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br/a1/plano-diretor-guaruja-sp
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Versão consolidada, com alterações até o dia 08/12/2014
MARIA ANTONIETA DE BRITO, Prefeita Municipal de Guarujá, faço saber que a Câmara Municipal
decretou em Sessão Extraordinária, realizada no dia 17 de dezembro de 2013, e eu sanciono e
promulgo o seguinte:
TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1º), no Estatuto da Cidade (Lei Federal 10.257/2001 - Capítulos II e III) e na Lei Orgânica do Município
de Guarujá, fica aprovado, nos termos desta Lei Complementar, o Plano Diretor do Município de
Guarujá.
Art. 2º O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território municipal, a ilha de Santo Amaro,
O Plano Diretor instituído por esta Lei Complementar deverá, a contar de sua publicação, ser
Art. 3º
revisto no máximo a cada 10 (dez) anos, estando seus planos e instrumentos sujeitos a avaliação em
até 5 (cinco) anos.
TÍTULO II
DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS
III - a eqüidade;
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A função social da Cidade será cumprida quando atender às diretrizes da política urbana
Art. 5º
Art. 6º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas neste Plano Diretor, respeitando as diretrizes e os objetivos nele
previstos e assegurando o atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida, à
justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas.
Parágrafo Único - Caberá ao Poder Público fiscalizar o cumprimento da função social da propriedade.
Art. 7ºO princípio da eqüidade será cumprido quando as diferenças entre as pessoas e os grupos
sociais forem respeitadas e, na implementação da política urbana, as disposições legais forem
interpretadas e aplicadas de forma a reduzir as desigualdades socioeconômicas no uso e na ocupação
do solo deste Município.
equilibrado e economicamente viável, visando garantir qualidade de vida para a presente e as futuras
gerações, por meio de políticas setoriais urbanas que incorporem essas dimensões de forma integrada
e harmônica, respeitando as diferenças sociais e culturais da população.
A gestão da política urbana será feita de forma democrática, incorporando a participação dos
Art. 9º
CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS
Art. 10 Os objetivos gerais fixados para a política urbana do Município são os seguintes:
II - valorizar e incentivar o turismo, promovendo os planos e os projetos voltados para esse segmento;
IV - associar o planejamento e a execução das políticas públicas locais às regionais por intermédio da
cooperação e da articulação com os demais Municípios da Região Metropolitana da Baixada Santista e
da Macrometrópole Paulistana, contribuindo para a gestão integrada e para o desenvolvimento dos
projetos de interesse regional;
VI - garantir o direito à moradia digna, ampliando a oferta de áreas para a habitação de interesse social
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com qualidade e promovendo a urbanização e a regularização fundiária das áreas ocupadas por
população de baixa renda;
VIII - elevar a qualidade do ambiente urbano com a preservação, proteção e recuperação dos
ambientes natural e construído, por meio do efetivo monitoramento e controle ambiental;
IX - garantir a justa distribuição dos benefícios e dos ônus decorrentes do processo de urbanização,
recuperando e transferindo para a coletividade a valorização imobiliária decorrente da ação do Poder
Público;
X - promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades por meio de políticas públicas sustentáveis
e afirmativas nas diretrizes dos planos e projetos setoriais, de interesse coletivo;
XIII - consolidar um sistema de centralidades nos bairros do Município com a ampliação da infra-
estrutura e a dinamização de serviços e cultura;
XVI - proteger e valorizar o patrimônio histórico, artístico, urbanístico e paisagístico, contribuindo para a
preservação e a difusão da memória e da identidade da Cidade;
XVII - estimular parcerias entre os setores público e privado, locais, regionais, nacionais e
internacionais, em projetos de urbanização, ampliação e transformação de espaços públicos, quando
for de interesse público e subordinado à função social da Cidade;
XIX - melhorar a qualidade e a eficácia dos elementos de identificação dos logradouros e a orientação
para sua acessibilidade por veículos, pedestres e bicicletas;
XX - facilitar o acesso de todos os cidadãos a qualquer ponto do território municipal, por intermédio da
rede viária e do sistema de transporte coletivo;
XXII - rever, consolidar e adequar a legislação municipal vigente aos preceitos definidos no Plano
Diretor instituído por esta Lei Complementar.
Parágrafo Único - Com base nos objetivos gerais fixados neste artigo para a política urbana do
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TÍTULO III
DAS POLÍTICAS SETORIAIS
CAPÍTULO I
DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
III - aproveitar o potencial de áreas disponíveis para implantar e desenvolver atividades econômicas,
incluindo-se a ampliação das atividades portuárias, retroportuárias e industriais, a instalação do
aeroporto metropolitano da Baixada Santista e o desenvolvimento das áreas de entorno;
VIII - fortalecer a indústria de construção civil, relacionando-a com o adequado uso do solo urbano e da
infra-estrutura instalada;
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA DE TURISMO
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II - elaborar estudos e implementar políticas que visem à redução dos impactos da sazonalidade sobre
a atividade turística, bem como a otimizar a ocupação de imóveis de segunda residência, de modo a
projetar o crescimento dos fluxos turísticos durante o ano e do tempo de permanência do turista no
Município;
III - construir infra-estrutura de apoio às atividades produtivas nas áreas de interesse turístico, em
especial na orla marítima, adequando o mobiliário urbano, quiosques e demais equipamentos à
necessidade de desocupação da faixa de areia e de uso racional do espaço físico de calçadões e
áreas de circulação de pessoas, respeitando a legislação, em particular a relativa à matéria ambiental;
VI - executar ações que visem à formatação de produtos turísticos, bem como sua promoção e apoio à
comercialização;
VIII - consolidar a política municipal de turismo por meio da elaboração de um Plano Gestor de Turismo
do Município pelo Conselho Municipal de Turismo.
Parágrafo Único - O Poder Público municipal poderá implementar ações, políticas públicas ou
equipamentos turísticos por meio de convênios celebrados com empresas públicas ou privadas e
instituições.
CAPÍTULO III
DA POLÍTICA DE PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL
III - promover o reconhecimento, pelos munícipes, do valor cultural do patrimônio de sua Cidade e do
seu papel na preservação e recuperação desse patrimônio;
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VII - implementar, por meio de Conselho Municipal, um plano municipal de proteção do patrimônio
histórico e cultural;
§ 3º São consideradas comunidades tradicionais caiçaras ocupações antigas da Ilha de Santo Amaro
que conservam algumas de suas características históricas e culturais e são residentes na Prainha
Branca, na Ponta da Armação, no Sítio Cachoeira, no Sítio Limoeiro, no Sítio Pedrinha, no Sítio Bom
Jardim, no Sítio Tijucopava, na Ponta Grossa e no Sítio Sambaqui, no Canal de Bertioga, em parte da
Praia do Perequê, assim como na Praia do Góes, na Praia de Santa Cruz dos Navegantes e no Sítio
Conceiçãozinha, conforme delimitações constantes no Anexo 1 - Mapa 3.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DE PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE
V - garantir a insolação das praias, impedindo intervenções urbanas e edilícias que provoquem o
sombreamento das áreas públicas de banho, excetuando-se as áreas de alta densidade, já edificadas
em seu conjunto;
VI - adotar medidas que garantam a conservação dos manguezais e seu uso sustentável para pesca,
turismo e educação ambiental;
VII - controlar a redução dos níveis de poluição e de degradação em quaisquer de suas formas,
incluindo-se a visual, sonora, atmosférica, das águas e do solo;
VIII - garantir que as atividades em áreas públicas mantenham a integridade dos locais, antes, durante
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IX - incentivar a adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e econômicas que visem à
proteção e à restauração do meio ambiente, incluindo-se o uso de fontes de energia com menor
potencial poluidor;
XIII - promover ações visando ao saneamento urbano, em especial a coleta e o tratamento de resíduos
sólidos e líquidos, a drenagem urbana e a efetiva separação de líquidos provenientes de resíduos dos
esgotos em relação aos de drenagem;
XIV - promover ações para que as águas de drenagem não separadas de forma garantida dos
resíduos do esgoto urbano recebam tratamento semelhante ao destinado aos esgotos;
XVI - garantir a produção e a divulgação do conhecimento sobre o meio ambiente por um sistema de
informações integrado;
XVIII - dinamizar a utilização do Fundo Municipal de Meio Ambiente - FMMA com a finalidade de dar
suporte financeiro a planos, programas e projetos que visem ao uso racional e sustentável de recursos
naturais, ao controle, à fiscalização, defesa e recuperação do meio ambiente e às ações de educação
ambiental;
XIX - implantar unidades de conservação de manejo sustentável nos maciços florestais do Município e
nas áreas de interesse ambiental especialmente protegidas, como a Área de Proteção Ambiental da
Serra do Guararú, do Parque Ecológico do Perequê, do Parque Ecológico do Saco do Funil, a partir da
cota de 10 metros, nos termos da legislação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação -
SNUC.
XX - instituir a Política Municipal de Meio Ambiente e o Plano Diretor Ambiental através da Secretaria
Municipal do Meio Ambiente - SMA, e do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
(CONDEMA).
SEÇÃO I
DA PROTEÇÃO DAS ÁREAS VERDES DO MUNICÍPIO
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propriedade pública ou privada, existentes e os que vierem a ser criados, necessários à manutenção
da qualidade ambiental urbana, tendo por objetivo a preservação, a proteção, a recuperação e a
ampliação desses espaços.
II - ampliar a relação área verde por habitante no Município por meio da manutenção e ampliação da
arborização de ruas, praças, parques;
III - criar instrumentos legais destinados a regulamentar a implantação e manutenção de áreas verdes
e de espaços ajardinados ou arborizados assim como da arborização urbana em vias públicas,
estimulando parcerias entre setores público e privado.
V - disciplinar as atividades culturais, esportivas e de interesse turístico, nas praças e nos parques
municipais, compatibilizando-as ao caráter de interesse ecológico desses espaços;
VI - criar programas para a efetiva implantação das áreas verdes previstas em conjuntos habitacionais
e loteamentos;
IX - criação de corredores verdes no sistema viário e nos parques lineares para circulação da fauna
entre os maciços preservados de vegetação natural da ilha de Santo Amaro.
SEÇÃO II
DA PROTEÇÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS
III - recuperar e preservar as matas ciliares, as cabeceiras de drenagem e a cobertura vegetal existente
nas áreas de mananciais de água do Município;
IV - recuperar e preservar as matas ciliares e a cobertura vegetal existente nas margens dos rios do
Município;
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comunidade;
VII - criar alternativas de reutilização de água e de captação, seja por iniciativa individual, coletiva ou
pública;
VIII - obrigar os responsáveis pelas edificações de grande porte e atividades de grande consumo de
água pela implantação de instalações para reuso de água para fins não potáveis;
X - incentivar a alteração de hábitos e iniciativas que resultem na redução dos padrões de consumo;
XII - adotar medidas que garantam a recuperação das águas litorâneas e dos níveis de balneabilidade
das praias.
SEÇÃO III
DO SANEAMENTO AMBIENTAL INTEGRADO
III - estabelecer metas progressivas de redução de perdas de água em toda a Cidade mediante
entendimentos com a concessionária e instalação de hidrômetros individuais ou outra tecnologia de
medição, com vistas a restringir o consumo supérfluo de água;
IV - fornecer água para consumo residencial e outros usos, de qualidade compatível com os padrões
de potabilidade, em quantidade suficiente para atender às necessidades básicas;
V - implantar sistema de drenagem própria para o escoamento das águas pluviais em toda a área
ocupada do Município, de modo a propiciar a proteção do solo, a recarga dos aqüíferos e a segurança
e o conforto aos seus habitantes;
VI - criar mecanismos para evitar a contaminação da rede de águas pluviais por esgotos e resíduos
sólidos, coibindo ligações clandestinas e realizando monitoramentos periódicos;
VII - garantir que todas as águas de drenagem que estejam misturadas com resíduos de esgoto
urbano, incluindo-se aqueles provenientes de assentamentos informais ou de áreas sem coleta
adequada de esgotos, sejam encaminhadas para tratamento semelhante ao dispensado aos esgotos;
IX - criar oportunidades de trabalho e de renda para a população de baixa renda pelo aproveitamento
de resíduos domiciliares, comerciais e de construção civil, desde que aproveitáveis, em condições
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X - realizar tratamento ou disposição ambientalmente seguro dos resíduos sólidos não aproveitáveis;
XI - repassar o custo das externalidades negativas aos agentes responsáveis pela produção de
resíduos que sobrecarregam as finanças públicas;
CAPÍTULO V
DA PAISAGEM URBANA
II - garantir o direito do cidadão à fruição da paisagem pela identificação, leitura e apreensão de seus
elementos constitutivos por meio de instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da
paisagem urbana;
III - garantir a qualidade ambiental do espaço público, assegurando a harmonia entre os diversos
elementos que compõem a paisagem urbana, evitando a poluição visual;
VII - estabelecer critérios, normas e padrões para quiosques de vendas de mercadorias, alimentação e
bebidas na orla, bem como bicicletários, paradas de ônibus, lixeiras, totens de informação turísticas e
demais itens do mobiliário urbano;
CAPÍTULO VI
DA POLÍTICA DE HABITAÇÃO
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III - estimular o adensamento em áreas vazias ou subutilizadas, com infra estrutura já implantada e
adequada, inibindo a ampliação de núcleos habitacionais precários;
IV - coibir a não utilização ou subutilização da terra urbana para o uso habitacional nas áreas
consolidadas, utilizando para esse fim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto
da Cidade e nesta lei complementar;
V - criar Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, definidas em lei complementar específica;
VIII - incentivar e apoiar a formação de agentes promotores e financeiros não estatais, a exemplo das
cooperativas e associações comunitárias de autogestão, na execução de programas habitacionais;
X - promover a recuperação ambiental de áreas legalmente protegidas, ocupadas por moradia, não
passíveis de urbanização e de regularização fundiária;
XI - promover ações de fiscalização para inibir que novas ocupações irregulares ocorram no Município,
em especial em áreas ambientalmente frágeis, como mangues e encostas de morros;
XIII - reabilitar e repovoar áreas não ocupadas, utilizando-se de instrumentos que estimulem a
permanência da população e atraiam moradores de diferentes segmentos de renda;
XIV - promover, apoiar e orientar programas e projetos de acesso à moradia, seja pela aquisição,
locação, auto-construção ou mutirão;
XVII - utilizar parte dos recursos provenientes da valorização imobiliária em programas habitacionais
de interesse social nas áreas equipadas de infraestrutura e serviços urbanos, empregando, para esse
fim, os instrumentos previstos na Lei Federal 10.257/2001 - Estatuto da Cidade;
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XVIII - facilitar o acesso da população de baixa renda à moradia, por meio de mecanismos de
financiamento de longo prazo, investimento de recursos orçamentários a fundo perdido, permissão de
uso e subsídio direto, pessoal, intransferível e temporário na aquisição ou locação social,
reservando-se parcela das unidades habitacionais para o atendimento aos idosos e às pessoas com
deficiência;
I - Habitação de Interesse Social - HIS - é aquela destinada à população com renda familiar mensal até
6 (seis) salários mínimos, ou até o limite definido pela política habitacional do Governo Federal,
produzida diretamente pelo Poder Público municipal ou com sua expressa anuência, possuindo, no
máximo, 1 (um) banheiro por unidade habitacional e 1 (uma) vaga de estacionamento;
II - Habitação de Mercado Popular - HMP é aquela destinada à população com renda familiar mensal
situada na faixa entre 6 (seis) e 10 (dez) salários mínimos, ou entre os limites definidos pela política
habitacional do Governo Federal, produzida pelo mercado imobiliário, possuindo, no máximo, 1 (um)
banheiro e 1 (uma) vaga de estacionamento por unidade habitacional;
III - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do território municipal com destinação
específica e normas próprias de uso e ocupação do solo, destinadas primordialmente à produção,
manutenção e sustentabilidade de habitação de interesse social.
CAPÍTULO VII
DA POLÍTICA DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
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IV - oferecer segurança jurídica da posse como forma de garantir a permanência das pessoas nos
locais que ocupam;
VII - promover a articulação dos diversos agentes envolvidos no processo de regularização como
representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, do Cartório de Registros Públicos, dos
Governos Federal, Estadual e Municipal, da Secretaria do Patrimônio da União, bem como dos grupos
sociais envolvidos;
IX - promover parcerias com o Governo Federal, para solucionar questões relativas aos terrenos de
marinha, em todo o território do Município;
XI - regularizar a terra urbana em áreas que ainda tenham inscrição no Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária - INCRA.
Parágrafo Único - As áreas irregulares ocupadas por população de média e alta renda poderão sofrer
processos de regularização jurídica mediante contrapartida em favor da Cidade, de acordo com
regulamentação específica.
CAPÍTULO VIII
DOS IMÓVEIS PÚBLICOS
I - estabelecer programas que assegurem que toda e qualquer propriedade pública atenda à função
social da Cidade e da propriedade;
II - promover a regularização fundiária e de urbanização dos imóveis públicos ocupados por população
de baixa renda;
IV - estabelecer efetivo controle sobre os bens imóveis públicos, com o apoio da comunidade do
entorno de cada área quando necessário;
V - estabelecer critérios para a utilização de imóveis públicos por terceiros, com fiscalização
permanente da adequação do uso aos termos da cessão;
VII - possibilitar alienação de forma onerosa dos imóveis considerados inaproveitáveis para uso
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público, em especial aqueles com dimensões reduzidas, topografia inadequada, condições de solo
inadequadas à edificação e com formato inadequado, respeitadas as cautelas legais;
VIII - viabilizar formas de aquisição de imóveis a fim de atender à utilidade e à necessidade pública e
ao interesse social e que não se enquadrem em casos de desapropriação;
X - formular instrumentos normativos, operacionais e financeiros para permitir as cessões das áreas
públicas com o objetivo de compatibilizar sua finalidade com as necessidades da cidade, inclusive para
habitação de interesse social, adequar as contrapartidas tendo em conta os valores do mercado
imobiliário, avaliar e reparar irregularidades, cobrando indenizações e demais combinações previstas
na legislação.
Nos programas de regularização fundiária dos terrenos de Marinha ocupados por população de
Art. 24
baixa, média e alta renda, poderão ser utilizados os instrumentos previstos na legislação federal, que
serão gratuitos, quando outorgados para população de baixa renda, e onerosos, para a população de
média e alta renda.
Parágrafo Único - Toda e qualquer inscrição de ocupação de terrenos de marinha pela União
dependerá de aprovação prévia do Poder Público Municipal, que analisará as necessidades relativas
ao planejamento urbano do Município e os requisitos de regularização de parcelamento do solo
disciplinados por esta Lei Complementar.
CAPÍTULO IX
DA POLÍTICA DE MOBILIDADE URBANA
I - dar prioridade à acessibilidade cidadã - pedestres, ciclistas, idosos, crianças, pessoas com
necessidades especiais e mobilidade reduzida;
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XIV - promover alternativas de sistema viário que garantam a separação do tráfego de cargas
destinado ao porto e ao retroporto, dos demais tráfegos da Cidade;
XVII - adotar medidas de fiscalização, ostensiva e eletrônica, para controle de velocidade e indução da
obediência à legislação do trânsito;
XIX - garantir o acesso universal às praias do município, bem como, às demais zonas de interesse
turístico, ou seja, bens públicos.
CAPÍTULO X
DA POLÍTICA DE SAÚDE
I - garantir o acesso universaLEIgualitário aos serviços de saúde para a população, por meio de ações
de promoção, prevenção e recuperação da saúde;
III - elaborar o Plano Municipal de Saúde e sua discussão com representações da sociedade civil e
outras esferas de Governo em conformidade com a legislação pertinente;
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VIII - divulgar informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário
do Sistema Único de Saúde - SUS;
IX - implementar e fortalecer a atenção básica à saúde e à promoção da saúde, tendo como principal
mecanismo a estratégia do Programa Saúde da Família - PSF;
XII - apoiar o processo de controle social do Sistema Único de Saúde - SUS, para o fortalecimento da
ação do Conselho Municipal de Saúde;
XIII - formular e coordenar a política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social,
a redução de riscos de doenças e outros agravos à saúde da população, melhorando o perfil
epidemiológico do Município;
XV - implantar o Código Sanitário Municipal para fortalecer as ações de Vigilância à Saúde e garantir a
qualidade dos produtos e serviços oferecidos à população.
CAPÍTULO XI
DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 27 A Política Municipal de Assistência Social, que tem por base as diretrizes previstas na Lei
Orgânica de Assistência Social, Lei Federal 8.742/1993, na Política Nacional de Assistência Social e
demais normas reguladoras, tem por objetivo planejar, regular e nortear a gestão do Sistema Único de
Assistência Social no Município, através de um conjunto integrado de ações da iniciativa pública e da
sociedade civil organizada, que assegurem a proteção integral aos indivíduos, grupos e famílias em
situação de vulnerabilidade social, risco sociaLEInsegurança alimentar.
I - Fortalecer o órgão gestor da Política Municipal de Assistência Social, para consolidar sua
competência na formulação, implantação, implementação e gerenciamento de serviços, programas,
projetos e benefícios, operando em rede os serviços de proteção social básica, proteção social
especial, de segurança alimentar e nutricional e de gestão e planejamento, com os seguintes objetivos:
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alimentar;
* implantar e implementar política de gestão do trabalho com foco na valorização de trabalhadores
sociais, conselheiros, gestores, organizações não governamentais e governamentais, usuários, entre
outros atores, orientada por princípios éticos, políticos e técnicos, para garantir a qualidade na
prestação dos serviços socioassistenciais;
* implementar sistemas de informação, mediante levantamento de indicadores e índices
territorializados das situações de vulnerabilidade social, executando ações de monitoramento a
avaliação dos serviços assistenciais; e,
* ampliar a inclusão de pessoas e famílias em situação de extrema pobreza, integrando as ações da
Assistência Social com as demais políticas públicas.
CAPÍTULO XII
DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO
VIII - elaborar o Plano Municipal de Educação, em conjunto com representações da sociedade civil e
outras esferas de governo;
TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL
seguintes diretrizes:
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IV - a retenção especulativa do imóvel urbano que resulte na sua subutilização ou não utilização;
CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO E DO ZONEAMENTO
Art. 31O território do Município fica dividido em 2 (duas) macrozonas distintas e integradas entre si,
delimitadas no Anexo 1 - Mapa 1, assim definidas:
I - a Macrozona Urbana;
I - fazer cumprir as funções sociais da Cidade e da propriedade urbana, tendo em vista o estado de
urbanização, as condições de implantação da infra-estrutura de saneamento básico, do sistema viário
e do meio físico;
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Art. 32 As Macrozonas são constituídas por setores que qualificam os espaços em seu interior, por
I - características geomorfológicas;
IV - infra-estrutura;
V - situação fundiária;
VI - uso predominante;
Art. 33 A Setorização institui as regras gerais de uso e ocupação do solo para cada um dos setores que
SEÇÃO I
DA MACROZONA URBANA
Art. 34A Macrozona Urbana corresponde à porção urbanizada do Município, sendo caracterizada pelo
ambiente construído reconhecido por pelo menos 2 (dois) dos requisitos seguintes, previstos na
legislação federal:
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 km (três quilômetros) do imóvel
considerado.
Art. 35A Macrozona Urbana apresenta diferentes graus de consolidação e infra-estrutura básica
instalada, tendo como objetivos:
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III - possibilitar a instalação de usos múltiplos no território do Município, desde que atendidos os
requisitos de instalação definidos nesta Lei Complementar, no Código de Edificações e Instalações, no
Código de Posturas e nas normas que os complementarem ou sucederem.
Art. 36Na Macrozona Urbana, ao longo das águas nascentes, correntes ou dormentes e dos
reservatórios de água deverão ser constituídas áreas envoltórias de proteção, nos termos da legislação
de proteção ambiental.
Art. 37 (VETADO).
Art. 38 A Macrozona Urbana é constituída pelos seguintes setores, delimitados no Anexo 1 - Mapa 2:
SUBSEÇÃO I
DO SETOR DE URBANIZAÇÃO QUALIFICADA
Art. 39O Setor de Urbanização Qualificada caracteriza-se pelo uso urbano e infraestrutura
consolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa 2.
III - permitir o adensamento construtivo onde este ainda for possível, como forma de aproveitar a infra-
estrutura disponível;
SUBSEÇÃO II
DO SETOR DE QUALIFICAÇÃO URBANA
Art. 41O Setor de Qualificação Urbana caracteriza-se pelo uso urbano e infraestrutura a ser
consolidada, nas áreas delimitadas no Anexo 1 - Mapa2.
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SUBSEÇÃO III
DO SETOR DE REESTRUTURAÇÃO URBANA
I - promover o adensamento construtivo nas áreas disponíveis e evitar a expansão da área urbanizada;
SUBSEÇÃO IV
DO SETOR DE RECUPERAÇÃO URBANA
Art. 45 O Setor de Recuperação Urbana caracteriza-se pelo uso informal, desqualificado ou obsoleto,
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SEÇÃO II
DA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Art. 48 A Macrozona de Proteção Ambiental tem, como critério fundamental para a definição dos usos e
atividades, a compatibilidade destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor que a
compõe.
Parágrafo Único - O imposto predominante sobre a propriedade da terra nesta Macrozona será
definido pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - INCRA, excetuando-se partes do
Setor de Desenvolvimento Compatível e do Setor de Ocupação Dirigida, onde incidirá o Imposto sobre
a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU.
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Art. 51É permitido aos proprietários de lotes em loteamentos aprovados e averbados em áreas
situadas na Macrozona de Proteção Ambiental, nos setores de Preservação Ambiental, de Ocupação
Dirigida, de Desenvolvimento Compatível e de Recuperação Ambiental e que não estejam ocupados, a
transferência de potencial construtivo para outras áreas situadas na Macrozona Urbana, como
mecanismo de compensação, nos termos desta lei.
SUBSEÇÃO I
DO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
O Setor de Preservação Ambiental é composto pelas áreas de alta restrição à ocupação devido
Art. 53
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Art. 55 O Setor de Preservação Ambiental se estende por serras, morros isolados e manguezais e
inclui trechos contíguos de florestas de restinga preservadas, devendo ser observada a legislação
florestal vigente no tocante a áreas protegidas.
SUBSEÇÃO II
DO SETOR DE PROTEÇÃO DA ORLA
Art. 56 O Setor de Proteção da Orla é definido para toda a orla do Município, considerando-se as
seguintes definições:
I - Praia - área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subseqüente de
material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a
vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema;
II - Costão - trecho de encosta que penetra em direção ao oceano, terminando abruptamente em forma
de escarpa.
III - Manguezal - ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestre e aquático onde há
encontro de águas de rios com a do mar, que está sujeito ao regime das marés, sendo dominado por
espécies vegetais típicas, às quais se associam outros componentes vegetais e animais, instalados em
substratos de vasa de formação recente, de pequena declividade.
Parágrafo Único - A delimitação do Setor de Proteção da Orla deverá abranger, no mínimo, os terrenos
de marinha, correspondentes à faixa de 33 (trinta e três) metros a contar da linha de preamar média do
ano de 1831, assim como os acrescidos de marinha.
IV - garantir a balneabilidade das praias por meio de medidas adequadas de saneamento e drenagem;
Art. 58 Para fins de gerenciamento do uso e ocupação deste Setor, as praias, costões, manguezais e
demais margens do estuário estão classificados em Zonas em função de suas características e grau
de restrição de uso decrescente estabelecidas pelo Zoneamento Ecológico Econômico do
Gerenciamento Costeiro em nível federal e estadual.
SUBSEÇÃO III
DO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
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equipamentos públicos e infra-estrutura urbana básica, bem como áreas degradadas por
desmatamentos, pela extração mineral ou disposição de resíduos sólidos ou materiais de dragagem,
com polígonos delimitados no Anexo 1 - Mapa2 .
I - a reabilitação ambiental de áreas impactadas pela urbanização ou por outras atividades que tenham
provocado a supressão da cobertura vegetal;
IV - a recuperação e a proteção dos recursos naturais de forma compatível com o uso estabelecido.
SUBSEÇÃO IV
DO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL
antrópica, ecossistemas e paisagem pouco alterados e potencial para novas atividades urbanas e/ou
econômicas compatíveis com a conservação da paisagem e dos recursos naturais, com polígonos
delimitados no Anexo 1 - Mapa 2.
I - permitir a ocupação urbana e/ou atividades econômicas compatíveis com a conservação dos
recursos naturais e da paisagem;
III - incentivar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Naturais - RPPNs e outras formas de
preservação de áreas naturais.
SUBSEÇÃO V
DO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA
Parágrafo Único - As glebas existentes no interior destes perímetros, ainda não loteadas, terão uso
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SUBSEÇÃO VI
DO SETOR RURAL
O Setor Rural caracteriza-se por abrigar atividades Rurais, compreendendo agricultura, pecuária
Art. 64
e aquicultura.
CAPÍTULO II
DOS DISTRITOS REGIÕES E BAIRROS
O território do Município é dividido em dois Distritos, conforme estabelece a lei estadual 8.092
Art. 65
de 28 de fevereiro de 1964:
§ 1º O Distrito Sede de Guarujá está dividido em duas Regiões: Região I e Região III.
§ 2º O Distrito de Vicente de Carvalho está dividido em duas Regiões: Região II e Região IV.
Art. 66 São os seguintes os bairros oficiais do Município de Guarujá, distribuídos nas 4 (quatro) regiões:
I - Região I: Pitangueiras, Astúrias, Tombo, Guaiúba, Santa Cruz dos Navegantes, Barra Grande,
Marinas, Vila Ligia, Santa Maria, Santa Rosa, Las Palmas, Helena Maria, Santo Antonio e Cachoeira;
II - Região II: Itapema, Bocaina, Parque Estuário, Paecará, Jardim Progresso, Vila Áurea, Boa
Esperança, Conceiçãozinha e Porto de Guarujá;
III - Região III: Enseada, Cidade Atlântica, Virgínia, Pedreira, Península, Mar e Céu, Pernambuco,
Acapulco, Santo Amaro, Perequê e Guararú;
IV - Região IV: Morrinhos, Vila Zilda, Retroporto, Vargem Grande e Saco do Funil.
Parágrafo Único - A delimitação dos Distritos, Regiões e Bairros está indicada no Anexo 1 - Mapa 3.
CAPÍTULO III
DAS MICRO-REGIÕES
Micro-regiões são conjuntos de vias e quadras onde serão admitidos tratamentos diferenciados,
Art. 67
às expensas dos contribuintes diretamente envolvidos, com relação aos serviços públicos e ao uso do
solo, salvaguardadas as atribuições legalmente atribuídas ao Poder Público fixadas nesta Lei
Complementar e na legislação vigente.
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I - controle do acesso, em conformidade com o que for estabelecido no decreto de criação de cada
micro-região, sendo impedido o fechamento absoluto de áreas públicas para qualquer cidadão;
II - definição do zoneamento e do uso do solo em seu perímetro, restrito às vias locais, conforme
definido nesta Lei Complementar.
Parágrafo Único - Entende-se por lixo não domiciliar, aquele proveniente de áreas coletivas.
As micro-regiões que já tenham sido aprovadas por decreto municipal na publicação desta Lei
Art. 71
Complementar terão 12 (doze) meses para se adaptar às novas condições previstas neste capítulo
para manterem essa condição.
Os projetos para a criação de novas micro-regiões serão aprovados pelo Conselho Municipal de
Art. 72
Art. 73As micro-regiões têm personalidade jurídica própria, podendo definir o funcionamento e a
estruturação de acordo com estatuto próprio, aprovado no mínimo por três quartos de seus
participantes, além de um plano de ação para a sua delimitação, implantação e funcionamento.
TÍTULO V
DAS ZONAS ESPECIAIS
Art. 74As Zonas Especiais compreendem a áreas do território que exigem tratamento especial na
definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se ao zoneamento e
sendo classificadas em:
§ 1º Todos os empreendimentos propostos para as zonas especiais referidas neste artigo deverão
realizar o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV.
§ 3º Os parâmetros urbanísticos serão definidos pelas leis municipais que regulamentarão cada uma
das classes nomeadas nos incisos I a IV, conforme proposição aprovada pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.
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§ 4º As leis referidas no parágrafo anterior deverão estabelecer diretrizes para compatibilização entre
diferentes classes de zonas especiais, na hipótese de sobreposição das mesmas.
Art. 75 Outras áreas do território poderão ser definidas como Zonas Especiais por meio de legislação
específica.
CAPÍTULO I
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL
Art. 76 As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas do território municipal com normas
Art. 77 As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS subdividem-se nas seguintes categorias:
II - Zonas Especiais de Interesse Social 2 - ZEIS-2: áreas públicas ou privadas não edificadas ou não
utilizadas ou subutilizadas que, por sua localização e características, sejam de interesse para a
implantação de programas habitacionais de interesse social.
CAPÍTULO II
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE PÚBLICO
As Zonas Especiais de Interesse Público - ZEIP são áreas do território municipal com normas
Art. 78
As Zonas Especiais de Interesse Público delimitadas neste Plano constam do Anexo 1 - Mapa 5
Art. 79
e são as seguintes:
V - a ligação da Avenida D. Pedro I até a Avenida Marjory Prado pela Avenida do Bosque;
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IX - área entre o morro do Sítio Morrinhos e a Rodovia Cônego Domenico Rangoni, à beira do canal da
Bertioga.
zonas especiais tratadas neste Capítulo deverão ser objeto de lei específica.
Parágrafo Único - Para o cumprimento do que dispõe o "caput", o Projeto de Lei deverá conter parecer
do Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.
CAPÍTULO III
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE TURÍSTICO
Art. 81 As Zonas Especiais de Interesse Turístico são áreas destinadas à dinamização da atividade
turística do Município, nas quais, desde que respeitadas as limitações legais, poderão ser implantados
equipamentos públicos, privados ou em regime de parceria público-privada, com parâmetros de uso e
ocupação do solo diferenciados.
Parágrafo Único - Estas áreas estão delimitadas no Anexo 1 - Mapas 5, compreendendo Ponta das
Galhetas; área de preservação permanente do Rio Santo Amaro; Reserva do Saco do Funil; Anfiteatro
da Pedreira, no bairro da Enseada, no sopé da serra do Santo Amaro; Ilha do Mar Casado; Morro do
Pernambuco; Praia e Parque do Perequê; Morro da Armação das Baleias; Forte do Itapema e seu
entorno ao longo do Estuário, desde a Estação das Barcas de Itapema até a Base Aérea, o Aeroporto
Metropolitano, a faixa entre o canal de Bertioga e a cota 20, ao longo da Rodovia Guarujá - Bertioga
(SP - 55), mirantes localizados nos morros na Ponta das Galhetas, Morro da Campina e Morro Grande
de Santo Amaro e vias à beira mar nas praias do Guaiúba, Tombo, Guarujá (Astúrias), Pitangueiras,
Enseada, Penambuco e Perequê.
sendo necessária a sua aprovação pelo Conselho Municipal de Turismo e pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.
Os projetos para aproveitamento dessas zonas deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal
Art. 83
CAPÍTULO IV
DAS ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE DO PATRIMÔNIO
As Zonas Especiais de Interesse do Patrimônio - ZEIPAT são áreas formadas por sítios, ruínas e
Art. 84
conjuntos de relevante expressão arquitetônica, histórica, cultural e paisagística, cuja manutenção seja
necessária à preservação do patrimônio cultural do Município.
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Art. 86 Outros sítios ou regiões poderão requerer a classificação de Zonas Especiais de Interesse do
Patrimônio, devendo para tanto ser aprovados como tais pelo Conselho Municipal de Cultura e pelo
Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.
CAPÍTULO V
DOS PROJETOS ESTRATÉGICOS
§ 1º Os projetos estratégicos municipais estão incluídos nas Zonas Especiais de Interesse Público -
ZEIP; Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS, Zonas Especiais de Interesse Turístico - ZEIT,
Zonas Portuária/Industrial - ZPI, Retroportuária/Industrial - ZRI e Aeroportuária/Portuária - ZAP e nas
ampliações dos sistemas viário e de drenagem.
§ 2º O Poder Público Municipal poderá incluir, alterar ou excluir os projetos estratégicos relacionados
neste capítulo de acordo com os critérios estabelecidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano e Habitacional - CMDUH.
§ 3º O poder público municipal somente poderá alterar, incluir ou substituir os projetos estratégicos
relacionados nesse capítulo mediante aprovação do plenário da Câmara Municipal.
TÍTULO VI
DA OCUPAÇÃO, DO USO E DO PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA URBANA
CAPÍTULO I
DA OCUPAÇÃO DO SOLO NA MACROZONA URBANA
IV - recuos;
Art. 89 A taxa de ocupação do lote (TO) é a relação máxima entre a projeção horizontal das áreas
edificadas (PE) e a área do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte fórmula: TO = PE/AT.
O coeficiente de aproveitamento do lote (CA) é a relação entre a soma das áreas computáveis
Art. 90
de todos os pavimentos da edificação (AC) e a área do terreno ou lote (AT), estabelecida pela seguinte
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fórmula: CA = AC/AT, não sendo computáveis as áreas de garagens, áreas comuns, circulações
horizontais e verticais, caixas d`água, barrilete, casas de máquinas de elevadores e a área em balanço
das varandas.
I - O coeficiente de aproveitamento mínimo, indica o valor abaixo do qual o lote passa a ser
considerado desocupado ou subutilizado, podendo ser objeto de utilização compulsória;
§ 2º O coeficiente de aproveitamento máximo somente pode ser outorgado nas quadras com frente
para vias estruturais e coletoras.
Art. 91 A altura das edificações (h) é a dimensão vertical máxima em metros entre o nível do piso do
pavimento térreo e o ponto mais alto da edificação, excluindo caixas de água, casas de máquinas de
elevadores e antenas.
Art. 92 Os recuos são definidos pela distância mínima da construção às divisas do lote.
§ 1º Será permitida a construção de varandas abertas em balanço, nos recuos acima de 3 metros,
acima do embasamento, com profundidade máxima de 1/4 (um quarto) do recuo em até 25% das
fachadas laterais e de fundos e em 50% da fachada frontal.
§ 2º Nas edificações será permitida a construção de saliências ou balanço de áreas fechadas acima do
pavimento térreo, sobre o recuo frontal obrigatório, em até 50 % da fachada com profundidade que
somada à de varandas abertas não deverá ocupar mais de 1/4 do recuo frontal.
§ 3º A projeção dos beirais da cobertura não deve ultrapassar 1,20 metros sobre os recuos mínimos,
garantindo-se que as águas pluviais não se projetem sobre os lotes vizinhos.
Art. 94 Os parâmetros urbanísticos de ocupação do solo para a Macrozona Urbana são aqueles
definidos no Anexo 3 - Zoneamento de Ocupação e a distribuição da Zonas de Ocupação do Solo no
território da Município encontra-se descrita no Anexo 1, Mapa 4.
§ 3º O Anexo 3b estabelece os recuos mínimos das edificações em relação às divisas dos lotes,
conforme as diferentes formas de lotes, altura das edificações e vias em que se localizam.
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Excluem-se de regras definidas neste Título as Zonas de Especial Interesse Público, Interesse
Art. 95
Social, Interesse do Patrimônio e Interesse Turístico, que deverão ter legislações municipais próprias
para sua ocupação, aproveitamento e uso de solo.
SEÇÃO I
DAS ZONAS DE ALTA DENSIDADE
As Zonas de Alta Densidade são caracterizadas pelo alto índice de aproveitamento do solo, com
Art. 96
coeficiente de aproveitamento (CA) mínimo de 0,1 (um décimo), básico de 4 (quatro) e máximo de 5
(cinco) e localizadas nos bairros de Pitangueiras e parte de Astúrias, na Macrozona Urbana.
A altura máxima das edificações nas zonas de alta densidade é de 75 (setenta e cinco) metros
Art. 97
A altura máxima das edificações nas zonas de alta densidade é de 75 (setenta e cinco) metros
Art. 97
I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;
I - em edificações com altura até 8 (oito) metros, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros e o de
fundos de 3 (três) metros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2014)
II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +
(h - 8 metros)/2;
II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +
(h - 8)/2 metros e o de fundos de 3 (três) metros; (Redação dada pela Lei Complementar nº 176/2014)
III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 75 m (setenta e cinco metros), recuos
laterais de 3 m (três metros) mais h/20 (altura do edifício dividida por vinte).
III - em edificações com altura entre 11 (onze) metros e 75 (setenta e cinco) metros, recuos laterais de
3 (três) metros + h/20 (altura do edifício dividida por vinte) metros e o de fundos de 4 (quatro) metros.
(Redação dada pela Lei nº 176/2014)
Parágrafo Único - Em edificações com altura superior a 11m (onze metros), poderá ocorrer
embasamento como volume destacado da torre, com altura de até 11 m (onze metros) e recuos
obedecendo ao inciso II deste artigo.
Art. 98 Nas Zonas de Alta Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos) da
garagem, no mínimo.
SEÇÃO II
DAS ZONAS DE MÉDIA DENSIDADE
Art. 100 As Zonas de Média Densidade, estão situadas na Macrozona Urbana, nas áreas afastadas do
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Centro de Guarujá, das praias e dos morros e são caracterizadas pelo coeficiente de aproveitamento
(CA) mínimo de 0,1 (um décimo), básico de 2,5 (dois e meio) e máximo equivalente a 3 (três).
Parágrafo Único - Poderão ser criadas Zonas de Média Densidade nos setores de Desenvolvimento
Compatível da Macrozona de Proteção Ambiental, desde que licenciadas nos órgãos de proteção
ambiental.
A altura máxima das edificações nas Zonas de Média Densidade I é de 60 (sessenta) metros
Art. 101
de altura e nas Zonas de Média Densidade II é de 30 metros, com recuo frontal de 5 (cinco) metros, de
fundos de 4 (quatro) metros e recuos laterais de acordo com os seguintes critérios:
I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;
II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +
(h - 8 metros)/2;
III - em edificações com altura entre 11 m (onze metros) e 60 m (sessenta metros), recuos laterais de 3
m (três metros) mais h/20 (altura do edifício dividida por vinte).
Parágrafo Único - Em edificações com altura acima de 11m (onze metros) o embasamento com altura
de até 11 m (onze metros) poderá formar volume destacado com recuos obedecendo ao inciso II deste
artigo.
Nas Zonas de Média Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos)
Art. 102
até 50 m² (cinqüenta metros quadrados) de área útil, deverão dispor de no mínimo uma vaga de
garagem, e com mais de 50 m² de área útil, deverão dispor de pelo menos 2 (duas) vagas de garagem.
SEÇÃO III
DAS ZONAS DE BAIXA DENSIDADE
As Zonas de Baixa Densidade constituem-se em áreas especiais, seja por proteção ambiental,
Art. 105
seja pela preservação da paisagem, quando próximas da orla marítima, em loteamentos residenciais,
pela proximidade do Aeroporto Metropolitano ou para manter baixo o custo dos lotes em áreas
residenciais de população de baixa renda.
Parágrafo Único - Poderão ser criadas Zonas de Baixa Densidade nos setores de Ocupação Dirigida e
Desenvolvimento Compatível da Macrozona de Proteção Ambiental, desde que licenciados nos órgãos
de proteção ambiental.
As Zonas de Baixa Densidade permitem coeficiente de aproveitamento (CA) mínimo de 0,1 (um
Art. 106
décimo), básico de 1 (um) e máximo de 1,2 (um e dois décimos), gabarito máximo de 11 (onze) metros,
recuo frontal de 5 m (cinco metros) e recuos laterais e de fundos de acordo com os seguintes critérios,
indicados no Anexo 3a:
I - em edificações com altura até 8 (oito) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros;
II - em edificações de 8 (oito) a 11 (onze) metros de altura, recuos laterais de 1,5 (um e meio) metros +
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(h - 8 metros)/2;
§ 1º Para terrenos em desnível, a altura da edificação será definida a partir do nível do piso do
pavimento térreo, acompanhando o perfil natural do terreno conforme demonstrado no Anexo 3b.
§ 2º Nos lotes das zonas de baixa densidade inseridos nas zonas mistas turísticas poderão ser
construídos motéis e condohoteis com altura máxima de 12,5m (doze virgula cinco metros).
Art. 107 Nas Zonas de Baixa Densidade, a taxa de ocupação (TO) máxima será de 0,6 (seis décimos)
CAPÍTULO II
DO USO DO SOLO NA MACROZONA URBANA
I - GUARUJÁ:
a) Zonas Residenciais;
b) Zonas Mistas Turísticas;
c) Zonas Mistas;
d) Zona Industrial Naval e Pesqueira.
II - VICENTE DE CARVALHO:
a) Zona Mistas;
b) Zona Portuária e Industrial;
c) Zona Retroportuária e Industrial;
d) Zona Aeroportuária e Portuária.
Art. 110 Os usos e atividades a se instalarem na Macrozona Urbana devem obedecer às condições
As categorias e subcategorias dos usos e atividades permitidas em cada Zona de Uso do Solo
Art. 113
e em cada categoria de via (local, coletora ou estruturadora) estão indicadas no Anexo 4c.
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Art. 114O licenciamento do uso residencial e das atividades econômicas de comércio, serviços e
indústria deverão obedecer à distribuição nas Zonas de Uso do Solo estabelecidas no Anexo 1, Mapa
5 e às restrições indicadas nas tabelas do Anexo 4.
SEÇÃO I
DOS USOS RESIDENCIAIS
Art. 115 Os usos residenciais destinam-se à habitação permanente, e podem correspondera uma
habitação por lote (R1) ou a mais de uma habitação por lote, dispostas em agrupamentos horizontais
(R2), agrupamentos verticais (R3) e apart-hotéis (R4).
Parágrafo Único - As categorias dos usos residenciais e as exigências para sua implantação constam
dos Anexos 4a e 4c.
Art. 116As residências unifamiliares agrupadas horizontalmente ou verticalmente com mais de uma
torre, com acesso interno pelo lote, deverão atender às seguintes exigências:
I - as vias de acesso interno deverão ter largura mínima de 9 metros, com leito carroçável de 6 metros
de largura e passeios de 1,50 metros de largura;
II - as vias com comprimento acima de cem metros, a partir do acesso, deverão incluir balão de retorno
com diâmetro mínimo de 18 metros no leito carroçável;
III - para efeito das frações ideais do terreno, não serão computadas as áreas doadas ao Município e
as reservadas a comércio fora do condomínio;
V - se a área onde for instalado o agrupamento horizontal ou vertical com mais de uma torre, com
acesso interno, não pertencer a loteamento aprovado (no caso de glebas) será exigida doação de
áreas públicas, fora da área condominial, correspondentes a 5% (cinco por cento) da gleba para fins
institucionais e de 10% (dez por cento) para o sistema de lazer;
SEÇÃO II
DOS USOS COMERCIAIS, DE SERVIÇOS E INDUSTRIAIS
mercado atendido, a saber: comércio varejista de âmbito local (C1), comércio varejista diversificado
(C2) e comércio atacadista (C3).
Art. 118 Os usos referentes à prestação de serviços são classificados conforme o porte das atividades e
o mercado atendido, a saber: serviços de âmbito local (S1), serviços de apoio ao turismo (S2), serviços
diversificados especializados (S3), serviços de médio porte (S4), serviços de transporte rodoviário (S6),
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serviços náuticos (S), serviços portuários (S8), serviços ferroviários (S9), serviços de transportes
especiais (S10), serviços de transporte aéreo (S11) e serviços de carga e descarga em geral (S12).
Os uso industriais são classificados conforme o porte das atividades e o mercado atendido, a
Art. 119
saber: indústrias de pequeno porte não incômodas (I1), indústrias diversificadas, (I2), indústrias de
grande porte (I3), indústrias pesqueiras e navais (I4).
Art. 120São proibidas no Município de Guarujá as atividades que são nocivas ao patrimônio natural e
cultural do Município em função de sua extensão territorial, características geomorfológicas, acervo de
fauna e flora assim como pelo potencial dano ambiental.
Nos loteamentos, já existentes, com cláusulas mais restritivas em relação ao uso, serão
Art. 121
adotadas as regras determinadas pelos mesmos, salvo em caso de anuência expressa, aprovada em
assembléia da entidade representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovação.
Os usos permitidos ao longo das vias coletoras e estruturadoras poderão ser permitidos na
Art. 122
primeira quadra das vias transversais, a critério do CMDUH com base em parecer técnico favorável.
Art. 123 Atividade não prevista dependerá de análise e aprovação do Conselho Municipal de
SEÇÃO III
DAS ZONAS RESIDENCIAIS
§ 1º As zonas residenciais correspondem aos loteamentos com cláusulas restritivas em relação ao uso,
previstas no registro de imóveis desses parcelamentos, onde devem ser adotadas as regras
determinadas pelos mesmos, salvo em casos de decisão judicial ou de anuência expressa, aprovada
com maioria qualificada de 2/3 (dois terços) dos proprietários em assembléia da entidade
representativa, apresentada por escrito, com a respectiva ata de aprovação.
§ 2º Nas zonas residenciais serão permitidos, além de residências unifamiliares, outros usos de âmbito
local ou turístico previstos no registro dos loteamentos.
I - ordenar a distribuição de usos preservando o uso residencial para população fixa e flutuante;
II - manter as características residenciais de alto padrão em loteamentos criados com essa finalidade.
SEÇÃO IV
DAS ZONAS MISTAS
Art. 126 Consideram-se Zonas Mistas aquelas situadas nas Zonas de Alta, Média e Baixa Densidades,
que permitem atividades urbanas voltadas para habitação, comércio, serviços e uso institucional e de
interesse turístico, além de indústrias de pequeno porte, autorizadas conforme a categoria da via em
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que venham a se situar, compatíveis com os critérios de incomodidade definidos nesta Lei
Complementar.
§ 1º Em Guarujá ficam criadas as Zonas Mistas Turísticas em que os usos residenciais são
complementados com atividades de comércio e serviços voltadas às atividades turísticas;
§ 2º Em Guarujá ficam criadas também Zonas Mistas que além de abrigar os usos residenciais e
urbanos em geral, compreendem aqueles que dão suporte às atividades das Zonas Industriais Navais
e Pesqueiras.
§ 3º Em Vicente de Carvalho ficam criadas Zonas Mistas que além de abrigar usos residenciais e
urbanos compreendem aqueles que dão suporte às atividades das seguintes Zonas: Portuária e
Industrial; Retroportuária e Industrial; Aeroportuária e Portuária.
SEÇÃO V
DA ZONA PORTUÁRIA E INDUSTRIAL
Art. 128 Considera-se Zona Portuária aquela restrita às atividades operacionais direta ou indiretamente
§ 1º A Zona Portuária situa-se às margens do Estuário, devendo ter acesso direto, sem interferência
com as Zonas Residenciais e Zonas Mistas, à Rodovia SP-55 Cônego Domenico Rangoni, à Zona
Retroportuária e às ligações secas com as áreas portuárias da ilha de São Vicente.
§ 3º O aproveitamento, uso e ocupação do solo desta zona portuária, bem como demais regramentos
urbanísticos e ambientais deverão ser objeto de legislação municipal específica, contendo a
normatização da atividade portuária no município.
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SEÇÃO VI
DA ZONA RETROPORTUÁRIA E INDUSTRIAL
Art. 129Na Zona Retroportuária e Industrial são permitidas atividades operacionais de apoio ao porto,
como depósitos de mercadorias e contêineres, parqueamento de veículos de carga e apoio aos
caminhoneiros, indústrias não poluidoras e serviços de grande porte, incompatíveis com as áreas
habitacionais e geradores de incomodidade, além de comércio, serviços e usos institucionais de apoio
às referidas atividades, principalmente centros de pesquisa, desenvolvimento e ensino tecnológico.
§ 1º Para a Zona Retroportuária e Industrial deverá ser desenvolvido um Projeto de Lei específico, com
definições de uso e ocupação de solo, aproveitando o regramento das atividades, seguindo as
diretrizes deste Plano Diretor.
§ 3º As atividades retroportuárias hoje existentes entre a Avenida Santos Dumont e a Rodovia Cônego
Domenico Rangoni, em especial aquelas destinadas a armazenamento, movimentação e reparação de
contêineres, deverão manter um afastamento mínimo de 50 metros das zonas onde são permitidos
usos residenciais.
SEÇÃO VII
DA ZONA AEROPORTUÁRIA E PORTUÁRIA
Art. 130 A Zona Aeroportuária e Portuária caracteriza-se por ser de uso aeroviário, portuário e
Parágrafo Único - A Zona Aeroportuária e Portuária localiza-se integralmente na área da atual Base
Aérea, a oeste da Rodovia Cônego Domenico Rangoni, limitada ao norte pelo Canal de Bertioga e ao
Sul pela área urbana de Vicente de Carvalho.
Art. 131 O desenvolvimento da Zona Aeroportuária e Portuária deverá ser baseado em Projeto de Lei
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SEÇÃO VIII
DA ZONA INDUSTRIAL NAVAL E PESQUEIRA
ligadas às atividades navais e pesqueiras, com graus variáveis de incomodidade devido ao porte,
geração de ruídos, odores e fluxo de veículos.
Parágrafo Único - A implantação de empreendimentos nesta Zona requer a adoção de medidas que
minimizem impactos nas áreas urbanas próximas, especialmente quanto a ruídos e uso do sistema
viário.
CAPÍTULO II
DOS USOS GERADORES DE INCÔMODO, IMPACTO À VIZINHANÇA E INTERFERÊNCIA NO
TRÁFEGO
SEÇÃO I
DOS USOS GERADORES DE INCÔMODO
Art. 134 Para análise do nível de incomodidade deverão ser observados os seguintes fatores:
I - poluição sonora: geração de impacto causada pelo uso de máquinas, utensílios ruidosos, aparelhos
sonoros ou similares no entorno próximo;
III - poluição hídrica: descarte de efluentes líquidos que alterem a qualidade da rede hidrográfica ou a
integridade do sistema coletor de esgotos ou poluição do lençol freático;
V - vibração: impacto provocado pelo uso de máquinas ou equipamentos que produzam choques
repetitivos ou vibração sensível, causando riscos potenciais à propriedade, ao bem estar ou à saúde
pública;
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SEÇÃO II
DOS EMPREENDIMENTOS DE IMPACTO À VIZINHANÇA
Art. 135Os empreendimentos de impacto à vizinhança são todos aqueles que possam vir a causar
alteração significativa no ambiente natural ou construído, ou sobrecarga na capacidade de atendimento
da infra-estrutura básica, quer se instalem em empreendimentos públicos ou privados, residenciais ou
não-residenciais.
I - as edificações não-residenciais com área construída igual ou superior a 1.500 m² (um mil e
quinhentos metros quadrados);
III - os empreendimentos residenciais ou não residenciais com mais de 200 (duzentas) vagas de
estacionamento.
Parágrafo Único - Empreendimentos habitacionais condominiais em glebas não loteadas, sem abertura
de vias públicas, devem reservar 5% de sua área, para fins institucionais, com acesso para via pública
oficial.
da área construída:
VI - transportadoras;
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XXV - hospitais;
XXVIII - restaurantes;
XXX - empreendimentos que requeiram movimento de terra com volume igual ou superior a trinta mil
metros cúbicos;
XXXII - edificações ou grupamento de edificações com uso industrial, qualquer que seja sua área
construída ou de terreno.
vizinhança são condicionados à aprovação pelo Poder Executivo Municipal de Estudo de Impacto de
Vizinhança - EIV, além de Estudo de Impacto Ambiental - EIA quando requerido pela legislação
ambiental pertinente.
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§ 1º As compensações exigidas pelo poder público decorrentes dos impactos de vizinhança causados
pelo empreendimento, não devem ultrapassar 5% do custo do empreendimento e serão destinados ao
Fundo de Desenvolvimento Urbano.
SEÇÃO III
DOS USOS GERADORES DE INTERFERÊNCIA NO TRÁFEGO
Art. 139 Para os fins desta Lei Complementar são considerados usos geradores de interferência no
§ 1º A análise dos usos geradores de interferência no tráfego será feita pelo órgão municipal
competente.
§ 2º A análise técnica dos Usos Geradores de Interferência no Tráfego não dispensa o Estudo de
Impacto de Vizinhança - EIV e o licenciamento ambiental, quando requerido pela legislação ambiental
pertinente.
CAPÍTULO III
DO PARCELAMENTO DO SOLO
Os loteamentos tipo "A" serão permitidos em todas as zonas de uso onde os usos residenciais
Art. 142
§ 1º Da área total do terreno destinado à implantação dos loteamentos previstos no caput deverá ser
doada uma área não inferior a 35 % (trinta e cinco por cento) para as áreas públicas ao Município,
sendo no mínimo 5% para edifícios públicos e 10% para sistema de lazer.
§ 2º A área mínima dos lotes será de 250m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e frente mínima
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de 10 m (dez metros).
§ 3º Nos loteamentos existentes, por iniciativa do proprietário de um lote individual, será admitido o
fracionamento em dois lotes de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), desde que a frente
tenha no mínimo 5 (cinco) metros, sendo permitida a geminação da edificação na divisa com o outro
lote fracionado, respeitando-se os recuos frontais e de fundos do lote original.
§ 3º Nos loteamentos existentes, por iniciativa do proprietário de um lote individual, será admitido o
fracionamento em dois lotes de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados), desde que a frente
tenha no mínimo 5 (cinco) metros, sendo permitida a geminação da edificação na divisa com o outro
lote fracionado, respeitando-se os recuos frontais, laterais e de fundos do lote original. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 176/2014)
Os loteamentos tipo "B" são tidos como sendo de interesse social em áreas de urbanização
Art. 143
Complementar que contrariem as dimensões mínimas ora indicadas poderão manter inalteradas suas
dimensões.
cumprindo:
Art. 146 Os loteamentos novos deverão seguir os requisitos jurídicos e urbanísticos dispostos na Lei
TÍTULO VII
DO USO, OCUPAÇÃO E PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO
AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DO USO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
Art. 148 A Macrozona de Proteção Ambiental tem como critério fundamental para a definição dos usos
e atividades a compatibilidade destes com a proteção dos recursos ambientais em cada setor.
Art. 149 O uso do solo na Macrozona de Proteção Ambiental fica classificado em:
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I - residencial;
II - não-residencial;
III - misto.
a) industrial;
b) comercial;
c) de prestação de serviços;
d) institucional;
e) de ecoturismo e turismo sustentável;
f) de agricultura, pecuária e avicultura;
g) de aqüicultura;
h) manejo de espécies nativas.
§ 3º Considera-se uso misto aquele constituído pelos usos residencial e não-residencial no mesmo
setor.
deverá ser submetida a licenciamento ambiental, conforme legislação pertinente, além das medidas de
recuperação e compensação ambiental estabelecidas pela autoridade ambiental competente.
SEÇÃO I
DO USO NO SETOR DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL
Art. 151 No Setor de Preservação Ambiental serão admitidos o uso residencial controlado e usos
referentes à pesquisa, educação, ecoturismo e turismo sustentável e atividades humanas, desde que
compatíveis com o objetivo de preservação deste setor:
O Poder Público municipal poderá criar um plano específico para a ocupação deste setor
Art. 152
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preservação ambiental.
SEÇÃO II
DO USO NO SETOR DA ORLA
Art. 153Para fins de gerenciamento do uso e ocupação, as praias e costões estão classificados em 3
(três) categorias em função de suas características e grau de restrição de uso decrescente:
I - Categoria 1: praias e costões preservados, sem acesso por veículos terrestres e com suas
características ambientais naturais próximas à situação original, onde é prevista preservação integral
dos ecossistemas, além de atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservação e à
educação ambiental;
II - Categoria 2: praias e costões urbanos, de uso limitado, situados em áreas de baixa densidade de
ocupação, onde é previsto: preservação dos ecossistemas; implantação de unidades de conservação,
públicas ou privadas; infra-estrutura e atividades de pesquisa científica e ensino ligados à preservação
ambiental; infra-estrutura e atividades de ecoturismo de baixo impacto; atividades de educação
ambiental; atividade pesqueira artesanal controlada; ocupação humana de baixos efeitos impactantes.
III - Categoria 3: praias e costões urbanos, freqüentados pela população fixa e flutuante, situados em
Zonas de baixa, média e alta densidade de ocupação, onde é prevista atividade humana de baixos
efeitos impactantes, ligados ao turismo e ao lazer.
Art. 154Os manguezais são considerados áreas de preservação permanente que podem abrigar
atividades de pesquisa científica e ecoturismo sustentável admitindo-se uso e ocupação apenas em
casos de intervenções localizadas, de interesse público, com licenciamento ambiental.
Art. 155 O uso e a ocupação das margens do estuário sem vegetação de mangue, com ou sem
ocupação humana poderão abrigar atividades turísticas, culturais, náuticas ou portuárias, compatíveis
com as zonas em que se inserem e com o Zoneamento Ecológico Econômico do Gerenciamento
Costeiro.
Art. 156O Poder Público Municipal disciplinará o uso sustentável do Setor da Orla, nos termos deste
Plano Diretor, por meio de um plano específico para o uso e a ocupação, em conformidade com as
diretrizes do Zoneamento Ecológico Econômico do Gerenciamento Costeiro em nível estadual e
federal, prevendo ainda incentivos à preservação ambiental do entorno, em conformidade com o
Código de Posturas do Município.
SEÇÃO III
DO USO NO SETOR DE RECUPERAÇÃO AMBIENTAL
III - implantação de equipamentos públicos de cultura, lazer, esporte e apoio a serviços urbanos.
Parágrafo Único - Nas áreas atualmente ocupadas por atividades de transbordo de resíduos sólidos, e
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apoio aos serviços de limpeza urbana, deverá ser promovida a recuperação ambiental.
SEÇÃO IV
DO USO NO SETOR DE DESENVOLVIMENTO COMPATÍVEL
II - estruturas de hospedagem;
IV - outros usos a serem definidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional
- CMDUH.
SEÇÃO V
DO USO NO SETOR DE OCUPAÇÃO DIRIGIDA
I - estruturas de hospedagem;
Parágrafo Único - No Setor de Ocupação Dirigida, serão adotados os índices de ocupação mais
restritivos previstos na Tabela de Zoneamento de Ocupação para este Setor e para a Zona de
Ocupação da Macrozona Urbana que lhe está sobreposta. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 176/2014)
CAPÍTULO II
DO PARCELAMENTO DO SOLO NA MACROZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL
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setores de Desenvolvimento Compatível e Ocupação Dirigida, nos termos da Lei Federal 6.766/1979 e
mediante licenciamento ambiental.
TÍTULO VIII
SISTEMA VIÁRIO
O Sistema Viário do Município fica definido por este Plano Diretor por meio dos seguintes
Art. 161
modos de acessibilidade:
I - rodoviário;
II - ferroviário;
III - hidroportuário;
IV - aeroportuário.
§ 3º Todos os modos do sistema viário municipal, existente e a ser implantado, deverão obedecer aos
critérios de mobilidade e acessibilidade universal e passar por reformas para atender aos requisitos
estabelecidos nesta Lei Complementar.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com as características
operacionais, o sistema ferroviário obedecerá à seguinte classificação:
I - transporte de passageiros;
II - transporte de carga.
Considera-se sistema hidroviário o conjunto das rotas de navegação, cais, dársenas, marinas,
Art. 164
Parágrafo Único - A localização dos terminais de navegação marítima, dos respectivos pátios de
cargas e descargas de mercadorias e acessos de passageiros, assim como a utilização de rotas
fluviais para navegação e a localização dos respectivos embarcadouros, ficam sujeitos a orientação e
controle das autoridades competentes, obedecidas as disposições da legislação municipal de uso e
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ocupação do solo.
Parágrafo Único - Para os efeitos desta Lei Complementar e de acordo com as características
operacionais, o sistema aeroviário obedecerá à seguinte classificação:
I - aeroportos;
II - helipontos.
CAPÍTULO I
DO SISTEMA RODOVIÁRIO URBANO
Art. 166 O sistema rodoviário urbano está subdividido nas seguintes categorias, indicadas no Anexo 1 -
I - Vias Estruturais:
a) de Interesse Macrometropolitano;
b) de Interesse Metropolitano;
IV - Ciclovias;
V - Vias de Pedestres.
São consideradas Vias Estruturais todas aquelas que têm importância macrometropolitana ou
Art. 167
metropolitana, ou seja, atendem aos principais destinos do Município e também servem para as
conexões regionais, fazendo a ligação com as vias de Interesse Viário Metropolitano Secundário ou
Coletoras.
Art. 168 São consideradas Vias Estruturais de Interesse Macrometropolitano aquelas que realizam as
II - marginais das rodovias, que cumprem o papel de interligação das rodovias com os bairros ou áreas
lindeiras às mesmas.
das vias macrometropolitanas com as áreas centrais do Município, os polos de atividade econômica e
os núcleos de assentamentos urbanos, devendo atender aos seguintes requisitos:
I - ter canteiro central, dividindo as mãos de direção, ciclovia unidirecional em cada mão de direção,
uma via em cada mão de direção para suporte de transporte coletivo e no mínimo mais uma para
transporte individual;
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Art. 170 As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras, são aquelas que realizam a
interligação entre as Vias Estruturais e as Vias Locais e consistem na rede viária formada pelas vias
municipais que permitem a circulação entre os bairros do Município e o acesso a equipamentos e
instituições de porte e interesse urbano ou relacionados ao sistema de transporte e trânsito de
interesse para a região metropolitana.
Art. 171As Vias de Interesse Metropolitano Secundário ou Coletoras devem atender aos seguintes
requisitos:
III - devem comportar estacionamento e ciclovia e ter calçadas com no mínimo 3 (três) metros de
largura.
Art. 172 As Vias Locais são todas as que não estão indicadas nas condições descritas nas
classificações acima, servindo de acesso aos lotes e glebas e à circulação intra-urbana de veículos de
baixo fluxo e prioritariamente a pedestres ou ciclovias delimitadas no Anexo 01, Mapa 06 e descritas
no Anexo 05.
calçadas.
Art. 174 As Vias Cicloviárias consistem em vias exclusivas para utilização de bicicletas, demarcadas e
Art. 175As Vias de Pedestres consistem em passeios públicos, calçadões, passeios junto às faixas da
orla, vielas e vias de passagem exclusiva em loteamentos.
Art. 176 As vias de pedestres poderão contar com leito carroçável com até 3,00 metros de largura
CAPÍTULO II
DAS DIRETRIZES VIÁRIAS
I - ligação seca da Ilha de Santo Amaro com a Ilha de São Vicente, com ligação por via expressa com a
Rodovia Cônego Domenico Rangoni;
III - implantação da Avenida Perimetral Portuária junto à Avenida Santos Dumont, com separação dos
fluxos urbano e portuário;
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V - implantação do sistema viário retroportuário, articulado com a Rodovia Cônego Domenico Rangoni
e os acessos à área portuária e à área aeroportuária;
VI - implantação de ligação viária da área aeroportuária com a Rodovia D. Domenico Rangoni e com o
Retroporto;
VII - reformulação, melhoria e ampliação do sistema viário de acesso da Rodovia Cônego Domenico
Rangoni à Avenida D. Pedro I;
VIII - implantação da ligação entre o prolongamento da Avenida D. Pedro I até a Avenida Marjory
Prado, utilizando o traçado da Avenida do Bosque;
XII - consolidação do eixo formado pelas Avenidas Mário Daige, Antonio Freire, Projetada "A" e
Acaraú;
XIII - interligação da Avenida Mario Daige com Avenida Lídio Martins Correa;
XIV - complementação viária de ligação do bairro das Astúrias com o bairro de Santa Cruz dos
Navegantes.
Art. 179 Constitui diretriz de expansão do sistema cicloviário o Mapa 7, de mobilidade cicloviária, do
Anexo I.
urbano e metropolitano.
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CAPÍTULO III
DAS DIRETRIZES DE DRENAGEM URBANA
Art. 183 As diretrizes de drenagem urbana serão definidas no Plano de Macrodrenagem do Município, a
ser instituído por legislação específica após aprovação pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano e Habitacional - CMDUH e pelo Conselho de Defesa do meio Ambiente - CONDEMA.
Art. 184 As diretrizes definidas no Plano de Macrodrenagem deverão ser obedecidas pelos proprietários
Art. 185As diretrizes incidentes em lotes ou glebas já parceladas serão consideradas como de
interesse público.
TÍTULO IX
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO I
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS
Art. 187 São passíveis de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, os imóveis nas
seguintes condições:
I - não edificados, entendendo-se como tais os terrenos e glebas cujas áreas sejam superiores a
3.000m² (três mil metros quadrados), que não tenham sido objeto de parcelamento e estejam
localizados na Macrozona Urbana ou no Setor de Desenvolvimento Compatível da Macrozona de
Proteção Ambiental com área limítrofe à área urbana;
II - não edificado, entendendo-se como tal o lote urbano cujo coeficiente de aproveitamento verificado
seja igual a 0 (zero), desde que seja legalmente possível sua utilização.
III - subutilizados, entendendo-se como tais os terrenos e glebas cujo coeficiente de aproveitamento
(CA) seja inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo definido para o setor onde se situam;
IV - não utilizados, entendendo-se como tais as edificações não terminadas que estejam com as obras
paralisadas há mais de 5 (cinco) anos.
V - não utilizado entendendo-se assim o lote urbano de uso residencial ou não residencial, que tenha
sua área construída desocupada e não utilizada, para o fim para a qual foi edificada, há mais de 5
(cinco) anos e que apresente uma ou mais das seguintes características:
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§ 1º Em qualquer uma das situações descritas nos incisos I a IV, são ressalvados os imóveis que
comprovem a impossibilidade de sua utilização devido a litígio judicial ou onde haja incidência de
restrições jurídicas, alheias à vontade do proprietário, que inviabilizem atingir o coeficiente de
aproveitamento mínimo.
§ 2º Excetuam-se do disposto neste artigo os terrenos destinados ao uso não residencial que, para seu
pleno funcionamento, necessitem de área construída inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo,
tais como estacionamentos de automóveis e pátios de contêineres com situação regular perante a
Prefeitura.
§ 3º A utilização do imóvel ou parte dele para o efeito de guarda ou vigilância da propriedade não
configura a utilização do lote urbano de que trata este artigo.
§ 4º A utilização temporária ou sazonal do imóvel não configura a utilização do lote urbano de que trata
este artigo.
§ 6º Fica facultado, aos proprietários dos imóveis de que trata o caput, propor ao Executivo o
estabelecimento do Consórcio Imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do
imóvel, conforme disposições do artigo 46 do Estatuto da Cidade.
Art. 188Os imóveis nas condições a que se refere o artigo anterior serão identificados e seus
proprietários notificados pela Prefeitura do Município de Guarujá para promover o adequado
aproveitamento.
I - por funcionário do órgão competente ao proprietário do imóvel ou, no caso de este ser pessoa
jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração e será realizada:
II - por edital, quando frustrada por 3 (três) vezes a tentativa de notificação na forma prevista pelo
inciso I deste artigo.
§ 2º A notificação referida no "caput" deste artigo deverá ser averbada na matrícula do imóvel no
Cartório de Registro de Imóveis, pela Prefeitura do Município de Guarujá.
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Art. 189Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de 1 (um) ano, a partir do recebimento
da notificação, comunicar à Prefeitura do Município de Guarujá uma das seguintes providências:
§ 1º Quando a área não possuir cadastro urbano, o proprietário deverá solicitá-lo junto à Prefeitura.
§ 3º O proprietário terá o prazo de até 5 (cinco) anos, a partir do início de obras previsto, para
comunicar a conclusão do parcelamento do solo, ou da edificação do imóvel.
§ 4º O prazo para conclusão das obras poderá sofrer apenas uma dilação de até 180 dias corridos,
caso tenha havido motivo justificado e comprovado para o atraso, desde que seja aceito pela Prefeitura
Municipal.
§ 6º A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da notificação,
transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização, sem interrupção de quaisquer
prazos.
os seguintes perímetros:
I - Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS - 2A e ZEIS 2B, delimitadas pela legislação em vigor.
I - utilizados para a instalação de atividades econômicas que não necessitem de edificações para
exercer suas finalidades;
II - que exerçam função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo órgão municipal
competente;
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CAPÍTULO II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO
Art. 191 Em caso de descumprimento das condições e dos prazos estabelecidos na notificação de
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios, o Município aplicará alíquotas progressivas do
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo de
5 (cinco) anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de parcelar, edificar ou
utilizar, conforme o caso.
§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no prazo de 5 (cinco) anos, o
Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida obrigação.
CAPÍTULO III
DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO EM TÍTULOS
CAPÍTULO IV
DO ABANDONO
Art. 193 O imóvel urbano que o proprietário abandonar, com intenção de não mais o conservar em seu
patrimônio, e que não se encontrar na posse de outrem, poderá ser arrecadado como bem vago e
passar, 3 (três) anos depois, para a propriedade do Município.
Parágrafo Único - Presumir-se-á de modo absoluto a intenção a que se refere este artigo quando,
cessados os atos da posse, deixar o proprietário de satisfazer os ônus fiscais.
Público Municipal deverá instaurar processo administrativo para arrecadação do imóvel como bem
vago em conformidade com a legislação vigente.
CAPÍTULO V
DO USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
Poderá haver outorga de título de domínio para usucapião de imóvel urbano em conformidade
Art. 195
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CAPÍTULO VI
DO DIREITO DE SUPERFÍCIE
Art. 196 O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal, nos termos da
espaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu patrimônio, para exploração por parte das
concessionárias de serviços públicos.
empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos termos da legislação em vigor, para viabilizar a
implementação de diretrizes constantes desta Lei Complementar, inclusive mediante a utilização do
espaço aéreo e subterrâneo.
Art. 199 Este instrumento poderá ser utilizado para realização de consórcios imobiliários, operações
CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO
imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, em conformidade com o disposto no
Estatuto da Cidade.
Art. 201 O direito de preempção poderá incidir nas áreas nas quais está prevista a implementação dos
Projetos Estratégicos, assim como na Macrozona Urbana e nas áreas de Desenvolvimento Compatível
da Macrozona de Preservação Ambiental limítrofes com a Macrozona Urbana, a partir da promulgação
de lei específica, com prazo de vigência não superior a 5 (cinco) anos, renovável após o decurso do
prazo inicial de vigência.
Art. 202 O Poder Executivo Municipal deverá notificar os proprietários dos imóveis sobre os quais
incidirá o direito de preempção, no prazo disposto, a partir da vigência da lei municipal específica
referida no artigo anterior.
Art. 203 Lei estabelecerá os mecanismos para compra e venda de imóveis em áreas em que incida o
direito de preempção.
CAPÍTULO VIII
DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR
Art. 204O Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de outorgar onerosamente o exercício do
direito de construir acima do coeficiente de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida
financeira a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28 a 31 do Estatuto da
Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos em lei.
Art. 205 As áreas passíveis de Outorga Onerosa situam-se na Macrozona Urbana e nas áreas definidas
para as Operações Urbanas Consorciadas, com base nos índices da Tabela de Zoneamento de Uso e
Ocupação do Solo, mediante análise e aprovação do Conselho Municipal do Desenvolvimento Urbano
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e Habitacional - CMDUH.
A concessão da Outorga Onerosa do Direito de Construir poderá ser negada pelo Conselho
Art. 206
Art. 207 Lei específica estabelecerá as condições a serem observadas para a outorga onerosa do
I - o cálculo da área construída computável máxima que pode ser adicionada a um imóvel por outorga
onerosa;
II - o cálculo para a cobrança da contrapartida financeira, bem como os meios para a sua efetivação;
CAPÍTULO IX
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR
§ 4º As áreas onde será permitida a aplicação do potencial construtivo transferido nos termos previstos
neste artigo, serão os imóveis localizados na Macrozona Urbana e nos Setores de Desenvolvimento
Compatível da Macrozona de Preservação Ambiental.
§ 5º Caso incida Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, na área que
transmitiu potencial construtivo, será permitida a redução do imposto a partir da reavaliação do valor
venal, em conformidade com o Código Tributário Municipal.
CAPÍTULO X
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
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Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica que, de acordo com as
Art. 212
II - finalidades da operação;
V - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação;
VII - garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural e ambiental,
protegidos por tombamento ou lei;
VIII - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores privados em
função dos benefícios recebidos;
Art. 213 Todas as Operações Urbanas Consorciadas deverão ser previamente aprovadas pelo
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Art. 215 Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, entre outras medidas:
Art. 216 Serão permitidas as operações urbanas em áreas isoladas, desde que exista uma
Parágrafo Único - O valor do aporte de recursos será definido pelo Conselho Municipal de
Desenvolvimento Urbano e Habitacional, para cada proposta de operação urbana apresentada,
levando-se em consideração, no mínimo, um décimo da valorização a ser obtida em cada
empreendimento.
vizinhança não sendo incluídos no aporte de recursos as possíveis intervenções urbanas necessárias
para a viabilização de cada empreendimento.
Art. 218 As operações urbanas isoladas poderão acontecer de duas formas distintas:
I - Em áreas de média densidade: para terrenos com área maior ou igual a três mil metros quadrados,
será possível o aumento do potencial construtivo, para até três vezes a área do terreno, sendo
considerado como aumento do potencial a diferença entre duas e meia vezes e a área proposta,
limitada a três vezes, incluída neste cálculo toda e qualquer área construída.
a) será permitido o acréscimo de área, desde que restrito ao gabarito de onze metros de altura;
b) para estes projetos, será possível esgotar o potencial de construção definido para a alta densidade,
na torre dos andares tipo, ficando a parte inferior do edifício, como possível área para acréscimo de
potencial construtivo;
c) para esta parte inferior do projeto, não será permitida a construção de unidades habitacionais, sendo
permitido atividades de uso múltiplo, garagens e atividades para outros usos que não habitacional;
d) para o caso de outros usos, como comércio ou serviços, por exemplo, deverão ser observadas,
especialmente, as normas gerais de zoneamento deste plano.
Parágrafo Único - Para todos os casos será obrigatório o respeito às regras gerais constantes do Plano
Diretor e do Código de Obras do Município de Guarujá.
CAPÍTULO XI
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
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O Poder Público Municipal poderá aplicar o instrumento do Consórcio Imobiliário além das
Art. 220
Parágrafo Único - O Executivo Municipal poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber por
transferência nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante concessão urbanística ou
outra forma de contratação.
Art. 221 O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário será correspondente ao
valor do imóvel antes da execução das obras, observado o disposto no parágrafo 2º do artigo 8º do
Estatuto da Cidade.
Art. 222 O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos à obrigação legal de parcelar,
edificar ou utilizar nos termos desta Lei, quanto àqueles por ela não abrangidos, mas necessários à
realização de intervenções urbanísticas previstas nesta Lei Complementar.
Art. 223 Os consórcios imobiliários deverão ser formalizados por termo de responsabilidade e
Art. 224 O consórcio imobiliário deverá ser efetuado em conformidade com a Lei Federal 8.666/1993.
CAPÍTULO XII
DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA
Art. 225 Os empreendimentos que causarem grande impacto urbanístico e ambiental, adicionalmente
ao cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação urbanística, terão sua aprovação
condicionada à elaboração e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e do Relatório de
Impacto de Vizinhança - RIV, a ser apreciado pelos órgãos competentes da Administração Municipal
para obtenção das licenças ou autorizações de construção, ampliação ou funcionamento.
Parágrafo Único - Casos não previstos na legislação poderão ser submetidos a esta obrigatoriedade
por determinação do Executivo Municipal.
Art. 226O Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV será realizado pelo empreendedor de atividades
habitacionais, de serviços, comerciais, industriais, portuárias, retroportuárias, de transporte ou
infraestrutura, sempre que obrigatório por esta Lei Complementar, sendo analisado e aprovado pela
Secretaria Municipal do Meio Ambiente ou órgão técnico que venha a sucedê-la.
Parágrafo Único - O relatório será um documento técnico oficial, com responsabilidade técnica
comprovada pelos respectivos Conselhos Profissionais, por meio de recolhimento de Anotação ou
Registro de Responsabilidade Técnica.
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VII - sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outros, tráfego gerado, acessibilidade,
estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
IX - vibração;
X - periculosidade;
O Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos negativos a serem gerados pelo
Art. 228
III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus, faixa de
pedestres, semaforização;
IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos da atividade;
§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e ao impacto do
empreendimento.
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interessado, em que este se compromete a arcar integralmente com as despesas decorrentes das
obras e serviços necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do
empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalização
do empreendimento.
Art. 229 A elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV não substitui o licenciamento
Relatório de Impacto de Vizinhança - RIV, que ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal
competente, por qualquer interessado.
§ 2º O órgão público responsável pelo exame do Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV e Relatório de
Impacto de Vizinhança - RIV deverá realizar audiência pública, antes da decisão sobre o projeto,
sempre que sugerida, na forma da lei, pelos moradores da área afetada ou suas associações.
TÍTULO X
DA GESTÃO DA POLÍTICA URBANA
CAPÍTULO I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Art. 233 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão deve atuar nos seguintes temas:
II - gerenciamento do Plano Diretor assim como a formulação e aprovação dos programas e projetos
para a sua implementação;
III - monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e dos programas e projetos aprovados.
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SEÇÃO I
DA SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Art. 235 A Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão é o órgão do Poder Executivo Municipal
SEÇÃO II
DO CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO E HABITACIONAL
I - 6 (seis) representantes do Poder Público Municipal, assim distribuídos, ou pelso órgãos que venham
a substituí-los:
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§ 2º O presidente do Conselho fará parte do grupo do Poder Público Municipal, e será o representante
da Secretaria de Planejamento e Gestão.
§ 4º O Poder Público Municipal deverá possibilitar todas as condições para a participação dos
representantes da sociedade civil, inclusive por meio de ajuda de custo, nos casos em que se fizer
necessário.
§ 5º O Poder Público Municipal nomeará, sempre que julgar necessário ou quando solicitado pelo
Conselho, uma Comissão Técnica composta por membros do quadro técnico da Prefeitura Municipal
ou por especialistas contratados quando o assunto o exigir, para a elaboração de pareceres técnicos.
IV - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela Comissão Técnica com esse fim, sobre
proposta de alteração da Lei do Plano Diretor;
V - deliberar, a partir de parecer técnico elaborado pela Comissão Técnica com este fim, a
regulamentação dos instrumentos urbanísticos previstos no Plano de Diretor;
VIII - deliberar sobre projetos de lei de interesse da política urbana, antes de seu encaminhamento à
Câmara Municipal;
XIV - aprovar a implantação de empreendimentos e obras,a partir de parecer técnico elaborado pela
Comissão Técnica com este fim, quando exigido por lei;
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XVI - deliberar sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela legislação urbanística
municipal;
Art. 239 O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional exclusivo ao Conselho
Art. 240 O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH terá suas
CMDUH será aprovado definido em Audiência Pública e estabelecido por decreto do Poder Executivo.
SEÇÃO III
DOS FUNDOS MUNICIPAIS DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO E DE
HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Art. 243 Ficam criados o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano - FMDU e o Fundo Municipal de
I - próprios do Município;
VI - receitas provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de áreas públicas, exceto nas zonas
especiais de interesse social - ZEIS;
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§ 2º O Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social será formado pelos seguintes recursos:
I - próprios do Município;
Habitacional serão controlados por Grupos Gestores compostos por membros do Conselho Municipal
de Desenvolvimento Urbano e Habitacional - CMDUH.
SEÇÃO IV
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS
O Sistema de Informações Municipais - SIM - tem como objetivo fornecer informações para o
Art. 247
§ 2º Para a consecução dos objetivos do SIM, as Secretarias Municipais deverão compilar e manter
atualizadas as informações referentes a suas áreas de atuação, enviando-as anualmente, ou sempre
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CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO
Art. 249 Fica assegurada a participação da população em todas as fases do processo de gestão
SEÇÃO I
DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA
Art. 252 A Conferência Municipal de Política Urbana deverá, dentre outras atribuições:
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IV - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no momento de sua
modificação ou revisão.
SEÇÃO II
DAS ASSEMBLÉIAS TERRITORIAIS DE POLÍTICA URBANA
Art. 253 As Assembléias Territoriais de Política Urbana ocorrerão, sempre que necessário, com o
objetivo de consultar a população das unidades territoriais de planejamento sobre as questões urbanas
relacionadas àquela territorialidade, de forma a ampliar o debate e dar suporte à tomada de decisões
do Poder Executivo, do Poder Legislativo e dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Urbano e
Habitacional - CMDUH e de Defesa do Meio Ambiente - CONDEMA.
SEÇÃO III
DA GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA
TÍTULO XI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 255 O Município de Guarujá deve manter atualizados os seguintes diplomas legais:
Art. 256 Fazem parte integrante desta Lei Complementar, os seguintes Anexos:
I - Anexo 1 - MAPAS
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Mapa 1 - Macrozoneamento;
Mapa 2 - Macrozoneamento e Setorização;
Mapa 3 - Distritos, Regiões, Bairros e Comunidades Tradicionais;
Mapa 4 - Zoneamento de Ocupação do Solo;
Mapa 5 - Zoneamento de Uso do Solo;
Mapa 6 - Mobilidade 1: rodovias, ferrovias e hidrovias;
Mapa 7 - Mobilidade 2: ciclovias e vias de pedestres;
Mapa 8 - Mobilidade 3: rodovias para transporte de cargas;
Mapa 9 - Zonas Especiais de Interesse Social.
Parágrafo Único - Todos os mapas relacionados neste artigo estão baseados no Mapeamento
Planialtimétrico Digital da Região Metropolitana da Baixada Santista - RMBS, Sistema Cartográfico
Metropolitano da Baixada Santista, SCM-BS.
Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as
Art. 257
Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação ficando revogadas as
Art. 258
disposições em contrário.
PREFEITA
Proc. nº 11369/70351/2005.
Registrada no Livro Competente
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