Você está na página 1de 80

1/80

LEI COMPLEMENTAR Nº 35 - DE 10 DE OUTUBRO DE 2006.


(Regimento interno aprovado pelo Decreto nº 9602/2008)
(Vide Regulamentação dada pela Lei nº 2031/2008 e Decretos nº 9714/2008 e nº 9786/2008,
Leis Complementares nº 73/2012, nº 77/2013, nº 97/2015, nº 111/2016 e nº 198/2023)

INSTITUI O PLANO DIRETOR DE


DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL -
URBANO E RURAL DO MUNICÍPIO DE
RIO NEGRINHO, E DÁ OUTRAS
PROVIDÊNCIAS.

O Prefeito Municipal de Rio Negrinho, Estado de Santa Catarina, Faço saber a todos os
habitantes deste Município que a Câmara de Vereadores aprovou e eu promulgo a seguinte
Lei Complementar:

PARTE I
DO DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL

TÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS

A promoção do desenvolvimento da qualidade de vida e do ambiente no município de


Art. 1º
Rio Negrinho tem como princípio o cumprimento de suas funções sociais, garantindo:

I - a Cidade ecológica que respeita o meio ambiente;

II - a Cidade participativa e democrática que garante a participação da comunidade na


definição dos destinos do município;

III - a Cidade socialmente justa que reduz as desigualdades e a exclusão social;

IV - a Cidade integrada que articula com os municípios vizinhos;

V - a Cidade ordeira que garante a integridade de sua população, do patrimônio público e


particular;

VI - a Cidade competitiva que gera emprego e distribui renda;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


2/80

VII - a Cidade acolhedora que bem recebe os seus visitantes; e

VIII - a Cidade cultural que respeita os seus valores artísticos e as suas raízes culturais.

Art. 2º O Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural incorpora o enfoque


ambiental de planejamento na definição do modelo de desenvolvimento do Município, das
diretrizes e das estratégias para a execução de planos, programas e projetos, enfatizando a
participação popular, a sustentabilidade econômica, social, ambiental e cultural, respeitando,
ainda, os artigos 182 e 183 da Constituição Federal e a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

TÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS DO PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO AMBIENTAL -
URBANO E RURAL

CAPÍTULO I
DOS INSTRUMENTOS BÁSICOS

O planejamento do desenvolvimento do Município dar-se-á através do Plano Diretor de


Art. 3º
Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural e compreende os seguintes instrumentos
básicos:

I - Estratégias de Desenvolvimento Ambiental;

II - Programas Estratégicos;

III - Modelo Espacial;

IV - Plano Regulador de Uso e Ocupação do Solo.

CAPÍTULO II
DOS INSTRUMENTOS COMPLEMENTARES

Art. 4ºOs Planos ou Códigos Setoriais constituem-se Instrumentos Complementares do


Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural.

§ 1º - Os Planos ou Códigos Setoriais de que trata o caput do artigo conterão as


diretrizes, definição de políticas e normas setoriais ou intersetoriais.

§ 2º - Para efeito desta lei, considerar-se-ão, no mínimo, os seguintes Planos e Códigos


Setoriais:

I - Plano Diretor de Abastecimento de Água e Tratamento de Resíduos Líquidos;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


3/80

II - Plano Diretor de Coleta, Transporte e Destino Final de Resíduos Sólidos;

III - Plano Diretor de Drenagem Urbana;

IV - Plano Diretor de Mobilidade e Acessibilidade;

V - Código de Edificações;

VI - Código de Posturas.

CAPÍTULO III
DO MECANISMO DE GESTÃO PARTICIPATIVA

Art. 5ºAlém da participação ampla da comunidade na gestão do planejamento ambiental, a


qual se dará através do Conselho da Cidade, fica assegurada a participação comunitária, na
forma a ser definida em lei específica.

Ficam criados os seguintes mecanismos de proposição de ajuste do Plano Diretor de


Art. 6º
Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural, a serem regulados por legislação específica,
observados os procedimentos estabelecidos na Parte IV desta Lei:

I - proposição de ajuste por iniciativa do Conselho da Cidade, encaminhada através do


Poder Executivo;

II - proposição de ajuste por iniciativa do Poder Executivo.

CAPÍTULO IV
DO MECANISMO DE INFORMAÇÃO

Art. 7ºO Sistema de Informações Georreferenciadas é integrado por dados de órgãos


governamentais e não-governamentais, com a finalidade de constituir bancos de informações
que atendam às necessidades e às demandas da comunidade e da atividade de planejamento
ambiental do Município.

§ 1º - As informações devem observar o Sistema de Informações Georeferenciadas do


Município.

§ 2º - Caberá à Secretaria de Planejamento e Meio ambiente ou quem vier a sucedê-la o


gerenciamento do Sistema de Informações Georreferenciadas.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


4/80

CAPÍTULO V
DO MECANISMO DE AVALIAÇÃO

Art. 8ºFica criado o Sistema de Avaliação de Desempenho do Ambiente, instrumento de


suporte à decisão que propicie ao Executivo Municipal as avaliações necessárias, o qual será
regulado por lei específica.

Parágrafo único. Serão objetos do Sistema de Avaliação de Desempenho do Ambiente:

I - a avaliação da implantação de atividades que caracterizam Projetos Especiais;

II - o monitoramento do desenvolvimento municipal;

III - a elaboração de estudos com vistas à predição de situações.

Art. 9º O monitoramento do desenvolvimento ambiental dar-se-á pelo acompanhamento


permanente das áreas urbana e rural, com a revisão e a adequação dos parâmetros da
legislação, visando à melhoria da qualidade de vida.

TITULO III
DAS ESTRATÉGIAS E PROGRAMAS ESTRATÉGICOS

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 10 -O Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural é o instrumento


básico de definição do modelo de desenvolvimento do Município e se compõe das seguintes
estratégias:

I - Estratégia de Estruturação Urbana e Rural;

II - Estratégia de Acessibilidade e Mobilidade;

III - Estratégia de Uso e Ocupação do Solo;

IV - Estratégia de Qualificação do Ambiente;

V - Estratégia de Promoção Econômica;

VI - Estratégia de Produção da Cidade;

VII - Estratégia de Sistema de Gestão do Planejamento.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


5/80

Parágrafo Único. Para a implementação das políticas, programas e projetos, públicos ou


privados, serão adotadas as diretrizes das estratégias correspondentes.

CAPÍTULO II
DA ESTRUTURAÇÃO URBANA E RURAL

Art. 11 -A Estratégia de Estruturação Urbana e Rural tem como objetivos principais promover
a estruturação do espaço no município e a integração com os municípios vizinhos, através das
seguintes diretrizes:

I - Conceituação, identificação e classificação dos elementos referenciais do espaço


urbano e rural existentes ou potenciais, e das suas conexões;

II - Valorização prioritária do espaço público;

III - Proposição de programas e projetos articulados com os municípios vizinhos.

Art. 12 - Para efeito desta Lei consideram-se:

I - Área Urbana - compreende a área interna da poligonal que compõe o perímetro


urbano da sede do município de Rio Negrinho definido nesta Lei pelos Anexos 1.1a e 1.2a; a
área interna da poligonal que compõe o perímetro urbano do Distrito da Vila de Volta da
Grande definido nesta lei pelos Anexos 1.1b e 1.2b e a área interna da poligonal que compõe
o perímetro urbano do Distrito da Vila de Volta da Grande da Vila de Serro Azul definido nesta
pelos Anexos 1.1c e 1.2c.

II - Área Rural - compreende a área interna da poligonal que compõe os limites


municipais de Rio Negrinho definida pela lei estadual no 11.340, de 08 de janeiro de 2000,
excetuando a sua área urbana.

Art. 13 - Constituem a estratégia de Estruturação Urbana e Rural os seguintes programas:

I - Programa de Estruturação dos Espaços Urbanos e Rurais, que propõe a


implementação de um sistema de espaços articulados, edificados ou não, de abrangência
local, urbana ou regional, caracterizados pelo uso coletivo e pela promoção da interação
social, com vistas a potencializar a legibilidade da cidade através do fortalecimento das
centralidades e da valorização do patrimônio ambiental;

II - Programa de Integração de Vizinhança, que visa a articular o Plano Diretor de


Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural com as ações e as políticas que envolvem os
municípios vizinhos, prioritariamente no que se refere ao transporte, uso do solo e
saneamento ambiental.

Parágrafo Único. Complementam o Sistema de Espaços articulados todos os elementos

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


6/80

que equipam o espaço público, tais como os de infra-estrutura aparente na paisagem urbana,
os de mobiliário urbano e os veículos de publicidade que compõem o espaço visual urbano e
rural, a serem regulados por lei específica.

CAPÍTULO III
DA ACESSIBILIDADE E DA MOBILIDADE

Art. 14 -A Estratégia de Acessibilidade e Mobilidade tem como objetivo principal promover a


qualificação da circulação e do transporte, proporcionando deslocamentos no município e
atendendo às distintas necessidades da população, através das seguintes diretrizes:

I - Priorização aos pedestres, ao transporte coletivo e aos ciclistas;

II - Redução das distâncias a percorrer, dos tempos de viagem, dos custos operacionais,
das necessidades de deslocamento, do consumo energético e do impacto ambiental;

III - Capacitação da malha viária, dos sistemas de transporte e dos sistemas operacionais
de tráfego;

IV - Preservação de setores urbanos à mobilidade local;

V - Estímulo à implantação de áreas de estacionamentos com vistas à reconquista dos


logradouros como espaços públicos para interação social e circulação veicular.

Parágrafo Único. As disposições da NBR-9050, do ano de 1994, referente à


Acessibilidade de Pessoas Portadoras de Deficiências ou a que vier a sucedê-la, serão
observadas na aplicação da Estratégia de Acessibilidade e Mobilidade.

Art. 15 - Para efeito desta Lei consideram-se:

I - Sistema Viário - compreende as vias, ou conjunto de vias, de diferentes categorias


funcionais ou não, com vistas a otimizar o desempenho do sistema de transporte e a
facilidade de atingir destinos desejados;

II - Sistema Cicloviário - compreende as ciclovias, ou conjunto de ciclovias, com vistas a


otimizar o desempenho do sistema de transporte e a facilidade de atingir destinos desejados;

III - Sistema de Transporte - compreende o conjunto das diferentes modalidades de


transporte de passageiros ou de cargas e seu inter-relacionamento com a cidade;

IV - Sistema de Transporte Coletivo - compreende os sistemas de transportes,


englobando linhas e itinerários operados por veículos com tecnologias para média e baixa
capacidade de passageiros, integrados ou não com outras modalidades de transporte, centros
de transbordo, equipamentos de apoio e conjunto de vias, segregadas ou não;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


7/80

V - Setor Exclusivo de Pedestres - compreende as áreas da cidade com restrição ao


tráfego veicular de passagem ou de travessia, em favor do pedestre, da bicicleta e do tráfego
local;

VI - Setor de Manejo de Cargas - terminais de manejo de cargas, de abastecimento,


inclusive centrais de armazenamento e comercialização atacadista; e,

VII - Setor de Estacionamentos - estacionamentos em áreas públicas ou privadas,


destinados a substituir progressivamente os estacionamentos nos logradouros.

Art. 16 - Constituem a Estratégia de Acessibilidade e Mobilidade os seguintes programas:

I - Programa de Transporte Coletivo, que abrange as questões físicas, operacionais e


tecnológicas ligadas ao transporte de baixa e média capacidade, em suas diferentes
modalidades;

II - Programa Viário, que abrange as questões relacionadas a projetos e as obras de


implementação da malha viária, inclusive das ciclovias, vias de pedestres e áreas de
estacionamentos e carga e descarga;

III - Programa de Trânsito, que corresponde ao tratamento da malha viária no que


concerne ao uso das potencialidades da engenharia de tráfego, com vistas à sua fluidez e
segurança, utilizando as tecnologias para a conservação energética, o controle da qualidade
ambiental e a prioridade ao transporte coletivo.

CAPÍTULO IV
DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

A Estratégia de Uso e Ocupação do Solo tem como objetivo principal disciplinar e


Art. 17 -
ordenar a ocupação do solo urbano e rural, através das seguintes diretrizes:

I - regulação da distribuição espacial das atividades;

II - regulação da densificação urbana e rural;

III - configuração da paisagem urbana e rural no que se refere à edificação e ao


parcelamento do solo.

§ 1º - A Estratégia de Uso e Ocupação do Solo é composta pelo Plano Regulador de Uso


e Ocupação do Solo, que é apresentado na parte II dessa Lei.

§ 2º - Constitui também forma de regulação da paisagem urbana e rural os Projetos


Especiais aprovados em consonância com esta lei.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


8/80

Art. 18 - Para efeito desta Lei consideram-se:

I - Uso e Ocupação do Solo - compreende a forma de parcelamento do solo, bem como a


definição dos índices urbanísticos e das atividades que poderão ser aplicadas e desenvolvidas
nas glebas e lotes situados no município de Rio Negrinho.

II - Projetos Especiais - compreende as áreas com características especiais que serão


regulados, individualmente, por lei específica.

Art. 19 -Constitui a Estratégia de Uso e Ocupação do Solo o Programa de Gerenciamento do


Plano Regulador de Uso e Ocupação do Solo, que engloba o conjunto de procedimentos de
natureza técnica, legal e administrativa para viabilizar um processo de planejamento dinâmico
e participativo, ancorado numa estrutura administrativa capaz de responder a estes objetivos.

CAPÍTULO V
DA QUALIFICAÇÃO DO AMBIENTE

Art. 20 - A Estratégia de Qualificação do Ambiente tem como objetivo principal qualificar o


território municipal, através das seguintes diretrizes:

I - Superação dos conflitos referentes à poluição e degradação do meio ambiente;

II - Valorização do Patrimônio Ambiental como espaços diversificados na ocupação do


território, constituindo elementos de fortalecimento das identidades cultural e natural;

III - Caracterização do Patrimônio Ambiental como elemento significativo da valorização


da paisagem e da estruturação dos espaços públicos e, como tal, integrante do Programa de
Estruturação dos Espaços Urbanos e Rurais;

IV - Promoção de ações de saneamento, de monitoramento da poluição e de otimização


do consumo energético;

V - Aplicação de instrumentos urbanísticos e tributários com vistas ao estímulo à proteção


do patrimônio natural nas propriedades.

Parágrafo Único. Os espaços representativos do Patrimônio Ambiental devem ter sua


ocupação e utilização disciplinadas de forma a garantir a sua perpetuação, nos termos da
Parte II.

Art. 21 - Para efeito desta Lei consideram-se:

I - Patrimônio Ambiental - compreende os Patrimônios Cultural e Natural;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


9/80

II - Patrimônio Cultural - compreende o conjunto de bens imóveis de valor significativo


(edificações isoladas ou não), ambiências, parques urbanos e naturais, praças, sítios e
paisagens, assim como manifestações culturais (tradições, práticas e referências,
denominados de bens intangíveis), que conferem identidade a estes espaços;

III - Patrimônio Natural - compreende os elementos naturais, ar, água, solo e subsolo,
fauna, flora, assim como as amostras significativas dos ecossistemas originais do sítio de Rio
Negrinho indispensáveis à manutenção da biodiversidade ou à proteção das espécies
ameaçadas de extinção, as manifestações fisionômicas que representam marcos referenciais
da paisagem, que sejam de interesse proteger, preservar e conservar a fim de assegurar
novas condições de equilíbrio ambiental, essenciais à sadia qualidade de vida.

Art. 22 - Constituem a Estratégia de Qualificação do Ambiente os seguintes programas:

I - Programa de Valorização do Patrimônio Cultural, que envolve ações e políticas que


permitem identificar e classificar elementos de valor cultural, estabelecer diretrizes e
desenvolver projetos com vistas ao resgate da memória cultural, tais como restauração,
revitalização e potencialização de áreas significativas, e criar ou aperfeiçoar instrumentos
normativos para incentivar a preservação;

II - Programa de Preservação e Conservação das Áreas Naturais, que propõe


desenvolver estudos para a identificação de espaços representativos de valor natural, com
vistas a estabelecer usos sustentáveis, resguardando as características que lhe conferem
peculiaridade e envolvendo a recuperação de áreas degradadas e a prevenção de riscos
ambientais;

III - Programa de Implantação e Manutenção de Áreas Verdes Urbanas, que envolve


ações permanentes de implantação e manutenção de parques e praças, de disciplinamento da
arborização nos passeios públicos e de criação de incentivos à arborização e ao
ajardinamento em áreas privadas;

IV - Programa de Gerenciamento Integrado, que propõe a elaboração de plano de


gerenciamento integrado de qualificação do ambiente, contendo diretrizes gerais de atuações
consolidadas a partir dos planos setoriais de abastecimento de água, esgotamento sanitário,
drenagem urbana, gerenciamento de resíduos sólidos e de energia e do Plano de Proteção
Ambiental relativo ao monitoramenrto da qualidade do ar, da água, do solo e do espaço
urbano, visando a prevenção, o controle e a fiscalização das atividades potencialmente
poluidoras, visando a estabelecer prioridades de atuação articuladas, qualificando soluções e
reduzindo custos operacionais no âmbito das bacias hidrográficas.

CAPÍTULO VI
DA PROMOÇÃO ECONÔMICA

Art. 23 - A Estratégia de Promoção Econômica tem como objetivo principal o estabelecimento

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


10/80

de políticas que busquem a dinamização da economia do município, a melhoria da qualidade


de vida e a qualificação da cidadania, através das seguintes diretrizes:

I - Valorização das vocações econômicas potenciais identificadas no Plano Estratégico


Municipal;

II - Avaliação do perfil de competitividade do município no processo de globalização;

III - Estímulo ao crescimento e à desconcentração econômica;

IV - Promoção da geração de postos de trabalho próximos ao local de residência;

V - Fomento à organização e à autopromoção de iniciativas empreendedoras;

VI - Promoção de condições favoráveis para produzir um melhor valor agregado à


atividade rural;

VII - Garantia de condições mínimas de abastecimento e de consumo a todos;

VIII - Incentivo à produção e à socialização de conhecimento tecnológico.

Constitui a Estratégia de Promoção Econômica o Programa de Desenvolvimento da


Art. 24 -
Economia Local, que visa promover o crescimento e a desconcentração econômica
considerando as vocações econômicas identificadas no Plano Estratégico do Município de Rio
Negrinho.

Parágrafo Único. O Plano de Desenvolvimento Agrícola será parte integrante do


programa de desenvolvimento da economia local.

CAPÍTULO VII
DA PRODUÇÃO DA CIDADE

A Estratégia de Produção da Cidade tem como objetivo principal a capacitação do


Art. 25 -
Município para a promoção do seu desenvolvimento através das seguintes diretrizes:

I - Promoção, por parte do Município, de oportunidades empresariais para o


desenvolvimento local;

II - Estímulo e gerenciamento de propostas negociadas com vistas à consolidação do


desenvolvimento municipal;

III - Implementação de uma política de habitação social que integre e regule as forças
econômicas informais de acesso à terra e capacite o Município para a produção pública de
Habitação de Interesse Social;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


11/80

IV - Implementação de uma política habitacional para as populações de baixa e média


renda, com incentivos e estímulos à produção de habitação, à regularização fundiária e à
urbanização específica dos assentamentos irregulares das populações de baixa renda e sua
integração à malha urbana;

V - Democratização do acesso à terra e a ampliação da oferta de moradias para as


populações de baixa e média rendas;

VI - Redistribuição da renda e do solo no município, recuperando para a coletividade a


valorização decorrente da ação do Poder Público;

VII - Reassentamento e/ou a recuperação do ambiente degradado das áreas ocupadas


em situação de risco;

VIII - Estímulo a ações conjuntas dos setores público e privado na produção e na


manutenção de Habitação de Interesse Social;

IX - Aplicação dos instrumentos redistributivos da renda e do solo no Município.

Para efeito desta Lei considera-se Habitação de Interesse Social aquela habitação
Art. 26 -
destinada à população residente em núcleos de habitabilidade precária ou desprovida de
poder aquisitivo familiar suficiente para obtê-la no mercado imobiliário.

Art. 27 - Constituem a Estratégia de Produção da Cidade os seguintes programas:

I - Programa de Habitação de Interesse Social, que propõe a implementação de ações,


projetos e procedimentos que incidam no processo de ocupação informal do solo urbano
através da regulamentação, da manutenção e da produção da Habitação de Interesse Social,
viabilizando o acesso dos setores sociais de baixa renda ao solo urbano legalizado,
adequadamente localizado, considerando, entre outros aspectos, áreas de risco,
compatibilização com o meio ambiente, posição relativa aos locais estruturados do município,
em especial os locais de trabalho, e dotado dos serviços essenciais;

II - Programa de Gerenciamento dos Instrumentos para o Desenvolvimento Municipal,


que busca gerenciar os instrumentos de planejamento, monitorando o desenvolvimento
urbano e rural, potencializar a aplicação dos instrumentos captadores e redistributivos da
renda, bem como sistematizar procedimentos para a elaboração de projetos que viabilizem a
captação de recursos;

III - Programa de Incentivos à Habitação para baixa e média renda que, através de
parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, com a adoção de incentivos fiscais,
financiamentos especiais, dentre outros, busque a criação de procedimentos simplificados no
exame e aprovação de projetos de edificação e parcelamento do solo direcionados à
população de baixa e média renda.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


12/80

CAPÍTULO VIII
DO SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO

Art. 28 -A Estratégia do Sistema de Gestão do Planejamento tem como objetivo principal


implantar um processo de planejamento dinâmico e contínuo, que articule as políticas da
administração municipal com os diversos interesses da sociedade, promovendo instrumentos
para o monitoramento do desenvolvimento urbano, através das seguintes diretrizes:

I - rearticulação da estrutura administrativa;

II - criação de canais de participação como os Conselhos Municipais, Entidades


Profissionais, Sindicais e Empresariais e associações de moradores, funcionalmente
vinculadas ao desenvolvimento do município;

III - atualização do Plano Estratégico Municipal;

IV - instituição de mecanismos de informação municipal;

V - instituição de mecanismos de avaliação do desempenho do ambiente.

Constitui a Estratégia do Sistema de Gestão o Programa de Gestão do Plano Diretor


Art. 29 -
de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural, que articula o gerenciamento da política
urbana e rural, a participação da comunidade, as informações para a gestão do
desenvolvimento local, a comunicação e educação ambiental e a avaliação do desempenho
do ambiente.

CAPÍTULO IX
DAS DIRETRIZES ESPACIAIS BÁSICAS

Art. 30 -As diretrizes espaciais básicas das estratégias descritas nos capítulos anteriores
estão representadas no Anexo 9, parte integrante desta Lei.

TÍTULO IV
DO MODELO ESPACIAL

CAPÍTULO I
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Modelo Espacial é o conjunto das diretrizes de desenvolvimento expresso através de


Art. 31 -
representações espaciais consubstanciadas nas Estratégias.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


13/80

§ 1º - O Modelo Espacial define todo o território de Rio Negrinho como município,


estimulando a ocupação do solo de acordo com a diversidade de suas partes, com vistas à
consideração das relações de complementariedade entre a cidade consolidada de forma mais
intensiva e a área rural de ocupação rarefeita.

§ 2º - Constituem princípios básicos do Modelo Espacial proposto:

I - a descentralização parcial de atividades, através de uma política de consolidação da


área central e estímulo ao fortalecimento dos centros de bairros que considere a atividade
econômica, a provisão de serviços e aspectos socioculturais;

II - a miscigenação da ocupação do solo com vistas à diminuição de deslocamentos de


pessoas e veículos e à qualificação dos sistemas urbanos;

III - a densificação controlada, associada à perspectiva de otimização e racionalização


dos custos de produção da cidade;

IV - o reconhecimento da cidade informal, através de uma política que envolva o


interesse social;

V - a estruturação e a qualificação ambiental, através da valorização do patrimônio e do


estímulo à produção primária.

CAPÍTULO II
DA ÁREA URBANA - ÁREA DE OCUPAÇÃO INTENSIVA E DA ÁREA RURAL - ÁREA DE
OCUPAÇÃO RAREFEITA

O território do Município de Rio Negrinho divide-se, por seu Modelo Espacial, em


Art. 32 -
Área Urbana - Área de Ocupação Intensiva e Área Rural - Área de Ocupação Rarefeita.

O território do Município de Rio Negrinho divide-se, por seu Modelo Espacial, em Área
Art. 32
Urbana - Área de Ocupação Intensiva, Área Rural - Área de Ocupação Rarefeita e Áreas
Especiais de Urbanização Específica - Áreas de transição entre os usos. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 90/2015)

§ 1º - Área Urbana ou Área de Ocupação Intensiva - é a área que, conciliada com a


proteção do Patrimônio Ambiental, caracteriza-se como prioritária para fins de urbanização e
abrange:

I - a área urbana da sede do município de Rio Negrinho;

II - a área do distrito da Vila de Volta Grande;

III - a área da vila de Serro Azul.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


14/80

§ 2º - Área Rural ou Área de Ocupação Rarefeita - é a área com características de baixa


densificação, onde será dada predominância à proteção da flora, da fauna e demais
elementos naturais, admitindo-se, para a sua perpetuação e sustentabilidade, usos científicos,
habitacionais, turísticos, de lazer e atividades compatíveis com o desenvolvimento da
produção primária.

§ 3º Áreas de Urbanização Específica - são as áreas de transição entre os usos urbano e


rural, caracterizadas por áreas que, a critério do Município, venham a, possivelmente, ser
também ocupadas por edificações e concentrações demográficas. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 90/2015)

Seção I
Da área Urbana

A Área Urbana divide-se em Macrozonas, subdivididas em Zonas de Estruturação


Art. 33 -
Urbana e Corredores de Estruturação Urbana, assim definidas:

I - Zonas de Estruturação Urbana - são módulos estruturadores do Modelo Espacial


definidos pela malha viária básica, podendo ser divididos em Subunidades quando
englobarem regimes urbanísticos distintos;

II - Corredores de Estruturação Urbana - são eixos estruturadores do Modelo Espacial


definidos pela malha viária básica, podendo ser divididos em subunidades quando englobarem
regimes urbanísticos distintos.

Subseção I
Dos Elementos Estruturadores do Modelo Espacial da área Urbana

Art. 34 - São Elementos Estruturadores do Modelo Espacial da Área Urbana:

I - Centro Histórico;

II - Corredores de Centralidade;

III - Corredores de Desenvolvimento;

IV - Espaços Urbanos de Produção;

V - Unidades de Interesse Ambiental.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


15/80

§ 1º - Centro Histórico é a área de urbanização mais antiga do território do Município,


englobando o centro comercial tradicional e o centro cívico, desenvolvendo-se como um
espaço de diversidade comercial, que contém equipamentos públicos e privados, instituições
financeiras e concentração de áreas e bens de interesse cultural.

§ 2º - Corredor de Centralidade é o espaço definido por até duas vias estruturais com o
objetivo de:

I - tornar mais eficiente o sistema de transporte urbano e a criação de novas alternativas


de circulação;

II - caracterizar um espaço onde se estimule a diversidade de usos, a fim de propiciar às


áreas residenciais vizinhas o atendimento de suas necessidades;

III - estimular prioritariamente a densificação visando orientar estrategicamente a


ocupação do solo;

IV - estruturar uma rede de pólos comerciais multifuncionais, formando centros de bairro


que visem a atender a população em suas necessidades de bens, serviços e empregos.

§ 3º - Corredor de Desenvolvimento e o eixo disponível para investimentos auto-


sustentáveis de médio e grande porte com vistas ao fortalecimento do desenvolvimento local e
regional.

§ 4º - Espaço Urbano de Produção é a área onde é estimulada amplamente a atividade


produtiva passível ou não de convivência com a atividade residencial.

§ 5º - Unidade de Interesse Ambiental é a área de preservação ou conservação do


patrimônio natural, que constitui elemento fundamental para o processo de desenvolvimento
urbano sustentado.

Subseção II
Das Macrozonas da área Urbana

Art. 35 - As Macrozonas dividem a área urbana em:

I - Macrozona I - Centro Tradicional: compreende as áreas que envolvem o centro


comercial tradicional e o centro cívico, cujo o incentivo voltar-se-á para à miscigenação dos
usos e a proteção ao patrimônio cultural;

II - Macrozona II - Espaços Urbanos Predominantemente Residenciais: compreende as


áreas que envolvem os corredores de centralidade e as áreas predominantemente de uso

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


16/80

residencial unifamiliar, cujo incentivo voltar-se-á ao adensamento urbano nos corredores, a


otimização da infra-estrutura existente e o surgimento de centralidades de bairros;

III - Macrozona III - Espaços Urbanos Predominantemente de Produção: compreende as


áreas que envolvem o corredor da atual BR-280, os demais corredores de transporte de carga
e as áreas com potencial ao uso industrial. Caracteriza-se pelo desenvolvimento de atividades
de médio e grande porte, nos seus vários níveis de impacto.

IV - Macrozona IV - Espaços de Interesse Ambiental: área de preservação ou


conservação do patrimônio natural, que constitui elemento fundamental para o processo de
desenvolvimento sustentado do município.

Parágrafo Único. As macrozonas estão representadas no Anexo 1.3.

Subseção III
Das Zonas e Corredores de Estruturação Urbana

As Zonas e Corredores de Estruturação Urbana foram concebidas de acordo com os


Art. 36 -
seguintes conceitos básicos:

I - Cidade Miscigenada - caracteriza-se pela presença de diferentes atividades em todo o


território, desde que compatíveis com condicionantes paisagísticos, ambientais, infra-
estruturais ou com outras atividades instaladas;

II - Centralidade - a qualidade de um espaço dito central, que reúne características


próprias de densificação, fluxos, animação, miscigenação, acessibilidade e tipo de infra-
estrutura que podem se apresentar em diferentes graus ou hierarquias, constituindo
centralidades de caráter urbano ou local;

III - Incômodo - o estado de desacordo de alguma atividade com condicionantes locais


como vivências sociais, qualidade ambiental e/ou outras atividades vizinhas;

IV - Impacto - a repercussão, positiva ou negativa, ocasionada pela implantação de uma


atividade específica no ambiente, na estrutura ou na infra-estrutura da cidade, bairro ou região;

V - Manutenção do Patrimônio Ambiental do Município através da preservação dos bens


naturais e culturais.

Art. 37 -As Zonas de Estruturação Urbana representam parcelas do território municipal,


propostas com as mesmas características, em função de peculiaridades a serem estimuladas
nas seguintes categorias:

I - Zonas de Estruturação Urbana do Centro Tradicional compõem-se de áreas que

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


17/80

apresentam ocorrência de patrimônio cultural representativo da história da cidade, com


características físicas ou não, que lhes conferem um caráter excepcional e de áreas com
estímulo à atividade produtiva e à geração de postos de trabalho associados à atividade
habitacional, onde a diversidade proposta apresenta níveis mais significativos de interferência
ambiental, representando, também, maiores potencialidades de impacto;

II - Zona de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo - áreas de


diversidade máxima, sem controle de porte, subdivide-se em:

III - Zona de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo sem Restrição


Habitacional;

IV - Zona de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo com Restrição


Habitacional.

V - Zonas de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Residencial - áreas da


cidade onde se estimula a vida de bairro, com atividades complementares à habitação e
demais atividades não-residenciais controladas quanto a incômodo e impacto;

VI - Zonas de Estruturação Urbana de Implantação de Parques - área em que se


pretende resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da
flora, da fauna e das belezas naturais, com a utilização para objetivos educacionais, de lazer e
recreação.

Art. 38 - Os Corredores de Estruturação Urbana representam os eixos do sistema viário do


território municipal, propostos com as mesmas características, em função de peculiaridades a
serem estimuladas nas seguintes categorias:

I - Corredores de Estruturação Urbana de Comércio e Serviço Diversificados - áreas de


maior diversidade urbana em relação às áreas predominantemente residenciais onde se
estimule, principalmente, o comércio varejista, a prestação de serviços e demais atividades
compatíveis, que representem apoio à atividade habitacional, ao fortalecimento de
centralidades e à densificação urbana. Subdividem-se em:

II - Corredores de Estruturação Urbana de Comércio e Serviços Diversificados e


Adensados;

III - Corredores de Estruturação Urbana de Comércio e Serviços Diversificados e Não


Adensados;

IV - Corredores de Estruturação Urbana de Comércio e Serviços Diversificados e Não


Adensados e com Restrição Habitacional;

V - Corredores de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo - eixos do


sistema viário com relativo controle de porte. Subdividem-se em:

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


18/80

a) Corredores de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo sem


Restrição Habitacional;
b) Corredores de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo com
Restrição Habitacional;
c) Corredores de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtivo com
Restrição Específica.

§ 1º - Com vistas a estimular a manutenção e o reconhecimento da função social da


propriedade, as propriedades com características rurais e as que apresentam patrimônio
natural a proteger, independente de zona ou corredor de estruturação de uso onde se
localizam, são equiparadas às propriedades rurais para efeito desta Lei.

§ 2º - Considera-se propriedade com característica rural aquela, localizada na área


urbana, explorada para a produção agropecuária, extrativa vegetal ou agroindustrial, que
assegure a conservação dos recursos naturais e possua produção satisfatória, regulada por
lei específica.

§ 3º - Considera-se propriedade com patrimônio natural a preservar, aquela que


apresente elementos naturais de preservação significativos e garanta a sua manutenção e
perpetuação, regulada por lei específica.

§ 4º - O modelo espacial é representado esquematicamente no Anexo 1.3.

Seção II
Da área Rural

Art. 39 - A Área Rural é uma Macrozona, subdividida em Áreas Especiais de Interesse do


Ambiente Natural e de Zonas Estruturadoras de Produção Primária, assim definidas:
I - Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural - são conjuntos de Unidades de
Preservação - Proteção Integral e Conservação Ambiental - Uso Sustentável, que têm por
finalidade conciliar a proteção da flora, da fauna e dos demais elementos naturais, objetivando
a perpetuação e a sustentabilidade do patrimônio natural;
II - Zonas Estruturadoras de Produção Primária - são zonas propostas para o
desenvolvimento compatibilizado de atividades primárias, extrativas, comércio e serviços de
apoio, bem como pequenas indústrias vinculadas à produção por propriedade rural.

A Área Rural é uma Macrozona, subdividida em Áreas Especiais de Interesse do


Art. 39.
Ambiente Natural e de Zonas Estruturadoras de Produção, assim definidas:

I - Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural - são conjuntos de Unidades de


Preservação - Proteção Integral e Conservação Ambiental - Uso Sustentável, que têm por
finalidade conciliar a proteção da flora, da fauna e dos demais elementos naturais, objetivando
a perpetuação e a sustentabilidade do patrimônio natural;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


19/80

II - Zonas Estruturadoras de Produção - são zonas propostas para o desenvolvimento,


com solos, topografia, acessibilidade, infraestrutura adequadas para qualquer forma de
indústria e produção, prestadoras de serviço, comércio, agropecuária, extração vegetal e
mineral, e outras atividades afins (Redação dada pela Lei Complementar nº 179/2021)

Subseção I
Das áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural

Art. 40 - As Áreas de Interesse Ambiental são Unidades de Conservação.

§ 1º - A critério do Município, observadas as legislações Federais e Estaduais, poderão


ser criadas e reguladas por lei específica Unidades de Conservação nas seguintes categorias:

I - Unidades de Proteção Integral:

a) Estação Ecológica: objetiva a preservação da natureza e a realização de pesquisas


científicas;
b) Reserva Biológica: objetiva a preservação integral da biota e demais atributos naturais
existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações ambientais,
excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as ações de
manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e
os processos ecológicos naturais;
c) Parque Municipal: objetiva basicamente a preservação de ecossistemas naturais de
grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas
científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de
recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico;
d) Monumento Natural: objetiva basicamente preservar sítios naturais raros, singulares
ou de grande beleza cênica;
e) Refúgio de Vida Silvestre: objetiva proteger ambientes naturais onde se asseguram
condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da
fauna residente ou migratória.

II - Unidades de Uso Sustentável:

a) Área de Proteção Ambiental: Área em geral extensa, com um certo grau de ocupação
humana, dotada de atributos abióticos, bióticos, estéticos ou culturais especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como
objetivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e
assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais;
b) Área de Relevante Interesse Ecológico: Área em geral de pequena extensão, com
pouca ou nenhuma ocupação humana, com características naturais extraordinárias ou que
abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os ecossistemas
naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


20/80

compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza;


c) Floresta Municipal: Área com cobertura florestal de espécies predominantemente
nativas e tem como objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a
pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas;
d) Reserva Extrativista: Área utilizada por populações extrativistas tradicionais, cuja
subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência
e na criação de animais de pequeno porte, e tem como objetivos básicos proteger os meios de
vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da
unidade;
e) Reserva de Fauna: Área natural com populações animais de espécies nativas,
terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos
sobre o manejo econômico sustentável de recursos faunísticos;
f) Reserva de Desenvolvimento Sustentável: Área natural que abriga populações
tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos
naturais, desenvolvidos ao longo de gerações e adaptados às condições ecológicas locais e
que desempenham um papel fundamental na proteção da natureza e na manutenção da
diversidade biológica;
g) Reserva Particular do Patrimônio Natural: Área privada, gravada com perpetuidade,
com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

§ 2º - Poderão ser consideradas áreas de interesse ambiental, excepcionalmente e a


critério do Conselho da Cidade, unidades de conservação municipais que, concebidas para
atender a peculiaridades locais, possuam objetivos de manejo que não possam ser
satisfatoriamente atendidos por nenhuma categoria prevista neste artigo e cujas
características permitam, em relação a estas, uma clara distinção.

§ 3º - As Áreas de Proteção Ambiental do Rio dos Bugres e da Represa Alto Rio Preto,
criadas, respectivamente pelas Leis nº 1093 e 1095, ambas de 17 de agosto de 1998, passam
a ter os seus limites compreendidos pelas áreas internas das poligonais definidos nesta lei
pelos Anexos 1.1 e 1.2d.

Subseção II
das Zonas de Produção Primária das Zonas Estruturadoras de Produção (Redação dada pela
Lei Complementar nº 179/2021)

Art. 41 - As Zonas de Produção Primária dividem-se em:


I - Zonas Estruturadoras de Produção Primária são áreas com solos, topografia,
acessibilidade e infra-estrutura adequadas para as diversas formas de produção agropecuária,
extração vegetal, exploração mineral e usos não agrícolas tais como turismo;
II - Corredores Estruturadores de Produção Primária são eixos estrutradores definidos
pela malha viária rural, com solos, topografia, acessibilidade, infra-estrutura, comércio e
serviços de apoio, bem como pequenas industrias vinculadas à produção por propriedade
rural.
Parágrafo Único. O modelo espacial é representado esquematicamente no Anexo 1.1.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


21/80

Art. 41. Integram as Zonas Estruturadoras de Produção:

I - revogado.

II - Corredores Estruturadores de Produção são eixos estruturadores definidos pela


malha viária rural e urbana, com solos, topografia, acessibilidade, infraestrutura, comércio e
serviços de apoio, bem como toda e qualquer indústria e atividades previstas no art. 39 II.

III - Áreas especiais Estruturadoras de Produção - são áreas especiais de interesse


institucional de ocupação estratégica para o uso industrial, a serem delimitadas a critério de
programas da administração pública com o aval do CONCIDADE.

IV - O modelo espacial é representado esquematicamente no Anexo 1.1 (Redação dada


pela Lei Complementar nº 179/2021)

Seção III
Da área Especial de Urbanização Específica (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 90/2015)

Art. A Área Especial de Urbanização Específica é uma macrozona, composta por


41-A
espaços urbanizados ou urbanizáveis e dividas em:

I - Área Especial de Urbanização Específica I: AEUE I são as áreas caracterizadas pelo


uso consolidado e compreendidas pelos polígonos gerados pela sobreposição dos limites do
perímetro urbano regulamentados pela Lei 5172/1966 e Lei 35/2006, delimitados pelo mapa
constante do Anexo 1a;

II - Área Especial de Urbanização Específica II: AEUE II são núcleos ou aglomerados


urbanizados, edificados, com entorno predominantemente rural, dotados de infra-estrutura
urbana, caracterizadas pelo uso consolidado devidamente comprovado pelo acervo
aerofotogramétrico municipal datado de 2004, indicadas pelo mapa constante do Anexo 1a;

III - Área Especial de Urbanização Específica III: AEUE III são corredores de ocupação
estratégica, que em razão das particularidades da área necessitam de plano de urbanização
específica, delimitados pelo mapa constante do Anexo 1a; (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 90/2015)

§ 1º Para as Áreas Especiais de Urbanização Específica I e II (AEUE), serão adotados os


parâmetros de uso, ocupação e parcelamento do solo da Zona de Estruturação Urbana
Predominantemente Residencial - ZEU UPR; (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 90/2015)

§ 1º O zoneamento das Áreas Especiais de Urbanização Específica I, II e III está indicado


no mapa do anexo 1.3 da Lei Complementar nº 35/2006. (Redação dada pela Lei

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


22/80

Complementar nº 110/2016)

§ 2º Em face da dinâmica de crescimento e de estudos desenvolvidos pelo Conselho da


Cidade e administração pública municipal, os parâmetros técnicos para a Área Especial de
Urbanização Específica III serão ajustados por lei especifica. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 90/2015) (Revogado pela Lei Complementar nº 110/2016)

§ 3º Para as áreas demarcadas como Especiais de Urbanização Específica (AEUE), não


dotadas de infra-estrutura ou em que se proponha alteração de uso, deverá ser instituída a
Outorga Onerosa de Alteração de Uso, a ser regulamentada por lei específica. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

§ 4º Novas áreas Especiais de Urbanização Específica (AEUE) poderão ser criadas, por
proposta de lei, desde que assim exija o interesse público. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 90/2015)

§ 5º Para imóveis rurais que perderam suas características de exploração agrícola,


extrativa vegetal, pecuária ou agroindustrial, caso haja o interesse na alteração de uso, deverá
o imóvel atender ao art. 53 da Lei Federal nº 6.766/79 e suas alterações, e ser incluído, por lei
municipal, em área especial de urbanização especifica, desde que observado o parágrafo 4º
desta lei. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

§ 6º Os imóveis pertencentes às áreas demarcadas como Especiais de Urbanização


Específica deverão obedecer aos procedimentos constantes do art. 53 da Lei nº 6.766/79 e
suas alterações, devendo o interessado providenciar a retificação, junto ao Registro de
Imóveis competente e protocolar pedido de inclusão do imóvel no cadastro municipal, para
efeito de cobrança de IPTU. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

§ 7º A regularização fundiária dos imóveis constantes da demarcação das AEUE será


promovida pelo proprietário ou agentes imobiliários agindo em seu nome, e em caso
específico de comprovado interesse social poderá ser observado o artigo 64 da Lei
complementar nº 64/2011 que trata das áreas especiais de interesse social. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

§ 7º A regularização fundiária dos imóveis constantes da demarcação das AEUE será


promovida pelo proprietário, agentes imobiliários agindo em seu nome ou qualquer outro
legitimado para requerer a REURB (Regularização Fundiária Urbana), se for o caso, conforme
Lei nº 13.465/2017 e suasregulamentações. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 155/2019)

§ 8º Os projetos de regularização de parcelamento do solo urbano, para fins de


aprovação junto ao Poder Público Municipal e demais órgãos pertinentes, terão como base
esta Lei, a Lei Federal 6.766/79 e suas alterações, Lei Complementar nº 35/2006 e suas
modificações e demais legislações vigentes no momento da regularização. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


23/80

§ 8º Os projetos de regularização do parcelamento do solo urbano, para fins de


aprovação junto ao Poder Público Municipal e demais órgãos pertinentes, terão como base
esta Lei, a Lei Federal 6.766/79 e suas alterações, Lei Complementar nº 35/2006 e suas
modificações e demais legislações vigentes no momento da regularização, sendo que para as
situações que se enquadrarem como REURB, serão analisadas de acordo com a Lei nº
13.465/2017 e suas regulamentações. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 9º Em casos onde a destinação de área pública não atender aos percentuais mínimos
necessários, esta poderá ser compensada através de destinação de outra área em outro local
de interesse público, em pecúnia equivalente ou em pecúnia transformada na execução de
obras de infraestrutura, utilizando-se preferencialmente sempre da primeira opção. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

§ 9º Em casos onde a destinação de área pública não atender aos percentuais mínimos
necessários, esta poderá ser compensada através de destinação de outra área em outro local
de interesse público, em pecúnia equivalente ou em pecúnia transformada na execução de
obras de infraestrutura, utilizando-se preferencialmente sempre da primeira opção, exceto em
situações de REURB que seguirão parâmetros próprios definidos em lei eregulamentações
específicas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 10 Para imóveis localizados parcialmente em área de urbanização específica, o limite


da AEUE será estendido até as divisas do imóvel, conforme descrito na respectiva matrícula.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 110/2016)

PARTE II
DOS INSTRUMENTOS DE REGULAÇÃO PARA A INTERVENÇÃO NO SOLO

TÍTULO I
DAS DEFINIÇÕES

Na aplicação dos planos, programas e projetos, o Município utilizará os seguintes


Art. 42 -
instrumentos urbanísticos de intervenção no solo para o cumprimento da função social da
propriedade:

I - de uso e ocupação do solo;

II - de comercialização do "solo criado";

III - de tributação e incentivos tributários;

IV - de implantação de projetos especiais;

V - de monitoramento da densificação urbana;

VI - de implantação de equipamentos urbanos e das áreas especiais.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


24/80

CAPÍTULO I
DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Art. 43 - O Uso e Ocupação do Solo é definido em função das normas relativas à


densificação, regime de atividades, dispositivos de controle das edificações e parcelamento do
solo, que configuram o regime urbanístico.

Parágrafo Único. O regime urbanístico pode ser definido ainda em face de projetos e
regimes especiais, bem como da aplicação do Solo Criado.

CAPÍTULO II
DO SOLO CRIADO

Art. 44 -O Solo Criado é a permissão onerosa do Poder Público ao empreendedor para fins
de edificação em Área de Ocupação Intensiva, utilizando-se de estoques construtivos
públicos, regulado por lei específica, observados os artigos 88 e 89 desta lei.

Parágrafo Único. As vendas de estoques construtivos serão imediatamente suspensas


mediante decreto do Poder Executivo, em caso de se constatar impacto negativo na infra-
estrutura decorrente da aplicação do Solo Criado, ou mesmo quando se verifique a
inviabilidade de sua aplicação em face dos limites estabelecidos para a densificação da zona
que já tenha sido atingida.

CAPÍTULO III
DA TRIBUTAÇÃO E INCENTIVOS TRIBUTÁRIOS

Art. 45 -A utilização dos Instrumentos Tributários e de Incentivos deverá ser voltada ao


desenvolvimento urbano e ao cumprimento da função social da cidade e da propriedade,
regulada por lei específica.

§ 1º - Para efeito desta lei considerar-se-á o imposto sobre a propriedade predial e


territorial urbana, progressivo no tempo.

§ 2º - O Município de Rio Negrinho deverá após a promulgação desta lei, rever a sua
legislação tributária no que concerne ao instrumento citado no § 1º deste artigo.

CAPÍTULO IV
DOS PROJETOS ESPECIAIS

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


25/80

O Projeto Especial é aquele que exige uma análise diferenciada, devendo observar
Art. 46 -
condicionantes específicas, em razão de interesse social.

Art. 47 - Os Projetos Especiais, conforme a iniciativa, classificam-se em:

I - Projeto Especial de Iniciativa Pública é aquele que o Município compromete-se a


implementar para o desenvolvimento de áreas de interesse prioritário, podendo, para a sua
realização, concorrer à iniciativa privada;

II - Projeto Especial de Iniciativa Privada é aquele originado a partir de uma iniciativa


externa ao Poder Público Municipal, podendo, entretanto, este concorrer para a sua
realização.

Os Projetos Especiais serão objeto de Estudo de Viabilidade Ambiental, com vistas à


Art. 48 -
análise de suas características diferenciadas e à verificação da necessidade de realização de
Estudos de Impacto Ambiental, conforme regulamentação a ser estabelecida pelo Sistema de
Avaliação do Desempenho do Ambiente.

Caracteriza Projeto Especial àquele que necessita de avaliação quanto à edificação


Art. 49 -
ou parcelamento do solo, considerando o cumprimento das normas vigentes com atendimento
de condicionantes, face às características especiais do sítio de implantação ou que envolva a
proposição de normas próprias e requer acordos programáticos prévios à sua urbanização,
mediante Operações de Ajustamentos.

§ 1º - Operação de Ajustamento é o processo pelo qual se estabelecem as condições e


compromissos necessários, firmados em Termo de Ajustamento, para a implementação de
empreendimentos compreendendo edificações e parcelamentos do solo com características
especiais, ou para o desenvolvimento de áreas do município que necessitem acordos
programáticos, adequados às diretrizes gerais e estratégias definidas na parte I desta Lei.

§ 2º - São Projetos Especiais:

I - as atividades relacionadas no Anexo 4.3.

II - projetos não-residenciais de médio e grande porte;

III - desmembramentos, loteamentos e empreendimentos urbanísticos em terrenos e


glebas com área acima de 2,25ha (dois vírgula vinte e cinco hectares) não localizados em
Áreas de Proteção do Ambiente Natural, e condomínios por unidades autônomas com
qualquer área localizados na Área Rural;

IV - desmembramento, loteamentos e empreendimentos urbanísticos localizados em


Áreas de Interesse Social;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


26/80

V - desmembramentos, loteamentos e empreendimentos urbanísticos em Áreas, Lugares


e Unidades de Interesse Cultural;

VI - desmembramento, loteamentos e empreendimentos em Áreas de Proteção do


Ambiente Natural.

VII - Movimentação de terra abaixo da cota 792m na modalidade aterro, vinculados a


programas estratégicos de qualificação do Ambiente. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 172/2020)

§ 3º - São também Projetos Especiais, por solicitação dos interessados, com vistas ao
ajuste das normas vigentes:

I - os projetos em imóveis que apresentem patrimônio ambiental - natural ou cultural - a


preservar, condições topográficas excepcionais ou forma irregular, entorno constituído por
conjunto de prédios de volumetria diferenciada e homogênea, destinados a atividades
específicas que requerem volumetrias especiais;

II - as modificações e ampliações de prédios existentes que visem à qualificação do


prédio e da paisagem urbana, em especial nas áreas de renovação e revitalização urbana.

§ 4º - Consideram-se de porte médio as edificações com área computável acima de


5.000m2 (cinco mil metros quadrados).

O Estudo de Viabilidade Ambiental relativo aos Projetos Especiais será analisado, em


Art. 50 -
especial, quanto à:

I - adequação do uso na zona de implantação do empreendimento;

II - manutenção e valorização do patrimônio ambiental - natural e cultural;

III - adequação à estrutura urbana, em especial quanto ao sistema viário, fluxos,


segurança, sossego e saúde dos habitantes e equipamentos públicos comunitários;

IV - adequação ao ambiente, em especial quanto à poluição;

V - impactos diretos e indiretos sobre a infra-estrutura urbana;

VI - impactos diretos e indiretos sobre a estrutura urbana;

VII - impactos diretos e indiretos sobre a paisagem e o ambiente;

VIII - impactos diretos e indiretos sobre a estrutura socioeconômica nas atividades não-
residenciais.

§ 1º - Considera-se infra-estrutura urbana o conjunto de redes e equipamentos

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


27/80

necessários para sustentar a vida urbana, como o sistema viário e as redes de água, esgoto,
drenagem, energia e telefone.

§ 2º - Considera-se estrutura urbana a disponibilidade de terra urbanizada ou não, os


estoques edificados sobre o espaço e as atividades no interior destes espaços bem como a
circulação e o transporte.

§ 3º - Considera-se ambiente as condições locais urbanas que representam, na maior


parte dos casos, a qualidade de vida do cidadão, como as questões relativas à poluição, à
ventilação e à insolação, à qualidade e à quantidade de equipamento e serviços e à
preservação do patrimônio ambiental.

§ 4º - Considera-se estrutura socioeconômica o conjunto de atividades de caráter


comercial existente na cidade ou num determinado espaço urbano.

§ 5º - O regime volumétrico poderá ser alterado na hipótese dos incisos II e III, desde que
compatibilizado com o entorno urbano.

§ 6º - Os Projetos Especiais serão aprovados pelo Poder Executivo Municipal, mediante


prévia apreciação do Conselho da Cidade.

§ 7º - O Estudo de Viabilidade Ambiental aprovado vigorará como regime urbanístico.

Art. 51 - Os Projetos Especiais deverão observar:

I - as diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural;

II - o Coeficiente de Aproveitamento do Lote previsto pelo regime urbanístico vigorante na


respectiva zona, bem como os parâmetros de aquisição de Solo Criado e a Quota Ideal
mínima de terreno por economia, previstos no Anexo 5.

§ 1º - Os custos de redimensionamento ou urbanização de equipamentos que se


tornarem necessários em função do projeto serão de responsabilidade do empreendedor.

§ 2º - Nos Projetos Especiais de iniciativa privada, de comprovado interesse público,


poderão ser estabelecidas parcerias público-privadas, mediante autorização legislativa.

CAPÍTULO V
DO MONITORAMENTO DA DENSIFICAÇÃO

Art. 52 -O Município promoverá o monitoramento da densificação através de patamares


máximos de densidade com o objetivo de atender à demanda e racionalizar os custos de
produção e manutenção dos equipamentos urbanos e comunitários de forma a garantir o
desenvolvimento urbano sustentável.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


28/80

Parágrafo Único. Densidade é a relação que indica a intensidade do uso e ocupação do


solo expressa pela:

I - densidade habitacional, através do número de habitantes fixos por hectare, a fim de


controlar o uso dos equipamentos urbanos e comunitários;

II - densidade populacional, através do número total de habitantes por hectare, residentes


ou não, e número de economias por hectare, a fim de controlar o uso da infra-estrutura urbana
e dos serviços públicos.

Art. 53 - Os patamares diferenciados de densificação estabelecidos são propostos segundo


as diretrizes do Modelo Espacial.

Parágrafo Único. Ficam estabelecidos como patamares máximos de densificação:

I - no centro tradicional: 120 (cento e vinte) economias/hectare;

II - nos corredores de centralidades: 90 (noventa) economias/hectare;

III - nas demais áreas urbanas: 30 (trinta) economias/hectare;

IV - na área rural: 01 (uma) economia/hectare.

Em Projetos Especiais de Interesse Público poderá ser aplicado estoque de índices


Art. 54 -
adensáveis, independente da Zona ou Corredor de Estruturação Urbana em que está inserido,
desde que o empreendimento seja precedido de estudo de viabilidade ambiental.

CAPÍTULO VI
DOS EQUIPAMENTOS URBANOS E DAS ÁREAS ESPECIAIS

Art. 55 - São equipamentos urbanos públicos ou privados:

I - os equipamentos de administração e de serviço público (segurança pública, infra-


estrutura urbana, cemitérios, administrativos de uso comum e especial);

II - os equipamentos comunitários e de serviço ao público (de lazer e cultura, de


educação e de saúde pública);

III - os equipamentos de circulação urbana e rede viária.

Parágrafo Único. O Município estabelecerá, regulado por lei específica, disposição para
as redes aéreas e subterrâneas, no sentido de organizar a ocupação do espaço aéreo e do
subsolo dos logradouros, pelos diversos equipamentos de infra-estrutura urbana,

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


29/80

estabelecendo faixas e profundidades de utilização para cada um deles.

Áreas Especiais são aquelas que exigem regime urbanístico específico, condicionado
Art. 56 -
às suas peculiaridades no que se refere às características locacionais, forma de ocupação do
solo e valores ambientais, classificando-se em:

I - Áreas Especiais de Interesse Institucional;

II - Áreas Especiais de Interesse Urbanístico;

III - Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural;

IV - Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural.

§ 1º - Nas Áreas Especiais, até a definição do regime urbanístico próprio, por lei
específica, será concedido licenciamento para parcelamento do solo, uso e edificação, através
de Projetos Especiais, resguardadas as condições ambientais desejáveis, não podendo
acarretar prejuízo aos valores ambientais intrínsecos que determinaram a instituição da Área
Especial de que se trata.

§ 2º - Após a instituição de Área Especial, o Poder Executivo enviará à Câmara Municipal


projeto de lei definindo o seu regime urbanístico, no prazo máximo de 01 (um) ano.

Seção I
Das áreas Especiais de Interesse Institucional

Art. 57 - As Áreas Especiais de Interesse Institucional são aquelas onde estão implantados
equipamentos urbanos ou que são objeto de projetos governamentais e que, por suas
características, não são passíveis de enquadramento no regime urbanístico estabelecido na
Parte II e nos Anexos desta Lei.

§ 1º - Para efeito desta Lei, ficam criadas as Áreas Especiais de Interesse Institucional do
Centro Cívico, do Aeroporto, do Aterro Sanitário e do Aterro Industrial definido nesta lei pelos
Anexos 1.1 e 1.3.

§ 2º - Para efeito desta Lei, ficam criadas as Áreas Especiais de Interesse Institucional de
Tratamento de Efluentes Líquidos Doméstico, cujas localizações ficam atreladas ao(s)
projeto(s) de esgotamento sanitário do município, as quais serão acrescidas em zoneamento
após início de operação.

Seção II
Das áreas Especiais de Interesse Urbanístico

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


30/80

Art. 58 - As Áreas Especiais de Interesse Urbanístico dividem-se em:

I - Áreas Especiais de Interesse Social;

I - Áreas Especiais de Interesse Social e de Interesse Específico; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 155/2019)

II - Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Prioritária;

III - Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária;

IV - Áreas Especiais de Revitalização.

Subseção I
das áreas Especiais de Interesse Social das áreas Especiais de Interesse Social e de
Interesse Específico (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

Art. 59 - As Áreas Especiais de Interesse Social são aquelas destinadas à produção e à


manutenção de Habitação de Interesse Social, com destinação específica, normas próprias de
uso e ocupação do solo, compreendendo as seguintes situações:
I - Áreas Especiais de Interesse Social I - assentamentos autoproduzidos por população
de baixa renda em áreas públicas ou privadas;
II - Áreas Especiais de Interesse Social II - loteamentos públicos ou privados irregulares
ou clandestinos que atendam às condições de habitabilidade nos termos do § 2º deste artigo;
III - Áreas Especiais de Interesse Social III - áreas ocupadas com fins de uso habitacional
por populações de baixa renda com incidência significativa de edificações precárias, não
plenamente concluídas, degradadas ou destinadas originalmente a outras atividades, na
maioria das vezes com carência de equipamentos públicos e comunitários.
§ 1º - As áreas instituídas como Áreas Especiais de Interesse Social integrarão os
programas de regularização fundiária e urbanística, com o objetivo da manutenção de
Habitação de Interesse Social, sem a remoção dos moradores, exceção feita às moradias em
situação de risco e em casos de excedentes populacionais.
§ 2º - Consideram-se condições de habitabilidade o atendimento a padrões de qualidade
de vida e o equacionamento dos equipamentos urbanos e comunitários, circulação e
transporte, limpeza urbana e segurança.
§ 3º - A instituição das Áreas Especiais de Interesse Social, bem como a regularização
urbanística e recuperação urbana levadas a efeito pelos programas municipais, não exime o
loteador das responsabilidades civis e criminais e da destinação de áreas públicas, sob a
forma de imóveis, obras ou valor correspondente em moeda corrente a ser destinado ao
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, a ser criado através de lei específica.
§ 4º - A regularização fundiária de núcleos habitacionais em áreas de propriedade

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


31/80

municipal, de suas autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista dar-se-á


pela instituição de Áreas Especiais de Interesse Social I, mediante autorização do Poder
Legislativo.

Art. 59 -As Áreas Especiais de Interesse Social são porções do território municipal, com
destinação específica e normas próprias de uso e ocupação do solo, delimitadas pelo Poder
Executivo através de Legislação Específica, com a finalidade de promover a recuperação
urbanística, regularização fundiária de assentamentos irregulares ou clandestinos já
existentes, produção e manutenção de Habitações de Interesse Social - HIS, compreendendo
as seguintes situações: (Regulamentado pela Lei Complementar nº 64/2011)

Art. 59 As Áreas Especiais de Interesse Social e de Interesse Específico são porções do


território municipal, com destinação específica enormas próprias de uso e ocupação do solo,
delimitadas pelo Poder Executivo, se necessário, através de Legislação Específica, com a
finalidade de promover a recuperação urbanística, regularização fundiária de núcleo urbano
informal consolidado, produção e manutenção de Habitação de Interesse Social - HIS,
compreendendo as seguintes situações: (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

I - Áreas Especiais de Interesse Social I - áreas públicas ou privadas ocupadas


primordialmente por população de baixa renda, parcelamentos de solo irregulares ou
clandestinos onde exista interesse em se promover a regularização jurídica da posse, a
legalização do parcelamento e sua integração à estrutura urbana através de obras
urbanísticas e Projeto de Trabalho Técnico Social. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 57/2010)

I - Áreas Especiais de Interesse Social I - áreas públicas ou privadas ocupadas


predominantemente por população de baixa renda, com parcelamentos de solo irregulares ou
clandestinos onde exista interesse em se promover a regularização jurídica da posse, a
legalização do parcelamento e sua integração à estrutura urbana através de obras
urbanísticas e Projeto de Trabalho Técnico Social. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 155/2019)

II - Áreas Especiais de Interesse Social II - terrenos públicos ou privados, não edificados,


subutilizados ou não utilizados, que por sua localização e características sejam de interesse
para implantação de programas habitacionais de interesse social. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 57/2010)

III - Áreas Especiais de Interesse Específico - áreas públicas ou privadas ocupadas


predominantemente por população não qualificada na hipótese de que trata o inciso I deste
artigo, com parcelamentos de solo irregulares ou clandestinos onde exista interesse em se
promover a regularização jurídica da posse, a legalização do parcelamento e sua integração à
estrutura urbana através de obras urbanísticas, se necessárias. (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 155/2019)

§ 1º - As áreas instituídas como Áreas Especiais de Interesse Social I integrarão o


Programa Cidade Legal - Plano Municipal de Regularização Urbanística e Fundiária de

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


32/80

Assentamentos Informais, com o objetivo da manutenção de Habitação de Interesse Social,


sem a remoção dos moradores, exceção feita às moradias em situação de risco e em casos de
excedentes populacionais. (Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010)

§ 1º As áreas instituídas como Áreas Especiais de Interesse Social I e Áreas Especiais de


Interesse Específico integrarão o Programa Cidade Legal - Plano Municipal de Regularização
Urbanística e Fundiária, com o objetivo de manutenção das edificações, sem a remoção dos
moradores, exceção feita às moradias em situação de risco e em casos de excedentes
populacionais, seguindo os dispositivos da Lei nº 13.465/2017 e suasregulamentações.
(Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 2º - Considera-se habitação de interesse social - HIS, aquela destinada a população de


baixa renda (renda familiar de até 05 (cinco) salários mínimos que viva em condições de
habitabilidade precária. (Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010)

§ 2º A instituição das Áreas Especiais de Interesse Social I e de Interesse Específico,


bem como a regularização urbanística e recuperação urbana levadas a efeito pelos programas
municipais, não eximem o loteador das responsabilidades civis e criminais e a destinação de
áreas públicas seguirá regulamentação específica. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 155/2019)

§ 3º - Consideram-se condições de habitabilidade o atendimento a padrões de


adequação dos domicílios (densidade por dormitório, acesso à infraestrutura de serviços
públicos, adequação fundiária, presença de unidade sanitária domiciliar exclusiva, durabilidade
dos materiais construtivos, ausência de riscos e o equacionamento dos equipamentos urbanos
e comunitários, circulação e transporte, limpeza urbana e segurança, desenvolvimento social).
(Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010)

§ 3º As Áreas Especiais de Interesse Social I e de Interesse Específico são áreas de


ocupação consolidada, podendo ser aplicadas as normas referentes à Regularização
Fundiária Urbana - REURB de acordo com a Lei 13.465/2017, para os núcleos urbanos
informais existentes até 22 de dezembro de 2016. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 155/2019)

§ 4º - A instituição das Áreas Especiais de Interesse Social I, bem como a regularização


urbanística e recuperação urbana levadas a efeito pelos programas municipais, não exime o
loteador das responsabilidades civis e criminais e da destinação de áreas públicas, sob a
forma de imóveis, obras ou valor correspondente em moeda corrente a ser destinado ao
Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 57/2010)

§ 4º As Áreas Especiais de Interesse Social II são áreas vazias instituídas por legislação
específica. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 5º - As Áreas Especiais de Interesse Social I são áreas de ocupação consolidada as


quais devem estar identificadas no levantamento aerofotogramétrico ocorrido em 08 de agosto

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


33/80

de 2004, instituídas por legislação específica com descrição da localização e situação


fundiária e posteriormente regulamentadas por Decreto Municipal que definirá o Plano de
Urbanização específico de cada área, onde serão definidos os índices urbanísticos e
ambientais bem como os procedimentos fundiários e sociais utilizados em todo o processo de
regularização. (Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010)

§ 5º A instituição de Áreas Especiais de Interesse Social I ou de Interesse Específico não


é pré-requisito para análise e aprovação de processo de REURB, podendo usufruir da
legislação e seus respectivos procedimentos de regularização qualquer núcleo urbano
informal que atenda as características de assentamento passível de ser regularizado conforme
as normas vigentes. (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 6º - As Áreas Especiais de Interesse Social II são áreas vazias instituídas por legislação
específica com descrição da localização e situação fundiária e regulamentadas por Decreto
Municipal que descreverá seu Plano de Urbanização, enfatizando a descrição de seu
perímetro, uso a que se destina, os índices urbanísticos a serem adotados, infraestrutura
projetada e programas sociais vinculados. (Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010)
(Revogado pela Lei Complementar nº 155/2019)

§ 7º - As Áreas Especiais de Interesse Social I e II deverão ser instituídas por descrição


simplificada e mapa de localização, sendo que seus respectivos Planos de Urbanização
deverão apresentar seus levantamentos planialtimétricos e descrição precisa de seus
respectivos perímetros. (Redação dada pela Lei Complementar nº 57/2010) (Revogado pela
Lei Complementar nº 155/2019)

Art. 60 - As Áreas Especiais de Interesse Social serão aquelas identificadas através do


levantamento aerofotogramétrico, ocorrido em 08 de agosto de 2004 e serão observados os
seguintes procedimentos:
I - a definição de regime urbanístico será por decreto quando a sua alteração restringir-se
ao uso e outros indicadores - não modificando coeficientes de aproveitamento de lote e
densificação em relação ao entorno - e por lei ordinária quando as alterações modificarem
coeficientes de aproveitamento do lote e densificação;
II - a regularização de loteamento poderá ser requerida pelos adquirentes dos lotes ou
pelo loteador.
Parágrafo Único. O proprietário de imóvel que pretenda construir Habitação de Interesse
Social poderá solicitar ao Poder Executivo a instituição mediante Estudo de Viabilidade
Ambiental, o qual deverá conter:
I - padrões específicos do parcelamento do solo e/ou edificações;
II - formas de participação da iniciativa privada, proprietários de terrenos,
empreendedores imobiliários ou associações e cooperativas de moradores.

As Áreas Especiais de Interesse Social I e II serão instituídas através do Conselho


Art. 60 -
Gestor Municipal de Habitação de Interesse Social, pelo Executivo Municipal com autorização
do Legislativo Municipal, podendo ser requeridas pelos seguintes interessados: (Redação
dada pela Lei Complementar nº 57/2010) (Regulamentado pela Lei Complementar
nº 64/2011)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


34/80

Art. 60 As Áreas Especiais de Interesse Social I e II e de Interesse Específico serão


instituídas, através do Conselho Gestor do Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social,
pelo Executivo Municipal com autorização do Legislativo Municipal, podendo ser requeridas
pelos seguintes interessados: (Redação dada pela Lei Complementar nº 155/2019)

I - Secretaria Municipal de Habitação e Promoção Social; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 57/2010)

II - Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente; (Redação dada pela Lei


Complementar nº 57/2010)

III - Cooperativas e Associações Habitacionais; (Redação dada pela Lei Complementar


nº 57/2010)

IV - Entidades Representativas de moradores de áreas passíveis de delimitação com


AEIS, desde que dotadas de personalidade jurídica; (Redação dada pela Lei Complementar
nº 57/2010)

V - Proprietários de áreas passíveis de delimitação de AEIS através do Programa


Urbanizador Social regulamentado por legislação específica. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 57/2010)

Parágrafo Único. O proprietário de imóvel que pretenda construir Habitação de Interesse


Social como Urbanizador Social deverá elaborar projeto e Plano de Urbanização que deverão
salientar os objetivos e formas de participação da iniciativa privada. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 57/2010) (Revogado pela Lei Complementar nº 155/2019)

Subseção II
Das áreas Especiais Urbanas de Ocupação Prioritária

Art. 61 -As Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Prioritária - são os locais da Área de
Ocupação Intensiva identificados como imóveis urbanos destinados à ocupação prioritária,
visando à adequação de seu aproveitamento potencial.

Parágrafo Único. Os imóveis notificados para promoção do parcelamento do solo e/ou


edificação compulsórios destinar-se-ão, preferencialmente, a empreendimentos para
Habitação de Interesse Social ou geração de postos de trabalho.

Subseção III
Das áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


35/80

Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária - são locais cuja ocupação
Art. 62 -
poderá acarretar, temporariamente, comprometimento dos equipamentos urbanos e
comunitários, ou locais que apresentem condições ambientais impróprias à ocupação em
determinado momento.

§ 1º - Nas Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária ficam vedados,


temporariamente, a edificação e o parcelamento do solo.

§ 2º - Excetuam-se da restrição do parágrafo anterior as reformas e ampliações nas


edificações identificadas através do levantamento aerofotogamétrico, ocorrido em 08 de
agosto de 2004, desde que não caracterizem uma nova economia.

§ 3º - Nas edificações atendidas pelo parágrafo anterior serão aplicados os índices


urbanísticos da zona de estruturação urbana de uso predominantemente residencial.

Art. 63 -A transformação das Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária em


áreas passiveis de edificação e parcelamento do solo será feita através de lei especifica,
condicionada a regularização dos fatores que determinaram o veto a sua ocupação.
Parágrafo Único. Na transformação em área passível de edificação e parcelamento do
solo a área assumira o índices urbanísticos referentes a Zona ou Corredor de Estruturação a
qual a Área Especial Urbana de Ocupação Não Prioritária estava inserida.

Art. 63 A alteração dos limites das Áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária far-
se-á progressivamente, mediante lei específica ou complementar, em função dos avanços dos
parcelamentos do solo realizados em glebas contíguas na área urbana de ocupação
prioritária.

Parágrafo Único. As áreas Especiais Urbanas de Ocupação Não Prioritária estão


indicadas no mapa constante do anexo 1.3, e em caso de alteração de seus limites, a área
passível de edificação e parcelamento do solo assumirá o índices urbanísticos referentes a
Zona ou Corredor de Estruturação a qual a Área Especial Urbana de Ocupação Não Prioritária
estava inserida. (Redação dada pela Lei Complementar nº 90/2015)

Subseção IV
Das áreas Especiais de Revitalização

Art. 64 - São Áreas Especiais de Revitalização:

I - os setores urbanos que, pelo seu significativo patrimônio ambiental ou pela sua
relevância para a cidade, devam ter tratamento diferenciado a fim de valorizar suas
peculiaridades, características e inter-relações;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


36/80

II - áreas que integrem projetos, planos ou programas especiais, e que, visando à


otimização de seu aproveitamento e à reinserção na estrutura urbana, atenderão às normas
específicas definidas.

Art. 65 - As Áreas Especiais de Revitalização serão reguladas por lei específica.

Seção III
Das áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural

Art. 66 - A identificação de Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural visa o


cumprimento das diretrizes referentes às políticas de preservação e conservação do
patrimônio natural.

Subseção I
Das áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural

Art 67 -A abordagem das Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural ocorrerá em três
níveis, a partir da abrangência espacial e de suas peculiaridades:

I - Áreas de Interesse Ambiental - são porções de território com características culturais


ou naturais diferenciadas que estruturam a paisagem ou constituem ecossistemas
importantes, atribuindo-lhes identidade, com repercussões em nível macro na cidade;

II - Lugares de Interesse Ambiental - são porções de território, situados ou não em Áreas,


que permitem identificar a ocorrência de conjuntos de elementos naturais relacionados entre
si, que, por seus valores, são passíveis de ações de preservação;

III - Unidades de Interesse Ambiental - são elementos pontuais e naturais, que possuem
valor significativo passível de ações de preservação.

§ 1º - A critério do município, poderão ser instituídas por lei, Áreas Especiais de Interesse
do Ambiente Natural com definição de limites e regime urbanístico próprios.

§ 2º - As intervenções em Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural serão objeto


de Estudo de Viabilidade Urbana e Ambiental, constituindo Projeto Especial.

Art. 68 - A modificação não autorizada, a destruição, a remoção, a desfiguração ou o


desvirtuamento da feição original, no todo ou em parte, em Áreas, Lugares e Unidades de
Interesse Ambiental, sujeita o infrator às seguintes penalidades:

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


37/80

I - interdição de atividade ou da utilização incompatível com os usos permissíveis;

II - embargo da obra;

III - obrigação de reparar os danos que houver causado, restaurar o que houver
danificado e reconstituir o que houver alterado ou desfigurado;

IV - demolição ou remoção de objeto que contrarie os objetivos de preservação;

V - aplicação de multa nos termos da lei.

Art. 69 - As Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural terão o uso e a ocupação


disciplinados através de regime urbanístico próprio, compatibilizados com as características
que lhes conferem peculiaridade e admitem um zoneamento interno de uso, compreendendo
as seguintes situações:

I - Proteção Integral;

II - Uso Sustentável.

§ 1º - A Proteção Integral aplicar-se-á nas áreas que, pelas suas condições fisiográficas,
geológicas, hidrológicas, botânicas e climatológicas, formem um ecossistema de importância
no ambiente natural.

§ 2º - O Uso Sustentável aplicar-se-á às áreas naturais que se encontrem parcialmente


descaracterizadas em suas condições naturais originais e apresentem maior compatibilidade
com as transformações urbanas.

§ 3º - As Unidades de Proteção Integral que não estejam prejudicadas em seus atributos


e funções essenciais poderão receber apenas o manejo indispensável para a recuperação do
equilíbrio e de sua perpetuação.

§ 4º - As Unidades de Uso Sustentável poderão receber atividades destinadas à


educação ambiental, ao lazer, à recreação, à habitação e à produção primária, desde que tais
atividades não impliquem comprometimento significativo dos elementos naturais e da
paisagem, favorecendo sua recuperação.

Art. 70 - As Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural têm limites e regime


urbanístico, os quais serão detalhados mediante Estudo de Viabilidade Ambiental.

§ 1º - Para efeito deste artigo o Estudo de Viabilidade Ambiental compreende o inventário


do meio físico e biótico, a delimitação geográfica e o zoneamento interno de usos,
compreendendo definições quanto ao traçado viário e equipamentos públicos.

§ 2º - A elaboração de Estudo de Viabilidade Ambiental será de iniciativa do Poder


Público ou do requerente, sendo que para a sua elaboração serão observados o regime

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


38/80

urbanístico e os princípios estabelecidos na Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965,


com alterações posteriores.

§ 3º - A aplicação dos princípios referidos no § 2º deste artigo será disciplinada por


instrumento legal adequado, ouvidos os Conselhos Municipais competentes.

§ 4º - O uso e a ocupação do solo serão autorizados mediante a compatibilização do


regime urbanístico estabelecido para o local ou entorno, desde que resguardados os valores
naturais intrínsecos que determinaram a instituição da Área Especial de Interesse do Ambiente
Natural, observado, ainda, o que segue:

I - permissão restrita ao uso e ocupação do solo, mediante seleção de atividades


passíveis de implantação, dentre as previstas para o local ou entorno;

II - redução dos padrões urbanísticos relativos aos dispositivos de controle das


edificações vigorantes para o local ou entorno.

Seção IV
Das áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural

A identificação de Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural visa o


Art. 71 -
cumprimento das diretrizes referentes às políticas de preservação do patrimônio cultural.

Art 72 - A abordagem das Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Cultural, ocorrerá em


três níveis, a partir da abrangência espacial e de suas peculiaridades:

I - Áreas de Interesse Cultural - são porções de território com características culturais


diferenciadas que estruturam a paisagem ou constituem sítios importantes, atribuindo-lhes
identidade, com repercussões em nível macro no município;

II - Lugares de Interesse Cultural - são porções de território, situados ou não em Áreas


que, permitem identificar a ocorrência de conjuntos de elementos culturais relacionados entre
si, que, por seus valores, são passíveis de ações de preservação;

III - Unidades de Interesse Cultural - são elementos pontuais e culturais que possuem
valor significativo passível de ações de preservação.

§ 1º - A critério do município, por lei, poderão ser instituídas tais Áreas de Interesse de
Proteção do Ambiente Cultural com definição de limites e regime urbanístico próprios.

§ 2º - As intervenções em Áreas Especiais de Interesse Cultural serão objeto de Estudo


de Viabilidade Urbanística, constituindo Projeto Especial.

Art. 73 -

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


39/80

Art. 73 -A modificação não autorizada, a destruição, a remoção, a desfiguração ou o


desvirtuamento da feição original, no todo ou em parte, em Áreas Especiais, Lugares e
Unidades de Interesse Cultural sujeita o infrator às seguintes penalidades:

I - interdição de atividade ou da utilização incompatível com os usos permissíveis;

II - embargo da obra;

III - obrigação de reparar os danos que houver causado, restaurar o que houver
danificado e reconstituir o que houver alterado ou desfigurado;

IV - demolição ou remoção de objeto que contrarie os objetivos de preservação;

V - em caso de destruição de edificação Tombada e Inventariada sem autorização do


Poder Executivo, o imóvel terá o potencial construtivo limitado ao equivalente à área
construída existente anteriormente à destruição;

VI - aplicação de multa nos termos da lei.

As Áreas Especiais de Interesse Cultural são áreas que apresentam ocorrência de


Art. 74 -
Patrimônio Cultural que deve ser preservado a fim de evitar a perda ou o desaparecimento
das características que lhes conferem peculiaridade.

§ 1º - A preservação de Áreas, Lugares e Unidades far-se-á pela definição de regime


urbanístico específico, por tombamento e inventário.

§ 2º - Na ausência de regime urbanístico específico para as Áreas de Interesse Cultural,


o uso e a ocupação serão autorizados desde que demonstradas as condições desejáveis de
preservação, através de Estudo de Viabilidade Urbanística.

§ 3º - A identificação das áreas e dos bens que constituem Patrimônio Cultural será
objeto de estudos específicos baseados no Inventário do Patrimônio Cultural, observados o
valor histórico, a excepcionalidade, os valores de representatividade, de referência,
arquitetônico, simbólico, práticas culturais, tradições e heranças, levando ainda em
consideração as relações físicas e culturais com o entorno e a necessidade de manutenção
de ambientação peculiar.

§ 4º - Lei específica regulará o Inventário do Patrimônio Cultural, estabelecendo


conceitos, conteúdos, critérios de seleção, características, vigência, formas de proteção e de
incentivo.

§ 5º - Com vistas à preservação das áreas e bens que constituem o Patrimônio Cultural,
aplicam-se normas específicas para licenciamento de veículos de publicidade.

PARTE III

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


40/80

DO PLANO REGULADOR

TÍTULO I
DA DEFINIÇÃO

Plano Regulador é o instrumento que define os dispositivos que regulam a paisagem


Art. 75 -
da cidade, edificada ou não.

Parágrafo Único. O uso e a ocupação do solo no território de Rio Negrinho serão


disciplinados através do regime urbanístico, do traçado do Plano Diretor de Desenvolvimento
Ambiental Urbano e Rural e acompanhados através de monitoramento.

TÍTULO II
DAS NORMAS GERAIS DO REGIME URBANÍSTICO

O regime urbanístico é definido em função das normas relativas a densificação


Art. 76 -
urbana e rural, atividades sócio-econômicas, dispositivos de controle das edificações e
parcelamento do solo.

§ 1º - Em Áreas Especiais e Projetos Especiais, o regime urbanístico poderá ser definido


mediante aplicação de Regimes Especiais e do Solo Criado.

§ 2º - Na aplicação das normas relativas ao regime urbanístico, este será estabelecido


em função das Zonas e Corredores de Estruturação Urbana e das Zonas e Corredores de
Estruturação Rural;

§ 3º - Nos empreendimentos sobre terrenos resultantes de remembramento fica


garantida a aplicação do regime urbanístico sobre cada matrícula original.

Na aprovação e licenciamento de projetos de edificação e parcelamento do solo


Art. 77 -
serão observadas as limitações específicas relativas ao subsolo, à superfície e ao espaço
aéreo reguladas por lei específica.

§ 1º - O Município poderá estabelecer condições para edificação na forma de limitação


administrativa.

§ 2º - As áreas originalmente identificadas como não-edificáveis, mas que são passíveis


de edificação mediante cumprimento de condições específicas, serão identificadas nos
projetos como áreas com limitação administrativa.

§ 3º - O Município exigirá a reserva de faixas marginais em torno das nascentes e olhos


d`água, bem como ao longo dos cursos d`água, sendo que, neste caso, observará:

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


41/80

I - faixa marginal de proteção de águas superficiais, destinada à manutenção do


manancial hídrico e demais bens ambientais;

II - faixa não-edificável, destinada a equipamento de serviços públicos de drenagem


pluvial e esgotamento sanitário.

§ 4º - Os critérios para dimensionamento e destinação das faixas marginais serão


regulados pelo Poder Executivo, observados os termos indicados pelos órgãos competentes e
a compatibilidade com as legislações federal, estadual e municipal.

§ 5º - O Poder Executivo fará constar no documento inicial do processo de edificações e


parcelamento do solo as áreas sujeitas às limitações administrativas, bem como os
condicionantes constantes dos parágrafos anteriores, quando os imóveis objetos de
licenciamento forem total ou parcialmente atingidos por qualquer limitação.

§ 6º - Ressalvado o disposto no parágrafo único do art 99, as áreas atingidas por traçado
do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural serão identificadas nos
projetos como áreas não edificáveis.

§ 7º Nos casos de cursos d`água canalizados através de processo de licenciamento


ambiental de operação, a faixa não-edificável deverá ser de 5 (cinco) metros de cada lado a
partir da margem da tubulação, necessário para manutenção sanitária. A metragem da faixa
poderá ser alterada na elaboração do Diagnostico Socioambiental. (Redação acrescida pela
Lei Complementar nº 131/2017)

A densificação urbana é expressa pelos parâmetros estabelecidos no Anexo 3 e será


Art. 78 -
controlada através de Coeficiente de Aproveitamento do Lote, Estoques Construtivos Públicos
e Quota Ideal mínima de terreno por economia, nos termos do Anexo 5.

CAPÍTULO I
DO REGIME DAS ATIVIDADES

O Anexo 4 define os grupamentos de atividades, sua classificação, as restrições em


Art. 79 -
cada Zona ou Corredor de Estruturação Urbana ou Rural, assim como condições relativas ao
porte máximo das edificações.

Parágrafo Único. O porte é definido pelo somatório das áreas computáveis das
economias no imóvel e será considerado por matrícula no Registro Imobiliário.

Art. 80 -A distribuição das atividades nas Zonas ou Corredores de Estruturação Urbana ou


Rural dar-se-á mediante sua classificação em:

I - atividades inócuas;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


42/80

II - atividades de interferência ambiental 01;

III - atividades de interferência ambiental 02;

IV - atividades de interferência ambiental 03;

V - atividades especiais.

VI - atividades especiais temporárias. (Redação acrescida pela Lei Complementar


nº 90/2015)

§ 1º - Atividade inócua é aquela que não causa incômodo e nem impacto significativo ao
ambiente, à estrutura e à infra-estrutura urbana.

§ 2º - Atividades de interferência ambiental 01, 02 e 03 são aquelas que têm potencial de


causar incômodo e impacto significativo ao ambiente, à estrutura e à infra-estrutura urbanas,
em face dos níveis de repercussão relacionados à conceituação da Zona ou Corredor de
Estruturação Urbana ou Rural, além de critérios de diversidade e porte.

§ 3º - A implantação das atividades relacionadas no Anexo 4.3 é condicionada a Estudo


de Viabilidade Urbanística.

§ 4º - Atividades especiais são aquelas que, por suas características excepcionais, terão
sua localização submetida à análise do Conselho da Cidade.

§ 4º Atividades especiais são aquelas que, por suas características excepcionais, terão
sua localização e análise submetida à análise do Conselho da Cidade. (Redação dada pela
Lei Complementar nº 90/2015)

§ 5º Atividades especiais temporárias são considerados os divertimentos, festejos e


eventos particulares/públicos que geram concentração de pessoas e que podem ser
realizados nas vias, logradouros e locais públicos ou em propriedades particulares de livre
acesso, por exemplo: armação de circo, parque de diversões, feira de negócios, shows e
similares.

a) Nenhum divertimento público poderá ser realizado sem prévia licença da Prefeitura, a
ser avalizado pela fiscalização municipal.
b) Os eventos realizados ou não em vias e logradouros públicos, que gerem
concentração de pessoas por um período superior a 4 horas, deverão disponibilizar sanitários
públicos em número suficiente, em função do número de pessoas e do local previsto para a
realização do evento, com aprovação da Vigilância Sanitária Municipal, de acordo com as leis
cabíveis.
c) Após utilizar o local, o responsável deverá efetuar a limpeza do local quanto a
resíduos sólidos e a remoção dos sanitários químicos, quando couber, devendo manter o
asseio, a segurança e a salubridade ambientais do local no qual se encontravam instalados.
(Redação acrescida pela Lei Complementar nº 90/2015)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


43/80

Art. 81 - As atividades e os prédios regulares, até o início da vigência desta Lei, são
considerados conformes ou desconformes, nos termos das normas de uso e ocupação do
solo, e seu enquadramento será feito pelo Conselho da Cidade, nos termos estabelecidos nas
planilhas do Anexo 4.5.

O Conselho da Cidade poderá, mediante requerimento da Secretaria Municipal de


Art. 82 -
Planejamento e Meio Ambiente ou quem vier substituí-la, vedar a edificação de garagens
comerciais ou atividades geradoras de tráfego, constantes na listagem do Anexo 4.3,
independentemente do estabelecido nos grupamentos de atividades das Zonas ou Corredores
de Estruturação Urbana, onde a atividade possa dificultar funções urbanas previstas para o
local.

§ 1º - Consideram-se atividades geradoras de tráfego os empreendimentos que atraem


ou produzem grande número de viagens.

§ 2º - As atividades geradoras de tráfego causam reflexos ou impactos negativos:

I - na circulação: quando a quantidade de veículos atraídos é superior à capacidade das


vias;

II - no estacionamento: quando não há espaço suficiente para guarda de veículos, carga


e descarga, embarque e desembarque;

III - no meio ambiente: quando se verificar situação crítica com relação à poluição
ambiental.

Seção I

DAS SUBCATEGORIAS DE USO RESIDENCIAL

Art. 82-A O uso residencial será dividido nas seguintes subcategorias:

R1 - Unidade residencial unifamiliar: uma unidade habitacional por lote.


R2.1 - Conjunto habitacional aberto: composto por duas ou mais unidades habitacionais por
lote, agrupadas horizontalmente, com casas geminadas ou isoladas, com frente e acesso
independente a cada unidade por rua pública.
R2.2 - Conjunto habitacional fechado: composto por duas ou mais unidades habitacionais por
lote, agrupadas horizontalmente, com casas geminadas ou isoladas, com frente e acesso
independente a cada unidade por via particular privativa interna.
R3.1 - Edifício multifamiliar: composto por um edifício de apartamentos predominantemente
residencial, com mais de duas unidades habitacionais agrupadas verticalmente, podendo
constituir condomínio.
R3.2 - Conjunto de edifícios: composto por um grupo de edifícios predominantemente
residenciais com áreas comuns, vedado o acesso direto por via oficial de circulação.
R4.1 - Condomínio edilício horizontal: composto por duas ou mais unidades habitacionais por

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


44/80

lote, agrupadas horizontalmente, com casas geminadas ou isoladas, com frente e acesso
independente a cada unidade por via particular privativa interna ou acesso independente a
cada unidade por rua pública.
R4.2 - Condomínio composto por grupo de edifícios.

Art. 82-B A definição das áreas livres de uso comum nas subcategorias do uso residencial fica
a critério do proprietário e responsável técnico pelo projeto, sendo obrigatória acima de 6
unidades habitacionais nas subcategorias R2.2, R3.1, R3.2, R4.1 e R4.2.

Nos casos de as unidades privativas tiverem acesso a via pública, não será haverá
obrigatoriedade de área comum.

§ 1º A área livre de uso comum, quando devida, compreenderá no mínimo 20% do total
da área útil do imóvel, sendo subdividida em área ecológica, área de recreação e lazer e vias
de circulação de veículos e pedestres.

§ 2º Área ecológica é a área de uso comum com objetivo de preservação da fauna e da


flora, possíveis de serem utilizadas como bosques, pomar, horta e/ou jardins, priorizando
manter a vegetação nativa e permitindo a construção de estruturas de apoio a estes fins;

§ 3º Área de recreação e lazer é destinada à construção de estruturas para as atividades


recreativas e de lazer de uso comum do conjunto habitacional ou condomínio;

§ 4º A área ecológica será de, no mínimo, 10% (dez por cento) da área total destinada ao
uso comum;

§ 5º Área de recreação e lazer nas sub-categorias R3.1, R3.2 e R4.2: 5% (dez por cento)
da área total adensável;

§ 6º Área de recreação de lazer nas sub-categorias R2.2 e R4.1: 10% (dez por cento) da
área total destinada ao uso comum; nos casos de as unidades privativas terem acesso a via
pública, não será haverá obrigatoriedade de área comum.

A definição das áreas livres de uso comum nos condomínios industriais fica a critério
Art. 82-C
do empreendedor e responsável técnico, sendo isentos de área ecológica e de recreação e
lazer.

Art. 82-DFica estipulada em 1,20m a largura mínima da faixa livre nos passeios internos dos
conjuntos habitacionais ou condomínios, sendo obrigatório o passeio apenas no lado contíguo
às edificações.

Art. 82-EFica estipulada em 4,00m a largura mínima das vias de sentido único e manobra,
internas dos conjuntos habitacionais ou condomínios.

Fica estipulada em 5,00m a largura mínima das vias de sentido duplo internas, dos
Art. 82-F
conjuntos habitacionais ou condomínios.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


45/80

Art. 82-GQuando o recuo frontal comportar a vaga de garagem, o mesmo deverá ter 5
metros ou mais de recuo frontal.

Art. 82-HNão será permitida a instalação de portão do tipo basculante ou de elevação no


alinhamento frontal do imóvel, podendo ser recuado de modo que não prejudique a circulação
no passeio.

Nas subcategorias R2.1, R2.2 e R4.1 a fração de terreno privativo ocupada pela
Art. 82-I
unidade habitacional deverá ter, no mínimo, 5 metros de largura e 125,00m² de área mínima.

As edificações residenciais das unidades autônomas dos conjuntos habitacionais ou


Art. 82-J
condomínios devem possuir afastamento mínimo de 1,50 das divisas com o confrontante,
quando a parede da edificação possuir aberturas, ou possuir parede cega na divisa com o
confrontante, seja o confrontante integrante do conjunto habitacional/condomínio ou não.

O afastamento mínimo entre unidades residenciais distintas deverá ser de 3,00m,


Art. 82-K
quando possuírem aberturas.

Art. Os muros ou cercas dos conjuntos habitacionais ou condomínios a serem


82-L
executados na confrontação com via pública podem ter permeabilidade visual e não devem se
configurar como barreiras que deturpam a paisagem urbana e tornam a via pública um local
inseguro para os transeuntes.

Art. Os muros ou cercas devem possuir acabamento, podendo também possuir


82-M
elementos paisagísticos que contribuam com a qualidade da paisagem urbana.

Art. 82-N Considera-se área útil a área total do imóvel passível de ocupação.

Art. Considera-se área adensável a área cujo uso seja a atividade principal,
82-O
descontadas as áreas não adensáveis. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 172/2020)

CAPÍTULO II
DOS DISPOSITIVOS DE CONTROLE DAS EDIFICAÇÕES

A edificação, visando a sua adequação às características da zona de implantação, é


Art. 83 -
regulada pelos seguintes dispositivos de controle:

I - Coeficiente de Aproveitamento do Lote.

II - Solo Criado;

III - Quota Ideal mínima de terreno por economia;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


46/80

IV - Regime Volumétrico;

V - Recuos de Ajardinamento;

VI - Garagens e Estacionamentos;

VII - Permeabilidade do Terreno.

Parágrafo Único. Os padrões de controle urbanístico são aplicados nos termos


constantes dos Anexos 5, 6 e 8 e art. 91.

Art. 84 - Os elementos morfológicos fundamentais das edificações são (fig. 01):

I - Embasamento - volume de altura contado a partir da Referência de Nível até o corpo


da edificação;

II - Lâmina - volume de altura e projeção variáveis, destinado a abrigar principalmente as


unidades;

III - Coroamento - volume variável acima do forro do último pavimento do corpo,


destinado a abrigar áreas de equipamentos;

IV - Subsolo - volume de altura e projeção variáveis, situado abaixo da Referência de


Nível do terreno.

fig. 01 (ver anexo)

Coeficiente de Aproveitamento do Lote é o instrumento de controle urbanístico das


Art. 85 -
densidades populacionais previstas para as Zonas ou Corredores de Estruturação Urbana ou
Rural.

§ 1º - Coeficiente de Aproveitamento do Lote é o fator que, multiplicado pela área líquida


de terreno, define a área de construção computável.

§ 2º - Área líquida de terreno é a área não atingida por traçado do Plano Diretor de
Desenvolvimento Ambiental Urbano e Rural.

Art. 86 - As áreas construídas não-adensáveis são as áreas destinadas a atividades


complementares à atividade principal e as destinadas aos serviços gerais e de apoio à
edificação, relacionadas no § 1º deste artigo.

§ 1º - Não serão computadas no cálculo do Coeficiente de Aproveitamento do Lote as


seguintes áreas das edificações:

I - de guarda de veículos, tais como garagens, estacionamentos e bicicletários;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


47/80

II - de lazer coletivo, tais como parque infantil, salão de jogos e salão de festa;

III - de apoio, tais como área para depósito de lixo, casas de máquinas e de bombas,
caixas d´água, centrais de ar condicionado levantadas no plano da cobertura e helipontos;

IV - de uso comum, tais como portarias, circulações, acessos e zeladorias.

§ 2º - O somatório das áreas referidas no § 1º não poderá exceder a 50% (cinqüenta por
cento) da área computável no Coeficiente de Aproveitamento de Lote.

§ 3º - São isentas do cômputo do Coeficiente de Aproveitamento do Lote as áreas


destinadas à preservação do patrimônio cultural nas Edificações Tombadas e Inventariadas,
nos termos de lei específica.

Art. 87 - A Quota Ideal mínima de terreno por economia estabelece a fração mínima de
terreno por economia edificada, nos termos do Anexo 5, constituindo o instrumento de
controle urbanístico da densidade no lote ou gleba.

§ 1º - O número máximo de economias por terreno é o resultado da divisão da área do


lote ou gleba pela Quota Ideal mínima de terreno por economia.

§ 2º - Não se aplica a Quota Ideal mínima de terreno por economia quando se tratar de
apenas 02 (duas) economias no imóvel.

§ 3º - Para efeito deste artigo, entende-se como economia, apenas as edificações de uso
residencial.

O Solo Criado será aplicado em alguns corredores de centralidade e na área central,


Art. 88 -
devendo atender aos limites máximos previstos no Anexo 5.

O Solo Criado será aplicado nas seguintes zonas da área urbana: ZEU-UPR, ZEU-
Art. 88
UPP crh, ZEU-UPP srh, CEU-CSDA, CEU-CSD na, CEU-CSD NA cre, CEU-UPP srh, CEU-
UPP crh, devendo atender aos limites máximos previstos no Anexo 5. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 78/2013)

Art. 89 - O Solo Criado, estoques construtivos públicos alienáveis, é constituído por:

I - coeficientes alienáveis adensáveis;

II - áreas construídas não-adensáveis;

§ 1º - Coeficientes alienáveis adensáveis correspondem às áreas de construção


computáveis e às áreas construídas não-adensáveis, nos termos do § 1º do art.86.

§ 2º - Áreas construídas não-adensáveis são as áreas definidas no art. 86.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


48/80

Art. 90 -O regime volumétrico das edificações é o conjunto das especificações que definem
os limites de ocupação, a altura e os recuos que a edificação deve respeitar.

Parágrafo Único. O regime volumétrico será definido pelos seguintes elementos:

I - Taxa de Ocupação: relação entre as projeções máximas de construção e as áreas de


terreno sobre as quais acedem as construções;

II - Referência de Nível (RN): nível adotado em projeto para determinação da volumetria


máxima da edificação ou trecho da mesma, definido conforme alínea "a" do inciso II do art. 91
desta Lei;

III - Altura da Edificação: distância vertical entre a referência de nível da edificação e o


nível correspondente à parte inferior da laje ou similar do último pavimento;

IV - Altura do Embasamento da Edificação: distância vertical entre a referência de nível da


edificação e o nível correspondente ao forro do último pavimento que se enquadrar dentro do
volume permitido para o Embasamento;

V - Recuo de frente, lateral e de fundos: afastamento obrigatório das divisas de frente,


laterais e de fundo do lote à edificação.

Art. 91 -Quanto ao regime volumétrico, o projeto da edificação deve observar os parâmetros


definidos no Anexo 6 e as seguintes regras de aplicação:

I - Quanto à Taxa de Ocupação:

a) não serão computadas as áreas construídas localizadas abaixo da Referência de Nível


(RN), desde que não ultrapassem em qualquer ponto 4,00 m (quatro metros) de altura em
relação ao Perfil Natural do Terreno (PNT);
b) não serão computados os balanços de até 1,20m (um metro e vinte centímetros) sobre
os beirais, as marquises e as abas que atenderem às condições previstas em lei específica.

II - Quanto à altura:

a) a Referência de Nível (RN) é definida em qualquer ponto do terreno natural (fig. 02);
b) a distância vertical entre a Referencia de nível (RN) e o Perfil Natural do Terreno
(PNT)não poderá, em qualquer ponto do terreno, ser superior a 4,00 m (quatro metros);
c) a altura máxima da edificação poderá ser acrescida em 2,00 m (dois metros) para
definição do ponto máximo da platibanda e 3,00 m (três metros) para telhado (fig. 03);
c) a altura máxima da edificação poderá ser acrescida em 2,00 metros para a definição
do ponto máximo da platibanda e 3,00 metros para o telhado ou com altura superior para
atendimento à legislação de segurança e preventivo de incêndios; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 78/2013)
d) a altura máxima do embasamento poderá ser acrescida em 2,00 m (dois metros) para

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


49/80

definição do ponto máximo do telhado, muros ou platibanda;

fig. 02 (ver anexo)

fig. 03 (ver anexo)

III - Quanto a recuos em relação à altura da edificação:

a) os recuos de frente, lateral e de fundos, deverão ser livres de construção e não


poderão ser inferiores a 18% (dezoito por cento) da altura da edificação, garantido um mínimo
de 4,00 m (quatro metros) no recuo frontal e de 1,50 m (um metro e cinqüenta centímetros)
nos recuos laterais e de fundos na área urbana, 12,00 m (doze metros) no recuo frontal da
área rural e 3,00 m (três metros) nos recuos laterais e de fundos na área rural, aplicados a
partir da base da edificação;
a) Os recuos de frente, lateral e de fundos, deverão ser livres de construção e não
poderão ser inferiores a 18% (dezoito por cento) da altura da edificação, garantido um mínimo
de 4,00m (quatro metros) no recuo frontal e de 1,50m (um metro e cinquenta centímetros) nos
recuos laterais e de fundos na área urbana e nas áreas especiais de urbanização específica,
12,00 (doze metros) no recuo frontal da área rural e 3,00 (três metros) nos recuos laterais e de
fundos na área rural, 5,00 (cinco metros) no recuo frontal de rodovias estaduais e federais
localizadas em área rural, aplicados a partir da base da edificação. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 189/2022)
b) quando a edificação for constituída de dois ou mais volumes distintos, os afastamentos
serão medidos em função da altura de cada volume, com relação ao trecho da divisa que lhe
corresponder (fig. 04);
b) fica facultado aos usos residencial, comercial e de prestação de serviços, com até
9,00m (nove metros) de altura e sem aberturas (iluminação, ventilação e passagem) a
ocupação do recuo lateral e de fundos (entre 0 - ocupação de divisa - e 1,5 m); (Redação
dada pela Lei Complementar nº 49/2009)
c) fica facultado ao uso residencial unifamiliar com até 6,00 m (seis metros) de altura, em
qualquer Zona ou Corredor de Estruturação localizada na Área Urbana, ocupar suas divisas
laterais de lote e/ou fundos, numa extensão máxima de 30% (trinta por cento) do seu
perímetro, respeitando o recuo frontal obrigatório;
c) quando a edificação for constituída de dois ou mais volumes distintos, os afastamentos
serão medidos em função da altura de cada volume, com relação ao trecho da divisa que lhe
corresponder (fig. 04); (Redação dada pela Lei Complementar nº 49/2009)
d) fica facultado ao uso residencial comercial e de prestação de serviços com até 6,00m
(seis metros) de altura, nos corredores de centralidade, ocupar suas divisas laterais de lote
e/ou fundos, numa extensão máxima de 30% (trinta por cento) do seu perímetro, respeitando
o recuo frontal obrigatório;
fig. 04 (ver anexo)
d) fica facultado ao uso residencial, comercial e de prestação de serviços com até 9,00 m
(nove metros) de altura, em qualquer Zona ou Corredor de Estruturação localizada na Área
Urbana, ocupar suas divisas laterais de lote e/ou fundos, numa extensão máxima de 40%
(quarenta por cento) do seu perímetro, respeitando o recuo frontal obrigatório; (Redação dada
pela Lei Complementar nº 49/2009)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


50/80

d) fica facultado ao uso residencial, comercial e de prestação de serviços, ocupar suas


divisas de lote laterais e/ou fundos, numa extensão máxima de 40% do seu perímetro,
respeitando o recuo frontal obrigatório e o anexo 6 desta lei. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 78/2013)
e) no caso de construção tipo "galpão" destinada ao uso industrial, depósito ou similar
deverá ser garantido um recuo frontal mínimo de 12,00 m (doze metros) e recuos laterais e de
fundos de no mínimo 4,00 m (quatro metros).
e) em casos de imóveis situados em logradouros com isenção de recuo para
ajardinamento (frontal), esta divisa com o logradouro público não será contabilizada no
cômputo de ocupação máxima; (Redação dada pela Lei Complementar nº 49/2009)
f) fica facultado a todos os usos (atividades), com até 9,00 m (nove metros) de altura, em
casos de imóveis receptores de potencial construtivo advindo da Lei nº 2032/2008, que dispõe
sobre a Transferência do Direito de Construir, ocupar suas divisas laterais de lote e/ou fundos,
numa extensão máxima de 60% (sessenta por cento) do seu perímetro; (Redação acrescida
pela Lei Complementar nº 49/2009)
f) fica facultado a todos os usos das atividades, conforme Anexo 6, em casos de imóveis
receptores de potencial construtivo advindo da Lei nº 2.032/2008, que dispõe sobre a
Transferência do Direito de Construir, ocupar suas divisas laterais de lote e/ou fundos, numa
extensão máxima de 60% de seu perímetro. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 78/2013)
g) no caso de construção destinada ao uso exclusivo industrial e/ou depósito deverá ser
garantido um recuo frontal mínimo de 12,00 m (doze metros) e recuos laterais e de fundos de
no mínimo 4,00 m (quatro metros). (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 49/2009)
h) em caso de construção conforme item anterior, e situada em imóvel com mais de uma
testada voltada para logradouro público, o recuo de 12,00m (doze metros) será obrigatório
para a(s) testada(s) utilizada(s) para acesso de veículos e/ou manobras, sendo no mínimo
uma das testadas do imóvel. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 49/2009)
h) o recuo frontal de 12 metros para construção tipo galpão destinada ao uso industrial,
depósito ou similar o qual tem por objetivo o estacionamento e manobra de veículos de carga
e transporte, poderá ser constituído lateralmente ou de fundos ao galpão, depósito ou similar,
quando o imóvel objeto da ocupação atender as seguintes disposições:

1 .recuo frontal mínimo de 5 (cinco) metros, sendo que o projeto deve demonstrar
vedação de acesso na respectiva fachada;

2. comprimento da testada suficiente de modo a garantir o recuo lateral de 12 metros e a


manobra de veículos e caminhões, no caso de recuo lateral;

3. em caso de o recuo mínimo de 12 (doze) metros estiver localizado nos fundos do


imóvel os recuos laterais não poderão ser inferiores a 4 (quatro) metros;

4. o recuo lateral mínimo de 12 (doze) metros poderá ocorrer entre dois ou mais galpões
existentes no imóvel, garantindo assim o recuo mínimo de 4 (quatro) metros lateral com outro
imóvel e fundos do mesmo;

5. em situações de imóveis de formato irregular deverá ser admitido o afastamento

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


51/80

mínimo de 12 (doze) metros junto à abertura da edificação destinada a carga e descarga,


garantindo no mínimo a inserção de área em formato circular com diâmetro de 12 (doze)
metros com referência no centro da abertura para carga e descarga, sendo que o afastamento
lateral não poderá ser inferior a 4 (quatro) metros em nenhuma outra confrontação existente
no imóvel;

6. as áreas destinadas a manobras de carga e descarga (recuo obrigatório mínimo de 12


(doze) metros) poderão ser ocupadas por coberturas em balanço ou apoiadas entre
edificações garantindo o recuo mínimo de 4 (quatro) metros laterais e/ou de fundos e os
demais índices urbanísticos;

7. as edificações bem como seus respectivos índices deverão estar indicados em


matrícula única. (Redação dada pela Lei Complementar nº 78/2013)

IV - Quanto a balanços sobre recuos:

a) é permitida a construção de beirais, marquises e abas, desde que observem as


disposições de legislação específica;
b) será permitida, sobre os afastamentos frontais, laterais e de fundos, a construção de
sacadas em balanço, até o máximo de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros), desde que
não ocupe mais de 50% (cinqüenta por cento) da extensão da fachada correspondente e
garanta um afastamento mínimo das divisas de 2m (dois metros).
b) será permitida sobre os afastamentos frontais, a construção de sacadas, marquises e
avanços de construção em balanço com largura máxima de 1,50 m (um metro e cinquenta
centímetros), desde que o pé direito do pavimento térreo tenha no mínimo de 3 metros de
altura. (Redação dada pela Lei Complementar nº 78/2013)
c) as sacadas e marquises deverão ter afastamento mínimo de divisas laterais e de
fundos de 1,50 metros (um metro e cinquenta centímetros). (Redação acrescida pela Lei
Complementar nº 78/2013)

Parágrafo Único. A Taxa de Ocupação poderá ser aumentada para até 75% (setenta e
cinco por cento) quando se tratar de lotes menores de 300m2 (trezentos metros quadrados).

Art. 92 - Mediante Estudo de Viabilidade Urbanística, na forma de Projeto Especial, o


Conselho da Cidade poderá definir ajustes ou normas especiais, em função de situações
específicas, nos termos do art. 49, salvo no que se refere aos coeficientes de aproveitamento
do lote, que somente poderão ser alterados mediante lei.

Art. 93 - Os recuos para ajardinamento delimitam áreas destinadas a assegurar:

I - predominância dos elementos naturais sobre os de construção, com vistas à


valorização da paisagem urbana nas áreas residenciais, ressalvado o disposto no art. 95;

II - predominância de piso pavimentado, fluidez da circulação de pedestres e animação


das áreas, nas áreas miscigenadas.

Art. 94 -

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


52/80

Art. 94 -Quanto aos recuos para ajardinamento, o projeto da edificação deve observar as
seguintes regras de aplicação:

I - os recuos para ajardinamento terão dimensão mínima de 4m (quatro metros) na Área


Urbana e de 12m (doze metros) na Área Rural;

I - Os recuos para ajardinamento terão dimensão mínima de 4m (quatro metros) na área


urbana e nas áreas especiais de urbanização específica, 12m (doze metros) na área rural e
5m (cinco metros) nas rodovias estaduais e federais localizadas em área rural. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 189/2022)

II - os recuos para ajardinamento serão observados em todas as frentes para vias


públicas.

§ 1º - São isentos de recuo para ajardinamento os imóveis localizados na Área Central e


os que fazem frente para as vias identificadas no Anexo 2.1.

§ 2º - Lotes na Área Rural que tiverem profundidade inferior a 50m (cinqüenta metros),
poderão ter seu recuo para ajardinamento (RA) no limite de 6m (seis metros), mediante a
seguinte equação:

RA = ( 2,0 + Profund. Lote ) x 0,2

Art. 95 - No recuo para ajardinamento obrigatório serão admitidas:

I - nos terrenos que possuam um declive mínimo de 2m (dois metros) em relação ao


passeio, em toda à frente, medido numa faixa de 4m (quatro metros) paralela ao alinhamento,
edificações com cobertura na forma de terraço, no nível do passeio (fig. 05);

fig. 05 (ver anexo)

II - nos terrenos com passeio em desnível, que a edificação referida no inciso I e a de


muros laterais e acessos aflore, no máximo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) em relação
ao nível do passeio (fig. 06);

fig. 06 (ver anexo)

III - nos terrenos que possuam um aclive mínimo de 2,0m (dois metros) em toda a testada
em relação ao passeio, medido numa faixa de 4,0m (quatro metros) paralela ao alinhamento, a
edificação com cobertura na forma de terraço com peitoril, com pé direito máximo de 2,60m
(dois metros e sessenta centímetros) e altura máxima de 4,0m (quatro metros) (fig. 07);

fig. 07 (ver anexo)

IV - guaritas construídas em local adequadamente integradas às vedações referidas no


inciso X deste artigo, com área fechada igual ou inferior a 5,00 m² (cinco metros quadrados),

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


53/80

correspondente a, no máximo, 5% (cinco por cento) da área do recuo para ajardinamento,


garantido um mínimo de 2,00 m2 (dois metros quadrados);

V - toldos, acessos cobertos, marquises, beirais e abas, reguladas por lei específica;

VI - piscinas com altura máxima de 60cm (sessenta centímetros) em relação ao Perfil


Natural do Terreno (PNT);

VII - medidores de luz e água junto às divisas laterais do terreno, conforme normas das
companhias de energia elétrica e água respectivamente;

VIII - coberturas independentes da edificação, nos projetos que promovam qualificação e


integração do espaço público com o privado, mediante análise do Conselho da Cidade;

IX - muros de arrimo decorrentes dos desníveis naturais dos terrenos;

X - vedações nos alinhamentos ou nas divisas laterais, desde que utilizados elementos
construtivos onde predominem os espaços vazios;

XI - muros laterais com até 1,20m (um metro e vinte centímetros) em relação ao Perfil
Natural Terreno (PNT);

XII - escadarias ou rampas de acesso, quando necessários pela conformação do terreno,


até 60cm (sessenta centímetros) acima do Perfil Natural do Terreno (PNT) frontal e lateral.

Parágrafo Único. Na hipótese do inciso III, fica proibida qualquer projeção sobre o
logradouro público e, nos casos de passeio em desnível fica garantido o disposto no inciso II.

Quando os recuos para ajardinamento forem absorvidos por alargamentos viários, o


Art. 96 -
Município poderá eliminá-los total ou parcialmente mediante proposta do Conselho da Cidade.

Em edificações regulares que não observem as normas relativas ao recuo para


Art. 97 -
ajardinamento, são permitidas:

I - obras de reformas, desde que mantida a volumetria na área correspondente do recuo;

II - aumentos, observados os novos recuos.

Art. 98 - A aprovação de projeto e licenciamento de edificação em imóvel atingido por


previsão de traçado viário e de equipamentos urbanos e comunitários, que observe a restrição
à edificação na parte atingida, dar-se-á aplicando-se o regime urbanístico sobre a área não
atingida pelo traçado do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental Urbano e Rural.

A aprovação de projetos e o licenciamento de edificações sobre áreas atingidas por


Art. 99 -
previsões de traçado viário e equipamentos urbanos e comunitários pelo Plano Diretor de
Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural será precedida de análise da conveniência

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


54/80

pública e prioridade para a sua implantação.

Parágrafo Único. Na hipótese de áreas não vinculadas a obras prioritárias, cujos imóveis
sejam totalmente atingidos ou considerados não-edificáveis, a aprovação e o licenciamento de
projetos observará a limitação de regime urbanístico mínimo, correspondente à Taxa de
Ocupação de 25% (vinte e cinco por cento) e altura de 6,00m (seis metros), observado o
grupamento de atividades respectivo.

Art. 100 -Mediante Projeto Especial, visando à qualificação dos espaços urbanos, o Conselho
da Cidade poderá definir normas específicas aos recuos para ajardinamento, as quais
substituirão as normas gerais.

Garagens e estacionamentos são, respectivamente, edificações e áreas cobertas ou


Art. 101 -
descobertas destinadas à guarda de veículos, com atendimento ao disposto no Anexo 8.

§ 1º - Garagens e estacionamentos comerciais são os prédios e áreas destinadas


predominantemente à prestação de serviços de guarda de veículos, sem prejuízo dos serviços
afins.

§ 2º - Garagens e estacionamentos gerais são prédios e áreas destinadas à guarda de


veículos, tais como lotação, microônibus e ônibus.

§ 3º - Nas edificações multifamiliares, de comércio, serviço e de atividades especiais, as


garagens e estacionamentos são os espaços destinados à guarda de veículos com função
complementar à atividade.

§ 4º - Excetuando-se os prédios residenciais, todas as garagens e estacionamentos,


incluindo estacionamentos em via pública, deverão prever espaços com localização
privilegiada para veículos automotores de pessoas portadoras de necessidades especiais.

§ 5º A reserva de vagas de guarda de veículos para estabelecimentos comerciais,


industriais, prestadores de serviços e prestadores de serviços públicos é facultativa, exceto
para Supermercados, Centro Comercial e Shopping Center, e os índices previstos no Anexo 8
desta Lei Complementar são apenas referenciais para o cálculo das vagas de guarda de
veículos que deverão ser reservadas para idosos e pessoas com deficiências. (Redação
acrescida pela Lei Complementar nº 189/2022)

§ 6º Os estacionamentos existentes no recuo da via são considerados públicos, sendo


vedada sua destinação privativa. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 189/2022)

§ 7º Caberá ao município, por meio de seu departamento de trânsito, distribuir


proporcionalmente as vagas de estacionamento privativas para idosos e pessoas com
deficiência nos estacionamentos públicos. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 189/2022)

Art. 102 - A previsão de vagas para guarda de veículos, estabelecida no Anexo 8 poderá ser

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


55/80

atendida em outro local, distante no máximo 150,0m (cento e cinqüenta metros) da edificação,
conforme regulamentação específica que garanta a vinculação entre as duas edificações.

As áreas para guarda de veículos podem ser condominiais, sendo obrigatória a


Art. 103 -
demarcação de espaço de acumulação na proporção estabelecida no Anexo 8.

§ 1º - Para o dimensionamento da capacidade da garagem ou estacionamento é


estabelecida como padrão a quota mínima de 25,00 m2/veículo (vinte e cinco metros
quadrados por veículo);

§ 1º Para o dimensionamento da capacidade da garagem ou estacionamento é


estabelecida como padrão a quota mínima de 12,5 m² (doze metros e cinquenta decímetros
quadrados por veículo); (Redação dada pela Lei Complementar nº 78/2013)

§ 2º - Poderá ser reduzido o padrão da quota mínima por veículo no caso de


comprovação de atendimento das vagas obrigatórias.

O Conselho da Cidade poderá reduzir ou suprimir a exigência de vagas obrigatórias


Art. 104 -
para guarda de veículos, prevista no Anexo 8, em zonas de acentuada concentração urbana
ou nas Edificações Inventariadas ou Tombadas, visando a:

I - viabilizar a reciclagem do uso do prédio existente;

II - impedir o agravamento das condições de circulação viária e de pedestres, desde que


não ocorra prejuízo à funcionalidade da atividade.

Nas edificações destinadas às atividades especificadas no Anexo 8 é obrigatória a


Art. 105 -
previsão de local interno destinado à movimentação e manobra de veículos de carga, em
proporções adequadas, a critério do Secretaria de Planejamento e Meio ambiente.

Taxa de Permeabilidade do Solo é a relação entre as áreas não edificáveis cobertas


Art. 106 -
com ajardinamento, vegetação ou piso em material drenante e a área total do lote.

Parágrafo Único. Os índices de permeabilidade estão definidos no Anexo 6.

CAPÍTULO III
DO PARCELAMENTO E DO REMEMBRAMENTO DO SOLO

Art. 107 - Parcelamento do solo é a divisão da terra em unidades juridicamente


independentes, com vistas à edificação, podendo ser realizado na forma de loteamento e
desmembramento, sempre mediante aprovação municipal.

O parcelamento do solo observará as Zonas ou Corredores de Estruturação Urbana


Art. 108 -
ou Rural, os padrões urbanísticos do Anexo 7 e o traçado do Plano Diretor de

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


56/80

Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural.

§ 1º - É vedado o parcelamento do solo em áreas impróprias à edificação, nos termos do


art. 109, até que sejam asseguradas as condições que permitam a ocupação, exceto no caso
de desmembramento em imóvel situado em logradouro público, desde que não gere lote
encravado e atenda ao disposto no inciso I do art.123 desta Lei.

§ 2º - Os projetos de parcelamento do solo devem abranger o imóvel titulado em sua


totalidade.

§ 3º - O Poder Executivo poderá exigir a reserva de "faixa não-edificável" destinada a


equipamentos públicos urbanos vinculados aos serviços de sua competência, sendo que os
lotes nos quais incidirem estas restrições deverão apresentar dimensões tais que permitam a
edificação na área remanescente.

§ 4º - As dimensões da "faixa não-edificável" serão definidas pelo Poder Executivo,


observando os termos indicados pelos órgãos competentes e compatibilizando as legislações
federal, estadual e municipal pertinentes.

§ 5º - Para a aprovação de parcelamento do solo, o Município, a critério do Conselho da


cidade, poderá exigir avaliação de impacto urbano e ambiental, levando em conta a
disponibilidade e repercussão sobre o transporte público, acesso à escola, saneamento,
condições físico-ambientais e outros aspectos técnicos relevantes.

§ 6º - Os empreendimentos de parcelamento do solo na parcela que lhes compete


deverão ter, na sua concepção, a permanência das condições hidrológicas originais da bacia,
através de alternativas de amortecimento da vazão pluvial, respeitando as diretrizes
determinadas pelos planos setoriais de saneamento e de drenagem do Município, a serem
elaborados pelo Poder Executivo.

Art. 109 - Fica vedado o parcelamento do solo, para fins urbanos:

I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências


para assegurar o escoamento das águas ou a proteção contra as cheias e inundações;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde, sem que sejam
previamente saneados;

III - em terrenos ou parcelas de terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta
por cento), salvo viabilidade comprovada por projeto especial;

IV - em terrenos onde as condições geológicas e hidrológicas não aconselham a


edificação;

V - em terrenos situados fora do alcance dos equipamentos urbanos, nomeadamente das


redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica, salvo se atendidas

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


57/80

exigências específicas dos órgãos competentes;

VI - em Áreas Especiais de Interesse do Ambiente Natural, salvo aquelas permitidas pelo


zoneamento ambiental;

VII - em áreas onde a poluição ambiental impeça condições sanitárias, salvo se houver
correções de acordo com as normas oficiais;

VIII - em imóveis dos quais resultem terrenos encravados ou lotes em desacordo com
padrões estabelecidos em lei;

IX - em imóveis que não possuam frente para logradouros públicos oficiais;

X - em Áreas de Ocupação Urbana Não Prioritária, salvo se ocorrerem mudanças


significativas que justifiquem considerá-las não mais áreas de ocupação não prioritária;

XI - imóveis não protegidos de cheias e inundações, localizados na quota de nível inferior


a 792,00m (setecentos e noventa e dois metros) do nível do mar.

Parágrafo Único. As vedações contidas no inciso IX não se aplicam nos casos de


desmembramentos de imóveis com frente para vias projetadas que sejam de domínio público,
nas quais foram efetuadas garantias na forma do art. 119, com vistas à edificação.

No parcelamento do solo serão destinadas áreas à malha viária e à implantação de


Art. 110 -
equipamentos públicos urbanos e comunitários, obedecendo ao traçado e ao regime
urbanístico estabelecidos pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental Urbano e Rural.

§ 1º - Os percentuais de áreas públicas destinadas no parcelamento do solo, bem como


os padrões e normas técnicas pertinentes, devem atender ao disposto no Anexo 7.

§ 2º - Os equipamentos públicos urbanos são os equipamentos que compõem as redes


de abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de drenagem pluvial, de energia
elétrica, de comunicação, de iluminação pública e de abastecimento de gás.

§ 3º - Os equipamentos públicos comunitários são os de lazer, cultura, educação, saúde


e segurança, sendo que os dois últimos de caráter local.

§ 4º - Não poderão ser incluídas no cômputo da porcentagem referida neste artigo as


áreas de preservação permanente e outras exigidas pelos órgãos ambientais competentes.

Art. 111 - As áreas de destinação pública observarão o disposto nos Anexos 7.1 e 7.2.

§ 1º - Se a destinação de áreas públicas não atingir o percentual estabelecido ou, ainda,


se as áreas forem inadequadas à finalidade pública prevista, a complementação dar-se-á na
forma de terrenos urbanizados, descritos e caracterizados como lotes destinados à
implantação da malha viária ou de equipamentos públicos comunitários, podendo ser objeto de

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


58/80

permuta ou venda visando ao cumprimento da destinação e utilização pública original


constantes do projeto e memorial descritivo do parcelamento do solo. (Regulamentado pelo
Decreto nº 9786/2008)

§ 2º - Os lotes referidos no parágrafo anterior poderão ser localizados fora dos limites da
área do parcelamento do solo, desde que mantida a correspondência de valores monetários
de avaliação, realizada pela Comissão Municipal de Avaliação. (Regulamentado pelo Decreto
nº 9786/2008)

§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores aplica-se a todas as áreas de destinação


pública oriundas de parcelamento do solo.

§ 4º - No caso de incidência de sistema viário ou equipamentos comunitários previstos no


Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural sobre área objeto de
parcelamento do solo, inicialmente se calculará o percentual de áreas de destinação pública
em função da área titulada, nos termos desta Lei, e posteriormente, em caso dessa incidência
ser superior aos padrões dos Anexos 7.1 e 7.2, a diferença será adquirida pelo Município.

§ 5º - As áreas de destinação pública podem, na hipótese do § 1º, a critério do Conselho


da Cidade, ser convertidas em moeda corrente nacional, cujo valor será destinado à aquisição
de outras áreas para implantação de equipamentos públicos comunitários, sendo que a forma
de pagamento será objeto de regulamentação através de decreto do Poder Executivo.

No parcelamento do solo de interesse social, executado pelo Poder Público ou com


Art. 112 -
a sua interveniência, quando executado pela iniciativa privada, poderão ser admitidos
parâmetros diferenciados definidos pelo Conselho da Cidade quanto à destinação de áreas
públicas e urbanização.

Parágrafo Único. No que se refere às Áreas Especiais de Interesse Social observar-se-á


que a regularização de parcelamento do solo nas Áreas Especiais de Interesse Social I e II
considerará, como padrão, os parâmetros identificados no cadastro de levantamento da área
e aprovados pelo Conselho da Cidade.

A aprovação de projeto de parcelamento do solo ocorrerá no prazo máximo de 90


Art. 113 -
(noventa) dias, a contar da data de apresentação dos projetos urbanísticos e complementares
- quando necessários - desde que, dentro deste prazo, sejam cumpridas todas as
determinações legais, inclusive o licenciamento ambiental.

§ 1º - Na hipótese da necessidade de complementação de documentação ou realização


de diligência, o prazo será contado da data do pleno atendimento da solicitação.

§ 2º - Aprovado o projeto de parcelamento do solo, o interessado deverá submetê-lo ao


Registro Imobiliário dentro de 180 (cento e oitenta) dias, sob pena de caducidade.

Art. 114 -Desde a data de registro do parcelamento do solo no Cartório de Registro de


Imóveis, passam a integrar o domínio do Município as vias e outros equipamentos públicos

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


59/80

urbanos e comunitários constantes do projeto e do memorial descritivo, sem prejuízo da


responsabilidade do empreendedor.

Parágrafo Único. Desde a aprovação do parcelamento do solo, as áreas referidas no


"caput" deste artigo não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, salvo nas
hipóteses de caducidade do ato de aprovação, cancelamento do registro de loteamento ou
alteração do loteamento registrado, nos termos dos arts. 18, 23 e 28 da Lei Federal nº 6.766,
de 19 de dezembro de 1979, e alterações dadas pela Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999.

Seção I
Do Loteamento

Loteamento é a divisão do imóvel em lotes destinados à edificação, com a abertura


Art. 115 -
de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou
ampliação das vias existentes.

Parágrafo Único. Não caracteriza loteamento a execução de vias públicas de circulação,


compreendendo, abertura, prolongamento, modificação ou ampliação - efetivada pelo
Município, de acordo com planos de prioridades, com vistas a dar continuidade a sua malha
viária.

A destinação de área pública, em loteamento, não poderá ser inferior a 35% (trinta e
Art. 116 -
cinco por cento) do total da gleba passível de parcelamento, nem superior a 50% (cinqüenta
por cento), salvo acréscimo no limite máximo por proposta do loteador.

§ 1º - Nas Zonas de Estruturação Urbana de Uso Predominantemente Produtiva, em


loteamentos destinados ao uso industrial, a área mínima a ser destinada a área pública fica
estipulada em 20% (vinte por cento).

§ 2º - Nas áreas destinadas a praças e escolas podem ser implantados outros


equipamentos públicos comunitários, a critério do Conselho da Cidade, desde que não
acarretem ônus ao loteador e que sejam atendidos os requisitos estabelecidos em
regulamentação específica.

É de responsabilidade do loteador a execução e arborização das vias e praças e a


Art. 117 -
execução dos equipamentos públicos urbanos, de acordo com as normas técnicas dos órgãos
competentes, além do fornecimento das placas de denominação de logradouros e das
demarcações de lotes e quadras constantes nos projetos aprovados.

§ 1º - Os equipamentos públicos urbanos deverão ser estendidos até a rede oficial


existente.

§ 2º - Na implantação dos equipamentos referidos no § 1º, toda e qualquer diferença de

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


60/80

custo entre os equipamentos dimensionados para atender a demanda própria do loteamento e


aqueles equipamentos que venham a ser exigidos pelos órgãos municipais, que atendam
também a demanda de outras glebas, será ressarcida ao empreendedor.

§ 3º - Considera-se infra-estrutura básica, os equipamentos urbanos de escoamento das


águas pluviais, iluminação pública, redes de esgotamento sanitários e abastecimento de água
potável e de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação, pavimentadas ou
não.

Art. 118 -O licenciamento das obras de urbanização deve ser requerido no prazo de 180
(cento e oitenta) dias, a contar da data de seu registro imobiliário, sendo que a conclusão
destas deverá observar o prazo máximo de 05 (cinco) anos.

Parágrafo Único. O prazo de execução referido neste artigo poderá ser prorrogado, desde
que o pedido de prorrogação se dê na sua vigência, tantas vezes quantas forem necessárias,
em função de interesse público e a critério do Conselho da Cidade.

Art. 119 -A execução das obras de urbanização será objeto de garantia por parte do loteador,
segundo as modalidades previstas em regulamentação - garantia hipotecária, caução em
dinheiro, em títulos da dívida pública, fiança bancária ou seguro-garantia, em valor equivalente
ao custo das obras -, aceitas pelos órgãos técnicos municipais, salvo na garantia hipotecária,
a qual deverá ser, no mínimo, equivalente a 60% (sessenta por cento) da área dos lotes.

§ 1º - A garantia poderá ser liberada a medida em que forem entregues as obras, desde
que não desfigure a efetiva garantia para o restante das obras.

§ 2º - Não poderão ser dadas em garantia hipotecária às áreas de destinação pública


constantes do projeto de loteamento.

§ 3º - Fica dispensada a prestação de garantia na implantação de loteamentos pelo


Município e pelas Cooperativas Habitacionais Autogestionárias com a anuência do órgão
público responsável pela política habitacional.

§ 4º - A garantia hipotecária poderá ser prestada sob a forma de segunda hipoteca nas
seguintes condições:

I - o valor do bem oferecido para segunda hipoteca deve ser superior ao da dívida
garantida pela primeira hipoteca;

II - comprovação pelo loteador de que a primeira hipoteca vincula-se ao financiamento


para a execução das obras do próprio loteamento e de que haja a anuência da entidade
financeira.

Art. 120 -Verificando que o loteamento não se acha licenciado ou foi executado em
desacordo com os projetos aprovados, o Município notificará o loteador.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


61/80

§ 1º - Desatendida a notificação, poderá o Poder Executivo regularizar o loteamento para


evitar lesões aos seus padrões de desenvolvimento urbano e na defesa dos direitos dos
adquirentes de lotes, na forma do art. 40 e seus parágrafos da Lei Federal nº 6.766, de 19 de
dezembro de 1979, e alterações dadas pela Lei nº 9.785, de 29 de janeiro de 1999,
ressarcindo-se de despesas de implantação de infra-estrutura necessária junto ao loteador,
inclusive por via judicial;

§ 2º - Sem prejuízo de outras penalidades, o Município, através de seus órgãos técnicos


competentes, deverá embargar, às expensas dos proprietários, loteamentos realizados em
desacordo com o traçado, com o regime urbanístico e com os equipamentos urbanos
instituídos em lei.

Art. 121 -No parcelamento do imóvel em lotes destinados prioritariamente ao uso industrial,
permitir-se-á, a critério do Conselho da Cidade, testadas e áreas superiores às estabelecidas
no Anexo 7.2.

Seção II
Do Desmembramento

Art. 122 - Desmembramento é o parcelamento de imóvel em lotes destinados à edificação


com aproveitamento do sistema viário oficial e doação ou não de áreas de destinação pública.
§ 1º - A doação de áreas de destinação pública para equipamentos públicos comunitários
obedecerá os percentuais estabelecidos no Anexo 7.2.
§ 2º - Não ocorrerá a doação de área de destinação pública quando o parcelamento
ocorrer em área inferior a 3.000m2 (três mil metros quadrados) ou em áreas que já tenham
sofrido processos de doação em caso anterior de parcelamento de solo.
§ 2º Não ocorrerá a doação de área de destinação pública quando o parcelamento
ocorrer em área inferior a 10.000 m² ou em áreas que já tenham sofrido processos de doação
em caso anterior de parcelamento de solo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 78/2013)

Desmembramento é o parcelamento de imóvel em lotes destinados à edificação com


Art. 122.
aproveitamento do sistema viário oficial e doação ou não de áreas de destinação pública.

§ 1º A doação de áreas de destinação pública para equipamentos públicos comunitários


obedecerá aos percentuais estabelecidos no Anexo 7.2.

§ 2º Não ocorrerá a doação de área de destinação pública quando o parcelamento


ocorrer em área inferior a 10.000 m² ou em áreas que já tenham sofrido processos de doação
em caso anterior de parcelamento de solo. (Redação dada pela Lei Complementar
nº 78/2013)

§ 3º Estará isento de ceder o percentual de áreas de destinação pública estabelecidas na


tabela 7.2 o desmembramento de até 10 (dez) parcelas com a divisão parcial ou total de uma

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


62/80

área com Registro ou Matrícula individual no Cartório do Registro de Imóveis. (Redação dada
pela Lei Complementar nº 179/2021)

Considera-se desmembramento sem doação de áreas de destinação pública, desde


Art. 123 -
que não implique agravamento do traçado, do regime urbanístico e dos equipamentos urbanos
e comunitários da Zona ou Corredor de Estruturação Urbana-Rural, a critério do Conselho da
Cidade:

I - o parcelamento de imóvel com o objetivo de destacar parte do mesmo que esteja


vinculada às áreas de vedações contidas no art. 109, incisos III, IV e VI, devendo o lote
resultante do desmembramento conter, além da área de vedação, área passível de ocupação
que permita sua sustentabilidade;

II - a divisão amigável ou judicial, bem como a partilha de imóveis, nomeadamente nas


hipóteses de:

a) dissolução da sociedade conjugal;


b) sucessão "causa-mortis".

III - Desmembramento exclusivamente para fins de remembramento em imóvel contíguo,


devendo ser averbado na matrícula do imóvel desmembrado a obrigatoriedade de unificação
conforme processo aprovado na Municipalidade. (Redação acrescida pela Lei Complementar
nº 127/2017)

Parágrafo Único. Do Desmembramento poderão resultar lotes com testada e/ou áreas
inferiores aos padrões estabelecidos, desde que:
I - o lote original tenha sofrido parcelamento anterior a data de aprovação desta lei,
originando no máximo 02 (dois) lotes, sendo que um deles deve atender aos padrões
estabelecidos no Anexo 7.2;
II - um dos lotes originais remembrados não atenda a tais padrões;
III - o remembramento e posterior parcelamento forme lotes com dimensões mais
próximas aos padrões vigentes.

IV - Desmembramento exclusivamente para fins de Dação em Pagamento ao Município,


conforme prevê a Lei nº 1.538 de 13 de maio de 2003.

V - Desapropriação por iniciativa pública. (Redação acrescida pela Lei Complementar


nº 172/2020)

Parágrafo Único - Do Desmembramento poderão resultar lotes com testada e/ou áreas
inferiores aos padrões estabelecidos, desde que:

I - os demais lotes originados atendam aos padrões estabelecidos no Anexo 7.2;

II - um dos lotes originais remembrados não atenda a tais padrões; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 102/2016)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


63/80

Art. 124 -As áreas de destinação pública, a critério do Conselho da Cidade, poderão ser
convertidas em moeda corrente nacional, cujo valor será destinado à aquisição de outras
áreas para implantação de equipamentos públicos comunitários, sendo que a forma de
pagamento será objeto de regulamentação através de decreto do Poder Executivo.

Será permitido o desmembramento de imóvel em Área Especial com o objetivo de


Art. 125 -
destacar parte do mesmo desde que não descaracterize a Área Especial, caso em que as
áreas de destinação pública serão calculadas sobre a parcela destacada.

Art. 126 -É vedado o parcelamento do solo sob a forma de desmembramento na Área


Urbana, em imóveis com testada e área superiores às previstas no Anexo 7.2, ressalvado o
disposto no art. 112.

Seção III
Do Remembramento

Art. 127 - Remembramento é a unificação de lotes destinados à edificação com


aproveitamento do sistema viário oficial.

Parágrafo único. Do Remembramento não poderá resultar lotes com testada e/ou áreas
superiores aos previstos no Anexo 7.2, ressalvado o disposto no art. 112.

Seção IV
Da Edificação no Parcelamento do Solo

Art. 128 -Salvo disposição em contrário, somente será admitida a edificação em imóveis
registrados no Registro Imobiliário.

§ 1º - Os imóveis registrados que não atendam aos padrões urbanísticos do


parcelamento do solo serão considerados edificáveis, desde que tenham frente para via
integrante da malha viária oficial;

§ 2º - Os condomínios por unidades autônomas e edificação que acederem em imóveis


com área superior a 22.500,00 m2 (vinte e dois mil e quinhentos metros quadrados), serão
analisados em especial quanto à estruturação e à mobilidade urbana;

§ 3º - Sempre que os empreendimentos previstos no parágrafo anterior constituírem


impedimento à mobilidade e prejuízos à estruturação urbana, poderá o Município exigir do
empreendedor medidas mitigadoras.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


64/80

Art. 129 A aprovação do Estudo de Viabilidade Urbanística de loteamento ou


-
desmembramento permite, a critério do Conselho da cidade, a aprovação do projeto de
edificação, caso em que o licenciamento da obra é condicionado ao licenciamento do
loteamento ou, quando for o caso, à apresentação da matrícula do lote com destinação pública
em nome do Município, no caso de desmembramento.

Parágrafo Único. Em caso de opção por garantia hipotecária, os lotes ofertados ao


Município serão demarcados previamente no Estudo de Viabilidade Urbanística.

Na Área Urbana é permitida a instituição de condomínio por unidades autônomas,


Art. 130 -
conforme o disposto nos arts. 1º e 8º da Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964,
suas modificações posteriores, em imóvel ou somatório de imóveis com área máxima de
22.500m² (vinte e dois mil e quinhentos metros quadrados).

§ 1º - Não estão sujeitos aos limites estabelecidos nesta Lei os imóveis localizados em
áreas onde a rede viária existente ou projetada, a necessidade de preservação cultural ou a
proteção do ambiente natural desaconselharem a abertura de novas vias, a critério do
Conselho da Cidade, desde que observado o disposto no art. 109.

§ 2º - Na implantação de condomínios por unidades autônomas, aplicam-se os


dispositivos de controle das edificações de acordo com o Anexo 7.3.

§ 3º - Excluem-se do disposto no "caput" e parágrafos deste artigo os condomínios por


unidades autônomas constituídos por apenas duas edificações de habitação unifamiliar, em
cuja instituição deverão ser atendidos apenas os dispositivos de controle das edificações.

§ 4º - A instituição de condomínios por unidades autônomas, na forma do art. 8º, alínea


"a", da Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, poderá ser autorizada, a critério do
Conselho da Cidade, ainda que não contenham os projetos relativos às edificações privativas,
respeitando as condições a serem estabelecidas em regulamentação desta Lei.

Nos imóveis situados na Área Rural, resultantes de parcelamento do solo efetuado


Art. 131 -
sob a modalidade de loteamento ou desmembramento, é permitida:

I - a construção de 02 (duas) economias;

II - a instituição de condomínio por unidades autônomas, na forma do art. 8º, alínea "a",
da Lei Federal nº 4.591/1964, aplicando-se os dispositivos de controle da edificação sobre a
área total do imóvel.

§ 1º - Integram uma economia as moradias do proprietário, do zelador e de empregados,


bem como edificações destinadas a depósito de produtos e de maquinário;

§ 2º - Na implantação de condomínios por unidades autônomas, aplicam-se os


dispositivos de controle das edificações e as normas quanto a sua vedação de acordo com o

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


65/80

Anexo 7.3 e art. 109, respectivamente, devendo ser destinada à área mínima de 20% (vinte
por cento) da gleba como área livre de uso comum, a qual, em caso de transformação em
loteamento, com fins de ocupação urbana, integrará a área de destinação pública;

§ 3º - Não se aplica o disposto no inciso I aos condomínios por unidades autônomas.

As edificações poderão ser licenciadas simultaneamente à execução das obras de


Art. 132 -
urbanização, condicionado o fornecimento da Carta de Habitação ou "Habite-se" à conclusão
das obras vinculadas ao cronograma aprovado.

Parágrafo Único. Os lotes hipotecados ao Município em garantia de obras de urbanização


não poderão ser objeto de aprovação de projeto de edificação.

Seção V

DO CONDOMÍNIO DE LOTES

Subseção I - Das Disposições Gerais

Art. 132-A Para os fins do estabelecido neste Capítulo, considera-se condomínio de lotes o
empreendimento imobiliário urbano que apresenta as seguintes características, observados o
art. 1.358-A do Código Civil, o art. 2º, § 7º e o art. 4º, § 4º da Lei nº 6.766/79:

a) Perímetro fechado;
b) Acesso restrito;
c) Relações entre os proprietários reguladas pelas disposições da Lei nº 4.591, de 16
dezembro de 1964, e pelo Código Civil;
d) Propriedade conjunta, não podendo ter sua área formalmente subdividida;
e) Divisão do imóvel em unidades autônomas e área de uso comum;
f) Infraestrutura básica, os equipamentos urbanos de escoamento das águas pluviais,
iluminação pública, redes ou estações de tratamento de esgoto sanitário e abastecimento de
água potável, de energia elétrica pública e domiciliar e as vias de circulação pavimentadas ou
não;
g) Lote privativo, constituído sob a forma de unidade imobiliária integrante de condomínio
de lotes, com a fração ideal composta de área privativa e área comum, cujas dimensões
estejam de acordo com os limites e parâmetros estabelecidos nesta Lei Complementar e seus
anexos;
h) Área de uso comum: 20% do total da área útil nos condomínios de lotes de uso
residencial, sendo subdividida em área ecológica, área de recreação e lazer e vias de
circulação de veículos e pedestres. Nos condomínios de lotes de uso exclusivamente
industrial, a área de uso comum fica a critério do empreendedor e responsável técnico.
i) Área ecológica, áreas de uso comum com objetivo de preservação da fauna e da flora,
possíveis de serem utilizadas como bosques, pomar, horta e/ou jardins, priorizando manter a
vegetação nativa e permitindo a construção de estruturas de apoio a estes fins;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


66/80

j) Áreas de recreação e lazer são destinadas à construção de estruturas para as


atividades recreativas e de lazer de uso comum do condomínio de lotes;
k) Via de circulação, com acesso restrito oferece acesso às unidades autônomas e
compreende a área comum, não sendo considerada como área pública;

Art. 132-BA disciplina dos condomínios de lotes no território do Município de Rio Negrinho tem
por objetivos:

a) Garantir que a regulação da moradia condominial em modo fechado gere investimento


no Município para manter a qualidade de vida e as funções sociais da cidade e da
propriedade urbana;
b) Orientar o desenvolvimento e expansão urbanos;

Art. 132-C Os condomínios de lotes deverão observar:

a) Às determinações desta Lei Complementar, especialmente seu zoneamento e


disposições específicas;
b) Às nascentes e aos cursos d`água existentes;
c) Às características geotécnicas e à topografia do terreno com a mínima movimentação
de terra, cortes e aterros;
d) Às necessidades de conservação das condições hidrológicas originais das bacias e
alternativas de amortecimento da vazão pluvial;
e) À uma arborização e ajardinamento com espécies nativas, minimizando a supressão
da vegetação existente.

Art. 132-D Ficam vedados os condomínios de lotes:

a) Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, exceto nas situações em que as


edificações e acessos não se localizem em área inundável;
b) Em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento); exceto por
viabilidade comprovada por projeto complementar.
c) Em terrenos suscetíveis à ocorrência de deslizamentos ou processos geológicos ou
hidrológicos correlatos, sem exceções;
d) Em terrenos situados fora do alcance dos equipamentos urbanos e infraestruturas,
especialmente das redes públicas de abastecimento de água potável e de energia elétrica,
salvo quando implantadas soluções sob responsabilidade do empreendedor;
e) Em terrenos que não possuam frente para logradouros públicos oficiais.
f) Em terrenos situados em áreas onde a poluição impeça condições sanitárias
suportáveis, até a sua correção comprovada por laudo técnico;
g) Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem que
sejam previamente saneados, comprovado por laudo técnico;
h) Nos zoneamentos ZEU-IP 01, 02 e 03, ZEU-CH, AE-II 01, AE-IHC 01 e AE-IHC 02,
CEU-CSDA CRE/ CEU CSDNA CRE, CEU UPP CRE são vedados todos os tipos de
condomínio de lotes.
i) Nos zoneamentos CEU-UPP CRH e ZEU UPP CRH são vedados os condomínios de
lotes de uso residencial, sendo possível a implantação de condomínio de lotes de uso

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


67/80

exclusivamente industrial.
i) Na área rural são vedados todos os tipos de condomínio de lotes.

Poder Executivo Municipal não terá responsabilidade pela manutenção e prestação


Art. 132-E
de qualquer serviço nas áreas internas do condomínio de lotes.

Art. 132-F Os procedimentos, documentos e etapas necessários para o licenciamento de


condomínios de lotes serão definidos pelo Código de Edificações e Parcelamento do Solo ou
outro que vier a sucedê-lo.

Subseção II - Requisitos Dos Condomínios de Lotes

Art. 132-G O condomínio de lotes deverá atender aos seguintes requisitos urbanísticos:

a) Resultar em unidades autônomas, com áreas privativas e áreas comuns com


dimensões de acordo com os parâmetros estabelecidos para a zona em que se situe;
b) As edificações residenciais das unidades autônomas dos condomínios de lotes devem
possuir afastamento mínimo de 1,50 das divisas com o lote confrontante, quando a parede da
edificação possuir aberturas, ou possuir parede cega na divisa com o confrontante, seja o
confrontante lote integrante do condomínio ou não.
c) O afastamento mínimo entre edificações de unidades residenciais distintas deverá ser
de 3,00m, quando possuírem aberturas.
d) Possuir vias de circulação internas;
e) Reservar faixa não edificável em toda e qualquer diretriz viária prevista na legislação
urbanística do Município e nas faixas de domínio público de rodovias e dutos, conforme as
disposições constantes em legislação específica aplicável;
f) Considerar as áreas de preservação permanente existentes no terreno, observando a
legislação aplicável;
g) Ter acesso por via oficial e entrada controlada.
h) Nos casos de condomínio de lotes de uso residencial, ter área de uso comum de 20%
do total da área útil, sendo subdividida em área ecológica, área de recreação e lazer e vias de
circulação de veículos e pedestres.
i) Nos condomínios de lotes de uso exclusivamente industrial, as áreas de uso comum
ficam a critério do empreendedor e responsável técnico, sendo isentos de área ecológica e
área de recreação e lazer.

Art. 132-HAs unidades autônomas dos condomínios de lotes corresponderão a frações ideais
da área total do terreno, respectivas a cada unidade habitacional.

Art. 132-I Fica vedado o condomínio de lotes, além do disposto no art. 132-D:

a) Que não estiver de acordo com zoneamento previsto nesta Lei Complementar,
especialmente com os objetivos da zona onde se localizará o empreendimento;
b) Se não forem observados os parâmetros urbanísticos previstos no Anexo 7.4.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


68/80

c) Se gerar qualquer tipo de obstrução sobre vias públicas, existentes ou projetadas.

Art. 132-J Na hipótese de desmembramento futuro de parte ou de todo um condomínio de


lotes, aplicar-se-ão todas as disposições sobre parcelamento do solo vigentes na esfera
Municipal, estadual e federal.

Subseção III - Das áreas Ecológicas e de Recreação e Lazer do Condomínio de Lotes


Residencial

Art. 132-K As áreas de uso comum compreendem o mínimo de 20% do total da área útil,
sendo subdividida em área ecológica, área de recreação e lazer e vias de circulação de
veículos e pedestres.

Art. 132-L Nas áreas de uso comum do condomínio serão exigidos no mínimo:

a) área ecológica: 10% (dez por cento) da área total destinada ao uso comum;
b) área de recreação de lazer: 10% (dez por cento) da área total destinada ao uso
comum;
c) Depósito para coleta de lixo com dimensões mínimas de 0,30x0,30 metros por unidade
habitacional até o limite de 9,00 m² (nove metros quadrados);
d) Acesso externo ao condomínio ao leitor de energia elétrica, hidrômetros e depósito de
lixo para coleta, conforme normas das concessionárias;
e) Área de manobra na parte externa ao condomínio para atendimento do serviço público
de coleta de lixo.

§ 1º As áreas de preservação permanente (APP) podem ser consideradas nos


percentuais mínimos apenas das áreas ecológicas, desde que cumpram a função ecológica.

Subseção IV - do Sistema Viário e da Infraestrutura

NO CONDOMÍNIO DE LOTES

Art. 132-M O condomínio de lotes deverá ter:

a) Vias harmonizadas com a topografia local;


b) Portão de acesso e guarita com recuo mínimo de 5 m (cinco metros) da via pública,
criando área para fluxo de acesso e estacionamento, para até 20 unidades privativas;
c) Portão de acesso e guarita com recuo mínimo de 10 m (dez metros) da via pública,
criando área para fluxo de acesso e estacionamento para visitantes, ou com portão secundário
para acesso, para condomínio de lotes acima de 20 unidades privativas.
d) Passeios nas vias internas que garantam acessibilidade;
e) Fechamentos no alinhamento frontal do condomínio e nas divisas com altura máxima
de 2,50m (dois metros e cinquenta centímetros), ressalvado quando tratar-se de muro de

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


69/80

arrimo;
e) Bolsões para manobras veiculares ao final das vias internas.

Art. 132-NFicam os condomínios de lotes obrigados a executar as seguintes obras de


infraestrutura mínima, custeadas pelo empreendedor:

a) Implantação do sistema interno de vias de circulação com drenagem;


b) Execução das obras de consolidação e arrimo para a adequada conservação das ruas
implantadas, considerando as condições geológicas e topográficas do terreno;
c) Implantação da rede de abastecimento de água potável para cada unidade e áreas
comuns;
d) Implantação da rede de energia elétrica para cada unidade e áreas comuns;
e) Iluminação nas áreas comuns;
f) Implantação do sistema de coleta de esgoto sanitário coletivo que atenda à demanda
de ocupação prevista para o condomínio, comprovada por memorial de cálculo.

§ 1º As redes individualizadas de drenagem pluvial e de esgoto sanitário deverão ser


estendidas até o ponto de conexão existente, compatível e planejado pelo órgão competente
ou concessionária dos serviços.

O acesso de veículos ao estacionamento coletivo ou garagem das unidades deverá


Art. 132-O
ser sempre feito por meio de vias privativas e internas.

Art. Deverão ser atendidas as seguintes dimensões mínimas de vias internas do


132-P
condomínio de lotes:

a) No mínimo 5,00m (cinco metros) de pista e 1,20m de faixa livre (um metro e vinte
centímetros) no passeio.
b) Existindo unidades privativas dos dois lados da via, deverão ser previstos passeios em
ambos os lados da via privativa.
c) Nos casos em que houver faixa de serviços no passeio, deverá ser adicionado uma
faixa de no mínimo 80 cm, observando as normas de acessibilidade.
d) Em vias internas sem saída, será necessário balão de retorno com diâmetro mínimo de
10 metros;

Art. Além da implantação da infraestrutura mínima, será de responsabilidade do


132-Q
empreendedor a execução e o custeio de:

a) Demarcação das áreas privativas, vias de circulação, áreas ecológicas e de recreação


e lazer, e das áreas não edificáveis;
b) Terraplanagem do condomínio, conforme projeto de movimentação de terra;
c) Pontes e obras de contenção internas ao condomínio;
d) Arborização e ajardinamento das vias e áreas ecológicas conforme aprovação do
órgão competente do Município; (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 172/2020)

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


70/80

Seção V
Da Regularização Fundiária (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 110/2016)
(revogado Pela Lei Complementar nº 155/2019)

Art. 132-A A regularização fundiária em terras particulares, prevista na Lei nº 11.977 de 7 de


julho de 2009, que não apresentam caráter social e destinam-se à regularização de
loteamentos ou parcelamentos que se encontrem em situação irregular quanto ao seu registro,
implantados ou posteriormente à vigência da Lei Federal nº 6.766/1979, compreende:
(Regulamentado pela Lei Complementar nº 113/2016)
I - Áreas Especiais de regularização fundiária de interesse específico, regulamentada
pelos artigos 61 e 62 da Lei nº 11.977/2009.
§ 1º Serão consideradas áreas passíveis desta modalidade de regularização glebas com
efetiva ocupação posterior à Lei nº 6.766/1979, fora de AEIS, implantados e integrados à
cidade, ocupados por população que não é predominantemente de baixa renda;
assentamentos consolidados posteriores à Lei nº 6.766/1979, parcialmente implantados e
mesmo que não integrados à cidade, mas com destinação urbana.
§ 2º A aprovação dos projetos de regularização fundiária de interesse específico será
regrada por legislação específica. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 110/2016)
(Revogado pela Lei Complementar nº 155/2019)

PARTE IV
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO

TÍTULO I
DO SISTEMA MUNICIPAL DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO AMBIENTAL - URBANO E
RURAL

Fica criado o Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental - Urbano e


Art. 133 -
Rural como um processo contínuo, dinâmico, flexível e participativo, que tem como objetivos:

I - criar canais de participação da sociedade na gestão municipal;

II - garantir o gerenciamento eficaz direcionado à melhoria da qualidade de vida;

III - instituir um processo permanente e sistematizado de atualização do Plano Diretor de


Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural.

O Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental -Urbano e Rural atua


Art. 134 -
nos seguintes níveis:

I - nível de formulação de estratégias, das políticas e de atualização permanente do Plano


Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural;

II - nível de gerenciamento do Plano, de formulação e aprovação dos programas e

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


71/80

projetos para a sua implementação;

III - nível de monitoramento e controle dos instrumentos de aplicação e dos programas e


projetos aprovados.

TÍTULO II
DOS COMPONENTES DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO

CAPÍTULO I
DA ESTRUTURA E DAS ATRIBUIÇÕES DOS COMPONENTES

As atividades do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental - Urbano


Art. 135 -
e Rural serão apoiadas pelas estruturas dos órgãos integrantes do processo, que deverão
contemplar especialmente as seguintes atividades:

I - apoio técnico de caráter interdisciplinar, com a finalidade de orientar ou realizar os


estudos e pesquisas necessários à execução da atividade de planejamento;

II - informações técnicas atinentes ao desenvolvimento urbano do Município;

III - planejamento urbano vinculado à Administração Pública Municipal.

Parágrafo Único. Integram o Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental -


Urbano e Rural os órgãos da Administração Direta e Indireta, bem como o Conselho da
Cidade.

São atribuições do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental -


Art. 136 -
Urbano e Rural:

I - elaborar e coordenar a execução integrada de planos, programas e projetos,


promovendo sua viabilização junto ao processo de elaboração do orçamento municipal;

II - informar e orientar acerca de toda e qualquer legislação urbanística e ambiental


municipal;

III - estabelecer fluxos permanentes de informação entre as suas unidades componentes,


a fim de facilitar o processo de decisão;

IV - aplicar a legislação do Município atinente ao desenvolvimento urbano ambiental,


estabelecendo interpretação uniforme;

V - monitorar a aplicação do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e


Rural com vistas à melhoria da qualidade de vida;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


72/80

VI - promover, a cada gestão administrativa, uma Conferência Municipal de Avaliação do


Plano Diretor, sendo que a primeira deverá ocorrer no terceiro ano após a publicação desta
Lei.

Art. 137 -O Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental - Urbano e Rural é


gerenciado pela Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente ou quem vier a
sucedê-la, à qual compete:

I - estabelecer as diretrizes do desenvolvimento urbano ambiental, planejar e ordenar o


uso e ocupação do solo do Município de Rio Negrinho, através da elaboração, monitoramento
e revisão de planos, programas e projetos, visando a sua permanente atualização;

II - consolidar e organizar as informações essenciais ao processo de desenvolvimento do


Município;

III - gerenciar a normatização necessária ao planejamento ambiental urbano-rural;

IV - articular políticas e ações com os demais órgãos municipais e com outros


organismos governamentais e não-governamentais, estabelecendo formas de integração entre
os participantes do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental - Urbano e Rural;

V - implementar programas e projetos através da aplicação dos instrumentos de


ordenação do solo e da promoção de convênios ou acordos públicos e/ou privados;

VI - definir os valores anuais do Solo Criado.

VII - exercer as competências municipais de fiscalização e licenciamento ambiental,


através de agentes públicos devidamente habilitados e em número compatível com a
demanda dos serviços, pertencentes ao quadro de servidores municipais ou por meio de
consórcio público. (Redação acrescida pela Lei Complementar nº 147/2018)

Art. 138 - Para dar suporte à decisão técnico-administrativa serão criadas Comissões
Técnicas vinculadas à estrutura do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental -
Urbano e Rural, com características diferenciadas segundo seu objeto:

I - Comissões Específicas, de caráter permanente, integradas por diversos órgãos da


Administração Municipal, tendo por atribuições o exame e deliberação de matérias relativas
aos empreendimentos objeto de Projetos Especiais que não envolvam Operações Ajustadas,
nos termos dos art. 46 e seguintes desta Lei;

II - Comissões de Análise Urbanística e Gerenciamento, integradas por órgãos da


Administração Municipal e entidades externas, com a atribuição de analisar os Projetos
Especiais objeto de Operações Ajustadas.

Parágrafo Único. Qualquer deliberação das Comissões de que trata o inciso I admite
recurso pelo empreendedor ao Conselho da Cidade.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


73/80

CAPÍTULO II
DO CONSELHO DA CIDADE
(Vide Regimento Interno - Decreto nº 9602/2008)

Art. 139 -O órgão de integração do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental


Urbano e Rural é o Conselho da Cidade, que tem por finalidade propor, avaliar e validar
políticas, planos, programas e projetos de desenvolvimento ambiental urbano-rural, ao qual
compete:

I - zelar pela aplicação da legislação municipal relativa ao planejamento e


desenvolvimento ambiental, propor e opinar sobre a atualização, complementação, ajustes e
alterações do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural;

II - promover debates sobre os planos e projetos que incidam na Gestão do


Planejamento;

III - propor, discutir e deliberar sobre os planos e projetos relativos ao desenvolvimento


ambiental urbano e rural;

IV - receber e encaminhar para discussão matérias oriundas de setores da sociedade


que sejam de interesse coletivo;

V - propor ao Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental Urbano e Rural a


elaboração de estudos sobre questões que entender relevantes;

VI - instalar comissões para assessoramento técnico compostas por integrantes do


Conselho da Cidade, podendo-se valer de órgãos componentes do Sistema Municipal de
Gestão do Planejamento Ambiental - Urbano e Rural, bem como de colaboradores externos;

VII - zelar pela integração de políticas setoriais que tenham relação com o
desenvolvimento ambiental urbano e rural do Município;

VIII - propor a programação de investimentos com vistas a assessorar a implantação de


políticas de desenvolvimento ambiental urbano e rural para o Município;

IX - aprovar Projetos Especiais, bem como indicar alterações que entender necessárias;

X - propor critérios e parâmetros para avaliação de Projetos Especiais;

XI - aprovar a metodologia para definição do valor do Solo Criado;

XII - aprovar os valores anuais do Solo Criado;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


74/80

XIII - aprovar os planos de aplicação dos recursos do Solo Criado destinados para o
desenvolvimento urbano, prioritariamente à política habitacional.

Art. 140 - O Conselho da Cidade será presidido pelo titular da Secretaria Municipal de
Planejamento e Meio Ambiente, ou outro órgão que vier substituí-la, e constituído por 12
(doze) membros titulares indicados entre os membros do executivo Municipal e da sociedade
civil organizada e seus respectivos suplentes, todos nomeados por decreto do Executivo
Municipal, a saber:

I - Representante da Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente;

II - Representante da Secretaria Municipal de Habitação;

III - Representante da Secretaria Municipal de Agricultura;

IV - Representante da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo;

V - Representante da Associação Empresarial de Rio Negrinho - ACIRNE;

VI - Representante do Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio Negrinho - CDL;

VII - Representante das Associações de Moradores de Bairro;

VIII - Representante dos Clubes de Serviços;

IX - Presidente da Câmara Comunitária de Promoção Econômica;

X - Presidente da Câmara Comunitária de Qualificação Ambiental;

XI - Presidente da Câmara Comunitária de Acessibilidade e Mobilidade;

XII - Presidente da Câmara Comunitária de Produção Físico-territorial da Cidade.

§ 1º - O mandato dos membros do Conselho será de 02 anos com término a cada dia 31
de dezembro do ano subseqüente ao da sua nomeação, podendo ser reconduzido por mais
um mandato.

§ 2º - O primeiro mandato dos membros do Conselho iniciar-se-á 90 (noventa) dias após


a vigência desta Lei, e, terá como término o dia 31 de dezembro do ano subseqüente ao da
sua nomeação, podendo ser reconduzido por mais um mandato.

Art. 141 - O Conselho da Cidade terá os seguintes órgãos:

I - Câmaras Comunitárias Setoriais;

II - Secretaria Executiva;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


75/80

III - Assessoria Técnica Permanente.

§ 1º - As câmaras comunitárias setoriais de que trata o inciso I do artigo anterior, criadas


com objetivo precípuo de assessorar nas decisões do Conselho, serão constituídas por 02
(dois) representantes das seguintes entidades, sendo 01 (um) titular e 01 (um) suplente,
facultada a indicação de 02 (dois) titulares e 02 (dois) suplentes quando a entidade tiver
representantes em duas câmaras comunitárias setoriais, na forma a seguir disposta:

I - Câmara Comunitária de Promoção Econômica:

a) Associação Empresarial de Rio Negrinho - ACIRNE;


b) Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio Negrinho - CDL;
c) Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo;
d) Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente;
e) Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Construção e Mobiliário de Rio
Negrinho;
f) Associação Catarinense de Reflorestadores;
g) Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Rio Negrinho - SINDICOM;
h) Sindicato dos Produtores Rurais de Rio Negrinho
i) Representante de Universidade/Faculdade/Ensino Técnico com curso(s) vinculado(s) à
área econômica presente(s) no município de Rio Negrinho;
j) Representante das Associações de Moradores de Rio Negrinho;

II - Câmara Comunitária de Qualificação Ambiental:

a) Consórcio Ambiental Quiriri;


b) Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina - FATMA;
c) Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente;
d) EPAGRI;
e) Secretaria Municipal de Agricultura;
f) Representante de Universidade/Faculdade/Ensino Técnico com curso(s) vinculado(s) à
área ambiental presente(s) no município de Rio Negrinho;
g) Associação Empresarial de Rio Negrinho - ACIRNE;
h) Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Rio Negrinho - SAMAE;
i) Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Rio Negrinho - COMDEMA;
j) Associação de Engenheiros e Arquitetos do Planalto Norte Catarinense - AEAPLAN.

III - Câmara Comunitária de Acessibilidade e Mobilidade:

a) Empresa Concessionária de Transporte Coletivo Urbano;


b) Conselho Municipal de Transporte e Trânsito - CMTT;
c) Policia Militar do Estado de Santa Catarina;
d) Corpo de Bombeiros de Rio Negrinho;
e) Sindicato dos Transportadores de Cargas do Planalto Norte - SINDIPLAN;
f) Representante dos Taxistas de Rio Negrinho;

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


76/80

g) Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio Negrinho - CDL;


h) Associação Empresarial de Rio Negrinho - ACIRNE;
i) Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente de Rio Negrinho;
j) Polícia Rodoviária Federal.

IV - Câmara Comunitária de Produção Físico-Territorial da Cidade:

a) Secretaria Municipal de Planejamento e Meio Ambiente;


b) Secretaria Municipal de Habitação;
c) Câmara de Dirigentes Lojistas de Rio Negrinho - CDL;
d) Associação Empresarial de Rio Negrinho - ACIRNE;
e) Consórcio Ambiental Quiriri;
f) Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Rio Negrinho - COMDEMA;
g) Associação de Engenheiros e Arquitetos do Planalto Norte Catarinense-AEAPLAN;
h) Cartório de Registro de Imóveis de Rio Negrinho;
i) Associação de Moradores do Distrito de Volta Grande;
j) Representante das Associações de Moradores da sede de Rio Negrinho.

§ 2º - Caberá à Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente proporcionar a estrutura


necessária ao funcionamento do Conselho e de suas Câmaras Comunitárias Setoriais.

§ 3º - O funcionamento do Conselho da Cidade e de suas Câmaras Comunitárias


Setoriais será disciplinado por decreto do Poder Executivo.

PARTE V
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 142 -Salvo disposição em contrário, serão examinados, de acordo com a legislação
vigorante à época de sua protocolização, os processos administrativos de projeto de
edificação e licenciamento de construção, respeitando o prazo para o início das obras, bem
como o projeto de parcelamento do solo e das suas edificações aprovadas.

§ 1º - As modificações de projeto de edificação e de parcelamento do solo cujas obras


foram iniciadas serão examinadas de acordo com a legislação em vigor na data de sua
aprovação.

§ 2º - Obra iniciada é aquela cujas fundações estejam sendo executadas ou concluídas


de forma tecnicamente adequada à edificação licenciada.

§ 3º - Os Alvarás de Licença para construção ou Viabilidades Urbanísticas e de


Edificação concedidas terão validade de 12 (doze) meses, exceto quando ocorrer modificação
de traçado do Plano Diretor de Desenvolvimento Ambiental - Urbano e Rural que incida sobre
o imóvel objeto do alvará ou viabilidade.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


77/80

§ 4º - Os projetos de edificação e licenciamento de construções, anteriores a publicação


desta Lei, manterão a validade e o prazo para início de obras, por 12 meses após a entrada
em vigência desta Lei Complementar.

Art. 143 -Fica definido o prazo máximo de 01 ano após a vigência desta Lei para a
elaboração de programas, planos, projetos e regulamentações definidas nesta Lei.

Art. 144 - Serão objeto de lei as matérias que tratem de:

Serão objeto de Lei, com o aval do Conselho da Cidade, as matérias que tratem de:
Art. 144 -
(Redação dada Lei Complementar nº 49/2009)

I - alteração na concepção do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental -


Urbano e Rural;

II - instituição de incentivos fiscais e tributários, bem como o estabelecimento de penas


pecuniárias;

III - criação, modificação ou extinção de Macrozonas e Unidades de Estruturação Urbana


e Rural;

IV - instituição e supressão de Áreas Especiais, à exceção das Áreas Especiais de


Interesse Social I e II;

V - alteração e definição de regime urbanístico;

VI - alteração nos tamanhos de lote, quarteirões e percentual de áreas de destinação


pública em parcelamento do solo;

VII - definição da participação da comunidade, de acordo com o art. 5º;

VIII - instituição de Áreas Especiais de Interesse Social I e II, bem como definição do
regime urbanístico, nos termos do art. 59, para Áreas Especiais de Interesse Social I, II e III;

IX - ajuste nos dispositivos de controle das edificações no que se refere á revisão e


classificação dos usos;

X - alterações dos limites das Áreas Especiais de Interesse Cultural conforme § 1º do art.
72;

XI - revisão de padrões do Anexo 8. (Redação acrescida Lei Complementar nº 49/2009)

Serão objeto de decreto do Poder Executivo, com aval do Conselho da Cidade, as


Art. 145 -
matérias que tratem de:

I - regulamentação do Sistema Municipal de Gestão do Planejamento Ambiental Urbano e

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


78/80

Rural e criação de comissões técnicas;

II - regulamentações referentes a parcelamento do solo e a obras em geral,


especificamente:

a) padrões para equipamentos comunitários e sua proporcionalidade em face da


densidade;
b) padrões para projetos e execução de obras referentes a pavimentação, posteamento e
arborização das vias de circulação e tratamento de praças;
c) conversão em moeda corrente das áreas de destinação pública conforme art. 124
desta Lei;
d) instituição de Áreas Especiais de Interesse Social I e II, bem como definição do regime
urbanístico, nos termos do art. 59, para Áreas Especiais de Interesse Social I, II e III;
d) parâmetros e critérios de monitoramento não constantes nesta Lei; (Redação dada Lei
Complementar nº 49/2009)
e) ajuste nos dispositivos de controle das edificações no que se refere a revisão e
classificação dos usos;
f) alterações dos limites das Áreas Especiais de Interesse Cultural conforme § 1º do art.
7.2;
g) parâmetros e critérios de monitoramento não constantes nesta Lei;
h) revisão de padrões do Anexo 8.

Art. 146 - Serão objeto de Resolução do Conselho da Cidade as matérias que versem sobre:

I - ajustes no traçado das vias e dos equipamentos constantes do Plano Diretor de


Desenvolvimento Ambiental Urbano e Rural, inclusão de novas vias e novos equipamentos,
dimensionados e localizados de acordo com os padrões determinados em lei;

II - padrões especiais de vagas para guarda de veículos referentes a atividades com


características diferenciadas, nos termos do art. 103;

III - aprovação dos Projetos de Revitalização;

IV - conceituação de atividades;

V - definição de critérios e parâmetros para análise de Projetos Especiais;

VI - regulamentação dos elementos que equipam o espaço público, assim como a


definição de critérios gerais para a sua implantação;

VII - regulamentação dos padrões e parâmetros de projetos para condomínios por


unidades autônomas.

Fica estabelecido o prazo máximo de 90 (noventa) dias após a entrada em vigência


Art. 147 -
desta Lei para o Poder Executivo colocar à venda o Solo Criado.

Art. 148 -

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


79/80

Art. 148 - Por Lei municipal específica o Poder Executivo poderá:

I - instituir o direito de preempção, delimitando as áreas em que incidirá, conforme art. 25


e 26 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001;

II - delimitar a(s) área(s) para aplicação de operações consorciadas, conforme art. 32,33
e 34, todos da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001;

III - autorizar o proprietário de imóvel urbano, privado ou público, a exercer em outro


local, ou alienar, mediante escritura pública, o direito de construir nos termos do art. 35 da Lei
Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

Art. 149 - O Poder Executivo publicará anualmente, em jornal de divulgação oficial do


município, relação contendo todas as leis, decretos, resoluções, pareceres interpretativos e
atos administrativos normativos os quais, estando em vigor, disponham sobre as edificações
ou parcelamento do solo em Rio Negrinho.

Parágrafo Único. Sempre que ocorrer a edição de nova norma das espécies acima
relacionadas, haverá a publicação da mesma, na íntegra, em jornal de divulgação oficial do
município, sem prejuízo do disposto no "caput" deste artigo.

Art. 150 - O Poder Executivo promoverá e publicará, em jornal de divulgação oficial do


município, a consolidação de todas as normas vigentes no Município que disponham sobre
tramitação, aprovação e licenciamento de projetos de edificação e parcelamento do solo.

Parágrafo único. A primeira publicação de que trata o "caput" deste artigo ocorrerá no
prazo de até 180 (cento e oitenta) dias da vigência desta Lei, sendo que, posteriormente, será
promovida e publicada, anualmente, a consolidação das alterações subseqüentes.

Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de 90 (noventa) dias a contar da


Art. 151 -
sua publicação.

Parágrafo Único. O Poder Executivo regulamentará, no prazo de 45 (quarenta e cinco)


dias contados a partir da data da vigência desta Lei, o processo administrativo referente à
edificação e parcelamento do solo.

Art. 152 - Revogam-se as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE RIO NEGRINHO, 10 DE OUTUBRO DE 2006.

ABEL SCHROEDER
Prefeito Municipal

OSMAIR BAIL
Secretário de Administração e Recursos Humanos

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40


80/80

PEDRO LATOCHESKI
Secretário de Ações Governamentais e Serviços Públicos

ANITA MEISTER RASCHKE


Secretária de Educação

NELSON BOGO
Secretário da Família e Desenvolvimento Comunitário

MARLENE TEREZINHA PSCHEIDT


Secretária de Saúde

DIVA SALETE KUPITZKI


Secretária de Habitação

ALCIDES GROHSKOPF
Secretário de Agricultura

LUIZ ALBERTO WIESE


Secretário de Finanças

ADEMIR HUBNER
Secretário de Indústria, Comércio e Turismo

GELÁSIO SEHNEM
Secretário de Infra-Estrutura

RUBENS MUHLBAUER
Secretário de Planejamento e Meio Ambiente

Registrada e publicada a presente Lei no átrio desta Prefeitura Municipal, em 10 de outubro de


2006.

Ana Damaris Tomelin Andryeiak


Diretora do Depto. de Patrimônio e Serviços Gerais, da Secretaria de Administração e
Recursos Humanos.

LeisMunicipais.com.br - Lei Complementar 35/2006 (http://leismunicipa.is/dspig) - Gerado em: 12/11/2023 11:00:40

Você também pode gostar