Você está na página 1de 88

ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS


CNPJ: 08.234.155/0001-02

LEI Nº 566/2006

INSTITUI o Plano Diretor do Município de


Touros, nos termos do artigo 182 da
Constituição Federal, do capítulo III da Lei nº
10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da
Cidade – e do Título IV, Capítulo VI da Lei
Orgânica do Município de Touros e dá outras
providências.

O Prefeito Municipal de Touros, Estado do Rio Grande do Norte, no uso e


gozo de suas atribuições legais,

FAZ SABER que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a


seguinte Lei Complementar:

Art. 10. Em atendimento às disposições do Artigo 182 da Constituição Federal,


do Capítulo III da Lei n0 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade – e do
Título IV, Capítulo VI, Art. 253, da Lei Orgânica do Município de Touros, fica
aprovado, nos termos desta lei, o Plano Diretor do Município de Touros.

Art. 20 O Plano Diretor, abrangendo a totalidade do território, é o instrumento


básico da política de desenvolvimento urbano do Município que ordena o pleno
desenvolvimento das funções sociais, através da orientação e da atuação dos
agentes públicos e privados na produção e gestão do espaço municipal.e integra o
processo de planejamento municipal, devendo o plano plurianual, a lei de diretrizes
orçamentárias e o orçamento anual incorporar as diretrizes e as prioridades nele
contidas.

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS E DOS OBJETIVOS GERAIS DA POLÍTICA
URBANA

Art. 3º. A política Urbana deve se pautar pelos seguintes princípios:


I – Função social da cidade
II – Função sócio-ambiental da propriedade
III – Sustentabilidade
IV – Gestão democrática e participativa

Art. 4º São objetivos gerais da política urbana de Touros:

__________________________________________________________________________________________________ 1
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

I – Orientar, promover e direcionar o desenvolvimento do município,


assegurando a conservação de suas características naturais.
II – Garantir o desenvolvimento sustentável, priorizando a função social da
terra e visando assegurar ao cidadão o atendimento aos princípios fundamentais da
Constituição Federal e da legislação conexa.
III – Promover o desenvolvimento econômico local, de forma social e
ambientalmente sustentável.
IV – Garantir o direito universal a moradia digna, democratizando o acesso a
terra e aos serviços públicos de qualidade;
V – Reverter o processo de segregação sócio-espacial na cidade por
intermédio da oferta de áreas para produção habitacional dirigida aos segmentos
sociais de menor renda, inclusive em áreas centrais, e da urbanização e
regularização fundiária de áreas ocupadas por população de baixa renda, visando a
inclusão social de seus habitantes;
VI – Garantir a justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do
processo de urbanização, recuperando e transferindo para a coletividade a
valorização imobiliária decorrente da ação do Poder Público.
VII – Prevenir distorções e abusos na utilização econômica da propriedade
coibindo o uso especulativo de imóveis urbanos como reserva de valor, que resulte
na sua subutilização, de modo a assegurar o cumprimento da função sócio-ambiental
da propriedade.
VIII – Adequar o adensamento a capacidade suporte do meio físico,
potencializando a utilização das áreas bem providas de infra-estrutura e evitando a
sobrecarga nas redes instaladas;
IX – Elevar a qualidade de vida da população, assegurando saneamento
ambiental, infra-estrutura, serviços públicos, equipamentos sociais e espaços verdes
e de lazer qualificados;
X – Garantir a acessibilidade universal, entendida como o acesso de todos e
todas a qualquer ponto do território, por intermédio da rede viária e do sistema de
transporte público;
XI – Estimular parcerias entre os setores públicos e privados em projetos de
urbanização e de ampliação e transformação dos espaços públicos da Cidade
mediante o uso de instrumentos para o desenvolvimento urbano atendendo as
funções sócio-ambientais da cidade;
XII – Aumentar a eficiência econômica da Cidade, de forma a ampliar os
benefícios sociais e reduzir os custos operacionais para os setores público e privado,
inclusive por meio do aperfeiçoamento administrativo do setor público;
XIII – Fortalecer a gestão ambiental local, visando o efetivo monitoramento e
controle ambiental;

__________________________________________________________________________________________________ 2
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

XIV – Estimular parcerias com institutos de ensino e pesquisa visando a


produção de conhecimento científico e a formulação de soluções tecnológica e
ambientalmente adequadas ‘as políticas públicas;
XV – Promover a inclusão social, reduzindo as desigualdades que atingem
segmentos da população e se refletem no território, por meio de políticas públicas
sustentáveis.
XVI – Criar mecanismos de planejamento e gestão participativa nos processos
de tomada de decisão;

Parágrafo único: Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento local


socialmente justo, ambientalmente equilibrado e economicamente viável, visando
garantir qualidade de vida para a presente e futuras gerações.

CAPÍTULO I
DAS DIRETRIZES BÁSICAS DA POLÍTICA URBANA

Art. 5º Constituem-se diretrizes do Plano Diretor:

I – Compatibilizar o uso e ocupação do solo com a proteção do meio-ambiente


natural e construído, reduzindo a especulação imobiliária e orientando a distribuição
de infra-estrutura básica e equipamentos urbanos;

II – Incentivar à construção e a permanência de habitação de interesse social


em áreas estrategicamente identificadas, assim como a miscigenação dos usos
compatíveis;

III – Definir critérios de controle do impacto urbanístico dos empreendimentos


públicos e privados;

IV – Promover e incentivar o turismo, como forma de desenvolvimento


econômico e social, respeitando e priorizando o meio ambiente, e observando as
peculiaridades locais, bem como o cuidado especial com a população nativa e todo
tipo de poluição;

V – Definir o sistema de planejamento como processo participativo, através de


conselhos ou colegiados, assegurando e estimulando a participação da comunidade
no sistema de planejamento do município, inclusive através de convênios e
consórcios com entidades públicas e privadas que possam desenvolver estudos
específicos sobre o assunto, e com suas atribuições comprometidas com a
continuidade dos estudos e diagnósticos das peculiaridades locais, as quais deverão

__________________________________________________________________________________________________ 3
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

orientar as revisões do Plano Diretor de forma a mantê-lo sempre atual, participativo


e democrático;

VI – Definir operações consorciadas com municípios vizinhos, e com a


iniciativa privada, visando a qualidade do transporte coletivo, do tratamento da água,
e da coleta e tratamento do lixo e de resíduos sólidos;

VII – Criar instrumentos para atuação conjunta de governo e iniciativa privada


e outras esferas de governo, visando às melhorias urbanísticas necessárias ao
desenvolvimento do município;

VIII – Promover a distribuição dos serviços públicos de forma socialmente


justa e espacialmente equilibrada, gerando suficiente reserva de terras públicas
municipais, adequadas para implantação de áreas verdes, de programas
habitacionais e regularização fundiária e de equipamentos urbanos e comunitários;

IX – Estimular e possibilitar as condições de autonomia para o deslocamento


dos portadores de deficiência física;

Parágrafo Único. O município poderá celebrar convênios, contratos,


consórcios e parcerias com entidades governamentais e de iniciativa privada, com a
finalidade de atingir os objetivos e diretrizes previstos por esta Lei.

CAPÍTULO II
DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E SÓCIO-AMBIENTAL DA PROPRIEDADE

Art. 60. As funções sociais da cidade no Município de Touros correspondem


ao direito à cidade para todos e todas, o que compreende os direitos à terra
urbanizada, à moradia, ao saneamento ambiental, à infra-estrutura e serviços
públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade urbana e acessibilidade, ao trabalho, à
cultura e ao lazer.

Art. 7º A propriedade imobiliária cumprirá sua função sócio-ambiental quando:


§10. Respeitadas as funções sociais da cidade for utilizada para:
I – Habitação, especialmente Habitação de Interesse Social;
II – Atividades econômicas geradoras de emprego e renda;
III – Proteção do meio ambiente;
IV – Preservação do patrimônio cultural.

__________________________________________________________________________________________________ 4
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§20 Os direitos decorrentes da propriedade individual respeitarem os


interesses coletivos e difusos, devendo obedecer aos seguintes requisitos:

I – O usufruto de forma compatível com a segurança de seus usuários e


vizinhos, resguardada a qualidade do meio-ambiente;
II – O aproveitamento de maneira compatível com a capacidade de
atendimento dos serviços públicos e infra-estrutura disponíveis.

§30. São atividades de interesse urbano aquelas inerentes às funções sócio-


ambientais da cidade, ao bem-estar da coletividade e a preservação da qualidade do
meio ambiente, tais como: habitação, produção de bens e serviços, preservação do
patrimônio histórico, cultural, ambiental e paisagístico, circulação de pessoas e bens,
preservação, conservação e utilização racional dos recursos necessários à vida e
dos recursos naturais em geral.

TITULO II
DAS DIRETRIZES SETORIAIS

CAPÍTULO I
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 80 Com objetivo de orientar o desenvolvimento econômico do Município


de Touros, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

I – Integrar o Município de Touros ao processo de desenvolvimento sócio-


econômico do Rio Grande do Norte;

II – Compatibilizar o desenvolvimento sócio-econômico do Município com a


proteção do meio ambiente, bem como a implementação dos princípios do
desenvolvimento sustentável;

III – Estimular empreendimentos que gerem ocupação compatível com a mão-


de-obra e demanda da região;

IV – Estabelecer parcerias com órgãos públicos e privados, da área


econômica e social, para o desenvolvimento de programas específicos;

SEÇÃO I
DAS ATIVIDADES INDUSTRIAIS, COMERCIAIS E DE SERVIÇOS

__________________________________________________________________________________________________ 5
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 90 Com objetivo de orientar o desenvolvimento e o ordenamento do


território municipal, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes para as atividades
industriais, comerciais e de serviços:

I – Direcionar a localização dos usos industriais, comerciais e de serviços nas


áreas do município, objetivando evitar incômodos decorrente do uso predominante.

II – Descentralizar as atividades econômicas miscigenando ao uso residencial,


com o fim de reduzir os deslocamentos da população de suas residências aos seus
locais de trabalhos;

III – Promover a atividade turística, melhorando o comércio e a prestação de


serviço, bem como incentivando o artesanato e as cooperativas.

SEÇÃO II
DO TURISMO, ESPORTE E LAZER

Art. 10 Com objetivo de promover e incentivar o desenvolvimento turístico do


Município de Touros ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

I – Promover os atrativos turísticos naturais do Município através de:

a) melhoria da infra-estrutura turística na orla marítima e demais localidades


importantes à atividade do Turismo;

b) implantação, manutenção e gestão de unidades de conservação ambiental


com vistas à prática sustentável do ecoturismo e da educação ambiental;

II – Fortalecer as características turísticas do município através da:

a) divulgação dos atrativos naturais e culturais de interesse turístico;

b) implantação de postos de informações turísticas;

c) implantação de sinalização turística;

d) eliminação de barreiras arquitetônicas nos prédios e espaços de uso


público, conforme recomendação do Decreto Federal, 5.296/2004 ou sucedâneo
legal;

__________________________________________________________________________________________________ 6
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

e) divulgação das legislações locais como forma de ordenamento urbanístico


municipal

III – Estimular o crescimento e a melhoria da rede hoteleira, através da:

a) implantação da política de incentivos fiscais, viabilizando a instalação de


empreendimentos turísticos;

b) legislação urbanística adequada nas áreas de especial interesse turístico.

IV – Incentivar a participação e patrocínio da iniciativa privada através de:

a) operações urbanas consorciadas;

b) permissão de uso publicitário em mobiliário urbano mediante


regulamentação específica, sem prejuízo da manutenção do equilíbrio ambiental e do
respeito às normas urbanísticas fixadas neste Plano;

c) realizações de eventos culturais e esportivos;

d) colaboração na produção e veiculação de material publicitário referente às


iniciativas públicas de incentivo a atividade turística.

§1º. Nas áreas com deficiência de infra-estrutura, especialmente de


abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta regular de resíduos sólidos,
os projetos para empreendimentos turísticos deverão apresentar soluções para
implantação da infra-estrutura básica necessária.

§2º. O empreendimento com terreno superior a 50ha, será considerado área


especial de interesse turístico.

§3º. Será incentivada a utilização da orla marítima do Município para


atividades de turismo, esportes e lazer, desde que não comprometam sua qualidade
ambiental e paisagística e o acesso ao mar, conforme previsto na legislação federal,
estadual e demais normas municipais aplicáveis.

§ 4º. A utilização da orla marítima do Município de Touros será incentivada


para atividades de turismo, esportes e lazer, desde que não afete a qualidade
ambiental, paisagística e o acesso ao mar, conforme previsto na legislação federal,
estadual e demais normas municipais aplicáveis.

__________________________________________________________________________________________________ 7
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

V - Estimular o desenvolvimento das atividades esportivas, através da:

a) da exigência de área de domínio público destinada à prática de esporte e


de lazer nos projetos de loteamentos.

b) inaplicabilidade do imposto progressivo nos terrenos não edificados onde


ocorra, de forma contínua, a efetiva prática de atividades de esportes ou lazer de
interesse público.

c) reserva de áreas públicas destinadas a acomodação das jangadas e outros


instrumentos utilizados na atividade pesqueira, objetivando assim a preservação e
manutenção da pesca no Município.

SEÇÃO III
DA ATIVIDADE AGRÍCOLA

Art. 11 O Município de Touros apoiará a atividade agrícola, observando as


seguintes diretrizes:

I – Desenvolver mecanismos que visem a comercialização direta do produtor


ao consumidor;

II – Redução dos impostos nas áreas de interesse agrícola;

III – Incentivar a produção de alimentos de baixo custo e a produção de


animais de ciclo curto, com vistas ao abastecimento alimentar e nutricional do
Município;

IV – Estimular as pequenas propriedades cujas práticas se harmonizem com o


ambiente natural;

V – Criação de Áreas Especiais para este fim.

SEÇÃO IV
DA ATIVIDADE PESQUEIRA

Art. 12 Almejando o estabelecimento de mecanismos para exploração racional


dos recursos pesqueiros, de forma socialmente equilibrada e preservando o meio
ambiente, o Município deverá:

__________________________________________________________________________________________________ 8
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

I – Apoiar a implantação de infra-estrutura de suporte à pesca e à


comercialização do pescado;

II – Preservar o direito das comunidades pesqueiras ao seu espaço vital;

III – Apoiar a pesca artesanal como forma de garantir a continuidade da


atividade na região, através da garantia de conservação dos recursos pesqueiros.

CAPITULO II
DA HABITAÇÃO

Art. 13 Visando assegurar o direito à moradia ficam estabelecidas as


seguintes diretrizes:

I – Urbanizar as áreas ocupadas por população de baixa renda;

II – Desenvolver programas voltados à população de baixa renda;

III – Não aplicação do imposto progressivo, do parcelamento, edificação e


utilização compulsória, nas áreas especiais de interesse habitacional.

Parágrafo único. Serão criadas áreas de interesse habitacional nos locais com
ocupação irregular, para fins de regularização fundiária e urbanística.

CAPITULO III
DO MEIO-AMBIENTE

Art. 14 Visando garantir a proteção do meio ambiente natural, bem como a


qualidade de vida da população, são fixados os seguintes objetivos:

I – Manter conservada a cobertura vegetal;

II – Controlar as atividades poluidoras e as que provoquem impacto ambiental;

III – Promover a utilização racional dos recursos naturais;

IV – Preservar e recuperar ecossistemas essenciais;

V – Resguardar os recursos hídricos.

SEÇÃO I

__________________________________________________________________________________________________ 9
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

DAS DIRETRIZES DA PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 15 Será criado, através de Lei específica, o Sistema Municipal de Meio


Ambiente, vinculado ao sistema municipal de planejamento urbano e ambiental,
destinado a execução da política municipal de meio ambiente.

Art. 16 A efetivação dos objetivos desta Lei, condiciona-se a observação das


seguintes diretrizes:

I – Proteger o patrimônio natural e paisagístico ao processo permanente de


planejamento e ordenação do território;

II – Desenvolver instrumentos normativos, administrativos e financeiros para


viabilizar a gestão do meio ambiente;

III – Instituir e executar projetos de recomposição vegetal, bem como a


manutenção de fragmentos de matas remanescentes;

IV – Integrar os procedimentos legais e administrativos de licenciamentos,


como também as ações de fiscalização municipal com os órgãos ambientais do
Estado e da União;

V – Implantar instrumentos administrativos e legais destinados ao controle e


conservação ambiental, bem como as áreas naturais protegidas legalmente;

VI – Fixar normas e padrões ambientais municipais, estabelecendo, inclusive,


as infrações e as respectivas penalidades, objetivando, assim, a melhoria da
qualidade do meio ambiente;

VII – Implementar programas de controle da poluição;

VIII – Estabelecer processo de avaliação de impacto ambiental;

IX – Instituir a obrigatoriedade da colocação de placas indicativas, contendo as


principais informações de interesse público, nas atividades poluidoras instaladas no
município;

X – Promover e executar programas e projetos de recuperação de


ecossistemas, diretamente ou mediante convênios.

__________________________________________________________________________________________________ 10
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

XI – Incorporar o gerenciamento dos recursos hídricos ao Sistema Municipal


de Meio Ambiente, de forma integrada com os órgãos do Estado e da União,
possibilitando a melhoria da qualidade da água dos corpos hídricos.

SEÇÃO II
DAS ÁREAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 17 As áreas de preservação ambiental classificam-se em:

I – Reserva Ecológica – RE – Consistem em áreas de domínio público ou


privado, destinada a proteção dos mananciais, remanescente da Mata Atlântica
dentre outras formas de vegetação natural de preservação permanente, onde não
serão permitidas quaisquer atividades modificadoras do meio ambiente, incluindo as
áreas de mangue integralmente e as margens dos rios e lagoas, compreendendo a
extensão mínima de 15,00m (quinze metros).

II – Área de Proteção Ambiental - APA – São áreas de domínio público ou


privado, destinada a proteção do sistema natural, inibindo a descaracterização das
belezas naturais e recursos hídricos, que constituem fonte de exploração turística da
região e do Estado, que compreende principalmente o complexo dunar, fluvial,
estuarino e lacustre, visando, assim, assegurar o bem estar das populações
humanas e a conservação ou melhoria das condições ecológicas locais.

Art. 18 O Poder Executivo poderá declarar, após realização de estudos


específicos de avaliação do potencial ambiental, como área de preservação aquelas
que apresente características impróprias ao assentamento humano ou quaisquer
atividades que importem em alteração no meio ambiente.

Parágrafo Único. Fica delimitada a Área de Proteção Ambiental de Parrachos


de Maracajaú/Touros de acordo com o mapa nº 05 Anexo II, integrante desta Lei,
bem como as sub-zonas que às compõem de acordo com as suas peculiaridades,
em conformidade com a legislação Estadual.

CAPÍTULO IV
DO PATRIMÔNIO CULTURAL E PAISAGÍSTICO

Art. 19 Objetivando a incorporação ao processo permanente de planejamento


urbano e ambiental, o respeito à memória construída, a identidade das comunidades
e os locais aprazíveis, são estabelecidas as seguintes diretrizes:

__________________________________________________________________________________________________ 11
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

I – Formulação e execução de projetos e atividades almejando a preservação


de áreas características como:

a) as de ambiente paisagístico;

b) do Farol do Calcanhar e da Gameleira;

c) lagoa do Avião;

d) área de preservação da visual de Tourinhos;

e) área de preservação das localidades de Perobas a Monte Alegre;

f) As falésias existentes no município;

g) Caverna Buraco do Padre, localizada do distrito de Boa Cica.

II – Destinação de áreas para instalação de espaços artísticos e culturais;

III – Utilização do tombamento visando garantir a preservação de espaços


ambientais e bens históricos existentes no Município, bem como o entorno da área
tombada no raio de 300,00m.

Parágrafo Único: Para os casos específicos da Lagoa do Avião e Lagoa dos


Homens (Cajueiro), bem como as demais lagoas existentes no município, será
considerada uma faixa de 30m ao entorno da lagoa, definida pelo espelho d’água,
calculado para uma chuva de 10 anos.

CAPÍTULO V
DO SISTEMA VIÁRIO E DE TRANSPORTE

Art. 20 Para garantia o direito fundamental de ir e vir, previsto na Constrição


Federal, ficam estabelecidas as seguintes diretrizes:

I – Promover a rede Estrutural do município, conforme Mapa 06 Anexo II, do


Sistema Viário principal com indicação das vias existentes e das propostas;

II – Controlar de velocidade nas vias principais;

III – Ampliar e melhorar o sistema viário Anel Turístico, como projeto


Estruturante dos núcleos urbanos de: Touros, Cajueiro, Carnaubinha Lagoa do Sal,

__________________________________________________________________________________________________ 12
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

São Jose, Monte Alegre e Perobas, visando melhorar os corredores congestionados


dos nos núcleos das mesmas;

IV – Definir áreas exclusivas por categoria de transporte, bem como propiciar


locais estacionamento fora da área do núcleo urbano citado no inciso anterior;

V – Elaborar projeto específico para usos que gerem impacto no tráfego;

VI – Estimular o uso de transporte coletivo;

VII – Construção de terminais rodoviários nos núcleos urbanos;

VIII – Dotar o município de paradas de ônibus coletivo, entrada e saída de


veículo e estimular o uso de estacionamento através da dispensa do valor do IPTU.

IX – Definir Rotas para transporte de cargas pesadas ou perigosas;

X – Priorizar a construção de ciclovias no município.

Parágrafo Único. O município poderá estabelecer ação conjunta com os


órgãos federais e estaduais buscando controle e licenciamento dos veículos, de
forma a promover ações fiscalizadoras no disciplinamento do trânsito.

CAPÍTULO VI
DOS SERVIÇOS PÚBLICOS E EQUIPAMENTOS URBANOS E COMUNITÁRIOS

SEÇÃO I
DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 21 O Município promoverá as áreas urbanas de sistema de


abastecimento de água e coleta e tratamento do esgoto sanitário, promovendo a
garantia e o bem estar da população fixa ou flutuante, utilizando os seguintes
parâmetros:

I – Compete ao Município à prestação dos serviços de abastecimento de água


e esgotamento sanitário seja por via direta ou indireta, através de concessão;

II – Nos novos loteamentos, condomínios habitacionais localizados nas Zonas


urbana ou rural, construções e empreendimentos com áreas de construção superior
a 1.000,00 m², será exigido a implantação de sistemas adequados a sua natureza;

__________________________________________________________________________________________________ 13
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

III – O Poder Público realizara o controle e a orientação para implantação de


sistemas alternativos, nos locais de população de baixa renda;

IV – Reservar áreas para instalação de equipamentos necessários ao


funcionamento do sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

§ 1º. Para a aprovação de projetos particulares de grande porte com sistema


de coleta, tratamento e disposição final de esgotos sanitários, será exigido termo de
compromisso por parte da empresa concessionária, bem como local para
operacionalização do mesmo.

§ 2º. O poder público Municipal poderá se articular com outros municípios para
resolver conjuntamente problemas de esgotamento sanitário de interesse comum.

§ 3º. Terá prioridade para implantação de esgotamento sanitário os


aglomerados urbanos de maior densidade, com maior afloramento do lençol freático
e outros requisitos de ordem técnica que influenciam na necessidade urgente deste
serviço.

§ 4º As tarifas do serviço de esgoto serão vinculadas ás do serviço de


abastecimento d’água, exceto nas áreas de interesse social.

SUBSEÇÃO I
DA DRENAGEM PLUVIAL

Art. 22 Os serviços urbanos de drenagem de águas pluviais serão realizados


por meio do sistema físico natural ou através da construção do escoamento das
águas pluviais nas áreas onde ocorrem estes fenômenos, garantindo a segurança e
conforto da população e edificações existentes.

I – as margens e cursos d’água onde haja risco de inundações das


edificações, terão prioridade nas ações de implantação do sistema de drenagem;

II – os locais onde o lençol freático aflora com facilidade;

III – as bacias fechadas, de difícil o escoamento natural das águas;

§ 1º. Os novos loteamentos, conjuntos habitacionais, condomínios


urbanísticos somente serão aprovados pela Prefeitura se seus projetos de drenagem
apresentarem soluções que não comprometam terceiros ou o Poder Público.

__________________________________________________________________________________________________ 14
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 23 Cada terreno ao ser utilizado deverá ser deixar uma área livre de
construção impermeável no solo, desprovida de cobertura permeável equivalente a
30% da área total, para facilitar a drenagem natural da águas pluviais, exceto nas
áreas especiais onde este coeficiente poderá ser elevado.

Parágrafo Único. A área acima mencionada poderá ser utilizada para


plantação ou ser coberta com pavimentação permeabilizante, deste que a água
drenada não seja carreada para outro local, ressalvados os caso especiais, onde o
terreno não possibilite qualquer das formas de drenagem, após previa consulta ao
setor responsável pelo meio ambiente.

SUBSEÇÃO II
DA LIMPEZA URBANA

Art. 24 O Poder Executivo assegurará a coleta e remoção do lixo da via


pública a qual obedecerá critérios e controle da poluição, buscando minimizar os
custos ambientais e de transporte, obedecendo os seguintes preceitos:

I – Instalação de aterro sanitário controlado, em área que não venha a


comprometer a poluição do sub-solo;

II – Coleta e remoção de lixo domiciliar, quando for o caso;

III – Remoção de resíduos de estabelecimentos não residenciais, em horários


apropriados e cobrança de taxas extras sobre materiais considerados perigosos a
saúde, como o lixo hospitalar e das indústrias;

IV – Tratamento e destinação final dos resíduos sólidos coletados;

V – Fiscalização das empresas que fazem serviço de remoção de lixo, para


acondicionamento dos depósitos receptores e acondicionadores;

VI – Comercialização dos produtos e sub-produtos, compostos e reciclados


proveniente do tratamento dos resíduos sólidos.

§1º. A prefeitura será a gestora do sistema local de limpeza urbana, cabendo


coordenar e executar diretamente ou através de concessão todos serviços relativos
a limpeza, coleta e compostagem do lixo nas áreas urbanas.

__________________________________________________________________________________________________ 15
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§2º. Os serviços a serem executados pela Prefeitura poderão ser realizados


através de parceria com outros Municípios ou de forma terceirizadas, desde que
obedeça aos incisos acima citados.

§3º. O disposto neste artigo terá aplicabilidade, após 01 (um) ano da


publicação desta Lei.

SEÇÃO II
DA EDUCAÇÃO

Art. 25 A política de educação do município assegura a todos os educandos o


seu desenvolvimento pessoal, cívico e profissional, conscientizando-os sobre seus
deveres e obrigações e individuais.

Art. 26 O ensino público municipal fundamental será obrigatório para todas as


crianças, na sua faixa correspondente, podendo os pais ou responsáveis legais ser
penalizados, conforme Estatuto da Criança e do Adolescente pelo não cumprimento
desta legislação.

Art. 27 Caberá ao Município adotar as medidas necessárias para que seja


obedecido o disposto nesta seção.

Seção III
Da Saúde

Art. 28 A política municipal de saúde visa minimizar os riscos de doenças e


outros agravos, alem de garantir o acesso igualitário à prestação a saúde,
respeitando as seguintes diretrizes:

I – Implementação das ações preventivas e promotoras de saúde de nível


básico;

II – Orientação alimentar e nutricional;

III – Controle e vigilância epidemiológica;

IV – Implantação a medicina preventiva e atenção especial a população de


baixa renda;

Art. 29 Ao município compete as ações que garantam a integridade da


atenção a saúde, em conjunto ou não, com outros municípios.

__________________________________________________________________________________________________ 16
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 30 Em cada Área Urbanizável deverá ter pelo menos um posto de saúde,
instrumentalizado para os atendimentos básicos de urgências e emergências.

Art. 31 O Município deverá apresentar uma infra-estrutura de saúde


compatível com o incentivo turístico que se quer atender.

Art. 32 Atender no que couber prioritariamente as necessidades da criança ,


da gestante do idoso, e dos portadores de necessidades especiais.

TITULO III
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA

Art. 33 O poder Executivo poderá, sem prejuízo do disposto na Lei Orgânica,


no Estatuto da Cidade e nas Constituições Federal e Estadual, para a promoção,
planejamento, controle e gestão do desenvolvimento urbana, adotar dentre outros os
seguintes instrumentos de política urbana:

I – Instrumentos de planejamento:
a. plano plurianual;
b. lei de diretrizes orçamentárias;
c. lei de orçamento anual;
d. lei de uso e ocupação do solo
e. lei de parcelamento do solo.
f. planos de desenvolvimento econômico e social
g. planos, programas e projetos setoriais;
h. programas e projetos especiais de urbanização;
i. instituição de unidades de conservação;
j. zoneamento ambiental.

II – Instrumentos jurídicos e urbanísticos:


a. Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios;
b. Imposto Territorial e Predial Urbano ( IPTU ) Progressivo no Tempo.
c. Desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública.
d. Zonas Especiais de Interesse Social;
e. Concessão Onerosa do Direito de Construir;
f. Transferência do Direito de Construir;
g. Operações Urbanas Consorciadas;
h. Consórcio Imobiliário;
i. Direito de Preempção;

__________________________________________________________________________________________________ 17
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

j. Direito de Superfície;
k. Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança;
l. Licenciamento Ambiental;
m. Tombamento;
n. Desapropriação;
o. Compensação Ambiental;

III – Instrumentos de regularização fundiária;


a. Concessão do Direito Real de Uso;
b. Concessão de Uso Especial para fins de Moradia;
c. Usucapião.
d. Assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos
sociais menos favorecidos.

IV – Instrumentos tributários e financeiros:


a. tributos municipais diversos;
b. taxas e tarifas públicas específicas;
c. contribuição de melhoria;
d. incentivos e benefícios fiscais;

V – Instrumentos jurídicos administrativos:


a. Servidão Administrativa e limitações administrativas;
b. Concessão, Permissão, Contrato de Programa ou Autorização de uso de
bens públicos municipais;
c. Contratos de Concessão ou Contratos de Programa dos serviços
públicos urbanos;
d. Contratos de gestão com concessionária pública municipal de serviços
urbanos;
e. Convênios, Consórcios e acordos técnicos, operacionais e de
cooperação institucional;
f. Termo administrativo de ajustamento de conduta;
g. Dação de Imóveis em pagamento de dívida;

VI – Instrumentos de democratização da gestão urbana:


a. conselhos municipais;
b. fundos municipais;
c. gestão orçamentária participativa;
d. audiências e consultas públicas;
e. conferencias municipais;
f. iniciativa popular de projeto de lei;
g. referendo popular e plebiscito.

__________________________________________________________________________________________________ 18
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

CAPÍTULO I
DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS

Art. 34 São passíveis de parcelamento, edificação ou utilização compulsórios


nos termos do artigo 182 da Constituição Federal e dos artigos 5 0 e 60 do Estatuto da
Cidade, os imóveis (terrenos e glebas) não edificado quando o coeficiente de
aproveitamento utilizado for igual a zero e subtilizado quando o coeficiente de
aproveitamento não atingir o mínimo de 0,10 (dez por cento) da área total do terreno,
com área igual ou superior a 1.000, m², ou não utilizados localizados na área urbana;

§1º. Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata este artigo
propor ao Executivo o estabelecimento do Consórcio Imobiliário, conforme
disposições do artigo 46 do Estatuto da Cidade.

§2º. Ficam excluídos da obrigação estabelecida no caput os imóveis:

I – Utilizados para instalação de atividades econômicas que não necessitem


de edificações para exercer suas finalidades;
II – Exercendo função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo
órgão municipal competente;
III – De interesse do patrimônio cultural ou ambiental;
IV – Ocupados por clubes ou associações de classe;
V – De propriedades de cooperativas habitacionais;

§3º. Considera-se solo urbano não utilizado todo tipo de edificação que esteja
comprovadamente desocupada há mais de dois anos, ressalvados os casos dos
imóveis integrantes de massa falida.

Art. 35. Decorridos um ano da data de publicação desta Lei, os titulares dos
imóveis inseridos nas situações previstas no artigo anterior serão notificados pelo
Poder Público Municipal, na forma prevista no artigo 5º, §§2º e 3º, da Lei
Complementar Federal nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), para que:

I – Os proprietários notificados deverão, no prazo máximo de seis meses, a


partir do recebimento da notificação, protocolar pedido de aprovação e execução de
parcelamento ou edificação;
II – Somente poderão apresentar pedidos de aprovação de projeto até (02)
duas vezes para o mesmo lote.

__________________________________________________________________________________________________ 19
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

III – Os parcelamentos e edificações deverão ser iniciados no prazo máximo


de um ano a contar da aprovação do projeto.
IV – As edificações enquadradas no §30 do artigo 90 deverão estar ocupadas
no prazo máximo de um ano a partir do recebimento da notificação.
V - Os empreendimentos de grande porte, em caráter excepcional, poderá ser
prevista a conclusão em etapas, assegurando-se que o projeto aprovado
compreenda o empreendimento como um todo.
VI – A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior a
dada da notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou
utilização previstas neste artigo, sem interrupção de quaisquer prazos.
VII – Os lotes que atendam as condições estabelecidas no artigo anterior não
poderão sofrer parcelamento sem que esteja condicionado ‘a aprovação de projeto
de ocupação.

§1º. Caso o imóvel encontre-se sob demanda judicial, o proprietário deverá


apresentar documentação comprobatória, justificando ainda não estar a lide
paralisada por ato de vontade própria;

§2º. As áreas para aplicação deste instrumento, serão as áreas 1, 2


constantes nos Mapas 2 e 10, integrantes desta Lei, bem como as áreas especiais
de interesse habitacional.

CAPÍTULO II
DO IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO E DA DESAPROPIAÇÃO COM PAGAMENTO EM
TÍTULOS

Art. 36. Em caso de descumprimento das etapas e dos prazos estabelecidos


nos artigos 34 e 35, o Município aplicará alíquotas progressivas do imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbano – IPTU, majoradas anualmente, pelo prazo
de 5 ( cinco ) anos consecutivos até que o proprietário cumpra com a obrigação de
parcelar, edificar ou utilizar, conforme o caso:

I - Nas áreas urbanizáveis da Sede do município, dos núcleos das praias de


Cajueiro, Carnaubinha, Perobas, Lagoa do Sal, São José e Monte alegre;

II - Nas Áreas Especiais de interesse turístico;

III - Nas Áreas Especiais de interesse habitacional, em lotes com mais de


1.000,00 m2, cujo proprietário detenha mais de um imóvel no município, ou, nas

__________________________________________________________________________________________________ 20
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

edificações que de alguma forma não estejam cumprindo a função sócio-ambiental


da propriedade.

§10: Caso a obrigação de parcelar, edificar e utilizar não esteja atendida no


prazo de 5 (cinco) anos o Município manterá a cobrança pela alíquota máxima, até
que se cumpra a referida obrigação, garantida a aplicação da medida prevista no
artigo 36 desta lei.

§20. É vedada a concessão de isenções ou de anistias relativas à tributação


progressiva de que trata este artigo.

Art. 37. Incidirá o imposto progressivo no tempo, aos imóveis que incorrerem
na situação prevista no artigo 6º desta Lei, aplicando-se a substituição das alíquotas,
até o limite máximo contido na tabela a seguir, desde que a sua substituição não
acarrete acréscimo superior ao dobro da alíquota do IPTU lançado no ano anterior:

1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano


4% 6% 9% 12% 15%

§1º. Os imóveis que se encontram nas áreas referidas no artigo 11 desta Lei,
que não foram parcelados, edificados ou utilizados, sofrerão elevação da alíquota do
IPTU, após dois anos da publicação desta Lei, devendo ser o proprietário
devidamente notificado.

Art. 38. Decorridos 5 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo, sem que
o usuário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, utilização ou edificação, o
Município poderá desapropriar o imóvel, mediante pagamento com Títulos da Dívida
Pública, nos termos previstos no artigo 5º, III desta Lei e art 8º do Estatuto das
Cidades.

§10. Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e
serão resgatados no prazo de até dez anos, em prestações anuais, iguais e
sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais de seis por
cento ao ano.

§20. O valor real da indenização:

I – Refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante


incorporado em função de obras realizadas pelo Poder Público na área onde o
mesmo se localiza após a notificação prevista no inciso I, do §1 0, do artigo 10;

__________________________________________________________________________________________________ 21
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

II – Não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros


compensatórios.

§30. Os títulos de que trata este artigo não terão poder liberatório para
pagamento de tributos.
§40. O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo
máximo de cinco anos, contado a partir da sua incorporação ao patrimônio público.

§50. O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder


Público ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nestes
casos, o devido procedimento licitatório.

§60. Ficam mantidas para o adquirente de imóvel nos termos do §5 0 as


mesmas obrigações de parcelamento, edificação ou utilização previstas no artigo 90
desta Lei.

§70. As áreas para aplicação destes instrumentos constam no Mapa 08 –


Aplicação dos Instrumentos Urbanísticos, Áreas 1 e 2.

CAPÍTULO III
DA CONCESSÃO ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR (SOLO CRIADO)

Art. 39. O Poder Executivo Municipal poderá exercer a faculdade de conceder


onerosamente o exercício do Direito de Construir, mediante contrapartida financeira
a ser prestada pelo beneficiário, conforme disposições dos artigos 28, 29, 30 e 31 do
Estatuto da Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos nesta
Lei.

Parágrafo único. A concessão Onerosa do Direito de Construir poderá ser negada


pelo Conselho da Cidade de Touros caso se verifique a possibilidade de impacto não
suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem urbana.

Art. 40. As áreas passíveis de Concessão Onerosa são aquelas onde o Direito
de Construir poderá ser exercido além do coeficiente de aproveitamento básico
determinado, pagará contrapartida financeira, de acordo com o Quadro 03, Anexo I,
até o Coeficiente de Aproveitamento Máximo prevista para aquela área.

§ 1º. Estão isentos do pagamento do solo criado:

I – As edificações unifamiliares;

__________________________________________________________________________________________________ 22
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

II – Os hospitais, escolas e equipamentos congêneres de interesse público;

III – As pousadas nas áreas de interesse turístico.

§ 2º. O valor de que trata o caput deste artigo deverá ser efetuado em
conjunto com a licença para construir, e será depositado no fundo de urbanização a
ser gerido pelo Conselho da Cidade de Touros, criado por Lei específica.

§ 3º. O proprietário poderá optar pela forma de pagamento, que poderá ser
mediante a realização de obras públicas (com valor correspondente à outorga), ou
em espécie, conforme necessidade do município, em áreas de proteção ambiental.

§ 4º. O coeficiente de aproveitamento do terreno, no Município de Touros,


será de 1,0 (um), exceto nas áreas especiais.

§ 5º. O coeficiente de aproveitamento do terreno é obtido pela divisão da área


de construção total do empreendimento pela área total do terreno, considerado para
implantação da referida construção.

Art 41. A contrapartida financeira, que corresponde à Concessão Onerosa de


Potencial Construtivo Adicional, será calculada segundo a seguinte equação:

BE = At * Vm * Cp * Ip

Onde:
BE = Benefício Financeiro.
At – Área do Terreno.
Vm – Valor Venal do metro quadrado do terreno.
Cp – Diferença entre o Coeficiente de Aproveitamento Pretendido e o
Coeficiente de Aproveitamento Básico permitido.
Ip – Índice de Planejamento, variando de 0,3 a 0,5.

Parágrafo único. A decisão sobre o índice de planejamento a ser aplicado


caberá ao Conselho da Cidade de Touros.

CAPÍTULO IV
DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 42. Cabe ao Poder Executivo Municipal conceder ao proprietário do


imóvel urbano, público ou privado, autorização para exercer em outro local, passível

__________________________________________________________________________________________________ 23
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

de receber o potencial construtivo, ou alienar, total ou parcialmente mediante


escritura pública, o potencial construtivo não utilizado no próprio lote, mediante
prévia autorização do Poder Executivo Municipal, previsto neste Plano Diretor ou
legislação dele decorrente, quando o imóvel for considerado necessário para:

I - À implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

II – À preservação do meio ambiente natural, paisagístico, cultural ou à


proteção do patrimônio histórico;

III - Para programas de regularização fundiária;

IV - Para programas de urbanização de áreas ocupadas por população de


baixa renda e habitação de interesse social.

§1º. O potencial construtivo somente poderá ser transferido para imóveis


situados na zona urbana, sendo condicionado às prescrições urbanísticas
estabelecidas para o local de destino.

§2º. Poderá também ser concedida a transferência do direito de construir ao


proprietário que doar imóvel, ou parte dele, ao Município, nos casos previstos nos
incisos I a IV do caput deste artigo.

§3º. A transferência do direito de construir deverá ser averbada à margem do


registro do imóvel cedente.

§4º. O Município poderá estabelecer normas complementares relativas à


aplicação do instituto previsto nesta Seção.

§5º. Fica vedada a transferência de potencial construtivo para imóveis


situados nas áreas dentro do perímetro das operações urbanas consorciadas.

Art. 43. O potencial construtivo, a ser transferido, será calculado segundo a


equação a seguir:

ACr=(VTc/CAc)x(Car/VTr)xATc
Onde:
ACr = Área construída a ser recebida.
VTc = Valor venal do metro quadrado do terreno cedente.
CAc = Coeficiente de Aproveitamento Básico do terreno cedente.
CAr = Coeficiente de Aproveitamento Básico do terreno receptor.

__________________________________________________________________________________________________ 24
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

VTr = Valor Venal do metro quadrado do terreno receptor.


ATc = Área total do terreno cedente.

Parágrafo único. O Coeficiente de Aproveitamento Básico será o do uso


residencial multifamiliar da zona.

Art. 44. Os imóveis tombados e aqueles definidos como de interesse do


Patrimônio, poderão transferir seu potencial construtivo não utilizado para outro
imóvel observando-se o coeficiente de aproveitamento máximo permitido na zona
para onde ele for transferido.

Parágrafo único. O proprietário do imóvel que transferir potencial construtivo,


nos termos deste artigo, assumirá a obrigação de manter o mesmo preservado e
conservado.

Art. 45. O impacto da concessão de outorga de potencial construtivo adicional


e de transferência do direito de construir deverá ser monitorado permanentemente
pelo Executivo, que tornará públicos, anualmente, os relatórios de monitoramento.

CAPÍTULO V
DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 46. A Operação Urbana Especial consiste no conjunto de intervenções e


medidas coordenadas pelo Poder Público com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados que tem como objetivo a
transformações urbanística estruturais, melhorias sociais, melhorias de infra-
estrutura e viário, ampliação dos espaços públicos e valorização ambiental de
determinado setor do Município, implantando parâmetros de uso e ocupação do solo,
em conformidade com os projetos urbanísticos específicos, e com a participação de
recursos públicos ou privados, nas áreas de interesse turístico, conforme mapa 02
(macrozoneamento).

Parágrafo Único: Lei específica baseada no Plano Diretor definirá as


condições de utilização deste instrumento.

Art. 47. As Operações Urbanas Consorciadas têm como finalidades:


I – Implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento
urbano.
II – Otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e
reciclagem de áreas consideradas subutilizadas.
III – Implantação de programas de Habitação de Interesse Social;

__________________________________________________________________________________________________ 25
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

IV – Ampliação e melhoria da rede estrutural de transporte público coletivo;


V – Implantação de espaços públicos;
VI – Valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico, arquitetônico,
cultural e paisagístico;
VII – Melhoria e ampliação da infra-estruturas e da rede viária estrutural.

Art. 48. Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica
que, de acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 do Estatuto da Cidade
conterá, no mínimo:
I. Delimitação do perímetro da área de abrangência;
II. Finalidade da operação.
III. Programa básico de ocupação da área e intervenções previstas;
IV. Estudo Prévio de Impacto Ambiental e de Vizinhança – EIA e EIV;
V. Programa de atendimento econômico e social para a população
diretamente afetada pela operação;
VI. Solução habitacional dentro de seu perímetro, no caso da necessidade de
remover os moradores de favelas e cortiços;
VII. Garantia de preservação dos imóveis e espaços urbanos de especial
valor cultural e ambiental, protegidos por tombamentos ou lei;
VIII. Contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e
investidores privados em função dos benefícios recebidos;
IX. Forma de controle e monitoramento da operação, obrigatoriamente
compartilhado com representação da sociedade civil;
X. Conta ou fundo específico que deverá receber os recursos de
contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.

§ 10. Todas as Operações Urbanas deverão ser previamente aprovadas pelo


Conselho da Cidade de Touros.

§ 20. Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do inciso VIII deste
artigo serão aplicados exclusivamente no programa de intervenções, definido na lei
de criação da Operação Urbana Consorciada.

Art. 49. A Concessão Onerosa do Direito de Construir das áreas


compreendidas no interior dos perímetros das Operações Urbanas Consorciadas se
regerá pelas disposições de suas leis específicas, respeitados os coeficientes de
aproveitamento máximo para as operações urbanas estabelecidos no artigo 24.

Parágrafo único. Os imóveis localizados no interior dos perímetros das


Operações Urbanas Consorciadas, não são passíveis de receber o potencial
construtivo transferido de imóveis não inseridos no seu perímetro.

__________________________________________________________________________________________________ 26
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 50. O estoque de potencial construtivo adicional a ser definido para as


áreas de Operação Urbana deverá ter seus critérios e limites definidos na Lei
Municipal específica que criar e regulamentar a Operação Urbana Consorciada,
podendo o coeficiente de aproveitamento atingir, no máximo:

I. Para uso residencial multifamiliar: 4,0 (quatro);


II. Para usos não-residenciais: 3,0 (três).

Art. 51. a lei específica que criar a Operação Urbana Consorciada poderá
prever a emissão pelo Município de quantidade determinada de Certificados de
Potencial Adicional de Construção – CEPAC, que serão alienados em leilão ou
utilizados diretamente no pagamento das obras, desapropriações necessárias à
própria Operação, para aquisição de terreno para a construção de Habitação de
Interesse Social na área de abrangência da Operação, visando o barateamento do
custo da unidade para o usuário final e como garantia para obtenção de
financiamento para a sua implementação

§10. Os Certificados de Potencial Adicional de Construção – CEPAC serão


livremente negociados, mas convertidos em direito de construir unicamente na área
objeto da Operação.

§20. A vinculação dos Certificados de Potencial Adicional de Construção –


CEPAC poderá ser realizada no ato da aprovação de projeto de edificação específico
para o terreno.

§30. Os Certificados de Potencial Adicional de Construção – CEPACs,


poderão ser vinculados ao terreno por intermédio de declaração da Municipalidade,
os quais deverão ser objeto de Certidão.

§40. A lei a que se refere o “caput” deverá estabelecer:

I – A quantidade de Certificados de Potencial Construtivo Adicional de


Construção – CEPACs, a ser emitida, obrigatoriamente proporcional ao estoque de
potencial construtivo adicional previsto para a Operação;
II – O valor mínimo do CEPAC;
III – As formas de cálculo das contrapartidas;
IV – As formas de conversão e equivalência dos CEPACs em metros
quadrados de potencial construtivo adicional;
V – O limite do valor do subsídio previsto no “caput” deste artigo para
aquisição de terreno para construção de Habitação de Interesse Social.

__________________________________________________________________________________________________ 27
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

CAPÍTULO VI
DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO
ART. 52. O PODER PÚBLICO Municipal poderá aplicar o instrumento do
Consórcio Imobiliário além das situações previstas no artigo 46 do Estatuto da
Cidade, para viabilizar empreendimentos de Habitação de Interesse Social.

§10. Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de planos de


urbanização ou edificação, por meio do qual o proprietário transfere ao Poder Público
municipal o seu imóvel e, após a realização das obras, recebe como pagamento,
unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

§20. A Prefeitura poderá promover o aproveitamento do imóvel que receber


por transferência nos termos deste artigo, direta ou indiretamente, mediante
concessão urbanística ou outra forma de contratação.

§30. O proprietário que transferir seu imóvel para a Prefeitura nos termos
deste artigo receberá, como pagamento, unidades imobiliárias devidamente
urbanizadas ou edificadas.

Art. 53. O valor das unidades imobiliárias a serem entregues ao proprietário


será correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras observado o
disposto no §20 do Artigo 80 do Estatuto da Cidade.

Art. 54. O Consórcio Imobiliário aplica-se tanto aos imóveis sujeitos a


obrigação legal de parcelar, edificar ou utilizar nos termos desta lei, quanto àqueles
por ela não abrangidos, mas necessários à realização de intervenções urbanísticas
previstas nesta lei.

Art. 55. Os Consórcios Imobiliários deverão ser formalizados por termo de


responsabilidade e participação, pactuados entre o proprietário urbano e a
Municipalidade, visando à garantia da execução das obras do empreendimento, bem
como das obras de uso público.

CAPÍTULO VII
DO DIREITO DE PREEMPÇÃO

Art. 56. O Poder Público municipal poderá exercer o Direito de Preempção


para aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares,
conforme disposto nos artigos 25, 26 3 27 do Estatuto da Cidade.

__________________________________________________________________________________________________ 28
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Parágrafo único. O Direito de Preempção será exercido sempre que o Poder


Público necessitar de áreas para:

I – Regularização fundiária.
II – Execução de programas e projetos habitacionais de interesse social.
III – Constituição de reserva fundiária.
IV – Ordenamento e direcionamento da expansão urbana.
V – Implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI – Criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII – Criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental;
VIII – Proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Art. 57. Lei municipal delimitará as áreas em que incidirá o Direito de


Preempção.

§10. Os imóveis colocados à venda nas áreas definidas no “caput” deverão ser
necessariamente oferecidos ao Município, que terá preferência para aquisição pelo
prazo de cinco anos.

§20. O Direito de Preferência será exercido nos lotes com área igual ou
superior a 500 m2 ( quinhentos metros quadrados ).

Art. 58. O Executivo deverá notificar o proprietário do imóvel localizado em


área delimitada para o exercício do Direito de Preempção, dentro do prazo de 30 (
trinta ) dias a partir da vigência da lei que a delimitou.

Art. 59. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel para
que o Município, no prazo máximo de trinta dias manifeste por escrito seu interesse
em comprá-lo.

§10 À notificação mencionada no “caput” será anexada proposta de compra


assinada por terceiro interessado na aquisição do imóvel, da qual constará preço,
condições de pagamento e prazo de validade.

§20. A declaração de intenção de alienar onerosamente o imóvel deve ser


apresentada com os seguintes documentos:

I – Proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do


imóvel, da qual constará preço, condições de pagamento e prazo de validade.

__________________________________________________________________________________________________ 29
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

II – Endereço do proprietário, para recebimento de notificação e de outras


comunicações.
III – Certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel, expedida pelo cartório de
registro de imóvel da circunscrição imobiliária competente.
IV – Declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não
incidem quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real,
tributária ou executória.

Art. 60. Recebida a notificação a que se refere o artigo anterior, a


Administração poderá manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em
exercer a preferência para aquisição de imóvel.

§ 10. A Prefeitura fará publicar num jornal local ou regional de grande


circulação, edital de aviso da notificação recebida, nos termos do artigo 33 e da
intenção de aquisição do imóvel nas condições da proposta apresentada.

§ 20. O decurso de prazo de trinta dias após a data de recebimento da


notificação do proprietário sem a manifestação expressa do Poder Executivo
Municipal de que pretende exercer o direito de preempção faculta o proprietário a
alienar onerosamente o seu imóvel ao proponente interessado nas condições da
proposta apresentada sem prejuízo do direito do Poder Executivo Municipal exercer
a preferência em face de outras propostas de aquisições onerosas futuras dentro do
prazo legal de vigência do Direito de Preempção.

Art. 61. Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a


entregar ao órgão competente do Poder Executivo Municipal cópia do instrumento
particular ou público de alienação do imóvel dentro do prazo de 30 ( trinta ) dias após
sua assinatura.

§10. O Executivo promoverá as medidas judiciais cabíveis para a declaração


de nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da proposta
apresentada.

§20. Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o Executivo


poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cálculo do imposto predial e territorial
urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior àquele.

Art. 62. Lei municipal com base no disposto no Estatuto da Cidade definirá
todas as demais condições para aplicação do instrumento.

CAPÍTULO VIII

__________________________________________________________________________________________________ 30
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 63. O Direito de Superfície poderá ser exercido em todo o território


municipal, nos termos da legislação federal pertinente.

Parágrafo único. Fica o Executivo municipal autorizado a:

I. Exercer o Direito de Superfície em áreas particulares onde haja carência


de equipamentos públicos e comunitários;
II. Exercer o Direito de Superfície em caráter transitório para remoção
temporária de moradores de núcleos habitacionais de baixa renda, pelo tempo que
durar as obras de urbanização.

Art. 64. O Poder Público poderá conceder onerosamente o Direito de


Superfície do solo, subsolo ou espaço aéreo nas áreas públicas integrantes do seu
patrimônio, para exploração por parte das concessionárias de serviços públicos.

Art. 65. O proprietário de terreno poderá conceder ao Município, por meio de


sua Administração Direta ou Indireta, o direito de superfície, nos termos da legislação
em vigor, objetivando a implementação de diretrizes constantes desta lei.

Capítulo IX
DO ESTUDO DO IMPACTO DE VIZINHANÇA

Art. 66. Os empreendimentos que causarem grande impacto urbanístico e


ambiental, definidos na Subseção XXX do Capítulo xx(i) do Título xx ( iv ) desta Lei,
adicionalmente ao cumprimento dos demais dispositivos previstos na legislação
urbanística, terão sua aprovação condicionada à elaboração e aprovação de EIV, a
ser apreciado pelos órgão competentes da Administração Municipal.

Art. 67. Lei Municipal definirá os empreendimentos e atividades que


dependerão de elaboração do Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança ( EIV ) e do
Relatório de Impacto de Vizinhança ( RIV ) para obter as licenças ou autorizações de
construção, ampliação ou funcionamento.

Parágrafo único. A Lei Municipal a que se refere o “caput”deste artigo


poderá prever outros empreendimentos e atividades além dos estabelecidos na
Subseção xxx, Capítulo (xxx) I, do Título xx ( iv).

Art. 68. O EIV deverá contemplar os aspectos positivos e negativos do


empreendimento sobre a qualidade de vida da população residente ou usuária da

__________________________________________________________________________________________________ 31
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

área em questão e seu entorno, devendo incluir, no que couber, a análise e


proposição de solução para as seguintes questões:
I. Adensamento;
II. Uso e ocupação do solo.
III. Valorização imobiliária;
IV. Áreas de interesse histórico, cultural, paisagístico e ambiental;
V. Equipamentos urbanos,incluindo consumo de água e de energia elétrica,
bem como geração de resíduos sólidos, líquidos e efluentes de drenagem águas
pluviais;
VI. Equipamentos comunitários, como os de saúde e educação;
VII. Sistema de circulação e transportes, incluindo, entre outro, tráfego gerado,
acessibilidade, estacionamento, carga e descarga, embarque e desembarque;
VIII. Poluição sonora, atmosférica e hídrica.
IX. Vibração;
X. Periculosidade;
XI. Geração de resíduos sólidos;
XII. Riscos ambientais;
XIII. Impacto sócio-economico na população residente ou atuante no
entorno.

Art. 69. O Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar impactos


negativos a serem gerados pelo empreendimento, deverá solicitar como condição
para aprovação do projeto alterações e complementações no mesmo, bem como a
execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos comunitários,
tais como:

I. Ampliação das redes de infra-estrutura urbana;


II. Área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos
comunitários em percentual compatível com o necessário para o atendimento da
demanda a ser gerada pelo empreendimento;
III. Ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto
de ônibus, faixa de pedestres, semaforização;
IV. Proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem
incômodos da atividade;
V. Manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou
naturais considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem
como recuperação ambiental da área;
VI. Cotas de emprego e cursos de capacitação profissional, entre outros;
VII. Percentual de habitação de interesse social no empreendimento;
VIII. Possibilidade de construção de equipamentos sociais em outras áreas
da cidade;

__________________________________________________________________________________________________ 32
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

IX. Manutenção de áreas verdes.

§ 10. As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais


ao porte e ao impacto do empreendimento.

§ 20. A aprovação do empreendimento ficará condicionada à assinatura de


Termo de Compromisso pelo interessado, em que este se compromete a arcar
integralmente com as despesas decorrentes das obras e serviços necessários à
minimização dos impactos decorrentes da implantação do empreendimento e demais
exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes da finalização do
empreendimento.

§ 30. O Certificado de Conclusão da Obra ou o Alvará de Funcionamento só


serão emitidos mediante comprovação da conclusão das obras previstas no
parágrafo anterior.

Art. 70. A elaboração do EIV não substitui o licenciamento ambiental


requerido nos termos da legislação ambiental.

Art. 71. Dar-se-á publicidade aos documentos integrantes do EIV/RIV, que


ficarão disponíveis para consulta, no órgão municipal competente, por qualquer
interessado.

§ 10. Serão fornecidos cópias do EIV/RIV, quando solicitados pelos moradores


da área afetada ou suas associações.
§ 20. O órgão público responsável pelo exame do EIV/RIV deverá realizar
audiência pública, antes da decisão sobre o projeto, sempre que sugerida, na forma
da lei, pelos moradores da área afetada ou suas associações.

TÍTULO IV
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL

CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO

Art. 72 O macro zoneamento condiciona o uso e ocupação do solo no


território municipal dividindo-o nas seguintes macro zonas, sendo delimitado nos
Mapas 1 e 2 em anexo.

I – Zona Urbana;

__________________________________________________________________________________________________ 33
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

II – Zona de Interesse Rural;

III – Zonas Especiais;

Art. 73 A Zona Urbana consiste na área delimitada pelo perímetro urbano e


que se encontra ocupada, decorrente do processo de urbanização, com
características propícias a diversos usos, com infra-estrutura básica já instalada e
sistema viário definido, que permite a intensificação controlada do uso do solo.

§1º. O perímetro urbano compreende a faixa de 1.000 m paralela à linha de


preamar, em direção ao continente, exceto ao que está limitado no mapa 2, para
área urbana central.

§2º. Considera-se infra-estrutura básica a existência de pelo menos três dos


seguintes equipamentos urbanos:

I – abastecimento de água;

II – esgotamento sanitário;

III – manejo de águas pluviais;

IV - distribuição de energia elétrica;

V – existência de vias de circulação pavimentada ou não;

VI - instalação de equipamentos de saúde educação básica;

VII – iluminação pública.

Art. 74 Entende-se por Zona de Interesse Rural as áreas que se destinam ao


uso e ocupação do solo por populações rurais; e que, em razão de suas
características naturais, propiciam a produção agropecuária.

§1º. Na Zona Rural será permitida a edificação de até seis pavimentos, desde
que em condomínio urbanísticos que terão prescrições próprias conforme Quadro 9
do Anexo I.

§2º. Na Zona Rural poderá ser criadas Áreas Especiais de Produção


Alimentar, em locais específicos a serem delimitados em regulamento, após a
realização de estudos técnicos.

__________________________________________________________________________________________________ 34
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§3º. A atividade agropecuária, bem como a identidade cultural das populações


rurais, deverão ser preservadas e incentivadas em apoio ao sistema de produção de
gêneros alimentícios.

Art. 75 Constitui Zonas Especiais às definidas em razão das suas


características peculiares, a qual necessitará de regime urbanístico específico que
induzirá, restringirá, bem como estabelecerá parâmetros e padrões de uso e
ocupação do solo, sendo classificadas quanto ao interesse, nas seguintes
categorias:

I – De Interesse Social;

II – Ambiental;

III – De preservação Cênica;

IV – Turística e de Lazer;

V – De interesse urbanístico;

VI – De interesse Industrial e da Agro-indústria;

VII – De segurança Alimentar (cinturão verde).

Art. 76 A zona especial de interesse social é aquela edificada ou não, e


necessária à implantação de programas habitacionais para população de baixa
renda, nos termos do artigo 156 e 182 da Constituição Federal, ou destinados à
regularização fundiária nos casos de interesse público.

§1º. As áreas de interesse social são as seguintes:

I – As definidas no Mapa 10, Área 9, 10 e 11, anexo II;

II – A área lindeira da via que liga o Município de Touros ao Município de São


Miguel do Gostoso após o entroncamento da BR-101, constante no Mapa 3, Área 8
com extensão de 50,00m em ambos os lados, destinado-se, exclusivamente, ao
parcelamento e a edificação de interesse social, excetuando as zonas de
preservação ambiental e nas áreas previstas para implantação de condomínios
urbanísticos.

__________________________________________________________________________________________________ 35
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§2º. Os padrões de parcelamentos dos condomínios urbanísticos, encontram-


se no Quadro 09 do Anexo I, desta Lei.

§3º. É vedada doação pública de terreno que não esteja dentro do Programa
de Interesse Habitacional.

§4º. Na área Urbana do Centro, Cajueiro, Carnaubinha, Perobas, Lagoa do


Sal, São José, Santa Luzia, Boa Cica, Boqueirão e Monte Alegre, poderão ser
criadas outras áreas, para os fins do caput deste artigo.

Art. 77 Constitui área de Interesse Ambiental aquela que, por suas


características geomorfológicas, são dotadas de fragilidade ambiental, necessitando
de cuidados especiais no uso racional dos recursos naturais e nas limitações de
ocupação do solo, de modo a garantir a preservação das espécies e o equilíbrio
ambiental;

I – As margens dos rios e lagoas, na extensão mínima de 15,00m, respeitando


a Legislação Federal;

II – As dunas fixas e móveis;

III – As falésias, estuários, bem como toda linha de preamar, definida pela
SPU - Serviço de Patrimônio da União.

Art. 78 Entende-se por área de Preservação Ambiental aquela destinada à


manutenção do equilíbrio ecológico, dos mananciais, dos recursos hídricos, dos
aspectos paisagísticos e cientifico como a proteção da flora, da fauna e do solo,
restringindo-se o uso e ocupação que importem em degradação e poluição
ambiental.

Art. 79 Entende-se por Área de Preservação Cênica as áreas onde fica


proibido o uso e construção, com o objetivo de preservação da paisagem e
manutenção de fatos históricos, demarcadas no Mapa 9 Área 7(A,B,C);

I – Área localizada em torno dos Faróis do Calcanhar e da Gameleira no raio


de 300,00m, sendo permitido uso institucional, publico ou privado;

II – Área localizada entre a praia do Tourinho e o inicio das casas da praia de


Carnaubinha, demarcada no Mapa 3 Área 7 B;

__________________________________________________________________________________________________ 36
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

III – Área localizada dentro do núcleo urbano de Perobas, no local destinado á


ancoragem das jangadas, demarcadas no mapa 3 Área 7 C.

Art. 80 Constitui-se Área Especial Turística a área localizada de frente para o


mar numa extensão de 1000,00m, contada a partir da linha de preamar, na direção
do continente, dentro da Zona Urbana,

Parágrafo Único. Visando a limitação do gabarito e a forma de uso e


ocupação do solo, a área de interesse turístico encontra-se dividida em três faixas,
que são:

I – Para as edificações localizadas na primeira faixa de terra, compreendida


entre os 33,00m posteriores à linha de preamar e os 50,00m seguintes, o limite será
de dois pavimentos ou térreo mais um, a partir do nível natural do terreno limitado a
8,00m;

II – Para as edificações localizadas na segunda faixa de terra, compreendida


entre os 50,00m referidos no inciso anterior até 100,00m, o limite será de três
pavimentos ou térreo mais dois, a partir do nível natural do terreno limitado a 11,00m;

III – Para as edificações localizadas na terceira faixa de terra, compreendida


entre os 100,00m referidos no inciso anterior até 150,00m, o limite será de quatro
pavimentos ou térreo mais três, a partir do nível do terreno limitado a 14,00m;

IV – Para as edificações localizadas na quarta faixa de terra, compreendida


entre os 150,00m referidos no inciso anterior até 200,00m, o limite será de cinco
pavimentos ou térreo mais quatro, a partir do nível do terreno limitado a 17,00m;

V - Para as edificações localizadas na quinta faixa de terra, compreendida


entre os 200,00m referidos no inciso anterior até 250,00m, o limite será de seis
pavimentos ou térreo mais cinco, a partir do nível natural do terreno limitado a
20,00m;

VI - Para as edificações localizadas na sexta faixa de terra, compreendida


entre os 250,00m referidos no inciso anterior até 300,00m, o limite será de sete
pavimentos ou térreo mais seis, a partir do nível natural do terreno limitado a 23,00m;

VII - Para as edificações localizadas na sétima faixa de terra, compreendida


entre os 300,00m referidos no inciso anterior até 400,00m, o limite será de oito
pavimentos ou térreo mais sete, a partir do nível natural do terreno limitado a
26,00m;

__________________________________________________________________________________________________ 37
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

VIII - Para as edificações localizadas na oitava faixa de terra, compreendida


entre os 400,00m referidos no inciso anterior até 500,00m, o limite será de nove
pavimentos ou térreo mais oito, a partir do nível natural do terreno limitado a 29,00m;

IX - Para as edificações localizadas após a oitava faixa de terra, ou seja,


posterior a 500,00m referidos no inciso anterior, o limite será de dez pavimentos ou
térreo mais nove, a partir do nível natural do terreno limitado a 32,00m.

Art. 81 Constitui-se Área de Adensamento Especial (não esta listada no art


17) os núcleos de praias de Cajueiro, Sede, Perobas, Lagoa do Sal, São José, Monte
alegre e Carnaubinha e as Áreas Especiais de Interesse Habitacionais, que tem por
objetivo básico a preservação das características locais, de adensamento e padrão
construtivo, permitindo assim os empreendimentos urbanísticos de grande porte não
descaracterize a sua identidade, conforme Mapa 02.

Art. 82 Constitui-se área de Interesse Industrial e da Agro-indústria a faixa de


500m, de cada lado da BR 101, no sentido Natal/Touros – Marco Zero.

Parágrafo Único – Nesta faixa será permitido uso misto, obedecido ao estudo
de impacto de vizinhança.

Art. 83 Para delimitação da área Segurança Alimentar (Cinturão Verde)


devera ser realizado um estudo técnico.

TÍTULO V
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

CAPÍTULO I
DO MACROZONEAMENTO

SEÇÃO I
DO COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO

Art. 84 Compreende-se como coeficiente de aproveitamento do solo a relação


entre a área de construção da edificação e o terreno onde será edificado.

__________________________________________________________________________________________________ 38
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 85 O coeficiente de aproveitamento de uso residencial para todo o


município será de 1,0 podendo ser ultrapassado ou reduzido nas áreas especiais,
obedecendo ao limite máximo de 1,8.

§1º. A utilização de uso residencial e não residencial será limitada ao índice de


0,5 nos condomínios urbanísticos localizados na Zona Rural.

§2º. O coeficiente de aproveitamento poderá ser alterado nas áreas


urbanizáveis e de interesse turístico que estejam em conformidade com o quadro de
prescrições urbanísticas definidas para cada zona específica, que segue anexo a
esta lei.

§3º. O Mapa 2, que é parte integrante desta Lei, apresentará o


Macrozoneamento do Município, para efeito de ordenamento do uso e ocupação do
solo.

SEÇÃO II
DO ESTACIONAMENTO

Art. 86 O projeto de construção deverá apresentar local para acomodação de


veículos dentro do lote, obedecendo ao limite mínimo de:

I – Uma vaga por unidade familiar, nas unidades residenciais unifamiliares


com área construída de até 150,00m2, e duas vagas nas unidades com área
construída superior a 150,00m2;

II – Uma vaga por unidade habitacional, nas construções de natureza


residencial multifamiliar;

III – Uma vaga a cada 60,00m2 de área construída, nas construções de


natureza comercial;

IV – Uma vaga a cada 100,00m2 de área construída, nas construções de


natureza relativa a prestação de serviços;

V – Uma vaga a cada 200,00m2 de área construída, nas construções de


natureza industrial, afora a área destinada ao restante do uso, na razão do exigido
para o serviço, ou comércio, caso haja venda a varejo no local.

__________________________________________________________________________________________________ 39
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§1º. As construções cujo uso necessite de mais de 20 (vinte) vagas de


veículos deverão, dentro da área respectiva, apresentar local para carga, descarga e
manobra de veículos.

§2º. As áreas destinadas ao estacionamento de veículos de passeio deverão


observar os seguintes parâmetros mínimos:

I – 12,00m2 de área e dimensões de 2,40m x 5,00m, para automóveis de


pequeno e médio porte;

II – 13,75m2 de área e dimensões de 2,50m x 5,50 m, para automóveis de


grande porte e utilitários;

III – Para veículos de carga e transportes coletivos do tipo ônibus, deverão ser
observados os parâmetros a seguir:

a) 24m2 de área e dimensões de 3,00m x 8,00m, para veículos de carga leve;

b) 31,5m2 de área e dimensões de 3,5m x 9,00m, para veículos de carga média;

c) 48m2 de área e dimensões de 4,00m x 12,00m, para ônibus e caminhões;

SEÇÃO III
DOS RECUOS

Art. 87 As construções deverão observar os seguintes recuos mínimos:

I – 3,00m em relação às áreas frontal e traseira do terreno;

II – 1,50m em relação ao térreo dos lotes vizinhos;

§1º. Ao recuo mínimo será acrescido o valor representado pela fórmula R =


h/5, onde h representa a altura do prédio, a partir do nível natural do solo, até o
ponto mais alto da cobertura da referida edificação.

§2º. Os usos diferenciados que possam provocar incômodo ao seu entorno


deverão apresentar recuos adicionais compatíveis com o seu grau de agressão,
perturbação e incômodo, definidos mediante parecer técnico emitido pela Prefeitura.

§3º. Para os condomínios urbanísticos que apresentem taxa de ocupação


inferior a 20% da área total, será permitido a flexibilização dos recuos laterais e

__________________________________________________________________________________________________ 40
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

frontais, desde que se garanta como compensação uma área interna de um pátio
igual ou superior a somatória das áreas dos recuos.

SEÇÃO IV
DOS GABARITOS

Art. 88 O gabarito máximo permitido para as edificações localizadas no


município de Touros obedecerá aos seguintes limites, tomando-se sempre a linha de
preamar como referência:

I – Para as edificações localizadas na primeira faixa de terra, compreendida


entre os 33,00m posteriores à linha de preamar e os 50,00m seguintes, o limite será
de dois pavimentos ou térreo mais um, a partir do nível natural do terreno limitado a
8,00m;

II – Para as edificações localizadas na segunda faixa de terra, compreendida


entre os 50,00m referidos no inciso anterior até 100,00m, o limite será de três
pavimentos ou térreo mais dois, a partir do nível natural do terreno limitado a 11,00m;

III – Para as edificações localizadas na terceira faixa de terra, compreendida


entre os 100,00m referidos no inciso anterior até 150,00m, o limite será de quatro
pavimentos ou térreo mais três, a partir do nível do terreno limitado a 14,00m;

IV – Para as edificações localizadas na quarta faixa de terra, compreendida


entre os 150,00m referidos no inciso anterior até 200,00m, o limite será de cinco
pavimentos ou térreo mais quatro, a partir do nível do terreno limitado a 17,00m;

V - Para as edificações localizadas na quinta faixa de terra, compreendida


entre os 200,00m referidos no inciso anterior até 250,00m, o limite será de seis
pavimentos ou térreo mais cinco, a partir do nível natural do terreno limitado a
20,00m;

VI - Para as edificações localizadas na sexta faixa de terra, compreendida


entre os 250,00m referidos no inciso anterior até 300,00m, o limite será de sete
pavimentos ou térreo mais seis, a partir do nível natural do terreno limitado a 23,00m;

VII - Para as edificações localizadas na sétima faixa de terra, compreendida


entre os 300,00m referidos no inciso anterior até 400,00m, o limite será de oito
pavimentos ou térreo mais sete, a partir do nível natural do terreno limitado a
26,00m;

__________________________________________________________________________________________________ 41
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

VIII - Para as edificações localizadas na oitava faixa de terra, compreendida


entre os 400,00m referidos no inciso anterior até 500,00m, o limite será de nove
pavimentos ou térreo mais oito, a partir do nível natural do terreno limitado a 29,00m;

IX - Para as edificações localizadas após a oitava faixa de terra, ou seja,


posterior a 500,00m referidos no inciso anterior, o limite será de dez pavimentos ou
térreo mais nove, a partir do nível natural do terreno limitado a 32,00m.

SEÇÃO V
DA TAXA DE OCUPAÇÃO

Art. 89 Será determinada para todo o município a taxa de ocupação máxima


das edificações em 50% (cinqüenta por cento), com exceção das zonas especiais.

SEÇÃO VI
DA DENSIDADE DEMOGRÁFICA

Art. 90 A densidade máxima prevista para todo o município poderá variar de


150 a 350 hab/ha.

SEÇÃO VII
DA PERMEABILIDADE

Art. 91 A taxa de permeabilização mínima para todo o município será de 30%


(trinta por cento), podendo ser acrescida nas zonas especiais.

SEÇÃO VIII
DOS USOS E OCUPAÇÕES DIFERENCIADAS

Art. 92 Constituem-se como usos e ocupações diferenciados aqueles que


requerem normas e padrões de parcelamento, uso e ocupação do solo próprios,
compreendendo:

I – Conjuntos habitacionais;

II – Condomínios;

III – Pólos atratores de veículos;

IV – Equipamentos de impactos (de vizinhança ou ambiental).

__________________________________________________________________________________________________ 42
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

SUBSEÇÃO I
DOS CONJUNTOS HABITACIONAIS

Art. 93 Nos conjuntos habitacionais com mais de 100 (cem) unidades


autônomas, será exigida a implantação concomitantemente ao conjunto das obras de
infra-estrutura de pavimentação das vias, o sistema de drenagem de águas pluviais,
natural ou artificial, o sistema de abastecimento de água e o sistema de esgotamento
sanitário e iluminação pública, bem como os equipamentos comunitários
necessários.

SUBSEÇÃO II
DOS CONDOMÍNIOS

Art. 94 Considera-se condomínio Urbanísticos a edificação ou o conjunto de


edificações destinado ao uso residencial ou não, composto de unidades autônomas,
implantado sobre terreno comum e dotado de instalações comuns, regido por
legislação federal específica.

Art. 95 As obras relativas às edificações, instalações e áreas comuns devem


ser executadas em concomitância com as obras das unidades autônomas.

Art. 96 A aprovação dos projetos de condomínios pelo Poder Público


Municipal estará condicionado à apresentação dos projetos técnicos relativos a infra-
estrutura.

Parágrafo Único: Os condomínios urbanísticos, voltados para recursos


hídricos, poderão possuir dimensões de no máximo 250,00m, sem via pública,
objetivando permitir o acesso do público aos recursos naturais do bem do povo.

SUBSEÇÃO III
DOS PÓLOS ATRATORES DE VEÍCULOS E GERADORES
DE SOBRECARGA NA INFRA-ESTRUTURA

Art. 97 Constituem-se pólos geradores de tráfegos os equipamentos que


geram uma demanda de atrativo de veículo superior ao uso predominante da área
em questão.

Parágrafo Único. Considera-se como empreendimento gerador de tráfego:

__________________________________________________________________________________________________ 43
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

I – Qualquer empreendimento para fins residenciais, quando a área construída


do conjunto de edificações abrangida pelo empreendimento, incluídas as edificações
já existentes, seja superior a 2.000,00 m2 (dois mil metros quadrados);

II – Qualquer empreendimento para fins residenciais com mais de 50


(cinqüenta) unidades;

III – Qualquer empreendimento para fins não residenciais que detenha


capacidade potencial para reunir simultaneamente mais de 300 (trezentas) pessoas;

IV – Qualquer empreendimento destinado a abrigar atividades de lazer e


entretenimento, tais como: cinemas, teatros, restaurantes, clubes, bares, boates e
similares;

V – Qualquer empreendimento destinado a abrigar um ou mais dos seguintes


equipamentos:

a) Estação Rodoviárias, Fabricas e terminais pesqueiros,

b) Hipódromos, parques de vaquejadas e praças esportivas;

c) Postos de abastecimento de combustíveis;

d) Garagens de empresas transportadora;

e) Pátios ou áreas de estacionamento.

f) Hospitais acima de 30 leitos e clínicas com mais de 10 salas de


consultórios;

g) Depósitos de grande porte com área do terreno maior que 1.000,00m²;

h) Currais para guarda de animais;

i) Depósitos de reciclagem de lixo;

j) Matadouros e pocilgas

k) Hotéis e Motéis;

__________________________________________________________________________________________________ 44
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Vl – Usos industriais de natureza poluidora, exceto industrias caseiros e/ou


com até 50 empregados.

VII – os Empreendimentos sujeitos à apresentação do R.I.M.A. (Relatório de


Impacto do Meio Ambiente), nos termos da legislação ambiental federal ,estadual.

VIII – Aqueles que ocupam mais de uma quadra ou quarteirão urbano.

Art. 98 Os empreendimentos de que trata esta subseção deverão, nos termos


desta lei, apresentar justificativa técnica levada a termo ao Poder Público Municipal,
elaborado por profissional habilitado e com adequações viáveis, de acordo com a
legislação federal.

§1º. A análise do documento de que trata o caput deste artigo será realizada
pelos órgãos gestores de transporte e tráfego do município, os quais emitirão parecer
sobre a aprovação do mesmo e as eventuais alterações no projeto do
empreendimento ou na infra-estrutura pública, visando mitigar os impactos
constatados.

§2º. O Poder Público Municipal poderá exigir do empreendedor a implantação


de melhorias na infra-estrutura viária pública.

§3º. A justificativa técnica a que se refere o caput deste artigo deverá,


obrigatoriamente, informar:

I – Estimativa de fluxo de veículos privados adicionais ao sistema viário da


vizinhança pelo empreendimento, levando em conta os períodos críticos de trânsito;

II – Verificação da capacidade disponível do sistema viário da vizinhança para


absorver o fluxo gerado pelo empreendimento;

III – Estimativa de eventual redução de velocidade do fluxo de tráfego no


entorno imediato do empreendimento, principalmente no que concerne aos veículos
pertencentes à frota de transporte coletivo regular;

IV – Demanda de estacionamento veicular gerada pelas atividades realizadas


no empreendimento;

V – Verificação ou demonstração da disponibilidade de vagas de


estacionamento, internas ao lote ou nas vias públicas próximas, tendo em vista o
atendimento da demanda gerada pelo empreendimento;

__________________________________________________________________________________________________ 45
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

VI – Verificação de alteração produzida pelo empreendimento nas condições


de segurança de tráfego, tanto de veículos automotores quanto de pedestres,
inclusive soluções técnicas adotadas para o acesso veicular ao lote;

VII – Descrição de condições de melhoramento na infra-estrutura viária pública


considerada como adequada para minimizar os eventuais impactos negativos do
empreendimento sabre o fluxo e a segurança do tráfego;

VIII – A demanda de serviço de infra- estrutura urbana;

IX – Os movimentos de terra e produção de entulho;

X – A absorção de águas pluviais;

XI – As alterações ambientais e os padrões funcionais e urbanísticos da


vizinhança.

Art. 99 O prazo para os órgãos municipais analisarem a justificativa técnica


apresentada será de 60 (sessenta) dias.

Parágrafo Único. A inércia do Poder Público Municipal em se manifestar no


prazo supra estabelecido acima implicará em aprovação automática do projeto,
cabendo ao interessado efetuar o pagamento das taxas e emolumentos devidos.

SEÇÃO IX
DO PARCELAMENTO

Art. 100 O parcelamento do solo consiste no ato pelo qual se efetiva a divisão
da terra em unidades juridicamente independentes e individualizadas, e,
obrigatoriamente, integradas à estrutura urbana e conectadas ao sistema viário
municipal e às redes de serviços públicos existentes ou projetadas, seja através de
licença ou por meio de iniciativa da prefeitura.

§1º. Ressalvados as áreas especiais, o lote mínimo previsto para toda a área
do município será de 240,00m2.

§2º. O lote padrão será de 360,00m², onde o loteamento que apresentar no


seu parcelamento 50% dos lotes com este padrão, terá redução de 30% nas taxas
de licenciamento.

__________________________________________________________________________________________________ 46
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 101 Apresenta-se como forma de parcelamento do solo:

I – Arruamento: divisão de glebas em quadras, mediante a abertura de novas


vias de circulação ou de logradouros públicos, ou pelo prolongamento ou ampliação
dos já existentes;

II – Desdobramento ou desdobro: a utilização de parte de área de um lote para


formação de um ou mais novos lotes;

III – Desmembramento: a repartição de um lote para formar novos lotes, com


aproveitamento, sem qualquer alteração ou acréscimo, do sistema viário existente ou
a subdivisão de um lote em parcelas para incorporação a lotes adjacentes;

IV – Loteamento: a segmentação de quadras, resultantes de arruamento


aprovado ou em curso de aprovação, em lotes destinados a edificação, tendo todos
eles testada para logradouros ou vias públicas;

V – Reloteamento: a modificação em loteamento existente ou licenciado, sem


afetar a área total, alterando-se as dimensões e o número de lotes;

VI – Remembramento: a junção de dois ou mais lotes ou de parcelas de lotes


adjacentes para constituir um único imóvel.

Art. 102 Não será permitido o parcelamento do solo:

I – Em terrenos de baixa cota, alagadiços ou sujeitos as inundações ou


acúmulos de águas pluviais, sem que antes sejam adotadas as medidas para
escoamento e drenagem das águas;

II – Em terrenos submetidos a aterros com material prejudicial à saúde ou com


materiais cujas características técnicas sejam inadequadas a implantação de
edificações, sem que sejam saneados e adotadas medidas de correção das
características;

III – Na faixa de 50,00 m (cinqüenta metros), a partir do leito maior de cursos


de água e das margens de lagoas, gamboas e mangues medidas em seu nível
máximo normal, sem prejuízo da conveniência de maior afastamento que venha a
ser exigido em função de estudos relativos a áreas determinadas;

__________________________________________________________________________________________________ 47
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

IV – Nos terrenos com declividade superior a 30 % (trinta por cento), falésias,


salvo se atendidas as exigências resultantes de projeto específico para o
aproveitamento da área, realizados pela Secretaria Municipal de Planejamento;

V – Em terreno cujas condições geológicas não permitam ou não aconselhem


a edificação;

VI – Em áreas de preservação ecológica ou onde a poluição impeça condições


sanitárias suportáveis, até que essas condições sejam corrigidas.

Parágrafo único. Nos casos acima previstos, o interessado no parcelamento


deverá anexar ao projeto respectivo a proposta de soluções técnicas de correção das
condições do terreno para análise pelo setor competente.

SEÇÃO X
DOS PROJETOS DE PARCELAMENTO

Art. 103 Os projetos de parcelamento do solo deverão ser elaborados de


forma a não comprometerem ou prejudicarem direitos ou propriedades de terceiros,
assumindo seu proprietário a responsabilidade por quaisquer danos que possam
ocorrer.

Art. 104 Os parcelamentos não poderão, salvo se de iniciativa da Prefeitura,


implicar em desapropriações ou recuos adicionais em relação aos imóveis
circunvizinhos.

Art. 105 Aprovado o parcelamento do solo, o projeto respectivo, juntamente


com o alvará de licença fornecido pela Prefeitura, deverá ser averbado no registro de
imóveis competente.

Art. 106 A partir da inscrição do alvará no registro de imóveis, transferem-se


ao patrimônio do Município as áreas destinadas a vias, logradouros, edificações
públicas e equipamentos urbanos.

Parágrafo único. A licença para realizar qualquer construção nos lotes


resultantes do parcelamento somente será concedida após comprovada a inscrição
do alvará no registro de imóveis.

Art. 107 Os projetos de parcelamento do solo deverão ser apresentados sob a


responsabilidade técnica de profissional habilitado, salvo quando:

__________________________________________________________________________________________________ 48
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

I – Atingirem apenas dois lotes ou área de pequenas dimensões;

II – Tratar-se da integração de pequena faixa de terreno a lote contíguo, na


forma do regulamento.

Art. 108 Não será admitida a urbanização de imóveis quando:

I – Possa desfigurar ou prejudicar locais de interesse histórico, artístico ou


paisagístico;

II – Estejam inclusos em áreas de preservação ecológica, da paisagem


natural, de formação de recarga de aqüíferos, lagoas, aterros sanitários, áreas de
formação geológica instáveis, dunas ou mangues, a serem definidas em lei
específica.

Art. 109 Não poderão ser aprovados projetos de parcelamento do solo ou de


urbanização de imóveis que possam atingir ou comprometer áreas de segurança, de
preservação histórica, artística, paisagística ou de salubridade pública.

Art. 110 O Município deverá usar os meios legais para impedir a implantação
de parcelamentos clandestinos do solo e sua utilização, promovendo a
responsabilização administrativa, civil e criminal dos seus autores, sem prejuízo da
comunicação do ato ilícito ao Ministério Público.

Art. 111 Em arruamentos e loteamentos licenciados a partir da vigência desta


Lei será exigida a reserva de uma faixa com largura mínima de 15,00m (quinze
metros), em cada lado da faixa de domínio de rodovias federais e estaduais, bem
como ao longo de linhas de transmissão de energia elétrica de alta tensão.

Parágrafo único. Será também reservada faixa nos fundos de vales e tal
vergues, onde não se permitirá qualquer tipo de construção, objetivando-se, deste
modo, garantir o escoamento superficial de águas pluviais, bem como a implantação
de equipamentos urbanos de infra-estrutura.

Art. 112 Todo lote resultante de parcelamento do solo efetivado após a


vigência desta Lei deverá ter pelo menos uma de suas faces limitadas por logradouro
público que permita acesso livre a pessoa e veículos, exceto nas áreas especiais
aonde o acesso poderá ser exigido apenas a pedestre.

Art. 113 Não será admitia qualquer edificação em parcelamento de solo, antes
de satisfeitas, pelo responsável, as exigências desta Lei.

__________________________________________________________________________________________________ 49
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 114 Os proprietários de imóveis situados em uma mesma área poderão


requerer o reloteamento dos mesmos, desde que obedecidas as diretrizes desta Lei.

Parágrafo único. As áreas destinadas à circulação e implantação de


equipamentos comunitários, bem como os espaços livres de uso público, serão
proporcionais à densidade de ocupação para a área, sendo 10,00m por lote
resultante.

Art. 115 Da área total dos planos de loteamento ou de arruamento, deverão


ser destinados, pelo menos:

I – 20% (vinte por cento) para vias de circulação;

II – 15% (quinze por cento) para áreas verdes;

III – 5% (cinco por cento) para usos institucionais.

§1º. As vias resultantes do parcelamento não poderão ter larguras menores


que 12,00m, incluindo-se as calçadas, que deverão ter, no mínimo, 2,00m de largura
e 1,20m de passeio livre.

§2º. Nos casos especiais, sendo comprovadamente necessária para a


satisfação dos interesses da coletividade urbana, o Município poderá exigir a reserva
de áreas além dos percentuais estabelecidos no parágrafo anterior.

§3º. Nas Áreas Especiais os percentuais constantes no caput do Artigo


poderão ser reduzidos, desde que não implique na eliminação total desta reserva,
preservando-se no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do total da área.

Art. 116 As áreas verdes e as destinadas a usos institucionais não poderão


ficar encravadas entre lotes, bem como não poderão estar localizadas em parcelas
do terreno que, por sua configuração topográfica, apresentem declividade superior a
15% (quinze por cento), salvo se o proprietário promover, às suas custas, as
correções necessárias.

Art. 117 Em virtude do pequeno tamanho da gleba a ser loteada ou em


decorrência da necessidade de melhor localizar as áreas verdes e as destinadas a
usos institucionais, o Poder Público Municipal poderá autorizar o proprietário a fazer
a reserva dessas áreas fora do loteamento, em locais indicados pela Prefeitura e de
propriedade do empreendedor, em um raio de 200,00m da gleba loteada.

__________________________________________________________________________________________________ 50
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Parágrafo único. A licença, nos casos estabelecidos neste artigo, ficará


condicionada à prévia transferência das áreas reservadas à propriedade do
Município pelo proprietário do loteamento, devendo constar do respectivo alvará e
será destinada a equipamentos comunitários.

Art. 118 Para os efeitos desta Lei, considera-se loteador a pessoa física ou
jurídica que, sendo proprietário de uma gleba ou por ele autorizado, execute o seu
arruamento, tornando-se o principal responsável pela execução do projeto,
respondendo civil, penal e administrativamente pela sua inexecução ou pelas
sanções aplicáveis na forma desta Lei.

Art. 119 A Prefeitura poderá recusar ou alterar, total ou parcialmente, qualquer


projeto de parcelamento do solo antes de sua aprovação, ainda que satisfeitas as
exigências desta Lei, tendo como fundamento:

I – Os objetivos e diretrizes desta lei;

II – O desenvolvimento urbano e econômico do Município;

III – A defesa do meio ambiente e das reservas naturais ou turísticas;

IV – Localização, configuração topográfica e características físicas do solo e


do subsolo;

V – Interesse histórico, artístico ou paisagístico.

Art. 120 O projeto do sistema de vias de circulação deverá ser feito de forma a
demonstrar que as vias locais não se destinam ao trânsito de passagem de veículos,
mas exclusivamente ao acesso aos lotes lindeiros.

Art. 121 As disposições desta Lei não prejudicam a aplicação da legislação


que a União ou o Estado expeçam no âmbito de suas respectivas atribuições, nem
dispensam do atendimento as especificações desta legislação relativamente à
abertura de vias junto às ferrovias, rodovias e cursos d’água sujeitos às respectivas
jurisdições.

Art. 122 O loteador deverá, às suas expensas e antes de expor lotes à venda,
executar taludes ou muros de arrimo, na forma estipulada pelo órgão de
planejamento, nas vias cujo leito não esteja no mesmo nível dos terrenos marginais.

__________________________________________________________________________________________________ 51
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 123 Nos loteamentos criados a partir da vigência desta lei, o comprimento
das quadras não poderá ser superior a 250,00m (duzentos e cinqüenta metros).

§1º. As quadras com mais de 150,00m (cento e cinqüenta metros) de


comprimento serão divididas ao meio por passagem, via de circulação de pedestres
ou vielas sanitárias, com largura mínima de no mínimo de 4,00m (quatro metros).

§2º. Nenhum lote poderá fazer frente para as vielas ou passagens de que trata
o parágrafo anterior, tendo obrigatoriamente uma de suas frentes voltadas para uma
via pública.

SEÇÃO XI
DAS DIRETRIZES PARA A APROVAÇÃO DO PARCELAMENTO

Art. 124 Os interessados no parcelamento deverão elaborar o plano de


arruamento e de loteamento, o qual deverá ser apresentado em 4 (quatro) vias,
sendo uma em papel vegetal copiativo e uma em meio digital (arquivo.dwg), todas
assinadas pelo proprietário ou representante legal, e por um profissional habilitado,
juntamente com os seguintes documentos:

I – Planta geral do arruamento ou loteamento, escala 1:1000 ou 1:2000, com


curvas de nível de metro em metro, com vias de circulação, quadras, zonas de uso,
áreas verdes e destinadas a usos institucionais amarradas a um dos vértices da
triangulação fornecida pela Prefeitura, indicando com precisão as áreas e
percentuais de:

a) terreno a ser submetido a arruamento ou loteamento;

b) quadras;

c) vias de circulação;

d) áreas verdes e paisagísticas, áreas reservadas onde não sejam permitidas


edificações, servidões, vias de pedestres e vielas sanitárias;

e) áreas destinadas a usos institucionais;

f) parcelamento das quadras em lotes, com cotas de todas as linhas


divisórias, área e testada de cada lote e número total dos lotes.

__________________________________________________________________________________________________ 52
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

II – Identificação do loteamento e das vias e quadras, de acordo com o


regulamento desta Lei;

III – Dimensões lineares e angulares do projeto, raios, cordas, arcos, pontos


de tangência, vértices de triangulação e ângulos centrais das vias de circulação
curvilíneas;

IV – Indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos


ângulos e áreas das ruas projetadas, amarrados à referência de nível oficial;

V – Disposição, forma e dimensionamento exato das áreas verdes e das


destinadas a usos institucionais, das quadras, vias de circulação sejam elas
hierarquizadas, servidões ou vielas sanitárias;

VI – Perfis de todas as vias, áreas públicas e paisagísticas, com seções a


cada 20,00m (vinte metros);

VII – Seções transversais e longitudinais, escalas 1:1000 horizontal e 1:100


vertical, das quadras onde se efetuarão movimentos de terra, indicando os cortes e
aterros nas convenções usuais;

VIII – Projeto completo do sistema de drenagem e escoamento das águas


pluviais, indicando e detalhando o dimensionamento dos condutores, bocas de lobo e
demais equipamentos, observadas as normas técnicas;

IX – projeto de retificação de córregos e rios, se for o caso, indicando-se as


obras d’arte e forma de prevenção dos efeitos da erosão e da poluição;

X – Projeto completo do sistema de esgoto sanitário, a ser submetido à


empresa concessionária do respectivo serviço, indicando o local de lançamento de
resíduos;

XI – Projeto completo do sistema de alimentação e distribuição de água


potável, a ser submetido à concessionária desse serviço, indicando a fonte
abastecedora e volume disponível;

XII – Projeto de locação topográfica e terraplanagem

XIII – Projeto de urbanização, paisagismo e imobiliário urbano das área


verdes, bem como de arborização dos logradouros, incluindo as áreas destinadas a
usos institucionais que eventualmente não tenham sua utilização prevista como de

__________________________________________________________________________________________________ 53
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

imediato, devendo tratar as áreas de edificações futuras com vegetação de pequeno


porte;

XIV – Projeto de iluminação pública e de distribuição de energia elétrica a ser


submetido à respectiva concessionária;

XV – Planta de situação, escala de 1:10.000, com a localização do imóvel


referido às vias adjacentes oficializadas;

XVI – Memorial descritivo e justificativa de todos os projetos, com as


explicações e informações técnicas necessárias à sua perfeita compreensão,
contendo ainda os seguintes elementos:

a) descrição sucinta do arruamento, com suas características, destinação;

b) condições urbanísticas do arruamento e as limitações que incidam sobre os


lotes e suas construções, além das que constem das diretrizes fornecidas pela
Prefeitura;

c) demonstração técnica da viabilidade de execução dos melhoramentos


exigidos e dos equipamentos de serviços públicos ou de utilidade pública de
responsabilidade do loteador, de concessionários e do Município, com estimativa dos
respectivos custos, devendo em relação às concessionárias de serviços públicos de
energia elétrica, telefone e água e esgotos, anexar carta de compromisso a respeito;

d) indicação das ruas, espaços reservados e áreas destinadas a


equipamentos que passarão ao domínio do Município.

XVII - Cronograma de execução das obras a cargo do loteador;

Art. 125 A planta de arruamento e loteamento deverá conter um quadro com a


indicação da área total do terreno e, em número absoluto e relativo à essa área total:

I – A área total de quadras;

II – Área de vias de circulação;

III – Áreas verdes e de equipamentos urbanos;

IV – As quantidades e dimensões dos lotes.

__________________________________________________________________________________________________ 54
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 126 Apreciado o projeto de arruamento ou loteamento, o órgão municipal


competente emitirá parecer conclusivo, submetendo-o à decisão do respectivo titular.

Art. 127 Aprovado o projeto, o Prefeito determinará a expedição de Alvará de


Licença, que será entregue ao interessado mediante protocolo e prova do
pagamento dos tributos incidentes, devendo dele constar:

I – Denominação do loteamento;

II – Zoneamento de uso do solo do terreno;

III – Obras e serviços a cargo do interessado e prazo para sua execução.

Art. 128 Recebido o alvará, o interessado deverá, obedecidas as disposições


em vigor e no prazo que lhe for assinado, promover sua inscrição no registro
competente.

Parágrafo único. Inscrito o loteamento, o interessado encaminhará certidão a


respeito ao órgão de Planejamento, no prazo de 30 (trinta) dias.

Art. 129 O proprietário de loteamento ou arruamento somente poderá expor


lotes a venda após o cumprimento das obrigações que lhe sejam impostas em
virtude de disposição legal.

Art. 130 Antes de expor lotes à venda, o proprietário deverá promover, às


suas expensas, os seguintes serviços:

I – Abertura de vias, praças e outros logradouros, além das áreas destinadas a


equipamentos urbanos, e obras de terraplanagem e retirada de edificações, se for o
caso;

II – Construção do sistema de escoamento de águas pluviais, galerias, pontes,


pontilhões, bueiros, muros e outras benfeitorias constantes do projeto;

III – Colocação de guias e sarjetas em todos os logradouros, em conformidade


com o respectivo projeto;

IV – Pavimentação das vias de pedestres e vielas sanitárias, executando


escadas quando a declividade for superior a 15% (quinze por cento) e obedecidas as
especificações e normas adotadas pelo Setor competente do Município;

__________________________________________________________________________________________________ 55
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

V – Colocação de marcos de concreto nos alinhamentos das vias, praças e


outros logradouros, com locação de todas as quadras amarradas;

VI – Pavimentação em execução ou outro tipo de revestimento, conforme


especificado no alvará das demais vias de circulação;

VII – Extensão da rede de energia elétrica para consumo domiciliar em todas


as vias, praças e outros logradouros, de acordo com o projeto e promover sua
ligação ao sistema pela concessionária;

VIII – Extensão da rede de abastecimento de água, na forma do inciso


anterior;

IX – Quando possível, a juízo da respectiva concessionária, execução da rede


de esgotos sanitários;

X – Retificação de córregos e rios e execução das obras d’arte e demais


serviços necessários à prevenção dos efeitos da erosão e poluição.

Art. 131 Os procedimentos para reconhecimento do loteamento deverão


obedecer as seguintes diretrizes:

I – Concluídos os serviços a cargo do loteador, fica ele obrigado a solicitar ao


órgão competente da Prefeitura que seja efetuada vistoria para aceitação do
arruamento e do loteamento e conseqüente oficialização das vias e logradouros;

II – Os serviços poderão ser efetuados por partes, desde que tal circunstância
conste de cronograma aprovado pela Prefeitura, podendo, nesta hipótese, a
aceitação e oficialização ser feita em relação às partes do loteamento ou arruamento
beneficiadas e dependendo a continuidade dos serviços de aceitação e recebimento
em relação às etapas vencidas;

III – Para garantir da execução dos serviços referidos nos incisos anteriores, o
loteador caucionará o equivalente a 30% (trinta por cento) dos lotes, que ficarão
clausulados de inalienabilidade e impenhorabilidade, devendo a circunstância
constar do respectivo alvará de licença;

IV – Aceito o loteamento, os lotes caucionados serão liberados;

§1º. Em caso de não inexecução dos serviços por parte do loteador, os lotes
caucionados passarão ao domínio do Município em decorrência da extinção do

__________________________________________________________________________________________________ 56
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

prazo, ficando a Prefeitura obrigada a


executar os serviços a cargo do loteador.

§2º. Caso o custo dos serviços sejam superiores ao valor dos lotes, a
Prefeitura cobrará do loteador a diferença que venha a ser apurada.

Art. 132 Até a conclusão dos serviços, o loteador poderá propor modificações
no plano de arruamento ou de loteamento, desde que:

I – Não prejudique os lotes prometidos à venda ou vendidos;

II – Não implique em alterações ou remanejamento de áreas destinadas aos


usos públicos, tais como: sistema viário, equipamentos institucionais e áreas verdes.

§1º. Os planos e projetos de modificação deverão ser anexados ao projeto


original, devendo serem submetidos ao mesmo procedimento a que estão sujeitos os
projetos originais, até a sua conclusão.

§2º. Aprovado o projeto de modificação, deverá ser expedido alvará de


licença, nas mesmas condições e sujeito às mesmas exigências do alvará original.

Art. 133 O remanejamento poderá ser autorizado pela Prefeitura em relação a


quadras situadas em loteamento aprovado quando:

I – Encontrarem-se desprovidas de edificações;

II – A situação das edificações existentes o permitir, sem prejuízo para seus


proprietários;

III – Forem necessários para melhor adequação de equipamentos


comunitários.

Parágrafo único. O remanejamento de áreas loteadas anteriormente à


vigência desta Lei somente poderá ser autorizado quando não implicar em redução
dos espaços destinados a áreas verdes e equipamentos institucionais.

Art. 134 Não será admitido desmembramento, remembramento ou


desdobramento quando houver parte remanescente que não atenda às exigências
mínimas para a zona respectiva para constituição de lote independente,

__________________________________________________________________________________________________ 57
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 135 Cabe ao empreendedor estabelecer o dimensionamento das áreas


internas dos projetos de condomínio, eximindo-se a Prefeitura de responsabilidade
pelo fornecimento de infra-estrutura interna aos mesmos.

Art. 136 Não constitui desmembramento a construção de mais de um edifício


em um mesmo lote, desde que permitido pelas diretrizes desta Lei.

Art. 137 A Prefeitura poderá regularizar os lotes que, à data da publicação


desta Lei, já haviam sido subdivididos ou remembrados, desde que o interessado
comprove tal circunstância, mediante documento hábil.

Art. 138 Os projetos de desmembramento, desdobramento e remembramento


dependerão, quando de iniciativa do proprietário, de licença da Prefeitura, devendo o
interessado juntar a seu requerimento:

I – Projeto completo, em 5 (cinco) vias, sendo uma em original copiativo, na


escala 1:1000, assinado pelo proprietário e pelo responsável técnico, legalmente
habilitado, com indicação da situação que resultará do projeto, com todas as linhas
divisórias, recuos mínimos obrigatórios e dimensões e áreas dos lotes resultantes;

II – Uma via da planta, na mesma escala estabelecida no inciso anterior, com


indicação da situação atual da área, curvas de nível de metro em metro, vias
lindeiras, dimensões, confrontações, recuos mínimos obrigatórios e superfícies;

III – Planta de situação, em 4 (quatro) vias, escala 10.000, que permita o


perfeito reconhecimento e localização da área;

IV – Título de propriedade.

§1º. Será dispensável a assinatura de profissional habilitado quando o projeto


abranger apenas 2 (dois) lotes.

§2º. Quando o desmembramento, desdobramento ou remembramento


vincular-se a projeto de edificação, deverá ser apreciado conjuntamente com ele.

SEÇÃO XII
DO LOTEAMENTO EM ÁREAS DE INTERESSE HABITACIONAL

Art. 139 Os programas habitacionais e as edificações de interesse social,


desenvolvidas pelo Município que tenham como objetivo a ampliação do acesso à
terra urbanizada ou a permanência da população de baixa renda, o desenvolvimento

__________________________________________________________________________________________________ 58
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

e a integração à comunidade de população de baixa renda, por meio da implantação


de conjuntos habitacionais, parcelamentos, ou recuperação de assentamentos já
existentes, ficarão sujeitos às normas desta Lei, com as exceções estabelecidas
nesta Seção.

Art. 140 Para os efeitos desta Lei, os programas referidos no artigo anterior
classificam-se pelas seguintes categorias:

I – os que beneficiam famílias sem renda fixa ou com renda igual ou inferior ao
salário mínimo vigente;

II – os que atingem famílias com renda superior a 1 (um) e igual ou inferior a 3


(três) salários mínimos vigente;

Art. 141 Aos programas referidos nos artigos anteriores não se aplicam as,
relativas a testada, área mínima e índice de conforto.

Parágrafo único. Os arruamentos e loteamentos referidos nesta seção terão


tratamento diferenciado no concernente à área e testada mínima dos lotes,
características das vias locais e de pedestres, índices de aproveitamento das glebas
e densidades demográficas, conforme Quadros em anexo.

Art. 142 Nos arruamentos e loteamentos, nenhum lote poderá ter frente para
via de circulação com largura inferior a 10,00m (dez metros), podendo, contudo,
estar voltado para rua de pedestres com largura mínima de 6,00m (seis metros),
desde que seu comprimento não ultrapasse a 20 (vinte) vezes a largura.

Art. 143 As quadras com mais de 150,00m (cento e cinqüenta metros) de


comprimento serão obrigatoriamente divididas ao meio por via de pedestre ou viela
sanitária, com largura mínima de 4,00m (quatro metros), não podendo, nesse caso,
nenhum lote ter frente para ela, ressalvado o disposto na parte final do artigo
anterior.

Art. 144 Poderão ser incluídos espaços livres de uso comum, interno às
quadras edificadas com apartamentos, até o limite de 5% (cinco por cento) do total
de áreas verdes, não podendo eles serem usados para estacionamento ou guarda
de veículos.

Art. 145 As habitações de interesse social, sejam unifamiliares ou


multifamiliares, serão como tais consideradas quando tenham área mínima de
30,00m2 (trinta metros quadrados) e máxima de 100,00m 2 (cem metros quadrados).

__________________________________________________________________________________________________ 59
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Parágrafo único. Na hipótese de edificações unifamiliares, poderá ser admitida


área inferior à mínima estabelecida, desde que do projeto respectivo conte a
previsão de execução por etapas, partindo de núcleo embrião com área mínima de
18,00m2 (dezoito metros quadrados).

Art. 146 Os espaços destinados a estacionamentos serão dispensados nos


programas situados fora dos lotes, junto às vias de circulação, desde que sejam
estas arborizadas e que fique desimpedida a faixa carroçável.

TITULO VI
DA GESTÃO DA POLÍTICA URBANA

CAPÍTULO I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL

ART. 147. Fica criado o Sistema Municipal de Planejamento Urbano e


Ambiental, instituindo estruturas e processos democráticos e participativos, que
visam o desenvolvimento contínuo, dinâmico e flexível de planejamento e gestão da
política urbana e ambiental.

Art. 148. São objetivos do Sistema Municipal de Planejamento Urbano e


Ambiental:
I – Criar canais de participação da sociedade na gestão municipal da política
urbana e ambiental;
II – Garantir eficiência e eficácia à gestão, visando a melhoria da qualidade de
vida;
III – Instituir um processo permanente e sistematizado de detalhamento
atualização e revisão do plano diretor.

Art. 149. Sistema Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental atua nos


seguintes níveis:

I – Nível de formulação de estratégias, das políticas e de atualização do plano


diretor.
II – Nível de gerenciamento do plano diretor, de formulação e aprovação dos
programas e projetos para a sua implementação;
III – Nível de monitoramento e controle dos instrumentos urbanísticos e dos
programas e projetos aprovados.

__________________________________________________________________________________________________ 60
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 150. O Sistema Municipal de Planejamento Urbano e Ambiental é


composto por:

I. Conselho da Cidade de Touros.


II. Fundo Municipal de Urbanização e Preservação Ambiental.
III. Sistema de Informações Municipais.

Art. 151. O poder executivo instituirá o sistema municipal de planejamento


urbano e ambiental que garantirá a implantação, revisão e acompanhamento deste
Plano Diretor, composto pelo Conselho Municipal da Cidade.

Art. 152 O órgão municipal de planejamento ou de meio ambiente ou de


turismo, obras e serviços públicos é o órgão central do sistema, responsável por sua
coordenação e implementação do Plano Diretor de Touros.

SEÇÃO I
DO CONSELHO MUNICIPAL DE TOUROS

Art. 153. Fica criado o Conselho Municipal da Cidade de Touros, órgão


consultivo e de assessoria ao poder executivo para analisar e propor medidas
relacionadas com as diretrizes estabelecidas nesta lei, composto por representantes
do Poder Público e da Sociedade Civil.

Art. 154. O Conselho Municipal da Cidade de Touros, órgão colegiado de


natureza consultiva, tendo por finalidade propor diretrizes para a formulação e
implantação da política municipal de desenvolvimento territorial urbano e rural, bem
como avaliar as execuções e implementações do Plano Diretor de Touros e suas
legislações complementares.

Parágrafo único. O Conselho de que trata este artigo poderá assumir caráter
deliberativo em casos omissos na legislação referente ao planejamento territorial e
consultivo em matéria legislada.

Art. 155. O Conselho Municipal da Cidade de Touros será formado por


representantes dos órgãos municipais da administração direta e indireta, da Câmara
Municipal e da sociedade civil organizada, tendo uma composição de treze membros,
na forma seguinte:

a) 4 representantes do Poder Executivo Municipal;

b) 2 representante do Poder Legislativo Municipal;

__________________________________________________________________________________________________ 61
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

c) 1 representante da área empresarial;

d) 1 representante dos trabalhadores;

e) 1 representante de entidades profissionais;

f) 1 representante de organização não governamental - ONG;

g) 2 representantes de entidades populares;

h) 1 representantes das instituições de ensino superior.

Art. 156. Após a instalação do Conselho, deverá ser elaborado o regulamento


com vistas a orientar e reger o seu funcionamento.

Art. 157. Fica garantida a participação popular no processo de planejamento


urbano e ambiental, através de:

I – Representação da sociedade civil no Conselho Municipal da Cidade e suas


câmaras temáticas;

II – Acesso às informações disponíveis;

III – Encontros locais a serem periodicamente pelo órgão municipal de


planejamento urbano e ambiental.

Art. 158. Compete ao Conselho Municipal da Cidade de Touros:

I – Coordenar a implantação, revisão, acompanhamento e avaliação do Plano


Diretor e dos demais planos urbanísticos;
II – Deliberar e emitir pareceres sobre proposta de alteração da Lei do Plano
Diretor;
III – Acompanhar a execução de planos e projetos de interesse do
desenvolvimento urbano, inclusive os planos setoriais;
IV – Deliberar sobre projetos de lei de interesse da política urbana, antes de
seu encaminhamento ‘a Câmara Municipal;
V – Gerir os recursos oriundos do Fundo Municipal de Urbanização e
Preservação Ambiental;

__________________________________________________________________________________________________ 62
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

VI – Elaborar, apreciar, analisar e encaminhar propostas de legislação


urbanística, edilícia e ambiental, inclusive dos instrumentos implementadores da
política urbana, previstos nesta lei;
VII – Implantar, coordenar e manter atualizado o cadastro técnico municipal,
composto de um sistema de informações sobre a cidade, que acompanhe o seu
desenvolvimento e transformações;
VIII – Promover e executar as medidas necessárias à aplicação desta lei,
desempenhando as demais atividades que para tanto se façam necessárias;
IX – Conceder alvará e certidões relativas aos usos urbanísticos e ambientais;
X – Monitorar a concessão da `Concessão Onerosa do Direito de Construir´ e
a aplicação da transferência do direito de construir;
XI – Aprovar e acompanhar a implementação das Operações Urbanas
Consorciadas;
XII – Acompanhar a implementação dos demais instrumentos urbanísticos;
XIII – Zelar pela integração das políticas setoriais;
XIV – Deliberar sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela
legislação urbanística municipal;
XV – Convocar, organizar e coordenar as conferencias e assembléias
territoriais;
XVI – Convocar audiências públicas;
XVII – Elaborar e aprovar o regimento interno.

Art. 159. Fica garantida a participação popular no processo de planejamento


urbano e ambiental, através de:

I – Representação da sociedade civil no Conselho Municipal da Cidade de


Touros;

II – Acesso às informações disponíveis;

III – Encontros locais e de câmaras temáticas, a serem promovidos


periodicamente pelo órgão municipal de planejamento ou de meio ambiente ou de
turismo, obras e serviços públicos.

Art. 160. O Conselho Municipal de Touros poderá instituir câmaras técnicas e


grupos de trabalho específicos.

Art. 161. O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional


exclusivo ao Conselho Municipal de Touros, necessário a seu pleno funcionamento.

__________________________________________________________________________________________________ 63
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Parágrafo único. O Conselho Municipal de Touros definirá a estrutura do


suporte técnico e operacional.

SEÇÃO II
DO FUNDO MUNICIPAL DE URBANIZAÇÃO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Art. 162 Fica criado o Fundo Municipal de Urbanização e Preservação


Ambiental, formado pelos seguintes recursos:

I – Recursos próprios do Município;

II – Valores em dinheiro referentes à concessão onerosa de áreas superiores


ao coeficiente de aproveitamento básico definido para o município;

III – Rendas provenientes de operações de financiamento de obras vinculadas


à habitação popular;
IV – Transferências intergovernamentais;
V – Transferências de instituições privadas;
VI – Transferências do exterior;
VII – Transferências de pessoa física;
VIII – Transferências provenientes da Concessão do Direito Real de Uso de
áreas públicas, exceto nas ZEIS;
IX – Receitas provenientes da Concessão do Direito de Superfície;
X - Rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;
XI – Doações;
XII – Outras receitas que lhe sejam destinadas por lei.

§10. As receitas decorrentes de multas e infrações ao estabelecido nesta lei


serão destinadas à implantação, estruturação e manutenção do sistema de
planejamento de programas de interesse social provenientes destas diretrizes, e em
projetos estabelecidos nesta Lei.

§20. O Fundo Municipal de Urbanização e Preservação Ambiental será gerido


pelo Conselho do Município de Touros.

§30. Os recursos especificados no inciso II serão aplicados:

I – Na produção de HIS em todo o Município.


II – Em infra-estrutura e equipamentos públicos nas zonas definidas pelo
Conselho.

__________________________________________________________________________________________________ 64
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

III – Em ações e projetos de natureza ambiental, na recuperação de áreas


degradadas ou criação de novas áreas de proteção ambiental;
IV – No aparelhamento e compra de equipamentos do Sistema Municipal de
Meio Ambiente.

SEÇÃO III
DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Art. 163. O Sistema de informações Municipais tem como objetivo fornecer


informações para o planejamento, o monitoramento, a implementação e a avaliação
da política urbana, subsidiando a tomada de decisões ao longo do processo.

§10. O Sistema de Informações Municipais deverá conter e manter atualizados


dados, informações e indicadores sociais, culturais, econômicos, financeiros,
patrimoniais, administrativos, físico-territoriais, inclusive cartográficos, ambientais,
imobiliários e outros de relevante interesse para o Município.

§20. Para a consecução dos objetivos do Sistema deverá ser definida unidade
territorial de planejamento e controle.

Art. 164. O Sistema de Informações Municipais deverá obedecer aos


princípios:
I – Da simplificação, economicidade, eficácia, clareza, precisão e segurança,
evitando-se duplicação de meios e instrumentos para fins idênticos;
II – Democratização, publicização e disponibilização das informações, em
especial as relativas ao processo de implementação, controle e avaliação do Plano
Diretor.

CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

ART. 165. Fica assegurada a participação da população em todas as fases do


processo de gestão democrática da política urbana, mediante as seguintes instancias
de participação:
I – Conferencia Municipal de Política Urbana;
II – Assembléias territoriais de Política Urbana;
III – Audiências Públicas;
IV – Iniciativa Popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de
desenvolvimento urbano;
V – Plebiscito e referendo popular;
VI – Conselhos Municipais relacionados a Política Urbana.

__________________________________________________________________________________________________ 65
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 166. Anualmente, o Executivo submeterá ao Conselho Municipal de


Touros relatório de gestão do exercício e plano de ação para o próximo período.

Parágrafo único. Uma vez analisado pelo Conselho, o Executivo o enviará ‘a


Câmara Municipal e dará publicidade ao mesmo, por meio do jornal de maior
circulação no Município.

SEÇÃO I
DA CONFERENCIA MUNICIPAL DE POLÍTICA URBANA

ART. 167. As Conferencias Municipais ocorrerão ordinariamente a cada dois


anos, e extraordinariamente quando convocadas pelo Conselho Municipal de Política
Urbana.

Parágrafo único. As conferencias serão abertas ‘a participação de todos os


cidadãos e cidadãs.

Art. 168. A Conferencia Municipal de Política Urbana, deverá, dentre outras


atribuições:

I – Apreciar as diretrizes da política urbana do Município;


II – Debater os relatórios anuais de gestão da política urbana, apresentando
críticas e sugestões;
III – Sugerir ao Executivo adequações nas ações estratégicas destinadas a
implementação dos objetivos, diretrizes, planos, programas e projetos;
IV – deliberar sobre plano de trabalho para o biênio seguinte;
V – sugerir propostas de alteração da Lei do Plano Diretor, a serem
consideradas no momento de sua modificação ou revisão.

SEÇÃO II
DAS ASSEMBLÉIAS TERRITORIAIS DE POLÍTICA URBANA

ART. 169. As Assembléias Territoriais de Política Urbana serão sempre que


necessário, com o objetivo de consultar a população das unidades territoriais de
planejamento sobre as questões urbanas relacionadas ‘aquela territorialidade, de
forma a ampliar o debate e dar suporte ‘a tomada de decisões do Conselho Municipal
de Touros.

TÍTULO VIII

__________________________________________________________________________________________________ 66
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

DAS INFRAÇÕES, PENALIDADES, E DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

CAPÍTULO I
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

Art. 170 Salvo disposições contidas em normas especiais, o cometimento de


infrações às disposições desta Lei sujeita o infrator às seguintes penalidades:

I – Embargo de obra ou serviço;

II – Multa;

III – Cassação da licença;

IV – Demolição.

§1°. A penalidade de multa poderá ser aplicada cumulativamente com as


demais penalidades.

§2°. O embargo da obra será aplicado liminarmente nos casos de:

I – Execução de obra ou serviço sem licenciamento;

II – Execução de obra ou serviço em desacordo com o projeto licenciado ou


com normas técnicas em vigor, ou contrariando disposições contidas nesta lei;

III – Grave prejuízo ao interesse ou patrimônio público;

IV – Ameaça ao equilíbrio ambiental.

Art. 171 Presumem-se solidariamente responsáveis pela infração o


proprietário da obra e o seu responsável técnico, bem como o construtor, devendo a
penalidade pecuniária ser aplicada a cada um cumulativamente.

Art. 172 Na hipótese de infração envolvendo pessoa jurídica, a penalidade


será cumulativamente aplicada à empresa e seus responsáveis técnicos.

Art. 173 O Município representará ao órgão incumbido de fiscalização do


exercício da engenharia e arquitetura contra os profissionais ou empresa
contumazes na prática de infração a esta Lei, sem prejuízo do disposto no artigo
seguinte.

__________________________________________________________________________________________________ 67
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 174 Em casos de prática contumaz de infração a dispositivos desta Lei


por parte de profissionais ou firmas de engenharia e de arquitetura, o Município
poderá aplicar-lhes pena de suspensão, por período não inferior a 2 (dois) meses e
não superior a 2 (dois) anos, sem prejuízo de outras penalidades cabíveis, durante
os quais não será aceito para apreciação qualquer projeto sob sua responsabilidade.

§1º. A apuração do ilícito de que trata este artigo deverá se fazer através de
processo administrativo no qual será assegurado direito de defesa ao infrator, nos
termos previstos nesta Lei.

§2º. Se após o decurso do prazo da suspensão aplicada, persistir o


profissional ou firma na prática dos atos que deram lugar á aplicação da penalidade,
o Município declará-lo-á inidôneo.

Art. 175 A aplicação de penalidades decorrentes de infrações a esta Lei não


prejudica:

I – O reconhecimento e conseqüente sanção de infrações à legislação federal,


estadual e municipal, inclusive de natureza tributária;

II – A adoção de medidas judiciais cabíveis, inclusive para fins de


responsabilização civil do infrator.

Art. 176 A pena de multa consiste na aplicação de sanção em dinheiro, a ser


pago pelo infrator no prazo que lhe for fixado, classificando-se da seguinte forma:

I – Tipo 1 – de R$1.500,00 (hum mil e quinhentos reais) a 300.000,00


(trezentos mil reais);

II – Tipo 2 – de R$600,00 (seiscentos reais) a 150.000,00 (cento e cinqüenta


mil reais);

III – Tipo 3 – de R$300,00 (trezentos reais) a R$6.000,00 (seis mil reais).

Art. 177 Para imposição da pena e da gradação da multa, observar-se-á:

I – A natureza e gravidade da infração, tendo em vista o prejuízo concreto


causado ao interesse público;

II – A situação econômica do infrator;

__________________________________________________________________________________________________ 68
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

III – Os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento das normas


ambientais e urbanísticas;

IV – A natureza, o valor e a destinação da obra.

Art. 178 Não se permite à autoridade administrativa a aplicação de


penalidades de caráter meramente confiscatório.

Art. 179 A reincidência genérica ou específica se constitui circunstância


agravante para imposição da penalidade e gradação da pena de multa.

§1°. Constitui reincidência a prática de nova infração aos dispositivos desta


Lei cometida pelo mesmo agente no período de 1 (um) ano, sendo classificada
como:

I – Específica: o cometimento da mesma infração;

II – Genérica: o cometimento de infração de natureza diversa.

§2°. No caso de reincidência específica ou genérica a multa a ser imposta por


nova infração terá seu valor aumentado ao triplo e ao dobro respectivamente.

Art. 180 O embargo da obra consiste na proibição de prosseguir na execução


enquanto não corrigida a irregularidade que deu lugar à sua aplicação.

Art. 181 A cassação da licença implica no cancelamento das licenças


concedidas para execução da obra, que somente poderá prosseguir após novo
processo de licenciamento.

Art. 182 Demolição é a determinação administrativa para que o agente faça,


ás suas expensas, a demolição total ou parcial da obra executada em desacordo
com as determinações desta Lei.

§1°. A aplicação da pena de demolição implica na obrigação do infrator de


restaurar a situação existente anteriormente ao fato que deu lugar à sua aplicação,
sempre que possível.

§2°. Recusando-se o infrator a executar a demolição, o Município poderá fazê-


lo, cobrando o custo do serviço ao infrator, administrativa ou judicialmente se o
mesmo se negar ao pagamento.

__________________________________________________________________________________________________ 69
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 183 As infrações urbanísticas e ambientais, sua classificação e


respectivas penalidades são as especificadas na forma seguinte:

I – Gravíssimas:

a) concorrer, de qualquer modo, para prejudicar o clima da região ou


desfigurar a paisagem;

b) acelerar o processo de erosão das terras, comprometendo-lhes a


estabilidade ou modificando a composição e disposição das camadas do solo,
prejudicando-lhe a porosidade, permeabilidade e inclinação dos planos de clivagem;

c) promover o ressecamento do solo;

d) concorrer para modificar de forma prejudicial o escoamento de água de


superfície e a velocidade dos cursos de água;

e) concorrer para modificar, de forma prejudicial, o armazenamento, pressão e


escoamento das águas de subsolo, com alteração do perfil dos lençóis freáticos e
profundos;

f) alterar ou concorrer para alterar as qualidades físicas, químicas e biológicas


das águas de superfícies de subsolo;

g) atentar contra construções, unidades ou conjuntos arquitetônica e espécies


urbanos remanescente de culturas passadas, tenham ou não sido declaradas
integrantes do patrimônio cultural da cidade;

h) promover uso proibido do imóvel;

i) promover qualquer forma de parcelamento do solo sem prévia licença da


autoridade administrativa, sem cumprimento de formalidade legais ou
regulamentares ou em desacordo com a licença concedida;

j) exercer atividade nociva ou perigosa sem licença ou sem observar


disposições de lei ou regulamento;

k) deixar, o proprietário de área objeto de parcelamento, de realizar as obras


de infra-estrutura.

__________________________________________________________________________________________________ 70
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Parágrafo único. A todas as infrações previstas neste inciso se aplica a


penalidade de multa, classe 1, além das demais penalidades previstas no artigo 128
desta Lei, conforme a situação fática verificada em cada caso concreto, as
circunstâncias tratadas no artigo 135 e demais normas previstas neste Capítulo; sem
prejuízo de ser imposta ao infrator a obrigação de restauração do ambiente alterado
ao estado anterior ao cometimento da infração, quando couber.

II – Graves:

a) comprometer o desenvolvimento das espécies vegetais;

b) deixar o proprietário, ou empreendedor de qualquer uma das formas de


parcelamento, de cumprir as obrigações estipuladas em Lei, regulamento ou projeto
licenciado;

c) promover uso permissível do imóvel, sem prévia licença da autoridade


administrativa;

d) deixar de observar as regras relativas a alinhamento, índices de ocupação,


de utilização e de conforto, recuos, gabaritos, acessos ou vedar divisas, quando
proibido;

e) apresentar projeto em flagrante desacordo com o local onde devam


executados os serviços ou obras;

f) iniciar a execução de obras ou serviços sem licença da autoridade


administrativa;

g) executar obra ou serviço em desacordo com projeto licenciado, passível de


regularização;

h) executar obra ou serviço sem observância do projeto licenciado, não


passível de regularização;

i) falsear cálculo de projeto ou elementos de memorial justificativo, viciar


projeto aprovado, introduzindo-lhe alterações contrárias á legislação em vigor.

Parágrafo único. A todas as infrações previstas neste inciso se aplica a


penalidade de multa, classe 2, além das demais penalidades previstas no artigo 128
desta Lei, conforme a situação fática verificada em cada caso concreto, as
circunstâncias tratadas no artigo 135 e demais normas previstas neste Capítulo; sem

__________________________________________________________________________________________________ 71
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

prejuízo de ser imposta ao infrator a obrigação de restauração do ambiente alterado


ao estado anterior ao cometimento da infração, quando couber.

III – Leves:

a) construir em parcelamento não aprovado ou em lote dele decorrente, em


desacordo com as disposições desta Lei;

b) executar obra com a finalidade de empregá-la em atividade nociva ou


perigosa, sem prévia licença da autoridade administrativa;

c) deixar de construir, quando regularmente notificado, de conservar ou


recompor muros ou cercas vivas em terrenos não edificados ou com edificação em
ruínas.

d) modificar projeto aprovado, introduzindo-lhe alterações contrárias a


disposições desta Lei, seu regulamento ou diretrizes administrativas;

e) promover a criação de coletores de água, concentrando ou produzindo


umidade;

f) assumir responsabilidade pela execução de projeto entregando-o a pessoa


não habilitada;

g) não atender à intimação conseqüente de vistoria administrativa ou de


fiscalização de rotina;

h) colocar cartazes, letreiros, anúncios e placas, tabuletas, quadros luminosos


ou qualquer forma de publicidade, sem licença da autoridade administrativa ou em
desacordo com a legislação aplicável.

Parágrafo único. A todas as infrações previstas neste inciso se aplica a


penalidade de multa, classe 3, além das demais penalidades previstas no artigo 128
desta Lei, conforme a situação fática verificada em cada caso concreto, as
circunstâncias tratadas no artigo 135 e demais normas previstas neste Capítulo; sem
prejuízo de ser imposta ao infrator a obrigação de restauração do ambiente alterado
ao estado anterior ao cometimento da infração, quando couber.

Art. 184 Nos casos do cometimento da infração acarretar prejuízos para o


Município, a terceiros ou à sociedade em geral, deverão ser reparados os danos
causados, sob as custas do infrator.

__________________________________________________________________________________________________ 72
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

CAPÍTULO II
DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO

Art. 185 Na apuração das infrações a dispositivos desta Lei ou suas normas
regulamentares aplicar-se-á o disposto neste Capítulo, sem prejuízo da aplicação, no
que couber, do procedimento estabelecido no Código Tributário do Município e das
normas processuais civis e administrativas que não lhe forem contrárias; oferecendo
ao infrator o amplo direito de defesa previsto constitucionalmente, conforme
previsões contidas neste Capítulo.

Art. 186 Constatada a infração, expedir-se-á intimação ao proprietário ou


responsável pela obra, serviço ou atividade concedendo-lhe prazo para sua
regularização, quando cabível.

§1º. A intimação de que trata este artigo dará início ao processo administrativo
para apuração das infrações aos dispositivos desta Lei ou suas normas
regulamentares.

§2º. Será de 10 (dez) dias, o prazo concedido para a regularização, que


somente pode ser prorrogado uma vez a critério do responsável pelo setor de
fiscalização do órgão municipal de planejamento urbanístico e ambiental, que deverá
justificar a concessão da prorrogação no processo administrativos iniciado com a
intimação.

§3º. As intimações deverão conter, de forma resumida, os mesmos requisitos


do auto de infração de que trata o artigo seguinte, excetuando-se o contido na alínea
g, além do prazo concedido para regularização, quando for o caso.

§4º. Da intimação constará, quando aplicável, a determinação de embargo da


obra, que deverá ser atendida imediatamente.

Art. 187 Não atendida a determinação do artigo anterior, no prazo que for
fixado, será lavrado auto de infração pela autoridade a tiver constatado; que deverá
conter:

a) descrição do motivo que deu lugar a lavratura;

b) indicação dos dispositivos de lei ou regulamento infringidos;

__________________________________________________________________________________________________ 73
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

c) nome do proprietário ou da pessoa jurídica e, quando possível, do


construtor e do responsável técnico pela obra, serviço ou atividade;

d) endereço ou determinação do local da infração;

e) dispositivos em que a penalidade esteja cominada;

f) determinação de paralisação do serviço, obra ou atividade, quando


aplicável;

g) prazo para apresentação de defesa, com indicação do local e horário onde


deve ser apresentada;

Parágrafo único. Será de 10 (dez) dias, o prazo concedido para apresentação


da defesa, que será contado a partir do dia seguinte da ciência da infração.

Art. 188 As omissões ou incorreções na lavratura do auto de infração não


acarretarão nulidade do mesmo quando do processo constarem os elementos
necessários à determinação da infração e do infrator.

Art. 189 O infrator será notificado para ciência da infração e das decisões
exaradas no processo administrativo respectivo, através das seguintes formas:

I – Pessoalmente;

II – Por via postal;

III – Por edital, se estiver em local incerto ou não sabido.

§1º. Se o infrator for notificado pessoalmente e se recusar a dar ciência,


deverá essa circunstância ser mencionada expressamente pela autoridade que
efetuou a intimação ou lavrou o auto de infração.

§2º. No caso referido no inciso II deste artigo considera-se cientificado o


infrator 10 (dez) dias após a remessa postal do documento; não sendo o caso de
devolução do mesmo.

§3º. Frustrada a notificação por via postal, deverá a mesma ser promovida por
edital.

__________________________________________________________________________________________________ 74
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§4º. O edital referido no inciso III deste artigo será publicado uma única vez na
imprensa oficial ou em jornal de circulação local, considerando-se efetivada a
notificação 5 (cinco) dias após a publicação.

Art. 190 Antes do julgamento da defesa deverá a autoridade julgadora ouvir o


fiscal que lavrou o auto de infração, que terá o prazo de 5 (cinco) dias para se
pronunciar a respeito dos argumentos contidos na peça de defesa.

Art. 191 Apresentada ou não defesa, o julgamento do auto de infração caberá


ao responsável pelo setor de fiscalização do órgão municipal de planejamento
urbano e ambiental, que terá 10 (dez) dias para proferir a decisão.

Parágrafo único. No caso de serem requeridas ou determinadas diligências


para apuração da infração e suas circunstâncias, a autoridade julgadora deverá
determinar prazo para a realização das mesmas, que não poderá ultrapassar de 10
(dez) dias, senão em caso excepcional devidamente justificado no processo
administrativo; ocasião em que somente poderá ser prorrogado por igual período,
uma única vez.

Art. 192 Os recursos das decisões de primeira instância serão dirigidos ao


titular do órgão municipal de planejamento urbano e ambiental, no prazo de 20
(cinco) dias, contados da ciência da decisão.

§1º. Será de 10 (dez) dias, o prazo para a autoridade recursal decidir os


recursos de que trata este artigo, devendo o infrator ser notificado da decisão
proferida, na forma prevista neste Capítulo.

§2º. A decisão proferida pela autoridade recursal transitará em julgado


administrativamente na data da ciência do infrator.

Art. 193 O recurso da decisão de primeira instância terá efeito suspensivo


apenas em relação à aplicação das penalidades de multa, demolição e declaração
de idoneidade.

Art. 194 Transitada administrativamente a decisão, o infrator será notificado


para efetuar o pagamento da multa cominada, no prazo de 5 (cinco) dias, contados
da data do ciência da infração, recolhendo-se o valor à conta do Fundo Municipal de
Urbanização e Proteção Ambiental de que trata esta Lei.

__________________________________________________________________________________________________ 75
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§1º. O valor estipulado para a penalidade de multa cominado no auto de


infração será corrigido pelos índices oficiais vigentes por ocasião da expedição da
notificação para o seu pagamento.

§2º. O não recolhimento da multa, dentro do prazo fixado neste artigo,


implicará na sua inscrição para cobrança judicial na forma da legislação pertinente.

Art. 195 Os prazos de que trata este Titulo são contínuos, excluindo-se em
sua contagem o dia do início e incluindo-se o do vencimento.

Parágrafo único. Os prazos só se iniciam ou se vencem em dia de expediente


normal da repartição em que tramita o processo ou deva ser praticado o ato.

Art. 196 As defesas e os recursos apresentados fora dos prazos previstos


neste Capítulo não serão apreciados por intempestivos.

TÍTULO VIII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS E PROJETOS ESTRUTURANTES

Art. 197 As edificações construídas anteriormente a esta Lei, e em


desconformidade com a mesma, terão um prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias
para, requererem, perante o órgão municipal competente, a sua regularização no que
for possível, respeitados os direitos adquiridos.

Art. 198 São consideradas de aplicação subsidiária a esta Lei as normas de


caráter geral previstas na Lei Federal nº. 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da
Cidade), assim como as normas urbanísticas, ambientais e de parcelamento urbano
que não forem contrárias a este Plano.

Art. 199 O Poder Executivo deverá determinar ao órgão municipal que


administra as questões urbanísticas e ambientais na data da publicação desta Lei, no
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, que dê início aos estudos técnicos necessários
ao zoneamento ambiental do Município de modo a estabelecer os limites e as
diretrizes de ocupação das Áreas Especiais de Interesse Ambiental e as Áreas de
Preservação Ambiental, de modo a atender o disposto no §4º do artigo 38 desta Lei.

Art. 200 O Poder Público deverá editar norma regulamentando o


funcionamento do Conselho Municipal da Cidade, no prazo máximo de 90 (noventa)
dias da data da publicação desta Lei.

__________________________________________________________________________________________________ 76
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Art. 201 O Município deverá elaborar ou revisar, no prazo de 120 (cento e


vinte) dias, a contar da publicação desta Lei, o Código de Meio Ambiente, a revisão
do Código de Obras e Posturas e o Código de Limpeza Urbana da cidade.

Art. 202 O Poder Público deverá elaborar o Plano de Desenvolvimento


Turístico de que trata o artigo 25 desta Lei, instituindo e implementando, no prazo
máximo de 12 (doze) meses da publicação desta Lei, o Sistema Municipal de
Turismo e o Sistema Municipal de Abastecimento de Alimentos.

Art. 203 O Município revisará integralmente esta Lei no prazo máximo de 10


(dez) anos, podendo ser realizadas revisões periódicas e parciais a partir de 2 (dois)
anos de sua publicação; respeitando seus objetivos gerais e diretrizes básicas.

Art. 204 Os projetos estruturantes poderão ser implantados irrestritamente,


em qualquer local do Município, sempre sujeitos ao Estudo de Impacto Ambiental e
Estudo de Impacto de Vizinhança onde para efeito desta Lei são projetos
estruturantes:

I – O sistema viário;

II – A reserva de área para edificação do Campus Universitário;

III – A construção de moradias para população de baixa renda;

IV – A Urbanização da Orla;

V – O Porto no Rio Maceió e demais portos em pontos da orla, desde que


realizados os estudos técnicos pertinentes;

VI – A implantação de equipamentos geradores de energia eólica.

Art. 205 O Poder executivo tem o prazo de 90 (noventa) dias a partir da


vigência desta Lei, para através de Lei especifica, instituir o Conselho da Cidade de
Touros, determinando suas atribuições, composição e critérios regimentais de
funcionamento.

§1º. Constatada a omissão do Poder Executivo em cumprir o que preceitua o


caput deste artigo, passa a correr o prazo de quinze dias em que qualquer membro
e/ou Comissão Permanente do Poder Legislativo poderá tomar a iniciativa no sentido
de elaborar a mencionada propositura encaminhando-a para apreciação, discussão e
votação.

__________________________________________________________________________________________________ 77
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

§2º. Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior e persistindo ainda tal


omissão, a sociedade civil poderá na busca do mesmo objetivo apresentar ao
plenário da Câmara Municipal, sugestão de iniciativa legislativa subscrita por pelo
menos três associações, órgãos de classes ou entidades organizadas, exceto
partidos políticos.

Art. 206 São partes integrantes desta Lei: ANEXO I – Quadros; e ANEXO II –
Mapas, a seguir relacionados:

ANEXO I - QUADROS:

Quadro 1 – Zonas de Adensamento Básico

Quadro 2 – Área 1 – Zona de Parcelamento, Edificação e Utilização


compulsória; IPTU Progressivo e Desapropriação;

Quadro 3 – Área 2 – Área de Outorga;

Quadro 4 - Área 3 – AEPA - Área Especial de Proteção Ambiental;

Quadro 5 – Área 4 - Especial Turística;

Quadro 6 – Área 5 – Área Especial de Interesse Social – Regularização


Fundiária;

Quadro 7 – Área 6 – Área Especial de Interesse Social;

Quadro 8 – Área 7 – Área Especial de Urbanização Especial;

Quadro 9 – Área 8 – Área de Condomínios Urbanísticos;

ANEXO II - MAPAS:

Mapa 1 – Geral;

Mapa 2 – Macrozoneamento: Identificando a Zona Urbana, Zona de interesse


Rural e Zonas Especiais;

Mapa 3 – Mapa Identificando as Áreas de Interesse Turístico;

__________________________________________________________________________________________________ 78
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

Mapa 4 – Mapa Identificando as Áreas Especiais (controle de gabarito);

Mapa 5 – Mapa da Área de Preservação Ambiental

Mapa 6 – Mapa que identifica o Sistema Viário – Estruturante:

Mapa 7 – Áreas Urbanizáveis;

Mapa 8 – Mapa de aplicação dos Instrumentos Urbanísticos;

Mapa 9 – Áreas Especiais da Sede;

Mapa 10 – Área de interesse habitacional da Sede.

Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas todas as


disposições em contrário.

Palácio José Porto Filho, Touros/RN, 28 de dezembro de 2006.

HERIBERTO RIBEIRO DE OLIVEIRA


Prefeito

__________________________________________________________________________________________________ 79
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 01
Zonas de Adensamento Básico - são os parâmetros urbanísticos determinados para toda a área urbana exceto as áreas especiais ou diferenciados,
citadas para uso de instrumentos específico (outorga e operação urbana).

Índices urbanísticos
Usos Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili Estacionament OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito
lote lote mínima o frontais zação o
e de fundos Adicionais máxima máximo de automóvel
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a
12 x 20 12 x 30
240 360
12 1 3,00 1,50m - 0,40 liberado partir de 80
unifamiliar m2
Residencial 1 vaga por
360 540 15 1 5,00 1,50m 1,50 + H/ 5 0,40 liberado unidade
Multifamiliar
Não 1 vaga por
240 360 12 1 3,00 1,50 1,50 + H/ 5 0,40 liberado cada 100,00
Residencial m2

Usos
proibidos
H = a distância entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 02
Área 1 – Zona de Parcelamento e Edificação compulsória IPTU Progressivo e Desapropriação ( local onde será previsto o uso dos instrumentos
citados, não muda os parâmetros urbanísticos da área demarcada, permanece o mesmos da Área de Adensamento básico

Índices urbanísticos
Usos Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
240 360 12 1 3,00 1,50 - 0,40 liberado
unifamiliar de 80 m2
Residencial 1 vaga por
360 540 15 1 5,00 1,50 - 0,40 liberado
Multifamiliar unidade
1 vaga por
Não 240 360 12 1 3,00 1,50 - 0,40 liberado cada 100,00
Residencial m2

Usos Granjas, indústrias de material pesado, atividade altamente poluente.


proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 03
Área 2 - Área de Outorga – Local onde coeficiente de aproveitamento poderá ser superior ao básico até o valor máximo
indicado na tabela abaixo, mediante pagamento, não sendo necessário mudar os outros índices urbanísticos.

Índices urbanísticos
Usos Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
OBS
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 240 360 12 1 3,00 1,50 - 0,50 - - -
unifamiliar
Residencial 1 vaga por
360 540 15 1 5,00 1,50 - 0,50 - -
Multifamiliar unidade
Não 2,40 360 12 1 3,00 1,50 - 0,50 - - -
Residencial
Industrial Uso proibido
Usos Granjas, indústrias de material pesado, atividade altamente poluente,
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 04
Área 3 - AEPA - Área Especial de Proteção Ambiental

Usos Índices urbanísticos


Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
1000 1800 30 1 15 15 - 0,20 - -
unifamiliar de 80 m2
Residencial
-
Multifamiliar
Não 1 vaga por
Residencial 1500 2700 40 0,3 15 15 - 0,20 - - cada 100,00
m2
Industrial Uso proibido
Usos Indústrias de material pesado, atividade altamente poluente, Multifamiliar
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

T = 0,40
0,50

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 05
Área 4 - Especial Turística – Local compreendido pela faixa litorânea numa extensão de 1, Km adentrando ao continente , onde haverá
restrições especiais de: gabarito, índice de aproveitamento do terreno, recuos adicionais, indicação de área especial habitacional, etc.

Usos Índices urbanísticos


Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
450 540 15 1,2 3,00 1,50 Ra=R+H/5 0,40 30 2
unifamiliar de 80 m2
Residencial Ver I vaga por
Multifamiliar 500 1000 20 1,0 5,00 1,50 Ra=R+H/5 0,3 30 controle de unidade
gabarito residencial
Não Ver 1 vaga por
Residencial 500 540 15 1,2 3,00 1,50 Ra=R+H/5 0,40 30 controle de cada 100,00
gabarito m2
Industrial Uso proibido
Usos Indústrias de material pesado, atividade altamente poluente, Multifamiliar
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento
Os empreendimentos classificados como: flat, apart-hotel ou similar serão classificados como residencial para efeito desta Lei.
 a transferência de potencial será aplicada na área dentro dos limites do condomínio urbanístico
 o coeficiente de aproveitamento máximo será 2,0, existindo a possibilidade de receber transferência só das áreas internas ao
condomínio.

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 06
Área 5 - Área Especial de Interesse Social – Regularização Fundiária - definir parâmetros próprios para população de baixa renda
com os índices abaixo diferenciados.

Usos Índices urbanísticos


Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
120 160 6 1 3,00 1,50 - 0,40 - -
Munifamiliar de 80 m2
Residencial
-
Multifamiliar
Não 1 vaga por
Residencial 140 160 7 1 3,00 1,50 - 0,40 - - cada 100,00
m2
Industrial Uso proibido
Usos Indústrias de material pesado, atividade altamente poluente, Multifamiliar
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento
Não é permitido a união de lotes

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 07
Área 6 - Área Especial de Interesse Social – próprio para loteamentos a serem implantados voltados para população de baixa renda

Usos Índices urbanísticos


Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
200 240 8,00 1 3,00 1,50 - 0,40 - -
unifamiliar de 80 m2
Residencial
-
Multifamiliar
Não 1 vaga por
Residencial 300 360 10 1 3,00 1,50 - 0,40 - - cada 100,00
m2
Industrial Uso proibido
Usos Indústrias de material pesado, atividade altamente poluente, Multifamiliar
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 08
Área 7 - Área Especial de Urbanização Especial – Núcleos Urbanos de praia: Cajueiro – Carnaubinha – Perobas – Monte
Alegre – São José – Lagoa do Sal.

Usos Índices urbanísticos


Área do Área do Testada Utilizaçã Recuos Permeabili OBS
Recuos laterais Recuos Ocupação Gabarito Estacionamento
lote lote mínima o frontais zação de automóvel
e de fundos Adicionais máxima máximo
mínimo padrão do lote máxima mínimos mínima
Residencial 1 vaga a partir
240 360 12 1 3,00 1,50 - 0,50 - -
unifamiliar de 80 m2
Residencial
-
Multifamiliar
Não 1 vaga por
Residencial 240 360 12 1 3,00 1,50 - 0,50 - - cada 100,00
m2
Industrial Uso proibido
Usos Indústrias de material pesado, atividade altamente poluente, Multifamiliar
proibidos
H = a distancia entre o piso do segundo pavimento acima do térreo e o teto do ultimo pavimento

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971
ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
PREFEITURA MUNICIPAL DE TOUROS
CNPJ: 08.234.155/0001-02

ANEXO I
Quadro 09
Área - Área Especial de Condomínios Urbanísticos –

_________________________________________________________________________________
Praça Bom Jesus, 28. Centro. Touros, RN. CEP: 59.584-000 – Fone/Fax (84) 3263.3971

Você também pode gostar