Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PMSBI Preliminar
Salvador/BA
Fevereiro, 2023
2
PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 842/2018 - SEINFRA
LICITAÇÃO Nº 003/2019 - SEINFRA
CONCORRÊNCIA INTERNACIONAL SEINFRA - Nº 001/2019
CONTRATO Nº 002/2020 - SEINFRA
ORDEM DE SERVIÇO Nº 001/2020
Salvador/ BA
Fevereiro, 2023
Vice-Prefeita
Ana Paula Andrade Matos Moreira
Diretoria de Saneamento
Adolfo Luz Moreira Filho
Gerência de Saneamento
Mauricio Assis
Coordenação Geral
Ediane Rosa – Engenheira Sanitarista e Ambiental, Mestre em Engenharia: Energia, Ambiente e
Materiais
Equipe Técnica
Engenheiro Sanitarista, Advogado, Mestre e
Aurélio Pessôa Picanço
Doutor em Hidráulica e Saneamento
Engenheira Civil, Sanitarista e Ambiental,
Lívia Duca de Lima Especialista em Avaliação de Impactos e
Recuperação de Áreas Degradadas
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista
Udson Renan Silva em Gestão de Recursos Hídricos e Mestre em
Meio Ambiente, Águas e Saneamento
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Especialista
Renan Michelucci dos Santos
em Infraestrutura de Saneamento Básico
Engenheiro Sanitarista e Ambiental, Mestre em
Jonatas Fernandes Araújo Sodré
Meio Ambiente, Águas e Saneamento
Engenheiro Civil, Mestre em Hidráulica e
Geraldo Leite Botelho
Saneamento
Elton Andrade dos Santos Urbanista, Mestre em Estudos Territoriais
Ana Carolina Albuquerque Engenheira Ambiental
Kevin Christian Miranda da Silva Engenheiro Agrícola e Ambiental
Cientista da Computação, Mestre em
João Gratuliano Glasner de Lima
Administração
Advogado, Consultor Institucional e de
Emérson Medeiros Emerenciano
Planejamento e Gestão
Thayse da Silva Invenção Urbanista
Gustavo Andrade de Brito Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Engenheira Sanitarista, Ambiental e de Segurança
Mayara Santana Borges do Trabalho, Mestre em Meio Ambiente, Águas e
Saneamento
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Tomo II – B: Diagnóstico dos Serviços de Drenagem e Resíduos Sólidos
6
Rogério Saad Engenheiro Sanitarista e Ambiental
Ana Maria Silva Engenheira Sanitarista e Ambiental
Arquiteta e Urbanista, Especialista em Gestão de
Rosa Amália M. Carneiro de Campos
Cidades e Auditoria e Perícia Ambiental
Joice de Jesus Moraes Assistente Social, MBA em Gestão de Projetos
Socióloga, Mestre em Engenharia Ambiental
Ângela Patrícia Deiró Damasceno
Urbana e Doutora em Sociologia
Clovis C. Azevedo e Souza Economista
Otávio Pereira Economista
Sabrina Safar Laranja Advogada
Diogo Enoque Ferreira de Lima Arquiteto e Urbanista
Gabriella Pereira Macia Arquiteta e Urbanista
Matemático; especialização em Tecnologia de
Claudio Henrique de Oliveira
Software
Engenheiro Civil, Mestre e Doutor em Recursos
Antonio Eduardo Giansante
Hídricos e Saneamento
Engenheiro Ambiental, Especialista em
Miguel Bortoletto Giansante
Gerenciamento de Projetos
Eduardo Marinovic Brscan Engenheiro Civil
Lucas Ferrucci Advogado
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Relação de bacias hidrográficas e de drenagem natural por Prefeitura- Bairro ...... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 2 – Principais padrões de caixas de recepção/coletoras de microdrenagem ............... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 3 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio dos Seixos ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 4 - Identificação dos produtos e respectivas entregas parciaisErro! Indicador não
definido.
Quadro 5 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de OndinaErro! Indicador
não definido.
Quadro 6 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Camarajipe ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 7 – Sub-bacias do sistema de macrodrenagem sul da bacia do rio LucaiaErro! Indicador
não definido.
Quadro 8 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio LucaiaErro! Indicador
não definido.
Quadro 9 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio das Pedras/Pituaçu
......................................................................................................... Erro! Indicador não definido.
Quadro 10 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Passa Vaca ........ Erro!
Indicador não definido.
Quadro 11 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Jaguaribe ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 12 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio CobreErro! Indicador
não definido.
Quadro 13 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Paraguari ........... Erro!
Indicador não definido.
Quadro 14 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia do rio Ipitanga .............. Erro!
Indicador não definido.
Quadro 15 – Demanda de ações estruturais e estruturantes na bacia de Ilha de Maré ............ Erro!
Indicador não definido.
20. Bacia hidrográfica dos rios da Ilha dos 1.005 64,15 234
Frades
21. Bacia de drenagem natural da Ilha de 1.537 2.332,32 -
Bom Jesus dos Passos
Nota: As bacias com células sem preenchimento não tiveram as informações apresentadas
Fonte: Adaptado SANTOS et al, 2021
• Qualidade dos serviços prestados, onde são abordados os resultados dos indicadores dos
serviços de drenagem urbana do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento
(SNIS), são apresentados os Índices de Drenagem Urbanas por bacia hidrográfica e de
drenagem natural, sobre eficiência energética e principais problemas e dificuldades
identificadas na prestação do serviço;
De acordo com os dados do Censo 2010, o município de Salvador possuía uma população de
1.955.661 habitantes e 637.607 domicílios particulares permanentes, o que representou uma taxa
média de ocupação domiciliar de 3,06 hab./domicílio.
Essa situação justifica a deterioração da qualidade da água dos rios urbanos, que recebem os
esgotos brutos dessas ligações, e que são conduzidos pelas redes de microdrenagem. Ao
verificar em valores absolutos, os resultados mostravam que cerca de 99.901 habitantes
possuíam deficiência nesse serviço.
Com relação aos resíduos acumulados em logradouros, somente 4,8% da população declarou a
existência desse tipo de problema, ou seja, grande parcela é atendida pelo serviço de limpeza e
manejo de resíduos sólidos, contudo, em valores absolutos representava uma população de
93.629 habitantes com deficiência nesse serviço (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
Os resultados e análise apresentados anteriormente relativos aos dados do Censo IBGE 2010
devem ser considerados com parcimônia, pois consideram o nível de abrangência municipal, ou
seja, a nível global, sendo que esses resultados podem ser distintos à nível de bairros, prefeituras-
bairro e bacias hidrográficas. Deve-se ressaltar que as análises apresentadas anteriormente
consideram os dados oficialmente disponibilizados pelo IBGE, e que as conclusões estão
condicionadas à qualidade e forma de obtenção dos dados obtidos à época.
Objetivando apresentar uma abordagem no nível territorial das prefeituras-bairro, a Erro! Fonte
de referência não encontrada. apresenta uma classificação espacial da quantidade de domicílios
localizados em vias com sistemas de drenagem adotando-se as categorias muito alto, alto, médio,
baixo, muito baixo e dados omitidos, a partir dos dados do Censo IBGE 2010.
Se observa também que as regiões com melhores classificações estão situadas na região sul e
leste do município, nas quais se destacam algumas bacias hidrográficas como a do Rio dos
Seixos, Rio Lucaia, a região do Baixo Rio Camarajipe, e as regiões próximas dos exutórios dos
A região do miolo de Salvador, onde se destaca as cabeceiras das bacias do rio Camarajipe, do
rio das Pedras/Pituaçu, do rio Pituaçu, do rio Cobre e do rio Ipitanga apresentavam uma
classificação muito baixa quanto ao percentual de domicílios situados em vias com sistema de
microdrenagem, contudo, considerando a situação atual dos serviços se constatou que não
houveram mudanças significativas.
O principal corpo hídrico desta bacia é o Rio dos Seixos, cujo nome significa “pedras roladas”,
sendo considerado um rio de pequeno porte, com vazão baixa e perene. Suas nascentes se
localizam no Vale do Canela e na Fonte Nossa Senhora da Graça, também conhecida como
Fonte da Catarina. A partir daí, o rio segue pela Avenida Reitor Miguel Calmon, e depois pela
Avenida Centenário até a foz com lançamento no Oceano Atlântico (próximo ao Morro do Cristo,
na Barra).
O percurso do rio se inicia como canal aberto de alvenaria de pedras, seguindo o percurso da
Avenida Reitor Miguel Calmon, e depois segue tamponado pela Avenida Centenário. Se ressalta
que no final da avenida citada o canal está com a seção estrangulada devido ao afloramento
rochoso existente.
Na foz, as águas escoadas são captadas pelo sistema de esgotamento sanitário a partir de
Estação de Captação de Tempo Seco, evitando o lançamento direto na praia do Farol da Barra.
A outra parte da bacia é considerada como de drenagem natural, pois não contribui diretamente
para a sub-bacia formada pelo rio dos Seixos, sendo registrado a existência de sistemas de
microdrenagem que direcionam as águas em direção às praias do Porto da Barra e Farol da
Barra.
A área no em torno da bacia é urbanizada sendo ocupada por residências, centros médicos,
universidades, bancos e shoppings, e com arborização no em torno do Vale do Canela e na
Avenida Centenário.
Para fins de estudo dessa bacia foram consideradas as subdivisões hidrográficas apresentadas
nos Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais das Bacias
Urbanas de Salvador elaborados pela SUCOP (2015), no qual o sistema de macrodrenagem está
dividido em dois sistemas: Sistema Vale do Canela e Sistema Centenário, e em dois sistemas de
microdrenagem: o Sistema Marquês de Caravelas e o Sistema Santa Maria.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos das visitas “in loco” no trecho.
Fonte: Fonte:
https://riosdesalvador.blogspot.com/2010/11/rio- http://avenidacentenario.blogspot.com/2010/06/rio-dos-
dos-seixos.html seixos-e-coberto-em-obra.html
Além das caixas coletoras, existem os padrões de sarjetas, valetas, descidas d’água e outros,
utilizados em situações específicas, contudo, outro dispositivo concebido para o município são as
estruturas de lançamento no mar das galerias de micro e macrodrenagem. A estrutura contempla
uma contenção a jusante em alvenaria de pedras, que minimiza o impacto das marés na estrutura
das galerias evitando a destruição das mesmas. Esse tipo de estrutura foi identificado durante as
visitações de campo realizadas na fase de diagnóstico, sendo identificado em sistemas de
microdrenagem mais antigos, e muitos se encontram deteriorados, enquanto que nos
lançamentos de sistemas mais recentes não se identifica esse tipo de construção. A Erro! Fonte
de referência não encontrada. mostra o detalhe da estrutura de lançamento no mar usual a
jusante dos sistemas de drenagem do município.
• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: esses sistemas são observados nas regiões que possuem
um padrão de uso e ocupação do solo ocorrido de forma ordenada, onde se observam traçados de
ruas definidos, e que possuem circulação de veículos. São vistos em ruas que possuem
pavimentação do tipo asfáltica em sua maioria, sendo observados também pavimentos com
paralelepípedo ou pavimentos intertravados. São sistemas dotados meio-fio, sarjetas moldadas in
loco, caixas coletoras (com entrada na guia abaixo de calçadas e com grelhas de concreto ou de
ferro), e galerias tubulares assentadas numa extremidade das vias de circulação. As galerias desses
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
102
sistemas geralmente direcionam as águas pluviais para as galerias principais localizadas nos
principais talvegues da bacia, onde existem as avenidas de vale e onde em sua maioria existem os
canais de macrodrenagem.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: esses sistemas são observados nas regiões em que a
ocupação dos solos ocorreu de forma desordenada nas áreas de encostas. Esses tipos de sistemas
correspondem a escadarias adaptadas para a captação das águas pluviais a partir de canaletas
construídas lateralmente ou com tubulações internas. Em alguns casos, são posicionados em
intervalos padronizados caixas coletoras do tipo caixas coletoras com grelhas de concreto para a
captação das águas escoadas na superfície das escadas, de forma que permita a circulação dos
moradores nos períodos chuvosos. Nos pontos baixos das escadarias, as caixas coletoras são
interligadas nas galerias ou canais de drenagem existentes no local, e caso, inexistam o lançamento
é realizado na via pública. Nas áreas onde existe esse sistema de drenagem não é possível a
circulação de veículos.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: esses sistemas são observados nas regiões em que a ocupação
dos solos ocorreu também de forma desordenada em áreas de morros, mas com declividades
inferiores aos das encostas. São identificados geralmente em ruas que possem pavimentação
asfáltica e são dotadas de meio-fio, com circulação de veículos ou não. O sistema consiste na
implantação de caixas coletoras com grelhas de ferro posicionadas de forma transversal às vias
públicas, tendo sido construídas nos pontos mais baixos, próximos das avenidas principais. Essas
caixas coletoras são interligadas as galerias de microdrenagem existentes nas ruas principais.
• Tipo 4 – Sistema de Drenagem de Encostas: esses sistemas são observados nas regiões em que a
ocupação dos solos ocorreu de forma desordenada nas áreas de encostas, e que sofreram
intervenções com a construção de contenções como muros de arrimo, cortinas atirantadas,
retaludamento e outros. Essas contenções consolidam a ocupação da população no em torno e
garantem a segurança geotécnica da área. Na prática são sistemas que contemplam a captação de
águas pluviais a partir de canaletas construídas na parte superior das contenções, e a partir destas
direcionam as águas para escadarias drenantes ou para descidas d’água até o lançamento em
sistemas de drenagem existentes, seja micro ou macrodrenagem localizadas no pé das contenções.
Geralmente na parte baixa das contenções são construídas caixas coletoras que fazem a
interligação com os sistemas existentes.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos de estruturas de microdrenagem da região.
Figura 36 – Vista do cruzamento das ruas Miguel Figura 37 – Vista da rua Marquês de Caravela em
Burnier e Marquês de Caravela direção à Avenida Oceânica
• à ausência de ações de educação ambiental junto a população, visando orientar sobre as diferenças
das redes de esgoto e drenagem e sobre o funcionamento destas, além da forma de execução da
ligação predial ou residencial à rede.
• ineficiência na fiscalização dos prestadores dos serviços de esgoto e drenagem;
• precariedade na manutenção das redes de esgoto e poços de visita, favorecendo com que a
população direcione os esgotos para as redes de drenagem, que possuem diâmetros e seções
maiores;
• falta de recursos financeiros e orientação técnica junto à população de baixa renda para a
construção de instalações sanitárias adequadas.
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• no trecho do canal aberto do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon, onde se é observado
fluxo corrente de água com coloração turva em período seco (Erro! Fonte de referência não
encontrada.);
• no trecho de canal fechado do rio dos Seixos que segue paralelo à Avenida Centenário até o
desague na Praia do Farol da Barra, próximo do Morro do Cristo. No local existe uma captação de
A partir dos dados da Codesal e SEINFRA se constatou que foram registrados 19 pontos críticos
em 6 bairros: Barra, Chame-Chame, Federação, Graça, Jardim Apipema e Ondina, sendo que a
maior parte dos alagamentos/inundações foi no bairro da Barra (Erro! Fonte de referência não
encontrada.).
• Canal do rio dos Seixos na Avenida Reitor Miguel Calmon, no bairro do Canela;
• Sistema de microdrenagem na Rua Marques de Caravelas, no bairro da Barra.
Para fins de estudo dessa bacia foram consideradas as subdivisões hidrográficas apresentadas
nos Estudos de Concepção para Drenagem Pluvial das Calhas Naturais e Canais das Bacias
Urbanas de Salvador elaborados pela SUCOP (2015).
O sistema de macrodrenagem corresponde ao sistema do rio dos Seixos, denominado como Sub-
bacia principal do Rio Ondina, e os sistemas de microdrenangem do Jardim Apipema, da Praia da
Paciência e do Largo de Santana.
Figura 54 -Área da nascente do rio Ondina ao Figura 55 – Canal do rio Ondina com
lado do Instituto de Biologia revestimento natural
Figura 64 – Escadarias drenantes com calha Figura 65 – Escadarias convencionais com caixa
lateral existentes na região coletora a jusante
Figura 68 – Vista a jusante do lançamento final Figura 69 – Vista a jusante do lançamento final
do canal da Garibaldi, com escoamento pelo lado das galerias duplas D=800 sendo verificado a
direito presença de esgoto
Figura 74 – Grelhas transversais nas ruas mais Figura 75 – Caixas coletoras com grelhas de
íngremes ferro na região do Rio Vermelho
Figura 78 – Vista do início da Rua Mestre Pastinha Figura 79 – Final da Rua Mestre Pastinha onde
com presença de pavimento e meio fio não foi identificado o sistema de
microdrenagem
As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram registros fotográficos das condições locais no ponto mais crítico desse sistema.
Figura 88 – Lançamento de drenagem com tubo Figura 89 – Caixas coletoras com grelhas de
PEAD em área com resíduos sólidos concreto ao longo da rua da Paciência
• à ausência de ações de educação ambiental junto a população, visando orientar sobre as diferenças
das redes de esgoto e drenagem e sobre o funcionamento das mesmas, além da forma de execução
da ligação predial ou residencial à rede.
• ineficiência na fiscalização dos prestadores dos serviços de esgoto e drenagem;
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram no percurso
do canal do Avenida Anita Garibaldi, oriundo da área ocupada por centros médicos e comerciais
(Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.). De
acordo com a SUCOP os problemas de interferência de esgotamento sanitário foram solucionados
com intervenções no sistema de drenagem através do remanejamento de redes existentes com a
readequação de cotas.
• Alto Camarajipe: contempla toda a região da cabeceira da bacia, junto com o trecho do canal
principal até a confluência com o canal do rio Calafate ou San Martim;
• Médio Camarajipe: contempla a região delimitada pelo canal principal a partir da confluência do
canal do rio Calafate ou San Martim até a confluência do canal do rio Campinas ou Bonocô;
• Baixo Camarajipe: contempla a região delimitada pelo canal principal a partir da confluência do
canal do rio Campinas ou Bonocô até o lançamento final na Praia de Costa Azul, no Jardim de Alah.
Previamente é apresentada uma caracterização geral da calha do canal principal do rio
Camarajipe, citando as estruturas existentes e as confluências ao longo do percurso.
• Canal 1 da Baixa de São Caetano com início na Travessa Santa Clara, no bairro de Boa Vista de São
Caetano;
• Canal 2 da Baixa de São Caetano com início na Rua José Tibério, no bairro de Boa Vista de São
Caetano.
Após receber as contribuições do Canal 1 e Canal 2, o rio realiza uma travessia abaixo da BR-324
e do metrô, onde existem dois bueiros tubulares construídos por método não destrutivo na Rua
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
148
Nilton Moura Costa. Por ser tratar de uma região de baixada e por ser uma área ocupada de
forma desordenada são registradas inundações no local.
Depois o rio segue margeando a BR-324 até alcançar o afluente da margem esquerda, o Riacho
Sossego, na região de Mata Escura, com densa ocupação nas regiões altas, mas com boa
preservação de mata atlântica na área mais baixa. Num trecho mais a jusante encontra na
margem esquerda o riacho da Mata Escura, entre os bairros da Mata Escura e Arraial do Retiro,
sendo formado por uma bacia com maior área de preservação ambiental em relação ao do vale do
Riacho Sossego, mas que apresenta processo de ocupação da calha, nas proximidades da
Avenida Oliveira, onde são registradas inundações. Ainda na margem esquerda o rio recebe a
contribuição de um canal de drenagem localizado na rua Soares Filho, no bairro do Arraial do
Retiro, e que drena parte das águas pluviais desse bairro e do bairro de São Gonçalo.
Em seguida o rio Camarajipe realiza outra travessia abaixo da BR-324 com galeria retangular de
concreto, e recebe as contribuições do canal do Bom Juá, na Rua Bom Juá, e que drena parte
das águas pluviais dos bairros de Bom Juá, São Gonçalo do Retiro e São Caetano. Esse trecho
do canal em seção trapezoidal se encontra bastante assoreado, sendo constatada a presença de
resíduos sólidos de construção civil, além de aterros irregulares sendo executados para a
construção de casas de famílias humildes. No trecho citado, o canal segue sendo margeado por
residências construídas na margem direita e na margem esquerda por galpões e garagens
comerciais, sendo de difícil acesso o local.
A partir da rua Bom Juá, o canal segue próximo a região do Largo do Retiro, onde recebe na
margem direta a contribuição do canal do rio Calafate, parcialmente aberto e segue o traçado da
Avenida San Martim. Entre esse Largo e a Rótula do Abacaxi o canal segue em seção trapezoidal
revestido de concreto, sendo margeado nos dois lados por prédios e galpões comerciais, sendo
que o único acesso possível se dá a partir da Rua Martiniano Bonfim. Nesse trecho, o Camarajipe
recebe na margem esquerda a contribuição do canal da Baixa de Santo Antônio, nas
proximidades da Rua Baixa de Santo Antônio, e pela margem direita recebe o canal Antônio
Balbino, da região dos bairros do IAPI e do Pau Miúdo. Ambos os canais afluentes são galerias
fechadas com seções variáveis entre tubulares e celulares.
Na Rótula do Abacaxi, próximo dos cruzamentos da Avenida Heitor Dias, Barros Reis e Rua dos
Rodoviários, o canal do Camarajipe recebe na margem direita do rio outro importante, que é o rio
das Tripas, atualmente canalizado com seções retangulares abertas e fechadas em diferentes
trechos. A partir da Rótula do Abacaxi até a Estação Rodoviária, na Avenida Tancredo Neves,
recebe na margem esquerda, além do rio das Tripas, os canais Luís Anselmo que drena as águas
pluviais dos bairros de Luis Anselmo e Vila Laura; o canal do rio Campinas ou Bonocô, que drena
as águas pluviais dos bairros de Cosme de Farias, Brotas, Lucaia, Luis Anselmo; e pela margem
direita, recebe o canal da Bela Vista, em área de talvegue próximo do Shopping Bela Vista, e o
canal de drenagem natural da Saramandaia/DETRAN localizado na Rua Santo Antônio de Pádua,
no bairro da Saramandaia. Os canais afluentes citados possuem em sua maioria seções
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
149
retangulares e são fechados, com poucos trechos de seção aberta; e os que possuem seção
aberta possuem revestimento natural, sendo que em muitos casos a seção de escoamento é
indefinida.
A partir da Estação Rodoviária até a foz do Camarajipe, no bairro de Costa Azul, o rio recebe a
contribuição na margem esquerda dos canais da Saramandaia/Rodoviária, do canal da Rua do
Grilo e do canal do Rio Pernambués, que drenam as águas pluviais dos bairros de Saramandaia e
Pernambués; e pela margem direita recebe a contribuição do canal Canizares, que drena as
águas pluviais dos bairros de Caminho das Árvores e Pituba.
Os canais do bairro da Saramandaia estão localizados nas áreas mais baixas, de forma paralela a
Rua Beira-Rio e da Rua Nova das Flores, ambos com seções retangulares fechadas com placas
de concreto, com ocupações residenciais no em torno e sobre estes realizando também o
transporte de esgoto sanitário clandestino. Dentre os canais citados, o da Saramandaia/DETRAN
se destaca, pois o seu traçado segue abaixo da área da atual Estação Rodoviária, até o deságue
abaixo da Estação do Metrô, construída acima do canal do Camarajipe. Quanto ao rio
Pernambués, o mesmo apresenta no seu trecho inicial seção aberta, variável entre retangular e
trapezoidal, com uma ocupação mais ordenada no seu em torno, sendo somente de seção
fechada na travessia da Avenida Paralela, donde segue para um canteiro localizado atrás do
Shopping Salvador. As águas do rio Pernambués são captadas por uma Estação de Captação de
Tempo Seco da Embasa e redirecionadas para a Estação de Condicionamento Prévio no bairro
do Rio Vermelho. Em todos os canais citados anteriormente são registradas inundações no em
torno dos trechos que possuem ocupação das margens por residências.
Por fim, tem-se o canal Canizares, que segue pela Rua do Jaracatiá e Rua Miguel Navarro Y
Cânizares, atravessa a Avenida Professor Magalhães Neto e desagua no canal do Camarajipe.
Esse canal de drenagem natural segue no canteiro e próximo das vias existentes, sendo
parcialmente de seção retangular a trapezoidal com revestimento variável entre placas de
concreto e alvenaria de pedra. A região onde se situa esse canal possui ocupação
predominantemente residencial, sendo registrado comércios, bares e restaurantes, sendo
considerada uma área de alto padrão, enquanto os demais canais como os da Saramandaia e
Pernambués predomina ocupações de população de baixa renda, e com precariedade nos
serviços de esgotamento sanitário.
Nota: Os trechos de canais que foram objeto de intervenção estão representados com traçados na cor
amarela
Fonte: CONDER, 2020
O Canal 7 executado se encontra localizado próximo da Travessa São Braz do Lobato, no bairro
de Boa Vista de São Caetano, corresponde a um canal aberto de concreto armado, com larguras
variáveis entres 1,50 a 4,50 m e altura de 1,50 m. O canal 7 executado possui extensão de 647
metros, confirmada durante visitação de campo. Quanto ao Canal 6 corresponde a um trecho do
canal Adilson Lopes, no trecho entre a 5ª Travessa das Hortas e a Praça Maroli Lopes, construído
com seção retangular por uma extensão de 306 metros. As coordenadas de início do canal são:
557251.16 m E e 8571946.05 m S, e as coordenadas do final do canal são: 557081.72 m E e
8571337.41 m S. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra um esquemático das
obras que foram executadas.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos do canal principal do Camarajipe desde Campinas de Pirajá
até o Costa Azul.
Figura 97 – Vista dos bueiros abaixo da Estrada Figura 98 – Vista do canal a jusante dos bueiros
Lobato/Campinas com escoamento oriundo do duplos na Travessa Profª Sônia da Silva
Dique e da Rua Edmundo da Paixão
Figura 101 – Vista da jusante do canal a partir Figura 102 – Vista de montante para jusante do
dos viadutos da Ligação Lobato-Pirajá canal na Estrada de Campinas
Figura 103 – Vista do canal na Rua Nilton Moura Figura 104 – Vista de montante dos bueiros
Costa antes do emboque abaixo da BR-324 metálicos abaixo da BR-324, após a Rua Nilton
Costa
Figura 107 – Vista de montante para jusante do Figura 108 – Vista de montante para jusante do
canal na Avenida Barros Reis, no ponto de canal na Rua Baixa de Santo Antônio, no ponto
emboque do canal Calafate (à direita na de emboque do canal da Baixa de Santo
imagem) Antônio (à esquerda)
Figura 109 – Vista do canal de jusante para Figura 110 – Vista do canal de montante para
montante na Rua dos Rodoviários, próximo da jusante na Avenida ACM, no ponto de emboque
Rótula do Abacaxi do canal da Saramandaia/DETRAN (à esquerda
na imagem)
Figura 113 – Vista do canal de jusante para Figura 114 – Foz do canal em Costa Azul
montante na Avenida Octávio Mangabeira
Este dique sofreu uma intervenção pública pela CONDER, com obras de revitalização e melhorias
para toda a área ao seu em torno. Essa obra constitui-se na implantação de uma avenida de
contorno do espelho d’água, criando, desta forma, uma barreira física para impedir a invasão e o
consequente redução do assoreamento.
Na extremidade do Dique, em direção ao sul existe um extravasor que direciona as águas para
um canal retangular que segue as residências existentes numa travessa local. Esse canal recebe
na margem direita também as contribuições do canal Adilson Leite, que se inicia na 5ª Travessa
das Hortas. O canal a partir do extravasor do Dique possui 120 metros de extensão até o
cruzamento com a Estrada Lobato/Campinas, no percurso o canal recebe as contribuições de
outro canal retangular existente na Rua Edmundo da Paixão. No cruzamento do canal na Estrada
Lobato/Campinas, a partir bueiros metálicos foram realizadas intervenções de macrodrenagem
com a implantação de um canal de concreto armado revestido. As Erro! Fonte de referência não
encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos
do trecho citado.
Figura 118 – Vista do canal após o extravasor do Figura 119 – Vista o local de confluência do
Dique do Cabrito canal à esquerda oriundo da Rua Edmundo da
Paixão e à direita o canal principal
Esse canal foi objeto de recente intervenção da Conder, o qual foi revestido em concreto armado
num trecho de 241 metros, entre a 5ª Travessa das Hortas e a Praça Maroli Lopes. A obra
contemplou a execução de um trecho de canal retangular com base de 1,90m, altura de 1,0 e
declividade de 0,20% numa extensão de 176,53 metros, e outro trecho com base de 2,5 m, altura
de 1,20 m e declividade de 0,70% numa extensão de 129,50 m, totalizando uma extensão total de
306 m. Não foram realizadas intervenções no trecho que possui maior interferência de
residências. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho próximo da Ligação Lobato-Pirajá.
Figura 127 – Vista de montante para jusante do Figura 128 – Vista de jusante para montante do
canal da Travessa Saboaria trecho fechado do canal
• Canal Sussunga 1 com 180 metros tem contribuição de uma área de 17,28 ha e usa para tal uma
seção retangular descoberta de 2,0 m x 2,0 m com revestimento em argamassa armada.
• Canal Sussunga 2 com 315 metros tem contribuição de uma área de 35,37 ha e usa para tal e seção
retangular descoberta de 2,0 m x 2,0 m com revestimento em argamassa armada.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do Bom
Juá até a confluência com o rio Camarajipe, próximo da BR-324.
Figura 133 – Vista da Rua Soares Filho por onde Figura 134 – Vista do canal na Rua Soares Filho
passa a galeria fechada
Figura 137 – Vista do lançamento do canal do Arraial do Retiro na Rua Bom Juá
• Canal Baixa dos Frades com 1.064 metros de comprimento o qual drena uma área de 167,15 ha e
possui uma seção trapezoidal de 3,5 m x 2,0 m revestida com colchão VSL.
• Canal Baixa da Alegria com 556 metros de comprimento o qual drena uma área de 19,97 ha, e
possui uma seção retangular de 1,5 m x 1,5 m revestida com argamassa armada.
• Canal Santa Mônica com 766 metros de comprimento o qual drena uma área de 58,19 ha, e possui
uma seção retangular de 2,0 m x 2,0 m revestida com argamassa armada.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do rio
Calafate e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal.
Figura 139 – Início do canal com seção aberta na Figura 140 – Canal parcialmente fechado na Via
Via Milo Milo com placas de concreto
Figura 143 – Passarelas de moradores sobre o Figura 144 – Residência com degraus na Rua
canal na Rua Nadir de Jesus Nadir de Jesus devido às inundações
• Canal Baixa de São Gonçalo Ramo 1 com 317 metros extensão e seção retangular aberta de 2,0 m x
1,5 m revestida com argamassa. Drena uma área do bairro Cabula igual a 18,72 hectares.
• Canal Baixa de São Gonçalo Ramo 2 com 199 metros extensão e seção retangular aberta de 2,00 m
x 1,75 m revestida com argamassa. Drena uma área do bairro abula igual a 26,77 hectares.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal da Baixa
de Santo Antônio e as Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência
não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho do canal da Baixa de Santo
Antônio.
Figura 148 – Vista de canal fechado na rua Ilha Figura 149 – Caixa coletora na Rua Tenente
de Maré Valmir Alcântara interligada ao canal existente
Figura 152 – Vista da galeria dupla de concreto Figura 153 – Vista do lançamento do canal no rio
com alas de alvenaria de pedra Camarajipe, na rua Martiniano Bonfim
Figura 158 – Vista do canal do rio das Tripas na Figura 159 – Vista do canal do rio das Tripas na
Rua Cônego Pereira Avenida Bonocô
Figura 188 – Vista da Avenida Santiago de Figura 189 – Caixas coletoras ao longo da
Compostela com galeria fechada Avenida Santiago de Compostela
Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências. Devido a inexistência de
sistema cadastral das redes de microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada
destes.
As galerias de microdrenagem são em sua maioria canaletas com placas de concreto
posicionadas ao longo das calçadas, que encontram diversas interferências como postes, ramais
de água e ligações de esgoto, e que direcionam as águas para os canais.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos dos tipos de estruturas de microdrenagem existentes em
toda a área da bacia.
Figura 224 – Caixas coletoras na Avenida Figura 225 – Caixas coletoras entupidas na Rua
Joaquim Seabra 24 de Junho
Figura 238 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio
Camarajipe
As seções previstas para o canal no trecho citado estão apresentadas na Erro! Fonte de
referência não encontrada. , tendo sido previstas seções retangulares e trapezoidais, com base
de 3,0 a 9,0 metros e altura de 2,50 m a 3,0 m.
Tabela 6 - Seções projetadas para o canal do braço do Camarajipe Sul no Trecho 1 e Trecho
2
Dimensões (Largura x altura,
Estaca Seção
em m)
0+0,00 a 26+3,90 Retangular 3,0 x 2,50
26+3,90 a 34+1,10 Retangular 3,2 x 2,50
34+1,10 a 64+11,84 Retangular 4,5 x 2,50
64+11,84 a 95+14,84 Retangular 5,0 x 2,50
95+14,84 a 173+6,00 Trapezoidal 9,0 x 2,50
173+6,00 a 192+6,00 Trapezoidal 9,0 x 3,00
Fonte: Adaptado Projeto BRT - Etapa 2; PMS, 2017
Além da implantação do canal ao longo da Avenida Juracy Magalhães Júnior até a ECP Embasa,
serão realizadas intervenções da Rua Lucaia com extensão de 484 m, em seção retangular dupla
fechada com largura de 3,40 m e altura de 2,70 m, conforme apresentado na Erro! Fonte de
Outras intervenções previstas no projeto do Trecho 2 que se encontra em revisão, e que foram
apresentadas em nível conceitual são:
• Readequação hidráulica do trecho do canal de macrodrenagem no trecho da rua do canal, até a foz
do rio no Largo da Mariquita
Dentre as intervenções que estão em estudo no trecho final, à jusante da confluência do Rio
Lucaia com o Braço Sul prevê-se a necessidade de estudos para a elaboração de um programa
municipal específico que incorpora intervenção na foz do rio, visando, solucionar a obstrução da
área do lançamento no mar (bancos de areia). As verificações preliminares indicam a
possibilidade de minimizar a interferência nesse canal (trecho confluência – foz) com redução da
descarga do rio Lucaia com a utilização do Dique do Tororó para amortecimento.
Uma outra intervenção necessária ao ajustamento do corredor LAPA LIPE à sua função no BRT
consiste na implantação de uma nova galeria interligando o sistema de drenagem da área da
Estação da Lapa, na Avenida Valê do Tororó ao canal de macrodrenagem existente na Praça Dr.
João Mangabeira, que liga ao Dique do Tororó. Inclui-se ainda a necessidade de se reavaliar a
capacidade hidráulica da captação de tempo seco da Embasa existente entre a Praça Dr. João
Mangabeira e o Dique do Tororó.
Figura 249 – Trecho do canal da Fase 1 do BRT implantado na Avenida Juracy Magalhães,
próximo do Parque da Cidade
Figura 252 – Vista do leito do canal após as Figura 253 – Dispositivos de microdrenagem
obras do Trecho 1 do BRT implantados durante a obra do BRT que
direcionam para o canal
Após o trecho do canal, a partir da região do Cidade Jardim, o mesmo segue em leito natural com
seção trapezoidal e revestimento natural, num percurso de 1.600 metros no canteiro central, até a
confluência com o canal do rio Lucaia. No trecho final desse canal numa extensão de 176 metros
o revestimento do canal é de alvenaria de pedra. O principal contribuinte do canal pela margem
esquerda nesse trecho é o do Vale das Pedrinhas, e das galerias de microdrenagem do Horto
Florestal, que seguem pela Avenida Santa Luzia e Rua Desembargador Plínio Guerreiro. O canal
do Vale das Pedrinhas desagua no ponto de coordenadas UTM 555896.31 m E e 8562220.06 m
S; e as galerias de microdrenagem do Horto Florestal desaguam no ponto de coordenadas UTM
555671.47 m E e 8562208.81 m S.
Figura 257 – Trecho de mudança da seção do Figura 258 – Vista do trecho do canal
canal de retangular para trapezoidal parcialmente fechado
• Galeria subterrânea da Av. Nova República: Geometria desconhecida com 765m de extensão;
• Galeria retangular de 3,00 x 2,00m com 312 m de extensão;
• Galeria circular dupla de 1,20m de diâmetro, com 494 m de extensão.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do canal do Parque
da Cidade e as Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros fotográficos da época do tamponamento desse canal, e a
Erro! Fonte de referência não encontrada. a área urbanizada do parque onde passa o canal.
Figura 268 – Alagamentos na Rua Wanderley Figura 269 – Alagamentos na Praça Ana Lúcia
Pinho Magalhães
Figura 272 – Vista de montante do canal aberto Figura 273 – Vista do canal da Rua Wanderley
na Rua Wanderley Pinho Pinho com estruturas danificadas
Figura 278 – Valetas laterais no canteiro ao lado Figura 279 – Caixas coletoras da microdrenagem
do corredor de ônibus interligadas às valetas
Após o trecho de intercessão do canal entre a Avenida General Graça Lessa e a Rua Sérgio de
Carvalho ocorre uma mudança de seção do canal, sendo constituído por uma galeria tripla de
concreto armado, com seção (largura x altura) 3,0 m x 2,50 m, e depois 3,0 m x 2,75 m, numa
extensão de 1.540 m, onde a obra foi interrompida, no encontro com o canal existente na Rua
Lucaia, próximo do cruzamento com a Rua Waldemar Falcão. A seção do canal no trecho aberto é
retangular e revestida em alvenaria de pedra, que se encontra em situações precárias de
manutenção, onde se observa assoreamento, vegetação alta, interferências de adutoras e o
escoamento de esgoto. As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns registros fotográficos do trecho final da galeria
fechada na Avenida Vasco da Gama, onde se destaca a existência de uma adutora de ferro
fundido ancorada na estrutura.
Figura 286 – Vista da foz do braço do Figura 287 – Estrutura de alvenaria do canal
Camarajipe no local de confluência com o rio destruída na Rua do Canal
Lucaia
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do traçado desses
canais na região.
O canal da Avenida Centenário tem início no canteiro central da Av. Centenário (ramo Norte) nas
proximidades do Departamento de Polícia Técnica, e segue até a Praça Dr. João Mangabeira,
realizando o lançamento no canal da Avenida Vale dos Barris. Esse canal possui distância
aproximada de 355 metros. A seção transversal média do canal natural apresenta dimensões de
largura do fundo: 1,0 m e taludes inclinados de: 2H:1V.
No local do acesso de retorno à Avenida Centenário, próximo do 5º Centro de Saúde ocorre uma
travessia do canal a partir de uma galeria retangular de concreto armado com largura de 2,0 m e
altura de 1,0 m. Antes da travessia se destaca a existência de uma adutora de ferro fundido que
corta transversalmente a seção do canal, reduzindo nesse caso, a seção de escoamento do canal.
No trecho onde existe a UPA Vale do Barris, o canal segue abaixo da construção a partir de uma
galeria de concreto armado com largura de 1,5 m e altura de 1,0 m. As Erro! Fonte de referência
não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram alguns registros
fotográficos do trecho visitado.
Figura 299 – Vista do emboque do canal antes da Figura 300 – Lançamento do canal próximo da
travessia para a praça UPA Vale dos Barris
Figura 310 – Vista do canal na Avenida Garibaldi Figura 311 – Vista do trecho final do canal na
Avenida Vasco da Gama, antes da CTP
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns registros fotográficos no em torno da área do canal.
Figura 320 -Vista superior da região do Buraco Figura 321 – Rede de drenagem
da Gia obstruída no Buraco da Gia
• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: Esse tipo de sistema é predominante em toda a bacia,
sendo de maior implantação na região dos bairros de Itaigara, Pituba, Horto, Candeal, Rio
Vermelho, Federação, Garcia, Canela e outros. Além dessas regiões citadas, esse tipo de arranjo é
observado nas regiões mais baixas das sub-bacias, ou seja, nas avenidas de vale, como na Avenida
Vasco da Gama, Avenida Reitor Miguel Calmon, Avenida Centenário, Avenida Vale dos Barris,
Avenida Juracy Magalhães, Avenida ACM, dentre outras.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: Esse tipo de sistema é identificado nas bacias do riacho
do Vale das Pedrinhas, no bairro de Santa Cruz; no bairro de Brotas, na região do edifício Cidadela
Center; nos bairros de Acupe, Federação e Engenho Velho de Brotas.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente em todas as
sub-bacia, principalmente na bacia norte do Lucaia, nas ruas que são transversais a Avenida Vasco
da Gama, ruas do bairro de Santa Cruz, e no bairro de Brotas na região do edifício Cidadela Center.
Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
Figura 329 – Modelo de caixas coletoras com Figura 330 – Caixas coletoras de concreto com
capacidade de engolimento reduzidas rebaixo no pavimento
Figura 331 – Canaletas de drenagem nos Figura 332 – Sistema de caixas coletoras
canteiros das vias (Av. Vasco da Gama) transversais em ruas íngrimes
Figura 333 – Escadarias drenantes sem calhas Figura 334 – Entrada d’água nas vias (sistema
coletoras na região da Avenida Vasco da Gama comum próximo a canais abertos)
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
281
Fonte: CSB Consórcio, 2021 Fonte: CSB Consórcio, 2021
▪ Readequar a declividade transversal das vias de circulação associadas aos meios-fios, objetivando
favorecer o escoamento das águas pluviais para as sarjetas;
▪ Necessidade de recuperação do revestimento do canal do Vale das Pedrinhas;
▪ Necessidade de readequação da estrutura da galeria da Rua Onze de Agosto com a interligação de
caixas coletoras/caixas coletoras;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura da galeria da Rua Silvestre de Faria;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura da galeria da Rua Sérgio Carvalho;
▪ Necessidade de recuperação e readequação da estrutura do canal do Buraco da Gia;
▪ Necessidade de readequação da estrutura da galeria da Rua Neide com a interligação de caixas
coletoras/caixas coletoras;
▪ Necessidade de readequação da macrodrenagem do sistema localizado na Rua Anísio Teixeira, no
bairro do Itaigara;
▪ Necessidade de recuperação de escadarias drenantes em locais existentes;
▪ Necessidade de readequação das seções do canal nos locais de travessias (passarelas) onde
existem transições com bueiros, que reduzem a seção hidráulica de escoamento;
▪ Execução de projeto para readequação da foz do rio Lucaia objetivando evitar os problemas de
assoreamento no em torno do lançamento, conforme indicado no projeto do BRT;
▪ Realocação de interferências do tipo construções residenciais ou comerciais construídas sobre
canais prejudicando a manutenção, o funcionamento hidráulico e colocando os moradores em risco
de vida;
▪ Necessidade de construção de tampas de inspeções para os canais atualmente encapsulados,
como o rio Lucaia, visando otimizar a limpeza e vistorias;
▪ Ausência de sinalização de segurança (marcos de concreto) para identificação dos trechos de
macrodrenagem que se encontram implantados em canteiros e vias públicas, assim como nos
trechos fechados, a fim de demarcar as faixas de servidão para execução dos serviços;
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
Figura 335 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio Lucaia
CHAPADA DO RIO
111 SEINFRA (2015) RUA SANTA LUZIA (HORTO FLORESTAL) 555733 8562296
VERMELHO
112 SEINFRA (2015) RUA IPIRANGA/RUA DA ÍNDIA VALE DAS PEDRINHAS 556393 8561881
CHAPADA DO RIO
113 SEINFRA (2015) RUA DR. JOÃO CARLOS CAVALCANTE 556669 8562005
VERMELHO
114 SEINFRA (2015) RUA BRASIL E JUTAHY MAGALHÃES SANTA CRUZ 556711 8562183
116 SEINFRA (2015) RUA NOVE DE JANEIRO SANTA CRUZ 556818 8562697
117 SEINFRA (2015) RUA MARINO DA HORA SANTA CRUZ 556847 8562731
118 SEINFRA (2015) AV ACM REFERÊNCIA COMERCIAL RAMOS BROTAS 557020 8563849
Figura 345 – Travessia do canal na Rua Jones Figura 346 – Vista do emboque do canal na
Melo Avenida Edgar Santos, próximo da unidade da
Coelba
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio Cachoeirinha
até a confluência com o rio Pituaçu.
Figura 354 – Traçado esquemático do rio Cachoeirinha
Figura 358 – Canal da rua Santíssima Trindade – Figura 359 – Padrão de ocupação da região no
afluente do rio Pituaçu em torno do rio Pituaçu
Figura 362 – Interferência de adutora da Embasa Figura 363 – Vista a jusante do rio Pituaçu após a
no leito do rio Pituaçu ao lado da Av. Jorge Av. Jorge Amado
Amado
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático do rio das Pedras,
após a confluência com o rio Saboeiro e o rio Pituaçu.
Figura 366 – Traçado esquemático do rio das Pedras
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 369 – Localização do Ponto B-08 na Figura 370 – Localização do Ponto B-09 na bacia
bacia de Pedras (Pituaçu) de Pedras (Pituaçu)
Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências. Devido a inexistência de
sistema cadastral das redes de microdrenagem não foi possível realizar uma análise detalhada
deles. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não
encontrada. mostram alguns registros de dispositivos de drenagem e a situação de conservação.
Figura 374 – Caixas coletoras com entrada na Figura 375 – Caixas coletoras posicionadas de
guia forma inadequada
Figura 376 – Caixas coletoras no meio da via Figura 377 – Caixa coletora quadrupla em via
pública pública em boas condições
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
Figura 378 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio das
Pedras/Pituaçu
Figura 385 – Ponte sobre o rio Passa Vaca na Figura 386 – Foz do rio Passa Vaca na Avenida
Avenida Tamburugy Octávio Mangabeira
Na região da Avenida Luís Viana as águas escoadas são direcionadas para caixas coletoras, que
se interligam a galerias que lançam as águas na área da lagoa situada no canteiro central da
avenida, próximo da Rua Procurador Nelson Castro.
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• Região marginal ao rio Passa Vaca com acesso a Estrada da Muriçoca, englobando algumas ruas,
com a Rua Caraíbas, Rua Divino Espírito Santo e Rua Santo Antônio de Pádua.
]
Fonte: TCU, 2016
Fonte: TCU, 2016
De acordo com o projeto disponibilizado pela Prefeitura elaborado no ano de 2010, a obra
executada no trecho principal do rio se inicia após o cruzamento do rio abaixo da Avenida
Paralela, percorrendo uma distância de 5 km até a foz.
A seção predominante em projeto é trapezoidal, largura de topo de 24 metros, profundidade do
canal variável entre 1,85 a 3 metros, com largura de base igual a 20 metros; o revestimento dos
taludes são placas de concreto e a base indicada corresponde a colchão reno. Esse tipo de
colchão é de pequena espessura e preenchidos com pedras permitindo o fluxo das águas do
canal e as águas do subsolo. O canal mantém essa seção até o cruzamento com a Avenida
Orlando Gomes, antes de iniciar o trecho da orla.
Em projeto, após o cruzamento a seção permanece trapezoidal, com largura de topo de 37 metros
alargamento da base para 28 metros, profundidade máxima do canal de 3,0 metros e a base com
28 metros; o revestimento dos taludes também são de placas de concreto, contudo, a base
indicada corresponde a terreno natural. Contudo, na execução das obras se constatou em visita
de campo a adoção de seção retangular com estruturas de concreto armado para o canal no
trecho à montante do cruzamento com a Avenida Orlando Gomes.
De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Jaguaribe apresentados pela PMS (2010), a
vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de 25 anos corresponde a 182,4 m 3/s.
Serão descritos a seguir os principais afluentes do rio Jaguaribe que compõe as sub-bacias dessa
região, os quais se destacam:
De acordo os estudos hidrológicos da bacia do rio Trobogy apresentados pela PMS (2018), no
trecho a jusante da Avenida Paralela a vazão máxima do rio na foz para o período de retorno de
25 anos corresponde a 37,41 m 3/s. A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o
traçado esquemático do rio Trobogy junto com os demais rios da região.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático dos rios Mocamb,
rio Coroado e outros rios da região.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra o traçado esquemático dos rios Águas
Claras, que recebe a contribuição do rio Leprosário, e juntos seguem para o rio Cabo Verde.
Figura 411 – Traçado esquemático dos rios Águas Claras, Leprosário, Cabo Verde e demais
rios
• Tipo 1 – Sistema de Redes Convencionais: Esse tipo de sistema é predominante em toda a bacia,
sendo de maior implantação na região do bairro de Piatã e Patamares, que possui uma ocupação
do solo mais ordenada, e com galerias de microdrenagem que contribuem para os rios Trobogy,
Jaguaribe e Mangabeira. Além dessas regiões citadas, esse tipo de arranjo é observado na região
alta da bacia principalmente nas vias mais importantes como Avenida Aliomar Baleeiro, Rua
Procurador Nelson Castro, Via Regional, Via Castelo Branco, Avenida 29 de Março, Avenida Mária
Lúcia, dentre outras, sendo em sua maioria avenidas de fundo de vale.
• Tipo 2 – Sistema de Escadarias Drenantes: Esse tipo de sistema é identificado nas bacias dos rios
do Coroado, Cambonas e Leprosário. Esse tipo de sistema é existente como nos bairros de Pau da
Lima, Sete de Abril, Castelo Branco e Vila Canária.
• Tipo 3 – Sistema de Ruas Íngremes: Esse tipo de sistema é observado principalmente em todas as
sub-bacias localizadas a montante da Avenida Paralela, como Mocambo, Águas Claras, Leprosário,
Cabo Verde e Coroado. Apesar de o bairro de Piatã, possui uma topografia menos íngreme em
relação à parte alta da bacia são observados esses tipos de dispositivos na sub-bacia do
Mangabeira.
Além dos 3 tipos de sistemas identificados, existem ruas principalmente em bairros com ocupação
mais desordenada, em que há somente a pavimentação asfáltica, não sendo identificado qualquer
tipo de dispositivos de drenagem, como no mínimo meio-fio e sarjeta. Nesses locais, o
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
358
escoamento pluvial nas vias ocorre de forma dispersa na direção das áreas baixas, além de
serem registrados transtornos com a entrada de águas nas residências.
A região à montante da Avenida Paralela, onde se localizam os rios Mocambo, Coroado, Águas
Claras, Cabo Verde, Leprosário e outros possuem ocupações residenciais em regiões altas que
são favoráveis ao escoamento superficial, direcionado para as regiões mais baixas. As regiões
mais críticas de microdrenagem são as ocupações em áreas de encostas e talvegues, onde no
máximo existe a pavimentação simples com camada de asfalto, sem a existência de caixas
coletoras, meio-fio ou calçadas. Em algumas regiões mais íngremes como no em torno da Via
Regional e da Rua São Marcos são encontradas implantadas escadarias drenantes.
Na região a jusante da Avenida Paralela, que recebe as contribuições do rio Jaguaribe, do rio
Trobogy e do rio Mangabeiras, as cotas altimétricas são mais baixas, sendo caracterizada como
uma área mais plana. Essa região é densamente ocupada por ocupações residenciais e
condomínios de alto padrão, que possuem redes de microdrenagem que contribuem diretamente
para os canais citados. Essas redes são compostas por dispositivos adequados, como
pavimentação variável entre asfalto e paralelepípedo, são dotados de meio-fio para o
direcionamento das águas pluviais, e caixas coletoras com grelhas de concreto e de ferro. Em
virtude da baixa declividade das redes, associadas às condições topográficas da região são
comumente registrados problemas de alagamentos, devido ao efeito de remanso dos canais em
períodos mais chuvosos. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. mostram alguns dispositivos de microdrenagem identificados na
região e as situações típicas de conservação.
Figura 419 – Ruas com caixas coletoras em Figura 420 – Caixas coletoras duplas no meio da
pontos baixos e sem sarjetas via e posicionadas lado a lado
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• os trechos abertos dos canais do rio Mangabeira, no bairro de Mussurunga, com acesso pela Rua da
Adutora;
• o canal do rio Coroado, próximo da Avenida Mária Lúcia, e que possui ocupações no em torno;
• o canal do rio Cambonas, próximo da Rua 7 Irmãos, e que possui ocupações no em torno;
• o canal do rio Leprosário em toda a extensão a partir da Rua Genaro de Carvalho até o em torno da
Rua Pomba da Paz;
• além dos locais, todas as áreas de talvegue com ocupações irregulares, possuem lançamentos
clandestinos de esgotos.
Figura 421 – Distribuição percentual dos locais de alagamentos e inundações entre os bairros da bacia do rio Jaguaribe
Nota: Os trechos de canais que foram objetivo de intervenção estão representados com traçados na cor
amarela
Fonte: CONDER, 2020
Além das intervenções da Conder estão atualmente sendo realizadas intervenções na sub-bacia
do Riacho Mané Dendê pela Prefeitura. Em meados do ano de 2017 foi contratado a elaboração
do Plano Geral de Intervenções, Análises de Viabilidade e Projeto Básico do Programa de
Saneamento Ambiental e Urbanização da Bacia do rio Mané Dendê. O projeto visa beneficiar
diretamente 10 mil habitantes e indiretamente 35 mil habitantes com implantação de infraestrutura
urbanística e de saneamento. Esse projeto contempla a implantação de rede de microdrenagem
nos bairros de Rio Sena, Alto da Teresinha, Itacaranha e Plataforma, além do projeto de
macrodrenagem do rio Mané Dendê, que serão comentados posteriormente.
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram registros no canal próximo da foz na Rua Litoral.
Figura 429 – Vista do canal de Pirajá no Trecho 1 Figura 430 – Vista do canal Trecho 1 na Alameda
Campinas de Pirajá
O trecho do canal existente possui seção retangular de concreto 1,20 x 1,20 m com extensão
aproximada de 2.600,00 m (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Em períodos de chuvas
intensas as ruas sofrem alagamentos e as águas invadem alguns imóveis; sendo que atualmente
se encontra parcialmente assoreado.
Figura 436 – Canal entre as ruas Joana D’Arc e Cardeal Jean
Nos trechos do canal que forem necessárias passagens fechadas a estrutura será de concreto
pré-moldado com seções duplas retangulares, conforme apresentado na Erro! Fonte de
referência não encontrada..
Figura 438 – Seção típica do canal com trecho fechado
Nos trechos finais de talvegues naturais, antes das cachoeiras, será mantida a calha natural do
rio, executando-se somente uma regularização do leito, de forma que permita a passagem nos
bueiros existentes.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
388
As seções de escoamento do canal aberto com seção retangular em gabião, possui base variável
entre 2,0 a 3,5 m, e altura variável entre 1,60 a 2,60 m. Os trechos de seções fechadas com
galerias duplas possuirão seção variável entre 2,0 a 2,5 m de base, e 1,5 a 2,0 m de altura. As
vazões máximas estimadas em projeto foram para TR = 25 anos (Q=17,57 m 3/s), TR=50 anos (Q
= 21,24 m3/s) e TR=100 anos (Q=25,46 m 3/s).
Em obras recentes realizadas entre 2019 e 2021 pela Conder, nas bacias do Cobre, Camarajipe e
Itapagipe, foi implantada uma lagoa de detenção no bairro de Pirajá, após o canal de Pirajá,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
389
também construído junto às demais obras. Essa lagoa ocupa uma área de 9.500,00 m 2 e volume
de armazenamento de 10.087 m 3 (Erro! Fonte de referência não encontrada.). A lagoa citada
está localizada entre as coordenadas UTM 557762.15 m E e 8572731.46 m S.
Figura 440 – Vista da Lagoa de Detenção implantada pela Conder
Figura 443 – Rua com meio-fio sem sarjetas e Figura 444 – Grelhas coletoras transversais às
com necessidade de sacheamento vias de circulação
Figura 449 – Vista de montante do canal da Rua Figura 450 – Vista de jusante do canal (lateral
1º de Novembro esquerda) da Rua 1º de Novembro
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• Em torno dos canais do Riacho Mané Dendê na Rua Joana D’Árc, da Rua Senhor do Bonfim do
Cabrito; da Rua Isabel Gentil, da Rua São Bartolomeu, da Rua 1º de Novembro, e da Rua Travessa
Charmosa.
28 CODESAL (2020) RUA SÃO FRANCISCO XAVIER MATA ESCURA 558524,4 8572037
29 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA LÍDIO DOS SANTOS PIRAJA 558484,5 8573718
30 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA OITO DE NOVEMBRO PIRAJA 558571,3 8573695
31 CODESAL (2020) RUA 24 DE AGOSTO PIRAJA 557845,6 8574272
32 CODESAL (2020) RUA ADEMIRO PIRAJA 557736,4 8573951
33 CODESAL (2020) RUA ANA ARIANE PIRAJA 559756,2 8574788
34 CODESAL (2020) RUA ANTONIO LISBOA RIBEIRO PIRAJA 558789,6 8574325
35 CODESAL (2020) RUA OSCAR SEIXAS PIRAJA 557583,6 8573487
36 CODESAL (2020) RUA RIO DE CONTAS PIRAJA 558616,6 8574591
37 CODESAL (2020) RUA WALDEMAR SANTANA PIRAJA 558170,5 8573973
38 CODESAL (2020) TRAVESSA GERSINA DE BRITO PIRAJA 557475,2 8573521
39 CODESAL (2020) TRAVESSA LÍDIO DOS SANTOS PIRAJA 558506,3 8573762
40 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA 1º DE NOVEMBRO PLATAFORMA 556900 8573411
41 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO JOSÉ DE INEMA PLATAFORMA 557020,1 8573809
42 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SÃO RAFAEL PLATAFORMA 557009,3 8573809
43 CODESAL (2020) 1ª TRAVESSA SERRA VERDE PLATAFORMA 556921,8 8573478
44 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA NORMA QUEIROZ PLATAFORMA 556899,9 8573367
45 CODESAL (2020) 2ª TRAVESSA SERRA VERDE PLATAFORMA 556943,6 8573500
46 CODESAL (2020) 3ª TRAVESSA NORMA QUEIROZ PLATAFORMA 556910,9 8573433
47 CODESAL (2020) 8ª TRAVESSA ISABEL GENTIL PLATAFORMA 556976,7 8573798
48 CODESAL (2020) ALAMEDA SUBURBANA PLATAFORMA 556943,4 8573444
49 CODESAL (2020) AVENIDA AFRÂNIO PEIXOTO PLATAFORMA 557410,4 8573654
50 CODESAL (2020) AVENIDA SANTA RITA PLATAFORMA 556759,8 8573810
51 CODESAL (2020) ESTRADA DO CABRITO PLATAFORMA 556943,4 8573422
52 CODESAL (2020) LARGO SÃO JOÃO DO CABRITO PLATAFORMA 556976,1 8573489
53 CODESAL (2020) RUA 19 DE MAIO PLATAFORMA 556770,7 8573854
54 CODESAL (2020) RUA 19 DE MARÇO PLATAFORMA 556759,5 8573666
55 CODESAL (2020) RUA 1º DE MAIO DE PLATAFORMA PLATAFORMA 556878,3 8573422
• Rua Senhor do Bonfim do Cabrito, com acesso pela Avenida Afrânio Peixoto (Av. Suburbana);
• Rua São Rafael e Rua Bartolomeu, com acesso pela Avenida Afrânio Peixoto (Av. Suburbana);
• Região da Estrada do Cabrito, Travessa Norma Queirós e Travessa Charmosa.
Figura 465 – Vista do canal da rua do Congo que Figura 466 – Boca de entrada no início do canal
aflui para o canal de Nova Constituinte da Nova Constituinte na Rua da Glória
Figura 472 – Trecho aéreo de tubulação no canal Figura 473 – Caixa coletora improvisada por
da rua Bambuí moradores
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
• no canal do rio Paraguari na região do bairro de Vista Alegre, Nova Constituinte e Periperi,
principalmente pelas construções residenciais próximas das margens;
• no canal da Nova Constituinte, na região do bairro de Coutos e Periperi , entre a Rua Golan e a Rua
Novos Unidos.
• Reservatório de Amortecimento 01
Na área prevista para instalação do reservatório de amortecimento estão sendo previstas obras de
terraplenagem, com o propósito de regularizar o terreno, potencializar a capacidade de
acumulação das águas, delimitar um caminho preferencial para o escoamento do rio e definir
espaços para instalação de núcleos urbanizados (áreas de lazer). O Reservatório conta com um
barramento em sua extremidade de jusante a fim de regular o nível d’água no interior do
reservatório.
Além da construção do Reservatório, será projetado sobre ele o Parque Sítio das Palmeiras
concebido com o intuito de proporcionar um espaço de lazer para a comunidade residente em
Cassange, visto que a comunidade que ali reside não dispõe de locais abertos destinados às
finalidades de prática de esporte e integração social. O projeto de urbanização contempla a
instalação de 03 quadras poliesportiva, 03 campos de futebol, 04 parques infantis, 03 áreas para a
prática de ginástica, pista de patinação, pista de corrida, bicicletário, ciclovia, jardineiras, mesas
de jogos e piquenique, dentre outros, os equipamentos e mobiliários propostos para o parque.
• Reservatório de Amortecimento 03
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• Áreas dos bairros de Jardim das Margaridas e Cassange no em torno do rio Ipitanga e do riacho da
Areia, próximo da Rua Antônio das Neves (Erro! Fonte de referência não encontrada.).
• Rua Santa Rita da Ceasa, Travessa Sargento Medeiros e rua Bahia de São Cristovão (região da
Cassange);
• Rua Arquiteto Marcos Moreira (região da Cassange);
• Rua Lessa Ribeiro (São Cristovão);
• Avenida Aliomar Baleeiro e parte da Avenida São Cristovão (São Cristovão);
• Final da rua Monsenhor Francisco Marquês (região da praia do Flamengo);
• Alameda Praia de Guaratuba (Stella Maris).
Figura 522 – Caixas coletoras obstruídas no final da Figura 523 – Lançamento da microdrenagem
Rua Augusto França na área do MAM
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados locais com
interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem, seja nos lançamentos de
drenagem visíveis quanto nas vias públicas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural da
Vitória/Contorno foram identificadas 4 captações de tempo seco ativas.
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados presença de
esgotos no lançamento das galerias de microdrenagem com vazão constante, contudo, foram
identificados empoçamentos com águas escuras nesses locais.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de
Amaralina/Pituba foram identificadas 5 captações de tempo seco novas e ativas.
As intervenções foram executadas entre o cruzamento da Rua da Bélgica com a Rua Miguel
Calmon, passando pela Praça Riachuelo e seguindo pela Avenida Jequitaia, até o cruzamento
desta com a Travessa Cais do Ouro.
A microdrenagem concebida para o local consistiu na indicação de novas caixas coletoras
interligadas àquelas existentes.
Figura 570 – Caixa coletora com entrada na guia Figura 571 – Poço de visita na Avenida da França
na Avenida da França
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo não foram identificados locais com
interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem, seja nos lançamentos de
drenagem visíveis quanto nas vias públicas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural do Comércio
não existe esse tipo de captação.
• Região da Avenida Eng. Oscar Pontes e Terminal Marítimo de São Joaquim (Comércio);
• Região da Avenida da França e Rua Estado de Israel (Comércio);
• Região da Avenida da França e Rua da Suécia;
• Região entre a Avenida Estados Unidos, Avenida da França e Praça Riachuelo (Comércio);
• Avenida da França, próximo do Mercado Modelo.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram alguns mostram alguns registros fotográficos de dispositivos e da região citada.
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
• Em torno do canal da Baixa Fria /Orla Marítima, recebendo contribuições da rua Hélio Machado,
Rua Virgildásio Sena, dentre outros.
No que se refere à drenagem das águas pluviais, essa bacia caracteriza-se pelo aterro da área de
maré. A baixa declividade, a impermeabilização do solo e a influência da maré na vazão de
escoamento, são fatores determinantes do sistema de macro e microdrenagens das águas
pluviais desta área. As intervenções de macrodrenagem, características da região, são os canais
das ruas Regis Pacheco, Lopes Trovão e Princesa Isabel, de um lado da bacia; do outro, há as
galerias de drenagem pluvial em arruamentos de urbanização planejada com adensamento
posterior. Há ainda os canais que recebem contribuição da falha geológica a montante e que
formavam seções naturais de escoamento, atualmente confinados por redes ou por edificações,
como é o caso das ruas Nilo Peçanha, Voluntários da Pátria, Luiz Maria e do Imperador. A Erro!
Fonte de referência não encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem natural de
Itapagipe, com a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características e a situação atual das estruturas identificadas em visita de campo.
As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características e a situação atual das estruturas identificadas em visita de campo.
Figura 610 – Residências com escadas na Figura 611 – Vista do trecho final do canal na
entrada devido aos problemas de alagamento da Rua Nonato Marquês
Regís Pacheco
O canal é o responsável por receber as contribuições pluviais da maior parte da área da bacia de
Itapagipe, principalmente das galerias de microdrenagem da Rua Resende Costa e Rua Lopes
Trovão, localizadas na margem esquerda, e de todo o sistema de drenagem do bairro do Bonfim,
donde origina-se a maior contribuição. A região da margem direita desse canal, tem como
possível divisor de águas a Rua do Uruguai, onde parte das contribuições pluviais segue para o
canal da Rua Regís Pacheco.
Com o aumento da taxa de impermeabilização do solo o canal existente ficou com capacidade de
escoamento insuficiente para a condução das vazões afluentes, o que ocasiona frequentes
alagamentos durante chuvas mais intensas, fato que se agrava quando há coincidência entre os
horários da chuva e da maré alta. Os bairros mais atingidos devido a esses eventos são os bairros
Uruguai, Jardim Cruzeiro e Massaranduba e adjacências.
O trecho final do canal Bate Estaca possui suas margens ocupadas por residências, contudo, não
impede a acessibilidade, e o mesmo possivelmente existem ligações clandestinas de esgoto em
todo o seu percurso, inclusive no trecho fechado. As Erro! Fonte de referência não encontrada.
a Erro! Fonte de referência não encontrada. mostram as características e a situação atual das
estruturas identificadas em visita de campo.
Figura 615 – Trecho aberto do canal Bate Estaca Figura 616 – Deságue do canal na Enseada dos
Tainheiros
No final do ano 2014 foram entregues pela Prefeitura de Salvador as obras de requalificação do
Canal do Bate Estaca. Nesta obra foram feitos a remoção de resíduos sólidos e de sedimento do
interior do canal e a substituição das lajes de cobertura em concreto armado. Foram executados,
ainda, serviços de urbanização na área adjacente ao canal ao longo de toda a sua extensão. Não
foram executados serviços destinados à ampliação da capacidade de escoamento do canal.
Ressalta-se que atualmente a área da Enseada do Tainheiros tem sofrido processo de
aterramento irregular, principalmente no em torno da foz do canal do Bate Estaca, o que foi
observado a partir de visitação de campo, conforme registrado na Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Figura 642 – Final da Rua Bagdá onde se Figura 643 – Baixada na Travessa Rio Negro para
observa uma caixa coletora onde são direcionadas as águas escoadas
As Erro! Fonte de referência não encontrada. e Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostram as características de alguns dispositivos identificados na região.
Figura 651 – Sistemas de grelhas Figura 652 – Sistema de calhas ao lado da linha férrea e
transversais coletoras bueiros de transposição
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram:
Figura 664 – Vista da baixada do rio das Dunas a Figura 665 – Foz do rio das Dunas na Praia do
partir da Rua José Augusto Tourinho Flamengo
Figura 669 – Lançamento de galeria de drenagem Figura 670 – Lançamento de bueiro obstruído
com proteção contra marés na Praia de Itapuã com areia na Praia de Itapuã
As principais redes de microdrenagem da região são quatro denominadas, como Sistema Euler de
Pereira Cardoso, Sistema Professor Carlos Ott e Sistema Itapuã, descritas a seguir .
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo foram identificados nos seguintes
locais:
Com relação a ocupação da bacia se destaca a região do bairro de São Tomé de Paripe, onde se
situa a Base Naval de Aratu, sendo uma região a maior parcela de vegetação de Mata Atlântica e
onde ser localizam os principais rios. A região desse bairro realmente ocupada, ou considerada
como zona urbana está situada entre a rodovia BA-528 e a área litorânea da Baía de Todos os
Santos. Quanto à região do bairro de Paripe se observa a maior parcela da ocupação urbana com
predominância de unidades habitacionais e comércio local. A Erro! Fonte de referência não
encontrada. apresenta a delimitação da bacia de drenagem natural de São Tomé de Paripe, com
a hidrografia principal, sub-bacias e bacias circunvizinhas.
Figura 702 – Padrão 3 de Caixa coletora Figura 703 – Vista à esquerda de vala
lançando no canal da Avenida Charles Bronson inadequada na Avenida Rocha
Com relação às obras recentemente executadas pela Prefeitura na região, cita-se a elaboração e
execução dos projetos da Ruas Castro Alves, Rua Paraguai e Rua Uruguai em meados do ano de
2015; destaca-se que na Rua Paraguari se localiza o trecho inicial do canal Charles Bronson. A
Erro! Fonte de referência não encontrada. destaca a área de abrangência do projeto
executado, que também contemplou a readequação do sistema viário.
Essas interferências deterioram a qualidade das águas dos rios urbanos e a salubridade
ambiental, assim como danificam as galerias de drenagem devido a liberação de ácido sulfúrico. A
partir de visitação de campo realizada na bacia em estudo os locais ou bairros onde foram
identificadas interferências de esgotamento sanitário no sistema de drenagem foram no em torno
do canal da Rua Charles Bronson e no canal da Estação Ferroviária de Paripe. Contudo, como os
sistemas que contribuem para esses canais são fechados, somente é possível visualizar o
problema nos trechos finais dos sistemas.
Outro aspecto a se considerar quanto a interferência do esgotamento sanitário nos sistemas de
drenagem é que mesmo sendo considerado como separador absoluto, o município conta com
mais de 190 captações de tempo seco (CTS). A Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra a localização das captações de tempo seco distribuídas entre as bacias hidrográficas e de
drenagem natural de Salvador, onde se observa que na bacia de drenagem natural de São Tomé
de Paripe foram identificadas 17 captações de tempo seco novas e ativas.
Por volta do ano de 2015 outro trabalho relacionado a identificação dessas áreas críticas foi
elaborado para o município pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) resultando numa Carta de
Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação. Essa carta se referiu ao
Objeto 0602 do Plano Nacional de Risco e Resposta a Desastres Naturais, que estava incluído no
Plano Plurianual 2012-2015 do extinto Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. O
zoneamento apresentado na carta é de nível básico, obtido a partir da compilação e tratamento de
dados secundários disponíveis à época, sendo que as zonas indicadas representam áreas de
predominância quanto ao processo de deslizamento. Nessa carta foram adotadas classificações
vaiáveis entre alta, média e baixa suscetibilidade a deslizamentos conforme apresentado na Erro!
Fonte de referência não encontrada..
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a categorização de áreas suscetíveis a
movimentos gravitacionais no município de Salvador, onde se constata que 4% da área
urbanizada está classificada como regiões de alta suscetibilidade a deslizamentos,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
616
especificamente a se situam entre as altitudes de 20 a 80 m e com declividades superiores a 20º.
Se observa que essas áreas estão localizadas nas cabeceiras das bacias hidrográficas e de
drenagem natural, nas regiões limítrofes com outras bacias. No caso, cerca de 76% da área
urbanizada foi considerada como localizada em regiões de baixa suscetibilidade a deslizamentos,
que também correspondem aos trechos marginais aos principais cursos d’água do município.
Figura 719 – Suscetibilidade a movimentos gravitacionais de massa
• furtos das peças, sendo que esta ação era favorecida pelo reduzido peso dos pré-moldados,
principalmente as placas de cobertura nos trechos em rampas. Em virtude disso, os degraus e
placas passaram a ser fabricados em concreto convencional, sendo somente as calhadas moldadas
em argamassa armada.;
• transporte irregular de esgoto doméstico bruto, associado também pela falta de informação da
população;
• ausência de implementação completa do projeto, como a falta de pavimentação nas áreas laterais
de algumas escadarias;
• situações de risco dos transeuntes devido a movimentação das placas.
Em estudo realizado por Mangieri (2012) foram identificados no município de Salvador quatro
tipos básicos de escadarias drenantes com variações de estrutura e seções, sendo apresentados
na Erro! Fonte de referência não encontrada. os principais tipos e na Erro! Fonte de
referência não encontrada. as seções transversais médias das escadarias. Com relação à
utilização dos modelos foi recomendado que nos modelos que utilizam condutos de PVC em
trechos longos, que seja adotado ancoragens. Quanto aos modelos 02, 03A e 03 B, Mangieri
(2012) destaca que exigem mais escavações, o que pode afetar nos custos de implantação, além
Vitória/Contorno 11 485
Itapagipe 79 6.226
Plataforma 26 2.292
São Tomé de Paripe 19 1.182
Stella Maris 1 85
Comércio 2 385
Ondina 30 2.657
Ilha de Maré 1 367
Rio Camarajipe 292 21.874
Rio Cobre 45 1.904
Rio das Pedras (e Pituaçu) 62 2.972
Rio dos Seixos 15 1.959
Rio Ipitanga 11 620
Rio Jaguaribe 97 5.070
Rio Lucaia 87 5.254
Rio Paraguari 14 1.280
Rio Passa Vaca 2 176
Bacias diversas 167 9.858
TOTAL 961 64.646
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
A recuperação consiste no reparo das galerias de águas pluviais com a substituição de manilhas e
tubos do sistema de microdrenagem. É um serviço realizado de forma corretiva, após a
observação de buracos no pavimento provocados pelo carreamento de sedimentos através do
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
629
sistema de drenagem. As Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de
referência não encontrada. exemplificam a execução da recuperação de rede pela equipe da
SEMAN em vias públicas
Figura 736 – Fuga de material na rede da rua da Figura 737 – Sinalização de local com fuga de
Independência material
Os serviços de manutenção dos sistemas não são programados e são executados com base na
demanda diária ou semanal registrada a partir de solicitações diárias ou semanais ou por meio do
Disque Salvador 156, dos gabinetes da Prefeitura Municipal e SEMAN, da Câmara de
Vereadores, das Prefeituras-Bairro, da Codesal, do Ministério Público e de canais de comunicação
como jornais e emissoras de televisão. As solicitações são hierarquizadas pela Diretoria de
Manutenção da infraestrutura Urbana/ Coordenação de Drenagem junto com a chefia da
Secretaria, categorizando-as a partir da localização das notificações e da emergência para
solução, sendo posteriormente repassadas para as equipes próprias da Prefeitura e/ou empresas
terceirizadas. Em média, são 20 equipes atuantes em campo, mantidas a partir dos contratos de
manutenção integrada com empresas terceirizadas. Cada equipe é composta em média por 5
profissionais, incluindo motoristas, encarregados, pedreiros e serventes. Não há programação
para a manutenção periódica ou preventiva dos sistemas de drenagem, e não há histórico de
registros dos serviços executados por bacia hidrográfica ou Prefeitura-Bairro, contudo, a rotina
operacional é contínua.
Nessa abordagem é válido destacar também as soluções individuais para detenção e retenção de
cheias podem ser aplicáveis de forma complementar às soluções coletivas citadas anteriormente,
a partir do aproveitamento de águas pluviais, podendo ser inclusive uma alternativa de acesso a
água e de redução das pressões nos mananciais (SILVA et al, 2021). Diante desse aspecto,
Wong & Brown (2009) apud Silva (2021) enfatiza a necessidade de discutir acerca das cidades
sensíveis à água, ou seja, aquelas que planejam otimizar os recursos hídricos no meio urbano,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
645
importando menos água potável e exportando menos efluentes a partir do reuso de águas cinzas
e negras pós tratamento. Outro conceito também apresentado por Wong & Brown (2009) apud
Barbosa (2019) quanto a cidades sensíveis a água se refere à visão do manejo das águas
urbanas por meio da transformação dos sistemas de água, compreendendo uma transição do
abastecimento de água e disposição de águas residuais para sistemas mais complexos e flexíveis
que integrem diversas fontes alternativas de água.
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 745 – Área potencial LUC 3 Figura 746 – Área potencial LUC 4
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 750 – Área potencial CAM 3 Figura 751 – Área potencial CAM 4
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
As imagens das áreas potenciais estão apresentadas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. a seguir.
Figura 759 - Área potencial JAG 1 Figura 760 - Área potencial JAG 2
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Figura 763 - Área potencial JAG 5 Figura 764 - Área potencial JAG 6
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021 Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
PluviaisUrbanas
Tabela 41: Indicadores Gerais dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
urbanas
Ano 2015 2017 2018 2019
Parcela de área urbana
% IN042 43,88 100,00 37,47 46,17
em relação à área total
Densidade demográfica
GERAIS hab/ha IN043 96,00 43,00 110,00 90,00
na área urbana
Densidade de domicílios
dom/ha IN044 28,00 14,00 38,00 31,00
na área urbana
Fonte: SNIS, 2015, 2017, 2018 e 2019.
O indicador IN042 informa a parcela de área urbana em relação à área total do município servindo
como um parâmetro para estimar o grau de urbanização. Ao analisar a Erro! Fonte de referência
não encontrada., se verificou que o indicador IN042 apresentou na série histórica valores
variáveis entre 37,47 a 100%, sem identificação de uma tendência de crescimento ou
decrescimento, sendo essa variabilidade observada nos indicadores IN043 e IN044. Devido a
isso, os dados referentes à parcela de área urbana e quantitativo de domicílios em relação à área
total tornam a análise desse indicador inconsistente e destoante da realidade do município,
podendo estar associado a erros na obtenção dos valores das variáveis que são utilizadas nos
cálculos dos indicadores. Ressalta-se que o município de Salvador apresenta nas últimas décadas
tendência de crescimento da população e do número de domicílios na área urbana
Péssimo 11,26-15,00
A Erro! Fonte de referência não encontrada. mostra a espacialização dos resultados do índice
entre as bacias hidrográficas e de drenagem natural de Salvador.
• Promover ações que visem ao uso eficiente de energia elétrica e água em sistemas de saneamento
ambiental, incluindo os consumidores finais;
• Incentiva o uso eficiente dos recursos hídricos, como estratégia de prevenção à escassez de água
destinada à geração hidroelétrica;
• Contribuir para a universalização dos serviços de saneamento ambiental, com menores custos para
sociedade.
UFSC (2013) apud Castro (2003) ressalta que as inundações são eventos naturais de ocorrência
periódica, sendo características das grandes bacias hidrográficas e dos rios de planície, sendo um
fenômeno de ocorrência facilmente previsível, onde as ondas de cheias desenvolvem-se de
montante para jusante. De acordo com Tucci (2015) as inundações podem ser classificadas em
dois tipos:
• Inundação ribeirinha: causada devido ao excesso de chuva que não consegue ser drenado, devido a
saturação dos solos, inundando desta forma as várzeas dos rios, sendo de ocorrência natural e periódica
anualmente. Ocorre em bacias de porte grande a médio (> 500 km2), nos trechos com declividade
pequena e com seção de escoamento pequena.
• Inundação devido à urbanização: causada devido ao aumento da impermeabilização do solo decorrente
da ocupação urbana de forma desordenada e pelo aumento de velocidade no escoamento das águas
pluviais em galerias e canais. Desta forma ocorre uma redução do tempo de escoamento fazendo com
que uma grande quantidade de água chegue ao mesmo tempo no sistema de drenagem. Ocorre em
bacias urbanas pequenas (1-100 km2).
De acordo com o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais do período de 1991-2012 (UFSC, 2013)
no Estado da Bahia foram efetuados 118 registros oficiais de inundações excepcionais, tendo sido
destacado como municípios mais severamente atingidos: Gandu, Santo Amaro, Curaçá, Jacobina,
Quijingue, Igaporã, Mirangaba, Piraí do Norte, Novo Triunfo e Serrinha. Não foram registradas
inundações severas no município de Salvador no período citado. Contudo, ao analisar os
municípios que tiveram mais danos decorrentes de eventos de alagamento, o município de
Salvador se destaca entre todos os outros do Estado. Os eventos de alagamento mais críticos no
município ocorreram no ano de 2010 onde cerca de 54.003 domicílios foram destruídos e 32.259
domicílios foram danificados.
O município de Salvador é dotado de uma densa malha hídrica, na qual se destacam nove
grandes bacias hidrográficas urbanas (rios dos Seixos, Lucaia, Camarajipe, Pedras/Pituaçu,
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F4
682
Passa Vaca, Jaguaribe, Cobre, Paraguari e Ipitanga), com cursos d’água em condições naturais e
outros canalizados, os quais possuem registros frequentes de inundações ribeirinhas. A partir do
diagnóstico técnico-participativo pode-se enumerar as principais causas de inundações
ocorrentes, e que estão associadas à urbanização, conforme listado a seguir:
• Ocupação das áreas marginais e leito dos rios urbanos pela população, principalmente de baixa
renda, devido à falta de fiscalização e por conta da baixa frequência de ocorrência, sendo mais
frequente no período chuvoso entre abril e julho. Essas ocupações alteram as seções de
escoamento dos canais existentes, com o estreitamento da seção hidráulica a partir do
aterramento parcial para a fundação de habitações;
• Descarte de resíduos sólidos domésticos e de construção civil nos canais devido a ausência de
ações de educação ambiental, assim como a falta de contêineres coletores. Esses resíduos reduzem
as seções de escoamento dos canais e obstruem travessias como pontes, bueiros e pontilhões;
• Inexistência de zoneamento de áreas suscetíveis a inundações para o planejamento do uso do solo
e ocupação do solo urbano, de forma que auxilie as ações de fiscalização da SEDUR;
• Ausência de dragagem periódica dos canais devido a falta de planejamento e por conta do
tamponamento (seções fechadas) impossibilitando o acesso para a manutenções;
• Estruturas dos canais de macrodrenagem subdimensionadas;
• Influência das marés altas nos níveis dos canais, provocando efeitos de remanso de jusante para a
montante, podendo ultrapassar os bordos livres e extravasamento para as vias públicas no em
torno;
• Inadequada legislação de uso e ordenamento do solo que não considera a delimitação das áreas de
proteção e áreas inundáveis dos canais urbanos;
• Ausência de reservatórios de amortecimento de vazões nos principais rios urbanos e que possuem
áreas disponíveis para a implantação desses tipos de estruturas, como o existente na bacia do rio
Ipitanga;
• Variabilidade e imprevisibilidade de chuvas intensas.
Os principais prejuízos estruturais registrados no município devido a esses tipos de desastres são
resumidamente apresentados a seguir:
Com relação aos ônus financeiros causados pelas inundações, eles permitem antever os recursos
necessários para o atendimento da população atingida, e está intimamente ligado à área
diretamente atingida, assim como a profundidade da região exposta ao evento, sendo necessário
• Auxílio Emergência: que se trata de um benefício eventual, concedido com o objetivo de garantir à
população que comprovadamente sofreram perdas decorrentes de desastres ou calamidade
pública favorecendo o reestabelecimento das condições mínimas de sobrevivência. O valor máximo
oferecido corresponde a 3 salários mínimos vigentes, pagos numa única parcela.
• Auxílio moradia: que se trata de um benefício eventual disponibilizado às famílias de baixa renda,
vítimas de situações de risco e desastre, como alagamentos, inundações e deslizamentos, no valor
mensal de R$ 300,00. A duração do pagamento depende de avaliação realizada pela equipe técnica
da SEMPRE. Os auxílios moradia são solicitados para dois tipos de situação: Evacuação Temporária,
a qual indica a saída da residência por período determinado, sendo que o retorno está
condicionado à cessação do período chuvoso ou de algum reparo no imóvel; e a
relocação/demolição, a qual indica a saída definitiva do imóvel por apresentar danos estruturais
irreversíveis.
A partir dos dados dos relatórios da Operação Chuva realizada no período de 2019-2021 se
constatou que em média foram disponibilizados anualmente cerca de 270 Auxílios Emergência
Com relação ao Auxílio Moradia se constatou que no período de 2019-2021 a média do número
de benefícios concedidos foi de 2.082 benefícios, e o valor médio da despesa no período foi de
624 mil reais. Ao analisar a série histórica se constatou que o ano de 2020 foi o que também
apresentou a maior despesa com esse tipo de auxílio tendo sido direcionado cerca de 906 mil
reais para a concessão de 3.020 benefícios. O histórico das despesas da SEMPRE com o Auxílio
Moradia no período 2019-2021 está apresentado na Erro! Fonte de referência não encontrada..
Tabela 47 – Despesas da SEMPRE com auxílio moradia (2018-2021)
Ano Quantidade de auxílios Valor do auxílio Valor total concedido
2021 1.103 R$ 300,00 R$ 330.900,00
2020 3.020 R$ 300,00 R$ 906.000,00
2019 1.901 R$ 300,00 R$ 570.300,00
2018 2.305 R$ 300,00 R$ 691.500,00
Média 2.082 - R$ 624.675,00
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL Operação Chuva, 2018-2021
Por fim, ao analisar os custos totais do período se consta que a despesa total da SEMPRE no
período de 2018-2021 correspondeu a 4,3 milhões de reais, com um custo médio anual de 1,0
milhão de reais com ambos auxílios. Se observa que os custos com auxílio moradia foram os
maiores no período, tendo sido direcionados cerca de 2,4 milhões de reais para esse auxílio no
período de 2018-2021. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o resumo total
das despesas da SEMPRE com a Operação Chuva no período 2018-2021.
Tabela 48 – Resumo das despesas da SEMPRE com a Operação Chuva (2018-2021)
Tipo de auxílio
Ano Total
Emergência Moradia
2021 R$ 171.705,60 R$ 330.900,00 R$ 502.605,60
2020 R$ 954.085,00 R$ 906.000,00 R$ 1.860.085,00
2019 R$ 367.264,00 R$ 570.300,00 R$ 937.564,00
2018 R$ 351.072,00 R$ 691.500,00 R$ 1.042.572,00
Total R$ 1.844.126,60 R$ 2.498.700,00 R$ 4.342.826,60
Média do
R$ 461.031,65 R$ 624.675,00 R$ 1.085.706,65
período
Fonte: Adaptado Relatórios CODESAL Operação Chuva (2018-2021)
A geração dessas cartas a partir de informações de campo é possível desde que haja a
identificação georreferenciada dos locais críticos, podendo ser estabelecido um raio de impacto
direto e indireto, e a assim apresentar a mancha de inundação. Por outro lado, a utilização de
Tabela 50 – Extensão total dos canais das principais bacias hidrográficas e de drenagem
natural
Bacia hidrográfica ou de drenagem natural Extensão total dos canais (km)
Seixos 3,70
Lucaia 13,80
Camarajipe 45,21
Pedras - Pituaçu 27,48
Passa Vaca 5,04
Jaguaribe 51,47
Cobre 16,50
Paraguari 4,69
Ipitanga 35,50
Itapagipe 5,06
Com relação à existência desses tipos de cartas no município de Salvador se destaca a Carta de
Suscetibilidade a Movimentos Gravitacionais de Massa e Inundação elaborado pelo Serviço
Geológico do Brasil (CPRM) no ano de 2015. Essa carta se referiu ao Objeto 0602 do Plano
Nacional de Risco e Resposta a Desastres Naturais, que estava incluído no Plano Plurianual
2012-2015 do extinto Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão. O zoneamento
apresentado na carta é de nível básico, obtido a partir da compilação e tratamento de dados
secundários disponíveis à época, sendo que as zonas indicadas representam áreas de
predominância quanto ao processo analisado. Foi adotada uma classificação relativa (alta, média
e baixa), onde foram apontadas as áreas onde a propensão ao processo é maior ou menor em
comparação com as outras. O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta as classes
adotadas na construção da carta de suscetibilidade a inundações da CPRM (2015).
• Orotocartas (Escala 1:10.000, resolução espacial de 0,80 m e Modelo Digital de Superfície com
resolução altimétrica de 1,8 m) cedidas pela Superintendência de Estudos Econômicos do Estado da
Bahia (2010);
• Base cartográfica SICAR 1922 – Escala 1:2.000 da base de dados geoespaciais do INFORMS.
A classificação da altitude foi efetuada com base na informação extraída diretamente do modelo
digital do terreno, e utilizando um algoritmo de lógica Fuzzy, os valores de altitude são
classificados numa escala de 0 a 1, em que os mais próximos de 1 tendem a pertencer a áreas
mais baixas. Depois esse dado foi reclassificado numa escala de 1 a 3 utilizando o método do
Quartil, sendo o peso 3 associado a alta suscetibilidade a inundações, peso 2 para áreas
intermediárias e peso 1 para áreas de baixa suscetibilidade.
Na classificação pelo modelo HAND se calcula a cota de inundação de determinada área, sendo
também adotada uma escala de 1 a 3, onde o peso 3 é indicado para as áreas mais baixas e o
peso 1 para as áreas mais altas. Por fim, na última etapa de integração das variáveis são
somadas por álgebra de mapas originando um raster com valores de 3 a 9, para os quais são
atribuídas classes de suscetibilidade: pesos de 3 a 5 – Baixa Suscetibilidade, pesos de 6 a 7 –
Média Suscetibilidade e pesos de 8 a 9 – Alta Suscetibilidade.
Quanto à bacia de drenagem natural de Itapagipe, os canais existentes não são naturais, tendo
sido construídos especificamente para a drenagem urbana local, sendo no caso, o canal da Baixa
do Fiscal e canal Bate Estaca. Além disso por corresponder a uma área de aterro, e de baixa
declividade, os resultados apresentados pela CPRM não se mostraram adequados para a
representação da suscetibilidade a inundações dessa região.
Assim, especificamente para a bacia de Itapagipe adotou como metodologia a utilização dos
dados de notificações de alagamentos e inundações para a construção de mapas a partir do
método estatístico de estimação de curvas de densidades denominado como Kernel. Esse método
é considerado muito útil, de fácil uso e interpretação para o conhecimento quanto a distribuição
espacial dos eventos hidrológicos.
• Trecho do rio Lucaia desde a Avenida Vale dos Barris, seguindo pela Avenida Vasco da Gama até a
foz do rio no Largo da Mariquita;
• Trecho da Avenida Reitor Miguel Calmon que segue pela Avenida Garibaldi;
• Região da Rua Onze de Agosto;
• Região da Rua Sérgio de Carvalho;
• Região da Rua Neide;
• Região da Avenida General Graça Lessa;
• Região da Ladeira do Hospital Geral do Estado (HGE), englobando as ruas Jardim Santa Helena e
Rua 19 de Maio;
• Trecho do canal do braço do Camarajipe, desde o Shopping da Bahia, seguindo pela Avenida Juracy
Magalhães até a confluência com o rio Lucaia;
• Região da Rua Polêmica;
• Região no em torno da Avenida Vale das Pedrinhas,
• Região da Rua Leonor Calmon, e
• Região da Rua Oswaldo Cruz.
• Região do trecho principal do rio Camarajipe, desde o Dique de Campinas até a foz do rio no Costa
Azul;
• Região do canal do rio Calafate marginal a Avenida General San Martim;
• Região da baixada no em torno da Travessa Doutor Ladislau Cavalcanti e rua Dalmiro São Pedro;
• Região do canal marginal a Rua Cônego Pereira, Estrada da Rainha e Avenida Heitor Dias;
• Região da Rua Baixão e Rua Luís Negreiro;
• Região do canal Bonocô, que segue pela Avenida Mário Leal Ferreira e região da Baixa do Matatu;
• Região da Rua do Tubo e da Rua Santa Bárbara de Saramandaia;
• Região da Rua Beira Rio e Rua Perseverança no bairro de Pernambúes;
• Região do canal Pernambués, que segue pela Avenida 2 de Julho até a confluência com o canal do
rio Camarajipe;
• Região do canal na Avenida Miguel Navarro Cañizares no bairro da Pituba.
• Região do canal do rio Saboeiro, na Avenida Jorge Amado situado no bairro do Imbuí;
• Trecho do canal do rio das Pedras, que segue pela Rua Clemente Mariani até o desemboque na foz
do rio;
• Região do rio Pituaçu no em torno da 1ª Travessa Jorge Amado e Rua da Bolandeira;
• Trecho do rio Pituaçu que segue pela Via Pituaçu, atravessando os bairros de São Marcos, São
Rafael, São Sussuarana e São Rafael;
• Região da Rua Beira Rio entre os bairros de Arenoso e Novo Horizonte;
• Região da Avenida Washington, Travessa Águas Cristalinas e Travessa Edgar Medrado Júnior entre
os bairros Beiru/Tancredo Neves, Cabula e Narandiba, e
• Região da Rua Direta da Lagoa no bairro do Cabula.
• Região do rio Passa Vaca nos bairros de Patamares e Piatã, próximas da Avenida Ibirapitanga,
Avenida Tamburugy e Avenida Octávio Mangabeira.
• Região do Rio Jaguaribe que segue pela Avenida 29 de Março, atravessando os bairros de
Mussurunga e Trobogy, até a foz do rio próximo da Avenida Octávio Mangabeira;
• Trecho do rio Trobogy que segue marginal a Rua Geraldo Del’ Rey nos bairros de Patamares e Piatã,
e
• Região do rio Mangabeira que segue pela Rua Beira Rio no bairro de Itapuã.
• Trecho do rio do Cobre próximo da foz, englobando as regiões da Rua Estrada do Cabrito, Rua São
Bartolomeu e Rua Rio Negro, no bairro de Pirajá, e
• Trecho do Riacho Mané Dendê, abrangendo as ruas Cardeal Jean e rua Pajussara, nos bairros do
Alto da Terezinha e Rio Sena.
• Região da margem esquerda do rio Paraguari, entre a Rua da Glória, Rua das Pedrinhas e Rua
Lomanto Júnior, englobando os bairros de Periperi e parte do bairro de Praia Grande.
• Região do rio Ipitanga, margeando a Rua Entre Rios, Avenida Senhor do Bonfim, Rua Joaquim
Ferreira, Rua Francisco de Assis e outras, até a região da Rodovia BA-099, englobando os bairros de
Cassange, São Cristovão e Jardim das Margaridas.
• Bacia da Vitória/Contorno;
• Bacia de Amaralina/Pituba;
• Bacia do Comércio;
• Bacia de Armação/Corsário;
• Bacia de Plataforma;
• Bacia de Stella Maris;
• Bacia de São Tomé de Paripe;
• Bacia de Itapagipe.
• Região do bairro de Roma e Uruguai englobando o em torno da Rua do Uruguai, Rua Luiz Régis
Pacheco e Rua 1ª de Janeiro;
• Região da Rua Voluntários da Pátria no bairro de Santa Luzia;
• Região da Rua Damião Barbosa e Rua Península do Joanes no bairro de Lobato;
• Região no em torno dos cruzamentos das ruas Resende Costa, Rua Duarte da Costa e Avenida
Caminho de Areia nos bairros de Roma.
A Figura 791 apresenta as principais macro áreas definidas para o município de Salvador a partir
do PDDU aprovado.
Para fins de institucionalização das diretrizes citadas ficou definido que o Poder Executivo definiria
a delimitação das bacias hidrográficas e de drenagem no município de Salvador para fins de
gestão das águas urbanas. O estabelecimento das bacias hidrográficas ocorreu posteriormente
com o Decreto Nº 27.111, de 22 de março de 2016, no qual foram definidas 12 bacias
hidrográficas e 9 bacias de drenagem natural, que se basearam nos estudos apresentados no
livro Caminhos das Águas em Salvador: Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes (2009).
Dentre as diretrizes citadas se observa na prática da Prefeitura de Salvador a desobstrução dos
cursos d’água sujeitos a inundações, principalmente antes do período chuvoso em Salvador, e o
monitoramento e controle de atividades com potencial de degradação ambiental com o
licenciamento ambiental coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (SEDUR). O
monitoramento dos corpos hídricos existe no município, contudo, é realizado somente o
acompanhamento da qualidade da água pelo órgão ambiental estadual, no caso, o INEMA; não é
realizado o monitoramento da perenidade dos cursos d’água. Quanto a criação do subcomitê
Joanes/Ipitanga, não foi identificada junto ao órgão ambiental do Estado, contudo, é conhecida a
existência e atuação do Conselho Gestor da APA Joanes/Ipitanga, com caráter consultivo,
formalizada por meio da Portaria 101, de 29 de novembro de 2004, da Secretaria Estadual de
Meio Ambiente do Estado da Bahia (SEMARH), composta por 41 membros do segmento
governamental e não governamental (SOUZA, 2014).
Com relação a implantação dos serviços de esgotamento sanitário os mesmos são geridos pela
Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa), empresa estadual, e os de limpeza urbana e
manejo de resíduos sólidos pela Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (LIMPURB), empresa
municipal. Se destaca especificamente a problemática do esgotamento sanitário com a presença
das ligações clandestinas de esgoto residencial diretamente nas redes de drenagem e
lançamentos em cursos d’água, mantendo um cenário de contaminação que se prolonga há
décadas com a solução insustentável das captações em tempo seco nos principais rios urbanos.
Quanto aos objetivos do PDDU relacionados a drenagem e manejo de águas pluviais, se registra
que atualmente somente os objetivos que avançaram foram a execução do desassoreamento,
limpeza e manutenção dos cursos d’água, canais e galerias do sistema de drenagem, a partir de
contrato da Secretaria de Manutenção da Cidade (SEMAN) com empresa terceirizada e equipe
própria; a iniciativa de captação de águas pluviais a nível de lote a partir do programa IPTU Verde,
citado anteriormente; e os programas de pavimentação com pisos drenantes visando favorecer a
infiltração das águas de chuva. Contudo, a adoção dos pisos citados se limitou à sua utilização na
recuperação de áreas que em sua maioria são trechos turísticos.
Com relação à modelagem hidrológica das bacias hidrográficas trata-se de um objetivo a ser
alcançado com a elaboração do atual plano de saneamento, e quanto às cartas geotécnicas há o
Plano Diretor de Encostas de Salvador, elaborado no ano de 2004, tendo sido denominadas como
Cartas Temáticas, onde foram agregadas informações sobre aspectos geológico-geotécnicos,
geomorfológicos e de uso do solo, para análise e gestão do risco.
Dentre os objetivos estava o Plano Municipal de Drenagem de Águas Pluviais elaborado entre
2009 e 2010 foi elaborado, mas ressalta-se que o mesmo apresenta diversas deficiências em
estrutura técnica, não tendo sido implementado e que atendem de forma precária as indicações
da Política Nacional de Saneamento estabelecida pela lei Nº 11.445/2007.
Quanto ao Manual de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais o mesmo é inexistente, sendo
comumente adotado como referência para projetos no município, os manuais de outras
prefeituras, e o antigo Caderno de Projetos da extinta Companhia de Renovação Urbana de
Salvador (RENURB), elaborado em 1980. O citado Caderno objetivava fixar critérios e parâmetros
para a elaboração de projetos de engenharia, como drenagem urbana, nas áreas urbanizadas,
Contudo, na execução dos trabalhos algumas bacias hidrográficas não foram analisadas, como as
ilhas, a bacia de São Tomé de Paripe, a bacia do Paraguari, a bacia do Jaguaribe e a bacia do
Passa Vaca. As duas últimas bacias não foram contempladas à época, pois estavam sendo objeto
de estudo para intervenções de macrodrenagem pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do
Estado da Bahia (CONDER).
Os produtos apresentados de cada Termo de Referência foram subdivididos em:
A metodologia adotada nesse estudo consistiu na identificação das áreas com problemas de
alagamentos e inundações a partir do cadastro de notificações da Codesal, registradas entre os
anos de 2005 a outubro de 2014, tendo sido identificado previamente 5.000 notificações no
período, e posteriormente realizada uma triagem de informações duplicadas, agrupando-as por
bairros, e reduzindo o número de locais analisados em 700 pontos notificados. No total, os
estudos realizados cadastraram 46 poligonais de áreas críticas, para as quais foram propostas
soluções, que juntas correspondem a uma área de 233,83 hectares. A Figura 792 apresenta a
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘756
distribuição espacial das notificações de alagamentos e inundações selecionadas no estudo, para
identificação das regiões para os quais foram propostas soluções estruturais de drenagem.
Figura 792 – Notificações de alagamentos e inundações da Codesal (2005-2014) nas áreas
estudadas
Nota: Cada ponto indicado na figura representa um local com cadastro realizado e intervenção prevista. As
identificações E1, E2, E3, E4 e E5 representam as áreas cadastrais de drenagem contratados no PMSBI.
Fonte: Adaptado Google Earth, 2021
No mês de maio de 2020 foi divulgado o Inventário de Emissões de GEE sendo destacado a
redução de emissões totais de dióxido de carbono no período de 2014-2018, resultante da queda
do PIB municipal, diminuição do número de empregos formais, além das medidas estruturantes
coordenadas pela PMS como a expansão de corredores de ônibus, eficientização da iluminação
pública e inserção de padrões mais sustentáveis de construção (PMAMC, 2020). Os maiores
geradores de GEE no município foram o setor de transportes, energia estacionária e resíduos.
Na análise do risco climático de Salvador, foram avaliados os principais riscos físicos relacionados
a eventos extremos tendo sido selecionados: inundação, deslizamento, seca meteorológica,
ondas de calor, proliferação de vetores de doença e o aumento do nível do mar (erosão e
inundação costeira). Os índices foram avaliados a partir dos resultados do modelo climático Eta-
HadGEM-2ES (modelo climático regional selecionados para o Brasil e elaborado pelo Centro de
Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – CPTEC-
INPE) e o cenário de concentração de gases de efeito estufa RCP 8.5 (cenário mais pessimista).
Os eventos extremos citados são de importância na elaboração do PMSBI, especificamente para
a construção do prognóstico no que se refere as condições hidrometeorológicas, e
consequentemente influenciará nas proposições de cenários tendenciais e alternativos, além das
soluções para os serviços de drenagem a serem propostas para a mitigação dos efeitos
climáticos.
O processo contou com eventos de participação tendo sido realizadas reuniões, consultas,
audiência pública, capacitação em Planos de Ação Climática, webinários e telefonemas para a
obtenção de contribuições.
Outro aspecto avaliado nos estudos do QUALISALVADOR foi a categorização dos domicílios em
função do acesso aos serviços de drenagem, ou seja, a partir da quantificação daqueles que
estão situados em ruas que possuem os serviços citados. A Tabela 54 mostra a divisão em 5
classes proposta pelo QUALISALVADOR em função do percentual de domicílios situados em vias
públicas sem serviços de drenagem urbana, tendo sido definido que aqueles situados na Classe
1, são os que possuem maior proporção de domicílios com acesso ao serviço, ou seja, cerca de
86%, enquanto que aqueles situados na Classe 5, são os que possuem menor acesso aos
serviços.
Tabela 54 - Proporção de domicílios (%) cujas vias não têm drenagem das águas pluviais,
2018-2020 (N = 15.260)
Faixa de proporção de domicílios
Classe N % % acumulado
sem drenagem
Classe 1 < 13,99 39 24,38 24,38
Classe 2 14,00-27,79 41 25,63 50
Classe 3 28,00-42,90 46 28,75 78,75
Classe 4 43,00-63,90 29 18,12 96,88
Classe 5 64,00-97,00 5 3,12 100
Total 160 100
Fonte: Santos et al, 2021
Partindo para uma categorização por bairros, a partir das classes definidas na Tabela 54, se
observa na Tabela 55 que cerca de 50% dos bairros de Salvador estão categorizados como
Classe 1 e 2, que são os que possuem maior percentual de ruas com o serviço prestado, que são
os bairros mais centrais e que concentram uma população de classe alta e média. Por outro lado,
os bairros de Cassange, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades e Retiro,
são os que apresentam as condições mais ruins, no caso, estão na Classe 5.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais ‘765
Tabela 55 - Bairros por classe de proporção de domicílios cujas vias não têm drenagem das
águas pluviais,8 2018-2020 (N = 15.260)
Classe Bairros % de bairros
Acupe, Barbalho, Barra, Barris, Boa Vista de Brotas, Boca do Rio,
Brotas/Horto Florestal, Cabula, Cajazeiras II, Caminho das Árvores,
Caminho de Areia, Candeal, Canela, Centro Histórico, Centro/Dois de
Julho, Comércio, Cosme de Farias, Graça, Imbuí, Itaigara, Jardim Armação,
1 24,38
Macaúbas, Massaranduba, Matatu, Nazaré, Patamares, Pau Miúdo, Piatã,
Pituba, Plataforma/Ilha Amarela, Resgate, Rio Vermelho, Santo Agostinho,
Saúde, Stella Maris, Stiep, Tororó, Uruguai e
Vila Laura.
Amaralina, Baixa de Quintas, Boa Viagem, Boca da Mata, Bom Juá,
Bonfim, Cabula VI, Caixa d’Água, Cajazeiras VI, Calabar, Cidade Nova,
Costa Azul, Dom Avelar, Doron, Engenho Velho de Brotas, Fazenda
Grande III, Federação, Garcia, Granjas Rurais Presidente Vargas, IAPI,
Itacaranha, Lapinha, Liberdade, Luiz Anselmo, Mangueira, Mares, Monte
2 25,63
Serrat, Moradas da Lagoa, Mussurunga, Narandiba, Ondina/ Chame-
Chame, Periperi/Colina de Periperi/Mirante de Periperi, Pero Vaz, Ribeira,
Roma, Saboeiro, Santa Mônica,
Santo Antônio, São João do Cabrito, Vila Ruy Barbosa/
Jardim Cruzeiro e Vitória.
Alto da Terezinha, Alto das Pombas, Alto do Cabrito, Alto do Coqueirinho,
Arenoso, Arraial do Retiro, Bairro da Paz, Barreiras, Beiru/Tancredo Neves,
Cajazeiras IV, Cajazeiras V, Cajazeiras VII, Cajazeiras VIII, Cajazeiras X,
Calçada, Campinas de Pirajá, Capelinha, Castelo Branco, Chapada do Rio
Vermelho, Coutos/Vista Alegre, Curuzu, Fazenda Grande do Retiro,
3 Fazenda Grande I, Fazenda 28,75
Grande II, Itapuã, Itinga, Jardim das Margaridas, Jardim
Nova Esperança, Lobato, Marechal Rondon, Nordeste de Amaralina, Nova
Brasília, Nova Esperança, Paripe, Pau da Lima, Pernambués, Pituaçu,
Praia Grande, São Caetano, São Cristóvão, São Gonçalo, São Marcos, São
Rafael, Saramandaia, Trobogy e Vale das Pedrinhas.
Águas Claras, Areia Branca, Boa Vista de São Caetano, Cajazeiras XI,
Calabetão, Canabrava, Engenho Velho da Federação, Engomadeira,
Fazenda Coutos, Fazenda
4 Grande IV, Jaguaripe I, Jardim Cajazeiras, Jardim Santo Inácio, Mata 18,13
Escura, Nova Constituinte, Nova Sussuarana, Novo Horizonte, Novo
Marotinho, Palestina, Pirajá, Rio Sena, Santa Cruz, Santa Luzia, São Tomé,
Sete de Abril, Sussuarana, Vale dos Lagos, Valéria e Vila Canária.
Cassange, Ilha de Bom Jesus dos Passos, Ilha de Maré, Ilha dos Frades e
5 3,13
Retiro.
Fonte: Santos et al, 2021
Artigo Qualidade das Águas dos Rios de Salvador Salvador ÁLVARES, M. L. P. et al 2010
A Figura 797 apresenta os tipos de solos existentes nas bacias hidrográficas e de drenagem
natural do município de Salvador.
Para derivar o valor do parâmetro de CN foram feitas associações entre as classes de coberturas
e ocupações obtidas das imagens do Google Earth datadas a partir do ano de 2015 e o grupo
hidrológico do solo. A Figura 803 apresenta o mapeamento atual do uso e ocupação dos solos de
Salvador para fins de análise hidrológica, com exceção das áreas das ilhas.
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
796
Figura 803 – Mapeamento atual do uso e ocupação do solo de Salvador
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada. sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 89,05. Na Figura
805 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 76%, a área de vias asfaltadas
equivale a 10%, a área florestal a 8%, e a área comercial, de paralelepípedos e de espaços
abertos a 2% cada. A área destinada a terreno baldio, por ser inferior a 1%, não é considerada no
gráfico.
Figura 805 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia dos Seixos
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Apêndice 2,
sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 85,96. Na Figura 807 tem-se que a área residencial
na bacia de estudo equivale a 52%, a área de vias asfaltadas equivale a 12%, a área florestal a
21%, a área comercial e de escritórios a 9%, e a área de terrenos baldios a 7%.
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 88,78. Na Figura
809 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 78%, a área de vias asfaltadas
equivale a 9%, a área florestal a 8%, a área comercial e de escritórios a 2%, bem como espaços
abertos, e a área de terrenos baldios a 1%.
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 88,32. Na Figura
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 81,28. Na Figura
821 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 41%, a área de vias asfaltadas
equivale a 9%, a área florestal a 45% e espaços abertos a 5%.
Figura 821 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia do rio Passa Vaca
Os resultados são apresentados por distinção de cada área de ocupação da bacia no Erro! Fonte
de referência não encontrada., sendo obtido o valor do CN ponderado igual a 87,93. Na Figura
835 tem-se que a área residencial na bacia de estudo equivale a 83%, a área de vias asfaltadas
equivale a 4%, a área florestal a 10%, terrenos baldios a 2%, espaços abertos a 1%. A área
destinada a zonas comerciais e de escritórios, por ser inferior a 1%, não é considerada no gráfico.
Figura 835 – Distribuição percentual da utilização do solo da bacia de Plataforma
4.6. HIDROLOGIA
O planejamento da drenagem urbana e do manejo de águas pluviais se inicia a partir da análise
da hidrologia urbana, que trata do estudo do ciclo hidrológico nas bacias hidrográficas
urbanizadas, sendo de maior interesse a investigação dos eventos extremos, como as chuvas
Na base de dados do portal foram identificadas 7 estações fluviométricas (Tabela 60) sendo que
todas possuem somente dados de cotas, ou seja, de níveis d’água, com exceção da estação
50940000 – Coqueiro Grande no rio Jaguaribe, que também possuem dados de medição de
vazões. Somente 4 estações possuem séries históricas de níveis d ‘água, incluindo a estação
Coqueiro Grande. A maioria dos registros ocorreram entre as décadas de 40 a 70, com períodos
de 4 a 23 anos de dados; dentre as estações, a de Pituaçu é a que possui maior número de dados
com 23 anos. Destaca-se que todas as estações estão desativadas, ou não possuem informações
completas. Para fins de estudo hidrológico de vazões mínimas e máximas, além das condições
naturais dos rios se torna importante a existência de séries históricas de vazões diárias, que são
estimadas a partir de curva -chave, sendo esta gerada a partir de níveis d’água registrados
diariamente e de medições de vazões realizadas em períodos específicos do ano (período seco e
úmido). Logo, as informações das estações existentes são insuficientes para realizar as análises
citadas, e indica a necessidade de melhorias nesse tipo de monitoramento no município.
A rede pluviométrica identificada é constituída por 36 estações com períodos de registros que
variam entre o ano de 1964 a 2020, contudo, todas as estações possuem falhas mensais diárias
sendo que a maioria possui 7 anos de registros de dados. A estação Código 83229 - Ondina
(Salvador) é a mais antiga, com um período total de registro de 56 anos. Dentre as estações
pluviométricas identificadas existem 4 estações climáticas: A401- Salvador (J. Zoológico), A456
Salvador (Estação Rádio Marinha), RN-CL-01 (Salvador-Itapuã) e RN-CL-05 (Salvador – Abaeté).
A Tabela 61 apresenta as informações gerais das estações pluviométricas do sistema de
monitoramento do INEMA.
Na base de dados do Inema não foram identificadas estações fluviométricas nos rios de Salvador,
tendo sido somente identificada uma estação de medição de níveis d’água diários na Lagoa do
Abaeté, para o período de 2004-2020. As informações da estação identificada estão apresentadas
na Tabela 62.
Tabela 62 – Dados da estação fluviométrica localizada na Lagoa do Abaeté
CÓDIGO PERÍODO DE REGISTRO NÚMERO
CÓDIGO INEMA ESTAÇÃO LATITUDE LONGITUDE
ANA INÍCIO FINAL DE ANOS
Lagoa do
RN-RT-01 51520000 -12,945407 -38,361682 2004 2020 16
Abaeté
Fonte: INEMA, 2021
De acordo com a Lei Federal Nº 12.334/2021, alterada pela Lei Federal Nº 14.066/2020, que
estabelece a Política Nacional de Segurança de Barragens, ficou estabelecido como um dos
instrumentos de execução o monitoramento das barragens e dos recursos hídricos em sua área
de influência. No Estado da Bahia, a fiscalização e o monitoramento das barragens são realizados
pelo INEMA, desde que a estrutura possua as seguintes características (INEMA, 2021):
• Altura do maciço, medida do encontro do pé do talude de jusante com o nível do solo até a
crista de coroamento do barramento, maior ou igual a quinze metros;
• Capacidade total do reservatório maior ou igual a 3.000.000 m 3;
• Reservatório que contenha resíduos perigosos conforme normas técnicas aplicáveis;
• Dano potencial associado, médio ou alto;
• Categoria de risco alto, a critério do órgão fiscalizador.
Conforme comentado anteriormente até o ano de 2005 as informações de chuvas eram fornecidas
a partir da estação do INMET localizada no bairro de Ondina, sendo posteriormente ampliada a
rede nos anos posteriores pela CEMADEC, CEMADEN e INMET, conforme histórico resumido
apresentado no Quadro 40.
O Sistema de Alerta e Alarme da Defesa Civil objetiva alertar os moradores residentes em áreas
de risco de deslizamento nos períodos de chuva intensas. Atualmente o sistema é composto por
11 sirenes instaladas em 10 áreas de risco no município de Salvador e faz parte do Plano
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
842
Preventivo da Defesa Civil (PPDC) da Codesal. O sistema foi implantado no ano de 2017 e
ampliado no ano de 2019, e estão localizados nos seguintes bairros: Alto da Terezinha – Mamede
I e II (2 sirenes), Bom Juá (1 sirene), Calabetão (1 sirene), Capelinha-Vila Picasso (1 serene),
Liberdade- Pedro Ferrão (1 sirene), Lobato – Voluntários da Pátria (1 sirene), São Marcos – Baixa
de Santa Rita (1 sirene), Castelo Branco-Moscou (1 sirene), São Caetano-Baixa do Cacau (1
sirene) e Sete de Abril-Bosque Real (1 sirene).
A partir do monitoramento contínuo são definidas quatro categorias de alerta: Observação,
Atenção, Alerta e Alerta Máximo, e a partir destas sãos adotados os protocolos predefinidos no
PPDC, considerando as condições do tempo, juntamente com os acumulados de chuva
registrados nas últimas 72 horas. A Figura 845 apresenta a distribuição espacial do sistema de
alerta e alarme do CEMADEC.
Figura 845 - Mapa de localização do sistema de alerta e alarme do CEMADEC (CODESAL)
4.6.3.2. EQUAÇÃO OBTIDA A PARTIR DOS ESTUDOS DE DENARDINI & FREITAS (1982)
Os estudos desenvolvidos por Denardini & Freitas (1982) contemplaram o desenvolvimento de 80
equações de chuvas para distintos municípios brasileiros, destacando-se o município de Salvador,
no qual foram utilizados os dados de 23 anos de observações de dados da estação Ondina. A
equação foi ajustada a partir da representação gráfica das alturas pluviométricas para diferentes
intervalos de duração e tempos de retorno publicadas por Pfafstetter (1957).
A equação de chuvas proposta para o município de Salvador, obtida a partir da metodologia de
séries anuais corresponde a Eq.2.
1288,50.𝑇𝑅 0,2
𝐼= (𝑡𝑑+22)0,81
(Eq.2)
Figura 862 - Comparativo IDF entre Figura 863 - Comparativo IDF entre equações
equações para TR = 10 anos para TR = 15 anos
Figura 864 - Comparativo IDF entre Figura 865 - Comparativo IDF entre equações
equações para TR = 20 anos para TR = 25 anos
Para fins de caracterização das marés em Salvador foram considerados os resultados dos
estudos realizados por Pereira (2014), que analisou os níveis d’água e os datuns de marés do
período de outubro de 2004 a julho de 2013 obtidos na estação maregráfica do Porto de Salvador.
De acordo com Pereira (2014) no período analisado a altura de média de maré, resultante da
média entre a altura de subida e descida correspondeu a 1,64 m, com variação máxima de 2,88 m
e o mínimo de 0,49 m. Na escala mensal, as mais altas preamares foram registradas em março e
setembro, com níveis de 3,81 m e 3,74 m (frequência de ocorrência < 0,01%), respectivamente; e
os valores mínimos das baixamares ocorreram em setembro e agosto, com níveis de 0,74 m e
0,78 m, respectivamente, conforme apresentado na Figura 867.
Dentre os resultados apresentados por Pereira (2014) destaca-se a análise dos níveis d’água ao
longo das horas do dia, objetivando identificar os horários propensos a inundações, sendo esta
informação de grande importância no planejamento de ações emergenciais. Os resultados
apresentados na Figura 868 mostram que no período de 24 horas, os níveis mais elevados,
superiores a 2,55 m ocorrem às 4h e 16h, e os níveis mais baixos, inferiores a 1,95 m, ocorrem às
10h e 22h.
Figura 868 – Variação horária do nível d’água das marés em Salvador
Com relação aos datuns de marés, Pereira (2014) a partir dos dados disponíveis apresentou
resultados aproximados para o período de 2005-2012, tendo sido obtido inclusive os datuns de
marés de sizígia e de quadratura. As marés de sizígia ocorrem quando há marés altas mais altas
e marés baixas mais baixas, com ocorrência a cada duas semanas, nas luas cheia e nova; e as
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
873
marés de quadratura correspondem às marés mortas (diferença de marés é desprezível),
ocorrentes nas luas crescente e minguante. Os datuns obtidos são descritos a seguir:
De acordo com o PARMS (2016) a vazão regularizada pela barragem de Ipitanga I é de 500 L/s,
que adicionado ao reforço proveniente da barragem Ipitanga II, por meio da calha do próprio rio
que corresponde a uma vazão de 350 L/s, totaliza 850 L/s. A vazão média captada pela Embasa
corresponde a 800 L/s.
Em períodos chuvosos intensos são registradas inundações a jusante do barramento Ipitanga I,
principalmente nas áreas ocupadas de forma irregular pela população, especificamente na região
de Cassange e Parque São Cristovão, no entorno da Rua Entre Rios (Figura 876 e Figura 877). O
evento crítico mais recente foi registrado em 13 de maio de 2020, na região do Parque São
Cristovão, considerada como a área mais baixa da região.
Figura 876 – Registro de inundação na região do Parque São Cristovão em maio/2020
• Os Planos de Recursos Hídricos, que são planos diretores com longo prazo que
fundamentam e orientam a implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e o
gerenciamento dos recursos hídricos. Esses planos minimamente devem conter o
diagnóstico da situação atual dos recursos hídricos; análises de alternativas de
crescimento demográfico, atividades produtivas e de uso e ocupação do uso do solo; o
balanço hídrico entre disponibilidades e demandas; metas de racionalização de usos, para
aumento da quantidade e melhoria da qualidade da água, dentre outros;
• O enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos preponderantes, que
objetivam assegurar às águas qualidade compatível com os usos, assim como diminuir os
custos de combate à poluição com ações preventivas;
• A outorga dos direitos de uso de recursos hídricos, que objetiva realizar o controle
qualitativo e quantitativo dos usos da água, de forma que se garanta o uso múltiplo da
mesma;
• A cobrança pelo uso de recursos hídricos, que objetiva valorizar a água como bem
econômico, dando ao usuário o seu real valor, incentivando a racionalização do uso da
Para conduzir a implementação da Política e dos seus respectivos instrumentos de gestão citados
anteriormente, o Art. 32º da Lei Nº 9.433/1997 define um Sistema Nacional de Gerenciamento de
Recursos Hídricos com o objetivo também de coordenar a gestão integrada das águas; arbitrar os
conflitos relacionados aos usos das águas; planejar, regular e controlar o uso dos recursos
hídricos e promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos. Esse sistema é integrado por
conselhos, agências, comitês de bacias, órgãos dos poderes públicos federal, estadual, Distrito
Federal e municipais, e agências de água.
No Estado da Bahia, o órgão responsável pela gestão das águas é o Instituto de Meio Ambiente e
Recursos Hídricos (INEMA) que objetiva executar as ações e programas relacionados à Política
Estadual de Meio Ambiente e de Proteção à Biodiversidade, a Política Estadual de Recursos
Hídricos e a Política Estadual sobre Mudança do Clima. No órgão, a gestão das águas é realizada
pela Diretoria de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental.
Posteriormente é apresentado uma análise dos espaços de planejamento da gestão das águas à
nível municipal e estadual, além da participação social nas tomadas de decisões conforme prevê a
Política Nacional de Recursos Hídricos.
• Promover a participação dos representantes do Poder Público, dos usuários de recursos hídricos e
da sociedade civil, de forma integrada e democrática;
• Acompanhar a elaboração e aprovar o Plano de Bacia Hidrográfica;
• Acompanhar a implementação do Plano de Bacia Hidrográfica;
• Arbitrar, em primeira instância administrativa, conflitos relacionados com o uso da água;
• Propor ao CONERH a criação de Agência de Bacia, valores e mecanismos para a cobrança pelo uso
de recursos hídricos, o Plano Anual de aplicações dos recursos da cobrança, os usos de pouca
expressão, vazões máximas outorgadas, a proposta de enquadramento dos corpos d’água,
promover estudos de interesse da coletividade, além de aprovar e modificar o seu
regimento interno.
O CBHRNI é composto por pessoas jurídicas, de direito público ou privado, sendo formado por 45
membros, eleitos com mandato de 4 anos, sendo distribuídos da seguinte forma:
Atualmente a RPGA XI não possui agência de bacia, sendo que as atividades são executadas
pelo órgão gestor estadual de recursos hídricos, que nesse caso, é o INEMA.
Péssimo IQA ≤ 19
Fonte: Adaptado INEMA, 2013-2019
5.3.2.1.2. PESCA
Quanto às atividades de pesca em ambientes lênticos e lóticos se identifica em Salvador a prática
de pesca artesanal e ou/de subsistência realizada de forma manual e com a utilização de
embarcações de pequeno porte, sem nenhuma sofisticação de equipamentos. Apesar de a pesca
marítima ser mais preponderante no município, a prática da pesca também é realizada em locais
de manguezais como os dos rios Passavaca e Jaguaribe, que apesar do alto grau de poluição,
ainda são obtidos pescados utilizados para a subsistência de famílias carentes. Destaca-se que
também é observada a prática em rios, como o Ipitanga e o Cobre, além das lagoas urbanas,
como a lagoa de Pituaçu, Dique do Tororó e de Abaeté. A Figura 883 exemplifica um local do
trecho do rio Ipitanga, onde existe uma bacia de amortecimento de vazões, e que é realizada a
prática de pesca artesanal.
Figura 883 – Trecho do rio Ipitanga, no bairro de São Cristovão com prática de pesca
artesanal (Coordenadas 570926 E / 8573243 N)
5.3.2.1.5. NAVEGAÇÃO
A navegação corresponde a um dos usos não consuntivos de águas superficiais que requer o
mínimo de qualidade de água, conforme verificado na Resolução CONAMA Nº 357/2005, podendo
ser praticado em águas doces do tipo Classe de Qualidade 4.
No município de Salvador não existe a prática de navegação comercial nos rios urbanos, pois os
mesmos possuem regime do tipo intermitente ou efêmero, com reduzidas vazões, baixas
profundidades e em área urbana. A exceção se refere à pequenas embarcações como canoas,
utilizadas para a prática da pesca em algumas lagoas, ou em grandes reservatórios, com os das
barragens do Cobre, Pituaçu e de Ipitanga.
6.1.1. DENGUE
Doença infecciosa viral aguda, causada por vírus do tipo Flavivirus, com quatro sorotipos
conhecidos. A transmissão é feita através da picada por mosquitos, principalmente Aedes aegypti,
que após se alimentarem com sangue infectado, podem transmitir o vírus. As medidas de controle
6.1.2. MALÁRIA
Doença infecciosa febril aguda causada por protozoários das espécies Plasmodium vivax, P.
malarie e P. falciparum. A transmissão ocorre pela inoculação de formas infectantes do parasito
no homem pela fêmea dos mosquitos do gênero Anopheles, que se contaminam ao ingerir formas
do parasito ao se alimentarem de indivíduos infectados; a transmissão pode ocorrer também por
transfusão sanguínea (FUNASA, 2010). As medidas de controle são através da eliminação do
mosquito transmissor, como drenagem, retificação de cursos d’água e pequenos aterros, que
visam eliminar os criadouros (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2019, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a malária foram superiores a 3 casos/ano, sendo
que os anos de 2010 (12 casos) e 2015 (12 casos) foram os que apresentaram maiores registros
de casos, enquanto que o ano de 2017 foi o que apresentou menor registro (3 casos), conforme
mostra a Figura 888.
Total
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Mês de
notificação
Janeiro - 1 - - 2 1 - 2 - 1 - 1 - 8
Fevereiro 1 - - 3 - 1 2 - - 1 - 1 1 10
Março 1 - - 2 1 - 2 - 1 1 - - - 8
Abril - - 2 2 - 1 - 1 3 2 - - - 11
Maio 1 2 3 3 - - 1 1 - 1 - - - 12
Junho - 1 3 1 - 1 1 3 - 1 - 1 - 12
Julho - 2 1 - - 1 - 1 1 - 2 - 1 9
Agosto - - 1 - 1 - - 1 1 1 - - 1 6
Setembro - - 1 1 - - - - - - 1 - - 3
Outubro - 1 - - - - - - 2 - - - 1 4
Novembro 2 - - - 1 - - - - - - 1 - 4
Dezembro 1 2 - - - 4 1 - 4 - - - - 12
TOTAL 6 9 11 12 5 9 7 9 12 8 3 4 4 99
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Ne, 2007-2019
Notas:
1 -Dados de 2007 a 2014 atualizados em 08/03/2018;
2 – Dados de 2015 atualizados em 18/03/2019;
3 – Dados de 2016 atualizados em 06/09/2019;
4- Dados de 2017 atualizados em 30/01/2020;
5 – Dados de 2018 a 2020 atualizados em 12/02/2020, dados sujeitos à revisão.
6.1.3. LEISHMANIOSE
Doença causada por protozoários pertencentes ao gênero Leishmania, de dois tipos: leishmaniose
tegumentar, que ataca pele e mucosas e leishmaniose visceral (conhecida como calazar), que
ataca órgãos internos. As medidas de controle incluem o ordenamento de assentamentos urbanos
próximos de florestas, para evitar o desequilíbrio ambiental, além do controle e eliminação de cães
errantes (FUNASA, 2010). De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no
período de 2007-2019, o maior número de casos registrados foi da leishmaniose do tipo visceral,
com exceção do ano de 2007, em que o número de casos registrados foi igual ao da leishmaniose
tegumentar.
A quantidade de notificações anuais relacionadas a leishmaniose visceral (calazar) foram
superiores a 13 casos/ano, sendo que os anos de 2011 (77 casos), 2012 (69 casos), 2014 (73
casos) e 2018 (63 casos) foram os que apresentaram maiores registros de casos, enquanto que o
ano de 2007 foi o que apresentou menor registro (13 casos), conforme mostra a Figura 890. Entre
os anos de 2007 e 2011 ocorreu uma tendência positiva de crescimento, e após esse ano houve
uma tendência de decréscimo até o ano de 2016, com 35 casos registrados.
Figura 891 – Número de casos total de Leishmaniose registrados por mês no período 2007-
2019
Média
Total
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Mês de
notificação
Janeiro 2 3 - 3 9 7 7 15 6 1 3 10 6 72 6
Fevereiro - 2 4 6 8 6 3 7 6 1 5 9 5 62 5
Março 1 2 3 6 10 10 4 9 4 2 4 6 4 65 5
Abril 1 - 7 5 3 5 - 4 3 5 1 2 2 38 3
Maio 1 2 2 6 3 4 5 7 1 4 7 5 2 49 4
Junho - 8 2 5 6 4 2 5 - 2 2 4 3 43 4
Julho 1 1 3 4 8 4 2 3 2 3 - 7 4 42 4
Agosto 2 1 7 4 10 4 6 8 4 1 - 4 4 55 5
Setembro - 3 4 5 5 6 5 5 2 1 4 4 4 48 4
Outubro 3 3 6 5 8 7 3 3 1 1 6 4 3 53 4
Novembro - - 7 5 4 7 10 6 6 7 2 3 4 61 6
Dezembro 2 2 11 3 3 5 11 1 6 7 4 5 4 64 5
TOTAL 13 27 56 57 77 69 58 73 41 35 38 63 45 652 50
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Excluídas as duplicidades de dados de 2007 a 2018;
3. Dados validados pelo Grupo Técnico de Leishmanioses;
4. Dados de 2007 a 2014 atualizados em 11/10/2019;
5. Dados de 2015 atualizados em 08/09/2016;
6. Dados de 2016 atualizados em 11/10/2019;
7. Dados de 2018 atualizados em 11/10/2019;
8. Dados de 2019 atualizados em 05/08/2020.
9. Dados disponibilizados no TABNET em setembro de 2020
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Mês de
notificação
Janeiro 1 1 1 1 3 2 4 4 - 2 1 1 1 1 22
Fevereiro - 1 1 1 4 1 1 2 1 - - 1 - - 13
Março 1 - 2 5 3 1 7 - 4 3 2 1 1 1 30
Abril - 1 4 1 2 5 5 1 2 1 1 - 1 - 24
Maio 3 3 2 5 3 2 5 2 - - 2 3 - 3 30
Junho 3 5 2 2 2 5 2 2 2 - 5 - - 3 30
Julho 1 1 - 5 5 5 3 - 1 3 4 1 3 1 32
Agosto 1 2 1 4 4 5 2 3 1 2 1 4 2 1 32
Setembro - 1 2 6 4 1 2 1 - 1 - - 2 - 20
Outubro 1 2 1 4 4 4 1 1 1 7 3 1 - 1 30
Novembro 1 1 3 8 2 3 1 3 2 2 2 1 3 1 32
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto Parcial F4 – Diagnóstico dos serviços de drenagem e manejo das águas pluviais
941
Média
Total
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Mês de
notificação
Dezembro 1 2 - 4 6 2 1 1 3 1 - 3 1 1 25
TOTAL 13 20 19 46 42 36 34 20 17 22 21 16 14 13 320
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Excluídas duplicidades de dados de 2007 a 2018;
3. Dados validados pelo Grupo Técnico de Leishmanioses;
4. Dados de 2007 atualizados em 12/05/2009;
5. Dados de 2008 atualizados em 23/02/2010;
6. Dados de 2009 atualizados em 03/09/2010;
7. Dados de 2010 atualizados em 05/12/2011;
8. Dados de 2011 atualizados em 27/08/2012;
9. Dados de 2012 atualizados em 30/10/2013;
10. Dados de 2013 atualizados em 28/08/2014;
11. Dados de 2014 atualizados em 21/08/2015;
12. Dados de 2015 atualizados em 14/10/2016;
13. Dados de 2016 atualizados em 13/09/2017;
14. Dados de 2017 atualizados em 05/09/2018;
15. Dados de 2018 atualizados em 01/10/2019;
16. Dados de 2019 atualizados em 11/08/2020.
• Dados disponibilizados no TABNET em setembro de 2020.
6.1.4. ESQUISTOSSOMOSE
Doença causada por um helminto trematódeo, Schistosoma mansoni, a esquistossomose
mansônica, podendo apresentar formas assintomáticas até quadro agudo, com febre, anorexia,
dor abdominal e cefaleia. Os sintomas podem ser acompanhados por diarreia, náuseas, vômitos
ou tosse seca, ocorrendo hepatomegalia. As medidas de controle incluem a eliminação sanitária
das fezes humanas de forma adequada, do abastecimento de água em sistemas contaminados e
o controle ambiental das coleções hídricas potencialmente transmissoras (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2017, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a esquistossomose foi superior a 3 casos/ano,
sendo que o ano de 2017 apresentou registro histórico de 30 casos, enquanto o ano de 2014 foi o
que apresentou menor registro (3 casos), conforme mostra a Figura 892. Os dados da Figura 892
ainda mostram que a partir do ano de 2010 ocorreu decréscimo no número de caso até o ano de
2014, e a partir deste houve crescimento.
Média
Total
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
Mês de
notificação
Janeiro - 1 3 2 3 - 1 - 2 1 2 15 2
Fevereiro - 1 1 1 - - - - - - - 3 1
Março - 5 1 4 - - 1 - 3 - 6 20 3
Abril 1 1 - - 3 2 - - - - 1 8 2
Maio - 2 2 2 - - 2 - 1 1 - 10 2
Junho - 1 1 - 5 - - - - - 5 12 3
Julho - 3 1 2 - 1 3 1 2 - 5 18 2
Agosto 1 - - 3 - 1 - 1 - 1 2 9 2
Setembro 1 2 1 1 1 2 - - - 2 2 12 2
Outubro 1 2 - - - - - - 1 - 2 6 2
Novembro 3 - 2 2 - 2 - 1 - 3 2 15 2
Dezembro 1 2 - 2 - - - - 1 - 3 9 2
TOTAL 8 20 12 19 12 8 7 3 10 8 30 137 12
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2017
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Dados de 2008 atualizados em 02/07/2012;
3. Dados de 2009 atualizados em 24/12/2012;
4. Dados de 2010 atualizados em 04/11/2013;
5. Dados de 2011 atualizados em 29/08/2014;
6. Dados de 2012 atualizados em 01/06/2015;
7. Dados de 2013 atualizados em 18/12/2017;
8. Dados de 2014 atualizados em 17/12/2018
9. Dados de 2015 a 2017 atualizados em 30/01/2019, dados sujeitos a revisão.
6.1.5. LEPTOSPIROSE
Doença bacteriana aguda causada por microrganismos do gênero Leptospira, com manifestações
clínicas de gravidade variável, incluindo formas subclínicas de graves e fatais. A transmissão
ocorre através do contato direto ou indireto da pele com a urina de animais infectados, sendo que
os roedores domésticos são os principais reservatórios da doença. As medidas de controle
incluem o tratamento e eliminação adequados de resíduos sólidos, visando eliminar os criadouros
e esconderijos de ratos (FUNASA, 2010).
De acordo com os dados do DATASUS do município de Salvador no período de 2007-2019, a
quantidade de notificações anuais relacionadas a leptospirose foram superiores a 38 casos/ano,
sendo que os anos de 2010 (151 casos) e 2013 (128 casos) foram os que apresentaram maiores
registros de casos, enquanto que o ano de 2016 foi o que apresentou menor registro (38 casos),
conforme mostra a Figura 894.
Média
Total
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2017
2018
2019
Mês de
notificação
Janeiro 4 3 5 6 5 5 8 6 3 4 3 2 1 55 4
Fevereiro 1 2 7 5 4 1 5 3 1 4 1 2 2 38 3
Março 10 11 3 6 6 8 4 4 3 2 - - 2 59 5
Abril 3 15 2 32 12 4 6 4 9 4 7 1 6 105 8
Maio 10 11 43 20 23 7 21 10 19 4 6 12 2 188 14
Junho 6 9 19 8 16 12 16 7 27 4 9 14 2 149 11
Julho 9 9 2 38 8 5 19 11 24 3 4 4 7 143 11
Agosto 7 6 9 17 5 4 18 9 4 2 8 4 4 97 7
Setembro 5 2 6 9 8 7 12 3 3 7 5 3 4 74 6
Outubro 2 1 4 2 2 3 9 5 1 2 5 1 6 43 3
Novembro 3 2 7 4 21 1 4 - 2 1 5 2 1 53 4
Dezembro 1 - 5 4 4 4 11 6 3 2 1 46 24 3
1.05
TOTAL 61 71 112 151 114 61 133 68 99 39 54 47 40 81
0
Fonte: Ministério da Saúde/SVS - Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, 2007-2019
Notas:
1. Excluídos casos não residentes no Brasil;
2. Dados de 2007 a 2017 atualizados em 2019;
3. Dados de 2018 e 2019 atualizados em dados sujeitos à revisão.
Os eventos virtuais foram realizados no período de 12/05 a 27/05 nas 10 zonas de mobilização
social, no período vespertino, a partir das 14h, com duração média de três horas.
a) Resíduos perigosos (Classe I): aqueles que, em razão de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade, toxicidade, patogenicidade, carcinogenicidade, teratogenicidade e
mutagenicidade, apresentam significativo risco à saúde pública ou à qualidade ambiental, de
acordo com lei, regulamento ou norma técnica;
b) Resíduos não perigosos (Classe II): Conforme a NBR nº 10.004/2004, podem ser enquadrados em
Classe IIA - Não Inertes, Classe IIB – Inertes.
Os resíduos Classe II A (não inertes) são aqueles que não se enquadram nas classificações de
resíduos Classe I - Perigosos, ou de resíduos Classe II B (inertes), nos termos da NBR nº
10.004/2004, podendo apresentar propriedades, tais como biodegradabilidade, combustibilidade
ou solubilidade em água. Quanto aos Classe II B – Inertes, são definidos como sendo quaisquer
resíduos que, quando amostrados de uma forma representativa, segundo a NBR nº 10.007
(ABNT, 2004), e submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada ou deionizada,
à temperatura ambiente, conforme NBR nº 10.006 (ABNT, 2004), não tiverem nenhum de seus
constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água,
excetuando-se aspecto, cor, turbidez, dureza e sabor. São exemplos, as rochas, tijolos, vidros e
certos plásticos e borrachas que não são decompostos prontamente.
É importante notar que a abrangência desta nova Lei quanto à classificação dos resíduos
perigosos aumentou, com o acréscimo das características de carcinogenicidade, teratogenicidade
e mutagenicidade, além daquelas já citadas na norma (inflamabilidade, corrosividade, reatividade,
toxicidade e patogenicidade).
3
• Retornar o resíduo dos tonéis à lona e compor uma
pilha única de 400 litros que deverá passar
novamente pelo processo de homogeneização e
picagem através de reviramento.
4
• Dividir a pilha de 400 litros ao meio e formar duas
pilhas de 200 litros.
5
• Dividir cada parte de 200 litros e formar quatro partes
de 100 litros.
10
11
12
13
14
15
• As quatro pilhas de vinte e cinco litros restantes
devem ser agrupadas diagonalmente compondo
assim uma nova pilha de cem litros que deverá ser
utilizada na análise gravimétrica.
A caracterização ocorreu nos resíduos sólidos urbanos provenientes dos setores de coleta de
resíduos sólidos domiciliares, previamente definidos, de bairros que compõem a Prefeitura-Bairro,
conforme metodologia apresentada. Foi retirada cada amostra do total coletado na primeira
viagem dos veículos dos Setores de Coleta (SC) diurnos com frequência diária e/ou alternada.
Buscou-se excluir em cada setor analisado, a segunda-feira considerando ser um dia atípico, após
o final de semana. Foram definidas um total de 11 amostras por classe de renda, por meio dos
veículos executores dos setores de coleta de resíduos sólidos domiciliares, conforme Erro! Fonte
de referência não encontrada., para a realização da caracterização.
Quadro 56. Definição das Amostras por Padrão de Renda
Setores de
CLASSE PB BAIRROS EMPRESA NL Coleta (SC)
TURNO FREQUÊNCIA
Dessa forma, torna-se possível planejar as ações futuras de acordo com as premissas da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, considerando o beneficiamento e/ou comercialização dos resíduos
recicláveis, a recuperação energética e/ou compostagem dos resíduos orgânicos, além da
disposição final em aterros sanitários corretamente operados, visando contribuir para o
estabelecimento de políticas de inclusão social e favorecer o desenvolvimento socioambiental e
econômico de forma sustentável.
Cabe destacar que a PNRS (BRASIL, 2010) conceitua rejeito como “resíduos sólidos que, depois
de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos
disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição
final ambientalmente adequada”.
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. constam algumas imagens dos materiais
caracterizados como rejeitos já definidos acima. Trata-se de um material com tamanho reduzido
(pequena granulometria) e de difícil segregação de outros componentes de diferentes
classificações e de igual tamanho. Verifica-se claramente a presença de matéria orgânica aderida
aos materiais, porém de impossível separação para valorização.
As características deste rejeito são típicas desse sistema de coleta urbano, sem segregação na
fonte, com compactação dos resíduos nos caminhões; e também do processo metodológico
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a média da composição gravimétrica realizada no
mês de maio de 2021 e em janeiro/fevereiro de 2022 conforme metodologia descrita. Os resultados
apresentados foram obtidos por meio de média ponderada das classes sociais. A fração reciclável
predominante no total dos resíduos analisados foi a de plásticos (20,4%), seguida da matéria orgânica
(20,2%). Papel e papelão (9,0%) representam aproximadamente a terceira maior alíquota dos materiais com
possibilidade de serem reciclados. Importante destacar o elevado percentual dos contaminantes biológicos
(7,1%), assim como dos rejeitos (25,2%), sendo a maior fração global dos resíduos caracterizados.
Rejeitos 25,2
Matéria Orgânica
20,2
Outros 0,8
RSS 0,4
Papel/papelão 9,0
REEE 0,2
Contaminantes
Químicos 0,6
Contaminantes
biológicos 7,1
Restos de
Construção Civil 0,9
Espumas 0,2
Plásticos 20,4
Tecidos/couros 7,8
Madeira 1,5 Vidros 2,0
Isopor 1,0 Alumínio 0,5
Borracha 0,8 Ligas Metálicas 0,4
Compósitos 0,9
Fonte: CSB Consórcio, 2021.
Tabela 105. Análise estatística para os RCC coletados no Município de Salvador, de 2016 a
2020
Análise estatística para os resíduos da construção civil
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 729.270,39 46,58 - 60.772,53 2.337,40 2.852,38 60.417,34
2017 779.280,13 47,20 6 64.940,01 2.497,69 3.376,66 65.842,12
2018 731.437,61 44,71 -7 60.953,13 2.344,35 4.070,87 60.895,45
2019 761.661,85 45,33 4 63.471,82 2.441,22 2.503,82 63.964,52
2020 768.231,61 44,79 1 64.019,30 2.462,28 2.231,07 63.857,85
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Tabela 106. Análise estatística para os resíduos de feira e poda coletados no Município de
Salvador, de 2016 a 2020
Análise estatística para os resíduos de feira e poda
Ano Quantitativo (%) do Variação Média/ Média/ Desvio Mediana
(t) total (%) mês (t) dia (t) (t) (t)
2016 3.652,8 0,23 - 304,40 11,70 68,06 285,55
2017 4.626,14 0,28 21 385,51 14,83 147,09 348,48
2018 5.949,18 0,36 22 495,77 19,07 103,99 476,53
2019 25.282,61 1,50 76 2.106,88 81,03 715,41 2.379,19
2020 33.336,84 1,94 24 2.778,07 106,85 332,75 2.686,49
Fonte: LIMPURB, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
PB IV – Itapuã 307,0
530,3
PB II – Subúrbio/Ilhas 210,5
303,3
Na Erro! Fonte de referência não encontrada., nota-se um aumento significativo na coleta anual
dos resíduos sólidos domiciliares, sendo o quantitativo total para o ano de 2020, 10% maior do
que o do primeiro ano da série analisada (2016). Somente no ano de 2019 observa-se redução no
quantitativo coletado total de RSD gerado, fato que pode estar relacionado com a ocorrência da
Copa América, competição de futebol com jogos sediados no Município de Salvador, que
ocasionou diversas aglomerações de pessoas em eventos públicos e, consequente aumento da
quantidade dos materiais recicláveis no local, como latinhas de alumínios, vidros, papelão etc.,
assim essa coleta foi realizada por catadores autônomos e de cooperativas de coleta seletiva
desviando uma parcela dos RSD a ser coletada normalmente pelo veículo coletor.
A geração per capita da população atendida pela coleta de RSD também apresentou elevação ao
longo da série histórica considerada, sendo possível constatar, no último ano da série, o valor de
0,87 kg/hab.dia, geração próxima à média estadual de 1,08 kg/hab.dia, e da nacional, em 0,99
kg/hab.dia (BRASIL, 2019).
Com base nas médias analisadas anteriormente, resumidas na Erro! Fonte de referência não
encontrada. e ilustradas na Erro! Fonte de referência não encontrada., pode-se constatar um
aumento da média diária, em 6,5%, quando comparados os anos de 2020 e 2016, valor que
atinge aproximadamente 10%, quando considerada a média mensal.
Tabela 117. Médias de coleta de RSD nos últimos 5 anos em Salvador
Média RSD Variação - Média RSD Variação
Ano Desvio (t)
(t/dia) Dia (%) (t/mês) - Mês (%)
2016 2.668,78 - 69.388,37 - 3.652,54
2017 2.779,15 1,1% 72.257,93 4,0% 4.279,80
2018 2.880,01 3,5% 74.880,14 3,5% 3.990,38
Figura 910. Gráfico das médias de coleta nos últimos 5 anos em Salvador
Nos próximos tópicos serão apresentados mais detalhes quanto ao processo de coleta,
equipamentos, transporte e qualificação de veículos, acondicionamento e instalações dos RSD em
Salvador.
Em 2020, além dos contêineres já implantados, o sistema de limpeza urbana de Salvador conta
com mais 2 (dois) do modelo semienterrado, instalados no bairro da Curuzu. Além disso, estão em
fase de instalação novas unidades de contêineres semienterrados, que deverão contar com 5
(cinco) pontos com 2 (duas) unidades cada.
• Educação Ambiental;
• Roçada Mecanizada;
• Operação Carnaval;
A Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada.
apresentam exemplos de tipos de serviços complementares de limpeza urbana, estruturas de
apoio a coleta seletiva nas festas populares, campanhas educativas realizadas, bem como, a
coleta de grandes geradores.
Figura 915. Estrutura de apoio da LIMPURB aos catadores de materiais recicláveis em
festas populares no Município de Salvador
Quanto à taxa de cobertura do serviço de coleta domiciliar direta (porta-a-porta) da população urbana do
município (IN014_RS), Salvador tem esse valor reduzido para 77,34% (SNIS, 2019). Esse valor é bem inferior
à média regional (92,2%) e à média nacional (94,6%). Isto pode estar atrelado a diversos fatores, tais como
condições de acesso aos diferentes bairros de Salvador, opção pela alternativa de coleta indireta em
determinados locais, técnica não contemplada no indicador em questão, além de outros de caráter técnico-
operacional, os quais serão analisados mais detalhadamente no tópico seguinte desse Produto (SNIS,
2019).
Deve-se, no entanto, analisar que por fatores geográficos, topográficos, sociais, ambientais e técnicos,
optou-se pela realização, nos locais onde não é possível a realização de forma direta, a coleta indireta de
resíduos sólidos nos núcleos de limpeza de Salvador. Sendo assim, a partir de consulta ao SNIS (2019),
verificou-se que a taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em relação à população urbana
(IN016_RS) de Salvador era de 96,68%, valor inferior à média regional (97,7%) e inferior à média nacional
(98,8%). A seguir é apresentado o Erro! Fonte de referência não encontrada., o qual evidencia a pouca
variação deste indicador ao longo dos últimos cinco anos no município de Salvador.
Quadro 62. Série histórica da taxa de cobertura regular do serviço de coleta de RDO em
relação à população urbana
IN016_RS - Taxa de cobertura regular do
Ano serviço de coleta de RDO em relação à
população urbana
2019 96,68%
2018 96,70%
2017 96,70%
2016 96,70%
2015 96,70%
Fonte: SNIS, 2019.
Deve-se destacar ainda que, segundo o SNIS (2019), 77,34% da população atendida pelo serviço de coleta
domiciliar no município de Salvador recebem o serviço com frequência diária, sendo os demais (28,3%)
atendidos entre duas ou três vezes por semana.
Já a cobertura da coleta seletiva, como ainda será detalhado nesse Produto, é realizada por meio de
cooperativas e associações de catadores que atuam de forma independente do Poder Público Municipal.
Segundo informações do órgão de limpeza urbana, a coleta seletiva em Salvador possui uma taxa de
cobertura menor que 2%.
Segundo o relatório de gestão da LIMPURB, o serviço de varrição manual é realizado pelos consórcios no
município de Salvador e atendem todos os núcleos de limpeza, apresentando um efetivo de 1.491 agentes
de varrição e possuindo, para o ano de 2020, a média mensal de aproximadamente 112.436,96 km varridos
No ano de 2019, segundo o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos
Sólidos (SINIR), 2.656.750 habitantes de Salvador eram atendidos pelo serviço de coleta, (direta
ou indiretamente), o que correspondia a uma cobertura urbana do serviço de 95,70%. Segundo a
LIMPURB, o índice de cobertura da coleta tem apresentado aumento nos últimos anos em virtude
dos serviços de coleta alternativa com triciclo e moto coletora em áreas de difícil acesso.
Destaca-se ainda que a taxa de cobertura da coleta regular de resíduos domiciliares em relação à
população urbana no município de Salvador chegou ao valor de 96,68% (SNIS, 2019).
No entanto, conforme apresentado no SNIS, a taxa de cobertura de coleta porta a porta em
relação à população urbana de Salvador era de 77,34% (SNIS, 2019). Esse índice tem sofrido
leve redução ao longo dos anos, conforme pode ser visto no Erro! Fonte de referência não
encontrada. a seguir.
Quadro 63. Taxa de Cobertura do serviço domiciliar direta (porta a porta) da população
urbana de Salvador
IN014_RS – Taxa de Cobertura do serviço
Ano domiciliar direta (porta a porta) da
população urbana do município
2019 77,34%
2018 77,38%
2017 77,38%
2016 80,00%
2015 80,01%
Fonte: SNIS, 2021.
Conforme apresentado, esse valor tem sido reduzido ao longo dos últimos anos e pode ter relação
com diversos fatores, tais como o aumento da população urbana no município e a ocupação
desordenada em áreas ainda não atendidas pelo serviço de coleta.
Outro dado importante a ser ressaltado é o índice da coleta domiciliar indireta em relação à
população urbana, o qual apresentava, no ano de 2019, o valor de 19,34% (LIMPURB, 2021).
Cabe aqui salientar que deve ser considerada a população flutuante do município para o cálculo
desse indicador, de forma a corrigir as possíveis distorções existentes em função da não
consideração dessa parcela da população geradora de resíduos no município. Importante reforçar
que, para que o indicador reflita melhor a realidade, há necessidade de um melhor controle das
O Aterro Metropolitano Centro (AMC) foi constituído em 1998 pelo Governo do Estado da Bahia,
para uso compartilhado entre os municípios de Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo
que, no mesmo ano foi repassado para Salvador através do Convênio 030/1998.
No ano de 1999, a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (SESP), atual SEMOP, promoveu
Concorrência Pública nº 004/1999, dando concessão à empresa vencedora para execução dos
seguintes serviços relativos ao manejo de resíduos sólidos urbanos gerados em Salvador:
A empresa Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A. foi a vencedora da concorrência pública,
passando a ser denominada como concessionária da SESP, atual SEMOP, e tendo o direito de
implantação, operação e manutenção dos empreendimentos supracitados.
O Contrato de Concessão nº 001/2000 foi assinado em 29 de dezembro de 1999, através de
representantes da SESP, atual SEMOP, e da Vega Bahia - Tratamento de Resíduos S.A., atual
BATTRE, sendo assim iniciados os serviços de implantação dos empreendimentos. Conforme o
contrato, o prazo de concessão foi de 20 anos, ou seja, entre 29 de dezembro de 1999 a 29 de
dezembro de 2019.
Desta maneira, no ano de 2000 foi iniciada a operação e manutenção do AMC e em 2001 da
Estação de Transbordo, através da gestão da empresa Vega Bahia Tratamento de Resíduos S.A.
de acordo com as condicionantes previstas na concorrência pública nº 004/1999.
Vale ressaltar que não foram emitidas as ordens de serviços para implantação da Unidade de
Tratamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), tendo em vista que posteriormente à
concorrência pública, estes trabalhos foram considerados como de responsabilidade do gerador.
Sendo assim, a referida unidade não foi implantada pela empresa Vega Bahia Tratamento de
Resíduos S.A.
Ao longo do tempo de operação, o contrato sofreu alguns Termos Aditivos, sendo que em 3 de
julho de 2002, tendo em vista exigências ambientais, a SESP obrigou a Vega Bahia a efetuar
A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o Fluxo de destinação dos resíduos sólidos
urbanos.
Figura 937. Localização da Estação de Transbordo e dos Núcleos de Limpeza (NL)
ADEQUADA X 5
MOVIMENTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS NA 5
ÁREA DE TRABALHO INADEQUADA 0
PRESENÇA DE VETORES (AVES, MOSCAS, SIM 0
5
ETC) NÃO X 5
ODOR PERCEPTÍVEL FORA DO SIM 0
5
EMPREENDIMENTO NÃO X 5
LOGÍSTICA ADEQUADA À QUANTIDADE DE ADEQUADA X 10
10
RESÍDUOS RECEBIDA INADEQUADA 0
RECEBIMENTO DE RESÍDUOS NÃO SIM 0
5
AUTORIZADOS NÃO X 5
PRESENÇA DE RESÍDUOS ESPALHADOS NO SIM X 0
0
LOCAL, VIAS DE ACESSO OU ENTORNO NÃO 5
SUBTOTAL 02 43 35
Fonte: BATTRE. Relatório De Monitoramento Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas. 2021
Fonte: BATTRE. Relatório De Monitoramento Qualidade das Águas Superficiais e Subterrâneas. 2021
A conclusão do relatório de junho de 2021, referente a março de 2021, indica que o aterro
mantém suas atividades operacionais adequadamente planejadas e controladas de modo a
conservar a qualidade ambiental das águas da região. De modo geral, os resultados de março de
2021 apontam que os padrões de qualidade naturais foram atendidos, não havendo, pelos dados
obtidos nas amostras coletadas, indícios de contaminação pelo empreendimento. Os resultados
das análises físico-químicas de qualidade das amostras coletadas de águas superficiais no
entorno do AMC, do mesmo período, inferem que as águas superficiais apresentam valores dentro
dos padrões de normalidade ambiental para os rios da região.
Objetivando verificar as condições locacionais, estruturais e operacionais do AMC, foi feita a
determinação do Índice da Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR), através de visita técnica ao
empreendimento e aplicação da metodologia estabelecida pela Companhia Ambiental do Estado
de São Paulo (CETESB), órgão de referência nacional no tema.
SIM/SUFICIENTE X 2
1. PORTARIA, BALANÇA E VIGILÂNCIA 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
2. ISOLAMENTO FÍSICO 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 2
3. ISOLAMENTO VISUAL 2
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/SUFICIENTE X 3
4. ACESSO À FRENTE DE DESCARGAS 3
NÃO/INSUFICIENTE 0
5. DIMENSÕES DAS FRENTES DE ADEQUADAS X 5
5
FRENTE DE
TRABALHO
TRABALHO INADEQUADAS 0
ADEQUADA X 5
6. COMPACTAÇÃO DOS RESÍDUOS 5
INADEQUADA 0
ADEQUADO X 5
7. RECOBRIMENTO DOS RESÍDUOS 5
INADEQUADO 0
ADEQUADAS X 4
TALUDES E BERMAS
8. DIMENSÕES E INCLINAÇÕES 4
INADEQUADAS 0
ADEQUADA X 4
9. COBERTURA DE TERRA 4
INADEQUADA 0
ADEQUADA X 3
10. PROTEÇÃO VEGETAL 3
INADEQUADA 0
NÃO/RAROS X 4
11. AFLORAMENTO DE CHORUME 4
SIM/NUMEROSOS 0
SUPERFÍCI
SUPERIOR
ADEQUADO X 5
12. NIVELAMENTO DA SUPERFÍCIE 5
INADEQUADO 0
E
SIM X 5
13. HOMENAGEIDADE DA COBERTURA 5
NÃO 0
CONDIÇÃO INADEQUADA 0
SIM/SUFICIENTE X 4
16. DRENAGEM DE CHORUME 4
NÃO/INSUFICIENTE 0
SIM/ADEQUADO X 4
17. TRATAMENTO DE CHORUME 4
NÃO/INADEQUADO 0
18. DRENAGEM PROVISÓRIA DE ÁGUAS SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 3
3
PLUVIAIS NÃO/INSUFICIENTE 0
19. DRENAGEM DEFINITIVA DE ÁGUAS SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 4
4
PLUVIAIS NÃO/INSUFICIENTE 0
SUFICIENTE/DESNECESSÁRIA X 4
20. DRENAGEM DE GASES 4
NÃO/INSUFICIENTE 0
ADEQUADO X 4
21. MONITORAMENTO DE ÁGUAS
INADEQUADO/INSUFICIENTE 1 4
SUBTERRÂNEAS
INEXISTENTE 0
ADEQUADO X 4
22. MONITORAMENTO GEOTÉCNICO INADEQUADO/INSUFICIENTE 1 4
INEXISTENTE 0
SUBTOTAL 01 86 86
ITEM SUB-ITEM AVALIAÇÃO RESPOSTAS PESO PONTOS
ESTRUTUR
NÃO X 2
23. PRESENÇA DE CATADORES 2
APOIO
A DE
SIM 0
NÃO X 2
24. QUEIMA DE RESÍDUOS 2
SIM 0
0
HABITACIONAIS < 500m X 0
>= 500m 2
31. PROXIMIDADE DE CORPOS D'ÁGUA 0
>= 200m X 0
ÁREA
<= 2 ANOS -
32. VIDA ÚTIL DA ÁREA 2 < x <= 5 ANOS X - -
> 5 ANOS -
33. RESTRIÇÕES LEGAIS AO USO DO SIM X -
-
SOLO NÃO -
SUBTOTAL 03 4 0
Fevereiro 41.031,53 59.077,45 73.041,35 61.402,75 59.124,81 56.836,02 57.879,32 60.706,75 59.473,24 62.303,87
Março 46.853,65 63.751,83 66.000,84 57.185,02 61.695,96 61.786,20 66.799,15 64.842,29 60.134,58 61.933,54
Abril 54.435,62 61.277,41 68.047,04 56.537,79 50.491,13 66.005,22 65.963,96 54.023,45 62.890,63 60.281,86
Maio 65.663,52 64.109,14 68.430,52 65.467,01 56.674,11 57.438,44 67.796,36 61.735,85 62.873,12 63.223,17
Junho 63.719,49 62.473,21 55.147,45 62.982,62 53.935,65 58.875,72 65.458,88 63.103,26 60.584,57 62.513,30
Julho 61.695,82 68.190,12 63.297,54 80.378,18 59.256,22 61.505,83 68.018,96 59.673,33 63.779,61 65.035,51
Agosto 66.608,16 59.429,39 68.136,60 88.750,47 53.851,54 61.289,99 65.720,28 59.867,93 64.813,08 66.144,18
Setembro 61.815,93 53.572,04 58.081,50 64.093,48 53.499,41 60.485,10 65.251,39 53.781,91 64.512,19 64.677,14
Outubro 64.902,86 65.558,97 64.160,55 74.273,54 57.572,21 58.944,93 59.437,95 60.337,54 64.950,74 68.611,82
Novembro 64.512,04 63.278,07 64.521,86 69.860,94 56.562,31 59.908,84 61.943,34 61.084,15 64.149,42 63.453,89
Dezembro 68.975,98 58.138,55 62.120,54 70.961,01 61.900,00 65.844,52 67.636,55 67.782,56 65.064,78 65.791,52
TOTAL ANUAL 708.185,62 741.784,00 781.942,48 819.310,86 693.545,95 729.270,39 779.280,13 731.437,61 761.661,85 768.231,60
MÉDIA MENSAL 59.015,47 61.815,33 65.161,87 68.275,91 57.795,50 60.722,53 64.940,01 60.953,13 63.471,82 64.019,30
MÉDIA DIÁRIA 2.337,25 2.448,13 2.580,67 2.704,00 2.288,93 2.406,83 2.497,69 2.344,35 2.441,22 2.462,28
✓ A maior quantidade coletada, considerando todo o histórico, foi no mês de agosto de 2014,
totalizando 88.750,47 toneladas. Inclusive, este mesmo ano corresponde a maior massa de RCC
coletada e transportada, tendo em vista a série histórica, relativa a 819.310,86 toneladas;
✓ A menor quantidade coletada, considerando todo o histórico, foi no mês de fevereiro de 2011,
totalizando 41.031,53 toneladas. Entretanto, o ano de 2015 que corresponde a menor massa de
RCC coletada e transportada, tendo em vista a série histórica, relativa a 693.545,95 toneladas;
✓ As médias mensais variaram entre 57.795,50 toneladas coletadas e transportadas no ano de 2015 e
68.275,91 toneladas no ano de 2014;
✓ As médias diárias variaram entre 2.288,93 toneladas coletadas e transportadas no ano de 2015 e
2.704,00 toneladas em 2014.
De acordo com informações da LIMPURB, até março de 2011, os resíduos da construção civil
(RCC), especificamente os entulhos, coletados em Salvador eram destinados sem a devida
preparação técnica/operacional à área contígua do antigo aterro de Canabrava, onde atualmente
existe o centro de treinamento e estacionamento do Esporte Clube Vitória.
A partir de abril de 2011, até 2017, foi contratada a empresa Revita para receber os RCC
coletados em Salvador, em um aterro situado na BR 324. Em virtude da inexistência de outro
aterro nas proximidades de Salvador o contrato foi firmado por inexigibilidade. Ocorre que a área
Plano Municipal de Saneamento Básico Integrado de Salvador
Produto F – Diagnóstico dos Serviços de Saneamento – Produto Parcial F1
1056
destinada ao aterramento de resíduos se esgotou e em março de 2016, então a empresa Revita
implantou um novo aterro de inertes no município de Simões Filho, desta vez, licenciado em nome
de Águas Claras Ambiental (ACA), com sucessivos contratos, anual, ainda por inexigibilidade, até
outubro de 2020, momento em que se iniciam os contratos para a prestação de serviços de
gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos das empresas Águas
Claras Ambiental Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda e da Eucafi
Engenharia e Consultoria Ltda.
Assim, a partir de março de 2016, os RCC coletados no município passaram a ser encaminhados
ao novo Aterro da Revita (ACA), situado fora do município de Salvador, em Simões Filho. Todavia,
em 07 de outubro de 2020 foi publicado no Diário Oficial do Município de Salvador o resultado da
Concorrência Pública nº 002/2020 cujo objeto foi:
“contratação de pessoa jurídica visando a prestação de serviços de
gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos, nas
etapas de recebimento, triagem, valorização, por meio de técnicas de
eficientização de reutilização e reciclagem; destinação ambientalmente
adequada de resíduos e disposição final unicamente de rejeitos da construção
civil (RCC) e volumosos provenientes do Município do Salvador, em Central de
Tratamento de Resíduos, subdividido em 02 (dois) lotes, sob regime de
empreitada por preço unitário, de acordo com a prescrição da Lei Federal nº
12.305/2010 e no conceito de “Cidade Sustentável”, conforme especificações
contidas no Projeto Básico - Anexo I do Edital (SALVADOR, 2020)”.
Na referida concorrência, foram licitados 02 lotes, denominados como Lote 01 e Lote 02, sendo
que, a empresa Eucafi Engenharia e Consultoria Ltda. foi a vencedora do Lote 01 e a empresa
Águas Claras Ambiental Central de Tratamento e Beneficiamento de Resíduos Ltda. foi a
vencedora do Lote 02.
Sendo assim, a seguir é feita a descrição das empresas, supracitadas, que atualmente fazem o
recebimento dos RCC e de volumosos gerados em Salvador, tendo em vista as informações
disponibilizadas pela LIMPURB e as observações feitas quando das visitas técnicas aos
empreendimentos.
Durante visita a cooperativa, observou-se que o local está em funcionamento desde o ano de
2007, cujo imóvel é representado por galpão totalmente coberto e provido de piso de concreto.
Todos os materiais recicláveis recebidos são armazenados dentro do referido galpão, em bags
específicos, prateleiras metálicas e caçambas plásticas.
Quando da vistoria não foram verificados indícios de contaminação, sendo que o piso de concreto
estava em boas condições e não sendo observadas manchas significativas. Tendo em vista os
aspectos descritos, a área não foi classificada como potencial (AP) ou suspeita (AS) de
contaminação.
Da Erro! Fonte de referência não encontrada. a Erro! Fonte de referência não encontrada. estão
ilustrados os aspectos descritos.
Na visita feita na área, verificou-se que a cooperativa está em funcionamento desde o ano de
2005. O imóvel é de propriedade da Prefeitura, sendo representado por área provida de piso de
concreto e com dois espaços onde existem coberturas, além de edificação de apoio.
Na área coberta, basicamente são feitos os serviços de prensagem do material, sendo que,
aqueles recebidos e pós prensagem ficam estocados nas áreas descobertas, dentro de bags
específicos.
Verificou-se que além dos resíduos, existiam alguns veículos, aparentemente sem utilização, que
estavam estacionados no local, além do lançamento de alguns resíduos em áreas de encosta,
onde não há a impermeabilização por piso de concreto, ou seja, estes estavam dispostos
diretamente nos solos naturais.
Problema comum nos demais locais, a área aberta dos resíduos armazenados sobre o piso de
concreto e solos naturais acabam sofrendo incidência de águas pluviais. Com isso, aumenta a
No Brasil, a realidade da disposição final do lodo gerado nas estações de tratamento de água e
esgoto, de modo geral, está limitada ao descarte direto destes em aterros sanitários ou lixões
(MOTTA SOBRINHO et al.,2019).
Segundo Achon, Barroso e Cordeiro (2013), essa medida de descarte do lodo, sem tratamento,
não é considerada a opção mais ambientalmente adequada, uma vez que a disposição desse tipo
de resíduo com características de elevadas cargas orgânica quando realizadas de maneira
inadequada, compromete diretamente a vida útil das células no aterro, ou no caso dos lixões (os
quais não apresentam estruturas de proteção do solo), acaba contaminando o solo e recursos
hídricos, comprometendo ainda mais com o problema do manejo dos resíduos urbanos.
Atualmente, já existem inovações tecnológicas que buscam minimizar essas questões associadas
à disposição final do lodo gerado sem tratamento em aterros sanitários ou lixões. Essas
tecnologias visam essencialmente utilizar o lodo como matéria-prima, e consequentemente,
demandam um menor volume de lodo a ser dispostos no aterro sanitário, influenciando
diretamente na eficiência de operação da estrutura e prolongando a vida útil das células.
Destaca-se a tecnologia utilizada para aproveitamento do lodo como matéria-prima para
fabricação de tijolos, apresentada nos trabalhos de Lins, Ferreira e Lins (2019) e Soares Júnior, et
al. (2015), os quais utilizaram respectivamente o lodo produzido das estações de tratamento de
NOTA: 2a) Caixa de Sarjeta na Avenida Luiz Tarquínio – Boa Viagem; 2b) Rua Manoel Bonfim – São Marcos; 2c) Avenida Luiz Maria –
Uruguai; 2d) Dique do Tororó – Sentido Lapa.
Tal significância está mais diretamente relacionada com a tipologia da atividade desenvolvida por
esses empreendimentos. Assim, quando agrupadas pela sua Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE), para o Município de Salvador (Erro! Fonte de referência não encontrada.),
as indústrias de transformação (Seção C) representam a maior parcela, com cerca de 71%,
seguidas pelas de construção (Seção F), com 24,3%, e pelas envolvidas na prestação dos
serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e na gestão de resíduos e
descontaminação (Seção E), com 2,26%. Cada seção será abordada em seguida.
A seguir serão descritas cada seção apresentada na Erro! Fonte de referência não encontrada..
No Município de Salvador estão estabelecidas indústrias que estão envolvidas nas duas
atividades, produção de gás e energia elétrica, desenvolvendo para essa última atividade correlata
de transmissão e distribuição, como ilustrado no Erro! Fonte de referência não encontrada..
Quadro 76. Empreendimentos da Seção D no Munícipio de Salvador
Divisão Grupo CNAE Descrição Quantidade
35.1 D3511501 Geração de energia elétrica 06
35.1 D3512300 Transmissão de energia elétrica 01
D35 35.1 D3514000 Distribuição de energia elétrica 01
Produção de gás; processamento de gás
35.2 D3520401 01
natural
Total 09
Fonte: CONCLA, 2021. CSB Consórcio, 2021.
Para os empreendimentos do Grupo 35.1 serão considerados os resíduos provenientes das suas
atividades administrativas, que se equiparam aos resíduos sólidos domiciliares coletados, e os
possíveis resíduos gerados nas etapas de manutenção dos seus serviços, sobre os quais não é
possível detalhar, dada a ausência de dados específicos sobre cada um desses estabelecimentos.
A Termoverde S.A., integrante dessa Seção D, é melhor abordada no Capítulo Erro! Fonte de
referência não encontrada. do presente documento.
SEÇÃO E - ÁGUA, ESGOTO, ATIVIDADES DE GESTÃO DE RESÍDUOS E
DESCONTAMINAÇÃO
Esta seção compreende as atividades de captação, tratamento e distribuição de água, dadas por
uma instalação de infraestrutura (redes permanentes de tubulações e dutos) ou por outras formas
de distribuição, assim como as envolvidas na gestão de redes de esgoto (coleta e tratamento) e
as atividades relacionadas à gestão de resíduos de todas as tipologias. Quanto a temática dos
resíduos sólidos, as cooperativas que realizam o reaproveitamento como matéria-prima
secundária para outros processos de produção também são agrupadas nessa seção (CONCLA,
2021).
No Município de Salvador estão estabelecidas indústrias envolvidas na prestação dos serviços
relacionados ao saneamento municipal, compreendendo as cooperativas de recicláveis e as
empresas transportadoras de resíduos, conforme apresentado no Erro! Fonte de referência não
encontrada..
Quadro 77. Empreendimentos da Seção E no Município de Salvador
Divisão Grupo CNAE Descrição Quantidade
Captação, tratamento e distribuição de
E3600601 01
E36 36.0 água
E3600602 Distribuição de água por caminhões 01
E37 37.0 E3701100 Gestão de redes de esgoto 01
Suporte
Copos descartáveis - II - A Diário Aterro Sanitário
Ambiental LTDA
Resíduos de varrição
Comercialização para
das fábricas e moinho –
- II - A Quinzenal empresas de
farinhas e pós de
reciclagem
massas.
Peças de máquinas, Comercialização para
Sucata de metais
- II - B restos de peças de Semanal empresas de
ferrosos
usinagem. Apoio Ambiental reciclagem
Comércio Comercialização para
Sucata de metais não Serviços e
- Semanal empresas de
ferrosos Indústria LTDA reciclagem
ME
Embalagens, Comercialização para
Papelão - II - A tambores de papelão Semanal empresas de
e tubetes de papelão. reciclagem
Resíduos de madeira Comercialização para
Pallets - II - A contendo substâncias Semanal empresas de
não tóxicas reciclagem
Com isso, dada a ausência de resposta por parte desses empreendimentos aos ofícios encaminhados, não
foi possível identificar as formas de coleta, acondicionamento, transporte, destinação e disposição final,
bem como os equipamentos utilizados e os custos envolvidos no processo, de forma presencial devido a
pandemia da COVID 19 atendendo ao protocolo da OMS.
NOTA: (1) Conforme o § 1º do Art.3º da Resolução CONAMA nº307/2002, “no âmbito dessa resolução consideram-se
embalagens vazias de tintas imobiliárias, aquelas cujo recipiente apresenta apenas filme seco de tinta em seu revestimento
interno, sem acúmulo de resíduo de tinta líquida”. Para tanto, as embalagens devem ser submetidas a sistema de logística
reversa, de modo a contemplar destinação ambientalmente adequada aos resíduos de tinta presentes na embalagem.
O Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta o quantitativo mensal dos resíduos da
construção civil coletados pelo Poder Público e encaminhados para o Aterro Águas Claras
Ambiental, totalizando 60.936 viagens. Salienta-se que a partir do final de outubro de 2020, esses
RCC passaram também a serem encaminhados para o Aterro de Inertes da Eucafi Engenharia e
Consultoria Ltda, conforme Erro! Fonte de referência não encontrada., realizando 4.637 viagens
apenas nesses dois últimos meses.
Assim, nesse Plano de Contingência estarão estabelecidas as diretrizes que o Consórcio seguirá
em caso de interrupção dos trabalhos por acidente/defeito nos veículos de coleta; acidente com
derramamento de resíduos em áreas públicas e, em caso de paralisação (greve) das equipes, ou
por quaisquer outros motivos que deixem indisponíveis os recursos disponibilizados pelo
Consórcio. Ressalta-se que o objetivo principal do plano é proteger vidas, informações e as
instalações; antecipando os problemas e restaurando as atividades em caso de situações
inesperadas.
Já no Plano de Emergência estão sintetizados os procedimentos descritos para resolução de
eventuais incidentes e situações de emergência que possam ocorrer durante o Contrato. O
acidente ou defeito do veículo de carga que impossibilite o seu funcionamento, dentro do
planejamento das atividades de limpeza urbana, cujos valores para suprimento de equipamentos
e veículo em caso de danos durante a execução das atividades estão dimensionados, o que se
denomina reserva técnica (equivalente ao mínimo de 10% do total dimensionado).
No entanto, ocorrendo um comprometimento da frota e do ferramental acima da quantidade
inicialmente prevista, por qualquer motivo, o Consórcio se responsabilizará pela provisão de frota
e equipamentos, em caráter emergencial, de modo a suprir as necessidades e garantir a
continuidade dos serviços prestados. No caso de acidente com derramamento de resíduos em
áreas públicas, os agentes de limpeza serão orientados para evitar o rompimento dos sacos de
resíduos durante a execução do serviço de coleta. Caso ocorra a queda de resíduos em vias
públicas, os agentes de limpeza efetuarão seu recolhimento com a utilização de pás, vassouras e
demais ferramentas presentes nos veículos de coleta, de forma que as características originais do
local sejam restauradas, minimizando qualquer incômodo à população e minimizando também a
necessidade de repasses de varrição, de modo a auferir maior qualidade aos serviços. Caso
necessário, será acionada a equipe de lavagem de logradouros para efetuar o jateamento d’água
com pressão suficiente para a limpeza de todos os resíduos restantes e impregnados no
pavimento, de tal forma que o local afetado fique livre de sujeira, resíduos e odores
desagradáveis, pois será adicionado na água de lavagem produtos detergentes e aromatizantes,
possibilitando a desinfecção das vias. A água utilizada para a lavagem dos logradouros públicos é
retirada do poço situado na antiga sede da LIMPURB, na Avenida San Martin.
• Todo e qualquer resíduo, quando não destinado de forma correta de potencial para gerar sérios
danos ambientais. São exemplos de resíduos gerados nos serviços de transportes de modo geral
(portos, rodoviárias, ferroviários e de aeroportos):
• Resíduo orgânico gerados em praças de alimentação dos terminais rodoviários, ferroviários e de
aeroportos;
No dia 17 de maio de 2022, foi realizada visita técnica, entrevista e aplicação de questionário com
a empresa vencedora da licitação, o Novo Terminal Rodoviário de Salvador (NTRS), na figura do
Sr. Adevaldo Santos, bacharel em administração, Gerente de Operações do Terminal,
responsável pela coordenação das atividades vinculadas com a gestão de resíduos.
O terminal rodoviário tem três plataformas de transporte com 18 vagas, por plataforma, para
ônibus rodoviários municipal e estadual. Sua capacidade aproximada é de dois milhões de
pessoas por mês e nos primeiros cinco meses de 2022 teve uma média de utilização de 450 mil
pessoas/mês, funcionando 24h por dia, sete dias na semana.
No terminal rodoviário os resíduos são recolhidos em coletores comuns, sem seletividade, ao
longo da estação, próximos aos pontos de geração como lanchonetes, lojas, etc. Os resíduos
administrativos seguem o mesmo princípio da coleta no terminal. Tal logística interna é executada
por 60 (sessenta) agentes de limpeza (instruídos por supervisores), divididos por turno e
folguistas.
O PGRS ainda está em fase de elaboração para a nova rodoviária, o atual prédio será
desapropriado futuramente. A presente sede opera sem um PGRS, bem como sem plano de
emergência, desde o início de operação e após a licitação, onde NTRS assumiu operação. O
responsável não soube informar se existia plano anterior. Não existem relatórios mensais de
controle de resíduos. Todavia, os resíduos são coletados pelo Consórcio Salvador Ambiental,
identificado o equipamento urbano como grande gerador. A Figura 1064 apresenta o tipo de
acondicionador interno utilizado no Terminal Rodoviário de Salvador.
1
Embora a informação da CCR Metro Bahia afirma que o transportador seja a Eccomar, na LIMPURB está cadastrada, como transportador, a empresa Soluções Ambientais.
308
Declaração de
Dispensa de Outorga -
Lançamento de
INEMA
3 Efluentes Tratados - 05/12/2017 05/12/2021
(Estadual)
gerados no Pátio
Pirajá, Estação Pirajá
e Terminal Pirajá
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
4 Trecho Acesso Norte a 19/11/2016 19/11/2024
12.928 (Estadual)
Rodoviária
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
5 Trecho Rodoviária a 05/05/2017 05/05/2025
13.950 (Estadual)
Pituaçu
Licença de Operação -
Portaria Nº INEMA
6 Trecho Pituaçu a 06/09/2017 06/09/2025
14.762 (Estadual)
Mussurunga
Licença de Alteração -
Trecho Mussurunga a Portaria Nº INEMA
7 13/01/2018 30/07/2023
Aeroporto (Intervenção 15.513 (Estadual)
Bambuzal)
Licença de Operação - Portaria Nº INEMA
8 27/01/2018 27/01/2026
Terminal Pituaçu 15.585 (Estadual)
Licença de Operação - 24/03/2026
Portaria Nº INEMA
9 Trecho Mussurunga a 24/03/2018
15.833 (Estadual)
LINHA 2
Aeroporto
Declaração de -
Inexigibilidade de
SEDUR
10 Licença Ambiental de - 08/05/2018
(Municipal)
Operação - Terminal
Acesso Norte
Licença de Operação - 30/06/2026
Terminal Aeroporto e
Portaria Nº INEMA
11 Pátio de 30/06/2018
16.442 (Estadual)
Estacionamento de
Trens
Declaração de -
Inexigibilidade de
SEDUR
12 Licença Ambiental de - 14/01/2019
(Municipal)
Implantação - Pátio de
Estoque de Ônibus
Declaração de -
Inexigibilidade de INEMA
13 - 19/02/2019
Licença Ambiental de (Estadual)
Alteração - Terminal
8.12.4. PORTOS
O Porto de Salvador está localizado na Avenida França, nº 1551, no bairro do Comércio, na
Região Metropolitana de Salvador, Bahia (CEP: 40.010-000). Está inserido na encosta oriental da
Baía de Todos os Santos (Latitude: 13º00’37’’ S e Longitude: 38º 35’00’’ W).
O Porto de Salvador funciona em horário administrativo (no período das 8h às 17h). No entanto, o
empreendimento continua aberto além do horário administrativo para a realização de operações
nas embarcações, conforme a necessidade.
O estabelecimento tem como principal característica ser um porto com perfil exportador de
produtos e se destaca pela movimentação de contêineres, cargas gerais, trigo, celulose e também
na recepção de cruzeiros marítimos. É um dos maiores exportadores de frutas do Brasil, com
expressiva participação no comércio exterior. O Porto de Salvador é pertencente à União, e o
Governo Federal é responsável por sua administração por meio da Companhia das Docas do
Estado da Bahia (CODEBA).
Sobre a gestão de resíduos na CODEBA, funcionários relataram que a Companhia realiza a coleta
e agregação de informações sobre os resíduos sólidos (Dispostos Pela Comissão de Coleta
Seletiva), através do inventário de resíduos sólidos e do relatório semestral com informações das
práticas de coleta seletiva, eventos educativos promovidos pela empresa que contam com a
presença dos catadores na demonstração de artigos confeccionados com material reciclável,
fortalecendo a parceria com a CAMAPET.
Além disso, possui Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, o qual está disponível em
endereço virtual da CODEBA. No endereço virtual também é possível identificar os programas que
apresentam as iniciativas para identificação de ações e planos para emergências e contingências.
*Escritórios administrativos
A partir das informações, constata-se que a maioria dos empreendimentos que possuem alguma
relação com atividade de mineração (5 dos 8 empreendimentos listados) estão alocados no grupo
do CNAE B0810099 – “Extração e britamento de pedras e outros materiais para construção e
beneficiamento associado”. Além disso, verifica-se que esse mesmo grupo apresenta os
empreendimentos com maiores portes dentre todos os CNAE, sendo evidenciado pela quantidade
total de funcionários apresentados.
Constata-se uma forte correlação entre as questões abordadas tanto na Lei nº 12.305/2010, que
instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), quanto nos preceitos trazidos no Plano
Nacional de Mineração 2030. Essa relação deve se estender, de forma que se materialize em
programas, projetos, ações e metas, atingindo o objetivo de um atendimento eficiente mútuo entre
esses aspectos
Destaca-se, por fim, a necessidade de organização das informações relacionadas à geração e
disposição de resíduos sólidos nas atividades de mineração, o que implica, dentre outras
medidas, na busca de integração entre os órgãos responsáveis pela gestão ambiental e os órgãos
responsáveis pela gestão dos recursos minerais.
Outras informações foram solicitadas como tipos de resíduos gerados, etapas do gerenciamento,
situação quanto ao licenciamento ambiental etc, porém os responsáveis pelo gerenciamento dos
resíduos não responderam ao questionário enviado, observando o cumprimento do protocolo da
OMS devido a pandemia da COVID-19, de modo a obter tais informações complementares, assim
✓ Grupo II - não degradáveis como os do grupo I: roupas, restos de caixões, que podem
apresentar potencial de contaminação na área do aterro onde são dispostos;
Parte dos resíduos sólidos cemiteriais se assemelham aos aspectos dos resíduos de construção
civil, principalmente aqueles provenientes da construção e reforma de túmulos e da infraestrutura
do cemitério, cujas diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão são definidos pela
Resolução CONAMA nº 307/2002 (BRASIL, 2002).
A Lei Estadual nº 12.932, de 07 de janeiro de 2014, que institui a Política Estadual de Resíduos
Sólidos (PERS), classifica em seu artigo 12º, inciso I, os resíduos cemiteriais quando gerados nos
cemitérios, subdivididos em humanos e não humanos, resultantes da exumação dos corpos e da
O empreendimento está localizado na Ladeira Quintas dos Lázaros, s/n, Portão 02, Baixa de
Quintas, em Salvador, Bahia; CEP: 40.300-415. As suas coordenadas correspondentes são:
Latitude -12.964011 e Longitude: -38.489151, integrando o complexo de cemitérios da Quinta dos
Lázaros. A Erro! Fonte de referência não encontrada. ilustra o mapa de localização do cemitério.
Figura 1079. Mapa de localização do Cemitério Ordem Terceira de São Francisco
• Restos de madeira;
• Materiais têxteis;
• Entulhos de demolição;
• Pedras, areia;
• Sucata de ferro;
• Podas e galhos.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010,
define a logística reversa como:
Dito isso, determinados resíduos foram enquadrados como Logística Reversa, devendo todos os
atores envolvidos, desde a sua extração até a destinação, serem responsabilizados pelo seu
correto manejo. Guiada por esse princípio da Responsabilização Compartilhada, a Logística
Reversa foi estabelecida como obrigatória para seis tipos de resíduos, conforme Lei 12.305/2010:
I - Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA, do SNVS e do SUASA, ou em normas
técnicas;
II - Pilhas e baterias;
III - Pneus;
IV - Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. (BRASIL, 2010, p. 20-21).
O Poder Público local pode se responsabilizar pela destinação adequada de uma pequena parte
de materiais que não fazem parte da Logística Reversa. Em contrapartida, deve negociar com as
empresas para que esta política seja implementada de maneira eficiente, de acordo com as
cadeias da política de logística reversa definidas pelo CONAMA.
PEV:
Soma negócios inclusivos Ltda. Me - Salvador
Praça da Revolução, bairro Periperi, Salvador-BA
Nespresso Boutique Salvador
Avenida Tancredo Neves,3133, Bairro Caminho das Árvores, Salvador-BA
Postos de combustíveis
Para aqueles que geram risco de contaminação do meio ambiente e da população, os mesmos
devem ter destinação correta sob responsabilidade do gerador, conforme previsto na Lei Federal
n° 12.305/2010, cabendo a municipalidade a cobrança do correto gerenciamento, prevendo, caso
necessário, multas e sanções.
Observa-se que os sistemas de logística reversa deverão ser integrados ao Sinir e que o
manifesto de transporte de resíduos (MTR), é documento auto declaratório válido no território
nacional, emitido pelo Sinir, para fins de fiscalização ambiental dos sistemas de logística reversa,
além das informações sobre o transporte de resíduos, os responsáveis pelos sistemas de logística
reversa integrarão e manterão atualizadas as informações, entre outras solicitadas pelo Ministério
do Meio Ambiente.
Na região metropolitana, as empresas mais apontadas pelas cooperativas foram Bahia Ecologia,
MMetais e Penha. O valor do alumínio variou entre R$ 3,80 a R$ 4,50 o preço do quilo no
Município.
Quadro 114. Totais de faturamento (em milhões de R$), volume recolhido (em milhares de
toneladas) e preço médio (em R$/Kg), por região e material, em 2019
Tipo de reciclável Brasil NE
Faturamento 29,14 3,47
Papel Volume 190,82 18,85
Preço 0,36 0,33
Faturamento 31,96 1,8
Plástico Volume 76,04 3,42
Preço 1 1,03
Faturamento 4,32 0,57
Alumínio Volume 3,22 0,35
Preço 3,66 3,69
Faturamento 4,78 0,37
Outros Metais Volume 27,91 2,17
Preço 0,51 0,36
Faturamento 1,28 0,08
Vidro Volume 104,2 7,87
Preço 0,11 0,14
Faturamento 0,16 0,3
Outros Materiais Volume 4,33 0,09
Preço 0,64 0,71
Fonte: ANCAT e PRAGMA, 2020. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
Embora o crescimento do setor seja visto, por alguns, como reflexo da crise de outros ramos
comerciais, para muitos, a atividade realmente é promissora e demanda mais investimentos.
A CAEC apresenta uma estrutura maior, possuindo quatro galpões, mais de cinco prensas
funcionando e três caminhões. Os cooperados estavam bem divididos com relação ao gênero e
todos estavam utilizando equipamentos de segurança, incluindo máscara.
Tabela 144. Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem Responsabilidade Ltda
(COOPCICLA)
COOPCICLA - COOPERATIVA DOS AGENTES AUTÔNOMOS DE RECICLAGEM
RESPONSABILIDADE LTDA
Endereço: Rua Cônego Pereira, s/n, galpão 01, Sete Portas
TEMPO DE ANO DE Nº
EXISTÊNCIA (anos) FUNDAÇÃO COOPERADOS TIPO DE RESÍDUO
24 1997 13 Metais, plástico, papel e óleo
Fonte: Prefeitura Municipal de Salvador*, 2021. Elaboração: CSB Consórcio, 2021.
NOTA: *Os dados da tabela acima foram obtidos através de entrevistas in loco, sendo então identificados como dados
primários do diagnóstico.
A COOPCICLA funciona em espaço menor, no entanto, mais organizado para separação dos
resíduos, possuindo prensa e caminhão próprio. Por estar localizada no bairro Sete Portas, os
cooperados têm dificuldade em manter o valor do transporte para deslocamento pessoal. Então, a
cooperativa busca suprir essa vulnerabilidade com um auxílio-transporte semanal. A cooperativa é
uma das mais antigas, funcionando desde 1997 e ainda compartilha das dificuldades relatadas
pelas demais. Esse período pandêmico fez com que o número de cooperados da COOPCICLA
reduzisse de 65 para 13 e as toneladas vendidas, que antes chegavam a 230 toneladas,
atualmente corresponde a 40 toneladas, uma redução maior que 50%.
Tabela 145. Cooperativa de Catadores de Resíduos (CRG-BAHIA)
CRG-BAHIA - COOPERATIVA DE CATADORES DE RESÍDUOS
2
Até o momento foram aplicados 50 questionários, sendo que 30 correspondem a catadores de materiais recicláveis que
atuam na parte continental.
3
Maior Incidência de catadores em Botelho, Santana, das Neves, Bananeiras, Praia Grande e Porto dos Cavalos.
4
big bags são sacolas grandes de polipropileno resistente. O custo de aquisição de cada sacola é, em média R$60,00 (preço cota do
em Salvador – dezembro/2020)
5
O custo de cada saco, em média, é de R$2,50 (dois reais e cinquenta centavos). Preço cotado em Salvador (Dezembro/2020)
• Universalização do acesso;
• Qualidade dos serviços prestados;
• Eficiência;
• Sustentabilidade econômico-financeira; e
• Sustentabilidade ambiental.
a) Atendimento à Sociedade;
b) Gerenciamento dos Resíduos Domiciliares;
c) Gerenciamento dos Resíduos de Limpeza Urbana;
d) Gerenciamento dos Resíduos de Construção Civil;
e) Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde;
f) Coleta Seletiva;
g) Destinação e Disposição Final Ambientalmente Adequada;
h) Gerenciamento de Resíduos Industriais e de Mineração;
i) Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Transporte;
j) Gerenciamento dos Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico;
k) Gerenciamento de Resíduos Agrossilvopastoris;
l) Gerenciamento de Resíduos Cemiteriais.
No entanto, serão analisadas primeiramente informações e indicadores fornecidos pelo SNIS, mas
que auxiliam no entendimento do comportamento do sistema e influem em outros indicadores que
serão tratados mais à frente. Ressalta-se que algumas das informações apresentadas nas tabelas
a seguir serão utilizadas como variáveis para o cálculo dos indicadores propostos no Produto D e
nesse caso está indicada nas tabelas a codificação utilizada no âmbito do PMSBI, além do código
da informação no SNIS.
Importante destacar que em função das dificuldades da pandemia e da não entrega das
informações pelos órgãos responsáveis para os levantamentos dos dados, alguns dos indicadores
propostos não puderam serem apresentados.
Sobre a subcategoria de Atendimento à Sociedade a Tabela 157 apresenta as séries históricas
sobre o Índice de reclamações do serviço coleta de resíduos sólidos urbanos entre os anos de
2016 e 2020.
Tabela 157. Informações sobre atendimento a Sociedade
PMSBI QR1 QR1
SNIS AG021 AG002
Ano Índice de reclamações do Número de Acessos na
serviço coleta de Resíduos página da LIMPURP
sólidos urbanos (unid.)
(unid)
2016 1.490 -
2017 1.251 33.468
2018 1.512 150.910
2019 1.280 186.294
Sobre o gerenciamento dos resíduos de construção civil e coleta seletiva, apresentamos na Erro!
Fonte de referência não encontrada. os indicadores sobre taxa de resíduos sólidos da construção
civil (RCC) coletada pela Prefeitura em relação à quantidade total coletada e Massa recuperada
per capita de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à população
urbana), a Massa per capita de materiais recicláveis recolhidos via coleta seletiva e, por fim, a
taxa de recuperação de materiais recicláveis (exceto matéria orgânica e rejeitos) em relação à
quantidade total (RDO+RPU) coletada. Destaca-se o aumento na recuperação de materiais
recicláveis a partir do ano de 2017. Contudo, esse valor pode ser ampliado com políticas melhores
e mais efetivas.
8.18.2. QUALISALVADOR
O Projeto Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador (QUALISalvador) (SANTOS et al., 2021) é
um projeto de pesquisa realizado em conjunto por vários campos de conhecimento, buscando
compreender as realidades da cidade de Salvador nas mais diversas perspectivas. De todos os
capítulos abordados no projeto, receberá foco neste texto o específico sobre saneamento básico,
sendo o tema do diagnóstico.
No capítulo “ÁGUAS, RESÍDUOS E LUGARES NA CIDADE DE SALVADOR”, o projeto traz uma
abordagem detalhada sobre o saneamento no município de Salvador. Ele inicia trazendo um
enfoque sobre os aspectos políticos, jurídicos e institucionais do saneamento básico em Salvador,
contextualizando com os acontecimentos históricos em torno do tema.
Analisando-se os dados da geração de resíduos sólidos urbanos e públicos e quantidade coletada
(1.000 t e %), 2009-2019 segundo o estudo da QUALISalvador (2021) sobre as quantidades de
resíduos sólidos urbanos coletados (em 1.000 t/ano e em %) ao longo dos anos, nota-se que
houve um aumento na quantidade coletada de 2009 a 2015, passando por uma diminuição até
2017, e voltando a aumentar até 2019, refletindo essa tendência na estimativa de geração.
(SANTOS et al., 2021).
Na Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta a geração de resíduos sólidos urbanos e
públicos e quantidade coletada (1.000 t e %), 2009-2019.
O Projeto QUALISalvador (SANTOS et al., 2021) apresenta que nas áreas de difícil acesso, que
se caracterizam por vias com largura, pavimentação e iluminação inadequadas para o acesso de
veículos, os resíduos são coletados por meio de alternativas diferenciadas, como contêineres,
lixodutos ou barcos, entre outras soluções que se aplicam em áreas de encosta com maior
inclinação. Com dados informados pelo Município, segundo SANTOS et al (2021) conforme
diagnósticos de manejo de resíduos sólidos urbanos, a Erro! Fonte de referência não encontrada.
mostra que a cobertura com esses serviços em Salvador vem mantendo-se próxima à
universalização e praticamente a mesma (96,70% e 96,68%) nos anos de 2014 a 2019, embora a
cobertura da população com serviço de coleta domiciliar porta a porta tenha sido, em 2014, de
80,02%, com uma pequena redução para 77,34% em 2019.
a.
b.
Fonte: SANTOS et al., 2021.
O município de Salvador, por meio de seus agentes públicos, não realiza nenhum controle
operacional que separe o atendimento quanto ao sexo, raça, escolaridade e renda. Contudo, o
estudo realizado pela QUALISalvador nos apresenta uma abordagem sobre sexo, cor/raça,
escolaridade e faixa de renda, conforme aponta o Erro! Fonte de referência não encontrada.,
referente ser adequada ou inadequada ao tipo e frequência de coleta de RSD por sexo, cor/raça,
escolaridade e faixa de renda mensal familiar, em número e proporção de domicílios (%), 2018-
2020.
Destaca-se um atendimento adequado, para a amostra da pesquisa, mais para a população da
raça branca do que para a população de raça negra. Assim como, o atendimento inadequado do
tipo e da frequência de RSD, possui percentuais de maior valor para aqueles com escolaridade
intermediária e baixa, comparada à alta. Também, como o atendimento inadequado é superior
para a renda de 1 a 5 salários-mínimos.
Quadro 116. Tipo e frequência de coleta de RSD por sexo, cor/raça, escolaridade e faixa de
renda mensal familiar, em número e proporção de domicílios (%), 2018-2020
Tipo e frequência de coleta de RSD
Adequada Inadequada Não tem Total
sólidos
Sexo
N 3.499 1.303 1.485 6.288
Masculino
% 55,66 20,73 23,61 100
N 4.810 1.873 2.274 8.957
Feminino
% 53,70 20,91 25,39 100
N 8.310 3.176 3.759 15.245
Total
% 54,51 20,83 24,66 100
Qui-quadrado de Pearson p < 000,1
Cor/raça
N 1.509 351 277 2.137
Branco
% 70,61 14,5 12,94 100
N 6.586 2.730 3.379 12.695
Negro
% 51,88 21,51 26,62 100
N 223 97 108 428
Outro
% 52,1 22,71 25,19 100
N 8.318 3.179 3.764 15.260
Total
% 54,51 20,83 24,66 100
Qui-quadrado de Pearson p < 000,1
Escolaridade
Alta N 2.027 463 287 2.777
A Lei define ainda no artigo 19º, inciso II apresenta o conteúdo mínimo do plano municipal de
gestão integrada de resíduos sólidos, que destacam-se entre eles:
I - Identificação de áreas favoráveis para disposição final ambientalmente adequada de rejeitos,
observado o plano diretor de que trata o § 1º do artigo 182º da Constituição Federal e o
zoneamento ambiental, se houver”.
Sendo assim, considerando estes aspectos previstos na Política Nacional de Resíduos Sólidos, há
a necessidade de o poder municipal buscar soluções para gerenciamento de resíduos sólidos
urbanos, especialmente quanto à disposição final, sendo uma dessas soluções a construção de
aterros sanitários para disposição de rejeitos.
A mesma linha de raciocínio se aplica para os Resíduos da Construção Civil (RCC) e de Serviços
de Saúde (RSS), ou seja, há a necessidade da busca de soluções para manejo e destinação final
adequada destes resíduos.
Atualmente em Salvador, os RSU são destinados para o Aterro Metropolitano Centro (AMC), o
qual representa um aterro sanitário, que possui vida útil estimada em cerca de 24,5 anos.
Os Resíduos da Construção Civil (RCC) são coletados pelo município, parcela pública, e
encaminhados para dois aterros de inertes específicos, sendo que um deles possui vida útil
potencial de 20 anos.
Já os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são coletados, tratados e dispostos por empresas e
locais distintos, tendo em vista que esta responsabilidade é do gerador, ou seja, o município de
Salvador não executa a coleta, tratamento e destinação final de RSS, porém, no caso dos RSS
gerados de responsabilidade do município, a SMS contrata diretamente as empresas cadastradas
na LIMPURB para o manejo desses resíduos.
Desta maneira, considerando a eventual necessidade da implantação de aterros sanitários e/ou
de inertes no município, para recebimento de RSU, RSS pós-tratamento, e RCC, a seguir são
Com a análise dos dados da tabela acima, os resultados podem ser comparados com os critérios
de priorização, apresentados na Tabela 164.
Tabela 164. Critérios de priorização para implantação de aterro sanitário
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS
DADOS NECESSÁRIOS
Possível Adequada Não recomendada
Destaca-se ainda, que o PDDU não aborda de maneira profunda as questões previstas na
legislação de resíduos sólidos, tais como educação ambiental, logística reversa, participação e
controle social, sistema de informação e estudo de regionalização da gestão integrada de
resíduos sólidos.
Ressalta-se a necessidade de identificar a articulação com todas as componentes do saneamento
básico (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas), bem como a definição de
diretrizes para o destino final dos resíduos sólidos considerando a vida útil dos Aterros Sanitários
e os impactos destes equipamentos para a Região Metropolitana.
Portanto, é necessária a articulação dos elementos abordados no PDDU com demais planos
existentes ou a serem elaborados na área de saneamento básico e resíduos sólidos (como o
Plano Municipal de Saneamento Básico, Plano Municipal da Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, Plano Intermunicipal da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana
de Salvador, Plano Estadual de Saneamento Básico, Plano Estadual da Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos, dentre outros, quando existentes).
Por fim, é importante destacar que o saneamento básico é um serviço público fundamental no que
tange à adaptação e mitigação das mudanças climáticas e questões socioambientais delas
decorrentes, devendo sua universalização ser pautada no processo de elaboração do Plano
Municipal da Mata Atlântica e do Plano Municipal de Adaptação e Mitigação às Mudanças
Climáticas (PMAMC), em curso em Salvador.
Ainda, foram revogados pela Lei nº 14.026, de 2020, o artigo 14º e os incisos I, II e III, do Capítulo
III - Da prestação regionalizada de serviços públicos de saneamento básico da Lei nº 11.445/2007
a saber:
• Arranjo 01 com 3 municípios: Simões Filho, Lauro de Freitas e Salvador, sendo este município polo.
• Arranjo 02 com 2 municípios: Vera Cruz, sendo este município polo e Itaparica.
• Arranjo 03 com 3 municípios: São Sebastião do Passé, sendo este município polo, Pojuca e Mata de São
João.
• Arranjo 04 com 2 municípios: Camaçari, sendo este município polo e Dias D’Avila.
• Arranjo 05 com 3 municípios: São Francisco do Conde, sendo este município o polo, Madre de Deus e
Candeias.
Para o arranjo 1, o município de Salvador foi incluído na solução compartilhada com Lauro de
Freitas e Simões Filho na implantação de aterro metropolitano situado em Salvador. Também
foram contemplados os seguintes municípios: Camaçari (para atender Camaçari e Dias D’Ávila);
Ponta do Ferrolho (São Francisco do Conde, Candeias e Madre de Deus); Baiacu (Vera Cruz e
Itaparica).
Ainda, para o arranjo 1, no Programa PAC 2 Cidade Melhor, Grupo 1 (MCidades), através da
CONDER, foi proposto no estudo:
• 02 unidades de triagem para os municípios de: Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo 01 unidade para
cada município (licitação pela CONDER);
• 55 unidades de triagem para o município de Salvador;
• 124 PEV simples de RCC e volumosos para os 03 municípios do arranjo, sendo: 112 para o município de
Salvador, 07 para o município de Lauro de Freitas e 05 para o Município de Simões Filho;
• 12 ATT de RCC para os 03 municípios do arranjo, sendo: 10 para o município de Salvador, 01 para o
município de Lauro de Freitas e 01 para o município de Simões Filho;
• 02 aterros de RCC Inertes para os municípios de: Lauro de Freitas e Simões Filho, sendo 01 unidade para
cada município.
Neste estudo realizado em 2012, no arranjo territorial prevê-se um total de 195 intervenções para
curto prazo (2015) e 23 intervenções em longo prazo (2033), que são:
1° Alternativa 2° Alternativa
Equipamento
Custo total (R$/ano) Custo total (R$/ano)
Unidade de Triagem 3.170.127,60 1.126.194,21
Aterro de RCC Inertes 19.538.656,00 417.965,86
Metropolitana de Salvador
Fonte: SEDUR – Estudo de regionalização da Gestão Integrada de Resíduos Sólidos no estado da Bahia,
2012.
Buscando ao atendimento da Lei n° 12.305/10, onde está prevista a disposição final de rejeitos
em aterros como adequada, foi proposto a inserção de um Aterro Sanitário Compartilhado (ASC),
com a instalação de unidades de triagem em suas proximidades objetivando a segregação dos
resíduos recicláveis para reciclagem.
A logística em torno do município polo, Salvador, facilita a formação de arranjo territorial com três
municípios circunvizinhos (Salvador, Lauro de Freitas e Simões Filho), favorecendo a gestão
associada e o benefício de escala, principalmente na gestão consorciada para a disposição dos
rejeitos.
Para os desafios da Gestão e o Gerenciamento de Resíduos Sólidos e da Regionalização para
uma administração associada da prestação dos serviços de limpeza urbana e manejo de RS por
meio da formação de consórcios públicos, a SEDUR já assinou mais cinco protocolos de
intenções. Eles formalizam os termos de acordo de cooperação para apoio na elaboração dos
Planos Intermunicipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e com a assinatura foram
contemplados os consórcios chegando a um total de 12 consórcios com quase 140 municípios
conveniados, como por exemplo:
• Consórcio Alto Sertão (16): Lagoa Real, Caculé, Ibiassucê, Sebastião Laranjeiras, Palmas de
Monte Alto, Riacho de Santana, Candiba, Guanambi, Tanque Novo, Iuiú, Urandi, Malhada,
Matina, Igaporã, Pindaí, Caetité.
• Consórcio Bacia Do Jacuípe (16): Baixa Grande, Capela Do Alto Alegre, Capim Grosso,
Gavião, Ipirá, Mairi, Nova Fátima, Pé De Serra, Pintadas, Quixabeira, Riachão Do Jacuípe, São
José Do Jacuípe, Serra Preta, Serrolândia, Várzea do Poço e Várzea da Roça.
• Consórcio Bacia Do Paramirim (12): Dom Basílio, Érico Cardoso, Ibipitanga, Macaúbas,
Oliveira dos Brejinhos, Paramirim, Boquira, Botuporã, Caturama, Rio do Pires, Livramento de
Nossa Senhora, Novo Horizonte.
• Consórcio Velho Chico (6): Paratinga, Brotas de Macaúbas, Serra do Ramalho, Ibotirama, Bom
Jesus da Lapa, Morpará.
Assim, identifica-se soluções consorciadas para apoiar a elaboração dos Planos Intermunicipais
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, sendo que o Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos é condição para os municípios terem acesso a recursos da União, e a formação
de consórcios com a finalidade de soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos
resíduos sólidos tornou-se uma opção tangível e viável. Após a Lei nº 11.107/2005, que dispõe
sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências, o número de
consórcios em todo o Brasil começou a crescer.
Cabe aos municípios organizar sua política de desenvolvimento urbano, considerando os estudos
prévios de impactos de vizinhança e de impactos ambientais, previstos no Capítulo II, Seção I,
Inciso VI, artigo 4º, vigente na Lei nº 10.257/2001 (Estatuto da Cidade), bem como, no Inciso II do
planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões. Ainda no artigo
24º da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, passa a vigorar por meio da Lei nº 13.089, de 12 de
janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole) o artigo 34º-A, que diz nas Regiões Metropolitanas ou nas
aglomerações urbanas instituídas por lei complementar estadual poderão ser realizadas
operações urbanas consorciadas interfederativa, aprovadas por leis estaduais específicas.
Outra solução consorciada já existente, identificada e voltada para pequenos municípios
existentes no Estado da Bahia, com o objetivo de solucionar um grave problema de ordem
ambiental – a destinação inadequada do lixo através de Consórcio Intermunicipal como exemplo,
o território de identidade da mesorregião de Itapetinga e na região sudoeste de Vitória da
Conquista: Nova Canaã, Iguaí, Ibicuí, Firmino Alves, Santa Cruz da Vitória e Itajú do Colônia.
Em 2020, foi publicado no site do Governo Federal (www.gov.br) o resultado do Chamamento
Público nº 01/2020, com a lista dos consórcios públicos intermunicipais habilitados a receber
suporte do Fundo de Apoio à Estruturação e ao Desenvolvimento de Concessões e Parceria
Público Privada a Entes Subnacionais (FEP) para realizar projetos de concessões comuns de
serviços de manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU). Do total de 41 consórcios inscritos, 23
foram habilitados, abrangendo 304 municípios em oito estados – Bahia, Espírito Santo, Minas
Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo totalizando
9,9 milhões de habitantes beneficiados.
Para o Estado da Bahia, foram habilitados 08 (oito) consórcios conforme resultado do Edital de
Chamada Pública nº 001/2020 - Setor de Resíduos Sólidos Urbanos, no entanto para Salvador,
Lauro de Freitas e Simões Filho não se encontra nenhum Consorcio Intermunicipal que envolva
esses territórios da Região Metropolitana, a saber:
BA Consórcio Intermunicipal do Semiárido Nordeste II
BA Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Circuito do Diamante
Art. 3º- Os Estados, mediante lei complementar, poderão instituir regiões metropolitanas e
aglomerações urbanas, constituídas por agrupamento de Municípios limítrofes, para integrar a
organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.
A Figura 1101 apresenta o card utilizado para divulgação, com destaque para as datas de
realização de cada uma das Oficinas.
Somente um contêiner de coleta de lixo; falta de contêiner para coleta seletiva; falta de lixeiras no
bairro; O recolhimento do lixo ocorre poucas vezes na semana, acumulando assim grande
quantidade de lixo no local; Lixo a céu aberto.
Falta de Ecopontos nos bairros com aumento populacional (Ex: Pernambués, Beiru Tancredo
Neves e outros). A população não tem onde descartar RCC e faz isso nos passeios. Também na
frente das escolas estaduais do bairro tem essas caixas que atraem pombos, no Arenoso tem um
Colégio Luís Eduardo Magalhães que as paredes têm fezes de pombo; Resíduos sólidos no
Ecoponto; Locais como a comunidade Timbalada que tem caixa de lixo, mas não é o suficiente
para abarcar todos os resíduos que são gerados, principalmente os entulhos que são misturados
ao lixo comum. Locais como o Arenoso na Rua Risa Gomes (Sovaco das Cobras) onde o lixo é
jogado próximo ao canal, pois não tem caixa para coletar o lixo, também os resíduos comuns são
misturados com entulhos; temos muitos problemas em todas Cajazeiras referente a pontos de
coleta de lixo, principalmente, remanejamento das caixas para o meio da rua; comissão
permanente para acompanhar os bairros; Amontoado dos lixos nas ruas, produzindo pontos de
lixo, feito pelos trabalhadores da coleta, antes dos carros passarem, causando grandes
transtornos; Precisa colocar lixeira da entrada do condomínio outro local.
Na área de influência da Escola Novo Horizonte - resíduos descartados diretamente sobre o solo
e falta de coletores em alguns pontos específicos, coleta de resíduos, serviço de limpeza das
ruas, pontos de coleta seletiva, educação ambiental para a comunidade; Lançamento de entulho,
móveis, etc., no rio que fica na Rua Hélio Machado; Tem coleta, mas o povo não respeita e joga
lixo nas ruas de Itapuã; Precisa de fiscalização nos locais das coletas pois desregulou; Precárias;
Falta de lixeiras; Descarte de entulho na Rua Herbert José de Souza (via coletora); Rua
Desembargador Lineu Lapa Barreto, antes da ladeira.
Local de acúmulo de resíduos - Rua Direta do Campo - Mata Escura; não há um horário fixo a
noite para coleta dos resíduos (20h, 21h até 0h), nunca foi distribuído panfleto de educação
ambiental ou roteiro de coleta. Além disso, os PEV da Praça de Irmã Dulce foram retirados e
faltam lixeiras nas ruas; Reabertura do galpão de coleta de entulho na Rua Dr. Mário Augusto T.
de Freitas, colocar lixeiras nas praças da Cidade Baixa, colocar equipes educativas nas ruas para
falar sobre horário das coletas de lixos e o descarte do lixo; muito lixo no canal central do final de
linha do Uruguai, na Massaranduba no bairro da Leblon, no Uruguai na rua de bairro duro muito
lixo; A maioria das ruas do meu bairro não possui lixeiras. O horário de coleta é irregular.
Entupimento de valas, alagamentos das ruas etc.; vários pontos do nosso bairro, com ênfase na
Rua da Ilha de Maré e do entorno do Campo de Futebol do Dendê; Segundo a zeladora,
Rua Direta da Lagoa; O problema de lixo é muito crítico na região especialmente na Rua Pero Vaz
Velho, onde costuma ocorrer a coleta periódica, mas um container não é suficiente e a limpeza da
própria rua que é bastante precária; Coleta de lixo deficiente; Falta lixeiras nas ruas, porém os
próprios moradores não colaboram, vivem jogando lixo onde não deve; Disposição dos resíduos
pelos moradores fora do horário; coleta dos resíduos em horário de pico, causando grandes
engarrafamentos nas vias que já são estreitas. Rua Conde de Porto Alegre (Iapi).
Ruas sem acesso à coleta, muitos loteamentos espontâneos, vielas e caminhos que descartam os
resíduos nas av. principais-ex. Rua Direta da Lagoa, Silveira Martins/Saboeiro. Descarte aleatório
de resíduos e de volumosos, ex. Pernambués, Saramandaia. Mata Escura, Calabetão e Arraial do
Retiro com muitas áreas de difícil acesso e pontos críticos de acúmulo de resíduos; Distância da
localidade onde residimos para o container mais próximo é de uma desumanidade tamanha que,
se não contarmos com os bons vizinhos, os idosos e pessoas com alguma deficiência ficam
Na entrada do bairro; Toda Salvador sofre com problemas de resíduos sólidos, principalmente
entulho; Falta de lixeira no final da Rua das Palmeiras; Rua das Conhinhas de Valeria, água de
chuva, de esgoto, resíduos de reciclagem.
No Erro! Fonte de referência não encontrada., é apresentado um quadro-resumo dos Problemas e
Causas por Prefeitura-Bairro. Vale salientar que os problemas estão mais especificamente
descritos nos itens por cada Prefeitura-Bairro.
Quadro 119. Problemas x Causas por Prefeitura-Bairro.
Prefeitura-Bairro Problemas Causas
I - Centro -Brotas - Somente um contêiner de coleta - Insuficiência de
de lixo acondicionadores e
- Falta de contêiner para coleta equipamentos para limpeza
seletiva; urbana;
- Falta de lixeiras no bairro; - Implantação da coleta
- O recolhimento do lixo ocorre seletiva no município.
poucas vezes na semana,
acumulando assim grande
quantidade de lixo no local;
- Lixo a céu aberto.
II - Subúrbio-Ilhas - Descarte incorreto de resíduos; - Insuficiência de campanhas
- Descarte incorreto de de educação ambiental;
BAHIA. Constituição Estadual, 1989. Constituição do Estado da Bahia, 1989. Salvador, BA.
2021. Disponível em: < http://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/70433>. Acesso em: 21 de julho
de 2021.
BAHIA. Assembleia Legislativa. Lei Estadual nº 12.932, de 07 de janeiro de 2014. Política
Estadual de Resíduos Sólidos, e dá outras providências. Salvador, BA, 2014.
BAHIA. Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), 2019. Meio Ambiente. Disponível em: <
http://www.meioambiente.ba.gov.br/ >. Acesso em: 27 de novembro de 2021.
Bahia Econômica, 2020. Com novo lançamento da Moura Dubeux, horto florestal terá 3
entre os 5 prédios mais altos de salvador. Disponível em:
<https://bahiaeconomica.com.br/wp/2020/10/07/com-novo-lancamento-da-moura-dubex-horto-
florestal-tera-3-entre-os-5-predios-mais-altos-de-salvador/> . Acesso em: 16 de fevereiro de 2022.
Bahia Econômica, 2021. Imbuí ganha casa de recebimento de materiais recicláveis.
Disponível em: < https://bahiaeconomica.com.br/wp/2021/07/14/imbui-ganha-casa-de-
recebimento-de-materiais-reciclaveis/ >. Acesso em: 23 de setembro de 2021.
BATISTA, Cândida Beatriz Santos. Panorama dos resíduos dos serviços públicos de
saneamento básico no Brasil. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal do
Rio Grande do Norte. Disponível em: https://saneamentobasico.com.br/wp-
content/uploads/2020/04/residuosdeservicospublicosdesaneamento_monografia.pdf
BRASIL. Lei Federal nº 14.026, de 15 de julho de 2020, que altera a Lei nº 9.984, de 17 de
julho de 2000. Atualiza o Marco Legal do Saneamento Básico, e dá outras providências. Brasília,
DF, 2020.
BRASIL. Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Institui a Política Nacional de Educação
Ambiental, e dá outras providências. Brasília, DF. 1999.
BRASIL. Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, e dá outras providências. Brasília, DF, 2010.
BRASIL. Lei Federal nº 9.974, de 06 de junho de 2000, que altera a Lei nº 7.802, de 11 de
julho de 1989. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a
utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e
dá outras providências. Brasília, DF, 2000. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9974.htm. Acesso em: 03 de mar. 2021.
BRASIL. Ministério das Cidades. Plano Nacional de Saneamento Básico - PLANSAB. Brasília:
Ministério das Cidades, 2013.
BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Plano Nacional de Mineração 2030 (PMN-2030).
Brasília: MME, 2010. Disponível em: http://www.mme.gov.br/sgm/menu/relatórios_plano_
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Guia para preparação dos Planos de Gestão de
Resíduos Sólidos. Brasília, DF, 2010. Disponível em:
<http://www.ibere.org.br/anexos/325/2189/guia-de-elaboracao-dos-planos-de-gestao-de-residuos-
solidos---mma-pdf>. Acesso em: 23 mar. 2021.
CETESB, 2020. Inventário Estadual de resíduos Sólidos Urbanos. Página 80. Disponível em:
<https://cetesb.sp.gov.br/residuossolidos/wp-content/uploads/sites/26/2021/07/Inventario-
Estadual-de-Residuos-Solidos-Urbanos-2020.pdf> Acesso em: 17/03/2021
DATASUS, 2021. Internações Hospitalares dos SUS – Por local de internação. Disponível em:
< http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sih/cnv/sxuf.def >. Acesso: 23 de maio de 2021.
DNPM. Departamento Nacional de Produção Mineral. Anuário Mineral Brasileiro. 1997 a 2006.
Brasília. Disponíveis em: http://www.dnpm.gov.br/conteudo.a sp?IDSecao=68&IDPagina=66>.
Acesso em: 24 mar. 2021.
Farol News, 2019. Aterro sanitário transforma lixo em energia e é referência na Semana do
Clima. Disponível em: < https://farolnews.com.br/aterro-sanitario-transforma-lixo-em-energia-e-e-
referencia-na-semana-do-clima/ >. Acesso em: 19 de julho de 2021.
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), 2021. Consulta Básica. Disponível em: <
https://www.fieb.org.br/guia-industrial/consulta-basica/ >. Acesso: 23 de junho de 2021.
Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), 2021. Consulta Especial. Disponível em: <
https://www.fieb.org.br/guia-industrial/consulta-especial/ >. Acesso em: 23 de junho de 2021.
Greeneletron, 2022. Encontre o ponto mais próximo de você. Disponível em: <
https://www.greeneletron.org.br/localizador>. Acesso em: 16 de fevereiro de 2022.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Cidades - Produto Interno Bruto dos
Municípios. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/salvador/pesquisa/38/47001?tipo=ranking&indicador=47007&
ano=2018. Acesso em:11 de mar. de 2021.
Jornal Bahia de Valor, 2019. Programa troca lixo reciclável por alimentos e cursos de
capacitação. Disponível em: < https://www.bahiadevalor.com.br/2019/02/programa-troca-lixo-
reciclavel-por-alimentos-e-cursos-de-capacitacao/21_02_2019_inauguracao-primeira-casa-soma-
de-salvador_fot-bruno-concha_secom_pms-7/>. Acesso em: 16 de fevereiro de 2022.
Jornal A Tarde, 2021. População em situação de rua aumenta durante a pandemia. Disponível
em: <https://atarde.com.br/bahia/bahiasalvador/populacao-em-situacao-de-rua-aumenta-durante-
a-pandemia-1142390 >. Acesso em: 15 de fevereiro de 2021.
KUASNE, Ângela. Curso têxtil em malharia e confecção - 2º módulo: Fibras Têxteis. 2. ed. 90
p. Ararangua, 2008.
MAIA, C. M.; LEITE, E. do N.; SILVA, O. A.; LANFRANCHI, R. A. Mineração na Bahia: Ranking
Nacional e Potencial da Pesquisa Mineral. 8º Congresso Brasileiro de Mina a Céu Aberto. Belo
Horizonte, 2014.
MARTINS, M. M. F.; ALMEIDA, A. M. F.; FERNANDES, N. D. R.; SILVA, L.S.; DE LIMA, T. B.;
ORRICO, A. S.; JUNIOR, H. L. R. Análise dos aspectos epidemiológicos da dengue na
microrregião de saúde de salvador, Bahia, no período de 2007 a 2014. Revista Espaço para a
Saúde. Londrina, v.16, n.4, p.64-73, 2015.
MORAES, L R.; GOMES, S.L. Plano de Saneamento para a Cidade de Salvador. BAHIA
Análise & Dados, Salvador, SEI, v.7, n.1, p.39-43, jun. 1997.
MOTTA SOBRINHO, M. A. et al. Geração, tratamento e disposição final dos resíduos das
estações de tratamento de água do estado de Pernambuco. Engenharia Sanitárias e Ambiental,
v. 24, n. 4, p. 761-771, 2019.
NUNES LIMA CAMARA, TAMARA. "Arboviroses emergentes e novos desafios para a saúde
pública no Brasil." Revista de Saúde Pública 50 (2016).
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948.
Disponível em: < https://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dos-direitos-humanos >.
Acesso em: 18 de janeiro de 2022.
Programa Cidades Sustentáveis, s,d. Distribuição de Renda – Salvador, BA. Disponível em:
<https://2013-2016-indicadores.cidadessustentaveis.org.br/br/BA/salvador/distribuicao-de-renda >.
Acesso em: 16 de julho de 2021.
Programa Descarte de Medicamentos, 2021. Pontos de Coleta – Salvador, BA. Disponível em:
< https://www.descarteconsciente.com.br/pontos-de-coleta >. Acesso em: 01 de junho de 2022.
Portal G1 Bahia, 2022. Festa de Iemanjá: veja comparativo de 2020 a 2022. Disponível em: <
https://g1.globo.com/ba/bahia/verao/2022/noticia/2022/02/02/festa-de-iemanja-veja-comparativo-
de-2020-a-2022.ghtml >. Acesso em: 15 de fevereiro de 2021.
SALVADOR, Prefeitura Municipal de. Secretaria Municipal de Ordem Pública – SEMOP. Fundo
Municipal de Limpeza Urbana – FMLU. Execução Orçamentária de 2019. Salvador, 2019.
SEBRAE. Nota metodológica para definição dos números básicos de MPE. p.13. Brasília, DF,
2006.
SILVA FILHO, Carlos; SOLER, Fabricio. Gestão de resíduos no Marco do Saneamento. Valor
Econômico. 2020.
SILVA, Ana Paula Moreira da; VIANA, João Paulo; CAVALCANTE, André Luís Brasil.
Diagnóstico dos resíduos sólidos da atividade de mineração de substâncias não
energéticas. 2012.
SOUZA, Cezarina Maria Nobre et al. Saneamento: promoção da saúde, qualidade de vida e
sustentabilidade ambiental. 2015.
TAUIL, P. L. Aspectos críticos do controle do dengue no Brasil. Cad. Saúde Pública vol.18
n.3. Rio de Janeiro, 2002.
UNIVASF. Página Inicial. Notícias Sustentáveis. O que é logística reversa? Disponível em:
<https://portais.univasf.edu.br/sustentabilidade/noticias-sustentaveis/o-que-e-logistica-reversa>
Acesso em: 21 de abril de 2021.
YOUSEFI, Mahmood et al. Municipal solid waste management during COVID-19 pandemic:
effects and repercussions. Environmental Science and Pollution Research, 2021.