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Revisão do Plano de Saneamento Básico

Prefeitura de Juiz de Fora

PRODUTO 5: REDEFINIÇÃO DE AÇÕES DE


EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

DEZEMBRO / 2022
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

PREFEITURA DE JUIZ DE FORA Fábio Fonseca Oliveira


Secretaria do Governo (SG)
Margarida Salomão
Prefeita Lucas Silva Campos
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO URBANO - SEPUR Cássio Guerra


Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Lívia Delgado Rodrigues
Secretária SEPUR Giselle Belcavello
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Sarah C. Ribeiro Antunes
Gerente do Departamento de Saneamento e Meio Ambiente Alaeste Veiga Dofini
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Amanda Teixeira de Rezende
Supervisora de Saneamento Lívia Passarella Almeida
Secretaria de Saúde (SS)
SECRETARIA DE OBRAS - SO
Maria Aparecida Franco de Assis
Secretaria de Saúde (SS)
Lincoln Santos Lima
Secretário SO
Eduardo Oliveira Santos
Secretaria de Assistência Social (SAS)
COMPANHIA DE SANEAMENTO MUNICIPAL - CESAMA
Cláudio Raul da Silva Santos
Júlio César Teixeira Secretaria de Assistência Social (SAS)
Presidente
Ângela Maria Moreira Schuery
Secretaria de Obras (SO)
DEPARTAMENTO DE LIMPEZA URBANA - DEMLURB
Rafael Fabião Setti
Ana Luísa Afonso Guimarães Secretaria de Obras (SO)
Diretora Geral
Luís Eduardo do Amaral Faria
Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
GRUPO TÉCNICO EXECUTIVO
Fabiano César Tosetti Leal
Leonardo Leon Leite Moreira Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva
Sarah Christina Ribeiro Antunes Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Mário de Araújo Porto Filho
Amanda Teixeira de Rezende Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Telma Souza Chaves
João Gama de Araújo Velez Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Victória Abrahão Fonseca e Silva
Cidinha Louzada Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB)
Secretaria da Secretaria do Governo (SG)
Mirene Augusta de Andrade Moraes
Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (ARISB-MG)
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GESTÃO E FISCALIZAÇÃO

Sarah C. Ribeiro Antunes


Gestora

Leonardo Leon Leite Moreira


Fiscal

Amanda Teixeira de Rezende


Fiscal Suplente

CONSULTORIA
Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.

Paulo Inácio Vila Filho


Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Vinicius Augusto Belatto


Engenheiro Civil, Sanitarista e Ambiental

Camila Ely Januário Silva


Engenheira Sanitarista e Ambiental

Cristiane Tarouco Folzke


Engenheira Sanitarista e Ambiental. Msc Eng. Ambiental

Nadine Lory Bortolotto


Engenheira Sanitarista e Ambiental e Engenheira de Segurança do Trabalho.

Salomé Garcia Bernardes


Geógrafa

Paulo César Mência


Advogado

Oliva Rech Silva


Assistente Social

Rosangela Maria Silva


Licenciada em Letras

Joseane Maria Koerich


Bacharel em Ciências Econômicas

Fabiana Teresinha da Silva


Assistente Administrativa e Financeira
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SUMÁRIO 7.7. COMUNICAÇÃO .......................................................................................... 34

7.8. VALIDAÇÃO E VERIFICAÇÃO DO PSA ..................................................... 34


APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1
1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO .......................................................... 2 8. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DOS PLANOS LOCAIS DE RISCO............ 35
1.1. EMBASAMENTO LEGAL ............................................................................... 2 9. DIRETRIZES PARA MANUTENÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA E
CONTINGÊNCIA ...................................................................................................... 37
2. METODOLOGIA .................................................................................................. 4 9.1. TREINAMENTO ........................................................................................... 37
3. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...................................................... 6
9.2. REVISÃO DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA ............................................. 37
3.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
IDENTIFICADAS NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ........................... 8 9.3. DOCUMENTAÇÃO ...................................................................................... 38

3.2. AÇÕES PREVENTIVA DE EMERGÊNCIA .................................................. 14 9.4. RESPONSABILIDADES .............................................................................. 38

3.3. PLANO DE RACIONAMENTO DA ÁGUA E ATENDIMENTO A DEMANDAS 10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS ..................................................................... 39
TEMPORÁRIAS ........................................................................................................ 14

4. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO .................................................... 17


4.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
IDENTIFICADAS ....................................................................................................... 19

4.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA ................................................ 22

5. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ... 23


5.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
IDENTIFICADAS ....................................................................................................... 25

5.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA ................................................ 28

6. MECANISMOS TARIFÁRIOS DE CONTINGÊNCIA ......................................... 29


6.1. CUSTOS E INVESTIMENTOS ADICIONAIS ............................................... 29

7. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA .. 32


7.1. DEFINIÇÕES ............................................................................................... 32

7.2. OBJETIVOS ................................................................................................. 32

7.3. CONSTITUIÇÃO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................... 32

7.4. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS .................................................................... 32

7.5. AVALIAÇÃO DE CADA SISTEMA, IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E


CARACTERIZAÇÃO DOS RISCOS .......................................................................... 33

7.6. MONITORAMENTO OPERACIONAL .......................................................... 33


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LISTA DE SIGLAS
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
ARISB-MG - Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
CESAMA – Companhia de Saneamento Municipal
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
ETA – Estações de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FIP - Fundação Israel Pinheiro
GRAC - Grupo de Ações Coordenadas
PA - Pontos de Atenção
PC - Pontos de Controle
PCC - Pontos Críticos de Controle
PMRR - Plano Municipal de Redução de Riscos
PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
PSA - Plano de Segurança da Água
PSB-JF – Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora
SAA – Sistema de Abastecimento de Água
SES – Sistema de Esgotamento Sanitário
SINPDEC – Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
SO - Secretaria de Obras
SSPDC – Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil
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APRESENTAÇÃO

O presente documento refere-se ao Produto 5: Redefinição de Ações de Emergência e


Contingência, correspondente à Fase V da revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz
de Fora, a ser elaborado pela empresa AMPLA Consultoria e Planejamento, vencedora do
certame licitatório, conforme Contrato de Prestação de Serviço no 01.2022.005 firmado entre
a empresa e o município de Juiz de Fora.

A partir do exposto, a revisão e atualização das ações de emergência e contingência


estrutura-se em quatro (4) capítulos principais, em acordo com escopo apontado pelo Plano
de Trabalho da presente revisão do PSB-JF, são eles:

• Apresentação, Introdução e Contextualização;


• Revisão dos planos de racionamento e atendimento a aumentos de demanda
temporária;
• Revisão de regras de atendimento e funcionamento operacional para situação crítica
na prestação de serviços públicos de saneamento básico, inclusive com adoção de
mecanismos tarifários de contingência;
• Atualização das diretrizes para a articulação com os Planos Locais de Risco e para a
formulação dos Planos de Segurança da Água.

Os resultados obtidos a partir deste Relatório demonstrarão as ações necessárias para


contingenciar eventuais situações emergenciais nos serviços de saneamento no município
de Juiz de Fora.

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1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO • Lei 14.026 de 15 de Julho de 2020, que atualizou a Lei Federal 11.445, de 05 de
Janeiro de 2007.
Para identificação das origens e dos eventos de emergências e contingências registrados
para cada componente do saneamento básico de Juiz de Fora, foram utilizados os materiais A obrigação da existência de estudos que tratem de ações de emergência e contingência nos
levantados, avaliados e apresentados na etapa de Diagnóstico do PSB-JF. serviços de saneamento tem amparo na Lei Federal nº 14.026/2020, a qual estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento
Neste documento serão identificadas as principais causas potenciais de interrupção nos básico.
serviços de saneamento básico, para então, serem traçadas as ações emergenciais para a
solução do problema. As fundamentações legais para a apresentação dos Planos de Emergência e Contingência
estão previstas no artigo 19, inciso IV, e artigo 23, inciso XI, ambos da Lei 11.445/2007. A
norma prevê que toda a prestadora de serviços deva possuir um planejamento de ações para
Em resumo, o Plano de Atendimento aos Sistemas de Emergência, objeto deste produto, visa
principalmente definir ações e medidas voltadas à minimização e mitigação das emergência e contingência, bem como cabe à entidade reguladora, a edição de normas
relacionadas a medidas de segurança, de emergência e contingência, inclusive quanto a
consequências advindas de acidentes em qualquer um dos serviços de saneamento básico
prestados em um município. racionamento.

É importante que esses acidentes, principalmente aqueles que podem vir a ocorrer de forma • Decreto Federal Nº 7.217, de 21 de junho de 2010.

súbita ou gradual e colocar em risco a saúde e o bem-estar da população, sejam


documentados. Tal ação objetiva a criação de um histórico de dados que possa servir de O Decreto Federal nº 7.217/2010, regulamentou a Lei Federal nº 11.445/2007, estabelecendo

indicador futuro para se verificar possíveis recorrências e definir ações de emergência para diretrizes nacionais para o saneamento básico. O referido dispositivo legal, abrange, também,

sua correção, além de condutas e procedimentos a serem utilizados de forma rotineira as ações de emergência e contingência, devidamente arroladas no artigo 21.

promovendo a sua redução ou eliminação.


• Resolução de Fiscalização e Regulação – ARISB-MG N° 132, de 08 de setembro
de 2020

1.1. EMBASAMENTO LEGAL


Por meio da referida resolução que estabelece as condições gerais de prestação dos serviços
de abastecimento de água e esgotamento sanitário, a Agência Reguladora Intermunicipal de
O embasamento legal para as ações de Contingências e Emergências do Plano de
Saneamento Básico de Minas Gerais – ARISB-MG estabelece no Art. 123 que “O prestador
Saneamento Básico são devidamente apresentadas nas normas a seguir destacadas:
de Serviços deverá elaborar e adotar o Plano de Emergência e Contingência, para os casos
de alteração nas condições de funcionamento dos sistemas de abastecimento de água e/ou
esgotamento sanitário”.

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• Lei Nº 14.290, de 19 de novembro de 2021, que Institui a Política Municipal de


Saneamento Básico, o Conselho Municipal de Saneamento Básico, o Fundo
Municipal de Saneamento Básico e dá outras providências.

A Política Municipal de Saneamento Básico de Juiz de Fora destaca em seu Artigo 12º, no
inciso IV, que remete às ações para emergência e contingências, como conteúdo mínimo do
PSB.

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2. METODOLOGIA Quadro 1: Situações de Alerta


Situação Descrição

Na definição das ações de emergência e contingência, apresentadas a seguir, para os


Incidente, anomalia ou suspeita que, pelas suas dimensões ou
sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, buscou-se 1 Situação anormal confinamento, não é uma ameaça para além do local onde foi
produzida.
bibliografias correlatas, a exemplo do estudo de Vieira et al. (s.d.) denominado Elaboração e
implementação de planos de contingência em sistemas de abastecimento de água. Ainda,
Acidente que pode evoluir para situação de emergência se não
todas as definições das ações foram com base nos levantamentos realizados e apresentados 2 Situação de perigo for considerada uma ação corretiva imediata, mantendo-se,
contudo, o sistema em funcionamento.
na fase de diagnóstico do PSB-JF.

Acidente grave ou catastrófico, descontrolado ou de difícil


Primeiramente, contingência é uma situação em que ainda não há uma emergência, porém controle, que originou ou pode originar danos pessoais,
3 Situação de emergência materiais ou ambientais; requer ação corretiva imediata para a
no caso de não serem realizadas medidas ou ações a partir daquele momento, a condição recuperação do controle e minimização das suas
consequências.
pode piorar, ocasionando uma emergência de fato. Ou seja, contingência é uma
eventualidade, um acaso, que pode ou não acontecer. Já uma emergência é uma situação Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

que foge do controle, uma situação crítica, gerada por uma ocorrência perigosa ou um
Conforme apresentado, situações de alerta são classificadas em três categorias: Situação
acidente, em que haja necessidade imediata de intervenção interna e externa no local em
Anormal, Situação de Perigo e Situação de Emergência, sendo elas dependentes das
questão para conter e controlar as consequências, preservar a integridade das pessoas,
dimensões do evento, assim como o quão grave a ocorrência é perante o sistema de
minimizar os danos à propriedade e meio ambiente e minimizar a interrupção das atividades.
saneamento, no que diz respeito a paralisação ou continuidade da operação. Ainda, a
situação a qual o evento é classificado, indica o nível do impacto causado, seja ele pessoal,
Para a elaboração plano de ações de emergência e contingência, considerou-se a
material ou ambiental.
importância, a gravidade e o alcance de possíveis ocorrências, correlacionando-as às
possíveis origens. Destaca-se que foram incluídos estados de alerta para orientar a tomada
Os sistemas abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana podem ser
de decisão de acordo com a gravidade de cada uma das situações.
expostos a diversas situações atípicas com capacidade de comprometer o seu funcionamento
e, assim, prejudicar os serviços prestados ao município e à população de Juiz de Fora. Assim,
A primeira etapa do plano de ações de emergência e contingência é identificar os eventos
as situações adversas às quais esses sistemas podem se sujeitar, bem como as ações que
mais suscetíveis de ocorrer em um determinado sistema, seja no abastecimento de água, no
o município e os prestadores dos serviços devem tomar a fim de fornecer uma rápida resposta
esgotamento sanitário ou na drenagem urbana. Posteriormente, os eventos excepcionais a
às ocorrências, serão definidas mais adiante neste relatório.
considerar em cada plano podem ser agrupados em três estados de alerta, conforme a
gravidade da situação (VIEIRA et al, s/d), como pode ser observado no Quadro 1.
As situações – anormal, de perigo ou de emergência – são definidas levando em
consideração, inclusive, o porte da unidade. Conforme descrito ao longo dos relatórios de
diagnóstico do PSB-JF, nos sistemas de saneamento de Juiz de Fora são encontradas

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unidades operacionais de diferentes portes, assim como, com diferentes relevâncias


operacionais para seus respectivos sistemas.

No caso do sistema de abastecimento de água, pode-se destacar as captações de água


bruta, estações de tratamento de água, adutoras, estações de recalque de água, assim como
reservatórios, de diferentes tamanhos e relevância operacional. O mesmo ocorre no sistema
de esgotamento sanitário, onde encontram-se estações de tratamento de esgoto de
diferentes portes, assim como estações de recalque, bem como coletores-tronco e
interceptores, vitais para a operação do sistema.

Análogo ao apresentado anterior, no sistema de drenagem urbana, encontram-se


equipamentos de controle de vazões, como as barragens, assim como os dispositivos de
microdrenagem e os próprios córregos e rios, que cada um em sua proporção, tem uma
relevância operacional na macrodrenagem do município, bem como um impacto específico.

Desta forma, caberá ao município, assim como os prestadores dos serviços de saneamento,
identificar, quando a ocorrência existir, qual a relevância da unidade operacional impactada
pelo evento, assim como o impacto das consequências daquele evento para o sistema de
saneamento em questão. Isto será essencial para que a tomada de decisão ocorra em tempo
hábil, assim como na proporção correta.

Na definição das respectivas ações de contingência para cada um dos eventos de


emergência identificados nos sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e
drenagem urbana, apresentar-se-á diferentes situações de alerta, tendo em vista o porte da
unidade operacional, quando pertinente. Todavia, reitera-se que esta é uma avaliação
preliminar, cabendo aos responsáveis pela operação dos sistemas tomar as medidas
necessárias para o controle da situação de emergência.

Quando da ocorrência de situação de emergência, uma série de ações corretivas deverão


ser tomadas imediatamente pelo operador e demais órgãos, as quais são específicas para
cada eixo de saneamento básico.

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3. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA Quadro 3: Evento de Emergência e Contingência


Evento de Emergência e Contingência

1 Paralisação da captação do manancial superficial


O planejamento das ações de emergência e contingência visa definir as responsabilidades
2 Paralisação da captação do manancial subterrâneo
de cada elemento que atua na operação do sistema de abastecimento de água, subsidiando
3 Paralisação da ETA
o processo de tomada de decisão com elementos previamente planejados. Desta forma, seu
4 Paralisação de Elevatórias
objetivo é fornecer um conjunto de diretrizes e informações visando a adoção de
5 Rompimento de barragem
procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar resposta
6 Rompimento de adutora
rápida e eficiente em situações emergenciais. 7 Problema Estrutural ou Desabamento de Reservatório
Qualidade da água distribuída em desacordo com a Portaria de Potabilidade da Água do
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Ministério da Saúde
Como atividade inicial, foram identificadas as possíveis origens de eventos com potencial de
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
causar interrupção no abastecimento de água da população, demonstradas no Quadro 2.
Na Figura 1 é apresentado um esquema com a correlação de cada um dos sete eventos de
Quadro 2: Origem dos Eventos de Emergência e Contingência emergência identificados, com suas possíveis origens, de modo a se permitir uma análise dos
Origem dos Eventos de Emergência e Contingência riscos na prestação do serviço de abastecimento de água.
1 Inundações

2 Estiagem

3 Incêndio

4 Interrupção no fornecimento de energia elétrica

5 Ações de Vandalismo
6 Ações de Terceiros (obras, escavações, movimentos de terra realizados)

7 Problema Operacional

8 Acidente na infraestrutura de abastecimento


9 Contaminação acidental no sistema de abastecimento

10 Derramamentos/Vazamento de produtos químicos na ETA


Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Tendo em vista as possíveis origens, tem-se os seguintes eventos de emergência e


contingência identificados para o sistema de abastecimento de água de Juiz de Fora,
apresentados no Quadro 3.

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Figura 1: Correlação Entre Eventos de Emergência e Suas Potenciais Origens.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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3.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA IDENTIFICADAS


NO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

No Quadro 4, tem-se relacionada as ações de contingência comuns a todas as possíveis


emergências identificadas ao sistema de abastecimento de água. Estas ações precedem
qualquer medida emergencial, e sugere-se que sejam tomadas em caráter preparatório para
os momentos mais críticos, ou seja, para quando da ocorrência de eventos de emergência
no sistema de abastecimento de água.

Quadro 4: Ações Gerais de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o


Sistema de Abastecimento de Água
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pela: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, polícia militar, cia de
energia elétrica, cia de operação de telefonia fixa e móvel, operador de internet, unidade
responsável pelo gerenciamento de trânsito
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pelas: unidades hierárquicas superiores, de operação e
manutenção, do sistema, de segurança do trabalho, de subcontratados, de comunicação
e publicidade, de atualização de site de comunicação externa
Ações Gerais
Definição de Procedimento de Relacionamento com a Agência Reguladora e com os
Setores da Administração Municipal e Estadual

Definição de procedimento de divulgação de ocorrências e de prazos de normalização


para as unidades de atendimento ao público e população afetada
Definição de Relatório de Ocorrência, constando dados da emergência ou contingência,
do acionamento dos procedimentos gerais de comunicação e de relacionamento, das
ações efetuadas e proposição de medidas mitigadoras
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Nos Quadros 5 a 11 estão apresentadas as ações de contingência para cada evento de


emergência identificado em relação ao sistema de abastecimento de água.

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Quadro 5: Ações de Contingência - Evento de Paralisação da Captação no Manancial.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação da captação de água bruta
Ajustar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Paralisação da Captação no
Manancial Superficial de Pequeno Anormal Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Porte Realizar manobras de rede para atendimento da população
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema eletromecânico se for o caso
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Promover o controle de água disponível nos reservatórios
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação anormal
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação da captação de água bruta
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Paralisação da Captação no Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Manancial Superficial de Grande Perigosa
Porte Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema eletromecânico se for o caso
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Implementar plano de racionamento e manobras na operação
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação do poço
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Paralisação da Captação no
Anormal Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Manancial Subterrâneo
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Implementar rodízio de abastecimento
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
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Quadro 6: Ações de Contingência - Rompimento de Barragem


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar defesa civil para evitar o maior dano possível a terceiros
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Rompimento de Barragem Emergencial
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Implementar plano de racionamento e manobras na operação
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Quadro 7: Ações de Contingência - Evento de Paralisação da ETA.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Paralisação de ETA de Pequeno Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Anormal
Porte
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Paralisação de ETA de Grande
Emergencial Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Porte
Implementar rodízio de abastecimento
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Quadro 8: Ações de Contingência - Evento de Paralisação da Estação Elevatória de Água Tratada.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Paralisação de Estação Elevatória Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
de Água Tratada de Pequeno Anormal
Porte Realizar manobras na rede de distribuição para atendimento da área afetada
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Paralisação de Estação Elevatória
Perigosa Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
de Água Tratada de Grande Porte
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Realizar manobras na rede de distribuição para atendimento de atividades essenciais
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Quadro 9: Ações de Contingência - Evento de Rompimento da Adutora de Água Tratada.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Realizar manobras na rede de distribuição para estanqueamento da adutora
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Rompimento de Adutora de Água Comunicar órgão responsável pelo trânsito
Anormal
de Pequeno Porte
Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Paralisação do sistema de distribuição abastecido pela adutora
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar órgão responsável pelo trânsito

Rompimento de Adutora de Água Solicitar ao órgão competente o isolamento da área, retirada de pessoas e sinalização adequada
Emergencial
de Grande Porte Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação
Realizar manobras na rede ou caminhão pipa para atendimento a atividades essenciais
Implementar rodízio de abastecimento se for o caso
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Quadro 10: Ações de Contingência - Evento de Problema na Infraestrutura Física de Reservatório.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA

Problema na Estrutura Física de Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento


Anormal
Reservatório Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos estruturais no reservatório
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Desmoronamento de Reservatório Emergencial
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Quadro 11: Ações de Contingência - Evento de Qualidade da Água Distribuída em Desacordo com Portaria GM/MS N° 888/2021.
Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para identificar o fato gerador do problema de tratamento na ETA ou Poço em questão
Paralisar a operação da ETA ou do Poço até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Qualidade da Água Distribuída em
Desacordo com a Portaria de Realizar manobras de descarga de rede caso identificada a necessidade.
Emergencial
Potabilidade do Ministério da Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Saúde
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Implementar rodízio de abastecimento se for o caso
Realizar manobras de rede ou utilização de caminhão pipa para atendimento de atividades essenciais.
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

3.2. AÇÕES PREVENTIVA DE EMERGÊNCIA Origem Plano de Ação de Contingência


Sistema de Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Abastecimento
ou Vazamento Comunicar e orientar a população atingida
Uma vez definidas as principais ações de emergência aos eventos identificados ou prováveis de Produtos Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
de ocorrência, apresentam-se a seguir as principais ações de contingência como resposta Químicos na
Identificação das possíveis situações de emergência
ETA
preventiva ou preditiva aos primeiros, com base nas origens das ações de emergência, já Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
apresentadas anteriormente. O Quadro 12 mostra as adoções propostas de contingência
previstas para o Sistema de Abastecimento de Água do município de Juiz de Fora. Quanto às respostas preventivas das ameaças, os seus custos deverão ser embutidos no
orçamento anual da CESAMA, dispensando um centro de custo específico. Dentre estes
custos, podem-se exemplificar os seguintes:
Quadro 12: Ações de Contingência para o Sistema de Abastecimento de Água.
Origem Plano de Ação de Contingência
Períodos
prolongados de
Paralisar a operação da área afetada até a conclusão das medidas saneadoras • Manutenção e conservação das unidades, com cercas, portões, entre outros;
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
chuva, • Manutenção eletromecânica preventiva das unidades;
deslizamentos Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
de terra e
Comunicar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros • Vigilância 24 horas da unidade;
inundação ou
Incêndio nas Comunicar e orientar a população atingida • Treinamento de equipes de operação;
unidades
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
operacionais, • Manutenção de EPIs e EPCs em bom estado de conservação;
rompimento de Identificação das possíveis situações de emergência
barragens ou Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas • Adoção de cláusulas contratuais de segurança às empresas terceirizadas;
rompimento de
reservatório Elaborar relatório de análise de situação emergencial • Instalação de placas orientativas e informativas nas unidades do sistema;
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção • Desenvolvimento de perícias e avaliações estruturais nas unidades operacionais.
Identificação das possíveis situações de emergência
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar e orientar a população atingida 3.3. PLANO DE RACIONAMENTO DA ÁGUA E ATENDIMENTO A DEMANDAS
Vandalismo
Acionar a polícia para investigação do fato ocorrido TEMPORÁRIAS
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
Reparar os danos materiais causados
Informar à população o retorno da normalidade no sistema As possíveis origens para a necessidade de um racionamento são decorrentes de fatores
Elaborar relatório de análise de situação emergencial vinculados às limitações extremas na quantidade e/ou na qualidade de água bruta ou tratada,
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção sejam de impactos imediatos ou de evolução gradual, sendo que nesta última possibilidade
Identificação das possíveis situações de emergência
Falha as ações preventivas podem ser antecipadas.
Eletromecânica Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
de Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
Equipamentos
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos As ocorrências na qualidade da água bruta estão localizadas nas captações superficiais e
Elaborar relatório de análise de situação emergencial subterrâneas, enquanto na água tratada estão diretamente relacionadas à etapa de
Contaminação Paralisar a operação da área afetada até a conclusão das medidas saneadoras
tratamento e eventualmente no armazenamento da água tratada nos reservatórios ou até
Acidental do Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
mesmo na contaminação na rede de distribuição. Por sua vez as ocorrências na quantidade

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

de água bruta se referem a eventuais estiagens ou problemas nas unidades operacionais em postos de atendimento e em locais de concentração de pessoas, tais como: espaços
todas as etapas do sistema de água – captação, adução, recalque, tratamento, sendo pouco públicos, escolas, centros comunitários, igrejas, etc.;
provável que ocorrências na distribuição gerem a necessidade de racionamento. • A distribuição espacial e temporal das interrupções no abastecimento de água –
rodízio, deve ser o mais homogênea possível, observadas as condições técnicas de
Entre os anos de 2014 e 2015, o município de Juiz de Fora sofreu com o severo período de cada setor de abastecimento, devendo ser estudada e definida sua frequência e
estiagem que assolou a região sudeste do Brasil. Dentre os impactos que a seca gerou, o de duração, evitando ao máximo a interrupção por períodos e com frequências muito
maior relevância para o dia a dia da população foi a redução dos níveis dos reservatórios de superiores em algumas regiões em detrimento de outras. Uma sugestão de
água que abasteciam o município. Neste período, visando o princípio da equidade no setorização do abastecimento é a divisão deste em regiões, como por exemplo: Cidade
fornecimento de água em áreas afetadas pela falta de água no ano de 2015, a CESAMA Alta, Região Norte, Região Central, Região Sul, Região Sudeste, Região Leste, Região
implantou um Plano de Racionamento de Água, que previa o abastecimento setorizado por Nordeste;
região em intervalos de tempo determinados previamente e informados à população. Nos • Deve ser garantido o abastecimento de água, por meios regulares ou alternativos, a
casos de desabastecimento, foram priorizados os serviços de caráter essencial, tais como: usuários essenciais como hospitais, maternidades, postos de saúde, unidades de
creches e instituições de ensino público, hospitais e unidades de atendimento destinadas à hemodiálise, creches, escolas e Corpo de Bombeiros. A ordem de prioridade, neste
preservação da saúde pública e estabelecimentos de internação coletiva. caso, foi estabelecida da seguinte forma:
1. – Hospitais e unidades de saúde;
De forma a preparar o município para futuros eventos de estiagem, foram realizadas obras 2. – Casas de repouso;
como a finalização do sistema de adução da Represa Chapéu D’Uvas até a ETA CDI, bem 3. – Creches;
como a interligação desta mesma adutora até a ETA Marechal Castelo Branco. Estas 4. – Orfanatos e instituições de ensino.
infraestruturas aumentaram o nível de segurança de abastecimento do município. • O abastecimento residencial deve ser priorizado, com os menores períodos e
frequências de interrupção possíveis, em detrimento das zonas estritamente
Destaca-se que nem todos os problemas de desabastecimento levam a necessidade de um comerciais ou industriais;
racionamento, devendo, portanto, a ocorrência geradora ser de gravidade e com a solução • Definição de alternativas operacionais no sistema de água, quando de ocorrência na
do problema demandando um tempo razoável, superior a pelo menos 24 horas, que é o tempo etapa pré-distribuição, com acionamento de alternativas de mananciais;
que as unidades consumidoras devem ter de reservação. • Definição de alternativas operacionais no sistema de água, na etapa de distribuição,
tais como redução de pressão, utilização de setorização para rodízio de
A realização de racionamento, para atender condições emergenciais de abastecimento de abastecimento, avaliação do tempo de regularização do setor;
água, deverá ser realizada através do Plano de Racionamento, o qual deve estar de acordo • Deve contemplar campanhas visando o uso racional e moderado da água;
com os normativos da agência reguladora e ser homologado por ela, devendo ser observadas • Em situações extremas e mais duradouras, conforme o Art. 46 da Lei 11.445, têm-se
as seguintes recomendações mínimas: que em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue
• Deve ser assegurada publicidade e informação aos usuários quanto aos períodos e à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o
datas de interrupção do abastecimento de água, com uma antecedência mínima viável, ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de
nos meios de comunicação disponíveis como internet, rádios, jornais, carros de som,

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do


serviço e a gestão da demanda.

No Plano de Racionamento elaborado no ano de 2015 existia uma programação que atendia
às demandas da época, porém que podem divergir de eventuais necessidades de
racionamento nos dias atuais. Por este motivo, deve ser construído pela CESAMA,
juntamente com a participação da Agência Reguladora, uma programação de manobras e/ou
racionamento para diferentes situações de paralisação, tais como:
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação Chapéu D’Uvas;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação Dr. João Penido;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação São Pedro;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação no Ribeirão Espírito
Santo;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA CDI;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA Marechal Castelo
Branco;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA São Pedro;
• Paralisação das principais unidades de bombeamento de água tratada.

Esta programação de ações de manobra e/ou racionamento podem envolver todo o


município ou apenas determinadas regiões, variando de acordo com o grau de gravidade do
problema

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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4. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO Quadro 14: Evento de Emergência e Contingência


Evento de Emergência e Contingência

1 Retorno de esgoto aos imóveis conectados à rede coletora


O planejamento das ações de emergência e contingência visa definir as responsabilidades
2 Extravasamento de esgoto na rede coletora (Poços de Visita)
de cada elemento que atua na operação do sistema de esgotamento sanitário, subsidiando o
3 Extravasamento de esgoto nas estações elevatórias
processo de tomada de decisão com elementos previamente planejados. Desta forma, seu
4 Rompimento das linhas de recalque
objetivo é fornecer um conjunto de diretrizes e informações visando a adoção de
5 Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE)
procedimentos lógicos, técnicos e administrativos, estruturados de forma a propiciar resposta Lançamento do efluente tratado fora dos padrões de qualidade exigidos pela legislação vigente
6 (Resoluções CONAMA Nº 357/2005 e Nº 430/2011 e Deliberação Normativa Conjunta
rápida e eficiente em situações emergenciais. COPAM/CERH-MG nº 01/2008)
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

As possíveis origens para as falhas no funcionamento do Sistema de Esgotamento Sanitário


Destaca-se que uma das principais consequências dos eventos de emergência e
nas unidades de coleta ou tratamento, são as mencionadas no Quadro 13 apresentado a
contingência identificados é a contaminação de recursos hídricos e solos com o esgoto in
seguir.
natura. A contaminação do solo e da água com o efluente contaminado transforma estes
meios em vetores de doenças, a se destacar àquelas de veiculação hídrica. Posto isso,
Quadro 13: Origem dos Eventos de Emergência e Contingência
Origem dos Eventos de Emergência e Contingência reitera-se a relevância da operadora dos serviços de esgotamento sanitário possuir um plano

1 Inundações de emergência e contingência, a fim de minimizar os danos e as consequências, dos


2 Deslizamentos de terra possíveis eventos inerentes ao SES de Juiz de Fora.
3 Chuva (lançamento irregular de água pluvial na rede de esgoto)

4 Falta de eletricidade nas unidades que dependem desta infraestrutura A fim de correlacionar cada um dos seis eventos de emergência e contingência identificados,
5 Ações de vandalismo nas unidades com suas possíveis origens, apresentam-se os esquemas na Figura 2 a seguir.
6 Falha em equipamento eletromecânico

7 Execução inadequada de manutenção na rede coletora

8 Disposição inadequada de resíduos sólidos no sistema

9 Incêndio nas unidades

10 Conhecimento insuficiente do funcionamento do sistema

11 Ações de Terceiros (obras, escavações, movimentações de terra realizadas)

12 Contaminação de Lençol Freático e do Solo


Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Tendo em vista as possíveis origens, tem-se os seguintes eventos de emergência e


contingência identificados para o sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora,
apresentados no Quadro 14.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Figura 2: Correlação Entre Eventos de Emergência e Suas Potenciais Origens.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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4.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA IDENTIFICADAS

No Quadro 15, tem-se relacionada as ações de contingência comuns a todas as possíveis


emergências identificadas ao sistema de esgotamento sanitário. Estas ações precedem
qualquer medida emergencial, e sugere-se que sejam tomadas em caráter preparatório para
os momentos mais críticos, ou seja, para quando da ocorrência de eventos de emergência
no sistema de esgotamento sanitário.

Quadro 15: Ações Gerais de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o
Sistema de Esgotamento Sanitário
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pela: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, polícia militar, cia de
energia elétrica, cia de operação de telefonia fixa e móvel, operador de internet, unidade
responsável pelo gerenciamento de trânsito
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pelas: unidades hierárquicas superiores, de operação e
manutenção, do sistema, de segurança do trabalho, de subcontratados, de comunicação
e publicidade, de atualização de site de comunicação externa
Ações Gerais
Definição de Procedimento de Relacionamento com a Agência Reguladora e com os
Setores da Administração Municipal e Estadual

Definição de procedimento de divulgação de ocorrências e de prazos de normalização


para as unidades de atendimento ao público e população afetada
Definição de Relatório de Ocorrência, constando dados da emergência ou contingência,
do acionamento dos procedimentos gerais de comunicação e de relacionamento, das
ações efetuadas e proposição de medidas mitigadoras
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Nos Quadros 16 e 17, apresentados a seguir, propõe-se as ações de contingência que,


minimamente, deverão ser tomadas, caso alguns dos eventos de emergências, já
identificados anteriormente, ocorram no SES de Juiz de Fora. Destaca-se que para cada um
dos eventos identificados, há uma classificação da respectiva situação de alerta.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Quadro 16: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o Sistema de Esgotamento Sanitário
Evento Situação Plano de Ação de Emergência
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
pequeno porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
grande porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Rompimento das linhas de recalque Perigosa
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Lançamento do efluente tratado fora dos padrões de qualidade
exigidos pela legislação vigente (Resoluções CONAMA Nº Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Perigosa
357/2005 e Nº 430/2011 e Deliberação Normativa Conjunta Comunicar órgão municipal ambiental e/ou estadual e Vigilância Sanitária municipal
COPAM/CERH-MG nº 01/2008)
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas (caso necessário)
Comunicar e orientar a população atingida
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Quadro 17: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o Sistema de Esgotamento Sanitário (continuação)
Evento Situação Plano de Ação de Emergência
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar com a concessionária a disponibilidade de energia elétrica na rede
Extravasamento de Esgoto nas Estações Elevatórias Emergencial Se necessário, utilizar geradores de energia elétrica
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos eletromecânicos
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção para verificar o motivo
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Extravasamento de Esgoto nas Redes Coletoras (Poços de Visita) Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos (desobstrução)
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços (problema externo ou intradomiciliar)
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Retorno de esgoto aos imóveis conectados à rede coletora Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
No caso de ligações irregulares de águas pluviais, notificar o usuário e instruir para regularização
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

4.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA • Manutenção e conservação das unidades, com cercas, portões, entre outros;
• Manutenção eletromecânica preventiva das unidades;
Uma vez definidas as principais ações de emergência aos eventos identificados ou prováveis • Vigilância 24 horas da unidade;
de ocorrência, apresentam-se a seguir as principais ações de contingência como resposta • Treinamento de equipes de operação;
preventiva ou preditiva aos primeiros, com base nas origens das ações de emergência, já • Manutenção de EPIs e EPCs em bom estado de conservação;
apresentadas anteriormente. O Quadro 18 mostra as ações propostas de contingência • Adoção de cláusulas contratuais de segurança às empresas terceirizadas;
previstas para o Sistema de Esgotamento Sanitário do município de Juiz de Fora. • Instalação de placas orientativas e informativas nas unidades do sistema;
• Desenvolvimento de perícias e avaliações estruturais nas unidades operacionais.
Quadro 18: Ações de Contingência para o Sistema de Esgotamento Sanitário
Origem Plano de Ação de Contingência
Paralisar a operação da área afetada até a conclusão das medidas saneadoras
Períodos
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
prolongados de
chuva, Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
deslizamentos Comunicar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
de terra e Comunicar e orientar a população atingida
inundação ou Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Incêndio nas Identificação das possíveis situações de emergência
unidades
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
operacionais
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação das possíveis situações de emergência
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar e orientar a população atingida
Vandalismo
Acionar a polícia para investigação do fato ocorrido
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
Reparar os danos materiais causados
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Falta de Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
manutenção Identificação das possíveis situações de emergência
preventiva nas
unidades ou Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
execução Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
inadequada de Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
manutenção na
rede coletora Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Quanto às respostas preventivas das ameaças, os seus custos deverão ser embutidos no
orçamento anual da CESAMA, dispensando um centro de custo específico. Dentre estes
custos, podem-se exemplificar os seguintes:

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

5. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Origem dos Eventos de Emergência e Contingência
13 Ações de terceiros (obras, escavações, movimentações de terra), que podem gerar danos ao sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022
Indo de encontro às diretrizes, estratégias e aos objetivos do Plano Nacional de Saneamento
Básico (PLANSAB), o PSB-JF apresenta a previsão dos eventos de emergência e
Tendo em vista as possíveis origens, tem-se, no Quadro 20, os seguintes eventos de
contingência para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas. É
emergência e contingência identificados para o Sistema de Drenagem Urbana.
extremamente importante que o município tenha a previsão desses eventos a fim de se
preparar para as respostas aos mesmos que, dependendo de sua magnitude, se tratarão de
Quadro 20: Eventos de emergência e contingência para o Sistema de Drenagem Urbana.
desastres naturais. Eventos de Emergência e Contingência
1 Alagamentos (microdrenagem)
2 Colapso na prestação dos serviços
Os eventos de emergências e contingências em drenagem urbana serão previstos em função
3 Contaminação das águas
das situações diagnosticadas na etapa do diagnóstico técnico e participativo desenvolvido na
4 Deslizamentos e Enxurradas
presente revisão do PSB-JF. Entretanto, conforme exposto, é necessário que o município 5 Inundações e enchentes (macrodrenagem)
elabore de forma detalhada seu plano de emergências a fim de realizar o mapeamento das Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
áreas de risco, criar um sistema de informações compatível com o sistema do Governo
Federal e desenvolver o plano de ação às emergências, a fim de estabelecer estratégias que Dessa forma, em Juiz de Fora ocorrem principalmente os desastres originários de fenômenos
serão empregadas no atendimento de situações de emergências. naturais de grande intensidade associados às ações antrópicas, como as chuvas intensas
que provocam alagamentos, enxurradas, inundações e deslizamentos. Além disso, existe a
As possíveis origens para as falhas no funcionamento do Sistema de Drenagem e Manejo possibilidade de ocorrência de eventos de contaminação das águas e o colapso na prestação
das Águas Pluviais Urbanas são as mencionadas no Quadro 19 apresentado a seguir. dos serviços devido à sua interrupção, seja por greve de trabalhadores ou por outras
paralisações relacionadas à execução dos serviços cotidianos do sistema.
Quadro 19: Origem dos eventos de emergência e contingência.
Origem dos Eventos de Emergência e Contingência
Conforme retratado na etapa de Diagnóstico desta revisão do PSB-JF, recentemente, o
1 Alta intensidade e quantidade pluviométrica
2 Alta taxa de impermeabilização e/ou saturação do solo município foi afetado por chuvas intensas que ultrapassaram as médias mensais históricas.
3 Contaminação de qualquer natureza Devido aos efeitos decorrentes da intensa precipitação registrada no município,
4 Desmatamento - ausência de vegetação principalmente na forma de alagamentos, enchentes, enxurradas, inundações e
5 Disposição inadequada de resíduos deslizamentos, em 20 de dezembro de 2021, Juiz de Fora decretou estado de emergência
6 Erosão e assoreamento do sistema de drenagem
(Decreto Municipal Nº 14.934/2021). Em 11 de janeiro de 2022 o município declarou o
7 Insuficiência do sistema de macrodrenagem urbana
agravamento das condições apontadas pelo Decreto Nº 14.934/2021, através de mais um
8 Insuficiência do sistema de microdrenagem urbana
9 Interrupção não programada das ações preventivas e de manutenção na prestação dos serviços decreto de estado de emergência, o Decreto Municipal Nº 14.970/2022.
10 Lançamento irregular de esgoto no sistema de drenagem
11 Ocupação irregular e desestabilização dos taludes A fim de correlacionar cada um dos cinco eventos de emergência e contingência identificados
12 Vandalismo dos equipamentos de drenagem urbana no Quadro 20, com suas possíveis origens, apresentam-se os esquemas na Figura 3 a seguir.

23
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Figura 3: Correlação entre eventos de emergência e seus potenciais origens para o sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.


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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

5.1. AÇÕES DE CONTINGÊNCIA NAS SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA IDENTIFICADAS

No Quadro 21, tem-se relacionada as ações de contingência comuns a todas as possíveis


emergências identificadas ao sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais.
Estas ações precedem qualquer medida emergencial, e sugere-se que sejam tomadas em
caráter preparatório para os momentos mais críticos, ou seja, para quando da ocorrência de
eventos de emergência no sistema de drenagem urbana e manejo das águas pluviais

Quadro 21: Ações Gerais de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o
Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pela: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, polícia militar, cia de
energia elétrica, cia de operação de telefonia fixa e móvel, operador de
internet, unidade responsável pelo gerenciamento de trânsito
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pelas: unidades hierárquicas superiores, de operação e
Ações Gerais manutenção, do sistema, de segurança do trabalho, de subcontratados, de
comunicação e publicidade, de atualização de site de comunicação externa
Definição de procedimento de divulgação de ocorrências e de prazos de normalização
para as unidades de atendimento ao público e população afetada
Definição de Relatório de Ocorrência, constando dados da emergência ou contingência,
do acionamento dos procedimentos gerais de comunicação e de relacionamento, das
ações efetuadas e proposição de medidas mitigadoras
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

No Quadro 22, apresentado a seguir, propõe-se as ações de contingência que, minimamente,


deverão ser tomadas, caso alguns dos eventos de emergências, já identificados
anteriormente, ocorram no sistema de drenagem e manejo das águas urbanas de Juiz de
Fora.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Quadro 22: Ações de emergência e contingência para eventos de risco.


Evento Situação Ações de Emergência e Contingência
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal Avaliar o sistema de drenagem existente no local para verificação de sua capacidade;
Executar a limpeza e manutenção preventiva no local buscando evitar o agravamento do problema;
Sensibilizar a comunidade através de iniciativas de educação, evitando o lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas de lobo.
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego para isolamento das vias atingidas e utilização de rotas alternativas;
Ocorrência de Comunicar a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (SSPDC) para verificar os danos e riscos à população;
Alagamentos Perigo
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Executar a limpeza e manutenção emergencial corretiva no local buscando desobstruir bocas de bolo ou galerias;
Registrar o evento.
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Isolar vias atingidas e utilizar rotas alternativas de tráfego;
Emergencial Intensificação da comunicação com as comunidades afetadas;
Remoção e apoio às populações afetadas;
Realização dos serviços de recomposição das áreas afetadas.
Ocorrência de Colapso Comunicação à população para paralisação dos serviços;
na prestação dos Emergencial
serviços Contratação emergencial de serviço terceirizado, visando suprir imediatamente ou assim que possível o(s) serviço(s) impactados.
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de deslizamentos
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Comunicar as comunidades das áreas de risco a deslizamentos.
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Acionar dos procedimentos específicos pelo Plano de Emergência e Contingência para as áreas de risco a deslizamentos;
Acionar demais órgãos municipais para atuação em situação emergência conforme Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Perigo Realizar interdição de áreas afetadas e remoção da população das áreas de risco, se necessário;
Realizar interrupção parcial ou total do tráfego pelas áreas atingidas;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam estabilizar os taludes, encostas e deslizamentos (contenções emergenciais, se possível).
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas.
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Promover resgates, se necessário, em áreas isoladas e/ou atingidas e; ou soterramentos;
Ocorrência de
Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Deslizamentos
Realizar interdição de áreas afetadas e remoção da população atingida, se necessário;
Identificar bairros, domicílios atingidos e moradores que necessitam de abrigo;
Definir e organizar locais de abrigo temporário, de acordo com o os locais previamente indicados pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Comunicar a população local da localização dos abrigos;
Acionar os serviços emergenciais de assistência social;
Emergencial Conferir estabelecimento e transporte para os abrigos temporários;
Providenciar cadastramento de famílias e as áreas atingidas;
Acionar serviços de assistências médica, social e alimentar;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam estabilizar os taludes, encostas e deslizamentos (contenções emergenciais, se possível);
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas;
Acionar estados de alerta, emergência ou calamidade, se necessário;
Providenciar contratações emergenciais, se necessário (limpeza, remoção de entulhos, árvores, estabilização de infraestrutura, pessoal capacitado, veículos ou máquinas);

Elaborar relatório de análise de situação emergencial;

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Evento Situação Ações de Emergência e Contingência


Alertar sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal
Comunicar as comunidades das áreas de risco a inundações;
Executar a limpeza e manutenção preventiva no local buscando evitar o agravamento do problema;
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Alertar sobre a possibilidade de ocorrência de transbordamento da calha dos rios principais;
Acionar dos procedimentos específicos pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos para as áreas de risco a inundação;
Acionar demais órgãos municipais para atuação em situação emergência conforme Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Perigo
Identificar bairros, domicílios atingidos e moradores que necessitam de abrigo;
Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Isolar o tráfego, utilizando rotas alternativas e apoio de campo para orientar a mobilidade urbana e os transportes;
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas.
Ocorrência de Eventos
de Inundações e Evacuar áreas de risco e áreas atingidas;
Enchentes Definir e organizar locais de abrigo temporário, de acordo com o os locais previamente indicados pelo Plano de Contingência;
Promover assistência médica, social e alimentar à população atingida, incluindo remoção para abrigos provisórios, caso necessário;
Comunicar a população local da localização dos abrigos;
Promover resgates, se necessário, em áreas isoladas e/ou inundadas;
Conferir estabelecimento e transporte para os abrigos temporários;
Providenciar cadastramento de famílias e as áreas atingidas;
Emergencial Providenciar contratações emergenciais, se necessário (limpeza, remoção de entulhos, árvores, estabilização de infraestrutura);
Providenciar ações previstas pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos, segundo tipo e abrangência do evento;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam favorecer o escoamento da água na bacia;
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas;
Acionamento da vigilância sanitária para auxílio na redução e monitoramento das doenças de veiculação hídrica;
Acionar estados de alerta, emergência ou calamidade, se necessário;
Elaborar relatório de análise de situação emergencial.
Identificar a situação pela Administração Municipal/Defesa Civil/Órgão Ambiental Municipal e Estadual;
Acionar órgãos ambientais e polícia ambiental, se necessário;
Anormal
Identificar tipo de poluente (químico, biológico, combustível, inflamável, etc.);
Comunicar a população local.
Identificar a situação pela Administração Municipal/Defesa Civil/Órgão Ambiental Municipal e Estadual;
Identificar empresa e/ou causa do acidente;
Acionar órgãos ambientais e polícia ambiental, se necessário;
Identificar tipo de poluente (químico, biológico, combustível, inflamável, etc.);
Perigo
Comunicar a população local;
Ocorrência de
Realizar interrupção parcial ou total do tráfego pela via atingida e/ou acesso ao curso de água à jusante;
Contaminação das
Acionar equipes de contenção da poluição no local, caso possível;
Águas
Providenciar ações previstas pelo órgão ambiental local/estadual e/ou defesa civil pelo tipo de contaminante.
Comunicar a população local;
Providenciar acionamento do responsável, caso atinja abastecimento local (rede de abastecimento de água);
Realizar manutenção emergencial no local buscando remoção do poluente, se possível;
Realizar remoção do lodo de fundo do canal e/ou curso de água destinando conforme legislação, no que couber;
Emergencial Providenciar ações previstas pelo órgão ambiental local/estadual e/ou defesa civil pelo tipo de contaminante;
Providenciar limpeza de margens e/ou áreas possivelmente atingidas;
Impedir atividades de pesca e/ou similares na área atingida à jusante;
Elaborar relatório de análise de situação emergencial.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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5.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA Quanto às respostas preventivas das ameaças, os seus custos deverão ser embutidos no
orçamento anual da Secretaria de Obras (SO) ou da unidade de gestão própria ao Sistema

Uma vez definidas as principais ações de emergência aos eventos identificados ou prováveis de Drenagem, caso seja criada, conforme ações a serem previstas pelo Plano de Manutenção

de ocorrência, apresentam-se a seguir as principais ações de contingência como resposta e Limpeza do sistema de drenagem.

preventiva ou preditiva aos primeiros, com base nas origens das ações de emergência, já
apresentadas anteriormente. O Quadro 23 mostra as adoções propostas de contingência
previstas para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

Quadro 23: Ações de Contingência para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
Origem Plano de Ação de Contingência
Comunicar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
Comunicar e orientar a população de áreas de risco
A Defesa Civil deverá acionar emergencialmente a equipe de manutenção da SO
Períodos de alta através do Plano de Contingência
pluviometria Identificação das possíveis situações de emergência
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
problemas
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção da Prefeitura
Vandalismo e/ou Identificação das possíveis situações de emergência
insuficiência Comunicar e orientar a população atingida
de capacidade de Acionar a polícia para investigação do fato ocorrido
suporte Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
de equipamentos de problemas
drenagem Reparar os danos materiais causados
urbana Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação das possíveis situações de emergência da Prefeitura
Falha Eletromecânica
Comunicar e orientar a população atingida
de Equipamentos de
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da Prefeitura
Recalque de Água
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
Pluvial do
problemas
Mergulhão*
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
*Ações aplicadas aos demais sistemas de bombeamento a serem implantados.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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6. MECANISMOS TARIFÁRIOS DE CONTINGÊNCIA 6.1. CUSTOS E INVESTIMENTOS ADICIONAIS

Conforme descrito anteriormente, a adoção de ações de contingência para situações Os custos e investimentos adicionais operacionais são as ações motivadas por um evento de
emergenciais resulta em despesas e/ou investimentos que não estão inclusos no cálculo emergência, as quais geram uma saída financeira de caixa da CESAMA e que podem ser
tarifário da prestação dos serviços de saneamento. cobertos pelos recursos de Tarifa de Contingência ou reequilíbrios.

Por este motivo, a Lei 11.445/2007, alterada pela Lei 14.026/2020, referenda em seu Art. 46 Os custos operacionais adicionais são as ações motivadas por um evento de emergência e
que: que não fazem parte das despesas regulares de prestação dos serviços da CESAMA. Dentre
“Art. 46. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que os custos operacionais adicionais das ações de contingência, pode-se destacar os exemplos
obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos
hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com apresentados no Quadro 24 e 25 referentes aos sistemas de abastecimento de água e
objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da
prestação do serviço e a gestão da demanda. esgotamento sanitário.

Parágrafo único. Sem prejuízo da adoção dos mecanismos a que se refere


o caput deste artigo, a ANA poderá recomendar, independentemente da Quadro 24: Custos Adicionais de Ações de Contingência - SAA.
dominialidade dos corpos hídricos que formem determinada bacia hidrográfica, a Área de Atuação Custo Operacional Adicional
restrição ou a interrupção do uso de recursos hídricos e a prioridade do uso para o Mensagens e campanhas educativas para redução do consumo ou de
consumo humano e para a dessedentação de animais. “ implantação de regras da Tarifa de Contingência ou execução de
racionamento.
Material e serviços de publicidade educativa para redução do consumo ou
Portanto, visando a garantia do equilíbrio econômico-financeiro, diferentes modelos de de implantação de regras da Tarifa de Contingência ou de execução de
Comunicação e Sensibilização racionamento
mecanismos tarifários podem ser aplicados para suprir os custos e investimentos
Reestruturação de atendimento presencial ao público adequado ao evento
relacionados aos eventos emergenciais. Dentre os diferentes modelos, pode-se destacar: de emergência
Mensagens e campanhas de sensibilização voltadas a produtores rurais de
áreas contribuintes do ponto de captação
• Inclusão das despesas referentes às situações emergenciais no estudo do próximo Redução e Controle de
Acréscimo de vistorias em ligações para detecção e correção de
vazamentos
ciclo tarifário; Perdas de Água
Intensificação de fiscalizações para evitar fraudes.
Abastecimento emergencial de serviços de caráter essencial (ex.:
• Solicitação por parte da CESAMA de uma revisão tarifária extraordinária junto à caminhões pipa).
agência reguladora em situações mais críticas. Segurança Operacional Abastecimento emergencial a demais usuários.
Custos operacionais associados a ações previstas no Plano de
Racionamento.
Salienta-se que em 2015, durante período de estiagem, a CESAMA chegou a aplicar tarifa Consumo adicional de energia elétrica em função do evento de emergência.
Consumo adicional de material de tratamento em função do evento de
de contingência. emergência
Outros Custos Adicionais Consumo adicional de combustíveis em função do evento de emergência
Custos adicionais com adequações dos sistemas de informação (TI) em
função do evento de emergência
Outros custos adicionais.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Quadro 25: Custos Adicionais de Ações de Contingência - SES. Quadro 26: Investimentos Adicionais de Ações de Contingência - SAA.
Área de Atuação Custo Operacional Adicional Área de Atuação Investimento Adicional
Mensagens e campanhas educativas para localidades onde há alguma Substituição de redes com vazamentos ou em risco iminente.
intervenção emergencial no SES Substituição de redes antigas com recorrência de vazamentos.
Comunicação e Sensibilização
Reestruturação de atendimento presencial ao público adequado ao evento
Instalação de válvulas redutoras de pressão.
de emergência
Acréscimo de vistorias em ligações para detecção e correção de Setorização de redes de distribuição.
Controle e Fiscalização do irregularidades Contenção de vazamentos ou extravasamentos em reservatórios.
SES
Intensificação de fiscalizações para evitar ligações irregulares Instalação de macromedidores em redes setorizadas.
Contratação de caminhão limpa-fossa em eventos de emergência Redução e controle das
Instalação de data loggers em pontos estratégicos da rede para medição e
Contratação de caminhão hidrojato em eventos de emergência perdas de água do sistema
Segurança Operacional registro de pressão que permitam o monitoramento da descontinuidade do
Custos operacionais associados a ações previstas no Plano de Emergência abastecimento e a detecção de vazamentos.
e Contingência Combate a perdas relacionadas à água de serviço nas Estações de
Consumo adicional de energia elétrica em função do evento de emergência. Tratamento de Água – ETAs.
Consumo adicional de material de tratamento em função do evento de Substituição de hidrômetros com tempo de funcionamento superior ao
emergência recomendado
Outros Custos Adicionais Consumo adicional de combustíveis em função do evento de emergência Substituição de hidrômetros por outros de melhor precisão
Custos adicionais com adequações dos sistemas de informação (TI) em Construção de adutoras e redes de interligação.
função do evento de emergência Interligação dos sistemas de Implantação de boosters ou estações elevatórias de água com o objetivo de
Outros custos adicionais. produção e distribuição aumento da vazão em adutoras de interligação
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
Ampliação de reservação de água tratada.

Preservação/conservação Cercamento e recuperação de nascentes e matas ciliares.


Já os investimentos adicionais são as ações motivadas por um evento de emergência, que ambiental dos mananciais Adequação/recuperação de áreas de recarga de aquíferos relacionados à
captação.
geram a necessidade de novos investimentos não previstos no ciclo tarifário, de modo a
Instalação de ventosas em pontos altos das redes.
viabilizar a recuperação de uma situação de anormalidade gerada pelo evento de Investimentos em automação de sistemas relacionados ao abastecimento de
água ou aquisição de softwares.
emergência. Dentre os investimentos adicionais das ações de contingência, pode-se destacar Outros investimentos com o
objetivo de aumentar a Obras emergenciais de adequação da captação.
os exemplos apresentados no Quadro 26 e no Quadro 27. segurança operacional Construção ou adequação de barragens de reservatórios.
Estudos emergenciais de novas fontes de captação de água.
Perfuração e estruturação de poços artesianos em caráter emergencial.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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Quadro 27: Investimentos Adicionais de Ações de Contingência - SES. • Informações sobre projetos e/ou licenças associados;
Área de Atuação Investimento Adicional
Substituição de redes coletoras em risco iminente • Projeto básico e executivo da obra, se for o caso.
Substituição de redes coletoras antigas com recorrência de vazamentos e/ou
infiltração
Contenção de vazamentos ou extravasamentos em poços de visita e/ou na
rede coletora
Controle Operacional do Contenção de vazamentos ou extravasamentos em estações elevatórias de
Sistema de Esgotamento esgoto
Sanitário Adequações nas Estações de Tratamento de Esgoto - ETE's em caráter
emergencial
Adequações nas Estações de Recalque de Esgoto - EEE's em caráter
emergencial
Execução de serviços de limpeza e desobstrução da rede coletora em caráter
emergencial
Construção de coletores tronco e interceptores de interligação
Interligação dos sistemas de
coleta de esgoto Implantação de estações elevatórias de esgoto com o objetivo de alterar o
fluxo do esgoto
Preservação/conservação Cercamento e recuperação de nascentes e matas ciliares.
ambiental dos recursos
hídricos Adequação/recuperação de áreas de recarga de aquíferos
Investimentos em automação de sistemas relacionados ao sistema de
Outros investimentos com o esgotamento sanitário ou aquisição de softwares.
objetivo de aumentar a
segurança operacional Obras emergenciais de adequação da estação de tratamento de esgoto
Obras emergenciais de adequação da estação de elevatória de esgoto
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Apesar da similaridade de muitas das ações referentes à custos e investimentos adicionais,


importante destacar, que devem ser considerados como adicionais, os custos não associados
à prestação regular dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

Para a obtenção de recursos tarifários de contingência ou obtenção de reequilíbrio tarifário,


a CESAMA deverá apresentar à ARISB-MG relatório de ações executadas e/ou a executar,
contendo minimamente:

• Identificação da ação e do sistema onde será executada;


• Descrição da ação;
• Justificativas e benefícios esperados;
• Planilha orçamentária com composição de quantitativos e preços unitários de materiais
e serviços;
• Cronograma físico e financeiro de execução;
• Indicadores e metas impactadas pela ação;
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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

7. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA • Melhorar a comunicação e colaboração entre os principais grupos de interessados e
os responsáveis pela operação do SAA – os consumidores, as autoridades que lidam
Analisando diversas alternativas de estruturação de um Plano de Segurança da Água, para com saneamento, saúde e ambiente, bem como do setor privado;
fins do Plano de Saneamento Básico, propõe-se que a CESAMA desenvolva um trabalho em • Informar e priorizar as necessidades de melhorias de infraestrutura física e recursos.
que conste minimamente os seguintes itens.

7.3. CONSTITUIÇÃO DE EQUIPE MULTIDISCIPLINAR


7.1. DEFINIÇÕES
A equipe responsável pela elaboração do PSA deverá ser a mais multidisciplinar possível,
Plano de Segurança da Água (PSA) é definido como um instrumento que identifica e prioriza composta por especialistas em saneamento básico das diversas áreas da CESAMA.
perigos e riscos em um sistema de abastecimento de água, desde o manancial até o
consumidor, visando estabelecer medidas de controle para reduzi-los ou eliminá-los e Após a estruturação técnica do PSA pela prestadora dos serviços, deve ser constituída uma
estabelecer processos para verificação da eficiência da gestão preventiva. equipe de profissionais externos com atuação em recursos hídricos, em meio ambiente, em
saúde pública, em outros órgãos afins da administração municipal, da agência reguladora e
É um instrumento com abordagem preventiva, com o objetivo de garantir a segurança da representantes dos consumidores finais da água, visando a validação do PSA de Juiz de
água para consumo humano, incluindo a minimização da contaminação na bacia hidrográfica Fora.
contribuinte ao manancial de captação e a eliminação ou remoção da contaminação na
estação de tratamento de água e a prevenção da (re)contaminação no sistema de
distribuição. 7.4. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS

A fim de bem conhecer o SAA, a descrição dos sistemas deverá ser a mais completa possível,
7.2. OBJETIVOS sempre por sistema produtor, seja de superfície ou subterrâneo. Se possível, deve ser
montado um diagrama de fluxo de todas as unidades intervenientes, das etapas envolvidas
Os principais objetivos do PSA são os seguintes: e com cadastramento georreferenciado. Desataca-se que um banco de dados relacional com
as informações disponíveis deverá ser desenvolvido e mantido atualizado.
• Controlar a poluição das fontes de água;
• Otimizar a remoção ou inativação de contaminantes durante o tratamento; Os sistemas deverão ser detalhados nas seguintes etapas:

• Evitar a contaminação durante o armazenamento, distribuição e consumo;


• Melhorar as práticas de gestão e operação para garantir a segurança da água, • Captação de água bruta, incluindo a bacia hidrográfica onde o manancial está inserido

melhorando a eficiência e reduzindo as despesas; ou o aquífero utilizado.

• Melhorar o conhecimento das partes interessadas sobre toda a cadeia de ✓ Caracterização do tipo de manancial;

abastecimento de água e sua vulnerabilidade; ✓ Geologia e hidrologia;

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
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✓ Vazões; 7.5. AVALIAÇÃO DE CADA SISTEMA, IDENTIFICAÇÃO DOS PERIGOS E


✓ Dados meteorológicos e climáticos; CARACTERIZAÇÃO DOS RISCOS
✓ Uso e ocupação do solo;
✓ Preservação de mata ciliar; A partir dos dados levantados para cada sistema, por processo e por unidade operacional,
✓ Atividades potencialmente poluidoras; deve ser efetuada a determinação dos perigos e avaliação dos riscos inerentes.
✓ Usos múltiplos da água;
✓ Previsão de ocupação da bacia a longo prazo; Sugere-se que seja estruturada uma matriz GUT com os pontos identificados, que se
✓ Estudo da qualidade e quantidade de água ao longo do ano; apresentem em desacordo ao padrão esperado. A matriz deve ser estruturada com 2
✓ Qualidade da água bruta; variáveis: probabilidade de ocorrência e severidade das consequências. Deverão ser
✓ Cadastro das unidades; estabelecidos pela equipe de trabalho os Pontos Críticos de Controle (PCC), os Pontos de
Controle (PC) e os Pontos de Atenção (PA) dos processos, conforme resultado da pontuação
• Tratamento da matriz GUT elaborada.
✓ Tipo de tratamento;
✓ Parâmetros hidráulicos das etapas do tratamento; Recomenda-se que seja elaborado um fluxograma para cada unidade operacional
✓ Procedimentos operacionais padrão; envolvendo todas as etapas do processo, permitindo uma efetiva visualização dos PCC, PC
✓ Resultados da qualidade da água tratada; e PA.
✓ Avaliação de desempenho nas diversas etapas do tratamento;
✓ Equipamentos para controle da qualidade da água;
✓ Produtos utilizados no tratamento da água; 7.6. MONITORAMENTO OPERACIONAL
✓ Cadastro das unidades.

Para o monitoramento operacional deverão ser definidos e estabelecidos os procedimentos


• Distribuição de monitoramento e os limites críticos das ocorrências, para cada sistema produtor.
✓ Definição do plano de coleta de amostragem de água tratada; Complementarmente devem ser estabelecidas as ações corretivas para cada evento não
✓ Setorização existente; conforme identificado.
✓ Localização e levantamento da qualidade da água tratada em seus
pontos sensíveis: hospitais, clínicas, escolas, pontas de rede críticas Para o monitoramento operacional deve-se:
(pontos mortos).

• Estabelecer limites críticos (quais limites definem um desempenho aceitável e como


podem ser monitorados);
• Estabelecer procedimento de monitoramento (para verificar que o PSA funciona
efetivamente e alcançará as metas de saúde);
• Estabelecer ações corretivas (as formas como os riscos podem ser controlados).

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

7.7. COMUNICAÇÃO

Dentre os objetivos do PSA está a melhora da comunicação e colaboração entre os principais


grupos de interessados e os responsáveis pela operação do sistema de abastecimento de
água, ou seja, os consumidores, as autoridades nacionais que lidam com saneamento, saúde
e meio ambiente, bem como do setor privado.

Dessa forma, deverá ser elaborada documentação e protocolos de comunicação interna e


externa para registro e divulgação das ocorrências e das ações empreendidas.

7.8. VALIDAÇÃO E VERIFICAÇÃO DO PSA

O PSA deverá contar com a participação das autoridades de saúde pública do município de
Juiz de Fora para validação e verificação quanto ao funcionamento do mesmo em relação ao
atendimento das metas de saúde a serem alcançadas.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

8. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DOS PLANOS LOCAIS DE RISCO • Fazer levantamento e cadastrar a população vulnerável, isto é, as
pessoas que deverão ser primeiramente assistidas, como crianças,
A preparação de municípios com histórico e casos recorrentes de desastres ambientais é idosos, grupos com necessidades especiais, cadeirantes e acamados
fundamental e necessita da coordenação e organização entre as diferentes esferas que vivem nas áreas de risco. Este trabalho pode ser realizado com o
municipais. Para essa finalidade, os municípios devem se organizar, com antecedência, apoio das Agentes de Saúde;
mediante a elaboração de planos de preparação e resposta que formem parte dos planos • Identificar a responsabilidade dos órgãos e instituições que desenvolvem
intersetoriais e estejam alinhados aos níveis nacional e territorial. Como planos locais de risco ações específicas em emergências para formação do Grupo de Ações
tem-se os Planos de Contingência e o Plano de Redução de Riscos. Coordenadas (GRAC). Este trabalho deve descrever as linhas de
autoridade e relacionamento entre as entidades envolvidas e mostrar
O Plano de Contingência estabelece as ações de proteção e defesa civil. É elaborado a partir como as ações serão coordenadas;
de uma determinada hipótese de desastre e organiza as ações de preparação e resposta. Ele • Definir rotas de fuga para que, no momento de emergência, a população
funciona como um planejamento da resposta e deve ser elaborado na normalidade, com a saiba para quais locais devem seguir e quais vias devem ser utilizadas,
definição de procedimentos, ações e decisões que serão tomadas em caso de eventos além dos pontos de encontro, de apoio e de abrigo.
extremos.
O município de Juiz de Fora apresenta Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos
A elaboração dos Planos de Contingência tem amparo legal da Lei Federal nº 12.608/2012, referente ao ano de 2021, voltado aos deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas
que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Esta define, em seu Art. 6º, que é ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos do município de Juiz de Fora. Este foi
competência dos municípios a elaboração deste Plano e que este deverá ser elaborado no elaborado e aprovado pelos órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Defesa
prazo de 1 (um) ano, sendo submetido a avaliação e prestação de contas anual, por meio de Civil do município.
audiência pública.
O Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos foi desenvolvido a partir da análise
As orientações da Defesa Civil para elaboração do plano compreendem: das avaliações e mapeamentos de risco efetuados e dos cenários de risco identificados como
prováveis e relevantes, caracterizados como hipóteses de desastres. São apresentados os
• Dividir o Plano em elementos que resultem em ações estratégicas e possíveis cenários de risco, as medidas de enfrentamento, contendo Plano de Ação de
planejadas para resposta em momentos de emergência; Enfrentamento e Plano de Resposta ao Incidente.
• Identificar e analisar o mapeamento de risco para apontar quais medidas
de preparação devem ser planejadas. Isso possibilita a definição de Outro plano local de risco existente em Juiz de Fora é Plano Municipal de Redução de Riscos.
áreas suscetíveis a ocorrências, a extensão do risco, também a Este é um instrumento de planejamento que centraliza o mapeamento de riscos realizados
identificação dos aspectos especiais de planejamento; pela equipe de Defesa Civil.

• Identificar os aspectos específicos locais, a citar as características


geomorfológicas;

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Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora

Isto vem de acordo com o Capítulo I, Art 2º da Lei Federal 12.608/2012, que estabelece que “É
dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias
à redução dos riscos de desastre” e ainda, no Capítulo II, Seção II, Art. 7º:

Compete aos Estados:


I - Executar a PNPDEC (Política Nacional de Proteção e Defesa Civil) em seu âmbito
territorial;
II - Coordenar as ações do SINPDEC (Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil)
em articulação com a União e os Municípios;
III - Instituir o Plano Estadual de Proteção e Defesa Civil;
IV - Identificar e mapear as áreas de risco e realizar estudos de identificação de
ameaças, suscetibilidades e vulnerabilidades, em articulação com a União e os
Municípios;
V - Realizar o monitoramento meteorológico, hidrológico e geológico das áreas de
risco, em articulação com a União e os Municípios;
VI - Apoiar a União, quando solicitado, no reconhecimento de situação de emergência
e estado de calamidade pública;
VII - declarar, quando for o caso, estado de calamidade pública ou situação de
emergência; e VIII - apoiar, sempre que necessário, os Municípios no levantamento
das áreas de risco, na elaboração dos Planos de Contingência de Proteção e Defesa
Civil e na divulgação de protocolos de prevenção e alerta e de ações emergenciais.

Conforme apresentado na etapa de Diagnóstico desta revisão do PSB-JF, o Plano Municipal


de Redução de Riscos (PMRR) no Município de Juiz de Fora constitui-se de estudo realizado
a partir de um convênio firmado entre a Prefeitura de Juiz de Fora, através da Defesa Civil, e
o Ministério das Cidades, sendo elaborado no ano de 2007. Em 2013 foi desenvolvida a
revisão do PMRR pela Fundação Israel Pinheiro (FIP) e atualmente o mesmo encontra-se em
processo de atualização.

Na última versão do Plano Municipal de Redução de Riscos, de 2013, são apresentados os


mapeamentos das áreas de risco geológico para Juiz de Fora de acordo com o grau de
probabilidade de risco. Diferente de 2007, este avaliou e mapeou, além das áreas de risco
em assentamentos precários, as áreas de altas declividades e encostas, que estão em
situação de risco.

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9. DIRETRIZES PARA MANUTENÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA Também deverão ser mantidos os trabalhos de formação e treinamentos realizados
atualmente pelo Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) com a comunidade. Estes

As atividades relativas à manutenção do planejamento das ações de emergência e compreendem, principalmente, primeiros socorros, prevenção de acidentes domésticos, ação

contingência são aquelas previstas para garantir a sua efetiva execução do plano, bem como nos casos de inundações, enchentes, deslizamentos, incêndios e outros eventos.

aquelas que preveem as adequações identificadas ao longo do processo.

Para a manutenção do plano de emergência e contingência é importante destacar as 9.2. REVISÃO DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA

seguintes etapas:
Propõe-se que as revisões das ações de emergência e contingência devem ocorrer, no
• Execução de treinamento; mínimo, a cada dez anos, preferencialmente junto à revisão do PSB-JF e devem considerar
• Sistema de revisão e avaliação das ações; todos os documentos gerenciais relativos aos eventos que acionaram as ações de
• Documentação das ações realizadas em cada evento. emergência e contingência ocorridos no período.

Para uma adequada aplicação e gestão do plano de emergência é fundamental que a A seguir indica-se documentos gerenciais que devem ser considerados em cada evento de
comunicação entre todos os funcionários envolvidos na operação do sistema de risco ao sistema de abastecimento de água.
abastecimento de água, esgotamento sanitário, assim como drenagem urbana, além dos
gestores municipais, esteja alinhada. Além disso, as rotas de comunicação dos possíveis • Relatório da Base de Dados Operacionais – onde é registrada a ocorrência de uma
eventos emergenciais devem ser claras e de fácil acesso a todos os colaboradores. ação emergência para uma determinada unidade operacional, bem como as
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento;
• Relatório do Sistema Supervisório – utilizado para gerenciar os controles de níveis dos
9.1. TREINAMENTO reservatórios e o funcionamento dos conjuntos moto bomba;
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos

Quanto à execução do Programa de Treinamento, sugere-se a realização de treinamento colaboradores após a realização do treinamento;

anual organizado pela CESAMA e técnicos da PJF, cujo conteúdo programático sugerido está • Relatório Anual de Ocorrência de Riscos – Relatório com a compilação de todos os
apresentado a seguir: riscos ocorridos no ano calendário.
• Parecer de Avaliação do Plano pelo Gestor – Relatório contendo críticas e sugestões
• Apresentação dos riscos; por parte do gestor no que se refere à eficácia das ações de emergência e contingência

• Execução das respostas aos riscos; contidas no plano para um determinado evento.

• Execução das ações de contingência;


• Definição das responsabilidades; No que tange o sistema de esgotamento sanitário, com relação aos documentos gerenciais

• Apresentação dos fluxogramas; sugeridos a ser considerados em cada evento de risco, segue:

• Simulações.
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• Relatório da Base de Dados Operacionais – onde é registrada a ocorrência de uma As ocorrências apontadas nos relatórios mencionados deverão ser analisadas para que
ação emergência para uma determinada unidade operacional, bem como as durante as revisões do plano possa ser identificada a efetividade das ações de emergência e
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento; contingências adotadas. Finalizado o processo de revisão do plano com as ações de
• Relatório do Sistema Supervisório – utilizado para gerenciar os controles das principais emergência e contingência, os colaboradores envolvidos na operação do sistema de
variáveis hidráulicas, elétricas, de quantidade e de qualidade visualizadas pelo sistema abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, devem ser devidamente
supervisório; informados e treinados.
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos
colaboradores após a realização do treinamento; Dentro destes treinamentos, devem ser realizados exercícios de simulação das situações

• Relatório Anual de Ocorrência de Riscos – Relatório com a compilação de todos os emergenciais, de modo a verificar o grau de resposta com a implantação de novas ações de
riscos ocorridos no ano calendário. emergência e contingência.

• Parecer de Avaliação do Plano pelo Gestor – Relatório contendo críticas e sugestões


por parte do gestor no que se refere à eficácia das ações de emergência e contingência
contidas no plano para um determinado evento. 9.3. DOCUMENTAÇÃO

Quanto ao sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, os documentos Anualmente, os gestores do Plano de Contingência e Emergência serão responsáveis pela
gerenciais indicados para serem considerados em cada evento de risco são: elaboração de relatórios contendo a quantificação de todos os eventos emergenciais
registrados e os resultados das ações previstas no plano de emergência e contingência.
• Relatórios Operacionais das Zonas de Gestão – onde é registrada a ocorrência de uma
ação de emergência para uma determinada unidade de gestão, bem como as No relatório deverão estar descritos também todas as atividades pertinentes ao plano, como
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento; treinamentos, simulações, entre outros, bem como uma conclusão sobre a eficácia das ações
• Relatório do Sistema de Monitoramento – promovem o gerenciamento de emergência e contingência acionadas ao longo do ano.
qualiquantitativo dos corpos hídricos;
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos
colaboradores após a realização do treinamento; 9.4. RESPONSABILIDADES

• Relatório Anual de Ocorrência de Riscos – Relatório com a compilação de todos os


riscos ocorridos no ano calendário; Como responsáveis pela implantação, assim como manutenção do planejamento das ações
• Parecer de Avaliação do Plano pelo Gestor – Relatório contendo críticas e sugestões de emergência e contingência do PSB de Juiz de Fora, destacam-se a Prefeitura de Juiz de
por parte do gestor no que se refere à eficácia das ações de emergência e contingência Fora, assim como a operadora do SAA e SES, a CESAMA.
contidas no plano para um determinado evento.

Ressalta-se que poderá haver necessidade de elaboração de outros documentos, de acordo


com o entendimento dos atores envolvidos.

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Prefeitura de Juiz de Fora

10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS JUIZ DE FORA. Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – MG (2014). Disponível em:
https://planodesaneamento.pjf.mg.gov.br/o_plano.html. Acesso em: 10 de novembro de

BRASIL, Resolução recomendada N° 75, de 02 de julho de 2009. Estabelece orientações 2022.

relativas à Política de Saneamento Básico e ao conteúdo mínimo dos Planos de Saneamento


Básico. Brasília, DF, 2009. Disponível em: < SANTA CATARINA, Defesa Civil. Plano de Contingência (2021). Disponível em:

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BRASIL. Decreto Nº 7.217, de 21 de junho de 2010.Regulamenta a Lei no 11.445, de 5 de


janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, e dá outras VIEIRA et al (s/d). Elaboração e implementação de planos de contingência em sistemas de

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BRASIL. Lei 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do saneamento básico e
altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de
saneamento, . Brasília, DF, 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14026.htm >. Acesso em: 10
de novembro de 2022.

BRASIL. Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção e


Defesa Civil - PNPDEC; e dá outras providências. Distrito Federal, Brasil, (2012). Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12608.htm>. Acesso em:
19 set. 2022.

JUIZ DE FORA. Decreto nº 14.290- de 28 de janeiro de 2021.Insere no Orçamento vigente a


natureza de despesa que menciona e dá outras providências.. Disponível em:
https://leismunicipais.com.br/a1/mg/j/juiz-de-fora/decreto/2021/1429/14290/decreto-n-14290-
2021-insere-no-orcamento-vigente-a-natureza-de-despesa-que-menciona-e-da-outras-
providencias?r=p. Acesso em: 10 de novembro de 2022.

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