação do plano, os processos de
monitoramento, fiscalização e controle devem ser gerenciados como uma ação
constante, concomitantemente ao ciclo de vida de projetos e programas. Esse
processo visa garantir o acompanhamento do desempenho do progresso do
plano, com a identificação de desvios do que foi planejado em relação ao que
vai sendo realizado, além de ajustes, correções e mudanças necessárias. Por
conta disso, trata-se de um processo adjunto à gestão da implementação, como
atividade típica e clássica da administração, sempre exercido em função da
busca de mais qualidade e efetividade. O gestor público gerente deve estar
permanentemente atento a qualquer mudança no ambiente, para atuar de forma
proativa, procurando evitar ou amenizar os problemas, visando alcançar os
objetivos definidos com melhores resultados.
O processo de controle e monitoramento é considerado uma boa prática
de gerenciamento, recomendada para garantir a integração e a interação entre
as fases do plano, até o seu encerramento, em todas as etapas
simultaneamente. Assim, trata-se de um instrumento de segurança, de gestão
de risco e, dependendo da metodologia, de oportunidade de inovações, que se
inicia com a execução do plano, prevendo elementos e técnicas para
fiscalização, monitoramento e controle, com medições associadas aos
indicadores. Só finaliza com o enceramento, que, adequadamente registrado,
ainda provê dados e informações retroalimentadoras para se aplicar de forma
evolutiva em planos futuros.
11
reconhecimento, a assunção e a confissão de dívidas podem ser considerados
operação de crédito.
O agente público conta, para orientação de como fazer a preparação e
conseguir a autorização e contratação para operações de crédito (além de
plataformas on-line), com o Manual para Instrução de Pleitos da Secretaria do
Tesouro Nacional (STN), para a análise de contratação por estados, Distrito
Federal e municípios, inclusive autarquias, fundações e empresas estatais
dependentes; a análise de concessão e verificação de limites e condições cabe
ao Ministério da Fazenda. Para mais informações sobre as etapas do processo
de contratação de operações de crédito externo, há o Manual de Financiamentos
Externos para o Setor Público do Ministério do Planejamento, Orçamento e
Gestão. O cadastramento e o acompanhamento das solicitações são possíveis
em uma mesma plataforma WEB, e a avaliação do processo é elaborada pela
Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) que também acompanha
possíveis ajustes para os contratos.
As esferas do poder se sujeitam às normas da Lei de Responsabilidade
Fiscal para a contratação de operações de crédito interno e externo, Se o crédito
é externo, sujeitam-se também à autorização do Senado Federal, conforme a
Constituição Federal de 1988; posteriormente, quando da aprovação, ainda
passa por critérios da STN e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional. Entre
outras análises, documentais e de garantias, verifica-se o cumprimento dos
limites de gastos com pessoal, tributos não inadimplentes (inclusive de
empréstimos e financiamentos devidos à União), prestação de contas de
recursos recebidos, limites constitucionais relativos à educação e à saúde
cumpridos etc. O processo acontece antes da assinatura do contrato, havendo
ainda outras formalidades, semelhantes aos trâmites para operações internas,
dispensando-se algumas autorizações e atendendo-se às normas do Conselho
Monetário Nacional.
12
economicidade de recursos públicos. O esquema gráfico a seguir demonstra
sistematicamente essa estrutura.
Figura 1 – PPP
13
• Limite fiscal: Limite de 5% da Receita Corrente Líquida para despesas
anuais com contraprestação. (Lei n. 12.766 de 27 de dezembro de 2012,
art. 28).
NA PRÁTICA
14
pessoas, representantes da sociedade civil organizada e dos poderes públicos
federais, estaduais e municipais). Assim, é necessária intermediação
profissional, não só técnica, como carismática, por ser um trabalho que se funda
no diálogo, na voz e na participação do cidadão, seguindo o interesse dos
municípios e do segmento social e econômico em questão. Deve haver
constante pesquisa, com diagnóstico do ambiente, fundamentada nos eixos de
estudos priorizados, como Socioterritorial, Meio Ambiente, Infraestrutura,
Economia e Institucional, culminando na construção de cenários e na visão de
um futuro, segundo os prazos estipulados e estimados. A partir daí, é elaborado
o Plano de Ação, contendo propostas, programas e projetos a serem executados
quando oportuno, em suas várias áreas, conforme a prioridade e/ou política
pública.
FINALIZANDO
15
REFERÊNCIAS
16