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LEI COMPLEMENTAR Nº 109 DE 09 DE OUTUBRO DE 2006.


(Vide regulamentação dada pela Lei Complementar nº 268/2022)

PROMOVE A REVISÃO DO PLANO


DIRETOR DO MUNICÍPIO DE SETE
LAGOAS, APROVADO PELA LEI
C O M P LE M E N T A R 06 DE 23 DE
SETEMBRO DE 1991, NOS TERMOS DO
CAPÍTULO III DA LEI 10.257 DE 10 DE
JULHO DE 2001 - ESTATUTO DA
CIDADE.

O Povo do Município de Sete Lagoas, por seus representantes legais votou, e eu em seu
nome sanciono a seguinte lei:

TÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Em atendimento ao disposto no art. 182, § 1º, da Constituição Federal, ao art. 119 e


Art. 1º
120 da Lei Orgânica do município de Sete Lagoas e às disposições constantes da Lei Federal
nº 10.257 de 10 de julho de 2001, a política de desenvolvimento urbano do município de Sete
Lagoas será regulada de acordo com as diretrizes estabelecidas neste Plano Diretor.

O Plano Diretor do município de Sete Lagoas, abrange a totalidade do território


Art. 2º
municipal e, como instrumento básico da política de desenvolvimento do município, orienta o
processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes
Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele contidas.

§ 1º O Plano Diretor é o instrumento que fundamenta o Sistema Municipal de


Planejamento e Gestão e tem por finalidade estabelecer as diretrizes, ações e instrumentos
de intervenção, planejamento e gestão urbana para o cumprimento da função social da cidade
e da propriedade.

§ 2º As disposições do Plano Diretor vinculam as ações e políticas do Poder Público


municipal bem como toda e qualquer intervenção pública ou privada no município.

TÍTULO II

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DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Art. 3º O Plano Diretor de Sete Lagoas se pauta pelos seguintes princípios:

I - a função social da cidade, que diz respeito ao direito de todos à moradia, ao


saneamento ambiental, ao transporte coletivo, aos serviços públicos, à saúde, educação,
assistência social, à cultura e lazer, à mobilidade e acessibilidade urbana, ao trabalho e
renda, ao meio ambiente saudável;

II - a função social da propriedade, cumprida mediante o atendimento aos critérios de


ocupação e uso do solo, às diretrizes do desenvolvimento social e econômico do município e
demais exigências previstas nesta lei;

III - a sustentabilidade, representada pelo desenvolvimento local socialmente justo e


economicamente viável para garantir o direito ao meio ambiente equilibrado para as presentes
e futuras gerações e para todas as espécies;

IV - a gestão democrática, entendida como a participação da população, quer de forma


associativa ou individual e de associações representativas dos vários segmentos da
comunidade na formulação, execução e acompanhamento de planos, programas e projetos de
desenvolvimento municipal.

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS GERAIS

Art. 4º São objetivos gerais da Política de Desenvolvimento Municipal:

I - ordenar e controlar o uso do solo urbano e rural para o cumprimento das funções
sociais da cidade e da propriedade, de forma sustentável e democrática, valorizando os
recursos naturais, assegurando a toda população o acesso à infra- estrutura, ao saneamento,
aos equipamentos e ao conforto ambiental;

II - adotar como parâmetro para definição das políticas públicas a garantia de justiça e de
inclusão social e a valorização do ambiente natural;

III - promover o desenvolvimento econômico e social sustentável;

IV - promover condições de habitabilidade, garantindo o direito à moradia digna e ao


saneamento básico e ambiental bem como da garantia de acessibilidade aos equipamentos e
serviços públicos com equidade e de forma integrada;

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V - ampliar as oportunidades de inserção social e econômica do cidadão por meio do


trabalho, da educação e da cultura;

VI - garantir a eqüidade social por meio da justa distribuição dos benefícios e ônus
decorrentes do processo de urbanização;

VII - estimular o desenvolvimento institucional e garantir a gestão democrática, nos


processos de decisão, planejamento, gestão e controle social;

VIII - ampliar as oportunidades de acesso ao trabalho, a educação e a cultura;

IX - recuperar, proteger, conservar e preservar os ambientes natural e construído,


incluindo-se o patrimônio cultural, histórico, artístico e paisagístico;

X - integrar as decisões relacionadas ao desenvolvimento municipal de forma articulada


com os demais municípios da região, principalmente aqueles integrantes da AMAV.

CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Art. 5º São objetivos estratégicos para o desenvolvimento do município de Sete Lagoas:

I - ordenar e controlar do uso e ocupação do solo com vistas a respeitar as condições


ambientais e infra-estruturais e valorizar a diversidade espacial e cultural da cidade com as
suas diferentes paisagens formadas pelo patrimônio natural, construído e demais elementos
que integram sua identidade;

II - promover a regularização fundiária urbana e rural, especialmente para os grupos


sociais menos favorecidos, com assistência técnica e jurídica gratuita;

III - garantir o conforto ambiental mediante garantia de insolação, preservação dos


principais canais de ventilação, arborização e controle de fontes de geração de poluentes
atmosféricos;

IV - garantir a mobilidade e fluidez do tráfego de pedestres e veículos mediante o


incentivo a outros modos de transporte, a hierarquização viária e a melhoria do sistema de
transporte coletivo;

V - ampliar, valorizar e requalificar os espaços públicos e consolidá-los como essenciais


para a expressão da vida coletiva;

VI - propor e implementar projetos e obras de infra-estrutura necessários e


imprescindíveis ao desenvolvimento do município, tendo como referência a expectativa de sua

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consolidação como pólo econômico, turístico e cultural de abrangência regional, observando-


se o resultado dos estudos de impacto ambiental de vizinhança e outros que se fizerem
necessários;

VII - implementar a estrutura na administração pública municipal com capacidade técnica,


gerencial e financeira, bem como equipamentos adequados para a realização dos objetivos da
política de desenvolvimento municipal;

VIII - garantir o acesso à informação, aos equipamentos e aos serviços públicos;

IX - estimular e coordenar intervenções urbanísticas do setor privado necessárias para a


garantia e o aumento da qualidade de vida da população;

X - recuperar para a coletividade a valorização imobiliária decorrente dos investimentos


públicos.

TÍTULO III
DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES INTERSETORIAIS

A Política Municipal de Desenvolvimento, em conjunto com as demais políticas sociais


Art. 6º
e de desenvolvimento econômico, deverá ser executada por todos os órgãos da administração
municipal, de forma descentralizada, na perspectiva da intersetorialidade e responsabilidades
compartilhadas, para a promoção da inclusão política, sócio-econômica, espacial e garantia da
qualidade de vida de todos os cidadãos.

Art. 7º A gestão integrada das diversas políticas setoriais observará as seguintes diretrizes:

I - articular os vários conselhos e políticas municipais, com vistas à efetivação de


processos de planejamento participativo, gestão, monitoramento e avaliação de ações
setoriais, estabelecendo canais de comunicação e divulgação das ações intersetoriais e tendo
como referência as diretrizes estabelecidas no Plano Diretor;

II - garantir a participação da população na realização de diagnósticos e planos locais


visando o exercício da cidadania no processo decisório referente às ações setoriais;

III - realizar as conferências setoriais, respeitando e fortalecendo as deliberações e


decisões da Conferência da Cidade.

CAPÍTULO II
DAS POLÍTICAS SOCIAIS

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Seção I
Da Educação

Art. 8ºA educação é entendida como um processo que se desenvolve na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos
sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, fundada nos
princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando no campo da ética, da cidadania e da qualificação profissional.

Art. 9ºA Política Municipal de Educação, em regime de colaboração com os demais entes
federativos e visando a assegurar o acesso da população ao ensino fundamental, observará
as seguintes diretrizes:

I - consolidar a Gestão Democrática no Sistema Municipal de Ensino, baseada na


construção e fortalecimento da cidadania, visando a garantir uma educação escolar com
qualidade;

II - valorizar o profissional da educação, proporcionando seu constante aperfeiçoamento


e a garantia de condições adequadas de trabalho e remuneração;

III - eliminar o déficit de vagas no sistema público de ensino garantindo o acesso da


população em idade escolar e pré-escolar;

IV - inserir as crianças, os adolescentes, os jovens e os adultos no processo de


construção e consolidação da gestão democrática da cidade;

V - articular a política de educação às demais políticas públicas, em especial a política


urbana e ambiental, como instrumento de percepção da cidade e garantia de sua
sustentabilidade;

VI - realizar estudos visando a implantação do sistema de escola em tempo integral na


rede pública de ensino fundamental, contribuindo para ampliar a inclusão social da criança e
do adolescente, respeitadas as diretrizes dos demais entes federativos;

VII - incentivar e apoiar a criação de cursos profissionalizantes de acordo com as


demandas do mercado de trabalho local e regional e suas potencialidades de crescimento,
com o apoio de instituições públicas, privadas e associações comunitárias;

VIII - realizar melhorias na infra-estrutura física e de equipamentos nas escolas do meio


urbano e rural, viabilizando, inclusive, a realização de cursos profissionalizantes;

IX - alocar recursos no orçamento para o transporte de alunos da rede pública para


acesso aos equipamentos de educação, incluindo a realização de aulas práticas e pesquisa de

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campo para conhecimento da realidade da microrregião comandada pelo município;

X - estimular e apoiar a educação musical na rede pública de ensino, mediante a


aquisição de instrumentos musicais e a introdução do ensino de música, com a perspectiva de
estender o projeto às comunidades rurais;

XI - garantir a educação ambiental e a educação patrimonial, de forma a preparar o


agente social;

XII - implantar o ensino fundamental de 5ª a 8ª série e o Programa de Educação de


Jovens e Adultos nas comunidades rurais;

XIII - garantir a autonomia da administração da rede pública municipal de ensino na


gestão do Fundo Municipal de Educação, após deliberação do respectivo conselho.

Parágrafo Único. A Gestão Democrática do Sistema Municipal de Ensino se consolidará


por meio de Conselhos Escolares, Comissões Regionais de Controle Social da Qualidade do
Ensino, Conferência Municipal de Educação e Conselho Municipal de Educação, inserindo sua
atuação no processo de elaboração e implementação democrática do orçamento público.

Seção II
Da Cultura

A Política Municipal de Cultura tem por objetivo preservar e valorizar o legado cultural
Art. 10
transmitido pela sociedade, protegendo suas expressões material e imaterial.

§ 1º Entende-se como patrimônio material as expressões e transformações de cunho


histórico, artístico, arquitetônico, paisagístico e urbanístico.

§ 2º Entende-se como patrimônio imaterial os conhecimentos e modos de fazer


identificados como elementos pertencentes à cultura comunitária, incluindo as esferas de
trabalho e de lazer, ou seja, os rituais e festas que marcam a vivência coletiva do trabalho, a
religiosidade, o entretenimento e outras práticas da vida social, bem como as manifestações
literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas.

Art. 11 São objetivos da Política Municipal de Cultura:

I - implementar uma política cultural ampla e integrada com as demais políticas setoriais;

II - realizar e manter atualizado o inventário do patrimônio municipal, material e imaterial,


definindo normas para sua proteção e promoção;

III - divulgar o valor cultural dos elementos do patrimônio municipal visando seu

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reconhecimento e apropriação pela população;

IV - estabelecer e consolidar a gestão participativa do patrimônio cultural e assegurar o


pleno funcionamento de equipamentos e serviços culturais municipais;

V - garantir que o patrimônio arquitetônico tenha usos compatíveis com o objetivo de


preservação;

VI - universalizar e democratizar o acesso aos equipamentos, aos serviços e às ações


culturais, visando o intercâmbio e a complementaridade entre o centro e a periferia, o urbano
e o rural;

VII - estimular, por meio das manifestações culturais, o exercício da cidadania e da auto-
estima da população;

VIII - inserir a cultura no processo de desenvolvimento econômico, reconhecendo-a como


potencial fonte de geração e distribuição de renda, como forma de exercício da cidadania e da
auto-estima da população no município e na microrregião;

IX - desenvolver o potencial turístico de Sete Lagoas, de forma sustentável, a partir de


seu patrimônio cultural e natural.

Para a consecução dos objetivos previstos no artigo anterior desta Lei, a Política
Art. 12
Municipal de Cultura observará as seguintes diretrizes:

I - democratizar e modernizar a estrutura da Secretaria de Cultura, buscando agilizar o


atendimento ao público e a valorização dos servidores;

II - articular e integrar os equipamentos culturais públicos e privados no Sistema Nacional


de Cultura;

III - assegurar o pleno funcionamento de equipamentos e serviços culturais municipais;

IV - transformar a cultura em vetor de desenvolvimento econômico e social;

V - realizar ações e eventos culturais com base na democratização, descentralização,


promoção de intercâmbio cultural e valorização da cultura da microrregião criando ações
cooperadas com demais municípios que fazem parte de sua história.

Subseção I
Das Políticas de Proteção do Patrimônio Cultural

Art. 13 São diretrizes para a política de proteção patrimônio histórico, cultural e paisagístico:

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I - fortalecer as ações de proteção do patrimônio cultural com a efetiva implantação do


Conselho do Patrimônio Cultural e a sua articulação com os diversos órgãos da Prefeitura
Municipal;

II - fortalecer a área de proteção do patrimônio na administração local por meio de


montagem de equipe técnica multidisciplinar permanente, criação de um departamento
específico com um organograma de ação;

III - atuar de forma sistemática e contínua na identificação, tratamento e proteção do


patrimônio histórico, natural, arqueológico, paleontológico e espeleológico do município;

IV - realizar inventário e plano de gestão adequada ao acervo em conformidade com as


normas nacionais e internacionais;

V - garantir a proteção do patrimônio histórico do município, promovendo a criação e


manutenção do arquivo municipal, renovação dos equipamentos e crescimento do acervo do
museu histórico municipal;

VI - difundir o patrimônio imaterial promovendo um calendário municipal de eventos;

VII - criar zonas de proteção para as lagoas e patrimônio histórico e paisagístico, com
estabelecimento de diretrizes de uso, ocupação e altimetria, entre outros, propondo ações de
revitalização e garantindo a acessibilidade a esses importantes elementos do patrimônio
cultural do município;

VIII - promover instrumentos de incentivo à preservação do patrimônio tais como redução


de IPTU, criação do Fundo Municipal de Preservação dos Bens Culturais e implantação dos
mecanismos de incentivo cultural criados em 1996;

IX - criar um Fundo Municipal de Desenvolvimento Tecnológico e Científico que financie


projetos de resgate e de gestão do patrimônio cultural do município;

X - articular a política de proteção do patrimônio com as diretrizes para o turismo local,


considerando a possibilidade da transformar o município, incluindo seus distritos, em destino
turístico;

XI - criar convênios e fomentar programas municipais de educação patrimonial;

XII - implementar Programa de Educação Patrimonial.

Seção III
Da Saúde

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Art. 14 A Política Municipal de Saúde, estruturada de forma integrada, por meio de


mecanismos de articulação inter-institucional e participação popular, deverá objetivar a
melhoria da qualidade de vida da população, para assegurar a construção de um município
saudável.

Art. 15 A Política Municipal de Saúde observará as seguintes diretrizes, respeitadas as


diretrizes estabelecidas para o Sistema Único de Saúde:

I - universalizar o serviço de assistência à saúde, mediante a promoção da integralidade


da assistência, entendida como o conjunto articulado e contínuo das ações e serviços
preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso;

II - privilegiar as ações preventivas para garantia da saúde da população e o


compromisso com a medicina pública;

III - garantir o controle e a participação social nas ações da política de saúde pública
mediante o fortalecimento e valorização das decisões do Conselho Municipal de Saúde;

IV - avaliar a situação das unidades de saúde localizadas nas diversas regiões da cidade,
tanto na área urbana quanto rural visando a destinação de recursos públicos para eventuais
reformas e aquisição de equipamentos e material de consumo;

V - avaliar e fortalecer o Programa de Saúde da Família, mediante a capacitação de


agentes comunitários com foco nas ações básicas de saúde e extensão do programa nas
áreas rurais, em parceria com as associações comunitárias;

VI - melhorar o atendimento do Hospital Municipal, por meio do reaparelhamento do


serviço de emergência, do controle e eliminação da infecção hospitalar e da realização de
programas médicos especiais para idosos, gestantes, crianças e adolescentes;

VII - estabelecer um grupo de pesquisa encarregado das estatísticas de doenças com a


finalidade de pesquisar, identificar, divulgar e contribuir em estratégias para mitigar seus
fatores causadores;

VIII - desenvolver programa de educação sanitária, com o apoio e participação das


unidades de ensino, públicas e privadas, do município;

IX - valorizar a saúde pública mediante a adequada remuneração do profissional e


garantia de melhores condições de trabalho;

X - articular programas e ações da política de saúde de Sete Lagoas com os demais


municípios localizados em sua área de influência;

XI - criar um centro de especialidades médicas estruturado para atendimento local e


regional;

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XII - coletar a destinar adequadamente os resíduos hospitalares.

O Sistema Municipal de Saúde será implementado por meio dos órgãos integrantes de
Art. 16
rede regionalizada e hierarquizada do município, com prioridade para as populações de risco
sócio-ambiental e sanitário, respeitadas as diretrizes das demais esferas de administração da
saúde.

Seção IV
Da Assistência Social

Art. 17 A Assistência Social, compreendida como política de seguridade social não


contributiva, dever do Estado e direito do cidadão, deve ser realizada de forma integrada às
demais políticas setoriais, visando ao enfrentamento das desigualdades sócio-territoriais, ao
provimento de condições para a promoção da autonomia social e econômica, do convívio
social e à garantia da universalização dos direitos sociais.

Art. 18 A Política Municipal de Assistência Social tem como objetivos:

I - proteger o cidadão que se encontrar impedido de manter padrões básicos de


qualidade de vida;

II - criar programas de inserção no sistema produtivo as pessoas em situação de


vulnerabilidade social, buscando contribuir para sua autonomia econômica;

III - prevenir e combater as situações circunstanciais de vulnerabilidade, mediante a


identificação de áreas de risco e a permanente vigilância social, para manutenção e
ampliação do padrão básico de inclusão social;

IV - incluir e ampliar o acesso aos bens e serviços sócio- assistenciais básicos e


especiais, observando a eqüidade dos usuários;

V - implementar programa de apoio à convivência familiar e comunitária, particularmente


nas áreas de maior vulnerabilidade social.

A Política Municipal de Assistência Social observará as diretrizes fixadas na Lei


Art. 19
Orgânica da Assistência Social e especialmente as listadas abaixo:

I - assegurar a promoção da igualdade de gênero, raça e etnia mediante uma gestão


municipal descentralizada e autônoma;

II - fortalecer o Conselho de Assistência Social, garantindo a participação popular, por


meio de organizações representativas da sociedade civil na formulação e controle da Política

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de Assistência Social;

III - adotar o núcleo familiar como unidade de referência para concepção e


implementação das ações de Assistência Social;

IV - estabelecer critérios de distribuição de recursos do Fundo Municipal de Assistência


Social para o financiamento de programas, projetos, ações e serviços de Assistência Social,
mediante deliberação do respectivo conselho;

V - realizar estudos e pesquisas para identificação de demandas e produção de


informações para a avaliação das ações e resultados alcançados, visando melhoria da
qualidade da Assistência Social do Município;

VI - desenvolver articulações intersetoriais e inter-institucionais para possibilitar ao


cidadão o acesso à informação e as políticas públicas;

VII - implementar ações de cooperação técnica, administrativa e financeira com a União,


o Estado e com demais municípios da região, de acordo com o que estabelece o Sistema
Único de Assistência Social - SUAS;

VIII - criar um centro regional destinado à recuperação do dependente químico e ao


serviço de atendimento a saúde mental;

IX - reduzir custos tarifários dos serviços públicos, para os usuários de baixa renda e
garantir acesso ao serviço universalizado e com qualidade, contribuindo assim com a justiça e
a inclusão social.

Seção V
Dos Esportes, Lazer e Recreação

Art. 20A Política Municipal de Esportes, Lazer e Recreação tem por objetivo criar espaços e
infra-estrutura necessária ao seu desenvolvimento, mediante o desenvolvimento de atividades
que contribuam para a saúde e a inclusão social, observadas as seguintes diretrizes:

I - garantir o acesso universal e integral às práticas esportivas, promovendo o bem-estar


e a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos;

II - consolidar o esporte, o lazer e a recreação como direito dos cidadãos e dever do


Estado;

III - implantar programas de esporte e lazer voltados ao fortalecimento da noção de


cidadania;

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IV - garantir acesso aos equipamentos esportivos municipais pelos portadores de


necessidades especiais;

V - implementar prática de esportes nas escolas de ensino fundamental e médio;

VI - garantir atendimento de equipamentos de esporte e lazer para a população de Sete


Lagoas, de forma descentralizada, garantindo a acessibilidade de toda a população;

VII - identificar as áreas que necessitam de equipamentos de esporte e lazer, mediante


elaboração de diagnósticos e definição de metas de atendimento;

VIII - promover a utilização de áreas urbanas ociosas para atividades de esporte e lazer,
promovendo estudos de viabilidade, principalmente na área do antigo aeroporto;

IX - integrar a Política Municipal de Esportes, Lazer e Recreação às demais políticas


setoriais.

Seção VI
Do Sistema de Defesa Civil de Sete Lagoas

O Sistema de Defesa Civil de Sete Lagoas tem por finalidade monitorar e proteger a
Art. 21
população, em caráter permanente, das ameaças ao funcionamento das atividades e à
garantia do direito a vida.

§ 1º O Poder Executivo deve garantir a realização de um Plano Preventivo de Defesa


Civil de Sete Lagoas, para cumprimento do disposto no caput deste artigo.

§ 2º O Conselho de Defesa Civil de Sete Lagoas será constituído pelas secretarias


municipais e demais órgãos da administração pública da área social e de segurança pública,
com participação direta da sociedade organizada, com o papel de estabelecer as políticas, os
planos e as bases para o planejamento e a gestão do risco.

Seção VII
Da Segurança Alimentar

A Política Municipal de Segurança Alimentar tem por objetivo garantir, a todos,


Art. 22
condições de acesso a alimentos seguros, em quantidade, qualidade e de modo permanente,
sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais.

Art. 23 A Política Municipal de Segurança Alimentar observará as seguintes diretrizes:

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I - conscientizar a população quanto à utilização racional, qualidade, higiene e preço dos


produtos;

II - fomentar a produção e a distribuição de alimentos por meio de pequenos e médios


estabelecimentos rurais e urbanos dedicados ao cultivo e transformação de produtos agro-
alimentares;

III - qualificar e ampliar as feiras livres com incentivo à comercialização de produtos


orgânicos agro-alimentares da região, aproximando produtores de consumidores;

IV - realizar programas de reutilização de produtos e subprodutos das feiras livres para


política alimentar do município, utilizando-se, quando necessário, de experiências e pesquisas
de universidade e instituições de pesquisa;

V - articular a cadeia produtiva de alimentos da região, visando otimizar a produção,


distribuição e comercialização dos produtos;

VI - fomentar a estruturação dos estabelecimentos comerciais de pequeno porte com


vistas à redução dos custos da alimentação na cidade;

VII - desenvolver políticas e convênios que visem o estímulo ao uso dos terrenos
particulares e públicos não utilizados ou subtilizados para a realização de atividades de
produção agrícola urbana e incentivo ao associativismo;

VIII - incentivar a implementação de projetos participativos rurais e urbanos para a


produção de alimentos com bases agro-ecológicas, permitindo a produção a baixo custo de
hortaliças, frutas, pequenos animais e ervas medicinais.

CAPÍTULO III
DAS POLÍTICAS DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Seção I
Das Atividades Econômicas

A Política de Desenvolvimento Econômico e Social do município visa a promoção do


Art. 24
desenvolvimento econômico e social, sustentável e solidário, comprometido com a justiça, a
inclusão social e a melhoria da qualidade de vida da população.

Art. 25 São diretrizes da política municipal de desenvolvimento econômico:

I - consolidar Sete Lagoas como pólo regional de comércio, serviços e educação;

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II - articular o desenvolvimento econômico ao desenvolvimento social e à proteção do


meio ambiente, visando a redução das desigualdades sociais e a melhoria da qualidade de
vida da população;

III - estimular a instalação de atividades produtivas adequadas à realidade sócio-


ambiental do município e complementares ao sistema produtivo instalado, em áreas com
disponibilidade de infra-estrutura e compatíveis com os padrões de sustentabilidade, visando
gerar empregos e agregar valor aos produtos;

IV - estimular o processamento ou beneficiamento dos produtos do setor primário em


geral e a produção leiteira e horticultura, mediante o apoio ao desenvolvimento da
agroindústria em parceria com os demais órgãos e entidades de pesquisa atuantes na região;

V - incentivar as iniciativas de produção cooperativa, o artesanato, as empresas e as


atividades desenvolvidas por meio de micro e pequenos empreendimentos e estruturas
familiares de produção ou as populações tradicionais, tanto rurais quanto urbanas;

VI - divulgar de maneira intensa e regular os produtos característicos do município por


meio de publicidade em outras cidades, participando em parceria com o setor produtivo, em
feiras de comércio e em eventos de comercialização, difusão e propaganda de produtos;

VII - avaliar a potencialidade para o assentamento de novas unidades industriais de


grande porte e potencialmente poluidoras ao longo da rodovia BR-040, no sentido Belo
Horizonte e Brasília, considerando sua realidade ambiental e a capacidade de aumento da
circulação de veículos nessa rodovia;

VIII - estudar e definir áreas para a implantação de distritos industriais de pequeno e


médio porte, não poluentes;

IX - incentivar a instalação de empreendimentos de grande porte em áreas definidas no


zoneamento urbano como adequadas para assentamento de atividades produtivas,
considerando a realidade do meio físico e as orientações decorrentes das análises de conforto
ambiental, clima e ventilação;

X - aplicar as normas e instrumentos da legislação urbanística e ambiental, como Estudo


de Impacto Ambiental (EIA) e Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), para regularizar e
definir as exigências a serem cumpridas para a instalação ou permanência de pequenas
empresas no interior de áreas de uso residencial;

XI - incentivar a instalação de empreendimentos que incorporem a mão de obra local;

XII - priorizar programas e instalação de atividades de pequeno e médio porte, não


poluentes, geradoras de emprego e renda em áreas periféricas de baixa renda, considerando
a capacidade de suporte das infra-estruturas instaladas;

XIII - incentivar e apoiar o assentamento de comércio e serviço fora da área central,

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desenvolvendo centros de bairro para atendimento das demandas locais e regionais;

XIV - desenvolver parcerias e ações integradas com agentes públicos e privados nas
atividades econômicas locais;

XV - aplicar recursos públicos e estimular a aplicação de recursos privados nas iniciativas


de empreendimentos de base tecnológica, geradores de emprego, renda e de inclusão social,
associados a centros de ensino superior e instituições de pesquisa;

XVI - melhorar a infra-estrutura para o desenvolvimento das atividades de cultura,


turismo e entretenimento como fontes geradoras de trabalho, emprego, renda e qualidade de
vida;

XVII - implantar uma sistemática de pesquisa e de acompanhamento da viabilidade


econômica das iniciativas inovadoras para oferta de produtos em setores pouco atendidos ou
nichos potenciais do mercado;

XVIII - facilitar a difusão de informações sobre empreendimentos em geral e


administração de micro empresas para o desenvolvimento da economia, da cultura, do
turismo, do lazer e dos esportes;

XIX - articular Sete Lagoas com os demais municípios da AMAV por meio da
estruturação de programas e projetos de desenvolvimento econômico regional,
particularmente voltados para a integração do setor industrial, do comércio e do serviço, do
lazer e da agropecuária;

XX - criar linha de crédito para instalação de sistemas de aproveitamento de resíduos


sólidos e efluentes e de filtragem de emissões atmosféricas nas industrias;

XXI - estabelecer, com as companhias de energia elétrica, um acordo de tarifas


diferenciadas e regressivas de energia exclusivamente para funcionamento de sistemas de
despoluição nas indústrias, condicionadas à eficiência na redução da emissão de poluentes.

Seção II
Do Turismo

Art. 26 Cabe ao Poder Executivo municipal promover e incentivar o turismo como fator
estratégico de desenvolvimento econômico, comprometido com a proteção ambiental, a justiça
e a inclusão social.

Art. 27 A Política Municipal de Turismo tem como objetivos:

I - a promoção de programas, projetos e ações turísticas integradas com a dinâmica das

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atividades sociais, econômicas, culturais e de lazer realizadas no município e na região;

II - a agregação do trabalho e a cultura das populações como fator de divulgação e de


potencialização do produto turístico e da justiça e inclusão social;

III - o fomento e potencialização de ações comunitárias para o desenvolvimento do


turismo;

IV - a promoção de atividades voltadas para o fortalecimento do ecoturismo, a partir da


valorização e proteção do rico patrimônio ambiental do município.

Para a consecução dos objetivos previstos no artigo anterior, a Política Municipal de


Art. 28
Turismo observará as seguintes diretrizes:

I - definir o produto turístico da cidade e sua segmentação;

II - integrar as políticas de turismo às demais políticas municipais, particularmente na


área de cultura, meio ambiente e planejamento;

III - identificar as áreas não consolidadas e atrativas para o turismo, que serão objeto de
investimentos em infra-estrutura, controle do uso e ocupação do solo e incentivos à
preservação de suas características singulares;

IV - criar uma marca que reforce a identidade do município, de fácil comunicação, com
objetivo de atingir os diferentes mercados e segmentos potenciais, preservando a diversidade
cultural e étnica do município;

V - garantir a qualidade do atendimento do visitante pela adequada disponibilização dos


atrativos turísticos, da infra-estrutura urbana e dos serviços a serem utilizados, além da
capacitação permanente de agentes turísticos e de prestadores de serviços de apoio ao
turismo.

CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA AMBIENTAL E DE SANEAMENTO

Seção I
Do Meio Ambiente

Art. 29A dimensão ambiental é uma questão de importância global e estratégica que deve
orientar todas as intervenções no território municipal, priorizando ações pró-ativas, preventivas
e corretivas em caso de comprovado impacto ambiental das atividades instaladas.

Art. 30 A política ambiental de Sete Lagoas é entendida como um conjunto de diretrizes,

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17/68

instrumentos e mecanismos de política pública que orienta a gestão ambiental municipal, na


perspectiva de fomentar o desenvolvimento sustentável, alicerçado na justiça social, no
crescimento econômico e no equilíbrio ambiental, contribuindo para a melhoria da qualidade
de vida da população.

Art. 31A administração municipal deverá garantir os recursos financeiros, técnicos e


materiais para o funcionamento da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, visando a
aplicação da legislação específica e a realização de sua missão institucional.

Art. 32 São objetivos gerais da política ambiental municipal:

I - a garantia do cumprimento das diretrizes da política ambiental e da legislação


correlata, nas esferas federal, estadual e municipal, no processo decisório referente à
realização de intervenções e investimentos públicos e privados;

II - a promoção do desenvolvimento sustentável e a elevação da qualidade do ambiente


de Sete Lagoas, protegendo os ecossistemas naturais e construídos, em parceria com os
demais municípios da região;

III - a incorporação da dimensão ambiental ao desenvolvimento, coordenando os setores


econômicos, sociais e ecológicos, de modo a reorientá-lo no sentido da sustentabilidade;

IV - o controle da poluição da água, do ar e a contaminação do solo e do subsolo,


definindo metas de redução da poluição, respeitadas as normas federais e estaduais vigentes
para lançamento de efluentes;

V - o incentivo aos investimentos e decisões que busquem a recuperação do ambiente


degradado, natural e construído, em especial, nos locais onde haja ameaça à segurança da
população;

VI - a democratização da gestão municipal, por meio da adoção de práticas de


participação, cooperação e co-responsabilidade, que devem se multiplicar, à medida que se
consolidem a consciência ambiental e o zelo para com o município;

VII - a formação da consciência crítica da população na avaliação de sua relação com o


meio ambiente, levando-a a assumir o papel que lhe cabe na manutenção e controle da
qualidade de vida e do ambiente;

VIII - o controle ambiental nas áreas urbanas e rurais, com base em critérios e
parâmetros técnicos, promovendo a negociação entre agentes públicos e privados em torno
da ocupação e uso do solo e do uso racional dos recursos naturais;

IX - a compatibilização das diretrizes de uso, ocupação e parcelamento do solo urbano


aos objetivos de proteção ambiental dos ecossistemas;

X - a participação conjunta dos órgãos competentes na prevenção e controle do

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desflorestamento e dos incêndios florestais;

XI - o controle do uso e a ocupação do solo em áreas consideradas de preservação


permanente, situadas às margens de cursos d`água e de lagoas, áreas de mananciais, áreas
de alta declividade e cabeceiras de drenagem;

XII - a garantia da necessária permeabilidade do solo e a proteção das áreas de recarga


de aqüífero subterrâneo, visando sua preservação como principal manancial de abastecimento
de água da cidade, inclusive buscando alternativas de pavimentação com maior índice de
permeabilidade;

XIII - o controle da produção e circulação de produtos perigosos nas áreas urbanizadas,


nas zonas de interesse ambiental e nas rodovias e ferrovias que atravessam o território
municipal, incentivando a transferência de industrias poluentes locadas dentro da cidade para
zonas afastadas permitidas pelo macrozoneamento;

XIV - a pesquisa, desenvolvimento e articulação de estratégias para adequação


ambiental de atividades poluidoras;

XV - a criação de programas de monitoramento da qualidade do ar e da água, fornecendo


subsídios aos órgãos ambientais fiscalizadores para ações de adequação ambiental e
informar à população os índices de qualidade ambiental;

XVI - a atuação em parceria com instituições fiscalizadoras e regulamentadoras das


atividades poluidoras de outras esferas do poder público em ações de fiscalização ambiental;

XVII - a celebração de convênio entre a Prefeitura de Sete Lagoas e demais municípios


afetados pela poluição atmosférica, provocada pelas industrias de siderurgia e cimento, com a
Fundação Estadual de Meio Ambiente para viabilizar a criação de um posto regional da FEAM
com a finalidade de monitorar e fiscalizar as emissões em tempo contínuo.

Art. 33 São diretrizes da política municipal de meio ambiente:

I - recuperar, reabilitar e preservar lagoas, rios, córregos e áreas adjacentes, com


especial atenção para a despoluição das lagoas;

II - apoiar e participar das ações relacionadas ao manejo integrado das bacias


hidrográficas situadas no território municipal e na região;

III - delimitar os corredores de vento;

IV - garantir padrões adequados de ventilação urbana;

V - elaborar e implementar Programa Municipal de Unidades de Conservação e Gestão


de Áreas Verdes, voltado para a criação de parques e áreas de proteção ambiental, além da
manutenção de áreas verdes localizadas em áreas já urbanizadas e em novos loteamentos;

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VI - elaborar e implementar o zoneamento ambiental das APAs da Serra de Santa


Helena, Paiol, Lagoa Grande, inclusive com instalação e fortalecimento de seus Conselhos
Gestores;

VII - formular um Plano de Manutenção e Utilização de áreas verdes, lagoas e praças já


existentes e garantir a criação de novas áreas públicas no território municipal, que atendam as
demandas de interesse coletivo, para preservar e conservar seus recursos ambientais e
contribuir para a qualidade de vida da população;

VIII - implantar parques lineares nas áreas marginais aos cursos d`água e na área
conhecida como Grotão, buscando criar corredores verdes, conforme Anexo II, devendo as
áreas ocupadas com edificações, serem consideradas áreas de uso não conforme e
rigorosamente fiscalizadas para evitar seu adensamento;

IX - apoiar a atuação dos órgãos federais e estaduais na delimitação, fiscalização e


controle da ocupação de áreas de preservação permanente e de proteção ambiental, definidas
na legislação florestal, em especial aquelas destinadas à proteção de topos de morro, áreas
de alta declividade, matas ciliares e áreas ambientalmente sensíveis;

X - definir normas e mecanismos de incentivo para a arborização urbana e o


reflorestamento das áreas públicas e privadas, priorizando o uso de espécies nativas e a
adequada poda das árvores;

XI - promover ações permanentes de educação ambiental, entendida como uma política


pública voltada para saúde, proteção ambiental e cidadania.

Seção II
Do Saneamento Ambiental

A Política Municipal de Saneamento contempla os serviços de abastecimento de água,


Art. 34
esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos, drenagem urbana e controle de vetores.

Art. 35Os planos diretores de abastecimentos de água, esgotamento sanitário, drenagem


pluvial e limpeza urbana serão elaborados e implementados pelo órgão competente da
administração, de forma integrada com as secretarias de planejamento, infra-estrutura, obras
e meio ambiente, para garantir, melhorar e ampliar fornecimento desses serviços à população.

Parágrafo Único. Os planos diretores citados no caput desse artigo deverão ser
elaborados e aprovados no prazo máximo de 01 (um) ano a partir da promulgação desta lei.

Art. 36 São diretrizes da Política Municipal de Saneamento Ambiental:

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I - prever e utilizar mecanismos voltados para a educação sanitária e ambiental, mediante


a realização de campanhas educativas no nível formal e informal;

II - capacitar de forma permanente os técnicos municipais sobre novas tecnologias,


legislações e operação dos sistemas destinados ao saneamento ambiental;

III - fortalecer e aperfeiçoar o programa de vigilância sanitária municipal;

IV - fiscalizar a implementação de infra-estrutura básica em novos loteamentos e


destinação de área para equipamentos urbanos e comunitários para concessão do habite-se,
bem como regularizar os parcelamentos já implantados e em processo de ocupação;

V - controlar e fiscalizar a instalação de usos irregulares do ponto de vista ambiental, que


afetam as adequadas condições de moradia, repouso, trabalho, segurança e circulação, por
meio da implementação e aplicação dos instrumentos legais necessários a sua regularização.

Subseção I
Do Abastecimento de água

O objetivo principal do Plano Diretor de Abastecimento de Água é indicar alternativas


Art. 37
para ampliação e melhoria dos serviços prestados à população, mantendo sempre num alto
padrão de qualidade e de atendimento, sem, no entanto, comprometer os usos futuros dos
recursos hídricos superficiais e subterrâneos explorados.

Parágrafo Único. O plano de ampliação da rede de distribuição de água, a ser elaborado


em conjunto com a Concessionária, terá como critério básico o atendimento das demandas da
população, levando em conta a densidade de ocupação, o crescimento urbano e o
atendimento das atividades socioeconômicas, garantindo a todos o acesso ao serviço.

Art. 38 São diretrizes da política municipal de abastecimento de água:

I - melhorar o sistema de abastecimento de água e desenvolver ações voltadas para sua


manutenção e qualidade, além do manejo adequado dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos;

II - estabelecer parcerias com instituições de pesquisa e de ensino para monitoramento


da qualidade da água;

III - mapear e proteger as áreas de recarga aqüífera do município;

IV - elaborar e executar um plano de gestão e monitoramento da qualidade das águas


superficiais e subterrâneas dos mananciais subterrâneos, vislumbrando e avaliando, também,
as alternativas de uso dos mananciais superficiais;

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V - fomentar pesquisas referente à vazão e capacidade dos aqüíferos subterrâneos,


simultaneamente ao desenvolvimento dos planos específicos, com avaliação do sistema de
abastecimento de água, da qualidade da água disponível para consumo e da delimitação e
proteção das áreas de recarga;

VI - estudar e buscar alternativas para o atendimento da demanda por abastecimento de


água, especialmente nos períodos de estiagem prolongada;

VII - elaborar e executar programas educativos para utilização racional dos recursos
hídricos e a redução da poluição hídrica;

VIII - incentivar o reuso de água, principalmente por parte das indústrias e atividades
econômicas para redução e racionalização do consumo;

IX - incentivar a implementação de programas e normas para captação e aproveitamento


das águas pluviais, inclusive nos imóveis rurais, seja para uso doméstico, comercial, industrial
ou para simples controle e aumento da recarga;

X - realizar melhorias técnicas e operacionais no sistema de abastecimento de água de


Sete Lagoas, desde a captação até o consumo final, visando com isso, aperfeiçoar a
prestação dos serviços, reduzindo perdas e custos;

XI - promover a manutenção sistemática dos equipamentos componentes do sistema de


abastecimento em operação;

XII - avaliar a necessidade de implantação de tecnologias de tratamento mais complexas,


além da desinfecção já realizada, visando sempre a garantia de distribuição de água dentro
dos padrões de qualidade exigidos pela legislação, como ação básica de saúde;

XIII - regularizar no IGAM a situação legal dos poços de captação de água para
abastecimento público mediante a obtenção de outorga, e exigir que a iniciativa privada adote
também as medidas necessárias nesse sentido;

XIV - disponibilizar, a qualquer tempo e hora, para consulta pública, informações


atualizadas e sistematizadas sobre a qualidade da água distribuída, com a manutenção de
registros sobre suas características;

XV - promover, viabilizar, incentivar toda e qualquer ação no sentido de proteger as áreas


de recarga no Município.

Subseção II
Do Esgotamento Sanitário

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22/68

O serviço público de esgotamento sanitário deverá assegurar à população o acesso a


Art. 39
um sistema de coleta e tratamento adequado dos esgotos e águas servidas, objetivando
minimizar os altos índices de doenças de veiculação hídrica, evitando situações de
insalubridade e danos ao meio ambiente particularmente quanto ao controle da poluição das
águas.

§ 1º O esgotamento sanitário abrangerá a coleta e tratamento das águas servidas e


matéria fecal presentes no esgoto doméstico, além dos resíduos orgânicos e efluentes
originários da atividade industrial.

§ 2º Os sistemas de esgotamento sanitário deverão observar critérios sanitários, sócio-


ambientais e de planejamento urbano.

§ 3º Os sistemas de esgotamento sanitário existentes com operação precárias serão


objeto de tratamento especial.

§ 4º O plano anual de priorização da execução de rede coletora de esgotos, elaborado


juntamente com a Concessionária, terá como critério básico o atendimento das demandas da
população, levando em conta a densidade de ocupação, o crescimento urbano e o
atendimento das atividades socioeconômicas.

§ 5º O sistema de saneamento ambiental deverá ser ampliado de modo a garantir a


eliminação do esgoto a céu aberto, tanto doméstico quanto industrial.

Art. 40 São diretrizes da política municipal de esgotamento sanitário:

I - universalizar o atendimento à demanda pelos serviços de esgotamento sanitário nas


áreas urbanas e rurais de Sete Lagoas, adequando o sistema à legislação pertinente e
realizando o tratamento dos efluentes;

II - garantir a manutenção plena de todas as unidades operacionais dos sistemas de


esgotamento sanitário;

III - implantar esgotos nas áreas desprovidas de redes, especialmente naquelas servidas
por fossas rudimentares, cujos esgotos são lançados na rede pluvial;

IV - regularizar as ligações clandestinas existentes e exigência do adequado tratamento


do esgoto sanitário, inclusive definindo norma específica para o tratamento preliminar dos
esgotos domésticos, no interior dos lotes;

V - realizar investimentos visando à normalização do serviço de esgoto e drenagem, com


objetivo principal de garantir saneamento, de modo que não haja contato direto dos habitantes
da cidade com os esgotos no meio onde permanecem ou transitam;

VI - criar programa de controle e tratamento especial de efluentes de empreendimentos

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23/68

potencialmente geradores de cargas poluidoras.

Subseção III
Da Drenagem Pluvial

Art. 41O serviço público de drenagem das águas pluviais do município objetiva o
gerenciamento da rede hídrica no território municipal, propiciando equilíbrio sistêmico de
absorção, retenção e escoamento das águas pluviais.

O Plano Setorial de Macro-drenagem deverá indicar intervenções estruturais, medidas


Art. 42
de controle e monitoramento, investigar os problemas atuais e potenciais oriundos da
expansão urbana e definir critérios para o uso do solo compatível aos serviços de drenagem,
considerando as bacias hidrográficas de Sete Lagoas e de seus municípios limítrofes e
definindo as obras emergenciais na rede de drenagem de águas pluviais.

Parágrafo Único. O município de Sete Lagoas deverá formar consórcios públicos visando
à realização conjunta de ações de controle e monitoramento da macro-drenagem das águas
pluviais.

Nos empreendimentos que possuam áreas superior a 5.000 m² (cinco mil metros
Art. 43
quadrados), o empreendedor deverá apresentar projeto específico de absorção e retenção de
águas pluviais de modo a garantir o equilíbrio do sistema.

§ 1º O empreendimento que apresentar área de impermeabilização do lote superior a 50%


(cinqüenta por cento) da área total, deverá compensar a área impermeabilizada mediante
implantação de sistema que garanta a drenagem de 30 l/ m2 (trinta litros por metro quadrado)
por hora com relação de área impermeabilizada. (Renumerado pela Lei Complementar
nº 269/2023)

§ 2º Mediante responsabilidade técnica do profissional competente, poderá o


empreendedor optar por apresentar novas tecnologias para aplicação no sistema de absorção
e retenção de águas pluviais, ou ainda a execução de meios alternativos, complementares ou
não, de sistema de drenagem pluvial, podendo a qualquer tempo o Município solicitar
comprovação da eficácia dos sistemas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 269/2023)

Art. 44 São diretrizes da política drenagem urbana:

I - investir na renaturalização e melhorias das calhas fluviais e na recuperação dos


sistemas de macro e micro-drenagem;

II - implantar medidas de prevenção de inundações, incluindo controle de erosão,


especialmente em movimentos de terra, controle de transporte e deposição de entulho e lixo,
combate ao desmatamento, assentamentos clandestinos e outros tipos de ocupações nas

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áreas com interesse para drenagem;

III - definir mecanismos de fomento para usos do solo compatíveis com áreas de
interesse para drenagem, como parques lineares, área de recreação e lazer, hortas
comunitárias e manutenção da vegetação nativa;

IV - ampliar e regularizar o sistema existente particularmente na área de inundação dos


cursos d`água, para evitar o assoreamento das lagoas e cursos d`água, e o seu
transbordamento nos períodos de chuvas críticas;

V - monitoramento e controle permanente das variáveis climáticas, com a instalação e


manutenção de estação meteorológica, com especial atenção para o regime de chuvas.

Subseção IV
Da Limpeza Pública

Art. 45 A política de Gestão de Resíduos Sólidos tem como objetivos:

I - promover a saúde pública;

II - proteger e melhorar a qualidade do meio ambiente urbano;

III - preservar os recursos naturais.

O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado dos Resíduos Sólidos Urbanos


Art. 46
(PGRSU) contemplará:

I - o diagnóstico e proposições com avaliação técnica, econômica e organizacional dos


roteiros e procedimentos para os serviços de varrição, capina, poda, coleta e destinação final
do lixo domiciliar, comercial, de saúde;

II - o manejo adequado de resíduos orgânicos provenientes de feiras, sacolões e da


coleta seletiva; gestão de resíduos especiais dos serviços de saúde, industriais, entulho,
pneus, bagulhos volumosos e outros;

III - o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos incrementando a coleta seletiva, com
inserção social de catadores e de carroceiros;

IV - a pesquisa de áreas para a implantação de aterros sanitários e de resíduos inertes


de construção civil;

V - o estudo de implantação de unidades de tratamento e destinação final e sua


implantação;

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VI - a descentralização das atividades de limpeza urbana;

VII - a determinação de indicadores de qualidade do serviço de limpeza urbana que


incorporem a pesquisa periódica de opinião pública;

VIII - o estabelecimento de valores remuneratórios para os serviços públicos de limpeza


urbana, com transparência e controle social;

IX - a cooperação com os municípios vizinhos a Sete Lagoas na política de gestão de


resíduos sólidos.

Parágrafo Único. O manejo dos Resíduos de Serviços de Saúde, entendido como a ação
de gerenciamento desde a geração nos estabelecimentos até a disposição final, deve prever a
segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento temporário, transporte, tratamento
preliminar e disposição final em consonância com o disposto na Resolução CONAMA
283/2001.

Art. 47 São diretrizes da política municipal de resíduos sólidos:

I - implantar programas destinados à realização de coleta seletiva e incentivo à


reciclagem de resíduos sólidos urbanos, apoiando técnica e financeiramente a criação de
cooperativas, associações e empresas dedicadas a essa atividade;

II - implementar gestão eficiente e eficaz do sistema de limpeza urbana, garantindo a


prestação dos serviços essenciais à totalidade da população, o tratamento e a disposição final
ambientalmente adequada dos resíduos remanescentes;

III - sensibilizar a população para minimizar a quantidade de resíduos sólidos gerados por
meio da redução, da reutilização, da reciclagem e da mudança de padrões de consumo;

IV - estimular o uso, reuso e reciclagem de resíduos, em especial, os resíduos inertes da


construção civil;

V - implementar o tratamento e a disposição final ambientalmente adequados dos


resíduos remanescentes, respeitadas as normas ambientais vigentes;

VI - coibir a disposição inadequada de resíduos sólidos mediante programas de educação


ambiental, oferta de instalações adequadas a sua disposição, bem como a fiscalização
efetiva;

VII - controlar as fontes de geração de resíduos nocivos à saúde e fomentar e incentivar


a utilização de alternativas com menor grau de nocividade e comprometimento dos recursos
naturais;

VIII - estimular a gestão compartilhada e o controle social do sistema de limpeza pública;

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IX - estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a implementação de novas técnicas de


gestão, coleta, operação, tratamento e disposição final de resíduos sólidos;

X - reduzir a distância entre as fontes geradoras de resíduos e os centros de recepção e


tratamento, dividindo a cidade por regiões e envolvendo outros municípios da região;

XI - garantir o direito do cidadão de ser informado, pelo gestor do sistema e pelo Poder
Público, sobre custos e potencial de degradação ambiental dos resíduos e sobre a qualidade
dos serviços ofertados;

XII - integrar, articular e cooperar com os municípios da região de Sete Lagoas para o
tratamento e a destinação dos resíduos sólidos.

CAPÍTULO V
DAS POLÍTICAS DA HABITAÇÃO

A Política Municipal de Habitação tem por objetivo universalizar o acesso à moradia


Art. 48
com condições adequadas de habitabilidade, priorizando os segmentos sociais vulneráveis,
mediante instrumentos e ações de regulação normativa, urbanística, jurídico-fundiária e de
provisão.

Art. 49 São diretrizes da política municipal de habitação:

I - garantir o direito à moradia digna a todos os moradores do município;

II - elaborar o Plano Municipal de Habitação Popular;

III - integrar projetos e ações da Política Municipal de Habitação com as demais políticas
e ações públicas de desenvolvimento municipal, regional, estadual e federal, favorecendo a
implementação de ações integradas e sustentáveis;

IV - estabelecer políticas e programas de regularização fundiária sustentável de


assentamentos informais, investindo em obras de urbanização e de infra-estrutura, para
requalificação de áreas propícias à moradia dos setores populares, com qualidade urbana e
ambiental.

V - promover o reassentamento dos moradores em áreas de risco, preferencialmente na


mesma região;

VI - ampliar a oferta de terras para a Política Municipal de Habitação a partir da


disponibilidade de imóveis públicos e privados, em consonância com os instrumentos previstos
no Estatuto da Cidade;

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VII - incentivar e apoiar o desenvolvimento de programas de habitação de interesse


social pela iniciativa privada;

VIII - estimular formas consorciadas para produção de moradias interesse social com a
participação do Poder Público, da iniciativa privada e da comunidade;

IX - assegurar assistência técnica gratuita às famílias de baixa renda, para projeto e


construção de habitação de interesse social, conhecido como engenharia e arquitetura
públicas, utilizando para tanto parcerias com instituições de ensino;

X - criar e delimitar zonas especiais de interesse social;

XI - estimular o uso de mecanismos que garantam a matriz financeira e energética das


famílias de baixa renda, por meio, entre outros, do uso de coletores solares para o
aquecimento de água.

§ 1º O município buscará cooperação com a União e com o Estado na solução das


questões habitacionais.

§ 2º Os programas de regularização fundiária sustentável de assentamentos informais


devem ser conduzidos pelo Poder Público em parceria com a população beneficiária e
contemplar as dimensões jurídica, urbanística e social para a legalização da permanência de
moradores de áreas urbanas ocupadas irregularmente para fins de moradia, com a promoção
de melhorias no ambiente urbano e na qualidade de vida do assentamento.

§ 3º O Plano Municipal de Habitação constará de:

I - elaboração de diagnóstico sobre as necessidades habitacionais, quantificando e


qualificando as demandas por regularização urbanística, jurídico-fundiária e de provisão;

II - definição de indicadores e de parâmetros para avaliação permanente das


necessidades, das ações e da qualidade das intervenções;

III - estabelecimento de critérios, prioridades e metas de atendimento.

CAPÍTULO VI
DO SISTEMA VIÁRIO E DO TRANSPORTE

Art. 50A Política Municipal de Transporte abrange a garantia de acessibilidade e circulação


adequada, priorizando o transporte público de qualidade, custo acessível e em quantidade
compatível com o atendimento à demanda da população, a implantação de um Plano de
Classificação Viária, a garantia de melhorias no tráfego, controle do ruído e da poluição
atmosférica e o controle pelo setor público da qualidade da prestação do serviço.

Art. 51

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Art. 51 O Sistema de Transporte Municipal é formado pelos serviços de transportes de


passageiros e de mercadoria, pelos abrigos e estações de passageiros e pelos operadores de
tais serviços, submetidos à regulamentação específica para sua execução.

Parágrafo Único. O Sistema de Transporte Municipal deverá adotar modelo de gestão


que propicie a regulação de suas atividades, em observância aos princípios da
economicidade, eficiência, publicidade e gestão democrática na prestação dos serviços.

Art. 52 São objetivos da política municipal de transporte:

I - articular e integrar os componentes estruturadores da mobilidade - trânsito, transporte,


sistema viário, educação de trânsito e integração regional - de forma a assegurar o direito de
ir e vir, com sustentabilidade, economicidade e qualidade de vida;

II - elaborar Plano de Classificação e Circulação Viária;

III - priorizar as vias arteriais e os principais corredores de transporte urbano da cidade,


garantindo fluidez e segurança para os pedestres e veículos;

IV - implantar Programa de hierarquização física e funcional do sistema viário, prevendo


áreas de circulação e estacionamento onde se fizer necessário;

V - garantir integração viária e de transporte coletivo entre os diversos bairros e


povoados do município;

VI - dar continuidade à abertura da avenida Perimetral, propiciando assim o acesso a


todas as áreas da cidade;

VII - executar obras viárias de pequeno e médio porte, com intervenções em pontos de
conflito localizado, minimizando congestionamentos e contribuindo para a fluidez do tráfego;

VIII - caracterizar os usos não-habitacionais geradores de interferência no tráfego,


entendidos com aqueles que geram fluxo concentrado em determinados horários, aplicando-
lhe exigências quanto ao uso e ocupação do solo, normas edilícias e esquemas especiais de
circulação, acesso e saída de veículos;

IX - priorizar o transporte coletivo sobre o individual;

X - municipalizar a gestão do sistema de transporte coletivo, para garantir a prevalência


do interesse coletivo nas decisões relativas à circulação, freqüência, itinerários, pontos de
parada, tarifas, idade da frota e controle da poluição atmosférica e do ruído;

XI - compatibilizar o planejamento dos transportes coletivos com as demandas


detectadas;

XII - introduzir de novas tecnologias na implantação dos sistemas de transporte público,

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objetivando o desenvolvimento ecologicamente sustentável da cidade e atender às


necessidades e demanda de serviços da população;

XIII - garantir tarifas adequadas no Sistema de Transporte Público e uma malha viária
livre de obstáculos, possibilitando a inclusão das pessoas portadoras de deficiência e/ou com
mobilidade reduzida;

XIV - priorizar o transporte não motorizado, estimulando o uso de bicicletas com a


implantação gradativa de ciclovias, apoiadas por uma rede de estacionamentos apropriados
nas principais vias de tráfego e demais áreas públicas, visando proporcionar a melhoria da
qualidade ambiental da cidade e da mobilidade urbana;

XV - formular e implementar uma política de educação de trânsito em parceria com a


Polícia Militar de Minas Gerais;

XVI - regular o tráfego e o horário de circulação de transporte de cargas e mercadorias na


área central;

XVII - elaborar estudo para aproveitar o sistema ferroviário existente num sistema
multimodal de transporte de cargas articulando com o porto seco e rodoviário;

XVIII - regular a instalação e manutenção de sinalização adequada e de equipamentos


urbanos de controle de tráfego.

Seção I
Da Acessibilidade Urbana

A acessibilidade urbana é a função pública destinada a garantir o acesso ao conjunto


Art. 53
de infra-estruturas, veículos, equipamentos utilizados para o deslocamento, controle e
circulação de pessoas, bens e animais, obedecendo aos princípios de adequabilidade e
adaptabilidade para pessoas portadoras de necessidades especiais.

Parágrafo Único. Na promoção da acessibilidade urbana, deverão ser observadas as


regras específicas previstas na legislação federal, estadual e municipal, assim como nas
normas técnicas editadas pelos órgãos competentes, inclusive as de acessibilidade da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.

Art. 54O Município deverá criar o Programa de Acessibilidade Urbana de Sete Lagoas
destinado a garantir o acesso de todas as pessoas aos espaços, equipamentos, meios de
transporte e comunicação, visando a assegurar os direitos fundamentais da pessoa humana,
priorizando as pessoas com restrições de mobilidade.

Art. 55 São diretrizes gerais do Programa de Acessibilidade Urbana de Sete Lagoas:

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I - garantir a mobilidade como condição essencial para o acesso das pessoas às funções
urbanas, considerando os deslocamentos metropolitanos, a diversidade social e as
necessidades de locomoção, em especial das pessoas portadoras de necessidades especiais
e com mobilidade reduzida;

II - integrar as políticas de transporte, trânsito, uso e controle do solo urbano;

III - estruturar um sistema de transporte público terrestre que possibilite a inclusão de


pessoas portadoras de necessidades especiais;

IV - manter as calçadas como parte integrada do Sistema de Acessibilidade Urbana, para


garantir a circulação e a segurança dos pedestres;

V - criar legislação para normatizar a instalação de passeios, visando a melhoria das


condições de circulação e de acesso para pedestres de maneira geral e para os portadores de
necessidades especiais em particular, promovendo condições favoráveis para a arborização
urbana, instalação de iluminação pública e de sinalização.

Parágrafo Único. As políticas públicas relativas à acessibilidade urbana devem ser


orientadas para a inclusão social e responder às demandas da população em termos de
eqüidade e segurança.

CAPÍTULO VII
DAS POLÍTICAS DE CONFORTO AMBIENTAL E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Art. 56 São diretrizes para a política municipal de conforto ambiental:

I - identificar, monitorar e preservar os principais canais de ventilação da cidade;

II - assegurar o acesso aos recursos ambientais de insolação, ventilação e iluminação


naturais em todo o município;

III - evitar o adensamento e a verticalização da região central e das zonas de


escoamento principais de vento na sede urbana;

IV - promover uma acústica ambiental sustentável, garantindo a saúde, a segurança, o


prazer e o sossego de toda comunidade;

V - implementar um programa municipal do silêncio;

VI - exigir Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV)


para a implantação de atividades que possam gerar impactos, principalmente quanto aos
empreendimentos industriais de impacto sócio-ambiental.

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§ 1º Criar um Programa de Monitoramento da Qualidade do Ar, visando reduzir a poluição


atmosférica, devendo esse tipo de impacto ser mitigado por meio de ações que reduzam a
poluição a níveis toleráveis.

§ 2º Proibir a instalação de novas atividades poluentes do ar em toda a área do


município.

CAPÍTULO VIII
DAS AÇÕES PRIORITÁRIAS

São ações prioritárias para implementação das diretrizes de desenvolvimento urbano


Art. 57
municipal:

I - programa de apoio ao turismo;

II - programa de geração de emprego e renda, principalmente para a população de baixa


renda;

III - cursos profissionalizantes;

IV - melhoria das ligações viárias entre os bairros;

V - programa de regularização fundiária; (Vide Lei Complementar nº 154/2012)

VI - programa de produção de unidades habitacionais de interesse social;

VII - criação de oficinas-escola de produção artística e formação de mão-de-obra para


manutenção do patrimônio cultural;

VIII - programa de monitoramento de poluição atmosférica;

IX - saneamento dos córregos e recuperação dos seus vales;

X - programas de atendimento de iluminação pública urbana e rural;

XI - programas educativos de valorização da água e uso do esgoto sanitário, do resíduo


sólido e da drenagem;

XII - programa de manutenção de áreas verdes;

XIII - proteção das áreas de recarga de aqüífero;

XIV - proteção do patrimônio natural, arqueológico e histórico do município;

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XV - estudo de viabilidade para criação de novos eixos viários para trânsito de veículos
pesados;

XVI - elaborar plano de classificação viária e circulação;

XVII - construir velório público, atendendo critérios locacionais adequados;

XVIII - programa de geração de emprego e renda, principalmente para a população de


baixa renda;

TÍTULO IV-A
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

Art. 57-AO ordenamento territorial visa à construção de uma sociedade justa, fisicamente
ordenada e economicamente sustentável, pressupondo o conhecimento aprofundado da
realidade, considerando-se as especificidades, os principais problemas e as potencialidades
de cada espaço.

§ 1º A identificação e a definição das diretrizes e dos instrumentos adequados à


resolução dos problemas existentes na perspectiva do ordenamento territorial terão por base o
reconhecimento das características urbanas e rurais evidenciadas.

§ 2º O ordenamento territorial se configura pela distribuição dos seus ambientes naturais,


do seu conjunto edificado formal e informal, caracterizado por seus diversos usos e funções,
dos sistemas de infraestrutura e dos equipamentos públicos.

§ 3º O ordenamento territorial deve considerar os seguintes fatores:

I - a rede hídrica da cidade, formada pelos cursos d`água e lagoas, entendida, no


conjunto dos demais elementos naturais, como importante sistema estruturador do
ordenamento territorial da cidade;

II - as áreas com potencial espeleológico, hidrogeólógio e arqueológico, como forma de


assegurar o patrimônio natural existente, promovendo o equilíbrio do ecossistema;

III - os sistemas de saneamento ambiental, como elemento essencial para a melhoria das
condições de habitabilidade, de saúde pública e de sustentabilidade no uso dos recursos
naturais;

IV - os sistemas viário e de transporte, como infraestrutura integradora das diversas


partes da cidade, conectada aos demais municípios metropolitanos, garantindo a mobilidade
das pessoas e a circulação dos bens e serviços;

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V - a distribuição dos espaços públicos, equipamentos urbanos e serviços sociais, como


meio de promoção de uma maior eqüidade social e espacial da coletividade;

VI - a localização dos assentamentos populares;

VII - a distribuição espacial dos usos e atividades urbanas, com vistas a:

a) garantir a multiplicidade de usos nas diversas partes do território do município, visando


estimular a instalação de atividades econômicas de comércio, serviço e indústria, compatíveis
com a capacidade da infraestrutura urbana, considerando a aplicação dos instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade e contribuindo para a redução dos deslocamentos;
b) promover a requalificação, a dinamização e a criação de novas centralidades, centros
secundários e de eixos de atividades múltiplas;
c) potencializar as infraestruturas e espaços públicos;
d) adequar e direcionar as ofertas de infraestrutura e serviços urbanos à distribuição
físico-espacial das diversas demandas do uso habitacional e das atividades econômicas,
garantindo a acessibilidade e co-responsabilizando os diversos segmentos envolvidos na
produção da cidade com a justa distribuição do processo de urbanização da cidade;
e) potencializar a ocupação de áreas para instalação de empreendimentos habitacionais
e de atividades econômicas, especialmente os indutores de urbanização, requalificação
urbana ou desenvolvimento econômico, com base na infra - estrutura instalada e mediante a
aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade;
f) planejar e estimular a ocupação de áreas não utilizadas e subtilizadas, dotadas de
infraestrutura;
g) regular atividades incômodas e empreendimentos de impacto social, ambiental,
econômico e urbanístico.

VIII - a promoção da regulação da ocupação do solo, como forma de controlar o


adensamento em áreas com infraestrutura saturada;

IX - a urbanização e a qualificação da infraestrutura e habitabilidade nas áreas de


ocupação precária e em situação de risco. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

CAPÍTULO I
DO ZONEAMENTO (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-B O território municipal de Sete Lagoas compõe-se das seguintes zonas:

I - Zona Urbana;

II - Zonas de Expansão Urbana;

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III - Zonas de Urbanização Específica;

IV - Zona Rural.

§ 1º A Zona Urbana compreende áreas ocupadas e diferenciadas pela tipologia de


ocupação e de uso do solo diversificado.

§ 2º A Zona de Expansão Urbana é constituída de áreas ainda não ocupadas onde


poderá ocorrer o parcelamento do solo para fins urbanos.

§ 3º A Zona Urbana e a Zona de Expansão Urbana estão contidas por um Perímetro


Urbano aprovado por lei.

§ 4º As Zonas de Urbanização Específica, definidas pela Lei Federal nº 6.766/1979, que


tratam do Parcelamento do Solo Urbano, são ocupações urbanas constituindo núcleos ou
loteamentos isolados, aglomerações e povoados com características urbanas, muitas vezes
dispersas pelo território municipal, desarticulados entre si, em alguns casos caracterizando
parcelamentos rurais desmembrados irregularmente, sendo que muitas dessas áreas de
urbanização específica apresentam ilegalidades, as quais deverão ser objeto de projetos
detalhados de regularização da situação fundiária em que se encontram a serem definidos
pela Lei de Uso e Ocupação do Solo.

§ 5º A Zona Rural é aquela externa ao perímetro urbano da cidade de Sete Lagoas


aprovado por lei e aos perímetros urbanos das demais zonas de urbanização específica
definidos pelos projetos a serem elaborados para as Áreas de Preservação Ambiental - APA`s
e Área de Diretrizes Especiais - ADE`s, conforme parágrafo anterior. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 223/2019)

CAPÍTULO II
DA ZONA URBANA (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-C A Zona Urbana da cidade de Sete Lagoas divide-se em:

I - Zonas de Uso Preferencialmente Residencial - ZUR: áreas ocupadas, representando


bairros da cidade, ou áreas já parceladas ou a serem parceladas em conformidade com a ZEU
- Zona de Expansão Urbana, definida pela Lei de Parcelamento do Solo e pela Lei de Uso e
Ocupação do Solo, que deverão ser mantidas preferencialmente com baixa ou média
densidade de ocupação;

II - Zona Urbana de Habitação de Interesse Social - ZUR Social: áreas já parceladas ou a


serem parceladas, destinadas à baixa ou média densidade de ocupação e à habitação de
interesse social, em conformidade com a ZEUIS - Zona de Expansão Urbana de Interesse
Social definida pela Lei de Parcelamento do Solo e pela Lei de Uso e Ocupação do Solo;

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III - Zona das Ambiências do Patrimônio Cultural - ZAPC: zona constituída por terrenos
localizados no entorno de monumentos tombados pelo Conselho Municipal do Patrimônio
Cultural de Sete Lagoas - COMPAC e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional - IPHAN;

IV - Zona das Ambiências dos Monumentos Paisagísticos Naturais - ZAMP: zona


constituída por terrenos localizados no entorno das Lagoas do Paulino, do Mucuri, do José
Felix, do Matadouro, do Cercadinho, da Chácara, da Catarina e da Boa Vista, onde deverá ser
mantida baixa densidade para promover a valorização do monumento existente;

V - Zona do Centro Comercial e Área de Influência - ZC Centro Comercial: áreas


destinadas à média densidade de ocupação, que integram o Centro Comercial de Sete
Lagoas, conforme Lei de Uso de Ocupação do Solo, apresentando lotes de dimensões
variadas por ser uma área de ocupação mais antiga;

VI - Zonas Comerciais e de Serviços Sub-Centros - ZC Sub-Centros: áreas parceladas e


ocupadas, passíveis de renovação urbana em termos de incentivo à constituição de Sub-
Centros Comercial e de Serviços para descompressão do atual Centro Comercial;

VII - Zonas de Atividades Econômicas - ZAE: áreas destinadas à média densidade de


ocupação, internas ao perímetro urbano, correspondendo às áreas lindeiras às vias coletoras
ou arteriais existentes ou a serem implantadas nas Zonas de Expansão Urbana definidas pela
Lei de Parcelamento do Solo e pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, bem como às áreas
lindeiras ao Rodoanel Viário Urbano;

VIII - Zona Especial de Atividades de Estudos e Pesquisas - ZEEP: área de comodato da


EMBRAPA/CNPMS - Centro Nacional de Pesquisa em Milho e Sorgo, com a Unidade da
UFSJ - Universidade Federal de São João Del Rei;

IX - Zonas Industriais - ZIND: áreas destinadas à baixa ou medida densidade de


ocupação, internas ao perímetro urbano, e também situadas nas proximidades de Rodovias ou
às áreas marginais da Rodovia BR 040;

X - Zonas Especiais de Projetos - ZEP: áreas destinadas a projetos e estudos


específicos a serem definidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo;

XI - Zona Urbana de Preservação Permanente - ZUPP: compreende áreas não


parceladas e/ou não ocupadas dentro do perímetro urbano, consideradas de preservação
permanente pelo Código Florestal - Lei Federal nº 12.651 de 25/05/2012, pela Lei Estadual nº
20.922 de 16/10/2013, que aprova as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no
Estado, Lei Complementar Municipal nº 68 de 28/01/2002, que dispõe sobre a Política
Municipal de proteção, controle e conservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade
de vida no Município de Sete Lagoas, notadamente as faixas marginais dos cursos d`água e
das lagoas;

XII - Zona de Preservação da Paisagem da Serra Santa Helena - ZPP Serra Santa

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Helena: região compreendida entre a cota 900 da encosta da Serra de Santa Helena e as vias
públicas Avenida Dalton, Avenida Cornélio Viana, Rua Presidente Kennedy, Avenida Villa
Lobos, Rua Professor Abeylard, Avenida Getúlio Vargas, Rua Benedito Valadares, Praça
Arthur Higino Dias, Rua Cachoeira da Prata, Praça Evaristo S. de Paula e diretriz viária
situada aproximadamente a 150m do eixo da Avenida Doutor Sebastião de Paula Silva, Praça
do Lions, definidas Avenida Otávio Campelo Ribeiro até a Rodovia BR 040;

XIII - Zonas de Expansão Urbana - ZEU: áreas contidas dentro do perímetro urbano,
definidas e classificadas pela Lei de Parcelamento do Solo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

CAPÍTULO III
DA ZONA RURAL (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-D A Zona Rural subdivide-se em:

I - Zona Rural de Preservação Permanente - ZRPP;

II - Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável - ZRDS.

§ 1º A Zona Rural de Preservação Permanente - ZRPP compreende áreas externas aos


Perímetros Urbanos e aos Perímetros das ADE`s - Áreas de Diretrizes Especiais e serão
consideradas de preservação permanente, de acordo o Código Florestal - Lei Federal nº
12.651 de 25/05/2012, a Lei Estadual nº 20.922 de 16/10/2013, que aprova as políticas
florestal e de proteção à biodiversidade no Estado, a Lei Complementar Municipal nº 68 de
28/01/2002, que dispõe sobre a Política Municipal de proteção, controle e conservação do
meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida no Município de Sete Lagoas, bem como
as áreas ocupadas por matas nativas e cobertura vegetal de interesse para preservação, as
áreas marginais a cursos d`água e a lagoas, áreas de proteção de mananciais, áreas
descritas e protegidas pela legislação ambiental vigente.

§ 2º Serão consideradas, ainda, de preservação permanente demais áreas que, a critério


do Governo Municipal e do CODEMA, ouvidos também o Conselho Municipal de
Desenvolvimento e o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, sejam consideradas de
interesse para a preservação, tendo em vista o benefício coletivo, a qualidade dos recursos
hídricos e a conciliação entre as transformações do sítio natural pela localização de atividades
e a manutenção do equilíbrio do ecossistema existente, em um processo de desenvolvimento
sustentável.

§ 3º A Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável - ZRDS compreende as áreas rurais


não classificadas como ZRPP onde serão permitidas atividades rurais voltadas para a
produção agropecuária, para a agricultura orgânica, silvicultura e, ainda, hotéis fazenda,
clubes campestres para lazer e similares, podendo as glebas ser desmembradas em módulos
mínimos de acordo com o disposto na Lei de Parcelamento do Solo e em conformidade com o

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módulo mínimo do INCRA para o município, atendendo aos parâmetros gerais para a
ocupação do solo definidos na Lei de Uso e Ocupação do Solo.

§ 4º Havendo solicitação para projeto de desmembramento de grandes glebas no módulo


mínimo do INCRA, o projeto, bem como as obras necessárias à instalação dos usos ali
permitidos estarão sujeitos ao processo de aprovação pelo Município, licenciamento ambiental
pelo CODEMA, no âmbito de sua competência, ao licenciamento ambiental por parte dos
órgãos estaduais responsáveis pela preservação dos recursos hídricos e preservação da
cobertura vegetal, bem como à deliberação do Conselho Municipal de Desenvolvimento em
termos da preservação das áreas potencialmente indicadas para o desenvolvimento de
atividades de turismo ecológico, turismo rural, tendo em vista o desenvolvimento econômico
sustentável. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-E Nas subdivisões da Zona Rural os usos permitidos serão:

I - Zona Rural de Preservação Permanente - ZRPP: serão permitidos os usos


compatíveis com os objetivos de sua preservação, podendo ali ser implantados Parques e
Reservas Ecológicas abertos ou não à visitação pública, a pesquisas científicas e culturais e
ao turismo, atendendo para isto os critérios de instalação e operação dos órgãos públicos de
controle ambiental;

II - Zona Rural de Desenvolvimento Sustentável - ZRDS: usos relacionados a atividades


de agricultura e pecuária, agricultura orgânica, criação de pequenos animais, apicultura,
piscicultura, silvicultura, empreendimentos isolados compatíveis com o meio ambiente e com o
meio rural como turismo ecológico, turismo rural, recreação e lazer, observando-se os
condicionantes relacionados à legislação ambiental.

Parágrafo único. As atividades decorrentes dos usos permitidos na zona rural estarão
sujeitas ao cumprimento da legislação ambiental vigente e ao licenciamento ambiental por
parte dos órgãos competentes no âmbito federal, estadual, ou municipal, devendo o município
exercer ação fiscalizadora a respeito, informando, quando couber, aos órgãos competentes
dos demais níveis de governo, para as providências que se fizerem necessárias. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

CAPÍTULO IV
DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DO ESTATUTO DA CIDADE - LEI FEDERAL Nº
10.257/2001 (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção I
Do Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

Art. 57-F

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Art. Conforme art. 5º da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, o


57-F
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado, ou não utilizado, poderão ser determinados pelo Município por meio de Lei
Municipal específica, fixando prazos e condições para a implementação das referidas
obrigações.

§ 1º A aplicação do Parcelamento Compulsório no Município de Sete Lagoas deverá


considerar os vazios urbanos existentes e áreas integrantes das zonas de expansão urbana
internas ao perímetro urbano definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, cujos limites e
situação fundiária serão conhecidos após a atualização do cadastro imobiliário.

§ 2º Os imóveis referidos no parágrafo anterior serão considerados subutilizados,


independente do tamanho da gleba, quando tiverem fácil acesso a equipamentos públicos e
infraestrutura urbana disponíveis em áreas limítrofes, e sua utilização deverá ser objeto de
deliberação do Conselho Municipal de Desenvolvimento. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

A Lei de Uso e Ocupação do Solo definirá as áreas e terrenos prioritários para a


Art. 57-G
aplicação da utilização ou edificação compulsórias no Município de Sete Lagoas, a serem
delimitados e caracterizados através da atualização do cadastro imobiliário, localizados em
parcelamentos aprovados, implantados e servidos com, no mínimo:

I - vias de acesso abertas e pavimentadas com meio fio e sarjeta;

II - serviços de infraestrutura relacionados à rede de abastecimento de água, iluminação


pública, rede de coleta de esgotos sanitários, dispositivos de drenagem em pontos críticos,
coleta de lixo e transporte urbano.

§ 1º A utilização ou edificação compulsórias poderão, ainda, serem aplicadas em outras


zonas urbanas que disponham dos serviços constantes dos incisos I e II deste artigo, em
imóveis que forem identificados a partir da atualização do cadastro imobiliário e estiverem
localizados em parcelamentos aprovados e implantados, devendo ser objeto de deliberação
do Conselho Municipal de Desenvolvimento.

§ 2º A atualização cadastral poderá indicar a possibilidade de isentar da compulsoriedade


para utilização ou edificação, terrenos ou lotes legalizados, com áreas inferiores ao lote padrão
predominante nos parcelamentos existentes e cujo proprietário tenha apenas um lote,
devendo esta questão ser submetida à deliberação do Conselho Municipal de
Desenvolvimento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

São procedimentos para a aplicação do parcelamento, edificação ou utilização


Art. 57-H
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado:

I - o proprietário do imóvel será notificado pelo Poder Público Municipal e a notificação


deverá ser averbada no cartório de registro de imóveis devendo, portanto, o imóvel estar
regular em termos da escritura e do registro;

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II - a notificação referida no inciso anterior deverá ser feita ao proprietário do imóvel,


pessoa física ou pessoa jurídica, por servidor municipal lotado no órgão competente, sendo
que após três tentativas frustradas, a notificação deverá ser feita por edital;

III - os prazos relativos ao cumprimento do art. 5º da Lei Federal nº 10.257/2001 não


poderão ser inferiores a 01 (um) ano a partir da notificação, para que seja protocolado o
projeto, e a 02 (dois) anos, a partir da aprovação do projeto, para iniciar as obras do
empreendimento;

IV - para empreendimentos de grande porte, poderá ser prevista a conclusão em etapas,


mas o projeto deve compreender o empreendimento como um todo e ser aprovado de acordo
com a Lei de Uso e Ocupação do Solo. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

Conforme o art. 46 da Lei Federal nº 10.257/2001, o Poder Público poderá facultar


Art. 57-I
aos proprietários de áreas atingidas pelo parcelamento, a edificação ou a utilização
compulsórios do solo urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado, o estabelecimento
de consórcio imobiliário como forma de viabilização financeira do aproveitamento do imóvel.

§ 1º O consórcio imobiliário, em conformidade com o art. 46 da Lei Federal nº


10.257/2001, é a forma de viabilização de planos de urbanização ou edificação por meio da
qual o proprietário transfere ao Poder Público Municipal seu imóvel e, após a realização das
obras, recebe, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou
edificadas.

§ 2º Para a aplicação do consórcio imobiliário é necessário o conhecimento sobre a


situação do imóvel quanto à regularização fundiária, a partir da atualização do cadastro
imobiliário.

§ 3º O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário deverá


corresponder ao valor do imóvel antes da execução das obras.

§ 4º Em conformidade com o parágrafo 2º do art. 8º da Lei Federal nº 10.257/2001 -


Estatuto da Cidade, o valor real da indenização deverá refletir o valor da base de cálculo do
IPTU, descontado o montante incorporado em função das obras realizadas pelo Poder Público
na área onde o mesmo se localiza após a notificação dada ao proprietário, e não deverá
computar expectativas de ganho, lucros cessantes e juros compensatórios. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção II
Do Iptu Progressivo no Tempo (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-J

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Art. 57-JConforme artigo 7º da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, será


aplicado o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU Progressivo no
Tempo, mediante a majoração da alíquota deste imposto pelo prazo de 05 (cinco) anos
consecutivos, no caso do descumprimento do artigo 5º do mesmo diploma, relacionado ao
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado, ou não utilizado.

§ 1º O valor da alíquota a ser aplicada a cada ano será fixado em lei especifica e não
excederá a duas vezes o valor referente ao ano anterior, respeitada a alíquota máxima de
15% (quinze por cento).

§ 2º É vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação progressiva,


conforme parágrafo 3º do artigo 7º da Lei Federal nº 10.257/2001.

§ 3º O IPTU Progressivo no Tempo poderá ser aplicado em todo o perímetro urbano, em


conformidade com o estabelecido em lei específica. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida em 05 (cinco)


Art. 57-K
anos, o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até que se cumpra a referida
obrigação, garantida a prerrogativa prevista no art. 8º da Lei Federal nº 10.257/2001, que se
refere à desapropriação do imóvel, após decorridos o referido prazo sem que o proprietário
tenha cumprido a obrigação do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo
urbano não edificado, subutilizado, ou não utilizado.

§ 1º O pagamento da desapropriação poderá ser feito em títulos da dívida pública, que


serão emitidos pelo Município, mediante prévia autorização do Senado, e serão resgatados no
prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor
real da indenização e os juros legais de 6% (seis por cento) ao ano, em conformidade com o
art. 8º da Lei Federal nº 10.257/2001.

§ 2º Após o imóvel ser incorporado ao patrimônio público, o Município deverá dar


adequado aproveitamento ao mesmo, no prazo máximo de 05 (cinco) anos, diretamente ou
por meio de alienação ou concessão a terceiros, por meio de licitação, garantindo-se ao
adquirente do imóvel as mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização
definidas no art. 5º da Lei Federal nº 10.257/2001.

§ 3º Os imóveis desapropriados serão utilizados para a construção de habitações de


interesse social, equipamentos sociais urbanos, ou serem destinados a outros usos, no
interesse coletivo, devendo ser objeto de deliberação por parte do Conselho Municipal de
Desenvolvimento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção III
Do Direito de Preempção (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

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O direito de preempção confere ao Poder Público Municipal a preferência para a


Art. 57-L
aquisição de imóvel urbano que está sendo objeto de alienação onerosa entre particulares.

§ 1º Conforme o artigo 25 da Lei Federal nº 10.257/2001, o Município deverá delimitar


áreas onde irá incidir o direito de preempção, fixando prazo de vigência, não superior a 05
(cinco) anos, que poderá ser renovado a partir de um ano após o decurso do prazo inicial de
vigência.

§ 2º O direito de preempção deverá ser exercido sempre que o Poder Público necessitar
de áreas para uma ou mais das seguintes finalidades:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico; (Redação


acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-MO direito de preempção no Município de Sete Lagoas deverá incidir sobre as áreas
para regularização fundiária, áreas marginais aos fundos de vale, áreas de proteção de
nascentes, áreas de risco geológico, notadamente localizadas no relevo cárstico, demais
áreas de risco, áreas a serem definidas como unidades de preservação ambiental, áreas para
programas habitacionais, áreas de transição entre unidades de preservação ambiental e
parcelamentos existentes, áreas para espaços/equipamentos públicos de interesse
sócio/cultural e/ou recreação e lazer, áreas necessárias à implantação do sistema viário
estrutural correspondente às vias arteriais e coletoras, demais áreas e edificações de
interesse histórico, arquitetônico, cultural e paisagístico, no interesse público e coletivo.

Parágrafo único. A incidência do direito de preempção deverá ser discutida no âmbito do


Conselho Municipal de Desenvolvimento e ser objeto de deliberação e fiscalização por parte
deste Conselho. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-N A delimitação das áreas onde deverá incidir o direito de preempção, bem como sua

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situação fundiária serão conhecidas após a atualização do cadastro imobiliário que indicará a
real possibilidade da incidência do direito de preempção, uma vez que a alienação de imóveis
irregulares sem escritura e registro na área urbana, entre particulares, é feita informalmente
por meio de um simples contrato de compra e venda, impossibilitando o município de declarar
a preferência de compra.

Parágrafo único. A definição das áreas prioritárias para a incidência do direito de


preempção, tendo em vista uma distribuição justa de benefícios, deverá ocorrer a partir da
atualização do cadastro imobiliário. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-OO direito de preempção com o objetivo de regularização fundiária deverá,


prioritariamente, incidir nas áreas de ocupação informal, em situação de risco, não dotadas de
infraestrutura e ocupadas por população de baixa renda, consideradas áreas de interesse
social.

Parágrafo único. Para as demais finalidades de utilização das áreas listadas no art. 57-L,
§2º, desta Lei Complementar, a incidência do direito de preempção deverá ocorrer após a
regularização fundiária dos imóveis que se encontram em situação irregular, observado o
disposto na Lei Municipal de Parcelamento do Solo. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

Declarada a preempção de um imóvel pelo Município, deverão ser realizados os


Art. 57-P
seguintes procedimentos, conforme art. 27 da Lei Federal nº 10.257/2001:

I - o proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel e o Município deverá


manifestar seu interesse em comprar, no prazo máximo de 30 (trinta) dias;

II - à notificação o proprietário deverá anexar proposta de compra assinada por terceiro,


interessado na compra do imóvel, constando o preço, condições de pagamento e prazo de
validade;

III - o Município deverá publicar em órgão oficial, ou em um jornal local, ou regional de


grande circulação, edital de aviso da notificação recebida e da intenção de aquisição do
imóvel nas condições da proposta apresentada;

IV - se transcorrido o prazo de 30 (trinta) dias sem manifestação do Município, o


proprietário fica autorizado a realizar a alienação para terceiros, nas condições da proposta
apresentada;

V - concretizada a venda para terceiros, o proprietário fica obrigado a apresentar ao


Município, no prazo de 30 (trinta) dias, cópia do instrumento público de alienação do imóvel;

VI - se a alienação for feita em condições diversas da proposta apresentada, fica anulada


de pleno direito, hipótese em que o Município poderá adquirir o imóvel pelo valor da base do
IPTU, ou pelo valor da proposta apresentada, se este for inferior àquele. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 223/2019)

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Seção IV
Da Transferência do Direito de Construir (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

Art. 57-QEm conformidade com o artigo 35 da Lei Federal nº 10.257/2001, o proprietário de


imóvel urbano, privado ou público, poderá exercer em outro local, ou alienar, mediante
escritura pública, o direito de construir previsto nesta Lei Complementar, quando o imóvel for
considerado necessário para fins de:

I - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,


paisagístico, social ou cultural;

II - estiver situado em terrenos de relevo cárstico com riscos de abatimento e/ou


desmoronamento, definidos por carta de risco geológico e sondagens especiais.

§ 1º Ao proprietário que doar seu imóvel, ou parte dele, ao Poder Público, será concedida
a mesma faculdade.

§ 2º Poderão transferir ou alienar o direito de construir no Município de Sete Lagoas os


proprietários de imóveis situados nas áreas e sua ambiência definidas pelo COMPAC -
Conselho Municipal do Patrimônio Cultural, e tombadas pelos órgãos estaduais e federais do
patrimônio histórico e artístico, conforme Lei de Uso e Ocupação do Solo, ainda, em áreas
marginais às lagoas e suas ambiências, em terrenos de relevo cárstico com riscos de
abatimento.

§ 3º Cada caso deverá ser objeto de estudos e deliberação por parte do Conselho
Municipal de Desenvolvimento, CODEMA e COMPAC, para a definição das condições
relativas à aplicação da transferência do direito de construir. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

A transferência do direito de construir no Município de Sete Lagoas terá como áreas


Art. 57-R
receptoras:

I - terrenos marginais ao sistema viário estrutural relacionado às vias arteriais e coletoras


principais, conforme hierarquia viária constante da Lei de Uso e Ocupação do Solo, quando
não houver restrições;

II - zonas de uso preferencialmente residencial com capacidade de adensamento,


conforme Lei de Uso e Ocupação do Solo e o potencial máximo de adensamento dado pelos
parâmetros urbanísticos;

III - áreas com potencial máximo de adensamento dado pelo EIV - Estudo Prévio de

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Impacto de Vizinhança, quando necessário;

IV - outras áreas a serem objeto de deliberação por parte do Conselho Municipal de


Desenvolvimento após o conhecimento sobre terrenos, divisas e confrontações, situação
fundiária, infraestrutura disponível, a partir da atualização do cadastro imobiliário. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção V
Das Operações Urbanas Consorciadas (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

Conforme artigo 32 da Lei Federal nº 10.257/2001, operação urbana consorciada é o


Art. 57-S
conjunto de intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público Municipal, com a
participação dos proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, com
o objetivo de alcançar, em uma área, transformações urbanísticas estruturais, melhorias
sociais e a valorização ambiental.

§ 1º Lei Municipal específica, baseadas nas Leis de Uso e Ocupação de Solo e de


Parcelamento do Solo, poderá delimitar as áreas a serem objeto de operações urbanas
consorciadas.

§ 2º Poderão ser previstas nas operações urbanas consorciadas, entre outras medidas:

I - modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e


subsolo, bem como alterações de normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas
decorrentes;

II - regularização das construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo


com a legislação vigente. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Da Lei Municipal específica que aprovar a operação urbana consorciada deverá


Art. 57-T
constar o plano de operação urbana consorciada contendo, no mínimo:

I - definição e delimitação da área a ser atingida;

II - programa básico de ocupação da área;

III - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada


pela operação;

IV - finalidade da operação;

V - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança;

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VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores


privados em função da utilização dos benefícios listados no artigo anterior;

VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação


da sociedade civil.

§ 1º Os recursos obtidos pelo Poder Público, na forma da contrapartida mencionada,


serão aplicados exclusivamente na própria operação urbana consorciada.

§ 2º A elaboração e aprovação do plano de operação urbana consorciada deverá ser


acompanhada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e ser objeto de deliberação por
parte deste Conselho.

§ 3º Com a aprovação do plano de operação urbana consorciada por Lei Municipal


específica serão nulas as licenças e autorizações a cargo do Poder Público expedidas em
desacordo com o plano de operação urbana consorciada.

§ 4º A Lei Municipal específica que aprovar o plano de operação urbana consorciada


poderá prever a emissão, pelo Município, de quantidade determinada de certificados de
potencial adicional de construção, alienados em leilão, ou utilizados diretamente no
pagamento das obras necessárias à operação, os quais serão livremente negociados, mas
conversíveis em direito de construir unicamente na área objeto da operação.

§ 5º Na apresentação de pedido de licença para construir, o certificado de potencial


adicional será utilizado no pagamento da área de construção que supere os padrões
estabelecidos pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, até o limite fixado pela Lei Municipal
específica que aprovar a operação urbana consorciada. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

As áreas que poderão ser objeto de operações urbanas consorciadas deverão estar
Art. 57-U
perfeitamente definidas e caracterizadas pela atualização do cadastro imobiliário para que se
possa elaborar o plano de operação urbana consorciada que constará de Lei Municipal
específica.

Parágrafo único. O instrumento de que trata esta Seção poderá ser utilizado no Município
de Sete Lagoas em áreas no entorno de lagoas para implantação de projeto integrado de
preservação, turismo e lazer, implantação dos projetos viários necessários à complementação
do sistema viário hierarquizado relacionado ao rodoanel viário, vias arteriais e vias coletoras
principais, além de implantação de outras obras relacionadas a projetos relevantes para o
município, definidas por deliberação do Conselho Municipal de Desenvolvimento. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção VI
Da Outorga Onerosa do Direito de Construir e de Alteração de Uso (Redação acrescida pela

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Lei Complementar nº 223/2019)

Conforme o artigo 28 da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, poderão


Art. 57-V
ser definidas áreas nas quais o direito de construir poderá ser exercido acima do coeficiente
de aproveitamento básico adotado, mediante contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

§ 1º Os limites máximos a serem atingidos pelos coeficientes de aproveitamento


considerando a proporcionalidade entre a infraestrutura existente e o aumento de densidade
esperado em cada área, serão definidos para cada zoneamento conforme Anexo III.

§ 2º Os zoneamentos receptores poderão ter potencial construtivo adicional mediante


Outorga Onerosa do Direito de Construir e Transferência do Direito de Construir, não podendo
ultrapassar o coeficiente de aproveitamento máximo do zoneamento. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 223/2019)

Art. 57-WConforme o art. 29 da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade, o Plano


Diretor poderá fixar áreas nas quais será permitida alteração de uso do solo mediante
contrapartida a ser prestada pelo beneficiário.

§ 1º Lei Municipal específica deverá estabelecer as condições a serem observadas para


a outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso determinando, contendo, no
mínimo:

I - a fórmula de cálculo para a cobrança;

II - os casos possíveis de isenção do pagamento da outorga;

III - a contrapartida do beneficiário.

§ 2º Os recursos auferidos com a outorga onerosa do direito de construir e de alteração


de uso, conforme art. 31 da Lei Federal nº 10.257/2001, serão aplicados com as seguintes
finalidades:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

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VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

§ 3º A Lei de Uso e Ocupação do Solo definirá as áreas e terrenos prioritários para a


aplicação da outorga onerosa do direito de construir e a alteração de uso do solo mediante
contrapartida prestada pelo beneficiário no Município de Sete Lagoas.

§ 4º A aplicação da outorga onerosa do direito de construir e a alteração de uso mediante


contrapartida exigem a definição precisa das áreas onde deverão incidir, em termos de
localização, área do terreno, limites e confrontações, situação fundiária, infraestrutura
disponível, que serão conhecidas com a atualização do cadastro imobiliário e cadastro físico,
notadamente das redes de infraestrutura sanitária.

§ 5º A partir da atualização cadastral, os estudos técnicos necessários à aplicação da


outorga onerosa do direito de construir e da alteração de uso do solo mediante contrapartida
do beneficiário deverão ser analisados e serem objeto de deliberação no âmbito do Conselho
Municipal de Desenvolvimento. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Seção VII
Do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 223/2019)

Art. 57-X Os empreendimentos ou atividades privados ou públicos em área urbana que


poderão causar impactos negativos à qualidade de vida da população residente na área onde
pretendem se localizar, e/ou em suas proximidades e áreas de influência, deverão, para
obterem a licença de construção, ampliação ou funcionamento a cargo do Poder Público
Municipal, elaborar o EIV - Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança em conformidade com o
art. 36 da Lei Federal nº 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.

§ 1º O EIV deverá contemplar os impactos positivos e negativos do empreendimento ou


atividade, em relação à qualidade de vida da população residente na área e em suas
proximidades, analisando, no mínimo, as seguintes questões:

I - adensamento populacional;

II - equipamentos urbanos e comunitários;

III - uso e ocupação do solo;

IV - valorização imobiliária;

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V - geração de tráfego e demanda por transporte público;

VI - ventilação e iluminação;

VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;

VIII - comprometimento dos serviços de saneamento básico.

§ 2º Deverá ser dada publicidade aos documentos integrantes do EIV, que deverão ficar
disponíveis para consulta pública no órgão municipal competente.

§ 3º A elaboração do EIV não substitui a elaboração e aprovação dos EIA - Estudos de


Impacto Ambiental, nos termos da legislação ambiental vigente. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

No Município de Sete Lagoas serão considerados empreendimentos que deverão


Art. 57-Y
ser submetidos ao EIV, entre outros:

I - shopping centers, supermercados, hipermecados e congêneres;

II - centrais ou terminais de cargas e centrais de abastecimento;

III - terminais de transportes urbanos, bem como terminais de transportes rodoviários,


ferroviários, aeroviários e heliportos;

IV - terminais de transporte de carga rodoviários e ferroviários;

V - estações de tratamento de esgotos, aterros sanitários, usinas de reciclagem de


resíduos sólidos;

VI - centros de diversões para grande público, centros de convenções, estádios


esportivos, clubes recreativos;

VII - cemitérios;

VIII - matadouros e abatedouros;

IX - presídios;

X - quartéis e corpos de bombeiros;

XI - instituições de Ensino em áreas e edificações de maior porte;

XII - edificações de maior porte destinadas a prestação de serviços como hotéis,


hospitais, e similares;

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XIII - indústrias;

XIV - áreas objeto de Operações Urbanas Consorciadas;

XV - parcelamento do solo em glebas a critério do Conselho Municipal de


Desenvolvimento e do CODEMA;

XVI - outros empreendimentos, a critério do órgão municipal competente e através de


deliberação do Conselho Municipal de Desenvolvimento, do CODEMA e do COMPAC.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 223/2019)

Art. O Poder Público municipal deverá exigir medidas mitigadoras e medidas


57-Z
compensatórias dos impactos negativos do empreendimento, bem como medidas que sejam
potencializadoras dos impactos positivos, a serem objeto de discussão e deliberação no
âmbito do Conselho Municipal de Desenvolvimento, do CODEMA e do COMPAC, uma vez
que o EIV não substitui o Estudo de Impacto Ambiental - EIA necessário ao licenciamento
ambiental do empreendimento, que deverá ser realizado e discutido de forma simultânea e
integrada ao Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança - EIV. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 223/2019)

TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 58O ordenamento territorial visa à construção de uma sociedade justa, fisicamente
ordenada e economicamente sustentável, pressupondo o conhecimento aprofundado da
realidade, considerando-se as especificidades, os principais problemas e as potencialidades
de cada espaço. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

A identificação e a definição das diretrizes e dos instrumentos adequados à resolução


Art. 59
dos problemas existentes na perspectiva do ordenamento territorial terão por base o
reconhecimento das características urbanas e rurais evidenciadas. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

O ordenamento territorial se configura pela distribuição dos seus ambientes naturais,


Art. 60
do seu conjunto edificado formal e informal, caracterizado por seus diversos usos e funções,
dos sistemas de infra-estrutura e dos equipamentos públicos. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 61O ordenamento territorial deve considerar os seguintes fatores:


I - a rede hídrica da cidade, formada pelos cursos d`água e lagoas, entendida, no
conjunto dos demais elementos naturais, como importante sistema estruturador do
ordenamento territorial da cidade;
II - as áreas com potencial espeleológico, hidrogeólógio e arqueológico, como forma de

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assegurar o patrimônio natural existente, promovendo o equilíbrio do ecossistema;


III - os sistemas de saneamento ambiental, como elemento essencial para a melhoria das
condições de habitabilidade, de saúde pública e de sustentabilidade no uso dos recursos
naturais;
IV - os sistemas viário e de transporte, como infra-estrutura integradora das diversas
partes da cidade - conectada aos demais municípios metropolitanos - garantindo a mobilidade
das pessoas e a circulação dos bens e serviços;
V - a distribuição dos espaços públicos, equipamentos urbanos e serviços sociais, como
meio de promoção de uma maior eqüidade social e espacial da coletividade;
VI - a localização dos assentamentos populares;
VII - a distribuição espacial dos usos e atividades urbanas, com vistas a:
a) garantir a multiplicidade de usos nas diversas partes do território do município, visando
estimular a instalação de atividades econômicas de comércio, serviço e indústria, compatíveis
com a capacidade da infra-estrutura urbana, considerando a aplicação dos instrumentos
previstos no Estatuto da Cidade e contribuindo para a redução dos deslocamentos;
b) promover a requalificação, a dinamização e a criação de novas centralidades, centros
secundários e de eixos de atividades múltiplas;
c) potencializar as infra-estruturas e espaços públicos;
d) adequar e direcionar as ofertas de infra-estrutura e serviços urbanos à distribuição
físico-espacial das diversas demandas do uso habitacional e das atividades econômicas,
garantindo a acessibilidade e co-responsabilizando os diversos segmentos envolvidos na
produção da cidade com a justa distribuição do processo de urbanização da cidade;
e) potencializar a ocupação de áreas para instalação de empreendimentos habitacionais
e de atividades econômicas, especialmente os indutores de urbanização, requalificação
urbana ou desenvolvimento econômico, com base na infra- estrutura instalada e mediante a
aplicação dos instrumentos previstos no Estatuto da Cidade;
f) planejar e estimular a ocupação de áreas não utilizadas e subtilizadas, dotadas de
infra-estrutura;
g) regular atividades incômodas e empreendimentos de impacto social, ambiental,
econômico e urbanístico.
VIII - a promoção da regulação da ocupação do solo, como forma de controlar o
adensamento em áreas com infra-estrutura saturada;
IX - a urbanização e a qualificação da infra-estrutura e habitabilidade nas áreas de
ocupação precária e em situação de risco. (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 62O território municipal divide-se em Zona Rural e Zona Urbana, conforme Anexo I -
Mapa do Macrozoneamento Municipal e Anexo II - Mapa do Macrozoneamento Urbano:
I - Zona Rural - corresponde às áreas pertencentes ao território municipal destinadas aos
usos rurais, excluídas as áreas pertencentes ao perímetro urbano e aquelas isoladamente
ocupadas por parcelamento do solo em módulos menores que o permitido em áreas rurais;
II - Zona Urbana - corresponde ás áreas incluídas no perímetro urbano do município, já

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ocupadas pelos usos urbanos e aquelas comprometidas com esses usos em função dos
processos de ocupação do solo instalados no município, assim como aquelas isoladamente
ocupadas por parcelamento do solo em módulos menores que o permitido em áreas rurais.
Parágrafo Único. O perímetro urbano indicado no Anexo I será descrito em lei municipal
específica, no prazo de 90 (noventa) dias a partir da aprovação desta lei. (Revogado pelas
Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 63 São diretrizes para o macrozoneamento municipal:


I - priorizar o adensamento em área dotadas de infra-estrutura;
II - definir critérios de uso e de ocupação do solo para a preservação dos corredores de
vento, das áreas de recarga de aqüífero e da cobertura vegetal de porte e de proteção de
recursos hídricos superficiais;
III - controlar a utilização inadequada e a retenção especulativa de imóveis urbanos, bem
como o parcelamento do solo, o adensamento populacional e o uso das edificações de forma
incompatível com a infra-estrutura urbana disponível e com o crescimento planejado da
cidade. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

O macrozoneamento da área rural e da área urbana delimita e institui as regras gerais


Art. 64
para o ordenamento do território municipal, tendo como referência as características dos
ambientes natural e construído. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

CAPÍTULO II
DO MACROZONEAMENTO RURAL (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 65A Zona Rural corresponde às áreas existentes entre o(s) perímetro(s) urbano(s) e o
limite municipal.
§ 1º Na Zona Rural serão permitidas atividades destinadas à exploração agrícola,
pecuária, extrativa vegetal e mineral, proteção ambiental, bem como de agro e ecoturismo.
§ 2º As atividades de exploração extrativa vegetal e mineral, bem como de agro e
ecoturismo somente serão permitidas após licenciamento ou autorização ambiental pelo setor
responsável do Executivo Municipal, ouvidos o Conselho Municipal de Conservação e Defesa
do Meio Ambiente (CODEMA) e demais órgãos pertinentes, como o Conselho Estadual de
Política Ambiental (COPAM), de acordo com a legislação pertinente. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 66 A Zona Rural é dividida nas seguintes zonas:


I - Zona de Proteção Ambiental, ZPA - compreende as áreas onde existem concessões
para extração mineral, inseridas dentro da área da APA Municipal de Santa Helena e nas
regiões onde se concentra grande número de cavidades naturais subterrâneas (grutas);
II - Zona de Uso Sustentável, ZUS - compreende as Áreas de Proteção Ambiental (APAs)
Municipais, assim discriminadas: APA Serra de Santa Helena, APA do Paiol e da Lagoa
Grande e demais Unidades de Conservação de uso sustentável a serem criadas, com o
objetivo de compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos
naturais;

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III - Zona de Conservação Ambiental, ZCA - compreende as áreas com significativos


fragmentos florestais, áreas de média a alta declividades e altitudes, bem como os trechos
marginais dos principais córregos que cortam o município;
IV - Zona Especial de Exploração Mineral, ZEEM - compreende as áreas onde já existam
concessões para extração mineral;
V - Zona de Atividades Rurais, ZR - compreende as áreas destinadas aos usos rurais,
objetivando o aproveitamento dos solos e recursos naturais e o desenvolvimento das
atividades agro-pastoris de forma compatível com a preservação ambiental, respeitando as
normas e exigências estabelecidas pela legislação federal e estadual, tanto florestal quanto
ambiental. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 67 Nas zonas definidas no art. 66 deverão ser atendidas as seguintes diretrizes:
I - Zona de Proteção Ambiental, ZPA:
a) executar o zoneamento econômico - ecológico da ZPA com vistas à definição de áreas
a serem preservadas e áreas onde, preferencialmente, se investirá os recursos oriundos das
compensações ambientais;
b) executar o zoneamento espeleológico a fim de definir as cavidades naturais
subterrâneas para a conservação bem como suas respectivas áreas de influência, que
compreendem os elementos bióticos e abióticos, superficiais e subterrâneos, necessários à
manutenção do equilíbrio ecológico e da integridade física do ambiente cavernícola.
II - Zona de Uso Sustentável, ZUS:
a) consolidar as APAs municipais, criando e instalando os respectivos conselhos
gestores;
b) elaboração do zoneamento econômico-ecológico da ZUS;
c) criar mecanismo de proteção preventiva de áreas de interesse de preservação.
III - Zona de Conservação Ambiental, ZCA:
a) controlar o uso do solo e promover a conectividade entre os fragmentos, formando
corredores ecológicos;
b) incentivar a criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs),
conforme normas federais e estaduais;
c) desenvolver instrumentos para a compensação de proprietários que promovam a
recuperação de áreas degradadas, notadamente nos mananciais;
d) elaborar zoneamento econômico-ecológico com orientação e controle do manejo do
solo, especialmente para a proteção de áreas de mananciais e mata ciliares, a locação das
reservas legais, promovendo a conectividade entre os fragmentos florestais existentes, de
acordo com a legislação estadual que versa sobre o tema e a definição dos usos compatíveis
com objetivos de conservação.
IV - Zona Especial de Exploração Mineral, ZEEM:
a) implementar a avaliação sistemática, com caráter complementar ao licenciamento
federal e estadual, das atividades de extração mineral por meio do monitoramento,
fiscalização e definição de critérios para as compensações ambientais e recuperação de
áreas degradadas, respeitadas as normas federais e estaduais que regem a matéria, de
forma a controlar seus impactos negativos sobre os recursos naturais.
V - Zona de Atividades Rurais, ZR:
a) promover políticas para a permanência do trabalhador rural na terra, valorizando suas
atividades;

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b) celebrar convênio com a EMATER e demais instituições de pesquisa e extensão com


vistas a estimular o uso de técnicas adequadas de manejo do solo, produção e
comercialização. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

CAPÍTULO III
DO MACROZONEAMENTO URBANO (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 68 A Zona Urbana é dividida nas seguintes zonas:


I - Zona de Adensamento Restrito 1, ZAR-1;
II - Zona de Adensamento Restrito 2, ZAR-2;
III - Zona Especial de Interesse Social, ZEIS;
IV - Zona Residencial Mista, ZRM;
V - Zona de Atividades Econômicas, ZAE;
VI - Zona de Restrição de Uso, ZRU;
VII - Zona de Interesse Ambiental, ZIA-1;
VIII - Zona de Interesse Ambiental, ZIA-2, controle de ocupação;
IX - Zona de Interesse Ambiental, ZIA-3, centro administrativo;
X - Zona de Interesse Ambiental, ZIA-4;
XI - Zona de Expansão Urbana, ZEU;
XII - Zona Industrial, ZI.
§ 1º Considera-se Zonas de Adensamento Restrito 1, ZAR-1, as áreas em que a
ocupação e o uso do solo são restritivos.
§ 2º Considera-se Zonas de Adensamento Restrito 2, ZAR-2, as áreas em que a
ocupação e o uso do solo são restritivos, devido a proteção das lagoas e da paisagem da
Serra de Santa Helena.
§ 3º Considera-se Zona Especial de Interesse Social, ZEIS, as áreas em que há interesse
público em ordenar a ocupação, por meio de urbanização e regularização fundiária ou
implantar empreendimentos habitacionais de interesse social.
§ 4º Considera-se Zona Residencial Mista, ZRM, as áreas destinadas ao uso residencial
podendo haver atividades comerciais e de serviços.
§ 5º Considera-se Zona de Atividades Econômicas, ZAE, as áreas ao longo das rodovias
BR-040 e MG-188 destinadas ao predomínio dos usos comerciais e de serviços de maior
porte.
§ 6º Considera-se Zona de Restrição de Uso, ZRU, as áreas em que o uso deve ser
restrito, incentivando sua substituição por usos menos impactantes, devido a sobrecarga do
sistema viário ou da infra-estrutura urbana;
§ 7º Considera-se Zona de Interesse Ambiental 1, ZIA-1, as áreas em que há o interesse
público de proteção ambiental, que compreende, dentre outras, a APE da Gruta do Rei do
Mato.
§ 8º Considera-se Zona de Interesse Ambiental 2, ZIA-2, as áreas em que há o interesse
público de equilíbrio entre proteção ambiental e habitação com controle de ocupação.
§ 9º Considera-se Zona de Interesse Ambiental 3, ZIA-3, área prevista para implantação
do centro administrativo em que há o interesse público de equilíbrio entre proteção ambiental.
§ 10 Considera-se Zona de Interesse Ambiental 4, ZIA-4, áreas onde existem concessões
para extração mineral, regiões onde se concentra grande número de cavidades naturais

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subterrâneas (grutas);
§ 11 Considera-se Zona de Expansão Urbana, ZEU, as áreas não parceladas em que se
permite o uso e a ocupação urbanos.
§ 12 Considera-se Zona Industrial, ZI, as áreas destinadas à instalação de
empreendimentos de grande porte, mediante o controle de preservação da qualidade do ar, da
paisagem e da acústica da região próxima, atendendo à legislação municipal, estadual e
federal pertinente; (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

CAPÍTULO IV
DA ESTRUTURAÇÃO URBANA (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

A estruturação urbana e municipal se dará por meio das centralidades e dos núcleos
Art. 69
urbanos isolados e da Zona Rural. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 70Centralidades são regiões de referência que concentram atividades comerciais, de


serviços e espaços de convivência da comunidade local, exercendo um importante papel na
construção da identidade da população.
§ 1º As Centralidades são os locais preferenciais de investimento público, instalação de
equipamentos, de serviços públicos e realização de eventos culturais, de lazer e de turismo.
§ 2º As Centralidades integrarão uma rede de centros com o objetivo de promover o
suporte para a vida cotidiana da população e para a diversificação da economia municipal.
(Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 71 As diretrizes gerais para intervenção nas centralidades serão:


I - o estímulo e ordenação de seu desenvolvimento;
II - a acessibilidade aos serviços públicos;
III - a requalificação dos espaços públicos;
IV - a geração de empregos. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 72 As centralidades do Município de Sete Lagoas são:


I - centro Jardim Europa;
II - centro Morro Vermelho;
III - centro Progresso. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

CAPÍTULO V
DOS INSTRUMENTOS DE INTERVENÇÃO URBANA (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 73 Para a efetiva implementação do Plano Diretor serão utilizados, entre outros, os
seguintes instrumentos:
I - Parcelamento, Edificação e Utilização Compulsórios;
II - Imposto progressivo sobre a propriedade predial e territorial urbana;

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III - Desapropriação por meio de títulos da dívida pública;


IV - Direito de Preempção;
V - Operação Urbana Consorciada;
VI - Outorga Onerosa do Direito de Construir;
VII - Transferência do Direito de Construir;
VIII - Direito de Superfície;
IX - Concessão de uso especial para fins de moradia;
X - Estudo de Impacto Ambiental;
XI - Estudo de Impacto de Vizinhança;
XII - Zona Especial de Interesse Social.
Parágrafo Único. Os instrumentos mencionados nesse artigo são regidos pela legislação
que lhes é própria, observado o disposto nesta Lei. (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 74 Para o cumprimento da função social da propriedade o Poder Público poderá obrigar o
parcelamento, a edificação ou a utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado ou não utilizado, prioritariamente nas seguintes áreas:
I - vazios urbanos;
II - Zona Especial de Interesse Social;
III - Zonas de Atividades Econômicas.
§ 1º Lei municipal específica fixará as condições e os prazos para implementação da
obrigação.
§ 2º Fica facultado aos proprietários de imóveis nas áreas tratadas neste artigo proporem
ao Executivo o estabelecimento de consórcio imobiliário, conforme disposições do art. 46 do
Estatuto da Cidade, como forma de viabilização financeira do parcelamento, edificação ou
utilização do imóvel. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 75O Poder Público Municipal deverá proceder à elaboração de um cadastramento e


mapeamento dos terrenos subtilizados da cidade, especialmente os que contenham edifícios
construídos e abandonados, inacabados ou em processo de deteriorização por falta de uso.
(Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 76 Para o cumprimento da função social da propriedade, lei municipal específica fixará
que as alíquotas do imposto predial e territorial urbano serão:
I - diferenciadas de acordo com a localização e o uso do imóvel;
II - progressivas em razão do valor do imóvel. (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

As áreas desapropriadas com pagamento em títulos e outras áreas necessárias para


Art. 77
construção de habitação de interesse social deverão ser transformadas em ZEIS.
Parágrafo Único. No caso de alienação, os recursos obtidos devem ser destinados a
habitações populares. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

O Direito de Preempção confere ao Poder Público municipal a preferência para a


Art. 78
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares, prioritariamente
nas seguintes áreas:

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I - Zona de Preservação Histórica;


II - Zona Especial Interesse Social;
III - Zonas de Interesse Ambiental.
§ 1º O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar de
áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
§ 2º O Direito de Preempção deverá ser regulamentado em lei municipal específica, a
qual conterá, no mínimo:
I - delimitação da área onde incidirá o direito de preempção;
II - finalidade de destinação da área;
III - prazo de vigência. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e
nº 209/2017)

Art. 79 Considera-se Outorga Onerosa do Direito de Construir a possibilidade do Poder


Executivo municipal exercer a faculdade de outorgar onerosamente o exercício do direito de
construir, mediante contrapartida financeira a ser prestada pelo beneficiário, conforme o
disposto nos artigos 28, 30 e 31 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta Lei.
§ 1º A concessão da outorga onerosa do direito de construir referida no caput condiciona-
se à aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento.
§ 2º A concessão da outorga onerosa do direito de construir poderá ser negada caso se
verifique a possibilidade de impacto não suportável pela infra- estrutura ou o risco de
comprometimento da paisagem urbana.
§ 3º Lei municipal específica fixará condições e zonas de aplicação da outorga onerosa
do direito de construir. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 80Considera-se Transferência do Direito de Construir a possibilidade do Poder Executivo


municipal emitir, em favor do proprietário de imóvel urbano, privado ou público, certificado de
autorização para exercer em outro local, passível de receber o potencial construtivo, ou
alienar, total ou parcialmente, o potencial construtivo não utilizado no próprio lote. (Revogado
pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 81 A transferência do direito de construir poderá ser autorizada ao proprietário dos


seguintes imóveis, observado:
I - que exerça função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo órgão
municipal competente;
II - que seja considerado necessário para fins de implantação de equipamentos urbanos
e comunitários;

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III - lindeiros a vias públicas objeto de alargamento e/ou implantação de projetos viários.
Parágrafo Único. Nas hipóteses dos incisos I, II e III, a transferência do direito de
construir será vinculada à obrigação do proprietário de preservar e conservar o imóvel quanto
às suas características históricas ou ambientais. (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 82 Lei municipal específica regulamentará a transferência do direito de construir,


disciplinando, em especial, a operacionalização dos certificados que autorizam o seu
exercício, os prazos, os registros e as obras de restauro e conservação no imóvel de que se
origina o potencial construtivo a transferir, bem como as medidas de recuperação e/ou
revitalização ambiental. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 83 O proprietário urbano poderá conceder a outrem o Direito de Superfície do seu


terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no
cartório de registro de imóveis.
§ 1º O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território municipal.
§ 2º O Poder Público poderá exercer o direito de superfície em áreas particulares onde
haja carência de equipamentos públicos e comunitários. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

O Poder Público poderá conceder onerosamente o direito de superfície do solo,


Art. 84
subsolo ou espaço aéreo nas áreas públicas integrantes de seu patrimônio para fins de
exploração por parte de concessionárias de serviços públicos. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 85 Considera-se Operação Urbana Consorciada a realização de um conjunto de


intervenções e medidas coordenadas pelo Poder Público municipal, com a participação dos
proprietários, moradores, usuários permanentes e investidores privados, vantajoso para as
partes envolvidas, com o objetivo de alcançar transformações urbanísticas estruturais,
melhorias sociais e valorização ambiental.
Parágrafo Único. A Operação Urbana Consorciada deverá ser regulamentada por lei
municipal específica, podendo ser previstas, entre outras medidas:
I - a modificação de índices e características de parcelamento, uso e ocupação do solo e
subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o impacto ambiental delas
decorrente;
II - a regularização de construções, reformas ou ampliações executadas em desacordo
com a legislação vigente. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

O Poder Público Municipal deverá promover e estimular a viabilização de operações


Art. 86
urbanas consorciadas nos bairros centrais da cidade e em áreas especiais de interesse
urbanístico. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 87 Cada operação urbana consorciada será criada por lei municipal específica, da qual
constará o plano de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I - delimitação da área;
II - finalidades da operação;

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III - programa básico de ocupação e intervenções previstas;


IV - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação;
V - estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função dos benefícios recebidos;
VII - forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação
da sociedade civil. (Revogado pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

A Concessão de uso especial para fins de moradia é garantida àquele que, até 30 de
Art. 88
junho de 2001, possuiu como seu, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, até
duzentos e cinqüenta metros quadrados de imóvel público situado em área urbana, utilizando-
o para sua moradia ou de sua família, desde que não seja proprietário ou concessionário, a
qualquer título, de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º O Direito à Concessão poderá ser conferido individual ou coletivamente.
§ 2º No caso previsto no parágrafo anterior, a regularização urbanística precederá a
concessão de uso especial para fins coletivos. (Revogado pelas Leis Complementares
nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 89 O Estudo de Impacto de Vizinhança, EIV, constituem estudos que avaliam a


interferência do empreendimento nas áreas de entorno, considerando o sistema de
transportes, o meio ambiente, a infra-estrutura básica, a estrutura sócio-econômica e os
padrões funcionais e urbanísticos de vizinhança, além de contemplar os efeitos positivos e
negativos do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente
na área e em suas proximidades, incluindo a análise, dentre outros, das seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII - paisagem urbana e patrimônio natural e cultural;
VIII - potencialidade de concentração de atividades similares na área;
IX - a potencial indução de desenvolvimento e o caráter estruturante no município;
X - impacto sobre a habitação e sobre as atividades dos moradores e dos usuários da
área de intervenção;
XI - impactos nos sistemas de saneamento;
XII - definição das medidas mitigadoras e compensatórias dos impactos negativos, bem
como daquelas potencializadoras dos impactos positivos. (Revogado pelas Leis
Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

Art. 90Os objetivos do estabelecimento das Zonas Especiais de Interesse Social são:
I - permitir a inclusão de parcelas marginalizadas da cidade, por não terem tido
possibilidades de ocupação do solo urbano dentro das regras legais;
II - permitir a introdução de serviços e infra-estrutura urbanos nos locais que antes não
eram atendidos, melhorando as condições de vida da população;

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III - regular o conjunto do mercado de terras urbanas reduzindo as diferenças de


qualidade entre os padrões de ocupação;
IV - introduzir mecanismos de participação direta dos moradores no processo de definição
dos investimentos públicos em urbanização para a consolidação dos assentamentos;
V - aumentar a oferta de terras para os mercados urbanos de baixa renda. (Revogado
pelas Leis Complementares nº 208/2017 e nº 209/2017)

TÍTULO V
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO

Art. 91O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão compreende os órgãos da Prefeitura


e os canais de participação da sociedade na formulação de estratégias de gestão municipal da
política urbana, orientando-se pelos seguintes princípios:

I - integração e coordenação dos processos de planejamento e gestão do


desenvolvimento municipal, articulando os diversos órgãos da Prefeitura, canais de
participação e demais agentes públicos e privados intervenientes;

II - participação da sociedade civil no planejamento, gestão, acompanhamento, controle


social e avaliação da implementação das ações.

Art. 92 São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão de Sete Lagoas:

I - garantir a eficácia da gestão, voltada para se alcançar a melhoria da qualidade de vida


dos munícipes;

II - garantir mecanismos de monitoramento e gestão do Plano Diretor, na formulação e


aprovação dos programas e projetos para sua implementação e na indicação do seu
detalhamento, atualização e revisão;

III - garantir estruturas e processos democráticos e participativos para o planejamento e


gestão da política urbana, de forma continuada, permanente e dinâmica.

Art. 93 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão é composto por:

I - Conselho Municipal de Desenvolvimento;

II - Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente - CODEMA.

III - Comissão de Acompanhamento da Política de Planejamento e Desenvolvimento;

IV - Sistema de Informações Municipais.

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V - Fundo Municipal de Desenvolvimento;

VI - Conferência das Cidades.

CAPÍTULO I
DO CONSELHO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO
(Regulamento aprovado pelo Decreto nº 4782/2013)

Art. 94 O Conselho Municipal de Desenvolvimento é órgão colegiado, consultivo e


deliberativo, que tem como principais funções:

I - acompanhar, monitorar, fiscalizar e avaliar as políticas públicas de desenvolvimento


municipal previstas nesse Plano e nos outros instrumentos legais que compõem o sistema
municipal de planejamento e gestão;

II - acompanhar a elaboração do Plano de Desenvolvimento Sustentável, com foco nas


ações prioritárias previstas no capitulo III desta lei, estabelecendo as diretrizes para cada
programa citado;

III - acompanhar e avaliar a montagem e execução das operações urbanas, a aplicação


dos instrumentos urbanísticos, os consórcios públicos e privados, os planos e projetos de
intervenção urbana, em habitabilidade e infra-estrutura;

IV - analisar as propostas do Plano Plurianual (PPA) e da Lei Orçamentária Anual (LOA)


quanto aos recursos consignados para execução das estratégias estabelecidas no Plano
Diretor e propor mudanças para atender sua execução;

V - gerir recursos advindos dos instrumentos de política urbana e do Fundo Municipal de


Desenvolvimento;

VI - acompanhar a aplicação das operações urbanas consorciadas.

§ 1º O Conselho Municipal de Desenvolvimento tem competência para deliberar sobre


política de desenvolvimento urbano e rural, habitação, meio- ambiente e patrimônio histórico,
cultural e paisagístico.

§ 2º No exercício de suas atribuições, o Conselho Municipal de Desenvolvimento poderá


solicitar informações aos órgãos da Prefeitura e convocar, quando necessário, autoridades
administrativas da municipalidade para prestar informações e esclarecimentos nas sessões de
controle, acompanhamento e avaliação da gestão do Plano Diretor de Sete Lagoas.

Art. 95 O Conselho Municipal de Desenvolvimento é composto por 16 membros:

I - oito representantes do executivo municipal;

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II - dois representantes do setor técnico;

III - dois representantes do setor empresarial;

IV - dois representantes do setor popular;

V - dois representantes do terceiro setor.

§ 1º Esta lei institui o Conselho Municipal Desenvolvimento, que deverá ser instalado no
prazo de 120 (cento e vinte) dias.

§ 2º Qualquer secretaria municipal poderá solicitar sua participação nas decisões do


Conselho Municipal de Desenvolvimento naquilo que julgue afeto às políticas setoriais de sua
responsabilidade.

Será criada a Comissão de Acompanhamento da Política de Planejamento e


Art. 96
Desenvolvimento, composta por técnicos da Prefeitura, dentro da estrutura da Secretaria de
Planejamento Municipal com formação profissional nas áreas técnicas afins, com o objetivo
de:

I - assessorar técnica e administrativamente o Conselho Municipal de Desenvolvimento,


cumprindo o papel de Secretaria Executiva;

II - coordenar as ações necessárias à implantação e monitoramento do Plano Diretor;

III - analisar os casos omissos e/ou aqueles que necessitarem de avaliações específicas;

IV - acompanhar e deliberar sobre a aprovação de empreendimentos de impacto;

V - acompanhar e deliberar sobre a revisão e atualização tanto do Plano Diretor como


das legislações urbanísticas complementares.

Art. 97Ao órgão executivo da política de planejamento e desenvolvimento, vinculado à


administração direta municipal, compete a execução das políticas de habitação, de
saneamento ambiental, de infra-estrutura e de mobilidade urbana.

A Conferência Municipal das Cidades é o processo de discussão pública e ampliada


Art. 98
que visa a avaliar a execução e a propor alterações à política e à legislação de
desenvolvimento municipal.

§ 1º Compete ao Conselho Municipal de Desenvolvimento convocar e coordenar a


Conferência das Cidades no primeiro e no terceiro ano de gestão do Executivo Municipal,
subseqüente à aprovação desta Lei.

§ 2º Compete à Conferência das Cidades avaliar a implementação do Plano Diretor,

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discutir e deliberar sobre questões de política urbana, dentre as quais:

I - apreciar as diretrizes da política urbana do município;

II - debater os relatórios anuais de gestão da política urbana, apresentando críticas e


sugestões;

III - sugerir ao Poder Executivo adequações nas ações estratégicas destinadas a


implementação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;

IV - deliberar sobre plano de trabalho para o biênio seguinte;

V - sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a serem consideradas no


momento de sua modificação ou revisão.

Art. 99O Fundo Municipal de Desenvolvimento, gerido pelo Conselho Municipal de


Desenvolvimento, receberá como recursos:

I - recursos orçamentários do município;

II - transferências intergovernamentais;

III - receita proveniente de instrumentos urbanísticos onerosos;

IV - transferências de instituições privadas;

V - transferências do exterior;

VI - transferências de pessoa física;

VII - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

VIII - doações;

IX - outras receitas definidas em lei.

Art. 100Os recursos do Fundo Municipal de Desenvolvimento serão aplicados


prioritariamente:

I - na produção de habitação de interesse social;

II - em infra-estrutura e equipamentos de interesse público;

III - em regularização fundiária de assentamentos informais de baixa renda.

Art. 101 O Fundo Municipal de Desenvolvimento será criado no prazo de 90 (noventa) dias

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após a promulgação desta lei.

CAPÍTULO II
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Art. 102 O Executivo manterá atualizado, permanentemente, o Sistema de Informações


Municipais - SIM, contendo os dados sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais,
administrativos, físico-territoriais, inclusive cartográficos, ambientais, imobiliários e outros de
relevante interesse para o município, progressivamente georreferenciados em meio digital.

O Sistema de Informações Municipais deverá conter e manter atualizados dados,


Art. 103
informações e indicadores sociais, culturais, econômicos, financeiros, patrimoniais, ambientais,
administrativos, físico-territoriais, cartográficos, imobiliários e outros de relevante interesse
para o município.

§ 1º O Sistema de Informações Municipais tem como princípios:

I - subsidiar o planejamento, o monitoramento, a implementação e a avaliação da política


urbana;

II - simplificar e garantir a economicidade, a eficácia, a clareza e a precisão das


informações;

III - democratizar e disponibilizar amplamente as informações, em especial as relativas


ao processo de implementação, controle e avaliação do Plano Diretor;

IV - implementar a articulação com outros sistemas de informação e bases de dados


municipais, estaduais, nacionais e internacionais, existentes em órgãos públicos e em
entidades privadas.

§ 2º O Sistema de Informações Municipais é coordenado pelo órgão executivo de política


urbana.

§ 3º O Sistema de Informações Municipais tem por base o cadastro territorial urbano,


incluindo unidades territoriais básicas e redes de infra-estrutura.

§ 4º Os anexos que compõem esta lei fazem parte do Sistema de Informações


Municipais.

Art. 104São diretrizes para o desenvolvimento institucional do sistema municipal de


desenvolvimento urbano:

I - capacitar os técnicos do funcionalismo público;

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II - integrar as ações político-administrativas entre os setores municipais;

III - incentivar ações coordenadas e consorciadas com os municípios vizinhos, o Estado e


a União;

IV - garantir a transparência e o acesso de todos os cidadãos aos processos,


documentos e informações públicos;

V - criar canais institucionais para a participação da população no planejamento,


execução, fiscalização e avaliação das políticas públicas;

VI - utilizar novas tecnologias no serviço interno e na prestação de serviços públicos;

VII - atualizar a legislação que compõe o sistema municipal de planejamento urbano.

CAPÍTULO III
DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

Art. 105A gestão urbana consiste no processo democrático, participativo e transparente de


negociação, decisão, co-responsabilização, ação e controle social, envolvendo os Poderes
Executivo, Legislativo e a sociedade civil, em conformidade com as determinações do Plano
Diretor e dos demais instrumentos de política urbana e de planejamento e gestão municipal.

Art. 106 No processo de gestão participativa, caberá ao Poder Público municipal:

I - induzir e mobilizar a ação cooperativa e integrada dos diversos agentes econômicos e


sociais atuantes na cidade;

II - articular e coordenar, em assuntos de sua competência, a ação dos órgãos públicos


federais, estaduais e municipais;

III - garantir e incentivar o processo de gestão democrática do desenvolvimento urbano,


na perspectiva da formulação, implementação, fiscalização e controle social;

IV - coordenar o processo de formulação de planos, programas e projetos para o


desenvolvimento municipal;

V - promover capacitações na área de políticas públicas e urbanas, para setores dos


movimentos sociais e agentes públicos;

VI - promover a integração intersetorial entre as instâncias democráticas: conselhos,


fóruns, conferências;

VII - instituir Câmaras Técnicas no Conselho Municipal de Política Urbana e nos

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conselhos setoriais como instâncias de gestão do risco geológico e geotécnico;

VIII - instituir Comissão Técnica para analisar as condições geológico-geotécnicas frente


ao crescimento urbano e as situações de risco potencial e efetivo;

IX - dotar as áreas de planejamento, controle urbano e defesa civil de meios técnicos,


recursos humanos e financeiros necessários para aplicar instrumentos regulatórios que
normatizem e disciplinem o uso e ocupação em áreas de risco.

Seção I
Da Gestão Orçamentária Participativa

Art. 107As propostas do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do orçamento


anual serão precedidas de debates, audiências e consultas públicas como condição
obrigatória para sua aprovação pela Câmara Municipal.

§ 1º Os projetos de lei do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e do


orçamento anual encaminhados à Câmara Municipal serão acompanhados de parecer prévio
do Conselho Municipal de Política Urbana.

§ 2º Os instrumentos que requeiram dispêndio de recursos por parte do Poder Público


municipal deverão, quando da sua aplicação, ser submetidos à aprovação do Conselho
Municipal de Política Urbana.

TÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Os Poderes Executivo e Legislativo deverão priorizar a aprovação e a atualização da


Art. 108
legislação que compõe o sistema municipal de desenvolvimento urbano, em especial:

I - Lei do Perímetro Urbano;

II - Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo;

III - Código de Posturas;

IV - Código de Obras.

Parágrafo Único. Essas legislações deverão ser elaboradas no prazo de 1 ano após a
promulgação desta lei, devendo ser posteriormente consolidadas no Plano Diretor.

Art. 109

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O Plano Diretor de Sete Lagoas será revisto a cada cinco anos a partir de sua
Art. 109
entrada em vigor.

§ 1º O projeto de revisão do Plano Diretor será coordenado pela Secretaria Municipal de


Planejamento conjuntamente com o Conselho Municipal de Política Urbana e será precedido
de conferências municipais, com participação das diversas áreas técnicas setoriais para
produção de estudos e propostas para revisão do Plano Diretor.

§ 2º O processo de revisão do Plano Diretor compreenderá a execução de atividades


técnicas voltadas para a produção de estudos, diagnósticos e formulação de propostas e
atividades estruturadas para a sua discussão com a sociedade.

§ 3º Através de projeto de lei complementar, de iniciativa do Prefeito Municipal ou de


qualquer Vereador ou Comissão Permanente da Câmara Municipal, poderá ser feita alteração
parcial nessa lei, constatada sua necessidade, antes do prazo previsto no caput desse artigo,
ressalvadas as questões de iniciativa privativa do Executivo, conforme disposto na Lei
Orgânica Municipal.

Art. 110 São partes integrantes desta Lei:

I - Anexo I - Macrozoneamento Rural;

II - Anexo II - Macrozoneamento Urbano.

Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogando a Lei Complementar 06
Art. 111
de 23 de Setembro de 1991.

Prefeitura Municipal de Sete Lagoas, 09 de outubro de 2006.

LEONE MACIEL FONSECA


Prefeito Municipal

ELIZABETH DAS GRAÇAS ABREU E SILVA


Secretária Municipal de Governo, Particular do Prefeito e Assuntos Especiais

MAURO CLÉBER GONÇALVES JÚNIOR


Secretário Municipal de Administração

ANTÔNIO GODOFREDO ALMEIDA VIOLANTE


Secretário Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão

ARNALDO NOGUEIRA
Secretário Municipal de Obras Públicas

CARLOS AFONSO DA COSTA


Secretário Municipal da Fazenda

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LAIRSON COUTO
Secretário Municipal de Meio Ambiente

MARYLENE MELGAÇO VALADARES


Secretária Municipal de Educação

GERALDO CÉSAR MACIEL


Secretário Municipal de Esportes e Lazer

ANA LAURA DE OLIVEIRA E SILVA


Procuradora Geral do Município

MÔNICA BRAGA VASCONCELOS COSTA


Secretária Municipal de Indústria, Comércio e Agropecuária

ANTÔNIO GARCIA MACIEL


Secretário Municipal de Infra-estrutura Urbana

MARIA APARECIDA FRANÇA CANABRAVA


Secretária Municipal de Justiça Social

ROSCIO AUGUSTO PEREIRA DA SILVA


Secretário Municipal de Saúde

ERMELINDA MARTINS CÂNDIDO


Secretária Municipal de Cultura e Comunicação Social

CRISTIANO PEREIRA CALDAS


Secretário Municipal de Turismo

CÁSSIO MARCÍLIO DE ALMEIDA


Controlador Geral do Município

MÁRIO ANTÔNIO CAFAGGI


Presidente da FUMEP

DÉLCIO MENEZES
Presidente do SAAE

JUAREZ DO ALTÍSSIMO
Presidente da CODESEL

EDUARDO GERALDO TEIXEIRA JÚNIOR


Presidente da COHASA

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ÉBIO TADEU REZENDE DE OLIVEIRA


Presidente da Fundação Municipal de Saúde

GUTEMBERGUE FERREIRA DA SILVA


Presidente da SELTUR

(Originária do Projeto de Lei Complementar nº 011/2006 de autoria do Poder Executivo)

Download: Anexo - Lei complementar nº 109/2006 - Sete Lagoas-MG

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