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PMSBI Preliminar –

TOMO II B: Diagnóstico Técnico- Participativo


dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo
das Águas Pluviais e de Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos
Fevereiro, 2023
1
Prefeitura Municipal de Salvador

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas


SEINFRA

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO INTEGRADO


DE SALVADOR

PMSBI Preliminar

Salvador/BA

Fevereiro, 2023

2
PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 842/2018 - SEINFRA
LICITAÇÃO Nº 003/2019 - SEINFRA
CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL SEINFRA - Nº 001/2019
CONTRATO Nº 002/2020 - SEINFRA
ORDEM DE SERVIÇO Nº 001/2020

Primeira versão do PMSBI Preliminar apresentado pelo Consórcio


CSB Consórcio Ltda. para a Secretaria Municipal de Infraestrutura e
Obras Públicas de Salvador, como parte integrante do Plano
Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador.

Revisão Data Assunto Visto


REV00 Emissão inicial.

Salvador/ BA
Fevereiro, 2023

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


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PREFEITURA MUNICIPAL DE SALVADOR
Prefeito
Bruno Soares Reis

Vice-Prefeita
Ana Paula Andrade Matos Moreira

SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA E OBRAS PÚBLICAS


Secretário
Luiz Carlos de Souza
Júlio César dos Santos

Diretoria de Saneamento
Adolfo Luz Moreira Filho

Gerência de Saneamento
Mauricio Assis

Equipe de Acompanhamento e Fiscalização da SEINFRA


Emanuel Mendonça – Engenheiro Civil, M.Sc. Saneamento e Meio Ambiente
Gabriela Vieira de Toledo – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Meio Ambiente, Águas
e Saneamento
Maria Thereza Macieira Fontes – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Engenharia
Ambiental Urbana
Tereza Rosana Orrico Batista – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Energia e Meio
Ambiente

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


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Comissão Executiva do Plano Municipal de Saneamento Básico - CEXEC
Decreto Municipal nº 34.256 de 10 de agosto de 2021
Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência – SECIS
João Resch Leal (titular)
Ivan Euler Pereira de Paiva (suplente)

Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas - SEINFRA


Roberto Oliveira do Bomfim Júnior (titular)
Ivsa Marcia F. Brasileiro da Silveira (suplente)

Secretaria Municipal de Manutenção da Cidade – SEMAN


Romário Tadeu dos Santos (titular)
Nilo Correia Maciel (suplente)

Superintendência de Obras Públicas do Salvador –SUCOP


Terezinha Alves Ribeiro (titular)
Rita de Cássia Leal Santana Sales (suplente)

Agência Reguladora e Fiscalizadora de Serviços Públicos de Salvador – ARSAL


Rilda Francelina Mendes Bloisi (titular)
- (suplente)

Empresa de Limpeza Urbana do Salvador – LIMPURB


Maria de Fátima Barreto da Silva (titular)
Thiago Figueiredo de Oliveira (suplente)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


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CSB CONSÓRCIO LTDA:
CONCREMAT ENGENHARIA E TECNOLOGIA S.A
SANEANDO PROJETOS DE ENGENHARIA E CONSULTORIA LTDA
BRENCORP CONSULTORIA EM MEIO AMBIENTE LTDA

Coordenação Geral
Ediane Rosa – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Engenharia: Energia, Ambiente e
Materiais

Coordenação Técnica de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário


Luiza de Andrade Berndt – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Especialista em Monitoramento de
Recursos Hídricos

Coordenação Técnica de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos


Paulo Gonçalves dos Santos Filho - Engenheiro Civil, Mestre em Finanças

Coordenação Técnica de Drenagem Urbana e Manejo de Pluviais


Ediane Rosa – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Engenharia: Energia, Ambiente e
Materiais

Coordenação Técnica Social


Ângela Patrícia Deiró Damasceno - Socióloga, Mestre em Engenharia Ambiental Urbana e
Doutora em Sociologia
Joice de Jesus Moraes – Assistente Social, MBA em Gestão de Projetos

Equipe Técnica
Engenheiro Sanitarista, Advogado, Mestre e
Aurélio Pessôa Picanço
Doutor em Hidráulica e Saneamento
Engenheira Civil, Sanitarista e Ambiental,
Lívia Duca de Lima Especialista em Avaliação de Impactos e
Recuperação de Áreas Degradadas
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista
Udson Renan Silva em Gestão de Recursos Hídricos e Mestre em
Meio Ambiente, Águas e Saneamento
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista
Renan Michelucci dos Santos
em Infraestrutura de Saneamento Básico
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Mestre em
Jonatas Fernandes Araújo Sodré
Meio Ambiente, Águas e Saneamento
Engenheiro Civil, Mestre em Hidráulica e
Geraldo Leite Botelho
Saneamento
Elton Andrade dos Santos Urbanista, Mestre em Estudos Territoriais
Ana Carolina Albuquerque Engenheira Ambiental
Kevin Christian Miranda da Silva Engenheiro Agrícola e Ambiental
Cientista da Computação, Mestre em
João Gratuliano Glasner de Lima
Administração
Advogado, Consultor Institucional e de
Emérson Medeiros Emerenciano
Planejamento e Gestão
Thayse da Silva Invenção Urbanista
Gustavo Andrade de Brito Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Engenheira Sanitarista, Ambiental e de Segurança
Mayara Santana Borges do Trabalho, Mestre em Meio Ambiente, Águas e
Saneamento
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Rogério Saad Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Ana Maria Silva Engenheira Sanitarista e Ambiental
Arquiteta e Urbanista, Especialista em Gestão de
Rosa Amália M. Carneiro de Campos
Cidades e Auditoria e Perícia Ambiental
Joice de Jesus Moraes Assistente Social, MBA em Gestão de Projetos
Socióloga, Mestre em Engenharia Ambiental
Ângela Patrícia Deiró Damasceno
Urbana e Doutora em Sociologia
Clovis C. Azevedo e Souza Economista
Otávio Pereira Economista
Sabrina Safar Laranja Advogada
Diogo Enoque Ferreira de Lima Arquiteto e Urbanista
Gabriella Pereira Macia Arquiteta e Urbanista
Matemático; especialização em Tecnologia de
Claudio Henrique de Oliveira
Software
Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Recursos
Antonio Eduardo Giansante
Hídricos e Saneamento
Engenheiro Ambiental, Especialista em
Miguel Bortoletto Giansante
Gerenciamento de Projetos
Eduardo Marinovic Brscan Engenheiro Civil
Lucas Ferrucci Advogado

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


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APRESENTAÇÃO
O Consórcio CSB, formado pelas empresas CONCREMAT Engenharia e Tecnologia S.A.
(Empresa Líder do Consórcio), SANEANDO Projetos de Engenharia e Consultoria Ltda e
BRENCORP – Consultoria em Meio Ambiente Ltda., apresenta à Secretaria Municipal de
Infraestrutura e Obras Públicas de Salvador (SEINFRA) o Produto I - PMSBI Preliminar. Este, se
constitui parte integrante do Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado (PMSBI) de
Salvador, objeto do Contrato nº 002/2020, firmado entre as partes.
O Plano Municipal de Saneamento Básico é o instrumento de planejamento instituído pela Lei
Federal nº 11.445/2007, que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para
a Política Federal de Saneamento Básico, considerada um marco regulatório para o setor de
saneamento no Brasil e, atualizada por meio da Lei Federal nº 14.026/2020. A lei prioriza o
planejamento das ações de saneamento básico como um item fundamental, aliado à regulação,
fiscalização, prestação dos serviços e participação e controle social.
A elaboração do PMSBI atende aos princípios fundamentais da prestação dos serviços públicos
de saneamento básico, estabelecidos no Art. 2º do Capítulo 1 da Lei Federal nº 11.445/2007, a
exemplo da universalização do acesso às quatro componentes, a saber: Abastecimento de Água
Potável, Esgotamento Sanitário, Drenagem e Manejo das Águas Pluviais e Limpeza Urbana e
Manejo de Resíduos Sólidos.
Prevista na Lei nº 11.445/2007, a formulação da política pública de saneamento básico é de
competência do titular dos serviços no caso, o município, cabendo a este, entre outras
competências, a elaboração do plano de saneamento básico.
Dentre os princípios fundamentais da Lei nº 11.445/2007, a participação e o controle social
garantem que a sociedade tenha papel ativo na formulação do Plano Municipal de Saneamento
Básico (PMSB). Esta Lei, no seu art. 3º, inciso IV, o controle social se configura como:
“conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à
sociedade informações, representações técnicas e participações
nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de
avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento
básico” (BRASIL, 2007, p. 2).
Para atender a esse princípio, foram adotadas, na metodologia de elaboração do PMSBI
Salvador, etapas participativas, conforme descritas e programadas no Plano de Mobilização e
Comunicação Social.
A elaboração do Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador (PMSBI), foi
norteada pela Lei supramencionada, bem como as suas alterações definidas pela Lei nº
14.026/2020.

De acordo com os requisitos do Termo de Referência, apresentado no Anexo I do Edital da


Tomada de Concorrência Internacional SEINFRA nº 001/2019, o referido objeto subdivide-se nos
seguintes produtos:
Produto A:
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- Plano de Trabalho;
Produto B:
- Plano de Plano de Mobilização e Comunicação Social
Produto C:
- Sistema de Informações Web;
Produto D:
- Sistema de Indicadores;
Produto E:
- Caracterização Geral e Sistema Cadastral;
Produto F:
- Diagnósticos dos Serviços;
Produto G:
- Cenários e Prospecções;
Produto H:
- Plano de Execução;
Produto I:
- PMSBI Preliminar;
Produto J:
- PMSBI Final;
Produto K:
- Minuta do Projeto de Lei do PMSBI.

Conforme definido no Termo de Referência e ajustado no Plano de trabalho, o produto I está


dividido em três produtos parciais, sendo eles:

▪ PRODUTO PARCIAL I1 – Versão Preliminar do PMSBI


▪ PRODUTO PARCIAL I2 – PMSBI Online
▪ PRODUTO PARCIAL I3 – Minuta do PMSBI

Conforme destacado, o presente relatório refere-se ao produto parcial I2 – PMSBI Online.


Essa última etapa (Produtos I, J e K) consiste nas atividades finais da elaboração do PMSBI,
direcionando esforços para a consolidação de todos os produtos parciais do PMSBI, utilizadas as
estratégias de participação social na apreciação, avaliação e apresentação de críticas e
sugestões. O grande propósito é que o Plano reflita, de fato, a realidade de Salvador e que as
ações propostas estejam concretamente direcionadas para o alcance das mudanças necessárias
e desejada pelos soteropolitanos.
Após estruturadas as proposições para melhoria dos sistemas de gestão e gerenciamento dos
serviços de saneamento básico e validados em oficinas participativas, foi elaborada a versão
preliminar do PMSBI (Produto I1), que foi encaminhada para apreciação da Equipe Técnica da

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SEINFRA e CEXEC e ainda pelo Conselho de Meio Ambiente (COMAM), em reunião realizada em
07/02/2023.
Após a realização dos ajustes propostos pela SEINFRA / CEXEC e pelo COMAM, esta versão
preliminar do PMSBI (Produto I2) será disponibilizada para Consulta Pública na internet e será
apresentada na Conferência Municipal.
Após a realização da Conferência, serão incorporadas no produto as sugestões da Consulta
Pública e da Conferência Municipal, compondo a minuta do PMSBI (Produto I3).
O relatório completo da Conferência Municipal será apresentado no Produto J1 e após a análise
final da CEXEC a versão final do PMSBI será apresentada no Produto J2.
Com base na versão final do PMSBI será elaborado o Relatório Síntese / Sumário Executivo
(Produto J3), em linguagem acessível ao público, onde serão destacados os aspectos mais
importantes de modo a facilitar a compreensão para uma gestão participativa dos serviços de
saneamento básico.
Na última etapa será elaborada também a minuta de projeto de Lei da Política Municipal de
Saneamento Básico (Produto K), em conformidade com a técnica legislativa e atentando-se
para que não haja contradições com as demais normas municipais vigentes. A minuta de projeto
de lei será apreciada pela Equipe Técnica da SEINFRA e CEXEC e após discussão com os
setores interessados, será encaminhado pelo Prefeito Municipal ao Poder Legislativo, para a
devida apreciação e aprovação.
Numa definição conjunta, entre CEXEC, equipe técnica da SEINFRA e do CSB Consórcio, foi
definida a estrutura do PMSBI Online (Produto I2), que se constitui numa consolidação dos
Produtos anteriormente elaborados.
Para facilitar a leitura, manuseio e compartilhamento do PMSBI, o mesmo foi dividido em Tomos,
sendo:
• Tomo I: Caracterização Geral e Gestão do Saneamento Básico
• Tomo II – A: Diagnóstico Técnico - Participativo dos Serviços de Abastecimento Água e
Esgotamento Sanitário
• Tomo II – B: Diagnóstico Técnico - Participativo dos Serviços de Drenagem Urbana e
Manejo das Águas Pluviais e de Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos
• Tomo III: Cenários e Prospecções para os serviços de Saneamento Básico
• Tomo IV: Plano de Execução e Monitoramento do Serviços de Saneamento Básico
• Tomo V: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS)
Ressalta-se que o Tomo V apresenta o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS), que consiste em um recorte do PMSBI em relação à componente de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, reunindo neste tomo todo o conteúdo relativo a esta componente
existente em todas as etapas do PMSBI, já apresentado nos Tomo I, II, III e IV.
Portanto, o Tomo V contempla todos os itens do conteúdo mínimo estabelecido no art.19 da Lei
Federal nº 12.305/2010. Ratifica-se que o PMGIRS está contido no PMSBI, que além do conteúdo
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mínimo, apresenta outros estudos complementares de forma integrada às demais componentes
do saneamento, devendo sempre ser consultado para melhor execução das ações planejadas.
Conforme destacado, o presente relatório refere-se ao Tomo II – B: Diagnóstico Técnico -
Participativo dos Serviços de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais e de Limpeza
Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos.

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Prefeituras-Bairro e bacias de drenagem de Salvador ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 2 – Percentual de moradores residentes com domicílios em vias com pavimentação ... Erro!
Indicador não definido.
Figura 3 – Percentual de moradores com domicílios em vias com calçadasErro! Indicador não
definido.
Figura 4 – Percentual de moradores com domicílios em vias com meio-fio/guiasErro! Indicador
não definido.
Figura 5 – Percentual de moradores com domicílios em vias com bueiros e caixas coletoras .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 6 - Percentual de moradores com domicílios em vias com arborizaçãoErro! Indicador não
definido.
Figura 7 – Percentual de moradores com domicílios em vias com esgoto a céu aberto ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 8 – Características dos lixos acumulados nos logradouros.... Erro! Indicador não definido.
Figura 9 – Classificação espacial dos domicílios situados em vias com sistemas de drenagem
(Censo IBGE, 2010) ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 10 – Delimitação da bacia hidrográfica do rio dos Seixos ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 11 – Traçado esquemático do Sistema Vale do Canela e do Sistema Centenário ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 12 – Vista do início do canal na Avenida Reitor Miguel CalmonErro! Indicador não
definido.
Figura 13 – Seção trapezoidal do canal na avenida Reitor Miguel CalmonErro! Indicador não
definido.
Figura 14 – Interferências transversais na seção do canal .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 15 – Travessias de pedestres com bueiros inadequados ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 16 – Início do trecho fechado abaixo do viaduto da Rua Padre FeijóErro! Indicador não
definido.
Figura 17 – Vista do emboque final do canal antes de seguir pela Av. CentenárioErro! Indicador
não definido.
Figura 18 – Final do trecho fechado após o viaduto da Rua Padre Feijó com construções na parte
superior do canal .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 19 – Início do canal fechado ao lado do Acesso Centenário.. Erro! Indicador não definido.
Figura 20 – Trecho final do rio dos Seixos, próximo ao bairro do Chame-Chame em meados de
1884 ................................................................................................. Erro! Indicador não definido.

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Figura 21 – Vista do canal do rio dos Seixos antes do tamponamentoErro! Indicador não
definido.
Figura 22 – Vista do rio dos Seixos de frente ao Shopping Barra antes do tamponamento ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 23 – Vista do rio dos Seixos antes do tamponamento no trecho final antes de seguir por
tubulação até o lançamento no Morro do Cristo ............................... Erro! Indicador não definido.
Figura 24 – Vista da Avenida Centenário, e à esquerda o canteiro do rio dos Seixos urbanizado
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 25 – Trecho do rio dos Seixos tamponado com placas de concretoErro! Indicador não
definido.
Figura 26 – Vista da captação de tempo da Embasa no Morro do CristoErro! Indicador não
definido.
Figura 27 – Vista da foz do rio dos Seixos e do interceptor de esgotoErro! Indicador não
definido.
Figura 28 – Estrutura de lançamento no mar .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 29 –Caixa coletora em situação precária na Avenida Reitor Miguel CalmonErro! Indicador
não definido.
Figura 30 – Modelo de Caixa coletora com entrada na guia próximo ao canal aberto .............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 31 – Existência de caixas coletoras ao longo das vias públicasErro! Indicador não
definido.
Figura 32 – Lançamento visível da microdrenagem no canal aberto Erro! Indicador não definido.
Figura 33 – Construção de degraus em residências em locais com problemas de alagamento Erro!
Indicador não definido.
Figura 34 – Captação do tipo grelhas transversais em ruas transversais a Avenida Centenário
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 35 – Esquema da rede principal de microdrenagem do Sistema Marquês de Caravelas
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 36 – Vista do cruzamento das ruas Miguel Burnier e Marquês de CaravelaErro! Indicador
não definido.
Figura 37 – Vista da rua Marquês de Caravela em direção à Avenida OceânicaErro! Indicador
não definido.
Figura 38 – Vista do final da Avenida Marquês de Caravela, acima do ponto de desague final Erro!
Indicador não definido.
Figura 39 – Lançamento final da galeria do sistema Marquês de CaravelasErro! Indicador não
definido.
Figura 40 - Esquema da rede principal de microdrenagem do Sistema Santa MariaErro! Indicador
não definido.
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Figura 41 – Vista da Rua Barão de Itapuã com destaque para os dispositivos de midrodrenagem
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 42 – Vista dos prédios nos quais passa abaixo a galeria de drenagem no final da Rua
Florianópolis ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 43 – Vista do interceptor de esgoto da Embasa cruzando o lançamento da galeria ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 44 – Vista do lançamento final da microdrenagem próximo do Forte Santa Maria ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 45 – Presença de esgoto no canal do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel CalmonErro!
Indicador não definido.
Figura 46 – Captação de tempo seco da Embasa na Avenida OcêanicaErro! Indicador não
definido.
Figura 47 – Lançamento da microdrenagem da Avenida Marquês de CaravelaErro! Indicador não
definido.
Figura 48 – Lançamento da microdrenagem na Praia do Porto da BarraErro! Indicador não
definido.
Figura 49 – Captações de tempo seco (CTS) no município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 50 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio dos Seixos .................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 51 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio dos Seixos
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 52 – Delimitação da bacia hidrográfica do rio Ondina ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 53 – Esquema do sistema de macrodrenagem da bacia do rio OndinaErro! Indicador não
definido.
Figura 54 - Área da nascente do rio Ondina ao lado do Instituto de BiologiaErro! Indicador não
definido.
Figura 55 – Canal do rio Ondina com revestimento natural .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 56 – Trecho do canal do rio Ondina em alvenaria de pedra... Erro! Indicador não definido.
Figura 57 – Trecho do canal em alvenaria de pedra com fluxo constante de águaErro! Indicador
não definido.
Figura 58 – Local do emboque do rio Ondina na galeria da Adhemar de BarrosErro! Indicador
não definido.
Figura 59 – Final da galeria de macrodrenagem do rio Ondina na praiaErro! Indicador não
definido.
Figura 60 – Canal no canteiro da Avenida Garibaldi em leito natural Erro! Indicador não definido.
Figura 61 – Lançamento de esgoto no canal a partir da rede de microdrenagemErro! Indicador
não definido.
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Figura 62 – Trecho do canal em alvenaria de pedra ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 63 –Trecho final do canal de alvenaria com emboque em galeria tubularErro! Indicador
não definido.
Figura 64 – Escadarias drenantes com calha lateral existentes na regiãoErro! Indicador não
definido.
Figura 65 – Escadarias convencionais com caixa coletora a jusante Erro! Indicador não definido.
Figura 66 – Lançamento final do canal da Garibaldi na Praia da PaciênciaErro! Indicador não
definido.
Figura 67 – Lançamentos de galerias duplas D= 800 mm na Praia da PaciênciaErro! Indicador
não definido.
Figura 68 – Vista a jusante do lançamento final do canal da Garibaldi, com escoamento pelo lado
direito ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 69 – Vista a jusante do lançamento final das galerias duplas D=800 sendo verificado a
presença de esgoto .......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 70 – Caixas coletoras de concreto na Avenida Anita GaribaldiErro! Indicador não
definido.
Figura 71 – Tampões de PVs de galeria de microdrenagem na Avenida Anita Garibaldi ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 72 – Caixas coletoras com entrada na guia na Avenida Anita GaribaldiErro! Indicador não
definido.
Figura 73 – Lançamento precário de microdrenagem no canal da Avenida Garibaldi............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 74 – Grelhas transversais nas ruas mais íngremes ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 75 – Caixas coletoras com grelhas de ferro na região do Rio VermelhoErro! Indicador não
definido.
Figura 76 - Esquema do sistema de microdrenagem da Avenida OceânicaErro! Indicador não
definido.
Figura 77 – Esquemático do possível sistema de drenagem do Sistema Jardim Apipema ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 78 – Vista do início da Rua Mestre Pastinha com presença de pavimento e meio fio .... Erro!
Indicador não definido.
Figura 79 – Final da Rua Mestre Pastinha onde não foi identificado o sistema de microdrenagem
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 80 – Vista da rua Nova Calabar onde se observa a construção de degraus na entrada das
residências ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 81 – Vista do final da rua Nova Calabar e ao fundo a Avenida OceânicaErro! Indicador
não definido.

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Figura 82 – Lançamentos de galerias de drenagem na praia de OndinaErro! Indicador não
definido.
Figura 83 - Esquemático do sistema de drenagem da região da Rua Manoel Rangel .............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 84 – Sistema de grelhas e caixas coletoras na Rua Manoel RangelErro! Indicador não
definido.
Figura 85 – Vista da Rua Manoel Rangel sem dispositivos de drenagemErro! Indicador não
definido.
Figura 86 – Lançamentos de drenagem com tubos PEAD e de concreto na praia da Rua da
Paciência.......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 87 – Lançamento de microdrenagem com tubo de concreto . Erro! Indicador não definido.
Figura 88 – Lançamento de drenagem com tubo PEAD em área com resíduos sólidos ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 89 – Caixas coletoras com grelhas de concreto ao longo da rua da Paciência .............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 90 – Lançamento irregular de esgoto no canal da Garibaldi .. Erro! Indicador não definido.
Figura 91 – Lançamento de drenagem obstruído e com lançamento de esgoto no canal da
Garibaldi ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 92 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros/regiões da bacia de Ondina .................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 93 -Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de Ondina ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 94 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Camarajipe ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 95 – Croqui das obras de macrodrenagem implantadas pela CONDER na bacia do
Camarajipe ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 96 – Esquemático do trecho do canal 7, no leito principal do rio Camarajipe e o canal 6 na
Rua Adilson Leite executado pela Conder ........................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 97 – Vista dos bueiros abaixo da Estrada Lobato/Campinas com escoamento oriundo do
Dique e da Rua Edmundo da Paixão ................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 98 – Vista do canal a jusante dos bueiros duplos na Travessa Profª Sônia da Silva ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 99 – Vista de jusante para montante do canal abaixo dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 100 – Vista de montante do canal a partir dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 101 – Vista da jusante do canal a partir dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá ............ Erro!
Indicador não definido.

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Figura 102 – Vista de montante para jusante do canal na Estrada de CampinasErro! Indicador
não definido.
Figura 103 – Vista do canal na Rua Nilton Moura Costa antes do emboque abaixo da BR-324Erro!
Indicador não definido.
Figura 104 – Vista de montante dos bueiros metálicos abaixo da BR-324, após a Rua Nilton Costa
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 105 – Vista de montante para jusante do canal na Avenida Oliveira no segundo emboque
abaixo da BR-324, na direção do Bom Juá ...................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 106 – Vista do canal na Rua Bom Juá ................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 107 – Vista de montante para jusante do canal na Avenida Barros Reis, no ponto de
emboque do canal Calafate (à direita na imagem) ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 108 – Vista de montante para jusante do canal na Rua Baixa de Santo Antônio, no ponto
de emboque do canal da Baixa de Santo Antônio (à esquerda) ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 109 – Vista do canal de jusante para montante na Rua dos Rodoviários, próximo da Rótula
do Abacaxi ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 110 – Vista do canal de montante para jusante na Avenida ACM, no ponto de emboque do
canal da Saramandaia/DETRAN (à esquerda na imagem) ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 111 – Vista do canal de montante para jusante na Alameda Salvador no ponto de emboque
do canal Pernambués (à esquerda da imagem) ............................... Erro! Indicador não definido.
Figura 112 – Vista de montante para jusante do canal na Avenida Prof. Magalhães Neto ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 113 – Vista do canal de jusante para montante na Avenida Octávio Mangabeira .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 114 – Foz do canal em Costa Azul ........................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 115 – Dique de Campinas entre as bacias do Cobre e do CamarajipeErro! Indicador não
definido.
Figura 116 – Vista do Dique do Cabrito ............................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 117 – Vista do extravasor do Dique do Cabrito...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 118 – Vista do canal após o extravasor do Dique do Cabrito . Erro! Indicador não definido.
Figura 119 – Vista o local de confluência do canal à esquerda oriundo da Rua Edmundo da Paixão
e à direita o canal principal ............................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 120 – Traçado esquemático do canal de ligação entre os diquesErro! Indicador não
definido.
Figura 121 – Detalhe do canal de ligação na fase de construção ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 122 – Traçado esquemático do Canal Adilson Leite .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 123 – Vista do canal na Rua Adilson Leite após a Praça Maroli Lopes e que não foi objeto
de intervenção .................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 124 – Vista de canal construído na Rua Adilson Leite ........... Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
17
Figura 125 – Traçado esquemático do canal 1 da Baixa de Santo AntônioErro! Indicador não
definido.
Figura 126 – Traçado esquemático do canal 2 da baixa de São CaetanoErro! Indicador não
definido.
Figura 127 – Vista de montante para jusante do canal da Travessa SaboariaErro! Indicador não
definido.
Figura 128 – Vista de jusante para montante do trecho fechado do canalErro! Indicador não
definido.
Figura 129 – Região no em torno da Represa da Mata Escura ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 130 – Traçado esquemático do rio Sossego .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 131 – Traçado esquemático do canal do Bom Juá ................ Erro! Indicador não definido.
Figura 132 -Traçado esquemático do canal do Arraial do Retiro ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 133 – Vista da Rua Soares Filho por onde passa a galeria fechadaErro! Indicador não
definido.
Figura 134 – Vista do canal na Rua Soares Filho ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 135 – Vista de trecho parcialmente aberto do canal .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 136 – Vista da Lagoa da Pedreira na Travessa Via de ServiçoErro! Indicador não
definido.
Figura 137 – Vista do lançamento do canal do Arraial do Retiro na Rua Bom JuáErro! Indicador
não definido.
Figura 138 – Traçado esquemático do rio Calafate .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 139 – Início do canal com seção aberta na Via Milo .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 140 – Canal parcialmente fechado na Via Milo com placas de concretoErro! Indicador não
definido.
Figura 141 – Trecho do canal na Rua Nadir de Jesus no bairro de CuruzuErro! Indicador não
definido.
Figura 142- Existência de construções nos taludes do canal na Rua Nadir de Jesus ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 143 – Passarelas de moradores sobre o canal na Rua Nadir de JesusErro! Indicador não
definido.
Figura 144 – Residência com degraus na Rua Nadir de Jesus devido às inundações ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 145 Revestimento do canal deteriorado, com presença de vegetação e esgoto ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 146 – Lançamento final do rio Calafate no rio Camarajipe .... Erro! Indicador não definido.
Figura 147 – Traçado esquemático do canal da Baixa de Santo AntônioErro! Indicador não
definido.
Figura 148 – Vista de canal fechado na rua Ilha de Maré ................. Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
18
Figura 149 – Caixa coletora na Rua Tenente Valmir Alcântara interligada ao canal existente .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 150 – Caixa coletora na Rua Tenente Valmir Alcântara interligada ao canal existente .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 151 – Vista da Rua Santo Onofre somente com drenagem superficialErro! Indicador não
definido.
Figura 152 – Vista da galeria dupla de concreto com alas de alvenaria de pedraErro! Indicador
não definido.
Figura 153 – Vista do lançamento do canal no rio Camarajipe, na rua Martiniano Bonfim ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 154 – Traçado esquemático do Canal Antônio Balbino ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 155 – Trecho do canal fechado na Rua Osvaldo Gordilo, transversal a Rua Dalmiro São
Pedro ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 156 – Vista do canal numa travessa transversal a Rua Dalmiro São PedroErro! Indicador
não definido.
Figura 157 – Traçado esquemático do canal do rio das Tripas ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 158 – Vista do canal do rio das Tripas na Rua Cônego PereiraErro! Indicador não
definido.
Figura 159 – Vista do canal do rio das Tripas na Avenida Bonocô ... Erro! Indicador não definido.
Figura 160 - Vista de canal na Travessa Guaíba que contribui para o Riacho Queimadinho ... Erro!
Indicador não definido.
Figura 161 – Vista do canteiro na Rua Vale do Queimadinho onde existe canal fechado ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 162 – Traçado esquemático do canal Luís Anselmo.............. Erro! Indicador não definido.
Figura 163 – Canal Luís Anselmo na Travessa Santa Maria ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 164 – Vista da seção fechada do canal Luís Anselmo na Travessa Santa Maria .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 165 – Degraus na entrada das residências devido às inundações na Rua Baixão ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 166 – Caixa coletora entre a Travessa Baixão e a Rua Baixão que direciona para o canal
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 167 – Vista do canal na Rua Luís Negreiro ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 168 – Vista do canal no Acesso Mário Leal Ferreira .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 169 – Traçado esquemático do canal Bela Vista ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 170 – Vista de jusante para montante da baixada ao lado do Shopping Bela Vista ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 171 – Vista da Alameda Horto Bela Vista no local de travessia do bueiroErro! Indicador
não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
19
Figura 172 – Vista do lançamento do bueiro no canal do CamarajipeErro! Indicador não
definido.
Figura 173 – Traçado esquemático do rio Bonocô ou Campinas ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 174 – Vista do canal do rio Campinas em seção aberta na Avenida Bonocô, antes do
emboque no rio Camarajipe ............................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 175 – Emboque do talvegue do grotão de Daniel Lisboa no canal do rio Campinas
(555823.02 m E e 8564450.32 m S) ................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 176 – Canal da Baixa do Matatu na Rua Edson Saldanha com seção trapezoidal ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 177 – Canal da Baixa do Matatu com interferências de obras Erro! Indicador não definido.
Figura 178 – Canal da Baixa do Matatu com taludes danificados por obras de particulares ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 179 – Canal da Baixa do Matatu com vegetação necessitando de limpeza e dragagemErro!
Indicador não definido.
Figura 180 – Traçado esquemático do canal da Saramandaia ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 181 – Canal fechado na Travessa 11 de Maio....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 182 – Trecho do canal na Primeira Travessa Santo Antônio de PáduaErro! Indicador não
definido.
Figura 183 – Canal aberto em torno do campo de futebol da Primeira Travessa Santo Antônio de
Pádua............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 184 – Campo de futebol na Saramandaia na Primeira Travessa Santo Antônio de Pádua
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 185 – Vista da Rua Santo Antônio de Pádua por onde segue o canalErro! Indicador não
definido.
Figura 186 – Vista do lançamento do canal Saramandaia no rio CamarajipeErro! Indicador não
definido.
Figura 187 – Traçado esquemático do canal dos Comerciários ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 188 – Vista da Avenida Santiago de Compostela com galeria fechadaErro! Indicador não
definido.
Figura 189 – Caixas coletoras ao longo da Avenida Santiago de CompostelaErro! Indicador não
definido.
Figura 190 – Traçado esquemático do canal da Saramandaia ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 191 – Vista da baixada da Rua do Tubo onde passa a galeriaErro! Indicador não
definido.
Figura 192 – Vista do acesso ao canal fechado na 4ª Travessa do TuboErro! Indicador não
definido.
Figura 193 – Traçado esquemático do canal da Rua do Grilo/RodoviáriaErro! Indicador não
definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
20
Figura 194 – Vista do canal fechado transversal a Avenida Pinto, em PernambuésErro! Indicador
não definido.
Figura 195 – Vista de jusante para montante do canal em viela transversal a Rua Grilo .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 196 – Vista interna do canal na Rua Grilo ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 197 – Vista do canal coberto por placas na Rua Nova das FloresErro! Indicador não
definido.
Figura 198 – Traçado esquemático do rio Pernambués ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 199 – Vista do canal retangular na Rua 2 de Julho ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 200 – Vista do canal trapezoidal na Rua 2 de Julho .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 201 – Vista do canal na Rua Nova do Valê ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 202 – Vista de construção sobre o canal na Rua Nova do ValêErro! Indicador não
definido.
Figura 203 – Degraus existentes nas entradas das residências da Rua Nova do Valê............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 204 – Canal afluente ao canal do rio Pernambués na Rua São PauloErro! Indicador não
definido.
Figura 205 – Local de confluência do canal da Rua São Paulo com o canal de Pernambués .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 206 – Caixas coletoras na Rua São Paulo ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 207 – Vista do canal Pernambués após a travessia na Avenida ParalelaErro! Indicador
não definido.
Figura 208 – Vista da captação de tempo seco da Embasa no rio PernambuésErro! Indicador
não definido.
Figura 209 – Vista da estação elevatória de esgoto da Embasa no canteiro próximo da Avenida
Paralela ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 210 – Vista das galerias de travessia do rio Pernambués abaixo do Salvador Shopping até
o rio Camarajipe ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 211 – Traçado esquemático do canal Canizares/Navarro ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 212 – Vista do canal fechado na Rua do Jaracatiá ................ Erro! Indicador não definido.
Figura 213 – Canal na Rua Aristides Fraga Lima ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 214 – Canal na Rua Aristides Fraga Lima ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 215 – Canal na Rua Miguel Canizares .................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 216 – Vista da galeria de emboque no canal do Camarajipe na rua Miguel Canizares .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 217 – Lançamento do canal no rio Camarajipe...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 218 – Sistema de grelhas transversais para captação no final de ruas íngremes .......... Erro!
Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
21
Figura 219 – Modelo de caixas coletoras na Avenida Bonocô com lançamento no canal do rio
Campinas ......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 220 – Sistemas de escadarias drenantes com caixa coletora na região da bacia do rio
Campinas ......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 221 – Caixas coletoras danificadas na Rua Dr. Aristildes de Oliveira no bairro de Santa
Mônica ............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 222 – Caixas coletoras com grelhas na Avenida San Martim Erro! Indicador não definido.
Figura 223 – Sistema de grelhas coletoras nas ruas transversais à Avenida San Martim ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 224 – Caixas coletoras na Avenida Joaquim Seabra ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 225 – Caixas coletoras entupidas na Rua 24 de Junho ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 226 – Caixa coletora na rua Ladislau Cavalcante .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 227 – Grelha coletora na Rua Baixão .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 228 – Sistema de grelhas na Travessa Muniz Freire ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 229 – Caixa coletora destruída na Rotatória da Rua Baixa de Santo Antônio ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 230 – Caixa coletora em ponto baixo da Rua Santa Maria com histórico de inundações
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 231 – Caixa coletora na Rua Timbó posicionada afastada do meio-fioErro! Indicador não
definido.
Figura 232 – Lançamentos de esgoto no canal da Baixa do Matatu . Erro! Indicador não definido.
Figura 233 – Presença de esgoto no canal fechado do rio Campinas na Avenida Bonocô ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 234 – Lançamento de esgotos no canal do rio Calafate/San MartimErro! Indicador não
definido.
Figura 235 – Lançamento de esgoto no canal do rio Calafate San Martim, no bairro do Curuzu
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 236 – Ligações de esgoto no canal da Travessa Saboaria .... Erro! Indicador não definido.
Figura 237 – Lançamentos de esgoto no canal do Bom Juá na Vila IsraelErro! Indicador não
definido.
Figura 238 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Camarajipe.................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 239 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Camarajipe
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 240 – Trecho de cruzamento entre as atuais avenidas Juracy Magalhães e Rua Lucaia
(data desconhecida) ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 241 – Avenida Vasco da Gama em 1979 e o rio Lucaia no canteiro centralErro! Indicador
não definido.
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22
Figura 242 – Trecho do rio Camarajipe na atual Rua do Canal (possivelmente antes do desvio na
década de 70) .................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 243 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Lucaia............ Erro! Indicador não definido.
Figura 244 – Trechos de intervenções dos corredores de transporte Erro! Indicador não definido.
Figura 245 – Resultados dos estudos hidrológicos do Braço do Camarajipe (Shopping da Bahia –
Rua Lucaia) ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 246 – Seção do canal do rio Lucaia na Rua Lucaia ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 247 – Trecho da Rua Lucaia no sentido Shopping da Bahia em cota inferior à cota máxima
de enchente do canal ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 248 – Sub-bacia Norte da bacia hidrográfica do rio Lucaia .... Erro! Indicador não definido.
Figura 249 – Trecho do canal da Fase 1 do BRT implantado na Avenida Juracy Magalhães,
próximo do Parque da Cidade .......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 250 – Vista da calha do rio próximo ao bairro do Vale das PedrinhasErro! Indicador não
definido.
Figura 251 – Trecho de adutora de ferro fundido transversal ao leito do canal próximo da entrada
do Vale das Pedrinhas ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 252 – Vista do leito do canal após as obras do Trecho 1 do BRTErro! Indicador não
definido.
Figura 253 – Dispositivos de microdrenagem implantados durante a obra do BRT que direcionam
para o canal ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 254 – Traçado esquemático do canal do Vale das Pedrinhas Erro! Indicador não definido.
Figura 255 – Vista do canal no Vale das Pedrinhas abaixo de construçõesErro! Indicador não
definido.
Figura 256 – Vista da rua de acesso ao canal no Vale das PedrinhasErro! Indicador não
definido.
Figura 257 – Trecho de mudança da seção do canal de retangular para trapezoidal ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 258 – Vista do trecho do canal parcialmente fechado ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 259 – Lançamento do canal do Vale das Pedrinhas .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 260 - Traçado esquemático do traçado do canal do Parque da CidadeErro! Indicador não
definido.
Figura 261 – Canal do Parque da Cidade antes das obras de canalizaçãoErro! Indicador não
definido.
Figura 262 – Obras do Parque da Cidade em execução .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 263 – Área do Parque da Cidade com canal de macrodrenagem implantado ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 264 – Traçado esquemático do canal da Avenida ACM no ItaigaraErro! Indicador não
definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
23
Figura 265 – Situação do em torno do canal da Travessa Pirangi .... Erro! Indicador não definido.
Figura 266 – Canal da Travessa Pirangi com laterais densamente ocupadasErro! Indicador não
definido.
Figura 267 – Traçado esquemático do canal da Anísio Teixeira ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 268 – Alagamentos na Rua Wanderley Pinho ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 269 – Alagamentos na Praça Ana Lúcia Magalhães.............. Erro! Indicador não definido.
Figura 270 Vista do emboque do canal aberto da Rua Wanderley PinhoErro! Indicador não
definido.
Figura 271 – Vista de jusante do canal aberto na Rua Wanderley Pinho, próximo do cruzamento
com a Rua Luiz Portela da Silva ....................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 272 – Vista de montante do canal aberto na Rua Wanderley PinhoErro! Indicador não
definido.
Figura 273 – Vista do canal da Rua Wanderley Pinho com estruturas danificadasErro! Indicador
não definido.
Figura 274 – Sub-bacia Sul da bacia hidrográfica do rio Lucaia ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 275 – Vista do Dique do Tororó ............................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 276 – Extravasor do Dique do Tororó e início do rio Lucaia... Erro! Indicador não definido.
Figura 277 – Vista do canteiro central com o corredor de ônibus da Avenida Vasco da Gama onde
passa a galeria fechada ................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 278 – Valetas laterais no canteiro ao lado do corredor de ônibusErro! Indicador não
definido.
Figura 279 – Caixas coletoras da microdrenagem interligadas às valetasErro! Indicador não
definido.
Figura 280 – Vista do trecho final do canal fechado da Avenida Vasco da Gama, próximo do
cruzamento com a Avenida Anita Garibaldi ...................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 281 – Vista de montante para jusante do canal do Lucaia após o trecho fechado ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 282 – Vista do canal do Lucaia na rua Lucaia ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 283 – Vista da captação de tempo seco à esquerda no canal do rio LucaiaErro! Indicador
não definido.
Figura 284 – Vista do canal na rua Lucaia em direção à foz do rio ... Erro! Indicador não definido.
Figura 285 – Vista da confluência do rio Lucaia à esquerda com o braço do Camarajipe à direita
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 286 – Vista da foz do braço do Camarajipe no local de confluência com o rio Lucaia ... Erro!
Indicador não definido.
Figura 287 – Estrutura de alvenaria do canal destruída na Rua do CanalErro! Indicador não
definido.
Figura 288 – Vista da foz do rio Lucaia no Largo da Mariquita ......... Erro! Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
24
Figura 289 – Canal do rio Lucaia na Rua Lucaia em 09/04/2015...... Erro! Indicador não definido.
Figura 290 – Canal do rio Lucaia na Avenida Juracy Magalhães JúniorErro! Indicador não
definido.
Figura 291 – Traçado esquemático dos canais na região da Praça Dr. João Mangabeira ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 292 – Vista do canal no trecho da Avenida Centenário ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 293 – Vista da estrutura de lançamento do canal após a UPAErro! Indicador não
definido.
Figura 294 – Vista da adutora existente a montante da galeria ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 295 – Vista do canal de jusante para montante do trecho de canal aberto próximo da praça
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 296 – Vista de montante do emboque do canal para a travessia na avenidaErro! Indicador
não definido.
Figura 297 – Vista do canal a partir da Avenida Prof. Paulo Almeida Erro! Indicador não definido.
Figura 298 – Vista do canal na Avenida Vale dos Barris .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 299 – Vista do emboque do canal antes da travessia para a praçaErro! Indicador não
definido.
Figura 300 – Lançamento do canal próximo da UPA Vale dos Barris Erro! Indicador não definido.
Figura 301 – Vista do trecho aberto do canal na área da praça ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 302 – Vista de montante do emboque do canal antes da travessia em direção a CTS .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 303 – Vista do bueiro extravasor do dique ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 304 – Vista da captação de tempo seco da Embasa ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 305 – Traçado esquemático da galeria .................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 306 – Região da baixada da Rua Dique Pequeno ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 307 – Traçado esquemático do canal da Av. Reitor Miguel/Av. Anita Garibaldi ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 308 – Canal de alvenaria na Av. Reitor Miguel Calmon ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 309 – Canal parcialmente revestido de gabião na Av. Reitor Miguel CalmonErro! Indicador
não definido.
Figura 310 – Vista do canal na Avenida Garibaldi ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 311 – Vista do trecho final do canal na Avenida Vasco da Gama, antes da CTP .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 312 – Traçado esquemático da galeria da Rua Onze de AgostoErro! Indicador não
definido.
Figura 313 – Traçado esquemático da galeria da Rua Silvestre de FariasErro! Indicador não
definido.

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Figura 314 – Traçado esquemático do canal da Av. Graça Lessa – Vale do OngujáErro! Indicador
não definido.
Figura 315 – Trecho aberto do canal Graça Lessa no Vale do OngujáErro! Indicador não
definido.
Figura 316 – Traçado esquemático do canal da Rua Sérgio de CarvalhoErro! Indicador não
definido.
Figura 317 – Canal da Rua Sérgio Carvalho ocupado no em torno .. Erro! Indicador não definido.
Figura 318 – Canal da Rua Sérgio Carvalho com construções na parte superiorErro! Indicador
não definido.
Figura 319 – Traçado esquemático do canal do Buraco da Gia ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 320 -Vista superior da região do Buraco da Gia .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 1339 – Rede de drenagem obstruída no Buraco da Gia ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 322 – Canal do Buraco da Gia .............................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 323 – Interferência de construção no canal do Buraco da GiaErro! Indicador não definido.
Figura 324 – Traçado esquemático do canal na Rua Neide ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 325- Canal da Rua Neide com seção aberta ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 326 – Canal da Rua Neide com construções na parte superiorErro! Indicador não
definido.
Figura 327 – Caixas coletoras quadruplas com presença de resíduos sólidos e sarjeta danificada
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 328 – Caixas coletoras com entrada na guia sem existência de sarjetaErro! Indicador não
definido.
Figura 329 – Modelo de caixas coletoras com capacidade de engolimento reduzidas ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 330 – Caixas coletoras de concreto com rebaixo no pavimentoErro! Indicador não
definido.
Figura 331 – Canaletas de drenagem nos canteiros das vias (Av. Vasco da Gama)Erro! Indicador
não definido.
Figura 332 – Sistema de caixas coletoras transversais em ruas íngrimesErro! Indicador não
definido.
Figura 333 – Escadarias drenantes sem calhas coletoras na região da Avenida Vasco da Gama
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 334 – Entrada d’água nas vias (sistema comum próximo a canais abertos)Erro! Indicador
não definido.
Figura 335 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Lucaia ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 336 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Lucaia Erro!
Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
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Figura 337 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio das Pedras/PituaçuErro! Indicador não
definido.
Figura 338 – Traçado esquemático do rio Saboeiro a montante da Avenida Paralela .............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 339 - Traçado esquemático do rio Saboeiro após a Avenida ParalelaErro! Indicador não
definido.
Figura 340 – Vista do canal na Rua Edgar Medrado Júnior .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 341 - Vista do canal afluente ao canal da Rua Edgar Medrado JúniorErro! Indicador não
definido.
Figura 342 – Vista do canal de macrodrenagem da Rua Lua Nova .. Erro! Indicador não definido.
Figura 343 – Vista do canal de macrodrenagem da Rua Lua Nova .. Erro! Indicador não definido.
Figura 344 – Traçado esquemático do canal da rua Joanes Melo .... Erro! Indicador não definido.
Figura 345 – Travessia do canal na Rua Jones Melo ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 346 – Vista do emboque do canal na Avenida Edgar Santos, próximo da unidade da
Coelba .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 347 – Rio Saboeiro no bairro do Imbuí anterior ao tamponamento em 2009Erro! Indicador
não definido.
Figura 348 – Obras de tamponamento do canal em 2009-2010 ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 349 – Vista da área atual urbanizada sobre o canal .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 350 - Traçado esquemático do rio Cascão ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 351 – Vista de montante do canal na Travessia da Rua do Campo LargoErro! Indicador
não definido.
Figura 352 – Vista de jusante do canal na Travessia do Campo LargoErro! Indicador não
definido.
Figura 353 – Travessa São Jorge da Bela Vista que apresenta registros de inundações (o rio
passa pelo lado direito da imagem, ao fundo das casas) ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 354 – Traçado esquemático do rio Cachoeirinha ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 355 – Traçado esquemático do rio Pituaçu ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 356 – Trecho do canal do Pituaçu em construção na Avenida Gal CostaErro! Indicador
não definido.
Figura 357 – Vista das aduelas de concreto em utilização para o canal do rio Pituaçu ............ Erro!
Indicador não definido.
Figura 358 – Canal da rua Santíssima Trindade – afluente do rio PituaçuErro! Indicador não
definido.
Figura 359 – Padrão de ocupação da região no em torno do rio PituaçuErro! Indicador não
definido.
Figura 360 – Barragem de Pituaçu ................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 361 – Trecho do rio Pituaçu na Rua da Bolandeira ............... Erro! Indicador não definido.
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27
Figura 362 – Interferência de adutora da Embasa no leito do rio Pituaçu ao lado da Av. Jorge
Amado .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 363 – Vista a jusante do rio Pituaçu após a Av. Jorge Amado Erro! Indicador não definido.
Figura 364 – Vista do rio das Pedras, após a ponte da Av. Jorge AmadoErro! Indicador não
definido.
Figura 365- Vista de jusante para montante do rio das Pedras próximo da foz na Boca do Rio Erro!
Indicador não definido.
Figura 366 – Traçado esquemático do rio das Pedras...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 367 – Localização do Ponto B-06 na bacia de Pedras (Pituaçu)Erro! Indicador não
definido.
Figura 368 – Localização do Ponto B-07 na bacia de Pedras (Pituaçu)Erro! Indicador não
definido.
Figura 369 – Localização do Ponto B-08 na bacia de Pedras (Pituaçu)Erro! Indicador não
definido.
Figura 370 – Localização do Ponto B-09 na bacia de Pedras (Pituaçu)Erro! Indicador não
definido.
Figura 371 – Localização do Ponto B-10 na bacia de Pedras (Pituaçu)Erro! Indicador não
definido.
Figura 372 – Caixas coletoras danificadas na Rua da Bolandeira .... Erro! Indicador não definido.
Figura 373 – Ruas sem meio fio e sarjetas com caixas coletoras nos pontos baixos ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 374 – Caixas coletoras com entrada na guia ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 375 – Caixas coletoras posicionadas de forma inadequada .. Erro! Indicador não definido.
Figura 376 – Caixas coletoras no meio da via pública ...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 377 – Caixa coletora quadrupla em via pública em boas condiçõesErro! Indicador não
definido.
Figura 378 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio das Pedras/Pituaçu ....................................................... Erro! Indicador não definido.
- Figura 379 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio das
Pedras/Pituaçu ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 380 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca ... Erro! Indicador não definido.
Figura 381 – Avenida Paralela sobre o trecho fechado do canal do Passa VacaErro! Indicador
não definido.
Figura 382 – Vista da lagoa do Condomínio Parque Lagoa Verde às margens da Avenida Paralela
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 383 – Vista da lagoa da CHESF na Avenida Paralela ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 384 – Vista do rio Passa Vaca na Avenida Tamburugy e da travessia aérea de adutora
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
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28
Figura 385 – Ponte sobre o rio Passa Vaca na Avenida Tamburugy Erro! Indicador não definido.
Figura 386 – Foz do rio Passa Vaca na Avenida Octávio MangabeiraErro! Indicador não
definido.
Figura 387 – Localização dos pontos na bacia do Passa Vaca ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 388 – Caixas coletoras com entrada na guia ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 389 – Caixas coletoras com grelhas de concreto .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 390 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Passa Vaca ................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 391 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Passa
Vaca ................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 392 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 393 – Vista do rio Jaguaribe na região da Orla antes das intervenções no ano de 2016Erro!
Indicador não definido.
Figura 394 – Vista do rio Jaguaribe com revestimentos laterais em alvenaria de pedra antes das
intervenções ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 395 – Interferência de adutoras de águas no leito do rio JaguaribeErro! Indicador não
definido.
Figura 396 - Interferência de adutoras de águas no leito do rio Jaguaribe e vista da qualidade da
água ................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 397 – Traçado esquemático do rio Mangabeira e rio Córrego do BispoErro! Indicador não
definido.
Figura 398 – Vista do canal do Trobogy revestido após as obras ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 399 – Vista do canal do Trobogy na Avenida Tamburugy ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 400 – Traçado esquemático do rio Trobogy e demais rios da regiãoErro! Indicador não
definido.
Figura 401 – Vista do canal do Cambunas na rua 7 Irmãos e a montante o canal da Rua Lindolfo
Barbosa ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 402 – Vista do canal do Cambunas na rua Aloísio Ribeiro .... Erro! Indicador não definido.
Figura 403 – Traçado esquemático do rio Cambunas até a confluência com o rio Jaguaribe .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 404 – Vista do trecho final do rio Mocambo com vegetação no em torno na Alameda
Aimoré Moreira ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 405 – Vista do Vale do Rio Mocambo próximo do Estádio BarradãoErro! Indicador não
definido.
Figura 406 – Traçado esquemático dos rios Mocambo, rio do Coroado e demais rios ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 407 – Vista da baixada da Rua Regina Célia Santana Dias por onde o rio segue abaixo das
residências ....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
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Figura 408 – Vista da baixada do rio Coroado, próximo da confluência com o rio Mocambo, na rua
Procurador Nelson Castro ................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 409 – Trecho da Rua Edmundo Cajazeiras, na cabeceira da bacia por onde o rio Águas
Claras segue canalizado aos fundos de residências ........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 410 – Vista do local de confluência do rio Águas Claras com o rio Cabo Verde na Avenida
Dois de Julho ................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 411 – Traçado esquemático dos rios Águas Claras, Leprosário, Cabo Verde e demais rios
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 412 – Vista da baixada da Rua Cid Moreira por onde passa o canal do rio Leprosário
abaixo das residências ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 413 – Vista da baixada na Rua Cel. Azevedo onde ocorre a confluência do rio Leprosário
com o rio Águas Claras .................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 414 – Vista à direita da área do vale do rio Cabo Verde na Avenida Dois de Julho ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 415 – Vista do vale do rio Cabo Verde a partir da Rua Deputado Herculano Menezes . Erro!
Indicador não definido.
Figura 416 – Localização dos pontos na bacia do rio Jaguaribe ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 417 – Caixas coletoras na guia obstruídas ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 418 – Caixas coletoras com modelos variáveis ..................... Erro! Indicador não definido.
Figura 419 – Ruas com caixas coletoras em pontos baixos e sem sarjetasErro! Indicador não
definido.
Figura 420 – Caixas coletoras duplas no meio da via e posicionadas lado a ladoErro! Indicador
não definido.
Figura 421 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Jaguaribe ...................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 422 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia hidrográfica do rio
Jaguaribe ......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 423 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Cobre ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 424 – Croqui das obras de macrodrenagem implantadas pela CONDER na bacia do
Camarajipe, Cobre e Itapagipe ......................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 425 – Vista de jusante para montante do lançamento final do rio do Cobre na Rua Litoral
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 426 – Vista da estrutura do canal do rio do Cobre na Rua do LitoralErro! Indicador não
definido.
Figura 427 – Vista do riacho de Pirajá na Rua Dr. Altino Teixeira..... Erro! Indicador não definido.
Figura 428 – Traçado esquemático do trecho a montante do Dique de CampinasErro! Indicador
não definido.
Figura 429 – Vista do canal de Pirajá no Trecho 1 ........................... Erro! Indicador não definido.
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30
Figura 430 – Vista do canal Trecho 1 na Alameda Campinas de PirajáErro! Indicador não
definido.
Figura 431 – Vista do canal de Pirajá no Trecho 2 ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 432 - Traçado esquemático do canal de Pirajá – Trecho 4 .... Erro! Indicador não definido.
Figura 433 – Vista do canal na Rua Óscar Seixas............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 434 – Vista do ponto final do canal no emboque da Rua Óscar SeixasErro! Indicador não
definido.
Figura 435 – Traçado esquemático do Riacho Mané Dendê ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 436 – Canal entre as ruas Joana D’Arc e Cardeal Jean ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 437 – Seção típica do canal com trecho aberto ..................... Erro! Indicador não definido.
Figura 438 – Seção típica do canal com trecho fechado .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 439 – Localização dos pontos na bacia do Cobre ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 440 – Vista da Lagoa de Detenção implantada pela Conder . Erro! Indicador não definido.
Figura 441 – Canaletas laterais em condições precárias .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 442 – Caixas coletoras adaptadas por moradores ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 443 – Rua com meio-fio sem sarjetas e com necessidade de sacheamentoErro! Indicador
não definido.
Figura 444 – Grelhas coletoras transversais às vias de circulação ... Erro! Indicador não definido.
Figura 445 – Vista do canal fechado da Rua Isabel Gentil ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 1464 – Vista do canal fechado da Rua Isabel Gentil.............. Erro! Indicador não definido.
Figura 447 – Vista de montante do canal da Rua São Bartolomeu ... Erro! Indicador não definido.
Figura 1466 – Vista de jusante do canal da Rua São Bartolomeu .... Erro! Indicador não definido.
Figura 449 – Vista de montante do canal da Rua 1º de Novembro ... Erro! Indicador não definido.
Figura 450 – Vista de jusante do canal (lateral esquerda) da Rua 1º de NovembroErro! Indicador
não definido.
Figura 451 – Imóvel sobre o canal da Travessa Charmosa .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 1470 – Vista do canal da Travessa Charmosa ...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 453 – Divisão dos sistemas de microdrenagem da bacia do rio Mané Dendê ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 454 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio do Cobre ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 455 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Cobre Erro!
Indicador não definido.
Figura 456 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Paraguari ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 457 – Vista do canal do Paraguari na Rua Acará .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 458 – Vista do canal do Paraguari na Rua Acará totalmente ocupado por vegetação ... Erro!
Indicador não definido.

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Figura 459 – Vista da baixada embrejada do rio Paraguari, próximo da Rua Beira Rio de Cima
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 460 – Vista do trecho inicial do rio Paraguari canalizado na Rua ParaguariErro! Indicador
não definido.
Figura 461 – Vista da estrutura do Canal Paraguari revestido .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 462 – Vista do canal do Paraguari depois da travessia abaixo na Avenida Suburbana . Erro!
Indicador não definido.
Figura 463 – Seção do canal do Paraguari abaixo da Avenida Afrânio PeixotoErro! Indicador não
definido.
Figura 464 – Traçado esquemático do canal da Nova Constituinte .. Erro! Indicador não definido.
Figura 465 – Vista do canal da rua do Congo que aflui para o canal de Nova Constituinte ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 466 – Boca de entrada no início do canal da Nova Constituinte na Rua da Glória ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 467 - Canal da Nova Constituinte a partir da Rua da Glória .. Erro! Indicador não definido.
Figura 468 – Vista do canal do Paraguari parcialmente assoreado .. Erro! Indicador não definido.
Figura 469 – Área prevista para a bacia de amortecimento do rio ParaguariErro! Indicador não
definido.
Figura 470 – Grelhas transversais nos pontos baixos das ruas para captação das águas pluviais
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 471 – Vista do canal da Rua Bambuí-Rua Frederico Costa coberto por placas de concreto
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 472 – Trecho aéreo de tubulação no canal da rua Bambuí.... Erro! Indicador não definido.
Figura 473 – Caixa coletora improvisada por moradores .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 474 – Caixa coletora com problema de assentamento e sarjeta danificadaErro! Indicador
não definido.
Figura 475 – Caixas coletoras obstruídas e com vegetação localizada em ponto baixo ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 476 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Paraguari ...................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 477 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Paraguari
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 478 - Delimitação parcial da bacia hidrográfica do rio IpitangaErro! Indicador não
definido.
Figura 479 – Cruzamento do rio na rodovia Cia-Aeroporto ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 480 – Vista do rio a partir da Rua Bromélias Brancas............ Erro! Indicador não definido.
Figura 481 – Vista do rio Ipitanga na Rua Maria Luiza Alves ............ Erro! Indicador não definido.

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32
Figura 482 – Vista da bacia de amortecimento do rio Ipitanga no bairro de Jardim das Margaridas
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 483 – Traçado esquemático do rio Itapuã-Mirim .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 484 – Traçado esquemático do Riacho da Areia do riacho Bem-Te-ViErro! Indicador não
definido.
Figura 485 – Vista do Riacho da Areia na Rua Quaresmeiras VermelhasErro! Indicador não
definido.
Figura 486 – Construções com degraus na Rua Quaresmeiras Vermelhas devido as inundações
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 487 – Travessia do canal Bem Te Vi na Rua Joaquim FerreiraErro! Indicador não
definido.
Figura 488 – Canal Bem Te Vi na Alameda Bem Te Vi .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 489 – Traçado esquemático do sistema de drenagem de São Cristovão antes das
intervenções ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 490 – Área prevista para o reservatório 01 ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 491 – Área de abrangência do reservatório de amortecimento 01Erro! Indicador não
definido.
Figura 492 -Área de abrangência do reservatório de amortecimento 03Erro! Indicador não
definido.
Figura 493 – Travessa Acalanto com registros de alagamentos frequentesErro! Indicador não
definido.
Figura 494 – Caixas coletoras em situação precária ........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 495 – Caixas coletoras em sua maioria com grelhas de concreto e assoreadas ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 496 – Predominância de ruas somente com pavimentação simplesErro! Indicador não
definido.
Figura 497 – Croqui do sistema da Avenida São Cristóvão readequado no ano de 2018 ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 498 – Lançamentos de esgoto no Riacho da Areia................ Erro! Indicador não definido.
Figura 499 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do rio Ipitanga ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 500 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Ipitanga
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 501 - Delimitação da bacia hidrográfica de Ilha de Maré ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 502 – Canal aberto para o transporte de águas pluviais e esgoto na região de Santana
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 503 – Canaletas de drenagem com transporte de esgoto sanitárioErro! Indicador não
definido.
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33
Figura 504 – Canaletas de drenagem com placas de concreto e presença de esgoto ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 505 – Residências construídas sobre valas de esgoto e de drenagemErro! Indicador não
definido.
Figura 506 – Lançamento de galeria de drenagem em direção ao marErro! Indicador não
definido.
Figura 507 – Escoamento de esgoto bruto em vala de drenagem .... Erro! Indicador não definido.
Figura 508 - Delimitação da bacia hidrográfica de Ilha dos Frades... Erro! Indicador não definido.
Figura 509 – Galeria de drenagem com lançamento no mar em ParanamaErro! Indicador não
definido.
Figura 510 – Canal de drenagem em Paranama com presença de esgotoErro! Indicador não
definido.
Figura 511 – Canaletas de drenagem com transporte de esgoto ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 512 – Canaletas de drenagem próximo a residências e vias públicas com presença de
esgoto .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 513 - Delimitação da bacia de drenagem natural da Vitória - ContornoErro! Indicador não
definido.
Figura 514 – Caixas coletoras com grelhas na região do Largo do Campo GrandeErro! Indicador
não definido.
Figura 515 – Vista da Avenida Sete de Setembro com vias dotadas de sarjetas moldadas ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 516 – Traçado esquemático do Sistema Gamboa de Cima ... Erro! Indicador não definido.
Figura 517 – Caixas coletoras no cruzamento da Rua Gamboa de Cima com a Rua Banco dos
Ingleses............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 518 – Caixas coletoras com grelhas na Rua Gamboa de Cima, na interseção com a
Avenida Lafayete Coutinho............................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 519 – Vista do canteiro onde atravessa a galeria de microdrenagem para a comunidade
Gamboa de Baixo............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 520 – Vista do lançamento da microdrenagem na comunidade Gamboa de Baixo........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 521 – Traçado esquemático do Sistema Augusto França ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 522 – Caixas coletoras obstruídas no final da Rua Augusto FrançaErro! Indicador não
definido.
Figura 523 – Lançamento da microdrenagem na área do MAM ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 524 – Trecho da Avenida Lafayete Coutinho com caixas coletorasErro! Indicador não
definido.
Figura 525 – Lançamentos de microdrenagem na Avenida Lafayete CoutinhoErro! Indicador não
definido.
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34
Figura 526 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia de Vitória/Contorno ................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 527 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia da
Vitória/Contorno ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 528 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Amaralina-PitubaErro! Indicador não
definido.
Figura 529 - Localização do Ponto B-02 na bacia de Amaralina / PitubaErro! Indicador não
definido.
Figura 530 – Vista da lagoa dos Patos com vegetação aquática ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 531 – Área da lagoa demarcada por grades de proteção ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 532 – Via dotada de meio-fio, sarjeta e boca lobo, com PV na sarjetaErro! Indicador não
definido.
Figura 533 – Caixa coletora posicionada no meio da via de circulaçãoErro! Indicador não
definido.
Figura 534 – Caixa coletora em rua sem sarjeta .............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 535 – Caixa coletora em ponto baixo .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 536 – Lançamento de microdrenagem com tubo de concreto na praiaErro! Indicador não
definido.
Figura 537 – Lançamento de microdrenagem com tubo PEAD na praiaErro! Indicador não
definido.
Figura 538 – Traçado do sistema da sub-bacia rio Vermelho ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 539 – Ruas com caixas coletoras, meio-fio e sarjetas ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 540 – Caixa coletora com entrada na guia danificada e obstruídaErro! Indicador não
definido.
Figura 541 – Vista da Rua Marquês de Monte Santo próximo do quartel, pavimentada e dotada de
meio-fio ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 542 – Existência de rede na Rua Marquês de Monte Santo constatado a partir a existência
de caixas coletoras ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 543 – Caixa coletora com entrada na guia danificada ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 544 – Caixa coletora com grelha e galeria abaixo da calçada Erro! Indicador não definido.
Figura 545- Evidência de rede ao longo dos muros do quartel ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 546 - Final do traçado da rede e ponto de lançamento .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 547 - Final do traçado da rede e ponto de lançamento .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 548 - Detalhes do lançamento: elevado assoreamento ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 549 - Vista da área da antiga lagoa (2ª. Travessa Ary Pereira de Oliveira)Erro! Indicador
não definido.
Figura 550- Vista da área da 2ª. Travessa Ary Pereira de Oliveira ... Erro! Indicador não definido.
Figura 551 – Traçado esquemático do Sistema Aurelino Silva ......... Erro! Indicador não definido.
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Figura 552 – Traçado esquemático do Sistema Júlio César-Orla MarítimaErro! Indicador não
definido.
Figura 553 - Início da rede na Rua Cícero Simões .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 554 – Ruas no em torno da Praça Hilton Rodrigues .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 555 – Lançamento da galeria na praia .................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 556 – Detalhe com lançamento da galeria com estrutura de proteçãoErro! Indicador não
definido.
Figura 557 – Vista lateral da galeria de lançamento no final da Rua PernambucoErro! Indicador
não definido.
Figura 558 – Vista frontal da galeria de lançamento no final da Rua PernambucoErro! Indicador
não definido.
Figura 559 – Área ocupada pelo condomínio Pituba Ville Residence Erro! Indicador não definido.
Figura 560 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia Amaralina/Pituba..................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 561 – Espacialização dos locais de alagamentos na bacia de Amaralina/Pituba ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 562 - Delimitação da bacia de drenagem natural do ComércioErro! Indicador não
definido.
Figura 563 – Área de intervenção do projeto executado na região da Rua Miguel Calmon e
Avenida Jequitaia ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 564 – Traçado esquemático do Sistema Ferry-Boat .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 565 – Empoçamentos observados na Avenida Jequitaia ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 566 – Caixa coletora com grelha na Avenida Jequitaia ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 567 – Existência de caixas coletoras e rede coletora no lado esquerdo da Avenida Eng.
Oscar Fontes .................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 568 – Vista do acesso ao Ferry Boat na Avenida Eng. Oscar FontesErro! Indicador não
definido.
Figura 569 – Traçado esquemático do Sistema Marinha .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 570 – Caixa coletora com entrada na guia na Avenida da FrançaErro! Indicador não
definido.
Figura 571 – Poço de visita na Avenida da França ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 572 – Caixas coletoras com entrada na guia em situação precária de manutenção ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 573 – Caixas coletoras posicionadas no meio da via pública Erro! Indicador não definido.
Figura 574 – Traçado esquemático do Sistema DOCAS .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 575 – Vista dos lançamentos de microdrenagem próximos do Mercado Modelo ........... Erro!
Indicador não definido.

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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
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Figura 576 – Vista dos lançamentos de microdrenagem próximos do Terminal Naútico .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 577 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia do Comércio ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 578 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do ComércioErro!
Indicador não definido.
Figura 579 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Armação-CorsárioErro! Indicador não
definido.
Figura 580 – Ruas asfaltadas com meio-fio danificados (Rua Rodrigues Dórea)Erro! Indicador
não definido.
Figura 581 – Caixa coletora simples posicionada em ponto baixo da região e sem sarjeta ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 582 – Caixa coletora com modelo fora dos padrões técnicos Erro! Indicador não definido.
Figura 583 – Caixa coletora mal posicionada na via e sem as grelhasErro! Indicador não
definido.
Figura 584 – Caixa coletora deterioradas e com risco para transeuntesErro! Indicador não
definido.
Figura 585 – Caixa coletora com grelha simples e sem sarjeta ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 586 – Traçado esquemático do Sistema Américo Vespúcio .. Erro! Indicador não definido.
Figura 587 – Esquemático do canal principal do Sistema Centro de ConvençõesErro! Indicador
não definido.
Figura 588- Vista da interligação do canal da Rua Hélio Machado e Travessa São Francisco de
Assis ................................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 589 – Dispositivos de drenagem insuficientes na região mais baixaErro! Indicador não
definido.
Figura 590 – Presença de soleiras nas residências devido aos alagamentosErro! Indicador não
definido.
Figura 591 – Início do canal na Rua Hélio Machado......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 592 – Canal na Rua Hélio Machado coberto com placas e em situação precária .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 593 – Canal da Baixa Fria com ausência de placas e outras danificadasErro! Indicador
não definido.
Figura 594 – Canal em trecho aberto com estroncas de concreto .... Erro! Indicador não definido.
Figura 595 – Canal em trecho aberto próximo da Rua Novo Paraíso Erro! Indicador não definido.
Figura 596 – Trecho do canal fechado na Avenida Simon Bolivar .... Erro! Indicador não definido.
Figura 597 – Lançamento final do canal na Praia de Jardim ArmaçãoErro! Indicador não
definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
37
Figura 598 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia de Armação/Corsário .............................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 599 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de Armação e
Corsário............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 600 - Delimitação da bacia de drenagem natural de ItapagipeErro! Indicador não
definido.
Figura 601 – Esquemático do traçado do canal da Baixa do Fiscal .. Erro! Indicador não definido.
Figura 602 – Vista com canal da Baixa do Fiscal com resíduos sólidos e vegetação ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 603 – Construções sobre o leito do canal da Baixa do Fiscal Erro! Indicador não definido.
Figura 604 – Pontilhão construído sobre o canal reduzindo a seção Erro! Indicador não definido.
Figura 605 – Lançamentos de esgoto dentro do canal da Baixa do FiscalErro! Indicador não
definido.
Figura 606 – Trecho final do canal da Baixa do Fiscal com lançamento na Enseada dos Tainheiros
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 607 – Esquemático do traçado do canal da Regís Pacheco em relação ao canal da Baixa
do Fiscal ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 608 – Vista do canal da Regís Pacheco na calçada da rua de mesmo nomeErro! Indicador
não definido.
Figura 609 – Placas do canal danificado em diferentes trechos ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 610 – Residências com escadas na entrada devido aos problemas de alagamento da
Regís Pacheco ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 611 – Vista do trecho final do canal na Rua Nonato Marquês Erro! Indicador não definido.
Figura 612 – Esquemático do traçado do canal Bate Estaca ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 613 – Início do canal fechado na Rua Jardim Castro Alves ... Erro! Indicador não definido.
Figura 614 – Trecho do trecho de transição da seção aberta e fechada do canalErro! Indicador
não definido.
Figura 615 – Trecho aberto do canal Bate Estaca ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 616 – Deságue do canal na Enseada dos Tainheiros ............ Erro! Indicador não definido.
Figura 617 – Processo de aterro irregular e ocupação desordenada na Enseada dos Tainheiros
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 618 -Esquemático do traçado do canal Joanes ..................... Erro! Indicador não definido.
Figura 619 – Vista da rua do canal Joanes....................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 620 – Vista ao fundo do lançamento do canal Joanes ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 621 – Traçado esquemático do canal do Lobato 1 (Maria Amaral)Erro! Indicador não
definido.
Figura 622 – Esquemático do traçado do canal do Lobato 2 (Avenida Pontilhão)Erro! Indicador
não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
38
Figura 623 – Caixa coletora com grelha parcialmente obstruída e tubulação de esgoto ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 624 – Caixa coletora com grelhas estreitas ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 625 Caixas coletoras triplas com grelhas ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 626 – Caixa coletora em situação precária ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 627 – Caixa coletora e caixa com grelhas no meio da via públicaErro! Indicador não
definido.
Figura 628 – Caixas coletoras deterioradas e meio fio com necessidade de limpeza ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 629 – Traçado esquemático do Sistema Urbano Duarte ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 630 – Traçado esquemático do Sistema Dendezeiros do BonfimErro! Indicador não
definido.
Figura 631 – Traçado esquemático do Sistema Humaitá ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 632 – Ruas com intervenção de microdrenagem do Sistema Largo do Bonfim ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 633 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia de Itapagipe ............................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 634 – Localização dos locais de alagamento e inundações na bacia de Itapagipe ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 635 -Delimitação da bacia de drenagem natural de PlataformaErro! Indicador não
definido.
Figura 636 - Esquemático da galeria de macrodrenagem do JenipapeiroErro! Indicador não
definido.
Figura 637 – Canal do Jenipapeiro entre a Rua dos Ferroviários e a Avenida dos Ferroviários Erro!
Indicador não definido.
Figura 638 – Canal dos Jenipapeiro circundado por residências ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 639 – Canal do Jenipapeiro na 2º Travessa Recreio ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 640 – Lançamentos de esgoto no canal do Jenipapeiro na 2º Travessa Recreio. ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 641 – Esquemático da galeria de macrodrenagem da PlataformaErro! Indicador não
definido.
Figura 642 – Final da Rua Bagdá onde se observa uma caixa coletoraErro! Indicador não
definido.
Figura 643 – Baixada na Travessa Rio Negro para onde são direcionadas as águas escoadas
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 644 – Localização do ponto crítico da drenagem do sistema . Erro! Indicador não definido.
Figura 645 – Vista de montante do lançamento da drenagem no ponto baixo da Avenida Afrânio
Peixoto ............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
39
Figura 646 – Bueiros existentes que direcionam a drenagem para o sistema da Afrânio Peixoto
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 647 – Rua Ademir Peixoto com drenagem superficial e resíduos sólidos na via pública Erro!
Indicador não definido.
Figura 648 – Rua Nova Aliança com presença de caixas coletoras.. Erro! Indicador não definido.
Figura 649 – Caixa coletora com grelha de concreto ........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 650 – Ruas asfaltadas com meio fio mas com necessidade de sacheamento ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 651 – Sistemas de grelhas transversais coletoras ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 652 – Sistema de calhas ao lado da linha férrea e bueiros de transposiçãoErro! Indicador
não definido.
Figura 653 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia de Plataforma ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 654 – Espacialização dos locais de alagamentos e inundações na bacia de Plataforma
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 655 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Stella MarisErro! Indicador não
definido.
Figura 656 – Traçado esquemático do rio Sapato no município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 657 – Lagoa de Stella Maris que corresponde a nascente do rio SapatoErro! Indicador
não definido.
Figura 658 – Ponte sobre o rio Sapato na Rua Profº Antônio Augusto MachadoErro! Indicador
não definido.
Figura 659 – Vista do rio Sapato na rua Profº Antônio Augusto MachadoErro! Indicador não
definido.
Figura 660 – Seção do rio do Sapato na Rua Eng. André Falcão ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 661 – Vista do rio Sapato na rua Engenheiro André Falcão .. Erro! Indicador não definido.
Figura 662 – Vista do trecho final do rio Sapato no município de Salvador na Rua Amarílio Tiago
Santos .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 663 - Traçado esquemático do rio das Dunas no município de SalvadorErro! Indicador
não definido.
Figura 664 – Vista da baixada do rio das Dunas a partir da Rua José Augusto Tourinho ......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 665 – Foz do rio das Dunas na Praia do Flamengo ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 666 – Localização dos pontos na bacia de Stella Maris ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 667 – Caixas coletoras de concreto nas ruas de Stella Maris Erro! Indicador não definido.
Figura 668 – Caixas coletoras com entrada na guia ......................... Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
40
Figura 669 – Lançamento de galeria de drenagem com proteção contra marés na Praia de Itapuã
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 670 – Lançamento de bueiro obstruído com areia na Praia de ItapuãErro! Indicador não
definido.
Figura 671 – Lançamento final da drenagem da Alameda Praia de GuaratubaErro! Indicador não
definido.
Figura 672 – Canal natural de drenagem na Alameda Dilson Jatahy FonsecaErro! Indicador não
definido.
Figura 673 – Presença de esgoto no canal da Alameda Dilson Jatahy FonsecaErro! Indicador
não definido.
Figura 674 – Sistema de grelhas transversal a Alameda Praia de Guaratuba para captação das
águas da rua .................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 675 – Estação Elevatória de Esgoto de Stella Maris na rua Professor Carlos Ott .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 676 – Lançamento final da galeria de drenagem do sistema . Erro! Indicador não definido.
Figura 677 – Caixa coletora na Lagoa da Praia do Flamengo .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 678 – Lançamento da caixa coletora ..................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 679 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia de Stella Maris ........................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 680 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações da bacia de Stella Maris
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 681 - Delimitação da bacia de drenagem natural de São Tomé de ParipeErro! Indicador
não definido.
Figura 682 – Esquemático do sistema de macrodrenagem do Canal da Charles Bronson ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 683 – Início do canal entre a Avenida Iriguaçu e Avenida Nassau – detalhe da Caixa
coletora ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 684 – Vista do canal afluente ao canal Charles Bronson pelo lado direito, na Avenida
Iriguaçu ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 685 – Baixada com canal escavado na Rua Potiguar que contribui para o Canal Charles
Bronson ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 686 – Entrada de drenagem com padrões inadequados no canal da Avenida Iriguaçu . Erro!
Indicador não definido.
Figura 687 – Início do canal da Rua 1º de Janeiro ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 688 – Vista do canal da Rua 1º de Janeiro atravessando a Avenida Iriguaçu ................ Erro!
Indicador não definido.
Figura 689 – Início do Canal Charles Bronson na rua de mesmo nome (à esquerda o canal vindo
da rua Paraguari, e à direita o canal vindo da Rua 1º de Janeiro) .... Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
41
Figura 690 – Passarelas precárias construídas pelos moradores sobre o canal Charles Bronson
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 691 – Lançamento contínuo de esgoto no canal Charles BronsonErro! Indicador não
definido.
Figura 692 – Vista do canal na Rua Vila Mel .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 693 – Vista do final do canal Charles Bronson na Rua Dr. Eduardo Dotto (abaixo da ponte
há uma captação de tempo seco)..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 694 – Vista da praia de lançamento final e abaixo as estruturas de captação de esgoto da
Embasa ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 695 - Esquemático do sistema de macrodrenagem do Canal da Estação Ferroviária de
Paripe ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 696 – Vista de jusante para montante do canal a partir da Rua do FogoErro! Indicador
não definido.
Figura 697 – Vista da travessia do canal na linha férrea e de interceptores de esgoto ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 698 – Vista da travessia do canal sob a linha férrea .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 699 – Vista de jusante do canal no lançamento final no mar . Erro! Indicador não definido.
Figura 700 – Padrão 1 de Caixa coletora lançando no canal da Avenida Charles Bronson ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 701 – Padrão 2 de Caixa coletora lançando no canal da Avenida Charles Bronson ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 702 – Padrão 3 de Caixa coletora lançando no canal da Avenida Charles Bronson ...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 703 – Vista à esquerda de vala inadequada na Avenida RochaErro! Indicador não
definido.
Figura 704 – Tipo de sistema com captação na guia e canaleta na calçada (Rua 1º de Janeiro)
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 705 – Vista da Avenida Nassau e destaque para a deficiência do sistema de drenagem
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 706 – Área de abrangência do projeto de microdrenagem executado em 2015 ............ Erro!
Indicador não definido.
Figura 707 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da
bacia São Tomé de Paripe ............................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 708 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de São Tomé de
Paripe ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 709 -Delimitação da bacia de drenagem natural de Bom Jesus dos PassosErro! Indicador
não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
42
Figura 710 – Canaletas de drenagem laterais às vias de circulação e com presença de esgoto
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 711 – Estruturas de drenagem do tipo canaletas com lançamento inadequado ............ Erro!
Indicador não definido.
Figura 712 – Canaleta de drenagem obstruída com resíduos sólidosErro! Indicador não
definido.
Figura 713 – Grelha coletoras de concreto em situação precária de manutençãoErro! Indicador
não definido.
Figura 714 – Carta de Riscos Geológicos da Região Subúrbio FerroviárioErro! Indicador não
definido.
Figura 715 - Carta de Riscos Geológicos da Região Ipitanga ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 716 - Carta de Riscos Geológicos da Região Brotas ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 717 – Carta de Risco Geológico da Região Itapuã ................ Erro! Indicador não definido.
Figura 718 – Carta de Risco Geológico da Região Ilhas .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 719 – Suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massaErro! Indicador não definido.
Figura 720 – Escadaria drenante e rampa drenante em argamassa armadaErro! Indicador não
definido.
Figura 721 – Módulos drenantes da escadaria drenante .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 722 – Degradação das escadarias e rampas drenantes ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 723 – Desenho esquemático e registro fotográfico da alteração do modelo de escadaria
drenante na década de 1990 ............................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 724 - Modelo de escadaria drenante a partir de 2008............ Erro! Indicador não definido.
Figura 725 – Tipos de escadarias drenantes identificadas em SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 726 – Seções transversais médias dos tipos de escadarias drenantesErro! Indicador não
definido.
Figura 727 – Localização das escadarias drenantes por bacias hidrográficas e de drenagem
natural .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 728 – Quantidade de escadarias drenantes reformadas/construídas (2007-2020) ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 729 – Extensão total de escadarias drenantes reformadas/construídas (2007-2020) .... Erro!
Indicador não definido.
Figura 730 – Serviço de limpeza de caixa coletora na Rua Rio Almada no bairro Monte SerratErro!
Indicador não definido.
Figura 731 - Serviço de desobstrução da rede de drenagem na Rua Rio Almada no bairro Monte
Serrat ............................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 732 – Serviço de manutenção preventiva no bairro do Campo GrandeErro! Indicador não
definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
43
Figura 733 - Serviço preventivo de limpeza de Caixa coletora no bairro do Campo Grande..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 734 – Limpeza de Caixa coletora .......................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 735 – Desobstrução de galeria de drenagem ........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 736 – Fuga de material na rede da rua da Independência ..... Erro! Indicador não definido.
Figura 737 – Sinalização de local com fuga de material ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 738 – Serviço de assentamento de tampa de bueiro em via pública na Avenida São Luiz,
no bairro de Paripe ........................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 739 – Serviço de recuperação de tampão de caixa coletora.. Erro! Indicador não definido.
Figura 740 – Dragline utilizado na dragagem de canais ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 741 – Caçamba utilizada nos serviços de dragagem de canaisErro! Indicador não
definido.
Figura 742 – Rua Glicério Pernambués. (a) Escadaria drenante modelo original; (b) Implantação
de tubo Rib Loc; (c) e (d) detalhe da nova escadaria ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 743 – Área potencial LUC 1................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 744 – Área potencial LUC 2................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 745 – Área potencial LUC 3................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 746 – Área potencial LUC 4................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 747 – Área potencial LUC 5................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 748 – Área potencial CAM 1 .................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 749 – Área potencial CAM 2 .................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 750 – Área potencial CAM 3 .................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 751 – Área potencial CAM 4 .................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 752 - Área potencial PIT 1 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 753 - Área potencial PIT 2 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 754 - Área potencial PIT 3 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 755 - Área potencial PIT 4 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 756 - Área potencial PIT 5 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 757 - Área potencial PIT 6 ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 758 – Área potencial PAS 1................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 759 - Área potencial JAG 1.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 760 - Área potencial JAG 2.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 761 - Área potencial JAG 3.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 762 - Área potencial JAG 4.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 763 - Área potencial JAG 5.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 764 - Área potencial JAG 6.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 765 - Área potencial JAG 7.................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 766 - Área potencial PAR 1 ................................................... Erro! Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
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Figura 767 - Área potencial IPI 1 ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 768 - Área potencial IPI 2 ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 769 – Situação geral do indicador de drenagem urbana por bacia hidrográfica e de
drenagem natural ............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 770 – Espacialização dos resultados o Índice de Drenagem Urbana no município de
Salvador ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 771 – Níveis associados aos eventos hidrológicos em rios ... Erro! Indicador não definido.
Figura 772 – Carta Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 773 – Fluxograma das quatro etapas de execução da análise, classificação e zoneamento
da suscetibilidade a inundações ....................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 774 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio dos Seixos Erro!
Indicador não definido.
Figura 775 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Lucaia ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 1794 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Camarajipe
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 777 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Pedras/Pituaçu
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 778 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Passa Vaca
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 779 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 780 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Cobre ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 781 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguari .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 782 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Ipitanga ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 783 –Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural da
Vitória/Contorno ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 784 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de
Amaralina/Pituba .............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 785 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural do Comércio
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 786 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de
Armação/Corsário ............................................................................ Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
45
Figura 787 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Plataforma
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 788 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Stella Maris
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 789 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de São Tomé
de Paripe .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 790 - Mapa de Suscetibilidade a Alagamentos e Inundações da Bacia de Drenagem
Natural de Itapagipe ......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 791. Definição de resíduos sólidos, conforme a Lei 12.305/2010Erro! Indicador não
definido.
Figura 792. Amostragem dos resíduos modelo 1 o dia 21/05/2021 (de A a F)Erro! Indicador não
definido.
Figura 793. Esquema do diagrama do quarteamento. ...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 794. Divisão espacial das Prefeituras-Bairros (PB) ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 795. Médias gravimétricas por amostragem/campanha. ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 796. Rejeitos e matéria orgânica do quarteamento realizado na Prefeitura-Bairro I
(Centro-Brotas) ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 797. Resultado médio por classes sociais da Caracterização Física dos Resíduos Sólidos
Domiciliares em Salvador, 2021 em percentuais (%)........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 798. Resultado médio da Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domiciliares em
Salvador, 2010 ................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 799. Caracterização Gravimétrica do Brasil........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 800. Distribuição do percentual dos resíduos coletados por tipo, no município de Salvador,
de 2016 a 2020. ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 801. Gráfico dos RSU coletados e da média mensal, entre 2016 e 2020Erro! Indicador
não definido.
Figura 802. Geração per capita dos resíduos sólidos coletados por região do Brasil...... Erro!
Indicador não definido.
Figura 803. Pesagem da amostra e tara dos tonéis para determinação do peso específico
aparente – PB I – Centro/Brotas ....................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 804. Quantitativo coletado e geração per capita/população atendida de RSD nos últimos 5
anos ................................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 805. Gráfico das médias de coleta nos últimos 5 anos em SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 806. Contêineres semienterrados – Barra ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 807. Contêineres subterrâneos - Garcia ................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 808. Área de acesso ao aterro Águas Claras Ambiental - Centro de Tratamento e
Beneficiamento de Resíduos Ltda. ............................................... Erro! Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
46
Figura 809. Área de acesso à Central de Tratamento da Eucafi EngenhariaErro! Indicador
não definido.
Figura 810. Estrutura de apoio da LIMPURB aos catadores de materiais recicláveis em
festas populares no Município de Salvador ................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 811. Campanhas de educação ambiental desenvolvidas pela LIMPURB ............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 812. Serviços complementares de Limpeza Urbana ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 813. Serviço de coleta de grandes geradores em empreendimento no Bairro do
Canela, em Salvador ...................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 814. Limpeza manual e mecanizada de praias em SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 815. Limpeza e lavagem de logradouros públicos ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 816. Divisão do Território Soteropolitano nos Núcleos de LimpezaErro! Indicador não
definido.
Figura 817. Mapa de Salvador por Núcleos de Limpeza e Prefeituras BairroErro! Indicador não
definido.
Figura 818. Visão geral do Aterro Metropolitano Centro. .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 819. Visão geral do Aterro Metropolitano Centro (2). ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 820. Visão geral da Estação Transbordo em Canabrava, Salvador.Erro! Indicador não
definido.
Figura 821. Caminhão descarregando na Estação Transbordo. ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 822. Ilustração da varrição manual em Salvador ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 823. Equipamento utilizado para a varrição mecanizada ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 824. Equipamento utilizado para a varrição mecanizada de pequeno porteErro! Indicador
não definido.
Figura 825. Mapa de localização dos PEV e demais pontos de coleta de materiais existentes em
2020. ................................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 826. Modelo da Casa SO+MA no Bairro de Stella Maris ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 827. Casa SO+MA instalada no Bairro de Periperi no ano de 2019Erro! Indicador não
definido.
Figura 828. Unidade da Termoverde Salvador ................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 829. Localização dos Equipamentos Urbanos dos Resíduos SólidosErro! Indicador não
definido.
Figura 830. Rota tecnológica 01 de manejo de resíduos sólidos domiciliares de Salvador ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 831. Rota tecnológica 02 de manejo de resíduos sólidos domiciliares de Salvador ....... Erro!
Indicador não definido.

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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
47
Figura 832. Localização da Estação de Transbordo e dos Núcleos de Limpeza (NL)............... Erro!
Indicador não definido.
Figura 833. Vista da fachada da Estação de Transbordo ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 834. Vista das dependências internas da Estação de TransbordoErro! Indicador não
definido.
Figura 835. Vista da entrada de veículos e balança ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 836. Vista do galpão de armazenamento temporário de RSU Erro! Indicador não definido.
Figura 837. Vista da área de carregamento de RSU ........................ Erro! Indicador não definido.
Figura 838. Lagoa de acúmulo de chorume ..................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 839. Dados de geração e tratamento de chorume no AMC ... Erro! Indicador não definido.
Figura 840. Distribuição dos pontos de amostragem de águas superficiais no entorno do AMC
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 841. Distribuição dos pontos de amostragem de águas subterrâneas do AMC ............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 842. Vista geral do Aterro Metropolitano Centro (AMC) ......... Erro! Indicador não definido.
Figura 843. Vista da fachada do Aterro Metropolitano Centro (AMC) Erro! Indicador não definido.
Figura 844. Vista da portaria do Aterro Metropolitano Centro (AMC) Erro! Indicador não definido.
Figura 845. Vista da balança do Aterro Metropolitano Centro (AMC) Erro! Indicador não definido.
Figura 846. Vista do prédio administrativo do Aterro Metropolitano Centro (AMC)Erro! Indicador
não definido.
Figura 847. Vista da área de disposição de resíduos ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 848. Detalhe da área de disposição de resíduos ................... Erro! Indicador não definido.
Figura 849. Vista da frente de operação por outro ângulo ................ Erro! Indicador não definido.
Figura 850. Detalhe do sistema de captação de gás metano ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 851. Vista das lagoas de acúmulo de chorume ..................... Erro! Indicador não definido.
Figura 852. Coleta e transporte de chorume .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 853. Vista da fachada e portaria do aterro ............................. Erro! Indicador não definido.
Figura 854. Detalhe da usina de beneficiamento de RCC ................ Erro! Indicador não definido.
Figura 855. Detalhe dos agregados gerados após o beneficiamento Erro! Indicador não definido.
Figura 856. Vista geral do aterro. ..................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 857. Detalhe dos taludes revestidos com vegetação, das bermas, do sistema de drenagem
de águas pluviais.............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 858. Balança existente no aterro ........................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 859. Detalhe do escritório ...................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 860. Marco de superfície existente no aterro ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 861. Detalhe do procedimento de amostragem das águas subterrâneas, em um dos poços
de monitoramento existentes no aterro ............................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 862. Vista da fachada do aterro ............................................. Erro! Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
48
Figura 863. Balança existente no aterro ........................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 864. Detalhe da área administrativa ...................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 865. Vista da frente de deposição do aterro .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 866. Vista da frente de deposição do aterro, por outro ânguloErro! Indicador não definido.
Figura 867. Detalhe dos materiais inertes depositados .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 868. Vista da unidade de beneficiamento móvel .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 869. Vista da retroescavadeira e triturador de madeiras, à direita da fotoErro! Indicador
não definido.
Figura 870. Procedimento de segregação de resíduos volumosos ... Erro! Indicador não definido.
Figura 871. Detalhe da madeira triturada ......................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 872. Detalhe do RCC beneficiados ........................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 873. Rota tecnológica de manejo de RSS gerados em SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 874. Localização das Cooperativas Cadastradas pela LIMPURBErro! Indicador não
definido.
Figura 875. Vista da entrada da cooperativa .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 876. Vista geral do galpão coberto ........................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 877. Detalhe da parte interna do galpão, provido de piso de concretoErro! Indicador não
definido.
Figura 878. Vista dos materiais armazenados em área descoberta .. Erro! Indicador não definido.
Figura 879. Vista de outro ponto onde os materiais ficam armazenados em área descoberta .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 880. Vista da fachada da área da cooperativa ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 881. Vista interna de um dos galpões .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 882. Detalhe dos materiais estocados diretamente sobre piso de concreto.Erro! Indicador
não definido.
Figura 883. Detalhe dos materiais estocados em área descoberta... Erro! Indicador não definido.
Figura 884. Detalhe dos materiais estocados em solo natural em área descobertaErro! Indicador
não definido.
Figura 885. Vista do Centro de formação profissional de catadores do Norte/Nordeste. .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 886. Armazenamento de materiais recicláveis em área cobertaErro! Indicador não
definido.
Figura 887. Armazenamento de materiais em área descoberta e piso intertravado .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 888. Vista de outro ângulo do armazenamento de materiais recicláveis em área descoberta
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.

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49
Figura 889. Materiais representados por madeiras, armazenados na calçadaErro! Indicador não
definido.
Figura 890. Fachada da cooperativa Coopcicla ................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 891. Vista da fachada da cooperativa, com materiais armazenados na calçada ........... Erro!
Indicador não definido.
Figura 892. Detalhe das dependências internas da cooperativa ....... Erro! Indicador não definido.
Figura 893. Vista das manchas no piso, provenientes dos materiais recicláveis armazenados Erro!
Indicador não definido.
Figura 894. Vista da balança eletrônica, com manchas no piso ao redorErro! Indicador não
definido.
Figura 895. Vista da fachada da cooperativa .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 896. Vista de dois galpões existentes e diversos resíduos armazenados no solo natural.
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 897. Vista do armazenamento de resíduos, diretamente sobre os solos naturais .......... Erro!
Indicador não definido.
Figura 898. Vista de outro ponto de armazenamento de resíduos, diretamente sobre os solos
naturais ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 899. Detalhe de outro local de armazenamento de resíduos, diretamente sobre os solos
naturais ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 900. Vista da fachada da área ............................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 901. Detalhe das dependências internas do galpão, com piso de concreto em bom estado
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 902. Vista geral das dependências internas do galpão .......... Erro! Indicador não definido.
Figura 903. Vista da fachada da cooperativa .................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 904. Detalhe da área coberta ................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 905. Detalhe da área descoberta, com o armazenamento de materiais diretamente sobre o
solo natural....................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 906. Vista da edificação existente na área da cooperativa .... Erro! Indicador não definido.
Figura 907. Detalhe da área coberta de armazenamento de resíduosErro! Indicador não
definido.
Figura 908. Detalhe de outra de armazenamento de resíduos irregularErro! Indicador não
definido.
Figura 909. Vista dos materiais dispostos sobre os solos naturais e em caçamba metálica ..... Erro!
Indicador não definido.
Figura 910. Vista da fachada da área da cooperativa ....................... Erro! Indicador não definido.
Figura 911. Vista da área cobertura com material espalhado ........... Erro! Indicador não definido.
Figura 912. Estoque de materiais recicláveis em área descoberta ... Erro! Indicador não definido.
Figura 913. Lançamento de materiais na encosta ............................ Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
50
Figura 914. Vista da fachada do Ecoponto Itaigara .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 915. Vista das dependências do Ecoponto Itaigara ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 916. Armazenamento de resíduos das baias e em caçambas plásticasErro! Indicador não
definido.
Figura 917. Caçamba metálica para armazenamento de resíduos ... Erro! Indicador não definido.
Figura 918. Detalhe de outro tipo de caçamba metálica, para armazenamento de resíduos .... Erro!
Indicador não definido.
Figura 919. Armazenamento de pneus em baia provida de piso de concreto elevado.............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 920. Vista da fachada da Estação de Transbordo ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 921. Vista da portaria/acesso à Estação de Transbordo ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 922. Vista da área interna do galpão de armazenamento dos RSDErro! Indicador não
definido.
Figura 923. Vista do piso do galpão, impregnado por camada de restos de RSDErro! Indicador
não definido.
Figura 924. Detalhe da operação do transbordo dos RSD ............... Erro! Indicador não definido.
Figura 925. Vista do piso inferior do galpão com camada de restos de RSDErro! Indicador não
definido.
Figura 926. Detalhe da lagoa de chorume, revestida com manta PEADErro! Indicador não
definido.
Figura 927. Vista da entrada e acesso ao AMC................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 928. Detalhe de um dos poços de monitoramento existentes no AMCErro! Indicador não
definido.
Figura 929. Vista da oficina de manutenção de veículos .................. Erro! Indicador não definido.
Figura 930. Vista da área de lavagem de veículos ........................... Erro! Indicador não definido.
Figura 931. Vista da área de armazenamento de combustíveis, provida de tanque aéreo ....... Erro!
Indicador não definido.
Figura 932. Vista da fachada do Aterro Águas Claras ...................... Erro! Indicador não definido.
Figura 933. Poço de monitoramento instalado no aterro Águas ClarasErro! Indicador não
definido.
Figura 934. Localização dos locais classificados como Áreas com Potencial (AP) e Suspeita (AS)
de Contaminação. ............................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 935. Veículo compactador utilizado para coleta dos Grandes GeradoresErro! Indicador
não definido.
Figura 936. Coleta de Grande Gerador no bairro do Canela, Salvador.Erro! Indicador não
definido.
Figura 937. Leito de Secagem do SES da Ilha de Ponta de Nossa SenhoraErro! Indicador não
definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
51
Figura 938. Canteiro de baia de expurgos – UML (Cabula) .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 939. Retirada de materiais em corpo hídrico (dragagem) ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 940. Resíduos Sólidos nas estruturas de drenagem pluvial ... Erro! Indicador não definido.
Figura 941. Resíduos na Rua do Cabeça, centro de Salvador. ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 942. Porcentagem de Indústrias do Município de Salvador por Seção do CNAE .. Erro!
Indicador não definido.
Figura 943. Formulário de controle de coleta dos RSS da SMS/SalvadorErro! Indicador não
definido.
Figura 944. Mapeamento dos Atestados de Viabilidade de Serviços emitidos em 2018 ... Erro!
Indicador não definido.
Figura 945. Mapeamento dos Atestados de Viabilidade de Serviços emitidos em 2019 ... Erro!
Indicador não definido.
Figura 946. Instalações do Ecoponto Itaigara, em Salvador ............. Erro! Indicador não definido.
Figura 947. Contêineres para recebimento de RCC no Ecoponto Itaigara.Erro! Indicador não
definido.
Figura 948. Instalações do Ecoponto Itapuã ................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 949. Contêineres para recebimento de RCC no Ecoponto ItapuãErro! Indicador não
definido.
Figura 950. Espaço interno para recebimento de resíduos sólidos urbanos do Ecoponto
Itapuã .............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 951. Modelo de container de coleta de RCC ..................... Erro! Indicador não definido.
Figura 952. Localização das Caixas Para Resíduos da Construção CivilErro! Indicador não
definido.
Figura 953. Ponto de descarte irregular de RCC no Bairro de PituaçuErro! Indicador não
definido.
Figura 954. Descarte irregular de RCC em faixa de praia no Bairro de Massaranduba .... Erro!
Indicador não definido.
Figura 955. Descarte irregular de RCC em logradouro no Bairro de Massaranduba ........ Erro!
Indicador não definido.
Figura 956. RCC dispostos irregularmente no Bairro do Lobato Erro! Indicador não definido.
Figura 957. Quantitativo de manifestações no Sistema Fala Salvador de RCC, período 2016-
2020. ................................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 958. Disposição inadequada de resíduos em Bom Jesus dos Passos (Área do
“Buracão”) ...................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 959. Acondicionador interno comum ..................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 960. Fluxograma do gerenciamento dos Resíduos Sólidos ... Erro! Indicador não definido.
Figura 961. Localização das estações Metroviárias e Terminais Rodoviários no Município de
Salvador ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
52
Figura 962. Acondicionadores de resíduos sólidos na CCR Metrô BahiaErro! Indicador não
definido.
Figura 963. Tipos de acondicionadores de resíduos sólidos nas unidades da CCR Metrô Bahia.
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 964. Central de Resíduos Sólidos da CCR Metrô Bahia ........ Erro! Indicador não definido.
Figura 965. Estrutura para resíduos perigosos da CCR Metrô Bahia Erro! Indicador não definido.
Figura 966. Acondicionadores para Resíduos Não Recicláveis úmido (Orgânico)Erro! Indicador
não definido.
Figura 967. Coletores de resíduos do Porto de Salvador ................. Erro! Indicador não definido.
Figura 968. Central de Resíduos do Porto de Salvador .................... Erro! Indicador não definido.
Figura 969. Coletores de resíduos comuns ...................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 970. Coletores de resíduos recicláveis .................................. Erro! Indicador não definido.
Figura 971. Resíduos recicláveis encaminhados para a CAMAPET . Erro! Indicador não definido.
Figura 972. Armazenamento interno de Resíduos não humanos no Cemitério Itapuã .............. Erro!
Indicador não definido.
Figura 973. Abrigo de contêineres para resíduos não humanos (armazenamento temporário) no
Cemitério de Itapuã .......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 974. Mapa de localização do Cemitério Ordem Terceira de São FranciscoErro! Indicador
não definido.
Figura 975. Coleta de resíduos da construção civil no cemitério ...... Erro! Indicador não definido.
Figura 976. Coleta de resíduos de eventos festivos ......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 977. Localização dos terreiros em Salvador .......................... Erro! Indicador não definido.
Figura 978. Imagens de entrega de presentes e oferendas na festa de YemanjáErro! Indicador
não definido.
Figura 979. Imagem de entrega de presentes e oferendas vinculadas às religiões de matriz
africana ............................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 980. Ciclo de Vida dos Materiais ........................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 981. Ciclo de Vida proposto pela Logística Reversa .............. Erro! Indicador não definido.
Figura 982. Ilustração das questões importantes para a Logística ReversaErro! Indicador não
definido.
Figura 983. Geração de resíduos sólidos urbanos e públicos e quantidade coletada (1.000 t e %),
2009-2019 ........................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 984. Cobertura da população urbana (%) com serviços de resíduos sólidos urbanos e com
coleta domiciliar porta a porta, 2009-2019 ........................................ Erro! Indicador não definido.
Figura 985. Proporção de domicílios (%) com coleta de resíduos sólidos porta a porta, segundo
bairros, 2010 .................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Figura 986. Condições de descarte dos resíduos sólidos em proporção de domicílios (%), 2018-
2020 (N = 15.260) ............................................................................ Erro! Indicador não definido.
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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
53
Figura 987 – Divulgação das oficinas com as datas por Prefeitura Bairro.Erro! Indicador não
definido.
Figura 988. Localização dos Pontos Críticos de Resíduos Sólidos... Erro! Indicador não definido.

LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação de bacias hidrográficas e de drenagem natural por Prefeitura- Bairro ...... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 2 – Principais padrões de caixas de recepção/coletoras de microdrenagem ............... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 3 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio dos Seixos ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 4 - Identificação dos produtos e respectivas entregas parciaisErro! Indicador não
definido.
Quadro 5 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de OndinaErro! Indicador
não definido.
Quadro 6 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Camarajipe ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 7 – Sub-bacias do sistema de macrodrenagem sul da bacia do rio LucaiaErro! Indicador
não definido.
Quadro 8 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio LucaiaErro! Indicador
não definido.
Quadro 9 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio das Pedras/Pituaçu
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 10 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Passa Vaca ........ Erro!
Indicador não definido.
Quadro 11 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Jaguaribe ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 12 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio CobreErro! Indicador
não definido.
Quadro 13 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Paraguari ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 14 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Ipitanga .............. Erro!
Indicador não definido.
Quadro 15 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha de Maré ............ Erro!
Indicador não definido.

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Quadro 16 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha dos Frades ....... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 17 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia da Vitória-Contorno ...... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 18 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Amaralina Pituba ..... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 19 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do ComércioErro! Indicador
não definido.
Quadro 20 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de ArmaçãoErro! Indicador
não definido.
Quadro 21 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de ItapagipeErro! Indicador
não definido.
Quadro 22 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Plataforma............... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 23 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Stella Maris ............. Erro!
Indicador não definido.
Quadro 24 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de São Tomé de Paripe Erro!
Indicador não definido.
Quadro 25 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha de Bom Jesus dos
Passos ............................................................................................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 26 – Classes de qualidade do serviço do IDU ...................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 27 – Relação de problemas e dificuldades nos serviços de drenagem urbana e manejo de
águas pluviais em Salvador .............................................................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 28 – Tipologias de danos decorrentes de inundações em áreas urbanasErro! Indicador
não definido.
Quadro 29 – Classes de suscetibilidade a inundações ..................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 30. Classificação dos resíduos sólidos. ............................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 31. Definição das Amostras por Padrão de Renda .............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 32 - Categorias de amostragem........................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 33. Peso Específico Aparente dos Resíduos Sólidos UrbanosErro! Indicador não
definido.
Quadro 34. Resumo dos Contratos da Prestação do Serviço referentes ao sistema de Limpeza
Urbana em Salvador......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 35. Quantitativo de veículos e equipamentos utilizados pelas empresas de Limpeza
Urbana em Salvador......................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 36. Série histórica da taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em
relação à população total............................................................... Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
55
Quadro 37. Série histórica da taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em relação à
população urbana............................................................................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 38. Taxa de Cobertura do serviço domiciliar direta (porta a porta) da população urbana de
Salvador ........................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 39. Ruas e Avenidas que recebem o serviço de varrição mecanizada em Salvador .... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 40. Cooperativas Cadastradas na LIMPURB ....................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 41. Localização das Casas SO+MA em Salvador ................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 42. Roteiro de atendimento às cooperativas. ....................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 43. Resíduos RCC recebidos no aterro EUCAFI no período de novembro de 2020 a
novembro de 2021 (t) ....................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 44. Unidades de Sistema de Esgotamento Sanitário e seus principais resíduos gerados
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 45. Unidades de Sistema de Abastecimento de Água e seus principais resíduos gerados
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 46. Resíduos Gerados nas unidades de tratamento ............ Erro! Indicador não definido.
Quadro 47. Unidades de direcionamento dos resíduos e seus respectivos endereços ............. Erro!
Indicador não definido.
Quadro 48. Tipologias industriais sob a Resolução CONAMA nº 313/02Erro! Indicador não
definido.
Quadro 49. Descrição dos empreendimentos industriais da Seção B do Município de
Salvador .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 50. Empreendimentos industriais da Seção C no Munícipio de Salvador ............ Erro!
Indicador não definido.
Quadro 51. Empreendimentos da Seção D no Munícipio de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Quadro 52. Empreendimentos da Seção E no Município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Quadro 53. Empreendimentos da Seção F no Município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Quadro 54. Empreendimentos da Seção G no Município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Quadro 55. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 01 ............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 56. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 02 ............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 57. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 03 ............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 58. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 04 ............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 59. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 05 ............. Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
56
Quadro 60. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)Erro! Indicador não
definido.
Quadro 61. Empresas transportadoras de RSS cadastradas na LIMPURB.Erro! Indicador
não definido.
Quadro 62. Classificação dos resíduos da construção civil ....... Erro! Indicador não definido.
Quadro 63. Distribuição da frota de coleta e transporte dos RCC, de 2016 a 2021 ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 64. Distribuição das empresas contratadas/consórcio para coleta e transporte dos RCC
por Núcleo de Limpeza..................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 65. Destinação final dos RCC por lote de limpeza pública urbanaErro! Indicador não
definido.
Quadro 66. RCC, parcela pública, aterrados por mês no Aterro Águas Claras Ambiental Erro!
Indicador não definido.
Quadro 67. Demonstrativo de RCC e volumosos destinados às Centrais de Tratamento Erro!
Indicador não definido.
Quadro 68. Lista de empreendimentos associados com atividade de abate de animais em
Salvador. .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 69. Resíduos gerados no aeroporto de Salvador ................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 70. Classificação do Gerenciamento de Resíduos SólidosErro! Indicador não
definido.
Quadro 71. Tratamento e Disposição Final de Resíduos .................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 72. Principais tipos de resíduos gerados pela Companhia de Metrô da Bahia. ............ Erro!
Indicador não definido.
Quadro 73. Empresas transportadoras de Resíduos Sólidos e destinaçãoErro! Indicador não
definido.
Quadro 74. Licenças Ambientais vigentes para a CCR Metrô Bahia Erro! Indicador não definido.
Quadro 75. Responsáveis pelo gerenciamento de resíduos para diferentes tipos de resíduos Erro!
Indicador não definido.
Quadro 76. Média anual de resíduos gerados na CODEBA, período 2018-2020Erro! Indicador
não definido.
Quadro 77. Média mensal de resíduos gerados na CODEBA, período 2018-2020Erro! Indicador
não definido.
Quadro 78. Lista de empreendimentos associados com atividade de mineração em Salvador Erro!
Indicador não definido.
Quadro 79. Informações dos cemitérios públicos do município de SalvadorErro! Indicador não
definido.
Quadro 80. Quantidade de sepultamentos em cada Cemitério Público de SalvadorErro! Indicador
não definido.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
57
Quadro 81. Quantidade de resíduos gerados nos cemitérios públicos no ano de 2020 (Kg) .... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 82. Classificação dos Resíduos Sólidos do Cemitério Ordem TerceiraErro! Indicador não
definido.
Quadro 83. Quantificação dos resíduos sólidos do cemitério ........... Erro! Indicador não definido.
Quadro 84. Custo das operações LIMPURB por ano (eventos festivos)Erro! Indicador não
definido.
Quadro 85. Tipos de resíduos e entidade responsável pela destinação finalErro! Indicador não
definido.
Quadro 86. Localização dos PEVs eletroeletrônicos de Salvador, pela Green Eletron ............. Erro!
Indicador não definido.
Quadro 87. Localização dos PEVs eletroeletrônicos de Salvador, pela Reciclus.Erro! Indicador
não definido.
Quadro 88. Localização dos Pontos de Coleta de medicamentos vencidos em Salvador......... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 89. ISan_Salvador, por faixa e classe de qualidade............. Erro! Indicador não definido.
Quadro 90. Tipo e frequência de coleta de RSD por sexo, cor/raça, escolaridade e faixa de renda
mensal familiar, em número e proporção de domicílios (%), 2018-2020Erro! Indicador não
definido.
Quadro 91 – Bairros das zonas de mobilização para elaboração do PMSBIErro! Indicador não
definido.
Quadro 92 – Percepção da população da Prefeitura Bairro I – Centro/Brotas sobre o serviço de
drenagem urbana e manejo das águas pluviais................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 93 – Percepção da população da Prefeitura Bairro II – Subúrbio/Ilhas sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 94 – Percepção da população da Prefeitura Bairro III – Cajazeiras sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 95 – Percepção da população da Prefeitura Bairro IV – Itapuã sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 96 – Percepção da população da Prefeitura Bairro V – Cidade Baixa sobre o serviço
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 97 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VI – Barra/Pituba sobre o serviço
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 98 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VII – Liberdade/São Caetano sobre o
serviço de drenagem e manejo das águas pluviais .......................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 99 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VIII – Cabula/Tancredo Neves sobre o
serviço de drenagem e manejo das águas pluviais .......................... Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
58
Quadro 100 – Percepção da população da Prefeitura Bairro IX – Pau da Lima sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 101 – Percepção da população da Prefeitura Bairro X – Valéria sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais............................................ Erro! Indicador não definido.
Quadro 102. Problemas x Causas por Prefeitura-Bairro. .................. Erro! Indicador não definido.
Quadro 103. Soluções de intervenção a curto e longo prazos ... Erro! Indicador não definido.
Quadro 104. Comparativo entre as alternativas na instalação de equipamentos da Região
Metropolitana de Salvador ................................................................ Erro! Indicador não definido.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
59
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ...........................................................................................................................8
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................12
LISTA DE QUADROS ...................................................................................................................42
SUMÁRIO .....................................................................................................................................47
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................57
2. DIAGNÓSTICO TÉCNICO E OPERACIONAL DO SERVIÇO DE DRENAGEM URBANA E
MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS ...................................................................................................59
2.1. PANORAMA DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA (CENSO IBGE
2010) 65
2.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SEIXOS (BARRA/CENTENÁRIO) .....................74
2.2.1. Sistemas de Macrodrenagem ...................................................................................76
2.2.2. Sistemas de Microdrenagem ....................................................................................81
2.2.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ..................97
2.2.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos ............................................98
2.2.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 104
2.2.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 107
2.3. BACIA HIDROGRÁFICA DE ONDINA........................................................................... 109
2.3.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 111
2.3.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 116
2.3.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 124
2.3.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 125
2.3.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 128
2.3.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 131
2.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIPE .......................................................... 132
2.4.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 135
2.4.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 191
2.4.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 194
2.4.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 196
2.4.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 199
2.4.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 221
2.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LUCAIA .................................................................... 222
2.5.1. Projeto do BRT Salvador ........................................................................................ 225
2.5.2. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 228
2.5.3. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 266
2.5.4. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 269
2.5.5. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 270
2.5.6. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 271
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
60
2.5.7. Situação Cadastral ................................................................................................. 278
2.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS/PITUAÇU.......................................... 279
2.6.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 282
2.6.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 299
2.6.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 302
2.6.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 303
2.6.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 304
2.6.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 315
2.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA .......................................................... 316
2.7.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 318
2.7.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 321
2.7.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 322
2.7.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 323
2.7.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 323
2.7.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 326
2.8. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE ............................................................. 327
2.8.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 329
2.8.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 344
2.8.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 346
2.8.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 348
2.8.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 349
2.8.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 362
2.9. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO COBRE .............................................................. 363
2.9.1. Sistemas de Macrodrenagem ................................................................................. 365
2.9.2. Sistemas de Microdrenagem .................................................................................. 376
2.9.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ................ 381
2.9.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos .......................................... 382
2.9.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................... 383
2.9.6. Situação Cadastral ................................................................................................. 390
2.10. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI ........................................................ 391
2.10.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 393
2.10.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 398
2.10.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 400
2.10.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 401
2.10.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 402
2.10.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 406
2.11. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA ............................................................. 407
2.11.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 409
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
61
2.11.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 419
2.11.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 423
2.11.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 424
2.11.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 425
2.11.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 430
2.12. BACIAS HIDROGRÁFICA DE ILHA DE MARÉ.......................................................... 431
2.12.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 433
2.12.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 433
2.12.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 434
2.12.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 435
2.12.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 436
2.12.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 436
2.13. BACIAS HIDROGRÁFICA DA ILHA DOS FRADES ................................................... 437
2.13.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 439
2.13.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 439
2.13.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 440
2.13.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 441
2.13.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 441
2.13.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 441
2.14. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA VITÓRIA/CONTORNO................................. 443
2.14.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 445
2.14.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 445
2.14.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 449
2.14.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 450
2.14.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 451
2.14.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 453
2.15. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE AMARALINA/PITUBA .................................. 454
2.15.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 456
2.15.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 457
2.15.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 468
2.15.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 469
2.15.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 470
2.15.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 472
2.16. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DO COMÉRCIO ................................................ 473
2.16.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 475
2.16.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 475
2.16.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 482
2.16.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 482
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
62
2.16.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 483
2.16.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 486
2.17. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA ARMAÇÃO/CORSÁRIO............................... 487
2.17.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 489
2.17.2. Estruturas de reservação, detenção e amortecimento de cheias ........................ 489
2.17.3. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 489
2.17.4. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 497
2.17.5. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 497
2.17.6. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 498
2.17.7. Situação Cadastral ............................................................................................. 501
2.18. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ITAPAGIPE ................................................. 502
2.18.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 504
2.18.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 516
2.18.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 522
2.18.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 523
2.18.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 524
2.18.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 535
2.19. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE PLATAFORMA ............................................ 536
2.19.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 538
2.19.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 543
2.19.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 545
2.19.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 546
2.19.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 547
2.19.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 551
2.20. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE STELLA MARIS ........................................... 552
2.20.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 554
2.20.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 559
2.20.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 564
2.20.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 565
2.20.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 566
2.20.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 570
2.21. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE SÃO TOMÉ DE PARIPE .............................. 571
2.21.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 573
2.21.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 579
2.21.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 583
2.21.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 583
2.21.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 584
2.21.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 588
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
63
2.22. BACIAS DE DRENAGEM DA ILHA DE BOM JESUS DO PASSOS .......................... 589
2.22.1. Sistemas de Macrodrenagem ............................................................................. 591
2.22.2. Sistemas de Microdrenagem .............................................................................. 591
2.22.3. Áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana ............. 592
2.22.4. Áreas com interferência de redes de serviços públicos....................................... 593
2.22.5. Regiões críticas associadas à drenagem urbana ................................................ 593
2.22.6. Situação Cadastral ............................................................................................. 594
2.23. PONTOS CRÍTICOS DE INSTABILIDADE GEOTÉCNICA SUSCETÍVEIS À EROSÃO
E ESCORREGAMENTO PELA AÇÃO DAS CHUVAS EM SALVADOR .................................. 595
2.24. ESCADARIAS DRENANTES ..................................................................................... 602
2.24.1. Cadastro das escadarias drenantes.................................................................... 607
2.25. SITUAÇÃO OPERACIONAL E DE MANUTENÇÃO GERAL...................................... 612
2.25.1. Subdivisão da execução dos serviços operacionais e de manutenção ............... 616
2.25.2. Equipamentos utilizados ..................................................................................... 617
2.25.3. Rotina Operacional ............................................................................................. 618
2.25.4. Situação da manutenção da infraestrutura por bacias hidrográficas e de drenagem
natural 620
2.26. ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE DETENÇÃO,
RETENÇÃO OU AMORTECIMENTO DE CHEIAS .................................................................. 629
2.26.1. Bacia hidrográfica do rio Lucaia .......................................................................... 630
2.26.2. Bacia hidrográfica do rio Camarajipe .................................................................. 632
2.26.3. Bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu ...................................................... 633
2.26.4. Bacia hidrográfica do rio Passa Vaca ................................................................. 636
2.26.5. Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe ..................................................................... 636
2.26.6. Bacia hidrográfica do rio Paraguari ..................................................................... 638
2.26.7. Bacia hidrográfica do rio Ipitanga ........................................................................ 639
2.27. QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS ........................................................... 641
2.27.1. Indicadores dos serviços a partir de dados do SNIS ........................................... 641
2.27.2. Índice de Drenagem Urbana para o PMSBI ........................................................ 652
2.27.3. Principais problemas e dificuldades identificadas na prestação dos serviços ..... 660
2.28. CARACTERIZAÇÃO E ZONEAMENTO DE ÁREAS SUJEITAS A INUNDAÇÕES .... 665
2.28.1. Caracterização das causas das inundações ....................................................... 665
2.28.2. Prejuízos estruturais e ônus financeiro causados pelas inundações ................... 667
2.28.3. Carta de suscetibilidade a Inundações Ribeirinhas e devido a Urbanizaçã ......... 672
3. ANÁLISE CRÍTICA DOS PLANOS E ESTUDOS RELACIONADOS AO MANEJO DE ÁGUAS
PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA............................................................................................ 715
3.1. PLANOS E ESTUDOS EXISTENTES ........................................................................... 715

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
64
3.1.1. Plano Municipal de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais urbanas do município de
Salvador (2009) ................................................................................................................... 715
3.1.2. Plano Salvador 500 (2012-ATUAL) ........................................................................ 732
3.1.3. Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador (pddu) - 2016
733
3.1.4. Estudos de Concepção de Bacias Hidrográficas de Salvador ................................ 740
3.1.5. Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) - 2016 ......................................... 744
3.1.6. Plano Municipal de Adaptação e Mitigação Às Mudanças do Clima (PMAMc) - 2020
744
3.1.7. Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) – 2020
745
3.1.8. QUALISALVADOR: qualidade do ambiente urbano na cidade da Bahia – 2021 .... 746
3.1.9. Trabalhos acadêmicos relacionados a drenagem urbana em Salvador .................. 750
3.2. PLANOS, ESTUDOS E PROJETOS EM EXECUÇÃO .................................................. 755
3.2.1. Elaboração de projetos executivos de engenharia para drenagem pluvial nas calhas
naturais e canais das bacias urbanas dos rios Cobre, Ipitanga e Itapagipe ......................... 755
4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E HIDROLÓGICA DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO
MUNICÍPIO ................................................................................................................................. 756
4.1. DELIMITAÇÃO FÍSICA E HIDROGRAFIA ..................................................................... 756
4.2. SOLOS E GEOMORFOLOGIA...................................................................................... 764
4.3. GEOLOGIA E AQUÍFEROS .......................................................................................... 767
4.4. COBERTURA VEGETAL .............................................................................................. 772
4.5. USOS E OCUPAÇÃO DOS SOLOS.............................................................................. 774
4.5.1. Situação prevista na Lei de Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) . 774
4.5.2. Situação atual do uso e ocupação do solo com base no parâmetro CN ................. 779
4.6. HIDROLOGIA................................................................................................................ 801
4.6.1. Rede de monitoramento hidrometereológico e maregráfico ................................... 802
4.6.2. Precipitações médias, totais anuais e máximas anuais .......................................... 827
4.6.3. Equações de chuvas usuais no município .............................................................. 840
4.6.4. Análise geral do impacto da mudanças climáticas na hidrologia local .................... 853
4.6.5. Análise da ocorrência das marés ........................................................................... 854
4.6.6. Comportamento hídrico dos barramentos no município ......................................... 858
5. GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO865
5.1. GESTÃO TERRITORIAL E PARTICIPATIVA DOS RECURSOS HÍDRICOS ................ 866
5.1.1. Regiões de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos (RPGA) ..................... 866
5.1.2. Comitê de bacia ..................................................................................................... 869
5.1.3. Agência de bacia.................................................................................................... 872
5.2. QUALIDADE E QUANTIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS ...................................... 873
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
65
5.2.1. Águas superficiais .................................................................................................. 873
5.2.2. Águas subterrâneas ............................................................................................... 895
5.3. DEMANDAS CONSUNTIVAS E NÃO CONSUNTIVAS ................................................. 902
5.3.1. Demandas consuntivas .......................................................................................... 903
5.3.2. Demandas não consuntivas ................................................................................... 904
5.4. SITUAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS ............................................................................................................................... 910
5.4.1. Planos de Recursos Hídricos ................................................................................. 910
5.4.2. Enquadramento de corpos d’água segundo seus usos preponderantes................. 911
5.4.3. Outorga de direito de uso de recursos hídricos ...................................................... 912
5.4.4. Cobrança pelo uso de recursos hídricos ................................................................ 913
5.4.5. Sistema de informações de recursos hídricos ........................................................ 913
6. AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS DE SAÚDE PÚBLICA RELACIONADOS ÀS DEFICIENCIAS
DOs SISTEMA DE drenagem e manejo das águas pluviais ........................................................ 915
6.1. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA .......................................................... 916
6.1.1. Dengue .................................................................................................................. 916
6.1.2. Malária ................................................................................................................... 920
6.1.3. Leishmaniose ......................................................................................................... 922
6.1.4. Esquistossomose ................................................................................................... 925
6.1.5. Leptospirose........................................................................................................... 927
7. DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO ........................................................................................ 930
7.1. PREFEITURA BAIRRO II – SUBÚRBIO/ILHAS............................................................. 931
7.2. PREFEITURA BAIRRO III – CAJAZEIRAS ................................................................... 932
7.3. PREFEITURA BAIRRO IV – ITAPUÃ ............................................................................ 933
7.4. PREFEITURA BAIRRO V – CIDADE BAIXA ................................................................. 934
7.5. PREFEITURA BAIRRO VI – BARRA/PITUBA ............................................................... 935
7.6. PREFEITURA BAIRRO VII – LIBERDADE/SÃO CAETANO ......................................... 935
7.7. PREFEITURA BAIRRO VIII – CABULA/TANCREDO NEVES ....................................... 936
7.8. PREFEITURA BAIRRO IX – PAU DA LIMA .................................................................. 937
7.9. PREFEITURA BAIRRO X – VALÉRIA ........................................................................... 938
8. DIAGNÓSTICO TÉCNICO E OPERACIONAL DO GERENCIAMENTO RESÍDUOS SÓLIDOS
939
8.1. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE SALVADOR
939
8.1.1. 6.1.1. Classificação dos Resíduos Sólidos ............................................................. 939
8.1.2. 6.1.2. Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Gerados no Município ............ 944
8.2. SÉRIE HISTÓRICA DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS COLETADOS ......................... 958

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
66
8.3. GERAÇÃO PER CAPITA, PESO ESPECÍFICO APARENTE E TEOR DE UMIDADE DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS........................................................................................... 961
8.4. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................. 965
8.4.1. Análise do Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos em Salvador ............... 965
8.4.2. Resíduos de Limpeza Urbana ................................................................................ 973
8.4.3. Frota de veículos utilizados na Limpeza Urbana .................................................... 981
8.4.4. Índice de Cobertura de cada um dos Serviços ....................................................... 987
8.4.5. Identificação da cobertura de coleta porta-a-porta e áreas de varrição .................. 989
8.4.6. Identificação de formas de coleta seletiva, com a parceria de cooperativas,
associações de catadores ................................................................................................... 993
8.4.7. Identificação das formas de coleta seletiva existentes ........................................... 998
8.4.8. Identificação da existência de apoio e incentivo municipal à reciclagem e valorização
energética dos resíduos..................................................................................................... 1003
8.5. ÁREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL E PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS
RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................... 1005
8.5.1. Destinação Final de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) ........................................ 1007
8.5.2. Destinação Final de Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC) ....................... 1035
8.5.3. Disposição Final de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) ................................ 1056
8.5.4. . Passivos Ambientais .......................................................................................... 1059
8.6. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS E
PRESTADORES DE SERVIÇOS .......................................................................................... 1107
8.7. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO
BÁSICO ................................................................................................................................. 1110
8.7.1. Resíduos das Estações de Tratamento de Água e Esgoto ................................... 1111
8.7.2. Resíduos do Sistema de Drenagem Pluvial ......................................................... 1121
8.8. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS ................................................. 1126
8.9. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE............................. 1151
8.10. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ........................... 1159
8.11. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS .............................. 1184
8.12. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE ............. 1189
8.12.1. Terminal Rodoviário de Passageiros de Salvador............................................. 1189
8.12.2. Aeroporto em Salvador ..................................................................................... 1191
8.12.3. Estações Metroviárias ...................................................................................... 1199
8.12.4. Portos ............................................................................................................... 1208
8.13. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO ......................................... 1215
8.14. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS CEMITERIAIS.............................................. 1218
8.14.1. Cemitérios públicos municipais ......................................................................... 1219
8.14.2. Cemitérios particulares ..................................................................................... 1226
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
67
8.15. OUTROS GERADORES.......................................................................................... 1234
8.16. IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS E GERADORES SUJEITOS AO SISTEMA DE
LOGÍSTICA REVERSA ......................................................................................................... 1241
8.17. ASPECTOS SOCIAIS RELACIONADOS À GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS . 1253
8.17.1. Inventário e análise da situação dos catadores ................................................ 1254
8.17.2. Levantamento do mercado potencial e recicláveis por tipo ............................... 1257
8.17.3. Perfil dos Empreendimentos Coletores de Materiais Recicláveis ...................... 1260
8.17.4. Perfil Socioeconômico de Catadores de Materiais Recicláveis Autônomos ...... 1269
8.17.5. Situações de Vulnerabilidade Social (Áreas de Concentração)......................... 1273
8.18. QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................... 1274
8.18.1. Indicadores relativos à prestação dos serviços ................................................. 1274
8.18.2. QUALISalvador................................................................................................. 1284
9. ÁREAS FAVORÁVEIS À DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS........................ 1292
9.1. DESTINAÇÃO/DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU) E DE
resíduos de SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) ........................................................................... 1293
9.2. DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC) ... 1294
10. CAPACIDADE E ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA EXISTENTE EM RELAÇÃO ÀS
DIRETRIZES DOS PLANOS PERTINENTES ........................................................................... 1296
10.1. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO (PDDU) ............................ 1296
10.2. OUTROS PLANOS EXISTENTES ........................................................................... 1299
6. AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS DE SAÚDE PÚBLICA, RELACIONADOS ÀS DEFICIÊNCIAS
DO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................. 1301
11. IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSORCIADAS ................................................... 1307
12. DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................ 1319
12.1. PREFEITURA-BAIRRO I – CENTRO-BROTAS ....................................................... 1321
12.2. PREFEITURA-BAIRRO II – SUBÚRBIO-ILHAS....................................................... 1321
12.3. PREFEITURA-BAIRRO III – CAJAZEIRAS.............................................................. 1322
12.4. PREFEITURA-BAIRRO IV – ITAPUÃ ...................................................................... 1322
12.5. PREFEITURA-BAIRRO V – CIDADE BAIXA ........................................................... 1322
12.6. PREFEITURA-BAIRRO VI – BARRA/PITUBA ......................................................... 1322
12.7. PREFEITURA-BAIRRO VII – LIBERDADE/SÃO CAETANO.................................... 1323
12.8. PREFEITURA-BAIRRO VIII – CABULA/TANCREDO NEVES ................................. 1323
12.9. PREFEITURA-BAIRRO IX – PAU DA LIMA............................................................. 1324
12.10. PREFEITURA-BAIRRO X – VALÉRIA ..................................................................... 1324
6. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 1326
6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 1331

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
68
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
69
1. INTRODUÇÃO
A natureza das ações de saneamento básico coloca-o como essencial à vida humana e à
proteção ambiental. Deste modo, intervir no saneamento básico torna-se uma ação que deve ser
pensada em caráter coletivo, ou seja, como uma meta social na qual os indivíduos, a comunidade
e o Estado têm papéis a desempenhar.
A Lei Federal nº 11.445/2007, alterada pela Lei Federal nº 14.026/2020, que estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento conceitua o Saneamento Básico em seu artigo 3º, inciso I,
como sendo:
“[...] conjunto de serviços públicos, infraestruturas e instalações operacionais de:
a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades e pela disponibilização e
manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias ao abastecimento
público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e seus instrumentos de
medição;
b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades e pela disponibilização e
manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias à coleta, ao
transporte, ao tratamento e à disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as
ligações prediais até sua destinação final para produção de água de reúso ou seu
lançamento de forma adequada no meio ambiente;
c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: constituídos pelas atividades e pela
disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais de coleta,
varrição manual e mecanizada, asseio e conservação urbana, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos domiciliares e
dos resíduos de limpeza urbana; e;
d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: constituídos pelas atividades, pela
infraestrutura e pelas instalações operacionais de drenagem de águas pluviais, transporte,
detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição
final das águas pluviais drenadas, contempladas a limpeza e a fiscalização preventiva das
redes.” (BRASIL, 2007 e BRASIL, 2020)

Na Lei Estadual de Saneamento Básico, a Lei nº 11.172/2008, o conceito de saneamento foi


ampliado, acrescentando-se as ações de combate e controle de vetores e reservatórios de
doenças e as atividades relevantes para a promoção da saúde e da qualidade de vida, compondo
uma quinta componente, transversal a todas as outras quatro componentes, conforme já definido
anteriormente na Constituição do Estado da Bahia, publicada em 05 de outubro de 1989.
De acordo com o Art. 19 da Lei n° 11.445/2007, alterada pela Lei n°14.026/2020, a prestação dos
serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada
serviço, o qual abrangerá no mínimo:

I. diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de


indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando as
causas das deficiências detectadas;
II. objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas
soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos
setoriais;
III. programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo
compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais
correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
IV. ações para emergências e contingências;
V. mecanismos e procedimentos para a avaliação sistemática da eficiência e eficácia das
ações programadas.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
70
Este Tomo II do Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado (PMSBI) de Salvador atende
ao inciso I do Art. 19 da Lei n°11.445/2007, compondo o diagnóstico dos serviços de saneamento
básico no município de Salvador. Por sua vez, o presente Tomo II-A se refere especificamente ao
diagnóstico dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, que tem como
objetivo apresentar a situação atual dos serviços prestados no município, incluindo a análise da
infraestrutura atual dos sistemas que atendem o município de Salvador, evidenciando sua
adequabilidade e seus principais problemas. Os aspectos legais, institucionais, ambientais e de
saúde pública relacionados ao abastecimento de água e ao esgotamento sanitário foram
apresentados no Tomo I, que aborda todos os aspectos relacionados à Gestão dos Serviços de
Saneamento Básico.
Com a finalidade de compreender e abordar as questões do da drenagem urbana e da limpeza e
manejo dos resíduos sólidos no município, foram analisados diversos aspectos de forma
integrada, sendo estes de natureza política, institucional, socioeconômica, ambiental e estrutural.
O entendimento da atual conjuntura da situação desses serviços e a identificação das
problemáticas a serem enfrentadas foram utilizadas para balizar posteriormente as ações de
melhoria dos serviços.
Nos itens a seguir a situação dos serviços de Drenagem urbana e manejo das águas pluviais e
Limpeza Urbana e Manejo das Águas Pluviais caracterizada por meio da análise crítica dos
estudos, planos e projetos existentes, avaliação da prestação dos serviços através de indicadores
de cobertura, de qualidade, operacionais e financeiros.
Para os serviços de drenagem e manejo das águas pluviais foi apresentada análise quantitativa
dos serviços, foram coletados dados secundários nas fontes oficiais, como: Secretarias
Municipais, Departamento de Informática do SUS (DATASUS), Atlas da ANA (Atlas
Abastecimento Urbano de Água e Atlas Esgoto), Empresa Baiana de Águas e Saneamento
(EMBASA), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS), Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (SESAB), entre
outros.
Para resíduos Sólidos foram processadas para dar início à elaboração dos textos do PMSBI. Além
de trabalhar com essas informações, realizou-se uma busca por dados secundários
(bibliográficos) sobre o Município tendo como referências principais: Sistema Nacional de
Informações sobre Saneamento (SNIS); Secretarias Estaduais e Municipais; Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE); e Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
71
2. DIAGNÓSTICO TÉCNICO E OPERACIONAL DO SERVIÇO DE
DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
O diagnóstico dos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais do município de
Salvador adotou para fins de caracterização a delimitação das 12 bacias hidrográficas e de 9
bacias de drenagem natural estabelecidas no Decreto Municipal Nº 27.111, de 22 de março de
2016.
Esses serviços estão intimamente vinculados à delimitação das bacias citadas, sendo que o
escoamento superficial e subterrâneo das águas pluviais é influenciado por características físicas
como relevo, solos, vegetação e tipos de uso e ocupação dos solos.
Contudo, para fins de planejamento dos serviços urbanos e atendimento da população, o termo
de referência que deu origem a contratação do PMSBI de Salvador, utilizou como unidades de
planejamento, as prefeituras bairro, sendo que a prefeitura de Salvador, dividiu o município em 10
prefeituras bairros, conforme o conjunto de bairros apresentados no Quadro 1.
No que se refere a aspectos de drenagem urbana, essas prefeituras abrangem parcialmente ou
integralmente as bacias hidrográficas e de drenagem natural, conforme apresentado no Erro!
Fonte de referência não encontrada., e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
apresenta espacialmente como o ocorre a inserção da área das Prefeituras-Bairro e bacias de
drenagem no município.
Quadro 1 - Relação de bacias hidrográficas e de drenagem natural por Prefeitura- Bairro
Prefeitura Bairro Bacias hidrográficas ou de drenagem natural inseridas
• Bacia hidrográfica do rio Camarajipe;
• Bacia hidrográfica do rio Lucaia;
I – Centro – Brotas • Bacia hidrográfica do rio dos Seixos;
• Bacia de drenagem natural do Comércio;
• Bacia de drenagem natural da Vitória-Contorno.
• Bacia hidrográfica do rio Cobre;
• Bacia hidrográfica do rio Paraguari;
• Bacia hidrográfica de Ilha de Maré;
II – Subúrbio/Ilhas
• Bacia hidrográfica de Ilha dos Frades;
• Bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe;
• Bacia de drenagem natural de Bom Jesus dos Passos.
• Bacia hidrográfica do rio Ipitanga;
III - Cajazeiras
• Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe.
• Bacia hidrográfica do rio Ipitanga;
• Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe;
• Bacia hidrográfica do rio Passa Vaca;
IV – Itapuã/Ipitanga
• Bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu;
• Bacia de drenagem natural de Stella Maris;
• Bacia de drenagem natural de Armação/Corsário.
V – Cidade Baixa • Bacia de drenagem natural de Itapagipe.
• Bacia hidrográfica do rio dos Seixos/Centenário;
• Bacia hidrográfica do rio Lucaia;
• Bacia hidrográfica de Ondina;
VI – Barra/Pituba
• Bacia hidrográfica do rio Camarajipe;
• Bacia de drenagem natural de Amaralina/Pituba;
• Bacia de drenagem natural de Armação/Corsário.
VII – Liberdade/São • Bacia hidrográfica do rio Camarajipe;
Caetano • Bacia hidrográfica do rio Cobre;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
72
Prefeitura Bairro Bacias hidrográficas ou de drenagem natural inseridas
• Bacia de drenagem natural de Itapagipe;
• Bacia de drenagem natural do Comércio.
• Bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu;
VIII – Cabula/Tancredo
• Bacia hidrográfica do rio Camurujipe;
Neves
• Bacia hidrográfica do rio Cobre.
• Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe;
• Bacia hidrográfica do rio Cobre;
IX – Pau da Lima
• Bacia hidrográfica do rio Passa Vaca;
• Bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu.
• Bacia hidrográfica do rio Cobre;
• Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe;
X - Valéria
• Bacia hidrográfica do rio Ipitanga;
• Bacia hidrográfica do rio Paraguari.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
73
Figura 1 Prefeituras-Bairro e bacias de drenagem de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
74
Quanto à ocupação das bacias hidrográficas e de drenagem natural a Erro! Fonte de referência
não encontrada. apresenta informações de Santos et al (2010), quanto a população residente,
densidade populacional e número de domicílios, tendo-se como base os dados do Censo 2000.
Os resultados mostravam que a bacia do Rio Camarajipe é a que possuía a maior população
residente, sendo também de destaque as bacias do Rio Jaguaribe, Lucaia e Rio das Pedras, com
população superior a 100 mil habitantes. As bacias menos ocupadas são as correspondentes às
ilhas, e na parte continental bacia menos ocupada é a do Comércio.
Tabela 1 - Dados gerais de ocupação nas bacias hidrográficas e de drenagem natural
(Censo 2000)
Densidade Número de
Bacia hidrográfica ou bacia de drenagem
População populacional domicílios
natural
(hab./km2)
1. Bacia hidrográfica do rio dos Seixos 60.826 18.950,26 19.139

2. Bacia hidrográfica de Ondina 27.774 9.028,82 8.915

3. Bacia hidrográfica do Rio Lucaia 267.688 18.154,85 -

4. Bacia hidrográfica do Rio Camarajipe 668.871 18.643,37 180.074

5. Bacia hidrográfica do Rio das Pedras 275.781 10.194,31 75.892

6. Bacia hidrográfica do Rio Passa Vaca 9.770 2.627,74 2.887

7. Bacia hidrográfica do Rio Jaguaribe 348.591 6.606,9 30.043

8. Bacia hidrográfica do Rio do Cobre 89.188 4.319,56 22.747

9. Bacia hidrográfica do Rio Ipitanga 114.852 1.905,32 30.043

10. Bacia hidrográfica do Rio Paraguari 75.563 12.946,17 19.410

11. Bacia de drenagem natural da 14.762 - -


Vitória/Contorno
12. Bacia de drenagem natural de 42.277 0,85 -
Amaralina/Pituba
13. Bacia de drenagem natural do 7.586 0,56 -
Comércio
14. Bacia de drenagem natural de 27.402 1,12 -
Armação/Corsário
15. Bacia de drenagem natural de 159.050 3,23 -
Itapagipe
16. Bacia de drenagem natural de 63.313 1,28 -
Plataforma
17. Bacia de drenagem natural de Stella 26.141 4,27 -
Maris
18. Bacia de drenagem natural de São 89.826 5,12 -
Tomé de Paripe
19. Bacia hidrográfica da Ilha de Maré 4.175 302,66 953

20. Bacia hidrográfica dos rios da Ilha dos 1.005 64,15 234
Frades
21. Bacia de drenagem natural da Ilha de 1.537 2.332,32 -
Bom Jesus dos Passos
Nota: As bacias com células sem preenchimento não tiveram as informações apresentadas
Fonte: Adaptado SANTOS et al, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
75
Para fins de apresentação do diagnóstico técnico e operacional foi considerado a subdivisão a
partir das bacias hidrográficas e de drenagem natural por se mostrar mais adequada no
entendimento dos processos hidrológicos ocorrentes nessas regiões. Apesar da existência das
Prefeitura-Bairros, as mesmas devem ser consideradas somente para fins de planejamento dos
serviços de manutenção e operação, como atualmente ocorre na Prefeitura de Salvador.
O diagnóstico apresentado a seguir apresenta inicialmente a situação geral dos serviços de
drenagem urbana com base nos dados do último Censo (2010) realizado no país, no qual são
consideradas variáveis básicas como existência de pavimentação, meio-fio, e existência de caixas
coletoras e galerias de microdrenagem.
Em seguida são apresentadas para cada bacia hidrográfica e de drenagem natural os seguintes
tópicos:

• Sistemas de macrodrenagem, com a descrição dos principais canais, das características


físicas e das condições de manutenção, além das possíveis estruturas de reservação,
detenção e amortecimento de cheias existentes na região;

• Sistemas de microdrenagem, com a descrição dos principais padrões de dispositivos


implantados e dos principais sistemas (galerias) assentados nas principais vias urbanas e
com seus respectivos lançamentos;

• Caracterização das áreas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana;

• Caracterização das áreas com interferência de esgotamento sanitário irregular no sistema


de drenagem;

• Caracterização das regiões críticas associadas a drenagem urbana, sendo abordada as


regiões com registros de alagamentos e inundações, com instabilidade geotécnica
suscetíveis a erosão e escorregamento pela ação de cheias;

• Situação cadastral, no qual são apresentadas informações sobre o cadastro do sistema de


drenagem existente.

De forma geral, contemplando todas as bacias hidrográficas e de drenagem natural são


abordadas:

• Caracterização do sistema de escadarias drenantes, no que se refere às principais


características e modelos estruturais, localização e situação da conservação;

• Situação operacional e de manutenção, no qual são descritos a rotina operacional, equipe


envolvida, equipamentos utilizados e sobre os contratos de manutenção. Em seguida são
apresentadas as principais observações quanto a situação de manutenção da
microdrenagem e macrodrenagem em cada bacia;

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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
76
• Levantamento de áreas potenciais para implantação de sistemas de amortecimento,
detenção ou amortecimento de cheias, no caso, as áreas livres, localizadas próximas aos
principais cursos d’água do município;

• Qualidade dos serviços prestados, onde são abordados os resultados dos indicadores dos
serviços de drenagem urbana do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento
(SNIS), são apresentados os Índices de Drenagem Urbanas por bacia hidrográfica e de
drenagem natural, sobre eficiência energética e principais problemas e dificuldades
identificadas na prestação do serviço;

• Caracterização e zoneamento das áreas sujeitas a inundações, onde é apresentada uma


abordagem sobre as principais causas das inundações, prejuízos estruturais e ônus
financeiros causados por esses eventos, e as cartas de suscetibilidade a inundações para
as principais bacias hidrográficas do município.

Por fim, são apresentadas as principais contribuições da população no Diagnóstico Participativo


resultante dos eventos virtuais realizados por Prefeitura-Bairro, onde foram registrados os
principais problemas pelos representantes regionais.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
77
2.1. PANORAMA DA SITUAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM URBANA
(CENSO IBGE 2010)
A principal fonte de referência para o conhecimento das condições de vida da população nos
municípios do País se refere ao Censo Demográfico, que adota como unidade de coleta a pessoa
residente, sendo prevista sua realização pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
a cada dez anos. Os resultados do censo, a partir do conhecimento da população e dos domicílios
permitem orientar na proposição de políticas públicas em diversas áreas como social, economia,
educação, saneamento básico, dentre outras, além de ajudar na tomada de decisão quanto a
investimentos.

Objetivando caracterizar de forma geral os serviços de drenagem urbana no município de


Salvador, foram obtidos os dados do último censo realizado no País, em 2010, especificamente
quanto aos dados de características da população e dos domicílios. Esse levantamento das
características abrange informações diversas, sendo priorizado neste caso para a análise da
drenagem urbana, os elementos vinculados à infraestrutura urbana existente, independente do
estado de conservação. Dentre os elementos avaliados a partir das informações disponíveis no
Censo 2010 citam-se a seguir com suas respectivas definições (IBGE, 2010):

Pavimentação: foi considerada como tendo pavimentação, quando existisse cobertura da


via pública com asfalto, cimento, paralelepípedos, pedras, etc;
Calçada: foi considerada como tendo calçada/passeio quando nela existisse caminho
calçado ou pavimentado, destinado à circulação de pedestres, sendo quase sempre mais
alto que a parte do logradouro em que trafegam os veículos;
Meio-fio/guia: foi considerada como tendo meio-fio/guia quando nela existisse borda ao
longo do logradouro;
Bueiro/Caixa coletora: foi considerada como tendo bueiro ou Caixa coletora, quando nela
existisse, ou na sua face confrontante, abertura que desse acesso a caixas subterrâneas,
por onde escoaria a água proveniente de chuvas, regas, etc. Esta característica não poderia
ser confundida com tampões para acesso a galerias subterrâneas;
Arborização: foi considerada como tendo arborização, quando nela existisse, na sua face
confrontante ou no canteiro central, árvores ao longo do passeio/calçada e/ou em canteiro
que dividisse pistas de um mesmo logradouro, mesmo que apenas em parte. Foi
considerada como tendo arborização mesmo quando existente em logradouros sem
pavimentação e/ou sem calçada;
Esgoto a céu aberto: foi considerada como tendo esgoto a céu aberto ou vala, quando nela
existisse, ou na sua face confrontante, vala, córrego ou corpo d’água onde habitualmente
ocorresse lançamento de esgoto doméstico; ou valeta, por onde escorresse, na superfície, o
esgoto doméstico a céu aberto, e
Lixo acumulado nos logradouros: foi considerada como tendo lixão, depósito de lixo
tóxico ou perigoso, ou acúmulo de lixo, quando nela existisse, ou na sua face confrontante,

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
78
local de depósito e acúmulo de lixo. A existência de caçamba de serviço de limpeza não foi
considerada como acúmulo de lixo.
Apesar de os dados do Censo 2010 não realizarem uma abordagem mais específica quanto a
aspectos de drenagem urbana, os elementos citados acima permitem caracterizar a situação do
serviço de forma indireta. A existência dos elementos como pavimentação, meio-fio/guia e
calçada, bueiro/caixa coletora são considerados como estruturas que compõe os sistemas de
drenagem urbana; onde tem-se uma superfície onde ocorre o escoamento superficial (ruas
pavimentadas), que é direcionado para o meio-fio/sarjetas, e a partir destes as águas são
direcionadas para as caixas coletoras. A arborização também permite inferir a situação de
ocupação do solo na região em estudo, sendo indicativo da existência considerável de áreas
verdes, que consequentemente favorecem a infiltração das águas de chuva, e que podem
promover a retenção destas, minimizando o escoamento superficial. Os outros elementos, como
esgoto a céu aberto, apesar de estar associado aos serviços de esgotamento sanitário, pode ser
um indicativo da existência de ligações clandestinas, ou seja, num direcionamento dos efluentes
sanitários para redes de drenagem e cursos d’água; e quanto ao acúmulo de resíduos sólidos
prejudica a drenagem, podendo reduzir seções de escoamento em sarjetas e guias, e obstruir
bueiros/caixa coletora.

De acordo com os dados do Censo 2010, o município de Salvador possuía uma população de
1.955.661 habitantes e 637.607 domicílios particulares permanentes, o que representou uma taxa
média de ocupação domiciliar de 3,06 hab./domicílio.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta as características dos domicílios e da


população de Salvador com base nos dados do Censo de 2010 para os elementos de drenagem
urbana selecionados e justificados anteriormente.

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Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
79
Tabela 2 – Características dos domicílios e de moradores de Salvador – Censo 2010
Domicílios particulares permanentes Moradores em domicílios particulares permanentes
Características do em
torno e municípios Semi-
Total Adequada Semi-adequada Inadequada Total Adequada Inadequada
adequada
Pavimentação
Existe 567.496 529.692 37.690 114 1.730.648 1.613.498 116.828 322
Não existe 62.056 42.865 18.749 442 199.672 136.885 61.328 1.459
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Calçada
Existe 400.020 381.110 18.860 50 1.198.209 1.140.550 57.538 121
Não existe 229.532 191.447 37.579 506 732.111 609.833 120.618 1.660
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Meio-fio / guia
Existe 392.597 373.769 18.767 61 1.180.474 1.122.882 57.444 148
Não existe 236.955 198.788 37.672 495 749.846 627.501 120.712 1.633
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Bueiro / Caixa coletora
Existe 278.209 264.941 13.224 44 830.559 790.640 39.818 101
Não existe 351.343 307.616 43.215 512 1.099.761 959.743 138.338 1.680
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Arborização
Existe 251.905 235.265 16.396 244 750.009 697.471 51.703 835
Não existe 377.647 337.292 40.043 312 1.180.311 1.052.912 126.453 946
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Esgoto a céu aberto
Existe 31.024 20.781 10.113 130 99.901 66.327 33.157 417
Não existe 598.528 551.776 46.326 426 1.830.419 1.684.056 144.999 1.364
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Lixo acumulado nos logradouros
Existe 30.352 26.130 4.149 73 93.629 80.180 13.207 242

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
80
Domicílios particulares permanentes Moradores em domicílios particulares permanentes
Características do em
torno e municípios Semi-
Total Adequada Semi-adequada Inadequada Total Adequada Inadequada
adequada
Não existe 599.200 546.427 52.290 483 1.836.691 1.670.203 164.949 1.539
Sem declaração 8.055 7.017 1.034 4 25.341 22.047 3.287 7
Fonte: Censo Demográfico do IBGE, 2010

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
81
Os resultados obtidos mostravam que 88,5% dos moradores do município tinham domicílios
localizados em vias pavimentadas, possivelmente com asfalto ou paralelepípedos, que são os
tipos de revestimentos mais comuns, sendo um indicativo de que grande parcela da população se
situava em área urbanizada, conforme visto na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quando se verifica os elementos calçadas e meio-fio/guias, há uma redução da população que
possui esse tipo de infraestrutura, representando cerca de 60%, conforme apresentado nas Erro!
Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.. A ausência
dos elementos citados prejudica o escoamento das águas pluviais nas vias públicas, que nesse
caso, ocorre de forma desordenada e prejudica a circulação de transeuntes e veículos. Ao
verificar o elemento bueiros/caixas coletoras, que são elementos que realmente compõe o sistema
principal da microdrenagem, se constatou que somente 42,5% da população tinha domicílios
localizados em vias com esse tipo de infraestrutura. Geralmente a existência dos bueiros/caixa
coletora indicam a existência dos demais elementos de drenagem, como meio-fio/guias, calçadas
e pavimentação, caracterizando um layout básico de um sistema de microdrenagem, logo, se
infere que somente 42,5% da população tinha acesso considerado adequado aos serviços de
drenagem urbana.

Figura 2 – Percentual de moradores residentes Figura 3 – Percentual de moradores com


com domicílios em vias com pavimentação domicílios em vias com calçadas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 4 – Percentual de moradores com Figura 5 – Percentual de moradores com
domicílios em vias com meio-fio/guias domicílios em vias com bueiros e caixas
coletoras

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
82
Os outros elementos como arborização, esgoto a céu aberto e resíduos sólidos acumulados
interferem na qualidade dos serviços de drenagem como mencionado anteriormente. Quanto a
esses elementos, os dados do Censo 2010 indicaram que somente 38,4% da população tinham
residências situadas em áreas arborizadas, e por inferência cerca de 60,4% da população residia
em regiões com maior impermeabilização do solo (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Ao verificar a questão dos esgotos, os dados indicaram que somente 5,1% da população tinha
lançamento a céu aberto, podendo estar associado à ligações clandestinas ou inexistência de
rede coletora, o que não é possível identificar a partir dos dados do censo (Erro! Fonte de
referência não encontrada.).

Essa situação justifica a deterioração da qualidade da água dos rios urbanos, que recebem os
esgotos brutos dessas ligações, e que são conduzidos pelas redes de microdrenagem. Ao
verificar em valores absolutos, os resultados mostravam que cerca de 99.901 habitantes
possuíam deficiência nesse serviço.

Figura 6 - Percentual de moradores com Figura 7 – Percentual de moradores com


domicílios em vias com arborização domicílios em vias com esgoto a céu
aberto

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Com relação aos resíduos acumulados em logradouros, somente 4,8% da população declarou a
existência desse tipo de problema, ou seja, grande parcela é atendida pelo serviço de limpeza e
manejo de resíduos sólidos, contudo, em valores absolutos representava uma população de
93.629 habitantes com deficiência nesse serviço (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
83
Figura 8 – Características dos lixos acumulados nos logradouros

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os resultados e análise apresentados anteriormente relativos aos dados do Censo IBGE 2010
devem ser considerados com parcimônia, pois consideram o nível de abrangência municipal, ou
seja, a nível global, sendo que esses resultados podem ser distintos à nível de bairros, prefeituras-
bairro e bacias hidrográficas. Deve-se ressaltar que as análises apresentadas anteriormente
consideram os dados oficialmente disponibilizados pelo IBGE, e que as conclusões estão
condicionadas à qualidade e forma de obtenção dos dados obtidos à época.

Objetivando apresentar uma abordagem no nível territorial das prefeituras-bairro, a Erro! Fonte
de referência não encontrada. apresenta uma classificação espacial da quantidade de domicílios
localizados em vias com sistemas de drenagem adotando-se as categorias muito alto, alto, médio,
baixo, muito baixo e dados omitidos, a partir dos dados do Censo IBGE 2010.

Os resultados apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram que as


regiões que possuem um percentual muito alto (>80%) de domicílios situados em vias com
sistemas de drenagem se situavam nas regiões das Prefeituras Bairro (PB) Barra-Pituba, Centro-
Brotas e Cidade Baixa, sendo também identificado algumas áreas menores nas regiões da
Prefeitura-Bairro Itapuã, Cabula/Tancredo Neves, Pau da Lima e Cajazeiras. Nas regiões de
outras Prefeituras-Bairro, principalmente as localizadas entre miolo de Salvador e os limites dos
municípios de Simões Filho e Lauro de Freitas, como PB Cabula/Tancredo Neves, PB Pau da
Lima, PB Cajazeiras, PB Valéria, PB Subúrbio/Ilha e PB Itapuã o percentual era muito baixo (<
20%). Enfatiza-se que as regiões com percentual muito alto de domicílios situados em vias com
sistemas de drenagem não significa que não existiam problemas de drenagem, podendo-se
exemplificar a situação da Prefeitura Bairro Itapagipe, que possui uma classificação muito alta,
mas que historicamente é considerada a região mais crítica do município quanto a qualidade dos
serviços de drenagem.

Se observa também que as regiões com melhores classificações estão situadas na região sul e
leste do município, nas quais se destacam algumas bacias hidrográficas como a do Rio dos
Seixos, Rio Lucaia, a região do Baixo Rio Camarajipe, e as regiões próximas dos exutórios dos

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
84
Rio das Pedras e Rio Jaguaribe. Nessas regiões também se destacam algumas bacias de
drenagem natural como Amaralina/Pituba e Armação/Corsário, além de serem consideradas como
regiões com grande concentração de população de alta renda e com potencial turístico.

A região do miolo de Salvador, onde se destaca as cabeceiras das bacias do rio Camarajipe, do
rio das Pedras/Pituaçu, do rio Pituaçu, do rio Cobre e do rio Ipitanga apresentavam uma
classificação muito baixa quanto ao percentual de domicílios situados em vias com sistema de
microdrenagem, contudo, considerando a situação atual dos serviços se constatou que não
houveram mudanças significativas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
85
Figura 9 – Classificação espacial dos domicílios situados em vias com sistemas de drenagem (Censo IBGE, 2010)

Fonte: CSB Consórcio, 2022

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
86
2.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SEIXOS (BARRA/CENTENÁRIO)
A Bacia da Barra / Centenário está localizada no extremo Sul de Salvador e possui uma área de
3,21 km², o que corresponde 1,14% do território municipal. Encontra-se limitada ao norte pela
Bacia de Lucaia, a leste pela Bacia de Ondina e ao sul pela Baía de Todos os Santos. Na área
delimitada por essa bacia estão localizados 10 bairros: Canela, Barra, Graça, Alto das Pombas,
Calabar, Centro, Chame-Chame, Federação, Garcia e Vitória.

O principal corpo hídrico desta bacia é o Rio dos Seixos, cujo nome significa “pedras roladas”,
sendo considerado um rio de pequeno porte, com vazão baixa e perene. Suas nascentes se
localizam no Vale do Canela e na Fonte Nossa Senhora da Graça, também conhecida como
Fonte da Catarina. A partir daí, o rio segue pela Avenida Reitor Miguel Calmon, e depois pela
Avenida Centenário até a foz com lançamento no Oceano Atlântico (próximo ao Morro do Cristo,
na Barra).

O percurso do rio se inicia como canal aberto de alvenaria de pedras, seguindo o percurso da
Avenida Reitor Miguel Calmon, e depois segue tamponado pela Avenida Centenário. Se ressalta
que no final da avenida citada o canal está com a seção estrangulada devido ao afloramento
rochoso existente.

Na foz, as águas escoadas são captadas pelo sistema de esgotamento sanitário a partir de
Estação de Captação de Tempo Seco, evitando o lançamento direto na praia do Farol da Barra.

A outra parte da bacia é considerada como de drenagem natural, pois não contribui diretamente
para a sub-bacia formada pelo rio dos Seixos, sendo registrado a existência de sistemas de
microdrenagem que direcionam as águas em direção às praias do Porto da Barra e Farol da
Barra.

A área no em torno da bacia é urbanizada sendo ocupada por residências, centros médicos,
universidades, bancos e shoppings, e com arborização no em torno do Vale do Canela e na
Avenida Centenário.

Para fins de estudo dessa bacia foram consideradas as subdivisões hidrográficas apresentadas
nos Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais das Bacias
Urbanas de Salvador elaborados pela SUCOP (2015), no qual o sistema de macrodrenagem está
dividido em dois sistemas: Sistema Vale do Canela e Sistema Centenário, e em dois sistemas de
microdrenagem: o Sistema Marquês de Caravelas e o Sistema Santa Maria.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do


rio dos Seixos, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
87
Figura 10 – Delimitação da bacia hidrográfica do rio dos Seixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
88
2.2.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Conforme mencionado anteriormente, a bacia hidrográfica do rio dos Seixos tem como principal
corpo d’água o rio dos Seixos e áreas incrementais que correspondem a bacias de drenagem
natural situadas na região que drena para as praias do Farol da Barra e Porto da Barra.
Para fins de estudos foi adotada a subdivisão da bacia hidrográfica principal em Sistema Vale do
Canela e Sistema Centenário, descritos a seguir.

2.2.1.1. SISTEMA VALE DO CANELA


Nesse sistema se localiza a nascente principal do rio dos Seixos, conhecida como Fonte de Nossa
Senhora da Graça ou Fonte da Catarina.
O canal principal se inicia após o viaduto localizado no Largo do Campo Grande que interliga a
Avenida Reitor Calmon e Avenida Lafayete Coutinho seguindo de forma paralela na parte central
da Avenida Reitor Miguel Calmon, e em seguida, também paralelamente a o acesso da Avenida
Centenário.
No local inicial se observa o final de uma galeria do tipo bueiro tubular de concreto com diâmetro
de 1,80 m.
O trecho de canal aberto possui seção trapezoidal, com largura da base igual a 0,50 m e
profundidade aproximada de 1,5 m, revestimento de alvenaria de pedras e segue por um percurso
de 1.100 metros, nas proximidades do Viaduto da Rua Padre Feijó, sendo observado a existência
de duas travessias de pedestres que consiste em transposições a partir de bueiros celulares de
concreto com seções variáveis, modificando a seção do canal nos locais. Ao longo do percurso o
canal recebe lançamentos da rede de microdrenagem, a partir de tubos com diâmetros variáveis
entre 0,30 a 0,40 m, existentes na Avenida Reitor Miguel Calmon.
Nas proximidades do viaduto da Rua Padre Feijó, o canal segue em seção fechada por um trecho
de cerca de 80 metros, e depois segue como canal aberto com seção retangular de alvenaria de
pedra, com largura aproximada de 2,0 m e profundidade de 1,5 m, até o início do viaduto sobre a
Avenida Centenário, donde depois segue em galeria dupla fechada com diâmetro de 800 mm. No
trecho aberto citado, o canal aberto se encontra em precárias condições de manutenções, além
de serem observadas diversas construções particulares sobre o canal.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta um traçado esquemático do Sistema
Vale do Canela e do Sistema Centenário, a ser descrito em seguida.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
89
Figura 11 – Traçado esquemático do Sistema Vale do Canela e do Sistema Centenário

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos das visitas “in loco” no trecho.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
90
Figura 12 – Vista do início do canal na Figura 13 – Seção trapezoidal do canal na
Avenida Reitor Miguel Calmon avenida Reitor Miguel Calmon

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 14 – Interferências transversais na Figura 15 – Travessias de pedestres com
seção do canal bueiros inadequados

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 16 – Início do trecho fechado Figura 17 – Vista do emboque final do
abaixo do viaduto da Rua Padre Feijó canal antes de seguir pela Av. Centenário

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 18 – Final do trecho fechado após o Figura 19 – Início do canal fechado ao lado
viaduto da Rua Padre Feijó com do Acesso Centenário
construções na parte superior do canal

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
91
Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.2.1.2. SISTEMA CENTENÁRIO


Até meados do ano de 2009, o canal do rio dos Seixos, na Avenida Centenário se encontrava com
seção aberta até as proximidades do Shopping Barra, conforme apresentado nos registros
históricos das Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada.. Os registros mais antigos mostram que o rio ocupava uma grande seção de
escoamento, e em fotos posteriores em meados do ano de 2008-2009 a seção trapezoidal
reduzida, com canteiros laterais ocupados por árvores de grande porte. Nessa época o canal era
revestido em alvenaria de pedra e se observava o escoamento de esgoto, conforme relatos de
moradores.
Figura 20 – Trecho final do rio dos Seixos, Figura 21 – Vista do canal do rio dos Seixos
próximo ao bairro do Chame-Chame em meados antes do tamponamento
de 1884

Fonte: Fonte: ALMACKS, 2009. Disponível em:


https://riosdesalvador.blogspot.com/2010/11/rio-dos- http://almacks.blogspot.com/2010/03/em-nome-da-
seixos.html governabilidade-matam-se-os.html

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
92
Figura 22 – Vista do rio dos Seixos de frente Figura 23 – Vista do rio dos Seixos antes do
ao Shopping Barra antes do tamponamento tamponamento no trecho final antes de seguir por
tubulação até o lançamento no Morro do Cristo

Fonte: Fonte:
https://riosdesalvador.blogspot.com/2010/11/rio- http://avenidacentenario.blogspot.com/2010/06/rio-dos-
dos-seixos.html seixos-e-coberto-em-obra.html

O projeto de macrodrenagem executado entre os anos de 2008-2009 pela Prefeitura de Salvador


para o recobrimento do canal adotou como traçado o contorno do canal existente
O canal da Avenida Centenário totaliza aproximadamente 2.000 m de extensão. As intervenções
hidráulicas mais importantes no sistema existente totalizaram cerca de 760,00 m, sendo 545,00 m
para o trecho de reconformação e ampliação das seções transversais e 215,00 m para execução
do emissário, que deságua no mar. No trecho restante, cerca de 1.240,00 m, as intervenções não
foram significativas, prevendo a cobertura através de lajes de concreto e a retificação do
revestimento de fundo.
De acordo com projeto do canal as paredes laterais são em concreto armado (estacas-prancha)
com fundo em gabiões. As dimensões projetadas são de 3,80 x 2,20 m e 4,20 x 2,20 m.
Para o emissário, a solução adotada foi a incorporação de tubulação plástica e lisa com diâmetro
de 2,30 m no interior de “tunnel linner” em chapas de aço com diâmetro de 2,80 m.
O vazio entre as estruturas por conta da diferença dos diâmetros foi preenchida com concreto
auto adensável, totalizando 0,25 m de espessura. As declividades de projeto são da ordem de
0,0028 m/m (0,28%) para o trecho em galeria e 0,0090 m/m (0,90%) para o emissário.
No trecho final do canal foi proposta uma nova interligação ao local destinado para deságue
próximo do Morro do Cristo (trecho denominado de emissário), no caso, até a Captação de Tempo
Seco do sistema de esgotamento sanitário da Embasa. Este emissário tem traçado sob a Rua
Airosa Galvão, tendo sido executado em método não destrutivo. No local, se destaca que as cotas
de implantação da galeria foram dispostas de modo a que as águas pluviais não colidissem com
as tubulações do interceptor de esgotos existentes, além de uma bacia de amortecimento formada
por blocos rochosos enrocados para dissipação da energia. De acordo com a SUCOP a galeria de
drenagem com lançamento na praia do Porto da Barra (Coordenadas: 551324.73 m E e
8561767.20 m S) foi considerada como extravasor do rio dos Seixos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
93
Com relação às capacidades hidráulicas do sistema se observa aumento gradual das vazões de
16,00 m³/s na Rótula do Calabar até 22,80 m³/s nos seus trechos mais a jusante, correspondendo
à descarga da bacia para um período de retorno de 10 anos.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o traçado esquemático do Sistema
Centenário e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.
Figura 24 – Vista da Avenida Centenário, e à Figura 25 – Trecho do rio dos Seixos tamponado
esquerda o canteiro do rio dos Seixos com placas de concreto
urbanizado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 26 – Vista da captação de tempo da Figura 27 – Vista da foz do rio dos Seixos e do
Embasa no Morro do Cristo interceptor de esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.2.1.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.2.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


A seguir é apresentada uma caracterização geral dos principais padrões de dispositivos de
microdrenagem existentes no município e posteriormente a caracterização das principais sub-
bacias e seus respectivos sistemas na bacia em estudo. A caracterização geral dos padrões e
tipos de sistemas apresentados são válidos para todas as bacias hidrográficas e de drenagem
natural apresentadas nos demais capítulos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
94
2.2.2.1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DOS PADRÕES DE DISPOSITIVOS E TIPOS DE
SISTEMAS DE MICRODRENAGEM EXISTENTES NO MUNICÍPIO
Os procedimentos técnicos para a manutenção, implantação de sistemas de drenagem, assim
como para a elaboração de projetos no município de Salvador se baseiam atualmente no Caderno
de Projetos da extinta Companhia de Renovação Urbana de Salvador (RENURB), elaborado na
década de 80, e num conjunto de especificações técnicas da extinta Superintendência de
Urbanização da Capital (SURCAP), que era vinculada à Secretaria Municipal de Transporte e
Infraestrutura (SETIN).
O objetivo do caderno de projetos que ainda se encontra em uso pela SEMAN e SUCOP foi definir
os critérios e parâmetros a serem obedecidos quanto da elaboração dos projetos de engenharia
visando garantir um controle na qualidade dos projetos. O caderno apresenta detalhes
construtivos para projetos de sistemas viários, projetos de terraplenagem e projetos de drenagem
aplicáveis à realidade do município de Salvador. O caderno também contempla informações
quanto aos revestimentos de canais adotados no município como argamassa armada, VSL,
gabião, e nos de alvenaria de pedra.

No Caderno de Projetos são apresentados padrões construtivos de caixas de captação


(conhecidas popularmente como caixas coletoras), de valas e valetas, de sarjetas, de saídas d’
água e de estruturas de lançamento no mar, e que compõe as estruturas de microdrenagem do
município.

2.2.2.1.1. Principais tipos de dispositivos coletores


Os principais tipos de caixas de captação/coletoras em utilização são descritos no Erro! Fonte de
referência não encontrada., dentre os quais as caixas tipo A, B, C, D, E, F, G (para escadarias
drenantes) e H.

Quadro 2 – Principais padrões de caixas de recepção/coletoras de microdrenagem


Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de Captação – Tipo A


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras triplas ou
quadruplas posicionadas de forma paralela ao
meio fio e com rebaixo. A parte interna da
caixa possui uma rampa contínua de baixa
declividade que direciona as águas para uma
parte rebaixada donde parte o bueiro de
interligação à galeria de drenagem principal.

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95
Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de Captação – Tipo A Sifonada


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras triplas ou
quadruplas posicionadas de forma paralela ao
meio fio e com rebaixo. A parte interna da
caixa possui as mesmas características da
caixa de captação Tipo A, sendo previsto uma
parede divisória com funcionamento tipo sifão,
que permite a retenção de materiais
grosseiros na parte interna, evitando que os
mesmos sejam direcionados para a galeria
principal.

Caixa de Captação com grelhas sinfonadas


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras triplas ou
quadruplas posicionadas de forma paralela ao
meio fio e com rebaixo. A parte interna da
caixa possui as mesmas características da
caixa de captação – Tipo A sinfonada se
diferenciando pela estrutura de canaleta meia
cana na parte final. A estrutura também
favorece a retenção de materiais grosseiros
evitando-se o lançamento na galeria principal.

Caixa de recepção Tipo A3


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras triplas ou
quadruplas posicionadas de forma paralela ao
meio fio e com rebaixo. Nesse sistema a
galeria principal segue paralela ao eixo do
meio fio, abaixo das caixas coletoras
permitindo a interligação com outras caixas
coletoras.

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Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de recepção Tipo A4


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras triplas
posicionadas em trechos baixos, com
declividade no em torno direcionando as
águas pluviais para as caixas coletoras. A
parte interna da caixa possui uma rampa
contínua de baixa declividade que direciona
as águas para uma parte rebaixada donde
parte o bueiro de interligação à galeria de
drenagem principal. Nesse sistema a galeria
principal segue ao longo o trecho com
declividade baixa, sendo comum esse tipo de
situação em áreas de estacionamentos ou
praças.

Caixa de recepção Tipo A5


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de caixas coletoras duplas que se
interligam a um poço de visita donde alfuem
outras galerias de microdrenagem. Esse tipo
de estrutura é indicado em locais baixos, para
interligação de galerias de microdrenagem
como para mudanças de direção.

Caixa de recepção Tipo A6


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de grelhas de ferro galvanizado e com
rebaixo no em torno da estrutura. A parte
interna da caixa possui uma rampa contínua
de baixa declividade que direciona as águas
para uma parte rebaixada donde parte o
bueiro de interligação à galeria de drenagem
principal.

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97
Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de recepção Tipo B


Corresponde a uma estrutura de captação
dotada de grelhas de ferro e sem rebaixo no
em torno da estrutura. A parte interna da caixa
possui uma rampa contínua de baixa
declividade que direciona as águas para uma
parte rebaixada donde parte o bueiro de
interligação à galeria de drenagem principal.
Esse tipo de sistema é indicado para coleta de
águas pluviais de forma transversal nas vias
urbanas.

Caixa de recepção Tipo C


Corresponde a uma estrutura que funciona
como poço de visita sendo construída com
anéis de concreto armado e alvenaria. Permite
a interligação entre galerias com diâmetros
menores com galerias maiores. A estrutura
permite a visitação interna por ser dotada de
tampa de inspeção.

Caixa de recepção Tipo D


Corresponde a uma estrutura dotada de
tampão articulado com entrada para o
lançamento de sarjetas. A caixa é posicionada
abaixo da calçada e a partir dela segue
galerias de microdrenagem paralelas ao
passeio. Essa caixa é dotada de uma entrada
a montante e uma saída a jusante. É
conhecido também como Caixa coletora com
entrada na guia.

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Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de recepção Tipo D1


Corresponde a uma estrutura semelhante a
caixa de recepção Tipo D, sendo que a
diferença está na quantidade de conexões,
que são no total de três: duas entradas e uma
saída, que deve ser interligar a galeria
principal. Pode ser considerada também como
uma caixa de reunião. É conhecido também
como Caixa coletora com entrada na guia.

Caixa de recepção Tipo D2


Corresponde a uma estrutura dotada de
tampão articulado com entrada para o
lançamento de sarjetas. A caixa é posicionada
abaixo da calçada e a partir dela parte uma
galeria que se interliga a galeria principal na
via pública. A caixa não recebe contribuições
de outras galerias. Trata-se de um dispositivo
muito comum na concepção de sistemas de
microdrenagem. É conhecido também como
Caixa coletora com entrada na guia.

Caixa de recepção Tipo D3


Corresponde a uma estrutura de captação
posicionada abaixo da calçada e com um
rebaixo longitudinal para a entrada das águas
pluviais oriundas da via pública. Na parte
interna existe uma seção de baixa declividade
que direcionada aas águas para uma caixa
posicionada no centro do dispositivo, e a partir
deste segue uma galeria que se interliga a
galeria principal. Esse tipo de dispositivo
também é conhecido como Caixa coletora
com entrada na guia.

Caixa de recepção Tipo D4


Corresponde a uma estrutura de captação
posicionada abaixo da calçada e com um
rebaixo na entrada para a entrada das águas
oriundas da sarjeta. Na entrada é indicada
uma placa de concreto pré-moldada, tipo uma
grelha que permite a retenção de material
sólido. A partir dessa caixa segue a galeria
abaixo da calçada. Além disso a caixa objetiva
o lançamento das ligações prediais de águas
pluviais.

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Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de recepção Tipo D com grelhas


Corresponde a uma estrutura de captação
posicionada abaixo da calçada e com um
rebaixo na entrada para a entrada das águas
oriundas da sarjeta. Na parte rebaixada
existem caixas coletoras triplas de concreto. A
partir dessa caixa segue a galeria abaixo da
calçada.

Caixa de passagem Tipo E


Corresponde a uma estrutura que permite a
interligação das galerias, sendo utilizada
também para a mudança de direção. Essas
caixas não recebem contribuições externas,
sem estrutura de acesso que permita a
visitação.

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Desenho tipo (Planta e perfil) Descrição

Caixa de passagem Tipo F


Corresponde a uma estrutura que permite a
interligação de valetas, em duas
extremidades. A partir desse tipo de caixa
parte uma galeria que se interliga a galeria
principal ou para o ponto de lançamento.

Caixa de passagem Tipo H


Corresponde a uma estrutura que permite a
interligação de ligações de drenagem, no
caso, instalações pluviais prediais. Esse
modelo de caixa possui tampa de concreto,
mas que não permite a acessibilidade. Na
caixa se identifica uma entrada e saída da
galeria principal.

Fonte: Adaptado Caderno de Projetos da Renurb, 1980

Os dispositivos de caixas coletoras/receptoras apresentados anteriormente mostram que o


município dispõe de padrões construtivos aplicáveis a diversas situações, desde para implantação
de galerias abaixo de calçada a galerias assentadas ao longo das vias, além de caixas adaptadas
à diferentes tipos de interligações, destacando o modelo que permite a interligação das ligações
prediais. Em destaque são as caixas coletoras sifonadas que permitem a retenção de materiais
grosseiros, contudo, questões relacionadas à manutenção devem ser consideradas; em virtude da
dificuldade de acessibilidade a essas estruturas não foram identificadas regiões com a
implantação de tais dispositivos. Com relação aos padrões de caixa, tipo D4 e tipo H, que
permitem a interligação das ligações prediais se observa no município a predominância de
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101
lançamentos diretamente em vias públicas, principalmente em áreas residenciais, que possuem
deficiência do serviço de drenagem.

Além das caixas coletoras, existem os padrões de sarjetas, valetas, descidas d’água e outros,
utilizados em situações específicas, contudo, outro dispositivo concebido para o município são as
estruturas de lançamento no mar das galerias de micro e macrodrenagem. A estrutura contempla
uma contenção a jusante em alvenaria de pedras, que minimiza o impacto das marés na estrutura
das galerias evitando a destruição das mesmas. Esse tipo de estrutura foi identificado durante as
visitações de campo realizadas na fase de diagnóstico, sendo identificado em sistemas de
microdrenagem mais antigos, e muitos se encontram deteriorados, enquanto que nos
lançamentos de sistemas mais recentes não se identifica esse tipo de construção. A Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostra o detalhe da estrutura de lançamento no mar usual a
jusante dos sistemas de drenagem do município.

Figura 28 – Estrutura de lançamento no mar

Fonte: Caderno de Projetos da Renurb, 1980

2.2.2.1.2. Principais tipos de sistemas identificados


Os sistemas de microdrenagem identificados em todo o município, e válidos para a caracterização
de todas as bacias hidrográficas e de drenagem natural, podem ser categorizados em quatro tipos
descritos a seguir:

• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: esses sistemas são observados nas regiões que possuem
um padrão de uso e ocupação do solo ocorrido de forma ordenada, onde se observam traçados de
ruas definidos, e que possuem circulação de veículos. São vistos em ruas que possuem
pavimentação do tipo asfáltica em sua maioria, sendo observados também pavimentos com
paralelepípedo ou pavimentos intertravados. São sistemas dotados meio-fio, sarjetas moldadas in
loco, caixas coletoras (com entrada na guia abaixo de calçadas e com grelhas de concreto ou de
ferro), e galerias tubulares assentadas numa extremidade das vias de circulação. As galerias desses
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102
sistemas geralmente direcionam as águas pluviais para as galerias principais localizadas nos
principais talvegues da bacia, onde existem as avenidas de vale e onde em sua maioria existem os
canais de macrodrenagem.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: esses sistemas são observados nas regiões em que a
ocupação dos solos ocorreu de forma desordenada nas áreas de encostas. Esses tipos de sistemas
correspondem a escadarias adaptadas para a captação das águas pluviais a partir de canaletas
construídas lateralmente ou com tubulações internas. Em alguns casos, são posicionados em
intervalos padronizados caixas coletoras do tipo caixas coletoras com grelhas de concreto para a
captação das águas escoadas na superfície das escadas, de forma que permita a circulação dos
moradores nos períodos chuvosos. Nos pontos baixos das escadarias, as caixas coletoras são
interligadas nas galerias ou canais de drenagem existentes no local, e caso, inexistam o lançamento
é realizado na via pública. Nas áreas onde existe esse sistema de drenagem não é possível a
circulação de veículos.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: esses sistemas são observados nas regiões em que a ocupação
dos solos ocorreu também de forma desordenada em áreas de morros, mas com declividades
inferiores aos das encostas. São identificados geralmente em ruas que possem pavimentação
asfáltica e são dotadas de meio-fio, com circulação de veículos ou não. O sistema consiste na
implantação de caixas coletoras com grelhas de ferro posicionadas de forma transversal às vias
públicas, tendo sido construídas nos pontos mais baixos, próximos das avenidas principais. Essas
caixas coletoras são interligadas as galerias de microdrenagem existentes nas ruas principais.
• Tipo 4 – Sistema de Drenagem de Encostas: esses sistemas são observados nas regiões em que a
ocupação dos solos ocorreu de forma desordenada nas áreas de encostas, e que sofreram
intervenções com a construção de contenções como muros de arrimo, cortinas atirantadas,
retaludamento e outros. Essas contenções consolidam a ocupação da população no em torno e
garantem a segurança geotécnica da área. Na prática são sistemas que contemplam a captação de
águas pluviais a partir de canaletas construídas na parte superior das contenções, e a partir destas
direcionam as águas para escadarias drenantes ou para descidas d’água até o lançamento em
sistemas de drenagem existentes, seja micro ou macrodrenagem localizadas no pé das contenções.
Geralmente na parte baixa das contenções são construídas caixas coletoras que fazem a
interligação com os sistemas existentes.

2.2.2.2. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA MICRODRENAGEM NA BACIA DO RIO DOS


SEIXOS/BARRA
O sistema de microdrenagem contribuem diretamente para o canal de macrodrenagem do rio dos
Seixos e por redes de drenagem localizadas na região de drenagem natural da Barra, que drenam
diretamente para as praias do Porto da Barra e do Farol da Barra.

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103
Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não é possível analisar
criteriosamente o layout do sistema existente.
Na região do canal do rio dos Seixos se observou que os sistemas de microdrenagem drenam
diretamente para o trecho de canal aberto na Avenida Reitor Miguel Calmon e para o trecho
fechado na Avenida Centenário. Em todas as vias públicas se observou a existência de meios-fios
e sarjetas moldadas in loco que permitem o direcionamento das águas pluviais para as caixas
coletoras existentes. As caixas coletoras ou caixas coletoras identificadas são do tipo com entrada
na guia, ou com grelhas de ferro, tendo sido constatado a precariedade de conservação de
algumas, podendo colocar em risco a circulação de pedestres e o funcionamento do sistema. Na
Avenida Reitor Miguel Calmon as caixas coletoras possuem baixas profundidades, estando com
cotas de fundo próximas da cota de fundo do canal, o que indica que nas situações em que o
canal opera com capacidade máxima há a ocorrência de submersão da via pública, conforme
historicamente registrado na região em períodos chuvosos. As galerias de microdrenagem que
drenam para esse canal possuem diâmetros em torno de 0,30 a 0,40 m.
No trecho de galeria fechada na Avenida Centenário não é possível identificar os pontos de
lançamento da drenagem, mas a existência de caixas coletoras na região indica a existência de
galerias drenando as águas escoadas nos bairros da Graça, Calabar, Alto das Pombas, Chame-
Chame e Ondina. Nessa região se destacam também como parte da rede de microdrenagem, as
escadarias drenantes existentes nos bairros do Calabar e do Alto das Pombas, que transportam
as águas pluviais na parte interna em direção ao canal principal da avenida.
Em algumas ruas transversais à Avenida Centenário, e que possuem declividade acentuada,
assim como a ausência de calçadas e meio-fio para disciplinar o escoamento das águas pluviais,
se identificam sistemas de grelhas de ferro transversais para a coleta. Essas grelhas são
dispostas de forma transversal a rua e possuem profundidade aproximada de 40 a 50 cm. As
Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.

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Figura 29 –Caixa coletora em situação precária Figura 30 – Modelo de Caixa coletora com
na Avenida Reitor Miguel Calmon entrada na guia próximo ao canal aberto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 31 – Existência de caixas coletoras ao Figura 32 – Lançamento visível da


longo das vias públicas microdrenagem no canal aberto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 33 – Construção de degraus em Figura 34 – Captação do tipo grelhas
residências em locais com problemas de transversais em ruas transversais a Avenida
alagamento Centenário

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.2.2.3. SUB-BACIA BARRA


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Esta sub-bacia não apresenta um talvegue definido, tendo os lançamentos das águas pluviais
dispersos ao longo da costa. O sistema de microdrenagem implantado na sub-bacia da Barra
possui duas vertentes principais: a primeira, identificada pela confluência da malha viária existente
e representada pelo cruzamento das Ruas Afonso Celso e Miguel Burnier e Marquês de
Caravelas, aqui denominado de Sistema Marquês de Caravelas/Oceano Atlântico; a segunda,
pelas áreas baixas existentes nas Ruas Doutor João Pondé, na Alameda Antunes e Rua Barão de
Itapuã, denominado de Sistema Santa Maria. Os demais sistemas são de redes de
microdrenagem dispostas ao longo dos arruamentos descarregando diretamente na orla marítima.
2.2.2.3.1. Sistema Marquês de Caravelas
A rede existente e identificada em campo tem início no cruzamento das Ruas Afonso Celso,
Miguel Burnier e Marquês de Caravelas, com lançamento perpendicular à Avenida Oceânica, na
Praia do Farol da Barra, nas coordenadas longitude 551323.83 m E e latitude 8561766.99 m S. A
extensão aproximada deste sistema na Rua Marquês de Caravelas é de aproximadamente 150,00
m e as dimensões da galeria são desconhecidas. Em 2014 foi executado o Projeto de
Requalificação da Orla-Rio Vermelho pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (SECULT)
tendo sido implantada uma rede com diâmetro de 400 a 600 mm, que se inicia na Rua Leoni
Ramos, e que segue paralela a Avenida Ocêanica até a interligação com a galeria do Sistema
Marquês de Caravelas, por uma extensão de 235 metros. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o esquema principal das redes identificadas.

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Figura 35 – Esquema da rede principal de microdrenagem do Sistema Marquês de
Caravelas

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 36 – Vista do cruzamento das ruas Miguel Figura 37 – Vista da rua Marquês de Caravela em
Burnier e Marquês de Caravela direção à Avenida Oceânica

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 38 – Vista do final da Avenida Marquês de Figura 39 – Lançamento final da galeria do
Caravela, acima do ponto de desague final sistema Marquês de Caravelas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
2.2.2.3.2. Sistema Santa Maria
A rede de microdrenagem inicia no cruzamento da Rua Presidente Kennedy com a Rua Doutor
João Pondé. O traçado da rede acompanha toda a extensão da Rua Doutor João Pondé, capta as
águas provenientes da Avenida Princesa Izabel e Rua 8 de Dezembro, segue pela Alameda
Antunes até a Rua Marquês de Caravelas. Nesse cruzamento de ruas também é realizada a
interligação com a rede que se inicia entre a Rua Recife e a Rua Florianópolis. A partir da Rua
Marquês de Caravelas a rede segue pela Rua Cesar Gama, em direção à Rua Barão de Itapuã,
atravessa a Avenida sete de Setembro, efetuando seu lançamento no esquerdo do Forte de Santa
Maria, onde existe uma captação de tempo seco. A extensão aproximada da rede principal desse
sistema é de 1.500 m. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquema principal
das redes identificadas.

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Figura 40 - Esquema da rede principal de microdrenagem do Sistema Santa Maria

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 41 – Vista da Rua Barão de Itapuã com Figura 42 – Vista dos prédios nos quais passa
destaque para os dispositivos de abaixo a galeria de drenagem no final da Rua
midrodrenagem Florianópolis

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 43 – Vista do interceptor de esgoto da Figura 44 – Vista do lançamento final da


Embasa cruzando o lançamento da galeria microdrenagem próximo do Forte Santa Maria

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.2.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM
URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana são
àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações. Em geral, tais
problemas ocorrem pela falta de infraestrutura ou pelas condições inadequadas de manutenção
desta.
O Quadro 3 sintetiza as áreas /bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas
na Codesal e identificadas nas visitas de campo, assim como as principais demandas estruturais e
não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem urbana.
Quadro 3 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio dos Seixos
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Barra, Chame-Chame, Federação, Graça e Jardim Apipema
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de recuperação do revestimento de alvenaria de pedra do canal do rio dos Seixos na
Avenida Reitor Miguel Calmon;
▪ Necessidade de recuperação do lançamento das ligações de microdrenagem ao longo do percurso
do canal do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon;
▪ Necessidade de readequação das seções do canal na Avenida Reitor Miguel Calmon, nos locais de
travessias (passarelas) onde existem transições com bueiros, que reduzem a seção hidráulica de
escoamento;
▪ Existência de interferências do tipo construções residenciais em trechos do canal do rio dos Seixos
no trecho aberto antes de encapsular na Avenida Centenário prejudicando a manutenção;
▪ Necessidade de limpeza de caixas coletoras que se encontram assoreadas em diversas vias
públicas da bacia;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento do rio dos Seixos no trecho da Avenida Garibaldi para
limpeza e manutenção, assim como para a identificação de lançamentos irregulares de esgoto,
ainda sendo constada a sua presença próximo à captação de tempo seco localizada no Morro do
Cristo;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Necessidade de recuperação e limpeza de escadarias drenantes localizadas nos bairros do Calabar
e Alto das Pombas, assim como para a identificação de ligações clandestinas de esgoto nas
mesmas;
▪ Interferências com interceptores de esgoto que reduzem a seção de escoamento das galerias de
drenagem, e que favorecem o acúmulo de resíduos sólidos, assim, como influência das marés, que
favorecem a deposição de areia na parte interna das galerias de microdrenagem.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio dos Seixos,
associando a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio dos Seixos, com
monitoramento dos níveis do rio;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação

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da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
Fonte: Codesal, 2021

2.2.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


As redes de serviços públicos abordadas nesse tópico se referem às redes de concessionárias de
serviços de água, esgoto, energia elétrica, gás, fibra óptica, de internet, de TV a cabo e telefonia
implantadas em vias públicas de forma transversal, paralela ou internamente aos sistemas de
micro e macrodrenagem. Essas redes se caracterizam como possíveis interferências nos sistemas
de drenagem nas seguintes situações:

• Travessias transversais de adutoras ou interceptores em canais de macrodrenagem em cotas


abaixo dos níveis d’água máximos, podendo provocar remansos a montante, assim como o
acúmulo de resíduos sólidos. Essas travessias existem nos trechos de canais abertos, sendo
facilmente identificáveis, e nos trechos de canais fechados, sendo somente possivelmente a
identificação a partir dos cadastros de redes da Embasa;
• Lançamentos irregulares de esgoto nas galerias e canais de macrodrenagem prejudicando a
qualidade da água dos cursos d’água, deteriorando o revestimento, além de favorecer a
proliferação de roedores;
• Assentamento de redes de esgoto, energia e telefonia dentro de galerias de drenagem e caixas
coletoras, reduzindo a seção de escoamento, dificultando a manutenção, além dos riscos de
choques elétricos.

As considerações apresentadas anteriormente são válidas para todas as bacias hidrográficas e de


drenagem natural a serem apresentadas nos próximos capítulos. Em virtude de o esgotamento
sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de drenagem do município e devido a
limitada disponibilidade de informações das demais redes foi abordado somente a questão do
esgoto.

2.2.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
Na prática existindo a rede coletora de esgoto na via pública é obrigação do usuário realizar a
interligação da rede de esgoto do imóvel à caixa de inspeção construída pela prestadora do
serviço, (no caso, a Embasa) e que geralmente fica no passeio ou equivalente, conforme prevê a
Lei Estadual Nº 7.307/1998 e o Decreto Estadual Nº 7.765/2000. Nas situações em que os pontos
de coleta do imóvel estiverem situados abaixo do nível da rede coletora, é de responsabilidade do
usuário a realização de obras para o bombeamento do esgoto até a rede existente.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
111
Quanto ao serviço de drenagem pluvial é de responsabilidade do usuário a execução do projeto
de instalações hidráulicas pluviais da sua residência, com a colocação de calhas, condutos e
caixas coletoras para a interligação à rede de drenagem existente (sarjetas e galerias). A
manutenção das redes de drenagem no município é de responsabilidade da Prefeitura Municipal,
sendo atualmente executada pela Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN).
Contudo, em diversos bairros do município de Salvador são observadas ligações clandestinas de
esgotamento sanitário nas redes de micro e macrodrenagem urbana, e que podem estar
associados aos seguintes aspectos:

• à ausência de ações de educação ambiental junto a população, visando orientar sobre as diferenças
das redes de esgoto e drenagem e sobre o funcionamento destas, além da forma de execução da
ligação predial ou residencial à rede.
• ineficiência na fiscalização dos prestadores dos serviços de esgoto e drenagem;
• precariedade na manutenção das redes de esgoto e poços de visita, favorecendo com que a
população direcione os esgotos para as redes de drenagem, que possuem diâmetros e seções
maiores;
• falta de recursos financeiros e orientação técnica junto à população de baixa renda para a
construção de instalações sanitárias adequadas.

As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são


constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas, caixas coletoras e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• no trecho do canal aberto do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon, onde se é observado
fluxo corrente de água com coloração turva em período seco (Erro! Fonte de referência não
encontrada.);
• no trecho de canal fechado do rio dos Seixos que segue paralelo à Avenida Centenário até o
desague na Praia do Farol da Barra, próximo do Morro do Cristo. No local existe uma captação de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
112
tempo seco da Embasa onde é possível verificar fluxo corrente de água com coloração turva em
período seco (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Esse trecho recebe os escoamentos de
água de chuva dos bairros da Barra, Canela, do Alto das Pombas, do Calabar, da Ondina e de
Chame-Chame.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
113
Figura 45 – Presença de esgoto no canal do rio Figura 46 – Captação de tempo seco da Embasa
dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon na Avenida Ocêanica

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Nos pontos de lançamento de microdrenagem localizados na Praia do Farol da Barra e na Praia
do Porto da Barra não foram identificados escoamentos de esgoto em período seco, o que pode
ser confirmado também com a coloração da areia da praia (Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.). Contudo, em períodos chuvosos
são constatados escoamento de águas turvas a partir das galerias de drenagem possivelmente
associado ao carreamento das sujeiras acumuladas nas vias públicas, o que torna a
balneabilidade dessas praias inadequada nesses períodos.
Figura 47 – Lançamento da microdrenagem da Figura 48 – Lançamento da microdrenagem na
Avenida Marquês de Caravela Praia do Porto da Barra

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
114
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). Essas estruturas (CTS) tem como finalidade
redirecionar para o sistema de esgotamento sanitário as contribuições de esgotos lançados de
maneira indevida em galerias de águas pluviais e corpos d’água, em períodos sem chuva. Essas
contribuições na maior parte dos casos são resultantes de ligações clandestinas de esgoto no
sistema de águas pluviais em regiões que não contam com sistema de esgotamento sanitário. O
detalhamento da abordagem sobre as captações de tempo seco é apresentada no Produto F3 –
Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a localização das captações de tempo seco
distribuídas entre as bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador, destacando a
concentração dessas captações nas bacias que desaguam na Baía de Todos os Santos, Ondina,
Seixos, Lucaia, Camarajipe Stella Maris e Jaguaribe. Na bacia hidrográfica do rio dos Seixos
foram identificadas 7 captações de tempo seco novas e ativas ao longo do rio dos Seixos, com
destaque para a captação do Morro do Cristo na foz do rio dos Seixos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
115
Figura 49 – Captações de tempo seco (CTS) no município de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
116
2.2.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.2.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


Os pontos críticos de alagamentos e inundações foram investigados a partir das notificações
registradas pela Codesal a partir de ligações efetuadas no Disque 199 no período de 2009-2019,
com base nos resultados do mapeamento de campo apresentados nos Estudos de Concepção
para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado
pela SUCOP (2015) e com base na visitação de campo realizada durante a elaboração do
diagnóstico. Os resultados dos estudos desenvolvidos pela SUCOP (2015) investigaram pontos
críticos situados em áreas baixas (áreas de talvegues e próximas de cursos d’água) e com
históricos de problemas registrados na Prefeitura e relatados pela população local.
Nessas análises não foram consideradas as possíveis notificações registradas na central de
teleatendimento Disque Salvador 156 do Serviço de Ouvidoria Geral do Município, do Portal Fala
Salvador e do App Fala Salvador Cidadão, pois estes não foram disponibilizados. Esses canais
possuem a finalidade de receber, encaminhar a acompanhar as solicitações, sugestões,
reclamações, dentre outros relacionados aos diversos serviços públicos oferecidos pela Prefeitura
para as diferentes secretarias.
Os pontos críticos a partir das notificações citadas podem estar associados às seguintes
situações:

• Local com infraestrutura de drenagem existente (sarjetas, bocas-de-lobo e galerias), com


capacidade hidráulica adequada, mas com ausência de manutenção, como limpeza e desobstrução
de caixas coletoras;
• Local com infraestrutura de drenagem existente (sarjetas, bocas-de-lobo e galerias), mas com
incapacidade hidráulica associada com ausência de manutenção, como limpeza e desobstrução de
caixas coletoras;
• Local com infraestrutura de drenagem inexistente, sendo caracterizado pela inexistência de
dispositivos como sarjetas, bocas-de-lobo e galerias.

A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 19 pontos críticos
em 6 bairros: Barra, Chame-Chame, Federação, Graça, Jardim Apipema e Ondina, sendo que a
maior parte dos alagamentos/inundações foi no bairro da Barra (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
117
Figura 50 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do rio dos Seixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a espacialização na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Tabela 3 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio dos Seixos
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
1 CODESAL (2020) AVENIDA PRINCESA ISABEL BARRA 550826 8562453
AVENIDA SETE DE
2 CODESAL (2020) BARRA 551443 8561943
SETEMBRO
3 CODESAL (2020) RUA GREENFELD BARRA 551259 8562032
4 CODESAL (2020) VILA CAMPOS BARRA 550729 8562386
CHAME
5 CODESAL (2020) RUA PLÍNIO MOSCOSO 551791 8562362
CHAME
6 CODESAL (2020) RUA EULÁLIO DE OLIVEIRA FEDERAÇÃO 552660 8563113
7 CODESAL (2020) RUA DA GRAÇA GRAÇA 551586 8562938
8 CODESAL (2020) RUA MANOEL BARRETO GRAÇA 551868 8562993
9 CODESAL (2020) RUA OITO DE DEZEMBRO GRAÇA 551206 8562474
RUA PROFESSOR SABINO JARDIM
10 CODESAL (2020) 552171 8562373
SILVA APIPEMA
11 SEINFRA (2015) XULETA GRAÇA 551597 8563342
12 SEINFRA (2015) FACULDADE DE MEDICINA GRAÇA 552106 8563409
VIADUTO DOS REIS
13 SEINFRA (2015) BARRA 552548 8563335
CATÓLICOS
14 SEINFRA (2015) CALABAR BARRA 552389 8562768
15 SEINFRA (2015) RUA MARTAGÃO GESTEIRA BARRA 552232 8562821
16 SEINFRA (2015) SABINO SILVA ONDINA 551861 8562218
17 SEINFRA (2015) RUA AIROSA GALVÃO BARRA 551637 8561915
18 SEINFRA (2015) RUA MIGUEL BURNIER BARRA 551454 8561942
19 SEINFRA (2015) RUA LORD COCHRANE BARRA 551077 8562355
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
118
Figura 51 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio dos Seixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
119
2.2.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio dos Seixos foram cadastradas duas regiões citadas a
seguir:

• Canal do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon, no bairro do Canela;
• Sistema de microdrenagem na Rua Marques de Caravelas, no bairro da Barra.

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


cadastro de 20 km de macrodrenagem (com levantamento de seções topobatimétricas a cada 100
m) e o levantamento cadastral de 1.888,53 km de ruas situadas em áreas críticas, ou seja,
situadas em áreas inundáveis e em áreas com lançamentos irregulares de esgotos sanitários,
englobando todo o município de Salvador. A seguir são apresentadas informações gerais sobre a
metodologia adotada para a seleção das áreas críticas para cadastro e os quantitativos previstos
para cada região do município. Os resultados desses cadastros são apresentados no Produto E –
Caracterização geral e Sistema Cadastral, que contemplam os produtos do PMSBI. O Produto E
foi subdividido em cinco produtos parciais conforme apresenta o Erro! Fonte de referência não
encontrada., e os resultados dos mesmos irão ser inseridos no Sistema Municipal de Informações
em Saneamento Básico.
Quadro 4 - Identificação dos produtos e respectivas entregas parciais
Identificação do Produto Entregas parciais
Produto E1 – Lucaia, Produto E1A – Caracterização Geral e bases para cadastro
Amaralina - Pituba, Produto E1B - Lucaia, Amaralina-Pituba, Ondina, Centenário, Vitória,
Ondina, centenário, Comércio e Itapagipe - 50% do cadastro
Vitória, Comércio e Produto E1C - Lucaia, Amaralina-Pituba, Ondina, Centenário, Vitória,
Itapagipe; Comércio e Itapagipe - 50% do cadastro
Produto E2A - Camarajipe - 20% do cadastro
Produto E2 – Camarajipe Produto E2B - Camarajipe - 40% do cadastro
Produto E2C - Camarajipe - 40% do cadastro
Produto E3A – Pedras - Pituaçu, Armação-Corsário - 10% do cadastro
Produto E3 – Pedras/
Pituaçu, Produto E3B - Pedras-Pituaçu, Armação-Corsário - 40% do cadastro
Armação/Corsário
Produto E3C - Pedras-Pituaçu, Armação-Corsário - 50% do cadastro (PE3)
Produto E4A - São Tomé de Paripe, Plataforma e Cobre - 10% do cadastro
Produto E4 – São Tomé de
Paripe, Plataforma e Produto E4B - São Tomé de Paripe, Plataforma e Cobre - 20% do cadastro
Cobre
Produto E4C - São Tomé de Paripe, Plataforma e Cobre - 40% do cadastro
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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2.3. BACIA HIDROGRÁFICA DE ONDINA
A Bacia Hidrográfica de Ondina está localizada no extrumo sul do município e possui uma área de
3,08km2, sendo a menor bacia em extensão, correspondendo a 1% do território de Salvador.
Limita-se ao Norte e a Oeste pela Bacia do Lucaia, à Leste pelo Oceano Atlântico e ao Sul pela
Bacia Barra/Centenário. Na área delimitada por essa bacia estão localizados seis bairros: Alto das
Pombas, Barra, Calabar, Federação, Ondina e Rio Vermelho.
O principal corpo hídrico desta bacia é o Rio Ondina, um rio de pequeno porte, com vazão baixa e
perene. Sua nascente se localiza no Campus Ondina da Universidade Federal da Bahia, no em
torno do Instituto de Biologia. A partir daí, o rio segue em canal aberto por dentro do campus, em
galeria fechada pela Avenida Adhemar de Barros até o lançamento na Praia de Ondina.
Além do rio Ondina, há o canal natural da Avenida Garibaldi, com regime hidrológico efêmero que
recebe as contribuições dessa região direcionando-as à Praia da Paciência no bairro do Rio
Vermelho.
A área no em torno da bacia é urbanizada, sendo ocupada por residências, principalmente por
centros médicos, universidades e bancos e com arborização em torno da Avenida Adhemar de
Barros, onde se localiza o Zoológico de Salvador e na Avenida Garibaldi.

Para fins de estudo dessa bacia foram consideradas as subdivisões hidrográficas apresentadas
nos Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais das Bacias
Urbanas de Salvador elaborados pela SUCOP (2015).

O sistema de macrodrenagem corresponde ao sistema do rio dos Seixos, denominado como Sub-
bacia principal do Rio Ondina, e os sistemas de microdrenangem do Jardim Apipema, da Praia da
Paciência e do Largo de Santana.

A Erro! Fonte de referência não encontrada.apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do rio


Ondina, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 52 – Delimitação da bacia hidrográfica do rio Ondina

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
123
2.3.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM

2.3.1.1. SISTEMA RIO ONDINA


Nesse sistema se localiza a nascente principal do rio Ondina, ao lado do Instituto de Biologia da
UFBA, localizada nas coordenadas longitude 553280.70 m E e latitude 8562748.67 m S.
O canal principal se inicia ao lado do instituto numa área embrejada, com afloramento de água
visível, sendo drenado a partir de galeria tubular de concreto com diâmetro de 600 m, percorrendo
um trecho de 103 metros abaixo do estacionamento do Instituto de Biologia e da Biblioteca da
UFBA até um canal que segue paralelo a Rua Barão de Jeremoabo, e depois segue ao lado do
Pavilhão de Aulas da Federação (PAF) e da Faculdade de Medicina Veterinária.
O canal natural possui seção trapezoidal com dimensões aproximadas 1,0 m de base, com largura
total de 2,0 metros e profundidade aproximada de 1,30 m, por uma extensão de 520 metros. Num
trecho de 250 metros o revestimento do canal é natural, com a presença de vegetação, e depois
revestido em alvenaria de pedra. Na parte interna é visível o fluxo corrente de água limpa,
indicando a perenidade do curso d’água. Ao longo do percurso do canal também são identificadas
travessias para a circulação de pedestres e vegetação com árvores de grande porte no seu em
torno.
Na Avenida Adhemar de Barros o sistema de macrodrenagem segue galeria dupla tubular de
concreto com diâmetro de 800 mm. Essa galeria se inicia no cruzamento da avenida Adhemar de
Barros com a Avenida Centenário e segue por 1.200 metros até o deságue na praia de Ondina.
No deságue final a galeria de macrodrenagem ocorre nas coordenadas longitude 553255.60 m E
e latitude 8561598.38 m S, onde é possível visualizar o fluxo contínuo de água limpa, oriunda do
rio Ondina. No final as características da galeria é revestimento do tipo Rib Loc e diâmetro de
1.800 mm. A jusante do local se observa a presença natural de rochas, que funcionam como uma
bacia de amortecimento.
A principal interferência identificada no local corresponde ao interceptor de esgoto que passa de
forma paralela a Avenida Oceânica, atravessando de forma perpendicular o traçado da galeria de
macrodrenagem. Próximo ao local do lançamento do rio, cerca de 88 metros existe uma estação
elevatória de esgoto da Embasa, localizada nas coordenadas longitude 553351.65 m E e latitude
8561553.75 m S.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado principal da macrodrenagem do
rio Ondina, da nascente até o lançamento na praia de Ondina, e as Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos do trecho visitado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
124
Figura 53 – Esquema do sistema de macrodrenagem da bacia do rio Ondina

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Figura 54 -Área da nascente do rio Ondina ao Figura 55 – Canal do rio Ondina com
lado do Instituto de Biologia revestimento natural

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 56 – Trecho do canal do rio Ondina em Figura 57 – Trecho do canal em alvenaria de
alvenaria de pedra pedra com fluxo constante de água

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 58 – Local do emboque do rio Ondina na Figura 59 – Final da galeria de macrodrenagem


galeria da Adhemar de Barros do rio Ondina na praia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.3.1.2. SISTEMA AVENIDA GARIBALDI


Nesse sistema existe um canal efêmero localizado no canteiro central da Avenida Anita Garibaldi,
com seções variáveis por uma extensão de 1.440 m até o lançamento final na Praia da Paciência.
A região que contribui para esse canal é delimitada na parte alta pela Avenida Cardeal da Silva,
pela região do Jardim Zoológico e pela rua Côrte Grande.
Esse canal se inicia no canteiro principal, próximo da entrada da Rua Eduardo José dos Santos, e
segue em seção do tipo trapezoidal com revestimento de terra por uma extensão aproximada de
415 metros, com largura de 3,0 m e profundidade de 1,60 m. Depois segue com seção retangular
revestida em alvenaria de pedras por uma extensão de 307 metros, com largura de 2,50 m e
profundidade de 2,5 m. Em seguida, o canal segue fechado pelo canteiro principal, atravessa a
Avenida Garibaldi, segue pela rua Vila Matos, depois pela Avenida Oceânica, em seguida realiza
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
126
o lançamento na praia, a partir de uma estrutura oval em alvenaria de pedra, com seção
aproximada de 1,50 m de altura por 1,30 m de largura. No local do lançamento foi implantado um
canal de alvenaria de pedra que contorna lateralmente a Praia da Paciência evitando o
espraiamento das águas escoadas na areia ocupada por banhistas.
No trecho aberto do canal são observados lançamentos de galerias de microdrenagem existente
nas duas vias da Avenida Anita Garibaldi, sendo que algumas estruturas se encontram em
situação precária de manutenção. Em determinado trecho do canal aberto, com revestimento em
terra, se observa afloramento de água limpa, favorecendo a formação de uma lâmina d’água
segue por todo o trecho do canal de alvenaria de pedras. Também foram identificados presença
de esgoto na boca de lançamento de algumas galerias de microdrenagem.
Não são registrados alagamentos e inundações nesse trecho decorrentes do extravasamento do
canal. Ao atravessar a Rua Vila Matos, o canal além de receber as contribuições da drenagem da
rua e recebe contribuições de escadarias drenantes existentes no em torno. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram registros
fotográficos dos principais trechos desse sistema.

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Figura 60 – Canal no canteiro da Avenida Figura 61 – Lançamento de esgoto no canal a
Garibaldi em leito natural partir da rede de microdrenagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 62 – Trecho do canal em alvenaria de Figura 63 –Trecho final do canal de alvenaria


pedra com emboque em galeria tubular

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 64 – Escadarias drenantes com calha Figura 65 – Escadarias convencionais com caixa
lateral existentes na região coletora a jusante

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 66 – Lançamento final do canal da Figura 67 – Lançamentos de galerias duplas D=


Garibaldi na Praia da Paciência 800 mm na Praia da Paciência

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 68 – Vista a jusante do lançamento final Figura 69 – Vista a jusante do lançamento final
do canal da Garibaldi, com escoamento pelo lado das galerias duplas D=800 sendo verificado a
direito presença de esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.3.1.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.3.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para a macrodrenagem da bacia do rio Ondina, pela Avenida Adhemar de Barros;
para o canal da Avenida Anita Garibaldi ou com lançamentos diretos à beira-mar. Devido a
inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não é possível analisar criteriosamente o
layout do sistema existente.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
129
Nas vias públicas de maior circulação de tráfego se observou a existência de meios-fios e sarjetas
moldadas in loco que permitem o direcionamento das águas pluviais para as caixas coletoras
existentes. As caixas coletoras ou caixas coletoras identificadas são do tipo com entrada na guia,
ou com grelhas de ferro, se encontrando a sua maioria em bom estado de conservação.
Na região do Sistema Jardim Apipema se identificam algumas caixas coletoras na Rua Nova do
Calabar, vista como a região mais baixa e que recebe as águas pluviais da região, mas não é
possível identificar a interligação com o sistema da Avenida Oceânica. Na região do Sistema Praia
da Paciência, o sistema se resume numa caixa coletora a partir de grelhas que recebe toda a
contribuição da região numa área baixa, não tendo sido identificado meio-fios, sarjetas e caixas
coletoras nas proximidades. No sistema do Largo de Santana, predominam canaletas, caixas
coletorass e galerias interligadas que lançam as águas pluviais na Praia da Paciência.
Nessa região se destacam também como parte da rede de microdrenagem, as escadarias
drenantes existentes no em torno da Rua Vila Matos, no bairro do Rio Vermelho, que transportam
as águas pluviais na parte interna em direção ao canal principal da avenida. Na região da Rua Vila
Matos, existem ruas transversais que possuem declividade acentuada, assim como a ausência de
calçadas e meio-fio para disciplinar o escoamento das águas pluviais, tendo sido implantado
sistemas de grelhas de ferro transversais para a coleta. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 70 – Caixas coletoras de concreto na Figura 71 – Tampões de PVs de galeria de
Avenida Anita Garibaldi microdrenagem na Avenida Anita Garibaldi

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 72 – Caixas coletoras com entrada na guia Figura 73 – Lançamento precário de
na Avenida Anita Garibaldi microdrenagem no canal da Avenida Garibaldi

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 74 – Grelhas transversais nas ruas mais Figura 75 – Caixas coletoras com grelhas de
íngremes ferro na região do Rio Vermelho

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.3.2.1. SISTEMAS DISPERSOS BEIRA-MAR


No trecho da Avenida Oceânica situado entre a Rua José Sátiro de Oliveira e o Morro do Cristo foi
executado no ano de 2020 o Projeto de Requalificação da Orla-Rio Vermelho pela Secretaria
Municipal de Cultura e Turismo de Salvador tendo sido implantada uma rede com diâmetro
variáveis de 400, 600, 800 e 1.000 mm, por uma extensão de 495 metros, e com lançamento na
praia, através de uma descida d’água em degraus, próximo do Clube Espanhol. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o esquema principal da rede identificada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
131
Figura 76 - Esquema do sistema de microdrenagem da Avenida Oceânica

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.3.2.2. SISTEMA JARDIM APIPEMA


Esse sistema se situa numa região de talvegue que se limita com a bacia do rio dos Seixos, e
engloba parte dos bairros de Alto das Pombas, Calabar e Ondina. O sentido preferencial do
escoamento das águas pluviais nessa região inicia no ponto mais alto localizado na Rua Caetano
Moura, segue pela Rua Mestre Pastinha, pela Vila Eliana de Azevedo, Travessa do Calabar, Rua
Nova do Calabar e depois segue pela Avenida Oceânica, até o deságue final na Praia de Ondina.
O acesso pela Vila Eliana de Azevedo ocorre por ruas sem acesso a veículos, sendo somente
possível a partir da Rua Nova do Calabar, sendo que nessa rua são observadas a construções de
degraus na entrada das residências, o que indica problemas de alagamento nessa área que é a
mais baixa da região, apesar de não existirem notificações desse local registradas na Codesal.
Contudo, de acordo com a SUCOP a existência dos degraus na Rua Nova do Calabar está
associada a uma concordância geométrica da seção transversal da via. Os dispositivos de
drenagem identificados na Rua Nova Calabar foram localizados somente no final da rua, e
correspondem a caixas coletoras simples com grelhas de ferro. Também na região desse sistema
existem escadarias drenantes, localizados no bairro do Calabar e Alto das Pombas, que
contribuem para o sistema de drenagem dessa região. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o possível esquemático do sistema de drenagem do Sistema Jardim
Apipema, considerando a análise da topografia local, contudo, não foi identificado em campo, e a
Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram registros fotográficos das principais ruas desse sistema, onde se destaca na Erro! Fonte
de referência não encontrada., os lançamentos de sistemas de microdrenagem da região, que
possivelmente recebem a microdrenagem do sistema citado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
132
Figura 77 – Esquemático do possível sistema de drenagem do Sistema Jardim Apipema

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 78 – Vista do início da Rua Mestre Pastinha Figura 79 – Final da Rua Mestre Pastinha onde
com presença de pavimento e meio fio não foi identificado o sistema de
microdrenagem

Fonte: Google Earth, 2019.


Fonte: Google Earth, 2019.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
133
Figura 80 – Vista da rua Nova Calabar onde se Figura 81 – Vista do final da rua Nova Calabar e
observa a construção de degraus na entrada das ao fundo a Avenida Oceânica
residências

Fonte: Google Earth, 2019. Fonte: Google Earth, 2019.

Figura 82 – Lançamentos de galerias de drenagem na praia de Ondina

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

2.3.2.3. SISTEMA MANOEL RANGEL


Esse sistema se situa numa região de talvegue delimitado na parte alta pela Rua do Côrte Grande
e na parte baixa pela Avenida Oceânica, para onde são direcionadas as águas pluviais. São de
acessibilidade limitada para veículos, com circulação possível na Rua Manoel Rangel, onde se
localiza o ponto mais baixo da região e com registros de alagamentos. O ponto mais crítico se
localiza nas coordenadas longitude 553958.65 m E e latitude 8561710.87 m S. Nessa região o
sistema se limita a uma caixa coletora com grelhas de ferro, que se interliga a uma galeria de
drenagem na Rua Manoel Rangel, e que segue por uma extensão de 68 metros até o deságue na
praia. Atualmente o sistema de grelhas é insuficiente e se encontra em situação precária de
manutenção. Não foram identificadas caixas coletoras nas ruas do em torno, nem meio-fio para
disciplinar o escoamento das águas pluviais. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra o esquemático do sistema de drenagem existente na região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
134
Figura 83 - Esquemático do sistema de drenagem da região da Rua Manoel Rangel

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram registros fotográficos das condições locais no ponto mais crítico desse sistema.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
135
Figura 84 – Sistema de grelhas e caixas Figura 85 – Vista da Rua Manoel Rangel sem
coletoras na Rua Manoel Rangel dispositivos de drenagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.3.2.4. SISTEMA LARGO DE SANTANA


Esse sistema se situa numa região de talvegue delimitado na parte alta pela Rua Cardeal da Silva,
que direciona parte das águas pluviais para a Travessa Prudente de Morais e para a Rua João
Gomes, e que por meio de galerias são direcionadas para a Praia do Rio Vermelho. Nessa região
foram implantados pavimentos intertravados em alguns trechos da região do Largo de Santana,
sendo que o sistema de drenagem se caracteriza por calhas retangulares de concreto coberta
com placas, e que se interligam a caixas coletoras com grelhas de concreto. A partir das caixas
coletoras são realizadas interligações com tubulações de PEAD com diâmetro de 450 mm que
direcionam as águas para o lançamento na área da praia. Nessa região não são registrados
problemas de alagamentos. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram registros fotográficos dos principais lançamentos de
drenagem existentes na região.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
136
Figura 86 – Lançamentos de drenagem com Figura 87 – Lançamento de microdrenagem com
tubos PEAD e de concreto na praia da Rua da tubo de concreto
Paciência

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 88 – Lançamento de drenagem com tubo Figura 89 – Caixas coletoras com grelhas de
PEAD em área com resíduos sólidos concreto ao longo da rua da Paciência

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.3.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 5 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ondina
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Calabar, Ondina, Rio Vermelho e Garibaldi
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
137
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de recuperação do lançamento das ligações de microdrenagem ao longo do percurso
do canal da Garibaldi na Avenida Anita Garibaldi;
▪ Necessidade de readequação das seções do canal da Avenida Garibaldi, nos locais de travessias
(passarelas) onde existem transições com bueiros, que reduzem a seção hidráulica de escoamento;
▪ Necessidade de implantação de sistema de drenagem no Sistema Apipema, contemplando a Rua
Mestre Pastinha, Travessa Eliana de Azevedo e Rua Nova do Calabar;
▪ Necessidade de readequação do sistema de caixas coletoras e grelhas no em torno da Rua Manoel
Rangel;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Necessidade de recuperação de escadarias drenantes localizadas nos bairros do Calabar e Alto das
Pombas, assim como para a identificação de ligações clandestinas de esgoto nas mesmas;
▪ Recuperação e readequação dos sistemas de grelhas coletoras de drenagem localizadas de forma
transversal na rua Vila Matos.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem, que está
contaminando a Praia da Paciência;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
da Garibaldi, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da
faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio Ondina;
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.3.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.3.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
Contudo, em diversos bairros do município de Salvador são observadas ligações clandestinas de
esgotamento sanitário nas redes de micro e macrodrenagem urbana, e que podem estar
associados aos seguintes aspectos:

• à ausência de ações de educação ambiental junto a população, visando orientar sobre as diferenças
das redes de esgoto e drenagem e sobre o funcionamento das mesmas, além da forma de execução
da ligação predial ou residencial à rede.
• ineficiência na fiscalização dos prestadores dos serviços de esgoto e drenagem;

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
138
• precariedade na manutenção das redes de esgoto e poços de visita, favorecendo com que a
população direcione os esgotos para as redes de drenagem, que possuem diâmetros e seções
maiores;
• falta de recursos financeiros junto à população de baixa renda para a construção de instalações
sanitárias adequadas.

As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são


constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram no percurso
do canal do Avenida Anita Garibaldi, oriundo da área ocupada por centros médicos e comerciais
(Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.). De
acordo com a SUCOP os problemas de interferência de esgotamento sanitário foram solucionados
com intervenções no sistema de drenagem através do remanejamento de redes existentes com a
readequação de cotas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
139
Figura 90 – Lançamento irregular de esgoto no Figura 91 – Lançamento de drenagem obstruído
canal da Garibaldi e com lançamento de esgoto no canal da
Garibaldi

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Ondina foram
identificadas 2 captações de tempo seco, uma próxima da foz do rio Ondina e outra na Praia da
Paciência.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
140
2.3.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.3.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 13 pontos críticos
em 7 bairros: Barra, Calabar, Federação, Ondina (inclui a região da Garibaldi), Rio Vermelho,
sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foi nos bairros do Rio Vermelho e de
Ondina, correspondendo a 67% da totalidade registrada cada um (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
Figura 92 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros/regiões da bacia de Ondina

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a espacialização na Erro! Fonte de referência
não encontrada..
Tabela 4 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Ondina
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO/REGIÃO Longitude Latitude

1 CODESAL (2020) RUA CARLOS CHIACCHIO BARRA 551877,1 8561876


TRAVESSA ELIANA DE
2 CODESAL (2020) CALABAR 552788,8 8562283
AZEVEDO
AVENIDA CARDEAL DA
3 CODESAL (2020) FEDERAÇÃO 554620,9 8561981
SILVA
RUA DOUTOR HELVÉCIO
4 CODESAL (2020) ONDINA 552994 8561840
CARNEIRO RIBEIRO
5 CODESAL (2020) RUA DO PINHEIRO RIO VERMELHO 554393,2 8562014
RUA EURYCLES DE
6 CODESAL (2020) RIO VERMELHO 554577 8561727
MATTOS
TRAVESSA MANOEL
7 CODESAL (2020) RIO VERMELHO 553958,9 8561717
RANGEL
9 SEINFRA (2015) JD. APIPEMA ONDINA 552492 8561954

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141
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO/REGIÃO Longitude Latitude
AV. ADHEMAR DE
10 SEINFRA (2015) ONDINA 553263 8561755
BARROS
TRAVESSA DO CORTE
11 SEINFRA (2015) ONDINA 554418 8561817
GRANDE
RUA CORONEL JOSE
12 SEINFRA (2015) GARIBALDI 554366 8562106
GALDINO DE SOUZA
13 SEINFRA (2015) SUKIAKI RIO VERMELHO 553962 8561708
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Figura 93 -Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de Ondina

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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143
2.3.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio Ondina somente foi cadastrado a Avenida Adhemar de
Barros, no bairro de Ondina.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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144
2.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIPE
O Rio Camarajipe localizado no miolo da cidade de Salvador, possui uma área de 35,877km 2 (o
que corresponde a 11,62% do território municipal de Salvador), sendo a terceira maior bacia em
extensão do município. Encontra-se limitada ao Norte pela Bacia do Cobre, à Leste pela Bacia
Pedras/Pituaçu, à Oeste pela Península de Itapagipe e ao Sul pela Bacia do Lucaia.
Na área delimitada por essa bacia estão localizados 51 bairros: Alto do Cabrito, Arraial do Retiro,
Baixa de Quintas, Barbalho, Barreiras, Boa Vista de Brotas, Boa Vista de São Caetano, Bom Juá,
Brotas, Cabula, Caixa d’Água, Calabetão, Caminho das Árvores, Campinas de Pirajá, Capelinha,
Centro, Centro Histórico, Cidade Nova, Cosme de Farias, Costa Azul, Curuzu, Fazenda Grande
do Retiro, Granjas Rurais Presidente Vargas, IAPI, Imbuí, Itaigara, Jardim Armação, Jardim Santo
Inácio, Lapinha, Liberdade, Lobato, Luis Anselmo, Macaúbas, Marechal Rondon, Mata Escura,
Matatu, Nazaré, Pau Miúdo, Pernambués, Pero Vaz, Pituba, Retiro, Santa Mõnica, Santo
Agostinho, Santo Antônio, São Caetano, São Gonçalo, Saramandaia, Saúde, STIEP e Vila Laura.
Suas nascentes encontram-se próximas a Pirajá, nos bairros de Marechal Rondon, Boa Vista de
São Caetano, Calabetão e Mata Escura, áreas carentes de infraestrutura urbana, com fortes
desigualdades socioespaciais, sobretudo as ocupações situadas nas baixadas, em Áreas de
Preservação Permanente (APP), sujeitas a inundações.
O Camarajipe percorre, aproximadamente, 14 km até sua foz, por um leito sinuoso que passa nas
imediações dos bairros de Pero Vaz, IAPI, Caixa d’Água, Pau Miúdo e Saramandaia, entretanto,
em vários trechos, o seu leito foi retificado, perdendo a sinuosidade natural.
O “caminho natural” do Camarajipe desembocava no Largo da Mariquita, no bairro do Rio
Vermelho, tendo como seu último afluente o Rio Lucaia, proveniente do Dique do Tororó, pela Av.
Vasco da Gama, que o margeia. No entanto, na década de 1970, o extinto Departamento
Nacional de Obras de Saneamento (DNOCS), desviou o curso do rio em razão de constantes
enchentes nas zonas mais baixas do Rio Vermelho. Na região próxima de um centro comercial
(Shopping Iguatemi), aproveitou-se o vale do Rio Pernambués para fazer a alteração, por meio de
dragagem e rebaixamento do substrato do vale, a foz do Rio Camarajipe foi modificada para a
região situada hoje entre a Praça Jardim dos Namorados e a Praia de Jardim de Alah, ambos no
bairro do Costa Azul (SANTOS et al, 2010).
Nesta área, o rio encontra-se retificado, com sua calha revestida por argamassa armada exceto
seu leito, chegando a alcançar 20m de largura nas imediações do referido shopping center. Ao
longo do seu trajeto, fica evidente o grande comprometimento da qualidade das suas águas
provocado por décadas de lançamento de esgotos sanitários in natura (SANTOS et al, 2010).
Em grave e similar situação encontra-se o Rio das Tripas, um dos principais afluentes do Rio
Camarajipe, que nasce na Barroquinha, no bairro do Centro Histórico, e segue em grande parte
do seu curso em galerias subterrâneas, recebendo, a partir dessa área, contribuições da Ladeira
do Funil, do Largo das Sete Portas, da Av. Barros Reis, dos bairros da Cidade Nova, Matatu, Vila
Laura e de outras áreas adjacentes, até encontrar o Rio Camarajipe na altura da Rótula do
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
145
Abacaxi. O nome desse rio se deve ao fato de sua nascente ficar próxima ao primeiro matadouro
da cidade, que lançava no curso d’água seus restos. Outro afluente do Camarajipe, o Rio
Campinas (também chamado Bonocô), encontra-se todo canalizado (SANTOS et al, 2010).
Além das águas do Rio Camarajipe, de seus afluentes, diques e represas, essa bacia possui
várias fontes, dentre elas a Fonte das Pedreiras, na Cidade Nova; a Fonte do Queimado na
Lapinha e, no Barbalho, a Fonte dos Perdões ou do Santo Antônio e a Fonte do Baluarte; a Fonte
da Estica, na Liberdade; a Fonte da Bica, em São Caetano e a Fonte Conjunto Bahia, no bairro de
Santa Mônica (SANTOS et al, 2010).
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do
rio Camarajipe, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Figura 94 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.4.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
O sistema de macrodrenagem da bacia do Camarajipe é formado pelo curso d’água principal que
é o rio Camarajipe, que segue sendo contornado por várias vias de circulação importantes para o
município como a BR-324, a Avenida Antônio Carlos Magalhães, a Avenida Tancredo Neves e a
Avenida Prof. Magalhães Neto. Além do trecho principal existem diversas sub-bacias de
importância que possuem cursos d’água que afluem ao rio principal, ou que são grandes áreas de
talvegues com drenagem natural. No total foram delimitadas 18 sub-bacias de importância na
análise da drenagem desta bacia, sendo elas formadas por sistemas de canais com seção natural
ou revestidos, abertos e fechados implantados ao longo de décadas, dentre os quais se
destacam: São Caetano, Bom Juá, rio Calafate ou San Martim, Pau Miúdo, rio das Tripas, rio
Campinas ou Bonocô, Caminho das Árvores, Riacho Sossego, Riacho Mata Escura, Arraial do
Retiro, Bela Vista, Beira Rio, Grilo, Rio Pernambués e Baixa de Santo Antônio.
Para fins de estudo dessa bacia foram consideradas as subdivisões hidrográficas e análises
apresentadas nos Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais
das Bacias Urbanas de Salvador elaborados pela SUCOP (2015). Contudo, para a elaboração do
PMSBI, objetivando o planejamento dos serviços de drenagem urbana e manejo de águas
pluviais, e em virtude da dimensão da bacia esta foi subdividida em 3 regiões que adotam como
seções de controle o exutória de sub-bacias, descritas a seguir.

• Alto Camarajipe: contempla toda a região da cabeceira da bacia, junto com o trecho do canal
principal até a confluência com o canal do rio Calafate ou San Martim;
• Médio Camarajipe: contempla a região delimitada pelo canal principal a partir da confluência do
canal do rio Calafate ou San Martim até a confluência do canal do rio Campinas ou Bonocô;
• Baixo Camarajipe: contempla a região delimitada pelo canal principal a partir da confluência do
canal do rio Campinas ou Bonocô até o lançamento final na Praia de Costa Azul, no Jardim de Alah.
Previamente é apresentada uma caracterização geral da calha do canal principal do rio
Camarajipe, citando as estruturas existentes e as confluências ao longo do percurso.

2.4.1.1. CARACTERIZAÇÃO DA CALHA PRINCIPAL DO RIO CAMARAJIPE


O trecho do curso d’água do rio Camarajipe se inicia a partir do Dique do Cabrito, conhecido
também como Dique de Campinas, atravessa a Ligação Viária Lobato-Pirajá, e depois segue em
direção ao antigo Dique do Ladrão. No percurso entre a Ligação Lobato-Pirajá e o Dique do
Ladrão, o canal principal recebe duas contribuições:

• Canal 1 da Baixa de São Caetano com início na Travessa Santa Clara, no bairro de Boa Vista de São
Caetano;
• Canal 2 da Baixa de São Caetano com início na Rua José Tibério, no bairro de Boa Vista de São
Caetano.
Após receber as contribuições do Canal 1 e Canal 2, o rio realiza uma travessia abaixo da BR-324
e do metrô, onde existem dois bueiros tubulares construídos por método não destrutivo na Rua
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Nilton Moura Costa. Por ser tratar de uma região de baixada e por ser uma área ocupada de
forma desordenada são registradas inundações no local.
Depois o rio segue margeando a BR-324 até alcançar o afluente da margem esquerda, o Riacho
Sossego, na região de Mata Escura, com densa ocupação nas regiões altas, mas com boa
preservação de mata atlântica na área mais baixa. Num trecho mais a jusante encontra na
margem esquerda o riacho da Mata Escura, entre os bairros da Mata Escura e Arraial do Retiro,
sendo formado por uma bacia com maior área de preservação ambiental em relação ao do vale do
Riacho Sossego, mas que apresenta processo de ocupação da calha, nas proximidades da
Avenida Oliveira, onde são registradas inundações. Ainda na margem esquerda o rio recebe a
contribuição de um canal de drenagem localizado na rua Soares Filho, no bairro do Arraial do
Retiro, e que drena parte das águas pluviais desse bairro e do bairro de São Gonçalo.
Em seguida o rio Camarajipe realiza outra travessia abaixo da BR-324 com galeria retangular de
concreto, e recebe as contribuições do canal do Bom Juá, na Rua Bom Juá, e que drena parte
das águas pluviais dos bairros de Bom Juá, São Gonçalo do Retiro e São Caetano. Esse trecho
do canal em seção trapezoidal se encontra bastante assoreado, sendo constatada a presença de
resíduos sólidos de construção civil, além de aterros irregulares sendo executados para a
construção de casas de famílias humildes. No trecho citado, o canal segue sendo margeado por
residências construídas na margem direita e na margem esquerda por galpões e garagens
comerciais, sendo de difícil acesso o local.
A partir da rua Bom Juá, o canal segue próximo a região do Largo do Retiro, onde recebe na
margem direta a contribuição do canal do rio Calafate, parcialmente aberto e segue o traçado da
Avenida San Martim. Entre esse Largo e a Rótula do Abacaxi o canal segue em seção trapezoidal
revestido de concreto, sendo margeado nos dois lados por prédios e galpões comerciais, sendo
que o único acesso possível se dá a partir da Rua Martiniano Bonfim. Nesse trecho, o Camarajipe
recebe na margem esquerda a contribuição do canal da Baixa de Santo Antônio, nas
proximidades da Rua Baixa de Santo Antônio, e pela margem direita recebe o canal Antônio
Balbino, da região dos bairros do IAPI e do Pau Miúdo. Ambos os canais afluentes são galerias
fechadas com seções variáveis entre tubulares e celulares.
Na Rótula do Abacaxi, próximo dos cruzamentos da Avenida Heitor Dias, Barros Reis e Rua dos
Rodoviários, o canal do Camarajipe recebe na margem direita do rio outro importante, que é o rio
das Tripas, atualmente canalizado com seções retangulares abertas e fechadas em diferentes
trechos. A partir da Rótula do Abacaxi até a Estação Rodoviária, na Avenida Tancredo Neves,
recebe na margem esquerda, além do rio das Tripas, os canais Luís Anselmo que drena as águas
pluviais dos bairros de Luis Anselmo e Vila Laura; o canal do rio Campinas ou Bonocô, que drena
as águas pluviais dos bairros de Cosme de Farias, Brotas, Lucaia, Luis Anselmo; e pela margem
direita, recebe o canal da Bela Vista, em área de talvegue próximo do Shopping Bela Vista, e o
canal de drenagem natural da Saramandaia/DETRAN localizado na Rua Santo Antônio de Pádua,
no bairro da Saramandaia. Os canais afluentes citados possuem em sua maioria seções
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149
retangulares e são fechados, com poucos trechos de seção aberta; e os que possuem seção
aberta possuem revestimento natural, sendo que em muitos casos a seção de escoamento é
indefinida.
A partir da Estação Rodoviária até a foz do Camarajipe, no bairro de Costa Azul, o rio recebe a
contribuição na margem esquerda dos canais da Saramandaia/Rodoviária, do canal da Rua do
Grilo e do canal do Rio Pernambués, que drenam as águas pluviais dos bairros de Saramandaia e
Pernambués; e pela margem direita recebe a contribuição do canal Canizares, que drena as
águas pluviais dos bairros de Caminho das Árvores e Pituba.
Os canais do bairro da Saramandaia estão localizados nas áreas mais baixas, de forma paralela a
Rua Beira-Rio e da Rua Nova das Flores, ambos com seções retangulares fechadas com placas
de concreto, com ocupações residenciais no em torno e sobre estes realizando também o
transporte de esgoto sanitário clandestino. Dentre os canais citados, o da Saramandaia/DETRAN
se destaca, pois o seu traçado segue abaixo da área da atual Estação Rodoviária, até o deságue
abaixo da Estação do Metrô, construída acima do canal do Camarajipe. Quanto ao rio
Pernambués, o mesmo apresenta no seu trecho inicial seção aberta, variável entre retangular e
trapezoidal, com uma ocupação mais ordenada no seu em torno, sendo somente de seção
fechada na travessia da Avenida Paralela, donde segue para um canteiro localizado atrás do
Shopping Salvador. As águas do rio Pernambués são captadas por uma Estação de Captação de
Tempo Seco da Embasa e redirecionadas para a Estação de Condicionamento Prévio no bairro
do Rio Vermelho. Em todos os canais citados anteriormente são registradas inundações no em
torno dos trechos que possuem ocupação das margens por residências.
Por fim, tem-se o canal Canizares, que segue pela Rua do Jaracatiá e Rua Miguel Navarro Y
Cânizares, atravessa a Avenida Professor Magalhães Neto e desagua no canal do Camarajipe.
Esse canal de drenagem natural segue no canteiro e próximo das vias existentes, sendo
parcialmente de seção retangular a trapezoidal com revestimento variável entre placas de
concreto e alvenaria de pedra. A região onde se situa esse canal possui ocupação
predominantemente residencial, sendo registrado comércios, bares e restaurantes, sendo
considerada uma área de alto padrão, enquanto os demais canais como os da Saramandaia e
Pernambués predomina ocupações de população de baixa renda, e com precariedade nos
serviços de esgotamento sanitário.

• Interferências de redes e construções


No percurso do canal principal existem travessias das adutoras da EMBASA no Acesso Norte e no
Bonocô, que foram implantadas sem considerar as características hidráulicas das seções do
canal. Além das adutoras há a linha férrea do Metrô de Salvador, que devido à sua aproximação
do bordo do canal pode interferir na seção de vazão, no comportamento hidráulico e na
conservação do revestimento dos taludes.

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150
Quanto às construções, se observam obras irregulares no percurso pelo bairro de Costa Azul
ocupando os bordos do canal com estruturas de fundação de edifícios comerciais e residenciais
de padrão elevado, além das ocupações observadas em bairros populares que ocupam as áreas
laterais de servidão para os serviços de limpeza e manutenção. Nas condições atuais esses tipos
de obras poderão restringir futuramente a seção de escoamento do rio.

• Intervenções recentes na calha principal


As intervenções realizadas em meados do ano de 2020 na bacia do Camarajipe foram executadas
pela Conder na região do Dique do Cabrito, com o objetivo de minimizar os impactos de desastres
naturais relacionados às inundações, enchentes e alagamentos. As obras contemplaram a
requalificação de doze cursos d’água naturais existentes, o desassoreamento do Dique do Cabrito
ao Norte, do Dique Pequeno, a conformação de uma lagoa de detenção e a construção de uma
ciclovia. As obras de macrodrenagem contratadas pelo órgão foram financiadas com recursos
federais do FGTS e que foram totalizados em R$ 30,7 milhões, através de um contrato de repasse
com a Caixa Econômica e Ministério das Cidades através do Programa de Gestão de Risco e
Prevenção de Desastres – PAC II. Estima-se que as obras beneficiem cerca de 6.277 habitantes e
1.923 famílias e indiretamente cerca 468.115 pessoas distribuídas em 115.608 domicílios.
Dos 12 (doze) canais integrantes do Contrato, 08 (oito) estão concluídos, 02 (dois) em execução e
02 (dois) a iniciar, tendo-se como referência informações do ano 2020. A Lagoa de
Detenção/Sedimentação e o desassoreamento do Lago Norte estão finalizados. a ciclovia e a
limpeza do dique pequeno ainda não haviam sido finalizadas.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a espacialização das obras que foram
executadas pela CONDER na região do Alto Camarajipe. Ressalta-se que parte das obras
indicadas na Erro! Fonte de referência não encontrada. foram executadas na área da bacia
hidrográfica do Cobre, dentre as quais cita-se: o Canal 1, o Canal 2, o reservatório de detenção, o
Canal 3, o Canal 4 e o Canal 5. Além das citadas anteriormente, as obras referentes ao Canal 8,
Canal 9, Canal 1 e Canal 11 pertencem à área da bacia de drenagem natural de Itapagipe; assim
as obras não pertencentes à bacia do Camarajipe não são caracterizadas nesse capítulo.

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151
Figura 95 – Croqui das obras de macrodrenagem implantadas pela CONDER na bacia do
Camarajipe

Nota: Os trechos de canais que foram objeto de intervenção estão representados com traçados na cor
amarela
Fonte: CONDER, 2020

O Canal 7 executado se encontra localizado próximo da Travessa São Braz do Lobato, no bairro
de Boa Vista de São Caetano, corresponde a um canal aberto de concreto armado, com larguras
variáveis entres 1,50 a 4,50 m e altura de 1,50 m. O canal 7 executado possui extensão de 647
metros, confirmada durante visitação de campo. Quanto ao Canal 6 corresponde a um trecho do
canal Adilson Lopes, no trecho entre a 5ª Travessa das Hortas e a Praça Maroli Lopes, construído
com seção retangular por uma extensão de 306 metros. As coordenadas de início do canal são:
557251.16 m E e 8571946.05 m S, e as coordenadas do final do canal são: 557081.72 m E e
8571337.41 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático das
obras que foram executadas.

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Figura 96 – Esquemático do trecho do canal 7, no leito principal do rio Camarajipe e o canal
6 na Rua Adilson Leite executado pela Conder

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do canal principal do Camarajipe desde Campinas de Pirajá
até o Costa Azul.
Figura 97 – Vista dos bueiros abaixo da Estrada Figura 98 – Vista do canal a jusante dos bueiros
Lobato/Campinas com escoamento oriundo do duplos na Travessa Profª Sônia da Silva
Dique e da Rua Edmundo da Paixão

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 99 – Vista de jusante para montante do Figura 100 – Vista de montante do canal a partir
canal abaixo dos viadutos da Ligação Lobato- dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá
Pirajá

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 101 – Vista da jusante do canal a partir Figura 102 – Vista de montante para jusante do
dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá canal na Estrada de Campinas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 103 – Vista do canal na Rua Nilton Moura Figura 104 – Vista de montante dos bueiros
Costa antes do emboque abaixo da BR-324 metálicos abaixo da BR-324, após a Rua Nilton
Costa

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Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 105 – Vista de montante para jusante do Figura 106 – Vista do canal na Rua Bom Juá
canal na Avenida Oliveira no segundo emboque
abaixo da BR-324, na direção do Bom Juá

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 107 – Vista de montante para jusante do Figura 108 – Vista de montante para jusante do
canal na Avenida Barros Reis, no ponto de canal na Rua Baixa de Santo Antônio, no ponto
emboque do canal Calafate (à direita na de emboque do canal da Baixa de Santo
imagem) Antônio (à esquerda)

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 109 – Vista do canal de jusante para Figura 110 – Vista do canal de montante para
montante na Rua dos Rodoviários, próximo da jusante na Avenida ACM, no ponto de emboque
Rótula do Abacaxi do canal da Saramandaia/DETRAN (à esquerda
na imagem)

Fonte: CSB Consórcio, 2021


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Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 111 – Vista do canal de montante para Figura 112 – Vista de montante para jusante do
jusante na Alameda Salvador no ponto de canal na Avenida Prof. Magalhães Neto
emboque do canal Pernambués (à esquerda da
imagem)

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 113 – Vista do canal de jusante para Figura 114 – Foz do canal em Costa Azul
montante na Avenida Octávio Mangabeira

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.2. SUB-BACIAS DO ALTO CAMARAJIPE


São descritos a seguir as estruturas existentes e a caracterização da macrodrenagem existente
nesta região. Os principais cursos d’água ou sub-bacias dessa região são a de São Caetano, a do
Riacho do Sossego, do Riacho da Mata Escura, canal do Bom Juá e do canal do Arraial do Retiro.
2.4.1.2.1. Dique de Campinas
O Dique de Campinas (Coordenadas UTM: 557208.58 m E e 8572293.13 m S), também
conhecido como Dique do Cabrito, fica localizado na cabeceira do Rio Camarajipe e atua como
uma bacia hidráulica de amortecimento, desempenhando papel importante no controle das cheias
locais que afluem das áreas urbanas adjacentes. Historicamente, o dique foi construído com a
finalidade de funcionar como manancial de abastecimento de água e depois na década de 80 foi
considerado como importante corpo hídrico de retenção de cheias.
Este dique possui uma bacia hidráulica com aproximadamente 21.600m 2, que representa a área
restante que ficou espremida entre o sistema viário e a ocupação habitacional dos bairros

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158
Marechal Rondon, Alto do Cabrito e Pirajá. A configuração geométrica do dique está bem definida
e fica circundada pela Rua Oscar Duque de Almeida e na outra extremidade por ocupações
residenciais.
Destaca-se que o Dique de Campinas não se constitui num corpo único de massa de água, pois
existem dois setores claramente separados pela Travessa Diana Santos Costa. O reservatório a
sul desagua na direção do Camarajipe e o existente ao norte, desagua na direção da bacia do
Cobre (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 115 – Dique de Campinas entre as bacias do Cobre e do Camarajipe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Este dique sofreu uma intervenção pública pela CONDER, com obras de revitalização e melhorias
para toda a área ao seu em torno. Essa obra constitui-se na implantação de uma avenida de
contorno do espelho d’água, criando, desta forma, uma barreira física para impedir a invasão e o
consequente redução do assoreamento.
Na extremidade do Dique, em direção ao sul existe um extravasor que direciona as águas para
um canal retangular que segue as residências existentes numa travessa local. Esse canal recebe
na margem direita também as contribuições do canal Adilson Leite, que se inicia na 5ª Travessa
das Hortas. O canal a partir do extravasor do Dique possui 120 metros de extensão até o
cruzamento com a Estrada Lobato/Campinas, no percurso o canal recebe as contribuições de
outro canal retangular existente na Rua Edmundo da Paixão. No cruzamento do canal na Estrada
Lobato/Campinas, a partir bueiros metálicos foram realizadas intervenções de macrodrenagem
com a implantação de um canal de concreto armado revestido. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
do trecho citado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 116 – Vista do Dique do Cabrito Figura 117 – Vista do extravasor do Dique do
Cabrito

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 118 – Vista do canal após o extravasor do Figura 119 – Vista o local de confluência do
Dique do Cabrito canal à esquerda oriundo da Rua Edmundo da
Paixão e à direita o canal principal

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.2.2. Canal de Ligação entre o Dique de Campinas e o Dique do Ladrão


O trecho após o Dique de Campinas foi área de intervenção de obras de macrodrenagem
implantadas pela CONDER. No trecho entre a Estrada Lobato/Campinas até a Rua Rodovia A foi
construído um canal aberto de concreto armado, com larguras variáveis entres 1,50 a 4,50 m e
altura de 1,50 m. Esse canal possui extensão de 647 metros, confirmada durante visitação de
campo. As coordenadas de início do canal são: 557251.16 m E e 8571946.05 m S, e as
coordenadas do final do canal são: 557081.72 m E e 8571337.41 m S. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal de ligação e a Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostra um registro da seção do canal construído.

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Figura 120 – Traçado esquemático do canal de ligação entre os diques

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 121 – Detalhe do canal de ligação na fase de construção

Fonte: CONDER, 2020

2.4.1.2.3. Dique do Ladrão


O Dique do Ladrão (Coordenadas UTM: 557027,56 m E e 8571043,02 m S), delimitado entre a
Rua Rodovia A e a 1ª Travessa da Saboaria funcionou regularmente como bacia hidráulica de
amortecimento até meados da década de 1980, quando a pressão urbana levou à ocupação de
suas margens. A ação antrópica sobre esse trecho da bacia removeu vegetação nativa e
provocou o aterramento indevido da bacia hidráulica para a construção irregular de casas,
reduzindo a área de espraiamento e acumulação das águas de chuvas, e por consequência o leito
do rio se elevou por causa do material que se sedimentou no fundo e nas margens da antiga
represa.
Na sua origem, o dique foi construído com a finalidade de funcionar como manancial de
abastecimento de água em época passada e depois na década de 80 foi considerado como
importante corpo hídrico de retenção de cheias. Hoje sua capacidade de amortecimento foi quase

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161
eliminada, devido ao assoreamento e o avanço das construções no seu espelho d’água que se
encontra tomado de vegetação irrigada por esgoto pluvial e detritos.
2.4.1.2.4. Canal Adilson Leite
O canal em seção retangular possui extensão de 597 metros e inicia na 5ª Travessa das Hortas,
atravessa a Praça Maroli Lopes e depois segue no fundo de residências, contorna um trecho do
Dique do Ladrão até se interligar ao canal derivado do extravasor do dique. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal Adilson Leite.
Figura 122 – Traçado esquemático do Canal Adilson Leite

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Esse canal foi objeto de recente intervenção da Conder, o qual foi revestido em concreto armado
num trecho de 241 metros, entre a 5ª Travessa das Hortas e a Praça Maroli Lopes. A obra
contemplou a execução de um trecho de canal retangular com base de 1,90m, altura de 1,0 e
declividade de 0,20% numa extensão de 176,53 metros, e outro trecho com base de 2,5 m, altura
de 1,20 m e declividade de 0,70% numa extensão de 129,50 m, totalizando uma extensão total de
306 m. Não foram realizadas intervenções no trecho que possui maior interferência de
residências. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho próximo da Ligação Lobato-Pirajá.

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Figura 123 – Vista do canal na Rua Adilson Leite Figura 124 – Vista de canal construído na Rua
após a Praça Maroli Lopes e que não foi objeto Adilson Leite
de intervenção

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.2.5. Canal 1 da Baixa de São Caetano (Rodovia A)


O canal de Boa Vista de São Caetano inicia seu traçado na travessa Santa Clara, transversal à
rua Rodovia A, seguindo pelos terrenos dos fundos dos imóveis situados na rua Rodovia A
cruzando as travessas Santa Maria, São Raimundo, Santiago e Nunes e as ruas Fonte dos
Frades e São Francisco alcançando a área de acumulação do Dique do Ladrão (Erro! Fonte de
referência não encontrada.). De acordo com a SEINFRA (2015), possui área de contribuição de
18,39 ha e comprimento de 202,90 metros. Sua seção é retangular com dimensões 2,0 m x 1,0 m
revestida com argamassa armada. O lançamento desse canal no Camarajipe está localizado nas
coordenadas UTM 557069.12 m E e 8571355.75 m S.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 125 – Traçado esquemático do canal 1 da Baixa de Santo Antônio

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.4.1.2.6. Canal 2 da Baixa de São Caetano (Travessa da Saboaria)


Esse canal inicia próximo de uma área de campo de futebol localizado entre as ruas Benedito
Jaqueira e Rapolde Filho de Baixo, em Boa Vista de São Caetano segue margeando a travessa
da Rodovia A. Ao encontrar a rua Yolanda segue entre a 1ª travessa da Saboaria e rua Sargento
Camargo para encontrar o canal do rio Camarajipe. Neste percurso de 836 metros drena uma
área de 88,65 ha, para tal usa uma seção retangular de 2,0 m x 1,50 m revestida em argamassa
armada e colchão VSL. O principal canal contribuinte é o canal Capelinha de São Caetano com
150 metros de comprimento o qual drena uma área de 51,76 ha, comprimento de 150 metros e
possui uma seção de 2,0 m x 1,5 m revestida com argamassa armada. O lançamento desse
canal no Camarajipe está localizado nas coordenadas UTM 557321.57 m E e 8570723.87 m S. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do Canal 2 da Baixa
de São Caetano e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho no em torno do Canal da
Travessa Saboaria.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 126 – Traçado esquemático do canal 2 da baixa de São Caetano

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 127 – Vista de montante para jusante do Figura 128 – Vista de jusante para montante do
canal da Travessa Saboaria trecho fechado do canal

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.2.7. Represa da Mata Escura


De acordo com a SEINFRA (2015), as represas de Mata Escura, Dique de Campinas/Dique do
Cabrito e Dique do Ladrão deveriam funcionar como bacias amortecedoras e redutoras de picos
de cheias, conforme previsto no Programa Vale do Camarajipe, elaborado pela RENURB/PMS em
1979-1989. Atualmente essas represas estão sendo gradativamente assoreadas e eutrofizadas
pelo avanço de construções irregulares públicas e privadas, além dos despejos clandestinos de
industriais e principalmente de esgotos domésticos.
De todas as represas mencionadas, a de Mata Escura é a que se encontra em pior situação pelo
fato de não possuir mais a sua estrutura de barramento, formada por muros verticais de alvenaria
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
165
de pedra, que foi rompido até ao nível da cota de fundo do lago. No projeto original esta represa
tinha um papel importante no controle da vazão efluente, pois o estudo da canalização do Rio
Camarajipe inicia-se a partir do canal vertedouro da referida represa.
Os impactos na drenagem ocorreram onde as ações de desmatamento e a expansão urbana
interferiram no vale e diretamente na calha do rio, nos afluentes e nas suas represas,
principalmente na cabeceira da bacia hidrográfica. Os impactos ambientais continuam a se
ampliar devido a ausência de controle e fiscalização na ocupação desordenada do solo.
A Represa da Mata Escura está localizada nas coordenadas UTM 557490.99 m E e 8569770.35
m S e a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a localização da represa
Figura 129 – Região no em torno da Represa da Mata Escura

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


2.4.1.2.8. Rio Sossego
O rio Sossego é um afluente da margem esquerda do rio Camarajipe que possui extensão de 2,3
km até a confluência com o rio Camarajipe. No trecho principal desse curso d’água se destaca a
Barragem da Mata Escura, se destacando que seu leito natural se encontra em boas condições de
conservação.
Em meados do ano de 2016 a Prefeitura Municipal contratou as obras do Canal do Sossego, no
trecho da Rua do Sossego, situado na cabeceira da bacia de mesmo nome. Esse canal possui
seção retangular aberta com largura de 2,0 m e profundidade de 1,0 m, construído em estrutura
de concreto armado, e com extensão de 753 metros.O canal está localizado numa área de
talvegue recebe as contribuições existentes na região e delimitadas na parte superior pela Rua do
Jenipapeiro e parte da Avenida Cardeal Avelar Brandão Vilela.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do rio Sossego desde a
Rua Água Viva até a confluência com o rio Camarajipe, próximo da BR-324.
Figura 130 – Traçado esquemático do rio Sossego

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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2.4.1.2.9. Canal do Bom Juá
Após a travessia do Camarajipe abaixo da BR-324 a partir de dois bueiros tubulares metálicos, o
canal segue margeando a rodovia até as proximidades da Avenida Oliveira até realizar novo
emboque abaixo da rodovia, a partir de galerias celulares de concreto. O trecho próximo da
Avenida Oliveira corresponde a um talvegue com presença de vegetação e onde se observa a
deposição de resíduos sólidos, sendo registrado inundações no local, quando não é realizada a
manutenção da calha nesse trecho.
Depois da travessia na BR-324, o canal encontra o canal do Bom Juá, nas coordenadas UTM
557390.38 m E e 8569082.65 m S. O ponto inicial do canal se localiza na rua Vila José Sales, em
São Caetano e atravessa o bairro do Bom Juá até seu ponto de lançamento no canal do rio
Camarajipe na rua Bom Juá. O canal Bom Juá possui comprimento total aproximado de 1000
metros, totalmente aberto, com seção retangular inicial de 2,0 x 2,0 m retangular e final em seção
trapezoidal de 3,0m x1,5 m. Este canal drena águas do bairro de Bom Juá e São Caetano com
uma bacia de contribuição de 79,59 ha desembocando no canal do rio Camarajipe na margem
direita. No trajeto pelo vale, esse canal sofre interferências como lançamento de resíduos sólidos,
lançamento de esgoto e construções irregulares. Esse canal possui como contribuintes:

• Canal Sussunga 1 com 180 metros tem contribuição de uma área de 17,28 ha e usa para tal uma
seção retangular descoberta de 2,0 m x 2,0 m com revestimento em argamassa armada.
• Canal Sussunga 2 com 315 metros tem contribuição de uma área de 35,37 ha e usa para tal e seção
retangular descoberta de 2,0 m x 2,0 m com revestimento em argamassa armada.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do Bom
Juá até a confluência com o rio Camarajipe, próximo da BR-324.

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Figura 131 – Traçado esquemático do canal do Bom Juá

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.4.1.2.10. Canal do Arraial do Retiro


Corresponde a um canal que contribui ao Camarajipe pela margem esquerda, estando localizado
na Rua Soares Filho. Esse canal se inicia no cruzamento da Via de Serviço com a Rua Coração
de Maria, e depois segue por 554 metros em seção parcialmente fechada pela Rua Soares Filho.
A seção retangular do canal possui dimensões aproximadas de 1,5 m de largura x 1,20 m de
profundidade. A travessia abaixo da BR-324 é realizada a partir de dois bueiros metálicos com
diâmetro de 1000 mm. O ponto de lançamento desse canal no Camarajipe está localizado nas
coordenadas UTM 557373.19 m E e 8569025.34 m S, e que atualmente se encontra assoreado.
Na área da sub-bacia desse canal também existe uma antiga área de pedreira, que foi urbanizada
e que forma um lago atualmente para fins paisagísticos, com acesso pela Travessa Via de
Serviço. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal
do Arraial do Retiro e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.

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Figura 132 -Traçado esquemático do canal do Arraial do Retiro

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 133 – Vista da Rua Soares Filho por onde Figura 134 – Vista do canal na Rua Soares Filho
passa a galeria fechada

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Figura 135 – Vista de trecho parcialmente Figura 136 – Vista da Lagoa da Pedreira na
aberto do canal Travessa Via de Serviço

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 137 – Vista do lançamento do canal do Arraial do Retiro na Rua Bom Juá

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3. SUB-BACIAS DO MÉDIO CAMARAJIPE


São descritos a seguir as estruturas existentes e a caracterização da macrodrenagem existente
nesta região. Os principais cursos d’água ou sub-bacias dessa região são a do rio Calafate ou San
Martim, canal da Baixa de Santo Antônio, canal do Pau Miúdo, rio das Tripas, canal da Bela Vista,
canal da Vila Laura e rio Campinas ou Bonocô.
2.4.1.3.1. Canal do rio Calafate ou Sant Martin
O canal San Martin é composto por uma série de canais que se unem desde o Largo do Tanque
até o Largo do Retiro. Com 1.410 metros de comprimento este canal recebe contribuições de
águas

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
171
pluviais dos bairros de IAPI, Santa Mônica, Pero Vaz, São Caetano, Curuzu e Capelinha de São
Caetano para desaguar, após atravessar a Av. Barros Reis, na margem direita do canal do rio
Camarajipe nas proximidades do Largo do Retiro.
O canal se inicia na Vila Milo com o nome de Canal do rio Negro e segue margeando as ruas Rio
Negro e Nadir de Jesus, ambas paralelas à Av. San Martin por aproximadamente 750 metros em
seção trapezoidal aberta com taludes revestidos em colchão VSL (colchão de concreto) de base
3,50m, altura h=2,0m e talude igual a 1. Essa seção finaliza entre a 1ª Travessa Elísio e a Rua
Otoniel Dutra, e a partir desse local segue com seção fechada.
Nesse trajeto recebe contribuição dos canais Baixa dos Frades e Santa Mônica além de rede de
drenagem do Rua Tanque do Meio, Rua Lidio dos Santos e Calafate que até hoje apresentam
problema grave de alagamentos nos trechos mais baixos. No caso das ruas mencionadas
anteriormente, o maior obstáculo são as redes públicas instaladas na Av San Martin que causam
interferências e dificultam a passagem da rede tubular até alcançar o canal que passa paralelo ao
eixo da via.
O trajeto final com extensão de 960 m, margeia a Av. San Martin, cruza a Av. Heitor Dias, com
uma galeria celular de 6,00 m de largura x 2,00 m de altura. A localização da confluência com o
Camarajipe ocorre nas coordenadas UTM 556938.28 m E e 8568044.82 m S. Seus principais
afluentes contribuintes são:

• Canal Baixa dos Frades com 1.064 metros de comprimento o qual drena uma área de 167,15 ha e
possui uma seção trapezoidal de 3,5 m x 2,0 m revestida com colchão VSL.
• Canal Baixa da Alegria com 556 metros de comprimento o qual drena uma área de 19,97 ha, e
possui uma seção retangular de 1,5 m x 1,5 m revestida com argamassa armada.
• Canal Santa Mônica com 766 metros de comprimento o qual drena uma área de 58,19 ha, e possui
uma seção retangular de 2,0 m x 2,0 m revestida com argamassa armada.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do rio
Calafate e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
172
Figura 138 – Traçado esquemático do rio Calafate

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 139 – Início do canal com seção aberta na Figura 140 – Canal parcialmente fechado na Via
Via Milo Milo com placas de concreto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
173
Figura 141 – Trecho do canal na Rua Nadir de Figura 142- Existência de construções nos
Jesus no bairro de Curuzu taludes do canal na Rua Nadir de Jesus

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 143 – Passarelas de moradores sobre o Figura 144 – Residência com degraus na Rua
canal na Rua Nadir de Jesus Nadir de Jesus devido às inundações

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
174
Figura 145 Revestimento do canal deteriorado, Figura 146 – Lançamento final do rio Calafate no
com presença de vegetação e esgoto rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3.2. Canal da Baixa de Santo Antônio


Nos bairros de São Gonçalo e Retiro, existe um canal fechado com seção retangular que drena a
Baixa de Santo Antônio, e que segue pela Rua Tenente Valmir Alcântara, atravessa a Av. Luís
Eduardo Magalhães passa ao lado das instalações de uma concessionária de veículos, e depois
segue abaixo da Rodovia BR 324. A estrutura abaixo da rodovia corresponde a uma Bueiro
Simples Metálico com diâmetro de 1800 mm e depois segue pela lateral da Rua Baixa de Santo
Antônio, em São Gonçalo do Retiro em seção retangular dupla fechada com seção 2,0 x 2,0 m. A
área de contribuição desse canal corresponde a 80,92 ha. A localização da confluência pela
margem esquerda com o Camarajipe ocorre nas coordenadas UTM 557025.54 m E e 8567772.79
m S. São afluentes contribuintes:

• Canal Baixa de São Gonçalo Ramo 1 com 317 metros extensão e seção retangular aberta de 2,0 m x
1,5 m revestida com argamassa. Drena uma área do bairro Cabula igual a 18,72 hectares.
• Canal Baixa de São Gonçalo Ramo 2 com 199 metros extensão e seção retangular aberta de 2,00 m
x 1,75 m revestida com argamassa. Drena uma área do bairro abula igual a 26,77 hectares.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal da Baixa
de Santo Antônio e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal da Baixa de Santo
Antônio.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
175
Figura 147 – Traçado esquemático do canal da Baixa de Santo Antônio

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 148 – Vista de canal fechado na rua Ilha Figura 149 – Caixa coletora na Rua Tenente
de Maré Valmir Alcântara interligada ao canal existente

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
176
Figura 150 – Caixa coletora na Rua Tenente Figura 151 – Vista da Rua Santo Onofre somente
Valmir Alcântara interligada ao canal existente com drenagem superficial

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 152 – Vista da galeria dupla de concreto Figura 153 – Vista do lançamento do canal no rio
com alas de alvenaria de pedra Camarajipe, na rua Martiniano Bonfim

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3.3. Canal Antônio Balbino


Localizado no bairro de IAPI, esse canal se inicial na Rua Antônio Balbino, segue pela Rua do
Canal e depois margeia a Rua Dalmiro São Pedro e Travessa Dr. Ladislau Cavalcante.
Corresponde a uma baixada que drena águas pluvial dos bairros de Pero Vaz, Pau Miúdo e IAPI,
com extensão de 940 metros de comprimento, com seção fechada com placas de concreto de 2,0
m x 1,75 m e revestido de argamassa armada. A partir da seção fechada o canal segue abaixo da
Av. Barros

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
177
Reis e sob pátio de estacionamento de empresa de ônibus até o lançamento no canal Camarajipe
pela margem direita. O ponto de lançamento deste canal está localizado nas coordenadas UTM
556815.72 m E e 8567204.25 m S. São registradas inundações no percurso desse canal e
praticamente todo o percurso segue abaixo de construções residenciais. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho do canal Antônio Balbino.
Figura 154 – Traçado esquemático do Canal Antônio Balbino

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
178
Figura 155 – Trecho do canal fechado na Rua Figura 156 – Vista do canal numa travessa
Osvaldo Gordilo, transversal a Rua Dalmiro São transversal a Rua Dalmiro São Pedro
Pedro

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3.4. Canal Rio das Tripas


O rio das Tripas é um dos principais afluentes do Rio Camarajipe. Nasce na Barroquinha, Centro
Histórico de Salvador, e segue em grande parte do seu curso em galerias subterrâneas. Recebe
contribuições da Saúde, Mouraria, Nazaré, Luís Anselmo, Queimadinho, Caixa d'Água, Macaúbas,
Baixa de Quintas e Pau Miúdo. Este é o mais importante tributário do Rio Camarajipe, devido a
área de contribuição e principalmente pela alta densidade demográfica que ela apresenta.
O Canal principal inicia na Barroquinha, percorre a Av. J. J. Seabra, passa pelo largo das Sete
Portas e chega ao largo dos Dois Leões onde encontra o canal Baixa de Quintas. Daí segue pela
Av. Heitor Dias, conhecida como Via Expressa e chega ao canal do rio Camarajipe onde deságua
na margem esquerda. O ponto final de lançamento desse canal ocorre nas coordenadas UTM
556628.06 m E e 8566230.03 m S.
A descrição do sistema conhecido se inicia no trecho entre o Largo do Aquidabã e Largo das Sete
Portas, na Avenida José Joaquim Seabra tendo foi reestruturado em seção de 2,0 x 2,0 m e 2,5 x
2,5 m quando da duplicação desse trecho da via no final da década de 1980.
Em meado do ano de 2018 a Prefeitura Municipal contratou o projeto urbanístico do Corredor
Viário Aquidabã-Dois Leões, tendo sido previstas intervenções de micro e macrodrenagem no
trecho da Rua Cônego Pereira. A macrodrenagem contemplou a construção de canais de seção
retangular, com trechos abertos e fechados, com largura de 4,0 m e profundidade de 2,20 m. No
Largo Dois

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
179
Leões o canal faz bifurcação com o canal da Baixa de Quintas e com o canal da Rodoviária Antiga
seguindo com seção BSCC (Bueiro Simples Celular de Concreto) de 4,0m x 2,2 m (base x altura)
No segmento do desemboque no Camarajipe até o acesso a Vila Laura possui extensão
aproximada de 1.170 metros e com seção fechada de BTCC (Bueiro Triplo Celular de Concreto)
de 4,0m x 2,20m (três células conjugadas). Neste segmento recebe a contribuição do Canal
Sertanejo que atravessa as duas pistas da Via Portuária através de um BSCC 2,0mx2,0m.
O trecho entre o Largo dos Dois Leões e o desemboque no Acesso Norte foi totalmente
modificado pelas obras da Via Portuária que iniciou por volta do ano 2010 a substituição do canal
aberto de seção trapezoidal por seção retangular revestida em concreto armado fechado na maior
parte e com seção estrutural de dimensões variadas.
Os canais construídos pela Via Portuária possuem capacidade hidráulica condizente com a vazão
hidrológica e se adequou à situação viária atual e a reurbanização local. Entretanto, nessa obra
deixaram de ser contemplados trecho do Canal Baixa de Quintas, Av Peixe e o Canal do rio das
Tripas no segmento que passa pela rodoviária antiga.
O principal afluente do rio das Tripas corresponde ao Canal Vale do Queimado com 1.490 metros
de comprimento o qual drena uma área de 124,71 ha e possui uma seção trapezoidal de 2,5 m x
1,5 m revestida com argamassa armada.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do traçado do canal do rio
das Tripas e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
180
Figura 157 – Traçado esquemático do canal do rio das Tripas

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 158 – Vista do canal do rio das Tripas na Figura 159 – Vista do canal do rio das Tripas na
Rua Cônego Pereira Avenida Bonocô

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
181
Figura 160 - Vista de canal na Travessa Guaíba Figura 161 – Vista do canteiro na Rua Vale do
que contribui para o Riacho Queimadinho Queimadinho onde existe canal fechado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3.5. Canal Luís Anselmo (Vila Laura)


Esse canal drena águas pluviais de uma bacia de contribuição de 65,51 ha dos bairros de Luís
Anselmo e Vila Laura e do conjunto habitacional Laura Catarino com comprimento aproximado de
1.460 metros.
Inicia no cruzamento entre a Travessa Portugal e 1ª Travessa São Luís na Vila Laura, segue pela
Avenida Churupita, e depois continua o percurso pelo talvegue no fundo de residências até chegar
na rua Luís Negreiro. Segue margeado a rua Luís Negreiro até o cruzamento com a rua Lívia
Gifone, onde realiza a travessia por tubulação fechada. Ao encontrar a via marginal da Av. Mário
Leal Ferreira, o canal segue aberto na direção do rio Camuragipe atravessando a pista do Acesso
Norte. O lançamento ocorre na margem esquerda da Camarajipe nas coordenadas UTM
556655.99 m E e 8565948.94 m S. No trecho desse canal são registrados problemas de
inundações, principalmente na Avenida Churupita. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra o traçado esquemático do canal Luís Anselmo e as Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
do trecho do canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
182
Figura 162 – Traçado esquemático do canal Luís Anselmo

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
183
Figura 163 – Canal Luís Anselmo na Travessa Figura 164 – Vista da seção fechada do canal
Santa Maria Luís Anselmo na Travessa Santa Maria

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 165 – Degraus na entrada das residências Figura 166 – Caixa coletora entre a Travessa
devido às inundações na Rua Baixão Baixão e a Rua Baixão que direciona para o
canal

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 167 – Vista do canal na Rua Luís Negreiro Figura 168 – Vista do canal no Acesso Mário Leal
Ferreira

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
184
2.4.1.3.6. Canal Bela Vista
O canal Bela Vista drena parte do bairro de Pernambués, Loteamento Jardim Brasília e o próprio
empreendimento do Bela Vista formado por um conjunto de edifícios residenciais e o Shopping
Bela Vista. O canal inicia na baixada de uma antiga pedreira atravessa diversas vias internas ao
empreendimento e o aterro da Rodovia BR -324 até alcançar o canal do rio Camarajipe no Acesso
Norte. O traçado do canal segue a declividade natural da drenagem e é formado por seções de
concreto de 1,5 x1,5 m, 2,0 x1,5 m e a travessia do aterro da Rodovia BR 324 foi efetuada por
processo não destrutivo em BSM Ø 1,80m. Não são registrados problemas de inundações
decorrentes desse canal. O lançamento final desse canal no rio Camarajipe ocorre na margem
esquerda nas coordenadas UTM 556724.39 m E e 8565878.58 m S. A Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal de Bela Vista e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho do canal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
185
Figura 169 – Traçado esquemático do canal Bela Vista

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Figura 170 – Vista de jusante para montante da Figura 171 – Vista da Alameda Horto Bela Vista
baixada ao lado do Shopping Bela Vista no local de travessia do bueiro

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
186
Figura 172 – Vista do lançamento do bueiro no canal do Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.3.7. Canal do rio Campinas ou Bonocô


O canal rio Bonocô inicia próximo do cruzamento da Avenida Vale do Ogunjá com a Avenida
Mário Leal Ferreira, conhecida por Avenida Bonocô, e segue pelo canteiro central desta avenida
até o lançamento final. Chegando na alça de acesso à Av. Antônio Carlos Magalhães o canal
atravessa a pista e corre paralelo à ligação entre a Avenida Bonocô e a Avenida ACM, realizando
a travessia na ACM e desemboque no rio Camarajipe. O lançamento final desse canal no
Camarajipe ocorre pela margem direita nas coordenadas UTM 556977.59 m E e 8565344.04 m S.
Durante seu trajeto recebe águas pluviais de uma área de 343,61 ha provenientes da região de
Cosme de Farias pelo lado esquerdo e de Daniel Lisboa, Conjunto Horácio Costa, Condomínio
Vales da Flores, Brotas e Jardim Caiçara. Do início até a foz o canal possui distintas seções
sendo: do início até Jardim Caiçara, com aproximadamente 1.860 metros é em alvenaria de
argamassa armada coberta e dimensões de 3,50 m x 2,80 m. No percurso de 438 metros
margeando a alça de acesso até as proximidades do Corpo de Bombeiros o revestimento é do
tipo argamassa armada sem cobertura. No trecho final de 73 metros atravessa as pistas da Av.
Antônio Carlos Magalhães e suas marginais em concreto coberto. A principal interferência desse
canal são adutoras da Embasa no trecho final do canal além da linha do metrô que também segue
pelo canteiro central da Avenida Bonocô; não foram identificados poços de inspeção desse canal.
O principal contribuinte desse canal é o canal da Baixa do Matatu com seção trapezoidal de
concreto atualmente deteriorada e com extensão de 1.253 metros. Esse canal se situa numa área
bastante adensada com ocupações no em torno, com interferências de construções e com
registros de alagamento.
Outro contribuinte importante é o canal natural da baixada de Vila Laura, que emboca no canal
Campinas a partir de uma galeria celular nas proximidades da 1ª Travessa Miguel Gustavo. A
área a montante é uma baixada não ocupada com presença de vegetação de grande porte,
contudo, no trecho final se observa a presença de resíduos sólidos de construção civil e
vegetação alta. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
187
rio Bonocô ou Campinas e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos na região da bacia.
Figura 173 – Traçado esquemático do rio Bonocô ou Campinas

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Figura 174 – Vista do canal do rio Campinas em Figura 175 – Emboque do talvegue do grotão de
seção aberta na Avenida Bonocô, antes do Daniel Lisboa no canal do rio Campinas
emboque no rio Camarajipe (555823.02 m E e 8564450.32 m S)

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
188
Figura 176 – Canal da Baixa do Matatu na Rua Figura 177 – Canal da Baixa do Matatu com
Edson Saldanha com seção trapezoidal interferências de obras

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 178 – Canal da Baixa do Matatu com Figura 179 – Canal da Baixa do Matatu com
taludes danificados por obras de particulares vegetação necessitando de limpeza e dragagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.4. SUB-BACIAS DO BAIXO CAMARAJIPE


São descritas a seguir as estruturas existentes e a caracterização da macrodrenagem existente
nesta região. Os principais cursos d’água ou sub-bacias dessa região são a dos canais da
Saramandaia, da Rua Beira Rio, da Rua do Grilo, rio Pernambués e do Caminho das Árvores, na
Rua Miguel Navarro y Cañizares.
2.4.1.4.1. Canal Saramandaia/DETRAN
Este canal, com extensão aproximada de 454 m, drena terrenos situados ao fundo do DETRAN,
no bairro de Pernambués, e terrenos na encosta do Jardim Brasília com área de bacia de
contribuição hidráulica de 32,32 ha. O início do canal ocorre nas proximidades de um campo de
futebol, possui seção escava naturalmente e sendo observada intervenções realizadas pelos
moradores. O canal segue margeando a rua Santo Antônio de Pádua, em Pernambués, por 263
metros até a rua Santa Barbara de Saramandaia. Nesse trecho possui seção retangular de 2,0 m
x 1,5 m revestida em argamassa armada sem cobertura. Depois segue pela rua Santa Bárbara de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
189
Saramandaia por seção retangular coberta, revestida em argamassa armada com 131 metros até
encontrar com a rua Chorrochó, próximo ao pilar da passarela.
A partir da rua Chorrochó, com extensão de 60 metros, atravessa a Av. Antônio Carlos Magalhães
(Acesso Norte) desembocando na margem esquerda do canal do rio Camarajipe, a partir de dois
bueiros tubulares com diâmetro de 1.000 mm. Esse bueiro metálico possui sua meia seção inferior
revestida internamente em concreto. O ponto de lançamento final desse canal está situado nas
coordenadas UTM 557330.39 m E e 8565243.86 m S. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o traçado esquemático do canal da Saramandaia e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho do canal.
Figura 180 – Traçado esquemático do canal da Saramandaia

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 181 – Canal fechado na Travessa 11 de Figura 182 – Trecho do canal na Primeira
Maio Travessa Santo Antônio de Pádua

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 183 – Canal aberto em torno do campo de Figura 184 – Campo de futebol na Saramandaia
futebol da Primeira Travessa Santo Antônio de na Primeira Travessa Santo Antônio de Pádua
Pádua

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 185 – Vista da Rua Santo Antônio de Figura 186 – Vista do lançamento do canal
Pádua por onde segue o canal Saramandaia no rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.4.2. Canal Comerciários


Esse canal se inicia no cruzamento da Rua da Polêmica e da Rua Dr. Mário Campos e possui
extensão aproximada de 364 m. A área de drenagem engloba áreas do Conjunto dos
Comerciários, Cemitério Jardim da Saudade e os terrenos marginais da Avenida Santiago de
Compostela. Sua área de bacia de contribuição hidráulica de 53,59 ha. A seção do canal é seção
sem revestimento do início até chegar à Avenida Santiago de Compostela, onde a partir desse
ponto até o final possui seção retangular coberta de 2,0 m x 1,5 m revestida em argamassa
armada.
Após seguir pela Avenida Santiago de Compostela o canal atravessa a Av. Antonio Carlos
Magalhães e desemboca no canal do rio Camarajipe em frente ao supermercado G Barbosa. O
canal possui duas declividades, do início ao supermercado G Barbosa é de 0,6 % e deste ponto
até seu desemboque a declividade é de 1,0 % numa extensão de 146 m O ponto de lançamento
final desse canal está localizado nas coordenadas UTM 557491.19 m E e 8565156.02 m S. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal dos
Comerciários e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho da Avenida Santiago de
Compostela.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
192
Figura 187 – Traçado esquemático do canal dos Comerciários

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 188 – Vista da Avenida Santiago de Figura 189 – Caixas coletoras ao longo da
Compostela com galeria fechada Avenida Santiago de Compostela

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.4.1.4.3. Canal Saramandaia/Rodoviária – Rua Beira Rio
Este canal, com extensão aproximada de 929 m, drena terrenos situados ao fundo da Estação
Rodoviária de Salvador, compreendendo parte do Bairro de Pernambués (Saramandaia) com área
de bacia de contribuição hidráulica de 50,40 ha. Possui seção de 2,0 m x 1,5 m revestida em
colchão VSL.
O canal inicia nas proximidades da rua Beira Rio, segue pela 1ª Tv. Mario Kertez e pela Tv.
Jaqueira de Saramandaia e chega ao muro do terreno da Rodoviária. Em seu trecho final ele
passa, em galeria tubular construída por processo não destrutivo, sob terrenos da Rodoviária e via
esquerda da Av. Antonio Carlos Magalhães até chegar ao canal do rio Camarajipe.
As principais interferências identificadas nesse canal são as construções existentes em todo o
percurso deste que segue abaixo de residências na Rua Eliana Kertez e na 4ª Travessa do Tubo,
além da construção da Estação Rodoviária, o que impede a acessibilidade para serviços de
manutenção; assim como problemas de acesso limitados devido a criminalidade na área. O ponto
de lançamento final desse canal está localizado nas coordenadas UTM 558059.71 m E e
8565091.65 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático
do canal da Saramandaia e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos da região visitada.
Figura 190 – Traçado esquemático do canal da Saramandaia

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 191 – Vista da baixada da Rua do Tubo Figura 192 – Vista do acesso ao canal fechado na
onde passa a galeria 4ª Travessa do Tubo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.4.4. Canal da Rua do Grilo/Rodoviária


Esse canal se inicia na Rua André Luis, segue pela Rua Nova das Flores, atravessa de forma
perpendicular a Rua do Grilo e depois segue entre residências, até a Rua Nova do Rio. A partir da
rua citada o canal atravessa a Avenida Tancredo Neves, próximo do Viaduto dos Rodoviários,
alcançando o canteiro central onde segue com alguns trechos abertos até o lançamento no canal
do Camarajipe. O canal possui seção retangular e coberto com placas de concreto, com largura
de 1,5 m x 1,5 m e extensão aproximada de 1.000 m. No trecho do canal são registrados
problemas de inundações, o que pode ser constatado em campo a partir dos degraus existentes
nas residências. As coordenadas do local de lançamento desse canal a partir bueiro tubular em
UTM são 558561.49 m E e 8565246.55 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra o traçado esquemático do canal até o lançamento no rio Camarajipe e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho do canal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
195
Figura 193 – Traçado esquemático do canal da Rua do Grilo/Rodoviária

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Figura 194 – Vista do canal fechado transversal Figura 195 – Vista de jusante para montante do
a Avenida Pinto, em Pernambués canal em viela transversal a Rua Grilo

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
196
Figura 196 – Vista interna do canal na Rua Grilo Figura 197 – Vista do canal coberto por placas na
Rua Nova das Flores

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.1.4.5. Canal Pernambués


Este canal inicia a partir da baixada da Rua Máximo Macambyra (Pernambués) permanecendo
sem revestimento até chegar nas proximidades da Av. Luís Eduardo Magalhães. Segue com
seção aberta margeando a Rua 2 de Julho, em seção trapezoidal revestida em colchão VSL, até o
acesso para a Avenida Luís Viana (Avenida Paralela). A extensão desse canal é de 2.600 m e
área de contribuição de 259,60 ha.
Ao atravessar a Av. Paralela com galeria dupla com diâmetro de 1000 mm, alcança o canteiro
atrás do Shopping Salvador, onde o canal segue em seção trapezoidal fechada revestido em
colchão VSL e onde existe uma estação elevatória de esgoto, do tipo captação em tempo seco.
Depois do local da captação, o canal segue em galerias retangulares duplas abaixo do Shopping
Salvador e com dimensões estimadas 2,5 m x 2,5 m (base x altura). Antes do emboque na
Avenida Paralela esse canal recebe a contribuição de uma galeria retangular fechada com placas
de concreto e com extensão de 600 metros, que segue pela Rua São Paulo, desde a Travessa
Guilherme Pedrosa. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático
do rio Pernambués e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
197
Figura 198 – Traçado esquemático do rio Pernambués

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Figura 199 – Vista do canal retangular na Rua 2 Figura 200 – Vista do canal trapezoidal na Rua 2
de Julho de Julho

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
198
Figura 201 – Vista do canal na Rua Nova do Valê Figura 202 – Vista de construção sobre o canal
na Rua Nova do Valê

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 203 – Degraus existentes nas entradas Figura 204 – Canal afluente ao canal do rio
das residências da Rua Nova do Valê Pernambués na Rua São Paulo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
199
Figura 205 – Local de confluência do canal da Figura 206 – Caixas coletoras na Rua São Paulo
Rua São Paulo com o canal de Pernambués

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 207 – Vista do canal Pernambués após a Figura 208 – Vista da captação de tempo seco da
travessia na Avenida Paralela Embasa no rio Pernambués

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 209 – Vista da estação elevatória de Figura 210 – Vista das galerias de travessia do
esgoto da Embasa no canteiro próximo da rio Pernambués abaixo do Salvador Shopping
Avenida Paralela até o rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
200
2.4.1.4.6. Canal Canizares/Navarro
Com comprimento aproximado de 1.500 m corta terrenos de com topografia quase plana e possui
pouca declividade. Sua bacia de contribuição possui área de 146,93 hectares (146,93 ha)
O canal inicia no encontro da rua Timbó com a rua Várzea de Santo Antônio, no bairro Caminho
das Árvores. Segue margeando a rua Jaracutiá e cruza a Alameda dos Flanboyants e segue pela
rua Miguel Navarro Canizares cruza a av. Prof Magalhães Neto e desemboca no canal do rio
Camarajipe na sua margem direita nas imediações dos terrenos do Colégio Estadual Thales de
Azevedo. O local de lançamento final desse canal está posicionado na coordenadas UTM
559575.27 m E e 8563206.62 m S.O desemboque desse canal sofre influência do nível da maré
máxima dentro da calha do rio Camarajipe, portanto, nas ocasiões desses eventos sofre efeitos de
remanso.
No primeiro trecho a seção é retangular, com dimensões aproximadas de 2,0m x 1,5m, revestido
em concreto estrutural coberto com placas de concreto, essa cobertura encontra-se danificada em
vários locais com extensão aproximada de 570 m. No segundo trecho com extensão de 122
metros a seção é mista, com parte inferior em seção retangular dimensões aproximadas de 2,0 m
x 1,5 m revestido em concreto e parte superior de seção trapezoidal com revestimento em
alvenaria de pedra com dimensões aproximadas de base menor igual a 2,0 m e altura de 2,0 m.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
201
O trecho 3 com extensão de 515 m percorre, sem cobertura, o canteiro central da rua Miguel
Navarro Canizares. Inicia com seção retangular revestida em concreto, após cruzar a rua Alm.
Carlos Paraguassu de Sá prossegue em seção retangular revestida em alvenaria de pedra.
Apresenta sinais de eutrofização em todo seu percurso com maior intensificação em seu final. O
trecho 4 com extensão de 293 m tem seção retangular fechada, que segue margeando área do
clube do DERBA pela rua Miguel Navarro Canizares, atravessa a Av. Prof. Magalhães Neto até
seu desemboque no canal do Camarajipe.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do canal CAnizares/Navarro
e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.
Figura 211 – Traçado esquemático do canal Canizares/Navarro

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
202
Figura 212 – Vista do canal fechado na Rua do Figura 213 – Canal na Rua Aristides Fraga Lima
Jaracatiá

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 214 – Canal na Rua Aristides Fraga Lima Figura 215 – Canal na Rua Miguel Canizares

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 216 – Vista da galeria de emboque no Figura 217 – Lançamento do canal no rio
canal do Camarajipe na rua Miguel Canizares Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
203
2.4.1.5. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS
Conforme descritas anteriormente as estruturas que foram concebidas na década de 80 para a
bacia com o objetivo de amortecimento de cheias foram o Dique de Campinas, conhecido também
como Dique do Cabrito e a Represa da Mata Escura. Além destes três reservatórios, a bacia
possui ainda a Barragem do Prata, construída num dos afluentes da margem esquerda que
também cumpriu papel de acumulação de água para abastecimento. Da mesma forma, seu
reservatório potencializa o uso para fins de amortecimento sendo necessário adequar seus
equipamentos de controle a esta função, caso isso seja necessário.

2.4.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os sistemas de microdrenagem identificados na bacia do Camarajipe podem ser categorizados
nos seguintes tipos:

• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: As galerias desses sistemas geralmente direcionam as


águas pluviais para as galerias principais localizadas nos principais talvegues da bacia, onde existem
as avenidas de vale e onde em sua maioria existem os canais de macrodrenagem, que contribuem
diretamente para o rio Camarajipe. Esse tipo de sistema é existente como nos bairros de Costa
Azul, STIEP, Caminho das Árvores, Brotas, Vila Laura e outros.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: tipo de sistema é existente na bacia do rio Pernambués,
na bacia do rio Campinas/Bonocô nos bairros de Cosme de Farias, Luís Anselmo, Vila Laura, Baixa
de Quintas, Pau Miúdo, Fazenda Grande do Retiro, Bom Juá, São Caetano, Arraial do Retiro e São
Gonçalo, no geral nos bairros do Alto e do Médio Camarajipe
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente na região do
Alto e do Médio Camarajipe.

Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências. Devido a inexistência de
sistema cadastral das redes de microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada
destes.
As galerias de microdrenagem são em sua maioria canaletas com placas de concreto
posicionadas ao longo das calçadas, que encontram diversas interferências como postes, ramais
de água e ligações de esgoto, e que direcionam as águas para os canais.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos dos tipos de estruturas de microdrenagem existentes em
toda a área da bacia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
204
Figura 218 – Sistema de grelhas transversais Figura 219 – Modelo de caixas coletoras na
para captação no final de ruas íngremes Avenida Bonocô com lançamento no canal do rio
Campinas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 220 – Sistemas de escadarias drenantes Figura 221 – Caixas coletoras danificadas na Rua
com caixa coletora na região da bacia do rio Dr. Aristildes de Oliveira no bairro de Santa
Campinas Mônica

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
205
Figura 222 – Caixas coletoras com grelhas na Figura 223 – Sistema de grelhas coletoras nas
Avenida San Martim ruas transversais à Avenida San Martim

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 224 – Caixas coletoras na Avenida Figura 225 – Caixas coletoras entupidas na Rua
Joaquim Seabra 24 de Junho

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 226 – Caixa coletora na rua Ladislau Figura 227 – Grelha coletora na Rua Baixão
Cavalcante

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
206
Figura 228 – Sistema de grelhas na Travessa Figura 229 – Caixa coletora destruída na
Muniz Freire Rotatória da Rua Baixa de Santo Antônio

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 230 – Caixa coletora em ponto baixo da Figura 231 – Caixa coletora na Rua Timbó
Rua Santa Maria com histórico de inundações posicionada afastada do meio-fio

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 6 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Camarajipe
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Saramandaia, Pernambués, São Gonçalo, Mata Escura, Jardim Santo Inácio, Calabetão, Lobato,
Campinas de Pirajá, Boa Vista de São Caetano, São Caetano, Fazenda Grande do Retiro, Bom
Juá, Curuzu, Santa Mônica, IAPI, Cidade Nova, Caixa d’Água, Matatu, Luis Anselmo e Cosme de
Farias (a maior concentração dos bairros é na região do Alto e Médio Camarajipe)
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequação estrutural do canal Adilson Leite no trecho com interferências de residências, próximo
do Dique do Cabrito;
▪ Necessidade de recuperação do revestimento do canal 2 da Baixa de São Caetano, na Travessa
Saboaria;
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
207
▪ Recuperação e readequação de passarelas de moradores sobre os canais com seção aberta, que
atualmente se encontram em situação precária, sendo necessário ser previsto para todos os canais
da bacia;
▪ Remoção de residências irregulares construídas em área aterrada irregularmente na seção do canal
Camarajipe na rua do Bom Juá;
▪ Readequação da calha do rio Camarajipe na Rua Nilton Moura costa devido aos registros de
inundações ocorrentes;
▪ Recuperação da galeria de macrodrenagem da Rua Estados Unidos, no bairro do Calabetão;
▪ Readequação da macrodrenagem na região da Lagoa da BR-324 próximo da Rua Getúlio Vargas
devido aos alagamentos ocorrentes no local;
▪ Necessidade de implantação de macrodrenagem no riacho do Sossego devido a ocupação densa
no em torno do canal e dos registros de inundações frequentes;
▪ Readequação da microdrenagem na Rua Nova da Pampulha, no bairro da Mata Escura, devido a
problemas de alagamentos;
▪ Implantação de microdrenagem na Rua Santa Mônica e recuperação da macrodrenagem da Rua
Tenente Valmir Alcântara, no bairro de São Gonçalo;
▪ Recuperação do revestimento do canal Permanbués no trecho próximo da Rua 22 de Janeiro;
▪ Readequação da macrodrenagem no trecho inicial do rio Pernambués, entre os bairros de
Permanbués e Resgate, devido ao processo de ocupação no em torno do canal;
▪ Necessidade de recuperação das placas de concreto utilizadas no recobrimento do canal
Canizares/Navarro, no trecho da Rua do Jaracatiá;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento dos trechos fechados de canais para limpeza e
manutenção, assim como para a identificação de lançamentos irregulares de esgoto, como no canal
da Rua Nova das Flores e no canal da Travessa Mário Kertez, no bairro de Pernambués; devido a
presença de esgoto as estruturas de concreto podem estar em processo de deterioração;
▪ Necessidade de adequação da macrodrenagem no trecho inicial do canal da
Saramandaia/DETRAN no trecho da 1ª Travessa Santo Antônio de Pádua;
▪ Necessidade de adequação da macrodrenagem no trecho inicial do canal da
Saramandaia/Rodoviária na Rua Beira Rio;
▪ Recuperação do revestimento do canal da Baixa do Matatu, na rua Edson Saldanha;
▪ Readequação da macrodrenagem do canal Luís Anselmo devido as inundações registradas no
local, na Avenida Churupita e na Travessa Santa Maria, juntamente com a recuperação da
microdrenagem da Travessa Baixão e rua Baixão, com registros de alagamentos;
▪ Recuperação do canal Antônio Balbino com estrutura precária e incapacidade hidráulica, com
registros de inundações no local (Rua Antônio Balbino);
▪ Recuperação do canal Calafate no trecho compreendido entre a Via Milo e a Rua Nadir de Jesus;
▪ Readequação da macrodrenagem do canal Bom Juá com a recuperação de placas de concreto e
implantação de caixas coletoras interligadas com o canal;
▪ Implantação de proteções laterais do tipo guarda-corpo para evitar acidentes de queda na parte
interna dos canais;
▪ Substituição dos sistemas de grelhas transversais para captação de águas pluviais em ruas
íngremes, por modelos construtivos padronizados e com resistência à carga da circulação de
veículos;
▪ Readequação do sistema de drenagem das escadarias drenantes existentes;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Remanejamento de interceptores de esgoto que reduzem as seções hidráulicas dos canais
afetando o escoamento, favorecem o acúmulo de resíduos sólidos e o efeito de remanso à
montante;
▪ Remanejamento de residências em áreas de servidão que são essenciais para a execução dos
serviços de manutenção da macrodrenagem.

DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Delimitação da faixa de servidão em todo o percurso do rio Camarajipe e dos canais afluentes,
devendo ser estabelecidas as faixas não edificáveis;
▪ Delimitação da área de proteção da bacia de drenagem da barragem de Mata Escura que funciona
como área de retenção natural e amortecimento das águas pluviais;
▪ Inexistência de procedimentos técnicos para a execução de ações de manutenção em canais e
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
208
galerias com seções fechadas;
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações no em torno dos rios, associando
a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações, com monitoramento dos níveis dos rios
e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto
principalmente no canal do rio Camarajipe, principalmente na região alta e média da bacia, do
lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de servidão e
áreas de proteção ambiental do rio;
▪ Ausência de incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a
partir de reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.4.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.4.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
A partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram
correspondem a todos os trechos de canais principalmente da região do Alto e Médio Camarajipe,
onde são observadas em sua maioria ligações domiciliares diretas, como no:

• Canal Adilson Leite,


• Canais da Baixa de São Caetano,
• Canal da Rua Bom Juá
• Canal do Arraial do Retiro;
• Canal do rio Calafate, no trecho inicial na avenida San Martim;
• Canal Antônio Balbino;
• Canal do rio das Tripas;
• Canal Luís Anselmo, dentre outros.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
209
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns exemplos de locais com interferência do esgotamento sanitário
nos sistemas de drenagem.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
210
Figura 232 – Lançamentos de esgoto no canal da Figura 233 – Presença de esgoto no canal
Baixa do Matatu fechado do rio Campinas na Avenida Bonocô

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 234 – Lançamento de esgotos no canal do Figura 235 – Lançamento de esgoto no canal do
rio Calafate/San Martim rio Calafate San Martim, no bairro do Curuzu

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 236 – Ligações de esgoto no canal da Figura 237 – Lançamentos de esgoto no canal do
Travessa Saboaria Bom Juá na Vila Israel

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


O rio Camarajipe é utilizado como corpo d’água receptor e no transporte de esgotos sanitários de
grande parcela das habitações populares situadas na área de abrangência de sua bacia
hidrográfica. Atualmente existe uma unidade de Captação em Tempo Seco da Embasa
(barramento do rio), localizada na Av. Antônio Carlos Magalhães, na região do Shopping da

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
211
Bahia, onde é realizado o desvio do seu curso no período de estiagem – vazão de tempo seco –
para o interceptor do Baixo Camarajipe. As águas são conduzidas para a Estação de
Condicionamento Prévio (ECP), no Rio Vermelho, do Sistema de Esgotamento Sanitário de
Salvador.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Camarajipe
foram identificadas cerca de 12 captações de tempo seco novas e ativas no rio principal e
afluentes, sendo a maioria localizada na região do baixo Camarajipe (bairro de Pernambués);
destaca-se também a maior captação, conhecida como Resersão Iguatemi, próximo do Shopping
da Bahia.

2.4.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.4.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 483 pontos críticos
em 61 bairros: Alto do Cabrito, Alto do Peru, Arraial do Retiro, Barbalho, Barreiras, Barroquinha,
Bela Vista do Lobato, Boa Vista de São Caetano, Boa Vista do Lobato, Bom Juá, Brotas, Cabula,
Caixa d’Água, Calabetão, Caminho das Árvores, Campinas de Brotas, Campinas de Pirajá,
Canabrava, Capelinha de São Caetano, Cidade Nova, Cosme de Farias, Costa Azul, Curuzu,
Daniel Lisboa, Fazenda Grande do Retiro, Fazenda Grande II, Guarani, IAPI, Jardim Nova
Esperança, Jardim Santo Inácio, Lapinha, Liberdade, Lobato, Luís Anselmo, Macaúbas, Marechal
Rondon, Mata Escura, Matatú, Matatú de Brotas, Nazaré, Paripe, Pau Miúdo, Pernambués, Pero
Vaz, Pirajá, Pituba, Plataforma, Retiro, Santa Mônica, Santo Agostinho, Santo Antônio, Santo
Inácio, São Caetano, São Caetano - Ar3, São Gonçalo do Retiro, Saramandaia, Sete Portas,
Stiep, Tancredo Neves e Vila Laura, sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foram
nos bairros de Campinas de Pirajá, Fazenda Grande do Retiro e Mata Escura (Erro! Fonte de
referência não encontrada.).

Figura 238 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio
Camarajipe

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
212
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não
encontrada.Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a espacialização dos pontos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
213
Tabela 5 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Camarajipe

ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude


1 CODESAL (2020) RUA CORONEL FABRICIANO CONCEIÇÃO ALTO DO CABRITO 556843,1 8572140
2 CODESAL (2020) AVENIDA GENERAL SAN MARTIN ALTO DO PERU 555666 8569388
3 CODESAL (2020) AVENIDA OLIVEIRA ARRAIAL DO RETIRO 557824,6 8569373
4 CODESAL (2020) RUA FONTE DA BICA ARRAIAL DO RETIRO 557813,9 8569439
5 CODESAL (2020) RUA ITAPARICA ARRAIAL DO RETIRO 557790,9 8568831
6 CODESAL (2020) RUA MAJOR VITORINO PALMA BARREIRAS 558474,5 8568929
7 CODESAL (2020) AVENIDA BALTAZAR BARROQUINHA 552903,2 8565401
8 CODESAL (2020) RUA MARCIANO PORCINO BELA VISTA DO LOBATO 556723,3 8571908
9 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA SABOARIA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557317,4 8570679
10 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA YOLANDA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556970,3 8570669
11 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA RODOVIA A BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556808,5 8571100
12 CODESAL (2020) RUA AMAZONAS BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556342 8571112
13 CODESAL (2020) RUA ÁPIO PATROCÍNIO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557046,4 8570768
14 CODESAL (2020) RUA DA CONSCIÊNCIA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556938,7 8571144
15 CODESAL (2020) RUA DA SABOARIA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557014,1 8570890
16 CODESAL (2020) RUA JOANITA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556591,6 8571156
17 CODESAL (2020) RUA JOSÉ BONIFÁCIO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556927,8 8571100
18 CODESAL (2020) RUA JOSÉ BONIFÁCIO DA BOA VISTA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556992,9 8571089
19 CODESAL (2020) RUA JOSÉ TIBÉRIO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556492,7 8570504
20 CODESAL (2020) RUA RAPOLD FILHO DE BAIXO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556428,3 8570880
21 CODESAL (2020) RUA RODOVIA A BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557198,9 8571066
22 CODESAL (2020) RUA SARGENTO CAMARGO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557274,1 8570679
23 CODESAL (2020) RUA UNIÃO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556938,4 8570989
24 CODESAL (2020) TRAVESSA RODOVIA A BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556982,2 8571166
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
214
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
25 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTA RITA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556624,6 8571377
26 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO BRAZ BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557221,9 8571674
27 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOÃO DE CIMA BOA VISTA DE SÃO CAETANO 556938,5 8571011
28 CODESAL (2020) VILA MANOEL RIBEIRO BOA VISTA DE SÃO CAETANO 557187,6 8570823
29 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PAULO GEOVANE BOA VISTA DO LOBATO 556636,5 8571908
30 CODESAL (2020) 2ª AVENIDA BAHIA BOM JUA 556815,9 8569452
31 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DO CANAL BOM JUA 557379,6 8569252
32 CODESAL (2020) AVENIDA LOPES BONFIM BOM JUA 557041,5 8568357
33 CODESAL (2020) RUA 11 DE FEVEREIRO BOM JUA 556913,6 8569474
34 CODESAL (2020) RUA DO BOM JUÁ BOM JUA 557379,2 8569086
35 CODESAL (2020) RUA DO OCIDENTE BOM JUA 556914,3 8569795
36 CODESAL (2020) RUA JAQUEIRA DO CARNEIRO BOM JUA 557085,3 8568556
37 CODESAL (2020) TRAVESSA 11 DE FEVEREIRO BOM JUA 556967,8 8569463
38 CODESAL (2020) VILA ISRAEL BOM JUA 557303,7 8569274
39 CODESAL (2020) RUA ARISTON BERTINO DE CARVALHO BROTAS 555948,9 8564422
40 CODESAL (2020) RUA COMENDADOR PEREIRA DA SILVA BROTAS 555633,8 8564135
41 CODESAL (2020) RUA MARINA MATURINO BROTAS 556242,4 8564798
42 CODESAL (2020) RUA JOSETE BISPO CABULA 558288,6 8568244
43 CODESAL (2020) RUA PASTORIL CABULA 557029,5 8567804
44 CODESAL (2020) RUA SILVEIRA MARTINS CABULA 557624,5 8567073
45 CODESAL (2020) RUA UBARANAS CABULA 557810,3 8567725
46 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA DARCY VARGAS CAIXA D’ÁGUA 554426,2 8567732
47 CODESAL (2020) RUA SALDANHA MARINHO CAIXA D’ÁGUA 555282,3 8567376
48 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DOM AVELAR CALABETAO 557631,9 8570612
49 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SENHOR DO BONFIM CALABETAO 557696,9 8570590
50 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DOM AVELAR CALABETAO 557696,9 8570567

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
215
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
51 CODESAL (2020) LADEIRA DO ASTRO CALABETAO 557598,8 8570335
52 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA EMBASA CALABETAO 558076,1 8570334
53 CODESAL (2020) RUA ESTADOS UNIDOS CALABETAO 557729,4 8570567
54 CODESAL (2020) RUA JOÃO PESSOA CALABETAO 557664,5 8570645
55 CODESAL (2020) RUA SENHOR DO BONFIM CALABETAO 557707,8 8570612
56 CODESAL (2020) TRAVESSA AMAZONAS CALABETAO 557989,4 8570368
57 CODESAL (2020) TRAVESSA BONFIM CALABETAO 557697 8570612
58 CODESAL (2020) TRAVESSA SENHOR DO BONFIM CALABETAO 557686,1 8570590
TRAVESSA SENHOR DO BONFIM DO
59 CODESAL (2020) CALABETAO 557718,7 8570612
CALABETÃO
60 CODESAL (2020) RUA CAMPINAS DE BROTAS CAMPINAS DE BROTAS 556589 8564576
61 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA 20 DE AGOSTO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557233,2 8571896
62 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 13 DE MAIO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557156,9 8571741
63 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 20 DE AGOSTO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557167,8 8571741
64 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA 13 DE MAIO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557178,6 8571741
65 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA BOM PASTOR CAMPINAS DE PIRAJÁ 557145,6 8571531
66 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA GERALDO ROCHA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557254,8 8571873
67 CODESAL (2020) RUA 13 DE MAIO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557254,6 8571774
68 CODESAL (2020) RUA 20 DE AGOSTO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557102,3 8571553
69 CODESAL (2020) RUA BEIRA-DIQUE CAMPINAS DE PIRAJÁ 557134,2 8571243
70 CODESAL (2020) RUA EDMUNDO DA PAIXÃO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557320,1 8571973
71 CODESAL (2020) RUA ELIANA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557178,2 8571542
72 CODESAL (2020) RUA GERALDO ROCHA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557298,3 8571895
73 CODESAL (2020) RUA HILDEMÁRIO VIRGEM CAMPINAS DE PIRAJÁ 557178,5 8571674
74 CODESAL (2020) RUA MONTE SINAI CAMPINAS DE PIRAJÁ 557210,2 8571254
75 CODESAL (2020) RUA PARQUE TECAL CAMPINAS DE PIRAJÁ 557297,5 8571542

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
216
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
76 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR ALEX ATTA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557189,7 8571840
77 CODESAL (2020) RUA RÉGIS PACHECO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557068,8 8571100
78 CODESAL (2020) RUA SANTO AMARO CAMPINAS DE PIRAJÁ 556916,9 8571078
79 CODESAL (2020) RUA SÃO JOÃO BATISTA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557298,4 8571973
80 CODESAL (2020) TRAVESSA 13 DE MAIO CAMPINAS DE PIRAJÁ 556916,9 8571078
81 CODESAL (2020) TRAVESSA BOM PASTOR CAMPINAS DE PIRAJÁ 557101,5 8571166
82 CODESAL (2020) TRAVESSA DO CAMPO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557265,1 8571597
83 CODESAL (2020) TRAVESSA FILADÉLFIA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557361,3 8570922
84 CODESAL (2020) TRAVESSA GEISA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557263,7 8570911
85 CODESAL (2020) TRAVESSA GERALDO ROCHA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557244 8571896
86 CODESAL (2020) TRAVESSA MONTE SINAI CAMPINAS DE PIRAJÁ 557199,3 8571254
87 CODESAL (2020) TRAVESSA PROFESSORA SÔNIA DA SILVA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557167,8 8571763
88 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO BRAZ CAMPINAS DE PIRAJÁ 557156,5 8571542
89 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO BRAZ DO LOBATO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557167,3 8571531
90 CODESAL (2020) TRAVESSA SIMONE CAMPINAS DE PIRAJÁ 557263,7 8570900
91 CODESAL (2020) VILA CORREIA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557513,6 8571132
92 CODESAL (2020) VILA LEAL CAMPINAS DE PIRAJÁ 557567,9 8571121
93 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ARAÚJO MARTINS CANABRAVA 560471,8 8564634
94 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA 7 DE SETEMBRO CAPELINHA DE SAO CAETANO 556309,2 8570946
95 CODESAL (2020) RUA DAS PITANGUEIRAS CAPELINHA DE SAO CAETANO 556374,3 8570968
96 CODESAL (2020) RUA JUPIRA CAPELINHA DE SAO CAETANO 556276,3 8570814
97 CODESAL (2020) AVENIDA AVANI CIDADE NOVA 555585,2 8566955
98 CODESAL (2020) AVENIDA EMÍLIA CIDADE NOVA 555639,3 8566889
99 CODESAL (2020) AVENIDA MUNIZ CIDADE NOVA 555552,7 8566956
100 CODESAL (2020) AVENIDA OSÓRIO VILLAS BOAS CIDADE NOVA 555564 8567221
101 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO ROQUE DA CIDADE NOVA CIDADE NOVA 555410,9 8566569

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
217
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
102 CODESAL (2020) LADEIRA DO YPIRANGA CIDADE NOVA 555433,2 8566889
103 CODESAL (2020) RUA 2 DE FEVEREIRO CIDADE NOVA 555814,8 8567884
104 CODESAL (2020) RUA 7 DE JANEIRO CIDADE NOVA 555574,3 8566922
105 CODESAL (2020) RUA DOUTOR ESTEVES DE ASSIS CIDADE NOVA 556039,4 8566291
106 CODESAL (2020) RUA OSÓRIO VILLAS BOAS CIDADE NOVA 555574,9 8567221
107 CODESAL (2020) RUA TRASYBULO FERRAZ CIDADE NOVA 555715,2 8566889
108 CODESAL (2020) VILA OLGA DA CIDADE NOVA CIDADE NOVA 556115,6 8566435
109 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DO MATATU COSME DE FARIAS 555971,8 8565064
110 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA WENCESLAU GALO COSME DE FARIAS 555299,1 8564910
111 CODESAL (2020) AVENIDA BARRAL COSME DE FARIAS 555570,3 8564921
112 CODESAL (2020) AVENIDA CASSIMIRO SANTANA COSME DE FARIAS 555862,7 8564732
113 CODESAL (2020) AVENIDA MÁRIO LEAL FERREIRA COSME DE FARIAS 556166,8 8564953
114 CODESAL (2020) AVENIDA SANTA RITA COSME DE FARIAS 555407,2 8564733
115 CODESAL (2020) BAIXA DO FORMOSO COSME DE FARIAS 555288,8 8565153
116 CODESAL (2020) RUA 18 DE OUTUBRO COSME DE FARIAS 555289,1 8565308
117 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO VIANA COSME DE FARIAS 555895,9 8565064
118 CODESAL (2020) RUA BAIXA DO SILVA COSME DE FARIAS 555050,3 8565231
119 CODESAL (2020) RUA CAFUTE COSME DE FARIAS 555244,4 8564667
120 CODESAL (2020) RUA DO BONOCÔ COSME DE FARIAS 555896 8565119
121 CODESAL (2020) RUA EDSON SALDANHA COSME DE FARIAS 555256,5 8565297
122 CODESAL (2020) RUA GANDARELA COSME DE FARIAS 554952,5 8565121
123 CODESAL (2020) RUA JAGUARARI COSME DE FARIAS 555353,8 8565120
124 CODESAL (2020) RUA OSÓRIO VILLAS BOAS COSME DE FARIAS 555255,8 8564943
125 CODESAL (2020) RUA SÃO CRISPIM COSME DE FARIAS 555722,8 8565241
126 CODESAL (2020) RUA SÃO DAMIÃO COSME DE FARIAS 555614,3 8565241
127 CODESAL (2020) TRAVESSA ANTÔNIO VIANA COSME DE FARIAS 555906,7 8565053

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
218
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
128 CODESAL (2020) TRAVESSA IRENE COSME DE FARIAS 555374,6 8564711
129 CODESAL (2020) TRAVESSA LAUDELINO COSME DE FARIAS 555527,4 8565197
130 CODESAL (2020) TRAVESSA NOVA ERA COSME DE FARIAS 555255,2 8564634
131 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO MATHEUS COSME DE FARIAS 555082,9 8565276
132 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO RAIMUNDO COSME DE FARIAS 555310,2 8565010
133 CODESAL (2020) RUA DOUTOR RAIMUNDO MAGALDI COSTA AZUL 560230,8 8563540
134 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA ELIAS CURUZU 555469,4 8568703
135 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DO PROGRESSO CURUZU 555794,8 8568713
136 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA OTONIEL DUTRA CURUZU 556011,8 8568746
137 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA NADIR DE JESUS CURUZU 555968,6 8568824
138 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA OTONIEL DUTRA CURUZU 556011,8 8568757
139 CODESAL (2020) AVENIDA ANÁPOLIS CURUZU 555763,2 8569178
140 CODESAL (2020) AVENIDA ELIAS CURUZU 555491,1 8568692
141 CODESAL (2020) AVENIDA MOTA CURUZU 555882,2 8569012
142 CODESAL (2020) AVENIDA SEREIA CURUZU 555817,3 8569100
143 CODESAL (2020) RUA NADIR DE JESUS CURUZU 555968,5 8568791
144 CODESAL (2020) RUA OTONIEL DUTRA CURUZU 556012 8568857
145 CODESAL (2020) RUA PAULO MAIA CURUZU 555914,4 8568857
146 CODESAL (2020) TRAVESSA MARIÁ CURUZU 555795,8 8569178
147 CODESAL (2020) TRAVESSA NADIR DE JESUS CURUZU 555925,3 8568857
148 CODESAL (2020) TRAVESSA OTONIEL DUTRA CURUZU 556044,4 8568757
149 CODESAL (2020) TRAVESSA RIO NEGRO CURUZU 555828 8569023
150 CODESAL (2020) RUA DOM JERÔNIMO THOMÉ DA SILVA DANIEL LISBOA 554422,9 8566051
151 CODESAL (2020) TRAVESSA JOSÉ PAULINO DANIEL LISBOA 555200,3 8564291
152 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA JAQUEIRA DO CARNEIRO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556976,3 8568302
153 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA LADEIRA DAS PITANGUEIRAS FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557216,3 8568998

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
219
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
154 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA FLORIPES FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556954,7 8568335
155 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA MARLENE DE SOUZA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556965,9 8568545
156 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA LIBERTADORES FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556500,3 8568911
157 CODESAL (2020) AVENIDA GENERAL SAN MARTIN FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557566,4 8565204
158 CODESAL (2020) AVENIDA LOPES BONFIM FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557009 8568379
159 CODESAL (2020) AVENIDA LUIZ OTÁVIO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556207,4 8568912
160 CODESAL (2020) AVENIDA MARINHEIRO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556044,5 8568812
161 CODESAL (2020) RUA CANDINHO FERNANDES FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556153,5 8569100
162 CODESAL (2020) RUA DIVA PIMENTEL FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556727 8568391
163 CODESAL (2020) RUA DO BOM JUÁ FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557325,4 8569296
164 CODESAL (2020) RUA JAQUEIRA DO CARNEIRO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556770,3 8568369
165 CODESAL (2020) RUA JOSÉ FALCÃO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556762,5 8569840
166 CODESAL (2020) RUA JOSÉ RODRIGUES DE OLIVEIRA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 555980,2 8569211
167 CODESAL (2020) RUA MELLO MORAES FILHO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556621,1 8569630
168 CODESAL (2020) RUA NADIR DE JESUS FAZENDA GRANDE DO RETIRO 555957,7 8568791
169 CODESAL (2020) RUA RIO RENO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556002,5 8569509
170 CODESAL (2020) TRAVESSA CLIMÉRIO DE OLIVEIRA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556435,3 8568967
171 CODESAL (2020) TRAVESSA ROCHA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556869 8568877
172 CODESAL (2020) TRAVESSA SILVEIRA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557368,1 8568942
173 CODESAL (2020) VILA MAROTINHO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556599,4 8569674
174 CODESAL (2020) VILA MELLO MORAES FILHO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556610,2 8569630
175 CODESAL (2020) RUA DOUTOR EDÍSON TEIXEIRA BARBOSA FAZENDA GRANDE II 552968,6 8565567
176 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA COSME E DAMIÃO IAPI 556368,4 8568093
177 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA FÉ EM DEUS IAPI 556368,7 8568226
178 CODESAL (2020) AVENIDA GENERAL SAN MARTIN IAPI 555925,8 8569133
179 CODESAL (2020) AVENIDA SENHOR DOS PASSOS IAPI 556063,7 8567574

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
220
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
180 CODESAL (2020) RUA 13 DE JUNHO IAPI 556433,5 8568071
181 CODESAL (2020) RUA DOUTOR LADISLAU CAVALCANTI IAPI 556410,2 8567297
182 CODESAL (2020) RUA FLORISVALDO SILVA IAPI 555770,9 8567585
183 CODESAL (2020) RUA TIO DO JUCA IAPI 556725,2 8567495
184 CODESAL (2020) RUA SANTO ANDRÉ JARDIM NOVA ESPERANCA 560417,5 8564623
185 CODESAL (2020) ALAMEDA 71- JD. SANTO INÁCIO JARDIM SANTO INACIO 558174,2 8570589
RUA ENGENHEIRO ABELARDO PAULO DA
186 CODESAL (2020) LAPINHA 554589 8567809
MATA
187 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA TENENTE MÁRIO ALVES LIBERDADE 555414,6 8568449
188 CODESAL (2020) ESTRADA DA LIBERDADE LIBERDADE 554807,2 8568417
189 CODESAL (2020) RUA 1º DE SETEMBRO LIBERDADE 554969,4 8568162
190 CODESAL (2020) RUA DAMIÃO DE GÓES LIBERDADE 554991,7 8568472
191 CODESAL (2020) AVENIDA BRAZ LOBATO 557167,4 8571542
192 CODESAL (2020) TRAVESSA PROFESSORA SÔNIA DA SILVA LOBATO 557156,9 8571741
193 CODESAL (2020) AVENIDA MAIA LUIS ANSELMO 555864,3 8565539
194 CODESAL (2020) AVENIDA OLGA LUIS ANSELMO 555886,2 8565639
195 CODESAL (2020) BECO JOÃO ANDRÉA LUIS ANSELMO 555853,8 8565694
196 CODESAL (2020) RUA BAIXÃO LUIS ANSELMO 555875,4 8565650
197 CODESAL (2020) RUA GRANDE OTELLO LUIS ANSELMO 555679,6 8565363
198 CODESAL (2020) RUA ITUMIRIM LUIS ANSELMO 555191,8 8565496
199 CODESAL (2020) TRAVESSA BAIXÃO LUIS ANSELMO 555430,1 8565330
200 CODESAL (2020) TRAVESSA JOÃO ANDRÉA LUIS ANSELMO 555842,9 8565683
201 CODESAL (2020) TRAVESSA MAIA LUIS ANSELMO 555940,5 8565661
202 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTA LUZIA LUIS ANSELMO 555690,7 8565484
203 CODESAL (2020) RUA ANTERO DE BRITTO MACAUBAS 554597,2 8566471
204 CODESAL (2020) TRAVESSA IMBASSAHY MACAUBAS 554402 8566482

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
221
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
205 CODESAL (2020) PRAÇA DO CABRITO MARECHAL RONDON 557136,6 8572427
206 CODESAL (2020) RUA NOSSA SENHORA DO PILAR MARECHAL RONDON 556712,5 8571930
207 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DO AREAL MATA ESCURA 558553,4 8570378
208 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA SÃO MIGUEL MATA ESCURA 558357,6 8570113
209 CODESAL (2020) LARGO RAUL SEIXAS MATA ESCURA 557695,6 8569948
210 CODESAL (2020) RUA 10 DE DEZEMBRO MATA ESCURA 557912,4 8569903
211 CODESAL (2020) RUA 20 DE SETEMBRO MATA ESCURA 558651,5 8570588
212 CODESAL (2020) RUA 7 DE AGOSTO MATA ESCURA 556832,5 8566964
213 CODESAL (2020) RUA DA LAGOA MATA ESCURA 558618,3 8570256
214 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA EMBASA MATA ESCURA 557967,4 8570268
215 CODESAL (2020) RUA DO AREAL MATA ESCURA 558737,7 8570289
216 CODESAL (2020) RUA FONTE DA BICA MATA ESCURA 557813,8 8569406
217 CODESAL (2020) RUA IRMÃ DULCE DA MATA ESCURA MATA ESCURA 558086,5 8570157
218 CODESAL (2020) RUA ITAIR PINTO DE SANTANA MATA ESCURA 557987,9 8569671
219 CODESAL (2020) RUA MARINA COSTA MATA ESCURA 558661,4 8570112
220 CODESAL (2020) RUA NOVA PAMPULHA MATA ESCURA 558737,3 8570123
221 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR ITAZIL BENÍCIO MATA ESCURA 558606,7 8569913
222 CODESAL (2020) RUA RIO PARAGUAÇU MATA ESCURA 558564,9 8570665
223 CODESAL (2020) RUA SÃO JÚLIO MATA ESCURA 558650,4 8570046
224 CODESAL (2020) RUA SÃO MIGUEL DO JARDIM PAMPULHA MATA ESCURA 558660,8 8569847
225 CODESAL (2020) 3ª LADEIRA SANTA RITA MATATU DE BROTAS 554911 8566094
226 CODESAL (2020) AVENIDA VALE DO MATATU MATATU DE BROTAS 555917,7 8565119
227 CODESAL (2020) BAIXA DO COQUEIRO MATATU DE BROTAS 554963,8 8565342
228 CODESAL (2020) RUA EDSON SALDANHA MATATU DE BROTAS 556156,3 8565107
229 CODESAL (2020) RUA LUIZ ANSELMO MATATU DE BROTAS 555875,2 8565539
230 CODESAL (2020) RUA SANTO AGOSTINHO MATATU DE BROTAS 554585,1 8565796

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
222
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
231 CODESAL (2020) RUA SÃO BENEDITO MATATU DE BROTAS 555148,1 8565342
232 CODESAL (2020) TRAVESSA ANTÔNIO VIANA MATATU DE BROTAS 555906,9 8565130
233 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOSÉ MATATU DE BROTAS 554878,8 8566238
234 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOSÉ DE MATATU MATATU DE BROTAS 555073,8 8566160
235 CODESAL (2020) BECO DOS CRAVOS NAZARE 553239,2 8565290
236 CODESAL (2020) RUA DO GRAVATÁ NAZARE 553185,2 8565401
237 CODESAL (2020) RUA DO TINGUI NAZARE 553271,8 8565301
238 CODESAL (2020) RUA NOVA DE SÃO BENTO NAZARE 552728,7 8564893
239 CODESAL (2020) VILA DOS CRAVOS NAZARE 553174,3 8565390
240 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ALTO DA BELA VISTA PARIPE 556821,7 8566975
241 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO LUÍS PARIPE 557687,5 8571286
242 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DOS PIRINEUS PAU MIUDO 556062,3 8566866
243 CODESAL (2020) AVENIDA 20 DE AGOSTO PAU MIUDO 555824 8567055
244 CODESAL (2020) AVENIDA ARGOS PAU MIUDO 556518 8566976
245 CODESAL (2020) RUA 20 DE AGOSTO PAU MIUDO 555824 8567043
246 CODESAL (2020) RUA DOUTOR ESTEVES DE ASSIS PAU MIUDO 556104,9 8566490
247 CODESAL (2020) RUA TOTE PAU MIUDO 556116,1 8566689
248 CODESAL (2020) TRAVESSA MARTINIANO BONFIM PAU MIUDO 556866,1 8567473
249 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTA JÚLIA PAU MIUDO 556051,2 8566778
250 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA AGENOR MATOS PERNAMBUES 557687 8565801
251 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA SENHOR DO BONFIM PERNAMBUES 557404,9 8565768
252 CODESAL (2020) AVENIDA JAMAICA PERNAMBUES 558555,8 8566363
253 CODESAL (2020) RUA 28 DE ABRIL PERNAMBUES 559065,4 8566263
254 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO PERNAMBUES 557784,4 8565734
255 CODESAL (2020) RUA DAS FLORES PERNAMBUES 558445,6 8565523
256 CODESAL (2020) RUA DO TUBO PERNAMBUES 557773,1 8565491

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
223
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
257 CODESAL (2020) RUA DO VENTO PERNAMBUES 557643,6 8565790
258 CODESAL (2020) RUA HARMONIA PERNAMBUES 559325 8565952
259 CODESAL (2020) RUA SANTA VERUSA PERNAMBUES 559227,8 8566141
260 CODESAL (2020) TRAVESSA BOA VISTA PERNAMBUES 557578,5 8565779
261 CODESAL (2020) TRAVESSA MORAIS PERNAMBUES 559119,1 8566030
262 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOSÉ PERNAMBUES 557784 8565546
263 CODESAL (2020) VILA 6 DE JULHO PERNAMBUES 558424,2 8565678
264 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA BONFIM PERO VAZ 555153,7 8568151
265 CODESAL (2020) AVENIDA BOA FÉ PERO VAZ 555685,6 8568316
266 CODESAL (2020) RUA BOA FÉ PERO VAZ 555522,9 8568349
267 CODESAL (2020) RUA PERO VAZ PERO VAZ 555132,8 8568516
268 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA LÍGIA MARIA PIRAJA 557361,3 8570922
269 CODESAL (2020) RUA 13 DE MAIO PIRAJA 557232,8 8571696
270 CODESAL (2020) RUA DAS ESPERAS PITUBA 559059,6 8563586
271 CODESAL (2020) RUA DOS TECELÕES DE CIMA PLATAFORMA 555181,3 8565651
272 CODESAL (2020) RUA JAQUEIRA DO CARNEIRO RETIRO 557074,5 8568567
273 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA BELA VISTA SANTA MONICA 556118,6 8567894
274 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ELÍSIO SANTA MONICA 556022,6 8568724
275 CODESAL (2020) AVENIDA MARINHEIRO SANTA MONICA 556044,4 8568768
276 CODESAL (2020) PRAÇA DO HORTO SANTA MONICA 556445 8568414
277 CODESAL (2020) RUA DAS CRAVINAS SANTA MONICA 555631,6 8568437
278 CODESAL (2020) RUA DOUTOR ARISTIDES DE OLIVEIRA SANTA MONICA 556033,2 8568591
279 CODESAL (2020) RUA ELÍSIO SANTA MONICA 555946,7 8568735
280 CODESAL (2020) RUA LÍVIA MAIA SANTA MONICA 556065,7 8568580
281 CODESAL (2020) RUA NADIR DE JESUS SANTA MONICA 555968,6 8568824
282 CODESAL (2020) RUA OTONIEL DUTRA SANTA MONICA 555979,3 8568746

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
224
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
283 CODESAL (2020) RUA PARAGUAI SANTA MONICA 555739,3 8568094
284 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA FONTE DA BICA SÃO CAETANO 557218,7 8570115
285 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA BOM PASTOR SÃO CAETANO 557220,7 8571088
286 CODESAL (2020) AVENIDA FÉLIX SÃO CAETANO 556838 8569640
287 CODESAL (2020) RUA CLÉRISTON ANDRADE SÃO CAETANO 556621,2 8569696
288 CODESAL (2020) RUA FONTE DA BICA DE CIMA SÃO CAETANO 557153,5 8570071
289 CODESAL (2020) RUA JUSCELINO BARRETO SÃO CAETANO 556849,3 8569850
290 CODESAL (2020) RUA NILTON MOURA COSTA SÃO CAETANO 557295 8570303
291 CODESAL (2020) RUA NOVA BREJAL SÃO CAETANO 556568,1 8570282
292 CODESAL (2020) RUA NOVA DO CAMARAJIPE SÃO CAETANO 557273,2 8570270
293 CODESAL (2020) RUA PASTOR LUTHER KING SÃO CAETANO 556524,6 8570205
294 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR FRANCISCO GÓES CALMON SÃO CAETANO 556459,2 8570072
295 CODESAL (2020) TRAVESSA BOM PASTOR SÃO CAETANO 557101,5 8571188
296 CODESAL (2020) TRAVESSA ADUTORA BROTAS 554442,6 8565033
297 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LAGOA DA VOVÓ SAO GONÇALO DO RETIRO 558288,6 8568211
298 CODESAL (2020) AVENIDA EDGARD SANTOS SAO GONÇALO DO RETIRO 557463,6 8567914
299 CODESAL (2020) AVENIDA OLIVEIRA SAO GONÇALO DO RETIRO 557748,7 8569406
300 CODESAL (2020) RUA 1º DE DEZEMBRO SAO GONÇALO DO RETIRO 557539,9 8568091
301 CODESAL (2020) RUA 8 DE DEZEMBRO SAO GONÇALO DO RETIRO 557637,9 8568301
302 CODESAL (2020) RUA BAIXA DE SANTO ANTÔNIO SAO GONÇALO DO RETIRO 556953,6 8567826
303 CODESAL (2020) RUA IRMÃO CAETANO SAO GONÇALO DO RETIRO 558082 8568001
304 CODESAL (2020) RUA JOSETE BISPO SAO GONÇALO DO RETIRO 558310,3 8568222
305 CODESAL (2020) RUA MILTON GOMES COSTA SAO GONÇALO DO RETIRO 557552,3 8568832
306 CODESAL (2020) RUA SANTO ONOFRE SAO GONÇALO DO RETIRO 557409,4 8567958
307 CODESAL (2020) RUA SILVA SANTOS SAO GONÇALO DO RETIRO 558125,7 8568123
308 CODESAL (2020) TRAVESSA JENEBALDO SAO GONÇALO DO RETIRO 557420,2 8567936

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
225
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
309 CODESAL (2020) TRAVESSA LAGOA DA VOVÓ SAO GONÇALO DO RETIRO 558201,8 8568200
310 CODESAL (2020) TRAVESSA RIO BRANCO SAO GONÇALO DO RETIRO 557595,7 8568876
311 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTINHA SAO GONÇALO DO RETIRO 557539,5 8567903
312 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA COSME E DAMIÃO SARAMANDAIA 557523,7 8565525
313 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA SENHOR DO BONFIM SARAMANDAIA 557394,1 8565802
314 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO SARAMANDAIA 557763,4 8566033
315 CODESAL (2020) RUA DA HORTA SARAMANDAIA 557556,9 8565823
316 CODESAL (2020) RUA DOIS IRMÃOS SARAMANDAIA 557665,3 8565801
317 CODESAL (2020) TRAVESSA BOA VISTA SARAMANDAIA 557187,3 8565437
318 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOSÉ SARAMANDAIA 557762,4 8565558
319 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SOBRAL TANCREDO NEVES 556393,4 8564377
320 CODESAL (2020) RUA ARMANDO TAVARES VILA LAURA 555484,9 8565640
321 CODESAL (2020) RUA RIO AMAZONAS VILA LAURA 555246,7 8565817
322 CODESAL (2020) TRAVESSA JOÃO ANDRÉA VILA LAURA 555821,3 8565716
323 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO LUIZ VILA LAURA 555907,7 8565528
324 SEINFRA (2015) RUA DAS ESPATÓDIAS/NAVARRO CANIZARES PITUBA 559262 8563787
325 SEINFRA (2015) RUA DA HARMONIA PERNAMBUÉS 559425 8565753
326 SEINFRA (2015) BAIXA DO TUBO LUIZ ANSELMO 555243 8565363
327 SEINFRA (2015) GEROP RODOVIÁRIA ANTIGA SETE PORTAS 554684 8566252
328 SEINFRA (2015) BAIXA DO SANTO ANTÔNIO RETIRO 557530 8567888
SERTANEJO CAMARGO/ 1ª e 2ª TRAV. DA
329 SEINFRA (2015) BOA VISTA SAO CAETANO 557224 8570751
SABOARIA
330 SEINFRA (2015) RÓTULA DO RETIRO SESI RETIRO 556459 8566235
331 SEINFRA (2015) VILA ANTONIO BALBINO IAPI 555632 8567563
332 SEINFRA (2015) RUA NADIR DE JESUS/CURUZU CURUZU 555960 8568827
333 SEINFRA (2015) RUA DA ALEGRIA /CURUZU CURUZU 555724 8569176

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
226
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
334 SEINFRA (2015) AV.PEIXE/QUEIMADINHO PERO VAZ 555315 8567868
335 SEINFRA (2015) RUA NOVA DA GOMÉIA BOM JUA 557302 8569396
336 SEINFRA (2015) RUA CORONEL DURVAL MATOS/STIEP COSTA AZUL 559947 8563757
DETRAN/SARAMANDAIA/MADEREIRA DE
337 SEINFRA (2015) CAMINHO DAS ARVORES 557524 8565417
BROTAS (AV.TANCREDO NEVES)
338 SEINFRA (2015) RUA EDSON SALDANHA LUIZ ANSELMO 555974 8565088
339 SEINFRA (2015) SUCOM/INSINUANTE/BONOCO COSME DE FARIAS 554994 8564673
340 SEINFRA (2015) SANTA RITA MATATU MATATU 554798 8566179
341 SEINFRA (2015) RUA DJALMA DUTRA/AV. SETE PORTAS SETE PORTAS 554149 8565471
342 SEINFRA (2015) RUA ADILSON LEITE ALTO DO CABRITO 557045 8572259
343 SEINFRA (2015) RUA ANA LÚCIA ALTO DO CABRITO 556796 8572547
344 SEINFRA (2015) RUA CABRITOLÂNDIA ALTO DO CABRITO 556965 8572334
345 SEINFRA (2015) RUA CORONEL FABRICIANO CONCEIÇÃO ALTO DO CABRITO 556.925 8572042.84
346 SEINFRA (2015) RUA DAS HORTAS ALTO DO CABRITO 556789 8572116
347 SEINFRA (2015) RUA RIO CATU FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556017 8569629
348 SEINFRA (2015) RUA BOA ESPERANÇA FAZENDA GRANDE DO RETIRO 555858 8569381
349 SEINFRA (2015) AVENIDA BARNABÉ BARBALHO 554398 8567113
350 SEINFRA (2015) RUA NOSSA SENHORA DE LOURDES BARBALHO 554386 8566914
351 SEINFRA (2015) 1ª AVENIDA FLORA BARBALHO 554350 8566928
352 SEINFRA (2015) AVENIDA FRANCISCO CHAGAS BARBALHO 554449 8567035
353 SEINFRA (2015) PRAÇA DA PEDREIRA BARBALHO 554461 8566979
354 SEINFRA (2015) RUA CLÍNIO DE JESUS BARBALHO 554515 8566964
355 SEINFRA (2015) RUA IBIRAPUERA BARBALHO 554405 8566779
356 SEINFRA (2015) TRAVESSA MINISTRO PACHECO DE OLIVEIRA BARBALHO 554522 8566828
357 SEINFRA (2015) LADEIRA DA ALEGRIA BOA VISTA SAO CAETANO 556611 8570881
358 SEINFRA (2015) RUA BENEDITO JAQUEIRA BOA VISTA SAO CAETANO 556582 8570874

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
227
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
359 SEINFRA (2015) RUA RODOVIA "A" BOA VISTA SAO CAETANO 557062 8571297
360 SEINFRA (2015) RUA SÃO FRANCISCO BOA VISTA SAO CAETANO 556959 8571464
361 SEINFRA (2015) TRAVESSA RODOVIA "A" BOA VISTA SAO CAETANO 557051 8570712
362 SEINFRA (2015) RUA MARIA EULÁLIA SAO CAETANO - AR3 556725 8571230
363 SEINFRA (2015) 4ª TRAVESSA DO BOM JUÁ BOM JUA 557171 8569444
364 SEINFRA (2015) RUA CAMPINAS DE BROTAS BROTAS 556595 8564591
365 SEINFRA (2015) ALAMEDA CAIÇARA BROTAS 556680 8564948
366 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA PEDRO IVO CAIXA D'ÁGUA 555235 8567331
367 SEINFRA (2015) RUA CORONEL ODILON ALVES DE ATAYDE CAIXA D'ÁGUA 554729 8567478
368 SEINFRA (2015) RUA PADRE DIDEROT DE ALMEIDA LAPINHA 554462 8567866
369 SEINFRA (2015) RUA PROFESSOR ARTHUR DE MACEDO CAIXA D'ÁGUA 554584 8567351
370 SEINFRA (2015) TRAVESSA 18 DE FEVEREIRO CAIXA D'ÁGUA 554894 8567150
371 SEINFRA (2015) TRAV. AMANDO JOSÉ DAMÁSIO CAIXA D'ÁGUA 554752 8567256
372 SEINFRA (2015) TRAVESSA SANTA MARGARIDA CAIXA D'ÁGUA 554877 8567221
373 SEINFRA (2015) TRAVESSA PROF. WALMIR MAIA CALABETÃO 557575 8570457
374 SEINFRA (2015) RUA 13 DE MAIO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557260 8571797
375 SEINFRA (2015) RUA ELIANA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557221 8571561
376 SEINFRA (2015) RUA MONTE SINAI CAMPINAS DE PIRAJÁ 557162 8571242
377 SEINFRA (2015) RUA SANTO AMARO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557208 8571548
378 SEINFRA (2015) RUA VILA LEAL CAMPINAS DE PIRAJÁ 557625 8571164
379 SEINFRA (2015) RUA DO TOURO CAPELINHA DE SÃO CAETANO 556222 8570531
380 SEINFRA (2015) RUA PADRE ANTÔNIO VIEIRA CAPELINHA DO SÃO CAETANO 555844 8570466
381 SEINFRA (2015) RUA DAS ALMAS CIDADE NOVA 555446 8566704
382 SEINFRA (2015) AVENIDA DULCE CIDADE NOVA 555371 8566968
383 SEINFRA (2015) LADEIRA DO YPIRANGA CIDADE NOVA 555439 8566930
384 SEINFRA (2015) RUA 1º DE JANEIRO CIDADE NOVA 555946 8566608

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
228
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
385 SEINFRA (2015) RUA 7 DE JANEIRO CIDADE NOVA 555729 8566822
386 SEINFRA (2015) RUA DR. ESTEVES DE ASSIS CIDADE NOVA 556095 8566593
387 SEINFRA (2015) RUA ESPERANÇA DE VIVER CIDADE NOVA 555919 8566855
388 SEINFRA (2015) RUA TRASYBULO FERRAZ CIDADE NOVA 555947 8566795
389 SEINFRA (2015) TRAVESSA SÃO ROQUE CIDADE NOVA 555389 8566484
390 SEINFRA (2015) AVENIDA VIRGILDÁSIO SENA COSME DE FARIAS 555576 8565243
391 SEINFRA (2015) BAIXA DO MATATU COSME DE FARIAS 555753 8565264
392 SEINFRA (2015) RUA ARTHUR DE AZEVÊDO MACHADO COSTA AZUL 559862 8563533
393 SEINFRA (2015) RUA PROF. CASSILANDRO BARBUDA COSTA AZUL 559993 8563484
394 SEINFRA (2015) RUA DR. AUGUSTO LOPES PONTES COSTA AZUL 560002 8564056
395 SEINFRA (2015) RUA PRUDENTE MOISÉS CURUZU 556013 8568850
396 SEINFRA (2015) RUA DO HORTO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556553 8568456
397 SEINFRA (2015) RUA JOSÉ BONIFÁCIO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 555923 8569537
398 SEINFRA (2015) RUA MELLO DE MORAES FILHO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556856 8568951
399 SEINFRA (2015) RUA OROZI FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557094 8569095
400 SEINFRA (2015) RUA OSNI FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556300 8569622
401 SEINFRA (2015) RUA PAULO RUBENS FAZENDA GRANDE DO RETIRO 557075 8569194
402 SEINFRA (2015) TRAVESSA ALMIRANTE TAMANDARÉ FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556006 8569509
403 SEINFRA (2015) TRAVESSA FREI DAGOBERTO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556738 8569111
404 SEINFRA (2015) VILA MELLO DE MORAES FILHO FAZENDA GRANDE DO RETIRO 556642 8569662
405 SEINFRA (2015) ESTRADA DA LIBERDADE GUARANI 555010 8568611
406 SEINFRA (2015) RUA ASTROZILDO SEPULVEDA IAPI 556550 8567879
407 SEINFRA (2015) RUA ARMANDO DAS VIRGENS IAPI 555769 8567597
408 SEINFRA (2015) TRAVESSA BOM JESUS DA LAPA IAPI 556571 8568108
409 SEINFRA (2015) TRAV. JOSÉ MARTINS DE ARÚJO IAPI 556065 8567572
410 SEINFRA (2015) RUA ANTONIO BALBINO IAPI 556156 8567514

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
229
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
411 SEINFRA (2015) TRAV. CARNEIRO DA ROCHA IAPI 555401 8567702
412 SEINFRA (2015) RUA ELMANO SILVEIRA CASTRO IAPI 556262 8567806
413 SEINFRA (2015) RUA VALDIR PIRES IAPI 555737 8567527
414 SEINFRA (2015) RUA CONDE DE PORTO ALEGRE IAPI 556083 8567890
415 SEINFRA (2015) VILA ANTONIO BALBINO IAPI 555639 8567568
416 SEINFRA (2015) 1° TRAV. JARDIM SANTO INÁCIO SANTO INÁCIO 558208 8570385
417 SEINFRA (2015) ALAMEDA 40 SANTO INÁCIO 558478 8570441
418 SEINFRA (2015) ALAMEDA 70 SANTO INÁCIO 558188 8570541
419 SEINFRA (2015) RUA A1 SANTO INÁCIO 558452 8570521
420 SEINFRA (2015) RUA DIRETA DE SANTO INÁCIO SANTO INÁCIO 558489 8570889
421 SEINFRA (2015) RUA VICENTINA LAPINHA 554408 8567897
422 SEINFRA (2015) RUA CAMPOS FRANÇA LAPINHA 554345 8567737
423 SEINFRA (2015) TRAVESSA E RUA DAMIÃO DE GOES LIBERDADE 555008 8568456
424 SEINFRA (2015) RUA AGENOR DE OLIVEIRA LUIS ANSELMO 555647 8565367
425 SEINFRA (2015) RUA BAIXÃO LUIS ANSELMO 556140 8565792
426 SEINFRA (2015) RUA HÉLIO DE OLIVEIRA LUIS ANSELMO 556095 8565463
427 SEINFRA (2015) AVENIDA MAIA MATATU DE BROTAS 555884 8565545
428 SEINFRA (2015) RUA IPIRÁ CAMPINAS DE PIRAJÁ 557555 8571962
429 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA JENIPAPEIRO MATA ESCURA 558750 8570876
430 SEINFRA (2015) 4ª TRAVESSA 13 DE JUNHO MATA ESCURA 558255 8569989
431 SEINFRA (2015) AVENIDA NUNES MATA ESCURA 558522 8570242
432 SEINFRA (2015) RUA LADEIRA FONTE DA BICA MATA ESCURA 557792 8569463
433 SEINFRA (2015) RUA 10 DE DEZEMBRO MATA ESCURA 558618 8570422
434 SEINFRA (2015) RUA 20 DE SETEMBRO MATA ESCURA 558712 8570649
435 SEINFRA (2015) RUA DAS PEDREIRAS MATA ESCURA 557618 8570016
436 SEINFRA (2015) RUA DO SOSSEGO MATA ESCURA 558755 8570686

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
230
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
437 SEINFRA (2015) RUA LONDRES MATA ESCURA 558343 8571083
438 SEINFRA (2015) RUA SÃO MIGUEL DO JARDIM PAMPULHA MATA ESCURA 558480 8569608
439 SEINFRA (2015) TRAVESSA DIONÍSIO BRITO SANTANA MATA ESCURA 558125 8569774
440 SEINFRA (2015) RUA RIO AMAZONAS MATATU DE BROTAS 555160 8565739
441 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA PEQUENO SALDANHA MATATU DE BROTAS 554862 8565367
442 SEINFRA (2015) 3ª LADEIRA SANTA RITA MATATU DE BROTAS 554894 8565995
443 SEINFRA (2015) LADEIRA DA FONTE MATATU DE BROTAS 554791 8566209
444 SEINFRA (2015) RUA BARROS FALCÃO MATATU DE BROTAS 554885 8565528
445 SEINFRA (2015) RUA PROFESSOR DURVAL GAMA SANTO AGOSTINHO 554695 8565829
446 SEINFRA (2015) RUA VALE DO MATATU MATATU DE BROTAS 555152 8565315
447 SEINFRA (2015) VILA OPERÁRIA SÃO SALVADOR SANTO AGOSTINHO 554276 8565758
448 SEINFRA (2015) RUA DO GRAVATÁ NAZARE 553200 8565336
449 SEINFRA (2015) AVENIDA JOANA ANGÉLICA NAZARE 553530 8565230
450 SEINFRA (2015) BECO DOS CRAVOS NAZARE 553164 8565406
451 SEINFRA (2015) RUA DA FONTE DO GRAVATÁ NAZARE 553283 8565384
452 SEINFRA (2015) RUA DA MANGUEIRA NAZARE 553150 8565124
453 SEINFRA (2015) RUA DA POEIRA NAZARE 553613 8565501
454 SEINFRA (2015) RUA DOM BOSCO NAZARE 554123 8565761
455 SEINFRA (2015) RUA DOUTOR ARLINDO TELES SANTA MONICA 555885 8567938
456 SEINFRA (2015) RUA DOUTOR ARISTIDES DE OLIVEIRA SANTA MONICA 555777 8568212
457 SEINFRA (2015) AVENIDA MOISÉS DO CURUZU SANTA MONICA 555784 8569149
458 SEINFRA (2015) RUA DOS ADÔBES SANTO ANTONIO 553719 8566544
459 SEINFRA (2015) RUA DOS PERDÕES SANTO ANTONIO 553943 8566737
460 SEINFRA (2015) RUA FONTE DA BICA SAO CAETANO 557197 8570079
461 SEINFRA (2015) RUA PROMOTOR RAPOLD FILHO SAO CAETANO 556447 8570499
462 SEINFRA (2015) RUA DO PARAÍSO SAO CAETANO 556889 8570008

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
231
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
463 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA BOM PASTOR SAO CAETANO 557140 8571205
464 SEINFRA (2015) RUA CLÉRISTON ANDRADE SAO CAETANO 556574 8569950
465 SEINFRA (2015) RUA PROFESSOR FRANCISCO GÓES CALMON SAO CAETANO 556400 8569926
466 SEINFRA (2015) RUA HUGO BALTHAZAR SAO GONÇALO DO RETIRO 558102 8568353
467 SEINFRA (2015) RUA BOA FÉ SAO GONÇALO DO RETIRO 558303 8568082
468 SEINFRA (2015) TRAVESSA JOANA D´ARC SAO GONÇALO DO RETIRO 557581 8568206
469 SEINFRA (2015) RUA 17 DE MAIO SARAMANDAIA 557470 8565656
470 SEINFRA (2015) RUA EUCLYDES DA CUNHA SARAMANDAIA 557482 8565465
471 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA MARISA SANTOS SARAMANDAIA 557868 8565779
472 SEINFRA (2015) TRAVESSA 29 DE OUTUBRO SARAMANDAIA 557733 8565500
473 SEINFRA (2015) RUA SIMPLÍCIO DA SILVA SARAMANDAIA 557913 8565835
474 SEINFRA (2015) 4ª TRAVESSA SENHOR DO BONFIM SARAMANDAIA 557489 8565682
475 SEINFRA (2015) RUA 11 DE MAIO SARAMANDAIA 557461 8565564
476 SEINFRA (2015) TRAVESSA SERGIPANA SARAMANDAIA 557590 8565615
477 SEINFRA (2015) RUA 7 DE JULHO SARAMANDAIA 557630 8565512
478 SEINFRA (2015) RUA DO VENTO SARAMANDAIA 557600 8565777
479 SEINFRA (2015) RUA DAS FLORES SARAMANDAIA 557526 8565539
480 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA SENHOR DO BONFIM SARAMANDAIA 557663 8565547
481 SEINFRA (2015) RUA ELISIÁRIO SILVEIRA ANDRADE STIEP 560007 8565324
482 SEINFRA (2015) RUA DOUTOR GENÉSIO SALLES VILA LAURA 555287 8566326
483 SEINFRA (2015) RUA ARMANDO TAVARES VILA LAURA 555468 8565725
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
232
Figura 239 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
233
2.4.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do Camarajipe foram levantamento cadastral em 8 regiões
citadas a seguir:

• Avenida Aliomar Baleeiro e marginal da rodovia BR-324 (Jardim Santo Inácio);


• Rua Henrique Marquês e rua do Bom Juá (São Caetano);
• Rua Baixa de Santo Antônio (São Gonçalo)
• Canal Camarajipe – Trecho da rua Cristiano Buys até a Avenida ACM;
• Canal Camarajipe – Trecho da Avenida ACM até a foz em Costa Azul;
• Trecho de canal na Rua 2 de Julho, atrás da concessionária Renault com acesso pela Avenida
Paralela;
• Trecho da Rua Aristides Fraga Lima (Caminho das Árvores);
• Trecho da Rua Jacaratiá e Rua Henrique Miguel Navarro (Caminho das Árvores).

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
234
2.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LUCAIA
Localizada ao Sul da cidade do Salvador, a Bacia do Rio Lucaia possui uma área de 14,74km 2, o
que corresponde 4,77% da superfície territorial de Salvador. Encontra-se limitada ao Norte pela
Bacia do Camarajipe, a Leste pela Bacia de Drenagem Amaralina/Pituba, a Oeste pela Bacia de
Drenagem Vitória/Contorno e, ao Sul, pela Bacia de Ondina (SANTOS et al, 2010). Na área
delimitada por essa bacia estão localizados 25 bairros: Acupe, Amaralina, Barris, Boa Vista de
Brotas, Brotas, Caminho das Árvores, Candeal, Centro, Chapada do Rio Vermelho, Engenho
Velho da Federação, Engenho Velho de Brotas, Federação, Garcia, Horto Florestal, Itaigara,
Matatu, Nazaré, Nordeste de Amaralina, Pituba, Rio Vermelho, Santa Cruz, Santo Agostinho,
Saúde, Tororó e Vale das Pedrinhas.
A Bacia do Lucaia tem suas nascentes nas encostas e grotões do lado leste da Av. Joana
Angélica, que vertem para o Dique do Tororó, recebendo contribuições do Campo Grande e parte
dos bairros do Garcia, Barris, Tororó e Nazaré, passando pelo canteiro central de toda a Av.
Vasco da Gama, sendo alimentada pelas redes de drenagem das localidades marginais à avenida
(SANTOS et al, 2010).
No século passado o Rio Lucaia era um afluente do rio Camarajipe, desaguando no mesmo onde
hoje se localiza a Rua Canal, no caso, mantendo o percurso original. Contudo, o rio Camarajipe,
ao invés de seguir na direção do bairro do Costa Azul, possuía um percurso natural seguindo o
contorno das atuais Avenida ACM e Avenida Juracy Magalhães, realizava a confluência com o rio
Lucaia e seguia para o desague na Praia do Rio Vermelho, onde hoje é o Largo da Mariquita.
Devido aos problemas de inundações causados pelo rio Camarajipe foram realizadas
intervenções na década de 70 pelo Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS),
que desviaram o percurso do rio na direção do atual bairro Costa Azul, tendo sido aproveitado a
calha natural do rio Pernambués nessa intervenção. Assim, o trecho do Camarajipe que segue
atualmente pelas avenidas citadas anteriormente tornou-se um canal natural, que recebe somente
as contribuições de microdrenagem e de macrodrenagem de alguns talvegues, sendo conhecido
também como braço do antigo Camarajipe, e que hoje compõe a bacia hidrográfica do rio Lucaia.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros históricos do canal do rio Lucaia e do rio Camarajipe.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
235
Figura 240 – Trecho de cruzamento entre as Figura 241 – Avenida Vasco da Gama em 1979 e
atuais avenidas Juracy Magalhães e Rua Lucaia o rio Lucaia no canteiro central
(data desconhecida)

Fonte: Blog Rios de Salvador,2019 Fonte: Correio da Bahia, 2020


Figura 242 – Trecho do rio Camarajipe na atual Rua do Canal (possivelmente antes do desvio na
década de 70)

Fonte: Blog Rios de Salvador, 2019


A Bacia do Lucaia é responsável pela drenagem de parte dos esgotos domésticos da cidade de
Salvador. Esse rio encontra-se em toda a sua extensão fechado (encapsulado) no trecho da
Avenida Vasco da Gama; parcialmente fechado devido as obras do Trecho 1 do BRT (Bus Rapid
Transit) na Avenida Antônio Carlos Magalhães e com seção aberta na Avenida Juracy Magalhães
Júnior. Atualmente encontra-se em fase de estudos o projeto do Trecho 2 do BRT entre a região
do Cidade Jardim (bairro Candeal) e Estação da Lapa, o qual prevê intervenções na calha do
antigo rio Camarajipe, que atualmente flui para o rio Lucaia. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do rio Lucaia com a hidrografia,
principais sub-bacias e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
236
Figura 243 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
237
2.5.1. PROJETO DO BRT SALVADOR
O principal projeto de interferência na bacia do rio Lucaia se refere a implantação dos Corredores
de Transporte Público Integrado, no trecho Lapa – LIP (Ligação Iguatemi/Paralela), conhecido
como Projeto BRT Salvador e que estão sendo implantados pela Prefeitura, com recursos da
Caixa Econômica Federal, do Orçamento Geral da União e do Tesouro Municipal. Em virtude
disso será apresentada uma caracterização geral da obra e das intervenções previstas para a
micro e macrodrenagem da região.
O primeiro trecho da obra, com extensão de 2,9 km ligando o Parque da Cidade ao Iguatemi
(Estação de Integração BRT/Metrô) foi concluída, contudo, ainda não operante. A segunda etapa,
ainda não implantada irá ligar a Estação da Lapa ao Parque da Cidade a partir de um percurso de
5,5 km. A terceira etapa se encontra em estudo, e consiste na expansão do segundo trecho
realizando a ligação do Parque da Cidade ao Posto dos Namorados na Pituba, num percurso de
1,8 km. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra os trechos de intervenções
previstos para a implantação dos corredores de transporte.
Figura 244 – Trechos de intervenções dos corredores de transporte

Fonte: PMS, 2017

2.5.1.1. INTERVENÇÕES DO PROJETO NA MACRODRENAGEM


O traçado do Trecho 1 está localizado no percurso do canal do braço antigo do Camarajipe, que
no PMSBI está sendo considerado como sub-bacia norte do rio Lucaia. Nesse trecho entre o
Iguatemi e o elevado Cidadela, o canal tem cerca de 2.238 m de extensão, com seção retangular
e revestimento de concreto armado, tendo sido previsto trechos com seção aberta e fechada, com
largura variável entre 3 a 6 m. Os trechos fechados foram indicados devido a construção de vias
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
238
ampliadas, dos elevados e dos desvios construídos. Incluindo as obras do Trecho 2, a extensão
total das intervenções na macrodrenagem será de 3,8 km, considerando desde o Iguatemi até o
trecho do rio Lucaia, próximo da Estação de Condicionamento de Esgoto (ECP) da Embasa.
Os estudos hidrológicos da bacia onde serão realizadas as intervenções do BRT estimou uma
vazão máxima do trecho do braço do Camarajipe Sul, que abrange desde o Shopping da Bahia
até a Rua Lucaia estão apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada.. A vazão
máxima do canal para o período de retorno de 25 anos corresponde a 59,72 m 3/s e para 15 anos,
a vazão de 50,14 m 3/s. Para considerar os efeitos de remanso devido a influência da maré na foz
do rio o estudo adotou a cota de 3,60 m, no ponto de confluência com o canal da Rua Lucaia.
Figura 245 – Resultados dos estudos hidrológicos do Braço do Camarajipe (Shopping da
Bahia – Rua Lucaia)

Fonte: Projeto BRT - Etapa 2; PMS, 2017

As seções previstas para o canal no trecho citado estão apresentadas na Erro! Fonte de
referência não encontrada. , tendo sido previstas seções retangulares e trapezoidais, com base
de 3,0 a 9,0 metros e altura de 2,50 m a 3,0 m.
Tabela 6 - Seções projetadas para o canal do braço do Camarajipe Sul no Trecho 1 e Trecho
2
Dimensões (Largura x altura,
Estaca Seção
em m)
0+0,00 a 26+3,90 Retangular 3,0 x 2,50
26+3,90 a 34+1,10 Retangular 3,2 x 2,50
34+1,10 a 64+11,84 Retangular 4,5 x 2,50
64+11,84 a 95+14,84 Retangular 5,0 x 2,50
95+14,84 a 173+6,00 Trapezoidal 9,0 x 2,50
173+6,00 a 192+6,00 Trapezoidal 9,0 x 3,00
Fonte: Adaptado Projeto BRT - Etapa 2; PMS, 2017

Além da implantação do canal ao longo da Avenida Juracy Magalhães Júnior até a ECP Embasa,
serão realizadas intervenções da Rua Lucaia com extensão de 484 m, em seção retangular dupla
fechada com largura de 3,40 m e altura de 2,70 m, conforme apresentado na Erro! Fonte de

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
239
referência não encontrada.. Na lateral desse canal será previsto uma galeria isolada somente
destinada a captação da microdrenagem da Rua Lucaia.
Figura 246 – Seção do canal do rio Lucaia na Rua Lucaia

Fonte: Projeto BRT - Etapa 2; PMS, 2017

Outras intervenções previstas no projeto do Trecho 2 que se encontra em revisão, e que foram
apresentadas em nível conceitual são:

• Interceptação e desvio da microdrenagem da Rua Lucaia

Consiste no ajustamento do canal de ligação da galeria da Avenida Vasco da Gama ao local de


confluência com o Braço Sul do rio Lucaia (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Esse
canal, situado na Rua Lucaia, próximo da Embasa terá um septo longitudinal incorporado à sua
estrutura e destinado a receber e deter o escoamento superficial da Rua Lucaia, pois a cota dessa
via é mais baixa que a cota do perfil da água no interior do canal, o que é comprovado pelo
histórico de alagamentos que ocorrem nessa rua em períodos de chuva mais intensos. Esse septo
será isolado, sem comunicação com o canal. O volume nele retido será esvaziado a partir de
bombas, pois exercerá a função de deter o escoamento da microdrenagem da área. Esse sistema
será constituído por três pequenas bombas tipo “sapo” ou de esgotamento de valas, com
capacidade para 25m³/h, e altura manométrica da ordem de 3 m. Essas bombas serão
alimentadas por instalação elétrica com quadro de controle e reversores para funcionamento
alternativo, uma de cada vez. Duas bombas serão de reserva pois é preciso prevenir contra
deficiências operacionais e de manutenção. O referido septo funcionará como uma bacia de
detenção com volume adicional também destinado a prevenir deficiências operacionais.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
240
Figura 247 – Trecho da Rua Lucaia no sentido Shopping da Bahia em cota inferior à cota
máxima de enchente do canal

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

• Readequação hidráulica do trecho do canal de macrodrenagem no trecho da rua do canal, até a foz
do rio no Largo da Mariquita

Dentre as intervenções que estão em estudo no trecho final, à jusante da confluência do Rio
Lucaia com o Braço Sul prevê-se a necessidade de estudos para a elaboração de um programa
municipal específico que incorpora intervenção na foz do rio, visando, solucionar a obstrução da
área do lançamento no mar (bancos de areia). As verificações preliminares indicam a
possibilidade de minimizar a interferência nesse canal (trecho confluência – foz) com redução da
descarga do rio Lucaia com a utilização do Dique do Tororó para amortecimento.

• Readequação da microdrenagem e macrodrenagem entre a Avenida Valê do Tororó e a Praça Dr.


João Mangabeira

Uma outra intervenção necessária ao ajustamento do corredor LAPA LIPE à sua função no BRT
consiste na implantação de uma nova galeria interligando o sistema de drenagem da área da
Estação da Lapa, na Avenida Valê do Tororó ao canal de macrodrenagem existente na Praça Dr.
João Mangabeira, que liga ao Dique do Tororó. Inclui-se ainda a necessidade de se reavaliar a
capacidade hidráulica da captação de tempo seco da Embasa existente entre a Praça Dr. João
Mangabeira e o Dique do Tororó.

2.5.2. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM


A bacia citada, que tem como principal corpo d’água o rio Lucaia, tendo sido considerado para fins
de caracterização a delimitação proposta pela SEINFRA (2015), entre bacia norte, que contempla
o leito original do rio Camarajipe, que segue pela Avenida ACM e Avenida Juracy Magalhães, e a
bacia sul, que contempla o leito original do rio Lucaia.

2.5.2.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM NORTE


A Bacia Norte possui área de 6,51 Km², desmembrados da bacia original do Rio Camurajipe, nas
imediações do Shopping Center da Bahia, em meados da década de 70 objetivando solucionar os
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
241
problemas de inundações ocorrentes na foz, no Largo da Mariquita. Com o desvio do leito para
outro destino a porção desmembrada da bacia permaneceu dessecada pelo trecho do curso
remanescente, entalhado no vale ocupado pelas avenidas ACM e Juracy Magalhães Junior, que
se prolonga até a confluência com o Rio Lucaia, a 900 m da foz.
Atualmente no Braço Norte, na região compreendida entre o Shopping da Bahia e o Parque da
Cidade o leito do rio sofreu intervenções com a implantação de obras de macrodrenagem para
viabilizar o Trecho 1 do BRT de Salvador. Nesse trecho era comum a ocorrência de inundações
na região do Cidadela, contudo, com as obras os problemas foram solucionados.
O detalhamento das sub-bacias que compõem a Bacia Norte, é apresentado na Erro! Fonte de
referência não encontrada., sendo descrito a seguir as principais contribuições de sub-bacias
dessa região para o canal principal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
242
Figura 248 – Sub-bacia Norte da bacia hidrográfica do rio Lucaia

Fonte: SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
243
2.5.2.1.1. Canal principal da Av. Antonio Carlos Magalhães/Juraci Magalhães – do Shopping da Bahia à
confluência
A bacia desse canal é esgotada pelo antigo Braço Sul do rio Camarajipe, que é o trecho
remanescente de leito original desviado para atenuar inundações a jusante. Atualmente se trata
de um canal com seção retangular fechada com largura variáveis entre 3,0 a 9,0 metros, e alturas
fixa de 2,5 m numa extensão de 2,3 km. O percurso do canal executado segue o contorno atual
da Avenida ACM e da Avenida Juracy Magalhães até a entrada da região conhecida como Cidade
Jardim (bairro Candeal).
Antes das intervenções de macrodrenagem os pontos mais vulneráveis estavam situados na
confluência da galeria que deságua no Hiperposto e o edifício Cidadela Center, além do trecho
entre a rua da Polêmica e da Rua Teixeira Barros. As principais contribuições para esse canal são
da galeria da galeria da Avenida ACM, que drena parte dos bairros do Itaigara e Pituba; o canal
do Parque da Cidade, e galeria do bairro do Candeal, que segue pela Rua Leonor Calmon.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do canal principal no trecho 1 que foi executado e do trecho
que se encontra em condições naturais.

Figura 249 – Trecho do canal da Fase 1 do BRT implantado na Avenida Juracy Magalhães,
próximo do Parque da Cidade

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
244
Figura 250 – Vista da calha do rio próximo ao Figura 251 – Trecho de adutora de ferro fundido
bairro do Vale das Pedrinhas transversal ao leito do canal próximo da entrada
do Vale das Pedrinhas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 252 – Vista do leito do canal após as Figura 253 – Dispositivos de microdrenagem
obras do Trecho 1 do BRT implantados durante a obra do BRT que
direcionam para o canal

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Após o trecho do canal, a partir da região do Cidade Jardim, o mesmo segue em leito natural com
seção trapezoidal e revestimento natural, num percurso de 1.600 metros no canteiro central, até a
confluência com o canal do rio Lucaia. No trecho final desse canal numa extensão de 176 metros
o revestimento do canal é de alvenaria de pedra. O principal contribuinte do canal pela margem
esquerda nesse trecho é o do Vale das Pedrinhas, e das galerias de microdrenagem do Horto
Florestal, que seguem pela Avenida Santa Luzia e Rua Desembargador Plínio Guerreiro. O canal
do Vale das Pedrinhas desagua no ponto de coordenadas UTM 555896.31 m E e 8562220.06 m
S; e as galerias de microdrenagem do Horto Florestal desaguam no ponto de coordenadas UTM
555671.47 m E e 8562208.81 m S.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
245
2.5.2.1.2. Canal da Av. Vale das Pedrinhas
Canal da margem esquerda que drena os bairros de Santa Cruz, Chapada do Rio Vermelho, rio
Vermelho e parte do Nordeste de Amaralina, e que se localiza no talvegue do Vale das Pedrinhas.
O canal principal possui extensão aproximada de 1.100 m, com início visível na Rua Teodoro
Sampaio, no bairro de Santa Cruz, segue paralelo a Avenida Vale das Pedrinhas até realizar a
travessia na Avenida Juracy Magalhães a partir de dois bueiros tubulares com diâmetro de 1000
mm. A seção do canal é variável entre quadrada, retangular e mista (retangular + trapezoidal),
com trechos abertos no início onde é possível identificar a estrutura concebida com placas de
concreto e em alguns trechos revestidos de concreto. A largura varia entre 1,5 m a 2,0 m, com
profundidade em torno de 1,5 a 2,0 m. Os principais pontos de inundações estão localizados no
cruzamento da rua Teodoro Sampaio com a Avenida Vale das Pedrinhas, onde há a confluência
de toda a microdrenagem da região; e em campo se constata também a existência de residências
com degraus nas portas devido aos problemas citados. O acesso para manutenção é difícil e a
quantidade de dispositivos do tipo caixas coletoras se mostra insuficiente para captar o
escoamento superficial.
Em meados do ano de 2018 a Prefeitura realizou intervenções na calha do rio do Vale das
Pedrinhas, com a canalização do trecho final entre a Rua Vale das Pedrinhas e a Avenida Juracy
Magalhães, numa extensão de 230 metros. As obras de drenagem contemplaram a implantação
de uma galeria de drenagem retangular fechada com base de 3,0 m e altura de 2,0 m. Na parte
superior da galeria foram realizadas obras de urbanização com a implantação de equipamentos
de lazer. As Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra ume esquemático do traçado do
canal e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
246
Figura 254 – Traçado esquemático do canal do Vale das Pedrinhas

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
247
Figura 255 – Vista do canal no Vale das Figura 256 – Vista da rua de acesso ao canal no
Pedrinhas abaixo de construções Vale das Pedrinhas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 257 – Trecho de mudança da seção do Figura 258 – Vista do trecho do canal
canal de retangular para trapezoidal parcialmente fechado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 259 – Lançamento do canal do Vale das Pedrinhas

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.1.3. Canal do Parque da Cidade


O Canal do Parque da Cidade que drena os bairros de Santa Cruz, com início na Rua Nova
República e que segue pela área interna do Parque da Cidade, realizando a travessia com galeria
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
248
fechada na Avenida ACM e deságue no braço do Camarajipe. A extensão total aproximada do
canal é de 975 metros, a partir da Avenida Nova República. As dimensões desse canal de
macrodrenagem são constituída de 3 trechos:

• Galeria subterrânea da Av. Nova República: Geometria desconhecida com 765m de extensão;
• Galeria retangular de 3,00 x 2,00m com 312 m de extensão;
• Galeria circular dupla de 1,20m de diâmetro, com 494 m de extensão.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do Parque
da Cidade e as Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos da época do tamponamento desse canal, e a
Erro! Fonte de referência não encontrada. a área urbanizada do parque onde passa o canal.

Figura 260 - Traçado esquemático do traçado do canal do Parque da Cidade

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
249
Figura 261 – Canal do Parque da Cidade antes Figura 262 – Obras do Parque da Cidade em
das obras de canalização execução

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 263 – Área do Parque da Cidade com canal de macrodrenagem implantado

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.1.4. Galeria da Av. Antônio Carlos Magalhães – Pituba Parque Center


Essa galeria foi implantada em meados do ano de 2010 na Av. Antônio Carlos Magalhães sendo
responsável pela drenagem de boa parte do bairro do Itaigara. Esse canal se inicia no cruzamento
da Rua Anísio Teixeira com a Avenida ACM, segue paralelo a Avenida ACM e desagua no canal
do braço do Camarajipe. A galeria possui extensão total de 1.178m, e foi dividida, quando da
elaboração de seu projeto, em quatro trechos, cujas extensões e dimensões das seções
transversais retangulares são:

• 3,00 x 1,50m: 301 m;


• 3,00 x 2,00m: 180 m;
• 3,50 x 2,00m: 627 m;
• 2 x tubos 2,20m: 70 m.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um traçado esquemático desse canal
desde o início até o lançamento final, não sendo registrados problemas de alagamentos nessa
região.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
250
Figura 264 – Traçado esquemático do canal da Avenida ACM no Itaigara

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.5.2.1.5. Canal da Travessa Pirangi


Corresponde a um canal localizado com início no talvegue da Travessa Pirangi, segue pela Rua
Senador Teotônio Vilela, atravessa a marginal da Avenida ACM e deságua no canal do braço do
Camarajipe. Se trata de uma área residencial com ocupações irregulares e infraestrutura
deficiente com registros de alagamentos. O canal de seção aberta possui extensão aproximada de
46 metros, largura de 2,0 e profundidade de 0,5 m. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
do trecho citado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
251
Figura 265 – Situação do em torno do canal da Figura 266 – Canal da Travessa Pirangi com
Travessa Pirangi laterais densamente ocupadas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.1.6. Galeria da Rua Anísio Teixeira (Canal do Hiperposto)


Esse canal drena as águas pluviais do bairro do Itaigara e Pituba, e direciona para o canal da
Avenida ACM. O sistema inicia na Praça Ana Lúcia Magalhães com seção retangular de concreto
e dimensões de 3,0 m x 1,0 m, atravessa a Rua Padre Manoel Barbosa em direção à Rua Anísio
Teixeira com galeria circular com diâmetro de 1200 mm e depois segue no fundo de condomínios.
No trecho a partir da Rua Anísio Teixeira, esse canal segue retangular revestido de alvenaria de
pedra com largura de 2,0 m e altura de 1,0 m, e com seção trapezoidal com altura de 1,20 m. O
canal realiza duas travessias: uma na Rua Yitzahak Rabin e depois na Rua Wanderley Pinto a
partir de manilhas de concreto com diâmetro de 1.500 mm. Nessa região da Rua Wanderley Pinto
o canal segue no fundo de edifícios com seção retangular de alvenaria de pedra com largura
variáveis entre 3,0 a 4,0 metros e profundidades de até 1,80 m, até alcançar a local onde existe o
Hiperposto, onde finaliza o trecho fechado. A travessia do canal abaixo da Avenida ACM até a foz
no canal do braço do Camarajipe ocorre com uma galeria de concreto, com seção retangular,
largura de 4,0 m e altura de 1,80 m. A extensão total aproximada desse sistema é de 1.296
metros até o deságue no canal do braço do Camarajipe. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o traçado esquemático desse canal e as Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos históricos dessa região devido aos problemas de inundações que ocorrem no em
torno, devido a deficiência do sistema existente.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
252
Figura 267 – Traçado esquemático do canal da Anísio Teixeira

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 268 – Alagamentos na Rua Wanderley Figura 269 – Alagamentos na Praça Ana Lúcia
Pinho Magalhães

Fonte: PMS, 2015 Fonte: PMS, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
253
Figura 270 Vista do emboque do canal aberto da Figura 271 – Vista de jusante do canal aberto na
Rua Wanderley Pinho Rua Wanderley Pinho, próximo do cruzamento
com a Rua Luiz Portela da Silva

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 272 – Vista de montante do canal aberto Figura 273 – Vista do canal da Rua Wanderley
na Rua Wanderley Pinho Pinho com estruturas danificadas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM SUL


A Bacia Sul é esgotada por uma galeria de concreto armado, fechada, que se estende desde o
vertedor do Dique do Tororó até a interseção da Av. Vasco da Gama com a rua Lucaia, e depois
segue com seção retangular revestida de alvenaria de pedra até a foz, no Largo da Mariquita.
Outras galerias tributárias afluem diretamente para a galeria da Vasco da Gama no citado trecho.
Essas galerias são provenientes de: ligação Garibaldi Vasco da Gama; Vila América, Onze de
agosto, Silvestre Farias, Vale da Muriçoca e do Vale do Ogunjá.
A bacia Sul é composta pelas sub-bacias indicadas no Erro! Fonte de referência não
encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação das sub-
bacias. Posteriormente são descritas as principais contribuições de sub-bacias dessa região para
o canal principal.
Quadro 7 – Sub-bacias do sistema de macrodrenagem sul da bacia do rio Lucaia
Área da
Sub-
sub-bacia Localização Bairro
bacia
(hectares)
SUBACIA 115,47 1ª TRAVESSA CAMINHO DE DENTRO ENG.VELHO DE BROTAS
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
254
Área da
Sub-
sub-bacia Localização Bairro
bacia
(hectares)
01 2ª TRAVESSA BRÍGIDA DO VALE ENG.VELHO DE BROTAS
TRAVESSA DIQUE PEQUENO ENG.VELHO DE BROTAS
TRAVESSA GUARANI ENG.VELHO DE BROTAS
TRAVESSA ELOY GUIMARÃES TORORÓ
AV. CENTENARIO/5º CENTRO DE SAÚDE GARCIA
RUA MARUJOS DO BRASIL TORORÓ
VALE DO TORORÓ (ACESSO AO TERMINAL TORORÓ
DA LAPA)
SUBACIA
2ª TRAVESSA ALMEIDA SANDE BARRIS
02 125,72
PRAÇA ROCKFELLER BARRIS
LADEIRA DA FONTE GARCIA
RUA AMPARO DO TORORÓ TORORÓ
RUA MONSENHOR RUBEN MESQUITA TORORÓ
1ª TRAVESSA SOUZA UZEL FEDERACAO
RUA SOUZA UZEL FEDERACAO
AVENIDA ANITA GARIBALDI FEDERACAO
SUBACIA RUA FERREIRA SANTOS FEDERACAO
64,6183
03 RUA ONZE DE AGOSTO FEDERACAO
RUA PADRE DOMINGOS DE BRITO DE CIMA FEDERACAO
RUA GOMES BRANDÃO GARCIA
RUA PREDILIANO PITTA GARCIA
LADEIRA MANOEL FAUSTINO ENG.VELHO DE BROTAS
SUBACIA
34,0312 RUA CHILE DA CAPELINHA ENG.VELHO DE BROTAS
04
RUA PADRE LUIZ FIGUEIRA ENG.VELHO DE BROTAS
SUBACIA FEDERACAO
27,32 BAIXA DA ÉGUA
05
SUBACIA FEDERACAO
10,1178 RUA SILVESTRE FARIAS
06

SUBACIA RUA ALMIRANTE FRANCISCO MUNIZ ACUPE DE BROTAS


07 94,4326
AVENIDA GENERAL GRAÇA LESSA ENG. VELHO DE BROTAS
VALE DA MURIÇOCA FEDERACAO
SUBACIA TRAVESSA JOÃO DE DEUS ENG.VELHO DA FEDERACAO
51,24
08 TRAVESSA MOSSORÓ ENG.VELHO DA FEDERACAO
AVENIDA EDITH FEDERACAO
SUBACIA ACUPE DE BROTAS
8,65 AVENIDA CAETANO
09
SUBACIA FEDERACAO
17,639 RUA MANUEL BOMFIM
10
SUBACIA ACUPE DE BROTAS
52,4733 RUA JARDIM SANTA HELENA
12
3ª TRAVESSA APOLINÁRIO DE SANTANA ENG.VELHO DA FEDERACAO
RUA DULCE ENG.VELHO DA FEDERACAO
SUBACIA
32,9816 TRAVESSA ASSIS ENG.VELHO DA FEDERACAO
14
TRAVESSA PASSOS ENG.VELHO DA FEDERACAO
TRAVESSA SÃO SEBASTIÃO ENG.VELHO DA FEDERACAO
SUBACIA 6,63 AV. LUCAIA RIO VERMELHO
17/18 28,65 RUA LUCAIA RIO VERMELHO
SUBACIA RUA OSVALDO CRUZ RIO VERMELHO
34,92
19 RUA DO MEIO RIO VERMELHO
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
255
Figura 274 – Sub-bacia Sul da bacia hidrográfica do rio Lucaia

Fonte: SEINFRA, 2015

2.5.2.2.1. Canal principal do Rio Lucaia na Avenida Vasco da Gama


O canal principal do Rio Lucaia se inicia a partir do Dique do Tororó, considerado como área de
nascente, e que possui como extravasores quatro bueiros tubulares que direcionam as águas para
o canal fechado que segue no canteiro central da Avenida Vasco da Gama. Em meados do ano
de 2012 foram realizadas obras de macrodrenagem contratadas pela Prefeitura para a

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
256
canalização do canal desde o dique até a Rua Lucaia, próximo do cruzamento com a Avenida
Anita Garibaldi. Na parte superior fechada do canal foram construídos corredores de ônibus.
O canal existente possui seção retangular fechada de concreto armado com as dimensões 5,0 x
2,50 m, com extensão total de 1.650 m, desde o vertedor do Dique do Tororó até a confluência
com a galeria da Avenida General Graça Lessa (Vale do Ogunjá). O percurso do canal segue
abaixo do canteiro central da via, tendo sido construído sob um aterro os corredores de ônibus,
que se encontram numa cota superior em relação à cotas vias laterais da Avenida Vasco da
Gama. Na lateral dos corredores de ônibus foram previstas entradas d’água se direcionam as
águas pluviais para valetas, e estas por sua vez direcionam para caixas coletoras, posicionadas
entre o canteiro e as vias principais. As caixas coletoras recebem a contribuição das águas
escoadas, tanto dos corredores quanto das vias principais. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
da região.

Figura 275 – Vista do Dique do Tororó

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
257
Figura 276 – Extravasor do Dique do Tororó e Figura 277 – Vista do canteiro central com o
início do rio Lucaia corredor de ônibus da Avenida Vasco da Gama
onde passa a galeria fechada

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 278 – Valetas laterais no canteiro ao lado Figura 279 – Caixas coletoras da microdrenagem
do corredor de ônibus interligadas às valetas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Após o trecho de intercessão do canal entre a Avenida General Graça Lessa e a Rua Sérgio de
Carvalho ocorre uma mudança de seção do canal, sendo constituído por uma galeria tripla de
concreto armado, com seção (largura x altura) 3,0 m x 2,50 m, e depois 3,0 m x 2,75 m, numa
extensão de 1.540 m, onde a obra foi interrompida, no encontro com o canal existente na Rua
Lucaia, próximo do cruzamento com a Rua Waldemar Falcão. A seção do canal no trecho aberto é
retangular e revestida em alvenaria de pedra, que se encontra em situações precárias de
manutenção, onde se observa assoreamento, vegetação alta, interferências de adutoras e o
escoamento de esgoto. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho final da galeria
fechada na Avenida Vasco da Gama, onde se destaca a existência de uma adutora de ferro
fundido ancorada na estrutura.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
258
Figura 280 – Vista do trecho final do canal fechado Figura 281 – Vista de montante para jusante
da Avenida Vasco da Gama, próximo do cruzamento do canal do Lucaia após o trecho fechado
com a Avenida Anita Garibaldi

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.2. Canal principal do Rio Lucaia na Rua Lucaia até a foz


Este canal aberto, com início próximo da Rua Waldemar Falcão está disposto ao longo da Rua
Lucaia, com seção irregular, com dimensões: largura = 10m e altura = 3,5m, com revestimento em
em paredes de alvenaria de pedras por uma extensão de 1.434 m de extensão. O percurso do
canal ocorre no canteiro central da Rua Lucaia, e a montante recebe a confluência do canal do
braço norte da bacia, no caso, da antiga calha do rio Camarajipe, seguindo juntos pela Avenida
Juracy Magalhães Júnior, conhecida como Rua do Canal até a foz no Largo da Mariquita.
Especificamente no trecho do canal na Rua Lucaia, próximo da unidade ECP da Embasa são
registrados problemas de inundações em períodos chuvosos intensos, na via com sentido de ida
para o Shopping da Bahia. Os eventos de inundações são registrados, pois a cota da via na
margem direita do canal se encontra em cota inferior aos eventos de enchente, assim se observa
o retorno das águas pelas caixas coletoras, ou extravasamento acima das paredes do canal, o
que não é observado na via da margem esquerda, que se encontra em cota superior.
Esse trecho do canal se encontra em situação precária de manutenção sendo constatado danos
na estrutura de alvenaria de pedra, presença de vegetação de grande porte em crescimento nas
paredes do canal, além do assoreamento. Se destaca que no trecho do canal na Rua Lucaia foi
implantado pela Embasa uma Captação de Tempo Seco (CTS) evitando que o fluxo de esgoto
alcance a Praia do Rio Vermelho, que é um ponto turístico da região. De acordo com a SEINFRA
essa galeria possui capacidade crescente que aumenta ao longo do seu curso até o limite de sua
capacidade de 75m³/s. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
259
Figura 282 – Vista do canal do Lucaia na rua Figura 283 – Vista da captação de tempo seco à
Lucaia esquerda no canal do rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
260
Figura 284 – Vista do canal na rua Lucaia em Figura 285 – Vista da confluência do rio Lucaia à
direção à foz do rio esquerda com o braço do Camarajipe à direita

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 286 – Vista da foz do braço do Figura 287 – Estrutura de alvenaria do canal
Camarajipe no local de confluência com o rio destruída na Rua do Canal
Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 288 – Vista da foz do rio Lucaia no Largo da Mariquita

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
261
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal na Rua Lucaia e rua do Canal nas
situações críticas citadas.
Figura 289 – Canal do rio Lucaia na Rua Lucaia Figura 290 – Canal do rio Lucaia na Avenida
em 09/04/2015 Juracy Magalhães Júnior

Fonte: PMS, 2015 Fonte: PMS, 2015

2.5.2.2.3. Canal da Av. Centenário – 5º Centro de Saúde Clementino Fraga


Na região dos bairros dos Barris, Tororó e Garcia foram identificados canais que se encontram no
em torno da Praça Dr. João Mangabeira e que serão descritos a seguir, tendo as águas escoadas
direcionadas para uma Captação de Tempo Seco (CTP) da Embasa, localizada próxima do Dique
do Tororó:

• Canal da Avenida Centenário – 5º Centro de Saúde;


• Canal principal Avenida Valê do Tororó – Estação da Lapa, e
• Canal da Ladeira da Fonte no Vale dos Barris.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do traçado desses
canais na região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
262
Figura 291 – Traçado esquemático dos canais na região da Praça Dr. João Mangabeira

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

O canal da Avenida Centenário tem início no canteiro central da Av. Centenário (ramo Norte) nas
proximidades do Departamento de Polícia Técnica, e segue até a Praça Dr. João Mangabeira,
realizando o lançamento no canal da Avenida Vale dos Barris. Esse canal possui distância
aproximada de 355 metros. A seção transversal média do canal natural apresenta dimensões de
largura do fundo: 1,0 m e taludes inclinados de: 2H:1V.
No local do acesso de retorno à Avenida Centenário, próximo do 5º Centro de Saúde ocorre uma
travessia do canal a partir de uma galeria retangular de concreto armado com largura de 2,0 m e
altura de 1,0 m. Antes da travessia se destaca a existência de uma adutora de ferro fundido que
corta transversalmente a seção do canal, reduzindo nesse caso, a seção de escoamento do canal.
No trecho onde existe a UPA Vale do Barris, o canal segue abaixo da construção a partir de uma
galeria de concreto armado com largura de 1,5 m e altura de 1,0 m. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos do trecho visitado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
263
Figura 292 – Vista do canal no trecho da Avenida Figura 293 – Vista da estrutura de lançamento do
Centenário canal após a UPA

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 294 – Vista da adutora existente a montante da galeria

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.4. Canal principal Avenida Valê do Tororó - Estação da Lapa


O canal inicia no cruzamento da rua Monsenhor Rubem de Mesquita e da Rua Marujos do Brasil,
segue pela Rua Monsenhor Rubem de Mesquita, depois pela Avenida Vale do Tororó, atravessa o
canteiro da Avenida Presidente Costa e Silva, e se interliga com o canal da Ladeira da Fonte, no
bairro do Garcia. O canal desse trecho possui seção retangular fechada de concreto armado com
largura de 2,5 m e altura de 1,85 m, e nas proximidades da Praça Dr. João Mangabeira segue em
seção trapezoidal natural aberta com profundidade aproximada de 2,0 m, e depois retorna à
seção fechada realizando a travessia da Avenida Presidente Costa e Silva. A extensão total desse
canal é de 976 metros.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
264
Figura 295 – Vista do canal de jusante para Figura 296 – Vista de montante do emboque do
montante do trecho de canal aberto próximo da canal para a travessia na avenida
praça

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.5. Canal da Ladeira da Fonte - Vale dos Barris


Esse canal se inicia na Ladeira da Fonte, no Vale dos Barris, segue paralelo a Avenida Vale dos
Barris com seção aberta trapezoidal irregular e revestimento natural, depois realiza uma travessia
com uma galeria fechada de seção retangular na Praça Dr. João Mangabeira, e segue com seção
aberta na área da praça, próximo da UPA do Vale dos Barris. Esse canal recebe pela margem
direita a contribuição do canal da Avenida Centenário.
No final da praça, no sentido do Dique do Tororó, o canal com seção aberta e trapezoidal,
revestida naturalmente atravessa com galeria fechada novamente a praça em direção ao canteiro
que separa a Avenida Presidente Costa e Silva e Avenida Vasco da Gama. Nesse percurso o
canal recebe pela margem esquerda o canal do Vale do Tororó.
No canteiro existente há uma estação elevatória do tipo captação de tempo seco (CTP) da
Embasa que recalca as águas desse canal para a Estação de Condicionamento Prévio (ECP) do
Rio Vermelho. Em visitação de campo se constatou fluxo constante de esgoto no canal
principalmente derivado do canal do Vale do Tororó. No local dessa ECP também se identifica
uma galeria tubular com diâmetro de 1,5 m que funciona como um extravasor do Dique do Tororó.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos da região visitada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
265
Figura 297 – Vista do canal a partir da Avenida Figura 298 – Vista do canal na Avenida Vale dos
Prof. Paulo Almeida Barris

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 299 – Vista do emboque do canal antes da Figura 300 – Lançamento do canal próximo da
travessia para a praça UPA Vale dos Barris

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
266
Figura 301 – Vista do trecho aberto do canal na Figura 302 – Vista de montante do emboque do
área da praça canal antes da travessia em direção a CTS

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
267
Figura 303 – Vista do bueiro extravasor do dique Figura 304 – Vista da captação de tempo seco da
Embasa

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.6. Galeria da Rua Dique Pequeno – Dique do Tororó


Essa galeria está localizada na Rua Dique Pequeno, que corresponde a uma área de talvegue
que drena parte das águas pluviais dos bairros de Boa Vista de Brotas e Engenho Velho de
Brotas. A região é bastante íngreme sendo identificado uma área embrejada e com vegetação
sem ocupação, existindo somente um campo de futebol no local. Com base em informações locais
estima-se que a galeria possua diâmetro de 800 mm, percorrendo uma distância de 185 metros
até o lançamento final no Dique do Tororó. Ao longo do percurso da rua se observa a existência
de caixas coletoras e algumas escadarias drenantes, como caixas coletoras nas partes baixas,
que direcionam para a galeria principal dessa rua. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um traçado esquemático dessa galeria e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um registro da área da baixada.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
268
Figura 305 – Traçado esquemático da galeria

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 306 – Região da baixada da Rua Dique Pequeno

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
269
2.5.2.2.7. Canal da Av. Reitor Miguel Calmon/Av. Anita Garibaldi
A região de drenagem desse canal trata-se de uma área fragmentada em três encostas diferentes,
drenadas através da linha baixa Praça Lord Cochrane, Vasco da Gama e suas ramificações de
montante, para as avenidas Reitor Miguel Calmon e Anita Garibaldi. A encosta do Garcia é
delimitada, na linha alta, pelas ruas Prediliano Pita e Quintino Bocaiúva e na linha baixa, pelo
canal existente (ruas do Trilho e Padre Domingos de Brito).
A galeria principal desta bacia corresponde ao canal do Vale do Canela com escoamento por um
canal de seção retangular (2,0x1,2m), com revestimento variável entre alvenaria de pedra e
gabião caixa, seguindo o percurso até a Praça Lord Cochrane. No trecho após a praça, o canal
segue no canteiro da Avenida Garibaldi com seção aberta trapezoidal, com largura variável e
profundidade de 2,0 m, e com revestimento natural por uma extensão de 332 metros. A extensão
total do canal é de 1.000 m. A foz desse canal se localiza no cruzamento com a Avenida Vasco da
Gama, onde foram previstos dois bueiros tubulares de concreto com diâmetro de 800 mm.
Ressalta-se que nesse local existe uma captação de tempo seco da Embasa, localizada no
canteiro da Avenida Vasco da Gama. De acordo com a SUCOP no final da Avenida Reitor Miguel
Calmon, o canal está bloqueado por rocha e há estrangulamento da seção. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o esquemático do traçado desse canal e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos da região visitada.
Figura 307 – Traçado esquemático do canal da Av. Reitor Miguel/Av. Anita Garibaldi

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
270
Figura 308 – Canal de alvenaria na Av. Reitor Figura 309 – Canal parcialmente revestido de
Miguel Calmon gabião na Av. Reitor Miguel Calmon

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 310 – Vista do canal na Avenida Garibaldi Figura 311 – Vista do trecho final do canal na
Avenida Vasco da Gama, antes da CTP

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.8. Galeria da Rua Onze de Agosto


Corresponde a uma área de talvegue totalmente ocupada no bairro da Federação, sendo que as
águas pluviais são direcionadas para uma galeria existente na Rua Onze de Agosto com extensão
aproximada de 431 metros e com seção desconhecida. A rua é pavimentada, dispõe de meio-fio,
mas se observa escassez de caixas coletoras, sendo somente identificados modelos simples nos
pontos baixos das ruas transversais. Não são registrados problemas de alagamento nessa região.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um traçado esquemático da galeria que
contribui para o canal do rio Lucaia na Avenida Vasco da Gama.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
271
Figura 312 – Traçado esquemático da galeria da Rua Onze de Agosto

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.5.2.2.9. Galeria da Rua Silvestre de Farias


Corresponde a uma área de talvegue totalmente ocupada no bairro da Federação, sendo que as
águas pluviais são direcionadas para uma galeria existente na Rua Silvestre de Farias com
extensão aproximada de 235 metros e com seção desconhecida. A rua é pavimentada, dispõe de
meio-fio, mas com necessidade de sacheamento, e se observa escassez de caixas coletoras,
sendo somente identificados modelos simples. Não são registrados problemas de alagamento
nessa região. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um traçado esquemático da
galeria que contribui para o canal do rio Lucaia na Avenida Vasco da Gama.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
272
Figura 313 – Traçado esquemático da galeria da Rua Silvestre de Farias

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.5.2.2.10. Canal da Av. Graça Lessa – Vale do Ogunjá


O Vale do Ogunjá, na Avenida Graça Lessa teve sua drenagem estruturada para suporte do
sistema viário na implantação do sistema de Corredores de Transporte. O talvegue tem
aproximadamente 1 km de extensão e apresenta dois grotões laterais, nas escarpas do Engenho
Velho de Brotas, na margem direita, e um outro próximo a Ceasa, na margem esquerda. De
acordo com a SUCOP parte da contribuição do Vale do Ogunjá é direcionada para o canal da
Avenida Bonocô, ou seja, parte das contribuições pluviais dessa bacia são direcionadas para a
bacia circunvizinha, que é a bacia do rio Campinas.
Na avenida é identificado a existência de um canal retangular fechado localizado no canteiro, com
início no cruzamento da Rua Ambrósio Gomes com a Avenida Graça Lessa, e que segue por uma
extensão aproximada de 642 metros até o lançamento no canal do Lucaia. A partir do cruzamento
da avenida com a Rua Padre Eloy se observa alguns trechos do canal aberto em alvenaria de
pedra, e com construções sobre este. As dimensões aproximadas do canal são largura de 3,0 m,
e profundidade de 2,0 m. Esse canal não notificações devido a problemas de inundações. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostra um traçado esquemático desse canal que contribui
para o rio Lucaia na Avenida Vasco da Gama, e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um registro da seção aberta desse canal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
273
Figura 314 – Traçado esquemático do canal da Av. Graça Lessa – Vale do Ongujá

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 315 – Trecho aberto do canal Graça Lessa no Vale do Ongujá

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.5.2.2.11. Galeria da Rua Sérgio Carvalho – Vale da Muriçoca


Corresponde a uma área de talvegue totalmente ocupada entre os bairros da Federação e
Engenho Velho da Federação, sendo que as águas pluviais são direcionadas para um canal
existente que segue paralelo a Rua Sérgio Carvalho, com extensão aproximada de 577 metros e
com seção retangular fechada com largura de 2,0 m e altura de 1,0 m. A rua Sérgio Carvalho é
pavimentada, dispõe de meio-fio, e caixas coletoras, que direcionam as águas para o canal que se
encontra numa cota mais baixa, e praticamente ocupado com construções sobre este. O canal
apresenta alguns registros de inundações, principalmente na Rua São José (bairro Engenho
Velho da Federação) e na Travessa Mossoró. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um traçado esquemático da galeria que contribui para o canal do rio Lucaia na Avenida
Vasco da Gama.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
274
Figura 316 – Traçado esquemático do canal da Rua Sérgio de Carvalho

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos no em torno da área do canal.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
275
Figura 317 – Canal da Rua Sérgio Carvalho Figura 318 – Canal da Rua Sérgio Carvalho com
ocupado no em torno construções na parte superior

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.12. Canal do Buraco da Gia – Hospital Geral do Estado (HGE)


O Buraco da Gia é uma região localizada próxima do Hospital Geral do Estado (HGE),
inteiramente encaixado numa sub-bacia do rio Lucaia, que verte para a galeria da Vasco da
Gama. Trata-se de uma depressão afunilada, com encostas muito íngremes, cujos divisores
situam-se na Ladeira do Acupe, Av. D. João VI e na rua Valdemar Falcão. Na área da bacia desse
canal está localizado Hospital Geral do Estado (HGE) que possui sistema próprio de drenagem e
não contribui para o vale. No talvegue principal escoa um córrego com extensão de 580 m.
A interligação da drenagem do vale com a galeria da Vasco da Gama se dá por um bueiro com
diâmetro de 1,20 m e 82,0 m de extensão, cuja seção de entrada está em condições de
manutenção muito precárias e sob edificação irregular. O referido bueiro trabalha com controle de
montante promovendo elevação do nível da água da ordem de 2,0 m. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra um esquemático do traçado do canal e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho citado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
276
Figura 319 – Traçado esquemático do canal do Buraco da Gia

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 320 -Vista superior da região do Buraco Figura 321 – Rede de drenagem
da Gia obstruída no Buraco da Gia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
277
Figura 322 – Canal do Buraco da Gia Figura 323 – Interferência de construção no
canal do Buraco da Gia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.2.13. Canal da Rua Neide


Corresponde a uma área de talvegue totalmente ocupada no bairro do Engenho Velho da
Federação, sendo que as águas pluviais são direcionadas para uma galeria existente na Rua
Neide com extensão aproximada de 345 metros e com seção retangular aberta e fechada 1,60 x
1,50 m. Se observa que esse canal se encontra em situação precária, com construções em todo o
em torno do mesmo, com trechos abertos onde se constata a presença de esgoto e trechos
fechados, devido a construções irregulares. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra
um esquemático do traçado do canal e as Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do canal.
Figura 324 – Traçado esquemático do canal na Rua Neide

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
278
Figura 325- Canal da Rua Neide com seção Figura 326 – Canal da Rua Neide com
aberta construções na parte superior

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.2.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias construídas, mas se destaca o Dique do Tororó, que também pode ser considerado como
um reservatório de amortecimento natural na cabeceira do rio Lucaia.

2.5.3. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os tipos de sistemas de microdrenagem dessa bacia são diversificados e variam em função das
características topográficas, sejam áreas planas ou íngremes, e do padrão histórico de ocupação
dos solos em cada região. Devido a inexistência de sistema cadastral das redes de
microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada destes. Os sistemas identificados
na bacia do Lucaia podem ser categorizados nos seguintes tipos:

• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: Esse tipo de sistema é predominante em toda a bacia,
sendo de maior implantação na região dos bairros de Itaigara, Pituba, Horto, Candeal, Rio
Vermelho, Federação, Garcia, Canela e outros. Além dessas regiões citadas, esse tipo de arranjo é
observado nas regiões mais baixas das sub-bacias, ou seja, nas avenidas de vale, como na Avenida
Vasco da Gama, Avenida Reitor Miguel Calmon, Avenida Centenário, Avenida Vale dos Barris,
Avenida Juracy Magalhães, Avenida ACM, dentre outras.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: Esse tipo de sistema é identificado nas bacias do riacho
do Vale das Pedrinhas, no bairro de Santa Cruz; no bairro de Brotas, na região do edifício Cidadela
Center; nos bairros de Acupe, Federação e Engenho Velho de Brotas.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente em todas as
sub-bacia, principalmente na bacia norte do Lucaia, nas ruas que são transversais a Avenida Vasco
da Gama, ruas do bairro de Santa Cruz, e no bairro de Brotas na região do edifício Cidadela Center.

Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
279
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
dispositivos de microdrenagem identificados na região e as situações típicas de conservação.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
280
Figura 327 – Caixas coletoras quadruplas com Figura 328 – Caixas coletoras com entrada na
presença de resíduos sólidos e sarjeta guia sem existência de sarjeta
danificada

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 329 – Modelo de caixas coletoras com Figura 330 – Caixas coletoras de concreto com
capacidade de engolimento reduzidas rebaixo no pavimento

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 331 – Canaletas de drenagem nos Figura 332 – Sistema de caixas coletoras
canteiros das vias (Av. Vasco da Gama) transversais em ruas íngrimes

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 333 – Escadarias drenantes sem calhas Figura 334 – Entrada d’água nas vias (sistema
coletoras na região da Avenida Vasco da Gama comum próximo a canais abertos)
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.4. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 8 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Lucaia
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Acupe de Brotas, Brotas, Engenho Velho da Federação, Engenho Velho de Brotas, Federação,
Garcia, Nordeste de Amaralina e Santa Cruz
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS

▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Necessidade de recuperação do revestimento do canal do Vale das Pedrinhas;
▪ Necessidade de readequação da estrutura da galeria da Rua Onze de Agosto com a interligação de
caixas coletoras/caixas coletoras;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura da galeria da Rua Silvestre de Faria;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura da galeria da Rua Sérgio Carvalho;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura do canal do Buraco da Gia;
▪ Necessidade de readequação da estrutura da galeria da Rua Neide com a interligação de caixas
coletoras/caixas coletoras;
▪ Necessidade de readequação da macrodrenagem do sistema localizado na Rua Anísio Teixeira, no
bairro do Itaigara;
▪ Necessidade de recuperação de escadarias drenantes em locais existentes;
▪ Necessidade de readequação das seções do canal nos locais de travessias (passarelas) onde
existem transições com bueiros, que reduzem a seção hidráulica de escoamento;
▪ Execução de projeto para readequação da foz do rio Lucaia objetivando evitar os problemas de
assoreamento no em torno do lançamento, conforme indicado no projeto do BRT;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Necessidade de construção de tampas de inspeções para os canais atualmente encapsulados,
como o rio Lucaia, visando otimizar a limpeza e vistorias;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
282
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio dos Seixos,
associando a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio dos Seixos, com
monitoramento dos níveis do rio;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio Lucaia e canais afluentes, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto
a ocupação da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.5.5. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.5.5.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• No canal do Vale das Pedrinhas;


• Na galeria da Rua Dique Pequeno;
• No canal do Buraco da Gia;
• No canal da Rua Neide;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
283
• No canal do Vale do Tororó, que drena os bairros dos Barris e do Tororó;
• e no trecho principal do rio Lucaia, na rua de mesmo nome.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Lucaia foram
identificadas cerca de 23 captações de tempo seco novas e ativas, dentre as quais se destacam a
captação do Dique do Tororó e a do rio Lucaia próximo da ECP Embasa.

2.5.6. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.5.6.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 123 pontos críticos
em 25 bairros: Acupe de Brotas, Brotas, Candeal, Engenho Velho da Federação, Engenho Velho
de Brotas, Federação, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Barris, Campinas
de Pirajá, Campo Grande, Centro, Garcia, Marechal Rondon, Nazaré, Pirajá, Rio Vermelho, São
Marcos, Sete de Abril, Valéria, Tororó, Chapada do Rio Vermelho, Itaigara e Pituba sendo que a
maior parte dos alagamentos/inundações foi no bairro da Federação, correspondendo a 14,6% da
totalidade registrada (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Figura 335 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
284
Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na
Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
285
Tabela 7 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Lucaia

ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE


1 CODESAL (2020) AVENIDA CAETANO ACUPE DE BROTAS 554992,7 8563539
2 CODESAL (2020) AVENIDA VASCO DA GAMA ACUPE DE BROTAS 555078,7 8563130
3 CODESAL (2020) RUA JARDIM SANTA HELENA ACUPE DE BROTAS 555328,8 8563506
4 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR RÔMULO ALMEIDA ACUPE DE BROTAS 555165,6 8563240
5 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA PAULO BISPO BARRIS 552944,4 8564229
6 CODESAL (2020) LADEIRA DOS BARRIS BARRIS 552695,5 8564550
7 CODESAL (2020) 2ª AVENIDA TEIXEIRA BARROS BROTAS 556837,8 8564232
8 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA TEIXEIRA BARROS BROTAS 556805,3 8564255
9 CODESAL (2020) AVENIDA CAETANO BROTAS 554970,9 8563473
10 CODESAL (2020) AVENIDA DOM JOÃO VI BROTAS 554658,6 8564613
11 CODESAL (2020) AVENIDA LEBLON BROTAS 556761,6 8564133
12 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR ILDEFONSO DE MESQUITA BROTAS 557619,2 8564507
13 CODESAL (2020) TRAVESSA BOM JESUS DOS MILAGRES CAMPINAS DE PIRAJÁ 555176,7 8563362
14 CODESAL (2020) LADEIRA DA FONTE CAMPO GRANDE 552456,1 8564086
15 CODESAL (2020) RUA 9 DE OUTUBRO CANDEAL 556358,6 8563271
16 CODESAL (2020) RUA CARLOS MARON CANDEAL 556760 8563348
17 CODESAL (2020) RUA JOSÉ PEDREIRA CANDEAL 556576,4 8563691
18 CODESAL (2020) RUA LEONOR CALMON CANDEAL 556673,1 8563271
19 CODESAL (2020) RUA POLITEAMA DE BAIXO CENTRO 552152,7 8564264
ENGENHO VELHO DA
20 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO JOSÉ 554557,8 8562954
FEDERAÇÃO
ENGENHO VELHO DA
21 CODESAL (2020) RUA NEIDE 554936,8 8562666
FEDERAÇÃO
ENGENHO VELHO DA
22 CODESAL (2020) RUA SANTA MARTHA 554947,7 8562732
FEDERAÇÃO
ENGENHO VELHO DA
23 CODESAL (2020) RUA SÃO JOSÉ 554514,4 8562965
FEDERAÇÃO
ENGENHO VELHO DA
24 CODESAL (2020) TRAVESSA DINORÁ 554373,8 8563143
FEDERAÇÃO
25 CODESAL (2020) TRAVESSA SÉRGIO DE CARVALHO ENGENHO VELHO DA 554633,9 8563054
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286
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
FEDERAÇÃO
26 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA VALE DO OGUNJÁ Engenho Velho de Brotas 554678 8563418
27 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA CAMINHO DE DENTRO Engenho Velho de Brotas 553800,6 8563940
28 CODESAL (2020) AVENIDA 25 DE DEZEMBRO Engenho Velho de Brotas 554191,7 8564304
29 CODESAL (2020) AVENIDA ASSIS SAMPAIO Engenho Velho de Brotas 553940,8 8563530
30 CODESAL (2020) AVENIDA VASCO DA GAMA Engenho Velho de Brotas 553670,3 8563885
31 CODESAL (2020) RUA DOUTOR ANTÔNIO CORRÊA CALDAS Engenho Velho de Brotas 554018,1 8564271
32 CODESAL (2020) RUA HIPÓLITO DA COSTA Engenho Velho de Brotas 553877,1 8564249
33 CODESAL (2020) RUA JOSÉ RAMOS Engenho Velho de Brotas 554050 8563917
34 CODESAL (2020) VILA SÃO COSME Engenho Velho de Brotas 554495,8 8564547
35 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA PADRE DOMINGOS DE BRITO FEDERACAO 553485,2 8563487
36 CODESAL (2020) RUA ENGENHEIRO AFONSO OLIVA FEDERACAO 553745,1 8563299
37 CODESAL (2020) RUA ENGENHEIRO JAIME ZAVERUCHA FEDERACAO 553810 8563199
38 CODESAL (2020) RUA JARDIM FEDERAÇÃO FEDERACAO 554059,9 8563475
39 CODESAL (2020) TRAVESSA DARINO APOLÔNIO FEDERACAO 554103,3 8563486
40 CODESAL (2020) TRAVESSA EDITH FEDERACAO 554362,6 8562966
41 CODESAL (2020) TRAVESSA SILVANO FEDERACAO 553734,8 8563564
42 CODESAL (2020) BECO MANOEL VELHO GARCIA 552953,6 8563366
43 CODESAL (2020) RUA LÍNGUA DE VACA GARCIA 552910,5 8563555
44 CODESAL (2020) VILA ODETE MARECHAL RONDON 555176,8 8563417
45 CODESAL (2020) LADEIRA DA FONTE DAS PEDRAS NAZARE 553737,6 8565046
46 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA TEODORO SAMPAIO NORDESTE DE AMARALINA 556724,4 8561822
47 CODESAL (2020) RUA JOSÉ INÁCIO DO AMARAL NORDESTE DE AMARALINA 556583,1 8561700
48 CODESAL (2020) RUA NOVA BRASÍLIA NORDESTE DE AMARALINA 556593,9 8561634
49 CODESAL (2020) RUA PADRE JOSÉ HENRIQUE NORDESTE DE AMARALINA 556854,5 8561822
50 CODESAL (2020) RUA PAULINO BISPO NORDESTE DE AMARALINA 556669,9 8561700
51 CODESAL (2020) TRAVESSA TEODORO SAMPAIO NORDESTE DE AMARALINA 556681 8561822
52 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA ALVORADA PIRAJA 555133,3 8563362
53 CODESAL (2020) RUA JEQUIÉ RIO VERMELHO 555184,6 8561869
54 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO BENEDITO RIO VERMELHO 555759,4 8561923
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287
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
55 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA TEODORO SAMPAIO SANTA CRUZ 556681 8561844
56 CODESAL (2020) RUA CORÉIA DO NORTE SANTA CRUZ 556377,8 8562044
57 CODESAL (2020) RUA DOUTOR JOÃO CARLOS CAVALCANTE SANTA CRUZ 556540,4 8561999
58 CODESAL (2020) RUA HÉLIO LACERDA SANTA CRUZ 556790,2 8562176
59 CODESAL (2020) RUA JUTAHY MAGALHÃES SANTA CRUZ 556638,8 8562397
60 CODESAL (2020) RUA NELSON OLIVEIRA SANTA CRUZ 556671,4 8562419
61 CODESAL (2020) RUA TEODORO SAMPAIO SANTA CRUZ 556681,2 8561944
62 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE SAO MARCOS 557213 8562130
63 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ADILSON PEREIRA SILVA SETE DE ABRIL 554160,9 8565211
64 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA TEODORO SAMPAIO VALE DAS PEDRINHAS 556702,7 8561833
65 CODESAL (2020) AVENIDA NORDESTINA VALE DAS PEDRINHAS 556680,9 8561767
66 CODESAL (2020) RUA TEODORO SAMPAIO VALE DAS PEDRINHAS 556670,3 8561910
67 CODESAL (2020) TRAVESSA TEODORO SAMPAIO VALE DAS PEDRINHAS 556681 8561811
68 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA PAULO GONÇALVES DA SILVA VALERIA 555155 8563362
69 SEINFRA (2015) 1º TV. CAMINHO DE DENTRO ENG.VELHO DE BROTAS 553920 8563929
70 SEINFRA (2015) 2º TV. BRÍGIDA DO VALE ENG.VELHO DE BROTAS 553644 8564344
71 SEINFRA (2015) TRAVESSA DIQUE PEQUENO ENG.VELHO DE BROTAS 553946 8564788
72 SEINFRA (2015) TV. GUARANI ENG.VELHO DE BROTAS 553763 8564331
73 SEINFRA (2015) TV. ELOY GUIMARÃES TORORO 553272 8564464
74 SEINFRA (2015) AVENIDA CENTENÁRIO/5º CENTRO GARCIA 553023 8563896
75 SEINFRA (2015) RUA MARUJOS DO BRASIL TORORÓ 553187 8564806
76 SEINFRA (2015) ACESSO AO TERMINAL DA LAPA TORORÓ 553077 8564127
77 SEINFRA (2015) 2ºTV. ALMEIDA SANDE BARRIS 552829 8564243
78 SEINFRA (2015) PRAÇA ROCKFELLER BARRIS 553030 8564517
79 SEINFRA (2015) LADEIRA DA FONTE GARCIA 552555 8564150
80 SEINFRA (2015) RUA AMPARO DO TORORÓ TORORÓ 553167 8564326
81 SEINFRA (2015) RUA MONSENHOR RUBEN MESQUITA TORORÓ 553166 8564742
82 SEINFRA (2015) RUA SOUZA UZEL/1ª TRAV. SOUZA UZEL FEDERACAO 553199 8563277
83 SEINFRA (2015) AV. ANITA GARIBALDI FEDERACAO 553505 8563702
84 SEINFRA (2015) RUA FERREIRA SANTOS FEDERACAO 553875 8563621
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
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288
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
85 SEINFRA (2015) RUA ONZE DE AGOSTO FEDERACAO 554040 8563622
86 SEINFRA (2015) RUA PADRE DOMINGOS DE BRITO DE CIMA FEDERACAO 553517 8563748
87 SEINFRA (2015) RUA GOMES BRANDÃO FEDERACAO 552845 8563583
88 SEINFRA (2015) RUA PREDILIANO PITTA GARCIA 553276 8563837
89 SEINFRA (2015) LADEIRA MANUEL FAUSTINO GARCIA 554011 8564005
90 SEINFRA (2015) RUA CHILE DA CAPELINHA ENG.VELHO DE BROTAS 553521 8564166
91 SEINFRA (2015) PADRE LUIZ FILGUEIRA ENG.VELHO DE BROTAS 554383 8563904
92 SEINFRA (2015) RUA SÃO ROQUE ENG.VELHO DE BROTAS 554030 8563593
93 SEINFRA (2015) RUA SILVESTRE FARIAS FEDERACAO 554541 8563435
94 SEINFRA (2015) ALMIRANTE FRANCISCO MUNIZ FEDERACAO 554766 8563955
AV. GENERAL GRAÇA LESSA - RUA PADRE
95 SEINFRA (2015) ACUPE DE BROTAS 554751 8563537
ELOY
RUA SÉRGIO DE CARVALHO (VALE DA
96 SEINFRA (2015) ENG. VELHO DE BROTAS 554549 8563045
MURIÇOCA)
97 SEINFRA (2015) TRAVESSA JOÃO DE DEUS FEDERACAO 554706 8563282
ENG.VELHO DA
98 SEINFRA (2015) TRAVESSA MOSSORÓ 554630 8563270
FEDERACAO
ENG.VELHO DA
99 SEINFRA (2015) AVENIDA EDITE 554411 8562973
FEDERACAO
100 SEINFRA (2015) AV. CAETANO FEDERACAO 554733 8563358
LADEIRA MANUEL BOMFIM - AV. VASCO DA
101 SEINFRA (2015) ACUPE DE BROTAS 554932 8563175
GAMA
RUA JARDIM SANTA HELENA (BURACO DA
102 SEINFRA (2015) FEDERACAO 555404 8563538
GIA)
103 SEINFRA (2015) RUA NEIDE/APOLINÁRIO SANTANA ACUPE DE BROTAS 554840 8562659
104 SEINFRA (2015) RUA DULCE ENG.VELHO DA 554774 8562796
105 SEINFRA (2015) TRAVESSA ASSIS FEDERACAO
ENG.VELHO DA 554428 8562454
106 SEINFRA (2015) TV. PASSOS FEDERACAO
ENG.VELHO DA 554571 8562526
107 SEINFRA (2015) TV. SÃO SEBASTIÃO FEDERACAO
ENG.VELHO DA 554690 8562698
108 SEINFRA (2015) RUA LUCAIA FEDERACAO
ENG.VELHO DA 555130 8562002
RUA OSVALDO CRUZ -PRAÇA BRIGADEIRO FEDERACAO
109 SEINFRA (2015) RIO VERMELHO 555785 8561401
FARIA ROCHA
110 SEINFRA (2015) RUA DO MEIO RIO VERMELHO 555550 8561364
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
289
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE

CHAPADA DO RIO
111 SEINFRA (2015) RUA SANTA LUZIA (HORTO FLORESTAL) 555733 8562296
VERMELHO
112 SEINFRA (2015) RUA IPIRANGA/RUA DA ÍNDIA VALE DAS PEDRINHAS 556393 8561881
CHAPADA DO RIO
113 SEINFRA (2015) RUA DR. JOÃO CARLOS CAVALCANTE 556669 8562005
VERMELHO
114 SEINFRA (2015) RUA BRASIL E JUTAHY MAGALHÃES SANTA CRUZ 556711 8562183

115 SEINFRA (2015) VILA SERTANEJO NORDESTE DE AMARALINA 557474 8562221

116 SEINFRA (2015) RUA NOVE DE JANEIRO SANTA CRUZ 556818 8562697
117 SEINFRA (2015) RUA MARINO DA HORA SANTA CRUZ 556847 8562731

118 SEINFRA (2015) AV ACM REFERÊNCIA COMERCIAL RAMOS BROTAS 557020 8563849

119 SEINFRA (2015) RUA ALTO DO SALDANHA BROTAS 557047 8564074

120 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA TEIXEIRA DE BARROS BROTAS 556875 8564279

121 SEINFRA (2015) RUA WANDERLEY PINHO ITAIGARA 557888 8564006


122 SEINFRA (2015) PRAÇA ANA LUCIA MAGALHÃES PITUBA 558420 8563589

123 SEINFRA (2015) 2ª TRAV. DA POLÊMICA BROTAS 557548 8564137

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
290
Figura 336 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
291
2.5.7. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio Lucaia foram cadastradas 7 regiões citadas a seguir:

• Avenida Vale do Tororó e Praça João Mangabeira;


• Avenida Vale do Ogunjá e Rua Sérgio de Carvalho (Vale da Muriçoca);
• Rua Jardim Santa Helena (Brotas);
• Região da Rua da Polêmica (Campinas de Brotas);
• Rua Lucaia/Rua Juracy Magalhães/Avenida ACM;
• Rua Wanderley Pinto (Caminho das Árvores);
• Vale das Pedrinhas.

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
292
2.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS/PITUAÇU
Localizada integralmente no município de Salvador, a Bacia do Rio das Pedras que inclui a sub-
bacia do Rio Pituaçu, possui uma área de 27,05km², o que corresponde a 8,76% do território
municipal, sendo considerada a quarta maior bacia hidrográfica do Município, em termos de
superfície. Encontra-se limitada ao Norte pela Bacia do Rio Passa Vaca, a Leste pela Bacia de
Drenagem de Armação/Corsário, a Oeste pela Bacia do Cobre e ao Sul pela Bacia do Camarajipe
(SANTOS et al, 2010). Na área delimitada por essa bacia estão localizados 25 bairros: Arenoso,
Barreiras, Beiru/Tancredo Neves, Boca do Rio, Cabula, Cabula VI, Centro Administrativo da
Bahia, Doron, Engomadeira, Granjas Rurais Presidente Vargas, Imbuí, Jardim Cajazeiras, Mata
Escura, Nova Sussuarana, Novo Horizonte, Patamares, Pau da Lima, Pituaçu, Porto Seco Pirajá,
Saboeiro, São Marcos, São Rafael, Sussuarana e Vila Canária. Os principais rios que compõe
essa bacia são os rios Cascão, Saboeiro, Cachoeirinha, Pituaçu e Pedras.
O Rio das Pedras é formado pelos Rios Cascão, Saboeiro e Cachoeirinha, pela margem direita e
do Rio Pituaçu, pela margem esquerda. O Rio das Pedras possui um pequeno curso, pois como é
formado pela confluência dos rios acima citados, somente é chamado de Rio das Pedras em seu
curso final, com menos de três quilômetros de comprimento, durante sua passagem pelo bairro da
Boca do Rio, onde deságua. O Rio Cascão nasce nos grotões da área verde onde está localizado
o Quartel do Batalhão de Caçadores – 19 BC, do Exército, no bairro do Cabula. As suas
nascentes ainda se mantêm em boas condições, em função da preservação da mata e floresta
ombrófila. Ao longo do seu curso esse rio forma a Represa do Cascão, ainda no mesmo bairro,
em seguida ele é sobreposto (atravessado) pela Av. Luís Viana Filho, na altura do bairro do Imbuí,
onde encontra o Rio Saboeiro (SANTOS et al, 2010)..
O Rio Saboeiro tem suas nascentes em grotões da localidade CABULA VII, bairro Beiru/Tancredo
Neves. Na travessia pelo bairro do Imbuí, esse rio foi encapsulado tendo sido implantadas áreas
de lazer, com restaurantes e equipamentos para práticas esportivas.
O Rio Cachoeirinha, afluente do rio das Pedras, nasce no bairro de Sussuarana, , entre o CAB e o
Cabula VI, esse rio foi barrado, formando a Represa da Cachoeirinha. Após a represa, o rio segue
até encontrar o Rio das Pedras, já o Rio Pituaçu, com suas cabeceiras próximas ao divisor de
drenagem da Bacia do Camarajipe, atravessa os bairros de Pau da Lima, Sussuarana, Nova
Sussuarana, CAB e Pituaçu (SANTOS et al, 2010)..
Na parte baixa, o Rio Pituaçu foi barrado em 1906, formando a Represa de Pituaçu, um lago com
200.000m2 de espelho d’água, antigo manancial de abastecimento, localizado dentro do Parque
Metropolitano de Pituaçu. Este Parque possui área de 440ha, com cobertura vegetal de
remanescentes do ecossistema de floresta ombrófila, integrante do bioma Mata Atlântica, além de
grande variedade de árvores frutíferas. Os Rios das Pedras e Pituaçu, por sua vez, se encontram
nas proximidades da Represa de Pituaçu, seguindo juntos com o nome de Rio das Pedras até a
foz, na praia da Boca do Rio.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
293
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica da
bacia do rio das Pedras e Pituaçu, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
294
Figura 337 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
295
2.6.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada contempla várias sub-bacias, que tem como principal corpo d’água o rio Pituaçu e o
rio das Pedras, drenando suas águas para a Praia da Boca do Rio. Para fins de estudos foi
adotada a subdivisão da bacia hidrográfica em: sub-bacia do rio Cascão, sub-bacia do rio
Saboeiro, sub-bacia do rio Cachoeirinha, sub-bacia do rio Pituaçu e sub-bacia do rio das Pedras.

2.6.1.1. SUB-BACIA RIO SABOEIRO


O rio Saboeiro é oriundo da drenagem natural dos talvegues existentes nos bairros de Tancredo
Neves e Engomadeira, que se juntam no Largo do Saboeiro para formar definitivamente o rio. A
partir desse ponto de confluência, o curso d’água segue na direção sudeste, por um talvegue de
encostas íngremes, à margem direita no bairro de Narandiba. Ao chegar às imediações Rua José
Ferreira, que se estende até a Avenida Paralela, do tipo área alagável que pode servir para
amortecimento das suas cheias. Na sequência, o rio atravessa a Av. Luiz Viana Filho (Av.
Paralela) e segue na direção leste até encontrar o rio Pituaçu e formar com esse o rio das Pedras.
No trecho inicial do rio no bairro de Narandiba, ele se encontra com suas margens livres de
ocupação humana, tendo historicamente sido registradas diversas inundações na região.
A área de contribuição desse rio é ocupada por bairros densamente habitados por populações de
baixa renda. Sua topografia apresenta muitos contrafortes com declividade acentuada e a
ocupação do solo foi feita de forma desordenada e desenfreada, o que favoreceu a existência de
ruas com traçado impreciso e sem pavimentação. O rio é contido pela pequena Barragem do
Saboeiro, construída no início do século passado.
Como dito anteriormente, o Rio Saboeiro foi retificado/canalizado através de obras executadas
pela CONDER na Avenida Jorge Amado, no bairro do Imbuí. As obras contemplaram o
tamponamento do rio a urbanização com implantação de equipamentos de lazer e áreas de
restaurantes.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram os traçados esquemáticos do rio Saboeiro, a montante da Avenida Paralela, e após a
avenida até a confluência com o rio Pituaçu.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
296
Figura 338 – Traçado esquemático do rio Saboeiro a montante da Avenida Paralela

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 339 - Traçado esquemático do rio Saboeiro após a Avenida Paralela

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
297
2.6.1.1.1. Trecho Principal 1 - Avenida Washington/Rua Águas Cristalinas
Contempla trecho do canal de macrodrenagem do rio Saboeiro com seção quadrada de concreto
2,0 x 2,0 m, com início na Avenida Washington, no bairro de Tancredo Neves, segue margeando a
Travessa Águas Cristalinas, até a praça de Narandiba (próxima do Hospital Psiquiátrico Juliano
Moreira). A partir da praça o canal segue em galeria fechada pela Travessa do Riacho, e depois
pela Travessa Edgar Medrado Júnior, donde segue com seção aberta natural. A extensão total do
canal é de 1.500 m, até a Travessa Edgar Medrado Júnior. As coordenadas do ponto inicial desse
canal são: 559252.99 m E e 8568453.19 m S (ver Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Esse canal drena as águas pluviais dos bairros do Engomadeira, Beiru/Tancredo Neves, Arenoso,
Narandiba e Cabula, uma região com predominância de talvegues. As principais áreas de
baixadas ocupadas que contribuem para esse canal são o da Rua Lua Nova e Travessa Alagoas,
o da Rua Mário de Aleluia Rosa e o de toda a área a partir da Estrada das Barreiras.
Historicamente todo o trecho do canal apresenta problemas de inundações em períodos
chuvosos. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.
Figura 340 – Vista do canal na Rua Edgar Figura 341 - Vista do canal afluente ao canal da
Medrado Júnior Rua Edgar Medrado Júnior

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.1.2. Trecho afluente - Rua Lua Nova


Contempla um canal de macrodrenagem com seção retangular de concreto, que parte da Rua Lua
Nova até a Rua Águas Cristalinas, com extensão aproximada de 220,00 m, desaguando no canal
do Trecho Principal 1. O percurso desse canal localizado numa área de talvegue se encontra
totalmente ocupado por residências com população de baixa renda, não tendo sido possível
mapear o traçado do mesmo. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
298
Figura 342 – Vista do canal de macrodrenagem Figura 343 – Vista do canal de macrodrenagem
da Rua Lua Nova da Rua Lua Nova

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.1.3. Trecho afluente - Rua Mário de Aleluia Rosa


Contempla um canal de macrodrenagem com seção fechada localizado na Rua Mário de Aleluia
Rosa no bairro do Arenoso, com dimensões desconhecidas com extensão aproximada de 474
metros. O canal atravessa a Avenida Edgar Santos, segue pela Travessa 25 de Setembro e
desagua no canal do Trecho Principal 1.
2.6.1.1.4. Trecho afluente - Rua Jones Melo
Contempla uma galeria de macrodrenagem que se inicia no ponto baixo da Rua Jones Melo, e a
partir deste ponto segue abaixo de áreas de condomínios numa vala aberta, e nas proximidades
da Coelba, atravessa a Avenida Edgar Santos até o deságue num talvegue não ocupado, que
drena as águas para o rio Saboeiro. As dimensões dessa galeria são desconhecidas. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal e as Erro! Fonte
de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros dos locais de referência desse canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
299
Figura 344 – Traçado esquemático do canal da rua Joanes Melo

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 345 – Travessia do canal na Rua Jones Figura 346 – Vista do emboque do canal na
Melo Avenida Edgar Santos, próximo da unidade da
Coelba

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.1.5. Trecho Principal 2 – Travessa Leopoldino Tantú/Avenida Paralela


Contempla a continuidade do trecho do canal de macrodrenagem do rio Saboeiro com seção
aberta e indefinida, com início na Travessa Edgar Medrado Júnior, seguindo por uma área de
baixada embrejada e não ocupada até a Avenida Paralela, próximo da Rua Rio Púrus. A extensão
total aproximada desse trecho é de 1.600 m, e recebe as contribuições dos bairros de Narandiba,
Doron e Saboeiro.
2.6.1.1.6. Trecho Principal 3 – Avenida Jorge Amado/Imbuí
Esse trecho inicia com a canalização do rio Saboeiro, a partir da Avenida Paralela, e que segue
pela Avenida Jorge Amado no bairro do Imbuí, até a confluência com o rio Pituaçu, próximo da
Rua da Bolandeira.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
300
Em meados dos anos de 2009 foram realizadas intervenções na calha do rio Saboeiro pela
Prefeitura de Salvador com apoio financeiro do Ministério da Integração, e finalizadas no ano de
2010. No trecho inicial do canal na Av. Paralela o mesmo segue com seção retangular
parcialmente aberta, e depois segue em seção fechada por toda a Avenida Jorge Amado, no
canteiro principal. No percurso desse trecho, o canal recebe pela margem direita o rio Cascão,
próximo do cruzamento entre a Avenida Paralela e a Rua das Araras. Na área fechada do canal
foi realizada uma urbanização com equipamentos de lazer e de atividades físicas e espaços para
restaurantes e bares. A extensão total aproximada desse trecho é de 1.350 metros. As Erro!
Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram os
registros fotográficos anteriores ao tamponamento e após o tamponamento do canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
301
Figura 347 – Rio Saboeiro no bairro do Imbuí Figura 348 – Obras de tamponamento do canal
anterior ao tamponamento em 2009 em 2009-2010

Fonte: Site Skyscrapercity, 2009 Fonte: Site Jeito Baiano, 2009

Figura 349 – Vista da área atual urbanizada sobre o canal

Fonte: Behance, 2012

2.6.1.2. SUB-BACIA RIO DO CASCÃO


A nascente do rio Cascão está situada nas proximidades da Rua Silveira Martins no Cabula. Em
seu caminho ele é represado pela Barragem do Cascão, localizada numa área remanescente de
Mata Atlântica. A barragem citada está localizada nas coordenadas: 559811.47 m E e 8566654.55
m S. Desenvolve-se para sudeste, até atravessar sob a Av. Luiz Viana Filho (Av. Paralela),
seguindo então até o rio Saboeiro, pela margem direita. Em quase toda sua extensão o rio está
inserido em área pertencente ao Exército Brasileiro. No seu percurso, esse rio drena uma área de
baixa densidade habitacional, na qual a maioria das edificações existentes está localizada nas
suas nascentes e nas encostas da margem esquerda, no trecho entre a nascente e a Represa do
Cascão.
No trecho inicial desse rio se observa uma concentração de construções residenciais no em torno
dele, especificamente numa área de talvegue com acesso pela Rua Direta da Lagoa. Nessa
região existe um canal de drenagem na Rua do Campo Largo que transporta as águas pluviais da
área para o canal do rio Cascão.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
302
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio Cascão até a
confluência com o rio Saboeiro.
Figura 350 - Traçado esquemático do rio Cascão

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.6.1.2.1. Sistema Rua do Campo Largo


Contempla um canal de macrodrenagem, em concreto, com aproximadamente 260,00 m, com
início nas proximidades da Rua Silveira Martins e com lançamento no Rio do Cascão. Não possui
dimensões definidas sendo que seu em torno é delimitado pelas ocupações irregulares, com
lançamento de esgoto, com presença de vegetação e resíduos sólidos, além do assoreamento.
Não foi possível identificar o traçado do canal em virtude das construções sobre o mesmo. As
Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do trecho.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
303
Figura 351 – Vista de montante do canal na Figura 352 – Vista de jusante do canal na
Travessia da Rua do Campo Largo Travessia do Campo Largo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.3. SUB-BACIA RIO CACHOEIRINHA


O rio Cachoeirinha nasce nas imediações da Estrada da Sussuarana, desaguando no rio Pituaçu
pela sua margem direita. Drena áreas das localidades de Sussuarana, Centro Administrativo da
Bahia - CAB, Barreiras, Tancredo Neves e Cabula VI. É represado pela pequena Barragem do
Cachoeirinha, localizada a oeste do CAB nas coordenadas UTM 561587.96 m E e 8567624.63 m
S. Após a represa o rio transpõe a Av. Luiz Viana Filho (Paralela) segue por um trecho de
vegetação nativa e deságua no rio Pituaçu, após a barragem de mesmo nome do rio.
O rio possui uma extensão total de 4,4 km até a confluência com rio Pituaçu, e segue com seção
natural indefinida. No trecho entre a Rua Laurindo Téles de Menezes até a Rua Beira Rio, no
bairro de Arenoso, e depois no trecho da 5ª Travessa Vila Nova São Bento, também no bairro de
Arenoso. As margens do rio nos trechos citados se encontram ocupadas por residências de
população de baixa renda, sendo o trecho da sub-bacia que apresenta os problemas de
inundações. Além das ruas citadas, aquelas localizadas nas áreas de baixadas que contribuem
para o canal principal são consideradas críticas por não possuírem infraestrutura de drenagem e
esgotamento sanitário, dentre as quais cita-se a Rua Afra Dias Ferreira, Rua Nossa Senhora de
Fátima e a 1ª Travessa Tiradentes.
As áreas da bacia de contribuição do rio Cachoeirinha, com exceção do CAB e dos conjuntos
habitacionais é densamente ocupada por edificações irregulares ocupadas por população de
baixa renda, e de forma similar ao verificado na sub-bacia do rio Saboeiro. Apesar de possuir um
talvegue preservado com vegetação, na região próxima do CAB se observa uma tendência de
ocupação irregular das encostas dessa área. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um exemplo do padrão de ocupação no em torno das margens do rio Cachoeirinha.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
304
Figura 353 – Travessa São Jorge da Bela Vista que apresenta registros de inundações (o rio
passa pelo lado direito da imagem, ao fundo das casas)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio Cachoeirinha
até a confluência com o rio Pituaçu.
Figura 354 – Traçado esquemático do rio Cachoeirinha

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
305
2.6.1.4. SUB-BACIA RIO PITUAÇU
O rio Pituaçu é o mais importante formador da bacia do rio das Pedras. Nasce nas imediações do
bairro Granjas Rurais Presidente Vargas, próximo da BR-324 e a foz ocorre no bairro do Imbuí.
Antes de transpor a Avenida Luís Viana Filho (Av. Paralela) o rio segue em grande parte ao lado
da Av. Gal Costa que foi construída na década de 90 do século passado e que se encontra em
obras para a sua ampliação, obras estas que inclusive preveem a retificação/canalização de parte
do seu traçado. Após a travessia da Av. Paralela esse curso d’água é barrado formando a
Barragem do Pituaçu, que se estende até as proximidades da orla marítima. Essa barragem e seu
em torno formam o Parque Metropolitano do Pituaçu, área de lazer e recreação de grande apelo
paisagístico e de preservação ambiental. Após extravasar pelo vertedouro da Barragem, o curso
do rio Pituaçu segue na direção sudoeste, recebe o rio Cachoeirinha, e segue paralelo a Rua da
Bolandeira, numa área conhecida como Bate Facho até realizar a confluência com o rio Saboeiro.
Esse curso d’água, em sua parte alta, drena os bairros de Jardim Cajazeiras, Pau da Lima,
Sussuarana, São Marcos e Nova Sussuarana. Áreas de grande densidade habitacional e com
população de baixa renda e o bairro Jardim Santo Inácio caracterizado pela existência de grandes
galpões industriais e comerciais. Em virtude das diferentes intervenções realizadas no leito do rio
Pituaçu, a descrição foi dividida em Trecho 1 – Rio Pituaçu à montante da Avenida Paralela e
Trecho 2 – Pituaçu à jusante da Avenida Paralela.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio Pituaçu até a
confluência com o rio Saboeiro.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
306
Figura 355 – Traçado esquemático do rio Pituaçu

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.6.1.4.1. Trecho Principal 1 – Rio Pituaçu a montante da Avenida Paralela


A calha do rio Pituaçu do Trecho 1 inicia no bairro Granjas Rurais Presidente Vargas, nas
proximidades da Rua Pôrto Rico, e segue até o emboque na Avenida Paralela, totalizando uma
extensão de 5,5, km.
Nessa região está em andamento a implantação pela CONDER o projeto de duplicação da
Avenida Gal Costa, o qual contempla intervenções na microdrenagem e macrodrenagem do rio
Pituaçu. O canal projetado possuirá seções variáveis, sendo predominante a seção retangular
aberta e fechada em diferentes trechos, com dimensões que variam entre 2,0 m x 2,0 m (largura x
altura) a 5,5 m x 3,0 m (largura x altura). A travessia abaixo da paralela ocorrerá a partir de um
bueiro construído por método não destrutivo com diâmetro de 3.400 mm (projetado para a obra),
junto aos bueiros existentes: um com diâmetro de 1.500 mm e duas galerias celulares de 1,70 x
2,75 m.
Nesse trecho o canal do rio Pituaçu recebe contribuições de vários talvegues atualmente
ocupados por residências dos bairros de Pau da Lima, Sussuarana, São Marcos e São Rafael.
Por serem áreas de encostas, os sistemas de microdrenagem dessa região são
predominantemente escadarias drenantes, que direcionam as águas para os pontos mais baixos
das ruas, onde existem bueiros que direcionam o escoamento para o rio Pituaçu, como na Rua
Local -1, na Travessa Agda Ferreira, na Rua Cristovão Ferreira da Sussuarana, dentre outras.
Dentre os canais afluentes se destaca o canal da margem direita que segue o percurso da Rua
Santíssima Trindade no bairro da Mata Escura e que apresenta problemas de inundações. O
canal da Santíssima Trindade apresenta seção trapezoidal aberta, com revestimento de concreto,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
307
presença de vegetação e esgoto sendo escoado para o rio principal. Além disso, há a represa da
Mata Escura, que fica próximo da Penitenciária Lemos de Brito, que possui vegetação nativa bem
preservada no seu em torno. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos da região do trecho 1 que se
encontra em execução.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
308
Figura 356 – Trecho do canal do Pituaçu em Figura 357 – Vista das aduelas de concreto em
construção na Avenida Gal Costa utilização para o canal do rio Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 358 – Canal da rua Santíssima Trindade – Figura 359 – Padrão de ocupação da região no
afluente do rio Pituaçu em torno do rio Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.4.2. Trecho Principal 2 – Rio Pituaçu a jusante da Avenida Paralela


A calha do rio Pituaçu do Trecho 2 inicia após a Avenida Paralela, próximo do Estádio de Pituaçu,
e segue por uma área de preservação ambiental. Após o percurso no Parque de Pituaçu, e
alcançando a barragem de mesmo nome, o rio volta a seguir por áreas densamente ocupadas.
Depois da barragem o canal recebe a contribuição do rio Cachoeirinha, segue paralelo a Rua da
Bolandeira com seção retangular fechada, com ocupações construídas sobre a estrutura dele. Ao
alcançar o cruzamento com a Avenida Jorge Amado o canal segue em seção aberta, onde a
jusante da ponte existente encontra o canal do Saboeiro. Na travessia da ponte se observa a
existência de uma adutora da Embasa posicionada de forma transversal ao rio reduzindo desta
forma a sua seção hidráulica de escoamento. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos da região
descrita.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
309
Figura 360 – Barragem de Pituaçu Figura 361 – Trecho do rio Pituaçu na Rua da
Bolandeira

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 362 – Interferência de adutora da Embasa Figura 363 – Vista a jusante do rio Pituaçu após a
no leito do rio Pituaçu ao lado da Av. Jorge Av. Jorge Amado
Amado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.6.1.5. SUB-BACIA RIO DAS PEDRAS


O curso d’água principal da Bacia é o rio das Pedras, que tem seu início na confluência dos rios
Saboeiro e Pituaçu, que ocorre nas proximidades da Rua da Mangueira, no bairro da Boca do Rio.
Nesse trecho o canal segue com seção retangular aberta, com largura aproximada de 17 metros e
profundidade de 2,5 m, e com as margens ocupadas por construções. No percurso se destaca a
existência na margem esquerda da Estação de Tratamento de Água da Bolandeira, sendo que
nesse trecho do rio são realizadas as descargas de limpeza dos decantadores, o que
periodicamente altera a cor da água nesse trecho. Devido a ocupação das margens, os acessos
para o rio da Pedras só são possíveis no trecho final, na Rua Rio das Pedras, na Travessa
Orlando Moscoso ou a partir da Rua Jaime Loureiro. Ressalta-se que foram registrados eventos
de inundações na Travessa Orlando Moscoso.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
310
Por cruzar um bairro densamente habitado por população de baixa renda, com graves problemas
de saneamento básico, esse curso d’água recebe inúmeros lançamentos de esgotos domésticos
“in natura”, que se somam a lançamentos de lixo e outros detritos. Apenas em seu trecho final o
rio possui revestimento em suas margens. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho
citado.
Figura 364 – Vista do rio das Pedras, após a Figura 365- Vista de jusante para montante do rio
ponte da Av. Jorge Amado das Pedras próximo da foz na Boca do Rio

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio das Pedras,
após a confluência com o rio Saboeiro e o rio Pituaçu.
Figura 366 – Traçado esquemático do rio das Pedras

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
311
2.6.1.6. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS
Na bacia do rio das Pedras/Pituaçu foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas barramentos com finalidades como abastecimento
humano e outros locais formados naturalmente e que realizam a reservação e retenção das águas
pluviais oriundas de suas bacias de drenagem natural. São identificadas 5 estruturas de
reservação, apresentadas na Erro! Fonte de referência não encontrada. e nas Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. são mostradas
imagens das áreas citadas.
Tabela 8 – Área de reservatório de amortecimento natural na Bacia de Pedras (Pituaçu)
Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
B-06 Represa do Cascão - Cabula 559797.55 8566686.01
B-07 Lagoa do Posto Av. Paralela Imbuí 560897.21 8566417.24
B-08 Lagoa do Paraíso / Doron R. Rômulo Galvão Doron 560801.68 8566983.54
B-09 Lagoa do CAB Av. Paralela CAB 562060.33 8568041.25
B-10 Lagoa de Pituaçu II - Pituaçu 563627.50 8566908.49
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
312
Figura 367 – Localização do Ponto B-06 na Figura 368 – Localização do Ponto B-07 na bacia
bacia de Pedras (Pituaçu) de Pedras (Pituaçu)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 369 – Localização do Ponto B-08 na Figura 370 – Localização do Ponto B-09 na bacia
bacia de Pedras (Pituaçu) de Pedras (Pituaçu)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 371 – Localização do Ponto B-10 na bacia de Pedras (Pituaçu)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.6.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os tipos de sistemas de microdrenagem dessa bacia são diversificados e variam em função das
características topográficas, sejam áreas planas ou íngremes, e do padrão histórico de ocupação
dos solos em cada região. Devido a inexistência de sistema cadastral das redes de
microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada deles. Os sistemas identificados
na bacia do Jaguaribe podem ser categorizados nos seguintes tipos:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
313
• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: Esse tipo de sistema é predominante em toda a bacia,
sendo de maior implantação na região dos bairros de Imbuí, Pituaçu e Boca de Rio, que possuem
uma topografia mais suave em relação ao restante da bacia, e por possuir uma ocupação mais
ordenada. Nesses bairros as galerias de microdrenagem drenam as águas pluviais para o rio
Saboeiro e o rio das Pedras. Além dessas regiões citadas, esse tipo de arranjo é observado na
região alta da bacia principalmente nas vias mais importantes como Avenida Gal Costa, Avenida
Ulisses Guimarães, Rua Silveira Martins, Avenida Edgar Santos, Avenida Jorge Amado, Avenida
Paralela, dentre outras, dentre outras, sendo em sua maioria avenidas de fundo de vale.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: Esse tipo de sistema é identificado nas bacias dos rios
Coroado, Cachoeirinha e Pituaçu. Esse tipo de sistema é existente como nos bairros de
Engomadeira, Beiru, Narandiba, Pedras-Pituaçu, Novo Horizonte, São Rafael, São Marcos e
Sussuarana.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente em todas as
sub-bacias do rio Pituaçu, na Avenida Gal Costa; na sub-bacia do rio Saboeiro, na região de
Narandiba; e na sub-bacia do rio Cachoeirinha, na região dos bairros de Tancredo Neves e Novo
Horizonte.

Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências. Devido a inexistência de
sistema cadastral das redes de microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada
deles. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros de dispositivos de drenagem e a situação de conservação.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
314
Figura 372 – Caixas coletoras danificadas na Rua Figura 373 – Ruas sem meio fio e sarjetas com
da Bolandeira caixas coletoras nos pontos baixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 374 – Caixas coletoras com entrada na Figura 375 – Caixas coletoras posicionadas de
guia forma inadequada

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 376 – Caixas coletoras no meio da via Figura 377 – Caixa coletora quadrupla em via
pública pública em boas condições

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
315
2.6.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM
URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..

Quadro 9 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio das


Pedras/Pituaçu
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Cabula, Engomadeira, Beiru/Tancredo Neves, Pedras/Pituaçu, Barreiras, Arenoso, Boca do Rio,
Imbuí, Cabula VI, Novo Horizonte, Nova Sussuarana, Sussuarana, Pau da Lima, São Marcos,
Jardim Cajazeiras e São Rafael.
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Necessidade de readequação hidráulica e estrutural dos canais de macrodrenagem do rio Cascão,
na Rua Campo Largo;
▪ Necessidade de readequação hidráulica e estrutural dos canais de macrodrenagem do rio
Saboeiro, na Travessa Águas Cristalinas e Rua Washington;
▪ Necessidade de readequação hidráulica e estrutural da macrodrenagem do rio Cachoeirinha, na
Rua Jorge da Bela Vista e na Rua Raíza Gomes;
▪ Necessidade de readequação hidráulica da microdrenagem na Rua Mário de Aleluia Rosa em
Narandiba;
▪ Necessidade de readequação hidráulica e estrutural da macrodrenagem do rio Pituaçu, na Rua da
Bolandeira;
▪ Necessidade de adequação da microdrenagem das áreas de baixadas de toda a bacia do rio
Pituaçu;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras em diversos locais;
▪ Construção de escadarias drenantes em locais as quais são inexistentes;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção devido a ocupação das faixas de servidão, o funcionamento
hidráulico e colocando os moradores em risco de vida;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento do rio Saboeiro para limpeza e manutenção, assim
como para a identificação de lançamentos irregulares de esgoto.
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio, associando a
frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio, com monitoramento
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316
dos níveis do rio e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no nos
canais, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.6.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.6.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Canal do rio Cascão no bairro do Cabula;


• Canal do rio Saboeiro entre os bairros de Engomadeira, Beiru/Tancredo Neves e Narandiba;
• Canal do Rio Cachoeirinha entre os bairros de Beiru/Tancredo Neves, Arenoso e Novo Horizonte;
• Canal do rio Pituaçu nos bairros de Nova Sussuarana, São Rafael, São Marcos e Pau da Lima;
• Canal do rio das Pedras em Pau da Lima.

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317
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio das
Pedras/Pituaçu foram identificadas 2 captações de tempo seco ativas.

2.6.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.6.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 241 pontos críticos
em 22 bairros: Arenoso, Boca do Rio, Engomadeira, Imbui, Narandiba, Pau da Lima, São Marcos,
Sussuarana, Tancredo Neves, Barreiras, Cabula, Cabula V, Cabula VI, Jardim Cajazeira, Jardim
Santo Inácio, Nova Sussuarana, Novo Horizonte, Piatã, Pituaçu, Resgate e Saboeiro, sendo que a
maior parte dos alagamentos/inundações foram nos bairros de Tancredo Neves, Sussuarana e
Narandiba (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Figura 378 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio das
Pedras/Pituaçu

Nota: Outros corresponde aos demais bairros com percentual inferior a 3%


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

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Tabela 9 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio das Pedras/Pituaçu

ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE


1 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA RITA PEREIRA ARENOSO 560546,4 8569002
2 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA GABRIEL MONTEIRO DE CASTRO ARENOSO 560728,9 8568128
3 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA VILA NOVA SÃO BENTO ARENOSO 561022,4 8568404
4 CODESAL (2020) AVENIDA EDGARD SANTOS ARENOSO 560066,8 8567941
5 CODESAL (2020) AVENIDA NÍSIA FLORESTA ARENOSO 560881 8568227
6 CODESAL (2020) RUA 21 DE ABRIL ARENOSO 560427,6 8569224
7 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO ARENOSO 560654,3 8568736
8 CODESAL (2020) RUA DA MANGUEIRA ARENOSO 560501,6 8568339
9 CODESAL (2020) RUA DAS COBRAS ARENOSO 560989,7 8568338
10 CODESAL (2020) RUA ESTRELA D´ALVA ARENOSO 560665,1 8568725
11 CODESAL (2020) RUA LAGOA DE PEDRAS ARENOSO 560620,4 8568106
12 CODESAL (2020) RUA LUCIANO SANTOS ARENOSO 560621,8 8568770
13 CODESAL (2020) RUA MÁRIO DE ALELUIA ROSA ARENOSO 560110,4 8568041
14 CODESAL (2020) RUA PARAÍBA ARENOSO 561000,5 8568349
15 CODESAL (2020) RUA SÃO BENTO ARENOSO 561022,3 8568360
16 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE DA BELA VISTA ARENOSO 560449,1 8569168
17 CODESAL (2020) RUA TENENTE ANANIAS ARENOSO 561033,2 8568382
18 CODESAL (2020) TRAVESSA BOA VISTA ARENOSO 560099,4 8567952
19 CODESAL (2020) TRAVESSA MÁRIO DE ALELUIA ROSA ARENOSO 560088,7 8568019
20 CODESAL (2020) TRAVESSA MONTEIRO COSTA ARENOSO 559969,2 8567942
21 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTANA ARENOSO 561044 8568360
22 CODESAL (2020) VILA NOVA SÃO BENTO ARENOSO 561000,5 8568349
23 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA MARIA DAS GRAÇAS RIBEIRO BARREIRAS 559158,2 8569094
24 CODESAL (2020) RUA DORALICE PEREIRA DÓREA BARREIRAS 559201,2 8568905
25 CODESAL (2020) RUA SENHOR DO BONFIM BARREIRAS 558994,6 8568696
26 CODESAL (2020) TRAVESSA ASTECA BARREIRAS 559418,7 8569170
27 CODESAL (2020) ALAMEDA PRAIA DO DESCOBRIMENTO BOCA DO RIO 562231,5 8565880
28 CODESAL (2020) AVENIDA DOM EUGÊNIO SALES BOCA DO RIO 562426,2 8565614

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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
29 CODESAL (2020) AVENIDA MESTRE MANOEL BOCA DO RIO 562134,6 8566178
30 CODESAL (2020) RUA BERNADETE DIAS BOCA DO RIO 561417,5 8565616
31 CODESAL (2020) RUA COSME DE FARIAS BOCA DO RIO 561742,2 8565306
32 CODESAL (2020) RUA DA BOLANDEIRA BOCA DO RIO 561886,3 8566677
33 CODESAL (2020) TRAVESSA BABILÔNIA BOCA DO RIO 562470,4 8566001
34 CODESAL (2020) TRAVESSA ORLANDO MOSCOSO BOCA DO RIO 562404,1 8565437
35 CODESAL (2020) TRAVESSA RIO DAS PEDRAS BOCA DO RIO 562566,6 8565359
36 CODESAL (2020) TRAVESSA SAN MARINA BOCA DO RIO 562481,1 8565923
37 CODESAL (2020) TRAVESSA SUBIDA DO CAMPO BOCA DO RIO 561972,6 8566500
38 CODESAL (2020) ALAMEDA SANTA BÁRBARA CABULA 558786,1 8567557
39 CODESAL (2020) RUA DAS EMBUIAS CABULA 561215,7 8567541
40 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA LAGOA CABULA 558525,8 8567547
41 CODESAL (2020) RUA DORALICE PEREIRA DÓREA CABULA 559212 8568894
42 CODESAL (2020) RUA JUTAIR FERNANDES CABULA 558807,8 8567568
43 CODESAL (2020) RUA LAGOA AZUL CABULA 558764,7 8567679
44 CODESAL (2020) RUA SANTO INÁCIO CABULA 559187,6 8567656
45 CODESAL (2020) ALAMEDA SANTA BÁRBARA CABULA V 558764,4 8567546
46 CODESAL (2020) AVENIDA EDGARD SANTOS CABULA V 559296,9 8568021
47 CODESAL (2020) RUA AMAZONAS CABULA V 558981,2 8567501
48 CODESAL (2020) RUA DA LAGOA CABULA V 558645,1 8567546
49 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA LAGOA CABULA V 558655,9 8567535
50 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA VILA NOVA SÃO BENTO CABULA VI 560816,3 8568404
51 CODESAL (2020) RUA DAS EMBUIAS CABULA VI 561215,8 8567574
52 CODESAL (2020) RUA JONES MELO CABULA VI 561194 8567519
53 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SANTO AGOSTINHO ENGOMADEIRA 558983,8 8568685
54 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO TIAGO ENGOMADEIRA 558874,2 8568198
55 CODESAL (2020) RUA 25 DE DEZEMBRO ENGOMADEIRA 559265 8568319
56 CODESAL (2020) RUA DA ENGOMADEIRA ENGOMADEIRA 558896,4 8568397
57 CODESAL (2020) RUA FERNANDO HERNANDES GENTIL ENGOMADEIRA 559254,1 8568319
58 CODESAL (2020) RUA JOSETE BISPO ENGOMADEIRA 559157,8 8568928

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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
59 CODESAL (2020) RUA SÃO JOSÉ DA ENGOMADEIRA ENGOMADEIRA 559298 8568529
60 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTO AGOSTINHO ENGOMADEIRA 558983,7 8568674
61 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO FRANCISCO ENGOMADEIRA 558647,5 8568685
62 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JOSÉ ENGOMADEIRA 559243,4 8568375
63 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA JORGE AMADO IMBUI 561928,9 8566367
64 CODESAL (2020) ALAMEDA PRAIA DO DESCOBRIMENTO IMBUI 562039 8567097
65 CODESAL (2020) RUA DO BEIJA-FLOR IMBUI 560843 8565761
66 CODESAL (2020) RUA DOS COLIBRIS IMBUI 560701,9 8565717
67 CODESAL (2020) RUA JOÃO JOSÉ RESCALA IMBUI 561777,5 8566544
68 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA MARIA JOSÉ GONÇALVES JARDIM CAJAZEIRA 559716,8 8571614
69 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO LUIZ JARDIM CAJAZEIRA 559967,2 8572022
70 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO VICENTE JARDIM CAJAZEIRA 560076,3 8572310
71 CODESAL (2020) RUA DA ALEGRIA JARDIM CAJAZEIRA 559478,3 8571703
72 CODESAL (2020) RUA JURACY TRINDADE JARDIM CAJAZEIRA 559826,5 8572167
73 CODESAL (2020) RUA MARIA JOSÉ GONÇALVES JARDIM CAJAZEIRA 559705,9 8571570
74 CODESAL (2020) BECO DA TELENGE JARDIM SANTO INACIO 559010,7 8571151
75 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ÁGUAS CRISTALINAS NARANDIBA 559687,6 8568119
76 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA EDGARD SANTOS NARANDIBA 560164,7 8568041
77 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LUÍS CABRAL NARANDIBA 559665,9 8568130
78 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SANTA LUZIA NARANDIBA 560759,4 8567210
79 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SANTA TEREZA NARANDIBA 559850,1 8568030
80 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA BOA VISTA NARANDIBA 560099,4 8567975
81 CODESAL (2020) AVENIDA BOA VISTA NARANDIBA 560066,8 8567941
82 CODESAL (2020) AVENIDA EDGARD SANTOS NARANDIBA 559653,4 8567345
83 CODESAL (2020) RUA ÁGUAS CRISTALINAS NARANDIBA 560372 8568604
84 CODESAL (2020) RUA BOA VISTA NARANDIBA 560575,9 8567631
85 CODESAL (2020) RUA CASTRO ARAÚJO NARANDIBA 559524,8 8568086
86 CODESAL (2020) RUA DO RIACHO NARANDIBA 559893,1 8567853
87 CODESAL (2020) RUA EDGAR MEDRADO JÚNIOR NARANDIBA 559805,7 8567566
88 CODESAL (2020) RUA ERONILDE BISPO SANTOS NARANDIBA 559448,8 8568042

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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
89 CODESAL (2020) RUA LUÍS CABRAL NARANDIBA 559720,1 8568130
90 CODESAL (2020) RUA MANOEL DAS HORTAS NARANDIBA 559579,1 8568108
91 CODESAL (2020) RUA MÁRIO DE ALELUIA ROSA NARANDIBA 560034,3 8567942
92 CODESAL (2020) RUA SANTA MÔNICA NARANDIBA 560500 8567609
93 CODESAL (2020) RUA SOL NASCENTE NARANDIBA 559653,9 8567588
94 CODESAL (2020) RUA URUÇUCA NARANDIBA 559492,2 8568042
95 CODESAL (2020) TRAVESSA ÁGUAS CRISTALINAS NARANDIBA 559709,2 8568097
96 CODESAL (2020) TRAVESSA BOA VISTA NARANDIBA 560110,3 8567986
97 CODESAL (2020) TRAVESSA BRUNO NARANDIBA 560012,5 8567875
98 CODESAL (2020) TRAVESSA DO RIACHO NARANDIBA 559904 8567864
99 CODESAL (2020) TRAVESSA LUÍS CABRAL NARANDIBA 559665,9 8568141
100 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PITUAÇU NOVA SUSSUARANA 561666,3 8570172
101 CODESAL (2020) ACESSO A VIA PITUAÇU NOVA SUSSUARANA 561546,8 8570095
102 CODESAL (2020) RUA DOS VETERANOS NOVA SUSSUARANA 561644,1 8569951
103 CODESAL (2020) TRAVESSA PITUAÇU NOVA SUSSUARANA 561677,2 8570194
104 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PRINCESA ISABEL NOVO HORIZONTE 560709,5 8569201
105 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA TIRADENTES NOVO HORIZONTE 560719,9 8568991
106 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA ALBINO FERNANDES NOVO HORIZONTE 560808,4 8569776
107 CODESAL (2020) RUA DO PROGRESSO NOVO HORIZONTE 561349,6 8569244
108 CODESAL (2020) RUA MARIANO NOVO HORIZONTE 561078,6 8569300
109 CODESAL (2020) RUA PORTO SEGURO NOVO HORIZONTE 561284,1 8569045
110 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE NOVO HORIZONTE 560438,2 8569135
111 CODESAL (2020) RUA TIRADENTES NOVO HORIZONTE 560470,7 8569091
112 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA JUTAHY MAGALHÃES PAU DA LIMA 560303,3 8571955
113 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO RAFAEL PAU DA LIMA 560962,7 8570859
114 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA SÃO VICENTE PAU DA LIMA 560410 8571126
115 CODESAL (2020) RUA CREMILDA DE SOUZA PAU DA LIMA 560412 8572022
116 CODESAL (2020) RUA DA PAZ PAU DA LIMA 560160 8570872
117 CODESAL (2020) RUA DO OURO PAU DA LIMA 560139,3 8571347
118 CODESAL (2020) RUA MARECHAL DEODORO PAU DA LIMA 560075 8571735

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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
119 CODESAL (2020) RUA MARIA CHICA PAU DA LIMA 559911,8 8571492
120 CODESAL (2020) RUA SÃO VICENTE PAU DA LIMA 560323,1 8571060
121 CODESAL (2020) RUA PAULO GIL SOARES PIATA 562446,5 8569816
122 CODESAL (2020) RUA 2 DE JANEIRO PITUACU 563511,8 8566054
123 CODESAL (2020) RUA ALTO DE SÃO JOÃO PITUACU 562948,8 8566531
124 CODESAL (2020) RUA DA BOLANDEIRA PITUACU 561994,7 8566654
125 CODESAL (2020) RUA GONÇALVES CEZIMBRA PITUACU 563327,2 8565977
126 CODESAL (2020) TRAVESSA NADIR MENDONÇA PITUACU 563088,2 8565789
127 CODESAL (2020) RUA EDGARD LOUREIRO RESGATE 559708,3 8567688
128 CODESAL (2020) ALAMEDA SANTA BÁRBARA SABOEIRO 558764,4 8567546
129 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA LAGOA SABOEIRO 559035,7 8567612
130 CODESAL (2020) RUA DO RIACHO SABOEIRO 560380,8 8567664
131 CODESAL (2020) RUA LEOPOLDINO TANTÚ SABOEIRO 558994,6 8568663
132 CODESAL (2020) RUA NABICUARA SABOEIRO 558862,1 8567601
133 CODESAL (2020) TRAVESSA BETO GABAN SABOEIRO 558883,8 8567590
134 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA PITUAÇU 562454 8568345
135 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO RAFAEL SAO MARCOS 560973,7 8570925
136 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DO CAMPO SAO MARCOS 559076,4 8571438
137 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO RAFAEL SAO MARCOS 560984,4 8570870
138 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA NÉLIO SANTOS SAO MARCOS 561352,8 8570692
139 CODESAL (2020) RUA AURÍSIO FERNANDES SAO MARCOS 560141,3 8572288
140 CODESAL (2020) RUA CARLOS MARIGHELLA SAO MARCOS 561882,5 8569840
141 CODESAL (2020) RUA DA LUZ SAO MARCOS 562749 8569263
142 CODESAL (2020) RUA MARIZE MOURA SAO MARCOS 560464 8571015
143 CODESAL (2020) RUA SÃO FRANCISCO SAO MARCOS 562770,6 8569240
144 CODESAL (2020) RUA SÃO RAFAEL SAO MARCOS 560908,4 8570848
145 CODESAL (2020) TRAVESSA ANDRÉA SANTIAGO SAO MARCOS 560962,9 8570981
146 CODESAL (2020) TRAVESSA ESCADINHA SAO MARCOS 561038,9 8570981
147 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA MOISÉS MENDES SUSSUARANA 561124 8570217
148 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA COSME E DAMIÃO SUSSUARANA 560061,4 8570430

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
323
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
149 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PITUAÇU SUSSUARANA 561611,9 8570106
150 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA COSME E DAMIÃO SUSSUARANA 560040,3 8570695
151 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DALVA SANTOS DE ARAÚJO SUSSUARANA 560132,5 8568196
152 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA PRINCESA ISABEL SUSSUARANA 560807,2 8569223
153 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÍLVIO SANTOS SUSSUARANA 560756,4 8570804
154 CODESAL (2020) ACESSO A VIA PITUAÇU SUSSUARANA 561123,9 8570162
155 CODESAL (2020) PRAÇA MARINA DE QUEIROZ SUSSUARANA 560375,9 8570407
156 CODESAL (2020) RUA AÍDA CELESTE SUSSUARANA 559887,8 8570408
157 CODESAL (2020) RUA BELÉM SUSSUARANA 561655,4 8570161
158 CODESAL (2020) RUA COSME E DAMIÃO SUSSUARANA 559898,7 8570441
159 CODESAL (2020) RUA DA BÉLGICA SUSSUARANA 561308,2 8570140
160 CODESAL (2020) RUA DIRETA DE PITUAÇU SUSSUARANA 561687,9 8570172
161 CODESAL (2020) RUA EUGÊNIO PEREIRA DE JESUS SUSSUARANA 560040,3 8570717
162 CODESAL (2020) RUA FABRÍCIO MAGALHÃES SUSSUARANA 560603,8 8570440
163 CODESAL (2020) RUA GRAÇA OLIVEIRA DE JESUS SUSSUARANA 560505,6 8570208
164 CODESAL (2020) RUA MOISÉS MENDES SUSSUARANA 561145,8 8570262
165 CODESAL (2020) RUA NOVA IGUAÇU SUSSUARANA 559898,8 8570485
166 CODESAL (2020) RUA OSÓRIO LADEIRA SUSSUARANA 561274,9 8569797
167 CODESAL (2020) RUA PORTO SEGURO SUSSUARANA 561273,2 8569023
168 CODESAL (2020) RUA RAUL GIL SUSSUARANA 559909,5 8570408
169 CODESAL (2020) RUA SAMUEL SUSSUARANA 560440,8 8570307
170 CODESAL (2020) RUA SAN DE MARINO SUSSUARANA 561588,2 8569221
171 CODESAL (2020) RUA YEDA BARRADAS CARNEIRO SUSSUARANA 561091,7 8570339
172 CODESAL (2020) TRAVESSA MOISÉS MENDES SUSSUARANA 561145,6 8570184
173 CODESAL (2020) TRAVESSA PITUAÇU SUSSUARANA 561655,4 8570183
174 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ÁGUAS CRISTALINAS TANCREDO NEVES 559828,4 8568019
175 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA 23 DE MARÇO TANCREDO NEVES 560026,4 8569291
176 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ÁGUAS CRISTALINAS TANCREDO NEVES 559774,2 8568053
177 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA LUÍS CABRAL TANCREDO NEVES 559622,5 8568119
178 CODESAL (2020) 5ª TRAVESSA VILA NOVA SÃO BENTO TANCREDO NEVES 561000,5 8568326

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
324
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
179 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO JOÃO TANCREDO NEVES 559808,4 8568794
180 CODESAL (2020) NAO INFORMADO TANCREDO NEVES 561231,3 8569686
181 CODESAL (2020) RUA 21 DE ABRIL TANCREDO NEVES 560416,5 8569102
182 CODESAL (2020) RUA 4 DE SETEMBRO TANCREDO NEVES 559418,6 8569126
183 CODESAL (2020) RUA ABIMAEL TEIXEIRA TANCREDO NEVES 559752,8 8568185
184 CODESAL (2020) RUA ÁGUAS CRISTALINAS TANCREDO NEVES 559579 8568086
185 CODESAL (2020) RUA ARI ALEX BRUST TANCREDO NEVES 559817,8 8568141
186 CODESAL (2020) RUA CARLA TANCREDO NEVES 559265,2 8568419
187 CODESAL (2020) RUA CASTRO ARAÚJO TANCREDO NEVES 559492,2 8568053
188 CODESAL (2020) RUA DA HORTA TANCREDO NEVES 559492,2 8568064
189 CODESAL (2020) RUA DORALICE PEREIRA DÓREA TANCREDO NEVES 559233,6 8568839
190 CODESAL (2020) RUA ERONILDE BISPO SANTOS TANCREDO NEVES 559372,9 8568065
191 CODESAL (2020) RUA GUANABARA TANCREDO NEVES 559385,3 8568783
192 CODESAL (2020) RUA JÚLIO CÉSAR TANCREDO NEVES 559798,1 8569070
193 CODESAL (2020) RUA LUÍS CABRAL TANCREDO NEVES 559720,2 8568152
194 CODESAL (2020) RUA MANOEL DAS HORTAS TANCREDO NEVES 559492,2 8568053
195 CODESAL (2020) RUA MÁRIO DE ALELUIA ROSA TANCREDO NEVES 560110,3 8567986
196 CODESAL (2020) RUA NOVA CRUZ TANCREDO NEVES 560544,8 8568261
197 CODESAL (2020) RUA PAULO VALVERDE TANCREDO NEVES 559699,9 8568783
198 CODESAL (2020) RUA PEDRA GRANDE TANCREDO NEVES 560772,3 8568150
199 CODESAL (2020) RUA PORTO ALEGRE TANCREDO NEVES 560482,1 8569356
200 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE TANCREDO NEVES 560373,4 8569246
201 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE DA BELA VISTA TANCREDO NEVES 560536,1 8569268
202 CODESAL (2020) RUA SÃO JOSÉ TANCREDO NEVES 560232 8569080
203 CODESAL (2020) RUA VALDINEI TEIXEIRA TANCREDO NEVES 559731,2 8568208
204 CODESAL (2020) TRAVESSA ÁGUAS CRISTALINAS TANCREDO NEVES 559644,2 8568141
205 CODESAL (2020) TRAVESSA BOA VISTA TANCREDO NEVES 560110,3 8567975
206 CODESAL (2020) TRAVESSA LUÍS CABRAL TANCREDO NEVES 560426,1 8568538
207 CODESAL (2020) TRAVESSA MONTEIRO COSTA TANCREDO NEVES 560175,9 8568218
208 CODESAL (2020) VILA NOVA SÃO BENTO TANCREDO NEVES 561022,1 8568304

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
325
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
209 SEINFRA (2015) BATE FACHO BOCA DO RIO 561946 8566846
210 SEINFRA (2015) AVENIDA DOM EUGÊNIO SALES BOCA DO RIO 562623 8565557
211 SEINFRA (2015) RUA CRISTÓVÃO FERREIRA BOCA DO RIO 561647 8565398
212 SEINFRA (2015) RUA JAYME SIMAS BOCA DO RIO 562290 8566206
213 SEINFRA (2015) TRAVESSA CANAÃ BOCA DO RIO 562445 8566017
RUA AMAZONAS, RUA BÁRBARA E TRAV. 8 DE
214 SEINFRA (2015)
ABRIL - RUA DO CAMPO LARGO
CABULA 558801 8567556
215 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA RECANTO DA CACHOEIRINHA CABULA VI 561108 8567957
216 SEINFRA (2015) 6ª TRAVESSA RECANTO DA CACHOEIRINHA CABULA VI 560134 8568047
217 SEINFRA (2015) AVENIDA JORGE AMADO IMBUI 562085 8566263
218 SEINFRA (2015) RUA BRASÍLIA IMBUI 561461 8566088
219 SEINFRA (2015) RUA DAS ARARAS IMBUI 560903 8566181
220 SEINFRA (2015) RUA DAS CODORNAS IMBUI 561191 8566078
221 SEINFRA (2015) RUA DAS PATATIVAS IMBUI 560817 8565680
222 SEINFRA (2015) RUA SÃO PAULO NARANDIBA 559768 8567873
223 SEINFRA (2015) AVENIDA EDGARD SANTOS NARANDIBA 560624 8567569
224 SEINFRA (2015) RUA EDGAR MEDRADO JÚNIOR NARANDIBA 559874 8567778
225 SEINFRA (2015) TRAVESSA IVONILDES SABOEIRO 560053 8567365
226 SEINFRA (2015) RUA SAMUEL SUSSUARANA 560550 8570348
227 SEINFRA (2015) RUA DAS LARANJEIRAS SUSSUARANA 561373 8569119
228 SEINFRA (2015) RUA RUBENS ZARDIVAL SUSSUARANA 561259 8569924
229 SEINFRA (2015) RUA DEUS NOS DEU SUSSUARANA 560387 8570296
230 SEINFRA (2015) ACESSO A VIA PITUAÇU SUSSUARANA 560970 8570436
231 SEINFRA (2015) RUA PORTO ALEGRE SUSSUARANA 560538 8569360
232 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA JÚLIA DAMIANA SUSSUARANA 560337 8570692
233 SEINFRA (2015) AVENIDA ULYSSES GUIMARÃES SUSSUARANA 560303 8570208
234 SEINFRA (2015) RUA COSME E DAMIÃO SUSSUARANA 559986 8570434
235 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA DA GUINÉ TANCREDO NEVES 559650 8568464
236 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA VILA NOVA SÃO BENTO TANCREDO NEVES 561045 8568374
237 SEINFRA (2015) RUA ÁGUAS CRISTALINAS TANCREDO NEVES 559671 8568145
238 SEINFRA (2015) RUA CORONEL EZEQUIEL TANCREDO NEVES 560728 8568352
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
326
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
239 SEINFRA (2015) RUA DELMAR TANCREDO NEVES 559872 8568309
240 SEINFRA (2015) 1ª AVENIDA SR. DO BONFIM - RUA LUA NOVA ENGOMADEIRA 559834 8568283
241 SEINFRA (2015) RUA 15 DE NOVEMBRO ENGOMADEIRA 559201 8568127
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
327
- Figura 379 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio das Pedras/Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
328
2.6.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio das Pedras/Pituaçu foram cadastradas 4 regiões citadas a
seguir, e na Erro! Fonte de referência não encontrada., o cadastro de canais da bacia
disponibilizado pela SEINFRA.

• Trecho próximo da Rua da Prata (São Gonçalo do Retiro);


• Rua Águas Cristalinas e região da Travessa Edgar Medrado e Rua Maria Aline de Jesus (Narandiba);
• Rua Jones Melo (Entre o Saboeiro e Cabula IV);
• Rua da Bolandeira e trecho do rio das Pedras até a Foz (Imbuí).

Tabela 10 – Cadastro de canais existentes na bacia do rio Pituaçu


SEÇÃO – MATERIAL DO
BACIA SISTEMA/VERTENTE DIMENSÕES
EXTENSÃO REVESTIMENTO
RUA ÁGUAS B= 3,00m; CONCRETO
800m
CRISTALINAS H=VARIÁVEL
1ª AV. SR DO BONFIM – B= 2,00m; CONCRETO
220m
RUA LUA NOVA H=VARIÁVEL
B= 2,00m; CONCRETO
AV EDGARD SANTOS 800m
H=VARIÁVEL
1ª TRAV. VILA NOVA DE B= 2,00m; TERRENO
PEDRAS/PITUAÇU 130m
SÃO BENTO H=VARIÁVEL NATURAL
RUA AMAZONAS, RUA B= VARIÁVEL; CONCRETO
BÁRBARA E TRAV 8 DE H=VARIÁVEL
3.600m
ABRIL – RUA DO CAMPO
LARGO
BOLANDEIRA / BATE B= 3,00m; CONCRETO
1.100m
FACHO H=VARIÁVEL
Fonte: SEINFRA, 2021

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
329
2.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA
Localizada integralmente na cidade de Salvador, a Bacia do Rio Passa Vaca possui uma área de
3,72km2, o que corresponde a 1,20% da área do município. Encontra-se limitada ao Norte e a
Oeste pela Bacia de Jaguaribe e ao Sul pela Bacia Hidrográfica do Pedras/Pituaçu e pela Bacia
de Drenagem de Armação/Corsário (SANTOS et al, 2010). Na área delimitada por essa bacia
estão localizados 7 bairros: Canabrava, Patamares, Piatã, Pituaçu, São Rafael, Trobogy e Vale
dos Lagos.
O Rio Passa Vaca nasce no bairro de São Rafael, é sobreposto pela Av. Paralela, atravessando
depois, todo o bairro de Patamares e lá desaguando no mesmo estuário que o Rio Jaguaribe. Na
foz desse rio localiza-se o manguezal do Passa Vaca, último remanescente de manguezal no
meio urbano na Orla Atlântica de Salvador. É um rio com importância para a vida marinha, pois
serve de nascedouro e berçário de várias espécies. Além da vegetação de mangue, no
Loteamento Patamares e em parte da Av. Paralela que fica na área da Bacia, existe floresta
Ombrófila em estágio avançado, em área bastante expressiva. Na área do manguezal existe o
Parque do Manguezal do Passa Vaca, uma APP – Área de Preservação Permanente – implantada
por meio do Decreto n. 19.752, de 13/07/2009 (SANTOS et al, 2010). A Erro! Fonte de
referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca,
com a hidrografia principal e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
330
Figura 380 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
331
2.7.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada que tem como principal corpo d’água o rio Passa Vaca, que possui extensão
aproximada de 5 km até a foz, donde segue junto com o rio Jaguaribe até o mar. As nascentes
estão localizadas entre os bairros de São Marcos, na região compreendida entre a Rua Pastor
Geraldo Souza e a Estrada da Muriçoca com percurso numa região com vegetação natural
conservada, até a proximidade da área da CHESF, e a partir daí segue com sua margem
esquerda totalmente ocupada por residências com população de baixa renda. Nessa região do rio
são registradas inundações decorrentes da ocupação desordenada, especificamente próximo da
Rua Santo Antônio de Pádua, no bairro Vale dos Lagos.
Nas margens da Avenida Paralela o rio emboca numa galeria fechada com seção desconhecida
por uma extensão aproximada de 360 m, depois segue em calha natural e com margens
preservadas até o cruzamento com a Avenida Tamburugy. A partir desta avenida, a região no em
torno torna-se mais ocupada por residências e condomínios, e o rio segue com sua calha
retificada por uma extensão de 337 metros, retornando à calha natural com margens preservadas.
No bairro de Patamares, a travessa abaixo do rio Trobogy é realizada a partir de 4 bueiros com
diâmetro de 1000 mm, que direcionam o escoamento para o canal que foi construído em meados
do ano de 2018. O projeto de readequação deste canal foi contratado e executado pela Prefeitura,
sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEINFRA), juntamente com
a do rio Trobogy, a partir de convênio firmado com o Ministério das Cidades e com investimentos
de R$ 94,4 milhões. De acordo com o projeto disponibilizado pela Prefeitura, e elaborado no ano
de 2017, a obra contemplou a execução de um canal de seção retangular de concreto armado
com largura de 7,0 metros e profundidade de 2,4 metros, tendo o fundo sido implantado com
enrocamento de pedra com espessura de 20 cm. O canal implantado possui extensão de 1,47 km
e finaliza onde passam 3 tubulações da Embasa: uma adutora em aço carbono com DN 1500 mm,
uma adutora em concreto DN 1500 mm e um emissário de esgoto em ferro fundido DN 600 mm.
As tubulações citadas foram assentadas transversalmente ao sentido de escoamento do rio, com
elevações baixas que causam severa restrição à passagem da água, promovendo a elevação do
nível d´água a montante durante a ocorrência de cheias de maior magnitude. Esta obstrução ao
escoamento resulta em frequentes alagamentos das áreas e edificações adjacentes ao rio que
estão situadas em elevações mais baixas.
Depois do trecho das tubulações, o canal segue com revestimento natural, em área de manguezal
preservada, até alcançar a Avenida Octávio Mangabeira (Coordenadas: 565127.39 m E e
8566996.09 m S), sendo realizada a travessia por meio de uma galeria, com extensão aproximada
de 18 m, seguindo em direção à sua foz.
De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Passa Vaca apresentados pela PMS (2018) a
vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de 25 anos corresponde a 9,30 m 3/s.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
332
Apesar da existência da Lagoa da CHESF na área da bacia se observa que a área no em torno é
bem preservada, sendo que sua bacia de contribuição recebe somente contribuições dos
escoamentos pluviais oriundos da área ocupada pelas instalações da Companhia Hidrelétrica.
Devido a dificuldade de acessibilidade ao local não é possível identificar a existência de
interligação de sistema extravasor dessa lagoa, com a galeria principal do rio Passa Vaca
localizada abaixo da Avenida Paralela. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho visitado.
Figura 381 – Avenida Paralela sobre o trecho Figura 382 – Vista da lagoa do Condomínio
fechado do canal do Passa Vaca Parque Lagoa Verde às margens da Avenida
Paralela

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
333
Figura 383 – Vista da lagoa da CHESF na Figura 384 – Vista do rio Passa Vaca na Avenida
Avenida Paralela Tamburugy e da travessia aérea de adutora

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 385 – Ponte sobre o rio Passa Vaca na Figura 386 – Foz do rio Passa Vaca na Avenida
Avenida Tamburugy Octávio Mangabeira

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.7.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia do rio Passa Vaca não foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas locais naturais que correspondem a lagoas que
realizam a reservação e retenção das águas pluviais oriundas de suas bacias de drenagem
natural. São identificados 2 reservatórios de amortecimento natural, sendo estes a Lagoa da
Chesf e a Lagoa Jorge Amado (Erro! Fonte de referência não encontrada.) e na Erro! Fonte de
referência não encontrada. se apresenta a localização das lagoas.

Tabela 11 – Área de reservatório de amortecimento natural na Bacia do Passa Vaca


Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
B-16 Lagoa da CHESF Av. Luís Viana Filho São Marcos 562997.31 8569434.22
B-17 Lagoa Jorge Amado Av. Paralela São Marcos 563957.25 8569588.81
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
334
Figura 387 – Localização dos pontos na bacia do Passa Vaca

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.7.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o rio Passa Vaca. Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem
não é possível analisar criteriosamente o layout do sistema existente.
Na região do bairro do Vales dos Lagos com acesso pela Estrada da Muriçoca, as ruas
localizadas na bacia se situam em áreas íngreme, sendo estreitas e pavimentadas, além de não
possuírem caixas coletoras ou meio-fio. O escoamento superficial ocorre de forma irregular e é
direcionado para o rio Passa Vaca, no trecho onde o mesmo recebe ligações clandestinas de
esgoto.

Na região da Avenida Luís Viana as águas escoadas são direcionadas para caixas coletoras, que
se interligam a galerias que lançam as águas na área da lagoa situada no canteiro central da
avenida, próximo da Rua Procurador Nelson Castro.

Na região a jusante da Avenida Paralela a predominância são ocupações de condomínios de alto


padrão, localizados na região mais alta da bacia e com sistemas de drenagem próprios, que
devem lançar as águas diretamente na área do vale do rio Passa Vaca. E por fim, na região de
Patamares no em torno da Avenida Tamburugy e a Avenida Octávio Mangabeira existem
condomínios tipo torres e residenciais, com seus sistemas de drenagem próprios, e que
direcionam as águas para as galerias de midrodrenagem da Avenida Ibirapitanga, e estas por
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
335
suas por sua vez para o rio Passa Vaca. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram alguns tipos de dispositivos identificados no
trecho visitado.
Figura 388 – Caixas coletoras com entrada na Figura 389 – Caixas coletoras com grelhas de
guia concreto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.7.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As áreas consideradas com correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e
inundações registradas na Codesal e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas
estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na
área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 10 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Passa Vaca
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ São Marcos e Vale dos Lagos
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequação do canal do rio Passa Vaca no bairro do Vale dos Lagos, devido a ocupação
existente na margem do lado esquerdo;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
336
da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.7.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.7.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Região marginal ao rio Passa Vaca com acesso a Estrada da Muriçoca, englobando algumas ruas,
com a Rua Caraíbas, Rua Divino Espírito Santo e Rua Santo Antônio de Pádua.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Passa Vaca não
existem captações desse tipo.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
337
2.7.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.7.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 5 pontos críticos
em 2 bairros: São Marcos e Vale dos Lagos, sendo que a maior parte dos
alagamentos/inundações foi no bairro do Vale dos Lagos, correspondendo a 80% da totalidade
registrada (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 390 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do rio Passa Vaca

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a espacialização na Erro! Fonte de referência
não encontrada..
Tabela 12 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Passa Vaca
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
RUA PROFESSOR
1 CODESAL (2020) SAO MARCOS 562653,1 8570048
ARNALDO SILVEIRA
VALE DOS
2 CODESAL (2020) ALAMEDA MARISA 562750,9 8570136
LAGOS
RUA PROFESSOR VALE DOS
3 CODESAL (2020) 562663,9 8570037
ARNALDO SILVEIRA LAGOS
RUA SANTO ANTÔNIO DE VALE DOS
4 CODESAL (2020) 563205,4 8569627
PÁDUA LAGOS
VALE DOS
5 CODESAL (2020) RUA SÃO FRANCISCO 563216,2 8569638
LAGOS
Fonte: Adaptado Codesal, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
338
Figura 391 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Passa Vaca

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
339
2.7.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
340
2.8. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE
Localizada integralmente no município de Salvador, a Bacia do Rio Jaguaribe possui uma área de
52,76km2, o que corresponde a 17,08% do território soteropolitano, sendo considerada a segunda
maior Bacia do Município, em superfície. Encontra-se limitada ao Norte pela Bacia do Rio Ipitanga
e pela Bacia de Drenagem de Stella Maris, a Leste pelo Oceano Atlântico, a Oeste pela Bacia do
Cobre e ao Sul pelas Bacias do Pedras/Pituaçu e Passa Vaca (SANTOS et al, 2010).. Na área
delimitada por essa bacia estão localizados 38 bairros: Águas Claras, Alto do Coqueirinho, Bairro
da Paz, Cajazeiras II, IV, V, VI, VII, VIII, X, e XI, Canabrava, Castelo Branco, Dom Avelar,
Fazenda Grande I, II, III e IV, Itapuã, Jaguaribe I, Jardim Nova Esperança, Mussurunga, Nova
Brasília, Novo Marotinho, Patamares, Pau da Lima, Piatã, Pirajá, Porto Seco Pirajá, São
Cristovão, São Marcos, São Rafael, Sete de Abril, Stella Maris, Trobogy, Vale dos Lagos, Valéria
e Vila Canária.
Com suas nascentes nos bairros de Águas Claras, Valéria e Castelo Branco, o Rio Jaguaribe,
percorre uma distância de, aproximadamente, 15,2 km, passando pelo Jardim Nova Esperança,
Cajazeiras VIII, Nova Brasília, Trobogy, Mussurunga, Bairro da Paz e deságua em Piatã, na 3ª
Ponte da Av. Octávio Mangabeira. Apresenta vários afluentes de grande vazão, entre eles os Rios
Trobogy, Mangabeira, Cambunas, Mocambo, Águas Claras, Cabo Verde, Coroado, Leprosário e
Córrego do Bispo, que atravessam os bairros de Águas Claras, Cajazeiras II, IV, V, VI, VII e X,
Castelo Branco, Sete de Abril, Canabrava, Novo Marotinho, Dom Avelar, São Marcos, Sete de
Abril, Vale dos Lagos, Vila Canária e Alto do Coqueirinho (SANTOS et al, 2010).
A ocupação dessa bacia é predominante urbana, com ocupação concentrada na região leste da
cabeceira, onde situam-se os bairros de Águas Claras, Cajazeiras, Castelo Branco, Jardim Nova
Esperança, Sete de Abril, Canabrava, dentre outros; e outra região concentrada, depois da
Avenida Paralela na região dos bairros mais próximos da orla como Mussurunga, Bairro da Paz,
Itapuã e Piatã.
Nessa bacia existem importantes remanescentes de vegetação nativa, característicos do bioma
Mata Atlântica, no em torno superior do Rio Jaguaribe, área entre a Av. Aliomar Baleeiro e a Av.
Octávio Mangabeira. Na porção média da bacia, existem, aproximadamente, 641 ha de Floresta
Ombrófila, em estágios médios e iniciais de regeneração. Essa faixa de área verde serve,
inclusive, como refúgio para muitas espécies animais. Além disso, parte de sua área abrange a
APA do Abaeté, criada pelo Decreto Estadual n. 2.540/93.
Historicamente é uma bacia que apresenta sistema de drenagem deficientes, principalmente a
macrodrenagem com registros de inundações nas regiões mais baixas, principalmente no bairro
de Piatã, que corresponde ao trecho final, causando transtornos à população.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do
rio Jaguaribe, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
341
Figura 392 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
342
2.8.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada que tem como principal corpo d’água o rio Jaguaribe e seus principais afluentes são
o rio Trobogy e o rio Mangabeira. O rio Jaguaribe é formado pela confluência dos rios Cabo Verde
e do rio Cambonas, entre os limites dos bairros de Jardim Nova Esperança, Cajazeiras IV e
Cajazeiras VIII. A partir dessa confluência o rio principal segue canalizado com seção aberta
servindo como divisor político administrativo dos bairros do município, como Jaguaripe I,
Jaguaribe, Nova Brasília, Mussurunga, Trobogy e Piatã até o cruzamento com a Avenida Paralela.
Depois segue dividindo somente o bairro de Piatã e Bairro da Paz.
O percurso principal segue todo o contorno da Avenida 29 de Março, que segue a partir da
Avenida Paralela até a Via Regional, sendo que esta realiza a interligação com a rodovia BR-324.
Após a travessia abaixo da Avenida Paralela, o rio segue entre áreas condominiais, e ao chegar
na região da orla, segue por 1,7 km de extensão paralelo a Avenida Octávio Mangabeira, até o
lançamento na foz. No lançamento final o rio Jaguaribe encontra a foz do rio Passa Vaca, que
antigamente era considerado afluente do mesmo.
Para fins de caracterização da macrodrenagem do trecho principal do rio Jaguaribe foram
adotadas duas subdivisões: a região do Alto Jaguaribe, que corresponde ao canal principal que
contorna a Avenida 29 de Março, a montante de Avenida Paralela, e a região do Baixo Jaguaribe,
que corresponde ao canal principal após a avenida, até a foz.

• Região do Alto Jaguaribe


O canal principal do rio Jaguaribe se inicia na região de interligação da Via Regional com a
Avenida 29 de Março, onde existe um trecho de galeria dupla fechada com seção retangular 3,0 x
3,0 m cada, por uma extensão de 350 metros. Essa galeria recebe a montante a contribuição do
rio Cabo Verde (Ponto de confluência UTM: 562805.52 m E e 8573421.58 m S) e do rio
Cambonas (Ponto de confluência UTM: 563015.06 m E e 8573261.46 m S). Após o trecho
fechado o canal do Jaguaribe, segue com seção retangular aberta com largura de 10 metros no
canteiro centra da avenida por uma extensão de 3,8 km. Depois desse trecho retificado, o rio
Jaguaribe segue como canal natural com sua calha natural por uma distância de 1 km, até o
emboque na galeria retangular com largura de 9,0 metros abaixo da Avenida Paralela.
As intervenções neste trecho da calha principal do rio foram finalizadas em meados do ano de
2019 juntamente com as obras de implantação da Avenida 29 de Março. Essas obras foram
contratadas pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) e tem
como uma das suas funções estratégicas a prevenção desastres, sendo uma delas a
implementação de projetos e execução de obras de macrodrenagem.
Com relação à ocupação do uso do solo é uma região densamente ocupada, mas que preserva
resquícios de mata atlântica principalmente nas regiões mais baixas, próximas do canal principal,
e em áreas de talvegues. Contudo, nota-se uma intensificação de ações de aterro dessas áreas e
o crescimento da ocupação com empreendimentos imobiliários.
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
343
• Região do Baixo Jaguaribe
Em meados do ano de 2020 foram finalizadas as intervenções na calha do rio Jaguaribe e
Mangabeira, entre a Avenida Paralela (Bairro da Paz) e a orla marítima, contratadas pela
CONDER. As obras, que foram contratadas na modalidade de Regime Diferenciado de
Contratação (RDC, Lei nº 12.462/20211) contemplaram a proteção das margens, obstrução e
aprofundamento do leito, com aumento da seção, tendo sido executado 10 km de canal, sendo 5
km referente ao rio Jaguaribe e 5 km referente ao rio Mangabeira. Os investimentos dessas obras
foram em torno de R$ 260 milhões, com investimentos oriundos da Secretaria de
Desenvolvimento Urbano, da Caixa e do Ministério das Cidades. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram registros fotográficos
do rio Jaguaribe antes das intervenções realizadas, com destaque para a existência de adutoras
de água da Embasa posicionadas de forma transversal ao rio.
Figura 393 – Vista do rio Jaguaribe na região da Figura 394 – Vista do rio Jaguaribe com
Orla antes das intervenções no ano de 2016 revestimentos laterais em alvenaria de pedra
antes das intervenções

]
Fonte: TCU, 2016
Fonte: TCU, 2016

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
344
Figura 395 – Interferência de adutoras de águas Figura 396 - Interferência de adutoras de águas
no leito do rio Jaguaribe no leito do rio Jaguaribe e vista da qualidade da
água

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

De acordo com o projeto disponibilizado pela Prefeitura elaborado no ano de 2010, a obra
executada no trecho principal do rio se inicia após o cruzamento do rio abaixo da Avenida
Paralela, percorrendo uma distância de 5 km até a foz.
A seção predominante em projeto é trapezoidal, largura de topo de 24 metros, profundidade do
canal variável entre 1,85 a 3 metros, com largura de base igual a 20 metros; o revestimento dos
taludes são placas de concreto e a base indicada corresponde a colchão reno. Esse tipo de
colchão é de pequena espessura e preenchidos com pedras permitindo o fluxo das águas do
canal e as águas do subsolo. O canal mantém essa seção até o cruzamento com a Avenida
Orlando Gomes, antes de iniciar o trecho da orla.
Em projeto, após o cruzamento a seção permanece trapezoidal, com largura de topo de 37 metros
alargamento da base para 28 metros, profundidade máxima do canal de 3,0 metros e a base com
28 metros; o revestimento dos taludes também são de placas de concreto, contudo, a base
indicada corresponde a terreno natural. Contudo, na execução das obras se constatou em visita
de campo a adoção de seção retangular com estruturas de concreto armado para o canal no
trecho à montante do cruzamento com a Avenida Orlando Gomes.
De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Jaguaribe apresentados pela PMS (2010), a
vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de 25 anos corresponde a 182,4 m 3/s.
Serão descritos a seguir os principais afluentes do rio Jaguaribe que compõe as sub-bacias dessa
região, os quais se destacam:

• Rio Mangabeira, afluente da margem esquerda;


• Rio Trobogy, afluente da margem direita. Esse rio possui como afluentes o rio Mocambo e o Rio
Coroado;
• Rio Cambonas, afluente da margem direita;
• Rio Cabo Verde, que é formado pelo rio Águas Claras, sendo que este possui como afluente o rio
Leprosário.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
345
2.8.1.1. SUB-BACIA DO RIO MANGABEIRA
O projeto de readequação deste canal foi executado de forma concomitante ao do trecho do canal
do Jaguaribe, tendo sido concluída as obras em meados do ano de 2020.
De acordo com o projeto disponibilizado pela Prefeitura elaborado no ano de 2010, a obra
executada no trecho principal do rio se inicia após o cruzamento do rio abaixo da Avenida
Paralela, percorrendo uma distância de 5,14 km até a confluência com o Rio Jaguaribe, no bairro
da Paz.
A seção inicial corresponde a um canal fechado retangular, com largura de 6 metros e altura de
2,0 metros, sendo coberto por uma placa de concreto. Essa seção possui extensão de 463 metros
e segue pela 2ª Travessa Vila Romana, no bairro de Itapuã. No segundo trecho o canal mantém
as mesmas seções anteriores, contudo, segue com seção aberta, por uma extensão de 500
metros até o acesso ao Parque de Exposições Agropecuárias de Salvador. No terceiro trecho o
canal segue com aberto com largura de 7,0 metros, por uma extensão de 1,6 km. No quarto
trecho, a seção se altera tendo-se uma largura de base igual a 10,0 metros e altura de 3,30 m, e
segue por uma extensão de 2,0 km até a confluência com o rio Jaguaribe. Em toda a extensão do
canal a base prevista foi do tipo colchão reno, tendo sido descrito anteriormente a vantagem
desse tipo de revestimento de base.
De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Mangabeira apresentados pela PMS (2010), a
vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de 25 anos corresponde a 44,4 m 3/s. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático dos rios Mangabeira e
do rio Córrego do Bispo.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
346
Figura 397 – Traçado esquemático do rio Mangabeira e rio Córrego do Bispo

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.1.2. SUB-BACIA DO RIO CÓRREGO DO BISPO OU XANGÔ


Essa sub-bacia é formada pelo rio Córrego do Bispo, afluente da margem esquerda do rio
Mangabeira, e possui extensão de 762 metros até a confluência com o rio principal. Essa região
abrange os bairros de Mussurunga e São Cristovão (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
O rio nasce numa área de talvegue próximo do cruzamento da Avenida Aliomar Baleeiro com a
Rua Centro, e segue em leito natural, com ocupações em seu em torno até a Travessa Francisco
Cordeiro. A partir das proximidades desse local, o rio aflui para uma área embrejada, não
ocupada, donde se encontra com o outro afluente do rio Mangabeira. De acordo com dados de
notificações da Codesal, o trecho com registro de inundações corresponde à parte inicial, próximo
da Rua Centro, onde há ocupações adensadas em torno do rio.

2.8.1.3. SUB-BACIA DO RIO TROBOGY


O projeto de readequação deste canal foi contratado e executado pela Prefeitura, sob a
coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (SEINFRA) em meados do ano de
2018, juntamente com a do rio Passa Vaca, a partir de convênio firmado com o Ministério das
Cidades e com investimentos de R$ 94,4 milhões. De acordo com o projeto disponibilizado pela
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
347
Prefeitura, elaborado no ano de 2017, a obra executada no trecho principal do rio se inicia após o
cruzamento do rio abaixo da Avenida Paralela, percorrendo uma distância de 2,48 km até a
confluência com o Rio Jaguaribe na orla. No local inicial foi previsto uma interligação do bueiro de
PVC estruturado e diâmetro de 3,0 m, localizado abaixo da Avenida Paralela, com o trecho inicial
do canal (PMS, 2018).
O revestimento do canal é do tipo com paredes laterais revestidas com geocélulas de polietileno
com espessura de 10 cm e fundo em enrocamento de pedra com espessura de 40 cm. A seção
final do canal antes da confluência é retangular, com altura de 2,5 m e largura de 17 metros,
sendo as paredes e base com estrutura de concreto armado. As seções são variáveis em
diferentes trechos, podendo ser retangular ou trapezoidal, com as seguintes características:

• Seção retangular com largura de 10 a 17 metros e altura de 2,20 m;


• Seção trapezoidal com largura de base de 10 m, largura de topo de 18,72 m e altura de 2,20 m.
De acordo com o projeto, foi considerado para o canal do rio Trobogy a mesma elevação máxima
correspondente ao do rio Jaguaribe, no caso, de 2,22 m associado a ocorrência conjunta de cheia
com período de retorno de 25 anos e por conta da maré máxima de sizígia. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho citado.
Figura 398 – Vista do canal do Trobogy revestido Figura 399 – Vista do canal do Trobogy na
após as obras Avenida Tamburugy

Fonte: Bahia Já, 2018.


Fonte: Bahia Já, 2018.

De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Trobogy apresentados pela PMS (2018), no
trecho a jusante da Avenida Paralela a vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de
25 anos corresponde a 37,41 m 3/s. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
traçado esquemático do rio Trobogy junto com os demais rios da região.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
348
Figura 400 – Traçado esquemático do rio Trobogy e demais rios da região

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.1.4. SUB-BACIA DO RIO CAMBUNAS


Essa sub-bacia é formada pelo rio Cambunas, afluente da margem direita do rio Jaguaribe, possui
área de drenagem igual a 349 hectares e possui extensão de 3,38 km até a confluência com o rio
principal. Essa região abrange os bairros de Vila Canária, Sete de Abril, Castelo Branco,
Jaguaribe, Novo Marotinho e Jardim Nova Esperança.
O rio nasce numa área de talvegue próximo da Travessa 2 de Julho da Vila Canária e segue em
leito natural, sem ocupações nas suas margens até o cruzamento coma Rua Dra. Arminda de
Souza. No cruzamento esse canal também recebe as contribuições do canal da Rua Lindolfo
Barbosa. A partir desse trecho o canal segue paralelo a Rua 7 Irmãos com seção trapezoidal e
revestimento de concreto, e depois com seção retangular. Em seguida, o canal alcança áreas
alagadiças na Rua Aloisio Ribeiro e na Rua Rio Cambonas, atravessa a Via Regional e segue em
canal como revestimento natural até a confluência com o canal canalizado do rio Jaguaribe na
Avenida 29 de Março. De acordo com os dados de notificações da Codesal, esse canal apresenta
registros de inundações. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho citado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
349
Figura 401 – Vista do canal do Cambunas na rua Figura 402 – Vista do canal do Cambunas na rua
7 Irmãos e a montante o canal da Rua Lindolfo Aloísio Ribeiro
Barbosa

Fonte: Google Earth, 2019


Fonte: Google Earth, 2019

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o traçado esquemático do rio


Cambunas até a confluência com o rio Jaguaribe nas coordenadas UTM 563013.88 m E e
8573263.34 m S.
Figura 403 – Traçado esquemático do rio Cambunas até a confluência com o rio Jaguaribe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.1.5. SUB-BACIA DO RIO MOCAMBO


Essa sub-bacia é formada pelo rio Mocambo, afluente da margem direita do rio Trobogy, possui
área de drenagem igual a 616 hectares e possui extensão de 4,30 km até a confluência com o rio
principal. A área de drenagem considera também a contribuição do afluente do rio Mocambo, que
é o rio Coroado. Essa região abrange os bairros de Pau da Lima, Jaguaribe, Cana Brava, Vale
dos Lagos e Trobogy.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
350
O rio nasce numa área de talvegue próximo do Estádio Barradão e segue em leito natural por todo
o seu percurso até a confluência com o rio Trobogy. Esse percurso contorna toa a Avenida Mário
Sérgio Pontes de Paiva, sendo que o rio meandra toda a região da avenida. Trata-se de uma
região urbanizada com poucos resquícios de vegetação em algumas áreas de tavelgues. Nas
proximidades da Rua Procurador Nelson Castro o rio recebe as contribuições do seu afluente que
é o rio Coroado. De acordo com os dados de notificações da Codesal, esse canal apresenta
registros de inundações. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho citado.
Figura 404 – Vista do trecho final do rio Figura 405 – Vista do Vale do Rio Mocambo
Mocambo com vegetação no em torno na próximo do Estádio Barradão
Alameda Aimoré Moreira

Fonte: Google Earth, 2019 Fonte: Google Earth, 2019

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático dos rios Mocamb,
rio Coroado e outros rios da região.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
351
Figura 406 – Traçado esquemático dos rios Mocambo, rio do Coroado e demais rios

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.1.6. SUB-BACIA DO RIO COROADO


Essa sub-bacia é formada pelo rio Coroado (Erro! Fonte de referência não encontrada.),
afluente da margem direita do rio Mocambo, possui área de drenagem igual a 347 hectares e
possui extensão de 4,7 km até a confluência com o rio principal, que é rio Mocambo. Essa região
abrange os bairros de Pau da Lima, Sete de Abril, Jaguaribe e Vale dos Lagos.
O rio nasce numa área de talvegue bastante adensada próxima da Avenida Aliomar Baleeiro, e
segue em leito natural por todo o percurso, até a confluência com o rio Mocambo. Após atravessar
a Avenida Mária Lúcia o rio segue por uma área bastante preservada, embrejada, sem ocupações
no seu em torno, até alcançar uma área residencial próximo da Estrada Muriçoca, donde segue o
percurso com o estreitamento de suas margens. De acordo com os dados de notificações da
Codesal, esse canal apresenta registros de inundações principalmente na baixada localizada no
em torno da Avenida Mária Lúcia. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho citado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
352
Figura 407 – Vista da baixada da Rua Regina Figura 408 – Vista da baixada do rio Coroado,
Célia Santana Dias por onde o rio segue abaixo próximo da confluência com o rio Mocambo, na
das residências rua Procurador Nelson Castro

Fonte: Google Earth, 2019


Fonte: Google Earth, 2019

2.8.1.7. SUB-BACIA DAS ÁGUAS CLARAS


Essa sub-bacia é formada pelo rio Águas Claras, afluente da margem direita do rio Cabo Verde,
possui área de drenagem igual a 672 hectares e possui extensão de 2,1 km até a confluência com
o rio Cabo Verde, que forma mais a jusante o rio Jaguaribe. Esse rio recebe possui como principal
afluente o rio Leprosário. Essa região abrange os bairros de Dom Avelar, Castelo Branco, Vila
Canária, Águas Claras, Cajazeiras II e Cajazeiras VI.
O rio nasce numa área de talvegue próximo da Rua Edmundo Cajazeiras e segue em leito natural,
sem ocupações nas suas margens ocupadas, contorna área com lagoas de tratamento de
esgotos, e ao alcançar a Rua Cel Azevedo recebe as contribuições do seu afluente. Na maior
parte da extensão do rio Águas Claras, o mesmo segue em canal natural com a presença de
meandros no em torno da Rua Cel Azevedo. De acordo com os dados de notificações da Codesal,
esse canal apresenta registros de inundações na região mais baixa da cabeceira, onde se
considera como o início do rio. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho citado.

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353
Figura 409 – Trecho da Rua Edmundo Cajazeiras, Figura 410 – Vista do local de confluência do rio
na cabeceira da bacia por onde o rio Águas Águas Claras com o rio Cabo Verde na Avenida
Claras segue canalizado aos fundos de Dois de Julho
residências

Fonte: Google Earth, 2019


Fonte: Google Earth, 2019

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático dos rios Águas
Claras, que recebe a contribuição do rio Leprosário, e juntos seguem para o rio Cabo Verde.
Figura 411 – Traçado esquemático dos rios Águas Claras, Leprosário, Cabo Verde e demais
rios

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.1.8. SUB-BACIA DO RIO LEPROSÁRIO


Essa sub-bacia é formada pelo rio Leprosário, afluente da margem direita do rio Águas Claras,
possui área de drenagem igual a 572 hectares e possui extensão de 5,37 km até a confluência
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354
com o rio Águas Claras (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Essa região abrange os
bairros de Dom Avelar, Castelo Branco, Vila Canária, Águas Claras, Cajazeiras II e Cajazeiras VI.
O rio nasce numa área de talvegue nas proximidades da Rua Genaro de Carvalho, em áreas não
ocupada, segue pela Rua dos Apóstolos em áreas bastante ocupada por residências, até alcançar
a Via Regional por onde segue de forma paralela, e depois pela Rua São Paulo (Bairro Cajazeiras
6), que também é uma área bastante adensada. A montante da confluência com o rio Águas
Claras, o rio Leprosário segue de contornando algumas lagoas de tratamento de esgoto existente
nessa região. De acordo com os dados de notificações da Codesal, esse rio apresenta registros
de inundações principalmente nos locais em que as margens se encontram ocupadas por
residências. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho citado.
Figura 412 – Vista da baixada da Rua Cid Moreira Figura 413 – Vista da baixada na Rua Cel.
por onde passa o canal do rio Leprosário abaixo Azevedo onde ocorre a confluência do rio
das residências Leprosário com o rio Águas Claras

Fonte: Google Earth, 2019 Fonte: Google Earth, 2019

2.8.1.9. SUB-BACIA DO RIO CABO VERDE


Essa sub-bacia é formada pelo Rio Cabo Verde, e que juntamente com o rio Cambonas, formam o
rio Jaguaribe. Esse rio possui como principais afluentes, o rio Águas Claras e o rio Leprosário
(Erro! Fonte de referência não encontrada.). A sub-bacia possui área de drenagem igual a
1.280 hectares e possui extensão de 5,70 km até a confluência com o rio Cambonas. Essa região
abrange os bairros de Dom Avelar, Castelo Branco, Vila Canária, Águas Claras, Cajazeiras II,
Cajazeiras VI, Cajazeiras VIII, Cajazeiras X e Jaguaribe.
As nascentes do rio nascem em áreas de talvegue próximas da BR-324 e segue em leito natural
margeando a Avenida Dois de Julho, e depois segue por uma área de vale por aproximadamente
2 km até alcançar Via Regional. O trecho de vale desse rio é praticamente ocupado por vegetação
natural e por áreas embrejadas, possuindo a maior área de proteção ambiental dentre os demais
afluentes dessa região. De acordo com os dados de notificações da Codesal, os trechos desse
canal que apresentam registros de alagamento se localizam na cabeceira da bacia, em talvegues
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355
densamente ocupados próximos da BR-324. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho
citado.

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356
Figura 414 – Vista à direita da área do vale do rio Figura 415 – Vista do vale do rio Cabo Verde a
Cabo Verde na Avenida Dois de Julho partir da Rua Deputado Herculano Menezes

Fonte: Google Earth, 2019


Fonte: Google Earth, 2019

2.8.1.10. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia do rio Jaguaribe não foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas lagoas formadas naturalmente e que realizam a
reservação e retenção das águas pluviais oriundas de suas bacias de drenagem natural. São
identificadas 9 estruturas de reservação, apresentadas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. e na Erro! Fonte de referência não encontrada. a espacialização desses pontos.
Tabela 13 – Área de reservatório de amortecimento natural na Bacia do rio Jaguaribe
Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
B-18 Lagoa AlphaVille Av. Alphaville Alphaville 564854.18 8569534.64
Lagoa do Vale
B-19 Av. Tamburugy Nova Brasília 565616.87 8568366.13
Encantado II
B-20 Lagoa Costa Verde R. Des. Aderbal Gonçalves Piatã 566493.30 8568686.98
Lagoa Shop.
B-21 Av. Luís Viana Filho Patamares 565662.07 8570162.79
Paralela
B-22 Lagoa FTC / Caixão Av. Luís Viana Filho Patamares 566069.20 8570163.02
Lagoa Orlando
B-23 Av. Orlando Gomes Piatã 566771.30 8570398.12
Gomes
Lagoa do Vale
B-24 R. Núcleo Cajazeiras 566538.33 8570903.41
Encantado
Lagoa Parque
B-25 R. Estr. do Coqueiro Grande Fazenda Grande 4 565869.49 8572749.61
Tecnológico
Lagoa do Abaeté Nova Brasília de
B-26 Av. Mãe Stella de Oxóssi 570393.26 8570859.81
Catu Itapuã
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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357
Figura 416 – Localização dos pontos na bacia do rio Jaguaribe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.8.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os tipos de sistemas de microdrenagem dessa bacia são diversificados e variam em função das
características topográficas, sejam áreas planas ou íngremes, e do padrão histórico de ocupação
dos solos em cada região. Devido a inexistência de sistema cadastral das redes de
microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada dos mesmos. Os sistemas
identificados na bacia do Jaguaribe podem ser categorizados nos seguintes tipos:

• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: Esse tipo de sistema é predominante em toda a bacia,
sendo de maior implantação na região do bairro de Piatã e Patamares, que possui uma ocupação
do solo mais ordenada, e com galerias de microdrenagem que contribuem para os rios Trobogy,
Jaguaribe e Mangabeira. Além dessas regiões citadas, esse tipo de arranjo é observado na região
alta da bacia principalmente nas vias mais importantes como Avenida Aliomar Baleeiro, Rua
Procurador Nelson Castro, Via Regional, Via Castelo Branco, Avenida 29 de Março, Avenida Mária
Lúcia, dentre outras, sendo em sua maioria avenidas de fundo de vale.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: Esse tipo de sistema é identificado nas bacias dos rios
do Coroado, Cambonas e Leprosário. Esse tipo de sistema é existente como nos bairros de Pau da
Lima, Sete de Abril, Castelo Branco e Vila Canária.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente em todas as
sub-bacias localizadas a montante da Avenida Paralela, como Mocambo, Águas Claras, Leprosário,
Cabo Verde e Coroado. Apesar de o bairro de Piatã, possui uma topografia menos íngreme em
relação à parte alta da bacia são observados esses tipos de dispositivos na sub-bacia do
Mangabeira.

Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
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358
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências.
A região à montante da Avenida Paralela, onde se localizam os rios Mocambo, Coroado, Águas
Claras, Cabo Verde, Leprosário e outros possuem ocupações residenciais em regiões altas que
são favoráveis ao escoamento superficial, direcionado para as regiões mais baixas. As regiões
mais críticas de microdrenagem são as ocupações em áreas de encostas e talvegues, onde no
máximo existe a pavimentação simples com camada de asfalto, sem a existência de caixas
coletoras, meio-fio ou calçadas. Em algumas regiões mais íngremes como no em torno da Via
Regional e da Rua São Marcos são encontradas implantadas escadarias drenantes.

Na região a jusante da Avenida Paralela, que recebe as contribuições do rio Jaguaribe, do rio
Trobogy e do rio Mangabeiras, as cotas altimétricas são mais baixas, sendo caracterizada como
uma área mais plana. Essa região é densamente ocupada por ocupações residenciais e
condomínios de alto padrão, que possuem redes de microdrenagem que contribuem diretamente
para os canais citados. Essas redes são compostas por dispositivos adequados, como
pavimentação variável entre asfalto e paralelepípedo, são dotados de meio-fio para o
direcionamento das águas pluviais, e caixas coletoras com grelhas de concreto e de ferro. Em
virtude da baixa declividade das redes, associadas às condições topográficas da região são
comumente registrados problemas de alagamentos, devido ao efeito de remanso dos canais em
períodos mais chuvosos. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns dispositivos de microdrenagem identificados na
região e as situações típicas de conservação.

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Figura 417 – Caixas coletoras na guia obstruídas Figura 418 – Caixas coletoras com modelos
variáveis

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 419 – Ruas com caixas coletoras em Figura 420 – Caixas coletoras duplas no meio da
pontos baixos e sem sarjetas via e posicionadas lado a lado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.8.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
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360
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 11 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Jaguaribe
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ São Marcos, Pau da Lima, Canabrava, Cajazeiras, Dom Avelar, Águas Claras, Canabrava,
Jaguaribe, Piatã, Itapuã, Bairro da Paz, Mussurunga e Nova Brasília
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequação hidráulica e estrutural da calha do canal do rio Coroado na região da Avenida Maria
Lúcia, e de toda a região a montante;
▪ Readequação hidráulica e estrutural da calha do rio Leprosário a partir da Rua Cenaro de Carvalho
até a Via Regional;
▪ Readequação hidráulica e estrutural da calha do rio Cambonas na região da Rua 7 Irmãos;
▪ Readequação da microdrenagem no em torno de ruas do bairro de Piatã, próximas do canal do rio
Jaguaribe, entre as ruas Manoel Correa da Cunha e Rua Eng. Erociano da Cruz Neves;
▪ Readequação da drenagem na Alameda Filipinas e Rua Encontro das Águas devido a existência de
área embrejada;
▪ Readequação da microdrenagem na rua Baixa de Santa Rita, na Rua Rosalvo Carvalho Silva, na
Rua dos Humildes, na Travessa das Sacramentinas;
▪ Readequação da calha do rio Córrego do Bispo em área ocupada, entre o trecho da Rua Centro até
a Rua Adriano de Azevedo Pondé;
▪ Readequação da macrodrenagem no córrego do Bairro da Paz, que aflui para o rio Jaguaribe;
▪ Implantação de sistema de macrodrenagem no rio Mangabeira no trecho da Rua da Adutora e Rua
Rio do Bispo;
▪ Implantação de sistema de drenagem na região da Travessa Padre Ugo e da Rua Zélia Santos
Souza.
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento do rio para limpeza e manutenção, assim como para
a identificação de lançamentos irregulares de esgoto.
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Ausência de proteções laterais do tipo guarda-corpo para evitar acidentes de queda na parte interna
dos canais;
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas, principalmente nas áreas de talvegues
com áreas muito íngremes.
▪ Necessidade de dermacação e proteção com barreiras físicas das áreas de proteção ambiental dos
trechos de rios e lagoas com boas condições de preservação para evitar a ocupação do em torno.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio, associando a
frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio, com monitoramento
dos níveis do rio e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
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361
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação
da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio;
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.8.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.8.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• os trechos abertos dos canais do rio Mangabeira, no bairro de Mussurunga, com acesso pela Rua da
Adutora;
• o canal do rio Coroado, próximo da Avenida Mária Lúcia, e que possui ocupações no em torno;
• o canal do rio Cambonas, próximo da Rua 7 Irmãos, e que possui ocupações no em torno;
• o canal do rio Leprosário em toda a extensão a partir da Rua Genaro de Carvalho até o em torno da
Rua Pomba da Paz;
• além dos locais, todas as áreas de talvegue com ocupações irregulares, possuem lançamentos
clandestinos de esgotos.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
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drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Jaguaribe foram
identificadas 9 captações de tempo seco ativas.

2.8.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.8.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 274 pontos críticos
em 35 bairros: Águas Claras, Alto do Coqueirinho, Bairro da Paz, Boca do Rio, Cajazeiras III,
Cajazeiras IV, Cajazeiras V, Cajazeiras VI, Cajazeiras VIII, Cajazeiras X, Canabrava, Castelo
Branco, Ceasa, Dom Avelar, Fazenda Grande I, Fazenda Grande II, Fazenda Grande III, Itapuã,
Jaguaribe I, Jardim Nova Esperança, Mussurunga I, Mussurunga II, Nova Brasília de Itapuã, Nova
Brasília do Aeroporto, Novo Marotinho, Pau da Lima, Piatã, São Caetano, São Cristóvão, São
Marcos, São Rafael, Sete de Abril, Trobogy, Valeria e Vila Canaria, sendo que a maior parte dos
alagamentos/inundações foi no bairro de São Marcos, Águas Claras e Itapuã (Erro! Fonte de
referência não encontrada.).

Figura 421 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio Jaguaribe

Nota: Outros corresponde aos demais bairros com percentual inferior a 4%


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na
Erro! Fonte de referência não encontrada., e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização desses pontos.

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Tabela 14 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Jaguaribe

ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude


1 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PRESIDENTE MÉDICI AGUAS CLARAS 561733,3 8575956
2 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA VILMA MOREIRA AGUAS CLARAS 561819,1 8575502
3 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA CELIKA NOGUEIRA AGUAS CLARAS 560817,7 8574000
4 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA VILMA MOREIRA AGUAS CLARAS 561819,1 8575502
5 CODESAL (2020) AVENIDA JANUÁRIO AGUAS CLARAS 561688,3 8575215
6 CODESAL (2020) CAMINHO 14- CONDOR - SETOR 01 AGUAS CLARAS 560796,8 8574387
7 CODESAL (2020) RUA 2 DE JULHO AGUAS CLARAS 562177,7 8575733
8 CODESAL (2020) RUA ADEMÁRIO AGUAS CLARAS 562178,2 8575988
9 CODESAL (2020) RUA ADEMÁRIO OLIVEIRA AGUAS CLARAS 562199,9 8575977
10 CODESAL (2020) RUA ÁLVARO RAMOS BATISTA AGUAS CLARAS 562025,9 8575811
11 CODESAL (2020) RUA BENEDITO JENKIS AGUAS CLARAS 560505,1 8574930
12 CODESAL (2020) RUA CARAMURU AGUAS CLARAS 561700,8 8575956
13 CODESAL (2020) RUA CELIKA NOGUEIRA AGUAS CLARAS 561175,6 8573955
14 CODESAL (2020) RUA DA GLÓRIA AGUAS CLARAS 560450,7 8574864
15 CODESAL (2020) RUA DO MATADOURO AGUAS CLARAS 562251,7 8574871
16 CODESAL (2020) RUA GENERAL FIGUEIREDO AGUAS CLARAS 560806,8 8573978
17 CODESAL (2020) RUA IRMÃ DULCE DA BAHIA AGUAS CLARAS 562045,5 8574860
18 CODESAL (2020) RUA JOÃO SALOMÉ AGUAS CLARAS 561809,3 8575955
19 CODESAL (2020) RUA MARTACÊNIA AGUAS CLARAS 561600,2 8574640
20 CODESAL (2020) RUA PRESIDENTE MÉDICI AGUAS CLARAS 561689,9 8575945
21 CODESAL (2020) RUA RIO DOCE AGUAS CLARAS 562251,7 8574860
22 CODESAL (2020) TRAVESSA OURO BRANCO AGUAS CLARAS 562208,1 8574782
23 CODESAL (2020) VIA REGIONAL AGUAS CLARAS 561819,7 8575745
24 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA PALMEIRA ALTO DO COQUEIRINHO 567976,6 8568963
25 CODESAL (2020) RUA NOVA ESPERANÇA ALTO DO COQUEIRINHO 567815,6 8569649
26 CODESAL (2020) RUA NOVA ESPERANÇA DE BAIXO ALTO DO COQUEIRINHO 567793,7 8569571
27 CODESAL (2020) TRAVESSA BELA VISTA ALTO DO COQUEIRINHO 567955,2 8569062
28 CODESAL (2020) TRAVESSA NOVA ESPERANÇA ALTO DO COQUEIRINHO 568214,9 8568841
29 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA MAETINGA BAIRRO DA PAZ 567384,4 8570756
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
30 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA 7 DE SETEMBRO BAIRRO DA PAZ 568231,2 8571052
31 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA DA FELICIDADE BAIRRO DA PAZ 567437,2 8570158
32 CODESAL (2020) RUA 28 DE DEZEMBRO BAIRRO DA PAZ 568360 8570477
33 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO BAIRRO DA PAZ 567719,7 8570368
34 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO DA PAZ BAIRRO DA PAZ 567632,4 8570147
35 CODESAL (2020) RUA DA JAMAICA BAIRRO DA PAZ 568025,2 8571097
36 CODESAL (2020) RUA DA PAZ DE CIMA BAIRRO DA PAZ 567936,7 8570389
37 CODESAL (2020) RUA DA RESISTÊNCIA BAIRRO DA PAZ 567307,9 8570546
38 CODESAL (2020) RUA GETÚLIO VARGAS BAIRRO DA PAZ 568327,5 8570499
39 CODESAL (2020) RUA MAETINGA BAIRRO DA PAZ 567286,9 8570822
40 CODESAL (2020) RUA PRINCESA ISABEL DA PAZ BAIRRO DA PAZ 567600,8 8570545
41 CODESAL (2020) RUA SALVADOR DA PÁTRIA BAIRRO DA PAZ 568068,1 8570887
42 CODESAL (2020) RUA SETE DE SETEMBRO BAIRRO DA PAZ 568220,3 8571030
43 CODESAL (2020) RUA TANCREDO NEVES BAIRRO DA PAZ 567154,9 8570071
44 CODESAL (2020) RUA VALE DO TUBO BAIRRO DA PAZ 568316,6 8570466
45 CODESAL (2020) TRAVESSA MAETINGA BAIRRO DA PAZ 567351,6 8570645
46 CODESAL (2020) TRAVESSA PRESIDENTE DUTRA BAIRRO DA PAZ 567395,5 8570877
47 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO DA PAZ BOCA DO RIO 567328,1 8569926
48 CODESAL (2020) CAMINHO 12-QD C- CAJAZEIRAS III CAJAZEIRAS III 563757 8573662
49 CODESAL (2020) RUA CAYRU CAJAZEIRAS IV 562141,2 8573975
50 CODESAL (2020) RUA SÍLVIO LEAL CAJAZEIRAS IV 562272,1 8574296
51 CODESAL (2020) CAMINHO 04-QD 06- CAJAZEIRAS V CAJAZEIRAS V 562782,2 8574394
52 CODESAL (2020) RUA RIO DOCE CAJAZEIRAS V 562273,4 8574860
53 CODESAL (2020) ESTRADA DO COQUEIRO GRANDE CAJAZEIRAS VI 565339,4 8573017
54 CODESAL (2020) RUA ESTRELA GUIA CAJAZEIRAS VI 561675,1 8574142
55 CODESAL (2020) RUA IRMÃ DULCE CAJAZEIRAS VI 562175,9 8574926
56 CODESAL (2020) RUA MENINO JESUS CAJAZEIRAS VI 562043,8 8574097
57 CODESAL (2020) RUA RIO DOCE CAJAZEIRAS VI 562251,7 8574871
58 CODESAL (2020) RUA SÃO PAULO CAJAZEIRAS VI 561924,5 8574119
59 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA CALIFÓRNIA CAJAZEIRAS VIII 563832,7 8573540
60 CODESAL (2020) CAMINHO 03- CAJAZEIRAS VIII - NÚCLEO C CAJAZEIRAS VIII 563540,6 8573917
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
366
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
61 CODESAL (2020) RUA DIRETA DA MANGABEIRA CAJAZEIRAS VIII 563474,3 8573397
62 CODESAL (2020) TRAVESSA BERNARDO AZEVEDO CAJAZEIRAS VIII 563929,9 8573374
63 CODESAL (2020) CAMINHO 10- CAJAZEIRAS X - SETOR 02 CAJAZEIRAS X 563867,6 8574591
64 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA JUREMA SANTOS CANABRAVA 561711,8 8571134
65 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA PADRE UGO CANABRAVA 562862,3 8571419
66 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ARAÚJO MARTINS CANABRAVA 563728,9 8570886
67 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA PADRE UGO CANABRAVA 562884,1 8571441
68 CODESAL (2020) ALAMEDA 07-AC- TRÊS MANGUEIRAS CANABRAVA 563100,2 8571098
69 CODESAL (2020) AVENIDA MOURA CANABRAVA 560271,6 8572309
70 CODESAL (2020) RUA ARAÚJO MARTINS CANABRAVA 563479,8 8571041
71 CODESAL (2020) RUA CASTRO ALVES CANABRAVA 561668,5 8571200
72 CODESAL (2020) RUA DOS AZULÕES CANABRAVA 562948,7 8571264
73 CODESAL (2020) RUA NOVA CIDADE II CANABRAVA 563143,2 8570898
74 CODESAL (2020) RUA PADRE UGO MEREGALLI CANABRAVA 562851,5 8571419
75 CODESAL (2020) RUA PAPA-CAPIM CANABRAVA 562818,5 8571220
76 CODESAL (2020) RUA ZÉLIA SANTOS SOUZA CANABRAVA 562884,1 8571463
77 CODESAL (2020) TRAVESSA PADRE UGO CANABRAVA 562873,2 8571441
78 CODESAL (2020) TRAVESSA VILA MAR CANABRAVA 563252,8 8571385
79 CODESAL (2020) VIA REGIONAL CANABRAVA 563121,5 8570899
80 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA RAPOSO TAVARES CASTELO BRANCO 559895,1 8573814
CAMINHO 04- CONJ. CASTELO BRANCO - 5ª
81 CODESAL (2020) CASTELO BRANCO 561520,2 8572793
ETAPA
82 CODESAL (2020) CAMINHO 09- PROJETO PESQUISA CASTELO BRANCO 560848,6 8573270
83 CODESAL (2020) RUA 13-QD 07- CASTELO BRANCO - 2ª ETAPA CASTELO BRANCO 561153,6 8573811
84 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO SOARES CASTELO BRANCO 560871,4 8573757
85 CODESAL (2020) RUA DA DESCIDA CASTELO BRANCO 561737,2 8572826
86 CODESAL (2020) RUA GENARO DE CARVALHO CASTELO BRANCO 560110,2 8572940
87 CODESAL (2020) RUA PORTO RICO CASTELO BRANCO 560848,6 8573259
88 CODESAL (2020) RUA RAPOSO TAVARES CASTELO BRANCO 559873,3 8573781
89 CODESAL (2020) TRAVESSA DA LUZ CASTELO BRANCO 560587,7 8572994
90 CODESAL (2020) VIA CASTELO BRANCO CASTELO BRANCO 561760,2 8573390

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
367
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
91 CODESAL (2020) VIA REGIONAL CASTELO BRANCO 560838,8 8573724
92 CODESAL (2020) RUA SETE DE SETEMBRO CEASA 568174,6 8570090
93 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA RAPOSO TAVARES DOM AVELAR 559971,1 8573836
94 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO DOM AVELAR 560057,9 8573825
95 CODESAL (2020) RUA DAS SACRAMENTINAS DOM AVELAR 559732,1 8573671
96 CODESAL (2020) RUA RAPOSO TAVARES DOM AVELAR 559819 8573759
97 CODESAL (2020) TRAVESSA DAS SACRAMENTINAS DOM AVELAR 559721,1 8573616
AVENIDA ENGENHEIRO RAYMUNDO CARLOS
98 CODESAL (2020) FAZENDA GRANDE I 564170,6 8574236
NERY
99 CODESAL (2020) ESTRADA DO COQUEIRO GRANDE FAZENDA GRANDE II 565404,8 8573116
100 CODESAL (2020) ESTRADA DO COQUEIRO GRANDE FAZENDA GRANDE III 565545,6 8573038
101 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ALTO DA BELA VISTA ITAPUA 569648,7 8569622
102 CODESAL (2020) AVENIDA CONTORNO ITAPUA 569725,5 8569954
103 CODESAL (2020) AVENIDA SANTA BÁRBARA ITAPUA 568118,3 8569250
104 CODESAL (2020) RUA 29 DE OUTUBRO ITAPUA 569137,1 8568894
105 CODESAL (2020) RUA ÁLVARO BAQUEIRO ITAPUA 569084 8569347
106 CODESAL (2020) RUA BERLIM ITAPUA 569597,5 8570817
107 CODESAL (2020) RUA DA CURVA DO VINÍCIUS ITAPUA 569301,9 8569756
108 CODESAL (2020) RUA DA FONTE ITAPUA 568890 8569867
109 CODESAL (2020) RUA GENEBALDO FIGUEREDO ITAPUA 569323,7 8569778
110 CODESAL (2020) RUA ITAÚNA ITAPUA 569619 8570761
111 CODESAL (2020) RUA JUIZ ORLANDO HELENO DE MELO ITAPUA 567433,4 8568599
112 CODESAL (2020) RUA LAFAYETE COUTINHO ITAPUA 568814,4 8570011
113 CODESAL (2020) RUA LISBOA ITAPUA 569619,3 8570861
114 CODESAL (2020) RUA PARIS ITAPUA 569641,1 8570894
115 CODESAL (2020) RUA SÉRGIO CARNEIRO ITAPUA 568380,7 8570079
116 CODESAL (2020) RUA TOKAIA ITAPUA 569946,1 8571413
117 CODESAL (2020) RUA WALTER GRAMACHO ITAPUA 568387,8 8568575
118 CODESAL (2020) TRAVESSA DA MANGUEIRA ITAPUA 568724,9 8568883
119 CODESAL (2020) TRAVESSA NOVA ESPERANÇA ITAPUA 567782,9 8569594
120 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTA BÁRBARA ITAPUA 568789,8 8568817

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
368
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
121 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO JORGE ITAPUA 569322,3 8569236
122 CODESAL (2020) TRAVESSA VILA ROMANA ITAPUA 569674,7 8571325
123 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA JAGUARIPE JAGUARIPE I 564775,5 8573107
124 CODESAL (2020) RUA A- JAGUARIPE I JAGUARIPE I 564786,4 8573118
125 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO JARDIM NOVA ESPERANCA 563156,4 8571949
126 CODESAL (2020) AVENIDA SANTO ANDRÉ JARDIM NOVA ESPERANCA 561418,3 8570880
CAMINHO 04 - JARDIM NOVA ESPERANÇA - 1ª
127 CODESAL (2020) JARDIM NOVA ESPERANCA 562840,6 8571408
ETAPA
128 CODESAL (2020) RUA SIMONE BARRADAS JARDIM NOVA ESPERANCA 563028 8572712
129 CODESAL (2020) CAMINHO 18 - MUSSURUNGA I GLEBA G MUSSURUNGA I 568994,2 8572521
130 CODESAL (2020) CAMINHO 19 - MUSSURUNGA I GLEBA C MUSSURUNGA I 569546,2 8572000
131 CODESAL (2020) CAMINHO 21-A- MUSSURUNGA I - GLEBA C MUSSURUNGA I 569545,9 8571879
132 CODESAL (2020) CAMINHO 25 - MUSSURUNGA I GLEBA C MUSSURUNGA I 569458,9 8571801
133 CODESAL (2020) RUA ADUTORA DO PARQUE MUSSURUNGA I 569708,2 8571690
134 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA MUSSURUNGA I 569697,8 8571878
135 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA DE SÃO CRISTÓVÃO MUSSURUNGA I 569730 8571756
136 CODESAL (2020) RUA DOUTOR ARTHUR COUTO MUSSURUNGA I 569178,5 8572455
137 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR PLÍNIO GARCEZ DE SENA MUSSURUNGA I 568808,7 8572090
138 CODESAL (2020) TRAVESSA DA ADUTORA MUSSURUNGA I 569708,6 8571856
139 CODESAL (2020) VILA ADUTORA DO BISPO MUSSURUNGA I 569686,7 8571790
140 CODESAL (2020) RUA RECANTO BELA VISTA MUSSURUNGA II 568893,9 8571427
141 CODESAL (2020) AVENIDA SAMPAIO NOVA BRASILIA DE ITAPUA 569225,2 8569424
142 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563883,1 8571870
143 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ARTHUR GONZALES NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563674,9 8570975
144 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 565553,7 8571877
145 CODESAL (2020) RUA FERNANDES NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563991,4 8571803
146 CODESAL (2020) RUA MATO GROSSO NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563698,6 8571870
147 CODESAL (2020) RUA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563980,6 8571837
148 CODESAL (2020) RUA NOSSA SENHORA DO CARMO NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563818,1 8571925
149 CODESAL (2020) RUA PAULO SÉRGIO NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563794,3 8571030
150 CODESAL (2020) RUA PEQUENO PRÍNCIPE NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 564935,9 8572089

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
369
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
151 CODESAL (2020) RUA SÃO CIPRIANO NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 564252,5 8572146
152 CODESAL (2020) TRAVESSA AFONSO PENA NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563796,9 8572136
153 CODESAL (2020) TRAVESSA JAILTON DE SOUZA NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563861,8 8572069
154 CODESAL (2020) TRAVESSA NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS NOVA BRASILIA DO AEROPORTO 563904,7 8571848
155 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA JOSÉ TEIXEIRA NOVO MAROTINHO 562571,1 8572149
156 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO NOVO MAROTINHO 562278,1 8572128
157 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA BAIXA DE SANTA RITA PAU DA LIMA 560833,6 8571357
158 CODESAL (2020) 5ª TRAVESSA ROSALVO SILVA PAU DA LIMA 561234,6 8571212
159 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO PAU DA LIMA 560704,9 8572043
160 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA LÚCIA PAU DA LIMA 561462,4 8571201
161 CODESAL (2020) RUA COLINA AZUL PAU DA LIMA 561062,2 8571744
162 CODESAL (2020) RUA DA ASCENSÃO PAU DA LIMA 560889 8571910
163 CODESAL (2020) RUA DOS HUMILDES PAU DA LIMA 561637,3 8571776
164 CODESAL (2020) RUA JUREMA SANTOS PAU DA LIMA 561386,7 8571301
165 CODESAL (2020) RUA SILVA PAU DA LIMA 560899,8 8571855
166 CODESAL (2020) TRAVESSA JUREMA SANTOS PAU DA LIMA 561440,9 8571278
167 CODESAL (2020) TRAVESSA LUCIANA PAU DA LIMA 561203,2 8571710
168 CODESAL (2020) TRAVESSA SANTA RITA PAU DA LIMA 560714,3 8571368
169 CODESAL (2020) ALAMEDA DO FORTE PIATA 566900,6 8568092
170 CODESAL (2020) ALAMEDA JARDIM PLACA FORD PIATA 567031,1 8568224
171 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO PESSOA DE SOUZA PIATA 566912,2 8568390
172 CODESAL (2020) RUA ENGENHEIRO EROCIANO DA CRUZ NEVES PIATA 567129,4 8568478
173 CODESAL (2020) RUA HERBERT ROCHA VAZ PIATA 567032 8568589
174 CODESAL (2020) RUA JOÃO DE SOUZA RÊGO PIATA 567215,7 8568301
175 CODESAL (2020) RUA MANOEL DUARTE JÚNIOR PIATA 567900,5 8568908
176 CODESAL (2020) RUA MANOEL GALIZA PIATA 567161,8 8568434
177 CODESAL (2020) RUA NOEMIA REGO PIATA 566901 8568258
178 CODESAL (2020) RUA SANTA BÁRBARA PIATA 567258,4 8568024
179 CODESAL (2020) RUA SARGENTO CAMARGO SÃO CAETANO 565792,5 8567353
180 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ADUTORA SAO CRISTOVAO 569741,1 8571856
181 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA RIO DO BISPO SAO CRISTOVAO 569675,7 8571734
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
370
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
182 CODESAL (2020) AVENIDA ADUTORA SAO CRISTOVAO 569686,8 8571812
183 CODESAL (2020) RUA ADUTORA DO PARQUE SAO CRISTOVAO 564946,9 8572166
184 CODESAL (2020) RUA AURÉLIO PEREIRA DE SOUZA SAO CRISTOVAO 569146,6 8572709
185 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA DE SÃO CRISTÓVÃO SAO CRISTOVAO 569708,4 8571779
186 CODESAL (2020) RUA DA CAPELA SAO CRISTOVAO 569676 8571845
187 CODESAL (2020) TRAVESSA BOSQUE FELIZ SAO CRISTOVAO 568094,3 8572723
188 CODESAL (2020) TRAVESSA DA ADUTORA SAO CRISTOVAO 569816,8 8571756
189 CODESAL (2020) TRAVESSA DO BISPO SAO CRISTOVAO 569697,3 8571701
190 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA DA ADUTORA SÃO CRISTOVÃO 569697,6 8571823
191 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA RAUL SEIXAS SÃO CRISTOVÃO 567746,9 8572613
192 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ACALANTO SÃO CRISTOVÃO 569686,8 8571812
193 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO SÃO CRISTOVÃO 568951,3 8572709
194 CODESAL (2020) RUA ADUTORA DO PARQUE SÃO CRISTOVÃO 569806,4 8571922
195 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA SÃO CRISTOVÃO 569784,7 8571944
196 CODESAL (2020) RUA DA ADUTORA DE SÃO CRISTÓVÃO SÃO CRISTOVÃO 569740,7 8571701
197 CODESAL (2020) RUA DA CAPELA SÃO CRISTOVÃO 569741 8571801
198 CODESAL (2020) RUA LEBLON SÃO CRISTOVÃO 569784,5 8571834
199 CODESAL (2020) RUA RIO DO BISPO SÃO CRISTOVÃO 569763 8571911
200 CODESAL (2020) TRAVESSA ADUTORA SÃO CRISTOVÃO 569708,4 8571790
201 CODESAL (2020) TRAVESSA BOSQUE FELIZ SÃO CRISTOVÃO 568105,1 8572700
202 CODESAL (2020) TRAVESSA DA ADUTORA SÃO CRISTOVÃO 569665,4 8571922
203 CODESAL (2020) TRAVESSA GIRASSOL SÃO CRISTOVÃO 567280,1 8572481
204 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA BAIXA DE SANTA RITA SAO MARCOS 560866,3 8571412
205 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA JUREMA SANTOS SAO MARCOS 561408,2 8571212
206 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA RENATO RUSSO SAO MARCOS 561603,2 8571101
207 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA ROSALVO CARVALHO SILVA SAO MARCOS 561169,4 8571135
208 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DA BAIXA DE SANTA RITA SAO MARCOS 560822,7 8571335
209 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA MARIA LÚCIA SAO MARCOS 561625 8571134
210 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ROSALVO CARVALHO SILVA SAO MARCOS 561169,4 8571135
211 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ROSALVO SILVA SAO MARCOS 561169,4 8571146
212 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SÃO PEDRO SAO MARCOS 560605,8 8571346
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
371
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
213 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA MARIA LÚCIA SAO MARCOS 561450,8 8570847
214 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA MARIA LÚCIA SAO MARCOS 561418,2 8570825
215 CODESAL (2020) 5ª TRAVESSA ROSALVO SILVA SAO MARCOS 561234,5 8571168
216 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA LÚCIA SAO MARCOS 561505,6 8571090
217 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA LÚCIA DE SETE DE ABRIL SAO MARCOS 561484 8571134
218 CODESAL (2020) BAIXA DE SANTA RITA SAO MARCOS 560877,1 8571412
219 CODESAL (2020) RUA ALVES SAO MARCOS 561635,1 8570813
220 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO CARLOS MAGALHÃES SAO MARCOS 561115,3 8571213
221 CODESAL (2020) RUA BAIXA FRIA SAO MARCOS 561711,9 8571200
222 CODESAL (2020) RUA DAS FLORES SAO MARCOS 561701 8571178
223 CODESAL (2020) RUA DJALMA SANCHES SAO MARCOS 561223,5 8571080
224 CODESAL (2020) RUA EDVALDO SILVA SAO MARCOS 561517,3 8571499
225 CODESAL (2020) RUA IDEAL SAO MARCOS 562485,1 8572537
226 CODESAL (2020) RUA JOÃO MELO SANTOS SAO MARCOS 561505,6 8571090
227 CODESAL (2020) RUA JUREMA SANTOS SAO MARCOS 561549,6 8571367
228 CODESAL (2020) RUA MANOEL BONFIM SAO MARCOS 561256 8571035
229 CODESAL (2020) RUA MARECHAL CASTELO BRANCO SAO MARCOS 560735,7 8571247
230 CODESAL (2020) RUA MARIA AMÉLIA SAO MARCOS 560974,8 8571456
231 CODESAL (2020) RUA PARACAÍNA SAO MARCOS 560736,3 8571512
232 CODESAL (2020) RUA REDENÇÃO SAO MARCOS 559686,1 8572488
233 CODESAL (2020) RUA RENATO SANTOS SAO MARCOS 561418,9 8571124
234 CODESAL (2020) RUA ROSALVO CARVALHO SILVA SAO MARCOS 561125,9 8571113
235 CODESAL (2020) RUA SANTA RITA DE CÁSSIA SAO MARCOS 561311,1 8571433
236 CODESAL (2020) TRAVESSA CIDADE MÃE SAO MARCOS 561397 8571068
237 CODESAL (2020) TRAVESSA ELBA VELOSO SAO MARCOS 561451,5 8571168
238 CODESAL (2020) TRAVESSA JOÃO MELO SANTOS SAO MARCOS 561505,5 8571057
239 CODESAL (2020) TRAVESSA JUREMA SANTOS SAO MARCOS 561386,5 8571212
240 CODESAL (2020) TRAVESSA RENATO RUSSO SAO MARCOS 561581,5 8571068
241 CODESAL (2020) TRAVESSA RENATO SANTOS SAO MARCOS 561527,4 8571145
242 CODESAL (2020) TRAVESSA ROSALVO SILVA SAO MARCOS 560919,7 8571036
243 CODESAL (2020) TRAVESSA VASCONCELOS SAO MARCOS 560952,7 8571246
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
372
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
244 CODESAL (2020) VIA REGIONAL SAO MARCOS 562539,3 8572481
245 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA RENATO RUSSO SÃO RAFAEL 561603,1 8571057
246 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA DAS PALMEIRAS SETE DE ABRIL 561898,5 8572173
247 CODESAL (2020) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO SETE DE ABRIL 561030,2 8571987
248 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA LÚCIA DE SETE DE ABRIL SETE DE ABRIL 562517,6 8572503
249 CODESAL (2020) RUA 29 DE JUNHO SETE DE ABRIL 562028,7 8572195
250 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO SETE DE ABRIL 561311,1 8571433
251 CODESAL (2020) RUA DA BOA PAZ SETE DE ABRIL 561594,1 8571875
252 CODESAL (2020) RUA DA FRANÇA SETE DE ABRIL 561258,8 8572329
253 CODESAL (2020) RUA DOS HUMILDES SETE DE ABRIL 561572,1 8571754
254 CODESAL (2020) RUA RAPOSO TAVARES SETE DE ABRIL 559862,5 8573803
255 CODESAL (2020) RUA RUBENS DE ARAÚJO SETE DE ABRIL 561343,7 8571478
256 CODESAL (2020) RUA SILVA SETE DE ABRIL 561030,2 8571976
257 CODESAL (2020) RUA VALDICE TEIXEIRA SETE DE ABRIL 561400,4 8572594
258 CODESAL (2020) TRAVESSA 25 DE DEZEMBRO SETE DE ABRIL 561030,3 8571998
259 CODESAL (2020) TRAVESSA BEIRA RIO SETE DE ABRIL 561343,5 8571389
260 CODESAL (2020) TRAVESSA DA FRATERNIDADE SETE DE ABRIL 561954,4 8572914
261 CODESAL (2020) TRAVESSA DOS HUMILDES SETE DE ABRIL 561637,4 8571820
262 CODESAL (2020) TRAVESSA RUBENS DE ARAÚJO SETE DE ABRIL 561332,8 8571433
263 CODESAL (2020) TRAVESSA SETE IRMÃOS SETE DE ABRIL 561737,3 8572837
264 CODESAL (2020) VIA REGIONAL SETE DE ABRIL 561898,5 8572173
265 CODESAL (2020) VILA BOA PAZ SETE DE ABRIL 561680,8 8571842
266 CODESAL (2020) AVENIDA MÁRIO SÉRGIO PONTES DE PAIVA TROBOGY 563642,4 8570986
267 CODESAL (2020) RUA HEIDE CARNEIRO TROBOGY 564444,7 8570807
268 CODESAL (2020) RUA PROCURADOR NELSON CASTRO TROBOGY 564214,8 8569879
269 CODESAL (2020) RUA P - JARDIM TERRA NOVA VALERIA 560941,4 8576002
270 CODESAL (2020) TRAVESSA DA PEDREIRA VALERIA 562244,1 8576308
271 CODESAL (2020) RUA 3 DE MAIO VILA CANARIA 560663,2 8572795
272 CODESAL (2020) RUA DA MANGUEIRA VILA CANARIA 561400,3 8572539
273 CODESAL (2020) RUA LINDOLFO BARBOSA VILA CANARIA 560793,6 8572905
274 CODESAL (2020) RUA VALDOMIRO PEREIRA LIMA VILA CANARIA 560195,9 8572453
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
373
Fonte: Dados Codesal, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
374
Figura 422 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia hidrográfica do rio Jaguaribe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
434
2.8.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
376
2.9. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO COBRE
Ocupando grande parcela do território do Subúrbio Ferroviário da cidade de Salvador, paralela
aos vetores de expansão da cidade, a Bacia do Rio do Cobre tem uma área de 20,65km 2, é
considerada a quinta maior Bacia do Município. Encontra-se limitada ao Norte pela Bacia do
Ipitanga, a Leste pela Bacia do Jaguaribe, a Oeste pela Bacia do Paraguari e pela Bacia de
Drenagem de Plataforma e ao Sul pelas Bacias Pedras/Pituaçu, Camarajipe e de Drenagem de
Itapagipe. Na área delimitada por essa bacia estão localizados 18 bairros: Alto da Terezinha, Alto
do Cabrito, Boa Vista de São Caetano, Colinas de Periperi, Dom Avelar, Granjas Rurais
Presidente Vargas, Ilha Amarela, Itacaranha, Jardim Cajazeiras, Marechal Rondon, Moradas da
Lagoa, Periperi, Pirajá, Plataforma, Porto Seco Pirajá, Rio Sena, Valéria e Vila Canária (SANTOS
et al, 2010).
O Rio do Cobre tem sua principal nascente na Lagoa da Paixão, no bairro Moradas da Lagoa. É
cortado pela BA-528 (Estrada da Base Naval de Aratu), sendo barrado em seu médio curso pela
represa de mesmo nome, outrora importante manancial de abastecimento da região, área
protegida e enquadrada como “Parque Florestal da Represa do Cobre”. A Represa do Cobre
separa alguns bairros da margem direita (Alto da Terezinha e Rio Sena), de Pirajá, na margem
esquerda, passa pelo Parque São Bartolomeu e deságua na Enseada do Cabrito. A ocupação
dessa região é de residências de população de baixa renda e de comércio com poucas empresas
de grande porte (SANTOS et al, 2010).
A Bacia do Cobre encontra-se relativamente conservada, apresentando considerável área de
cobertura vegetal, com significativos remanescentes de ecossistemas no diversificado mosaico do
bioma Mata Atlântica, especialmente, no em torno da Represa do Cobre. Algumas Unidades de
Conservação estão na área de abrangência dessa bacia, dentre elas a APA da Bacia do
Cobre/São Bartolomeu, o Parque Metropolitano de Pirajá e o Parque Municipal de São
Bartolomeu (SANTOS et al, 2010).
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do
rio do Cobre, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
377
Figura 423 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Cobre

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
378
2.9.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada como principal corpo d’água o rio do Cobre, que forma o principal sistema de
macrodrenagem da região, destacando-se também o afluente, que é o Riacho de Pirajá e o rio
Mané Dendê.

• Intervenções recentes na calha principal


As intervenções realizadas em meados dos anos de 2019 a 2021 na bacia do Cobre, Camarajipe
e Itapagipe foram realizadas pela Conder na região do Dique do Cabrito, no em torno da Represa
de Pirajá e da Rua Oscar Duque de Almeida, com o objetivo de minimizar os impactos de
desastres naturais relacionados às inundações, enchentes e alagamentos. As obras
contemplaram a requalificação de doze cursos d’água naturais existentes, o desassoreamento do
Dique do Cabrito ao Norte, do Dique Pequeno, a conformação de uma lagoa de detenção e a
construção de uma ciclovia. As obras foram financiadas com recursos federais do FGTS e na
monta de R$ 30,7 milhões, através de um contrato de repasse com a Caixa Econômica e
Ministério das Cidades através do Programa de Gestão de Risco e Prevenção de Desastres –
PAC II. Estima-se que as obras beneficiem cerca de 6.277 habitantes e 1.923 famílias e
indiretamente cerca 468.115 pessoas distribuídas em 115.608 domicílios.
Dos 12 (doze) canais integrantes do Contrato, 08 (oito) estão concluídos, 02 (dois) em execução e
02 (dois) a iniciar, tendo-se como referência informações do ano 2020. A Lagoa de
Detenção/Sedimentação e o desassoreamento do Lago Norte estão finalizados. A Ciclovia e a
Limpeza do Dique Pequeno ainda não haviam sido finalizados.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a espacialização das obras que foram
executadas pela CONDER na região do Alto Camarajipe e Cobre. Ressalta-se que parte das
obras indicadas na Erro! Fonte de referência não encontrada. foram executadas na área da
bacia hidrográfica do Camarajipe, sendo que as obras que foram executadas na bacia do Cobre
foram: o Canal 1, o Canal 2, o reservatório de detenção, o Canal 3, o Canal 4 e o Canal 5. Além
das citadas anteriormente, as obras referentes ao Canal 8, Canal 9, Canal 10 e Canal 11
pertencem à área da bacia de drenagem natural de Itapagipe; assim as obras não pertencentes à
bacia não são caracterizadas nesse capítulo.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
379
Figura 424 – Croqui das obras de macrodrenagem implantadas pela CONDER na bacia do
Camarajipe, Cobre e Itapagipe

Nota: Os trechos de canais que foram objetivo de intervenção estão representados com traçados na cor
amarela
Fonte: CONDER, 2020

Além das intervenções da Conder estão atualmente sendo realizadas intervenções na sub-bacia
do Riacho Mané Dendê pela Prefeitura. Em meados do ano de 2017 foi contratado a elaboração
do Plano Geral de Intervenções, Análises de Viabilidade e Projeto Básico do Programa de
Saneamento Ambiental e Urbanização da Bacia do rio Mané Dendê. O projeto visa beneficiar
diretamente 10 mil habitantes e indiretamente 35 mil habitantes com implantação de infraestrutura
urbanística e de saneamento. Esse projeto contempla a implantação de rede de microdrenagem
nos bairros de Rio Sena, Alto da Teresinha, Itacaranha e Plataforma, além do projeto de
macrodrenagem do rio Mané Dendê, que serão comentados posteriormente.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram registros no canal próximo da foz na Rua Litoral.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
380
Figura 425 – Vista de jusante para montante do Figura 426 – Vista da estrutura do canal do rio do
lançamento final do rio do Cobre na Rua Litoral Cobre na Rua do Litoral

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.1.1. SUB-BACIA PIRAJÁ


Essa sub-bacia possui como principal contribuinte o riacho de Pirajá, com nascentes numa área
de talvegue próximo da Rua Álvaro Gomes de Castro, numa área industrial no bairro Porto Seco
Pirajá. Esse riacho segue sendo contornado por áreas particulares, atravessa a Rua Dr. Altínio
Teixeira e depois a BR-324 (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Após a travessia, o
canal segue em calha natural até o cruzamento com a Estrada de Campinas Pirajá, e a partir
deste local houve intervenções na calha por obras da Conder. No trecho foram construídos os
canais Trecho 1, um reservatório de detenção e depois o Trecho 2, até alcançar o Dique de
Campinas. Após o dique foi construído o Trecho 4, que segue até o cruzamento com a Rua Oscar
Seixas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
381
Figura 427 – Vista do riacho de Pirajá na Rua Dr. Altino Teixeira

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.1.1.1. Canal de Pirajá – Trecho 1


Implantado pela Conder e denominado como Canal 1 no projeto, se localiza na Estrada de
Campinas de Pirajá, no bairro de Pirajá (Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada.). Possui extensão de 235,75 m e com seção retangular
aberta em concreto armado, com dimensões de 4,50 m de largura e 1,80 m de altura. No trecho
do canal foi previsto uma tubulação implantada por método não destrutivo numa extensão de
24,37 m. O ponto final de lançamento desse canal corresponde à lagoa de detenção construída
também pela Conder, e que a jusante da mesma foi projetado o trecho 2 do canal de Pirajá, que
segue em direção ao Dique de Campinas. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra
um traçado esquemático do trecho a montante do Dique de Campinas, conhecido também como
Dique Alto do Cabrito, com destaque para o trecho do canal de Pirajá – Trecho 1 e Trecho 2.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
382
Figura 428 – Traçado esquemático do trecho a montante do Dique de Campinas

Nota: O Dique de Campinas também é conhecido Dique do Alto do Cabrito.


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 429 – Vista do canal de Pirajá no Trecho 1 Figura 430 – Vista do canal Trecho 1 na Alameda
Campinas de Pirajá

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.1.1.2. Canal de Pirajá – Trecho 2


Implantado pela Conder e denominado como Canal 2 no projeto, se localiza entre a Rua Represa
de Pirajá e a Rua Lígia Maria, no bairro de Marechal Rondon (Erro! Fonte de referência não
encontrada.). Possui extensão de 351,71 m e com seção retangular aberta em concreto armado,
com dimensões de 6,50 m de largura e 1,50 m de altura. O ponto final de lançamento desse canal
corresponde ao Dique de Campinas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
383
Figura 431 – Vista do canal de Pirajá no Trecho 2

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
384
2.9.1.1.3. Canal de Pirajá – Trecho 4
Implantado pela Conder e denominado como Canal 4 no projeto, se localiza entre o Dique de
Campinas e a Rua Oscar Seixas, no trecho que delimita os bairros do Cobre e do Alto do Cabrito;
o traçado do canal segue a Travessa José Ricardo. Possui extensão de 640 m e seção retangular
aberta em concreto armado (Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada.). A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado
esquemático do canal de Pirajá – Trecho 4.
Figura 432 - Traçado esquemático do canal de Pirajá – Trecho 4

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
385
Figura 433 – Vista do canal na Rua Óscar Seixas Figura 434 – Vista do ponto final do canal no
emboque da Rua Óscar Seixas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.1.2. SUB-BACIA DO RIACHO MANÉ DENDÊ


Essa sub-bacia possui como principal contribuinte o rio Mané Dendê, afluente da margem direita
do Rio Cobre, com início numa área de talvegue no bairro de Rio Sena, próximo da Rua Rio Sena.
Esse riacho possui 2,9 km de extensão tendo suas margens ocupadas por residências até a Rua
Cabaçeiras e depois segue por uma área de talvegue com boa preservação da mata ciliar, até a
sua foz no rio Cobre. Esse canal possui área de contribuição que abrange os bairros de Rio Sena,
Ilha Amarela, Alto da Terezinha, Itacaranha e Plataforma. O canal se inicia nas coordenadas:
557411.84 m E e 8576358.81 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
traçado esquemático do Riacho Mané Dendê na bacia do rio do Cobre.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
386
Figura 435 – Traçado esquemático do Riacho Mané Dendê

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

O trecho do canal existente possui seção retangular de concreto 1,20 x 1,20 m com extensão
aproximada de 2.600,00 m (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Em períodos de chuvas
intensas as ruas sofrem alagamentos e as águas invadem alguns imóveis; sendo que atualmente
se encontra parcialmente assoreado.
Figura 436 – Canal entre as ruas Joana D’Arc e Cardeal Jean

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Contudo, em meados do ano de 2017 foram iniciados pela Prefeitura a execução do Plano Geral
de Intervenções, Análises de Viabilidade e Projeto Básico do Programa de Saneamento Ambiental
e Urbanização da Bacia do rio Mané Dendê, citado anteriormente, que contemplam intervenções
de microdrenagem e macrodrenagem em toda a área da sub-bacia.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
387
O projeto de macrodrenagem desse canal foi concebido como uma seção retangular mista dotada
de uma calha menor visando escoar a vazão de base dos períodos secos, e uma calha maior
compatível com as vazões com período de recorrência de 50 anos. As seções foram
compatibilizadas com o projeto urbanístico, tendo somente trechos de galerias fechadas nos
cruzamentos de vias.
O trecho de seção aberta será constituído por uma seção mista de revestimentos, sendo que na
parte inferior foi adotado um revestimento mais liso e na parte superior foi indicado cobertura
vegetal. A estrutura do canal será de armadura flexível em malhas hexagonais de fios de aço de
dupla torção preenchidas com seixos ou pedras britadas, denominados como gabiões. Os gabiões
também terão a função drenante favorecendo a percolação da água do canal e do subsolo. A
seção típica do trecho aberto com gabiões é apresentada na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Figura 437 – Seção típica do canal com trecho aberto

Fonte: PMS, 2016

Nos trechos do canal que forem necessárias passagens fechadas a estrutura será de concreto
pré-moldado com seções duplas retangulares, conforme apresentado na Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Figura 438 – Seção típica do canal com trecho fechado

Fonte: PMS, 2016

Nos trechos finais de talvegues naturais, antes das cachoeiras, será mantida a calha natural do
rio, executando-se somente uma regularização do leito, de forma que permita a passagem nos
bueiros existentes.
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
388
As seções de escoamento do canal aberto com seção retangular em gabião, possui base variável
entre 2,0 a 3,5 m, e altura variável entre 1,60 a 2,60 m. Os trechos de seções fechadas com
galerias duplas possuirão seção variável entre 2,0 a 2,5 m de base, e 1,5 a 2,0 m de altura. As
vazões máximas estimadas em projeto foram para TR = 25 anos (Q=17,57 m 3/s), TR=50 anos (Q
= 21,24 m3/s) e TR=100 anos (Q=25,46 m 3/s).

2.9.1.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia do rio Cobre não foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas locais formados naturalmente e que realizam a
reservação e retenção das águas pluviais oriundas de suas bacias de drenagem natural, além da
barragem do Cobre. São identificadas 5 ambientes naturais, apresentadas na Erro! Fonte de
referência não encontrada. e na Erro! Fonte de referência não encontrada. são indicados os
locais citados, com exceção da lagoa implantada pela Conder.
Tabela 15 – Área de reservatório de amortecimento natural na Bacia do Cobre
Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
Av. Cardeal Avelar Brandão
B-11 Lagoa de Urubu Jardim Santo Inácio 558476.11 8571750.96
Villela
B-12 Lagoa BR-324 R. da Tailândia Jardim Santo Inácio 558494.69 8571827.43
B-13 Dique do Cabrito R. Oscár Duque de Almeida Boa Vista do Lobato 557295.81 8572785.61
Represa do
B-14 Estr. do Cobre Pirajá 558480.44 8574745.00
Cobre
Nova Brasília de
B-15 Lagoa da Paixão R. Morada da Lagoa 559931.90 8579269.02
Valéria
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 439 – Localização dos pontos na bacia do Cobre

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Em obras recentes realizadas entre 2019 e 2021 pela Conder, nas bacias do Cobre, Camarajipe e
Itapagipe, foi implantada uma lagoa de detenção no bairro de Pirajá, após o canal de Pirajá,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
389
também construído junto às demais obras. Essa lagoa ocupa uma área de 9.500,00 m 2 e volume
de armazenamento de 10.087 m 3 (Erro! Fonte de referência não encontrada.). A lagoa citada
está localizada entre as coordenadas UTM 557762.15 m E e 8572731.46 m S.
Figura 440 – Vista da Lagoa de Detenção implantada pela Conder

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os tipos de sistemas de microdrenagem dessa bacia são diversificados e variam em função das
características topográficas, sejam áreas planas ou íngremes, e do padrão histórico de ocupação
dos solos em cada região.
Na região do bairro de Pirajá, na margem esquerda do rio do Cobre os sistemas são dispersos,
sendo comum a existência de redes nas ruas principais, como na Rua Elísio Mesquita, Rua Oito
de Novembro e Rua Oscar Seixas, localizadas em áreas altas. Essas ruas captam as águas
pluviais das vias principais e direcionam para as ruas transversais onde existem as regiões de
baixadas, que drenam para o rio do Cobre.
Na região do bairro de Porto Seco Pirajá, que é predominantemente industrial as redes de
microdrenagem direcionam para o canal do riacho de Pirajá, que cruza as áreas baixas das ruas
Antônio Andrade e Dr. Altino Teixeira. Ainda nesse bairro destaca algumas áreas de talvegues
densamente ocupadas de forma irregular em áreas baixas como na Rua São Francisco Xavier,
próximo da BR-324, e que segue em direção a Rua Luan Braga, onde se identifica um canal de
drenagem aberto com trechos aberto e fechados, devido a construções. Nas ruas citadas apesar
da existência de pavimentação, o escoamento pluvial superficial ocorre de forma dispersa, pois
não existem dispositivos como meio-fio e caixas coletoras. As águas escoadas nesse canal são
direcionadas para o riacho de Pirajá após a travessia da Estrada Campinas-Pirajá.
Nos bairros de Marechal Rondon, Campinas de Pirajá e Alto do Cabrito, a topografia local
favorece o escoamento das águas pluviais para o canal do riacho de Pirajá e para o Dique de
Campinas. Em virtude da forma desordenada de ocupação dos morros dessa região verifica-se
grande deficiência de dispositivos de drenagem, sendo constatada somente a pavimentação das
ruas, e em alguns poucos locais de pontos baixos a existência de caixas coletoras. Na região do
Alto do Cabrito se destaca a existência de escadarias drenantes como dispositivos de drenagem.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
390
No bairro do Alto do Cabrito, se destaca também o sistema de drenagem dessa região, com
encostas densamente ocupadas entre a Rua Antônio Carvalhal e a Estrada do Cabrito, sendo que
para essa última rua é que são drenadas as águas pluviais escoadas na região, e para ruas
transversais como a Travessa 1º de novembro, a Travessa do Cabrito e a Rua 1º de Novembro.
Corresponde a uma área baixa com histórico de problemas de alagamentos devido a deficiência
do sistema existente.
Na região dos bairros de Rio Sena e Ilha Amarela que fazem parte da sub-bacia do rio Mané
Dendê, os sistemas de microdrenagem direcionam as águas para esse canal a partir de diversos
sistemas isolados identificados na região. Com o projeto de requalificação ambiental, urbanística e
de saneamento da sub-bacia do rio Mané Dendê em fase de implantação foi previsto a
readequação da microdrenagem dessa região. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos de dispositivos
identificados na região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
391
Figura 441 – Canaletas laterais em condições Figura 442 – Caixas coletoras adaptadas por
precárias moradores

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 443 – Rua com meio-fio sem sarjetas e Figura 444 – Grelhas coletoras transversais às
com necessidade de sacheamento vias de circulação

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2.1. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM ISOLADOS


Os sistemas de microdrenagem isolados identificados na área da bacia são canais, que atuam
como galerias de microdrenagem, uma vez que não estão associados a área de talvegues ou
cursos d’água. São estruturas implantadas como solução única de drenagem nas áreas onde se
encontram, devido as características de ocupação do em torno.
2.9.2.1.1. Sistema Rua Isabel Gentil
Contempla um canal de microdrenagem com seção retangular de concreto, com seção 1,5 x 1,0 m
e extensão de 170 metros. Inicia na esquina entre a Rua Isabel Gentil e 1ª Trav. Isabel Gentil com
deságue no rio do Cobre. O canal possui placas de concreto em toda a extensão, as quais
inclusive estão situadas acima do greide da via. As coordenadas de lançamento desse sistema
são: 556813.96 m E e 8573580.69 m S. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram registros fotográficos do trecho visitado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
392
Figura 445 – Vista do canal fechado da Rua Isabel Figura 446 – Vista do canal fechado da Rua
Gentil Isabel Gentil

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2.1.2. Sistema Rua São Bartolomeu


Contempla um canal de microdrenagem com seção retangular fechada, dimensões 2,0 x 1,5 m e
extensão aproximada de 120 m, com percurso pela Rua São Bartolomeu. Este canal opera
parcialmente afogado devido ao represamento da saída do rio, segundo relatos de locais. O ponto
de lançamento preciso desse canal não foi identificado. Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram registros fotográficos do
trecho citado.
Figura 447 – Vista de montante do canal da Rua Figura 448 – Vista de jusante do canal da
São Bartolomeu Rua São Bartolomeu

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2.1.3. Sistema Rua 1º de Novembro


Contempla um canal de microdrenagem com seção quadrada fechado com dimensões 1,5 x 1,5 m
revestido de concreto e com extensão aproximada de 130,00 m. O canal inicia na Estrada do
Cabrito, passa pela Trav. Do Cabrito, Alameda Suburbana, atravessa a Rua 1º de Novembro e
deságua no Rio do Cobre. As coordenadas do local de lançamento desse sistema são 557006.91

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
393
m E e 8573497.95 m S. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram registros fotográficos do trecho citado.

Figura 449 – Vista de montante do canal da Rua Figura 450 – Vista de jusante do canal (lateral
1º de Novembro esquerda) da Rua 1º de Novembro

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2.1.4. Sistema Travessa Charmosa


Contempla um canal de microdrenagem com seção retangular parcialmente fechada 1,30 x 1,50
m e extensão de 600 m. Inicia na Estrada do Cabrito, passa pelo final da Trav. Charmosa,
percorre a Alameda Outono, passa pela Travessa Norma Queirós, atravessa a Rua 1º de
Novembro e deságua no rio do Cobre. As coordenadas do local de lançamento são 556903.45 m
E e 8573523.79 m S. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram registros fotográficos do trecho citado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
394
Figura 451 – Imóvel sobre o canal da Travessa Figura 452 – Vista do canal da Travessa
Charmosa Charmosa

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.9.2.2. PROJETO DE MICRODRENAGEM DA BACIA DO RIO MANÉ DENDÊ


Esse projeto que faz parte do Plano Geral de Intervenções, Análises de Viabilidade e Projeto
Básico do Programa de Saneamento Ambiental e Urbanização da Bacia do rio Mané Dendê prevê
a implantação de redes de drenagem em toda a área contemplando as regiões dos bairros de Rio
Sena, Alto da Terezinha, Ilha Amarela e Plataforma.
As obras de microdrenagem indicadas são galerias com material em PEAD com diâmetros
variáveis entre 450 a 1500 mm com extensão total aproximada de 9 km, canais trapezoidais com
seções variáveis (base x altura) entre 0,60 x 0,60 a 1,0 x 1,0 m, com extensão total aproximada de
1.200 m, e galerias fechadas com seções variáveis entre 1,0 x 1,0 m a 1,5 x 1,5 m, com extensão
total de 556 metros. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a divisão dos sistemas
de microdrenagem da bacia que serão executados.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
395
Figura 453 – Divisão dos sistemas de microdrenagem da bacia do rio Mané Dendê

Fonte: PMS, 2016

2.9.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE DRENAGEM


URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 12 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Cobre
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ São João do Cabrito, Alto do Cabrito, Alto da Terezinha, Marechal Rondon, Rio Sena e Campinas
de Pirajá
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Necessidade de recuperação e readequação hidráulica do canal da Rua Joana D’Arc, no trecho do
Riacho Mané Dendê;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
396
▪ Necessidade de recuperação e readequação hidráulica dos canais de macrodrenagem da Rua
Senhor do Bonfim do Cabrito, da Rua Isabel Gentil, da Rua São Bartolomeu, da Rua 1º de
Novembro e da Travessa Charmosa;
▪ Construção de canal de macrodrenagem na Rua Luan Braga no bairro de Porto Seco Pirajá;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras em várias vias;
▪ Construção de escadarias drenantes em locais as quais são inexistentes;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento dos canais existentes para limpeza e manutenção,
assim como para a identificação de lançamentos irregulares de esgoto.
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Remanejamento de residências em áreas de servidão dos serviços de macrodrenagem.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio, associando a
frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio, com monitoramento
dos níveis do rio e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação
da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio;
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.9.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.9.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
397
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Em torno dos canais do Riacho Mané Dendê na Rua Joana D’Árc, da Rua Senhor do Bonfim do
Cabrito; da Rua Isabel Gentil, da Rua São Bartolomeu, da Rua 1º de Novembro, e da Rua Travessa
Charmosa.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio do Cobre não
existem captações desse tipo.

2.9.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.9.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 83 pontos críticos
em 14 bairros: Alto da Terezinha, Alto do Cabrito, Bela Vista do Lobato, Campinas de Pirajá, Ilha
Amarela, Itacaranha, Lobato, Marechal Rondon, Mata Escura, Pirajá, Plataforma, Rio Sena, São
João do Cabrito e Valeria, sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foram nos
bairros de Plataforma, São João do Cabrito e Pirajá (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
398
Figura 454 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do rio do Cobre

Nota: Outros representa os demais bairros com percentual abaixo de 4%


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
399
Tabela 16 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio do Cobre
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude

1 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA NILTON LOPES ALTO DA TEREZINHA 556903,9 8575347


2 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA RECREIO ALTO DA TEREZINHA 556784,7 8575402
3 CODESAL (2020) ALAMEDA DO VALE ALTO DA TEREZINHA 556860,9 8575513
4 CODESAL (2020) RUA 1º DE MAIO ALTO DA TEREZINHA 556675,9 8575259
5 CODESAL (2020) RUA ANA LÚCIA ALTO DA TEREZINHA 556741,3 8575402
6 CODESAL (2020) RUA NILTON LOPES ALTO DA TEREZINHA 556763,1 8575457
7 CODESAL (2020) TRAVESSA ANA LÚCIA ALTO DA TEREZINHA 556773,8 8575369
8 CODESAL (2020) ALAMEDA F-03- BELA VISTA DO LOBATO ALTO DO CABRITO 557170,2 8572924
9 CODESAL (2020) ESTRADA DO CABRITO ALTO DO CABRITO 557161,3 8573853
10 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 13 DE MAIO BELA VISTA DO LOBATO 557409 8573012
11 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA OSCAR SEIXAS CAMPINAS DE PIRAJÁ 557713,3 8573266
12 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SANTOS DUMONT CAMPINAS DE PIRAJÁ 558112,8 8572358
13 CODESAL (2020) RUA BAIXA DO CAMPO CAMPINAS DE PIRAJÁ 557604,7 8573211
14 CODESAL (2020) RUA LÍGIA MARIA CAMPINAS DE PIRAJÁ 557625,3 8572658
15 CODESAL (2020) RUA LUAN BRAGA CAMPINAS DE PIRAJÁ 558080,6 8572491
16 CODESAL (2020) RUA REPRESA DE PIRAJÁ CAMPINAS DE PIRAJÁ 557506,7 8573034
17 CODESAL (2020) TRAVESSA RIOS CAMPINAS DE PIRAJÁ 558102,2 8572469
18 CODESAL (2020) RUA CABACEIRAS ILHA AMARELA 556913,9 8574915
19 CODESAL (2020) RUA DO CURRALINHO ILHA AMARELA 557099,3 8575402
20 CODESAL (2020) RUA PACAEMBU ILHA AMARELA 556989,9 8574948
21 CODESAL (2020) TRAVESSA PAJUSSARA ILHA AMARELA 557435,7 8575412
22 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DAS HORTAS ITACARANHA 556870,9 8575114
23 CODESAL (2020) ESTRADA DO CABRITO LOBATO 557106,5 8573588
24 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA LÍGIA MARIA MARECHAL RONDON 557441 8572747
25 CODESAL (2020) RUA EDMUNDO LORETO MARECHAL RONDON 557603,5 8572636
26 CODESAL (2020) RUA LÍGIA MARIA MARECHAL RONDON 557398 8572902
27 CODESAL (2020) RUA REPRESA DE PIRAJÁ MARECHAL RONDON 557625,4 8572735

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
400
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude

28 CODESAL (2020) RUA SÃO FRANCISCO XAVIER MATA ESCURA 558524,4 8572037
29 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LÍDIO DOS SANTOS PIRAJA 558484,5 8573718
30 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA OITO DE NOVEMBRO PIRAJA 558571,3 8573695
31 CODESAL (2020) RUA 24 DE AGOSTO PIRAJA 557845,6 8574272
32 CODESAL (2020) RUA ADEMIRO PIRAJA 557736,4 8573951
33 CODESAL (2020) RUA ANA ARIANE PIRAJA 559756,2 8574788
34 CODESAL (2020) RUA ANTONIO LISBOA RIBEIRO PIRAJA 558789,6 8574325
35 CODESAL (2020) RUA OSCAR SEIXAS PIRAJA 557583,6 8573487
36 CODESAL (2020) RUA RIO DE CONTAS PIRAJA 558616,6 8574591
37 CODESAL (2020) RUA WALDEMAR SANTANA PIRAJA 558170,5 8573973
38 CODESAL (2020) TRAVESSA GERSINA DE BRITO PIRAJA 557475,2 8573521
39 CODESAL (2020) TRAVESSA LÍDIO DOS SANTOS PIRAJA 558506,3 8573762
40 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 1º DE NOVEMBRO PLATAFORMA 556900 8573411
41 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO JOSÉ DE INEMA PLATAFORMA 557020,1 8573809
42 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO RAFAEL PLATAFORMA 557009,3 8573809
43 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SERRA VERDE PLATAFORMA 556921,8 8573478
44 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA NORMA QUEIROZ PLATAFORMA 556899,9 8573367
45 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SERRA VERDE PLATAFORMA 556943,6 8573500
46 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA NORMA QUEIROZ PLATAFORMA 556910,9 8573433
47 CODESAL (2020) 8ª TRAVESSA ISABEL GENTIL PLATAFORMA 556976,7 8573798
48 CODESAL (2020) ALAMEDA SUBURBANA PLATAFORMA 556943,4 8573444
49 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO PLATAFORMA 557410,4 8573654
50 CODESAL (2020) AVENIDA SANTA RITA PLATAFORMA 556759,8 8573810
51 CODESAL (2020) ESTRADA DO CABRITO PLATAFORMA 556943,4 8573422
52 CODESAL (2020) LARGO SÃO JOÃO DO CABRITO PLATAFORMA 556976,1 8573489
53 CODESAL (2020) RUA 19 DE MAIO PLATAFORMA 556770,7 8573854
54 CODESAL (2020) RUA 19 DE MARÇO PLATAFORMA 556759,5 8573666
55 CODESAL (2020) RUA 1º DE MAIO DE PLATAFORMA PLATAFORMA 556878,3 8573422

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
401
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude

56 CODESAL (2020) RUA 1º DE NOVEMBRO PLATAFORMA 556802,6 8573533


57 CODESAL (2020) RUA CLÉRISTON ANDRADE PLATAFORMA 556976,7 8573798
58 CODESAL (2020) RUA DA ESTRADA DO CABRITO PLATAFORMA 557160,8 8573610
59 CODESAL (2020) RUA ISABEL GENTIL PLATAFORMA 556889,8 8573732
60 CODESAL (2020) RUA SÃO BARTOLOMEU PLATAFORMA 556922,3 8573721
61 CODESAL (2020) RUA SÃO RAFAEL PLATAFORMA 556998,5 8573820
62 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO BERNARDO PLATAFORMA 556965,9 8573842
63 CODESAL (2020) RUA ARCO DO TRIUNFO RIO SENA 557056,6 8575733
64 CODESAL (2020) RUA SÃO JOSÉ DO RIO SENA RIO SENA 557533,4 8575423
65 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO RAFAEL SAO JOAO DO CABRITO 556966 8573876
66 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SERRA VERDE SAO JOAO DO CABRITO 556965,2 8573478
67 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA 1º DE NOVEMBRO SAO JOAO DO CABRITO 556878,4 8573456
68 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SERRA VERDE SAO JOAO DO CABRITO 556900,1 8573467
69 CODESAL (2020) 8ª TRAVESSA ISABEL GENTIL SAO JOAO DO CABRITO 556900,8 8573820
70 CODESAL (2020) RUA 1º DE NOVEMBRO SAO JOAO DO CABRITO 556780,8 8573478
71 CODESAL (2020) RUA SÃO BARTOLOMEU SAO JOAO DO CABRITO 556976,7 8573798
72 CODESAL (2020) RUA SÃO RAFAEL SAO JOAO DO CABRITO 556987,6 8573820
73 CODESAL (2020) TRAVESSA JUNDIAÍ SAO JOAO DO CABRITO 556737,7 8573633
74 CODESAL (2020) TRAVESSA NORMA QUEIROZ SAO JOAO DO CABRITO 556889,3 8573500
75 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA BOCA DA MATA VALERIA 561443,7 8577449
76 CODESAL (2020) AVENIDA VALÉRIA VALERIA 559286,8 8578549
77 CODESAL (2020) RUA J - JARDIM TERRA NOVA VALERIA 561345,3 8577140
78 SEINFRA (2015) RUA JOANA D’ARC RIO SENA 557348 8576205
79 SEINFRA (2015) RUA SR. DO BONFIM DO CABRITO SÃO JOÃO DO CABRITO 556742 8573919
80 SEINFRA (2015) RUA ISABEL GENTIL SÃO JOÃO DO CABRITO 556891 8573733
81 SEINFRA (2015) RUA SÃO BARTOLOMEU SÃO JOÃO DO CABRITO 557156 8573893
82 SEINFRA (2015) RUA 1º DE NOVEMBRO SÃO JOÃO DO CABRITO 556851 8573478
83 SEINFRA (2015) TRAVESSA CHARMOSA SÃO JOÃO DO CABRITO 556690 8573174

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
402
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
403
Figura 455 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Cobre

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
404
2.9.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio Cobre foram realizados o levantamento cadastral de 3
regiões citadas a seguir, e na Erro! Fonte de referência não encontrada., o cadastro de canais
da bacia disponibilizado pela SEINFRA.

• Rua Senhor do Bonfim do Cabrito, com acesso pela Avenida Afrânio Peixoto (Av. Suburbana);
• Rua São Rafael e Rua Bartolomeu, com acesso pela Avenida Afrânio Peixoto (Av. Suburbana);
• Região da Estrada do Cabrito, Travessa Norma Queirós e Travessa Charmosa.

Tabela 17 - Cadastro de canais da bacia do rio Cobre


BACIA SISTEMA/VERTENTE SEÇÃO – EXTENSÃO

JOANA D’ARC 1,20m X 1,20m – 2.600m

SR. DO BONFIM DO CABRITO 2,00m X1,25m – 110m

ISABEL GENTIL 1,50m X 1,00m – 170m


COBRE
SÃO BARTOLOMEU 2,00m X 1,50M – 130m

1º DE NOVEMBRO 1,50m X 1,50m – 130m

CHARMOSA 1,30m X 1,50m – 600m


Fonte: SEINFRA, 2021

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
405
2.10. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI
Localizada no Subúrbio Ferroviário do município de Salvador, a Bacia do Rio Paraguari, tem uma
área de 5,84 km², o que corresponde 1,89% do território municipal, sendo uma das menores
bacias do município. Encontra-se limitada ao Norte e a Leste pela bacia do Cobre, a Oeste pela
Baía de Todos os Santos e ao Sul pela Bacia de Drenagem de Plataforma. Na área delimitada por
essa bacia estão localizados 11 bairros: Colinas de Periperi, Coutos, Fazenda Coutos, Mirante de
Periperi, Moradas da Lagoa, Nova Constituinte, Periperi, Pirajá, Praia Grande, Rio Sena, Vista
Alegre.
O rio principal, que é o Paraguari, tem suas nascentes na região do bairro de Vista Alegre, no
talvegue da Rua Acará. Seu curso passa pelo bairro de Nova Constituinte, área de ocupação
espontânea, que possui diversos imóveis situados em cima da calha inundável, edificados em
áreas ocupadas sobre o rio, com lançamentos de esgotos domésticos. A região dessa bacia é
densamente ocupada por residências, principalmente no em torno do curso d’água principal com
exceção de uma área alagadiça delimitada pelas ruas das Pedrinhas, e rua Beira Rio de Cima. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do rio
Paraguari, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
406
Figura 456 - Delimitação da bacia hidrográfica do rio Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
407
2.10.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada tem como principal curso d’água o rio Paraguari, que possui extensão total de 4,69
km de extensão, desde a nascente no bairro de Vista Alegre até a foz na Baía de Todos os
Santos. O trecho inicial do rio corresponde a uma área de talvegue onde existe um canal com
seção natural e com presença de vegetação na parte interna, localizado no canteiro central da
Rua Acará, e que depois segue pela Travessa 15 – Rua do Carvalho. Em seguida o canal
atravessa a Rua Santo Inácio, e segue sendo estreitado e ocupado nas suas margens por
residências.
Depois segue o percurso por um talvegue de baixa ocupação residencial no em torno, até
alcançar uma área de baixada e alagadiça localizada entre a Rua das Pedrinhas e a Rua Beira
Rio de Cima, no bairro de Periperi, que funciona como uma área de amortecimento natural. Em
visitação de campo e por imagens de satélite tem se observado a tendência de ocupação dessa
área com a execução de aterros irregulares por moradores, execução de construções e abertura
de ruas informais.
Ao alcançar a parte mais baixa da bacia o rio, após a ponte da Rua da Glória, segue paralelo a
Rua Paraguari, como canal com seção retangular e com revestimento em estrutura de concreto
armado por uma extensão de 1.000 metros. Após 130 metros do trecho canalizado, o canal
recebe a contribuição do seu principal afluente que o riacho da Nova Constituinte. No trecho final
do canal, o mesmo emboca numa galeria fechada abaixo da Avenida Afrânio Peixoto, a partir de
dois bueiros metálicos construídos por método não destrutivo com diâmetro de 3,0 m e de uma
galeria quadrada com seção 3,5 x 3,5 m. Depois desse local o canal segue com seção trapezoidal
aberta com revestimento de concreto e realiza a travessia abaixo da ferrovia até o lançamento
final no mar.
Destaca-se que as obras para intervenções no leito do rio Paraguari foram executadas entre os
anos de 2018 a 2020, contratados pela Prefeitura Municipal a partir da Secretaria Municipal de
Infraestrutura e Obras Públicas da Prefeitura (SEINFRA). Os estudos da SEINFRA estimaram que
as vazões totais da bacia do rio Paraguari, adotando-se como seção final a travessia abaixo da
Avenida Suburbana são de 36,90m³/s e 40,44m³/s para os períodos de retorno de 25 e 50 anos,
respectivamente. De acordo com a SUCOP o canal do Paraguari foi projetado considerando
detenção e amortecimento de cheias a montante. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
do trecho visitado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
408
Figura 457 – Vista do canal do Paraguari na Rua Figura 458 – Vista do canal do Paraguari na Rua
Acará Acará totalmente ocupado por vegetação

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 459 – Vista da baixada embrejada do rio Figura 460 – Vista do trecho inicial do rio
Paraguari, próximo da Rua Beira Rio de Cima Paraguari canalizado na Rua Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 461 – Vista da estrutura do Canal Figura 462 – Vista do canal do Paraguari depois
Paraguari revestido da travessia abaixo na Avenida Suburbana

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 463 – Seção do canal do Paraguari abaixo da Avenida Afrânio Peixoto

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
409
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.10.1.1. SUB-BACIA DA NOVA CONSTITUINTE


O canal da Nova Constituinte se inicia no cruzamento da Rua Gerval de Oliveira com a Rua da
Glória, no bairro de Periperi e tem aproximadamente 508 metros de extensão, até a confluência
com o canal do Rio Paraguari. Esse canal possui seção trapezoidal e com revestimento de
concreto. A área de contribuição desse canal é delimitada pela Rua Nova Constituinte situada no
divisor de águas da sub-bacia, e também pela rua Santo Inácio, pela rua Edgar Santos e pela
Araguari.
Esse canal também as contribuições do talvegue delimitado pela Rua Alto de Coutos, no bairro de
Coutos, sendo as águas pluviais direcionadas para a baixada da Rua Golan, onde existe um canal
natural com calha indefinida. Todo o percurso do canal segue com margens ocupadas por
residências, além de se observar a presença de vegetação e lançamentos irregulares de esgoto,
que são direcionados para o canal da Nova Constituinte. A área dessa sub-bacia é totalmente
ocupada por residências e pequenos unidades comerciais. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o traçado esquemático do canal da Nova Constituinte e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos do trecho visitado.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
410
Figura 464 – Traçado esquemático do canal da Nova Constituinte

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 465 – Vista do canal da rua do Congo que Figura 466 – Boca de entrada no início do canal
aflui para o canal de Nova Constituinte da Nova Constituinte na Rua da Glória

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
411
Figura 467 - Canal da Nova Constituinte a partir Figura 468 – Vista do canal do Paraguari
da Rua da Glória parcialmente assoreado

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.10.1.2. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias, contudo, há a previsão de construção dessa estrutura em área situada entre a 4ªTravessa
da Glória e a Rua Canal de Periperi. Ressalta-se que corresponde a uma região não ocupada,
mas com forte tendência de ocupação, sendo caracterizada por ser embrejada e que abrange a
área inundável do rio Paraguari (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Figura 469 – Área prevista para a bacia de amortecimento do rio Paraguari

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
412
2.10.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM
O sistema de microdrenagem dessa bacia é caracterizado em duas regiões por conta das
particularidades identificadas: a região da margem esquerda do canal do rio Paraguari, onde
existem os bairros de Nova Constituinte, Paraguari, Coutos e Vista Alegre; e a região da margem
direita e esquerda, onde abrange a maior parte do bairro de Periperi, Mirante de Periperi e Colinas
de Periperi. Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não é possível analisar
criteriosamente o layout do sistema existente.
Na região delimitada da margem esquerda (contempla a maior parte do bairro de Periperi) do
canal do Paraguari, delimitada pela Rua das Pedrinhas existem galerias de microdrenagem que
direcionam as águas para o canal do Paraguari. As ruas em sua maioria são dotadas de
pavimentação em asfalto, nem todas são dotadas de calçadas, meio-fio e caixas coletoras, sendo
as águas direcionadas para os pontos baixos, onde geralmente tem as estruturas coletoras.
Nessa mesma região existe outro sistema de microdrenagem, delimitado pelo limite da bacia do
Paraguari, entre a Rua Belo Horizonte a Rua das Pedrinhas, que capta as águas pluviais e
direciona diretamente para o lançamento no mar. No caso, esse outro sistema corresponde a um
canal fechado de seção retangular, que se inicia na Rua Cambuí, segue pela Rua Carlos Gomes,
e depois pela Rua Frederico Costa, atravessa a Avenida Afrânio Peixoto e alcança a foz. A
localização do trecho inicial do canal em coordenadas UTM 557075.42 m E e 8577162.31 m S, e
o lançamento final ocorre nas coordenadas UTM 556623.09 m E e 8577513.37 m S. A extensão
total aproximada desse sistema é de 810 metros.
Na região da margem direita do canal do Paraguari onde também existe o canal da Nova
Constituinte o sistema de microdrenagem é caracterizado pelo escoamento natural nas vias
públicas, em sua maioria asfaltadas, contudo, nem todas dispõe calçadas, meio-fio, sarjetas e
caixas coletoras para o direcionamento das águas pluviais. Na maioria das ruas esse escoamento
ocorre de forma dispersa e que naturalmente é direcionado para as regiões mais baixas onde
existem os canais, para os terrenos baldios. Em alguns pontos baixos da região são identificadas
caixas coletoras, que somente captam essas águas e direcionam para lançamentos a partir de
galerias nas baixadas mais próxima. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos dos tipos de
dispositivos de microdrenagem identificados.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
413
Figura 470 – Grelhas transversais nos pontos Figura 471 – Vista do canal da Rua Bambuí-Rua
baixos das ruas para captação das águas Frederico Costa coberto por placas de concreto
pluviais

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 472 – Trecho aéreo de tubulação no canal Figura 473 – Caixa coletora improvisada por
da rua Bambuí moradores

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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414
Figura 474 – Caixa coletora com problema de Figura 475 – Caixas coletoras obstruídas e com
assentamento e sarjeta danificada vegetação localizada em ponto baixo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.10.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada.
Quadro 13 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Paraguari
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Nova Constituinte, Periperi e Coutos
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de implantação de macrodrenagem no canal da região da Rua Golan e Rua do Congo
que aflui para o canal da Nova Constituinte;
▪ Necessidade de readequação da calha do canal Paraguari no trecho da Rua Acará, Travessa 15 –
Parque Carvalho e na Travessa 22 de Março;
▪ Necessidade de urbanização da área de proteção ambiental do rio Paraguari entre a Rua das
Pedrinhas e a Rua Beira Rio de Cima;
▪ Readequação da microdrenagem da Rua Novos Unidos localizada em área de talvegue e que
contribui para o canal da Nova Constituinte;
▪ Readequação da microdrenagem do sistema que contempla as Ruas Bambuí, Rua Carlos Gomes e
Rua Frederico Costa;
▪ Implantação de sistema de microdrenagem na região delimitada pela Rua Recanto da Urbis e Rua
Dr. Almeida, situada em área de baixada próximo do rio Paraguari;
▪ Ausência de proteções laterais do tipo guarda-corpo para evitar acidentes de queda na parte interna
do canal da Nova Constituinte;
▪ Necessidade de remoção de construções residenciais em trechos de talvegue com cursos d’água
como na Rua do Congo e Rua Golan;
▪ Aumentar a implantação de caixas coletoras em pontos baixos das vias existentes, se interligando
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
415
aos sistemas existentes ou novos sistemas;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio dos Seixos,
associando a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno do rio Paraguari,
com realocação de famílias de áreas críticas, principalmente no em torno do reservatório natural
localizado na baixada da Rua das Pedrinhas.
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio dos Seixos, com
monitoramento dos níveis do rio;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto nos
canais, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental do rio;
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.10.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.10.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
416
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• no canal do rio Paraguari na região do bairro de Vista Alegre, Nova Constituinte e Periperi,
principalmente pelas construções residenciais próximas das margens;
• no canal da Nova Constituinte, na região do bairro de Coutos e Periperi , entre a Rua Golan e a Rua
Novos Unidos.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Paraguari foram
identificadas 4 captações de tempo seco ativas no deságue de sistemas de microdrenagem.

2.10.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.10.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 50 pontos críticos
em 6 bairros: Alto de Coutos, Canabrava, Coutos, Fazenda Coutos, Fazenda Coutos III e Periperi,
sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foi no bairro de Periperi e Coutos (Erro!
Fonte de referência não encontrada.).
Figura 476 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do rio Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e na Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
417
Tabela 18 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do Rio Paraguari
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
1 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA GALILÉIA ALTO DE COUTOS 557409,7 8578586
2 CODESAL (2020) RUA GALILÉIA ALTO DE COUTOS 557398,8 8578586
3 CODESAL (2020) RUA GOLAN ALTO DE COUTOS 557344,7 8578641
4 CODESAL (2020) RUA MANGARATIBA ALTO DE COUTOS 558224,2 8578927
5 CODESAL (2020) RUA MELISSA ALTO DE COUTOS 557453,2 8578663
6 CODESAL (2020) TRAVESSA MELISSA ALTO DE COUTOS 557420,6 8578619
7 CODESAL (2020) RUA SÃO ROQUE CANABRAVA 557138,5 8578620
8 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA GALILÉIA COUTOS 558028,5 8578762
9 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA NOVOS UNIDOS COUTOS 557322,3 8578299
10 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA VITÓRIA COUTOS 557149 8578487
11 CODESAL (2020) RUA 2 DE JULHO COUTOS 557746,9 8579005
12 CODESAL (2020) RUA GALILÉIA COUTOS 557322,9 8578586
13 CODESAL (2020) RUA GOLAN COUTOS 557355,4 8578586
14 CODESAL (2020) RUA ISRAEL COUTOS 557398,6 8578497
15 CODESAL (2020) RUA JORDÂNIA COUTOS 557138,4 8578564
16 CODESAL (2020) RUA LUANDA COUTOS 557409,6 8578575
17 CODESAL (2020) RUA NOVOS UNIDOS COUTOS 557333,1 8578287
18 CODESAL (2020) TRAVESSA MELISSA COUTOS 557420,6 8578630
19 CODESAL (2020) RUA DOM PEDRO I FAZENDA COUTOS 558898,3 8579556
20 CODESAL (2020) RUA EIXO 37- FAZ. COUTOS 3ª ETAPA FAZENDA COUTOS III 558887,1 8579412
21 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 14 DE JULHO PERIPERI 557061,7 8578244
22 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA PAZ DE PERIPERI PERIPERI 557994,4 8577987
23 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA VIEIRA PASSOS PERIPERI 557831,9 8578143
24 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA SÍLVIO ARAÚJO PERIPERI 558448,7 8577323
25 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA DA GLÓRIA PERIPERI 557701,7 8578110
26 CODESAL (2020) AVENIDA CHAVES PERIPERI 557592,1 8577601
27 CODESAL (2020) RUA 14 DE JULHO PERIPERI 557311,2 8578199
28 CODESAL (2020) RUA 1º DE ABRIL PERIPERI 557668,7 8577933
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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
29 CODESAL (2020) RUA ACAJUTIBA PERIPERI 557311,2 8578166
30 CODESAL (2020) RUA ANDRESA NERI PERIPERI 557451,4 8577767
31 CODESAL (2020) RUA ARAGUARI PERIPERI 557441,3 8578132
32 CODESAL (2020) RUA BARÃO DE MAUÁ PERIPERI 557505,4 8577635
33 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO PERIPERI 558264,9 8577644
34 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO DE BAIXO PERIPERI 557896,5 8577877
35 CODESAL (2020) RUA BEIRA RIO DE CIMA PERIPERI 557788,4 8578065
36 CODESAL (2020) RUA CHAVES PERIPERI 557527 8577623
37 CODESAL (2020) RUA DA GLÓRIA PERIPERI 557571,6 8578165
38 CODESAL (2020) RUA DAIANE MATOS PERIPERI 557591,9 8577524
39 CODESAL (2020) RUA ICARAÍ PERIPERI 557407,7 8577646
40 CODESAL (2020) RUA MELISSA PERIPERI 557387,9 8578575
41 CODESAL (2020) RUA MONTE SIÃO PERIPERI 557440,4 8577690
42 CODESAL (2020) RUA NOVOS UNIDOS PERIPERI 557300,6 8578299
43 CODESAL (2020) RUA PALMAS PERIPERI 557332,9 8578166
44 CODESAL (2020) RUA PAQUETÁ PERIPERI 557505,5 8577690
45 CODESAL (2020) RUA PARÁ PERIPERI 557505,6 8577734
46 CODESAL (2020) RUA PARÁ DE PERIPERI PERIPERI 557505,6 8577734
47 CODESAL (2020) RUA RECANTO DA URBIS PERIPERI 557646,4 8577634
48 CODESAL (2020) RUA RIO BRANCO DE PERIPERI PERIPERI 557550,3 8578375
49 CODESAL (2020) RUA VIEIRA PASSOS PERIPERI 557919,1 8578319
50 CODESAL (2020) TRAVESSA JAIR DIAS PERIPERI 557636,7 8578198
Fonte: Dados Codesal, 2020

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
419
Figura 477 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
420
2.10.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento

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2.11. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA
Localizada na parte Norte – zona setentrional do município de Salvador, a Bacia do Rio Ipitanga é
uma sub-bacia hidrográfica do Rio Joanes, pela margem direita e possui uma área de 60,28km 2,
sendo considerada a maior bacia do Município, em superfície e volume d’água. Encontra-se
limitada ao Norte pelos municípios de Simões Filho e Lauro de Freitas, a Leste pela Bacia de
Drenagem de Stella Maris, a Oeste pela Bacia do Cobre e ao Sul pela Bacia do Jaguaribe
(SANTOS et al, 2010). Na área delimitada por essa bacia estão localizados 19 bairros: Aeroporto,
Areia Branca, Boca da Mata, Cajazeiras X e XI, Cassange, Fazenda Grande I, II, III e IV, Itinga,
Jardim das Margaridas, Moradas da Lagoa, Mussurunga, Nova Esperança, Palestina, São
Cristovão, Stella Maris e Valéria.
O Rio Ipitanga possui três barramentos para o abastecimento humano (as Represas Ipitanga I, II e
III), que afluem para o Rio Joanes, integrando-se ao sistema de barragens Joanes-Ipitanga, que
são operadas (planejadas, gerenciadas e administradas) pela EMBASA, para o atendimento de
parte da Região Metropolitana de Salvador – RMS (SANTOS et al, 2010)..
Apesar da forte pressão por moradia e expansão da mineração por pedreiras e cascalheiras, é
uma bacia que apresenta cobertura vegetal compatível com as áreas de proteção dos mananciais,
no caso: as Represas Ipitanga I (totalmente dentro do território municipal de Salvador) e Ipitanga
II, que separa os municípios de Salvador (margem esquerda) e Simões Filho (margem direita).
Segundo os estudos ambientais do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador (2004),
os índices de cobertura vegetal da área chegam a 41% (SANTOS et al, 2010). Na área de
abrangência dessa bacia encontram-se duas Unidades de Conservação: a APA Joanes-Ipitanga e
o Parque Ipitanga I.
A Bacia do Rio Ipitanga contida na área de drenagem da Bacia do Rio Joanes, tem como
principais afluentes os Riachos Poti, Cabuçu e Cururipe. O Rio Ipitanga deságua a jusante da
barragem Joanes I, numa área declarada como de proteção de mananciais, pela Lei Estadual n.
3.858/80.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica do
rio Ipitanga, no território do município de Salvador, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias
circunvizinhas. Destaca-se que a área de contribuição desta bacia abrange outros municípios.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
422
Figura 478 - Delimitação parcial da bacia hidrográfica do rio Ipitanga

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
423
2.11.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia hidrográfica do rio Ipitanga, tem como principal curso d’água o rio Ipitanga, com área de
contribuição que abrange os municípios de Salvador, Simões Filho e Lauro de Freitas, sendo que
o curso d’água principal segue na área de Salvador e Lauro de Freitas, com deságue no rio
Joanes. Ressalta-se que o curso d’água principal delimita as áreas dos municípios de Salvador e
Simões Filho.
Essa bacia possui área de vegetação bastante preservada, principalmente na região da
cabeceira, onde se localizam as barragens de Ipitanga I e Ipitanga II, citadas anteriormente.
Dentre os principais afluentes, e que se localizam no município de Salvador se destacam o rio
Itapuã Mirim, afluente da margem direita, e o Riacho da Areia pela margem esquerda.
A caracterização da macrodrenagem dessa bacia hidrográfica será realizada a partir da área a
jusante da barragem de Ipitanga, por ser mais urbanizada e por historicamente registrar os
maiores problemas de alagamentos e inundações.
A partir da Barragem Ipitanga I o rio segue com a calha natural com baixa ocupação no em torno,
sendo somente observado um estreitamento da calha entre os bairros de São Cristóvão e
Ipitanga, a partir da Rua Entre Rios e Rua Santa Rita da Ceasa, considerada como a região com
mais eventos de inundações. Desse trecho em diante, o rio segue praticamente com as margens
ocupadas por residências e ruas. De acordo com projeto elaborado pela Conder será previsto a
construção de um reservatório de amortecimento numa região de baixada à montante da Rua
Entre Rios.
Em seguida o rio atravessa a Rodovia CIA-Aeroporto chegando no bairro de Jardim das
Margaridas, onde há a confluência com os canais Bem Te Vi e do Riacho da Areia. Em área mais
a jusante, próximo da travessia com a rodovia BA-099 foi construído pela Conder um reservatório
de amortecimento com áreas de lazer em seu em torno. Ao atravessar a rodovia, o rio segue
paralelo a rua de acesso ao Aeroporto de Salvador e depois pela área da Base Aérea até alcançar
o trecho que segue pelo município de Lauro de Freitas, percorrendo a área urbana até a foz no rio
Joanes. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos da região da bacia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
424
Figura 479 – Cruzamento do rio na rodovia Cia- Figura 480 – Vista do rio a partir da Rua
Aeroporto Bromélias Brancas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 481 – Vista do rio Ipitanga na Rua Maria Figura 482 – Vista da bacia de amortecimento do
Luiza Alves rio Ipitanga no bairro de Jardim das Margaridas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.11.1.1. SUB-BACIA DO RIO ITAPUÃ- MIRIM


O riacho Itapuã-Mirim é um afluente da margem direita do rio Ipitanga com extensão de 4,2 km.
Esse curso d’água atravessa os bairros de Fazenda Grande I, II, III, IV, Boca da Mata e São
Cristovão. A seção de escoamento desse canal corresponde a uma calha natural com taludes
inclinados.
O riacho nasce numa região de talvegue com vegetação preservada próxima da Via Coletora B
Cajazeiras, no bairro Fazenda Grande I. Depois o riacho, segue em calha natural de forma
paralela a Avenida Assis Valente até alcançar uma área onde se localizam lagoas de tratamento
de sistemas isolados de esgotamento sanitário dessa região. Após as lagoas, o rio segue até o
cruzamento com a Via Coletora B Cajazeiras, onde realiza uma travessia e em seguida aflui ao rio
Ipitanga. Na área do em torno desse riacho não são registrados problemas de inundações,
contudo, se observa uma tendência de expansão das áreas urbanas localizadas nas partes altas
da sub-bacia, em direção às regiões mais baixas por onde o rio percorre. O ponto de confluência

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
425
com rio Ipitanga está localizado nas coordenadas UTM 567611.52 m E e 8573537.06 m S. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio Itapuã-Mirim.
Figura 483 – Traçado esquemático do rio Itapuã-Mirim

Nota: As linhas em vermelho representam a delimitação das bacias


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.11.1.2. SUB-BACIA DO RIACHO DA AREIA


O Riacho da Areia é um afluente da margem esquerda do rio Ipitanga com extensão de 7,7 km, e
com área de drenagem entre os municípios de Salvador e Lauro de Freitas, contudo, o curso
d’água principal segue por território metropolitano. A seção de escoamento desse canal
corresponde a uma calha natural com taludes inclinados. Esse curso d’água atravessa os bairros
de Nova Esperança, Areia Branca, Cassange, Itinga e Jardim das Margaridas. Esse riacho
apresenta histórico de inundações no bairro de Jardim das Margaridas, próximo da confluência
com o rio Ipitanga, entre a Rua Quaresmeiras Vermelhas e Rua Maria Luiza Alves.
O riacho nasce na região dos bairros de Cassange e Nova Esperança, possui área de drenagem
bem preservada, mas com pequenos núcleos de urbanização no seu em torno. Além disso, a
existência da rodovia BA-526 conhecida como CIA-Aeroporto favorece o vetor de crescimento
urbano na região. O percurso do riacho segue aproximadamente o percurso da rodovia citada, e
ao alcançar os bairros de Itinga e Jardim das Margaridas, a partir da Rua Santa Efigênia, se inicia
o estreitamento da calha do rio por conta das ocupações no seu em torno.
O curso d’água segue por um trecho de 1,5 km próximos de áreas residenciais, e entre a Rua
Antônio Fernandes, Rua Antônio das Neves e Rua Quaresmeiras Vermelhas são observadas
construções ocupando as margens inundáveis, inclusive com lançamento de esgoto nesse
percurso. O ponto de confluência com rio Ipitanga está localizado nas coordenadas UTM
570532.62 m E e 8573575.92 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
traçado esquemático dos riacho da Areia e do riacho Bem-Te-Vi e as Erro! Fonte de referência
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
426
não encontrada.Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros de trechos do Riacho da Areia.
Figura 484 – Traçado esquemático do Riacho da Areia do riacho Bem-Te-Vi

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
427
Figura 485 – Vista do Riacho da Areia na Rua Figura 486 – Construções com degraus na Rua
Quaresmeiras Vermelhas Quaresmeiras Vermelhas devido as inundações

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.11.1.3. SUB-BACIA DO RIACHO BEM TE VI


O riacho Riacho da Areia é um afluente da margem esquerda do rio Ipitanga com extensão de 1,0
km, e com área de drenagem no bairro do Jardim das Margaridas. Corresponde a um canal
natural com seção indefinida que se inicia próximo da Rua Joaquim Ferreira, e que possui boa
parte das margens ocupadas, principalmente por empreendimentos residenciais. O canal segue e
realiza a travessia na Alameda Bem Te Vi até a confluência com o rio Ipitanga. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros do canal Bem Te Vi, e a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado
esquemático dos riacho Bem Te Vi.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
428
Figura 487 – Travessia do canal Bem Te Vi na Figura 488 – Canal Bem Te Vi na Alameda Bem
Rua Joaquim Ferreira Te Vi

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.11.1.4. SUB-BACIA DO CANAL SÃO CRISTÓVÃO


O canal São Cristóvão com extensão de 1,8 km se trata de um canal que se inicia no cruzamento
da Rua Stella Maris com a 1ª Travessa Jardim da Alvorada, seguindo o percurso por esta travessa
em seção fechada até alcançar a Rua Bela Vista do Aeroporto e seguir em seção aberta dentro da
área privativa de um estacionamento de ônibus. A seção do canal fechado na travessa é
retangular com base de 1,80 m e altura de 1,27 m; no trecho aberto o canal segue com seção
retangular com base de 2,5 m e altura de 1,60 m.
Esse canal segue pela Rua São Jorge com seção fechada, e depois emerge com seção aberta
numa vala que segue paralela a Avenida Carybé até realizar a travessia abaixo da avenida citada;
esse trecho o canal possui largura de 4,0 metros e base de 2,0 metros. O canal depois segue
paralelo a Alameda da Holanda por dentro da área do Aeroporto de Salvador, donde também as
contribuições de drenagem dessa região, até realizar a confluência com o rio Ipitanga.
No percurso do canal o mesmo recebe a contribuição de duas grandes galerias de
microdrenagem: uma oriunda da Rua da Adutora com extensão de 521 metros e outra da 1ª
Travessa 3 de Maio com extensão de 952 metros. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra o traçado esquemático do canal principal de São Cristovão, juntamente com as principais
contribuições de microdrenagem pela margem esquerda.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
429
Figura 489 – Traçado esquemático do sistema de drenagem de São Cristovão antes das
intervenções

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.11.1.5. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia do rio Ipitanga foram identificadas estruturas de reservação, detenção e amortecimento
de cheias construídas, dentre os quais se destaca a barragem de Ipitanga I, que apesar de
exclusivamente ser destinada ao abastecimento humano favorece limitado amortecimento de
cheias, e a bacia de amortecimento construída pela CONDER, nas margens do rio Ipitanga, no
bairro de Jardim das Margaridas. As informações dessas estruturas estão apresentadas na Erro!
Fonte de referência não encontrada..
Tabela 19 – Área de reservatório de amortecimento natural existentes na Bacia de Ipitanga
Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
Barragem de Ipitanga I R. Ver. Zezéu Ribeiro Boca da Mata 566765.07 8574550.54
Rua da Mangueira de
Bacia de amortecimento do rio Jardim das 8573339.85
Ipitanga e Rua Maria 570803.55
Ipitanga Margaridas mS
Luiza Alves mE
Fonte: CSB Consórcio, 2021
De acordo com informações obtidas junto a Conder foi elaborado o Projeto Básico e Executivo, e
Execução de Obras de Intervenções Integradas de Manejo de Águas Pluviais no Rio Ipitanga e
Afluentes e no Rio Joanes, contemplando os municípios de Salvador e Lauro de Freitas. A
concepção das intervenções no Rio Ipitanga prevê a instalação de seis reservatórios de
amortecimento de cheias, distribuídos pela bacia hidrográfica do rio Ipitanga em locais onde é
fundo de vale.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
430
São propostos quatro reservatórios no caminhamento do rio Ipitanga propriamente dito,
identificados pelos números 1, 3, 4 e 4A, e dois reservatórios em córregos contribuintes,
identificados pelos números 5 e 6. Todos estão dispostos de modo “em linha” – ou seja, serão
implantados nas próprias margens dos cursos d’água. Com o objetivo de diminuir as cheias que
afluem à área urbana no primeiro trecho do rio, entre a Barragem Ipitanga I até a segunda ponte
da Estrada do Coco e, a partir deste ponto, intervenções que aumentem a capacidade de
escoamento do rio. Este aumento da capacidade foi previsto pelo aumento da seção de
escoamento desde a segunda ponte da Estrada do Coco, com o alargamento da conformação do
leito neste trecho, e o desassoreamento deste ponto até a foz do Rio Ipitanga (no Rio Joanes). As
ações para mitigação das cheias contemplam intervenções em alguns canais de macrodrenagem
prioritários elencados no “Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais e Plano de Ações Prioritárias
de Macrodrenagem do Município de Lauro de Freitas”. Na área do município de Salvador, que é
atravessada pelo rio Ipitanga será previsto a construção do reservatório de amortecimento 01 e foi
executado o reservatório de amortecimento 03 em meados do ano de 2019.

• Reservatório de Amortecimento 01

O Reservatório de Amortecimento 01 (Erro! Fonte de referência não encontrada.) terá volume


aproximando de armazenamento de água de 315.897 m³. Situa-se na localidade Cassange, em
área próxima à barragem da Represa Ipitanga I, distante cerca de um quilômetro desta, e é
delimitada pela rua Vale do Ouro e rua Entre Rios (ambas na extremidade esquerda) e pela
travessa Sargento Medeiros e Av. Aliomar Baleeiro, na localidade de Cassange. Consiste numa
região de fundo de vale com predominância de vegetação rasteira e, nas proximidades do leito do
rio Ipitanga e da porção de jusante, há alguns núcleos com vegetação de médio porte. A
localização prevista para o reservatório corresponde ao em torno do local entre as coordenadas
UTM 567918.00 m E e 8573502.00 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra
uma imagem da região onde será prevista a obra.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
431
Figura 490 – Área prevista para o reservatório 01

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Na área prevista para instalação do reservatório de amortecimento estão sendo previstas obras de
terraplenagem, com o propósito de regularizar o terreno, potencializar a capacidade de
acumulação das águas, delimitar um caminho preferencial para o escoamento do rio e definir
espaços para instalação de núcleos urbanizados (áreas de lazer). O Reservatório conta com um
barramento em sua extremidade de jusante a fim de regular o nível d’água no interior do
reservatório.
Além da construção do Reservatório, será projetado sobre ele o Parque Sítio das Palmeiras
concebido com o intuito de proporcionar um espaço de lazer para a comunidade residente em
Cassange, visto que a comunidade que ali reside não dispõe de locais abertos destinados às
finalidades de prática de esporte e integração social. O projeto de urbanização contempla a
instalação de 03 quadras poliesportiva, 03 campos de futebol, 04 parques infantis, 03 áreas para a
prática de ginástica, pista de patinação, pista de corrida, bicicletário, ciclovia, jardineiras, mesas
de jogos e piquenique, dentre outros, os equipamentos e mobiliários propostos para o parque.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
432
Figura 491 – Área de abrangência do reservatório de amortecimento 01

Fonte: CONDER, 2020.

• Reservatório de Amortecimento 03

O Reservatório de Amortecimento 03 (construído) tem volume aproximando de armazenamento


de água de 206.779 m³. Está localizado na confluência que liga Salvador à Estrada do Côco e à
estrada para o CIA, a via Parafuso, próximo ao aeroporto, à Base Aérea, ao Shopping Salvador
Norte, ao bairro de São Cristovão, Itinga e Jardim das Margaridas.
Na área prevista para instalação do reservatório de amortecimento foram previstas obras de
terraplenagem, com o propósito de regularizar o terreno, potencializar a capacidade de
acumulação das águas, delimitar um caminho preferencial para o escoamento do rio e definir
espaços para instalação de núcleos urbanizados (áreas de lazer). O dispositivo conta com um
barramento em sua extremidade de jusante a fim de regular o nível d’água no interior do
reservatório.
Além da construção do Reservatório, foi projetado na mesma área o Parque Rosa dos Ventos
concebido com o intuito de proporcionar um espaço de lazer para a comunidade residente em
Itinga e São Cristovão, visto que a comunidade não dispõe de locais abertos destinados às
finalidades de prática de esporte e integração social. O projeto de urbanização contemplou a
instalação de 02 quadras poliesportiva, 03 campos de futebol, 04 quadras de vôlei de areia, 02
parques infantis, 02 áreas para a prática de ginástica, pista de patinação, pista de corrida,
bicicletário, ciclovia, jardineiras, mesas de jogos e piquenique.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
433
Figura 492 -Área de abrangência do reservatório de amortecimento 03

Fonte: CONDER, 2020.

2.11.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


Os tipos de sistemas de microdrenagem dessa bacia são diversificados e variam em função das
características topográficas, sejam áreas planas ou íngremes, e do padrão histórico de ocupação
dos solos em cada região.
Na região dos bairros de Fazenda Grande e Boca da Mata, na sub-bacia do rio Itapuã-Mirim os
sistemas são dispersos, sendo comum a existência de redes nas ruas principais, como Dr. Edilson
Teixeira Barbosa, Rua Luis Martins Catarino e Via Coletora B Cajazeiras. Essas ruas captam as
águas pluviais e direcionam para as ruas transversais onde existem as regiões de baixadas, onde
se situa a calha principal do rio Itapuã-Mirim.
Na região do bairro de São Cristovão e Itapuã, no trecho principal do rio Ipitanga, a região da
margem direita é mais íngreme predominando sistemas com características semelhantes aos dos
bairros de Fazenda Grande e Boca da Mata, donde as águas são direcionadas dos pontos mais
altos para os pontos mais baixos, como nas ruas Fernando Ferreira e Rua Adutora do Parque. A
região da margem esquerda com topografia mais suave, é considerada a mais problemática,
devido a baixa declividade das redes e da ocupação das margens do rio Ipitanga, sendo comum
os registros de inundações no em torno da Rua Entre Rios.
Na região dos bairros de Jardim das Margarias e Ipitanga, assim como nos outros bairros há
deficiência de redes de drenagem, sendo predominante somente a pavimentação das ruas com
asfalto, e meio-fio e caixas coletoras dispersas. Essa região também possui problemas de
microdrenagem devido a baixa declividades das escassas redes existentes, principalmente na
Travessa Acalanto, que recebe as contribuições pluviais de diversas ruas do em torno, e a Rua
Bromélias Brancas e Rua Quaresmeiras Vermelhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
434
Na região do bairro de São Cristovão, entre a Estrada CIA-Aeroporto e Avenida São Cristovão, a
área é bastante ocupada por residências, mercados e principalmente oficinas. As redes de
microdrenagem dessa região direcionam as águas pluviais para o canal São Cristovão, citado
anteriormente. No bairro de São Cristovão os principais locais com problemas estão associados a
esse canal, principalmente devido a ocupação no seu em torno, entre a Rua São Jorge e a Rua
São Carlos. Devido a inexistência de sistema cadastral das redes de microdrenagem não foi
possível realizar uma análise detalhada dos mesmos. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
da região relacionados a microdrenagem.
Figura 493 – Travessa Acalanto com registros de Figura 494 – Caixas coletoras em situação
alagamentos frequentes precária

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
435
Figura 495 – Caixas coletoras em sua maioria Figura 496 – Predominância de ruas somente
com grelhas de concreto e assoreadas com pavimentação simples

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.11.2.1. PROJETOS DE MICRODRENAGEM RECENTES


2.11.2.1.1. Sistema da Avenida São Cristóvão
Em meados do ano de 2018 a Prefeitura executou o Projeto Executivo de Requalificação Viária e
Macrodrenagem da Avenida São Cristovão e da Primeira Travessa 3 de Maio, no bairro de São
Cristovão. O projeto contemplou a implantação de uma galeria de microdrenagem na Avenida São
Cristovão com diâmetros variáveis de 750, 1000, 1200 mm numa extensão de 1.100 metros, com
início no cruzamento da Avenida São Cristovão com a Avenida Leblon até o cruzamento com a
Rua São Francisco, por onde as galerias seguem até o deságue no canal de São Cristovão,
próximo da Avenida Carybé. Os objetivos do sistema projetado foi a captação das águas pluviais
da Avenida São Cristovão, além de interceptar as galerias de microdrenagem da Rua da Adutora
e da 1ª Travessa 3 de Maio, desviando o escoamento do canal São Cristovão, que historicamente
apresentava registros de alagamentos. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
croqui do Sistema da Avenida São Cristóvão readequado no ano de 2018, com destaque para o
traçado do canal existente.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
436
Figura 497 – Croqui do sistema da Avenida São Cristóvão readequado no ano de 2018

Fonte: PMS, 2018.

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2.11.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE
DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 14 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Ipitanga
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Jardim das Margaridas, São Cristovão e Cassange
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Readequação estrutural e hidráulica da calha do Canal Bem Te Vi, entre a Rua Joaquim Ferreira e
a confluência desse canal com o rio Ipitanga;
▪ Recuperação e limpeza da estrutura do canal São Cristovão;
▪ Necessidade de recuperação das galerias de microdrenagem no bairro de São Cristovão;
▪ Necessidade de implantação de infraestrutura básica de drenagem como pavimentação, meio-fio,
bocas-de lobo e galerias nas ruas do bairro de Cassange e Jardim das Margaridas;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras em várias vias públicas;
▪ Necessidade de readequação das seções do canal nos locais de travessias (passarelas) onde
existem transições com bueiros, que reduzem a seção hidráulica de escoamento;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Remanejamento de residências em áreas de servidão dos serviços de macrodrenagem,
principalmente no trecho do rio Ipitanga, na rua Entre Rios, com registros periódicos de inundações;
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio Ipitanga e seus
afluentes, associando a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo no em torno dos cursos
d’água, com realocação de famílias de áreas críticas, e principalmente pelo crescimento da
implantação de empreendimentos domiciliares na região;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações no canal do rio, com monitoramento
dos níveis do rio e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
438
da faixa de servidão e áreas de proteção ambiental do rio;
▪ Estabelecimento de regras operacionais para o controle da descarga de fundo da barragem de
Ipitanga I e contratação de estudos para avaliar a capacidade de amortecimento de vazões pelo
barramento;
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.11.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.11.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Áreas dos bairros de Jardim das Margaridas e Cassange no em torno do rio Ipitanga e do riacho da
Areia, próximo da Rua Antônio das Neves (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
439
Figura 498 – Lançamentos de esgoto no Riacho da Areia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica do rio Ipitanga não
existem captações desse tipo.

2.11.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.11.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 54 pontos críticos
em 9 bairros: Bairro da Paz, Boca da Mata, Cassange, Fazenda Grande I, Fazenda Grande III,
Jardim das Margaridas, São Caetano, São Cristóvão e Valeria, sendo que a maior parte dos
alagamentos/inundações foi nos bairros de São Cristóvão, Valéria e Jardim das Margaridas (Erro!
Fonte de referência não encontrada.).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
440
Figura 499 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do rio Ipitanga

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
441
Tabela 20 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do rio Ipitanga
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
1 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA PARIPIRANGA BAIRRO DA PAZ 571274,7 8573389
2 CODESAL (2020) TRAVESSA JOANA D´ARC BOCA DA MATA 564693,2 8575053
3 CODESAL (2020) RUA ENTRE RIOS CASSANGE 568703,9 8573551
4 CODESAL (2020) CAMINHO 19-QD C- FAZ. GRANDE I FAZENDA GRANDE I 564648,1 8574312
5 CODESAL (2020) RUA DA PAZ FAZENDA GRANDE I 564519,5 8574998
6 CODESAL (2020) RUA DOUTOR TRÍPOLI FRANCISCO GAUDENZI FAZENDA GRANDE III 565438,4 8573581
7 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA JOAQUIM FERREIRA JARDIM DAS MARGARIDAS 569791,6 8574698
8 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO PEDRO JARDIM DAS MARGARIDAS 569671,1 8574212
9 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO DAS NEVES JARDIM DAS MARGARIDAS 570483,7 8573789
10 CODESAL (2020) RUA QUARESMEIRAS VERMELHAS JARDIM DAS MARGARIDAS 570320,7 8573679
11 CODESAL (2020) RUA PROMOTOR RAPOLD FILHO SÃO CAETANO 567412,5 8573410
12 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA EDVALDO GOMES SAO CRISTOVAO 567953,6 8572867
13 CODESAL (2020) RUA JENNER AUGUSTO DA SILVEIRA SAO CRISTOVAO 569451,1 8573007
14 CODESAL (2020) RUA SANTA RITA SAO CRISTOVAO 568465 8573463
15 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE SAO CRISTOVAO 570642,9 8572384
16 CODESAL (2020) RUA SÃO PAULO SAO CRISTOVAO 570729,8 8572451
17 CODESAL (2020) TRAVESSA LESTE 04 SAO CRISTOVAO 569429,6 8573106
18 CODESAL (2020) RUA BAHIA DE SÃO CRISTÓVÃO SÃO CRISTOVÃO 568214,3 8573010
19 CODESAL (2020) RUA CANAVIEIRAS SÃO CRISTOVÃO 567953,6 8572867
20 CODESAL (2020) RUA DEPUTADO LUIZ BRAGA SÃO CRISTOVÃO 569093,7 8573273
21 CODESAL (2020) RUA IPIAÚ SÃO CRISTOVÃO 567953,6 8572867
22 CODESAL (2020) RUA JARDIM ALVORADA SÃO CRISTOVÃO 570360,3 8572186
23 CODESAL (2020) RUA JUAZEIRO SÃO CRISTOVÃO 568324,4 8573640
24 CODESAL (2020) RUA LESTE 2-1- PARQ. SÃO CRISTÓVÃO SÃO CRISTOVÃO 569061,3 8573295
25 CODESAL (2020) RUA SANTA RITA SÃO CRISTOVÃO 568443,2 8573452
26 CODESAL (2020) RUA SÃO JORGE SÃO CRISTOVÃO 570632 8572373
27 CODESAL (2020) TRAVESSA LESTE 04 SÃO CRISTOVÃO 569397,1 8573118
28 CODESAL (2020) TRAVESSA QUINTA DE IPITANGA SÃO CRISTOVÃO 567932 8572900
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
442
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
29 CODESAL (2020) VIA L-04- PARQ. SÃO CRISTÓVÃO SÃO CRISTOVÃO 569407,9 8573106
30 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LUZ DIVINA VALERIA 562224,5 8577260
31 CODESAL (2020) AVENIDA DO TERRACON VALERIA 561986 8577360
32 CODESAL (2020) RUA CIRO MONTEIRO VALERIA 561985,9 8577337
33 CODESAL (2020) RUA DO TERRACON VALERIA 561497,2 8577117
34 CODESAL (2020) RUA EURICO TEMPORAL VALERIA 562006,8 8576950
35 CODESAL (2020) RUA LUZ DIVINA VALERIA 562246,1 8577226
36 CODESAL (2020) RUA PAULO GONÇALVES DA SILVA VALERIA 561910,1 8577371
37 CODESAL (2020) RUA SANTA HELENA VALERIA 561942,7 8577393
38 CODESAL (2020) TRAVESSA JOSÉ GUIMARÃES VALERIA 561088,8 8578932
39 CODESAL (2020) TRAVESSA LUZ DIVINA VALERIA 562388,5 8577845
40 CODESAL (2020) RUA FAZENDA CASSANGE CASSANGE 569368 8573394
41 CODESAL (2020) RUA ITAPORANGA CASSANGE 568752 8573686
42 CODESAL (2020) RUAS NORTE 02 E NORTE 04 CASSANGE 568992 8573408
43 SEINFRA (2015) RUA DA MANGUEIRA DA CEASA CASSANGE 568745 8573789
44 SEINFRA (2015) RUA ACÁCIA AMARELA JARDIM DAS MARGARIDAS 570090 8574051
45 SEINFRA (2015) RUA PAPOULAS BRANCAS JARDIM DAS MARGARIDAS 570317 8573706
46 SEINFRA (2015) RUA TANCREDO NEVES DA CEASA JARDIM DAS MARGARIDAS 569759 8574660
47 SEINFRA (2015) RUA DAS QUARESMEIRAS VERMELHAS JARDIM DAS MARGARIDAS 570504 8573672
48 SEINFRA (2015) RUA SÃO JORGE SÃO CRISTOVÃO 570813 8572481
49 SEINFRA (2015) RUA BAHIA DE SÃO CRISTOVÃO SÃO CRISTOVÃO 568269 8573062
50 SEINFRA (2015) RUA SÃO PAULO / 3ª TRAV. SÃO FRANCISCO SÃO CRISTOVÃO 570830 8572496
51 SEINFRA (2015) RUA BOSQUE FELIZ SÃO CRISTOVÃO 568159 8572901
52 SEINFRA (2015) RUA LESSA RIBEIRO SÃO CRISTOVÃO 569564 8573054
53 SEINFRA (2015) RUA JENNER AUGUSTO DA SILVEIRA SÃO CRISTOVÃO 569447 8573107
54 SEINFRA (2015) AVENIDA ALIOMAR BALEEIRO SÃO CRISTOVÃO 568672 8572745
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
443
Figura 500 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do rio Ipitanga

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
444
2.11.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do rio Ipitanga foram cadastradas 6 regiões citadas a seguir:

• Rua Santa Rita da Ceasa, Travessa Sargento Medeiros e rua Bahia de São Cristovão (região da
Cassange);
• Rua Arquiteto Marcos Moreira (região da Cassange);
• Rua Lessa Ribeiro (São Cristovão);
• Avenida Aliomar Baleeiro e parte da Avenida São Cristovão (São Cristovão);
• Final da rua Monsenhor Francisco Marquês (região da praia do Flamengo);
• Alameda Praia de Guaratuba (Stella Maris).

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
445
2.12. BACIAS HIDROGRÁFICA DE ILHA DE MARÉ
A Bacia da Ilha de Maré possui uma área de 13,79 km 2, que corresponde a 4,47% do território
soteropolitano. Possui vários povoados e localidades como Itamoabo, Neves, Bananeiras,
Armenda, Maracanã, Porto dos Cavalos, Caquende, Oratório e Martelo, destacando-se como os
maiores: Botelho, Praia Grande e Santana. A ilha se insere no roteiro turístico do município,
destacando-se os povoados anteriormente mencionados e as praias paradisíacas do seu em
torno.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica de
Ilha de Maré, na região da Baia de Todos os Santos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
446
Figura 501 - Delimitação da bacia hidrográfica de Ilha de Maré

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
447
2.12.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não foram identificados sistema de macrodrenagem na bacia em estudo, localizadas em áreas
urbanas.

2.12.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.12.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem da bacia se resume a calhas superficiais localizadas nas laterais
das ruas, e que transportam águas pluviais e de esgoto, sendo direcionados para o mar. Os
lançamentos são realizados na Baía de Todos os Santos ao longo de todo o perímetro da ilha,
especificamente nas regiões onde existem aglomerados urbanos. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos dos tipos de soluções de microdrenagem existente na bacia.
Figura 502 – Canal aberto para o transporte de Figura 503 – Canaletas de drenagem com
águas pluviais e esgoto na região de Santana transporte de esgoto sanitário

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
448
Figura 504 – Canaletas de drenagem com placas Figura 505 – Residências construídas sobre valas
de concreto e presença de esgoto de esgoto e de drenagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 506 – Lançamento de galeria de Figura 507 – Escoamento de esgoto bruto em


drenagem em direção ao mar vala de drenagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.12.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada.
Quadro 15 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha de Maré
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Botelho, Praia Grande, Santana e demais comunidades
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
449
▪ Necessidade de construção de vias pavimentadas para o escoamento adequado das águas
pluviais;
▪ Inexistência de sistema de microdrenagem superficial dotado de canaletas para o transporte de
águas pluviais, de forma separada aos esgotos sanitários.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Necessidade de reordenamento do uso e ocupação do solo na bacia, definido as áreas a serem
ocupadas, de forma residencial, para comércios e empreendimentos turísticos.
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto ao sistema unitário de transporte de esgoto e
águas pluviais e do lançamento de resíduos sólidos nos sistemas de drenagem.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.12.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.12.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

A partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo se observou a inexistência de


sistema de esgotamento sanitário coletivo, predominando as soluções individuais como fossas. No
caso, as águas cinzas são direcionadas para valas escavadas próximas as residências, com
lançamento diretamente no mar.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica de Ilha de Maré não
existem captações desse tipo.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
450
2.12.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.12.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


De acordo com a base de dados de notificações da Codesal e SEINFRA não foram registrados
alagamentos e inundações.

2.12.6. SITUAÇÃO CADASTRAL


Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador. De
forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
451
2.13. BACIAS HIDROGRÁFICA DA ILHA DOS FRADES
A Bacia da Ilha dos Frades, integrante da região insular do município de Salvador, possui uma
área de 15,67 km², fica próxima ao município de Madre de Deus. A ilha, assim como as de Maré e
de Bom Jesus dos Passos, se insere no roteiro turístico do município, destacando-se os povoados
anteriormente mencionados e as praias paradisíacas do seu em torno. A ilha possui baixa
densidade demográfica, com cinco localidades marginais ao mar: Torto, Costa de Fora,
Paramana, Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe e loreto, sendo as três últimas as mais
conhecidas por conta praias paradisíacas. A população é formada por trabalhadores do Terminal
de Madre de Deus e unidades fabris da Petrobrás, a exemplo da Refinaria Landulpho Alves de
Mataripe - RLAM, além de pescadores e marisqueiras. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica de Ilha dos Frades, na região da Baia
de Todos os Santos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
452
Figura 508 - Delimitação da bacia hidrográfica de Ilha dos Frades

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
453
2.13.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não foram identificados sistema de macrodrenagem na bacia em estudo, localizadas em áreas
urbanas, predominando sub-bacias de drenagem natural e dispersas ao longo da ilha.

2.13.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.13.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem da bacia se resume a calhas superficiais localizadas nas laterais
das ruas, e que transportam águas pluviais e de esgoto, sendo direcionados para o mar. Os
lançamentos são realizados na Baía de Todos os Santos ao longo de todo o perímetro da ilha,
especificamente nas regiões onde existem aglomerados urbanos. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos dos tipos de soluções de microdrenagem existente na bacia.
Figura 509 – Galeria de drenagem com Figura 510 – Canal de drenagem em Paranama
lançamento no mar em Paranama com presença de esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
454
Figura 511 – Canaletas de drenagem com Figura 512 – Canaletas de drenagem próximo a
transporte de esgoto residências e vias públicas com presença de
esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.13.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 16 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha dos Frades
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Torto, Costa de Fora, Paramana, Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe e Loreto
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de construção de vias pavimentadas para o escoamento adequado das águas
pluviais;
▪ Inexistência de sistema de microdrenagem superficial dotado de canaletas para o transporte de
águas pluviais, de forma separada aos esgotos sanitários.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Necessidade de reordenamento do uso e ocupação do solo na bacia, definido as áreas a serem
ocupadas, de forma residencial, para comércios e empreendimentos turísticos.
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto ao sistema unitário de transporte de esgoto e
águas pluviais e do lançamento de resíduos sólidos nos sistemas de drenagem.
Fonte: Dados Codesal, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
455
2.13.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.13.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

A partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo se observou a inexistência de


sistema de esgotamento sanitário coletivo, predominando as soluções individuais como fossas. No
caso, as águas cinzas são direcionadas para valas retangulares escavadas próximas as
residências, com lançamento diretamente no mar.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica da Ilha dos Frades não
existem captações desse tipo.

2.13.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.13.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


De acordo com a base de dados de notificações da Codesal e SEINFRA não foram registrados
alagamentos e inundações.

2.13.6. SITUAÇÃO CADASTRAL


Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador. De
forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
456
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
457
2.14. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA VITÓRIA/CONTORNO
A Bacia de Drenagem Natural da Vitória e Contorno fica localizada na porção sudoeste do
Município, possui uma área de 1,001km 2. Na área delimitada por essa bacia estão localizados 7
bairros: Barra, Centro, Centro Histórico, Comércio, Dois de Julho, Garcia e Vitória. Na área dessa
bacia existem várias fontes, dentre elas a Fonte Pedreira ou da Preguiça, na margem da Av.
Lafayete Coutinho (Av. Contorno) e a Fonte do Unhão, no Solar do Unhão.
O principal divisor topográfico e de drenagem natural dessa bacia é a Avenida Sete de Setembro,
a partir da Praia do Porto da Barra, e que segue até a Praça Castro Alves. Todo o trecho da
Avenida Sete de Setembro até o Largo do Campo Grande corresponde a uma área de escarpa,
com a ocupação com prédios de alto nível, e a partir do largo há uma maior área de contribuição
que engloba a região do Largo dos Aflitos, Avenida Carlos Gomes até a Igreja Conceição da
Praia, próxima do Mercado Modelo.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem


natural da Vitória/Contorno, e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
458
Figura 513 - Delimitação da bacia de drenagem natural da Vitória - Contorno

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
459
2.14.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não foram identificados sistema de macrodrenagem na bacia em estudo.

2.14.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia de drenagem natural não existem estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias.

2.14.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o mar, sendo subdividido em 3 sistemas: Sistema Gamboa de Cima, Sistema
Augusto França e Sistema Porto-Trapiche. Devido a inexistência de cadastro da rede de
microdrenagem não é possível analisar criteriosamente o layout do sistema existente.
Na região da Avenida Sete de Setembro se observou a existência de caixas coletoras e tempões
de poços de visita posicionadas ao longo do trecho de toda a avenida, a partir do Largo do Campo
Grande, e que segue pela Ladeira da Barra, até a região da Praia do Porto da Barra. Ao longo do
percurso as ruas são asfaltadas, possuem meio fio e sarjeta moldada in loco. Não foi possível
identificar os lançamentos de drenagem dessas galerias. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 514 – Caixas coletoras com grelhas na Figura 515 – Vista da Avenida Sete de Setembro
região do Largo do Campo Grande com vias dotadas de sarjetas moldadas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
460
Na região do Largo Dois de Julho também são identificadas caixas coletoras dispostas ao longo
das vias, sendo constatado o sentido preferencial das águas pluviais em direção a Rua Augusto
França e Ladeira do Gabriel. Com relação à microdrenagem das ruas Avenida Sete de Setembro
e da Rua Carlos Gomes, a partir da região da Praça da Piedade se observa o sentido preferencial
em direção à Ladeira da Conceição da Praia., próxima do lançamento do mar. Ressalta-se que
essa região por ser histórica possui redes antigas, de traçados e diâmetros desconhecidos, além
ser possível que parte das contribuições pluviais sejam direcionadas para ruas e redes localizadas
na bacia vizinha que é a do Camarajipe, para a região do Largo da Barroquinha.

2.14.2.1. SISTEMA GAMBOA DE CIMA


Esse sistema está implantado na Rua da Gamboa de Cima, a partir do cruzamento com a Rua
Forte de São Pedro, onde existe uma via íngreme dotada de meio-fio e sarjetas. As sarjetas
conduzem as águas pluviais até caixas coletoras com grelhas de concreto localizadas nos limites
das ruas, no cruzamento entre a Rua Gamboa de Cima e a Rua Banco dos Ingleses. A galeria
atravessa um canteiro defronte à Avenida Lafayete Coutinho e segue com o lançamento na
comunidade Gamboa de Baixo, em direção ao mar. A galeria possui extensão aproximada de 130
metros e diâmetro de 800 mm. As coordenadas de início desse canal são: 551854.64 m E e
8564291.51 m S, e as coordenadas de lançamento desse canal são: 551760.63 m E e
8564338.60 m S. As Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do
sistema Gamboa de Cima e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos de estruturas de
microdrenagem da região.
Figura 516 – Traçado esquemático do Sistema Gamboa de Cima

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
461
Figura 517 – Caixas coletoras no cruzamento da Figura 518 – Caixas coletoras com grelhas na
Rua Gamboa de Cima com a Rua Banco dos Rua Gamboa de Cima, na interseção com a
Ingleses Avenida Lafayete Coutinho

Fonte: Google Earth, 2021 Fonte: Google Earth, 2021


Figura 519 – Vista do canteiro onde atravessa a Figura 520 – Vista do lançamento da
galeria de microdrenagem para a comunidade microdrenagem na comunidade Gamboa de
Gamboa de Baixo Baixo

Fonte: Google Earth, 2021 Fonte: SEINFRA, 2015.

2.14.2.2. SISTEMA AUGUSTO FRANÇA


Esse sistema está implantado na Rua Augusto França, que segue pela Ladeira do Gabriel, sendo
composto por uma galeria circular, que realiza o lançamento no mar, atravessando a área interna
do Museu de Arte Moderna (MAM). A rua Augusto França é íngreme, pavimentada e dispõe de
meio-fio, tendo sido somente identificado caixas coletoras de grelhas de concreto obstruídas, no
ponto de cruzamento com a Ladeira do Gabriel, e ao longo de todo o percurso da ladeira não
foram identificados outros dispositivos. De acordo com informações obtidas, a galeria possui
extensão aproximada de 120 metros e diâmetro de 800 mm. As coordenadas de início desse
canal são: 552270.35 m E e 8564752.23 m S, e as coordenadas de lançamento desse canal são:
552054.03 m E e 8564801.43 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
traçado esquemático do Sistema Augusto França e as Erro! Fonte de referência não

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
462
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 521 – Traçado esquemático do Sistema Augusto França

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 522 – Caixas coletoras obstruídas no final da Figura 523 – Lançamento da microdrenagem
Rua Augusto França na área do MAM

Fonte: Google Earth, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.14.2.3. SISTEMA PORTO-TRAPICHE


Esse sistema compreende redes de microdrenagem dispersas localizados nos pontos mais baixos
da Avenida Lafayete Coutinho, com captações a partir de caixas coletoras, e a partir destas
partem galerias com diâmetros de 600 mm, que direcionam as águas para a Baía de Todos os
Santos. Esse tipo de arranjo de sistema é observado no trecho entre o MAM até o Porto Trapiche
Residence. Esses lançamentos são dispersos e ocorrem no entorno das coordenadas 552402.19
m E e 8565264.25 m S. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos de estruturas de
microdrenagem da região.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
463
Figura 524 – Trecho da Avenida Lafayete Figura 525 – Lançamentos de microdrenagem na
Coutinho com caixas coletoras Avenida Lafayete Coutinho

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.14.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 17 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia da Vitória-Contorno
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Centro e Chame-Chame
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de readequação da microdrenagem antiga existente, com a substituição, aumento do
número e capacidade das caixas coletoras, além de meio-fio e sarjetas;
▪ Necessidade de limpeza de caixas coletoras que se encontram assoreadas em diversas vias
públicas da bacia;
▪ Remoção do recobrimento de tampões de poços de visitas das galerias de microdrenagem
localizados em vias públicas e que impossibilita sua identificação para manutenções;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
microdrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas;
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
464
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no, do
lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de servidão
das redes de drenagem.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.14.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.14.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados locais com
interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem, seja nos lançamentos de
drenagem visíveis quanto nas vias públicas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural da
Vitória/Contorno foram identificadas 4 captações de tempo seco ativas.

2.14.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.14.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 6 pontos críticos
em 2 bairros: Centro e Chame-Chame, sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foi
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
465
no bairro do Centro, correspondendo a 83% da totalidade registrada (Erro! Fonte de referência
não encontrada.).
Figura 526 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia de Vitória/Contorno

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra
a espacialização dos locais.
Tabela 21 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Vitória/Contorno
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
1 CODESAL (2020) RUA CARLOS GOMES CENTRO 552468,1 8564739
2 CODESAL (2020) RUA CHILE CENTRO 552686,3 8565413
3 CODESAL (2020) RUA DA FORCA CENTRO 552533,2 8564728
4 CODESAL (2020) RUA DO SODRÉ CENTRO 552501,2 8565015
RUA DOUTOR
CHAME
5 CODESAL (2020) DERALDO DIAS DE 551381,4 8563524
CHAME
MORAIS
6 SEINFRA (2015) RUA CARLOS GOMES CENTRO 553750 8567028
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
466
Figura 527 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia da Vitória/Contorno

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
467
2.14.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador. De
forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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468
2.15. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE AMARALINA/PITUBA
Localizada na porção sudeste da Orla Atlântica do Município, a Bacia de Drenagem Natural de
Amaralina / Pituba, possui uma área de 2,616km 2. Na área delimitada por essa bacia estão
localizados quatro bairros: Amaralina, Nordeste de Amaralina, Pituba e Rio Vermelho.
Amaralina e Pituba são bairros predominantemente residenciais, com rede hoteleira, bares e
restaurantes, embora possua um comércio variado nas ruas principais. Abrigam parte das vias de
grande importância para a mobilidade urbana do município – Avenida Oceânica, Avenida Antônio
Carlos Magalhães e Avenida Paulo VI – e abrigam também equipamentos de uso essencial –
centros médicos, universidades, mercados, bancos e Shopping Centers, além da grande
concentração residencial.
Apesar da existência de praças como as de Nossa Senhora da Luz, Ana Lúcia Magalhães, Aníbal
Jorge Ramos Souza (Lagoa Vela Branca) e, Guilhard Muniz, entre outras, as principais áreas
verdes nessa bacia estão localizadas na Pituba, no espaço interno ao Colégio Militar de Salvador
e no Parque da Cidade – Joventino Silva. Este Parque, implantado pelo Decreto Municipal n.
4.552, de 1976, merece destaque, pois representa uma área de 70ha de remanescentes florestais
do bioma Mata Atlântica, com uma pequena área de restinga com dunas.
As sub-bacia integrantes da Bacia de Amaralina/Pituba são caracterizadas pela drenagem natural
sendo as águas direcionadas para galerias de microdrenagem que realizam o lançamento final no
mar. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de
drenagem natural Amaralina/Pituba, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias
circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
469
Figura 528 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Amaralina-Pituba

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
470
2.15.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não possui sistemas de macrodrenagem.

2.15.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia de Amaralina/Pituba não foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas na mesma se localiza a Lagoa dos Patos que realiza a
reservação e retenção das águas pluviais oriunda da bacia de drenagem natural do seu em torno
(Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.). As
Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros da Lagoa do Patos, atualmente com área no em torno urbanizada para
atividades de lazer. Essa lagoa possui alguns lançamentos de drenagem da Rua Piauí e da Rua
Maranhão, e não foi identificado extravasor na área da lagoa.
Tabela 22 – Áreas de reservatório de amortecimento natural na Bacia de Amaralina / Pituba
Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
B-02 Lagoa dos Patos Rua Piauí Nordeste 557959.96 8562156.70
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 529 - Localização do Ponto B-02 na bacia de Amaralina / Pituba

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
471
Figura 530 – Vista da lagoa dos Patos com Figura 531 – Área da lagoa demarcada por
vegetação aquática grades de proteção

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o mar. As ruas são pavimentadas com asfalto, dispõem de meio fio, sarjetas,
poços de visitas e galerias de microdrenagem. O sistema geral pode ser subdividido em 3 sub-
bacias que possuem seus respectivos sistemas de microdrenagem: Bacia do Rio Vermelho, Bacia
de Amaralina e Bacia de Pituba. Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não
é possível analisar criteriosamente o layout do sistema existente.
Os principais dispositivos de microdrenagem identificados foram meio-fio em todas as ruas, mas
nem todas possuem sarjetas moldadas favorecendo situação de espraiamento das águas pluviais.
A maioria das caixas coletoras identificadas são simples ou duplas com grelhas de concreto,
tendo sido identificadas situações atípicas de dispositivos no meio das vias. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros de dispositivos identificados na região e das situações descritas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
472
Figura 532 – Via dotada de meio-fio, sarjeta e Figura 533 – Caixa coletora posicionada no meio
boca lobo, com PV na sarjeta da via de circulação

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
473
Figura 534 – Caixa coletora em rua sem sarjeta Figura 535 – Caixa coletora em ponto baixo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 536 – Lançamento de microdrenagem Figura 537 – Lançamento de microdrenagem


com tubo de concreto na praia com tubo PEAD na praia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2.1. SUB-BACIA RIO VERMELHO (FONTE DO BOI E QUARTEL DE AMARALINA)


Compreende a região das bacias de drenagem natural Fonte do Boi e Quartel de Amaralina. A
sub-bacia não apresenta um talvegue bem definido, tendo os lançamentos das águas pluviais
dispersos ao longo da costa. Dentre os dispositivos de drenagem que integram a área, destacam-
se a redes existentes de microdrenagem ao longo das Ruas Visconde de Itaborahy e Oswaldo
Cruz, a rede existente ao longo dos muros do Quartel de Amaralina e a rede que drena a 2ª.
Travessa Ary Pereira de Oliveira (Antiga Lagoa dos Jangadeiros). Em virtude do tamanho
reduzido da sub-bacia, as redes de drenagem encontradas se resumem em três: a primeira,
implantada ao longo das Ruas Visconde de Itaborahy e Oswaldo Cruz, a segunda, trata-se do
sistema que segue lateral aos muros do Quartel de Amaralina e, por último, tem-se o sistema que
drena a 2ª. Travessa Ary Pereira de Oliveira (Antiga Lagoa dos Jangadeiros). A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do sistema da região citada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
474
Figura 538 – Traçado do sistema da sub-bacia rio Vermelho

Nota: as linhas vermelhas representam a delimitação das bacias.


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.15.2.1.1. Sistema Visconde de Itaborahy e Oswaldo Cruz


A rede que integra este sistema de drenagem acompanha o sistema viário das ruas em Visconde
de Itaborahy e Oswaldo Cruz. Os dispositivos implantados são meio-fio, sarjetas moldadas in loco,
caixas coletoras e poços de visita posicionados ao longo das vias. Estas captações inclusive são
responsáveis por captar as águas superficiais oriundos dos pontos altos que escoam pelas ruas
mais baixas, como por exemplo, a Rua Professora Natália Vinhas. O traçado das redes de
microdrenagem das ruas citadas não segue a declividade natural da topografia local, sendo que
parte da rede existente segue em direção ao canal do Lucaia, desaguando nas imediações do
Largo da Mariquita. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns tipos de dispositivos de drenagem que foram identificados na
região e a situação de conservação.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
475
Figura 539 – Ruas com caixas coletoras, meio- Figura 540 – Caixa coletora com entrada na guia
fio e sarjetas danificada e obstruída

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 541 – Vista da Rua Marquês de Monte Figura 542 – Existência de rede na Rua Marquês de
Santo próximo do quartel, pavimentada e Monte Santo constatado a partir a existência de
dotada de meio-fio caixas coletoras

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2.1.2. Sistema Quartel de Amaralina


A rede que integra este sistema de drenagem está implantada ao longo da Rua Marquês de
Monte Santo, na lateral dos muros do Quartel de Amaralina. Caracteriza-se por ser rede
convencional, com sarjetas moldadas in loco, com caixas coletoras e poços de vista, com
lançamento na área da praia de Amaralina após os muros do referido Quartel.
O sistema é constituído por redes de baixa profundidade do tipo manilhas de concreto, com
pequena declividade e diâmetros desconhecidos, com exceção para o trecho de lançamento que
possui diâmetro próximo a 1000 mm. A extensão aproximada deste sistema perfaz um total
aproximado de 460 m. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns tipos de dispositivos de drenagem que foram
identificados na região e a situação de conservação.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
476
Figura 543 – Caixa coletora com entrada na guia Figura 544 – Caixa coletora com grelha e galeria
danificada abaixo da calçada

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 545- Evidência de rede ao longo Figura 546 - Final do traçado da rede e
dos muros do quartel ponto de lançamento

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 547 - Final do traçado da rede e Figura 548 - Detalhes do lançamento:
ponto de lançamento elevado assoreamento

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
477
2.15.2.1.3. Sistema 2ª. Travessa Ary Pereira de Oliveira
Historicamente a localização dessa travessa corresponde com a antiga Lagoa dos Jangadeiros
que também abrangia a área da antiga Praça dos Jangadeiros, atualmente chamada de Praça
dos Ex-Combatentes. No caso era uma área “embrejada” e alagadiça que se estendia até a área
de praia, tendo sido ocupada pela população no decorrer do tempo, dando origem à 2ª. Travessa
Ary Pereira de Oliveira.
Na década de 70, com a implantação da Rua Visconde de Itaborahy que liga o Bairro de
Amaralina ao Rio Vermelho, a pequena comunidade da antiga lagoa ficou isolada: O projeto de
terraplenagem foi implantado em cotas mais altas que as do greide existente na 2ª. Travessa Ary
Pereira de Oliveira. Assim, atualmente, o sistema de drenagem da rua é precário, não sendo
conhecido a interligação do sistema existente e o lançamento final. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram registros da região e de
dispositivos identificados.
Figura 549 - Vista da área da antiga lagoa Figura 550- Vista da área da 2ª. Travessa
(2ª. Travessa Ary Pereira de Oliveira) Ary Pereira de Oliveira

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2.2. SUB-BACIA AMARALINA


Compreende a região da bacia de drenagem natural Vilas Boas. A área aproximada dessa sub-
bacia corresponde a 16 hectares. Esta sub-bacia não apresenta um talvegue bem definido, tendo
os lançamentos das águas pluviais dispersos ao longo da costa. Dentre os dispositivos de
drenagem que integram a área, destacam-se a redes existentes de microdrenagem dispersas ao
longo da área, que atravessam a Avenida Amaralina e realizam o lançamento diretamente na
praia. Nessa região se destaca o Sistema Aurelino Silva, que se inicia na rua de mesmo nome do
sistema, atravessa a Rua Visconde de Itaborahy e a Avenida Amaralina até o deságue na praia,
conforme mostrado na Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
478
Figura 551 – Traçado esquemático do Sistema Aurelino Silva

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.15.2.3. SUB-BACIA PITUBA


Compreende a região das bacias de drenagem natural Fernando Studart, Manoel Dias e Senhora
da Luz. Esta sub-bacia engloba os sistemas denominados Sistema Dunas-Júlio César, Sistema
Nossa Senhora da Luz e Sistema Pituba Ville, descritos a seguir.
2.15.2.3.1. Sistema Dunas - Julio César - Orla Marítima
A rede existente e identificada se inicia na Rua Cícero Simões. Trata-se de uma rede enterrada
caracterizada em função da localização das caixas coletoras ao longo do sistema viário.
Desenvolve-se apelo arruamento no sopé das dunas existentes até as imediações da praça
existente na Rua Hilton Rodrigues. Após a praça, a rede desvia para a direção da Rua Ceará,
segue pela Alameda Pádua, e depois pela Rua Vereador Maltez Leone. Por fim, alcança a Rua
Espírito Santo, atravessa a Avenida Octávio Mangabeira e realiza o lançamento final na praia. As
redes são de pequena declividade e diâmetros desconhecidos, exceto no lançamento que possui
diâmetro próximo à 1000 mm. A extensão aproximada do sistema é de 1.500,00 m. O ponto de
lançamento desse sistema está localizado nas coordenadas 558538.17 m E e 8561950.72 m S. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do sistema e as
Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros da região e de dispositivos identificados.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
479
Figura 552 – Traçado esquemático do Sistema Júlio César-Orla Marítima

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
480
Figura 553 - Início da rede na Rua Cícero Simões Figura 554 – Ruas no em torno da Praça Hilton
Rodrigues

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 555 – Lançamento da galeria na praia Figura 556 – Detalhe com lançamento da galeria
com estrutura de proteção

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2.3.2. Sistema Nossa Senhora da Luz


O traçado das redes desse sistema é desconhecido. As evidências de campo, sobretudo em
virtude dos sistemas vizinhos (Sistema Dunas - Julio César - Orla Marítima e Sistema Pituba Vile)
permitem concluir que os dispositivos captam e conduzem as águas pluviais provenientes das
áreas mais planas do Bairro da Pituba no em torno da Praça Nossa Senhora da Luz. O ponto de
lançamento desse sistema está localizado nas coordenadas 558804.29 m E e 8562116.35 m S.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros dos dispositivos identificados.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
481
Figura 557 – Vista lateral da galeria de Figura 558 – Vista frontal da galeria de
lançamento no final da Rua Pernambuco lançamento no final da Rua Pernambuco

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.15.2.3.3. Sistema Pituba Vile


O sistema particular de drenagem interno do Condomínio Pituba Ville Residence, localizado entre
a Rua Amazonas e a Avenida Octávio Mangabeira é desconhecido. A área ocupada pelo
condomínio corresponde a 12,5 hectares. Pelas condições topográficas da região e pela
verificação de todo o trecho da orla se supõe o sistema de drenagem do condomínio se interlige
ao sistema Nossa Senhora da Luz. O provável ponto de interligação do sistema de drenagem
desse sistema deve ocorrer com o sistema de microdrenagem da Rua Amazonas. A Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostra a área ocupada pelo condomínio citado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
482
Figura 559 – Área ocupada pelo condomínio Pituba Ville Residence

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.15.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 18 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Amaralina Pituba
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Amaralina e Pituba
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de readequação do sistema de drenagem da Travessa Ari Pereira de Oliveira;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras danificadas em várias vias;
▪ Implantar sistemas de proteção dos lançamentos das galerias de microdrenagem nas praias devido
ao impacto das marés nas estruturas;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
483
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Ausência de ações de educação ambiental preventiva quanto aos lançamentos irregulares de
esgoto, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.15.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.15.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados presença de
esgotos no lançamento das galerias de microdrenagem com vazão constante, contudo, foram
identificados empoçamentos com águas escuras nesses locais.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de
Amaralina/Pituba foram identificadas 5 captações de tempo seco novas e ativas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
484
2.15.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.15.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 11 pontos críticos
em 7 bairros: Amaralina, Curuzu, Nova Sussuarana, Piatã, Pituba, Rio Vermelho e São Marcos,
sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foram nos bairro de Amaralina, São Marcos
e Pituba (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 560 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia Amaralina/Pituba

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos locais.
Tabela 23 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Amaralina/Pituba
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
1 CODESAL (2020) AVENIDA AMARALINA AMARALINA 558211,7 8562626
2 CODESAL (2020) RUA DO CURUZU CURUZU 558287 8562305
NOVA
3 CODESAL (2020) AVENIDA JAMAICA 558298,6 8562670
SUSSUARANA
RUA MANOEL
4 CODESAL (2020) PIATA 558233,4 8562604
CORREIA DA CUNHA
RUA DA FONTE DO
5 CODESAL (2020) RIO VERMELHO 555616,6 8560984
BOI
TRAVESSA PITUAÇU
6 CODESAL (2020) SAO MARCOS 558222,5 8562615
DE SÃO MARCOS
7 CODESAL (2020) VIA PITUAÇU SAO MARCOS 558222,6 8562626
8 SEINFRA (2015) PONTO 7 PITUBA 558476 8562387
2a. TRAV. ARY P. DE
9 SEINFRA (2015) AMARALINA 556647 8561411
O.
10 SEINFRA (2015) RUA RUBEM BERTA PITUBA 559353 8562989
RUA MARQUÊS DE
11 SEINFRA (2015) AMARALINA 556494 8561285
MONTE SANTO
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015
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486
Figura 561 – Espacialização dos locais de alagamentos na bacia de Amaralina/Pituba

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
487
2.15.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia de Amaralina/Pituba foram cadastradas por levantamento
topográfico convencional 3 regiões citadas a seguir:

• Amaralina (Rua Oswaldo Cruz);


• Rua Minas Gerais e Avenida Octávio Mangabeira (Pituba);
• Região da Rua Ceará e Rua Espírito Santo (Pituba).

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
488
2.16. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DO COMÉRCIO
Localizada na porção sudoeste do Município, a Bacia de Drenagem Natural do Comércio possui
uma área de 1,735km 2. Esta bacia compreende seis bairros: Barbalho, Centro Histórico,
Comércio, Lapinha, Liberdade e Santo Antônio, e se limita com as bacias da Vitória-Contorno,
Camarajipe e Itapagipe.
O principal divisor topográfico e de drenagem natural dessa bacia é a Rua do Carmo, a Rua
Direita de Santo Antônio, o Rua Corredor da Lapinha e a Rua Estrada da Liberdade. Todo o
trecho citado corresponde a uma área alta ocupada predominantemente com residências,
enquanto que a região mais baixa, localizada entre a Avenida da França. Engenheiro Oscar
Pontes e Avenida Jequitaia é ocupada pelo Porto de Salvador e área comercial. Na área dessa
bacia estão vários pontos de referência da cidade como o Elevador Lacerda, o Plano Inclinado
Gonçalves, o Plano Inclinado do Pilar, o Centro Náutico de Salvador, o Mercado do Ouro e o
Mercado Modelo e a Feira de São Joaquim. Essa área possui algumas fontes e dentre elas,
destaca-se: Fonte de Santa Luzia, localizada na Igreja de Santa Luzia, na rua do Pilar; Fonte do
Baluarte, na Ladeira de Água Brusca e a Fonte da Ladeira do Taboão.
Quanto a aspectos de drenagem é uma região de baixa declividade com históricos de
alagamentos em períodos chuvosos, onde o funcionamento dos sistemas é influenciado pelas
marés.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem
natural do Comércio e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
489
Figura 562 - Delimitação da bacia de drenagem natural do Comércio

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
490
2.16.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não foram identificados sistema de macrodrenagem na bacia em estudo.

2.16.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia de drenagem natural não existem estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias.

2.16.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o mar, sendo subdividido em 4 sistemas: Sistema Ferry Boat, na Rua
Engenheiro Oscar Pontes; Sistema Marinha, na Avenida da França, próximo ao Grupamento de
Fuzileiros Navais e do Hospital Naval; Sistema CODEBA e o Sistema Mercado Modelo, na
Avenida da França. Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não é possível
analisar criteriosamente o layout do sistema existente. De acordo com a SUCOP o sistema de
drenagem da região do Largo da Calçada realiza o lançamento na Rua Engenheiro Oscar Pontes,
próximo do Terminal de Ônibus existente.
Dentre os projetos recentes executados na região se destaca o projeto de Requalificação da
Praça da Inglaterra, que teve como objetivo restabelecer a sua função de conexão com as
principais vias do comércio, com conforto e segurança para os pedestres, além de proporcionar
aos frequentadores da região um local de descanso e de encontros. O projeto de drenagem
previso para a praça consistiu no direcionamento das águas pluviais para a sarjeta existente na
Rua Miguel Calmon e na Avenida da França, com declividade em torno de 1% permitindo o
escoamento superficial em toda a área da Praça. Para o recebimento das águas de chuvas de
uma das praças que direciona para a Avenida da França, foi previsto um acréscimo de uma Caixa
coletora com uma grelha para captar essa água de chuva e direcionar por meio de uma tubulação
de 400mm até a Caixa coletora existente a uma distância de aproximadamente 16,00m.
Outro projeto de microdrenagem executado na região foi executado junto ao Projeto Ruas
Completas – Nova Miguel Calmon, implantado na Rua Miguel Calmon e em trecho da Avenida
Jequitaia, no Comércio na Cidade Baixa, pela implantado pela Fundação Mário Leal Ferreira –
FMLF, da parceria com a WRI Brasil e da contribuição do grupo de trabalho composto pelos
Orgãos Municipais, Secretaria Cidade Sustentável – SECIS; Secretaria Municipal de Mobilidade –
SEMOB e a Superintendência de Trânsito de Salvador – TRANSALVADOR (Erro! Fonte de
referência não encontrada.). A intervenção se estende por aproximadamente 1,1 km de
extensão e integra um conjunto de projetos e ações propostos, principalmente pelo poder público
municipal, voltadas para a requalificação urbana, econômica e social de toda a área do Centro
Histórico de Salvador.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
491
Figura 563 – Área de intervenção do projeto executado na região da Rua Miguel Calmon e
Avenida Jequitaia

Fonte: SUCOP, 2020.

As intervenções foram executadas entre o cruzamento da Rua da Bélgica com a Rua Miguel
Calmon, passando pela Praça Riachuelo e seguindo pela Avenida Jequitaia, até o cruzamento
desta com a Travessa Cais do Ouro.
A microdrenagem concebida para o local consistiu na indicação de novas caixas coletoras
interligadas àquelas existentes.

2.16.2.1. SISTEMA FERRY-BOAT (TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM)


Esse sistema está implantado na extensão da Travessa Forte da Largatixa, no acesso ao
Terminal Marítimo de São Joaquim. No local existe uma rede de drenagem com galeria retangular
com dimensões aproximada de 2,0 m (largura da base) x 1,5 m (altura), numa extensão
aproximada de 257 m, e que realiza o lançamento das águas pluviais após os muros do citado
terminal. As coordenadas aproximadas do início desse canal são: 553984.48 m E e 8567794.98 m
S, e as coordenadas de lançamento desse canal são: 553760.94 m E e 8567922.39 m S. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do sistema Ferry Boat e as Erro!
Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram
alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
492
Figura 564 – Traçado esquemático do Sistema Ferry-Boat

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
493
Figura 565 – Empoçamentos observados na Figura 566 – Caixa coletora com grelha na
Avenida Jequitaia Avenida Jequitaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 567 – Existência de caixas coletoras e Figura 568 – Vista do acesso ao Ferry Boat na
rede coletora no lado esquerdo da Avenida Eng. Avenida Eng. Oscar Fontes
Oscar Fontes

Fonte: Google Earth, 2021.

Fonte: Google Earth, 2021.

2.16.2.2. SISTEMA MARINHA (HOSPITAL NAVAL E GRUPAMENTO DE FUZILEIROS


NAVAIS)
Esse sistema está implantado de forma transversal à Avenida da França, no caso, em frente ao
Hospital Naval de Salvador e Grupamento de Fuzileiros Navais. Trata-se de galeria com seção
retangular 0,80 x 0,80 m com extensão aproximada de 313 m, e que realiza o lançamento na Baía
de Todos os Santos, na área de acesso da Companhia de Docas do Estado da Bahia (CODEBA).
As coordenadas do local de lançamento desse sistema de drenagem corresponde a 553329.09 m
E e 8566883.25 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado
esquemático do Sistema Marinha e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos de estruturas de
microdrenagem da região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
494
Figura 569 – Traçado esquemático do Sistema Marinha

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 570 – Caixa coletora com entrada na guia Figura 571 – Poço de visita na Avenida da França
na Avenida da França

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
495
Figura 572 – Caixas coletoras com entrada na Figura 573 – Caixas coletoras posicionadas no
guia em situação precária de manutenção meio da via pública

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.16.2.3. SISTEMA DOCAS (CODEBA – COMPANHIA DAS DOCAS DO ESTADO DA BAHIA)


Esse sistema corresponde a uma rede de drenagem que se inicia na Praça Riachuelo, segue de
forma transversal à Avenida da França, nas proximidades do Gate 3 das Docas. Trata-se de uma
galeria que segue Rua Miguel Calmon com seção retangular 1,0 x 1,0 m e com extensão
aproximada de 700 m, e que realiza o lançamento na Baía de Todos os Santos, na área de
acesso da Companhia de Docas do Estado da Bahia (CODEBA). As coordenadas do lançamento
desse sistema são: 552835.71 m E e 8566211.92 m S. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra o traçado esquemático do Sistema DOCAS.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
496
Figura 574 – Traçado esquemático do Sistema DOCAS

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.16.2.4. SISTEMA - MERCADO MODELO


Esse sistema corresponde a uma rede de drenagem próxima ao Mercado Modelo, no acesso ao
Terminal Turístico Náutico da Bahia, com lançamentos dispersos e com diâmetros de 800 mm. As
Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
497
Figura 575 – Vista dos lançamentos de Figura 576 – Vista dos lançamentos de
microdrenagem próximos do Mercado Modelo microdrenagem próximos do Terminal Naútico

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.16.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 19 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do Comércio
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Água de Meninos, Calçada, Comércio e Liberdade
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de readequação da microdrenagem dos sistemas Ferry-Boat, Marinha e Docas, que
abrangem as áreas com maiores registros de alagamento, devendo-se redimensionar as galerias e
o posicionamento de caixas coletoras;
▪ Readequação da microdrenagem da Avenida Jequitaia e da Avenida Eng. Oscar Pontes;
▪ Remoção do recobrimento de tampões de poços de visitas das galerias de microdrenagem
localizados em vias públicas e que impossibilita sua identificação para manutenções;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
microdrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no, do
lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, principalmente por conta da Feira de São
Joaquim e comércios da região, e quanto a ocupação da faixa de servidão das redes de drenagem.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.16.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
498
2.16.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE
DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados locais com
interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem, seja nos lançamentos de
drenagem visíveis quanto nas vias públicas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural do Comércio
não existe esse tipo de captação.

2.16.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.16.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 10 pontos críticos
em 4 bairros: Água de Meninos, Calçada, Comércio e Liberdade, sendo que a maior parte dos
alagamentos/inundações foi no bairro do Comércio, correspondendo a 70% da totalidade
registrada (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
499
Figura 577 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia do Comércio

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra
a espacialização dos locais.
Tabela 24 – Locais de alagamentos e inundações na bacia do Comércio
LATITUD
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE E
CODESAL
AVENIDA JEQUITAIA CALÇADA 554123,3 8568142
1 (2020)
CODESAL AVENIDA BARÃO DA VILA DA LIBERDAD
2 554089,3 8567423
(2020) BARRA E
COMÉRCI
SEINFRA (2015) RUA DA HOLANDA 553025 8566174
3 O
PRAÇA DO MERCADO DO COMÉRCI
4 SEINFRA (2015) 553258 8566408
OURO O
COMÉRCI
5 SEINFRA (2015) PRAÇA DA INGLATERRA 552792 8566034
O
COMÉRCI
6 SEINFRA (2015) MOINHO SALVADOR 553567 8567063
O
COMÉRCI
7 SEINFRA (2015) RUA DO PILAR 553460 8566546
O
COMÉRCI
8 SEINFRA (2015) RUA DA BÉLGICA 552674 8565882
O
ÁGUA DE
9 SEINFRA (2015) AVENIDA JEQUITÁIA 553855 8567231
MENINOS
COMÉRCI
10 SEINFRA (2015) AV. ENG. OSCAR PONTES 554045 8567885
O
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
500
Figura 578 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia do Comércio

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
501
2.16.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia do Comércio foram cadastradas por levantamento topográfico
convencional 5 regiões citadas a seguir:

• Região da Avenida Eng. Oscar Pontes e Terminal Marítimo de São Joaquim (Comércio);
• Região da Avenida da França e Rua Estado de Israel (Comércio);
• Região da Avenida da França e Rua da Suécia;
• Região entre a Avenida Estados Unidos, Avenida da França e Praça Riachuelo (Comércio);
• Avenida da França, próximo do Mercado Modelo.

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
502
2.17. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA ARMAÇÃO/CORSÁRIO
Localiza-se na porção sudeste da Orla Atlântica do Município, possui uma área de 3,233km 2. Na
área delimitada por essa bacia estão localizados seis bairros: Boca do Rio, Caminho das Árvores,
Costa Azul, Jardim Armação, Patamares e Pituaçu.
Pertence a essa bacia, o bairro de Jardim Armação, distante 13km do centro da cidade e
localizado em frente à praia de Armação – denominação relacionada a existência de armações da
caça à baleia, como as Armações do Saraiva e do Saldanha, além da praia do Corsário. A
vegetação característica desta bacia é a restinga, com predominância de gramíneas e algumas
dunas. Ainda restam muitos exemplares de coqueiros das antigas fazendas litorâneas.
A ocupação nesta bacia foi feita por meio de loteamentos, sem planejamento adequado quanto à
correção de cota e sistema de drenagem pluvial, o que faz com que, em vários trechos, as vias
estejam em cotas inferiores aos pontos de captação das águas, na Avenida Octávio Mangabeira,
para lançamento na praia.
As condições topográficas da Bacia de Armação/Corsário configuram vertentes de escoamento
distintas que podem determinar, de uma forma geral, quatro sub-bacias de escoamento natural. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica de
Armação-Corsário, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
503
Figura 579 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Armação-Corsário

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
504
2.17.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não possui sistemas de macrodrenagem.

2.17.2. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE


CHEIAS
Nessa bacia de drenagem natural não existem estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias, mas existe a Lagoa dos Frades que pode ser considerada como uma
bacia de amortecimento natural.

2.17.3. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o mar, a partir de galerias assentadas nas ruas de cotas mais baixas. As ruas
são pavimentadas com asfalto, dispõem em sua maioria de meio fio, sarjetas, poços de visitas e
galerias de microdrenagem. O sistema geral pode ser subdividido em 2 sub-bacias que possuem
seus respectivos sistemas de microdrenagem: sub-bacia Américo Vespúcio e sub-bacia Centro de
Convenções. Devido a inexistência de cadastro da rede de microdrenagem não é possível
analisar criteriosamente o layout do sistema existente. A maioria das caixas coletoras identificadas
são simples ou duplas com grelhas de concreto, tendo sido identificadas situações atípicas de
dispositivos no meio das vias. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros de dispositivos identificados na região e
das situações descritas.
Figura 580 – Ruas asfaltadas com meio-fio Figura 581 – Caixa coletora simples posicionada
danificados (Rua Rodrigues Dórea) em ponto baixo da região e sem sarjeta

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
505
Figura 582 – Caixa coletora com modelo fora dos Figura 583 – Caixa coletora mal posicionada na
padrões técnicos via e sem as grelhas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 584 – Caixa coletora deterioradas e com Figura 585 – Caixa coletora com grelha simples e
risco para transeuntes sem sarjeta

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.17.3.1. SUB-BACIA AMÉRICO VESPÚCIO


Esta sub-bacia apresenta talvegue bem definido pela Rua Catarina Folgaça e pela Rua Rodrigues
Dórea. Na região em torno da Rua Gilberto Amado e Rua Catarina Folgaça, os escoamentos
superficiais são direcionadas para galerias de microdrenagem, que contribuem para a galeria da
Rua Américo Vespúcio. Essa galeria atravessa a Avenida Octávio Mangabeira e realiza o
lançamento final na praia. O lançamento dessa galeria está localizado nas coordenadas UTM
560939.20 m E e 8563756.26 m S. Não foram identificados registros de alagamentos decorrentes
de problemas nessa região. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a posição do
lançamento final do sistema na área da praia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
506
Figura 586 – Traçado esquemático do Sistema Américo Vespúcio

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.17.3.2. SUB-BACIA CENTRO DE CONVENÇÕES


Esta sub-bacia apresenta talvegue bem definido pela Rua João Nunes da Mata e Rua da
Maçonaria. O canal principal se inicia no cruzamento da Rua Ruy Santos e Rua Hélio Machado,
seguindo por esta última rua numa extensão de 285 m, como galeria fechada com placas de
concreto, com largura aproximada de 1,5 m e profundidade desconhecida. Com base em visitação
de campo se constatou a existência de alagamentos nessa rua devido ao canal, o que é
comprovado a partir da existência de degraus nas residências. Depois o canal segue pela Rua
Virgildásio Sena, e no cruzamento com a Avenida Heitor Dias, segue numa rua fechada embaixo
de residências construídas no local, atravessa de forma perpendicular a rua Novo Paraíso e segue
margeando o limite de um lote particular.
O percurso desse canal segue por uma rua interna paralela à Rua Antônio da Silva Coelho, onde
inclusive existe a estação elevatória de esgoto do Aeroclube. Ao sair dessa rua, o canal atravessa
de forma perpendicular a Avenida Simon Bolívar e a Avenida Octávio Mangabeira até o
lançamento final. O lançamento dessa galeria está localizado nas coordenadas UTM 561386.42 m
E e 8564263.79 m S, às margens da Avenida Octávio Mangabeira, onde existe uma estação
elevatória de captação de tempo seco da Embasa. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra um esquemático do traçado principal do sistema descrito.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
507
Figura 587 – Esquemático do canal principal do Sistema Centro de Convenções

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns mostram alguns registros fotográficos de dispositivos e da região citada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
508
Figura 588- Vista da interligação do canal da Rua Figura 589 – Dispositivos de drenagem
Hélio Machado e Travessa São Francisco de insuficientes na região mais baixa
Assis

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
509
Figura 590 – Presença de soleiras nas Figura 591 – Início do canal na Rua Hélio
residências devido aos alagamentos Machado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
510
Figura 592 – Canal na Rua Hélio Machado Figura 593 – Canal da Baixa Fria com ausência
coberto com placas e em situação precária de placas e outras danificadas

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 594 – Canal em trecho aberto com Figura 595 – Canal em trecho aberto próximo
estroncas de concreto da Rua Novo Paraíso

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
511
Figura 596 – Trecho do canal fechado na Figura 597 – Lançamento final do canal na
Avenida Simon Bolivar Praia de Jardim Armação

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
512
2.17.4. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE
DRENAGEM URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 20 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Armação
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Boca do Rio e Jardim Armação
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de readequação hidráulicas e estrutural da seção do canal da sub-bacia Centro de
Convenções, onde visíveis danos na sua estrutura, assim como registrados alagamentos no seu em
torno;
▪ Implantar sistemas de proteção dos lançamentos das galerias de microdrenagem nas praias devido
ao impacto das marés nas estruturas;
▪ Necessidade de limpeza de caixas coletoras que se encontram danificadas em diversas vias
públicas da bacia;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento do canal da Baixa Fria/Orla Marítima para limpeza e
manutenção, assim como para a identificação de lançamentos irregulares de esgoto.
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no rio
Sapato, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.17.5. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.17.5.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
513
• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;
• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Em torno do canal da Baixa Fria /Orla Marítima, recebendo contribuições da rua Hélio Machado,
Rua Virgildásio Sena, dentre outros.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de
Armação/Corsário não existem esses tipos de captações.

2.17.6. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.17.6.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 12 pontos críticos
em 4 bairros: Armação, Boca do Rio, Imbui e Jardim Armação, sendo que a maior parte dos
alagamentos/inundações foi no bairro da Boca do Rio, correspondendo a 50% da totalidade
registrada (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
514
Figura 598 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia de Armação/Corsário

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.
Tabela 25 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Armação/Corsário
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
CODESAL BOCA DO
1 RUA ÂNGELO BERLINQUE 561145,6 8565263
(2020) RIO
CODESAL BOCA DO
2 RUA HÉLIO MACHADO 561220,5 8564820
(2020) RIO
CODESAL BOCA DO
3 RUA SIMÕES FILHO 561209,6 8564776
(2020) RIO
CODESAL
4 RUA DA BOLANDEIRA IMBUI 563805,2 8566296
(2020)
CODESAL
5 RUA HÉLIO MACHADO IMBUI 561209,7 8564809
(2020)
CODESAL JARDIM
6 RUA PEDRO SILVA RIBEIRO 560731,2 8564246
(2020) ARMACAO
BOCA DO
7 SEINFRA (2015) RUA HÉLIO MACHADO 561281 8564876
RIO
BOCA DO
8 SEINFRA (2015) BAIXA FRIA 560842 8565053
RIO
BOCA DO
9 SEINFRA (2015) HOTEL HARBOR SELF 561059 8564560
RIO
10 SEINFRA (2015) RUA PEDRO SILVA RIBEIRO ARMAÇÃO 560920 8563957
11 SEINFRA (2015) MOTEL DEL REY ARMAÇÃO 560757 8563765
AVENIDA OCTÁVIO
12 SEINFRA (2015) ARMAÇÃO 561780 8564983
MANGABEIRA
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
515
Figura 599 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de Armação e Corsário

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
516
2.17.7. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia de Armação/Corsário foram realizados o levantamento
topográfico de 2 regiões citadas a seguir:

• Região da Rua Nova Paraíso e Rua Luísa Martin (Armação);


• Rua Catarina Fogaça, Rua Pedro Silva Ribeiro e Rua Gilberto Amado (Armação).

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
517
2.18. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ITAPAGIPE
Com localização lindeira à Baía de Todos os Santos, topografia suave e clima refrescante, a
Península de Itapagipe, compõe a área da bacia de drenagem natural de Itapagipe, que possui
uma área de 9,979km 2. Na área delimitada por essa bacia estão localizados 21 bairros: Alto do
Cabrito, Boa Viagem, Boa Vista de São Caetano, Bonfim, Calçada Caminho de Areia, Capelinha,
Comércio, Liberdade, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma,
Santa Luzia, São Caetano, São João do Cabrito, Uruguai e Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro
(SANTOS et al, 2010).
Atualmente, a Península de Itapagipe apresenta muitas marcas de uma ocupação desordenada e
de precária infraestrutura. Outra questão relevante é a contaminação das águas por mercúrio
proveniente de uma antiga indústria da área – Companhia Química do Recôncavo - CQR, bem
como por esgotos domésticos e águas de drenagem pluvial.
A Enseada dos Tainheiros (Coordenadas: 55900.74 m E e 8571481.68 m S), na região de
Itapagipe e parte do Subúrbio Ferroviário de Salvador, é considerada por especialistas como a
área de maior contaminação por esgotos e metais pesados da Baía de Todos os Santos. Várias
fontes são localizadas na área da Bacia, dentre elas a Fonte Banheiro dos Jesuítas, situada na
Casa Pia e Colégio dos Órfãos de São Joaquim; a Fonte da Pedra Furada e a Fonte do
Buraquinho, situadas em Monte Serrat.

No que se refere à drenagem das águas pluviais, essa bacia caracteriza-se pelo aterro da área de
maré. A baixa declividade, a impermeabilização do solo e a influência da maré na vazão de
escoamento, são fatores determinantes do sistema de macro e microdrenagens das águas
pluviais desta área. As intervenções de macrodrenagem, características da região, são os canais
das ruas Regis Pacheco, Lopes Trovão e Princesa Isabel, de um lado da bacia; do outro, há as
galerias de drenagem pluvial em arruamentos de urbanização planejada com adensamento
posterior. Há ainda os canais que recebem contribuição da falha geológica a montante e que
formavam seções naturais de escoamento, atualmente confinados por redes ou por edificações,
como é o caso das ruas Nilo Peçanha, Voluntários da Pátria, Luiz Maria e do Imperador. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem natural de
Itapagipe, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
518
Figura 600 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Itapagipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
519
2.18.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A região da bacia de Itapagipe corresponde a uma bacia de drenagem natural onde as águas
pluviais são direcionadas para o escoamento em canais e galerias projetados para essa
finalidade. Parte dessa bacia corresponde a uma área de aterro, de baixa declividade, que possui
forte influência da maré. Contudo, para fins de caracterização dos sistemas de drenagem dessa
área os canais identificados foram considerados como de macrodrenagem, devido a sua
importância para a região. Os principais canais descritos a seguir são o canal do Baixa Estaca e
canal da Baixa do Fiscal, que recebem a maior parte das contribuições; e os canais do Joanes.

2.18.1.1. CANAL DA BAIXA DO FISCAL


O canal de macrodrenagem da Baixa do Fiscal com extensão total de 1.600 metros, inicia na
rotatória entre a Rua Fernandes Vieira e a Rua Luiz Maria, no bairro da Calçada. Esse canal se
encontra posicionada de forma paralela a Rua Luiz Maria, próximo a calçada que contorna a
propriedade da companhia ferroviária. Após percorrer uma distância de 258 metros em seção
trapezoidal fechada o canal segue abaixo da calçada coberto por placas de concreto, sendo
identificado em alguns trechos a deterioração das placas.
Depois de seguir paralelo abaixo da calçada o canal percorre um trecho com seção retangular
aberta com as margens totalmente ocupadas por residências, onde são identificadas ligações
irregulares de esgoto. Depois desse trecho, continua o percurso com seção aberta tipo
trapezoidal, e com revestimento natural. Atualmente a seção do canal nesse trecho se encontra
com vegetação alta, bastante assoreado e com resíduos sólidos na parte interna.
Nesse trecho com extensão de 384 m, que segue paralelo a Avenida Suburbana o canal recebe a
contribuição da galeria de microdrenagem da Rua Régis Pacheco. A localização da confluência
com a galeria da Regis Pacheco ocorre nas coordenadas UTM 555008.34 m E e 8569720.36 m S.
Depois dessa confluência o canal possui algumas interferências que são passarelas construídas
sobre o mesmo que reduzem a seção hidráulica de escoamento. A seção superior do canal nesse
trecho é de aproximadamente 20 metros e profundidade de 2,0 metros.
Em seguida, o canal segue atravessa a Avenida Afrânio Peixoto, e continua o percurso pela Rua
Primeira de Janeiro, até o deságue final. No percurso por esta rua o canal segue com seção
retangular aberta, com largura aproximada de 5,0 metros e profundidade de 2,0 m. A partir do
cruzamento da Rua 1º de Janeiro com a Avenida Porto, o canal segue parcialmente fechado com
placas de concreto que se encontram em estado de conservação precário. A principal
interferência desse trecho são as residências construídas que ocupam toda a margem esquerda,
sendo que o acesso para a manutenção só é possível Rua Primeiro de Janeiro; além da influência
da maré alta no funcionamento hidráulico principalmente nos períodos chuvosos.
O ponto de lançamento final do canal da Baixa do Fiscal ocorre na Enseada dos Tainheiros e está
situado nas coordenadas 555320.49 m E e 8570367.90 m S. Destaca-se que historicamente o

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
520
canal da Baixa do Fiscal e região em torno apresentam problemas de alagamentos nos períodos
chuvosos. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do traçado desse
canal.
Figura 601 – Esquemático do traçado do canal da Baixa do Fiscal

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características e a situação atual das estruturas identificadas em visita de campo.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 602 – Vista com canal da Baixa do Fiscal Figura 603 – Construções sobre o leito do canal
com resíduos sólidos e vegetação da Baixa do Fiscal

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 604 – Pontilhão construído sobre o canal Figura 605 – Lançamentos de esgoto dentro do
reduzindo a seção canal da Baixa do Fiscal

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 606 – Trecho final do canal da Baixa do Fiscal com lançamento na Enseada dos Tainheiros

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Dentre os principais contribuintes ao canal da Baixa do Fiscal cita-se o canal do Brejal, localizado
num fundo de talvegue que segue pela Rua Nova Brejal, depois pela Ladeira dos Fias, atravessa
a linha férrea e desemboca no canal da Baixa do Fiscal. Corresponde a um canal fechado com
seção quadrada ou retangular, dimensões desconhecidas e com extensão de 924 metros.
Ressalta-se a existência do projeto de duplicação da Rua Luiz Maria contratado pela Prefeitura no
ano de 2014, tendo sido previsto a execução de um novo trecho do canal da Baixa do Fiscal a
partir do início próximo da rotatória entre a Rua Fernandes Vieira e a Rua Luiz Maria, até a
proximidade da linha férrea. De acordo com o projeto o canal com extensão de 460 metros, seria
aberto e dotado de seções retangulares, com profundidade de 0,90 m e largura variável entre 1,5
a 2,5 m. As obras de duplicação dessa via foram executadas, mas não foi executado o novo
canal.

2.18.1.2. CANAL DA REGÍS PACHECO


O canal de macrodrenagem da Regís Pacheco com extensão total de 1.600 metros, inicia na
rotatória entre a Rua Fernandes Vieira e a Praça Teive e Argolo. Esse canal fechado, com seção
retangular se encontra posicionado de forma paralela a Rua Luiz Régis Pacheco, e construído
abaixo da calçada. Nessa rua e nas ruas transversais foram identificadas estruturas de
microdrenagem, no caso, caixas coletoras e tampões, que indicam a existência de galeria que se
interliga a esse canal. Após percorrer uma distância de 505 metros o canal segue pela Travessa
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Vidal de Negreiros abaixo da rua, atravessa a Rua Nonato Marquês e depois segue abaixo das
residências e da Avenida Afrânio Peixoto, até o deságue no canal da Baixa do Fiscal. A
localização da confluência com o canal da Baixa do Fiscal ocorre nas coordenadas UTM
555008.34 m E e 8569720.36 m S. Todo o percurso do canal é acessado pela Rua Régis
Pacheco e pela Travessa Vidal de Negreiros, sendo visível as placas de cobertura do mesmo.
Destaca-se que historicamente esse canal e região no em torno apresentam problemas de
alagamentos nos períodos chuvosos. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
esquemático do traçado desse canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
524
Figura 607 – Esquemático do traçado do canal da Regís Pacheco em relação ao canal da
Baixa do Fiscal

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características e a situação atual das estruturas identificadas em visita de campo.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
525
Figura 608 – Vista do canal da Regís Pacheco na Figura 609 – Placas do canal danificado em
calçada da rua de mesmo nome diferentes trechos

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 610 – Residências com escadas na Figura 611 – Vista do trecho final do canal na
entrada devido aos problemas de alagamento da Rua Nonato Marquês
Regís Pacheco

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.18.1.3. CANAL BATE-ESTACA


O canal de macrodrenagem do Bate Estaca tem início na Rua Jardim Castro Alves, e segue por
esta rua e pela Rua Pedro Álvares Cabral até o local de deságue, na Enseada dos Tainheiros.
Esse canal possui extensão de 2,2 km, sendo constituído por seção retangular fechada em todo o
seu percurso, com exceção do trecho final, no cruzamento da Rua Bela Vista com a Rua Lopes
Trovão, donde segue em seção aberta mista (trapezoidal e retangular). A Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostra o esquemático do traçado desse canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
526
Figura 612 – Esquemático do traçado do canal Bate Estaca

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

O canal é o responsável por receber as contribuições pluviais da maior parte da área da bacia de
Itapagipe, principalmente das galerias de microdrenagem da Rua Resende Costa e Rua Lopes
Trovão, localizadas na margem esquerda, e de todo o sistema de drenagem do bairro do Bonfim,
donde origina-se a maior contribuição. A região da margem direita desse canal, tem como
possível divisor de águas a Rua do Uruguai, onde parte das contribuições pluviais segue para o
canal da Rua Regís Pacheco.
Com o aumento da taxa de impermeabilização do solo o canal existente ficou com capacidade de
escoamento insuficiente para a condução das vazões afluentes, o que ocasiona frequentes
alagamentos durante chuvas mais intensas, fato que se agrava quando há coincidência entre os
horários da chuva e da maré alta. Os bairros mais atingidos devido a esses eventos são os bairros
Uruguai, Jardim Cruzeiro e Massaranduba e adjacências.
O trecho final do canal Bate Estaca possui suas margens ocupadas por residências, contudo, não
impede a acessibilidade, e o mesmo possivelmente existem ligações clandestinas de esgoto em
todo o seu percurso, inclusive no trecho fechado. As Erro! Fonte de referência não encontrada.
a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram as características e a situação atual das
estruturas identificadas em visita de campo.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
527
Figura 613 – Início do canal fechado na Rua Figura 614 – Trecho do trecho de transição da
Jardim Castro Alves seção aberta e fechada do canal

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 615 – Trecho aberto do canal Bate Estaca Figura 616 – Deságue do canal na Enseada dos
Tainheiros

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

No final do ano 2014 foram entregues pela Prefeitura de Salvador as obras de requalificação do
Canal do Bate Estaca. Nesta obra foram feitos a remoção de resíduos sólidos e de sedimento do
interior do canal e a substituição das lajes de cobertura em concreto armado. Foram executados,
ainda, serviços de urbanização na área adjacente ao canal ao longo de toda a sua extensão. Não
foram executados serviços destinados à ampliação da capacidade de escoamento do canal.
Ressalta-se que atualmente a área da Enseada do Tainheiros tem sofrido processo de
aterramento irregular, principalmente no em torno da foz do canal do Bate Estaca, o que foi
observado a partir de visitação de campo, conforme registrado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
528
Figura 617 – Processo de aterro irregular e ocupação desordenada na Enseada dos
Tainheiros

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.18.1.4. CANAL DO JOANES


O canal de macrodrenagem Joanes foi implantado na área do Aterro do Joanes, no bairro Lobato.
Este canal tem início nas proximidades do local de entroncamento da Rua Aterro do Joanes com a
Rua Aracati, e segue por 520 m nesta via e pela Rua Canal do Joanes até o local de desague na
Enseada dos Tainheiros. Este é um canal retangular fechado construído em concreto armado
dotado de tampas em sua parte superior; as informações das dimensões são desconhecidas. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático do traçado e as Erro! Fonte
de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram registros
do em torno da região visitada.
Figura 618 -Esquemático do traçado do canal Joanes

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
529
Figura 619 – Vista da rua do canal Joanes Figura 620 – Vista ao fundo do lançamento do
canal Joanes

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.18.1.5. CANAIS DE MACRODRENAGEM DO LOBATO (1 E 2)


Na área do bairro Lobato existem dois canais de macrodrenagem pluvial, aqui denominados de
Canal do Lobato 1 e 2. O canal do Lobato 1 (Maria Amaral) possui seção natural, próxima de uma
seção retangular, que tem início na Rua Maria Amaral, no bairro de Boa Vista do Lobato, seguindo
pela Travessa Dois Irmãos e passando sob a Avenida Suburbana de onde prossegue pela
Avenida União até o local de desague na Enseada dos Tainheiros. A extensão total do canal é de
715 m e as condições da estrutura interna são desconhecidas. As coordenadas do ponto de
lançamento desse canal são: 556277.14 m E e 8572550.38 m S. A Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostra um esquemático do traçado desse canal.
Figura 621 – Traçado esquemático do canal do Lobato 1 (Maria Amaral)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
530
O canal do Lobato 2 tem início na Avenida do Pontilhão, no bairro do Lobato, percorrendo nesta
via até a Rua Voluntários da Pátria, por onde segue até o local de desague na Enseada dos
Tainheiros. A extensão total deste canal é de 425 m, e uma parcela significativa das galerias e
dispositivos de microdrenagem pluvial do bairro Lobato desaguam neste canal. Não foram
relatadas a ocorrência de alagamentos na área drenada pelo Canal do Lobato 2. As coordenadas
do ponto de lançamento desse canal são: 556081.96 m E e 8571804.35 m S. A Erro! Fonte de
referência não encontrada.mostra um esquemático do traçado desse canal.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
531
Figura 622 – Esquemático do traçado do canal do Lobato 2 (Avenida Pontilhão)

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.18.1.6. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia de drenagem natural não existem estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias.

2.18.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para os canais citados anteriormente, e outra parte contribui diretamente para o mar a
partir de sistema de drenagem dispersos.
As contribuições das galerias de microdrenagem dos bairros da Calçada, Uruguai e parte de
Santa Luzia e Liberdade, são direcionados para o canal da Baixa do Fiscal; e as contribuições das
galerias dos bairros de Massaranduba, Caminho de Areia e parte do Bonfim são direcionados
para o canal Bate Estaca. As galerias de microdrenagem do bairro de Lobato podem ser
denominadas como dispersas, donde cruzam de forma transversal a Avenida Suburbana e
seguem pelas travessas que ficam próximas da orla marítima. Quanto as contribuições das
galerias de microdrenagem dos bairros de Monte Serrat, Boa Viagem, Mares, parte do bairro da
Calçada, Ribeira e Mangueira, direcionam os escoamentos pluviais para a área das praias.
Os sistemas de microdrenagem dessa região são caracterizados pela existência de meio-fio, que
direciona as águas pluviais para as caixas coletoras e estas para as galerias de microdrenagem,
que se interligam aos canais citados ou que desaguam no mar. Na região devido a baixa
declividade das redes são registrados problemas de alagamentos, sendo registrados problemas
principalmente na região das Ruas Biguá, Rua Duarte da Costa, Rua Henrique Dias e rua Urbano
Duarte, além de praticamente todas as ruas do bairro do Uruguai, e parte das ruas do bairro de
Itapagipe. Outros bairros com registros de alagamentos devido a problemas de microdrenagem
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
532
são Ribeira e Mangueira. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns dispositivos identificados e a situação de
conservação deles, tendo sido identificado diferentes tipos de caixas coletoras na região.
Figura 623 – Caixa coletora com grelha Figura 624 – Caixa coletora com grelhas estreitas
parcialmente obstruída e tubulação de esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
533
Figura 625 Caixas coletoras triplas com grelhas Figura 626 – Caixa coletora em situação precária

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 627 – Caixa coletora e caixa com grelhas Figura 628 – Caixas coletoras deterioradas e
no meio da via pública meio fio com necessidade de limpeza

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.18.2.1. PROJETOS DE MICRODRENAGEM RECENTES


2.18.2.1.1. Sistema Urbano Duarte
O projeto de microdrenagem da Rua Urbano Duarte, no bairro de Monte Serrat foi implantado pela
Prefeitura no ano de 2018 objetivando solucionar os problemas históricos de drenagem da região.
A obra contemplou a execução de uma galeria de microdrenagem a partir do cruzamento das ruas
Rio Itapicuru, Rua rio Jacuípe e Rua Urbano Duarte, e que segue pela Rua rio Jacuípe até o
cruzamento com a Rua Imperatriz. Depois a galeria segue pela Rua da Imperatriz, atravessa o
Largo da Boa Viagem e realiza o deságue final. As coordenadas de deságue são: 552719.77 m E
e 8570315.76 m S.
Esse sistema de drenagem é composto por galerias com diâmetro variável entre 1000 a 1500 mm,
e com extensão total de 523 m. A galeria projetada foi interligada a uma galeria existente na Praia

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
534
da Boa Viagem e que possui envoltória de concreto como proteção contra os impactos da maré. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o esquemático do Sistema Urbano Duarte.
Figura 629 – Traçado esquemático do Sistema Urbano Duarte

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.18.2.1.2. Sistema Dendezeiros do Bonfim


O projeto de microdrenagem da Avenida Dendezeiros do Bonfim, no bairro do Bonfim fez parte do
Projeto de Requalificação Urbana da Avenida Dendezeiros para implantação do Caminho da Fé, e
implantado pela Prefeitura no ano de 2018.
A obra contemplou a execução de uma galeria de microdrenagem a partir do Largo do Bonfim
seguindo pela Rua Dendezeiros do Bonfim, passando pela Praça Irmã Dulce e seguindo pela Rua
Roberto Correa, até o deságue final na Praia da Santa Cruz.
Esse sistema de drenagem é composto por galerias com diâmetro variável com bueiros simples
com diâmetro de 600 a 800 mm, bueiros duplos com diâmetro de 800 mm até a Rua Padre
Cajueiro de Campos. Na rua citada, foi projetado um canal a partir do ponto baixo da Rua Biguá,
que segue com seção retangular com largura de 2,50 m e altura de 0,80 m, até a galeria principal
localizada na Avenida Dendezeiros. De acordo com a SUCOP o trecho da rua Biguá se encontra
em cota abaixo das captações, podendo estar trabalhando como conduto forçado.
A partir do cruzamento entre a Rua Biguá e a Avenida Dendezeiros, o sistema principal segue
com galerias duplas com diâmetro de 1.200 mm, depois duplas com diâmetro de 1.500 mm até a
Praça Irmã Dulce. Em seguida, a galeria continua o percurso com seção retangular com largura
de 2,5 m, e altura variável entre 1,70 a 1,90 m. No ponto de lançamento final existe uma estrutura
de proteção tipo bloco de concreto que objetiva proteger a estrutura do sistema contra os
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535
impactos da maré. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático
do Sistema Dendezeiros do Bonfim.
Figura 630 – Traçado esquemático do Sistema Dendezeiros do Bonfim

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
536
2.18.2.1.3. Sistema Humaitá/Boa Viagem
Esse sistema contempla a implantação de microdrenagem na Rua Rio Paraguaçu, no bairro de
Mont Serrat, o qual fez parte do Projeto de Urbanização da Orla de Boa Viagem, contratado pela
Fundação Mário Leal Ferreira e implantado pela Prefeitura no ano de 2019.
A obra contemplou a execução de uma galeria de microdrenagem a partir do cruzamento da Rua
Itapicuru com a rua da Boa Viagem, percorrendo esta última rua até o Largo da Boa Viagem. Ao
atravessar o largo, o sistema se interliga com a galeria do Sistema Urbano Duarte, que parte da
Avenida Imperatriz, apresentado anteriormente. Logo, o deságue final desse sistema também é na
Praia da Boa Viagem; as coordenadas de deságue são: 552719.77 m E e 8570315.76 m S. A
extensão total desse sistema é de 187 metros. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra o traçado esquemático do Sistema Humaitá.
Figura 631 – Traçado esquemático do Sistema Humaitá

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
537
2.18.2.1.4. Sistema Largo do Bonfim
Na área próxima do Largo do Bonfim foram executados os projetos de microdrenagem das Ruas
Braz do Amaral, Otávio Barreto e Newton Sampaio, no bairro do Bonfim, implantadas pela
Prefeitura no ano de 2017.
A obra contemplou a execução de galerias de microdrenagem na Rua Otávio Barreto, que se
interligam numa galeria que segue pela Rua Braz do Amaral com diâmetro de 400 e 600 mm, até
o cruzamento com a Rua Newton Sampaio Lima, seguindo por esta rua. Ao final desta rua, o
sistema é interligado num poço de visita existente na Avenida Salvador. Supõe-se que o sistema
de drenagem da Avenida Salvador se interligue ao sistema de microdrenagem que direciona as
águas pluviais para o canal do Bate Estaca. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das ruas que tiveram as intervenções de microdrenagem citadas.
Figura 632 – Ruas com intervenção de microdrenagem do Sistema Largo do Bonfim

Fonte: SEINFRA, 2021.

2.18.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada.
Quadro 21 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Itapagipe
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
• Uruguai, Calçada, Itapagipe, Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro, Massaranduba, Bonfim, Lobato e
Santa Luzia
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Recuperação do revestimento do canal da Baixa do Fiscal e readequação hidráulica;
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
538
▪ Necessidade de readequação de travessias no canal da Baixa do Fiscal que reduzem a seção
hidráulica e favorecem o acúmulo de resíduos sólidos;
▪ Necessidade de remoção do encapsulamento do canal Bate Estaca e do canal Joanes para
verificação das condições estruturais, limpeza e identificação de lançamentos irregulares;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Construção de proteções para os lançamentos de microdrenagem nas áreas de praias evitando
danos a estrutura devido ao impacto das marés;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras em diversas vias;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno dos canais, associando
a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Inexistência de sistema de previsão e alerta de inundações nos canais, com monitoramento dos
níveis do rio e acompanhamento em tempo real pela população;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto nos
canais, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.18.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.18.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
539
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

• Trecho do canal da Baixa do Fiscal;


• Trecho do canal Bate Estaca.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de Itapagipe
foram identificadas 42 captações de tempo seco novas.

2.18.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.18.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 211 pontos críticos
em 26 bairros: Água de Meninos, Alto do Cabrito, Alto do Peru, Boa Vista do Lobato, Bomfim,
Brotas, Calçada, Caminho de Areia, Capelinha de São Caetano, Curuzu, Jardim Cruzeiro, Jardim
Lobato, Largo do Tanque, Liberdade, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Monte Serrat,
Península Joanes, Ribeira, Roma, Santa Luzia, São Caetano, Uruguai e Vila Ruy Barbosa/Jardim
Cruzeiro, sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foram nos bairros de Uruguai
com 28,9% e no Lobato com 14,2% da totalidade registrada (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 633 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia de Itapagipe

Nota: Outros engloba os bairros com percentuais abaixo de 3%.


Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Tabela 26 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Itapagipe

ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude


1 CODESAL (2020) VILA SABIÁ AGUA DE MENINOS 554536,5 8568683
2 CODESAL (2020) RUA ANA LÚCIA ALTO DO CABRITO 556833,1 8572560
3 CODESAL (2020) RUA DO ORIENTE ALTO DO PERU 555840,4 8569786
4 CODESAL (2020) RUA GUILHERME DIAS ALTO DO PERU 555612,6 8569787
5 CODESAL (2020) RUA MARIA AMARAL BOA VISTA DO LOBATO 556496,5 8572384
6 CODESAL (2020) RUA BIGUÁ BOMFIM 553249,6 8570687
7 CODESAL (2020) RUA DA IMPERATRIZ BOMFIM 553054,4 8570732
8 CODESAL (2020) RUA HENRIQUE DIAS BOMFIM 553628,1 8570100
9 CODESAL (2020) RUA PADRE CAJUEIRO DE CAMPOS BOMFIM 553368,9 8570687
10 CODESAL (2020) TRAVESSA DO PORTO DO BONFIM BOMFIM 553902,1 8571559
11 CODESAL (2020) TRAVESSA FLÁVIO ARAÚJO BOMFIM 553793,2 8571316
12 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DA POLÊMICA BROTAS 554847,7 8572464
13 CODESAL (2020) BECO DO SABÃO CALÇADA 554591,2 8568893
14 CODESAL (2020) RUA ALZIRA CALÇADA 553573 8569647
15 CODESAL (2020) RUA ARTHUR CATRAMBI CALÇADA 554852,4 8569335
16 CODESAL (2020) RUA LUIZ MARIA CALÇADA 554852,3 8569313
17 CODESAL (2020) RUA MONTEIRO LOBATO CALÇADA 554841,4 8569290
18 CODESAL (2020) RUA NILO PEÇANHA CALÇADA 554558,7 8568948
19 CODESAL (2020) RUA JARDIM CASTRO ALVES CAMINHO DE AREIA 554213,8 8570066
20 CODESAL (2020) RUA MACHADO MONTEIRO CAMINHO DE AREIA 553964,5 8570144
21 CODESAL (2020) RUA VISCONDE DE ABAETÉ CAMINHO DE AREIA 554052,5 8570785
22 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA MAMORANA CAPELINHA DE SAO CAETANO 555678,5 8570207
23 CODESAL (2020) RUA MAMORANA CAPELINHA DE SAO CAETANO 555743,6 8570218
24 CODESAL (2020) TRAVESSA LACERDA CURUZU 555448,6 8569168
25 CODESAL (2020) RUA ALMIRANTE BARROSO JARDIM CRUZEIRO 554485,4 8570253
26 CODESAL (2020) RUA ALMIRANTE TAMANDARÉ JARDIM CRUZEIRO 554463,4 8570098
27 CODESAL (2020) RUA GALVÃO BUENO JARDIM CRUZEIRO 554127,8 8570464

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
28 CODESAL (2020) RUA MANOEL BARROS DE AZEVEDO JARDIM CRUZEIRO 554040,5 8570166
29 CODESAL (2020) RUA MASCARENHAS DE MORAES JARDIM CRUZEIRO 554496,1 8570187
30 CODESAL (2020) RUA PONTE DE SANTO ANTÔNIO JARDIM CRUZEIRO 554420 8570132
31 CODESAL (2020) RUA ROSALVO BARBOSA ROMEU JARDIM CRUZEIRO 554474,5 8570220
32 CODESAL (2020) TRAVESSA MAJOR MARIVALDO TAPIOCA JARDIM CRUZEIRO 554713,8 8570551
33 CODESAL (2020) TRAVESSA ROSALVO BARBOSA ROMEU JARDIM CRUZEIRO 554474,6 8570286
34 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA UNIÃO JARDIM LOBATO 556366,2 8572329
35 CODESAL (2020) RUA MARIA AMARAL JARDIM LOBATO 556409,2 8572163
36 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA GRACIOSA LIBERDADE 555058,4 8569323
37 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO DOMINGOS LIBERDADE 554667 8568859
38 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO DOMINGOS LIBERDADE 554656,2 8568882
39 CODESAL (2020) RUA BARÃO DA VILA DA BARRA DE BAIXO LIBERDADE 554525,5 8568583
40 CODESAL (2020) RUA CORONEL PEDRO FERRÃO LIBERDADE 554906,5 8569268
41 CODESAL (2020) RUA CORONEL TUPY CALDAS LIBERDADE 555143,9 8568671
42 CODESAL (2020) RUA DOUTOR RAIMUNDO MESQUITA LIBERDADE 554526,2 8568937
43 CODESAL (2020) RUA LEÃO XIII LIBERDADE 554884,9 8569335
44 CODESAL (2020) RUA PADRE JOÃO DE AZEVEDO LIBERDADE 554906,7 8569368
45 CODESAL (2020) RUA PEDREIRA FRANCO LIBERDADE 554982,7 8569412
46 CODESAL (2020) RUA SÃO DE JOSÉ LIBERDADE 554841 8569080
47 CODESAL (2020) VILA SABIÁ LIBERDADE 554514,7 8568605
48 CODESAL (2020) 1ª AVENIDA PONTILHÃO LOBATO 556310,7 8571720
49 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA AFRÂNIO PEIXOTO LOBATO 555777,3 8570782
50 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA LOBATO 555799 8570804
51 CODESAL (2020) AVENIDA 7 IRMÃOS LOBATO 556507,6 8572527
52 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO LOBATO 555723 8570737
53 CODESAL (2020) AVENIDA MANGUEIRA LOBATO 555864,4 8570958
54 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA DAS GRAÇAS LOBATO 556060,5 8571389
55 CODESAL (2020) AVENIDA MIRAMAR LOBATO 555875,6 8571135
56 CODESAL (2020) AVENIDA NOVA ESPERANÇA LOBATO 555950,8 8570748
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
543
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
57 CODESAL (2020) AVENIDA PORTO LOBATO 555244,8 8570296
58 CODESAL (2020) AVENIDA SANTA RITA LOBATO 555875,3 8570958
59 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO FRANCISCO LOBATO 555723 8570748
60 CODESAL (2020) AVENIDA SÃO ROQUE LOBATO 556016,7 8571168
61 CODESAL (2020) AVENIDA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA LOBATO 555755,1 8570527
62 CODESAL (2020) RUA 1º DE JANEIRO LOBATO 555037,8 8569832
63 CODESAL (2020) RUA CAMOCIM LOBATO 556006,4 8571434
64 CODESAL (2020) RUA COLINAS DO SUL LOBATO 556027,9 8571334
65 CODESAL (2020) RUA CONDADO LOBATO 556060,5 8571345
66 CODESAL (2020) RUA DO AMPARO LOBATO 556105,3 8572042
67 CODESAL (2020) RUA IGUATU LOBATO 555723,4 8570970
68 CODESAL (2020) RUA MARIA AMARAL LOBATO 556507,4 8572406
69 CODESAL (2020) RUA MARÍTIMA LOBATO 555265,9 8570008
70 CODESAL (2020) RUA MONTE FORMOSO LOBATO 555300,7 8571136
71 CODESAL (2020) RUA PEDRA BRANCA LOBATO 555853,4 8570859
72 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR ANY LOBATO 555419,1 8570683
73 CODESAL (2020) RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA LOBATO 556082,2 8571378
74 CODESAL (2020) VILA DAS TERMÓPILAS LOBATO 555994,8 8571080
75 CODESAL (2020) VILA RICARDO LOBATO 555733,8 8570748
76 CODESAL (2020) RUA JAIME COELHO MANGUEIRA 554433,1 8571260
77 CODESAL (2020) RUA FREDERICO LISBOA MARES 553714 8569635
78 CODESAL (2020) RUA LUIZ RÉGIS PACHECO MARES 554548,8 8569435
79 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA MANGUEIRA DA RIBEIRA MASSARANDUBA 554585,5 8571525
AVENIDA CAPITÃO VICÊNCIO CONSTANTINO
80 CODESAL (2020) MASSARANDUBA 554486,8 8571005
FIGUEREDO
81 CODESAL (2020) RUA CALUMBI MASSARANDUBA 554411,8 8571459
82 CODESAL (2020) RUA CAPITÃO EUGÊNIO MASSARANDUBA 554455,3 8571514
83 CODESAL (2020) RUA DO CAMPO MASSARANDUBA 555018,6 8571115
84 CODESAL (2020) RUA DO LEBLON MASSARANDUBA 554563,5 8571348

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
544
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
85 CODESAL (2020) RUA LOPES TROVÃO MASSARANDUBA 554714 8570684
86 CODESAL (2020) RUA MAJOR MARIVALDO TAPIOCA MASSARANDUBA 554885,7 8569755
87 CODESAL (2020) RUA PADRE JOSÉ LEAL MASSARANDUBA 554758,1 8571060
88 CODESAL (2020) RUA SANTOS TITARA MASSARANDUBA 554811,4 8570573
89 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA URBANO DUARTE MONTE SERRAT 552924,3 8570743
RUA DOUTOR ADROALDO SOARES DE
90 CODESAL (2020) MONTE SERRAT 553011,1 8570754
ALBERGARIA
91 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO PENINSULA JOANES 555842,7 8570947
92 CODESAL (2020) AVENIDA MANOEL SILVA PENINSULA JOANES 555527 8570406
93 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA DAS GRAÇAS PENINSULA JOANES 556017,3 8571478
94 CODESAL (2020) RUA FRONTEIRA DOS VALES PENINSULA JOANES 555668,8 8570804
95 CODESAL (2020) RUA SACO DE JOANES PENINSULA JOANES 556049,8 8571422
96 CODESAL (2020) TRAVESSA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA PENINSULA JOANES 555722,8 8570660
97 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DOMINGOS RABELO RIBEIRA 554640,2 8571768
98 CODESAL (2020) AVENIDA PORTO DOS MASTROS RIBEIRA 554738,3 8572011
99 CODESAL (2020) RUA JAYME RIBEIRO RUAS GASPAR RIBEIRA 554770,8 8571978
100 CODESAL (2020) RUA MARQUÊS DE SANTO AMARO RIBEIRA 554640,8 8572067
101 CODESAL (2020) RUA NOVA DE ITAPAGIPE RIBEIRA 553857,7 8571029
102 CODESAL (2020) RUA VILA UNIÃO RIBEIRA 554162,7 8571669
103 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA BAIXA DA PEDREIRA SÃO CAETANO 555766 8570560
104 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO SÃO CAETANO 555799,3 8570947
105 CODESAL (2020) RUA BAIXA DA PEDREIRA SÃO CAETANO 555700,9 8570572
106 CODESAL (2020) RUA DOM LUIZ DE VASCONCELOS SÃO CAETANO 555753,7 8569819
107 CODESAL (2020) RUA ENGENHEIRO AUSTRICLIANO SÃO CAETANO 555971,3 8570173
108 CODESAL (2020) RUA MAMORANA SÃO CAETANO 554776,7 8569479
109 CODESAL (2020) RUA VOLUNTARIOS DA PATRIA SÃO CAETANO 555820,7 8570804
1ª TRAVESSA JOSÉ GERALDO VELOSO
110 CODESAL (2020) URUGUAI 554690,4 8569689
GORDILHO
111 CODESAL (2020) 1ª VILA TUPINAMBÁ URUGUAI 554364,9 8569645
112 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA ESPERANÇA URUGUAI 554094 8569823
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
545
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
113 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA NONATO MARQUES URUGUAI 554939,9 8569722
114 CODESAL (2020) AVENIDA BARROS URUGUAI 554288,5 8569424
115 CODESAL (2020) AVENIDA ELIAS KALILE URUGUAI 554734,1 8569877
116 CODESAL (2020) AVENIDA FERNANDES DA CUNHA URUGUAI 554440,4 8569457
117 CODESAL (2020) AVENIDA LÍDIA URUGUAI 554484,2 8569645
118 CODESAL (2020) AVENIDA MARIA DAS GRAÇAS URUGUAI 556049,9 8571511
119 CODESAL (2020) AVENIDA SANTANA DOS MARES URUGUAI 554430,1 8569711
120 CODESAL (2020) PRAÇA COMANDANTE ELIZIÁRIO BARBOSA URUGUAI 555016,1 8569854
121 CODESAL (2020) RUA 22 DE SETEMBRO URUGUAI 554278,6 8569922
122 CODESAL (2020) RUA ALMIRANTE BARROSO URUGUAI 554496,1 8570198
123 CODESAL (2020) RUA ARAÚJO BULCÃO URUGUAI 554223,8 8569646
124 CODESAL (2020) RUA COUCEIROS DE ABREU URUGUAI 554462,1 8569435
125 CODESAL (2020) RUA DA GALILÉIA URUGUAI 554028,6 8569635
126 CODESAL (2020) RUA DEZ DE OUTUBRO URUGUAI 554462,2 8569501
127 CODESAL (2020) RUA DOIS DE OUTUBRO URUGUAI 554863,7 8569600
128 CODESAL (2020) RUA ELIAS KALILE URUGUAI 554548,8 8569391
129 CODESAL (2020) RUA FRANCISCO XAVIER DE OLIVEIRA URUGUAI 554418,6 8569413
130 CODESAL (2020) RUA HAROLDO DE SÁ URUGUAI 554537,9 8569379
131 CODESAL (2020) RUA INÁCIO DE LOYOLA URUGUAI 554798,8 8569689
132 CODESAL (2020) RUA IRMÃ JOANA BARROS URUGUAI 554343,2 8569656
133 CODESAL (2020) RUA ISIDORO BISPO DOS SANTOS URUGUAI 554581,6 8569534
134 CODESAL (2020) RUA JEQUITIBÁ DO JOANES URUGUAI 554755,9 8569921
135 CODESAL (2020) RUA JERÔNIMO DE ALBUQUERQUE URUGUAI 554093,9 8569756
136 CODESAL (2020) RUA JOÃO PAULO II URUGUAI 555072,1 8570728
137 CODESAL (2020) RUA JORNALISTA NELTON FRANÇA URUGUAI 554701,6 8569888
138 CODESAL (2020) RUA JOSÉ GERALDO VELOSO GORDILHO URUGUAI 554505,9 8569645
139 CODESAL (2020) RUA LUIZ RÉGIS PACHECO URUGUAI 554657,6 8569556
140 CODESAL (2020) RUA MACHADO MONTEIRO URUGUAI 553942,8 8570155
141 CODESAL (2020) RUA MANOEL BARROS DE AZEVEDO URUGUAI 554224,3 8569856
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
546
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
142 CODESAL (2020) RUA MONSENHOR BASÍLIO PEREIRA URUGUAI 554050,9 8569978
143 CODESAL (2020) RUA NICOLAU ALVES URUGUAI 554376 8569800
144 CODESAL (2020) RUA NONATO MARQUES URUGUAI 554929,1 8569722
145 CODESAL (2020) RUA OBALUAÊ URUGUAI 554690,2 8569611
146 CODESAL (2020) RUA OSVALDO GORDILHO URUGUAI 554495 8569645
147 CODESAL (2020) RUA PAPA GREGÓRIO XVI URUGUAI 555245,8 8570816
148 CODESAL (2020) RUA PAULO REBOUÇAS URUGUAI 554908,3 8570197
149 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR GELÁSIO DE FARIAS URUGUAI 554224,2 8569811
150 CODESAL (2020) RUA PROFESSOR JOSÉ SANTANA URUGUAI 554115,9 8569900
151 CODESAL (2020) RUA RAMAGEM BADARÓ URUGUAI 554462,3 8569557
152 CODESAL (2020) RUA SILVINO PEREIRA URUGUAI 554777,7 8569954
153 CODESAL (2020) RUA SUZANA DE FREITAS URUGUAI 554929,2 8569766
154 CODESAL (2020) RUA VICENTE DA SILVA ALVES URUGUAI 554267,4 8569723
155 CODESAL (2020) RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA URUGUAI 555983,9 8571058
156 CODESAL (2020) TRAVESSA 26 DE DEZEMBRO URUGUAI 554918,2 8569699
157 CODESAL (2020) TRAVESSA 28 DE MAIO URUGUAI 554896,7 8569799
TRAVESSA JOSÉ GERALDO VELOSO
158 CODESAL (2020) URUGUAI 554733,8 8569722
GORDILHO
159 CODESAL (2020) TRAVESSA MARECHAL TEIXEIRA LOTT URUGUAI 554311 8569833
160 CODESAL (2020) TRAVESSA MASCARENHAS DE MORAES URUGUAI 554517,7 8570165
161 CODESAL (2020) TRAVESSA POLIVALENTE URUGUAI 555147,6 8570506
162 CODESAL (2020) TRAVESSA RÉGIS PACHECO URUGUAI 554679,1 8569479
163 CODESAL (2020) TRAVESSA TRIUNFO URUGUAI 554321,8 8569833
164 CODESAL (2020) TRAVESSA VIDAL DE NEGREIROS URUGUAI 553942,8 8570166
165 CODESAL (2020) VILA MARTINS URUGUAI 554429,9 8569634
166 SEINFRA (2015) BAIXA DO FISCAL /NILO PEÇANHA LARGO DO TANQUE 550014 8569482
167 SEINFRA (2015) AVG. REGIS PACHECO URUGUAI 554724 8569599
168 SEINFRA (2015) RUA SANTA LUZIA URUGUAI 550014 8570705
169 SEINFRA (2015) RUA DA IMPERATRIZ MONTE SERRAT 553111 8570746

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
547
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
VILA RUY BARBOSA/JARDIM
170 SEINFRA (2015) BATE ESTACA/DEMOSTENES PARANHOS 554714 8570449
CRUZEIRO
171 SEINFRA (2015) LOPES TROVÃO MASSARANDUBA 554830 8570695
RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA / FEIRA DO
172 SEINFRA (2015) SANTA LUZIA 554530 8569278
CURTUME
173 SEINFRA (2015) URBANO DUARTE MONTE SERRAT 552964 8570824
174 SEINFRA (2015) RUA DIRETA DO URUGUAI URUGUAI 554874 8570296
175 SEINFRA (2015) RUA LUIZ MARIA CALÇADA 554722 8569376
176 SEINFRA (2015) RUA PADRE DO CAJUEIRO DE CAMPOS BONFIM 553385 8570719
177 SEINFRA (2015) RUA DUARTE DA COSTA BONFIM 553569 8570729
178 SEINFRA (2015) RUA JARDIM CASTRO ALVES CAMINHO DE AREIA 554403 8569891
179 SEINFRA (2015) TRAV. MARÍTIMA SANTA LUZIA 555311 8570055
180 SEINFRA (2015) RUA JOANES LESTE LOBATO 555956 8571310
181 SEINFRA (2015) RUA VOLUNTÁRIOS DA PÁTRIA SANTA LUZIA 555746 8570676
182 SEINFRA (2015) TRAVESSA DOIS IRMÃOS / SÃO CAETANO ALTO DO CABRITO 556527 8572489
183 SEINFRA (2015) RUA AMERICANO DA COSTA ROMA 553932 8570187
184 SEINFRA (2015) LARGO DO PAPAGAIO BONFIM 553995 8571346
185 SEINFRA (2015) 1ª TVR. DOMINGOS RABÊLO RIBEIRA 554742 8571892
186 SEINFRA (2015) AV. CAIO MÁRIO RIBEIRA 554564 8571490
187 SEINFRA (2015) RUA HENRIQUE DIAS BONFIM 553669 8570211
188 SEINFRA (2015) AV. TIRADENTES CAMINHO DE AREIA 553731 8570187
189 SEINFRA (2015) RUA DO BIGUÁ BONFIM 553220 8570744
190 SEINFRA (2015) RUA ANTÔNIO FRANCISCO BRANDÃO ROMA 554001 8570010
191 SEINFRA (2015) AV. SALVADOR BONFIM 553558 8570812
192 SEINFRA (2015) RUA HENRIQUE DIAS BONFIM 553652 8570597
193 SEINFRA (2015) LARGO DA CALÇADA CALÇADA 554207 8568778
194 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA DO GAMA CAMINHO DE AREIA 553828 8570592
195 SEINFRA (2015) RUA MACHADO MONTEIRO CAMINHO DE AREIA 554114 8570024
196 SEINFRA (2015) RUA ALMIRANTE TAMANDARÉ JARDIM CRUZEIRO 554477 8570196
197 SEINFRA (2015) RUA GALVÃO BUENO JARDIM CRUZEIRO 554176 8570536
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
548
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
198 SEINFRA (2015) AVENIDA CELESTINO LOBATO 556132 8571252
199 SEINFRA (2015) 1ª TRAV. JAIME COELHO MASSARANDUBA 554505 8571157
200 SEINFRA (2015) 1ª TRAVESSA MANGUEIRA DA RIBEIRA MASSARANDUBA 554216 8571220
201 SEINFRA (2015) RUA JAIME COELHO MASSARANDUBA 554515 8571417
202 SEINFRA (2015) RUA MAJOR MARIVALDO TAPIOCA MASSARANDUBA 554453 8571458
203 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA DOMINGOS RABELO RIBEIRA 554538 8571719
204 SEINFRA (2015) RUA ALCEBÍADES BARATA RIBEIRA 554445 8571706
205 SEINFRA (2015) RUA VISCONDE DE CARAVELAS RIBEIRA 554118 8571706
206 SEINFRA (2015) RUA 25 DE DEZEMBRO RIBEIRA 554454 8571824
207 SEINFRA (2015) RUA VILA UNIÃO RIBEIRA 554197 8571718
208 SEINFRA (2015) 2ª TRAVESSA COSME E DAMIÃO URUGUAI 555223 8570532
209 SEINFRA (2015) RUA JORNALISTA NELTON FRANÇA URUGUAI 554578 8570044
210 SEINFRA (2015) RUA DR. RAIMUNDO MESQUITA LIBERDADE 554616 8568679
211 SEINFRA (2015) RUA RIO PRADO LIBERDADE 554701 8568701
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
549
Figura 634 – Localização dos locais de alagamento e inundações na bacia de Itapagipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
550
2.18.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas. Na bacia de Itapagipe foram cadastradas 5 regiões citadas a seguir:

• Rua Maria Amaral e Avenida União;


• Avenida do Pontilhão;
• Rua Canal do Joanes;
• Região do Bonfim entre a Rua Henrique Dias, Praça Irmã Dulce, Avenida Caminho de Areia, Rua
Machado Monteiro, Rua Rezende Costa e Rua da Imperatriz;
• Região do Uruguai entre a Avenida Nilo Peçanha e Largo do Tanque.

De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de


levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
551
2.19. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE PLATAFORMA
Localizada na região do Subúrbio Ferroviário de Salvador, a Bacia de Drenagem Natural de
Plataforma possui uma área de 3,961 km 2. Na área delimitada por essa bacia estão localizados 7
bairros: Alto da Terezinha, Itacaranha, Periperi, Plataforma, Praia Grande, Rio Sena e São João
do Cabrito. O bairro de Plataforma, que dá nome à bacia – assim como os demais bairros que
dela fazem parte – situa-se no Subúrbio Ferroviário de Salvador, banhado pelas águas da
Enseada do Cabrito e da Baía de Todos os Santos.
A bacia se caracteriza pela presença de morros, e alguns talvegues, onde existem rios efêmeros
que favorecem o escoamento das águas pluviais do bairro de São João do Cabrito em direção a
Enseada do Cabrito, e das demais bacias para a Baía de Todos os Santos. Ao longo da extensão
da bacia, se destaca a Avenida Afrânio Peixoto ou Avenida Suburbana, que corta
longitudinalmente toda a área da bacia.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia hidrográfica de
Plataforma com a hidrografia principal, e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
552
Figura 635 -Delimitação da bacia de drenagem natural de Plataforma

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
553
2.19.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia citada não possui um curso d’água principal, tendo sido identificado somente áreas de
talvegues, onde se localizam alguns rios efêmeros para os quais são direcionadas as águas
pluviais dos sistemas de drenagem de áreas circundantes aos mesmos. Dentre os talvegues
foram identificados dois principais que serão considerados como sistemas de macrodrenagem,
que drenam para a Enseada do Cabrito e que foram denominados como Sistema Jenipapeiro,
Sistema Plataforma e Sistema Baixa do Cajueiro, descritos a seguir.

2.19.1.1. SISTEMA JENIPAPEIRO


Esse sistema contempla uma área de talvegue, parcialmente canalizado, localizada entre os
cruzamentos da Rua Chile e da Rua Formosa de São João, e que segue contornando parte da
Rua do Jenipapeiro. Depois atravessa a Rua dos Ferroviários, segue pela 2ª Travessa Recreio até
o lançamento final na Enseada do Cabrito, numa extensão total de 556 metros. As coordenadas
de início desse canal são: 555717.85 m E e 8573809.08 m S, e as coordenadas do final desse
canal são: 556007.41 m E e 8573383.04 m S.
O canal identificado recebe as contribuições pluviais da Rua Formosa São João, Avenida dos
Ferroviários, 1ª e 2ª Travessa Recreio e parte da Rua Sá Oliveira. Não há registros de
inundações notificadas, mas de acordo com os moradores em períodos chuvosos ocorrem
inundações na 2º Travessa Recreio. A seção do canal não é definida, mas predomina a seção
retangular com largura de 3,0 e profundidade atual de 1,0 m, devido ao assoreamento observado
na 2ª Travessa Recreio. No em torno e sobre o canal existem construções, sendo notável o
lançamento de esgoto, a presença de resíduos sólidos e muitos roedores na área. A Erro! Fonte
de referência não encontrada. apresenta um esquemático da localização do canal e as Erro!
Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram
alguns registros fotográficos do trecho visitado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
554
Figura 636 - Esquemático da galeria de macrodrenagem do Jenipapeiro

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
555
Figura 637 – Canal do Jenipapeiro entre a Rua Figura 638 – Canal dos Jenipapeiro circundado
dos Ferroviários e a Avenida dos Ferroviários por residências

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 639 – Canal do Jenipapeiro na 2º Travessa Figura 640 – Lançamentos de esgoto no canal do
Recreio Jenipapeiro na 2º Travessa Recreio.

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.19.1.2. SISTEMA PLATAFORMA


Esse sistema contempla uma área de talvegue, com ruas pavimentadas dotadas de meio-fio que
conduzem as águas pluviais pela Rua Bagdá, que é uma rua sem saída; ao final dessa rua e uma
caixa de drenagem e a jusante uma área de vegetação fechada. Nessa região não foram
identificadas galerias A rua citada recebe as contribuições de várias ruas, dentre elas a Rua das
Pedrinhas, Rua Olímpia e Rua Planalto Real.
As águas pluviais escoadas a partir da Rua Bagdá segue por uma região de baixada ocupada por
vegetação de grande porte e de difícil acesso, até as proximidades da Travessa Rio Negro. No
local supõe-se da existência de um bueiro, de dimensões desconhecidas, e que atravessa a
Avenida Afrânio Peixoto, no sentido da Rua da Paz de São João até o lançamento final na
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
556
Enseada do Cabrito. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático do
traçado da galeria de macrodrenagem e a as Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada. mostram as características na área de em torno do
talvegue.
Figura 641 – Esquemático da galeria de macrodrenagem da Plataforma

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Figura 642 – Final da Rua Bagdá onde se Figura 643 – Baixada na Travessa Rio Negro para
observa uma caixa coletora onde são direcionadas as águas escoadas

Fonte: Google Earth, 2021 Fonte: Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
557
2.19.1.3. SISTEMA BAIXA DO CAJUEIRO
Esse sistema contempla uma área de talvegue ocupado por residências com populações de baixa
renda, sendo delimitado nas partes altas pela Rua do Coqueiral e Ladeira da Teresinha. As águas
escoadas nessa região são direcionadas para uma baixada, onde existe um bueiro abaixo da
Avenida Afrânio Peixoto que direciona o fluxo para o mar. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostra um esquemático do local crítico da macrodrenagem e as Erro! Fonte de
referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram o local de
deságue final desse sistema, onde se identificou duas galerias de concreto com diâmetro de 600
mm, posicionadas verticalmente. As coordenadas dos pontos de lançamento dos sistemas citados
são: 556706.34 m E e 8576251.19 m S, e o outro ponto de deságue está situado nas
coordenadas: 556407.86 m E e 8576084.27 m S.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
558
Figura 644 – Localização do ponto crítico da drenagem do sistema

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Figura 645 – Vista de montante do lançamento Figura 646 – Bueiros existentes que direcionam
da drenagem no ponto baixo da Avenida a drenagem para o sistema da Afrânio Peixoto
Afrânio Peixoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.19.1.4. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.19.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem isoladas que
contribuem diretamente a Baía de Todos os Santos, alguns exemplos são os sistemas delimitados
pela Rua Úrsula Catarino e Rua Antônio Balbino, que são divisores naturais. Devido a inexistência

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
559
de cadastro da rede de microdrenagem não é possível analisar criteriosamente o layout do
sistema existente.
Em toda a extensão da Rua Almeida Brandão, que margeia a linha férrea e o mar se observa que
em todas as ruas transversais foram adotados sistemas de grelhas de ferro para a captação direta
das águas pluviais e lançamento direto no mar.
Nas regiões da Rua Ademir Peixoto e Rua Nova Aliança, no em torno da garagem de uma
empresa de ônibus, se observam encostas e talvegues ocupados, que direcionam as águas
pluviais diretamente para as vias públicas. No cruzamento das ruas Cosme de Farias e Rua Nova
Aliança são identificadas caixas coletoras, o que indica a existência de galeria que direcionada as
águas para a rede de drenagem da Avenida Afrânio Peixoto. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros nas áreas
visitadas.
Figura 647 – Rua Ademir Peixoto com drenagem Figura 648 – Rua Nova Aliança com presença de
superficial e resíduos sólidos na via pública caixas coletoras

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características de alguns dispositivos identificados na região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
560
Figura 649 – Caixa coletora com grelha de Figura 650 – Ruas asfaltadas com meio fio mas com
concreto necessidade de sacheamento

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 651 – Sistemas de grelhas Figura 652 – Sistema de calhas ao lado da linha férrea e
transversais coletoras bueiros de transposição

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.19.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 22 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Plataforma
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
• Alto da Terezinha, São João do Cabrito, Escada, Plataforma, Rio Sena e Periperi
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Readequação do canal da Avenida Jenipapeiro;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
561
▪ Necessidade de implantação de galeria de macrodrenagem na Rua Ademir Peixoto e na Baixa do
Cajueiro;
▪ Necessidade de substituição de caixas coletoras na região das ruas Nova Aliança e Rua Ademir
Peixoto, dentre outras;
▪ Necessidade de construção de caixas coletoras na região da Rua Nova Aliança;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Remanejamento de residências em áreas de servidão dos serviços de macrodrenagem dos canais
do Jenipapeiro.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no canal
do rio dos Seixos, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação
da faixa de servidão.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.19.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.19.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
562
• 2º Travessa Recreio no canal do Jenipapeiro com ligações diretas de instalações sanitárias (Erro!
Fonte de referência não encontrada.).

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de Plataforma
foram identificadas cerca de 10 captações de tempo seco novas e ativas.

2.19.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.19.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 31 pontos críticos
em 6 bairros: Alto da Terezinha, Escada, Periperi, Plataforma, Rio Sena e São João do Cabrito,
sendo que a maior parte dos alagamentos/inundações foram nos bairros de São João do Cabrito
e Alto da Terezinha (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 653 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia de Plataforma

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos locais.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
563
Tabela 27 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Plataforma
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
1 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA BAIXA DO CAJUEIRO ALTO DA TEREZINHA 556547 8575878
2 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DO CAJÁ ALTO DA TEREZINHA 556579,3 8575768
3 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA DO COQUEIRAL ALTO DA TEREZINHA 556698,9 8575889
4 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA MAMEDE ALTO DA TEREZINHA 556699,4 8576143
5 CODESAL (2020) 4ª TRAVESSA MAMEDE ALTO DA TEREZINHA 556818,5 8575999
6 CODESAL (2020) RUA BAIXA DO CAJUEIRO ALTO DA TEREZINHA 556536,1 8575889
7 CODESAL (2020) RUA DIRETA DO CRUZEIRO ALTO DA TEREZINHA 556775,2 8576088
8 CODESAL (2020) RUA DO CAJUEIRO ALTO DA TEREZINHA 556547 8575911
9 CODESAL (2020) RUA MAMEDE ALTO DA TEREZINHA 556764,4 8576110
10 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA BAIXA DO CAJUEIRO ESCADA 556514,4 8575889
11 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO ESCADA 556177,9 8575790
12 CODESAL (2020) RUA BAIXA DO CAJUEIRO ESCADA 556612 8575834
13 CODESAL (2020) RUA ANTÔNIO TEIXEIRA PERIPERI 556743,5 8576475
14 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO JORGE PLATAFORMA 556781,6 8573898
15 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA CHILE PLATAFORMA 555968 8573922
16 CODESAL (2020) RUA DAS PEDRINHAS PLATAFORMA 556534,1 8574883
17 CODESAL (2020) RUA TERTULIANO DOS REIS PLATAFORMA 555675,4 8574055
18 CODESAL (2020) TRAVESSA LIBERDADE PLATAFORMA 556097,6 8573601
19 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA MAMEDE RIO SENA 556764,6 8576209
20 CODESAL (2020) RUA MAMEDE RIO SENA 556829,2 8575955
21 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LIBERDADE SAO JOAO DO CABRITO 556140,9 8573579
22 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO SAO JOAO DO CABRITO 556607,3 8573534
23 CODESAL (2020) AVENIDA CARVALHO SAO JOAO DO CABRITO 556478,1 8574009
24 CODESAL (2020) ESTRADA DO CABRITO SAO JOAO DO CABRITO 556076 8573689
25 CODESAL (2020) RUA DA PAZ DE SÃO JOÃO SAO JOAO DO CABRITO 556825 8573898
26 CODESAL (2020) RUA SENHOR DO BONFIM SAO JOAO DO CABRITO 556781,7 8573942
27 CODESAL (2020) RUA ZÉ DO VIOLÃO SAO JOAO DO CABRITO 556554 8573976
28 CODESAL (2020) TRAVESSA RECREIO SAO JOAO DO CABRITO 555891,2 8573480
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
564
ID FONTE LOCALIZAÇÃO BAIRRO Longitude Latitude
29 CODESAL (2020) TRAVESSA SÁ OLIVEIRA SAO JOAO DO CABRITO 555597,9 8573281
30 CODESAL (2020) TRAVESSA SÃO LÁZARO SAO JOAO DO CABRITO 556596,6 8573600
31 CODESAL (2020) VILA SANTA HELENA SAO JOAO DO CABRITO 556119,5 8573734
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
565
Figura 654 – Espacialização dos locais de alagamentos e inundações na bacia de Plataforma

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
566
2.19.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
567
2.20. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE STELLA MARIS
Localizada na porção extremo nordeste do Município, a Bacia de Drenagem Natural de Stella
Maris possui uma área de 3,189km 2 e na área delimitada por essa bacia estão localizados 3
bairros: Aeroporto, Itapuã e Stella Maris. Nessa bacia se destaca a vegetação característica do
tipo restinga, com predominância de gramíneas e muitas dunas. Parte da área está situada dentro
da APA das Lagoas e Dunas do Abaeté (Dec. Estadual n. 351/87) e no Parque Municipal com o
mesmo nome, instituído pela Lei Municipal n. 3.932/88, com uma área de 1.410ha, caracterizado
pela presença de extensas dunas com vegetação típica de restinga, que margeiam a Lagoa do
Abaeté.
Apesar de ser considerada como uma bacia de drenagem natural, a mesma pode ser considerada
como uma bacia hidrográfica por conta do principal corpo hídrico desta bacia, que é o Rio Sapato,
no bairro de Stella Maris, sendo considerado um rio de pequeno porte, com baixa vazão e perene.
Sua nascente se localiza numa área alagadiça situada entre a Alameda Mar Del Plata e a Rua
José Augusto Tourinho Dantas, e a partir deste segue contornado por áreas ocupadas por
condomínios e residências, seguindo em direção ao município de Lauro Freitas, e desaguando na
Praia do Buraquinho. Além do Rio Sapato, há o rio das Dunas, situado em bacia circunvizinha,
com nascente na área das dunas e com deságue na Praia do Flamengo.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem


natural de Stella Maris, com a hidrografia principal e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
568
Figura 655 - Delimitação da bacia de drenagem natural de Stella Maris

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
569
2.20.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM

2.20.1.1. SUB-BACIA DO RIO SAPATO


O Rio Sapato, no bairro de Stella Maris nasce numa área alagadiça situada entre a Alameda Mar
Del Plata e a Rua José Augusto Tourinho Dantas, com seu leito principal distante cerca de 200
metros em relação ao mar. O percurso do rio segue margeando toda a área litorânea, tendo as
margens ocupadas por condomínios e residências. A partir da Rua Irajuba, as margens do rio
foram estreitadas e ocupadas por residências, donde ele segue numa seção estreita, delimitada
pela Rua Engenheira Magnólia Teixeira e a Rua Ipecaetá; depois segue paralelo a Avenida das
Casuarinas em direção ao município de Lauro de Freitas. No município citado o rio segue
contornado por áreas residenciais até a foz na Praia de Buraquinho.
O rio possui extensão total de 7,5 km, sendo que 3,5 km estão situados na área do município de
Salvador, sendo considerado um curso d’água de baixa declividade, o que justifica os alagadiços
ou lagoas aflorantes em todo o seu percurso, e as inundações nos trechos em que a calha se
encontra reduzida. As coordenadas de início desse canal são: 573078.13 m E e 8570195.60 m S.
No trecho inicial o rio Sapato se caracteriza como uma lagoa com largura aproximada de 153 m,
extensão de 1.000 m, e profundidade desconhecida, sendo atravessada pela Alameda Cabo Frio.
Em seguida ocorre um estreitamento brusco da seção do rio devido à ocupação das suas
margens, sendo registradas seções inferiores com largura de 4,0 metros, nos trechos mais
estreitos. Ao longo do percurso do rio existem algumas pontes, a partir das quais é possível
observar as condições visuais da água, da vegetação do em torno e do assoreamento em alguns
trechos. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta um traçado esquemático do
percurso do rio Sapato no município de Salvador e as Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
da região visitada.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
570
Figura 656 – Traçado esquemático do rio Sapato no município de Salvador

Nota: a linha vermelha representa a delimitação da bacia


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
571
Figura 657 – Lagoa de Stella Maris que Figura 658 – Ponte sobre o rio Sapato na Rua
corresponde a nascente do rio Sapato Profº Antônio Augusto Machado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 659 – Vista do rio Sapato na rua Profº Figura 660 – Seção do rio do Sapato na Rua Eng.
Antônio Augusto Machado André Falcão

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 661 – Vista do rio Sapato na rua Figura 662 – Vista do trecho final do rio Sapato
Engenheiro André Falcão no município de Salvador na Rua Amarílio Tiago
Santos

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
572
2.20.1.2. SUB-BACIA DO RIACHO DAS DUNAS
O riacho das Dunas, no bairro de Stella Maris nasce em área de vegetação de restinga
preservada, e próxima da área de dunas da Rua José Augusto Tourinho. O curso d’água com 1,40
km atravessa a rua citada anteriormente, e a Avenida Beira Mar, realizando o deságue na Praia
do Flamengo. As coordenadas de início desse riacho são: 572632.05 m E e 8570779.11 m, e as
coordenadas de lançamento são: 573108.24 m E e 8569925.27 m S. Trata-se de um rio perene e
de baixa vazão, situado numa área de proteção ambiental, não sendo observadas ocupadas no
seu em torno. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático do traçado
do rio das Dunas e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns registros fotográficos da região visitada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
573
Figura 663 - Traçado esquemático do rio das Dunas no município de Salvador

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 664 – Vista da baixada do rio das Dunas a Figura 665 – Foz do rio das Dunas na Praia do
partir da Rua José Augusto Tourinho Flamengo

Fonte: Google Earth, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.20.1.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Na bacia de Stella Maris não foram identificadas estruturas de reservação, detenção e
amortecimento de cheias construídas, mas locais naturais que correspondem a lagoas que
realizam a reservação e retenção das águas pluviais oriundas de suas bacias de drenagem
natural. São identificados 3 reservatórios de amortecimento natural, sendo estes a Lagoa do

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
574
Abaeté, a Lagoa do Flamengo e a Lagoa da Vitória (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. é possível identificar a localização das lagoas.
Tabela 28 – Área de reservatório de amortecimento natural na Bacia de Stella Maris
Ponto Identificação Rua Bairro Longitude Latitude
B-27 Lagoa do Abaeté Ladeira do Abaeté Itapuã 569713.13 8568826.95
B-28 Lagoa do Flamengo Alameda Cabo Frio Praia do Flamengo 574192.27 8571543.90
B-29 Lagoa da Vitória R. M Lot Ipitanga VI Stella Maris 573888.49 8571910.43
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 666 – Localização dos pontos na bacia de Stella Maris

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.20.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia é formado pelas redes de drenagem que contribuem
diretamente para o rio Sapato e para o canal da Alameda Dilson Jatahy Fonseca, na região do
bairro de Stella Maris; e diretamente para a Praia de Itapuã. Devido a inexistência de cadastro da
rede de microdrenagem não é possível analisar criteriosamente o layout do sistema existente.
Na região da bacia se constatou a existência de ruas pavimentadas, dotadas de meio-fio, sarjetas
e caixas coletoras com grelhas de concreto ou com entrada na guia. Na região da Praia de Itapuã
foram identificados alguns lançamentos de microdrenagem com bueiros de concreto, alguns com
proteção contra o impacto das marés na estrutura e outros totalmente assoreados. As Erro! Fonte
de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
tipos de dispositivos de drenagem que foram identificados na região e a situação de conservação.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
575
Figura 667 – Caixas coletoras de concreto nas Figura 668 – Caixas coletoras com entrada na
ruas de Stella Maris guia

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 669 – Lançamento de galeria de drenagem Figura 670 – Lançamento de bueiro obstruído
com proteção contra marés na Praia de Itapuã com areia na Praia de Itapuã

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Destaca-se dentre os projetos de microdrenagem recentemente executados pela Prefeitura o da


Readequação da Avenida das Dunas, no bairro de Itapuã, no ano de 2017. Nesse projeto foi
implantado uma galeria de microdrenagem do tipo tubular de concreto com diâmetro de 400 a 800
mm, tendo sido feito a sua interligação com o sistema de drenagem da Avenida Farol de Itapuã.

As principais redes de microdrenagem da região são quatro denominadas, como Sistema Euler de
Pereira Cardoso, Sistema Professor Carlos Ott e Sistema Itapuã, descritas a seguir .

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
576
2.20.2.1. SISTEMA EULER DE PEREIRA CARDOSO
A rede de microdrenagem principal recebe as contribuições de todas as ruas no em torno da Rua
Euler de Pereira Cardoso, com percurso pela Alameda Praia de Guaratuba até o lançamento na
praia. Nas proximidades do cruzamento da Alameda Praia de Guarapari e da Rua Euler Cardoso,
o sistema recebe a contribuição de um canal de drenagem natural. Esse canal se inicia na
Alameda Praia do Flamengo e segue em seção trapezoidal aberta e com revestimento natural por
uma extensão de 456 metros, até o emboque na galeria da Alameda Praia de Guaratuba.
A rede implantada corresponde a duas galerias tubulares de concreto com diâmetro de 1.200 mm
e 800 mm, totalizando uma extensão de 1.160 m. As Erro! Fonte de referência não encontrada.
a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns tipos de dispositivos de drenagem
que foram identificados na região e a situação de conservação.
Figura 671 – Lançamento final da drenagem da Figura 672 – Canal natural de drenagem na
Alameda Praia de Guaratuba Alameda Dilson Jatahy Fonseca

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
577
Figura 673 – Presença de esgoto no canal da Figura 674 – Sistema de grelhas transversal a
Alameda Dilson Jatahy Fonseca Alameda Praia de Guaratuba para captação das
águas da rua

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.20.2.2. SISTEMA PROFESSOR CARLOS OTT


A rede de microdrenagem principal recebe as contribuições de todas as que são transversais à
Rua Professor Carlos Ott até o lançamento na praia. Nas proximidades do local de deságue existe
uma estação elevatória de esgotos da Embasa. A extensão aproximada da rede é de 200 m com
uma galeria circular com diâmetro de 1.000 mm. As Erro! Fonte de referência não encontrada.
e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns tipos de dispositivos de drenagem
que foram identificados na região e a situação de conservação.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
578
Figura 675 – Estação Elevatória de Esgoto de Figura 676 – Lançamento final da galeria de
Stella Maris na rua Professor Carlos Ott drenagem do sistema

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.20.2.3. SISTEMA LAGOA DO FLAMENGO


Este sistema contempla as redes de drenagem que realizam o lançamento das águas pluviais na
Lagoa do Flamengo. Para evitar o transbordamento da lagoa, no interior da mesma existe uma
caixa coletora que evita a extravasamento da lagoa. Com a contribuição (superficial ou
subterrânea), o nível d’água se eleva e ao atingir o nível do dispositivo, o “excedente de volume” é
captada e direcionada para o oceano. A estrutura do sistema corresponde contempla galerias com
diâmetros de 600 a 1000 mm numa extensão de 75 metros, até o lançamento final. As Erro!
Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram
alguns tipos de dispositivos de drenagem que foram identificados na região.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
579
Figura 677 – Caixa coletora na Lagoa da Praia do Figura 678 – Lançamento da caixa coletora
Flamengo

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.20.2.4. SISTEMA ITAPUÃ


Este sistema contempla as redes de drenagem de ruas transversais a essa avenida e que
realizam o lançamento na Praia de Itapuã, dentre as quais se destaca a rede da Avenida Dorival
Caymmi, que realiza o lançamento na praia em ponto localizado nas coordenadas UTM
568529.72 m E e 8568240.70 m S, a rede da Rua Aristides Milton, que realiza lançamento no
ponto localizado nas coordenadas 568667.27 m E e 8568225.64 m S. Além destes, há outros
lançamentos dispersos ao longo do bordo da praia, oriundos das redes de microdrenagem que se
originam nas regiões mais baixas desse sistema, no caso, na Travessa do Gravatá, e na Rua
Carlos Coqueijo Costa.

2.20.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
580
Quadro 23 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Stella Maris
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Itapuã e Stella Maris
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de readequação da seção do canal do rio Sapato no bairro de Stella Maris, devido a
ocupação das margens;
▪ Implantar sistemas de proteção dos lançamentos das galerias de microdrenagem nas praias devido
ao impacto das marés nas estruturas;
▪ Necessidade de limpeza de caixas coletoras que se encontram danificadas em diversas vias
públicas da bacia;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Inexistência de mapeamento de áreas susceptíveis a inundações em torno do rio Sapato,
associando a frequência dos eventos hidrológicos com os níveis d’água;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de rever o uso e ordenamento do uso do solo na bacia devido as ocupações
irregulares em áreas de restinga e no em torno do rio Sapato e rio das Dunas;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem,
principalmente direcionada para as Praias de Itapuã e Praia do Flamengo;
▪ Inexistência de seguros contra enchentes, objetivando garantir a recuperação de áreas atingidas
por eventos hidrológicos extremos e ressarcimento de perdas de bens materiais;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto no rio
Sapato, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a ocupação da faixa de
servidão e áreas de proteção ambiental do rio.
Fonte: Dados Codesal, 2021

2.20.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS


Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.20.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
581
• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;
• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo foram identificados nos seguintes
locais:

• Canal de drenagem da Alameda Praia do Flamengo;


• Na extensão do percurso do rio Sapato, após a Lagoa do Flamengo;
• Nos lançamentos das galerias de microdrenagem na Praia de Itapuã.

Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de


drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de Stella
Maris foram identificadas cerca de 12 captações de tempo seco novas e ativas.

2.20.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.20.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 16 pontos críticos
em 5 bairros: Arraial do Retiro, Itapuã, Piatã, Praia do Flamengo e Stella Maris, sendo que a maior
parte dos alagamentos/inundações foram nos bairros de Itapuã e Praia do Flamengo (Erro! Fonte
de referência não encontrada.).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
582
Figura 679 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia de Stella Maris

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos locais.

Tabela 29 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Stella Maris


ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
ARRAIAL
CODESAL
1 RUA ARATUÍPE DO 571437,4 8569175
(2020)
RETIRO
CODESAL
2 ALTO DO ICUARA ITAPUA 568930,3 8568607
(2020)
CODESAL
3 RUA EUGÊNIO CARRASCOSA ITAPUA 569341,7 8568285
(2020)
CODESAL RUA PROFESSOR SOUZA
4 ITAPUA 569774,4 8567841
(2020) BRITO
CODESAL
5 RUA TOQUINHO ITAPUA 570068,7 8568405
(2020)
CODESAL
6 TRAVESSA BELA VISTA ITAPUA 568571,7 8568342
(2020)
CODESAL
7 AVENIDA ORLANDO GOMES PIATA 575145,8 8572638
(2020)
PRAIA DO
CODESAL ALAMEDA ENCANTO DE
8 FLAMENG 575048,3 8572716
(2020) IPITANGA
O
PRAIA DO
CODESAL RUA DESEMBARGADOR
9 FLAMENG 573523,4 8570408
(2020) ADOLFO LEITÃO GUERRA
O
PRAIA DO
RUA ENGENHEIRO ANDRÉ
10 FLAMENG 574732,1 8572130
FALCÃO
O
PRAIA DO
CODESAL
11 RUA IBITIARA FLAMENG 574873,3 8572163
(2020)
O
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
583
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
PRAIA DO
CODESAL
12 RUA PEQUIM FLAMENG 575134,9 8572649
(2020)
O
CODESAL ALAMEDA PRAIA DE STELLA
13 572088,5 8569262
(2020) GUARATUBA MARIS
CODESAL RUA EULER DE PEREIRA STELLA
14 571742,5 8569694
(2020) CARDOSO MARIS
RUA EULER DE PEREIRA STELLA
15 SEINFRA (2015) 571777 8569745
CARDOSO MARIS
STELLA
16 SEINFRA (2015) RUA PROFESSOR CARLOS OTT 572393 8569486
MARIS
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
584
Figura 680 – Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações da bacia de Stella Maris

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
585
2.20.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
586
2.21. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE SÃO TOMÉ DE PARIPE
Localizada na extrema porção continental noroeste do Município, a bacia de drenagem natural de
São Tomé de Paripe possui área de 15,809km 2. Na área delimitada por essa bacia estão
localizados 7 bairros: Coutos, Fazenda Coutos, Mordas da Lagoa, Paripe, Periperi, São Tomé de
Paripe e Vista Alegre, contudo, são os bairros de São Tomé de Paripe e Paripe que englobam a
maior área da bacia. As principais vias de acesso dessa bacia são a Avenida Afrânio Peixoto, a
rua Almirante Morão de Sá, Avenida São Luiz e a rodovia BA-528, que dá acesso à base Naval de
Aratu. Alguns bairros que compõem essa bacia são litorâneos, com praias de águas tranquilas,
sendo que algumas delas possuem áreas significativas com vegetação remanescente de Mata
Atlântica, além de expressivo manguezal na Baía de Aratu.

Com relação a ocupação da bacia se destaca a região do bairro de São Tomé de Paripe, onde se
situa a Base Naval de Aratu, sendo uma região a maior parcela de vegetação de Mata Atlântica e
onde ser localizam os principais rios. A região desse bairro realmente ocupada, ou considerada
como zona urbana está situada entre a rodovia BA-528 e a área litorânea da Baía de Todos os
Santos. Quanto à região do bairro de Paripe se observa a maior parcela da ocupação urbana com
predominância de unidades habitacionais e comércio local. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe, com
a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
587
Figura 681 - Delimitação da bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
588
2.21.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
A bacia de São Tomé de Paripe é considerada como uma bacia de drenagem natural, contudo,
são identificados alguns cursos naturais, sendo a sua maioria no bairro de São Tomé de Paripe, e
localizados em área de Mata Atlântica. Dentre eles se destaca o riacho da Praia de Inema com
extensão de 1.100 metros, que desagua na praia de mesmo nome. Esse riacho atravessa a
rodovia BA-528 e segue como canal de seção aberta até o deságue final. Por ser uma praia
pertencente à Marinha do Brasil o acesso para o local é restrito. Os demais cursos d’água
localizado nesse bairro possuem nascentes e percurso área de proteção ambiental e desaguam
naturalmente na Baía de Aratu.
Quanto aos demais cursos d’água, se trata de um trecho de talvegue com riacho efêmero, segue
pela Rua Fonte do Índio, atravessa as Ruas Iriguaçu e Rua Dr. Eduardo Dotto até o deságue na
Praia de Tubarão. Outro curso d’água com características efêmeras, também se situa em área de
talvegue, na divisa entre os bairros de São Tomé e de Paripe, sendo afluente do rio Macaco. O rio
Macaco, localizado no município de Simões Filho, também se constitui como um limite físico em
relação ao município de Salvador.
Os principais canais de macrodrenagem identificados não estão associados a rios urbanos, mas
situados em áreas baixas, os quais recebem as contribuições dos sistemas de microdrenagem da
região, dentre os quais se destacam:

• Canal Charles Bronson, na rua de mesmo nome no bairro de Paripe;


• Canal da Estação Ferroviária de Paripe.

2.21.1.1. SUB-BACIA DO CANAL CHARLES BRONSON


O canal Charles Bronson localizado no bairro de Paripe se inicia no cruzamento da Rua Santa Fé
com a rua Iriguaçu, a parir do qual ele segue com seção retangular fechada numa extensão de
144 metros, até iniciar o trecho em seção aberta retangular numa extensão de 512 metros pela
Rua Charles Bronson e depois pela Rua do Canal até a foz, totalizando um percurso de 656
metros. No local de deságue desse canal há uma estação elevatória de captação de tempo seco
da Embasa, que evita o lançamento das águas contaminadas por esgoto diretamente na praia. O
em torno desse canal na margem direita é predominantemente ocupado por residências, tendo
sido construídas passarelas pelos moradores para acessá-las, enquanto, que na margem
esquerda fica a Rua Charles Bronson. Esse canal apresenta problemas de alagamentos, mesmo
com manutenções periódicas, o que é constatado a partir da construção de degraus nas
residências.
Esse canal recebe duas contribuições importantes, pelo lado direito recebe a contribuição do
canal da Rua Iriguaçu, que se inicia no cruzamento da Avenida Nassau; e pelo lado direito do
canal da Rua Iriguaçu, que se inicia no cruzamento com a Rua 1ª de Janeiro.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
589
O canal direito da Rua Iriguaçu se trata de uma estrutura fechada com placas de concreto e seção
retangular, com extensão de 625 metros e que segue assentada abaixo da calçada, o qual possui
caixas coletoras ou entradas d’água direta em toda a sua extensão.
Quanto ao canal do lado esquerdo, se tratada uma outra estrutura fechada com as mesmas
seções do canal do lado direito, atravessa a Rua Iriguaçu e segue abaixo da calçada, com
extensão de 225 metros. De acordo com moradores locais, esse sistema de drenagem causa
problemas de alagamento quando há precariedade na dragagem do canal, sendo que os maiores
prejudicados são os residentes na Rua Charles Bronson. Os canais citados que contribuem ao
canal Charles Bronson possuem locais com placas de proteção deterioradas, assim como se
observa em alguns pontos visíveis da estrutura a presença de resíduos sólidos.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático do sistema e as Erro!
Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram
alguns registros fotográficos dos trechos visitados.
Figura 682 – Esquemático do sistema de macrodrenagem do Canal da Charles Bronson

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
590
Figura 683 – Início do canal entre a Avenida Figura 684 – Vista do canal afluente ao canal
Iriguaçu e Avenida Nassau – detalhe da Caixa Charles Bronson pelo lado direito, na Avenida
coletora Iriguaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 685 – Baixada com canal escavado na Rua Figura 686 – Entrada de drenagem com
Potiguar que contribui para o Canal Charles padrões inadequados no canal da Avenida
Bronson Iriguaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 687 – Início do canal da Rua 1º de Janeiro Figura 688 – Vista do canal da Rua 1º de
Janeiro atravessando a Avenida Iriguaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
591
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
592
Figura 689 – Início do Canal Charles Bronson na Figura 690 – Passarelas precárias construídas
rua de mesmo nome (à esquerda o canal vindo da pelos moradores sobre o canal Charles
rua Paraguari, e à direita o canal vindo da Rua 1º Bronson
de Janeiro)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 691 – Lançamento contínuo de esgoto no Figura 692 – Vista do canal na Rua Vila Mel
canal Charles Bronson

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 693 – Vista do final do canal Charles Figura 694 – Vista da praia de lançamento final
Bronson na Rua Dr. Eduardo Dotto (abaixo da e abaixo as estruturas de captação de esgoto
ponte há uma captação de tempo seco) da Embasa

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
593
Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.21.1.2. SUB-BACIA DO CANAL DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE PARIPE


O canal da Estação Ferroviária de Paripe corresponde a uma estrutura com seção trapezoidal
aberta, com largura de topo de 13 metros, base de 6 metros, profundidade aproximada de 3
metros e extensão aproximada de 400 metros. Esse canal se localiza entre a linha férrea e atrás
do Mercado de Paripe, com acesso pela Avenida Afrânio Peixoto ou pela Rua do Fogo. Durante
visita de campo se constatou que o canal se encontra em condições precárias de manutenção,
parcialmente assoreado, com presença de vegetação e fluxo contínuo de esgoto. A principal
interferência está localizada no trecho final onde existe um interceptor de esgoto apoiado em pilar
na seção de escoamento do canal. As coordenadas de lançamento desse canal são: 557399.92 m
E e 8580017.24 m S.
Esse canal recebe as contribuições de todas as redes de microdrenagem que se interligam a da
Rua Almirante Mourão de Sá, da Rua Almirante Tamandaré, da Rua da Bélgica, da Avenida São
Luis e da Rua João Martins, que são importantes vias coletoras de drenagem pluvial do sistema. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático do sistema e as Erro! Fonte
de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
registros fotográficos dos trechos visitados.
Figura 695 - Esquemático do sistema de macrodrenagem do Canal da Estação Ferroviária
de Paripe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
594
Figura 696 – Vista de jusante para montante do Figura 697 – Vista da travessia do canal na linha
canal a partir da Rua do Fogo férrea e de interceptores de esgoto

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 698 – Vista da travessia do canal sob a Figura 699 – Vista de jusante do canal no
linha férrea lançamento final no mar

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.21.1.3. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.21.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem dessa bacia divide-se em três tipos de sistemas: os sistemas que se
interligam ao canal Charles Bronson, os sistemas que se interligam ao canal da Estação
Ferroviária e os sistemas isolados com lançamento direto para o mar.
No geral nos trechos de avenidas principais, como a Avenida Almirante Mourão de Sá, Avenida
Almirante Tamandaré, Avenida São Luís, Avenida Afrânio Peixoto e Rua Dr. Eduardo Dotto, que
direcionam as águas dos sistemas de microdrenagem para o canal da Estação Ferroviária; e na
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
595
rua Iriguaçu que direciona para o canal da Rua Charles Bronson, existem dispositivos de
microdrenagem convencionais.
Essas ruas principais são pavimentadas, com asfalto em sua maioria, e dotadas em sua maioria
de calçadas com meio-fio, sarjetas moldadas in loco e diferentes tipos de caixas coletoras, com
entrada na guia, com grelhas de concreto ou grelhas de ferro. As caixas coletoras são geralmente
nos pontos mais baixos das vias, não sendo observadas captações com equidistâncias regulares.
Além disso, alguns modelos de caixas coletoras implantados não atendem os padrões de
segurança para a circulação dos pedestres. Com relação aos meio-fio observa-se a precariedade
nos serviços de sacheamento, devido a presença de vegetação e deposição de material arenoso
ao longo dos mesmos.
As galerias de microdrenagem são em sua maioria canaletas com placas de concreto
posicionadas ao longo das calçadas, que encontram diversas interferências como postes, ramais
de água e ligações de esgoto, e que direcionam as águas para os canais. Esse tipo de sistema é
observado na região da Rua São Luis, onde um canal tipo vala, recebe contribuições de ruas
como a do Uruguai, Paraguari, Castro Alves e outras.
Nas ruas localizadas em áreas mais afastadas e com pouco tráfego, como a Rua Potiguar,
Avenida Nassau, dentre outras nos mesmos padrões, se constatou que o sistema de
microdrenagem se apresenta precário ou inexistente, limitando-se somente a ruas pavimentadas,
sem calçadas ou meio-fio e com caixas coletoras nos locais mais baixos das vias, causando
transtornos à circulação de pedestres e veículos.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos dos tipos de dispositivos de microdrenagem identificados.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
596
Figura 700 – Padrão 1 de Caixa coletora Figura 701 – Padrão 2 de Caixa coletora
lançando no canal da Avenida Charles Bronson lançando no canal da Avenida Charles Bronson

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 702 – Padrão 3 de Caixa coletora Figura 703 – Vista à esquerda de vala
lançando no canal da Avenida Charles Bronson inadequada na Avenida Rocha

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Figura 704 – Tipo de sistema com captação na Figura 705 – Vista da Avenida Nassau e destaque
guia e canaleta na calçada (Rua 1º de Janeiro) para a deficiência do sistema de drenagem

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
597
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Com relação às obras recentemente executadas pela Prefeitura na região, cita-se a elaboração e
execução dos projetos da Ruas Castro Alves, Rua Paraguai e Rua Uruguai em meados do ano de
2015; destaca-se que na Rua Paraguari se localiza o trecho inicial do canal Charles Bronson. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. destaca a área de abrangência do projeto
executado, que também contemplou a readequação do sistema viário.

Figura 706 – Área de abrangência do projeto de microdrenagem executado em 2015

Fonte: Adaptado PMS, 2015.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
598
2.21.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE
DRENAGEM URBANA
As principais demandas estruturais e não estruturais (estruturantes) relacionadas a drenagem
urbana e identificadas na área da bacia em estudo são apresentados no Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Quadro 24 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de São Tomé de Paripe
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Paripe e Fazenda Coutos
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Implantação de sistema de macrodrenagem na Avenida São Luiz, no trecho do canal existente, com
a readequação da microdrenagem das ruas transversais e que contribuem para o mesmo;
▪ Necessidade de recuperação dos taludes do canal da Estação Ferroviária, que se encontraram
deteriorados na base;
▪ Necessidade de recuperação das paredes laterais do canal Charles Bronson que se encontra com
placas quebradas e processos erosivos;
▪ Necessidade de implantação de passarelas de pedestres adequadas para os moradores residentes
no em torno do canal Charles Bronson
▪ Implantação de sistemas de drenagem como implantação de meio-fio, sarjetas e caixas coletoras
em diversas vias da bacia;
▪ Necessidade de readequação de caixas coletoras fora dos padrões técnicos de segurança, além da
substituição das caixas coletoras que se encontram deterioradas;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
▪ Recuperação e limpeza de escadarias drenantes localizadas, assim como para a identificação de
ligações clandestinas de esgoto nas mesmas;
▪ Interferências com interceptores de esgoto que reduzem a seção de escoamento dos canais de
drenagem, e que favorecem o acúmulo de resíduos sólidos, assim, como influência da marés, que
favorecem a deposição de areia na parte interna das estruturas.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Necessidade de revisar o reordenamento do uso e ocupação do solo nas áreas de talvegues, com
realocação de famílias de áreas críticas;
▪ Inexistência de cadastro completo da rede de microdrenagem com a localização de caixas
coletoras, poços de visitas e trechos de galerias, com as respectivas dimensões e comprimentos,
para o dimensionamento dos serviços de manutenção, substituição de materiais deteriorados e para
análise hidráulica da capacidade dos sistemas existentes;
▪ Necessidade de fiscalização dos prestadores de serviços de saneamento para a identificação dos
usuários responsáveis pelas ligações clandestinas de esgoto na rede de microdrenagem;
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto aos lançamentos irregulares de esgoto nos
sistemas de drenagem, do lançamento de resíduos sólidos na rede de drenagem, e quanto a
ocupação da faixa de servidão;
▪ Incentivo à adoção de dispositivos de retenção de águas pluviais nas residências, a partir de
reservatórios para o armazenamento de águas de chuva para usos não consuntivos
Fonte: Dados Codesal, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
599
2.21.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.21.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram no em torno
do canal da Rua Charles Bronson e no canal da Estação Ferroviária de Paripe. Contudo, como os
sistemas que contribuem para esses canais são fechados, somente é possível visualizar o
problema nos trechos finais dos sistemas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de São Tomé
de Paripe foram identificadas 17 captações de tempo seco novas e ativas.

2.21.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.21.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 37 pontos críticos
em 5 bairros: Alto de Coutos, Coutos, Fazenda Coutos, Paripe e São Tomé, sendo que a maior

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
600
parte dos alagamentos/inundações foram nos bairros de Paripe e Fazenda Coutos (Erro! Fonte
de referência não encontrada.).
Figura 707 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os
bairros da bacia São Tomé de Paripe

Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

Os locais com registros de alagamentos e inundações na bacia analisada está apresentado na


Erro! Fonte de referência não encontrada. e a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a espacialização dos pontos.

Tabela 30 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de São Tomé de Paripe


ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
CODESAL ALTO DE
1 TRAVESSA 14 DE JULHO 556921,4 8578576
(2020) COUTOS
CODESAL 2ª TRAVESSA JOAQUIM
2 COUTOS 557964,9 8579492
(2020) NABUCO
CODESAL
3 RUA DO SABIÁ COUTOS 558441,8 8579225
(2020)
CODESAL
4 VILA ALEX COUTOS 557008,1 8578531
(2020)
CODESAL FAZENDA
5 1ª TRAVESSA SANTA ROSA 557791,3 8579492
(2020) COUTOS
CODESAL 2ª TRAVESSA JOAQUIM FAZENDA
6 557986,5 8579447
(2020) NABUCO COUTOS
CODESAL FAZENDA
7 AVENIDA MANGUEIRA 556791,3 8578665
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
8 RUA ÁLVARO LEITEGEL 558834 8579932
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
9 RUA DEODORO DA FONSECA 557530,7 8579404
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
10 RUA DO SABIÁ 558506,9 8579225
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
11 RUA MÁRIO MOREIRA 558235,9 8579358
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
12 RUA SÉRGIO OLIVAES 558387,9 8579391
(2020) COUTOS
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
601
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
CODESAL FAZENDA
13 RUA THEOTÔNIO VILELA 558660,2 8579855
(2020) COUTOS
CODESAL FAZENDA
14 TRAVESSA JOAQUIM NABUCO 557964,9 8579469
(2020) COUTOS
CODESAL 1ª TRAVESSA ENGENHEIRO
15 PARIPE 556278,4 8582592
(2020) DURVAL SANTOS
CODESAL
16 AVENIDA ITAÚ PARIPE 556949,4 8581672
(2020)
CODESAL
17 RODOVIA BA-528 PARIPE 558359,7 8581448
(2020)
CODESAL
18 RUA 13 DE JULHO PARIPE 558737,9 8580706
(2020)
CODESAL
19 RUA ALTO DA BELA VISTA PARIPE 558508,9 8580154
(2020)
CODESAL
20 RUA ANTÔNIO COSTA PARIPE 558834,4 8580164
(2020)
CODESAL
21 RUA CALIFÓRNIA PARIPE 558835,5 8580684
(2020)
CODESAL
22 RUA CARDEAL DA SILVA PARIPE 558488,4 8580729
(2020)
CODESAL
23 RUA DA BÉLGICA PARIPE 557771,4 8580377
(2020)
CODESAL
24 RUA FONTE DO ÍNDIO PARIPE 556417,3 8581519
(2020)
CODESAL
25 RUA IRIGUAÇU PARIPE 556439 8581518
(2020)
CODESAL
26 RUA JERUSALÉM PARIPE 556092,2 8581751
(2020)
CODESAL
27 RUA JOÃO MARTINS PARIPE 557696,4 8580819
(2020)
CODESAL
28 RUA JOSELITO SANTANA PARIPE 559073,4 8580274
(2020)
CODESAL
29 RUA MÁRIO BARROS PARIPE 556754,1 8581695
(2020)
CODESAL
30 RUA MARQUÊS DE OLINDA PARIPE 558532,5 8581072
(2020)
CODESAL
31 RUA NOVA CANAÃ PARIPE 557644,3 8581881
(2020)
CODESAL
32 RUA PARAGUAI PARIPE 557870,2 8580885
(2020)
CODESAL
33 RUA POTIGUAR PARIPE 556981,9 8581650
(2020)
CODESAL TRAVESSA ALMIRANTE
34 PARIPE 558737,3 8580408
(2020) TAMANDARÉ
CODESAL
35 TRAVESSA FLUMINENSE PARIPE 556071,6 8582293
(2020)
CODESAL
36 TRAVESSA PARAÍSO PARIPE 557258,9 8579161
(2020)
CODESAL
37 RUA DO CORREDOR SÃO TOMÉ 555921 8582979
(2020)
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
602
Figura 708 - Espacialização dos pontos de alagamentos e inundações na bacia de São Tomé de Paripe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
603
2.21.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador,
tendo sido consultados os projetos básicos e executivos anteriores disponibilizados pela
SEINFRA/SUCOP, dentre eles os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador elaborado pela SUCOP (2015) no qual foram
realizados levantamentos topográficos cadastrais dos sistemas de drenagem em algumas áreas
das bacias estudadas.
De forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
604
2.22. BACIAS DE DRENAGEM DA ILHA DE BOM JESUS DO PASSOS
A bacia de drenagem natural da Ilha de Bom Jesus dos Passos possui uma área de 0,659km². A
ilha de Bom Jesus dos Passos fica entre as ilhas de Madre de Deus e dos Frades, em mar de
águas calmas, excelente para a pesca e a prática de esportes náuticos. As condições topográficas
da Ilha dos Frades configuram basicamente vertentes de escoamento com drenagem natural e
dispersa. Os lançamentos são realizados na Baía de Todos os Santos ao longo de todo o
perímetro e nas quatro direções.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem
natural da Ilha de Bom Jesus dos Passos, na região da Baia de Todos os Santos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
605
Figura 709 -Delimitação da bacia de drenagem natural de Bom Jesus dos Passos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
606
2.22.1. SISTEMAS DE MACRODRENAGEM
Não foram identificados sistema de macrodrenagem na bacia em estudo, localizadas em áreas
urbanas, predominando sub-bacias de drenagem natural e dispersas ao longo da ilha.

2.22.1.1. ESTRUTURAS DE RESERVAÇÃO, DETENÇÃO E AMORTECIMENTO DE CHEIAS


Nessa bacia hidrográfica não existem estruturas de reservação, detenção e amortecimento de
cheias.

2.22.2. SISTEMAS DE MICRODRENAGEM


O sistema de microdrenagem da bacia se resume a calhas superficiais localizadas nas laterais
das ruas, e que transportam águas pluviais e de esgoto, sendo direcionados para o mar. Os
lançamentos são realizados na Baía de Todos os Santos ao longo de todo o perímetro da ilha,
especificamente nas regiões onde existem aglomerados urbanos. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos dos tipos de soluções de microdrenagem existente na bacia.
Figura 710 – Canaletas de drenagem laterais às Figura 711 – Estruturas de drenagem do tipo
vias de circulação e com presença de esgoto canaletas com lançamento inadequado

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
607
Figura 712 – Canaleta de drenagem obstruída Figura 713 – Grelha coletoras de concreto em
com resíduos sólidos situação precária de manutenção

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.22.3. ÁREAS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO DO SERVIÇO DE


DRENAGEM URBANA
As áreas consideradas com deficiência no atendimento do serviço de drenagem urbana
correspondem àquelas que apresentam registros de problemas de alagamentos e inundações;
englobam as que possuem infraestrutura implantada, mas em condições precárias de manutenção
e as que não possuem nenhum tipo de infraestrutura de drenagem implantada. As áreas
correspondem aos bairros com notificações de alagamentos e inundações registradas na Codesal
e identificadas nas visitas de campo. As principais demandas estruturais e não estruturais
(estruturantes) relacionadas a drenagem urbana e identificadas na área da bacia em estudo são
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 25 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha de Bom Jesus
dos Passos
BAIRROS COM DEFICIÊNCIA NO ATENDIMENTO
▪ Todas as ruas da ilha
SISTEMA COM DEFICIÊNCIA
▪ Microdrenagem
▪ Macrodrenagem
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURAIS
▪ Necessidade de construção de vias pavimentadas para o escoamento adequado das águas
pluviais;
▪ Inexistência de sistema de microdrenagem superficial dotado de canaletas para o transporte de
águas pluviais, de forma separada aos esgotos sanitários.
DEMANDAS DE AÇÕES ESTRUTURANTES
▪ Ausência de ações de educação ambiental quanto ao sistema unitário de transporte de esgoto e
águas pluviais e do lançamento de resíduos sólidos nos sistemas de drenagem.
Fonte: Dados Codesal, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
608
2.22.4. ÁREAS COM INTERFERÊNCIA DE REDES DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Em virtude de o esgotamento sanitário irregular ser a principal interferência nos sistemas de
drenagem do município e devido a limitada disponibilidade de informações das demais redes foi
abordado somente a questão do esgoto.

2.22.4.1. INTERFERÊNCIA DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO IRREGULAR NO SISTEMA DE


DRENAGEM
Os sistemas de esgotamento sanitário e de drenagem urbana são dimensionados para que
operem de forma separada, ou seja, em sistemas distintos, caracterizando o que se é denominado
como sistema separador absoluto.
As áreas identificadas com interferência de esgotamento sanitário na drenagem urbana são
constatadas de forma visual e olfativa, sendo observado:

• a presença de esgoto em sarjetas, valetas e rios urbanos;


• presença de roedores nas vias públicas e próximos de dispositivos de drenagem;
• identificação de tubulações de esgoto doméstico com lançamento direto em canais;
• presença do odor característico derivado de compostos de enxofre;
• existência de captações de tempo seco implantadas pela prestadora do serviço de esgotamento
sanitário nos rios urbanos.

A partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo se observou a inexistência de


sistema de esgotamento sanitário coletivo, predominando as soluções individuais como fossas. No
caso, as águas cinzas são direcionadas para valas retangulares escavadas ou de concreto
construídas próximas as residências, com lançamento diretamente no mar.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia hidrográfica da Ilha de Bom Jesus
dos Passos não existe esse tipo de captação.

2.22.5. REGIÕES CRÍTICAS ASSOCIADAS À DRENAGEM URBANA

2.22.5.1. PONTOS CRÍTICOS DE ALAGAMENTOS E INUNDAÇÕES


O local com registro de alagamento e inundação na bacia analisada está apresentado na Erro!
Fonte de referência não encontrada..
Tabela 31 – Locais de alagamentos e inundações na bacia de Bom Jesus dos Passos
ID FONTE LOGRADOURO BAIRRO LONGITUDE LATITUDE
CODESAL ILHA BOM JESUS
1 TRAVESSA DA CHAPADA 539000 8589179
(2020) DOS PASSOS
Fonte: Dados Codesal, 2020; SEINFRA, 2015
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
609
2.22.6. SITUAÇÃO CADASTRAL
Atualmente não existe sistema cadastral dos serviços de drenagem no município de Salvador. De
forma concomitante à elaboração do PMSBI foram contratados a execução dos serviços de
levantamento topográfico cadastral de regiões críticas, incluindo o cadastro de redes de serviços
públicos, dentre eles as redes de drenagem, contudo, esses serviços se encontram em
andamento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
610
2.23. PONTOS CRÍTICOS DE INSTABILIDADE GEOTÉCNICA SUSCETÍVEIS À
EROSÃO E ESCORREGAMENTO PELA AÇÃO DAS CHUVAS EM SALVADOR
Não foram identificados pontos críticos de drenagem urbana suscetíveis à erosão e
escorregamento pela ação das cheias nas bacias em estudo, ou seja, não foram identificados
trechos de cursos d’água com revestimentos naturais nos quais sejam identificados processos
erosivos.
No município de Salvador as regiões consideradas como de instabilidade geotécnica e suscetíveis
a processos erosivos se localizam nas regiões de encostas que historicamente tem sido ocupadas
de forma desordenada pela população, que na maioria das situações executa movimentações de
terra e construções sem critérios técnicos. Ressalta-se que além da questão da ocupação urbana
desordenada, a ocorrência dos processos erosivos é intensificada pelas chuvas intensas, pela
falta de cobertura do solo, assim como pela inexistência ou precariedade de serviços de
drenagem urbana e esgotamento sanitário.
Enfatiza-se que essas regiões críticas estão associadas a falta de planejamento e fiscalização do
uso do solo, e não especificamente à deficiência de sistemas de drenagem ou esgotamento
sanitário. Nas situações em que são realizadas obras de contenção de encostas, a elaboração e
execução de projetos de drenagem e esgotamento sanitário são considerados como
complementares, quando necessários, visando proteger a estrutura de contenção implantada e
urbanização do em torno. Havendo a necessidade de implantação dos projetos complementares
citados, as tubulações e outros dispositivos são interligados aos sistemas existentes geralmente
localizados nas vias públicas que ficam nas partes baixas das encostas.
Atualmente os pontos críticos de encostas suscetíveis a escorregamentos são monitorados pela
CODESAL a partir de um sistema de monitoramento pluviométrico e de um sistema de sirenes
instalados em regiões críticas. Esses sistemas permitem acompanhar diariamente as quantidades
de chuvas intensas ocorrentes no município, assim como para permitir a evacuação da população.
Visando planejar-se para mitigar essas regiões críticas foi elaborado e aprovado no ano de 2004 o
Plano Diretor de Encostas (2004) contratado pela Secretaria de Infraestrutura do município, atual
Seinfra, com o objetivo de permitir o planejamento dos espaços urbanos realizando o controle do
risco geológico, a recuperação de áreas degradas e consequentemente a melhoria das condições
de vida da população. Na elaboração desse plano foram visitados cerca de 1.070 pontos críticos,
tendo sido selecionadas 433 áreas para intervenções com contenções. Além das intervenções
citadas foram previstos o Programa para Monitoramento das Chuvas, atualmente realizado pela
CODESAL e CEMADEN, e do Plano Diretor de Drenagem Urbana do município, que está sendo
executado nesse momento, junto aos demais componentes de saneamento.
No Plano Diretor de Encostas o município foi dividido em 5 regiões: Subúrbio Ferroviário, Ipitanga,
Brotas, Itapuã e Ilhas, tendo sido apresentadas para as mesmas, as cartas de riscos geológicos
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
611
relacionados a encostas. As regiões com suscetibilidade ao deslizamento de terras foram
divididas em muito alta, alta, média e baixa, assim como foram identificadas as origens dos
problemas dos pontos de encostas visitados.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a carta de riscos geológicos da região
Subúrbio Ferroviário, a Erro! Fonte de referência não encontrada. da região Ipitanga, a Erro!
Fonte de referência não encontrada. da região Brotas, a Erro! Fonte de referência não
encontrada. da região Itapuã e a Erro! Fonte de referência não encontrada. da região Ilhas. No
geral se constata que as áreas mais suscetíveis a deslizamentos, categorizadas como de alta
suscetibilidade estão localizadas nas partes altas das bacias hidrográficas e de drenagem natural,
sendo notável também que essas áreas não são próximas aos cursos d’água principais. As bacias
hidrográficas onde são observadas as regiões com maiores suscetibilidades a deslizamentos são
na cabeceira do rio Camarajipe, e do rio Jaguaribe, também sendo observadas em outras bacias,
mas de forma mais dispersa.

Figura 714 – Carta de Riscos Geológicos da Região Subúrbio Ferroviário

Fonte: Plano Diretor de Encostas, 2004


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
612
Figura 715 - Carta de Riscos Geológicos da Região Ipitanga

Fonte: Plano Diretor de Encostas, 2004

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
613
Figura 716 - Carta de Riscos Geológicos da Região Brotas

Fonte: Plano Diretor de Encostas, 2004

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
614
Figura 717 – Carta de Risco Geológico da Região Itapuã

Fonte: Plano Diretor de Encostas, 2004

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
615
Figura 718 – Carta de Risco Geológico da Região Ilhas

Fonte: Plano Diretor de Encostas, 2004

Por volta do ano de 2015 outro trabalho relacionado a identificação dessas áreas críticas foi
elaborado para o município pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) resultando numa Carta de
Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação. Essa carta se referiu ao
Objeto 0602 do Plano Nacional de Risco e Resposta a Desastres Naturais, que estava incluído no
Plano Plurianual 2012-2015 do extinto Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. O
zoneamento apresentado na carta é de nível básico, obtido a partir da compilação e tratamento de
dados secundários disponíveis à época, sendo que as zonas indicadas representam áreas de
predominância quanto ao processo de deslizamento. Nessa carta foram adotadas classificações
vaiáveis entre alta, média e baixa suscetibilidade a deslizamentos conforme apresentado na Erro!
Fonte de referência não encontrada..
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a categorização de áreas suscetíveis a
movimentos gravitacionais no município de Salvador, onde se constata que 4% da área
urbanizada está classificada como regiões de alta suscetibilidade a deslizamentos,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
616
especificamente a se situam entre as altitudes de 20 a 80 m e com declividades superiores a 20º.
Se observa que essas áreas estão localizadas nas cabeceiras das bacias hidrográficas e de
drenagem natural, nas regiões limítrofes com outras bacias. No caso, cerca de 76% da área
urbanizada foi considerada como localizada em regiões de baixa suscetibilidade a deslizamentos,
que também correspondem aos trechos marginais aos principais cursos d’água do município.
Figura 719 – Suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa

Fonte: CPRM, 2015.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
617
2.24. ESCADARIAS DRENANTES
No município de Salvador a existência de regiões com topografia acidentada e com ocupação
habitacional desordenada, tornou-se comum a implantação de redes de drenagem superficial
associadas às escadarias de pedestres, objetivando reduzir os processos erosivos e tornando as
vias acessíveis para a população (MANGIERI, 2012). A implantação dessas escadarias iniciou-se
em meados da década de 1970, sendo projetados dispositivos pré-moldados pela extinta
Companhia de Renovação Urbana de Salvador (RENURB) para os sistemas de microdrenagem,
vias de acesso e coleta de resíduos sólidos (lixodutos) nas áreas de encostas. A RENURB foi a
responsável pela fabricação e montagem dos pré-moldados entre até a década de 1980, sendo
posteriormente a tecnologia repassada para as empresas privadas.
As escadarias e rampas drenantes propostas inicialmente eram compostas por calhas moldadas
em argamassa armada que operam por encaixe ponta-bolsa, sendo cobertas por placas e
degraus pré-moldados em concreto armado (MANGIERI, 2012). Os módulos eram leves,
permitindo o transporte e montagem manual, tendo sido inicialmente definidos duas dimensões
padrões para os degraus: 1,50 m x 0,178 m x 0,27 m e 1,50 x 0,199 m x 0,24 m (largura x altura x
comprimento). A coleta das águas pluviais ocorria por meio de orifícios nas laterais das calhas e
juntas entre as placas de cobertura, conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Figura 720 – Escadaria drenante e rampa drenante em argamassa armada

Fonte: MANGIERI, 2012

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
618
Tendo como base as possíveis contribuições de vazões, a partir de estudos hidrológicos
realizados pela RENURB em bacias de Salvador, foram definidas seções tipo para as calhas
batizadas de módulos R, R1, R2 e R3 que formavam os trechos em rampa, e os módulos E e E2,
específicos para os trechos de escadarias, conforme apresentado na Erro! Fonte de referência
não encontrada..
Figura 721 – Módulos drenantes da escadaria drenante

Fonte: MANGIERI, 2012


De acordo com Mangieri (2012), após alguns anos de implantação diversos problemas foram
registrados, como (Erro! Fonte de referência não encontrada.):

• furtos das peças, sendo que esta ação era favorecida pelo reduzido peso dos pré-moldados,
principalmente as placas de cobertura nos trechos em rampas. Em virtude disso, os degraus e
placas passaram a ser fabricados em concreto convencional, sendo somente as calhadas moldadas
em argamassa armada.;
• transporte irregular de esgoto doméstico bruto, associado também pela falta de informação da
população;
• ausência de implementação completa do projeto, como a falta de pavimentação nas áreas laterais
de algumas escadarias;
• situações de risco dos transeuntes devido a movimentação das placas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
619
Figura 722 – Degradação das escadarias e rampas drenantes

Fonte: MANGIERI, 2012


Em virtude dos problemas registrados ao longo dos anos com as escadarias, em 1999 a Prefeitura
Municipal iniciou um programa de recuperação modificando o projeto original. Nessa recuperação,
foi previsto na parte interna dos trechos em degraus a implantação de tubos de PVC em paralelo
com diâmetro de 200 mm, sendo preenchido os espaços vazios com material argiloso; não foram
identificados estudos que subsidiaram a definição dos diâmetros. Em intervalos de 20 metros e
nos pontos de mudança de direção foram também implantadas caixas coletoras com grelhas de
concreto, para a captação das águas pluviais. Além disso, o programa contemplou a instalação de
sistema separador absoluto com a construção de rede coletora de esgotos nas áreas lateais das
escadarias (MANGIERI, 2012).
Figura 723 – Desenho esquemático e registro fotográfico da alteração do modelo de
escadaria drenante na década de 1990

Fonte: MANGIERI, 2012

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
620
Apesar das mudanças realizadas a partir de 1999, o novo modelo adotado aumentava o
escoamento superficial sobre a área da escada, prejudicando o acesso da população nos
períodos chuvosos; as escadas continuaram transportando esgotos sanitários, devido a
inconclusão das ligações domiciliares; a presença de odores e roedores afetavam as residências
próximas das caixas coletoras; e os diâmetros reduzidos implicavam num sistema operante como
conduto forçado (MANGIERI, 2012).
A partir de 2008 foi realizada uma nova proposta de modelo para as escadarias, sendo adotados
condutos de PVC, tipo Rib Loc, com diâmetro de 400 mm implantados sob escadaria de concreto
convencional, com caixas coletoras e grelhas construídas em intervalos a cada 10 metros e nos
pontos de mudança de direção, conforme exemplificado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Figura 724 - Modelo de escadaria drenante a partir de 2008

Fonte: MANGIERI, 2012

Em estudo realizado por Mangieri (2012) foram identificados no município de Salvador quatro
tipos básicos de escadarias drenantes com variações de estrutura e seções, sendo apresentados
na Erro! Fonte de referência não encontrada. os principais tipos e na Erro! Fonte de
referência não encontrada. as seções transversais médias das escadarias. Com relação à
utilização dos modelos foi recomendado que nos modelos que utilizam condutos de PVC em
trechos longos, que seja adotado ancoragens. Quanto aos modelos 02, 03A e 03 B, Mangieri
(2012) destaca que exigem mais escavações, o que pode afetar nos custos de implantação, além

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
621
disso recomenda que as caixas coletoras sejam alteradas quanto à largura, devendo ser da
mesma largura da escada. Enfatiza-se também a questão da necessidade de padronização da
abertura das grelhas, de forma que seja compatível com a função da via de acesso.
Figura 725 – Tipos de escadarias drenantes identificadas em Salvador

Fonte: MANGIERI, 2012

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
622
Figura 726 – Seções transversais médias dos tipos de escadarias drenantes

Fonte: MANGIERI, 2012

2.24.1. CADASTRO DAS ESCADARIAS DRENANTES


O levantamento das escadarias drenantes no município de Salvador se baseou no cadastro
disponibilizado pela Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN), no qual constava a relação
de escadarias por ruas, e que foram construídas ou reformadas no período de 2007 a 2020,
sendo que essa diferenciação não constava no cadastro. Posteriormente esses dados foram
especializados pelo Consórcio CSB, categorizados por bacias hidrográficas e analisados
quantitativamente.
No total foram contabilizadas 961 escadarias distribuídas entre 17 bacias hidrográficas e de
drenagem natural, sendo que 167 escadarias não foram identificadas a localização. Dentre as
bacias as que apresentaram o maior número de escadarias foram a do rio Camarajipe, do rio
Jaguaribe e do rio Lucaia, o que é justificado pela ocupação dos terrenos íngremes dessas
regiões. As bacias que possuem menor número de intervenções com escadas drenantes foram
Stella Maris, Comércio, Ila de Maré e rio Passa Vaca. Quanto a extensão total de escadarias que
foram construídas ou recuperadas no período de 2007-2020 nas bacias hidrográficas e de
drenagem natural, se contabilizou cerca de 64,6 km. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta os dados gerais das escadarias distribuídas entre as bacias de Salvador e
a

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
623
Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a distribuição espacial de 794 escadarias
que tiveram suas localizações identificadas.

Tabela 32 – Informações das escadarias drenantes por bacias hidrográficas e de drenagem


natural
EXTENSÃO TOTAL DE
BACIAS HIDROGRÁFICAS E
QUANTIDADE DE ESCADARIAS ESCADARIAS (m)
DE DRENAGEM NATURAL

Vitória/Contorno 11 485
Itapagipe 79 6.226
Plataforma 26 2.292
São Tomé de Paripe 19 1.182
Stella Maris 1 85
Comércio 2 385
Ondina 30 2.657
Ilha de Maré 1 367
Rio Camarajipe 292 21.874
Rio Cobre 45 1.904
Rio das Pedras (e Pituaçu) 62 2.972
Rio dos Seixos 15 1.959
Rio Ipitanga 11 620
Rio Jaguaribe 97 5.070
Rio Lucaia 87 5.254
Rio Paraguari 14 1.280
Rio Passa Vaca 2 176
Bacias diversas 167 9.858
TOTAL 961 64.646
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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90
Figura 727 – Localização das escadarias drenantes por bacias hidrográficas e de drenagem natural

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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A partir de uma análise temporal da quantidade de escadarias que foram reformadas/construídas
no período de 2007-2020, se observou que o maior número de intervenções ocorreu no período
de 2013-2016 com 286 intervenções, e no ano de 2020 com 289 intervenções, conforme
apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada.. Considerando os totais de
escadarias, os números obtidos indicam que cerca de 30% da totalidade dessas estruturas é
implantadas/recuperadas anualmente.
Figura 728 – Quantidade de escadarias drenantes reformadas/construídas (2007-2020)

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Seguindo a mesma análise temporal no que se refere a extensão de escadarias


reformadas/construídas, se observou que os anos citados anteriormente foram os que tiveram
maiores extensões com intervenções, sendo que no período de 2013-2016 foram cerca de 16 km
e no ano de 2020 cerca de 18 km, conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não
encontrada.. Esses valores permitem estimar a capacidade de produção para
implantação/recuperação de escadarias por ano no município permitindo realizar programações
de manutenções.
Figura 729 – Extensão total de escadarias drenantes reformadas/construídas (2007-2020)

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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626
A partir dos dados apresentados anteriormente se constatou que a capacidade média anual de
implantação/recuperação de escadarias por ano no município é de 106 escadarias/ano, o que
representa uma produtividade média de 6.870 metros/ano, considerando os dados do período de
2007-2020. No Erro! Fonte de referência não encontrada. é apresentada a localização das
escadarias drenantes por bacias hidrográficas e de drenagem natural, incluindo informações de
extensão e ano da recuperação/implantação; Destaca-se que nem todas as escadarias
constantes no cadastro disponibilizado pela SEMAN foram georreferenciadas em virtude de
informações errôneas das ruas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
627
2.25. SITUAÇÃO OPERACIONAL E DE MANUTENÇÃO GERAL
Os sistemas de drenagem urbana do município de Salvador são operados e mantidos pela
Secretaria de Manutenção da Cidade do Salvador (SEMAN), criada por meio da reforma
administrativa com base na Lei nº 8.725/2014 com a finalidade de prover a manutenção,
recuperação conservação dos bens públicos, prédios públicos, equipamentos e espaços públicos;
planejar, supervisionar, acompanhar e fiscalizar os projetos e obras de manutenção no plano de
conservação e manutenção de vias públicas, bem como gerenciar e operar os equipamentos de
engenharia urbanos nos espaços públicos de Salvador. Atualmente a SEMAN é subdivida em
diretorias, coordenadorias e respectivos setores, sendo a estrutura subdividida em:

• Diretoria de Manutenção de Infraestrutura (DMI): Responsável pela execução e coordenação dos


serviços necessários para atendimento às atribuições regimentais da Secretaria. Em seu âmbito,
estão englobadas ações de manutenção, conservação e requalificação dos sistemas de micro e
macrodrenagem, pavimentos e calçadas públicas. Além das atividades rotineiras, a DMI atua na
linha de frente de programas implementados pelo Poder Público Municipal e que visam à
modernização e adequação de espaços e equipamentos públicos.
• Diretoria de Equipamentos, Mobiliário Urbano e Espaços Públicos (DEE): Atua no gerenciamento
das ações de manutenção em áreas verdes tratadas nos espaços públicos: praças e canteiros,
edificações públicas, monumentos e prédios históricos. Coordena os serviços de podas, supressões
e paisagismo em vegetais diversos (árvores, arbustos e palmáceas) buscando sua adequação ao
ambiente urbano.
• Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador (DESAL): empresa de economia mista ligada
regimentalmente a SEMAN e responsável pela elaboração de estudos e projetos, produzir, montar,
comercializar, manter e operar equipamentos de engenharia urbana.

Dentro dessa estrutura existe a Coordenadoria de Drenagem que é responsável pelo


planejamento da operação e manutenção dos serviços de drenagem, sendo executados os
seguintes serviços de micro e macrodrenagem no município:

• Desobstrução da Rede de Microdrenagem

Desobstrução do sistema de microdrenagem consiste na limpeza das caixas coletoras de diversos


tipos e poços de visita, bem como no jateamento de galerias por meio de equipamentos de alta
pressão, tipo swer-jet, que promovem a retirada de materiais sedimentados restaurando a
capacidade de vazão das redes. É uma ação permanente executada pela SEMAN de forma
preventiva e de forma corretiva quando são identificados alagamentos. As Erro! Fonte de
referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. exemplificam a
execução de desobstrução de redes pela equipe da SEMAN em vias públicas no período diurno e
noturno, principalmente ocorrentes durante a Operação Chuva.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 730 – Serviço de limpeza de caixa coletora Figura 731 - Serviço de desobstrução da rede de
na Rua Rio Almada no bairro Monte Serrat drenagem na Rua Rio Almada no bairro Monte
Serrat

Fonte: SEMAN, 2021


Fonte: SEMAN, 2021
Figura 732 – Serviço de manutenção preventiva Figura 733 - Serviço preventivo de limpeza de
no bairro do Campo Grande Caixa coletora no bairro do Campo Grande

Fonte: SEMAN, 2021

Fonte: SEMAN, 2021

Figura 734 – Limpeza de Caixa coletora Figura 735 – Desobstrução de galeria de


drenagem

Fonte: SEMAN, 2021


Fonte: SEMAN, 2021

• Recuperação da Rede de Microdrenagem (Fuga de Material)

A recuperação consiste no reparo das galerias de águas pluviais com a substituição de manilhas e
tubos do sistema de microdrenagem. É um serviço realizado de forma corretiva, após a
observação de buracos no pavimento provocados pelo carreamento de sedimentos através do
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
629
sistema de drenagem. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. exemplificam a execução da recuperação de rede pela equipe da
SEMAN em vias públicas
Figura 736 – Fuga de material na rede da rua da Figura 737 – Sinalização de local com fuga de
Independência material

Fonte: SEMAN, 2021


Fonte: SEMAN, 2021

• Substituição de Grelhas e Tampões de Caixas e Poços de Visitas

Compreendem também as reposições de grelhas e tampões danificados em caixas de sarjeta,


caixas de passagem, poços de visitas, dentre outros componentes do sistema de drenagem.
Podem ser constituídos de férreo fundido, concreto e PEAD – Polietileno de Alta Densidade. As
Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
exemplificam a execução de serviços de assentamento de tampões em vias públicas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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Figura 738 – Serviço de assentamento de tampa Figura 739 – Serviço de recuperação de tampão
de bueiro em via pública na Avenida São Luiz, no de caixa coletora
bairro de Paripe

Fonte: SEMAN, 2021

Fonte: SEMAN, 2021

• Operação de limpeza de canais, córregos e rios


O objetivo é manter ou restabelecer as mínimas condições hidráulicas de funcionamento do sistema de
macrodrenagem da cidade, evitando e/ou minimizando possíveis danos à população nos períodos de
chuvas intensas. São serviços de dragagem realizados por equipamentos de grande porte, dentre eles:
escavadeiras hidráulicas de braço curto e longo, retro escavadeiras, pás carregadeiras e caçambas. Em
situações especiais ou pela inexistência de acesso aos equipamentos, são realizadas operações de limpeza
manuais. Ressalta-se que essa limpeza objetiva remover o material sólido depositado na parte interna dos
canais, córregos e rios, visando manter a seção hidráulica original. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. exemplificam a execução de serviços de
assentamento de tampões em vias públicas.
Figura 740 – Dragline utilizado na dragagem de Figura 741 – Caçamba utilizada nos serviços de
canais dragagem de canais

Fonte: SEMAN, 2021 Fonte: SEMAN, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
631
• Requalificação de escadarias drenantes

As escadarias drenantes constituídas por placas de concreto que além de favorecem a


acessibilidade da população, servem como estrutura de microdrenagem com estrutura interna que
permite o escoamento das águas pluviais. Para a manutenção destes equipamentos são
realizadas requalificações, como melhoria dos degraus com a uniformização de sua altura,
instalação de corrimão, pequenas contenções, pavimentação do em torno e recuperação do
sistema de drenagem. A Erro! Fonte de referência não encontrada. exemplifica os modelos de
escadaria drenante no município.
Figura 742 – Rua Glicério Pernambués. (a) Escadaria drenante modelo original; (b)
Implantação de tubo Rib Loc; (c) e (d) detalhe da nova escadaria

Fonte: SEMAN, 2021

2.25.1. SUBDIVISÃO DA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS OPERACIONAIS E DE


MANUTENÇÃO
Os serviços de operação e manutenção do sistema de drenagem no município são organizados
em função da divisão das Prefeituras-Bairros, e são executados pela equipe própria da SEMAN e
por empresas terceirizadas, vinculadas a partir de contratos. O acompanhamento e fiscalização
dos contratos, tanto de manutenção integrada quanto de limpeza de canais é realizado pela
Diretoria de Manutenção e Infraestrutura Urbana (DMI) mediante a Coordenadoria de Drenagem.

• Equipe própria da SEMAN


A SEMAN dispõe de equipe constituída por aproximadamente 60 funcionários públicos e
executam os serviços de manutenção de drenagem, em paralelo com as empresas terceirizadas.
Esse pessoal é subdividido em duas unidades operacionais: Unidade de Periperi, na rua
Demóstenes Nascimento e Unidade da Pituba, na rua Paraíba; essas unidades são
remanescentes das oitos unidades de conservação existentes no município, e extintas com a
reforma administrativa ocorrida entre os anos de 2013-2014. Essas equipes realizam serviços
como substituição de caixas coletoras, grelhas, tampões de poços de visita, recuperação de
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
632
galerias, desobstruções e limpezas de canais utilizando os equipamentos próprios da Prefeitura e
de forma complementar são utilizados equipamentos alugados. Os equipamentos próprios foram
adquiridos no ano de 2009, a partir de recursos financeiros da ordem de R$ 10,6 milhões oriundos
do extinto Ministério da Integração Nacional e investidos na compra de 36 máquinas
(motoniveladora, carregadeira de rodas, retroescavadeira, caminhões, caçambas, dentre outras)
(BAHIA JÁ, 2009). A frota de equipamentos não foi renovada no decorrer dos anos.

• Contratos de manutenção integrada


Atualmente existem quatro contratos de manutenção integrada e dois contratos para execução de
serviços de natureza contínua de limpeza, dragagem e manutenção de canais, com vigência
anual, mas com possibilidade de renovação. A descrição dos contratos de manutenção integrada
e de manutenção de canais foram apresentados detalhadamente no Tomo I.

2.25.2. EQUIPAMENTOS UTILIZADOS


Para a execução dos serviços de manutenção de microdrenagem, a SEMAN utiliza para a
desobstrução de galerias o hidrojato (Sewer-jet) e equipamentos de sucção (Vac all); para os
serviços de recuperação de rede (fugas de material) são utilizados retroescavadeira e
miniescavadeira, sendo esta utilizada em locais de difícil acesso. No caso das escadarias
drenantes também é utilizado o hidrojato para a limpeza do tubo de drenagem assentado na parte
interna dessas estruturas, que seguem o modelo mais atual. As características dos hidrojatos
utilizados nos serviços são:

o caminhões com equipamento Sewer Jet/combinado (jato de elevado pressão e aspiração),


com bomba de pressão mínima de 140 kgf/cm 2, e vácuo com deslocamento de ar de no
mínimo 12 m3/min;
o mangueira para jateamento com diâmetro interno de 111 mm e comprimento mínimo de
150 metros; e
o tanque de armazenamento com capacidade mínima de 12.000 L, divididos em 2
compartimentos, sendo 8.000 litros destinados ao armazenamento de água de
hidrojateamento e 4.000 litros destinados aos detritos coletados por vácuo.

Os equipamentos de uso individual utilizados pelas equipes na manutenção e conservação dos


sistemas de microdrenagem são alavanca, pá quadrada, martelo de calceteiro, colher de pedreiro,
mangueira nível, ponteiro, talhadeira, desempenadeira, régua de alumínio, balde plástico, linha de
pedreiro, escala de pedreiro, prumo de centro, prumo de face, marretas, martelo e serrote.
No caso da recuperação dos pavimentos, que são as superfícies por onde escoam as águas
pluviais que são direcionadas para as sarjetas, existe a Operação Tapa Buracos com equipe
específica, dotado de caçambas, caminhões para o transporte de materiais, além do Kit Compacto
Tapa-Buraco. Esse Kit corresponde a veículo equipado com silo térmico, com capacidade de 5
m3, dotado de rompedor hidráulico, limpeza com ar comprimido, secagem por aquecimento
manual de ligação, sela trinca, compactador de placa vibratória e reservatório para recolhimento

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
633
de resíudos. Na manutenção de pavimentos intertravados também são utilizados caminhões e
caçambas.
Nos serviços de manutenção de macrodrenagem, são utilizados para a limpeza mecanizada de
grandes canais, escavadeiras hidráulicas de braço curto e longo e caminhões basculante toco e
truck; e para a limpeza manual de canais são utilizadas pás, gadanhos, carrinhos de mão,
picaretas e enxadas, além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como botas, coletes
reflexivos, luvas e macacões impermeáveis.
Os equipamentos citados são alugados a partir de contratos da SEMAN com empresas
terceirizadas para a execução dos serviços, além de frota própria existente.

2.25.3. ROTINA OPERACIONAL


A rotina operacional da SEMAN, ou seja, das ações que são executadas diariamente ou
semanalmente, em situações são descritas a seguir a partir de entrevistas realizadas com a
equipe técnica do órgão.

• Programação dos serviços e hierarquização diária das demandas

Os serviços de manutenção dos sistemas não são programados e são executados com base na
demanda diária ou semanal registrada a partir de solicitações diárias ou semanais ou por meio do
Disque Salvador 156, dos gabinetes da Prefeitura Municipal e SEMAN, da Câmara de
Vereadores, das Prefeituras-Bairro, da Codesal, do Ministério Público e de canais de comunicação
como jornais e emissoras de televisão. As solicitações são hierarquizadas pela Diretoria de
Manutenção da infraestrutura Urbana/ Coordenação de Drenagem junto com a chefia da
Secretaria, categorizando-as a partir da localização das notificações e da emergência para
solução, sendo posteriormente repassadas para as equipes próprias da Prefeitura e/ou empresas
terceirizadas. Em média, são 20 equipes atuantes em campo, mantidas a partir dos contratos de
manutenção integrada com empresas terceirizadas. Cada equipe é composta em média por 5
profissionais, incluindo motoristas, encarregados, pedreiros e serventes. Não há programação
para a manutenção periódica ou preventiva dos sistemas de drenagem, e não há histórico de
registros dos serviços executados por bacia hidrográfica ou Prefeitura-Bairro, contudo, a rotina
operacional é contínua.

• Período de realização das operações

O horário de realização das operações é limitado, evitando-se a execução de serviços no período


diurno entre 9h às 12h objetivando minimizar interferências no tráfego, além de questões
relacionadas a barulhos de equipamentos, transporte de resíduos sólidos dragados e retirados de
redes de drenagem, assim para evitar os odores resultantes da limpeza. Essas operações são
realizadas no geral em horários alternativos e finais de semana. Contudo, durante a Operação
Chuva, ocorrida de forma anual, entres os meses de abril a junho, as equipes trabalham em
regime de plantão de 24 horas.
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
634
• Procedimentos de operações em áreas críticas

Em locais de risco associados a criminalidade as equipes de manutenção possuem dificuldade de


acesso, sendo que nestes casos, os serviços são realizados após articulação antecipada com os
representantes das comunidades e com os prefeitos das Prefeituras-Bairro. Para a comunicação
com a população nessas áreas, a SEMAN não possui profissionais específicos da área social ou
ambiental, contudo, havendo a necessidade são contatados os profissionais da Secretaria de
Promoção Social e Combate à Pobreza (SEMPRE). Algumas regiões com problemas de
acessibilidade são o Coroado, Boqueirão, Santa Cruz, Pau da Lima, Pernambués, Nordeste de
Amaralina, Engomadeira, Paripe, Plataforma, Calabetão, Mata Escura, Santo Inácio, Suvaco da
Cobra, Suburbana, dentre outros que se situam especificamente em áreas de baixadas, próximos
aos cursos d’água, e onde se localizam escadarias drenantes.

• Procedimentos com ligações clandestinas e ocupações em faixas de servidão dos serviços de


drenagem

Na atuação rotineira da SEMAN não existem ações ou projetos relacionados ao combate a


ligações clandestinas. No caso, durante a execução dos serviços de drenagem, principalmente
quando são realizados reparos devido a fuga de material para as redes de drenagem, caso seja
identificado a presença de esgoto, ou problema associado à rede de esgoto, a Embasa é
informada para atuação conjunta com a SEMAN na área.
De acordo com a SEMAN há a predominância de esgoto em praticamente em todas as redes de
drenagem do município, o que pode ser justificável pela ausência de educação ambiental e
desconhecimento da população quanto ao funcionamento das redes de esgoto, além da falta de
orientação técnica para a construção adequada das instalações sanitárias.
Nas situações em que se observam ocupações inadequadas em faixas de servidão dos serviços
de drenagem, como construções de residências sobre canais, com o recobrimento parcial ou total,
ou construções em áreas marginais sujeitas a inundações é contatada a Secretaria de
Desenvolvimento Urbano (SEDUR), que é responsável pela fiscalização desse tipo de ação.
Contudo, não são feitos registros históricos dos locais onde foram constatadas essas situações,
assim como os encaminhamentos executados pelos órgãos responsáveis. Além das situações de
ocupações no em torno de canais, há aquelas em que são registradas ocupações consolidadas
em áreas de servidão, especificamente sobre e no em torno de galerias de drenagem, e que
havendo ruptura das redes são realizados consertos e indenização das famílias residentes no
local.
Ressalta-se que a predominância das situações de ligações clandestinas e ocupações
desordenadas são visíveis próximos a canais abertos, situados em áreas baixas, com população
de baixa renda e com altos índices de criminalidade.

• Procedimentos nas operações de limpeza de rios, canais, diques e lagoas

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A limpeza de rios e canais não possui planejamento ou manutenção preventiva, sendo
executadas em função das solicitações de demandas registradas pela população a partir dos
meios citados anteriormente. O cadastro de canais, diques e lagoas também é inexistente, sem
informações de localização, dimensões, extensões e materiais, sendo comumente indicados suas
localizações pela população para a SEMAN.
Os serviços de limpeza (dragagem) de rios e canais abertos são executados pela equipe própria
da SEMAN, a partir de equipamentos próprios ou locados, ou a partir da terceirização dos
serviços, em função das demandas. No caso, dos canais fechados (tamponados) não é realizada
a limpeza ou manutenção, não sendo previstos recursos financeiros para essas ações. Quanto
aos procedimentos de limpeza também são inexistentes manuais ou especificações técnicas para
a execução dos serviços, pelas equipes das prefeituras e empresas terceirizadas.
Quanto a limpeza de diques e lagoas, a mesma não é prevista dentro das ações rotineiras, sendo
executado somente ações nas áreas marginais, e não há equipamentos específicos para esse
tipo de trabalho.

2.25.4. SITUAÇÃO DA MANUTENÇÃO DA INFRAESTRUTURA POR BACIAS


HIDROGRÁFICAS E DE DRENAGEM NATURAL
Os principais aspectos relacionados à situação manutenção das estruturas de drenagem
existentes, constatado a partir de visitas de campo, com entrevistas com a população e técnicos
da prefeitura são apresentados a seguir.

2.25.4.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SEIXOS


Sistemas de macrodrenagem
Canal do Vale do Canela
▪ Trecho do canal do Vale do Canaleta com o revestimento predominantemente em alvenaria de
pedras argamassadas apresenta em alguns trechos desgaste das argamassas;
▪ Presença de vegetação no revestimento de alvenaria de pedras por quase toda sua extensão, na
qual a seção do canal é aberta;
▪ Desconhecida a situação de conservação do trecho do canal na Avenida Centenário devido ao
tamponamento do mesmo, mas a SEMAN informa que não são realizadas manutenções em canais
fechados.
Sistemas de microdrenagem
▪ Declividade transversal irregular das vias de circulação associadas aos meios-fios também
irregulares, o dificulta o escoamento através de sarjetas;
▪ As caixas de inspeção são escassas e/ou cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no
pavimento;
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados, a maioria quebrados ou sem ala de
proteção das tubulações;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem dos Sistemas Marquês de Caravelas e
de Santa Maria são desconhecidas, devido a inexistência de cadastro, contudo, não são registrados
alagamentos nos locais;
▪ Lançamento final do sistema de microdrenagem Santa Maria parcialmente obstruído devido a
deposição de areia do mar.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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636
2.25.4.2. BACIA HIDROGRÁFICA DE ONDINA
Sistemas de macrodrenagem
▪ Necessidade de limpeza do canal da Avenida Anita Garibaldi parcialmente obstruído por vegetação
e resíduos sólidos;
▪ Necessidade de limpeza do canal de alvenaria de pedra do Rio dos Seixos, dentro do Campus
Ondina, parcialmente obstruído por vegetação;
Sistemas de microdrenagem
▪ Necessidade de limpeza do sistema de caixas coletoras e grelhas no em torno da Rua Manoel
Rangel;
▪ Lançamentos da microdrenagem da Avenida Anita Garibaldi no canal principal em situação
precária, sendo observado a necessidade de substituição de manilhas e construção de alas de
concreto para a proteção da estrutura;
▪ Sistemas de grelhas coletoras de drenagem localizadas de forma transversal na rua Vila Matos em
situação precária de conservação e sem padronização da construção.
▪ Situação interna de limpeza das escadarias drenantes é desconhecida.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIIPE


Sistemas de macrodrenagem
Rio Camarajipe
• Constado aterramento parcial da seção do canal Camarajipe na Rua Bom Juá, além da deposição
de resíduos sólidos de construção civil;
• Trecho do canal principal a partir do Largo do Retiro bastante assoreado, com presença de resíduos
sólidos como material de construção civil e vegetação de grande porte.
Canal do rio Calafate/San Martim
▪ Constatado assoreamento, vegetação em crescimento e presença de resíduos sólidos nas seções
abertas do canal;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário que dificultam as operações devido aos riscos
sanitários
Canal do rio Campinas/Bonocô
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Constatado assoreamento e presença de resíduos sólidos nas seções abertas do rio
Campinas/Bonocô;
Canal da Baixa do Matatu
▪ Presença de vegetação na parte dos taludes do canal;
▪ Taludes do canal deteriorados por construções de particulares;
▪ Canal se encontra parcialmente assoreado.
Sistemas de microdrenagem
• Sistemas de grelhas transversais deteriorados e sem padronização na construção, muitos se encontram
obstruídos por resíduos sólidos, principalmente na região da Avenida San Martim;
• Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a inexistência
de cadastro;
• Existência de construções sobre as redes de drenagem o que impede a acessibilidade para
manutenção;
• Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
• Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
• As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
• Algumas escadarias drenantes em situação precária com a presença de resíduos sólidos e ligações
clandestinas de esgoto na parte interna, assim como placas de concreto danificadas;
• Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio;
• Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.25.4.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LUCAIA
Sistemas de macrodrenagem
▪ O canal do rio Lucaia com revestimento em alvenaria de pedra na Rua Lucaia até o lançamento
final se encontra deteriorado com presença de vegetação em crescimento, e pedras soltas;
▪ Constatado assoreamento, presença de resíduos sólidos e vegetação no interior dos canais, como
no canal da Rua Padre Eloy e do Vale das Pedrinhas, com seção aberta visível;
▪ Estrutura do canal da Rua Wanderley Pinho danificada;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais;
▪ Não são previstas a realização de limpezas e dragagens no Dique do Tororó.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de microdrenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ Lançamentos de bueiros danificados, com tubulação quebrada e sem ala de proteção;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Escadarias drenantes em situação precária com a presença de resíduos sólidos e ligações
clandestinas de esgoto na parte interna, assim como placas de concreto danificadas;
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade como nos
trechos do bairro Engenho Velho da Federação.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS/PITUAÇU


Sistemas de macrodrenagem
▪ Os canais revestidos estão com os revestimentos deteriorados;
▪ Constatado assoreamento, presença de resíduos sólidos e vegetação no interior dos canais;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais;
▪ Não são previstas a realização de limpezas e dragagens em lagoas.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de microdrenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ Lançamentos de bueiros danificados, com tubulação quebrada e sem ala de proteção;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Escadarias drenantes em situação precária com a presença de resíduos sólidos e ligações
clandestinas de esgoto na parte interna, assim como placas de concreto danificadas;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio;
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.25.4.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA
Sistemas de macrodrenagem
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados, como o trecho do
Passa Vaca abaixo da Avenida Paralela;
▪ Não são previstas a realização de limpeza de diques e lagoas localizadas na área da bacia, por se
situarem em áreas particulares e por não haver não serem registradas solicitações.
Sistemas de microdrenagem
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados em alguns locais, a maioria
quebrados;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE


Sistemas de macrodrenagem
▪ Constatado assoreamento do canal, presença de resíduos sólidos e vegetação nos taludes dos
canais dos rios Cambonas, Trobogy e outros;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de resíduos sólidos e assoreamento em diques e lagoas;
▪ Existência de caixas coletoras ou caixas coletoras em estado precário de conservação, com grelhas
danificadas ou sem os mesmos;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário em todos os canais identificados;
▪ Não são previstas a realização de limpezas em lagoas e diques.
Sistemas de microdrenagem
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados, a maioria quebrados ou sem ala de
proteção das tubulações;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de drenagem que impedem a manutenção;
▪ Lançamento final do sistema de microdrenagem Santa Maria parcialmente obstruído devido a
deposição de areia do mar.
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ Lançamentos de bueiros danificados, com tubulação quebrada e sem ala de proteção;
▪ Lançamentos de bueiros nas áreas de praias parcialmente ou totalmente entupidos com areia e
danificados devido a ação da maré;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Desconhecida a situação de conservação dos trechos de canais fechados, mas de acordo com
SEMAN não são realizadas manutenções nesses canais;
▪ Escadarias drenantes em situação precária com a presença de resíduos sólidos e ligações
clandestinas de esgoto na parte interna, assim como placas de concreto danificadas;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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2.25.4.8. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DO COBRE
Sistemas de macrodrenagem
▪ Os canais revestidos estão com os revestimentos deteriorados;
▪ Constatado assoreamento, presença de resíduos sólidos e vegetação no interior dos canais
identificados, dentre os quais o da Rua Joana D’Árc, da Rua Sr. Do Bonfim, da rua Isabel Gentil, da
rua São Bartolomeu, da rua 1º de Novembro e da Travessa Charmosa;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais;
▪ Não são previstas a realização de limpezas e dragagens em lagoas.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de microdrenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio;
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.9. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI


Sistemas de macrodrenagem
▪ Canal do Paraguari na região de Vista Alegre parcialmente ocupado por vegetação e resíduos
sólidos na parte interna, e com necessidade de retaludamento;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais existentes;
▪ Canal do rio Paraguari e da Nova Constituinte parcialmente assoreados, e com presença de
vegetação;
▪ Canal da rua Bambuí/Carlos Gomes/Frederico Costa obstruídos e com placas de concreto
deterioradas.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de microdrenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras escassos, com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte
interna, sendo constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, com obstruções devido a intervenções de
moradores, e com necessidade de sacheamento;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais, de micro e macrodrenagem prejudicada devido
a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.10. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA


Sistemas de macrodrenagem
▪ Os canais naturais dos rios Ipitanga e afluentes com presença de resíduos sólidos, vegetação de
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640
médio porte e assoreamento;
▪ Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais, principalmente pelos empreendimentos domiciliares em
implantação na região;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais, principalmente no trecho do rio Ipitanga,
entre os bairros de Cassange e São Cristovão.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de microdrenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio;
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.11. BACIA HIDROGRÁFICA DE ILHA DE MARÉ


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente
Sistemas de microdrenagem
• A estrutura existente é precária, em condições ruins de manutenção;
• As canaletas se encontram obstruídas por vegetação e detritos necessitando de limpeza e
recuperação do revestimento da seção interna.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.12. BACIA HIDROGRÁFICA DA ILHA DOS FRADES


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente
Sistemas de microdrenagem
• As canaletas se encontram obstruídas por vegetação e detritos necessitando de limpeza e
recuperação do revestimento da seção interna.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.13. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA VITÓRIA/CONTORNO


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente
Sistemas de microdrenagem
▪ Declividade transversal irregular das vias de circulação associadas aos meios-fios também
irregulares, o dificulta o escoamento através de sarjetas;
▪ As caixas de inspeção são escassas e/ou cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no
pavimento;
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados, a maioria quebrados ou sem ala de
proteção das tubulações.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.14. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA AMARALINA/PITUBA


Sistemas de macrodrenagem

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641
• Inexistente;
Sistemas de microdrenagem
• Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas;
• Presença de lançamentos de esgoto sanitário;
• Caixas coletoras com grelhas danificadas;
• Não são previstas a realização de limpezas na Lagoa dos Patos;
• Lançamentos de galerias de microdrenagem nas áreas de praias parcialmente ou totalmente
entupidos com areia e danificados devido a ação da maré;
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.15. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DO COMÉRCIO


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente
Sistemas de microdrenagem
▪ Necessidade de limpeza de caixas coletoras que se encontram assoreadas em diversas vias
públicas da bacia;
▪ Declividade transversal irregular das vias de circulação associadas aos meios-fios também
irregulares, o dificulta o escoamento através de sarjetas;
▪ As caixas de inspeção e caixas coletoras se encontram deterioradas, com placas soltas ou
quebradas.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.16. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ARMAÇÃO/CORSÁRIO


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente;
• Não são previstas a realização de limpezas periódicas na Lagoa dos Frades (Parque dos
Dinossauros).
Sistemas de microdrenagem
• Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
• Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
• As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
• Desconhecida a situação de conservação dos trechos do canal fechado da Baixa-Fria/Orla
Marítima, mas de acordo com SEMAN não são realizadas manutenções nesses canais;
• Placas de recobrimento do canal da Baixa-Fria/Orla Marítima danificadas e trechos sem placas
colocando em risco a circulação dos moradores;
• Existência de construções sobre os sistemas de drenagem que impedem a manutenção.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.17. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ITAPAGIPE


Sistemas de macrodrenagem
• Revestimento do canal da Baixa do Fiscal se encontra deteriorado, com leito assoreado, com
presença de resíduos sólidos e vegetação no seu em torno;
• Situação interna da estrutura do Canal Bate Estaca e do Canal Joanes são desconhecidas, devido
ao tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
• Presença de lançamentos de esgoto sanitário.
• Existência de construções sobre os trechos de canais fechados o que impede a manutenção e a
realização de reparos.
Sistemas de microdrenagem
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados, a maioria quebrados ou sem ala de
proteção das tubulações;
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
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▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de drenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio, em
diversas ruas.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.18. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE PLATAFORMA


Sistemas de macrodrenagem
• Canal do Jenipapeiro assoreado e com presença de resíduos sólidos;
• Presença de vegetação na macrodrenagem do Riacho da Plataforma próximo da Travessa Rio
Negro;
• Presença de lançamentos de esgoto sanitário no canal do Jenipapeiro;
• Ocupações irregulares no em torno dos canais limitando a faixa de servidão para a operação de
máquinas visando a limpeza dos canais;
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio de várias
ruas.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.19. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE STELLA MARIS


Sistemas de macrodrenagem
• O leito do rio Sapato nos trechos mais críticos se encontra assoreado e há a presença de vegetação
densa no em torno;
• Existência de interferências do tipo construções residenciais no em torno das margens do rio
Sapato, ou seja, inexistência de faixa de servidão para a execução de serviços de limpeza ou
dragagem;
• Caixas coletoras parcialmente deterioradas necessitando a substituição de grelhas;
• Lançamentos de microdrenagem na área da praia obstruídos devido ao efeito das marés.
Sistemas de microdrenagem
▪ Declividade transversal irregular das vias de circulação associadas aos meios-fios também
irregulares, o dificulta o escoamento através de sarjetas;
▪ As caixas de inspeção e caixas coletorass são escassas e/ou cobertas pelas frequentes obras de
recapeamento no pavimento;
▪ Os lançamentos de microdrenagem se encontram deteriorados, a maioria quebrados ou sem ala de
proteção das tubulações.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.20. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE SÃO TOMÉ DE PARIPE


Sistemas de macrodrenagem
▪ Constatado assoreamento do canal Charles Bronson e no da Estação Ferroviária de Paripe,
presença de resíduos sólidos e vegetação nos taludes;
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▪ Revestimento do canal Charles Bronson e da Estação Ferroviária de Paripe se encontra
deteriorado;
▪ Situação interna da estrutura das galerias de macrodrenagem são desconhecidas, devido ao
tamponamento, não sendo previsto serviços de limpeza em sistemas fechados;
▪ Presença de vegetação no canal da Avenida São Luiz;
▪ Presença de lançamentos de esgoto sanitário nos canais.
Sistemas de microdrenagem
▪ Situação interna da estrutura das galerias de microdrenagem são desconhecidas, devido a
inexistência de cadastro, contudo, não são registrados alagamentos nos locais;
▪ Existência de construções sobre os sistemas de drenagem que impedem a manutenção;
▪ Caixas coletoras com grelhas danificadas e obstruídas com resíduos sólidos na parte interna, sendo
constatado também em alguns locais a presença de esgoto;
▪ Sarjetas e meio-fio danificados ao longo das ruas, e com obstruções devido a intervenções de
moradores;
▪ As caixas de inspeção de galerias de drenagem ou tampões de poços de visitas são escassas e/ou
cobertas pelas frequentes obras de recapeamento no pavimento;
▪ Necessidade de sacheamento para remoção de vegetação na pavimentação e meio-fio
▪ Acessibilidade para manutenção em diversos locais prejudicada devido a criminalidade.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

2.25.4.21. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA ILHA DE BOM JESUS DOS PASSOS


Sistemas de macrodrenagem
• Inexistente
Sistemas de microdrenagem
• As canaletas se encontram obstruídas por vegetação e detritos necessitando de limpeza e
recuperação do revestimento da seção interna;
• Sistemas de grelhas coletoras danificados.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
644
2.26. ÁREAS POTENCIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE DETENÇÃO,
RETENÇÃO OU AMORTECIMENTO DE CHEIAS
Os sistemas de detenção, retenção ou amortecimento de cheias, considerados como soluções
coletivas, são projetados para reduzir os picos das vazões de cheia dos rios urbanos e proteção
de áreas situadas a jusante, minimizando os impactos do escoamento das águas pluviais. Trata-
se de uma tecnologia recomendada como forma mitigar a ocorrência de enxurradas, alagamentos
e inundações em cidades que contornam rios urbanos, e que possuem bacias com
impermeabilização elevada ou que possuem indisponibilidade para ampliação de sistemas de
macrodrenagem. Assim, esses sistemas evitam que sejam executadas executar obras extensas
ao longo de todos os condutos (galerias e canais) que integram o sistema de drenagem.
Na elaboração do PMSBI as áreas potenciais foram identificadas a partir de imagens de satélite
do Google Earth e de observações registradas em visitas de campo, sendo priorizado a indicação
de áreas livres, localizadas próximos a cursos d’água e em áreas mais baixas das bacias
hidrográficas, que futuramente possam ser utilizadas para a construção de reservatórios de
detenção, retenção ou amortecimento de cheias.
Ressalta-se que atualmente existem as áreas naturais de fundos de vales, lagoas e inundáveis,
não ocupadas e que naturalmente atuam na retenção, retenção e amortecimento de cheias,
devendo as mesmas serem preservadas. Essas áreas foram apresentadas por bacias
hidrográficas e de drenagem natural nos capítulos anteriores.
Contudo, a seleção de áreas para fins de elaboração e execução de projetos desses sistemas
necessitam do conhecimento quanto às curvas cota x área x volume, de análises
hidrológico/hidráulicas, geotécnicas, econômicas quanto a implantação e desapropriação de áreas
e imóveis, ambientais e sociais. A seguir são apresentadas as áreas indicadas somente para as
bacias hidrográficas ou de drenagem natural, que possuem disponibilidade de espaços nas
condições citadas anteriormente, dentre as quais:

• Bacia hidrográfica do rio Lucaia;


• Bacia hidrográfica do rio Camarajipe;
• Bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu;
• Bacia hidrográfica do rio do Cobre;
• Bacia hidrográfica do rio Passa Vaca;
• Bacia hidrográfica do rio Paraguari;
• Bacia hidrográfica do rio Ipitanga.

Nessa abordagem é válido destacar também as soluções individuais para detenção e retenção de
cheias podem ser aplicáveis de forma complementar às soluções coletivas citadas anteriormente,
a partir do aproveitamento de águas pluviais, podendo ser inclusive uma alternativa de acesso a
água e de redução das pressões nos mananciais (SILVA et al, 2021). Diante desse aspecto,
Wong & Brown (2009) apud Silva (2021) enfatiza a necessidade de discutir acerca das cidades
sensíveis à água, ou seja, aquelas que planejam otimizar os recursos hídricos no meio urbano,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
645
importando menos água potável e exportando menos efluentes a partir do reuso de águas cinzas
e negras pós tratamento. Outro conceito também apresentado por Wong & Brown (2009) apud
Barbosa (2019) quanto a cidades sensíveis a água se refere à visão do manejo das águas
urbanas por meio da transformação dos sistemas de água, compreendendo uma transição do
abastecimento de água e disposição de águas residuais para sistemas mais complexos e flexíveis
que integrem diversas fontes alternativas de água.

Conforme apresentado no Tomo I, o município de Salvador possui um grande potencial hídrico


referente ao aproveitamento das águas pluviais, com precipitações totais entorno de 2.000
mm/ano, mas pouco explorado como fonte alternativas para atendimento de no mínimo usos não
consuntivos da população. Logo, considerar o aproveitamento dessas águas como fonte
complementar ao abastecimento humano pode enquadrar o município dentro da abordagem de
cidades sensíveis água, além de principalmente minimizar a demanda dos sistemas de
microdrenagem.

2.26.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LUCAIA


Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Lucaia, foi possível encontrar locais que são
potenciais áreas para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento de
cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada., tendo sido
contabilizado 5 locais potenciais. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostram os locais potenciais identificados.
Tabela 33 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Lucaia
Identificação Local Longitude Latitude
LUC 1 Parque da Cidade 556989.00 m E 8562989.00 m S
Praça Doutor João
LUC 2 552899.00 m E 8564084.00 m S
Mangabeira
LUC 3 Largo Lord Cockrane 553364.00 m E 8563540.00 m S
LUC 4 Área do CREA 554490.18 m E 8564095.20 m S
LUC 5 Praça Ana Lúcia Magalhães 558421.77 m E 8563531.00 m S
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
646
Figura 743 – Área potencial LUC 1 Figura 744 – Área potencial LUC 2

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 745 – Área potencial LUC 3 Figura 746 – Área potencial LUC 4

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
647
Figura 747 – Área potencial LUC 5

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.26.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIPE


Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Camarajipe, foi possível encontrar locais que
são potenciais áreas para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento
de cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada.. As Erro! Fonte
de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram os locais
potenciais identificados.
Tabela 34 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Camarajipe
Identificação Local Longitude Latitude
Jusante do Riacho do Sossego
CAM 1 557436.07 m E 8569729.35 m S
próximo da BR-324
CAM 2 Trecho do Riacho da Mata Escura 558310.37 m E 8569320.10 m S
Trecho de talvegue na região do
CAM 3 556959.00 m E 8566267.00 m S
Shopping Bela Vista
Trecho do Riacho do Grotão de
CAM 4 555826.00 m E 8564432.00 m S
Daniel Lisboa
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
648
Figura 748 – Área potencial CAM 1 Figura 749 – Área potencial CAM 2

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 750 – Área potencial CAM 3 Figura 751 – Área potencial CAM 4

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.26.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS/PITUAÇU


Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Rio das Pedras (Pituaçu), foi possível encontrar
locais que são potenciais áreas para implementação de sistemas de detenção, retenção ou
amortecimento de cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Através dela, é possível perceber que foram identificados 6 pontos com potencial de utilização. As
Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram algumas imagens dos locais potenciais para a implantação dos sistemas citados.
Tabela 35 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Rio das Pedras (Pituaçu)
Identificação Local Longitude Latitude
Trecho do rio Saboeiro a montante da
PIT 1 560631.00 m E 8566461.00 m S
Avenida Paralela
Talvegue na margem direita do rio
PIT 2 559576.00 m E 8571359.00 m S
Pituaçu
Talvegue na margem direita do rio
PIT 3 559830.00 m E 8570349.00 m S
Pituaçu
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Identificação Local Longitude Latitude
Trecho do rio Cachoeirinha próximo
PIT 4 560898.00 m E 8568527.00 m S
do Centro Administrativo da Bahia
PIT 5 Trecho do rio Cachoeirinha 560298.00 m E 8569580.00 m S
Trecho do rio Cachoeirinha próximo
PIT 6 561596.00 m E 8567535.00 m S
da Avenida Paralela
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 752 - Área potencial PIT 1 Figura 753 - Área potencial PIT 2

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
650
Figura 754 - Área potencial PIT 3 Figura 755 - Área potencial PIT 4

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021


Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 756 - Área potencial PIT 5 Figura 757 - Área potencial PIT 6

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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651
2.26.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA
Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Rio Passa Vaca, foi possível selecionar um
local potencial para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento de
cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada., e na Erro! Fonte de
referência não encontrada. é apresentada uma imagem do local selecionado.

Tabela 36 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Passa Vaca


Identificação Local Longitude Latitude
Trecho do rio Passa Vaca a montante
PAS 1 563236.00 m E 8569498.00 m S
da Avenida Paralela
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 758 – Área potencial PAS 1

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.26.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE


Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe, foi possível encontrar locais que
são potenciais áreas para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento
de cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada.. Através dela, é
possível perceber que foram identificados 10 pontos com potencial de utilização, sendo estes
distribuídos próximo ao rio Águas Claras, Mocambo e Jaguaribe.
Tabela 37 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Jaguaribe
Identificação Local Longitude Latitude
JAG 1 Trecho do Riacho Cabo Verde 562769.00 m E 8573813.00 m S
JAG 2 Trecho do rio Cambonas 561367.00 m E 8572522.00 m S
JAG 3 Trecho do Rio Coroado 562622.00 m E 8570520.00 m S
Trecho do rio Trobogy a
JAG 4 565279.00 m E 8569893.00 m S
montante da Avenida Paralela
Talvegue na margem esquerda
JAG 5 do rio Jaguaribe, marginal a 563633.00 m E 8572984.00 m S
Avenida 29 de Março
JAG 6 Talvegue na margem esquerda 565158.00 m E 8572573.00 m S
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652
Identificação Local Longitude Latitude
do rio Jaguaribe, marginal a
Avenida 29 de Março
JAG 7 Trecho do rio Mangabeira 569562.00 m E 8572036.00 m S
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

As imagens das áreas potenciais estão apresentadas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir.
Figura 759 - Área potencial JAG 1 Figura 760 - Área potencial JAG 2

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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653
Figura 761 - Área potencial JAG 3 Figura 762 - Área potencial JAG 4

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 763 - Área potencial JAG 5 Figura 764 - Área potencial JAG 6

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Figura 765 - Área potencial JAG 7

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.26.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
654
Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguari, foi possível encontrar um local
que é potencial área para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento
de cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada., sendo que
atualmente está previsto a construção de uma estrutura desse tipo no local (Erro! Fonte de
referência não encontrada.).

Tabela 38 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Paraguari


Identificação Local Longitude Latitude
PAR 1 Área alagável do rio Paraguari 557769.00 m E 8577792.00 m S
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 766 - Área potencial PAR 1

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

2.26.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA


Através do mapeamento da Bacia Hidrográfica do Rio Ipitanga, foi possível encontrar locais que
são potenciais áreas para implementação de sistemas de detenção, retenção ou amortecimento
de cheias, como pode ser visto na Erro! Fonte de referência não encontrada.. As Erro! Fonte
de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns
imagens dos potenciais locais selecionados.
Tabela 39 – Áreas com potencial de utilização na Bacia do Ipitanga
Identificação Local Longitude Latitude
Trecho do rio Ipitanga a jusante da
IPI 1 568016.00 m E 8573438.00 m S
barragem
Reservatório de amortecimento
IPI 2 existente com possibilidade de 570790.00 m E 8573337.00 m S
ampliação
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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655
Figura 767 - Área potencial IPI 1 Figura 768 - Área potencial IPI 2

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
656
2.27. QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS
A qualidade dos serviços prestados foi analisada a partir dos indicadores dos serviços a partir de
dados do SNIS registrados a partir do ano de 2015, sendo posteriormente apresentado o Índice
de Drenagem Urbana para o PMSBI, por bacia hidrográfica e de drenagem natural. Em seguida
são apresentadas considerações sobre eficiência energética dos serviços de drenagem, e por fim
os problemas e dificuldades gerais encontradas na execução dos serviços.

2.27.1. INDICADORES DOS SERVIÇOS A PARTIR DE DADOS DO SNIS


Os indicadores gerais, econômico-financeiros e administrativos, de infraestrutura e de gestão de
risco serão utilizados como instrumento de estudo no PMSBI, partindo dos dados do componente
de drenagem urbana e manejo de águas pluviais apresentado na plataforma do Sistema Nacional
de Informações sobre Saneamento (SNIS).
O SNIS é responsável por sintetizar as informações dos municípios brasileiros acerca dos quatro
componentes do saneamento (abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de
resíduos sólidos e limpeza urbana, e drenagem urbana e manejo de águas pluviais) a partir de
indicadores. Em 2015, o SNIS começou a coletar dados dos órgãos responsáveis pelo serviço de
Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas. Apesar disso, apenas a partir de 2016, o SNIS
teve a inclusão de mais um componente, o SNIS AP, o qual realiza o levantamento da situação
dos serviços de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais. A participação nesse eixo é voluntária,
no entanto, ela é considerada como critério de seleção para a liberação de recursos financeiros
pelos programas de investimentos do Ministério do Desenvolvimento Regional. Para o município
de Salvador, há informações dos anos de 2015, 2017, 2018 e 2019, estando ausentes as
informações do ano de 2016. Essa plataforma busca diagnosticar a cobertura, desempenho,
custos e, sob uma ótica geral, qual a situação da prestação desse serviço à população. Os
indicadores, subdivididos nas categorias Geral, Econômico-Financeiro e Administrativos,
Infraestrutura e Gestão de Riscos trabalhados nesta etapa os apresentados na Erro! Fonte de
referência não encontrada..
.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
657
Tabela 40: Indicadores do SNIS referentes aos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais
CATEGORIA DESCRIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE SIGNIFICADO CÓDIGO

002 GE001 = Área territorial total do município


Parcela de área urbana em relação 𝑋100 % GE002 = Área urbana total, incluindo áreas IN042
à área total 001
urbanas isoladas
006 GE002 = Área urbana total, incluindo áreas
Densidade demográfica na área
hab/ha urbanas isoladas IN043
GERAIS urbana 100𝑋𝐺𝐸002 GE006 =População urbana residente no município
GE002 = Área urbana total, incluindo áreas
Densidade de domicílios na área 008 urbanas isoladas
dom/ha IN044
urbana 100𝑋𝐺𝐸002 GE008 = Quantidade total de domicílios urbanos
existentes no município
AD001 - Quantidade de pessoal próprio alocado
nos serviços de Drenagem e Manejo das Águas
Participação do pessoal próprio 𝐴𝐷001 Pluviais Urbanas
sobre o total de pessoal alocado 𝑋100 %
AD003 - Quantidade total de pessoal alocado nos
IN001
nos serviços 𝐴𝐷003
serviços de Drenagem e Manejo das Águas
Pluviais Urbanas
FN005 - Receita operacional total dos serviços de
Taxa Média Praticada para os 𝐹𝑁005 R$/ Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Serviços de Drenagem e Manejo 𝑋100 und.ano GE007 - Quantidade total de unidades edificadas
IN005
das Águas Pluviais Urbanas 007
existentes na área urbana do município
CB003 - Quantidade total de unidades edificadas
urbanas tributadas com taxa específica dos
ECONÔMICO- Receita operacional média dos 𝐹𝑁005 R$/ serviços de Drenagem e Manejo das Águas
FINANCEIROS E IN006
serviços por unidade tributada 𝐶𝐵003 und.ano Pluviais Urbanas
ADMINISTRATIVOS FN005 - Receita operacional total dos serviços de
Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
GE007 - Quantidade total de unidades edificadas
Despesa Média Praticada para os 𝐹𝑁016 R$/ existentes na área urbana do município
Serviços de Drenagem e Manejo IN009
007 und.ano FN016 - Despesa total com serviços de Drenagem
das Águas Pluviais Urbanas
e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Participação da Despesa Total dos
𝐹𝑁016 FN012 - Despesa total do município
Serviços de Drenagem e Manejo
das Águas Pluviais Urbanas na 𝑋100 % FN016 - Despesa total com serviços de Drenagem IN010
𝐹𝑁012 e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Despesa Total do Município
Despesa per capita com serviços 𝐹𝑁016 R$/ FN016 - Despesa total com serviços de Drenagem
IN048
de Drenagem e Manejo das Águas 006 hab.ano e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
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658
CATEGORIA DESCRIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE SIGNIFICADO CÓDIGO

PluviaisUrbanas

Investimento per capita em 𝐹𝑁022 FN022 - Investimento total em Drenagem e Manejo


R$/
drenagem e Manejo de Águas das Águas Pluviais Urbanas contratado pelo IN049
006 hab.ano
Pluviais Urbanas município no ano de referência
Diferença relativa entre despesas e (𝐹𝑁009 − 𝐹𝑁016)
FN009 - Receita total dos serviços de Drenagem e
receitas de Drenagem e Manejo de 𝑋100 % IN050
𝐹𝑁009 Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Águas Pluviais urbanas
GE006 - População urbana residente no município
Desembolso de investimentos per 𝐹𝑁023 R$/ FN023 - Desembolso total de investimentos em
IN053
capta 006 hab.ano Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
realizado pelo município no ano de referência
FN022 - Investimento total em Drenagem e Manejo
das Águas Pluviais Urbanas contratado pelo
Investimentos totais 𝐹𝑁023 município no ano de referência
desembolsados em relação aos % IN054
𝐹𝑁022 FN023 - Desembolso total de investimentos em
investimentos totais contratados
Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
realizado pelo município no ano de referência
IE017 - Extensão total de vias públicas urbanas do
Taxa de cobertura de vias públicas 𝐼𝐸019 município
com pavimentação e meio-fio na 𝑋100 % IN020
𝐼𝐸017 IE019 - Extensão total de vias públicas urbanas
área urbana
com pavimento e meio-fio
IE017 - Extensão total de vias públicas urbanas do
Taxa de cobertura de vias públicas 𝐼𝐸024 município
com redes ou canais pluviais 𝑋100 % IE024 - Extensão total de vias públicas urbanas IN021
subterrâneos na área urbana 𝐼𝐸017 com redes ou canais de águas pluviais
subterrâneos
INFRAESTRUTURA
IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais
Parcela de cursos d’água naturais 𝐼𝐸044 perenes em áreas urbanas
perenes em área urbana com 𝑋100 % IE044 - Extensão total de parques lineares ao IN025
parques lineares 𝐼𝐸032 longo de cursos d’água naturais perenes em áreas
urbanas
IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais
Parcela de cursos d’água naturais 𝐼𝐸034 perenes em áreas urbanas
𝑋100 % IN026
perenes canalizados abertos 𝐼𝐸032 IE034 - Extensão total dos cursos d’água naturais
perenes canalizados abertos em áreas urbanas

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
659
CATEGORIA DESCRIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE SIGNIFICADO CÓDIGO

IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais


Parcela de cursos d’água naturais 𝐼𝐸035 perenes em áreas urbanas
𝑋100 % IN027
perenes canalizados fechados 𝐼𝐸032 IE035 - Extensão total dos cursos d’água naturais
perenes canalizados fechados em áreas urbanas:
IE032 - Extensão total dos cursos d’água naturais
Parcela de cursos d’água naturais 𝐼𝐸033 perenes em áreas urbanas
perenes com diques 𝑋100 %
IE033 - Extensão total dos cursos d’água naturais
IN029
𝐼𝐸032
perenes com diques em áreas urbanas
Volume de reservação de águas ∑ 𝐼𝐸058 GE002 - Área urbana total, incluindo áreas urbanas
pluviais por unidade de área m3/km2 isoladas IN035
urbana 002 IE058 - Capacidade de reservação
GE002 - Área urbana total, incluindo áreas urbanas
isoladas
𝐼𝐸021 + 𝐼𝐸022 IE021 - Quantidade de caixas coletoras existentes
Densidade de captações de águas
und/km2 no município IN051
pluviais na área urbana 002 IE022 - Quantidade de bocas de leão ou caixas
coletoras múltiplas (duas ou mais caixas coletoras
conjugadas) existentes no município
GE008 - Quantidade total de domicílios urbanos
Parcela de domicílios em situação 𝑅𝐼013 existentes no município
𝑋100 % IN040
de risco de inundação 008 RI013 - Quantidade de domicílios sujeitos a risco
de inundação
GE006 - População urbana residente no município
RI029 - Número de pessoas desabrigadas ou
desalojadas, na área urbana do município, devido
a eventos hidrológicos impactantes no ano de
referência, registrado no sistema eletrônico da
Parcela da população impactada 𝑅𝐼029 + 𝑅𝐼067 Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil
GESTÃO DE RISCOS
por eventos hidrológicos 𝑋100 %
RI067 - Número de pessoas desabrigadas ou
IN041
006
desalojadas na área urbana do município devido a
eventos hidrológicos impactantes, no ano de
referência, que não foi registrado no sistema
eletrônico (S2ID) da Secretaria Nacional de
Proteção e Defesa Civil:
GE006 - População urbana residente no município
(𝑅𝐼031 + 𝑅𝐼068) óbitos /
Índice de óbitos em decorrência de RI031 - Número de óbitos, na área urbana do
eventos hidrológicos 𝑋108 100.000
município, decorrentes de eventos Hidrológicos
IN046
006 hab.
impactantes, no ano de referência, registrado no
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
660
CATEGORIA DESCRIÇÃO DO INDICADOR EQUAÇÃO UNIDADE SIGNIFICADO CÓDIGO

sistema eletrônico da Secretaria Nacional de


Proteção e Defesa Civil
RI068 - Número de óbitos na área urbana do
município decorrentes de eventos hidrológicos
impactantes, no ano de referência, que não foi
registrado no sistema eletrônico (S2ID) da
Secretaria
Nacional de Proteção e Defesa Civil:
GE005 - População total residente no município
RI043 - Quantidade de pessoas transferidas para
habitações provisórias durante ou após os eventos
Índice de habitantes realocados em 𝑅𝐼043 + 𝑅𝐼044 pessoas / hidrológicos impactantes ocorridos no ano de
decorrência de eventos 𝑋105 100.000 referência IN047
hidrológicos 005 hab. RI044 - Quantidade de pessoas realocadas para
habitações permanentes durante ou após os
eventos hidrológicos impactantes ocorridos no ano
de referência
Fonte: SNIS, 2015.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
661
2.27.1.1. INDICADORES GERAIS
Os indicadores gerais (parcela de área urbana em relação à área total, densidade demográfica na
área urbana e densidade de domicílios na área urbana) são os que se referem à população e
como ela se relaciona com o espaço urbano do município, no caso, onde são prestados os
serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais. Os dados dos indicadores gerais da
série histórica 2015-2019 do município de Salvador estão apresentados na Erro! Fonte de
referência não encontrada..

Tabela 41: Indicadores Gerais dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas
Ano 2015 2017 2018 2019
Parcela de área urbana
% IN042 43,88 100,00 37,47 46,17
em relação à área total
Densidade demográfica
GERAIS hab/ha IN043 96,00 43,00 110,00 90,00
na área urbana
Densidade de domicílios
dom/ha IN044 28,00 14,00 38,00 31,00
na área urbana
Fonte: SNIS, 2015, 2017, 2018 e 2019.

O indicador IN042 informa a parcela de área urbana em relação à área total do município servindo
como um parâmetro para estimar o grau de urbanização. Ao analisar a Erro! Fonte de referência
não encontrada., se verificou que o indicador IN042 apresentou na série histórica valores
variáveis entre 37,47 a 100%, sem identificação de uma tendência de crescimento ou
decrescimento, sendo essa variabilidade observada nos indicadores IN043 e IN044. Devido a
isso, os dados referentes à parcela de área urbana e quantitativo de domicílios em relação à área
total tornam a análise desse indicador inconsistente e destoante da realidade do município,
podendo estar associado a erros na obtenção dos valores das variáveis que são utilizadas nos
cálculos dos indicadores. Ressalta-se que o município de Salvador apresenta nas últimas décadas
tendência de crescimento da população e do número de domicílios na área urbana

2.27.1.2. INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS E ADMINISTRATIVOS


São apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada. os indicadores econômico-
financeiros e administrativos do município da série histórica de 2015-2019, referentes às receitas
e despesas dos serviços de drenagem e manejo de águas pluviais.

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Tabela 42: Indicadores Econômico-Financeiros e Administrativos dos serviços de
drenagem e manejo das águas pluviais urbanas

Ano 2015 2017 2018 2019


Participação do pessoal próprio
sobre o total de pessoal % IN001 24,70 24,70 24,70 24,70
alocado nos serviços
Taxa Média Praticada para os
Serviços de Drenagem e R$/
IN005 SI SI SI SI
Manejo das Águas Pluviais und.ano
Urbanas
Receita operacional média dos R$/
IN006 SI SI SI SI
serviços por unidade tributada und.ano
Despesa Média Praticada para
R$/
os serviços por unidade IN009 50,24 37,38 24,28 26,23
und.ano
edificada
Participação da Despesa Total
dos Serviços de Drenagem e
Manejo das Águas Pluviais % IN010 1,10 0,70 0,40 0,40
ECONÔMICO- Urbanas na Despesa Total do
FINANCEIROS E Município
ADMINISTRATIVO Despesa per capita com
S serviços de Drenagem e R$/
IN048 20,64 13,58 9,12 9,80
Manejo das Águas Pluviais hab.ano
Urbanas
Investimento per capita em
R$/
drenagem e Manejo de Águas IN049 3,99 13,07 12,32 7,37
hab.ano
Pluviais Urbanas
Diferença relativa entre
despesas e receitas de
% IN050 SI 13,09 12,89 6,16
Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais urbanas
Desembolso de investimentos R$/
IN053 SI 1,00 1,05 0,84
per capta hab.ano
Investimentos totais
desembolsados em relação aos
% IN054 SI SI SI SI
investimentos totais
contratados
Fonte: SNIS, 2015, 2017, 2018 e 2019.

O indicador IN001 se refere à porcentagem de participação do pessoal próprio sobre o total de


pessoal alocado nos serviços, dessa forma, demonstra a porcentagem de funcionários públicos
que atuam na drenagem pluvial municipal. Esse indicador se manteve constante de 2015 à 2019,
apresentando uma taxa de 24,7%, o que indica que não ocorreu ampliação da equipe técnica no
período.
O indicador IN005, refere-se à taxa média praticada para os Serviços de Drenagem e Manejo das
Águas Pluviais Urbanas, ou seja, o quanto é cobrado pelo serviço anualmente dividido pelas
edificações municipais; o IN006 é referido à receita operacional média dos serviços por unidade
tributada ao ano e o indicador IN054 se refere à taxa de investimentos totais desembolsados em
relação aos investimentos totais contratados não tiveram indicadores calculados no período.

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Apesar disso, o SNIS informa que não é feita qualquer forma de cobrança ou de ônus indireto pelo
uso ou disposição dos serviços de drenagem e que a forma de custeio por esses serviços ocorre
por meio dos recursos do orçamento geral do município.
Através do indicador IN009, nota-se que houve uma queda notável na despesa média praticada
para os serviços de drenagem por unidade edificada no município ao longo dos anos em análise.
No período os valores foram variáveis entre 24,28 a 50,24 R$/und.ano, sendo o menor valor
registrado no ano de 2018 e o maior valor no ano de 2015. Entre os anos de 2015-2016 ocorreu
uma redução de 26%, e entre 2017-2018 ocorreu uma redução maior de 35%, sendo somente no
período de 2018-2019 registrado um aumento de 8%.
O indicador IN010 fala sobre a participação da despesa total dos serviços de drenagem e manejo
das águas pluviais urbanas na despesa total do município, resultando em um valor decrescente ao
longo dos anos analisados. Os dados mostraram que o ano de 2015 foi o que apresentou o maior
percentual de despesa dos serviços de drenagem em relação à despesa total do município, no
caso, 1,1%, sendo esse percentual reduzido ao longo dos anos atingindo somente 0,4% no ano
de 2018-2019, o que representa uma redução de 64%. Ressalta-se que o decréscimo nas
despesas desse serviço pode ter prejudicado as ações de manutenção ou implantação de novas
estruturas de drenagem, sendo que o nível de urbanização no período foi crescente.
O indicador IN048, referente à despesa per capita com serviços de drenagem apresentou valores
variáveis entre R$ 9,12/hab.ano a R$ 20,64/hab.ano, sendo o menor valor registrado no ano de
2018 e o maior valor no ano de 2015;o valor médio do período foi de R$ 13,28/hab.ano. Os
resultados obtidos com esse indicador seguem a mesma tendência de redução conforme
observado no IN010, sendo que entre 2015-2019 ocorreu uma redução de 53% no valor per
capita. Esses valores são importantes para a realização de estimativas dos custos per capita com
os serviços de drenagem ao longo do horizonte de planejamento do PMSBI.
Com o indicador IN049, exibindo um resultado sobre o investimento per capita em drenagem é
demonstrado que, de 2015 à 2017, houve um aumento de até 3 vezes nos recursos financeiros,
contudo, nos anos subsequentes ocorreram reduções nesses valores. Os valores dos
investimentos per capita no período variaram entre 3,99 R$ hab./ano a 13,07 R$ hab./ano, sendo
que o valor médio foi de 9,18 R$ hab./ano. Quando se compara a relação proporcional entre
despesa e investimentos per capita, no caso, entre os indicadores IN048 e IN049, se observou
que no período as despesas foram superiores aos investimentos nos anos 2015 e 2019, sendo a
exceção no período 2017-2018.
O indicador IN050, que se refere à diferença relativa entre despesas e receitas, apresenta uma
queda constante ao longo dos anos nessa diferença, sendo de 0,2% de 2017 à 2018 e chegando
a 6,16% em 2019 após uma queda de 6,73% em relação ao ano anterior. O indicador IN053,
sobre desembolso de investimentos per capta, revela um valor que teve pouca oscilação entre
2017 e 2019, tendo um aumento de 5% em 2018 em relação a 2017 e uma queda de 0,11% em

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2019 em relação a 0,18, resultando em um valor de R$ 0,84/hab.ano. Em ambos os indicadores
não pode ser feita uma comparação com o valor de 2015, devido a ausência de dados.

2.27.1.3. INDICADORES DE INFRAESTRUTURA


Acerca dos indicadores de infraestrutura da drenagem urbana, que trata das vias, canais e cursos
d’água canalizados do município, assim como outras obras e aspectos de drenagem, a Erro!
Fonte de referência não encontrada. apresenta os seus resultados da série histórica de 2015-
2019.
Tabela 43: Indicadores de Infraestrutura do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas
Ano 2015 2017 2018 2019
Taxa de cobertura de
vias públicas com
% IN020 SI 52,60 52,70 52,90
pavimentação e meio-fio
na área urbana
Taxa de cobertura de
vias públicas com redes
ou canais pluviais % IN021 56,80 0,10 0,40 0,40
subterrâneos na área
urbana
Parcela de cursos d’água
naturais perenes em
% IN025 SI 3,0 3,0 SI
área urbana com
parques lineares
Parcela de cursos d’água
INFRAESTRUTURA
naturais perenes % IN026 30,00 30,00 35,00 35,00
canalizados abertos
Parcela de cursos d’água
naturais perenes % IN027 10,00 10,00 10,00 10,00
canalizados fechados
Parcela de cursos d’água
naturais perenes com % IN029 100,00 100,00 10,00 10,00
diques
Volume de reservação
de águas pluviais por m3/km2 IN035 10.854,55 SI SI SI
unidade de área urbana
Densidade de captações
de águas pluviais na und/km2 IN051 691,00 303,00 809,00 660,00
área urbana
Fonte: SNIS, 2015, 2017, 2018 e 2019.

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O indicador IN020, sobre a taxa de cobertura de vias públicas com pavimentação e meio-fio na
área urbana, demonstra o quanto a infraestrutura das vias impacta diretamente na gestão das
águas pluviais e mostra o desenvolvimento urbano do município ao apresentar a cobertura das
vias públicas com pavimentação e meio-fio. Esse indicador ainda infere na permeabilidade das
vias, visto que a pavimentação atua como um impermeabilizante, demandando que o sistema seja
ainda mais eficiente, com redes e canais pluviais. A partir de 2017, houve um aumento decimal na
taxa desse indicador, sendo de 0,1% em 2018 e de 0,2% em 2019, resultando em um valor de
52,9%.
O indicador IN021, que trata sobre a taxa de cobertura de vias públicas com redes ou canais
pluviais subterrâneos na área urbana, apresentou no ano de 2015 taxa de 56,80%, e nos anos
subsequentes variou entre 0,10 a 0,40%. O resultado apresentado no ano de 2015 deve estar
associado a erro no cálculo das variáveis, pois tecnicamente deveria ser considerada crescente.
No caso do município de Salvador o cálculo desse indicador é de difícil mensuração, pois
necessita da informação quantitativa quanto a extensão de vias com públicas com redes, sendo
que no município inexiste o cadastro de drenagem.
O IN025, que se refere à parcela de cursos d’água naturais perenes em área urbana com parques
lineares, apresenta uma porcentagem pouco expressiva (3% em 2017 e 2018), contudo, não se
identificam no município cursos d’água com parques lineares, e é desconhecida a forma de
obtenção desses valores, sendo recomendável se desconsiderar esses valores.
O indicador IN026, sobre a parcela de cursos d’água naturais perenes canalizados abertos, trata
dos trechos naturais de rios que foram submetidos a intervenções em suas calhas, sendo
observado um aumento nas intervenções de 30% para 35% nos trechos totais de rios entre os
anos de 2015-2019. Em levantamento realizado pelo Consórcio CSB se estima que a extensão
total dos canais de macrodrenagem naturais abertos seja em torno de 100 km, logo se estima que
a extensão de canais naturais submetidos a intervenções em torno de 30 km, considerando o
valor do percentual do indicador.
Quanto ao indicador IN027, sobre a parcela de cursos d’água naturais perenes canalizados
fechados, e que na prática representa a situação de tamponamento dos rios, apresenta um valor
constante de 10% ao longo dos anos analisados. Em levantamento realizado pelo Consórcio CSB
se estima que a extensão total dos canais de macrodrenagem naturais fechados seja em torno de
20 km, o que representa 13% da extensão total dos canais do município. Alguns trechos de canais
tamponados corresponde ao dos rios do Seixos, na Avenida Centenário, o do rio Lucaia, na
Avenida Vasco da Gama, e do rio das Pedras, no bairro do Imbuí.
O indicador IN029, sobre a parcela de cursos d’água naturais perenes com diques, apresenta
taxas de 100% nos anos de 2015 e 2017, o que não condiz com a realidade dos cursos hídricos
do Salvador, podendo este resultado estar associado a erros na obtenção das variáveis. Nos anos
de 2018-2019 os valores desse indicador foram de 10%, podendo ser considerado mais
condizente com a realidade. Alguns cursos d’água naturais com diques, represas ou açudes no
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município de Salvador são o rio Lucaia, com o Dique do Tororó; o rio Pituaçu com a barragem de
Pituaçu; o rio Camarajipe com o Dique do Cabrito; o rio Ipitanga, com as barragens Ipitanga I e
Ipitanga II, e o rio Cobre, com a barragem do Cobre.
O indicador IN035, que se refere ao volume de reservação de águas pluviais por unidade de área
urbana, apresenta um valor de 10.854,55 m³/km² no ano 2015, não possuindo informações de
dados nos anos posteriores, impedindo uma avaliação atualizada do indicador. Também é
desconhecida a informação sobre capacidade de reservação que foi utilizada para a obtenção do
indicador.
Encerra-se a análise dos indicadores de infraestrutura com o IN051, sobre a densidade de
captações de águas pluviais na área urbana, sendo definido pelo total de captações de água
pluvial (caixas coletoras) em função da área urbana definida pelo município. A obtenção desse
indicador depende do cadastro quantitativo de caixas coletoras existente no município, ou por
amostragem de áreas. Apesar dos números apresentados, enfatiza-se que inexiste cadastro
dessas estruturas no município de Salvador.

2.27.1.4. INDICADORES DA GESTÃO DE RISCO


Em relação aos indicadores de gestão de risco, que são relacionados com a ocorrência de
inundações, enxurradas, alagamentos e nas suas implicações/consequências, como óbitos,
desabrigamentos e realocações, servem como norteadores na definição das ações de controle de
enchentes e na drenagem urbana. Os valores dos indicadores da série histórica 2015-2019 estão
apresentados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 44: Indicadores de Gestão de Riscos do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas
Ano 2015 2017 2018 2019
Parcela de domicílios em
situação de risco de % IN040 SI 0,30 0,30 0,30
inundação
Parcela da população
impactada por eventos % IN041 0,00 0,10 0,10 0,10
hidrológicos
GESTÃO DE
Índice de óbitos em óbitos /
RISCOS
decorrência de eventos 100.000 IN046 0,00 0,00 0,00 0,00
hidrológicos hab
Índice de habitantes pessoas
realocados em /
IN047 SI 75 81 141
decorrência de eventos 100.000
hidrológicos hab
Fonte: SNIS, 2015, 2017, 2018 e 2019.

O indicador IN040 faz referência à parcela de domicílios em situação de risco de inundação em


relação ao número total de domicílios, de forma a entender qual a parcela desses que se
encontram em áreas que apresentam perigo à população. De acordo com os resultados o valor do
IN040 indica que em média 0,3% dos domicílios do município se encontravam em situação de
risco, sendo que muitos desses devem estar localizados em áreas marginais aos rios urbanos. Os

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dados do Censo 2010 contabilizou cerca de 858.496 domicílios particulares permanente, e
consequentemente esse número cresceu ao longo dos nos. Considerando os dados do ano 2010
para uma estimativa preliminar, a parcela de domicílios em situação de risco seria de
aproximadamente 2.575 domicílios. Quanto ao indicador IN041, que apresenta a porcentagem da
população impactada por eventos hidrológicos, se estima que 0,1% da população seja afetada, o
que corresponde a 2.900 pessoas considerando os dados mais atuais da população de Salvador
(2,9 milhões de pessoas).
O IN046, referente ao índice de mortes como consequência dos eventos hidrológicos, obtém um
resultado nulo para todos os anos analisados, sendo sua ocorrência está associada
principalmente aos deslizamentos de terra nas encostas. Com os investimentos realizados nos
últimos anos pela Prefeitura Municipal e Governo do Estado em obras de contenção/estabilização
de encostas, os riscos e consequentemente o número de óbitos reduziu.
Por fim, o indicador IN047 trata dos habitantes, que devido ao desabrigamento decorrente dos
eventos hidrológicos críticos, foram realocados em outras regiões onde o risco de inundação é
menor. De acordo com o SNIS, esse número vem crescendo ao longo dos anos, de 75 para 141
pessoas/100.000 habitantes no ano de 2019. Os números podem indicar o crescimento da
ocupação de áreas de risco pela população, como áreas inundáveis, ou a redução de
investimentos em ações de manutenções preventivas dos sistemas de drenagem.
No geral os indicadores do SNIS, nas categorias gerais, econômico-financeiros e administrativos,
de infraestrutura e de gestão de risco mostram que o município apresenta uma tendência de
aumento na urbanização, o que consequentemente impacta na demanda dos serviços de
drenagem urbana. Com relação à questão econômica se constata que ocorreu nos últimos anos
uma redução dos investimentos per capita dos serviços de drenagem, ou seja, apresentou uma
tendência de redução dos investimentos, num sentido contrário ao crescimento do grau de
urbanização.
Quanto aos indicadores de infraestrutura os valores não são confiáveis, pois dependem de
informações cadastrais da estrutura existente, sendo que essa base de informações está em
construção com a elaboração do PMSBI. Logo, os valores dos indicadores possivelmente tenham
sido estimados e devem ser considerados com parcimônia. Ao se avaliar os indicadores de gestão
de risco, os valores apresentados se mostraram condizentes com a realidade a partir da consulta
de dados da SEMPRE.

2.27.2. ÍNDICE DE DRENAGEM URBANA PARA O PMSBI


No caso do município de Salvador o índice de drenagem proposto, que irá compor o Índice de
Saneamento Básico (ISB), é apresentado, de forma simplificada em virtude da limitação de
informações, considerando os trechos alagáveis ou inundáveis das vias públicas do município,
conforme apresentado na equação a seguir.

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𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜𝑑𝑜𝑠𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑠𝑑𝑒𝑟𝑢𝑎𝑠𝑐𝑜𝑚𝑟𝑒𝑔𝑖𝑠𝑡𝑟𝑜𝑠𝑑𝑒𝑎𝑙𝑔𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠𝑒𝑖𝑛𝑢𝑛𝑑𝑎çõ𝑒𝑠
𝐼𝐷𝑈 =
𝐸𝑥𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙𝑑𝑜𝑠𝑡𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜𝑠𝑑𝑒𝑟𝑢𝑎𝑠
As extensões dos trechos de ruas com registros de alagamentos e inundações foram
quantificados a partir da espacialização dos pontos críticos analisados a partir das notificações
registradas na Defesa Civil de Salvador (Codesal) do período de 2016-2020, e os pontos do
Estudos de Concepção de Bacias Hidrográficas (SEINFRA, 2015). A extensão total dos trechos de
ruas foi obtido a partir do mapeamento oficial do ano de 2017 disponibilizado pela Secretaria
Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR). A base de informação das notificações não
informa a extensão dos trechos de ruas com os registros de alagamentos e inundações, em
função disso foi efetuada uma verificação das localizações dos pontos críticos e de imagens de
eventos de alagamentos e inundações ocorrentes no município, adotando-se uma extensão média
de 150 metros. Essa extensão adotada considera o trecho diretamente e indiretamente afetado
para a circulação de pessoas e veículos. O indicador IDU foi obtido a nível de área de Prefeitura -
Bairro e por bacia hidrográfica, e considera que a qualidade do serviço é precária quanto maior for
o valor do percentual obtido.
O indicador calculado nesse PMSB e utilizado em planos de saneamento de outros municípios
brasileiros, como exemplo Belo Horizonte, não define uma faixa de classificação específica que
esteja associe à qualidade do serviço ou da situação do mesmo. Em função disso, considerando
as particularidades do município de Salvador foram adotadas quatro classes de qualidade para o
serviço: péssimo, ruim, regular e bom, semelhante ao considerado na avaliação dos demais
componentes de saneamento. Contudo, a faixa percentual por classe de qualidade a ser adotada
foi proposta após a verificação dos índices de todas as bacias hidrográficas e de drenagem
natural, considerando como valor mais crítico para a classificação aquele próximo ao da bacia
considerada como mais precária quanto ao serviço. Assim, para a apresentação do índice de
drenagem urbana do PMSBI do município de Salvador são propostas as classes de qualidade do
serviço apresentadas no Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Quadro 26 – Classes de qualidade do serviço do IDU
Classificação Faixa de classificação (%)

Péssimo 11,26-15,00

Ruim 7,51 - 11,25

Regular 3,76 - 7,50

Bom 0,00 - 3,75


Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Apesar de simplificado, o índice permite inferir o percentual de ruas que possuem problemas
relacionados à drenagem urbana, podendo ser a inexistência de estrutura física de micro e/ou
macrodrenagem, estrutura existente com deficiência hidráulica ou a ausência de manutenção
(limpeza/obstrução). Os resultados do cálculo do índice IDU por bacia hidrográfica e de drenagem
natural estão apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 45 – Índice de Drenagem Urbana por Bacia Hidrográfica e de Drenagem Natural
Estimativa da
Quantidade extensão dos
Extensão
de pontos trechos de
total dos Índice de
Bacia hidrográfica ou de críticos ruas com Classificaç
trechos Drenagem
drenagem natural associados a registros de ão IDU
de ruas Urbana (%)
alagamentos alagamentos e
(km)
e inundações inundações
(km)
Bacia hidrográfica do rio dos
75,47 19 2,85 3,78% Regular
Seixos
Bacia hidrográfica de Ondina 60,67 13 1,95 3,21% Bom

Bacia hidrográfica do Camarajipe 843,20 483 72,45 8,59% Ruim

Bacia hidrográfica do rio Lucaia 349,26 123 18,45 5,28% Regular


Bacia hidrográfica do rio das
422,19 241 36,15 8,56% Ruim
Pedras/Pituaçu
Bacia hidrográfica do rio Passa
63,75 5 0,75 1,18% Bom
Vaca
Bacia hidrográfica do rio
768,34 274 41,10 5,35% Regular
Jaguaribe

Bacia hidrográfica do rio do Cobre 285,98 83 12,45 4,35% Regular

Bacia hidrográfica do rio


154,013 50 7,50 4,87% Regular
Paraguari
Bacia hidrográfica do rio Ipitanga 434,85 54 8,10 1,86% Bom
Bacia hidrográfica da Ilha dos
3,46 0 0,00 0,00% Bom
Frades
Bacia hidrográfica de Ilha de
23,78 0 0,00 0,00% Bom
Maré
Bacia de drenagem natural da
26,94 6 0,90 3,34% Bom
Vitória/Contorno
Bacia de drenagem natural de
77,13 11 1,65 2,14% Bom
Amaralina/Pituba
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Estimativa da
Quantidade extensão dos
Extensão
de pontos trechos de
total dos Índice de
Bacia hidrográfica ou de críticos ruas com Classificaç
trechos Drenagem
drenagem natural associados a registros de ão IDU
de ruas Urbana (%)
alagamentos alagamentos e
(km)
e inundações inundações
(km)
Bacia de drenagem natural do
40,28 10 1,50 3,72% Bom
Comércio
Bacia de drenagem natural de
76,03 12 1,80 2,37% Bom
Armação/Corsário
Bacia de drenagem natural de
271,938 211 31,65 11,64% Péssimo
Itapagipe
Bacia de drenagem natural de
105,13 31 4,65 4,42% Regular
Plataforma
Bacia de drenagem natural de
110,32 16 2,40 2,18% Bom
Stella Maris
Bacia de drenagem natural de
195,93 37 5,55 2,83% Bom
São Tomé de Paripe
Bacia de drenagem natural de
5,45 1 0,15 2,75% Bom
Bom Jesus dos Passos
Total 4.394,11 1.680 252,00 5,73% Regular
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Os resultados apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram que a


maioria das bacias se encontra numa situação de qualidade dos serviços de drenagem
considerada como boa, corresponde a 52% do total de bacias, conforme apresentado na Erro!
Fonte de referência não encontrada.. Dentre as bacias que foram classificadas como situação
regular citam-se a bacia do rio dos Seixos, Ondina, Lucaia, Cobre, Paraguari e Plataforma, com
destaque para a bacia do rio Jaguaribe que possui a maior extensão de trechos considerados
críticos, nessa classe de enquadramento. Na situação considerada como ruim se destacam as
bacias do Camarajipe e do rio das Pedras/Pituaçu, com aproximadamente 9% dos trechos de ruas
com problemas de drenagem urbana, sendo de destaque também a bacia do Camarajipe com a
maior extensão de trechos considerados críticos, em relação às demais bacias enquadradas
nessa classificação, e que totaliza cerca de 72 km de trechos problemáticos. A bacia com a pior
classificação foi a de drenagem natural de Itapagipe, com cerca de 12% das ruas com problemas
de drenagem urbana, sendo essa situação condizente com a realidade observada em registros
históricos e nas visitações de campo.
Partindo para uma classificação geral a nível municipal, considerando tanto a área continental
como a área marítima o indicador resultou num valor de 5,73%, o que representa uma
classificação Regular para os serviços de drenagem urbana. Ressalta-se que essa análise
simplificada se limita somente aos dados disponíveis das notificações de pontos críticos e
extensões de ruas, e que para uma classificação mais precisa faz-se necessário um indicador

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mais robusto, que contemple outras variáveis, como aspectos institucionais, sociais, ambientais e
financeiros.
Figura 769 – Situação geral do indicador de drenagem urbana por bacia hidrográfica e de
drenagem natural

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a espacialização dos resultados do índice
entre as bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador.

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Figura 770 – Espacialização dos resultados o Índice de Drenagem Urbana no município de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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2.27.2.1. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
A questão energética é discutida constantemente devido a sua importância para a produção
nacional, das incertezas da sua disponibilidade, dos significativos aumentos tarifários e da
questão ambiental relacionada a emissão de gases estufa que comprometem o clima global
(SANEPAR, 2017). Diante disso, emerge as ações relacionadas à eficiência energética, que de
acordo com Silva (2016) está associado à possibilidade de utilizar menores quantidades de
energia para a produção de uma mesma quantidade de serviço, mantendo a qualidade do mesmo
e reduzindo os custos. Para tanto, uma abordagem comumente adotada se refere à redução dos
desperdícios de energia elétrica resultante de erros de concepção de projetos, tecnologias
inadequadas, procedimentos operacionais deficientes, manutenção precária e o tempo de via útil
de equipamentos ultrapassado.
De modo geral os serviços de saneamento básico, especificamente abastecimento de água,
esgotamento sanitário e manejo de resíduos sólidos demandam grande quantidade de energia
elétrica principalmente devido aos sistemas elevatórios. A energia demandada está relacionada
com a quantidade de água captada, tratada e distribuída para população, bem como a quantidade
de esgoto coletado e tratado, quando se refere aos serviços de água e esgoto.
De acordo com Sanepar (2017) os gastos com energia elétrica pelos prestadores desses serviços
no Brasil variam entre 9% a 24% de suas despesas totais, podendo comprometer de forma
significativa os faturamentos e investimentos. Dados recentes do SNIS (2019) mostraram que as
despesas dos prestadores dos serviços de água e esgoto atingiram cerca de R$ 7,2 bilhões, com
consumo de 13,26 TWh, sendo que 11,84 TWh se referiram aos serviços de abastecimento de
água e 1,42 TWh se referiam aos serviços de esgotamento sanitário.
Com o avanço da política de universalização dos serviços de saneamento básico haverá a
tendência de crescimento do consumo energético e com os reajustes anuais da tarifa de energia
se torna imprescindível o incentivo às ações de redução de despesa e consumo da mesma, assim
como o uso de energias alternativas.
No Brasil o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que é coordenado
pelo Ministério de Minas e Energia, e executado pela Eletrobras desde 1985, promove ações de
eficiência energética em diversos segmentos da economia. A partir do ano de 2016 o programa
passou a contar com recursos financeiros, a serem utilizados a partir da definição de planos
anuais de aplicação, e que devem ser elaborados e aprovados, após processo de consulta
pública.
Em meados do ano de 2003 a Eletrobras instituiu o PROCEL SANEAR – Programa de Eficiência
Energética em Saneamento Ambiental, que atua de forma conjunta com o Programa Nacional de
Combate ao Desperdício de Água (PNCDA) e o Programa de Modernização do Setor de
Saneamento (PMSS), ambos coordenados pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental,
vinculada ao Ministério das Cidades (atual Ministério do Desenvolvimento Regional). Inicialmente

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
674
o foco do PROCEL no setor de saneamento estava restrito ao uso eficiente de energia elétrica nos
conjuntos moto-bomba dos sistemas de saneamento, sendo posteriormente ampliado com a
inclusão de ações de conservação de água. Os principais objetivos do PROCEL SANEAR (2021)
são:

• Promover ações que visem ao uso eficiente de energia elétrica e água em sistemas de saneamento
ambiental, incluindo os consumidores finais;
• Incentiva o uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de prevenção à escassez de água
destinada à geração hidroelétrica;
• Contribuir para a universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para
sociedade.

Na área de saneamento se observa que a promoção de ações de eficiência energética é


direcionada para a prestação dos serviços de água e esgoto, enquanto no serviço de drenagem
urbana é considerado desprezível. Nos serviços de água e esgoto há a necessidade de sistemas
elevatórios para vencer desníveis geométricos, ou seja, são sistemas que operam por recalque;
nos serviços de drenagem urbana os sistemas operam por escoamento gravitacional, que é
influenciado pelas características físicas do terreno. Assim, os sistemas de drenagem que
contemplam dispositivos como sarjetas, valetas, galerias e canais são projetados de forma que o
escoamento das águas pluviais ocorra de forma natural até o lançamento final, sem necessidade
de sistemas de recalque, o que oneraria a manutenção do serviço.
No município de Salvador não foram identificados programas de eficiência energética para esse
serviço, sendo válido destacar que não existem no município sistemas de drenagem que operem
por recalque. Contudo, é válido destacar que em alguns rios urbanos foram instalados pela
Embasa captações de esgoto de tempo seco, geralmente localizadas na foz dos rios, à montante
das praias. Nessas captações as águas dos canais contaminadas por lançamento de esgotos
clandestinos são recalcadas para a rede coletora de esgoto da Embasa. Esses sistemas são
implantados, mantidos e operados pela Embasa, devendo ser discutida a questão de eficiência
energética na abordagem dos serviços de esgotamento sanitário.
Quanto a aspectos de legislação no PDDU (2016) é destacada no Art. 93 e 94, como diretrizes a
adoção de medidas de eficiência energética somente para a prestação dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário. Quanto ao Código de Obras (Lei Nº 9.281/2017)
também não são feitas referências quanto a ações de eficiência energética.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
675
2.27.3. PRINCIPAIS PROBLEMAS E DIFICULDADES IDENTIFICADAS NA
PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS
Conforme estabelecido no Art.19 da Lei Nº 11.445/2007, o conteúdo mínimo do PMSB deve
contemplar o “diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando
sistema de indicadores sanitários, epidemiológicos, ambientais e socioeconômicos e apontando
as causas das deficiências detectadas” (inciso I). As causas e problemas detectados podem ser
classificados em estruturais e estruturantes, sendo que as questões estruturais estão associadas
a infraestrutura existente, enquanto que as questões estruturantes estão associadas ao suporte
técnico, político e gerencial para a sustentabilidade da prestação dos serviços.
As categorias definidas para a apresentação dos problemas e dificuldades relacionados à
prestação do serviço de drenagem urbana no município de Salvador são apresentadas a seguir:

• Gestão institucional: no qual é avaliada o responsável pela prestação do serviço, os recursos


humanos, planejamento dos serviços e controle social;
• Infraestrutura de drenagem: no qual é avaliada a infraestrutura de micro e macrodrenagem
existente;
• Financeiro: no qual é avaliada a forma de obtenção dos recursos financeiros para a manutenção
dos serviços, de forma que se garanta a sustentabilidade dos mesmos;
• Socioambiental: no qual é avaliada as ações de conservação ambiental, principalmente
relacionadas à preservação das áreas verdes e na proteção dos rios urbanos, assim como a
participação social e ações de educação ambiental.

O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta os principais problemas e dificuldades


elencados por grupos temáticos, e a respectiva classificação dos mesmos (Estrutural ou
Estruturante).

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676
Quadro 27 – Relação de problemas e dificuldades nos serviços de drenagem urbana e manejo de águas pluviais em Salvador
Classificação
Eixo temático Descrição dos problemas e dificuldades dos
problemas
• Base de informações descentralizada dos sistemas de drenagem urbana dos órgãos envolvidos com o Estruturante
serviço, como SEINFRA, SUCOP e SEMAN;
• Limitação de equipe técnica de funcionários públicos capacitada para a execução de serviços de drenagem
urbana e acompanhamento de serviços de empresas terceirizadas;
• Ausência de capacitação periódica dos funcionários envolvidos com os serviços de drenagem urbana;
• Falta de canal de divulgação pública, de fácil acesso a dados de monitoramento hidroclimatológicos de
estações existentes, de mapeamento de regiões críticas e de sistemas existentes para o acompanhamento
da população e instituições de pesquisa;
• Licenciamento ambiental de empreendimentos (condomínios, prédios e outros) pela SEDUR sem
Gestão institucional considerar a capacidade (hidráulica) suporte dos sistemas de drenagem existente, com aprovação e
verificação de órgãos como SEINFRA, SUCOP e SEMAN;
• Necessidade de atualização do PDDU e do LOUOS de forma que contemple o mapeamento e a
delimitação das áreas de proteção permanente (APPs) dos rios urbanos;
• Comunicação precária entre Prefeitura Municipal e Conder (órgão estadual) nas ações que envolvem a
implantação, execução e operação de sistemas de macrodrenagem urbana;
• Utilização de caderno de projetos desatualizado para a elaboração de projetos e execução de obras no
município;
• Mapeamento cartográfico da rede hidrográfica do município está desatualizada, sem a representação de
alguns rios principais e seus principais afluentes.
• Ausência de cadastro georreferenciado de todos os sistemas de micro e macrodrenagem implantados no Estrutural
município, incluindo galerias, canais e escadarias drenantes com informações como localização, tipos de
dispositivos, materiais, seções, comprimentos e outros;
• Ocupação das faixas de servidão das redes de drenagem e canais, por construções residenciais e
comerciais, prejudicando o acesso para a reparos e manutenções periódicas dos sistemas;
Infraestrutura de • Dificuldade de acesso para a manutenção dos sistemas de drenagem devido a ocupação por facções
drenagem criminosas, como nos bairros de São Cristóvão, Bairro da Paz, São Caetano, Cajazeiras, Suburbana,
dentro outros;
• Ausência de dispositivos de sinalização da rede de drenagem em vias e áreas públicas e em áreas
operacionais;
• Inexistência de manual de drenagem do município com a definição de procedimentos para elaboração de
estudos com os métodos de cálculo e equações, materiais a serem utilizados, padrões tipo dos dispositivos

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677
Classificação
Eixo temático Descrição dos problemas e dificuldades dos
problemas
e normas técnicas de construção, operação e conservação;
• Inexistência de rotinas operacionais programadas e planejadas para os serviços de drenagem, sendo
atualmente a ações executadas por demanda emergencial e sem hierarquização de prioridades;
• Existência de regiões de baixa declividade, que dificultam o escoamento das águas pluviais e o
recobrimento de galerias;
• Contratação e execução de projetos sem análise de concepções que considerem tecnologias alternativas,
que favoreçam a utilização de materiais ecológicos, assim como o amortecimento e retenção de águas
pluviais no ambiente urbano;
• Influência marítima no funcionamento dos canais e galerias nos períodos de maré alta, provocando a
elevação do nível e a deposição de areia, reduzindo desta forma as seções hidráulicas;
• Interferência com redes adutoras de água e esgoto, assim como redes de telefonia e de energia elétrica,
que reduzem as seções de canais e galerias;
• Existência de vias públicas com sistemas de drenagem deficiente ou inexistente, com quantidades
limitadas de caixas coletoras e sarjetas;
• Intervenções em canais com a adoção de seções fechadas (tamponamento) prejudicando a manutenção
dos mesmos, como retirada de resíduos sólidos, dragagem, recuperação estrutural e identificação de
lançamentos clandestinos de esgotos;
• Falta de delimitação das faixas de servidão de todos os canais do município, devendo-se estabelecer a
partir de lei as áreas não edificáveis, de forma que permita as ações de limpeza e manutenção de canais;
• Inexistência de setor de cadastro de redes e canais com atuação constante e rotineira na atualização do
inventário da infraestrutura de drenagem existente no município, com arquivamento e catalogação dos
projetos;
• Inexistência de setor de análise de viabilidade técnica de projetos de drenagem urbana e manejo de águas
pluviais, seja para empreendimentos particulares como para os empreendimentos públicos;
• Ausência de equipamentos para a realização de limpeza em canais tamponados.
• Ausência de canal de comunicação para denúncias de lançamentos clandestinos nos sistemas de Estruturante
drenagem urbana;
• Limitação de ações de fiscalização da SEDUR quanto ao uso e ocupação do solo no município,
principalmente em áreas críticas sujeitas a inundações e próximas a sistemas de macrodrenagem, de
forma a evitar o assentamento da população;
• Ausência de cartas de suscetibilidade de inundações para todas as bacias hidrográficas do município, com
a identificação de trechos críticos ou sujeitos a inundações;

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678
Classificação
Eixo temático Descrição dos problemas e dificuldades dos
problemas
• Inexistência de sistema de alerta para inundações nos principais cursos d’água do município;
• Ausência de sistema/software de monitoramento automático e contínuo dos sistemas de micro e
macrodrenagem existente, para identificação de pontos críticos de alagamento e inundações.
• Ausência de cobrança pelos serviços de drenagem urbana, sendo que os recursos financeiros para ações Estruturante
de implantação e investimentos em obras estão restritos a recursos próprios, do Governo do Estado e
União;
• Despesas anuais com os eventos de alagamentos e inundações devido ao remanejamento temporário da
população em situação de risco, com limpeza de imóveis e ruas, e com indenizações;
• Desvalorização imobiliária em regiões com históricos de alagamentos e inundações;
• Degradação da paisagem urbana e do patrimônio público com a deterioração causadas pelos eventos
críticos;
Financeiro
• Perda econômica, tanto familiar quanto do poder público, nos períodos de eventos críticos devido ao
período com atividades trabalhistas paralisadas, em regiões situadas em áreas críticas, ou por conta de
moradores que ficam impossibilitados de circularem para o trabalho;
• Aumento do stress dos residentes em épocas de chuvas e de coletividade geral que impactam na
produtividade dos profissionais, assim como aumenta a demanda de profissionais para apoio psicológico e
social;
• Aumento do potencial de acidentes gerando despesas relacionadas a indenizações e aumento da demanda
de profissionais da área de saúde para atendimentos emergenciais.
• Necessidade de ampliar e revisar as ações e práticas de sustentabilidade previstas no programa de Estruturante
certificação ambiental IPTU Verde, com relação ao manejo de água pluviais e drenagem urbana, assim
como ampliar a sua divulgação;
• Presença de lançamentos irregulares de esgoto nos canais urbanos, devido a inexistência de redes
coletoras ou da deficiência hidráulica dos sistemas existentes, prejudicando a qualidade da água dos rios
urbanos e favorecendo a contaminação de praias;
Socioambiental • Descarte inadequado de entulhos de construção civil nas margens dos canais urbanos; reduzindo a seção
de escoamento e alterando a qualidade da água;
• Inexistência de local apropriado para a deposição de resíduos de dragagem e de limpeza dos canais;
• Limitado controle social na elaboração e execução de projetos de drenagem urbana, sem a realização de
oficinas e audiências públicas, e sem a participação de órgãos governamentais relacionados ao setor, dos
prestadores de serviços, dos usuários, de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa
do consumidor;

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Classificação
Eixo temático Descrição dos problemas e dificuldades dos
problemas
• Ausência de monitoramento do atendimento das notificações de alagamentos e inundações registrados
pela população, assim como a qualidade do serviço, a partir de registros da Codesal, Disque Salvador 156
do Serviço de Ouvidoria Geral do Município, do Portal Fala Salvador e do App Fala Salvador Cidadão;
• Ausência de programas de educação ambiental de forma contínua voltados a educação sanitária para o
controle de vetores, contra o lançamento clandestino de resíduos sólidos e esgotos nas redes de
drenagem, de conservação dos sistemas de drenagem urbana e de preservação dos recursos hídricos
existentes (rios, fontes, lagoas e diques);
• Ausência de monitoramento quantitativo das águas de rios urbanos e lagoas, objetivando acompanhar a
variação das vazões e níveis, principalmente nos períodos chuvosos a fim de obter dados para simulações
hidráulica-hidrológicas;
• Descaracterização dos rios urbanos com ações estruturais de retilização e tamponamento (fechamento dos
canais), desconsiderando as particularidades dos ecossistemas (fauna e flora aquática), o que dificulta
também a manutenção periódica.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
680
2.28. CARACTERIZAÇÃO E ZONEAMENTO DE ÁREAS SUJEITAS A INUNDAÇÕES
A caracterização apresentada a seguir aborda as principais causas das inundações, dentro do
contexto do município de Salvador, sendo posteriormente abordado sobre os prejuízos estruturais
e ônus financeiro causados por esses eventos, tendo-se como base as informações disponíveis
pela Prefeitura. Contempla nesse tópico também a apresentação das cartas de suscetibilidade a
inundações, onde são mostradas as áreas com maior probabilidade para ocorrência desses
eventos permitindo o planejamento no uso e ocupação do solo no município, principalmente no
em torno de cursos d’água.

2.28.1. CARACTERIZAÇÃO DAS CAUSAS DAS INUNDAÇÕES


As inundações compõem o grupo dos desastres naturais hidrológicos, como alagamentos,
enxurradas, tempestades, secas, estiagens, dentre outros, e que de acordo com a Classificação e
Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE, 2012) são definidas como submersão de áreas
fora dos limites normais de um curso de água em zonas que normalmente não se encontram
submersas. O transbordamento ocorre de modo gradual, geralmente ocasionado por chuvas
prolongadas em áreas de planície.
Esses eventos se diferenciam em relação a alagamentos e enxurradas, que também são
associados a problemas de drenagem de urbana. Enquanto os alagamentos se referem a
extrapolação da capacidade de sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de água
em ruas e calçadas em decorrência de precipitações intensas; as enxurradas são os escoamentos
superficiais de alta velocidade e energia resultante de chuvas intensas, normalmente ocorrente
em pequenas bacias de relevo acidentado (COBRADE, 2012). A Erro! Fonte de referência não
encontrada. exemplifica como se diferenciam os eventos hidrológicos em função dos níveis
d’água num curso d’água, com destaque para a inundação, que se refere à situação mais crítica.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
681
Figura 771 – Níveis associados aos eventos hidrológicos em rios

Fonte: INFOENEM, 2021.

UFSC (2013) apud Castro (2003) ressalta que as inundações são eventos naturais de ocorrência
periódica, sendo características das grandes bacias hidrográficas e dos rios de planície, sendo um
fenômeno de ocorrência facilmente previsível, onde as ondas de cheias desenvolvem-se de
montante para jusante. De acordo com Tucci (2015) as inundações podem ser classificadas em
dois tipos:

• Inundação ribeirinha: causada devido ao excesso de chuva que não consegue ser drenado, devido a
saturação dos solos, inundando desta forma as várzeas dos rios, sendo de ocorrência natural e periódica
anualmente. Ocorre em bacias de porte grande a médio (> 500 km2), nos trechos com declividade
pequena e com seção de escoamento pequena.
• Inundação devido à urbanização: causada devido ao aumento da impermeabilização do solo decorrente
da ocupação urbana de forma desordenada e pelo aumento de velocidade no escoamento das águas
pluviais em galerias e canais. Desta forma ocorre uma redução do tempo de escoamento fazendo com
que uma grande quantidade de água chegue ao mesmo tempo no sistema de drenagem. Ocorre em
bacias urbanas pequenas (1-100 km2).

De acordo com o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais do período de 1991-2012 (UFSC, 2013)
no Estado da Bahia foram efetuados 118 registros oficiais de inundações excepcionais, tendo sido
destacado como municípios mais severamente atingidos: Gandu, Santo Amaro, Curaçá, Jacobina,
Quijingue, Igaporã, Mirangaba, Piraí do Norte, Novo Triunfo e Serrinha. Não foram registradas
inundações severas no município de Salvador no período citado. Contudo, ao analisar os
municípios que tiveram mais danos decorrentes de eventos de alagamento, o município de
Salvador se destaca entre todos os outros do Estado. Os eventos de alagamento mais críticos no
município ocorreram no ano de 2010 onde cerca de 54.003 domicílios foram destruídos e 32.259
domicílios foram danificados.
O município de Salvador é dotado de uma densa malha hídrica, na qual se destacam nove
grandes bacias hidrográficas urbanas (rios dos Seixos, Lucaia, Camarajipe, Pedras/Pituaçu,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
682
Passa Vaca, Jaguaribe, Cobre, Paraguari e Ipitanga), com cursos d’água em condições naturais e
outros canalizados, os quais possuem registros frequentes de inundações ribeirinhas. A partir do
diagnóstico técnico-participativo pode-se enumerar as principais causas de inundações
ocorrentes, e que estão associadas à urbanização, conforme listado a seguir:

• Ocupação das áreas marginais e leito dos rios urbanos pela população, principalmente de baixa
renda, devido à falta de fiscalização e por conta da baixa frequência de ocorrência, sendo mais
frequente no período chuvoso entre abril e julho. Essas ocupações alteram as seções de
escoamento dos canais existentes, com o estreitamento da seção hidráulica a partir do
aterramento parcial para a fundação de habitações;
• Descarte de resíduos sólidos domésticos e de construção civil nos canais devido a ausência de
ações de educação ambiental, assim como a falta de contêineres coletores. Esses resíduos reduzem
as seções de escoamento dos canais e obstruem travessias como pontes, bueiros e pontilhões;
• Inexistência de zoneamento de áreas suscetíveis a inundações para o planejamento do uso do solo
e ocupação do solo urbano, de forma que auxilie as ações de fiscalização da SEDUR;
• Ausência de dragagem periódica dos canais devido a falta de planejamento e por conta do
tamponamento (seções fechadas) impossibilitando o acesso para a manutenções;
• Estruturas dos canais de macrodrenagem subdimensionadas;
• Influência das marés altas nos níveis dos canais, provocando efeitos de remanso de jusante para a
montante, podendo ultrapassar os bordos livres e extravasamento para as vias públicas no em
torno;
• Inadequada legislação de uso e ordenamento do solo que não considera a delimitação das áreas de
proteção e áreas inundáveis dos canais urbanos;
• Ausência de reservatórios de amortecimento de vazões nos principais rios urbanos e que possuem
áreas disponíveis para a implantação desses tipos de estruturas, como o existente na bacia do rio
Ipitanga;
• Variabilidade e imprevisibilidade de chuvas intensas.

2.28.2. PREJUÍZOS ESTRUTURAIS E ÔNUS FINANCEIRO CAUSADOS PELAS


INUNDAÇÕES
A ocorrência de inundações resulta em impactos estruturais, econômicos e sociais, afetando de
forma direta e indireta a população, sendo que os danos causados por inundações podem ser
classificados como tangíveis e intangíveis e num segundo nível em diretos e indiretos; sendo que
os danos tangíveis são passíveis de mensuração em termos monetários, como danos físicos a
estruturas e equipamentos, não sendo aplicado aos danos intangíveis. O Erro! Fonte de
referência não encontrada. apresenta as tipologias de danos tangíveis e intangíveis, e sua
subdivisão em diretos e indiretos (JONOV et al, 2013).
Quadro 28 – Tipologias de danos decorrentes de inundações em áreas urbanas
Danos tangíveis
Danos diretos Danos indiretos
• Danos físicos aos domicílios: construção e • Custos de limpeza, alojamento e
conteúdo das residências; medicamentos;
• Danos físicos ao comércio e serviços: • Realocação do tempo e dos gastos na
construção e conteúdo (mobiliário, reconstrução;
estoques, mercadorias em exposição, etc). • Perda de renda;

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
683
Danos tangíveis
• Danos físicos aos equipamentos e plantas • Lucros cessantes, perda de informações e
industriais. base de dados;
• Custos adicionais de criação de novas
rotinas operacionais pelas empresas;
• Efeitos multiplicadores dos danos nos
setores econômicos interconectados;
• Interrupção na produção, perda de
produção, de receita, e quanto for o caso,
de exportação;
• Efeitos multiplicadores dos danos nos
setores econômicos interconectados;
• Perturbações, paralisações e
congestionamento nos serviços, custos
adicionais de transporte, efeitos
multiplicadores dos danos sobre outras
áreas.
Danos intangíveis
Danos diretos Danos indiretos
• Ferimentos e perda de vida humana; • Estados psicológicos de estresse e
• Doenças pelo contato com a água, como ansiedade;
resfriados e infecções; • Danos de longo prazo à saúde;
• Perda de objetos de valor sentimental; • Falta de motivação para o trabalho;
• Perda de patrimônio histórico e cultura; • Inconvenientes de interrupção e
• Perda de animais de estimação. perturbações nas atividades econômicas,
meios de transporte e comunicação;
• Pertubação no cotidiano dos moradores.
Fonte: Cançado, 2005; Machado, 2005; e Parker, Green e Thompson, 1987; apud Jonov et al, 2013.

Os principais prejuízos estruturais registrados no município devido a esses tipos de desastres são
resumidamente apresentados a seguir:

• Destruição de habitações devido a elevação do nível d’água, com a perda de móveis,


eletrodomésticos, eletrônicos, alimentos, destruição de paredes e outros;
• Interrupção do tráfego nas áreas em torno do local com inundação impedindo a circulação da
população para trabalhar, realizar atividades básicas e atendimento emergencial de saúde, caso
necesssário;
• Danificação do pavimento das vias de circulação, devido a infiltração e da velocidade de
escoamento superficial das águas pluviais provocando inclusive a formação de buracos;
• Danos nas redes de esgoto, com a perda de tampões de poços de visita, com a obstrução das redes
com resíduos que se depositam nos mesmos, e o funcionamento hidráulico do sistema com
escoamento por gravidade fica prejudicado no período em que o mesmo estiver submerso;
• Danos em instalações/equipamentos e/ou interrupção do serviço de energia elétrica;
• Danos mecânicos e elétricos nos veículos presos em áreas inundáveis, além de problemas de
higienização, quando a parte interna é atingida;
• Destruição de praças e jardins, necessitando realizar a remoção de resíduos sólidos, recuperação e
higienização de equipamentos públicos.

Com relação aos ônus financeiros causados pelas inundações, eles permitem antever os recursos
necessários para o atendimento da população atingida, e está intimamente ligado à área
diretamente atingida, assim como a profundidade da região exposta ao evento, sendo necessário

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
684
a existência de mapas de inundação para a região que se deseja obter a estimativa (SILVA,
2019).
Na prática no município de Salvador não existe um inventário de danos causados a edificações e
conteúdo das edificações atingidas por eventos de inundações, mas anualmente são
disponibilizados pela Codesal os relatórios anuais da Operação Chuva nos quais constam as
ações e investimentos realizados por cada secretaria municipal envolvida na operação. Ressalta-
se que as despesas registradas no período da operação estão associadas aos eventos de
alagamentos, inundações e deslizamentos de terra, não sendo possível categorizá-los, mas por
estarem associados à eventos de chuvas intensas os mesmos serão considerados nessa análise.
A fim de estimar os prejuízos e ônus financeiros causados pelos eventos citados serão
apresentados a seguir as principais despesas da SEMPRE e da SEMAN ocorridas entre os anos
de 2018 a 2021 durante a Operação Chuva.
No geral as análises apresentadas a seguir mostram que as despesas médias associadas aos
eventos de alagamentos, inundações e deslizamento de terra estão em torno de 17 milhões de
reais; esse valor médio considera os dados do período de 2018-2021 e as despesas da SEMPRE
e SEMAN. Do montante indicado cerca de 94% está vinculado a ações da SEMAN e 6% com os
auxílios disponibilizados pela SEMPRE.

2.28.2.1. DESPESAS DA SEMPRE NA OPERAÇÃO CHUVA (2018-2021)


Durante a Operação Chuva, a atuação da SEMPRE está vinculada a execução de programas de
assistência social que objetivam atender a população em situação de vulnerabilidade e que
necessitam de auxílio devido aos efeitos da chuva, como alagamentos, inundações e
deslizamentos de terra. Atualmente, a SEMPRE oferece 10 tipos de auxílios assistenciais
eventuais, sendo que dois tipos de auxílios são oferecidos em situações causadas pelos efeitos
das chuvas:

• Auxílio Emergência: que se trata de um benefício eventual, concedido com o objetivo de garantir à
população que comprovadamente sofreram perdas decorrentes de desastres ou calamidade
pública favorecendo o reestabelecimento das condições mínimas de sobrevivência. O valor máximo
oferecido corresponde a 3 salários mínimos vigentes, pagos numa única parcela.
• Auxílio moradia: que se trata de um benefício eventual disponibilizado às famílias de baixa renda,
vítimas de situações de risco e desastre, como alagamentos, inundações e deslizamentos, no valor
mensal de R$ 300,00. A duração do pagamento depende de avaliação realizada pela equipe técnica
da SEMPRE. Os auxílios moradia são solicitados para dois tipos de situação: Evacuação Temporária,
a qual indica a saída da residência por período determinado, sendo que o retorno está
condicionado à cessação do período chuvoso ou de algum reparo no imóvel; e a
relocação/demolição, a qual indica a saída definitiva do imóvel por apresentar danos estruturais
irreversíveis.

A partir dos dados dos relatórios da Operação Chuva realizada no período de 2019-2021 se
constatou que em média foram disponibilizados anualmente cerca de 270 Auxílios Emergência

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685
durante a Operação Chuva, tendo-se um custo médio anual de 368 mil reais. Ao analisar a série
histórica se constatou que o ano de 2020 foi o que apresentou a maior despesa com esse tipo de
auxílio tendo sido direcionado cerca de 954 mil reais para a concessão de 661 benefícios. O
crescimento das despesas no ano de 2020 pode estar associado a pandemia de COVID-19, o que
possivelmente limitou a atuação das equipes de manutenção e consequentemente impactou no
funcionamento dos sistemas de drenagem, favorecendo a ocorrência de alagamentos e
inundações.
Destaca-se a maior parcela dos benefícios concedidos correspondem a 1 salário mínimo. O
histórico das despesas da SEMPRE com o auxílio emergência no período 2019-2021 estão
apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 46 – Despesas da SEMPRE com auxílio emergência (2019-2021)
Ano 2021
Total de
Despesa total com os
Benefícios Salário mínimo benefícios no
benefícios
período
Auxílio Emergência 1 SM R$ 1.192,40 111 R$ 132.356,40
Auxílio Emergência 2 SM R$ 1.192,40 9 R$ 21.463,20
Auxílio Emergência 3 SM R$ 1.192,40 5 R$ 17.886,00
Total 125 R$ 171.705,60
Ano 2020
Total de
Despesa total com os
Benefícios Salário mínimo benefícios no
benefícios
período
Auxílio Emergência 1 SM R$ 1.045,00 441 R$ 460.845,00
Auxílio Emergência 2 SM R$ 1.045,00 188 R$ 392.920,00
Auxílio Emergência 3 SM R$ 1.045,00 32 R$ 100.320,00
Total 661 R$ 954.085,00
Ano 2019
Total de
Despesa total com os
Benefícios Salário mínimo benefícios no
benefícios
período
Auxílio Emergência 1 SM R$ 998,00 206 R$ 205.588,00
Auxílio Emergência 2 SM R$ 998,00 63 R$ 125.748,00
Auxílio Emergência 3 SM R$ 998,00 12 R$ 35.928,00
Total 281 R$ 367.264,00
Ano 2018
Total de Estimativa do custo total
Benefícios Salário mínimo benefícios no mensal com os
período benefícios
Auxílio Emergência 1 SM R$ 954,00 206 R$ 196.524,00

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
686
Auxílio Emergência 2 SM R$ 954,00 63 R$ 120.204,00
Auxílio Emergência 3 SM R$ 954,00 12 R$ 34.344,00
Total 281 R$ 351.072,00
Média do período 270 R$ 368.825,32
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL -Operação Chuva, 2018-2021

Com relação ao Auxílio Moradia se constatou que no período de 2019-2021 a média do número
de benefícios concedidos foi de 2.082 benefícios, e o valor médio da despesa no período foi de
624 mil reais. Ao analisar a série histórica se constatou que o ano de 2020 foi o que também
apresentou a maior despesa com esse tipo de auxílio tendo sido direcionado cerca de 906 mil
reais para a concessão de 3.020 benefícios. O histórico das despesas da SEMPRE com o Auxílio
Moradia no período 2019-2021 está apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 47 – Despesas da SEMPRE com auxílio moradia (2018-2021)
Ano Quantidade de auxílios Valor do auxílio Valor total concedido
2021 1.103 R$ 300,00 R$ 330.900,00
2020 3.020 R$ 300,00 R$ 906.000,00
2019 1.901 R$ 300,00 R$ 570.300,00
2018 2.305 R$ 300,00 R$ 691.500,00
Média 2.082 - R$ 624.675,00
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL Operação Chuva, 2018-2021

Por fim, ao analisar os custos totais do período se consta que a despesa total da SEMPRE no
período de 2018-2021 correspondeu a 4,3 milhões de reais, com um custo médio anual de 1,0
milhão de reais com ambos auxílios. Se observa que os custos com auxílio moradia foram os
maiores no período, tendo sido direcionados cerca de 2,4 milhões de reais para esse auxílio no
período de 2018-2021. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o resumo total
das despesas da SEMPRE com a Operação Chuva no período 2018-2021.
Tabela 48 – Resumo das despesas da SEMPRE com a Operação Chuva (2018-2021)
Tipo de auxílio
Ano Total
Emergência Moradia
2021 R$ 171.705,60 R$ 330.900,00 R$ 502.605,60
2020 R$ 954.085,00 R$ 906.000,00 R$ 1.860.085,00
2019 R$ 367.264,00 R$ 570.300,00 R$ 937.564,00
2018 R$ 351.072,00 R$ 691.500,00 R$ 1.042.572,00
Total R$ 1.844.126,60 R$ 2.498.700,00 R$ 4.342.826,60
Média do
R$ 461.031,65 R$ 624.675,00 R$ 1.085.706,65
período
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL Operação Chuva (2018-2021)

2.28.2.2. DESPESAS DA SEMAN NA OPERAÇÃO CHUVA (2018-2021)


Durante a Operação Chuva, a atuação da SEMAN está vinculada a execução de ações de
manutenção da microdrenagem, dentre as quais: desobstrução de rede, recuperação da rede

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
687
(fuga de material), substituição de grelhas e tampões de caixas e poços de visitas; e ações de
macrodrenagem, com a operação de limpeza de canais, córregos e rios.
A partir dos dados dos relatórios da Operação Chuva realizada no período de 2019-2021 se
constatou que em média foram disponibilizados anualmente cerca de 15,9 milhões de reais para
ações de micro e macrodrenagem. Ao analisar a série histórica se constatou que o ano de 2018
foi o que apresentou a maior despesa tendo sido direcionado cerca de 24,9 milhões, tendo
ocorrido uma redução para 15,4 milhões no ano de 2021. As despesas do ano de 2020 não
constam nos relatórios da Operação Chuva. Quanto aos serviços mais onerosos se destacam os
vinculados à Operação Tapa Buraco, e a recuperação das redes de micro e macrodrenagem. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o resumo total das despesas da SEMAN
com a Operação Chuva no período 2018-2021.
Tabela 49- Despesas da SEMAN durante a Operação Chuva (2018-2021)
Despesas na Operação Chuva
DESCRIÇÃO
2021 2020 2019 2018
Gratificação de servidores R$ R$ R$
-
envolvidos na operação 212.320,03 399.997,82 398.665,03
R$ R$
Aquisição de insumos asfálticos - -
2.999.604,65 3.446.479,39
Aplicação de CBUQ (Operação R$ R$ R$
-
Tapa Buraco) 6.402.197,58 14.166.372,70 11.189.348,47
Aluguel de Equipamentos R$ R$ R$
-
(Dragagem de canais) 719.756,64 1.863.761,60 2.505.465,86
Recuperação de redes de R$ R$ R$
-
microdrenagem 5.101.744,56 7.662.522,63 5.052.607,74
R$
Aluguel de equipamentos -
1.500.164,58
R$ R$ R$ R$
Total
15.435.623,46 - 24.092.654,75 24.092.731,07
R$
Média do período
15.905.252,32
Nota: Os dados do ano de 2020 não foram identificados nos relatórios da Codesal
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL Operação Chuva, 2018-2021

2.28.3. CARTA DE SUSCETIBILIDADE A INUNDAÇÕES RIBEIRINHAS E DEVIDO


A URBANIZAÇÃ
As cartas de suscetibilidade a inundações ou cartas de inundações auxiliam no planejamento do
uso e ocupação do solo próximos aos sistemas de macrodrenagem, e fazem parte do Sistema de
Alertas Hidrológicos. Esses mapas permitem delimitar as áreas que podem ser potencialmente
atingidas por eventos extremos, podendo ser delimitadas com base em informações de campo
após os eventos extremos e/ou previstas a partir de modelo hidrológico e hidráulico, associadas
às vazões e cotas do curso d’água.

A geração dessas cartas a partir de informações de campo é possível desde que haja a
identificação georreferenciada dos locais críticos, podendo ser estabelecido um raio de impacto
direto e indireto, e a assim apresentar a mancha de inundação. Por outro lado, a utilização de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
688
modelagem hidrológico-hidráulica depende do levantamento topobatimétrico de qualidade com
diversas seções transversais, sendo que esse tipo de serviço de campo geralmente é
dispendioso, demorado e há a questão de acessibilidade e de segurança para determinados
locais.

No município de Salvador existem 21 bacias hidrográficas e de drenagem natural, conforme


apresentadas a seguir:

▪ I - Bacias Hidrográficas (12): Cobre, Camarajipe, Lucaia, Seixos (Barra/Centenário), Ondina,


Pedras/Pituaçu, Passa Vaca, Jaguaribe, Ipitanga, Paraguari, Ilha de Maré, Ilha dos Frades;
▪ II - Bacias de Drenagem Natural (9): São Tomé de Paripe, Plataforma, Itapagipe, Comércio,
Vitória/Contorno, Amaralina/Pituba, Armação/Corsário, Stella Maris, Ilha de Bom Jesus dos Passos.

No caso, as cartas de suscetibilidade a inundações são elaboradas para as bacias hidrográficas,


nas quais a malha hidrográfica é bem definida, principalmente com a presença de grandes cursos
d’água, que atravessam ou margeiam áreas urbanas. Dentre as 12 bacias hidrográficas citadas,
se considera que as bacias de Ilha de Maré e Ilha dos Frades correspondem a áreas de
conservação natural, com baixo grau de urbanização, com conformação física favorável ao
escoamento superficial e infiltração, e com pequenos cursos d’água aflorantes que deságuam no
mar, não sendo consideradas como bacias suscetíveis a inundações; o que justifica a não
apresentação de cartas para as mesmas.

Assim, foram consideradas 9 bacias hidrográficas (Seixos, Lucaia, Camarajipe, Pedras/Pituaçu,


Passa Vaca, Jaguaribe, Cobre, Paraguari e Ipitanga) para a apresentação do zoneamento de
áreas sujeitas a inundações ribeirinhas, e consideradas 8 bacias de drenagem natural para a
apresentação do zoneamento de áreas sujeitas a inundações devido a urbanização. Destaca-se
que no total os principais canais de macrodrenagem do município, exceção os tributários,
totalizam uma extensão aproximada de 214 km de canais naturais e artificiais, conforme
apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada., contudo, esses canais não
possuem seções topobatimétricas cadastradas, o que impossibilita a construção de cartas de
inundação a partir de modelagem hidrológico-hidráulica.

Tabela 50 – Extensão total dos canais das principais bacias hidrográficas e de drenagem
natural
Bacia hidrográfica ou de drenagem natural Extensão total dos canais (km)
Seixos 3,70
Lucaia 13,80
Camarajipe 45,21
Pedras - Pituaçu 27,48
Passa Vaca 5,04
Jaguaribe 51,47
Cobre 16,50
Paraguari 4,69
Ipitanga 35,50
Itapagipe 5,06

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689
Bacia hidrográfica ou de drenagem natural Extensão total dos canais (km)
Stella Maris 6,10
Total 214,55
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Com relação à existência desses tipos de cartas no município de Salvador se destaca a Carta de
Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação elaborado pelo Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) no ano de 2015. Essa carta se referiu ao Objeto 0602 do Plano
Nacional de Risco e Resposta a Desastres Naturais, que estava incluído no Plano Plurianual
2012-2015 do extinto Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. O zoneamento
apresentado na carta é de nível básico, obtido a partir da compilação e tratamento de dados
secundários disponíveis à época, sendo que as zonas indicadas representam áreas de
predominância quanto ao processo analisado. Foi adotada uma classificação relativa (alta, média
e baixa), onde foram apontadas as áreas onde a propensão ao processo é maior ou menor em
comparação com as outras. O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta as classes
adotadas na construção da carta de suscetibilidade a inundações da CPRM (2015).

Quadro 29 – Classes de suscetibilidade a inundações


Classe Características predominantes
Alta • Relevo: planícies e terraços fluviais e planície fluviomarinha (mangue) já modificados
por obras de engenharia, lagunas;
• Solos: hidromórficos, em terrenos situados ao longo de curso d’água, mal drenados
e com nível d’água subterrâneo alflorante a raso;
• Altura de inundação: até 1 m em relação à borda dos canais de curso d’água;
• Processos: inundação e alagamento.
Média • Relevo: áreas adjacentes às planícies fluviais tanto em região de tabuleiros
dissecados quanto colinas;
• Altura de inundação: de 2 a 3 m em relação à borda dos canais de curso d’água;
• Processos: inundação e alagamento.
Baixa • Relevo: áreas adjacentes às planícies fluviais tanto em região de Tabuleiros
dissecados quanto colinas;
• Altura de inundação: acima de 3 m em relação à borda dos canais de curso d’água;
• Processos: inundação e alagamento.
Fonte: CPRM, 2015

A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a Carta de Suscetibilidade a Inundações


elaborada pela CRPM (2015) para o munícipio, contudo, o documento destaca que estudos mais
detalhados são necessários, principalmente nas áreas classificadas como de suscetibilidade alta e
média, podendo produzir limites distintos aos indicados na carta apresentada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
690
Figura 772 – Carta Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação

Fonte: CPRM, 2015

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
691
A metodologia de modelagem das cartas de suscetibilidade a inundações apresentada pela
CPRM se baseia em dados essencialmente topográficos, tendo sido utilizado como dados:

• Orotocartas (Escala 1:10.000, resolução espacial de 0,80 m e Modelo Digital de Superfície com
resolução altimétrica de 1,8 m) cedidas pela Superintendência de Estudos Econômicos do Estado da
Bahia (2010);
• Base cartográfica SICAR 1922 – Escala 1:2.000 da base de dados geoespaciais do INFORMS.

A modelagem realizada se base na combinação de três variáveis: relevo, altitude e distância


vertical à drenagem mais próxima, sendo que a última variável é obtida a partir do modelo Height
Above the Nearest Drainage - HAND model (NOBRE et al, 2011). O modelo é aplicado no
mapeamento de terrenos e possui a capacidade de classificar a topologia HAND, separando
terrenos hidrologicamente homogêneos, e com a capacidade de geração de curvas de nível
vetoriais, normalizadas pela drenagem, indicando zonas de risco de inundação Essa ferramenta
foi concebida e inteiramente desenvolvida no Brasil, com coordenação do projeto pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de
Desastres Naturais (CEMADEN).

Os quatro procedimentos de geração da modelagem: classificação do relevo, classificação da


altitude, classificação do HAND e integração das variáveis estão resumidamente apresentados na
Erro! Fonte de referência não encontrada..

Figura 773 – Fluxograma das quatro etapas de execução da análise, classificação e


zoneamento da suscetibilidade a inundações

Fonte: Nota Técnica da CPRM, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
692
Sobre a classificação do relevo utilizaram uma biblioteca de padrões para indicar os relevos mais
suscetíveis, e a eles atribuir pesos, que indicam a predisposição ou potencialidade a processos de
inundação. No geral, as planícies receberam peso 3, devido a alta suscetibilidade a inundação,
pois estão localizadas às margens dos canais de drenagem, são hidromórficas, e correspondem
às áreas inundações quando ocorrem extravasamento dos canais. As áreas de baixadas alúvio-
coluvionares e as feições cársticas receberam o peso 2, e os terraços de modo geral, rampas de
alúvio-colúvio e depósitos tecnogênicos que se localizam em posições mais elevadas do relevo e
com menor suscetibilidade a inundações receberam o peso 1.

A classificação da altitude foi efetuada com base na informação extraída diretamente do modelo
digital do terreno, e utilizando um algoritmo de lógica Fuzzy, os valores de altitude são
classificados numa escala de 0 a 1, em que os mais próximos de 1 tendem a pertencer a áreas
mais baixas. Depois esse dado foi reclassificado numa escala de 1 a 3 utilizando o método do
Quartil, sendo o peso 3 associado a alta suscetibilidade a inundações, peso 2 para áreas
intermediárias e peso 1 para áreas de baixa suscetibilidade.

Na classificação pelo modelo HAND se calcula a cota de inundação de determinada área, sendo
também adotada uma escala de 1 a 3, onde o peso 3 é indicado para as áreas mais baixas e o
peso 1 para as áreas mais altas. Por fim, na última etapa de integração das variáveis são
somadas por álgebra de mapas originando um raster com valores de 3 a 9, para os quais são
atribuídas classes de suscetibilidade: pesos de 3 a 5 – Baixa Suscetibilidade, pesos de 6 a 7 –
Média Suscetibilidade e pesos de 8 a 9 – Alta Suscetibilidade.

Em função da limitação de informações disponíveis, adotou-se os resultados do mapeamento de


suscetibilidade a inundações ribeirinhas elaborado pela CPRM (2015) para o município de
Salvador na fase de elaboração do diagnóstico do PMSBI. Pelo fato de o PMSBI ser um
instrumento de planejamento das ações relativas aos serviços de saneamento básico no espaço
territorial do município os resultados do trabalho citado se mostram adequados objetivando a
indicação de áreas suscetíveis a inundações ribeirinhas.

Objetivando complementar o mapeamento disponibilizado pela CPRM foram sobrepostas as


notificações de alagamentos e inundações fornecidas pela Codesal, permitindo validar as áreas
suscetíveis indicadas. Assim, foram elaboradas cartas de suscetibilidade a inundações ribeirinhas
individualizadas para as principais bacias hidrográficas do município, dentre as quais: rio dos
Seixos, Lucaia, Camarajipe, Pedras/Pituaçu, Passa Vaca, Jaguaribe, Cobre, Paraguari e Ipitanga.
Ressalta-se que as cartas de suscetibilidade somente indicam áreas potenciais para a ocorrência
de inundações, mas não significa necessariamente que as mesmas poderão ocorrer devido a
incerteza dos eventos hidrológicos, contudo, servem somente como orientação para fins de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
693
planejamento do uso e ocupação do solo urbano, pois dependem de aspectos também
relacionados a infraestrutura urbana implantada.

No caso das bacias de drenagem natural foram apresentadas as cartas de suscetibilidade a


inundações devido ao processo de urbanização, conforme definição de Tucci (2015), tendo sido
apresentada a representação da hipsometria de cada bacia e a adoção das classes de
declividades definidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa)
apresentadas na Erro! Fonte de referência não encontrada.. Ressalta-se que a escala da
informação apresentada no mapeamento da CPRM não se mostrou adequada para representar as
áreas de suscetibilidade a inundações devido a processos de urbanização nas bacias de
drenagem natural.

As classes de declividades da Embrapa são categorizadas em 6 classes de relevo, que variam de


plano (menor declividade) a escarpado (maior declividade), onde se considera que as regiões com
baixas declividades são as mais susceptíveis a ocorrência de inundações/alagamentos, caso os
sistemas de drenagem sejam deficientes ou inexistentes. Essa identificação permite mapear áreas
críticas e orientar futuramente no planejamento dos serviços de manutenção.

Tabela 51 – Classes de relevo e declividades


Classes de relevo Declividade (%)
Plano 0-3
Suave Ondulado 3-8
Ondulado 8-20
Forte ondulado 20-45
Montanhoso 45-75
Escarpado >75
Fonte: Embrapa, 2021

Quanto à bacia de drenagem natural de Itapagipe, os canais existentes não são naturais, tendo
sido construídos especificamente para a drenagem urbana local, sendo no caso, o canal da Baixa
do Fiscal e canal Bate Estaca. Além disso por corresponder a uma área de aterro, e de baixa
declividade, os resultados apresentados pela CPRM não se mostraram adequados para a
representação da suscetibilidade a inundações dessa região.

Assim, especificamente para a bacia de Itapagipe adotou como metodologia a utilização dos
dados de notificações de alagamentos e inundações para a construção de mapas a partir do
método estatístico de estimação de curvas de densidades denominado como Kernel. Esse método
é considerado muito útil, de fácil uso e interpretação para o conhecimento quanto a distribuição
espacial dos eventos hidrológicos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
694
No método cada observação é ponderada pela distância em relação a um valor central, e no mapa
é plotado, a partir de métodos de interpolação, a intensidade pontual de determinado fenômeno
em toda a região de estudo, ou seja, corresponde à região diretamente e indiretamente afetada
pelos eventos críticos.

2.28.3.1. RESULTADOS DO ZONEAMENTO DE ÁREAS SUJEITAS A INUNDAÇÕES


RIBEIRINHAS
São apresentadas a seguir as cartas suscetibilidade a inundações das bacias hidrográficas de
Salvador (exceção a bacia de drenagem natural de Itapagipe) e a distribuição espacial das
notificações de alagamentos e inundações por bacia referente ao período de 2009-2019:

• Bacia do rio dos Seixos;


• Bacia do rio Lucaia;
• Bacia do rio Camarajipe;
• Bacia do rio das Pedras/Pituaçu ;
• Bacia do rio Passa Vaca;
• Bacia do rio Jaguaribe;
• Bacia do rio Cobre;
• Bacia do rio Paraguari;
• Bacia do rio Ipitanga;
• Bacia de Itapagipe.

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695
2.28.3.1.1. Bacia do rio dos Seixos
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio dos
Seixos, ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características
físicas da topografia local são:

• Trecho do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon;


• Região das ruas Doutor João Pondé e Rua Marquês de Caravelas;
• Região da Avenida Centenário, desde a Rua Nova do Calabar até a foz do rio dos Seixos;
• Trechos das ruas Afonso Celso e Avenida Almirante Marquês de Leão;
• Região da Rua Professor Sabino Silva.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio dos Seixos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
696
Figura 774 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio dos Seixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
697
2.28.3.1.2. Bacia do rio Lucaia
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Lucaia, ou
seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas da
topografia local são:

• Trecho do rio Lucaia desde a Avenida Vale dos Barris, seguindo pela Avenida Vasco da Gama até a
foz do rio no Largo da Mariquita;
• Trecho da Avenida Reitor Miguel Calmon que segue pela Avenida Garibaldi;
• Região da Rua Onze de Agosto;
• Região da Rua Sérgio de Carvalho;
• Região da Rua Neide;
• Região da Avenida General Graça Lessa;
• Região da Ladeira do Hospital Geral do Estado (HGE), englobando as ruas Jardim Santa Helena e
Rua 19 de Maio;
• Trecho do canal do braço do Camarajipe, desde o Shopping da Bahia, seguindo pela Avenida Juracy
Magalhães até a confluência com o rio Lucaia;
• Região da Rua Polêmica;
• Região no em torno da Avenida Vale das Pedrinhas,
• Região da Rua Leonor Calmon, e
• Região da Rua Oswaldo Cruz.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Lucaia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
698
Figura 775 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
699
2.28.3.1.3. Bacia do rio Camarajipe
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio
Camarajipe, ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características
físicas da topografia local são:

• Região do trecho principal do rio Camarajipe, desde o Dique de Campinas até a foz do rio no Costa
Azul;
• Região do canal do rio Calafate marginal a Avenida General San Martim;
• Região da baixada no em torno da Travessa Doutor Ladislau Cavalcanti e rua Dalmiro São Pedro;
• Região do canal marginal a Rua Cônego Pereira, Estrada da Rainha e Avenida Heitor Dias;
• Região da Rua Baixão e Rua Luís Negreiro;
• Região do canal Bonocô, que segue pela Avenida Mário Leal Ferreira e região da Baixa do Matatu;
• Região da Rua do Tubo e da Rua Santa Bárbara de Saramandaia;
• Região da Rua Beira Rio e Rua Perseverança no bairro de Pernambúes;
• Região do canal Pernambués, que segue pela Avenida 2 de Julho até a confluência com o canal do
rio Camarajipe;
• Região do canal na Avenida Miguel Navarro Cañizares no bairro da Pituba.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Camarajipe.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
700
Figura 776 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
701
2.28.3.1.4. Bacia do rio das Pedras/Pituaçu
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio
Pedras/Pituaçu, ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as
características físicas da topografia local são:

• Região do canal do rio Saboeiro, na Avenida Jorge Amado situado no bairro do Imbuí;
• Trecho do canal do rio das Pedras, que segue pela Rua Clemente Mariani até o desemboque na foz
do rio;
• Região do rio Pituaçu no em torno da 1ª Travessa Jorge Amado e Rua da Bolandeira;
• Trecho do rio Pituaçu que segue pela Via Pituaçu, atravessando os bairros de São Marcos, São
Rafael, São Sussuarana e São Rafael;
• Região da Rua Beira Rio entre os bairros de Arenoso e Novo Horizonte;
• Região da Avenida Washington, Travessa Águas Cristalinas e Travessa Edgar Medrado Júnior entre
os bairros Beiru/Tancredo Neves, Cabula e Narandiba, e
• Região da Rua Direta da Lagoa no bairro do Cabula.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Pedras/Pituaçu.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
702
Figura 777 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Pedras/Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
703
2.28.3.1.5. Bacia do rio Passa Vaca
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Passa
Vaca, ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas
da topografia local são:

• Região do rio Passa Vaca nos bairros de Patamares e Piatã, próximas da Avenida Ibirapitanga,
Avenida Tamburugy e Avenida Octávio Mangabeira.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
704
Figura 778 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Passa Vaca

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
705
2.28.3.1.6. Bacia do rio Jaguaribe
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Jaguaribe,
ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas da
topografia local são:

• Região do Rio Jaguaribe que segue pela Avenida 29 de Março, atravessando os bairros de
Mussurunga e Trobogy, até a foz do rio próximo da Avenida Octávio Mangabeira;
• Trecho do rio Trobogy que segue marginal a Rua Geraldo Del’ Rey nos bairros de Patamares e Piatã,
e
• Região do rio Mangabeira que segue pela Rua Beira Rio no bairro de Itapuã.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
706
Figura 779 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
707
2.28.3.1.7. Bacia do rio Cobre
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Cobre, ou
seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas da
topografia local são:

• Trecho do rio do Cobre próximo da foz, englobando as regiões da Rua Estrada do Cabrito, Rua São
Bartolomeu e Rua Rio Negro, no bairro de Pirajá, e
• Trecho do Riacho Mané Dendê, abrangendo as ruas Cardeal Jean e rua Pajussara, nos bairros do
Alto da Terezinha e Rio Sena.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Cobre.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
708
Figura 780 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Cobre

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
709
2.28.3.1.8. Bacia do rio Paraguari
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Paraguari,
ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas da
topografia local são:

• Região da margem esquerda do rio Paraguari, entre a Rua da Glória, Rua das Pedrinhas e Rua
Lomanto Júnior, englobando os bairros de Periperi e parte do bairro de Praia Grande.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Paraguari.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
710
Figura 781 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
711
2.28.3.1.9. Bacia do rio Ipitanga
As áreas mais suscetíveis (classificação alta) a inundações na bacia hidrográfica do rio Ipitanga,
ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características físicas da
topografia local são:

• Região do rio Ipitanga, margeando a Rua Entre Rios, Avenida Senhor do Bonfim, Rua Joaquim
Ferreira, Rua Francisco de Assis e outras, até a região da Rodovia BA-099, englobando os bairros de
Cassange, São Cristovão e Jardim das Margaridas.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia hidrográfica do rio Ipitanga.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
712
Figura 782 - Mapa de Suscetibilidade a Inundações da Bacia Hidrográfica do Rio Ipitanga

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
713
2.28.3.2. RESULTADOS DO ZONEAMENTO DE ÁREAS SUJEITAS A INUNDAÇÕES
DEVIDO A URBANIZAÇÃO
São apresentadas a seguir as cartas suscetibilidade a inundações devido a urbanização ou
alagamentos das bacias de drenagem natural de Salvador em função das declividades naturais e
a distribuição espacial das notificações de alagamentos e inundações por bacia referente ao
período de 2009-2019:

• Bacia da Vitória/Contorno;
• Bacia de Amaralina/Pituba;
• Bacia do Comércio;
• Bacia de Armação/Corsário;
• Bacia de Plataforma;
• Bacia de Stella Maris;
• Bacia de São Tomé de Paripe;
• Bacia de Itapagipe.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
714
2.28.3.2.1. Bacia da Vitória/Contorno
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados próximos da região da Bahia Marina, sendo que os pontos de alagamentos
notificados podem estar associados a deficiências do sistema de drenagem existente. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a alagamentos da
bacia de drenagem natural da Vitória/Contorno.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
715
Figura 783 –Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural da Vitória/Contorno

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
716
2.28.3.2.2. Bacia de Amaralina/Pituba
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados próximos da região da Avenida Manoel Dias da Silva, sendo que as regiões críticas
estão nas faixas de transições entre os relevos forte ondulado para ondulado. A Erro! Fonte de
referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a alagamentos da bacia de
drenagem natural de Amaralina.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
717
Figura 784 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Amaralina/Pituba

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
718
2.28.3.2.3. Bacia do Comércio
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados em regiões planas, próximas da Avenida Engenheiro Oscar Pontes, mas toda a
área com relevo do tipo ondulado atualmente também está sujeita a frequentes eventos de
alagamentos, devido a deficiência do sistema de drenagem e influência das marés. A Erro! Fonte
de referência não encontrada.apresenta a carta de suscetibilidade a alagamentos da bacia de
drenagem natural do Comércio.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
719
Figura 785 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural do Comércio

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
720
2.28.3.2.4. Bacia de Armação/Corsário
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados próximos da região da Avenida Simon Bolivar e Rua Simões Filho, situados em
região com relevo ondulado. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de
suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Armação/Corsário.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
721
Figura 786 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Armação/Corsário

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
722
2.28.3.2.5. Bacia de Plataforma
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados próximos a foz do rio Cobre, que fica numa região com o relevo mais plano, e em
locais situados próximos das faixas de transição entre os relevos escarpados e montanhosos. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a alagamentos
da bacia de drenagem natural de Plataforma.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
723
Figura 787 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Plataforma

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
724
2.28.3.2.6. Bacia de Stella Maris
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados em região com o relevo classificado com ondulado, sendo de destaque os trechos
de transição entre os relevos forte ondulado para ondulado. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de
Stella Maris.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
725
Figura 788 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de Stella Maris

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
726
2.28.3.2.7. Bacia de São Tomé de Paripe
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização, considerando a hipsometria local
estão situados em região com o relevo classificado como montanhoso/escarpado,
especificamente nas regiões mais altas. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta
a carta de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
727
Figura 789 - Áreas de suscetibilidade a alagamentos da bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
728
2.28.3.2.8. Bacia de Itapagipe
As áreas mais suscetíveis a inundações devido a urbanização na bacia de drenagem natural de
Itapagipe ou seja, que podem estar sujeitas a esses tipos de eventos, devido as características
físicas da topografia local são:

• Região do bairro de Roma e Uruguai englobando o em torno da Rua do Uruguai, Rua Luiz Régis
Pacheco e Rua 1ª de Janeiro;
• Região da Rua Voluntários da Pátria no bairro de Santa Luzia;
• Região da Rua Damião Barbosa e Rua Península do Joanes no bairro de Lobato;
• Região no em torno dos cruzamentos das ruas Resende Costa, Rua Duarte da Costa e Avenida
Caminho de Areia nos bairros de Roma.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a carta de suscetibilidade a inundações


da bacia de drenagem natural de Itapagipe.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
729
Figura 790 - Mapa de Suscetibilidade a Alagamentos e Inundações da Bacia de Drenagem Natural de Itapagipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
730
3. ANÁLISE CRÍTICA DOS PLANOS E ESTUDOS RELACIONADOS AO
MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS E DRENAGEM URBANA
São apresentados a seguir os principais planos e estudos existentes com nível de abrangência
municipal e região metropolitana, e que possuem interface com o componente de manejo de
águas pluviais e drenagem urbana, ao qual se inclui também a abordagem dos recursos hídricos,
principalmente superficiais. Posteriormente se apresentam os planos e estudos em execução no
período 2020-2021, e que possuem interface com o componente de saneamento em estudo e que
possivelmente estarão em andamento ou em conclusão antes da finalização do PMSB.
O levantamento e análise crítica dos planos e estudos permitirá identificar as principais ações que
possuem correlação com o manejo de águas pluviais e drenagem urbana, considerando que elas
servirão para nortear os objetivos, diretrizes e ações do plano em elaboração, garantindo dessa
forma a consonância entre os planos existentes.

3.1. PLANOS E ESTUDOS EXISTENTES

3.1.1. PLANO MUNICIPAL DE DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS


PLUVIAIS URBANAS DO MUNICÍPIO DE SALVADOR (2009)
O Plano Municipal de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas (PMDU) do município de
Salvador foi desenvolvido em meados dos anos de 2009 e 2010, em conjunto com os planos
setoriais de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Limpeza Urbana e Manejo de
Resíduos Sólidos, seguindo as diretrizes da Política Nacional de Saneamento Básico (Lei Federal
Nº 11.445/2007). Na época o Plano foi desenvolvido pela Fundação Escola Politécnica da Bahia
(FEP) através de contratação realizada pela extinta Secretaria Municipal de Transportes Urbanos
e Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Salvador. Para o acompanhamento dos trabalhos a
Prefeitura instituiu a Comissão Executiva do Plano Municipal de Saneamento Básico, a partir do
Decreto Municipal Nº 21.020/2010, sendo esta responsável pela coordenação do processo de
elaboração do PMSB, divulgação das informações e da mobilização da comunidade, assegurando
o controle social. A fim de garantir a participação social foram realizadas 12 Oficinas Regionais e
de Audiência Pública, além de atender aos requisitos da Norma Internacional de
Responsabilidade Social ISO 26000, da NBR 16001 e da Agenda 21 à nível local.
Visando inserir o controle social na elaboração do PMDU foram realizadas quatro oficinas
regionais alcançando um público de 204 pessoas, distribuídas nas regiões Subúrbio Ferroviário,
Comércio, Jaguaribe e Camarajipe no ano de 2011; e mais 5 oficinas regionais para apresentação
e discussão do planejamento do PMDU com 225 participantes, onde foram apresentados os
resultados da segunda campanha de oficinas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 731
Com relação a ordem cronológica dos relatórios que compõe o PMDU cita-se o Relatório de
Diagnóstico dos Serviços de Drenagem Pluvial Urbana de Salvador (Emissão: Outubro/2010), a
versão preliminar do PMDU para a Consulta Pública (Emissão: maio/2012) e o Relatório Final
(Emissão: setembro/2013). Na caracterização resumida do PMDU existente considerou-se O
Relatório Final com os resultados das oficinas e Audiência Pública, tendo sido subdividido em:

• Parte 1 - Caracterização geral do município: no qual são apresentadas informações


relativas ao contexto fisiográfico do município, sobre aspectos demográficos e dos
sistemas de saneamento básico;
• Parte 2 - Diagnóstico da Drenagem Urbana: sendo contemplado no diagnóstico a
análise hidrológica das bacias de drenagem, dos sistemas de macrodrenagem, dos pontos
críticos, cadastro das áreas de risco de inundação, e aspectos administrativos e
organizacionais, e o diagnóstico jurídico institucional;
• Parte 3 - Diretrizes, objetivos e metas: onde foram apresentadas diretrizes para o
manejo de águas pluviais, para o plano de drenagem sustentável, diretrizes legais e
institucionais, fatores condicionantes da drenagem, e os objetivos estratégicos a partir da
realização de prognóstico e definição do cenário de referência.
• Parte 4 - Programas e projetos: no qual foram apresentados os programas estruturais
(zoneamento, monitoramento e controle, adequação institucional, capacitação técnica,
programas sociais, para informação e comunicação e para educação ambiental); e
estruturantes, subdivididos em ações extensivas e intensivas, juntamente com a previsão
dos recursos financeiros necessários.

No total foram previstos 4 programas, subdivididos em Estruturantes e Estruturais e em 18


projetos apresentados resumidamente no Quadro 30.
Quadro 30 – Programas, subprogramas e projetos previstos no PMDU - Salvador
Programas Subprogramas e projetos
Subprograma de Zoneamento e Regulação
Projeto de Cadastro das Redes de Infraestrutura
Projeto de Modelagem Hidrológica
Projeto de Zoneamento e Alterações da LOUS
Subprograma de monitoramento e controle
Programa de ações e medidas
não estruturais Projeto de Sistema de Informações
Estruturantes Projeto de Alarmes de Inundação
Projeto de Plano de Contingência
Subprograma de Adequação Institucional
Projeto de Reorganização Administrativa
Projeto de Capacitação Técnica em Saneamento
Projeto de Participação Popular e Controle Social
Programas sociais
Projeto de Informação e Comunicação

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 732
Programas Subprogramas e projetos
Projeto de Educação Ambiental

Projeto de Sistema de Reserva e Amortecimento


Programa de ações e medidas
estruturais extensivas Projeto de Parques Lineares
Projeto de Recuperação de Áreas
Estruturais Desenvolvimento de Projetos
Obras de ampliação e requalificação
Programa de ações e medidas
estruturais intensivas Eliminação das áreas de riscos de inundações
Recuperação e Preservação SHIVAM (Recuperação dos
Sistemas Hídricos de Valor Ambiental)
Fonte: PMDU (2010)
Com relação aos investimentos previstos para ações estruturantes pelo PMDU – Salvador a
Tabela 52 apresenta os locais das intervenções previstas, os recursos financeiros por bacia
hidrográfica e distribuído ao longo dos horizontes de planejamento, com um montante de 132,4
milhões de reais a serem direcionados para 68 ações, sendo que 23 ações se encontravam em
execução na época de elaboração. Destaca-se que não foram previstos investimentos a longo
prazo e que somente para 10 bacias hidrográficas foram indicadas intervenções estruturantes,
sendo que a maioria estava concentrada na bacia do rio Camarajipe, num total de 17
intervenções.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 733
Tabela 52 – Investimentos previstos para as ações estruturais do PMDU de Salvador por bacia hidrográfica
Número de
Número de intervenções
Bacia intervenções em Locais das intervenções Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Total
previstas andamento
(2010)
Ondina 1 1 • OND-01 - AV ADHEMAR DE BARROS R$ 377.000 R$ 9.500.000 R$ 0 R$ 9.877.000
• LUC-01 - RUA LUCAIA
• LUC-02 - AV. VASCO DA GAMA
• LUC-03 - VALE DAS PEDRINHAS
• LUC-04 - VALE DAS MURIÇOCAS
• LUC-05 - BAIXA DA ÉGUA
Lucaia 9 7 R$ 6.215.000 R$ 1.500.000 R$ 26.300.000 R$ 34.015.000
• LUC-06 - AV. ACM / COM. RAMOS
• LUC-07 - RUA BARIRI / ENGº VELHO
DE BROTAS
• LUC-08 - RUA WANDERLEY PINHO
• LUC-09 - RUA DAS HORTÊNCIAS
• CAM-01 - RUA DAS ESPATÓDIAS
• CAM-02 - RUA MIGUEL NAVARRO Y
CANIZARES
• CAM-03 - RUA DA HARMONIA
• CAM-04 - AV. MARIO LEAL
FERREIRA / BAIXA DO TUBO
• CAM-05 - GEROP / ANTIGA
RODOVIÁRIA
• CAM-06 - ESTRADA DA RAINHA
Camarajipe 17 4 • CAM-07 - BAIXÃO DA LUIS ANSELMO R$ 1.920.000 R$ 0 R$ 27.100.000 R$ 29.020.000
• CAM-08 - BAIXA DO SANTO
ANTÔNIO
• CAM-09 – SERTANEJO
• CAM-10 - RUA SARGENTO
CAMARGO
• CAM-11 - RÓTULA DO RETIRO / SESI
• CAM-12 - VILA ANTÔNIO BALBINO
• CAM-13 - RUA NADIR DE JESUS
• CAM-14 - RUA DA ALEGRIA

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 734
Número de
Número de intervenções
Bacia intervenções em Locais das intervenções Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Total
previstas andamento
(2010)
• CAM-15 - AV. PEIXE
• CAM-16 – CALABETÃO
• CAM-17 - BOM JUÁ / ARRAIAL DO
RETIRO
• COB-01 - RUA ALVES CRUZ
• COB-02 - RUA DAS PONTES /
Cobre 4 0 PIRAJÁ R$ 0 R$ 0 R$ 0 R$ 0
• COB-03 - ESTRADA DO CABRITO
• COB-04 - RUA CABACEIRAS
• JAG-04 - RUA BEIRA RIO
• JAG-05 - COLINA DA FONTE
• JAG-06 - ALTO DO COQUEIRINHO
• JAG-07 - RUA DA ILHA
• JAG-08 - RUA DA ADUTORA
• JAG-09 - BAIXA DA SORONHA
• JAG-10 - BAIRRO DA PAZ
Jaguaribe 15 7 • JAG-11 - COND. ÁGUAS DE R$ 520.000 R$ 0 R$ 5.400.000 R$ 5.920.000
JAGUARIBE
• JAG-12 - PARQUE RESID. VILLAGE
PIATÃ
• JAG-13 - COLÔNIA DE FÉRIAS
DERALDO MOTA
• JAG-14 - RUA BAIXA FRIA
• JAG-15 - RUA CELIKA NOGUEIRA
• SUB-01 - RUA DA GLÓRIA
• SUB-02 - RUA JOÃO MARTINS
• SUB-03 - NOVA CONSTITUINTE
Suburbana 5 3 R$ 690.000 R$ 11.000.000 R$ 0 R$ 11.690.000
• SUB-04 - BAIXA DO FISCAL / NILO
PEÇANHA
• SUB-05 - RUA LUIS RÉGIS PACHECO
Itapagipe 11 1 • ITA-01 - AV. SANTA LUZIA R$ 1.210.000 R$ 17.000.000 R$ 6.500.000 R$ 24.710.000

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 735
Número de
Número de intervenções
Bacia intervenções em Locais das intervenções Emergencial Curto Prazo Médio Prazo Total
previstas andamento
(2010)
• ITA-02 - RUA DA IMPERATRIZ
• ITA-03 - BATE ESTACA
• ITA-04 - RUA LOPES TROVÃO
• ITA-05 - FEIRA DO CURTUME
• ITA-06 - RUA URBANO DUARTE
• ITA-07 - RUA DO URUGUAY
• ITA-08 - RUA LUIZ MARIA
• ITA-09 - RUA PADRE CAJUEIRO DE
CAMPOS
• ITA-10 - DUARTE DA COSTA
• ITA-11 - RUA JARDIM CASTRO
ALVES
• COM-01 - RUA DA HOLANDA
Comércio 2 0 • COM-02 - PRAÇA DA ASSOCIAÇÃO R$ 320.000 R$ 0 R$ 4.200.000 R$ 4.520.000
COMERCIAL
• PED-01 - BATE FACHO
Pedras/ R$
3 0 • PED-02 – ARENOSO R$ 540.000 R$ 4.500.000 R$ 10.040.000
Pituaçu 5.000.000
• PED-03 - BOLANDEIRA
Armação 1 0 • ARM-01 - RUA EUGÊNIO SALES R$ 150.000 R$ 0 R$ 2.500.000 R$ 2.650.000
R$ R$
Total 68 23 R$ 44.000.000 R$ 76.500.000
11.942.000 132.442.000
Fonte: Adaptado PMDU (2010)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 736
No que se refere aos montantes totais previstos pelo PMDU foram previstos cerca de 2,95 bilhões
de reais a serem investidos entre os anos de 2013 e 2033, sendo o montante de 1,165 bilhões de
reais oriundos de recursos não onerosos ao Município, como Orçamento Geral da União (OGU) e
Governo do Estado; e o montante de 1,78 bilhões de reais, oriundos de recursos onerosos ao
Município, como financiamentos (0,765 bilhões de reais) e Tesouro Municipal (1,015 bilhões de
reais) (PMDU, 2013).

3.1.1.1. AVALIAÇÃO DO PMDU EXISTENTE DE SALVADOR


Para a avaliação do Plano de Drenagem existente foi adotado o Roteiro de Avaliação de Planos
Municipais de Saneamento, que objetiva avaliar os quatro componentes e que foi elaborado pelo
Ministério das Cidades, no ano de 2016. Contudo, o roteiro foi adaptado especificamente para a
avaliação do componente de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, que é objeto de diagnóstico
deste relatório. Esse roteiro tem como base os conteúdos previstos na Lei Nº 11.445/2007, no
Decreto Nº 7.217/2010 e na Resolução Recomendada nº 75/2009 tendo como objetivo identificar
o nível de abordagem dos conteúdos, assim como a sua inexistência ou existência parcial no
Plano, contudo, sem restringir a possibilidade de incluir outros critérios de análise (MINISTÉRIO
DAS CIDADES, 2016).
O roteiro é composto de 8 temáticas descritas brevemente a seguir: I – Coordenação do
Processo, II – Diagnóstico Urbano e Rural, III – Objetivos e metas – Urbano e Rural, IV – Soluções
técnicas para os sistemas – Urbano e Rural; VI – Programas, Projetos e Ações – Urbano e Rural,
VII – Divulgação e Participação Social e VIII – Avaliação Sistemática. Em cada temática que
possui suas respectivas descrições e palavras-chave foram atribuídas pontuações “0, 2, 4 ,6 ,8 ou
10”, sendo pontuação 2 considerado pouco satisfatório e pontuação 10 muito satisfatório; a
pontuação 0 equivale a item não identificado.
O resultado global da avaliação do plano corresponde à média aritmética simples das pontuações
atribuídas para cada um dos itens, sendo o Plano classificado de acordo com as categorias
apresentadas no Quadro 31.

Quadro 31 – Categorias de classificação de planos de saneamento básico


Faixa de
Classificação variação da Conceito
pontuação
O Plano apresenta conteúdo abrangente, abordando a maior
Média menor ou
parte do escopo necessário, sendo que a parte de conteúdo
Plano Verde igual a 10 e maior
não incluída no Plano tende a não inibir o alcance de bons
que 7
resultados na sua implementação.
Média menor ou O Plano contempla de forma moderada o conteúdo
Plano Amarelo
igual a 7 e maior necessário, sendo que a parte de conteúdo não incluída pode
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 737
Faixa de
Classificação variação da Conceito
pontuação
que 4 inibir o alcance de melhores resultados na sua implementação,
podendo ser necessário antecipar a revisão do Plano para
incorporar este conteúdo faltante.
O Plano contempla parte pequena do conteúdo necessário,
Média menor ou com tendência de não atingir bons resultados na sua
Plano Vermelho
igual a 4 implementação, sendo necessário revisar imediatamente o
Plano.
Fonte: Adaptado Ministério das Cidades, 2016.
O Quadro 32 apresenta os resultados da avaliação do Plano de Drenagem de Salvador elaborado
no ano 2010, com base no Roteiro de Avaliação de Planos Municipais de Saneamento do
Ministério das Cidades (2016)
.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 738
Quadro 32 – Avaliação do Plano de Drenagem Urbana de Salvador elaborado em 2010
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
I. COORDENAÇÃO DO PROCESSO
Plano elaborado e Titular; município; 1- Ter sido o plano elaborado pelo O plano foi elaborado pela Fundação Escola
editado pelo titular prefeito; prefeitura; titular - até 6 pontos (formação dos Politécnica da Bahia (FEP), que é uma
1 (art. 19, § 1°, Lei; comitê; executivo; comitês - até 3 pontos para fundação de direito privado sem fins
art. 24, inc. I, coordenação; grupo coordenação e até 3 para executivo); lucrativos tendo sido contratada pela
Decreto) de trabalho; poder 2 -Ter o plano editado pelo titular 8 Prefeitura Municipal de Salvador que é a
público local; lei; - até 4 pontos. titular do serviços. A Prefeitura definiu uma
decreto; portaria Comissão Executiva de Acompanhamento,
mas a edição do plano foi realizada pela
FEP.
II. DIAGNÓSTICO URBANO E RURAL
Situação dos Diagnóstico; água; 1- Conter caracterização física dos O plano contemplou todas as bacias
serviços e sistemas pluvial; pluviais; serviços de saneamento (p. ex: hidrográficas do município, tendo sido
2 de drenagem e drenagem; manejo; redes de distribuição de água, considerado a subdivisão em 10 bacias
manejo das águas macrodrenagem; redes de coleta de esgotos, hidrográficas e 11 bacias de drenagem
pluviais urbanas microdrenagem; galeria; estações de tratamento, destinação urbana. Apresentou resumidamente e
(art. 19, inc. I, Lei; boca-de- lobo; retenção; final dos resíduos sólidos, etc.) e somente os indicadores hidrológicos de 4
art. 25, inc. I, detenção; piscinão; índices de cobertura (observando bacias. A identificação dos trechos críticos
Decreto; art. 4, inc. alagamento; inundação; dados do IBGE ou de órgão não contemplou todo o município, se
I, Res. enchente; sarjeta; equivalente estadual), dentre restrigindo a locais com problemas de
Concidades) cobertura; atendimento; outros - até 6 pontos; esgotamento sanitário. Na análise de áreas
6
gestão; prestador; 2- Ter sido o diagnóstico realizado em de risco de inundação só considerou dados
regulação; conjunto com a população, da Codesal do período 1999/2000
regulador; agência apontando os problemas dos selecionando somente 119 pontos de
serviços de saneamento básico - alagamentos, distribuídos em 9 bacias.O
até 4 pontos diagnóstico foi realizado junto com a
população a partir de oficinas.
Em síntese o diagnóstico não apresentou
caracterização da infraestrutura existente,
seja da micro e macrodrenagem, nema a
análise hidrológica de todas as bacias.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 739
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Utilização de Impacto; vida; 1- Conter descrição de cada Não foram apresentados os indicadores
indicadores salubridade; indicador; indicador - até 2 pontos para sanitários, epidemiológicos, ambientais,
3 sanitários, sanitário; epidemiológico; cada tema (sanitário, hidrológicos e socioeconômicos
epidemiológicos ambiental; hidrológico; epidemiológico, ambiental,
, ambientais, socioeconômico; saúde; hidrológico e socioeconômico),
hidrológicos e mortalidade; doença; totalizando no máximo 10
0
socioeconômico diarreia; poluição; pontos
s (art.19, inc. I, qualidade
Lei; art. 25, inc.
I, Decreto; art.4,
inc. I, Res.
ConCidades)
III. DIRETRIZES, OBJETIVOS E METAS - URBANO E RURAL
Objetivos do Objetivo; princípio; 1 - Ter os objetivos citados e Os objetivos não foram apresentados em
4 plano para a universalização; relacionados aos problemas levantados consoancia com os problemas levantados
drenagem e equidade; igualdade; na etapa do diagnóstico - até 6 pontos; no diagnóstico, tendo sido feita referência
manejo das integralidade; qualidade; 2 - Conter descrição detalhada dos somente a objetivos gerais previstos na
águas pluviais diretriz; estratégia; objetivos - até 2 pontos legislação do Plano Diretor de
urbanas (art. 19, Plansab; saneamento; 3 - Conter descrição detalhada das 2 Desenvolvimento Urbano de Salvador.
inc. II, Lei; art. efetividade; participação; diretrizes - até 2 pontos Foram somente descritas as diretrizes
25, inc. II, controle; social; diretrizes estratégicas para a drenagem pluvial
Decreto; art.4, urbana, legais e institucionais.
inc. I, Res.
ConCidades)
Metas de curto, Indicador; meta; 1 - Conter metas, com descrição As metas não foram apresentadas
5 médio e longo domicílio; perda de água; detalhada e previsão de valores para detalhadamente no Plano Elas devem ser
prazos para a tratamento; curto; médio; o curto prazo - até 4 pontos; mensuráveis e atingíveis para que o plano
drenagem e longo; prazo; %; ano; 2 - Conter metas, com descrição seja efetivamente executado. Em alguns
manejo das águas horizonte; solução; detalhada e previsão de valores para projetos são identificadas metas descritas de
2
pluviais urbanas soluções; gradual; o médio prazo - até 4 pontos forma qualitativa, como o projeto de
(art. 19, graduais; progressiva 3 - Conter metas, com descrição educação ambiental.
inc. II, Lei; art. 25, detalhada e previsão de valores para
inc. II, Decreto) o longo prazo - até 2 pontos
ConCidades)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 740
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Compatibilidade Plano; hidrográfica; rio; 1 - Estar citada a compatibilidade Não foi analisado a compatibilidade do plano
do plano de compatibilidade; mencionada - até 6 pontos com planos existentes como plano de bacias
6 saneamento com estratégia; ação; ações 2 Haver maior detalhamento da hidrográficas ou o Plano Estadual de
os planos de compatibilidade mencionada - até 4 Recursos Hídricos
bacias pontos
hidrográficas nas
quais o
0
município está
inserido (art. 19,
§ 3º, Lei; art. 19,
Decreto; art. 25,
§ 11, Decreto;
art. 5, Res.
Concidades)
IV. SOLUÇÕES TÉCNICAS PARA OS SISTEMAS - URBANO E RURAL
Soluções técnicas Sistema; solução; 1 - Haver descrição das soluções, O Plano cita que foram previstas cerca de
de engenharia soluções; gradual; apontadas com base nos problemas 68 intervenções estruturais em 10 bacias de
7 para o(s) graduais; progressiva; levantados na etapa do diagnóstico - drenagem, sendo que 23 já estavam em
sistema(s) de alternativa; croquis; até 6 pontos execução, restando assim 45 soluções.
drenagem e técnica; engenharia; 2 - Conter apresentação das - Contudo, apresentou resumidamente
manejo das investimento soluções em croquis ou desenho somente a solução de 22 locais, sendo 2
águas pluviais esquemático - até 4 pontos. 6 locais na bacia de drenagem de Armação e
urbanas (art. 19, 21 locais na bacia do Camurugipe. Foram
inc. II, Lei; art. 25, apresentados somente a localização das
inc. II, Decreto; intervenções. As soluções não estruturais
art. 4°, inc. II, não foram descritas.
Res.
Concidades)
Atendimento da Rural; rurais; social; 1 - Ter identificação e listagem A população do município de Salvador é
população rural sociais; característica; quantitativa, associada à localização predominantemente urbana, contudo, para
dispersa, inclusive cultural; culturais; da população rural dispersa - até 8 fins de análise se considerou no caso as
8 mediante a dispersa; solução; pontos ilhas de Salvador: Ilha dos Frades, Ilha de
utilização de soluções; local; locais 2 - Ter apontamento e descrição das 0 Bom Jesus dos Passos e Ilha de Maré, que
soluções soluções propostas compatíveis com possuem populações dispersas. As ilhas
compatíveis com as características sociais e culturais não foram contempladas no plano.
suas locais, preferencialmente com
características apresentação em mapa - até 2 pontos
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 741
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
sociais e culturais
(art. 54, inc. VII,
Decreto; art. 4°,
inc. III, Res.
Concidades)
Identificação da Baixa; renda; carente; 1 - Conter identificação e listagem Não foi apresentado no plano a localização
população de baixa solução; soluções; quantitativa, associada à localização e os quantitativos da população de baixa
renda e acesso; prioridade; da população de baixa renda - até 8 renda que não possui acesso aos serviços
apontamento de necessitada; pontos de drenagem, seja afetada diretamente ou
9 soluções para o desprovida; pobreza; 2 - Ter apontamento e descrição das 0 indiretamente.
acesso aos miséria soluções propostas para o acesso,
serviços (art. 25, preferencialmente com apresentação
§ 6º, Decreto) em mapa - até 2 pontos
V. MEDIDAS ESTRUTURANTES E DE GESTÃO
Promoção do Promoção; 1 - Haver definição de estratégias e O plano cita a importância do
desenvolvimento desenvolvimento; mecanismos que objetivem a promoção desenvolvimento institucional, mas não
institucional do institucional; gestão; do desenvolvimento institucional do especifica as deficiências e as ações que
prestador de eficiência; estruturante; prestador de serviços e demais órgãos são necessárias. Somente são feitas
10 serviços e demais qualidade; responsáveis pela gestão do referências em relação a legislação estadual
órgãos aprimoramento; saneamento básico - até 6 pontos
0
responsáveis pela prestador; serviço; 2 - Haver detalhamento dessas
gestão do gerencial; gerenciais; estratégias e mecanismos - até 4
saneamento técnico; tecnologia; pontos
básico (art. 4°, inc. apropriada
III, Res.
Concidades)
Visão integrada e Visão; integração; 1 - Haver citação da visão integrada e a O plano destaca a necessidade de
articulação dos integrada; articulação; articulação dos componentes do integração, inclusive com outros planos
componentes do aspecto; técnico; saneamento básico: no aspecto como o Projeto Salvador Cidade Parque,
11 saneamento básico institucional; legal; técnico - até 4 pontos, no aspecto ressalta a importância de um plano de
nos aspectos econômico; interface institucional - até 2 pontos no aspecto integração metropolitana, e com órgão
4
técnico, econômico - até 2 pontos no aspecto públicos estaduais como o INEMA.
institucional, legal e legal - até 2 pontos
econômico (art. 4°,
inc. III, Res.
Concidades)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 742
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Interface, Interface; cooperação; 1 - Estar citada e detalhada a O plano destaca a necessidade de
cooperação e integração; saúde; interface com os programas de outras integração, inclusive com outros planos
integração com os habitação; meio áreas - até 6 pontos como o Projeto Salvador Cidade Parque,
12 programas de ambiente; educação 2 Estar citada e detalhada a ressalta a importância de um plano de
outras áreas (art. ambiental; urbanização; cooperação com os programas de 0 integração metropolitana, e com órgão
4°, inc. III, Res. desenvolvimento urbano; outras áreas - até 2 pontos públicos estaduais como o INEMA. Não se
Concidades) regularização; fundiária; 3 Estar citada e detalhada a identificou integração com outros planos,
assentamento; precário; integração com os programas de como de recursos hídricos, de meio
habitacional outras áreas - até 2 pontos ambiente, de educação e de saúde.
Educação Educação; ambiental; 1 - Estarem citadas a educação As ações de educação ambiental foram
ambiental e ambiente; mobilização; ambiental e a mobilização social no previstas no plano, contudo, não foi
13 mobilização social social; meio plano - até 6 pontos; apresentando um detalhamento que seja
em saneamento 2 - Haver maior detalhamento do 6 possível identificar as ações a serem
(art. 4°, inc. III, modo como ocorrerá a educação executadas em cada bacia hidrográfica.
Res. Concidades) ambiental e mobilização social em
saneamento - até 4 pontos
Avaliação e Avaliação; definição; 1 - Estarem definidos parâmetros para O plano não apresenta parâmetros para
definição de parâmetro; tarifa; taxa; tarifa, taxa, tarifa social e subsídio no tarifa, mas destaca que o serviço não era
14 parâmetros para social; subsídio; cobrança plano - até 8 pontos; cobrado, é ressaltada a importância, mas
tarifa, taxa, tarifa 2 - Haver mecanismos de avaliação 2 não é discutido a implementação ou não.
social e subsídio dos parâmetros citados - até 2 pontos
(art. 4°, inc. III,
Res. Concidades)
Regras de Regra; crítica; crítico; 1 - Estarem definidas as regras de O plano não apresenta regras de
atendimento e operacional; prioridade; atendimento e funcionamento atendimento e funcionamento operacioal em
funcionamento situação operacional para situações críticas, tais situações críticas
operacional para como enchentes, transbordamentos,
16 situações críticas alagamentos, desmoronamentos, etc. -
0
(art. 4°, inc. IV, até 8 pontos
Res. Concidades) 2 - Haver maior detalhamento das
regras de atendimento e
funcionamento operacional para
situações críticas - até 2 pontos
VI. PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES - URBANO E RURAL

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 743
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Definição de Associação; articulação; 1 - Haver definição dos programas, O plano apresenta os programas, projetos e
programas, programa; projeto; ação; projetos e ações - até 6 pontos; ações e apresenta uma abordagem sucinta
17 projetos e ações ações; ampliação; 2 - Haver detalhamento dos programas,
(art. 19, inc. III, melhoria; sistema projetos e ações - até 4 pontos
6
Lei; art. 25, inc. III,
Decreto; art. 4,
inc. III, Res.
Concidades)
Associação dos Programa; projeto; 1 - Estar citada a associação dos O plano não apresenta a inter-relação entre
18 programas, ação; ações; meta; programas, projetos e ações com os os programas, projetos e ações, sendo
projetos e ações objetivo objetivos, sendo desejável um abordados de forma individuais
com os objetivos e detalhamento maior - até 6 pontos
metas (art. 19, inc. 2 - Estar citada a associação dos 0
III, Lei; art. 25, inc. programas, projetos e ações com as
III, Decreto; art. metas, sendo desejável um
4, inc. III, Res. detalhamento maior - até 4 pontos
Concidades)
Compatibilidade Programa; projeto; ação; 1 - Estar citada a compatibilidade Quanto aos investimentos o plano não
com o PPA e ações; PPA; plurianual; mencionada com o PPA, sendo apresentou/cita análise de compatibilidade
outros plano; orçamento; desejável um detalhamento maior - com os planos plurianuais, a nível estadual,
19 planos/programa município; estado até 6 pontos; municipal e federal.
s 2 - Estar citada a compatibilidade 0
governamentais mencionada com outros
(art. 19, inc. III, planos/programas governamentais,
Lei; art. 25, inc. sendo desejável um detalhamento
III, Decreto) maior - até 4 pontos
Programa; projeto; ação; 1 - Estarem citadas as fontes de As fontes de financiamento foram descritas
20 Possíveis fontes ações; fonte; financiamento - até 6 pontos de forma sucinta, sem detalhar os
de financiamento financiamento; recurso; 2 - Haver detalhamento das fontes de procedimentos ou limitações de cada fonte
(art. 19, inc. III, investimento; fundo; recursos e financiamento - até 4 pontos 4 de financiamento. Destaca de forma
Lei; art. 25, inc. FGTS; FAT; governo; resumida o Orçamento Geral da União, o
III, Decreto) municipal; estadual; Governo do Estado e o Tesouro Municipal.
federal

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 744
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Ações para Emergência; 1 - Estarem citadas as ações para Não foram apresentadas ações
emergências e contingência; situação; emergências e contingências - até 6 emergênciais
21 contingências (art. crítica; ação; ações; pontos
19, inc. IV, Lei; art. plano; diretriz; prevenção; 2 - Haver detalhamento das ações para
0
25, inc. IV, estratégia emergências e contingências - até
Decreto; art. 4°, 4pontos
inc. IV, Res.
Concidades)
Cálculo da Necessidade; 1 - Estarem citadas as necessidades O plano apresenta os investimentos totais,
necessidade de estimativa; de investimentos - até 6 pontos; quanto as ações estruturais e emvalores
investimentos investimento; reais; R$; 3 - Estarem as necessidades de globais, não sendo possível identificar a
22 (art. 4°, inc. I, recurso; financiamento; investimentos baseadas nas distribuição dos recursos financeiros. Não
Res. Concidades) alcance; valor; estratégias, objetivos e metas - até 2 4 foram apresentados os detalhamentos dos
montante; orçamento pontos investimentos.
3 - Haver detalhamento das
necessidades de investimentos - até 2
pontos
VII. DIVULGAÇÃO E PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Mecanismos e Conferência; reunião; 1 Ter elaborado o plano de Não foi apresentado o plano de mobilização
23 procedimentos reuniões; audiência; mobilização e participação social e participação social, contudo, foram
para a garantia da consulta; órgão; para acompanhar as diversas realizadas algumas oficinas de diagnóstico e
efetiva colegiado; conselho; etapas da elaboração do PMSB - posteriormente de apresentação dos
participação da participação; controle; até 6 pontos programas e projetos. Não é possível
sociedade em social; mecanismo; 2 Haver no PMSB o detalhamento do analisar se a mobilização social foi
todas as etapas procedimento; cumprimento do plano de planejada e se ocorreu de forma satisfatória,
(art. comunidade; mobilização social - até 4 pontos 4 no que se refere ao nível de abrangência
3° - inc. IV, 9° - monitoramento municipal
inc. V, 19 - § 5°,
Lei; art. 26, inc. II
e § 1º, Decreto;
art. 3°, inc. I, II e
IV, Res.
Concidades)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 745
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
Procedimentos e Internet; rádio; 1 - Ter acontecido a ampla O plano não especificou os mecanismos de
mecanismos para comunitária; jornal; divulgação do plano em jornais, divulgação
a ampla divulgação jornais; revista; televisão; revistas, rádios, com cartazes, no site
24 do plano e de seu cartaz; faixa; carros de da Prefeitura, dos conselhos e dos
monitoramento, som; relatório; prestadores - até 8 pontos
inclusive internet monitoramento; 2 - Haver no plano maior detalhamento
0
(art. 19, § 5°, Lei; divulgação; acesso; das formas de
art. 26, inc. I, internet divulgação - até 2 pontos
Decreto; art. 4°,
inc. VI e art. 3°, inc.
III, Res.
Concidades)
Utilização de órgão Avaliação; 1 - Ter submetido o plano e discutido O plano cita a existência de conselhos no
colegiado no monitoramento; seu conteúdo nos diversos órgãos de município de Salvador, mas não foi
25 controle social (art. colegiado; conselho; controle local - até 6 pontos identificado se o mesmo foi apresentado aos
47, Lei; art. 34, inc. participação; sociedade; 2 - Ter sido o Plano apreciado e mesmos. Contudo, na comissão executiva
IV, Decreto; art. 3°, controle; social aprovado pelo Conselho local que trata 6 de acompanhamento fizeram parte
Res. as questões de saneamento no representantes de diferentes secretarias,
Concidades) município - até 4 pontos como meio ambiente, saúde, limpeza
urbana, infraestrutura e prestador de
serviço, como a Embasa.
VIII. AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA
Mecanismos e Avaliação; 1 - Ter no plano a previsão de O plano apresenta ações para o
procedimentos monitoramento; mecanismos e procedimentos para a monitoramento e controle do PMSB,
26 para a avaliação acompanhamento; avaliação sistemática - até 6 pontos inclusive com a implantação do Sistema
sistemática (art. mecanismo; 2 - Haver detalhamento da forma Municipal de Informações de Saneamento.
19, inc. V, Lei; art. procedimento como serão tais mecanismos e Contudo, não são apresentados
4
25, inc. V, procedimentos - até 4 pontos detalhamentos de procedimentos, se
Decreto; art. 2º - limitando somente a justificar a necessidade
inc. VII, art. 4º - de monitoramento e controle.
inc. VI, Res.
Concidades)
Indicadores para Avaliação; eficiência; 1 - Ter no plano a previsão de Não foram apresentados os indicadores
avaliar a eficiência indicador; procedimento indicadores para avaliar a eficiência - para avaliação da eficiência do plano
27 (art. 19, inc. IV, até 8 pontos
Lei; art. 25, inc. V, 2- Haver detalhamento da forma como
Decreto; art. 2º - serão medidos tais indicadores - até 2
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 746
MENÇÃO
CONTEÚDO DO ORIENTAÇÕES PARA DEFINIR A
ITEM PALAVRAS-CHAVE “0, 2, 4, 6, JUSTIFICATIVA / OBSERVAÇÃO
PLANO MENÇÃO
8 ou 10
inc. VII, art. 4º - pontos
inc. VI, Res.
Concidades)
Indicadores para Avaliação; eficácia; 1-Ter no plano a previsão de Não foram apresentados os indicadores
avaliar a eficácia indicador; indicadores para avaliar a eficácia - até para avaliação da eficácia do plano
28 (art. 19, inc. IV, procedimento 8 pontos
Lei; art. 25, inc. V, 2 - Haver detalhamento da forma como
0
Decreto; art. 2º - serão medidos tais indicadores - até 2
inc. VII, art. 4º - pontos
inc. VI, Res.
Concidades)
Revisões previstas Revisão; revisões; 1 - Estar citada a previsão de revisão a No plano é citada a necessidade de revisão,
a cada 4 anos, previsto; periodicidade; cada 4 anos - até 8 pontos mas não é apresentada a peridocidade, nem
29 anteriormente à quatro; ano; plano; 2 - Haver detalhamento do modo como os procedimentos para a revisão
elaboração do plurianual; PPA deve se dar - até 2 pontos
PPA (art. 19, § 4º, 6
Lei; art. 25, § 4º,
Decreto; art. 4, inc.
VI, Res.
Concidades)
SOMA: 70
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES: 2,41
CLASSIFICAÇÃO Plano Vermelho (≤ 4 pontos)
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 747
Os resultados do Quadro 32 resultaram numa pontuação igual a 70, resultando numa média
simples igual a 2,41, onde foram avaliados 29 critérios selecionados a partir do Roteiro de
Avaliação de Planos Municipais de Saneamento do Ministério das Cidades (2016). A média
simples inferior a 4,0 que foi obtida classifica o PMDU do município de Salvador elaborado no ano
de 2010 como Plano Vermelho, ou seja, o Plano não contemplou todos os itens mínimos previstos
na Política Nacional de Saneamento com abordagem técnica e discursiva necessárias para que o
Plano estivesse apto para a implementação. O resultado obtido indica que o Plano deve ser
revisado de forma completa, desde as fases de diagnóstico, prognóstico, definição de objetivos,
diretrizes e metas, da proposição dos programas, projetos e ações, até a estimativa dos custos e
a programação de execução, contemplando todas as bacias hidrográficas do município.

3.1.2. PLANO SALVADOR 500 (2012-ATUAL)


O Plano Salvador 500 trata-se de um plano estratégico de desenvolvimento do Município de
Salvador com horizonte de planejamento até o ano de 2049, incorporando diretrizes e estratégias
de desenvolvimento socioeconômico, cultural, ambiental institucionalizadas no PDDU. O Plano
apresenta programas, projetos e ações, cada qual com os seus objetivos, indicadores e metas de
execução. O nome do Plano se justifica, pois, a sua execução irá coincidir com o aniversário de
500 anos do Município. O Plano prevê quatro etapas de elaboração: Estudos Básicos, Estudos
Analíticos, Estratégia de Desenvolvimento e Política Urbana.
Os Estudos Básicos se referiam ao diagnóstico e prognóstico da situação do Município de
Salvador; os Estudos Analíticos envolveram a elaboração de cenários alternativos ao cenário
tendencial; e a Estratégia de Desenvolvimento corresponde à etapa de visão de futuro
selecionada e construída com a participação popular na etapa de prognóstico, se materializando
em programas, projetos e ações governamentais e de parceria privada, além de aspectos
relacionados ao monitoramento e avaliação. Por fim a Política Urbana contempla a formulação do
PDDU e da LOUOS a partir das diretrizes definidas na Estratégia de Desenvolvimento. Os
principais produtos do Plano de acordo com o Termo de Referência do ano de 2014 são o
Anteprojeto de Lei do PDDU, o Anteprojeto da LOUOS e o próprio Plano Salvador 500.
No ano de 2014 estabelecida a Coordenação Geral para Elaboração do Plano Salvador 500 a
partir do Decreto Nº 24.919/2014, sendo responsável pela elaboração do Plano e revisão das leis
referentes ao Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) e ao Ordenamento do Uso e
Ocupação do Solo (LOUOS). A 1º Audiência Pública foi realizada em 2014 objetivando apresentar
o Plano de Mobilização Social, a Metodologia e o Cronograma, sendo que até o final do ano de
2015 tinham sido totalizadas a realização de 14 audiências públicas. Em 2019, é instituído o
Grupo de Acompanhamento do Plano Salvador 500 (GAPLAN), sendo formado por
representantes do Conselho Municipal de Salvador e por entidades convidadas, e definida a

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘748
coordenação geral pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), órgão vinculado à Secretaria de
Desenvolvimento Urbano (SEDUR).
Foram realizadas consultas públicas no período de elaboração, sendo que no ano de 2020 foi
realizada de forma virtual devido a pandemia de coronavírus objetivando motivar a participação da
população por bairro na hierarquização (definição de prioridades) das intervenções propostas por
área, considerando os horizontes de médio prazo (até o ano de 2030) e de longo prazo (até o ano
de 2049).
O Plano Salvador 500 é de suma importância na construção do PMSBI de Salvador, pois o
mesmo apresenta uma visão de futuro no que se refere à estrutura urbana, social e ambiental, e
que servirão de norteadores como a construção do prognóstico relacionado ao saneamento no
Município.

3.1.3. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO


MUNICÍPIO DE SALVADOR (PDDU) - 2016
O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador (PDDU) foi instituído a
partir da Lei Municipal Nº 9.069/2016. Trata-se de um instrumento político de desenvolvimento do
município que objetiva orientar a atuação do Poder Público no planejamento da ocupação do
espaço urbano e rural para a oferta de serviços públicos, como os serviços de saneamento
básico, garantindo dessa forma melhores condições de vida para a população. Na prática o
PDDU, conforme descrito no Art. 5º serve para a elaboração do Plano Plurianual, Lei das
Diretrizes Orçamentárias e Orçamentos Anuais; na elaboração da Lei de Ordenamento do Uso e
Ocupação do Solo (LOUOS); na elaboração de Planos de Bairros e de Planos Setoriais; e outros
planos de natureza urbanística e ambiental. Especificamente, quanto a LOUOS foi emitida no
mesmo ano de 2016, a Lei Nº 9.148/2016, que trata do ordenamento urbano do Município em
consonância com as diretrizes do PDDU/2016.
Destaca-se que o PDDU de Salvador se integra ao Plano Salvador 500, que é o plano estratégico
de desenvolvimento socioeconômico, cultural e urbano ambiental para o município com horizonte
até o ano de 2049.
De acordo com o Art. 130 o território do município foi dividido em duas macrozonas denominadas:
Macrozona de Ocupação Urbana e Macrozona de Conservação Ambiental (Áreas de Proteção
Ambiental – APA, Unidades de Conservação – UC e parques urbanos). As macrozonas foram
divididas em zonas de uso, conforme apresentado no Art. 160, discriminadas sucintamente a
seguir:

• ZPR – Zona Predominantemente Residencial: destinadas ao uso uni e multiresidencial;


• ZEIS – Zona Especial de Interesse Social: destinadas à regularização fundiária, à
produção, manutenção e qualificação da Habitação de Interesse Social (HIS);

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘749
• ZCMe – Zona Centralidade Metropolitana: possui características multifuncionais, para as
quais convergem e se articulam os principais fluxos de integração com os demais
municípios da Região Metropolitana de Salvador;
• ZCMu – Zona Centralidade Municipal: destinada a concentração de atividades
administrativas, financeiras, de prestação de serviços diversificados, atividades comerciais
diversificadas, bem como uso residencial;
• ZCLMe – Zona Centralidade Linear Metropolitana: são faixas lindeira a eixos do sistema
viário, caracterizadas por linearidade, sendo de uso não residencial;
• ZUSI – Zona de Uso Sustentável nas Ilhas: localizada no entorno dos atracadouros,
devendo se requalificadas para melhor conexão do sistema de barcos ao sistema
estrutural de transporte coletivo de Salvador;
• ZIT – Zona de Interesse Turístico: são regiões com extensão superior a 1.000 m 2, com boa
infraestrutura e associados a cenários privilegiados;
• ZDE – Zona de Desenvolvimento Econômico: são destinadas à implantação de usos não
residenciais diversificados, voltados a atividades produtivas e à logística, em especial usos
industriais;
• ZEM – Zona de Exploração Mineral: destinada a atividades de extração mineral e
beneficiamento de minérios;
• ZUE – Zona de Uso Especial: destinadas a complexos urbanos voltados a funções
administrativas, educativas, transportes e serviços de alta tecnologia, como o Centro
Administrativo da Bahia (CAB), o Parque Tecnológico, o Porto de Salvador, o Complexo
Aeroportuário de Salvador, a Base Naval de Aratu e outros;
• ZPAM – Zona de Proteção Ambiental: destinada à conservação ambiental, aos usos
sustentável dos recursos naturais, admitido usos residenciais de baixa densidade
domiciliar e atividades de recreação e lazer.

A Figura 791 apresenta as principais macro áreas definidas para o município de Salvador a partir
do PDDU aprovado.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘750
Figura 791 – Macro áreas do PDDU de Salvador

Fonte: Adaptado PDDU, 2016.


O conhecimento quanto a subdivisão de zonas de uso do solo no Município é de fundamental
importância para a análise do uso e ocupação dos solos nas bacias hidrográficas, impactando
diretamente na produção do escoamento superficial, na recarga do subsolo e consequentemente
na manutenção do fluxo dos rios urbanos existentes.
Especificamente quanto ao saneamento, o PDDU estabelece no Art. 90 do Capítulo III que para a
implementação e monitoramento da Política Municipal de Saneamento Básico deve ser criado o
Sistema Municipal de Saneamento Básico, integrado ao Sistema Municipal de Planejamento e
Gestão. Quanto aos serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, o Art. 96 destaca:

• a necessidade de compatibilidade com o processo de expansão urbana;


• a busca por sustentabilidade das medidas estruturantes;
• o controle da ocupação do solo e do processo de impermeabilização a partir de práticas
de absorção, retenção e escoamento das águas pluviais;
• a preservação das áreas livres;
• a implantação de dispositivos de retenção e reuso das águas em novos empreendimentos;
• além da manutenção e monitoramento preventivo e periódico.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘751
3.1.3.1. DIRETRIZES PARA A DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
As diretrizes, ou seja, as orientações que foram previstas para o serviço de drenagem e manejo
de águas pluviais urbanas estão especificadas no Art. 97 da Lei Municipal Nº 9.069/2016,
descritas resumidamente a seguir:

I. implantação de medidas estruturantes de prevenção de inundações, e dispositivos


e instrumentos para monitoramento e fiscalização direcionados ao controle de
erosões, de transporte e deposição de resíduos de construção e demolição, e de
resíduos sólidos domiciliares e públicos, combate ao desmatamento e formação
de assentamentos precários;
II. controle da ocupação das encostas, fundos de vale, talvegues, várzeas e áreas de
APP, e espelhos d’água;
III. análise de alternativas e medidas integradas, estruturais e estruturantes de
natureza preventiva e institucional, com parques lineares, recuperação de várzeas,
matas ciliares, implantação de valas de infiltração, e reservatórios de contenção
de cheias;
IV. ampliação da geração de dados e conhecimento dos processos hidrológicos nas
bacias hidrográficas e de drenagem natural do município;
V. elaboração do cadastro físico das redes de macro e microdrenagem de águas
pluviais do município;
VI. fiscalização do uso do solo nas faixas sanitárias, várzeas, fundos de vale e nas
áreas de encostas;
VII.definição de mecanismos de fomento para usos dos solos compatíveis para
drenagem;
VIII. desenvolvimento de projetos de drenagem que considerem a sustentabilidade,
mobilidade de pedestres e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida.

Ao analisar as diretrizes propostas se destaca a situação atual de implementação de algumas


diretrizes dentre as quais, a situação da diretriz I, apresentada acima se destaca que o município
ainda não possui mapas de manchas de inundação das bacias hidrográficas são constantemente
sujeitas a esses eventos críticos. As manchas de inundações compõem o que se denomina como
Sistemas de Alertas Hidrológicos, no qual são delimitadas áreas sujeitas a inundações a partir de
um risco pré-definido, associando vazões e cotas dos rios. Contudo, se destaca um trabalho
realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) no município, no ano de 2014, em que foi
apresentada uma carta de suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa e inundação, na
escala de 1:50.000, no qual foram delimitadas as áreas críticas em função das características do
relevo e do tipo de solo (CPRM, 2014). Além disso, há o mapeamento da Codesal na identificação
de áreas de risco (alagamentos, inundações e deslizamentos) e o monitoramento hidro
meteorológico realizado pelo órgão.
Quanto à situação das diretrizes II e VI que se referem à fiscalização de ocupação de áreas
críticas a responsabilidade é da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), responsável
por implementar a execução do PDDU, contudo, não foram identificadas ações específicas que
evitam a ocupação das áreas citadas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘752
Com relação à análise de medidas alternativas e medidas integradas (Diretriz III), se observa que
atualmente são incentivadas a partir do programa IPTU Verde, onde empreendimentos que
adotem soluções sustentáveis, como o manejo de águas pluviais obtém descontos gradativos no
valor do IPTU. Quanto ao controle de ocupação de encostas, fundos de vale e talvegues se
observa que o município se encontra numa situação de saturação dessas áreas, principalmente
ocupada pela população de baixa renda, que também está submetida a criminalidade. No caso
são áreas sujeitas a deslizamentos de terra e inundações nos períodos chuvosos resultando no
remanejamento temporário da população para abrigos e no fornecimento de auxílios do tipo
moradia e emergencial.
No que se refere a Diretriz IV apresentada acima se observa que no município foram realizados
investimentos nos últimos objetivando a ampliação da rede de informações hidrológicas,
coordenada pela Codesal, para o monitoramento pluviométrico e de eventos extremos, e o
monitoramento da qualidade da água de rios e ambientes lênticos pelo Inema. Contudo, há a
necessidade de investimentos para a melhoria do monitoramento fluviométrico objetivando
monitorar as vazões dos principais rios de Salvador, principalmente nos períodos de cheias.
A questão da elaboração do cadastro físico das redes de drenagem do município, que é definido
na Diretriz V, se observa que não avançou, apesar dos trabalhos realizados em meados do ano
de 2017, durante os estudos de concepção de bacias hidrográficas de Salvador no qual foram
realizados alguns cadastros de nas bacias do rio Lucaia, Ondina, Camarajipe, Cobre, Ipitanga,
Itapagipe, Comércio, Amaralina, Armação/Corsário, Barra, Comércio, Pedras-Pituaçu e Stella
Maris. Em meados do ano de 2020, com a elaboração do PMSBI foram contratados serviços de
topografia que contemplam a execução de cadastro da rede de drenagem em regiões críticas do
município.

3.1.3.2. DIRETRIZES PARA A GESTÃO DAS ÁGUAS URBANAS


A gestão das águas urbanas, sejam superficiais ou subterrâneas, está intimamente relacionada
com a questão da gestão da drenagem urbana e manejo de águas pluviais, pois os corpos
hídricos urbanos superficiais, que consequentemente escoam para o mar, são os principais
receptores das águas escoadas na área urbana.
No Art. 20, do PDDU são definidas diretrizes para a conservação, manutenção da qualidade
ambiental, recuperação e uso sustentável das águas urbanas, descritas resumidamente a seguir:

• Controle e fiscalização da ocupação e da impermeabilização do solo nas áreas


urbanizadas;
• Conservação e recuperação da vegetação de Áreas de Preservação Permanente (APP),
Áreas de Proteção Ambiental (APA), Áreas de Proteção aos Recursos Naturais (APRN) e
demais áreas do Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (SAVAM);
• Desobstrução dos cursos d’água e das áreas de fundo de vale sujeitas a alagamentos e
inundações, deixando-as livres;

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘753
• Monitoramento e controle de atividades com potencial de degradação do ambiente;
• Estabelecimento de um sistema de monitoramento pelo Município e com a Administração
Estadual para acompanhamento da perenidade e qualidade dos corpos hídricos
superficiais e subterrâneos;
• Criação de instrumentos institucionais como a criação do subcomitê Joanes/Ipitanga do
Comitê da Bacia do Recôncavo Norte, para a gestão compartilhada das bacias
hidrográficas dos rios Joanes e Ipitanga;
• Implantação e ampliação de sistemas de esgotamento sanitário e intensificação de ações
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, como forma de evitar a contaminação de
cursos d’água superficiais e subterrâneos;
• Adoção de soluções imediatas para ligações domiciliares e pontos críticos do Sistema de
Esgotamento Sanitário de Salvador visando melhorar a salubridade ambiental, e
desativação das captações de tempo seco, visando a restauração dos rios urbanos;

Para fins de institucionalização das diretrizes citadas ficou definido que o Poder Executivo definiria
a delimitação das bacias hidrográficas e de drenagem no município de Salvador para fins de
gestão das águas urbanas. O estabelecimento das bacias hidrográficas ocorreu posteriormente
com o Decreto Nº 27.111, de 22 de março de 2016, no qual foram definidas 12 bacias
hidrográficas e 9 bacias de drenagem natural, que se basearam nos estudos apresentados no
livro Caminhos das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes (2009).
Dentre as diretrizes citadas se observa na prática da Prefeitura de Salvador a desobstrução dos
cursos d’água sujeitos a inundações, principalmente antes do período chuvoso em Salvador, e o
monitoramento e controle de atividades com potencial de degradação ambiental com o
licenciamento ambiental coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR). O
monitoramento dos corpos hídricos existe no município, contudo, é realizado somente o
acompanhamento da qualidade da água pelo órgão ambiental estadual, no caso, o INEMA; não é
realizado o monitoramento da perenidade dos cursos d’água. Quanto a criação do subcomitê
Joanes/Ipitanga, não foi identificada junto ao órgão ambiental do Estado, contudo, é conhecida a
existência e atuação do Conselho Gestor da APA Joanes/Ipitanga, com caráter consultivo,
formalizada por meio da Portaria 101, de 29 de novembro de 2004, da Secretaria Estadual de
Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMARH), composta por 41 membros do segmento
governamental e não governamental (SOUZA, 2014).
Com relação a implantação dos serviços de esgotamento sanitário os mesmos são geridos pela
Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), empresa estadual, e os de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos pela Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (LIMPURB), empresa
municipal. Se destaca especificamente a problemática do esgotamento sanitário com a presença
das ligações clandestinas de esgoto residencial diretamente nas redes de drenagem e
lançamentos em cursos d’água, mantendo um cenário de contaminação que se prolonga há
décadas com a solução insustentável das captações em tempo seco nos principais rios urbanos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘754
3.1.3.3. OBJETIVOS PRIORITÁRIOS DA DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS
PLUVIAIS
Com relação aos objetivos prioritários (Art. 98) para o Sistema de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas, o PDDU (2016) ressalta a seguir:
Objetivos prioritários dos Serviços de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais
• I - Elaborar e manter atualizado o cadastro físico das redes de infraestrutura, em especial, das
redes de macro e microdrenagem de águas pluviais do Município;
• II - Elaborar modelagem hidrológica e cartas geotécnicas;
• III - Elaborar, implementar, monitorar e avaliar o Plano Municipal de Drenagem e Manejo de
Águas Pluviais Urbanas;
• IV – Elaborar Manual de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais;
• V – Desassorear, limpar e manter os cursos d’água, canais e galerias do sistema de drenagem;
• VI –Promover campanhas de esclarecimento público e a participação das comunidades no
planejamento, implantação e operação das ações de manejo das águas pluviais e drenagem;
• VII – incrementar política de captação de águas pluviais e de reutilização de águas servidas para
controle dos lançamentos, de modo a reduzir a sobrecarga no sistema de drenagem urbana;
• VIII – fomentar pesquisa e desenvolvimento nos programas de pavimentação de vias locais e
passeios de pedestres, para adoção de tecnologias eficientes de pisos drenantes.
Fonte: Adaptado PDDU, 2016.

Quanto aos objetivos do PDDU relacionados a drenagem e manejo de águas pluviais, se registra
que atualmente somente os objetivos que avançaram foram a execução do desassoreamento,
limpeza e manutenção dos cursos d’água, canais e galerias do sistema de drenagem, a partir de
contrato da Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN) com empresa terceirizada e equipe
própria; a iniciativa de captação de águas pluviais a nível de lote a partir do programa IPTU Verde,
citado anteriormente; e os programas de pavimentação com pisos drenantes visando favorecer a
infiltração das águas de chuva. Contudo, a adoção dos pisos citados se limitou à sua utilização na
recuperação de áreas que em sua maioria são trechos turísticos.
Com relação à modelagem hidrológica das bacias hidrográficas trata-se de um objetivo a ser
alcançado com a elaboração do atual plano de saneamento, e quanto às cartas geotécnicas há o
Plano Diretor de Encostas de Salvador, elaborado no ano de 2004, tendo sido denominadas como
Cartas Temáticas, onde foram agregadas informações sobre aspectos geológico-geotécnicos,
geomorfológicos e de uso do solo, para análise e gestão do risco.
Dentre os objetivos estava o Plano Municipal de Drenagem de Águas Pluviais elaborado entre
2009 e 2010 foi elaborado, mas ressalta-se que o mesmo apresenta diversas deficiências em
estrutura técnica, não tendo sido implementado e que atendem de forma precária as indicações
da Política Nacional de Saneamento estabelecida pela lei Nº 11.445/2007.
Quanto ao Manual de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais o mesmo é inexistente, sendo
comumente adotado como referência para projetos no município, os manuais de outras
prefeituras, e o antigo Caderno de Projetos da extinta Companhia de Renovação Urbana de
Salvador (RENURB), elaborado em 1980. O citado Caderno objetivava fixar critérios e parâmetros
para a elaboração de projetos de engenharia, como drenagem urbana, nas áreas urbanizadas,

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘755
contudo, se encontra desatualizado, quanto a concepções estruturais e que estejam associadas
aos atuais conceitos de drenagem e manejo de águas pluviais.

3.1.4. ESTUDOS DE CONCEPÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS DE


SALVADOR
Em meados do ano de 2015 foram contratados pela Superintendência de Conservação e Obras
Públicas de Salvador (SUCOP) os Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas
Naturais e Canais das Bacias Urbanas de Salvador (Contrato Nº 041/2014). O objetivo dos
estudos objetivou o diagnóstico e a concepção de soluções de macrodrenagem para as bacias
urbanas, que possuem históricos de alagamentos e inundações, juntamente com o cadastro da
drenagem existente na área da intervenção proposta.
O contrato subdividiu os estudos em quatro áreas de abrangência, identificadas como Termos de
Compromisso (TC), discriminados a seguir:

• Termo de Compromisso 0351.240-19: Bacias Urbanas dos Rios Lucaia e Ondina;


• Termo de Compromisso 0351.248-93: Bacias Urbanas do rio Camarajipe;
• Termo de Compromisso 0351.250-46: Bacias Urbanas dos Rios Paraguari, Cobre,
Ipitanga, Itapagipe, Plataforma, São Tome e Ilhas (Ilha dos Frades, Ilha de Bom Jesus dos
Passos e Ilha de Maré);
• Termo de Compromisso 0351.269-59: Bacias do Comércio, Vitória/Contorno,
Barra/Centenário, Amaralina/Pituba, Armação/Corsário, Pedras/Pituaçu e Stella Maris.

Contudo, na execução dos trabalhos algumas bacias hidrográficas não foram analisadas, como as
ilhas, a bacia de São Tomé de Paripe, a bacia do Paraguari, a bacia do Jaguaribe e a bacia do
Passa Vaca. As duas últimas bacias não foram contempladas à época, pois estavam sendo objeto
de estudo para intervenções de macrodrenagem pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do
Estado da Bahia (CONDER).
Os produtos apresentados de cada Termo de Referência foram subdivididos em:

• Produto 1 - Estudos de Concepção: no qual é apresentado o diagnóstico da situação


das bacias, os estudos hidrológicos, a caracterização da área de influência, as condições
operacionais e estruturais do sistema existente, os estudos ambientais, e as proposições
de alternativas técnicas de concepção;
• Produto 2 – Levantamentos topográficos, geotécnicos e análise de água.

A metodologia adotada nesse estudo consistiu na identificação das áreas com problemas de
alagamentos e inundações a partir do cadastro de notificações da Codesal, registradas entre os
anos de 2005 a outubro de 2014, tendo sido identificado previamente 5.000 notificações no
período, e posteriormente realizada uma triagem de informações duplicadas, agrupando-as por
bairros, e reduzindo o número de locais analisados em 700 pontos notificados. No total, os
estudos realizados cadastraram 46 poligonais de áreas críticas, para as quais foram propostas
soluções, que juntas correspondem a uma área de 233,83 hectares. A Figura 792 apresenta a
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘756
distribuição espacial das notificações de alagamentos e inundações selecionadas no estudo, para
identificação das regiões para os quais foram propostas soluções estruturais de drenagem.
Figura 792 – Notificações de alagamentos e inundações da Codesal (2005-2014) nas áreas
estudadas

Nota: Os pontos indicados na figura representam as notificações de alagamentos e inundações


Fonte: CSB Consórcio, 2021
As áreas de intervenção de cada bacia estudada foram agrupadas por elementos de
macrodrenagem ou sub-bacias, apresentando-se soluções conjuntas, nos aspectos econômico,
financeiro e ambiental. A Figura 793 apresenta todos os locais para os quais foram propostas
intervenções de drenagem juntamente com o cadastro do sistema de drenagem existente.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘757
Figura 793 – Locais de intervenção propostos nos Estudos de Bacias de Salvador por
bacias hidrográficas

Nota: Cada ponto indicado na figura representa um local com cadastro realizado e intervenção prevista. As
identificações E1, E2, E3, E4 e E5 representam as áreas cadastrais de drenagem contratados no PMSBI.
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021

Para fins de análise na construção do PMSBI as regiões cadastradas no Estudo de Concepção de


Bacias de Salvador (2015) foram agrupadas em 5 grupos, correspondente às mesmas
subdivisões dos produtos de sistemas cadastrais que contemplam esse Plano. Os produtos são
denominados como Produto E1, que abrange as bacias de Lucaia, Amaralina, Pituba, Ondina,
Centenário, Vitória, Comércio e Itapagipe; Produto E2, que abrange a bacia do Camarajipe;
Produto E3, que abrange as bacias do rio das Pedras, Pituaçu, Armação-Corsário; Produto E4,
que contempla a bacia de São Tomé de Paripe, Plataforma, Cobre, Paraguari e Ilhas; e o Produto
E5, que contempla as bacias de Stella Maris Ipitanga, Jaguaribe e Passavaca. Os locais com
cadastros de drenagem executados e com intervenções propostas no Estudo citado estão listados
no Quadro 33.
Quadro 33 – Locais da região E1 com cadastros de drenagem e com intervenções
propostas
Bacia Código Região Cadastrada
E1-12 Avenida Reitor Miguel Calmon (Canela)
Seixos
E1-13 Rua Marques de Caravelas (Barra)
Ondina E1-14 Avenida Adhemar de Barros (Ondina)
E1-11 Avenida Vale do Tororó e Praça João Mangabeira
Avenida Vale do Ogunjá e Rua Sérgio de Carvalho (Vale da
E1-15
Muriçoca)
Lucaia E1-16 Rua Jardim Santa Helena (Brotas)
E1-18 Região da Rua da Polêmica (Campinas de Brotas)
E1-17 Rua Lucaia/Rua Juracy Magalhães/Avenida ACM
E1-21 Rua Wanderley Pinto (Caminho das Árvores)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘758
Bacia Código Região Cadastrada
E1-19 Vale das Pedrinhas
E1-20 Amaralina (Rua Oswaldo Cruz)
Amaralina/Pituba E1-22 Rua Minas Gerais e Avenida Octávio Mangabeira (Pituba)
E1-23 Região da Rua Ceará e Rua Espírito Santo (Pituba)
Região da Avenida Eng. Oscar Pontes e Terminal Marítimo de São
E1-6
Joaquim (Comércio)
E1-7 Região da Avenida da França e Rua Estado de Israel (Comércio)
Comércio E1-8 Região da Avenida da França e Rua da Suécia
Região entre a Avenida Estados Unidos, Avenida da França e Praça
E1-9
Riachuelo (Comércio)
E1-10 Avenida da França, próximo do Mercado Modelo
E1-1 Rua Maria Amaral e Avenida União
E1-2 Avenida do Pontilhão
E1-3 Rua Canal do Joanes
Itapagipe Região do Bonfim entre a Rua Henrique Dias, Praça Irmã Dulce,
E1-4 Avenida Caminho de Areia, Rua Machado Monteiro, Rua Rezende
Costa e Rua da Imperatriz
E1-5 Região do Uruguai entre a Avenida Nilo Peçanha e Largo do Tanque
Avenida Aliomar Baleeiroe marginal da rodovia BR-324 (Jardim
E2-1
Santo Inácio)
E2-2 Rua Henrique Marquês e rua do Bom Juá (São Caetano)
E2-3 Rua Baixa de Santo Antônio (São Gonçalo)
Canal Camarajipe – Trecho da rua Cristiano Buys até a Avenida
E2-4
ACM
Camarajipe Canal Camarajipe – Trecho da Avenida ACM até a foz em Costa
E2-5
Azul
Trecho de canal na Rua 2 de Julho, atrás da concessionária Renault
E2-6
com acesso pela Avenida Paralela
E2-7 Trecho da Rua Aristides Fraga Lima (Caminho das Árvores)
Trecho da Rua Jacaratiá e Rua Henrique Miguel Navarro (Caminho
E2-8
das Árvores)
E3-1 Trecho próximo da Rua da Prata (São Gonçalo do Retiro)
Rua Águas Cristalinas e região da Travessa Edgar Medrado e Rua
E3-2
Pedras/Pituaçu Maria Aline de Jesus (Narandiba)
E3-3 Rua Jones Melo (Entre o Saboeiro e Cabula IV)
E3-4 Rua da Bolandeira e trecho do rio das Pedras até a Foz (Imbuí)
Região da Rua Nova Paraíso e Rua Luísa Martin (Armação)
E3-5
Armação/Corsári
o Rua Catarina Fogaça, Rua Pedro Silva Ribeiro e Rua Gilberto
E3-6
Amado (Armação)
Rua Senhor do Bonfim do Cabrito, com acesso pela Avenida Afrânio
E4-1
Peixoto (Av. Suburbana)
Rua São Rafael e Rua Bartolomeu, com acesso pela Avenida
Cobre E4-2
Afrânio Peixoto (Av. Suburbana)
Região da Estrada do Cabrito, Travessa Norma Queirós e Travessa
E4-3
Charmosa
Rua Santa Rita da Ceasa, Travessa Sargento Medeiros e rua Bahia
E5-1
de São Cristovão (região da Cassange)
E5-2 Rua Arquiteto Marcos Moreira (região da Cassange)
E5-3 Rua Lessa Ribeiro (São Cristovão)
Ipitanga Avenida Aliomar Baleeiro e parte da Avenida São Cristovão (São
E5-4
Cristovão)
Final da rua Monsenhor Francisco Marquês (região da praia do
E5-5
Flamengo)
E5-6 Alameda Praia de Guaratuba (Stella Maris)
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘759
3.1.5. PLANO MUNICIPAL DE REDUÇÃO DE RISCOS (PMRR) - 2016
O Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) foi elaborado pela Codesal e implantado no
ano de 2016, sendo subdividido em dois planos específicos: o Plano Preventivo de Defesa Civil
(PPDC), que contém medidas não estruturais, como atividades de monitoramento, controle e
ações de proteção civil em condições adversas de chuvas intensas e geotécnicas; e o Plano de
Ações Estruturais (PAE), que contém as medidas estruturais, como soluções de engenharia,
quanto a aspectos habitacionais, urbanísticos e de infraestrutura urbana (Defesa Civil, 2020).
O PPDC apresenta protocolos para a previsão climatológica com alertas de chuvas pelo Setor de
Monitoramento do Clima e protocolos para identificar situações de risco iminente com base na
integração das informações climatológicas, geológicas, hidrológicas e das vistorias, pelo Setor de
Alerta e Alarme, assim como para o monitoramento da situação das áreas de risco (Codesal,
2018).
Para implementação do PPDC existe o Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador,
que permite alertar os moradores de áreas de riscos quanto a ameaças de alagamentos e
deslizamentos de área. O sistema citado possui categorias de monitoramento discriminadas
como: Observação, Atenção, Alerta e Alerta Máximo, que se baseiam nas condições do tempo e
nas condições de totais acumulados de chuva das últimas 72 horas.
Por contemplar o monitoramento hidrológico e propor ações emergenciais devido a riscos e
eventos de alagamentos e enchentes, o PPDC possui relação direta com o PMSBI, por gerar
dados estratégicos que influenciam no planejamento e operação dos serviços de drenagem
urbana. Ressalta-se que o plano de ações estruturais do ano vigente e anteriores não foi
disponibilizado pelo órgão.

3.1.6. PLANO MUNICIPAL DE ADAPTAÇÃO E MITIGAÇÃO ÀS


MUDANÇAS DO CLIMA (PMAMC) - 2020
O Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças do Clima (PMAMC) foi iniciado no final
do ano de 2019 com o objetivo de criar um plano de adaptação e mitigação para neutralização
dos gases de efeito estufa (GEE), visando um desenvolvimento de baixo carbono e resiliente aos
efeitos da mudança climática em Salvador. Vislumbra-se com o Plano a proposição de um Projeto
de Lei para a criação de uma Política Municipal de Mudanças do Clima.
Para o desenvolvimento do Plano, a Prefeitura de Salvador contratou o Consórcio formado pela
WayCarbon, ICLEI e apoio da WWF-Brasil para a coordenação e execução das atividades de
elaboração do Plano. O contrato foi celebrado entre a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo
(SECULT), por meio do Contrato de Empréstimo nº 3.682/OC entre o Governo Mutuário e o Banco
Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O processo de elaboração foi dividido em sete etapas descritas brevemente a seguir:

• Etapa 1: Elaboração dos Planos de Trabalho e de Mobilização e Comunicação;


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘760
• Etapa 2: Levantamento de informações para o diagnóstico municipal e caracterização do
cenário climático;
• Etapa 3: Inventário Municipal de Emissões de GEE (2014-2018) de Salvador a partir da
metodologia Global Protocol for Communities – Sacle Greenhouse Gas Emissions
Inventories;
• Etapa 4: Análise de risco climático de Salvador, considerando os horizontes temporais de
2030, 2050 e 2100;
• Etapa 5: Proposições de diretrizes estratégicas e eixos estruturantes para adaptação e
mitigação dos efeitos das mudanças do clima e suas fontes geradoras;
• Etapa 6: Elaboração da versão preliminar do PMAMC e do Projeto de Lei. A versão
preliminar foi emitida em setembro/2020;
• Etapa 7: Consolidação da versão final do PMAMC, do sumário executivo e do Projeto de
Lei. A versão completa do PMAMC foi divulgada em novembro/2020.

No mês de maio de 2020 foi divulgado o Inventário de Emissões de GEE sendo destacado a
redução de emissões totais de dióxido de carbono no período de 2014-2018, resultante da queda
do PIB municipal, diminuição do número de empregos formais, além das medidas estruturantes
coordenadas pela PMS como a expansão de corredores de ônibus, eficientização da iluminação
pública e inserção de padrões mais sustentáveis de construção (PMAMC, 2020). Os maiores
geradores de GEE no município foram o setor de transportes, energia estacionária e resíduos.
Na análise do risco climático de Salvador, foram avaliados os principais riscos físicos relacionados
a eventos extremos tendo sido selecionados: inundação, deslizamento, seca meteorológica,
ondas de calor, proliferação de vetores de doença e o aumento do nível do mar (erosão e
inundação costeira). Os índices foram avaliados a partir dos resultados do modelo climático Eta-
HadGEM-2ES (modelo climático regional selecionados para o Brasil e elaborado pelo Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – CPTEC-
INPE) e o cenário de concentração de gases de efeito estufa RCP 8.5 (cenário mais pessimista).
Os eventos extremos citados são de importância na elaboração do PMSBI, especificamente para
a construção do prognóstico no que se refere as condições hidrometeorológicas, e
consequentemente influenciará nas proposições de cenários tendenciais e alternativos, além das
soluções para os serviços de drenagem a serem propostas para a mitigação dos efeitos
climáticos.
O processo contou com eventos de participação tendo sido realizadas reuniões, consultas,
audiência pública, capacitação em Planos de Ação Climática, webinários e telefonemas para a
obtenção de contribuições.

3.1.7. PLANO MUNICIPAL DE CONSERVAÇÃO E RECUPERAÇÃO DA


MATA ATLÂNTICA (PMMA) – 2020
O Plano Municipal de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica (PMMA) elaborado no ano
de 2019 pela Prefeitura, a partir da Secretaria de Sustentabilidade, Inovação e Resiliência

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘761
(SECIS) objetivou propor ações para a conservação e recuperação de áreas do Bioma Mata
Atlântica, com foco na proteção da biodiversidade, na sustentabilidade e na resiliência do
município. O Plano foi elaborado com base na Lei Federal Nº 11.428/2006, que dispõe sobre a
utilização e proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica.
Os objetivos específicos do Plano foram a elaboração do diagnóstico da situação atual dos
remanescentes de Salvador, identificar os principais vetores de desmatamento e ameaças de
degradação da vegetação nativa, compatibilizar com planos de programas voltados à adaptação
das mudanças climáticas, mapear e incorporar demandas sociais e definir áreas prioritárias de
conservação e de restauração da biodiversidade.
A elaboração do plano contou com a realização de oficinas públicas de mobilização social com os
membros do grupo de trabalho, representantes de instituições do Poder Público, iniciativa privada,
organizações sociais e da sociedade civil.
O conhecimento quanto o PMMA se constitui como de suma importância para a construção do
PMSBI, pois a sua análise conjunta com a LOUOS (2016) permite identificar as regiões do
município com predominância de vegetação. Essas regiões são favoráveis à interceptação e
infiltração das águas de chuva, reduzindo dessa forma o escoamento superficial que é
direcionado para os sistemas de micro e macrodrenagem, além de favorecer a recarga do
subsolo, que mantém as vazões dos rios. A identificação dessas regiões influencia na definição de
ações e soluções a serem previstas para a drenagem urbana e manejo das águas pluviais.

3.1.8. QUALISALVADOR: QUALIDADE DO AMBIENTE URBANO NA


CIDADE DA BAHIA – 2021
O Projeto Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador (QUALISalvador) foi desenvolvido por um
grupo de professores e pesquisadores com distintas formações da Universidade Federal da Bahia
(UFBA), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), da Universidade Estadual de Feria de
Santana, e organização governamentais e da sociedade civil tendo sido financiado pela Fundação
de Apoio à pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb). O objetivo do projeto visou definir marcos
teóricos para a compreensão da cidade na contemporaneidade, assim como para produzir
conhecimento que contribuíssem para a construção de sociedade democrática e na perspectiva
do bem-estar de todos (SANTOS et al, 2021).
De acordo com SANTOS et al (2021) a qualidade do ambiente urbano é definida como um
conjunto de propriedades físico-naturais, socioeconômicas e culturais, resultante da interação
entre sociedade e natureza mediada pelo capital e trabalho, constitutivas do ambiente urbano,
com repercussões positiva e/ou negativa na qualidade vida e bem-estar da população, vivenciada
e percebida de forma diferenciada e desigual em função de determinações de classe social, raça,
etnia e gênero.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘762
A metodologia adotada no projeto contemplou a aplicação de 15.260 questionários em 160 bairros
no período de 2018 a 2020, além de dados secundários do Instituto Brasileiro de geografia e
Estatística (IBGE) e os registros administrativos da Prefeitura Municipal de Salvador, Governo do
Estado da Bahia e União. Além disso foram realizadas entrevistas com lideranças de bairros e
registros fotográficos.
Os resultados do projeto apresentaram diversas abordagens dentre as quais: as consequências
climáticas a partir das mudanças no padrão de cobertura vegetal e temperatura, apresenta a
caracterização as situações de risco a partir das características socioambientais da cidade;
discute a economia local e os mecanismos de produção e reprodução da desigualdade visível nas
periferias; apresenta a qualidade do ambiente urbano nos bairros sob a perspectiva das
desigualdades de raças, gênero e classe; discute a problemática do saneamento básico, sobre o
acesso ao alimento e sobre segurança pública.
Por fim, foi apresentado uma proposta do Índice de Qualidade Urbano-Ambiental de Salvador
(IQUASalvador), considerado como um indicador quali-quantitativo que envolve as temáticas
anteriormente citadas, contempla as condições do ambiente físico-natural, da estrutura social e
econômica, da infraestrutura e dos serviços públicos urbanos, além das condições para a
promoção do bem-estar (SANTOS et al, 2021). As classes de qualidade definidas pelo projeto
foram divididas em seis, variando de excelente até muito ruim conforme apresentado na Tabela
53.
Tabela 53 – Classes de qualidade do IQUASalvador
Nº da classe Classes Variação do índice

1 Excelente 0,68 a 0,83


2 Muito bom 0,60 a 0,68
3 Bom 0,54 a 0,60
4 Regular 0,48 a 0,54
5 Ruim 0,41 a 0,48
6 Muito ruim 0,34 a 0,41
Fonte: Santos et al ,2021
Como resultado do IQUASalvador se constatou que 8,75% dos bairros de Salvador são
enquadrados como Classe I, que indica qualidade ambiental urbana excelente; 10% se encontram
na classe 2 considerada como muito boa; 21,25% se enquadram na Classe 3 considerada como
boa; cerca de 35% estão na classe 4, considerada como regular; cerca de 19,38% estão na
Classe 5 considerada como ruim, e cerca de 5,62% estão na Classe 6. De acordo com Santos et
al (2021) cerca de 60% dos bairros estão em condição regular, principalmente os localizados no
Subúrbio Ferroviário e no Miolo da Cidade.
Com relação aos serviços de drenagem urbana, os resultados do projeto mostraram que 52% dos
domicílios estão localizados em vias com rede de drenagem em bom estado de conservação,
cerca de 28,67% dos domicílios estão localizados em vias que não possuem serviços de

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘763
drenagem das águas pluviais, e os demais possuíam serviço de drenagem, mas problemas nas
estruturas, como obstrução ou danos estruturais (SANTOS et al, 2021).
Ao avaliar a situação dos serviços de drenagem por domicílios, considerando as classes do
IQUASalvador, os resultados mostraram que 75% dos domicílios localizados em bairros com
índice excelente, possuem boa estrutura como bocas de-lobo, poços de visitas e galerias,
enquanto, que nas regiões com índice muito ruim, somente 27% dos domicílios tem acesso
adequado ao serviço (Figura 794).
Figura 794 – Proporção de domicílios com drenagem de águas pluviais em bom estado
segundo classes do IQUASalvador, 2018-2020 (N = 15.260)

Fonte: Santos et al , 2021


Ao nível de bacia hidrográfica ou de drenagem natural, o projeto mostrou que as bacias
hidrográficas dos Seixos-Barra/Centenário, Passa Vaca, Lucaia, Ondina, Camarajipe,
Pedras/Pituaçu, Jaguaribe, Ipitanga, Paraguari e Cobre, estão situadas em bairros com
IQUASalvador médio, o que indica que os mesmos possuem classificações variáveis entre
excelente, muito bom, bom e regular. Os melhores resultados do indicador IQUASalvador foram
para as bacias de drenagem natural de Amaralina/Pituba, Armação/Corsário, Vitória/Contorno e
Stella Maris. As bacias que apresentam o IQUASalvador, variável entre regular e muito ruim foram
Itapagipe, Plataforma, São Tomé de Paripe, Comércio e Ilha de Bom Jesus dos Passos. A Figura
795 ilustra o IQUASalvador médio por bacias hidrográficas e de drenagem natural.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘764
Figura 795 – IQUASalvador médio segundo bacias hidrográficas e de drenagem natural
(2018-2020) (N= 21)

Fonte: Santos et al, 2021

Outro aspecto avaliado nos estudos do QUALISALVADOR foi a categorização dos domicílios em
função do acesso aos serviços de drenagem, ou seja, a partir da quantificação daqueles que
estão situados em ruas que possuem os serviços citados. A Tabela 54 mostra a divisão em 5
classes proposta pelo QUALISALVADOR em função do percentual de domicílios situados em vias
públicas sem serviços de drenagem urbana, tendo sido definido que aqueles situados na Classe
1, são os que possuem maior proporção de domicílios com acesso ao serviço, ou seja, cerca de
86%, enquanto que aqueles situados na Classe 5, são os que possuem menor acesso aos
serviços.
Tabela 54 - Proporção de domicílios (%) cujas vias não têm drenagem das águas pluviais,
2018-2020 (N = 15.260)
Faixa de proporção de domicílios
Classe N % % acumulado
sem drenagem
Classe 1 < 13,99 39 24,38 24,38
Classe 2 14,00-27,79 41 25,63 50
Classe 3 28,00-42,90 46 28,75 78,75
Classe 4 43,00-63,90 29 18,12 96,88
Classe 5 64,00-97,00 5 3,12 100
Total 160 100
Fonte: Santos et al, 2021

Partindo para uma categorização por bairros, a partir das classes definidas na Tabela 54, se
observa na Tabela 55 que cerca de 50% dos bairros de Salvador estão categorizados como
Classe 1 e 2, que são os que possuem maior percentual de ruas com o serviço prestado, que são
os bairros mais centrais e que concentram uma população de classe alta e média. Por outro lado,
os bairros de Cassange, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades e Retiro,
são os que apresentam as condições mais ruins, no caso, estão na Classe 5.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘765
Tabela 55 - Bairros por classe de proporção de domicílios cujas vias não têm drenagem das
águas pluviais,8 2018-2020 (N = 15.260)
Classe Bairros % de bairros
Acupe, Barbalho, Barra, Barris, Boa Vista de Brotas, Boca do Rio,
Brotas/Horto Florestal, Cabula, Cajazeiras II, Caminho das Árvores,
Caminho de Areia, Candeal, Canela, Centro Histórico, Centro/Dois de
Julho, Comércio, Cosme de Farias, Graça, Imbuí, Itaigara, Jardim Armação,
1 24,38
Macaúbas, Massaranduba, Matatu, Nazaré, Patamares, Pau Miúdo, Piatã,
Pituba, Plataforma/Ilha Amarela, Resgate, Rio Vermelho, Santo Agostinho,
Saúde, Stella Maris, Stiep, Tororó, Uruguai e
Vila Laura.
Amaralina, Baixa de Quintas, Boa Viagem, Boca da Mata, Bom Juá,
Bonfim, Cabula VI, Caixa d’Água, Cajazeiras VI, Calabar, Cidade Nova,
Costa Azul, Dom Avelar, Doron, Engenho Velho de Brotas, Fazenda
Grande III, Federação, Garcia, Granjas Rurais Presidente Vargas, IAPI,
Itacaranha, Lapinha, Liberdade, Luiz Anselmo, Mangueira, Mares, Monte
2 25,63
Serrat, Moradas da Lagoa, Mussurunga, Narandiba, Ondina/ Chame-
Chame, Periperi/Colina de Periperi/Mirante de Periperi, Pero Vaz, Ribeira,
Roma, Saboeiro, Santa Mônica,
Santo Antônio, São João do Cabrito, Vila Ruy Barbosa/
Jardim Cruzeiro e Vitória.
Alto da Terezinha, Alto das Pombas, Alto do Cabrito, Alto do Coqueirinho,
Arenoso, Arraial do Retiro, Bairro da Paz, Barreiras, Beiru/Tancredo Neves,
Cajazeiras IV, Cajazeiras V, Cajazeiras VII, Cajazeiras VIII, Cajazeiras X,
Calçada, Campinas de Pirajá, Capelinha, Castelo Branco, Chapada do Rio
Vermelho, Coutos/Vista Alegre, Curuzu, Fazenda Grande do Retiro,
3 Fazenda Grande I, Fazenda 28,75
Grande II, Itapuã, Itinga, Jardim das Margaridas, Jardim
Nova Esperança, Lobato, Marechal Rondon, Nordeste de Amaralina, Nova
Brasília, Nova Esperança, Paripe, Pau da Lima, Pernambués, Pituaçu,
Praia Grande, São Caetano, São Cristóvão, São Gonçalo, São Marcos, São
Rafael, Saramandaia, Trobogy e Vale das Pedrinhas.
Águas Claras, Areia Branca, Boa Vista de São Caetano, Cajazeiras XI,
Calabetão, Canabrava, Engenho Velho da Federação, Engomadeira,
Fazenda Coutos, Fazenda
4 Grande IV, Jaguaripe I, Jardim Cajazeiras, Jardim Santo Inácio, Mata 18,13
Escura, Nova Constituinte, Nova Sussuarana, Novo Horizonte, Novo
Marotinho, Palestina, Pirajá, Rio Sena, Santa Cruz, Santa Luzia, São Tomé,
Sete de Abril, Sussuarana, Vale dos Lagos, Valéria e Vila Canária.
Cassange, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades e
5 3,13
Retiro.
Fonte: Santos et al, 2021

3.1.9. TRABALHOS ACADÊMICOS RELACIONADOS A DRENAGEM


URBANA EM SALVADOR
O Quadro 34 apresenta a relação de trabalhos acadêmicos relacionados a manejo de águas
pluviais e drenagem urbana do município de Salvador desenvolvidos entre os anos de 1995 e
2020, contabilizando um total de 38 produções acadêmicas. No total foram identificadas 7
dissertações, 4 trabalhos de conclusão de curso, 26 artigos e 1 livro, que analisam em sua maioria
as questões ambientais nas bacias hidrográficas de Salvador, como qualidade da água, sobre os
lançamentos de esgoto sanitário e sobre a ocupação do uso do solo. A maioria dos trabalhos
foram desenvolvidos no período de 2008 a 2021, sendo que os anos de 2010 (5 trabalhos), 2012
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘766
(6 trabalhos), 2019 (5 trabalhos) e 2020 (3 trabalhos) e em 2021 (1 trabalho) foram os que tiveram
maior número de produções científicas. Os resultados mostram que há a preocupação da
comunidade científica na análise da situação de qualidade dos principais corpos receptores da
drenagem urbana no município, principalmente os rios Camarajipe, Lucaia, Cobre e Ipitanga.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘767
Quadro 34 – Relação de trabalhos acadêmicos relacionados a drenagem urbana em Salvador no período de 1995-2021
Categoria TÍTULO BACIA OU REGIÃO AUTOR ANO
Alternativas para o controle do escoamento de águas urbanas:
Dissertação uma análise da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe – Salvador - Bacia do Jaguaribe SANTANA, C.R. 2021
BA
Análise da distribuição espacial da intensidade pluviométrica
TCC Salvador SANTOS, A. L. O. A 2020
no município de Salvador a partir de dados do CEMADEN
IDF de chuvas intensas em Salvador: alterações e tendências
Artigo Salvador SANTANA, C. R.; SOUZA, M. F. L.; LUZ, L.D 2020
históricas
Fatores de saneamento básico, socioeconômicos, ambientais
e demográficos correlacionados à incidência da dengue, zika e
Dissertação Bacia do Camarajipe OLIVEIRA, F. P. S. 2020
chikungunya: um estudo ecológico em uma bacia hidrográfica
de Salvador - BA
Áreas com edificações do
Saneamento e Saúde Ambiental no entorno de áreas com
Artigo Programa Minha Casa ALMEIDA, RM, Reis, RB & ARAÚJO, PSR 2020
habitação social em Salvador — BA
Minha Vida
Efeitos quantitativos da adoção do Índice de Permeabilidade
Artigo Bacia do Jaguaribe SILVA, U.R.S; LUZ, L.D. 2020
no planejamento do uso do solo numa bacia urbana
Análise de probabilidade de alagamento nas áreas dos bairros Bairros da Paz e São SANTOS, C.R.; OLIVEIRA, I.; ALMEIDA, A.
Artigo 2019
da Paz e São Tomé Tomé L.
SILVA, A.L.A.; MELLO, M.M.C.; ALMEIDA,
Artigo Por onde andam os rios de Salvador? Salvador 2019
R.M.
Rio das Tripas e rio
De Vales e Valas: a Rua da Valla na Salvador do Séc. XIX. In:
Artigo Camarajipe PAZ, D. J. M. 2019
XV Seminário de História da Cidade e do Urbanismo.
Rua da Valla
Desigualdades de acesso e qualidade dos serviços de
Bacia Hidrográfica do Rio
Artigo saneamento básico da bacia hidrográfica do rio Camarajipe – COELHO, C. S. et al. 2019
Camarajipe
Salvador (BA)
Sustentabilidade de cidades no contexto da integração entre a
Artigo Salvador SANTOS, S. L. et al 2019
gestão de recursos hídricos e o planejamento urbano territorial
Impacto de um programa de saneamento ambiental na saúde:
Livro fundamentos teórico-metodológicos e resultados de pesquisa Baía de Todos os Santos RÊGO, R. C. F. et al. 2018
interdisciplinar.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
768
Categoria TÍTULO BACIA OU REGIÃO AUTOR ANO
Qualidade ambiental das bacias hidrográficas da cidade de Salvador e Lauro de
Artigo SANTOS, J. J. et al 2017
Salvador e Lauro de Freitas, Bahia Freitas
Avaliação do nível de degradação das águas superficiais do rio
Artigo Rio Lucaia MARQUES, I. M. et al 2016
Lucaia, Salvador- BA
SITUAÇÃO SANITÁRIA DE RIOS URBANOS: estudo de caso
TCC Rio Camarajipe MACHADO, P. B. 2016
para o rio Camarajipe, Salvador-Ba
Dimensionamento de drenos profundos – Projeto de Drenagem
Artigo Salvador BASTOS, M. F. 2015
– Metrô de Salvador – Linha 2
O saneamento e a questão social em Periperi (Salvador/Ba):
Dissertação Periperi (Salvador/Ba) SANTOS, N. M. 2014
Um olhar sob o enfoque da Drenagem Urbana – 1989 a 2013
Análise da amostra de água de chuva do bairro de
Bairro de Tubarão/Paripe
Artigo Tubarão/Paripe em Salvador - Ba para fins potáveis ou não SANTOS, A. L. O. A. et al 2014
em Salvador-Ba
potáveis.
Por aqui passa um rio? O processo de degradação dos cursos
TCC Salvador MACHADO, C. B 2013
d’água da cidade de Salvador e seus Planos de Saneamento.
Rio Camarajipe: conexões e espaço urbano por entre cursos
TCC Rio Camarajipe CERQUEIRA, V. D. F et al 2013
d'água
Bacia Hidrográfica do rio
Os impactos ambientais na bacia hidrográfica do rio do Cobre
do Cobre (Região
Artigo em Salvador, Bahia: utilização do geoprocessamento na RIBEIRO, M. J. P. et al 2013
Administrativa do Subúrbio
avaliação de impactos ambientais
Ferroviário)
Delimitação das Bacias Hidrográficas e de Drenagem Natural
Artigo Salvador ÁLVARES, M. L. P. et al 2012
da Cidade de Salvador
Saneamento e Qualidade das Águas dos Rios em Salvador,
Artigo Salvador MORAES, L. R. S. et al. 2012
2007-2009
Avaliação dos sistemas de escadarias e rampas drenantes
Dissertação implantadas em assentamentos espontâneos na cidade do Salvador MANGIERI, L. S. G. 2012
Salvador-Bahia
Delimitação das Bacias Hidrográficas e de Drenagem Natural
Artigo Salvador SANTOS, M. E. P. et al. 2012
da Cidade de Salvador

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
769
Categoria TÍTULO BACIA OU REGIÃO AUTOR ANO
Fontes de poluição e o controle de degradação ambiental dos
Artigo Salvador ROSSI, W. et al. 2012
rios urbanos em Salvador
Monitoramento Quali-quantitativo das Águas dos Principais
Artigo Salvador AQUINO, R. F. et al. 2012
Rios de Salvador
Manejo de águas pluviais em áreas de encosta: avaliação dos
Artigo Salvador MANGIERI, L. S. G.; MATOS, J. E. R. 2010
sistemas de escadarias drenantes de Salvador
Descaminhos dos rios (ou da gestão da cidade) de Salvador –
Artigo Salvador LUZ, L.D. et al. 2010
o caso do Rio dos Seixos e outros
Sistema de indicadores de sustentabilidade para a gestão de
Artigo Salvador CERQUEIRA, E. C.; MORAES, L. R. S. 2010
rios urbanos
Rios Camarajipe, Cobre,
Vazão e monitoramento da qualidade das águas urbanas na
Artigo Ipitanga, Jaguaribe, AQUINO, R. F. et al. 2010
região metropolitana de Salvador
Lucaia e Pituaçu

Artigo Qualidade das Águas dos Rios de Salvador Salvador ÁLVARES, M. L. P. et al 2010

Manejo de Águas Pluviais e a Sustentabilidade da Drenagem


Dissertação Urbana: Estudo Sobre o Serviço de Manutenção e Salvador SANTOS, M. A. V. 2009
Conservação da Drenagem de Salvador

Artigo Problemática da Drenagem em Salvador Salvador NETO, E.A. 2009

Estudo da influência da urbanização na condição hídrica da Bacia Hidrográfica do Rio


Dissertação CORDEIRO, M. R. A. 2009
bacia do rio do Cobre - Salvador-Bahia do Cobre
Uso e ocupação do solo e os impactos na qualidade dos Bacia Hidrográfica do rio
Dissertação LUZ, C.N. 2009
recursos hídricos superficiais da bacia do rio Ipitanga Ipitanga
Esboço socioambiental da bacia hidrográfica do rio Passa Bacia Hidrográfica do rio
Artigo TORRES, A. P.; ALMEIDA, R. A. 2008
Vaca, SSA-BA Passa Vaca
Rampas e escadarias drenantes como alternativa tecnológica MORAES, L. R. S.; SANTANA, M. J. A.;
Artigo Salvador 1995
para áreas de encostas: uma avaliação FREIRE, M. T. M.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
770
3.2. PLANOS, ESTUDOS E PROJETOS EM EXECUÇÃO

3.2.1. ELABORAÇÃO DE PROJETOS EXECUTIVOS DE ENGENHARIA


PARA DRENAGEM PLUVIAL NAS CALHAS NATURAIS E CANAIS
DAS BACIAS URBANAS DOS RIOS COBRE, IPITANGA E
ITAPAGIPE
No ano de 2020, a Seinfra realizou a contratação de empresa especializada para a elaboração de
projetos executivos de engenharia para drenagem pluvial nas calhas naturais e canais das bacias
urbanas dos rios Cobre, Ipitanga e Itapagipe pertencentes a Salvador. O Contrato Nº 021/2019
correspondente ao serviço possui prazo de vigência entre 03/2020 e 10/2021, no valor de R$
832.187,95. Por se tratar de projetos que se encontram em andamento e que serão finalizados
após o diagnóstico do PMSBI, os mesmos serão somente considerados nas fases posteriores.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘771
4. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA E HIDROLÓGICA DAS BACIAS
HIDROGRÁFICAS DO MUNICÍPIO

4.1. DELIMITAÇÃO FÍSICA E HIDROGRAFIA


No município de Salvador a rede hidrográfica é delimitada em bacias hidrográficas e bacias de
drenagem natural oficialmente estabelecidas a partir do Decreto Nº 27.111, de 22 de março de
2016, sendo adotados os seguintes conceitos na delimitação, conforme apresentado no Art. 3º:

• I - Bacia hidrográfica: unidade territorial delimitada por divisores de água, na qual as


águas superficiais originárias de qualquer ponto da área delimitada pelos divisores escoam
pela ação da gravidade para as partes mais baixas, originando córregos, riachos e rios, os
quais alimentam o rio principal da bacia, que passa, forçosamente, pelos pontos mais
baixos dos divisores e desemboca por um único exultório, exceto as bacias hidrográficas
distintas que por intervenção de infraestrutura urbana tiveram seus rios principais
interligados próximos a foz e passaram a contar com o mesmo exultório;
• II - Bacia de drenagem natural: região de topografia que não caracteriza uma bacia
hidrográfica, podendo ocorrer veios d`água os quais não convergem para um único
exultório.

O Art. 1º do decreto estabelece para o município 12 bacias hidrográficas e 9 bacias de drenagem


natural descritas a seguir (Figura 796):

• I - Bacias Hidrográficas (12): Cobre, Camarajipe, Lucaia, Seixos (Barra/Centenário),


Ondina, Pedras/Pituaçu, Passa Vaca, Jaguaribe, Ipitanga, Paraguari, Ilha de Maré, Ilha
dos Frades;
• II - Bacias de Drenagem Natural (9): São Tomé de Paripe, Plataforma, Itapagipe,
Comércio, Vitória/Contorno, Amaralina/Pituba, Armação/Corsário, Stella Maris, Ilha de
Bom Jesus dos Passos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘772
Figura 796 – Delimitação das bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘773
Ressalta-se que a delimitação oficial das bacias hidrográficas corresponde àquela apresentada
por Santos et al (2010) no livro Caminho das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Fontes e
Bairros. A metodologia adotada para a delimitação foi: a) a delimitação automática das bacias
utilizando-se de sistemas de informações geográficas, adotando como parâmetro o Plano Diretor
de Desenvolvimento Urbano de Salvador (PDDU, Lei Municipal nº 7.400/2008; b) ratificação dos
resultados mediante a realidade observada em campo; c) consolidação do resultado final em
fórum envolvendo representantes da Universidade, do Poder Público e de profissionais atuantes
na área.
Os resultados apresentados Santos et al (2010) não contemplaram a subdivisão das sub-bacias,
que em sua maioria possuem canais naturais perenes, intermitentes e efêmeros que contribuem
para os cursos d’água principais. Devido as intervenções de macrodrenagem realizadas ao longo
das décadas a malha hidrográfica urbana foi canalizada com estruturas fechadas dificultando a
identificação da mesma. Contudo, para fins de planejamento do sistema de drenagem e manejo
de águas pluviais, o PMSBI considerou a delimitação oficial das bacias hidrográficas, e apresenta
a delimitação das principais sub-bacias.
As sub-bacias foram delimitadas com o uso de software de Sistema de Informações Geográficas
(SIG) adotando a base cartográfica digital elaborada pela Conder na escala urbana 1:2.000, no
ano de 1992 no padrão do Sistema Cartográfico Estadual (SICAR), e compartilhada com a
Prefeitura de Salvador. A cartografia foi disponibilizada pela Fundação Mário Leal Ferreira, nos
formatos matriciais e vetoriais, com curvas de nível espaçadas de metro em metro. Destaca-se
que os nomes dos cursos d’água foram identificados a partir dos estudos de Santos et al (2010).
Na Tabela 56 são apresentadas as principais bacias hidrográficas, bacias de drenagem natural e
sub-bacias delimitadas e que serão adotadas para fins de planejamento da drenagem urbana.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘774
Tabela 56 - Principais bacias e sub-bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador
% Área na
Bacia Sub-bacia Código Tipo de bacia Curso d’água Área (km2)
bacia

Seixos SEI -1 Hidrográfica Rio dos Seixos 2,21 68,28%


Bacia do rio dos Seixos
Áreas incrementais - Drenagem natural - 1,03 31,72%
Total 3,24 100,00%

Ondina OND-1 Hidrográfica Rio Ondina 0,88 26,68%

Garibaldi OND-2 Drenagem natural - 0,85 25,88%


Bacia de Ondina
Apipema OND-3 Drenagem natural - 0,65 19,78%

Áreas incrementais - - - 0,91 27,66%


Total 3,30 100,00%
Dique do Tororó LUC -1 Hidrográfica Rio Lucaia 1,10 7,44%
Ongujá LUC -2 Drenagem natural - 1,02 6,91%
HGE LUC -3 Drenagem natural - 0,59 3,97%
Parque Florestal LUC -4 Drenagem natural - 0,37 2,48%
Candeal LUC -5 Drenagem natural - 0,62 4,17%
Polêmica LUC -6 Drenagem natural - 0,38 2,60%
Vale do Tororó LUC -7 Drenagem natural - 0,40 2,71%
Bacia do rio Lucaia Vale dos Barris LUC -8 Drenagem natural - 0,57 3,84%
Centenário LUC -9 Drenagem natural - 0,20 1,36%
Reitor Miguel Calmon LUC -10 Drenagem natural - 0,55 3,70%
Onze de Agosto LUC -11 Drenagem natural - 0,15 1,01%
Sérgio Carvalho LUC -12 Drenagem natural - 0,50 3,36%
Rua Neide LUC -13 Drenagem natural - 0,34 2,34%
Vale das Pedrinhas LUC -14 Hidrográfica Riacho Vale das Pedrinhas 0,91 6,16%
Parque da Cidade LUC -15 Drenagem natural - 0,70 4,72%
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‘775
% Área na
Bacia Sub-bacia Código Tipo de bacia Curso d’água Área (km2)
bacia
Rua Anísio Teixeira LUC -16 Drenagem natural - 0,72 4,89%
Itaigara LUC -17 Drenagem natural - 1,00 6,75%
Horto Florestal LUC -18 Drenagem natural - 0,43 2,94%
Rio Lucaia e trecho do antigo
Áreas incrementais - Hidrográfica 4,23 28,65%
Camarajipe
Total 14,76 100,00%
Dique de Campinas CAM - 1 Hidrográfica Rio Camarajipe 1,74 4,85%
São Caetano CAM - 2 Drenagem natural - 0,86 2,39%
Bom Juá CAM - 3 Hidrográfica Rio Camarajipe 1,00 2,80%
Rio Calafate CAM - 4 Drenagem natural Rio Calafate/San Martim 2,49 6,93%
Pau Miúdo CAM - 5 Drenagem natural - 0,59 1,65%
Rio das Tripas CAM - 6 Hidrográfica Rio das Tripas 6,21 17,32%
Riacho Queimado (Sub-bacia
CAM - 6.1 Hidrográfica Riacho Queimado 2,27 -
das Tripas)
Cônego Pereira (Sub-bacia
CAM - 6.2 Hidrográfica Rio Bonocô 2,60 -
das Tripas)
Vila Laura CAM - 7 Drenagem natural - 0,68 1,90%
Bacia do rio Camarajipe
Campinas CAM - 8 Hidrográfica Rio Campinas ou Bonocô 3,10 8,63%
Baixa do Matatu (Sub-bacia
CAM -8.1 Drenagem natural - 0,86 -
de Campinas)
Daniel Lisboa (Sub-bacia de
CAM - 8.2 Drenagem natural - 0,47 -
Campinas)
Caminho das Árvores CAM - 9 Drenagem natural - 1,71 4,75%
Riacho Sossego CAM -10 Hidrográfica Riacho Sossego 1,07 2,98%
Mata Escura CAM - 11 Hidrográfica Riacho da Mata Escura 0,16 0,45%
Arraial do Retiro CAM -12 Drenagem natural - 0,61 1,71%
Bela Vista CAM -13 Drenagem natural - 0,55 1,54%
Beiro Rio CAM -14 Drenagem natural - 0,62 1,72%
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‘776
% Área na
Bacia Sub-bacia Código Tipo de bacia Curso d’água Área (km2)
bacia
Bacia do Grilo CAM -15 Drenagem natural - 0,45 1,26%
Baixa de Santo Antônio CAM - 16 Drenagem natural - 0,78 2,16%
Rio Pernambués CAM -17 Hidrográfica Rio Pernambués 2,65 7,37%
Áreas incrementais - - - 10,61 29,58%
Total 35,88 100%
Cascão PIT-1 Hidrográfica Rio Cascão 2,56 9,46%
Saboeiro PIT-2 Hidrográfica Rio Saboeiro 5,10 18,87%
Bacia do rio das Cachoeirinha PIT-3 Hidrográfica Rio Cachoeirinha 3,83 14,17%
Pedras/Pituaçu Pituaçu PIT-4 Hidrográfica Rio Pituaçu 12,53 46,32%
Pedras PIT-5 Hidrográfica Rio das Pedras 1,92 7,11%
Áreas incrementais 1,10 4,07%
Total 27,05 100,00%

Pirajá COB - 1 Hidrográfica Riacho de Pirajá 3,95 19,11%

Bacia do rio do Cobre


Mané Dendê COB - 2 Hidrográfica Riacho Mané Dendê 2,08 10,05%

Áreas incrementais Hidrográfica Rio do Cobre (leito principal) 14,63 70,84%


Total 20,65 100,00%

Bacia do Paraguari Paraguari - Hidrográfica Rio Paraguari 5,84 100,00%

Total 5,84 100,00%


Mangabeira (Afluente do rio
JAG - 1 Hidrográfica Rio Mangabeira 9,27 17,51%
Jaguaribe)

Bacia do Jaguaribe Coroado (Afluente do rio


JAG - 2 Hidrográfica Rio Coroado 3,47 -
Mocambo)
Mocambo (Afluente do rio
JAG - 3 Hidrográfica Rio Mocambo 6,16 -
Trobogy)
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‘777
% Área na
Bacia Sub-bacia Código Tipo de bacia Curso d’água Área (km2)
bacia
Cambonas (Afluente do rio
JAG - 4 Hidrográfica Rio Cambonas 3,50 -
Cabo Verde)
Leprosário (afluente do rio
JAG - 5 Hidrográfica Rio Leprosário 5,73 -
Águas Claras)
Águas Claras (afluente do rio
JAG - 6 Hidrográfica Rio Águas Claras 6,73 -
Cabo Verde)
Cabo Verde JAG - 7 Hidrográfica Rio Cabo Verde 16,29 30,79%
Trobogy (Afluente do rio
JAG - 8 Hidrográfica Rio Trobogy 11,79 22,28%
Jaguaribe)

Áreas incrementais do rio Rio Jaguaribe, a partir da foz do


- Hidrográfica 15,57 29,42%
Jaguaribe rio Cabo Verde até a foz no mar

Total 52,91 100,00%


Itapuã Mirim (Afluente do rio
IPI - 1 Hidrográfica Riacho Itapuã-Mirim 4,09 6,81%
Ipitanga)
Riacho da Areia (área no
Bacia do Ipitanga
município de Salvador) - IP - 2 Hidrográfica Riacho da Areia 16,38 27,27%
afluente do rio Ipitanga
Áreas incrementais Hidrográfica Rio Ipitanga 39,58 65,92%
Total 60,04 100,00%
Bacia do Passa Vaca Passa Vaca Hidrográfica Rio Passa Vaca 3,71 100,00%
Total 3,71
Bacia do Comércio - - Drenagem natural - 20,65 100%
Total 20,65 100%

Bacia da Vitória/Contorno - - Drenagem natural - 1,00 100%

Total 1,00 100%

Bacia da Amaralina/Pituba - - Drenagem natural - 2,74 100%

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‘778
% Área na
Bacia Sub-bacia Código Tipo de bacia Curso d’água Área (km2)
bacia
Total 2,74 100%
Bate Estaca ITA - 1 Drenagem natural Canal Bate Estaca 2,10 21,05%
Bacia de Itapagipe Baixa do Fiscal ITA -2 Drenagem natural Baixa do Fiscal 2,05 20,57%
Áreas incrementais - Drenagem natural - 5,83 58,38%
Total 9,98 100,00%
Bacia Armação/Corsário - Drenagem natural - 3,31 100%
Total 3,31 100%
Plataforma PLA -1 Hidrográfica Riacho da Plataforma 0,56 14,24%
Bacia Plataforma Jenipapeiro PLA - 2 Hidrográfica Riacho do Jenipapeiro 0,38 9,54%
Áreas incrementais - Drenagem natural - 3,02 76,22%
Total 3,96 100,00%
Bacia de São Tomé de
- Drenagem natural -
Paripe
Total 15,59
Bacia da Ilha de Maré - - Hidrográfica 13,79 100%
Total 13,79 100%
Bacia da Ilha dos Frades - - Hidrográfica - 15,67 100%
Total 15,67 100%
Bacia da Ilha de Bom
- - Drenagem natural - 0,66 100%
Jesus dos Passos
Total 0,66 100%
Sapato STE -1 Hidrográfica Rio Sapato 4,10 31%
Bacia de Stella Maris Dunas STE -2 Hidrográfica Rio das Dunas 0,37 3%
Áreas incrementais - Drenagem natural - 8,93 67%
Total 13,41 100%
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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‘779
4.2. SOLOS E GEOMORFOLOGIA
A classificação dos solos das bacias hidrográficas e de drenagem natural são importantes para a
compreensão das condições hidrológicas de escoamento superficial e subterrâneo dos mesmos, e
que juntamente com as condições de uso e ocupação influenciam no planejamento das ações de
drenagem urbana. Essa classificação se baseia na abordagem do Sistema Brasileiro de
Classificação de Solos (SiBCS), que é um sistema da Embrapa Solos, que classifica todos os
solos existentes no Brasil (Embrapa Solos, 2021). A partir de bases georreferenciadas e
disponibilizadas publicamente pela Embrapa Solos se identificou no município de Salvador quatro
tipos de solos e seus respectivos horizontes: Argissolo Vermelho Amarelo-Distrófico, Latossolo
Amarelo Distrófico, Latossolo Vermelho-Amarelo Distrófico e Neossolo Quartizarênico, descritos
sucintamente no Quadro 35, sendo predominante na maioria das bacias hidrográfica e de
drenagem natural os latossolos vermelhos – amarelo distrófico.
Quadro 35 – Tipos de solos identificados no município de Salvador
Tipos de solos Descrição
Argissolo Vermelho São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
Amarelo-Distrófico textural imediatamente abaixo do A ou E, com argila de atividade baixa ou
com argila de atividade alta desde que conjugada com saturação por bases
baixa ou com caráter alumínico na maior parte do horizonte B, e
satisfazendo ainda aos seguintes requisitos: a. Horizonte plíntico, se
presente, não satisfaz aos critérios para Plintossolos; e b. Horizonte glei, se
presente, não satisfaz aos critérios para Gleissolos.
Latossolo Amarelo São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
Distrófico latossólico precedido de qualquer tipo de horizonte Adentro de 200 cm da
superfície do solo ou dentro de 300 cm se o horizonte A apresenta mais
que 150 cm de espessura.
A cor amarelada é uniforme em profundidade, o mesmo ocorrendo com o
teor de argila. A textura mais comum é a argilosa ou muito argilosa. Outro
aspecto de campo refere-se à elevada coesão dos agregados estruturais,
são solos coesos. Apresentam boas condições físicas de retenção de
umidade e boa permeabilidade.
Latossolo Vermelho- São solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B
Amarelo Distrófico latossólico precedido de qualquer tipo de horizonte Adentro de 200 cm da
superfície do solo ou dentro de 300 cm se o horizonte A apresenta mais
que 150 cm de espessura.
Apresentam cores vermelhas acentuadas, devido aos teores mais altos e à
natureza dos óxidos de ferro presentes no material originário em ambientes
bem drenados, e características de cor, textura e estrutura uniformes em
profundidade. Por serem profundos e porosos ou muito porosos,
apresentam condições adequadas para um bom desenvolvimento radicular
em profundidade.
Neossolo Quartizarênico São solos pouco evoluídos constituídos por material mineral ou por
material orgânico com menos de 20 cm de espessura, não apresentando
qualquer tipo de horizonte B diagnóstico. Horizontes glei, plíntico, vértico e
A chernozêmico, quando presentes, não ocorrem em condição diagnóstica
para as classes Gleissolos, Plintossolos, Vertissolos e Chernossolos,
respectivamente.
Esta classe de solo ocorre em relevo plano ou suave ondulado, apresenta
textura arenosa ao longo do perfil e cor amarelada uniforme abaixo do
horizonte A, que é ligeiramente escuro. Considerando-se o relevo de
ocorrência, o processo erosivo não é alto, porém, deve-se precaver com a
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘780
Tipos de solos Descrição
erosão devido à textura ser essencialmente arenosa.
Fonte: Adaptado Embrapa Solos, 2021; Agência Embrapa Informação Tecnológica, 2021
Os tipos de solos identificados por bacias hidrográficas e de drenagem natural são apresentados
no Quadro 36. As bacias que possuem distintos tipos de solos em suas regiões de abrangência
são a bacia dos rios Jaguaribe, Cobre, Paraguari, Ipitanga e Itapagipe.
Quadro 36 - Tipos de solos por bacia hidrográfica e bacia de drenagem natural
Bacia hidrográfica ou de drenagem
Tipos de solos predominantes
natural
Bacia hidrográfica do rio dos Seixos Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica de Ondina Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica do Camarajipe Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica do rio Lucaia Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica do rio das Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Pedras/Pituaçu
Bacia hidrográfica do rio Passa Vaca Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Latossolo Amarelo Distrófico.
Bacia hidrográfica do rio do Cobre Latossolo Amarelo Distrófico (maior predominância);
Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico;
Argissolo Vermelho – Amarelo Distrófico.
Bacia hidrográfica do rio Paraguari Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Latossolo Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica do rio Ipitanga Latossolo Amarelo Distrófico;
Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico (maior
predominância);
Neossolo Quartizarênico;
Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica da Ilha dos Frades Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Bacia hidrográfica de Ilha de Maré Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Bacia de drenagem natural da Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Vitória/Contorno
Bacia de drenagem natural de Amaralina Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia de drenagem natural do Comércio Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Bacia de drenagem natural de Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Armação/Corsário
Bacia de drenagem natural de Itapagipe Latossolo Vermelho – Amarelo Distrófico
Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Bacia de drenagem natural de Plataforma Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
Bacia de drenagem natural de Stella Maris Neossolo Quartizarênico
Bacia de drenagem natural de São Tomé Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
de Paripe
Bacia de drenagem natural de Bom Jesus Argissolo Vermelho Amarelo Distrófico
dos Passos
Fonte: CSB Consórcio, 2021

A Figura 797 apresenta os tipos de solos existentes nas bacias hidrográficas e de drenagem
natural do município de Salvador.

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‘781
Figura 797 – Tipos de solos nas bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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‘782
4.3. GEOLOGIA E AQUÍFEROS
A identificação da geologia e das formações aquíferas das bacias hidrográficas e de drenagem
natural são importantes para o entendimento do fluxo das águas subterrâneas e que podem afetar
o escoamento superficial dos rios. Hidrologicamente nos períodos sem chuva, o escoamento
natural dos rios é denominado como escoamento de base, com volumes inferiores aos
observados durante os períodos chuvosos, e que são mantidos pela água subterrânea existente
nos aquíferos da bacia.
A identificação dos tipos de domínios geológicos e formações aquíferas se baseou nas
informações do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
A partir de bases georreferenciadas e disponibilizadas publicamente pela CPRM se identificou em
aspectos geológicos no município de Salvador a predominância de rochas gnáissicas em sua
maior extensão de origem magmática e/ou sedimentar; rochas formadas por sedimentos de
aluviões na região das bacias dos rios Ipitanga, Jaguaribe e Stella Maris; e rochas formadas por
sedimentos argilosos, arenosos e cascalhos, na região da bacia de São Tomé de Paripe e ilhas,
conforme apresentado na Figura 798 . A descrição sucinta desses domínios geológicos é
apresentada no Quadro 37.
Quadro 37 – Tipos de domínios geológicos identificados no município de Salvador
Tipos de domínios
Descrição
geológicos
Possuem porosidades praticamente nulas, podendo ser consideradas
como impermeáveis no contexto de aproveitamento de água subterrânea.
Há a presença de fraturas, que criam uma porosidade secundária,
Rochas ígneas
responsável pelo pouco armazenamento de água, e uma permeabilidade
responsável pela circulação da água subterrânea. As porosidades são
muito baixas.
Possuem vantagens do ponto de vista do aproveitamento das águas
subterrâneas, sendo que os sedimentos, mas importantes são as aluviões,
Rochas
as dunas e alguns depósitos coluviais. São fáceis de perfurar ou escavar,
sedimentares/sedimentos
se situam em regiões onde os níveis de água são pouco profundos,
inconsolidados
possibilitando o bombeamento, possuem alta capacidade de infiltração,
maior porosidade efetiva e maior permeabilidade.
Fonte: Adaptado Feitosa et al, 2008.
Conforme apresentado anteriormente existem dois domínios geológicos na área do município de
Salvador, que estão associados aos seguintes domínios aquíferos: poroso e fissural. De acordo
com a ABAS (2021), os aquíferos porosos ou sedimentares são formados por rochas
sedimentares, sedimentos inconsolidados ou solos arenosos, onde a circulação das águas
subterrâneas se dá através dos poroso entres os grãos de areia, silte e argila, podendo armazenar
grandes volumes de água. De acordo com a Figura 799 a presença de aquíferos porosos é mais
abrangente nas bacias da região norte de Salvador, como as bacias hidrográficas dos rios Cobre,
Ipitanga e Jaguaribe, que possuem regime hidrológico perene.
Enquanto, que nos aquíferos fissurais ou fraturados, formado pelas rochas ígneas, a circulação se
faz entre as fraturas, fendas e falhas, que quase sempre tem direções preferenciais, e com baixa
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‘783
capacidade de produção de água. De acordo com a Figura 799 a presença de aquíferos desse
tipo é mais notável nas bacias da região sul, como a bacias hidrográficas dos rios do Seixos,
Camarajipe e Lucaia.
Os tipos de geologia e formações aquíferas identificados por bacias hidrográficas e de drenagem
natural são apresentados no Quadro 38.
Quadro 38 - Tipos de geologia e formações aquíferas por bacia hidrográfica e bacia de
drenagem natural
Bacia hidrográfica ou de Tipos de geologia Tipo de aquífero
drenagem natural
Rochas gnáissicas de origem Fraturado
Bacia hidrográfica do rio dos Seixos
magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Fraturado
Bacia hidrográfica de Ondina
magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia hidrográfica do Camarajipe
magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Fraturado
Bacia hidrográfica do rio Lucaia
magmáticas e/ou sedimentar
Bacia hidrográfica do rio das Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Pedras/Pituaçu magmáticas e/ou sedimentar
Bacia hidrográfica do rio Passa Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Vaca magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia hidrográfica do rio Jaguaribe magmáticas e/ou sedimentar
Rochas sedimentares
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia hidrográfica do rio do Cobre
magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Poroso
Bacia hidrográfica do rio Paraguari
magmáticas e/ou sedimentar
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia hidrográfica do rio Ipitanga magmáticas e/ou sedimentar
Rochas sedimentares
Bacia hidrográfica da Ilha dos Rochas sedimentares Poroso
Frades
Bacia hidrográfica de Ilha de Maré Rochas sedimentares Poroso
Rochas gnáissicas de origem Fraturado
Bacia de drenagem natural da
magmáticas e/ou sedimentar
Vitória/Contorno
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia de drenagem natural de
magmáticas e/ou sedimentar
Amaralina
Rochas gnáissicas de origem Fraturado e Poroso
Bacia de drenagem natural do
magmáticas e/ou sedimentar
Comércio
Rochas gnáissicas de origem Poroso
Bacia de drenagem natural de
magmáticas e/ou sedimentar
Armação/Corsário
Bacia de drenagem natural de Rochas gnáissicas de origem Poroso
Itapagipe magmáticas e/ou sedimentar
Bacia de drenagem natural de Rochas gnáissicas de origem Poroso
Plataforma magmáticas e/ou sedimentar
Bacia de drenagem natural de Stella Rochas sedimentares Poroso
Maris
Rochas gnáissicas de origem Poroso
Bacia de drenagem natural de São
magmáticas e/ou sedimentar
Tomé de Paripe
Rochas sedimentares
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‘784
Bacia hidrográfica ou de Tipos de geologia Tipo de aquífero
drenagem natural
Bacia de drenagem natural de Bom Rochas sedimentares Poroso
Jesus dos Passos
Fonte: CSB Consórcio, 2021
A Figura 798 apresenta os tipos de geologia existente nas bacias hidrográficas e de drenagem
natural do município de Salvador e a Figura 799 apresenta os tipos de aquíferos existentes.

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‘785
Figura 798 – Geologia das bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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‘786
Figura 799 – Tipos de aquíferos das bacias hidrográficas e de drenagem natural de
Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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‘787
4.4. COBERTURA VEGETAL
A Figura 800 apresenta os tipos de coberturas vegetais existentes nas bacias hidrográficas e de
drenagem natural do município de Salvador, onde se observa que a maior parcela da área se
encontra ocupada, sendo de destaque algumas áreas de vegetação secundária nas bacias
hidrográficas dos rios das Pedras/Pituaçu, Jaguaribe, Cobre, Ipitanga e ilhas. No entorno das
bacias dos rios Ipitanga, e Jaguaribe e da bacia de drenagem natural de Stella Maris são
identificadas áreas de dunas, com vegetação de gramíneas e plantas rasteiras, que são
predominantes em regiões de influência marinha.

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‘788
Figura 800 – Cobertura vegetal nas bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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‘789
4.5. USOS E OCUPAÇÃO DOS SOLOS
O mapeamento de uso e ocupação do solo é um mecanismo de planejamento urbano, que deve
considerar aspectos sociais, econômicos, ambientais e culturais, onde devem ser definidas áreas
e normas relativas aos tipos de construções, dimensões de terrenos, atividades que podem ser
realizadas, áreas de proteção ambiental, dentre outros. No componente de drenagem urbana e
manejo de águas pluviais o tipo de uso e ocupação dos solos influencia quantitativamente nos
volumes escoados superficialmente em vias e áreas públicas, e que são direcionados para os
sistemas de microdrenagem e macrodrenagem. Além de aspectos quantitativos, esse uso e
ocupação do solo também pode influenciar qualitativamente os cursos d’águas e águas
subterrâneas das bacias hidrográficas, a depender dos tipos de atividades que estejam
implantadas.
No que se refere a aspectos hidrológicos e de planejamento da drenagem urbana, os efeitos
provocados pelo tipo de uso e ocupação do solo são notáveis principalmente nos períodos de
chuva intensas, na qual a maior parte dos volumes de água, não se infiltram. Essa limitação de
infiltração se deve à limitação da permeabilidade dos solos de uma bacia hidrográfica, além do
grau de impermeabilização dos mesmos por ações antrópicas, assim os volumes excedentes são
direcionados para os sistemas de drenagem, podendo provocar alagamentos e inundações,
quando são o planejamento é desconsiderado.
A caracterização dos usos e ocupação dos solos nas bacias hidrográficas e de drenagem natural
para o PMSBI de Salvador se baseou na descrição do mapeamento previso na Lei de
Ordenamento do Uso e Ocupação do Solos (LOUOS) de 2016; e no mapeamento atual com base
em imagens de satélite do software Google Earth para fins de análise hidrológica, objetivando
determinar o parâmetro CN, do método Soil Conservation Service, e que está relacionado às
características do solo e da ocupação da bacia.

4.5.1. SITUAÇÃO PREVISTA NA LEI DE ORDENAMENTO DO USO E


OCUPAÇÃO DO SOLO (LOUOS)
A Lei Nº 9148/2016 que dispõe sobre o Ordenamento do Uso e Ocupação do Solo (LOUOS) do
município de Salvador foi revisada com base nos princípios e diretrizes estabelecidas no PDDU
(2016) para o macrozoneamento e respectivas macro áreas. De acordo com o Art. 194 do PDDU,
a classificação do uso do solo foi minimamente estabelecida sendo:

• Residencial, que envolve a moradia de um indivíduo ou grupo de indivíduos;


• Não residencial, que envolve as atividades comerciais, de serviços, institucionais e
industriais.

O município foi dividido em 12 zonas de usos, conforme discriminadas a seguir:

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘790
• ZPR – Zona Predominantemente Residencial: porções do território destinadas ao uso
residencial;
• ZEIS – Zona Especial de Interesse Social: são destinadas à regularização fundiária –
urbanística e jurídica-legal, e à produção, manutenção ou qualificação da Habitação de
Interesse Social e da Habitação de Mercado Popular;
• ZCMe – Zona Centralidade Metropolitana: são porções do território na Macro área de
Integração Metropolitana e parte na Macro área de Urbanização Consolidada,
apresentando características multifuncionais;
• ZCMu – Zona Centralidade Municipal: são porções do território que concentram atividades
administrativas, financeiras, de prestação de serviços diversificados, de âmbito regional e
municipal;
• ZCLMu – Zona Centralidade Linear Metropolitana: incidem em terrenos que possuem
frentes voltadas para eixos do sistema viário, sendo caracterizadas pela linearidade e pela
predominância do uso não residencial, admitindo-se também o uso residencial;
• ZCLMe – são porções lindeiras às vias estruturais contidas na Macro área de Integração
Metropolitana e na Macro área de Estruturação Urbana, apresentando características
multifuncionais;
• ZUSI – Zona de Uso Sustentável nas Ilhas: são as porções do território das ilhas, no
entorno dos atracadouros e que devem ser requalificadas de modo a ampliar o acesso da
população aos serviços públicos de educação, saúde, cultura, esporte e lazer, além da
oferta de serviços de apoio ao turismo;
• ZDE – Zona de Desenvolvimento Econômico: destinadas à implantação de usos não
residenciais diversificados, voltados ao fomento e à modernização de atividades produtivas
e à logística, em especial aos usos industriais, sendo admitido usos residenciais;
• ZIT – Zona de Interesse Turístico: são porções do território associadas às belezas naturais
e à conservação da paisagem;
• ZEM – Zona de Exploração Mineral: são porções destinadas ao desenvolvimento de
atividades de extração mineral e beneficiamento de minérios;
• ZUE – Zona de Uso Especial: são porções do território destinadas a complexos urbanos
voltados a funções administrativas, educacionais, de transporte e de serviços de alta
tecnologia;
• ZPAM – Zona de Proteção Ambiental: destinam-se prioritariamente à conservação
ambiental e ao uso sustentável dos recursos naturais, admitindo usos residenciais de baixa
densidade construtiva e populacional, e atividades de recreação e lazer da população.

Atualmente a Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) que é a responsável pela


supervisão, acompanhamento, fiscalização e planejamento do cumprimento das normas relativas
ao ordenamento do uso e ocupação do solo do município.
A Figura 801 apresenta as zonas de usos previstos no LOUOS do município de Salvador. Ao
observar o mapeamento dos usos e a questão das zonas de proteção ambiental não se identifica
a consideração da malha hidrográfica dos rios urbanos, inclusive os rios tamponados,
principalmente no que se refere à delimitação das Áreas de Preservação Permanente (APPs),
sendo de maior destaque as áreas de preservação das barragens do rio Pituaçu, Cobre e
Ipitanga, e alguns parques urbanos.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘791
Figura 801 – Zonas de usos previstos no LOUOS do município de Salvador

Fonte: Adaptado PDDU, 2016

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘792
Figura 802 – Macrozonas de ocupação urbana e ambiental, e áreas de SAVAM (PDDU-
Salvador)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
793
Sobre aspectos específicos relacionados à drenagem urbana e manejo de águas pluviais a lei
citada aborda intervenções nas características e morfologia do terreno e nos recursos hídricos,
sendo que no Art. 13 fica estabelecido que nos pedidos de licença para construção de
empreendimentos com áreas impermeabilizadas superiores a 2.500 m², deve ser apresentado o
projeto de drenagem de águas pluviais, a fim de ser submetido à análise e aprovação por parte do
órgão municipal competente. Caso haja a necessidade de ampliação da rede de drenagem
pública existente o empreendedor deve assumir os custos dos projetos e das necessárias para a
ampliação.
Havendo intervenções nos recursos hídricos, o Art. 14 define que os cursos d’água perene não
pode ter o fluxo interrompido e devem ser respeitadas as Áreas de Proteção Permanente (APP)
previstas no Código Florestal Brasileiro (2012).
Destaca-se na LOUOS a definição de parâmetros de ocupação do solo, sendo definido no Art.77
os seguintes: I – Coeficiente de Aproveitamento, II – Índice de Ocupação; III – Índice de
Permeabilidade, IV – Gabarito de Altura Máxima; V – Recuos mínimos; VI – Quota máxima de
terreno por unidade habitacional e VII – Quota máxima de garagem. Dentre os índices citados se
observa que o Índice de Permeabilidade (IP) possui relação direta com o manejo das águas
pluviais, especificamente no controle dos escoamentos superficiais na área urbana. Os valores do
índice IP variam em função do tipo de zona e são apresentados no Quadro 6 da LOUOS, sendo
observado valores variáveis entre 0,10 e 0,40, sendo o menor valor indicado para áreas do tipo
ZCMe e o maior valor para áreas do tipo ZIT.
No Art. 88, sobre o índice IP se define as áreas permeáveis mínimas para cada zona de uso,
sendo que exigido que do total das áreas permeáveis exigidas para o atendimento do índice,
cerca de 50% devem ser mantidas em solo natural ou revestimento semipermeável. Para
aplicação da exigência citada anteriormente se considera como reservatório os dispositivos
dimensionados de acordo com a fórmula a seguir:
V = (0,15 x At – Atp) x P x t, onde:
V = volume do dispositivo adotado;
At = área total do terreno;
Atp = área do terreno livre de pavimentação ou construção;
P = índice pluviométrico igual a 0,06 m/hora;
t = duração da chuva igual a 1 hora.
Apesar da proposta da LOUOS da utilização de um índice que promova a infiltração das águas
pluviais na área urbana não foram identificados estudos ou notas técnicas que subsidiassem a
adoção dos valores de IP, sendo importante enfatizar que o mesmo pode ser influenciado pelos
diferentes tipos de solos existentes, assim como pela variabilidade da pluviometria na área do
município.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
794
4.5.2. SITUAÇÃO ATUAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO COM BASE
NO PARÂMETRO CN
A situação foi avaliada a partir da determinação do parâmetro CN que está relacionado às
características do uso e ocupação da bacia, e que é considerado no método de cálculo do
escoamento superficial conhecido como Soil Conservation Service (SCS).
O CN trata-se de um parâmetro adimensional, que depende do tipo de solo e do tipo de ocupação
da bacia, com valor variável entre 0 e 100, sendo que o valor zero corresponde a um solo de
capacidade de infiltração infinita e 100 corresponde a um solo completamente impermeável.
(COLLISCHONN & DORNELLES, 2015).
Com o valor do CN se permite calcular o parâmetro S, que representa a máxima infiltração
acumulada potencial numa bacia, conforme apresentada na equação abaixo.
25400
𝑆= − 254
𝐶𝑁

Para a determinação do parâmetro CN, inicialmente, classifica-se os solos em função de seu


grupo hidrológico (A, B, C ou D), como indicado no Quadro 39.
Para o estudo dos solos de Salvador, os mesmos foram classificados como tipo C, tem-se que é
um solo com mais teor de argila do que os solos do tipo A ou B, e com uma camada mais
impermeável abaixo da superfície ou pouco profunda, apresentando uma textura franco argilo
arenosa.
Para esse tipo de solo, a taxa de infiltração varia de 0,15 a 0,4 cm/h.
Quadro 39 – Tipos de grupos hidrológicos de solos para o método SCS-CN
Tipos de solos Características Textura

Solos com baixo potencial de geração de escoamento


Arenosa; areia franca,
A superficial: solos arenosos ou siltoso, profundos e de alta
franco arenosa
capacidade de infiltração

Solos com pouco teor de argila, menos profundos ou com


B mais argila do que os solos do tipo A e de média Franco siltosa; franca
capacidade de infiltração

Solo com mais teor de argila do que os solos do tipo C,


C com uma camada mais impermeável abaixo da superfície Franco Argilo arenosa
ou pouco profundos

Solos com alto potencial de geração de escoamento Franco argilosa; Franco


superficial: solos argilosos, solos rasos sobre rochas argilo arenosa; argilo
D
impermeáveis, solos com lençol freático próximo à arenosa; argilo siltosa;
superfície, solos com capacidade de infiltração muito baixa argilosa
Fonte: Hawkins et al, 2009; São Paulo, 2012.
Dessa forma, para cada tipo de cobertura existe uma faixa de variação dos valores possíveis de
CN que variam a depender do grupo hidrológico do solo.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
795
Com a determinação do grupo hidrológico do solo, determina-se o valor de CN a depender da
cobertura e ocupação da bacia, adotando-se os valores da Tabela 57.
Tabela 57 - Valores do parâmetro CN para diferentes condições de cobertura vegetal, uso
do solo e tipos de solos, em bacias urbanas
Tipos hidrológicos de solos
Tipo Utilização ou cobertura do solo
A B C D
OCP1 Zonas cultivadas sem conservação do solo 72 81 88 91
OCP2 Zonas cultivadas com conservação do solo 62 71 78 81
OCP3 Pastagens ou terrenos em más condições 68 79 86 89
OCP4 Baldios em boas condições 39 61 74 80
OCP5 Prado em boas condições 30 58 71 78
OCP6 Bosques ou zonas com cobertura ruim 45 66 77 83
OCP7 Florestas com cobertura boa 25 55 70 77
Espaços abertos, relvados, parques, campos de golfe,
OCP8 39 61 74 80
cemitérios, boas condições com relva em mais de 75% da área
Espaços abertos, relvados, parques, campos de golfe,
OCP9 49 69 79 84
cemitérios, boas condições com relva de 50 a 75% da área
OCP10 Zonas comerciais e de escritórios 89 92 94 95
OCP11 Zonas industriais 81 88 91 93
Zonas residenciais
Lotes de m2 % impermeável
< 500 65 77 85 90 92
OCP12 1000 38 61 75 83 87
1300 30 57 72 81 86
2000 25 54 70 80 85
4000 20 51 68 79 84
OCP13 Parques de estacionamentos, telhados, viadutos etc. 98 98 98 98
Arruamentos e estradas asfaltadas e com drenagem de águas
OCP14 98 98 98 98
pluviais
OCP15 Paralelepípedos 76 85 89 91
OCP16 Terra 72 82 87 89
OCP17 Lagoa, represas e áreas alagadas - - - -
OCP18 Duna 12 35 43 49
Fonte: Adaptado de Tucci (1993) e Carvalho Junior (2013).
Em Salvador, como as suas bacias são compostas por diferentes tipos de coberturas de solo,
tem-se o seu valor de CN como uma média ponderada de áreas (A), conforme equação
apresentada a seguir.
∑ 𝐶𝑁𝑖 ∗ 𝐴𝑖
𝐶𝑁 =
∑ 𝐴𝑖

Para derivar o valor do parâmetro de CN foram feitas associações entre as classes de coberturas
e ocupações obtidas das imagens do Google Earth datadas a partir do ano de 2015 e o grupo
hidrológico do solo. A Figura 803 apresenta o mapeamento atual do uso e ocupação dos solos de
Salvador para fins de análise hidrológica, com exceção das áreas das ilhas.
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
796
Figura 803 – Mapeamento atual do uso e ocupação do solo de Salvador

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021; CSB Consórcio, 2021


Os resultados dos valores CN ponderados por bacias hidrográficas e de drenagem natural do
município de Salvador estão apresentados na Tabela 58. Nessa análise não foram inseridas as
bacias hidrográficas das ilhas, tendo sido priorizado a parte continental do município, onde há
maior urbanização.
Tabela 58 – Resumo da Classificação hidrológica dos tipos de solos das bacias
hidrográficas de Salvador
Classificação
Bacia hidrográfica ou de CN
Tipos de solos predominantes hidrológica do tipo de
drenagem natural ponderado
solo
Bacia do rio dos Seixos Argissolo vermelho-amarelado C 89,05

Bacia de Ondina Argissolo vermelho-amarelado C 85,96

Bacia do rio Lucaia Argissolo vermelho-amarelado C 88,78

Bacia do rio Camarajipe Argissolo vermelho-amarelado C 88,32

Bacia do rio das Pedras/Pituaçu Argissolo vermelho-amarelado C 83,79

Bacia do rio Cobre Argissolo vermelho-amarelado C 79,9

Bacia do rio Paraguari Argissolo vermelho-amarelado C 87,22

Bacia do rio Jaguaribe Argissolo vermelho-amarelado C 83,05

Bacia do rio Passa Vaca Argissolo vermelho-amarelado C 81,28

Bacia do Rio Ipitanga Argissolo vermelho-amarelado C 77,22

Bacia de drenagem Comércio Argissolo vermelho-amarelado C 91,56

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
797
Classificação
Bacia hidrográfica ou de CN
Tipos de solos predominantes hidrológica do tipo de
drenagem natural ponderado
solo
Bacia de drenagem da
Argissolo vermelho-amarelado C 88,6
Vitória/Contorno
Bacia de drenagem
Argissolo vermelho-amarelado C 92,41
Amaralina/Pituba
Bacia de drenagem de
Argissolo vermelho-amarelado C 90,41
Itapagipe
Bacia de drenagem
Argissolo vermelho-amarelado C 87,57
Armação/Corsário
Bacia de drenagem de
Argissolo vermelho-amarelado C 87,93
Plataforma
Bacia de drenagem de São
Argissolo vermelho-amarelado C 80,77
Tomé de Paripe
Bacia de drenagem de Stella
Argissolo vermelho-amarelado C 63,6
Maris
Fonte: CSB Consórcio, 2021
Os valores de CN variaram entre 63,6 e 91,5, sendo que a bacia com maior capacidade de
infiltração foi a de Stella Maris, e a que obteve o maior valor de CN foi a do Comércio. O valor
médio dos valores de CN nas bacias analisadas foi de 84,8, o que indica que as bacias possuem
um grau alto de impermeabilização. Dentre as bacias que apresentaram valores de CN acima de
90, e que podem ser consideradas como críticas, no que se refere a impermeabilização cita-se
além do Comércio, as da Amaralina/Pituba e Itapagipe.

4.5.2.1. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DOS SEIXOS


Nessa área do território metropolitano, a maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais,
enquanto a menor parte é destinada a terenos baldios, mas ainda apresenta áreas com cobertura
florestal, espaços abertos e cemitério, zonas comerciais e de escritórios, arruamentos e estradas
asfaltadas, e áreas com presença de paralelepípedos, como pode ser observado na Figura 804.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
798
Figura 804 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio dos Seixos.

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada. sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 89,05. Na Figura
805 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 76%, a área de vias asfaltadas
equivale a 10%, a área florestal a 8%, e a área comercial, de paralelepípedos e de espaços
abertos a 2% cada. A área destinada a terreno baldio, por ser inferior a 1%, não é considerada no
gráfico.
Figura 805 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia dos Seixos

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.2. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ONDINA


A maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
zonas comerciais e de escritórios, mas ainda apresenta áreas com cobertura florestal,

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
799
arruamentos e estradas asfaltadas, e áreas com terrenos baldios, como pode ser observado na
Figura 806.
Figura 806 – Mapeamento da bacia hidrográfica de Ondina

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Apêndice 2,
sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 85,96. Na Figura 807 tem-se que a área residencial
na bacia de estudo equivale a 52%, a área de vias asfaltadas equivale a 12%, a área florestal a
21%, a área comercial e de escritórios a 9%, e a área de terrenos baldios a 7%.

Figura 807 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Ondina

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
800
4.5.2.3. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO LUCAIA
A maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
áreas com paralelepípedo, mas ainda apresenta áreas com cobertura florestal, arruamentos e
estradas asfaltadas, e áreas com terrenos baldios, como pode ser observado na Figura 808.

Figura 808 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Lucaia

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 88,78. Na Figura
809 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 78%, a área de vias asfaltadas
equivale a 9%, a área florestal a 8%, a área comercial e de escritórios a 2%, bem como espaços
abertos, e a área de terrenos baldios a 1%.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
801
Figura 809 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Lucaia

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.4. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO CAMARAJIPE


A maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
áreas de terrenos baldios, mas ainda apresenta áreas com cobertura florestal, arruamentos e
estradas asfaltadas, zonas comerciais e de escritórios, e áreas alagadas, como pode ser
observado na Figura 810.
Figura 810 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Camarajipe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 88,32. Na Figura

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
802
811 que a área residencial na bacia de estudo equivale a 65%, a área de vias asfaltadas equivale
a 10%, a área florestal a 8%, a área comercial e de escritórios a 9%, e terrenos baldios a 7%.

Figura 811 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.5. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO DAS PEDRAS/PITUAÇU


A maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
áreas de terrenos baldios, mas ainda apresenta áreas com cobertura florestal, arruamentos e
estradas asfaltadas, zonas comerciais e de escritórios, espaços abertos, e áreas alagadas, como
pode ser observado na Figura 812.
Figura 812 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio das Pedras/Pituaçu

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 83,79. Na Figura

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
803
813 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 52%, a área de vias asfaltadas
equivale a 12%, a área florestal a 21%, a área comercial e de escritórios a 9%, e a área de
terrenos baldios a 7%.
Figura 813 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio das
Pedras/Pituaçu

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.6. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO COBRE


A maior parte do solo é ocupada por áreas florestais, enquanto a menor parte é destinada a áreas
de arruamentos e estradas asfaltadas, mas ainda apresenta áreas residenciais, terrenos baldios,
zonas comerciais e de escritórios, e áreas alagadas, como pode ser observado na Figura 814.
Figura 814 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Cobre

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
804
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 79,9. Na Figura
815 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 36%, a área de vias asfaltadas
equivale a 3%, a área florestal a 47%, a área comercial e de escritórios a 6%, e a área de terrenos
baldios a 7%.
Figura 815 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Cobre

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.7. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAGUARI


A maior parte do solo é ocupada por zonas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
zonas comerciais e de escritórios, mas ainda apresenta áreas com cobertura florestal,
arruamentos e estradas asfaltadas, e áreas com terrenos baldios, como pode ser observado na
Figura 816.
Figura 816 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Paraguari

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
805
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 87,22. Na Figura
817 que a área residencial na bacia de estudo equivale a 80%, a área de vias asfaltadas equivale
a 3%, a área florestal a 12%, a área comercial e de escritórios a 1%, e terrenos baldios a 4%. A
área destinada a espaços abertos, por ser inferior a 1%, não é considerada no gráfico.
Figura 817 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Paraguari

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.8. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JAGUARIBE


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
dunas, mas ainda apresenta áreas florestais, terrenos baldios, zonas comerciais e de escritórios,
arruamentos e vias asfaltadas, e áreas alagadas, como pode ser observado na Figura 818.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
806
Figura 818 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Jaguaribe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 83,05. Na Figura
818 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 55%, a área de vias asfaltadas
equivale a 5%, a área florestal a 29%, a área comercial e de escritórios a 3%, terrenos baldios a
7%, e dunas a 1%.
Figura 819 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Jaguaribe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.9. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PASSA VACA


A maior parte do solo é ocupada por áreas florestais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas residenciais, arruamentos e vias asfaltadas, e áreas
alagadas, como pode ser observado na Figura 820.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
807
Figura 820 – Mapeamento da bacia hidrográfica do rio Passa Vaca

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 81,28. Na Figura
821 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 41%, a área de vias asfaltadas
equivale a 9%, a área florestal a 45% e espaços abertos a 5%.
Figura 821 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Passa Vaca

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.10. BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO IPITANGA


A maior parte do solo é ocupada por áreas florestais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas residenciais, arruamentos e vias asfaltadas, zonas
comerciais, terrenos baldios, áreas alagadas, e dunas como pode ser observado na Figura 822.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
808
Figura 822 – Mapeamento da bacia de Ipitanga

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 77,22. Na Figura
823 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 27%, a área de vias asfaltadas
equivale a 5%, a área florestal a 52%, espaços abertos a 1%, terrenos baldios a 11%, zonas
comerciais e de escritórios a 2%, e áreas de dunas a 2%.
Figura 823 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Ipitanga

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.11. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DO COMÉRCIO


A maior parte do solo é ocupada por áreas comerciais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas residenciais, arruamentos e vias asfaltadas, terrenos
baldios, áreas com paralelepípedos e áreas florestais, como pode ser observado na Figura 824.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
809
Figura 824 – Mapeamento da bacia do Comércio

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 91,56. Na Figura
825 tem-se que que a área residencial na bacia de estudo equivale a 32%, a área de vias
asfaltadas equivale a 20%, a área florestal a 6%, espaços abertos a 1%, terrenos baldios a 2%,
zonas comerciais e de escritórios a 38%, e áreas com paralelepípedos a 2%.
Figura 825 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do Comércio

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.12. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DA VITÓRIA/CONTORNO


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas comerciais e de escritórios, arruamentos e vias
asfaltadas, e áreas florestais, como pode ser observado na Figura 826.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
810
Figura 826 – Mapeamento da bacia da Vitória/Contorno

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 88,6. Na Figura
827 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 65%, a área de vias asfaltadas
equivale a 11%, a área florestal a 11%, espaços abertos a 4%, e zonas comerciais e de escritórios
a 9%.
Figura 827 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia Vitória/Contorno

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.13. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE AMARALINA/PITUBA


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
terrenos baldios, mas ainda apresenta áreas comerciais e de escritórios, arruamentos e vias
asfaltadas, áreas com paralelepípedo, áreas alagadas e áreas florestais, como pode ser
observado na Figura 828.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
811
Figura 828 – Mapeamento da bacia de Amaralina/Pituba

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 92,41. Na Figura
828 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 51%, a área de vias asfaltadas
equivale a 42%, a área florestal a 4%, áreas com paralelepípedos a 2%, e zonas comerciais e de
escritórios a 1%. A área destinada a terrenos baldios, por ser inferior a 1%, não é considerada no
gráfico.
Figura 829 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Amaralina/Pituba

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.14. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ITAPAGIPE


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas comerciais e de escritórios, arruamentos e vias
asfaltadas, áreas alagadas e áreas florestais, como pode ser observado na Figura 830.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
812
Figura 830 – Mapeamento da bacia de Itapagipe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 90,41. Na Figura
830 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 80%, a área de vias asfaltadas
equivale a 8%, a área florestal a 2%, espaços abertos a 1%, e zonas comerciais e de escritórios a
8%.
Figura 831 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Itapagipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.15. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE ARMAÇÃO/CORSÁRIO


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
áreas comerciais e de escritórios, mas ainda apresenta áreas com paralelepípedos, áreas de
terreno baldio, espaços abertos, arruamentos e vias asfaltadas, áreas alagadas e áreas florestais,
como pode ser observado na Figura 832.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
813
Figura 832 – Mapeamento da bacia de Armação/Corsário

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 87,57. Na Figura
833 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 58%, a área de vias asfaltadas
equivale a 13%, a área florestal a 7%, terrenos baldios a 5%, áreas com paralelepípedos a 3%,
espaços abertos a 13%, e zonas comerciais e de escritórios a 2%.
Figura 833 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Armação/Corsário

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.16. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE PLATAFORMA


A maior parte do solo é ocupada por áreas residenciais, enquanto a menor parte é destinada a
áreas comerciais e de escritórios, mas ainda apresenta áreas de terreno baldio, espaços abertos,
arruamentos e vias asfaltadas, e áreas florestais, como pode ser observado na Figura 834.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
814
Figura 834 – Mapeamento da bacia de Plataforma

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.

Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 87,93. Na Figura
835 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 83%, a área de vias asfaltadas
equivale a 4%, a área florestal a 10%, terrenos baldios a 2%, espaços abertos a 1%. A área
destinada a zonas comerciais e de escritórios, por ser inferior a 1%, não é considerada no gráfico.
Figura 835 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Plataforma

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.17. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE SÃO TOMÉ DE PARIPE


A maior parte do solo é ocupada por áreas florestais, enquanto a menor parte é destinada a
espaços abertos, mas ainda apresenta áreas de terreno baldio, zonas comerciais e de escritórios,
e arruamentos e vias asfaltadas, como pode ser observado na Figura 836.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
815
Figura 836 – Mapeamento da bacia de São Tomé de Paripe

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada. sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 80,77. Na Figura
837 que a área residencial na bacia de estudo equivale a 44%, a área de vias asfaltadas equivale
a 3%, a zona comercial e de escritórios a 4%, a área florestal a 45%, terrenos baldios a 3% e
espaços abertos a 1%.
Figura 837 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de São Tomé de Paripe

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.5.2.18. BACIA DE DRENAGEM NATURAL DE STELLA MARIS


A maior parte do solo é ocupada por áreas de dunas, enquanto a menor parte é destinada a áreas
florestais, mas ainda apresenta áreas de zonas comerciais e de escritórios, espaços abertos,
áreas de paralelepípedos, e arruamentos e vias asfaltadas, como pode ser observado na Figura
838.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
816
Figura 838 – Mapeamento da bacia de Stella Maris

Fonte: Adaptado Google Earth, 2021.


Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 63,6. Na Figura
839 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 38%, a área de vias asfaltadas
equivale a 4%, espaços abertos a 1%. As áreas destinadas a florestas, zonas comerciais e de
escritórios, e paralelepípedos, por serem inferiores a 1%, não são consideradas no gráfico. Se
destaca que cerca de 57% da área dessa bacia corresponde a dunas.
Figura 839 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Stella Maris

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6. HIDROLOGIA
O planejamento da drenagem urbana e do manejo de águas pluviais se inicia a partir da análise
da hidrologia urbana, que trata do estudo do ciclo hidrológico nas bacias hidrográficas
urbanizadas, sendo de maior interesse a investigação dos eventos extremos, como as chuvas

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
817
intensas e as vazões máximas. Os principais fenômenos hidrológicos que impactam o meio
urbano se referem ao escoamento superficial, nas vias de circulação e nos rios urbanos,
decorrente das precipitações intensas; e da infiltração das águas no subsolo, que dependem dos
padrões de ocupação da área urbana. Com a urbanização e a tendência de impermeabilização
dos espaços urbanos consequentemente ocorre o aumento nos volumes escoados
superficialmente, e que antes eram retidos pela vegetação e infiltrados nos solos, sendo as águas
escoadas direcionadas para os sistemas de drenagem projetados, para os canais naturais ou para
o mar. A inexistência ou deficiência de medidas estruturais e estruturantes nos espaços urbanos
visando a drenagem urbana e o manejo de águas pluviais resultam em problemas como
alagamentos e inundações.
Para estimar os volumes escoados, ou seja, as demandas para os sistemas de drenagem, são
necessárias informações de séries históricas de precipitações e de vazões, além das
características físicas das bacias hidrográficas e do meio urbano. As principais dificuldades para a
realização das estimativas reside na ausência de dados hidrológicos que considerem a
distribuição no espaço e no tempo, principalmente da precipitação; há a questão dos erros de
registros de dados e das estimativas dos parâmetros para aplicação de modelos chuva-vazão;
destaca-se também as incertezas quanto ao domínio do processo hidrológico e sua
representação, além das dificuldades de atribuir probabilidades de excedências (períodos de
retorno) às tormentas de projetos (PDDU-SP, 2012).
Assim, para a caracterização da hidrologia com fins de planejamento da drenagem urbana se
realizou o levantamento das redes de monitoramento hidrometeorológico no município de
Salvador objetivando obter dados pluviométricos (precipitação), fluviométricos (vazões) e
maregráfico (tábuas de maré e níveis do mar). Foram consultadas as bases de dados
hidroclimatológicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), do Instituto de
Meio ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Defesa Civil de Salvador (Codesal) e do Centro de
Hidrografia da Marinha do Brasil.
A partir dos dados obtidos foi realizada verificou-se o comportamento médio mensal e anual no
município, considerando a distribuição espacial das estações identificadas. Em seguida foram
analisadas as probabilidades de ocorrência das chuvas intensas a partir das equações de chuva
conhecidas e comumente utilizadas no município para projetos de drenagem urbana; análise de
eventos extremos e históricos em Salvador, e por fim a estimativa das vazões máximas para
diferentes períodos de retorno nas bacias hidrográficas de Salvador.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
818
4.6.1. REDE DE MONITORAMENTO HIDROMETEREOLÓGICO E
MAREGRÁFICO

4.6.1.1. REDE HIDROMETEOROLÓGICA NACIONAL


Os dados de monitoramento pluviométrico e fluviométrico de estações existentes no município de
Salvador foram obtidos a partir do Portal Hidroweb, pertencente ao Sistema Nacional de
Informações sobre Recursos Hídricos (SNIRH).
4.6.1.1.1. Rede pluviométrica

Na base de dados do portal foram identificadas 18 estações pluviométricas e 5 estações


climáticas, que também possuem dados pluviométricos, sendo que a maioria possui séries
históricas curtas e se encontram desativadas (Tabela 59). A estação com maior número de dados
é a 01338007 – Salvador (Ondina) com registros no período de 1904-1978 totalizando 74 anos de
registros, de acordo com dados do portal. Contudo, é valido ressaltar que até o ano de 2005 a
estação adotada como referência para informações de chuva no município, foi a estação Salvador
(Ondina) do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e atualmente operante. A partir do ano de
2005 foram realizadas melhorias no sistema de monitoramento pluviométrico pelo INEMA e
Codesal, que serão descritos posteriormente.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
819
Tabela 59 – Estações pluviométricas da Rede Hidrometeorológica Nacional no município de Salvador
Quantidade
Código Nome Latitude Longitude Início Fim Ano inicial Ano final Entidade Informação disponível
de anos
01238001 Açude Cobre (SAE) -12 53 00 -38 27 00 01/09/1949 01/12/1971 1949 1971 22 ANA Chuvas
01238008 Salvador (Itapagipe) -12 57 00 -38 29 00 01/01/1961 01/02/1963 1961 1963 2 INMET Chuvas
01238008 Salvador (Itapagipe) -12 57 00 -38 29 00 01/01/1925 01/12/1948 1925 1948 23 INMET Clima
01238018 Pituaçu -12 56 00 -38 30 00 01/07/1949 01/11/1971 1949 1971 22 RFFSA Chuvas
01238039 Simões Filho (SABA) -12 47 00 -38 23 00 01/05/1942 01/12/1957 1942 1957 15 SUDENE Chuvas
01238040 Simões Filho (VFFLB) -12 47 00 -38 23 00 01/05/1942 01/07/1948 1942 1948 6 RFFSA Chuvas
01238045 Salvador (Areial de Cima) -12 55 00 -38 30 00 01/01/1944 01/06/1963 1944 1963 19 ANA Chuvas
01238052 Salvador (Dois de Julho) (SBSV) -12 54 41 -38 20 01 01/07/1947 01/12/1965 1947 1965 18 DEPV Chuvas
01238052 Salvador (Dois de Julho) (SBSV) -12 54 41 -38 20 01 01/01/1961 01/02/1963 1961 1963 2 DEPV Clima
01238056 Lobato (SANBRA) -12 00 00 -38 00 00 01/08/1961 01/07/1968 1961 1968 7 SUDENE Chuvas
01238079 Balança de Paripe -12 51 00 -38 27 00 01/07/1965 01/12/1970 1965 1970 5 CIA Chuvas
01238106 Querente (Horto) (VFFLB) -12 43 00 -38 34 00 01/07/1942 01/06/1962 1942 1962 20 RFFSA Chuvas
01238107 Pitangueiras -12 58 00 -38 30 00 01/01/1942 01/12/1963 1942 1963 21 ANA Chuvas
01238117 Cobre -12 53 00 -38 27 00 01/09/1949 01/12/1971 1949 1971 22 SUDENE Chuvas
01238118 Areial de Cima -12 56 00 -38 30 00 01/01/1944 01/06/1963 1944 1963 19 SUDENE Chuvas
01238123 Salvador - Abaeté -12 56 37 -38 21 36 01/05/2012 01/09/2013 2012 2013 1 INGÁ Chuvas
01338003 Salvador -13 01 00 -38 31 00 01/01/1911 01/12/1985 1911 1985 74 SUDENE Chuvas
01338004 Salvador (Praça Castro Alves) -13 01 00 -38 29 00 01/10/1938 01/11/1983 1938 1983 45 INMET Chuvas
01338005 Salvador (Ondina) -13 01 00 -38 29 00 01/01/1943 01/12/1964 1943 1964 21 DNOCS Chuvas
01338006 Salvador (Pitangueiras) -13 01 00 -38 31 00 01/03/1961 01/03/1965 1961 1965 4 INMET Chuvas
01338006 Salvador (Pitangueiras) -13 01 00 -38 31 00 01/02/1956 01/03/1965 1956 1965 9 INMET Clima
01338007 Salvador - Ondina -13 01 00 -38 31 00 01/01/1904 01/12/1978 1904 1978 74 INMET Clima
01238007 Periperi -12 57 00 -38 29 00 01/09/1931 01/06/1940 1931 1940 9 INMET Clima
Fonte: Sistema Hidroweb, 2021

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‘820
4.6.1.1.2. Rede fluviométrica

Na base de dados do portal foram identificadas 7 estações fluviométricas (Tabela 60) sendo que
todas possuem somente dados de cotas, ou seja, de níveis d’água, com exceção da estação
50940000 – Coqueiro Grande no rio Jaguaribe, que também possuem dados de medição de
vazões. Somente 4 estações possuem séries históricas de níveis d ‘água, incluindo a estação
Coqueiro Grande. A maioria dos registros ocorreram entre as décadas de 40 a 70, com períodos
de 4 a 23 anos de dados; dentre as estações, a de Pituaçu é a que possui maior número de dados
com 23 anos. Destaca-se que todas as estações estão desativadas, ou não possuem informações
completas. Para fins de estudo hidrológico de vazões mínimas e máximas, além das condições
naturais dos rios se torna importante a existência de séries históricas de vazões diárias, que são
estimadas a partir de curva -chave, sendo esta gerada a partir de níveis d’água registrados
diariamente e de medições de vazões realizadas em períodos específicos do ano (período seco e
úmido). Logo, as informações das estações existentes são insuficientes para realizar as análises
citadas, e indica a necessidade de melhorias nesse tipo de monitoramento no município.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘821
Tabela 60 - Estações fluviométricas da Rede Hidrometeorológica Nacional no município de Salvador
Área de
Quantidade Informação
Código Nome Rio Latitude Longitude Início Fim Entidade drenagem
de anos disponível
(km2)
Barragem de NI NI
50912200 Ipitanga -12 53 06 -38 23 05 01/01/2000 CRA1 NI Cotas
Ipitanga I
2
50912250 NI NI NI NI NI NI NI NI NI Cotas
Cotas e
Coqueiro
50940000 Rio Jaguaribe -12 55 00 -38 24 00 01/01/1966 01/10/1970 4 USIBA3 21 medições de
Grande
vazões
50945000 Pituaçu Rio Pituaçu -12 56 00 -38 26 00 01/10/1949 01/01/1972 23 ANA4 100 Cotas
50949000 Prata Rio da Prata -12 57 00 -38 28 00 01/04/1962 01/01/1972 10 ANA NI Cotas
50952000 Mata Escura Rio Camarajipe -12 56 00 -38 28 00 01/04/1962 01/01/1972 10 ANA NI Cotas
Lagoa do NI NI
51520000 -12 56 37 -38 21 37 01/02/2004 INGÁ5 NI Cotas
Abaeté
Notas:
1 - CRA – Centro de Recursos Ambientais (
2– NI – não informado
3– USIBA – Usina Siderúrgica da Bahia
4 - ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento
5 – INGÁ – Instituto de Gestão das Águas e Clima (atual INEMA)
Fonte: Sistema Hidroweb, 2021.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
822
4.6.1.2. REDE HIDROMETEOROLÓGICA DO INEMA
As informações da rede hidrometeorológicas do INEMA, especificamente a pluviométrica,
fluviométrica, de monitoramento de barragens e de qualidade de água do município de Salvador,
foi obtida a partir da consulta ao Sistema Estadual de Informações Ambientais e de Recursos
Hídricos (SEIA), que possui dados de monitoramento do tempo, da qualidade ambiental e dos
recursos hídricos.
4.6.1.2.1. Rede pluviométrica

A rede pluviométrica identificada é constituída por 36 estações com períodos de registros que
variam entre o ano de 1964 a 2020, contudo, todas as estações possuem falhas mensais diárias
sendo que a maioria possui 7 anos de registros de dados. A estação Código 83229 - Ondina
(Salvador) é a mais antiga, com um período total de registro de 56 anos. Dentre as estações
pluviométricas identificadas existem 4 estações climáticas: A401- Salvador (J. Zoológico), A456
Salvador (Estação Rádio Marinha), RN-CL-01 (Salvador-Itapuã) e RN-CL-05 (Salvador – Abaeté).
A Tabela 61 apresenta as informações gerais das estações pluviométricas do sistema de
monitoramento do INEMA.

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823
Tabela 61 – Relação de estações pluviométricas do sistema de monitoramento do INEMA
PERÍODO DE REGISTRO NÚMERO DE
CÓDIGO INEMA ESTAÇÃO LATITUDE LONGITUDE Bacia ANOS
INÍCIO FINAL
300 Salvador - CIA -12,865789 -38,365219 Joanes 2004 2014 10
Rios Locais Vertente Oceano
Salvador - Canabrava -12,924122 -38,429942 2004 2016 12
301 Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
302 Salvador - 19 BC -12,961069 -38,461056 2007 2014 7
Atlântico
303 303 - Salvador - Base Naval/SSN -12,796341 -38,489389 Rios Locais Vertente BTS 2007 2014 7
304 304 - Salvador - Ilha Amarela -12,891344 -38,470778 Rios Locais Vertente BTS 2007 2014 7
556 Salvador - Dois de Julho, MAS -12,979402 -38,51689 Rios Locais Vertente BTS 2014 2014 1
5001 Salvador - Inema -Monte Serrat -12,930789 -38,517167 Rios Locais Vertente BTS 2007 2014 7
Rios Locais Vertente Oceano
83229 Salvador (Ondina) -13,005278 -38,505833 1964 2020 56
Atlântico
292740801A Salvador (Pirajá) -12,8994 -38,458833 Rios Locais Vertente BTS 2015 2020 5
292740802A Salvador - (Centro) -12,97821 -38,515945 Rios Locais Vertente BTS 2014 2020 6
Rios Locais Vertente Oceano
292740803A Salvador (Federação) -13,000791 -38,511056 2014 2020 6
Atlântico
292740804A Salvador (Monte Serrat) -12,930789 -38,517167 Rios Locais Vertente BTS 2015 2020 5
292740805A Salvador (Rio Sena) -12,891344 -38,470778 Rios Locais Vertente BTS 2015 2020 5
292740806A Salvador (São Tomé de Paripe) -12,795508 -38,489389 Rios Locais Vertente BTS 2014 2020 6
Rios Locais Vertente Oceano
292740808A Salvador (Águas Claras) -12,8944 -38,441889 2015 2020 5
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740810A Salvador (Cabula) -12,961347 -38,460778 2014 2020 6
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740811A Salvador (CAB) -12,943354 -38,421264 2015 2020 5
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740812A Salvador (Alto do Peru) -12,939122 -38,486334 2015 2020 5
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740814A Salvador (São Caetano -12,939678 -38,474667 2015 2020 5
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740815A Salvador (Caminho das Árvores) -12,97718 -38,453834 2015 2020 5
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
292740816A Salvador (Cosme de Farias) -12,979402 -38,4855 2015 2020 5
Atlântico
292740817A Salvador (Valéria) -12,8644 -38,438276 Rios Locais Vertente BTS 2015 2020 5

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
824
CÓDIGO INEMA ESTAÇÃO LATITUDE LONGITUDE Bacia PERÍODO DE REGISTRO NÚMERO DE
ANOS
292740818A Salvador (Nova Esperança) -12,861 -38,368 Rio Joanes 2015 2019 4
Rios Locais Vertente Oceano
292740819A Salvador (Itapuã) -12,947736 -38,370136 2018 2020 2
Atlântico
292740820A Salvador (Periperi) -12,867344 -38,458111 Rios Locais Vertente BTS 2018 2020 2
Rios Locais Vertente Oceano
292740821A Salvador (Mussurunga) -12,907733 -38,440111 2018 2020 2
Atlântico
292740822A Salvador (Fazenda Coutos) -12,849955 -38,461778 Rios Locais Vertente BTS 2018 2020 2
Rios Locais Vertente Oceano
292740823A Salvador (Tancredo Neves) - -12,945347 -38,453472 2018 2020 2
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
A401 Salvador (J. Zoológico) -13,005515 -38,50576 2007 2020 13
Atlântico
A456 Salvador (Estação Rádio Marinha) -12,808222 -38,495944 Rios Locais Vertente BTS 2019 2020 1
Rios Locais Vertente Oceano
RN-CL-01 Salvador - Itapuã -12,931388 -38,361111 1999 2016 17
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
RN-CL-05 Salvador (Abaeté) -12,9469 -38,35933 2020 2020 1
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
RN-PR-01 Salvador (Abaeté) -12,945407 -38,361404 2005 2020 15
Atlântico
Rios Locais Vertente Oceano
RN-PR-03 Salvador - Abaeté -12,9454 -38,361404 2013 2020 7
Atlântico
RN-PR-05 Salvador - (MONT SERRAT - PCD) -12,930959 -38,516964 Rios Locais Vertente BTS 2015 2020 5

Rios Locais Vertente Oceano


RN-PR-06 Salvador - Itapuã (PCD-PLU) -12,932907 -38,362237 - - -
Atlântico

Fonte: INEMA, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
825
4.6.1.2.2. Rede fluviométrica

Na base de dados do Inema não foram identificadas estações fluviométricas nos rios de Salvador,
tendo sido somente identificada uma estação de medição de níveis d’água diários na Lagoa do
Abaeté, para o período de 2004-2020. As informações da estação identificada estão apresentadas
na Tabela 62.
Tabela 62 – Dados da estação fluviométrica localizada na Lagoa do Abaeté
CÓDIGO PERÍODO DE REGISTRO NÚMERO
CÓDIGO INEMA ESTAÇÃO LATITUDE LONGITUDE
ANA INÍCIO FINAL DE ANOS
Lagoa do
RN-RT-01 51520000 -12,945407 -38,361682 2004 2020 16
Abaeté
Fonte: INEMA, 2021

4.6.1.2.3. Rede de monitoramento de barragens

De acordo com a Lei Federal Nº 12.334/2021, alterada pela Lei Federal Nº 14.066/2020, que
estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, ficou estabelecido como um dos
instrumentos de execução o monitoramento das barragens e dos recursos hídricos em sua área
de influência. No Estado da Bahia, a fiscalização e o monitoramento das barragens são realizados
pelo INEMA, desde que a estrutura possua as seguintes características (INEMA, 2021):

• Altura do maciço, medida do encontro do pé do talude de jusante com o nível do solo até a
crista de coroamento do barramento, maior ou igual a quinze metros;
• Capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m 3;
• Reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;
• Dano potencial associado, médio ou alto;
• Categoria de risco alto, a critério do órgão fiscalizador.

Na prática o INEMA desenvolve as ações de manutenção do Inventário de Barragens do Estado


da Bahia, cadastro e atualização das informações no Sistema Nacional de Informação de
Segurança de Barragem (SNISB), acompanhamento dos níveis e volumes dos principais
reservatórios do Estado, levantamento junto aos empreendedores das informações das ações de
segurança das barragens e elaboração de normativos.
O conhecimento quanto a existência de barramentos em áreas urbanas é de suma importante
tendo em vista que são estruturas que interferem no fluxo natural dos rios urbanos e que podem
favorecer o amortecimento de vazões de cheias, minimizando os possíveis efeitos de inundações,
assim como recebem as contribuições dos sistemas de drenagem das áreas urbanas. Além disso,
a existência dessas estruturas influi na manutenção das vazões de restituição dos rios ou vazões
ecológicas, estando condicionado à existência de descargas de fundo. Ressalta-se que no Estado
da Bahia, o Decreto Nº 6.290/1997, que dispõe sobre a outorga de direito de uso de recursos
hídricos estabelece que em locais onde existem barramentos deve-se garantir a vazão
remanescente de 20% das vazões regularizadas (adotando nesse caso, a vazão de referência

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘826
Q90%) escoando para jusante, por descarga de fundo ou por qualquer outro dispositivo que não
inclua bombas de recalque.
No município de Salvador existem 5 barramentos em operação localizados nas bacias
hidrográficas dos rios do Cobre, Pituaçu e Ipitanga, sendo as informações apresentadas na
Tabela 63; no caso, a barragem Ipitanga II se localiza na divisa entre Salvador e Simões Filho. Se
destaca que todos os barramentos identificados não foram concebidos para o controle de cheias,
mas foram implantados com fins de abastecimento humano pela Embasa e para recreação, sendo
que o maior se refere a barragem de Ipitanga Localizada no rio de mesmo nome.
Tabela 63 – Informações dos barramentos existentes no município de Salvador
Nome da barragem Cachoeirinha Cobre Ipitanga I Ipitanga II Pituaçu
Altura (m) 19 15 21 12
3
Capacidade (hm ) 0,13 2,34 6,14 4,60 3
Concreto
Tipo de material Alvenaria Alvenaria Alvenaria convenciona Terra
l
Sem
Tipo de estrutura Sem informação Gravidade Gravidade Zoneada
informação
Comprimento (m) 50 132 190 96 155
Empreendedor Sem informação EMBASA EMBASA EMBASA EMBASA
Ano de início da
1929 1931
construção
Ano fim da construção 1932 1935 1971 1912
Abastecimen
Abastecimento de Abastecimento to de água e
Usos Recreação Recreação
água de água regularizaçã
o de vazões
Cota máxima
Não disponível 58,00 29,30 60,50 11,08
operacional (m)
Cota mínima operacional
Não disponível 54,00 23,00 48,43 9,00
(m)
Volume máximo
Não disponível 2,34 6,14 4,60 2,34
operacional (hm3)
Rio do
Rio principal Rio Cachoeira Rio Ipitanga Rio Ipitanga Rio Pituaçu
Cobre
Rio do Rio
Bacia hidrográfica Rio Cachoeira Rio Joanes Rio Joanes
Cobre Cachoeira
Latitude -12,9565 -12,892222 -12,8975 -12,859722 -12,95833
Longitude -38,4323 -38,46111 -38,3833 -38,39722 -38,4258
Fonte: Adaptado do Inventário de Barragens do INEMA, 2021.

4.6.1.2.4. Rede de monitoramento da qualidade da água

O monitoramento da qualidade da água de corpos hídricos em Salvador, inclusive Lauro de


Freitas, é realizado pelo INEMA desde o ano de 2013, no qual são avaliadas a qualidade
ambiental de 13 bacias hidrográficas urbanas, dentre as quais citam-se: o rio Camarajipe, o rio do
Cobre, o rio Ipitanga, o rio Jaguaribe, Lobato, rio Lucaia, rio dos Macacos, rio Ondina, rio

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘827
Paraguari, rio Passa Vaca, rio das Pedras (e Pituaçu), rio Sapato e rio dos Seixos. No caso, o
Lobato no qual é feita a citação, se refere ao canal da Baixa do Fiscal, localizado na bacia de
drenagem natural de Itapagipe.
Nesse monitoramento são analisados in loco os seguintes parâmetros: salinidade, pH,
temperatura da água, temperatura do ar, oxigênio dissolvido (OD), saturação de oxigênio
dissolvido, condutividade elétrica e turbidez. Em laboratório são analisados os parâmetros: sólidos
totais, DBO, fósforo total, surfactantes, clorofila, coliformes termotolerantes, nitrogênio amoniacal
e nitrogênio total. De posse dos valores dos parâmetros, o INEMA calcula anualmente dois índices
de qualidade: o IQA (Índice de Qualidade da Águas) e o IET (Índice de Estado Trófico).
Além do monitoramento dos rios, ele é realizado em 28 lagoas urbanas (ambientes lênticos)
totalizando 34 locais de amostragem, no município no período de 2013-2019, mas nem todos os
pontos foram monitorados anualmente. Nesse monitoramento são analisados in loco os seguintes
parâmetros: temperatura, salinidade, condutividade, turbidez e oxigênio dissolvido (OD) na
superfície e fundo. Em laboratório são analisados os parâmetros: DBO, nitrogênio total, nitrogênio
amoniacal, nitrogênio nitrito, nitrogênio nitrato, nitrogênio total Kjeldahl, fósforo total, ortofosfato
solúvel, sólidos totais, clorofila a e coliformes termotolerantes, além da análise de fitoplâncton. De
posse dos valores dos parâmetros, o INEMA verificar a conformidade com os valores limites
definidos na Resolução CONAMA Nº 357/2005, para águas doces e Classe 2, e também são
calculados dois índices de qualidade: o IQA (Índice de Qualidade da Águas) e o IET (Índice de
Estado Trófico).
A Figura 840 apresenta a rede de amostragem de qualidade de água nos rios de Salvador e Lauro
de Freitas e a Tabela 64 apresenta informações quanto a localização e pontos de referência dos
locais de amostragem dos rios.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘828
Figura 840 – Rede de amostragem de qualidade da água em rios urbanos de Salvador e
Lauro de Freitas

Nota: Os pontos indicados na figura representam os pontos de monitoramento


Fonte: Relatório de monitoramento do INEMA, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘829
Tabela 64 – Pontos de monitoramento de qualidade da água em rios do município de Salvador e Lauro de Freitas
COORDENADAS
PONTOS RIO LOCALIZAÇÃO
X Y
S01 Rio dos Seixos 38°31'29.49" O 12°59'35.69" S Avenida Reitor Miguel Calmon, em frente a FACED, Vale do Canela.
S02 Rio dos Seixos 38°31'27.92" O 13°00'36.63" S Foz do Rio Seixos - Morro do Cristo (Barra).
O01 Rio Ondina 38°30'32.77” O 13°00’13.86” S UFBA (ao lado do PAF V), Ondina.
Próximo ao complexo de delegacias dos Barris. No acesso a
L01 Rio Lucaia 38°30'49.60" O 12°59'19.50" S
Secretaria de Infraestrutura e Defesa Civil da Prefeitura de Salvador.
L02 Rio Lucaia 38°30'25.60" O 12°59'31.70" S Avenida Anita Garibaldi, próximo ao viaduto da Vasco da Gama.
Rua Lucaia, em frente à ABAV (Associação Brasileira de Agências de
L03 Rio Lucaia 38°29'29.25" O 13°00'26.15" S
Viagens da Bahia).
CA01 Camarajipe 38°28'19.56" O 12°55'00.79" S Alto do Cabrito, após o Dique de Campinas (sob ponte).
CA02 Camarajipe 38°28'16.6" O 12°56'28.7" S Bom Juá, embaixo da BR 324.
R. Martiniano Bonfim (liga a Barros reis à Av. Luis Eduardo
CA03 Camarajipe 38°28'27.6" O 12°57'17.4" S
Magalhães).
CA04 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°56'31.1" S Av. Oliveira, Arraial do Retiro.
CA05 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S Av. Luiz Viana Filho, próximo à Grande Bahia.
CA07 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S Av. Luis Viana, ao lado da Grande Bahia.
CA08 Camarajipe 38°28’31.27" O 12°58’36.07” S Av. ACM, após a estação de metrô do DETRAN.
P01 Rio Pituaçu 38°26'49.10" O 12°55'39.70" S Avenida Gal Costa, no fundo da Penitenciária Lemos de Brito.
Antes da Estação elevatória, final da bacia Alto Pituaçu. Embasa –
P02 Rio Pituaçu 38°25'17.90" O 12°56'34.30" S
Vila Nova de Pituaçu.
Acesso pela R. Recanto da Cachoeirinha – Cabula IV, atrás do posto
P03 Rio Cachoeirinha 38°26'09.80" O 12°57'12.50" S
de saúde.
P04 Rio Saboeiro 38°26'45.50" O 12°57'29.00" S Dique do Saboeiro.
P05 Rio Cascão 38°27'06.40" O 12°57'50.00" S 19º Batalhão de Caçadores, antes do Dique do Cascão.
P06 Rio das Pedras 38°25'45.30" O 12°58'08.80" S Encontro da Avenida Jorge Amado com a Alameda das Acácias.
P07 Rio Pituaçu 38°25'41.39" O 12°58'07.73" S Av. Jorge Amado, próximo à Madeireira Brotas.
P08 Rio das Pedras 38°25'39.20" O 12°58'16.60" S Ponte de Ferro, próximo à Bolandeira. Acesso pela Jorge Amado.
PV00 Rio Passa Vaca 38°25'02.45'' O 12°56'18.18'’ S Acesso pela Av. Paralela, São Marcos/Vila São Francisco.
PV01 Rio Trobogy 38°26'02.7" O 12°55'23.7" S Rua Jurema Santos (atrás da Via Regional), acesso próximo a
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
830
PONTOS RIO COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
Borracharia.
Vale dos Lagos. Acesso ao lado da TL material de construção, ao
PV02 Rio Trobogy 38°25'00.9" O 12°55'57.2" S
lado do campo de futebol.
PV03 Rio Passa Vaca 38°24'05.80" O 12°57'16.50" S Av. Ibirapitanga, guarita do GreenVille.
J01 Rio Jaguaribe 38°24'56.10" O 12°53'40.60" S Via coletora três, a montante da lagoa de estabilização (Cajazeiras).
J02 Rio Jaguaribe 38°22'49.33" O 12°55'31.84" S Av. Paralela, próximo à entrada da Av. Orlando Gomes.
J03 Córrego do Bispo 38°21'27.24" O 12°55'16.76" S Av. Paralela, próximo à Estação Mussurunga.
J04 Córrego do Bispo 38°21'54.20" O 12°56'23.10" S Rua Beira Rio (Nova Brasília – Itapuã). Ponto sob ponte.
J05 Rio Mangabeira 38°22'50.50" O 12°56'18.20" S Acesso pela Av. Orlando Gomes, Rua da Gratidão (2ª ponte).
Final da Av. Orlando Gomes (próx. na orla) - acesso à Av. Otávio
J06 Rio Jaguaribe 38°23'05.32" O 12°57'13.79" S
Mangabeira.
J07 Rio Trobogy 38°23'22.60" O 12°57'01.80" S Rua da Adutora.
J10 Rio Mocambo 38°24’39.30” O 12°55’39.57” S Acesso pela Av. Mario Sergio Pontes de Paiva (Via Barradão).
Rua Jurema Santos (atrás da Via Regional), acesso próximo a
J11 Rio Trobogy 38°26'02.70" O 12°55'23.70" S
Borracharia.
Vale dos Lagos. Acesso ao lado da TL material de construção, ao
J12 Rio Trobogy 38°25'00.90" O 12°55'57.20" S
lado do campo de futebol.
JAC01 Rio Cambonas 38°26'02.80" O 12°54'34.30" S Rua Doutora Armerinda, Vila Canária/Cambonas.
Fazenda Coutos, Estrada da Base Naval de Aratu, entrada do acesso
CO01 Rio do Cobre 38°27'12.90" O 12°51'41.90" S
ao Hospital do Subúrbio.
CO02 Rio do Cobre 38°28'21.90" O 12°54'02.60" S Rua do Cabrito, sob a ponte (São João do Cabrito).
CO03 38°28'20.4" O 12°54'59.6" S Alto do cabrito, Dique do Cabrito, no sangradouro
MD01 Rio Mané Dendê 38°28'29.3" O 12°53'25.9" S Rua Cabaceiras, após o Residencial Bellas Águas, Ilha Amarela.
PA01 Rio Paraguari 38°27'29.9” O 12°51'06.30" S Vista Alegre.
PA02 Rio Paraguari 38°28'11.20" O 12°51'43.40" S Rua da Glória (ponte).
PA03 Rio Paraguari 38°28'43.60" O 12°51'35.80" S Suburbana, antes da linha do trem.
Rua Euvaldo Santos Leite, próximo ao ginásio municipal de esportes
IPI01 Rio Ipitanga 38°19'40.96" O 12°53'54.33" S
de Lauro de Freitas.
Sob a ponte na BA-099 (Estrada do Coco), situada em frente ao
IPI02 Rio Ipitanga 38° 19' 12.30" O 12° 53' 12.04" S depósito central das lojas Insinuante, próximo a uma torre de telefonia
celular.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
831
PONTOS RIO COORDENADAS LOCALIZAÇÃO
IPI03 Rio Ipitanga 38°19'10.40" O 12°52'02.30" S Rua Dr. Gerino de Souza Filho.
I01 Riacho Tapuá Mirim 38°22’46.41” O 12°54’12.81” S Fazenda Grande IV.
I02 Rio Ipitanga 38°22’55.49” O 12°53’56.46” S Logo depois da Barragem Ipitanga I.
I03 Rio Ipitanga 38°21’19.76” O 12°54’17.62” S Sob a rodovia CIA Aeroporto.
I04 Rio Ipitanga 38°20’29.98” O 12°54’24.23” S Aeroporto.
I05 Rio Ipitanga 38°21’02.36” O 12°54’02.43” S Jardim das Margaridas.
LO01 Rio Lobato 38°29'28.21" O 12°56'04.45" S Suburbana.
RNI01 Não identificado 38°28'15.95" O 12°50'39.16" S Paripe, próximo à Rua do fogo, na Av. São Luiz.
M01 Rio dos Macacos 38°27’18.9” O 12°49’56.3” S Jusante da represa dos Macacos na base naval.
M02 Rio dos Macacos 38°27'43.01" O 12°49'49.30" S Sob rodovia.
SA01 Rio Sapato 38°18’32.1” O 12°54’44.1” S Sob ponte na rua asfaltada, Bairro Ipitanga.
SAP02 Rio Sapato 38°18'02.06" O 12°54'12.06" S Cruzamento das Ruas Elza Paranhos e Dr. Heleno de Brito.
Cruzamento da Av. Praia de Itapuã com Av. Praia de Copacabana,
SAP03 Rio Sapato 38°17'31.59" O 12°53'29.71" S
Lauro de Freitas.
Rua Santo Antônio de Ipitanga (Centro Panamericano de Judô),
SAP04 Rio Sapato 38°18'22.11" O 12°54'32.03" S
Lauro de Freitas.
SAP05 Rio Sapato 38° 17' 10.22" O 12° 53' 06.98" S Cruzamento da Rua Praia de Tambau e Av. Praia de Copacabana.
SAP06 Rio Sapato 38°16'56.90" O 12°52'48.60" S Buraquinho, Lauro de Freitas.
Localiza-se sob o pontilhão sobre a barragem Joanes I, próximo ao
JOA01 Rio Joanes 38° 19' 27.42" O 12° 50' 11.09" S
povoado de Capelão no município de Lauro de Freitas.
A jusante da Barragem Joanes I, dentro do Condomínio Águas do
JOA02 Rio Joanes 38°18'46.39" O 12°50'22.86" S Joanes, na via a esquerda, entrando na segunda cancela e seguindo
o caminho até o rio.
Sob a ponte na margem direita da rodovia BA-099 sobre o rio Joanes,
JOA03 Rio Joanes 38° 17' 26.00" O 12° 51' 44.20" S próximo ao Centro de Convenção Marina Riverside e ao Terminal
Mãe Mirinha de Portão, em área de elevado nível de urbanização.
Fonte: Adaptado INEMA, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
832
A Figura 841 apresenta a rede de amostragem de qualidade de água nas lagoas de Salvador e a
Tabela 65 apresenta informações quanto a localização e pontos de referência dos locais de
amostragem.

Figura 841 - Rede de amostragem de qualidade da água em lagoas de Salvador

Fonte: Adaptado Google Earth, 2015.

Tabela 65 - Pontos de monitoramento de qualidade da água em lagoas do município de


Salvador
COORDENADAS
BACIAS LAGOAS MONITORADAS
X Y
Parque Tecnológico 38°23’10,86’’ O 12°55’35,16’’ S
FTC / Caixão 38°23’29.08’’ O 12°55’59.27’’ S
Bacia Hidrográfica do Rio
Vale Encantado 38°23'12.35"O 12°55'35.62" S
Jaguaribe
Orlando Gomes 38°23'2.53" O 12°55'53.74" S
Costa Verde 38°23'12.07" O 12°56'47.00" S
Jorge Amado 38°24’32.76’’ O 12°56’17.89’’ S
Alphaville 38°24’7.37’’ O 12°56’19.26’’ S
Bacia Hidrográfica do Rio
CHESF 38°25'7.30" O 12°56'25.90"S
Passa Vaca
Shopping Paralela 38°23'39.14"O 12°55'58.80" S
Vale Encantado II 38°23'41.55"O 12°56'58.21"S
Posto 1 38°26’19.50’’ O 12°58’3.59’’ S
Bacia Hidrográfica do Rio
Pituaçu 38°24’46” O 12°58’01” S
das Pedras (e Pituaçu)
Pituaçu II 38°24'46.16" O 12°57'41.83" S

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
833
COORDENADAS
BACIAS LAGOAS MONITORADAS
X Y
CAB 38°25'40.4" O 12°57'09.6" S
CAB II 38°25'39.42"O 12°57'8.87"S
Paraíso / Doron 38°26'21.24" O 12°57'44.99" S
Represa do Cascão 38°27'02.40" O 12°57'53.19" S
Frades 38°26’32.03’’ O 12°58’53.82’’ S
Bacia Hidrográfica do Rio BR-324 38°27’38.35’’ O 12°55’6.39’’ S
Camarajipe Urubu 38°27’40.2’’ O 12°55’08.4’’ S
Dique de Campinas 38°28’20.57”O 12°54’59.64” S

Bacia de Drenagem Natural


Patos / Vela Branca 38°27'57.1" O 13°0’21.00’’ S
de Amaralina/Pituba

Dique do Tororó 38°30’14” O 12°58’55” S


Dique do Tororó II 38°30'27.27" O 12°59'19.64"S
Bacia do Rio Lucaia
Dique do Tororó III 38°30'21.27" O 12°59'04.07" S
Dique do Tororó IV 38°30'26.78" O 12°59'09.36" S
Abaeté 38°21’27” O 12°56’41 S
Abaeté II 38°21'24.53" O 12°56'33.97" S
Bacia de Drenagem Natural
Abaeté Catu 38°21'3.19" O 12°55'37.19" S
de Stella Maris
Vitória 38°19’07” O 12°55’03” S
Flamengo 38°18'57.06" O 12°55'13.97” S
Bacia Hidrográfica do Rio do Paixão 38° 26' 55.1'' O 12° 51' 05.2'' S
Cobre Macacos 38°27'06.35" O 12°49'54.65" S
Bacia Hidrográfica do Rio
Represa do Ipitanga 38°23'7.62" O 12°53'37.44" S
Ipitanga
Fonte: Adaptado INEMA, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
834
4.6.1.3. REDE HIDROMETEOROLÓGICA DA CODESAL
A rede de monitoramento da Defesa Civil de Salvador (Codesal) denominada como Centro de
Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil (CEMADEC) é composta por 54 estações
plataformas de coleta de dados, sendo 30 estações instaladas pela CODESAL, pelo Centro
Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) e INMET, 22 estações
instaladas pelo CEMADEN e 2 estações instaladas pelo INMET, conforme destacado na Figura
842.
Figura 842 – Distribuição das plataformas de coleta de dados da Codesal

Fonte: Codesal, 2020

Conforme comentado anteriormente até o ano de 2005 as informações de chuvas eram fornecidas
a partir da estação do INMET localizada no bairro de Ondina, sendo posteriormente ampliada a
rede nos anos posteriores pela CEMADEC, CEMADEN e INMET, conforme histórico resumido
apresentado no Quadro 40.

Quadro 40 – Histórico resumido da ampliação da rede hidrometeorológica de Salvador


Ano Histórico
Antes de As informações de chuvas no município de Salvador eram restritas aos dados da estação
2005 Ondina, instalada pelo INMET
CODESAL instala 3 estações nos bairros de Canabrava, Nova Esperança (Baltre) e em
2005
Itapuã (SRH)
SRH (atual INEMA) doa para a CODESAL 6 pluviômetros, mantendo-se esse quantitativo
2006
até o ano de 2013
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
835
Ano Histórico
CODESAL recebe a doação de 15 pluviômetros automáticos da CEMADEN, sendo 10
instalados em áreas novas e 5 foram utilizados para substituição de pluviômetros
2014
convencionais. Situação: 15 pluviômetros automáticos do CEMADEN e 10 pluviômetros
semiautomáticos.
CEMADEN doa mais 05 pluviômetros automáticos para a CODESAL. Situação: 20
2016
pluviômetros automáticos do CEMADEN
2018 INMET instala uma estação meteorológica na Base Naval de Aratu
2019 Aquisição de 8 pluviômetros pela CODESAL
Aquisição de 6 pluviômetros pela CODESAL. Situação: 54 pluviômetros automáticos em
2020
operação
Fonte: Adaptado Codesal, 2020.

A Tabela 66 apresenta a relação das plataformas de coleta de dados do centro de monitoramento


da Codesal.
Tabela 66 – Relação de estações pluviométrica do centro de monitoramento da Codesal
Identificação Estação Órgão Tipo de estação
1 Águas Claras Cemaden Pluviométrica
2 Boca do Rio Cemaden Pluviométrica
3 CAB Cemaden Pluviométrica
4 Cabula Cemaden Pluviométrica
5 Centro Cemaden Pluviométrica
6 Fazenda Coutos Cemaden Pluviométrica
7 Fazenda Grande do Retiro Cemaden Pluviométrica
8 Federação Cemaden Pluviométrica
9 Itapuã Cemaden Pluviométrica
10 Matatu Cemaden Pluviométrica
11 Monte Serrat Cemaden Pluviométrica
12 Mussurunga Cemaden Pluviométrica
13 Nova Esperança Cemaden Pluviométrica
14 Periperi Cemaden Pluviométrica
15 Piatã Cemaden Pluviométrica
16 Pirajá Cemaden Pluviométrica
17 Rio Sena Cemaden Pluviométrica
18 São Caetano Cemaden Pluviométrica
19 São Tomé de Paripe Cemaden Pluviométrica
20 Stiep Cemaden Pluviométrica
21 Tancredo Neves Cemaden Pluviométrica
22 Valéria Cemaden Pluviométrica
23 Bom Juá Codesal Pluviométrica
24 Brotas - Codesal Codesal Pluviométrica
25 Cajazeiras VII Codesal Pluviométrica
26 Calabetão Codesal Pluviométrica
27 Calçada Codesal Pluviométrica
28 Caminho das Árvores Codesal Pluviométrica
29 Canabrava Codesal Pluviométrica
30 Capelinha - Vila Picasso Codesal Pluviométrica

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
836
Identificação Estação Órgão Tipo de estação
31 Castelo Branco Codesal Pluviométrica
32 Cidade Baixa - Monte Serrat Codesal Pluviométrica
33 Ilha de Maré Codesal Pluviométrica
34 Ilha dos Frades Codesal Pluviométrica
35 Jardim Cajazeiras Codesal Pluviométrica
36 Liberdade Codesal Pluviométrica
37 Mirante de Periperi Codesal Pluviométrica
38 Nova Brasília Codesal Pluviométrica
39 Palestina Codesal Pluviométrica
40 Pituaçu Codesal Pluviométrica
41 Pituba - Parque da Cidade Codesal Pluviométrica
42 Plataforma Codesal Pluviométrica
43 Praia Grande Codesal Pluviométrica
44 Retiro Codesal Pluviométrica
45 Santa Luzia Codesal Pluviométrica
46 Saramandaia Codesal Pluviométrica
47 São Cristóvão Codesal Pluviométrica
48 São Marcos - Baixa de Santa Rita Codesal Pluviométrica
49 Sete de Abril Codesal Pluviométrica
50 Base Naval de Aratu Inmet Meteorológica
51 Ondina Inmet Meteorológica
52 Ondina (Convencional) Inmet Meteorológica
Fonte: Adaptado Codesal, 2020.

4.6.1.3.1. Rede pluviométrica

A rede pluviométrica da Codesal é constituída por 38 estações pluviométricas que realizam a


medição das precipitações totais diárias registradas num período de 24 horas. A Figura 843
apresenta a distribuição espacial das estações pluviométricas do CEMADEC e a Tabela 67
apresenta a localização e situação atual dos mesmos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
837
Figura 843 – Mapa de localização dos pluviômetros do CEMADEC (CODESAL)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
838
Tabela 67 – Localização e situação dos postos pluviométricos da Codesal e CEMADEN
Longitude UTM Latitude UTM
Código Nome Propriedade Status
(m) (m)
1 Alto Coqueirinho CEMADEN Funcionando 568.439,00 8.568.710,00
1 Alto Coqueirinho CEMADEN Funcionando 568.439,00 8.568.710,00
2 Alto do Peru CEMADEN Funcionando 555.851,00 8.569.697,00
2 Alto do Peru CEMADEN Funcionando 555.851,00 8.569.697,00
3 CAB CEMADEN Funcionando 562.769,00 8.569.049,00
3 CAB CEMADEN Funcionando 562.769,00 8.569.049,00
4 Cabula CEMADEN Funcionando 558.565,00 8.567.212,00
4 Cabula CEMADEN Funcionando 558.565,00 8.567.212,00
Caminho das
5 CEMADEN Funcionando 559.362,00 8.565.462,00
Árvores
Caminho das
5 CEMADEN Funcionando 559.362,00 8.565.462,00
Árvores
6 Centro CEMADEN Funcionando 552.492,00 8.565.222,00
6 Centro CEMADEN Funcionando 552.492,00 8.565.222,00
7 Cosme de Farias CEMADEN Funcionando 554.775,00 8.565.252,00
7 Cosme de Farias CEMADEN Funcionando 554.775,00 8.565.252,00
8 Fazenda Coutos CEMADEN Funcionando 558.514,00 8.579.540,00
8 Fazenda Coutos CEMADEN Funcionando 558.514,00 8.579.540,00
9 Federação CEMADEN Funcionando 553.106,00 8.562.860,00
9 Federação CEMADEN Funcionando 553.106,00 8.562.860,00
10 Monte Serrat CEMADEN Funcionando 552.523,00 8.570.609,00
10 Monte Serrat CEMADEN Funcionando 552.523,00 8.570.609,00
11 Mussurunga CEMADEN Funcionando 568.788,00 8.572.213,00
11 Mussurunga CEMADEN Funcionando 568.788,00 8.572.213,00
12 Nova Esperança CEMADEN Funcionando 568.572,00 8.578.146,00
12 Nova Esperança CEMADEN Funcionando 568.572,00 8.578.146,00
13 Periperi CEMADEN Funcionando 558.984,00 8.577.679,00
13 Periperi CEMADEN Funcionando 558.984,00 8.577.679,00
14 Pirajá CEMADEN Funcionando 558.701,00 8.574.001,00
14 Pirajá CEMADEN Funcionando 558.701,00 8.574.001,00
15 Rio Sena CEMADEN Funcionando 557.689,00 8.575.224,00
15 Rio Sena CEMADEN Funcionando 557.689,00 8.575.224,00
16 São Caetano CEMADEN Funcionando 557.005,00 8.569.658,00
16 São Caetano CEMADEN Funcionando 557.005,00 8.569.658,00
São Tomé de
17 CEMADEN Funcionando 555.464,00 8.585.559,00
Paripe
São Tomé de
17 CEMADEN Funcionando 555.464,00 8.585.559,00
Paripe
18 Tancredo Neves CEMADEN Funcionando 559.395,00 8.568.992,00
18 Tancredo Neves CEMADEN Funcionando 559.395,00 8.568.992,00
19 Valéria CEMADEN Funcionando 561.051,00 8.577.958,00
19 Valéria CEMADEN Funcionando 561.051,00 8.577.958,00
Baixa de Santa
20 CODESAL Funcionando 560.855,00 8.571.410,00
Rita

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
839
Longitude UTM Latitude UTM
Código Nome Propriedade Status
(m) (m)
Baixa de Santa
20 CODESAL Funcionando 560.855,00 8.571.410,00
Rita
Bom
21 CODESAL Funcionando 556.711,00 8.569.100,00
Juá/Marotinho
Bom
21 CODESAL Funcionando 556.711,00 8.569.100,00
Juá/Marotinho
22 Cajazeiras VII CODESAL Funcionando 562.086,00 8.575.111,00
22 Cajazeiras VII CODESAL Funcionando 562.086,00 8.575.111,00
Calabetão (São
23 CODESAL Funcionando 557.719,00 8.570.333,00
Caetano)
Calabetão (São
23 CODESAL Funcionando 557.719,00 8.570.333,00
Caetano)
24 Campina de Pirajá CODESAL Funcionando 559.234,00 8.572.003,00
24 Campina de Pirajá CODESAL Funcionando 559.234,00 8.572.003,00
25 Canabrava CODESAL Funcionando 562.910,00 8.571.044,00
25 Canabrava CODESAL Funcionando 562.910,00 8.571.044,00
26 Cel. Pedro Ferrão CODESAL Funcionando 554.791,00 8.569.196,00
26 Cel. Pedro Ferrão CODESAL Funcionando 554.791,00 8.569.196,00
27 Ilha de Maré CODESAL Funcionando 550.817,00 8.587.098,00
27 Ilha de Maré CODESAL Funcionando 550.817,00 8.587.098,00
Ilha dos
28 CODESAL Funcionando 541.106,00 8.589.426,00
Frades/Paramana
Ilha dos
28 CODESAL Funcionando 541.106,00 8.589.426,00
Frades/Paramana
29 Mamede CODESAL Funcionando 556.744,00 8.576.394,00
29 Mamede CODESAL Funcionando 556.744,00 8.576.394,00
30 Mirante de Periperi CODESAL Funcionando 558.002,00 8.577.045,00
30 Mirante de Periperi CODESAL Funcionando 558.002,00 8.577.045,00
31 Nova Brasília CODESAL Funcionando 563.932,00 8.572.058,00
31 Nova Brasília CODESAL Funcionando 563.932,00 8.572.058,00
32 Palestina CODESAL Funcionando 562.876,00 8.577.348,00
32 Palestina CODESAL Funcionando 562.876,00 8.577.348,00
33 Pernambués CODESAL Funcionando 558.369,00 8.566.351,00
33 Pernambués CODESAL Funcionando 558.369,00 8.566.351,00
34 Pituaçu CODESAL Funcionando 563.174,00 8.566.402,00
34 Pituaçu CODESAL Funcionando 563.174,00 8.566.402,00
35 Planalto Real CODESAL Funcionando 556.652,00 8.574.410,00
35 Planalto Real CODESAL Funcionando 556.652,00 8.574.410,00
36 São Cristovão CODESAL Funcionando 570.458,00 8.572.352,00
36 São Cristovão CODESAL Funcionando 570.458,00 8.572.352,00
Vila Pìcasso (São
37 CODESAL Funcionando 555.888,00 8.570.574,00
Caetano)
Vila Pìcasso (São
37 CODESAL Funcionando 555.888,00 8.570.574,00
Caetano)
38 Águas Claras CEMADEN Funcionando 560.603,00 8.574.598,00
38 Águas Claras CEMADEN Funcionando 560.603,00 8.574.598,00
Fonte: Codesal, 2020.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
840
4.6.1.3.2. Rede fluviométrica/Estações hidrológicas

As estações hidrológicas monitoradas pelo CEMADEC foram implantadas pelo CEMADEN,


objetivam realizar medições, armazenamento e a transmissão de dados hidrológicos de rios
urbanos em bacias hidrográficas com rápido tempo de resposta e com alta densidade domiciliar.
São estações dotadas sensor tipo radar e com pluviômetro de báscula, incluindo uma webcam
integrada ao datalogger permitindo realizar registros fotográficos em tempo real e com
transmissão pela rede de telefonia celular (CEMADEN, 2020).
A CODESAL possui no total 4 estações hidrológicas, sendo duas na bacia do rio Camarajipe, uma
no bairro do Retiro e outra no bairro do Caminho das Árvores, instaladas no ano de 2019. No ano
de 2020 foram instaladas mais 2 estações hidrológicas, uma no rio das Pedras/Pituaçu, no bairro
da Boca do Rio e outra no rio Jaguaribe, no bairro de Piatã. No sistema interativo da CEMADEN
foram somente identificados de nível e de chuva das estações meteorológicas da Boca do Rio e
de Piatã, com os dados de localização apresentado na Tabela 68.
Tabela 68 – Localização das estações hidrológicas
Código Estação hidrológica Latitude Longitude
292740814H Boca do Rio -38,42716 -12,97388
292740815H Piatã -38,38292 -12,94755
Fonte: CEMADEN, 2020
A Figura 844 apresenta a distribuição espacial das estações hidrológicas e meteorológicas do
CEMADEC.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
841
Figura 844 - Mapa de localização das estações hidrológicas e meteorológicas da CEMADEC
(CODESAL)

Fonte: Codesal, 2021

4.6.1.3.3. Rede meteorológica

As estações meteorológicas objetivam realizar medições de parâmetros climáticos para a previsão


do tempo e do clima, como a velocidade do vento, umidade relativa do ar, temperaturas máximas
e mínimas, radiação e pressão atmosférica. Na base de estações meteorológicas do CEMADEC
existem um total de 4 estações em monitoramento: 2 estações do INMET, sendo uma localizada
no bairro de Ondina (a mais antiga do município de Salvador) e outra na Base Naval de Aratu (ano
de 2018), e mais duas instaladas no ano de 2019, no bairro de Monte Serrat e na Pituba (Parque
da Cidade).
4.6.1.3.4. Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador

O Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil objetiva alertar os moradores residentes em áreas
de risco de deslizamento nos períodos de chuva intensas. Atualmente o sistema é composto por
11 sirenes instaladas em 10 áreas de risco no município de Salvador e faz parte do Plano
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
842
Preventivo da Defesa Civil (PPDC) da Codesal. O sistema foi implantado no ano de 2017 e
ampliado no ano de 2019, e estão localizados nos seguintes bairros: Alto da Terezinha – Mamede
I e II (2 sirenes), Bom Juá (1 sirene), Calabetão (1 sirene), Capelinha-Vila Picasso (1 serene),
Liberdade- Pedro Ferrão (1 sirene), Lobato – Voluntários da Pátria (1 sirene), São Marcos – Baixa
de Santa Rita (1 sirene), Castelo Branco-Moscou (1 sirene), São Caetano-Baixa do Cacau (1
sirene) e Sete de Abril-Bosque Real (1 sirene).
A partir do monitoramento contínuo são definidas quatro categorias de alerta: Observação,
Atenção, Alerta e Alerta Máximo, e a partir destas sãos adotados os protocolos predefinidos no
PPDC, considerando as condições do tempo, juntamente com os acumulados de chuva
registrados nas últimas 72 horas. A Figura 845 apresenta a distribuição espacial do sistema de
alerta e alarme do CEMADEC.
Figura 845 - Mapa de localização do sistema de alerta e alarme do CEMADEC (CODESAL)

Fonte: CODESAL, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
843
4.6.1.4. REDE DO CENTRO DE HIDROGRAFIA DA MARINHA
Em regiões litorâneas como no município de Salvador o fenômeno das marés se caracteriza pela
variação periódica nos níveis das águas costeiras, ocasionada pela atração gravitacional entre a
Lua e o planeta Terra, e consequentemente influenciam no funcionamento dos sistemas de
drenagem. As informações quanto ao movimento das marés, foi obtido a partir da identificação de
estações maregráficas da base de dados do Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil. No
município de Salvador foram identificadas 2 estações maregráficas com as informações
apresentadas na Tabela 69.
Tabela 69 – Localização das estações maregráficas
Período de observação para
Estação
Código Latitude Longitude obtenção dos elementos de
maregráfica
maré
40140 Porto de Salvador 12º 57’ 55,54’’S 38º 30’ 57,55’’W 02/01/1960 a 22/12/1960
Capitania dos
40141 12º 58’ 25,47’’S 38º 31’ 1,99’’W 29/04/1988 a 13/09/1988
Portos de Salvador
Fonte: Centro de Hidrografia da Marinha do Brasil, 2021.

4.6.2. PRECIPITAÇÕES MÉDIAS, TOTAIS ANUAIS E MÁXIMAS ANUAIS

4.6.2.1. NORMAIS CLIMATOLÓGICAS DO INMET


A caracterização das precipitações médias no município de Salvador se baseou nos dados de
precipitação acumulada da estação 83076 – Salvador (Ondina) que compõe as Normais
Climatológicas do INMET, tendo sido obtidas para os períodos 1931-1960, 1961-1990 e 1981-
2010. As Normais Climatológicas são definidas pela Organização Meteorológica Mundial como
valores médios de dados climatológicos calculados períodos consecutivos de 30 anos. A Figura
846 apresenta o gráfico comparativo das precipitações médias mensais das Normais
Climatológicas da estação Salvador (Ondina).
Figura 846 – Precipitação média acumulada da estação Salvador (Ondina)

Fonte: Adaptado INMET, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
844
De acordo com a Figura 846 se observa que o período chuvoso, independente da série histórica,
se concentra entre os meses de abril a julho, com precipitações superiores a 200 mm/mês. Os
meses mais secos, com precipitações inferiores a 150 mm/mês se concentram no período de
agosto a março, podendo-se considerar o mês de março como um período de transição.
Historicamente se observa que o período 1961-1990 pode ser considerado o mais úmido, quando
comparado aos demais, com médias mensais superiores, e com total anual estimado em 2.144
mm/ano. O período de 1931-1960 foi o que apresentou comportamento semelhante ao do período
mais recente, no caso, 1981-2010, sendo registrados respectivamente os totais anuais 1.804,8
mm/ano e 1.871,1 mm/ano.

4.6.2.2. DADOS DAS ESTAÇÕES DO CEMADEC (CODESAL)


Objetivando realizar uma caracterização das precipitações espacializada e com dados recentes foi
utilizada a base de dados pluviométricos disponibilizada pela CODESAL, na qual constavam os
dados de 52 estações pluviométricas no período de 2016-2021. Previamente à análise foram
estabelecidos os seguintes critérios: 1 – o período de análise foi estabelecido sendo 2016-2020 e
2 – somente as estações com 80% dos dados diários em cada ano foram consideradas.
Posteriormente foram analisadas anualmente as médias mensais e os totais anuais do município
a partir do conjunto de dados das estações, sendo destacadas as estações com maiores e
menores registros pluviométricos
A partir dos critérios definidos foram selecionadas 10 estações com dados no ano de 2016, 35
estações no ano de 2017, 33 estações no ano de 2018, 31 estações no ano de 2019 e 46
estações no ano de 2020. A Figura 847 à Figura 851 apresentam graficamente as médias
mensais, as máximas e mínimas mensais obtidas entre os anos de 2016 a 2020 a partir dos
dados das estações selecionadas, com base nos critérios citados anteriormente.
Figura 847 – Comportamento médio das precipitações no ano de 2016

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
845
Figura 848 - Comportamento médio das precipitações no ano de 2017

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 849 - Comportamento médio das precipitações no ano de 2018

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
846
Figura 850 - Comportamento médio das precipitações no ano de 2019

Fonte: CSB Consórcio, 2021

Figura 851 - Comportamento médio das precipitações no ano de 2020

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Se observou nos anos de 2016 a 2020 que os meses de abril e maio foram os que apresentaram
os maiores de médias e máximas mensais, com exceção do ano de 2019, no qual foi registrada a
maior média mensal e máxima mensal no mês de julho. As médias mensais nos meses mais
chuvosos no período 2016-2020, foram no mês de abril entre 81,33 e 508,39 mm/mês, e no mês
de maio entre 232,87 e 455,54 mm/mês. O comportamento hidrológico do período chuvoso
observado no período analisado, com exceção do ano atípico de 2019, coincide com o
apresentado pela estação Ondina, anteriormente adotada como referência oficial, entretanto, os
valores médios dessa estação situam-se dentro da faixa de variação média, nos meses de abril e
maio. Quando se trata dos períodos menos chuvosos se observou que os mesmos predominaram

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
847
entre setembro e março a fevereiro no período analisado, sendo o mês de março considerado
como de transição entre o período seco e úmido.
Com relação aos totais anuais a Tabela 70 apresentam os valores históricos registrados nas
estações monitoradas pelo CEMADEC, onde se registrou que no período as estações com
maiores totais de chuva acumulado foram as localizadas no Centro, Palestina, Nova Brasília, Bom
Juá e Palestina, enquanto que as estações com menores totais acumulados foram São Tomé de
Paripe, Águas Claras, São Caetano, Calçada e Ilha dos Frades. Os valores de totais anuais no
período de 2016 a 2020 nas estações selecionadas variou de 924,10 a 3.038,80 mm, o que indica
uma heterogeneidade na distribuição pluviométrica ocorrida na área do município.
Tabela 70 – Totais anuais nas estações do CEMADEC
TOTAIS ANUAIS (mm/ano)
Identificação Estação Órgão
2016 2017 2018 2019 2020
1 Águas Claras Cemaden 1.076,90 2.559,60
2 Boca do Rio Cemaden
3 CAB Cemaden 1.156,10 1.485,20 1.263,70 1.601,40 2.781,70
4 Cabula Cemaden 1.866,70 2.690,80
5 Centro Cemaden 1.385,60 1.722,00 1.243,80 2.265,10
6 Fazenda Coutos Cemaden 1.454,00 1.223,60
7 Fazenda Grande do Retiro Cemaden 1.323,70 1.332,00 1.491,20 2.036,60 2.695,30
8 Federação Cemaden 1.252,60 1.454,50 1.232,70 1.888,80 2.288,00
9 Itapuã Cemaden 1.255,20 1.253,00 2.341,80
10 Matatu Cemaden 1.373,40 1.648,00 1.440,10 1.741,80 2.545,10
11 Monte Serrat Cemaden 1.505,40
12 Mussurunga Cemaden 1.360,80 1.224,80 2.705,80
13 Nova Esperança Cemaden 1.293,10 1.432,50 1.177,90 1.283,30
14 Periperi Cemaden 1.710,00 2.183,60 2.786,20
15 Piatã Cemaden
16 Pirajá Cemaden 1.308,00 1.621,90 1.364,40 2.056,20
17 Rio Sena Cemaden 1.362,20 1.563,20 2.160,40 2.229,50
18 São Caetano Cemaden 1.441,00 924,10 1.386,90 2.522,50
19 São Tomé de Paripe Cemaden 959,30 1.120,30 1.839,90
20 Stiep Cemaden 1.325,20 1.133,50 2.624,40
21 Tancredo Neves Cemaden 1.495,80 1.256,80 2.685,20
22 Valéria Cemaden 1.353,80 1.622,10 2.716,50
23 Bom Juá Codesal 1.660,80 1.378,80 2.185,00 2.969,40
24 Brotas - Codesal Codesal 2.189,40
25 Cajazeiras VII Codesal 1.325,20 1.868,80 1.987,40
26 Calabetão Codesal 1.552,00 1.219,40 1.737,40 2.710,00
27 Calçada Codesal 1.395,20 1.132,20 967,60 1.665,00
28 Caminho das Árvores Codesal 2.823,20
29 Canabrava Codesal 1.675,40 984,40 1.095,40 1.572,40
30 Capelinha - Vila Picasso Codesal 1.707,80 1.460,60 1.711,40 2.023,40
31 Castelo Branco Codesal 3.010,80

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
848
TOTAIS ANUAIS (mm/ano)
Identificação Estação Órgão
2016 2017 2018 2019 2020
32 Cidade Baixa - Monte Serrat Codesal 2.610,60
33 Ilha de Maré Codesal 1.111,00 1.091,00 1.613,00
34 Ilha dos Frades Codesal 1.272,40 1.312,40 1.354,80
35 Jardim Cajazeiras Codesal 1.745,40 1.393,80 1.867,20 2.923,40
36 Liberdade Codesal 2.382,20
37 Mirante de Periperi Codesal 1.728,20 1.540,60 2.121,00 2.718,40
38 Nova Brasília Codesal 1.562,80 1.571,80 2.020,80 2.887,60
39 Palestina Codesal 1.790,80 1.536,80 1.954,20 3.038,80
40 Pituaçu Codesal 1.367,40 1.095,40 1.841,40 2.131,60
41 Pituba - Parque da Cidade Codesal 2.921,40
42 Plataforma Codesal 1.446,00 1.280,40 1.783,00
43 Praia Grande Codesal 1.164,80 1.336,80 1.823,80 2.119,20
44 Retiro Codesal 2.957,80
45 Santa Luzia Codesal 2.760,60
46 Saramandaia Codesal 1.237,20 1.200,40 1.619,60 1.985,20
47 São Cristóvão Codesal 1.281,00 1.310,80 1.544,00 2.535,40
São Marcos - Baixa de Santa
48 Codesal 1.225,60 1.185,20 1.577,80 2.207,60
Rita
49 Sete de Abril Codesal 2.932,40
50 Base Naval de Aratu Inmet 1.308,20 1.743,20
51 Ondina Inmet 1.110,40 1.597,20 1.290,00 1.855,40 2.246,40
52 Ondina (Convencional) Inmet 1.282,80 1.538,20 1.468,50 1.895,10 2.319,20
Maior valor de total anual 1.385,60 1.790,80 1.571,80 2.185,00 3.038,80
Nova Palestin
Estação com maior valor Centro Palestina Bom Juá
Brasília a
Menor valor de total anual 959,30 1.076,90 924,10 967,60 1.354,80
São Tomé Águas São Ilha dos
Estação com menor valor Calçada
de Paripe Claras Caetano Frades
Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.2.3. CHUVAS MÁXIMAS HISTÓRICAS


4.6.2.3.1. Dados das estações da Rede Hidrometeorológica Nacional

Dentre as 18 estações constantes no Sistema Hidroweb foram selecionadas as estações com


séries hidrológicas com período igual ou superior a 10 anos de informações, tendo sido
selecionada 10 estações. Para cada estação foram construídas as séries de máximas anuais, a
partir da obtenção das máximas diárias de cada ano. A Tabela 71 se observa que as estações
observadas possuem séries superiores a 15 anos, e os valores de máximas anuais foram
superiores a 150 mm/dia em todas as estações, sendo que duas estações: Salvador (Areial de
Cima) e Salvador (Dois de Julho) apresentaram os maiores valores registrados.
Ressalta-se que a maioria das estações pluviométricas selecionadas possuem registros históricos
em sua maioria entre as décadas de 1940 a 1970, sendo distribuídas espacialmente no município
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
849
de Salvador. Contudo, é válido ressaltar que para fins de previsão de chuva no município,
oficialmente foi utilizado pelos órgãos públicos somente a estação Ondina foi utilizada como
representativa, sendo que a partir do ano de 2005, passou a ser considerado também os dados
das estações da CODESAL e CEMADEN.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
850
Tabela 71 – Chuvas máximas anuais das estações selecionadas da Rede Hidrometeorólogica Nacional
Código 01238001 01238018 01238039 01238045 01238052 01238106 01238107 01238117 01238118 01338003 01338005 01338007
Salvador
Açude Simões Salvador Querente
(Dois de Areial de Salvador Salvador -
Nome Cobre Pituaçu Filho (Areial de (Horto) Pitangueiras Cobre Salvador
Julho) Cima (Ondina) Ondina
(SAE) (SABA) Cima) (VFFLB)
(SBSV)
Quantidade
de dados 22 22 16 20 19 21 19 22 22 55 19 51
disponíveis
Maior máxima
anual da série 173,00 182,10 157,00 245,60 342,40 160,10 153,60 153,00 182,10 208,40 190,10 232,50
(mm)
Ano da maior
1969 1970 1947 1951 1947 1954 1951 1964 1970 1966 1944 1996
máxima anual

Ano Máximas anuais (mm)


1911 61,70
1912 70,60
1913 83,80
1914 66,90
1915 64,00
1916 64,00
1917 67,00
1918 68,20
1919 66,50
1920 95,30
1921 123,00
1922 91,10
1923 69,20
1924 133,20
1925 78,40
1926 IC

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘851
Código 01238001 01238018 01238039 01238045 01238052 01238106 01238107 01238117 01238118 01338003 01338005 01338007
Salvador
Açude Simões Salvador Querente
(Dois de Areial de Salvador Salvador -
Nome Cobre Pituaçu Filho (Areial de (Horto) Pitangueiras Cobre Salvador
Julho) Cima (Ondina) Ondina
(SAE) (SABA) Cima) (VFFLB)
(SBSV)
1927 IC
1928 IC
1929 IC
1930 IC
1931 IC
1932 IC
1933 66,10
1934 77,40
1935 156,10
1936 71,40
1937 72,80
1938 83,60
1939 123,50
1940 79,20
1941 134,60
1942 75,00 67,00 104,30 111,00
1943 101,30 75,20 94,40 68,00 108,00
1944 90,30 162,40 83,30 99,00 IC 190,10
1945 97,00 72,60 69,40 90,40 IC 181,10
1946 100,00 79,00 64,40 83,40 IC 69,10
1947 157,00 113,70 342,40 105,90 65,00 IC 118,00
1948 81,00 84,40 81,30 75,20 85,40 IC 115,00
1949 84,90 95,2 68,70 116,00 157,50 111,00 85,40 100,70 95,20 IC 89,00
1950 90,80 75,3 140,00 84,30 96,70 48,50 56,40 90,80 75,30 96,80 86,30

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘852
Código 01238001 01238018 01238039 01238045 01238052 01238106 01238107 01238117 01238118 01338003 01338005 01338007
Salvador
Açude Simões Salvador Querente
(Dois de Areial de Salvador Salvador -
Nome Cobre Pituaçu Filho (Areial de (Horto) Pitangueiras Cobre Salvador
Julho) Cima (Ondina) Ondina
(SAE) (SABA) Cima) (VFFLB)
(SBSV)
1951 147,40 IC 67,50 245,60 97,00 134,40 153,60 147,00 IC 155,70 159,30
1952 IC 30,6 70,00 153,20 107,60 95,60 90,00 IC 30,60 IC 139,40
1953 70,00 45,4 45,20 85,80 69,10 50,00 35,00 80,00 45,40 IC 53,60
1954 106,70 58,6 101,20 104,90 57,60 160,10 45,40 106,00 58,60 IC 113,50
1955 70,50 70,8 93,50 74,00 93,00 60,60 68,00 80,20 70,80 IC 124,60
1956 111,20 68,6 58,00 127,10 103,50 93,80 100,00 111,00 68,60 179,60 179,60
1957 87,20 68,6 58,40 65,60 86,80 69,40 IC 101,50 68,60 93,60 83,00
1958 106,00 70,8 73,00 101,30 82,40 IC 106,00 70,80 67,00 138,90
1959 67,60 101,6 70,00 170,30 44,20 IC 80,00 101,60 87,90 IC
1960 105,40 166 100,00 109,60 110,80 87,00 105,00 166,00 82,40 IC
1961 56,50 56,8 76,20 76,50 34,20 65,60 100,70 56,80 44,00 IC
1962 93,50 86,2 124,60 148,20 138,60 69,40 93,50 86,20 77,60 18,50
1963 100,00 100 197,20 76,20 133,20 100,90 100,00 140,00 133,20 66,10
1964 153,50 90 103,90 153,00 90,00 141,60 161,40 141,60
1965 132,70 50 58,90 132,00 50,00 121,50 121,50
1966 125,00 30,2 125,00 30,20 208,40 107,90
1967 111,00 80,1 111,00 80,10 73,80 73,80
1968 92,60 25,4 92,60 25,40 9,60 123,50
1969 173,00 129,2 119,20 129,20 100,90 111,20
1970 60,00 182,10 60,00 182,10 161,10 161,10
1971 96,80 145,5 100,00 145,50 147,00 IC
1972 69,00 IC
1973 127,40 127,40
1974 144,80 144,80

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘853
Código 01238001 01238018 01238039 01238045 01238052 01238106 01238107 01238117 01238118 01338003 01338005 01338007
Salvador
Açude Simões Salvador Querente
(Dois de Areial de Salvador Salvador -
Nome Cobre Pituaçu Filho (Areial de (Horto) Pitangueiras Cobre Salvador
Julho) Cima (Ondina) Ondina
(SAE) (SABA) Cima) (VFFLB)
(SBSV)
1975 109,40 109,40
1976 79,30 79,30
1977 IC 134,60
1978 IC 79,40
1979 160,70 114,20
1980 160,70 159,00
1981 90,00 IC
1982 136,50 IC
1983 98,20 41,50
1984 IC 133,40
1985 139,50 IC
1986 113,20
1987 99,80
1988 130,80
1989 IC
1990 106,00
1991 124,00
1992 87,30
1993 68,70
1994 114,00
1995 95,30
1996 232,50
1997 84,00
1998 141,00

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘854
Código 01238001 01238018 01238039 01238045 01238052 01238106 01238107 01238117 01238118 01338003 01338005 01338007
Salvador
Açude Simões Salvador Querente
(Dois de Areial de Salvador Salvador -
Nome Cobre Pituaçu Filho (Areial de (Horto) Pitangueiras Cobre Salvador
Julho) Cima (Ondina) Ondina
(SAE) (SABA) Cima) (VFFLB)
(SBSV)
1999 180,20
2000 75,80
2001 73,90
2002 108,60
2003 112,20
2004 89,30
2005 144,80
2006 110,60
2007 67,80
2008 130,80
2009 123,00
2010 118,00
2011 97,60
2012 186,40
2013 117,70
2014 104,90
2015 105,40
2016 97,50
2017 61,90
2018 81,80
2019 121,00
Nota: IC – Série incompleta ou inexistente
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
‘855
4.6.2.3.2. Dados das estações do CEMADEC (CODESAL)

Conforme apresentado anteriormente a análise do comportamento médio das precipitações a


partir dos dados das estações do CEMADEC para a análise das chuvas máximas do período de
2016-2020 foram selecionadas somente as estações com 80% dos dados diários em cada ano.
Os resultados mostraram que as estações com as maiores máximas anuais foram Matatu,
Mussurunga, Cajazeiras VII, Bom Juá e Liberdade, com valores que variaram entre 83,20 mm e
186,80 mm. O maior valor foi registrado na estação Bom Juá, na bacia do rio Camarajipe no ano
de 2019. As estações que apresentaram os menores valores de máximas anuais foram Rio Sena,
Marcos – Baixa de Santa Rita, Nova Esperança, Calçada e Ilha dos Frades, com valores que
variaram entre 46,80 mm e 81,60 mm, sendo o menor valor registrado no ano de 2018 pela
estação Nova Esperança. A estação citada se localiza na bacia do rio Jaguaribe. A Tabela 72
apresenta as chuvas máximas anuais das estações do CEMADEC selecionadas a partir do critério
apresentado.
Tabela 72 – Chuvas máximas das estações do CEMADEC – 2016-2020
Identificaç MÁXIMAS ANUAIS (mm)
Estação Órgão
ão 2016 2017 2018 2019 2020
1 Águas Claras Cemaden 63,1 96,2
2 CAB Cemaden 89,2 65 106,5 115,6 132,3
3 Cabula Cemaden 159,6 111,6
4 Centro Cemaden 105,4 83,2 47,7 116,2
5 Fazenda Coutos Cemaden 60,6 79,8
Fazenda Grande do
Cemaden 103,2 61,8 67,2 174,2 92
6 Retiro
7 Federação Cemaden 94,9 62,1 81,6 121,8 100
8 Itapuã Cemaden 78,2 74 111
9 Matatu Cemaden 111,7 74,5 53,8 131,1 125,9
10 Monte Serrat Cemaden 140
11 Mussurunga Cemaden 83,2 82,6 111
12 Nova Esperança Cemaden 81,3 73,8 46,8 151,5
13 Periperi Cemaden 55,4 130 84
14 Pirajá Cemaden 72,6 73,9 104,1 76,8
15 Rio Sena Cemaden 68,8 65,2 134,6 84,9
16 São Caetano Cemaden 53,8 78 128 110,9
17 São Tomé de Paripe Cemaden 77,9 59,4 75,1
18 Stiep Cemaden 79,5 57 142
19 Tancredo Neves Cemaden 65,4 95,6 110,6
20 Valéria Cemaden 76,9 54,5 85,1
21 Bom Juá Codesal 64 80,6 186,8 118,4
22 Brotas - Codesal Codesal 118,2
23 Cajazeiras VII Codesal 117,8 125,8 80,2
24 Calabetão Codesal 65,6 79 167,2 120,8
25 Calçada Codesal 54,4 58,8 81,6 71
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
856
Identificaç MÁXIMAS ANUAIS (mm)
Estação Órgão
ão 2016 2017 2018 2019 2020
26 Caminho das Árvores Codesal 148
27 Canabrava Codesal 82 58,8 116 66,2
28 Capelinha - Vila Picasso Codesal 60,2 77,2 148 83,4
29 Castelo Branco Codesal 104,4
Cidade Baixa - Monte
Codesal 115,8
30 Serrat
31 Ilha de Maré Codesal 74,2 118,6 116,2
32 Ilha dos Frades Codesal 71,8 162,2 55,4
33 Jardim Cajazeiras Codesal 76,6 107,4 151,8 111,8
34 Liberdade Codesal 164,2
35 Mirante de Periperi Codesal 64,2 95 118 74,6
36 Nova Brasília Codesal 72 115 156,2 110,4
37 Palestina Codesal 66,4 105,6 122,2 96
38 Pituaçu Codesal 73,6 84,4 141,2 121,6
Pituba - Parque da
Codesal 129,2
39 Cidade
40 Plataforma Codesal 70,8 82,6 159,8
41 Praia Grande Codesal 66,2 90,2 124,6 71,8
42 Retiro Codesal 121,4
43 Santa Luzia Codesal 115
44 Saramandaia Codesal 59,2 53,6 138,4 95
45 São Cristóvão Codesal 70,4 85,2 154,6 109,4
São Marcos - Baixa de
Codesal 53,8 84,6 102,2 93,8
46 Santa Rita
47 Sete de Abril Codesal 117,6
48 Base Naval de Aratu Inmet 103,2 71,4
49 Ondina Inmet 95,6 61,4 79 118,6 104,8
50 Ondina (Convencional) Inmet 97,5 61,9 81,8 121 92,7
Maior valor registrado (mm) 111,70 83,20 117,80 186,80 164,20
Cajazeiras Bom
Estação com maior valor registrado Matatu Mussurunga Liberdade
VII Juá
Menor valor registrado (mm) 68,80 53,80 46,80 81,60 55,40
Marcos -
Rio Nova Ilha dos
Estação com menor valor registrado Baixa de Calçada
Sena Esperança Frades
Santa Rita
Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.3. EQUAÇÕES DE CHUVAS USUAIS NO MUNICÍPIO


A análise de chuvas intensas objetiva determinar a relação entre intensidade, duração e
frequência (relação I-D-F) da precipitação, sendo comumente utilizada para a estimativa de
vazões máximas, norteando o dimensionamento hidráulico das estruturas em projetos de
drenagem, assim como para a simulação de áreas potencialmente inundáveis.
A curva I-D-F é resultante de uma análise estatística de séries pluviométricas, obtidas a partir da
seleção dos maiores valores de chuva de uma duração selecionada em cada ano da série de
dados. Em seguida, a série hidrológica de máximos anuais é ajustada para uma distribuição de
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
857
probabilidade de valores extremos, como a distribuição Log-Normal, Log-Pearson Tipo III e
Distribuição de Gumbel. Essa curva usualmente é expressa na forma de uma equação que
relaciona as variáveis: intensidade, duração e frequência de excedência (período de retorno ou
recorrência), como a equação 1:
𝑎.𝑇𝑅 𝑏
𝐼 = (𝑡 𝑑 (Eq.1)
𝑑+𝑐)

Onde I é a intensidade de chuva (mm/h); a, b, c e d são parâmetros característicos da I-D-F de


cada localidade; TR é o tempo de retorno em anos, e t d é a duração da precipitação em minutos.
Na revisão de literatura foram identificadas 4 equações I-D-F desenvolvidas para o município de
Salvador, e que serão apresentadas a seguir, sendo realizadas análises comparativas das
intensidades pluviométricas, para diferentes durações e períodos de retorno.

4.6.3.1. EQUAÇÃO DE CHUVAS DERIVADA DOS ESTUDOS DE OTTO PFASTETTER (1957)


A equação mais utilizada no município de Salvador e região metropolitana para projetos de
drenagem é derivada do estudo de chuvas intensas realizada pelo engenheiro Otto Pfastetter e
publicado em 1957, a partir do Departamento Nacional de Obras de Saneamento (DNOS)
vinculado ao Ministério de Viação e Obras Públicas (MATOS, 2006). Nesse estudo pioneiro foram
utilizados 98 postos pluviométricos distribuídos em todo o País, sendo analisadas nas séries de
dados disponíveis a relação I-D-F, a partir da metodologia descrita por Linsley, Kohler e Paulus
(1949) apud Matos (2006) e peça American Society of Civil Engineers (1949) apud Matos (2006).
Os pluviômetros utilizados por Otto Pfastetter foram do antigo Serviço de Meteorologia do
Ministério de Agricultura a partir dos quais foram obtidas as intensidades de chuva para as
durações de 5, 15 e 30 minutos, 1 ,2, 4, 8, 14, 24 e 48 horas para os 98 postos selecionados. O
estudo original apresenta os resultados na forma de gráficos em escala bilogaritmica onde foram
plotados para cada duração os valores de total precipitado em função do período de recorrência
(MATOS, 2006). Para o município de Salvador o estudo adotou a estação pluviométrica localizada
no bairro de Ondina, operante desde 1925, sendo utilizados 23 anos e 8 meses de dados (1921-
1949). Para Salvador, Otto Pfastetter elaborou gráficos para as durações de 5, 15 e 30 minutos, e
de 1 e 2 horas para períodos de recorrência inferiores a 50 anos.
Na década de 80, a extinta Companhia de Renovação Urbana de Salvador (RENURB) vinculada a
Prefeitura Municipal de Salvador e criada no ano de 1976, apresenta o Caderno de Projetos
(1980), onde são fixados critérios e parâmetros para projetos de engenharia no município. Neste
caderno é apresentada a equação I-D-F (Eq.2), desenvolvida pelo engenheiro Henrique Browne
Ribeiro, e que foi derivada dos gráficos do trabalho de Otto Pfastetter, sendo ainda utilizada
atualmente nos projetos de micro e macrodrenagem do município.
2.960,16.𝑇𝑅 0,163
𝐼= (𝑡𝑑+24)0,743
(Eq.1)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
858
Onde I é a intensidade de chuva (L/(s.hectare)); TR é o tempo de retorno em anos, e t d é a
duração da precipitação em minutos. Para a conversão da intensidade pluviométrica de
L/(s.hectare) para mm/h o valor deve ser multiplicado por 0,36. A Tabela 73 e a Tabela 74
apresentam respectivamente as intensidades pluviométricas obtidas a partir da equação de
Henrique Browne, em L/(s.hectare) e em mm/h para as durações de 5 a 1440 minutos e para os
períodos de retorno de 2 a 100 anos.
Tabela 73- Intensidade pluviométrica (L/(s.hectare) a partir da equação de Henrique Browne
(1980)
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 271,53 315,27 352,98 377,10 395,20 409,84 458,87 513,75
10 241,26 280,13 313,64 335,07 351,15 364,16 407,72 456,48
15 217,88 252,98 283,24 302,59 317,12 328,87 368,20 412,24
20 199,20 231,29 258,96 276,65 289,93 300,67 336,64 376,90
30 171,09 198,65 222,41 237,60 249,01 258,23 289,12 323,70
60 123,21 143,06 160,17 171,11 179,33 185,97 208,21 233,12
120 82,55 95,85 107,31 114,64 120,15 124,60 139,50 156,19
240 52,62 61,09 68,40 73,07 76,58 79,42 88,92 99,56
360 39,83 46,25 51,78 55,32 57,97 60,12 67,31 75,36
720 24,37 28,29 31,68 33,84 35,47 36,78 41,18 46,10
1440 14,74 17,11 19,16 20,47 21,45 22,24 24,90 27,88
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Tabela 74 – Intensidade pluviométrica (mm/h) a partir da equação de Henrique Browne


(1980)
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 97,75 113,50 127,07 135,76 142,27 147,54 165,19 184,95
10 86,86 100,85 112,91 120,62 126,41 131,10 146,78 164,33
15 78,44 91,07 101,97 108,93 114,16 118,39 132,55 148,41
20 71,71 83,27 93,22 99,59 104,38 108,24 121,19 135,69
30 61,59 71,51 80,07 85,54 89,64 92,96 104,08 116,53
60 44,36 51,50 57,66 61,60 64,56 66,95 74,96 83,92
120 29,72 34,51 38,63 41,27 43,25 44,86 50,22 56,23
240 18,94 21,99 24,62 26,31 27,57 28,59 32,01 35,84
360 14,34 16,65 18,64 19,91 20,87 21,64 24,23 27,13
720 8,77 10,19 11,40 12,18 12,77 13,24 14,82 16,60
1440 5,31 6,16 6,90 7,37 7,72 8,01 8,97 10,04
Fonte: CSB Consórcio, 2021
A Figura 852 apresenta a curva I-D-F do posto Ondina, para diferentes duração e períodos de
retorno, a partir dos dados da Tabela 74, com a intensidade pluviométrica em mm/h, onde se

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
859
destaca que as maiores precipitações intensas ocorrem para as menores durações de
precipitações.
Figura 852 – Curva IDF de Salvador obtida a partir da equação de Henrique Browne

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Conhecida a intensidade pluviométrica, que é resultante do quociente entre precipitação máxima
(mm) e a duração (horas, minutos ou segundos), se apresenta na Tabela 75 os valores de
precipitação máxima para diferentes durações e períodos de retorno, enquanto que a Figura 853
apresenta o resultado do ajuste gráfico obtido.
Tabela 75 – Alturas máximas de precipitação (mm) a partir da equação de Henrique Browne
(1980)
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 8,15 9,46 10,59 11,31 11,86 12,30 13,77 15,41
10 14,48 16,81 18,82 20,10 21,07 21,85 24,46 27,39
15 19,61 22,77 25,49 27,23 28,54 29,60 33,14 37,10
20 23,90 27,76 31,07 33,20 34,79 36,08 40,40 45,23
30 30,80 35,76 40,03 42,77 44,82 46,48 52,04 58,27
60 44,36 51,50 57,66 61,60 64,56 66,95 74,96 83,92
120 59,44 69,01 77,27 82,54 86,51 89,71 100,44 112,46
240 75,77 87,97 98,50 105,23 110,28 114,36 128,04 143,36
360 86,04 99,89 111,84 119,49 125,22 129,86 145,39 162,78
720 105,27 122,22 136,84 146,19 153,21 158,89 177,89 199,17
1440 127,32 147,83 165,51 176,82 185,31 192,17 215,16 240,90
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
860
Figura 853 – Relação entre a precipitação máxima, duração da chuva e período de retorno
resultante da equação de Henrique Browne (1980)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.3.2. EQUAÇÃO OBTIDA A PARTIR DOS ESTUDOS DE DENARDINI & FREITAS (1982)
Os estudos desenvolvidos por Denardini & Freitas (1982) contemplaram o desenvolvimento de 80
equações de chuvas para distintos municípios brasileiros, destacando-se o município de Salvador,
no qual foram utilizados os dados de 23 anos de observações de dados da estação Ondina. A
equação foi ajustada a partir da representação gráfica das alturas pluviométricas para diferentes
intervalos de duração e tempos de retorno publicadas por Pfafstetter (1957).
A equação de chuvas proposta para o município de Salvador, obtida a partir da metodologia de
séries anuais corresponde a Eq.2.
1288,50.𝑇𝑅 0,2
𝐼= (𝑡𝑑+22)0,81
(Eq.2)

Onde I é a intensidade de chuva (mm/h); TR é o tempo de retorno em anos, e t d é a duração da


precipitação em minutos. Destaca-se que a equação de Denardini & Freitas (1982) é utilizada no
programa Plúvio 2.1 Chuvas Intensas no Brasil, desenvolvido pelo Grupo de Recursos Hídricos da
Universidade Federal de Viçosa, e que permite a obtenção de equações de chuvas para alguns
Estados brasileiros, a partir de interpolação dos valores dos parâmetros de diferentes equações
de chuva.
A Tabela 76 apresentam respectivamente as intensidades pluviométricas obtidas a partir da
equação de Denardini & Freitas, em mm/h para as durações de 5 a 1440 minutos e para os
períodos de retorno de 2 a 100 anos.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
861
Tabela 76 - Intensidade pluviométrica (mm/h) a partir da equação de Denardini & Freitas
(1982)
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 102,54 123,16 141,48 153,43 162,51 169,93 195,20 224,22
10 89,36 107,33 123,29 133,70 141,62 148,08 170,10 195,39
15 79,44 95,42 109,61 118,87 125,91 131,65 151,23 173,72
20 71,69 86,11 98,91 107,27 113,62 118,81 136,47 156,77
30 60,30 72,43 83,20 90,23 95,57 99,93 114,79 131,86
60 41,70 50,08 57,53 62,39 66,08 69,10 79,38 91,18
120 26,73 32,10 36,87 39,99 42,36 44,29 50,88 58,44
240 16,27 19,55 22,45 24,35 25,79 26,97 30,98 35,58
360 11,99 14,40 16,54 17,94 19,00 19,87 22,82 26,22
720 7,00 8,41 9,66 10,48 11,10 11,61 13,33 15,31
1440 4,04 4,86 5,58 6,05 6,41 6,70 7,70 8,84
Fonte: CSB Consórcio, 2021
A Figura 854 apresenta a curva I-D-F do posto Ondina, para diferentes duração e períodos de
retorno, a partir dos dados da Tabela 76, com a intensidade pluviométrica em mm/h, onde se
destaca que as maiores precipitações intensas ocorrem para as menores durações de
precipitações.
Figura 854 - Curva IDF de Salvador obtida a partir da equação de Denardini & Freitas

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Conhecida a intensidade pluviométrica, que é resultante do quociente entre precipitação máxima
(mm) e a duração (horas, minutos ou segundos), se apresenta na Tabela 77 os valores de
precipitação máxima para diferentes durações e períodos de retorno, enquanto que a Figura 855
apresenta o resultado do ajuste gráfico obtido.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
862
Tabela 77 – Alturas máximas de precipitação (mm) a partir da equação de Denardini &
Freitas
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 8,54 10,26 11,79 12,79 13,54 14,16 16,27 18,69
10 14,89 17,89 20,55 22,28 23,60 24,68 28,35 32,57
15 19,86 23,85 27,40 29,72 31,48 32,91 37,81 43,43
20 23,90 28,70 32,97 35,76 37,87 39,60 45,49 52,26
30 30,15 36,21 41,60 45,11 47,79 49,97 57,40 65,93
60 41,70 50,08 57,53 62,39 66,08 69,10 79,38 91,18
120 53,45 64,20 73,75 79,98 84,72 88,58 101,75 116,89
240 65,09 78,18 89,81 97,40 103,16 107,87 123,91 142,34
360 71,94 86,41 99,26 107,64 114,02 119,22 136,95 157,31
720 84,03 100,93 115,94 125,74 133,18 139,26 159,97 183,75
1440 97,03 116,54 133,87 145,18 153,78 160,80 184,71 212,17
Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 855 – Relação entre a precipitação máxima, duração da chuva e período de retorno
resultante da equação de Denardini & Freitas

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.3.3. EQUAÇÃO DE CHUVAS DERIVADA DOS ESTUDOS DE MATOS (2006)


As equações de chuva apresentadas por Matos (2006) são resultantes de uma pesquisa científica
na qual foram analisados os dados de 28 postos pluviográficos do INMET, localizados no Estado
da Bahia, inclusive no município de Salvador. A estação pluviométrica de Salvador utilizada para o
Estado, localiza-se no bairro de Ondina e possui código INMET 83229, e os períodos analisados
foram 1925-1973 (49 anos) e 1985-1994 (10 anos). Os estudos consideraram a utilização de duas
metodologias: a análise de séries anuais ou séries de máximas anuais e análise de séries parciais
ou séries de excedência anual. Na análise de séries anuais foram extraídos os valores máximos
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
863
de precipitação encontrados em cada ano hidrológico do período 1925-1973; e na análise de
séries parciais, foram selecionados dois dados para cada ano de observação do período 1985-
1994, contudo, para fins práticos os valores não possuem diferenças significativas. Destaca-se
que os métodos estatísticos utilizados foram a distribuição de extremos de Gumbel e o método
Gumbel-Chow.
De acordo com Matos (2006), após analisar 70.000 pluviogramas de 28 municípios do Estado da
Bahia, se constatou que as precipitações intensas no Estado da Bahia são curtas, com exceção
dos municípios de Salvador, Barreiras e Camaçari, onde é possível encontrar chuvas intensas
com duração de 120 minutos.
A seguir são apresentadas as equações de chuva obtidas por Matos (2006) a partir das duas
metodologias citadas.
4.6.3.3.1. Equação obtida a partir da série anual

A equação de chuvas proposta para o município de Salvador, obtida a partir da metodologia de


séries anuais corresponde a Eq.2.
1578,61.𝑇𝑅 0,2443
𝐼= (Eq.2)
(𝑡𝑑+22) 0,94−0,0355

Onde I é a intensidade de chuva (mm/h); TR é o tempo de retorno em anos, e t d é a duração da


precipitação em minutos. A Tabela 78 apresentam respectivamente as intensidades
pluviométricas obtidas a partir da equação de Matos, em mm/h para as durações de 5 a 1440
minutos e para os períodos de retorno de 2 a 100 anos.
Tabela 78 - Intensidade pluviométrica (mm/h) a partir da equação de Matos – Série anual
(2006)
Duração Período de retorno (anos)
(min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 91,00 125,39 159,48 183,42 202,48 218,57 276,89 350,20
10 77,87 107,84 137,65 158,65 175,39 189,55 240,96 305,79
15 68,16 94,80 121,39 140,15 155,14 167,83 213,98 272,33
20 60,68 84,71 108,76 125,78 139,38 150,90 192,90 246,12
30 49,89 70,08 90,39 104,81 116,36 126,16 161,97 207,54
60 32,85 46,77 60,92 71,04 79,18 86,11 111,59 144,28
120 19,85 28,72 37,86 44,45 49,78 54,34 71,21 93,08
240 11,32 16,68 22,27 26,35 29,67 32,51 43,14 57,08
360 8,01 11,93 16,07 19,10 21,57 23,70 31,69 42,25
720 4,36 6,62 9,04 10,83 12,31 13,58 18,41 24,87
1440 2,34 3,62 5,02 6,07 6,94 7,69 10,57 14,47
Fonte: CSB Consórcio, 2021
A Figura 856 apresenta a curva I-D-F do posto Ondina, para diferentes duração e períodos de
retorno, a partir dos dados da Tabela 78, com a intensidade pluviométrica em mm/h, onde se

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
864
destaca que as maiores precipitações intensas ocorrem para as menores durações de
precipitações.
Figura 856 - Curva IDF de Salvador obtida a partir da equação de Matos – Série anual

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Conhecida a intensidade pluviométrica, que é resultante do quociente entre precipitação máxima
(mm) e a duração (horas, minutos ou segundos), se apresenta na Figura 811 os valores de
precipitação máxima para diferentes durações e períodos de retorno, enquanto que a Figura 857
presenta o resultado do ajuste gráfico obtido.
Tabela 79 – Alturas máximas de precipitação (mm) a partir da equação de Matos – Série
Anual
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 7,58 10,45 13,29 15,28 16,87 18,21 23,07 29,18
10 12,98 17,97 22,94 26,44 29,23 31,59 40,16 50,96
15 17,04 23,70 30,35 35,04 38,79 41,96 53,49 68,08
20 20,23 28,24 36,25 41,93 46,46 50,30 64,30 82,04
30 24,94 35,04 45,20 52,40 58,18 63,08 80,99 103,77
60 32,85 46,77 60,92 71,04 79,18 86,11 111,59 144,28
120 39,71 57,45 75,73 88,90 99,57 108,68 142,41 186,16
240 45,28 66,70 89,10 105,39 118,66 130,05 172,56 228,34
360 48,06 71,59 96,40 114,57 129,42 142,20 190,13 253,48
720 52,29 79,41 108,48 129,99 147,68 162,99 220,90 298,41
1440 56,14 86,98 120,57 145,70 166,50 184,59 253,66 347,32
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
865
Figura 857 – Relação entre a precipitação máxima, duração da chuva e período de retorno
resultante da equação de Matos – Série Anual

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.3.3.2. Equação obtida a partir da série parcial

A equação de chuvas proposta para o município de Salvador, obtida a partir da metodologia de


séries parciais corresponde a Eq.2.
2496,19.𝑇𝑅 −0,0119
𝐼= (Eq.2)
(𝑡𝑑+22) 0,99−0,0707

Onde I é a intensidade de chuva (mm/h); TR é o tempo de retorno em anos, e t d é a duração da


precipitação em minutos. A Tabela 80 apresentam respectivamente as intensidades
pluviométricas obtidas a partir da equação de Matos, em mm/h para as durações de 5 a 1440
minutos e para os períodos de retorno de 2 a 100 anos.
Tabela 80 - Intensidade pluviométrica (mm/h) a partir da equação de Matos – Série parcial
(2006)
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 110,77 133,14 151,78 163,36 171,88 178,65 200,64 223,99
10 94,38 114,58 131,57 142,18 150,01 156,25 176,61 198,37
15 82,30 100,79 116,44 126,27 133,54 139,35 158,37 178,81
20 73,04 90,11 104,66 113,84 120,65 126,10 143,99 163,32
30 59,72 74,62 87,45 95,60 101,67 106,56 122,66 140,20
60 38,87 49,90 59,61 65,88 70,59 74,41 87,13 101,23
120 23,16 30,72 37,56 42,05 45,47 48,26 57,70 68,37
240 13,00 17,88 22,44 25,49 27,84 29,77 36,43 44,12
360 9,11 12,81 16,34 18,73 20,58 22,12 27,45 33,70
720 4,87 7,13 9,35 10,88 12,09 13,10 16,67 20,96
1440 2,57 3,91 5,28 6,25 7,02 7,68 10,02 12,91

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
866
Fonte: CSB Consórcio, 2021
A Figura 858 apresenta a curva I-D-F do posto Ondina, para diferentes duração e períodos de
retorno, a partir dos dados da Tabela 80, com a intensidade pluviométrica em mm/h, onde se
destaca que as maiores precipitações intensas ocorrem para as menores durações de
precipitações.
Figura 858 - Curva IDF de Salvador obtida a partir da equação de Matos – Série parcial

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Conhecida a intensidade pluviométrica, que é resultante do quociente entre precipitação máxima
(mm) e a duração (horas, minutos ou segundos), se apresenta na Tabela 81 os valores de
precipitação máxima para diferentes durações e períodos de retorno, enquanto que a Figura 859
apresenta o resultado do ajuste gráfico obtido.
Tabela 81 – Alturas máximas de precipitação (mm) a partir da equação de Matos – Série
Parcial
Duração Período de retorno (anos)
( min) 2 5 10 15 20 25 50 100
5 9,23 11,10 12,65 13,61 14,32 14,89 16,72 18,67
10 15,73 19,10 21,93 23,70 25,00 26,04 29,43 33,06
15 20,58 25,20 29,11 31,57 33,38 34,84 39,59 44,70
20 24,35 30,04 34,89 37,95 40,22 42,03 48,00 54,44
30 29,86 37,31 43,72 47,80 50,84 53,28 61,33 70,10
60 38,87 49,90 59,61 65,88 70,59 74,41 87,13 101,23
120 46,33 61,43 75,12 84,11 90,94 96,52 115,39 136,73
240 52,02 71,51 89,74 101,95 111,35 119,09 145,71 176,50
360 54,68 76,88 98,02 112,36 123,49 132,69 164,67 202,19
720 58,49 85,52 112,14 130,59 145,10 157,22 200,07 251,57
1440 61,72 93,94 126,77 150,02 168,57 184,20 240,47 309,83
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
867
Figura 859 – Relação entre a precipitação máxima, duração da chuva e período de retorno
resultante da equação de Matos – Série Parcial

Fonte: CSB Consórcio, 2021

4.6.3.4. COMPARATIVO DAS RELAÇÕES I-D-F PARA AS DIFERENTES EQUAÇÕES DE


CHUVA EXISTENTES PARA SALVADOR
No total existem quatro equações de chuvas em uso para elaboração de projetos de drenagem
urbana no município de Salvador, sendo amplamente utilizada a equação proposta por Henrique
Browne Ribeiro, derivada dos estudos do engenheiro Otto Pfastetter (1957). As equações
existentes consideraram diferentes períodos históricos, sendo de fundamental importância a
análise comparativa como forma de orientar a utilização das mesmas, evitando-se dessa forma o
superdimensionamento ou subdimensionamento das estruturas hidráulicas de drenagem no
município.
Para a análise foram comparadas as chuvas intensas de 5 a 1440 minutos e períodos de retorno
de 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos obtidas a partir da equação de Henrique Browne Ribeiro, de
Denardini & Freitas e de Jorge Matos. As Figura 860 à Figura 865 apresentam os resultados
comparativos na forma gráfica entre as quatro equações de chuva citadas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
868
Figura 860 – Comparativo IDF entre Figura 861 - Comparativo IDF entre equações
equações para TR = 2 anos para TR = 5 anos

Figura 862 - Comparativo IDF entre Figura 863 - Comparativo IDF entre equações
equações para TR = 10 anos para TR = 15 anos

Figura 864 - Comparativo IDF entre Figura 865 - Comparativo IDF entre equações
equações para TR = 20 anos para TR = 25 anos

Fonte: CSB Consórcio, 2021


Os resultados apresentados anteriormente mostram no geral que a equação de chuvas de
Henrique Browne foi a que apresentou os maiores valores de precipitações intensas para os
períodos de retorno de 2 a 10 anos, enquanto a equação de Jorge Eurico (série anual) foi a que
apresentou os menores valores no período citado. Verificou-se que a amplitude de variação das
precipitações entre as equações cresce à medida que se aumenta a duração da chuva,
especificamente a partir da chuva de duração de 100 minutos, sendo a maior amplitude registrada
para a duração de 1440 minutos.
Para os períodos de retorno de 15 a 25 anos os máximos valores de precipitação são registrados
pelas equações de Henrique Browne e Jorge Eurico (anual) com variações entre ambas em
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
869
função da duração da chuva. Quando se analisa os períodos de retorno de 50 e 100 anos se
verifica que os valores máximos são obtidos a partir da equação de Jorge Eurico (anual).
Quanto a equação de Denardini & Freitas se verificou em todos os casos que os valores de
precipitação se situaram dentro faixa de variação de precipitações obtidas pelas outras equações,
com exceção dos períodos de retorno de 15 a 100 anos, nos quais os valores foram os menores
dentre as demais equações.
Em síntese, se observa que as equações disponíveis apresentam estimativas de precipitações
distintas, devendo-se considerar as restrições de uso em função do número de dados
pluviométricos que foram utilizados na obtenção de cada uma. Ressalta-se que as equações
citadas utilizaram períodos distintos de dados hidrológicos para a obtenção dos parâmetros,
sendo que as equações de Henrique Browne e Denardini & Freitas utilizaram somente 23 anos de
dados, enquanto a equação de Jorge Eurico utilizou 49 anos de dados. Na prática, recomenda-se
em estudos hidrológicos que estas equações sejam utilizadas, considerando o número de anos
para o período de retorno menor ou igual ao período de dados utilizado.
Logo, as estimativas de intensidade pluviométricas para períodos de retorno superiores ao
número de dados utilizados na obtenção dos parâmetros das equações são sujeitas a incertezas.
Contudo, na prática de projetos devido a necessidade de projeções com períodos de retorno
superiores a 25 anos, principalmente para obras de macrodrenagem, faz-se necessário considerar
essas estimativas.

4.6.4. ANÁLISE GERAL DO IMPACTO DA MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA


HIDROLOGIA LOCAL
As mudanças climáticas afetam o ciclo hidrológico e a disponibilidade dos recursos hídricos em
um panorama regional e global. Dessa forma, elas podem ser entendidas como modificadores do
clima ao longo do tempo que são provocadas pela variabilidade climática natural ou causadas por
ações antrópicas. Os principais prognósticos relacionados ao impacto das mudanças climáticas na
hidrologia local foram abordados no Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças do
Clima (PMAMC) iniciado no ano de 2019 com o objetivo de criar um plano de adaptação e
mitigação para neutralização dos gases de efeito estufa.
Os principais destaques se referem a questão das inundações, onde o PMAMC (2020) mostra a
partir da análise de dados gerados pelo modelo climático Eta-HadGEM-2ES que para o período
de 1976-2100, a tendência de redução da precipitação total anual e de dias consecutivos
chuvosos acima de 22 mm/dia. Apesar dessa tendência nas próximas décadas, ainda haverá
eventos de chuvas intensas, que poderão ocasionar inundações, sendo que todas as Prefeituras-
Bairros possuem áreas de risco, com os bairros de Novo Horizonte e Boa Vista de São Caetano
como mais críticos. No que se refere a deslizamentos, haverá uma tendência de redução do nível
de ameaça, mas que em 2030 espera-se mais áreas sob ameaça alta e muito alta em relação ao
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
870
ano de 2100. Além disso ocorrerão acréscimo dos dias consecutivos sem chuva, com indicativo
de aumento da seca meteorológica podendo afetar os mananciais de abastecimento de água da
cidade e o equilíbrio de ecossistemas.
Outro índice importante, se refere às ondas de calor ocorrente em boa parte do território, sendo
que a população poderá sofrer com o aumento de temperatura até o final do século. Quanto a
proliferação de vetores de doença causadas pelo Aedes aegypti os resultados indicam o aumento
do risco, e com relação ao aumento do nível do mar se prevê o aumento de 14 cm para 2030, 29
cm para 2050 e de 80 cm para o ano de 2100, destacando como áreas mais ameaçadas as
porções das ilhas, região de Paripe, Itapagipe e Comércio (PMAMC, 2020).

4.6.5. ANÁLISE DA OCORRÊNCIA DAS MARÉS


No município de Salvador os sistemas de microdrenagem das bacias de drenagem natural e os
sistemas de macrodrenagem desaguam diretamente no mar, especificamente as bacias que
drenam para a região sul e leste desaguam no Oceano Atlântico, e as bacias da região oeste
desaguam na Baía de Todos os Santos. Logo, esses sistemas possuem seu funcionamento
hidráulico influenciado pelo fenômeno das marés, principalmente pela maré alta ou preamar,
provocando fenômenos de remanso nas galerias e canais, além da diminuição das seções
hidráulicas devido a deposição de areia. Em função disso foi realizada uma caracterização do
comportamento hidrodinâmico das marés e na influência na drenagem urbana com base nos
dados da série temporal do Porto de Salvador oriunda da estação maregráfica localizada na
Capitania dos Portos.
As marés são definidas como oscilações verticais da superfície do mar sobre a Terra geradas pela
atuação das forças gravitacionais da Lua e do Sol sobre diversos pontos do planeta (CLARCK,
2007; OLIVEIRA et al, 2015). As subidas e descidas da maré são denominadas como enchente e
vazante, respectivamente; o nível máximo da maré é denominado como preamar (PM) e a mínima
elevação (BM) é denominada como baixamar, com ocorrência em intervalos de seis horas.
Para a análise das marés são definidos datuns de maré que representam a superfície de
referência a partir da qual são realizadas as medições de profundidade, e os níveis de referência
maregráficos locais. Os parâmetros de referência da estação maregráfica do Porto de Salvador
apresentados na Figura 866:

• RN -2 – Nível de referência da Marinha do Brasil = 498,4 cm.


• NM – Nível médio local do mar = 295,7 cm
• NR – Nível de redução local = 166,5 cm

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
871
Figura 866 – Ficha maregráfica do Porto de Salvador F41-1102-001/88

Fonte: Centro de Hidrografia da Marinha, 2021

Para fins de caracterização das marés em Salvador foram considerados os resultados dos
estudos realizados por Pereira (2014), que analisou os níveis d’água e os datuns de marés do
período de outubro de 2004 a julho de 2013 obtidos na estação maregráfica do Porto de Salvador.
De acordo com Pereira (2014) no período analisado a altura de média de maré, resultante da
média entre a altura de subida e descida correspondeu a 1,64 m, com variação máxima de 2,88 m
e o mínimo de 0,49 m. Na escala mensal, as mais altas preamares foram registradas em março e
setembro, com níveis de 3,81 m e 3,74 m (frequência de ocorrência < 0,01%), respectivamente; e
os valores mínimos das baixamares ocorreram em setembro e agosto, com níveis de 0,74 m e
0,78 m, respectivamente, conforme apresentado na Figura 867.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
872
Figura 867 – Níveis d’água médios mensais das preamares e baixamares (2004-2013)

Fonte: Pereira, 2014.


Nota: (A) Máximos mensais das preamares e (B) Mínimos mensais das baixasmares.

Dentre os resultados apresentados por Pereira (2014) destaca-se a análise dos níveis d’água ao
longo das horas do dia, objetivando identificar os horários propensos a inundações, sendo esta
informação de grande importância no planejamento de ações emergenciais. Os resultados
apresentados na Figura 868 mostram que no período de 24 horas, os níveis mais elevados,
superiores a 2,55 m ocorrem às 4h e 16h, e os níveis mais baixos, inferiores a 1,95 m, ocorrem às
10h e 22h.
Figura 868 – Variação horária do nível d’água das marés em Salvador

Fonte: Pereira, 2014.

Com relação aos datuns de marés, Pereira (2014) a partir dos dados disponíveis apresentou
resultados aproximados para o período de 2005-2012, tendo sido obtido inclusive os datuns de
marés de sizígia e de quadratura. As marés de sizígia ocorrem quando há marés altas mais altas
e marés baixas mais baixas, com ocorrência a cada duas semanas, nas luas cheia e nova; e as
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
873
marés de quadratura correspondem às marés mortas (diferença de marés é desprezível),
ocorrentes nas luas crescente e minguante. Os datuns obtidos são descritos a seguir:

• EHW – Média dos Níveis mais altos;


• MHWS – Média das Preamares de Sízigia;
• MHWN – Média das Preamares de Quadratura;
• MSL – Nível Médio do Mar;
• MLWN – Média das Baixamares de Quadratura;
• MLWS – Média das Baixamares de Sizígia;
• ELW – Média dos Níveis mais baixos.

A Tabela 82 apresenta os resultados obtidos e a Figura 869 apresenta graficamente a


variabilidade interanual dos datuns, com destaque para o nível médio do mar, e as médias das
preamares e baixamares.
Tabela 82 – Valores dos datuns de marés do período de 2005-2012
Ano ELW MLWS MLWN MSL MHWN MHWS EHW
2005 0,8 1,06 1,48 2,26 3,01 3,44 3,72
2006 0,78 1,06 1,49 2,27 3,02 3,41 3,73
2007 0,8 1,05 1,48 2,25 2,98 3,44 3,76
2008 0,9 1,07 1,50 2,27 3,01 3,43 3,68
2009 0,84 1,08 1,52 2,29 3,05 3,50 3,67
2010 0,77 1,06 1,49 2,30 3,04 3,49 3,75
2011 0,73 1,03 1,47 2,25 3,02 3,46 3,81
2012 0,81 1,03 1,45 2,24 2,99 3,45 3,78
Fonte: Pereira, 2014.

Figura 869 – Variabilidade interanual dos datuns de Salvador

Fonte: Pereira, 2014.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
874
4.6.6. COMPORTAMENTO HÍDRICO DOS BARRAMENTOS NO
MUNICÍPIO
No município de Salvador foram identificados 5 barramentos, sendo que a obrigatoriedade do
monitoramento e fiscalização se baseia nas orientações da Lei Federal Nº 12.334/2021. Diante
disso o INEMA atualmente monitora todos os barramentos, com exceção da barragem de
Cachoeirinha. Os dados de níveis e volumes são disponibilizados semanalmente pelo órgão na
sua página oficial e a partir do Portal GeoBahia no Módulo de Monitoramento de Barragem, tendo
sido selecionado no portal o período de informações de 2018-2021 (36 meses), e apresentado
análises por barramento.

4.6.6.1. BARRAGEM DE PITUAÇU


A barragem de Pituaçu, situada em área urbana, se localiza no bairro de Pituaçu, próximo da
Avenida Luis Viana ou Avenida Paralela e com acesso pela Rua da Bolandeira, ou pelo acesso
principal do Parque de Pituaçu, na Avenida Octávio Mangabeira (Figura 870).
Figura 870 – Barragem de Pituaçu

Fonte: Google Earth, 2020


No período selecionado a barragem de Pituaçu registrou volumes inferiores ao volume máximo de
2,34 hm3, o que indica que não ocorreram vertimentos no período. Os eventos históricos críticos
registrados no período foram em março/2019, no qual o reservatório registrou volume de 1 hm3, o
que correspondia a 9,14% do volume útil, e em março/2021 sendo registrado 1,45 hm3, o que
correspondia a 40,09% do volume útil. Se observa que no período de maio/2019 a setembro/2020
o reservatório apresentou volume constante e próximo da capacidade máxima, sendo registrado
decréscimo dos volumes a partir de setembro/2020, mas com recuperação a partir de abril/2021.
Os resultados do monitoramento da barragem de Pituaçu estão apresentados na Figura 871.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
875
Figura 871 – Resultados do monitoramento da barragem de Pituaçu (2018-2021)

Fonte: Portal GeoBahia, 2021

4.6.6.2. BARRAGEM DO COBRE


A barragem do Cobre, situada em área urbana foi o primeiro manancial de abastecimento de água
de Salvador se localiza no bairro de Pirajá, com acesso pela Estrada de Pirajá e Estrada do
Cobre, ou pelo acesso a partir da Rua Rio Sena (Figura 872).
Figura 872 – Barragem do Cobre

Fonte: Google Earth, 2020


No período selecionado a barragem do Cobre registrou volumes iguais ao volume máximo de 2,34
hm3, o que indica que ocorreram vertimentos no período, na maior parte do tempo. Os eventos
históricos críticos registrados no período foram em junho/2018, no qual o reservatório registrou
volume de 1,96 hm3, o que correspondia a 74,51% do volume útil, e em março/2020 sendo
registrado 1,04 hm3, o que correspondia a 12,32% do volume útil. Se observa que no período de
junho/2018 a março/2020 o reservatório apresentou volume igual a capacidade máxima no maior
intervalo de tempo, sendo registrado decréscimo dos volumes a partir de março/2020, mas com
recuperação a partir de maio/2020. Os resultados do monitoramento da barragem do Cobre estão
apresentados na Figura 873.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
876
Figura 873 - Resultados do monitoramento da barragem do Cobre (2018-2021)

Fonte: Portal GeoBahia, 2021

4.6.6.3. BARRAGEM DE IPITANGA I


A barragem de Ipitanga I, situada em área urbana se localiza no bairro de Cajazeiras, com acesso
pela Via Coletora B de Cajazeiras, ou pela Estrada do Fidalgo (Figura 874)
Figura 874 – Barragem de Ipitanga I

Fonte: Google Earth, 2020


No período selecionado a barragem de Ipitanga I registrou volumes inferiores ao volume máximo
de 6,14 hm3, o que indica que não ocorreram vertimentos no período. Não foram registrados
eventos históricos críticos, com redução expressiva dos volumes armazenados, mas uma redução
nos níveis entre março e agosto/2020, com posterior recuperação predominância de 90% do
volume útil no tempo, e posteriormente redução a partir de janeiro/2021, com o volume útil
permanecendo entorno de 70%. Os resultados do monitoramento da barragem de Ipitanga I estão
apresentados na Figura 875.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
877
Figura 875 - Resultados do monitoramento da barragem de Ipitanga I (2018-2021)

Fonte: Portal GeoBahia, 2021

De acordo com o PARMS (2016) a vazão regularizada pela barragem de Ipitanga I é de 500 L/s,
que adicionado ao reforço proveniente da barragem Ipitanga II, por meio da calha do próprio rio
que corresponde a uma vazão de 350 L/s, totaliza 850 L/s. A vazão média captada pela Embasa
corresponde a 800 L/s.
Em períodos chuvosos intensos são registradas inundações a jusante do barramento Ipitanga I,
principalmente nas áreas ocupadas de forma irregular pela população, especificamente na região
de Cassange e Parque São Cristovão, no entorno da Rua Entre Rios (Figura 876 e Figura 877). O
evento crítico mais recente foi registrado em 13 de maio de 2020, na região do Parque São
Cristovão, considerada como a área mais baixa da região.
Figura 876 – Registro de inundação na região do Parque São Cristovão em maio/2020

Fonte: Site G1, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
878
Figura 877 – Região do bairro Parque São Cristovão sujeita a inundações

Fonte: Google Earth, 2020


Na ocasião os dados de monitoramento da barragem de Ipitanga I registrados no Portal GeoBahia
na data da ocorrência registraram que o barramento possuía volume 5,43 hm 3, o que
correspondia a 84,04% do volume útil, ou seja, na ocasião não ocorreu extravasamento do
barramento. Quanto ao barramento Ipitanga II, localizado à montante da barragem Ipitanga I na
ocasião do evento foi registrado o volume 4,91 hm 3, superior ao volume máximo deste, que é igual
a 4,6 hm3, o que indica que ocorreu vertimento na data citada.
De acordo com o boletim informativo semanal Nº 20 do INEMA, referente ao período semanal de
12 a 18 de maio de 2020, o volume na barragem Ipitanga I correspondia a 5,28 hm 3, o que
representa 80% do volume útil, e a diferença entre a cota operacional e a cota máxima
operacional no período foi de 0,88 m, o que indica não que houve vertimento; quanto a barragem
Ipitanga II foi registrado no período o volume 4,79 hm 3, o que representa 100% do volume útil, ou
seja, o barramento estava cheio, e cota estava 0,11 m acima da cota máxima operacional, o que
indica que estava vertendo.
Ressalta-se ainda que ambos os barramentos não possuem capacidade de amortecimento de
vazões de cheias, sendo destinados exclusivamente ao abastecimento humano.

4.6.6.4. BARRAGEM DE IPITANGA II


A barragem de Ipitanga II, situada em área parcialmente antropizada e com vegetação preservada
no entorno, se localiza no bairro Fazenda Cassange, com acesso pela Estrada das Pedreiras
(Figura 878)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
879
Figura 878 – Barragem de Ipitanga II

Fonte: Google Earth, 2007


Diferentemente da barragem Ipitanga I, a barragem Ipitanga II, apresentou uma variação
expressiva dos volumes armazenados no período. No período selecionado a barragem registrou
volumes iguais ao volume máximo de 4,60 hm3, o que indica que ocorreram vertimentos. Os
eventos históricos críticos registrados no período foram em março/2019, no qual o reservatório
registrou volume de 1,86 hm3, o que correspondia a 40,26% do volume útil, e posteriormente, mas
numa situação menos desfavorável, em abril/2021 sendo registrado 3,43 hm3, o que correspondia
a 74,44% do volume útil. Se observa que no período de março/2020 a dezembro/2020 o
reservatório apresentou volume igual a capacidade máxima no maior intervalo de tempo, sendo
registrado decréscimo dos volumes a partir de janeiro/2020, mas com recuperação posterior. O
período de março/2020 a dezembro/2020 devido ao extravasamento foi o de maior contribuição
ao trecho afluente do rio. Os resultados do monitoramento da barragem de Ipitanga II estão
apresentados na Figura 879.

Figura 879 - Resultados do monitoramento da barragem de Ipitanga II (2018-2021)

Fonte: Portal GeoBahia, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
880
De acordo com o PARMS (2016) a barragem tem operado com uma retirada média de 0,80 m 3/s,
sendo dividido em parcelas: restituição à calha do rio para reforço da barragem Ipitanga I (0,35
m3/s), adução para a ETA Suburbana (0,30 m 3/s), adução para a Usina Siderúrgica GERSAU
(0,10 m3/s), e adução para a Fábrica da Norsa Refrigerantes (Coca-Cola) em Simões Filhões
(0,05 m3/s).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
881
5. GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS NAS BACIAS HIDROGRÁFICAS
DO MUNICÍPIO
A gestão dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas está intrínseca aos serviços de drenagem
urbana e manejo de águas pluviais, sejam as águas superficiais e subterrâneas, sendo de
importância para a preservação da quantidade e da qualidade das águas urbanas. De acordo com
a Constituição Federal de 1988 a água é considerada como um bem de domínio da União ou dos
Estados, sendo estes responsáveis pela sua gestão. As águas de domínio da União são aqueles
referentes às bacias interestaduais, que abrangem vários Estados, assim como as águas
represadas a partir de obras; enquanto as águas de domínio Estadual são aqueles referentes às
bacias situadas exclusivamente na área do Estado, assim como as águas subterrâneas.
Para fins de caracterização da gestão dos recursos hídricos no município é apresentado
previamente a análise da quantidade (disponibilidades hídricas) e qualidade das águas
superficiais e subterrâneas, tendo como base as redes de monitoramento das águas. Em seguida
são caracterizadas as demandas de água associadas os diferentes usos, que afetam
quantitativamente e qualitativamente as águas dos rios.
Para gerir os recursos hídricos disponíveis e as demandas de água, atualmente, a Lei Nº
9.433/1997 estabelece a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos onde ficou estabelecido que a gestão dos recursos hídricos
deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas, e deve ocorrer de forma descentralizada,
com a participação do Poder Público, usuários e comunidades. Ressalta-se que a Constituição
Federal de 1988, que essa gestão das águas deve ocorrer de forma articulada entre a União,
Estados e Distrito Federal,
De acordo com o Art. 5º da Lei Nº 9.433/1997 para a execução da gestão dos recursos hídricos
são estabelecidos cinco instrumentos:

• Os Planos de Recursos Hídricos, que são planos diretores com longo prazo que
fundamentam e orientam a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o
gerenciamento dos recursos hídricos. Esses planos minimamente devem conter o
diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; análises de alternativas de
crescimento demográfico, atividades produtivas e de uso e ocupação do uso do solo; o
balanço hídrico entre disponibilidades e demandas; metas de racionalização de usos, para
aumento da quantidade e melhoria da qualidade da água, dentre outros;
• O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes, que
objetivam assegurar às águas qualidade compatível com os usos, assim como diminuir os
custos de combate à poluição com ações preventivas;
• A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos, que objetiva realizar o controle
qualitativo e quantitativo dos usos da água, de forma que se garanta o uso múltiplo da
mesma;
• A cobrança pelo uso de recursos hídricos, que objetiva valorizar a água como bem
econômico, dando ao usuário o seu real valor, incentivando a racionalização do uso da

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
882
água, assim como a obtenção de recursos financeiros para o financiamento dos programas
e intervenções indicados no plano;
• Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos, que objetiva coletar, tratar, armazenar e
recuperar informações sobre os recursos hídricos e fatores intervenientes para a sua
gestão, atualizando de forma permanente as informações e fornecendo subsídios para a
elaboração dos planos.

Para conduzir a implementação da Política e dos seus respectivos instrumentos de gestão citados
anteriormente, o Art. 32º da Lei Nº 9.433/1997 define um Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos com o objetivo também de coordenar a gestão integrada das águas; arbitrar os
conflitos relacionados aos usos das águas; planejar, regular e controlar o uso dos recursos
hídricos e promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Esse sistema é integrado por
conselhos, agências, comitês de bacias, órgãos dos poderes públicos federal, estadual, Distrito
Federal e municipais, e agências de água.
No Estado da Bahia, o órgão responsável pela gestão das águas é o Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (INEMA) que objetiva executar as ações e programas relacionados à Política
Estadual de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade, a Política Estadual de Recursos
Hídricos e a Política Estadual sobre Mudança do Clima. No órgão, a gestão das águas é realizada
pela Diretoria de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental.
Posteriormente é apresentado uma análise dos espaços de planejamento da gestão das águas à
nível municipal e estadual, além da participação social nas tomadas de decisões conforme prevê a
Política Nacional de Recursos Hídricos.

5.1. GESTÃO TERRITORIAL E PARTICIPATIVA DOS RECURSOS HÍDRICOS

5.1.1. REGIÕES DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DOS RECURSOS


HÍDRICOS (RPGA)
Para fins de gestão dos recursos hídricos no Estado da Bahia e aplicação dos instrumentos
previstos na Política Nacional de Recursos Hídricos, foi instituído a partir da Resolução Nº
88/2012 do Conselho Estadual de Recursos Hídricos (CONERH) a divisão hidrográfica do Estado
em Regiões de Planejamento e Gestão das Águas (RPGAs). Nessa proposta foram estabelecidas
estabeleceu 25 RPGAs, que podem englobar desde uma a várias bacias hidrográficas. As RPGAs
estabelecidas pelo INEMA são citadas a seguir, destacando que o município de Salvador
juntamente com suas bacias hidrográficas e de drenagem natural está localizado na RGPA XI –
Recôncavo Norte e Inhambupe:

• Região Hidrográfica Nacional do Atlântico Leste:


• RPGA I – Riacho Doce;
• RPGA II – Rio Mucuri;
• RPGA III – Rios Peruípe, Itanhém e Jucuruçu;
• RPA IV – Rios dos Frades, Buranhém e Santo Antônio;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
883
• RPGA V – Rio Jequitinhonha;
• RPGA VI – Rio Pardo;
• RPGA VII – Leste;
• RPGA VIII – Rio de Contas;
• RPGA IX – Recôncavo Sul;
• RPGA X – Rio Paraguaçu;
• RPGA XI – Recôncavo Norte e Inhambupe;
• RPGA XII – Rio Itapicuru;
• RPGA XIII – Rio Real;
• RPGA XIV – Rio Vaza – Barris;
• Região Hidrográfica Nacional do Rio São Francisco:
• RPGA XV – Riacho do Tará;
• RPGA XVI – Rios Macururé e Curaçá;
• RPGA XVII – Rio Salitre;
• RPGA XVIII – Rios Verde e Jacaré;
• RPGA XIX – Lago de Sobradinho;
• RPGA XX – Rios Paramirim e Santo Onofre;
• RPGA XXI – Rio Grande;
• RPGA XXII – Rio Carnaíba de Dentro;
• RPGA XXIII – Rio Corrente e Riacho do Ramalho, Serra Dourada e Brejo Velho;
• RPGA XXIV – Rio Carinhanha;
• RPGA XXV – Rio Verde Grande.

A RPGA XI possui 18.015 km 2, abrangendo 46 municípios de forma integral e parcial, e com


população total estimada de 3,742 milhões de habitantes. É delimitada ao norte pela bacia
hidrográfica do rio Itapicuru, a oeste pela bacia hidrográfica do rio Paraguaçu e ao sul pela Baía
de Todos os Santos. Os principais rios são: Inhambupe, Subaúma, Sauípe, Imbassaí, Pojuca,
Jacuípe, Capivara Grande, Joanes e Subaé, e os rios secundários, no quais se inserem os de
Salvador. À nível municipal a gestão das bacias hidrográficas urbanas se baseia na divisão
estabelecida no Decreto Municipal Nº 27.111/2016 que define 12 bacias hidrográficas e 9 bacias
de drenagem natural, apresentadas anteriormente.
A Figura 880 apresenta a delimitação da Região de Planejamento e Gestão dos Recursos
Hídricos XI – Recôncavo Norte na qual as bacias hidrográficas do município de Salvador estão
inseridas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
884
Figura 880 – Região de Planejamento e Gestão das Águas XI – Recôncavo Norte

Fonte: INEMA, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
885
5.1.2. COMITÊ DE BACIA
Os comitês de bacias são uma forma de participação social que tem a atribuição legal de deliberar
sobre a gestão das águas, atuando de forma compartilhada com usuários das águas, sociedade
civil e o poder público. Sua principal atribuição é aprovação do plano de recursos hídricos da bacia
hidrográfica e o acompanhamento da implantação das metas estabelecidas no mesmo, sendo
também o primeiro órgão administrativo a ser acionado em situações de conflito pelo uso da água
(ANA, 2011). Ressalta-se que o processo de escolha dos membros do Comitê é realizado de
forma pública e com prévia divulgação.
A RPGA XI – Recôncavo Norte possui o Comitê das Bacias Hidrográficas do Recôncavo Norte e
Inhambupe (CBHRNI) que foi criado a partir do Decreto Nº 9936, de 22 de março de 2006, nos
termos da Resolução CONERH Nº 11, de 14 de fevereiro de 2006, que aprovou a sua instituição.
Esse comitê possui natureza consultiva e deliberativa, estando vinculado ao Conselho Estadual
de recursos Hídricos (CONERH) com área de atuação definida no Decreto Estadual Nº
9.336/2006 e Resolução CONERH Nº 21/2007. As atribuições do CBHRNI são:

• Promover a participação dos representantes do Poder Público, dos usuários de recursos hídricos e
da sociedade civil, de forma integrada e democrática;
• Acompanhar a elaboração e aprovar o Plano de Bacia Hidrográfica;
• Acompanhar a implementação do Plano de Bacia Hidrográfica;
• Arbitrar, em primeira instância administrativa, conflitos relacionados com o uso da água;
• Propor ao CONERH a criação de Agência de Bacia, valores e mecanismos para a cobrança pelo uso
de recursos hídricos, o Plano Anual de aplicações dos recursos da cobrança, os usos de pouca
expressão, vazões máximas outorgadas, a proposta de enquadramento dos corpos d’água,
promover estudos de interesse da coletividade, além de aprovar e modificar o seu
regimento interno.

O CBHRNI é composto por pessoas jurídicas, de direito público ou privado, sendo formado por 45
membros, eleitos com mandato de 4 anos, sendo distribuídos da seguinte forma:

• I - Poder Público (01 da União, 03 do Estado e 11 dos Municípios);


• II – dos usuários ou associações de usuários de águas:
o 02 para abastecimento urbano e lançamento de efluentes urbanos, contemplando
as entidades e instituições representativas e empresas públicas e privadas);
o 09 para indústria e mineração, compreendendo usuários e as entidades
representativas de atividades industriais em geral, com captação ou lançamento de
efluentes nos mananciais;
o 01 para irrigação e uso agropecuário, compreendendo os usuários e as atividades
representativas dos produtores rurais na bacia hidrográfica;
o 01 para pesca;
o 02 para turismo e lazer.
• IIII – da sociedade civil organizada, com atuação comprovada na área da bacia:
o 02 para organizações técnicas de ensino e pesquisa com interesses na área de
recursos hídricos;
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
886
o 12 para organizações civis e de recursos hídricos como ONG’s, OSCIP’s,
associações, sindicatos e entidades de classe;
o 01 para comunidade tradicional comprovada a localização na bacia hidrográfica.

A estrutura organizacional do CBHRNI subdivide-se em:

• I – Diretoria (Presidente, Vice-Presidente e Secretário) com mandato de 2 anos,


• II – Secretaria Executiva: exercida pela Agência de Água da bacia , que caso inexista, as
atividades são assumidas pelo órgão gestor estadual de recursos hídricos, nesse caso, o
INEMA;
• III – Plenário: órgão deliberativo, consultivo e normativo do comitê, que se reúne
ordinariamente quatro vezes ao ano e extraordinariamente quando convocado pelo
Presidente em reuniões pública e
• IV – Câmaras Técnicas: criadas por deliberação do plenário com a atribuição examinar
matérias específicas, de cunho técnico-científico, jurídica ou institucional para subsidiar a
tomada de decisões do Plenário.

A última composição do CBHRNI foi estabelecida na Portaria Estadual Nº 12.143/2016, que


designou os membros titulares e suplentes, representantes dos poderes públicos federal, estadual
e municipal, e das organizações civis e de usuários de recursos hídricos para a composição do
comité até julho/2020, sendo apresentados no Quadro 41. Nota-se que a Prefeitura do Município
de Salvador não está inclusa na composição do CBHRNI, apesar de existir 3 vagas vacantes (não
ocupadas) na representação do poder público municipal. A composição do comitê referente ao
período vigente não foi obtida junto ao INEMA.
Quadro 41 – Composição do Comitê da Bacias do Recôncavo Norte e Inhambupe do
período 2016-2020
CATEGORIA MEMBRO
PODER PÚBLICO
PODER PÚBLICO • Vacância
FEDERAL
PODER PÚBLICO • Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA)
ESTADUAL • Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA)
• Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia (SIHS)
PODER PÚBLICO • Prefeitura Municipal de Alagoinhas
MUNICIPAL • Prefeitura Municipal de Água Fria
• Prefeitura Municipal de Amélia Rodrigues
• Prefeitura Municipal de Biritinga
• Prefeitura Municipal de Camaçari
• Prefeitura Municipal de Dias D’Ávila
• Prefeitura Municipal de Mata de São João
• Prefeitura Municipal de São Francisco do Conde
• 3 vagas vacantes
ORGANIZAÇÕES CIVIS DE RECURSOS HÍDRICOS
ENTIDADES DE ENSINO • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
E/OU PESQUISA • Universidade do Estado da Bahia (UNEB)
ORGANIZAÇÕES CIVIS • Instituto Fábrica de Florestas – IFF
(TITULARES E • Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Mata de São João
SUPLENTES) • Conselho de Defesa dos Direitos Humanos
• Assentamento Menino Jesus
• Instituto de Desenvolvimento do Associativismo e Cooperação
Solidária da Bahia (IDASB)
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
887
CATEGORIA MEMBRO
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Terra Nova
• Associação de Pescadores, Marisqueiros e Marisqueiras de
Simões Filho;
• Associação dos Pescadores e Marisqueiras de Cação – ACAPMC
• Associação de Rendeiras da Cidade de Dias D’Ávila – RENDAVAM
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Araçás
• Fundação Terra Mirim – Centro de Luz
• Associação de Agricultores Familiares de Mato Limpo
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras
Familiares de Teodoro Sampaio
• Associação Comunitária dos Trabalhadores Rurais de Vila
Margarida
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itanagra
• Associação dos Moradores de Areia Branca
• Associação Beneficente dos Moradores do Conjunto Habitacional
Jardim Valéria I
• Associação dos Moradores Rurais do Povoado de Nova Itapecirica;
• Associação Comunitária e Bem-estar Social de Itanagra;
• Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Simões Filho;
• Sindicato Rural de Santo Amaro;
• Grupo Ambientalista da Bahia – GAMBÁ
• Sindicato dos Pequenos Produtores Rurais de Água Fria
POVOS E COMUNIDADES • Comunidade Quilombola de Buri e Gameleira
TRADICIONAIS (TITULAR • Associação Comunitária das Vilas Unidas
E SUPLENTE)
USUÁRIOS DE RECURSOS HÍDRICOS
USUÁRIOS – • Empresa Baiana de Água e Saneamento S.A – Embasa
ABASTECIMENTO • Serviço Autônomo de Água e Esgoto – SAAE de Alagoinhas
URBANO E • Cetrel S.A – Empresa de Proteção Ambiental
LANÇAMENTO DE
EFLUENTES (TITULARES
E SUPLENTES)
INDÚSTRIA E • Bahia Specialty Cellulose – BSC
MINERAÇÃO (TITULARES • Arembepe Energia S/A
E SUPLENTES) • Braskem S.A
• Oxiteno Nordeste S.A
• Centro das Indústrias de Feira de Santana – CIFS
• Associação de Empresas do Centro Industrial de Aratu – PROCIA
• Companhia de Ferro Ligas da Bahia – FERBASA
• Sindicato das Indústrias de sabões, detergentes e produtos de
limpeza em geral, aditivos de uso industrial e velas do Estado da
Bahia
• Sindicato das Indústrias de cervejas, bebidas em geral do Estado
da Bahia (SINDCERB);
• DETEN Química
• Comitê de Fomento Industrial de Camaçari – COFIC
• DU PONT do Brasil
• Sindicato de Pedras Britadas
• DOW Brasil
• Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB
• Pedreiras Valéria
• Cristal Pigmentos do Brasil
• Monsanto do Brasil LTDA
IRRIGAÇÃO E USO • Copener Florestal
AGROPECUÁRIO • Gujão Alimentos
(TITULARES E
SUPLENTES)
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
888
CATEGORIA MEMBRO
AQUICULTURA • Bahia Pesca
(TITULARES E
SUPLENTES)
TURISMO, LAZER E • Tivoli Ecoresort
ESPORTE (TITULARES E • Nolandis – Iberostar
SUPLENTES) • Sauípe
• SINDIHMAT
Fonte: INEMA, 2020
Quanto a questão da atuação dos comitês de bacia hidrográfica o PDDU do município de
Salvador (2016) destaca no Art. 20, como uma das diretrizes para a gestão das águas urbanas,
superficiais e subterrâneas, a criação de instrumentos institucionais, como o subcomitê
Joanes/Ipitanga do CBHRNI para a gestão compartilhada das bacias hidrográficas dos rios
Joanes e Ipitanga, e também responsáveis pelo abastecimento de água de Salvador.

5.1.3. AGÊNCIA DE BACIA


As agências de bacia compõem o sistema de gerenciamento de recursos hídricos como apoio
técnico dos comitês, estendendo sua atuação aos aspectos administrativos e financeiros (ANA,
2014). A agência atua como entidade contratada para a prestação dos serviços necessários à
gestão das águas da bacia, mantendo contínuo apoio ao funcionamento do comitê de bacia. As
competências da Agência de Bacia do CBHRNI estabelecidas no Art.14 do Regimento do Comitê
são:

• Elaborar e atualizar o Plano de Bacias Hidrográficas, submetendo-o para aprovação do


comitê;
• Manter atualizado o cadastro dos usuários de recursos hídricos, das entidades de recursos
hídricos e das obras de infraestrutura;
• Manter atualizado o balanço hídrico da disponibilidade de água;
• Efetuar, mediante delegação do órgão gestor e executor da Política Estadual de Recursos
hídricos, a arrecadação da cobrança de recursos hídricos;
• Analisar e emitir parecer técnico sobre os projetos e obras a serem financiados com os
recursos oriundos da cobrança pelo uso de recursos hídricos;
• Propor ao comitê para encaminhamento e aprovação da CONERH a proposta de
enquadramento dos corpos d’água em classes de uso, os valores para a cobrança pelo
uso da água; o Plano Anual de Aplicação dos recursos arrecadados com a cobrança, o
rateio dos custos de obras de aproveitamento de usos múltiplos de recursos hídricos,
elaboração de projetos e captação de recursos, articulação com o Sistema Estadual de
Informações de Recursos Hídricos e a elaboração da sua proposta orçamentária.

Atualmente a RPGA XI não possui agência de bacia, sendo que as atividades são executadas
pelo órgão gestor estadual de recursos hídricos, que nesse caso, é o INEMA.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
889
5.2. QUALIDADE E QUANTIDADE DOS RECURSOS HÍDRICOS

5.2.1. ÁGUAS SUPERFICIAIS

5.2.1.1.1. QUANTIDADE DAS ÁGUAS


A caracterização quantitativa das águas superficiais contempla a análise das vazões mínimas dos
rios, objetivando determinar as vazões de referência que são adotadas para fins de outorga; e
contempla a análise das vazões regularizadas, ou seja, as vazões de retiradas dos barramentos.
De acordo com os dados da rede hidrometeorológica da ANA no município de Salvador foram
identificadas 6 estações fluviométricas, contudo, somente com séries históricas curtas e dados de
cotas, não existem dados de vazões sobre os rios urbanos, que permitam estimar a
disponibilidade hídrica deles.
Contudo, em estudo realizado por SANTOS et al (2010) no município de Salvador foram
catalogadas as fontes de água, que também são conhecidas como as nascentes dos cursos
d’água, situadas em locais com exsudação natural das águas subterrâneas, e que contribuem
para as formações dos rios. Apesar da disponibilidade hídrica limitada dessas fontes, as mesmas
são utilizadas pela população que vive em situação de vulnerabilidade, ou que não possui acesso
à rede de abastecimento. Em Salvador, SANTOS et al (2010) catalogou 41 fontes sendo que 36
delas possuem fluxo constante e as outras 5 fontes, apesar de vazão nula, são consideradas de
grande valor histórico. Essas fontes, juntamente com os chafarizes foram os primeiros mananciais
de abastecimento de água da população, tendo sido substituídos de forma gradual pelo serviço de
distribuição de água encanada em meados do século XIX. No estudo não foram realizadas
medições de vazões, mas foi avaliado a qualidade da água, com base nos parâmetros de cor, pH,
cloreto, DQO, DBO, nitrato, oxigênio dissolvido, turbidez, ferro total, fósforo total e coliformes
termotolerantes. A análise se baseou nos limites definidos na Portaria Nº 518/2004 do Ministério
da Saúde, da Resolução CONAMA nº 357/2005 e a Resolução CONAMA Nº 274/2000. As
informações das fontes identificadas por SANTOS et al (2010) no município estão apresentadas
por bacia hidrográfica/bacia de drenagem natural na Tabela 83, sendo que somente duas fontes
possuem qualidade compatível para consumo e banho, e as demais com qualidade somente para
banho. A maioria das fontes possuem altos índices de nitrato que está associado à contaminação
por esgotos domésticos.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
890
Tabela 83 – Catálogo de fontes/nascentes do município de Salvador por bacia hidrográfica

Bacia Coordenadas UTM


ID Fonte Tipo Bairro Situação da qualidade da água
hidrográfica
X Y
Potabilidade inadequada, porém
1 Fonte da Graça Pública Graça 551706,33 8563152,25
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
2 Fonte Nova Pública Matatu 554116,93 8565359,46
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
3 Fonte das Pedras Pública Nazaré 553939,02 8565401,04
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
4 Fonte Conjunto Bahia Pública Santa Mônica 556181,11 8568236,5
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
5 Fonte de Santa Luzia Pública Comércio 553362,33 8566368,49
satisfatória para banho
6 Fonte do Baluarte Desativada Santo Antônio 554046,55 8567101,72 Sem vazão
7 Fonte Banheiro dos Jesuítas Desativada Comércio 554345,37 8568395,57 Sem vazão
Potabilidade inadequada, porém
8 Fonte das Pedreiras Pública Cidade Nova 555506,11 8567050,65
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
9 Fonte do Gueto Pública Candeal 556319,02 8563360,95
satisfatória para banho
10 Fonte do Mugunga Desativada Comércio 554167,7 8568046,79 Sem vazão
Desconhecida. As águas são
usadas para lavagem de roupas,
11 Fonte do Pereira Desativada Centro Histórico 553004,633 8565871,8
lavagem de carros, banhos e
outros.
Potabilidade inadequada, porém
12 Fonte do Queimado Pública Lapinha 554524,25 8567727,11
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
13 Fonte da Estica Pública Liberdade 555113,64 8568839,32
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
14 Fonte dos Perdões ou Santo Antônio Pública Barbalho 554086,41 8566860,79
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
15 Fonte Pedreira ou da Preguiça Pública Comércio 552369,52 8565130,69
satisfatória para banho

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
891
Bacia Coordenadas UTM
ID Fonte Tipo Bairro Situação da qualidade da água
hidrográfica
X Y
Potabilidade inadequada, porém
16 Fonte Santo Antônio do Cabula Pública Cabula 557954,11 8567464,01
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
17 Fonte da Pedra Furada Pública Monte Serrat 552878,39 8571302,72
satisfatória para banho
Potabilidade adequada para
18 Fonte do Buraquinho Pública Monte Serrat 552827,07 8571276,91
consumo e banho
Potabilidade inadequada, porém
19 Fonte do Chega Nego Pública Ondina 553810,53 8561651,09
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
20 Fonte Chapéu de Couro Pública Ondina 553803,76 8561700,93
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
21 Fonte Zoológico Pública Ondina 553477,62 8562133,04
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
22 Fonte da Bica - Bom Juá Pública Bom Juá 557114,54 8568822,02
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
23 Fonte da Bica – São Caetano Pública São Caetano 557097,65 8570385,32
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
24 Fonte Davi Pública Brotas 555612,26 8564046,05
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
25 Fonte de Biologia – UFBA Pública Ondina 553357,02 8562762,5
satisfatória para banho
26 Fonte do Coqueiro ou Vila Velha Desativada Barris 552959,99 8564792 Sem informações/demolida
Potabilidade inadequada, porém
27 Fonte do Dique do Tororó Pública Tororó 553415,54 8564608,85
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
28 Fonte do Gravatá Pública Nazaré 553255,31 8565371,41
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
29 Fonte São Pedro Pública Centro 552070,94 8564775,46
satisfatória para banho
Potabilidade adequada para
30 Fonte do Unhão Pública Centro 552275,38 8564168
consumo e banho
Potabilidade inadequada, porém
31 Fonte Vista Alegre de Baixo Pública Coutos 558709,67 8579158,2
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
32 Fonte Ilê Axé Oyá Tununjá Terreiro Brotas 555993 8563566
satisfatória para banho
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892
Bacia Coordenadas UTM
ID Fonte Tipo Bairro Situação da qualidade da água
hidrográfica
X Y
Potabilidade inadequada, porém
33 Fonte Mutuiçara Terreiro Trobogy 564499 8570338
satisfatória para banho
Fonte Onzo Nguzo Za Nkisi Potabilidade inadequada, porém
34 Terreiro São Marcos 560468 8571142
Dandalunda Ye Tempo satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
35 Fonte do Horto Florestal Pública Candeal 556372 8563374
satisfatória para banho
Jardim Nova Potabilidade inadequada, porém
36 Fonte Iê Axé Jagun Terreiro 562651 8572620
Esperança satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
37 Fonte Ilê IYá Omi Axé Iyamassê Terreiro Federação 554369 8563602
satisfatória para banho
Engenho Velho da Potabilidade inadequada, porém
38 Fonte Ilê Axé Oxumaré Terreiro 554835 8563224
Federação satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
39 Fonte Ilê Axé Iyá Nassô Oká Terreiro Coutos 557528 8579072
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
40 Fonte Umbanda Terreiro Federação 553404 8563326
satisfatória para banho
Potabilidade inadequada, porém
41 Fonte Ilê Omo Ketá Passu Detá Terreiro Barreiras 558429 8569066
satisfatória para banho
Fonte: Adaptado Santos et al, 2010

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
893
Quanto à disponibilidade de água em reservatórios, conforme apresentado anteriormente se
destacam 4 barragens: barragem de Pituaçu, barragem do Cobre, Barragem de Ipitanga I e
barragem de Ipitanga II. A disponibilidade hídrica desses barramentos se baseia no conhecimento
da vazão regularizada pelos mesmos, a partir de informações relativas às séries de vazões
afluentes e da curva cota x área x volume. As informações referentes à capacidade de
regularização das barragens de Pituaçu e do Cobre são desconhecidas, e sua estimativa depende
no mínimo do conhecimento da curva cota x área x volume, que na prática deve obtida com a
execução de uma batimetria.
No que se refere aos demais barramentos, o PARMS (2016) considera que a vazão regularizada
pela barragem de Ipitanga I é de 500 L/s, que adicionado ao reforço proveniente da barragem
Ipitanga II, por meio da calha do próprio rio que corresponde a uma vazão de 350 L/s, totaliza 850
L/s; a vazão média captada pela Embasa nesse barramento corresponde a 800 L/s. Com relação
ao barramento Ipitanga II o PARMS (2016) estima uma retirada média de 0,80 m 3/s, sendo
dividido em parcelas: restituição à calha do rio para reforço da barragem Ipitanga I (0,35 m 3/s),
adução para a ETA Suburbana (0,30 m 3/s), adução para a Usina Siderúrgica GERSAU (0,10
m3/s), e adução para a Fábrica da Norsa Refrigerantes (Coca-Cola) em Simões Filhões (0,05
m3/s).
Ressalta-se que os barramentos Ipitanga I e Ipitanga II são destinados ao abastecimento humano,
e que de acordo com o Decreto Nº 6.296/1997, nessas situações pode-se outorgar, nesse caso
retirar, até 95% da vazão regularizada pelo barramento, ou seja, os valores atualmente retirados
são próximos da vazão regularizada.

5.2.1.1.2. QUALIDADE DAS ÁGUAS


O conhecimento quanto à qualidade das águas é de suma importância para implantação da
Política Nacional de Recursos Hídricos, onde está previsto a garantia de água em qualidade e
quantidade compatível com os usos da atual e futuras gerações. A fim de atender esse objetivo a
Resolução CONAMA 357/2005 classifica os corpos d’água para fins de enquadramento, assim
como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes. Esse enquadramento se
baseia na identificação do tipo de água: doce, salobra ou salina, e a posterior definição de sua
classe em função de parâmetros biológicos, físicos e químicos. Em síntese, as classes de
enquadramento são: Classe Especial (para usos mais exigentes e qualidade da água excelente),
Classe 1, Classe 2, Classe 3 e Classe 4 (para usos menos exigentes e qualidade da água ruim).
No caso dos rios de Salvador, que não existe uma proposta de enquadramento a legislação indica
a adoção de Classe 2.
Para fins de tomada de decisão quanto ao gerenciamento da qualidade da água dos recursos
hídricos comumente se adota índices de qualidade de água e qualidade ambiental, são obtidos a
partir de dados medidos de diferentes parâmetros físico-químico e biológicos, como o Índice de

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894
Qualidade da Água (IQA), Índice de Qualidade da Água Bruta para Abastecimento Público (IAP),
Índice de Estado Trófico (IET), Índice de Contaminação por Tóxicos, Índice de Balneabilidade (IB)
e o Índice de Qualidade da Água para Proteção da Vida Aquática (IVA).
Atualmente no município de Salvador o INEMA realiza o monitoramento da qualidade da água em
13 rios e 28 lagoas desde o ano de 2013, sendo calculado anualmente o Índice de Qualidade da
Água (IQA) e o Índice de Estado Trófico (IET). Assim, para a caracterização da qualidade da água
dos corpos hídricos em Salvador será considerado a série histórica de resultados divulgados pelo
INEMA do período 2013-2019.
O Índice de Qualidade da Água (IQA) é um indicador sensível à contaminação de esgotos
domésticos, embora possa ser influenciado também por outras fontes de contaminação. É
composto por nove parâmetros físico-químicos e biológicos: temperatura de água, pH, oxigênio
dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, coliformes termotolerantes, nitrogênio total, fósforo
total, sólidos totais e turbidez. Os valores de IQA variam de 0 a 100 e são categorizados em
cincos faixas de qualidade, conforme apresentado na Tabela 84.
Tabela 84 – Classes do Índice de Qualidade da Água e seus respectivos significados
Valor do IQA Classes Significado
79 < IQ <= 100 Ótima Águas apropriadas para
51 < IQ <= 79 Boa tratamento convencional visando
36 < IQA < = 36 Regular o abastecimento público
19 < IQA <= 36 Ruim Águas impróprias para
tratamento convencional visando
o abastecimento público, sendo
IQA <= 19 Péssima
necessários tratamento mais
avançados
Fonte: Adaptado de CETESB (2008) apud ANA, 2012
O Índice de Estado Trófico (IET) é outro indicador que classifica os corpos d’água em relação ao
grau de trofia, ou seja, quanto ao enriquecimento por nutrientes e ao potencial de crescimento de
algas e macrófitas. Esse indicador é calculado a partir do parâmetro fósforo, podendo ser obtido
para lênticos (lagos e reservatórios) e lótico (rios). A Tabela 85 apresenta as classes utilizadas
para a classificação do estado trófico.
Tabela 85 – Classes do Índice de Estado Trófico e seus respectivos significados
Valor do IET Classes Significado
Corpos d’água limpos, de produtividade muito baixa e
IET < = 47 Ultraligotrófica concentrações insignificantes de nutrientes que não acarretam
prejuízos aos usos da água
Corpos d’água limpos, de baixa produtividade, em que não ocorrem
47 < IET <= 52 Oligotrófica interferências indesejáveis sobre os usos da água, decorrentes da
presença de nutrientes.
Corpos d’água com produtividade intermediária, com possíveis
52 < IET <=59 Mesotrófica implicações sobre a qualidade da água, mas em níveis aceitáveis,
na maioria dos casos.
Corpos d’água com alta produtividade em relação às condições
naturais, com redução da transparência, em geral afetados por
59 < IET <= 63 Eutrófica atividades antrópicas, nos quais ocorrem alterações indesejáveis
na qualidade da água decorrentes do aumento da concentração de
nutrientes e interferências nos seus múltiplos usos.
63 < IET <= 67 Supereutrófica Corpos d’água com alta produtividade em relação às condições
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
895
Valor do IET Classes Significado
naturais, de baixa transparência, em geral afetados por atividades
antrópicas, nos quais ocorrem com frequência alterações
indesejáveis na qualidade da água, como a ocorrência de episódios
de florações de algas, e interferências nos seus múltiplos usos.
Corpos d’água afetados significativamente pelas elevadas
concentrações de matéria orgânica e nutrientes, com
comprometimento acentuado nos seus usos, associado a episódios
IET > 67 Hipereutrófica
de florações de algas ou mortandades de peixes, com
consequências indesejáveis para seus múltiplos usos, inclusive
sobre as atividades pecuárias nas regiões ribeirinhas.
Fonte: ANA, 2012.
Os dados apresentados da Tabela 86 mostram que no período de 2013-2019 os rios monitorados
apresentaram valores médios de IQA com classificação variável entre regular a péssimo, o que
indica que as águas são impróprias para consumo humano direto necessitando de tratamentos
avançados. Os rios que apresentaram valores médio de IQA com classificação bom foram o rio
Cascão, o rio Passa Vaca, o rio Ipitanga e o rio dos Macacos, e os rios que apresentam IQ médio
como regular foram o rio dos Seixos, o rio Cobre, o rio Sapato e o rio Joanes. Os rios com
classificação boa e regular indicam que as águas podem ser tratadas com tecnologia
convencional (coagulação/floculação/decantação/filtração/desinfecção) tornando-as apta para o
consumo humano. Dentre os cursos d’água citados se destaca o rio dos Macacos, localizado na
divisa do município, e que apresentou classificações IQA entre ótimo e bom. Ressalta-se que os
resultados se referem a pontos de monitoramento nos rios citados, e que a qualidade da água é
variável ao longo da extensão dos mesmos, contudo, os resultados obtidos mostram alto grau de
contaminação das águas dos rios urbanos, em sua maioria por esgotos domésticos. Os resultados
da classificação IQA do monitoramento dos rios urbanos monitorados pelo INEMA é apresentada
na Tabela 86.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
896
Tabela 86 – Classificação IQA dos rios urbanos de Salvador
COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS HIDROGRÁFICAS PONTOS RIOS
X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Rio dos
S01 38°31'29.49" O 12°59'35.69" S 16,584 15 40 40 51 44 49 36,51 51 15
1 - Bacia Hidrográfica do Rio Seixos
dos Seixos Rio dos
S02 38°31'27.92" O 13°00'36.63" S 33,346 22 30 34 35 28 50 33,19 50 22
Seixos
2 - Bacia Hidrográfica de
O01 Rio Ondina 38°30'32.77” O 13°00’13.86” S X 39 23 17 12 38 55 30,67 55 12
Ondina
L01 Rio Lucaia 38°30'49.60" O 12°59'19.50" S 37,3 24 20 23 26 33 21 26,33 37,3 20
3 - Bacia Hidrográfica do Rio
L02 Rio Lucaia 38°30'25.60" O 12°59'31.70" S 18,833 18 23 29 20 16 24 21,26 29 16
Lucaia
L03 Rio Lucaia 38°29'29.25" O 13°00'26.15" S 36,288 30 30 32 25 20 38 30,18 38 20
CA01 Camarajipe 38°28'19.56" O 12°55'00.79" S 52,153 35 18 18 17 38 41 31,31 52,153 17
CA02 Camarajipe 38°28'16.6" O 12°56'28.7" S 21,195 17 17 18 17 16 17 17,60 21,195 16
CA03 Camarajipe 38°28'27.6" O 12°57'17.4" S 22,453 14 15 19 17 15 17 17,06 22,453 14
4 - Bacia Hidrográfica do Rio
CA04 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°56'31.1" S 28,128 21 16 22 17 16 19 19,88 28,128 16
Camarajipe
CA05 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S 21,74 X X X X X X 21,74 21,74 21,74
CA07 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S X 17 17 21 17 15 18 17,50 21 15
CA08 Camarajipe 38°28’31.27" O 12°58’36.07” S X 23 17,5 18 18 17 19 18,75 23 17
P01 Rio Pituaçu 38°26'49.10" O 12°55'39.70" S 23,527 23 12 25 16 16 18 19,08 25 12
P02 Rio Pituaçu 38°25'17.90" O 12°56'34.30" S 17,069 32 21 22 15 17 25 21,30 32 15
Rio
P03 38°26'09.80" O 12°57'12.50" S 18,974 20 15 22 15 11 16 16,85 22 11
Cachoeirinha
P04 Rio Saboeiro 38°26'45.50" O 12°57'29.00" S 19,277 14 14 19 15 17 18 16,61 19,277 14
5 - Bacia Hidrográfica do Rio
das Pedras (e Pituaçu) P05 Rio Cascão 38°27'06.40" O 12°57'50.00" S 66,54 63 60 71 73 X 65 66,42 73 60
Rio das
P06 38°25'45.30" O 12°58'08.80" S 26,614 18 16 32 31 22 35 25,80 35 16
Pedras
P07 Rio Pituaçu 38°25'41.39" O 12°58'07.73" S 22,638 21 26 29 25 14 35 24,66 35 14
Rio das
P08 38°25'39.20" O 12°58'16.60" S 24,424 15 19 30 29 14 34 23,63 34 14
Pedras
Rio Passa
6 - Bacia Hidrográfica do Rio PV00 38°25'02.45'' O 12°56'18.18'’ S X X X 14 19 22 17 18,00 22 14
Vaca
Passa Vaca
PV01 Rio Trobogy 38°26'02.7" O 12°55'23.7" S 17,456 X X X X X X 17,46 17,456 17,456
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
897
COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS HIDROGRÁFICAS PONTOS RIOS
X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
PV02 Rio Trobogy 38°25'00.9" O 12°55'57.2" S 19,987 X X X X X X 19,99 19,987 19,987
Rio Passa
PV03 38°24'05.80" O 12°57'16.50" S 49,01 53 48 57 44 55 60 52,29 60 44
Vaca
J00 X X X 40 X X X X X 40,00 40 40
J01 Rio Jaguaribe 38°24'56.10" O 12°53'40.60" S 32,423 31 25 27 28 23 24 27,20 32,423 24
J02 Rio Jaguaribe 38°22'49.33" O 12°55'31.84" S 45,254 26 27 31 28 29 27 30,46 45,254 26
Córrego do
J03 38°21'27.24" O 12°55'16.76" S 31,849 25 24 19 21 26 26 24,69 31,849 19
Bispo
Córrego do
J04 38°21'54.20" O 12°56'23.10" S 34,261 15 18 21 17 25 20 21,47 34,261 15
Bispo
Rio
7 - Bacia Hidrográfica do Rio J05 38°22'50.50" O 12°56'18.20" S 23,233 21 20 28 28 23 15 22,60 28 15
Mangabeira
Jaguaribe
J06 Rio Jaguaribe 38°23'05.32" O 12°57'13.79" S 34,658 27 27 28 27 28 28 28,52 34,658 27
J07 Rio Trobogy 38°23'22.60" O 12°57'01.80" S 34,673 37 30 40 43 31 34 35,67 43 30
J10 Rio Mocambo 38°24’39.30” O 12°55’39.57” S X 37 35 32 33 24 23 30,67 37 23
J11 Rio Trobogy 38°26'02.70" O 12°55'23.70" S X 22 19 13 20 15 16 17,50 22 13
J12 Rio Trobogy 38°25'00.90" O 12°55'57.20" S X 19 18 16 20 14 15 17,00 20 14
Rio
JAC01 38°26'02.80" O 12°54'34.30" S X X X X 25 16 19 20,00 25 16
Cambonas
CO01 Rio do Cobre 38°27'12.90" O 12°51'41.90" S 51,529 56 20 35 62 60 38 46,08 62 20
CO02 Rio do Cobre 38°28'21.90" O 12°54'02.60" S 24,396 39 19 50 32 37 51 36,06 51 24,396
8 - Bacia Hidrográfica do Rio
do Cobre CO03 Rio do Cobre 38°28'20.4" O 12°54'59.6" S 25,29 22 26 X X X X 24,43 26 22
Rio Mané
MD01 38°28'29.3" O 12°53'25.9" S X X X X X X 17 17,00 17 17
Dendê
PA01 Rio Paraguari 38°27'29.9” O 12°51'06.30" S 28,144 13 10 17 16 14 16 16,31 28,144 10
9 - Bacia Hidrográfica do
PA02 Rio Paraguari 38°28'11.20" O 12°51'43.40" S 33,522 33 20 31 28 24 22 27,36 33,522 20
Paraguari
PA03 Rio Paraguari 38°28'43.60" O 12°51'35.80" S 30,516 31 22 27 20 28 14 24,65 30,516 14
10 - Bacia Hidrográfica do
LO01 Rio Lobato 38°29'28.21" O 12°56'04.45" S 20,582 17 22 17 18 18 23 19,37 23 17
Lobato
11 - Rio Canalizado em
RNI01 - 38°28'15.95" O 12°50'39.16" S 40,05 X X X X X X 40,05 40,05 40,05
Paripe

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
898
COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS HIDROGRÁFICAS PONTOS RIOS
X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
IPI01 Rio Ipitanga 38°19'40.96" O 12°53'54.33" S X X 21 30 30 17 22 24,00 30 17
12° 53' 12.04"
IPI02 Rio Ipitanga 38° 19' 12.30" O X X 22 26 X X X 24,00 26 22
S
IPI03 Rio Ipitanga 38°19'10.40" O 12°52'02.30" S X X 30 27 23 15 20 23,00 30 15
Riacho Tapuá
11 - Bacia Hidrográfica do Rio I01 38°22’46.41” O 12°54’12.81” S X 34 28 40 22 22 29 29,17 40 22
Mirim
Ipitanga
I02 Rio Ipitanga 38°22’55.49” O 12°53’56.46” S X 51 43 67 61 76 76 62,33 76 43
I03 Rio Ipitanga 38°21’19.76” O 12°54’17.62” S X 30 30 28 30 25 33 29,33 33 25
I04 Rio Ipitanga 38°20’29.98” O 12°54’24.23” S X 26 19 27 22 22 23 23,17 27 19
I05 Rio Ipitanga 38°21’02.36” O 12°54’02.43” S X 28 27 41 30 22 26 29,00 41 22
Rio dos
M01 38°27’18.9” O 12°49’56.3” S X 80 52 79 75 74 65 70,83 80 52
12 - Bacia Hidrográfica do Rio Macacos
dos Macacos Rio dos
M02 38°27'43.01" O 12°49'49.30" S X 36 15 32 31 14 38 27,67 38 14
Macacos
SA01 Rio Sapato 38°18’32.1” O 12°54’44.1” S X 40 45 33 36 52 45 41,83 52 33
SAP02 Rio Sapato 38°18'02.06" O 12°54'12.06" S X X 40 35 32 40 33 36,00 40 32
13 - Bacia Hidrográfica do Rio
SAP03 Rio Sapato 38°17'31.59" O 12°53'29.71" S X X 43 35 28 22 23 30,20 43 22
Sapato
SAP04 Rio Sapato 38°18'22.11" O 12°54'32.03" S X X X X 42 58 46 48,67 58 42
SAP06 Rio Sapato 38°16'56.90" O 12°52'48.60" S X X X X 30 25 37 30,67 37 25
12° 50' 11.09"
JOA01 Rio Joanes 38° 19' 27.42" O X X 50 69 X X X 59,50 69 50
S
15 - Rio Joanes JOA02 Rio Joanes 38°18'46.39" O 12°50'22.86" S X X 49 51 X X X 50,00 51 49
12° 51' 44.20"
JOA03 Rio Joanes 38° 17' 26.00" O X X 20 36 X X X 28,00 36 20
S
Ótimo 79 < IQA ≤ 100

Bom 51 < IQA ≤ 79

Regular 36 < IQA ≤ 51

Ruim 19 < IQA ≤ 36

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899
COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS HIDROGRÁFICAS PONTOS RIOS
X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Péssimo IQA ≤ 19
Fonte: Adaptado INEMA, 2013-2019

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900
Quanto à avaliação do indicador IET nos rios urbanos, os dados apresentados na Tabela 87
mostram que no período de 2013-2019 apresentaram valores médios de IET com classificação
variável entre mesotrófico e hipereutrófico, sendo que a maioria foi classificada como
supereutrófica e hipereutrófica, ou seja, a maioria dos rios monitorados apresentaram elevadas
concentrações de matéria orgânica e nutrientes, o que compromete os usos múltiplos. Os rios
que apresentaram classificação ultraligotrófica e oligotrófica em alguns períodos da série histórica
de monitoramento, e que indica a presença de corpos d’água limpos, com baixa concentração de
matéria orgânica foram os rios Cascão e o rio Sapato, mas quando se se verifica o valor médio do
IET no período, foram classificados com IET mesotrófico. Os rios que apresentaram situação mais
crítica no período com maior número de classificação IET hipereutrófica foram os rios Jaguaribe e
o rio Ipitanga. Os resultados da classificação IET do monitoramento dos rios urbanos é
apresentada na Tabela 87.

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901
Tabela 87 – Classificação IET dos rios urbanos de Salvador
BACIAS COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
PONTOS RIOS
HIDROGRÁFICAS X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Rio dos
S01 38°31'29.49" O 12°59'35.69" S 69,89 75,98 55 59,7 61 69 58 64,08 75,98 55
1 - Bacia Hidrográfica do Seixos
Rio dos Seixos Rio dos
S02 38°31'27.92" O 13°00'36.63" S 61,82 63,43 55,5 63,9 63 63 54 60,66 63,9 54
Seixos
2 - Bacia Hidrográfica de
O01 Rio Ondina 38°30'32.77” O 13°00’13.86” S X 56,62 66 59,9 71 57 48 59,75 71 48
Ondina
L01 Rio Lucaia 38°30'49.60" O 12°59'19.50" S 55,66 55,4 65 57,5 63 62 64 60,37 65 55,4
3 - Bacia Hidrográfica do
L02 Rio Lucaia 38°30'25.60" O 12°59'31.70" S 68,75 59,99 71 58 76 68 49 64,39 76 49
Rio Lucaia
L03 Rio Lucaia 38°29'29.25" O 13°00'26.15" S 65,83 64,53 60 63,5 65 74 62 64,98 74 60
CA01 Camarajipe 38°28'19.56" O 12°55'00.79" S 72,3 62,93 81 82,4 70 64 73 72,23 82,4 62,93
CA02 Camarajipe 38°28'16.6" O 12°56'28.7" S 57,93 66,34 68 58,6 68 70 67 65,12 70 57,93
CA03 Camarajipe 38°28'27.6" O 12°57'17.4" S 59,44 65,87 70 58,9 70 70 64 65,46 70 58,9
4 - Bacia Hidrográfica do
CA04 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°56'31.1" S 56,57 70,49 70,5 58,7 71 71 61 65,61 71 56,57
Rio Camarajipe
CA05 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S 66,36 X X X X X X 66,36 66,36 66,36
CA07 Camarajipe 38°27'13.44" O 12°58'30.77" S X 52,69 69,5 58 71 70 65 64,37 71 52,69
CA08 Camarajipe 38°28’31.27" O 12°58’36.07” S X 65,76 69 62,4 72 69 59 66,19 72 59
P01 Rio Pituaçu 38°26'49.10" O 12°55'39.70" S 60,41 62,93 73 60,9 70 70 65 66,03 73 60,41
P02 Rio Pituaçu 38°25'17.90" O 12°56'34.30" S 64,92 66,34 70 59,1 72 69 65 66,62 72 59,1
Rio
P03 38°26'09.80" O 12°57'12.50" S 71,11 65,87 72 63,5 67 74 63 68,07 74 63
Cachoeirinha
P04 Rio Saboeiro 38°26'45.50" O 12°57'29.00" S 57,4 70,49 71 59,6 68 62 62 64,36 71 57,4
5 - Bacia Hidrográfica do
Rio das Pedras (e Pituaçu) P05 Rio Cascão 38°27'06.40" O 12°57'50.00" S 45,83 58,5 50 45,8 48 X 64 52,02 64 45,8
Rio das
P06 38°25'45.30" O 12°58'08.80" S 62,72 65,48 71 64,7 62 71 63 65,70 71 62
Pedras
P07 Rio Pituaçu 38°25'41.39" O 12°58'07.73" S 54,45 65,26 72 64,8 61 66 60 63,36 72 54,45
Rio das
P08 38°25'39.20" O 12°58'16.60" S 64,64 65,43 68 62,3 65 72 65 66,05 72 62,3
Pedras
6 - Bacia Hidrográfica do Rio Passa
PV00 38°25'02.45'' O 12°56'18.18'’ S X X X 69,7 64 63 64 65,18 69,7 63
Rio Passa Vaca Vaca

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902
BACIAS COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
PONTOS RIOS
HIDROGRÁFICAS X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
PV01 Rio Trobogy 38°26'02.7" O 12°55'23.7" S 65,63 X X X X X X 65,63 65,63 65,63
PV02 Rio Trobogy 38°25'00.9" O 12°55'57.2" S 75,07 X X X X X X 75,07 75,07 75,07
Rio Passa
PV03 38°24'05.80" O 12°57'16.50" S 59,85 59,26 70 57,7 61 62 56 60,83 70 57,7
Vaca
J00 X X X 55,01 X X X X X 55,01 55,01 55,01
Rio
J01 38°24'56.10" O 12°53'40.60" S 74,26 69,46 80 73,8 78 72 75 74,65 80 72
Jaguaribe
Rio
J02 38°22'49.33" O 12°55'31.84" S 68,36 72,81 74 66,8 75 72 78 72,42 78 66,8
Jaguaribe
Córrego do
J03 38°21'27.24" O 12°55'16.76" S 68,58 63,62 68 73,4 71 68 66 68,37 73,4 63,62
Bispo
Córrego do
J04 38°21'54.20" O 12°56'23.10" S 67,22 69,24 73 68,3 66 71 69 69,11 73 66
Bispo
7 - Bacia Hidrográfica do Rio
J05 38°22'50.50" O 12°56'18.20" S 69,83 65,62 73 62,8 64 68 64 66,75 73 62,8
Rio Jaguaribe Mangabeira
Rio
J06 38°23'05.32" O 12°57'13.79" S 68,82 68,59 75 64,6 75 72 77 71,57 77 64,6
Jaguaribe
J07 Rio Trobogy 38°23'22.60" O 12°57'01.80" S 78,27 62,94 75 63,3 70 70 75 70,64 78,27 62,94
Rio
J10 38°24’39.30” O 12°55’39.57” S X 55,53 72 65,4 65 66 61 64,16 72 55,53
Mocambo
J11 Rio Trobogy 38°26'02.70" O 12°55'23.70" S X 66,25 70 59,1 71 69 66 66,89 71 59,1
J12 Rio Trobogy 38°25'00.90" O 12°55'57.20" S X 70,01 66 66,84 71 72 72 69,64 72 66
Rio
JAC01 38°26'02.80" O 12°54'34.30" S X X X X 68 69 61 66,00 69 61
Cambonas
CO01 Rio do Cobre 38°27'12.90" O 12°51'41.90" S 66,98 61,23 55 61,6 59 61 65 61,40 66,98 55
CO02 Rio do Cobre 38°28'21.90" O 12°54'02.60" S 67,01 63,12 66 57,4 63 63 58 62,50 67,01 57,4
8 - Bacia Hidrográfica do
Rio do Cobre CO03 Rio do Cobre 38°28'20.4" O 12°54'59.6" S 76,46 79,59 64 X X X X 73,35 79,59 64
Rio Mané
MD01 38°28'29.3" O 12°53'25.9" S X X X X X X 61 61,00 61 61
Dendê
Rio
PA01 38°27'29.9” O 12°51'06.30" S 64,31 71,17 75 69,3 72 65 66 68,97 75 64,31
9 - Bacia Hidrográfica do Paraguari
Paraguari Rio
PA02 38°28'11.20" O 12°51'43.40" S 68,24 60,8 73 60,1 65 68 60 65,02 73 60
Paraguari
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903
BACIAS COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
PONTOS RIOS
HIDROGRÁFICAS X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Rio
PA03 38°28'43.60" O 12°51'35.80" S 53,15 65,2 65 67 71 66 65 64,62 71 53,15
Paraguari
11 - Bacia Hidrográfica do
LO01 Rio Lobato 38°29'28.21" O 12°56'04.45" S 65,33 66,85 72 66,5 66 67 49 64,67 72 49
Lobato
12 - Rio Canalizado em
RNI01 - 38°28'15.95" O 12°50'39.16" S 54,29 X X X X X X 54,29 54,29 54,29
Paripe
IPI01 Rio Ipitanga 38°19'40.96" O 12°53'54.33" S X X 75 71,7 81 73 76 75,34 81 71,7
IPI02 Rio Ipitanga 38° 19' 12.30" O 12° 53' 12.04" S X X 80 75,8 X X X 77,90 80 75,8
IPI03 Rio Ipitanga 38°19'10.40" O 12°52'02.30" S X X 65 75,6 83 75 78 75,32 83 65
Riacho
10 - Bacia Hidrográfica do I01 38°22’46.41” O 12°54’12.81” S X 78,53 64 69,74 87 78 77 75,71 87 64
Tapuá Mirim
Rio Ipitanga
I02 Rio Ipitanga 38°22’55.49” O 12°53’56.46” S X 56,62 63 56,06 57 55 65 58,78 65 55
I03 Rio Ipitanga 38°21’19.76” O 12°54’17.62” S X 73,4 78 79,14 85 77 74 77,76 85 73,4
I04 Rio Ipitanga 38°20’29.98” O 12°54’24.23” S X 70,77 74 71,28 80 72 75 73,84 80 70,77
I05 Rio Ipitanga 38°21’02.36” O 12°54’02.43” S X 67,11 73 56 72 73 75 69,35 75 56
Rio dos
M01 38°27’18.9” O 12°49’56.3” S X 57,52 56 55,75 63 58 56 57,71 63 55,75
12 - Bacia Hidrográfica do Macacos
Rio dos Macacos Rio dos
M02 38°27'43.01" O 12°49'49.30" S X 64,46 70 66 66 71 60 66,24 71 60
Macacos
SA01 Rio Sapato 38°18’32.1” O 12°54’44.1” S X 59,7 60 31,15 60 64 55 54,98 64 31,15
SAP02 Rio Sapato 38°18'02.06" O 12°54'12.06" S X X 70 58,93 77 64 62 66,39 77 58,93
13 - Bacia Hidrográfica do
SAP03 Rio Sapato 38°17'31.59" O 12°53'29.71" S X X 78 65,2 71 68 65 69,44 78 65
Rio Sapato
SAP04 Rio Sapato 38°18'22.11" O 12°54'32.03" S X X X X 63 68 63 64,67 68 63
SAP06 Rio Sapato 38°16'56.90" O 12°52'48.60" S X X X X 69 64 77 70,00 77 64
JOA01 Rio Joanes 38° 19' 27.42" O 12° 50' 11.09" S X X 65 60,6 X X X 62,80 65 60,6
15 - Rio Joanes JOA02 Rio Joanes 38°18'46.39" O 12°50'22.86" S X X 80 75,8 X X X 77,90 80 75,8
JOA03 Rio Joanes 38° 17' 26.00" O 12° 51' 44.20" S X X 81 78,1 X X X 79,55 81 78,1
Ultraoligotrófico IQA ≤ 47

Oligotrófico 47 < IQA ≤ 52

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904
BACIAS COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
PONTOS RIOS
HIDROGRÁFICAS X Y 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO

Mesotrófico 52 < IQA ≤ 59

Eutrófico 59 < IQA ≤ 63

Supereutrófico 63 < IQA ≤ 67

Hipereutrófico IQA > 67


Fonte: Adaptado INEMA, 2013-2019

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
905
No que se refere ao monitoramento das lagoas urbanas os dados apresentados na Tabela 88
mostram que no período de 2013-2019 apresentaram valores médios de IQA com classificação
variável entre boa e ótima, o que indica que as águas seriam apropriadas para consumo humano
direto, contudo, necessitando de tratamentos convencional. Praticamente todas as lagoas que
valores médios de IQA com classificação ótima, com exceção das lagoas localizadas nas bacias
hidrográficas do rio Camarajipe e do rio Lucaia, contudo, as águas ainda podem ser consideradas
apropriadas para tratamento convencional. As lagoas que apresentam classificação ruim, em
alguns anos da série histórica foram a lagoa do Paraíso, no Doron; a lagoa da BR-324 e a lagoa
do Dique de Campinas. Os resultados da classificação IQA do monitoramento das lagoas urbanas
é apresentada na Tabela 88, e mostram que os ambientes lênticos nas áreas urbanas se
encontram bem preservados, em relação aos rios urbanos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
906
Tabela 88 – Classificação IQA das lagoas de Salvador
COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS LAGOAS
X Y 2013.1 2013.2 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Parque Tecnológico 38°23’10,86’’ O 12°55’35,16’’ S 64 70 83 74 76 71 X X 73,00 83 64
FTC / Caixão 38°23’29.08’’ O 12°55’59.27’’ S 84 84 85 85 80 64 X X 80,33 85 64
Bacia Hidrográfica do Rio
Vale Encantado 38°23'12.35"O 12°55'35.62" S X X X X 79 69 X X 74,00 79 69
Jaguaribe
Orlando Gomes 38°23'2.53" O 12°55'53.74" S X X X 73 85 68 X X 75,33 85 73
Costa Verde 38°23'12.07" O 12°56'47.00" S X X X 76 82 72 X X 76,67 82 76
Jorge Amado 38°24’32.76’’ O 12°56’17.89’’ S 67 80 85 75 X X X X 76,75 85 67
Alphaville 38°24’7.37’’ O 12°56’19.26’’ S 84 75 78 71 84 70 X X 77,00 84 70
Bacia Hidrográfica do Rio
CHESF 38°25'7.30" O 12°56'25.90"S X X 85 82 71 62 X X 75,00 85 62
Passa Vaca
Shopping Paralela 38°23'39.14"O 12°55'58.80" S X X 81 80 78 70 X X 77,25 81 70
Vale Encantado II 38°23'41.55"O 12°56'58.21"S X X X 67 41 65 X X 57,67 67 41
Posto 1 38°26’19.50’’ O 12°58’3.59’’ S 78 83 69 75 X 68 X X 74,60 83 68
Pituaçu 38°24’46” O 12°58’01” S 69 75 81 51 80 52 83 73 70,50 83 52
Pituaçu II 38°24'46.16" O 12°57'41.83" S X X X 55 72 46 75 66 62,80 75 46
Bacia Hidrográfica do Rio
CAB 38°25'40.4" O 12°57'09.6" S X 83 60 46 68 58 X X 63,00 83 46
das Pedras (e Pituaçu)
CAB II 38°25'39.42"O 12°57'8.87"S X X X 72 X X X X 72,00 72 72
Paraíso / Doron 38°26'21.24" O 12°57'44.99" S 31 43 62 55 62 62 X X 52,50 62 31
Represa do Cascão 38°27'02.40" O 12°57'53.19" S X X X 70 81 67 X X 72,67 81 70
Frades 38°26’32.03’’ O 12°58’53.82’’ S 38 48 49 59 65 48 X X 51,17 65 38
Bacia Hidrográfica do Rio BR-324 38°27’38.35’’ O 12°55’6.39’’ S 28 X X X X X X X 28,00 28 28
Camarajipe Urubu 38°27’40.2’’ O 12°55’08.4’’ S X 62 X 56 60 64 X X 60,50 64 56
Dique de Campinas 38°28’20.57”O 12°54’59.64” S 32 46 49 44 39 56 X X 44,33 56 32
Bacia de Drenagem
Natural de Patos / Vela Branca 38°27'57.1" O 13°0’21.00’’ S 48 62 61 66 60 68 X X 60,83 68 48
Amaralina/Pituba
Dique do Tororó 38°30’14” O 12°58’55” S 60 57 70 68 75 52 62 64 63,50 75 52
Bacia do Rio Lucaia
Dique do Tororó II 38°30'27.27" O 12°59'19.64"S X X X 68 68 54 54 76 64,00 76 54
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COORDENADAS ÍNDICE DA QUALIDADE DA ÁGUA (IQA)
BACIAS LAGOAS
X Y 2013.1 2013.2 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Dique do Tororó III 38°30'21.27" O 12°59'04.07" S X X X X X X 59 68 63,50 68 59
Dique do Tororó IV 38°30'26.78" O 12°59'09.36" S X X X X X X 55 67 61,00 67 55
Abaeté 38°21’27” O 12°56’41 S 63 59 71 76 69 66 69 68 67,63 69 59
Abaeté II 38°21'24.53" O 12°56'33.97" S X X X 64 80 69 70 62 69,00 80 62
Bacia de Drenagem
Abaeté Catu 38°21'3.19" O 12°55'37.19" S X X 79 81 72 56 X X 72,00 81 56
Natural de Stella Maris
Vitória 38°19’07” O 12°55’03” S X X 64 46 66 55 X X 57,75 66 46
Flamengo 38°18'57.06" O 12°55'13.97” S 81 72 84 83 74 68 X X 77,00 84 68
Bacia Hidrográfica do Rio Paixão 38° 26' 55.1'' O 12° 51' 05.2'' S 57 57 50 70 59 64 X X 59,50 70 50
do Cobre Macacos 38°27'06.35" O 12°49'54.65" S X X X 86 85 69 X X 80,00 86 69
Bacia Hidrográfica do Rio Represa do
38°23'7.62" O 12°53'37.44" S X X 83 84 86 68 X X 80,25 86 68
Ipitanga Ipitanga
Ótimo 79 < IQA ≤ 100

Bom 51 < IQA ≤ 79

Regular 36 < IQA ≤ 51

Ruim 19 < IQA ≤ 36

Péssimo IQA ≤ 19
Fonte: Adaptado INEMA, 2013-2019

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
908
Quanto à avaliação do indicador IET nas lagoas urbanas, os dados apresentados na Tabela 89
mostram que no período de 2013-2019 apresentaram valores médios de IET com classificação
variável entre oligotrófico e hipereutrófico, sendo que a maioria foi classificada como mesotrófico e
eutrófico, ou seja, a maioria das lagoas monitoradas apresentaram concentrações de matéria
orgânica e nutrientes variáveis entre produtividades intermediária e alta, o que está associado a
atividades antrópicas. Nenhuma das lagoas apresentou classificação média IET do tipo
Ultraoligotrófico para o período, com exceção das lagoas da Orlando Gomes e da Costa Verde na
bacia do rio Jaguaribe, com resultados pontuais. As lagoas que apresentaram a pior classificação
IET médio no período, no caso, hipereutrófico e supereutrófico foram a Lagoa do Paraíso, no
Doron; a Lagoa do Frades, o Dique de Campinas, e o Dique do Tororó, o que indica que são
afetados por grandes cargas de matéria orgânica e nutrientes. Os resultados da classificação IET
do monitoramento das lagoas urbanas é apresentada na Tabela 89.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
909
Tabela 89 - Classificação IET das lagoas de Salvador
COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
BACIAS LAGOAS
X Y 2013.1 2013.2 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Parque Tecnológico 38°23’10,86’’ O 12°55’35,16’’ S 62,63 53,28 52,27 52 54 56 X X 55,03 62,63 52
FTC / Caixão 38°23’29.08’’ O 12°55’59.27’’ S 57,96 54,25 54,12 52 55 51 X X 54,06 57,96 51
Bacia
Hidrográfica do Vale Encantado 38°23'12.35"O 12°55'35.62" S X X X X 52 55 X X 53,50 55 52
Rio Jaguaribe
Orlando Gomes 38°23'2.53" O 12°55'53.74" S X X X 49 47 55 X X 50,33 55 47
Costa Verde 38°23'12.07" O 12°56'47.00" S X X X 52 47 51 X X 50,00 52 47
Jorge Amado 38°24’32.76’’ O 12°56’17.89’’ S 59,54 59,16 57,39 60 X X X X 59,02 60 57,39
Alphaville 38°24’7.37’’ O 12°56’19.26’’ S 57,75 51,64 52,87 50 52 52 X X 52,71 57,75 50
Bacia
Hidrográfica do CHESF 38°25'7.30" O 12°56'25.90"S X X 54,08 52 51 72 X X 57,27 72 51
Rio Passa Vaca
Shopping Paralela 38°23'39.14"O 12°55'58.80" S X X 47,42 50 48 52 X X 49,36 52 47,42
Vale Encantado II 38°23'41.55"O 12°56'58.21"S X X X 53 58 53 X X 54,67 58 53
Posto 1 38°26’19.50’’ O 12°58’3.59’’ S 57,68 51,93 51,51 54 X 55 X X 54,02 57,68 51,51
Pituaçu 38°24’46” O 12°58’01” S 54,85 55,46 56,41 61 54 64 58 60 57,97 64 54,85
Bacia Pituaçu II 38°24'46.16" O 12°57'41.83" S X X X 69 58 56 57 59 59,80 69 56
Hidrográfica do
CAB 38°25'40.4" O 12°57'09.6" S X 60,32 63,96 61 65 64 X X 62,86 65 60,32
Rio das Pedras (e
Pituaçu) CAB II 38°25'39.42"O 12°57'8.87"S X X X 62 X X X X 62,00 62 62
Paraíso / Doron 38°26'21.24" O 12°57'44.99" S 74,65 70,56 66,85 65 68 61 X X 67,68 74,65 61
Represa do Cascão 38°27'02.40" O 12°57'53.19" S X X X 59 59 63 X X 60,33 63 59
Frades 38°26’32.03’’ O 12°58’53.82’’ S 72,95 66,97 71,65 64 61 71 X X 67,93 72,95 61
Bacia BR-324 38°27’38.35’’ O 12°55’6.39’’ S 66,9 X X X X X X X 66,90 66,9 66,9
Hidrográfica do
Rio Camarajipe Urubu 38°27’40.2’’ O 12°55’08.4’’ S X 58,33 X 63 65 67 X X 63,33 67 58,33
Dique de Campinas 38°28’20.57”O 12°54’59.64” S 57,45 60,8 71,24 72 75 73 X X 68,25 75 57,45
Bacia de
Drenagem
Patos / Vela Branca 38°27'57.1" O 13°0’21.00’’ S 67,35 65,28 61,07 61 59 63 X X 62,78 67,35 59
Natural de
Amaralina/Pituba
Bacia do Rio Dique do Tororó 38°30’14” O 12°58’55” S 61,51 63,64 66,43 63 61 68 62 63 63,57 68 61
Lucaia Dique do Tororó II 38°30'27.27" O 12°59'19.64"S X X X 61 61 70 64 61 63,40 70 61
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
910
COORDENADAS ÍNDICE DO ESTADO TRÓFICO (IET)
BACIAS LAGOAS
X Y 2013.1 2013.2 2014 2015 2016 2017 2018 2019 MÉDIA MÁXIMO MÍNIMO
Dique do Tororó III 38°30'21.27" O 12°59'04.07" S X X X X X X 63 62 62,50 63 62
Dique do Tororó IV 38°30'26.78" O 12°59'09.36" S X X X X X X 62 62 62,00 62 62
Abaeté 38°21’27” O 12°56’41 S 64,94 63,68 57,49 59 62 61 62 57 60,89 64,94 57
Bacia de Abaeté II 38°21'24.53" O 12°56'33.97" S X X X 56 60 61 61 59 59,40 61 56
Drenagem
Abaeté Catu 38°21'3.19" O 12°55'37.19" S X X 56,28 54 60 56 X X 56,57 60 54
Natural de Stella
Maris Vitória 38°19’07” O 12°55’03” S X X 47,42 50 50 63 X X 52,61 63 47,42
Flamengo 38°18'57.06" O 12°55'13.97” S 59,45 51,33 50,53 51 53 62 X X 54,55 62 50,53
Bacia Paixão 38° 26' 55.1'' O 12° 51' 05.2'' S 57,3 47,42 56,31 66 65 67 X X 59,84 67 47,42
Hidrográfica do
Rio do Cobre Macacos 38°27'06.35" O 12°49'54.65" S X X X 50 51 52 X X 51,00 52 50
Bacia
Hidrográfica do Represa do Ipitanga 38°23'7.62" O 12°53'37.44" S X X 50,2 52 53 55 X X 52,55 55 50,2
Rio Ipitanga
Ultraoligotrófico IQA ≤ 47
Oligotrófico 47 < IQA ≤ 52
Mesotrófico 52 < IQA ≤ 59
Eutrófico 59 < IQA ≤ 63
Supereutrófico 63 < IQA ≤ 67
Hipereutrófico IQA > 67
Fonte: Adaptado INEMA, 2013-2019

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
911
5.2.2. ÁGUAS SUBTERRÂNEAS
A caracterização quantitativa das águas subterrâneas contempla a análise dos dados de poços
perfurados no município constantes no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas
(SIAGAS), desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) (SIAGAS, 2021). Essa base é
constituída por uma base de dados de poços com informações hidrogeológicas e com os
respectivos usos hídricos. O conhecimento quanto às águas subterrâneas estimar a
potencialidade de exploração dessas águas para o atendimento dos usos múltiplos, assim como
para compreender a sua influência e importância no ciclo hidrológico das bacias hidrográficas
urbanas.
A base de dados de poços do município de Salvador possui diversas falhas de informações físicas
dos poços, e limitadas informações de parâmetros de qualidade da água, que permita realizar
uma análise da mesma. No geral foram identificados 99 poços, sendo a maioria são poços
tubulares (90 poços) e os demais são poços para operação como piezômetro, ou seja, que são
utilizados como observação do nível freático, sendo que também são limitadas as informações
quanto à situação atual: se estão operantes, abandonados ou secos.
Os usos identificados foram o abastecimento doméstico e urbano (31 poços) e industrial (10
poços), e para usos não consuntivos, como prática de lazer (27 poços). Quanto às profundidades
a média foi obtida foi de 57,31 m, sendo que o poço mais raso possui 6,9 m e o poço mais
profundo cerca de 150 m. A vazão média de estabilização das vazões nos poços foi de 3,78 m 3/h
(1,05 L/s), com variação entre 0,07 m 3/h (0,019 L/s) a 17,8 m 3/h (4,94 L/s). Os resultados indicam
previamente baixo potencial de exploração das águas subterrâneas no município, que se reflete
nos baixos valores das vazões de estabilização, o que é justificável pela predominância do
aquífero fissural em praticamente toda a área do município. Essas características indicam que a
manutenção das vazões nos rios urbanos possui pouca ou nenhuma influência de contribuições
do aquífero subterrâneo, ou seja, a liberação da água armazenada no subsolo é mais significativa
para a manutenção dessas vazões, principalmente nos períodos de estiagem.
A Tabela 90 apresenta a relação dos poços perfurados no município de Salvador e informações
gerais como localização, tipo de uso, profundidade, níveis hidrodinâmicos e as vazões de
estabilização.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
912
Tabela 90 – Relação de poços da base do SIAGAS no município de Salvador
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
Poço Abastecimento
2900000002 COLINA DA FONTE -12,937777 -38,3675 21/01/1979 60 42,3 1,7 2,41
tubular doméstico
Poço Outros
2900000100 CONSTRUTORA GATTO -12,916666 -38,461388 01/09/1979 70
tubular (lazer,etc.)
Poço Abastecimento
2900000110 VIACAO ITAPEMIRIM -12,922222 -38,468055 12/04/1978 50 16,16 9,96 11,3
tubular industrial
CONJUNTO LAURA Poço Abastecimento
2900000453 -12,975555 -38,486388 11/05/1974 60 26,86 5,7 8,78
CATARINA tubular urbano
COMPANHIA AUTOVIARIA Poço Outros
2900000530 -12,877777 -38,431111 30/11/1974 70
BAHIANA tubular (lazer,etc.)
VALERIA (POSTO Poço Outros
2900000541 -12,865833 -38,427778 31/12/1974 94 66,87 41,57 2,93
ATLANTIC) tubular (lazer,etc.)
Poço Outros
2900000547 CAB I -12,944722 -38,426388 24/01/1975 61
tubular (lazer,etc.)
Poço Abastecimento
2900000553 PERIPERI -12,863333 -38,456111 02/02/1975 50
tubular urbano
LOTEAMENTO JARDIM Poço Abastecimento
2900000576 -12,95 -38,408055 02/04/1975 50 42,29 18,68 1,11
JAGUARIPE tubular doméstico
Poço
2900001060 SAO CRISTOVAO -12,914722 -38,35 05/11/1975 70
tubular
KM 10 - NORDESTE Poço Outros
2900001125 -12,873055 -38,4275 22/06/1976 60 55,88 15,1 3,49
TRANSPORTE tubular (lazer,etc.)
Poço
2900001160 DMER -12,925833 -38,470277 18/09/1976 60
tubular
Poço Abastecimento
2900001190 COELBA -12,905833 -38,460555 07/11/1976 60 50,17 20,14 0,26
tubular industrial
Poço Abastecimento
2900001234 ALIMBA -12,8275 -38,6625 11/03/1977 69
tubular urbano
Poço Abastecimento
2900001279 ENGEX -12,916666 -38,456944 03/07/1977 60 38,67 3,85 7,12
tubular industrial
PARQUE DE EXPOSIÇÕES Poço Outros
2900001325 -12,913611 -38,359166 08/12/1977 52 27,84 0,36 12,96
AGROPECUARIA tubular (lazer,etc.)
EMPRESA NOSSA Poço
2900001368 -12,874444 -38,434444 08/12/1978 75
SENHORA DE FATIMA tubular
Poço Outros
2900001665 COELBA -12,914722 -38,426666 28/08/1982 60 54 2,2 1,58
tubular (lazer,etc.)
MANSAO DOS Poço Outros
2900001696 -12,913611 -38,414166 25/08/1982 24 16,98 0,73 4,21
MAGISTRADOS tubular (lazer,etc.)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
913
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
Poço Abastecimento
2900001726 EMATERBA -12,916666 -38,360833 09/10/1982 70 21,02 0,49 6,58
tubular urbano
Poço Outros
2900002318 ALDEIA SOS BAHIA -12,846388 -38,471944 13/12/1992 120
tubular (lazer,etc.)
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO Poço Outros
2900002499 -12,995833 -38,455277 28/11/1995 8,5 7,5 6,25 1,2
MAXIMO tubular (lazer,etc.)
CONDOMÍNIO EDIFÍCIO Poço Abastecimento
2900003156 -12,994444 -38,451111 10/09/1993 30 18 2,5 0,18
CASA VERDE tubular doméstico
POSTO DE SERVICOS Poço Abastecimento
2900003157 -12,988888 -38,451111 13/11/1993 15 9 4 0,26
ITAGUAI LTDA tubular doméstico
AREA INT, Poço Abastecimento
2900003158 -12,948055 -38,35 18/11/1993 12,5 8 1,8 0,07
COND,RES,CONTRAT, tubular doméstico
AREA INT, AL, VIAG, TUR, Poço Abastecimento
2900003159 -12,9525 -38,500833 08/11/1995 12 8,5 7,6 0,6
LTDA, tubular doméstico
Poço Abastecimento
2900003160 AREA INT, COND, -12,993611 -38,451111 30/09/1993 30 16,5 2,8 0,2
tubular doméstico
FUT,INST, HP, RETIFICA Poço Outros
2900003161 -12,98 -38,497222 07/05/1993 12 6,8 1 0,31
MOTORES LTDA, tubular (lazer,etc.)
AREA INTERNA EMPRESA Poço Outros
2900003273 -12,940555 -38,471944 16/04/1993 30 20 3 0,1
SÃO CRISTOVAO SSA-BA tubular (lazer,etc.)
AREA INTERNA
Poço Outros
2900003274 INST,NOSSA SENHORA DO -12,978333 -38,513055 01/05/1995 30
tubular (lazer,etc.)
SALETE
Poço Outros
2900003277 JARDIM STELLA MARES -12,945277 -38,3675 24/10/1994 25 7 3,7 4
tubular (lazer,etc.)
JARDIM STELLA MARIS- Poço Outros
2900003278 -12,943611 -38,35 07/10/1994 20,5 6,5 2,7 7,5
ITAPOAN tubular (lazer,etc.)
JARDIM STELLA MARES - Poço Outros
2900003279 -12,9425 -38,35 11/09/1994 20 8 3,2 4,1
ITAPUA tubular (lazer,etc.)
PRÓXIMO LANCHANETE Outros
2900003293 -12,953333 -38,403333 Piezômetro 6,9
RODEIO FAST, (lazer,etc.)
ATRAS BARR, PRINC, Outros
2900003294 -12,951944 -38,400278 Piezômetro 10,3 7,3 6,6 2
CORSARIO (lazer,etc.)
ATRAS DA BARR, F, DAS Outros
2900003295 -12,950833 -38,397778 Piezômetro 9,6 7,2 6,15 1,1
ÁGUAS (lazer,etc.)
PROXIMO AO BARRACAO Outros
2900003296 -12,950278 -38,396111 Piezômetro 8,3
DE OBRA (lazer,etc.)
ENTRE O P, E AS BARR, Outros
2900003297 -12,948889 -38,393889 Piezômetro 8,3
CALCADAO (lazer,etc.)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
914
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
PROXIMO A BARRACA DA Outros
2900003298 -12,947222 -38,391111 Piezômetro 8,3
IEDA (lazer,etc.)
POCO MAIS PROXIMO A L, Outros
2900003299 -12,945278 -38,390556 Piezômetro 8,3
DA PRAIA (lazer,etc.)
EM FRENTE A
Outros
2900003300 LANCHONETE "DOCTOR -12,943889 -38,395278 Piezômetro 8,3
(lazer,etc.)
BURGER"
Outros
2900003301 PROXIMO A PRAIA -12,943611 -38,398333 Piezômetro 6,9
(lazer,etc.)
Poço Abastecimento
2900003516 VALERIA -12,866666 -38,433333
tubular urbano
Poço Abastecimento
2900003542 SALVADOR -12,975 -38,433333 22/05/1958 23
tubular urbano
Poço
2900003543 SALVADOR (ANARALIPU) -13 -38,466666 22/04/1946 61 55 3 2,48
tubular
SANTO AMARO DE Poço Abastecimento
2900003544 -12,916666 -38,483333 31/03/1943 25 14,4 6,8 3,16
IPITINGA 3, tubular urbano
SANTO AMARO DE Poço Abastecimento
2900003545 -12,916666 -38,483333 22/07/1943 18,5 10 0,8 4,78
IPITINGA 5, tubular urbano
SANTO AMARO DE Poço Abastecimento
2900003546 -12,916666 -38,483333 11/04/1943 19,4 16 14 3,99
IPITINGA 6, tubular urbano
Poço
2900003553 ITAPUA -12,946388 -38,371111
tubular
Poço Outros
2900003554 SESC -12,953889 -38,408333 13 5 3 5,97
tubular (lazer,etc.)
Poço Abastecimento
2900003555 PIATA -12,95 -38,383333 05/05/1966 45
tubular urbano
Poço Abastecimento
2900003578 PARIPE -12,816666 -38,483611 101
tubular urbano
Poço Outros
2900003580 POSTO J, K, -12,816666 -38,483888 30/04/1966 50 42 14 2,98
tubular (lazer,etc.)
Poço Abastecimento
2900003602 TUBARAO 2, -12,833333 -38,483333 31/12/1951 71,5
tubular urbano
BAIA DE TODOS OS Poço Abastecimento
2900003669 -12,783333 -38,672222
SANTOS tubular industrial
BAIA DE TODOS OS Poço Abastecimento
2900003670 -12,816667 -38,691667
SANTOS tubular industrial
Poço Abastecimento
2900003682 ILHA MADRE DE DEUS -12,756111 -38,607778
tubular industrial

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
915
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
BRASILGAS - ESTRADA DE Poço Abastecimento
2900003683 -12,911111 -38,458055 80 65 6 5,11
FEIRA tubular industrial
POSTO CARAMURU Poço Abastecimento
2900003684 -12,879722 -38,418889 40 36 7 0,72
(ESTRADA PARA VALERIA) tubular industrial
4ª CIA DE GUARDA DO Poço Abastecimento
2900009404 -12,956944 -38,430833 03/02/1994 70
EXÉRCITO tubular urbano
Poço
2900009405 CORPO DE BOMBEIROS I -12,988888 -38,468333 16/12/1984 70
tubular
ESTADIO BARRADAO Poço Abastecimento
2900009406 -12,919444 -38,436666 16/11/1984 70 24,08 6,79 0,72
ESPORTE CLUBE VITORIA tubular urbano
Poço
2900009407 CERB -12,938333 -38,425555 05/06/1989 80
tubular
PARQUE DE EXPOSIÇÃO Poço Abastecimento
2900009408 -12,848889 -38,366389 18/01/1986 68,3 51,03 1,74 4,18
AGROPECUARIA II tubular urbano
Poço Abastecimento
2900009409 NOSSA TERRA VEICULOS -12,986944 -38,452777 17/05/1991 90 78 7 2,31
tubular múltiplo
BASE AEREA DE Poço Abastecimento
2900009410 -12,876667 -38,366944 13/04/1986 50 37,76 1,83 2,88
SALVADOR I tubular urbano
Poço Abastecimento
2900009411 FAZENDA COUTOS -12,846944 -38,458333 12/10/1983 37 35,5 3 3,96
tubular urbano
Poço Abastecimento
2900009412 BARRADAO II -12,905 -38,435555 18/09/1993 39 35,59 3,75 2,2
tubular urbano
Poço
2900009413 PARQUE IPITANGA I -12,902777 -38,375833 27/04/1985 70
tubular
UNIDADE DO 19-BC Poço
2900009414 -12,958333 -38,433611 17/01/1988 50
(EXÉRCITO) tubular
COLEGIO DA POLÍCIA Poço
2900009415 -12,99 -38,453333 15/12/1984 70
MILITAR tubular
Poço
2900009416 ASSEMBLEIA LEGISLATIVA -12,972777 -38,466666 29/03/1988 80
tubular
Poço
2900009417 CORPO DE BOMBEIROS II -12,99 -38,466666 15/12/1984 70
tubular
Poço Abastecimento
2900009418 FONTE NOVA (SUDESB) -12,978055 -38,504444 22/02/1994 71 8,37 2,87 14,4
tubular urbano
PARQUE SANTIAGO Poço Abastecimento
2900009419 -12,968333 -38,473888 23/02/1995 70 53,9 3,24 2,52
GALICIA SUDESB tubular urbano
Poço Abastecimento
2900009420 BARRADAO III -12,905555 -38,435 23/10/1995 50 20 3,14 0,94
tubular urbano
2900009421 COMPLEXO POLICIAL DOS -12,9875 -38,516388 Poço 06/05/1999 100
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
916
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
BARRIS tubular
BASE AEREA DE Poço Abastecimento
2900009422 -12,915 -38,340278 20/06/1986 50 34,43 1,25 5,47
SALVADOR II tubular urbano
INSTITUTO MÉDICO LEGAL Poço Abastecimento
2900009425 -12,990277 -38,513055 08/06/1999 60 8,22 4,97 7,69
NINA RODRIGUES tubular urbano
BASE AEREA DE Poço Abastecimento
2900009429 -12,837222 -38,378611 10/05/1986 50 36,63 2,2 3,53
SALVADOR II tubular urbano
Poço Abastecimento
2900013546 -12,915555 -38,454444 08/06/2003 80 48 18 1,5
tubular industrial
Poço Abastecimento
2900013550 -12,896944 -38,457222 10/05/2005 70
tubular industrial
Poço
2900020595 PALÁCIO DE ONDINA IV -13,006388 -38,504166 02/03/2007 80
tubular
Poço
2900020596 PALÁCIO DE ONDINA II -12,999167 -38,508333 18/01/2007 150
tubular
Poço
2900021983 PALÁCIO DE ONDINA III -13,005833 -38,503333 16/02/2007 80 48,44 0,35 8,082
tubular
PROJETO HORTA Poço
2900022135 -12,773611 -38,564722 24/10/2008 90
COMUNITÁRIA CHESF tubular
Poço
2900023047 ESCOLA EVOLUÇÃO -12,967777 -38,43 15/01/2009 120 66,01 17,7 0,437
tubular
Poço
2900023263 SECRETARIA DA FAZENDA -12,967222 -38,429444 08/04/2009 100 0 0,1
tubular
ASS, COM , SONS DO Poço
2900023264 -12,967222 -38,43 11/04/2009 130 0 0,1
SILENCIO tubular
Poço
2900023265 ITINGA -12,754722 -38,666944 12/02/2009 120 48,95 1,78 4,449
tubular
ASSENTAMENTO LAGOA Poço
2900023899 -12,854444 -38,444167 28/07/2009 22 19,91 3,72 0,75
DA PAIXÃO I tubular
ASSENTAMENTO LAGOA Poço
2900023900 -12,853889 -38,445556 04/08/2009 17,8 12,86 2,1 0,89
DA PAIXÃO II tubular
ASSENT LAGOA DA Poço
2900024048 -12,8525 -38,446389 30/08/2009 20,5 16,11 4,1 7,615
PAIXÃO III tubular
Poço
2900028015 JARDIM ZOOLÓGICO I -12,824722 -38,675278 02/05/2013 150
tubular
ESTADIO MANOEL Poço
2900029231 -12,927222 -38,422222 17/02/2014 100 19,41 2,45 17,8
BARRADAS ( BARRADÃO) tubular
EDF, SEDE TRIBUNAL DE Poço
2900033348 -12,942778 -38,426111 25/08/2019 130
CONTAS tubular

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
917
Nível Nível Vazão
Código Data da Profundidade
Identificação Latitude Longitude Tipo Usos da água dinâmico estático específica
perfuração (m)
(m) (m) (m3/h)
EDF, SEDE TRIBUNAL DE Poço
2900033349 -12,942222 -38,425833 03/09/2019 80
CONTAS tubular
EGBA (EMPRESA GRAFICA Poço
2900033350 -12,943889 -38,475278 20/07/2019 120
DA BAHIA) tubular
Poço
2900033351 HORTO ALEXANDRE LEAL -12,956667 -38,425556 01/09/2019 143 87,45 26,28 1,22
tubular
SECRETARIA DE Poço
2900033352 -12,943056 -38,431667 01/08/2019 120 73,63 23,18 11,48
EDUCACAO - CAB tubular
Fonte: SIAGAS, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
918
Em estudo realizado por Nascimento (2008) sobre a quantidade e quantidade das águas
subterrâneas no aquífero Alto Cristalino de Salvador (Tabela 91) objetivando a utilização como
alternativa ao abastecimento de água da população. No que se refere à quantidade o sistema
aquífero cristalino possui um reservatório pequeno, e calculadas as informações hidrogeológicas
com base nos dados de 98 poços tubulares, tendo sido obtido os resultados apresentados na
Tabela 91. De acordo com Nascimento (2008) os poços tubulares com melhores vazões
específicas se localizam nas regiões das areias de dunas e litorâneas nos bairros de Itapuã até
Stella Maris.
Tabela 91 – Valores hidrogeológicos médios por sistema aquífero (valor da mediana)
Formaçã
Unidad o Regolito/Crist Areia/Rego Areia/Cristal
Parâmetros Areia Regolito
e Barreira alino lito ino
s
Profundidade m 17,3 55,0 68,6 29,0 61,0 50,0
Nível estático m 3,7 3,8 4,4 4,3 4,5 2,5
Nível
m 7,0 29,8 29,6 15,7 31,7 31,8
dinâmico
3
Vazão m /h 3,5 3,2 2,5 1,6 4,0 5,2
ND-NE m 3,3 21,3 26,3 12,8 26,7 30,4
Vazão
m3/h/m 2,0 0,1 0,1 0,1 0,15 0,2
específica
Fonte: Nascimento, 2008.
Os estudos indicaram que a disponibilidade efetiva instalada calculada para o sistema aquífero foi
de 7,12 milhões m 3/ano, que corresponde ao volume máximo anual passível de exploração a
partir de obras de captação. Quanto a qualidade das águas subterrâneas, a análise de 32
amostras em pontos distintos por Nascimento (2008), indicou que as águas são
predominantemente sódicas (65,6%) e mistas (31,2%), e secundariamente cálcicas (3,1%),
podendo ser classificadas como cloretadas sódicas, cloretadas cálcicas ou magnesianas,
bicarbontadas sódicas e bicarbonatadas cálcicas ou magnesianas.

5.3. DEMANDAS CONSUNTIVAS E NÃO CONSUNTIVAS


As demandas de água correspondem às vazões que são utilizadas para o atendimento dos usos
hídricos, que se subdividem em usos consuntivos, que afetam diretamente a quantidade de água
e os usos não consuntivos, que retornam aos mananciais a água utilizada, podendo haver algum
tipo de modificação temporal na disponibilidade qualitativa.
As principais demandas consuntivas são o abastecimento de água, a dessedentação animal, a
irrigação, a indústria e mineração; enquanto as demandas não consuntivas englobam o transporte
e lançamento de efluentes, mineração, produção de energia, recreação, turismo e cultura,
navegação, aquicultura e pesca, além da preservação do ambiente aquático. De acordo com o
relatório Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil 2020 (ANA, 2020) divulgado anualmente pela
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), no ano de 2019 os maiores usos
hídricos demandados foram a irrigação, correspondendo a 49,8%, o abastecimento humano
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
919
urbano correspondendo a 24,3% e indústria correspondendo a 9,7%. O relatório não apresenta
resultados à nível municipal, mas destaca que nas bacias hidrográficas litorâneas do Estado da
Bahia que as maiores retiradas de água são destinadas para o abastecimento humano.
As águas que são captadas para atendimento das demandas são classificadas em parcela, sendo
denominadas como vazão de retirada, o volume total de água captada para o atendimento dos
usos; vazão de retorno, que se refere à água que retorna aos corpos hídricos, após o uso e vazão
de consumo, que se refere àquela efetivamente consumida, que não retorna aos corpos hídricos.
No Estado da Bahia as demandas de água superficiais e subterrâneas em rios de domínio
estadual, inclusive, nos rios das bacias hidrográficas de Salvador são outorgadas pelo Instituto de
Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA).

5.3.1. DEMANDAS CONSUNTIVAS


Para fins de caracterização das demandas de água consuntiva por tipo de uso no município foram
consultados os dados de outorgas disponibilizados pelo INEMA. A Tabela 92 destaca os principais
usos hídricos consuntivos e não consuntivos no município de Salvador constante no Cadastro de
Usuários de Recursos Hídricos (CERH) disponibilizado pelo INEMA, tendo sido identificado como
principais usos o abastecimento humano e industrial.
Tabela 92 – Quantidade de usuários por tipos de usos hídricos – Cadastro INEMA
Quantidade de pontos de interferência para cada finalidade
1 Abastecimento Humano e Público 149
2 Sem informação 144
3 Abastecimento industrial 134
4 Operação 54
5 Irrigação 40
6 Outros 27
7 Abastecimento Comercial e Serviço 24
8 Lazer e turismo 3
9 Infraestrutura 2
TOTAL 577
Fonte: INEMA, 2021
No total foram identificados 287 usuários com 577 pontos de interferências
(captações/lançamentos), sendo que os principais tipos de interferências listados foram captações
superficiais (17 usuários) e subterrâneas (191 usuários), captação em barragens (1 usuário),
lançamento de efluentes (3 usuários) e os demais eram outros tipos de intervenções. Os principais
usos identificados foram o abastecimento humano e o industrial. Com relação aos cursos d’água,
as captações e lançamentos identificados são realizados no rio Jaguaribe, Ipitanga, Trobogy,
Riacho Itapuã-Mirim, Córrego do Bispo, Riacho Coroado, Rio Cachoeirinha e Rio do Cobre.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
920
5.3.2. DEMANDAS NÃO CONSUNTIVAS

5.3.2.1.1. TRANSPORTE E LANÇAMENTO DE EFLUENTES


A atual situação do município de Salvador em relação à infraestrutura de esgotamento sanitário
está descrita no Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário. De acordo com dados do
SNIS (2019) o Índice de Atendimento Total de Esgoto (IN056) considerando a parcela do
município atendida com água foi de 79,29%, o Índice de Coleta de Esgoto (IN015) correspondeu a
100% e o Índice de Tratamento de Esgoto (IN016) correspondeu a 97,98%, o que mostra que o
município ainda não atingiu a universalização. Apesar de percentuais considerados elevados de
coleta e tratamento, em relação à realidade brasileira, é válido destacar que em todas as regiões
do município ainda são identificadas diversas ligações clandestinas de esgoto bruto sendo
lançadas diretamente nos rios urbanos e sistemas de drenagem pluvial, impactando de forma
significativa a qualidade das águas, conforme exemplificado nas Figura 881 e Figura 882.
Figura 881 – Ligações clandestinas de Figura 882 – Canal de São Gonçalo do
esgoto diretamente no Rio Pernambués, na Retiro, no bairro de Arraial do Retiro na
bacia do rio Camarajipe bacia do rio Camarajipe

Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021


Com relação à prestação do serviço, resumidamente, se destaca os sistemas coletivos mantidos
pela EMBASA, sendo que a maior parte continental do município é atendida por dois sistemas de
esgotamento sanitário, que direcionam os esgotos para Estações de Condicionamento Prévio
(ECPs) do Rio Vermelho e de Jaguaribe, e a partir destes é direcionado após tratamento
preliminar por emissário submarino até o Oceano Atlântico. Além desses sistemas, há as
Estações de Tratamento Descentralizadas, num total de 86 estações, sendo o esgoto tratado
localmente e sendo lançado tratado nos rios, em sua maioria na região do bairro de Cajazeiras.
Com relação às ilhas, elas possuem sistemas de tratamento operados pela Embasa, sendo que
na Ilha dos Frades, há dois sistemas: um na localidade de Paranama e outro na localidade de
Ponta de Nossa Senhora; e na Ilha de Bom Jesus dos Passos possui uma ETE. Na Ilha de Maré
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921
não possui sistema coletivo, sendo predominante as soluções individuais, como fossas, e
lançamento final em redes de drenagem existentes que direcionam os efluentes para o mar.
No Cadastro de Usuários de Recursos Hídricos do INEMA são identificados lançamentos de
efluentes em rios de Salvador, em sua maioria de condomínios, nos rios Macaco, Jaguaribe,
Trobogy, Ipitanga, Itapuã-Mirim, Córrego do Bispo, Mocambo, Saboeiro, riacho Coroado,
Cachoeirinha e Cobre. A vazão de lançamento dos efluentes não foi informado pelo órgão
ambiental. Por serem rios enquadrados como Classe 2, de acordo com a Resolução CONAMA Nº
357/2005 devem ser obedecidos os padrões de qualidade de água estabelecidos nos Art. 14 e 15.

5.3.2.1.2. PESCA
Quanto às atividades de pesca em ambientes lênticos e lóticos se identifica em Salvador a prática
de pesca artesanal e ou/de subsistência realizada de forma manual e com a utilização de
embarcações de pequeno porte, sem nenhuma sofisticação de equipamentos. Apesar de a pesca
marítima ser mais preponderante no município, a prática da pesca também é realizada em locais
de manguezais como os dos rios Passavaca e Jaguaribe, que apesar do alto grau de poluição,
ainda são obtidos pescados utilizados para a subsistência de famílias carentes. Destaca-se que
também é observada a prática em rios, como o Ipitanga e o Cobre, além das lagoas urbanas,
como a lagoa de Pituaçu, Dique do Tororó e de Abaeté. A Figura 883 exemplifica um local do
trecho do rio Ipitanga, onde existe uma bacia de amortecimento de vazões, e que é realizada a
prática de pesca artesanal.
Figura 883 – Trecho do rio Ipitanga, no bairro de São Cristovão com prática de pesca
artesanal (Coordenadas 570926 E / 8573243 N)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

5.3.2.1.3. RECREAÇÃO, TURISMO E CULTURA


No município de Salvador os locais destinados a esse uso da água são pontos turísticos como
cachoeiras e lagoas, sendo em sua maioria destinados apenas para contemplação, e outros
poucos frequentados por banhistas. As áreas destinadas à recreação, geralmente são

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922
classificadas como de contato primário podendo ser realizado o contato direto e prolongado com
água, podendo haver a possibilidade de ingestão da água; e como de contato secundário, que
está associada a atividades com contato esporádico ou acidental, com pequena possibilidade de
ingestão da água. De acordo com a Resolução CONAMA Nº 357/2005, a recreação de contato
primário deve ser realizada em águas doces de classe de qualidade 1 e 2, e a recreação de
contato secundário em águas de classe 3. Em Salvador os principais locais onde são realizados
os usos das águas para fins de recreação, turismo, cultura e práticas religiosas, por bacia
hidrográfica são apresentados na Tabela 93. A Figura 884 mostra uma região do Parque de
Pituaçu, na bacia hidrográfica do rio Pituaçu, onde são realizadas praticadas de lazer.
Tabela 93 – Locais destinados à recreação e lazer nas bacias hidrográficas de Salvador
Bacia hidrográfica
ou de drenagem Local Latitude Longitude Finalidade
natural
Bacia hidrográfica
Contemplação/Bal
do rio Pituaçu/rio Parque de Pituaçu 8566301.85 m S 563837.16 m E
neabilidade
das Pedras
Bacia hidrográfica
Dique do Tororó 8564528.05 m S 553565.73 m E Contemplação
do rio Lucaia
Dique do Cabrito 8572233.21 m S 557203.85 m E Contemplação
Lagoa dos Frades
Bacia hidrográfica
(Parque dos 8564797.54 m S 560508.25 m E Contemplação
do rio Camurugipe
Dinossauros)
Lagoa dos Pássaros 8564634.17 m S 560154.10 m E Contemplação
Dique de Campinas 8572832.55 m S 557291.51 m E Contemplação
Bacia hidrográfica
do rio do Cobre
Parque São Bartolomeu 8573920.72 m S 557252.16 m E Contemplação
Lagoa da Paixão 8579169.77 m S 559864.32 m E Contemplação
Bacia de drenagem Contemplação/Bal
Lagoa de Abaeté 8568848.76 m S 569628.78 m E
natural de Stella neabilidade
Maris Lagoa do Flamengo 8571621.00 m S 574284.51 m E Contemplação
Bacia hidrográfica
Vale Encantado 8568657.05 m S 565126.67 m E Contemplação
do rio Jaguaribe
Fonte: CSB Consórcio, 2021
Figura 884 – Região do Parque de Pituaçu próximo da orla marítima (Coordenadas
563781,65 E / 8566376,35 N)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

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923
5.3.2.1.4. PROTEÇÃO DAS ÁGUAS/MANUTENÇÃO DOS
ECOSSISTEMAS
As bacias hidrográficas do município de Salvador possuem um regime hidrológico de manutenção
das vazões bastante influenciado pelo escoamento superficial, principalmente durante os períodos
chuvosos, e pela infiltração das águas de chuva que são armazenadas no subsolo, que são
liberadas gradativamente nos períodos de estiagem. As características do aquífero subterrâneo,
predominantemente fissural ou fraturado representam uma contribuição insignificante à
manutenção das vazões da maioria das bacias hidrográficas, com exceção das bacias do Rio do
Cobre, Rio Pituaçu, rio Passa Vaca, Rio Jaguaribe, Rio Ipitanga e Rio Sapato, que possuem em
possuem formações de aquífero poroso. Devido ao modelo de ocupação do solo no município, as
zonas de recargas de muitos rios urbanos foram impermeabilizadas, reduzindo a infiltração e
consequentemente impactando nas vazões dos rios, tornando-se intermitentes e efêmeros, como
nas bacias dos rios Lucaia e do rio do Seixos.
A mudança no regime hidrológico dos rios provocada pelo planejamento inadequado do uso do
solo, deixou-os em situação de vulnerabilidade e sujeitos a ações antrópicas, como a ocupação
das zonas de recargas, que geralmente são as partes das encostas e morros, e a ocupação das
Áreas de Preservação Permanente (APPs). Com a descaracterização dos ecossistemas, a biota
aquática foi afetada juntamente com os fenômenos hidrológicos, em muitos rios, como o rio
Lucaia, na região da Avenida Vasco da Gama; o rio do Seixos, na Avenida Centenário; o rio das
Pedras, no bairro do Imbuí; o rio Paraguari e o rio Jaguaribe, dentre outros, que foram
tamponados totalmente ou parcialmente, ou tiveram seus revestimentos naturais alterados,
tornando-se canais de transporte esgoto. As análises do Índice de Qualidade da Água (IQA) e do
Índice de Estado Trófico a partir dos resultados de monitoramento da qualidade da água dos rios
em distintas bacias urbanas, realizado anualmente pelo INEMA consolida essa afirmação. À
exceção são as lagoas urbanas, em sua maioria com áreas de APPs bem preservadas, mas em
situação de risco, e com boa qualidade da água, e que atualmente são potenciais regiões para a
prática de recreação, turismo e lazer.
Objetivando promover a conservação da vegetação e recuperação de áreas especiais como a
proteção das águas e ecossistemas, o PDDU (2016) estabelece no Art. 20 as Áreas de
Preservação Permanente (APP), com base nos termos do Código Florestal, Áreas de Proteção
Ambiental (APA), Áreas de Proteção aos Recursos Naturais (APRN) e as áreas integrantes do
Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural (SAVAM), conforme descritas no Quadro 42.
Destaca-se que é responsabilidade do poder executivo a elaboração de estudos técnicos
específicos para o enquadramento e delimitação das áreas citadas.
Quadro 42 – Áreas de conservação e proteção ambiental definidas no PDDU de Salvador
Tipo de Área Descrição
• Dunas de Armação e de Pituaçu;
SAVAM
• Manguezal do rio Passa Vaca;
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924
Tipo de Área Descrição
• Bacia do Jaguaribe;
• Dunas da Bolandeira, e as
• Áreas de Proteção Cultural e Paisagística (APCP) do Jardim de Allah, da
Boca do Rio e Pituaçu, de Piatã, do Farol de Itapuã
• Área de Proteção Ambiental das Lagoas e Dunas de Abaeté;
Áreas de
• Área de Proteção Ambiental Baía de Todos os Santos;
Proteção
Ambiental (APA) • Área de Proteção Ambiental Joanes/Ipitanga;
• Área de Proteção Ambiental Bacia do Cobre/São Bartolomeu
Áreas de • I – APRN das Dunas de Armação;
Proteção de • II – APRN dos Vales do Cascão e Cachoerinha;
Recursos naturais • III – APRN de Pituaçu;
(APRN) • IV – APRN dos Vales da Mata Escura e do Rio da Prata;
• V – APRN do Vale do Paraguari;
• VI – APRN de São Marcos;
• VII – APRN do Manguezal do Rio Passa Vaca;
• VIII – APRN de Jaguaribe;
• IX – APRN da Bacia do rio do Cobre;
• X – APRN de Aratu;
• XI – APRN das Dunas da Bolandeira;
• XII – APRN de Águas Claras;
• XIII – APRN da Lagoa da Paixão;
• XIV – APRN Fazenda Grande e Boca da Mata;
• XV – APRN do Parque Marinho da Barra;
• XVI – APRN de Brotas;
• XVIII – APRN do Entorno Marítimo da Ilha dos Frades.
Fonte: Adaptado PDDU, 2016
A Figura 885 apresenta a delimitação das áreas de SAVAM estabelecidas pelo PDDU (2016),
sendo notáveis as áreas de parques urbanos existentes e propostos, e as Áreas de Proteção de
Recursos Naturais (APRN). Nota-se que são observadas áreas de proteção nas bacias
hidrográficas de Ondina, do rio Lucaia, do rio das Pedras/Pituaçu, do rio Jaguaribe, do rio do
Cobre, do rio Camarajipe e na bacia de drenagem natural de Stella Maris, contudo, as áreas de
APPs dos rios não foram representadas.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
925
Figura 885 – Sistema de Áreas de Valor Ambiental e Cultural - SAVAM

Fonte: PDDU, 2016

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
926
Diante do exposto, com base na realidade hídrica e de uso e ocupação dos solos no município,
fica evidente que as bacias hidrográficas estão em situação frágil no que tange à proteção das
águas e à manutenção dos ecossistemas, principalmente devido a especulação imobiliária e os
que se encontram em situação de tamponamento. São exemplos as bacias do rio do Cobre,
Ipitanga, Jaguaribe, Pituaçu/Pedras e Passa Vaca, que ainda preservam boas condições naturais,
e que são importantes para o manejo das águas pluviais e qualidade ambiental.

5.3.2.1.5. NAVEGAÇÃO
A navegação corresponde a um dos usos não consuntivos de águas superficiais que requer o
mínimo de qualidade de água, conforme verificado na Resolução CONAMA Nº 357/2005, podendo
ser praticado em águas doces do tipo Classe de Qualidade 4.
No município de Salvador não existe a prática de navegação comercial nos rios urbanos, pois os
mesmos possuem regime do tipo intermitente ou efêmero, com reduzidas vazões, baixas
profundidades e em área urbana. A exceção se refere à pequenas embarcações como canoas,
utilizadas para a prática da pesca em algumas lagoas, ou em grandes reservatórios, com os das
barragens do Cobre, Pituaçu e de Ipitanga.

5.3.2.1.6. GERAÇÃO DE ENERGIA HIDRELÉTRICA


De acordo com o Sistema de Informações Georreferenciadas do Setor Elétrico (SIGEL) da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), no município de Salvador não existem
empreendimentos do tipo pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), centrais geradoras hidrelétricas
(CGH) ou usinas hidrelétricas (UHE) localizados nas bacias hidrográficas do território.

5.4. SITUAÇÃO DA APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DOS


RECURSOS HÍDRICOS

5.4.1. PLANOS DE RECURSOS HÍDRICOS


Os Planos de Recursos Hídricos são definidos como planos diretores que fundamentam e
orientam a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o gerenciamento dos
mesmos, devendo serem de longo prazo, com horizonte de planejamento compatível com a
implantação dos programas, projetos e ações. Esses planos devem contemplar no mínimo o
diagnóstico da situação, o prognóstico, o balanço entre disponibilidade e demandas hídricas,
metas de racionalização dos recursos, o estabelecimento das prioridades para outorga de direito
de uso de recursos hídricos, critérios para a cobrança pelo uso, além das proposições dos
programas, projetos e ações.
De acordo com o Art. 8º esses planos devem ser elaborados por bacias hidrográficas, mas não
foram identificados planos específicos para bacias hidrográficas do município de Salvador.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 927
A Região de Planejamento e Gestão do Recôncavo Norte e Inhambupe – RPGA XI, estabelecido
elo INEMA, na qual se localizam as bacias hidrográficas de Salvador não possui plano de bacia
hidrográfica. Contudo, em meados do ano de 2018 o INEMA junto com a Secretaria do Meio
Ambiente do Estado da Bahia (SEMA) contratou a elaboração do Plano de Ações Estratégicas
para o Gerenciamento dos Recursos Hídricos da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu e do
Recôncavo Norte e Inhambupe. O Plano citado contemplou a geração a regionalização das
bacias, análise do uso e ocupação dos solos, caracterização física, biótica, socioeconômica e
demográfica, análise da disponibilidade hídrica e da qualidade das águas, das demandas hídricas,
efetuou o balanço hídrico e inseriu uma análise quanto a situação dos instrumentos de gestão dos
recursos hídricos. Além disso, o Plano realizou a análise de Agendas Temáticas e a elaboração
de cenários estratégicos para a RPGA. Como forma de promover a Participação Social o plano
realizou um ciclo de discussões de setores usuários (saneamento, agropecuária e irrigação,
indústria e mineração) e os relacionados com a gestão dos recursos hídricos, como técnicos do
INEMA, membros do comitê de bacias e empresas consorciadas.
A partir do diagnóstico integrado o plano formulou seis questões estratégicas consideradas
estruturantes para o aumento da efetividade da governança sustentável dos recursos hídricos na
RPGA:

• Demanda de água e complexidade da gestão da extensa área urbana;


• Conservação de recursos hídricos;
• Qualidade da água e enquadramento dos reservatórios e barramentos;
• Sustentabilidade do Sistema de Pedra do Cavalo;
• Integração das Unidades de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos;
• Aperfeiçoamento e implementação dos instrumentos de gestão de recursos hídricos para
atendimento das demandas da RPGA.

5.4.2. ENQUADRAMENTO DE CORPOS D’ÁGUA SEGUNDO SEUS USOS


PREPONDERANTES
O enquadramento dos corpos de água objetiva assegurar às águas a qualidade compatível com
os usos hídricos estabelecidos pelos usuários para diferentes trechos dos cursos d´água, além de
diminuir os custos de combate com a poluição das águas, com ações preventivas. Para a
proposta de enquadramento deve-se definir o objetivo da qualidade da água, onde é avaliada a
condição atual do rio, discute-se com a população da bacia a condição desejada para aquele rio,
e por fim, se discute e pactua-se a meta com diferentes atores da bacia hidrográfica (ANA, 2013).
As classes de qualidade de água considerando os usos mais ou menos exigentes são
estabelecidos na Resolução CONAMA nº 357/2005, sendo estabelecidas para águas doces 5
classes: classe especial e as classes de 1 a 4, numa ordem decrescente de qualidade; para águas
salobras ou salinas, são definidas 4 classes: a classe especial e as classes de 1 a 3.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 928
Para corpos d’água que não possuem propostas de enquadramento aprovadas, como é o caso,
dos rios de Salvador, a Resolução CONAMA nº 357/2005 no Art. 42 recomenda que as águas
doces sejam consideradas classes 2, e as salinas e salobras como classe 1, exceto se as
condições de qualidade atuais forem melhores. As águas de classe 2 podem ser usadas para
proteção das comunidades aquáticas, recreação de contato primário e secundário, aquicultura,
abastecimento para consumo humano após tratamento convencional, pesca, irrigação,
dessedentação animal, navegação e harmonia paisagística. Contudo, na prática muitos rios
urbanos se encontram poluídos possuindo padrões de qualidade compatíveis com a Classe 3 e
Classe 4, sendo que a indicação da Classe 2, possui caráter preventivo, enquanto não se define a
proposta de enquadramento.

5.4.3. OUTORGA DE DIREITO DE USO DE RECURSOS HÍDRICOS


A outorga de direito de recursos hídricos faculta ao outorgado o direito de uso de águas
superficiais e subterrâneas (em rios, lagos e aquíferos) por prazo determinado, estando
condicionado à disponibilidade hídrica disponível para uso, seja quantitativa ou qualitativa. Nas
análises de concessão ou autorização de outorga se objetiva promover o atendimento das
necessidades ambientais, econômicas e sociais da água; a redução ou eliminação de conflitos de
usos e a possibilidade de atendimento das demandas futuras (ANA, 2011). Para alcançar esses
objetivos a autoridade outorgante verifica a disponibilidade hídrica existente na bacia, as
demandas hídricas em atendimento e previstas, a classe de enquadramento dos corpos d’água,
as prioridades de uso previstas na legislação, dentre outros.
No Estado da Bahia a autoridade outorgante é o INEMA, para os corpos hídricos superficiais de
domínio do Estado, além das águas subterrâneas, e para os corpos hídricos de domínio da União
é ANA. No caso do município de Salvador, os rios são de domínio do Estado, logo, o INEMA é o
responsável pelas autorizações de outorga.
Para aplicação da outorga de direito de uso de recursos hídricos, à nível estadual, o Decreto Nº
6.296/1997 define os critérios para concessão e autorização de uso das águas, além de critérios
de dispensa, prazos, ordem de prioridades para expedição de outorgas, usos em situação de
escassez hídrica e vazões de referência. Ressalta-se que em situações de escassez hídrica os
usos prioritários são o consumo humano e a dessedentação animal.
Quanto às atividades relacionadas à drenagem urbana no caso do Estado da Bahia, a Resolução
Nº 96/2014 que estabelece no Art. 16 algumas atividades que independem de outorga; dentre as
quais cita-se:

• Implantação de pontes, passarelas, passagens molhadas, travessias áreas,


subaquáticas e subterrâneas e demais obras de travessia de corpos de água;
• Serviços de limpeza e conservação de margens, incluindo dragagem, canalização,
retificação e desvio de leito do curso d’água.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 929
Caso seja identificado que as intervenções de drenagem urbana possam interferir na quantidade,
qualidade ou regime das águas, a Portaria INEMA Nº 11.292/2016 define os documentos e
estudos necessários que devem ser apresentados junto ao INEMA dentre os quais: memorial
descritivo e justificativa técnica do empreendimento, projeto executivo e estudos hidrológicos e
hidráulicos de acordo com a finalidade do projeto.

5.4.4. COBRANÇA PELO USO DE RECURSOS HÍDRICOS


A cobrança pelo uso de recursos hídricos, é outro instrumento importante, que objetiva incentiva a
racionalização do uso, obter recursos financeiros para o financiamento de programas, projetos e
ações propostos nos planos de recursos hídricos, assim como o custeio do sistema de
gerenciamento dos recursos hídricos, e viabilizar financeiramente as Agências de Água (ANA,
2014).
Ressalta-se que a cobrança pelo uso da água não é considerada um imposto, mas um preço
público, pois os seus mecanismos e valores são negociados, assim como a sua implementação
ou não, a partir do debate entre os usuários da água, as organizações civis e os poderes públicos
que fazem parte do Comitê de Bacia Hidrográfica. Quanto à cobrança somente os usos sujeitos à
outorga são cobrados, enquanto, aqueles que independem de outorga como a drenagem urbana
não são cobrados. No caso das bacias hidrográficas localizadas em Salvador, os usos outorgados
não são cobrados, pois o mecanismo da cobrança não se encontra aprovado pelo comitê da
RGPA XI – Recôncavo Norte e Inhambupe.

5.4.5. SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE RECURSOS HÍDRICOS


Os Sistemas de Informações de Recursos Hídricos, como instrumento da Política Nacional de
Recursos Hídricos são importantes para a aplicação dos demais instrumentos de gestão, pois eles
geram dados e informações uteis para a tomada de decisão. São princípios básicos desses
sistemas: a descentralização da obtenção e produção de dados e informações, a coordenação
unificada do sistema e a garantia de acesso aos dados pela sociedade em geral (ANA, 2016).
A composição mínima de um Sistemas de Informações de Recursos Hídricos contempla redes de
monitoramento quali-quantitativas, convencionais ou com aquisição automática de dados; banco
de dados com séries hidrometeorológicas; sistemas de informações geográficas; módulos para
modelos de simulação e sistemas de apoio à decisão, para outorgas, alocação de volumes de
reservatórios, de eventos críticos e para planejamento integrado.
Nos estados brasileiros os órgãos gestores de recursos hídricos são responsáveis pelos sistemas
de informações de recursos hídricos das águas que estão sob seu domínio, que no caso do
Estado da Bahia é o INEMA, e a nível de bacias hidrográfica, seria a Agência de Água.
No município de Salvador existem sistemas de informações de recursos hídricos que são
operados por diferentes órgãos, descritos a seguir:

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 930
• INEMA: órgão estadual gestor dos recursos hídricos que possui uma rede de 36
estações pluviométricas distribuídas na área do município, com períodos de registros
distintos, e sua maioria com dados no período de 1964-2020, contudo, todas as
estações possuem falhas mensais diárias, sendo que a maioria possui em média 7
anos de registros. Não realizada o monitoramento fluviométrico dos rios urbanos.
Quanto ao monitoramento qualitativo de forma anual, acompanha a qualidade da água
de 13 rios urbanos, desde o ano de 2013, e monitora cerca de 34 pontos de
amostragem de lagoas urbanas. Além disso o órgão, monitora semanalmente os níveis
e volumes de grandes barramentos no município, dentre ele o de Pituaçu, Cobre,
Ipitanga I e Ipitanga II. Os bancos de dados hidrológicos são de domínio público e com
acesso direto na página de internet do órgão.
• CODESAL: órgão da Defesa Civil de Salvador que possui um Centro de
Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil (CEMADEC) composto por 54
estações, instaladas ao longo do tempo pela CODESAL, CEMADEN e INMET. Essas
estações se subdividem em 46 estações pluviométricas, com sendo que os registros
mais antigos são a partir do ano de 2005 em algumas estações; 4 estações
hidrológicas que acompanham os níveis em tempo real dos rios Camurugipe,
Pedras/Pituaçu e Jaguaribe; e 4 estações meteorológicas instaladas em Ondina, Base
Naval de Aratu, Monte Serrat e Pituba. Dentro da estrutura do órgão há também o
Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil com 11 sirenes instaladas em áreas de
risco de deslizamento de terra nos períodos chuvosos. Os bancos de dados
hidrológicos não são de domínio público, necessitando de comunicações oficiais para a
obtenção dos mesmos.
• MARINHA: órgão da defesa, que a partir do Centro de Hidrografia da Marinha do
Brasil, monitora os níveis de marés, que influenciam principalmente nos níveis de água
dos sistemas de micro e macrodrenagem urbana. No caso o centro possui duas
estações maregráficas, localizadas na região do Porto de Salvador. Os bancos de
dados maregráficos são de domínio público e com acesso direto na página de internet
do órgão.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 931
6. AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS DE SAÚDE PÚBLICA RELACIONADOS
ÀS DEFICIENCIAS DOs SISTEMA DE drenagem e manejo das águas
pluviais
Os serviços de manejo de águas pluviais e drenagem urbana são de suma importância para a
manutenção da saúde pública e da qualidade ambiental, a partir da coleta, do transporte e do
destino final seguro e adequado das águas pluviais. Nas situações de inexistência ou deficiência
da estrutura de drenagem urbana alguns problemas, como alagamentos e inundações se tornam
frequentes, colocando em risco a saúde da população, principalmente a de baixa renda.
Atualmente no município de Salvador, as principais regiões críticas de drenagem urbana se
localizam nas regiões de vales e talvegues, marginais aos principais corpos hídricos, como o rio
Camarajipe e o rio Jaguaribe. Os riscos à saúde são intensificados devido aos lançamentos
clandestinos da rede de esgoto nas redes de micro e macrodrenagem, além do descarte
inadequado de resíduos sólidos, que em períodos chuvosos obstruem as redes e canais
provocando extravasamentos para a via pública e residências.
De acordo com a Funasa (2010) as doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado,
podem ser divididas em 5 categorias conforme apresentado no Quadro 43, onde se destaca as
doenças transmitidas pelo contato direto com a água, como esquistossomose e leptospirose,
predominantes em regiões com sistema de drenagem deficiente.
Quadro 43 – Doenças relacionadas ao Saneamento Ambiental Inadequado (DRSAI)
Categoria Doenças
Doenças de transmissão feco-oral Diarreias
Febres entéricas
Hepatite A
Doenças transmitidas por inseto vetor Dengue
Febre Amarela
Leishmanioses
Filariose linfática
Malária
Doenças de Chagas
Doenças transmitidas através do contato com a Esquitossomose
água Leptospirose
Doenças relacionadas com a higiene Doença dos olhos
Tracoma
Conjuntivites
Doenças da pele
Micoses superficiais
Geo-helmintos e teníases Helmintíases
Teníases
Fonte: Funasa, 2010
Para o acompanhamento e avaliação da situação da saúde da população devem ser definidos
indicadores epidemiológicos em saúde ambiental a serem construídos a partir de dados
disponíveis, contudo, o indicador de morbidade por doenças diarreicas tem sido mais amplamente
utilizado para estudo de impactos do saneamento (FUNASA, 2010). Para estudos do impacto da

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 932
drenagem urbana na saúde, Souza (2001) apud Fátima & Cabral (2013) a partir de pesquisa
bibliográfica e aplicação do Método Delphi pré-selecionaram 7 doenças ligadas à drenagem: febre
amarela urbana, dengue, malária, filariose, leptospirose e esquistossomose. Para fins de análise
dos impactos na saúde no município de Salvador serão consideradas as doenças citadas como os
principais indicadores epidemiológicos do impacto da drenagem urbana na saúde da população.
Para o controle das doenças citadas, dentre outras, no município de Salvador existe a Vigilância
Epidemiológica (VIEPI) vinculada à Secretaria de Saúde, com ações por Distritos Sanitários, e que
atua de forma a proporcionar o conhecimento, a detecção ou prevenção de doenças e agravos, a
partir da coleta, processamento, análise e interpretação de dados, com recomendações de
medidas de controle e divulgação de informações. Atualmente o Centro de Informações
Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS), instituído pela Portaria Nº 305/2009, que é
responsável pela captação de notificações, análise dos dados e de divulgação de informações
estratégicas relevantes à prática de vigilância em saúde.
No município de Salvador são oferecidos serviços de controle de zoonoses, sendo realizado de
forma gratuita pelo Centro de Controle de Zoonoses da Secretaria de Saúde com a participação
dos agentes de saúde. Dentre os serviços oferecidos e que estão associados aos serviços de
drenagem urbana citam-se:

• inspeção para controle de roedores em domicílio, visando o combate a leptospirose,


• inspeção zoosanitária para avaliação de caramujo para o combate a esquistossomose e
• inspeção para foco de mosquito da dengue.

Atualmente o Centro de Controle de Zoonoses se localiza na Rua do Mocambo, no bairro do


Trobogy, com funcionamento de segunda a sexta, entre 8h e 12h, e das 13h às 17h.
A metodologia adotada para a análise dos indicadores epidemiológicos citados consistiu na
obtenção de dados de notificações das doenças no sistema DATASUS, pertencente ao Ministério
da Saúde e que disponibiliza informações da situação sanitária dos municípios brasileiros,
objetivando orientar as tomadas de decisões baseadas em evidências e para nortear a elaboração
de programas de ações de saúde.
Dentre as doenças de notificação compulsória, ou seja, que devem ser informadas às autoridades
públicas, e que possuem correlação com os serviços de drenagem se destacam a dengue, a
malária, a leishmaniose, a esquistossomose e a leptospirose.

6.1. DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

6.1.1. DENGUE
Doença infecciosa viral aguda, causada por vírus do tipo Flavivirus, com quatro sorotipos
conhecidos. A transmissão é feita através da picada por mosquitos, principalmente Aedes aegypti,
que após se alimentarem com sangue infectado, podem transmitir o vírus. As medidas de controle

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 933
são através da eliminação do mosquito transmissor, como drenagem, retificação de cursos d’água
e pequenos aterros, que visam eliminar os criadouros (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2020, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a dengue foram superiores a 1.200 casos/ano,
sendo que os anos de 2020 (10.545 casos), 2019 (9.557 casos) e 2009 (6.850 casos) foram os
que apresentaram maiores registros de casos, enquanto que o ano de 2018 foi o que apresentou
menor registro (1.280 casos), conforme mostra a Figura 886.
Figura 886 – Número de casos de dengue registrados por ano no período 2007-2020

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2020


Os dados da Figura 886 ainda mostram que a partir do ano de 2015 até o ano de 2018 ocorreram
reduções gradativas no número de casos, entorno de 41,3% (ano 2016) a 39,8% (ano 2018),
enquanto no ano de 2019 ocorreu um aumento histórico de 86,6% em relação ao número de
casos do ano de 2018, mantendo um patamar de crescimento no ano de 2020. O valor histórico
registrado no ano de 2020 pode ser justificado pelo início da pandemia de coronavírus, em
meados do mês de março, quando a atuação dos agentes de endemias foi reduzida, assim como
canceladas as visitações domiciliares.
De acordo com o Plano Municipal de Saúde de Salvador 2018-2021 (2018) quando se analisa a
distribuição dos casos de dengue por Distritos Sanitários do período de 2005/2015, os que
apresentam maiores incidências médias da série são: Centro Histórico (258,5/100 mil. hab.), Boca
do Rio (255,8/100 mil hab.) e Subúrbio Ferroviário (231,8/100 mil hab.).
No que se refere à evolução do número de casos registrados por mês a Figura 887 mostra que a
maioria das notificações foram registradas entre os meses de março a maio, que corresponde ao
período chuvoso em Salvador, ocorrendo uma redução gradativa dos casos no segundo semestre.
Os resultados da Figura 887 mostram que ações da Operação de Combate à Arboviroses, como a
dengue devem ser realizadas em meses antecedentes ao período chuvoso, preferencialmente
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 934
entre os meses de novembro a janeiro, onde são registrados os menores números de casos da
doença. Os meses mais secos são mais propícios para a realização de ações de limpeza de
canais e desobstrução de bueiros evitando a formação de possíveis pontos de acumulação de
água.
Figura 887 – Número total de casos de dengue registrados por mês no período de 2007-
2020

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2020


Os resultados do DATASUS referentes à dengue em Salvador no período de 2007 a 2020 são
apresentados na Tabela 94.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais 935
Tabela 94 – Número mensal de notificações de dengue no período de 2007-2020
Mês de notificação 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Total Média
Janeiro 31 73 244 143 201 468 74 171 84 259 195 187 139 1.140 3.409 244
Fevereiro 68 65 468 220 207 535 113 255 100 397 122 98 171 1.587 4.406 315
Março 170 101 2.082 485 341 715 187 429 295 428 163 129 201 1.822 7.548 539
Abril 148 611 1.531 410 642 823 240 872 515 321 228 114 453 1.996 8.904 636
Maio 161 680 827 982 1.147 834 183 635 800 331 225 98 751 1.695 9.349 668
Junho 153 304 464 1.196 1.124 548 209 374 773 343 152 85 910 1.045 7.680 549
Julho 222 177 387 1.216 796 504 198 272 830 259 264 97 1.512 572 7.306 522
Agosto 150 100 274 592 538 366 150 147 671 237 205 66 1.468 214 5.178 370
Setembro 71 53 169 280 156 175 144 133 733 229 133 65 1.287 191 3.819 273
Outubro 66 95 136 248 43 135 126 130 384 212 158 106 1.034 123 2.996 214
Novembro 55 79 139 219 42 85 147 122 243 190 130 111 885 81 2.528 181
Dezembro 39 140 129 146 32 99 135 162 344 185 152 124 746 79 2.512 179
TOTAL 1.334 2.478 6.850 6.137 5.269 5.287 1.906 3.702 5.772 3.391 2.127 1.280 9.557 10.545 65.635 4.688
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2020
Notas:
1. Incluídas notificações de indivíduos residentes no Brasil, independentemente de sua confirmação, exceto os descartados, pois em situações de pandemia
nem sempre é possível confirmar os casos;
2. Dados de 2007 atualizados em 30/08/2009;
3. Dados de 2008 atualizados em 17/03/2011;
4. Dados de 2009 atualizados em 23/06/2011;
5. Dados de 2010 atualizados em 18/06/2011;
6. Dados de 2011 atualizados em 11/01/2012;
7. Dados de 2012 atualizados em 25/07/2013;
8. Dados de 2013 atualizados em 10/07/2014;
9. Data de publicação dos dados 04/02/2019.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
936
Sobre a distribuição espacial e temporal da dengue no município de Salvador, se destaca o
trabalho desenvolvido por Oliveira (2020) que abordou os fatores de saneamento básico,
socioeconômicos, ambientais e demográficos, correlacionados não só a incidência da dengue,
mas da zika e da chikungunya nos bairros da bacia hidrográfica do rio Camarajipe entre os anos
de 2014 e 2018. Em síntese os resultados indicaram que durante os anos de 2015 a 2018 a maior
parte dos bairros apresentavam índices de infestação no limiar de alerta (1,0% ≤ IIP ou IB < 4,0%)
de epidemias de arboviroses. As chuvas de até dois meses anteriores às epidemias estiveram
fortemente correlacionadas com os índices de infestação, demonstrando a importância da análise
dos eventos climáticos, sendo destacado também que os vasos de plantas foram os principais
dispositivos móveis de criadouros.

6.1.2. MALÁRIA
Doença infecciosa febril aguda causada por protozoários das espécies Plasmodium vivax, P.
malarie e P. falciparum. A transmissão ocorre pela inoculação de formas infectantes do parasito
no homem pela fêmea dos mosquitos do gênero Anopheles, que se contaminam ao ingerir formas
do parasito ao se alimentarem de indivíduos infectados; a transmissão pode ocorrer também por
transfusão sanguínea (FUNASA, 2010). As medidas de controle são através da eliminação do
mosquito transmissor, como drenagem, retificação de cursos d’água e pequenos aterros, que
visam eliminar os criadouros (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2019, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a malária foram superiores a 3 casos/ano, sendo
que os anos de 2010 (12 casos) e 2015 (12 casos) foram os que apresentaram maiores registros
de casos, enquanto que o ano de 2017 foi o que apresentou menor registro (3 casos), conforme
mostra a Figura 888.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
937
Figura 888 - Número de casos de malária registrados por ano no período 2007-2020

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2020


Os dados da Figura 888 ainda mostram que a partir do ano de 2007 até o ano de 2010, e
posteriormente entre 2011 e 2015 ocorreram crescimentos gradativos no número de casos, sendo
registrado decréscimo a partir do ano de 2015.
No que se refere à evolução do número de casos registrados por mês a Figura 889 mostra que a
maioria das notificações foram registradas entre os meses de abril a junho, que corresponde ao
período chuvoso em Salvador, ocorrendo uma redução gradativa dos casos no segundo semestre.
Os resultados da Figura 889 mostram que ações da Operação de Combate à Arboviroses, citada
anteriormente, devem ser realizadas em meses antecedentes ao período chuvoso,
preferencialmente entre os meses de setembro a novembro, onde são registrados os menores
números de casos da doença.
Figura 889 - Número total de casos de malária registrados por mês no período de 2007-2020

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
938
Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2020
Os resultados do DATASUS referentes à malária em Salvador no período de 2007 a 2019 são
apresentados na Tabela 95.
Tabela 95 - Número mensal de notificações de malária no período de 2007-2019

Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
Mês de
notificação

Janeiro - 1 - - 2 1 - 2 - 1 - 1 - 8
Fevereiro 1 - - 3 - 1 2 - - 1 - 1 1 10
Março 1 - - 2 1 - 2 - 1 1 - - - 8
Abril - - 2 2 - 1 - 1 3 2 - - - 11
Maio 1 2 3 3 - - 1 1 - 1 - - - 12
Junho - 1 3 1 - 1 1 3 - 1 - 1 - 12
Julho - 2 1 - - 1 - 1 1 - 2 - 1 9
Agosto - - 1 - 1 - - 1 1 1 - - 1 6
Setembro - - 1 1 - - - - - - 1 - - 3
Outubro - 1 - - - - - - 2 - - - 1 4
Novembro 2 - - - 1 - - - - - - 1 - 4
Dezembro 1 2 - - - 4 1 - 4 - - - - 12
TOTAL 6 9 11 12 5 9 7 9 12 8 3 4 4 99
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Ne, 2007-2019
Notas:
1 -Dados de 2007 a 2014 atualizados em 08/03/2018;
2 – Dados de 2015 atualizados em 18/03/2019;
3 – Dados de 2016 atualizados em 06/09/2019;
4- Dados de 2017 atualizados em 30/01/2020;
5 – Dados de 2018 a 2020 atualizados em 12/02/2020, dados sujeitos à revisão.

6.1.3. LEISHMANIOSE
Doença causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania, de dois tipos: leishmaniose
tegumentar, que ataca pele e mucosas e leishmaniose visceral (conhecida como calazar), que
ataca órgãos internos. As medidas de controle incluem o ordenamento de assentamentos urbanos
próximos de florestas, para evitar o desequilíbrio ambiental, além do controle e eliminação de cães
errantes (FUNASA, 2010). De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no
período de 2007-2019, o maior número de casos registrados foi da leishmaniose do tipo visceral,
com exceção do ano de 2007, em que o número de casos registrados foi igual ao da leishmaniose
tegumentar.
A quantidade de notificações anuais relacionadas a leishmaniose visceral (calazar) foram
superiores a 13 casos/ano, sendo que os anos de 2011 (77 casos), 2012 (69 casos), 2014 (73
casos) e 2018 (63 casos) foram os que apresentaram maiores registros de casos, enquanto que o
ano de 2007 foi o que apresentou menor registro (13 casos), conforme mostra a Figura 890. Entre
os anos de 2007 e 2011 ocorreu uma tendência positiva de crescimento, e após esse ano houve
uma tendência de decréscimo até o ano de 2016, com 35 casos registrados.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
939
Figura 890 – Número total de casos de Leishmaniose registrados por ano no período de
2007-2019

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2019


No que se refere à evolução do número de casos registrados por mês a Figura 891 mostra que a
maioria das notificações foram registradas entre os meses de novembro a março, que
corresponde ao período do verão em Salvador, e com número mensal superior a 60 casos/mês,
no caso da leishmaniose visceral. Os meses com menores números registrados do tipo visceral no
período citado foram de abril a julho, especificamente no período chuvoso, e se nota que a partir
do mês de julho há uma tendência do crescimento no número de casos até o mês de janeiro.

Figura 891 – Número de casos total de Leishmaniose registrados por mês no período 2007-
2019

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
940
Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2019
Os resultados do DATASUS referentes à leishmaniose visceral e tegumentar em Salvador no
período de 2007 a 2019 são apresentados respectivamente na Tabela 96 e Tabela 97.
Tabela 96 - Número mensal de notificações de Leishmaniose visceral no período de 2007-
2019

Média
Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
Mês de
notificação

Janeiro 2 3 - 3 9 7 7 15 6 1 3 10 6 72 6
Fevereiro - 2 4 6 8 6 3 7 6 1 5 9 5 62 5
Março 1 2 3 6 10 10 4 9 4 2 4 6 4 65 5
Abril 1 - 7 5 3 5 - 4 3 5 1 2 2 38 3
Maio 1 2 2 6 3 4 5 7 1 4 7 5 2 49 4
Junho - 8 2 5 6 4 2 5 - 2 2 4 3 43 4
Julho 1 1 3 4 8 4 2 3 2 3 - 7 4 42 4
Agosto 2 1 7 4 10 4 6 8 4 1 - 4 4 55 5
Setembro - 3 4 5 5 6 5 5 2 1 4 4 4 48 4
Outubro 3 3 6 5 8 7 3 3 1 1 6 4 3 53 4
Novembro - - 7 5 4 7 10 6 6 7 2 3 4 61 6
Dezembro 2 2 11 3 3 5 11 1 6 7 4 5 4 64 5
TOTAL 13 27 56 57 77 69 58 73 41 35 38 63 45 652 50
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Excluídas as duplicidades de dados de 2007 a 2018;
3. Dados validados pelo Grupo Técnico de Leishmanioses;
4. Dados de 2007 a 2014 atualizados em 11/10/2019;
5. Dados de 2015 atualizados em 08/09/2016;
6. Dados de 2016 atualizados em 11/10/2019;
7. Dados de 2018 atualizados em 11/10/2019;
8. Dados de 2019 atualizados em 05/08/2020.
9. Dados disponibilizados no TABNET em setembro de 2020

Tabela 97 - Número mensal de notificações de Leishmaniose tegumentar no período de


2007-2019 Média
Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019

Mês de
notificação

Janeiro 1 1 1 1 3 2 4 4 - 2 1 1 1 1 22
Fevereiro - 1 1 1 4 1 1 2 1 - - 1 - - 13
Março 1 - 2 5 3 1 7 - 4 3 2 1 1 1 30
Abril - 1 4 1 2 5 5 1 2 1 1 - 1 - 24
Maio 3 3 2 5 3 2 5 2 - - 2 3 - 3 30
Junho 3 5 2 2 2 5 2 2 2 - 5 - - 3 30
Julho 1 1 - 5 5 5 3 - 1 3 4 1 3 1 32
Agosto 1 2 1 4 4 5 2 3 1 2 1 4 2 1 32
Setembro - 1 2 6 4 1 2 1 - 1 - - 2 - 20
Outubro 1 2 1 4 4 4 1 1 1 7 3 1 - 1 30
Novembro 1 1 3 8 2 3 1 3 2 2 2 1 3 1 32
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
941
Média
Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
Mês de
notificação

Dezembro 1 2 - 4 6 2 1 1 3 1 - 3 1 1 25
TOTAL 13 20 19 46 42 36 34 20 17 22 21 16 14 13 320
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Excluídas duplicidades de dados de 2007 a 2018;
3. Dados validados pelo Grupo Técnico de Leishmanioses;
4. Dados de 2007 atualizados em 12/05/2009;
5. Dados de 2008 atualizados em 23/02/2010;
6. Dados de 2009 atualizados em 03/09/2010;
7. Dados de 2010 atualizados em 05/12/2011;
8. Dados de 2011 atualizados em 27/08/2012;
9. Dados de 2012 atualizados em 30/10/2013;
10. Dados de 2013 atualizados em 28/08/2014;
11. Dados de 2014 atualizados em 21/08/2015;
12. Dados de 2015 atualizados em 14/10/2016;
13. Dados de 2016 atualizados em 13/09/2017;
14. Dados de 2017 atualizados em 05/09/2018;
15. Dados de 2018 atualizados em 01/10/2019;
16. Dados de 2019 atualizados em 11/08/2020.
• Dados disponibilizados no TABNET em setembro de 2020.

6.1.4. ESQUISTOSSOMOSE
Doença causada por um helminto trematódeo, Schistosoma mansoni, a esquistossomose
mansônica, podendo apresentar formas assintomáticas até quadro agudo, com febre, anorexia,
dor abdominal e cefaleia. Os sintomas podem ser acompanhados por diarreia, náuseas, vômitos
ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. As medidas de controle incluem a eliminação sanitária
das fezes humanas de forma adequada, do abastecimento de água em sistemas contaminados e
o controle ambiental das coleções hídricas potencialmente transmissoras (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2017, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a esquistossomose foi superior a 3 casos/ano,
sendo que o ano de 2017 apresentou registro histórico de 30 casos, enquanto o ano de 2014 foi o
que apresentou menor registro (3 casos), conforme mostra a Figura 892. Os dados da Figura 892
ainda mostram que a partir do ano de 2010 ocorreu decréscimo no número de caso até o ano de
2014, e a partir deste houve crescimento.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
942
Figura 892 – Número de casos total de esquistossomose registrados por ano no período
2007-2017

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2017


De acordo com o Plano Municipal de Saúde de Salvador 2018-2021 (2018) quando se analisa a
distribuição dos casos de esquistossomose e por Distritos Sanitários do período de 2012-2016, se
destacam São Caetano/Valéria com 220 casos, Cabula/Beirú com 177 casos e Itapuã com 156
casos agudos. No período citado, 06 casos notificados no SINAN evoluíram para óbito.
No que se refere à evolução do número de casos registrados por mês a Figura 893 se observa
somente a tendência de crescimento do número de casos no período de abril a julho, que
corresponde ao período chuvoso em Salvador, ocorrendo uma redução dos casos no segundo
semestre.
Figura 893 – Número total de casos de esquistossomose registrados por mês no período de
2007-2017

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
943
Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2017
Os resultados do DATASUS referentes a esquistossomose em Salvador no período de 2007 a
20019 são apresentados na Tabela 98.
Tabela 98 – Número mensal de notificações de esquistossomose no período de 2007 a 2017

Média
Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017
Mês de
notificação

Janeiro - 1 3 2 3 - 1 - 2 1 2 15 2
Fevereiro - 1 1 1 - - - - - - - 3 1
Março - 5 1 4 - - 1 - 3 - 6 20 3
Abril 1 1 - - 3 2 - - - - 1 8 2
Maio - 2 2 2 - - 2 - 1 1 - 10 2
Junho - 1 1 - 5 - - - - - 5 12 3
Julho - 3 1 2 - 1 3 1 2 - 5 18 2
Agosto 1 - - 3 - 1 - 1 - 1 2 9 2
Setembro 1 2 1 1 1 2 - - - 2 2 12 2
Outubro 1 2 - - - - - - 1 - 2 6 2
Novembro 3 - 2 2 - 2 - 1 - 3 2 15 2
Dezembro 1 2 - 2 - - - - 1 - 3 9 2
TOTAL 8 20 12 19 12 8 7 3 10 8 30 137 12
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2017
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Dados de 2008 atualizados em 02/07/2012;
3. Dados de 2009 atualizados em 24/12/2012;
4. Dados de 2010 atualizados em 04/11/2013;
5. Dados de 2011 atualizados em 29/08/2014;
6. Dados de 2012 atualizados em 01/06/2015;
7. Dados de 2013 atualizados em 18/12/2017;
8. Dados de 2014 atualizados em 17/12/2018
9. Dados de 2015 a 2017 atualizados em 30/01/2019, dados sujeitos a revisão.

6.1.5. LEPTOSPIROSE
Doença bacteriana aguda causada por microrganismos do gênero Leptospira, com manifestações
clínicas de gravidade variável, incluindo formas subclínicas de graves e fatais. A transmissão
ocorre através do contato direto ou indireto da pele com a urina de animais infectados, sendo que
os roedores domésticos são os principais reservatórios da doença. As medidas de controle
incluem o tratamento e eliminação adequados de resíduos sólidos, visando eliminar os criadouros
e esconderijos de ratos (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2019, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a leptospirose foram superiores a 38 casos/ano,
sendo que os anos de 2010 (151 casos) e 2013 (128 casos) foram os que apresentaram maiores
registros de casos, enquanto que o ano de 2016 foi o que apresentou menor registro (38 casos),
conforme mostra a Figura 894.

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944
Figura 894 – Número de casos total de leptospirose registrados por ano no período 2007-
2019

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2019


Os dados da Figura 894. ainda mostram que a partir do ano de 2007 até o ano de 2010,
ocorreram crescimentos gradativos no número de casos, se registrando taxas de crescimento de
15 a 60%, onde a maior taxa foi entre o ano de 2008/2009 com crescimento do número de casos
em cerca de 60%. Nos anos subsequentes ocorreram reduções de notificações, sendo que
somente a partir do ano de 2016 foram registrados < 60 casos/ano.
De acordo com o Plano Municipal de Saúde de Salvador 2018-2021 (2018) quando se analisa a
distribuição dos casos de leptospirose por Distritos Sanitários do período de 2005/2015, os que
apresentam maiores incidências médias da série são: Subúrbio Ferroviário (109,26/100 mil. hab.),
São Caetano/Valéria (57,04/100 mil hab.), Pau da Lima (44,65/100 mil hab.), Itapagipe (37,65/100
mil hab.) e Cabula/Beirú (31,95/100 mil hab.).
No que se refere à evolução do número de casos registrados por mês a Figura 895 mostra que a
maioria das notificações foram registradas entre os meses de abril a junho, que corresponde ao
período chuvoso em Salvador, ocorrendo uma redução gradativa dos casos no segundo semestre.
Os meses com menores registros correspondem ao período de outubro a fevereiro, que
corresponde ao período do verão em Salvador.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
945
Figura 895 – Número total de casos de esquistossomose registrados por mês no período de
2007-2019

Fonte: Adaptado DATASUS, 2007-2019


Os resultados do DATASUS referentes à leptospirose em Salvador no período de 2007 a 2019
são apresentados na Tabela 99.
Tabela 99 – Número mensal de notificações de leptospirose no período de 2007-2019

Média
Total
2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

2019
Mês de
notificação

Janeiro 4 3 5 6 5 5 8 6 3 4 3 2 1 55 4
Fevereiro 1 2 7 5 4 1 5 3 1 4 1 2 2 38 3
Março 10 11 3 6 6 8 4 4 3 2 - - 2 59 5
Abril 3 15 2 32 12 4 6 4 9 4 7 1 6 105 8
Maio 10 11 43 20 23 7 21 10 19 4 6 12 2 188 14
Junho 6 9 19 8 16 12 16 7 27 4 9 14 2 149 11
Julho 9 9 2 38 8 5 19 11 24 3 4 4 7 143 11
Agosto 7 6 9 17 5 4 18 9 4 2 8 4 4 97 7
Setembro 5 2 6 9 8 7 12 3 3 7 5 3 4 74 6
Outubro 2 1 4 2 2 3 9 5 1 2 5 1 6 43 3
Novembro 3 2 7 4 21 1 4 - 2 1 5 2 1 53 4
Dezembro 1 - 5 4 4 4 11 6 3 2 1 46 24 3
1.05
TOTAL 61 71 112 151 114 61 133 68 99 39 54 47 40 81
0
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Dados de 2007 a 2017 atualizados em 2019;
3. Dados de 2018 e 2019 atualizados em dados sujeitos à revisão.

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946
7. DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO
O diagnóstico participativo foi executado a partir de um plano de mobilização e comunicação
social abrangendo toda a população de Salvador. Para tanto, o Município foi dividido em 10 zonas
de mobilização, considerando-se o território abrangido pelas Prefeituras Bairro. A relação dos
bairros que compõe as 10 zonas de mobilização é apresentada no Quadro 44.
Quadro 44 – Bairros das zonas de mobilização para elaboração do PMSBI
Prefeitura Bairro Bairros
Acupe, Barbalho, Barris, Boa Vista de Brotas, Brotas, Candeal, Centro,
Centro Histórico, Comércio, Cosme de Farias, Dois de Julho, Engenho
1 Centro / Brotas
Velho de Brotas, Garcia, Horto Florestal, Luiz Anselmo, Macaúbas, Matatu,
Nazaré, Santo Agostinho, Santo Antônio, Saúde, Tororó e Vila Laura.
Alto da Terezinha, Colinas de Periperi, Coutos, Fazenda Coutos, Ilha
Amarela, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades,
2 Subúrbio / Ilhas Itacaranha, Mirantes de Periperi, Nova Constituinte, Paripe, Periperi,
Plataforma, Praia Grande, Rio Sena, São João do Cabrito, São Tomé e
Vista Alegre.
Águas Claras, Boca da Mata, Cajazeiras II, Cajazeiras IV, Cajazeiras V,
Cajazeiras VI, Cajazeiras VII, Cajazeiras VIII, Cajazeiras X, Cajazeiras XI,
3 Cajazeiras
Castelo Branco, Dom Avelar, Fazenda Grande I, Fazenda Grande II,
Fazenda Grande III, Fazenda Grande IV e Jaguaripe I.
Aeroporto, Alto do Coqueirinho, Areia Branca, Bairro da Paz, Boca do Rio,
4 Itapuã Cassange, Imbuí, Itapuã, Itinga, Jardim das Margaridas, Mussurunga, Nova
Esperança, Patamares, Piatã, Pituaçu, São Cristóvão e Stella Maris.
Boa Viagem, Bonfim, Calçada, Caminho de Areia, Lobato, Mangueira,
5 Cidade Baixa Mares, Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma, Santa Luzia, Uruguai e
Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro.
Alto das Pombas, Amaralina, Barra, Calabar, Caminhos das Árvores,
Canela, Chame-Chame, Chapada do Rio Vermelho, Costa Azul, Engenho
6 Barra/Pituba Velho da Federação, Federação, Graça; Itaigara, Jardim Armação, Nordeste
de Amaralina, Ondina, Pituba, Rio Vermelho, Santa Cruz, STIEP, Vale das
Pedrinhas, Vitória.
Alto do Cabrito, Baixa de Quintas, Boa Vista de São Caetano, Bom Juá,
Liberdade/São Caixa D'água, Campinas de Pirajá, Capelinha, Cidade Nova, Curuzu,
7
Caetano Fazenda Grande do Retiro, IAPI, Lapinha, Liberdade, Marechal Rondon,
Pau Miúdo, Pero Vaz, Retiro, Santa Mônica e São Caetano.
Arenoso, Arraial do Retiro, Barreiras, Beiru/Tancredo Neves, Cabula, Cabula
VI, Calabetão, Centro Administrativo da Bahia, Doron, Engomadeira,
Cabula/Tancredo
8 Granjas Rurais Presidente Vargas, Jardim Santo Inácio, Mata Escura,
Neves
Narandiba, Nova Sussuarana, Novo Horizonte, Pernambués, Resgate,
Saboeiro, São Gonçalo, Saramandaia e Sussuarana.
Canabrava, Jardim Cajazeiras, Jardim Nova Esperança, Nova Brasília, Novo
9 Pau da Lima Marotinho, Pau da Lima, Porto Seco Pirajá, São Marcos, São Rafael, Sete
de Abril, Trobogy, Vale dos Lagos e Vila Canária.
10 Valéria Moradas da Lagoa, Palestina, Pirajá e Valéria
Fonte: CSB Consórcio, 2021

Considerando o protocolo de segurança sanitária em vigor, devido a pandemia do coronavírus a


partir do ano de 2020, os primeiros eventos participativos do PMSBI Salvador foram realizados em
modo remoto, através de plataforma digital, síncrono, com público diversificado, representando os
diversos segmentos da sociedade civil, do poder público e de instâncias de controle social, sendo
cerca de 30 a 45 atores estratégicos em cada Prefeitura Bairro, de forma que representassem as

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947
demandas e características dos bairros, a exemplo de Agentes Comunitários de Saúde, lideranças
locais, conselheiros, entre outros para participarem das oficinas por meio da plataforma digital. Os
eventos foram transmitidos simultaneamente, na página eletrônica do Plano de Saneamento no
YouTube, permitindo interações da população em geral e no chat/comentários.

Os eventos virtuais foram realizados no período de 12/05 a 27/05 nas 10 zonas de mobilização
social, no período vespertino, a partir das 14h, com duração média de três horas.

A seguir apresenta-se as contribuições por prefeitura bairro

4.1 PREFEITURA BAIRRO I - CENTRO/BROTAS

As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro I – Centro/Brotas,


registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 45.
Quadro 45 – Percepção da população da Prefeitura Bairro I – Centro/Brotas sobre o serviço
de drenagem urbana e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Água de Meninos Alagamentos nas ruas do bairro.
Desmoronamento de morros em época de chuva, rua sem poder
Brotas
transitar e casas invadidas com terra e chuva.
Calçada Manilhas (bueiros) em conjunto para a rede de drenagem e esgoto.
Comércio Falta de manutenção em toda região do centro antigo.
Deslizamentos de terra e problemas de alagamentos na rua
Daniel Lisboa
Bezerra Menezes.
Matatu Rua Barros Falcão em frente ao posto de gasolina sempre alaga.
Nazaré Fuga de material, rompimento de via e obstrução de rede.
Problema da rede pluvial ser utilizada como rede de esgoto e
Santo Antônio Além do Carmo
esgoto a céu aberto. O Barbalho passa pela mesma situação.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.1. PREFEITURA BAIRRO II – SUBÚRBIO/ILHAS


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro II – Subúrbio/Ilhas,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 46.
Quadro 46 – Percepção da população da Prefeitura Bairro II – Subúrbio/Ilhas sobre o
serviço de drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Cajazeiras 10 Enchimento de água e entupimento dos canais
Comunidade do Ilê Axé Ogunjá Omin Ausência de um sistema de drenagem.
Inã
Fazenda Coutos II A maioria das ruas do bairro não tem drenagem.
Fazenda Coutos III Alagamento de ruas do bairro
Ilha Amarela Em todas as vias públicas a rede de coleta das águas pluviais está
obstruída
Ilha de Bom Jesus dos Passos Quando chove, as salas de professores e depósito de materiais
ficam alagados (não especificado o local). Canais abertos e sem
tratamento. Nas partes mais baixas onde a água represa vinda do
outeiro. Problema de drenagem na Rua da Fonte Grande. A
comunidade de Oteiro não tem drenagem de água de chuva.

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948
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Ilha de Maré Alguns regos foram cobertos, porém o trabalho não foi completo
em Ilha de Maré e Praia Grande.
Ilha dos Frades Alagamentos principalmente na Rua Beira Mar.
Paripe Ausência de drenagem de águas pluviais na rua Mário Barros, Ray
Charles e rua Poly. Problemas de drenagem na bacia da Bélgica.
Alagamento em praticamente todo o bairro com qualquer pancada
de chuva. Grande quantidade de água nas ruas de Paripe. A Rua
Eduardo Dotto fica inviável circular, fica tudo alagado. Problema de
drenagem em todo bairro de Paripe. Problemas de drenagem em
Tubarão. Necessita de limpeza dos bueiros e desentupimento.
Existe um canal aberto em Tubarão onde os esgotos das casas
desaguam sendo direcionados para a praia frequentada por
moradores e visitantes, trazendo problemas de pele para os
frequentadores. A contaminação tem impedido os pescadores e
marisqueiras de catar e pescar seu sustento.
Parque São Bartolomeu O rio do Cobre, rio Mané Dendê e a enseada são depósitos de
esgoto.
Parque Setúbal (Coutos) Ausência de drenagem fluvial (desconsideração total da dinâmica
hidrológica dos corpos hídricos existentes no bairro), resultando
em alagamentos.
Periperi Problemas de drenagem na Rua Recanto da Urbis, na Rua do
Gravatá e Rua das Pedrinhas. Necessidade de limpeza de forma
preventiva no canal que fica no final da Recanto da Urbis, e não
uma limpeza corretiva. Toda as vezes que chove as ruas ficam
totalmente alagadas e as águas invadem as casas causando um
transtorno imenso. A equipe da CONDER estava
fazendo um processo de infraestrutura asfáltica sem drenagem
pluvial, sem acolher as nascentes das sub-bacias do rio Paraguari,
que acabou ruindo por conta disso, no loteamento Parque Setúbal,
próximo da região de Barreiros de Periperi, próximo ao rio
Paraguari. Logo após o tamponamento do rio Paraguari, houve
pontos de alagamento muito próximo à foz do rio
Nova Brasília de Valéria Diversas caixas coletoras entupidas
Urbis Escoamento do esgoto na rede de drenagem
São Bartolomeu Quase toda a área do subúrbio que é composta de vários bairros
possui registros de alagamento.
São Tomé de Paripe Água retida toda vez que chove na Rua Ailton Melo, ao lado da
quadra, causando danos estruturais aos imóveis. Falta de galeria
para escoamento das águas pluviais na Travessa Fluminense. Não
há canalização de águas pluviais na comunidade de Alto do
Tororó, quando chove a água invade as casas, causando
destruição. Na rua Recanto da Urbis não existe macro e micro
drenagem, sendo prejudicada em época de chuva por ser a parte
mais baixa da região.
Vila Laura Pontos de acúmulo de água e barro próximo à escola
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.2. PREFEITURA BAIRRO III – CAJAZEIRAS


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro III - Cajazeiras,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 47.
Quadro 47 – Percepção da população da Prefeitura Bairro III – Cajazeiras sobre o serviço
de drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Águas claras Problemas na rua Baixa Fria e ruas da baixada
Cajazeiras Problemas de alagamento na Rua Valdemar Magalhães Matos -
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949
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Fazenda Grande II
Cajazeiras VI Problema de alagamento no Loteamento Parque Silvio Leal
Cajazeiras VII Problema de alagamento no Loteamento Irmã Dulce
Cajazeira X Tubulações estouradas lançando as águas em áreas verdes
Cajazeira XI Sem rede que suporte o volume das águas pluviais
Castelo Branco Alagamento nas ruas principais da primeira etapa de Castelo
Branco, mais precisamente, na região da feirinha
Fazenda Grande IV Alagamento na entrada do condomínio Fazenda 8b em frente à
Pedra de Xangô onde o condomínio fica todo inundado durante as
chuvas. Os moradores ficam sem poder sair ou entrar.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.3. PREFEITURA BAIRRO IV – ITAPUÃ


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro IV - Itapuã,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 48.
Quadro 48 – Percepção da população da Prefeitura Bairro IV – Itapuã sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Bairro da Paz Problema de drenagem na Rua da Paz de cima e na Rua 28 Dezembro
Boca do Rio Problemas de drenagem na Rua da Vala e antigo final de linha no bairro da Boca
do Rio e entrada do Vale dos Rios no bairro do Stiep. Problemas de alagamento
na Rua Heitor Dias na altura conhecida como rua da vala. Canais poluídos.
Imbuí Problemas de drenagem no Bate Facho. Ocorrência de alagamentos da rua
Osvaldo Sento Sé
Itapuã Drenagem misturada com esgotamento sanitário lançado em canal natural que
desce para a Lagoa do Abaeté. Local: Entra na APA por caminho em frente à
Escola da Lagoa. Revisão do modelo de canalização de rios imposto a Itapuã e
para toda a cidade. O Rio Xangô está sendo drenado, seria um belo exemplo
recuperá-lo. Nas últimas chuvas, as casas da Av. Beira Rio sofreram alagamento.
Estavam trabalhando com trator dentro do Rio Xangô ou Rio do Bispo, já em
obra. Drenagem está resultando em canalização de rios e produzindo efeito
colateral como muriçocas, mudanças na paisagem e os alagamentos! Quem vive
perto de rio canalizado sofre com enchentes. Problemas de drenagem na região
do Jacaré (numa rua do bairro chamada Av. contorno) há um sistema de
captação de águas pluviais que não direciona o escoamento d'água para a lagoa
das esculturas (que deram nome a região de Jacaré e passa por constantes
aterros em decorrência da falta de água). Nos períodos de chuva a rua recebe
todo o fluxo de água da própria Av. contorno (de Itapuã) que também é uma
enorme ladeira. Sugestões para resolução dos problemas: Disciplinar a
ocupação espacial dos terrenos evitando a impermeabilização do solo
(Zoneamento da APA); selecionar trabalhadores locais para obras de
saneamento esgotamento sanitário e drenagem com vistas a criar vínculo e a
partir daí realizar oficinas para a partilha de dados e informações com as pessoas
do lugar; apresentar e discutir obras de drenagem e de esgotamento sanitário a
serem realizadas nas comunidades e formação de comissão de
acompanhamento; Educação Ambiental e Sanitária de modo a ajudar a
população a aprender com o que recebe em termos de infraestrutura de
saneamento e não ligar rede de esgoto na de drenagem, entre outras ações;
Com objetivo de dificultar alagamentos no bairro, manter áreas verdes drenáveis
principalmente nas partes baixas; interação entre coletivos da comunidade,
grupos de pesquisa acadêmica, e gestores públicos para definição de concepção
de Projetos com foco na sustentabilidade; cinturão verde como garantia de
drenagem. Existe um rio tamponado na rua Hélio Machado que transborda
durante as chuvas fortes, alagando a rua e entrando água nas casas. Pessoas
construíram em cima da laje que tamponou o rio, o que não permite a limpeza do
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
950
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
mesmo na saída da rua. Estas casas ficam atrás do início da rua Novo Paraíso.
Problema na Rua da Mangueira.
Jaguaribe Risco de inundação em toda a extensão do rio em consequência da canalização
que não considerou as áreas naturais de drenagem como alternativa. Mostrar
como as partes do rio Jaguaribe se integram.
Mussurunga Inundação da Escola Padre Manoel Correia de Souza durante épocas de chuva
pelo rio poluído que passa nas proximidades.
Parque Bela vista Vários pontos de alagamentos
Rio Vermelho Drenagem de águas pluviais junto com esgoto poluindo os rios. Inundações nos
dias de fortes chuvas.
São Cristóvão Falta de drenagem na rede pluvial na Rua Jardim Botânico. Problemas com
inundação no Conjunto Habitacional devido à falta de manutenção do canal.
Escadarias em péssimo estado. Alagamentos em épocas de chuva deixando a
região da UPA do Parque São Cristóvão intransitável.
Stella Maris Falta de manutenção periódica, necessidade de articulação de novas soluções e
ineficiência na abrangência dos sistemas. A deterioração por excesso de
orgânicos na água do Rio Sapato tem provocado excesso de vegetação e
redução do PH da água. A capacidade de drenagem está gradualmente menor.
Em alguns pontos o leito já foi parcial ou inteiramente interrompido. Trecho entre:
Rua Eng. Osvaldo Augusto da Silva e Rua Pasquale Magnavita. Problemas de
alagamento na Rua Paulo Freire. Problemas de alagamento em todas as ruas do
Petromar
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.4. PREFEITURA BAIRRO V – CIDADE BAIXA


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro V – Cidade Baixa,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 49.
Quadro 49 – Percepção da população da Prefeitura Bairro V – Cidade Baixa sobre o serviço
drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Caminho de Areia Acúmulo de água de chuva, escoamento deficitário e buracos em
toda Península de Itapagipe, exceto, Bonfim e Mont Serrat
Lobato Problemas de alagamento na Av Afrânio Peixoto
Massaranduba Alagamento na Avenida Caminho de Areia (Largo do Paraguaio e
Roma).
Península de Itapagipe Ocorrência de alagamentos, lançamento de entulhos/resíduos
volumosos nos canais de drenagem, deslizamento de terra,
causando destruição das residências e mortes. Pontos
críticos: Praça Tomé de Souza, Conjunto Joanes Leste e Conjunto
São João.
Ribeira Problemas de alagamentos na Calçada, Uruguai, Massaranduba,
Largo do Papagaio até Domingos Rabelo.
Roma Alagamento generalizado na Av. Luiz Tarquínio próximo ao
Hospital de Irmã Dulce. Alagamento na Av. Caminho de Areia
(altura do largo do Papagaio e Ribeira), Papagaio, Rua Antônio
Francisco Brandão (Roma - a água invade os domicílios desta rua),
Avenida Fernandes da Cunha (Em frente ao Rest. Cravo e Canela
e Pet Shop Amor em Patas).
Suburbana Sistema de drenagem da via férrea completamente assoreado e
comportando apenas 10% da vazão de água.
Uruguai Sujeiras nos bueiros, tubulação antiga e falta de manutenção.
Problemas de alagamento constantes no final de linha. Problemas
no canal central do Uruguai e Ilha do Rato.
Vila Ruy Barbosa As ruas ficam alagadas em períodos chuvosos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
951
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.5. PREFEITURA BAIRRO VI – BARRA/PITUBA


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro IV - Itapuã,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 50.
Quadro 50 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VI – Barra/Pituba sobre o serviço
drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Alto das Pombas Problema de alagamento no final da Rua Teixeira Mendes.
Quando chove muito ocorre alagamento na Avenida Centenário.
Grandes empreendimentos imobiliários na barra afetam a água e
Barra
esgoto, mas implicam também na impermeabilização dos solos na
região.
Alagamento constante nas ruas internas do Costa Azul. O acúmulo
Costa Azul do luxo, o lixo colocado no passeio do prédio e rua dificulta a
drenagem e acúmulo de bichos.
Federação Alagamento na Rua Garibaldi.
Acúmulo de água pluvial no fim de linha da Pituba e praça Ana
Itaigara
Lúcia Magalhães.
Problemas de alagamento na Rua Teodoro Sampaio no Vale das
Pedrinhas. Alagamentos nas áreas baixas: Vale de Santa Cruz,
Nordeste de Amaralina
Vale das Pedrinhas e Nordeste de Amaralina. Registros de
alagamentos na rua Santo Antônio.
Pituba Pontos de alagamento em diversas ruas e avenidas do bairro.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.6. PREFEITURA BAIRRO VII – LIBERDADE/SÃO CAETANO


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro VII – Liberdade/São
Caetano, registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas
equipes de mobilização social estão sintetizados no Quadro 51.
Quadro 51 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VII – Liberdade/São Caetano
sobre o serviço de drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Bom Juá Infraestrutura de drenagem precária no final de linha do Bom Juá,
resultando em acidentes envolvendo crianças.
Caixa d’Água Problemas com a drenagem das águas pluviais e pavimentação
(asfalto) precária na rua Madureira de Pinho.
Curuzu Na rua Rio Negro há o lançamento dos esgotos das casas no
canal. Em tempos de chuva acaba ocorrendo acidentes no canal,
principalmente com crianças que acabam caindo e sendo levadas.
Engenho Velho da Federação Alagamentos na Rua Sérgio de Carvalho.
Fazenda Grande do Retiro Várias caixas coletoras entupidas e quebradas.
Jardim Armação Ruas da baixada ficam intransitáveis na chuva, viram rios. Não há
rede de drenagem no jardim armação. Jardim Armação não tem
sistema de drenagem, as ruas alagam ficando intransitáveis.
Liberdade Difícil acesso em época de chuva.
Marechal Random Problema de alagamento na região da Lígia Maria em épocas de
chuva.
Ondina Ruas alagam quando chove
Pau Miúdo Entupimento do canal no Brongo.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
952
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Pero Vaz Principal ponto de alagamento é na Rua Prof. Walso. Lopes e na
Baixa do Céu.
Pituba A Rua Ceará Pituba alaga com frequência. Parte baixa da Rua
Piauí, próximo ao Hilton Rodrigues.
Santa Mônica Pontos de alagamentos e dispositivos de drenagem com lixo em
todo bairro.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.7. PREFEITURA BAIRRO VIII – CABULA/TANCREDO NEVES


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro VIII –
Cabula/Tancredo Neves, registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados
antecipadamente pelas equipes de mobilização social estão sintetizados no Quadro 52.
Quadro 52 – Percepção da população da Prefeitura Bairro VIII – Cabula/Tancredo Neves
sobre o serviço de drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Beiru Tancredo Neves Os principais problemas de drenagem são a disposição de
container de resíduos sólidos nos passeios próximos aos rios e
caixas coletoras/ sarjetas. Também próximo a estes locais a
população deposita resíduos de construção civil que entopem a
rede de drenagem. Presença de construções irregulares próximas
de canais.
Cabula Em vários bairros foram encontrados obstrução de rede pluvial,
rede de esgoto acoplado a rede pluvial, moradores que ligam a sua
rede de esgoto a rede pluvial, muitas vezes por falta de rede de
esgoto ou por falta de conhecimento. Calçadas intransitáveis em
época de chuva e construções irregulares obstruindo a rede de
drenagem na região do Conjunto Chopm1.
Calabetão Alagamentos no Calabetão, local chamado pedreiras.
Engomadeira Alagamentos na Baixada da Engomadeira. As galerias de coleta de
água de chuva coincidem com as redes de esgoto.
Estrada das Barreiras Alagamento de ruas na Doralice Pereira Dórea, Travessa Maria
das Graças ribeiro, Rua Asteca e seus em tornos.
Horto Bela Vista Alagamentos na Alameda Horto Bela Vista, em momentos de fortes
chuvas.
Jardim Santo Inácio Problemas de saneamento no bairro. Presença de casas com risco
de desabamento, provenientes das infiltrações.
Mata Escura Rede entupida ocasionando alagamento nas casas todas as vezes
que chove no Jardim Pampulha. Alagamentos constantes na
Avenida Dom Avelar Brandão Vilela e na localidade do ponto 13.
Narandiba Entra água nas casas quando chove. Alagamentos no Colégio
Parque, Narandiba e em todos os acessos para o 11º centro. As
ruas ficam intransitáveis, causando engarrafamentos, e danos aos
veículos, incluindo ambulâncias. Aumento de casos de
alagamentos após as obras de requalificação.
Pernambués Problemas de drenagem urbana em muitas ruas do bairro
Pernambués, incluindo a Rua Thomaz Gonzaga, na altura da
Praça Arthur Lago, que sempre sofre com alagamentos.
Saboeiro Alagamento na Rua Direta da Lagoa. Alagamentos no Baba Cezar.
Alagamentos na Rua Direta da Lagoa. Entupimento de bueiro e
evasão de água nas casas na Rua Amazonas no baixo saboeiro.
São Gonçalo do Retiro Alagamentos desde o final de linha até as proximidades da Praça,
no Largo da Baixinha. Problemas na Rua da Ilha de Maré e do em
torno do Campo de Futebol do Dendê. Alagamento constante na
Travessa Santinha; entra água constantemente nas casas da
Travessa Jenebaldo. Entra água nas casas e também alaga a rua

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
953
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Ilha de Maré, bem como a rua São Geraldo
Saramandaia Falta de escoamento. Quando chove alaga as Rua Santo Antônio
de Pádua e Campo São Paulo (Saramandaia)
Tancredo Neves Alagamentos nas ruas Lafaiete Moraes Sarmento, Tv, Júlio César,
Leão Velame, Fabrício Hortz e Nossa Senhora de Fátima. Falta de
rede pluvial na rua Átila Freitas em Tancredo Neves, em Narandiba
no Cabula VI. Alagamentos na Rua Velame - Loteamento Alto da
Bela Vista. Alagamentos em toda rotatória do Juliano Moreira até a
entrada da Paralela. Alagamentos na parte baixa de Beiru.
Ausência de redes de drenagem ocasiona enxurradas nas
escadarias, que estão já estão defasadas.
Trobogy. Os projetos de drenagem existentes precisam ser revisados para
atender as necessidades atuais da região com mapeamento e
manutenção de pontos de "gargalo". A área não está preparada
para eventos chuvosos com níveis elevados de precipitação (mm)
em curto período de tempo.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

7.8. PREFEITURA BAIRRO IX – PAU DA LIMA


As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro IX – Pau da Lima,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 53.
Quadro 53 – Percepção da população da Prefeitura Bairro IX – Pau da Lima sobre o serviço
de drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Canabrava Na Rua São Roque há uma fossa que vaza constantemente, no
passado uma cratera se abriu impedindo a passagem da rua. Há
outro ponto onde corre água da chuva de forma que a rua está
estreitando. Comunidade de Canabrava tem risco de enchente por
toda a borda da Av. Mário Sérgio, onde o Rio Mocambo, teve sua
planície de inundação estreitada e deslocada para o lado onde
habitam famílias, durante a construção da avenida. Necessidade de
revisar as obras das escadas
Jardim Nova Esperança Obras de drenagem não concluídas
Pau da Lima Alagamentos em Canabrava, Sete Abril, Dom Avelar, Travessa
Barcelona na Vila São Francisco, Vale dos Lagos e São Marcos.
Áreas da Avenida Gal Costa que estão dentro da área pertencentes
ao conjunto Colinas de Pituaçu onde existem obras do estado e do
município como USF. Incluir Vila Nova de Pituaçu nas reivindicações
anteriores de todos os itens.
São Marcos Falta de escoamento para a água, empossando a água em toda a
comunidade no Vale de Pituaçu. Existem tubulações e valas de
escoamento abertas passando nas portas das residências.
Problemas na Rua Carlos Mariguella nos poços de visitas e caixas.
Sete de Abril Entupimento das valas na região do Barradão
Vila Canária Problema relacionado a drenagem, na Travessa 2 de Julho, onde
existe um canal que recebe água de 2 condomínios e abrange às
demais travessas na mesma poligonal, trata-se de uma rede irregular
que não comporta o alto volume de águas pluviais e esgoto das
residências próximas, problema que perdura há décadas.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
954
7.9. PREFEITURA BAIRRO X – VALÉRIA
As percepções e contribuições dos participantes da oficina Prefeitura Bairro X - Valéria,
registradas durante o evento virtual e nos formulários enviados antecipadamente pelas equipes de
mobilização social estão sintetizados no Quadro 54.
Quadro 54 – Percepção da população da Prefeitura Bairro X – Valéria sobre o serviço de
drenagem e manejo das águas pluviais
Bairro/comunidade Principais problemas relatados
Nova Brasília de Valéria Existem alagamentos na Rua da Alegria - Valéria.
Palestina Na Terracom a água do rio se mistura com esgoto. Problemas nas
escadarias.
Pirajá Problemas na Alameda das Árvores, tendo em vista a falta de
algumas caixas de escoamento de água pluvial.
Terracon Problema com o pavimento asfáltico que quando danificado não é
recuperado.
Valéria Algumas vias por falta de rede drenagem de águas pluviais quando
chove alaga, problemas na rua Terracon por conta do esgoto a céu
aberto. Problemas de alagamento na rua das Conhinhas de
Valéria. Problemas de alagamento na Avenida Valéria.
Fonte: CSB Consórcio, 2021

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
955
8. DIAGNÓSTICO TÉCNICO E OPERACIONAL DO GERENCIAMENTO
RESÍDUOS SÓLIDOS
8.1. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS DE
SALVADOR

8.1.1. 6.1.1. CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


Segundo a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, são considerados resíduos sólidos, conforme
Erro! Fonte de referência não encontrada..
Figura 896. Definição de resíduos sólidos, conforme a Lei 12.305/2010

Fonte: BRASIL, 2010.


Anteriormente à promulgação desta Lei, os resíduos sólidos eram classificados conforme a norma
NBR nº 10.004/2004. Segundo essa norma, a classificação ocorria somente quanto à sua
periculosidade e características de assimilação com outras substâncias, fato esse alterado pela
Lei nº 12.305/2010, que os classifica também quanto à origem. Sendo assim, segue a
classificação mais atual quando se trata de resíduos sólidos, segundo o artigo 13º da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, conforme demonstrado no Quadro 16, a seguir:
Quadro 55. Classificação dos resíduos sólidos.
I - QUANTO À ORIGEM
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e
outros serviços de limpeza urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços: os gerados nessas
atividades, excetuados os referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os gerados nessas atividades, excetuados
os referidos na alínea “c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em
regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
956
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras
civis;

i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades agropecuárias e silviculturas, incluídos os


relacionados a insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários,
rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de
minérios;
II - QUANTO À PERICULOSIDADE:

a) resíduos perigosos: aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,


corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de acordo
com lei, regulamento ou norma técnica;

b) resíduos não perigosos: aqueles não enquadrados na alínea “a”.


Fonte: BRASIL, 2010
Para a elaboração do presente PMSBI e seus efeitos, as definições e classificações dos resíduos
sólidos, suas diferentes tipologias e origens, seguirão o estabelecido na Política Nacional de
Resíduos Sólidos, instituída pela Lei nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 (BRASIL, 2010), e da
Política Estadual de Resíduos Sólidos.
Os resíduos sólidos poderão ser classificados quanto à sua origem ou quanto à sua
periculosidade. Quanto à sua origem, segue abaixo as seguintes classificações:

a) Resíduos Sólidos Domiciliares (RSD): corresponde aos resíduos originários de atividades


domésticas em residências urbanas e pode ser diferenciado entre resíduos secos e resíduos
úmidos;
b) Resíduos de Limpeza Urbana (RLU): os provenientes das atividades de limpeza pública, que
compreendem a varrição, capinação, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias,
monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia de logradouros
públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos;
c) Resíduos Sólidos Urbanos (RSU): são resultantes da atividade doméstica e comercial das cidades. A
sua composição engloba os RSD e os RLU e pode variar, inclusive por Núcleo de Limpeza,
dependendo da situação socioeconômica e das condições e hábitos de vida dos moradores;
d) Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços: se caracterizados como não
perigosos, podem, em razão de sua natureza, composição ou volume, ser equiparados
aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal em seu planejamento;
e) Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico: são os resíduos gerados em atividades
relacionadas às seguintes modalidades do saneamento básico: tratamento de água e do esgoto,
manutenção dos sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais;
f) Resíduos Cemiteriais: os resíduos gerados nos cemitérios são provenientes da construção e
manutenção de jazigos, dos arranjos florais e similares, dos resíduos de madeira provenientes dos
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957
esquifes. Os resíduos da decomposição de corpos (ossos e outros) provenientes do processo de
exumação são específicos deste tipo de instalação;
g) Resíduos Industriais: estes resíduos são bastante diversificados, e podem ser provenientes de
preparação de couros e fabricação de artefatos de couro; fabricação de coque; refino de petróleo;
elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool; fabricação de produtos químicos;
metalurgia básica; fabricação de produtos de metal; fabricação de máquinas e equipamentos,
máquinas para escritório e equipamentos de informática; fabricação e montagem de veículos
automotores, reboques e carrocerias; e fabricação de outros equipamentos de transporte;
h) Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): estes resíduos são divididos em grupos, da seguinte forma:
Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas,
filtros de ar e gases aspiradores de áreas contaminadas, etc.); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos
radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfurocortantes);
i) Resíduos da Construção Civil (RCC): estes resíduos da construção civil são classificados, da seguinte
forma: I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de
construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de
edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em
concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras; II - Classe B - são os
resíduos recicláveis para outras destinações, tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros,
madeiras e gesso; (Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 431, de 24.05.2011, DOU
25.05.2011 ); III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou
aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (NR) (Redação
dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 431, de 24.05.2011, DOU 25.05.2011 ); IV - Classe "D":
são resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como tintas, solventes, óleos e
outros ou aqueles contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como telhas e demais objetos
e materiais que contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde. (Redação dada ao inciso
pela Resolução CONAMA nº 348, de 16.08.2004, DOU 17.08.2004);
j) Resíduos Agrossilvopastoris: estes resíduos são caracterizados como orgânicos ou inorgânicos.
Dentre os orgânicos, consideram-se os resíduos de culturas perenes (café, banana, laranja, etc.) e
temporárias (cana, soja, milho, etc.). Pode-se incluir, ainda, os resíduos gerados nos abatedouros e
outras atividades agroindustriais, assim como os advindos das criações de bovinos, equinos,
caprinos, ovinos, suínos, aves e outros. Também estão entre estes, os resíduos das atividades
florestais. Os resíduos de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, os fertilizantes e os
produtos farmacêuticos e as diversas formas de embalagens;
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958
k) Resíduos de Serviços de Transportes: são gerados em atividades de transporte rodoviário,
ferroviário, aéreo e aquaviários, inclusive os oriundos das instalações de trânsito de usuários como
as rodoviárias, portos, aeroportos e passagens de fronteira. São resíduos capazes de veicular
doenças entre cidades, estados e países, requerendo atenção;
l) Resíduos de Mineração: os resíduos de mineração gerados em maior quantidade se classificam
como estéreis e rejeitos. Os estéreis são os materiais retirados da cobertura ou das porções laterais
de depósitos mineralizados pelo fato de não apresentarem concentração econômica no momento
de extração. Podem também ser constituídos por materiais rochosos de composição diversa da
rocha que encerra o depósito. Os rejeitos são os resíduos provenientes do beneficiamento dos
minerais, para redução de dimensões, incremento da pureza ou outra finalidade. Acrescenta-se,
ainda, os resíduos das atividades de suporte: materiais utilizados em desmonte de rochas,
manutenção de equipamentos pesados e veículos, atividades administrativas e outras relacionadas;

Ademais, conforme a Lei n° 12.305/2010 e a NBR nº 10.004/2004, os resíduos sólidos poderão


ser classificados quanto à sua periculosidade, em função de suas propriedades físicas, químicas
ou infectocontagiosas:

a) Resíduos perigosos (Classe I): aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
b) Resíduos não perigosos (Classe II): Conforme a NBR nº 10.004/2004, podem ser enquadrados em
Classe IIA - Não Inertes, Classe IIB – Inertes.

Os resíduos Classe II A (não inertes) são aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos Classe I - Perigosos, ou de resíduos Classe II B (inertes), nos termos da NBR nº
10.004/2004, podendo apresentar propriedades, tais como biodegradabilidade, combustibilidade
ou solubilidade em água. Quanto aos Classe II B – Inertes, são definidos como sendo quaisquer
resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a NBR nº 10.007
(ABNT, 2004), e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada,
à temperatura ambiente, conforme NBR nº 10.006 (ABNT, 2004), não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. São exemplos, as rochas, tijolos, vidros e
certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.
É importante notar que a abrangência desta nova Lei quanto à classificação dos resíduos
perigosos aumentou, com o acréscimo das características de carcinogenicidade, teratogenicidade
e mutagenicidade, além daquelas já citadas na norma (inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade).

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959
Os resíduos sólidos podem ser definidos ainda quanto às suas características físicas e sua
composição química. Sob esta ótica, há uma diferenciação entre os resíduos secos (papéis,
plásticos, metais, vidros, etc.), ou seja, os que têm potencial de reciclagem e normalmente se
caracterizam como resíduos inorgânicos; e os resíduos úmidos (restos de alimentos, podas e
capinas, etc.), que usualmente são compostos orgânicos ou inorgânicos contaminados com
materiais orgânicos. Apesar de não se enquadrarem nos resíduos com potencial de reciclagem,
estes materiais orgânicos, a depender das suas características, podem passar pelo processo da
compostagem, em que os microrganismos transformam a matéria orgânica em composto que
pode ser utilizado como adubo.
Os resíduos sólidos, quando esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por
processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, denominam-se rejeitos. Nesse
caso, os rejeitos não apresentam outra possibilidade de destinação final que não seja a disposição
final ambientalmente adequada.
Para que se realize a caracterização dos resíduos sólidos, é necessário conhecer sua origem,
seus constituintes e suas características químicas, físicas ou biológicas. As principais
características físicas utilizadas para a caracterização dos resíduos sólidos compreendem
(MONTEIRO et al., 2001):

a. Geração per capita - relaciona a quantidade de resíduos urbanos gerada


diariamente e o número de habitantes de determinada região;

b. Composição gravimétrica - diz respeito ao percentual de cada componente em


relação ao peso total da amostra de resíduos sólidos analisada;

c. Peso específico aparente - peso do resíduo solto em função do volume ocupado


livremente, sem qualquer compactação;

d. Teor de umidade - representa a quantidade de água presente no resíduo, medida


em percentual do seu peso;

e. Compressividade - é o grau de compactação ou a redução do volume que uma


massa de resíduo pode sofrer quando compactada.

Essas características permitem que sejam discriminados os métodos mais adequados de


tratamento e disposição final. Aspectos químicos dos resíduos também podem ser considerados
para essa finalidade. Os principais utilizados são:

a. Poder calorífico - indica a capacidade potencial de um material desprender


determinada quantidade de calor quando submetido à queima;

b. Potencial hidrogeniônico (pH) - indica o teor de acidez ou alcalinidade dos


resíduos;

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
960
c. Composição química - consiste na determinação dos teores de cinzas, matéria
orgânica, carbono (C), nitrogênio (N), potássio (K), cálcio (Ca), fósforo (P), resíduo
mineral total, resíduo mineral solúvel e gorduras;

d. Relação carbono/nitrogênio (C:N) - indica o grau de decomposição da matéria


orgânica do lixo.

Quanto às características biológicas, são aquelas determinadas pela população microbiana e


pelos agentes patogênicos presentes no lixo. Esse tipo de caracterização tem sido muito utilizado
no desenvolvimento de inibidores de cheiro e de retardadores/aceleradores da decomposição da
matéria orgânica.

8.1.2. 6.1.2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO


MUNICÍPIO
A cidade de Salvador é subdividida administrativamente em 10 Prefeituras-Bairros (PB), com
características variadas quanto a urbanização, infraestrutura e ocupação, socioeconômica e
cultural. A caracterização se baseia na classificação dos resíduos quanto à sua origem, e também
em outras classificações, como perfil socioeconômico dos geradores. Além disso, também
abrange a composição gravimétrica e outras características, como peso específico e o teor de
umidade. De forma geral, o objetivo da caracterização é a obtenção de informações que
subsidiem o Plano Municipal de Saneamento Básico da componente resíduos sólidos urbanos.
O objeto do estudo gravimétrico é o resíduo sólido urbano de origem domiciliar e o resíduo
comercial, assemelhado ao domiciliar, de geradores de pequeno porte que são coletados por
coleta convencional (porta a porta) com caminhões compactadores. Com uma população de
aproximadamente 2,886 milhões de habitantes (IBGE 2010), Salvador apresenta uma distribuição
populacional heterogênea, com particularidades regionais que refletem diferenças qualitativas e
quantitativas nos resíduos gerados em cada Prefeitura Bairro.
A caracterização dos resíduos sólidos urbanos de Salvador foi realizada conforme a metodologia
descrita no Anexo III, previamente apresentada e aprovada pela SEINFRA, ressaltando que a
vigência da pandemia da COVID – 19 (respeitando-se os protocolos da OMS até o momento
atual), impediu a realização dos estudos dos resíduos sólidos domiciliares na origem. Inicialmente,
foram realizados os estudos gravimétricos, em 2021, de acordo com a metodologia aprovada com
a frequência de um (01) dia por cada setor de coleta, posteriormente, em 2022, foi realizada uma
complementação do estudo repetindo a mesma metodologia aplicada mais duas (2) vezes para
cada setor de coleta, conforme solicitação da contratante SEINFRA e da CEXEC. Desta maneira,
a caracterização gravimétrica utilizada neste plano foi determinada por meio da composição média
ponderada das três amostras para cada setor de coleta (SC) e Prefeitura Bairro.
A seleção das amostras foi feita com base nas Prefeitura-Bairros e na classe social local,
previamente definidas na metodologia. Ainda, conforme metodologia da SEDUR, para o estado da

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961
Bahia, deve ser amostrada a quantidade mínima de 1,5% da geração, portanto, a amostragem da
carga de coleta de um veículo com capacidade de aproximadamente 12 m³ de cada trajeto
selecionado em áreas representativas é suficiente para o atendimento ao critério (SEDUR, 2014,
p. 126).
Desta maneira, as amostras foram obtidas após a coleta com caminhões compactadores,
totalizando uma amostragem de 33 (trinta e três) veículos durante operação diurna em cada setor,
totalizando 342m³ de resíduos sólidos para seleção de amostras.
As coletas foram realizadas entre os dias 21 e 28 de maio de 2021, na Estação de Transbordo,
em Canabrava. Posteriormente, foram realizadas mais duas replicações das amostragens para
cada rota, sendo realizadas entre os dias de 28 de janeiro de 2022 e 11 de fevereiro de 2022.
As observações nos relatórios de campo, inseridas no Anexo IV, trazem referências a coleta ou
não de caixas estacionárias em cada roteiro, bem como informações e fotos com resíduos
volumosos visualizados no derramamento dos compactadores. Outra informação destacada nos
relatórios é referente a alteração do cronograma de coleta previamente definido e, de acordo com
a indicação da LIMPURB, e aprovação da CEXEC e SEINFRA, quer seja por necessidade foram
adequados aos horários de chegada dos caminhões, ou por falhas operacionais/logísticas entre a
LIMPURB e empresas operadoras do serviço de coleta e controle de pesagem na balança.
A caracterização física dos resíduos sólidos urbanos de Salvador foi realizada por meio da
metodologia de “quarteamento”, descrita na ABNT/NBR nº 10.007/2004. Na Erro! Fonte de
referência não encontrada. apresenta as imagens do procedimento de quarteamento realizado.
Com base na metodologia, nos resíduos descarregados dos veículos foram coletadas
aproximadamente 10 alíquotas em diferentes pontos da base e no topo da massa de resíduos, de
modo a compor um volume de 400 litros por veículo. Essa amostra de 400 litros foi novamente
homogeneizada e quarteada até a obtenção da amostra final com volume de 100 litros para
determinação da composição gravimétrica em cada caminhão. Desta maneira foram analisados
3,3 m³ como amostra representativa total.

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962
Figura 897. Amostragem dos resíduos modelo 1o dia 21/05/2021 (de A a F)

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

O objetivo do método de quarteamento é a obtenção de uma amostra representativa, ou seja, a


coleta de uma parcela do resíduo a ser estudada que, quando analisada, apresente as
características e propriedades de sua massa total. A composição gravimétrica permite conhecer o
percentual de cada componente presente nos resíduos e admite avaliar o potencial de
aproveitamento de resíduos para fins de valorização. Na Erro! Fonte de referência não
encontrada., apresenta-se o esquema do quarteamento.

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963
Figura 898. Esquema do diagrama do quarteamento.
1

• Descarregar o resíduo em local previamente


escolhido (pátio pavimentado ou coberto por lona).
Executar o rompimento dos receptáculos (sacos de
resíduos em geral) e homogeneizar ao máximo os
resíduos e agregá-los em uma pilha.

• Pesar o tonel vazio e registrar o peso em formulário


apropriado. 2
• Coletar na pilha resultante da descarga quatro
amostras de 100 litros cada (utilizar os tonéis) três
nas bases e uma no topo para obter uma amostra
total de 400 litros. Expurgar o resto do material.
• Pesar os tonéis cheios e registrar em formulário
apropriado para proceder a determinação do peso
específico aparente.

3
• Retornar o resíduo dos tonéis à lona e compor uma
pilha única de 400 litros que deverá passar
novamente pelo processo de homogeneização e
picagem através de reviramento.

4
• Dividir a pilha de 400 litros ao meio e formar duas
pilhas de 200 litros.

5
• Dividir cada parte de 200 litros e formar quatro partes
de 100 litros.

• Agregar as pilhas de 100 litros em diagonal duas a


duas, formando duas novas pilhas, de 200 litros.

• Dividir cada uma das pilhas de 200 litros em duas


partes, para obter quatro novas pilhas de 100 litros.

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964
8

• Subdividir cada quarto em duas partes para obter


oito pilhas, de 50 litros.

• Expurgar em diagonal em diagonal duas partes de


cada quarto anterior.

10

• Os quatro oitavos de cinquenta litros cada restantes,


devem ser agrupados, dois a dois. Misturar as pilhas
oriundas dos quartos anteriores em diagonal.

11

• Com o agrupamento dos quartos anteriores serão


formadas duas novas pilhas, de 100 litros cada.

12

• Dividir cada pilha em duas partes para obter quatro


quartos de 50 litros

• Subdividir cada uma das pilhas em duas partes


equivalentes para obter oito oitavos de 25 litros cada.

13
14

• Expurgar em diagonal duas partes de cada quarto


anterior.

15
• As quatro pilhas de vinte e cinco litros restantes
devem ser agrupadas diagonalmente compondo
assim uma nova pilha de cem litros que deverá ser
utilizada na análise gravimétrica.

Fonte: CSB Consórcio, 2021


As áreas urbanas representativas dos setores de coleta por Núcleos de Limpeza foram
selecionadas com divisão espacial das Prefeituras-Bairros (PB), conforme Erro! Fonte de
referência não encontrada..

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965
Figura 899. Divisão espacial das Prefeituras-Bairros (PB)

Fonte: SALVADOR (2012 e 2017). Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

A caracterização ocorreu nos resíduos sólidos urbanos provenientes dos setores de coleta de
resíduos sólidos domiciliares, previamente definidos, de bairros que compõem a Prefeitura-Bairro,
conforme metodologia apresentada. Foi retirada cada amostra do total coletado na primeira
viagem dos veículos dos Setores de Coleta (SC) diurnos com frequência diária e/ou alternada.
Buscou-se excluir em cada setor analisado, a segunda-feira considerando ser um dia atípico, após
o final de semana. Foram definidas um total de 11 amostras por classe de renda, por meio dos
veículos executores dos setores de coleta de resíduos sólidos domiciliares, conforme Erro! Fonte
de referência não encontrada., para a realização da caracterização.
Quadro 56. Definição das Amostras por Padrão de Renda
Setores de
CLASSE PB BAIRROS EMPRESA NL Coleta (SC)
TURNO FREQUÊNCIA

A I- Centro-Brotas Horto ECOSAL - 6 76 Diurno Alternado -


Florestal NATURALLE 2°,4°,6°
B I- Centro-Brotas Brotas ECOSAL 5 67 Diurno Diário

II- Subúrbio-Ilhas Plataforma ECOSAL 17 253 Diurno Diário

II- Subúrbio-Ilhas Ilha de BF 18 - Diurno Diário


Maré Engenharia

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966
Setores de
CLASSE PB BAIRROS EMPRESA NL Coleta (SC)
TURNO FREQUÊNCIA

III- Cajazeiras Castelo ECOSAL - 13 191 Diurno Diário


Branco JOTAGÊ
V- Cidade Baixa Ribeira ECOSAL - 2 17 Diurno Diário
TORRE
IV-Itapuã Bairro da SOTERO 10 144 DIURNO ALTERNADO
Paz AMBIENTAL e - 3°,5°, Sab
C 09
VII- Liberdade- IAPI ECOSAL - 4 46 Diurno Diário
São Caetano NATURALLE
VIII-Cabula- Tancredo SOTERO 12 181 Diurno Diário
Tancredo Neves Neves AMBIENTAL

IX- Pau da Lima São ECOSAL - 13 190 Diurno Diário


Rafael JOTAGÊ
X- Valéria Valéria ECOSAL 16 237 Diurno Diário

Fonte: LIMPURB, 2021.


A composição gravimétrica traduz o percentual de cada componente em relação ao peso total da
amostra de resíduos analisada. Os componentes mais utilizados na determinação da composição
gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos são os materiais recicláveis (papel/papelão, plásticos,
vidros, metais), matéria orgânica e os rejeitos em geral. Esses componentes vêm sendo utilizados
como base para elaboração de estudos envolvendo a gestão integrada dos resíduos sólidos
urbanos, como avaliação do potencial para aproveitamento em coleta seletiva, reciclagem e a
produção de composto orgânico, bem como o dimensionamento das unidades e serviços que
compõem o sistema de limpeza urbana, quais são: serviços de acondicionamento, coleta e
transporte dos resíduos sólidos urbanos, unidades de triagem de materiais recicláveis, unidades
de compostagem, unidades de destinação final. O Erro! Fonte de referência não encontrada. traz
exemplos das 19 tipologias utilizadas para a classificação gravimétrica dos resíduos analisados.
Quadro 57 - Categorias de amostragem
Categoria Exemplos de Elementos
Matéria orgânica Restos de vegetais, frutas, carne, cereais, crus e cozidos, resíduos de jardim.
Papel/papelão Embalagens usadas de papel e papelão, jornais, revistas, papel branco,
ondulado
Plástico Embalagens usadas de plástico rígido, filme, (PP, PE, PET- Polietileno de
Tereftalato, PVC, PEAD- Polietileno de Alta Densidade) ou outros produtos
usados constituídos desse material, coloridos e incolores
Vidro Embalagens e cacos de vidros coloridos e incolores
Metal alumínio Embalagens,
Metal (outras ligas) Folha de flandres, ferrosos
Compósitos Embalagens multicamadas de papel, plástico e alumínio
Borracha
Isopor
Madeira
Tecidos/couro Trapos, panos, retalhos, de têxteis ou couro
Espumas
Resíduos de Construção Resíduos Classe A, fiação elétrica, entre outros
Civil (RCC)
Contaminante biológico Papel Higiênico, fraldas, absorventes, curativos
Contaminantes químicos Cosméticos, embalagens de pesticidas, lâmpadas, pilhas, baterias
Resíduos Baterias, fios, cabos, pequenos aparelhos eletrodomésticos
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Categoria Exemplos de Elementos
Eletroeletrônicos (REEE)
Resíduos de Serviço de Medicamentos, seringas, agulhas, etc.
Saúde (RSS)
Outros Resíduos não enquadrados nas categorias anteriores
Rejeitos Resíduos considerados por sua natureza não passíveis de valorização.
Fonte: ABNT, 2004. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Como exemplo da categoria “Outros”, podem ser citados o Guarda Chuva ou qualquer peça que
contenha a presença de ligas metálicas, plástico e tecido, além disso o Filtro de Carro, tendo
parcela de espuma, papel e plástico, também se enquadra na categoria. Já o “Rejeito” trata-se de
material de tamanho reduzido (pequena granulometria) e de difícil segregação de outros
componentes de diferentes classificações, tais como recicláveis e RCC, de igual tamanho.
Verifica-se, claramente, a presença de Matéria Orgânica aderida aos diversos materiais
classificados, porém de difícil separação para valorização.
Por meio da análise por média simples de cada uma das três campanhas realizadas observa-se
uma grande similaridade nos resultados obtidos. Com diferenças percentuais baixas entre as
médias das amostras das Prefeituras Bairro por três (03) amostragem/campanhas. As frações
mais representativas foram matéria orgânica, plásticos, rejeitos, contaminantes biológicos e
papel/papelão (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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968
Figura 900. Médias gravimétricas por amostragem/campanha.
Amostra 01 – Média simples

Amostra 02 – Média simples

Amostra 03 – Média simples

Fonte: CSB Consórcio, 2022.


Com base na classificação dos resíduos e na análise do padrão de renda dos geradores a Tabela
3 apresenta a composição gravimétrica média dos RSD em Salvador por Padrão de Renda no ano
de 2021, realizada em maio, e 2022, realizada em janeiro/fevereiro.

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969
Tabela 100. Composição Média Gravimétrica dos Resíduos Sólidos Domiciliares em
Salvador por Padrão de Renda no ano de 2021 e 2022.
PADRÃO DE RENDA (%) MÉDIA
MATERIAL PONDERADA
Alta Média Baixa (%)
1. Matéria Orgânica 18,3 17,5 20,6 20,2
2. Papel/papelão 16,4 10,8 8,9 9,0
3. Plásticos 21, 5 21,6 20,3 20,4
4. Vidros 4,3 1,0 2,0 2,0
5. Alumínio 0,6 0,4 0,5 0,5
6. Ligas Metálicas 0,7 1,6 0,3 0,4
7. Compósitos 0,5 0,9 0,9 0,9
8. Borracha 0,5 0,0 0,8 0,8
9. Isopor 0,5 0,4 1,0 1,0
10. Madeira 0,2 0,2 1,6 1,5
11. Tecidos/couros 2,0 2,9 8,1 7,8
12. Espumas 0,1 0,0 0,2 0,2
13. Restos de Construção Civil 1,2 0,0 1,0 0,9
14. Contaminantes biológicos 8,5 6,3 7,1 7,1
15. Contaminantes Químicos 0,0 0,0 0,7 0,6
16. REEE 0,0 0,0 0,2 0,2
17. RSS 0,2 0,2 0,4 0,4
18. Outros 0,8 0,3 0,9 0,8
19. Rejeitos 23,6 35,7 24,5 25,2
TOTAL 100 100 100 100
Fonte: CSB Consórcio, 2022.

Dessa forma, torna-se possível planejar as ações futuras de acordo com as premissas da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, considerando o beneficiamento e/ou comercialização dos resíduos
recicláveis, a recuperação energética e/ou compostagem dos resíduos orgânicos, além da
disposição final em aterros sanitários corretamente operados, visando contribuir para o
estabelecimento de políticas de inclusão social e favorecer o desenvolvimento socioambiental e
econômico de forma sustentável.
Cabe destacar que a PNRS (BRASIL, 2010) conceitua rejeito como “resíduos sólidos que, depois
de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada”.
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. constam algumas imagens dos materiais
caracterizados como rejeitos já definidos acima. Trata-se de um material com tamanho reduzido
(pequena granulometria) e de difícil segregação de outros componentes de diferentes
classificações e de igual tamanho. Verifica-se claramente a presença de matéria orgânica aderida
aos materiais, porém de impossível separação para valorização.
As características deste rejeito são típicas desse sistema de coleta urbano, sem segregação na
fonte, com compactação dos resíduos nos caminhões; e também do processo metodológico

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970
aplicado, que promove manipulação e revolvimento para obtenção de amostras representativas e
consequente fragmentação do material a ser classificado.
Cabe salientar que a fração de matéria orgânica (restos de vegetais, frutas, carne, cereais, crus e
cozidos, resíduos de jardim) estão visualmente presentes no material caracterizado como rejeito e
representa uma parcela considerável dele. Tais observações não mascaram o resultado obtido
neste estudo. Justamente evidenciam o contrário, que sem a devida segregação na fonte perde-
se claramente o potencial de aproveitamento de materiais recicláveis e beneficiamento da fração
orgânica biodegradável.
Figura 901. Rejeitos e matéria orgânica do quarteamento realizado na Prefeitura-Bairro I
(Centro-Brotas)

Fonte: CSB Consórcio, 2021

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a média da composição gravimétrica realizada no
mês de maio de 2021 e em janeiro/fevereiro de 2022 conforme metodologia descrita. Os resultados
apresentados foram obtidos por meio de média ponderada das classes sociais. A fração reciclável
predominante no total dos resíduos analisados foi a de plásticos (20,4%), seguida da matéria orgânica
(20,2%). Papel e papelão (9,0%) representam aproximadamente a terceira maior alíquota dos materiais com
possibilidade de serem reciclados. Importante destacar o elevado percentual dos contaminantes biológicos
(7,1%), assim como dos rejeitos (25,2%), sendo a maior fração global dos resíduos caracterizados.

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971
Figura 902. Resultado médio por classes sociais da Caracterização Física dos Resíduos
Sólidos Domiciliares em Salvador, 2021 em percentuais (%)

Rejeitos 25,2
Matéria Orgânica
20,2

Outros 0,8
RSS 0,4
Papel/papelão 9,0
REEE 0,2
Contaminantes
Químicos 0,6
Contaminantes
biológicos 7,1
Restos de
Construção Civil 0,9
Espumas 0,2

Plásticos 20,4
Tecidos/couros 7,8
Madeira 1,5 Vidros 2,0
Isopor 1,0 Alumínio 0,5
Borracha 0,8 Ligas Metálicas 0,4
Compósitos 0,9
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

De maneira comparativa, na Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta-se a média da


composição gravimétrica realizada no ano de 2010 pela Prefeitura de Salvador. Nessa
caracterização, a matéria orgânica (45,96%) predominou no total dos resíduos analisados, ficando
na média, como na maioria das cidades brasileiras e, em seguida o plástico mole (18,82%),
resultado da grande quantidade das embalagens de sacos plásticos. As fraldas descartáveis, em
particular às geriátricas e absorventes (7,31%), estiveram presentes em quantidade bastante
representativa principalmente nas áreas de padrão de baixa renda.
Cabe salientar que na caracterização realizada no ano de 2010 não houve separação de materiais
definidos como rejeitos, o que foi realizado na presente caracterização de 2021, com o objetivo de
se obter claramente o valor mais real da fração orgânica passível de tratamento ou recuperação.
Tais diferenças não invalidam este estudo ou estudos anteriormente realizados. Todavia, destaca-
se a ausência da aplicação de mesmos critérios metodológicos na classificação dos resíduos, o
que implica em lacunas para análise temporal de dados substanciais do estudo.
Desta maneira, infere-se a necessidade da continuidade da realização da classificação seguindo a
metodologia aplicada no atual plano, de maneira periódica anual, preferencialmente em estação
seca e chuvosa, de forma a possibilitar a análise sob uma mesma perspectiva técnica enquanto
for utilizada a coleta indiferenciada no município, porém observa-se que existe outra possibilidade
de realização da caracterização dos resíduos domiciliares na origem (porta a porta), que

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972
representa mais claramente a realidade da geração per capita dos resíduos e, principalmente em
relação a real possibilidade do conhecimento do quantitativo em percentual dos materiais
potencialmente recicláveis, antes de serem submetidos à compactação nos veículos coletores e
antes do desvio por catadores da coleta seletiva, sendo assim, a mais adequada para fins de
planejamento da coleta diferenciada, facilitando o retorno ao processo produtivo dos materiais
recicláveis.
Ressalta-se que não foi adotada essa metodologia na origem devido a existência da pandemia
(COVID-19) nesses dois anos de execução desse PMSBI, respeitando-se os protocolos da OMS.
É importante que a realização da caracterização, na origem, seja feita como uma rotina anual para
que seus resultados apoiem as ações futuras, em especial da coleta seletiva. Assim como, há
necessidade de se continuar a caracterização no destino final utilizando a mesma metodologia
nesse plano, para que tenhamos informações sobre a diminuição dos rejeitos e as características
dos resíduos coletados e sua influência na disposição final, pelo menos com uma frequência
trienal.
Cabe salientar que outros estudos podem e devem ser executados com intuito de quantificar a
perda de recursos energéticos associados a gestão de resíduos. Podem ser utilizadas diferentes
metodologias para diagnóstico das perdas associadas a gestão indiferenciada.
Figura 903. Resultado médio da Caracterização Física dos Resíduos Sólidos Domiciliares
em Salvador, 2010

Fonte: LIMPURB, 2010.


Destaca-se ainda que a ocorrência da pandemia da COVID-19 em 2020 acarretou efeitos sociais,
econômicos e culturais que implicaram e ainda implicam em alterações significativas nas
condições sociais das sociedades em que incidiu. As características e quantidades geradas dos
resíduos sólidos urbanos, por exemplo, que refletem de modo bastante claro o comportamento

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973
social, mudaram rapidamente durante a pandemia conforme citaram Klemeš et al. 2020; Nzeadibe
and Ejike-Alieji 2020 (apud Yousefi, M. 2020).

Em 2020, a ABRELPE (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos


Especiais) apresentou publicação intitulada “Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil”, com uma
caracterização gravimétrica nacional que apresenta-se na Erro! Fonte de referência não
encontrada. A gravimetria nacional foi estimada com base na média ponderada, a partir da
geração total de RSU por faixa de renda dos municípios e suas respectivas gravimetrias, levando-
se em consideração a população e geração per capita. A partir da compilação dos dados
disponíveis nos materiais consultados foi possível desenvolver uma comparação estatística e sua
harmonização, que deu origem ao abaixo, contemplando as diferentes componentes e seus
percentuais.
Figura 904. Caracterização Gravimétrica do Brasil

Fonte: ABRELPE, 2020.


De acordo com a Erro! Fonte de referência não encontrada. são apresentados os principais
materiais encontrados no processo de amostragem, as respectivas porcentagens de cada resíduo
e os pesos correspondentes. Nos Anexos IV e V são apresentadas as Tabelas individualizadas
de todos os ensaios realizados (diários de campo). Ainda no Anexo IV são apresentados os
diários de campo dos ensaios de caracterização realizados entre os dias 21 e 28 de maio de 2021
e dos ensaios realizados entre 28 de janeiro de 2022 e 11 de fevereiro de 2022, com as devidas
evidências de todas as etapas realizadas em cada caminhão selecionado.
Tabela 101. Caracterização gravimétrica do Município de Salvador, 2021 e 2022.
Média Ponderada Desvio Padrão da
Média Simples das
Tipos de Materiais por Classe Social Amostragem
Amostras
das Amostras

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974
Média Ponderada Desvio Padrão da
Média Simples das
Tipos de Materiais por Classe Social Amostragem
Amostras
das Amostras
Matéria Orgânica 20,1 20,2 4,6
Papel/papelão 9,7 9,0 3,2
Plásticos 20,6 20,4 3,6
Vidros 2,2 2,0 1,6
Alumínio 0,5 0,5 0,3
Ligas Metálicas 0,5 0,4 0,5
Compósitos 0,9 0,9 0,5
Borracha 0,7 0,8 0,8
Isopor 0,9 1,0 0,7
Madeira 1,4 1,5 1,1
Tecidos/couros 7,1 7,8 3,4
Espumas 0,1 0,2 0,1
Restos de Construção Civil 0,9 0,9 0,7
Contaminantes biológicos 7,2 7,1 2,3
Contaminantes Químicos 0,6 0,6 1,3
REEE 0,2 0,2 0,3
RSS 0,3 0,4 0,3
Outros 0,8 0,8 0,6
Rejeitos 25,4 25,2 9,3
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Determinação das Características de Tratabilidade


Para nortear os estudos adequados de tratamento e disposição final de resíduos sólidos urbanos
gerados na cidade do Salvador, a Erro! Fonte de referência não encontrada. expõe o percentual
dos componentes dos resíduos gerados conforme as características de tratabilidade. Dessa
forma, tem-se 34,00% de material Reciclável e Passível de Logística Reversa (papel, papelão,
vidro, metais, plásticos, etc.), 21,90%, biodegradável ou orgânico e 44,10%, e Rejeito ou
Descartável (papel higiênico, entulho etc.).
Tabela 102. Características de Tratabilidade dos Resíduos Sólidos Urbanos do Município de
Salvador, 2021.

COMPONENTES PERCENTUAL (%)

Reciclável e Passível de Logística Reversa 34,00


Biodegradável ou Orgânico 21,90
Rejeito ou Descartável 44,10
Total 100,00
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.2. SÉRIE HISTÓRICA DA QUANTIDADE DE RESÍDUOS COLETADOS


A partir do quantitativo de resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados pelas empresas contratadas
pela LIMPURB, pode-se construir a seguinte série histórica de 2016 a 2020, conforme Erro! Fonte
de referência não encontrada..
Tabela 103. Quantitativo de RSU coletado por tipo no Município de Salvador, de 2016 a 2020
Resíduos coletados por tipo (t)
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Resíduos coletados por tipo (t)
ANO Domiciliar RCC Feira e Poda Animais Total
2016 832.660,48 729.270,39 3.652,80 26,42 1.565.610,09
2017 867.095,21 779.280,13 4.626,14 79,48 1.651.080,96
2018 898.561,71 731.437,61 5.949,18 45,89 1.635.994,39
2019 893.378,66 761.661,85 25.282,61 47,26 1.680.370,38
2020 913.571,42 768.231,61 33.336,84 52,15 1.715.192,02
Fonte: LIMPURB, 2021.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta os percentuais de cada tipo de resíduo
coletado ao longo da série histórica considerada, onde se observa que os resíduos sólidos
domiciliares (RSD) e os resíduos da construção civil (RCC) somam mais de 90% (noventa por
cento) de todos os RSU coletados para todos os anos.
Figura 905. Distribuição do percentual dos resíduos coletados por tipo, no município de
Salvador, de 2016 a 2020.

Fonte: LIMPURB, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


Abaixo, através das Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada., é apresentada uma análise estatística descritiva acerca de cada um dos tipos de
resíduos sólidos urbanos considerados acima, bem como do seu quantitativo total, ao longo da
série histórica considerada.
Tabela 104. Análise estatística para os RSD coletados no Município de Salvador, de 2016 a
2020
Análise estatística para os resíduos sólidos domiciliares
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 832.660,48 53,18 - 69.388,37 2.668,78 3.652,54 68.265,45
2017 867.095,21 52,52 4 72.257,93 2.779,15 4.279,80 71.755,01

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976
Análise estatística para os resíduos sólidos domiciliares
2018 898.561,71 54,92 4 74.880,14 2.880,01 3.990,38 74.404,04
2019 893.378,66 53,17 -1 74.448,22 2.863,39 3.353,18 74.541,37
2020 913.571,42 53,26 2 76.130,95 2.928,11 3.031,55 76.390,23
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Tabela 105. Análise estatística para os RCC coletados no Município de Salvador, de 2016 a
2020
Análise estatística para os resíduos da construção civil
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 729.270,39 46,58 - 60.772,53 2.337,40 2.852,38 60.417,34
2017 779.280,13 47,20 6 64.940,01 2.497,69 3.376,66 65.842,12
2018 731.437,61 44,71 -7 60.953,13 2.344,35 4.070,87 60.895,45
2019 761.661,85 45,33 4 63.471,82 2.441,22 2.503,82 63.964,52
2020 768.231,61 44,79 1 64.019,30 2.462,28 2.231,07 63.857,85
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Tabela 106. Análise estatística para os resíduos de feira e poda coletados no Município de
Salvador, de 2016 a 2020
Análise estatística para os resíduos de feira e poda
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 3.652,8 0,23 - 304,40 11,70 68,06 285,55
2017 4.626,14 0,28 21 385,51 14,83 147,09 348,48
2018 5.949,18 0,36 22 495,77 19,07 103,99 476,53
2019 25.282,61 1,50 76 2.106,88 81,03 715,41 2.379,19
2020 33.336,84 1,94 24 2.778,07 106,85 332,75 2.686,49
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Tabela 107. Análise estatística para os resíduos de animais coletados no Município de


Salvador, de 2016 a 2020
Análise estatística para os resíduos de animais
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 26,42 0,002 - 2,20 0,08 0,99 2,00
2017 79,48 0,005 67 6,62 0,25 10,49 3,54
2018 45,89 0,003 -73 3,82 0,15 3,51 2,30
2019 47,26 0,003 3 3,94 0,15 1,54 3,93
2020 52,15 0,003 9 4,35 0,17 1,39 3,94
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Conforme apresentado nos quadros anteriores, observa-se um comportamento progressivo no
sentido de aumento da geração dos tipos de resíduos sólidos urbanos coletados pelo poder
público. Destaca-se a variação de 76% da geração de resíduos de poda e feira, dos anos de 2018
para 2019, condizente com o período de entrega das obras de requalificação de diversas feiras
populares do município e implementação da coleta diferenciada com pesagem em separado
desses resíduos. Embora represente o menor percentual dentre as tipologias de RSU
consideradas, para os resíduos de animais devem ser considerados dados os rituais de matriz

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977
africana, amplamente difundidos no território municipal e coletas de animais de grande porte
encontrados nas vias públicas.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a variação de RSU coletados pelas
empresas contratadas pela LIMPURB, para a série histórica considerada.
Figura 906. Gráfico dos RSU coletados e da média mensal, entre 2016 e 2020

Fonte: LIMPURB, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

8.3. GERAÇÃO PER CAPITA, PESO ESPECÍFICO APARENTE E TEOR DE


UMIDADE DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS
A geração está apresentada na Erro! Fonte de referência não encontrada., considerando as
informações obtidas dos últimos 5 anos.
Tabela 108. Geração de RSD, população atendida e geração per capita nos últimos 5 anos
Ano Geração Populaçã Populaçã Geração per Geração Geração
RSD (t/ano) o o Total capita per per capita
Atendida (Urbana + atendida capita real
Rural + (kg/hab.dia) SNIS (kg/hab.di
flutuante) (kg/hab. a)
dia)
2016 832.660,48 2.938.092 0,78 0,86
2017 867.095,21 2.953.986 0,80 0,84
2018 898.561,71 2.857.329 0,86 0,91
2019 893.378,66 2.872.347 0,85 0,92
2020 913.571,42 2.886.698 3.192.410 0,87 0,93 0,784
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
A diferença ocorre pela dificuldade na quantificação da parcela da população não atendida da
população total para o lançamento no SNIS, por ser em áreas de difícil acesso, com problemas de
segurança e que usualmente são utilizados contêineres para coleta dos seus resíduos.
Destacamos uma tendência de crescimento da geração per capita, com um aumento de 10,7%
entre os anos de 2017 e 2020. Observa-se que ocorreu a diferença em função da
desconsideração da parcela da população flutuante na população total por parte da IBGE para o
lançamento no SNIS.

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978
A geração per capita de RSD também apresentou elevação ao longo da série histórica
considerada, sendo possível constatar, no último ano da série, o valor de 0,93 kg/hab.dia, geração
abaixo da média estadual de 1,08 kg/hab.dia, e da nacional, em 0,99 kg/hab.dia (BRASIL, 2019).
Importante destacar, que calculando a geração per capita real, a que considera a população total
e a população flutuante presente em Salvador no ano de 2020, o valor obtido é de 0,784
kg/hab.dia, valor ainda mais baixo que os valores lançados no SNIS. Contudo, acredita-se ser o
valor mais próximo da realidade e do padrão socioeconômico do município.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a geração per capita de acordo com as
regiões do Brasil, observando-se que a Região Nordeste, na qual está situado o município de
Salvador, possui a segunda maior geração total (t/ano) e a terceira maior geração per capita
(kg/hab/ano), conforme ABRELPE (2020).
Figura 907. Geração per capita dos resíduos sólidos coletados por região do Brasil

Fonte: ABRELPE, 2020.


Importante destacar que a diminuição da geração per capita é uma das principais premissas da
política nacional de resíduos sólidos (BRASIL, 2010), deixando claro a necessidade de não
geração e de redução da quantidade de resíduos gerados. Para o presente diagnóstico, não se
obteve a totalidade de informações necessárias para apresentar uma discussão por subdivisão
organizacional de planejamento (núcleos de limpeza e prefeituras bairro), que estarão presentes
somente nos próximos produtos G1 e G2.
Teor de Umidade

Antes da segregação em componentes foi retirada uma amostra de 10 kg de resíduos misturados


homogeneizados para determinação da umidade a 70°C e a 105°C. De 11 (onze) amostras
propostas, foram executadas 9 (nove) devido ao lixiviamento apresentado nas 2 (duas) amostras,
que foram descartadas para não mascarar o resultado. Importante destacar que nos dias
amostrados ocorreram precipitações atmosféricas, que certamente influenciaram nos resultados.
Conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada., a seguir.
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979
Tabela 109. Teor de umidade
Unidade Sólidos (%) % Umidade (%)
Ilha da Maré 69,9 30,1
Castelo Branco 80,0 20,0
IAPI 81,5 18,5
Ribeira 84,3 15,7
São Rafael 82,1 17,9
Tancredo Neves 73,4 26,6
Valéria 76,9 23,1
Plataforma 76,9 23,1
Média 78,5 21,5
Desvio Padrão 4,8 4,8
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Sugere-se a realização de outras pesquisas de caracterização física, química, biológica dos
resíduos sólidos urbanos na estação do verão, bem como, de outros tipos de resíduos gerados no
município (construção e demolição, vegetais, resíduos de serviços de saúde, em perdimento,
exumação e outros), tendo em vista que a caracterização física nesse estudo teve como objetivo
apenas a determinação da gravimetria, o teor de umidade e a geração per capita dos resíduos
sólidos domiciliares.
Peso Específico Aparente
Todas as amostras realizadas durante a caracterização foram pesadas, utilizando como base um
recipiente aproximado de 100 litros. Na Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta-se os
resultados dos pesos específicos de cada amostra caracterizada, assim como o valor médio e o
resumo estatístico amostral. Foram realizadas determinações de peso específico em dois
momentos dos ensaios de caracterização, sendo elas: a) amostra 1: retirada logo após o
espalhamento dos resíduos descompactados e; b) amostra 2: retirada após o quarteamento, da
amostra que seria caracterizada.
Tabela 110. Peso específico aparente das amostras – maio de 2021
Amostra Amostra A (kg/m3) Amostra B
PB I - Centro – Brotas 335,0
497,8
PB I - Horto florestal
442,5 298,0

PB IV – Itapuã 307,0
530,3

PB II – Subúrbio/Ilhas 210,5
303,3

PB III – Cajazeiras 295,0


448,8
PB VII – Liberdade/São Caetano 222,2
479,5

PB V – Cidade Baixa 163,0


330,5

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980
Amostra Amostra A (kg/m3) Amostra B
PB IX – Pau de Lima 183,0
374,3
PB VIII – Cabula/Tancredo Neves 155,5
364,8
PB X – Valéria 205,0
387
PB II – Subúrbio/Ilhas
452,8 273,5

Média Global das Amostras 419,2 240,7


Erro padrão 21,7 19,0
Mediana 442,5 222,2
Desvio padrão 72,1 163,1
Mínimo 333,3 155,5
Máximo 530,3 335
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Notadamente, já se esperava essa diferença entre os valores das amostras A e B, uma vez que
uma sofreria influência da compactação recebida ainda no veículo e a outra já estaria mais
próxima ao peso específico real do resíduo gerado nas residências, com compactação média.
Para fins do plano, adotar-se-á o valor do peso específico aparente para resíduos da Amostra B,
não compactados da amostra que foi caracterizada, com valor médio de 240,7 kg/m3.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta os resultados do peso específico aparente
na caracterização executada no ano de 2010, 2003, 1999 e 1995. Nota-se uma tendência de
crescimento nos resultados do peso específico ao longo dos anos. Embora essa comparação seja
difícil de ser realizada, pois existem fatores que interferem no produto final, como compactação da
amostra, sazonalidade, perfil econômico, pluviometria, umidades e até o dia da semana da
amostragem, dentre outros.
Quadro 58. Peso Específico Aparente dos Resíduos Sólidos Urbanos
ANO Variação %
PESO ESPECÍFICO
1995 1999 2003 2010 2021 (2010-2021)
(kg/m³) 151,00 193,38 274 228,11 240,7 (+5,51)
Fonte: LIMPURB (2010). Elaboração: CSB Consórcio (2021).
Cabe destacar esse aumento significativo entre os anos de 2010 e 2021, de aproximadamente
5,51%. Sugere-se a gestão pública realizar anualmente o presente ensaio, elaborando
metodologia que observe as estações do ano e os dados pluviométricos, a fim de avaliar melhor
peso específico. No Anexo IV apresentam-se os diários de campo com as imagens das pesagens
realizadas, conforme demonstradas na Erro! Fonte de referência não encontrada..

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981
Figura 908. Pesagem da amostra e tara dos tonéis para determinação do peso específico
aparente – PB I – Centro/Brotas

PESO DA AMOSTRA DE 100L


Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.4. SISTEMA DE LIMPEZA URBANA E MANEJO DOS RESÍDUOS


SÓLIDOS
Nesse tópico será apresentada a descrição do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos.
Além disso, ao longo do tópico, será possível identificar as principais carências do poder público
municipal no atendimento adequado da população, analisando quais são as práticas atuais
executadas e quais são os problemas existentes associados à estrutura organizacional
relacionada aos sistemas de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.

8.4.1. ANÁLISE DO GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS


URBANOS EM SALVADOR
A seguir, apresenta-se um relato das análises dos componentes por tipos de resíduos sólidos
urbanos referentes ao gerenciamento em Salvador.

8.4.1.1. RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES


A LIMPURB, por meio dos seus últimos relatórios de gestão, disponibilizou os quantitativos de
resíduos sólidos domiciliares (RSD) coletados para todo o Município de Salvador, considerando
26 dias para as médias/dia coletadas. No ano de 2016, foram coletadas 832.660,48 toneladas de
RSD no município, com média mensal de 69.388,37 t/mês e média diária de 2.668,78 t/dia. O mês
de maior coleta de RSD foi janeiro com 76.450,51 toneladas coletadas e o de menor coleta foi

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982
setembro com 65.142,46 toneladas, como apresentado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Tabela 111. Quantitativo coletado mensal de RSD no ano de 2016
Mês RSD (t/mês)
Janeiro 76.450,51
Fevereiro 70.705,09
Março 73.168,71
Abril 68.881,24
Maio 70.933,35
Junho 67.534,44
Julho 65.198,04
Agosto 66.012,66
Setembro 65.142,46
Outubro 67.150,77
Novembro 67.649,65
Dezembro 73.833,56
TOTAL (t) 832.660,48
% em relação aos demais resíduos
53,18%
coletados
Média/mês (t) 69.388,37
Média/dia (t) 2.668,78
Desvio (t) 3.652,54
Mediana (t) 68.265,45
Fonte: LIMPURB, 2017. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
No ano de 2017, foram coletadas 867.095,21 toneladas de RSD no município de Salvador, com
acréscimo de 4,1% quando comparado ao ano anterior. A média mensal coletada foi de 72.257,93
t/mês e a média diária de 2.779,15 t/dia, ambas superiores às do ano de 2016. O maior
quantitativo mensal coletado de RSD foi observado em dezembro, com 81.401,10 toneladas, e o
menor quantitativo coletado em fevereiro, com 63.486,84 toneladas (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
Tabela 112. Quantitativo coletado mensal de RSD no ano de 2017
Mês RSD (t/mês)
Janeiro 71.693,18
Fevereiro 63.486,84
Março 72.888,89
Abril 68.754,01
Maio 75.237,07
Junho 70.230,11
Julho 75.325,73
Agosto 73.873,78
Setembro 70.694,49
Outubro 71.750,48
Novembro 71.759,53
Dezembro 81.401,10
TOTAL (t) 867.095,21

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983
Mês RSD (t/mês)
% em relação aos demais resíduos 52,52%
coletados
Média/mês (t) 72.257,93
Média/dia (t) 2.779,15
Desvio (t) 4.279,80
Mediana (t) 71.755,01
Fonte: LIMPURB, 2018. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
No ano de 2018, conforme apresentado no relatório de gestão da LIMPURB, foram coletadas
898.561,71 toneladas de RSD no Município de Salvador, valor 4,0% maior do que o do ano de
2017.
A média mensal coletada nesse ano foi de 74.880,14 t/mês e a média diária de 2.880,01 t/dia,
ambas superiores ao ano anterior. O mês de maior coleta de RSD foi dezembro, pela segunda vez
da série histórica, com 84.025,30 toneladas coletadas e o de menor coleta também foi fevereiro
com 67.761,70 toneladas (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Tabela 113. Quantitativo coletado mensal de RSD no ano de 2018
Mês RSD (t/mês)
Janeiro 77.577,26
Fevereiro 67.761,70
Março 77.251,67
Abril 73.279,75
Maio 75.841,86
Junho 74.050,57
Julho 73.654,10
Agosto 74.632,21
Setembro 70.347,90
Outubro 75.963,52
Novembro 74.175,87
Dezembro 84.025,30
TOTAL (t) 898.561,71
% em relação aos demais resíduos 54,92%
coletados
Média/mês (t) 74.880,14
Média/dia (t) 2.880,01
Desvio (t) 3.990,38
Mediana (t) 74.404,04
Fonte: LIMPURB, 2019. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
O penúltimo ano da série histórica da coleta de resíduos sólidos domiciliares (2019) apresentou
uma redução no total de RSD de 1%, quando comparada ao ano de 2018, com 893.378,66
toneladas coletadas.
A média mensal coletada no ano de 2019 foi de 74.448,22 t/mês e a média diária de 2.863,39
t/dia, ambas inferiores quando consideradas as do ano anterior. Apesar dessa redução
apresentada, o mês de maior coleta de RSD continuou sendo dezembro com 81.617,15 toneladas
coletadas e o menor em fevereiro com 69.285,29 toneladas coletadas (Erro! Fonte de referência
não encontrada.).
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Tabela 114. Quantitativo coletado mensal de RSD no ano de 2019
Mês RSD (t/mês)
Janeiro 78.730,43
Fevereiro 69.285,29
Março 71.763,97
Abril 74.430,67
Maio 75.665,03
Junho 71.673,75
Julho 75.517,77
Agosto 74.652,07
Setembro 71.858,66
Outubro 75.267,95
Novembro 72.915,92
Dezembro 81.617,15
TOTAL (t) 893.378,66
% em relação aos demais resíduos
53,17%
coletados
Média/mês (t) 74.448,22
Média/dia (t) 2.863,39
Desvio (t) 3.353,18
Mediana (t) 74.541,37
Fonte: LIMPURB, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Por último, se faz necessário a análise do último ano da série disponibilizada pela LIMPURB, o
ano de 2020. Foram coletadas 913.571,42 toneladas, valor 2,3% maior que o apresentado no ano
de 2019, com uma média mensal de 76.130,95 t/mês e uma média diária de 2.928,11 t/dia.
Consolidando o mês de maior coleta no município de Salvador, em dezembro foram coletadas
81.543,39 toneladas de RSD. No entanto, a menor coleta foi apresentada no mês de abril, com
um valor de 69.712,86 toneladas (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Esse último dado
pode estar relacionado com as medidas de isolamento social adotadas, em meio a pandemia por
SARS-CoV-2, que fizeram a população modificar hábitos e comportamentos. Nos meses
subsequentes, a partir de maio, observa-se retorno aos valores comumente encontrados em anos
anteriores.
Tabela 115. Quantitativo coletado mensal de RSD no ano de 2020
Mês RSD (t/mês)
Janeiro 78.649,17
Fevereiro 73.462,49
Março 77.892,99
Abril 69.712,86
Maio 75.998,06
Junho 77.604,25
Julho 77.993,77
Agosto 76.782,39
Setembro 75.025,22
Outubro 75.197,18
Novembro 73.709,65
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Mês RSD (t/mês)
Dezembro 81.543,39
TOTAL (t) 913.571,42
% em relação aos demais resíduos
53,26%
coletados
Média/mês (t) 76.130,95
Média/dia (t) 2.928,11
Desvio (t) 3.031,55
Mediana (t) 76.390,23
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
O período de isolamento supracitado desencadeou mudanças de comportamento da população,
que, com base apontou os relatórios da LIMPURB, resultaram em maior consumo por
modalidades como delivery e drive thru. Consequentemente, houve um aumento na geração de
embalagens que, associado à redução da coleta de materiais recicláveis, elevou o aterramento de
resíduos domiciliares.
Os resultados apresentados dos últimos anos encontram-se compilados na Erro! Fonte de
referência não encontrada. e ilustrados graficamente na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Tabela 116. Quantitativo Coletado de RSD, população atendida e geração per capita nos
últimos 5 anos
Ano Geração RSD (t/ano) *População *Geração per
Atendida capita (kg/hab.dia)
2016 832.660,48 2.938.092 0,78
2017 867.095,21 2.953.986 0,80
2018 898.561,71 2.857.329 0,86
2019 893.378,66 2.872.347 0,85
2020 913.571,42 2.886.698 0,87
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
*Nota explicativa: População atendida e geração per capita referem-se aos dados de resíduos coletados e
não gerados.

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986
Figura 909. Quantitativo coletado e geração per capita/população atendida de RSD nos
últimos 5 anos

Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Na Erro! Fonte de referência não encontrada., nota-se um aumento significativo na coleta anual
dos resíduos sólidos domiciliares, sendo o quantitativo total para o ano de 2020, 10% maior do
que o do primeiro ano da série analisada (2016). Somente no ano de 2019 observa-se redução no
quantitativo coletado total de RSD gerado, fato que pode estar relacionado com a ocorrência da
Copa América, competição de futebol com jogos sediados no Município de Salvador, que
ocasionou diversas aglomerações de pessoas em eventos públicos e, consequente aumento da
quantidade dos materiais recicláveis no local, como latinhas de alumínios, vidros, papelão etc.,
assim essa coleta foi realizada por catadores autônomos e de cooperativas de coleta seletiva
desviando uma parcela dos RSD a ser coletada normalmente pelo veículo coletor.
A geração per capita da população atendida pela coleta de RSD também apresentou elevação ao
longo da série histórica considerada, sendo possível constatar, no último ano da série, o valor de
0,87 kg/hab.dia, geração próxima à média estadual de 1,08 kg/hab.dia, e da nacional, em 0,99
kg/hab.dia (BRASIL, 2019).
Com base nas médias analisadas anteriormente, resumidas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. e ilustradas na Erro! Fonte de referência não encontrada., pode-se constatar um
aumento da média diária, em 6,5%, quando comparados os anos de 2020 e 2016, valor que
atinge aproximadamente 10%, quando considerada a média mensal.
Tabela 117. Médias de coleta de RSD nos últimos 5 anos em Salvador
Média RSD Variação - Média RSD Variação
Ano Desvio (t)
(t/dia) Dia (%) (t/mês) - Mês (%)
2016 2.668,78 - 69.388,37 - 3.652,54
2017 2.779,15 1,1% 72.257,93 4,0% 4.279,80
2018 2.880,01 3,5% 74.880,14 3,5% 3.990,38

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987
Média RSD Variação - Média RSD Variação
Ano Desvio (t)
(t/dia) Dia (%) (t/mês) - Mês (%)
2019 2.863,39 -0,6% 74.448,22 -0,6% 3.353,18
2020 2.928,11 2,2% 76.130,95 2,2% 3.031,55
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Figura 910. Gráfico das médias de coleta nos últimos 5 anos em Salvador

Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Nos próximos tópicos serão apresentados mais detalhes quanto ao processo de coleta,
equipamentos, transporte e qualificação de veículos, acondicionamento e instalações dos RSD em
Salvador.

8.4.1.2. CARACTERIZAÇÃO E QUANTIFICAÇÃO DOS VEÍCULOS E


EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES
Entre todos os consórcios e núcleos de limpeza envolvidos na coleta de RSD observou-se o uso
em média/mês de 143 (cento e quarenta e três) veículos compactadores, 17 (dezessete)
caminhões Roll On - Roll Off e 24 (vinte e quatro) triciclos/motonetas. Uma abordagem mais
aprofundada acerca dos veículos utilizados na prestação do serviço de coleta e transporte de
resíduos será feita no subitem 6.4.3 – Frota de Veículos.

8.4.1.3. IDENTIFICAÇÃO, CARACTERIZAÇÃO E LOCALIZAÇÃO DAS


INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS.
O município de Salvador, dispôs até 2020, cerca de 90 (noventa) pontos de entrega voluntária
(PEV), distribuídos em 50 (cinquenta) dos 170 (cento e setenta) bairros existentes, o que
representa uma abrangência de 29,4% do território, sendo o material reciclável coletado destinado
para cooperativas cadastradas no município. Esses pontos de coleta possuem capacidade

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
988
volumétrica, cada um, de 2,5 m³, porém esses PEV foram retirados em função da pandemia da
COVID-19.
Quanto aos Ecopontos, o do bairro do Itaigara, único até o mês de fevereiro de 2021, está
localizado na Rua Wanderley de Pinho, S/N, bairro do Itaigara, nas proximidades do Hiper Posto
BR. De modo similar aos PEV, nesse ponto não são recepcionados RSD.
Outro equipamento entregue para uso da população soteropolitana é o Ecoponto Itapuã, que
possui construção finalizada com uma área total de 451,26 m², também voltado aos mesmos
tipos de resíduos do Ecoponto do Itaigara, com acréscimo dos resíduos domiciliares, ao limite de
2 m³/dia/gerador de RCC em atividade desde o mês de fevereiro de 2021, e que foi
temporariamente paralisado em virtude da pandemia no ano 2020 (LIMPURB, 2021). Está
localizado na Rua Alto da Abaeté, S/N, em frente à sede do bloco afro Malê Debalê. Na unidade
é disponibilizado 01 container de 20 m³, 01 compactainer de 17 m³, 4 caixas brooks de 5 m³ cada
e 1 triciclo para coleta porta a porta das ruas de difícil acesso.
Quanto ao Ecoponto Itaigara, este possui uma área construída total de 934 m², sendo voltado ao
recebimento de resíduos recicláveis, volumosos e inservíveis, podas e RCC, ao limite de 2
m³/dia/gerador.
Para a definição de áreas para instalação dos Ecopontos tem-se buscado locais que sejam de
domínio municipal e que possuam tamanho suficiente para implantação dos equipamentos. Além
disso, as áreas precisam ter uma verificação perante a incidência de descarte irregular de
resíduos, fato este necessário de solução por parte do poder público, e da expectativa de
atendimento. A construção é de responsabilidade do Poder Público e a coleta dos resíduos é
atribuição da empresa contratada que atua na localidade. No caso do Ecoponto Itaigara, a coleta
é realizada pelo Consórcio Sotero Ambiental. O referido Consórcio também é responsável pela
operação e manutenção do equipamento, conforme licitação. A coleta dos resíduos recicláveis já
dispostos é realizada por cooperativa designada pelo município.
Nos equipamentos urbanos existentes nos Ecopontos podem ser citados como apoio no local,
uma equipe fixa com dois agentes de limpeza e um funcionário administrativo, além dos seguintes
equipamentos e veículo: duas caixas estacionárias de 5m³ para acondicionamento de RCC,
coletadas por Poliguindaste; uma caixa de 20 m³ para acondicionamento de resíduos vegetais e
coletada por equipamento multicarga Roll-on Roll-off; e um caminhão compactador no transporte
de rejeito.
Os resíduos encaminhados ao Ecoponto já devem ir separados por tipo pelo cidadão, porém não
existe política pública para tornar obrigatório a separação por tipo de resíduos em úmidos e secos
e, os resíduos do Ecoponto são pesados no transbordo e posteriormente encaminhados para os
locais de destinação final, conforme tipologia desses materiais.
Assim, até o presente momento da elaboração deste PMSBI, os resíduos sólidos urbanos gerados
na Ilha dos Frades, que eram encaminhados ao Aterro Sanitário da Hera Ambiental passam a ser
enviados, em 2021, para o Aterro Municipal Centro (AMC), operado pela Bahia Transferência e
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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
989
Tratamento de Resíduos Ltda (BATTRE), sob Contrato de Concessão n° 01/2000. São abarcados
nesse contrato, com validade até 1º de janeiro de 2020, porém renovados já aditivado pelos
Termos Aditivos de n° 15, 16, 17 e 18, totalizando a prestação aproximadamente por mais três
anos de prazo contratual, os serviços de implantação, operação e manutenção do Aterro Sanitário
Metropolitano Centro e implantação, operação e manutenção de uma Estação de Transbordo.
O AMC é um aterro sanitário totalmente construído conforme as normas da Associação Brasileira
de Normas Técnicas (ABNT) (Classe II A), que recebe somente os resíduos sólidos urbanos dos
municípios de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, estando localizado no Município do
Salvador, na Estrada CIA - Aeroporto, Km 6,5, S/N. Nele pode-se encontrar, entre outros
equipamentos, uma unidade de captação de biogás (Termoverde), que utiliza este gás como
produto principal para a geração de energia limpa, que além de ser comercializada é utilizada nas
suas atividades próprias.
Destaca-se ainda que existe no município de Salvador uma única Estação de Transbordo em
operação, localizada no Bairro de Canabrava, a qual recebe os resíduos sólidos provenientes dos
Núcleos de Limpeza (NL) 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08, 09, 11, 12, 13 e 14, que por meio de
carretas são transportados até o AMC. Esta unidade tem como principal função reduzir o tempo e
a distância de transporte dos veículos de coleta de resíduos, do centro de massa da geração até o
AMC. Inaugurada em novembro de 2001, o galpão da estação de transbordo é fechado, com
4.000m² de área construída, possuindo um sistema de filtros com carvão ativado, que funciona
absorvendo o ar do interior que, após filtrado, é devolvido à natureza. São processados
180.000m³ de ar por hora e a estação tem capacidade para transferir até 2,5mil t/dia de
resíduos/dia (LIMPURB, 2021).

8.4.2. RESÍDUOS DE LIMPEZA URBANA

8.4.2.1. INFRAESTRUTURA, TECNOLOGIA E OPERAÇÃO


A prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos foi delegada à iniciativa
privada no Município de Salvador, por meio de sucessivos contratos de prestação destes serviços,
firmados entre a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) e o setor privado.
Com a concessão e a terceirização dos serviços públicos de limpeza urbana, a Empresa de
Limpeza Urbana de Salvador (LIMPURB) passou a ser responsável pelas atividades de
acompanhamento e fiscalização dos contratos de concessão, repassado por meio da Portaria
SESP, nº 024/2000, e os de terceirização, pelas Portarias SEMOP n° 174/2018, nº 28/2020 e n°
30/2019. Além dessas atribuições, a Empresa Pública também é responsável pela implementação
de metas específicas que visam a modernização do sistema de limpeza urbana da capital. Todo o
orçamento destinado ao gerenciamento da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos urbanos
está vinculado à SEMOP.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
990
8.4.2.2. ACONDICIONADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO
LOGRADOURO PÚBLICO
Através da LIMPURB, a PMS já vem adotando os Contêineres Subterrâneos e Semienterrados,
como solução para acondicionar adequadamente os resíduos sólidos em logradouros públicos e,
assim, melhorar a estética e a ambiência na cidade. O conceito desses equipamentos, tanto o
contêiner subterrâneo como o modelo semienterrado, trazem como benefício a diminuição de
vetores transmissores de doenças, como ratos e baratas, evitam o contato direto de pessoas para
catação de materiais recicláveis de forma desordenada e também de animais devido ao lixo estar
acondicionado no espaço fechado. Com isso, não há mau cheiro ou lixo espalhado nas vias e
calçadas e não há riscos de contaminação por conta da tecnologia de vedação.
Além dos acondicionadores dispostos ao longo dos logradouros públicos, como as papeleiras para
pedestres, Salvador também conta com contêineres enterrados para a coleta de resíduos sólidos
urbanos. Estes, não dispõem de sensores ou mecanismos de controle e pesagem, apenas nos
contêineres semienterrados do Garcia foram instalados sensores, entretanto estão desativados
por ato de vandalismo. O município conta com 5 (cinco) pontos de coleta com contêineres
subterrâneos/elevados dispostos da seguinte forma:

• 1 Ponto com 2 contêineres subterrâneos, localizado no Farol da Barra, instalados em


2014;

• 1 Ponto com 3 contêineres subterrâneos, localizado no Forte Santa Maria, também no


Bairro da Barra, instalados em 2014;

• 1 Ponto com 2 contêineres subterrâneos, localizado no Porto da Barra, também no Bairro


da Barra, instalados em 2014, Erro! Fonte de referência não encontrada..

• 1 Ponto com 4 contêineres subterrâneos, localizado no Bairro do Candeal, instalados em


2017;

• 1 Ponto com 2 contêineres semienterrados, localizados no Bairro do Garcia, instalados em


2019, Erro! Fonte de referência não encontrada..

A operação de coleta dos contêineres semienterrados do Garcia ocorre com a utilização do


equipamento tipo Roll On Roll Off, constituído do implemento Munck em sua carroceira. Esse
equipamento carrega uma caixa de 20m³, responsável pelo acondicionamento e transporte dos
resíduos sólidos domiciliares até a Estação Transbordo. O tempo médio estimado para a
operação de coleta dos 2 (dois) contêineres de capacidade 5m³ e de 15 (quinze) minutos
aproximadamente.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
991
Figura 911. Contêineres semienterrados – Barra

Fonte: LIMPURB, 2020

Figura 912. Contêineres subterrâneos - Garcia

Fonte: LIMPURB, 2020.

Em 2020, além dos contêineres já implantados, o sistema de limpeza urbana de Salvador conta
com mais 2 (dois) do modelo semienterrado, instalados no bairro da Curuzu. Além disso, estão em
fase de instalação novas unidades de contêineres semienterrados, que deverão contar com 5
(cinco) pontos com 2 (duas) unidades cada.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
992
De acordo com a LIMPURB, ainda em 2020, foi elaborado Termo de Referência para aquisição de
mais 90 (noventa) unidades, que está em processo de licitação na Secretaria Municipal de Gestão
(SEMGE).
Já foram identificadas outras localidades para instalação desse equipamento, priorizando as áreas
que estão sendo requalificadas, como a Avenida Sete, Caminho da Fé e Orla.
Até outubro de 2020 vigorou o Contrato do Aterro de Resíduos Sólidos da Construção Civil nº
13/2019-IN, por inexigibilidade por ser o único existente da região, operado pela empresa Águas
Claras Ambiental - Centro de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda (Erro! Fonte de
referência não encontrada.). A empresa é responsável pela prestação de serviço de recebimento
de resíduos sólidos da construção civil, Classe II-B pela NBR 10004 (ABNT, 2004) e Classe A,
conforme Resolução CONAMA nº 307/2002.
Ademais, cabe ressaltar que com a implantação de novos aterros na proximidade de Salvador, a
SEMOP realizou nova licitação, na qual venceram as empresas Águas Claras Ambiental, para
atender os Núcleos de Limpeza 01, 02, 03, 04, 05, 13, 14, 16 e 17, e a Eucafi Engenharia, para
atender os Núcleos de Limpeza 06, 07, 08, 09, 10, 11, 12 e 15. As duas Centrais de Tratamento
iniciaram a operação em 1º de novembro de 2020 e recebe, resíduos da construção civil e
volumosos e realiza reciclagem de RCC. O Item 6.5, do presente documento, intitulado “Áreas de
Disposição Final e Passivos Ambientais Relacionados aos Resíduos Sólidos” fará uma maior
abordagem sobre esses temas.
Figura 913. Área de acesso ao aterro Águas Claras Ambiental - Centro de Tratamento e
Beneficiamento de Resíduos Ltda.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 914. Área de acesso à Central de Tratamento da Eucafi Engenharia

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
993
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Além da coleta, a terceirização dos serviços de limpeza urbana abrangeu os seguintes serviços:

• Educação Ambiental;

• Coleta e Transporte à Disposição Final de Resíduos Sólidos Domiciliares;

• Coleta e Transporte ao Destino Final de Resíduos de Construção Civil (RCC);

• Coleta Manual e Transporte ao Destino Final de Resíduos de Construção Civil (RCC);

• Coleta Mecanizada e Transporte ao Destino Final de Resíduos de Construção Civil (RCC);

• Coleta e Transporte ao Destino Final de Resíduos Provenientes de PEV;

• Coleta e Transporte de Resíduos de Poda de Árvores; Coleta e Transporte de Resíduos


Volumosos;

• Coleta e Transporte de Resíduos de Grandes Volumes;

• Transporte de Materiais Recicláveis;

• Varrição Manual de Logradouros Públicos;

• Varrição Mecanizada em Logradouros Públicos;

• Limpeza Manual de Praias;

• Limpeza Mecanizada de Praias;

• Lavagem de Logradouros Públicos;

• Lavagem de Logradouros Públicos após Eventos e Festas Municipais;

• Serviços Complementares de Limpeza Urbana;


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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
994
• Equipes de Serviços Complementares Tipo 1;

• Equipes de Serviços Complementares Tipo 2;

• Roçada Mecanizada;

• Limpeza de Feiras Livres;

• Limpeza de Lagoas e Espelhos D’água;

• Operação e Manutenção de Ecopontos;

• Implantação, Operação e Manutenção de Pontos Limpos;

• Operação Carnaval;

• Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos nas Ilhas;

• Ações de Educação Ambiental nas Ilhas, além do Transporte de Resíduos Sólidos ao


Destino Final.

A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
apresentam exemplos de tipos de serviços complementares de limpeza urbana, estruturas de
apoio a coleta seletiva nas festas populares, campanhas educativas realizadas, bem como, a
coleta de grandes geradores.
Figura 915. Estrutura de apoio da LIMPURB aos catadores de materiais recicláveis em
festas populares no Município de Salvador

Fonte: LIMPURB, 2021.


Figura 916. Campanhas de educação ambiental desenvolvidas pela LIMPURB

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
995
Fonte: LIMPURB, 2021.
Figura 917. Serviços complementares de Limpeza Urbana

Fonte: LIMPURB, 2021.

Figura 918. Serviço de coleta de grandes geradores em empreendimento no Bairro do


Canela, em Salvador

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
996
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
997
Figura 919. Limpeza manual e mecanizada de praias em Salvador

Fonte: LIMPURB, 2021.

Figura 920. Limpeza e lavagem de logradouros públicos

Fonte: LIMPURB, 2021.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
998
8.4.3. FROTA DE VEÍCULOS UTILIZADOS NA LIMPEZA URBANA
A coleta e o transporte dos resíduos urbanos domiciliares são realizados por meio dos contratos
de terceirização nº 021/2018, nº 022/2018 e nº 030/2019, sendo que cada instrumento jurídico
atende a um determinado território, constituído por núcleos de limpeza.
O Erro! Fonte de referência não encontrada., apresenta os núcleos de limpeza que são as
unidades de planejamento e execução dos serviços de limpeza urbana e do manejo de resíduos
sólidos agrupados nas prefeituras-bairro, separados pelos seus respectivos contratos conforme
demonstrados nas Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Quadro 59. Resumo dos Contratos da Prestação do Serviço referentes ao sistema de
Limpeza Urbana em Salvador
Vigência Consórcio/Empresa Núcleos de
Prefeitura
Contrato Prestadora de Limpeza
Início Final Bairro
Serviço Atendidos
Prefeitura
NL 06, NL 07 e
Bairro 06 –
NL 08
Barra/Pituba
06/09/2020,
Contrato Prefeitura
prorrogado NL 09, NL 10 e
n° 07/09/2018 SOTERO Ambiental Bairro 04 –
por mais 24 NL 15
021/2018 Itapuã
meses
Prefeitura
NL 11 e NL 12 Bairro 08 –
Cabula
Prefeitura
NL 01 e NL 05 Bairro 01 –
Centro-Brotas
Prefeitura
NL 17 Bairro 2 –
Subúrbios
Prefeitura
NL 14 Bairro 3 –
Cajazeiras
Prefeitura
06/09/2020,
Contrato Bairro 5 –
prorrogado NL 2
n° 07/09/2018 ECOSAL Cidade
por mais 24
022/2018 Baixa/Lobato
meses
Prefeitura
Bairro 7 –
NL 3 e NL 4
Liberdade/São
Caetano
Prefeitura
NL 13 Bairro 9 – Pau
da Lima
Prefeitura
NL 16 Bairro 10 -
Valéria
19/10/2021
prorrogado
Contrato Ilhas –
por Termo BF Serviços
n° 18/10/2019 NL 18 Prefeitura
Aditivo nº Ambientais Eireli
030/2019 Bairro 10
001 até
18/10/2023
Fonte: LIMPURB, 2020

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
999
A frota de veículos nos consórcios terceirizados é distribuída de acordo com o tipo de serviço. Ao
todo são utilizados 432 veículos, detalhados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 60. Quantitativo de veículos e equipamentos utilizados pelas empresas de Limpeza
Urbana em Salvador
Equipamentos Quantidade
Barco Motor 1
Caçamba Basculante - 6m3 44
Caixas 20 ou 30m3 34
Caminhão Basculante - 10 m3 24
Caminhão Baú 4
Caminhão Carroceira 7m3 63
Caminhão Compactador - 15m3 76
Caminhão Compactador - 19m3 26
Caminhão Compactador - 6m3 17
Caminhão Munck 7
Caminhão Munck 4t (P/ Manutenção de caixas) 1
Caminhão Pipa - 10 a 12m3 7
Caminhão Pipa - 4m3 1
Caminhão Poliguindaste Duplo 8
Caminhão Roll-on Roll-off 8
Carro de Som 2
Compacteiner - Compactador de Rejeitos 3
Ônibus 39
Pá Carregadeira 8
Trator Agrícola com Roçadeira Mecanizada 1
Trator com Carreta Reboque 13
Trator com Limpadora 6
Triciclo 27
Triturador 2
Varredeira Mecânica 2
Varredeira Pequeno Porte 6
Veículo Van 2
TOTAL 432
Fonte: LIMPURB, 2021.
Existe ainda um plano aprovado pela LIMPURB para manutenção dos veículos que é cumprido
pelas empresas terceirizadas.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
1000
Figura 921. Divisão do Território Soteropolitano nos Núcleos de Limpeza

Fonte: LIMPURB, 2020.


Nota: Em amarelo, área atendida pelo Consórcio SOTERO AMBIENTAL; Em verde, pelo Consórcio ECOSAL e; em
laranja, pela BF Serviços Ambientais Eireli.

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Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
1001
Figura 922. Mapa de Salvador por Núcleos de Limpeza e Prefeituras Bairro

Fonte: LIMPURB, 2020

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1002
Cabe destacar ainda que o serviço de transporte de resíduos sólidos ao destino final também foi
terceirizado pelo Poder Público Municipal.
Atualmente, os resíduos sólidos urbanos são encaminhados ao Aterro Metropolitano Centro
(AMC), operado pela Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos Ltda (BATTRE), sob
Contrato de Concessão n° 01/2000, inclusive os transportadores das Ilhas. São abarcados nesse
contrato, com validade até 1º de janeiro de 2020, já aditivado pelo Termo Aditivo n° 15, nº 16, nº
17 e nº 18 totalizando a renovação da concessão na prestação por mais três anos de prazo (até
2023), os serviços de implantação, operação e manutenção do Aterro Sanitário Metropolitano
Centro e implantação, operação e manutenção da Estação de Transbordo.
Os resíduos sólidos urbanos gerados na Ilha dos Frades, provenientes das localidades de Ponta
de Nossa Senhora, Paramana, Loreto e Bom Jesus dos Passos, são coletados e armazenados
em uma área na localidade de Loreto e eram transportados por meio de embarcação até Madre
de Deus, possuindo como destino, o Aterro Sanitário da Hera Ambiental, localizado em São
Francisco do Conde, porém, segundo a LIMPURB, em 2021 passaram a ser encaminhados para o
Aterro Metropolitano Centro (AMC). Já aqueles resíduos gerados na Ilha de Maré são levados até
a localidade de Santana, onde são armazenados em local específico até serem transportados por
meio de embarcação até São Tomé de Paripe e encaminhados para o Aterro Sanitário
Metropolitano Centro, conforme as Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Figura 923. Visão geral do Aterro Metropolitano Centro.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1003
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 924. Visão geral do Aterro Metropolitano Centro (2).

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 925. Visão geral da Estação Transbordo em Canabrava, Salvador.

Fonte: BATTRE, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1004
Figura 926. Caminhão descarregando na Estação Transbordo.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.4.4. ÍNDICE DE COBERTURA DE CADA UM DOS SERVIÇOS


Segundo o SNIS (2019), 96,68% da população de Salvador possui uma cobertura regular do serviço de
coleta de resíduos domiciliares, valor superior à média regional (85,9%) e à média nacional (92,1%). Esse
valor tem se mantido constante nos últimos 5 anos conforme pode ser visto no quadro a seguir:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1005
Quadro 61. Série histórica da taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em
relação à população total
IN015_RS - Taxa de cobertura regular do
Ano serviço de coleta de RDO em relação à
população total do município
2019 96,68%
2018 96,70%
2017 96,70%
2016 96,70%
2015 96,70%
Fonte: SNIS, 2019.

Quanto à taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da população urbana do
município (IN014_RS), Salvador tem esse valor reduzido para 77,34% (SNIS, 2019). Esse valor é bem inferior
à média regional (92,2%) e à média nacional (94,6%). Isto pode estar atrelado a diversos fatores, tais como
condições de acesso aos diferentes bairros de Salvador, opção pela alternativa de coleta indireta em
determinados locais, técnica não contemplada no indicador em questão, além de outros de caráter técnico-
operacional, os quais serão analisados mais detalhadamente no tópico seguinte desse Produto (SNIS,
2019).
Deve-se, no entanto, analisar que por fatores geográficos, topográficos, sociais, ambientais e técnicos,
optou-se pela realização, nos locais onde não é possível a realização de forma direta, a coleta indireta de
resíduos sólidos nos núcleos de limpeza de Salvador. Sendo assim, a partir de consulta ao SNIS (2019),
verificou-se que a taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em relação à população urbana
(IN016_RS) de Salvador era de 96,68%, valor inferior à média regional (97,7%) e inferior à média nacional
(98,8%). A seguir é apresentado o Erro! Fonte de referência não encontrada., o qual evidencia a pouca
variação deste indicador ao longo dos últimos cinco anos no município de Salvador.

Quadro 62. Série histórica da taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em
relação à população urbana
IN016_RS - Taxa de cobertura regular do
Ano serviço de coleta de RDO em relação à
população urbana
2019 96,68%
2018 96,70%
2017 96,70%
2016 96,70%
2015 96,70%
Fonte: SNIS, 2019.

Deve-se destacar ainda que, segundo o SNIS (2019), 77,34% da população atendida pelo serviço de coleta
domiciliar no município de Salvador recebem o serviço com frequência diária, sendo os demais (28,3%)
atendidos entre duas ou três vezes por semana.
Já a cobertura da coleta seletiva, como ainda será detalhado nesse Produto, é realizada por meio de
cooperativas e associações de catadores que atuam de forma independente do Poder Público Municipal.
Segundo informações do órgão de limpeza urbana, a coleta seletiva em Salvador possui uma taxa de
cobertura menor que 2%.
Segundo o relatório de gestão da LIMPURB, o serviço de varrição manual é realizado pelos consórcios no
município de Salvador e atendem todos os núcleos de limpeza, apresentando um efetivo de 1.491 agentes
de varrição e possuindo, para o ano de 2020, a média mensal de aproximadamente 112.436,96 km varridos

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1006
(LIMPURB, 2020). Existe também no município de Salvador, como será apresentado a seguir, a varrição
mecanizada, responsável no ano de 2020 pela execução da limpeza de 19.715,72 km das principais
avenidas da cidade.

8.4.5. IDENTIFICAÇÃO DA COBERTURA DE COLETA PORTA-A-PORTA


E ÁREAS DE VARRIÇÃO
No município de Salvador, a coleta dos resíduos sólidos urbanos acontece de forma direta, porta-a-porta,
ou de forma indireta, quando o resíduo é depositado em caçamba, caixa estacionária ou outro depósito,
sendo posteriormente coletado pelo serviço de limpeza urbana. Vale ressaltar que todos os Núcleos de
Limpeza de Salvador possuem tanto a coleta direta, quanto a indireta. A decisão quanto à implantação de
coleta direta e indireta está associada à acessibilidade do veículo ao local da coleta.

No ano de 2019, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos
Sólidos (SINIR), 2.656.750 habitantes de Salvador eram atendidos pelo serviço de coleta, (direta
ou indiretamente), o que correspondia a uma cobertura urbana do serviço de 95,70%. Segundo a
LIMPURB, o índice de cobertura da coleta tem apresentado aumento nos últimos anos em virtude
dos serviços de coleta alternativa com triciclo e moto coletora em áreas de difícil acesso.
Destaca-se ainda que a taxa de cobertura da coleta regular de resíduos domiciliares em relação à
população urbana no município de Salvador chegou ao valor de 96,68% (SNIS, 2019).
No entanto, conforme apresentado no SNIS, a taxa de cobertura de coleta porta a porta em
relação à população urbana de Salvador era de 77,34% (SNIS, 2019). Esse índice tem sofrido
leve redução ao longo dos anos, conforme pode ser visto no Erro! Fonte de referência não
encontrada. a seguir.
Quadro 63. Taxa de Cobertura do serviço domiciliar direta (porta a porta) da população
urbana de Salvador
IN014_RS – Taxa de Cobertura do serviço
Ano domiciliar direta (porta a porta) da
população urbana do município
2019 77,34%
2018 77,38%
2017 77,38%
2016 80,00%
2015 80,01%
Fonte: SNIS, 2021.
Conforme apresentado, esse valor tem sido reduzido ao longo dos últimos anos e pode ter relação
com diversos fatores, tais como o aumento da população urbana no município e a ocupação
desordenada em áreas ainda não atendidas pelo serviço de coleta.
Outro dado importante a ser ressaltado é o índice da coleta domiciliar indireta em relação à
população urbana, o qual apresentava, no ano de 2019, o valor de 19,34% (LIMPURB, 2021).
Cabe aqui salientar que deve ser considerada a população flutuante do município para o cálculo
desse indicador, de forma a corrigir as possíveis distorções existentes em função da não
consideração dessa parcela da população geradora de resíduos no município. Importante reforçar
que, para que o indicador reflita melhor a realidade, há necessidade de um melhor controle das

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1007
informações oriundas da coleta dos contêineres e coletores estacionários pelas empresas
terceirizadas e pelo AMC, com repasse dessa informação para a LIMPURB mensalmente,
podendo assim desenvolver ações específicas para a melhoria do serviço.
A equipe de elaboração do PMSBI constatou ainda que as principais dificuldades enfrentadas pela
LIMPURB e pelos consórcios prestadores dos serviços de limpeza urbana são: o descarte
irregular de resíduos em logradouros; o acondicionamento inadequado dos resíduos sólidos; o
descumprimento e a falta de observância da frequência e horários da coleta em cada logradouro;
a depredação dos acondicionadores públicos; a geração crescente de resíduos sólidos urbanos;
condições topográficas, de acessibilidade da cidade; presença de construções e logradouros
irregulares e escassez na prática de segregação dos resíduos sólidos nos domicílios atendidos.
Quanto à prestação do serviço de varrição, conforme apresentado em relatório da LIMPURB, em
2020, 98,65% era prestado de maneira manual e os demais 1,35% era feito de forma mecanizada.
A varrição manual (Erro! Fonte de referência não encontrada.) é realizada por setor e por núcleo
de limpeza, sendo que cada setor é de responsabilidade de um agente de limpeza. Em 2020,
eram 1.468 agentes de varrição que utilizavam, entre outros equipamentos, vassouras, contêiner,
pá, luvas, máscaras e botas. A média mensal da varrição manual apresentada foi de
aproximadamente 112.436,96 km varridos, conforme relatório de gestão da LIMPURB do ano de
2020.
Figura 927. Ilustração da varrição manual em Salvador

Fonte: LIMPURB, 2020.


Para varrição mecanizada, são utilizadas 2 varredeiras de grande porte e 2 varredeiras de
passeio/praças, conforme evidenciado nas Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro!
Fonte de referência não encontrada..

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1008
Figura 928. Equipamento utilizado para a varrição mecanizada

Fonte: LIMPURB, 2021


Figura 929. Equipamento utilizado para a varrição mecanizada de pequeno porte

Fonte: LIMPURB, 2021.


No ano de 2020, este serviço executou 19.715,72 km de varrição mecanizada nas principais
avenidas, com grande fluxo de veículos, enquanto no ano de 2019 foram 18.055,00 km, existindo
roteiro programado nas avenidas que suportem a execução do serviço. Conforme questionário

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1009
respondido pela LIMPURB, o Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta as avenidas
que recebem o serviço da varrição mecanizada na capital baiana.
Quadro 64. Ruas e Avenidas que recebem o serviço de varrição mecanizada em Salvador
Avenidas com varrição mecanizada em Salvador/Ba
1- Avenida Luís Eduardo Magalhães 2- Avenida Mãe Stella de Oxóssi
3- Avenida Juracy Magalhães Jr 4- Viaduto Min. Mário Andreazza
5- Avenida Antônio Carlos Magalhães 6- Rua Farol de Itapuã
7- Avenida Reitor Miguel Calmon 8- Avenida Orlando Gomes
10- Avenida Mário Sérgio Pontes de Paiva -
9- Avenida Centenário
Trobogy
11- Rua dos Rodoviários 12- Via Expressa Baía de Todos os Santos
13- Complexo Viário 2 de Julho 14- Avenida Mário Leal Ferreira
16- Complexo de Vias (Avenida Barros Reis,
rua dos Rodoviários, rua Cristiano Buys
15- Avenida Luís Viana Filho
e acesso Mário Leal Ferreira) - Rótula do
Abacaxi
17- Viaduto de Stella Maris 18- Avenida Lafayete Coutinho
19- Avenida Vasco da Gama 20- Avenida Graça Lessa - Ogunjá
21- Avenida Oceânica 22- Avenida 29 de Março
23- Avenida Mário Sergio 24- Acesso Norte
25- Avenida Anita Garibaldi 26- Avenida Heitor Dias
27- Luís Eduardo Magalhães 28- Avenida Barros Reis
29- Ligação Luís Eduardo Magalhães a Estrada do
30- Avenida Manoel Dias da Silva
Curralinho
31- Avenida Magalhães Neto 32- Presidente Castelo Branco
33- Avenida Tancredo Neves 34- Avenida Pinto de Aguiar
Fonte: LIMPURB, 2021

Em termos de contratação, a prestação do serviço de varrição está inclusa no contrato de limpeza


urbana já mencionado. Em termos de operação, para varrição manual, os agentes se deslocam
dos pontos de apoio para os setores de varrição onde executam o trabalho. Ao final do processo
de varrição, acondicionam a produção em sacos plásticos na via pública ou nas caixas coletoras
distribuídas na cidade para futura coleta dos veículos compactadores em seus roteiros de coleta.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a quilometragem varrida de forma manual
e mecanizada para o ano de 2020.
Tabela 118. Demonstrativo de Varrição Manual e Mecanizada
Varrição
Mês Varrição Manual (km)
Mecanizada (km)
Janeiro 115.019,72 1.788,00
Fevereiro 106.645,83 1.700,00
Março 114.420,94 1.722,00
Abril 111.128,90 1.630,00
Maio 106.970,49 1.994,00
Junho 109.533,49 1.733,00
Julho 117.232,49 1.645,00
Agosto 116.673,33 1.694,00
Setembro 113.630,70 1.548,00

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Varrição
Mês Varrição Manual (km)
Mecanizada (km)
Outubro 115.378,64 1.568,00
Novembro 108.825,55 1.630,00
Dezembro 113.788,38 1.063,72
Total Geral (km) 1.349.248,46 19.715,72
Média/mês (km) 112.437,37 1.642,98
Fonte: LIMPURB, 2020.

8.4.6. IDENTIFICAÇÃO DE FORMAS DE COLETA SELETIVA, COM A


PARCERIA DE COOPERATIVAS, ASSOCIAÇÕES DE CATADORES
Conforme apresentado em relatório da LIMPURB, a coleta de materiais recicláveis é realizada por meio de
cooperativas e associações de catadores que atuam de forma independente do Poder Público Municipal.
No município de Salvador, 14 (catorze) cooperativas de materiais recicláveis são cadastradas na LIMPURB,
listadas no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 65. Cooperativas Cadastradas na LIMPURB
Item Cooperativa Cadastrada na LIMPURB Resíduos Coletados
1 CAEC - Cooperativa de Catadores Agentes Ecológicos Metais, plásticos, papéis, longa-vida,
de Canabrava sucata de eletrodomésticos,
eletrônicos e vidro
2 CAMAPET – Cooperativa de Coleta Seletiva, Metal, alumínio, papel/papelão,
Processamento de Plástico e Proteção Ambiental plástico, eletrodomésticos, óleo.
3 CANORE – Cooperativa dos Agentes Ambientais da Papel/papelão, plástico, metal,
Nova República alumínio, eletrônico, eletrodoméstico,
longa-vida, óleo isopor
4 COOCREJA – Cooperativa dos Catadores de Vidro, metal, alumínio, papel/papelão,
Reciclagem de Cajazeiras plástico, eletrodoméstico, eletrônicos,
óleo, isopor.
5 COOPCICLA – Cooperativa dos Agentes Autônomos Metais, plástico, papéis e óleo
de Reciclagem Responsabilidade Ltda.
6 COOPERBARI – Cooperativa dos Recicladores da Plástico filme, papelão, revista, metal,
Unidade do Ogunjá cobre e alumínio.
7 COOPERBRAVA – Cooperativa dos Recicladores da Isopor, papel, papelão, plástico,
Unidade de Canabrava metal, alumínio, eletrônico.
8 COOPERES – Cooperativa de Reciclagem e Serviços Especializada na coleta de óleo de
do Estado da Bahia cozinha usado.
9 COOPERGUARY – Cooperativa de Trabalho dos -
Agentes Ecológicos do Paraguary
10 COOPERLIX – Cooperativa de Reciclagem de Lixo Metal, alumínio, papel, papelão,
plástico, eletrodomésticos,
eletrônicos
11 COOPSAL – Cooperativa de Reciclagem e Serviços -
Salvador
12 CRG BAHIA – Cooperativa de Catadores de Resíduos -
Sólidos e Reciclagem
13 CRUN – Cooperativa de Reciclagem União Nazaré Plástico, latinha, metal, papel,
eletrodomésticos, eletrônicos.
14 RECICOOP – Cooperativa de Serviços de Reciclagem -
Meio Ambiente e Promoção da Cidadania
Fonte: LIMPURB, 2021.
Algumas dessas cooperativas trabalham com a utilização de recursos próprios e, quando
contratadas por terceiros, realizam a coleta dos resíduos recicláveis em edifícios e/ou em
empreendimentos. Após a coleta, o transporte é feito para seus centros de triagem e lá separam e

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1011
posteriormente comercializam e/ou reciclam os resíduos. Em casos especiais, como nos dias de
Carnaval, outras cooperativas realizam a triagem nos espaços disponibilizados pelos camarotes,
ou pela LIMPURB.
Anteriormente, quando a coleta seletiva era feita por entrega voluntária, ou seja, por iniciativa dos
próprios cidadãos, além da opção pela contratação de cooperativa para a coleta, os moradores
podiam destinar os resíduos recicláveis nos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) que foram
retirados e substituídos pelo programa Casa So +Ma. Em consulta ao sítio eletrônico da SECIS era
possível identificar os Ecopontos, PEV e Pontos de Entrega dos seguintes materiais: eletrônicos,
medicamentos, óleo de cozinha, papéis e jornais e pilhas e baterias, conforme a Erro! Fonte de
referência não encontrada.. Entretanto, no momento, este ponto está fora de funcionamento, bem
como os aplicativos para dispositivos móveis.
Figura 930. Mapa de localização dos PEV e demais pontos de coleta de materiais existentes
em 2020.

Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


Existem também os Ecopontos com o foco na destinação, no reaproveitamento e valorização,
principalmente, de resíduos da construção civil e volumosos.
Apesar da prestação do serviço da coleta seletiva não ser feita diariamente pelo poder público
municipal, é pleito atual das cooperativas de catadores de material reciclável à LIMPURB, a
contratação das cooperativas para a prestação do serviço de coleta seletiva na capital.

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Em contrapartida a retirada dos Pontos de Entrega Voluntária (PEV) distribuídos ao longo dos
logradouros públicos do Município de Salvador, a retomada do programa de coleta seletiva, após
o hiato ocorrido em 15 meses devido a pandemia, se deu, inicialmente com a instalação de três
unidades Casa SO+MA de coleta de resíduos recicláveis, que estão sediadas nos bairros de
Stella Maris (Praça de Stella Maris), Ribeira (Largo do Papagaio) e Paripe (sede da Prefeitura-
Bairro Subúrbio/Ilhas) e, atualmente mais sete unidades, totalizando 10 unidades instaladas,
conforme modelo exposto na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Figura 931. Modelo da Casa SO+MA no Bairro de Stella Maris

Fonte: Bahia Econômica, 2021.


A iniciativa é firmada entre a Prefeitura Municipal de Salvador, a Startup de impacto SO+MA e o
Grupo Heineken, patrocinador do projeto. O seu funcionamento se dá da seguinte forma: o
cidadão realiza um cadastro no aplicativo/site do startup, direciona os materiais recicláveis até a
uma Casa SO+MA, onde são pesados e o valor é convertido em pontos, que pode ser trocado
depois por benefícios. As unidades funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h
às 17h, e aos sábados, das 9h às 12h e das 13h às 18h. Todos os resíduos recicláveis
arrecadados são destinados às cooperativas e a renda obtida com a comercialização do montante
é 100% revertida para essas entidades.
Segundo informações da PMS, até o mês de março de 2020, antes da pandemia, 155,5 toneladas
de resíduos foram coletadas através das unidades de Paripe e Periperi, com 2 mil famílias
cadastradas e 37 cursos profissionalizantes realizados. Além disso, um total de 8.651 trocas por
itens de higiene pessoal, limpeza, serviços e alimentação. Inclusive, o maior volume foi referente a

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1013
alimentos, com 8.098 trocas, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.. Os resíduos
são coletados pela Cooperativa COOPERGUARY, localizada no bairro.
Figura 932. Casa SO+MA instalada no Bairro de Periperi no ano de 2019

Fonte: Jornal A Tarde, 2019.


A iniciativa é avaliada positivamente, visto que estimula a coleta seletiva e, sobretudo, promove a
economia circular, além de oferecer benefícios reais para atitudes socioambientais dos cidadãos.
Contudo, cabe pontuar que a retirada dos PEV dos logradouros do município afeta a renda dos
catadores individuais, não cooperados, que deixam de ter esse ponto para aquisição de materiais,
cabendo uma reflexão e necessidade de se discutir como tal quadro pode ser sanado. O Erro!
Fonte de referência não encontrada. abaixo apresenta a localização das 10 Casas SO+MA
atualmente instaladas em Salvador.
Quadro 66. Localização das Casas SO+MA em Salvador
Descrição Localização
Assaí Mussurunga Rua Professor Plínio Garcez de Sena, 1240 - Mussurunga
Stella Maris Alameda Praia de Guaratuba, s/n - Praça de Stella Maris
Ribeira Largo do Papagaio
Big Bompreço Iguatemi Av. Antônio Carlos Magalhães, 3650 - Caminho das
Árvores
Paripe Rua Pará, 15 - Paripe
Cajazeiras Campo do Pronaica
Imbuí Praça do Imbuí, Avenida Jorge Amado
Periperi Praça da Revolução, s/n
Pituba Praça Ana Lúcia Magalhães

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Descrição Localização
Comércio Rua do Pilar
Fonte: Somos a SO+MA, 2021.
Até o ano de 2021, o Município não possuía vínculo contratual e atuava somente no incentivo a
criação e o desenvolvimento das cooperativas, conforme estabelecido no artigo 8º da Lei n°
12.305/2020 (BRASIL, 2010).
Uma das ações de incentivo executadas é a disponibilização de caminhões de coleta, que
percorrem roteiros definidos por cada cooperativa beneficiada, encaminhando os resíduos
recicláveis coletados nos Ecopontos. É exemplo dessa ação o encaminhamento do material
coletado no Ecoponto do bairro do Itaigara para a COOPCICLA.
Cabe ressaltar que, muitas cooperativas não possuíam interesse em recepcionar os resíduos
advindos dos PEV, que já foram retirados do logradouro público, destacando-se como motivos a
inexistência de espaços físicos em suas áreas, assim como a necessidade de separação dos
resíduos recicláveis de demais resíduos de natureza orgânica, frequentemente depositados nos
equipamentos.
Outra forma de incentivo destacada pela LIMPURB é a divulgação, no site do órgão, da relação
das cooperativas cadastradas e reconhecidas pelo município, o que amplia as formas de contato
dos potenciais clientes com essas instituições.
A LIMPURB disponibilizou ainda relação de outros incentivos já realizados diretamente para
cooperativas, tais como a implantação de Central de Triagem e disponibilização de terreno, por
meio de contrato de comodato, para as cooperativas COOPCICLA, COOPERBRAVA e
COOPERBARI. São disponibilizados quatro caminhões-baú por mês, no valor de R$
19.465,89/equipe para as duas equipes do Consórcio SOTERO e de R$ 16.799,89/equipe para o
grupo do Consórcio ECOSAL.
A logística feita dos PEV para doação às cooperativas também foi viabilizada pela LIMPURB, por
meio da disponibilização de três equipes por mês no valor de R$ 31.137,06/equipe para dois
grupos do Consórcio SOTERO e de R$ 36.990,37/equipe para a equipe do Consórcio ECOSAL.
A operação dos PEV é de responsabilidade da LIMPURB. No entanto, a gestão dos equipamentos
fica a cargo da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (SECIS). Vale mencionar
que no início de 2020 os PEVs foram removidos das suas respectivas localizações.
Destaca-se ainda que é estratégia já traçada pela LIMPURB, a melhor distribuição geográfica dos
PEV ou mesmo substituição por novos tipos de equipamentos e dos Ecopontos por toda cidade,
visando atender o maior número de domicílios. É um dos objetivos do órgão a construção de um
Ecoponto por Núcleo de Limpeza, tendo somente implantados em dois NL, até 2022.

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8.4.7. IDENTIFICAÇÃO DAS FORMAS DE COLETA SELETIVA
EXISTENTES

8.4.7.1. LEVANTAMENTO DAS FORMAS EXISTENTES COM


DISCRIMINAÇÃO DO TIPO DE RESÍDUOS COLETADOS,
EQUIPAMENTOS UTILIZADOS, FREQUÊNCIA, ÁREA,
ROTEIRO, DESTINAÇÃO, CUSTO, ENTRE OUTROS.
Conforme apresentado anteriormente, o Poder Público Municipal, apesar de não prestar o serviço
de coleta seletiva no município de Salvador, incentiva a sua adoção, por meio de ajuda às
cooperativas cadastradas na LIMPURB e com a disponibilização de Pontos de Entrega Voluntária
de resíduos e Ecopontos.
Existiam, no início de 2021, 90 PEV distribuídos em 50 bairros da capital baiana, sendo o material
coletado destinado para cooperativas cadastradas no município. Os roteiros eram elaborados pela
SECIS e executados pela LIMPURB. Esses pontos de coleta possuem, cada um, 2,5 m³, mas
foram retirados durante a pandemia e, substituídos por novos equipamentos Casa SO+MA.
Para a definição de áreas para instalação dos Ecopontos, além de ser realizada verificação
perante a incidência de descarte irregular de resíduos, fato este necessário de solução por parte
do poder público, e da expectativa de atendimento, tem-se buscado por áreas que sejam de
domínio municipal e que possuam tamanho suficiente para implantação dos equipamentos. A
construção é de responsabilidade do Poder Público e a coleta dos resíduos é de responsabilidade
da empresa contratada que atua na localidade. No caso do Ecoponto Itaigara a coleta é realizada
pelo Consórcio SOTERO AMBIENTAL. O referido consórcio também é responsável pela operação
e manutenção do equipamento, conforme licitação. A coleta dos resíduos recicláveis já dispostos
é realizada por cooperativa designada pelo município.
Os resíduos encaminhados ao Ecoponto já devem ir separados por tipo e, como apresentado
anteriormente, não há compensação de tributos ou remuneração por serviços ambientais para
geradores que adotem tal prática. Os resíduos do Ecoponto são pesados no transbordo e
posteriormente encaminhados para o AMC (RSD) e AAC (RCC) e cooperativa (RSR).
Destaca-se ainda que das 14 (catorze) cooperativas cadastradas, 8 (oito) disponibilizaram
maiores informações sobre sua produção. Algumas foram capazes de detalhar por tipo de
resíduos, outras, no entanto, só disponibilizaram os valores totais dos reciclados. O ano-base
disponibilizado foi o de 2019 e todas essas informações são apresentadas nas Erro! Fonte de
referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Tabela 119. Produção mensal da Coleta Seletiva por Cooperativa (Kg)
Mês COOCREJA COOPERBRAVA COOPERES¹ COOPERLIX CRG² COOPERGUARY³ COOPERBARI CRUN
JANEIRO 15.004 35.728 - 32.090 89.324 24.645 117.053 -
FEVEREIRO 4.650 115.720,6 - - 115.015 16.312 112.550 -
MARÇO 5.348 110.194,5 - - 101.457 26.320 112.895 -
ABRIL 9.460 80.643,8 - - 124.307 32.912 100.612 -
MAIO 1.4029 490.489,4 26.975 28.558 128.687 27.833 96.789 -
JUNHO 8.910 22.744 27.499 23.262 132.109 21.377 77.431,2 -
JULHO 14.324 7.204,987 30.701 47.717 135.204 27.850 80.697,65 -
AGOSTO 19.700 6.404,9 34.391 66.780 140.681 23.954 94.499,6 -
SETEMBRO 7.352 46.265 24.540 43.144 147.123 34.107 98.936 -
OUTUBRO 10.988,5 32.251,4 21.052 42.537 152.015 46.420 111.899 -
NOVEMBRO 6.663 64.277 30.705 36.224 157.191 39.721 102.747 -
DEZEMBRO 21.396,9 44.360 16.581 17.808 175.507 73.686 98.385 -
TOTAL (kg) 137.825 1.056.284 212.444 338.120 1.598.620 395.137 1.204.494 197.600
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: ¹Inclui ainda o peso de sucata de outros materiais. ² inclui ainda 307.899kg de livros e não considerado óleo. Foram reciclados 4.784 L de óleo. ³ Inclui ainda o peso de óleo, gold e
rejeito.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados primários do diagnóstico.

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Tabela 120. Produção da Coleta Seletiva por tipo de resíduo por cooperativa (Kg)
Produto/COOPERATIVA COOCREJA COOPERLIX COOPERBRAVA CRG COOPERGUARY COOPERBARI CRUN COOPERES
ALUMINIO PERFIL - - - - - - - -
ALUMÍNIO CHAPARIA - - - - - - - -
ALUMINIO DURO 8 - - - - - - -
ALUMINIO LATA 176 - 18.522,74 19.552 11.159 - 34.200 -
ALUMÍNIO MOLE 14,50 - - - - - - -
ALUMINIO PANELA 3 - - - - - - -
ALUMÍNIO PICOTADO 13,90 - - - - - - 1.691
ANTIMÔNIO - - - - - - -
APARA MISTA 3.070 - - - - - - -
BALDE/BACIA 709 - - - - - - -
BATERIA - - - - - - - -
CADEIRA 1.030 - - - 6.341 - - -
COBRE MISTO 7,30 - - - - - - -
COBRE VERMELHO 0,90 - - - - - - -
FERRO 3.305 - 1.484 - 35.952 - 28.800 -
GRADE 212 - - - - - - -
INOX - - - - - - - -
INOX TIPO 01 - - - - - - - -
INOX TIPO 02 - - 0 - - - - -
JORNAL - - - 94.108 - - - -
METAL 0,60 - - - - - - -
MOTOR - - - - - - - -
PAPEL 77.740 - - - 57.310 - - 126.995
PAPEL BRANCO - - 447.440 244.254 - - - -
PAPELÃO 46.770 - 490.671 237.179 108.630 - 54.000 13.116
PEAD BRANCO - - - - - - 43.200 4.699
PEAD COLORIDO - - - - - - - -
PERFIL SUJO 1,50 - - - - - - -

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Produto/COOPERATIVA COOCREJA COOPERLIX COOPERBRAVA CRG COOPERGUARY COOPERBARI CRUN COOPERES
PERSIANA - - - - - - - -
PET 850 - 18.256,6 174.482 13.614 - 32.750 4.265
PLÁSTICO - - - - 11.877 - - -
PLÁSTICO BRANCO - - - - - - - -
PLÁSTICO COLORIDO - - - 122.815 - - - -
PLÁSTICO CRISTAL 1.891 - - 184.210 - - 4.650 -
PLÁSTICO DURO - - 5.943,9 - - - - -
PLÁSTICO FILME - - 25.111,3 - - - - -
PLÁSTICO MISTO 184 - 20.851,9 - - - - -
PVC 1.042 - - - - - - 7.814
RADIADOR ALUMINIO - - - - - - - -
RADIADOR COBRE/ - - - - - - - -
ALUMINIO
REVISTA - - 25.215 97.246 116.150 - - -
SOPRO 796 - 2.787,2 - - - - -
SUCATA - FERRO - - - - - - - 21.954
VIDRO - - - 116.875 - - - 31.910
TOTAL 137.825,4 338.120 1.056.284,64 1.290.721 361.033 1.204.494 197.600 212.444
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados primários do diagnóstico.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1019
Dos dados acima apresentados, algumas análises podem ser feitas. Das cooperativas que
disponibilizaram dados para as análises, pode-se afirmar que o material mais reciclado no
Município de Salvador é o Papelão e o Papel Branco, com respectivamente 950.366 kg e
691.694kg, respectivamente, reciclados em 2019. A PET também tem participação significativa
entre os mais reciclados, sendo o quarto material mais reciclado em 2019 com 244.218 kg. O
vidro ficou com 148.785 kg e o alumínio lata, possivelmente, por conta da concorrência avulsa e
seu valor agregado, com 83.610 kg.
É possível ainda analisar que a cooperativa que mais coletou em 2019, das que disponibilizaram
informação, foi a Cooperativa de Reciclagem em Geral da Bahia (CRG), seguida da
COOPERBARI e da COOPERBRAVA com 1.598.620 kg, 1.204.495 kg e 1.056.284 kg reciclados,
respectivamente. Por outro lado, a que menos produziu foi a Cooperativa União (CRUN) com
197.600 kg reciclados.
Quanto a reciclagem durante o ano, pode-se analisar que, em 2019, os meses mais produtivos
para as cooperativas foram maio (16% da produção anual), novembro (11% da produção anual) e
dezembro (11% da produção anual). Em especial, durante o mês de maio aconteceu a Copa
América, sediada também no município de Salvador, o que aumentou significativamente a
produção de recicláveis no período. Vale ressaltar que os meses de fevereiro e março com a
chegada dos eventos Pré-Carnaval e o evento, propriamente dito, também geram participação
significativa nos demais anos, devendo ser considerados para futuras projeções e definição de
programas, projetos e ações. Já o mês que menos se recicla é junho (6% da produção anual),
podendo ser consequência da época dos eventos juninos, onde boa parte acontece no interior do
Estado da Bahia, deslocando parcela significativa da população para essas cidades, diminuindo a
geração de recicláveis.
A COOPERLIX divulgou ainda alguns dos valores praticados para a compra dos materiais, que
podem variar de acordo com o peso, cliente, demanda e oferta do material no mercado
apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada..

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1020
Tabela 121. Preços de venda praticados pela COOPERLIX de alguns materiais recicláveis
Material Valor Unitário (R$/kg)
Alumínio Chaparia R$ 3,60
Alumínio Lata R$ 3,50
Alumínio Panela R$ 5,00
Alumínio Perfil R$ 5,50
Bateria R$ 2,30
Metal, em geral R$ 11,00
Papel Branco R$ 0,35
Papelão R$ 0,30
PEAD Branco R$ 1,20
PET R$ 1,60
Plástico Cadeira R$ 1,50
Sucata Ferro R$ 0,35
Fonte: COOPERLIX, 2021.
Outro elemento importante de análise é o roteiro do transporte de materiais recicláveis, sendo este
um apoio à coleta seletiva de resíduos sólidos secos por Cooperativas de Catadores de Materiais
Recicláveis cadastradas na LIMPURB, realizado por 4 (quatro) caminhões baús. Atualmente, das
Cooperativas cadastradas, 11 (onze) são beneficiadas com o fornecimento dos caminhões,
conforme quadro.
Quadro 67. Roteiro de atendimento às cooperativas.
PLACA DO CAMINHÃO
DIA DA SEMANA
PKY4D82 PLN3A49 PLX2D03 PLX8H44
SEGUNDA COOPERBARI CANORE COOPCICLA RECICOOP
TERÇA COOPERBARI COOPERLIX COOPCICLA COOPERGUARY
QUARTA RECICOOP COORCREJA COOPCICLA CRUN
QUINTA COOCREJA COOPERLIX COOPERES COOPSAL
SEXTA CRG BAHIA CANORE COOPERES COOPERGUARY
SÁBADO CRB BAHIA COOPERLIX COOPSAL CRUN
Fonte: LIMPURB, 2020.
Vale destacar que esse serviço de transporte de materiais recicláveis foi suspenso a partir de 08
de abril de 2020 em função da pandemia de Covid-19 e até o presente momento não foi
retomado.

8.4.8. IDENTIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE APOIO E INCENTIVO


MUNICIPAL À RECICLAGEM E VALORIZAÇÃO ENERGÉTICA DOS
RESÍDUOS

No Município de Salvador existe, apesar de ainda pontual, unidades de beneficiamento e


valorização energética de alguns tipos de resíduos sólidos. No Aterro Metropolitano Centro (AMC),
por exemplo, tem-se uma unidade de valorização energética, visando a produção de biogás,
gerado a partir da decomposição dos resíduos sólidos aterrados na área, no entanto, esse serviço

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1021
da implantação de unidade de beneficiamento e valorização energética não consta no contrato
original de concessão assinado em 1999. Porém, em 03 de junho de 2002, foi assinado o Termo
Aditivo Nº 001 e na CLÁUSULA TERCEIRA – DO OBJETO, a concedente (SESP) autorizou a
concessionária a iniciar estudos e projetos de forma a otimizar o sistema de captação do biogás
gerado no AMC.

Ainda, na CLÁUSULA QUARTA - DA EXPLORAÇÃO DO BIOGÁS, a concedente autoriza o direito


de explorar a captação do biogás seja mediante a geração de energia para consumo de terceiros
ou qualquer meio tecnicamente admissível ficando estabelecido que a administração não
assumiria nenhuma responsabilidade perante a concessionária ou de terceiros sobre a exploração
do biogás inclusive a remuneração tarifária ou não. Na Erro! Fonte de referência não encontrada.
é possível identificar a fachada da Termoverde (Unidade de exploração do biogás).
Figura 933. Unidade da Termoverde Salvador

Fonte: Farol News, 2019.


A Prefeitura Municipal de Salvador também possui o Programa de Certificação Sustentável “IPTU
Amarelo”, coordenado pela SECIS e disposto no Decreto n° 30.738 de 2018, que prevê incentivos
fiscais tanto para imóveis residenciais quanto comerciais que implantarem sistema de energia
fotovoltaica. O programa possui benefícios garantindo descontos gradativos de 5%, 7% e 10%
conforme a quantidade de energia produzida, com a meta de aumentar em 50% o uso da
tecnologia até 2024, em que os usuários passam a ser beneficiados de acordo com o potencial de
geração energética, ao invés do potencial de consumo como era adotado anteriormente.

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Além do Programa citado acima, há também o Decreto nº 29.100/2017, que institui o Programa de
Certificação Sustentável “IPTU Verde” em Edificações do município de Salvador estabelecendo
benefícios fiscais aos participantes do programa, cujo objetivo é incentivar empreendimentos que
contemplem ações e práticas sustentáveis destinadas a redução do consumo dos recursos
naturais e dos encargos ambientais.
No caso das ações e práticas de sustentabilidade relativas ao manejo de resíduos sólidos, o
empreendedor deverá apresentar o PGRS. Será concedido desconto na cobrança do IPTU de
todas as unidades imobiliárias que compõem a edificação, com descontos variando entre 5% e
10%.
Quanto aos Resíduos da Construção Civil, recentemente foi construída uma unidade de
beneficiamento, operada pela Águas Claras Ambiental, visando a recuperação de parte da
geração.
No ano de 2019, foram transformadas para agregado de uso em construção civil um total de 958,2
toneladas de resíduos da construção civil, representando a recuperação de 15% do entulho
entregue ao Ecoponto do Itaigara. Todos os equipamentos e insumos utilizados durante a
operação são de inteira responsabilidade da Águas Claras Ambiental (ACA). Apesar de ainda
muito pequeno, o percentual reciclado é um passo importante para a implantação de tecnologias
de beneficiamento e valorização de resíduos em Salvador.
Conforme informações da LIMPURB, já foram inauguradas duas centrais de tratamento de RCC e
volumosos (ACA e EUCAFI), desde novembro de 2020.

8.5. ÁREAS DE DISPOSIÇÃO FINAL E PASSIVOS AMBIENTAIS


RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS
Considerando o diagnóstico dos resíduos sólidos gerados no Município de Salvador, relativo a
este relatório, neste item são apresentadas as características e procedimentos de destinação final
de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSS) e Resíduos
Sólidos da Construção Civil (RCC) que são atualmente praticadas no município, além de alguns
aspectos relacionados aos passivos ambientais, tendo em vista o manejo de resíduos sólidos.
O Município de Salvador é caracterizado em quase toda a sua totalidade como zona urbana,
porém, considera-se como zona rural do município (IBGE, 2010) apenas a Ilha dos Frades, mas
todos resíduos gerados nas Ilhas (Frades, Maré e Bom Jesus dos Passos) estão sendo
encaminhados ao AMC. Entretanto, aqueles gerados na Ilha dos Frades até o mês de maio de
2021 eram encaminhados ao aterro sanitário e industrial CITA Bahia, localizado na Fazenda Usina
São Paulo, Rod. BA-522, Km 08, no município de São Francisco do Conde, administrado e

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1023
operado pela empresa Hera Ambiental, também pertencente ao Grupo Solvi. A partir do mês
supracitado, os resíduos da Ilha dos Frades passaram a ser destinados, também, ao AMC.
Para conhecimento das características e práticas adotadas atualmente no manejo de resíduos
sólidos, foi submetido pelo CSB Consórcio Ltda. à Empresa de Limpeza Urbana de Salvador
(LIMPURB), questionário técnico solicitando diversas informações sobre a gestão de resíduos
sólidos feita no município, incluindo aquelas relativas à destinação final.
Como resposta, verificou-se que praticamente todo o Resíduo Sólido Urbano (RSU) gerado
atualmente em Salvador é destinado para o aterro sanitário denominado Aterro Metropolitano
Centro (AMC), situado na Estrada CIA Aeroporto, S/Nº, Km 6,5, e que é atualmente é
administrado pela empresa Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos (BATTRE),
pertencente ao Grupo Solvi, que atua na prestação de serviços de transferência, tratamento e
destinação final de resíduos.
Além do aterro AMC existe uma Estação de Transbordo (ET), situada na Avenida Maria Lúcia,
S/Nº, Canabrava, a qual também é operada pela empresa Bahia Transferência e Tratamento de
Resíduos (BATTRE), que faz o armazenamento temporário dos RSU, anteriormente à destinação
final, otimizando tempo, distância e custos relativos ao transporte dos resíduos.
Com relação aos Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSS), a destinação é de inteira
responsabilidade do gerador, ou seja, o Município de Salvador não faz a coleta diretamente, e
destinação final destes materiais, sendo que, para os RSS gerados nos serviços municipais de
saúde, a Prefeitura, através da SMS, contrata empresas terceirizadas para executar os serviços
de coleta e destinação.
Quanto aos Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC), estes são encaminhados aos seguintes
aterros de inertes: Águas Claras Ambiental, localizado na Rua Girlan do Carmo, 30 – Parque
Continental, no município de Simões Filho, operado pela empresa Águas Claras Ambiental (ACA)
como Centro de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda, e; Eucafi Engenharia e
Consultoria Ltda, localizado na Rua José Roberto Otoni, nº 1081, no bairro de Valéria, em
Salvador, e operado pela empresa de mesmo nome. Localizadas de acordo com a Erro! Fonte de
referência não encontrada., a seguir apresentada.

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Figura 934. Localização dos Equipamentos Urbanos dos Resíduos Sólidos

Fonte: SALVADOR (2017). Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


As demais informações obtidas junto à LIMPURB, relativas ao gerenciamento de resíduos sólidos
que é praticado atualmente no município de Salvador, estão apresentadas nos itens a seguir.

8.5.1. DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (RSU)


Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) gerados atualmente no município de Salvador são coletados
por empresas terceirizadas, contratadas da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), as
quais fazem o encaminhamento dos resíduos sólidos, conforme classificação, sendo que apenas
os RSD são encaminhados para a Estação de Transbordo ou diretamente para o Aterro Sanitário
Metropolitano Centro (AMC) e os RCC’s para os Aterros de Inertes (Águas Claras Ambiental e
Eucafi).
O item a seguir apresenta o histórico da implantação destes empreendimentos de transferência e
tratamento dos resíduos sólidos urbanos, que estão em operação atualmente.

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1025
8.5.1.1. HISTÓRICO DA IMPLANTAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS DE TRATAMENTO E
TRANSFERÊNCIA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

• Aterro Metropolitano Centro (AMC) e Estação de Transbordo (ET)

O Aterro Metropolitano Centro (AMC) foi constituído em 1998 pelo Governo do Estado da Bahia,
para uso compartilhado entre os municípios de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo
que, no mesmo ano foi repassado para Salvador através do Convênio 030/1998.
No ano de 1999, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SESP), atual SEMOP, promoveu
Concorrência Pública nº 004/1999, dando concessão à empresa vencedora para execução dos
seguintes serviços relativos ao manejo de resíduos sólidos urbanos gerados em Salvador:

✓ Implantação, operação e manutenção do Aterro Sanitário Metropolitano Centro, com capacidade


para dispor 2.800 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos;
✓ Implantação, operação e manutenção de uma Estação de Transbordo, com capacidade para
transferir 1.800 toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos;
✓ Implantação, operação e manutenção de uma Unidade de Tratamento, com capacidade para
processar 25 toneladas por dia de resíduos de serviços de saúde.

A empresa Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A. foi a vencedora da concorrência pública,
passando a ser denominada como concessionária da SESP, atual SEMOP, e tendo o direito de
implantação, operação e manutenção dos empreendimentos supracitados.
O Contrato de Concessão nº 001/2000 foi assinado em 29 de dezembro de 1999, através de
representantes da SESP, atual SEMOP, e da Vega Bahia - Tratamento de Resíduos S.A., atual
BATTRE, sendo assim iniciados os serviços de implantação dos empreendimentos. Conforme o
contrato, o prazo de concessão foi de 20 anos, ou seja, entre 29 de dezembro de 1999 a 29 de
dezembro de 2019.
Desta maneira, no ano de 2000 foi iniciada a operação e manutenção do AMC e em 2001 da
Estação de Transbordo, através da gestão da empresa Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A.
de acordo com as condicionantes previstas na concorrência pública nº 004/1999.
Vale ressaltar que não foram emitidas as ordens de serviços para implantação da Unidade de
Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), tendo em vista que posteriormente à
concorrência pública, estes trabalhos foram considerados como de responsabilidade do gerador.
Sendo assim, a referida unidade não foi implantada pela empresa Vega Bahia Tratamento de
Resíduos S.A.
Ao longo do tempo de operação, o contrato sofreu alguns Termos Aditivos, sendo que em 3 de
julho de 2002, tendo em vista exigências ambientais, a SESP obrigou a Vega Bahia a efetuar

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estudos e projetos para otimização do sistema de captação de biogás gerado no Aterro Sanitário
Metropolitano Centro.
Ainda no Termo Aditivo, a SESP autorizou a Vega Bahia a executar a implantação dos serviços de
otimização da captação do gás metano, mediante projeto aprovado.
Em 16 de março de 2005, através do Termo Aditivo 004 foi feita a alteração da razão social
constante no contrato de concessão, passando de Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A. para
BATTRE Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos S.A., que permanece até os dias atuais.
Em 29 de dezembro de 2019 foi finalizado o prazo de concessão que a empresa BATTRE detinha
sobre o AMC. Entretanto, de acordo com informações da própria empresa e da Agência
Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos de Salvador (ARSAL), o contrato de concessão
foi aditivado por mais 3,8 anos, passando a ter seu vencimento em 26 de outubro de 2023, tendo
em vista os Termos Aditivos nº 16, nº 17 e nº 18, que foram assinados.

8.5.1.2. LICENCIAMENTO AMBIENTAL


De acordo com informações da Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (LIMPURB) e da
Agência de Regulação e Fiscalização dos Serviços Públicos de Salvador (ARSAL), o aterro AMC
é licenciado ambientalmente pelo Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) e a
Estação de Transbordo pela Prefeitura Municipal de Salvador (PMS) e operam de acordo com as
legislações e normas ambientais existentes.
A Licença Ambiental de Operação do Aterro Metropolitano Centro (AMC) foi emitida pelo Instituto
do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA) através da Portaria 17.790, de 12 de fevereiro de
2019, autorizando a BATTRE a operar as etapas 01 e 02 da célula 07, em área de 10,2ha. A
licença foi publicada no D.O.E. no dia 12 de fevereiro de 2019 e tem validade até 12 de fevereiro
de 2024. A referida licença determina o cumprimento de 13 condicionantes, que estão descritas
no documento.
Com relação à Estação de Transbordo, a renovação da Licença Ambiental de Operação foi
expedida pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), através da Portaria nº
75/2021, de 26 de março de 2021, autorizando a BATTRE a continuidade da operação da ET pelo
prazo de 3 anos. A autorização ambiental está condicionada ao cumprimento de 30
condicionantes ambientais.

8.5.1.3. OPERAÇÃO ATUAL DOS EMPREENDIMENTOS DE TRATAMENTO E


TRANSFERÊNCIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMICILIARES
Conforme descrito, com relação ao manejo de resíduos sólidos urbanos gerados no Município de
Salvador, estes são coletados e encaminhados para a Estação de Transbordo, onde são
acondicionados temporariamente, e para o Aterro Sanitário Metropolitano Centro (AMC).

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Sendo assim, atualmente existem duas rotas tecnológicas que são aplicadas em Salvador, as
quais estão ilustradas nas Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência
não encontrada..
Figura 935. Rota tecnológica 01 de manejo de resíduos sólidos domiciliares de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 936. Rota tecnológica 02 de manejo de resíduos sólidos domiciliares de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Desta maneira, considerando que as rotas tecnológicas de manejo de RSU utilizam dois
empreendimentos distintos, a seguir são descritas as características atuais da Estação de
Transbordo (ET) e do Aterro Sanitário Metropolitano Centro (AMC).

A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o Fluxo de destinação dos resíduos sólidos
urbanos.
Figura 937. Localização da Estação de Transbordo e dos Núcleos de Limpeza (NL)

Fonte: SALVADOR, 2017. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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8.5.1.3.1. Estação de Transbordo
Com relação à operação da Estação de Transbordo (ET), além das informações prestadas pela
LIMPURB através do questionário, no dia 11 de dezembro de 2020, foi feita visita técnica por
técnicos do Consórcio CSB ao empreendimento, acompanhados de representante da empresa
BATTRE e da Prefeitura de Salvador. O objetivo foi verificar as condições de operação e conhecer
o processo de armazenamento e transferência de resíduos praticados no local.
De acordo com as informações obtidas na visita, a Estação de Transbordo (ET) está ativa desde o
ano de 2001, quando foi implantada pela empresa Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A.,
atual Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos S.A. (BATTRE).
O empreendimento situa-se na Avenida Maria Lúcia, s/nº, bairro Canabrava, e conta com 103
funcionários, operação de 24 horas, 365 dias por ano, e capacidade para armazenamento de
2.340 toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos, ou seja, 30% toneladas a mais do que
estabelecido no Contrato nº 001/1999.
Na área existe um galpão de aproximadamente 3.000m² onde é feito o transbordo dos resíduos e
consequentemente o armazenamento. Além disso, existem instalações e equipamentos de apoio,
relativos à área de acondicionamento de chorume, estacionamento de veículos, prédio
administrativo, área de enlonamento de caminhões, balanças e portaria. Toda a propriedade é
murada, com acesso restrito realizado apenas pela portaria.
Quanto aos equipamentos existentes na Estação de Transbordo, atualmente o empreendimento
conta com 02 escavadeiras hidráulicas, 01 pá carregadeira, 01 caminhão pipa e 12 carretas de
transporte de resíduos, com capacidade de carga de 65m³.
A função principal da Estação de Transbordo é reduzir o tempo e distância de transporte dos
veículos coletores de resíduos, considerando o centro de massa da geração e o local de
disposição final, ou seja, o Aterro Sanitário Metropolitano Centro (AMC).
A logística praticada no manejo de resíduos sólidos, considerando a rota tecnológica 01, envolve
a coleta dos RSU nos Núcleos de Limpeza, por meio de caminhões compactadores, e o
direcionamento à Estação de Transbordo, onde os RSU permanecem armazenados
temporariamente.
Posteriormente, os RSU armazenados são carregados em carretas com capacidade de carga de
65m³ cada, que fazem a transferência até o aterro sanitário AMC, onde é feita a disposição final.
De acordo com informações obtidas com a BATTRE, o tempo médio que os resíduos
permanecem na Estação de Transbordo até serem encaminhados ao AMC é de no máximo um
dia, entretanto, normalmente são transportados no mesmo dia.
A execução permanente de serviços de armazenamento e transferência dos RSU na Estação de
Transbordo implica na geração de chorume, sendo este coletado, acondicionado em lagoa de

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acúmulo e encaminhado para a empresa CETREL, situada no município de Camaçari, a qual faz
tratamento em Sistema de Lodo Ativado, de efluente homogeneizado e equalizado com efluentes
de diferentes geradores através de Bacias de Equalização. Após aeração forçada, a massa
líquida segue para decantadores para separação de fases. O efluente tratado segue para Sistema
de Disposição Oceânica. Parte da fase sólida é recirculada e o restante segue para adensamento
e digestão aeróbia visando estabilização e posteriormente é enviado para fazendas de lodo
objetivando reuso agrícola.
Na Estação de Transbordo não existe área de abastecimento e manutenção de veículos e não há
o pernoite da frota de veículos no local. Também não é executado nenhum tipo de
beneficiamento/tratamento e segregação de resíduos e, não há catadores e/ou cooperativas
atuando na área. O empreendimento recebe exclusivamente RSU gerados em Salvador e tem sua
atividade licenciada pelo município.
Atualmente a Estação de Transbordo recebe resíduos provenientes dos seguintes Núcleos de
Limpeza (NL) de Salvador: NL-01, NL-02, NL-03, NL-04, NL-05, NL-06, NL-07, NL-08, NL-09, NL-
11, NL-12, NL-13 e NL-14.
No ano de 2020, do total de 979.463,98 toneladas de RSU destinados ao AMC provenientes de
Salvador, a Estação de Transbordo recebeu 792.295,63 toneladas, o que corresponde a mais de
80% de todo o RSU coletado e destinado. A Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir
mostra os quantitativos recebidos na Estação de Transbordo, entre os anos de 2017 e 2020. Para
o último ano, as médias diárias foram calculadas pelo CSB Consórcio.
Tabela 122. Quantitativos anuais dos RSU recebidos na Estação de Transbordo
MASSA (Toneladas)
MÊS 2017 2018 2019 2020
MÉDIA MÉDIA MÉDIA MÉDIA
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA
Janeiro 58.014,80 1.871,45 61.198,39 1.974,14 64.578,17 2.083,17 67.510,00 2.177,74
Fevereiro 52.325,55 1.868,77 54.926,63 1.961,67 59.161,23 2.112,90 63.402,29 2.186,28
Março 57.832,91 1.865,58 62.898,26 2.028,98 62.332,11 2.010,71 66.962,95 2.160,09
Abril 53.336,48 1.777,88 59.007,36 1.966,91 62.431,26 2.081,04 59.363,31 1.978,77
Maio 59.677,85 1.925,09 59.813,50 1.929,47 64.273,19 2.073,33 67.548,21 2.178,97
Junho 55.236,46 1.841,22 59.849,47 1.994,98 61.730,06 2.057,67 65.590,18 2.186,33
Julho 58.256,07 1.879,23 59.638,42 1.923,82 63.045,21 2.033,72 68.268,12 2.202,19
Agosto 59.249,55 1.911,28 60.562,58 1.953,63 64.849,29 2.091,91 67.984,55 2.266,15
Setembro 56.090,01 1.869,67 58.306,35 1.943,55 61.319,00 2.043,97 65.666,28 2.188.87
Outubro 56.992,33 1.838,46 60.689,32 1.957,72 64.555,51 2.082,44 66.494,42 2.144,98
Novembro 58.047,33 1.934,91 59.422,58 1.980,75 63.099,88 2.103,33 62.635,91 2.087,86
Dezembro 64.385,69 2.076,96 69.116,99 2.229,58 69.221,16 2.232,94 70.869,41 2.286,11
TOTAL 689.445,0 - 725.429,8 - 760.596,0 - 792.295,6 -
ANUAL 3 5 7 3
Fonte: LIMPURB, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021

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1030
Analisando a Erro! Fonte de referência não encontrada., verifica-se que nos anos de 2017 a 2020
a maior média diária recebida de resíduos corresponde ao mês de dezembro de 2020, onde foram
recebidas 2.286,11t/dia de RSU na estação de transbordo (ET). Tendo em vista que a Estação de
Transbordo tem capacidade para recebimento de até 2.340t/dia, com os 30% a mais da sua
capacidade de projeto, originalmente, de transferir 1.800t/dia cujo objetivo principal, além de
reduzir o tempo e transporte, é transferir, diariamente, os resíduos recebidos até o AMC. Observa-
se que está dentro dos seus padrões operacionais dimensionados, entretanto constata-se a
necessidade de aumentar o quantitativo das carretas transportadoras, atualmente em número de
12 veículos desde o contrato original, insuficientes para atender a transferência diária dos
resíduos recebidos, notadamente no acúmulo dos resíduos no pátio e no fosso, observados
durante visita técnica.
Com relação à distância entre os núcleos de limpeza, a estação de transbordo se localiza a uma
média de 8 km dos centros de massa dos NL situados na área central do município. E, quanto à
distância entre a Estação de Transbordo e o AMC, o percurso é de 25,9 km no trajeto de ida, onde
as carretas se direcionam carregadas de RSU, e 18,9 km no caminho de volta, onde as carretas
fazem o percurso vazias.
De forma a avaliar as condições de operação da Estação de Transbordo operada pela BATTRE,
foi feito o cálculo do Índice de Qualidade de Estações de Transbordo (IQT), através de visita
técnica ao empreendimento e aplicação da metodologia estabelecida pela Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (CETESB), órgão de referência nacional no assunto.
A metodologia consiste na aplicação de questionário específico, que é composto por: avaliação,
peso e somatório dos pontos, sendo que, a pontuação total tem resultante entre 0 a 10,
classificando os empreendimentos que obtiverem nota maior que 7 como adequados e, menor
que 7 como inadequados.
Na avaliação da Estação de Transbordo existente em Salvador, operada pela empresa BATTRE,
verificou-se que o Índice de Qualidade de Estação de Transbordo (IQT) obtido foi de 9 pontos,
enquadrando-a como adequada, ou seja, o empreendimento está operando em conformidade com
as normas vigentes. A Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir apresenta o
questionário aplicado para a Estação de Transbordo de Salvador.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1031
Tabela 123. Questionário aplicado na Estação de Transbordo para o cálculo de IQT
CÁLCULO DO ÍNDICE DA QUALIDADE DE ESTAÇÃO DE TRANSBORDO - IQT
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
≥ 200m ou < 200m com sistema de controle de odor 5
1- CARACTERÍSTICAS DO LOCAL E INFRAESTRUTURA IMPLANTADA

PROXIMIDADE A NÚCLEOS HABITACIONAIS 0


< 200m sem sistema de controle de odor X 0
SIM/SUFICIENTE X 2
ISOLAMENTO FÍSICO 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
PORTARIA VIGILÂNCIA 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
ISOLAMENTO VISUAL 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
COBERTURA DA ÁREA DE TRANSFERÊNCIA SIM/SUFICIENTE X 5
5
DE ARMAZENAMENTO NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 5
INFRAESTRUTURA (RAMPA/FOSSO) 5
NÃO/INSUFICIENTE 0
IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE LOCAL DE SIM/ADEQUADA X 10
10
TRANSBORDO NÃO/INADEQUADA 0
ÁREAS DE MOVIMENTAÇÃO DE VEÍCULOS SIM X 5
PAVIMENTADAS OU PERMANENTEMENTE 5
UMECTADAS NÃO 0
SIM/SUFICIENTE X 8
DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS 8
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 8
DRENAGEM DE CHORUME 8
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/ADEQUADO X 8
TRATAMENTO OU REMOÇÃO DE CHORUME 8
NÃO/INADEQUADO 0
SUBTOTAL 01 60 55

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1032
PERMANENTE X 5
EQUIPAMENTOS NO LOCAL E EM
PERIÓDICO 3 5
CONDIÇÕES DE USO
INEXISTENTE 0
CONDIÇÕES DE ACESSIBILIDADE E
2- CONDIÇÕES OPERACIONAIS

ADEQUADA X 5
MOVIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS NA 5
ÁREA DE TRABALHO INADEQUADA 0
PRESENÇA DE VETORES (AVES, MOSCAS, SIM 0
5
ETC) NÃO X 5
ODOR PERCEPTÍVEL FORA DO SIM 0
5
EMPREENDIMENTO NÃO X 5
LOGÍSTICA ADEQUADA À QUANTIDADE DE ADEQUADA X 10
10
RESÍDUOS RECEBIDA INADEQUADA 0
RECEBIMENTO DE RESÍDUOS NÃO SIM 0
5
AUTORIZADOS NÃO X 5
PRESENÇA DE RESÍDUOS ESPALHADOS NO SIM X 0
0
LOCAL, VIAS DE ACESSO OU ENTORNO NÃO 5
SUBTOTAL 02 43 35

TOTAL MÁXIMO (100 PONTOS)


90
DETERMINAÇÃO DO IQT (TOTAL DOS PONTOS/10)
9
Cálculo do IQT (SOMA DOS SUBTOTAIS/10)
Fonte: CETESB, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1033
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir
mostram as instalações da Estação de Transbordo.
Figura 938. Vista da fachada da Estação de Transbordo

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 939. Vista das dependências internas da Estação de Transbordo

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1034
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1035
Figura 940. Vista da entrada de veículos e balança

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 941. Vista do galpão de armazenamento temporário de RSU

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1036
Figura 942. Vista da área de carregamento de RSU

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 943. Lagoa de acúmulo de chorume

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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1037
8.5.1.3.2. Aterro Metropolitano Centro
Quanto ao Aterro Metropolitano Centro (AMC), além das informações prestadas pela LIMPURB
através do questionário, no dia 11 de dezembro de 2020 foi realizada a visita técnica por técnicos
do Consórcio CSB ao empreendimento, acompanhados de representante da empresa BATTRE e
da Prefeitura de Salvador. A intenção foi verificar as condições de operação e conhecer o
processo de tratamento e disposição final de resíduos executados no AMC.
De acordo com as informações obtidas na visita, o Aterro Metropolitano Centro (AMC) está ativo
desde o ano de 1998 com pré-operação realizada pela CONDER, sendo que em 1999, a empresa
Vega Bahia – Tratamento de Resíduos S.A., atual Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos
S.A, ganhou a concessão para operação do aterro, bem como, a Estação de Transbordo através
de concorrência pública.
O AMC situa-se na Estrada CIA – Aeroporto, Km 6,5, s/nº, bairro Ipitanga, e conta com 152
funcionários, operação de 24 horas, 365 dias por ano, e capacidade de recebimento de 2.800
toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos. Vale ressaltar que o Aterro Metropolitano Centro
(AMC) recebe apenas resíduos sólidos urbanos, Classe IIA, não inertes, de mais dois municípios
vizinhos, Lauro de Freitas e Simões Filho, além de Salvador.
A superfície total da propriedade é de 1.100.000m², sendo que, atualmente existem resíduos
depositados em aproximadamente 48% da área, da célula 7, estando o restante, disponível para
futuras ampliações das frentes de disposição de resíduos e ocupadas por instalações de apoio.
O aterro sanitário é formado por células de disposição de resíduos, as quais têm a conformação
geométrica representada por taludes e bermas. Além disso, o empreendimento possui sistema de
captação, drenagem e acúmulo de chorume, bem como de captação de biogás para geração de
energia elétrica.
O empreendimento conta também com instalações de apoio, relativas à portaria, área
administrativa, refeitório, auditório, depósito de materiais, balança, área de abastecimento e
manutenção de veículos, lagoas de armazenamento de chorume, viveiro de mudas nativas e
ornamentais e Unidade de Valorização Sustentável (UVS) Termoverde Salvador S.A., empresa
pertencente ao Grupo Solvi, que representa uma usina termoelétrica a biogás, oriundo do aterro
AMC.
Já com relação à vegetação, aproximadamente 50% da área de disposição de resíduos é provida
de vegetação rasteira, do tipo grama. No entorno imediato do aterro, existe vegetação nativa,
pertencente à Área de Proteção Ambiental (APA) Joanes/Ipitanga.
Quanto aos recursos hídricos, nos lados norte e sul da área, existem drenagens naturais que
correm no sentido de oeste para leste.

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1038
Com relação aos equipamentos existentes no AMC, atualmente o empreendimento conta com 06
tratores de esteira, 06 escavadeiras hidráulicas, 10 caçambas, 02 rolos compactadores, 01
motoniveladora, 02 retroescavadeiras, 01 minicarregadeira, 02 caminhões pipas e 18 carretas
tanque para transporte de chorume, com capacidade de 35.000 e 45.000 litros cada.
Considerando as duas rotas tecnológicas existentes em Salvador, em todas elas o AMC está
caracterizado como empreendimento de destinação final de RSU, não existindo outro aterro
sanitário no município. Além dos RSU de Salvador, o empreendimento recebe aqueles gerados
nos municípios de Lauro de Freitas e de Simões Filho, através de gestão compartilhada, sendo
que, cabe à Prefeitura de Salvador, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP),
a gestão do contrato.
Há também a possibilidade da utilização do empreendimento por geradores privados, que é
autorizada mediante cadastro feito na LIMPURB, com pagamento de preço público do descarte,
calculado em função do total de toneladas dispostas no aterro.
Como exemplo disso, no ano de 2019 foi disposto um total de 160 toneladas de resíduos advindos
da iniciativa privada, considerando pessoa física e/ou jurídica. Estes materiais se caracterizam
principalmente por apreensões da Receita Federal, cargas de alimentos vencidos, dentre outros,
que são representados por resíduos Classe D conforme a Resolução - RDC nº 222, de 28 de
março de 2018, que são resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente.
Sendo assim, com relação ao fluxo de operação do AMC, os caminhões carregados com RSD
gerados em ambos os municípios citados, bem como por pessoas físicas e/ou jurídicas, se
direcionam ao AMC, sendo feita na chegada a identificação e pesagem dos resíduos. Após a
liberação por parte do aterro, os caminhões se direcionam às células em operação, onde é feita a
disposição final dos RSD. Na Tabela 27, a seguir, estão apresentados os quantitativos de RSD
recebidos entre os anos de 2017 e 2020 no AMC.
Tabela 124. Quantitativos anuais dos RSD recebidos no Aterro Metropolitano Centro
MASSA (Toneladas)
MÊS 2017 2018 2019 2020
MÉDIA MÉDIA MÉDIA MÉDIA
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA
Janeiro 75.061,25 2.421,33 80.909,02 2.609,97 82.676,35 2.666,98 84.395,47 2.722,43
Fevereiro 67.608,39 2.414,59 71.534,81 2.554,81 73.610,41 2.628,94 78.839,29 2.718,59
Março 76.008,48 2.451,89 81.558,46 2.630,92 76.412,43 2.464,92 83.011,15 2.677,77
Abril 71.888,92 2.396,30 76.819,16 2.560,64 78.450,69 2.615,02 73.753,05 2.458,43
Maio 79.820,92 2.574,87 80.010,39 2.580,98 80.887,27 2.609,27 83.130,84 2.681,64
Junho 74.268,81 2.475,63 77.835,68 2.594,52 77.103,62 2.570,12 81.503,59 2.629,14
Julho 79.237,69 2.556,05 77.035,76 2.485,02 79.152,30 2.553,30 84.477,74 2.725,08
Agosto 78.666,55 2.537,63 78.569,40 2.534,50 80.719,83 2.603,87 83.185,56 2.772,85

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1039
MASSA (Toneladas)
MÊS 2017 2018 2019 2020
MÉDIA MÉDIA MÉDIA MÉDIA
TOTAL TOTAL TOTAL TOTAL
DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA DIÁRIA
Setembro 74.347,21 2.478,24 73.950,60 2.465,02 75.846,80 2.528,23 80.490,74 2.683,02
Outubro 75.212,14 2.426,20 78.667,99 2.537,68 80.250,51 2.588,73 80.973,29 2.612,04
Novembro 76.315,90 2.543,86 77.311,40 2.577,05 78.154,83 2.605,16 78.431,05 2.614,36
Dezembro 83.690,61 2.699,70 88.150,64 2.843,57 86.498,67 2.790,28 87.272,21 2.815,23
TOTAL 912.126,87 - 942.353,31 - 949.763,71 - 979.463,98 -
ANUAL
Fonte: BATTRE, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Vale esclarecer que na Erro! Fonte de referência não encontrada. são apresentados os
quantitativos de resíduos sólidos urbanos (RSU) coletados pelas empresas contratadas pela
LIMPURB. Enquanto na Erro! Fonte de referência não encontrada., são apresentados os
quantitativos de RSU recebidos entre os anos de 2017 e 2020 no AMC, observando-se uma
divergência entre os quantitativos coletados e recebidos no AMC.
De acordo com informações da LIMPURB, esta diferença entre a quantidade de resíduos
coletados e aterrados no AMC deve-se especificamente a metodologia 60x40 adotada para as
caixas estacionárias com capacidade acima de 4,5m³ dispostas nos logradouros públicos.
Trata-se de metodologia adotada para as caixas estacionárias com capacidade acima de 4,5m³
dispostas em logradouros públicos que acondicionam o resíduo público com característica mista.
Para composição da Erro! Fonte de referência não encontrada. com os resíduos por tipo admite-
se que do total de resíduos mistos coletados, 60% é resíduo domiciliar e 40% é resíduo de
construção civil. Por conta desta metodologia adotada pela LIMPURB o total de resíduos
coletados não coincidirá com o total de resíduos aterrados tanto no AMC quanto nas centrais de
recebimento de resíduos inertes.
Concluindo-se que na Erro! Fonte de referência não encontrada., o quantitativo de RSU coletado,
60% dos resíduos mistos permanece no domiciliar e 40% migra para RCC, enquanto que na Erro!
Fonte de referência não encontrada., o total de RSU aterrados no AMC considera a porção
integral de resíduos mistos incluindo as caixas.
Quanto ao prazo da concessão do AMC e à vida útil do aterro, de acordo com informações obtidas
através da aplicação dos questionários com a ARSAL e LIMPURB, esse prazo foi prorrogado em
função da realização do estudo de viabilidade técnica e econômico através do último Termo
Aditivo nº 18, onde o poder concedente determinou que deveriam ser realizados Projetos Pilotos
que viessem a contribuir com o “aumento da vida útil do AMC”, quando a concessão foi
inicialmente prorrogada por mais 36 (trinta e seis) meses, assinado em outubro de 2020. Estes
projetos estão sendo analisados e selecionados pelo Poder Executivo Municipal para serem
implantados e/ou testados.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1040
Observa-se que até o momento não se tem decisão do poder municipal quanto a aprovação dos
projetos pilotos para contribuir com o aumento da vida útil do AMC. O AMC, atualmente, está em
operação na etapa 2, fase 07 da célula “mãe”, com área de 19,4 ha que consta como total de 5
etapas, cuja vida útil estimada mínima é de 4,5 anos e máxima de até 24,5 anos dependendo da
viabilidade econômica e financeira, ambiental, técnicas operacionais e contratual.
Vale ressaltar que caso sejam concedidas as licenças ambientais necessárias para ampliação da
área, além da licença de instalação emitida pela Portaria INEMA nº 16.722/2018 com validade de
6 anos até 2024 para as restantes das 3 etapas, também é necessário a emissão da licença de
operação bem como, das autorizações necessárias para o uso e ocupação do solo para expansão
da área e, principalmente, para instalação dos projetos pilotos que deverão ser aprovados pelo
Poder Municipal visando contribuir para o aumento de vida útil, só assim o AMC poderia ter uma
vida útil adicional estimada em até 24,5 anos.
Com relação à geração de percolados, no AMC não há o tratamento destes líquidos, entretanto, o
aterro está equipado com dispositivos de captação e condução do chorume. Estes dispositivos
fazem a captação do chorume gerado no maciço de resíduos, conduzindo-o para as lagoas de
acúmulo. Diariamente, o chorume armazenado nas lagoas é transferido para carretas tanques,
que fazem o transporte até a empresa CETREL, situada em Camaçari/BA, onde é executado o
tratamento biológico por lodo ativado.
Com relação aos dados de geração, em 2020 foram gerados 485.878m³ de chorume no AMC,
sendo que, no mesmo ano foram encaminhados ao tratamento o montante de 490.500m³. Essa
diferença se dá pelo chorume gerado no final de 2019, o qual foi computado nos dados de 2020.
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir estão mostrados os dados de geração e
tratamento de chorume no AMC, relativos ao ano de 2020.
Tabela 125. Dados de geração e tratamento de chorume do AMC no ano de 2020
MÊS CHORUME GERADO (m³) CHORUME TRATADO (m³)
Janeiro 28.045,00 33.343,00
Fevereiro 29.478,00 30.898,00
Março 40.970,00 29.654,00
Abril 50.815,00 52.887,00
Maio 66.738,00 60.127,00
Junho 45.847,00 62.168,00
Julho 53.329,00 50.087,00
Agosto 40.410,00 39.327,00
Setembro 35.832,00 37.755,00
Outubro 37.455,00 36.879,00
Novembro 28.754,00 25.851,00
Dezembro 28.205,00 31.524,00
TOTAIS 485.878,00 490.500,00
Fonte: LIMPURB, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1041
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir consolida os dados de geração e tratamento
do chorume no AMC.
Figura 944. Dados de geração e tratamento de chorume no AMC

Fonte: LIMPURB, 2020.


O AMC executa o Plano de Monitoramento Ambiental das águas subterrâneas e superficiais
desde o início das operações do empreendimento com coleta e análises físico-químicas e
microbiológicas de amostras de água em pontos de amostragem e poços de monitoramento,
previamente selecionados e instalados a montante e a jusante do Aterro.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1042
Figura 945. Distribuição dos pontos de amostragem de águas superficiais no entorno do
AMC

Fonte: BATTRE. Relatório De Monitoramento Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas. 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1043
Figura 946. Distribuição dos pontos de amostragem de águas subterrâneas do AMC

Fonte: BATTRE. Relatório De Monitoramento Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas. 2021

A conclusão do relatório de junho de 2021, referente a março de 2021, indica que o aterro
mantém suas atividades operacionais adequadamente planejadas e controladas de modo a
conservar a qualidade ambiental das águas da região. De modo geral, os resultados de março de
2021 apontam que os padrões de qualidade naturais foram atendidos, não havendo, pelos dados
obtidos nas amostras coletadas, indícios de contaminação pelo empreendimento. Os resultados
das análises físico-químicas de qualidade das amostras coletadas de águas superficiais no
entorno do AMC, do mesmo período, inferem que as águas superficiais apresentam valores dentro
dos padrões de normalidade ambiental para os rios da região.
Objetivando verificar as condições locacionais, estruturais e operacionais do AMC, foi feita a
determinação do Índice da Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), através de visita técnica ao
empreendimento e aplicação da metodologia estabelecida pela Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (CETESB), órgão de referência nacional no tema.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1044
Como resultado, verificou-se que o IQR do Aterro Metropolitano Centro (AMC) foi de 9,6,
enquadrando-o como adequado, ou seja, o empreendimento está operando em conformidade com
as normas vigentes.
No ano de 2019, a Brencorp Consultoria em Meio Ambiente, empresa integrante do Consórcio
CSB Consórcio Ltda., fez o cálculo de IQR no Aterro Metropolitano Centro (AMC), sendo que a
nota obtida foi de 8,5, enquadrando-o como adequado.
Desta maneira, considerando as notas de IQR obtidas nos anos de 2019 e 2020, verifica-se a
consistência das operações no AMC, em condições adequadas e de acordo com as legislações e
normas vigentes.
Os relatórios de determinação do Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR) elaborados
nos anos de 2019 para o Aterro Metropolitano Centro (AMC) estão apresentados no Anexo VI. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir apresenta o questionário aplicado em 2020
para o AMC de Salvador.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1045
Tabela 126. Questionário aplicado no AMC para o cálculo de IQT
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
ESTRUTURA DE APOIO

SIM/SUFICIENTE X 2
1. PORTARIA, BALANÇA E VIGILÂNCIA 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
2. ISOLAMENTO FÍSICO 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
3. ISOLAMENTO VISUAL 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 3
4. ACESSO À FRENTE DE DESCARGAS 3
NÃO/INSUFICIENTE 0
5. DIMENSÕES DAS FRENTES DE ADEQUADAS X 5
5
FRENTE DE
TRABALHO

TRABALHO INADEQUADAS 0
ADEQUADA X 5
6. COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS 5
INADEQUADA 0
ADEQUADO X 5
7. RECOBRIMENTO DOS RESÍDUOS 5
INADEQUADO 0
ADEQUADAS X 4
TALUDES E BERMAS

8. DIMENSÕES E INCLINAÇÕES 4
INADEQUADAS 0
ADEQUADA X 4
9. COBERTURA DE TERRA 4
INADEQUADA 0
ADEQUADA X 3
10. PROTEÇÃO VEGETAL 3
INADEQUADA 0
NÃO/RAROS X 4
11. AFLORAMENTO DE CHORUME 4
SIM/NUMEROSOS 0
SUPERFÍCI

SUPERIOR

ADEQUADO X 5
12. NIVELAMENTO DA SUPERFÍCIE 5
INADEQUADO 0
E

SIM X 5
13. HOMENAGEIDADE DA COBERTURA 5
NÃO 0

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1046
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
SIM/ADEQUADA (Não preen. Item 15) X 10
14. IMPERMEABILIZAÇÃO DO SOLO 10
NÃO/INADEQUADA (Preen. Item 15) 0
P > 3m K < 10-6 cm's 4
15. PROF. LENÇOL FREÁTICO (P) X
1 <= P <= 3m K < 10-6 cm's 2 -
PERMEABILIDADE DO SOLO (K)
ESTRUTURA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL

CONDIÇÃO INADEQUADA 0
SIM/SUFICIENTE X 4
16. DRENAGEM DE CHORUME 4
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/ADEQUADO X 4
17. TRATAMENTO DE CHORUME 4
NÃO/INADEQUADO 0
18. DRENAGEM PROVISÓRIA DE ÁGUAS SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 3
3
PLUVIAIS NÃO/INSUFICIENTE 0
19. DRENAGEM DEFINITIVA DE ÁGUAS SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 4
4
PLUVIAIS NÃO/INSUFICIENTE 0
SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 4
20. DRENAGEM DE GASES 4
NÃO/INSUFICIENTE 0
ADEQUADO X 4
21. MONITORAMENTO DE ÁGUAS
INADEQUADO/INSUFICIENTE 1 4
SUBTERRÂNEAS
INEXISTENTE 0
ADEQUADO X 4
22. MONITORAMENTO GEOTÉCNICO INADEQUADO/INSUFICIENTE 1 4
INEXISTENTE 0
SUBTOTAL 01 86 86
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
ESTRUTUR

NÃO X 2
23. PRESENÇA DE CATADORES 2
APOIO
A DE

SIM 0
NÃO X 2
24. QUEIMA DE RESÍDUOS 2
SIM 0

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1047
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
25. OCORRÊNCIA DE MOSCAS E NÃO X 2
2
ODORES SIM 0
NÃO X 2
26. PRESENÇA DE AVES E ANIMAIS 2
SIM 0
27. RECEBIMENTO DE RESÍDUOS NÃO NÃO X 2
2
AUTORIZADOS SIM 0
28. RECEBIMENTO DE RESÍDUOS SIM (Preencher item 29) X 2
-
INDUSTRIAIS NÃO (Preencher item 30) 0
SUFICIENTE/ADEQUADO X 10
29. ESTRUTURAS DE PROCEDIMENTOS -
INSUFICIENTE/INADEQUADO 0
SUBTOTAL 2.1 10 10
SUBTOTAL 2.2 20 10
30. PROXIMIDADES DE NÚCLEOS >= 500m 2
CARACTERÍSTICAS DA

0
HABITACIONAIS < 500m X 0
>= 500m 2
31. PROXIMIDADE DE CORPOS D'ÁGUA 0
>= 200m X 0
ÁREA

<= 2 ANOS -
32. VIDA ÚTIL DA ÁREA 2 < x <= 5 ANOS X - -
> 5 ANOS -
33. RESTRIÇÕES LEGAIS AO USO DO SIM X -
-
SOLO NÃO -
SUBTOTAL 03 4 0

TOTAL MÁXIMO (100 PONTOS)


TOTAL MÁXIMO (Sem recebimento de resíduos industriais)
96
DETERMINAÇÃO DO IQT (TOTAL DOS PONTOS/10)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1048
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
9,6
Cálculo do IQA (SOMA DOS SUBTOTAIS 1+2.1+3)/10 = 10,0
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1049
Sendo assim, caso estes projetos pilotos sejam aprovados e venham a ser implantados com êxito
bem como, a renovação da licença de instalação (LI) e a emissão da Licença de Operação (LO), a
vida útil do AMC poderá ser prolongada e estimada até 24,5 anos.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir
mostram as instalações do AMC.
Figura 947. Vista geral do Aterro Metropolitano Centro (AMC)

Fonte: BATTRE, 2021


Figura 948. Vista da fachada do Aterro Metropolitano Centro (AMC)

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1050
Fonte: BATTRE, 2021

Figura 949. Vista da portaria do Aterro Metropolitano Centro (AMC)

Fonte: BATTRE, 2021

Figura 950. Vista da balança do Aterro Metropolitano Centro (AMC)

Fonte: BATTRE, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1051
Figura 951. Vista do prédio administrativo do Aterro Metropolitano Centro (AMC)

Fonte: BATTRE, 2021


Figura 952. Vista da área de disposição de resíduos

Fonte: BATTRE, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1052
Figura 953. Detalhe da área de disposição de resíduos

Fonte: BATTRE, 2021


Figura 954. Vista da frente de operação por outro ângulo

Fonte: BATTRE, 2021

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1053
Figura 955. Detalhe do sistema de captação de gás metano

Fonte: BATTRE, 2021


Figura 956. Vista das lagoas de acúmulo de chorume

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1054
Fonte: BATTRE, 2021
Figura 957. Coleta e transporte de chorume

Fonte: BATTRE, 2021.

8.5.2. DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCC)


Os Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC) são coletados por empresas cadastradas na
LIMPURB para o grande gerador enquanto as empresas terceirizadas coletam a parcela pública,
referente ao pequeno gerador, através dos Consórcios Sotero e Ecosal que coletam esses
resíduos até 2m3, dos Ecopontos e do logradouro público do Município de Salvador, transportam e
encaminham para Águas Claras Ambiental Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos
Ltda (ACA) e Eucafi Engenharia e Consultoria Ltda (EUCAFI). São considerados grandes
geradores aqueles com geração acima de 2m 3, mediante apresentação e aprovação do PGRCC
pela LIMPURB e SEDUR.
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir são apresentados os dados de coleta e
transporte de Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC) executada pela Prefeitura de Salvador,
considerando os anos de 2011 a 2020, de acordo com informações disponibilizadas pela
LIMPURB.
Vale ressaltar que estes RCC não contemplam aqueles gerados por empresas privadas,
correspondendo estritamente aos RCC de geração pública.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1055
Tabela 127. Quantitativos anuais dos RCC coletados e transportados pela Prefeitura de
Salvador
MASSA (t)
MÊS
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Janeiro 47.971,02 62.927,82 70.956,69 67.418,05 68.982,60 60.349,58 67.373,99 64.498,59 68.435,89 64.261,81

Fevereiro 41.031,53 59.077,45 73.041,35 61.402,75 59.124,81 56.836,02 57.879,32 60.706,75 59.473,24 62.303,87

Março 46.853,65 63.751,83 66.000,84 57.185,02 61.695,96 61.786,20 66.799,15 64.842,29 60.134,58 61.933,54

Abril 54.435,62 61.277,41 68.047,04 56.537,79 50.491,13 66.005,22 65.963,96 54.023,45 62.890,63 60.281,86

Maio 65.663,52 64.109,14 68.430,52 65.467,01 56.674,11 57.438,44 67.796,36 61.735,85 62.873,12 63.223,17

Junho 63.719,49 62.473,21 55.147,45 62.982,62 53.935,65 58.875,72 65.458,88 63.103,26 60.584,57 62.513,30

Julho 61.695,82 68.190,12 63.297,54 80.378,18 59.256,22 61.505,83 68.018,96 59.673,33 63.779,61 65.035,51

Agosto 66.608,16 59.429,39 68.136,60 88.750,47 53.851,54 61.289,99 65.720,28 59.867,93 64.813,08 66.144,18

Setembro 61.815,93 53.572,04 58.081,50 64.093,48 53.499,41 60.485,10 65.251,39 53.781,91 64.512,19 64.677,14

Outubro 64.902,86 65.558,97 64.160,55 74.273,54 57.572,21 58.944,93 59.437,95 60.337,54 64.950,74 68.611,82

Novembro 64.512,04 63.278,07 64.521,86 69.860,94 56.562,31 59.908,84 61.943,34 61.084,15 64.149,42 63.453,89

Dezembro 68.975,98 58.138,55 62.120,54 70.961,01 61.900,00 65.844,52 67.636,55 67.782,56 65.064,78 65.791,52

TOTAL ANUAL 708.185,62 741.784,00 781.942,48 819.310,86 693.545,95 729.270,39 779.280,13 731.437,61 761.661,85 768.231,60

MÉDIA MENSAL 59.015,47 61.815,33 65.161,87 68.275,91 57.795,50 60.722,53 64.940,01 60.953,13 63.471,82 64.019,30

MÉDIA DIÁRIA 2.337,25 2.448,13 2.580,67 2.704,00 2.288,93 2.406,83 2.497,69 2.344,35 2.441,22 2.462,28

Fonte: LIMPURB, 2020.


(X): Maior quantidade mensal / (X): menor quantidade mensal.

Analisando a tabela acima verificou-se o seguinte:

✓ A maior quantidade coletada, considerando todo o histórico, foi no mês de agosto de 2014,
totalizando 88.750,47 toneladas. Inclusive, este mesmo ano corresponde a maior massa de RCC
coletada e transportada, tendo em vista a série histórica, relativa a 819.310,86 toneladas;
✓ A menor quantidade coletada, considerando todo o histórico, foi no mês de fevereiro de 2011,
totalizando 41.031,53 toneladas. Entretanto, o ano de 2015 que corresponde a menor massa de
RCC coletada e transportada, tendo em vista a série histórica, relativa a 693.545,95 toneladas;
✓ As médias mensais variaram entre 57.795,50 toneladas coletadas e transportadas no ano de 2015 e
68.275,91 toneladas no ano de 2014;
✓ As médias diárias variaram entre 2.288,93 toneladas coletadas e transportadas no ano de 2015 e
2.704,00 toneladas em 2014.

De acordo com informações da LIMPURB, até março de 2011, os resíduos da construção civil
(RCC), especificamente os entulhos, coletados em Salvador eram destinados sem a devida
preparação técnica/operacional à área contígua do antigo aterro de Canabrava, onde atualmente
existe o centro de treinamento e estacionamento do Esporte Clube Vitória.
A partir de abril de 2011, até 2017, foi contratada a empresa Revita para receber os RCC
coletados em Salvador, em um aterro situado na BR 324. Em virtude da inexistência de outro
aterro nas proximidades de Salvador o contrato foi firmado por inexigibilidade. Ocorre que a área
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1056
destinada ao aterramento de resíduos se esgotou e em março de 2016, então a empresa Revita
implantou um novo aterro de inertes no município de Simões Filho, desta vez, licenciado em nome
de Águas Claras Ambiental (ACA), com sucessivos contratos, anual, ainda por inexigibilidade, até
outubro de 2020, momento em que se iniciam os contratos para a prestação de serviços de
gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos das empresas Águas
Claras Ambiental Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda e da Eucafi
Engenharia e Consultoria Ltda.
Assim, a partir de março de 2016, os RCC coletados no município passaram a ser encaminhados
ao novo Aterro da Revita (ACA), situado fora do município de Salvador, em Simões Filho. Todavia,
em 07 de outubro de 2020 foi publicado no Diário Oficial do Município de Salvador o resultado da
Concorrência Pública nº 002/2020 cujo objeto foi:
“contratação de pessoa jurídica visando a prestação de serviços de
gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, nas
etapas de recebimento, triagem, valorização, por meio de técnicas de
eficientização de reutilização e reciclagem; destinação ambientalmente
adequada de resíduos e disposição final unicamente de rejeitos da construção
civil (RCC) e volumosos provenientes do Município do Salvador, em Central de
Tratamento de Resíduos, subdividido em 02 (dois) lotes, sob regime de
empreitada por preço unitário, de acordo com a prescrição da Lei Federal nº
12.305/2010 e no conceito de “Cidade Sustentável”, conforme especificações
contidas no Projeto Básico - Anexo I do Edital (SALVADOR, 2020)”.
Na referida concorrência, foram licitados 02 lotes, denominados como Lote 01 e Lote 02, sendo
que, a empresa Eucafi Engenharia e Consultoria Ltda. foi a vencedora do Lote 01 e a empresa
Águas Claras Ambiental Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda. foi a
vencedora do Lote 02.
Sendo assim, a seguir é feita a descrição das empresas, supracitadas, que atualmente fazem o
recebimento dos RCC e de volumosos gerados em Salvador, tendo em vista as informações
disponibilizadas pela LIMPURB e as observações feitas quando das visitas técnicas aos
empreendimentos.

8.5.2.1. ÁGUAS CLARAS AMBIENTAL CENTRAL DE TRATAMENTO E BENEFICIAMENTO


DE RESÍDUOS
A Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Águas Claras Ambiental (ACA) está
localizado na Rua Girlan do Carmo, nº 30, bairro Santo Antônio do Rio das Pedras, no município
de Simões Filho/BA, tendo iniciada a operação de recebimento de Resíduos da Construção Civil
(RCC) no ano de 2016.
O funcionamento do aterro acontece de segunda à sexta-feira, das 07h às 18h, entretanto, tendo
em vista a violência e a insegurança local, eventualmente as atividades são encerradas mais
cedo, o que acaba prejudicando a operação.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1057
O empreendimento é licenciado ambientalmente e possui certificado pela Sistema de Gestão de
Qualidade (ISO 9001), Sistema de Gestão Ambiental (ISO 14001), Sistema de Gestão de
Segurança e Saúde Ocupacional (ISO 45.001) e Sistema de Gestão Antissuborno (ISO 37001).
Em 16 de maio de 2019 foi firmado o “Contrato de Prestação de Serviços de Recebimento de
Resíduos Sólidos da Construção Civil (RCC)” de nº 13/2019-IN, entre o município de Salvador,
representado pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP) e o Aterro Águas Claras –
Centro de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda., com vigência de 12 meses, ou seja,
entre 16 de maio de 2019 e 17 de maio de 2020, podendo ser prorrogado por mais 12 meses até
o limite de 60 meses, de acordo com os limites estabelecidos no artigo 57 da Lei Federal nº
8.666/1993. Após data de vencimento do contrato firmado, que ocorreu na data de 17 de maio de
2020, e em virtude da conclusão da licitação, foi celebrado um novo contrato em 27 de outubro de
2020, com duração de 12 meses. Ou seja, o contrato se estendeu até 27 de outubro de 2021,
quando foi novamente aditivado por mais 12 meses.
O referido contrato teve como objeto a prestação de serviços de recebimento de RCC,
classificados como resíduos Classe IIB, de acordo com a Norma ABNT NBR nº 10.004, e Classe
A – Entulho, conforme estabelecido pela Resolução CONAMA nº 307/2002 e Decreto Municipal nº
12.133/1998.
Ainda no contrato, foi estimado um quantitativo de aproximadamente 62.720 toneladas por mês de
RCC, advindos exclusivamente de coletas públicas do município de Salvador, que seriam
coletados e transportados pela Prefeitura Municipal ou por empresas terceiras, contratadas para
este fim, junto a LIMPURB.
De acordo com informações da LIMPURB, após data de vencimento do contrato firmado, que
ocorreu na data de 17 de maio de 2020, em virtude da conclusão da licitação, só foi feita
celebrado um novo contrato em 27 de outubro de 2020, com duração de 12 meses. Ou seja, o
contrato se estendeu até 27 de outubro de 2021, quando foi novamente aditivado por mais 12
meses.
Considerando a Lei Federal nº 8.666/1993, bem como que o contrato entre a Prefeitura de
Salvador e Aterro Águas Claras já conta com período de 36 meses (entre maio de 2019 e maio de
2022), as possibilidades de prestação de serviços do aterro por meio do contrato vigente se
esgotarão em maio de 2024.
O Aterro Águas Claras possui área total de 400.000m², sendo que deste total, atualmente, estão
sendo utilizados 100.000m² para disposição exclusiva de RCC, enquanto que o restante será alvo
de ampliações a serem licenciadas futuramente. De acordo com informações obtidas com o
aterro, a área em operação e das ampliações futuras somadas possuem potencial de vida útil de
mais de 20 anos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1058
Na visita técnica executada na área, verificou-se que o limite oeste do aterro se dá pela Rua
Girlan do Carmo, com os limites leste e sul por drenagens existentes e o limite norte por
propriedade vizinha, representadas por área verde sem ocupação.
O empreendimento está situado em uma antiga encosta íngreme, a qual foi preenchida pela
deposição de RCC, sendo que, a geometria atual do aterro corresponde a existência de taludes e
bermas nos setores sul e leste, oriundos da deposição de RCC e platô superior, nivelado com a
topografia original dos terrenos altos da antiga encosta.
Quanto à vegetação, os taludes do maciço existente e parte do platô superior são revestidos por
vegetação rasteira e arbustiva. No entorno imediato, existe vegetação nativa, especialmente nos
lados norte, sul e leste, onde ocorrem Áreas de Preservação Permanente (APP).
Com relação aos recursos hídricos, nos lados norte, sul e leste existem drenagens naturais, que
caminham no sentido sul, em direção ao mar.
Como equipamentos e instalações de apoio, o aterro conta com portaria, escritório, área de
convivência, 02 balanças com capacidade para 80 toneladas, usina de beneficiamento de RCC,
triturador de resíduos volumosos, área de transbordo e triagem, 01 trator, 01 escavadeira, 01
retroescavadeira, 01 caminhão caçamba, 01 caminhão poliguindaste e 01 caminhão pipa.
No âmbito da operação do aterro, no setor sul da propriedade está situado o maciço de RCC que
já foi finalizado, sendo que, a atual frente de operação do aterro se situa ao norte do maciço
supracitado.
Quanto ao fluxo de operação, assim que os caminhões carregados com RCC chegam ao aterro é
feito o controle de entrada através do sistema ATERRE, pertencente a empresa privada ZCR, a
qual é contratada pela concessionária BATTRE como imposição do contrato de concessão e
disponibilizado à LIMPURB para acompanhamento da pesagem. Em seguida, os veículos seguem
para pesagem, onde é registrada a massa de resíduos. Após estes procedimentos é feita a
descarga dos RCC na área de transbordo e, na sequência, a triagem dos materiais e o
direcionamento para os locais específicos, ou seja, unidade de beneficiamento, triturador de
volumosos ou disposição final.
A usina de beneficiamento de RCC executa a britagem do entulho recebido, gerando 05 tipos de
agregados sendo brita 01, 02, 03, 04 e pó de pedra, que podem ser utilizados em pavimentações,
asfalto e construções de, no máximo, 01 pavimento, tendo em vista que não possui qualidade
estrutural.
A referida usina tem capacidade de processamento de 40 a 60 toneladas por hora de RCC, se
tornando assim, de acordo com informações do aterro Águas Claras, como a maior do Nordeste.
Sobre os agregados gerados na usina, parte do material é devolvido para a Prefeitura de Salvador
na forma de novo contrato, parte é comercializada, gerando receita para o aterro, e outra parte
doada para comunidades.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1059
De acordo com informações fornecidas pela LIMPURB, entre maio e dezembro de 2019, a usina
de beneficiamento do Aterro Águas Claras transformou em agregado o total de 958,19 toneladas
de RCC, aplicados na construção civil. Este valor corresponde a 15% do entulho entregue no
Ecoponto Itaigara.
Com relação aos dados de recebimento de RCC no aterro Águas Claras, advindos do Município
de Salvador, a Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta as massas recebidas entre
janeiro e outubro de 2020, as quais foram registradas no sistema ATERRE.
Tabela 128. Recebimento de RCC advindos do Município de Salvador, período
janeiro/outubro 2020
MÊS PESO LÍQUIDO (t) QUANT. DE VIAGENS
Janeiro 62.008,845 5.528
Fevereiro 60.166,930 5.262
Março 59.585,690 5.311
Abril 58.117,516 5.083
Maio 60.854,505 5.478
Junho 60.189,660 5.444
Julho 62.562,318 5.529
Agosto 63.729,732 5.671
Setembro 62.349,160 5.528
Outubro* 66.303,363 5.886
MÉDIA MENSAL 61.786,77 5.472
TOTAL 617.867,71 54.720
Fonte: Águas Claras Ambiental, 2021.
*Nota: Até outubro de 2020 os quantitativos mensais apresentados referem-se ao contrato apenas do aterro
Águas Claras Ambiental (ACA).
Analisando a tabela acima verificou-se que em virtude da conclusão da licitação com a celebração
do novo contrato em 27 de outubro de 2020, mesmo com a entrada do aterro EUCAFI contrato N
047/2020, a partir dos meses de novembro e dezembro, somente foram computados nessa Erro!
Fonte de referência não encontrada. os quantitativos até outubro de 2020, conforme contrato
firmado nº 046/2020 do aterro ACA.
Outrossim, analisando por empresa, a capacidade de recebimento do aterro Águas Claras é de
37.291,62t/mês (Contrato 046/2020) e da Eucafi é de 25.950,92t/mês (Contrato 047/2020),
totalizando 3.242,54t/mês. Os dois aterros, a partir de novembro e dezembro não devem
ultrapassar a média mensal, estimada pelo contrato, aproximadamente, em 62.720,00 (sessenta e
dois mil setecentos e vinte) toneladas por mês.
O aterro possui instrumentação geotécnica instalada, correspondente a 18 marcos de superfície
instalados no maciço, monitorados três vezes por semana por meio de topografia.
Com a obtenção dos resultados do monitoramento, caso seja detectado algum deslocamento
significativo, a planilha de controle emite um alerta, que é classificado como Nível 01 até 04. E, no
caso de ocorrência de alerta, medidas necessárias são tomadas para diminuir os riscos avaliados.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1060
O aterro também executa monitoramento de emissão de ruídos, tendo em vistas a proximidade
com área residencial, mesmo o empreendimento sendo mais antigo que as residências existentes
no entorno imediato.
Na visita técnica verificou-se que o aterro também possui uma rede de 05 (cinco) poços de
monitoramento de águas subterrâneas, distribuídos pelo entorno do empreendimento, a fim de
avaliar a qualidade destas águas e se existe alguma influência da atividade do aterro que esteja
impactando a qualidade das águas subterrâneas locais.
Além das águas subterrâneas, as águas superficiais existentes no entorno do aterro também são
monitoradas, através da coleta de amostras em 07 (sete) pontos distintos e execução de análises
químicas, objetivando verificar se a atividade do aterro influencia na qualidade das águas
superficiais.
A periodicidade das amostragens e análises físico-químicas das águas subterrâneas e superficiais
é trimestral, ou seja, a cada 03 meses é executada uma campanha de monitoramento. Os
resultados das análises físico-químicas dos monitoramentos não foram disponibilizados pelo
aterro até o presente momento da revisão do diagnóstico.
Para o aterro Águas Claras não foi feito o cálculo de IQR, tendo em vista que essa metodologia é
aplicada apenas para aterros sanitários.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. até Erro! Fonte de referência não encontrada. a
seguir, ilustram os aspectos descritos.
Figura 958. Vista da fachada e portaria do aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1061
Figura 959. Detalhe da usina de beneficiamento de RCC

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 960. Detalhe dos agregados gerados após o beneficiamento

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1062
Figura 961. Vista geral do aterro.

Fonte: Águas Claras Ambiental, 2021.


É possível observar a geometria do maciço de resíduos, provida de taludes e bermas bem
consolidadas, com revestimento vegetal implantado. No lado norte, a atual frente de operação.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1063
Figura 962. Detalhe dos taludes revestidos com vegetação, das bermas, do sistema de
drenagem de águas pluviais.

Fonte: Sistema ATERRE/ Águas Claras Ambiental, 2020.

Figura 963. Balança existente no aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1064
Figura 964. Detalhe do escritório

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 965. Marco de superfície existente no aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1065
Figura 966. Detalhe do procedimento de amostragem das águas subterrâneas, em um dos
poços de monitoramento existentes no aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.5.2.2. CTR EUCAFI


O CTR, aterro Eucafi Engenharia e Consultoria Ltda. está localizado na Rua José Roberto Otoni,
1081, no bairro de Valéria, Município de Salvador, próximo da Pedreira Valéria, e se caracteriza
como um aterro de inertes, atuando também no recebimento de volumosos e Resíduos da
Construção Civil (RCC).
O empreendimento possui Licença Ambiental concedida pelo Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (INEMA), através da Portaria nº 17.007, publicada em 03 de outubro de 2018,
autorizando a supressão de vegetação nativa e o início das atividades de recebimento de
materiais inertes.
Conforme descrito em outubro de 2020, o Aterro Eucafi foi o vencedor do Lote 01 da Concorrência
Pública nº 002/2020, passando também a receber RCC e resíduos volumosos gerados no
Município de Salvador, por meio da coleta e transporte feito pela Prefeitura.
O contrato firmado entre o Aterro Eucafi e o Município de Salvador foi o nº 047/2020, através da
SEMOP e assinado no dia 27 de outubro de 2020. Informações contratuais estimam para o Lote

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1066
01 a produção mensal de aproximadamente 25.950,92 toneladas mensais durante os 36 meses
de operação e vigência do contrato.
Objetivando verificar as condições operacionais do aterro, em maio de 2021 foi feita visita técnica
na área por técnicos do Consórcio CSB, acompanhados por representante do aterro.
Na visita verificou-se que o aterro ainda é prematuro, ou seja, está no início das suas operações
com pouca quantidade de material depositado.
A área do aterro é representada por uma encosta íngreme, principalmente nos lados norte, sul e
oeste, configurando o local como uma espécie de buraco natural. No lado oeste, o limite da área
do aterro faz divisa com empresa de logística. Já ao norte com a Pedreira Valéria, enquanto que
ao leste e sul com a Avenida Dois de Julho.
Com relação à vegetação existente no interior da área, em todo o setor sul e leste, verifica-se a
ocorrência de maciços arbóreos e vegetação rasteira. No lado norte, sobre o platô existente,
confirmou-se a presença de vegetação arbórea e rasteira. E, no lado oeste, não foi verificada a
existência de vegetação.
Não foi verificada a existência de recursos hídricos no interior da área do aterro. Entretanto, no
entorno comprova-se a presença de um grande lago, ao norte, na cava de extração de rocha da
Pedreira Valéria, bem como drenagens naturais, nos lados sul, após a Avenida Dois de Julho e
leste, que corta a referida avenida. Ambas as drenagens têm seu curso no sentido norte sul.
Quanto às instalações de apoio, atualmente o aterro conta com portaria, balança e área
administrativa. E, como equipamentos, existe unidade de beneficiamento móvel de RCC, triturador
de resíduos volumosos, máquina retroescavadeira e escavadeira.
Com relação à operação, na chegada ao aterro, os caminhões são pesados sendo feito o registro
da massa de resíduos a ser disposta. Na sequência, a depender do tipo de resíduo carregado, os
caminhões se direcionam para a área de triagem onde é feita a segregação dos materiais, ou
diretamente para a frente de disposição final, onde são aterrados. Na segregação, os materiais
representados por madeiras são adicionados ao triturador, que faz o beneficiamento. Ao final, é
feito o estoque da madeira triturada em local específico da área do aterro, para posterior doação
para a cooperativa COOPERBRAVA.
Os RCC são encaminhados à unidade de beneficiamento móvel, gerando os materiais agregados
de diferentes granulometrias, que podem ser utilizados em pavimentação, asfalto e construções
de no máximo 01 pavimento, tendo em vista que não possui qualidade estrutural. Por outro lado,
foi obtida a informação que, atualmente, estes materiais beneficiados ficam estocados em local
específico do aterro, tendo em vista que não possuem destinação.
Ainda na visita verificou-se que os resíduos representados por pneus usados são devidamente
separados e doados para cooperativa com sede no município de Candeias. Porém, não foram
disponibilizadas tanto pela LIMPURB quanto pelo Aterro Eucafi os quantitativos referentes ao
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1067
recebimento dos resíduos, neste curto período de tempo que o empreendimento está em
operação.
De acordo com informações obtidas com funcionários do Aterro Eucafi, o empreendimento foi
dimensionado considerando uma vida útil de 05 anos de operação, com capacidade máxima de
2.000.000m³ de resíduos sólidos inertes. Considerando uma densidade mínima de 1,5 ton/m³ o
aterro teria capacidade de recebimento de 3.000.000 de toneladas de materiais inertes.
Sendo assim, considerando a Concorrência Pública nº 002/2020, a qual o Aterro Eucafi foi
vencedor do Lote 01, e cuja estimativa de recebimento de resíduos durante a vigência do contrato
foi de 934.233,12 toneladas, verifica-se que o aterro tem condições de absorver a demanda
estimada na concorrência pública.
Tendo em vista que no ano de 2019 a Prefeitura de Salvador coletou 761.661,85 toneladas de
RCC, considerando apenas aqueles gerados no município fossem recebidos pelo aterro, o
empreendimento teria capacidade de recebimento por quase 04 anos.
A seguir, no Erro! Fonte de referência não encontrada., seguem os quantitativos(t) recebidos pela
Eucafi no período de novembro de 2020 a novembro de 2021.
Quadro 68. Resíduos RCC recebidos no aterro EUCAFI no período de novembro de 2020 a
novembro de 2021 (t)
Resíduos Destinados a Central de Tratamento de Resíduos de Construção Civil e
Volumosos/2020
Mês Quantitativo (t)
Novembro* 26.899,60
Dezembro* 27.098,52
Total geral 1 53.998,12
Resíduos Destinados a Central de Tratamento de Resíduos de Construção Civil e
Volumosos/2021
Mês Quantitativo (t)
Janeiro 25.207,47
Fevereiro 25.294,55
Março 26.106,65
Abril 26.143,84
Maio 25.814,85
Junho 25.208,83
Julho 25.624,07
Agosto 25.336,85
Setembro 25.890,38
Outubro 25.793,98
Novembro 25.736,89
Total geral 2 282.158,36
Total geral 1+2 336.156,48

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1068
Média mensal 25.858,19
Fonte: Sistema ATERRE, 2021.
*Nota: Após assinatura do Contrato nº 047/2020 em 27 de outubro de 2020.
Analisando no Erro! Fonte de referência não encontrada., os quantitativos recebidos no aterro
EUCAFI no período de 13 meses (novembro de 2020, inclusive novembro de 2021) percebe-se
que a média mensal de 25.858,19 t/mês não foi extrapolada em relação aquela estimada em
contrato de 25.950,92t/mês.
Com relação à execução de monitoramentos geotécnicos e ambientais, atualmente o aterro não
conta com instrumentação instalada para execução destes serviços. Além disso, para o Aterro
Eucafi não foi feito o cálculo de IQR, tendo em vista que essa metodologia é aplicada apenas para
aterros sanitários.
Nas Erro! Fonte de referência não encontrada. até Erro! Fonte de referência não encontrada.
estão ilustrados os aspectos descritos.
Figura 967. Vista da fachada do aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1069
Figura 968. Balança existente no aterro

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1070
Figura 969. Detalhe da área administrativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 970. Vista da frente de deposição do aterro

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1071
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 971. Vista da frente de deposição do aterro, por outro ângulo

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1072
Figura 972. Detalhe dos materiais inertes depositados

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 973. Vista da unidade de beneficiamento móvel

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1073
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 974. Vista da retroescavadeira e triturador de madeiras, à direita da foto

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1074
Figura 975. Procedimento de segregação de resíduos volumosos

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 976. Detalhe da madeira triturada

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1075
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 977. Detalhe do RCC beneficiados

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.5.3. DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)


Atualmente, Salvador não dispõe de disposição final e/ou local específico para os Resíduos de
Serviços de Saúde (RSS) que são gerados no município.
No ano de 1999, quando da promoção da Concorrência Pública nº 004/1999 pela Secretaria
Municipal de Serviços Públicos (SESP), atual SEMOP, estava prevista a implantação e operação
de Unidade de Tratamento, com capacidade para processar 25 (vinte e cinco) toneladas por dia
de resíduos de serviços de saúde.
Entretanto, não foram emitidas as ordens de serviços para implantação da referida Unidade de
Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), tendo em vista que posteriormente à
concorrência pública estes trabalhos foram considerados como de responsabilidade do gerador.
Este cenário permanece até hoje. A coleta, o transporte e a disposição final dos RSS gerados no
Município de Salvador por empresas privadas são de inteira responsabilidade dos geradores,
sendo que o município não tem nenhuma responsabilidade quanto à execução destes serviços.
Para o gerenciamento dos serviços públicos dos RSS, nos níveis municipal e estadual serão
apresentados no item 6.9. Esses serviços, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) contratou a
empresa SP Soluções Ambientais Ltda. – EPP, por meio do 3º Termo Aditivo do Contrato nº

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1076
014/2018, para prestação de serviços de coleta, pesagem, transporte externo, tratamento e
disposição final de resíduos de serviços de saúde (RSS). Este contrato está em curso, tendo
validade até 25 de março de 2022, podendo ser renovado.
De acordo com informações da LIMPURB, atualmente as empresas transportadoras dos RSS que
estão cadastradas no órgão, e que fazem o transporte dos RSS, públicos e particulares são
Stericycle Gestão Ambiental Ltda.; RETEC Tecnologia em Resíduos Eireli; Artos 4 Soluções
Ambientais Eireli; TRRR Saneamento e Gestão Ambiental Ltda.; ULTRA Gestão Ambiental Ltda.;
Brascon Gestão Ambiental Ltda., e; SP Soluções Ambientais Ltda.
Estas empresas executam o transporte e tratamento dos RSS, que após estas etapas são
encaminhados à disposição final, sendo que, cada empresa direciona os resíduos para
determinado empreendimento, conforme descrito a seguir.
A empresa Stericycle Gestão Ambiental Ltda., executa os serviços de coleta e tratamento dos
RSS, por autoclavagem e são enviados, em seguida, ao aterro CTR Bahia Destinação de
Resíduos Ltda., que faz o rumo final.
A RETEC Tecnologia em Resíduos Eireli, realiza os serviços de coleta e tratamento dos RSS, por
autoclave e incineração, encaminhando-os posteriormente ao aterro CTR Bahia Destinação de
Resíduos, que faz a destinação final.
A Artos 4 Soluções Ambientais Eireli realiza os serviços de coleta dos RSS, conduzindo-os para
tratamento na empresa Stericycle Gestão Ambiental Ltda., e posteriormente ao aterro CTR Bahia
Destinação de Resíduos, que faz a disposição final.
A TRRR Saneamento e Gestão Ambiental Ltda. faz os serviços de coleta e tratamento dos RSS,
enviando o material ao aterro Hera Ambiental, que faz o caminho final.
A empresa ULTRA Gestão Ambiental Ltda. executa os serviços de coleta dos RSS, levando-os
para tratamento na empresa RETEC Tecnologia em Resíduos Eireli, e, posteriormente, ao aterro
Hera Ambiental, que faz a disposição final.
A empresa Brascon Gestão Ambiental Ltda., opera os serviços de coleta e tratamento dos RSS,
encaminhando-os, posteriormente, para dois aterros: CTR – PE Central de Tratamento de
Resíduos Ltda., e a ESTRE Ambiental, que fazem o curso final do processo.
A empresa SP Soluções Ambientais Ltda. faz os serviços de coleta e tratamento dos RSS,
encaminhando-os para disposição final no aterro Viva Ambiental.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir apresenta o resumo dos serviços de coleta,
tratamento e destinação final dos RSS, atualmente praticados em Salvador.
Tabela 129. Coleta, transporte e disposição final dos RSS de Salvador
EMPRESA DE UNIDADE DE
GERADORES DISPOSIÇÃO FINAL
COLETA TRATAMENTO
Serviços de saúde do Stericycle Gestão Ambiental Ltda. CTR Bahia Destinação
município de Salvador RETEC Tecnologia em Resíduos Eireli de Resíduos Ltda

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1077
EMPRESA DE UNIDADE DE
GERADORES DISPOSIÇÃO FINAL
COLETA TRATAMENTO
(públicos e particulares) Artos 4 Soluções Stericycle Gestão
Ambientais Eireli Ambiental Ltda.
TRRR Saneamento e Gestão Ambiental Ltda.
ULTRA Gestão RETEC Tecnologia em Hera Ambiental
Ambiental Ltda. Resíduos Eireli
CTR – PE Central de
Tratamento de
Brascon Gestão Ambiental Ltda.
Resíduos Ltda., e
ESTRE Ambiental
SP Soluções Ambientais Ltda. Viva Ambiental
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Considerando os cenários descritos acima, verificou- se que para os Resíduos dos Serviços de
Saúde (RSS) gerados em Salvador existe apenas uma rota tecnológica para o manejo dos RSS –
Grupo A, conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir, existindo,
porém, outra rota tecnológica para o manejo de RSS – Grupo D, que por apresentar
características similares aos resíduos domiciliares, esses são de responsabilidade municipal.

Figura 978. Rota tecnológica de manejo de RSS gerados em Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Com relação ao procedimento de tratamento dos RSS, percebe-se que são utilizados dispositivos
térmicos, do tipo autoclave, que fazem a desinfecção dos materiais, permitindo que os rejeitos
sejam depositados de maneira segura nos locais de disposição final, normalmente aterros
sanitários, considerando que as cinzas provenientes do resultado do tratamento são classificadas,
após análise e laudo como resíduo sem periculosidade. Ressalta-se que todos os equipamentos
para tratamento dos RSS estão localizados fora do município de Salvador.
Os dados do volume de geração, coleta, transporte e disposição final de RSS foram
disponibilizados pela SMS cabendo apenas a responsabilidade da LIMPURB de cadastrar as
empresas de RSS. Vale ressaltar que a LIMPURB não é responsável diretamente pela gestão de
RSS, sendo essa atribuída aos geradores de acordo com a competência de gestão de cada um
(empreendimentos privados e Secretaria Municipal de Saúde para os estabelecimentos públicos).
No entanto, a PMS/SEINFRA contratante desse Consorcio ao solicitar informações e dados sobre
o gerenciamento de RSS nos estabelecimentos públicos do Estado, através de aplicação de
questionário enviado para SESAB, via e-mail, devido a pandemia da COVID-19 não obteve êxito
nas respostas, até o momento. Vale ressaltar que mesmo não sendo competência municipal o
gerenciamento dos RSS gerados pelos estabelecimentos públicos, esfera estadual, constata-se
que a PMS não tem controle nem monitoramento através da gestão dos órgãos responsáveis pelo
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1078
planejamento e fiscalização do cadastro do veículo transportador com os devidos dados e
informações. Apesar da LIMPURB analisar e aprovar o PGRSS em qualquer esfera, assim como a
SMS, esses órgãos não possuem tais informações.
A Lei nº 12.305/2010 estabelece no seu artigo 20º o seguinte:
Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:
I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g” e “k” do
inciso I do art. 13.
No Artigo 13º alínea “g” é descrito o seguinte:
Para os efeitos desta Lei, os resíduos sólidos têm a seguinte classificação:
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme
definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e
do SNVS.
Sendo assim, os geradores dos resíduos de serviços de saúde estão sujeitos à elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Ou seja, no Município de Salvador, os RSS
gerados nos serviços públicos são alvo de coleta, transporte, tratamento e disposição final pela
cidade, através de empresa terceirizada contratada. E, aqueles gerados nos serviços privados e
nos estabelecimentos públicos do Estado, são coletados, transportados e dispostos pelos próprios
geradores.

8.5.4. . PASSIVOS AMBIENTAIS


O Município de Salvador e o Estado da Bahia não possuem normas e/ou procedimentos
específicos para o gerenciamento de áreas contaminadas, portanto adota-se como referência a
Resolução CONAMA nº 420/2009 que:
Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à
presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento
ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de
atividades antrópicas.
Desta maneira, serão abordadas as áreas e/ou locais onde são desenvolvidas atividades de
manejo de resíduos sólidos, para efeito de passivos ambientais.
Durante as visitas técnicas foram verificadas de forma visual a ocorrência de indícios ou feições
de contaminação que pudessem classificar as áreas como potenciais (AP) ou suspeitas (AS) de
contaminação.
A seguir são descritos os resultados obtidos nas áreas de interesse supracitadas.

8.5.4.1. COOPERATIVAS DE CATADORES


Durante as visitas técnicas, nas 14 (catorze) áreas existentes foram feitas observações
específicas, com ênfase na verificação de algum indício ou feição de contaminação, bem como
foram tomadas fotografias gerais e dos pontos de interesse.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir apresenta a relação das cooperativas
visitadas e as informações básicas referentes às visitas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1079
Tabela 130. Relação das cooperativas visitadas e suas informações básicas
COOPERATIVA ENDEREÇO DATA DA VISITA CONTATO
Rua Artêmio Castro
Cooperbrava Valente, S/Nº - 12/01/2021 Daiana Gomes
Canabrava
Rua da Mauritânia, 04 –
Caec 13/01/2021 João
Pirajá
Av. Octávio Mangabeira,
Cooperativa CRG 13/01/2021 Rodeval/Carlos
3319 – Boca do Rio
Rua Cônego Pereira,
Coopcicla 14/01/2021 Edson
S/Nº - Sete Portas
Rua Santos Titara, 22 -
Camapet 15/01/2021 Michele
Massaranduba
Rua Boa Esperança de
Cooperes Ilha Amarela, 84 – Ilha 15/01/2021 Elias
Amarela
Rua Araguari, 77 –
Cooperguary 15/01/2021 Edmundo/Genivaldo
Periperi
Av. Raimundo Carlos João
Coocreja 19/01/2021
Nery, 44 – Cajazeiras Paulo/Menezes
Rodovia BA 528 DERBA
Cooperlix 19/01/2021 Jaqueline
– Valéria
Rua Prof. Aloísio de
Carvalho Filho, 74 –
Cooperbari 20/01/2021 Elias
Engenho Velho de
Brotas
Fonte: LIMPURB, 2020.
Salienta-se que a cooperativa COOPSAL não foi visitada, tendo em vista que não dispõe mais de
local físico de armazenamento de resíduos, o qual anteriormente era alugado. Atualmente a
cooperativa faz a coleta dos materiais no gerador e encaminha diretamente ao comprador.
Além das Cooperativas cadastradas na LIMPURB e listadas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. foi identificada a existência de mais uma, a cooperativa CRUN. Contudo, foi
agendada a visita por duas vezes entre os técnicos do Consórcio CSB e o responsável pela
cooperativa, sendo que, em ambas, os técnicos se deslocaram até o local e não havia ninguém
para recebê-los, estando a cooperativa fechada. Sendo assim, não foi possível visitar o local.
Tentou-se comunicação com a cooperativa RECICOOP diversas vezes, via telefone, para
agendamento da visita, entretanto, sem sucesso. Em junho de 2021 foi tentado novamente o
contato com a cooperativa, onde obteve-se êxito. De acordo com as informações prestadas pela
cooperativa, o local de desenvolvimento das atividades foi modificado, e atualmente está
localizado na Travessa Sérgio Lessa, bairro Periperi, e está sendo alvo de obras de saneamento
da CONDER, impedindo o acesso ao local. Sendo assim, não foi possível realizar a visita na
cooperativa.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1080
Com relação à cooperativa CANORE, a visita técnica não foi realizada tendo em vista a grande
insegurança de acesso ao local. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a localização
das cooperativas.
Figura 979. Localização das Cooperativas Cadastradas pela LIMPURB

Fonte: SALVADOR, 2017. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.1. COOPERBRAVA

Na visita executada na área, a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 2003 e


atualmente conta com galpão coberto provido de piso de concreto, onde são armazenados e
manuseados os materiais recicláveis.
Verificou-se que alguns materiais recicláveis ficam estocados do lado de fora do galpão,
diretamente sobre o piso de concreto, em local onde não há cobertura, tendo em vista que a
cooperativa não dispõe de grande espaço físico para armazenamento dos materiais.
Com relação aos equipamentos, a cooperativa possui prensa hidráulica que não estava em
operação, além de empilhadeira movida a gás e caminhões.
Com as observações feitas na área, considerando que grande parte dos materiais recicláveis são
armazenados sobre o piso de concreto, dentro do galpão coberto, esta prática se caracteriza
como adequada.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1081
Quanto aos materiais que são armazenados fora do galpão, em área descoberta, acabam
sofrendo a incidência de águas pluviais. Esta prática representa um indício de contaminação, pois
as águas de chuva podem carrear contaminantes presentes em determinado material reciclável,
para os solos e águas subterrâneas locais.
Sendo assim, o setor de armazenamento de materiais recicláveis em área descoberta representa
Áreas Suspeitas de Contaminação (AS).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos aqui descritos.
Figura 980. Vista da entrada da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1082
Figura 981. Vista geral do galpão coberto

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 982. Detalhe da parte interna do galpão, provido de piso de concreto

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1083
Figura 983. Vista dos materiais armazenados em área descoberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1084
Figura 984. Vista de outro ponto onde os materiais ficam armazenados em área descoberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.2. CAEC

Na visita executada na área, a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 2003 e


atualmente conta com 06 galpões, providos de piso de concreto, onde são armazenados e
manuseados os materiais recicláveis.
Verificou-se que alguns materiais recicláveis ficam estocados do lado de fora dos galpões,
diretamente sobre o piso de concreto, paralelepípedos e solo natural, em locais sem cobertura.
Com relação aos equipamentos, a cooperativa possui prensas hidráulicas, empilhadeiras movidas
a gás e caminhões para transporte dos recicláveis.
Nas observações feitas na área, existem diversos tipos de resíduos recicláveis, representados por
papelões, metais e plásticos, que ficam estocados em local aberto e diretamente sobre o piso de
concreto, paralelepípedos e solo natural. E, tendo em vista que nestes locais os resíduos acabam
sofrendo incidência de águas pluviais, esta prática representa um indício de contaminação,
considerando que as águas de chuva podem carrear contaminantes presentes nos materiais
recicláveis, para os solos e águas subterrâneas locais.
Por conta disso, estes locais de armazenamento de materiais recicláveis em áreas descobertas
representam Áreas Suspeitas de Contaminação (AS).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1085
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos aqui descritos.
Figura 985. Vista da fachada da área da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1086
Figura 986. Vista interna de um dos galpões

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 987. Detalhe dos materiais estocados diretamente sobre piso de concreto.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1087
Figura 988. Detalhe dos materiais estocados em área descoberta.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 989. Detalhe dos materiais estocados em solo natural em área descoberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1088
8.5.4.1.3. COOPERATIVA CRG
Durante a visita, verificou-se que a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 2004, cujo
imóvel corresponde a um antigo hotel, de propriedade da Hotéis e Turismo Itapuã Ltda.
No local, os resíduos recicláveis são armazenados em áreas cobertas e descobertas, possuindo
piso de concreto e intertravado, respectivamente. Também foi verificado o armazenamento de
grande quantidade de materiais recicláveis, representados basicamente por madeiras, na calçada
do imóvel.
Tendo em vista o armazenamento de materiais recicláveis em área descoberta e provida de piso
intertravado, o qual possui fendas entre si, nestes locais os resíduos acabam sofrendo incidência
de águas pluviais. Esta prática representa um indício de contaminação, considerando que as
águas de chuva podem carrear contaminantes presentes nos materiais recicláveis, para os solos e
águas subterrâneas locais.
Estes locais de armazenamento de materiais recicláveis em áreas descobertas representam
Áreas Suspeitas de Contaminação (AS).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos aqui descritos.
Figura 990. Vista do Centro de formação profissional de catadores do Norte/Nordeste.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1089
Figura 991. Armazenamento de materiais recicláveis em área coberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 992. Armazenamento de materiais em área descoberta e piso intertravado

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1090
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 993. Vista de outro ângulo do armazenamento de materiais recicláveis em área
descoberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1091
Figura 994. Materiais representados por madeiras, armazenados na calçada

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.4. COOPCICLA
Na visita executada na área, a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 1996, cujo
imóvel corresponde a um galpão coberto e área lateral descoberta, ambos providos de piso de
concreto.
No local, os resíduos recicláveis são armazenados em ambas as áreas. Tendo em vista que na
área descoberta os resíduos acabam sofrendo incidência de águas pluviais, esta prática
representa um indício de contaminação, considerando que as águas de chuva podem carrear
contaminantes presentes nos materiais recicláveis, para os solos e águas subterrâneas locais.
Com isso, o local de armazenamento de materiais recicláveis em área descoberta representa Área
Suspeita de Contaminação (AS).
Não foi autorizada a tomada de fotografias nas dependências internas da cooperativa durante a
visita, sendo possível mostrar apenas a sua fachada, conforme a Erro! Fonte de referência não
encontrada..

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1092
Figura 995. Fachada da cooperativa Coopcicla

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.5. CAMAPET
A cooperativa está em funcionamento desde o ano de 1999, cujo imóvel corresponde a um galpão
coberto totalmente provido de piso de concreto.
Como equipamentos existe uma prensa hidráulica e uma balança eletrônica. Com o pouco espaço
físico, os materiais recicláveis ficam empilhados dentro do galpão, inclusive alguns ficam
estocados na calçada, onde também há cobertura.
Na visita executada na área, verificam-se algumas manchas no piso, provenientes dos materiais
armazenados, os quais representam indícios de contaminação.
Tendo em vista que o local de armazenamento dos resíduos recicláveis é totalmente coberto e
provido de piso de concreto, o local foi caracterizado como Área com Potencial de Contaminação
(AP).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos aqui descritos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1093
Figura 996. Vista da fachada da cooperativa, com materiais armazenados na calçada

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 997. Detalhe das dependências internas da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1094
Figura 998. Vista das manchas no piso, provenientes dos materiais recicláveis
armazenados

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 999. Vista da balança eletrônica, com manchas no piso ao redor

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1095
8.5.4.1.6. COOPERES
Na visita à cooperativa, verificou-se que está em funcionamento desde o ano de 2005, cujo imóvel
é representado por 07 quiosques e uma extensa área aberta.
A grande maioria dos materiais recicláveis fica armazenada na área aberta, tendo em vista que as
áreas dos quiosques, que são cobertas, não possuem espaços suficientes para armazenamento
da demanda dos resíduos recebidos.
Nesta área aberta, os materiais ficam armazenados diretamente sobre o solo natural, alguns
dentro de bags. Na visita, foi verificado todo tipo de material armazenado diretamente sobre o solo
natural.
Tendo em vista que nestes locais os resíduos acabam sofrendo incidência de águas pluviais, esta
prática representa um indício de contaminação, considerando que as águas de chuva podem
carrear contaminantes presentes nos materiais recicláveis, para os solos e águas subterrâneas
locais. Diante disso, os locais de armazenamento de materiais recicláveis em área descoberta e
diretamente sobre o solo natural se apresentam Áreas Suspeitas de Contaminação (AS).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos descritos.
Figura 1000. Vista da fachada da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1096
Figura 1001. Vista de dois galpões existentes e diversos resíduos armazenados no solo
natural.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1097
Figura 1002. Vista do armazenamento de resíduos, diretamente sobre os solos naturais

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1003. Vista de outro ponto de armazenamento de resíduos, diretamente sobre os
solos naturais

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1098
Figura 1004. Detalhe de outro local de armazenamento de resíduos, diretamente sobre os
solos naturais

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.7. COOPERGUARY

Durante visita a cooperativa, observou-se que o local está em funcionamento desde o ano de
2007, cujo imóvel é representado por galpão totalmente coberto e provido de piso de concreto.
Todos os materiais recicláveis recebidos são armazenados dentro do referido galpão, em bags
específicos, prateleiras metálicas e caçambas plásticas.
Quando da vistoria não foram verificados indícios de contaminação, sendo que o piso de concreto
estava em boas condições e não sendo observadas manchas significativas. Tendo em vista os
aspectos descritos, a área não foi classificada como potencial (AP) ou suspeita (AS) de
contaminação.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos descritos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1099
Figura 1005. Vista da fachada da área

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1100
Figura 1006. Detalhe das dependências internas do galpão, com piso de concreto em bom
estado

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1007. Vista geral das dependências internas do galpão

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1101
8.5.4.1.8. COOCREJA
Na visita executada, verificou-se que a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 2005,
cujo imóvel é representado por área coberta e descoberta.
Parte dos materiais recicláveis fica armazenada na área aberta, tendo em vista que o espaço da
área coberta não consegue absorver a demanda de resíduos recebida. Na área aberta, os
materiais ficam armazenados diretamente sobre o solo natural, alguns dentro de bags e sobre
paletes plásticos.
A área aberta dos resíduos acaba sofrendo incidência de águas pluviais. Isso representa um
indício de contaminação, considerando que as águas de chuva podem carrear contaminantes
presentes nos materiais recicláveis, para os solos e águas subterrâneas locais.
O local de armazenamento de materiais recicláveis que ocorre em área descoberta e diretamente
sobre o solo natural representa Área Suspeita de Contaminação (AS).
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram
os aspectos descritos.
Figura 1008. Vista da fachada da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1102
Figura 1009. Detalhe da área coberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1010. Detalhe da área descoberta, com o armazenamento de materiais diretamente
sobre o solo natural

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1103
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1104
8.5.4.1.9. COOPERLIX
Durante a visita, verificou-se que a cooperativa está em funcionamento desde o ano de 2007, cujo
imóvel é representado por edificação de alvenaria, provida de piso de concreto.
Tendo em vista o pouco espaço de armazenamento nas áreas cobertas, parte dos materiais
recicláveis fica armazenada em frente à edificação, em área aberta, diretamente sobre os solos
naturais.
Na área aberta, os materiais ficam armazenados diretamente sobre o solo natural, alguns dentro
de bags e outros em caçamba metálica. Tendo a área aberta, os resíduos acabam sofrendo
incidência de águas pluviais, representando um indício de contaminação, considerando que as
águas de chuva podem trazer contaminantes presentes nos materiais recicláveis, para os solos e
águas subterrâneas locais.
Assim, o local de armazenamento de materiais recicláveis que ocorre em área descoberta e
diretamente sobre o solo natural se apresenta Área Suspeita de Contaminação (AS).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos descritos.
Figura 1011. Vista da edificação existente na área da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1105
Figura 1012. Detalhe da área coberta de armazenamento de resíduos

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1013. Detalhe de outra de armazenamento de resíduos irregular

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1106
À esquerda da foto, verificam-se materiais dispostos em área aberta, diretamente sobre os solos
naturais.
Figura 1014. Vista dos materiais dispostos sobre os solos naturais e em caçamba metálica

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


8.5.4.1.10. COOPERBARI

Na visita feita na área, verificou-se que a cooperativa está em funcionamento desde o ano de
2005. O imóvel é de propriedade da Prefeitura, sendo representado por área provida de piso de
concreto e com dois espaços onde existem coberturas, além de edificação de apoio.
Na área coberta, basicamente são feitos os serviços de prensagem do material, sendo que,
aqueles recebidos e pós prensagem ficam estocados nas áreas descobertas, dentro de bags
específicos.
Verificou-se que além dos resíduos, existiam alguns veículos, aparentemente sem utilização, que
estavam estacionados no local, além do lançamento de alguns resíduos em áreas de encosta,
onde não há a impermeabilização por piso de concreto, ou seja, estes estavam dispostos
diretamente nos solos naturais.
Problema comum nos demais locais, a área aberta dos resíduos armazenados sobre o piso de
concreto e solos naturais acabam sofrendo incidência de águas pluviais. Com isso, aumenta a

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1107
possibilidade de contaminação, considerando que as águas de chuva podem carrear
contaminantes presentes nos materiais recicláveis, para os solos e águas subterrâneas locais.
Desta maneira, o local de armazenamento de materiais recicláveis que ocorre em área descoberta
e diretamente sobre o solo natural representa Área Suspeita de Contaminação (AS).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos descritos.
Figura 1015. Vista da fachada da área da cooperativa

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1108
Figura 1016. Vista da área cobertura com material espalhado

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


À direita da foto nota-se o lançamento de resíduos na encosta, onde existem solos naturais.
Figura 1017. Estoque de materiais recicláveis em área descoberta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1109
Figura 1018. Lançamento de materiais na encosta

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.5.4.2. . ECOPONTO ITAIGARA


O Ecoponto Itaigara está situado no Núcleo de Limpeza (NL) 08 e representa um local de
armazenamento de resíduos, em pequenos volumes, os quais são destinados pelos munícipes.
No Ecoponto de Itaigara são recebidos os seguintes resíduos: papel, papelão, vidro, metal,
plástico, óleo de cozinha, pneus, resíduos volumosos e entulhos de construção civil. Eles são
segregados por funcionários do Ecoponto e armazenados em locais específicos. Após a
segregação e armazenamento, parte dos resíduos é recolhida pelas cooperativas e aqueles que
não são aproveitáveis, são destinados como rejeitos pela LIMPURB para o AMC, a depender do
tipo de resíduo e os resíduos de construção civil e volumosos são transportados para a central
Eucafi.
Na visita técnica executada na área, além dos aspectos já descritos, foram verificadas as
condições ambientais do local, principalmente com relação à existência de indícios de
contaminação, oriundos da atividade desenvolvida, que pudessem caracterizar algum setor do
Ecoponto como Área com Potencial (AP) ou suspeita (AS) de Contaminação.
Sendo assim, verificou-se que o local é provido de piso de concreto, possuindo baias de
armazenamento dos resíduos, com piso também de concreto, elevado. Além das baias, parte dos
resíduos é armazenada em caçambas metálicas e plásticas, as quais ficam situadas em setor
específico do Ecoponto.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1110
Considerando os aspectos após a visita técnica não foram verificados indícios de contaminação
que pudesse classificar o Ecoponto como Área com Potencial (AP) ou suspeita (AS) de
Contaminação.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. até a Erro! Fonte de referência não encontrada.
estão ilustrados os aspectos descritos.
Figura 1019. Vista da fachada do Ecoponto Itaigara

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1111
Figura 1020. Vista das dependências do Ecoponto Itaigara

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 1021. Armazenamento de resíduos das baias e em caçambas plásticas

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1112
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 1022. Caçamba metálica para armazenamento de resíduos

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1113
Figura 1023. Detalhe de outro tipo de caçamba metálica, para armazenamento de resíduos

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1024. Armazenamento de pneus em baia provida de piso de concreto elevado

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1114
Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.5.4.3. . ESTAÇÃO DE TRANSBORDO


A Estação de Transbordo do Município de Salvador está localizada no bairro Canabrava e está
em operação desde 2001. Ela atua no recebimento e armazenamento temporário de Resíduos
Sólidos Domiciliares (RSD).
Com relação aos passivos ambientais, para verificação das condições ambientais da Estação de
Transbordo, foi feita visita técnica no local, por técnicos do Consórcio CSB, no âmbito da
verificação de algum indício de contaminação que pudesse classificar a área ou setor, como Área
com Potencial (AP) ou Suspeita (AS) de Contaminação.
Durante a visita, mostrou-se que a Estação de Transbordo possui viário interno provido de piso
asfáltico, além de áreas de apoio e galpão para armazenamento dos resíduos, o qual possui piso
de concreto, em ambos os níveis, tendo em vista que a área de armazenamento dos RSD é
elevada em relação ao piso que os caminhões de carga acessam, para serem carregados.
Na área de transbordo dos resíduos, verificou-se que grande parte do piso de concreto estava
impregnada por uma camada de restos de RSD, que se acumulam durante o tempo de operação.
O galpão é totalmente coberto e provido de exaustão, possuindo dois níveis, sendo o primeiro
elevado onde é feito o recebimento e transbordo dos RSD e o segundo, em nível mais baixo, onde
os caminhões de carga fazem o acesso e aguardam o carregamento.
No piso inferior, observou-se também uma camada de restos de RSD impregnada no piso de
concreto, bem como alguns resíduos sólidos espalhados pelo local.
Ainda na Estação de Transbordo, temos a existência de lagoa de acúmulo de chorume, construída
em alvenaria e revestida de manta PEAD, sendo que todo o chorume gerado durante o
armazenamento dos resíduos é coletado e armazenado em lagoa específica, sendo
posteriormente destinado para tratamento na CETREL.
Desta maneira, considerando os aspectos descritos, bem como a atividade de armazenamento
temporário de RSD no local, a Estação de Transbordo foi caracterizada como Área com Potencial
de Contaminação (AP).
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos aqui descritos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1115
Figura 1025. Vista da fachada da Estação de Transbordo

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1026. Vista da portaria/acesso à Estação de Transbordo

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1116
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Figura 1027. Vista da área interna do galpão de armazenamento dos RSD

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1117
Figura 1028. Vista do piso do galpão, impregnado por camada de restos de RSD

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Figura 1029. Detalhe da operação do transbordo dos RSD

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1118
Figura 1030. Vista do piso inferior do galpão com camada de restos de RSD

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 1031. Detalhe da lagoa de chorume, revestida com manta PEAD

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1119
8.5.4.4. ATERRO METROPOLITANO CENTRO (AMC)
Na visita realizada na área do Aterro Metropolitano Centro (AMC), que atua no recebimento de
todo o Resíduo Sólido Urbano (RSU) gerado em Salvador e nos municípios de Lauro Freitas e
Simões Filho, considerando os aspectos relativos aos passivos ambientais, verificou-se que o
empreendimento possui rede de poços de monitoramento de águas subterrâneas. A rede
compreende todo o entorno do maciço de resíduos e executa amostragens periódicas, para
análise química das amostras, objetivando verificar a qualidade ambiental das águas subterrâneas
locais.
A empresa Bahia Transferência e Tratamento de Resíduos (BATTRE), que atualmente faz a
operação e gerenciamento do AMC, disponibilizou os resultados dos monitoramentos das águas
subterrâneas e superficiais, através dos relatórios enviados à LIMPURB. Observa-se o cuidado da
empresa quanto ao monitoramento das águas subterrâneas e superficiais, uma vez que executa
os monitoramentos através de poços instalados coletando amostras, analisando e emitindo
relatórios mensais. Sendo que, no caso da verificação de alguma suspeita de contaminação, por
parte de descarte aleatório de resíduos entende-se que serão tomadas as devidas providências e
executados os serviços necessários para o saneamento da área/ocorrência.
O AMC se caracteriza como um aterro sanitário, operando dentro das normas vigentes e
possuindo todos os dispositivos necessários para perfeita execução da atividade de recebimento,
tratamento e destinação/disposição final dos resíduos sólidos urbanos.
Dentre os dispositivos, destacam-se a impermeabilização dos solos naturais com manta PEAD,
drenos de captação e destinação de percolados, drenos de segurança e lagoa de acúmulo de
chorume.
Na visita, além do maciço de resíduos que representa uma fonte de contaminação, foram
verificados outros três setores, relativos à oficina de manutenção e setor de lavagem de veículos,
e área do tanque aéreo de armazenamento de combustível.
Os setores da oficina e área de lavagem são representados por galpões cobertos e providos de
piso de concreto. O tanque de armazenamento aéreo de combustíveis é provido de bacia de
contenção de alvenaria.
Considerando que o armazenamento definitivo de resíduos, a oficina de manutenção, a área de
lavagem de veículos e de armazenamento de combustível representam fontes de contaminação,
estes locais foram classificados como Área com Potencial de Contaminação (AP). De qualquer
maneira, conforme descrito, já foi feita a investigação ambiental nas águas subterrâneas da área
do AMC, executando os monitoramentos periódicos das águas subterrâneas.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados estes aspectos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1120
Figura 1032. Vista da entrada e acesso ao AMC

Fonte: BATTRE, 2021.


Figura 1033. Detalhe de um dos poços de monitoramento existentes no AMC

Fonte: BATTRE, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1121
Figura 1034. Vista da oficina de manutenção de veículos

Fonte: BATTRE, 2021.

Figura 1035. Vista da área de lavagem de veículos

Fonte: BATTRE, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1122
Figura 1036. Vista da área de armazenamento de combustíveis, provida de tanque aéreo

Fonte: BATTRE, 2021.

8.5.4.5. ATERRO ÁGUAS CLARAS AMBIENTAL


O Aterro Águas Claras Ambiental (ACA) atua no recebimento de Resíduos da Construção Civil
(RCC), considerados como inertes, estando em operação desde o ano de 2016.
Embora o aterro esteja apto apenas ao recebimento de RCC e execute de forma cautelosa o
controle de recebimento e destinação final destes materiais, a atividade de armazenamento
definitivo de materiais é considerada como potencial de contaminação.
O Aterro Águas Claras se preocupa com a qualidade ambiental, especialmente das águas
subterrâneas e superficiais, e executa monitoramentos trimestrais destes recursos hídricos,
através de poços de monitoramento instalados pelo aterro e pela coleta de amostras de águas
superficiais, feita na drenagem que passa ao sul do empreendimento.
A empresa Águas Claras Ambiental, que atualmente faz a operação e gerenciamento do referido
aterro de inertes, não disponibilizou os resultados dos monitoramentos das águas subterrâneas e
superficiais locais.
Entretanto, verifica-se o cuidado da empresa quanto ao monitoramento das águas subterrâneas,
uma vez que executa os monitoramentos trimestralmente, sendo que, no caso da verificação de
alguma contaminação, entende-se que serão tomadas as devidas providências e executados os
serviços necessários para o saneamento da área/ocorrência.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1123
A área do Aterro Águas Claras é caracterizada como Área com Potencial de Contaminação (AP).
De qualquer maneira, conforme descrito, já foi feita a investigação ambiental na área do aterro,
tendo em vista que são executados os monitoramentos periódicos das águas subterrâneas e
superficiais.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir
ilustram os aspectos aqui descritos.
Figura 1037. Vista da fachada do Aterro Águas Claras

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1124
Figura 1038. Poço de monitoramento instalado no aterro Águas Claras

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

8.5.4.6. ATERRO EUCAFI


O Aterro Eucafi atua no recebimento de Resíduos da Construção Civil (RCC), considerados como
inertes, estando em operação desde o ano de 2019.
Embora o aterro esteja apto apenas ao recebimento de RCC e execute de forma cautelosa o
controle de recebimento e destinação final destes materiais, a atividade de armazenamento
definitivo de materiais é considerada como potencial de contaminação.
Durante a visita técnica verificou-se que o aterro possui diferentes frentes de operação, sendo
que, em cada uma delas existe uma unidade de beneficiamento, que agrega valor aos materiais,
posteriormente comercializados e doados para terceiros.
Na área basicamente existe uma balança de pesagem de veículos, além de edificação
representada por escritório e portaria. Nos locais de deposição de resíduos não foram verificados
sistemas de impermeabilização, sendo os materiais dispostos diretamente sobre o solo natural.
Na área também não foram identificados poços de monitoramento de águas subterrâneas.
Considerando a atividade desenvolvida no local, a área do Aterro Eucafi é caracterizada como
Área com Potencial de Contaminação (AP).
6.5.4.7. Aterro de Canabrava

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1125
A área do antigo Aterro Canabrava se localiza à margem da antiga Estrada de Canabrava,
atualmente entre as avenidas Maria Lúcia e Artêmio Castro Valente, próximo ao Estádio Manoel
Barradas, mais conhecido como Barradão.
A disposição de resíduos no local teve seu início em 1974, quando o Departamento de Limpeza
Pública de Salvador (DPLS) decidiu pela utilização de uma área situada em Canabrava, para
disposição final de resíduos, tendo em vista que as características eram totalmente favoráveis à
implantação.
Embora tenha sido projetada para uma vida útil de nove anos, a área foi utilizada para deposição
de resíduos até 1991, ou seja, 17 anos. Ainda neste ano foi selecionado outro setor na própria
área, para servir de ampliação do aterro.
Tendo em vista que a ampliação do aterro suscitou grande repercussão popular, como protestos e
reações de famílias já instaladas no entorno à época, no ano de 1992 foi elaborada uma proposta
de recuperação do então Lixão de Canabrava. A ideia era a utilização da técnica de
biorremediação, bem como projeto de aterro celular, contendo todos os dispositivos necessários,
como sistema de proteção do fundo das células, drenagem de águas pluviais, de chorume e
gases, além da compactação e cobertura diária dos resíduos depositados.
Durante quatro anos, o aterro funcionou em conformidade com o projetado, entretanto, no ano de
1995 o então Aterro Canabrava voltou a ser um grande lixão, tendo em vista os problemas
financeiros e operacionais. Nesta época, o local chegou a receber cerca de 1.000 pessoas que
exerciam atividades de catação de materiais recicláveis nos locais de disposição de resíduos.
A atividade de deposição de resíduos de maneira descontrolada encerrou apenas no ano de
1999, quando foram iniciadas as atividades de recebimento e destinação final de resíduos sólidos
urbanos no Aterro Metropolitano Centro (AMC).
Atualmente, o local conta com um grande maciço de resíduos, totalmente coberto por vegetação
existindo um campo de futebol no platô superior. Imediatamente ao leste do referido maciço, ao
lado do centro de treinamento e estacionamento do Esporte Clube Vitória, também foram
depositados resíduos, entretanto, da construção civil, RCC.
Diante das atividades de disposição descontrolada de resíduos na área do antigo Aterro
Canabrava, por um longo período, bem como o local ter voltado a operar como lixão após os
serviços de biorremediação e adequação, o espaço foi caracterizado com Área com Suspeita de
Contaminação (AS).
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a localização dos locais classificados como
Áreas com Potencial (AP) e Suspeita (AS) de Contaminação.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1126
Figura 1039. Localização dos locais classificados como Áreas com Potencial (AP) e Suspeita (AS) de Contaminação.

Fonte: SALVADOR, 2017. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1127
Assim, pode-se concluir que as Áreas com Potencial de Contaminação (AP) segundo critérios e valores
orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas da Resolução CONAMA nº
420/2009, são aquelas áreas consideradas contaminadas por substâncias em decorrência de atividades
antrópicas, no total de cinco (5) áreas, sendo localizadas três (3) nos aterros no solo, como os dois (2)
aterros de RCC, um (1) aterro de RSD (AMC) e a Estação de Transbordo, apesar dos cuidados técnicos e
ambientais além de uma cooperativa de material reciclável (CAMAPET).

8.6. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE ESTABELECIMENTOS


COMERCIAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS
De modo análogo à gestão dos resíduos da construção civil, o Município de Salvador estabeleceu
um valor máximo para que os estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,
comerciais e industriais, terminais rodoviários e aeroportuários, entre outros, exceto residenciais,
fossem considerados pequenos geradores dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) e, assim,
possuíssem os serviços de coleta, transporte e destinação final ambientalmente adequados pelo
Poder Público, através das empresas contratadas.
A Lei Municipal nº 8.473, de 27 de setembro de 2013, alterou o § 4º do artigo160º do Código
Tributário e de Rendas do Município de Salvador, que versa sobre a taxa de coleta, remoção e
destinação de resíduos sólidos domiciliares, apresentando a seguinte definição para os grandes
geradores:
§ 4º O Poder Executivo poderá estabelecer regramento específico aos grandes
geradores de resíduos sólidos, assim considerados os proprietários, possuidores
ou titulares de estabelecimentos públicos, institucionais, de prestação de serviços,
comerciais e industriais, entre outros, exceto residenciais, geradores de resíduos
sólidos em volume superior a 300 (trezentos) litros diários, em especial quanto à
obrigatoriedade de coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos
sólidos gerados (SALVADOR, 2013, p. 2-3).
Para os geradores com volume de RSU acima de 300 (trezentos) litros diários, cabia
obrigatoriedade quanto à coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos
gerados, em detrimento do pagamento da Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos
Sólidos Domiciliares (TRSD). Tais considerações foram regulamentadas pelo Decreto Municipal nº
25.316, de 12 de setembro de 2014.
Esta taxa tem como base de cálculo o custo dos serviços de coleta, remoção, tratamento e
destinação final dos resíduos domiciliares, a ser rateado entre os contribuintes, em função da área
construída, da localização e da utilização, tratando-se de prédio; da área e da localização,
tratando-se de terreno; da localização e da utilização, tratando-se de barracas de praia, bancas de
chapa e boxes de mercado. O lançamento da Taxa é procedido anualmente, em nome do
contribuinte, na forma e nos prazos regulamentares, isoladamente ou em conjunto com o Imposto
Sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU). (SALVADOR, 2006).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1128
O Decreto Municipal nº 26.916, de 16 de dezembro de 2015, alterou o Decreto n° 25.316/2014,
tornando os grandes geradores aqueles cujo volume de resíduos sólidos gerados superasse a
500 (quinhentos) litros/dia e a dispensa do pagamento da TRSD foi mantida.
Entretanto, ambos os Decretos supracitados foram revogados pelo Decreto Municipal nº 27.946,
de 18 de novembro de 2016, de modo que os serviços de coleta, transporte, tratamento e
destinação final dos resíduos sólidos gerados pelos grandes geradores passaram a ser realizados
pelo Poder Público, sendo equiparados aos demais resíduos sólidos domiciliares. Em
contrapartida, estes estabelecimentos comerciais e de serviços tiveram a obrigatoriedade do
pagamento da TRSD, não sendo adicionada nenhum tipo de cobrança diferenciada por parte da
LIMPURB pelos serviços prestados, sendo todos esses custeados pela TRSD e complementados
com recursos do Tesouro.
Atualmente, conforme Decreto nº 33.292, de 10 de dezembro de 2020, estão isentos do
pagamento da TRSD, os imóveis cujo valor venal seja inferior ou igual a R$ 107.457,59 (cento e
sete mil, quatrocentos e cinquenta e sete reais e cinquenta e nove centavos), além da não
incidência da TRSD nos seguintes estabelecimentos:
I - hospitais e escolas públicos administrados diretamente pela União, pelo
Estado ou pelo Município e respectivas autarquias e fundações;
II - hospitais, escolas, creches e orfanatos mantidos por instituições
criadas por lei, sem fins lucrativos, custeadas, predominantemente, por
repasses de recursos públicos;
III - hospitais mantidos por entidades de assistência social, sem fins
lucrativos, cuja receita preponderante seja proveniente de atendimento
pelo Sistema Único de Saúde – SUS;
IV – órgãos públicos, autarquias e fundações públicas em imóveis de
propriedade da União, Estados e Municípios.
V – órgãos públicos, autarquias e fundações públicas cedidas ou locadas
ao Município do Salvador.
VI - entidades de educação infantil e creches conveniadas com a
Prefeitura de Salvador, entidade de assistência social e associações
comunitárias, sem fins lucrativos, e que não recebam contraprestação
pelos serviços prestados (SALVADOR, 2006, p. 44).
Desse modo, a LIMPURB passou a realizar uma coleta de maneira específica para esses
empreendimentos, denominada de “Geradores de Grande Porte”, através do Consórcio Salvador
Ambiental, nesta coleta, os geradores se adequam às 20 (vinte) rotas aprovadas pelo Poder
Público, de modo a contribuir assim para a redução das pressões sobre a mobilidade urbana.
Para tanto, conforme a Erro! Fonte de referência não encontrada., foram tidos os seguintes custos
para a prestação.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1129
Tabela 131. Resumo do percentual de custo da coleta de grandes geradores
Serviço 2016 2017 2018
Coleta Grandes Geradores R$ 3.938.496,79 R$ 3.386.814,42 R$ 7.250.819,34
Percentual do Total Gasto(1) 1,3% 1,2% 2,3%
Fonte: LIMPURB, 2020.
Nota: (1) O total gasto refere-se aos custos dos serviços de coleta domiciliar, varrição manual, coleta de RCC (entulho),
serviços especiais e a coleta de grandes geradores.

A LIMPURB dispõe de um quadro com os Grandes Geradores cadastrados para coleta de


resíduos sólidos urbanos. Um total de 924 (novecentos e vinte e quatro) empreendimentos, tais
como hotéis, hospitais, centros empresariais, supermercados, shoppings centers, universidades,
escolas, entre outros estão divididos em 20 roteiros de coleta diária, apresentados no Anexo I.
Visto que não há pesagem específica no momento da coleta dos resíduos desses
empreendimentos, o quantitativo gerado está englobado no total apresentado para o Município de
Salvador no tópico 6.4.2 intitulado “Resíduos Domiciliares”.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. ilustram
o momento da coleta realizada pelo Consórcio Salvador Ambiental em supermercado localizado
no Bairro do Canela em Salvador, empreendimento caracterizado como grande gerador. Nota-se
que a coleta é realizada próxima ao abrigo externo de resíduos do empreendimento, com
obstrução parcial da via para pedestres e sem obstrução para o trânsito em geral.
Figura 1040. Veículo compactador utilizado para coleta dos Grandes Geradores

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1130
Figura 1041. Coleta de Grande Gerador no bairro do Canela, Salvador.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Os resíduos coletados, embora em roteiros específicos, possuem similaridades aos resíduos
sólidos domiciliares, e recebem a mesma destinação final, sendo dispostos no Aterro
Metropolitano Centro (AMC). Após a revogação em 2017 dos decretos referentes aos grandes
geradores, a PMS através do Consórcio Salvador Ambiental executa esse serviço.

8.7. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE


SANEAMENTO BÁSICO
Segundo Batista (2018), entre as tipologias de resíduos sólidos definidas na Lei Federal nº
12.305/10, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) (BRASIL, 2010)
estão os Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico (RSB). São resíduos gerados no
conjunto de serviços de infraestruturas e instalações operacionais de abastecimento de água,
esgotamento sanitário e drenagem, com exceção dos resíduos de limpeza urbana, uma vez que já
estão inseridos na tipologia de Resíduos Sólidos Urbanos.
Esses resíduos sólidos são caracterizados essencialmente por materiais gerados do processo de
tratamento de água e esgoto (lodos dos decantadores das Estações de Tratamento de Água
(ETA), dos sólidos grosseiros retidos nas grades, sólidos sedimentáveis removidos nos
desarenadores e lodos dos decantadores em Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), além dos
resíduos de dragagem de corpos d’água.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1131
De forma semelhante, o Manual de Orientação de Planos de Gestão de Resíduos Sólidos do
Ministério do Meio Ambiente (MMA, 2012), define Resíduos Sólidos dos Serviços de Saneamento
Básico, como:
Os resíduos gerados em atividades relacionadas às seguintes modalidades do
saneamento básico: tratamento de água e de esgoto, manutenção dos sistemas
de drenagem e manejo das águas pluviais. Os resíduos são resultantes dos
processos aplicados em Estações de Tratamento de Água (ETA) e Estações de
Tratamento de Esgoto (ETE), ambos envolvendo carga orgânica, e resíduos dos
sistemas de drenagem, com predominância de material inerte proveniente
principalmente do desassoreamento de cursos d’água (BRASIL, 2012, p. 51).
A geração dos resíduos sólidos dos serviços de saneamento básico no Município de Salvador
ocorre em toda a extensão da cidade, representadas pelas instalações operacionais de
tratamento de água e esgoto. Pode-se ainda incluir as diversas estruturas que englobam o
sistema de drenagem e manejo de águas pluviais, as quais também são passíveis de geração
desse tipo de resíduos, principalmente pelos processos de manutenção que esse sistema precisa
receber.
Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB) (Brasil, 2013), existe um gradativo
estímulo de crescimento das principais atividades geradoras dos RSB com a expansão do
saneamento básico no país, realizadas principalmente pelos prestadores de serviços que atuam
nos setores de abastecimento de água e esgotamento sanitário dos municípios brasileiros, sendo
imprescindível o conhecimento da gestão dos resíduos oriundos dessas atividades.
A situação é semelhante para o Município de Salvador, principalmente vinculado ao fato de se
tratar de uma capital, a qual apresenta constante crescimento populacional ao longo do tempo.
Portanto, com uma maior população, a demanda por consumo de água tende a aumentar, e
consequentemente existirá uma maior geração de esgoto sanitário. Tais características
direcionarão para um cenário com mais projetos de implantação dos sistemas e uma maior
quantidade gerada de resíduos sólidos dessa tipologia.

8.7.1. RESÍDUOS DAS ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA E ESGOTO


Esse tópico tem como objetivo atender às questões referentes ao gerenciamento dos resíduos
das estações de tratamento de água e esgoto, os quais fazem parte dos Resíduos de Serviço
Público de Saneamento Básico.
A responsabilidade da prestação do serviço de saneamento (em específico, água e esgoto) no
Município de Salvador é pertencente à Empresa Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), a
partir da concessão da Prefeitura Municipal, ficando a cargo do gerador a responsabilidade do
gerenciamento desses resíduos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1132
Essencialmente, os Resíduos de Serviço Público de Saneamento Básico Sólidos são aqueles
gerados nas ETE’s, ETA’s, Estações Elevatórias de Água (EEA’s), Estações Elevatórias de
Esgoto (EEE’s) e nas instalações administrativas da EMBASA.
Para as unidades pertinentes aos sistemas de esgotamento sanitário de Salvador, segundo
informações da EMBASA, os principais resíduos gerados nessas unidades são resíduos sólidos
provenientes dos sistemas de gradeamentos de sólidos grosseiros, areia dos sistemas de
desarenação, lodo (excessos de biomassa de tratamento de esgoto) e os resíduos classificados
como sólidos finos até 2mm removidos na etapa de gradeamento por meio de peneiras das
Estações de Condicionamento Prévio (ECP) Camaragibe e Jaguaribe.
Estima-se que a quantidade média de resíduos gerados (areia dos desarenadores e os resíduos
sólidos grosseiros das grades) é de aproximadamente 8.161,17 toneladas por ano.
No aspecto da frequência de coleta dos resíduos, funcionários da EMBASA relataram que os
resíduos sólidos provenientes dos serviços de limpeza das grades dos sistemas de tratamento
preliminar das estações elevatórias e de tratamento de esgoto são coletados, acondicionados e
transportados diariamente em bombonas (recipientes em PVC rígido), instaladas nas carrocerias
de veículos utilitários utilizados, até caixas estacionárias localizadas nos canteiros de obra das
empresas contratadas e nos Parques Operacionais da EMBASA.
Essas caixas estacionárias são transportadas periodicamente por empresas especializadas,
segundo informações da EMBASA, porém, não identificadas quais os tipos das especialidades
das empresas para a coleta e transporte dos resíduos até o Aterro Metropolitano Centro de
Salvador, onde é realizada a disposição final de rejeitos, considerando o recebimento e disposição
somente de rejeitos no AMC. A areia retida nos desarenadores (caixas de areia) das estações são
removidas periodicamente por equipes de manutenção e transportadas para a Estação de
Descarte de Areia, localizada em Fazenda Grande IV, que após removido o excesso de umidade
é transportada para o aterro por uma empresa especializada. O excesso de lodo gerado durante o
tratamento dos efluentes domésticos nas estações de tratamento de esgoto são coletados por
meio de caminhões de sucção do tipo Vac-all e lançados no SES Centralizado de Salvador, na
Estação de Descarte de Bonocô.
Na Estação de Condicionamento Prévio (ECP) Camaragibe, os resíduos removidos nas grades de
retenção de sólidos grosseiros são acondicionados em contêineres estacionários e removidos
diariamente por meio de caminhões compactadores do sistema municipal de limpeza urbana. Já a
areia dos desarenadores e os resíduos finos removidos pelas peneiras são acondicionados em
contêineres estacionários os quais são removidos e transportados diariamente por uma empresa
especializada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1133
Para as unidades referente a UMS (Candeias), ilustram-se no Erro! Fonte de referência não
encontrada. a seguir com os principais resíduos gerados e seu gerenciamento.
Quadro 69. Unidades de Sistema de Esgotamento Sanitário e seus principais resíduos
gerados
Unidade Principais Quantidade Coleta Transporte Destinação
Resíduos (kg/unidade)
UMS –
SES – Ilha 300 kg/dia
Hera
de Ponta Lodo e Areia Contratada
Ambiental
de Nossa
Senhora Sob demanda
UMS –
SES – Ilha 13.300
Hera
de Bom Lodo e Areia kg/dia Contratada
Ambiental
Jesus dos
Passos
Fonte: EMBASA, 2020.
Para a questão do armazenamento do lodo, a unidade de UMS contempla estruturas de leito de
secagem, com uma área de 15 m² (SES – Ilha de Ponta de Nossa Senhora) (Erro! Fonte de
referência não encontrada.) e 384 m² (SES - Ilha de Bom Jesus dos Passos).
Figura 1042. Leito de Secagem do SES da Ilha de Ponta de Nossa Senhora

Fonte: EMBASA, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1134
Para as unidades pertinentes aos sistemas de abastecimento de água, identificam-se diferentes
unidades de operação distribuídas por Salvador.
Cada unidade funciona de forma independente em relação ao gerenciamento de seus resíduos. A
UMF e UML (Unidade da Federação e Unidade Cabula, respectivamente) possuem seus resíduos
encaminhados para um canteiro com baias (Erro! Fonte de referência não encontrada.), as quais
armazenam os resíduos, não levando em conta os tipos de resíduos para algum tipo de
separação. A baia da UMF possui uma área de 30 m², enquanto a baia da UML possui dimensões
de 14m x 3m.
Figura 1043. Canteiro de baia de expurgos – UML (Cabula)

Fonte: EMBASA, 2020.


O Erro! Fonte de referência não encontrada. ilustra as informações pertinentes aos principais
resíduos gerados nas unidades de Sistema de Abastecimento de Água.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1135
Quadro 70. Unidades de Sistema de Abastecimento de Água e seus principais resíduos
gerados
Unidade Principais Quantidade
Coleta Transporte Destinação
Resíduos (kg/unidade)
Expurgo de 9.338 m³ por
UMF - pavimento dia Por Aterro
Federação Embalagem Sob demanda empresa Metropolitano
de produto 15 kg/dia contratada Centro
químico
Terra limpa
e areia 181,66
residual kg/dia
inerte –
Classe IIB
Bota fora de Coleta diária Por
construção 424,34 (exceto os empresa
civil (Classe kg/dia restos de contratada, Aterro
UMJ - Pirajá II – A e B) conexões exceto os Metropolitano
Expurgo de 121,24 metálicas e restos de Centro
pavimento kg/dia PVC que são conexões
Restos de 121,24 realizadas metálicas e
conexões kg/dia trimestralmente) PVC que
Entulho 363,72 são
kg/dia realizadas
Restos de 10 ton/dia pela própria
conexões mbasa
metálicas e
PVC
UML - Cabula Expurgo de
pavimento 7.096 kg/dia Por Aterro Sanitário
Embalagem Coleta Diária empresa de Camaçari
de produto 28,8 kg/dia contratada
químico
UMB - Embalagem
Bolandeira de produto 5,8 kg/dia Coleta Diária Por Logística Reversa
químico empresa
contratada
UMS – SAA – - Reutilização
Roçagem EMBASA
Ilha de Maré, Sob demanda Interna
Ilha de - ASCOBA e
PVC EMBASA
Paramanas, Ilha Coopermarc
de Ponta de - Aterro
Nossa Senhora Entulho Reaproveitamento
Municipal
e Ilha de Bom - Aterro Sanitário
Jesus dos Cola Contratada
SFC
Passos - Aterro Sanitário
Cerra Contratada
SFC
Embalagem
de produtos
químicos
(baldes, - Contratada Logística Reversa
sacos, bags,
bombonas,
etc)
Pilhas e -
EMBASA SAEB
baterias

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1136
Unidade Principais Quantidade
Coleta Transporte Destinação
Resíduos (kg/unidade)
- Aterro Sanitário
EPI Contratada
SFC
Recipiente
de
Hipoclorito - Sob demanda Contratada Logística Reversa
de Sódio -
Bombona
Recipiente
de
Hipoclorito - Sob demanda Contratada Logística Reversa
de Cálcio -
Balde
Fonte: EMBASA, 2020.
Analisando o transporte e a destinação final, segundo informações fornecidas pela EMBASA
constantes no Erro! Fonte de referência não encontrada., percebe-se que na UMF – Federação,
que um dos principais resíduos gerados refere-se a embalagem de produto químico que é
destinado ao AMC, assim como, na UMJ – Pirajá, destina o entulho, bota fora de construção civil
(Classe II – A) , terra limpa e areia residual inerte (Classe II- B) para o AMC, que é um aterro
sanitário para recebimento e disposição de rejeitos apenas para RSD e assemelhados.
Assim, em 2022, para dirimir dúvidas foi solicitado a EMBASA novos esclarecimentos a respeito
dessa questão os quais transcrevemos, a seguir, “os resíduos são do tipo lixo urbano, Classe IIA e
a empresa atualmente contratada para limpeza das grades dos sistemas de tratamento preliminar
das EEE e ETE de Salvador (continente), Lauro de Freitas e Simões Filho é a Metro Engenharia e
Consultoria Ltda, que acondiciona em containers da empresa responsável pela coleta e
destinação final dos resíduos sólidos. A empresa atualmente contratada responsável pela coleta,
transporte e destinação final dos resíduos sólidos é a Rotula Car Transporte Ltda”. Esclarece,
ainda, a EMBASA que “através de licitação pública, pregão eletrônico nº 75/2020, firmou contrato
nº 460016396, em 31/07/2020, com a empresa Rotula Car Transporte Ltda, ganhadora do
certame, para coleta, transporte e destinação final dos resíduos sólidos, onde se encontram os
valores aplicados. No termo de referência, documento do edital, não se instrui qual aterro a
contratada deva utilizar, pois a EMBASA entende que esta é uma negociação comercial entre a
contratada e seus prestadores de serviços. O que se é exigido é que o local de destinação final
esteja apto e licenciado para receber o resíduo gerado, bem como atendendo a legislação vigente.
É salutar esclarecer que a forma de celebração de contratos com a EMBASA é através de
licitação regulada pela Lei nº 13.303/16.”. Ressalta-se que “os veículos não estão no nome da
EMBASA e não há registros de pesagem/ticket no AMC, pois a empresa contratada não utilizou os
serviços do AMC. Os aterros, atualmente, utilizados são: Sustentare, Hera Ambiental, Solumaq,
Águas Claras e Limpec”. Esses aterros estão localizados fora do município de Salvador, conforme
Erro! Fonte de referência não encontrada., por esse motivo a LIMPURB, órgão responsável pelo
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1137
manejo de resíduos sólidos, não tem controle de pesagem e nem exerce a fiscalização local.
Posto isso, torna-se importante que a EMBASA atualize os dados, continuadamente, no
gerenciamento dos seus resíduos sólidos gerados nas unidades, desde a origem até as diversas
formas de destinação final e/ou disposição incluindo o controle de pesagem por tipo de resíduos
coletados, considerando que a responsabilidade do gerenciamento dos resíduos sólidos é do
contratante gerador.
Quantos os resíduos administrativos gerados, entende-se como características parecidas aos
Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços, mas que estão situados
em estruturas que compõem os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.
Exemplifica-se como papéis, plásticos, resto de comida, resíduos sanitários, entre outros.
Parte desses resíduos administrativos são classificados como recicláveis, coletados nas unidades
administrativas do Parque Deputado Paulo Jackson. Posteriormente, eles são doados, por meio
de parceria, para a Cooperativa de Catadores da Nova República (CANORE), localizada no bairro
de Santa Cruz.
Os resíduos recicláveis e não recicláveis são armazenados em recipientes distintos que estão
dispostos em cada sala administrativa, viabilizando posteriormente a coleta dos recicláveis por
agentes de limpeza e encaminhamentos para os colaboradores da CANORE.
Para as unidades de tratamento (ETA Vieira de Melo e Teodoro Sampaio), apresenta-se Erro!
Fonte de referência não encontrada. a seguir, com as respectivas informações do gerenciamento
de resíduos para essas unidades.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Quadro 71. Resíduos gerados nas unidades de tratamento
Existem
Existe coletores
estruturas de
seletivos? Estruturas de
armazenamento
Resíduos Und Quant. Coleta Transporte Recolhimento de armazenamento de
nos locais em
pilhas, Embalagens de resíduos? Volume
que são
produtos químicos?
gerados?
Resíduo da Cal ton/mês 6,00 Diária Empresa Cal Max SIM NÃO Armazenadas em baias
(12 m³)
Carvão ativado sacos/mês 720 ,00 Diária EMABSA SIM NÃO Não existe estrutura
BAG (Carvão Armazenado no próprio
ativado e Cal) BAG/mês 810,00 Diária EMBASA SIM NÃO galpão de recebimento
de 500 kg. (100 m²).
Vasilhame de
Permanganato Baldes/mês 240,00 Diária Empresa Reluz SIM NÃO Armazenado no próprio
(capacidade galpão (70 m²)
para 25kg)
Descarte das
amostras utilizadas Não existe estrutura, o
para análises físico- l/mês 25 Diária EMBASA SIM NÃO resíduo e descartado na
químicas pia do laboratório.
Sachê de DPD und/mês 2.400,00 Diária EMBASA SIM NÃO Cesto de lixo de 10 l.
(5 mg)
Frascos de
reagentes químicos und/mês 30,00 Diária EMBASA SIM NÃO Enviado para o laboratório
para central da EMBASA
análise (1 l)
Água das lavagens
dos filtros e EMBASA e Enviado para o emissário
descargas dos m³/mês 225.000,00 Diária Emissário SIM NÃO SE APLICA operado pela Empresa BRK
decantadores (Empresa BRK)
Lodo gerado nas
lavagens de filtros EMBASA e Enviado para o emissário
e descargas dos Ton/mês 9,5 Diária Emissário (Empresa SIM NÃO SE APLICA operado pela Empresa
decantadores BRK) BRK
Fonte: EMBASA, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1139
.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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As unidades de direcionamento ilustradas no Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
sinalizadas no Erro! Fonte de referência não encontrada. com seus respectivos endereços.
Quadro 72. Unidades de direcionamento dos resíduos e seus respectivos endereços
Unidade Endereço
Aterro Metropolitano Centro de Salvador - AMC Estrada CIA-Aeroporto, Km 6,5, s/n.
Salvador
Aterro Sanitário de Camaçari BA-535, Camaçari, referência primeira
entrada após a Pedreira Parafuso
Aterro de São Francisco do Conde – Aterro SFC KM 8 - São Francisco do Conde -BA CEP:
43900-000
Hera Ambiental Rod BA 522, Km 08 s/n Fazenda usina São
Paulo, São Francisco do Conde
SAEB 2ª Avenida do CAB, nº 200, 2º andar
PQA - Produtos Químicos Aratu LTDA.
Alameda Salvador, nº 1057, Caminho das
Logística Reversa Árvores
Ascoba: Rua Manoel Amaral, Pitangueira,
São Francisco do Conde
ASCOBA e Copermarc Copermarc: Rua Princesa Izabel, 501 -
Espaço Alpha - Camaçari/BA
Reaproveitamento Ilha de Ponta de Nossa Senhora
Embasa de Candeias/BA.
Reutilização Interna Rod. BA 523, km 0, sentido São Sebastião .o
Passé
Fonte: EMBASA, 2020.

No Brasil, a realidade da disposição final do lodo gerado nas estações de tratamento de água e
esgoto, de modo geral, está limitada ao descarte direto destes em aterros sanitários ou lixões
(MOTTA SOBRINHO et al.,2019).
Segundo Achon, Barroso e Cordeiro (2013), essa medida de descarte do lodo, sem tratamento,
não é considerada a opção mais ambientalmente adequada, uma vez que a disposição desse tipo
de resíduo com características de elevadas cargas orgânica quando realizadas de maneira
inadequada, compromete diretamente a vida útil das células no aterro, ou no caso dos lixões (os
quais não apresentam estruturas de proteção do solo), acaba contaminando o solo e recursos
hídricos, comprometendo ainda mais com o problema do manejo dos resíduos urbanos.
Atualmente, já existem inovações tecnológicas que buscam minimizar essas questões associadas
à disposição final do lodo gerado sem tratamento em aterros sanitários ou lixões. Essas
tecnologias visam essencialmente utilizar o lodo como matéria-prima, e consequentemente,
demandam um menor volume de lodo a ser dispostos no aterro sanitário, influenciando
diretamente na eficiência de operação da estrutura e prolongando a vida útil das células.
Destaca-se a tecnologia utilizada para aproveitamento do lodo como matéria-prima para
fabricação de tijolos, apresentada nos trabalhos de Lins, Ferreira e Lins (2019) e Soares Júnior, et
al. (2015), os quais utilizaram respectivamente o lodo produzido das estações de tratamento de

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esgoto do bairro do Cabanga, que fica na Região Metropolitana do Recife, e para ETE Santana,
localizada no município de Ipanema, em Alagoas.
Outro exemplo de tecnologia de reaproveitamento dos resíduos dos serviços de saneamento
consiste na geração de biogás a partir do lodo, juntamente com outros tipos de resíduos sólidos,
como resíduos de podas de árvores e jardins, juntamente com resíduos orgânicos, conforme
apresentado nos estudos de Lima (2015) e Flores (2019), os quais utilizaram respectivamente o
lodo produzido das estações de tratamento de esgoto Mangueira, localizada na Zona Oeste do
Recife, e a ETE de São João Navegantes, em Porto Alegre/RS.

8.7.2. RESÍDUOS DO SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL


Para esse tópico, tem-se como objetivo atender às questões referentes ao gerenciamento dos
resíduos do sistema de drenagem pluvial, os quais fazem parte dos resíduos de serviço público de
saneamento básico. Inclui-se nessa categoria os resíduos associados à manutenção dos sistemas
de drenagem e manejo das águas pluviais, bem como os resíduos dos sistemas de dragagem
(principalmente materiais inertes do desassoreamento de cursos d’água).
A prestação do serviço de manutenção dos sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais
em Salvador está sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Manutenção da Cidade
(SEMAN), cabendo a essa as ações de limpeza e manutenção nos sistemas de drenagem.
Segundo funcionários da SEMAN, o município não dispõe de mapas georreferenciados ou
cadastros que ilustrem aspectos como as redes de drenagem ou pontos de risco (alagamentos,
transbordamentos, desabamentos), de modo a inviabilizar possíveis representações geográficas
que as ilustrem e identifiquem. Por essa ausência de registros, torna-se inviável a aferição do
índice de cobertura do sistema de drenagem da cidade.
A secretaria em questão baseia-se nas chamadas “memórias vivas”, ou seja, se vale do
conhecimento e experiência adquirida por seu corpo técnico.
Segundo a SEMAN, o serviço de limpeza e desobstrução das obras d’arte (“bocas de lobo”, valas
de canais e canaletas) é realizado de forma periódica apenas em lugares estratégicos, uma vez
que existe uma limitação de recursos, priorizando assim os corredores de tráfego e as avenidas
de vale para manutenção rotineira. Esses serviços embora sejam executados durante todo o ano,
são intensificados no período chuvoso, quando é decretada a operação chuva, sob coordenação
da Defesa Civil.
Ainda como atribuição da Secretaria destaca-se também o serviço de dragagem dos canais,
córregos e rios, sendo uma atividade realizada de forma frequente. A medida busca atender as
condições mínimas para o funcionamento adequado do sistema de macrodrenagem da cidade,
evitando e/ou minimizando possíveis danos à população nos períodos de chuvas intensas.

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1142
A retirada de materiais em corpos hídricos (dragagem) é realizada com equipamentos de grande
porte (escavadeiras hidráulicas, retroescavadeiras, pás carregadeiras e caçambas), bem como
realizadas de maneira manual. A Erro! Fonte de referência não encontrada. ilustra o processo de
dragagem com equipamento de grande porte.
Figura 1044. Retirada de materiais em corpo hídrico (dragagem)

Fonte: SEMAN, 2021.


A limpeza e desobstrução dos sistemas de micro e macrodrenagem do município é
responsabilidade exclusiva da SEMAN. Estas ações são executadas, sobretudo por meio de
empresas contratadas para tal finalidade. Entretanto, a Secretaria também dispõe em seu quadro
funcional de cerca de 200 profissionais que atuam na manutenção da drenagem da cidade,
incluindo serventes, pedreiros, encarregados e engenheiros.
Cabe salientar que parte dos profissionais que compõem o quadro efetivo da Secretaria
apresenta idade avançada, o que impõe limitações e baixa produtividade. Além disso, alguns se
encontram em processo de aposentadoria.
Em relação às empresas contratadas, a SEMAN informou que dispõe, em alguns casos, de
estratégias de contratação em blocos, a exemplo do contrato de manutenção que foi dividido em
4 lotes conforme divisão espacial das Prefeituras-Bairro.
Contudo, essa divisão não considera as limitações das bacias de drenagem. O critério foi a
capacidade de atendimento às demandas em relação à velocidade de respostas às solicitações.
Segundo relatos de funcionários, é possível encontrar diversos tipos de resíduos nas atividades
desempenhadas por essa secretaria, principalmente nos dispositivos, canais que compõem a
rede de macrodrenagem e redes coletoras, que integram o sistema de microdrenagem.

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1143
A coleta desses resíduos ocorre diariamente, conforme execução dos serviços de desobstrução
e dragagem. Estima-se que seja coletado entre 100.000 (cem mil) a 130.000 (cento e trinta mil)
m³ por ano de resíduos no sistema de drenagem pluvial do município.
Quanto à destinação final desses resíduos, destaca-se que as empresas contratadas são
responsáveis pela destinação final dos resíduos em locais ambientalmente adequados, conforme
previsto em contrato.
Os principais materiais retirados das caixas coletoras são materiais sedimentáveis como areia e
solos argilosos, e resíduos sólidos de diversas naturezas, a exemplo de garrafas plásticas, sacos
plásticos, copos descartáveis, entulhos de obras, esgoto sanitário, resto de vegetais (folhas e
galhos), dentre outros, conforme ilustrado na Erro! Fonte de referência não encontrada. e na
Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Figura 1045. Resíduos Sólidos nas estruturas de drenagem pluvial

Fonte: SEMAN, 2021.

NOTA: 2a) Caixa de Sarjeta na Avenida Luiz Tarquínio – Boa Viagem; 2b) Rua Manoel Bonfim – São Marcos; 2c) Avenida Luiz Maria –
Uruguai; 2d) Dique do Tororó – Sentido Lapa.

Figura 1046. Resíduos na Rua do Cabeça, centro de Salvador.

Fonte: SEMAN, 2021

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Ressalta-se que o bom gerenciamento dos resíduos deste sistema evitará diretamente possíveis
problemas na estrutura de drenagem urbana, considerando que o gerenciamento dos resíduos
sólidos possui um grande grau de influência com a questão do sistema de drenagem de águas
pluviais, principalmente quando vinculados com seus principais problemas.
Uma vez que o serviço de manejo de resíduos sólidos e limpeza urbana esteja funcionando de
forma eficiente, menores serão os eventos indesejados de formação de enchentes, por exemplo.
Isso se deve ao fato de que a probabilidade de eventos tende a diminuir com a erradicação de
algumas das causas promotoras dessa situação.
Em sua grande maioria, esses eventos são causados, ou acentuados, pela interferência do
escoamento das águas pluviais dos cursos d’água naturais e artificiais, sobretudo devido ao
descarte inadequado de resíduos nessas estruturas de recebimento e transporte de águas
pluviais. Esse descarte, aliado ao depósito de materiais inertes oriundo do desassoreamento e a
falta proteção dos canais e de manutenção periódica leva a obstrução e ao comprometimento do
funcionamento dessas estruturas, aumentando a chance de eventos de inundação.

8.8. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS


A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define os Resíduos Sólidos Industriais (RSI)
como aqueles gerados nos processos produtivos de instalações industriais, estando os geradores
desses resíduos, conforme o artigo 20º, sujeitos à elaboração de Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (BRASIL, 2010).
No tocante aos resíduos sólidos industriais, a PNRS estabelece exigências para o setor produtivo.
O adequado gerenciamento dos RSI concilia a expansão da atividade econômica com os
benefícios ambientais, visto que a Lei nº 12.305/2010 obriga estes empreendedores a
estabelecerem estratégias de redução, reuso e reciclagem dos seus resíduos, reconhecendo o
seu valor econômico e incentivando a possibilidade de integração das indústrias com as
cooperativas de catadores de materiais reciclados.
Para tanto, estes resíduos precisam ser mapeados e classificados. Durante o processamento
industrial, a depender da tipologia observada, podem ser gerados RSI de três tipos, se
considerada Norma Brasileira — NBR nº 10.004/2004, a saber:

• Como resíduo de Classe I, por conferir periculosidade, em função de suas propriedades


físicas, químicas ou infectocontagiosas, à saúde pública e ao meio ambiente, dado a
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e ou patogenicidade de seus
componentes;

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1147
• Como resíduo de Classe II - A (não inertes), quando embora não perigosos, apresentam
propriedades, tais como: biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água;
• Como resíduo de Classe II - B (inertes), quando não perigosos e não possuem nenhum de
seus constituintes solubilizados, mesmo quando submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou deionizada, à temperatura ambiente.
Visando o controle desses resíduos industriais, o CONAMA, através da Resolução nº 313, de 29
de outubro de 2002, estabelece como necessária a realização de um inventário dos resíduos
industriais gerados no País. Assim, o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais é
composto por informações que delimitam toda a gestão dos RSI, desde a geração até os
processos de recuperação e disposição final, sendo estes definidos da seguinte forma:
Os resíduos sólidos industriais são todos os resultantes de atividades industriais e
que se encontrem nos estados sólido, semissólido, gasoso - quando contidos, e
líquido - cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública
de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam para isso soluções técnica ou
economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água e aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição
(BRASIL, 2002).
Assim, a partir da publicação da Resolução supracitada, indústrias de algumas tipologias previstas
na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), estabelecida pela Comissão
Nacional de Classificação (CONCLA), são obrigadas a registrar mensalmente e manter na
unidade industrial, bem como a apresentar aos órgãos estaduais de meio ambiente as
informações sobre geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus
resíduos sólidos.

O Erro! Fonte de referência não encontrada. discrimina as tipologias obrigatórias mencionadas,


trazendo a atualização das subclasses do CNAE, da Resolução CONCLA nº 7, de 16 de
dezembro de 2002, pertinente à data de publicação da Resolução CONAMA nº 313/02, para a
Resolução CONCLA nº 2, de 25 de junho de 2010, última versão (CONCLA, 2021).
Quadro 73. Tipologias industriais sob a Resolução CONAMA nº 313/02
Resolução Concla Resolução Concla
Tipologia da indústria/atividade nº 7 de 16/12/02 nº 2 de 25/06/10
Seção Divisão Seção Divisão
Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro,
D 19 C 15
artigos de viagem e calçados.
Fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de
D 23 C 19
combustíveis nucleares e produção de álcool.
Fabricação de produtos químicos. D 24 C 20
Metalurgia básica. D 27 C 24
Fabricação de produtos de metal, excluindo máquinas e
D 28 C 25
equipamentos.
Fabricação de máquinas e equipamentos D 29 C 28
Fabricação de máquinas para escritório e equipamentos
D 30 C 26
de informática

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Resolução Concla Resolução Concla
Tipologia da indústria/atividade nº 7 de 16/12/02 nº 2 de 25/06/10
Seção Divisão Seção Divisão
Fabricação e montagem de veículos automotores,
D 34 C 29
reboques e carrocerias
Fabricação de outros equipamentos de transporte D 35 C 30
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
O órgão estadual de meio ambiente pode incluir outras tipologias industriais, além das
apresentadas acima, bem como limitar o universo de indústrias a serem inventariadas priorizando
os maiores geradores de resíduos, de acordo com as especificidades e características de cada
estado. Todas as informações obtidas acerca dos RSI devem ser repassadas ao IBAMA.
Embora o Estado da Bahia não disponha atualmente de um Inventário Estadual de Resíduos
Sólidos Industriais, o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), órgão de meio
ambiente estadual, coloca como condicionado à obtenção da licença ambiental, dos
empreendimentos sob a sua competência, a apresentação de Estudos de Médio e Pequeno
Impacto para Indústrias, nos quais, o conteúdo mínimo para resíduos sólidos deve abordar os
seguintes aspectos:
• Relacionar todos os pontos de origem de resíduos sólidos no(s) processo(s) de fabricação,
quantificando diariamente ou mensalmente em “kg” ou “t”;
• Informar a composição e suas características físico-químicas;
• Apresentar uma descrição detalhada do sistema de coleta, transporte, tratamento e
disposição final dos resíduos sólidos industriais e dos demais resíduos de outras áreas da
fábrica (lixo doméstico), considerando a ordem de prioridade para a gestão e
gerenciamento de resíduos sólidos, qual seja: não geração, redução, reutilização,
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada
dos rejeitos.
A avaliação do PGRS é feita pelo técnico responsável pela análise do processo de licenciamento
ambiental. E a Diretoria de Fiscalização (DIFIS) é responsável pela verificação do atendimento
dos condicionantes das licenças ambientais.
Conforme consulta no sítio eletrônico da Gestão Ambiental Compartilhada (GAC) da Secretaria de
Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMA), Salvador possui capacidade nível 3 para realizar o
licenciamento ambiental de impacto local. Sendo assim os empreendimentos listados na
Resolução CEPRAM nº 4579/2018, que dispõe sobre as atividades de impacto local de
competência dos municípios, são controlados, fiscalizados e licenciados pelo Município, através
da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR). Para as indústrias, o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) deve ser juntado aos demais documentos
requeridos de modo a proceder com a obtenção da licença.

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Empreendimentos industriais que não atenderem aos critérios estabelecidos e não constarem na
Resolução CEPRAM nº 4579/2018, devem requerer a regularização do seu licenciamento
ambiental junto ao INEMA.
De acordo com a Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (PMMS),
instituída pela Lei nº 8.915, de 25 de setembro de 2015, é de responsabilidade dos
empreendimentos industriais proceder de forma adequada ao manejo dos seus resíduos, devendo
adequar-se às exigências do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
(PMGIRS). Segundo a PNRS (2010), visto que o gerador é o responsável pelo tratamento e pela
destinação final dos resíduos, cabe a ele optar pelo formato de tratamento, atribuindo este papel
por si próprio, através de tratamento interno, ou contratar serviços de empresas especializadas,
tratamento externo. Desse modo, ratifica-se que a responsabilidade pela coleta, transporte,
tratamento e destinação/disposição final é inteiramente do gerador.
Os resíduos gerados por esses empreendimentos, de Classe II - A, cuja origem se assemelhe à
dos resíduos sólidos domiciliares, sem periculosidade, de acordo com o artigo 13º da PNRS,
podem ser coletados pelos serviços municipais de limpeza urbana e/ou coleta de resíduos sólidos
e ter o mesmo destino final que os resíduos sólidos urbanos.
Desse modo, a LIMPURB pode vir a se responsabilizar pela coleta, transporte e disposição final
dos resíduos sólidos industriais que se assemelhem aos domiciliares. Para tanto, caberá o
pagamento Taxa de Coleta, Remoção e Destinação de Resíduos Sólidos Domiciliares (TRSD),
isoladamente ou em conjunto com o Imposto Sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU),
conforme estabelecido pelo Código Tributário e de Rendas do Município de Salvador, através da
Lei nº 7.186, de 27 de dezembro de 2006.
Até o pleno desenvolvimento deste Produto F1, a SEDUR, responsável pelo licenciamento de
empreendimentos industriais de impacto local, não informou se dispõe de cadastro desses
empreendimentos, bem como de mecanismos de controle quanto à geração de resíduos e
potencialidade de impactos. Dada a ausência de resposta, não foi possível concluir sobre a
fragilidade do sistema, porém, pode-se concluir que o planejamento, o monitoramento e a
integração dos órgãos de fiscalização são inoperantes.
Cabe salientar que ainda que o poder público especifique os padrões de qualidade no
gerenciamento de resíduos, quem o está controlando na prática é o próprio gerador, na condição
de executor ou contratante. Assim, quando os órgãos públicos sequer possuem mecanismos de
cadastro e controle desses empreendimentos, tampouco cumprem com a obrigatoriedade de
fiscalizar este gerenciamento, a situação torna-se preocupante, visto que a qualidade dos serviços
de tratamento de resíduos não afeta diretamente a qualidade do produto do gerador,
possibilitando ao mesmo cumprir ou não com o preconizado em lei.

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1150
O INEMA conta com Unidades Regionais em todo o Estado da Bahia, sendo estas unidades
dirigidas pela Coordenação de Gestão Descentralizada (CGDIS), subordinada à Diretoria Geral
(DIREG). As unidades regionais possuem técnicos que analisam processos de licenciamento
ambiental, além de realizarem: a) O atendimento de emergências ambientais e denúncias
envolvendo danos ambientais; b) Operações conjuntas de fiscalização com outros órgãos e
entidades públicas; e c) Inspeções rotineiras de verificação do atendimento de condicionantes.
O Município de Salvador, mesmo sem possuir uma grande planta industrial, respondeu por cerca
de 15% do PIB Industrial do Estado da Bahia, ocupando a segunda posição no ranking estadual
(IBGE, 2021). Conforme os dados fornecidos pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), tendo como base o número de empregados, quando agrupados esses empreendimentos
pelo porte, as microempresas (ME) representam cerca de 71% das indústrias instaladas em
Salvador, enquanto as grandes empresas apenas cerca de 2%, conforme Erro! Fonte de
referência não encontrada.. Entretanto, cabe pontuar que o porte de um determinado
empreendimento não implica ser diretamente proporcional à magnitude dos impactos ambientais
adversos, provenientes das suas atividades e processos, tal quando observada ineficiente gestão
dos resíduos sólidos industriais.
Tabela 132. Definição do porte das indústrias do Município de Salvador, segundo o número
de empregados
Porte Indústria(¹) Quantidade
Microempresa (ME) Até 19 pessoas ocupadas 1039
Empresa de Pequeno Porte (EPP) De 20 a 99 pessoas ocupadas 314
Empresa de médio porte De 100 a 499 pessoas ocupadas 85
Grandes empresas Acima de 500 pessoas ocupadas 23
Total 1461
Fonte: SEBRAE, 2006. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: (1) Classificação fornecida pelo SEBRAE, em que as mesmas delimitações de porte foram utilizadas para o setor da
construção.

Tal significância está mais diretamente relacionada com a tipologia da atividade desenvolvida por
esses empreendimentos. Assim, quando agrupadas pela sua Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE), para o Município de Salvador (Erro! Fonte de referência não encontrada.),
as indústrias de transformação (Seção C) representam a maior parcela, com cerca de 71%,
seguidas pelas de construção (Seção F), com 24,3%, e pelas envolvidas na prestação dos
serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e na gestão de resíduos e
descontaminação (Seção E), com 2,26%. Cada seção será abordada em seguida.

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Figura 1047. Porcentagem de Indústrias do Município de Salvador por Seção do CNAE

Fonte: CONCLA, 2021 e FIEB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

A seguir serão descritas cada seção apresentada na Erro! Fonte de referência não encontrada..

SEÇÃO B - INDÚSTRIAS EXTRATIVAS


As indústrias compreendidas nessa seção estão relacionadas com atividades de extração de
minerais em estado natural: sólidos (carvão e outros minérios), líquidos (petróleo cru) e gasosos
(gás natural), que podem ser realizadas em minas subterrâneas, a céu aberto ou em poços. Inclui
as atividades complementares de beneficiamento associado à extração, realizadas principalmente
para melhorar a qualidade do produto e facilitar a comercialização, desde que o beneficiamento
não altere as características físicas ou químicas dos minerais (CONCLA, 2021).
No Município de Salvador existem empreendimentos industriais do ramo extrativista que podem
ser divididos em 04 (quatro) grupos, de acordo com os minerais extraídos, conforme mostra o
Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 74. Descrição dos empreendimentos industriais da Seção B do Município de
Salvador
Divisão CNAE Descrição Quantidade
B06 B0600001 Extração de petróleo e gás natural 02
B07 B0710301 Extração de minério de ferro 01
B08 B0810099 Extração e britamento de pedras e outros 05
materiais para construção e beneficiamento
associado
B09 B0990403 Atividades de apoio à extração de minerais não- 01
metálicos

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Divisão CNAE Descrição Quantidade
Total 09
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Para as indústrias de extração de petróleo e gás natural, apenas as suas sedes administrativas
estão instaladas em Salvador, não produzindo resíduos industriais associados à sua atividade fim
que coubessem nessa análise. As indústrias compreendidas nas Divisões B07 e B08 terão seus
resíduos analisados no tópico de Resíduos de Mineração, dada a interseção da tipologia do
empreendimento com o detalhamento dos seus resíduos.
De modo semelhante às indústrias de exploração de petróleo e gás natural, o empreendimento da
Divisão B09 apenas realiza atividades administrativas, não sendo gerador de resíduos industriais
dentro do espaço geográfico do Município de Salvador.

SEÇÃO C - INDÚSTRIAS DE TRANSFORMAÇÃO

Compreende as atividades que envolvem a transformação física, química e biológica de insumos


produzidos nas atividades agrícolas, florestais, de mineração, da pesca e produtos de outras
atividades industriais com a finalidade de se obterem produtos novos. Além da transformação, a
renovação e a reconstituição também são consideradas atividades industriais, assim como a
produção manual e artesanal, inclusive quando desenvolvida em domicílios, e a venda direta ao
consumidor de produtos de produção própria, como, por exemplo, os ateliês de costura (CONCLA,
2021).

Em geral, o resultado das indústrias de transformação é o bem tangível. Algumas atividades de


serviços são também incluídas no seu âmbito, tais como os serviços industriais, a montagem de
componentes de produtos industriais, a instalação de máquinas e equipamentos e os serviços de
manutenção e reparação. A distribuição dos empreendimentos da Seção C, para o Município de
Salvador, é apresentada no Erro! Fonte de referência não encontrada..
De um modo geral, considerando a Divisão C10 - Fabricação de produtos alimentícios, que
representa aproximadamente 22% dos empreendimentos industriais da Seção C, os
estabelecimentos de abate e fabricação de produtos de carne requerem atenção devido aos seus
resíduos sólidos e líquidos, tais como sangue, urina, fezes, carcaça, peles e gorduras, os quais
não devem ser dispostos no meio ambiente sem tratamento adequado.
Segundo Pacheco (2008), entre os principais efluentes líquidos envolvidos nos processos de um
frigorífico contém alto teor de matéria orgânica, principalmente devido ao sangue dos animais.
Fragmentos de carne, de gorduras e de vísceras normalmente podem ser encontrados nos
efluentes, bem como as substâncias derivadas dos detergentes e sanitizantes provenientes das
operações de limpeza e sanitização. Para tanto, o tratamento desses efluentes é requerido.

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Quanto aos resíduos sólidos considerados e que devem ser adequadamente gerenciados para
minimizar seus possíveis impactos ambientais estão os resíduos da estação de tratamento de
efluentes líquidos, as cinzas das caldeiras, os resíduos de manutenção: solventes e óleos
lubrificantes usados e outros provenientes de embalagens, insumos e produtos danificados ou
rejeitados e pallets, das áreas administrativas.
Para as divisões C13 - Fabricação de produtos têxteis e C14- Confecção de artigos do vestuário e
acessórios, que representam respectivamente 3% e 14,4% dos empreendimentos industriais da
Seção C, seus resíduos são compostos de fibras têxteis, podendo ser de origem natural, quando
são extraídas na natureza, bem como de origem artificial, quando são manufaturadas podendo ser
de polímeros naturais e ou sintéticos. Assim, tais fibras, quando contém o petróleo em suas
composições são de difícil biodegradabilidade, precisando de tecnologias integradas (Kuasne,
2008).
A Divisão C15 - Preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e
calçados, embora represente menos de 1% dos empreendimentos industriais da Seção C,
merecem destaque considerando que os resíduos de couro são compostos de elementos não
degradáveis, como o cromo, que possuem potencial de contaminação tanto do solo quanto dos
lençóis freáticos (Mattos et al., 2009). Segundo Riehl (2015), com base na classificação da NBR
nº 10.004, os resíduos provenientes de aparas de couro ao cromo, pó de couro, materiais de
varrição de fábrica, sapatos com defeito entre outro são considerados como resíduos classe 01 -
perigosos; na classe 02 - não perigosos, por sua vez estão inclusos os restos de EVA (poliacetato
de etileno vinil), aparas de couro atanado, borracha, papelão, palmilhas etc.
Dada a variabilidade de divisões e seus consequentes produtos e subprodutos gerados, uma
análise a partir dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, condicionante do processo de
licenciamento desses empreendimentos, seria fundamental para compreender os seus processos
e resíduos gerados, sobretudo quantificar a geração dos resíduos sólidos industriais no Município
de Salvador e identificar os meios de tratamento, destinação e disposição final.

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Quadro 75. Empreendimentos industriais da Seção C no Munícipio de Salvador
Divisão Grupo Descrição Quantidade
10.1 Abate e fabricação de produtos de carne 08
10.2 Preservação do pescado e fabricação de produtos do pescado 01
10.3 Fabricação de conservas de frutas, legumes e outros vegetais 05
10.5 Laticínios 22
C10 - Fabricação de produtos 10.6 Moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais 05
alimentícios 10.7 Fabricação e refino de açúcar 01
10.8 Torrefação e moagem de café 01
Fabricação de outros produtos alimentícios: de padaria e confeitaria; de panificação
industrial; de derivados de cacau e chocolate; de massas alimentícias, de molhos,
10.9 181
temperos e condimentos; de alimentos e pratos prontos; de gelo e de outros não
especificados anteriormente
Subtotal 224
13.1 Preparação e fiação de fibras têxteis 02
C13 - Fabricação de produtos
13.4 Acabamentos em fios, tecidos e artefatos têxteis 11
têxteis
13.5 Fabricação de artefatos têxteis, exceto vestuário 18
Subtotal 31
C14 - Confecção de artigos do 14.1 Confecção de artigos do vestuário e acessórios 147
vestuário e acessórios 14.2 Fabricação de artigos de malharia e tricotagem 01
Subtotal 148
C15 - Preparação de couros e 15.2 Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 07
fabricação de artefatos de
couro, artigos para viagem e 15.3 Fabricação de calçados 03
calçados
Subtotal 10
C16 - Fabricação de produtos
16.2 Fabricação de produtos de madeira, cortiça e material trançado, exceto móveis 15
de madeira
Subtotal 15
C17 - Fabricação de celulose, 17.1 Fabricação de celulose e outras pastas para a fabricação de papel 01
papel e produtos de papel 17.3 Fabricação de embalagens de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado 03

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1155
Divisão Grupo Descrição Quantidade
17.4 Fabricação de produtos diversos de papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado 03
Subtotal 07
18.1 Atividade de impressão 70
C18 - Impressão e reprodução
18.2 Serviços de pré-impressão e acabamentos gráficos 29
de gravações
18.3 Reprodução de materiais gravados em qualquer suporte 01
Subtotal 100
20.1 Fabricação de produtos químicos inorgânicos 01
20.5 Fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários 01
C20 - Fabricação de produtos Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de
20.6 13
químicos perfumaria e de higiene pessoal
20.7 Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes, lacas e produtos afins 03
20.9 Fabricação de produtos e preparados químicos diversos 01
Subtotal 19
C22 - Fabricação de produtos 22.1 Fabricação de produtos de borracha 08
de borracha e de material
plástico 22.2 Fabricação de produtos de material plástico 30
Subtotal 38
23.1 Fabricação de vidro e de produtos do vidro 06
C23 - Fabricação de produtos 23.2 Fabricação de cimento 01
de minerais não-metálicos 23.3 Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes 14
23.9 Aparelhamento de pedras e fabricação de outros produtos de minerais não-metálicos 24
Subtotal 45
24.2 Metalurgia 01
C24 - Metalurgia
24.5 Siderurgia 02
Subtotal 03
C25 - Fabricação de produtos 25.1 Fabricação de estruturas metálicas e obras de caldeiraria pesada 49
de metal, exceto máquinas e 25.2 Forjaria, estamparia, metalurgia do pó e serviços de tratamento de metais 21
equipamentos 25.4 Fabricação de artigos de cutelaria, de serralheria e ferramentas 11

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1156
Divisão Grupo Descrição Quantidade
25.9 Fabricação de produtos de metal não especificados anteriormente 11
Subtotal 92
26.1 Fabricação de componentes eletrônicos 02
C26 - Fabricação de 26.2 Fabricação de equipamentos de informática e periféricos 01
equipamentos de informática, Fabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gravação e amplificação de áudio e
produtos eletrônicos e 26.4 01
vídeo
ópticos Fabricação de aparelhos e instrumentos de medida, teste e controle; cronômetros e
26.5 03
relógios
Subtotal 07
27.1 Fabricação de geradores, transformadores e motores elétricos 01
C27 - Fabricação de 27.3 Fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica 08
máquinas, aparelhos e
materiais elétricos 27.4 Fabricação de lâmpadas e outros equipamentos de iluminação 01
27.9 Fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente 03
Subtotal 13
28.2 Fabricação de máquinas e equipamentos de uso geral 02
C28 - Fabricação de máquinas
28.5 Fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e na construção 03
e equipamentos
28.6 Fabricação de máquinas e equipamentos de uso industrial específico 01
Subtotal 06
C29 - Fabricação de veículos 29.3 Fabricação de cabines, carrocerias e reboques para veículos automotores 02
automotores, reboques e 29.4 Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 03
carrocerias 29.5 Recondicionamento e recuperação de motores para veículos automotores 04
Subtotal 09
C30- Fabricação de outros
equipamentos de transporte, 30.1 Construção de embarcações 02
exceto veículos automotores
Subtotal 02
C31 - Fabricação de móveis 31.0 Fabricação de móveis 42
Subtotal 42

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1157
Divisão Grupo Descrição Quantidade
32.1 Fabricação de artigos de joalheria, bijuteria e semelhantes 05
32.2 Fabricação de instrumentos musicais 01
C32 - Fabricação de produtos
diversos Fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos
32.5 10
ópticos
32.9 Fabricação de produtos diversos 28
Subtotal 44
C33 - Manutenção, reparação 33.1 Manutenção e reparação de máquinas e equipamentos 155
e instalação de máquinas e
equipamentos 33.2 Instalação de máquinas e equipamentos 20
Subtotal 175
TOTAL 1030
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1158
SEÇÃO D - ELETRICIDADE E GÁS

No Município de Salvador estão estabelecidas indústrias que estão envolvidas nas duas
atividades, produção de gás e energia elétrica, desenvolvendo para essa última atividade correlata
de transmissão e distribuição, como ilustrado no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 76. Empreendimentos da Seção D no Munícipio de Salvador
Divisão Grupo CNAE Descrição Quantidade
35.1 D3511501 Geração de energia elétrica 06
35.1 D3512300 Transmissão de energia elétrica 01
D35 35.1 D3514000 Distribuição de energia elétrica 01
Produção de gás; processamento de gás
35.2 D3520401 01
natural
Total 09
Fonte: CONCLA, 2021. CSB Consórcio, 2021.
Para os empreendimentos do Grupo 35.1 serão considerados os resíduos provenientes das suas
atividades administrativas, que se equiparam aos resíduos sólidos domiciliares coletados, e os
possíveis resíduos gerados nas etapas de manutenção dos seus serviços, sobre os quais não é
possível detalhar, dada a ausência de dados específicos sobre cada um desses estabelecimentos.
A Termoverde S.A., integrante dessa Seção D, é melhor abordada no Capítulo Erro! Fonte de
referência não encontrada. do presente documento.
SEÇÃO E - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E
DESCONTAMINAÇÃO
Esta seção compreende as atividades de captação, tratamento e distribuição de água, dadas por
uma instalação de infraestrutura (redes permanentes de tubulações e dutos) ou por outras formas
de distribuição, assim como as envolvidas na gestão de redes de esgoto (coleta e tratamento) e
as atividades relacionadas à gestão de resíduos de todas as tipologias. Quanto a temática dos
resíduos sólidos, as cooperativas que realizam o reaproveitamento como matéria-prima
secundária para outros processos de produção também são agrupadas nessa seção (CONCLA,
2021).
No Município de Salvador estão estabelecidas indústrias envolvidas na prestação dos serviços
relacionados ao saneamento municipal, compreendendo as cooperativas de recicláveis e as
empresas transportadoras de resíduos, conforme apresentado no Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Quadro 77. Empreendimentos da Seção E no Município de Salvador
Divisão Grupo CNAE Descrição Quantidade
Captação, tratamento e distribuição de
E3600601 01
E36 36.0 água
E3600602 Distribuição de água por caminhões 01
E37 37.0 E3701100 Gestão de redes de esgoto 01

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1159
Divisão Grupo CNAE Descrição Quantidade
Atividades relacionadas a esgoto, exceto a
E3702900 05
gestão de redes
E3811400 Coleta de resíduos não-perigosos 12
38.1
E3812200 Coleta de resíduos perigosos 02
Tratamento e disposição de resíduos não-
E3821100 02
perigosos
38.2
Tratamento e disposição de resíduos
E38 E3822000 01
perigosos
E3831901 Recuperação de sucatas de alumínio 02
38.3 E3832700 Recuperação de materiais plásticos 03
Recuperação de materiais não
E3839499 03
especificados anteriormente
Total 33
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
As empresas agrupadas nas seções E36 e E37 remetem aos serviços prestados pela Empresa
Baiana de Águas e Saneamento (EMBASA), no que se refere ao abastecimento de água e
tratamento de esgotos, no Município de Salvador, sob os quais os seus resíduos serão abordados
no Capítulo Erro! Fonte de referência não encontrada., intitulado Gerenciamento dos Resíduos de
Serviços Públicos de Saneamento Básico.
Os demais empreendimentos agrupados na seção E38 remetem às prestadoras de serviços de
coleta e tratamento de resíduos, bem como algumas cooperativas de recuperação de materiais
recicláveis, que intrinsecamente serão abordadas nos mais variados tópicos do presente
documento. Desse modo, não será preciso requerer uma análise individualizada, visto que os
resíduos coletados servirão de matéria-prima para as suas respectivas atividades, e aqueles
gerados dentro das suas unidades funcionais se equiparados aos domiciliares e não perigosos
integrarão as coletas de RSD.

SEÇÃO F - INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO


Esta seção compreende os empreendimentos envolvidos na construção de edifícios em geral para
os diversos usos (domiciliar, comercial, industrial, agropecuário e públicos), com as obras de
infraestrutura e os serviços especializados que fazem parte do processo de construção. Ela
compreende também as atividades de incorporação de empreendimentos imobiliários que
promovem a realização de projetos de engenharia civil provendo recursos financeiros, técnicos e
materiais para a sua execução e posterior venda (CONCLA, 2021).
No Município de Salvador, dentre os empreendimentos da Seção F presentes, os envolvidos na
construção de edificações representam cerca de 42% do total, seguido pelo segundo maior grupo,
dos serviços especializados prestados para construção, quanto às instalações em construções
(elétricas, hidráulicas etc.), com 24,5%, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.
Quadro 78. Empreendimentos da Seção F no Município de Salvador
Divisão Grupo Descrição Quantidade

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1160
Divisão Grupo Descrição Quantidade
F41 - Construção de 41.1 Incorporação de empreendimentos imobiliários 4
edifícios 41.2 Construção de edifícios 146
Construção de rodovias, ferrovias, obras urbanas
42.1 17
e obras-de-arte especiais
Obras de infraestrutura para energia elétrica,
42.2 telecomunicações, água, esgoto e transporte por 12
F42 - Obras de dutos
Infraestrutura Construção de outras obras de infraestrutura
(obras portuárias, marítimas e fluviais; montagem
42.9 de estruturas metálicas; de instalações 28
esportivas e recreativas e outras obras de
engenharia civil não especificadas anteriormente)
43.1 Demolição e preparação do terreno 17
F43 - Serviços Instalações elétricas, hidráulicas e outras
43.2 87
especializados para instalações em construções
construção 43.3 Obras de acabamento 25
43.9 Outros serviços especializados para construção 19
Total 355
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Os aspectos relacionados à geração de Resíduos da Construção Civil (RCC) serão melhor
abordados no subcapítulo 6.10Erro! Fonte de referência não encontrada. Gerenciamento dos
Resíduos da Construção Civil.
SEÇÃO G - COMÉRCIO, REPARAÇÃO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES E MOTOCICLETAS
Nesta seção estão incluídos os empreendimentos envolvidos nas atividades de compra e venda
de mercadorias (em atacado e varejo), sem transformação significativa. São englobadas as
operações (ou manipulações) que são usualmente associadas ao comércio, tais como:
montagem, mistura de produtos, engarrafamento, empacotamento, fracionamento etc., quando
realizadas pela própria unidade comercial. Inclui também a manutenção e reparação de veículos
automotores. As unidades comerciais que revendem tanto para empresas como para o público em
geral devem ser classificadas como varejistas (CONCLA, 2021).
O Erro! Fonte de referência não encontrada. abaixo apresenta o quantitativo de empreendimentos
prestadores de serviços automobilísticos e de motocicletas no Município de Salvador.
Quadro 79. Empreendimentos da Seção G no Município de Salvador
Grupo CNAE Descrição Quantidade
G45.2 G4520001 Serviços de manutenção e reparação mecânica de 16
veículos automotores
G4520002 Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de 01
veículos automotores
Total 17
Fonte: CONCLA, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Quase a totalidade dos empreendimentos da Seção G é formada por oficinas mecânicas, cujos
principais resíduos sólidos passíveis de serem gerados são os óleos e lubrificantes, bem como as
suas embalagens; resíduos plásticos e metálicos e resíduos provenientes das suas atividades

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1161
administrativas. Uma análise mais detalhada pode ser feita a partir dos PGRS desses
estabelecimentos.
Segundo o INEMA, após pesquisa no Sistema Estadual de Informações Ambientais e de
Recursos Hídricos (SEIA) foram encontrados apenas 07 (sete) registros para unidades industriais
localizadas em Salvador e licenciadas pelo INEMA, bem como foram identificados ao menos 10
(dez) registros para empreendimento de serviços relacionados a terminais de produtos químicos e
bases operacionais de armazenamento de combustíveis, entre outros, localizados em Salvador,
considerados potencialmente poluidores.
Ainda com base em informações obtidas junto ao INEMA, existe a exigência do Plano de
emergência da unidade industrial como um todo, que poderá contemplar cenários de risco
envolvendo os resíduos gerados. O Conselho Estadual do Meio Ambiente da Bahia publicou no
Diário Oficial do Estado, do dia 11 de outubro de 2017, a Resolução CEPRAM nº 4.578/2017, que
aprova a Norma Técnica CEPRAM nº 01, de 29 de setembro de 2017. Esta Norma Técnica
estabelece os critérios de exigibilidade e fornece subsídios para elaboração do Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR) para empreendimentos implantados ou em implantação no
Estado da Bahia, com o objetivo de prevenir a ocorrência de acidentes capazes de causar danos
à saúde humana, meio ambiente e instalações. Sendo assim, a depender das substâncias
químicas manuseadas e armazenadas em determinada unidade industrial, existe também a
exigência da elaboração do PGR.
Assim, sem informações dos órgãos licenciadores municipais (SEDUR) desses empreendimentos,
não se pôde estimar o quantitativo geral de resíduos sólidos industriais gerados no Município de
Salvador, bem como mapear seus respectivos tratamentos e métodos de destinação e disposição
final.
Outro ponto a ser considerado para esse diagnóstico, além da ausência de informação por parte
dos órgãos pertinentes, é referente à inconsistência de dados apresentados por entidades
correlacionadas. De acordo com informações da Federação das Indústrias do Estado da Bahia
(FIEB), o Município de Salvador conta com 1.461 empreendimentos industriais. Com base no
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras e/ou Utilizadoras de Recursos
Ambientais (CTF/APP) do IBAMA, o Município de Salvador conta com 2.753 empresas
cadastradas ativas. Sendo que 649 possuem alto potencial de utilização e poluição (21,9%), 224
possuem médio potencial (7,56%), 39 possuem pequeno potencial (1,42%) e para 2.051
empresas não há informação quanto ao potencial de utilização e poluição (69,22%).
Durante a elaboração do presente documento, os empreendimentos registrados no Sistema
Estadual de Informações Ambientais e de Recursos Hídricos (SEIA), do INEMA, foram oficiados,
de modo a se estabelecer uma amostragem quanto à gestão e gerenciamento dos resíduos

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1162
sólidos industriais, entretanto não se obteve resposta por parte desses empreendimentos. Em
consulta ao referido sistema, pôde-se acessar os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
(PGRS), submetidos ao INEMA durante o processo de obtenção da licença ambiental. Do Erro!
Fonte de referência não encontrada. ao Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
apresentados os quantitativos de resíduos gerados por alguns desses empreendimentos, assim
como as formas de coleta, acondicionamento, transporte, destinação e disposição final.
De modo a garantir o sigilo das informações obtidas, os empreendimentos serão listados
conforme o seu CNAE.

• Empreendimento 01 - CNAE 20.71.1-00: Fabricação de tintas, vernizes, esmaltes e lacas.

Quadro 80. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 01


Resíduo Quantidade Classe Transportadora Tratamento /
Destinação Final
Estopas, trapos, embalagens
avariadas no processo
produtivo, tambores de
matérias primas,
derramamentos ambientais, 4,62 ton./ Coprocessamento/
I Profit Ambiental
cartuchos, manutenção das ano Aterro Industrial
instalações, EPIs e
fardamentos contaminados, e
produtos acabados e
vencidos.
Descontaminação e
Lâmpadas - I IVOMAX
Transformação
Pilhas e Baterias - I Neutrofix Neutrofix
Reciclagem -
Depósito de Aparas
Papel/Papelão II Profit Ambiental
1550 kg/mês Nossa Senhora da
Penha
Plástico II Profit Ambiental Reciclagem
2.290 Reciclagem na
Metálicos II Profit Ambiental
kg/mês ArcelorMittal
200
Pallets de Madeira II Profit Ambiental
unidades
IBC's - II Profit Ambiental
Varrição da Fábrica 1830 kg/mês II Profit Ambiental
Aterro Classe II
Fardamentos e EPIs - II Profit Ambiental
2,020
Construção Civil II Profit Ambiental
kg/mês
Podas, árvores e folhagens - II Profit Ambiental
Resíduos orgânicos - II LIMPURB AMC
Fonte: INEMA, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1163
• Empreendimento 02 - CNAE 31.0-47-00: Fabricação de molas para colchões

Quadro 81. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 02


Unidade
Quantidade/ Tratamento / Frequência
Resíduo Classe Geradora / Acondicionamento Transportadora
mês Destinação Final de Coleta
Equipamento
Corte de
Aparas de espumas e Reciclagem na
- espumas e -
tecidos Fábrica
tecidos
Resíduos Perigosos
Diversos (bombonas
plásticas Acondicionados em
contaminadas, tambores
espumas metálicos de 200L, 100L e
contaminadas com TDI 40L, bombonas plásticas
e POLIOL, papel e Setor de de 200L, big bags de 500
3 toneladas/ Resil Meio
plásticos I produção da e 1.000L. Esses resíduos Incineração Semestral
ano Ambiente LTDA
contaminados com fábrica são armazenados na
cola e solvente, Central de Resíduos
tambores metálicos de Perigosos em
200, 100 e 40L contêineres metálicos de
contaminados com 3m³
TDI, POLIOL, cola,
solvente.
Acondicionados na forma
Papel / plástico / Higiene / THD- Comercio
4.400 II - A e de fardos (cód. E06) e são Uma vez
detergente / Escritório-adm. / e Serviços Reciclagem
Kg/mês B armazenados na central por semana
recipientes vazios Refeitório LTDA
de recicláveis.
acondicionados em sacos
plásticos de 100L e
Refeitório,
depositados em
1,5 vestiários, Resil Meio Aterro Sanitário/ Uma vez
Orgânicos/ Varrição II - A contêineres de 3m³ na
toneladas setores Ambiente LTDA Industrial por semana
central de
administrativo
armazenamento de
resíduos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1164
Unidade
Quantidade/ Tratamento / Frequência
Resíduo Classe Geradora / Acondicionamento Transportadora
mês Destinação Final de Coleta
Equipamento
Central de
Manutenção das Descaracterização
Lâmpadas Não armazenamento de Resil Meio Não
I dependências e
contaminadas estimado resíduos (baia de Ambiente LTDA estimado
da fábrica. descontaminação
resíduos perigosos).
Fonte: INEMA, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1165
• Empreendimento 03 - CNAE 20.61-4-00: Fabricação de sabões e detergentes sintéticos

Quadro 82. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 03


Unidade Frequência
Resíduo Quantidade Classe Geradora / de Acondicionamento Armazenamento Destinação
Equipamento Geração
Papel e Áreas internas
20 a 80 kg II A Mensal Sacos e coletores Contêineres Reciclagem
papelão e externas
Papel Empresa de Limpeza
200 a 250 kg II A Banheiros Mensal Sacos e coletores Contêineres
Higiênico Pública
Embalagens Áreas internas
900 a 1100 kg II A Mensal Sacos e coletores Baias Reciclagem
Plásticas e externas
10 a 35 paletes Áreas internas
Madeira II A Mensal Sacos e coletores Contêineres Doação
(600 a 900 kg) e externas
PEAD
250 a 300 kg II A Áreas internas Mensal Sacos e coletores Baias Reciclagem
Varrição
Áreas internas Empresa de Limpeza
Varrição 0,8 a 1,5kg II A Mensal Sacos e coletores Contêineres
e externas Pública
Lixo
Áreas internas Empresa de Limpeza
Orgânico e 200 a 300 kg II A Mensal Sacos e coletores Contêineres
e externas Pública
outros
Empresa
Lâmpada 5 a 10 unidades I Áreas internas Mensal Coletores Contêineres
Especializada
Cartuchos de Devolução ou para
05 a 10 unidades I Áreas internas Mensal Coletores Contêineres
Impressão recarga
Resíduos Recicle Logística
10 a 15 kg I Áreas internas Anual Coletores Contêineres
Tecnológicos Reversa
Pilhas e Áreas internas Recicle Logística
Sem estimativa I Eventual Sacos e coletores Contêineres
Baterias e externas Reversa
Fonte: INEMA, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1166
• Empreendimento 04 - CNAE 20.14-2-00: Fabricação de gases industriais

Quadro 83. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 04


Unidade
Quantidade/ Passivo Tratamento /
Resíduo Classe Geradora / Composição Transportadora
mês Ambiental Destinação Final
Equipamento
Trapo e
Trapos e Área de Empresa
Embalagens
embalagens 1 kg I operações e Inexistente devidamente Incineração
Contaminadas
contaminadas manutenção licenciada
com óleo
Empresa
Amianto /
41 kg I Unidade Amianto Inexistente devidamente Incineração
Asbesto
licenciada
Escritório,
sanitários, copa,
Lâmpadas Descarte é realizado
20 unidades I produção, Mercúrio Inexistente Reciclagem
fluorescentes pela Ivomax
manutenção e
almoxarifado
Empresa
Cal de 6,66 Fca de Hidróxido de Reuso/
II - A Existente devidamente
Carbureto toneladas Acetileno Cálcio reutilização
licenciada
Tambores Empresa
Fca de Residual de
vazios 10 unidades I Existente devidamente -
Acetileno acetona
de Acetona licenciada
Varrição/
2600 kg II - B Unidade Diversos Existente Revita/ Disk Entulho Aterro Sanitário
Orgânico
Área de
Descarte é realizado
Óleos usados 10 L I operações e Óleos Existente Rerrefino
pela Lwart
manutenção
Empresa
Fca de Cloreto Ferroso e
Pó Neutral 125 kg II - A Existente devidamente Incineração
Acetileno Diatonita
Licenciada
Válvulas,
Sucata Ferro, alumínio, Empresa Profit
40 toneladas II - B capacetes Existente Reutilização
metálica etc. Ambiental
danificados,

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1167
Unidade
Quantidade/ Passivo Tratamento /
Resíduo Classe Geradora / Composição Transportadora
mês Ambiental Destinação Final
Equipamento
diversos
Não Empresa Profit
Vidro II - B Unidade ND Inexistente Reciclagem
estimado Ambiental
Papel, Escritório,
Papel, plástico e Empresa Profit
plástico e 215 kg II - A sanitários, copa e Existente Reciclagem
papelão Ambiental
papelão almoxarifado
Empresa
Resíduos de
5L I Unidade Thinner Inexistente devidamente -
solventes
licenciada
Latas de Empresa
Co -
tintas 10 unidades II - A Unidade Tintas Existente devidamente
processamento
vazias licenciada
Resíduos de
25 m³ II - A Unidade Detritos da fossa Inexistente Empresa Limpcano Descarte
fossa séptica
Mercúrio,
chumbo,
Empresa
Pilhas e Não cobre, zinco, Co -
I Unidade Inexistente devidamente
Baterias estimado cádmio, processamento
Licenciada
manganês, níquel
e lítio
Fonte: INEMA, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1168
• Empreendimento 05 - CNAE 1584-9: Fabricação de outros produtos alimentícios não especificados anteriormente

Quadro 84. Gerenciamento de RSI no Empreendimento 05


Quantidade/ Unidade Geradora / Frequência de Tratamento /
Resíduo Classe Transportadora
mês Equipamento Coleta Destinação Final
Resíduo de restaurante Suporte
- II - B - Diário Aterro Sanitário
- resíduo do cardápio Ambiental LTDA
Apoio Ambiental Comercialização para
Papeis (fora do
- II - A Diário Comércio Serviços e empresas de
processo industrial)
Indústria LTDA ME reciclagem

Suporte
Copos descartáveis - II - A Diário Aterro Sanitário
Ambiental LTDA

Resíduos de varrição
Comercialização para
das fábricas e moinho –
- II - A Quinzenal empresas de
farinhas e pós de
reciclagem
massas.
Peças de máquinas, Comercialização para
Sucata de metais
- II - B restos de peças de Semanal empresas de
ferrosos
usinagem. Apoio Ambiental reciclagem
Comércio Comercialização para
Sucata de metais não Serviços e
- Semanal empresas de
ferrosos Indústria LTDA reciclagem
ME
Embalagens, Comercialização para
Papelão - II - A tambores de papelão Semanal empresas de
e tubetes de papelão. reciclagem
Resíduos de madeira Comercialização para
Pallets - II - A contendo substâncias Semanal empresas de
não tóxicas reciclagem

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1169
Quantidade/ Unidade Geradora / Frequência de Tratamento /
Resíduo Classe Transportadora
mês Equipamento Coleta Destinação Final
Devoluções do
mercado contendo SEMIX Comércio
Produtos fora do substâncias não de Insumos Venda para ração
- II - A Quinzenal
padrão, vencidos perigosas e Agropecuários animal
impróprias para LTDA- ME
consumo
Comercialização para
Bombonas de plástico Apoio Ambiental
Sucatas plásticas - II - A Semanal empresas de
não contaminado Comércio
reciclagem
Serviços e
Comercialização para
Indústria LTDA
Tambores metálicos - II - B Semanal empresas de
ME
reciclagem
Embalagens com Resíduos de
- Semestral STERICYCLE Incineração
produtos químicos manutenção

Trapos com resíduos Resíduos de


- Semestral STERICYCLE Incineração
químicos. manutenção

Água contaminada Resíduos de


- Semestral STERICYCLE Incineração
com solventes e tintas manutenção
Filmes e pequenas Comercialização para
Embalagens plásticas - II - A embalagens de Diário empresas de
Apoio Ambiental
plástico reciclagem
Comércio Serviços e
Comercialização para
Resíduos Indústria LTDA ME
Pneus e câmara de ar - Semestral empresas de
pneumáticos
reciclagem
Suporte
Entulhos - Semanal Aterro Sanitário
Ambiental LTDA
Lâmpadas
- I Semestral Empresa IVOMAX Descaracterização
fluorescentes
Suporte
Toucas e batas - II - A Diário Aterro Sanitário
Ambiental LTDA

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1170
Quantidade/ Unidade Geradora / Frequência de Tratamento /
Resíduo Classe Transportadora
mês Equipamento Coleta Destinação Final
LWART
Óleos lubrificantes Comercialização para
- I Semestral Lubrificantes do
usados Rerrefino
Nordeste LTDA
Fonte: INEMA, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1171
Uma vez que o processo de licenciamento desses empreendimentos ocorreu em anos anteriores ao da
elaboração do presente documento, o quantitativo de RSI gerado pode não corresponder à geração atual.

Com isso, dada a ausência de resposta por parte desses empreendimentos aos ofícios encaminhados, não
foi possível identificar as formas de coleta, acondicionamento, transporte, destinação e disposição final,
bem como os equipamentos utilizados e os custos envolvidos no processo, de forma presencial devido a
pandemia da COVID 19 atendendo ao protocolo da OMS.

8.9. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE


Conforme a definição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal
n° 12.305/2010, os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são “os gerados nos serviços de saúde
conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e do
SNVS”.
De modo a complementar e detalhar tal definição, de acordo com a Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) nº 222/2018, da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA), que
regulamenta as boas práticas de gerenciamento dos resíduos de serviços de saúde, e a
Resolução CONAMA nº 358, de 29 de abril de 2005, que dispõe sobre o tratamento e a
disposição final dos resíduos dos serviços de saúde, são considerados como geradores de RSS:
Todos os serviços cujas atividades estejam relacionadas com a atenção à saúde
humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar; laboratórios
analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se
realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação);
serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle de
zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores, distribuidores
de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades móveis de atendimento
à saúde; serviços de acupuntura; serviços de piercing e tatuagem, salões de
beleza e estética, dentre outros afins (BRASIL, 2005, p. 1-2).
A Resolução CONAMA nº 358/2005 e a RDC nº 222/2018 da ANVISA apresentam os métodos
para manejo, acondicionamento e tratamento adequados para cada um dos cinco grupos de RSS,
a saber:
• A - resíduos com a possível presença de agentes biológicos;
• B - resíduos contendo produtos químicos;
• C - rejeitos radioativos;
• D - resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico, podendo ser
equiparados aos resíduos domiciliares; e
• E - resíduos perfurocortantes ou escarificantes.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1172
As resoluções supracitadas dividem os resíduos do Grupo A em outros 05 (cinco) subgrupos,
agrupados conforme tipologia dos materiais com potencial infectante, conforme o Erro! Fonte de
referência não encontrada..

Quadro 85. Classificação dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)


Grupo Características
são aqueles com a possível presença de agentes biológicos, que por
suas características de maior virulência ou concentração, podem
A apresentar risco de infecção e por isso são denominados
potencialmente infectantes. Subdivide-se em cinco subgrupos: A1,
A2, A3, A4 e A5.
são os resíduos contendo substâncias químicas que apresentam risco
à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
B
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade.
são os rejeitos contendo radionucleotídeos em quantidade superiores
C aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os
quais a reutilização é imprópria ou não prevista
são os denominados resíduos comuns, que devido às suas
D características não necessitam de processos diferenciados em seu
manejo, podendo ser comparados aos resíduos domiciliares.
são os resíduos denominados perfurocortantes ou escarificantes, tais
como lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro,
brocas, limas endodônticas, lâminas de bisturi, lancetas; tubos
E
capilares; micropipetas; lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os
utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta
sanguínea e placas de Petri) e outros similares.
Fonte: Adaptado do Anexo I da RDC Anvisa nº 222, 2018. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Embora os RSS representem uma pequena parcela, quando comparado a totalidade dos resíduos
sólidos urbanos, eles fazem parte dessa problemática na medida em que apresentam potencial
significativo de risco ao meio ambiente e à saúde pública, devido às suas características
particulares apresentadas acima (CRUZ, 2015).
Assim, o manejo inadequado dos RSS pode levar à contaminação tanto no interior do
estabelecimento de saúde, quanto no ambiente externo. Internamente, pode acarretar no aumento
da probabilidade da ocorrência de infecções hospitalares, e do risco ocupacional. Externamente,
implica em riscos ambientais e à saúde pública, conforme evidenciado abaixo:
• Risco à saúde: Embora a doença microbiana seja considerada multifatorial decorrente da
interação de alguns fatores, a ocorrência dessa é possível se observada presença de
patógeno com virulência suficiente. Assim, segundo Brasil (2006), risco à saúde é a
probabilidade da ocorrência de efeitos adversos à saúde relacionados com a exposição
humana a agentes físicos, químicos ou biológicos, em que um indivíduo exposto a um
determinado agente, apresente doença agravo ou até mesmo morte, dentro de um período
determinado de tempo e idade. Desse modo, dispor de armazenamentos internos e
externos adequadamente identificados e com controle de acesso reduzem o agravo à
saúde ocupacional;

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1173
• Risco ao meio ambiente: os RSS apresentam risco potencial de contaminação do solo,
das águas superficiais e subterrâneas pelo lançamento de RSS em lixões ou disposição
em aterros onde se encontra o lixo comum. No que se refere ao comprometimento da
qualidade do ar, o risco está associado à emissão de poluentes na atmosfera, como
resultado de seu processamento por incineração. Alguns resíduos utilizados em
maquinários, presentes em estabelecimentos de saúde, como pilhas, baterias (liberam
mercúrio, cádmio, chumbo e, zinco); equipamentos eletrônicos em geral (podem liberar
arsênio e berilo, chumbo, mercúrio e cádmio), pigmentos e tintas, lâmpadas fluorescentes
(contém mercúrio) e medicamentos, requerem atenção na sua logística e destinação
(BRASIL, 2006).
De modo a equacionar a questão dos RSS, e para que o preconizado pelas Resoluções
supracitadas seja implementado, cabe, em caráter obrigatório, a todos os geradores dos resíduos
de serviços de saúde dispor de um Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde
(PGRSS) elaborado, implementado e monitorado. Também observando as regulamentações
federais, estaduais ou municipais, de modo que estejam descritos todos os processos de
gerenciamento dos resíduos, desde a geração até a disposição final, o qual apenas pode ser
substituído e dispensado quando a unidade ou serviço gere exclusivamente resíduos do Grupo D
(RDC Anvisa nº 222, 2018).
Para tanto, fica a cargo dos órgãos ambientais competentes do Município a definição de critérios
para elencar os serviços passíveis do processo de licenciamento ambiental, do qual deverá
incorporar o PGRSS como condicionante, bem como da exigência, quando necessário, de
informações adicionais ao referido plano.
No Município de Salvador, conforme o Decreto nº 16.592, de 05 de julho de 2006, todos os
estabelecimentos de saúde assumem a responsabilidade e custeio integral decorrentes da
geração, coleta, transporte, disposição final e tratamento dos RSS. De modo a estarem
adequados às Resoluções supracitadas, devem submeter à Secretaria Municipal de
Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR) o PGRSS, a ser disponibilizado à LIMPURB,
obedecendo ao modelo, para obtenção do Atestado de Viabilidade de Coleta e da consequente
Licença Ambiental. Os veículos de coleta e transporte dos RSS devem, obrigatoriamente, ser
cadastrados na LIMPURB.
Para obtenção deste Atestado de Viabilidade de Coleta dos Resíduos Sólidos Domiciliares, que
para os estabelecimentos de saúde seriam os equivalentes aos do Grupo D, e consequente
inclusão no roteiro de coleta realizado pela LIMPURB, o gerador de resíduo, cuja quantidade seja
superior a 100 L/dia, deve apresentar junto ao PGRSS, projeto de armazenamento externo de
contêineres e demais peças gráficas, conforme exigência da Norma Municipal nº 054/2011.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1174
Entre os anos de 2017 e 2020, a Assessoria de Planejamento (ASPLA) da LIMPURB deferiu um
total de 08 (oito) Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde (PGRSS),
documento integrante de solicitação de Atestado de Viabilidade de Serviços, sendo 01 (um) no
ano de 2017, 03 (três) em 2018 e 04 (quatro) no ano de 2019. Em 2020 não foram emitidos
atestados para empreendimentos geradores de RSS.
Segundo informações da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental da Bahia (DIVISA), o
PGRSS é um documento que faz parte do processo de licenciamento sanitário, baseado nos
princípios da não geração e na minimização da geração de resíduos. Seu conteúdo deve abordar
as ações relativas ao seu manejo, desde a geração, segregação, acondicionamento, coleta,
armazenamento, transporte, reciclagem, tratamento até a disposição final, bem como a proteção à
saúde pública e ao meio ambiente. (BAHIA, 2018).
As ações de competência do Estado da Bahia e dos Municípios, quanto a organização, execução
e gestão das ações do Sistema Estadual de Vigilância em Saúde, são definidas pela Resolução
da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nº 294/2014, alterada pela Resolução CID nº 034/2016,
na qual se estabelece, em seu artigo 10º, que todos os municípios são responsáveis pela
execução das ações de gerenciamento de risco sanitário dos estabelecimentos existentes no seu
território constantes no Grupo 1, e listado em seu Anexo III (BAHIA, 2016).
A DIVISA fiscaliza os estabelecimentos de alta complexidade e os de pequeno, médio e grande
porte, que não foram descentralizados para os municípios, bem como os serviços de diálise e de
Terapia Antineoplásica (STA) públicos, privados, filantrópicos, civis ou militares, incluindo aqueles
que exercem ações de ensino e pesquisa, com o objetivo de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à
saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes da prestação de serviços de interesse da
saúde, aplicando as legislações em vigor.
Segundo dados disponibilizados no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) do
Ministério da Saúde, no mês de janeiro de 2021, o Município de Salvador possuía 3.441
estabelecimentos de saúde, dos quais aproximadamente 43% são constituídos por clínicas e
centros especializados, seguido por consultórios isolados (25%) e unidades de apoio à diagnose e
terapia (9%), conforme apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada.
Tabela 133. Distribuição dos Estabelecimentos de Saúde no Município de Salvador
Quantidade (1)
Descrição do Estabelecimento
2017 2018 2019 2020 2021
CENTRO DE SAÚDE/ UNIDADE BÁSICA 130 133 145 152 165
POLICLÍNICA 199 210 230 239 249
HOSPITAL GERAL 30 31 33 33 42
HOSPITAL ESPECIALIZADO 31 33 30 28 27
UNIDADE MISTA 01 01 02 02 02
PRONTO SOCORRO GERAL 02 01 02 02 02

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1175
Quantidade (1)
Descrição do Estabelecimento
2017 2018 2019 2020 2021
PRONTO SOCORRO ESPECIALIZADO 09 08 07 07 07
CONSULTÓRIO ISOLADO 832 835 820 823 859
CLÍNICA/ CENTRO DE ESPECIALIDADE 1213 1272 1363 1434 1471
UNIDADE DE APOIO DIAGNOSE E TERAPIA (SADT ISOLADO) 268 283 306 323 322
UNIDADE MÓVEL TERRESTRE 10 11 12 11 12
UNIDADE MÓVEL DE NÍVEL PRÉ-HOSPITALAR NA ÁREA DE 70 53 54 53 73
URGÊNCIA
FARMÁCIA 37 37 37 12 35
UNIDADE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 01 01 02 02 02
COOPERATIVA OU EMPRESA DE CESSÃO DE 23 25 26 32 34
TRABALHADORES NA SAÚDE
HOSPITAL/ DIA - ISOLADO 51 53 53 55 52
CENTRAL DE GESTÃO EM SAÚDE 16 15 15 16 16
CENTRO DE ATENÇÃO HEMOTERAPIA E OU HEMATOLOGIA 04 05 06 06 06
CENTRO DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL 19 19 19 19 19
UNIDADE DE ATENÇÃO À SAÚDE INDÍGENA 01 01 01 01 01
PRONTO ATENDIMENTO 18 17 17 18 20
TELESSAÚDE 01 01 01 02 02
CENTRAL DE REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS 01 01 01 01 01
SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR ISOLADO (HOME CARE) 12 12 14 15 15
LABORATÓRIO DE SAÚDE PÚBLICA 02 02 02 02 02
CENTRAL DE REGULAÇÃO DO ACESSO 01 02 02 02 02
CENTRAL DE NOTIFICAÇÃO, CAPTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE 02 01 01 01 01
ORGÃOS ESTADUAL
CENTRAL DE ABASTECIMENTO - - - - 02
TOTAL 2984 3063 3201 3291 3441
Fonte: CNES, 2021.
NOTA: (1) A quantificação refere-se ao mês de janeiro de cada ano. Desse modo, os valores apresentados para a
coluna do ano de 2021 não se referem a sua totalidade, apenas os contabilizados até 31 de janeiro do mesmo ano.
A rede dos estabelecimentos dos serviços de saúde no Município de Salvador, em janeiro de
2021, em sua maioria era composta por 3.034 prestadoras privadas (88,2%), seguido por 383 de
prestação pública (11,1%), 22 por sindicatos (0,6%) e 02 filantrópicos (0,1%) (CNES, 2021).
Para os estabelecimentos de saúde sob gestão municipal, a Secretaria Municipal de Saúde
celebrou o Contrato nº 014/2018 com a Empresa SP Soluções Ambientais Ltda - EPP, com CNPJ
nº 12.351.650/0001-50, tendo como objeto a contratação de pessoa jurídica especializada na
coleta, pesagem, transporte externo, tratamento e destinação final de Resíduos de Serviços de
Saúde (RSS) dos grupos A, B e E, gerados por unidades de saúde de Salvador. Foram realizados
três Termos Aditivos sob o contrato supracitado, dando validade a prestação do serviço até 25 de
março de 2022.
O primeiro Termo Aditivo não alterou o preço global de contratação estabelecido no Contrato nº
014/2018, permanecendo a valor global estimado de R$ 1.059.840,00 (um milhão cinquenta e

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1176
nove mil oitocentos e quarenta reais). No segundo Termo Aditivo, as partes acordaram em
suprimir em 25% (vinte e cinco por cento) do valor original do contrato nº 014/2018. Assim, o valor
anual estimado passa a ser de R$ 794.880,00 (setecentos e noventa e quatro mil oitocentos e
oitenta reais). Tal alteração se manteve no terceiro Termo Aditivo. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta as propostas de preço consideradas na redação do Contrato nº 014/2018 e
no 2º Termo Aditivo.
Tabela 134. Proposta de preços do Contrato nº 014/2018 e do 2º Termo Aditivo
Valor
Quantidade Valor
unitário Valor anual
Descrição estimada mensal
estimado estimado
(kg/mês) estimado
por kg
Contratação de pessoa jurídica 22.500 (1) R$ 2,944 R$ 66.240,00 R$ 794.880,00
especializada na coleta, pesagem,
transporte externo, tratamento e
destinação final de resíduos de 30.000 (2) R$ 2,944 R$ 88.320,00 R$ 1.059.840,00
serviços de saúde (RSS) dos
grupos A, B e E.
Fonte: SMS, 2021.
NOTA: (1) quantitativo para o 2º Termo aditivo. (2) quantitativo considerado no Contrato nº 014/0218.
Embora não haja informações de alteração do objeto do Contrato nº 014/2018 em seu segundo
Termo Aditivo, o Anexo IV do mesmo, que serviu de fonte para elaboração da Erro! Fonte de
referência não encontrada., permite concluir que houve sim redução na quantidade estimada
mensal de RSS a ser coletada (no 2° aditivo).
Nos termos do Contrato nº 014/2018, as etapas de segregação, identificação, acondicionamento,
transporte interno e armazenamento externo são atividades inerentes às Unidades de Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS). As demais etapas, ou seja, a coleta, o transporte externo,
tratamento e destinação final, adequados e ambientalmente corretos a todos e quaisquer RSS
pertencentes aos grupos A, B e E, são de responsabilidade da empresa contratada.
Na pré-coleta, o caminhão da empresa contratada deverá ser pesado, inicialmente, na LIMPURB
(ET) vazio e, após o cumprimento diário do cronograma, deverá ser pesado cheio, e guardado
para controle dos tickets emitidos por essa empresa pública.
Os quantitativos dos resíduos gerados nos estabelecimentos de saúde são pesados de forma
individual por grupos (A, B e E) e as informações colocadas em formulário próprio da SMS (Erro!
Fonte de referência não encontrada.) com data, horário e número do veículo, bem como a
assinatura dos funcionários da empresa contratada e do estabelecimento de saúde. Esses
formulários devem ser mantidos em cópia no estabelecimento de saúde e, mensalmente, devem
ser encaminhados devidamente preenchidos juntamente com o faturamento apresentado a
Secretaria Municipal de Saúde.

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1177
Figura 1048. Formulário de controle de coleta dos RSS da SMS/Salvador

Fonte: SMS, 2018.


A empresa contratada, nos termos do Contrato nº 014/2018, fornece os recipientes adequados e
específicos (bombonas) em quantidade suficiente para o armazenamento dos RSS do grupo A, B
e E, identificados por simbologia e cores, para cada grupo de resíduo e, também, para cada
Unidade de Saúde da SMS. Os recipientes rígidos são de polietileno de alta densidade (PEAD),
disponíveis em 03 (três) volumes: 200, 50 e 20 litros, correspondendo a 25 kg, 6 kg e 2,5 kg,
respectivamente, sendo a quantidade de cada volume ajustada à necessidade diária de cada
Unidade de Saúde dispostos no abrigo externo dessas.
Os resíduos de serviços de saúde dos grupos A e E devem ser coletados nas Unidades de Saúde
da rede municipal armazenados em bombonas de até 200L, identificadas conforme o grupo de
resíduos. Já os RSS do grupo B deverão ser coletados de acordo com a necessidade de cada

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1178
Unidade de Saúde e sempre que solicitado pelas mesmas (o armazenamento deve ocorrer em
bombonas identificadas como resíduo químico).
A Empresa SP Soluções Ambientais Ltda - EPP atende a um cronograma de coleta das Unidades
de saúde disponibilizado pela SMS, ocorrendo em horário comercial (das 7h às 17h), podendo ser
alterado por necessidade da Unidade de Saúde, desde que quando a solicitação de mudança seja
oficializada. Integra a lista de serviços prestados pela contratada: a incorporação no cronograma
de coleta, todas as Unidades de Saúde fixas ou móveis durante os períodos de carnaval, festas
populares, campanhas de vacinação humana e animal e demais eventos realizados pela SMS,
observado o limite de 25% (vinte e cinco por cento) para acréscimos, conforme estabelecido no
artigo 65 da Lei nº 28.666/1993. O cronograma de coleta dos RSS de todas as Unidades de
Saúde do Município de Salvador se encontra disposto no Anexo II deste presente documento.
A Empresa SP Soluções Ambientais Ltda - EPP foi contatada visando a obtenção de mais
informações sobre o quantitativo de RSS gerados no Município de Salvador, e sobre o tratamento,
destinação e disposição final adotadas para esses materiais. Entretanto não se obteve êxito na
resposta dessas informações até o momento da elaboração deste Produto.
Da mesma forma, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia foi contatada a fim de se obter mais
informações sobre o volume gerado, tratamento e destinação final dos RSS gerados nos
estabelecimentos públicos de responsabilidade do Estado, no Município de Salvador. Porém, não
se obteve êxito na resposta dessas informações até o presente momento da elaboração deste
Produto, demonstrando falta de compromisso no gerenciamento dos RSS, conforme questionário
enviado (Anexo IX).
Conforme preconiza a RDC n° 222/2018 da ANVISA, a qual compete às Secretarias Municipais
em conjunto com outros órgãos tais como LIMPURB, a responsabilidade de cumprimento desta
Resolução, as empresas transportadoras de resíduos do serviço de saúde devem ser
cadastradas. No Município de Salvador, esse cadastro é feito junto a LIMPURB, e até o presente
momento da elaboração deste documento, um total de 06 (seis) empresas estão cadastradas,
conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 86. Empresas transportadoras de RSS cadastradas na LIMPURB.
Unidade de Unidade de Destinação
Empresa
Tratamento Final
Sterycicle Gestão CTR Bahia Destinação de
Sterycicle Gestão Ambiental LTDA
Ambiental LTDA Resíduos
TRRR Saneamento e Gestão TRRR Saneamento e HERA Ambiental - Aterro Classe
Ambiental LTDA Gestão Ambiental LTDA II
Brascon Gestão CTR Pernambuco - Central de
Brascon Gestão Ambiental LTDA Ambiental LTDA Tratamento de Resíduos LTDA
ESTRE Ambiental
SP Soluções Ambientais Viva Ambiental
SP Soluções Ambientais LTDA
LTDA
ULTRA GESTÃO AMBIENTAL LTDA RETEC Tecnologia de RETEC Tecnologia de Resíduos

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Unidade de Unidade de Destinação
Empresa
Tratamento Final
Resíduos EIRELI EIRELI
HERA Ambiental - Aterro Classe
II
RETEC Tecnologia de Resíduos RETEC Tecnologia de CTR Bahia Destinação de
EIRELI Resíduos EIRELI Resíduos
Fonte: LIMPURB, 2021.

8.10. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


A indústria da construção civil está inserida na estrutura produtiva do País, representando cerca
de 15 a 50% do consumo de recursos naturais, de modo que os Resíduos da Construção Civil
(RCC) representam um percentual significativo de resíduos produzidos nas áreas urbanas, cerca
de 50% (BASTOS, 2016), requerendo assim o adequado gerenciamento dos insumos e resíduos
gerados, de modo a prever e mitigar possíveis impactos econômicos e socioambientais.
De acordo com o artigo 13 da Lei nº 12.305/2010, os Resíduos da Construção Civil são os
“gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos
os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis”.
A Resolução CONAMA nº 307 de 05 de julho de 2002, alterada pelas resoluções n° 348/2004, nº
431/2011, nº 448/2012 e nº 469/2015, apresenta definição semelhante à da PNRS, estabelece
diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos RCC, dividindo-os em 04 (quatro) classes e
apresentando para cada uma delas, medidas de reutilização e armazenamento, conforme o Erro!
Fonte de referência não encontrada., bem como coloca os geradores de RCC como responsáveis
por esses materiais.

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Quadro 87. Classificação dos resíduos da construção civil
Classificação dos Reutilização/
Resíduos
Resíduos Armazenamento
Os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos
de pavimentação e de outras obras de
infraestrutura, inclusive solos provenientes de
terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos Reutilizados ou reciclados na
Classe A
de edificações: componentes cerâmicos forma de agregados
(tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de
peças pré-moldadas em concreto (blocos,
tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de
obras;
Reutilizados, reciclados ou
Os resíduos recicláveis para outras destinações, encaminhados a áreas de
tais como plásticos, papel, papelão, metais, vidros, armazenamento temporário,
Classe B
madeiras, embalagens vazias de tintas imobiliárias sendo dispostos de modo a
e gesso. permitir a sua utilização ou
reciclagem futura.
Os resíduos para os quais não foram Armazenados, transportados e
desenvolvidas tecnologias ou aplicações destinados em conformidade
Classe C
economicamente viáveis que permitam a sua com as normas técnicas
reciclagem ou recuperação. específicas.
Os resíduos perigosos tais como tintas(¹),
solventes, óleos e outros ou aqueles contaminados
Armazenados, transportados e
ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições,
destinados em conformidade
Classe D reformas e reparos de clínicas radiológicas,
com as normas técnicas
instalações industriais e outros, bem como telhas e
específicas.
demais objetos e materiais que contenham
amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
Fonte: Resolução CONAMA nº 307 e suas alterações, 2002.

NOTA: (1) Conforme o § 1º do Art.3º da Resolução CONAMA nº307/2002, “no âmbito dessa resolução consideram-se
embalagens vazias de tintas imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu revestimento
interno, sem acúmulo de resíduo de tinta líquida”. Para tanto, as embalagens devem ser submetidas a sistema de logística
reversa, de modo a contemplar destinação ambientalmente adequada aos resíduos de tinta presentes na embalagem.

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1181
A Resolução supracitada, e suas alterações, no artigo 5º, apontam como responsabilidade do
Poder Público, dos municípios e do Distrito Federal a elaboração do Plano Municipal de
Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil. Será preciso ter concordância com o Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, o qual também pode estar inserido no Plano
de Saneamento Básico, desde que observado o conteúdo mínimo previsto no artigo 19 da Lei
Federal nº 11.445/2007.
Tal instrumento de implementação da gestão dos RCC deve estabelecer as diretrizes e os
procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, conforme as
exigências técnicas do sistema de limpeza urbana local, e o conteúdo mínimo a estar contido no
Plano de Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil (PGRCC), a ser elaborado pelos
grandes geradores, o Decreto Municipal nº 12.133/98 que dispõe sobre manejo,
acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destino final dos resíduos sólidos resultantes
das obras de construção civil e dos empreendimentos com movimento de terra (entulho) e dá
outras providências, a Política Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
(PMMS), através da Lei nº 8.915 e a Resolução CONAMA nº 307/2002.
O Decreto supracitado que dispõe sobre o manejo, acondicionamento, coleta, transporte,
tratamento e destino final dos resíduos sólidos resultantes das obras de construção civil e dos
empreendimentos com movimento de terra e entulho define como pequeno gerador aquele que
gera RCC até o limite de 2m³.
Assim, o manejo de resíduos de construção civil provenientes de pequenos geradores (menor ou
igual 2m³), de obras públicas ou privadas, é de responsabilidade do Poder Público,
compreendendo as etapas de coleta, transporte e disposição final. Para um volume de RCC
superior ao estabelecido, cabe a responsabilidade aos geradores de prover gerenciamento desde
a origem até a destinação final.
Para tanto, todas as empresas responsáveis pelas obras devem apresentar a Secretaria Municipal
de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR) o Plano de Gerenciamento de Resíduos da
Construção, como modo de obter de alvarás de construção, terraplanagem e demolição, visto que
o mesmo se encontra vinculado a obtenção de Atestado de Viabilidade de Serviços perante a
LIMPURB.
O Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) é um dos instrumentos da
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelece a obrigatoriedade de elaboração
para os empreendimentos que possuam resíduos gerados nas construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis.
O Atestado de Viabilidade de Serviços é um documento emitido com o objetivo de definir
procedimentos para o manejo dos resíduos em empreendimentos e atividades que utilizam de
recursos ambientais considerados efetiva ou potencialmente poluidores, ou passíveis de causar

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1182
degradação ambiental, conforme legislação. A Erro! Fonte de referência não encontrada.
apresenta o demonstrativo anual da emissão de viabilidades de serviço emitidas para o setor da
construção civil.
Tabela 135. Demonstrativo anual de emissão de Viabilidade de Serviços para o setor da
construção civil
Atividade 2016 2017 2018 2019 2020
PGRCC - Construção 24 51 38 44 48
PGRCC - Demolição 51 61 76 69 58
PGRCC - Terraplanagem 11 25 43 55 35
Total Viabilidades 86 137 157 168 141
Fonte: LIMPURB, 2021.

Nota-se uma tendência crescente do número de emissões do Atestado de Viabilidade pela


LIMPURB, para as atividades da construção civil. O aumento observado entre os anos de 2018 e
2019 é reflexo do crescimento dos montantes de financiamento para compra e construção de
imóveis, que chegou a 53,6% para o período considerado (SINDUSCON - BA, 2021), bem como
das diversas obras implementadas pelo Poder Público. Dentre elas, segundo a Companhia de
Desenvolvimento Urbano de Salvador (DESAL, 2019), foram concluídos 58 (cinquenta e oito)
projetos de requalificação urbana e 86 (oitenta e seis) praças foram construídas, reconstruídas ou
reformadas.
Tal comportamento não ocorre no ano de 2020, quando em comparação ao mesmo período de
2019, pois observa-se uma redução de cerca de 18%, que pode ser justificada devido à pandemia
ocasionada pela disseminação do novo Coronavírus (Sars-Cov-2), quando diversas atividades
foram paralisadas. Da Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. consta a distribuição das solicitações de Atestados, para o ano de 2018 e 2019, onde
verifica-se maior concentração na porção sudoeste do território municipal.

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1183
Figura 1049. Mapeamento dos Atestados de Viabilidade de Serviços emitidos em 2018

Fonte: LIMPURB, 2019.


Figura 1050. Mapeamento dos Atestados de Viabilidade de Serviços emitidos em 2019

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1184
Fonte: LIMPURB, 2020.

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1185
Salienta-se que todos os transportadores de RCC, pessoas físicas ou empresas, que transitem
em Salvador devem possuir cadastro no órgão municipal de limpeza urbana (LIMPURB),
conforme o artigo 7º do Decreto Municipal n° 12.133/1998, cabendo ao Poder Público a
fiscalização da atuação destes. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o
demonstrativo de transportadoras de RCC cadastradas na LIMPURB, de natureza física e jurídica.
Tabela 136. Demonstrativo dos veículos transportadores de resíduos da construção civil
Ano do Cadastro
Cadastro
2016 2017 2018 2019 2020
Pessoa Jurídica 27 15 12 15 19
Pessoa Física 72 19 19 30 61
Total / Ano 99 34 31 45 80
Fonte: LIMPURB, 2021.
A PMMS coloca como obrigação da Prefeitura Municipal de Salvador a disponibilização de locais
adequados para a organização de resíduos sólidos inertes aos pequenos geradores, com geração
menor ou igual a 2m³ de resíduos de construção civil. O município dispõe de dois Ecopontos em
funcionamento:
• Ecoponto Itaigara, localizado na Rua Wanderley de Pinho, no bairro homônimo, em
funcionamento desde 2014 (Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada.).
• Ecoponto Itapuã, inaugurado no ano de 2021, localizado em bairro homônimo, nas
proximidades da sede do Bloco Afro Malê Debalê, extinguindo um antigo ponto de
descarte irregular de resíduos sólidos (Erro! Fonte de referência não encontrada.,Erro!
Fonte de referência não encontrada. eErro! Fonte de referência não encontrada.).

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1186
Figura 1051. Instalações do Ecoponto Itaigara, em Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2021. (Imagens de 12 de dezembro de 2020).


Figura 1052. Contêineres para recebimento de RCC no Ecoponto Itaigara.

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1187
Figura 1053. Instalações do Ecoponto Itapuã

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Figura 1054. Contêineres para recebimento de RCC no Ecoponto Itapuã

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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1188
Figura 1055. Espaço interno para recebimento de resíduos sólidos urbanos do Ecoponto
Itapuã

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

Os dois Ecopontos são voltados para o recebimento de resíduos recicláveis, volumosos e


inservíveis, podas e resíduos da construção civil com volume máximo de 2m³/domicílio/dia, onde
estão dispostas caixas de 5m³ para acondicionamento temporário dos RCC. A importância dos
Ecopontos para o sistema de limpeza urbana reside no fato de que, nessas instalações, os RCC
de Classe A já vem segregados na origem (LIMPURB, 2019).
Além desse formato de acondicionamento, 45 (quarenta e cinco) contêineres elevados de
capacidade de 5m³ (Erro! Fonte de referência não encontrada.) estão espalhados ao longo dos 17
(dezessete) núcleos de limpeza (NL) do Município de Salvador (Erro! Fonte de referência não
encontrada.), os quais estão sob a responsabilidade dos consórcios de limpeza urbana.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1189
Figura 1056. Modelo de container de coleta de RCC

Fonte: LIMPURB, 2021.

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1190
Figura 1057. Localização das Caixas Para Resíduos da Construção Civil

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1191
Fonte: SALVADOR, 2017. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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1192
A LIMPURB possui controle da disposição desses contêineres elevados de capacidade de 5m³ e a
sua distribuição é apresentada na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 137. Distribuição dos contêineres para coleta de RCC nos logradouros públicos.
NL Local Bairro Qtde.
01 Praça Marquês de Olinda, 1113 Garcia 1
01 Rua Fortunato Benjamin Saback, 104 Macaúbas 1
04 Rua Progresso, 33 Curuzu 1
04 Rua Cosme e Damião São Caetano 2
04 Rua Professor Moura Bastos, 368 Iapi 2
04 Via Expressa (próximo à Bahia Secretaria da Baixa de Quintas 1
Cultura)
04 Rua das Almas, 193 Cidade Nova 1
06 Rua Nova do Calabar, 640 Barra 2
06 Av. Centenário, 1977-1975 Barra 1
06 Rua Souza Uzel, 117 Federação 2
07 Praça Nossa Sra. de Fátima, 2-20 - Área Federação 1
Limite da BCS Calabar
07 Ondina, Salvador - BA, 40170-010 Ondina 1
07 Av. Anita Garibaldi, 123 Garibaldi 1
07 Av. Anita Garibaldi, 163 Garibaldi 1
07 Ladeira do Alto da Bola, 32-36 Federação 2
07 Rua Pedro Gama, 184 Federação 1
07 Rua Sérgio de Carvalho, 85-93 Eng. Velho da Federação 1
07 Ladeira Cel. João de Deus, 38 Eng. Velho da Federação 1
07 Av. Vasco da Gama Eng. Velho da Federação 1
07 Rua São Pedro, 146-150 Santa Cruz 1
07 Rua do Futuro, 299-177 Santa Cruz 2
08 Rua Wanderley Pinho, 710 Itaigara 4
10 Rua da Jamaica, 13-7 Bairro da Paz 1
10 Alto do Abaeté, 46-50 Abaeté 4
12 3A Travessa Marluce Barreto Sales, 182-192 Arenoso 2
12 Rua da Bica Sussuarana 1
12 Rua Abelardo Barbosa Sussuarana 1
12 Rua São Cristovão, 359 Sussuarana 1
17 Rua das Cabaceiras Ilha Amarela 1
17 Rua da Palmeira Amarela Colina de Periperi 1
17 Rua Iriguaçú/Cocisa Paripe 2
Total 45
Fonte: LIMPURB, 2021.
As empresas cadastradas na LIMPURB e contratadas pelos grandes geradores são autorizadas
pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMOB) a instalar contêineres nos logradouros
para coleta de RCC, desde que a instalação desses acondicionadores esteja em conformidade
com o Código de Obras do Município, através da Lei nº 9.281/2017 e a Portaria Conjunta
SEDUR/TRANSALVADOR nº 346/2017.

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1193
A Resolução CONAMA nº 307/2002 afirma que “os resíduos da construção civil não poderão ser
dispostos em aterros de resíduos sólidos urbanos, em áreas de ‘bota fora’, em encostas, corpos
d'água, lotes vagos e em áreas protegidas por Lei”, sendo endossado pelo Decreto nº 12.133/98,
quando esse estabelece penalidades para os infratores das disposições estabelecidas acerca da
gestão dos RCC por parte dos grandes geradores, com sanções que podem variar de R$67,23 a
R$2.016,90, a depender da gravidade do caso.
Entretanto, observam-se pontos de acúmulos de RCC em vias públicas no Município de Salvador
(Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.). Além da
poluição visual, a disposição irregular desses materiais ocasiona a proliferação de vetores de
doenças, bem como possibilita o entupimento de galerias e bueiros, assoreamento de córregos e
rios e a contaminação de águas superficiais (OLIVEIRA, 2008).
Figura 1058. Ponto de descarte irregular de RCC no Bairro de Pituaçu

Fonte: Secretaria Geral de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, s.d.

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1194
Figura 1059. Descarte irregular de RCC em faixa de praia no Bairro de Massaranduba

Fonte: Secretaria Geral de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, s.d.


Figura 1060. Descarte irregular de RCC em logradouro no Bairro de Massaranduba

Fonte: Secretaria Geral de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, s.d.

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Figura 1061. RCC dispostos irregularmente no Bairro do Lobato

Fonte: Secretaria Geral de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro, s.d.


A LIMPURB dispõe de um serviço de ouvidoria, o Sistema Fala Salvador, que apontou que a
maior demanda de manifestações sobre limpeza urbana parte de solicitações relativas aos
serviços de Coleta e Transporte dos Resíduos da Construção e Demolição. Houve uma tendência
crescente, se considerado o período de 2016 a 2020, no qual representou cerca de 27,3% no ano
de 2016; 26,9% em 2017; 30% em 2018; 32,1%, em 2019, e 43,07% para o ano de 2020, de
todas as solicitações, conforme distribuído na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Figura 1062. Quantitativo de manifestações no Sistema Fala Salvador de RCC, período
2016-2020.

Fonte: LIMPURB, 2021.


NOTA: (1) Não foram apresentados os quantitativos específicos para esse tipo de atendimento nos anos de 2018 e 2019,
não significando a sua não ocorrência.

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1197
A LIMPURB é uma empresa pública, portanto, não tem poder de polícia. Entretanto, em apoio a
SEMOP, tem equipe de fiscalização, a qual tem dentre as suas atribuições, a de notificar pessoas
físicas e jurídicas quanto ao manejo inadequado de resíduos sólidos, de acordo com a gravidade
das infrações cometidas. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o quantitativo de
multas e notificações emitidas para os cidadãos, de 2016 a 2020, decorrentes principalmente da
disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos e das transportadoras não cadastradas,
assim como a receita arrecadada.
Tabela 138. Demonstrativo das Multas e Notificações
Ano Total de Notificações Total de Multas Receita (R$)
2016 346 - (1) -
2017 451 354 311.279,25
2018 222 291 268.862,28
2019 268 320 252.796,90
2020 224 340 250.336,44
Fonte: LIMPURB, 2021.
NOTA: (1) Quantitativo de multas e da receita arrecadada não informado para o ano de 2016.
Na coleta de resíduos da construção civil, a parcela de responsabilidade pública é de até 2m³ por
gerador. Entretanto, do total coletado inclui parte dos RCC proveniente do grande gerador, que
descarta aleatoriamente no logradouro público, nos chamados “pontos viciados”, e é removido pelos
caminhões de coleta. Para tanto, atualmente, são utilizados como formas de transporte, os
caminhões poliguindastes, pás carregadeiras e caçambas. A variação do número de
equipamentos utilizados é demonstrada no quadro abaixo, a qual está intrinsecamente
relacionada com a demanda de coleta de RCC, bem como com as mudanças contratuais com as
empresas contratadas para a realização do serviço, conforme Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Quadro 88. Distribuição da frota de coleta e transporte dos RCC, de 2016 a 2021
Ano Mecanismo de coleta e transporte
Executado por meio de 93 (noventa e três) veículos tipo caminhão carroceria e
2016 através de 106 (cento e seis) caixas estacionárias de 5m³ transportadas por 12
(doze) veículos poli guindastes.
Executado por meio de 106 (cento e seis) veículos tipo caçamba com
2017 carregamento manual/mecanizado e 5 (cinco) caixas estacionárias de 5m³
transportadas do Ecoponto por veículos do tipo poli guindaste.
Executado por meio de 66 (sessenta e seis) veículos tipo caçamba basculante e
08 (oito) pás carregadeiras, sendo o carregamento realizado manualmente e com
2018
máquina. Também foram utilizados veículos poli guindastes com capacidade de
transporte de caixas estacionárias de 5m³.
Executada por meio de 81 (oitenta e um) veículos tipo caçamba e de 6 (seis) pás
carregadeiras, com carregamento manual e com máquina, e também por veículos
2019
poli guindastes que transportam caixas estacionárias de 5m³ provenientes do
Ecoponto Itaigara e do Parque da Cidade.
Executada por meio de 79 (setenta e nove) veículos tipo caçamba basculante e
de 06 (seis) pás carregadeiras, sendo as formas de carregamento manual e
2020 mecanizada. Neste serviço, a coleta também pode ser realizada com veículos do
tipo poli guindastes, que transportam caixas estacionárias de 5m³ distribuídas no
município.

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1198
Ano Mecanismo de coleta e transporte
Executada por meio de 69 (sessenta e nove) caminhões basculantes, 08 (oito)
2021
caminhões poli guindastes e 08 (oito) pás carregadeiras.
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Os serviços de coleta (manual e mecanizada) e de transporte ao destino final de RCC são objetos
dos contratos nº 021/2018, estabelecido com o Consórcio Sotero Ambiental, vencedor do Lote 01,
e o de nº 022/2018, com o Consórcio ECOSAL, vencedor do Lote 02. No mês de setembro de
2020, os contratos supracitados foram renovados por mais 24 (vinte e quatro) meses. Os
contratos de terceirização para coleta de RCC são remunerados por preço fixo e não por tonelada.
Assim, o custo da coleta e transporte do contrato nº 021/2018 o valor é de R$ 1.864.517,54
enquanto o nº 022/2018 é de R$ 2.396.642,49.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a distribuição das empresas responsáveis
por coleta e transporte dos RCC ao longo dos núcleos de limpeza (NL) do Município de Salvador.
Quadro 89. Distribuição das empresas contratadas/consórcio para coleta e transporte dos
RCC por Núcleo de Limpeza
CONSÓRCIO/EMPRESAS NÚCLEO DE LIMPEZA
Consórcio SOTERO AMBIENTAL
06, 07, 08, 09, 10, 11, 12 e
SOTERO AMBIENTAL 15
Consórcio ECOSAL
MM CONSULTORIA CONSTRUÇÕES E SERVIÇOS LTDA 01 e 03
NATURALLE TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA 04 e 05
TORRE CONSTRUÇÕES LTDA 02 e 17
JOTAGÊ ENGENHARIA COMÉRCIO E INCORPORAÇÕES LTDA 13, 14 e 16
Fonte: LIMPURB, 2021.
Conforme a setorização estabelecida pela LIMPURB para os contratos de limpeza urbana,
atualmente, a coleta dos RCC é realizada somente nos Lotes 01 e 02, deixando o Lote 03,
condizente ao Núcleo de Limpeza (NL) nº 18, que corresponde aos bairros de Ilha dos Frades,
Ilha de Maré e Ilha de Bom Jesus dos Passos, sem a cobertura desse tipo de serviço. Assim, a
prestação do serviço de coleta e transporte dos RCC é realizada em 98,2% do Município de
Salvador.
Em geral, os resíduos da construção civil gerados na Ilha dos Frades, proveniente das localidades
de Ponta de Nossa Senhora, Loreto e Paramana, são reutilizados para aterramento na própria
ilha, ou depositados em um local, antes de serem encaminhado para a disposição final, o Aterro
Sanitário Hera Ambiental, localizado em São Francisco do Conde.
Na Ilha de Bom Jesus dos Passos foi identificada uma área denominada como “Buracão” pelos
moradores utilizada para o descarte de RCC. Esta localidade fica à beira da faixa de maré e,
durante os trabalhos de campo realizados para a escrita do presente documento, foi identificado
também o descarte de resíduos volumosos e de carcaças de animais invertebrados marinhos,
popularmente conhecidos como mariscos, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Figura 1063. Disposição inadequada de resíduos em Bom Jesus dos Passos (Área do
“Buracão”)

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


No bairro da Ilha de Maré, não há gerenciamento adequado dos RCC, sendo dispostos em
diferentes áreas nas localidades ou até mesmo lançados na faixa litorânea.
De acordo com informações da LIMPURB (2021), a quantidade coletada de resíduos sólidos
proveniente da construção civil realizada no Município de Salvador, se dá através do somatório
das quantidades coletadas pelas empresas contratadas pelo Poder Público, com a quantidade
coletada por empresas especializadas ou autônomos contratados pelo próprio gerador. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. informa o quantitativo de resíduos da construção civil
coletados nos anos de 2011 a 2020 pelo Poder Público, não se tendo o gerenciamento e
monitoramento das quantidades coletadas pelas empresas privadas.
Por não obter êxito sobre os dados junto à SEDUR, de modo a mapear os empreendimentos
geradores de RCC licenciados no Município de Salvador, não se pôde estimar o quantitativo de
resíduos da construção civil coletados por empresas especializadas ou autônomos contratados
pelo próprio gerador.
Tabela 139. Quantitativo de RCC parcela pública coletada, período 2011 – 2020.
Quantidade de RCC
% do RSU total coletado
Ano coletado pelo Poder
pelo Poder Público
Público (t)
2011 708.185,02 44,08
2012 741.784,00 44,95
2013 781.942,48 45,81
2014 819.310,86 46,68
2015 693.545,95 43,14

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1200
Quantidade de RCC
% do RSU total coletado
Ano coletado pelo Poder
pelo Poder Público
Público (t)
2016 729.270,39 46,58
2017 779.280,12 47,20
2018 731.437,60 44,71
2019 761.661,86 45,33
2020 768.231,60 44,79
Fonte: LIMPURB, 2021.
Cabe pontuar que os valores da geração devem ser ainda maiores, devido aos pontos de descarte
inadequados de RCC no município de Salvador. Comparado com o ano de 2015, a coleta de
resíduos da construção civil, em 2016, apresentou um acréscimo de 4,90%. A tendência persistiu,
sendo observado um aumento de 50.009,73 toneladas (6,86%), no ano de 2017. Entretanto, no
ano de 2018, decresceu em 6,14% quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Nos
anos seguintes, o volume de RCC gerados anualmente voltou a aumentar, obtendo taxa de
crescimento em 4,13% para o ano de 2019, e de 0,86% para o ano de 2020, representando uma
média diária de 2.462,28 toneladas.
A prestação dos serviços de gerenciamento de Resíduos da Construção Civil era realizada, até o
dia 31 de outubro de 2020, através de contrato de terceirização, pela empresa Águas Claras
Ambiental, sendo os resíduos destinados ao Aterro Águas Claras - Resíduos Classe A.
A partir de 1º de novembro de 2020 os resíduos passaram a ser destinados a Central de
Tratamento da Eucafi Engenharia e a Central de Tratamento da Águas Claras. As duas centrais
de tratamento passaram a receber os resíduos da construção civil e volumosos, conforme
apresentado no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Em ambos os casos, todos os equipamentos e insumos utilizados durante a operação são de
inteira responsabilidade do contratado.
Quadro 90. Destinação final dos RCC por lote de limpeza pública urbana
Núcleos de Limpeza (NL) Preço da tonelada de
Empresa Contratada LOTE
correspondentes RCC ($)
Eucafi Engenharia e Consultoria Ltda 01 06,07,09,09,10,11,12 e 15 23,30
Águas Claras Ambiental Central de 02 01,02,03,04,05,13,14,16 e 24,16
Tratamento e Beneficiamento de Resíduos 17
Ltda
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o quantitativo mensal dos resíduos da
construção civil coletados pelo Poder Público e encaminhados para o Aterro Águas Claras
Ambiental, totalizando 60.936 viagens. Salienta-se que a partir do final de outubro de 2020, esses
RCC passaram também a serem encaminhados para o Aterro de Inertes da Eucafi Engenharia e
Consultoria Ltda, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada., realizando 4.637 viagens
apenas nesses dois últimos meses.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1201
Quadro 91. RCC, parcela pública, aterrados por mês no Aterro Águas Claras Ambiental
RCC aterrados por mês (t)
MÊS 2020 2019 % variação
Janeiro 62.008,85 64.505,89 -3,87%
Fevereiro 60.186,11 56.330,57 6,84%
Março 59.585,69 57.703,57 3,26%
Abril 58.117,51 54.179,19 7,27%
Maio 60.854,51 55.472,35 9,70%
Junho 60.189,66 58.316,44 3,21%
Julho 62.562,31 61.490,73 1,74%
Agosto 63.723,71 62.713,00 1,61%
Setembro 62.355,18 62.437,80 -0,13%
Outubro 66.303,36 62.717,87 5,72%
Novembro - 61.899,83 -
Dezembro - 62.692,91 -
Total 615.886,88 720.460,15 -14,51%
Média Mensal 61.588,69 60.038,35 -
Média Diária 2.368,80 2.309,17 -
Fonte: LIMPURB, 2020.
Quadro 92. Demonstrativo de RCC e volumosos destinados às Centrais de Tratamento
Centrais de Tratamento de RCC e Volumosos / Empresa
2020
Mês Total
Águas Claras Eucafi
Novembro 34.294,64 26.899,60 61.194,24
Dezembro 36.142,34 27.098,52 63.240,86
TOTAL 70.436,98 53.998,12 124.435,10
Média Mensal 35.218,49 26.999,06 62.217,55
Média Diária 1.354,56 1.038,43 2.392,98
Fonte: LIMPURB, 2020.
Os Resíduos da Construção Civil, parcela pública que são destinados ao Aterro Águas Claras
Ambiental, que possui uma Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda. (Classe II-
B inertes), localizada no Município de Simões Filho, são submetidos a uma Unidade de
Beneficiamento que, no ano de 2019, transformou em agregado para uso na construção civil o
total de 958,19 toneladas de RCC, representando uma recuperação de 15% do entulho entregue
no Ecoponto do Itaigara. No geral, de todos os RCC destinados ao aterro supracitado, 30% do
total possui potencial para ser reciclado, mas apenas 10% dessa parcela efetivamente é
submetido ao processo.
A Central de Tratamento da Eucafi Engenharia está em fase de processo de implantação da
reciclagem e reaproveitamento de RCC.
Uma vez que fora estabelecido que todas as empresas responsáveis por obras do Município de
Salvador devem apresentar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo (SEDUR) o
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção, seu conteúdo mínimo pode considerar as

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1202
ações e planos para emergências e contingências quanto ao gerenciamento dos RCC. No
entanto, a LIMPURB, através das prestadoras de serviços apresenta no item 1.3.9 constante do
memorial descritivo do Plano de Contingência e de Emergência (Anexo VII), que será
apresentado completo com todas as componentes de saneamento básico no próximo produto a
ser elaborado integrando o PMSBI.
Conforme o documento elaborado pelo Consórcio e, executado pelas prestadoras de serviços de
limpeza urbana, são descritos os principais aspectos relacionados ao plano de contingência:

1. Em caso de acidente ou defeito do veículo de carga que impossibilite o seu funcionamento;


2. Em caso de acidente com derramamento de resíduos em áreas públicas;
3. Em caso de paralisação (greve) das equipes.

Um plano de contingência também é chamado de planejamento de riscos, plano de continuidade


de negócios ou plano de desastres. Possui como objetivo descrever as medidas a serem tomadas
por uma empresa para fazer com que seus processos voltem a funcionar plenamente ou em
níveis aceitáveis o mais rápido possível, evitando prejuízos ao sistema de gerenciamento de
limpeza urbano planejado.
Todo plano de contingência e emergência possui como princípios básicos a responsabilidade e a
sustentabilidade das funções de uma empresa. O mesmo deve ser utilizado apenas em período
de crise, mas sua revisão deve ser constante.
A crise ocorre em momentos inesperados e sempre traz consigo alguma mudança crítica, e
compreendem qualquer fato de grande impacto e inesperado, como um grave acidente,
alagamentos etc. Os motivos que geram a situação de crise podem ser internos, externos ou
formados por ambos (intermediário), como exemplificado a seguir: acidentes, mortes, inundações,
motins, destruição de propriedade, incêndios, greves, acidentes de trânsito, destruição de vias de
acesso, ameaças, perda de equipamentos, revoltas populares. Diante disso, tem-se que os tipos
de crises podem ser diversos e estarem ligados a conjuntura do momento. Quanto maior a
probabilidade de elas ocorrerem, maior será o empenho da equipe de planejamento em prevê-las
e desenvolver planos específicos. Assim, o fator mais importante é que a organização esteja
pronta para atender de forma imediata qualquer infortúnio e evitar que a situação seja tratada de
maneira incorreta.
Um plano de contingência, portanto, é definido como um conjunto de mecanismos e políticas de
mitigação de riscos ocasionados por casos emergenciais que podem ocorrer durante o Contrato,
sendo um fator chave na política de segurança, representando, no senso mais amplo, a garantia
que a organização tem que continuar a atender seus compromissos, haja o que houver. Como
objetivos destacam-se as seguintes ações:

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1203
• Preservação do patrimônio das empresas do Consórcio;
• Manutenção dos serviços prestados;
• Segurança do corpo funcional e, em caso de problemas, detecção das causas e origens em um
menor prazo possível, para minimizá-los;
• Retornar à situação normal em um tempo mínimo, com o menor custo e menor trauma possível.

Assim, nesse Plano de Contingência estarão estabelecidas as diretrizes que o Consórcio seguirá
em caso de interrupção dos trabalhos por acidente/defeito nos veículos de coleta; acidente com
derramamento de resíduos em áreas públicas e, em caso de paralisação (greve) das equipes, ou
por quaisquer outros motivos que deixem indisponíveis os recursos disponibilizados pelo
Consórcio. Ressalta-se que o objetivo principal do plano é proteger vidas, informações e as
instalações; antecipando os problemas e restaurando as atividades em caso de situações
inesperadas.
Já no Plano de Emergência estão sintetizados os procedimentos descritos para resolução de
eventuais incidentes e situações de emergência que possam ocorrer durante o Contrato. O
acidente ou defeito do veículo de carga que impossibilite o seu funcionamento, dentro do
planejamento das atividades de limpeza urbana, cujos valores para suprimento de equipamentos
e veículo em caso de danos durante a execução das atividades estão dimensionados, o que se
denomina reserva técnica (equivalente ao mínimo de 10% do total dimensionado).
No entanto, ocorrendo um comprometimento da frota e do ferramental acima da quantidade
inicialmente prevista, por qualquer motivo, o Consórcio se responsabilizará pela provisão de frota
e equipamentos, em caráter emergencial, de modo a suprir as necessidades e garantir a
continuidade dos serviços prestados. No caso de acidente com derramamento de resíduos em
áreas públicas, os agentes de limpeza serão orientados para evitar o rompimento dos sacos de
resíduos durante a execução do serviço de coleta. Caso ocorra a queda de resíduos em vias
públicas, os agentes de limpeza efetuarão seu recolhimento com a utilização de pás, vassouras e
demais ferramentas presentes nos veículos de coleta, de forma que as características originais do
local sejam restauradas, minimizando qualquer incômodo à população e minimizando também a
necessidade de repasses de varrição, de modo a auferir maior qualidade aos serviços. Caso
necessário, será acionada a equipe de lavagem de logradouros para efetuar o jateamento d’água
com pressão suficiente para a limpeza de todos os resíduos restantes e impregnados no
pavimento, de tal forma que o local afetado fique livre de sujeira, resíduos e odores
desagradáveis, pois será adicionado na água de lavagem produtos detergentes e aromatizantes,
possibilitando a desinfecção das vias. A água utilizada para a lavagem dos logradouros públicos é
retirada do poço situado na antiga sede da LIMPURB, na Avenida San Martin.

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1204
A Paralisação (Greve) das Equipes, ou o movimento grevista, pode ser caracterizado como a
suspensão coletiva e temporária, total ou parcial, da prestação pessoal de serviços, representa
um direito fundamental dos trabalhadores, sendo o seu exercício disciplinado por legislação
específica. De acordo com as prerrogativas previstas na legislação que rege as greves, o
movimento deverá ser comunicado com antecedência mínima de 72 horas do início da
paralisação, de modo que possam ser providenciadas as medidas para mitigação dos eventuais
transtornos originados. Assim, serão definidas medidas compensatórias aos grevistas, será
assegurado o emprego de meios pacíficos para persuadir os trabalhadores a aderirem à greve,
não ocorrendo violações e constrangimentos aos direitos e garantias fundamentais.
Por se tratar de um serviço essencial à comunidade, a entidade sindical dos trabalhadores deverá
manter equipes com objetivo de assegurar os serviços, prevenindo danos às pessoas ou prejuízo
irreparável pela deterioração de bens, além de garantir a manutenção das atividades necessárias
à retomada das atividades. Além disso, a administração pública poderá propor e participar da
negociação coletiva, de modo a garantir a satisfação das necessidades inadiáveis da comunidade.
O Consórcio comunicará aos usuários o início da paralisação e o cronograma para execução dos
serviços mínimos, com antecedência de 48 horas. De modo a evitar a ocorrência de movimentos
grevistas, a política de recursos humanos do Consórcio irá prever a constante valorização do
quadro funcional, através do oferecimento de benefícios, oportunidades de crescimento
profissional e estabelecimento de um canal direto de comunicação com os funcionários, além de
uma remuneração digna e condizente com a realidade das Empresas e da localidade. Deflagrado
algum movimento grevista, em qualquer setor que componha o escopo contratual, procurar-se-á
estabelecer o diálogo entre as partes, de modo a solucionar a questão no menor espaço de tempo
possível, garantindo, assim, o pleno funcionamento das atividades. Neste ínterim serão adotadas
as seguintes ações emergenciais que visam, sobretudo a manutenção da regularidade dos
serviços, após ciência e concordância da LIMPURB:
Contratação de pessoal temporário substituto, junto a firmas de locação de mão de obra de
pessoal temporário substituto; manutenção de um cadastro de trabalhadores temporários;
terceirização parcial dos serviços essenciais junto a firmas da região; aumento da utilização dos
recursos de pessoal e equipamentos não comprometidos.
Por fim, as emergências para causas naturais caracterizam-se como a ocorrência de chuvas
intempestivas e suas consequências, como deslizamentos de terra, alagamentos, entre outras
catástrofes naturais, que possam provocar a interrupção do acesso às áreas contempladas com
os serviços prestados. Também consta nesse anexo o Memorial Descritivo do Plano de
Manutenção de Máquinas e Equipamentos.

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1205
8.11. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS AGROSSILVOPASTORIS
De acordo com o manual de orientação para elaboração de Planos de Gestão de Resíduos
Sólidos do Ministério do Meio Ambiente (Ministério do Meio Ambiente, 2012), define-se Resíduos
Agrossilvopastoris:
São resíduos que precisam ser analisados segundo suas características orgânicas
ou inorgânicas. Dentre os de natureza orgânica deve-se considerar os resíduos de
culturas perenes (café, banana, laranja, coco, etc.) e temporárias (cana, soja,
milho, mandioca, feijão, etc.). Quanto às criações de animais precisam ser
consideradas as de bovinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos, aves e outros, bem
como os resíduos gerados nos abatedouros e outras atividades agroindustriais.
Também estão entre estes, os resíduos das atividades florestais (BRASIL. 2012,
p. 52).

Os resíduos de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, os fertilizantes e os produtos


veterinários e as suas diversas formas de embalagens.
Os grandes volumes de resíduos gerados e as características daqueles que são de natureza
orgânica têm pautado a discussão das possibilidades de seu aproveitamento energético, visando
a redução das emissões causadas por eles (MMA, 2012).
Conforme o Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2012), fazem parte do grupo dos resíduos
orgânicos aqueles de culturas perenes ou temporárias, resíduos provenientes da criação de
animais ou abatedouros, além das atividades florestais.
Segundo Nolasco (2000), o resíduo florestal trata-se do material proveniente da colheita ou
processamento da madeira e de outros produtos florestais que não possuem utilidade definida
durante o processo, por limitações tecnológicas ou de mercados, sendo descartado durante a
produção.
Os resíduos de madeira são classificados em sua composição como lignocelulósicos, por
conterem majoritariamente lignina e celulose, e podem ser provenientes de atividades industriais
ou rurais (TEIXEIRA, 2005). Como exemplos podem ser citados os rejeitos da madeira ou
indústria da madeira, considerando móveis usados, restos de madeira de demolições, resíduos do
beneficiamento de produtos agrícolas, postes, estacas, dormentes, paletes e embalagens em fim
de vida (QUIRINO, 2004).
Para o Município de Salvador, observa-se o quantitativo de resíduos sólidos agrossilvopastoris
classificando-os como orgânicos ou inorgânicos, conforme ilustrado a seguir.

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1206
1- Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris - ORGÂNICOS
O Município de Salvador não apresenta grandes destaques na produção da agricultura e pecuária,
os tipos de culturas são observados na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 140. Principais Cultivos do Município de Salvador no ano de 2019
Setor Culturas Produção Unidade
AGRICULTURA
Mandioca 15 Toneladas
(Temporária)
AGRICULTURA
Banana 01 Cacho
(Perene)
Bovinos 365 Cabeças
Caprinos 40 Cabeças
PECUÁRIA Equinos 204 Cabeças
Ovinos 41 Cabeças
Suínos 64 Cabeças
Fonte: IBGE, 2019.
Não foi possível obter a estimativa da quantidade de resíduos sólidos orgânicos gerados nas
atividades apresentadas anteriormente, uma vez que o município não possui sistemas de
acompanhamento/monitoramento que favoreça a estimativa da massa e volume desses resíduos.
Quanto a relação de abatedouros e agroindústrias, observa-se a partir do Erro! Fonte de
referência não encontrada., os principais empreendimentos vinculados com as atividades
inseridas no município.
Quadro 93. Lista de empreendimentos associados com atividade de abate de animais em
Salvador.
Quantidade
Denominação do
CNPJ Razão Social de CNAE
CNAE
Funcionários
13.781.590/0001- CMP de Farias Eireli 74 C1011201 Frigorífico - abate de
89 bovinos
10.980.750/0002- JF Agropecuaria Eireli 204 C1011201 Frigorífico - abate de
01 bovinos
14.668.990/0001- Abatedouro de Aves o Galeto 02 C1012101 Abate de aves
45 Ltda
15.161.086/0004- Jose Arivaldo da Cruz - ME 05 C1012101 Abate de aves
54
07.651.399/0001- Bahia File Alimentos Ltda 05 C1013901 Fabricação de produtos
10 de carne
10.991.177/0001- Delicatto Industria e Comercio 33 C1013901 Fabricação de produtos
50 de Alimentos Ltda de carne
08.960.738/0001- RJ Industria Comercio e 100 C1013901 Fabricação de produtos
02 Armazenamento de Alimentos de carne
Ltda
07.987.727/0001- Industria e Comercio de 85 C1013902 Preparação de
53 Graxaria Salvador Ltda subprodutos do abate
08.102.058/0001- Pescaria Industria, Importação, 60 C1020101 Preservação de peixes,
58 Exportação e Comercio de crustáceos e moluscos
Alimentos Ltda
Fonte: Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB, 2021.

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1207
O crescimento do setor Agrossilvopastoris nos últimos anos tem provocado o aumento da geração
de resíduos dessas atividades, ampliando o manejo, tratamento e a disposição final. Nesse
sentido, o manuseio deve ser planejado para um melhor tratamento causando assim um menor
impacto negativo no meio ambiente e diminuindo o volume de rejeito.
Os grandes volumes de resíduos gerados e as características de natureza orgânica têm pautado a
discussão das possibilidades de seu aproveitamento energético, inclusive para a redução das
emissões de gases de efeito estufa (GEE) por eles causadas. Atividades agropecuárias, por
exemplo, oferecem grandes volumes de resíduos provenientes das fezes dos animais, associados
aos resíduos verdes, com grande potencial de geração de gás e de compostos orgânicos, como a
implantação de biodigestores.
Nesse sentido, cada vez mais devem ser estudadas as tecnologias de tratamento dos resíduos
orgânicos agrossilvopastoris, para se conseguir aplicar o procedimento mais eficiente que trate o
resíduo e gere energia.
2- Resíduos Sólidos Agrossilvopastoris - INORGÂNICOS
Os resíduos agrossilvopastoris de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, fertilizantes,
produtos de uso veterinário e seus recipientes e embalagens. Para parte desses resíduos sólidos
(embalagens de agrotóxicos e fertilizantes), entende-se que o destino adequado ambientalmente
é aquele vinculado com iniciativas do empreendimento em sistema de logística reversa.
A Lei nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), apresenta um
instrumento de gestão para o gerenciamento adequado para os resíduos que se aplicam a
logística reversa. Este instrumento se caracteriza pelo desenvolvimento econômico e social
através de um conjunto de ações, procedimentos e meios visando viabilizar a coleta e a restituição
dos resíduos sólidos ao setor empresarial.
Os resíduos poderão ser reaproveitados em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos ou, serem
dirigidos à disposição final ambientalmente adequada, quando esgotadas todas as possibilidades
de reuso, reciclagem e tratamento.
Dessa forma, as parcerias estabelecidas e os convênios firmados com empresas e entidades
permitiram a implantação de centrais de recebimento de embalagens e recipientes no Brasil, que
hoje ajudam a reduzir o número de embalagens abandonadas na lavoura, estradas e às margens
de mananciais d’água.
As embalagens vazias de agrotóxicos são classificadas como “resíduos perigosos”, pois
apresentam elevado risco de contaminação humana e ambiental se descartadas sem o controle
adequado. Através do Decreto Federal nº 4.074/2002, ocorreu a regulamentação das Leis nº
7.802/1989 e nº 9.974/2000, dividindo a responsabilidade sobre a destinação ambientalmente

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1208
adequada das embalagens a todos os segmentos envolvidos diretamente com os agrotóxicos:
fabricantes, revendedores, agricultores (usuários) e poder público (fiscalizador).
Com a necessidade do atendimento das questões propostas na Lei Federal nº 9.974, de 06 de
junho de 2000, e Decreto Federal nº 3.550, de 27 de julho de 2000, a Associação Nacional de
Defesa Vegetal (ANDEF) e a Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e
Veterinário (ANDAV) redigiram o manual de orientação para os revendedores a fim de facilitar o
entendimento da nova legislação.
Art. 20 Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos
sólidos:
(....)
V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo órgão
competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.
(....)
Art. 33 São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,
mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas
técnicas. (BRASIL, 2010, p. 15-16;20).

Já para o segmento de fertilizantes, a legislação vigente não contempla a destinação das


embalagens, sendo que estatísticas e informações sobre o retorno ou a finalidade das
embalagens são praticamente inexistentes.
A mesma situação se reflete para as embalagens de medicamentos veterinários. A estrutura legal
sobre produtos veterinários no Brasil contempla os Decretos Federal nº 467/1969, Lei nº
1.662/1995, Lei nº 5.053/2004, Lei nº 6.296/2007 e Lei nº 6.198/1974 e, é de responsabilidade
exclusiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Essa legislação dispõe
sobre a fiscalização de produtos de uso veterinário, dos estabelecimentos que os fabricam,
definem os produtos da indústria veterinária e dão outras providências, estabelecendo a
obrigatoriedade da fiscalização da indústria, do comércio e do emprego de produtos veterinários
em todo o País, não apresentando menções, entretanto, sobre normas e/ou regras para o destino
das embalagens vazias.
Não foi possível obter a estimativa da quantidade de resíduos sólidos inorgânicos gerados nas
atividades apresentadas anteriormente, uma vez que o município não possui sistemas de
acompanhamento que favoreça a estimativa da massa e volume desses resíduos.
Também não foi possível obter as informações relativas as formas de coleta, acondicionamento,
transporte, destinação e disposição final, visto que os órgãos e entidades que foram solicitados
tais dados não responderam os questionamentos enviados, além disso, a entrevista presencial
não foi possível devido a pandemia da COVID-19, através do cumprimento do protocolo da OMS.
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8.12. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE
TRANSPORTE
Os Resíduos de Serviços de Transportes (RST) são aqueles gerados em portos, aeroportos,
terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira (BRASIL, 2010).
Esses resíduos são diferenciados dos demais, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente
(MMA, 2012), por serem capazes de veicular certos tipos de doenças entre municípios, estados e
países.
De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS), no seu artigo 20º, dita que todos os responsáveis pelos terminais e outras
instalações dos serviços de transporte estão sujeitos a elaboração de Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS).
No município de Salvador pertencem a esta categoria o Terminal Rodoviário, o Aeroporto
Internacional Luís Eduardo Magalhães (LEM), o Porto, as Estações Ferroviárias e as Estações
Metroviárias.
Segundo o MMA (2012), os tipos mais comumente gerados nesse tipo de serviço são os
orgânicos provenientes da lanchonete, sucatas e embalagens em geral, material de escritório,
como os papéis, lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos contaminados com óleo e resíduos da
manutenção dos veículos.

8.12.1. TERMINAL RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS DE SALVADOR


O Terminal Rodoviário de Salvador é o único que atende a todo o Município de Salvador,
localizado na Avenida Antônio Carlos Magalhães, nº 4362, no bairro de Pernambués, no próprio
município. Administrado pela empresa privada Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e
Turístico Ltda. (SINART).
A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece que o gerador dos resíduos de serviço de
transporte rodoviário é responsável pela implementação de programas para uma boa gestão de
resíduos, manejo, tratamento e disposição adequada.
Os resíduos de serviços de transporte podem ser classificados em duas classes, segundo ABNT
10.004/2004, conforme a periculosidade: Classe I (resíduos perigosos) e a Classe II (resíduos não
perigosos).

• Todo e qualquer resíduo, quando não destinado de forma correta de potencial para gerar sérios
danos ambientais. São exemplos de resíduos gerados nos serviços de transportes de modo geral
(portos, rodoviárias, ferroviários e de aeroportos):
• Resíduo orgânico gerados em praças de alimentação dos terminais rodoviários, ferroviários e de
aeroportos;

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1210
• Pallets ou caixas de madeiras para acondicionamento das mercadorias;
• Plástico de embalagens ou peças plásticas da manutenção de veículos, aeronaves, etc..;
• Óleos lubrificantes inutilizáveis;
• Material higiênico;
• Lâmpadas fluorescentes.

No dia 17 de maio de 2022, foi realizada visita técnica, entrevista e aplicação de questionário com
a empresa vencedora da licitação, o Novo Terminal Rodoviário de Salvador (NTRS), na figura do
Sr. Adevaldo Santos, bacharel em administração, Gerente de Operações do Terminal,
responsável pela coordenação das atividades vinculadas com a gestão de resíduos.
O terminal rodoviário tem três plataformas de transporte com 18 vagas, por plataforma, para
ônibus rodoviários municipal e estadual. Sua capacidade aproximada é de dois milhões de
pessoas por mês e nos primeiros cinco meses de 2022 teve uma média de utilização de 450 mil
pessoas/mês, funcionando 24h por dia, sete dias na semana.
No terminal rodoviário os resíduos são recolhidos em coletores comuns, sem seletividade, ao
longo da estação, próximos aos pontos de geração como lanchonetes, lojas, etc. Os resíduos
administrativos seguem o mesmo princípio da coleta no terminal. Tal logística interna é executada
por 60 (sessenta) agentes de limpeza (instruídos por supervisores), divididos por turno e
folguistas.
O PGRS ainda está em fase de elaboração para a nova rodoviária, o atual prédio será
desapropriado futuramente. A presente sede opera sem um PGRS, bem como sem plano de
emergência, desde o início de operação e após a licitação, onde NTRS assumiu operação. O
responsável não soube informar se existia plano anterior. Não existem relatórios mensais de
controle de resíduos. Todavia, os resíduos são coletados pelo Consórcio Salvador Ambiental,
identificado o equipamento urbano como grande gerador. A Figura 1064 apresenta o tipo de
acondicionador interno utilizado no Terminal Rodoviário de Salvador.

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Figura 1064. Acondicionador interno comum no Terminal Rodoviário de Salvador

Fonte: CSB Consórcio, 2022.

8.12.2. AEROPORTO EM SALVADOR


O Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, localizado em Salvador, é o único que atende
a toda região. Ele fica na Praça Gago Coutinho, no bairro de São Cristóvão, no próprio Município,
administrado pela empresa privada francesa VINCI Airports, desde 02 de janeiro de 2018, por
meio de um contrato de concessão de 30 anos.
Segundo funcionários do Aeroporto de Salvador, ele se destaca por ações de conservação
ambiental, a exemplo do reaproveitamento de 100% da água consumida, por não dispensar
resíduos sólidos para aterros e ter uma usina solar.
Ainda segundo informações da empresa gestora do Aeroporto, os resíduos gerados no Aeroporto
de Salvador são 100% coletados e destinados, sem a intervenção da PMS, para a correta
destinação, onde são utilizados como matéria-prima para reciclagem e o coprocessamento dos
materiais orgânicos e dos não recicláveis, geração de energia e matéria prima para cimento.

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Estima-se uma geração e coleta de 1.300 toneladas de resíduos sólidos por ano, os quais são
reintroduzidos no processo produtivo, adotando assim o conceito de economia circular, onde os
materiais possam ser sempre reutilizados e reciclados mantendo o ciclo de vida do produto onde
os resíduos são substituídos por uma visão contínua e cíclica da produção., atendendo aos
requisitos do modelo de sustentabilidade da empresa. Ou seja, 100% dos resíduos deverão ser
destinados para tratamento com tecnologias de reciclagem, como compostagem,
coprocessamento, entre outros, conforme meta da administração do Aeroporto de “Aterro Zero”.
A classificação dos resíduos sólidos, no contexto da operação do Aeroporto de Salvador, segue o
quanto disposto na Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) nº 56, de 06
de agosto de 2008, que prevê:
- Classe A: resíduos que apresentam risco potencial ou efetivo à saúde pública e ao meio
ambiente devido à presença de agente biológicos consideradas as características de virulência,
patogenicidade ou concentração;
- Classe B: resíduos que contém substâncias químicas e que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente;
- Classe C: enquadram-se neste grupo os rejeitos radioativos;
- Classe D: resíduos que não apresentam risco biológico químico ou radioativo à saúde ou ao
meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares;
- Classe E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como: lâminas de barbear, agulhas,
escalpes, ampolas de vidro, brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas de bisturi,
lancetas, utensílios de vidro quebrados e outros similares.
Desse modo, o Erro! Fonte de referência não encontrada., apresenta os tipos de resíduos sólidos
que são gerados por grupo durante as atividades operacionais, segundo enquadramento da
classificação pela concessionária.
Quadro 94. Resíduos gerados no aeroporto de Salvador

Tipo de Resíduo Grupo Gerador


Resíduos Sólidos Internacionais com
demandas por órgão competentes A Empresas Aéreas
(ANVISA/VIGIAGRO)
Resíduos Sólidos Vigilância Sanitária Vigilância Agropecuária
A Internacional –
VIGIAGRO
Resíduo de Limpeza e Desinfecção de
A Empresas Aéreas
Sanitário de Bordo
Resíduos gerados pelos serviços de
Equipe Fauna
atendimento médico/ veterinário e A
Serviço Médico
odontológico
Animais Mortos A Equipe Fauna
Pilhas e Baterias B Empresas Aéreas,

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1213
Tipo de Resíduo Grupo Gerador
Órgãos Públicos,
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Resíduo Farmacêutico B Farmácia
Material Contaminado com Empresas Aéreas,
Óleo/Tinta/Solventes Órgãos Públicos,
B
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Óleo Lubrificante usado Empresas Aéreas,
B
Concessionária
Empresas Aéreas,
Lâmpadas Queimadas Órgãos Públicos,
B
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Pneus Inservíveis Empresas Aéreas,
B
Concessionária
Resíduo Tecnológico Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
B
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Resíduo de Amianto B Concessionária
Descarte de Cilindro de gases de ar Empresas Aéreas,
condicionado Órgãos Públicos,
B
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Resíduos Radioativos C Não Gerado
Resíduo Orgânico Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Sucata de Papel/Papelão Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Sucata de Madeira Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Sucata de Plástico Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Sucata de Latinhas Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Sucata de Vidro Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1214
Tipo de Resíduo Grupo Gerador
Sucata de Metal Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Descarte de Bombonas de Produto Químico Concessionária, Lojas,
B
Restaurantes
Entulho B Concessionária
Resíduos de Desobstrução de esgoto/caixa Concessionária,
D
de gordura/ETE Restaurantes
Componentes Elétricos (fios/cabos) Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Filtros de Ar condicionado Empresas Aéreas,
Órgãos Públicos,
D
Concessionária, Lojas,
Restaurantes
Óleo de Cozinha D Restaurantes
Materiais Perfurocortantes ou Escarificantes Equipe Fauna, Serviço
E
Médico
Fonte: Concessionária do Aeroporto de Salvador*, 2021
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Concessionária do Aeroporto de
Salvador, no ano de 2021.
A gestão dos resíduos sólidos no Aeroporto de Salvador compreende também o licenciamento
ambiental para funcionamento das suas atividades, conforme Portaria do Instituto do Meio
Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), nº 22.096, com validade final para 15 de janeiro de 2029.
Além disso, possui um Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) para controle
específico das diversas fontes de geração de resíduos presentes ao longo de toda a sua
operação. Nesse sentido, o PGRS se apresenta como um conjunto de procedimentos e diretrizes
necessários à prevenção, mitigação e correção de impactos ambientais decorrentes da geração,
manipulação e disposição de resíduos sólidos oriundos da operação do aeroporto. Para
destinação dos seus resíduos, o aeroporto possui um contrato celebrado com empresas
licenciadas, tanto para transporte quanto para o tratamento final destes resíduos, apresentando
uma alternativa diferente dos principais terminais de transporte público do município, os quais
encaminham parte dos resíduos para aterro sanitário.
A classificação dos resíduos sólidos após geração é: recicláveis, papel toalha, não recicláveis,
orgânicos, rejeitos e infectantes. Em todas as atividades do aeroporto os resíduos são segregados
conforme estabelecidos no Erro! Fonte de referência não encontrada..

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1215
Quadro 95. Classificação do Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Tipo de Resíduo Cores (1) Resíduos Permitidos Observações
Plásticos – Filme, PET, Embalagens sujas, com
Embalagem de Produtos resto de alimentos, líquidos,
de limpeza, PVC, Acrílico, sangue de carnes etc.
Mangueira, Isopor, Copos Devem ser enxaguadas
descartáveis etc. antes do descarte para evitar
Papéis – Papelões, papel mau odor, atração de vetores
Recicláveis Azul branco, colorido, kraft, e perda da propriedade de
revistas, jornais, caixas reciclagem dos resíduos
de ovos etc. (aumento de custo).
Vidro – garrafas etc. Caso sejam gerados vidros
Metais – Latas de quebrados, acondicionar em
refrigerante, cerveja, embalagem rígida (papelão,
ferro, inox, alumínio etc. garrafa PET) e identificar,
Madeira – Caixotes, para que sejam evitados
cabos de vassoura etc. acidentes.
Não Recicláveis Cinza Varrição, pano velho, -
esponja usada, chicletes
etc.
Embalagens sujas, com
resto de alimentos, líquidos,
Plástico – Filme, PET, sangue de carnes etc.
Isopor, copos Devem ser enxaguadas
descartáveis etc. antes do descarte para evitar
Recicláveis (praça de Papéis – Papelões, papel mau odor, atração de vetores
alimentação) Amarelo branco, colorido, kraft, e perda da propriedade de
revistas, jornais etc. reciclagem dos resíduos
Vidros – Garrafas etc. (aumento de custo).
Metais – Latas de Caso sejam gerados vidros
refrigerante, cerveja etc. quebrados, acondicionar em
embalagem rígida (papelão,
garrafa PET) e identificar,
para que sejam evitados
acidentes.
Orgânico (praça de Laranja Resto de comida -
alimentação)
Resto de comida em
cocção ou preparados,
resto de comidas in
Orgânicos Marrom natura, cascas de frutas e -
legumes, alimentos
impróprios para consumo
etc.
Papel Toalha Verde Papel toalha usado, -
utilizado para secar as
mãos
Infectantes Branco Máscaras, luvas, etc. -
Sanitários Preto Papel higiênico usado, -
absorventes, fraldas, etc.
É proibido o lançamento de
qualquer tipo de óleo de
cozinha usado ou gordura
Óleo usado - Óleo de cozinha usado nos ralos, pias, vasos
sanitários etc. Deve ser
acondicionado em bombonas
específicas para esse tipo de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1216
Tipo de Resíduo Cores (1) Resíduos Permitidos Observações
resíduo.
Fonte: Concessionária do Aeroporto de Salvador*, 2021.
NOTA (1): CONAMA 275/2001 Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de acondicionamento de resíduos,
além da adaptação da própria administração do Aeroporto.
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Concessionária do Aeroporto de
Salvador, no ano de 2021.
Desta forma, de acordo com informações coletadas através de questionário aplicado a
concessionária do Aeroporto, o gerenciamento dos resíduos da operação do aeroporto, bem como
de todas as atividades correlatas, subdivide-se nas seguintes etapas: geração; classificação;
acondicionamento; coleta interna; armazenamento intermediário; transporte interno; segregação;
tratamento e destinação final; reciclagem; reuso; logística reversa; incineração; compostagem;
coprocessamento; entre outros.
Por sua vez, a coleta dos resíduos do Aeroporto subdivide-se em dois tipos e é realizada por
empresa subcontratada pela concessionária, tanto no Terminal de Passageiros (TPS) (coleta
interna), quanto no Terminal de Cargas Internacional (TECA) (coleta externa).
A coleta interna no TPS é realizada por meio de coletor e da utilização de contêineres de 700
litros, nas áreas administrativas, escritórios, restaurantes, lojas, cafés e outras áreas comerciais. A
coleta externa é executada através de um caminhão com plataforma elétrica nas áreas do TECA,
além de outras áreas externas de responsabilidade do Aeroporto. A destinação dos resíduos é
efetivada por empresas subcontratadas que são licenciadas tanto para o transporte quanto para o
tratamento final dos resíduos.
Ademais, o grupo VINCI Airports, controlador dessa Concessionária, possui uma política
ambiental global chamada “AIRPact”. No âmbito desta política, uma das metas do grupo é atingir
a marca de todos os Aeroportos como Aterro Zero, ou seja, 100% dos resíduos deverão ser
destinados para tratamento com tecnologias de reciclagem, como compostagem,
coprocessamento, entre outros.
Além disso, a Lei Federal nº 12.305/2010 institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que
deve ser seguida pelos grandes geradores no Brasil. Sendo assim, segundo técnicos operacionais
do setor de meio ambiente do Aeroporto, a concessionária tem procurado alternativas nobres para
destinação final dos seus resíduos conforme a Política Ambiental Global.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a relação de empresas subcontratadas por
esta Concessionária, para coleta, transporte, destinação e tratamento final.
Quadro 96. Tratamento e Disposição Final de Resíduos
Resíduo Tratamento Empresa
Papel Reciclagem CSP Comércio
Plástico Reciclagem CSP Comércio
Vidro Reciclagem CSP Comércio
Metal Reciclagem CSP Comércio

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1217
Resíduo Tratamento Empresa
Infectante Autoclavagem/Incineração RETEC
Orgânico Coprocessamento Ecológica Nordeste
Lâmpadas Reciclagem IVOMAX
Madeira Reciclagem CSP Comércio
Entulho Reciclagem CSP Comércio
Tecnológico Reciclagem VLR
Óleo Lubrificante Usado Reciclagem Lwart
Fonte: Concessionária do Aeroporto de Salvador*, 2021.
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Concessionária do Aeroporto de
Salvador, no ano de 2021.
No âmbito das competências e responsabilidades para o manejo dos resíduos, o Programa de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos foi elaborado e é executado pela empresa gestora do
Aeroporto, o grupo VINCI Airports, controlador dessa Concessionária que possui uma política
ambiental global e abrange as áreas diretamente afetadas pelo Aeroporto tem como público-alvo
os colaboradores desta Concessionária, empresas envolvidas na operação do Aeroporto,
prestadores de serviços em geral, bem como usuários, passageiros e fornecedores. A Erro! Fonte
de referência não encontrada. a seguir ilustra o fluxograma do gerenciamento de resíduos sólidos
no Aeroporto de Salvador.
Figura 1065. Fluxograma do gerenciamento dos Resíduos Sólidos

Fonte: Concessionária do Aeroporto de Salvador*, 2021.


NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Concessionária do Aeroporto de
Salvador, no ano de 2021.
Em relação ao plano de emergência e contingência, salienta-se sua definição pelo Aeroporto, em
elaboração conjunta com todas as empresas de coleta e destinação final de resíduos sólidos,
assim como para a coleta interna por meio de contêineres e caminhão próprio.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1218
8.12.3. ESTAÇÕES METROVIÁRIAS
O município possuía, até fevereiro de 2021, um Sistema de Ferrovia Municipal (Sistema
Ferroviário do Subúrbio de Salvador). O sistema era administrado pela empresa estatal
Companhia de Transporte do Estado da Bahia (CTB) e possuía uma única linha que ligava a
Cidade Baixa ao Subúrbio Ferroviário. O trajeto total de 13,5 km entre os terminais na Calçada e
em Paripe era composto por dez estações. O sistema foi permanentemente fechado, para dar
lugar a um sistema de monotrilho (VLT) que será construído em seu lugar.
De modo complementar ao sistema ferroviário do município, constata-se que Salvador possui um
sistema metroviário.
O Sistema Metroviário de Salvador é operado desde 2014 pela CCR Metrô Bahia, por um período
de 30 anos, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP). Atualmente, a CCR Metrô Bahia
opera duas linhas, com 33 km de extensão, 20 estações, 8 terminais de integração com ônibus,
frota de 40 trens, emprega cerca de 1.500 colaboradores. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. ilustra a localização das estações metroviárias e terminais rodoviários.
Figura 1066. Localização das estações Metroviárias e Terminais Rodoviários no Município
de Salvador

Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.


O contrato de concessão prevê ainda a expansão da Linha 1 (que já se encontra em obras) até
Águas Claras/Cajazeiras e, da Linha 2 até Lauro de Freitas (município limítrofe de Salvador),
totalizando 42 quilômetros de extensão, 23 estações e 10 terminais de ônibus integrados.
O sistema metroviário de Salvador funciona todos os dias das 05h às 0h, prevendo uma
circulação média total de 110 mil pessoas por dia (40 milhões de pessoas por ano) e 400 viagens

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1219
por dia (140 mil viagens ao ano). Tal sistema apresenta estruturas de coletores separados em
orgânicos, recicláveis e rejeitos.
A Companhia do Metrô da Bahia (CMB) possui o Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos
(PGRS), o qual descreve as ações relativas ao seu manejo, contemplando os aspectos referentes
à minimização na geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta e transporte
interno, armazenamento, coleta e transporte externo, tratamento e disposição final dos resíduos
gerados nos processos administrativos e operacionais.
O PGRS possibilita mapear todos os resíduos, permitindo que sejam gerenciados de forma
apropriada e segura, a fim de controlar e reduzir riscos ao meio ambiente, assegurando o seu
correto manuseio e disposição final, atendendo à toda legislação vigente aplicável e inerente ao
gerenciamento de resíduos.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. abaixo descreve os diferentes tipos de resíduos
sólidos gerados, a sua classificação, unidade geradora, seu acondicionamento e o volume gerado
estimado para o ano de 2021.
Quadro 97. Principais tipos de resíduos gerados pela Companhia de Metrô da Bahia.
UNIDADE VOLUME
ITEM RESÍDUO CLASSE ACONDICIONAMENTO
GERADORA ESTIMADO
1 Vidro IIB Prédio ADM Coletor verde 3 t/ano
2 Papel e papelão IIA e Operação Coletor azul 11 t/ano
3 Metais IIB Coletor amarelo 50 t/ano
4 Plástico IIB Coletor vermelho 4 t/ano
5 Não reciclável úmido IIA Coletor cinza 550 t/ano
(resíduo de copa,
salas administrativas
e banheiros)
6 Entulho IIB Coletor cinza 55 t/ano
7 Madeira IIA Coletor preto 30 t/ano
8 Resíduo de saúde I Coletor branco 0,45 t/ano
9 Eletroeletrônico I Coletor laranja 3 t/ano
10 Não reciclável seco IIA/B Área de Coletor cinza 12 t/ano
11 Mix resíduo perigoso I Manutenção Coletor laranja 11 t/ano
(embalagens
plásticas
contaminadas, EPIs
usados ou
contaminados,
estopas
contaminadas)
12 Lâmpadas I Coletor laranja 5.000 uni/ano
Fluorescentes
13 óleo lubrificante I Coletor laranja 2 m³/ano
usado
14 Pneus IIB Granel 30 unid/ano
15 Pilhas e Baterias I Coletor laranja 1 t/ano
Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1220
Segundo operadores da CCR Metrô Bahia, são disponibilizados coletores com base na Resolução
CONAMA n° 275/2001, próximos às fontes geradoras de resíduos e identificados de acordo com o
tipo de resíduo a ser acondicionado para o correto manuseio e acondicionamento. Todos os
colaboradores são instruídos para realizar a coleta seletiva. Da Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão ilustrados os acondicionadores nas
unidades geradoras.
Figura 1067. Acondicionadores de resíduos sólidos na CCR Metrô Bahia

Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.


Figura 1068. Tipos de acondicionadores de resíduos sólidos nas unidades da CCR Metrô
Bahia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1221
Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.
A CCR Metrô Bahia possui um pátio, localizado na Rua Afeganistão, no bairro do Pirajá, onde se
encontra a Central de Resíduos Sólidos. A estrutura foi desenvolvida para armazenar todos os
resíduos sólidos não perigosos, com exceção dos resíduos sólidos orgânicos. O espaço possui
uma estrutura de cobertura, piso impermeabilizado, revestimento lateral com azulejos, calha de
drenagem, ventilação natural e equipamentos de combate a incêndio. A Erro! Fonte de referência
não encontrada. ilustra a Central de Resíduos Sólidos.
Figura 1069. Central de Resíduos Sólidos da CCR Metrô Bahia

Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.


Além do pátio apresentado anteriormente, a companhia possui também uma central destinada
para armazenamento dos Resíduos Sólidos Perigosos. A estrutura é composta por salas
independentes que possuem ventilação natural, calha de drenagem e sistema de combate a
incêndio (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Os Resíduos Perigosos Sólidos são
acondicionados em big-bags ou bombonas, com exceção das lâmpadas fluorescentes, que são
armazenadas em caixas apropriadas com filtro de carvão ativado. Já os resíduos perigosos
líquidos são acondicionados em tambores ou bombonas, homologadas pelo INMETRO.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1222
Figura 1070. Estrutura para resíduos perigosos da CCR Metrô Bahia

Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.


A CCR Metrô Bahia apresenta uma área específica para armazenamento dos Resíduos Não
Recicláveis Úmido (orgânico), constituídos pelos resíduos sólidos gerados nas copas e banheiros
das instalações do Pátio Pirajá (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 1071. Acondicionadores para Resíduos Não Recicláveis úmido (Orgânico)

Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.


O Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir ilustra as empresas que possuem contrato
com a CCR Metrô Bahia vinculado com o transporte dos resíduos sólidos. O valor de faturamento
pela coleta, transporte e destinação (não fornecidos pela CCR Metrô Bahia) tem como base no

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1223
peso, volume, ou por unidade, a depender de cada resíduo - com exceção dos resíduos
recicláveis dos tipos papel, papelão e plástico, que são doados para a cooperativa parceira sem
nenhum custo com o transporte.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1224
Quadro 98. Empresas transportadoras de Resíduos Sólidos e destinação
ITEM RESÍDUO TRANSPORTADOR DESTINAÇÃO
1 Vidro Eccomar - Caminhão Baú Aterro Industrial - Hera Ambiental
2 Papel e papelão CAMAPET - Caminhão Baú Reciclagem - Cooperativa CAMAPET
3 Metais Braço Forte - Caçamba Roll on Roll Reciclagem - Braço Forte Reciclagem -
CAMAPET - Caminhão Baú Cooperativa CAMAPET
4 Plástico CAMAPET - Caminhão Baú Reciclagem - Cooperativa CAMAPET
5 Não reciclável úmido (resíduo de copa, Consórcio Salvador Ambiental Aterro Sanitário - Aterro Metropolitano Centro
salas administrativas e banheiros)
6 Entulho Eccomar1 - Caminhão Baú Aterro Industrial para Inertes - Águas Claras Ambiental
7 Madeira Eccomar - Caminhão Baú Reaproveitamento - Cerâmica Renascer
8 Resíduo de saúde Eccomar - Caminhão Baú Autoclavagem - Stericycle / Aterro Classe II após
tratamento
9 Eletroeletrônico Eccomar - Caminhão Baú Reciclagem - Neutrofix
10 Não reciclável seco Eccomar - Caminhão Baú Aterro Sanitário - Hera Ambiental
11 Mix resíduo perigoso (embalagens Eccomar - Caminhão Baú Coprocessamento - CTR Bahia
plásticas contaminadas, EPIs usados
ou contaminados, estopas
contaminadas)
12 Lâmpadas Fluorescentes Ivomax - Caminhão kia bongo Descontaminação - Ivomax
Aterro Classe I - CTR
Aterro Classe II - Viva Ambiental
13 Óleo lubrificante usado Lwart -Caminhão de Sucção Rerrefino - Lwart
14 Pneus Eccomar - Caminhão Baú Reciclagem - CBL
15 Pilhas e Baterias Eccomar - Caminhão Baú Reciclagem - Neutrofix

1
Embora a informação da CCR Metro Bahia afirma que o transportador seja a Eccomar, na LIMPURB está cadastrada, como transportador, a empresa Soluções Ambientais.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1225
Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1226
Em relação aos aspectos associados às licenças ambientais vigentes para operação e
manutenção do Sistema Metroviário Salvador e Lauro (SMSL) são apresentadas no Erro! Fonte
de referência não encontrada..
Quadro 99. Licenças Ambientais vigentes para a CCR Metrô Bahia
ÓRGÃO
LINHAS ITEM DESCRIÇÃO NÚMERO EXPEDIÇÃO VALIDADE
EXPEDIDOR
2014 -
Licença de Operação - SEMUT
1 SEMUT/DGA/LO- 21/11/2014 21/11/2019¹
Estação Lapa a Pirajá (Municipal)
474
2015-
Renovação Licença SUCOM
2 SUCOM/CLA/LU- 20/02/2021 20/02/2024
Unificada - Pátio Pirajá (Municipal)
LINHA 1

308
Declaração de
Dispensa de Outorga -
Lançamento de
INEMA
3 Efluentes Tratados - 05/12/2017 05/12/2021
(Estadual)
gerados no Pátio
Pirajá, Estação Pirajá
e Terminal Pirajá
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
4 Trecho Acesso Norte a 19/11/2016 19/11/2024
12.928 (Estadual)
Rodoviária
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
5 Trecho Rodoviária a 05/05/2017 05/05/2025
13.950 (Estadual)
Pituaçu
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
6 Trecho Pituaçu a 06/09/2017 06/09/2025
14.762 (Estadual)
Mussurunga
Licença de Alteração -
Trecho Mussurunga a Portaria Nº INEMA
7 13/01/2018 30/07/2023
Aeroporto (Intervenção 15.513 (Estadual)
Bambuzal)
Licença de Operação - Portaria Nº INEMA
8 27/01/2018 27/01/2026
Terminal Pituaçu 15.585 (Estadual)
Licença de Operação - 24/03/2026
Portaria Nº INEMA
9 Trecho Mussurunga a 24/03/2018
15.833 (Estadual)
LINHA 2

Aeroporto
Declaração de -
Inexigibilidade de
SEDUR
10 Licença Ambiental de - 08/05/2018
(Municipal)
Operação - Terminal
Acesso Norte
Licença de Operação - 30/06/2026
Terminal Aeroporto e
Portaria Nº INEMA
11 Pátio de 30/06/2018
16.442 (Estadual)
Estacionamento de
Trens
Declaração de -
Inexigibilidade de
SEDUR
12 Licença Ambiental de - 14/01/2019
(Municipal)
Implantação - Pátio de
Estoque de Ônibus
Declaração de -
Inexigibilidade de INEMA
13 - 19/02/2019
Licença Ambiental de (Estadual)
Alteração - Terminal

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1227
ÓRGÃO
LINHAS ITEM DESCRIÇÃO NÚMERO EXPEDIÇÃO VALIDADE
EXPEDIDOR
Aeroporto
Declaração de -
Inexigibilidade de
INEMA
14 Licença Ambiental de - 05/06/2019
(Estadual)
Implantação - Terminal
BRT
Fonte: CCR Metrô Bahia, 2021.
NOTA: ¹ A Renovação da Licença de Operação da Linha 1 foi solicitada em 24/07/2019, conforme processo de n°
5911000000-33213/2019, solicitada ao Órgão Ambiental Municipal SEDUR, antecedendo os 120 dias da expiração do
prazo da Licença, o que garante a prorrogação automática até a manifestação definitiva do órgão ambiental licenciador.
É oportuno relatar que não foi possível obter os dados referentes aos custos envolvidos devido à
inacessibilidade das informações, conforme solicitado aos órgãos responsáveis. Contudo,
encontra-se em elaboração conjunta os planos de contingências e emergências com todas as
empresas de coleta e destinação final de resíduos sólidos, assim como, para a coleta interna por
meio de contêineres e caminhão próprio, sem apresentação dos custos.

8.12.4. PORTOS
O Porto de Salvador está localizado na Avenida França, nº 1551, no bairro do Comércio, na
Região Metropolitana de Salvador, Bahia (CEP: 40.010-000). Está inserido na encosta oriental da
Baía de Todos os Santos (Latitude: 13º00’37’’ S e Longitude: 38º 35’00’’ W).
O Porto de Salvador funciona em horário administrativo (no período das 8h às 17h). No entanto, o
empreendimento continua aberto além do horário administrativo para a realização de operações
nas embarcações, conforme a necessidade.
O estabelecimento tem como principal característica ser um porto com perfil exportador de
produtos e se destaca pela movimentação de contêineres, cargas gerais, trigo, celulose e também
na recepção de cruzeiros marítimos. É um dos maiores exportadores de frutas do Brasil, com
expressiva participação no comércio exterior. O Porto de Salvador é pertencente à União, e o
Governo Federal é responsável por sua administração por meio da Companhia das Docas do
Estado da Bahia (CODEBA).
Sobre a gestão de resíduos na CODEBA, funcionários relataram que a Companhia realiza a coleta
e agregação de informações sobre os resíduos sólidos (Dispostos Pela Comissão de Coleta
Seletiva), através do inventário de resíduos sólidos e do relatório semestral com informações das
práticas de coleta seletiva, eventos educativos promovidos pela empresa que contam com a
presença dos catadores na demonstração de artigos confeccionados com material reciclável,
fortalecendo a parceria com a CAMAPET.
Além disso, possui Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o qual está disponível em
endereço virtual da CODEBA. No endereço virtual também é possível identificar os programas que
apresentam as iniciativas para identificação de ações e planos para emergências e contingências.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1228
O Porto de Salvador ainda não possui Licenciamento Ambiental. O processo de obtenção da
Licença de Operação (LO), nº 20100000863/02-92, junto ao IBAMA consta aberto desde 2002.
Segundo a CODEBA, todas as pendências documentais no âmbito do processo de
responsabilidades deles foram exauridas, restando pendente apenas a emissão da Licença pelo
IBAMA.
No viés de supervisão, controle do planejamento e gestão dos resíduos sólidos gerados, foi
informado que a Companhia das Docas do Estado da Bahia possui um sistema. Sua gestão é feita
sob responsabilidade da própria empresa, por meio do seu setor de meio ambiente. A CODEBA,
por sua vez, é fiscalizada por órgãos como IBAMA e agências como Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (Antaq) e Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Quanto à geração dos resíduos no Porto de Salvador, estima-se aproximadamente 37 pontos de
geração de resíduos no estabelecimento. Na sede administrativa existem aproximadamente 13
banheiros, 5 copas e 4 portarias e 4 escritórios. No espaço do cais existem 2 sanitários públicos,
enquanto na oficina existem aproximadamente 3 sanitários e uma copa. Além desses, há 2
sanitários e 1 copa na central de resíduos. O prédio anexo possui aproximadamente, 3 sanitários
e 1 copa.
A coleta dos resíduos sólidos gerados é feita manualmente por colaboradores terceirizados, duas
vezes ao dia, e armazenados em coletores de 1.100 litros (um coletor de recicláveis e um coletor
normal por andar, totalizando três andares). Três vezes na semana o resíduo é levado à central
de resíduos, para posteriormente ser transportado pela empresa coletora até a destinação final.
Os resíduos são acondicionados temporariamente na central de resíduos, localizada próxima à
oficina do porto, onde são segregados em baias para cada tipo de resíduo gerado, sendo
transportados por empresa contratada, através de caminhão.
Os coletores existentes são na cor branca (resíduos de saúde), laranja (pilhas e baterias), azul
(reciclável) a cinza (comum), como mostra a Erro! Fonte de referência não encontrada.. Os
tamanhos dos coletores são de respectivamente 14 L, 25 L, 200 L e 1.100 L. A quantidade total de
coletores é de 273 unidades, aproximadamente.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1229
Figura 1072. Coletores de resíduos do Porto de Salvador

Fonte: CODEBA*, 2021.


NOTA: *As imagens acima foram adquiridas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado da
Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
Para o acondicionamento temporário dos resíduos gerados, tem-se a Central de Resíduos, na
qual armazena diversos tipos de resíduos de forma segregada com baias. Os resíduos comuns e
recicláveis são armazenados em 16 contêineres de 1100 litros (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
Figura 1073. Central de Resíduos do Porto de Salvador

Fonte: CODEBA, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1230
NOTA: *As imagens acima foram adquiridas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado da
Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
Segundo funcionários, a CODEBA não se enquadra como grande gerador, conforme determinado
no Decreto Municipal nº 25.316, de 12 de setembro de 2014, porém esse decreto já foi revogado
em 2017. A maior parte dos resíduos gerados são provenientes de atividades administrativas. Em
julho de 2022, foi reaplicado o questionário, presencialmente na CODEBA para que as
informações e dados necessários pudessem ser complementados em relação ao manejo dos
resíduos sólidos do órgão, conforme análises dos Erro! Fonte de referência não encontrada. e
Erro! Fonte de referência não encontrada., adiante descritos.
Por se tratar de uma geração predominantemente administrativa, os principais resíduos são
recicláveis e comuns. Porém, existe uma pequena geração de resíduos perigosos (de saúde,
oleosos, lâmpadas, pilhas, baterias, pneus e pneumáticos) e resíduos da construção civil. Os
coletores são ilustrados nas Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência
não encontrada..
Figura 1074. Coletores de resíduos comuns

Fonte: CODEBA*, 2021.


NOTA: *As imagens acima foram adquiridas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado da
Bahia (CODEBA), no ano de 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1231
Figura 1075. Coletores de resíduos recicláveis

Fonte: CODEBA*, 2021.


NOTA: *As imagens acima foram adquiridas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado da
Bahia (CODEBA), no ano de 2021.

Em relação ao gerenciamento dos resíduos sólidos gerados no Porto de Salvador, destacam-se


os responsáveis pela destinação final de cada tipo de resíduos, como se apresenta no Erro! Fonte
de referência não encontrada. a seguir. Salienta-se que todos os resíduos ficam armazenados na
Central de Resíduos da CODEBA e a coleta nos pontos de geração é realizada por empresa
terceirizada.

Quadro 100. Responsáveis pelo gerenciamento de resíduos para diferentes tipos de


resíduos
Tipos de Resíduos Responsável pela coleta Destinação
Aterro Metropolitano de
Resíduos Comum Consórcio Salvador Ambiental
Salvador
Resíduos Recicláveis Cooperativa CAMAPET Cooperativa CAMAPET
Pneus inservíveis são
Transportados pela Codeba para a
destinados à CBL Comércio e
Pneus e pneumáticos Renovadora e Comércio de Pneus
Reciclagem de Borrachas
Nova Bonfim LTDA
LTDA
Resíduos de Saúde Stericycle Stericycle
Contratos realizados conforme
Demais Resíduos -
necessidade
Fonte: CODEBA*, 2021.
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado
da Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. e o Erro! Fonte de referência não encontrada.
ilustram o quantitativo de resíduos gerados na CODEBA, com média realizada dos anos de 2018
a 2020. Ressalta-se que os demais resíduos não possuem quantidade expressiva para serem
representados em média mensal e anual.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1232
Apesar de constar no PGRS (2014) empresas prestadoras de serviço na área de resíduos, em
2022, foi informado que “não existe cadastro de empresas responsáveis pela coleta, transporte,
destinação e disposição final e, segundo o Decreto Nº 25.316 de 12 de setembro de 2014, a
CODEBA não se enquadra como grande gerador de resíduos e, portanto, a coleta, transporte,
destinação e disposição final não é responsabilidade da CODEBA”. Todavia, este decreto de 2014
foi revogado em 2016, conforme já informado neste plano, caracterizando que a CODEBA tem
responsabilidade por possuir tal cadastro, já que são enquadrados como grande gerador, visto
que a coleta é executada, atualmente, pelo Consórcio Salvador Ambiental responsável pela coleta
dos grandes geradores.
Quadro 101. Média anual de resíduos gerados na CODEBA, período 2018-2020
Tipo de resíduos Quantidade (kg)
Resíduos Comum 56.183,30
Resíduos Recicláveis 4.463,30
Resíduos de Serviços de Saúde 39,00
Total 60.685,60
Fonte: CODEBA*, 2021.
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado
da Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
Quadro 102. Média mensal de resíduos gerados na CODEBA, período 2018-2020
Tipo de resíduos Quantidade (kg)
Resíduos Comum 4.681,90
Resíduos Recicláveis 371,90
Resíduos de Serviços de Saúde 3,30
Total 5.057,20
Fonte: CODEBA*, 2021.
NOTA: *As informações acima foram elencadas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado
da Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
Em 2022 foram informados que “valores médios foram obtidos segundo os dados dos anos 2018 a
2021”, e que “os demais resíduos não possuem quantidade expressiva para serem expressos em
média mensal, e a estimativa média da geração de resíduos na CODEBA e 6.403,42 kg/mês”,
observa-se uma discrepância mensal de aproximadamente 1.350 kg mensal nos dados
informados, necessitando adotar procedimentos de controle e dispor à fiscalização municipal.
Os resíduos administrativos (resíduos de escritório) representam uma parte significativa dos
resíduos gerados na CODEBA, que são coletados por uma empresa terceirizada, com
predominância dos resíduos de papel, plástico e papelão. Estes correspondem a
aproximadamente 4,6% dos resíduos totais gerados pela sede administrativa da Companhia.
Estes resíduos são armazenados na central de resíduos e enviados para a CAMAPET
(Cooperativa de Coleta Seletiva Processamento de Plástico e Proteção Ambiental), onde são
transformados em peças de artesanato (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1233
Figura 1076. Resíduos recicláveis encaminhados para a CAMAPET

Fonte: CODEBA*, 2021


NOTA: *As imagens acima foram adquiridas a partir de um questionário aplicado à Companhia das Docas do Estado da
Bahia (CODEBA), no ano de 2021.
Sobre as informações financeiras de resíduos sólidos, a CODEBA informou a equipe que não
possui registros mensais ou anuais de custos para gerenciamento dos resíduos, bem como o
detalhamento dos “Demais Resíduos” gerados. Segundo, ainda a CODEBA (2022), este fato é
“devido ao perfil de geração da companhia”. Todavia, se mostra uma lacuna para análise dos
dados do gerenciamento, devendo dispor para o Poder Municipal estes dados para inserção
quando da atualização e revisão deste PMSBI.
Destaca-se que o PGRS disponibilizado tem data de elaboração de 2014, estando obsoleto e
necessitando de revisão e divulgação, conforme destacado nesse plano, a CODEBA não possuía
controle do volume gerado por tipologia de resíduos, situação esta, que continua acontecendo.
Cabe a Companhia adotar procedimentos de controle e dispor à fiscalização estes dados para
inserção na revisão deste plano, quer seja nas esferas estadual e municipal, destacando-se que
os resíduos perigosos e com risco de contaminação biológica necessitam de análise e
procedimentos especiais devido as suas características.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1234
8.13. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS DE MINERAÇÃO
Segundo a Política Nacional nº 12.305/2010, os resíduos de mineração são aqueles gerados na
atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios. Essencialmente, esses resíduos
são representados, em sua maioria, por materiais do tipo estéreis e rejeitos. Os estéreis são os
materiais extraídos da cobertura ou das porções laterais de depósitos mineralizados, pelo fato de
não apresentarem interesse econômico no momento de extração. Podem também ser constituídos
por materiais rochosos de composição diversa da rocha que encerra o depósito. Os rejeitos são
os resíduos provenientes do beneficiamento dos minerais, para redução de dimensões,
incremento da pureza ou outra finalidade (Ministério do Meio Ambiente, 2012).
De acordo com Silva et al (2012), na atividade de mineração grandes volumes e massas de
materiais são extraídos e movimentados. Logo, a quantidade de resíduos gerados depende do
processo utilizado para a extração do minério, da concentração da substância mineral estocada
na rocha matriz e da localização da jazida em relação à superfície.
Vale salientar que de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA (2012) as
principais fontes de degradação ambiental nas atividades de mineração são a disposição
inadequada de rejeitos decorrentes do processo de beneficiamento e a disposição de materiais
estéril ou inerte, não aproveitável, proveniente do decapeamento superficial da lavra.
Ainda sob a perspectiva do IPEA (2012), os resíduos podem ser pilhas de rejeitos sólidos
(minérios pobres, estéreis, rochas, sedimentos de cursos d’água e solos), as lamas de decantação
de efluentes, entre outros. Bem como, deve-se atentar a disposição desses rejeitos, que no Brasil
são geralmente utilizados reservatórios criados por diques ou barragens (naturais ou formadas
pelo próprio rejeito).
Para a perspectiva de futuro em relação a produção de rejeitos (período de 2010-2030), buscou-
se principalmente nos relatórios produzidos pelo Projeto de Assistência Técnica ao Setor de
Energia (Projeto ESTAL), do Ministério de Minas e Energia, os quais subsidiaram a elaboração do
Plano Nacional de Mineração 2030 (Ministério de Minas e Energia, 2011).
A partir de dados da pesquisa elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),
por meio da Diretoria de Estudos e Políticas Regionais, Urbanas e Ambientais (DIRUR), os
resultados do estudo indicaram que as quatro principais substâncias identificadas no período de
1996-2005 (Ferro, Ouro, Titânio e Fosfato/Rocha Fosfática) continuarão como as mais
importantes na geração de resíduos para o período de 2010-2030.
Dentre essas substâncias, destaca-se o ferro, o qual deverá continuar como a principal substância
geradora de rejeitos, inclusive com um provável aumento de seis pontos percentuais em sua
contribuição relativa (Departamento Nacional de Produção Mineral, 2006).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1235
A partir da definição do Manual de Orientação de Resíduos Sólidos (MMA, 2012), é possível
afirmar que “os resíduos de mineração são específicos de algumas regiões brasileiras que, pelas
suas condições geográficas, têm estas atividades mais desenvolvidas”.
A mineração para o Estado da Bahia representa um importante setor da economia, que contribui
para o desenvolvimento socioeconômico de várias regiões do estado através da geração de
emprego e renda para a população. A nível nacional, a Bahia está posicionada atualmente como o
5º maior produtor mineral. Esta atividade traz grandes benefícios, sobretudo de interiorização da
indústria baiana, gerando desenvolvimento para regiões demandantes de investimento e emprego
para a população local (Maia et al., 2014).
Sabe-se que as atividades de mineração são bastante significativas e, assim como outras,
também geram resíduos que necessitam de atenção no seu gerenciamento, coleta,
armazenamento e disposição final.
Da mesma forma como ocorre com outros tipos de resíduos sólidos, a gestão dos resíduos de
mineração é de responsabilidade do gerador, os quais devem apresentar seus planos de
gerenciamento de resíduos como parte do processo de licenciamento ambiental. Ressalta-se
ainda que grande parte dos empreendimentos possuem unidades administrativas, as quais são
fontes de geração de resíduos administrativos (essencialmente resíduos orgânicos e recicláveis),
os quais apresentarão as mesmas características dos resíduos domiciliares, inclusive seu
gerenciamento.
Para o Município de Salvador, destacam-se os empreendimentos que exercem algum tipo de
atividade de mineração, os quais estão representados no Erro! Fonte de referência não
encontrada., apresentando as principais informações gerais de cada empreendimento.
Quadro 103. Lista de empreendimentos associados com atividade de mineração em
Salvador
Quantidade
Denominação do
CNPJ Razão Social de CNAE
CNAE
Funcionários
Geopark Brasil
17.572.061/0002- Extração de petróleo
Exploração e Produção 02 B0600001
07 e gás natural
de Petróleo e Gás Ltda *
08.291.033/0001- Pedra Cinza Mineração Extração de minério
01 B0710301
40 Ltda * de ferro
Extração e britamento
de pedras e outros
15.851.736/0001- Aratu Mineração materiais para
50 B0810099
40 Construção Ltda construção e
beneficiamento
associado
Extração e britamento
de pedras e outros
15.120.702/0005- Civil Industrial e materiais para
33 B0810099
00 Comercial Ltda construção e
beneficiamento
associado

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1236
Quantidade
Denominação do
CNPJ Razão Social de CNAE
CNAE
Funcionários
Extração e britamento
de pedras e outros
15.234.859/0001- materiais para
Mármores da Bahia Ltda 18 B0810099
32 construção e
beneficiamento
associado
Extração e britamento
de pedras e outros
14.689.756/0001- materiais para
Pedreiras Carangi Ltda 42 B0810099
02 construção e
beneficiamento
associado
Extração e britamento
de pedras e outros
15.851.413/0001- materiais para
Pedreiras Valeria S/A 46 B0810099
57 construção e
beneficiamento
associado
Atividades de apoio à
17.624.725/0001- Miguel Luiz Ferreira de
01 B0990403 extração de minerais
53 Souza – ME*
não-metálicos
Fonte: Federação das Indústrias do Estado da Bahia – FIEB, 2021.

*Escritórios administrativos
A partir das informações, constata-se que a maioria dos empreendimentos que possuem alguma
relação com atividade de mineração (5 dos 8 empreendimentos listados) estão alocados no grupo
do CNAE B0810099 – “Extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e
beneficiamento associado”. Além disso, verifica-se que esse mesmo grupo apresenta os
empreendimentos com maiores portes dentre todos os CNAE, sendo evidenciado pela quantidade
total de funcionários apresentados.
Constata-se uma forte correlação entre as questões abordadas tanto na Lei nº 12.305/2010, que
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), quanto nos preceitos trazidos no Plano
Nacional de Mineração 2030. Essa relação deve se estender, de forma que se materialize em
programas, projetos, ações e metas, atingindo o objetivo de um atendimento eficiente mútuo entre
esses aspectos
Destaca-se, por fim, a necessidade de organização das informações relacionadas à geração e
disposição de resíduos sólidos nas atividades de mineração, o que implica, dentre outras
medidas, na busca de integração entre os órgãos responsáveis pela gestão ambiental e os órgãos
responsáveis pela gestão dos recursos minerais.
Outras informações foram solicitadas como tipos de resíduos gerados, etapas do gerenciamento,
situação quanto ao licenciamento ambiental etc, porém os responsáveis pelo gerenciamento dos
resíduos não responderam ao questionário enviado, observando o cumprimento do protocolo da
OMS devido a pandemia da COVID-19, de modo a obter tais informações complementares, assim

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1237
não houve aprofundamento devido à falta de informações concretas do órgão, devendo ser
atualizadas e fiscalizadas pela PMS para monitoramento e gerenciamento do controle desses
resíduos.

8.14. GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS CEMITERIAIS


Os resíduos sólidos de cemitérios são formados, essencialmente, pelos materiais florais, vasos
plásticos ou cerâmicos de vida útil reduzida, resíduos de construção e reforma de túmulos e da
infraestrutura, resíduos gerados em exumações, resíduos de velas e seus suportes levados no dia
a dia e nas datas emblemáticas das religiões, quando há um aumento na geração destes
resíduos.
O MMA (2012) salienta que parte deles se sobrepõe a outros tipos de resíduos. É o caso, por
exemplo, dos resíduos de construção e reforma de túmulos e da infraestrutura, dos resíduos
secos e dos resíduos verdes dos arranjos florais e similares, além dos resíduos de madeira
provenientes dos esquifes. Os resíduos da decomposição de corpos (ossos e restos mortais)
provenientes do processo de exumação são específicos deste tipo de instalação.
Assim, face a essas observações, Castro e Schalch (2016) propõem a seguinte classificação dos
resíduos gerados em cemitérios:

✓ Grupo I - provenientes da decomposição de corpos sepultados, e que apresentam


potencial de geração de necrochorume uma vez sepultados;

✓ Grupo II - não degradáveis como os do grupo I: roupas, restos de caixões, que podem
apresentar potencial de contaminação na área do aterro onde são dispostos;

✓ Grupo III - equiparáveis a resíduos sólidos urbanos: resíduos recicláveis (resíduos


plásticos, como flores artificiais, vasos, embalagens diversas) ou compostáveis, gerados
nas atividades de limpeza urbana, como varrição (folhas e flores naturais) e poda de
árvores;

✓ Grupo IV - equiparáveis aos RCC: resíduos resultantes de obras em sepulturas, jazigos e


estruturas semelhantes.

Parte dos resíduos sólidos cemiteriais se assemelham aos aspectos dos resíduos de construção
civil, principalmente aqueles provenientes da construção e reforma de túmulos e da infraestrutura
do cemitério, cujas diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão são definidos pela
Resolução CONAMA nº 307/2002 (BRASIL, 2002).
A Lei Estadual nº 12.932, de 07 de janeiro de 2014, que institui a Política Estadual de Resíduos
Sólidos (PERS), classifica em seu artigo 12º, inciso I, os resíduos cemiteriais quando gerados nos
cemitérios, subdivididos em humanos e não humanos, resultantes da exumação dos corpos e da

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1238
limpeza e manutenção periódica dos cemitérios. Vale observar que a Lei Federal nº 12.305/2010
não inclui na classificação dos resíduos, na origem, os resíduos cemiteriais.
A Resolução CONAMA nº 335, de 03 de abril de 2003, que dispõe sobre o licenciamento
ambiental de cemitérios, traz em seu artigo 9º, que os resíduos sólidos, não humanos, resultantes
da exumação dos corpos, deverão ter destinação ambiental e sanitariamente adequada.
É oportuno mencionar que os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos não responderam ao
questionário feito para esse grupo. Logo, é inviável apresentar dados referentes à geração dos
resíduos, custos envolvidos no gerenciamento e existência de planos de emergência e
contingência dos cemitérios do município de Salvador.
O Município de Salvador apresenta cemitérios de duas naturezas (os empreendimentos de
natureza particular e pública) os quais serão descritos nos tópicos seguintes.

8.14.1. CEMITÉRIOS PÚBLICOS MUNICIPAIS


Os cemitérios públicos municipais de Salvador estão sob a administração da Secretaria Municipal
de Ordem Pública (SEMOP), por meio da Coordenadoria de Serviços Diversos (CSD). Assim, de
acordo com a SEMOP, atualmente existem 10 (dez) cemitérios distribuídos na cidade que estão
sob a responsabilidade da CSD, sendo 6 (seis) na parte continental (Brotas, Itapuã, Paripe,
Periperi, Pirajá e Plataforma) e mais 4 (quatro) na parte insular (Ilha de Bom Jesus dos Passos,
Ilha de Maré, Ponta de Nossa Senhora de Guadalupe e Paramana, ambos na Ilha dos Frades).
Os cemitérios públicos municipais funcionam das 8h às 17h, todos os dias do ano, mas durante a
pandemia da COVID-19, os cemitérios municipais só estão permanecendo abertos até o horário
do último sepultamento agendado para cada dia.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. traz as informações de caracterização dos cemitérios
de natureza pública. Além da administração dos cemitérios, a coordenadoria é responsável pela
guarda de bens apreendidos nos logradouros públicos, pelas fiscalizações, pela proteção e
estética da cidade (publicidade indevida, entulhos, sucatas e carcaças colocadas em vias
públicas). Ficando sob sua responsabilidade a solicitação à LIMPURB para a remoção dos
resíduos sólidos.
No âmbito de ampliação, a SEMOP já proferiu os trâmites legais para contratação de uma
empresa através de licitação para construção de 1.125 novas gavetas funerárias no cemitério
municipal de Plataforma.
Quadro 104. Informações dos cemitérios públicos do município de Salvador
Cemitério Localização Coordenadas Área (m²)
Brotas Rua Teixeira Barros, 31 - 12°59'13.5"S 12.177
Candeal, Salvador-BA, 38°28'39.8"W
40279-090
Itapuã Rua Camuripeba, 1-35 - 12°56'44.4"S 5.357
Jardim Placaford, 38°22'28.9"W

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1239
Cemitério Localização Coordenadas Área (m²)
Salvador-BA, 41612-395
Paripe Est. do Cemitério s/n - 12°49'42.2"S 7.390
Paripe, Salvador-BA, 38°28'17.4"W
40717-555
Periperi Ladeira do Cemitério, 2 - 12°52'15.5"S 9.699
Praia Grande, Salvador- 38°28'15.7"W
BA, 40720-510
Pirajá Rua oito de Novembro s/n 12°54'07.1"S 4.235
- Mal. Rondon, Salvador- 38°27'30.3"W
BA, 41301-110
Plataforma Rua David Ferreira s/n - 12°53'34.7"S 19.775
Plataforma, Salvador-BA, 38°28'59.2"W
40718-040
Ilha de Bom Jesus Rua da Fonte Grande s/n - 12°45'38.6"S 1.006
Fonte Nova, Ilha de Bom 38°38'33.3"W
Jesus dos Passos,
Salvador-BA, 42510-140
Ilha de Maré Rua do Cemitério de Maré 12°47'35.8"S 4.731
s/n - Santana, Ilha de 38°31'57.3"W
Maré, Salvador-BA,
42500-084
Paramana Praia da Costa s/n - 12°47'35.8"S 345
Paramana, Ilha dos 38°31'57.3"W
Frades, Salvador-BA,
42505-300
Ponta de Nossa Senhora Rua dos Canudos s/n, 12°47'35.8"S 12,6
Ponta de Nossa Senhora 38°31'57.3"W
de Guadalupe, Ilha dos
Frades, Salvador-BA,
42505-5200
Fonte: SEMOP, 2021.
Segundo funcionários da SEMOP, a quantidade de sepultamentos por dia é variável, pois
depende do número de vagas existentes e demandas em busca dos sepultamentos nos
cemitérios existentes. Geralmente, o número de exumações acontece no dia de novo
sepultamento e, pode coincidir com o número das covas abertas para a finalidade do
sepultamento. Pode-se visitar os entes queridos durante o sepultamento ou em outros dias nos
cemitérios, diariamente, mas enquanto a pandemia do Coronavírus estiver ocorrendo, será
limitado a presença física dos familiares e amigos. Entretanto, a SEMOP recomenda que em
sepultamentos de causas diversas que não sejam por COVID-19 (SARS-CoV-2), limita-se apenas
que 10 familiares compareçam aos cemitérios para acompanhamento e realização do
sepultamento. O Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o quantitativo de
sepultamentos dos últimos 6 anos.
Quadro 105. Quantidade de sepultamentos em cada Cemitério Público de Salvador
ANO
Cemitérios
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Brotas 1.035 1.212 948 939 763 1.839

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1240
ANO
Cemitérios
2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ilha de Bom Jesus 0 13 13 15 18 22
Ilha de Maré 4 13 24 27 34 20
Ilha Ponta de Nossa
0 0 3 0 1 0
Senhora
Itapuã 394 404 437 475 339 381
Paramana 0 6 6 2 3 8
Paripe 523 661 553 508 635 630
Periperi 780 684 655 737 724 978
Pirajá 326 622 444 587 573 419
Plataforma 1.207 1.613 1.354 1.449 1.363 1.729
Total 4.269 5.228 4.437 4.739 4.453 6.026
Fonte: SEMOP, 2021.
Os cemitérios licenciados de Brotas, Paripe e Plataforma possuem Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS), que será replicado para os demais. De acordo com informações da
SEMOP, ressalta-se que dos 10 (dez) cemitérios municipais apenas 6 (seis) localizados no
continente possuem abrigo para resíduos sólidos não humanos. Essa iniciativa deverá ser
estendida para os demais cemitérios. Pode-se observar que no cemitério público de Itapuã existe
a iniciativa de identificação dos tipos de origem dos resíduos, como os resíduos não humanos,
classificados como secos e úmidos acondicionados em contêineres com capacidade de 240L ou
120L (Erro! Fonte de referência não encontrada.), que são coletados os resíduos assemelhados
aos resíduos domiciliares e transportados pelas prestadores de serviços do manejo dos resíduos
sólidos, responsáveis pelos NLs e pela localização dos cemitérios e posteriormente destinados ao
AMC.
Conforme demonstrado na Erro! Fonte de referência não encontrada., o abrigo para contêineres
dos resíduos, armazenamento temporário, localizado no cemitério de Itapuã.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1241
Figura 1077. Armazenamento interno de Resíduos não humanos no Cemitério Itapuã

Fonte: SEMOP, 2021.


Figura 1078. Abrigo de contêineres para resíduos não humanos (armazenamento
temporário) no Cemitério de Itapuã

Fonte: SEMOP, 2021.


Para os resíduos humanos, resultantes de processo de exumação, é seguida a norma
estabelecida no artigo 17, inciso I, do Decreto Municipal nº 11.301/1996:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1242
I - se o cadáver estiver sepultado em cova rasa, a mesma será cavada em
profundidade superior a 1m e 55cm, onde os restos deverão repousar, de modo a
permitir novos sepultamentos acima deles (SALVADOR, 1996, p. 3).
Contudo, atualmente, existe um processo em trâmite na referida secretaria, para a contratação de
empresa especializada e devidamente licenciada, para a coleta, transporte, cremação e
destinação final de ossadas humanas dos Cemitérios Municipais de Brotas, Paripe, Plataforma,
Periperi, Pirajá, Itapuã.
Os cemitérios de Brotas, Itapuã, Paripe, Periperi, Pirajá e Plataforma possuem construções
apropriadas para o abrigo de resíduos humanos, a exemplo das ossadas resultantes das
exumações. Porém, atualmente, as ossadas não são acondicionadas nestes abrigos, também
devido ao processo que ainda não foi finalizado da contratação de empresa especializada e
devidamente licenciada para a coleta, transporte e destinação de resíduos humanos.
Para as instalações administrativas de uso coletivo, observa-se que o papel/papelão apresenta
maior representatividade dentre os resíduos gerados (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Estes, assim como os outros, são coletados pela coleta convencional, realizada pela LIMPURB
diariamente com a utilização de veículos compactadores.
Segundo funcionários da SEMOP, a Secretaria não possui custo com o gerenciamento de
resíduos.
Para as soluções previstas a serem adotadas para os Cemitérios Públicos no município quanto ao
aspecto de resíduos cemiteriais, a SEMOP informou que pretende implantar em todos os
Cemitérios Municipais o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), também estão
previstos no plano disponibilizar um profissional capacitado para executar o PGRS e, atualmente,
a finalização da contratação de empresa especializada e devidamente licenciada para a coleta,
transporte e destinação de resíduos humanos. Observa-se que, em 2009, foi assinado um Termo
de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o MP, através da 5ª Promotoria de Justiça do Meio
Ambiente, tendo como compromissária o abrigo de Salvador (Cemitério Parque Jardim da
Saudade) com interveniência da SESP (atual SEMOP) onde a compromissária realizará 30% do
total de sepultamentos de forma gratuita na modalidade de cremações e/ou incinerações de ossos
humanos, com prazo da atividade, permanente.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1243
Quadro 106. Quantidade de resíduos gerados nos cemitérios públicos no ano de 2020 (Kg)
Volume Anual Estimado
Tipo de Resíduo Origem Bom
Brotas Itapuã Paripe Periperi Plataforma Pirajá Maré Frades Paramana
Jesus
Sobras de Instalações
refeições dos administrativas de 62,00 31,00 49,60 49,60 68,20 37,20 18,60 24,80 12,40 18,60
funcionários uso coletivo
Instalações
administrativas de 93,00 41,85 74,40 74,40 102,30 55,80 27,90 37,20 18,60 27,90
Plástico
uso coletivo
Instalações
administrativas de 124,00 62,00 99,20 99,20 136,40 74,40 37,20 49,60 24,80 37,20
Papel/Papelão
uso coletivo
Instalações
Resíduos
administrativas de 65,10 46,50 74,40 74,40 102,30 55,80 27,90 37,20 18,60 27,90
Sanitários
uso coletivo
Instalações
Pilhas e baterias
administrativas de 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
(und)
uso coletivo
Instalações
administrativas de 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
Lâmpadas (und)
uso coletivo
Folhas verdes e Varrição, capina e
13,96 101,38 89,74 97,89 83,96 40,51 26,19 20,19 6,25 7,98
secas poda de árvores
Restos florais
resultantes de
Sepultamento e
coroas e 735,60 152,40 942,80 1.120,00 2.311,60 888,00 8,80 8,0 0 3,20
datas especiais
ramalhetes
Partes de
Sepultamento e
plástico das 183,90 38,10 235,70 280,00 577,90 222,00 2,20 2,0 0 0,80
datas especiais
coroas de flores
Sepultamento e
Vasos cerâmicos 1.471,20 304,80 1885,60 2240,00 4623,20 1776 17,60 16,00 0 6,40
datas especiais
Sepultamento e
Vasos plásticos 551,70 114,30 707,10 840,00 1.733,70 666 6,60 6,00 0 2,40
datas especiais
Faixas de
Sepultamento e
homenagem de 9,50 1,90 11,80 14,00 28,90 11,10 0,10 0,10 0 0,04
datas especiais
plástico
Flores de Sepultamento e
9,50 1,90 11,80 14,00 28,90 11,10 0,10 0,10 0 0,04
plástico datas especiais

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1244
Volume Anual Estimado
Tipo de Resíduo Origem Bom
Brotas Itapuã Paripe Periperi Plataforma Pirajá Maré Frades Paramana
Jesus
Sepultamento e
Sobras de vela 144,00 144,00 144,00 144,00 144,00 144,00 28,00 10 0 1
datas especiais
Madeira do
Exumação 5.517,00 1.143,00 5.271,00 8.400,00 13.737,00 6.660,00 66,00 60,00 0 24,00
caixão
Partes metálicas
Exumação 3.678,00 762,00 3.514,00 5.600,00 9.158,00 4.440,00 44,00 40,00 0 16,00
do caixão
Roupas e
vestidos de 28,00
Exumação 3.286,50 1.333,50 6.149,5 9.800 5.071,50 7.770 77,00 70,00 0
revestimento do
caixão
Ossadas Exumação 11.268 4.572 21.084 33.600 54.948 26.640 264,00 240,00 0 96,00
Reforma e
construção de
jazigos,
139,00 37,00 90,00 65,00 169,00 65,00 3,00 2,00 0,01 1,00
Entulho exumação,
reformas
administrativas
Fonte: SEMOP, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1245
8.14.2. CEMITÉRIOS PARTICULARES
Para os cemitérios de natureza particular destacam-se o Cemitério Campo Santo, Cemitério
Jardim da Saudade, Cemitério Bosque da Paz, Cemitério Israelita, Cemitério Britânico e Ordem
Terceira Secular de São Francisco. Ressalta-se que apenas os Cemitérios da Ordem Terceira
Secular de São Francisco e o Cemitério Britânico contribuíram com informações técnicas-
operacionais do gerenciamento de resíduos sólidos de cemitérios.

• Ordem Terceira Secular de São Francisco

O empreendimento está localizado na Ladeira Quintas dos Lázaros, s/n, Portão 02, Baixa de
Quintas, em Salvador, Bahia; CEP: 40.300-415. As suas coordenadas correspondentes são:
Latitude -12.964011 e Longitude: -38.489151, integrando o complexo de cemitérios da Quinta dos
Lázaros. A Erro! Fonte de referência não encontrada. ilustra o mapa de localização do cemitério.
Figura 1079. Mapa de localização do Cemitério Ordem Terceira de São Francisco

Fonte: Ordem Terceira Secular de São Francisco, 2020.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1246
Quanto às informações operacionais do cemitério, o documento do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos (PGRS) do cemitério em questão informou que o empreendimento possui uma
área de 6.320,00 m², com número mensal de até 60 sepultamentos por mês, com horário de
funcionamento de 24 horas e um quantitativo médio de 14 funcionários.
Vale ressaltar que o Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o
documento que aponta e descreve todas as ações relativas ao gerenciamento dos resíduos de
serviços de saúde, observadas suas características e riscos, contemplando os aspectos
referentes à geração, identificação, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento,
transporte, destinação e disposição final ambientalmente adequada, bem como as ações de
proteção à saúde pública, do trabalhador e do meio ambiente.
O Cemitério da Ordem Terceira Secular de São Francisco realiza atividade de sepultamento
vertical. Antes do sepultamento é necessário que o responsável legal pelo falecido assine um
contrato junto ao cemitério, onde é informado que o corpo ficará enterrado por 03 anos e 24 horas
após esse período ocorre à exumação, que consiste na retirada da pessoa falecida, partes ou
restos mortais do local sepultado. Quando solicitado pela família do sepultado, os restos mortais
são entregues ensacados e identificados.
Quando não há solicitação por parte dos familiares, os restos mortais também são ensacados,
entretanto sem identificação, e armazenados em um ossuário coletivo. Eles ficam em uma gaveta
(jazigos perpétuos), por um período de 01 ano, podendo se estender até 02 anos (até que a local
de armazenamento alcance sua capacidade total) e sejam encaminhados para a cremação.
Para efeito da análise desse PGRS em questão, considerou-se a seguinte classificação para os
resíduos, de acordo com as principais legislações das Resoluções CONAMA nº 358/05 (RSS), nº
307/04 (RCC), nº 448/12, nº 348/04, além da Resolução ANVISA – RDC nº 222/2018, entre
outras. A seguir citamos as principais Resoluções CONAMA com a classificação dos resíduos.
A Resolução CONAMA nº 358/05 (RSS) classifica os resíduos nos seguintes Grupos:
• Grupo A: resíduos com possíveis contaminações de agentes biológicos (sobras de amostra de
laboratório, membro de corpo humano, entre outros), este grupo é subdividido em:
A1: culturas e estoques de microrganismos; descarte de vacinas de
microrganismos vivos ou atenuados; resíduos de laboratórios de manipulação
genética, resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes classe de risco 4,
microrganismos com relevância epidemiológica e risco de disseminação ou
causador de doença emergente que se torne epidemiologicamente importante ou
cujo mecanismo de transmissão seja desconhecido; bolsas transfusionais; sobras
de amostras de laboratório contendo sangue ou líquido corpóreo.
A2: carcaças ou qualquer rejeito corpóreo de animais submetidos a processos de
experimentação.
A3: peças anatômicas do ser humano; produto de fecundação sem sinais vitais.
A4: kits de linhas arteriais quando descartados; filtros de ar e gases aspirados de
áreas contaminadas, sobras de amostras de laboratórios e recipientes contendo

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1247
fezes, urina e secreções; resíduos corpóreos (tecido adiposo) provenientes de
cirurgias plásticas; resíduos provenientes de assistência de saúde que não
contenham sangue; peças anatômicas e outros resíduos provenientes de
cirurgias; carcaças ou qualquer rejeito corpóreo de animais que não foram
submetidos a processos de experimentação.
A5: órgãos, tecidos, fluídos orgânicos, materiais perfurocortantes ou escarificantes
e demais materiais resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação com príons.
• Grupo B: resíduos que contém substância química (metais pesados), podendo apresentar riscos
à saúde pública ou meio ambiente;
• Grupo C: resíduos que possuem radionuclídeos superiores ao que determina as normas da
Comissão Nuclear de Energia Nuclear;
• Grupo D: resíduos que não apresentam nenhuma das características dos grupos anteriores,
sendo chamados de resíduos comuns, equiparados aos resíduos domésticos;
• Grupo E: resíduos perfurocortantes ou escarificantes, como agulhas, ampolas de vidro, entre
outros).
Já na Resolução CONAMA nº 307/02 (RCC) classifica os resíduos nas seguintes Classes:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e
reparos de pavimentação e de outras obras de infraestrutura,
inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção,
demolição, reformas e reparos de edificações: componentes
cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.),
argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou
demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos,
meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações,
tais como: plásticos, papel, papelão, metais, vidros, madeiras e
gesso; (Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 431,
de 24.05.2011, DOU 25.05.2011);
III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram
desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis
que permitam a sua reciclagem ou recuperação; (NR) (Redação
dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 431, de 24.05.2011,
DOU 25.05.2011);
IV - Classe D - são resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições,
reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais
e outros, bem como telhas e demais objetos e materiais que
contenham amianto ou outros produtos nocivos à saúde.
(Redação dada ao inciso pela Resolução CONAMA nº 348, de
16.08.2004, DOU 17.08.2004).
No Erro! Fonte de referência não encontrada., apresenta-se a classificação dos resíduos sólidos
de acordo com a unidade geradora realizado pela gestão do cemitério, identificando a fonte
geradora, tipo de resíduo, classificação quanto à origem e acondicionamento conforme aprovação
do Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos Cemiteriais.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1248
Quadro 107. Classificação dos Resíduos Sólidos do Cemitério Ordem Terceira
Unidade Geradora Resíduos Classificação Acondicionamento
Flores Naturais, Coroas,
Lixeiras com saco preto,
arranjos, objetos
Grupo D coletadas pela empresa de
ornamentais, vasos de
limpeza urbana do município
plástico ou vidro.
Resíduos de construção
Grupo D Contêiner na área externa
civil (tampões de concreto).
Latas de tintas e verniz. Grupo B Contêiner na área externa
Resíduos provenientes da
exumação de corpos e da
limpeza dos jazigos: Ensacadas e colocados em
madeira em decomposição estrutura com capacidade de
e materiais de revestimento Grupo A 5m³
de caixões
Sepultamento Resíduos provenientes da
Ossuário pelo período de 01
exumação de corpos e da Grupo A
ano, até 02 anos.
limpeza dos jazigos: ossos.
Resíduos provenientes da
exumação de corpos e da Ensacadas e colocados em
limpeza dos jazigos: restos estrutura com capacidade de
de roupas, EPIs utilizados Grupo A 5m³
(como luvas e etc.).
Papel branco, papéis de
sanitário, resíduos de Lixeiras com saco preto,
Secretaria/Higienização e cozinha, copos plásticos, coletadas pela empresa de
Limpeza papel, embalagens, Grupo D limpeza urbana do município
plástico, metal ou vidro
Resíduos de paisagismo,
varredura e podas de Lixeiras com saco preto,
árvores, cera de velas, coletadas pela empresa de
Higienização e Limpeza
garrafa, copo e embalagens Grupo D limpeza urbana do município
de plástico
Lâmpadas fluorescentes,
Todas as unidades Grupo B Lixeiras com saco preto
pilhas e baterias
Fonte: Ordem Terceira Secular de São Francisco, 2020
Segundo funcionários, no cemitério da Ordem Terceira de São Francisco o funcionamento do
armazenamento, coleta e transporte dos resíduos acontecem da seguinte forma:
• Resíduos do Grupo “A”: armazenados em um local com estrutura impermeabilizada e
quando alcança sua capacidade total são encaminhados para a cremação, resíduos
provenientes da exumação de corpos;
• Resíduos do Grupo “B”: ensacados e armazenados com os resíduos comuns. Esses
resíduos latas de tintas e verniz classificados no Erro! Fonte de referência não encontrada.,
como Grupo B, gerados no setor de sepultamento e analisando conforme Resolução
CONAMA 469/15 esta inclui embalagens vazias de tintas imobiliárias classificadas como
Classe B (recicláveis) de RCC, como também, as lâmpadas fluorescentes, pilhas e
baterias que devem ser contempladas no sistema de logística reversa. Vale esclarecer que
na realidade, houve equivoco com esses resíduos que são classificados, de fato, como
Classe B de RCC, e não como Grupo B de RSS;

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1249
• Resíduos do Grupo “D”: armazenados em lixeiras no setor de Higiene e Limpeza,
coletados pela empresa de coleta urbana do município (LIMPURB) e encaminhados para o
Aterro Sanitário de Salvador. Esses resíduos do Grupo D de RSS são equiparados aos
comuns dos resíduos domésticos;
• Resíduos do Grupo “D” - considerados como RCC, esses resíduos são equivalentes a
classificação da Classe A de RCC que são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como: de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação
incluindo os tampões de concreto e de outras obras de infraestrutura, inclusive solos
provenientes de terraplanagem e são armazenados no fundo do cemitério, cobertos com
lona e coletados pela empresa União Entulho, cujo cadastramento é obrigatório na
LIMPURB para a aprovação do PGRS do empreendimento para tal atividade quando
alcança o volume de 2 contêineres de 5m³ (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Figura 1080. Coleta de resíduos da construção civil no cemitério

Fonte: Ordem Terceira Secular de São Francisco, 2020.


Observa-se que conforme informações do referido cemitério foram apresentados dois Grupos D,
sendo que, um deles considerado como Resíduos da Construção Civil (RCC) demonstrado na
Erro! Fonte de referência não encontrada., e são classificados quanto aos riscos potenciais ao
meio ambiente como resíduos não perigosos Classe II-B (inertes) conforme a NBR 10.004/2004, a

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1250
exemplo de entulhos, sucata de ferro e aço, plástico e latas de alumínio descritos acima no Grupo
D, de RCC.
Ratifica-se que houve equivoco quando no Erro! Fonte de referência não encontrada.,
indevidamente, os tampões de concreto estão classificados como Grupo D de RSS, enquanto
consta como resíduos da construção civil, logo, devem ser enquadrados como Classe A de RCC.
O outro Grupo D identificado no referido Quadro referem-se aos resíduos que não apresentam
nenhuma das características dos grupos anteriores, sendo chamados de resíduos comuns,
resíduos de serviços de saúde do Grupo D são aqueles resíduos que não apresentam risco
biológico, químico ou radiológico à saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos
resíduos domiciliares, conforme Resolução ANVISA (RDC nº 222/2018) e são coletados e
transportados pela empresa prestadora dos serviços de coleta domiciliar convencional e
destinados ao AMC. Nesse Grupo D, encontram-se os resíduos provenientes do setor de higiene,
limpeza e refeitórios considerados comuns assemelhados aos domiciliares, e não precisam ser
cadastrados os veículos pois são executados pela própria PMS, como por exemplos:
- Papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos, peças descartáveis de vestuário, gorros
e máscaras descartáveis, resto alimentar de paciente, material utilizado em antissepsia e
hemostasia de venóclises, luvas de procedimentos que não entraram em contato com sangue ou
líquidos corpóreos, equipo de soro, abaixadores de língua e outros similares.
- Sobras de alimentos e do preparo de alimentos.
- Resto alimentar de refeitório.
- Resíduos provenientes das áreas administrativas.
- Resíduos de varrição, flores, podas e jardins.
- Resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.
- Forrações de animais de biotérios sem risco biológico associado.
- Resíduos recicláveis sem contaminação biológica, química e radiológica associada.
- Pelos de animais.
Ainda, conforme a Política Estadual dos Resíduos Sólidos (PERS/2014), os resíduos cemiteriais
são gerados podendo ser subdivididos em humanos e não humanos, resultantes da exumação
dos corpos e da limpeza e manutenção periódica dos cemitérios. Observa-se que para esses
geradores de resíduos do setor privado, a LIMPURB, ao analisar os PGRS visando o
licenciamento ambiental para os diversos tipos de resíduos, verifica o cadastramento obrigatório
dos veículos para coleta e transporte por tipo de resíduos, bem como, sua destinação conforme
classificação por tipo de resíduos.
Posto isso, os resíduos cemiteriais foram incluídos e analisados a luz da Lei Estadual nº 12932 de
07 de janeiro de 2014, e que no Art. 12 classifica os resíduos sólidos quanto a origem da atividade

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1251
e define resíduos cemiteriais como aqueles gerados nos cemitérios, subdivididos em humanos e
não humanos, resultantes da exumação dos corpos e da limpeza e manutenção periódica dos
cemitérios, já que na Lei Federal nº 12.305/2010 não consta esse tipo de resíduo gerado na
origem.
Assim, cabe ao órgão municipal de limpeza urbana exigir o PGRS, atendendo também ao
conteúdo mínimo exigido para o PMGIRS, e aprovar o manejo, quer seja da coleta, do transporte,
do acondicionamento, do tratamento e da destinação final desses resíduos nos diferentes tipos de
classificação e caracterização de acordo com o grupo ou classe que se enquadrem como RCC,
RSS ou RSD.
No Erro! Fonte de referência não encontrada., demonstram-se os quantitativos dos resíduos
sólidos do cemitério com características de resíduos Classe II (Não Perigoso) e classificados
como Resíduo Classe II A – Não Inerte, como Classe D, na sua maioria, e quantificados por tipo
de resíduos e em conformidade com a Resolução CONAMA nº 307/02, citando como exemplos:

• Restos orgânicos da indústria alimentícia (restos de alimentos);

• Restos de madeira;

• Materiais têxteis;

• Poliuretano (presente em espumas, adesivos, preservativos, vedações, carpetes, tintas e


mais);

• Lixas; discos de corte;

• Equipamentos de Proteção Individual, desde que não contaminado (inclui uniformes e


botas de borracha, prensas, vidros e outros);

• Entulhos de demolição;

• Pedras, areia;

• Sucata de ferro;

• Podas e galhos.

Quadro 108. Quantificação dos resíduos sólidos do cemitério


Tipo de Resíduo Quantidade/mês (kg) %
Classe A 275 10
Classe B 42 1,5
Classe D 2.430 88,5
Total 2.747 100
Fonte: Ordem Terceira Secular de São Francisco, 2020

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1252
No PGRS referente aos resíduos sólidos do cemitério, consta aspectos associados ao plano de
contingência ainda a serem implantados no local, sugerindo-se a realização do controle de riscos,
através de um Plano de Contingência, adotando medidas de melhoramento, juntamente com a
supervisão, tais como:
• A conscientização para higienização das mãos é imprescindível, com a finalidade de evitar
contaminação, preservando também a saúde ocupacional do funcionário;
• Realizar, junto aos supervisores, acompanhamento dos programas de conscientização
relacionados a utilização de EPI’s para o manuseio, acondicionamento e recolhimento
destes resíduos pelas equipes de limpeza;
• A realização de treinamentos e aperfeiçoamento dos colaboradores sobre o manejo
correto dos resíduos em todas as suas etapas de geração.
Os estudos de análise do Plano de Contingência para minimização de riscos são considerados
como importantes “ferramentas” de gerenciamento, tanto sob o ponto de vista ambiental, como de
segurança de processo, uma vez que esses estudos fornecem, entre outros, os seguintes
resultados:
• Conhecimento detalhado dos riscos de cada saneante;
• Avaliação dos possíveis danos às instalações e a saúde dos trabalhadores, à população
externa e ao meio ambiente;
• Subsídios para a implementação de medidas para a redução e gerenciamento dos riscos
direto pelo uso do produto.
Não foi possível verificar se o cemitério em questão possui licenciamento ambiental adequado,
visto que as informações que foram solicitadas ao empreendimento competente não foram
fornecidas.
Cemitério Britânico
O Cemitério Britânico pertence à comunidade britânica da Bahia, representada pela Associação
da Igreja de São Jorge e Cemitério Britânico. O espaço é tombado conforme Decreto Estadual nº
2.457, de 20 de setembro de 1993, recebendo visitação turística todos os dias da semana.
O empreendimento está situado na Avenida Sete de Setembro, nº 3346, Ladeira da Barra, em
Salvador, na Bahia; CEP: 40130-001, descritas pelas coordenadas Latitude: 13° 0′ 1.54″ S e
Longitude: 38° 31′ 51.18″ W.
O horário de atendimento é de segunda a sexta-feira, das 08 às 17h. Atualmente, em função da
pandemia, apenas parentes de sepultados têm acesso, mantendo a portaria em funcionamento
por 24h para informações. O fluxo de visitantes antes da pandemia era de 10 a 15 pessoas por
semana, entre turistas, a maioria, e parentes de sepultados.

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1253
O cemitério é estabelecido numa área de 4.773 m², com 245 m² de área construída. A demanda
por sepultamento é considerada mínima, menos de 1 (hum) por ano, considerando os últimos 5
anos, não existindo exumação nos últimos 20 anos. A preferência atual é o enterro de urnas
biodegradáveis com cinzas, sendo a cremação realizada em outros cemitérios da cidade.
A estrutura dispõe de três banheiros, utilizados pelos funcionários (três) e visitantes (turistas e
familiares de sepultados), não dispondo de outras unidades de geração de resíduos como
lanchonetes ou estabelecimentos similares, não sendo permitida a entrada de visitantes com
alimentos.
Quanto ao aspecto dos resíduos sólidos gerados, funcionários do cemitério informaram que todo
resíduo gerado é de característica doméstica, sendo descartado como tal. São acondicionados em
sacos plásticos e entregues à empresa de coleta municipal todo dia.
Os principais resíduos gerados são: papel, copo descartável, restos de alimentos (refeições dos
funcionários trazidas de casa e/ou delivery), folhas secas e pequenos galhos. A quantidade total
não ultrapassa, mesmo num dia de maior visitação (trânsito de 6 pessoas/ dia), o volume de um
saco com capacidade de 70 litros/dia, o qual é descartado junto a empresa municipal responsável
pela coleta no bairro.
Os funcionários relataram que os jazigos são eternos e não há remoção dos restos, apenas em
caso de determinação judicial ou desejo da família. Neste segundo caso, fica a cargo dos
familiares a contratação de uma empresa especializada para esse fim.
O empreendimento não possui uma gestão específica de resíduos sólidos, justificada sobretudo
pela quantidade gerada, motivo semelhante para a adoção da coleta seletiva, a qual poderia ser
envolvida com os segmentos sociais, mas que não são implantadas devido ao baixo volume
descartado.

8.15. OUTROS GERADORES


Segundo dados de 2019 da Associação Brasileira de Empresa de Eventos (ABEOC), o setor de
eventos no Brasil cresceu de forma expressiva nos últimos anos. Em 2013, o Dimensionamento
Econômico da Indústria de Eventos no Brasil (realizado em parceria com o SEBRAE e
Universidade Federal Fluminense) revelou um crescimento de, aproximadamente, 14% ao ano.
De acordo com SANTOS (2005) e MIGUEZ (2008), a capital baiana é tida por muitos estudos
como o município com maior incidência de eventos festivos no País. O calendário de datas
comemorativas contempla festas populares e particulares, como ensaios, festivais e megashows.
Independente do público e do tamanho, essas festas geram impacto ambiental, por envolver o uso
dos recursos naturais em todas as etapas, desde o planejamento, montagem, execução e
desmontagem e consequentemente gerando resíduos sólidos.

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1254
Mesmo sendo tratado como resíduos especiais com operações específicas desenvolvidas pela
LIMPURB, durante o Carnaval e festas tradicionais, como a lavagem das escadarias do Senhor
Bonfim e a festa de Iemanjá, o volume e a constância de realização desses eventos
movimentaram, mesmo com situação de pandemia em 2020, um volume de 918 toneladas de
resíduos sólidos, destacando os recicláveis (latinhas e papelão). Destaca-se que durante o
Carnaval de Salvador, já existe iniciativa da LIMPURB na implantação da coleta seletiva nos
camarotes privados realizada através de Cooperativas de catadores de material reciclável.
Algumas ações já estão sendo realizadas, em integração com cooperativas de recicláveis e com
catadores de rua e em situação de rua, respeitando as especificidades de Salvador, uma vez que
o gerenciamento dos resíduos sólidos envoltos no calendário mensal de festas e manifestações
populares precisa ser observado com vistas ao desenvolvimento de programas integrados a
diferentes políticas públicas.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir mostra a evolução dos gastos com
operações de limpeza urbana no calendário festivo de Salvador.
Quadro 109. Custo das operações LIMPURB por ano (eventos festivos)
2016 2017 2018 2019 2020
Nº Eventos e Festas populares
Custo Custo Custo Custo Custo
1 Réveillon Salvador 25.096,15 494.745,71 879.529,89 842.060,64 412.710,25
2 Boa Viagem 8.349,78 11.050,76 36.345,52 36.345,52
3 Lapinha 6.556,62 11.916,54 30.178,34 30.178,34 22.961,40
4 Lavagem do Bonfim 100.956,06 160.499,13 211.701,74 259.543,08 242.057,00
5 Inauguração do Centro de Conv. 103.982,25
6 Operação Vendaval 9.598,76
7 Festa do Bonfim 18.969,83 50.159,40 35.473,37
8 Festa da Ribeira (Seg. Gorda) 7.916,21 11.117,87 29.624,02
9 São Lázaro 5.006,24 5.587,55 5.978,58 5.978,58 5.978,58
10 Carnaval 79.299,75 91.252,30 175.613,85
11 Festa do Rio Vermelho 50.316,49 73.476,31 95.672,12 101.924,88 68.597,95
12 Operação Palhaço 25.994,96
13 Lavagem de Itapuã 16.865,72 42.825,58 40.598,03 35.387,17 30.561,59
14 Comemoração do Bahia 37.853,61
15 Lavagem do Habeas Copos 13.375,12 28.521,96 159.630,86 33.121,36 42.602,67
16 Pipoco 56.527,17 185.857,94 102.506,95 79.370,78
17 Fuzuê 23.771,43 36.744,80 184.209,99 80.092,10 84.401,23
18 Furdunço 39.217,69 70.808,96 188.814,64 104.398,55 90.518,78
19 Circuito Sérgio Bezerra 95.700,66 89.542,65
20 Aniversário da Cidade 79.095,34
21 Festa de Música Univers. 10.232,97
22 Projeto Nívea Viva Rock 16.218,17
23 Festival da Cidade 21.215,93 113.013,29
24 Carnaval da Ivete 63.179,73

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2016 2017 2018 2019 2020
Nº Eventos e Festas populares
Custo Custo Custo Custo Custo
25 São João da Bahia 414.615,89 133.440,25 109.774,32 171.143,56
27 Copa América 27.564,10
28 Arena Brahma 13.543,18 52.111,61
29 02 de julho 52.440,85 50.783,36 58.829,80
30 Semana do Clima 11.748,42
31 Marcha para Jesus 19.192,85 13.512,16
32 Olimpíadas 2016 42.898,27
33 Sete de Setembro 15.074,66 27.867,58 13.095,99 16.649,76
34 Parada Gay 28.629,23 56.823,90 187.146,01 32.499,39
35 Vamos Ver o Pôr do Sol 3.457,70
36 Festival da Primavera 21.530,39 136.666,31 3.177,20
37 Eleições 475.896,61 320.347,61
38 Arrastão Liberdade 23.032,10
39 Feira Criativa 10.959,30
41 Dia das Crianças 11.214,62
42 Caminhada do Samba 23.153,59 50.293,46 60.977,28 27.468,08
43 Dia do Samba 6.855,62 15.767,41 22.682,68
44 Liberdade 11.705,85
45 Santa Bárbara 14.264,54 24.544,63 17.566,57 15.249,70
46 Conceição da Praia 10.920,43 21.963,79 30.167,27 7.650,72
47 Festival de Verão 22.428,15
48 Santa Luzia 13.422,02 19.180,00
49 Festival Virada Salvador 82.757,45 568.993,29
Total 1.759.996,44 1.631.781,37 3.702.356,59 2.361.406,48 1.345.224,37
Fonte: LIMPURB, 2020.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. foi elaborado a partir das planilhas que integram os
relatórios de atividades anuais da LIMPURB, permitindo observar a importância de tratar a
geração de resíduos dessa natureza, respeitando as especificidades do Município de Salvador,
dinamizando a infraestrutura e permitindo a movimentação de recursos de forma otimizada e
planejada.

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1256
Figura 1081. Coleta de resíduos de eventos festivos

Fonte: Jornal A tarde, 2018.


Outro tipo de resíduo que merece uma atenção especial é aquele vinculado às práticas religiosas.
Conhecida como a ''cidade mais negra do Brasil'' por concentrar a maior comunidade de negros
e negras fora do continente africano, conforme a Fundação Palmares (2021), Salvador também se
destaca no número de adeptos das religiões de matriz africana, que dialogam com os elementos
da natureza atribuindo significados simbólicos de força e poder para os espaços físicos. A prática
de ofertar presentes e alimentos aos orixás e outras entidades místicas é um dos ritos cerimoniais
previstos para os religiosos e embora não haja um local específico para a entrega das oferendas,
elas são colocadas nos espaços onde há resquícios de Mata Atlântica, nas cachoeiras (muitas
contaminadas por efluentes domésticos), e nas estradas e encruzilhadas.
Em Salvador, conforme mapeamento realizado pelas Secretarias Municipais da Reparação e da
Habitação, em parceria com o Centro de Estudos Afro-Orientais da UFBA entre 2006 e 2007
foram identificados, aproximadamente, 1.200 terreiros conforme apresentado no mapa a seguir.
Cabe destacar que decorridos aproximadamente 15 (quinze) anos, o número de terreiros é
estimado entre 2.500 e 3.000, considerando as casas registradas e não registradas (Erro! Fonte
de referência não encontrada.).

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1257
Figura 1082. Localização dos terreiros em Salvador

Fonte: UFBA, 2005. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


O projeto de mapeamento permanece ativo e avançou em seu formato inicial para o
cadastramento autodeclaratório. A Secretaria Municipal de Reparação atualmente visa cadastrar
as Organizações dos Povos e Comunidades de Terreiro para fins de reconhecimento jurídico-
administrativo e social, considerando o seu formato original, conforme determina o Decreto
Municipal nº 25.560, de 19 de novembro de 2014. Esta ação reparadora foi oficializada no Dia
Municipal de Combate à Intolerância Religiosa, dia 21 de janeiro de 2016, com a assinatura do
Decreto pelo Prefeito de Salvador garantindo isenção do IPTU e remissão de dívidas tributárias de
terreiros de candomblé de Salvador. Dentre os benefícios referentes a instituições religiosas,
previstos na Constituição Federal e no Estatuto da Igualdade Racial, constam a imunidade
tributária e fundiária e o direito a participar de projetos sociais, nas áreas de saúde, meio ambiente
e educação, entre outros itens.
Em cada terreiro há um calendário de festas e as oferendas não são restritas apenas a esses
momentos. Em relação a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, os praticantes das
religiões de matrizes africanas habitualmente são vítimas de preconceito e de intolerância
religiosa, tanto por parte da população, quanto por parte de alguns agentes de limpeza pública,

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1258
que têm receio de coletar material referente a prática religiosa de matriz africana, conforme
entrevistas realizadas em visitas de campo.
Na perspectiva da garantia legal de que o Estado é laico e de que as práticas religiosas precisam
ser asseguradas, bem como da compreensão de que para o Município ser mais inclusivo, é
preciso assumir postura antirracista e combater as práticas de racismo religioso, ambiental,
institucional e estrutural que possam estar invisibilizando a necessidade de suporte e ações
espaciais para as práticas culturais e sociais que extrapolam, conforme demonstrado nas imagens
a seguir, a ação pontual e isolada.
Figura 1083. Imagens de entrega de presentes e oferendas na festa de Yemanjá

Fonte: Portal G1, 2021.


A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta momentos da festa de Yemanjá,
concentrada no bairro do Rio Vermelho e realizada anualmente no dia 02 de fevereiro. A festa
reúne todo ano milhares de pessoas, que levam entre seus presentes: flores, espelhos, perfumes,
adereços e estátuas, entre outros.
A seguir, a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra imagens de oferendas em espaços
públicos, demonstrando o simbolismo e a ressignificação do lugar. A figura registra as oferendas
no dia da festa de Omolu, em árvore situada próximo a Escola Politécnica da Universidade
Federal da Bahia, o registro de oferendas encontradas no cotidiano, nas vias públicas e
bifurcações.

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Figura 1084. Imagem de entrega de presentes e oferendas vinculadas às
religiões de matriz africana

Fonte: Oxe Recife (2019).


Muitas questões podem surgir a partir da análise dessa temática. Em todo País ainda não há
resoluções, leis ou decretos que disciplinem sobre os resíduos culturais, sociais de vinculação
religiosa presentes nas oferendas, e a construção de ações específicas nessa direção
demandarão a participação da Secretaria Municipal de Reparação (SEMUR) e do Conselho
Municipal Das Comunidades Negras (CMCN) que foi fundado em 2004. Entre as atribuições do
CMCN, compete a elaboração de políticas de promoção de igualdade racial, com a finalidade de
desenvolver estratégias de inclusão da dimensão racial em todas as políticas públicas
desenvolvidas no Município. Também é da sua competência a articulação de instrumentos e
mecanismos de acompanhamento, avaliação e fiscalização, objetivando o combate à
discriminação racial, a discriminação religiosa e demais manifestações correlatas. Além disso,
cabe ao Conselho propor ações de reparação que promovam o resgate da cidadania e o
reconhecimento dos direitos dos afrodescendentes através de políticas, elaboração de estudos e
diagnósticos sobre as desigualdades raciais, bem como ações estratégicas junto a instituições
públicas, instituições privadas e os movimentos negros.
Esses tipos de resíduos não possuem regulamentação legal. Os resíduos de origem
cultural/religiosa não estão caracterizados ou documentados segregadamente, e os mesmos são
coletados em conjunto com os demais resíduos provenientes da limpeza dos eventos festivos,
assim como os resíduos oriundos da prática de matriz africana.

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1260
8.16. IDENTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS E GERADORES SUJEITOS AO
SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010,
define a logística reversa como:

“Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um


conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em
seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada”. (BRASIL, 2010, p. 2-3)
Como instrumento definido pela referida lei, a Coleta Seletiva, a Logística Reversa e seus
sistemas visam valorizar e incentivar o reuso, a reciclagem e a disposição do rejeito, além de,
consequentemente, aumentar a vida útil dos aterros sanitários. Destaca-se ainda que, como
instrumento de desenvolvimento econômico e social, a Logística Reversa ainda viabiliza a
ampliação da oferta de produtos mais sustentáveis e do espaço para geração de novos empregos
e negócios.
Para claro entendimento do conceito e da importância da Logística Reversa é necessário avaliar o
ciclo de vida dos materiais e como esses se tornam rejeitos.
De maneira geral, o ciclo de vida de materiais se inicia a partir da extração da matéria-prima, a
qual é encaminhada para a indústria visando sua transformação e, em seguida, é direcionada
para os processos de distribuição, chegando ao consumidor e, por fim, a destinação final como
resíduo, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..
Figura 1085. Ciclo de Vida dos Materiais

Fonte: CSB Consórcio, 2021.


Por se tratar de um ciclo aberto, onde no final o material é descartado, na maioria dos casos, em
lixões ou aterros impróprios, esse processo gera significativo impacto ambiental, ainda mais
considerando que determinados resíduos sólidos descartados possuem propriedades capazes de
gerar considerável contaminação das componentes ambientais.
Levando isso em consideração, junto com o crescente interesse na redução dos impactos
ambientais, o ciclo de vida dos materiais passa a receber um novo delineamento, deixando de ser
aberto, passando a ser um ciclo fechado e com o foco na valorização e reaproveitamento desses
resíduos. Neste novo conceito, o material encaminhado para disposição final após tratamento
deverá ser o mínimo possível (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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1261
Figura 1086. Ciclo de Vida proposto pela Logística Reversa

Fonte: UNIVASF, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Dito isso, determinados resíduos foram enquadrados como Logística Reversa, devendo todos os
atores envolvidos, desde a sua extração até a destinação, serem responsabilizados pelo seu
correto manejo. Guiada por esse princípio da Responsabilização Compartilhada, a Logística
Reversa foi estabelecida como obrigatória para seis tipos de resíduos, conforme Lei 12.305/2010:
I - Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas
técnicas;
II - Pilhas e baterias;
III - Pneus;
IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. (BRASIL, 2010, p. 20-21).

O artigo 33 dessa Lei dita a obrigatoriedade em implementar sistemas de logística reversa,


independente dos serviços públicos de limpeza, para fabricantes, importadores, distribuidores
e comerciantes dos seis produtos acima citados.
Um dos resíduos que tem especial atenção pelo seu grande volume e está efetivamente
regulamentado são os produtos embalados e embalagens em geral, tendo como ponto de partida
a regulação do Acordo Setorial de Embalagens em Geral assinado em 25/11/2015 com o
Ministério de Meio Ambiente, e tem como objetivo garantir a destinação final ambientalmente
adequada das embalagens. As embalagens objeto do acordo setorial podem ser compostas de
papel e papelão, plástico, alumínio, aço, vidro, ou ainda pela combinação destes materiais, como

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1262
as embalagens cartonadas longa vida, por exemplo. Esse acordo setorial contempla apoio a
cooperativas de catadores de materiais recicláveis e parcerias com o comércio para a instalação
de pontos de entrega voluntária, apresenta a possibilidade de celebração de acordos entre os
serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos municipais e as entidades
signatárias. Em sua fase inicial, o município de Salvador está contemplado com as ações do
sistema. Nesse acordo, o grupo de empresas, composto por fabricantes, importadores,
comerciantes e distribuidores de embalagens e de produtos comercializados em embalagens, se
comprometeu a trabalhar para garantir a destinação adequada das suas embalagens,
estabelecendo como meta mínima a reciclagem de 22% do volume anual disposto por ele no
mercado nacional. Ações como apoio a cooperativas de catadores de materiais recicláveis,
implementação de pontos de entrega voluntária e campanhas de educação ambiental estão
contempladas. Mais informações podem ser obtidas junto à Coalizão Embalagens, que é a
entidade gestora responsável pela gestão do sistema de logística reversa através
https://www.coalizaoembalagens.com.br/logistica-reversa/
Outrossim, o Decreto nº 10.936 de 12 de janeiro de 2022 regulamentou a Lei 12.305/2010,
substituindo o Decreto nº 7.404/2010 e instituiu o Programa Nacional de Logística Reversa
(PNLR) que será coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e estabelecerá os critérios e as
diretrizes do referido Programa cabendo aos consumidores separar e acondicionar de maneira
correta os resíduos para que eles tenham destinação adequada, seja para reciclagem ou
devolução, e no caso de embalagens retornáveis, por exemplo, nas cidades onde há coleta
seletiva ficará sob a responsabilidade dos titulares do serviço público de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos estabelecer os procedimentos para o acondicionamento adequado e
para a disponibilização dos resíduos sólidos objeto da coleta seletiva. Cabe destacar que o
sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos priorizará a participação de cooperativas ou de
outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis constituídas por
pessoas físicas de baixa renda.
Esse Decreto, também cria o Programa Nacional de Logística Reversa, um instrumento de
coordenação e integração dos sistemas de logística reversa com vistas a potencializar o alcance
dos resultados dos diferentes sistemas no País garantindo melhor comunicação aos cidadãos
sobre os pontos de entrega voluntária para o descarte adequado de resíduos, assegurando a
rastreabilidade por meio de integração ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos
Resíduos Sólidos, o Sinir.
Além da Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Logística Reversa também foi abordada no
Estado da Bahia pela Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS-BA), instituída pela Lei n°
12.932, de 07 de janeiro de 2014. Entre outros dispositivos, o referido dispositivo legal determina

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que, sem prejuízo de outras obrigações estabelecidas, os fabricantes, importadores, distribuidores
e comerciantes têm responsabilidades desde a divulgação de informações relativas às formas de
evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus respectivos produtos até o
recolhimento dos produtos e dos resíduos remanescentes após o uso, assim como sua
subsequente destinação final ambientalmente adequada, no caso de produtos objeto de sistema
de logística reversa. Dessa forma, o conceito da Responsabilidade Compartilhada é mais uma vez
abordado para a implantação do instrumento.
A Política Estadual de Resíduos Sólidos apresenta, em seu artigo 54º, que cabe aos fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes dos produtos, resíduos e embalagens, adotar as
medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de
logística reversa sob seu encargo, nos termos desta Lei. Podendo, também, entre outras
atividades, implantar procedimentos de compra de embalagens e produtos usados, disponibilizar
postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis, além de poder atuar, em parceria com
cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis,
desde que seus produtos, resíduos e embalagens não sejam classificados como resíduos
perigosos.
Destaca-se ainda no artigo 58º da Política Estadual de Resíduos Sólidos que:
Art. 58º. Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de
logística reversa manterão atualizadas e disponíveis às autoridades ambientais,
sanitárias e agropecuárias competentes as informações completas sobre a
realização das ações sob sua responsabilidade. (BAHIA, 2014, p. 9)
Ademais, o Município de Salvador, exercendo sua capacidade comum de legislar sobre a
proteção do meio ambiente e combate à poluição em todas suas formas, instituiu a Política
Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, sob forma da Lei n° 8.915, de 5 de
julho de 2015.
Entre outros dispositivos, em seu artigo 53º ficou estabelecido que:
Art. 53º Os geradores são obrigados, sempre que estabelecido sistema de coleta
seletiva pelo Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PMGIRS
ou quando instituídos sistemas de logística reversa na forma da legislação
aplicável, a segregar na origem, acondicionar adequadamente e disponibilizar os
resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução. (Prefeitura
Municipal de Salvador, 2015, p. 22)

O Poder Público local pode se responsabilizar pela destinação adequada de uma pequena parte
de materiais que não fazem parte da Logística Reversa. Em contrapartida, deve negociar com as
empresas para que esta política seja implementada de maneira eficiente, de acordo com as
cadeias da política de logística reversa definidas pelo CONAMA.

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1264
No âmbito nacional, para cada tipo de resíduo enquadrado na Logística Reversa existe uma
entidade que é responsável pela destinação correta deles (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
Quadro 110. Tipos de resíduos e entidade responsável pela destinação final
Cadeia de Logística Forma de
Entidade Responsável
Reversa implementação
Embalagens de Lei n° 7802/1989 e; Instituto Nacional de Processamento de
agrotóxicos Decreto n° 4074/2002 Embalagens
Sindicato Nacional da Indústria do Refino de
CONAMA nº 362/2005
Óleos lubrificantes, seus Óleos Minerais – SINDIRREFINO; Sindicato
e nº450/2012 e acordo
resíduos e embalagens Nacional das Empresas Distribuidoras de
setorial.
Combustíveis e de Lubrificantes – SINDICON
Associação Nacional de Indústria de
Pneus CONAMA nº 416/2009
Pneumáticos através da RECLICLANIP
Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
CONAMA nº 401/2008
Pilhas e Baterias Eletrônica – ABINEE, por meio de empresa
e nº424/2010
contratada.
Fonte: Adaptado de MMA (2013). Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Conforme apresentado na Lei nº 12.305/2010 e em outros dispositivos legais, a Logística Reversa
será executada e operacionalizada por meio de acordos setoriais, normas expedidas pelo Poder
Público ou termos de compromisso. Esses acordos setoriais são estabelecidos entre entes da
esfera federal como o Ministério de Meio Ambiente e os fabricantes, importadores, distribuidores
ou comerciantes para a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do
produto, podendo ser iniciado por qualquer um dos agentes com a abertura de editais de
chamamento ou apresentação de proposta formal.
Os termos de compromisso serão efetivados pelo Poder Público com os fabricantes,
importadores, distribuidores ou comerciantes, devendo ser confirmados oficialmente pelo órgão
ambiental competente. Estes termos visam o estabelecimento da Logística Reversa quando não
houver um acordo setorial ou regulamento específico ou para a fixação de compromissos e metas
mais exigentes que o previsto em acordo setorial ou regulamento.
De maneira geral, a logística reversa é dever do gerador do passivo, isto é, seu fabricante. Porém
na prática essa cadeia depende de todos os agentes envolvidos, sendo de papel fundamental a
educação ambiental como processo contínuo, para atingir os usuários finais dos produtos.
Quanto as dificuldades apresentadas para a implantação da Logística Reversa, segundo pesquisa
realizada por Marchese (2013), os fatores mais importantes para a implantação da logística
reversa são a educação ambiental, a aplicação da legislação, a existência das empresas desse
serviço e os acordos setoriais (Erro! Fonte de referência não encontrada.).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1265
Figura 1087. Ilustração das questões importantes para a Logística Reversa

Fonte: MARCHESE, 2013.


Além disso, é importante investir em pesquisa e na estruturação desse novo mercado, já que a
Logística Reversa e, consequentemente, a reutilização e reciclagem dos materiais geram
benefícios ambientais, diminui a quantidade de lixo levada para aterros sanitários, reduz custos
associados aos processos e ainda gera emprego e renda para a população envolvida.
É importante lembrar que o papel do Município é fiscalizar o funcionamento do sistema de
destinação final, licenciar as unidades de recebimento de acordo com os órgãos competentes do
Estado da Bahia e CONAMA, apoiar os esforços de educação ambiental e a conscientização do
produtor do resíduo quanto às suas responsabilidades dentro do processo em conjunto com
fabricantes e comerciantes. Além disso, deve garantir arcabouço jurídico que defina, claramente, a
responsabilidade de cada ator, de maneira a estruturar toda cadeia geradora.
Quanto aos sistemas de Logística Reversa no Município de Salvador, existem pontos de entrega
voluntária implantados pelas entidades gestoras, para resíduos eletrônicos, óleos usados,
medicamentos vencidos, pilhas, baterias e resíduos eletrônicos.
Entretanto, não há informações disponíveis de controle pela Prefeitura de Salvador das unidades
gestoras envolvidas, signatárias dos acordos setoriais, no município. Todavia, para
medicamentos vencidos foi implantado o Programa Descarte Consciente, resultante do Termo de
Compromisso homologado pelo CRF-BA - Conselho Regional de Farmácia e a PMS - Prefeitura
Municipal de Salvador. Os pontos de coleta dos medicamentos vencidos estão demonstrados no
Erro! Fonte de referência não encontrada..
Outro Termo de Compromisso que produz efeitos em Salvador, é da logística reversa de pneus
inservíveis, realizado por ação do Ministério Público e da Prefeitura, com a associação

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1266
RECICLANIP, gestora nacional para a logística reversa, que tem a responsabilidade de instalar
pontos de coleta e realizar a logística de transporte dos inservíveis, entidade gestora criada pelos
fabricantes de pneus (Bridgestone, Goodyear, Michelin e Pirelli e Continental), é responsável em
todas as regiões do País, pelo processo de coleta e destinação de pneus inservíveis, mantém
parcerias e programação de coleta de pneus inservíveis no município de Salvador através da
LIMPURB, SECIS e SEDUR existindo um Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com o
Ministério Público (MP) renovando em maio 2022 com prazo de 5 (cinco) anos. Os pontos de
entrega da Reciclanip mais próximos de Salvador são em Lauro de Freitas e em Feira de
Santana.
Já o Instituto Jogue Limpo, gestor para o sistema de logística reversa de óleos lubrificantes e
embalagens usadas por todo o Brasil, assinou o Termo de Compromisso com o Governo do
Estado da Bahia, em 2014 e mantem instalado 26 PEV de coleta em estabelecimentos
específicos, que muitas vezes também servem como Pontos de Entrega Voluntária - PEV para o
consumidor.
Os demais resíduos sujeitos à logística reversa obrigatória pela PNRS, excetuando-se os resíduos
acimas citados, que não possuem Termos de Compromisso firmados com o Município,
prevalecem as metas estabelecidas nos acordos setoriais de âmbito nacional homologados pelo
MMA- Ministério do Meio Ambiente, a seguir indicados.
O acordo setorial de resíduos eletroeletrônicos resultou na criação da Green Elétron, entidade
gestora responsável pela logística reversa, fundada pela ABINEE – Associação Brasileira da
Indústria Elétrica Eletrônica, em 2016. No município de Salvador mantem 14 pontos de coleta da
Green Elétron, distribuídos ao longo de toda sua extensão, que recebem aparelhos eletrônicos de
uso domiciliar, como, computadores, celulares, telefones, impressoras, televisores e outros. Além
disso, existem 23 pontos de coleta de logística reversa implantados pela ABREE – Associação
Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos, entidade criada em 2011,
totalizando 37 pontos, conforme demonstrados nos Quadros 72 e 73.
As pilhas e baterias depois de utilizadas devem seguir o fluxo reverso na sua cadeia produtiva.
Observa-se que nos pontos de maior movimentação no município, tais como Shopping Centers,
Estações de Ônibus e Metrô existem coletores para que os consumidores possam depositar esses
resíduos de maneira adequada. Em relação as pilhas, a entidade gestora, também é a Green
Elétron.
Para a implementação do sistema de logística reversa de baterias de chumbo ácido e das
embalagens, o acordo setorial assinado em 2019, criou entidade gestora a IBER – Instituto
Brasileiro de Energia Renovável, que mantem quatro pontos de coleta no município de Salvador
(Calçada, Imbui, Porto Seco Pirajá e Centro/Barbalho).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1267
Quanto as lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista, a entidade
gestora é a RECICLUS, que possui 23 pontos de coleta em Salvador, na sua maioria em grandes
redes de supermercado.
Essas entidades gestoras criadas para implantar o sistema de logística reversa em âmbito
nacional e por força da PNRS, não possuem fins lucrativos, sendo os custos inerentes ao sistema
são divididos entre as empresas associadas de forma proporcional à quantidade de produtos
colocados no mercado. No entanto, alguns tipos de resíduos passíveis da logística reversa,
como, resíduos eletroeletrônicos, existem empresas que realizam o serviço de coleta no
domicílio do cliente, mediante a cobrança de uma taxa.
Conforme determina a PNRS, o sistema de logística reversa de resíduos sólidos em Salvador está
sendo implementado independente do sistema público de limpeza urbana, todavia as ações e
metas definidas nos acordos setoriais devem ser acompanhadas e controladas pela Prefeitura, o
que de fato não acontece atualmente, existindo uma lacuna sobre quantidades recicláveis, custos,
transporte, e destinação final.
Vale observar que segundo a Lei 10.936/2022, define-se a Entidade Gestora (EG) como pessoas
jurídicas, sem fins lucrativos, administrada por fabricantes, importadores, distribuidores ou
comerciantes, ou suas entidades representativas, com o objetivo de gerir o sistema, inclusive para
fins de prestar informações ao Sistema Ambiental e representar o sistema nas tratativas com os
terceiros, dentre outras. No entanto, em parceria com a PMS, tem-se uma empresa que não é
entidade gestora, a Recicle Logística Reversa que atende empresas, indústrias, ONGs e órgãos
públicos executando o serviço de coleta, e disponibilizando pontos de coleta, como por exemplo,
em Salvador, no Parque da Cidade.
Quanto à coleta de resíduos eletrônicos, algumas entidades gestoras são responsáveis pela
logística reversa, além de outros tipos de resíduos. Apresenta-se, na sequência, resumo
complementar dessas entidades gestoras. Também as cooperativas realizam a coleta, o
reaproveitamento e a destinação dos mesmos, sendo que, em alguns casos, as mesmas podem
funcionar com atendimento domiciliar.
No caso da coleta realizada por cooperativas cadastradas em Salvador, a participação da
prefeitura inclui apenas o apoio na parte operacional disponibilizando caminhão com motorista
para aquelas cooperativas que necessitam do transporte.
No município de Salvador existem no total 37 pontos de coleta de resíduos eletroeletrônicos
distribuídos ao longo de toda sua extensão, sendo 14 PEV pela gestora responsável Green
Eletron, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada. e 23 PEV pela outra gestora a
RECICLUS, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..

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1268
Quadro 111. Localização dos PEV eletroeletrônicos de Salvador, pela Green Elétron
Localização
1 Avenida José Joaquim Seabra, 72 - Baixa dos Sapateiros
2 Estrada da Paciência, 171 – Cajazeiras
3 Rua Barão de Cotegipe, 107 – Calçada
4 Avenida Sete de Setembro, 774 - Dois de Julho
5 Avenida Dorival Caymmi, 264 – Itapuã
6 Estrada da Liberdade, 310 – Liberdade
7 Avenida Afrânio Peixoto, S/N – Paripe
8 Rua Jayme Vieira Lima, s/n - Pau da Lima
9 Avenida Manoel Dias da Silva, 270 – Pituba
10 BA-526, 305 - São Cristóvão
11 Alameda Euvaldo Luz, 92 - Horto Bela Vista
12 Rua Portão da Piedade, 155 - Dois de Julho
13 Avenida Tancredo Neves, 148 - Caminho das Árvores
14 Avenida Tancredo Neves, 3133 - Caminho das Árvores
Fonte: Green Eletron, 2022.
As lâmpadas fluorescentes compactas e tubulares, de luz mista, a vapor de mercúrio, a vapor de
sódio, a vapor metálico e lâmpadas de aplicação especial, também compõem a gama de produtos
que fazem parte, obrigatoriamente, do sistema de logística reversa e que já são coletadas em
Salvador. Os comerciantes locais desses produtos devem aderir ao acordo setorial para
implantação do sistema de logística reversa, com a operacionalização do recebimento, estocagem
e envio do produto dentro da cadeia produtiva, conforme previsto no referido Acordo Setorial das
lâmpadas. A Reciclus, organização sem fins lucrativos, idealizada, formada e sustentada por
Empresas Fabricantes, importadores de lâmpadas e equipamentos de iluminação e seus
stakeholders, já disponibiliza diversos pontos de entrega voluntária em Salvador, facilmente
consultados no site https://reciclus.org.br/ e listados no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 112. Localização dos PEVs eletroeletrônicos de Salvador, pela RECICLUS.
Localização
1 Rua Djalma Dutra, 560, Sete Portas
2 Av. Mario Leal Ferreira, 500, Brotas
3 Largo das Sete Portas, 103 – Matatu
4 Rua Djalma Dutra, 19, Sete Portas
5 Av. Antônio Carlos Magalhães, 6365
6 Av. Vasco Da Gama, 828
7 Av. Barros Reis, 1579/334, Cabula
8 Av. Jequitaia, 411, Calçada
9 Av. Antônio Carlos Magalhães, 4479, Brotas
10 Av. Conselheiro Pedro Luiz, 111, Rio Vermelho
11 Av. San Martin, S/N, Fazenda Grande Do Retiro
12 Av. General San Martin, 244, Curuzu
13 Rua Marcos Freire, 364, Pituba
14 Av. Tancredo Neves, 3413, Caminho das Árvores
15 Av. Antônio Carlos Magalhães, 155, Pituba
16 Rua Luiz Régis Pacheco, 2, Uruguai
17 Av. Gov. Luís Viana Filho, 3056
18 Rua Arthur De Azevedo Machado, 344, Costa Azul

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1269
19 Rua Genaro De Carvalho, 516
20 Av. Luiz Viana, 6180, Paralela
21 Rua Coqueiro Grande, 614, Cajazeiras
22 Av. Afrânio Peixoto, S/N, Paripe
23 Rodovia Ba-526, 305, Cassange
Fonte: Reciclus, 2022.
Quanto aos medicamentos vencidos, em sua maioria, quando entregues voluntariamente, são
recebidos pelas farmácias, as quais são responsáveis pela destinação ambiental correta dos
mesmos. Além disso, há o Programa Descarte Consciente que reúne grandes redes de farmácias
e farmacêuticas em todo país e possuem 34 pontos de coletas no município de Salvador. No Erro!
Fonte de referência não encontrada. abaixo são elencados os pontos de coletas disponíveis nos
bairros da cidade:
Quadro 113. Localização dos Pontos de Coleta de medicamentos vencidos em Salvador.
Localização
1 Avenida Simon Bolívar, 121, Armação
2 Rua Barão de Sergy, 207, Barra
3 Avenida Centenário, 2992, Loja 1 Shopping Barra, Barra
4 Rua Marquês de Caravela, 386, Barra
5 Rua Doutora Praguer Froes, 133, Loja B, Barra
6 Av. Centenário, 2992, Loja 4 Shopping Barra, Barra
7 Av. Dom João VI, 476, Brotas
8 Av. Tancredo Neves, 3133, Loja 1537, Caminho das Árvores
9 Av. Tiradentes, 906 A, Caminho de Areia
10 Rua Arthur de Azevedo, 521, Costa Azul
11 Rua Catharina Paraguaçu, 02 22A, Graça
12 Av. Euclides da Cunha, 37, Graça
13 Rua das Hortênsias, 506, Itaigara
14 Rua Aristides Milton, 1, Itapuã
15 Largo do Tanque, 108, Liberdade
16 Av. Fernandes da Cunha, 57, Mares
17 Av. Joana Angélica, 924, Nazaré
18 Rua Joana Angélica, 144, Nazaré
19 Rua Professor Sabino Silva, 674, Ondina
20 Av. Luis Viana Filho, 8812, Paralela
21 Av Afrânio Peixoto, 35, Paripe
22 Rua Thomaz Gonzaga, 228, Pernambués
23 Av. Paulo VI, 1113, Pituba
24 Av. Manoel Dias da Silva, 2031, Pituba
25 Rua Arthur Gomes de Carvalho, 677, Pituba
26 Av. Paulo VI, 1138, Loja 02, Pituba
27 Av. Manoel Dias da Silva, 2249, Quadra 025 Lote 005, Pituba
28 Av. Manoel Dias da Silva, 1313, Pituba
29 Rua Osvaldo Cruz, 319, Rio Vermelho
30 Av. Juracy Magalhães Júnior, 1260, Rio Vermelho
31 Rua Conselheiro Pedro Luiz, 91, Rio Vermelho
32 Rua Marquês de Monte Santo, 258, Rio Vermelho
33 Estrada de Campinas, 1330, São Caetano
34 Rua Capitão Melo, 35, Stela Mares
Fonte: Programa Descarte Consciente, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1270
Existem ainda no Município de Salvador empresas que realizam a coleta e a orientação dos
clientes quanto à devolução das embalagens vazias de óleo usados. Os estabelecimentos
comerciais que utilizam esse tipo de resíduos devem armazenar de forma adequada essas
embalagens e óleos usados, disponibilizando para o serviço de recebimento itinerante ou
encaminhando diretamente às centrais de recebimento, em cumprimento ao estabelecido no
Acordo Setorial assinado com o Governo Federal. A Ômega Reciclagem e Beneficiamento de
Óleo é uma das empresas que atua no município e que realiza a coleta de óleo lubrificante usado
ou contaminado, podendo ser acionada para essa logística. Deve-se destacar ainda, a existência
de cooperativas ou organizações sociais locais que cumprem tanto o papel de recolhimento de
óleos comestíveis para a produção de sabão, quanto o serviço de sensibilização da população
quanto a destinação correta desses resíduos.
Sobre a destinação final das embalagens de agrotóxico, os estabelecimentos comerciais que
vendem esses produtos devem indicar na nota fiscal de venda, o local onde as embalagens vazias
devem ser devolvidas. A devolução dessas embalagens deverá ser feita nas unidades de
recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas credenciadas junto ao Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV). Em Salvador, esse serviço é
prestado regularmente pelas empresas que vendem esses produtos.
Como será proposto e revisto nos demais Produtos deste PMSB, os estabelecimentos comerciais
do Município de Salvador, que comercializarem os produtos da Logística Reversa, deverão definir
locais para estocá-los, bem como o fluxo de retorno desses resíduos dentro da cadeia produtiva
do produto, obedecendo ao que foi estabelecido nos acordos setoriais. Para tanto, não há um
cadastro atualizado pela Prefeitura dos estabelecimentos privados que comercializam os produtos
que fazem parte da Logística Reversa, estabelecendo uma rotina de monitoramento, com registro
de informações mensais (tipo, local de recepção, frequência de coleta, quantidade e destino dos
resíduos gerados).
Ressalta-se que, em Salvador, o Poder Público Municipal possui papel fundamental em uma das
etapas do processo de logística reversa através de incentivos para que o público consumidor
saiba descartar corretamente determinado tipo de produto, com campanhas de educação
ambiental disponibilizando pontos de entrega voluntária, como parcerias com ONGs ou
cooperativas para coleta de materiais recicláveis e para o reaproveitamento como também,
parceria com o Ministério Público através da instituição dos acordos setoriais ou Termo de Acordo
de Compromisso com setor produtivo, além do incentivo fiscal para o negócio.
A seguir, apresenta-se um resumo complementar das entidades gestoras com as localizações dos
pontos de coleta dos diferentes resíduos da Logística Reversa, em Salvador, de acordo com as
informações fornecidas pela LIMPURB:

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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• Logística reversa de eletroeletrônicos

Entidade Gestora: ABREE

• Salvador - Salvador Shop


Tancredo Neves, 3133 -Salvador - BA, 41.820-910. Coleta domiciliar: Não
• Salvador -Shop Iguatemi
Tancredo Neves, 148 - Salvador - BA, 41.100-800
• Salvador - Shop Bela Vista
Cristiano Buys, Salvador - BA, 41.150-120
• Coleta agendada no Município de Salvador
Salvador - BA, 40000-001 a 42599-999. Coleta domiciliar: Sim, coletam todos os produtos de
forma gratuita: WhatsApp: 71 99652-0570
• Rua da Liberdade
Liberdade, 355 - Salvador - BA, 40.366-405
• Salvador - Calçada
Av. Frederico Pontes, 248 - Salvador - BA, 40.460-000
• Salvador - Shop Piedade
Conselheiro Junqueira Ayres, 8 - Salvador - BA, 40.070-080
• Pau da Lima
Rua São Domingos, 3553 - Salvador - BA, 41.253-050
• Salvador - Calcada - Mix
Padre Antônio de Sá, 12 - Salvador - BA, 40.411-160
• Salvador - Shop Barra
Centenário, 2992 - Salvador - BA, 40.155-150
• Salvador - Itapuã
Avenida Octávio Mangabeira, 13461 - Salvador - BA, 41.610-160
• Salvador - Cajazeiras
Estrada do Coqueiro Grande, 2023 - Salvador - BA, 41.342-315
• Salvador-São Cristóvão
Aliomar Baleeiro, 8 - Salvador - BA, 41.500-660
• Salvador - Paripe
Rua Dr. Eduardo Dotto, 54 - Salvador - BA, 40.800-100

• Logística reversa de embalagens em geral

Entidade Gestora: Colizão Embalagens

PEV:
Soma negócios inclusivos Ltda. Me - Salvador
Praça da Revolução, bairro Periperi, Salvador-BA
Nespresso Boutique Salvador
Avenida Tancredo Neves,3133, Bairro Caminho das Árvores, Salvador-BA

• Logística reversa de medicamentos

Entidade Gestora: BHS Brasil Health Service

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Redes de Farmácias:
• Raia
• Drogasil
• Pague Menos
• São Paulo

• Logística reversa de bateria de chumbo ácido

Entidade Gestora: IBER

Cummins Vendas e Serviços de Motores e Geradores LTDA


CNPJ: 61.838.884/0006-57 11930060240
R. Antônio Andrade, 450 - Porto Seco Pirajá - Salvador/BA
Distribuidora de Baterias Excel LTDA
CNPJ: 04.193.383/0005-46 (19) 9999-1521
Av. Jorge Amado, 2000 - Imbui - Salvador/BA
Pacaembu Autopeças LTDA
CNPJ: 61.295.473/0002-39 11 3618-5800
R. Dr. Altino Teixeira, 950 - Barbalho - Salvador/BA
Xavier Paim Sistemas de Energia EIRELI
CNPJ: 14.271.522/0001-32 (71) 3082-5506
R. Fernandes da Cunha, 85 - Mares - Salvador/BA

• Logística reversa de óleo lubrificante

Entidade Gestora: Jogue Limpo

Postos de combustíveis
Para aqueles que geram risco de contaminação do meio ambiente e da população, os mesmos
devem ter destinação correta sob responsabilidade do gerador, conforme previsto na Lei Federal
n° 12.305/2010, cabendo a municipalidade a cobrança do correto gerenciamento, prevendo, caso
necessário, multas e sanções.
Observa-se que os sistemas de logística reversa deverão ser integrados ao Sinir e que o
manifesto de transporte de resíduos (MTR), é documento auto declaratório válido no território
nacional, emitido pelo Sinir, para fins de fiscalização ambiental dos sistemas de logística reversa,
além das informações sobre o transporte de resíduos, os responsáveis pelos sistemas de logística
reversa integrarão e manterão atualizadas as informações, entre outras solicitadas pelo Ministério
do Meio Ambiente.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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8.17. ASPECTOS SOCIAIS RELACIONADOS À GESTÃO DOS
RESÍDUOS SÓLIDOS
Em relação aos aspectos sociais relacionados à gestão dos resíduos sólidos, será dada ênfase
nesse item aos catadores de materiais recicláveis, sejam eles vinculados às cooperativas de
materiais recicláveis, ou seja, os catadores de materiais de rua e em situação de rua. Nesse
sentido, em que pese o município de Salvador não possuir dados oficiais referentes à quantidade
de pessoas que vivem nas ruas, o levantamento de informações conta com a ação de grupos e
projetos sociais que integram a sociedade civil organizada, e entidades de ensino e pesquisa. É
necessário destacar que a ausência de informações que ajudem na caracterização dessa
população, que vive em condições de grande vulnerabilidade social, dificulta o desenho e a
implementação de políticas públicas sociais.
Importante ressaltar que o processo de coleta dos materiais recicláveis possui estreita relação
com a difusão das ações, projetos e programas referentes à coleta seletiva. Assim, a atenção,
investimentos e o fortalecimento da prática cotidiana dos catadores de materiais recicláveis são
diretamente proporcionais à implementação da coleta seletiva no município. Algumas cooperativas
de materiais recicláveis fazem projetos que incentivam as pessoas dos bairros a separar os
resíduos recicláveis dos rejeitos, coletar e doar às cooperativas e catadores de rua, numa
perspectiva de despertar da consciência ambiental.

8.17.1. INVENTÁRIO E ANÁLISE DA SITUAÇÃO DOS CATADORES


Na ausência de um cadastramento que contabilize e diferencie os catadores associados às
cooperativas, como previsto no marco legal, e os catadores de rua e em situação de rua que
atuam na coleta e comercialização de materiais recicláveis sem vinculação institucional, foi usado
por referência o cruzamento do cadastro de catadores inscritos no benefício “Salvador para
Todos” e que possuem CadÚnico, sendo gerado uma lista com 156 nomes cadastrados, sendo 43
homens e 113 mulheres, conforme Figura 1088 a seguir:

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Figura 1088. Gráfico com distribuição dos catadores beneficiados no programa Salvador
para todos, distribuídos por gênero

Fonte: SEMPRE, 2021


O gráfico gerado a partir da lista dos cadastrados no Programa “Salvador Por Todos” e no
CadÚnico representa a percepção dos entrevistadores nas visitas técnicas, quando foi observado
o maior número de mulheres entre os catadores de materiais recicláveis vinculadas às
cooperativas da parte continental e também na parte insular do município (ilhas de Maré, Bom
Jesus dos Passos e Frades), enquanto que entre os catadores de materiais recicláveis em
situação de rua, na parte continental foi observada a maior incidência de homens. No Anexo I
está a planilha com os dados dos beneficiados.
Embora a LIMPURB (2020) apresente estimativa de 295 catadores, cabe destacar que conforme o
relatório situacional social das catadoras e dos catadores de material reciclável e reutilizável –
Brasil (IPEA, 2013), apenas em 2002, a categoria profissional de catador de material reciclável
passou a ser melhor identificada nas pesquisas domiciliares, tais como a Pesquisa Nacional por
Amostragem de Domicílios (PNAD) e os censos demográficos do IBGE, pois antes, os catadores
eram identificados por diferentes nomenclaturas, inclusive alguns termos pejorativos. A evolução
da nomenclatura pode ser observada a partir do Censo que em 1991, identificava os catadores
em outras ocupações, algumas vezes mal definidas (lixeiro); no Censo de 2000, catadores de
sucata; e apenas em 2010 a atividade passa a ser classificada como coletores de lixo e material
reciclável, classificadores de resíduos e varredores e afins.
Os catadores têm avançado em organização social e entre as instituições criadas para
representação das demandas coletivas, podem ser destacadas:

• Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR);

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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• Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) é uma associação
sem fins lucrativos formada por profissionais da catação. Iniciativa criada pelo Movimento Nacional
dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), a ANCAT desenvolve projetos de logística reversa
com focos primordiais: a eficiência na recuperação de embalagens e a capacitação produtiva e
econômica dos trabalhadores organizados em cooperativas e associações, além dos catadores que
ainda atuam nas ruas e em lixões de todo o Brasil;
• Aliança Global de Catadores é um processo de articulação entre milhares de organizações de
catadores de materiais recicláveis presentes em mais de 28 países cobrindo principalmente
América Latina, Ásia e África;
• Fórum de Catadores e de Catadoras de Rua e em Situação de Rua da Bahia;
• Fórum Lixo e Cidadania foi criado em 1998, coordenado pelo Fundo das Nações Unidas para a
Infância (UNICEF). Atualmente, o Fórum Lixo e Cidadania está organizado em diferentes esferas
federativas – nacional, estadual e municipal –, formado por representantes de diferentes
segmentos da sociedade civil, iniciativa privada e poder público;
• Pragma Soluções Sustentáveis, empresa especialista em logística reversa de embalagens pós-
consumo e oferece uma solução eficiente para que as empresas de diferentes portes cumpram
suas obrigações legais. O Recupera é um programa estruturante de logística reversa que atente às
exigências da Política Nacional dos Resíduos Sólidos;
• De modo geral, os resíduos coletados em sua maioria são alumínio, papel, revista, papelão, cobre,
pet, metais, eletrônicos, apontando maiores dificuldades para a comercialização do vidro, segundo
os cooperados essa dificuldade é justificada pela falta de empresa especializada em reciclagem de
vidro em Salvador.

As maiores dificuldades citadas pelos cooperados foram a necessidade de melhor infraestrutura, a


falta de investimento público e, nesse novo contexto, a pandemia e a falta de um programa de
assistência especificam à realidade dos catadores.
A renda retirada com a atividade varia entre R$ 150,00 a R$ 1.045,00 por cooperado mensal, com
algumas cooperativas dividindo os pagamentos quinzenalmente.
Nas cooperativas, o tempo diário dedicado à atividade em sua maioria é das 7h às 18h, de
segunda a sábado, tempo reduzido para alguns cooperados por conta da pandemia. Enquanto
que para os catadores de rua ou em situação de rua, muitos preferem o horário noturno, momento
do descarte em bares e nas áreas públicas. Nas ilhas, por conta da relação que os catadores
possuem com a pesca e mariscagem, os horários dedicados à coleta dos materiais recicláveis

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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dependem da variação da maré. Ainda na parte insular, os finais de semana concentram a maior
quantidade de horas dedicadas à coleta de materiais recicláveis.
Cooperados citaram um caminhão que era disponibilizado duas vezes na semana pela Prefeitura
para fazer o transporte dos resíduos das cooperativas para a venda, mas foi suspenso no período
da pandemia.
A logística parte do recebimento dos resíduos dos parceiros de cada cooperativa, entre eles
hospitais, shoppings e empresas. As grandes redes de supermercados suspenderam as doações
para as cooperativas e, segundo os cooperados, os próprios supermercados vendem seus
resíduos e os relatos apontam que isso começou a acontecer no último ano, em 2020.
Nas visitas técnicas e entrevistas, um dos aspectos que chamou atenção da equipe foi o clima
colaborativo entre os catadores vinculados às cooperativas e os catadores de rua ou em situação
de rua. A maioria dos catadores relatou fazer coleta seletiva em casa para si, e muitos cooperados
disseram realizar a coleta seletiva em casa e doar o material para catadores de rua e em situação
de rua, contribuindo para o sustento mínimo de alimentação diárias.

8.17.2. LEVANTAMENTO DO MERCADO POTENCIAL E RECICLÁVEIS POR TIPO


No intuito de melhor estimar o potencial econômico dos diferentes tipos de materiais recicláveis
faz-se necessário a identificação do resultado da composição gravimétrica, que expresse os
hábitos de consumo, mesmo que de uma amostragem da população. Isso permitirá avaliar o
mercado potencial, a partir dos percentuais de incidência dos recicláveis nas residências e
comércios.
Outro aspecto a ser refletido nesse item é o crescimento dos postos de compra e venda de
recicláveis, desde os chamados ‘ferros-velhos’ ao surgimento de aplicativos e redes sociais que
estreitam os caminhos da comercialização com os catadores de materiais recicláveis e a indústria
de transformação. A partir das entrevistas com os catadores, a venda questionada ocorre
diretamente com a indústria (cooperativas), ou depende da relação com os atravessadores
(catadores de rua).
A partir de dados do Anuário de Reciclagem (2020), no Brasil, considerando o número de 281
associações/cooperativas com informações de faturamento organizadas por tipo de material, foi
possível apresentar o seguinte gráfico exposto na Figura 1089.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1277
Figura 1089. Faturamento total das organizações por material - 2019 (em milhões de R$)

Fonte: ANCAT e PRAGMA, 2018. Elaboração: LCA Consultores (2019).

Na região metropolitana, as empresas mais apontadas pelas cooperativas foram Bahia Ecologia,
MMetais e Penha. O valor do alumínio variou entre R$ 3,80 a R$ 4,50 o preço do quilo no
Município.
Quadro 114. Totais de faturamento (em milhões de R$), volume recolhido (em milhares de
toneladas) e preço médio (em R$/Kg), por região e material, em 2019
Tipo de reciclável Brasil NE
Faturamento 29,14 3,47
Papel Volume 190,82 18,85
Preço 0,36 0,33
Faturamento 31,96 1,8
Plástico Volume 76,04 3,42
Preço 1 1,03
Faturamento 4,32 0,57
Alumínio Volume 3,22 0,35
Preço 3,66 3,69
Faturamento 4,78 0,37
Outros Metais Volume 27,91 2,17
Preço 0,51 0,36
Faturamento 1,28 0,08
Vidro Volume 104,2 7,87
Preço 0,11 0,14
Faturamento 0,16 0,3
Outros Materiais Volume 4,33 0,09
Preço 0,64 0,71
Fonte: ANCAT e PRAGMA, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Embora o crescimento do setor seja visto, por alguns, como reflexo da crise de outros ramos
comerciais, para muitos, a atividade realmente é promissora e demanda mais investimentos.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1278
Na Tabela 141, foi identificado os valores (por Kg) de diferentes tipos de materiais recicláveis no
município de Salvador e foi realizada por levantamentos secundários com informações de
algumas Cooperativas de Materiais Recicláveis e operadores de reciclagem (compradores de
materiais recicláveis) da cidade. Contudo, esses valores não são oficiais e, há necessidade de
apoio institucional da PMS para melhor apoiar às Cooperativas dos catadores de materiais
recicláveis, como por exemplo, a atualização dessas informações constando no site oficial da
LIMPURB e da SECIS.
Tabela 141. Valores aproximados dos materiais recicláveis (por Kg) em Salvador, 2021.
Materiais Recicláveis (2021) R$ (quilo)
Lata de Alumínio R$ 6,80
Anel de Alumínio R$ 5,86
PET vazia R$ 1,00
Papelão R$ 0,67
Papel Jornal R$ 0,56
Papel Revista R$ 0,28
Cobre R$ 30,00
Metal/Bronze R$ 18,00
Alumínio de Panela R$ 9,00
Cabo de Alumínio R$ 8,00
Perfil de Alumínio R$ 7,00
Tubo desodorante R$ 5,80
Alumínio duro R$ 4,50
Antimônio R$ 5,00
Bateria R$ 4,00
Cadeira plástica R$ 1,50
Ferro R$ 1,00
Óleo R$ 1,50
Inox R$ 5,00
Chumbo R$ 5,00
Fonte: Consulta realizada em novembro de 2021 às principais Cooperativas de Materiais Recicláveis de Salvador.
Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Esses valores são apenas para referência do momento, porém os mesmos sofrem diferença pelos
diversos compradores (atravessadores/sucateiros) existentes em Salvador, assim como, pelo
volume vendido, pois a maioria desse material é enviado para outras Unidades da Federação,
sem detalhar quais as Unidades.
Na Figura 1090, apresenta-se panorama das organizações de catadores, com preço de venda
dos materiais recicláveis por regiões do Brasil, por quilo (R$). Observa-se que na região Nordeste,
onde o município de Salvador está situado tem-se o predomínio do material alumínio em todas as
regiões, bem como, o vidro em terceiro lugar, realidade essa bem próxima a coleta seletiva dos

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1279
catadores das Cooperativas em Salvador. Contudo, ressalta-se que na Tabela 141 é apresentado,
extra oficialmente, a consulta dos preços praticados por algumas cooperativas locais.
Figura 1090. Panorama das organizações de catadores, com preço de venda dos materiais
recicláveis por regiões do Brasil, por quilo (R$).

Fonte: ANCAT, 2021. Elaboração: LCA Consultores.

8.17.3. PERFIL DOS EMPREENDIMENTOS COLETORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS
Foram identificados 14 (catorze) empreendimentos coletores de materiais recicláveis, conforme
cadastramento identificado na LIMPURB (2020). Em todas elas, a estrutura e aspectos
organizacionais estão pautados na realização da Assembleia Geral, contato com o conjunto de
todos os cooperados, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal, que seguem as funções
e atribuições descritas no Estatuto Social, com remuneração dividida em cota produzida por
cooperado. As reuniões são ordinárias, realizadas periodicamente, com ata lavradas e pauta
publicitada com antecedência. Podem ocorrer eventualmente convocações extraordinárias e os
cargos de diretoria são eletivos e restritos aos cooperados.
Sobre os cooperados foi observado que para a maioria essa atividade é a principal fonte de renda,
mas também a maioria apresenta uma consciência ambiental e comunitária. A relação das
cooperativas que estão localizadas em bairros periféricos com a população em volta demonstrou
ser mais positiva do que as cooperativas que estão próximas de empresas. Já as de bairro tem
como ponto positivo o apoio da comunidade e reflete isso em ações comunitárias, algumas delas
recebem e fazem doações para moradores, como cadeiras de rodas ou outro produto
reaproveitável. Além disso, para os que estão instalados longe das comunidades a questão da
rota de venda é o ponto positivo, os resíduos acabam tendo mais saída, porém a relação com o
entorno torna-se receosa, a exemplo da COOPERLIX, que sofreu diversos contratempos, entre

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1280
eles um incêndio que acabou por danificar toda estrutura da cooperativa que ainda não passou
por uma reforma.
Os cooperados e a cooperativa dependem do quanto é produzido, então quase nenhum deles
apresentam uma renda fixa. E com a pandemia, a quantidade de resíduos coletados diminuiu
abruptamente e muitas empresas parceiras que doavam resíduos suspenderam totalmente ou
parcialmente as atividades por conta da pandemia. As cooperativas reduziram o horário de
funcionamento e chegaram a suspender as atividades por oito meses. Isso reduziu também a
quantidade de material reciclável vendido e, consequentemente, justifica o impacto na renda.
Algumas cooperativas buscam apoio de outros projetos e editais para auxiliar no financeiro,
incluindo benefícios da Prefeitura e dos governos estadual e federal.
As cooperativas têm um importante papel ao auxiliar órgãos e entidades da administração pública
na coleta seletiva. Elas constituem o principal agente do processo de reciclagem.
As 14 (catorze) cooperativas foram visitadas e caracterizadas, conforme descrito a seguir:
Tabela 142. Cooperativa de Catadores de Materiais Recicláveis de Canabrava
(COOPERBRAVA)
COOPERBRAVA - COOPERATIVA RECICLÁVEIS DE CANABRAVA
Endereço: Rua Artêmio Castro Valente, s/n, Canabrava
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
Alumínio, cobre, ferro, jornal, livros,
metal, papel, papelão, Polietileno de
19 2002 32
alta e baixa densidade, pet, plásticos,
pvc, revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador, 2021*. Elaboração: CSB Consórcio (2021).
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Na COOPERBRAVA observou-se uma estrutura danificada pelo tempo. A cooperativa funciona
em um galpão onde parte do telhado se encontra destruído pela chuva. A prensa e a área de
triagem ficam na entrada, e ao longo do galpão há algumas divisórias onde o resíduo é dividido
por setor, entre eles plástico, papelão, papel e metal. Nas atividades de triagem estavam
mulheres, a maioria negras, com idades entre 26 e 70 anos. As cooperadas apontaram algumas
dificuldades em manter o funcionamento da cooperativa para além da pandemia. Observa-se o
apoio da gestão da LIMPURB, na época da implantação da sede da COOPEBRAVA, cujo terreno
pertence à PMS. Em 2019, aconteceu a reforma mais recente na estrutura depois da cooperativa
ser selecionada por um projeto “Pimp my carroça”, que viabilizou além da pintura e grafite nas
paredes, um dia de integração e estreitamento dos laços entre comunidade e cooperativa.
Tabela 143. Cooperativa de Agentes Ecológicos de Canabrava (CAEC)
CAEC - COOPERATIVA DE AGENTES ECOLÓGICOS DE CANABRAVA
Endereço: Rua da Mauritânia, n°04, Granjas Rurais Presidente Vargas (Ponto de referência
Brasil Gás)
TEMPO DE ANO DE Nº

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1281
EXISTÊNCIA (anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
Alumínio, bombona, cobre, eletrônico, ferro,
jornal, livros, lona, óleo de cozinha, papel,
18 2003 52 papelão, Polietileno de alta e baixa
densidade, plásticos, pilhas/baterias,
polipropileno, pvc, resíduo classe II, revistas
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio (2021).
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.

A CAEC apresenta uma estrutura maior, possuindo quatro galpões, mais de cinco prensas
funcionando e três caminhões. Os cooperados estavam bem divididos com relação ao gênero e
todos estavam utilizando equipamentos de segurança, incluindo máscara.
Tabela 144. Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem Responsabilidade Ltda
(COOPCICLA)
COOPCICLA - COOPERATIVA DOS AGENTES AUTÔNOMOS DE RECICLAGEM
RESPONSABILIDADE LTDA
Endereço: Rua Cônego Pereira, s/n, galpão 01, Sete Portas
TEMPO DE ANO DE Nº
EXISTÊNCIA (anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
24 1997 13 Metais, plástico, papel e óleo
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A COOPCICLA funciona em espaço menor, no entanto, mais organizado para separação dos
resíduos, possuindo prensa e caminhão próprio. Por estar localizada no bairro Sete Portas, os
cooperados têm dificuldade em manter o valor do transporte para deslocamento pessoal. Então, a
cooperativa busca suprir essa vulnerabilidade com um auxílio-transporte semanal. A cooperativa é
uma das mais antigas, funcionando desde 1997 e ainda compartilha das dificuldades relatadas
pelas demais. Esse período pandêmico fez com que o número de cooperados da COOPCICLA
reduzisse de 65 para 13 e as toneladas vendidas, que antes chegavam a 230 toneladas,
atualmente corresponde a 40 toneladas, uma redução maior que 50%.
Tabela 145. Cooperativa de Catadores de Resíduos (CRG-BAHIA)
CRG-BAHIA - COOPERATIVA DE CATADORES DE RESÍDUOS

Endereço: Av. Cardeal Avelar Brandão Vilela, n° 1049


TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
Alumínio, cobre, ferro, livros, papel,
17 2004 96 papelão, polietileno de alta e baixa
densidade, plásticos, revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A CRG fica localizada na orla de Salvador, no antigo Hotel Atlântico, de Hotéis e Turismo Itapuã
Ltda. Segundo os coordenadores entrevistados, o vínculo dessa cooperativa com o Poder
Municipal é melhor, apesar de não ter nenhum benefício diferente do que citam outras

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1282
cooperativas, que é o caminhão disponibilizado duas vezes na semana para auxiliar nas
demandas. A CRG apresenta um grande número de cooperados (96 ao todo) e no período de
pandemia foi preciso ficar oito meses de portas fechadas, se organizando de forma remota. Além
das atividades comuns às cooperativas, eles fazem artesanato e promovem feiras para vender.
São produzidos desde vasos com tecido e cimento até móveis rústicos com paletes.
Tabela 146. Cooperativa de Reciclagem e Serviços do Estado da Bahia (COOPERES)
COOPERES - COOPERATIVA DE RECICLAGEM E SERVIÇOS DO ESTADO DA BAHIA
Endereço: Rua Boa Esperança de Ilha Amarela, n°84, Ilha Amarela
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
16 2005 35 Especializada na coleta de óleo de
cozinha usado
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A localização da COOPERES também difere da maioria. Ela fica situada dentro do Parque São
Bartolomeu, onde possui grande área de reserva ambiental, mas a estrutura física da cooperativa
conta com galpões improvisados (antigos quiosques que estavam em desuso). A coordenação
busca apoio de outros projetos e editais que possam beneficiar a cooperativa, reconhecendo a
importância do trabalho ambiental que é prestado. Os cooperados estão registrados no INSS
como autônomos, realidade que não foi observada em nenhuma outra. Uma das maiores
dificuldades apontadas pelos cooperados é a necessidade de melhorias na infraestrutura. O
portão que separava o terreno da rua está quebrado, e a comunidade acaba jogando lixo junto
aos resíduos da cooperativa no terreno que é do parque. Mesmo com tentativas de educação
ambiental, a comunidade ainda possui dificuldade de diferenciar ‘lixo’ (sic) de resíduos
recicláveis.
Tabela 147. Cooperativa de Trabalho dos Agentes Ecológicos do Paraguary
(COOPEGUARY)
COOPEGUARY – Cooperativa de Trabalho dos Agentes Ecológicos do Paraguary
Endereço: Rua Araguary, nº 67 Periperi Salvador Bahia. CEP 40.720-198
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
TIPO DE RESÍDUO
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS
Alumínio, cobre, ferro, livros, papel,
14 2007 16 papelão, polietileno de alta e baixa
densidade, plásticos, revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A COOPEGUARY apresentou seus projetos e demonstrou como a comunidade recebe bem essas
ações, e como essa relação potencializa o bem-estar, visto que grande parcela dos cooperados
moram no bairro. Essa cooperativa tem apenas 16 cooperados fixos, mas sempre que alguém do
bairro fica desempregado, ele se aproxima da cooperativa para não ficar sem renda. Apesar da

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1283
quantidade não ser grande, eles retiram cerca de 400 toneladas de resíduos das ruas e antes da
pandemia esse número já chegou a ser o dobro.
Tabela 148. Companhia Cooperativa de Coleta Seletiva Processamento de Plástico e
Proteção Ambiental (CAMAPET)
CAMAPET - COMPANHIA COOPERATIVA DE COLETA SELETIVA PROCESSAMENTO DE PLÁSTICO
E PROTEÇÃO AMBIENTAL
Endereço: Rua Santos Tirara, n° 22, Massaranduba

TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº


(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
17 2005 17 Alumínio, ar condicionado, cobre,
eletrônico, ferro, jornal, livros, óleo
de cozinha, papel, papelão,
Polietileno de alta e baixa
densidade, pet, plásticos,
polipropileno, pvc, resíduo classe II,
revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Assim como a COOPEBRAVA e a COOPERLIX, a CAMAPET também conta com mulheres à
frente da cooperativa, sendo que é a única até então com 99% formado por cooperadas. O perfil
principal que se encontra à frente das cooperativas em Salvador é de homens entre 40 a 60 anos.
Mesmo as mulheres negras, sendo maior número de cooperadas, a atividade de liderança fica por
responsabilidade dos homens de raças e etnias variadas. A organização das cooperativas
apresenta, em sua maioria, um modelo democrático de escolha da gestão, em outras, a pessoa
que está à frente ainda é quem fundou a cooperativa. Essas pessoas que estão na liderança nem
sempre são participantes do trabalho braçal das cooperativas. Apesar de ter uma mulher à frente
da CAMAPET, dos 17 cooperados 9 são homens. Essa cooperativa existe desde 1995, mas de
forma registrada e regulamentada desde 2004. A maior dificuldade nessa cooperativa é estar
residindo em um lugar alugado e sem estrutura. Eles têm apenas um galpão, onde os resíduos
são separados, prensados e distribuídos. A CAMAPET tem prensa e caminhão próprios e seus
cooperados recebiam até um salário antes da pandemia, mas esse valor foi reduzido pelo efeito
da mesma.
Tabela 149. Cooperativa de Reciclagem de Lixo (COOPERLIX)
COOPERLIX - COOPERATIVA DE RECICLAGEM DE LIXO
Endereço: Rodovia BA 528, Derba, Valéria (1º entrando após o posto da polícia rodoviária estadual)
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
Metal, alumínio, papel, papelão, plástico,
30 1991 22
eletrodomésticos e eletrônicos
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A COOPERLIX está localizada na BA-528, Derba, em uma região onde tem muitas empresas. E
foi nessa região que sofreu um atentado, com um incêndio ocorrido há mais de um ano. As
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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1284
cooperadas demonstram receios com a convivência com as empresas do entorno com a chegada
da cooperativa no local. Desde então, a infraestrutura da cooperativa foi depreciada, ficando mais
vulnerável. Mesmo depois de fechada após o horário comercial, outras pessoas conseguem
acessar facilmente os resíduos da cooperativa. Ainda assim, elas retiram 12 toneladas de
resíduos por semana. A COOPERLIX desde o acontecimento do incêndio não possui energia
elétrica. Por isso, a única prensa da cooperativa se encontra em desuso. As cooperadas apontam
a necessidade de um galpão estruturado ou de reformas.
Tabela 150. Cooperativa dos Catadores de Reciclagem de Cajazeira (COOCREJA)
COOCREJA - COOPERATIVA DOS CATADORES DE RECICLAGEM DE CAJAZEIRA
Endereço: Av. Raimundo Carlos Nery, n°44, Cajazeiras 11
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
16 2005 23 Vidro, metal, Alumínio, Papel,
papelão, plástico, eletrodoméstico,
eletrônicos, óleo e isopor
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Na região de Cajazeiras 11 fica localizada a COOCREJA, cooperativa fundada em 2005 e que
conta com uma estrutura menor em comparação às outras. Dos seus 23 cooperados, 60% são
mulheres e recebem, em média, R$ 150,00 semanalmente, com a retirada 12 toneladas de
resíduos, mensalmente. As maiores dificuldades apontadas são a infraestrutura e o fato do terreno
ser alugado, assim como o caminhão. Essa cooperativa também não possui prensa, mas nessa
área improvisada os materiais ficam bem divididos (pet, vidro, plástico, papelão e eletrônico). Na
entrada encontramos uma biblioteca organizada pelos cooperados, com livros resgatados do lixo
ou doados e fica disponível à venda para toda comunidade.
Tabela 151. Cooperativa dos Recicladores da Unidade de Ogunjá (COOPERBARI)
COOPERBARI - COOPERATIVA DOS RECICLADORES DA UNIDADE DE OGUNJÁ
Endereço: Rua Professor Aloísio de Carvalho Filho, n°74, Engenho Velho de Brotas
TEMPO DE ANO DE Nº
EXISTÊNCIA FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
(anos)
17 2004 17 Plástico, filme, papelão, revista, metal,
cobre, vidros e paletes e alumínio.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A COOPERBARI foi fundada em 2004 e conta com 17 cooperados e um número bem equilibrado
entre homens e mulheres. A empresa possui uma sede e um galpão ao lado, onde os resíduos
ficam divididos por baias. Reciclam todos os tipos de resíduos, incluindo vidro que é menos
rentável, e paletes, revendidos para empresas que utilizam do fogo a lenha. Possui uma parceria
com a Lopes, empresa que recebe todo ferro coletado pela cooperativa. Mesmo com a pandemia,
os cooperados da COOPERBARI recebem em média um salário mínimo, mas apontam

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1285
dificuldade na legislação que deveriam obrigar os órgãos a doar o material. Segundo o cooperado
entrevistado isso não é feito e seria preciso implantar a “coleta inteligente”, incentivando a
população também a doar seus resíduos.
Tabela 152. Cooperativa de Resíduos Sólidos de Salvador (COOPSAL)
COOPSAL – COOPERATIVA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE SALVADOR
Endereço: Rua Maria Zumba, 351 C, Galpão A, Granjas Rurais Presidente Vargas
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
TIPO DE RESÍDUO
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS
Alumínio, cobre, ferro, livros, papel,
16 2005 11 papelão, polietileno de alta e baixa
densidade, plásticos, revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A cooperativa COOPSAL funciona desde 2005 e atualmente dispõe de 11 cooperados, formados
em totalidade por homens. Tem licenciamento e alvará municipal para desempenhar a atividade.
O espaço físico descrito no cadastro da LIMPURB era um galpão alugado, com o valor mensal de
R$ 8 mil, mas nessa pandemia as arrecadações diminuíram drasticamente e a cooperativa não
teve mais condições de ter um ponto fixo, e, segundo o cooperado, “a Prefeitura não dispõe ajudar
as cooperativas”. Eles estão itinerantes e pegam o volume de resíduos em seus parceiros,
levando para o local de venda. Assim dividem o valor entre os cooperados.
A cooperativa funciona, de segunda a sábado, das 8h às 18h. Ela dispõe de um caminhão, que
recolhe as doações dos parceiros e realiza a venda direta e automática. O grupo trabalha com
papelão, papel branco, plástico, metais, óleo de cozinha, vidro e eletrônicos. Contudo, agora estão
trabalhando com o papelão e plástico somente, uma vez que é o material fornecido pelos
parceiros. A cooperativa trabalha apenas com resíduos recicláveis, tendo em vista que não
recebem insumos orgânicos.
Atualmente, a pesagem chega a mais ou menos 2.300 toneladas de papelão e 120 kg de plástico
por mês. Os resíduos recebidos pelas cooperativas são doados e/ou coletados nos
estabelecimentos da Perine e Gbarbosa, convites de condomínios e outros empreendimentos,
além do porta a porta. Não é feito o beneficiamento dos resíduos e os materiais são revendidos
para a Penha (Indústria). Sobre os EPIs, todos usam a bota e o uniforme, mas alguns usam as
luvas. Todos tinham máscaras de prevenção ao COVID-19.
A maior dificuldade relatada é em relação a falta de apoio para remuneração. Eles consideram
que a Prefeitura poderia ser mais atuante e auxiliar as cooperativas, tendo em vista a redução da
quantidade de resíduos que foi percebida durante a pandemia e, principalmente, a importância do
setor pelo trabalho de triagem e aproveitamento dos resíduos recicláveis. Também foi criticada a
retirada dos carros cedidos pela Prefeitura e que apoiavam no transporte dos materiais veio
durante a pandemia.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1286
Tabela 153. Reciclagem de Materiais (RECICOOP)
RECICOOP – RECICLAGEM DE MATERIAIS
Endereço: Rua da Paz, nº 60. Nova Constituinte E, Alto de Coutos. Lote 41. Salvador Bahia CEP
40730-340.
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
Alumínio, cobre, ferro, livros, papel,
21 2000 15 papelão, polietileno de alta e baixa
densidade, plásticos, revistas.
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Na RECICOOP, após o falecimento do então presidente Edson de Jesus, no último dia 17 de maio
de 2021, a cooperativa passou a ser administrada por Rosélia. Contudo ainda não houve
passagem oficial, pelo pouco tempo do falecimento e da pandemia. A cooperativa funciona desde
2000 e atualmente dispõe de quinze cooperados. Tem licenciamento e alvará municipal para
desempenhar a atividade e o espaço físico é alugado, o que acarreta problemas de custo.
A cooperativa funciona, de segunda a sábado, das 8h às 17h. Contudo, nesses últimos dias não
está conseguindo desempenhar suas atividades, visto uma obra de saneamento que está sendo
realizada na localidade. Assim está inviabilizando a passagem de carro pequeno e grande. Com
isso, a cooperativa não consegue receber e nem revender os materiais.
A cooperativa não dispõe de caminhão. Os insumos eram recebidos por parceiros e na hora da
destinação de venda um caminhão da Prefeitura levava o material, porém agora na pandemia
essa ajuda foi cortada.
Eles trabalham com papelão, papel branco, plástico, metais, óleo de cozinha, vidro e eletrônicos.
A cooperativa trabalha apenas com resíduos recicláveis, tendo em vista que não recebem
insumos orgânicos. Atualmente, o volume chega a mais ou menos 30 toneladas de material por
mês. Os resíduos recebidos pelas cooperativas são doados e/ou coletados em condomínios, na
Fábrica Dias Branco, na CAB, entre outros. Não é feito beneficiamento dos resíduos. Os materiais
são revendidos para as indústrias (Bahia Ecologia, MM Metais e outras). Sobre os EPIs, todos
usam botas e uniformes e alguns usam luvas e todos contam com máscaras de prevenção ao
COVID-19.
A maior dificuldade relatada é em relação a falta de apoio, que vai desde a demanda por
investimentos no espaço físico, passando por equipamentos e transporte dos materiais.
Tabela 154. Cooperativa de Reciclagem União Nazaré (CRUN)
CRUN – COOPERATIVA DE RECICLAGEM UNIÃO NAZARÉ
Endereço: Rua do Gravata, nº 17/20: Beco dos Cravos, Nazaré, Salvador, Bahia CEP: 40040-330
TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº
TIPO DE RESÍDUO
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS
Plástico, latinha, metal, papel,
3 2018 20
eletrodomésticos, eletrônicos
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1287
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A CRUN possui 20 associados e funciona há três anos com recolhimento de papelão, pet e
metais. Foi beneficiada com a doação de móveis e equipamentos inservíveis descartados do
patrimônio do TRT-5. A destinação dos bens, que não têm valor comercial, ocorreu após estudo
realizado pela Comissão de Desfazimento de Bens do Tribunal, levando em consideração
documentos apresentados pela CRUN, que se habilitou a reciclar a matéria-prima das peças.
Todo o processo foi autorizado pela Presidência do Tribunal.
Segundo o presidente da Comissão de Desfazimento, outras entidades se habilitam a receber
materiais inservíveis, sempre fundamentando o pedido com documentos que provem sua
existência, utilidade pública, ausência de fins lucrativos e interesse social. Entre elas estão a
Universidade Federal da Bahia (UFBA) e o Centro de Zoonoses da Prefeitura de Salvador.
Ainda de acordo com informações da Comissão de Desfazimento, quando o material que não está
sendo utilizado pelo TRT é da área de informática, já existe orientação para doação ao CRC
(Centro de Recondicionamento de Computadores) e ao PANGEA (Centro de Estudos
Socioambientais), como forma de contribuir para o projeto do Governo Federal de Inclusão Digital.
Nestes casos, o PANGEA recondiciona os equipamentos e os encaminha para escolas e outras
entidades.
Nas unidades do TRT-5 no interior, o desfazimento segue as mesmas etapas, sendo
supervisionados pelos magistrados titulares das jurisdições ou administrador do fórum, sob
delegação da Presidência do TRT5.
A CRUN funciona na Rua do Gravatá, em Nazaré, e busca oferecer alternativas para a
comunidade local, principalmente à parcela exposta ao desemprego e ao assédio da
criminalidade. No site da entidade (http://www.cooperativauniao.com.br/) há um compromisso com
a sociedade: “Precisamos e pretendemos contribuir para um futuro mais promissor destas
crianças e adolescentes, que são o alvo direto das armadilhas da vida local, porém literalmente
dentro das normalidades, do respeito e responsabilidade para com as pessoas e órgãos que nos
apoiam”.
Tabela 155. Catadores da Nova República (CANORE)
CANORE – CATADORES DA NOVA REPUBLICA

Endereço: Rua dos Posseiros, S/nº, Vale das Pedrinhas

TEMPO DE EXISTÊNCIA ANO DE Nº


TIPO DE RESÍDUO
(anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS
Plástico, latinha, metal, papel, óleo
18 2003 26
de cozinha
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1288
A CANORE realiza brechós solidários, além de possuir parceria com a UNIFACS, a partir do
projeto Unifacs Recicla (UNIR), no desenvolvimento do projeto CUIDAR NA CANORE. O objetivo
é orientar em relação aos cuidados com a saúde e levar qualidade de vida aos membros da
cooperativa. Possui também parcerias com a Petrobras e Prefeitura de Salvador. Também recolhe
óleo de fritura dos restaurantes da região da Pituba e Itaigara.
Existe uma variedade de tipos de resíduos produzidos no Município. A exemplo do alumínio que
tem um número significativo de cooperativas responsáveis pela coleta e comercialização, como a
RECICOOP, CRG - BAHIA, COOPERGUARY, COOPERBRAVA, CAMAPET e CAEC. Os
materiais mais comuns a serem tratados pelas cooperativas são revistas, plásticos, pets, papelão,
papel, metal, ferro e alumínio, e um dos mais complexos citados pelas próprias cooperativas é o
resgate do vidro por não ter empresas no município especializadas na compra e no
reaproveitamento do material.

8.17.4. PERFIL SOCIOECONÔMICO DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS AUTÔNOMOS
Em que pese o termo utilizado no título dessa subseção referir-se a catadores autônomos,
conforme preconiza o Termo de Referência para elaboração do PMSBI Salvador, será empregado
o termo ‘catadores de materiais recicláveis de rua ou em situação de rua’ conforme
orientação/solicitação do MCMR/BA, em reunião do Fórum Lixo Cidadania, realizada em 2020.
Na ausência de um cadastro específico dos catadores de rua ou em situação de rua de Salvador
nos diferentes bancos de dados das instituições públicas do município, a descrição do perfil
socioeconômico desses atores sociais tomará por base os resultados preliminares da pesquisa
em andamento anunciada pela Defensoria Pública do Estado, que vem trabalhando numa busca
ativa para cadastramento dos catadores, nas entrevistas semiestruturadas realizadas junto aos
catadores de rua na parte continental do município. No caso da parte do território insular, 20
questionários foram aplicados durante as visitas técnicas às Ilhas de Bom Jesus dos Passos, dos
Frades e Ilha de Maré2.
Segundo dados da pesquisa realizada pela Defensoria Pública do Estado (DPE/BA - Núcleo de
Gestão Ambiental), em conjunto com o Fórum de Catadores de Rua e Em Situação de Rua,
divulgados em jornal de grande circulação (Correio, 2021), entre os 174 catadores cadastrados,
97,1% são negros e cerca de 25% são analfabetos. Ainda segundo a pesquisa, 75% deles não
arrecadam mais que R$ 100,00 por mês com a venda de materiais recicláveis.

2
Até o momento foram aplicados 50 questionários, sendo que 30 correspondem a catadores de materiais recicláveis que
atuam na parte continental.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1289
A partir das entrevistas realizadas com catadores de rua e da análise de dados da SEMPRE, tem-
se a sinalização de um expressivo percentual de aproximadamente 50% de pessoas em situação
de rua que atuam na coleta e venda de materiais recicláveis. Essas pessoas não estão vinculadas
a cooperativas ou associações, e atuam como catadores no intuito de subsistência diária das
necessidades básicas de alimento.
Ainda segundo os dados publicados da pesquisa feita pela DPE/BA (2021), 40% dos catadores de
Salvador têm mais de 50 anos, tornando a prática cotidiana da atividade ainda mais densa. Do
universo de catadores cadastrado, quase 1/3 apresenta algum problema de saúde ou
deficiência. Através do Programa Mãos que Reciclam, a Defensoria da Bahia distribui para os
catadores, Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), como botas, luvas, máscaras, água
sanitária, sabão e álcool em gel e tenta avançar na proposição de ações emancipatórias para
valorização profissional e cidadã desses trabalhadores.
Em relação ao trabalho dos catadores nas ilhas, não há registro de cooperativas na parte insular
da capital. Foram aplicados 20 questionários, sendo 4 em Ilha dos Frades, 5 em Bom Jesus da
Serra e 11 na Ilha de Maré.
Figura 1091. Distribuição dos catadores de materiais recicláveis entrevistados nas Ilhas,
2020

Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Ilha de Maré, por conter o maior número de localidades e de população, apresentou o maior
número de catadores, apesar de nem toda localidade ter sido identificado catadores 3. Segundo os
entrevistados, quando questionados sobre a quantidade de catadores que eles estimam ter na
localidade, eles sinalizaram que, em média, há 50 catadores em Ilha de Maré e nos finais de
semana, catadores da parte continental também atuam nas praias. Em Ilha dos Frades, os

3
Maior Incidência de catadores em Botelho, Santana, das Neves, Bananeiras, Praia Grande e Porto dos Cavalos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1290
entrevistados acreditam haver, aproximadamente, 10 catadores, enquanto que em Bom Jesus dos
Passos, aproximadamente 25 catadores.
Tanto em Ilha dos Frades, quanto em Bom Jesus dos Passos, a compra dos materiais coletados
ocorre semanalmente e alguns compradores chegam de barco para coletar o material. Alguns
catadores levam o material para vender em Madre de Deus, pois além de praticarem um valor
maior na aquisição dos recicláveis, também fornecem as sacolas bigbag4 com capacidade para
até 1.000kg. Em Ilha de Maré, alguns catadores informaram que compram sacos de 100 litros 5
para o armazenamento do material e a venda ocorre em postos de compra situados também em
Ilha de Maré.
Em relação as questões raciais, de modo geral a população das Ilhas possui, segundo IBGE
(2010), mais de 75% composta por negros (N) e pardos (P). E de modo geral, o número de
entrevistados também refletiu esse percentual.
Figura 1092. Identificação racial dos catadores de materiais recicláveis, entrevistados nas
Ilhas, 2020

Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Em relação a idade, a entrevistada mais velha tinha 63 anos e o entrevistado mais novo 12 anos.
75% dos entrevistados estão entre 39 e 63 anos de idade, sendo que a faixa etária acima de 50
anos, reúne a maioria dos catadores entrevistados. Na observação feita durante as visitas de
campo, muitas crianças acompanham e auxiliam suas mães no momento da coleta. Entre as
justificativas, as entrevistadas sinalizaram, de modo geral, que “em casa não teriam com quem
deixar e, por conta dos riscos, preferem ter as crianças próximo a elas.

4
big bags são sacolas grandes de polipropileno resistente. O custo de aquisição de cada sacola é, em média R$60,00 (preço cota do
em Salvador – dezembro/2020)

5
O custo de cada saco, em média, é de R$2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Preço cotado em Salvador (Dezembro/2020)

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1291
Figura 1093. Distribuição por idade dos catadores de materiais recicláveis, entrevistados
nas Ilhas, 2020

Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
Em relação a escolaridade, 10% dos entrevistados não tinham frequentado a escola, e apenas
10% estavam cursando o nível médio. Todos os demais com nível fundamental de escolaridade.
Nas Ilhas, o material coletado, basicamente, são latinhas, garrafas PET e papelão. Para compor
1kg de alumínio, eles acumulam aproximadamente 75 latinhas. O saco, que em geral é utilizado,
comporta 150 latinhas e o preço praticado por quilo é, em média, R$ 3,00 (três reais).
A maior dificuldade encontrada para o exercício da atividade, segundo grande parte dos
entrevistados, é a falta de um galpão onde possam armazenar o material. Também foi colocado a
falta de apoio para o desempenho da atividade, como a orientação para os moradores separarem
os resíduos e equipamentos de trabalho e proteção. Além disso, sinalizaram a diferença dos
preços praticados pelos compradores que chegam de barco e os preços praticados na parte
continental.
A coleta de materiais recicláveis é a principal atividade econômica de metade dos entrevistados e
a pesca artesanal ou mariscagem também são exercidas de acordo com a maré. De modo geral,
“o tempo da maré” é que define o horário dedicado a coleta dos materiais recicláveis (que em
média varia entre 2 e 3h diárias), visto que o momento da maré baixa é dedicado a pesca e
mariscagem. Em média, a renda gerada com a atividade relacionada a coleta dos recicláveis é de
R$ 200,00 mensais e no verão e períodos de festas (dezembro, janeiro e junho), a renda mensal
chega a R$ 400,00 mensais.
Embora não existam dados secundários sobre a exploração da diferença entre os valores
auferidos pelos catadores (as) e os preços de mercado de resíduos recicláveis, movimentos
sociais e instituições vinculadas à temática e aos direitos humanos têm promovido encontros para
discussão junto ao Fórum Lixo Cidadania, Rede CataBahia e Movimento Nacional de Catadores
de Materiais Recicláveis de Rua e em situação de rua, conforme ata apresentada no Anexo VIII
deste produto. Nesses encontros a pauta tratada envolve aspectos da luta por reconhecimento da
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1292
função social do catador, e também de acesso à direitos sociais e civis, como equipamentos de
proteção individual, equipamentos de apoio logístico, combate à ação dos atravessadores, e
outras questões como a necessidade de inclusão dos catadores em programas sociais de
distribuição de renda e assistência social. A Audiência Pública “Defesa de Políticas de Inclusão e
Fortalecimento de autonomia do Trabalho das Catadoras e Catadores de Materiais Recicláveis do
Estado da Bahia”, realizada pela Defensoria Pública em 16 de março de 2022, tratou sobre a
problemática dos perfis socioeconômicos dos catadores de materiais recicláveis autônomos e ata
gerada integra o anexo desse diagnóstico.

8.17.5. SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE SOCIAL (ÁREAS DE


CONCENTRAÇÃO)
Tomando por base o conceito de vulnerabilidade social definido pela Política Nacional de
Assistência Social (PNAS), as principais características são as condições de moradia e a falta de
infraestrutura (saneamento), além da escassez dos meios de subsistência.
A partir do Censo feito em 2010 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e das
pesquisas realizadas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), em 2017, e pela
Universidade Federal da Bahia (2019) foi possível identificar que em todos os territórios das
Prefeituras-Bairro foram observadas áreas de concentração de vulnerabilidade social. Todavia, a
área com maior incidência está compreendida nas Prefeituras-Bairro de Subúrbio-Ilhas, com
destaque para a situação da Ilha de Maré e para os bairros Plataforma, Rio Sena, Alto do Cabrito,
Paripe, São João do Cabrito e Coutos. Na sequência, as áreas de concentração de
vulnerabilidades social estão nos bairros compreendidos nas PBs Cabula e Pau da Lima.
Usando como indicadores de vulnerabilidade social, o IDH e o acesso a infraestrutura de
abastecimento de água e esgotamento sanitário, outros bairros também demandam atenção,
como Vila Canária, Santa Cruz, Pirajá, Nova Constituinte, Boa Vista de São Caetano, e
Sussuarana.
Cabe ressaltar que ao analisar a situação dos moradores em situação de rua é possível observar
as condições sanitárias insalubres em que vivem. As áreas com incidência de moradores em
situação de ruas estão na região das Prefeituras-Bairros de Centro-Brotas, Cidade Baixa e
Subúrbio-Ilhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1293
8.18. QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS DE LIMPEZA URBANA
E MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS
O serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, segundo a Lei Federal nº
11.445/2007, consiste no conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de
coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da
varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.
Muito embora a prestação do serviço limpeza urbana tenha melhorado ao longo dos anos,
principalmente no que concerne a coleta, ainda são necessários avanços no que diz respeito a
bairros ou localidades não contempladas. Além, também, de melhorias no processo de manejo
dos resíduos sólidos como um todo, uma vez que as deficiências existentes refletem
negativamente na saúde pública e no meio ambiente.
Nesse contexto, foi estabelecida a Lei Federal nº 12.305/2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, justamente com o objetivo de, segundo MMA (2018), permitir o avanço
necessário ao País no enfrentamento dos principais problemas ambientais, sociais e econômicos
decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos, além de trazer como um dos seus
objetivos - não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem
como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Para tanto, a referida Lei prioriza a
integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.
Assim como para os demais componentes, a universalização do acesso à limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, consiste em um dos princípios fundamentais na prestação desse
serviço previsto na Lei Federal n º 11.445/2007. A adoção de métodos, técnicas e processos que
considerem as peculiaridades locais e regionais, além da capacidade de pagamento dos usuários,
também precisam ser observadas, uma vez que o alcance da efetividade pretendida com a
implantação das infraestruturas permeia as características locais e sociais da população a ser
atendida. Cita-se também a segurança, a qualidade e a regularidade da prestação dos serviços,
inclusive a eficiência, como princípios fundamentais a serem observados na prestação do serviço
de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
Os indicadores da prestação de serviços da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
distribuídos entre as categorias de análise baseadas nos princípios fundamentais estão
apresentados seguindo as categorias propostas no Produto D1 – Sistema de Indicadores.

8.18.1. INDICADORES RELATIVOS À PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS


Para caracterização da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos
serão analisados uma série de indicadores propostos no Produto D - Sistema de Indicadores,

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1294
Produto Parcial D1 – Indicadores de serviço, articulação com o SNIS que integrarão o Sistema
Municipal de Informações de Saneamento (SIMISAN), que está sendo desenvolvido no produto C
deste trabalho e conforme, preconiza o inciso VI, artigo 9º da Lei Federal nº 11.445/2007, deverá
ser implementado pelo Município.
Os indicadores concebidos para a análise relativa à prestação do serviço foram separados em 05
(cinco) categorias, definidas de acordo com os princípios da Lei de Diretrizes Nacionais para o
Saneamento Básico:

• Universalização do acesso;
• Qualidade dos serviços prestados;
• Eficiência;
• Sustentabilidade econômico-financeira; e
• Sustentabilidade ambiental.

Esses indicadores estão apresentados na íntegra no produto D1 – Indicadores de serviço.

8.18.1.1. UNIVERSALIZAÇÃO DE ACESSO


Para a análise do princípio da universalidade, os indicadores, de uma maneira geral, trarão um
panorama da cobertura dos serviços de saneamento no município. As características da
prestação dos serviços devem ser devidamente conhecidas e tomadas em conta para a
elaboração de políticas públicas específicas.
Os indicadores relativos à universalização da prestação dos serviços serão subdivididos em duas
subcategorias, conforme apresentados no produto D:
a) Indicadores de universalização com atualização anual pela prefeitura e pelo prestador de
serviços;
b) Indicadores de universalização com atualização a cada edição do Censo demográfico do IBGE.
Esta divisão tem como objetivo contemplar no SIMISAN os dois tipos de informações disponíveis
sobre os níveis de atendimento da população com os serviços de saneamento básico, pois apesar
das informações do censo demográfico possuírem um longo período entre cada atualização (10
anos), trata-se da informação mais precisa disponível, pois a informação de atendimento pelos
serviços é levantada diretamente nos domicílios.
Sobre a subcategoria de Indicadores de universalização, com atualização anual pela prefeitura e
pelo prestador de serviços, a Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a série histórica
entre os anos de 2016 e 2020 dos principais indicadores da subcategoria universalização do
acesso aos Resíduos Domiciliares, do SNIS, discriminando as seguintes taxas de cobertura: do
serviço de coleta de RDO em relação à população total do município (%), do serviço de coleta de

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1295
RDO em relação à população urbana (%) e do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da
população urbana do município. Série histórica dos principais indicadores da subcategoria
universalização do acesso aos Resíduos Domiciliares e de Limpeza Urbana.
Tabela 156. Série histórica dos principais indicadores da subcategoria universalização do
acesso aos Resíduos Domiciliares
SNIS IN015 IN016 IN014
PNSBI UR1 UR2 UR4
Ano Taxa de cobertura do Taxa de cobertura do Taxa de cobertura do serviço
serviço de coleta de serviço de coleta de RDO de coleta domiciliar direta
RDO em relação à em relação à população (porta-a-porta) da população
população total do urbana (%) urbana do município
município (%)
2016 96,65 96,68 77,34
2017 96,70 96,70 77,38
2018 96,70 96,70 77,38
2019 96,65 96,68 77,34
2020 96,65 96,68 77,34
Fonte: SNIS, 2020.
A tabela apresenta como a prestação do serviço da coleta de resíduos sólidos domiciliares tem se
desenvolvido amplamente ao longo dos anos, principalmente com o desenvolvimento de
tecnologias aplicadas à coleta (direta e indireta), contudo ainda há necessidade de melhorias no
processo de manejo dos resíduos sólidos como um todo com foco na universalização, uma vez
que ainda existem deficiências que refletem negativamente nos indicadores de saúde pública e na
qualidade ambiental.
Portanto, o acompanhamento anual da evolução dos indicadores de universalização do acesso
aos serviços será feito por meio dos indicadores calculados com base nas informações fornecidas
pelos prestadores de serviços, podendo ser feita a comparação com os indicadores calculados
com as informações do IBGE a cada 10 anos.
Espera-se que com o acompanhamento sistemático da evolução destes indicadores seja possível
avaliar o serviço de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos prestado ao município, em
relação à universalização do serviço, à qualidade e eficiência dos serviços prestados e à sua
sustentabilidade econômico-financeira e ambiental.

8.18.1.2. . QUALIDADE DOS SERVIÇOS PRESTADOS


Os indicadores dessa categoria pretendem analisar as condições de qualidade na prestação dos
serviços de saneamento. O artigo 43º da Lei Federal nº 11.445/2007 traz como condições
mínimas de qualidade na prestação dos serviços públicos de saneamento básico a regularidade, a
continuidade, os aspectos relativos aos produtos oferecidos, o atendimento dos usuários e os
relativos às condições operacionais e de manutenção dos sistemas, de acordo com as normas
regulamentares e contratuais (PLANSAB, 2013).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1296
Dessa forma, o produto D deste trabalho sugere, para análise dessa categoria, as seguintes
subcategorias:

a) Atendimento à Sociedade;
b) Gerenciamento dos Resíduos Domiciliares;
c) Gerenciamento dos Resíduos de Limpeza Urbana;
d) Gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil;
e) Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde;
f) Coleta Seletiva;
g) Destinação e Disposição Final Ambientalmente Adequada;
h) Gerenciamento de Resíduos Industriais e de Mineração;
i) Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Transporte;
j) Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico;
k) Gerenciamento de Resíduos Agrossilvopastoris;
l) Gerenciamento de Resíduos Cemiteriais.

No entanto, serão analisadas primeiramente informações e indicadores fornecidos pelo SNIS, mas
que auxiliam no entendimento do comportamento do sistema e influem em outros indicadores que
serão tratados mais à frente. Ressalta-se que algumas das informações apresentadas nas tabelas
a seguir serão utilizadas como variáveis para o cálculo dos indicadores propostos no Produto D e
nesse caso está indicada nas tabelas a codificação utilizada no âmbito do PMSBI, além do código
da informação no SNIS.
Importante destacar que em função das dificuldades da pandemia e da não entrega das
informações pelos órgãos responsáveis para os levantamentos dos dados, alguns dos indicadores
propostos não puderam serem apresentados.
Sobre a subcategoria de Atendimento à Sociedade a Tabela 157 apresenta as séries históricas
sobre o Índice de reclamações do serviço coleta de resíduos sólidos urbanos entre os anos de
2016 e 2020.
Tabela 157. Informações sobre atendimento a Sociedade
PMSBI QR1 QR1
SNIS AG021 AG002
Ano Índice de reclamações do Número de Acessos na
serviço coleta de Resíduos página da LIMPURP
sólidos urbanos (unid.)
(unid)
2016 1.490 -
2017 1.251 33.468
2018 1.512 150.910
2019 1.280 186.294

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PMSBI QR1 QR1
SNIS AG021 AG002
2020 1.492 176.051
Fonte: SNIS, 2019 e LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
A tabela apresenta um aumento no número de acessos na página da LIMPURB a partir do ano de
2018. O número de reclamações totais por ano tem se mantido constante, com poucas variações.
Sobre a subcategoria de Gerenciamento dos Resíduos Domiciliares e de Limpeza Urbana, a Erro!
Fonte de referência não encontrada. apresenta as séries histórias da taxa da quantidade total
coletada de resíduos públicos (RPU) em relação à quantidade total coletada de resíduos sólidos
domésticos (RDO), da existência de informações sobre a gestão dos RSU sistematizadas e
disponibilizadas para a população em meio digital; da massa de resíduos domiciliares e públicos
(RDO+RPU) coletada per capita em relação à população total atendida pelo serviço de coleta e da
massa coletada (RDO+RPU) per capita em relação à população urbana. Observa-se um aumento
nos últimos anos nos indicadores QR7 e QR6, que pode indicar uma melhoria na prestação de
serviço de coleta, como também em um aumento na geração de resíduos pela população.
Tabela 158. Série histórica da subcategoria Gerenciamento dos Resíduos Domiciliares e de
Limpeza Urbana
PMSBI QR33 QR4 QR7 QR6
SNIS IN27 - IN028 IN021
Ano Taxa da Existência de Massa de resíduos Massa coletada
quantidade total informações sobre a domiciliares e (RDO+RPU) per capita
coletada de gestão dos RSU públicos em relação à população
resíduos sistematizadas e (RDO+RPU) urbana
públicos (RPU) disponibilizadas para coletada per capita (kg/hab.d)
em relação à a população em meio em relação à
quantidade total digital população total
coletada de atendida pelo
resíduos sólidos serviço de coleta
domésticos (kg/hab.d)
(RDO).
2016 N 0,86 0,83
2017 - N 0,84 0,81
2018 - N 0,91 0,88
2019 2,79 N 0,92 0,89
2020 0,0365 N
Fonte: SNIS, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
A relação entre a taxa de varredores em relação à população urbana, extensão total anual varrida
per capita, taxa de capinadores em relação à população urbana, taxa de capinadores em relação
à população urbana e a incidência de capinadores no total empregados no manejo de RSU estão
apresentadas da Erro! Fonte de referência não encontrada.. Todos os indicadores que refletem a
presença de varredores e capinadores aumentaram dos anos de 2016 a 2019.
Tabela 159. Indicadores de contexto para avaliação do Serviço de Limpeza Urbana
SNIS IN045 IN048 IN051 IN052
PNSBI QR12 QR14 QR15 QR16

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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SNIS IN045 IN048 IN051 IN052
PNSBI QR12 QR14 QR15 QR16
Ano Taxa de Extensão total Taxa de Incidência de capinadores no
varredores em anual varrida capinadores em total empregados no manejo
relação à per capita relação à de RSU
população urbana (km/hab) população urbana
(varredor/hab) (capinador/hab)

2016 0,50 0,45 0,23 14,86


2017 0,50 0,44 0,25 18,03
2018 0,61 0,44 0,29 18,30
2019 0,59 0,47 0,31 18,92
Fonte: SNIS, 2019. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Sobre o gerenciamento dos resíduos de construção civil e coleta seletiva, apresentamos na Erro!
Fonte de referência não encontrada. os indicadores sobre taxa de resíduos sólidos da construção
civil (RCC) coletada pela Prefeitura em relação à quantidade total coletada e Massa recuperada
per capita de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à população
urbana), a Massa per capita de materiais recicláveis recolhidos via coleta seletiva e, por fim, a
taxa de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à
quantidade total (RDO+RPU) coletada. Destaca-se o aumento na recuperação de materiais
recicláveis a partir do ano de 2017. Contudo, esse valor pode ser ampliado com políticas melhores
e mais efetivas.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1299
Tabela 160. Principais indicadores de gerenciamento de RCC e coleta seletiva
SNIS IN026 IN032 IN054 IN031
PNSBI QR17 QR22 QR26 QR281
Ano Taxa de resíduos sólidos da Massa recuperada per capita de Massa per capita de materiais Taxa de recuperação de materiais
construção civil (rcc) coletada materiais recicláveis em relação à recicláveis recolhidos via coleta recicláveis em relação à
pela prefeitura em relação à população urbana seletiva quantidade total (RDO+RPU)
quantidade total coletada (ton/hab) (ton) coletada

2016 73,18 0,68 1,84 0,22


2017 84,12 1,08 1,46 0,37
2018 79,79 2,75 4,23 0,86
2019 81,67 3,39 4,85 1,05
Fonte: SNIS, 2019. Elaboração: Consórcio CSB Consórcio, 2021.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1300
8.18.1.3. . EFICIÊNCIA
Na categoria de eficiência, os indicadores são divididos em subindicadores de Pessoal e Técnico
– Operacional.
Os indicadores de Pessoal, taxa de empregados em relação à população urbana, incidência de
coletores + motoristas na quantidade total de empregados no manejo de RSU e produtividade
média dos empregados na coleta (coletores + motoristas) de RDO+RPU em relação à massa
coletada são apresentados na Erro! Fonte de referência não encontrada..

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1301
Tabela 161. Principais indicadores relacionados aos empregados vinculados a limpeza urbana na categoria eficiência
PMSBI ER1 ER2 ER3
SNIS IN001 IN025 IN018
Ano Taxa de empregados em relação Incidência na quantidade total de Produtividade média dos empregados na coleta
à população urbana, empregados no manejo de RSU (coletores + motoristas) de RDO+RPU em relação à
massa coletada
(ton)
2016 1,56 22,11 2.633,92
2017 1,40 22,73 2.937,72
2018 1,59 23,35 2.726,38
2019 1,63 22,66 2.768,89
Fonte: SNIS, 2019. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1302
O indicador técnico operacional que utilizamos do SNIS foi a taxa de empregados (coletores +
motoristas) na coleta (RDO+RPU) em relação à população urbana que teve os valores de 0,34 no
ano de 2016, 0,32 no ano de 2017, 0,37 no ano de 2018 e se manteve em 0,37 no ano de 2019.

8.18.1.4. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA


O artigo 29º da Lei Federal nº 11.445/2007 assegura a eficiência e sustentabilidade econômica
dos serviços públicos de saneamento básico por meio de remuneração pela cobrança dos
serviços, e, quando necessário, por outras formas adicionais, como subsídios ou subvenções.
Nesta categoria estão incluídos indicadores que retratam a sustentabilidade econômico-
financeira dos serviços de manejo dos resíduos sólidos e limpeza urbana prestados no município
de Salvador, considerando que as maiorias dos indicadores fazem parte do SNIS.
Os principais indicadores de sustentabilidade financeira são incidência das despesas com o
manejo de RSU nas despesas correntes da Prefeitura, a autossuficiência financeira da Prefeitura
com o manejo de RSU, a receita arrecadada per capita com taxas ou outras formas de cobrança
pela prestação de serviços de manejo RSU e o custo unitário médio do serviço de coleta
(RDO+RPU) que são apresentados da Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 162. Principais Indicadores de Sustentabilidade Financeira
SNIS IN003 IN005 IN011 IN023
PNSBI SR1 SR3 SR5 SR6
Ano Incidência das Autossuficiência Receita arrecadada Custo unitário médio
despesas com o financeira da per capita com taxas do serviço de coleta
manejo de RSU nas prefeitura com o ou outras formas de (RDO+RPU)
despesas correntes manejo de RSU (%) cobrança pela R$/tonelada
da prefeitura (%) prestação de
serviços de manejo
RSU
R$/habitante
2016 3,29 55,33 63,10 128,88
2017 6,06 37,87 40,24 115,88
2018 3,78 37,07 42,68 126,60
2019 6,44 32,73 42,85 127,12
Fonte: SNIS, 2019. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

Destaca-se a queda no indicador SR3 sobre autossuficiência financeira da Prefeitura, que


demonstra a necessidade de melhorias nas políticas fiscais para cumprir as exigências legais,
sendo confirmado esse valor da tabela do SNIS, 2018.

8.18.1.5. SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL


Os indicadores de sustentabilidade ambiental utilizados foram:

• Controle dos licenciamentos de áreas aterros de sanitários e industriais;


• Monitoramento das áreas de passivos ambientais;

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1303
• Número total de campanhas de educação ambiental sobre gerenciamento de resíduos por ano;
• Execução do monitoramento dos aterros sanitários.

Contudo, nenhum desses indicadores pertence ao levantamento do SNIS. As informações


referentes a eles estão apresentadas nos seus respectivos itens no presente diagnóstico.

8.18.2. QUALISALVADOR
O Projeto Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador (QUALISalvador) (SANTOS et al., 2021) é
um projeto de pesquisa realizado em conjunto por vários campos de conhecimento, buscando
compreender as realidades da cidade de Salvador nas mais diversas perspectivas. De todos os
capítulos abordados no projeto, receberá foco neste texto o específico sobre saneamento básico,
sendo o tema do diagnóstico.
No capítulo “ÁGUAS, RESÍDUOS E LUGARES NA CIDADE DE SALVADOR”, o projeto traz uma
abordagem detalhada sobre o saneamento no município de Salvador. Ele inicia trazendo um
enfoque sobre os aspectos políticos, jurídicos e institucionais do saneamento básico em Salvador,
contextualizando com os acontecimentos históricos em torno do tema.
Analisando-se os dados da geração de resíduos sólidos urbanos e públicos e quantidade coletada
(1.000 t e %), 2009-2019 segundo o estudo da QUALISalvador (2021) sobre as quantidades de
resíduos sólidos urbanos coletados (em 1.000 t/ano e em %) ao longo dos anos, nota-se que
houve um aumento na quantidade coletada de 2009 a 2015, passando por uma diminuição até
2017, e voltando a aumentar até 2019, refletindo essa tendência na estimativa de geração.
(SANTOS et al., 2021).
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a geração de resíduos sólidos urbanos e
públicos e quantidade coletada (1.000 t e %), 2009-2019.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1304
Figura 1094. Geração de resíduos sólidos urbanos e públicos e quantidade coletada (1.000 t
e %), 2009-2019

Fonte: SANTOS et al., (2021).

O Projeto QUALISalvador (SANTOS et al., 2021) apresenta que nas áreas de difícil acesso, que
se caracterizam por vias com largura, pavimentação e iluminação inadequadas para o acesso de
veículos, os resíduos são coletados por meio de alternativas diferenciadas, como contêineres,
lixodutos ou barcos, entre outras soluções que se aplicam em áreas de encosta com maior
inclinação. Com dados informados pelo Município, segundo SANTOS et al (2021) conforme
diagnósticos de manejo de resíduos sólidos urbanos, a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra que a cobertura com esses serviços em Salvador vem mantendo-se próxima à
universalização e praticamente a mesma (96,70% e 96,68%) nos anos de 2014 a 2019, embora a
cobertura da população com serviço de coleta domiciliar porta a porta tenha sido, em 2014, de
80,02%, com uma pequena redução para 77,34% em 2019.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1305
Figura 1095. Cobertura da população urbana (%) com serviços de resíduos sólidos urbanos
e com coleta domiciliar porta a porta, 2009-2019

Fonte: SANTOS et al., 2021.


De acordo com os resultados do Censo Demográfico do IBGE de 2010, 96,65% dos domicílios
têm alguma forma de coleta para seus resíduos sólidos, sendo 61,23% pelo serviço de limpeza na
porta e 35,42% por caçamba do serviço de limpeza, enquanto 0,20% dos domicílios têm seus
resíduos sólidos queimados na propriedade, 0,01% enterrados na propriedade, 2,80% jogados em
terreno baldio ou logradouro público, 0,09% lançados em rio, lago ou mar e 0,25% em outro
destino.
Na pesquisa de SANTOS et al., (2021), apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra que 54,5% dos domicílios contam com serviços de coleta de RSD na modalidade porta a
porta e com frequência regular; 18,43% dispõem de coleta de caixa estacionária na rua, sendo
16,17% com frequência regular e 2,26% com frequência esporádica; 24,64% dos domicílios não
dispõem de coleta, ou seja, o caminhão da coleta não passa na rua, sendo que em 15,08% deles
os resíduos são descartados em caixa estacionária, 9,24% em ponto de lixo e 0,34% em terreno
baldio, canal ou rio. Em 73,41% dos domicílios, o caminhão da coleta passa na rua; em 55,38%, a
coleta é porta a porta; e em 33,41% dos domicílios os resíduos são descartados em caixas
estacionárias. A Erro! Fonte de referência não encontrada. b mostra que a menor proporção dos
domicílios com serviço adequado de coleta de RSD encontra-se nas ilhas de Bom Jesus dos
Passos e dos Frades, seguidas por bairros localizados no Miolo e Subúrbio Ferroviário e
Rodoviário.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1306
Figura 1096. Proporção de domicílios (%) com coleta de resíduos sólidos porta a porta,
segundo bairros, 2010

a.

b.
Fonte: SANTOS et al., 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1307
Segundo dados do Projeto QUALISalvador (SANTOS et al., 2021), cerca de 44,62% dos
domicílios descartam os resíduos sólidos de forma inadequada em contêineres ou pontos de lixo,
conforme demonstrado na Erro! Fonte de referência não encontrada.. Tal situação expõe a
população a uma série de doenças que causam impacto no sistema de saúde municipal, como o
dengue, zika, chikungunya e leptospirose.
Figura 1097. Condições de descarte dos resíduos sólidos em proporção de domicílios (%),
2018-2020 (N = 15.260)

Fonte: SANTOS et al., 2021.


De forma a produzir um índice sintético da situação de saneamento básico de Salvador, foi
construído o Índice de Saneamento Básico (ISan_Salvador), seguindo os resultados dos
processos de discussão da equipe do QUALISalvador. Foram utilizados para a produção do índice
os indicadores dos componentes do saneamento básico – abastecimento de água, esgotamento
sanitário, manejo de águas pluviais e manejo de resíduos sólidos que foram ponderados entre si.
(SANTOS et al., 2021).
Segundo dados do QUALISalvador, no Erro! Fonte de referência não encontrada. nota-se que o
Índice de Saneamento (ISan) por faixa e classe de qualidade, os bairros com menor faixa do ISan
apresentam-se como classe muito ruim e ruim são aqueles situados na periferia, no subúrbio e
nas ilhas, sem infraestrutura adequada aos serviços de saneamento.
Quadro 115. ISan_Salvador, por faixa e classe de qualidade
Faixa do % de
Bairro N Classe
ISan_Salvador bairros
Ilha de Maré, Ilha de Bom Jesus dos Passos,
0,21-0,32 4 2,5 Muito ruim
Palestina e Santa Luzia.
Valéria, Comércio, Calabetão, Novo Marotinho, 0,33-0,47 21 13,13 Ruim

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1308
Faixa do % de
Bairro N Classe
ISan_Salvador bairros
Granjas Rurais Presidente Vargas, Ilha dos Frades,
Vila Canária,
Campinas de Pirajá, Calabar, Canabrava, Vale dos
Lagos, Saramandaia, Sussuarana, Águas Claras,
Nova Sussuarana,
Trobogy, Arraial do Retiro, Narandiba, Cajazeiras X,
Cajazeiras XI e Retiro.
Castelo Branco, Jardim Cajazeiras, Moradas da
Lagoa, Bairro da Paz, São Tomé, Arenoso,
Calçada, Jardim Santo
Inácio, Pau da Lima, São Marcos, Jardim Nova
Esperança, Nova Esperança, Jaguaripe I, Mata
Escura, Pirajá, Areia
0,48-0,57 30 18,8 Regular
Branca, Bom Juá, Cassange, Fazenda Coutos,
Itinga, Marechal Rondon, Sete de Abril,
Engomadeira, Lobato, Novo
Horizonte, Cajazeiras VII, Capelinha, Engenho
Velho da Federação, Dom Avelar e Fazenda
Grande IV.
Boa Viagem, Boa Vista de São Caetano, Fazenda
Grande II, Alto das Pombas, Beiru/Tancredo Neves,
Cajazeiras IV,
Doron, Fazenda Grande do Retiro, Mangueira,
Baixa de Quintas, Coutos/Vista Alegre, Curuzu,
Nordeste de Amaralina,
Nova Brasília, Vale das Pedrinhas, Cajazeiras VIII,
Nova Constituinte, Pituaçu, Cajazeiras VI, Fazenda
0,58-0,67 38 23,8 Bom
Grande III,
Cajazeiras V, Mussurunga, Boca da Mata, Costa
Azul, Pernambués, São Gonçalo, Alto da Terezinha,
Fazenda Grande I,
IAPI, Paripe, Pero Vaz, São João do Cabrito, Alto
do Coqueirinho, Luiz Anselmo, Alto do Cabrito,
Chapada do Rio
Vermelho, Mares e São Rafael.
Periperi/Colina de Periperi/Mirante de Periperi,
Ribeira, Boca do Rio, Cabula VI, Cosme de Farias,
Lapinha, Plataforma/
Ilha Amarela, Praia Grande, Engenho Velho de
Brotas, Federação, Jardim das Margaridas,
Cajazeiras II, Liberdade,
Santa Cruz, Barreiras, Caminho de Areia, Candeal,
Centro/Dois de Julho, Massaranduba,
0,68-0,78 42 26,3 Muito bom
Ondina/Chame-Chame,
Santa Mônica, São Cristóvão, Barris, Bonfim, Caixa
d’Água, Itacaranha, Saboeiro, São Caetano,
Uruguai, Boa Vista
de Brotas, Rio Sena, Cabula, Garcia, Macaúbas,
Pau Miúdo, Amaralina, Centro Histórico, Canela,
Cidade Nova, Imbuí,
Itapuã e Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro.
Brotas/Horto Florestal, Monte Serrat, Acupe, Barra,
Roma, Stella Maris, Rio Vermelho, Vitória, Matatu,
Patamares, 0,79-0,95 25 15,6 Excelente
Resgate, Santo Agostinho, Santo Antônio, Pituba,
Tororó, Jardim Armação, Nazaré, Stiep, Piatã,

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1309
Faixa do % de
Bairro N Classe
ISan_Salvador bairros
Barbalho, Saúde, Vila
Laura, Itaigara, Graça e Caminho das Árvores.
Total 160 100
Fonte: SANTOS et al., 2021.

O município de Salvador, por meio de seus agentes públicos, não realiza nenhum controle
operacional que separe o atendimento quanto ao sexo, raça, escolaridade e renda. Contudo, o
estudo realizado pela QUALISalvador nos apresenta uma abordagem sobre sexo, cor/raça,
escolaridade e faixa de renda, conforme aponta o Erro! Fonte de referência não encontrada.,
referente ser adequada ou inadequada ao tipo e frequência de coleta de RSD por sexo, cor/raça,
escolaridade e faixa de renda mensal familiar, em número e proporção de domicílios (%), 2018-
2020.
Destaca-se um atendimento adequado, para a amostra da pesquisa, mais para a população da
raça branca do que para a população de raça negra. Assim como, o atendimento inadequado do
tipo e da frequência de RSD, possui percentuais de maior valor para aqueles com escolaridade
intermediária e baixa, comparada à alta. Também, como o atendimento inadequado é superior
para a renda de 1 a 5 salários-mínimos.
Quadro 116. Tipo e frequência de coleta de RSD por sexo, cor/raça, escolaridade e faixa de
renda mensal familiar, em número e proporção de domicílios (%), 2018-2020
Tipo e frequência de coleta de RSD
Adequada Inadequada Não tem Total
sólidos
Sexo
N 3.499 1.303 1.485 6.288
Masculino
% 55,66 20,73 23,61 100
N 4.810 1.873 2.274 8.957
Feminino
% 53,70 20,91 25,39 100
N 8.310 3.176 3.759 15.245
Total
% 54,51 20,83 24,66 100
Qui-quadrado de Pearson p < 000,1
Cor/raça
N 1.509 351 277 2.137
Branco
% 70,61 14,5 12,94 100
N 6.586 2.730 3.379 12.695
Negro
% 51,88 21,51 26,62 100
N 223 97 108 428
Outro
% 52,1 22,71 25,19 100
N 8.318 3.179 3.764 15.260
Total
% 54,51 20,83 24,66 100
Qui-quadrado de Pearson p < 000,1
Escolaridade
Alta N 2.027 463 287 2.777

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1310
% 73 16,67 10,34 100
N 3.465 1.461 1.583 6.510
Intermediária
% 53,23 22,45 24,32 100
N 2.513 1.181 1.751 5.445
Baixa
% 46,16 21,69 32,15 100
N 133 55 140 327,6
Sem
% 40,48 16,91 42,61 100
N 8.138 3.160 3.761 15.059
Total
% 54,04 20,99 25,97 100
Qui-quadrado de Pearson p < 000,1
Faixa de renda mensal familiar (em salário mínimo)
N 303 54 43 400
Mais de 20
% 75,77 13,54 10,69 100
N 743 138 116 997
Mais de 10 até 20
% 74,53 13,82 11,65 100
N 1.006 260 196 1.462
Mais de 5 até 10
% 68,78 17,81 13,41 100
N 1.099 408 349 1.856
Mais de 3 até 5
% 59,23 21,98 18,8 100
N 3.452 1.449 1.673 6.574
Mais de 1 até 3
% 52,51 22,05 25,45 100
N 1.715 869 1.387 3.971
Até 1
% 43,18 21,89 34,93 100
N 8.318 3.179 3.764 15.260
Total
% 54,51 20,83 24,66 100,00
Fonte: SANTOS et al, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1311
9. ÁREAS FAVORÁVEIS À DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS
A Lei Federal nº 12.305/2010 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, define no artigo
3º, inciso VIII, disposição final ambientalmente adequada como sendo: “distribuição ordenada de
rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou
riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos”.
A referida Lei estabelece ainda em seu artigo 47º que:
“São proibidas as seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos
sólidos ou rejeitos:
I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;
II - lançamento in natura a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;
III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não
licenciados para essa finalidade;
IV - outras formas vedadas pelo poder público” (BRASIL, 2010, p. 26).

A Lei define ainda no artigo 19º, inciso II apresenta o conteúdo mínimo do plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos, que destacam-se entre eles:
I - Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos,
observado o plano diretor de que trata o § 1º do artigo 182º da Constituição Federal e o
zoneamento ambiental, se houver”.
Sendo assim, considerando estes aspectos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, há
a necessidade de o poder municipal buscar soluções para gerenciamento de resíduos sólidos
urbanos, especialmente quanto à disposição final, sendo uma dessas soluções a construção de
aterros sanitários para disposição de rejeitos.
A mesma linha de raciocínio se aplica para os Resíduos da Construção Civil (RCC) e de Serviços
de Saúde (RSS), ou seja, há a necessidade da busca de soluções para manejo e destinação final
adequada destes resíduos.
Atualmente em Salvador, os RSU são destinados para o Aterro Metropolitano Centro (AMC), o
qual representa um aterro sanitário, que possui vida útil estimada em cerca de 24,5 anos.
Os Resíduos da Construção Civil (RCC) são coletados pelo município, parcela pública, e
encaminhados para dois aterros de inertes específicos, sendo que um deles possui vida útil
potencial de 20 anos.
Já os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são coletados, tratados e dispostos por empresas e
locais distintos, tendo em vista que esta responsabilidade é do gerador, ou seja, o município de
Salvador não executa a coleta, tratamento e destinação final de RSS, porém, no caso dos RSS
gerados de responsabilidade do município, a SMS contrata diretamente as empresas cadastradas
na LIMPURB para o manejo desses resíduos.
Desta maneira, considerando a eventual necessidade da implantação de aterros sanitários e/ou
de inertes no município, para recebimento de RSU, RSS pós-tratamento, e RCC, a seguir são

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1312
descritas as características para escolha das áreas favoráveis à implantação destes
empreendimentos.

9.1. DESTINAÇÃO/DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


(RSU) E DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS)
De acordo com a Norma ABNT NBR nº 13.896/1997 que fixa as condições mínimas exigíveis para
projeto, implantação e operação de aterros de resíduos não perigosos, de forma a proteger
adequadamente as coleções hídricas superficiais e subterrâneas próximas, bem como os
operadores destas instalações e populações vizinhas, para escolha da área de implantação de um
aterro sanitário devem ser avaliados minimamente os seguintes critérios: topografia, geologia,
recursos hídricos, vegetação, acessos, tamanho da área e vida útil, distância mínima dos
aglomerados urbanos, áreas sujeitas a inundações e zoneamento municipal.
Além disso, deve-se levar em conta que o impacto ambiental a ser causado pela instalação do
aterro seja minimizado, que a aceitação da instalação pela população seja maximizada, que esteja
de acordo com o zoneamento da região e possa ser utilizado por um longo período, necessitando
apenas de um mínimo de obras para início da operação.
De acordo com o Manual de Gerenciamento Integrado – Lixo Municipal, divulgado em 2018 pela
Associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE, 2018), além dos aspectos já
descritos, existem outros dados a serem analisados para escolha de área de implantação de
aterro sanitário. A Tabela 163 a seguir apresenta estes parâmetros.
Tabela 163. Dados para avaliação de futuras áreas de implantação de aterro sanitário
ÁREAS DISPONÍVEIS
DADOS
Área 01 Área 02 Área 03
Vida útil
Distância ao centro atendido
Zoneamento ambiental
Zoneamento urbano
Densidade populacional
Uso e ocupação do terreno
Valor da terra
Aceitabilidade da população e de entidades ambientais
não governamentais
Declive do terreno
Distância aos cursos d’água (córregos, nascentes etc.)
Fonte: CEMPRE, 2018

Com a análise dos dados da tabela acima, os resultados podem ser comparados com os critérios
de priorização, apresentados na Tabela 164.
Tabela 164. Critérios de priorização para implantação de aterro sanitário
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS
DADOS NECESSÁRIOS
Possível Adequada Não recomendada

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1313
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS
DADOS NECESSÁRIOS
Possível Adequada Não recomendada
Vida útil Maior que 10 Menor que 10 anos (a critério do órgão
anos ambiental)
Distância ao centro atendido 5-20Km Menor que 5Km
Maior que 20Km
Zoneamento ambiental Áreas sem restrições de zoneamento Unidades de
ambiental conservação e
correlatas
Zoneamento urbano Vetor de Vetor de Vetor de
crescimento crescimento crescimento
mínimo intermediário principal
Densidade populacional Baixa Média Alta
Uso e ocupação das terras Áreas devolutas ou pouco utilizadas Ocupação severa
Valor da terra Baixa Média Alta
Aceitabilidade da população e de Boa Razoável Oposição severa
entidades ambientais não governamentais
Declive do terreno (%) 3 £ declividade £ 20 £ declividade £ Declividade < 3 ou
20 20 declividade > 30
Distância aos cursos d’água (córregos, Maior que 200m Menor que 200m com aprovação do
nascentes etc.) órgão ambiental responsável
Fonte: CEMPRE, 2018.
Com a execução desta pré-seleção devem ser realizados levantamentos de campo, bem como
desenvolvidos os estudos necessários para implantação do empreendimento, de forma que o
aterro sanitário seja também favorável nos aspectos técnicos e econômicos.
Quanto aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), após tratamento térmico eles podem ser
dispostos em aterros sanitários, ou seja, no mesmo empreendimento podem ser depositados os
RSU (exceto RCC) e apenas os rejeitos, enquanto os RSS somente após o laudo técnico
comprobatório das sobras.
Vale ressaltar que para implantação de aterro sanitário deverão ser feitos estudos técnicos e
ambientais, além de serem solicitadas as licenças ambientais necessárias para operação do
empreendimento.

9.2. DESTINAÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


(RCC)
Com relação à escolha de áreas favoráveis para destinação de Resíduos Sólidos da Construção
Civil, a Norma ABNT NBR nº 15.113/2004 - Resíduos sólidos da construção civil e resíduos
inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação, abrange no item 5, as
condições de implantação de aterro de inertes, que são aptos ao recebimento de RCC.
Estas condições são as mesmas apresentadas para aterros sanitários: topografia, geologia,
recursos hídricos, vegetação, acessos, tamanho da área e vida útil, distância mínima dos
aglomerados urbanos, áreas sujeitas a inundações e zoneamento municipal.
Somado a isso, pode ser utilizada também a análise dos dados supracitados, disponibilizados no
Manual de Gerenciamento Integrado – Lixo Municipal, divulgado em 2018 pela Associação
Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1314
Além destas informações a serem levantadas, existe uma peculiaridade na escolha de áreas para
implantação de aterros de inertes, que muitas vezes são construídos em áreas acidentadas que
não possuem grande aproveitamento, tendo em vista a topografia.
Com a implantação do aterro e, consequentemente, a deposição de materiais inertes, os
acidentes são preenchidos, tornando a área aproveitável. E, ao final da vida útil do aterro de
inertes, o local pode ser utilizado para implantação de empreendimentos diversos, tendo em vista
que os resíduos depositados se caracterizam como inertes, não oferecendo riscos à saúde
humana dos frequentadores locais.
Vale salientar que tanto a implantação do aterro de inertes quanto à utilização após seu
encerramento devem estar amparados por projetos técnicos, ambientais e das devidas licenças
necessárias para implantação e operação.
A Resolução CONAMA nº 307/2002 estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão
dos resíduos da construção civil e no seu artigo 10º define:
“Os resíduos da construção civil, após triagem, deverão ser destinados das
seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de agregados ou
encaminhados a aterro de resíduos Classe A de reservação de material para usos
futuros;
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização
ou reciclagem futura;
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas;
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados e destinados em
conformidade com as normas técnicas específicas.
Sendo assim, é de suma importância que os RCC Classe A e B, sejam triados, reutilizados ou
reciclados, em conformidade com a referida Resolução.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1315
10. CAPACIDADE E ADEQUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA EXISTENTE
EM RELAÇÃO ÀS DIRETRIZES DOS PLANOS PERTINENTES

10.1. PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO (PDDU)


As Políticas Urbanas de caráter público e os seus instrumentos são capazes de superar ou reduzir
os imensos passivos democráticos, urbanísticos, habitacionais, saneamento, de acesso a
infraestruturas, qualidade ambiental e participação na gestão urbana, tensionando por regimes de
justiça espacial nas cidades.
No campo das Políticas Urbanas brasileiras, os artigos 182º e 183º da Constituição Federal de
1988, sua regulamentação pelo Estatuto da Cidade, aprovado em 2001, a criação do Conselho
Nacional de Desenvolvimento Urbano (MP nº 2.220/2001) e sua implantação a partir de 2006 são
marcos regulatórios de Políticas Urbanas setoriais que foram aprovadas em leis federais nas
primeiras décadas dos anos 2000. Assim como as que criaram ou regulamentaram o Sistema,
Fundo e Conselho Gestor Nacionais de Habitação de Interesse Social (Lei nº 11.124/2005), o
Saneamento Básico (Lei nº 11.445/2007), a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº
12.305/2010), a Mobilidade Urbana (Lei nº 12.587/2012) e seus correlatos estaduais ou
municipais, bem como a obrigatoriedade pela elaboração de Planos Diretores participativos,
também fizeram parte dessa estratégia geral de disputa e construção do Estado como indutores
centrais para a transformação social por meio de suas ações.
Os planos de saneamento básico, assim como os planos diretores, devem ser vistos pela gestão
municipal como instrumentos integrantes de um processo de elaboração, aplicação, fiscalização e
controle, que possibilitem uma gestão mais democrática e controle social em todas as suas
etapas. A interface entre planejamento urbano e saneamento básico é complexa, tendo em vista
que o desenvolvimento urbano de grandes cidades brasileiras, como Salvador, demonstra as
desigualdades existentes no acesso aos serviços públicos essenciais.
No caso de Salvador, a Lei nº 9.069/2016, que dispõe sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano do Município PDDU 2016 e dá outras providências, em seu Capítulo II Do Saneamento,
estabelece na Seção I – Das Disposições Gerais:
Art. 89º. A Política Municipal de Saneamento Básico contempla os princípios de
universalidade, equidade, integralidade, intersetorialidade, qualidade do serviço,
sustentabilidade, transparência das ações, utilização de tecnologias apropriadas,
adoção de medidas de fomento à moderação do consumo de água e gestão
pública, assegurando a participação e o controle social na sua formulação,
implementação, acompanhamento e avaliação.
Parágrafo único. O Saneamento Básico compreende o conjunto de serviços,
infraestruturas e instalações operacionais de: abastecimento de água potável,
esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, conforme estabelecido pela Lei Federal nº
11.445/07.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1316
Art. 90º.Para implementação e monitoração da Política Municipal de Saneamento
Básico, será criado o Sistema Municipal de Saneamento Básico, integrado ao
Sistema Municipal de Planejamento e Gestão, compreendendo, no mínimo, a
seguinte estrutura:
I - órgão municipal de planejamento e gestão da infraestrutura urbana e
saneamento básico;
II - órgão regulador e fiscalizador do funcionamento técnico, socioambiental,
financeiro e institucional das empresas delegatárias ou concessionárias de
serviços públicos de saneamento básico;
III - Câmara Técnica de Saneamento Básico, integrante do Conselho Municipal de
Salvador;
IV. Fundo Municipal de Saneamento Básico (FMSB).
Art. 91º São objetivos e diretrizes gerais da Política Municipal de Saneamento
Básico:
I - criação e regulamentação do Sistema Municipal de Saneamento Básico;
II - estruturação de órgão regulador e fiscalizador do funcionamento técnico,
socioambiental, financeiro e institucional das empresas delegatárias ou
concessionárias de serviços públicos de saneamento básico, com competência
para estabelecer normas e especificações de desempenho;
III - regulamentação do FMSB para financiamento de ações da Política Municipal
de Saneamento Básico;
IV - instalação da Câmara Técnica de Saneamento Básico no Conselho Municipal
de Salvador;
V - elaboração, implementação, monitoração, avaliação e revisão do Plano
Municipal de Saneamento Básico, como instrumento fundamental da Política
Municipal de Saneamento Básico (SALVADOR, 2016).

Segundo o PDDU do Município do Salvador, de 2016, em seu Capítulo II – Das Diretrizes


Específicas sobre o serviço público de limpeza urbana e do manejo de resíduos sólidos,
estabelece na seção V:
Art. 99º. A limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos no Município de
Salvador orientam-se segundo:
I - as diretrizes específicas do Plano Municipal de Saneamento Básico, elaborado
pela Administração Municipal;
II - O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS), editado
pelo Município;
III - o estabelecido pelas diretrizes nacionais de saneamento básico e políticas
nacional e estadual de resíduos sólidos.
Art. 100º. A gestão da limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos no
Município serão pautados nas seguintes prioridades, hierarquizados nesta ordem:
I - não geração de resíduos e sua minimização;
II - reutilização e reciclagem de resíduos;
III - tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada de
rejeitos.
Art. 101º. As diretrizes para a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos são:
I - consolidação da gestão diferenciada dos resíduos;
II - implementação de programas e ações de separação na origem, visando à
coleta seletiva e logística reversa, reutilização e reciclagem de resíduos;
III - implantação de soluções ambientalmente adequadas de manejo e tratamento
de resíduos e de disposição final de rejeitos;
IV - planejamento, implementação, monitoração e avaliação da coleta, do
transporte e tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente adequada
de rejeitos na perspectiva da sustentabilidade;
V - incentivo e apoio à formação de cooperativas para atuar, de forma
complementar e integrada, nas diferentes etapas da limpeza urbana;

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1317
VI - universalização da coleta convencional, utilizando medidas, procedimentos e
tecnologias socialmente apropriadas para as áreas de difícil acesso e a ampliação
de coleta conteinerizada, onde apropriada;
VII - formulação de legislação específica sobre manejo, tratamento de resíduos
sólidos, disposição final ambientalmente adequada de rejeitos de âmbito
municipal, pesquisa e aplicação de tecnologias alternativas, para redução do
volume de resíduos existentes;
VIII - aperfeiçoamento e implementação de instrumentos legais referentes aos
procedimentos de contratação, acompanhamento, fiscalização e controle das
empresas prestadoras de serviços;
IX - implementação de ações de educação ambiental, da divulgação e
sensibilização dos cidadãos quanto às práticas adequadas de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos, contribuindo para a prestação do serviço e para a
gestão dos resíduos sólidos no Município;
X - fomento à elaboração de estudos e pesquisas, com vistas ao contínuo
aprimoramento da gestão da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, com
ênfase na minimização, não geração de resíduos e redução do volume de resíduo
existente;
XI - regulação e fiscalização, pelo Município, de todos os serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos, como coleta, reciclagem, transporte,
transbordo, tratamento de resíduos e disposição final de rejeitos;
XII - monitoração permanente dos níveis de radioatividade nos veículos que
chegam ao aterro sanitário;
XIII - fomento à pesquisa e utilização de ferramentas inovadoras para minimizar o
impacto ambiental decorrente dos resíduos sólidos (SALVADOR, 2016).
O Município de Salvador tem no seu Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU)
importantes dispositivos que se referem aos resíduos sólidos e ao saneamento de maneira geral.
O PDDU em si está alinhado com a legislação existente e em harmonia com as melhores
concepções e técnicas da atualidade. Porém, a realidade da cidade e das ações realizadas pela
sua administração mostram que a quase totalidade das diretrizes e dispositivos propostos se
mantém sem implementação, constando apenas na legislação até o presente momento,
reafirmando a necessidade de implementação pelo Poder Executivo Municipal.
Além disso, é necessário pensar na perspectiva do planejamento urbano a integração
metropolitana, que permitiria a proposição de soluções e resolução dos conflitos de forma
compartilhada. Tal observação cabe também ao nível administrativo estadual, no que lhes
compete, nas ações que afetam a cidade do Salvador e Região Metropolitana.
Outro elemento-chave está relacionado ao alinhamento das diretrizes de saúde pública com o
saneamento e, especificamente, com resíduos sólidos, refletindo a necessidade de diálogo sobre
as diretrizes para a saúde em articulação com os planos municipais de saneamento básico, para
que haja realmente a integração e sobreposição dos planos e não o conflito de informações.
Por fim, destacam-se os aspectos sociais e ambientais relacionados aos resíduos sólidos trazidos
pelo PDDU, como:

• O incentivo ao uso de matéria-prima proveniente de materiais reutilizados e reciclados, de


tecnologias limpas e de baixo impacto ambiental, assim como a geração de energia de
fontes renováveis e a reutilização de água de chuva, tanto na construção quanto no
funcionamento de edificações, reconhecendo os resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1318
como um bem econômico e de valor social, promotor de cidadania e gerador de trabalho e
renda; apoio à indústria de beneficiamento, reciclagem e tratamento de resíduos sólidos;
• Estabelecimento, como fator de prioridade, da implantação e ampliação de sistemas de
esgotamento sanitário, bem como intensificação de ações de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos, de modo a evitar a poluição e contaminação dos cursos d’água e do
aquífero subterrâneo, em especial nas áreas de proteção de mananciais;
• Adoção de medidas preventivas contra o lançamento de resíduos poluidores na Baía de
Todos-os-Santos e na Orla Atlântica, em especial materiais provenientes de indústrias
químicas, da lavagem de navios transportadores de petróleo e seus derivados, de acordo as
exigências da Lei Federal nº 9.966, de 28 de abril de 2000, e as soluções tecnicamente
inadequadas de esgotamento sanitário;
• Garantia do manejo adequado de resíduos sólidos, dos efluentes de esgotos e das águas
pluviais que possam comprometer o meio ambiente pela descarga de efluentes líquidos ou
gasosos ou disposição de resíduos sólidos sem tratamento adequado, tendo por foco a
balneabilidade das praias da Orla Atlântica.

Destaca-se ainda, que o PDDU não aborda de maneira profunda as questões previstas na
legislação de resíduos sólidos, tais como educação ambiental, logística reversa, participação e
controle social, sistema de informação e estudo de regionalização da gestão integrada de
resíduos sólidos.
Ressalta-se a necessidade de identificar a articulação com todas as componentes do saneamento
básico (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas), bem como a definição de
diretrizes para o destino final dos resíduos sólidos considerando a vida útil dos Aterros Sanitários
e os impactos destes equipamentos para a Região Metropolitana.
Portanto, é necessária a articulação dos elementos abordados no PDDU com demais planos
existentes ou a serem elaborados na área de saneamento básico e resíduos sólidos (como o
Plano Municipal de Saneamento Básico, Plano Municipal da Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, Plano Intermunicipal da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana
de Salvador, Plano Estadual de Saneamento Básico, Plano Estadual da Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, dentre outros, quando existentes).

10.2. OUTROS PLANOS EXISTENTES


Outra legislação que também tem influência direta na capacidade e adequação da infraestrutura
existente é a Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo do Município de Salvador
(LOUOS) (Lei nº 9.148/2016).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1319
Dentro da lei não há uma divisão específica para tratar sobre elementos do saneamento. As
informações existentes estão distribuídas ao longo da legislação. O foco da LOUOS sobre
resíduos está centrado nos equipamentos e edificações que se destinam ao sistema de coleta e
nos Empreendimentos Geradores de Impacto de Vizinhança (EGIV) que estão sujeitos à
elaboração de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e do respectivo Relatório de Impacto de
Vizinhança (RIV), de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos da atividade ou
empreendimento quanto aos impactos na qualidade de vida da população referente a emissão de
resíduos sólidos e de efluentes líquidos e gasosos.

Ressalta-se a necessidade de definição os cenários de distribuição territorial (parcelamento, uso e


ocupação do solo por bairro e bacia) de demandas necessárias para formular o Plano Municipal de
Saneamento e dimensionamento de seus sistemas (água, esgoto, drenagem e resíduos sólidos) a curto
médio e longo prazos, além das prioridades, metas e indicadores de monitoramento estabelecidos para a
componente resíduos sólidos.

Por fim, é importante destacar que o saneamento básico é um serviço público fundamental no que
tange à adaptação e mitigação das mudanças climáticas e questões socioambientais delas
decorrentes, devendo sua universalização ser pautada no processo de elaboração do Plano
Municipal da Mata Atlântica e do Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças
Climáticas (PMAMC), em curso em Salvador.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1320
11. AVALIAÇÃO DOS ASPECTOS DE SAÚDE PÚBLICA, RELACIONADOS ÀS
DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Nesse tópico serão abordadas questões referentes a epidemiologia. Para a Associação
Internacional de Epidemiologia, a epidemiologia consiste no “estudo de fatores que determinam a
frequência e a distribuição das doenças nas coletividades humanas”, sendo de extrema
importância a aplicação desse estudo para o controle de problemas de saúde.
Segundo Souza et al. (2015), faz-se necessário expandir a relação de saúde apenas como
ausência de enfermidades. Levanta-se a possibilidade de analisar a saúde de maneira
multifacetária, dependente de uma série de fatores que rodeiam a sociedade, associando assim
saúde como qualidade de vida das pessoas.
O aumento da incidência de algumas doenças constatadas no Município, as quais carregam uma
forte relação com a deficiência do saneamento básico, são consequências de uma falta de
investimento em saneamento básico (investimento o qual direcionaria para um melhor serviço
prestado com uma maior cobertura de atendimento).
A disposição inadequada de resíduos sólidos, por exemplo, se configura como um importante fator
para degradação da saúde coletiva, pois além de oferecer risco de contaminação direta por
material contaminado com substâncias tóxicas, são locais de proliferação de vetores de doenças
como ratos, insetos e vermes.
A questão se torna mais agravante quando os tratamentos específicos para algumas doenças
ainda não são eficazes, como é o caso para arboviroses, sendo necessária uma maior atenção
para vigilância entomológica e epidemiológica contínua, para controle e prevenção desses
problemas (NUNES, 2016).
Outro indicador a ser relacionado é a incidência de doenças transmitidas por vetores, as quais
representam uma parcela significativa da morbidade no Brasil. A dengue, por exemplo, é
considerada a principal doença reemergente nos países tropicais e subtropicais e as precárias
condições de habitação, abastecimento e gestão de resíduos são algumas das principais causas
de tal nova emergência (TAUIL, 2002).
Diante disso, busca-se analisar em específico como é a relação da saúde e as deficiências do
saneamento básico no Município de Salvador, realizando um recorte para os sistemas de manejo
de resíduos sólidos.
As Políticas Nacional (2010) e Estadual (2014) de Resíduos Sólidos definem como objetivos a
“proteção e a melhoria da saúde pública e da qualidade do meio ambiente”. Com o aumento
exagerado do consumo e consequente aumento nos resíduos gerados pela sociedade, a
preocupação com a disposição inadequada destes e sua influência na saúde pública se faz
presente na discussão nacional acerca da gestão de resíduos sólidos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1321
Segundo Ferreira (2001), diversas populações podem ser expostas a problemas de saúde
causados pela degradação ambiental, porém as principais são aquelas em regiões onde não há
coleta regular de lixo domiciliar, normalmente de classe baixa. Em razão disso, a comunidade
recorre a queima ou acúmulo de resíduos nos chamados “lixões”. Outra população atingida são os
catadores, que existem em praticamente todos os centros e se expõem a condições insalubres,
muitas vezes invadindo lixões e aterros para reunir material reciclável.
Além dos riscos causados pela ineficiência do sistema de manejo de resíduos sólidos, analisando
de um âmbito mais amplo, pode-se atribuir alguns prejuízos à saúde humana, graças a tipos
específicos de resíduos.
No município de Salvador é possível observar alguns pontos utilizados como bota-fora para
resíduos da construção civil, atividade que também atrai vetores de doenças além de
comprometer a paisagem e o tráfego de pedestres.
Já os resíduos perigosos, como tintas, solventes e óleos, possuem grau de toxicidade prejudicial à
saúde humana, quando em contato com a pele ou inalado sem equipamentos de proteção. Além
destes materiais, há também aqueles perfurocortantes, que conferem perigos ocupacionais ao
profissional de limpeza urbana, além da possibilidade de contração de doenças como tétano.
No aspecto dos agentes biológicos, alguns microrganismos patogênicos causadores de doenças
utilizam os resíduos sólidos como ambiente para proliferação. Os resíduos provenientes, na
maioria dos casos, de ambientes do setor saúde, dispostos juntamente com os resíduos
domiciliares possibilitam o ambiente adequado para a proliferação desses patógenos. Além da
transmissão direta, pode ocorrer transmissão indireta por meio de outros vetores como ratos e
pulgas, transmissores de doenças como a leptospirose e tifo murino; as moscas, transmissoras de
doenças como a febre tifoide e cólera; os mosquitos transmissores da dengue, Chikungunya,
febre amarela e leishmaniose, bem como outros vetores.
Destes, os indicadores epidemiológicos mais utilizados são os nematódeos intestinais (Ascaris
lumbricoides e Trichuris trichiura), que causam problemas no sistema digestivo como as doenças
ascaridíase e tricuríase. Em um estudo realizado em áreas periurbanas do Município de Salvador,
Moraes (2009) identificou a prevalência de Ascaris lumbricoides em crianças e adolescentes, com
idade entre 05 e 14 anos, de domicílios que não dispõem de coleta do lixo igual a 65,0%,
reduzindo para 43,3% quando há coleta irregular e para 41,0% quando a coleta é regular. Para o
nematódeo Trichuris trichiura o quadro foi semelhante, apresentando prevalência de 86,8%,
quando o resíduo não é coletado, 73,1% para quando a coleta é dita irregular e 66,3% quando a
coleta é feita regularmente.
A mudança nos padrões da população brasileira, que antes era predominantemente rural e hoje
concentra-se no ambiente urbano, favorece a ocorrência e a urbanização de agravos. Os déficits
em saneamento básico no Brasil, em especial nas áreas urbanas, comprometem a qualidade de
vida da população e do meio ambiente, não sendo diferente para o Município de Salvador.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1322
Constatando-se com isso que as doenças transmitidas por vetores ainda se configuram como um
dos maiores problemas de saúde pública no aspecto nacional, estadual e municipal.
Considerando a Classificação Internacional de Doenças (CID10), os seguintes grupos de doenças
têm associação direta e indireta com a inadequada prestação dos serviços de manejo de resíduos
sólidos, a saber: Capítulo 01 - algumas doenças infecciosas e parasitárias, tais como febre tifoide,
leptospirose, dengue, amebíase, cólera, febres virais transmitidas por mosquitos etc.; e o Capítulo
11 - doenças do sistema digestivo, que contempla desde doenças da cavidade oral até doenças
intestinais e hepáticas.
Segundo dados do Ministério da Saúde, através do DATASUS, a quinta maior causa de
internações no Município de Salvador, entre 2011 e 2020, foram doenças do sistema digestivo,
com 184.218 internações (8,96%). As internações por doenças infecciosas e parasitárias embora
representem cerca de 5,3% do total, para o mesmo período citado, apresenta tendência
constante. Tais números poderiam ser reduzidos com estratégias que visem ao adequado manejo
de resíduos sólidos. A Tabela 165 apresenta a distribuição dessas doenças por faixa etária.
Tabela 165. Número de internações por faixa etária, entre 2011 e 2020
Algumas doenças infecciosas e parasitárias Doenças do aparelho
digestivo
Faixa Etária Internações Faixa Etária Internações
Menor de 01 ano 10.243 Menor de 01 ano 5.900
1 a 4 anos 9.436 1 a 4 anos 17.757
5 a 9 anos 5.416 5 a 9 anos 12.998
10 a 14 anos 3.528 10 a 14 anos 6.874
15 a 19 anos 3.132 15 a 19 anos 4.905
20 a 29 anos 7.680 20 a 29 anos 15.381
30 a 39 anos 11.311 30 a 39 anos 24.200
40 a 49 anos 12.476 40 a 49 anos 25.685
50 a 59 anos 13.766 50 a 59 anos 27.697
60 a 69 anos 13.419 60 a 69 anos 23.334
70 a 79 anos 9.751 70 a 79 anos 13.369
80 anos e mais 7.534 80 anos e mais 6.118
Total 107692 Total 184.218
Fonte: DATASUS, 2021.
Quando observadas as internações entre 1 e 14 anos, que é a fase mais vulnerável a infecções
por contato com resíduos sólidos, nota-se que para as doenças infecciosas e parasitárias, as
internações representaram 17,09% do total, e para as doenças do sistema digestivo 20,42%,
podendo ser estabelecida associação com problemas no manejo de resíduos sólidos.
A leptospirose é uma doença relacionada ao manejo inadequado de resíduos sólidos, causada por
uma bactéria chamada Leptospira presente na urina de ratos e outros animais, transmitida ao
homem principalmente nas enchentes, sendo classificada como de notificação compulsória. Em
áreas urbanas densamente povoadas, ocorre um grande número de casos de leptospirose em
locais com acumulação de resíduos a céu aberto, principalmente de fração orgânica, já que
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1323
nesses ambientes se condiciona como adequado para infestação de roedores e consequente
contaminação por bactérias, fatores determinantes para a incidência da doença. A Figura 1098
apresenta a taxa de incidência de leptospirose em Salvador, entre os anos de 2011 e 2019.
Figura 1098. Taxa de incidência de leptospirose (por 100.000 hab.)

Fonte: DATASUS, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


Conforme apresentado, e compreendendo o conceito de incidência como o do risco de tornar-se
doente, observa-se uma tendência de redução da taxa de incidência, bem como do número de
casos confirmados da doença ao longo dos anos. Tal comportamento pode ser resultado das
ações de conscientização feitas nos bairros do município, porta a porta, visto que dentre as
medidas de combate aos roedores, destaca-se o acondicionamento e destinação adequada dos
resíduos, bem como o armazenamento apropriado de alimentos.
Arboviroses como Dengue, Zika e Chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, são
outras doenças associadas à gestão inadequada de resíduos sólidos. O mosquito transmissor
possui capacidade de se dispersar amplamente por diversos ambientes, inclusive locais de
descarte de resíduos sólidos que podem acumular água. Assim, a ocupação urbana desordenada,
a precariedade da limpeza pública, o acúmulo de resíduos sólidos urbanos favorece a propagação
do vetor. Considerando o período de 2007 e 2014, dentre os municípios da Microrregião de Saúde
de Salvador, o Município ocupou a 4ª posição quanto ao coeficiente de incidência por dengue,
ficando após dos Municípios de São Francisco do Conde, Veracruz e Itaparica (MARTINS et al,
2015). A Figura 1099 traz a incidência da doença para os últimos sete anos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1324
Figura 1099. Taxa de Incidência e número de casos de dengue em Salvador, entre 2014 e
2020

Fonte: Ministério da Saúde, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


Observa-se um comportamento de redução do número de casos entre 2015 e 2018, entretanto um
expressivo aumento se dá nos anos de 2019 e 2020, o que requer devida atenção. Apesar dos
consideráveis investimentos em Salvador no serviço de coleta de resíduos domiciliares, uma
análise mais aprofundada quanto a distribuição espacial do serviço, bem como a sua frequência,
precisa ser feita, de modo a sustentar uma relação de causalidade com o aumento do número de
casos de dengue.
O risco de infecção atribuído aos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) torna obrigatória a
adoção do tratamento prévio dos materiais biológicos gerados, como forma de redução ou
eliminação da carga microbiana (SILVA, 2009). A tuberculose, transmitida pela bactéria
Mycobacterium tuberculosis, é uma das doenças que podem ser contraídas indiretamente pelos
RSS. A Figura 1100 apresenta série histórica do número de casos da doença, bem como a sua
taxa de incidência, entre os anos de 2011 e 2020, onde observa-se redução inexpressiva para
ambos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1325
Figura 1100. Taxa de incidência e número de casos de tuberculose, entre 2011 e 2020, em
Salvador

Fonte: Ministério da Saúde, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


Conforme a Lei nº 14.026/2020, que altera e institui as diretrizes nacionais para o saneamento
básico, os serviços de saneamento básico devem ser prestados considerando, dentre os
princípios, a universalização do acesso e a efetiva prestação do serviço de forma adequada à
saúde pública, à conservação dos recursos naturais e à proteção do meio ambiente. Bem como é
de fundamental importância que o princípio da integralidade, compreendido como o conjunto de
atividades e componentes de cada um dos diversos serviços de saneamento que propicie à
população o acesso a eles em conformidade com suas necessidades e maximize a eficácia das
ações e dos resultados, seja respeitado, de modo que as ações para com as quatro componentes
devem ser tomadas em igual esforço, para que assim doenças e agravos como os mencionados
acima, bem como os denominados de veiculação hídrica, sejam cada vez mitigados e
consequentemente obtenha-se melhoria na saúde ambiental e da população.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1326
12. IDENTIFICAÇÃO DE SOLUÇÕES CONSORCIADAS
Inicialmente, em 2007, o Governo Estadual da Bahia reconheceu a legitimidade da divisão
territorial e adotou como unidade de planejamento das políticas públicas do Estado da Bahia, os
Territórios de Identidade (TI), sendo incluído o Território Metropolitano de Salvador, o 26º território
e busca identificar soluções consorciadas para o município de Salvador.
Em 2012, a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (SEDUR) reconheceu a existência
de 26 Territórios de Identidade (TI) constantes no Estudo de Regionalização em Regiões de
Desenvolvimento Sustentável (RDS) realizado pela UFC Engenharia (SEDUR,2012) que, através
de critérios de população, desenvolvimento econômico e localização geográfica foram
determinantes para identificação dos TI. Assim, neste estudo encontra-se na descrição da
caracterização regional, o TI 26, correspondente a Região Metropolitana de Salvador (RMS),
composto por 10 municípios: Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre
de Deus, Salinas da Margarida, Salvador, Simões Filho e Vera Cruz. As unidades territoriais foram
subdivididas em 5 Arranjos Territoriais (AT), sendo o AT 01 composto por Salvador, Simões Filho
e Lauro de Freitas. Essas recomposições foram aprovadas e válidas após 01/01/2012, quando
foram ratificadas pelo Conselho Estadual de Desenvolvimento Territorial (CEDETER).
O município de Salvador fez parte como objeto de estudo do polo do TI 26 da RMS e detendo
86% da população urbana deste território, sendo conhecida como a cidade mais populosa do
Nordeste quando na época. Em 2012, ocupava o 3° lugar no ranking nacional, segundo dados do
IBGE (2010). Observa-se que a grande dimensão territorial do Estado da Bahia, com realidades
distintas e problemas diferenciados de acordo com o desenvolvimento econômico das regiões e
municípios, torna-se indispensável a elaboração dos planos regionais e municipais integrados de
gestão dos resíduos sólidos.
No período de 2012-2015, um 27º território foi acrescentado, o TI 27- Costa do Descobrimento,
originário da divisão do Extremo Sul e a partir do período 2016-2019 não houve alteração do
número de territórios, mas algumas migrações de municípios, com destaque para a unificação das
delimitações de algumas regiões e o Território Metropolitano de Salvador, passou a ter 13
municípios, Camaçari, Candeias, Dias D'Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas, Madre de Deus, Mata
de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho,
Vera Cruz (SEDUR 2014).
Com o novo texto da Emenda Constitucional 19/98, no artigo 241º da Constituição Federal (CF)
estabelece que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de
lei, os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, com a
finalidade de executar a gestão associada de serviços públicos, fez surgir os Consórcios Públicos.
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por
meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes
federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1327
transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à
continuidade dos serviços transferidos. (BRASIL, 1998, p. 8).
Os Consórcios Públicos são modalidades que permitem associação entre entes federativos com
vistas ao planejamento, à regulação e à execução de atividades de um modo geral ou de serviços
públicos de interesse comum de alguns ou de todos os consorciados, instituídos através da Lei nº
11.107/2005 e regulamentados pelo Decreto nº 6.017/2017.
Observa-se a dispensa do Plano Municipal quando da existência do Plano Regional em relação
aos consórcios públicos.
A partir de 2009, surgiu através da Secretaria Estadual de Planejamento (SEPLAN), a proposta de
formação de Consórcios de Desenvolvimento Sustentável (CDS) e a implantação de 16
consórcios públicos. Formaram-se, então, consórcios nos territórios do Sisal, Portal do Sertão,
Irecê, Sertão do São Francisco, Vale do Jequiriçá, Recôncavo, Sertão Baiano (Itaparica e
Semiárido NE II), Piemonte Norte do Itapicuru, Piemonte da Diamantina, entre outros. Na época,
apenas os Territórios Velho Chico e Piemonte do Paraguaçu ainda não possuíam consórcios
constituídos e, a Bahia possuía 34 consórcios públicos.
Foi através dos Consórcios Públicos que alguns projetos e ações vêm se concretizando por meio
de convênios com órgãos federais e estaduais, no segmento de resíduos sólidos principalmente
na elaboração de Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, através do Ministério do Meio Ambiente
(MMA) e na elaboração dos Planos Municipais de Saneamento, através Fundação Nacional de
Saúde (FUNASA) na construção de Aterro Sanitário e através da Companhia de
Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (CODEVASF).
Em busca de soluções para o enfrentamento e apoio de planejamento dos sistemas de limpeza
urbana e manejo dos resíduos sólidos na implantação de consórcios públicos, os municípios
amparados legalmente pelo Decreto n° 6.017/2007 que regulamentou a Lei n° 11.107/05, e tem
como objetivos definidos no artigo 3°, seção I, inciso III: o compartilhamento ou o uso em comum
de instrumentos e equipamentos, inclusive de gestão, de manutenção, de informática, de
pessoal técnico e de procedimentos de licitação e de admissão de pessoal.
Outrossim, deverá proporcionar aos municípios consorciados, a redução de custos e
investimentos operacionais com recursos humanos, materiais e tecnológicos além de estimular a
implementação de programas para minimização dos resíduos sólidos com ações direcionadas à
coleta seletiva, triagem, reutilização e reciclagem.
O setor saneamento básico, portanto, é complexo, tanto pelos seus diversos arranjos para a
prestação do serviço quanto pelas peculiaridades de sustentabilidade econômica que são
necessárias para a sua manutenção. Assim, o componente de Resíduos Sólidos, possui uma
dinâmica própria e comporta um número significativo de desafios na implementação de uma
política efetiva, para viabilizar novos investimentos, gerar incentivos para a eficiência alocativa e a
equidade distributiva, implementar o marco regulatório e integrar a política de saneamento com as

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1328
demais políticas públicas. Esses são pontos fundamentais a serem observados para alcançar a
universalização dos serviços e melhorar o desempenho do setor.
A partir da Lei Federal nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007, o setor de saneamento introduziu o
mecanismo da segurança jurídica, tendo os indicativos de arranjos institucionais e a previsão
orçamentária para o saneamento básico, englobando os seus quatro componentes
(abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, drenagem e manejo das águas pluviais urbanas). Esse novo instrumento merece
destaque no que diz respeito ao estabelecimento de regras claras relacionadas, principalmente,
aos aspectos de: planejamento, sustentabilidade financeira, regulação, fiscalização, controle
social e prestação regionalizada, ou seja, de gestão associada.
Para os efeitos desta Lei, no artigo 3º, Inciso II, considerava-se em 2007 a gestão associada como
associação voluntária de entes federados, por convênio de cooperação ou consórcio público,
conforme disposto no artigo 241 da Constituição Federal:
Em 2020, o artigo 3º foi alterado pela Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020, passando a ter nova
redação:
Inciso II - gestão associada: associação voluntária entre entes federativos, por meio de consórcio
público ou convênio de cooperação, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal.

Ainda, foram revogados pela Lei nº 14.026, de 2020, o artigo 14º e os incisos I, II e III, do Capítulo
III - Da prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico da Lei nº 11.445/2007
a saber:

Art. 14 A prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico é


caracterizada por: I-um único prestador do serviço para vários Municípios,
contíguos ou não; II-uniformidade de fiscalização e regulação dos serviços,
inclusive de sua remuneração; III-compatibilidade de planejamento (BRASIL,
2007, p. 22).
Observa-se, ainda, a interface dos consórcios públicos na Lei nº 11.107/2005 nos artigos 3º, 4º
inciso II e 8º com a Lei nº 11.445/2007 no artigo 11º, inciso I, e no artigo 17º, §1º respectivamente:
Art.3º- O consórcio público será constituído por contrato cuja celebração
dependerá da prévia subscrição de protocolo de intenções.
(...)
Art.4º- São cláusulas necessárias do protocolo de intenções as que estabeleçam:
II – A identificação dos entes da Federação consorciados (BRASIL, 2005, p. 1);
Art.8º- Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público
mediante contrato de rateio (BRASIL, 2007, p. 14).
(...)
Art. 11º - São condições de validade dos contratos que tenham por objeto a
prestação de serviços públicos de saneamento básico:
I - a existência de plano de saneamento básico;
(...)
Art. 17º - o serviço regionalizado de saneamento básico poderá obedecer ao plano
regional de saneamento básico elaborado para o conjunto de Municípios
atendidos, com redação dada pela Lei nº 14.026, de 2020 :
§1º- O plano regional de saneamento básico poderá contemplar um ou mais
componentes do saneamento básico, com vistas à otimização do planejamento e
da prestação dos serviços (BRASIL, 2007, p. 23).

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1329
Assim, pode-se inferir que a Lei nº 11.445/2007 é inovadora quando a mesma estabelece no
artigo 1º as diretrizes nacionais para o saneamento básico e propõe a separação entre o prestador
do serviço e o regulador, onde a regulação coloca o usuário no centro da natureza de serviço
público do saneamento e estabelece no artigo 2º do Capítulo I - Os serviços públicos de
saneamento básico serão prestados com base no seguinte princípio, destacado, entre outros:
XIV - prestação regionalizada dos serviços, com vistas à geração de ganhos de escala e à
garantia da universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos serviços (incluído
pela Lei nº 14.026/2020).
No entanto, para o Consórcio Público ser instituído torna-se necessário um grande número de
documentos, como também, lei de criação dos entes a se consorciarem e os contratos de rateio,
que disciplinarão os repasses financeiros para a entidade consorciada. Além de outros entraves
na forma de escolha do quadro dirigente e do processo de decisões e na insegurança da
continuidade do consórcio quando da ocorrência de mudanças de governo, em razão de seu
caráter político.
Segundo o Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB, 2013) deve-se avaliar quando o
consórcio público regulador combina suas funções com as funções de prestação dos serviços
públicos de saneamento básico e não é criado exclusivamente para exercer as atividades de
regulação e fiscalização, tenha sua independência decisória violada no próprio ato de criação do
consórcio, pois deve sempre estar voltada para o interesse público e o desafio de se
desenvolverem as bases para modelos regulatórios específicos para os serviços de limpeza
pública e manejo de resíduos sólidos, guardando consonância com tudo que foi detalhado na
Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).
A gestão integrada dos resíduos sólidos, bem como, as responsabilidades do poder público estão
previstas na Lei n° 12.305/10 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A implantação
de unidades de disposição final deixou de ser uma problemática isolada no tocante aos resíduos
sólidos e a limpeza urbana, passando a ser fundamental a implantação de programas de
educação continuada com o objetivo de induzir a redução de geração de resíduos.
Também, as diretrizes da Lei Estadual n° 11.172/2008 e suas interfaces para gestão associada
estão instituídas:
Artigo 15º - Poderão ser celebrados convênios de cooperação entre o Estado da Bahia e os
Municípios com territórios nele contidos, visando à gestão associada de serviços públicos de
saneamento básico.
§ 1º - O convênio de cooperação a que se refere o caput deste artigo:
I - Poderá ser celebrado com prazo de vigência indeterminado;
II - Disporá sobre a regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico objeto
da gestão associada;

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1330
III - Preverá, no caso de constituição de consórcio público entre o Estado e o Município
convenente, a inclusão das finalidades do convênio de cooperação, estabelecendo que o ato
constitutivo do consórcio suceder-lhe-á automaticamente para todos os efeitos legais; entre
outras.
A Região de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Metropolitana de Salvador é composta,
atualmente, por 13 municípios: Camaçari, Candeias, Dias D’Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas,
Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do
Passe, Simões Filho e Vera Cruz. Do total de 105 arranjos territoriais da RDS (SEDUR,2012) 05
(cinco) arranjos compartilhados foram realizados, quais sejam:

• Arranjo 01 com 3 municípios: Simões Filho, Lauro de Freitas e Salvador, sendo este município polo.
• Arranjo 02 com 2 municípios: Vera Cruz, sendo este município polo e Itaparica.
• Arranjo 03 com 3 municípios: São Sebastião do Passé, sendo este município polo, Pojuca e Mata de São
João.
• Arranjo 04 com 2 municípios: Camaçari, sendo este município polo e Dias D’Avila.
• Arranjo 05 com 3 municípios: São Francisco do Conde, sendo este município o polo, Madre de Deus e
Candeias.

Para o arranjo 1, o município de Salvador foi incluído na solução compartilhada com Lauro de
Freitas e Simões Filho na implantação de aterro metropolitano situado em Salvador. Também
foram contemplados os seguintes municípios: Camaçari (para atender Camaçari e Dias D’Ávila);
Ponta do Ferrolho (São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus); Baiacu (Vera Cruz e
Itaparica).
Ainda, para o arranjo 1, no Programa PAC 2 Cidade Melhor, Grupo 1 (MCidades), através da
CONDER, foi proposto no estudo:

• 02 unidades de triagem para os municípios de: Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo 01 unidade para
cada município (licitação pela CONDER);
• 55 unidades de triagem para o município de Salvador;
• 124 PEV simples de RCC e volumosos para os 03 municípios do arranjo, sendo: 112 para o município de
Salvador, 07 para o município de Lauro de Freitas e 05 para o Município de Simões Filho;
• 12 ATT de RCC para os 03 municípios do arranjo, sendo: 10 para o município de Salvador, 01 para o
município de Lauro de Freitas e 01 para o município de Simões Filho;
• 02 aterros de RCC Inertes para os municípios de: Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo 01 unidade para
cada município.

Neste estudo realizado em 2012, no arranjo territorial prevê-se um total de 195 intervenções para
curto prazo (2015) e 23 intervenções em longo prazo (2033), que são:

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1331
• 07 unidades de triagem (seis em Salvador e uma em Lauro de Freitas);
• 13 PEV simples de RCC e volumosos (10 em Salvador, 02 em Lauro de Freitas e 01 em Simões Filho);
• 01 aterro de RCC Inertes (para Salvador),
• 01 encerramento de aterro sanitário compartilhado (ASC)
• 01 ASC para atender o arranjo compartilhado.

As soluções de intervenções sugeridas no Estudo de Regionalização em Regiões de


Desenvolvimento Sustentável (RDS) realizado em 2012, pela SEDUR, para curto (até 2015) e
longo prazo (até 2033) seguem no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 117. Soluções de intervenção a curto e longo prazos
População Urbana Projetada
INTERVENÇÃO
Município (hab.)
Curto Prazo Longo Prazo Curto Prazo Longo Prazo
06 Unidades de
55 Unidades de Triagem
Triagem
10 PEV Simples
112 PEV Simples de
de RCC e
RCC e volumosos
volumosos
01 Aterro de
Salvador 2.811.368 3.362.801
RCC Inertes
01 Encerramento
10 Áreas de Transbordo
de ASC
e Triagem de RCC
01 ASC com
Unidade de
Compostagem
01 Unidade de
01 Unidade de Triagem
Triagem
07 PEV Simples de RCC
e volumosos
Lauro de Freitas 180.459 257.730 02 PEV Simples
01 Área de Transbordo e
de RCC e
Triagem de RCC
volumosos
01 Aterro de RCC
Inertes
01 Unidade de Triagem
05 PEV Simples de RCC
e volumosos 01 PEV Simples
Simões Filho 116.821 166.839 01 Área de Transbordo e de RCC e
Triagem de RCC volumosos
01 Aterro de RCC
Inertes
Fonte: SEDUR – Estudo de regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no estado da Bahia, TI 26, 2012.
Esse estudo prevê que as unidades de triagem sejam instaladas em proximidades de centros
geradores de resíduos, visando facilitar o transporte dos resíduos para o equipamento
intermediário. Assim, foi proposto o encerramento do Aterro Metropolitano Centro (AMC),
operando desde 1997, recebendo os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) com características
domiciliares dos municípios de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho e com vida útil por 20
anos, previsto o encerramento para o ano 2020, quando o estudo sugeriu a adoção do Plano de
Fechamento, conforme NBR nº 13.896/1997.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1332
No entanto, o AMC após avaliação técnica, econômica e financeira, em 2020, da Agência
Reguladora e Fiscalizadora dos Serviços Públicos (ARSAL) de Salvador, o equipamento urbano
poderá ainda ter o prolongamento de suas atividades por mais 4,5 anos e ter a vida útil
prolongada em até 24,5 anos, aproximadamente, caso a PMS aprove os novos projetos
apresentados pela concessionária, permanecendo assim, a gestão compartilhada com os
municípios de Lauro de Freitas e Simões Filho, até nova decisão contratual pela PMS.
Em 2020, a RK Engenharia apresenta à Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da
Bahia (CONDER) o relatório final dos estudos de concepção para projetos de engenharia de obras
e serviços de infraestrutura de sistemas integrados de resíduos sólidos urbanos da Unidade de
Gestão Regional (UGR) da Região Metropolitana de Salvador (RMS), integrante do escopo de
serviços previstos no Contrato n o 020/2015. O objeto consistiu na elaboração de estudos de
concepção para projetos de engenharia de obras e serviços de infraestrutura de sistemas
integrados de resíduos sólidos urbanos, com foco em coleta seletiva, tratamento e disposição final
na UGR da RMS.
Assim, na busca de soluções para a UGR da RMS, definiu-se 10 (dez) municípios a serem
beneficiados, com população total, segundo estimativa do IBGE (2016), de 936.531 (novecentos e
trinta e seis mil, quinhentos e trinta e um) habitantes, quais sejam: Camaçari, Dias d’Ávila,
Itaparica, Lauro de Freitas, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião
do Passé, Simões Filho e Vera Cruz.
Segundo o Artigo 18º da Lei nº 12.305/10, que dispõe sobre a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos
resíduos sólidos e que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras
formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas
físicas de baixa renda serão priorizados no acesso aos recursos da União.
Visando executar a gestão associada de serviços públicos conforme previsão na Lei nº
11.107/2005 (Lei de Consórcios Públicos) e no Decreto nº 6.017/2007 (Decreto regulamentador
da Lei nº 11.107/2005), os municípios de Camaçari, Dias d’Ávila, Lauro de Freitas, Mata de São
João, Pojuca e São Sebastião do Passé passam a integrar o Consórcio Intermunicipal Costa dos
Coqueiros (CICC), porém constatou-se que atualmente, o CICC encontra-se com situação
cadastral inativa, enquanto que os municípios de Itaparica, São Francisco do Conde e Vera Cruz
integram o Consórcio Intermunicipal do Recôncavo Baiano (CIRB), embora o consórcio ainda
exista legalmente, ele não é mais utilizado. Além desses, há, ainda, o Consórcio Sociedade
Organizada para o Município Avançar (SOMAR), em que os municípios de São Sebastião do
Passé e São Francisco do Conde são integrantes.
No estudo de regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no Estado da Bahia,
realizado em 2012, foram apresentadas duas alternativas para implantação de Unidades de
Triagem e aterro de RCC em Salvador. Embora fossem entendidas como economicamente mais

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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viáveis, o estudo demonstrou que durante o período de 30 anos torna-se mais viável a instalação
dos equipamentos nas cidades componentes do Arranjo 2° alternativa (Lauro de Freitas e Simões
Filho), substituindo, assim, o gasto contínuo com o descolamento para o município polo 1ª
alternativa (Salvador), conforme Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 118. Comparativo entre as alternativas na instalação de equipamentos da Região

1° Alternativa 2° Alternativa
Equipamento
Custo total (R$/ano) Custo total (R$/ano)
Unidade de Triagem 3.170.127,60 1.126.194,21
Aterro de RCC Inertes 19.538.656,00 417.965,86
Metropolitana de Salvador
Fonte: SEDUR – Estudo de regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no estado da Bahia,
2012.
Buscando ao atendimento da Lei n° 12.305/10, onde está prevista a disposição final de rejeitos
em aterros como adequada, foi proposto a inserção de um Aterro Sanitário Compartilhado (ASC),
com a instalação de unidades de triagem em suas proximidades objetivando a segregação dos
resíduos recicláveis para reciclagem.
A logística em torno do município polo, Salvador, facilita a formação de arranjo territorial com três
municípios circunvizinhos (Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho), favorecendo a gestão
associada e o benefício de escala, principalmente na gestão consorciada para a disposição dos
rejeitos.
Para os desafios da Gestão e o Gerenciamento de Resíduos Sólidos e da Regionalização para
uma administração associada da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de RS por
meio da formação de consórcios públicos, a SEDUR já assinou mais cinco protocolos de
intenções. Eles formalizam os termos de acordo de cooperação para apoio na elaboração dos
Planos Intermunicipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e com a assinatura foram
contemplados os consórcios chegando a um total de 12 consórcios com quase 140 municípios
conveniados, como por exemplo:
• Consórcio Alto Sertão (16): Lagoa Real, Caculé, Ibiassucê, Sebastião Laranjeiras, Palmas de
Monte Alto, Riacho de Santana, Candiba, Guanambi, Tanque Novo, Iuiú, Urandi, Malhada,
Matina, Igaporã, Pindaí, Caetité.
• Consórcio Bacia Do Jacuípe (16): Baixa Grande, Capela Do Alto Alegre, Capim Grosso,
Gavião, Ipirá, Mairi, Nova Fátima, Pé De Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão Do Jacuípe, São
José Do Jacuípe, Serra Preta, Serrolândia, Várzea do Poço e Várzea da Roça.
• Consórcio Bacia Do Paramirim (12): Dom Basílio, Érico Cardoso, Ibipitanga, Macaúbas,
Oliveira dos Brejinhos, Paramirim, Boquira, Botuporã, Caturama, Rio do Pires, Livramento de
Nossa Senhora, Novo Horizonte.
• Consórcio Velho Chico (6): Paratinga, Brotas de Macaúbas, Serra do Ramalho, Ibotirama, Bom
Jesus da Lapa, Morpará.

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• Consórcio Construir (13): Alcobaça. Caravelas, Ibirapuã, Itamaraju, Itanhém, Jucuruçu, Lajedão,
Medeiros Neto, Mucuri, Nova Viçosa, Prado, Teixeira de Freitas, Vereda.

Assim, identifica-se soluções consorciadas para apoiar a elaboração dos Planos Intermunicipais
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, sendo que o Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos é condição para os municípios terem acesso a recursos da União, e a formação
de consórcios com a finalidade de soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos
resíduos sólidos tornou-se uma opção tangível e viável. Após a Lei nº 11.107/2005, que dispõe
sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências, o número de
consórcios em todo o Brasil começou a crescer.
Cabe aos municípios organizar sua política de desenvolvimento urbano, considerando os estudos
prévios de impactos de vizinhança e de impactos ambientais, previstos no Capítulo II, Seção I,
Inciso VI, artigo 4º, vigente na Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), bem como, no Inciso II do
planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Ainda no artigo
24º da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, passa a vigorar por meio da Lei nº 13.089, de 12 de
janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole) o artigo 34º-A, que diz nas Regiões Metropolitanas ou nas
aglomerações urbanas instituídas por lei complementar estadual poderão ser realizadas
operações urbanas consorciadas interfederativa, aprovadas por leis estaduais específicas.
Outra solução consorciada já existente, identificada e voltada para pequenos municípios
existentes no Estado da Bahia, com o objetivo de solucionar um grave problema de ordem
ambiental – a destinação inadequada do lixo através de Consórcio Intermunicipal como exemplo,
o território de identidade da mesorregião de Itapetinga e na região sudoeste de Vitória da
Conquista: Nova Canaã, Iguaí, Ibicuí, Firmino Alves, Santa Cruz da Vitória e Itajú do Colônia.
Em 2020, foi publicado no site do Governo Federal (www.gov.br) o resultado do Chamamento
Público nº 01/2020, com a lista dos consórcios públicos intermunicipais habilitados a receber
suporte do Fundo de Apoio à Estruturação e ao Desenvolvimento de Concessões e Parceria
Público Privada a Entes Subnacionais (FEP) para realizar projetos de concessões comuns de
serviços de manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Do total de 41 consórcios inscritos, 23
foram habilitados, abrangendo 304 municípios em oito estados – Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo totalizando
9,9 milhões de habitantes beneficiados.
Para o Estado da Bahia, foram habilitados 08 (oito) consórcios conforme resultado do Edital de
Chamada Pública nº 001/2020 - Setor de Resíduos Sólidos Urbanos, no entanto para Salvador,
Lauro de Freitas e Simões Filho não se encontra nenhum Consorcio Intermunicipal que envolva
esses territórios da Região Metropolitana, a saber:
BA Consórcio Intermunicipal do Semiárido Nordeste II
BA Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Circuito do Diamante

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1335
BA Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Alto Sertão
BA Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território de Irecê
BA Consórcio do Território do Recôncavo
BA Consórcio Público de Desenvolvimento Sustentável Portal do Sertão
BA Consórcio Intermunicipal do Oeste da Bahia
BA CONSTESF
Segundo critérios do Governo Federal, foram consideradas elegíveis as propostas em benefício
de consórcios públicos legalmente constituídos, visando soluções regionais para o manejo dos
RSU e que atendessem entre dois e 20 municípios contíguos, totalizando mais de 300 mil
habitantes. Estados, o Distrito Federal e os próprios consórcios públicos puderam apresentar
propostas, que também deveriam considerar o compromisso de cobrança pela prestação dos
serviços após a estruturação da futura concessão.
Quanto à hierarquização, o processo priorizou propostas que beneficiassem maior número de
habitantes e que incluíssem municípios com cobrança de taxa ou tarifa já instituída, maiores
déficits na prestação do serviço e/ou que apresentassem Plano Municipal ou Plano Regional
Integrado de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos.
A aderência à regionalização proposta no Plano Estadual de Gestão Integrada de RSU, a
obtenção de licenciamento ambiental prévio das estruturas de tratamento ou destinação final de
RSU e o maior percentual de contrapartida ofertada pelo proponente em relação ao valor do
contrato também foram pontos considerados na ordem de prioridades.
Esse Chamamento Público nº 01/2020, com base na Resolução nº 22/2019 do Conselho de
Participação no FEP, visando apoiar a estruturação de concessões das atividades de manejo de
resíduos de origem domiciliar ou similares. Os projetos serão custeados com recursos da
Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia
(SPPI/ME) no Fundo FEP. A Caixa Econômica Federal é a responsável pela administração do
fundo e pela estruturação dos projetos, prestando todo o assessoramento técnico aos consórcios
até a licitação das concessões. A iniciativa também conta com o apoio do Ministério do
Desenvolvimento Regional (MDR) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
A estruturação dos projetos selecionados em 2020 representa a continuidade do apoio do Fundo
FEP ao setor de manejo de resíduos sólidos por meio da estruturação de concessão comum –
uma iniciativa inovadora no país que busca garantir a sustentabilidade econômica e ambiental dos
projetos.
Em 2020, a nova Lei nº 14.026 alterou a Lei nº 11.445/2007, que estabeleceu as diretrizes
nacionais para o saneamento básico e a política federal de saneamento básico, assim como,
outras alterações. Destaca-se que, após 31 de dezembro de 2022, a existência de plano de
saneamento básico, elaborado pelo titular dos serviços, será condição para o acesso aos recursos
orçamentários da União ou aos recursos de financiamentos geridos ou administrados por órgão ou

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1336
entidade da administração pública federal, quando destinados a serviços de saneamento básico,
artigo 26º, § 2º nova redação dada pelo Decreto nº 10.203/2020.
Ainda na alteração da Lei nº 11.445/2007, artigo 52º, § 3º, a União estabelecerá, de forma
subsidiária aos Estados, blocos de referência para a prestação regionalizada dos serviços
públicos de saneamento básico (incluído pela Lei nº 14.026/2020). A competência de que trata o §
3º do artigo 52º da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, somente será exercida caso as
unidades regionais de saneamento básico não sejam estabelecidas pelo Estado no prazo de 1
(um) ano da publicação desta Lei, artigo 15, da Lei nº 14.060 de 16 de julho de 2020.
A proposta de regionalização dos serviços públicos de saneamento básico no território de cada
Estado, tem até 16 de julho de 2021 para, por meio de leis complementares ou ordinárias atender
a Lei nº 11.445/2007, alterada pela Lei nº 14.026/2020, como também, ao disposto no Decreto nº
10.588/2020, que trata da regionalização quando estabelece critérios para a alocação de recursos
públicos federais e para a contratação de financiamentos com recursos da União ou geridos ou
operados por órgãos ou entidades da União de cada Estado. Cada Município terá a participação
em uma das regiões do seu Estado e, é condição para o acesso a recursos públicos federais ou a
contratação de financiamentos com recursos da União ou com recursos geridos ou operados por
órgãos ou entidades da administração pública federal, nos termos do artigo 50 da Lei nº
11.445/2007, alterado pela Lei nº 14.026/202.
Conforme estudo realizado pelo Observatório Nacional dos Direitos à Água e ao Saneamento
(ONDAS,2021) a regionalização do saneamento básico na Lei nº 14.026/2020 deve ser precedida
de estudos técnicos e audiências públicas que envolvam todos os Municípios pertencentes à
unidade territorial a ser criada e que o Estatuto da Metrópole exige que a lei complementar
estadual defina pelo menos quais são os Municípios integrantes, quais as funções públicas de
interesse comum, a conformação da estrutura de governança interfederativa e os meios de
controle social.
Ainda que a adesão municipal às estruturas de região metropolitana, aglomeração urbana e
microrregião, é compulsória, ou seja, torna-se obrigatória nos termos do artigo 25º, §3°, da CF.:
Art. 25 Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que
adotarem, observados os princípios desta Constituição.
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões
metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por
agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum (BRASIL,
1998, p. 31).
E, a prestação regionalizada era definida na Lei nº 11.445/2007, no artigo 3º, inciso VI, como
‘’aquela em que um único prestador atende a 2 (dois) ou mais titulares’’, foi alterada no mesmo
artigo e no inciso VI, acrescentada alínea a, com nova redação dada pela Lei nº 14.026/2020, a
saber:

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1337
VI - Prestação regionalizada: modalidade de prestação integrada de um ou mais componentes dos
serviços públicos de saneamento básico em determinada região cujo território abranja mais de um
Município, podendo ser estruturada em:
a) região metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião: unidade instituída
pelos Estados mediante lei complementar, de acordo com o § 3º do art. 25º da
Constituição Federal, composta de agrupamento de Municípios limítrofes e instituída nos
termos da Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole) (BRASIL, 2007,
p. 7).
Observando-se ainda, a Lei nº 13.089/2015, Capítulo II, artigo 3º, §2°, determina que a criação
dessas estruturas, e institui as regiões metropolitanas e aglomerações urbanas:

Art. 3º- Os Estados, mediante lei complementar, poderão instituir regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas, constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

§ 2º A criação de uma região metropolitana, de aglomeração urbana ou de microrregião deve ser


precedida de estudos técnicos e audiências públicas que envolvam todos os Municípios
pertencentes à unidade territorial, incluído pela Lei nº 13.683/2018.
Percebe-se, assim, que existem dois tipos de arranjos para a prestação regionalizada, quais
sejam: por coordenação federativa, instituída mediante lei complementar estadual, através das
Regiões Metropolitanas, Aglomerações Urbanas e Microrregiões, constituídas, compulsoriamente,
por Municípios limítrofes e o Estado, para integrar a organização, o planejamento e a execução de
funções públicas de interesse comum e por meio da gestão associada de serviços públicos,
instituída de forma voluntária, pela vontade das partes e autorizadas por consórcio público ou
convênio de cooperação, dos quais participam os entes federados interessados, conforme
determina o artigo 241º da CF.
Dentre outras vantagens para a formação de consórcios públicos de resíduos sólidos, podemos
destacar: a redução de custos das várias prefeituras que rateiam entre si os custos de instalação
e manutenção dos empreendimentos, pois há descentralização dos gastos e um ganho de escala
no atendimento populacional, como também, a economia na medida em que os entes
consorciados podem usufruir de uma equipe técnica compartilhada e a priorização no repasse de
recursos, tanto no Governo Federal como no Estadual, a gestão consorciada de resíduos sólidos
urbanos tem prioridade no momento de repasse de recursos financeiros, se comparada à ações
isoladas municipais.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1338
13. DIAGNÓSTICO PARTICIPATIVO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Para o processo de elaboração do diagnóstico técnico participativo, foram realizadas 10 (dez)
oficinas de forma síncrona, em modo remoto, na plataforma digital zoom, com público formado em
média por 50 (cinquenta) atores estratégicos, com transmissão simultânea em página eletrônica
da Prefeitura Municipal (canal do YouTube SEINFRA SANEAMENTO) permitindo interações no
chat/comentários de um público maior que aqueles que estavam interagindo na plataforma
emissora.
Ficou à disposição para preenchimento por parte da população, entre os dias 04 e 30 de maio de
2021, o Formulário Virtual das Oficinas setoriais de diagnóstico que contou com a participação de
225 (duzentos e vinte e cinco) respondentes.

A Figura 1101 apresenta o card utilizado para divulgação, com destaque para as datas de
realização de cada uma das Oficinas.

Figura 1101. Datas de realização das Oficinas

Fonte: CSB Consórcio, 2021.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1339
Figura 1102. Apresentação da delimitação territorial das Prefeituras-Bairro

Fonte: SALVADOR (2012 e 2017). Elaboração: CSB Consórcio, 2021.


A percepção da população em relação aos problemas relacionados a limpeza urbana e manejo
dos resíduos sólidos pode ser observada nas descrições a seguir, organizadas por Prefeitura-
Bairro.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o mapa das Prefeituras-Bairros com as
áreas de abrangência da Mobilização Social.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1340
Figura 1103. Localização dos Pontos Críticos de Resíduos Sólidos

Fonte: SALVADOR (2012 e 2017). Elaboração: CSB Consórcio, 2021.

13.1. PREFEITURA-BAIRRO I – CENTRO-BROTAS

Somente um contêiner de coleta de lixo; falta de contêiner para coleta seletiva; falta de lixeiras no
bairro; O recolhimento do lixo ocorre poucas vezes na semana, acumulando assim grande
quantidade de lixo no local; Lixo a céu aberto.

13.2. PREFEITURA-BAIRRO II – SUBÚRBIO-ILHAS

Descarte incorreto de resíduos (disposição de sacos); Descarte incorreto de perfurocortante;


Criação de pontos de descarte incorreto; Acondicionamento incorreto dos resíduos; Descarte
incorreto de entulho; Resíduos a granel (munícipes); Coleta incorreta do lixo diário; Lixo e
encontrando na maioria das ruas do Bairro; Lixo no esgoto e na praia; dificuldades referentes a
resíduos sólidos e temos dificuldades também com a questão de saneamento básico; referentes a
resíduos sólidos e temos dificuldades também com a questão de saneamento básico; a
problemática dos resíduos sólidos é crítica no subúrbio e ilhas, em especial na poligonal do
Parque São Bartolomeu e Parque Pirajá; Plano de retirada de entulhos, no subúrbio não tem um
plano de retirada de entulhos, e com isso entope os esgotos e vira um verdadeiro caos quando
chove; próximo as chácaras na praia de Tubarão entulho jogados; LIMPURB, precisamos da
atuação de fiscais nas Ilhas.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1341
13.3. PREFEITURA-BAIRRO III – CAJAZEIRAS

Falta de Ecopontos nos bairros com aumento populacional (Ex: Pernambués, Beiru Tancredo
Neves e outros). A população não tem onde descartar RCC e faz isso nos passeios. Também na
frente das escolas estaduais do bairro tem essas caixas que atraem pombos, no Arenoso tem um
Colégio Luís Eduardo Magalhães que as paredes têm fezes de pombo; Resíduos sólidos no
Ecoponto; Locais como a comunidade Timbalada que tem caixa de lixo, mas não é o suficiente
para abarcar todos os resíduos que são gerados, principalmente os entulhos que são misturados
ao lixo comum. Locais como o Arenoso na Rua Risa Gomes (Sovaco das Cobras) onde o lixo é
jogado próximo ao canal, pois não tem caixa para coletar o lixo, também os resíduos comuns são
misturados com entulhos; temos muitos problemas em todas Cajazeiras referente a pontos de
coleta de lixo, principalmente, remanejamento das caixas para o meio da rua; comissão
permanente para acompanhar os bairros; Amontoado dos lixos nas ruas, produzindo pontos de
lixo, feito pelos trabalhadores da coleta, antes dos carros passarem, causando grandes
transtornos; Precisa colocar lixeira da entrada do condomínio outro local.

13.4. PREFEITURA-BAIRRO IV – ITAPUÃ

Na área de influência da Escola Novo Horizonte - resíduos descartados diretamente sobre o solo
e falta de coletores em alguns pontos específicos, coleta de resíduos, serviço de limpeza das
ruas, pontos de coleta seletiva, educação ambiental para a comunidade; Lançamento de entulho,
móveis, etc., no rio que fica na Rua Hélio Machado; Tem coleta, mas o povo não respeita e joga
lixo nas ruas de Itapuã; Precisa de fiscalização nos locais das coletas pois desregulou; Precárias;
Falta de lixeiras; Descarte de entulho na Rua Herbert José de Souza (via coletora); Rua
Desembargador Lineu Lapa Barreto, antes da ladeira.

13.5. PREFEITURA-BAIRRO V – CIDADE BAIXA

Local de acúmulo de resíduos - Rua Direta do Campo - Mata Escura; não há um horário fixo a
noite para coleta dos resíduos (20h, 21h até 0h), nunca foi distribuído panfleto de educação
ambiental ou roteiro de coleta. Além disso, os PEV da Praça de Irmã Dulce foram retirados e
faltam lixeiras nas ruas; Reabertura do galpão de coleta de entulho na Rua Dr. Mário Augusto T.
de Freitas, colocar lixeiras nas praças da Cidade Baixa, colocar equipes educativas nas ruas para
falar sobre horário das coletas de lixos e o descarte do lixo; muito lixo no canal central do final de
linha do Uruguai, na Massaranduba no bairro da Leblon, no Uruguai na rua de bairro duro muito
lixo; A maioria das ruas do meu bairro não possui lixeiras. O horário de coleta é irregular.

13.6. PREFEITURA-BAIRRO VI – BARRA/PITUBA

Entupimento de valas, alagamentos das ruas etc.; vários pontos do nosso bairro, com ênfase na
Rua da Ilha de Maré e do entorno do Campo de Futebol do Dendê; Segundo a zeladora,

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1342
caminhão de lixo passa duas vezes na semana. Não há coleta seletiva aqui no prédio ou na rua.
Há presença de catadores quando se colocam os tonéis na rua; Lixos nas ruas perto do
Supermercado G Barbosa; Na Rua Isaías Alves de Almeida, em frente ao Edf. Manoela e o Edf.
Villa Segura, há descarte irregular de lixo pelos moradores da comunidade do Inferninho. Fica lixo
a céu aberto, inclusive com entulhos e restos de móveis. O local anda infestado por bichos e os
lixeiros demoram cerca de 1h para realizar a limpeza do local. Houve uma época em que foi feito
um trabalho de conscientização da comunidade e apregoado um cartaz informando sobre a
proibição de descarte do lixo e entulho na calçada, mas foi retirado pela própria prefeitura e tudo
voltou a ser como antes: um lixão! É frequente ratos e insetos no local, sendo um problema que
afeta inclusive a saúde dos moradores. Há poucas lixeiras disponíveis ao longo da rua para que a
comunidade promova o descarte correto do lixo, embora haja uma caçamba dentro da
comunidade, percebe-se uma "preguiça" no deslocamento e um comodismo em simplesmente
jogar o lixo na rua em frente a edifícios que não têm nada a ver com o problema; diariamente, lixo,
entulho, móveis colocados no passeio e rua do muro do Edifício Villa Segura na parte que fica na
Rua Professor Isaias Alves de Almeida. Isso ocasiona impedimento de trafegar pelo passeio, mau
cheiro, muriçoca, rato, barata, mosca etc. causando problemas de saúde e desconforto para os
moradores. Gostaríamos de solução; Rua Raimundo Viana - Vale das Pedrinha; Disposição de
resíduos em pontos inadequados e terrenos baldios. Pontos de coleta insuficientes e falta de
lixeiras pequenas nas ruas; Coleta de lixo apenas 3 vezes por semana; Lixo céu aberto na Rua
Nossa Senhora de Fátima; muito lixo no rio Camurugipe, sendo carreados em época de chuva
para o mar.

13.7. PREFEITURA-BAIRRO VII – LIBERDADE/SÃO CAETANO

Rua Direta da Lagoa; O problema de lixo é muito crítico na região especialmente na Rua Pero Vaz
Velho, onde costuma ocorrer a coleta periódica, mas um container não é suficiente e a limpeza da
própria rua que é bastante precária; Coleta de lixo deficiente; Falta lixeiras nas ruas, porém os
próprios moradores não colaboram, vivem jogando lixo onde não deve; Disposição dos resíduos
pelos moradores fora do horário; coleta dos resíduos em horário de pico, causando grandes
engarrafamentos nas vias que já são estreitas. Rua Conde de Porto Alegre (Iapi).

13.8. PREFEITURA-BAIRRO VIII – CABULA/TANCREDO NEVES

Ruas sem acesso à coleta, muitos loteamentos espontâneos, vielas e caminhos que descartam os
resíduos nas av. principais-ex. Rua Direta da Lagoa, Silveira Martins/Saboeiro. Descarte aleatório
de resíduos e de volumosos, ex. Pernambués, Saramandaia. Mata Escura, Calabetão e Arraial do
Retiro com muitas áreas de difícil acesso e pontos críticos de acúmulo de resíduos; Distância da
localidade onde residimos para o container mais próximo é de uma desumanidade tamanha que,
se não contarmos com os bons vizinhos, os idosos e pessoas com alguma deficiência ficam

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1343
impossibilitados de realizar tal percurso e de efetuarem o procedimento de higiene. Também a
'coleta regular' atinge apenas as vias principais, nunca as Travessas ou logradouros considerados
menores; O grande problema do bairro é a quantidade de lixo produzido para o número de coletas
feitas. Na entrada do bairro tem cerca de quatro containers, onde os moradores jogam o lixo,
acredito que a maioria utilize, pois existem ruas que o caminhão de coleta não consegue entrar ou
o morador não conseguiu colocar a tempo na porta de casa durante o horário de coleta. Posso
dizer também que todo tipo de resíduo é despejado nesse local onde ficam os containers, poda,
restos de materiais de construção civil, sofás, enfim, quase todo tipo de resíduo. Não existe
nenhum tipo de educação com relação a separação do lixo, infelizmente, tudo é misturado e
coletado pelo caminhão; Falta de lixeira nas ruas. Falta de coleta de resíduos recicláveis; Falta
coleta e lixeira na rua Doralice pereira Dórea e seus entornos; Falta de coleta e falta de lixeiras;
Grande quantidade de lixo e entulho diariamente na Rua Ilha de Maré - São Gonçalo; Falta de
lixeiras: Rua Santo Onofre, Rua Baixa do Santo Antônio, bairro São Gonçalo; Entulhos lançados
em locais indevidos, rua da Romã; problemas na Rua Direta da Lagoa; precisamos de lixeiras, ou
seja, coletoras de lixo com identificação da separação dos resíduos pois não existe nenhuma
coletora.

13.9. PREFEITURA-BAIRRO IX – PAU DA LIMA


Construção de pontos para coletas de lixo nas comunidades visto que o que existia foram
ocupados irregularmente; projeto de reciclagem do lixo nas comunidades.

13.10. PREFEITURA-BAIRRO X – VALÉRIA

Na entrada do bairro; Toda Salvador sofre com problemas de resíduos sólidos, principalmente
entulho; Falta de lixeira no final da Rua das Palmeiras; Rua das Conhinhas de Valeria, água de
chuva, de esgoto, resíduos de reciclagem.
No Erro! Fonte de referência não encontrada., é apresentado um quadro-resumo dos Problemas e
Causas por Prefeitura-Bairro. Vale salientar que os problemas estão mais especificamente
descritos nos itens por cada Prefeitura-Bairro.
Quadro 119. Problemas x Causas por Prefeitura-Bairro.
Prefeitura-Bairro Problemas Causas
I - Centro -Brotas - Somente um contêiner de coleta - Insuficiência de
de lixo acondicionadores e
- Falta de contêiner para coleta equipamentos para limpeza
seletiva; urbana;
- Falta de lixeiras no bairro; - Implantação da coleta
- O recolhimento do lixo ocorre seletiva no município.
poucas vezes na semana,
acumulando assim grande
quantidade de lixo no local;
- Lixo a céu aberto.
II - Subúrbio-Ilhas - Descarte incorreto de resíduos; - Insuficiência de campanhas
- Descarte incorreto de de educação ambiental;

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1344
perfurocortante; - Regularidade da coleta
- Criação de pontos de descarte convencional por tipo de
incorreto; coleta.
- Resíduos a granel;
- Coleta incorreta do lixo diário;
- Lixo é encontrado nas ruas do
Bairro;
- Lixo no esgoto e na praia.
III – Cajazeiras - Falta de Ecopontos nos bairros; - Insuficiência de Ecopontos no
- A população não tem onde município;
descartar RCC.
IV – Itapuã - Resíduos descartados - Implantação da coleta
diretamente sobre o solo e falta seletiva;
de coletores; - Insuficiência de campanhas
- Falta de educação ambiental; de educação ambiental.
- Falta de coleta seletiva.
V - Cidade Baixa - Local de acúmulo de resíduos; - Insuficiência de campanhas
- Faltam lixeiras nas ruas. de educação ambiental;
- - Insuficiência de
acondicionadores e
equipamentos para limpeza
urbana.
VI - Barra/Pituba - Entupimento de valas; - Insuficiências de campanhas
- Alagamentos das ruas. de educação ambiental.
VII - Liberdade/São Caetano - Insuficiência dos contêineres; - Insuficiência de
- Falta de lixeira nas ruas. acondicionadores de cestas
para pedestres;
- Implantação da coleta em
área de difícil acesso.
VIII - Cabula/Tancredo - Descarte aleatório de resíduos e - Implantação de Ecopontos.
volumosos;
- Distância entre os contêineres.
IX - Pau da Lima - Pontos para coletas de lixo nas - Implantação de coleta em
comunidades (os que existiam área de difícil acesso;
foram ocupados irregularmente); - Implantação de ecopontos;
- Implantação de coleta
seletiva e compostagem.
X – Valéria - Entulho; - Implantação de Ecopontos.
- Falta de lixeiras.
Fonte: CSB Consórcio, 2022.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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14. CONCLUSÕES
O diagnóstico participativo é a principal ferramenta dentro do Plano Municipal de Saneamento
Básico Integrado para conhecer a realidade da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos.
Importante destacar que, mesmo no cenário constante de uma pandemia durante todo o
levantamento das informações, o desafio para apresentar a realidade do Município de Salvador foi
muito maior.
Para vencer esses desafios foi importante a parceria constante com o ente público municipal que,
por meio de todos os órgãos que compõem a gestão municipal, não mediram esforços para apoiar
o presente diagnóstico.
Em visitas in loco nas ilhas, percebeu-se que o emprego dos valores, correspondentes a
compensação ambiental gerada em razão dos impactos da operação do Porto de Aratu, é pouco
observado em benefícios das ilhas que sofrem com a maior parte dos impactos ambientais e
possuem infraestrutura urbana precária com a incidência de algumas casas sem banheiro e casa
de taipa, sem o devido cuidado sanitário e ambiental que requer o saneamento básico. Esses
impactos ambientais deverão ser monitorados e fiscalizados pelos órgãos competentes, estadual
e federal quanto a poluição ambiental das indústrias pois traz consequências aos moradores das
ilhas em relação a saúde, como parte essencial do saneamento ambiental, porém não sendo
objeto desse plano devendo, entretanto, observar o cumprimento das ações do PMAMC.
A valorização da pauta ambiental prescinde a percepção da população em relação à importância
do tema, valorizando as ações e programas relacionados à coleta seletiva, redução, reutilização e
reciclagem, e todos aqueles envoltos na perspectiva de educação ambiental.
O trabalho dos catadores de materiais recicláveis precisa de atenção, não apenas para garantia
de acesso a direitos sociais e valorização das condições de vida digna, também pelo
reconhecimento de seu papel na relação integrada de saneamento, saúde, educação, economia,
trabalho e assistência social.
Pelo elevado número de catadores em situação de rua, há demanda por novas cooperativas de
materiais recicláveis ou de políticas para inserção desses catadores nas cooperativas existentes
que precisam de suporte para ampliar a sua atuação.
Para os catadores não vinculados às cooperativas ou associações é imprescindível o
reconhecimento da atuação e existência, com a realização de cadastramentos capazes de
orientar o desenho e a implementação de políticas públicas sociais.

Houve o atendimento a todo o conteúdo obrigatório previsto na Política Nacional de Resíduos


Sólidos, sendo assim, esse documento será base para as próximas etapas da elaboração do
PMSBI de Salvador. Em especial, foram considerados os fatores culturais, sociais, técnicos e
regionais que influenciam na gestão e gerenciamento dos resíduos sólidos.

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1346
Com base no conjunto de informações, análises, tabelas, figuras e quadros constantes dos 11
Capítulos precedentes, apresenta-se a seguir, em síntese, as principais conclusões relacionadas
a cada um dos temas abordados no presente diagnóstico.
Em que pese constar na Lei nº 9069/2016 do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU),
nos artigos nº 99, nº 100 e nº 101, respectivamente, orientações, diretrizes e gestão sobre a
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, como também, constar na Política Municipal de
Meio Ambiente (PMMA) aspectos relacionados ao meio ambiente à preservação e recuperação
ambiental e como órgão de decisão colegiada o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM)
observa-se, todavia, que mesmo com esses instrumentos vigentes relacionados desde a criação
da LIMPURB, em 1979, até a disponibilização de instrumentos normativos para operacionalização
das suas atividades constata-se através desse diagnóstico da situação atual principalmente na
questão de gestão dos resíduos sólidos que há um descompasso ou insuficiência entre as
responsabilidades dos órgãos envolvidos diretamente da PMS que lhes são atribuídas e os
necessários recursos em termos de pessoal, quantitativamente e qualitativamente, além de
recursos de modelos de gestão e monitoramento das atividades supervisionadas, fiscalizadas e
controladas além do déficit em termos instrumentais tecnológicos disponibilizados para o exercício
dessas atribuições.
Quanto ao modelo organizacional o que se observa é a existência de vários núcleos ou epicentros
de responsabilidade quanto ao planejamento, gestão e operação dos serviços relacionados aos
resíduos sólidos seja de forma direta, seja de forma indireta através da sua vinculação e
necessidade de conectividade entre os diversos subsistemas, componentes no macro sistema de
saneamento básico (abastecimento d’água, esgotamento sanitário, drenagem urbana).
Constata-se, ainda, na circunstância atual uma impossibilidade ou uma carência de um
provimento de recursos à LIMPURB para acúmulo do desempenho das funções de
gerenciamento, supervisão e controle dessas tipologias de geradores conforme definido no artigo
13º da Lei nº 12.305/2010, enquanto que a SEMOP, gerencia os orçamentos de limpeza urbana.
Importante destacar que, mesmo no cenário constante de uma pandemia durante todo o
levantamento das informações, o desafio para apresentar a realidade do município de Salvador foi
muito maior, mas a realização do diagnóstico participativo com vários atores sociais, mesmo
virtualmente, foi a principal ferramenta para a elaboração deste conteúdo parcial do PMGIRS
conhecendo a realidade atual para o diagnóstico dos serviços de limpeza urbana prestados à
população, bem como, da gestão e do gerenciamento dos resíduos sólidos.
A apropriação do espaço não pode ser algo concebido apenas a alguns moradores, afinal a
cidade é de todos. Considerando que o estado é laico, tem-se que o diálogo e a preservação do
meio ambiente não podem estar sob responsabilidade de apenas uma instituição pública,
concebida de forma administrativa e burocrática. As existências de áreas verdes e parques de
conservação ambiental são pouco observadas na capital baiana e as práticas religiosas,

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Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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sobretudo as de matrizes africanas, que tem a água como elemento sagrado e demandam o uso
de áreas verdes ressignificadas pelo simbolismo cultural, precisam também ter a sua existência
respeitada, bem como, em relação a prática do ritual de despacho em vias e logradouros públicos
referentes aos resíduos, já que estes não possuem coleta diferenciada sendo incluídos na coleta
dos serviços de limpeza urbana.
No entanto, percebe-se que a SECIS, como órgão integrante para a gestão e planejamento da
coleta seletiva do município, vem demonstrando a preocupação com o valor ambiental em
decorrência da crescente urbanização de Salvador nos últimos anos, a exemplo do Jardim
Botânico, em São Marcos, um espaço da cidade que os próprios moradores desconhecem e, um
lugar inestimável para o município, com cerca de 61 mil espécimes vegetais em 160 mil metros
quadrados de área. Assim, com o término das obras de requalificação da reserva, o Jardim
Botânico será uma das referências de área verde preservada no Brasil, se juntando a outras
estruturas revitalizadas pela Prefeitura, a exemplo do Parque da Cidade, no Itaigara. Ainda, a
SECIS consta com agenda ambiental, com a reforma de parques urbanos e implantação de outras
estruturas como o Parque dos Ventos, na Boca do Rio e do Parque da Pedra de Xangô, em
Cajazeiras, além de obras de infraestrutura no entorno do Jardim Botânico, trazendo benefícios
para a mobilidade e para a população carente integrando-se no processo da educação ambiental
a necessidade da realização da coleta seletiva nessas áreas públicas, separando os materiais
potencialmente recicláveis com a participação dos catadores das cooperativas existentes.
Por seu turno, os sistemas de informações gerenciais integradas envolvendo não apenas o
monitoramento dos indicadores de desempenho se revelam também na fragilidade no sistema de
informações e sistemas tecnológicos para o monitoramento em tempo real das operações das
mais diversas tipologias de geradores e ainda na dificuldade de exercer atribuição assumida em
decorrência de coordenar as operações dos diversos segmentos de geradores conforme artigo 13
da Lei 12.305/2010.
No que diz respeito a macro função regulação, supervisão e controle constatou-se que a ARSAL
acumula uma gama significativa de atribuições para essa mesma função envolvendo outros
setores dos serviços públicos além daqueles que se relacionam na regulação e fiscalização da
prestação do serviço concedido de limpeza urbana. Em contrapartida, a esse acúmulo de
atribuições e responsabilidades verificou-se uma insuficiência de recursos humanos em termos de
quantidade e qualificação/capacitação além dos recursos materiais, técnicos, sistema de
informações em diversos níveis de supervisão e controle de modelos de gestão além do déficit de
recursos tecnológicos para dar suporte ao desempenho dessas atribuições.
Analisando-se a caracterização e classificação dos resíduos decorrentes dos trabalhos de campo
e das subsequentes análises de composição gravimétrica revelaram uma participação bastante
significativa dos rejeitos o que aponta para, em comparação com a composição gravimétrica do
Brasil (14,1%), um percentual bem superior (29,44%) na cidade de Salvador.

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1348
De outra parte em termos de matéria orgânica verifica-se justamente o contrário que no âmbito
municipal há um percentual na amostra que foi objeto dessa pesquisa 20,62% contra 45,3% no
âmbito nacional, apontando para um potencial em termos proporcionais de geração de compostos
e possíveis soluções tecnológicas envolvendo o aproveitamento energético menor em relação a
distribuição no âmbito nacional, por outro lado no que concerne aos resíduos secos o potencial de
reciclagem a amostra colhida em Salvador torna-se importante esse processo de amostragem
possua continuidade e periodicidade regular tendo em vista a importância de, ao longo do tempo
serem constatados as convergências de percentuais para os diversos segmentos da gestão de
resíduos sólidos, e os resultados de tais amostras se constituirão em dados de grande relevância
para as projeções futuras contidas no prognóstico e nas soluções tecnológicas, de engajamento e
coparticipação dos catadores em empreendimentos e unidades de reciclagem de resíduos sólidos,
investimentos e estruturação de projetos.
Pode-se observar ainda o percentual reduzido de Resíduos de Serviços de Saúde (0,62%) e por
outro lado o percentual de 8,28% de contaminantes biológicos o que aponta para uma
necessidade de abordagem especial para esse tema face a importância estratégica da gestão
política de saúde pública. Esses percentuais encontrados de RSS no estudo gravimétrico
realizado e de contaminantes biológicos tipos fraldas descartáveis, absorventes, curativos e,
também o descarte de medicamentos vencidos, seringas e agulhas além de máscaras protetoras
são provenientes do consumo interno utilizados e gerados nos próprios domicílios que por muitas
das vezes possuem atendimentos Home Care para cuidar dos doentes em casa, principalmente
nesses anos em que a pandemia com a COVID-19 se alastrou no País.
Assim sendo, tornam-se importantes que campanhas institucionais sejam realizadas,
rotineiramente, envolvendo a saúde pública e os cuidados especiais no descarte dos RSS tanto
nos domicílios como também, no gerenciamento desses RSS, com a responsabilidade
compartilhada dos fabricantes, distribuidores, indústria, poder público e consumidores visando a
implantação da logística reversa para medicamentos tornando-se prioritárias para a gestão
estratégica pública.
Assim, pode-se concluir que os problemas identificados pela população através das 10 oficinas
participativas, na sua maioria, referem-se ao sistema operacional de limpeza urbana quanto ao
manejo inadequado dos resíduos sólidos domiciliares, principalmente na frequência da coleta
insuficiente, na ausência de lixeiras no logradouro público (acondicionamento), na falta da coleta
seletiva, na ausência de programas de educação ambiental, falta de contêineres para entulho,
conforme resultados apurados nas PB do Subúrbio/Ilhas, Centro/Brotas, Liberdade/São Caetano,
Cabula/Tancredo Neves, Itapuã, Centro/Brotas, Cajazeiras, Cidade Baixa, além do cumprimento
na fiscalização dos contratos das empresas prestadoras de serviços (hoje praticamente 100%
terceirizados).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1349
Para efeitos concretos e conforme ações para mitigação e adaptação das mudanças climáticas,
ficam claros a importância dos benefícios que áreas verdes trazem para todos na melhoria do
clima que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda um mínimo de 12 m 2 de
área verde por habitante, e que segundo dados do Programa Cidades Sustentáveis, mantido pela
ONG Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis e pelo Instituto Ethos, indica que o
índice de áreas verdes (IAV) em Salvador é de 28 m 2/hab, mas, apesar de ser superior ao
recomendado pela OMS, no entanto, bastante inferior às cidades como Curitiba (64,5 m 2/hab),
Vitória (91 m2/hab) ou da campeã nacional Goiânia (94 m 2/hab).

Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador


Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
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Mudanças Climáticas para apoiar a elaboração do Plano de Mitigação e Adaptação às Mudanças
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SALVADOR. Decreto nº 12.133, de 08 de outubro de 1998. Dispõe sobre manejo,


acondicionamento, coleta, transporte, tratamento e destino final dos resíduos sólidos resultantes
das obras de construção civil e dos empreendimentos com movimento de terra e entulho e dá
outras providências. Salvador, 1998.

SALVADOR. Decreto nº 25.316, de 12 de setembro de 2014. Regulamenta o disposto nos §§ 4º


e 6º do art. 160, da Lei nº 7.186, de 27 de dezembro de 2006, com alterações decorrentes da Lei
nº 8.473, de 27 de setembro de 2013. Salvador, 2014.

SALVADOR. Decreto nº 26.916, de 16 de dezembro de 2015. Altera e acrescenta dispositivos


ao Decreto nº 25.316, de 12 de setembro de 2014. Salvador, 2015.

SALVADOR. Decreto nº 27.946, de 18 de novembro de 2016. Revoga os Decretos nºs 25.316,


de 12 de setembro de 2014 e 26.916 de 16 de dezembro de 2015, na forma que indica. Salvador,
2016.

SALVADOR. Decreto nº 29.100, de 06 de novembro de 2017. Regulamenta o art. 5º da Lei nº


8.474, de 02 de outubro de 2013, e institui o Programa de Certificação Sustentável “IPTU VERDE”
em edificações no Município de Salvador, que estabelece benefícios fiscais aos participantes do
programa, assim como o art. 5º da Lei 8.723 de 22 de dezembro de 2014 e dá outras
providências. Salvador, 2017.

SALVADOR. Decreto nº 31.002, de 06 de maio de 2019. Aprova as estruturas dos Órgãos da


Prefeitura Municipal de Salvador alterados pela Lei nº 9.444/2019 e dá outras providências.
Salvador, 2019.

SALVADOR. Decreto nº 33.432, de 07 de janeiro de 2021. Aprova as estruturas regimentais dos


Órgãos da Prefeitura Municipal do Salvador alterados pela Lei Complementar º 076/2020, e dá
outras providências. Salvador, 2021.

SALVADOR. Decreto nº 33.644, de 15 de março de 2021. Altera as estruturas regimentais da


Procuradoria Geral do Município do Salvador – PGMS, da Secretaria Municipal de Promoção
Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer – SEMPRE e da Secretaria Municipal de
Manutenção da Cidade – SEMAN, tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 076/2020, e
dá outras providências. Salvador, 2021.

SALVADOR. Decreto nº 28.252 de 02 de fevereiro de 2017. Aprova as estruturas regimentais de


Órgãos da Prefeitura Municipal de Salvador, e dá outras providências. Salvador, 2017.

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indica, e dá outras providências. Salvador, 2017.

SALVADOR. Lei nº 8.376, de 20 de dezembro de 2012. Modifica a estrutura organizacional da


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VUP de terreno e de construção, altera dispositivos da Lei nº 7.186, de 27 de dezembro de 2006,
e dá outras providências. Salvador, 2013.

SALVADOR. Lei nº 8.915, de 25 de setembro de 2015. Dispõe sobre a Política Municipal de


Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; institui o Cadastro Municipal de Atividades
Potencialmente Degradadoras e Utilizadoras de recursos naturais - CMAPD e a Taxa de Controle
e Fiscalização ambiental - TCFA, no Município de Salvador, e dá outras providências. Salvador,
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