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TÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO, DOS PRINCÍPIOS, DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES DO
PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DO MUNICÍPIO DE
BALNEÁRIO PIÇARRAS - PDDE-BALNEÁRIO PIÇARRAS.
CAPÍTULO I
DA ESTRUTURAÇÃO DO PDDE-BALNEÁRIO PIÇARRAS
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS
CAPÍTULO III
DOS OBJETIVOS GERAIS
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SEÇÃO I
EIXO ESTRATÉGICO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL
Subseção I
Educação
Subseção II
Saúde
Subseção III
Assistência Social
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Subseção IV
Cultura
Subseção V
Esporte Lazer e Recreação
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Subseção VI
Segurança Pública
Subseção VII
Defesa Civil
SEÇÃO II
EIXO ESTRATÉGICO DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
XIX. Implantar o Mercado Público Municipal e fomentar feiras livres como forma de
valorização da atividade primária do município.
Subseção I
Turismo
Subseção II
Produção Agrícola, Pesca, Segurança Alimentar e Nutricional
Subseção III
Comércio, Serviço e Indústria
SEÇÃO III
AMBIENTE NATURAL
Art. 28. O Eixo Estratégico do Ambiente Natural tem como finalidade garantir
o desenvolvimento sustentável da cidade mediante a valorização do ambiente natural e
da recuperação dos ambientes notáveis alterados pela atividade humana, controlando o
uso e a ocupação destas parcelas de território de forma planejada, sendo geridos
mediante a utilização de meios que valorizem, resgatem e ampliem o patrimônio
ambiental, promovendo suas potencialidades, garantindo sua perpetuação, superando
os conflitos referentes à geração da poluição, da falta de saneamento e do desperdício
energético, visando à proteção, à preservação e ao acesso equilibrado aos bens
naturais comuns, mediante as seguintes diretrizes:
I. Elaborar, em conjunto com os órgãos estaduais e federais, segundo suas
competências, um inventário dos Passivos Ambientais nas seguintes atividades no
Município:
a) postos de combustíveis;
b) pequenas e grandes indústrias;
c) marinas, iates clubes e portos de lazer e pesca;
d) oficinas mecânicas, auto lavação e ferro velhos;
e) depósitos de materiais de construção;
f) locais que envolvam grande geração de esgotos domésticos;
g) terraplanagem e mineração;
h) outras atividades potencialmente danosas ao meio ambiente;
II. Ampliar e requalificar os espaços públicos, as áreas verdes e permeáveis, a
paisagem e a orla marítima;
III. Realizar estudos para definir e implementar áreas destinadas às Unidades de
Conservação do Município;
IV. Criar, a partir de ato do Conselho Municipal do Meio Ambiente, a inclusão de novas
atividades potencialmente poluidoras no cenário municipal e que não apareçam na
listagem estadual, em especial, aquelas descritas em resoluções do Conselho
Estadual do Meio Ambiente - CONSEMA;
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ambiental do Município;
XXVI. Implantar o Parque de Preservação Municipal Morro do Rela, o Parque de
SEÇÃO IV
ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL E AMBIENTE CONSTRUÍDO
do município;
XXXVII. Incorporar novas tecnologias apropriadas e disponíveis para a melhoria da
produtividade das atividades relativas ao Sistema de Informações Geográficas do
Cadastro Técnico Multifinalitário - SIG CTM;
XXXVIII. Atualizar permanentemente o mapeamento do município e outras informações
Subseção I
Zonas e Áreas Especiais de Interesse Social
Art. 31. O Eixo Estratégico Temático das Zonas e Áreas de Interesse Social
tem suas diretrizes direcionadas a orientar o estabelecimento de normas de ordem
pública e interesse social, para promover a inclusão socioespacial dos segmentos
populacionais socialmente vulneráveis e as formas legais de acesso ao solo urbanizado
e à moradia digna, o uso e a ocupação do solo urbano em favor do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental, procurando
melhorar a qualidade de vida na cidade através das seguintes medidas:
I. Manter e atualizar permanentemente as áreas cujas características sejam propícias
ao estabelecimento das Zonas ou Áreas Especiais de Interesse Social, de acordo
com as seguintes peculiaridades:
a) áreas públicas ou privadas ocupadas informalmente por segmentos populacionais
socialmente vulneráveis, nas quais existe interesse público em promover
programas habitacionais de interesse social e regularização fundiária, urbanística
e jurídica;
b) áreas de interesse social, configuradas como conjuntos habitacionais irregulares,
parcelamentos irregulares e até clandestinos, preferencialmente dos segmentos
populacionais socialmente vulneráveis, que têm possibilidade de regularização
dos imóveis conforme legislação vigente, a partir da iniciativa do poder público ou
por empreendedores particulares;
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Subseção II
Sítios Históricos
Art. 32. O Eixo Estratégico Temático dos Sítios Históricos tem suas diretrizes
direcionadas a orientar o estabelecimento de normas de ordem pública e interesse social
para promover identificação, valorização, manutenção e recuperação das edificações,
logradouros e lugares definidos como sítios históricos, considerados como “patrimônio
histórico urbano” que remetem à identidade, à história e à memória local, mediante as
seguintes medidas:
I. Mapear os elementos da arquitetura e os lugares ou sítios que compõem unidades
de interesse do patrimônio histórico, para que sejam catalogados e avaliados, a fim
de construir o arquivo de bens de interesse histórico do município;
II. Criar novos padrões de abordagem de preservação de sítios históricos, apoiados no
planejamento e na gestão urbana, na compatibilização entre desenvolvimento
urbano e preservação cultural;
III. Instituir um regime de disciplina urbanística e edilícia compatível com o regime de
proteção dos sítios históricos urbanos, dirimindo possíveis conflitos e suprimindo
omissões existentes.
SEÇÃO V
MOBILIDADE URBANA
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SEÇÃO VI
INSERÇÃO E INTEGRAÇÃO REGIONAL
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SEÇÃO VII
GESTÃO URBANA E DO TERRITÓRIO MUNICIPAL
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TÍTULO II
MODELO ESPACIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
ZONEAMENTO ECOLÓGICO ECONÔMICO
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CAPÍTULO III
PERIMETRO URBANO
SEÇÃO I
ÁREA URBANA
públicos, nos termos da Lei Federal nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, que dispõe
sobre o Sistema Tributário Nacional, e que apresentam os seguintes elementos:
I. Parcelamento do solo, compreendido por um sistema viário implantado com vias de
circulação, que configuram a área urbana por meio de quadras e lotes;
II. Serviços sociais, compreendidos por unidades de educação, de saúde e de
assistência social;
III. Infraestruturas, compreendidas por meios-fios, passeios, pavimentação, rede de
drenagem, rede de iluminação pública, rede de abastecimento de água, rede de
coleta e tratamento de esgotos;
IV. Serviços urbanos, compreendidos por transporte coletivo, serviços de coleta e
tratamento de resíduos sólidos urbanos, como coleta de lixo;
V. Uso predominantemente urbano, caracterizado pela existência de instalações e
edificações com destinação residencial, comercial, voltada à prestação de serviços,
industrial, institucional ou mista, bem como dos demais equipamentos públicos
urbanos e comunitários.
Art. 41. As Áreas Urbanas de uso intensivo e seu perímetro estão delimitadas
em planta no Mapa-PU, objeto do Anexo I, desta Lei Complementar, podendo a
descrição completa do seu perímetro, se necessária, ser regulamentada por Decreto do
Chefe do Poder Executivo, após a promulgação do PDDE-Balneário Piçarras.
Subseção I
Macrozonas Urbanas
Art. 43. A Área Urbana, pelo modelo espacial proposto, divide-se em 6 (seis)
Macrozonas assim definidas:
I. Macrozona de Ocupação Vocacionada-I (Zona de Influência da Orla) - tendo como
principais diretrizes de ocupação:
a) a qualificação do espaço construído e o estímulo ao adensamento – intercalação
entre média e alta densidade;
b) restrição de verticalização na faixa da orla, limitando a altura à zona de influência
do cone de sombreamento sobre a faixa de areia da praia;
c) aumento do potencial populacional para novas construções nas faixas posteriores
à faixa de influência do cone de sombreamento;
d) incremento do potencial construtivo mediante outorga onerosa;
e) diversificação das atividades econômicas em toda a macrozona;
f) reformulação dos índices urbanísticos com aplicação de recuos e afastamentos
que permitam maior ventilação e iluminação entre as edificações.
II. Macrozona de Ocupação Vocacionada II - tendo como principais diretrizes de
ocupação:
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SEÇÃO II
ÁREA RURURBANA
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CAPÍTULO IV
ELEMENTOS ESTRUTURADORES DO MODELO ESPACIAL DAS ÁREAS URBANA
E RURURBANA
CAPÍTULO V
ZONEAMENTO PARA FINS DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO
Art. 50. A delimitação das zonas de uso e ocupação do solo devem garantir a
criação de áreas específicas em que será estimulado o adensamento sustentável, junto
aos eixos dos sistemas de transportes de média capacidade de carregamento, com
incentivos para a produção de Habitação de Interesse Social - HIS.
Parágrafo único. A produção de Habitação de Interesse Social - HIS - se
dará, prioritariamente, por meio de tipologias plurihabitacionais verticais, sendo aplicada
nas Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS e nas zonas onde a habitação de
interesse social for permitida.
Art. 52. A ocupação dos lotes deve garantir padrões de conforto ambiental,
iluminação e ventilação naturais e eficiência energética, previstos nesta Lei
Complementar, respeitando os enunciados da Art. 1.277, do Código Civil e da NBR
15.575 – Norma de Desempenho.
SEÇÃO I
ZONEAMENTO
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Subseção I
Zoneamento da Área Urbana
Art. 56. A Área Urbana de ocupação intensiva tem sua divisão territorial
planejada com o seguinte zoneamento:
I. Zoneamento de Área Homogêneas:
a) ZPU: Zona de Parque Urbano – zona destinada à implantação do Parque
Ecológico Municipal;
b) ZAV1-A: Zona de Adensamento Vocacionado - 1-A;
c) ZAV1-B: Zona de Adensamento Vocacionado - 1-B;
d) ZAV2: Zona de Adensamento Vocacionado - 2;
e) ZR1: Zona Residencial - 1;
f) ZR2: Zona Residencial - 2;
g) ZR3-A: Zona Residencial - 3-A;
h) ZR3- B: Zona Residencial - 3-B;
i) ZEU: Zona de Estruturação Urbana;
j) ZOMV: Zona de Ocupação Mista Vocacionada;
k) ZUS1: Zona de Uso Sustentável - 1;
l) ZUS2: Zona de Uso Sustentável - 2 - Zona de Transição entre Zona de Parque
Urbano (ZPU) e o centro urbano consolidado;
m)ZOV1-A: Zona de Ocupação Vocacionada - 1-A;
n) ZOV1-B: Zona de Ocupação Vocacionada - 1-B;
o) ZOV2:Zona de Ocupação Vocacionada - 2;
p) ZOR1: Zona de Ocupação Restritiva - 1;
q) ZOR2: Zona de Ocupação Restritiva - 2;
r) ZEU-MQ - Zona Especial de Urbanização - Meio de Quadra;
II. Zoneamento de Eixos Viários de Centralidades:
a) EV-NR (L1) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Leste - Trecho 1) - Bairro Itacolomi
(área de influência = 50m a partir do eixo + tolerância de até 20%);
b) EV-NR (L2) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Leste - Trecho 2) - Bairro Itacolomi -
Miolo de Quadra entre EV-JTM (2) e EV-NR (L1);
c) EV-NR (L3) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Leste - Trecho 3 - Bairro Centro -
Área de influência = 70m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
d) EV-NR (L4) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Leste - Trecho 4) - Bairro Centro;
e) EV-NR (O1) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Oeste - Trecho 1) - Bairro Centro
até Itacolomi - Área de influência = 70m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
f) EV-NR (O2) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Oeste - Trecho 2) - Bairro Centro -
Dentro da área de OUC - Área de influência = 70m a partir do eixo + tolerância de
até 20%;
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g) EV-NR (O3) - Eixo-Viário - Av. Nereu Ramos (Oeste - Trecho 3) - Bairro Centro -
Dentro da área de OUC - Área de influência = 70m a partir do eixo + tolerância de
até 20%;
h) EV-EP (1) - Eixo-Viário - Av. Emanoel Pinto (Leste e Oeste - Trecho 1) - Bairro
Centro até Itacolomi - Exceto área de OUC - Área de influência = 70m a partir do
eixo + tolerância de até 20%;
i) EV-EP (2) - Eixo-Viário - Av. Emanoel Pinto (Leste e Oeste - Trecho 2) - Bairro
Centro - Dentro da área de OUC - Área de influência = 70m a partir do eixo +
tolerância de até 20%;
j) EV-JTM (1) - Eixo-Viário - Av. José Temístocles de Macedo (Trecho 1) - Bairro
Centro - Dentro da área de OUC, onde há verticalização a Leste - Área de
influência = 70m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
k) EV-JTM (2) - Eixo-Viário - Av. José Temístocles de Macedo (Trecho 2) - Bairro
Centro e Itacolomi - Fora da área de OUC - Área de influência = 70m a partir do
eixo + tolerância de até 20%;
l) EV-VZ - Eixo-Viário - Rua Victor Zimmermann - Bairro Itacolomi / Bela Vista - Área
de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
m)EV-MSN - Eixo-Viário - Rua Mario Neto - Bairro Itacolomi / Bela Vista - Área de
influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
n) EV-GV - Eixo-Viário - Av. Presidente Getúlio Vargas - Bairro Centro / Santo
Antônio - Área de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
o) EV-AGF - Eixo-Viário - Rua Alexandre Guilherme Figueiredo - Bairro Centro -
Área de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
p) EV-DA - Eixo-Viário - Rua das Acácias - Bairro Nossa Senhora da Paz - Área de
influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
q) EV-AC - Eixo-Viário - Rua Adolfo Cabral - Bairro Santo Antônio - Área de
influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
r) EV-JDC - Eixo-Viário - Rua João de Deus Carvalho - Bairro Santo Antônio - Área
de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
s) EV-NSR - Eixo-Viário - Rua Nossa Senhora do Rosário - Bairro Nossa Senhora
da Paz - Área de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
t) EV-LCV - Eixo-Viário - Rua Ludgero Caetano Vieira - Bairro Nossa Senhora da
Paz - Área de influência = 30m a partir do eixo + tolerância de até 20%;
u) EV-JF – Eixo-Viário – Av. Vereador João Figueiredo – Área de Influência = 70 m a
partir do eixo a oeste / EV-EP a leste + tolerância de até 30%.
III. Áreas Especiais de Urbanização: AEU-FRP - Área Especial de Urbanização - Foz do
Rio Piçarras - Área que compreende a Borda D’água destinada à promoção de
empreendimentos estruturados através de projetos especiais, com a utilização de
instrumentos de política urbana como: OUC - Operação Urbana Consorciada; PPP -
Parceria-Público Privada; PMI - Procedimento de Manifestação de Interesse; ou
Concessão Pública.
Subseção II
Zoneamento da Área Rururbana
Art. 57. A Área Rururbana de ocupação extensiva tem em seu planejamento
territorial o seguinte zoneamento:
I. ZRURB - Zona Rururbana, subdividida em:
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Subseção IV
Corredores de Desenvolvimento das Rodovias BR-101 e SC-414
Art. 60. Para efeito da presente Lei Complementar, a faixas de domínio são
caracterizadas como:
I. Corredor de Desenvolvimento BR-101;
II. Corredor de Desenvolvimento SC-414.
Parágrafo único. Para efeito do planejamento territorial, o zoneamento dos
Corredores de Desenvolvimento segue os conceitos e índices que estão previstos nas
zonas contíguas, respeitados os afastamentos e condicionantes de ocupação
estabelecidos pelas respectivas jurisdições das rodovias.
TÍTULO III
ORDENAMENTO TERRITORIAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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Rodovia BR-101 e ao Norte da Rodovia SC-414, com uma legislação que valorize
seu território, gere oportunidades de desenvolvimento econômico e social, em
especial, atividades industriais e logísticas compatíveis com o entorno, para servir
como polo de atração de negócios, tecnologias, centros de formação de mão-de-
obra especializada, oportunizando a localização privilegiada de Balneário Piçarras
ao longo destes Corredores de Desenvolvimento, ampliando e diversificando a
economia, a competitividade e o nível de emprego na cidade, valorizando os bens
naturais, observando as restrições e vulnerabilidades territoriais e ambientais de
forma a promover o desenvolvimento equilibrado e a integração territorial.
XXIII. Estimular a implantação de atividades ligadas à hospedagem, como pousadas
Art. 62. O uso e a ocupação do solo passam a ser disciplinados por normas
referentes:
I. À zona em que o lote se situa;
II. À categoria de uso do imóvel;
III. Aos índices urbanísticos que definem a forma espacial da ocupação e
aproveitamento do lote;
IV. À classificação da via onde se localiza o lote, conforme a zona em que este se situa;
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CAPÍTULO II
CLASSIFICAÇÃO DOS USOS E ATIVIDADES
SEÇÃO I
DO USO E OCUPAÇÃO DOS IMÓVEIS
Subseção I
Do Uso Residencial
I. Residencial Unifamiliar, por sua vez subdivido em: edificações com uma única
unidade habitacional e edificações geminadas, desde que tenham acessos
independentes para a via pública. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
192/2022)
II. Residencial Multifamiliar, por sua vez, subdividido em: Vertical; Condomínio
Edilício Horizontal de Casas Unifamiliares e Blocos Multifamiliares. (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 192/2022)
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Subseção II
Do Uso Misto
Art. 66. O imóvel configurado como de uso Misto é o que poderá concentrar o
uso Residencial e Não-Residencial (comércio, serviço, hotelaria, institucional, indústria
de pequeno porte não geradora de incomodidade) numa mesma edificação ou num
conjunto integrado de edificações, desde que sejam compatíveis entre si e com os usos
permitidos na zona.
Parágrafo único. As edificações classificadas como de uso misto ficam
subdivididas nas seguintes categorias:
I. Misto Tipo 1 - Área construída de 47 m² (quarenta e sete metros quadrados) a 600
m² (seiscentos metros quadrados);
II. Misto Tipo 2 - Área construída de 601 m² (seiscentos e um metros quadrados) a
3.000 m² (três mil metros quadrados);
III. Misto Tipo 3 - Área construída maior que 3.000 m² (três mil metros quadrados).
Subseção III
Do Uso Não-Residencial
II. Hotelaria Tipo 2: Unidades de Hospedagem - 70% (setenta por cento) maiores que
11,00 m² (onze metros quadrados);
III. Hotelaria Tipo 3: Unidades de Hospedagem - 90% (noventa por cento) maiores que
17,00 m² (dezessete metros quadrados).
§ 4º A categoria de uso Armazenagem e Logística não é subdividida, sendo
que a área construída deve ser superior a 150 m² (cento e cinquenta metros quadrados).
§ 5º A categoria de uso Industrial fica subdividida nas seguintes
subcategorias:
I. Indústria Tipo 1: Área construída de 120 m² (cento e vinte metros quadrados) a 600
m² (seiscentos metros quadrados) - permitidas indústrias potencialmente sem risco
ambiental, por apresentarem baixo grau de incomodidade, com efeitos inócuos,
independentemente do porte, compatíveis com outros usos urbanos;
II. Indústria Tipo 2: Área construída de 601 m² (seiscentos e um metros quadrados) a
3.000 m² (três mil metros quadrados) - permitidas indústrias com risco ambiental
leve, por apresentarem médio grau de incomodidade e baixo grau de nocividade, em
função dos efluentes hídricos e atmosféricos, ruídos, além de pessoal e tráfegos
toleráveis;
III. Indústria Tipo 3: Área construída acima de 3.000 m² (três mil metros quadrados) -
permitidas indústrias com risco ambiental moderado, por apresentarem:
a) elevado grau de incomodidade em função do porte, além de número de
trabalhadores e tráfego intensos;
b) médio ou alto grau de nocividade, em função da exalação de odores e material
particulado, vibrações e ruídos para fora dos limites físicos da indústria;
c) baixo grau de periculosidade, por produzirem efeitos minimizáveis pela aplicação
de métodos adequados ao controle e tratamento de efluentes.
§ 6º Não é admitida a implantação de Indústrias com risco ambiental alto, que
apresentem grau de periculosidade não minimizáveis ou não mitigáveis, mesmo após a
aplicação de métodos adequados de controle e tratamento de efluentes e resíduos
particulados e outras fontes não industriais de grande impacto ou de extrema
periculosidade.
§ 7º Entende-se por desenvolvimento econômico sustentável a
compatibilização do desenvolvimento econômico e social, de natureza inclusiva, com a
preservação ambiental, garantindo a qualidade de vida e o uso racional e equânime dos
recursos ambientais naturais ou construídos, bem como a acessibilidade, a mobilidade e
a comunicação para toda a comunidade.
III. Incômodas de Impacto Controlado - Atividades não residenciais que geram um nível
de incomodidade, mas que permite instalações próximas de áreas residenciais;
IV. Incômodas de Médio Impacto - Atividades não residenciais que geram
incomodidades que restringem sua instalação nas proximidades de áreas
residenciais;
V. Incômodas da Alto Impacto - Atividades incompatíveis com o uso residencial.
Parágrafo único. Para o exercício de atividades com grau de incomodidade
ou de risco distinto daquele para o qual o imóvel foi edificado ou adaptado
anteriormente, faz-se necessária a adaptação de acordo com lei ou regulamento
específico, conforme exigir a nova atividade.
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Art. 72. A categoria de usos não definidas nesta Lei Complementar que se
caracterizam por atividades de utilidade pública, tais como, polícia, presídios, defesa
nacional, fornecimento de energia elétrica, equipamentos e instalações de
telecomunicações, equipamentos de segurança do tráfego aéreo, tratamento e
distribuição de água, tratamento e coleta de esgotos sanitários, transporte coletivo
público, atividades aeroportuárias, atividades portuárias, equipamentos do sistema de
macrodrenagem, quando utilizadas para sua finalidade, serão avaliadas, aprovadas e
licenciadas após manifestação dos órgãos competentes do Município de Balneário
Piçarras, sob regime especial de análise.
§ 1º A instalação, construção ou ampliação de Centros de Detenção
Provisória, Penitenciárias e Cadeias serão admitidas unicamente na Macrozona
Rururbana e a mais de 2.000 (dois mil) metros de qualquer área cuja ocupação
residencial se caracterize como consolidada, independentemente da localização.
§ 2º A implantação de Aterros Sanitários ou Usinas de Tratamento de
Resíduos Urbanos ou Industriais serão admitidos unicamente na Macrozona Rururbana,
a mais de 2.000 (mil) metros de qualquer área cuja ocupação residencial se caracterize
como consolidada, independentes da localização e, em áreas não sujeitas a qualquer
risco de inundações.
§ 3º A implantação de Cemitérios, Cemitérios Parques e Crematórios serão
admitidos unicamente na Macrozona Rururbana, a mais de 1.000 (mil) metros de
qualquer área cuja ocupação residencial se caracterize como consolidada,
independentemente da localização e em áreas não sujeitas a qualquer risco de
inundações.
SEÇÃO II
ÍNDICES E PARÂMETROS URBANÍSTICOS
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a) Faixa de Passeio - P;
b) Recuo Frontal - RF;
c) Recuo Viário - RV;
d) Afastamento Lateral - A.Lt;
e) Afastamento Fundos - A.Fd;
VIII. Condicionantes Construtivos, divididos em:
a) Área Mínima da Unidade Residencial - AMUR;
b) Área Mínima da Unidade Comercial e Serviços - AMUCS;
c) Altura Máxima do Embasamento - H.Emb.; (Revogado pela Lei Complementar nº
192/2022)
IX. Vaga de Garagem, dividida em:
a) Vagas Não Oneradas - VGNO;
b) Vagas Onerosas - VGO. (Revogado pela Lei Complementar nº 192/2022)
IX Vaga de Garagem, conforme parâmetros estabelecidos no ANEXO VI - Tabela de
Reserva Técnica de Estacionamento; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
192/2022)
§ 1º Para o caso de uso residencial unifamiliar será admitida a ocupação,
mantidos os demais índices, em lotes com testadas e áreas inferiores aos definidos
nesta Lei Complementar, desde que, em loteamentos aprovados ou áreas devidamente
registradas no registro de imóveis em datas anteriores à vigência da presente norma.
§ 1º Em lotes com testadas e áreas inferiores aos definidos nesta Lei
Complementar, desde que, em loteamentos aprovados ou áreas devidamente
registradas no registro de imóveis em datas anteriores à vigência da presente Lei,
poderão ser edificados novas edificações, devendo respeitar aos parâmetros e índices
construtivos previsto no Plano Diretor. (Redação alterada pela Lei Complementar nº
192/2022)
§ 2º Os parâmetros urbanísticos são definidos para cada zona de uso e
ocupação do solo em que se localizam os lotes, conforme disposto nesta Lei
Complementar.
§ 3º Para o cálculo da taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento será
utilizada a área especificada na matrícula do terreno.
§ 4º Para a determinação dos recuos e afastamentos serão utilizados os limites reais do
terreno, encontrada "in loco. (Redação pela Lei Complementar nº 192/2022)
Art. 76. O Coeficiente de Aproveitamento e a Taxa de Ocupação são
instrumentos cujo principal propósito é controlar o adensamento, os impactos das
construções sobre o ambiente urbano e sobre a infraestrutura urbana.
Subseção I
Definições dos Índices e dos Parâmetros Urbanísticos
Art. 77. Lote é uma parcela do solo, bem como a parcela do terreno,
resultante do parcelamento do solo para fins de edificação, que tem frente para via
pública ou que com ela se comunique por acesso.
Parágrafo único. Quando houver área remanescente de lote a ser atingido
por desapropriação, o qual tenha aproveitamento autônomo, é permitida a construção de
edificações, respeitadas as exigências e os índices urbanísticos previstos nesta Lei
Complementar.
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sobre a área do lote, não computadas as lajes técnicas projetadas para além das
prumadas principais da torre nos limites estabelecidos nesta Lei Complementar.
§ 8º Taxa de Permeabilidade Mínima - TP - é a relação percentual entre a
parte permeável, que permite a infiltração de água no solo livre de qualquer edificação, e
a área do lote, observadas as seguintes condições:
I. A Taxa de Permeabilidade Mínima - TP - exigida poderá ser atenuada mediante a
utilização concomitante de caixas de retenção para o reuso de águas pluviais, desde
que preservada, no mínimo, 7,5% (sete e meio por cento) da área do lote in natura;
II. Os Lotes que possuam área impermeabilizada superior a 500,00m² (quinhentos
metros quadrados), edificados ou não, que venham a ser objeto de construção de
novas edificações e ampliação, ou que sejam objeto de reforma que resulte em área
impermeabilizada superior à mencionada, deverão ter reservatórios para retenção
das águas pluviais;
III. A Capacidade do reservatório para retenção das águas pluviais deverá ser calculada
com base na seguinte equação e condicionantes:
a) Fórmula conforme NBR 15.527:
V = 0,15 x Ai x IP x T
Onde:
V = volume do reservatório (m³).
Ai = área impermeabilizada (m²).
IP = índice pluviométrico igual a 0,12 m/h.
T = tempo de duração da chuva igual a ½ hora ou 30 (trinta) minutos = 0,5.
c) o reservatório deverá ser fechado, coberto e atender às normas sanitárias
vigentes;
d) deverá ser instalado um sistema que conduza ao reservatório toda a água
captada em telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos;
e) a água contida pelo reservatório deverá, preferencialmente, infiltrar-se no solo,
podendo ser despejada na rede pública de drenagem, após uma hora do término
da chuva ou ser conduzida para outro reservatório para ser utilizada para
finalidades não potáveis;
f) não será considera área permeável as áreas verdes ou jardins localizados sobre
subsolos edificados se não houver caixas de retenção acopladas no fundo das
áreas plantadas, compondo um sistema de retenção ou acumulação de águas
pluviais;
g) para empreendimentos licenciáveis deverá ser observado o Código Estadual do
Meio Ambiente, Lei Estadual nº 14.675/2009.
Art. 78-A. Taxa de Ocupação - TO - é a relação percentual entre a projeção
do perímetro total da edificação no terreno e a área do lote.
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b) V - = 0,15 x Ai x IP x T
Onde:
podendo ser inferior a 2,40 (dois metros e quarenta centímetros), quando se tratar de
compartimentos de uso prolongado ou transitório.
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Subseção II
Índices e Parâmetros Urbanísticos Especiais
I. 10,00m (dez metros) para o recuo frontal, até as ilhas de abastecimento e 5,00m
(cinco metros) até o limite da cobertura, sem prejuízo da observância de recuo
frontal superior exigível para o local;
II. 3,00m (três metros) para os afastamentos laterais e de fundos;
§ 1º No caso de lote de esquina, o posto de serviço e de abastecimento de
veículos deverá obedecer aos recuos frontais mínimos estabelecidos por esta Lei
Complementar, não podendo, em nenhum caso, ser inferior a 10,00m (dez metros) para
a via de maior importância e de 5,00m (cinco metros) para a via de menor importância,
medidos a partir da edificação principal, mediante manifestação do órgão competente, o
qual definirá o grau de importância de cada via no caso de terem igual classificação
viária.
§ 2º Fica proibido o rebaixamento de guia na linha normal à tangência da
esquina em 5 (cinco) metros para cada um dos lados.
§ 3º As marquises e coberturas dos aparelhos abastecedores dos postos aos
quais se refere este artigo deverão ser afastados 2,00m (dois metros) das divisas
laterais e de fundo.
§ 4º Os aparelhos (bombas) abastecedores e os tanques de armazenagem,
subterrâneos ou aéreos, deverão distar:
I. 5,00m (cinco metros), no mínimo, das divisas do lote;
II. 4,00m (quatro metros), no mínimo, de qualquer ponto da edificação, no caso de não
ficarem encostados nela.
Subseção III
Cone de Sombreamento
Art. 88. O Cone de Sombra é o parâmetro que definiu o limite de alturas das
edificações e sua relação com o limite da sua projeção na praia, que é a projeção da
sombra da edificação no solo, medido no dia 31 de dezembro, ás 16h do horário de
verão ou 15h do horário global, que define os ângulos máximos compostos por uma
linha imaginária a partir do vértice mais alto da edificação.
§ 1º O ponto extremo do limite admitido para a sombra das edificações no
plano horizontal do solo será delimitado através de uma linha perpendicular da
edificação até o encontro dos pontos referenciados em coordenadas UTM, que limitam o
início da faixa da vegetação de restinga ou da faixa de areia quando não existir restinga
e a linha que delimita as infraestruturas existentes na orla, como vias, calçadões e
equipamentos existentes ou projetados.
§ 2º O ponto mais alto a ser considerado na edificação são os vértices que
projetam sua sombra perpendicularmente à praia, incluindo os fechamentos de
platibandas da cobertura e excetuando-se a projeções de caixas d’água, casa de
máquinas de elevadores, torres de resfriamento e outros equipamentos, desde que
estes elementos não excedam a 30% (trinta por cento) da taxa de ocupação relativa à
área perimetral do último pavimento útil.
Subseção IV
Áreas de Reserva Técnica Destinadas a Estacionamentos e Manobra de Veículos
Art. 89. Para as edificações que tenham por finalidade o uso público
intensivo, residencial multifamiliar, mista, de comércio e serviços e atividades
econômicas diversas, que sejam geradoras de demandas por estacionamento ou vagas
transitórias, deverão atender o que prevê a Tabela RTE-01, do Anexo VI, podendo a
Administração Pública Municipal solicitar, suplementarmente, outras medidas à
destinação de áreas de estacionamento e manobra de veículos, a fim de atender à
demanda concentrada ou a não utilização do espaço público para fins privativos, caso
não estejam sob a exigência de realização de Estudo de Geração de Tráfego – EGT.
TÍTULO IV
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PARCELAMENTO DO SOLO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
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SEÇÃO I
FORMAS DO PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS
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Ciclovia
Largura mínima dos Caixa da Via de Canteiro
ou Total
Tipo de Via Passeios Rolamento Central
Ciclofaixa (m)
(m) (m) (m)
(m)
ESTRUTURAL 3,00 (por faixa) 10,00 (por faixa) 2,00 2,00 30,00
Observação: Para os eixos viários projetados, deverá ser observada o Mapa – SV-01
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Art. 112. Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos na
Macrozona Urbana e Macrozona Rururbana ou de urbanização específica, nos moldes
delineados pelo PDDE-Balneário Piçarras ou aprovadas por lei municipal específica.
Subseção I
Loteamento e Desmembramento
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Art. 116. A malha viária deverá obedecer à rede de estrutura viária básica e a
outros critérios técnicos segundo a capacidade e a função da via, definidos pela
municipalidade.
Art. 117. As áreas e dimensões mínimas dos lotes deverão obedecer aos
parâmetros estabelecidos nas Macrozonas e Zonas, consoante previsto no Anexo VII,
desta Lei Complementar.
Art. 120. Será reservada e entregue ao Município, sem ônus para este:
I. Parcela da área loteável que terá destinação pública, para o sistema de circulação e
para a implantação de equipamentos urbanos e comunitários, conforme estabelecido
no Mapa SV-01 e Mapa SV-02;
II. Do total de área pública a ser entregue ao Município, deduzidas as áreas destinadas
ao sistema de circulação, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) de sua área será
reservada à implantação de equipamentos comunitários em que possa ser inscrito
um círculo com raio mínimo de 10,00m (dez metros);
III. Deduzidas as áreas destinadas ao sistema de circulação, naquelas reservadas para
os equipamentos comunitários deverão ser mantidas a cobertura vegetal existente
até que o Município lhes dê destinação, salvo determinação expressa do órgão
municipal competente;
IV. A localização da área a ser reservada para equipamento comunitário nas diretrizes
do loteamento, que será determinada pelo órgão municipal competente, de modo a
integrá-la harmonicamente à estrutura urbana.
§ 1º As áreas de destinação pública reservadas para equipamentos públicos e
comunitários deverão ser localizadas dentro dos limites da área do parcelamento do
solo.
§ 2º As áreas de destinação pública reservadas para áreas verdes ou praças
poderão ser localizadas fora dos limites da área do parcelamento do solo, desde sejam
formalizadas através de termo de ajuste específico, para que integrem cota parte de um
projeto urbano, nas proximidades do parcelamento do solo, voltados à implantação de
praça pública, parques municipais ou áreas verdes de domínio público.
Art. 125. A execução das obras constantes do projeto de loteamento deve ser
garantida por depósito, confiado ao Município, do valor a elas correspondente,
calculados com base em valores unitários de tabelas oficiais e devidamente assinados
pelo proprietário ou empreendedor e pelo responsável técnico do orçamento, da
seguinte forma:
I. Em dinheiro;
II. Em títulos da dívida pública;
III. Por fiança bancária;
IV. Por vinculação a imóvel, no local ou fora dele, feita mediante instrumento público.
§ 1º Cumprido o cronograma de obras, o depósito poderá ser restituído, até o
máximo de 70% (setenta por cento), no momento da liberação do loteamento, depois de
feita vistoria pelas concessionárias de serviço público e pela prefeitura, quanto à
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Subseção II
Loteamento Fechado
Art. 128. A associação que será formada pelos proprietários, fará constar de
seu estatuto, cláusula expressa de sua responsabilidade administrativa pela execução
de obras e seu custo com a manutenção e dos serviços urbanos realizados na área
interna e externa do loteamento, exceto do espaço das áreas institucionais externas ao
loteamento.
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Art. 131. Fica o Poder Executivo autorizado a outorgar concessão de uso das
áreas destinadas às vias de circulação para devido registro do Loteamento Fechado,
após a aprovação do loteamento pelo órgão competente.
Parágrafo único. Caberá ao loteador averbar junto às Matrículas das áreas
vendidas, no Cartório de Registro de Imóveis, a cedência dos direitos sobre as áreas à
associação de proprietários, a partir de sua constituição, desde que concluídas as obras
de infraestrutura obrigatórias por Lei.
Art. 138. Lotes de natureza não residencial não serão permitidos nas áreas a
serem fechadas dos loteamentos previstos nesta subseção, podendo apenas
localizarem-se na área externa e serem destinados exclusivamente à atividade de apoio
residencial, tais como: padarias, farmácias, mercados e afins.
Art. 140. Aplicam-se aos casos previstos nesta Lei Complementar todos os
dispositivos estabelecidos no Código de Obras e suas alterações, referentes ao uso e
ocupação do solo, que não conflitarem com esta norma, bem como os previstos na
legislação estadual e federal pertinentes.
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Art. 149. O Condomínio Urbanístico que possuir área total igual ou maior que
10.000 m² deverá reservar percentual de 10% (dez por cento) do total da área a ser
destinada à implantação de infraestrutura básica e de equipamentos públicos urbanos e
comunitários.
Parágrafo único. As áreas destinadas ao uso público em condomínios
urbanísticos devem estar situadas fora do perímetro fechado e podem, a critério do
Poder Público, situar-se em outro local dentro do perímetro urbano distante, no máximo,
em 1.500m (mil e quinhentos metros) do condomínio originário.
Subseção IV
Desdobro ou Fracionamento Do Lote
Subseção V
Modificação do Parcelamento
Subseção VI
Reparcelamento
TÍTULO V
INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA E DE GESTÃO AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO I
PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO E UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIA
Art. 163. São considerados imóveis não edificados os lotes e glebas baldios,
com área superior à área mínima do lote prevista para a Macrozona e ainda quando a
edificação existente seja inferior ao coeficiente de aproveitamento mínimo estabelecidos
nas tabelas de Índices e Parâmetros Urbanísticos - IPU.
§ 1º As obrigações estabelecidas por esta lei aos proprietários de imóveis
caracterizados no caput não serão aplicadas enquanto o terreno não tiver acesso à
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Art. 165. São considerados imóveis não utilizados aqueles que, mesmo
construídos com coeficiente de aproveitamento igual ou superior ao coeficiente de
aproveitamento mínimo do zoneamento, contenham 80% (oitenta por cento) ou mais de
sua área construída desocupada por mais de 5 (cinco) anos ininterruptos.
§ 1º Quando se tratar de edificação constituída por unidades autônomas para
fins residenciais ou não residenciais, a não utilização será aferida pela desocupação de
pelo menos 80% (oitenta por cento) dentre elas, bem como pelo prazo de 5 (cinco) anos.
§ 2º A desocupação dos imóveis poderá ser comprovada por meio de
consulta às concessionárias de serviço público, pela não utilização ou pela interrupção
do fornecimento de serviços essenciais como água, luz e água potável ou por laudo
técnico assinado por responsável técnico e previamente publicado em diário oficial.
§ 3º A classificação do imóvel como não utilizado poderá ser suspensa
enquanto perdurar as providências jurídicas cabíveis ou quando o proprietário firmar
compromisso de ocupação no prazo determinado ou, ainda, mediante termo de ajuste
de conduta.
consecutivos, até atingir a alíquota máxima de 15% (quinze por cento), nos seguintes
moldes:
I. Imóvel edificado não utilizado ou subutilizado:
a) 1,5% (um e meio por cento) no 1º (primeiro) ano;
b) 3,0% (três por cento) no 2º (segundo) ano;
c) 6,0% (seis por cento) no 3º (terceiro) ano;
d) 12,0% (doze por cento) no 4º (quarto) ano;
e) 15,0 % (quinze por cento) no 5º (quinto) ano.
II. Imóvel baldio ou não edificado:
a) 3,0% (três por cento) no 1º (primeiro) ano;
b) 6,0% (seis por cento) no 2º (segundo) ano;
c) 9,0% (nove por cento) no 3º (terceiro) ano;
d) 12,0% (doze por cento) no 4º (quarto) ano;
e) 15,0 % (quinze por cento) no 5º (quinto) ano.
§ 1º A alíquota a ser aplicada a cada ano será igual ao dobro do valor da
alíquota do ano anterior.
§ 2º Será adotada a alíquota de 15% (quinze por cento) a partir do ano em
que o valor calculado venha a ultrapassar o limite estabelecido no caput deste artigo.
§ 3º Será mantida a cobrança do Imposto pela alíquota majorada até que se
cumpra a obrigação de parcelar, edificar, utilizar o imóvel ou que ocorra a sua
desapropriação.
§ 4º É vedada a concessão de isenções, anistias, incentivos ou benefícios
fiscais relativos ao IPTU Progressivo de que trata esta lei.
§ 5º Serão suspensas quaisquer isenções do IPTU incidentes em um dado
imóvel quando o proprietário for notificado para o parcelamento, edificação ou utilização
compulsórios.
§ 6º Observadas as alíquotas previstas neste artigo, aplica-se ao IPTU
Progressivo a legislação tributária vigente no Município de Balneário Piçarras.
§ 7º Comprovado o cumprimento da obrigação de parcelar, edificar ou utilizar
o imóvel, ocorrerá o lançamento do IPTU, no exercício seguinte, sem a aplicação das
alíquotas previstas nesta Lei Complementar.
SEÇÃO III
DESAPROPRIAÇÃO MEDIANTE PAGAMENTO EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA
SEÇÃO IV
CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO MUNICIPAL
SEÇÃO V
DIREITO DE PREEMPÇÃO
Art. 173. Além das finalidades definidas nesta Lei Complementar, outras
finalidades poderão ser definidas em lei específica, contemplando a incidência do direito
de preempção.
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SEÇÃO VI
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DIREITO DE SUPERFÍCIE
SEÇÃO VII
DIREITO DE CONSTRUIR
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Subseção I
Outorga Onerosa do Direito de Construir
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§ 2º Nas microzonas descritas nos incisos VII, VIII, X e XVIII, a outorga onerosa do
direito de construir poderá ser cobrada sobre a área do perímetro dos pavimentos acima
do limite máximo dos gabaritos ou altura sem a cobrança da outorga onerosa até o limite
máximo dos gabaritos ou altura com a cobrança da outorga onerosa,
independentemente de terem atingido o limite máximo da soma dos Coeficientes de
Aproveitamento Básico - CAB e Coeficiente de Aproveitamento Incentivado - Sem Ônus
previstos no Anexo III da presente Lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº
177/2021)
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Ct = Fs x Fp x B
Onde:
Ct = Contrapartida financeira por m² de área de outorga
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FATOR SOCIAL - FS
Disponibilidade - Uso e Atividade Valor do FS
HABITACIONAL
Habitação de Interesse Social 0,0
Habitação com Área Útil até 50 m2 0,3
Habitação com Área Útil entre 50 m2 e 75 m2 0,7
Habitação com Área Útil acima de 75 m2 1,0
TIPOLOGIA INSTITUCIONAL
Equipamentos Sociais Públicos 0,0
TIPOLOGIA – SERVIÇOS E ATIVIDADES SEM FINS
LUCRATIVOS
Hospitais, Policlínicas e afins 0,5
Escolas 0,5
Faculdades ou Universidades 1,0
Equipamentos Culturais 1,0
TIPOLOGIA – SERVIÇOS E ATIVIDADES PRIVADAS
Hospitais, Clínicas Especializadas 0,5
Escolas 0,6
Faculdades ou Universidades 1,0
Equipamentos Culturais 1,0
Outros Serviços 1,0
Habitação com Área Útil entre 50 m2 e 75 m2 0,7
Habitação com Área Útil acima de 75 m2 1,0
FATOR DE PLANEJAMENTO - FP
Disponibilidade – Infraestrutura e Serviços Valor do FP
SISTEMA VIÁRIO
Via sem Pavimentação 0,3
Via com Pavimentação Primária 0,5
Via com Pavimentação Completa 1,5
MOBILIDADE URBANA
Passeios sem Revestimento e sem 0,3
Acessibilidade
Passeios com Revestimento Total ou Parcial 1,0
Travessias Seguras 1,0
Ciclovias ou Ciclofaixas 1,2
Sistema de Transporte Coletivo Público 1,5
ÁREAS PÚBLICAS
Pequenas Praças 0,5
Grandes Praças, Parques, Áreas de Lazer 1,0
Calçadões, Promenades 1,2
Áreas Desportivas Cobertas ou Descobertas 1,5
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SANEAMENTO
Rede de Drenagem Urbana 0,5
Sistema de Tratamento Individual 0,6
Coleta e Tratamento 1,0
EQUIPAMENTOS URBANOS
Iluminação Pública 0,5
Lixeiras 0,8
Bancos e Floreiras 0,8
Arborização 1,5
Outros (Teatro, cinema, casa de espetáculos) 1,5
B= vt ÷ CAb
Sendo:
B = Valor do benefício econômico agregado ao imóvel
vt = valor médio atribuído ao m² do terreno
CAb = Coeficiente de Aproveitamento Básico.
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EV-EP(1) 18%
EV-GV, EV-VZ 15%
EV-MN, EV-DA, EV-AGF 12%
Onde:
VOO = Valor da Outorga Onerosa de Potencial Construtivo em R$
Vm² = Valor equivalente do metro quadrado da área representada na tabela de preço
público, expresso em % (percentual) - Tabela de Cobrança da OOPC.
VI = Valor do CUB-SC de referência na data da expedição da aprovação do
empreendimento.
QSC = Quantidade de metros quadrados de solo adicional requerido, até o limite
permitido na tabela de Índices – IPU para cada zona.
Subseção II
Transferência do Potencial Construtivo - TPC
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Subseção I
Projetos de Intervenção Urbana
SEÇÃO IX
OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Art. 209. As Operações Urbanas Consorciadas deverão ser criadas por lei
específica.
§ 1º Fica, desde já, definida como área de interesse para o desenvolvimento
de projetos de intervenção urbana, a Operação Urbana da Área de Estruturação Urbana
da Foz do Rio Piçarras - que tem por objetivo atender os incisos I, II, III, IV, V, VII, VIII e
IX do Art. 208;
§ 2º A Operação Urbana Consorciada de que trata o § 1º será estruturada e
apresentada ao Conselho da Cidade de Balneário Piçarras para aprovação e posterior
implementação, respeitadas as condicionantes estabelecidas nos Art. 212, Art. 213 e
Art. 214, num prazo máximo de 1 (um), ano contado da publicação desta Lei
Complementar.
§ 3º No perímetro definido para as Operações Urbanas Consorciadas,
enquanto estiverem em processo de estruturação, serão válidos os parâmetros e índices
urbanísticos básicos, igual a 1 (uma) vez a área do lote, para qualquer tipo de atividade
excetuando-se os usos institucionais e de hotelaria.
§ 4º Passado o período previsto no § 2º deste artigo, sem que o Poder
Público tenha regulamentado a Operação Urbana Consorciada, o perímetro definido
assumirá o zoneamento contíguo ou de fundo.
Art. 213. Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do inciso XII, do
Art. 212, serão aplicados exclusivamente na implantação do Programa de Intervenções
Urbanas, previsto na lei de criação da Operação Urbana Consorciada.
§ 1º No mínimo 20% (vinte por cento) dos recursos arrecadados deverão ser
aplicados em Habitação de Interesse Social, no perímetro de abrangência ou em área
definida como Zona Especial de Interesse Social, fora do perímetro da Operação Urbana
Consorciada, preferencialmente na aquisição de glebas e lotes.
§ 2º Os recursos a que se refere o § 1º deverão ser em sua origem
depositados em conta específica.
Art. 214. A lei específica que criar a Operação Urbana Consorciada poderá
prever a emissão, pelo município, de quantidade determinada de Certificados de
Potencial Adicional de Construção, que deverá ter o controle da destinação e do
detentor futuro dos Certificados de Construção, que serão alienados por chamada
pública (edital de venda de potencial construtivo), ou utilizados diretamente no
pagamento das obras, das desapropriações necessárias à implantação do programa de
intervenções, bem como oferecidos em garantia para obtenção de financiamentos para a
implementação da operação.
§ 1º Os Certificados de Potencial Adicional de Construção poderão ser
livremente negociados, mas convertidos em direito de construir unicamente na área
objeto da Operação Urbana Consorciada.
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SEÇÃO X
CONCESSÃO URBANÍSTICA
Art. 217. A Concessão Urbanística fica sujeita ao regime jurídico federal das
concessões comuns e das parcerias público-privadas, com as complementações
constantes da legislação específica estadual e municipal.
Art. 218. Deverá ser constituído Conselho Gestor próprio, paritário, com
representantes do Poder Público e da sociedade civil, vislumbrando o controle social e o
acompanhamento contínuo de cada concessão urbanística.
SEÇÃO XI
ÁREAS DE INTERVENÇÃO URBANA - AIU
Art. 229. O EIV/RIV deverá ser objeto de audiência pública promovida pelo
Município de Balneário Piçarras, previamente à decisão final sobre o efetivo
licenciamento urbano e ambiental do empreendimento.
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Tabela (EIV-01)
USOS E ATIVIDADES QUE ESTÃO SUJEITOS AO ESTUDO DE IMPACTO DE
VIZINHANÇA
USO / ATIVIDADE CONDICIONANTE ANÁLISE E POSSÍVEIS
MÍNIMA IMPACTOS
Uso Residencial multifamiliar Área construída superior a 15.000m² Adensamento Populacional
e/ou hoteleiro ou acima de 150 unidades Alterações na dinâmica populacional da
habitacionais/hospedagem área afetada
Loteamentos Superior a 200 lotes por gleba Alterações na dinâmica socioeconômica
parcelada da área afetada
(consumo, emprego, renda, produção)
Valorização imobiliária
Alteração
Geração de impostos
Equipamentos Urbanos e
Condomínios Residenciais Superior a 100 frações ideais de Comunitários
Horizontais uso residencial. Sobrecarga
Geração de tráfego e demanda por
transporte público
Redução do tempo de deslocamento,
Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Ventilação e iluminação
Geração de tráfego e demanda por
transporte público
Redução do tempo de deslocamento,
Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Superior a 25.000m² de área total Suporte natural e ambiental
Condomínios Industriais e/ou ou que tenha mais de 10 frações Impacto sobre recursos hídricos,
logísticos ideais que somem 20.000m² de geológicos ou atmosféricos
área, independentemente do Uso e ocupação do solo
tamanho de cada fração ideal. Polarização/expulsão
Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Suporte natural e ambiental
Impacto sobre recursos hídricos,
geológicos ou atmosféricos
Pistas de testes ou corrida de Geração de tráfego e demanda por
Qualquer área transporte público
veículos automotores
Redução do tempo de deslocamento,
Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Geração de tráfego e demanda por
transporte público
106
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Gabinete do Prefeito
108
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Valorização imobiliária
Alteração Geração de impostos
Presídios/Penitenciárias Qualquer área Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Geração de tráfego e demanda por
transporte público
Redução do tempo de deslocamento,
Clubes Esportivos Área Terreno superior a 20.000m² Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Valorização imobiliária
Alteração Geração de impostos
Equipamentos Urbanos e
Comunitários
Área Construída acima de Sobrecarga
Empreendimentos de uso 18.000m² e /ou mais de 250 vagas Geração de tráfego e demanda por
misto de automóveis transporte público
Redução do tempo de deslocamento,
Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Ventilação e iluminação
Shopping center, lojas de Área Construída acima de 15.000m² Uso e ocupação do solo
departamento e similares e/ou mais de 250 vagas de Polarização/expulsão
estacionamento Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Geração de tráfego e demanda por
transporte público
Redução do tempo de deslocamento,
Prejuízos à segurança
Sobrecarga no sistema de transporte
Torres de telefonia celular e Qualquer área Valorização imobiliária
similares Alteração Geração de impostos
Estação Telefônica / Centro de Qualquer área Valorização imobiliária
Comutação e Controle Alteração Geração de impostos
Valorização imobiliária
Implantação de torres com Alteração Geração de impostos
cabos de alta tensão em área Qualquer área Suporte natural e ambiental
urbana consolidada Impacto sobre recursos hídricos,
geológicos ou atmosféricos
Valorização imobiliária
Alteração Geração de impostos
Suporte natural e ambiental
Volume armazenado superior a Impacto sobre recursos hídricos,
100.000 litros geológicos ou atmosféricos
Postos de Combustíveis
Geração de incomodidades aos
Vizinhos
Poluição sonora
Poluição hídrica
Poluição atmosférica
Suporte natural e ambiental
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Art. 231. O Poder Executivo deverá editar decreto, num prazo de até 180
(cento e oitenta dias) a partir da entrada em vigor da presente Lei Complementar,
regulamentando e detalhando os objetivos do EIV/RIV e definir os seus parâmetros,
procedimentos, prazos de análise, competência, conteúdos e formas de gestão
democrática a serem adotadas na sua elaboração, análise e avaliação.
SEÇÃO XIII
ESTUDO E RELATÓRIO DE POLO GERADOR DE TRÁFEGO - EGT/RIT
110
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112
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SEÇÃO XIV
INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
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Art. 239. A concessão de uso especial para fins de moradia poderá ser
outorgada mediante requerimento do interessado, dirigido à Secretaria Municipal de
Assistência Social, a qual iniciará o trâmite do procedimento.
TÍTULO VI
ESTRUTURA URBANA E AMBIENTAL
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO II
SISTEMA MUNICIPAL DE MOBILIDADE E ACESSIBILIDADE URBANA
SEÇÃO I
ESTRUTURAÇÃO DOS SISTEMAS VIÁRIO E HIDROVIÁRIO
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117
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SEÇÃO II
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO
SEÇÃO III
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA CICLOVIÁRIO
118
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CAPÍTULO III
SISTEMA MUNICIPAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, DAS ÁREAS VERDES E
DOS ESPAÇOS LIVRES
CAPÍTULO IV
SISTEMA MUNICIPAL DE SANEAMENTO AMBIENTAL
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SEÇÃO I
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
SEÇÃO II
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
120
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SEÇÃO III
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM
SEÇÃO IV
ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
CAPÍTULO V
SISTEMA MUNICIPAL DE EQUIPAMENTOS URBANOS E SOCIAIS
TÍTULO VII
POLÍTICAS E PLANOS SETORIAIS
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 279. Para fins de aplicação desta Lei Complementar, serão utilizados
como elementos de orientação das Políticas e Planos Setoriais, os seguintes
instrumentos:
I. Plano Municipal de Habitação e Regularização Fundiária;
II. Plano de Mobilidade Urbana - PLANMOB - e os seguintes planos complementares:
a) Plano de Transportes;
b) Plano Viário e Cicloviário;
c) Plano de Acessibilidade e Passeios;
d) Plano para Logística e Distribuição de Cargas
III. Plano Municipal de Saneamento Básico;
IV. Plano Municipal de Proteção e Defesa Civil;
V. Plano Municipal de Conservação e Recuperação das Matas e Áreas Verdes;
122
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CAPÍTULO II
HABITAÇÃO E REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO II
POLÍTICA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
a) HIS 1: destinada a famílias com renda bruta igual ou inferior a 3 (três) salários
mínimos nacionais;
b) HIS 2: destinada a famílias com renda bruta igual a 3 (três) até 7,5 (sete e meio)
salários mínimos nacionais;
IV. Habitação de Mercado Popular - HMP: destinada a famílias com renda bruta igual a
7,5 (sete e meio) até 10 (dez) salários mínimos nacionais, podendo ser de promoção
pública ou privada, com padrão de unidade habitacional com até dois sanitários, até
uma vaga de garagem e área útil de, no máximo, 70,00m² (setenta metros
quadrados);
§ 3º A produção de novas unidades de Habitação de Interesse Social - HIS e
de Habitação do Mercado Popular - HMP deverá atender às disposições estabelecidas
por legislação específica de EHIS, EHMP, HIS e HMP, para as zonas de uso ZEIS-SP e
ZEIS-BR.
124
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SEÇÃO III
POLÍTICA MUNICIPAL DE REGULARIZAÇÃO FUNDÁRIA
Art. 290. Para cada assentamento urbano deverá ser elaborado um projeto
específico de regularização fundiária, segundo procedimentos previstos na legislação
municipal.
CAPÍTULO III
MOBILIDADE URBANA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
SEÇÃO II
POLÍTICA MUNICIPAL DE MOBILIDADE URBANA
Art. 296. A Mobilidade Urbana tem por objetivo contribuir para o acesso
universal à cidade, o fomento e a concretização das condições que contribuam para a
efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano,
de forma a:
I. Promover a mobilidade sustentável, reconhecendo a interdependência entre os
transportes, a saúde, o ambiente e o direito à cidade;
II. Reduzir a necessidade de utilização do transporte individual motorizado e promover
meios de transportes coletivos acessíveis a todos, a preços módicos;
III. Aumentar a parcela de viagens realizadas em transportes públicos, a pé ou de
bicicleta;
IV. Desenvolver e manter uma boa infraestrutura para locomoção de pedestres e
pessoas com deficiências, com calçadas e travessias adequadas;
V. Acelerar a transição para veículos menos poluentes;
126
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CAPÍTULO IV
SANEAMENTO BÁSICO E GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
SEÇÃO I
POLÍTICA MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO
Art. 297. A Política Municipal de Saneamento tem por objetivo contribuir para
o acesso universal à água potável e ao saneamento básico, viabilizando a efetivação
dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano, de forma a:
I. Monitorar e atualizar o “Plano Municipal de Saneamento Básico”, ampliando ações
para antecipação das metas de redução de perdas;
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SEÇÃO II
POLÍTICA MUNICIPAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Art. 298. A Política Municipal de Resíduos Sólidos tem por objetivo contribuir
para a ampliação da melhoria de qualidade de vida dos cidadãos, visando ao
atendimento das diretrizes preconizadas pela Lei Federal n° 12.305, de 2 de agosto de
2010, que estabelece a política nacional de resíduos sólidos, contribuindo para a
efetivação dos princípios, objetivos e diretrizes da política de desenvolvimento urbano,
de forma a:
I. Monitorar e atualizar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos,
ampliando as ações e metas definidas;
II. Promover a inserção de associações e cooperativas de catadores na política pública
de gestão de resíduos;
III. Elaborar um programa de ampliação, fortalecimento e divulgação maciça da rede de
ecopontos na cidade;
IV. Realizar ações para gestão do resíduo da construção civil coletado na cidade,
aperfeiçoando o sistema de triagem e destinação ambientalmente correta;
V. Ampliar a instalação de contentores públicos para resíduos orgânicos e recicláveis;
VI. Realizar campanha municipal permanente de educação ambiental, visando ao
cumprimento da política nacional de resíduos sólidos;
VII. Criar cursos públicos ou mediante em parcerias, vislumbrando a capacitação e a
inclusão social de profissionais dedicados à área da reciclagem.
CAPÍTULO V
REDUÇÃO DE RISCOS E RESPOSTA A DESASTRES - CIDADE RESILIENTE
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 299. A Gestão de Riscos e Resposta a Desastres tem por objetivo gerar
uma Cidade Resiliente, dotando-a de uma capacidade sistêmica para resistir, absorver,
adaptar-se e recuperar-se dos efeitos dos riscos a que está exposta, de maneira
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SEÇÃO II
POLÍTICA MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS
Art. 301. O Plano Municipal de Redução de Riscos - PMRR, caso ainda não
exista, deverá ser elaborado num prazo de 1 (um) ano, contado da entrada em vigor
desta Lei Complementar, contendo mapeamento e classificação de áreas e de moradias
em situação de risco, sendo atualizado anualmente, sob coordenação do órgão
municipal de defesa civil, de forma a subsidiar e orientar as ações de redução de risco,
que incluem ações estruturais, como execução e manutenção de adequados sistemas
de macrodrenagem, intervenções de estabilização de taludes e de encostas, proteção
da orla, remoção de moradias em situações de risco alto ou muito alto e ações e obras
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de recuperação de áreas degradadas, além das medidas não estruturais cabíveis a cada
situação.
§ 1º O Plano Municipal de Redução de Riscos - PMRR atenderá à abordagem
preventiva para a gestão do risco, preconizada pela legislação federal e estadual, e
incluirá as etapas de identificação, análise e cartografia dos riscos, definição de medidas
estruturais e não estruturais de prevenção de desastres, planejamento e treinamento
para situações de emergência, além da divulgação de informações e da elaboração de
cadastro socioeconômico das famílias e ocupações em áreas de risco.
§ 2º O Plano Municipal de Redução de Riscos - PMRR deverá articular-se aos
Planos setoriais correspondentes, incluídos os Planos Municipais de Habitação, de
Recuperação e Conservação das Áreas de Preservação e de Interesse Ambiental, de
Regularização Fundiária e de Saneamento.
SEÇÃO III
POLÍTICA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO E DEFESA CIVIL
Art. 302. A Política Municipal de Proteção e Defesa Civil terá por objetivo
realizar o planejamento e a promoção da proteção e da defesa permanente contra
desastres naturais, antropogênicos e mistos, bem como atuar na iminência e em
circunstâncias de desastres, prevenindo ou reduzindo danos, socorrendo e assistindo
populações afetadas, assim como reabilitando e recuperando os cenários dos desastres.
CAPÍTULO VI
MEIO AMBIENTE
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 304. O Meio Ambiente, enquanto bem jurídico tutelado, pode ser
enquadrado sob quatro classificações diferenciadas:
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I. Meio ambiente natural: composto pelos recursos naturais como a água, o solo, o ar
atmosférico, a fauna e a flora;
II. Meio ambiente artificial, modificado ou construído: formado pelos espaços
antropicamente alterados, para fins de cultivo e para fins de moradia, nas áreas
rurais ou urbanas, incluindo as edificações, os equipamentos públicos dentre outros;
III. Meio ambiente cultural: o patrimônio cultural do município, incluindo as relações
culturais, turísticas, arqueológicas, paisagísticas e naturais;
IV. Meio ambiente do trabalho: local onde homens e mulheres desenvolvem suas
atividades laborais.
SEÇÃO II
POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE
SEÇÃO III
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SEÇÃO IV
POLÍTICA MUNICIPAL DE GESTÃO CLIMÁTICA
SEÇÃO V
POLÍTICA MUNICIPAL DA PAISAGEM
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SEÇÃO VI
POLÍTICA MUNICIPAL DO PATRIMÔNIO CULTURAL
Art. 318. Para a promoção das estratégias descritas no Art. 317, no tocante
ao patrimônio cultural, natural e construído, conforme as cartas patrimoniais da
UNESCO, podem ser implantados os seguintes mecanismos, de acordo com as etapas
do trabalho abaixo elencadas:
I. Diagnóstico:
a) identificação;
b) cadastro;
c) catálogo;
d) pré-inventário;
134
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e) inventário.
II. Intervenção:
a) conservação;
b) demolição;
c) preservação;
d) restauração;
e) reabilitação;
f) requalificação;
g) revitalização.
TÍTULO VIII
GESTÃO DEMOCRÁTICA E SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO
CAPÍTULO I
COMPONENTES DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO
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CAPÍTULO II
INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR
SEÇÃO I
CONFERÊNCIA MUNICIPAL DA CIDADE DE BALNEÁRIO PIÇARRAS
SEÇÃO II
CONSELHO DA CIDADE DE BALNEÁRIO PIÇARRAS
Subseção I
Composição do Conselho da Cidade de Balneário Piçarras
Subseção II
Atribuições do Conselho da Cidade de Balneário Piçarras
CAPÍTULO III
INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL
SEÇÃO I
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
SEÇÃO II
INICIATIVA POPULAR DE PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS DE
DESENVOLVIMENTO URBANO
SEÇÃO III
INICIATIVA POPULAR DE PROJETOS DE LEI, DO PLEBISCITO E REFERENDO
SEÇÃO IV
INSTRUMENTOS DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA
CAPÍTULO IV
FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO
SEÇÃO I
FONTES DE RECURSOS
SEÇÃO II
DESTINAÇÃO DE RECURSOS
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SEÇÃO III
GESTÃO DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO - FMDU
CAPÍTULO V
SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E SISTEMA DE INFORMAÇÕES,
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PDDE-BALNEÁRIO PIÇARRAS
SEÇÃO I
ARTICULAÇÃO DO PLANO DIRETOR COM O PLANO PLURIANUAL E
ORÇAMENTO PROGRAMA
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SEÇÃO II
SISTEMA GERAL DE INFORMAÇÕES
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SEÇÃO III
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO DIRETOR
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TÍTULO IX
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 350. Em até 1 (um) ano, contado a partir da entrada em vigor da presente
Lei Complementar, deverá ser realizado processo de composição do Conselho da
Cidade de Balneário Piçarras, atendendo às disposições determinadas nesta norma.
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de, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor do CUB-SC, na data da emissão do
documento de arrecadação;;
III. Avanço sobre o recuo frontal exigido para a zona ou eixo - valor da outorga, a ser
cobrado por m² (metro quadrado) excedente, será de, no mínimo, 35% (trinta e cinco
por cento) do valor do CUB-SC, na data da emissão do documento de arrecadação;
IV. Desrespeito aos recuos laterais e de fundos, desde que o vizinho expresse
documentalmente a concordância - o valor da outorga, a ser cobrado por m² (metro
quadrado) excedente, será de, no mínimo, 10% (dez por cento) do valor do CUB-SC,
na data da emissão do documento de arrecadação;
V. Uso em desconformidade com o permitido na zona, desde que não gere
incomodidade aos vizinhos – o valor da outorga para alteração do uso, a ser
cobrado por m² (metro quadrado) construído, será de, no mínimo, 20% (vinte por
cento) do valor do CUB-SC na data da emissão do documento de arrecadação.
§ 3º No prazo de vigência deste PDDE-Balneário Piçarras não deverá ser
editada mais de uma lei, que trate da regularização de edificações nas situações
previstas nos incisos II e III, do § 1º, deste artigo.
fixados por esta Lei Complementar, sem prejuízo aos demais requisitos legais em vigor,
especialmente quanto à legislação ambiental.
§ 8º As atividades que possuírem Alvará de Licença de Funcionamento
válidas e regulares, emitidas no período anterior à vigência desta norma, poderão obter
a renovação do respectivo Alvará de Funcionamento dentro do mesmo uso ou atividade,
salvo se houver restrições de ordem ambiental ou de geração de incomodidades.
§ 9º Não será passível de renovação do Alvará de Licença de Funcionamento
o uso de uma edificação já existente, destinada a uma nova atividade que não seja
permitida ou permissível na presente Lei Complementar, para a zona em que estiver
instalada.
Art. 354. Serão objeto de leis específicas as matérias que tratem de:
I. Instituição de incentivos fiscais e tributários, bem como o estabelecimento de penas
pecuniárias;
II. Criação, modificação ou extinção de zonas ou macrozonas;
III. Instituição e supressão de Zonas Especiais de Interesse Social;
IV. Transferência de Potencial Construtivo em situações não previstas nesta Lei
Complementar;
V. Alteração e definição de regime urbanístico, à exceção da inclusão e exclusão de
atividades nos grupamentos existentes, conforme Anexo III;
VI. Alteração nos tamanhos de lote, quarteirões e percentual de áreas de destinação
pública em parcelamento do solo;
VII. Plano Viário ou ajustes do Sistema Viário Básico, que envolvam mudanças dos
limites das zonas ou macrozonas;
Art. 356. Fica estabelecido o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias, a
partir da entrada em vigor desta Lei Complementar, para o Poder Executivo colocar em
operacionalização a Outorga Onerosa e a Transferência de Potencial Construtivo.
Parágrafo único. Até que entre em operação a instituição da Outorga
Onerosa e a Transferência de Potencial Construtivo, não serão aprovados projetos ou
concedidos alvarás de construção para os empreendimentos que excedam à soma do
Coeficiente Básico e Incentivado Não Oneroso.
Art. 357. Fica estabelecido o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, a
partir da entrada em vigor desta Lei Complementar, para o Poder Executivo colocar em
operacionalização o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV - e o Estudo de Geração de
Tráfego - EGT.
Parágrafo único. Até que o processo de avaliação do EIV e EGT entrem em
operação, serão utilizados os parâmetros de análise, definição de compensações e
mitigações estabelecidas no licenciamento ambiental, quanto aos empreendimentos
sujeitos à tal análise.
Art. 359. O Poder Executivo regulamentará, num prazo máximo de 120 (cento
e vinte) dias, contados a partir da data da entrada em vigor desta Lei Complementar, o
processo administrativo referente a análise, aprovação e licenciamento de edificação e
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Art. 361. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de 180 (cento e
oitenta) dias contados da sua publicação.
Art. 361. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de 270 (duzentos e
setenta) dias contados da sua publicação. (Redação dada pela Lei Complementar nº
171/2020)
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