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Subtema 7

Urbanidade para uma cidade compacta e sustentável

NARCELIO GONCALVES MONTE


NATÁLIA APARECIDA CASCARDI DE ANDRADE
NATALIA LATANSIO DE OLIVEIRA
NICHOLAS TAKAMOTO LEAL DA SILVA
ODAIR HENRIQUE MICHELS BEHN NETO
PATRICIA BERNARDINA DA SILVA
PAULA BILLA SALGADO
A. Desenvolvimento conceitual

A. Desenvolvimento conceitual (um subtema por grupo)


Reflexão teórica aprofundada fundamentada na discussão de vários autores.

B. Parâmetros e indicadores (para o subtema)


Utilizar no mínimo três.

C. Tecer uma análise comparativa (para o subtema)


Apresentar como a retórica da cidade compacta e sustentável está presente na
Política Urbana (Leis, Decretos, Planos Diretores, Planos de Mobilidade, entre
outros). Utilizar no mínimo três exemplos.
A. Desenvolvimento conceitual

Cidade Compacta
Modelo urbano associado a uma ocupação mais densificada com a consequente sobreposição de
usos (residências, comércios e serviços) e o favorecimento do deslocamento multimodal,
especialmente de pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. Amsterdã e Copenhague são
exemplos conhecidos de tal modelo.

A cidade compacta e alinhada com as diretrizes de


sustentabilidade pode contribuir para uma melhor
qualidade de vida com comércios e serviços próximos
às residências, favorecendo o uso de transportes
alternativos e a interação da comunidade no resgate
da vida urbana. Há grande desafio no planejamento
e desenvolvimento integrado.
A. Desenvolvimento conceitual

Há características marcantes, além da alta densidade e dos empreendimentos de uso misto


(multipurpose, moradia + trabalho), se percebe maior desenvolvimento urbano contínuo e
contido, demarcado por limites claros; elevada acessibilidade local e regional; diferentes
centralidades; redes menores de infraestrutura (água, luz, saneamento).

Rueda (2002) descreve o modelo de cidade compacta e suas características mais importantes:
i. Densidade: Níveis máximos de densidade são importantes para diminuir o consumo
energético;
ii. Continuidade: Redução dos espaços vazios, assegurando a oferta de infraestrutura,
diminuindo a extensão dos percursos e favorecendo os meios de locomoção sustentáveis (o
aspecto reduz também o consumo de espaço);
iii. Multifuncionalidade: Coexistência de múltiplas funções urbanas, o que pode permitir a
redução dos deslocamentos e aumentar a vitalidade urbana;
iv. Diversidade: Existência de diversidade social, cultural, etária, contribuindo para uma maior
urbanidade e menor segregação social.
A. Desenvolvimento conceitual

(TENTATIVA DE CONCEITURA) :URBANIDADE

Fenômeno produzido pela relacionalidade do social e do espacial na cidade

Na riqueza de dimensões implicadas no conceito que parece endereçar a própria natureza do


urbano e as condições da vida urbana, pois "urbanidade" simultaneamente como produção, efeito
e experiência do urbano. As tramas da urbanidade são atravessadas por um ETHOS
(civilidade/expressões da civilidade) nas formas de vida urbana ao se reconhecer o papel da
cidade na experiência e na produção da vida social.

A urbanidade saudável pode ser melhor concretizada ou de forma mais inteligente e


sustentável por meio de políticas públicas ou de projetos urbanísticos, que pensem na
humanização (acessibilidade, segurança e bem-estar), na distribuição territorial de equipamentos
públicos, na resiliência da cidade e elevação de índices de qualidade de vida das pessoas e com
justiça espacial.A forma com que o espaço público irá receber seus usuários e que deveriam
colaborar idealmente para uma Justiça Espacial ou equidade na utilização do espaço urbano e na
experiência da vida urbana.
A. Desenvolvimento conceitual

Críticas

Segundo o estudioso Michael Neuman , no artigo “A falácia da cidade compacta “ é nessa


CORRELAÇÃO ENTRE A FORMA URBANA E A REGULAMENTAÇÃO que planeja, organiza o uso
deste espaço, colabora para o planejamento e visa garantir como política pública aquilo que se
pretende como desenvolvimento de índices de qualidade de vida e equidade, que surge o paradoxo
das cidades compactas.

Afinal, “diretrizes e regras de planejamento rígidas são fundamentais para que se estabeleça
uma cidade nesse molde, contudo, o seu excesso pode se tornar prejudicial, já que, com um
padrão rigoroso a ser seguido, não há margem para experimentações orgânicas típicas de um
desenvolvimento urbano saudável.”

Desafio do planejamento e desenvolvimento integrado mas de forma antropocêntrica/espontânea


A. Desenvolvimento conceitual
Críticas

A abordagem ideal para se tratar da urbanidade deveria ser antropocêntrica.

A escala humana é ponto de partida para o tratamento de qualquer escala de diretrizes e projetos
urbanos, pois é necessário o diálogo interdisciplinar das interações a definir as materialidades, a
explorar as sociabilidades, com maior participação de pessoas.

“Para tanto, é necessário um conjunto de regras que visem equidade e que possibilitem essa
aproximação entre cidadão e gestor para a qualidade da paisagem urbana.

O conjunto de interações e estranhamentos vividos nesses espaços que nos dá a sensação de


qualidade dos lugares de uma cidade e do seu conjunto. Espaços de fruição publico e privados
(coexistindo) e com pontos de alívio de tensões.
Em um contexto urbano, o desenho das ruas
deve atender às necessidades das pessoas
que caminham, dirigem, andem de bicicleta e
usam o transporte público, tudo em um
espaço restrito
B. Parâmetros e indicadores

Origem dos indicadores/dados


https://journals.openedition.org/confins/33711?lang=pt#tocto1n1
Urbanidade e Justiça Espacial na cidade de São Paulo: metodologia de análise e subsídio para tomada
de decisão no planejamento urbano
Katia Canova
B. Parâmetros e indicadores

https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/Informes_Urbanos/29_Dimensoes_IDH-M.pdf
B. Parâmetros e indicadores

Informações GeoEspaciais de serviços e equipamentos públicos - http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/


PRINCIPAIS LEIS:
● ARTIGO 182 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL: A política de
desenvolvimento urbano, executada pelo poder público municipal,
conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o
pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-
estar de seus habitantes.

● ESTATUTO DA CIDADE - Lei Federal n. 10.257/01

● PLANO DIRETOR ESTRATÉGICO SP - LEI Nº 16.050, DE 31 DE


JULHO DE 2014 (PROJETO DE LEI Nº 688/13, DO EXECUTIVO,
APROVADO NA FORMA DE SUBSTITUTIVO DO LEGISLATIVO)
Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de
São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002.
Art. 1º Esta lei dispõe sobre a Política de Desenvolvimento Urbano, o Sistema de Planejamento Urbano e o Plano Diretor
Estratégico do Município de São Paulo e aplica-se à totalidade do seu território.

§ 1º A Política de Desenvolvimento Urbano é o conjunto de planos e ações que tem como objetivo ordenar o pleno
desenvolvimento das funções sociais da cidade e o uso socialmente justo e ecologicamente equilibrado e diversificado de seu
território, de forma a assegurar o bem-estar e a qualidade de vida de seus habitantes.
§ 2º O Sistema de Planejamento Urbano corresponde ao conjunto de órgãos, normas, recursos humanos e técnicos que tem
como objetivo coordenar as ações referentes ao desenvolvimento urbano, de iniciativa dos setores público e privado,
integrando-as com os diversos programas setoriais, visando à dinamização e à modernização da ação governamental.
§ 3º O Plano Diretor Estratégico é o instrumento básico da Política de Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo,
determinante para todos os agentes públicos e privados que atuam em seu território.
§ 4º Os conceitos utilizados nesta lei estão definidos no Quadro 1.

Art. 2º A presente lei tem como base os fundamentos expressos na Constituição Federal, no Estatuto da Cidade e na Lei
Orgânica do Município de São Paulo.
§ 1º O Plano Diretor deverá considerar o disposto nos planos e leis nacionais e estaduais relacionadas às políticas de
desenvolvimento urbano, incluindo saneamento básico, habitação, mobilidade e ordenamento territorial, e à política de meio
ambiente.
§ 2º O Plano Diretor deve se articular com o planejamento metropolitano e com os planos dos demais municípios da Região
Metropolitana.

Art. 3º O Plano Diretor Estratégico orienta o planejamento urbano municipal e seus objetivos, diretrizes e prioridades devem
ser respeitados pelos seguintes planos e normas: I - Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei Orçamentária
Anual e o Plano de Metas; II - Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo, Planos Regionais das Subprefeituras, Planos
de Bairros, planos setoriais de políticas urbano-ambientais e demais normas correlatas.

Art. 4º Os objetivos previstos neste Plano Diretor devem ser alcançados até 2029.
ZONEAMENTO
Destaca-se que o Plano Diretor Estratégico preliminarmente as seguintes zonas na
lei de zoneamento:

Zonas Exclusivamente Residenciais (ZER), Zonas Predominantemente Residenciais


(ZPR), Zonas Mistas (ZM), Zonas de Centralidade (ZC), Zonas de Desenvolvimento
Econômico (ZDE), Zonas Predominantemente Industriais (ZPI), Zonas de Ocupação
Especial (ZOE), Zonas de Preservação e Desenvolvimento Sustentável (ZPDS),
Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS), Zonas Especiais de Preservação
Cultural (ZEPEC), Zonas Especiais de Preservação Ambiental (ZEPAM), Zonas
Especiais de Preservação (ZEP) e Zonas de Transição (ZT)
VIVA RUA SP:
•Viva Rua SP é um Projeto da Secretaria de Turismo do Governo do Estado de São Paulo que
incentiva a ativação de espaços públicos realizada por pessoa jurídica, de iniciativa pública ou
privada, para a promoção e potencialização de atividades econômicas relacionadas ao
turismo por intermédio de intervenções de caráter temporário. Essas intervenções podem se
dar tanto pela ampliação do passeio público realizada sobre uma área antes ocupada por
vagas de estacionamento no leito carroçável da via pública, quanto pela ocupação de
calçadas.

FONTE: https://brasilturis.com.br/wp-content/uploads/2021/04/viva-rua.pdf
EXEMPLOS: PARQUES LINEARES:
Os benefícios da implantação de um Parque Linear são múltiplos e vão além da conservação das
espécies representativas. Contribuem desde a melhoria da saúde e qualidade de vida dos habitantes
até a mitigação e adaptação às mudanças do clima.
Entre as resultados esperados da implantação dos Parques Lineares destacam-se:

01. Conservação da biodiversidade e dos recursos naturais;

02. Gestão do uso e ocupação do solo em áreas de preservação permanente, com


prevenção de enchentes;

03. Formação de corredores ecológicos;

04. Recuperação de áreas degradadas;

05. Aumento das áreas verdes;


05. Aumento das áreas verdes;

06. Melhoria do microclima urbano e da captura de poeiras e gases;

07. Promoção de sensibilização ambiental;08. Incentivo as práticas esportivas ao ar livre e ao


transporte sustentável;

09. Prevenção da ocupação ilegal;

10. Redução significativa das atividades potencialmente poluidoras nestas áreas;

11. Integração e harmonização do ambiente natural com urbano;

12. Valorização imobiliária da região dos investimentos.

PDE e LUOS (Lei Nº 13.430/02 e Lei Nº 13.885/04)


Parque linear Tiquatira – São Paulo Parque linear Camboriú – Santa Catarina

Parque linear de La Família - Santiago Parque linear Barueri


PROJETOS URBANOS QUE ESTÃO REINVENTANDO CIDADES PARA UM FUTURO
SUSTENTÁVEL
O Grupo c40 Cities, criou em 2017, a competição sustentável Reinventing Cities. O concurso tem o objetivo de
estimular arquitetos e urbanistas a criarem projetos que transformem espaços inutilizados em lugares
sustentáveis. "Reinventing Cities é uma competição global sem precedentes que quer gerar neutralidade de
carbono e regeneração urbana resiliente“

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