Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DEZEMBRO / 2022
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
GESTÃO E FISCALIZAÇÃO
CONSULTORIA
Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.
3.3. PLANO DE RACIONAMENTO DA ÁGUA E ATENDIMENTO A DEMANDAS 10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS ..................................................................... 39
TEMPORÁRIAS ........................................................................................................ 14
LISTA DE SIGLAS
ANA – Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico
ARISB-MG - Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
CESAMA – Companhia de Saneamento Municipal
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente
EPC – Equipamento de Proteção Coletiva
EPI - Equipamento de Proteção Individual
ETA – Estações de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FIP - Fundação Israel Pinheiro
GRAC - Grupo de Ações Coordenadas
PA - Pontos de Atenção
PC - Pontos de Controle
PCC - Pontos Críticos de Controle
PMRR - Plano Municipal de Redução de Riscos
PNPDEC - Política Nacional de Proteção e Defesa Civil
PSA - Plano de Segurança da Água
PSB-JF – Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora
SAA – Sistema de Abastecimento de Água
SES – Sistema de Esgotamento Sanitário
SINPDEC – Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil
SO - Secretaria de Obras
SSPDC – Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
APRESENTAÇÃO
1
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
1. INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO • Lei 14.026 de 15 de Julho de 2020, que atualizou a Lei Federal 11.445, de 05 de
Janeiro de 2007.
Para identificação das origens e dos eventos de emergências e contingências registrados
para cada componente do saneamento básico de Juiz de Fora, foram utilizados os materiais A obrigação da existência de estudos que tratem de ações de emergência e contingência nos
levantados, avaliados e apresentados na etapa de Diagnóstico do PSB-JF. serviços de saneamento tem amparo na Lei Federal nº 14.026/2020, a qual estabelece as
diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento
Neste documento serão identificadas as principais causas potenciais de interrupção nos básico.
serviços de saneamento básico, para então, serem traçadas as ações emergenciais para a
solução do problema. As fundamentações legais para a apresentação dos Planos de Emergência e Contingência
estão previstas no artigo 19, inciso IV, e artigo 23, inciso XI, ambos da Lei 11.445/2007. A
norma prevê que toda a prestadora de serviços deva possuir um planejamento de ações para
Em resumo, o Plano de Atendimento aos Sistemas de Emergência, objeto deste produto, visa
principalmente definir ações e medidas voltadas à minimização e mitigação das emergência e contingência, bem como cabe à entidade reguladora, a edição de normas
relacionadas a medidas de segurança, de emergência e contingência, inclusive quanto a
consequências advindas de acidentes em qualquer um dos serviços de saneamento básico
prestados em um município. racionamento.
É importante que esses acidentes, principalmente aqueles que podem vir a ocorrer de forma • Decreto Federal Nº 7.217, de 21 de junho de 2010.
indicador futuro para se verificar possíveis recorrências e definir ações de emergência para diretrizes nacionais para o saneamento básico. O referido dispositivo legal, abrange, também,
sua correção, além de condutas e procedimentos a serem utilizados de forma rotineira as ações de emergência e contingência, devidamente arroladas no artigo 21.
2
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
A Política Municipal de Saneamento Básico de Juiz de Fora destaca em seu Artigo 12º, no
inciso IV, que remete às ações para emergência e contingências, como conteúdo mínimo do
PSB.
3
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
que foge do controle, uma situação crítica, gerada por uma ocorrência perigosa ou um
Conforme apresentado, situações de alerta são classificadas em três categorias: Situação
acidente, em que haja necessidade imediata de intervenção interna e externa no local em
Anormal, Situação de Perigo e Situação de Emergência, sendo elas dependentes das
questão para conter e controlar as consequências, preservar a integridade das pessoas,
dimensões do evento, assim como o quão grave a ocorrência é perante o sistema de
minimizar os danos à propriedade e meio ambiente e minimizar a interrupção das atividades.
saneamento, no que diz respeito a paralisação ou continuidade da operação. Ainda, a
situação a qual o evento é classificado, indica o nível do impacto causado, seja ele pessoal,
Para a elaboração plano de ações de emergência e contingência, considerou-se a
material ou ambiental.
importância, a gravidade e o alcance de possíveis ocorrências, correlacionando-as às
possíveis origens. Destaca-se que foram incluídos estados de alerta para orientar a tomada
Os sistemas abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana podem ser
de decisão de acordo com a gravidade de cada uma das situações.
expostos a diversas situações atípicas com capacidade de comprometer o seu funcionamento
e, assim, prejudicar os serviços prestados ao município e à população de Juiz de Fora. Assim,
A primeira etapa do plano de ações de emergência e contingência é identificar os eventos
as situações adversas às quais esses sistemas podem se sujeitar, bem como as ações que
mais suscetíveis de ocorrer em um determinado sistema, seja no abastecimento de água, no
o município e os prestadores dos serviços devem tomar a fim de fornecer uma rápida resposta
esgotamento sanitário ou na drenagem urbana. Posteriormente, os eventos excepcionais a
às ocorrências, serão definidas mais adiante neste relatório.
considerar em cada plano podem ser agrupados em três estados de alerta, conforme a
gravidade da situação (VIEIRA et al, s/d), como pode ser observado no Quadro 1.
As situações – anormal, de perigo ou de emergência – são definidas levando em
consideração, inclusive, o porte da unidade. Conforme descrito ao longo dos relatórios de
diagnóstico do PSB-JF, nos sistemas de saneamento de Juiz de Fora são encontradas
4
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Desta forma, caberá ao município, assim como os prestadores dos serviços de saneamento,
identificar, quando a ocorrência existir, qual a relevância da unidade operacional impactada
pelo evento, assim como o impacto das consequências daquele evento para o sistema de
saneamento em questão. Isto será essencial para que a tomada de decisão ocorra em tempo
hábil, assim como na proporção correta.
5
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
2 Estiagem
3 Incêndio
5 Ações de Vandalismo
6 Ações de Terceiros (obras, escavações, movimentos de terra realizados)
7 Problema Operacional
6
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
7
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
8
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
10
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
11
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Rompimento de Adutora de Água Solicitar ao órgão competente o isolamento da área, retirada de pessoas e sinalização adequada
Emergencial
de Grande Porte Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação
Realizar manobras na rede ou caminhão pipa para atendimento a atividades essenciais
Implementar rodízio de abastecimento se for o caso
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
12
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 11: Ações de Contingência - Evento de Qualidade da Água Distribuída em Desacordo com Portaria GM/MS N° 888/2021.
Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para identificar o fato gerador do problema de tratamento na ETA ou Poço em questão
Paralisar a operação da ETA ou do Poço até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Qualidade da Água Distribuída em
Desacordo com a Portaria de Realizar manobras de descarga de rede caso identificada a necessidade.
Emergencial
Potabilidade do Ministério da Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Saúde
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Implementar rodízio de abastecimento se for o caso
Realizar manobras de rede ou utilização de caminhão pipa para atendimento de atividades essenciais.
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
13
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
14
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
de água bruta se referem a eventuais estiagens ou problemas nas unidades operacionais em postos de atendimento e em locais de concentração de pessoas, tais como: espaços
todas as etapas do sistema de água – captação, adução, recalque, tratamento, sendo pouco públicos, escolas, centros comunitários, igrejas, etc.;
provável que ocorrências na distribuição gerem a necessidade de racionamento. • A distribuição espacial e temporal das interrupções no abastecimento de água –
rodízio, deve ser o mais homogênea possível, observadas as condições técnicas de
Entre os anos de 2014 e 2015, o município de Juiz de Fora sofreu com o severo período de cada setor de abastecimento, devendo ser estudada e definida sua frequência e
estiagem que assolou a região sudeste do Brasil. Dentre os impactos que a seca gerou, o de duração, evitando ao máximo a interrupção por períodos e com frequências muito
maior relevância para o dia a dia da população foi a redução dos níveis dos reservatórios de superiores em algumas regiões em detrimento de outras. Uma sugestão de
água que abasteciam o município. Neste período, visando o princípio da equidade no setorização do abastecimento é a divisão deste em regiões, como por exemplo: Cidade
fornecimento de água em áreas afetadas pela falta de água no ano de 2015, a CESAMA Alta, Região Norte, Região Central, Região Sul, Região Sudeste, Região Leste, Região
implantou um Plano de Racionamento de Água, que previa o abastecimento setorizado por Nordeste;
região em intervalos de tempo determinados previamente e informados à população. Nos • Deve ser garantido o abastecimento de água, por meios regulares ou alternativos, a
casos de desabastecimento, foram priorizados os serviços de caráter essencial, tais como: usuários essenciais como hospitais, maternidades, postos de saúde, unidades de
creches e instituições de ensino público, hospitais e unidades de atendimento destinadas à hemodiálise, creches, escolas e Corpo de Bombeiros. A ordem de prioridade, neste
preservação da saúde pública e estabelecimentos de internação coletiva. caso, foi estabelecida da seguinte forma:
1. – Hospitais e unidades de saúde;
De forma a preparar o município para futuros eventos de estiagem, foram realizadas obras 2. – Casas de repouso;
como a finalização do sistema de adução da Represa Chapéu D’Uvas até a ETA CDI, bem 3. – Creches;
como a interligação desta mesma adutora até a ETA Marechal Castelo Branco. Estas 4. – Orfanatos e instituições de ensino.
infraestruturas aumentaram o nível de segurança de abastecimento do município. • O abastecimento residencial deve ser priorizado, com os menores períodos e
frequências de interrupção possíveis, em detrimento das zonas estritamente
Destaca-se que nem todos os problemas de desabastecimento levam a necessidade de um comerciais ou industriais;
racionamento, devendo, portanto, a ocorrência geradora ser de gravidade e com a solução • Definição de alternativas operacionais no sistema de água, quando de ocorrência na
do problema demandando um tempo razoável, superior a pelo menos 24 horas, que é o tempo etapa pré-distribuição, com acionamento de alternativas de mananciais;
que as unidades consumidoras devem ter de reservação. • Definição de alternativas operacionais no sistema de água, na etapa de distribuição,
tais como redução de pressão, utilização de setorização para rodízio de
A realização de racionamento, para atender condições emergenciais de abastecimento de abastecimento, avaliação do tempo de regularização do setor;
água, deverá ser realizada através do Plano de Racionamento, o qual deve estar de acordo • Deve contemplar campanhas visando o uso racional e moderado da água;
com os normativos da agência reguladora e ser homologado por ela, devendo ser observadas • Em situações extremas e mais duradouras, conforme o Art. 46 da Lei 11.445, têm-se
as seguintes recomendações mínimas: que em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que obrigue
• Deve ser assegurada publicidade e informação aos usuários quanto aos períodos e à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos hídricos, o
datas de interrupção do abastecimento de água, com uma antecedência mínima viável, ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com objetivo de
nos meios de comunicação disponíveis como internet, rádios, jornais, carros de som,
15
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
No Plano de Racionamento elaborado no ano de 2015 existia uma programação que atendia
às demandas da época, porém que podem divergir de eventuais necessidades de
racionamento nos dias atuais. Por este motivo, deve ser construído pela CESAMA,
juntamente com a participação da Agência Reguladora, uma programação de manobras e/ou
racionamento para diferentes situações de paralisação, tais como:
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação Chapéu D’Uvas;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação Dr. João Penido;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação São Pedro;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da captação no Ribeirão Espírito
Santo;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA CDI;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA Marechal Castelo
Branco;
• Paralisação e/ou redução da capacidade operacional da ETA São Pedro;
• Paralisação das principais unidades de bombeamento de água tratada.
16
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
4 Falta de eletricidade nas unidades que dependem desta infraestrutura A fim de correlacionar cada um dos seis eventos de emergência e contingência identificados,
5 Ações de vandalismo nas unidades com suas possíveis origens, apresentam-se os esquemas na Figura 2 a seguir.
6 Falha em equipamento eletromecânico
17
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
18
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 15: Ações Gerais de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o
Sistema de Esgotamento Sanitário
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pela: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, polícia militar, cia de
energia elétrica, cia de operação de telefonia fixa e móvel, operador de internet, unidade
responsável pelo gerenciamento de trânsito
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pelas: unidades hierárquicas superiores, de operação e
manutenção, do sistema, de segurança do trabalho, de subcontratados, de comunicação
e publicidade, de atualização de site de comunicação externa
Ações Gerais
Definição de Procedimento de Relacionamento com a Agência Reguladora e com os
Setores da Administração Municipal e Estadual
19
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 16: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o Sistema de Esgotamento Sanitário
Evento Situação Plano de Ação de Emergência
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
pequeno porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
grande porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Rompimento das linhas de recalque Perigosa
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Lançamento do efluente tratado fora dos padrões de qualidade
exigidos pela legislação vigente (Resoluções CONAMA Nº Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Perigosa
357/2005 e Nº 430/2011 e Deliberação Normativa Conjunta Comunicar órgão municipal ambiental e/ou estadual e Vigilância Sanitária municipal
COPAM/CERH-MG nº 01/2008)
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas (caso necessário)
Comunicar e orientar a população atingida
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
20
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 17: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o Sistema de Esgotamento Sanitário (continuação)
Evento Situação Plano de Ação de Emergência
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar com a concessionária a disponibilidade de energia elétrica na rede
Extravasamento de Esgoto nas Estações Elevatórias Emergencial Se necessário, utilizar geradores de energia elétrica
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos eletromecânicos
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção para verificar o motivo
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Extravasamento de Esgoto nas Redes Coletoras (Poços de Visita) Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos (desobstrução)
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços (problema externo ou intradomiciliar)
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Retorno de esgoto aos imóveis conectados à rede coletora Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
No caso de ligações irregulares de águas pluviais, notificar o usuário e instruir para regularização
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
21
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
4.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA • Manutenção e conservação das unidades, com cercas, portões, entre outros;
• Manutenção eletromecânica preventiva das unidades;
Uma vez definidas as principais ações de emergência aos eventos identificados ou prováveis • Vigilância 24 horas da unidade;
de ocorrência, apresentam-se a seguir as principais ações de contingência como resposta • Treinamento de equipes de operação;
preventiva ou preditiva aos primeiros, com base nas origens das ações de emergência, já • Manutenção de EPIs e EPCs em bom estado de conservação;
apresentadas anteriormente. O Quadro 18 mostra as ações propostas de contingência • Adoção de cláusulas contratuais de segurança às empresas terceirizadas;
previstas para o Sistema de Esgotamento Sanitário do município de Juiz de Fora. • Instalação de placas orientativas e informativas nas unidades do sistema;
• Desenvolvimento de perícias e avaliações estruturais nas unidades operacionais.
Quadro 18: Ações de Contingência para o Sistema de Esgotamento Sanitário
Origem Plano de Ação de Contingência
Paralisar a operação da área afetada até a conclusão das medidas saneadoras
Períodos
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
prolongados de
chuva, Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
deslizamentos Comunicar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
de terra e Comunicar e orientar a população atingida
inundação ou Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Incêndio nas Identificação das possíveis situações de emergência
unidades
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
operacionais
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação das possíveis situações de emergência
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar e orientar a população atingida
Vandalismo
Acionar a polícia para investigação do fato ocorrido
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
Reparar os danos materiais causados
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Falta de Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
manutenção Identificação das possíveis situações de emergência
preventiva nas
unidades ou Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
execução Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis problemas
inadequada de Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
manutenção na
rede coletora Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
Quanto às respostas preventivas das ameaças, os seus custos deverão ser embutidos no
orçamento anual da CESAMA, dispensando um centro de custo específico. Dentre estes
custos, podem-se exemplificar os seguintes:
22
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
5. SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS Origem dos Eventos de Emergência e Contingência
13 Ações de terceiros (obras, escavações, movimentações de terra), que podem gerar danos ao sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022
Indo de encontro às diretrizes, estratégias e aos objetivos do Plano Nacional de Saneamento
Básico (PLANSAB), o PSB-JF apresenta a previsão dos eventos de emergência e
Tendo em vista as possíveis origens, tem-se, no Quadro 20, os seguintes eventos de
contingência para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas. É
emergência e contingência identificados para o Sistema de Drenagem Urbana.
extremamente importante que o município tenha a previsão desses eventos a fim de se
preparar para as respostas aos mesmos que, dependendo de sua magnitude, se tratarão de
Quadro 20: Eventos de emergência e contingência para o Sistema de Drenagem Urbana.
desastres naturais. Eventos de Emergência e Contingência
1 Alagamentos (microdrenagem)
2 Colapso na prestação dos serviços
Os eventos de emergências e contingências em drenagem urbana serão previstos em função
3 Contaminação das águas
das situações diagnosticadas na etapa do diagnóstico técnico e participativo desenvolvido na
4 Deslizamentos e Enxurradas
presente revisão do PSB-JF. Entretanto, conforme exposto, é necessário que o município 5 Inundações e enchentes (macrodrenagem)
elabore de forma detalhada seu plano de emergências a fim de realizar o mapeamento das Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
áreas de risco, criar um sistema de informações compatível com o sistema do Governo
Federal e desenvolver o plano de ação às emergências, a fim de estabelecer estratégias que Dessa forma, em Juiz de Fora ocorrem principalmente os desastres originários de fenômenos
serão empregadas no atendimento de situações de emergências. naturais de grande intensidade associados às ações antrópicas, como as chuvas intensas
que provocam alagamentos, enxurradas, inundações e deslizamentos. Além disso, existe a
As possíveis origens para as falhas no funcionamento do Sistema de Drenagem e Manejo possibilidade de ocorrência de eventos de contaminação das águas e o colapso na prestação
das Águas Pluviais Urbanas são as mencionadas no Quadro 19 apresentado a seguir. dos serviços devido à sua interrupção, seja por greve de trabalhadores ou por outras
paralisações relacionadas à execução dos serviços cotidianos do sistema.
Quadro 19: Origem dos eventos de emergência e contingência.
Origem dos Eventos de Emergência e Contingência
Conforme retratado na etapa de Diagnóstico desta revisão do PSB-JF, recentemente, o
1 Alta intensidade e quantidade pluviométrica
2 Alta taxa de impermeabilização e/ou saturação do solo município foi afetado por chuvas intensas que ultrapassaram as médias mensais históricas.
3 Contaminação de qualquer natureza Devido aos efeitos decorrentes da intensa precipitação registrada no município,
4 Desmatamento - ausência de vegetação principalmente na forma de alagamentos, enchentes, enxurradas, inundações e
5 Disposição inadequada de resíduos deslizamentos, em 20 de dezembro de 2021, Juiz de Fora decretou estado de emergência
6 Erosão e assoreamento do sistema de drenagem
(Decreto Municipal Nº 14.934/2021). Em 11 de janeiro de 2022 o município declarou o
7 Insuficiência do sistema de macrodrenagem urbana
agravamento das condições apontadas pelo Decreto Nº 14.934/2021, através de mais um
8 Insuficiência do sistema de microdrenagem urbana
9 Interrupção não programada das ações preventivas e de manutenção na prestação dos serviços decreto de estado de emergência, o Decreto Municipal Nº 14.970/2022.
10 Lançamento irregular de esgoto no sistema de drenagem
11 Ocupação irregular e desestabilização dos taludes A fim de correlacionar cada um dos cinco eventos de emergência e contingência identificados
12 Vandalismo dos equipamentos de drenagem urbana no Quadro 20, com suas possíveis origens, apresentam-se os esquemas na Figura 3 a seguir.
23
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Figura 3: Correlação entre eventos de emergência e seus potenciais origens para o sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Quadro 21: Ações Gerais de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o
Sistema de Drenagem Urbana e Manejo das Águas Pluviais
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pela: vigilância sanitária, corpo de bombeiros, polícia militar, cia de
energia elétrica, cia de operação de telefonia fixa e móvel, operador de
internet, unidade responsável pelo gerenciamento de trânsito
Elaboração e divulgação interna de listagem de telefones de contato e e-mails dos
responsáveis diretos pelas: unidades hierárquicas superiores, de operação e
Ações Gerais manutenção, do sistema, de segurança do trabalho, de subcontratados, de
comunicação e publicidade, de atualização de site de comunicação externa
Definição de procedimento de divulgação de ocorrências e de prazos de normalização
para as unidades de atendimento ao público e população afetada
Definição de Relatório de Ocorrência, constando dados da emergência ou contingência,
do acionamento dos procedimentos gerais de comunicação e de relacionamento, das
ações efetuadas e proposição de medidas mitigadoras
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
25
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
26
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
27
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
5.2. AÇÕES PREVENTIVAS DE EMERGÊNCIA Quanto às respostas preventivas das ameaças, os seus custos deverão ser embutidos no
orçamento anual da Secretaria de Obras (SO) ou da unidade de gestão própria ao Sistema
Uma vez definidas as principais ações de emergência aos eventos identificados ou prováveis de Drenagem, caso seja criada, conforme ações a serem previstas pelo Plano de Manutenção
de ocorrência, apresentam-se a seguir as principais ações de contingência como resposta e Limpeza do sistema de drenagem.
preventiva ou preditiva aos primeiros, com base nas origens das ações de emergência, já
apresentadas anteriormente. O Quadro 23 mostra as adoções propostas de contingência
previstas para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
Quadro 23: Ações de Contingência para o Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
Origem Plano de Ação de Contingência
Comunicar a Defesa Civil e Corpo de Bombeiros
Comunicar e orientar a população de áreas de risco
A Defesa Civil deverá acionar emergencialmente a equipe de manutenção da SO
Períodos de alta através do Plano de Contingência
pluviometria Identificação das possíveis situações de emergência
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
problemas
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção da Prefeitura
Vandalismo e/ou Identificação das possíveis situações de emergência
insuficiência Comunicar e orientar a população atingida
de capacidade de Acionar a polícia para investigação do fato ocorrido
suporte Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
de equipamentos de problemas
drenagem Reparar os danos materiais causados
urbana Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação das possíveis situações de emergência da Prefeitura
Falha Eletromecânica
Comunicar e orientar a população atingida
de Equipamentos de
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da Prefeitura
Recalque de Água
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução dos possíveis
Pluvial do
problemas
Mergulhão*
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
*Ações aplicadas aos demais sistemas de bombeamento a serem implantados.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
28
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Conforme descrito anteriormente, a adoção de ações de contingência para situações Os custos e investimentos adicionais operacionais são as ações motivadas por um evento de
emergenciais resulta em despesas e/ou investimentos que não estão inclusos no cálculo emergência, as quais geram uma saída financeira de caixa da CESAMA e que podem ser
tarifário da prestação dos serviços de saneamento. cobertos pelos recursos de Tarifa de Contingência ou reequilíbrios.
Por este motivo, a Lei 11.445/2007, alterada pela Lei 14.026/2020, referenda em seu Art. 46 Os custos operacionais adicionais são as ações motivadas por um evento de emergência e
que: que não fazem parte das despesas regulares de prestação dos serviços da CESAMA. Dentre
“Art. 46. Em situação crítica de escassez ou contaminação de recursos hídricos que os custos operacionais adicionais das ações de contingência, pode-se destacar os exemplos
obrigue à adoção de racionamento, declarada pela autoridade gestora de recursos
hídricos, o ente regulador poderá adotar mecanismos tarifários de contingência, com apresentados no Quadro 24 e 25 referentes aos sistemas de abastecimento de água e
objetivo de cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da
prestação do serviço e a gestão da demanda. esgotamento sanitário.
29
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 25: Custos Adicionais de Ações de Contingência - SES. Quadro 26: Investimentos Adicionais de Ações de Contingência - SAA.
Área de Atuação Custo Operacional Adicional Área de Atuação Investimento Adicional
Mensagens e campanhas educativas para localidades onde há alguma Substituição de redes com vazamentos ou em risco iminente.
intervenção emergencial no SES Substituição de redes antigas com recorrência de vazamentos.
Comunicação e Sensibilização
Reestruturação de atendimento presencial ao público adequado ao evento
Instalação de válvulas redutoras de pressão.
de emergência
Acréscimo de vistorias em ligações para detecção e correção de Setorização de redes de distribuição.
Controle e Fiscalização do irregularidades Contenção de vazamentos ou extravasamentos em reservatórios.
SES
Intensificação de fiscalizações para evitar ligações irregulares Instalação de macromedidores em redes setorizadas.
Contratação de caminhão limpa-fossa em eventos de emergência Redução e controle das
Instalação de data loggers em pontos estratégicos da rede para medição e
Contratação de caminhão hidrojato em eventos de emergência perdas de água do sistema
Segurança Operacional registro de pressão que permitam o monitoramento da descontinuidade do
Custos operacionais associados a ações previstas no Plano de Emergência abastecimento e a detecção de vazamentos.
e Contingência Combate a perdas relacionadas à água de serviço nas Estações de
Consumo adicional de energia elétrica em função do evento de emergência. Tratamento de Água – ETAs.
Consumo adicional de material de tratamento em função do evento de Substituição de hidrômetros com tempo de funcionamento superior ao
emergência recomendado
Outros Custos Adicionais Consumo adicional de combustíveis em função do evento de emergência Substituição de hidrômetros por outros de melhor precisão
Custos adicionais com adequações dos sistemas de informação (TI) em Construção de adutoras e redes de interligação.
função do evento de emergência Interligação dos sistemas de Implantação de boosters ou estações elevatórias de água com o objetivo de
Outros custos adicionais. produção e distribuição aumento da vazão em adutoras de interligação
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
Ampliação de reservação de água tratada.
30
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Quadro 27: Investimentos Adicionais de Ações de Contingência - SES. • Informações sobre projetos e/ou licenças associados;
Área de Atuação Investimento Adicional
Substituição de redes coletoras em risco iminente • Projeto básico e executivo da obra, se for o caso.
Substituição de redes coletoras antigas com recorrência de vazamentos e/ou
infiltração
Contenção de vazamentos ou extravasamentos em poços de visita e/ou na
rede coletora
Controle Operacional do Contenção de vazamentos ou extravasamentos em estações elevatórias de
Sistema de Esgotamento esgoto
Sanitário Adequações nas Estações de Tratamento de Esgoto - ETE's em caráter
emergencial
Adequações nas Estações de Recalque de Esgoto - EEE's em caráter
emergencial
Execução de serviços de limpeza e desobstrução da rede coletora em caráter
emergencial
Construção de coletores tronco e interceptores de interligação
Interligação dos sistemas de
coleta de esgoto Implantação de estações elevatórias de esgoto com o objetivo de alterar o
fluxo do esgoto
Preservação/conservação Cercamento e recuperação de nascentes e matas ciliares.
ambiental dos recursos
hídricos Adequação/recuperação de áreas de recarga de aquíferos
Investimentos em automação de sistemas relacionados ao sistema de
Outros investimentos com o esgotamento sanitário ou aquisição de softwares.
objetivo de aumentar a
segurança operacional Obras emergenciais de adequação da estação de tratamento de esgoto
Obras emergenciais de adequação da estação de elevatória de esgoto
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
7. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DO PLANO DE SEGURANÇA DA ÁGUA • Melhorar a comunicação e colaboração entre os principais grupos de interessados e
os responsáveis pela operação do SAA – os consumidores, as autoridades que lidam
Analisando diversas alternativas de estruturação de um Plano de Segurança da Água, para com saneamento, saúde e ambiente, bem como do setor privado;
fins do Plano de Saneamento Básico, propõe-se que a CESAMA desenvolva um trabalho em • Informar e priorizar as necessidades de melhorias de infraestrutura física e recursos.
que conste minimamente os seguintes itens.
A fim de bem conhecer o SAA, a descrição dos sistemas deverá ser a mais completa possível,
7.2. OBJETIVOS sempre por sistema produtor, seja de superfície ou subterrâneo. Se possível, deve ser
montado um diagrama de fluxo de todas as unidades intervenientes, das etapas envolvidas
Os principais objetivos do PSA são os seguintes: e com cadastramento georreferenciado. Desataca-se que um banco de dados relacional com
as informações disponíveis deverá ser desenvolvido e mantido atualizado.
• Controlar a poluição das fontes de água;
• Otimizar a remoção ou inativação de contaminantes durante o tratamento; Os sistemas deverão ser detalhados nas seguintes etapas:
• Melhorar o conhecimento das partes interessadas sobre toda a cadeia de ✓ Caracterização do tipo de manancial;
32
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
33
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
7.7. COMUNICAÇÃO
O PSA deverá contar com a participação das autoridades de saúde pública do município de
Juiz de Fora para validação e verificação quanto ao funcionamento do mesmo em relação ao
atendimento das metas de saúde a serem alcançadas.
34
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
8. DIRETRIZES DE FORMULAÇÃO DOS PLANOS LOCAIS DE RISCO • Fazer levantamento e cadastrar a população vulnerável, isto é, as
pessoas que deverão ser primeiramente assistidas, como crianças,
A preparação de municípios com histórico e casos recorrentes de desastres ambientais é idosos, grupos com necessidades especiais, cadeirantes e acamados
fundamental e necessita da coordenação e organização entre as diferentes esferas que vivem nas áreas de risco. Este trabalho pode ser realizado com o
municipais. Para essa finalidade, os municípios devem se organizar, com antecedência, apoio das Agentes de Saúde;
mediante a elaboração de planos de preparação e resposta que formem parte dos planos • Identificar a responsabilidade dos órgãos e instituições que desenvolvem
intersetoriais e estejam alinhados aos níveis nacional e territorial. Como planos locais de risco ações específicas em emergências para formação do Grupo de Ações
tem-se os Planos de Contingência e o Plano de Redução de Riscos. Coordenadas (GRAC). Este trabalho deve descrever as linhas de
autoridade e relacionamento entre as entidades envolvidas e mostrar
O Plano de Contingência estabelece as ações de proteção e defesa civil. É elaborado a partir como as ações serão coordenadas;
de uma determinada hipótese de desastre e organiza as ações de preparação e resposta. Ele • Definir rotas de fuga para que, no momento de emergência, a população
funciona como um planejamento da resposta e deve ser elaborado na normalidade, com a saiba para quais locais devem seguir e quais vias devem ser utilizadas,
definição de procedimentos, ações e decisões que serão tomadas em caso de eventos além dos pontos de encontro, de apoio e de abrigo.
extremos.
O município de Juiz de Fora apresenta Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos
A elaboração dos Planos de Contingência tem amparo legal da Lei Federal nº 12.608/2012, referente ao ano de 2021, voltado aos deslizamentos de grande impacto, inundações bruscas
que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil. Esta define, em seu Art. 6º, que é ou processos geológicos ou hidrológicos correlatos do município de Juiz de Fora. Este foi
competência dos municípios a elaboração deste Plano e que este deverá ser elaborado no elaborado e aprovado pelos órgãos e instituições integrantes do Sistema Municipal de Defesa
prazo de 1 (um) ano, sendo submetido a avaliação e prestação de contas anual, por meio de Civil do município.
audiência pública.
O Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos foi desenvolvido a partir da análise
As orientações da Defesa Civil para elaboração do plano compreendem: das avaliações e mapeamentos de risco efetuados e dos cenários de risco identificados como
prováveis e relevantes, caracterizados como hipóteses de desastres. São apresentados os
• Dividir o Plano em elementos que resultem em ações estratégicas e possíveis cenários de risco, as medidas de enfrentamento, contendo Plano de Ação de
planejadas para resposta em momentos de emergência; Enfrentamento e Plano de Resposta ao Incidente.
• Identificar e analisar o mapeamento de risco para apontar quais medidas
de preparação devem ser planejadas. Isso possibilita a definição de Outro plano local de risco existente em Juiz de Fora é Plano Municipal de Redução de Riscos.
áreas suscetíveis a ocorrências, a extensão do risco, também a Este é um instrumento de planejamento que centraliza o mapeamento de riscos realizados
identificação dos aspectos especiais de planejamento; pela equipe de Defesa Civil.
35
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
Isto vem de acordo com o Capítulo I, Art 2º da Lei Federal 12.608/2012, que estabelece que “É
dever da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios adotar as medidas necessárias
à redução dos riscos de desastre” e ainda, no Capítulo II, Seção II, Art. 7º:
36
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
9. DIRETRIZES PARA MANUTENÇÃO DO PLANO DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA Também deverão ser mantidos os trabalhos de formação e treinamentos realizados
atualmente pelo Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) com a comunidade. Estes
As atividades relativas à manutenção do planejamento das ações de emergência e compreendem, principalmente, primeiros socorros, prevenção de acidentes domésticos, ação
contingência são aquelas previstas para garantir a sua efetiva execução do plano, bem como nos casos de inundações, enchentes, deslizamentos, incêndios e outros eventos.
Para a manutenção do plano de emergência e contingência é importante destacar as 9.2. REVISÃO DAS AÇÕES DE CONTINGÊNCIA
seguintes etapas:
Propõe-se que as revisões das ações de emergência e contingência devem ocorrer, no
• Execução de treinamento; mínimo, a cada dez anos, preferencialmente junto à revisão do PSB-JF e devem considerar
• Sistema de revisão e avaliação das ações; todos os documentos gerenciais relativos aos eventos que acionaram as ações de
• Documentação das ações realizadas em cada evento. emergência e contingência ocorridos no período.
Para uma adequada aplicação e gestão do plano de emergência é fundamental que a A seguir indica-se documentos gerenciais que devem ser considerados em cada evento de
comunicação entre todos os funcionários envolvidos na operação do sistema de risco ao sistema de abastecimento de água.
abastecimento de água, esgotamento sanitário, assim como drenagem urbana, além dos
gestores municipais, esteja alinhada. Além disso, as rotas de comunicação dos possíveis • Relatório da Base de Dados Operacionais – onde é registrada a ocorrência de uma
eventos emergenciais devem ser claras e de fácil acesso a todos os colaboradores. ação emergência para uma determinada unidade operacional, bem como as
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento;
• Relatório do Sistema Supervisório – utilizado para gerenciar os controles de níveis dos
9.1. TREINAMENTO reservatórios e o funcionamento dos conjuntos moto bomba;
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos
Quanto à execução do Programa de Treinamento, sugere-se a realização de treinamento colaboradores após a realização do treinamento;
anual organizado pela CESAMA e técnicos da PJF, cujo conteúdo programático sugerido está • Relatório Anual de Ocorrência de Riscos – Relatório com a compilação de todos os
apresentado a seguir: riscos ocorridos no ano calendário.
• Parecer de Avaliação do Plano pelo Gestor – Relatório contendo críticas e sugestões
• Apresentação dos riscos; por parte do gestor no que se refere à eficácia das ações de emergência e contingência
• Execução das respostas aos riscos; contidas no plano para um determinado evento.
• Apresentação dos fluxogramas; sugeridos a ser considerados em cada evento de risco, segue:
• Simulações.
37
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
• Relatório da Base de Dados Operacionais – onde é registrada a ocorrência de uma As ocorrências apontadas nos relatórios mencionados deverão ser analisadas para que
ação emergência para uma determinada unidade operacional, bem como as durante as revisões do plano possa ser identificada a efetividade das ações de emergência e
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento; contingências adotadas. Finalizado o processo de revisão do plano com as ações de
• Relatório do Sistema Supervisório – utilizado para gerenciar os controles das principais emergência e contingência, os colaboradores envolvidos na operação do sistema de
variáveis hidráulicas, elétricas, de quantidade e de qualidade visualizadas pelo sistema abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, devem ser devidamente
supervisório; informados e treinados.
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos
colaboradores após a realização do treinamento; Dentro destes treinamentos, devem ser realizados exercícios de simulação das situações
• Relatório Anual de Ocorrência de Riscos – Relatório com a compilação de todos os emergenciais, de modo a verificar o grau de resposta com a implantação de novas ações de
riscos ocorridos no ano calendário. emergência e contingência.
Quanto ao sistema de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, os documentos Anualmente, os gestores do Plano de Contingência e Emergência serão responsáveis pela
gerenciais indicados para serem considerados em cada evento de risco são: elaboração de relatórios contendo a quantificação de todos os eventos emergenciais
registrados e os resultados das ações previstas no plano de emergência e contingência.
• Relatórios Operacionais das Zonas de Gestão – onde é registrada a ocorrência de uma
ação de emergência para uma determinada unidade de gestão, bem como as No relatório deverão estar descritos também todas as atividades pertinentes ao plano, como
respectivas informações quantitativas e qualitativas a respeito de cada evento; treinamentos, simulações, entre outros, bem como uma conclusão sobre a eficácia das ações
• Relatório do Sistema de Monitoramento – promovem o gerenciamento de emergência e contingência acionadas ao longo do ano.
qualiquantitativo dos corpos hídricos;
• Ficha de Avaliação do Treinamento – utilizado para identificar o nível dos
colaboradores após a realização do treinamento; 9.4. RESPONSABILIDADES
38
Revisão do Plano de Saneamento Básico
Prefeitura de Juiz de Fora
10. REFERÊNCIAS CONSULTADAS JUIZ DE FORA. Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – MG (2014). Disponível em:
https://planodesaneamento.pjf.mg.gov.br/o_plano.html. Acesso em: 10 de novembro de
https://antigo.mdr.gov.br/component/content/article/117-conselho-das-cidades/resolucoes- https://www.defesacivil.sc.gov.br/municipios/plano-de-
providências. Brasília, DF, 2010. Disponível em: abastecimento de água. Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. 2006. Disponível
BRASIL. Lei 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do saneamento básico e
altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas e
Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de
saneamento, . Brasília, DF, 2020. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Lei/L14026.htm >. Acesso em: 10
de novembro de 2022.
39