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2. O que é um Plano Diretor e como ele deve ser elaborado? Faça uma breve
descrição.
O Plano Diretor é uma lei municipal que orienta o crescimento e o desenvolvimento urbano
de todo o município. Elaborado pelo poder executivo (Prefeitura), com a participação da
sociedade, e aprovada pelo poder legislativo (Câmara de Vereadores), estabelece regras,
parâmetros, incentivos e instrumentos para o desenvolvimento da cidade. É um pacto social
que define os instrumentos de planejamento urbano para reorganizar os espaços da cidade
e garantir a melhoria da qualidade de vida da população.
O Ministério das Cidades publicou um guia para elaboração dos planos diretores que
estabelece uma série de etapas para sua elaboração, priorizando a participação social em
todo o caminho. O Guia propõe que o Plano Diretor seja elaborado em três etapas,
posteriores à etapa preliminar preparatória: leitura, proposta e consolidação. A primeira trata
da leitura do território, com vistas a auxiliar na identificação de temas e problemáticas a
serem priorizadas, além de desafios a serem enfrentados ou potenciais a serem
aproveitados. A segunda etapa trata da proposta de ação, frente ao identificado na etapa
anterior de leitura do território, tornando possível explorar as estratégias mais adequadas a
cada problemática pré-identificada. Por fim, a terceira etapa sugerida é a consolidação por
meio da definição de instrumentos e de ferramentas complementares e da sistematização
em um quadro sumário do Plano Diretor.
3. O que é um Zoneamento Urbano? Por que ele é importante? Qual a relação dele
com questões ambientais?
Zoneamento é o conjunto de regras que define as atividades que podem ser instaladas nos
diferentes locais da cidade (por exemplo, se é permitido comércio, indústria, residências,
etc.) e como as edificações devem ser implantadas nos lotes de forma a proporcionar a
melhor relação com a vizinhança. O zoneamento constitui um procedimento urbanístico que
tem por objetivo regular o uso da propriedade do solo e dos edifícios em áreas
homogêneas, no interesse do bem-estar da população. Ele serve para encontrar lugar para
todos os usos essenciais do solo e dos edifícios na comunidade e colocar cada coisa em
seu lugar adequado, inclusive as atividades incômodas. Tendo em vista a ampla
diversidade de atividades, a extensão territorial do Município e a diversidade dos bairros, é
necessário estabelecer regras distintas para as diferentes regiões do Município. Para tanto,
a lei de zoneamento divide o território em porções, denominadas zonas, e cada zona reúne
um conjunto de regras para um determinado local. E é com base nessas regras que a
Prefeitura autoriza a construção de novos edifícios e a instalação de novas atividades nos
bairros por meio de alvarás e licenças de funcionamento.
A relação entre eles está na degradação sofrida ao longo dos anos devido à expansão
urbana sem um planejamento adequado para incluí-los de forma correta. A canalização
ignora seu período de cheia e impermeabiliza o solo, ocasionando enchentes. Além disso,
os rios são poluídos ao receberem esgoto, muitas vezes irregular, e a carga difusa dos
bueiros com sujeira e resíduos. A história dos rios também apresenta os impactos gerados
pela necessidade de energia elétrica, com o aumento da urbanização, e pelo poder das
empresas privadas, onde utilizou-se o curso do rio Pinheiros para gerar energia pela City
em parceria com a Light (privadas), que posteriormente receberam o direito de lotear as
áreas adjacentes, dando início a uma alta população às margens do rio, onde grande parte
do esgoto era lançado nos córregos ou de forma direta, sem tratamento. Dessa forma, as
águas lançadas na Billings comprometeram dramaticamente a represa.