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64 p. il
Diretora Presidente
Fernanda Basques Moura Quintão
Diretora Administrativo/Financeiro
Cíntia Gontijo Campos
Diretora Comercial
Gisele Silveira Borges de Carvalho
A AsBEA-MG (Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura Regional MG) esteve envol-
vida com processo de elaboração e análise do Plano Diretor desde a Conferência Municipal de
2014. Um Plano, sem dúvida ousado, foi apresentado à comunidade em geral nesta conferência
deixando algumas lacunas referentes às respostas urbanísticas e de desenvolvimento econômi-
co da cidade com o planejamento proposto. A AsBEA-MG vem, desde então, realizando diver-
sos estudos de viabilidade técnica e econômica e simulações com os dados que eram disponi-
bilizados, além da participação efetiva nas discussões, audiências públicas e votações sobre tal
Plano. Ainda assim, agora, com a publicação completa das leis e decretos que regulamentam o
Plano Diretor de Belo Horizonte, o exercício da Arquitetura que será produzida ainda encontra
incerteza na capacidade de absorção do mercado imobiliário e da economia do município para
minimizar os impactos gerados.
A AsBEA-MG é uma associação que reúne arquitetos e urbanistas com visões plurais, pro-
fissionais que dividem a dedicação às suas atividades e empresas com o trabalho associativo.
Pautamo-nos no comprometimento com a cidade que queremos e com o desenvolvimento da
nossa profissão, analisando toda e qualquer proposta para as cidades sob o ponto de vista do
tripé técnico, econômico e social. Foi com esse comprometimento que estudamos as propostas
do novo Plano Diretor de Belo Horizonte, exercitamos seus números e chegamos a resultados
preocupantes como a expansão da periferia, o crescimento maior da Região Metropolitana em
detrimento da capital e a redução da já pequena parte do município considerada “cidade legal”.
Todos os resultados sugeridos na simulação do Plano indicavam um desdobramento de impac-
tos de mobilidade, encarecimento do produto imobiliário e baixa expectativa de desenvolvimen-
to econômico do mercado imobiliário.
Em busca de respostas para as lacunas expostas pelo novo Plano Diretor que a AsBEA-MG se
uniu a outras entidades da sociedade civil e do mercado imobiliário. Com essa união, criou-se
um elo de cooperação e força que impactou a capacidade de negociação do grupo e hoje resulta
na produção desse material, que irá ajudar os profissionais envolvidos com o mercado imobiliá-
rio a entender melhor os desafios e as oportunidades contidas nessa nova camada regulatória
que se imprime sobre Belo Horizonte.
Sabemos que a Construção Civil é uma engrenagem importante para a economia de um muni-
cípio. São muitos empregos, impostos e serviços gerados. O Plano Diretor impacta diretamente
o setor porque o mercado imobiliário é quem faz uso das regras e definições para a cidade, uma
vez que a “cidade ilegal” cresce e se desenvolve à revelia do Plano Diretor.
Agradecemos à equipe do Sinduscon-MG pela parceria, pela autonomia e protagonismo destinados
à AsBEA-MG na construção deste material e por valorizar os Arquitetos e Urbanistas que dedica-
ram seu tempo no desenvolvimento desse produto de excelente qualidade. Ver a competência e a
qualidade técnica da equipe AsBEA-MG é motivo de orgulho para a associação.
Enfrentaremos os desafios e as oportunidades desse novo Plano com muito otimismo e sabedo-
ria para a construção da cidade que queremos morar.
Fernanda Basques
Presidente - AsBEA-MG
MENSAGEM DO VICE-PRESIDENTE
DA ÁREA IMOBILIÁRIA DO SINDUSCON-MG
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................. 20
ÁREAS NÃO COMPUTADAS PARA CÁLCULO DA ÁREA LÍQUIDA DAS EDIFICAÇÕES ...................................................44
OUTORGA GRATUITA PARA SOLUÇÕES PROJETUAIS DE GENTILEZA URBANA ...........................................................45
A capital mineira, Belo Horizonte, uma cidade com mais de 2,5 milhões de habitantes, conforme
os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possui um mercado imobiliário
atuante e que ao longo de décadas tem contribuído sistematicamente para o seu desenvolvimento
socioeconômico, ou seja, para a geração de renda e emprego. Vale destacar, ainda, que o produto do
segmento é essencial ao bem-estar da população: a casa própria. Por isso, compreender as regras de
construção na cidade é fundamental para todos os profissionais e empresas que exercem atividades
nesta área, pois são elas que possibilitam observar para onde o segmento vai caminhar.
Assim, este trabalho tem por objetivo destacar os principais conceitos do novo Plano Diretor de Belo
Horizonte. Buscou-se demonstrar o que é o Plano Diretor e quais são os seus fundamentos, como a
Lei 11.181/2019 está estruturada e o que ela representa, quais são os critérios adotados para a clas-
sificação do território urbano, quais os zoneamentos previstos, quais são os principais instrumentos
de política urbana que foram adotados e quais são os parâmetros para o parcelamento do solo. Além
disso, demonstrou-se quais são as regras para o licenciamento, quais são as principais características
de um processo de desmembramento, qual a regra de transição do coeficiente de aproveitamento,
entre outros aspectos importantes.
Realizada por uma equipe de arquitetos com relevante experiência na elaboração de projetos e
serviços no mercado imobiliário de Belo Horizonte, esta publicação objetiva, ainda, contribuir
com todos os profissionais e empresas que precisam de esclarecimentos imediatos diante da
nova legislação. Entretanto, ressalta-se que a leitura desta publicação deve, necessariamente,
ser acompanhada da Lei 11.181/2019 e de todas as demais Leis, Portarias e Decretos relativos
à nova legislação urbana da cidade. Assim, será possível ter uma visão completa e eficiente do
atual processo urbanístico da cidade.
Este novo instrumento de política urbana chega num momento em que a cidade concentra cerca de
30% dos lançamentos imobiliários da Região Metropolitana, conforme dados do Censo do Mercado
Imobiliário, realizado pela Brain Consultoria para o Sinduscon-MG. Este ambiente traduz preocu-
pação com a implementação do novo Plano Diretor, pois o baixo número de lançamentos reduziu
a oferta de imóveis novos para comercialização para um dos menores patamares já observados na
capital (cerca de 3.000 unidades). É diante desse cenário que o segmento imobiliário trabalhará com
as novas regras.
Estruturado no formato de perguntas básicas, este estudo somente foi possível de ser realizado
em função da importante parceria entre Sinduscon-MG e a AsBEA-MG, que não mediram esfor-
ços para que um completo levantamento de informações relevantes fossem destacadas. Desta
forma, as entidades buscaram prestar mais um serviço para os seus associados.
O Plano Diretor é o instrumento básico da política urbana do Município, instituído pela Constituição Fe-
deral de 1.988 e regulamentado pelo Estatuto das Cidades (Lei Federal 10.257/2001). Ele define as nor-
mas fundamentais de ordenamento da cidade para dirigir o desenvolvimento da cidade nos seus aspectos
econômico, físico e social, tendo como finalidade orientar a atuação do poder público e da iniciativa pri-
vada na construção dos espaços e oferta dos serviços essenciais, visando assegurar melhores condições
de vida para a população.
A política urbana do Município contempla questões vinculadas à estrutura e desenvolvimento urbano, ao
meio ambiente, à habitação social, ao patrimônio histórico e cultural, à mobilidade, bem como ao trata-
mento e a relação dos espaços públicos e privados.
A política urbana do Município é pautada em diretrizes, princípios, objetivos e regras previstos em
lei, que consolida:
• normas de ordenamento do desenvolvimento urbano e ambiental voltadas a uma configuração es-
pacial compacta, racional e eficiente da cidade;
• regras gerais e especiais de parcelamento, ocupação e uso do solo e de desenho urbano;
• diretrizes para a aplicação dos instrumentos de política urbana.
- Títulos:
- Anexos:
Até a data de entrada em vigor da Lei 11.181/2019, foram publicados a Lei 11.216, de 04 de fevereiro de
2020; e os seguintes decretos, regulamentando diversos itens da lei:
• Decreto nº 17.266, de 28 de janeiro de 2020;
• Decreto nº 17.272, de 04 de fevereiro de 2020;
• Decreto nº 17.273, de 04 de fevereiro de 2020;
• Decreto nº 17.274, de 04 de fevereiro de 2020;
• Decreto nº 17.275, de 04 de fevereiro de 2020.
IMPORTANTE: o novo Plano Diretor tem a intenção de padronizar a legislação com instituição
do coeficiente de aproveitamento básico homogêneo, em praticamente todo o território, e ampla
aplicação dos instrumentos de política urbana.
PA 1 PA 2 PA 3
OM 4 OM 3 OM 2 OM 1
- ZONAS DE OCUPAÇÃO PREFERENCIAL: porções do território municipal nas quais a ocupação é es-
timulada em decorrência de melhores condições de infraestrutura e de acessibilidade e de menores res-
trições topográficas e paisagísticas. Classificam-se em:
OP 1 OP 2 OP 3
- ÁREAS DE CENTRALIDADE: porções do território municipal onde se pretende direcionar maior aden-
samento construtivo e populacional e a concentração de atividades econômicas, complementarmente à quali-
ficação urbanística do espaço urbano. Classificam-se em centralidades locais e centralidades regionais.
CENT CENT
REG LOC
DESTAQUES:
• admitido adensamento construtivo superior, por meio da aplicação do CAcent;
• busca-se proporcionar o compartilhamento dos usos residenciais e não residenciais.
AGEE AGEUC
DESTAQUES:
• proibido uso residencial em AGEE;
• admitido uso residencial em AGEUC, conforme diretrizes descritas no artigo 110.
ZEIS-1 ZEIS-2
AEIS 1 AEIS 2
AEIS
AMB
INFORMAÇÕES IMPORTANTES:
- Nos lotes com porções inseridas em zoneamentos distintos, devem ser adotados os parâmetros
que permitam o maior adensamento construtivo, ressalvadas as seguintes situações:
• nos lotes parcialmente inseridos em ADEs, aplicam-se os parâmetros previstos para a ADE
a todo o lote;
• nos lotes parcialmente inseridos em zonas de preservação ambiental, conexões de fundo de
vale ou áreas de projetos viários prioritários, prevalecem seus respectivos parâmetros ape-
nas nas porções sobre as quais incidem;
• nos lotes parcialmente inseridos em conexões de fundo de vale ou em áreas de projetos viá-
rios prioritários, a não ocupação das porções inseridas nesses zoneamentos permite a con-
centração do potencial construtivo nas demais porções, considerando os parâmetros urba-
nísticos previstos para os demais zoneamentos em que se inserem.
- Nos lotes em que haja sobreposição de zoneamentos, os parâmetros urbanísticos das ADEs,
áreas de projetos viários prioritários, áreas de conexões de fundo de vale e operações urbanas
consorciadas prevalecem sobre aqueles dos outros zoneamentos; sempre prevalecendo os parâ-
metros urbanísticos mais restritivos dentre os previstos.
- Para os empreendimentos a serem implantados em terrenos parcialmente inseridos em áreas de
centralidades, aplicam-se os parâmetros previstos para as áreas de centralidades em todo o ter-
reno, exceto em lotes integralmente ou parcialmente inseridos em ADEs e as áreas de lotes sobre
as quais incidem zonas de preservação ambiental, conexões de fundo de vale ou áreas de projetos
viários prioritários. Porém, no caso das ADEs Vale do Arrudas, Bacia da Pampulha e Serra do Cur-
ral, aplicam-se os parâmetros de centralidades.
Parcelamento do solo urbano é a divisão da terra (glebas; áreas indivisas) em unidades juridicamente
independentes, com vistas à edificação.
O parcelamento do solo pode ser realizado por meio de loteamento ou desmembramento, em conformi-
dade com a legislação federal (Lei 6.766/1979) e legislação municipal.
As alterações de parcelamento do solo podem ocorrer por meio de modificação de parcelamento
ou reparcelamento.
No parcelamento do solo, as seguintes áreas não edificáveis poderão constituir parte integrante dos lo-
tes, sendo identificadas e descritas com indicação de sua natureza nas certidões de origem e nas plantas
de parcelamento, bem como consideradas para aplicação dos parâmetros urbanísticos de ocupação:
• APP’s – margem de 30,00m (céu aberto) ou 15,00m (canalizados) dos córregos ou cursos d’água.
• faixas de rodovias, ferrovias – 15,00m;
• faixas de servidão – Copasa e Cemig;
• entram no cálculo da área total aprovada – utilização dos parâmetros;
• são inseridas em um determinado lote.
O parcelamento do solo em áreas nas quais haja risco geológico, bem como naquelas com declividade
superior a 30% e inferior a 47%, é condicionado à emissão de laudo por responsável técnico que ateste a
viabilidade de se edificar no local.
Em Belo Horizonte, as condições gerais para parcelamento do solo são descritas no Anexo XII da Lei
11.181/2019, sendo:
Diretrizes gerais:
- UP’s e APP’s podem entrar na conta da transferência desde que atinjam no máximo 5% do total parcela-
do, mas obrigatoriamente deve ser transferido o dobro da quantificação proposta para a conta dos 15%;
- Canteiros centrais ao longo das vias e as praças da rotatória – não são ELUP;
- EUC e ELUP podem ser transferidos fora da área em aprovação:
• quando houver interesse público;
• em área com compatibilidade de valores – baseado na tabela de ITBI. A área pode exceder, nunca faltar;
- A transferência pode ser feita em dinheiro:
• nas glebas até 10.000,00m²;
• se o lote oferecido resulte em metragem menor daquela permitida para o zoneamento onde está o imóvel;
• vale tabela ITBI.
Em caso de loteamento, além das áreas descritas acima, é obrigatória a transferência ao Município da
área correspondente à implantação do sistema de circulação do loteamento.
ATENÇÃO: De acordo com o artigo 8º do Decreto 17.273 de 04 de fevereiro de 2020, esta obri-
gatoriedade se aplica a todos os parcelamentos (loteamento e desmembramento) e alterações
(modificação de parcelamento e reparcelamento); sobrepondo à lei federal 6.766 de 1979, na qual
apenas loteamento e desmembramento são obrigados a cumprir tal prazo.
A tabela 1.2 do Anexo XII da Lei 11.181/2019 descreve as características geométricas das vias, sendo:
Rampa Todas as
0,5
mínima (%) vias
Largura O somatório das larguras das calçadas deve ter largura mínima equivalente a 40% da
mínima do Todas as largura total da via, podendo ser distribuído de forma diferenciada entre as calçadas,
somatório das vias incluindo o canteiro central. É obrigatória a obediência às condições estabelecidas
calçadas (m) no Código de Posturas do Município.
Todos projetos complementares referentes ao sistema de circulação devem ser elaborados e aprovados.
Também é necessário apresentar orçamento e cronograma para execução das obras de urbanização, que
devem ser executadas e custeadas pelo empreendedor.
As obras de urbanização devem ser garantidas à Prefeitura, através de caucionamento:
• em dinheiro;
• em títulos da dívida pública;
• por vinculação a imóvel situado na área parcelada ou fora dela;
• por seguro garantia;
• por fiança bancária.
Obras referentes a EUC e ELUP também são consideradas obras de urbanização.
De acordo com a Lei nº 6.766/79, desmembramento é a subdivisão de gleba em lotes destinados à edifi-
cação, com o aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de novas
vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação daquelas já existentes.
As principais características de um processo de loteamento são:
• requer emissão de diretrizes para parcelamento de solo;
• obrigatória transferência de 15% de área para EUC e ELUP.
No caso da escolha por ELUP ser uma determinação da PBH/SMMA, é de responsabilidade do proprie-
tário a apresentação dos projetos necessários à sua implantação, a serem aprovados pela SMMA. Tais
projetos devem constar na planilha orçamentária das obras e devem ser implantados pelo proprietário.
A implantação das ELUP’s deve ser garantida pelo depósito, confiado ao executivo, do valor das obras,
projeto, etc apresentados e aprovados para a sua implantação.
As obras de urbanização devem ser garantidas à Prefeitura, por meio de caucionamento:
• em dinheiro;
• em títulos da dívida pública;
• por vinculação a imóvel situado na área parcelada ou fora dela;
• por seguro garantia;
• por fiança bancária.
Modificação de parcelamento é a divisão ou alteração das dimensões de lotes aprovados, sem alteração
do sistema viário e áreas públicas – EUC e ELUP, previstas no parcelamento original.
Modificação de parcelamento é admitida nas seguintes situações:
• regularização de parte remanescente da desapropriação parcial de lote pertencente a parcela-
mento aprovado;
• incorporação de parte remanescente de implantação de vias a lote aprovado;
• regularização de parte de lote, sem a participação no processo dos proprietários das demais partes,
desde que a forma, as dimensões e a localização da parte em questão estejam claramente e correta-
mente caracterizadas no respectivo registro ou matrícula;
• interesse público devidamente justificado;
• alteração de vinculação de lote aprovado em parcelamento vinculado, exceto na hipótese prevista
no inciso V do art. 136 desta lei;
• lotes desafetados com mudança de destinação para a implantação de empreendimento de in-
teresse social;
• demais hipóteses que não impliquem aumento de desconformidade em relação à legislação urba-
nística vigente.
Reparcelamento é a divisão ou alteração das dimensões de lotes aprovados, com alteração do sistema
viário e áreas públicas – EUC e ELUP.
Características gerais:
• os percentuais destinados à área pública devem ser mantidos / assegurados;
• desafetação das áreas pela Câmara Municipal requer publicação DOM;
• aplicam-se ao reparcelamento as regras para modificação de parcelamento ou loteamento.
Na Lei 11.181/2019, o Anexo XI traz informações conceituais referente aos parâmetros e as definições dos
parâmetros urbanísticos válidos para cada zoneamento são estabelecidas no Anexo XII e são aplicáveis tanto
a novas edificações, quanto a alterações em edificações regulares existentes.
A seguir, estão explicitados os principais parâmetros:
- Taxa de Ocupação (TO) e Taxa de Permeabilidade (TP): a demarcação das porções do território e
a definição de índices e regras de TO e TP estão definidas no Anexo II e tabela 11 do Anexo XII da Lei
11.181/2019, sendo basicamente:
ATENÇÃO:
• Em terrenos localizados em zonas de preservação ambiental – PA-1, PA-2 e PA-3, conexão de
fundo de vale, ADE de Interesse Ambiental, ADE Bacia da Pampulha, ADE Pampulha e ADE
Cidade Jardim, a TO é aplicável a todos os níveis da edificação, inclusive subsolos. Para as
demais situações, a TO é aplicável a todos os níveis da edificação, exceto subsolos localizados
integralmente abaixo do terreno natural.
• Conforme Decreto 17.273, de 04 de fevereiro de 2020:
• nos casos em que mais de uma taxa de permeabilidade vegetada (TP) incidir sobre o lote,
deverá ser adotada média ponderada, considerando o percentual de área recoberta
por cada taxa de permeabilidade diferenciada, exceto nos casos em que o lote estiver
parcialmente classificado como zona de preservação ambiental – PA-1;
• será exigida caixa de captação em todo território municipal, exceto para as ZEIS e AEIS;
cujos detalhes estão descritos nos artigos 75, 76 e 77 do referido decreto.
- Espaços para veículos: aas regras e exceções referentes aos espaços para veículos em edificações, es-
tão descritas nas tabelas 2 do Anexo XII da Lei 11.181/2019, sendo basicamente:
Uso não residencial ou Empreendimentos com área líquida não 1 vaga a cada 1.500,0 m² de área líquida não
parte não residencial residencial inferior a 3.000,0 m² residencial
dos empreendimentos Empreendimentos com área líquida não 1 vaga a cada 3.000,0 m² de área líquida não
de uso misto residencial igual ou superior a 3.000,0 m² residencial
Faixa de acumulação
Comprimento Número mínimo
Área de
Situação da faixa de de faixas de
estacionamento (m²)
acumulação (m) acumulação
≤ 1.000,0 5,0 1
1. Empreendimentos de uso não residencial ou
parte não residencial dos empreendimentos de > 1.000,0 e ≤ 2.000,0 10,0 1
uso misto, com mais de 60 (sessenta) vagas de > 2.000,0 e ≤ 5.000,0 20,0 1
estacionamento; > 5.000,0 e ≤
15,0 2
2. Empreendimentos que explorem estacionamento 10.000,0
de veículos como atividade econômica. > 10.000,0 25,0 2
8 aptos de
1 vaga pode ser dividida
60m2 – OP-3 e 1 vaga por apto = 8 vagas
por 5 aptos = 2 vagas
Centralidades
- Afastamentos – Frontal, Laterais e de Fundos: as regras referentes aos afastamentos mínimos, estão des-
critas nas tabelas 3 do Anexo XII da Lei 11.181/2019, sendo basicamente:
Regra geral
ATENÇÃO:
O Decreto 17.273 de 04 de fevereiro de 2020, considera que:
• a definição do nível térreo da edificação deve ser feita conforme artigo 65 e aferição do valor
do H tem como referência as definições do artigo 66;
• a flexibilização do tratamento do afastamento frontal como prolongamento de passeio não
será admitida nos terrenos lindeiros às vias descritas no artigo 68.
Regra geral
• Quota de Terreno por Unidade Habitacional (QT): índice que, utilizado como divisor em equação
que tenha como dividendo a área total do terreno, indica o número máximo - ou mínimo, em caso de
centralidades - de unidades habitacionais que podem ser implantadas no mesmo. A QT somente é
aplicável a edificações residenciais e na parte residencial das edificações de uso misto.
ATENÇÃO:
REGRA DE TRANSIÇÃO – COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO
• Coeficientes descritos no Anexo XII entrarão em vigor em 05/02/2023.
• No período de 05/02/2020 a 04/02/2023, são válidos os coeficientes de transição, confor-
me Anexo XVII; demais parâmetros conforme Lei 11.181/2019.
Benefícios urbanísticos:
- Áreas não computadas para cálculo da área líquida das edificações: caracterizadas por não serem
contabilizadas no cálculo de área líquida computável. São classificadas como acréscimo à área líquida
construída, portanto não geram novos acréscimos, como vagas.
Benefício/Acréscimo
Fator Gerador
Área não computada no potencial construtivo
a) Área líquida construída nas unidades autônomas 0,7 m² de área edificada para cada 1,0 m² de área líquida construída
da edificação nas unidades autônomas da edificação.
f) Adoção de fachada ativa no nível térreo em Um nível térreo da edificação, definido em projeto, destinado
edificação de uso misto ou não residencial – solução ao uso não residencial e às áreas de uso comum, exceto área de
projetual de gentileza urbana estacionamento de veículos.
a) Área permeável no afastamento frontal, em terreno 1,0 m² de área líquida edificada outorgada gratuitamente
natural, vegetada e arborizada. para cada 1,0 m² de área permeável.
ATENÇÃO:
• Caso haja coincidência de fatores geradores, em mesma porção de terreno, o benefício será
concedido apenas 1 (uma) vez.
• Em terrenos com área >=750m2, localizadas em Centralidades, é obrigatória destinação de
no mínimo 15% do terreno para fruição pública.
IMPORTANTE:
• Não admite-se utilização por terrenos situados em PAs.
• A utilização do BPH está condicionada à emissão da certidão de baixa de edificação do imó-
vel gerador, conforme regulamentado através do Capítulo III do Decreto 17.272, de 04 de
fevereiro de 2020.
A norma específica sobre o procedimento de TDC foi regulamentada pelo Capítulo VI da Lei
11.216 e Capítulo IV do Decreto 17.272, ambos de 04 de fevereiro de 2020.
CT = 0,50 x ( CAof x At x V )
Valor da Fator de Coeficiente Área do Valor do m²
outorga Redução oneroso terreno do terreno
utilizado pelo ITBI
CT = 0,50 x ( CAof x At x V )
Coeficiente Valor do m²
Valor da Fator de Área do
oneroso do terreno
outorga Redução terreno
utilizado pelo ITBI
- exemplos numéricos:
EXEMPLO 01 EXEMPLO 02
CAbas 1,0 2,7
CA não oneroso utilizado 0,35 0,35
CA total utilizado 2,0 5,0
CAof (coeficiente
0,65 1,95
oneroso utilizado)
Área do Terreno 1.000,00 m² 1.000,00 m²
Valor do ITBI R$2.000,00 / m² R$10.000,00 / m²
0,65 x 1.000 x 2.000 x 0,50 = 1,95 x 1.000 x 10.000 / 2,7 =
VALOR A SER PAGO R$650.000,00 para a compra de 650 m² R7.222.222,22 para compra de 1.950 m²
R$1.000,00 / m² R$3.703,70 / m²
O uso do solo urbano divide-se nas categorias residencial, não residencial e misto.
Os usos residenciais são classificados em unifamiliares ou multifamiliares.
Os usos não residenciais são classificados em comércio; serviço; indústria; serviço de uso coletivo; e agri-
cultura urbana.
Os usos não residenciais são classificados, de acordo com o potencial de geração de incômodos atribuído
a cada atividade, em:
I - grupo I - atividades compatíveis com o uso residencial, sem potencial de geração de repercussões
negativas e cuja instalação não está condicionada ao cumprimento de medidas mitigadoras ou à
limitação de área utilizada pelo empreendimento;
A classificação das atividades econômicas é prevista no Anexo XIII da Lei 11. 181/2019.
Todas atividades exercidas em um empreendimento, inclusive as auxiliares, são obrigadas a licenciamento.
“A localização dos usos não residenciais é disciplinada pela conjugação da classificação de cada atividade, pre-
vista no Anexo XIII da Lei 11. 181/2019, com a classificação do logradouro público quanto à permissividade
em relação à instalação de usos não residenciais, da seguinte forma:
I - vias preferencialmente residenciais - VR, nas quais são admitidas atividades de baixo impacto urbanís-
tico, predominantemente de apoio ao cotidiano da vizinhança;
II - vias de caráter misto - VM, nas quais são admitidas atividades de médio impacto urbanístico, pre-
dominantemente conviventes com o cotidiano da vizinhança, com potencial de polarização de outras
atividades econômicas;
III - vias preferencialmente não residenciais - VNR, nas quais podem ser instaladas todas as atividades
admitidas no Município.”
ZEIS e AEIS possuem características peculiares de uso do solo, descritas nos artigos 181 a 184 da Lei
11.181/2019.
• ADE Buritis: tem como objetivo restringir o adensamento construtivo e populacional desta região, di-
vidida em setor 1, de uso exclusivamente residencial multifamiliar e setor 2, no qual são permitidos os
usos residencial multifamiliar e não residencial; conforme Anexo VII.5 e listagem do Anexo XIII da Lei
11.181/2019;
• ADE Serra do Curral: corresponde à área de proteção da Serra do Curral, incluindo a área tombada e a
área de entorno, definidas conforme deliberação do Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do
Município de Belo Horizonte - CDPCM-BH. A área de abrangência está demarcada no Anexo III da Lei
11.181/2019;
• ADE Mirantes: são áreas de elevado nível topográfico, demarcadas com o objetivo de se estabelecer
espaços de uso coletivo, bem como restringir a verticalização do entorno. Estão divididas em setor 1,
destinado à implantação dos Espaços Livres de Uso Público – ELUP´s e edificações de apoio para a
atividade e setor, destinado à limitação da altimetria da ocupação do entorno para garantir as visadas
para observação paisagística a partir do setor 1. As áreas atingidas estão demarcadas no Anexo VII.6 da
Lei 11.181/2019 e sua ocupação fica condicionada ao atendimento das diretrizes emitidas pelo órgão
municipal responsável pela política de planejamento urbano;
• ADE Distrito da Moda: dividida nos setores Barro Preto e Prado, tem o objetivo de garantir medidas
• ADE Vale do Arrudas: tem o objetivo de reverter a condições degradadas ou subutilizadas das áreas
demarcadas, através da qualificação urbanística, em função da localização estratégica e importância
como eixo simbólico, histórico e de articulação viária. A área de abrangência está demarcada no Anexo
III da Lei 11.181/2019;
• ADE Avenida do Contorno: tem como objetivos reforçar a identidade da área central por meio da pro-
teção e valorização do patrimônio arquitetônico, cultural, ambiental e paisagístico; valorizar o centro
principal do Município, estimulando e fomentando a convivência entre atividades econômicas de seus
diversos setores; estimular os usos residencial e misto; estimular o retrofit; promover o espaço urbano
sustentável e acessível a todos.
Na ADE Avenida do Contorno, estão incluídos 7 setores, sendo: Hipercentro, Floresta, ADE Residen-
cial Central, ADE Rua da Bahia Viva, ADE Savassi, ADE Distrito da Moda – subsetor Barro Preto e parte
da ADE Vale do Arrudas, com características descritas nos artigos 219 a 223 da Lei 11.181/2019.
Na área de OP-3 da ADE Avenida do Contorno, para os projetos de adaptação de edificações existentes
na data da publicação da Lei 11.181/2019, estão previstos parâmetros flexibilizando a ocupação dos
edifícios, conforme artigo 218 da referida lei.
Os empreendimentos de interesse social que forem implantados na ADE Avenida do Contorno pode-
rão utilizar a legislação referente a AEIS-1 e o coeficiente de aproveitamento máximo de OP-3.
A área de abrangência da ADE Avenida do Contorno, com identificação dos diversos setores, está de-
marcada no Anexo VII.7 da Lei 11.181/2019;
• ADE Pampulha: tem como objetivo a proteção e a valorização do patrimônio arquitetônico, cultural,
ambiental e paisagístico e o fomento ao potencial turístico e de lazer da área. São permitidos usos resi-
denciais e não residenciais, sendo que:
- setor Lagoa da Pampulha: vedado uso residencial multifamiliar, tem limite demarcado no Anexo
VII.9B da Lei 11.181/2019;
- uso não residencial é permitido conforme classificação viária incluída no Anexo VII. 9B, definições
do artigo 230 e listagem do Anexo XIII da Lei 11.181/2019;
• ADE Trevo: tem como objetivo a preservação da paisagem das proximidades da Lagoa da Pampulha e
dos atributos ambientais relevantes dessa porção do território municipal. A área de abrangência está
demarcada no Anexo III da Lei 11.181/2019;
• ADE Santa Tereza: tem como objetivo a proteção da ambiência, da paisagem e das edificações que re-
montam às primeiras décadas do século XX, bem como a preservação do modo de vida local, além do
incentivo ao exercício de atividades vinculadas a economia criativa e solidária e alojamento. São admi-
tidos usos residencial e não residencial, conforme Anexo VII. 10, definições dos artigos 236 e 237 e
listagem do Anexo XIII da Lei 11.181/2019;
• ADE Região da Lagoinha: tem como objetivos proteger, valorizar e restaurar o patrimônio arquitetô-
nico, histórico, cultural, ambiental, arqueológico e paisagístico da região, bem como proporcionar a re-
• ADE Cidade Jardim: tem como objetivo geral a proteção e a valorização do patrimônio cultural, arquite-
tônico e paisagístico local de caráter predominantemente modernista. Na ADE Cidade Jardim, a insta-
lação de usos não residenciais é disciplinada pela conjugação da classificação das vias incluída no Anexo
VII.12, definições dos artigos 248 e 249 e listagens constantes do Anexo XIII da Lei 11.181/2019;
• ADE Venda Nova: tem como objetivo resguardar o traçado original desta porção territorial, bem como
compatibilizar a proteção do patrimônio cultural com a permanência do uso residencial e com o desen-
volvimento de atividades econômicas. Na ADE Venda Nova, a implantação de empreendimentos de
qualquer natureza em terrenos com área igual ou superior a 500m² (quinhentos metros quadrados) é
condicionada à avaliação do órgão municipal responsável pela política de planejamento urbano. A ADE
Venda Nova é subdividida nos setores 1 (um) a 4 (quatro), de acordo com a restrição altimétrica vigente
para cada porção de seu território. Tais setores, assim como a área demarcada como ADE Venda Nova
podem ser identificados no Anexo VII.13 da Lei 11.181/2019;
• ADE Primeiro de Maio: tem como objetivo preservar os traços da ambiência original dos espaços pú-
blicos e a tipologia característica da ocupação e do uso local, através da valorização da centralidade
formada pelo centro comercial ao longo da Rua Ladainha nos bairros Primeiro de Maio e Providência;
da requalificação urbana da área e das fachadas de edificações de interesse cultural, com integração ao
Parque Ecológico Primeiro de Maio; e da instituição do perímetro de proteção do patrimônio cultural.
A área demarcada como ADE Primeiro de Maio pode ser identificada no Anexo III da Lei 11.181/2019;
• ADE dos Quilombos: constituem porções do território municipal sujeitas a políticas específicas de pre-
servação cultural, histórica e ambiental que visem a reforçar a identidade territorial das comunidades
quilombolas. As áreas reconhecidas são ADE Quilombo do Luízes, ADE Quilombo dos Mangueiras e
ADE Quilombo Manzo Ngunzo Kaiango e estão identificadas no Anexo III da Lei 11.181/2019.
Para promover a habitação de interesse social, o Título X da Lei 11.181/2019 (arts. 257 ao 290) define
parâmetros e procedimentos especiais para regularização e ocupação de áreas de assentamentos pre-
cários (Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS), para o aproveitamento de edificações subutilizadas e
para promover a implantação destas habitações em áreas dotadas de infraestrutura e serviços.
A Lei propõe formas de parcerias entre agentes públicos e privados por meio de um termo de compromis-
so, um título executivo extrajudicial, onde todas as condições da parceria serão definidas.
São diretrizes para a produção habitacional de interesse social em Belo Horizonte:
• promover a implantação de unidades habitacionais em áreas inseridas na malha urbana, dotadas
de infraestrutura e de equipamentos comunitários;
• promover a adequação de edificações não utilizadas ou subutilizadas, visando à provisão de mora-
dia para a população de baixa renda;
• incentivar parcerias do Executivo com a iniciativa privada, cooperativas, associações ou entidades
habitacionais;
• estimular a implantação de unidades habitacionais por meio da especificação de parâmetros de
parcelamento, ocupação e uso do solo que visem ao melhor aproveitamento da capacidade de
suporte e inserção urbana;
• fomentar a atuação de cooperativas, associações ou entidades habitacionais com utilização de
processos de autogestão e assessoria técnica especializada;
• garantir que a produção habitacional se instale com a predominância do uso residencial, permitin-
do usos não residenciais de forma a contribuir para a integração à cidade e a criação de oportuni-
dades de trabalho e renda para os moradores;
• promover a regularização fundiária na implantação de novos empreendimentos;
• privilegiar processos construtivos que garantam maior qualidade e menor custo da produção da
habitação de interesse social;
• promover a construção de moradias com características de adaptabilidade às condições de acessi-
bilidade de pessoas com mobilidade reduzida;
• buscar modelos de moradia adequada à composição das famílias;
• incentivar soluções construtivas que reduzam o consumo de água e de energia e contribuam para
o controle das mudanças climáticas;
• promover a implantação de unidades habitacionais nas centralidades e na área central;
• incentivar a implantação de unidades habitacionais em empreendimento que as associem a usos
não residenciais;
• incentivar a implantação de unidades habitacionais em empreendimentos que incluam diferentes
faixas de renda.
“Art. 344 Submetem-se a licenciamento ambiental pelo Comam os empreendimentos que contemplem o exercício
das seguintes atividades:
ATENÇÃO:
• os procedimentos para licenciamento de empreendimentos ou intervenções urbanísticas de
impacto são regulamentados através do Decreto nº 17.266, de 28 de janeiro de 2020;
• a composição do Compur é regulamentada através do Decreto nº 17.275, de 04 de fe-
vereiro de 2020.
ATENÇÃO:
• caso o protocolo efetuado até a entrada em vigor desta lei não seja acatado ou qualquer
indeferimento nos processos de licenciamento implicam em reapresentação do projeto com
base nas regras de parcelamento, uso e ocupação do solo da Lei 11.181/2019;
• quando necessária a emissão de diretrizes para parcelamento do solo, para garantir trâmite
conforme Lei 9.959/2010, o documento deverá estar de seu prazo de validade;
• o parecer de enquadramento de interesse social terá validade de um ano, podendo ser reno-
vado uma única vez, por igual período;
• informação básica e OLEI, mesmo que dentro do prazo de validade não garantem direito a
licenciamento conforme Lei 9.959/2010.
Durante o período de 3 (três) anos a partir da entrada em vigor desta lei, aplicam-se os coeficientes de
aproveitamento básico previstos no Anexo XVII – Coeficientes de Aproveitamento Básico de Transição,
da Lei 11.181/2019.
A utilização dos instrumentos de superação do Coeficiente de Aproveitamento Básico e demais parâme-
tros urbanísticos aplicados serão conforme Lei 11.181/2019.
As operações urbanas consorciadas, instituídas pela Lei 11.181/2019, são delimitadas por:
I - áreas destinadas à OUC do Corredor Antônio Carlos/Pedro I e do Eixo Leste-Oeste;
II - áreas destinadas à OUC da Via 710;
III - áreas destinadas à OUC do Vetor Norte.
A delimitação das áreas é estabelecida no Anexo IV da Lei 11.181/2019 e, até a aprovação de suas leis
específicas, prevalecem os parâmetros e condições estabelecidos nos artigos 364 a 371 da mesma lei,
com validade de 2 anos a partir de 05/02/2020 (data de entrada em vigor da Lei 11.181/2019) e não se
aplicam exclusivamente a AEIS e aos empreendimentos públicos ou de comprovado interesse público.
Fica ainda instituída a operação urbana simplificada Vila Monte São José – OUS-MSJ, com o objetivo
de promover a qualificação urbanística da Vila Monte São José; promover a preservação do patrimô-
nio cultural do Bairro Cidade Jardim; desenvolver estratégias e ações voltadas para a qualificação da
Região da Izidora.
As áreas da OUS-MSJ compreendem:
• os lotes 3A e 4A da quadra 14 da Zona Fiscal 125, de propriedade do Município, bem como os lotes
7 e 12 a 15 da mesma quadra;
• o Conjunto Urbano Bairro Cidade Jardim;
• a Vila Monte São José;
• as áreas identificadas como de interesse social na Região da Izidora.
A OUS-MSJ tem validade de 5 (cinco) anos, a partir da data de sua publicação e está descrita nos artigos
372 a 382 da Lei 11.181/2019.
De acordo com artigo 95 do Decreto 17.273, de 04 de fevereiro de 2020, quando se tratar de empreen-
dimento situado em áreas destinadas à operações urbanas consorciadas, o enquadramento como em-
preendimento de interesse público e a emissão de diretrizes para a superação do coeficiente de aprovei-
tamento básico – CAbas, caberão ao órgão municipal responsável pela política de planejamento urbano.
Tal enquadramento constitui condição para o protocolo de licenciamento de projeto arquitetônico.
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