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A Câmara Municipal de Iguatu aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I
DA FUNDAMENTAÇÃO
CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º. Esta Lei, com fundamento na Constituição Federal; no Estatuto da Cidade, Lei
Federal nº. 10.257/01, na Constituição do Estado do Paraná e na Lei Orgânica Municipal,
institui o Plano Diretor Municipal de Iguatu, instrumento básico da política de desenvolvimento e
expansão urbana, estabelece normas e procedimentos para a realização da política urbana e
rural do Município, buscando o pleno atendimento das funções sociais da Cidade, bem como o
equilíbrio ambiental.
CAPÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DO PLANO DIRETOR MUNICIPAL
CAPÍTULO III
DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO
MUNICIPAL
Art. 6º. A política de desenvolvimento municipal tem por objetivo o direito à cidade, o
cumprimento da função social da propriedade, a justa distribuição dos serviços e equipamentos
públicos, da infra-estrutura, da ordenação do uso e ocupação do solo urbano e rural, mediante
a gestão participativa, pautada nos seguintes princípios:
I - a função social da cidade;
II - a função social da propriedade;
III - o desenvolvimento com sustentabilidade;
IV - a gestão democrática e participativa.
Seção I
Da função Social da Cidade e da Propriedade
Art. 7º. A função social da cidade, corresponde ao direito à cidade para todos os
habitantes, o que compreende os direitos à terra urbanizada, à moradia, ao saneamento
ambiental, à infra-estrutura e serviços públicos, ao transporte coletivo, à mobilidade urbana e
acessibilidade, ao trabalho, à cultura e ao lazer.
Art. 8º. Para cumprir a sua função social, a propriedade deve atender pelo menos às
seguintes exigências:
I - uso adequado à disponibilidade da infra-estrutura urbana e de equipamentos e
serviços, atendendo aos parâmetros urbanísticos definidos pelo ordenamento territorial
determinado nesta Lei, e na Lei de Zoneamento e Uso e Ocupação do Solo;
II - uso compatível com as condições de prevenção da qualidade do meio ambiente, a
paisagem urbana e do patrimônio cultural e natural;
III - aproveitamento e utilização compatíveis com a segurança e saúde de seus
usuários e da vizinhança.
Seção II
Da gestão Democrática e Participativa
Seção III
Da Criação do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Art. 11º. O Conselho Permanente de Desenvolvimento Municipal será criado logo após
a aprovação da Lei do Plano Diretor Municipal, podendo permanecer os integrantes do
Conselho Provisório, acrescido de mais membros, porém em hipótese alguma diminuindo os
membros.
TÍTULO II
DA POLÍTICA E DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
CAPÍTULO I
DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
CAPÍTULO II
DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
Seção I
Do Desenvolvimento Rural
Art. 16º. Para desenvolvimento das atividades econômicas na área rural devem ser
observadas as seguintes diretrizes;
I - promover a integração e complementaridade entre produção agrícola, e produção
industrial, com o fortalecimento da agroindústria, de modo a ampliar o valor agregado da
produção primária;
II - estimular o fortalecimento das cadeias produtivas do Município;
III - fortalecer e diversificar a produção agropecuária do Município e diminuir a
dependência no abastecimento;
IV - apresentar alternativas ao pequeno produtor de como explorar suas terras de forma
racional, ambientalmente correta e lucrativa;
V - promover a gestão ambiental, através da conservação dos solos, gestão por micro
bacias hidrográficas, proteção de matas ciliares;
VI - promover a criação Unidades de Conservação;
VII - promover o aumento das linhas de financiamento e crédito à atividade agrícola;
VIII - atrair novos setores produtivos para o Município, em consonância com a política
de desenvolvimento regional;
IX - incentivar a agricultura familiar das comunidades rurais;
X - promover a agricultura orgânica e familiar.
Art. 17º. Para a promoção do turismo no Município, devem ser observadas as seguintes
diretrizes:
I - Utilizar da proximidade do Rio Piquiri, para promover projetos e programas, de cunho
ambiental, para promover o turismo no Município.
II - Implementar projetos de Ecoturismo no Município, principalmente nas áreas de mata
nativa do Município.
III - Estimular o turismo agro-ecológico em propriedades rurais;
CAPÍTULO III
DAS POLÍTICAS SOCIAIS
Art. 22º. Para a consecução dos objetivos da Política de Assistência Social são
necessárias as seguintes diretrizes:
I - Cooperação técnica, administrativa e financeira com a União e o Estado;
II - Primazia da responsabilidade do Poder Público Municipal na formulação,
coordenação, financiamento e execução da Política de Assistência Social;
III - Centralidade na família para a concepção e implementação das ações de
Assistência Social;
IV - Monitoramento e avaliação contínuos da implementação e dos resultados e
impactos da Política de Assistência Social;
Art. 24º. Para atingir os objetivos propostos da Política Municipal de Lazer e Esporte
será necessário adotar as seguintes estratégias:
I - Promover ações e eventos do setor;
II - Otimizar o uso dos espaços de lazer e esporte já existentes, dotando-os de melhor
infra-estrutura e acessibilidade;
III - Apoiar iniciativas de criação de novos espaços para esporte e lazer;
Art. 25º. A Política Municipal de Habitação tem como objetivo geral solucionar a
carência habitacional no Município, garantindo o acesso à terra urbanizada e à moradia a todos
os habitantes do Município.
Art. 26º. Para a execução da Política de Habitação deverão ser adotadas as seguintes
diretrizes:
I - democratizar o acesso ao solo urbano e a oferta de terras, a partir da disponibilidade
de imóveis públicos e da utilização de instrumentos do Estatuto da Cidade;
II - coibir as ocupações em áreas de risco e não edificáveis;
III - garantir a sustentabilidade social, econômica e ambiental nos programas
habitacionais, por intermédio das políticas de desenvolvimento econômico e de gestão
ambiental;
IV - promover a requalificação urbanística e regularização fundiária dos assentamentos
habitacionais precários e irregulares;
V - assegurar o apoio e o suporte técnico às iniciativas individuais ou coletivas da
população para produzir ou melhorar sua moradia;
VI – ampliar as áreas destinadas à habitação de interesse social;
VIII - assegurar a participação popular nos projetos e planos urbanos;
VII - formular e acompanhar propostas populares do Plano Diretor Municipal.
CAPÍTULO IV
DA POLÍTICA DO MEIO AMBIENTE
Art. 27º - A política do Meio Ambiente tem por objetivo garantir e disciplinar as ações
necessárias à recuperação, prevenção e conservação do ambiente mediante a execução dos
objetivos estabelecidos nesta Lei.
Art. 28º - Para assegurar o objetivo disposto no artigo anterior, é dever do Poder
Executivo, com apoio do Legislativo do Município de Iguatu:
I - garantir a efetiva participação da população na defesa e prevenção do meio
ambiente;
II - criar locais de convívio e lazer para a comunidade;
III - promover a articulação das ações educativas voltadas às atividades de proteção,
recuperação e melhoria sócio-ambiental, potencializando a Educação Ambiental voltada para
mudanças culturais e sociais;
IV - promover a educação ambiental como instrumento para sustentação das políticas
públicas ambientais, buscando a articulação com as demais políticas setoriais;
V - promover a educação ambiental através de parceria entre administração municipal,
entidades privadas e sociedade civil organizada;
VI - garantir a proteção da cobertura vegetal existente no Município;
VII - garantir a proteção das áreas de interesse ambiental e a diversidade biológica
natural
Seção Única
Do Saneamento Ambiental
Art. 29º - O saneamento Ambiental é o conjunto de ações que visa manter o meio
ambiente equilibrado, promovendo salubridade ambiental à população, por meio do
abastecimento de água potável, esgotamento e tratamento sanitário, manejo dos resíduos
sólidos, drenagem e reuso de águas pluviais e controle dos vetores de doenças transmissíveis,
promovendo a sustentabilidade ambiental do uso e da ocupação do solo.
CAPÍTULO V
DA MOBILIDADE URBANA
Art. 32º. O Sistema Viário é constituído pela infra-estrutura física das vias e logradouros
que compõem a malha por onde circulam os veículos, pessoas e animais.
Parágrafo Único - A Hierarquia do Sistema Viário Municipal, bem como suas diretrizes,
são objetos de lei específica, integrante deste Plano Diretor Municipal.
TÍTULO III
DO ORDENAMENTO TERRITORIAL URBANO E RURAL
Art. 35º. O território municipal será ordenado para atender as suas diversas funções de
modo a compatibilizar o desenvolvimento, com o uso e ocupação do solo urbano e rural,
evitando distorções do processo de crescimento sem planejamento.
§ 1º - O ordenamento abrangerá todo o território municipal, envolvendo áreas urbanas e
áreas rurais, em conformidade com o disposto no Estatuto da Cidade.
§ 2º - O anteprojeto de Lei que dispõe sobre o Uso e Ocupação do Solo
complementará este título.
Seção I
Do Macrozoneamento do Município
Seção II
Do Macrozoneamento Rural
Art. 40º. As Macrozonas das Bacias Hidrográficas ficam divididas em áreas com
potencial para exploração rural, e áreas de fragilidade ambiental, conforme a seguinte
classificação:
I - Área de Potencial para a Exploração Rural;
II - Áreas de fragilidade ambiental.
Seção III
Do Macrozoneamento da Sede do Município
Art. 44º. A Cidade de Iguatu fica dividida em áreas urbanizáveis e áreas não
urbanizáveis.
Art. 45º. São urbanizáveis as áreas ocupadas ou não, que por suas características
físicas e ambientais, dão condições de ocupação urbana com qualidade e segurança.
Art. 47º. Áreas não urbanizáveis, são áreas que por suas características físicas,
ambientais e legais, são impróprias à urbanização, como as áreas de fundo de vale.
CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA URBANA DO ESTATUTO DA CIDADE
Seção I
Dos instrumentos em geral
Art. 49º. O Município de Iguatu poderá utilizar os seguintes instrumentos da Lei Federal
10.257/2001, Estatuto da Cidade para estabelecer normas de ordem pública e interesse social
que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-
estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental;
I - Instrumentos para o planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) lei do parcelamento do solo, lei do uso e da ocupação do solo;
c) zoneamento ambiental;
d) plano plurianual;
e) diretrizes orçamentárias e orçamento anual;
f) gestão orçamentária participativa;
g) planos, programas e projetos setoriais;
h) planos de desenvolvimento econômico e social.
II - Institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU
b) contribuição de melhoria:
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros.
III - Institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão administrativa:
c) limitações administrativas:
d) tombamento de imóveis ou de mobiliário urbano:
e) instituição de unidades de conservação;
f) instituição de zonas especiais de interesse social;
g) concessão de direito real de uso;
h) concessão de uso especial para fins de moradia;
i) parcelamento, edificação ou utilização compulsório;
j) usucapião especial de imóvel urbano;
k) direito de superfície;
l) direito de preempção;
m) outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso;
n) transferência do direito de construir;
o) operações urbanas consorciadas;
p) regularização fundiária;
q) assistência técnica e jurídica gratuita para as comunidades e grupos sociais menos
favorecidos;
r) referendo popular e plebiscito.
IV - estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança
(EIV).
Seção II
Do usucapião especial de imóvel urbano
Art. 50º. Aquele que possuir como sua área ou edificação urbana de até duzentos e
cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a
para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário
de outro imóvel urbano ou rural.
Art. 51º. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados,
ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e
sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são
susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam
proprietários de outro imóvel urbano ou rural.
§ 1º - O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por este artigo,
acrescentar sua posse à de seu antecessor, contando que ambas sejam contínuas.
§ 2º - O Usucapião especial coletivo de imóvel urbano será declarada pelo juiz,
mediante sentença, a qual servirá de título para registro no cartório de registro de imóveis.
§ 3º - Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno a cada possuidor,
independentemente da dimensão do terreno que cada um ocupe, salvo hipótese de acordo
escrito entre os condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.
§ 4º - O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo passível de extinção,
salvo deliberação favorável tomada por, no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de
execução de urbanização posterior à constituição do condomínio.
§ 5º - As deliberações relativas à administração do condomínio especial serão tomadas
por maioria de votos dos condôminos presentes, obrigando também os demais, discordantes
ou ausentes.
Art. 53º. São partes legítimas para a propositura da ação de usucapião especial
urbana:
I - o possuidor, isoladamente ou em litisconsórcio originário ou superveniente;
II - os possuidores, em estado de composse;
III - como substituto processual, a associação de moradores da comunidade,
regulamente constituída, com personalidade jurídica, desde que explicitamente autorizada
pelos representados;
Art. 54º. A usucapião especial de imóvel urbano poderá ser invocada como matéria de
defesa, valendo a sentença que a reconhecer como título para registro no cartório de registro
de imóveis.
Art. 55º. Na ação judicial de usucapião especial de imóvel urbano, o rito processual a
ser observado é o sumário.
Seção III
Do direito de superfície
Art. 56º. O proprietário urbano poderá conceder a outrem o direito de superfície do seu
terreno, por tempo determinado ou indeterminado, mediante escritura pública registrada no
cartório de registro de imóveis.
Seção IV
Direito de Preempção
Art. 60º. O direito de preempção confere ao Poder Público municipal preferência para
aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares.
Art. 61º. O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar
de áreas para:
I - regularização fundiária;
II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;
III - constituição de reserva fundiária;
IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;
V - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;
VII- criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse
ambiental;
VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.
Parágrafo Único - A lei municipal prevista no § 1º do art. 25 desta lei deverá enquadrar
cada área em que incidirá o direito de preempção em uma ou mais das finalidades enumeradas
por este artigo.
Art. 62º. O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel, para que o
Município, no prazo máximo de trinta dias, manifeste por escrito seu interesse em comprá-lo.
Seção V
Das operações urbanas consorciadas
Art. 63º. Lei Municipal específica, baseada no plano diretor, poderá delimitar área para
aplicação de operações consorciadas.
Art. 64º. Da lei específica que aprovar a operação urbana consorciada constará o plano
de operação urbana consorciada, contendo, no mínimo:
I - definição da área a ser atingida;
II - programa básico de ocupação da área;
III - programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada
pela operação;
IV - finalidades da operação;
V - estudo prévio de impacto de vizinhança;
VI - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores
privados em função da utilização dos benefícios previstos nos incisos I e II do § 2º do art. 67º
desta lei;
VII- forma de controle da operação, obrigatoriamente compartilhado com representação
da sociedade civil.
Art. 65º. A lei específica que aprovar a operação urbana consorciada poderá prever a
emissão pelo Município de quantidade determinada de certificados de potencial adicional de
construção, que serão alienados em leilão ou utilizados diretamente no pagamento das obras
necessárias à própria operação.
Seção VI
Da transferência do direito de construir
Art. 66º. Lei Municipal, baseada no plano diretor, poderá autorizar o proprietário de
imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro local, ou alienar, mediante escritura
pública, o direito de construir previsto no plano diretor ou em legislação urbanística dele
decorrente, quando o referido imóvel for considerado necessário para fins de:
I - proteção em área de preservação permanente, de acordo com o Código Florestal;
II - preservação de área de mata nativa;
III - preservação, quando o imóvel for considerado de interesse histórico, ambiental,
paisagístico, social ou cultural;
IV - implantação de equipamentos urbanos e comunitários;
V - servir a programas de regularização fundiária, urbanização de áreas ocupadas por
população de baixa renda e habitação de interesse social.
Seção VII
Do estudo de impacto de vizinhança
Art. 70º. O EIV será executado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos
do empreendimento ou atividade quanto à qualidade de vida da população residente na área e
suas proximidades, incluindo a análise, no mínimo, das seguintes questões:
I - adensamento populacional;
II - equipamentos urbanos e comunitários;
III - uso e ocupação do solo;
IV - valorização imobiliária;
V - geração de tráfego e demanda por transporte público;
VI - ventilação e iluminação;
VII- paisagem urbana e patrimônio natural e cultural.
Art. 72º. O Poder Executivo Municipal exigir-se a do proprietário do solo urbano não
edificado, subutilizado, utilizado inadequadamente ou não utilizado, que promova seu
adequado aproveitamento, sob pena de sobre o mesmo ser instituído o Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana Progressivo no Tempo – IPTU Progressivo, conforme
previsão contida na Lei federal nº. 10.257/2001 – Estatuto da Cidade.
§ 1º. O valor da alíquota a ser aplicado a cada ano sobre o valor do imóvel será fixado
em Lei específica, não excedendo a duas vezes o correspondente ao ano anterior, respeitada a
alíquota máxima de 15% (quinze por cento).
§ 2º. É vedada a concessão de isenções ou anistias relativas à tributação progressiva
de que trata este Artigo.
Art. 74º. O IPTU Progressivo no Tempo poderá ser aplicado nas seguintes
macrozonas:
I- Zona Prioritária I e II;
II - Zonas de restrição I e II, quando for o caso.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS
Art. 75º. O Executivo Municipal, após a promulgação desta Lei, deverá dar provimento
às medidas de implementação das diversas diretrizes que a integram, bem como de instituição
dos instrumentos previstos, respeitados os prazos e procedimentos estabelecidos para cada
caso.
Art. 76º. No prazo máximo de 5 (cinco) anos após a promulgação desta Lei o Plano
Diretor Municipal deverá ser avaliado quanto aos resultados da aplicação de suas diretrizes e
instrumentos e das modificações ocorridas no espaço físico, social e econômico do Município,
procedendo-se às atualizações e adequações que se fizerem necessárias.
§ 1º - A avaliação do Plano Diretor deverá ser feita por meio da Conferência Municipal
de Desenvolvimento.
§ 2º - O Conselho Municipal de Desenvolvimento será responsável pela convocação
deste processo, sob coordenação e operacionalização conjunta com o poder executivo e
legislativo municipal.
Art. 77º. Faz parte integrante do Plano Diretor Municipal, o Plano de Ação, que é
instrumento de operacionalização do Plano, onde figura o conjunto de ações e programas
para o desenvolvimento, que deverá ser objeto de monitoramento em audiência pública,
onde serão verificadas a efetividade e forma de sua implementação, bem como sua
necessidade de revisão, modificação, exclusão e substituição.
Art. 78º. Faz parte integrante desta Lei o Mapa de Macrozoneamento do Município, o
Mapa do Macrozoneamento da Sede do Município.
Art. 79º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada as disposições
em contrário.