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DIÁRIO OFICIAL

Diário Oficial do Município de Saquarema | Poder Executivo | Ano IV | Nº 786 | EDIÇÃO EXTRA | Quinta-feira, 09 de dezembro de 2021

SECRETARIA DE SAÚDE REALIZA MUDANÇAS


NO POSTO DE VACINAÇÃO NO CENTRO
Atenção moradores de Sa-
quarema: A Prefeitura mudou
um dos locais de vacinação.

A vacinação contra a Co-


vid-19 não acontece mais no
Saquarema Futebol Clube.
Agora, a vacinação aconte-
cerá na Associação de Surf,
na Av. Oceânica, nº 180, em
frente ao Mercado Itaúna,
no bairro Itaúna. Sendo as-
sim, é importante reforçar:
O Saquarema Futebol Clube
não fará mais parte da lis-
ta de postos de vacinação.

O posto de vacinação mon-


tado no Lions Clube, em
Bacaxá, segue funcionan-
do. Na próxima semana,
outros postos serão aber-
tos em bairros da cidade.
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Ano IV ● Nº 786 ● EDIÇÃO EXTRA
Quinta-feira, 09 de dezembro de 2021

PREFEITURA DA CIDADE DE SAQUAREMA


PREFEITA Secretário Municipal de Secretário Municipal de Educação
Manoela Ramos de Souza Administração, Receita e Tributação Antonio Peres Alves
Gomes Alves Hailson Alves Ramalho
Presidente do Instituto de Benefícios
VICE-PREFEITO Secretário Municipal de e Assistência dos Servidores de
Rômulo Carvalho de Almeida Meio Ambiente Saquarema – IBASS
Gilmar Rocha de Magalhães Nilmar Epaminondas da Silva
Procurador-Geral do Município
Claudius Valerius Malheiros Barcellos Secretário Municipal de Transporte Secretária Municipal de
e Serviços Públicos Obras Públicas
Secretário Municipal de Finanças Lindonor Ferreira Rezende da Rosa Priscilla Barroso Poubel
Águido Henrique Almeida da Costa
Secretário Municipal de Secretária Municipal de Gestão,
Controlador Geral do Município Comunicação Social Inovação e Tecnologia
Marco Aurelio Sampaio Leite Nilson da Costa Cardoso Júnior Élida da Silva Alves

Secretário Municipal de Planejamento Secretária Municipal de Secretário Municipal de


Ricardo de Almeida Blanco Desenvolvimento Social Esporte, Lazer e Turismo
Daniele Borges dos Santos Vignoli Rafael da Costa Castro
Secretário Municipal de Urbanismo
Felipe de Oliveira Araujo Secretário Municipal de Agricultura, Secretário Municipal de
Abastecimento e Pesca Desenvolvimento Econômico
Secretária Municipal de Gabinete Wellington Magalhães de Matos Antonio Peres Alves (interino)
Patrícia dos Reis Silva
Secretária Municipal da Mulher Secretário Municipal de Cultura
Secretário Municipal de Governo Marcia de Almeida Silva Azeredo Manoel Vieira Gomes Junior
José Carlos Martins
Secretário Municipal de Segurança Secretário Municipal de Infraestrutura
Secretário Municipal de Saúde e Ordem Pública Danilo Goretti Villa Verde
João Alberto Teixeira Oliveira Evanildo Andrade dos Santos

Expedido pela Secretaria Municipal SUMÁRIO


de Comunicação Social Atos da Prefeita........................................................03

Operadores do DOS:
Ewerton Carvalho / Renê Alcantara

Para mais informações acesse:


dos.saquarema.rj.gov.br
www.saquarema.rj.gov.br
facebook.com/PrefeituradeSaquarema

Telefones:
Prefeitura: (22) 2655-6400
Ouvidoria: (22) 2655-6401

Diário Oficial Eletrônico criado pela Lei 1.715/2018, e


regulamentado pelo Decreto 1.822/2018

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senvolvimento das atividades econômi- propriedade no Município de Saquare-


cas e às ações de planejamento urbano ma opera pelo exercício dos direitos à
ATOS DA PREFEITA
do município; moradia, aos meios de subsistência, ao
II- Mencionar a integração como parte do trabalho, à saúde, à educação, à cultura,
conjunto de Leis suplementares do Plano à proteção social, à segurança, ao meio
LEI COMPLEMENTAR Nº 71 Diretor de Desenvolvimento Sustentável; ambiente ecologicamente equilibrado, à
DE 08 DE DEZEMBRO DE 2021 III- Definir as conexões existentes e a preservação do patrimônio socioambien-
Institui o novo Plano Diretor Municipal de compatibilidade entre os seus disposi- tal e cultural, ao saneamento básico, ao
Desenvolvimento Sustentável, estabelece tivos e os desta, ou aqueles das outras transporte público, ao lazer, à religião, à
objetivos, instrumentos e diretrizes para leis implementares do Plano Diretor de informação e demais direitos assegura-
as ações de planejamento no Município Desenvolvimento Sustentável, fazendo dos pela legislação vigente.
de Saquarema e dá outras providências. remissão, quando necessário, aos artigos Art. 7º Para cumprir a sua função social, a
A PREFEITA MUNICIPAL DE SAQUA- dessas Leis. propriedade deve atender, aos seguintes
REMA, Estado do Rio de Janeiro. Faço Art. 4º O Plano Diretor de Desenvolvi- requisitos:
saber que a Câmara Municipal aprovou e mento Sustentável será revisado e atua- I- Aproveitamento e utilização para ativi-
eu sanciono a seguinte Lei: lizado em até 10 (dez) anos. Devendo as dades inerentes ao cumprimento das fun-
TÍTULO I diretrizes e propostas serem avaliadas e ções sociais da cidade, em intensidade
DA FUNDAMENTAÇÃO monitoradas periodicamente, mediante compatível com a capacidade de atendi-
CAPÍTULO I iniciativa específica do Poder Executivo mento dos equipamentos e serviços pú-
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES proposta pela Secretaria competente ou blicos;
Art. 1º Esta Lei Complementar dispõe so- do Poder Legislativo, com a participação II- Aproveitamento, utilização, atividades
bre a Política Urbana e institui o Plano Di- dos órgãos colegiados de política urbana e intensidade de uso compatíveis com a
retor de Desenvolvimento Sustentável do municipal. preservação da qualidade do meio am-
Município de Saquarema. CAPÍTULO II biente, do patrimônio socioambiental e
Parágrafo único. O Plano Diretor de De- DOS PRINCÍPIOS cultural, da paisagem, nos termos da le-
senvolvimento Sustentável aplica-se a Art. 5º O Plano Diretor de Desenvolvimen- gislação em vigor;
toda extensão territorial do Município de to Sustentável rege-se pelos seguintes III- Aproveitamento e utilização compatí-
Saquarema. princípios: veis com a segurança e saúde de seus
Art. 2º São objetivos do Plano Diretor de I- Garantia da função social da cidade e usuários e da vizinhança;
Desenvolvimento Sustentável: da propriedade; IV- Utilização adequada do terreno, se-
I - Orientar a atuação do Poder Público e II- Promoção do desenvolvimento susten- gundo os parâmetros mínimos definidos
da iniciativa privada tável, entendido como o acesso à mora- na Lei de Zoneamento, de Uso e Ocupa-
II - A expansão urbana e rural da Cidade; dia, infraestrutura, serviços, geração de ção do Solo, no Código de Obras e Edifi-
III- Promoção da função social da cidade, emprego e renda, e equipamentos públi- cações e legislações correlatas.
especialmente: o acesso à moradia, ao cos e privados, para as atuais e futuras § 1° O direito de propriedade sobre o solo
transporte público, à saúde, à educação, gerações, de forma ambientalmente cor- não inclui o direito de construir, cujo exer-
ao saneamento básico, à infraestrutura reta; cício deverá ser autorizado pelo Poder
urbana, à cultura e ao lazer. III- Garantia da gestão democrática com Executivo, segundo os critérios estabele-
IV – Melhoria da qualidade de vida da po- a participação da população no processo cidos nas leis que compõe o planejamen-
pulação. de desenvolvimento da cidade; to urbano.
Art. 3º A Política Urbana da Cidade é com- IV- Adequação dos instrumentos de polí- § 2° O Município utilizará os instrumentos
posta pelo Plano Diretor e pelas seguintes tica econômica, tributária e financeira aos previstos nesta Lei Complementar e de-
normas que o suplementam: objetivos do desenvolvimento municipal; mais legislações pertinentes para asse-
I- Lei de Zoneamento; V- Proteção, preservação e recuperação gurar o cumprimento da função social da
II- Lei de Parcelamento; do ambiente natural e dos patrimônios so- cidade e da propriedade.
III- Código de Obras e Edificações; cioambiental e cultural; Art. 8º Havendo descumprimento da fun-
IV- Código Municipal de Meio Ambiente; VI- Inclusão social, compreendida como ção social da propriedade descritos pela
V- Código de Posturas; garantia de acesso a bens, serviços e po- legislação vigente, deverão ser utilizados
VI- Plano Municipal de Regularização líticas sociais a todos os munícipes; os instrumentos da política municipal que
Fundiária. VII- Justiça social e redução das desigual- constam no Título V desta Lei Comple-
Parágrafo único. Outras leis e decretos dades sociais e regionais; mentar e os demais dispositivos legais
poderão estabelecer normas gerais e de Seção I em vigor.
detalhamento do plano diretor, observa- Da Função Social da Cidade e Seção II
dos os seguintes critérios: da Propriedade Da Sustentabilidade Ambiental
I- Tratar de assuntos pertinentes ao de- Art. 6º A função social da cidade e da Art. 9º Todas as ações contempladas

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nesta Lei Complementar têm como pres- pliação de construções ou atividades que dades de negócios sustentáveis;
suposto a sustentabilidade ambiental, de comportem risco efetivo ou potencial de VI- Áreas verdes: espaço de domínio pú-
acordo com o artigo 225 da Constituição dano à qualidade da vida humana e ao blico que desempenhe função ecológica
da República e demais dispositivos le- patrimônio socioambiental; e paisagística, propiciando a melhoria da
gais de competência federal, estadual e VII- Estimular, sob a coordenação técni- qualidade estética, funcional e ambiental
municipal referentes à proteção ao meio ca da Secretaria Municipal competente da cidade, sendo dotado de vegetação e
ambiente, com o objetivo de assegurar e respeitados os respectivos Planos de espaços livres de impermeabilização;
ao Município de Saquarema os recursos Manejo das Unidades de Conservação VII- Áreas verdes públicas: consideradas
naturais necessários à qualidade de vida e demais dispositivos legais vigentes, o como o conjunto de áreas intraurbanas
das gerações atuais e futuras. exercício de atividades geradoras de tra- que apresentam cobertura vegetal, arbó-
Art. 10 O Poder Executivo, o Legislativo e balho, emprego e renda nas Unidades rea (nativa e introduzida), arbustiva ou
a sociedade civil têm o dever de zelar pela de Conservação instituídas no Município, rasteira (gramíneas) e que contribuem
proteção ambiental em todo o território do com o objetivo exclusivo de valorizar a de modo significativo para a qualidade de
Município, de acordo com as disposições sustentabilidade do meio ambiente; vida e o equilíbrio ambiental nas cidades;
da Legislação Municipal e das normas VIII- Desenvolver a política de preser- VIII- Atividades Turísticas: É um conjunto
adotadas pelo Estado do Rio de Janeiro e vação e conservação do patrimônio so- complexo de inter-relações de diferentes
pela União Federal. cioambiental do Município, mediante a fatores que devem ser considerados con-
Seção III utilização de todas as formas de acaute- juntamente sob uma ótica sistemática. Um
Da Preservação e da Conservação lamento e preservação previstas na legis- conjunto de elementos inter-relacionados
do Patrimônio Socioambiental lação em vigor. que evoluem de forma dinâmica. Existem
Art. 11 O desenvolvimento de políticas, CAPÍTULO III quatro elementos básicos no conceito da
programas e/ou projetos setoriais volta- DOS CONCEITOS atividade turística, demanda, oferta, espa-
dos à preservação e conservação do pa- Art. 12 São conceitos do Plano Diretor de ço geográfico e operadores de mercado;
trimônio socioambiental do Município de Desenvolvimento Sustentável: IX- Cadastro Territorial Multifinalitário: um
Saquarema tem como objetivos: I- Aquicultura: é a técnica que se refere sistema de registro dos elementos espa-
I- Garantir a integridade do patrimônio ao cultivo de qualquer organismo cujo de- ciais que representam a estrutura urbana,
socioambiental do Município conforme senvolvimento ocorra na água. Também constituído por uma componente geomé-
determinam legislações específicas dos pode ser definida como a ciência que es- trica e outra descritiva que lhe conferem
órgãos de competência federal, estadual tuda técnicas de cultivo e reprodução em agilidade e diversidade no fornecimento
e municipal; meio aquático e o tratamento de lagos ou de dados para atender diferentes fun-
II- Fazer respeitar o cumprimento das rios para melhorar a atividade dos pesca- ções, inclusive a de planejamento urbano;
legislações federais, estaduais e munici- dores; X- Cobertura arbórea: grupo de espécies
pais vigentes que tratam do entorno dos II- Arborização urbana: diz respeito aos constituídas por árvore de grande porte;
patrimônios socioambiental e cultural no elementos vegetais de porte arbóreo lo- XI- Cobertura vegetal: são tipos ou formas
território municipal, devendo ser observa- calizados dentro de uma cidade, como de vegetação de origem natural ou plan-
dos os parâmetros urbanísticos e edilícios as árvores plantadas em calçadas, assim tada que recobrem uma determinada área
específicos para cada uma das áreas de- como parques e praças não caracteriza- ou terreno;
marcadas na Lei de Zoneamento; das como Áreas de Preservação Perma- XII- Coleta seletiva: é a coleta diferencia-
III- Incorporar a proteção do patrimônio nente; da de resíduos que foram previamente
socioambiental ao processo permanente III- Áreas de risco: são áreas considera- separados segundo a sua constituição ou
de planejamento e ordenação do territó- das impróprias ao assentamento humano composição, ou seja, resíduos com carac-
rio; por estarem sujeitas a riscos naturais ou terísticas similares são selecionados pelo
IV- Aplicar instrumentos normativos, ad- decorrentes da ação antrópica; gerador (que pode ser o cidadão, uma
ministrativos e financeiros para viabilizar IV- Áreas permeáveis: consiste em toda empresa ou outra instituição) e disponi-
a gestão do patrimônio socioambiental e parte do terreno que não possui revesti- bilizados para a coleta separadamente e
cultural através dos órgãos competentes; mento de piso, ou possui revestimento enviado para destinação ambientalmente
V- Conscientizar a população quanto aos permeável, permitindo que a água da chu- adequada;
valores do patrimônio socioambiental va penetre no solo; XIII- Drenagem urbana: conjunto de medi-
e cultural presentes no município, bem V- Áreas protegidas: englobam as Uni- das que tenham como objetivo minimizar
como quanto à necessidade de sua prote- dades de Conservação (UCs), mosaicos os riscos que a população está sujeita,
ção, preservação, conservação e adoção e corredores ecológicos, espaços con- diminuir os prejuízos causados por inun-
de ações voltadas à sua recuperação, a siderados essenciais, do ponto de vista dações e possibilitar o desenvolvimento
curto, médio e longo prazos; econômico, por conservarem a biodiversi- urbano de forma harmônica, articulada e
VI- Impedir ou controlar, na forma da Lei, dade, além de serem provedores de ser- sustentável;
o funcionamento e a implantação ou am- viços ambientais e geradores de oportuni- XIV- Fragmentos de vegetação: são áre-

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as de vegetações naturais interrompidas to ao bem estar físico, psíquico e espiritu- XXVII- Modal: os modais de transpor-
por barreiras antrópicas (criadas por ação al, em consonância com o bem de todos. te são definidos também como tipos de
humana) ou naturais, capazes de diminuir XXI- Macrodrenagem: é um conjunto de transporte. Atualmente, existem seis mo-
significativamente o fluxo de animais, pó- obras que tem como objetivo melhorar o dais: o modal aéreo, ferroviário, dutoviá-
len ou sementes. A divisão em partes de escoamento da água de forma a diminuir rio, rodoviário, aquaviário e ciclo viário;
uma área antes contínua faz com estas os problemas com erosão, assoreamen- XXVIII- Modos ativos: mobilidade não-
partes adquiram condições ambientais di- to e inundações ao longo dos talvegues. -motorizado, é uma forma de mobilidade
ferentes, podendo provocar a extinção de Ela é responsável por proporcionar um para transporte de pessoas que faz uso
espécies nativas; melhor escoamento final das águas dre- unicamente de meios físicos do ser hu-
XV- Glebas: gleba é a porção de terra que nadas das bacias hidrográficas através mano para a locomoção, como andar a
não tenha sido submetida a parcelamento da macrodrenagem. A macrodrenagem pé e de bicicleta e outros meios utilizando
sob a égide da Lei Federal n° 6.766/79, pode ser formada por canais naturais e a propulsão humana como por exemplo,
ou seja, a porção de terra que jamais foi artificiais, galerias de grandes dimensões patins, skate;
loteada ou desmembrada sob a vigência e estruturas auxiliares; XXIX- Núcleo urbano informal: é aquele
da lei; XXII- Malha viária: é o conjunto de vias do clandestino, irregular ou no qual não foi
XVI- Habitação de Interesse Social: é um Município, classificadas e hierarquizadas possível realizar, por qualquer modo, a
tipo de habitação destinada à população segundo critério funcional, observados os titulação de seus ocupantes, ainda que
cujo nível de renda dificulta ou impede o padrões urbanísticos estabelecidos nas atendida a legislação vigente à época
acesso à moradia através dos mecanis- leis de parcelamento e zoneamento do de sua implantação ou regularização, de
mos normais do mercado brasileiro. Esta, município e principal suporte físico à mo- acordo com a Lei Federal nº 13.465/17;
também pode ser chamada de Residên- bilidade urbana; XXX- Patrimônio cultural: o termo pode
cia de Interesse Social, conforme esta- XXIII- Matas Ciliares: é um tipo de vegeta- ser entendido como uma evolução do
belecido da Lei de Zoneamento e Uso e ção que circunda os cursos de água (rios, conceito de Patrimônio ou Monumento
Ocupação do Solo; lagos, riachos, córregos etc.). Recebe Histórico e Artístico. Enquanto este último
XVII- Infraestrutura verde: consiste em esse nome pois está associado aos cílios, termo se aplica a bens de natureza ma-
planejar, projetar e manejar construções e os quais protegem nossos olhos. terial (edifícios, obras de arte, etc.) cuja
infraestruturas novas e existentes, como XXIV- Membranas de filtração: Este é um existência representa fatos relevantes
uma rede ecológica urbana que reestru- termo genérico para inúmeros processos à história geral de determinado povo ou
tura a paisagem, e mitiga alguns impactos físicos diferentes de separação, os quais suas obras de arte excepcionais, a ideia
advindos da urbanização convencional, têm em comum o emprego de membra- de Patrimônio Cultural abrange uma am-
como reduções de gases do efeito estufa, nas, porém de diferentes tipos. Este de pliação deste entendimento, envolvendo
prevenção de enchentes e deslizamento, tratamento de água e efluentes separa duas mudanças importantes: a primeira
redução das ilhas de calor, redução do as substâncias solúveis e insolúveis das reconhece que estas heranças são fruto
consumo de energia, produção de alimen- águas residuais forçando o líquido a pas- da diversidade cultural dos povos que ca-
tos, melhoria da saúde física e mental das sar por uma membrana semipermeável; racteriza a humanidade, devendo, portan-
pessoas, melhoria da biodiversidade na- XXV- Microdrenagem: é definida pelo sis- to, abranger o patrimônio também ligado
tiva; tema de condutos pluviais associados ao às parcelas da população muitas vezes
XVIII- Intermunicipais: entre dois ou mais sistema viário urbano. O bom funciona- esquecidas ou secundarizadas pela his-
municípios; mento do sistema de microdrenagem de- tória, como pescadores, operários, tra-
XIX- Intraurbano: que está no interior de pende essencialmente da execução cui- balhadores, mestres de saberes tradicio-
um perímetro urbano; dadosa das obras (pavimentos das ruas, nais dentre outros; a segunda deve não
XX- IPTU Sustentável instrumento jurídico guias e sarjetas, e galerias de águas plu- apenas ser capaz de reconhecer bens
que tem por objetivo fomentar práticas e viais), além de manutenção permanente, culturais materiais ligados a estas his-
atividades sustentáveis a partir da institui- com limpeza e desobstrução das bocas tórias colaterais, mas também, deve ser
ção de descontos no valor do IPTU cobra- de lobo e das galerias antes das épocas capaz de abordar e preservar aspectos
do dos imóveis que implementem práticas chuvosas; imateriais ligados a estas heranças, o que
sustentáveis de acordo com o princípio, XXVI- Mobilidade urbana sustentável: vem dar origem mais tarde a ideia de pa-
originário da Constituição Federal, o qual envolve a implantação de sistemas so- trimônio imaterial, tais como, celebrações,
determina a responsabilidade do Estado e bre trilhos, como metrôs, trens e bondes festejos, modos de fazer e saberes tradi-
da sociedade pela concretização solidária modernos (VLT’s), ônibus elétricos, com cionais;
do desenvolvimento material e imaterial, integração a ciclovias, esteiras rolantes, XXXI- Patrimônio Socioambiental: trata-
socialmente inclusivo, ambientalmente elevadores de grande capacidade, ciclo- -se de áreas de prioritário interesse de
limpo, inovador, ético e eficiente, que tem vias, ciclofaixas e toda infraestrutura de preservação ambiental, onde estão envol-
como intuito assegurar, de modo preventi- mobilidade que seja sustentável e reduza vidos os processos sociais e sua relação
vo preferencialmente, e precavido, o direi- as emissões de gás carbônico; com o meio ambiente;

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XXXII- Perímetro urbano: fronteira que trânsito etc.; mento urbano e social.
separa a área urbana da rural do território XXXIX- Sistema integrado: integração Art. 14 O Plano Diretor de Desenvolvi-
de um município; da cidade com o transporte público, uti- mento Sustentável tem por objetivo:
XXXIII- Piscicultura: atividade de criação lizando o modal necessário, em função I- Promover a ordenação do território mu-
e/ou reprodução de peixes em condições do número e fluxo de usuários e as ca- nicipal através de controle do uso e da
naturais ou artificiais, com finalidade de racterísticas locais de onde se encontra. ocupação do solo nas áreas urbana e ru-
subsistência, esportiva, científica e/ou Pode ser a integração de BRT’s, VLT’s ral;
econômica; com transporte hidroviários, ciclo viários, II- Identificar as tendências de expansão
XXXIV- Regularização fundiária: é o con- ônibus etc.; urbana sobre o território, orientando para
junto de medidas jurídicas, urbanísticas, XL- Sistema viário: é o conjunto de vias, os vetores de crescimento que não acar-
ambientais e sociais que visam à regula- classificadas, de um sistema de rodovias, retem comprometimentos socioambien-
rização de assentamentos irregulares e à ferrovias e/ou de outras formas de trans- tais imediatos ou potenciais;
titulação de seus ocupantes, de modo a portes; III- Preservar e recuperar as áreas de in-
garantir o direito social à moradia, o ple- XLI- Talvegue: Linha que passa pela parte teresse ambiental e o patrimônio cultural;
no desenvolvimento das funções sociais mais profunda de um vale ou um rio; IV- Induzir a ocupação das áreas de ex-
da propriedade urbana e o direito ao meio XLII- Tratamento primário: primeira etapa pansão urbana, estabelecendo índices
ambiente ecologicamente equilibrado; do tratamento de efluentes. O principal urbanísticos compatíveis com as caracte-
XXXV- Saneamento Básico: é um con- objetivo dessa etapa é a remoção dos só- rísticas ambientais;
junto de serviços compreendidos como: lidos em suspensão sedimentáveis, mate- V- Atender às demandas da infraestrutura,
distribuição de água potável, coleta e tra- riais flutuantes e parte da matéria orgâni- equipamentos e serviços, prioritariamente
tamento de esgoto, drenagem urbana e ca em suspensão; nos núcleos urbanos já consolidados, dis-
coleta de resíduos sólidos; XLIII- Tratamento secundário: segunda persos pelo território municipal;
XXXVI- Silvicultura: é a ciência dedicada etapa do tratamento de efluentes, desti- VI- Fortalecer as atividades já estabeleci-
ao estudo dos métodos naturais e artifi- nada à remoção da matéria orgânica, que das e estimulando a inovação, o empre-
ciais de regenerar e melhorar os povoa- pode estar dissolvida ou em suspensão, endedorismo, a economia solidária e a
mentos florestais com vistas a satisfazer que não foi removida no tratamento pri- redistribuição das oportunidades de tra-
as necessidades do mercado e, ao mes- mário. Se bem executado, o tratamento balho no território, tanto na zona urbana
mo tempo, é aplicação desse estudo para permite obter um efluente em conformida- como na rural;
a manutenção, o aproveitamento e o uso de com a legislação ambiental, podendo VII- Empreender programas de incentivo
racional das florestas; ser retornado ao corpo hídrico; ao turismo, apoiados ao desenvolvimen-
XXXVII- Sistema de logística reversa: XLIV- Tratamento terciário: terceira etapa to das potencialidades ambientais, rurais,
é um instrumento de desenvolvimento do tratamento de efluentes, após passar históricas, culturais, marinhas e de seu
econômico e social que consiste num pelas etapas de tratamento primário, que complexo lagunar;
conjunto de ações, procedimentos e mé- remove os sólidos em suspensão e o tra- VIII- Assegurar padrões de produção e de
todos utilizados para viabilizar a coleta e tamento secundário, que remove a maté- consumo sustentáveis;
a restituição dos resíduos sólidos ao setor ria orgânica dissolvida ou em suspensão. IX- Dar conhecimento sobre as áreas ap-
empresarial, para reaproveitamento em CAPÍTULO IV tas, inaptas ou com restrições à ocupação
seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, DOS OBJETIVOS humana, através dos meios de comunica-
ou outra destinação final ambientalmente Art. 13 O Plano Diretor de Desenvolvi- ção locais;
adequada; mento Sustentável estabelece: Art. 15 Para que o Plano Diretor de Desen-
XXXVIII- Sistema de mobilidade: compos- I- Diretrizes e prioridades que nortearão volvimento Sustentável venha a alcançar
to por infraestrutura urbana, por normas toda a ação dos órgãos da estrutura públi- seus objetivos, será instaurado processo
jurídicas, organizações e procedimentos ca municipal, além de planos, programas de gestão que tenha na participação dos
de fiscalização e controle do uso da infra- e projetos setoriais, de bairros ou distritos; vários segmentos da comunidade.
estrutura, por serviços de transporte de II- Critérios e parâmetros disciplinadores Parágrafo único. A participação se dará
passageiros e cargas, por mecanismos do parcelamento, do uso e da ocupação pela formação de comissões, grupos de
institucionais, regulatórios e financeiros do solo urbano; trabalho e órgãos colegiados, mediante
de gestão estratégica. A infraestrutura de III- Diretrizes para o Zoneamento e Sane- representação de entidades civis, comu-
mobilidade urbana é composta de cal- amento Básico; nitárias, profissionais, ambientalistas, en-
çadas com faixas livres para trânsito de IV- Diretrizes para a gestão democrática e tre outras.
pedestres, ciclovias, vias automotivas, participativa, por meio da participação da Art. 16 Na elaboração do Plano Pluria-
metro-ferrovias, hidrovias, estacionamen- população e de associações representati- nual de Investimentos, das Diretrizes
tos, pontos de embarque e desembarque vas dos vários segmentos da sociedade, Orçamentárias, do Orçamento Anual e a
de passageiros e cargas; terminais, esta- visando à formulação e execução de pla- execução de obras públicas deverão ser
ções, conexões; sinalização viária e de nos, programas e projetos de desenvolvi- observadas as prioridades estabelecidas

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neste Plano Diretor de Desenvolvimento § 4°Deverão ser promovidos ou apoiados b) A proximidade ou conflitos entre usos
Sustentável. pelos órgãos municipais, ações e projetos incompatíveis, inconvenientes ou inade-
Art. 17 O Plano Diretor de Desenvolvi- que tenham como objetivo recuperar os quados;
mento Sustentável, além de seus regula- recursos naturais já degradados, prote- c) O parcelamento do solo de forma de-
mentos próprios, será viabilizado também ger o meio ambiente de ações que pre- sordenada e inadequada;
pelos seguintes mecanismos: judiquem a sustentabilidade e incentivar d) A edificação ou o uso excessivo ou
I- A integração das ações municipais às formas responsáveis de utilização dos inadequado em relação à infraestrutura
dos órgãos estaduais e federais, median- recursos ambientais em prol do desenvol- urbana;
te a formalização de instrumentos de co- vimento social. e) A instalação de empreendimentos ou
operação, para a execução das diversas TÍTULO II atividades que possam funcionar como
políticas de ordenação do território e de- DAS DIRETRIZES polos geradores de tráfego, sem a previ-
senvolvimento municipal; CAPÍTULO I são da infraestrutura correspondente;
II- A formação de consórcios intermuni- DAS DIRETRIZES GERAIS DO f) A retenção especulativa de imóvel ur-
cipais, visando maior integração com os PLANO DIRETOR bano que resulte na sua subutilização ou
municípios vizinhos, no que se referem Art. 18 São diretrizes do Plano Diretor de não utilização;
às medidas pertinentes à ordenação do Desenvolvimento Sustentável: g) Deterioração de áreas urbanizadas e
território, em particular aquelas que são I- Revisão e a simplificação da legislação os conflitos entre os usos e a função das
referentes à rede viária, aos transportes de Parcelamento, Uso e Ocupação do vias que lhes dão acesso;
coletivos, à proteção dos recursos hídri- Solo e das normas edilícias, com vistas a h) Todo tipo de poluição, dentre elas: so-
cos e do mar, ao revigoramento das ativi- aproximar a legislação da realidade urba- nora, visual e ambiental.
dades econômicas em geral, do turismo e na, assim como facilitar a sua compreen- i) A poluição e a degradação ambiental;
da pesca em particular, a gestão de resí- são pela população; VIII- Utilização racional dos recursos na-
duos sólidos e a gestão compartilhada de II- Garantir tanto a presente quanto a fu- turais, em especial da água e do solo, de
resíduos da saúde. tura geração, o direito à terra urbana, à modo a garantir uma cidade sustentável
§ 1° Os instrumentos de cooperação, con- moradia, ao saneamento básico, à infra- para as presentes e futuras gerações;
vênios ou consórcios a serem estabeleci- estrutura, ao transporte e aos serviços IX- Proteção da paisagem dos bens e áre-
dos, deverão se fixar em objetivos espe- públicos, ao trabalho e ao lazer dentro de as de valor histórico, cultural e religioso,
cíficos, para os quais serão determinados uma sustentabilidade efetiva da cidade; dos recursos naturais e dos mananciais
os tipos de serviços necessários à sua re- III- Gestão democrática por meio da par- hídricos superficiais e subterrâneos de
alização, bem como os responsáveis por ticipação da população e de associações abastecimento de água do Município;
sua execução. representativas dos vários segmentos da X- Implantar uma política municipal de
§ 2° As ações promovidas pelos órgãos comunidade no acompanhamento de pla- preservação das áreas das bacias hidro-
municipais devem buscar parcerias com nos, programas e projetos de desenvolvi- gráficas dos mananciais atuais e futuros;
outras instâncias de governo, a inicia- mento urbano; XI- Planejamento da distribuição espacial
tiva privada e os movimentos sociais IV- Cooperação entre os poderes cons- da população e das atividades econômi-
organizados, para incentivar a criação tituídos, a iniciativa privada e os demais cas de modo a evitar e corrigir as distor-
no Município, de atividades produtivas setores da sociedade no processo de ur- ções do crescimento urbano e seus efei-
diversificadas, competitivas e organiza- banização, atendendo ao interesse social; tos negativos sobre o meio ambiente, a
das, especialmente nas áreas de serviço, V- Planejamento do desenvolvimento Mu- mobilidade e a qualidade de vida urbana;
agricultura familiar, agronegócios e turis- nicipal, compatibilizando a distribuição XII- Prioridade no sistema viário para o
mo sustentável, incentivando o trabalho espacial da população com as atividades transporte coletivo e modos não motori-
cooperativo, os pequenos empreendedo- econômicas, evitando e corrigindo as dis- zados;
res, os negócios familiares e os arranjos torções do crescimento urbano e seus XIII- Criação do Cadastro Técnico Multi-
produtivos locais. efeitos negativos sobre o meio ambiente. finalitário.
§ 3° O Poder Público municipal deverá, Aproveitar as condições do município, CAPÍTULO II
por meio de suas unidades competentes, para sua integração na dinâmica econô- DAS DIRETRIZES REGIONAIS DE
ou de parcerias, exercer em cada área o mica regional. DESENVOLVIMENTO
controle sobre as formas de ocupação e VI- Oferta de equipamentos urbanos e co- Art.19 Para a promoção do desenvolvi-
a instalação de atividades que não preju- munitários, transporte e serviços públicos mento regional devem ser observadas as
diquem o futuro sustentável do município adequados aos interesses e necessida- seguintes diretrizes:
e a relação entre os cidadãos buscando des dos munícipes; I- Implementar os instrumentos legais re-
garantir a todos o acesso aos serviços e VII- O ordenamento e uso do solo de gidos pelo Estatuto da Cidade, de forma
equipamentos básicos necessários à vida modo a evitar: a consolidar os espaços urbanos munici-
com qualidade, responsabilidade e inclu- a) A utilização inadequada dos imóveis pais e potencializar as áreas rurais no es-
são social. urbanos e espaços públicos; paço regional, propiciando a manutenção

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e o desenvolvimento de atividades agroin- no bem-estar social e, no meio ambiente


dustriais e da pesca; CAPÍTULO IV do Município;
II- Garantir e aperfeiçoar os canais de DAS DIRETRIZES DE MEIO AMBIENTE III- Rever e aperfeiçoar a legislação am-
participação da sociedade para discussão E SANEAMENTO biental municipal para sua atualização e
das questões referentes ao planejamento Art. 22 A Política Ambiental é um conjunto adequação aos preceitos desta Lei Com-
municipal, regional, estadual e federal; de diretrizes, instrumentos e mecanismos plementar;
III- Implementar política ambiental munici- que orientam a gestão ambiental munici- IV- Estruturar a secretaria competente
pal que considere as políticas ambientais pal, visando a sustentabilidade ecológica para que promova a adequada Gestão
regionais, estaduais e federais; e a elevação da qualidade do ambiente, Ambiental;
IV- Criar novos eixos viários, permitindo a conservando os recursos naturais e os V- Monitorar, fiscalizar, adequar e contro-
adoção de novas tecnologias de transpor- ecossistemas naturais e modificados, lar o uso e parcelamento do solo, a polui-
te coletivo, de forma a propiciar maior ve- com base na Política Nacional e Estadual ção do ar e sonora, as fontes geradoras
locidade e eficiência dos deslocamentos do meio ambiente e integrada ao Sistema de rádio frequências, o uso da água dos
municipais e intermunicipais, integrando a Nacional do Meio Ambiente. mananciais hídricos superficiais e subter-
população local ao mercado de trabalho § 1º A Política Ambiental do Município râneos do município;
intraurbano e regional; obedecerá as diretrizes contidas na Polí- VI- Especificar áreas com potencial agrí-
V- Atuar com os órgãos federais e estadu- tica Nacional de Meio Ambiente, Política cola e para a atividade pecuária;
ais competentes em projetos de regulari- Nacional de Recursos Hídricos, Política VII- Compatibilizar usos e conflitos de
zação fundiária; Nacional de Saneamento Básico, Política interesse nas áreas de preservação am-
VI- Estimular a criação de cooperativas Nacional de Resíduos Sólidos, Política biental, e agrícola, especialmente nas de
voltadas para a produção rural, bem como Nacional sobre Mudanças do Clima, Có- proteção aos mananciais e de preserva-
atividades pesqueiras, no intuito de facili- digo Florestal, Lei Federal da Mata Atlân- ção permanente;
tar o beneficiamento da produção e sua tica, Sistema Nacional de Unidades de VIII- Promover os planos de manejo das
comercialização fortalecendo os produto- Conservação, Convenção Internacional unidades de conservação municipais;
res rurais do município; para a Prevenção da Poluição por Navios IX- Preservar e ampliar a oferta de áreas
VII- Gerar estímulos à prática esporti- – MARPOL, Lei 9.966/2000, e demais verdes públicas;
va com especial atenção aos esportes normas e regulamentos federais e esta- X- Promover ações para a implementação
aquáticos e que se utilizem dos recursos duais, no que couber; de planos e medidas visando a criação,
naturais abundantes em todo o território § 2º A organização das áreas protegidas, recuperação e controle das áreas de es-
municipal. espaços livres e áreas verdes compete pecial interesse ambiental (AEIA), eco-
CAPÍTULO III ao Executivo e se configura em estraté- lógico e de unidades de conservação da
DAS DIRETRIZES MUNICIPAIS gia de qualificação, de preservação, de natureza;
DE DESENVOLVIMENTO conservação, de recuperação e de am- XI- Preservar as áreas ambientalmente
Art. 20 São diretrizes setoriais, cabendo pliação das distintas tipologias de áreas frágeis ocupadas e recuperar as degrada-
ao Poder Público Municipal, desenvolvê- e espaços que o compõe, para as quais das, especialmente às margens dos cór-
-las e implantá-las através da promoção está prevista nesta Lei Complementar a regos urbanos;
de um sistema integrado, procurando ge- aplicação de instrumentos de incentivo; XII- Estabelecer maior integração com os
rar maior transversalidade entre as Secre- Art. 23 O Poder Público promoverá a va- órgãos ambientais estaduais e federais,
tarias Municipais, sob a supervisão geral lorização, a proteção, o planejamento e o visando incrementar programas, projetos
do Chefe do Poder Executivo. controle do meio ambiente de acordo com e ações conjuntas eficazes para a defesa,
Art. 21 O Poder Executivo deverá assegu- as seguintes diretrizes: preservação, fiscalização, recuperação e
rar a implementação dos planos setoriais I- Considerar o meio ambiente como ele- controle da qualidade de vida e dos recur-
de meio ambiente, saneamento básico, mento fundamental do sistema de plane- sos naturais;
mobilidade urbana sustentável, habitação jamento e desenvolvimento sustentável XIII- Incrementar a arborização viária e
social, regularização fundiária, educação, do Município, garantindo a presença de urbana com espécies adequadas, priori-
saúde, assistência social, esporte, cultura áreas verdes no meio urbano, promoven- zando o uso de espécies nativas e úteis à
e turismo, garantindo o processo partici- do o plantio e a manutenção de cobertura avifauna na arborização urbana;
pativo, com representantes da sociedade arbórea apropriada nos logradouros públi- XIV- Promover ação visando a produção
civil e de outros órgãos governamentais. cos e nas áreas particulares, assim como de mudas de espécies nativas para o re-
Parágrafo único. Fortalecer a capacida- das reservas legais; florestamento e arborização urbana muni-
de municipal de regulação e gestão da II- Criar os instrumentos necessários ao cipal;
cidade, dotando os setores competentes exercício das funções de licenciamento, XV- Promover a manutenção das áreas
de condições técnicas, institucionais e planejamento, controle e fiscalização de permeáveis no território do Município;
operacionais aptas ao exercício de suas todas as atividades modificadoras, polui- XVI- Desenvolver Programa de Educação
funções. doras ou que de alguma forma interfiram Ambiental junto às escolas da rede públi-

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ca; hídricos visando ao uso adequado das sistêmico de absorção, retenção e escoa-
XVII- Incentivar e controlar o turismo eco- águas e à saúde ambiental e humana, ga- mento das águas pluviais, objetivando o
lógico; rantindo a publicidade dos resultados em controle de enchentes.
XVIII- Incentivar a coleta seletiva de resí- sítio eletrônico; Seção II
duos sólidos; V- Promover e atuar junto às concessio- Do Esgotamento e Tratamento
XIX- Aprimorar a gestão participativa das nárias de águas com vista à melhoria da Sanitário
Unidades de Conservação e dos Parques; infraestrutura de distribuição e de abas- Art. 27 O Sistema de Saneamento básico
XX- Compatibilizar a proteção e recupe- tecimento, com a substituição de tubula- é integrado pelos sistemas de abasteci-
ração das áreas verdes com o desenvol- ções, dutos, containers, luvas, conexões mento de água, de esgotamento sanitá-
vimento socioambiental e com as ativi- e outros elementos já deteriorados e que rio, de drenagem e de gestão integrada
dades econômicas, especialmente as de insiram impurezas na água que está sen- de resíduos sólidos e composto pelos
utilidade pública; do fornecida; serviços, equipamentos, infraestruturas e
XXI- Estabelecer uma ferramenta de VI- Promover estudos junto às concessio- instalações operacionais e processos ne-
acompanhamento e monitoramento dos nárias de águas que viabilizem projetos cessários para viabilizar:
17 (dezessete) Objetivos do Desenvol- de irrigação pública com água de reuso, I- O abastecimento público de água po-
vimento Sustentável – ODS da Agenda oriunda de tratamento secundário; tável, desde a captação até as ligações
2030. VII- Atuar perante a agência reguladora prediais, com seus respectivos instrumen-
Parágrafo único. Para os fins estabeleci- de serviços concedidos do estado e as tos de medição, incluindo os sistemas iso-
dos no inciso XV, consideram-se perme- concessionárias para garantir o fiel cum- lados;
áveis as áreas sem pavimentação e sem primento dos cronogramas de investimen- II- A coleta, afastamento, tratamento e
edificação subterrânea, dotadas de solo tos na área de abastecimento e tratamen- disposição final adequados dos esgotos
natural ou vegetação, ou com pavimento to de água potável; sanitários, desde as ligações prediais até
drenante, que contribuam para o equilí- VIII- Gerar incentivos ao aproveitamento o lançamento do efluente final no meio
brio climático e favoreçam a recarga de de águas pluviais; ambiente;
aquíferos. IX- Controle eficaz da potabilidade das III- O manejo das águas pluviais a partir
Seção I águas distribuídas por redes públicas de da articulação com a dinâmica urbana de
Dos Recursos Hídricos, abastecimento; uso e ocupação do solo, compreendendo
Abastecimento de Água e Drenagem X- Assegurar a preservação dos recursos o transporte, detenção ou retenção para o
Art. 24 O Sistema de Abastecimento de hídricos e mananciais existentes no muni- amortecimento de vazões de cheias, tra-
Água é composto pelas estruturas, equi- cípio de modo a zelar pela salubridade e tamento e disposição final das águas da
pamentos, serviços e processos neces- bem-estar da coletividade; chuva, drenadas nas áreas urbanas;
sários ao abastecimento de água potável, XI- Considerar as sub-bacias hidrográfi- IV- A coleta, inclusive a coleta seletiva, o
tais como a infraestrutura de captação, cas para os fins de planejamento da infra- transporte, o transbordo, o tratamento e
tratamento, adução, armazenamento e estrutura de saneamento básico; a destinação final dos resíduos domicilia-
distribuição de água potável. XII- Garantir a manutenção da qualidade res, da varrição e limpeza de logradouros
Art. 25 São diretrizes do Sistema de Abas- dos recursos hídricos compatível com os e vias públicas, dos estabelecimentos co-
tecimento de Água e dos recursos hídri- usos a que se destinam; merciais e prestadores de serviços, dos
cos municipais: XIII- Assegurar a preservação e recupe- processos e instalações industriais, dos
I- Atuação junto às concessionárias com ração das matas ciliares, da vegetação serviços públicos de saneamento básico,
vistas a priorizar a ampliação dos serviços das fontes e nascentes e das áreas de serviços de saúde e construção civil;
públicos de abastecimento de água potá- absorção, de modo a garantir a perenida- V- A hierarquia de não geração, redução,
vel através da universalização do acesso de dos recursos hídricos e a recarga dos reutilização, reciclagem, o tratamento dos
a água; aquíferos; resíduos sólidos e a disposição final am-
II- Fomento a fontes alternativas de abas- XIV- Promover estudos visando o levanta- bientalmente adequada dos rejeitos por
tecimento e reuso de água, com garantia mento e a demarcação do potencial hídri- meio do manejo diferenciado, da recu-
da qualidade da água de consumo, como co dos mananciais subterrâneos de água; peração dos resíduos reutilizáveis e reci-
dessalinização e membranas de filtração; XV- O abastecimento de água deverá ser cláveis e da disposição final dos rejeitos
III- Reserva de áreas para instalação dos prestado com eficácia, eficiência e con- originários dos domicílios e da varrição e
equipamentos necessários ao sistema de trole do uso, de modo a garantir a regu- limpeza de logradouros e vias públicas;
abastecimento de água, de acordo com laridade, universalidade e qualidade dos VI- Segurança, qualidade e regularidade
os projetos para instalação e ampliação serviços. do saneamento;
da rede pública; Art. 26 O serviço público de drenagem VII- Integração das infraestruturas e ser-
IV- Incentivar a criação de um programa urbana das águas pluviais do município viços com a gestão eficiente dos recursos
de monitoramento e fiscalização perma- objetiva o gerenciamento da rede hídrica hídricos;
nente da qualidade das águas dos corpos no território municipal, visando o equilíbrio VIII- Adoção de medidas de fomento à

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moderação do consumo de água. Sólidos inclui todas as ações voltadas à III- Metas anuais de curto, médio e longo
Art. 28 O Poder Público observará as se- busca de soluções para os resíduos só- prazo para a universalização dos serviços
guintes diretrizes em relação ao esgota- lidos, incluindo os planos nacionais, es- de coleta seletiva;
mento sanitário: taduais, microrregionais, intermunicipais, IV- Sistema de logística reversa munici-
I- Promover no âmbito de sua competên- municipais e os de gerenciamento. pal, complementar as regras dos acordos
cia ações visando buscar índices cres- Art. 32 Compõem também o Sistema de setoriais nacional, estabelecendo o Plano
centes de salubridade, para o bem-estar Gestão Integrada de Resíduos Sólidos os Municipal de Gestão Integrada de Resí-
público e a preservação dos recursos na- serviços, equipamentos, infraestruturas e duos Sólidos e a responsabilidade com-
turais; instalações operacionais privadas desti- partilhada com a reciclagem;
II- Atuar perante a agência reguladora nadas ao manejo de resíduos. V- Incentivar implantação de negócios
dos serviços concedidos a nível estadual Art. 33 São diretrizes do Sistema de Ges- ecológicos na cidade que envolva todos
e federal e a concessionária para garantir tão Integrada de Resíduos Sólidos: os participantes da cadeia da recicla-
o fiel cumprimento dos cronogramas de I- O resíduo sólido enquanto bem econô- gem, desde as cooperativas de catado-
investimentos na área de esgotamento e mico deve ser aproveitado como oportu- res, transportadoras, recicladoras até as
tratamento sanitário; nidade para gerar riqueza e promover a indústrias processadoras, priorizando as
III- Implementar ações para coibir a liga- inclusão social; práticas que melhor atenda os aspectos
ção irregular de esgoto em rede de águas II- A não geração, a redução, a reutiliza- sociais da reciclagem;
pluviais; ção, a reciclagem e o tratamentos dos VI- Elaborar e implementar programas,
IV- Fiscalizar a implantação de sistemas resíduos sólidos, bem como a disposição projetos, ações e investimentos neces-
e tratamento de esgoto, conforme os pa- final adequada dos rejeitos; sários para atingir as metas do Plano
râmetros e particularidades adequados a III- Estímulo à adoção de padrões susten- Municipal de Gestão Integrada de Resí-
cada caso. táveis de produção e consumo de bens e duos Sólidos, definidos com participação
Art. 29 O serviço de esgotamento sanitário serviços; da sociedade, em compatibilidade com
concedido deverá assegurar à população IV- Articulação entre as diferentes institui- os respectivos planos plurianuais e com
o acesso a um sistema de coleta, trans- ções públicas e privadas, visando à coo- planos setoriais correlatos, identificando
porte e tratamento adequado dos esgotos peração técnica e financeira para a ges- possíveis fontes de financiamento;
e águas servidas, objetivando minimizar tão integrada de resíduos sólidos; VII- Definir, com a participação da socie-
os índices de doenças de veiculação hí- V- Universalização da coleta de resíduos dade, mecanismos e procedimentos para
drica ou relacionadas ao saneamento, de sólidos; o monitoramento e avaliação dos resulta-
insalubridade e danos ao meio ambiente. VI- Redução do volume de resíduos só- dos alcançados com a implementação de
§ 1º O esgotamento sanitário abrangerá lidos destinados à disposição final nos projetos, ações e investimentos previstos
a coleta e tratamento das águas servidas aterros sanitários licenciados; no Plano Municipal de Gestão Integrada
e matéria fecal resultantes de esgoto do- VII- Promover a inovação na gestão dos de Resíduos Sólidos;
méstico e os resíduos orgânicos. resíduos visando à qualidade ambiental e VIII- Definir no Plano Municipal de Gestão
§ 2º Os resíduos orgânicos e águas re- à preservação do ambiente natural, princi- Integrada de Resíduos Sólidos os gera-
siduárias provenientes da atividade in- palmente os rios, solo, água subterrânea, dores que deverão apresentar Planos de
dustrial dos mais variados tipos, deverão atmosfera e biodiversidade; Gerenciamento de Resíduos Sólidos com
obedecer a legislação específica, não po- Art. 34 A coleta e destinação final dos a comprovação da adequada destinação
dendo ser interligados ao sistema público. resíduos sólidos, em todo o território mu- dos resíduos;
Seção III nicipal, deverá obedecer aos critérios de IX- Implantar sistema de coleta seletiva,
Da Gestão Integrada de minimização de custos ambientais, de para separação dos resíduos secos e
Resíduos Sólidos transportes, preservação do valor econô- úmidos, com orientação para separação
Art. 30 O Sistema de Gestão Integra- mico e o máximo benefício social, obser- na fonte, integrando a rede de coopera-
da de Resíduos Sólidos é o conjunto de vando os seguintes objetivos: tivas de catadores de material reciclável
serviços, equipamentos, infraestruturas I- Visão sistêmica ao Plano Municipal de na cadeia produtiva da reciclagem, sendo
e instalações operacionais, públicas e Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de o poder público responsável direto pelo
privadas, voltadas ao manejo e recupe- forma a considerar as variáveis ambien- gerenciamento da cadeia de reciclagem;
ração dos resíduos sólidos, reutilizáveis tal, social, cultural, econômica, tecnológi- X- Tratar de forma adequada os resíduos
e recicláveis, bem como a disposição fi- ca e de saúde pública; sólidos provenientes dos serviços de saú-
nal dos rejeitos originários dos domicílios II- O lixo zero, estimulando o fortalecimen- de, desde seu recolhimento nas unidades
e da limpeza urbana, estabelecidos pelo to de todas as cadeias da reciclagem: lixo geradoras até a disposição final;
Plano Municipal de Gestão Integrada de seco (papel, vidro, plástico, metal), lixo XI- Introduzir o manejo adequado dos
Resíduos Sólidos, além das normativas úmido (restos de alimentos, madeira), fo- resíduos orgânicos, possibilitando sua
municipais pertinentes. lhas e podas, resíduos eletroeletrônicos e retenção na fonte e alternativas de desti-
Art. 31 A Gestão Integrada dos Resíduos resíduos da construção civil; nação que permitam sua utilização como

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composto orgânico e como fonte de bio- Chefe do Poder Executivo Municipal: vas em conhecimento e com potencial de
gás e energia, principalmente nas áreas I- Promover o papel do Município como inovação;
desabastecidas de coleta; centro turístico, industrial, comercial, de XII- Estimular as atividades econômicas
XII- Desenvolver campanhas de cons- serviços, de conhecimento, de criação e criativas, por meio de incentivos aos es-
cientização sobre a importância e incen- inovação, incentivar atividades econômi- tabelecimentos que se implantarem, tais
tivo para a separação do lixo reciclável e cas sustentáveis na zona rural e estimular como concessão de benefícios fiscais e
do lixo orgânico; atividades econômicas urbanas que per- simplificação dos procedimentos para ins-
XIII- Adotar um sistema de informação, mitam equilibrar a relação emprego/mo- talação e funcionamento;
que confronte os dados dos diferentes radia em todas as regiões da cidade na XIII- Estimular o setor empresarial a va-
operadores, que permita monitorar o tra- perspectiva de reduzir as desigualdades lorizar seus ativos criativos e inovadores
tamento dos resíduos de cada um dos sócio territoriais e reduzir a quantidade de com a finalidade de promover a compe-
materiais recicláveis e contribua para for- viagens e o tempo médio de deslocamen- titividade de produtos, bens e serviços
malizar os diferentes atores das cadeias to no Município; cujos insumos primários sejam o talento e
da reciclagem; II- Promover o desenvolvimento susten- a criatividade individual e coletiva;
XIV- Estabelecer novas instalações públi- tável da zona rural e das comunidades XIV- Estimular o setor empresarial a con-
cas para a destinação final de resíduos tradicionais, com o apoio à agricultura tratar jovens com idade entre 14 e 24
sólidos, que priorizem a reciclagem, se- familiar, em especial a orgânica, e ao tu- anos como aprendizes de acordo com a
guindo as determinações da Política Na- rismo sustentável, em especial de base Lei 10.097/2000;
cional de Resíduos Sólidos; comunitária; XV- Estimular um ambiente corporativo
XV- Instalar na cidade ecopontos, postos III- Criar infraestrutura de apoio para a co- aberto à cooperação internacional e pro-
de entrega voluntária (PEV) e de informa- mercialização dos produtos artesanais e pício para a promoção de pesquisa, de-
ção, adequados aos diferentes tipos de industriais; senvolvimento e inovação realizada por
resíduos; IV- Garantir que 30% do valor repassado meio de empresas de alta tecnologia;
XVI- Instalar e modernizar equipamentos pelo Programa Nacional de Alimentação XVI- Incentivar as atividades econômicas
necessários ao sistema de gestão inte- Escolar (PNAE) seja investido na compra ligadas ao turismo de lazer, de negócios e
grada de resíduos sólidos, de acordo com direta de produtos da agricultura familiar, ecoturismo;
os projetos para reciclagem, fiscalização com base na Lei Federal n° 11.947, de XVII- Classificar as praias por setores e
dos serviços prestados e disposição final 16/06/2009; definir seus usos conforme as caracterís-
de resíduos; V- Garantir a destinação de áreas volta- ticas do zoneamento municipal;
XVII- Implantar nas diversas regiões do das às atividades agroindustriais; XVIII- Viabilizar condições favoráveis para
município, incluindo os núcleos urbanos VI- Incentivar polos de abastecimento e a certificação do selo Bandeira Azul nas
na zona rural, pequenas unidades de fornecimento na rodovia, visando o po- praias do município, com o objetivo de
compostagem de resíduos sólidos; tencial de geração de emprego nas áreas manter o equilíbrio econômico-ambiental
XVIII- Articular as ações de âmbito re- agrícolas; da região;
gional relacionadas com a gestão de resí- VII- Investir no Centro de Capacitação Vi- XIX- Incentivar a vinda de projetos de
duos sólidos; nicius Vidal França, viabilizando cursos e iniciação científica nos parques naturais
XIX- Realizar campanhas e atividades de parcerias ligadas à capacitação de profis- municipais;
educação ambiental a fim de desenvolver sionais que atuem nas áreas de turismo, XX- Incentivar e viabilizar a visitação às
a responsabilidade socioambiental em re- indústria e agricultura sustentáveis; unidades de conservação;
lação a destinação final dos resíduos; VIII- Estimular pequenos negócios, espe- XXI- Incentivar a criação do polo gastro-
XX- Elaborar, implantar e/ou revisar Pla- cialmente em centralidades emergentes, nômico, como fator de atração de turistas;
nos de Gerenciamento dos Resíduos por meio de investimentos públicos e pri- XXII- Criar novas oportunidades de negó-
Sólidos dos Serviços de Saúde e o Plano vados na provisão de equipamentos e de cios para as atividades que estejam em
Integrado de Gerenciamento de Resíduos infraestrutura; consonância com as vocações da cidade;
Sólidos da Construção Civil; IX- Adequar o comércio e os serviços lo- XXIII- Ampliar e desenvolver as ativi-
CAPÍTULO V cais ao ordenamento das calçadas, espe- dades turísticas fora dos perímetros urba-
DIRETRIZES DO DESENVOLVIMENTO cialmente as vocacionadas em fachadas nos;
ECONÔMICO E SOCIAL ativas; XXIV- Promover a otimização do uso
SEÇÃO I X- Facilitar a instalação de empresas no do solo e da infraestrutura;
Diretrizes do Município, por meio de incentivos tribu- XXV- Possibilitar a ampliação da arre-
Desenvolvimento Econômico tários e urbanísticos, ou de cessão de cadação de tributos e taxas municipais a
Art. 35 São diretrizes econômicas susten- terrenos, facilitando os procedimentos partir da potencialização e ordenamento
táveis municipais, a serem desenvolvidas administrativos, em especial nos setores territorial voltado a:
e implantadas pelas secretarias munici- prioritários; a) Iniciar o processo de implantação do
pais competentes, sob a supervisão do XI- Atrair atividades econômicas intensi- cadastro imobiliário e de atualização da

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planta genérica de valores imobiliários; da Assistência Social), bem como ampliar Art. 41 A distribuição de equipamentos
b) Estimular a formação de parcerias pú- os serviços da Praça do Bem Estar e do públicos comunitários deve respeitar as
blico-provadas para a atração e consoli- Centro de Convivência a outros bairros; necessidades regionais e as prioridades
dação de novos empreendimentos sobre IX- Atualizar a Política de Assistência So- definidas a partir de estudo de demanda,
o território; cial do município de Saquarema ao Siste- priorizando as áreas de urbanização pre-
XXVI- Potencializar o comércio varejista ma Único de Assistência Social (SUAS). cária e/ou incompleta.
e de serviços básicos, compatibilizando-o Subseção I Art. 42 O plano deverá estabelecer uma
ao uso residencial nas áreas denomina- Das Diretrizes do Desenvolvimento estratégia que garanta a implantação da
das eixos na Lei de Zoneamento; Social e do Sistema de Equipamentos rede básica de equipamentos e de servi-
XXVII- Promover políticas públicas que Públicos Comunitários ços públicos de caráter local, preferencial-
deverão garantir condições de acesso e Art. 37 Equipamento Público Comunitário mente articulados, em todos os distritos,
de permanência da pessoa com deficiên- são bens públicos, de utilidade pública e dimensionados para atender à totalidade
cia no campo de trabalho; que prestam os serviços necessários ao da população residente.
XXVIII- Promover políticas públicas que funcionamento da cidade, implantados Art. 43 O plano de gestão das áreas públi-
devem implantar serviços e programas mediante autorização do poder público, cas deverá conter:
completos de habitação e reabilitação em espaços públicos destinados à edu- I- Elaboração de diagnóstico e situação
profissional para que a pessoa com de- cação, cultura, saúde, assistência social, atual das áreas públicas do Município;
ficiência possa ingressar, continuar ou segurança pública, lazer e similares. II- Definição das estratégias de gestão da
retornar ao campo de trabalho, respei- Art. 38 Os Equipamentos Públicos Co- informação sobre áreas públicas;
tando sua livres escolha, sua vocação e munitários são compostos por redes vol- III- Estratégias e critérios de aproveita-
interesse; tadas para a efetivação e universalização mento do patrimônio existente;
Seção II de direitos sociais, compreendidos como IV- Critérios para aquisição e destinação
Diretrizes da Ação Social direito do cidadão e dever do Estado, com de novas áreas, a partir de informações
Art. 36 O Poder Público desenvolverá participação da sociedade civil nas fases sobre demandas existentes e projetadas;
programas de inclusão social conforme de decisão, execução e fiscalização dos V- Propostas para o aproveitamento de
as seguintes diretrizes: resultados. remanescentes de imóveis desapropria-
I- Estimular alternativas de lazer social em Art. 39 São componentes do Sistema de dos;
todos os setores da cidade, inclusive para Equipamentos Públicos Comunitários: VI- Critérios para alienação de remanes-
os idosos; I- Os equipamentos de educação; centes de imóveis desapropriados quan-
II- Estimular parcerias com a iniciativa II- Os equipamentos de saúde; do estes não forem objeto de interesse
privada nas atividades comunitárias e de III- Os equipamentos de esportes; público;
inclusão social; IV- Os equipamentos de cultura; VII- Condições e os parâmetros para uso
III- Ampliar os equipamentos públicos de V- Os equipamentos de assistência social. das áreas e espaços públicos por ativida-
assistência social com o objetivo de redu- Art. 40 Os objetivos do Sistema de Equi- des, equipamentos, infraestrutura, mobi-
zir a segregação social; pamentos Públicos Comunitários são: liário e outros elementos subordinados à
IV- Incentivar programas de atendimen- I- A proteção integral à família e à pessoa, melhoria da qualidade da paisagem urba-
to às pessoas portadoras de deficiência, com prioridade de atendimento às famí- na, ao interesse público, às funções so-
de amparo às crianças e adolescentes lias e grupos sociais mais vulneráveis, em ciais da cidade e às diretrizes deste Plano
carentes, e de proteção à família, à ma- especial crianças, jovens, mulheres, ido- Diretor de Desenvolvimento Sustentável;
ternidade, à infância, à adolescência e ao sos, negros e pessoas com deficiência e VIII- Análise e alinhamento com as legis-
idoso; pessoas em situação de rua; lações pertinentes;
V- Ampliar o acesso programas públicos II- A redução das desigualdades socio- IX- Desenvolvimento de instrumentos al-
para a redução da fome; espaciais, suprindo carências de equipa- ternativos à desapropriação como forma
VI- Desenvolver a segurança alimentar, mentos públicos urbanos e comunitários de aquisição de bens;
com especial atenção para a implementa- nas zonas com maior vulnerabilidade so- X- Desenvolvimento de sistema de moni-
ção e promoção do Programa Nacional de cial; toramento das áreas públicas contendo
Alimentação Escolar (PNAE); III- O desenvolvimento de áreas habitacio- dados atualizados sobre sua utilização.
VII- Incentivar a pesca artesanal através nais com os equipamentos necessários à Subseção II
da inserção do pescado local de forma satisfação das necessidades básicas de Dos Planos Setoriais De Educação,
percentual nos programas públicos de ali- saúde, educação, lazer, esporte, cultura e Saúde, Assistência Social,
mentação; assistência social de sua população; Esportes, Lazer e Cultura
VIII- Ampliar os serviços dos SCFV (Servi- IV- A ampliação da acessibilidade à rede Art. 44 O Poder Público Municipal ela-
ços de Convivência e Fortalecimentos de de equipamentos e aos sistemas de mo- borará e revisará os planos setoriais de
Vínculos) que são oferecidos no municí- bilidade urbana, incluindo pedestres e ci- educação, saúde, assistência social, es-
pio pelos CRAS (Centros de Referência clovias. portes, lazer e cultura, garantido o pro-

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cesso participativo, com representantes meios modernos de formação e educação VI- Ampliar e otimizar o atendimento na
da sociedade civil e de outros órgãos go- profissional, visando sua inclusão social; área rural e nas comunidades tradicio-
vernamentais. X- Expandir e requalificar equipamentos nais;
§ 1º Os planos setoriais deverão conter, voltados ao atendimento de pessoas com VII- Respaldar as ações de melhoria na
no mínimo, os resultados dos cálculos deficiência e mobilidade reduzida, inclusi- infraestrutura de saneamento básico, com
de demanda por diferentes programas ve à formação de professores e o acom- programas de participação e conscienti-
e equipamentos urbanos e sociais, bem panhamento aos alunos com deficiência zação da população;
como as propostas de atendimento a tais e mobilidade reduzida matriculados na VIII- Desenvolver programas prioritários
demandas. Rede Municipal de Ensino; para as áreas de risco socioambiental, de
§ 2º A requalificação dos equipamentos XI- Desenvolver estudos destinados a forma articulada com as áreas de educa-
urbanos através da aplicação de instru- ampliar o tempo de permanência dos alu- ção, meio ambiente e obras;
mentos de incentivo. nos, proporcionando-lhes o atendimento Art. 47 São ações estratégicas relativas
Art. 45 São ações estratégicas relativas integral, através de parcerias com outras à democratização da gestão das políticas
à democratização da gestão das políticas Secretarias; de assistência social:
do sistema de educação: XII- Desenvolver e fomentar a implanta- I- Implantar gestão transparente e partici-
I- Desenvolver estudos que visem di- ção e o desenvolvimento de cursos locais pativa;
mensionar e ordenar a rede municipal de de pós-graduação, especialização, ex- II- Ampliar a rede de Centros de Refe-
ensino para as demandas criadas pelo tensão, técnicos e profissionalizantes, de rência da Assistência Social - CRAS e
crescimento demográfico da população, modo a promover a contínua melhoria na promover ações entre secretariais para a
considerando as tendências de expansão qualificação para o trabalho, promovendo implementação de projetos e ações con-
urbana identificadas sobre o território; parcerias com universidades, sociedade juntas;
II- Estimular o ensino profissionalizante organizada, empresas e governos fede- III- Ampliar as ações e os equipamentos
de nível médio para a capacitação pro- ral, estadual e municipal; para a inclusão social da população em
fissional da população local direcionada XIII- Ajustar o quantitativo de creches e situação de rua, inclusive o CREAS e ser-
às atividades necessárias ao desenvol- pré-escolas à demanda do crescimento viços de acolhimento institucional e pro-
vimento econômico do Município e da da cidade; gramas e acolhimento relacionados ao
região, sobretudo para a capacitação de XIV- Implantar o Plano Municipal de Edu- abuso de álcool e drogas;
profissionais para atuação na indústria cação Ambiental, propondo ações que IV- Aprimorar as políticas e a instalação
petroquímica; promovam a sensibilização da população de equipamentos, visando à viabilização
III- Viabilizar o Programa Nacional de em prol da preservação do meio ambien- das políticas de acolhimento e proteção
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego te; às mulheres vítimas de violência;
(PRONATEC), ou programa que venha a Art. 46 São ações estratégicas relativas V- Expandir as ações e equipamentos
sucedê-lo; à democratização da gestão das políticas para a proteção social às crianças e ado-
IV- Expandir a rede de Centros Integra- de assistência à saúde: lescentes vítimas de violência e para a
dos de Educação de Jovens e Adultos I- Estabelecer sistema de informações prevenção à violência;
(CIEJA), a fim de ampliar o atendimento para identificação de usuários e regula- VI- Expandir as ações e equipamentos
através do Programa de Educação de Jo- ção do atendimento; para a proteção social às crianças vítimas
vens e Adultos (EJA), ou programas que II- Promover a expansão da rede hospi- da exploração do trabalho infantil.
venham a sucedê-los; talar e o número de leitos, inclusive por Art. 48 São ações estratégicas relativas
V- Elevar a oferta de escolaridade dos meio de adequação dos hospitais muni- à democratização da gestão das políticas
munícipes, permitindo a todos os cida- cipais; de acesso ao esporte, lazer e cultura:
dãos o acesso a um ensino de qualidade; III- Fomentar a distribuição equitativa do I- Promover atividades esportivas aos ci-
VI- Permitir aos profissionais de educação número de leitos hospitalares nas dife- dadãos visando à qualidade de vida da
oportunidades em sua formação básica e rentes especialidades médicas (cirúrgico, população;
continuada; clínico, métodos complementares, obsté- II- Criar espaços e infraestruturas esporti-
VII- Expandir a oferta de acesso da Edu- trica, pediátrico, outras especialidades); vas que possibilitem a todos os cidadãos
cação Básica, priorizando a Educação In- IV- Promover a expansão da rede de a realização de atividades esportivas e de
fantil e o Ensino Fundamental; unidades básicas de saúde, buscando a lazer e que promova integração social da
VIII- Mobilizar novas tecnologias de in- cobertura de atendimento igualitário, em população, observando a NBR 9050;
formação e comunicação, permitindo ao todo o município, inclusive através do pro- III- Ampliar os espaços para a prática es-
aluno o acesso aos modernos meios de grama de saúde da família; portiva em praças, praias, escolas e ou-
procedimentos educacionais, priorizando V- Expandir a rede dos demais equipa- tros espaços públicos integrados que pos-
a inclusão digital; mentos de saúde para realização de exa- sibilitem a convivência comunitária para a
IX- Atender aos alunos com necessidades mes, atendimento ambulatorial, de espe- realização de práticas esportivas, ativida-
especiais de educação, disponibilizando cialidades, ou de urgência e emergência; des culturais, de inclusão social e digital

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e de lazer para a população de todas as minação, redução ou superação de bar- CAPITULO VI


faixas etárias; reiras para a promoção do acesso a todo DAS DIRETRIZES PARA A HABITAÇÃO
IV- Implantar as academias da terceira patrimônio cultural, observadas as nor- Seção I
idade com aparelhos de ginástica em pra- mas de acessibilidade, ambientais e de Diretrizes Gerais
ças e áreas de lazer; proteção do patrimônio municipal; Art. 50 A gestão da política habitacional
V- Implantar espaços e infraestruturas de XIX- Promover políticas públicas de res- no Município visa a implementação de
equipamento público esportivo qualifica- gate à memória audiovisual do Município; programas que priorizem o atendimento
do, incentivando a iniciação esportiva em XX- Estimular o desenvolvimento da Se- à habitação de interesse social nas Área
territórios de vulnerabilidade social; cretaria competente responsável pelo se- de Especial Interesse Social, tendo como
VI- Promover ações conjuntas com as se- tor cultural da cidade; diretrizes:
cretarias competentes responsáveis pe- XXI- Promover eventos relacionados à I- Dar prioridade a programas habitacio-
los setores de educação e saúde voltadas cultura local; nais visando ao atendimento dos seg-
ao aprimoramento e fortalecimento dos XXII- Promover a preservação e estrutu- mentos da população de baixa renda;
programas de prática esportiva; ração dos sítios arqueológicos dos Sam- II- Integrar a política habitacional a pro-
VII- Promover ações e eventos esportivos baquis presentes no município, estimu- gramas de geração de trabalho e renda,
de inclusão social, com a participação de lando a integração entre os sítios. saneamento básico e regularização fun-
pessoas com deficiência ou mobilidade Art. 49 São ações estratégicas relativas diária;
reduzida; à democratização do direito ao culto re- III- Articular a política habitacional munici-
VIII- Promover ações para requalificar ligioso: pal às políticas e programas federais e es-
estruturas esportivas abandonadas ou I- Garantir o livre exercício dos cultos reli- taduais, de agências internacionais e de
decadentes. giosos, como previsto no art. 5º da Cons- outros agentes intervenientes da cidade.
IX- Expandir a rede de equipamentos cul- tituição de 1988; Art. 51 O Poder Público poderá imple-
turais; II- Assegurar a proteção aos locais de cul- mentar programas de transferência de
X- Promover eventos visando melhoria da tos religiosos e suas liturgias, como pre- habitação localizadas irregularmente em
qualidade de vida e a integração indivi- visto no art. 5º da Constituição de 1988; áreas de preservação ambiental e áreas
dual e social das pessoas maiores de 60 III- Estabelecer parâmetros urbanísticos, de risco para outras áreas, considerando
anos e de pessoas com deficiência; edilícios e ambientais para os locais de as áreas destinadas a HIS no mapa de
XI- Incentivar a criação e o desenvolvi- culto religioso; AEIS.
mento de equipamentos culturais como IV- Executar a manutenção e conserva- Art. 52 São diretrizes da habitação, a se-
bibliotecas e centros culturais, dotados de ção, bem como reformas necessárias, rem desenvolvidas e implantadas pelas
acervos digitais, distribuindo-os por todas das áreas edificadas e tumulares dos secretarias municipais competentes, sob
as regiões da cidade; cemitérios e crematórios, objetivando a a supervisão do Chefe do Poder Executi-
XII- Estimular o uso das praças nas áreas melhoria da qualidade espacial e da infra- vo Municipal:
com menor oferta de atividades culturais estrutura existente adequadas as normas I- Priorizar a população de baixa renda;
ou esportivas e de lazer, disponibilizando ambientais existentes; II- Priorizar o atendimento à população re-
áreas para eventos e infraestrutura bási- V- Estimular a pesquisa e o registro das sidente em imóveis ou áreas insalubres,
ca; obras e monumentos tumulares que apre- áreas de risco e áreas de preservação
XIII- Promover ações de valorização e sentem valor histórico, artístico, cultural, permanente;
formação de identidade das comunidades arquitetônico e científico, com o objetivo III- Promover a produção de novas habita-
tradicionais; de promover a sua conservação e restau- ções de interesse social;
XIV- Estimular organização e sustentabi- ro, primordialmente o cemitério da Fazen- IV- Fazer cumprir as determinações sobre
lidade de grupos, associações, cooperati- da; os provisionamentos públicos necessá-
vas e outras entidades de classe atuantes VI- Planejar e executar a implantação de rios nas Áreas de Especial Interesse So-
na área cultural; cemitérios de qualquer natureza e crema- cial (AEIS), para implantação de progra-
XV- Estabelecer parcerias entre os seto- tórios públicos e privados nas diversas mas habitacionais;
res público e privado na área de promo- regiões do Município, visando ampliar a V- Promover a urbanização de assenta-
ção da cultura; capacidade do atendimento e liberar áre- mentos precários do ponto de vista urba-
XVI- Criar instrumentos de gestão e ava- as municipais para recreação e lazer; nístico e ambiental, prevendo o atendi-
liação de políticas públicas de cultura; VII- Estimular a criação de cemitérios e mento habitacional, preferencialmente no
XVII- Promover intercâmbio com os de- crematórios privados para animais do- mesmo local;
mais entes federados e instituições muni- mésticos; VI- Coibir o surgimento de assentamentos
cipais para formação, capacitação e circu- VIII- Estimular a implantação de crema- irregulares, implantando sistema eficaz de
lação de bens e serviços culturais; tórios públicos para animais domésticos, fiscalização pela área competente do Po-
XVIII- Promover políticas públicas que inclusive por meio de parcerias novas ou der Executivo, e definindo as condições e
devem adotar soluções destinadas à eli- já existentes. parâmetros para regularizar os assenta-

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mentos consolidados, incorporando-os à isonômicos e democráticos, observan- habitação popular;


estrutura urbana, respeitado o interesse do-se os princípios e objetivos definidos III- Definir, na legislação específica, as
público e o meio ambiente; nesta Lei Complementar; Áreas de Especiais de Interesse Social
VII- Proibir qualquer construção ou ocu- XVI- Promover o atendimento habitacio- (AEIS).
pação localizada nas faixas de proteção nal na forma de prestação de serviço so- Art. 54 As ações prioritárias na habitação
das linhas de alta tensão; cial e público às famílias em condições de são:
VIII- Gerenciar usos e ocupações tolerá- vulnerabilidade ou risco social, incluindo I- Adotar mecanismos de financiamento a
veis nas Faixas Marginais de Proteção e as pessoas que ocupam logradouros e longo prazo e investimentos com recursos
nas faixas de domínio de rodovias; praças públicas; orçamentários não reembolsáveis, distri-
IX- Promover a regularização urbanísti- XVII- Considerar as condicionantes buir subsídios diretos, pessoais, intrans-
ca, jurídica, fundiária e ambiental, entre ambientais nas intervenções habitacio- feríveis e temporários na aquisição ou lo-
outras, de assentamentos precários e nais, com a articulação entre urbanização cação social de Habitações de Interesse
aglomerados subnormais, inclusive com o e regularização fundiária de assentamen- Social e declaração de concessão de uso
reconhecimento e regularização das ativi- tos precários em programas de sanea- especial para fins de moradia, visando
dades comerciais e de serviço existentes mento básico integrado, por meio dos pe- aos objetivos das Áreas Especiais de In-
nos locais; rímetros de ação integrada; teresse Social;
X- Diversificar os programas e os agentes XVIII- Incentivar a adoção de tecnologias II- Implantar política de aquisição de ter-
promotores da política de HIS, de acordo socioambientais, em especial as relacio- ras urbanas adequadas e bem localiza-
com as características diferenciadas da nadas ao uso de energia solar, eólica, gás das destinadas à provisão de novas Ha-
demanda; natural e ao manejo da água e dos resí- bitações de Interesse Social;
XI- Promover soluções habitacionais ade- duos sólidos e à agricultura urbana, na III- Integrar a política habitacional do Mu-
quadas e definitivas para a população de produção de Habitação de Interesse So- nicípio ao Sistema Nacional de Habitação
baixa renda que forem realocadas dos cial e na urbanização de assentamentos de Interesse Social - SNHIS;
seus locais de moradia em razão da ne- precários; IV- Criar sistema de monitoramento e ava-
cessidade de recuperação e proteção am- XIX- Apoiar a produção social da moradia liação da política pública habitacional;
biental, da existência de riscos geológicos por intermédio de fomento às associa- V- Estabelecer critérios e procedimentos
e hidrológicos, preservação de patrimônio ções, cooperativas e demais entidades para a distribuição das novas Habitações
cultural e da execução de obras públicas, que atuam na produção social da mora- de Interesse Social, considerando as ne-
preferencialmente no mesmo zoneamen- dia; cessidades dos grupos sociais mais vul-
to, com participação das famílias no pro- XX- Promover ações de pós-ocupação e neráveis;
cesso de decisão; acompanhamento das famílias nos novos VI- Apoiar a produção social de moradia
XII- Promover, em parceria com institui- assentamentos habitacionais; por meio de fomento às associações, co-
ções bancárias e fundos nacionais e inter- XXI- Adotar cota de unidades habi- operativas e demais entidades;
nacionais, Programa de Apoio à Produção tacionais destinadas ao atendimento ex- VII- Aplicar os instrumentos previstos para
para famílias com renda ser determinada clusivamente para setores vulneráveis da a regularização fundiária de interesse so-
em lei específica, para construção de uni- população como idosos e pessoas com cial, em especial a demarcação urbanísti-
dades habitacionais para Concessão de deficiência; ca e a legitimação da posse, inclusive em
Direito Real de Uso; XXII- Promover a adoção de tecnolo- área de preservação ambiental, quando
XIII- Promover, em parceria com ins- gias eficientes de projeto, construção e presentes os requisitos legais;
tituições bancárias e fundos nacionais e manutenção dos empreendimentos habi- VIII- Debater, de modo participativo e in-
internacionais, Programa de Apoio à Pro- tacionais voltados para os princípios do tegrado com os demais entes federativos,
dução para famílias com renda a ser de- desenvolvimento sustentável; mecanismos para prevenir e mediar con-
terminada em lei específica, para constru- XXIII- Estabelecer parcerias com municí- flitos fundiários urbanos, buscando solu-
ção de novas unidades habitacionais para pios limítrofes visando a criação de uma ções negociadas e alternativas de mora-
financiamento; política adequada de habitação, em par- dia para as famílias despejadas.
XIV- Priorizar a provisão de habitação so- ticular relacionada com a moradia das fa- Seção III
cial em áreas dotadas de infraestrutura e mílias de baixa renda; Das Áreas de Especial de
transportes coletivos, evitando sua insta- Seção II Interesse Social
lação em unidades de conservação, áre- Da Habitação de Interesse Social Art. 55 As prioridades e as formas de atu-
as de proteção ambiental; Art. 53 O Poder Público implantará pro- ação nas Áreas de Especial de Interesse
XV- Garantir que as realocações de mo- gramas de habitação de interesse social Social serão definidas no processo de
radores somente ocorram quando indis- de acordo com as seguintes diretrizes: planejamento e implementação dos pro-
pensáveis às finalidades públicas moti- I- Elaborar e implementar uma política ha- gramas e projetos habitacionais.
vadoras da medida, sendo realizadas por bitacional de interesse social; Art. 56 Para se garantir a destinação das
intermédio de procedimentos públicos, II- Apoiar programas de cooperativas de Áreas de Especial de Interesse Social,

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deverão ser constituídos programas de democrática e controle social na formu- VI- Incentivar o desenvolvimento de uma
intervenção nas AEIS, como os de regu- lação e implementação da política e da culinária local.
larização urbanística e fundiária, de lotes produção habitacional de interesse social VII- Incentivar infraestrutura para o turis-
urbanizados e de construção de moradias do Município; mo.
populares. CAPÍTULO VII Art. 61 Para o desenvolvimento da ativi-
Art. 57 Deverá ser elaborado um estudo, DAS DIRETRIZES SETORIAIS dade agropecuária e da pesca artesanal,
específico e diferenciado, para cada uma Seção l o Poder Público adotará as seguintes di-
das intervenções propostas nas Áreas de Da Economia de Energia retrizes:
Interesse Social. Art. 59 O Poder Público incentivará a in- I- Incentivar a melhoria da qualidade dos
Art. 58 O Plano Local de Habitação de In- tegração da economia municipal com as hortifrutigranjeiros produzidos através de
teresse Social deverá contemplar: atividades da indústria energética, preser- programas, de acompanhamento técnico;
I- Atualização dos dados de: vando sempre suas características e po- II- Estabelecer áreas para o desenvolvi-
a) Diferentes tipos de necessidades habi- tencialidades originais de acordo com as mento de atividades agropecuárias e a
tacionais atuais e futuras, detalhados por seguintes diretrizes: agroindústria sustentáveis;
grupos sociais definidos a partir dos seus I- Desenvolver políticas para atender o III- Diversificar, apoiar, dar suporte e in-
rendimentos familiares; Acordo de Paris, visando a redução do centivar a produção agrícola, estimulando
b) Definição do montante de recursos fi- aquecimento global; a: apicultura, fruticultura, hortifrutigranjei-
nanceiros necessário para a produção de II- Fomentar a indústria sustentável para ros, floricultura, plantas medicinais, pro-
novas habitações de interesse social, in- atender o Mercado de Carbono; dutos orgânicos e piscicultura e plantas
cluindo custo da terra; III- Incentivar projetos de energia susten- alimentícias não convencionais (PANCS);
c) Custos de urbanização e regularização tável buscando inovação; IV- Criar programa de estímulo à fixação
fundiária de assentamentos precários e IV- Incentivar a utilização de novas tecno- do pequeno produtor no campo;
informais para dimensionamento do mon- logias que busquem a eficiência energé- V- Estimular as parcerias entre os produ-
tante de recursos financeiros necessário tica; tores e o comércio varejista locais;
para a realização desta ação; V- Incentivar a criação de um centro de VI- Incentivar a criação do Mercado Muni-
II- Definição de estratégias para aquisição capacitação para profissionais da indús- cipal para a venda direta ao consumidor
desses recursos fundiários; tria energética, dos produtos produzidos no município;
III- Definição de programas e estratégias VI- Criar Infraestrutura para as necessida- VII- Estimular a criação do mercado do
adequadas para o atendimento das dife- des logísticas do setor de Petróleo; peixe artesanal do produtor local.
rentes necessidades habitacionais com VII- Estimular a indústria de transforma- Art. 62 Para as demais atividades econô-
suas respectivas metas parciais e totais, ção de matérias primas do Petróleo; micas, o Poder Executivo adotará as se-
que considerará: VIII- Atrair indústrias sustentáveis do se- guintes diretrizes:
a) Propostas para a gestão condominial tor energético com estímulos logísticos e I- Incentivar a instalação de indústrias não
dos conjuntos habitacionais de interesse fiscais; poluentes no distrito industrial;
social de promoção pública, que poderá IX- Adequar a legislação para fomentar a II- Dar incentivos diferenciados a implan-
ser realizada através da autogestão e implantação de novas soluções energéti- tação de microempresas;
com o acompanhamento do Poder Públi- cas. III- Incentivar a criação de cooperativas
co Municipal, com avaliações anuais; Seção II de trabalho e de serviços;
b) Propostas para a realização da loca- Do Desenvolvimento Econômico IV- Incentivar a ocupação e a ampliação
ção social e de serviço de moradia, para Art. 60 O Poder Público dará prioridade do Polo Industrial.
o atendimento da população de vulnerabi- ao desenvolvimento de atividades de Art. 63 São diretrizes econômicas susten-
lidade ou risco social, incluindo pessoas apoio ao turismo, de acordo com as se- táveis municipais, a serem desenvolvidas
que ocupam logradouros e praças públi- guintes diretrizes: e implantadas pelas secretarias munici-
cas; I- Fomentar a implantação e o funciona- pais competentes, sob a supervisão do
c) Propostas para viabilizar a autogestão mento de atividades de comércio e servi- Chefe do Poder Executivo Municipal:
na produção habitacional de interesse so- ços voltadas para o turismo; I- Promover o papel do Município como
cial; II- Investir na manutenção do patrimônio centro industrial, comercial, de serviços,
d) Propostas para a implantação de pro- histórico do município, a ser classificado, de conhecimento, de criação e inovação,
grama de assistência técnica pública e incentivando os proprietários à preserva- incentivar atividades econômicas susten-
gratuita para HIS; ção; táveis na zona rural e estimular atividades
e) Realização de parcerias com outros III- Incentivar o desenvolvimento do arte- econômicas urbanas que permitam equili-
órgãos dos governos Estadual e Federal, sanato local; brar a relação emprego/moradia em todas
bem como com a iniciativa privada e enti- IV- Incentivar as manufaturas de moda as regiões da cidade na perspectiva de
dades da sociedade civil; praia; reduzir as desigualdades sócio territoriais
IV- Definição de mecanismos de gestão V- Incentivar a indústria local do surf; e reduzir a quantidade de viagens e o tem-

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po médio de deslocamento no Município; ligadas ao turismo de lazer, de esportes, Seção III


II- Promover o desenvolvimento susten- de negócios e ecoturismo; Do Desenvolvimento Rural
tável da zona rural e das comunidades XV- Incentivar a certificação do selo Ban- Art. 64 O Poder Executivo estimulará e
tradicionais, com o apoio à agricultura fa- deira Azul nas praias do município, bem apoiará o desenvolvimento das ativida-
miliar, em especial a agroecológica, e ao como outras certificações ambientais; des rurais com o objetivo de promover
turismo sustentável, em especial de base XVI- Incentivar a vinda de projetos de ini- os desenvolvimentos econômico, social e
comunitária; ciação científica nas unidades de conser- sustentável, de acordo com as seguintes
III- Criar infraestrutura de apoio para a co- vação do município e outros ambientes diretrizes:
mercialização dos produtos artesanais e naturais; I- Disciplinar o uso e ocupação do solo na
industriais e rurais; XVII- Incentivar os polos gastronômicos, área rural através do mapeamento da sua
IV- Garantir a destinação de áreas volta- como fatores de atração de turistas; vocação agrícola;
das às atividades agroindustriais; XVIII- Criar novas oportunidades de negó- II- Desenvolver projetos de apoio ao pe-
V- Incentivar polos de abastecimento e cios para as atividades que estejam em queno e médio produtor com programas
fornecimento na rodovia, visando o po- consonância com as vocações do muni- de desenvolvimento tecnológico para me-
tencial de geração de emprego nas áreas cípio; lhor aproveitamento da terra, incentivan-
agrícolas; XIX- Ampliar e desenvolver as atividades do a criação de escola agrícola;
VI- Fomentar a piscicultura e a aquicultura turísticas fora dos perímetros urbanos; III- Incentivar na área rural o desenvolvi-
em todo meio aquático do Município; XX- Promover a otimização do uso do mento de projetos, aproveitando os recur-
VII- Estimular pequenos negócios, espe- solo e da infraestrutura pública e privada sos naturais, como frutas nativas, plantas
cialmente em centralidades emergentes, com vistas a ampliar a geração de renda medicinais e flores de forma sustentável;
por meio de investimentos públicos e pri- e de empregos qualificados; IV- Incentivar a instalação de empresas
vados na provisão de equipamentos e de XXI- Possibilitar a ampliação da arrecada- de beneficiamento de produtos rurais no
infraestrutura; ção de tributos e taxas municipais a partir município.
VIII- Adequar o comércio e os serviços lo- da potencialização e otimização do uso V- Promover parceria com o INCRA para
cais ao ordenamento das calçadas, espe- sustentado do território; regularizar as áreas e atuar de melhor
cialmente as vocacionadas em fachadas XXII- Munir o Poder Público Municipal maneira no desenvolvimento rural;
ativas; com instrumento moderno e eficaz no VI- Incentivar e avaliar o fortalecimento
IX- Facilitar a instalação de empresas âmbito do planejamento e ordenamento nas feiras de produtos agrícolas orgâni-
no Município, por meio de incentivos tri- territorial voltado a: cos e agroecológicos.
butários e urbanísticos, ou de cessão de a) Desenvolver o cadastro territorial mul- Seção IV
terrenos, facilitando os procedimentos tifinalitário; Do Emprego e do Trabalho
administrativos, em especial nos setores b) Estimular a formação de parcerias pú- Art. 65 O Poder Público estimulará e
prioritários definidos nesta Lei Comple- blico-privadas para a atração e consolida- apoiará a ampliação da oferta de empre-
mentar; ção de novos empreendimentos sobre o go, a criação de novas oportunidades de
X- Atrair atividades econômicas intensi- território; trabalho e de geração de renda, e a cria-
vas em conhecimento e com potencial de XXIII- Potencializar o comércio varejista ção de cursos profissionalizantes, confor-
inovação; e de serviços básicos, compatibilizando-o me as seguintes diretrizes:
XI- Estimular as atividades econômicas ao uso residencial nas áreas denomina- I- Incentivar o desenvolvimento do artesa-
criativas, por meio de incentivos aos es- das eixos na Lei de Zoneamento de Uso e nato, da culinária local e da pesca;
tabelecimentos que se implantarem, tais Ocupação do Solo; II- Estimular as parcerias com o setor pri-
como concessão de benefícios fiscais e XXIV- Promover políticas públicas de tra- vado para a instalação de cursos profis-
simplificação dos procedimentos para ins- balho que deverão garantir condições de sionalizantes e programas de treinamento
talação e funcionamento; acesso e de permanência da pessoa com para o turismo;
XII- Estimular o setor empresarial a va- deficiência no campo de trabalho; III- Facilitar os cursos profissionalizantes
lorizar seus ativos criativos e inovadores XXV- Promover políticas públicas que de- para as empresas que demandam mão-
com a finalidade de promover a compe- vem implantar serviços e programas com- -de-obra local mediante convênios;
titividade de produtos, bens e serviços pletos de habilitação e reabilitação profis- IV- Desenvolver projetos e medidas efe-
cujos insumos primários sejam o talento e sional para que a pessoa com deficiência tivas que visem minimizar os impactos
a criatividade individual e coletiva; possa ingressar, continuar ou retornar ao negativos do desemprego conjuntural e
XIII- Estimular um ambiente corporativo campo de trabalho, respeitados sua livre estrutural sobre o mundo do trabalho;
aberto à cooperação internacional e pro- escolha, sua vocação e interesse; V- Estimular a assinatura de convênios
pício para a promoção de pesquisa, de- XXVI- Promover políticas públicas de in- entre os entes da federação, que visem a
senvolvimento e inovação realizada por centivo fiscal ao desenvolvimento do tu- qualificação profissional, bem como a ge-
meio de empresas de alta tecnologia; rismo. ração de emprego e renda do município;
XIV- Incentivar as atividades econômicas VI- Estimular e fiscalizar as garantias le-

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gais que dispõe sobre a empregabilidade Patrimônio Cultural Municipal realizados pelo poder Executivo, com
de pessoas portadoras de deficiência; Art. 70 As diretrizes de proteção do patri- vistas ao reconhecimento do patrimônio
VII- Fomentar o desenvolvimento da pes- mônio cultural são: imaterial, sua inscrição em Livros de Re-
ca artesanal e da agricultura familiar. I- Mapear os bens, atividades e mani- gistro e definição de políticas públicas de
Seção V festações culturais, de natureza material salvaguarda como forma de apoiar sua
Do Cooperativismo e imaterial, que constituem o patrimônio continuidade.
Art. 66 A Política Municipal de Apoio ao cultural do Município, e promover a divul- § 2º A Chancela da Paisagem Cultural
Cooperativismo terá como finalidade esti- gação, proteção, preservação e salva- tem como objetivo reconhecer uma por-
mular o conjunto de atividades exercidas guarda desses acervos; ção peculiar do território municipal, repre-
pelo poder público e a iniciativa privada II- Difundir a importância da restauração sentativa do processo de interação do ho-
que venham beneficiar direta e indireta- e preservação do patrimônio cultural de mem com o meio natural, à qual a vida e
mente o setor cooperativista na promoção natureza material; a ciência humana imprimiram marcas ou
do desenvolvimento social, econômico e III- Difundir a importância da salvaguarda atribuíram valores, e deve obedecer ao
cultural, desde que reconhecido seu inte- do patrimônio cultural de natureza imate- disposto em legislação específica, assim
resse público. rial; como as Legislações estadual e federal
Art. 67 São objetivos da Política Municipal IV- Permitir a integração das áreas de po- que regulam esse instrumento.
de Apoio Ao Cooperativismo: voação antiga da cidade àquelas que inte- § 3º O Município, através de ato próprio,
I- Estimular a forma cooperativa de orga- grem a expansão do tecido urbano; poderá estabelecer colaboração técni-
nização social, econômica e cultural, nos V- Permitir e incorporar as referências cul- ca objetivando se integrar ao sistema de
diversos ramos de atuação; turais materiais e imateriais, suportes das cadastro e gestão de patrimônio arque-
II- Fomentar o desenvolvimento e auto- relações entre os sujeitos e os espaços, ológico gerido pelo órgão de patrimônio
gestão de cooperativas legalmente cons- ao planejamento e transformação das federal.
tituídas; áreas urbanas e rurais do Município; Subseção III
III- Divulgar as políticas governamentais VI- Incentivar a recuperação, restauração Do Patrimônio Histórico
para o setor. e requalificação de edificações e espaços Art. 72 O Poder Público estimulará a prá-
IV- O Poder Público poderá criar espaços urbanos considerados de interesse cultu- tica de ações visando à preservação do
para o desenvolvimento do cooperativis- ral por parte, ou em parceria, com a inicia- patrimônio histórico municipal, de acordo
mo. tiva privada. com as seguintes diretrizes:
Seção VI Art. 71 Os instrumentos de identificação, I- Promover estudo visando o tombamen-
Da Cultura e do Patrimônio Histórico e proteção e valorização do patrimônio cul- to de imóveis de interesse histórico ar-
Artístico Municipal tural visam à integração de áreas, bens quitetônico, arqueológico, paisagístico e
Subseção I móveis e imóveis, edificações e lugares cultural;
Do Patrimônio Cultural e Artístico de valor cultural e social aos objetivos e II- Incentivar a preservação das fachadas
Municipal diretrizes do Plano Diretor de Desenvolvi- dos edifícios de valor histórico e cultural
Art. 68 O Poder Público estimulará o de- mento Sustentável, e correspondem aos para a memória da cidade;
senvolvimento de programas de acesso à seguintes instrumentos legais: III- Promover incentivos fiscais aos pro-
cultura e das manifestações culturais das I- Tombamento de bens móveis, imóveis e prietários de bens imóveis tombados que
comunidades, de acordo com as seguin- paisagísticos; estejam preservando seus imóveis;
tes diretrizes: II- Inventário do patrimônio cultural; IV- Estimular usos adequados tanto pelo
I- Estimular manifestações culturais em III- Registro das áreas de especial inte- Poder Público como por particulares dos
espaços voltados para tais atividades; resse cultural, conforme Anexo 04 (mapa imóveis de interesse histórico;
II- Desenvolver projeto de recuperação e AEIC) incluindo territórios de interesse da V- Desenvolver incentivos à preservação
resgate das raízes culturais, religiosas e cultura e da paisagem; do patrimônio histórico como apoio à ativi-
de folclore. IV- Registro do patrimônio imaterial; dade de turismo.
Art. 69 O Poder Público promoverá ações V- Chancela da paisagem cultural; Seção VII
que visem valorizar e perpetuar o patri- VI- Levantamento e Cadastro Arqueológi- Da Educação
mônio histórico e cultural, incentivando a co do Município – LECAM. Art. 73 O Poder Público adotará no âmbito
pesquisa e divulgação: § 1º O registro de bens imateriais, atra- da educação as seguintes diretrizes:
I- Da história dos sambaquis; vés de lei específica, observará ao dis- I- Manter o programa Escola Aberta para
II- Da formação dos movimentos sociais; posto no Decreto Federal n º 3551/2000, a comunidade, abrindo suas portas para
III- Das manifestações artísticas e cultu- assim como outras legislações estadual atividades extracurriculares, eventos, co-
rais; e federal que regulam esse instrumento, memorações festivas, cursos, palestras
IV- Da Rota Darwin. baseado na Constituição Federal, e que e integrando os moradores do bairro em
Subseção II consiste em um conjunto de procedimen- suas atividades e em seus espaços de la-
Das Diretrizes de Proteção do tos técnicos, administrativos e jurídicos zer e esporte;

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II- Informatizar a rede municipal de ensino XVI- Promover a integração com univer- IX- Atender aos alunos com necessidades
em sua totalidade; sidades públicas ou privadas para o de- especiais de educação, disponibilizando
III- Desenvolver programas de treinamen- senvolvimento de cursos, estágios e pro- meios modernos de formação e educação
to e aperfeiçoamento profissional especí- jetos nas diversas áreas, inclusive para a profissional, visando sua inclusão social;
fico; requalificação dos professores; X- Expandir e requalificar equipamentos
IV- Estimular e garantir a permanência XVII- Rever a política do ensino no meio voltados ao atendimento de pessoas com
do aluno na escola, oferecendo-lhe infra- rural, objetivando a fixação do jovem no deficiência e mobilidade reduzida, inclusi-
estrutura física, equipamentos, recursos campo; ve à formação de professores e o acom-
materiais básicos necessários ao desen- XVIII- Promover programas para a inte- panhamento aos alunos com deficiência
volvimento das atividades de ensino e ao gração família/ escola/ comunidade; e mobilidade reduzida matriculados na
pleno atendimento da população; XIX- Valorizar e qualificar o profissional da Rede Municipal de Ensino;
V- Desenvolver uma educação de boa educação; XI- Desenvolver estudos destinados a
qualidade, de forma a garantir o sucesso XX- Criar o Centro de Treinamento e Ca- ampliar o tempo de permanência dos alu-
do aluno na escola e na vida, inclusive dos pacitação de profissionais de ensino; nos, proporcionando-lhes o atendimento
portadores de altas habilidades e aos de XXI- Erradicar o analfabetismo; integral, através de parcerias com outras
deficiências, assegurando sua inserção XXII- Estimular a educação ambiental no Secretarias;
na sociedade e no mercado de trabalho; ambiente escolar. XII- Desenvolver e fomentar a implanta-
VI- Promover atividades extracurricula- Art. 74 São ações estratégicas relativas ção e o desenvolvimento de cursos locais
res mantendo por um período mais longo à democratização da gestão das políticas de pós-graduação, especialização, ex-
o aluno na escola com aulas de pintura, do sistema de educação: tensão, técnicos e profissionalizantes, de
música, dança, teatro, culinária, tapeça- I- Desenvolver estudos que visem di- modo a promover a contínua melhoria na
ria, reforço escolar, e atividade de esporte mensionar e ordenar a rede municipal de qualificação para o trabalho, promovendo
e lazer entre outros; ensino para as demandas criadas pelo parcerias com universidades, sociedade
VII- Promover as festividades da comuni- crescimento demográfico da população, organizada, empresas e governos fede-
dade na escola; considerando as tendências de expansão ral, estadual e municipal;
VIII- Valorizar e qualificar o profissional urbana identificadas sobre o território; XIII- Ampliar a quantidade de creches e
da educação para efetivar a melhoria da II- Estimular o ensino profissionalizante de pré-escolas;
qualidade do ensino e a garantia do su- nível médio para a capacitação profissio- XIV- Implantar o Plano Municipal de Edu-
cesso dos escolares, garantindo a esses nal da população local direcionada às ati- cação Ambiental, propondo ações que
profissionais condições que lhe possibili- vidades necessárias ao desenvolvimento promovam a sensibilização da população
tem o bom desempenho de suas funções, econômico do Município e da região; em prol da preservação do meio ambien-
incluída a oportunidade de atualização e III- Viabilizar o Programa Nacional de te;
aperfeiçoamento continuados; Acesso ao Ensino Técnico e Emprego XV- Estimular o conhecimento da história
IX- Garantir infraestrutura física adequa- (PRONATEC), ou programa que venha a do município nas escolas.
da, equipamentos, recursos e materiais sucedê-lo; Seção VIII
básicos necessários ao desenvolvimento IV- Expandir a rede de Centros Integra- Do Esporte e Recreação
e à prática de modalidades esportivas e dos de Educação de Jovens e Adultos Art. 75 O Poder Público adotará no âmbito
atividades culturais e de lazer; (CIEJA), a fim de ampliar o atendimento do esporte e da recreação de acordo com
X- Ampliar a criação de creches munici- através do Programa de Educação de Jo- as seguintes diretrizes:
pais; vens e Adultos (EJA), ou programas que I- Fomentar cultura urbana voltada para
XI- Capacitar técnica e administrativa- venham a sucedê-los; o lazer e o prazer do convívio informal e
mente os profissionais envolvidos na área V- Elevar a oferta de escolaridade dos espontâneo;
de formação dos portadores de deficiên- munícipes, permitindo a todos os cida- II- Desenvolver projetos para melhorar o
cia; dãos o acesso a um ensino de qualidade; acesso ao esporte;
XII- Ampliar, reformar e manter campos, VI- Permitir aos profissionais de educação III- Promover atividades de lazer nas áre-
quadras, ginásios esportivos e áreas de oportunidades em sua formação básica e as públicas;
lazer; continuada; IV- Promover a atividade esportiva nas
XIII- Realizar o Cadastro e o Censo Es- VII- Expandir a oferta de acesso da Edu- escolas;
colar; cação Básica, priorizando a Educação In- V- Utilizar o esporte como forma de divul-
XIV- Garantir o transporte escolar da rede fantil e o Ensino Fundamental; gação e captação de eventos e recursos
municipal de ensino; VIII- Mobilizar novas tecnologias de in- para o município;
XV- Reduzir a evasão escolar através da formação e comunicação, permitindo ao VI- Incentivar a realização de eventos es-
implantação de programas de apoio aos aluno o acesso aos modernos meios de portivos náuticos.
estudantes (merenda, assistência médica procedimentos educacionais, priorizando VII- Incentivar a realização de eventos de
e social); a inclusão digital; vôlei e eventos que utilizem a rampa de

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voo livre; VII- Ampliar a rede de equipamentos da III- Manutenção das condições de segu-
VIII- Incentivar e promover eventos de saúde mental (CAPS, Residência Tera- rança e da capacidade de suporte dos
surf no município; pêutica, entre outros). atrativos turísticos;
IX- Promover infraestrutura voltada ao es- Art. 78 As ações e serviços de saúde de IV- Ampliação da informação ao turista;
porte; menor grau de complexidade, deverão V- Divulgação e promoção do destino Sa-
X- Incentivar a realização de eventos am- ser prestados em unidades de saúde lo- quarema a nível municipal, estadual, na-
bientalmente sustentáveis nas áreas ver- calizadas próximas ao domicílio do usuá- cional e internacional.
des municipais; rio, priorizando áreas de maior risco e as Art. 82 O Poder Público poderá incentivar
XI- Incentivar o desenvolvimento de even- ações especializadas, devendo as ações por meio de redução parcial e temporária
tos de esportes de aventura e esportes e serviços que requeiram maior grau de de impostos a instalação de serviços vol-
radicais; complexidade ser prestadas por meio das tados à atividade turística.
XII- Promover a manutenção de infraes- unidades de referência do município, res- CAPÍTULO VIII
trutura pública para o esporte adaptando- salvadas as competências de cada ente DAS DIRETRIZES DE
-a quando necessário. federativo. INFRAESTRUTURA BÁSICA
Seção IX Art. 79 A gestão da Política Municipal de Seção l
Da Saúde Saúde adotará o Programa de Saúde da Da Iluminação Pública
Art. 76 A Política Municipal de Saúde será Família como modelo para a realização Art. 83 O Poder Público observará as se-
implementada por meio de políticas pú- de serviços a serem prestados. guintes diretrizes em relação à iluminação
blicas que elevem o padrão de vida da Seção X pública:
população, assegurando a construção de Do Turismo I- Utilizar os recursos da Contribuição de
uma cidade saudável com ampla garantia Art. 80 O Poder Público promoverá e in- Iluminação Pública da Lei Municipal n°
de cidadania. A Política Municipal de Saú- centivará o turismo como fator estratégico 666/02, na manutenção e melhoria da ilu-
de deverá ser implementada por meio de de desenvolvimento econômico e social minação das vias, logradouros, terminais
políticas públicas que elevem o padrão de do Município de acordo com as seguintes rodoviários e praças públicas;
vida da população, assegurando a cons- diretrizes: II- Implantar programas de redução dos
trução de uma cidade saudável com am- I- Incentivar iniciativas na abertura de es- gastos com iluminação pública;
pla garantia de cidadania. tabelecimentos de comércio voltado ao III- Incentivar a troca das luminárias in-
Parágrafo único. As Políticas Públicas na turismo; candescentes por luminárias mais efi-
saúde devem ser estruturadas de forma II- Incentivar as ações das associações cientes e econômicas de modo a garantir
conjunta, por meio de mecanismos de ar- voltadas ao desenvolvimento do turismo; maior luminosidade, conforto e segurança
ticulação interinstitucional como o Conse- III- Criar o calendário anual de eventos ao município;
lho da Saúde. turísticos; IV- Ampliar a implantação da iluminação
Art. 77 A Política Municipal de Saúde, IV- Criar um centro referencial de turismo; pública no município;
quando da adequação da rede pública, V- Facilitar a identificação visual de infor- V- Incentivar a implantação de iluminação
observará as seguintes diretrizes, desen- mações sobre locais de turismo; temática em áreas turísticas do município.
volvidas a partir daquelas firmadas para o VI- Estudar a criação de identidade visual Seção II
Sistema Único de Saúde: para o mobiliário urbano que preserve as Da Mobilidade
I- Universalização da assistência à saúde características locais; Art. 84 O Sistema de Mobilidade é o
a todo cidadão e cidadã; VII- Incentivar o ecoturismo e o turismo conjunto organizado e coordenado dos
II- Garantia de um sistema de saúde igua- rural; modos de transporte, serviços, equipa-
litário, sem preconceitos ou privilégios de VIII- Elaborar pesquisa dos recursos natu- mentos, infraestruturas e instalações ope-
qualquer espécie; rais municipais disponíveis para o ecotu- racionais necessários à ampla mobilidade
III- Promoção da integralidade da assis- rismo de base sustentável. de pessoas e deslocamento de cargas
tência, entendida como o conjunto arti- IX- Incentivar a ampliação da infraestru- pelo território municipal, visando garantir
culado e contínuo das ações e serviços tura turística; a qualidade dos serviços, a segurança e
preventivos e curativos, individuais e co- X- Incentivar a capacitação técnica para a proteção à saúde de todos os usuários,
letivos, exigidos para cada caso; atendimento ao turismo; principalmente aqueles em condição de
IV- Incentivo ao controle e à participação XI- Promover outras formas de turismo vulnerabilidade social, além de contribuir
social nas ações da política de saúde; descentralizado. para a mitigação das mudanças climáti-
V- Promoção da municipalização e da Art. 81 Para estímulo ao turismo, deverão cas.
descentralização do sistema de saúde; ser implementadas as seguintes medidas: Art. 85 São componentes do Sistema de
VI- Manter operante o centro de reabilita- I- Elaboração de material de divulgação Mobilidade:
ção municipal, desenvolvendo sua infra- dos atrativos do Município; I- Sistema viário;
estrutura e aumentando sua capacidade II- Conservação da sinalização e dos II- Sistema de circulação de pedestres;
de atendimentos; meios de acesso aos atrativos turísticos; III- Sistema de transporte rodoviário cole-

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tivo público e privado; reduzidas; dos veículos;


IV- Sistema de transporte de massa; IX- Propiciar mobilidade adequada as VII- Complementar, ajustar e melhorar o
V- Sistema cicloviário; pessoas com deficiência ou com mobili- sistema cicloviário;
VI- Sistema hidroviário; dade reduzida, crianças e idosos, permi- VIII- Aumentar a confiabilidade, conforto,
VII- Sistema de logística e transporte de tindo o seu acesso a cidade e aos servi- segurança e qualidade dos veículos em-
carga. ços urbanos; pregados no sistema de transporte cole-
Art. 86 A mobilidade no município será al- X- Melhorar as condições de mobilidade tivo;
cançada pela garantia a toda a população da população, com conforto, segurança e IX- Promover o uso mais eficiente dos
de acesso aos espaços públicos em ge- modicidade, incluindo os grupos de mobi- meios de transporte com o incentivo das
ral, aos equipamentos comunitários, aos lidade reduzida; tecnologias de menor impacto ambiental;
locais de trabalho e aos serviços públicos XI- Integrar as diferentes regiões do Mu- X- Elevar o patamar tecnológico e melho-
através dos meios de transporte coletivos nicípio, através da criação de novos aces- rar os desempenhos técnicos e opera-
rodoviários e hidroviários, individuais e sos e novas vias alternativas e requalifica- cionais do sistema de transporte público
dos veículos não motorizados, de forma ção das vias existentes; coletivo;
segura, eficiente, socialmente inclusa e XII- Promoção do desenvolvimento sus- XI- Promover o maior aproveitamento em
ambientalmente sustentável. tentável com a mitigação dos custos am- áreas com boa oferta de transporte públi-
Art. 87 Para garantir a mobilidade e trans- bientais e socioeconômicos dos desloca- co coletivo por meio da sua articulação
porte no Município deverá ser implemen- mentos de pessoas e cargas na cidade, com a regulação do uso e ocupação do
tado o Plano de Mobilidade, que abranja incluindo a redução dos acidentes de solo;
os sistemas viário, rodoviário e hidroviá- trânsito, emissões de poluentes, poluição XII- Aprimorar o sistema de logística e
rio. sonora e deterioração do patrimônio edi- cargas, de modo a aumentar a sua efici-
Art. 88 Os objetivos do Sistema de Mobi- ficado; ência, reduzindo custos e tempos de des-
lidade são: Art. 89 Os programas, ações e investi- locamento;
I- Garantir a travessia segura e confortá- mentos, públicos e privados do Sistema XIII- Articular as diferentes políticas e
vel de ciclista e pedestres, inclusive pes- de Mobilidade a serem desenvolvidos e ações de mobilidade urbana, abrangendo
soas com mobilidade reduzida e pessoas implantados pelas secretarias municipais os três níveis da federação e seus respec-
com deficiência, em toda a malha viária competentes, sob a supervisão do Chefe tivos órgãos técnicos;
da cidade; do Poder Executivo Municipal, são orien- XIV- Promover ampla participação de se-
II- Compatibilizar o sistema cicloviário tados pelas seguintes diretrizes: tores da sociedade civil em todas as fases
com a estrutura urbana existente, garan- I- Priorizar o transporte público coletivo, do planejamento e gestão da mobilidade
tindo a segurança e o conforto ao ciclista; os modos não motorizados e os modos urbana;
III- Aumentar a atratividade do modo bi- compartilhados, em relação aos meios in- XV- Implantar dispositivos de redução da
cicleta entre as opções de transporte, dividuais motorizados; velocidade e moderação de tráfego nas
tornando a cidade mais segura ao ciclis- II- Diminuir o desequilíbrio existente na vias locais;
ta que já utiliza a bicicleta como meio de apropriação do espaço utilizado para a XVI- Evitar o tráfego de passagem nas
transporte, garantindo a continuidade do mobilidade urbana, favorecendo os mo- vias locais em zonas exclusivamente re-
território percorrido por modos ativos e dos coletivos que atendam a maioria da sidenciais;
aumentando o sombreamento e ilumina- população, sobretudo a população mais XVII- Garantir transporte público em todo
ção de ciclovias e vias priorizadas para vulnerável; o Município conforme demanda e respei-
ciclistas; III- Promover os modos não motorizados tando as legislações vigentes que tratam
IV- Tornar o sistema de transporte coletivo como meio de transporte urbano, em es- do tema;
cada vez mais adequado às necessida- pecial o uso de bicicletas, por meio da XVIII- Atuar junto ao Governo do Estado
des da população; criação de uma rede estrutural cicloviária; para a criação de acostamento nas rodo-
V- Integrar o sistema cicloviário ao de IV- Promover a integração entre os siste- vias do município e junto à fiscalização
transporte público coletivo, através de mas de transporte público coletivo e os para a manutenção.
seus terminais e estações; não motorizados e entre estes e o trans- Seção III
VI- Estimular o uso da bicicleta e o andar porte coletivo privado rotineiro de passa- Da Acessibilidade Universal
a pé através da oferta de estrutura ade- geiros; Art. 90 A acessibilidade universal é diretriz
quada para estas práticas; V- Complementar, ajustar e melhorar o básica para todas as intervenções relacio-
VII- Criar ruas de pedestres permanentes sistema viário em especial nas áreas de nadas ao Sistema de Mobilidade.
e transitórias; urbanização incompleta, visando sua es- Parágrafo único. Por acessibilidade uni-
VIII- Criar ruas compartilhadas, que se- truturação e ligação entre as macrozonas; versal ao Sistema de Mobilidade enten-
rão utilizadas por pedestres, ciclistas e VI- Complementar, ajustar e melhorar o de-se a condição para utilização, com se-
veículos motorizados, onde os veículos sistema de transporte público coletivo, gurança e autonomia, total ou assistida,
motorizados circularão com velocidade aprimorando as condições de circulação dos sistemas que compõem o Sistema de

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Mobilidade por pessoa com deficiência ou viabilizar a fluidez no trânsito com priori- tualmente utilizados como canteiro de
mobilidade reduzida. zação para o transporte coletivo público; obras nas obras de mobilidade ao domí-
Art. 91 A rede semafórica destinada à tra- III- Respeitar critérios de sustentabilidade nio público;
vessia de pedestres deve incorporar gra- na construção de novos terminais e esta- Seção V
dualmente dispositivos para que a pessoa ções, prevendo-se: Dos Sistemas Viário e Hidroviário
com deficiência ou mobilidade reduzida a) Instalação de sanitários; Art. 97 O Sistema Hidroviário é o conjunto
possa atravessar pela faixa de pedestres, b) Uso racional de água, incluindo capta- de componentes necessários para reali-
com autonomia e segurança, de acordo ção de água de chuva e reuso da água; zação do serviço de transporte de cargas
com a legislação aplicável. c) Uso racional de energia, incluindo efici- e passageiros por vias navegáveis.
Art. 92 Calçadas, faixas de pedestres, ência energética; Art. 98 São componentes do Sistema Hi-
transposições e passarelas deverão ser IV- Garantir o transporte coletivo público droviário:
gradualmente adequadas para atender à acessível a pessoas com deficiência e I- Canais, lagos e lagunas navegáveis;
mobilidade inclusiva, visando a sua auto- mobilidade reduzida; II- Portos fluviais e lacustres e terminais
nomia, conforme normas técnicas regula- V- Adotar novas formas de operação e es- de integração e transbordo a serem cria-
mentares pertinentes. tratégias operacionais para o Sistema de dos;
Parágrafo único. O Executivo deverá ela- Transporte Coletivo Público Municipal; III- Orla dos canais e lagunas;
borar plano de adequação, recuperação e VI- Colaborar com a implantação de no- IV- Embarcações;
manutenção de passeios públicos. vos estacionamentos e terminais munici- V- Instalações e edificações de apoio ao
Seção IV pais e intermunicipais; sistema.
Do Sistema de Transporte Rodoviário § 1º Os terminais poderão prever áreas Art. 99 As diretrizes para melhoria dos sis-
Coletivo Público e Privado de expansão de seus usos através do temas viário e hidroviário com relação à
Art. 93 O Sistema de transporte rodoviário aproveitamento de sua área construtiva infraestrutura são:
coletivo público e privado, é o conjunto de adicional com destinação para equipa- I- Conservação das estradas municipais;
modais, infraestruturas e equipamentos mentos públicos municipais, usos comer- II- Implementação de transporte hidroviá-
que realizam o serviço de transporte de ciais e de serviços, de acordo com sua rio e cicloviário;
passageiros, acessível a toda a popula- localização estratégica e seu coeficiente III- Melhorias dos acessos aos pontos de
ção, nele deve-se observar a sua eficiên- de aproveitamento não utilizado. atração turística e de lazer do Município,
cia. § 2º Os terminais e estações de transfe- com integração aos programas e projetos
Art. 94 O Sistema de Transporte Rodo- rência de ônibus deverão incluir espaços de proteção ambiental;
viário Coletivo Privado é composto pelo para serviços públicos. IV- Estudo de medidas e ações para solu-
conjunto de modos e serviços que reali- VII- A implantação de novos terminais de- cionar os pontos críticos viários;
zam o serviço rotineiro e não rotineiro de verá apresentar soluções que compatibili- V- Controle da execução de novas cal-
transporte de passageiros de modo não zem a sua inserção ao ambiente urbano, çadas e regularização das existentes, de
aberto ao público, sem fixação de itinerá- definindo: modo a garantir a circulação de pessoas
rios e com preços não definidos pelo Po- a) Soluções ambientalmente e tecnolo- portadoras de deficiências ou com mobili-
der Público. gicamente adequadas e gradativas que dade reduzida;
Art. 95 São componentes do Sistema de proporcionem níveis mínimos na geração VI- Empreender esforços para a adequa-
Transporte Rodoviário Coletivo Público: de poluentes e de ruídos; ção dos serviços de transportes coletivos
I- Veículos que realizam o serviço de b) Integração física e operacional com visando às necessidades de acessibilida-
transporte rodoviário coletivo público; outros modos de transporte, em especial de dos portadores de deficiência física ou
II- Estações, pontos de parada e terminais com o sistema cicloviário, por meio de im- mobilidade reduzida;
de integração e transbordo; plantação de bicicletários, permissão de VII- Promover o transporte de passagei-
III- Vias, segregadas ou não; embarque de bicicletas em veículos do ros por meio do sistema hidroviário;
IV- Pátios de manutenção e estaciona- sistema, priorização de travessias de pe- Art. 100 As ações estratégicas do Sistema
mento; destres, entre outras medidas; Hidroviário são:
V- Instalações e edificações de apoio ao c) Melhorias nos passeios e espaços I- Ser opção modal de conexão entre ma-
sistema. públicos, mobiliário urbano, iluminação crozonas ligando a Macrozona Urbana de
Art. 96 As ações estratégicas do Sistema pública e paisagem urbana, entre outros Saquarema (MZUS) à Macrozona de Ex-
de Transporte Rodoviário Coletivo Público elementos; pansão Urbana de Saquarema (MZEUS);
são: d) Instalação de sinalizações que forne- II- Adequar interferências existentes nas
I- Viabilizar estrutura viária adequada em çam informações essenciais para o des- lagunas para garantir condições de nave-
eixos de transporte ou em vias que con- locamento do passageiro nos terminais; gabilidade, bem como garantir que novas
centrem linhas de ônibus; e) Articulação com as áreas de Habitação obras não provoquem interferências na
II- Elaboração de planos semafóricos e de Interesse Social; navegação fluvial;
de comunicação com controladores para f) Reinserção dos espaços públicos even- III- Colaborar com o desenvolvimento e a

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implementação do transporte de passa- do como objetivos a atualização e o aper- operacionais aptas ao exercício de suas
geiros; feiçoamento de suas diretrizes. funções.
IV- Implantar o transporte de passagei- Art. 106 O Poder Executivo, por intermé- Art. 111 O Poder Executivo desenvolverá
ros, em especial travessias lacustres, dio do conselho competente, acompanha- um plano de ocupação efetiva de áreas
integrando-o ao sistema de bilhetagem rá a execução do Plano Municipal de Mo- loteadas para evitar a ociosidade da in-
eletrônica; bilidade Urbana. fraestrutura instalada, adaptando o uso
V- Desenvolver os projetos das hidrovias TÍTULO III quando julgar necessário. A adaptação
de forma integrada à requalificação da DO ORDENAMENTO TERRITORIAL deverá ser feita em articulação com os
orla dos canais, lagos e lagunas navegá- Art. 107 O ordenamento territorial tem respectivos proprietários e adquirentes
veis, transformando-os em espaços de como objetivo orientar o poder municipal dos lotes, de acordo com as seguintes
convivência e embarque de passageiros na gestão do território, mediantes às de- diretrizes:
e/ou portos de carga; finições de: I- Incentivar a ocupação dos lotes vazios
VI- Promover dragagem dos canais, lagos I- Macrozoneamento municipal, que con- com a aplicação dos instrumentos previs-
e lagunas navegáveis, criando rotas com sidere a inter-relação harmoniosa entre tos neste Plano. Aplicando, especialmen-
calado adequado ao desempenho ideal fatores naturais e antrópicos, ou seja, de- te, a utilização compulsória do lote, o au-
dos transportes hidroviários; correntes da ação humana. mento do IPTU progressivo e, finalmente,
VII- Incorporar o Sistema Hidroviário nos II- Zoneamento urbano que defina e deli- a desapropriação do lote caso esse não
Planos Municipais de Mobilidade Urbana, mite zonas urbanas de acordo com o seu tenha sido utilizado nos parâmetros das
ao Plano de Desenvolvimento Turístico e grau de urbanização e o padrão de uso e leis de uso e ocupação do solo;
ao Plano de Saneamento. ocupação desejável. II- Criar áreas verdes e de lazer nos bair-
Art. 101 As diretrizes para melhoria do III- Abairramento que defina a divisão de ros consolidados que careçam de espa-
sistema viário com relação à sinalização bairros do território municipal, de acordo ços com essa característica.
são: com a sua identidade reconhecida pelos Art. 112 O Poder Público promoverá a re-
I- Implantar sinalização específica para moradores. visão da legislação urbanística observan-
travessia escolar, em especial as localiza- Art. 108 As zonas citadas no artigo ante- do as seguintes diretrizes:
das nas vias pavimentadas; rior bem como seus parâmetros de uso - Rever as legislações de Zoneamento e
II- Implantar sinalização gráfica horizontal e ocupação no Município de Saquarema de Parcelamento do Solo, o Código de
e vertical, e sinalização semafórica capaz estarão definidas na Lei Municipal de Zo- Obras, o Código de Posturas, o Código
de oferecer segurança aos usuários, em neamento, Uso e Ocupação do Solo. Municipal de Meio Ambiente e o Código
todo o sistema viário do município. CAPÍTULO I Tributário para adequar essas leis às dire-
Seção VI DO USO E OCUPAÇÃO DO trizes do Plano Diretor;
Do Plano Municipal de SOLO MUNICIPAL II- Determinar as zonas nas quais será
Mobilidade Urbana Art. 109 O Poder Público promoverá a or- permitida a verticalização. Essas constru-
Art. 102 O Plano Municipal de Mobilida- denação do parcelamento e uso do solo, ções deverão ser limitadas de modo a pri-
de Urbana do Município, tem por finali- através do desenvolvimento de progra- vilegiar tal ocupação nas áreas mais cen-
dade orientar as ações do Município de mas de regularização de loteamentos, trais, com contrapartidas que ampliem os
Saquarema, no que se refere aos modos, exigindo a modificação do respectivo espaços de circulação e uso público sem
serviços e infraestrutura viária e de trans- projeto, no que couber, para adequação obstruir a paisagem urbana atual;
porte que garantam os deslocamentos de às diretrizes e demais preceitos desta Lei III- Desenvolver as diretrizes de ocupação
pessoas e bens em seu território, além da Complementar. da Macrozona de Expansão Urbana nos
gestão e operação do sistema de mobili- Art. 110 O Poder Executivo deverá asse- setores definidos no macrozoneamento;
dade, com vistas a atender as necessida- gurar a implementação dos planos seto- IV- Garantir a reserva de áreas de lazer
des atuais e futuras da população. riais de meio ambiente, saneamento bá- em terrenos com declividade inferior a
Art. 103 O Plano Municipal de Mobilidade sico para expansão de redes e controle 30% (trinta por cento), na aprovação de
Urbana é orientado pelos princípios e ob- social, mobilidade urbana sustentável, ha- novos loteamentos;
jetivos contidos na Lei Federal nº 12.587, bitação de interesse social, regularização V- Criar áreas urbanas e de expansão ur-
de 3 de janeiro de 2012. fundiária, educação, saúde, assistência banas;
Art. 104 A Secretaria competente coorde- social, estímulo aos esportes e a cultura, VI- Criar áreas impróprias para urbaniza-
nará a execução do Plano Municipal de de modo a garantir o processo participati- ção;
Mobilidade Urbana, devendo manter sis- vo, com representantes da sociedade civil VII- Criar áreas de especial interesse am-
tema de monitoramento das metas, ações e de outros órgãos governamentais. biental;
e indicadores, bem como dar ampla publi- Parágrafo único. Fortalecer a capacida- VIII- Criar áreas rurais e de expansão ru-
cidade aos resultados alcançados. de municipal de regulação e gestão da ral;
Art. 105 O Plano Municipal de Mobilidade cidade, dotando os setores competentes IX- Impedir a destinação urbana às áreas
Urbana será revisto periodicamente, ten- de condições técnicas, institucionais e consideradas como rurais;

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X- Estabelecer, no parcelamento do solo III- Macrozona de Expansão Urbana de ços públicos de natureza social e coletivo;
por desmembramento, ou qualquer outra Saquarema (MZEUS) V- Estabelecer mecanismos para adequar
forma de divisão, o tamanho mínimo dos IV- Macrozona Urbana de Bacaxá (MZUB) a instalação de empreendimentos em
lotes em áreas rurais; V- Macrozona de Expansão Urbana de relação ao entorno, garantindo a integra-
Art. 113 O Poder Público adotará as se- Bacaxá (MZEUB) ção, capilaridade e conectividade entre
guintes diretrizes na revisão da Lei de VI- Macrozona Rururbana de Bacaxá áreas públicas e privadas;
Parcelamento do Solo: (MZRUB) VI- Promover o manejo das águas pluviais
I- Estabelecer parâmetros para a defini- VII- Macrozona Rural de Bacaxá (MZRB) urbanas e ações que garantam a permea-
ção das áreas públicas na aprovação de VIII- Macrozona Urbana de Jaconé bilidade do solo minimizando a ocorrência
novos loteamentos que estejam dentro da (MZUJ) de problemas críticos de inundações, en-
zona de expansão urbana definida no ma- IX- Macrozona de Expansão Urbana de chentes e alagamentos;
crozoneamento. Deverá ser considerada Sampaio Correia (MZEUSC) VII- Fomentar as atividades econômicas
a densidade de ocupação, diferenciando: X- Macrozona Rururbana de Jaconé sustentáveis, estimulando a inovação, o
a) No caso de áreas verdes: parques, pra- (MZRUJ) empreendedorismo, a economia solidária
ças, campos, áreas verdes ornamentais; XI- Macrozona Rural de Sampaio Correia e a redistribuição das oportunidades de
b) No caso de áreas institucionais: áreas (MZRSC) trabalho no território;
para saúde, escola, creches, lazer e cul- XII- Macrozona Ambiental de Sampaio VIII- Promover novos parcelamentos do
tura. Correia (MZASC) solo que contemplem os seguintes requi-
II- Condicionar a aprovação de novos lo- Art. 116 As Macrozonas de Expansão Ur- sitos ambientais:
teamentos, inclusive chácaras, ao prévio bana correspondem às áreas delimitadas a) Utilizar-se de boas práticas visando à
licenciamento ambiental junto ao órgão no Mapa de Macrozoneamento, anexo Infraestrutura de Alto Desempenho, apli-
do meio ambiente municipal; 01, desta Lei Complementar, tais áreas cáveis ao corte típico da via urbana – in-
III- Prever o abastecimento de água potá- tem por característica a ausência ou a cluindo faixas de rolamento, passeios,
vel e soluções para o esgoto; precariedade de infraestrutura e acesso redes subterrâneas de serviço, infraestru-
IV- Regulamentar os condomínios hori- à serviços públicos que impedem a ade- tura de controle da água pluvial, jardins e
zontais e de interesse social; quada ocupação. Após a correção dessas elementos da paisagem urbana;
V- Utilizar as áreas remanescentes de de- deficiências, essas áreas, servirão à ex- b) No nível de especificações padroniza-
sapropriação para ampliação de espaços pansão do tecido urbano, permitindo seu das, otimizar o desempenho, minimizar o
livres e áreas verdes públicas; progressivo adensamento e o atendimen- impacto ambiental, utilizar materiais de
VI- Garantir que áreas com declividade to aos direitos de cidadanias dos seus modo mais eficiente, melhorar as práticas
maior que 30% (trinta por cento) e, tam- moradores. de construção ou estender o ciclo de vida
bém áreas de preservação permanente Art. 117 São objetivos das Macrozonas de dos componentes;
que margeiam córregos e cabeceiras de Expansão Urbana: c) Utilizar diodos de emissores de luz efi-
nascentes, não sejam computadas como I- Controlar os processos de adensamen- cientes para a iluminação das vias públi-
áreas institucionais. to construtivo em níveis intermediários de cas, de modo a aumentar a eficiência e
CAPÍTULO II modo a evitar prejuízos para os bairros reduzir o consumo de energia;
DO MACROZONEAMENTO e sobrecargas no sistema viário local de d) Utilizar projetos eficientes no consumo
Art. 114 O macrozoneamento é o primei- áreas localizadas em pontos distantes de água e com uso de plantas tolerantes a
ro nível de definição das diretrizes espa- dos sistemas de transporte coletivo; períodos de estiagem, de modo a reduzir
ciais do Plano Diretor de Desenvolvimen- II- Promover a mobilidade urbana sus- as necessidades de irrigação e o consu-
to Sustentável que condiciona o uso e a tentável por meio da melhoria e comple- mo de água potável;
ocupação do solo no território municipal, mentação dos sistemas de circulação, da Art. 118 São objetivos específicos das
em concordância com as estratégias de integração de transporte e uso do solo, Macrozonas de Expansão Urbana de Sa-
política urbana, fixando as regras funda- priorizando os modos de transporte públi- quarema, Bacaxá e Sampaio Correia:
mentais de ordenamento do território com co coletivo e os não motorizados, dotan- I- Macrozona de Expansão Urbana de Sa-
o objetivo de definir diretrizes para a inte- do-os de condições adequadas de sinali- quarema (MZEUS):
gração entre as áreas aptas à ocupação zação e acessibilidade universal; a) Criar ações buscando promover o tu-
humana. III- Melhorar as condições urbanísticas rismo cultural e o ecoturismo sustentável;
Art. 115 Levando-se em consideração a dos bairros, com oferta adequada de b) Criação de um modal rodoviário, visan-
estrutura urbana e regional do Município equipamentos públicos urbanos e comu- do a conexão com as demais macrozo-
de Saquarema, o seu território foi dividido nitários; nas;
em 12 (doze) Macrozonas: IV- Incentivar a consolidação das centra- c) Identificação e criação de um núcleo
I- Macrozona Urbana de Saquarema lidades de bairro existentes, melhorando agropecuário, com a finalidade do estí-
(MZUS) a oferta de serviços, comércios e equipa- mulo e o desenvolvimento da agricultura
II- Macrozona Ambiental de Vilatur (MZAV) mentos comunitários, bem como de servi- familiar de pequeno e médio porte e do

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artesanato local, potencializando o bene- institucionais. a) Consolidar a imagem de cidade tu-


ficiamento dessa produção local; Art. 120 São Objetivos das Macrozonas rística em toda a orla, promovendo sua
d) Ordenar o uso e a ocupação do solo, Urbanas de Saquarema, Bacaxá e Jaco- imagem como centro receptivo nacional
de forma a coibir a ocupação irregular, né: e internacional, valorizando seus atrativos
respeitando as restrições impostas ao I- Consolidar a diversidade de usos e ati- naturais;
aproveitamento das propriedades confor- vidades de caráter urbano; b) Gerar incentivos para a consolidação
me o plano de manejo das Unidades de II- Incentivar o uso misto visando a dimi- da cidade como referência nacional e in-
Conservação; nuição da necessidade de deslocamen- ternacional do surf, através do estímulo a
II- Macrozona de Expansão Urbana de tos; de modo a equilibrar a relação entre prática esportiva, criação de eventos lo-
Bacaxá: os usos residenciais e não residenciais; cais e incentivo aos nacionais e interna-
a) Incentivar o uso e ocupação do solo or- diminuindo o uso de transportes motori- cionais, utilizando a estrutura do centro
denado, de modo a promover a ocupação zados; de treinamento como suporte à prática de
de forma sustentável; III- Reduzir os vazios urbanos, promoven- surf na cidade;
b) Garantir a construção de Habitação de do sua edificação ou utilização compulsó- c) Viabilizar incentivos para imóveis desti-
Interesse Social (HIS) na macrozona; rias; nados à construção ou reconversão para
c) Melhorar a mobilidade urbana da ma- IV- Expandir a rede de equipamentos pú- hotéis, pousadas e demais categorias
crozona, ampliando o acesso aos meios blicos, fortalecendo os espaços de uso de hospedagem estimulando a ativida-
de transporte públicos; comum nos bairros; des econômicas sustentáveis através de
d) Promover programas de regularização V- Ajustar à distribuição da população, da serviços hoteleiros, através de subsídios
fundiária de forma promover a reestrutu- infraestrutura, dos usos urbanos ao espa- econômicos e urbanísticos;
ração urbana. ço público acomodando o crescimento ur- d) Incentivo à prática de esportes em ge-
III- Macrozona de Expansão Urbana de bano nas áreas com subutilização, no en- ral, através da criação de programas de
Sampaio Correia: torno da estrutura de transporte público; incentivo à prática esportiva, sobretudo
a) Promover ações que visem a preserva- VI- Garantir o acesso da população de os voltados à população infantil, além de
ção ambiental incentivando o ecoturismo baixa renda à moradia bem como à espa- proporcionar o maior aproveitamento da
sustentável; ços culturais, de esporte e lazer; lagoa para a prática de esportes aquáti-
b) Ordenar o uso e a ocupação do solo, VII- Planejar os equipamentos urbanos de cos e de natureza;
de forma a coibir a ocupação irregular, acordo com as áreas de maior vulnerabi- e) Reduzir os vazios urbanos, através da
respeitando as restrições impostas ao lidade social e urbana, de modo a reduzir aplicação de instrumentos da lei urbanís-
aproveitamento das propriedades confor- as desigualdades na oferta e distribuição tica como o IPTU progressivo;
me o plano de manejo das Unidades de de serviços, equipamentos e infraestrutu- f) Estimular o adensamento de forma or-
Conservação; ra urbana; denada, com especial incentivo ao uso
c) Gerar recursos e incentivos às indús- VIII- Descentralizar e incentivar atividades misto;
trias sustentáveis no polo industrial de que resultem em oportunidades de traba- g) Criação do Polo Gastronômico no Cen-
forma a estimular a criação de empregos lho, emprego e renda; tro e na Barrinha, com a revitalização do
locais; IX- Melhorar as condições ambientais, centro histórico, de forma a fomentar a
d) Garantir a construção de Habitação de ampliando a oferta de áreas verdes, ar- função do Centro e Itaúna como área de
Interesse Social (HIS) na macrozona; borização urbana e recondicionando a ca- lazer e turismo para toda a população;
e) Promover ações que gerem melhora- pacidade de absorção e escoamento das h) Promover a regularização fundiária ur-
mento na qualidade de vida da população; águas pluviais; bana do centro;
f) Estimular o uso de comércio, promo- X- Preservar, conservar e recuperar, i) Consolidar a imagem do bairro de Itaú-
vendo a diversidade do comércio local e a quando for o caso, o patrimônio cultural; na como bairro temático voltado à prática
geração de empregos na região; XI- Promover a integração da malha viária de surf;
g) Estimular a salvaguarda à memória e de modo a criar novas rotas de conectivi- j) Estimular o desenvolvimento do esgota-
a preservação do patrimônio cultural da dade entre as macrozonas, para desafo- mento sanitário da macrozona;
Usina de Santa Luiza. gar o trânsito nos horários de pico; II- Macrozona Urbana de Bacaxá (MZUB):
Art. 119 As Macrozonas Urbanas corres- XII- Estabelecer e ampliar a malha de ci- a) Estimular o adensamento de forma or-
pondem às áreas indicadas no mapa de clovias; denada, com especial incentivo ao uso
Macrozoneamento, anexo 01 (Mapa de XIII- Homogeneizar as calçadas, tornan- misto;
macrozoneamento) desta Lei Comple- do-as acessíveis. b) Reduzir os vazios urbanos, através da
mentar, que integra o conjunto de instru- Art. 121 São objetivos específicos das aplicação de instrumentos da lei urbanís-
mentos legais deste Plano Diretor, suas Macrozonas Urbanas de Saquarema, Ba- tica como o parcelamento, edificação ou
características são a diversidade de usos, caxá e Jaconé: utilização compulsórios e IPTU progressi-
com maior densidade, alta ocupação de I- Macrozona Urbana de Saquarema vo em toda a macrozona e com especial
usos residenciais, comércio, serviços e (MZUS): atenção para o bairro de Bacaxá;

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c) Promover o manejo das águas pluviais através dos parâmetros estabelecidos na VIII- Estimular a criação de um mercado
com ações que garantam a permeabilida- Lei de Parcelamento e Uso do Solo e de público municipal, incentivando o benefi-
de do solo; Zoneamento, especialmente em relação ciamento da produção através das coope-
d) Preservar os cursos de água pluviais aos parâmetros que promovam a susten- rativas, buscando criar maior segurança
de modo a desestimular sua obstrução tabilidade com o patrimônio natural; econômica para as famílias produtoras
por construções; II- Estimular as atividades rurais com a di- locais;
e) Estimular programas de regularização versificação da produção, integração com IX- Buscar parcerias com institutos como
fundiária nas AEIS no intuito de promover o turismo, o uso de novas tecnologias e o INCRA e o ITERJ para atuar na regula-
reestruturação urbana; tecnologias alternativas, agregando a di- rização fundiária rural;
III- Macrozona Urbana de Jaconé (MZUJ): nâmica rural com as atividades próprias X- Incentivar a instalação de atividades
a) Ordenar o uso e a ocupação do solo, dos setores secundário e terciário; não poluentes para o beneficiamento de
de forma a coibir a ocupação irregular, III- Incentivar a agricultura urbana familiar produtos rurais.
respeitando as restrições impostas ao como forma complementar de renda das Art. 126 As Macrozonas Ambientais cor-
aproveitamento das propriedades confor- famílias locais; respondem às áreas indicadas no mapa
me o plano de manejo das Unidades de Art. 124 As Macrozonas Rurais corres- de Macrozoneamento, anexo 01 (Mapa
Conservação; pondem às áreas delimitadas pelo Mapa de macrozoneamento) desta Lei Com-
b) Criar políticas públicas de uso e ocupa- de Macrozoneamento, anexo 01, desta plementar, que integra o conjunto de
ção do solo, de modo a garantir o direito à Lei Complementar do Plano Diretor. São instrumentos legais deste Plano Diretor.
moradia a população de baixa renda; destinadas às atividades rurais, predomi- Trata-se de Unidades de Conservação
c) Promover o manejo das águas pluviais nantemente do setor primário, não-urba- destinadas à preservação e proteção do
com ações que garantam a permeabilida- nizáveis e não localizadas dentro do perí- patrimônio ambiental, que têm como ca-
de do solo; metro urbano. racterísticas a significativa biodiversida-
d) Desenvolver políticas de segurança Art. 125 São objetivos das Macrozonas de, existência de nascentes, arborização
pública de forma a aumentar a segurança Rurais: de relevância ambiental, entre outras.
dos bairros; I- Manter e incentivar atividades agrícolas, Art. 127 São objetivos específicos das
e) Realizar obras públicas que ampliem tradicionais, pastoris, de turismo rural, de Macrozonas Ambientais:
infraestrutura para a macrozona; aquicultura e de silvicultura, do agronegó- I- Incentivar a ocupação ordenada do
f) Estimular programas de regularização cio, de recuperação e manejo ambiental, solo, através de normativa específica
fundiária nas AEIS no intuito de promover de forma sustentável; considerando prioritariamente os planos
reestruturação urbana; II- Ordenar e monitorar o uso e ocupação de manejo existentes e adequando a le-
g) Promover o turismo de praia através da da área rural, de acordo com a aptidão do gislação de parcelamento, uso e ocupa-
valorização da orla e da lagoa de Jaconé; solo; ção do solo, que poderão rever a relação
h) Manter os investimentos em saúde e III- Recuperar e preservar as florestas na- entre usos permitidos, zonas de uso e pa-
educação, aumentando-os conforme a turais, as reservas legais, as matas cilia- râmetros de ocupação, norteados sempre
necessidade e acompanhando o cresci- res, as áreas de proteção de morros, e a pela legislação ambiental pré-existentes e
mento da população local; biodiversidade; compatibilizando seus usos de forma sus-
Art. 122 As Macrozonas Rururbanas cor- IV- Permitir o uso agroindustrial, desde tentável.
respondem às áreas indicadas no mapa que mantidas as características de bai- II- Ordenar o uso e ocupação do solo às
de Macrozoneamento, anexo 01, desta xa densidade ocupacional, o respeito ao restrições impostas ao aproveitamento
Lei Complementar do Plano Diretor, e módulo mínimo rural, a compatibilidade das propriedades conforme o plano de
se caracterizam por áreas intermediárias de uso com as áreas rurais vizinhas e a manejo e seu respectivo zoneamento do
entre locais com características urba- baixa impermeabilização do terreno, a ser Parque Estadual Costa do Sol, das Unida-
nas e locais com designação rural. Tem aferida na proporção entre área construí- des de Conservação e APA das Serras do
como função configurar-se como espaço da e área total; Mato Grosso-Tingui – Castelhañas;
de amortização, onde coexistem em har- V- Valorizar os atrativos naturais de forma III- Estabelecer uma maior integração
monia usos rurais e urbanos, controlando a promover o turismo sustentável; com os órgãos estaduais e federais de
tendências de crescimento urbano à lon- VI- Incentivar a criação de cooperativas controle ambiental, visando ao incremen-
go prazo, evitando a diminuição acelerada locais de forma a promover, capacitar e to de ações conjuntas eficazes de defesa,
das atividades em área rural, bem como a ampliar a produção local; preservação, fiscalização, recuperação,
ocupação irregular de áreas ambientais VII- Estimular a vocação local na produ- controle da qualidade de vida e do meio
do município. ção de orgânicos, de forma a aumentar o ambiente e incentivo às pesquisas cien-
Art. 123 São objetivos das Macrozonas alcance da produção no cenário nacional tíficas;
Rururbanas: de orgânicos, criando feiras municipais IV- Criar ações buscando promover o tu-
I- Determinar uma proporção mínima e voltadas para a comercialização dos pro- rismo e o ecoturismo de maneira susten-
máxima entre a ocupação urbana e rural, dutos; tável;

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V- Respeitar a definição das áreas consi- AEIS) se subdividem em três categorias: gerais da cidade, definidos em lei especí-
deradas inaptas ou com restrições à ocu- I- AEIS de regularização: São áreas de fica, garantidas as condições de acessibi-
pação humana, conforme legislação cor- assentamentos habitacionais de popu- lidade, salubridade e segurança.
respondente, impedindo o assentamento lação de baixa renda, surgidos esponta- Art. 137 As AEIS podem ser adotadas
humano em áreas predefinidas (UC’s); neamente, existentes, consolidados ou como instrumentos para a produção de
VI- Adaptar as vias de acesso existentes propostos pelo poder público, onde haja Habitação de Interesse Social e para o
que conectam estes a outras macrozo- interesse de urbanização e regularização mercado popular bem como para fins de
nas, visando boas práticas ambientais, fundiária, destinada preponderantemente Regularização Fundiária Urbana de Inte-
como previsão de travessia de animais, à população de baixa renda e sujeita a re- resse Social.
incentivo a recuperação da vegetação gras específicas de parcelamento, uso e Art. 138 O Poder Executivo Municipal po-
nativa no entorno da via e sinalização ocupação do solo; derá instituir novas AEIS através de proje-
específica identificando as Unidades de II- AEIS de Produção: São áreas aptas tos de lei específicos.
Conservação. para produção de novas moradias des- Art. 139 A Sociedade Civil Organizada
CAPÍTULO III tinadas aos programas de produção de pode apresentar proposta de criação de
DOS NÚCLEOS URBANOS CONSTITU- Habitação de Interesse Social, a serem AEIS à Secretaria Municipal competente,
ÍDOS FORA DO PERÍMETRO URBANO previstos no PLHIS; que analisará sua viabilidade junto aos
Art. 128 Entende-se por Núcleo Urbano III- AEIS de Infraestrutura: São áreas de demais órgãos competentes.
Constituído fora do perímetro urbano, assentamentos habitacionais de popula- Art. 140 Quando utilizadas para fins de
aglomerações de solo parcelado que se ção de baixa renda, existentes e conso- regularização fundiária, as novas AEIS a
localizem em áreas pertencentes ao Ma- lidados, carentes de infraestrutura onde serem instituídas deverão adequar-se ao
crozoneamento como Macrozonas Rurais haja interesse de realização de obras REURB, lei 13.465/2017.
e Macrozonas Rururbanas. para levar infraestrutura, tanto viária Art. 141 O Executivo Municipal, deverá
Art. 129 Os Núcleos Urbanos Constitu- quanto sanitária, para a região. estimular ações de assistência técnica à
ídos inseridos fora do perímetro urbano Art. 133 Áreas de Especial Interesse So- população nos termos da legislação fede-
deverão obedecer aos parâmetros de cial têm como objetivo: ral vigente (Lei 11.888/2008).
parcelamento estabelecidos pela lei de I- Garantir o direito à moradia à toda po- Art. 142 As indicações de demanda para
zoneamento da zona mais próxima. pulação; unidades de Habitação de Interesse So-
CAPÍTULO IV II- Promover a inclusão sócio territorial de cial (HIS) produzidas a partir da aprova-
DAS ÁREAS DE populações em condições de vulnerabili- ção do Plano Diretor serão regulamenta-
ESPECIAL INTERESSE dade social e excluídas do mercado imo- das pelo Executivo, observando o Plano
Art. 130 As Áreas de Especial Interesse biliário; Local de Habitação de Interesse Social
são parcelas do território que apresentam III- Equilibrar o valor do solo urbano tor- (PLHIS) ou de normas específicas dos
características peculiares demandando nando-o mais acessível às famílias de programas habitacionais que contam com
regras específicas de ordenamento e uso menor renda; subvenção da União, do Estado ou do
do solo, assim como estratégias de im- IV- Criar oportunidade de produção de Município.
plantação em razão de: habitação de interesse social através do I- Os planos de urbanização para as AEIS
I- Áreas de Especial Interesse Social mercado imobiliário; de regularização, quando habitadas por
II- Áreas de Especial Interesse Ambiental V- Garantir a construção de habitação de população de baixa renda deverão con-
III- Áreas de Especial Interesse Cultural interesse social no Município. ter, de acordo com as características e
Seção I Art. 134 Habitação de Interesse Social dimensão da área, os seguintes elemen-
Das Áreas de Especial Interesse Social – HIS é aquela destinada a famílias de tos: Análise sobre o contexto da área,
Art. 131 As Áreas de Especial Interesse baixa renda, podendo ser construídas incluindo aspectos físico-ambientais, ur-
Social são porções do território destina- através de promoção pública ou privada, banísticos, fundiários, socioeconômicos e
das, predominantemente, à moradia dig- com seus parâmetros estabelecidos pela demográficos, entre outros;
na para a população da baixa renda por Lei de Zoneamento, Uso e Ocupação do II- Cadastramento dos moradores da
intermédio de melhorias urbanísticas, Solo, e o Código de Obras e Edificações. área, a ser realizado pela Secretaria de
recuperação ambiental e regularização Art. 135 As classificações de HIS quanto Urbanismo junto ao Conselho Municipal
fundiária de assentamentos precários e as faixas de renda familiar as quais se de Habitação;
irregulares, bem como à provisão de no- destinam serão estabelecidas no Plano III- Diretrizes, índices e parâmetros urba-
vas Habitações de Interesse Social (HIS) Local de Habitação de Interesse Social nísticos para o parcelamento, uso e ocu-
e Habitações de Mercado Popular (HMP), (PLHIS). pação do solo;
a serem dotadas de equipamentos públi- Art. 136 Na garantia da viabilidade da IV- Projeto para o remembramento e par-
cos urbanos e comunitários, áreas verdes ocupação de interesse social, poderá o celamento de lotes, no caso de assenta-
e comércios e serviços locais. município adotar padrões de parcelamen- mentos ocupados e para a implantação
Art. 132 As AEIS (Anexo 02 – Mapa de to, uso e ocupação do solo diferentes dos de novas unidades quando necessário;

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V- Atendimento integral por rede pública III- Da necessidade de aumentar a per- as de Especial Interesse Ambiental (AIEA)
de água e esgotos, bem como coleta, re- meabilidade do solo urbano, por meio de quando da revisão deste Plano Diretor:
gular e transporte dos resíduos sólidos; tipologias da infraestrutura verde; I- Áreas onde ocorram deformações geo-
VI- Sistema de drenagem e manejo das IV- De fragmentos de Vegetação. morfológicas de interesse ambiental com
águas pluviais; § 2º As Áreas de Especial Interesse ocorrências de fragilidade geológica e ge-
VII- Previsão de áreas verdes, equipa- Ambiental (AIEA) englobam as unidades otécnica assinaladas na Carta Geotécnica
mentos públicos comunitários e usos com- de conservação (UC’s) e as áreas de pre- Ambiental do Município de Saquarema;
plementares ao habitacional, a depender servação permanente (APP) existentes II- Áreas que contenham alta densidade
das características da intervenção; no município, estas últimas definidas na de nascentes;
VIII- Plano de ação social e de pós-ocu- lei 12.651 de 25 de maio de 2012. III- Faixas Marginais de Proteção;
pação; Art. 145 Com o objetivo de proteger, con- IV- Unidades de Conservação.
IX- Soluções para a regularização fundiá- servar e orientar o adequado uso do meio § 1º As Áreas de Especial Interesse Am-
ria do assentamento, de forma a garantir ambiente natural do Município, ficam es- biental (AEIA) são consideradas de inte-
a segurança da posse dos imóveis para tabelecidas as diretrizes: resse público, pois proporcionam melho-
os moradores. I- Incentivar a permeabilidade do solo por rias no ambiente impactado das cidades e
Art. 143 No caso de reforma de edificação vegetação existente de forma a impedir a benefícios para seus habitantes atuando
existente para a produção de habitação poluição difusa em áreas públicas e par- no cumprimento de funcionalidades eco-
de interesse social (HIS), serão admiti- ticulares; lógicas, paisagísticas, produtivas, urba-
das variações de parâmetros e normas II- Diminuir ilhas de calor; nísticas, educativas, de lazer, e de práti-
edilícias, sem prejuízo das condições de III- Implantar Infraestrutura Verde com o cas de sociabilidade.
estabilidade, segurança e salubridade e intuito de minimizar as áreas urbanas ala- § 2º Para preservação das Áreas de Espe-
equipamentos. gáveis; cial Interesse Ambiental (AEIA), além de
Seção II IV- Incentivar a criação de estações de recursos orçamentários, deverão ser utili-
Das Áreas de Especial tratamento de efluente local através de zadas prioritariamente recursos do Fundo
Interesse Ambiental modelos inovadores; Municipal de Meio Ambiente, aplicado na
Art. 144 As Áreas de Especial Interesse V- Incentivar a criação de reservas parti- hipótese do manejo da vegetação, nos
Ambiental (AEIA) são porções do território culares de patrimônio natural (RPPN); termos definidos nesta Lei Complementar
do Município destinadas à preservação e VI- Reforçar a mata ciliar ao longo dos e pela legislação específica.
proteção do patrimônio ambiental, que cursos d’água com a Faixa Marginal de § 3º O uso e ocupação das áreas de
têm como principais atributos a qualidade Proteção (FMP); conservação pertencentes às Áreas de
ambiental, compõem de forma significa- VII- Promover a gestão das faixas margi- Especial Interesse Ambiental (AEIA) são
tiva paisagem local, constituem ecossis- nais a fim de proteger cursos d’água na- determinadas por normativa específica,
temas importantes com arborização de turais; planos de manejo e pela legislação de
relevância ambiental, vegetação signifi- VIII- Manter e preservar as áreas verdes, parcelamento, uso e ocupação do solo,
cativa e existência de nascentes , entre criando novos parques e praças; que poderão rever a relação entre usos
outros que prestam serviços ambientais, IX- Fixar padrões de qualidade e progra- permitidos, zonas de uso e parâmetros de
tais quais a conservação da biodiversida- mas de monitoramento, especialmente ocupação.
de, controle de processos erosivos e de nas áreas críticas, visando à recuperação Seção III
inundações, produção de água e regulari- ambiental; Das Áreas de Especial
zação microclimática, conforme anexo 03 X- Implantar sinalização ambiental para a Interesse Cultural
(mapa de AEIA). utilização adequada e conservação das Art. 147 As Áreas de Especial Interesse
§ 1º As Áreas de Especial Interesse Am- praias, das trilhas, e demais circuitos tu- Cultural são porções do território destina-
biental (AEIA) também poderão ser de- rísticos do Município; das à proteção, preservação, valorização
marcadas em razão: XI- Priorizar a educação ambiental pelos e salvaguarda dos bens de valor material
I- Da ocorrência de formações geomor- meios de comunicação, mediante a imple- ou imaterial histórico, artístico, arquitetô-
fológicas de interesse ambiental como mentação de projetos e atividades nos lo- nico, arqueológico e paisagístico, de ago-
planícies aluviais, anfiteatros e vales en- cais de ensino, trabalho, moradia e lazer; ra em diante definidos como patrimônio
caixados associados às cabeceiras de XII- Estabelecer uma maior integração cultural, podendo se configurar como ele-
drenagem e outras ocorrências de fragili- com os órgãos estaduais e federais de mentos construídos, edificações e suas
dade geológica e geotécnica a serem as- controle ambiental, visando ao incremen- respectivas áreas ou lotes, conjuntos
sinaladas na Carta Geotécnica Ambiental to de ações conjuntas eficazes de defesa, arquitetônicos, sítios urbanos ou rurais,
do Município; preservação, fiscalização, recuperação e sítios arqueológicos, áreas ocupadas por
II- Dos interesses públicos na criação de controle da qualidade de vida e do meio comunidades tradicionais, espaços públi-
Áreas Verdes Públicas, oriundas de lotea- ambiente. cos, templos religiosos, elementos paisa-
mentos aprovados e Reservas Legais; Art. 146 Não poderá ser excluída das Áre- gísticos, conjuntos urbanos, espaços e

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estruturas que dão suporte ao patrimônio III- Registro das áreas de especial inte- como o conjunto de infraestruturas ne-
imaterial e/ou a usos de valor socialmen- resse cultural, anexo 04 (MAPA AEIC), in- cessárias para a circulação de pessoas e
te atribuído, conforme Anexo 04 (MAPA cluindo territórios de interesse da cultura cargas. Vias são faixas de terreno, con-
AEIC). e da paisagem; venientemente preparada para o trânsito
Art. 148 As Áreas de Especial Interesse IV- Registro do patrimônio imaterial; de qualquer natureza, podendo incluir pe-
Cultural têm como objetivo: V- Chancela da paisagem cultural; destres e veículos, compreendendo pis-
I- Promover e incentivar a proteção, pre- VI- Levantamento e cadastro arqueológi- tas, acostamentos, ilhas e canteiros, em
servação, conservação e valorização do co do Município - LECAM. alguns casos possui a chamada faixa de
patrimônio cultural no âmbito do Município § 1º Todo registro de patrimônio cultural e domínio.
especificados no Anexo 04 (MAPA AEIC) de bem tombado deverá ser feito em livro Art. 153 As vias rurais, conforme o código
II- Identificar e preservar a identidade dos próprio. de Trânsito Brasileiro, podem ser rodovias
territórios e das áreas de interesse cultu- § 2º A identificação de bens, imóveis, quando pavimentadas, ou estradas quan-
ral, valorizando as características históri- espaços ou áreas a serem enquadrados do não pavimentadas.
cas, sociais, paisagísticas e culturais; na categoria de AEIC deve ser feita pelo Art. 154 As vias urbanas ficam hierarqui-
III- Estimular a fruição e o uso público do Poder Público Municipal, assim como por zadas de acordo com a função, capacida-
patrimônio cultural; munícipes ou entidades representativas de de tráfego e contexto urbano, em:
IV- Propiciar a realização de ações arti- da sociedade. I- Arterial – São eixos viários intraurbanos
culadas para melhoria de infraestrutura, § 3º Para os casos de enquadramen- se caracterizando por intercessões em
turismo, da economia criativa e de desen- to em AEIC, as propostas deverão ser nível com acessibilidade direta aos lotes
volvimento sustentável; analisadas por órgão competente muni- lindeiros possibilitando o trânsito entre as
V- Integrar as comunidades locais à cul- cipal, que, caso julgue pertinente, abrirá Macrozonas Municipais.
tura da preservação e identidade cultural; processo administrativo próprio e emitirá II- Coletora – São vias intraurbanas des-
VI- Propiciar a preservação dos bens ar- parecer a ser submetido à aprovação da tinadas a interceptar e distribuir o trânsito
queológicos, por meio da pesquisa dos Secretaria Municipal competente. entrando ou saindo das vias arteriais, pos-
seus sítios de origem, e do salvamento, Art. 150 Podem ser aplicados nas AEIC sibilitando o trânsito dentro dos bairros.
quando for o caso; os seguintes instrumentos de política ur- III- Locais – São vias intraurbanas de
VII- Promover a valorização dos bens bana e patrimonial, a ser regulamentado acesso local aos bairros, utilizadas para
tombados e do seu entorno; por lei específica: acessar as vias coletoras.
VIII- Salvaguardar a autenticidade da I- Transferência do direito de construir; Art. 155 Serão admitidas ainda dentro da
ambiência cultural e do modo de viver da II- Incentivos fiscais de IPTU, ITBI e ISS; estrutura viária urbana, vias compartilha-
região, condicionando a ocupação urbana III- Isenção de taxas municipais para ins- das ou de pedestres que terão como obje-
à preservação da memória urbana, ao di- talação e funcionamento de atividades tivo principal estruturar espaços convidati-
reito de fruição à paisagem natural, à qua- culturais; vos e agradáveis aos pedestres, devendo
lidade da ambiência urbana e a proteção, IV- Simplificação dos procedimentos para contar com mobiliário urbano, arborização
recuperação e valorização dos bens e instalação e funcionamento e obtenção e iluminação adequadas;
áreas especificados no Anexo 04 (MAPA das autorizações e alvarás. Art. 156 As vias não municipais que per-
AEIC); Art. 151 A aplicação dos instrumentos de passam o território do município, fora do
IX- Desenvolver um guia turístico com in- política urbana nas AEIC deve seguir as perímetro urbano, terão sua classificação
formação histórica e de localização dos seguintes disposições: e características definidas pelos seus res-
monumentos culturais do Município espe- § 1º A transferência do direito de construir pectivos órgãos de gestão.
cificados no Anexo 04 (MAPA AEIC); de imóveis classificados como AEIC se Art. 157 As categorias viárias definidas
X- Incentivar parcerias para o uso econô- dará de acordo com o disposto nos artigos nos art. 151 e 152 nortearão o dimensio-
mico do(s) imóvel(eis) público(s) ou priva- 217, 218 e 221 desta Lei Complementar. namento das faixas da estrutura viária, as
do(s) localizados nas Áreas de Especial § 2º A concessão de incentivo fiscal de características de seus cruzamentos, a
Interesse Cultural, garantindo-lhes a sua IPTU, ITBI e ISS para imóvel classifica- implantação de mobiliário urbano e arbo-
manutenção e conservação; do como AEIC, regulamentada por lei rização, bem como a velocidade máxima
XI- Propiciar espaços a fim de catalisar específica, estará condicionada à sua recomendada.
manifestações culturais e artísticas. restauração, conservação, manutenção e I- Serão considerados os seguintes ele-
Art. 149 As AEIC deverão ser identifica- não descaracterização, tomando por refe- mentos, para o perfeito funcionamento e
das e instituídas por meio dos seguintes rência os motivos que justificaram o seu compreensão das vias: Via: Faixa de ter-
instrumentos existentes e/ou a serem tombamento, atestado pelo órgão compe- reno, convenientemente preparada para
criados: tente. o trânsito de qualquer natureza, poden-
I- Tombamento de bens móveis, imóveis e CAPÍTULO V do incluir pedestres, veículos e animais,
paisagísticos; DA HIERARQUIA VIÁRIA compreendendo pistas, acostamentos,
II- Inventário do patrimônio cultural; Art. 152 A hierarquização viária é definida ilhas e canteiros, incluindo toda a área da

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faixa de domínio; § 1º A elaboração de novos projetos nos forma a disciplinar o uso do espaço entre
II- Pista de rolamento: É o espaço dentro trechos referidos no caput deverá ser pre- pedestres, bicicletas e veículos;
da caixa da via onde são implantadas as cedida de uma solicitação de projeto de VI- Viabilizar a criação de canteiros que
faixas de circulação e, quando houver, o alinhamento predial ao órgão público res- poderão absorver as águas de chuva, e
estacionamento de veículos. ponsável; permitir novo ajardinamento tornando a
III- Calçadas: Parte da via, normalmente § 2º O Plano Municipal de Mobilidade Ur- malha viária mais permeável.
segregada em nível diferente, não desti- bana deverá subsidiar o estudo do referi- TÍTULO IV
nada à circulação de veículos, reservada do caput. DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS
ao trânsito de pedestres e, quando possí- I- O Município regulamentará através de CAPÍTULO I
vel, à implantação de mobiliário urbano; instrumentos específicos: A circulação e o DA GESTÃO MUNICIPAL
IV- Faixa Livre: Parte da calçada ou da estacionamento de veículos privados e de Art. 160 Para viabilizar a implementação
pista de rolamento, neste último caso transporte coletivo privado nas vias; desta Lei Complementar, o Poder Execu-
separada por pintura ou elemento físico II- O serviço de táxis; tivo deverá:
separador, livre de interferências, destina- III- Vagas e serviços de transporte por I- Adequar a estrutura administrativa mu-
da à circulação exclusiva de pedestres e, aplicativos e transporte compartilhado; nicipal de modo a compatibilizá-la com as
excepcionalmente de ciclistas; IV- A abertura de rotas de ciclismo, bicicle- demandas sociais identificadas, capaz de
V- Faixa de Serviço – Esta faixa de no tários e compartilhamento de bicicletas; integrar as diversas áreas de atuação;
mínimo 70 cm (setenta centímetros) está V- As diretrizes e regras para o comparti- II- Implementar ações visando a capacita-
localizada entre o meio-fio e a faixa li- lhamento e estacionamento de bicicletas; ção dos agentes públicos e a valorização
vre. Nesta faixa são implantados os ele- VI- A circulação e a presença de resíduos da atuação dos servidores municipais;
mentos urbanos úteis para a qualidade e e cargas perigosas; III- Adequar as competências institucio-
funcionamento do espaço público, como VII- A utilização e a manutenção dos pas- nais dos órgãos municipais aos objetivos,
árvores e canteiros, rebaixamento para seios públicos e das vias de pedestres; diretrizes e demais preceitos desta Lei
acesso de veículos ou rampas de acesso VIII- A instalação de mobiliário urbano nos Complementar;
para pessoas com deficiências, postes de passeios públicos e vias de pedestres; IV- Maximizar os recursos públicos dispo-
iluminação, sinalização de trânsito e mo- IX- A realização de atividades e a implan- níveis;
biliários urbanos; tação e o funcionamento de estabeleci- Art. 161 A Administração Pública deverá
VI- Ciclovia: Parte da via destinada à mentos geradores de tráfego, por trans- incentivar a atuação dos Conselhos Mu-
circulação exclusiva de bicicletas, total- porte coletivo ou individual, de pessoas nicipais, visando a participação de enti-
mente segregada e separada fisicamente ou de cargas; dades e associações representativas da
do tráfego comum por desnível em rela- X- Incentivo a parcerias público privadas sociedade civil local.
ção à via ou por meio de elementos ge- para o fomento a locação de modelos de Art. 162 A gestão municipal deverá agir de
ométricos, como ilhas, calçadas, blocos transportes compatíveis com a ciclovia. forma integrada, visando sistematizar as
pré-moldados ou balizadores, conforme Parágrafo único. As vias receberão adap- ações estratégicas do Poder Público.
estabelecido pelo Código de Trânsito Bra- tações, quando necessário, para aten- Art. 163 Consideram-se instrumentos da
sileiro. Podem estar dispostas nas vias der à circulação de ciclistas por meio da política municipal, além daqueles inte-
laterais das pistas, nos canteiros centrais implantação de infraestrutura cicloviária grantes da Lei Orgânica Municipal:
ou nas calçadas, podendo ser unidirecio- adequada. I- Instrumentos de planejamento:
nal, quando apresenta sentido único de Art. 159 As ações estratégicas do Sistema a) Plano plurianual (PPA);
circulação, ou bidirecional, quando apre- Viário são: b) Lei de diretrizes orçamentárias (LDO);
senta sentido duplo de circulação; I- Abrir novas vias no sistema estrutural c) Lei de orçamento anual (LOA);
VII- Ciclofaixa: Parte da via destinada à permitindo a interligação entre macrozo- d) Lei de zoneamento de uso e ocupação
circulação prioritariamente de bicicletas, nas e a conexão com rodovias; do solo;
delimitada por sinalização viária horizon- II- Padronizar, readequar e garantir aces- e) Lei de parcelamento do solo urbano;
tal, vertical ou semafórica, podendo ter sibilidade dos passeios públicos e rotas f) Planos de desenvolvimento econômico
piso diferenciado e ser implementada no com maior trânsito de pedestres; e social;
mesmo nível da pista de rolamento ou da III- Adequar pontes, viadutos e passare- g) Instituição de unidades de conserva-
calçada, podendo ser unidirecional, quan- las para a travessia segura de pedestres ção;
do apresenta sentido único de circulação, e ciclistas; h) Instituição de unidades de preservação
ou bidirecional, quando apresenta sentido IV- Criar ciclovias nas principais vias do de bens socioambientais;
duplo de circulação. Município, visando a interligação das ma- i) Cadastro territorial multifinalitário;
Art. 158 As características geométricas crozonas e possibilitando a circulação de j) Orçamento Participativo;
das novas vias a serem implantadas fi- ciclistas entre elas; k) Demais planos definidos nesta Lei
cam definidas de acordo com a Lei de V- Implantar nas vias de tráfegos local Complementar.
Parcelamento do Solo Urbano. medidas de engenharia de tráfego de II- Instrumentos jurídico-urbanísticos:

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a) Parcelamento, edificação ou utilização Art. 164 O Poder Público priorizará o de- DOS INSTRUMENTOS
compulsórios; senvolvimento do turismo no Município, DE POLÍTICA URBANA
b) IPTU progressivo no tempo; através dos seguintes projetos e ações: Art. 169 Para promoção, planejamento,
c) Direito de preempção; I- A definição do uso e ocupação do solo controle e gestão do desenvolvimento
d) Outorga onerosa do direito de construir; das áreas turísticas, incentivando as ati- territorial, serão adotados pelo Município,
e) Operações urbanas consorciadas; vidades ligadas ao turismo sustentável dentre outros, os seguintes instrumentos
f) Transferência do direito de construir; respeitando as características da cidade; de política urbana:
g) Direito de superfície; II- Incentivar a criação de circuitos de eco- I- Disciplina do parcelamento, do uso e
h) Estudo prévio de impacto de vizinhan- turismo; ocupação do solo;
ça (EIV); III- Incentivar a criação de polos de turis- II- Parcelamento, edificação ou utilização
i) Arrecadação de bem imóvel abandona- mo gastronômico; compulsórios;
do; IV- O desenvolvimento de um projeto de III- Imposto progressivo sobre a proprie-
j) Demais instrumentos jurídicos definidos comunicação visual nas áreas turísticas dade predial e territorial urbana - IPTU em
nesta Lei Complementar. com um sistema de informação sobre o razão do valor, da localização, do uso ou
III- Instrumentos de regularização fundiá- os pontos de visitação; no tempo;
ria: V- Incentivar a implantação e manutenção IV- Incentivos e benefícios fiscais e finan-
a) REURB de Interesse Social e REURB de equipamentos urbanos de forma a criar ceiros;
de Interesse Específico, conforme lei Fe- uma característica singular da Cidade; V- Contribuição de melhoria;
deral 13.465/2017; VI- Implementar o Plano de Desenvolvi- VI- Desapropriação;
b) Direito de laje; mento Turístico; VII- Tombamento de imóveis;
c) Concessão de direito real de uso para VII- Divulgação e promoção do destino VIII- Instituição de zonas especiais de in-
fins de moradia e para o exercício de ativi- Saquarema a nível municipal, estadual, teresse social;
dades comerciais, industriais ou de servi- nacional e internacional. IX- Concessão de direito real de uso;
ços, comprovadamente exercidas na data CAPÍTULO III X- Concessão de uso especial para fins
de publicação desta Lei Complementar, DA DEFESA CIVIL de moradia;
nos limites da legislação em vigor; Art. 165 O Sistema de Defesa Civil tem XI- Usucapião especial coletivo de imóvel
d) Assistência técnica e jurídica gratuita por finalidade implementar um conjunto urbano;
para as comunidades e grupos sociais de ações preventivas, de socorro, assis- XII- Consórcio imobiliário;
menos favorecidos; tência e reconstrutivas destinadas a evitar XIII- Concessão urbanística;
e) Áreas de Especial Interesse Social; ou minimizar desastres, preservar o moral XIV- Operação urbana consorciada;
IV- Instrumentos tributários e financeiros: da população e restabelecer a normalida- XV- Direito de preempção;
a) Tributos municipais diversos; de social, garantindo o direito natural à XVI- Outorga onerosa do direito de cons-
b) Taxas e tarifas públicas específicas; vida e à incolumidade. truir;
c) Contribuição de melhoria; Art. 166 O sistema de defesa da cidade XVII- Transferência de potencial constru-
d) Incentivos e benefícios fiscais. poderá contar com um quadro de volun- tivo;
V- Instrumentos jurídico-administrativos: tários para o combate a incêndios, a pres- XVIII- Reurbanização e regularização fun-
a) Servidão administrativa e limitações tação de socorro em caso de calamidade diária;
administrativas; pública ou de defesa permanente do meio XIX- Assistência técnica para as comu-
b) Concessão, permissão ou autorização ambiente. nidades e grupos sociais menos favore-
de uso de bens públicos municipais; CAPÍTULO IV cidos;
c) Contratos de concessão dos serviços DA GUARDA CIVIL XX- Referendo popular e plebiscito;
públicos urbanos e de parcerias público Art. 167 A Guarda Municipal apoiará as XXI- Iniciativa popular legislativa;
privadas; autoridades civis e militares legalmen- XXII- Iniciativa popular de planos, progra-
d) Convênios e acordos técnicos, opera- te constituídas, nas ações de defesa da mas e projetos;
cionais e de cooperação institucional; cidade, e atuará na proteção dos bens, XXIII- Avaliação de impactos ambientais;
e) Compromisso administrativo de ajusta- serviços e instalações do Poder Público XXIV- Estudo prévio de impacto ambiental
mento de conduta, celebrado pelo Chefe Municipal, bem como nas demais funções e de impacto de vizinhança;
do Poder Executivo Municipal ou servidor por este estabelecidas. XXV- Fundo de Urbanização;
direta ou indiretamente designado; Art. 168 A Guarda Ambiental atuará na XXVI- IPTU Sustentável.
f) Dação de imóveis em pagamento de proteção do Meio Ambiente, do patrimônio Seção l
dívidas; histórico, cultural, ecológico e paisagístico Dos Instrumentos de Indução ao
g) Tombamento, registro do patrimônio de todo o município de Saquarema. Desenvolvimento Urbano
imaterial e chancela da paisagem cultural. TÍTULO V Subseção l
CAPÍTULO II DA POLÍTICA URBANA Do Parcelamento, Edificação ou
DO INCENTIVO AO TURISMO CAPÍTULO I Utilização Compulsórios

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Art. 170 O parcelamento, a edificação e notificação, que promova seu adequado tas progressivas ao IPTU em razão do va-
a utilização compulsória do solo urbano aproveitamento, sob pena, sucessiva- lor, da localização e do uso do imóvel.
visam, complementarmente, garantir o mente, de parcelamento, edificação ou Art. 174 É facultado ao Poder Público Mu-
cumprimento da função social da cidade utilização compulsórios; Imposto Predial nicipal exigir do proprietário do imóvel ur-
e da propriedade, por meio da indução da e Territorial Urbano progressivo no tempo bano não edificado, subutilizado, utilizado
ocupação de áreas vazias ou subutiliza- a ser fixado em lei própria; e desapropria- inadequadamente ou não utilizado, que
das, onde for considerada prioritária por ção com pagamento da indenização me- promova seu adequado aproveitamento,
Lei específica dispondo sobre a matéria. diante títulos da dívida pública. sob pena de parcelamento, edificação ou
§ 1º Considera-se área vazia aquela que § 1º Fica facultado aos proprietários dos utilização compulsória, nos termos das
não possui qualquer tipo de edificação ou imóveis de que trata este artigo propor ao disposições contidas nos artigos 5º e 6º,
utilização; Poder Público o consórcio imobiliário para da Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto
§ 2º Considera-se subutilizado o imóvel a realização de projetos urbanísticos. da Cidade.
cujo aproveitamento não atenda ao defi- § 2º O proprietário de imóvel afetado pela Parágrafo único. considera-se utilizado
nido nesta Lei Complementar juntamente obrigação legal mencionada no caput inadequadamente o imóvel que não aten-
com a legislação edilícia municipal. deste artigo pode propor sua doação in- de aos usos permitidos na zona em que
Art. 171 As áreas destinadas ao parcela- tegral ou parcial ao Poder Público para se situe, estabelecidos na Lei de Zonea-
mento, à edificação ou a utilização com- a implantação de equipamentos urbanos mento e Uso e Ocupação do Solo.
pulsória do solo urbano não edificado, ou comunitários; para preservação, quan- Subseção II
subutilizado ou não utilizado, serão defi- do for considerado de interesse histórico, Do IPTU Progressivo no Tempo
nidas por lei específica, que fixará as con- ambiental, paisagístico, social ou cultural; Art. 175 O imposto predial e territorial ur-
dições e os prazos para a implementação ou para servir a programas de regulari- bano poderá ter alíquotas progressivas
da referida obrigação. zação fundiária, urbanização de áreas em razão do valor, da localização e do
§ 1º O proprietário será notificado pelo Po- ocupadas por população de baixa renda uso do imóvel também como instrumento
der Público para o cumprimento da obri- e habitação de interesse social em troca de indução ao cumprimento de diretrizes
gação, devendo a notificação ser averba- de autorização para a transferência do constantes desta Lei Complementar.
da no cartório de registro de imóveis. respectivo potencial construtivo para ou- Parágrafo único. Para fins de aplicação
§ 2º Em empreendimento de grande por- tro imóvel situado em área de interesse do que trata o caput deste artigo, o Poder
te, em caráter excepcional, lei específica estratégico, nos termos desta Lei Com- Público deverá manter atualizada a Plan-
poderá prever a conclusão em etapas, plementar. ta Genérica de Valores.
assegurando-se que o projeto aprovado § 3º São considerados solo urbano não Art. 176 Deverá o Poder Público Munici-
compreenda o empreendimento como um edificado, os lotes de terrenos e glebas pal exigir do proprietário do solo urbano
todo. com área superior a 250 m² (duzentos não edificado, subutilizado, utilizado ina-
§ 3º A transmissão do imóvel por ato in- e cinquenta metros quadrados), onde o dequadamente ou não utilizado, que pro-
tervivos ou mortis causa posterior à data coeficiente de aproveitamento utilizado é mova seu adequado aproveitamento sob
da notificação transfere as obrigações de igual a zero nas áreas delimitadas por Lei. pena de ser instituído o Imposto sobre a
parcelamento, edificação ou utilização § 4º São considerados solo urbano su- Propriedade Predial e Territorial Urbana
compulsórios do solo, sem interrupção de butilizados os lotes de terrenos e glebas Progressivo no Tempo – IPTU Progressi-
quaisquer prazos. com área superior a 250 m² (duzentos e vo, conforme as disposições constantes
Art. 172 A implementação do parcelamen- cinquenta metros quadrados), onde o co- da Lei Federal n.º 10.257/2001 - Estatuto
to, da edificação e da utilização compul- eficiente de aproveitamento não atingir o da Cidade.
sória do solo urbano objetiva: mínimo definido para o lote na zona onde § 1º O valor máximo final a ser atribuído
I- Otimizar a ocupação de áreas da cidade se situam, excetuando-se: em decorrência da alíquota instituída não
dotadas de equipamentos públicos urba- I- Os imóveis utilizados como instalações excederá ao limite de 15% (quinze por
nos e comunitários, coibindo a expansão de atividades econômicas que não neces- cento) do valor venal, servindo este como
urbana na direção de áreas não servidas sitam de edificações para exercer suas base para novos reajustes e a base cál-
de infraestrutura, bem como nas áreas finalidades; culo não poderá exceder a duas vezes o
ambientalmente frágeis; II- Os imóveis utilizados como postos de valor referente ao ano posterior.
II- Aumentar a oferta de lotes urbanizados abastecimento de veículos; § 2º É vedada a concessão de isenções
nas áreas consolidadas da malha urbana; III- Os imóveis integrantes do sistema de ou de anistias relativas à tributação pro-
III- Coibir a retenção especulativa de imó- áreas verdes no Município; gressiva de que trata este artigo.
vel urbano, que resulte na sua subutiliza- IV- Imóveis utilizados para fins de agricul- § 3º Conferida a devida e legal utilização
ção ou não utilização. tura comunitária urbana. do imóvel pelo proprietário, e devidamen-
Art. 173 O Poder Público exigirá do pro- § 5º Independentemente do IPTU te comprovado pelo Poder Executivo,
prietário do solo urbano não edificado, progressivo no tempo a que se refere este através de processo administrativo, no
subutilizado ou não utilizado, através de artigo, o Município poderá aplicar alíquo- prazo máximo de 60 (sessenta) dias, a re-

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ferida cobrança progressiva será sustada, mesmas obrigações legalmente impostas Diretor de Desenvolvimento Sustentável,
sem prejuízo de débitos anteriores. ao respectivo alienante. que delimitará as áreas em que incidirá o
Art. 177 A aplicação do IPTU Progressivo Subseção IV Direito de Preempção, definindo procedi-
no tempo, objetiva: Do Direito de Preempção mentos e fixando prazos de vigência.
I- Cumprimento da função social da cida- Art. 180 O Direito de Preempção confere Parágrafo único. A lei municipal descrita
de e da propriedade por meio da indução ao Poder Público Municipal a preferência no caput deste artigo, deverá enquadrar
da ocupação de áreas vazias ou subuti- para a aquisição de imóvel urbano objeto cada área em uma ou mais das finalida-
lizadas, onde o Poder Público Municipal de alienação onerosa entre particulares, des enumeradas no art. 26 da Lei Federal
considerar prioritário; no caso deste poder necessitar de áreas n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade.
II- Fazer cumprir o parcelamento, edifica- para realização de programas e projetos Art. 185 O Poder Público Municipal dará
ção ou utilização compulsória; municipais. publicidade à incidência do direito de
III- Aumentar a oferta de lotes urbaniza- Art. 181 O Poder Público poderá exercer preempção e instituirá controles adminis-
dos nas regiões já consolidadas da malha o direito de preempção para aquisição de trativos para possibilitar a eficácia do ins-
urbana de Saquarema; imóvel urbano objeto de alienação onero- trumento, podendo utilizar, dentre outros
IV- Inibir o processo de retenção especu- sa entre particulares sempre que o Muni- meios, o controle por meio de sistemas
lativa de imóvel urbano, que resulte na cípio necessitar de áreas para: informatizados, averbação da incidência
sua subutilização ou não utilização. I- Regularização fundiária; do direito de preempção na matrícula dos
Art. 178 O Município, a seu critério, po- II- Promoção de habitação de interesse imóveis atingidos e declaração nos docu-
derá promover a execução judicial do social; mentos de cobrança do IPTU.
proprietário, do imóvel que permanecer III- Ordenamento e direcionamento do § 1º No caso de existência de terceiros
inadimplente por 5 (cinco) exercícios fis- crescimento urbano; interessados na compra do imóvel, o pro-
cais seguintes à implantação do IPTU IV- Implantação de equipamentos urba- prietário deverá comunicar sua intenção
Progressivo no Tempo, ou do exercício nos e comunitários; de alienar onerosamente o imóvel ao ór-
seguinte à inadimplência do IPTU regular. V- Criação de espaços públicos de lazer gão competente do Poder Público Muni-
Subseção III ou áreas verdes; cipal em até 30 (trinta) dias, contados da
Da Desapropriação com VI- Desenvolvimento de atividades pro- celebração do contrato preliminar entre o
Pagamento em Títulos dutivas para geração de trabalho e renda proprietário e o terceiro interessado.
Art. 179 Decorridos os cinco anos de co- para população; § 2º A declaração de intenção de venda
brança do IPTU progressivo no tempo VII- Criação de unidades de conservação do imóvel deve ser apresentada com os
sem que o proprietário tenha cumprido a ou proteção de outras áreas de interesse seguintes documentos:
obrigação de parcelamento, edificação e ambiental; I- Proposta de compra apresentada pelo
utilização, o Município poderá proceder VIII- Proteção de áreas de interesse histó- terceiro interessado na aquisição do imó-
à desapropriação do imóvel com paga- rico, cultural ou paisagístico. vel, na qual constará preço, condições de
mento da indenização em títulos da dívida Parágrafo único. Os imóveis colocados à pagamento e prazo de validade;
pública. venda nas áreas de incidência do direito II- Endereço do proprietário, para recebi-
§ 1º O valor real da indenização: de preempção deverão ser necessaria- mento de notificação e de outras comuni-
I- Refletirá o valor da base de cálculo do mente oferecidos ao Município. cações;
IPTU, descontado o montante incorpora- Art. 182 O Direito de Preempção será III- Certidão de inteiro teor da matrícula do
do em função de obras realizadas pelo exercido nos termos das disposições con- imóvel, expedida pelo Cartório de Regis-
Poder Público na área onde o mesmo se tidas nos Art. 25, 26 e 27 da Lei Federal tro de Imóveis do município;
localiza após a notificação a que se refere n.º 10.257/2001 - Estatuto da Cidade. IV- Declaração assinada pelo proprietário,
o art. 167 desta Lei Complementar; Art. 183 Serão definidos em lei os imóveis sob as penas da lei, de que não incidem
II- Não computará expectativas de ga- ou áreas que estarão sujeitos à incidência quaisquer encargos e ônus sobre o imó-
nhos, lucros cessantes e juros compen- do direito de preempção. vel, inclusive os de natureza real, tributá-
satórios. § 1º O Poder Público Municipal terá pre- ria ou pessoal reipersecutória.
§ 2º Os títulos de que trata este artigo não ferência de aquisição dos imóveis sujeitos Art. 186 Recebida a declaração de inten-
terão poder liberatório para o pagamento ao direito de preempção pelo prazo de ção de venda a que se refere o § 2º do
de tributos. cinco anos. artigo anterior, o Poder Público Municipal
§ 3º O Município procederá ao adequado § 2º Leis específicas também poderão in- deverá manifestar, por escrito, dentro do
aproveitamento do imóvel no prazo máxi- dicar imóveis ou áreas sujeitas ao direito prazo de 30 (trinta) dias, o interesse em
mo de cinco anos contado a partir da sua de preempção. exercer a preferência para aquisição do
incorporação ao patrimônio público. Art. 184 A Secretaria Municipal competen- imóvel, ocorrendo aceitação tácita quan-
§ 4º O adquirente de imóvel sujeito à in- te ouvido o CONCID, irá propor, através do não ocorrida a manifestação do Poder
cidência de parcelamento, edificação ou do Poder Executivo, lei municipal espe- Público dentro de 30 dias.
utilização compulsórios fica sujeito às cífica, com base nas diretrizes do Plano § 1º A manifestação de interesse do Poder

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Público Municipal na aquisição do imóvel to das normas relativas ao direito de pre- ocorrerá mediante o pagamento da con-
conterá a destinação futura do bem a ser empção poderão ser estabelecidas em trapartida financeira devida ou cumpri-
adquirido, vinculada ao cumprimento dos Lei. mento da obrigação estabelecida como
objetivos e ações prioritárias deste Plano Art. 188 A renovação da incidência do di- contrapartida, conforme disposto no art.
Diretor de Desenvolvimento Sustentável. reito de preempção, em área anteriormen- 196 desta Lei Complementar;
§ 2º O Poder Público Municipal fará pu- te submetida à mesma restrição, somente III- Todos os índices e requisitos urbanís-
blicar, em órgão oficial e em pelo menos será possível após o intervalo mínimo de ticos estabelecidos pela legislação muni-
um jornal local ou regional de grande cir- 1 (um) ano. cipal deverão ser respeitados, especial-
culação, edital de aviso da declaração de Subseção V mente os previstos no Código de Obras
intenção de venda recebida e da intenção Da Outorga Onerosa do Direito e Edificações e na Lei de Zoneamento de
de aquisição do imóvel nas condições da de Construir Uso e Ocupação do Solo;
proposta apresentada. Art. 189 Entende-se como outorga onero- Parágrafo único. O CONCID, sempre que
§ 3º Findo o prazo de 30 (trinta) dias para sa do direito de construir a faculdade con- julgar pertinente, poderá sugerir a apre-
manifestação do Poder Público Municipal, cedida ao proprietário de imóvel, para que sentação do Estudo Prévio do Impacto de
é facultado ao proprietário alienar one- este, mediante contrapartida ao Poder Pú- Vizinhança (EIV) da obra, que comprove a
rosamente o seu imóvel ao proponente blico Municipal, possa construir acima do mitigação ou compensação dos impactos.
interessado nas condições da proposta Coeficiente de Aproveitamento Básico até Art. 196 Os recursos auferidos com a
apresentada sem prejuízo do direito de o limite estabelecido pelo Coeficiente de adoção da outorga onerosa do direito de
o Poder Público Municipal exercer a pre- Aproveitamento Máximo permitido para a construir serão aplicados:
ferência em face de outras propostas de zona e dentro dos parâmetros determina- I- A regularização fundiária;
aquisições onerosas futuras dentro do dos na Lei Municipal de Zoneamento de II- Na execução de programas e projetos
prazo legal de vigência do direito de pre- Uso e Ocupação do Solo. habitacionais de interesse social;
empção. Art. 190 Coeficiente de aproveitamento III- Constituição de reserva fundiária;
§ 4º Concretizada a venda a terceiro, o básico é a relação entre a área edificável IV- Ordenamento e direcionamento da ex-
proprietário fica obrigado a entregar ao e a área do terreno; pansão urbana;
órgão competente do Poder Público Mu- Art. 191 Coeficiente de aproveitamento V- Na implantação, manutenção e refor-
nicipal cópia do instrumento particular ou máximo é a relação entre a área máxima ma de equipamento públicos urbanos e
público de alienação do imóvel dentro do edificável e a área do terreno; comunitários;
prazo de 30 (trinta) dias após sua assina- Art. 192 O potencial construtivo adicional VI- Criação de espaços públicos de lazer
tura, sob pena de pagamento de multa é a diferença entre o coeficiente de apro- e áreas verdes;
diária em valor equivalente a 0,66% (ses- veitamento máximo e o coeficiente de VII- Criação de unidades de conservação
senta e seis centésimos por cento) do va- aproveitamento básico; ou proteção de outras áreas de interesse
lor total da alienação. Art. 193 O proprietário de um imóvel po- ambiental, histórico e cultural;
Art. 187 Concretizada a venda do imóvel derá exercer o direito de construir acima VIII- Proteção de áreas de interesse histó-
a terceiro com descumprimento ao direito do coeficiente de aproveitamento do ter- rico, cultural ou paisagístico.
de preempção, o Poder Público Municipal reno básico, mediante contrapartida a ser Art. 197 O impacto da outorga onerosa do
promoverá as medidas judiciais cabíveis prestada pelo beneficiário. direito de construir deverá ser controlado,
para: Art. 194 O Poder Executivo Municipal po- permanentemente, pelo CONCID que tor-
I- Anular a comercialização do imóvel efe- derá exercer a faculdade de outorgar one- nará públicos os relatórios do monitora-
tuada em condições diversas da proposta rosamente o exercício do direito de cons- mento do uso do instrumento.
de compra apresentada pelo terceiro in- truir, mediante contrapartida financeira a Art. 198 O cálculo para cobrança da ou-
teressado; ser prestada pelo beneficiário, de acordo torga onerosa do direito de construir se-
II- Imitir-se na posse do imóvel sujeito ao com os critérios e procedimentos defini- guirá a seguinte fórmula:
direito de preempção que tenha sido alie- dos nesta Lei Complementar; OODC = (IAm – IAb) x At x V
nado a terceiros apesar da manifestação Art. 195 Para a concessão da outorga Legenda: OODC - Outorga Onerosa do
de interesse do Poder Público Municipal onerosa do direito de construir, o reque- Direito de Construir
em exercer o direito de preferência. rente deverá observar os seguintes requi- IAm – Índice de aproveitamento máximo
§ 1º Em caso de anulação da venda do sitos: IAb – Índice de aproveitamento básico
imóvel efetuada pelo proprietário, o Poder I- A altura da edificação não poderá ultra- At – Área do terreno (m²)
Público Municipal poderá adquiri-lo pelo passar o limite máximo estabelecido na V - Valor (UPM/m²) definido por Lei espe-
valor da base de cálculo do Imposto Pre- Lei de Zoneamento de Uso e Ocupação cífica, observada a localização do imóvel
dial e Territorial Urbano ou pelo valor indi- do Solo; de acordo com a Lei.
cado na proposta apresentada, se este for II- A emissão do Certificado de Poten- Parágrafo único. Ao cálculo do montan-
inferior àquele. cial Construtivo Decorrente da Outorga te definido na tabela será aplicada uma
§ 2º Outras sanções pelo descumprimen- Onerosa do Direito de Construir somente redução de 50% (cinquenta por cento)

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quando se tratar de área descoberta. competente poderá determinar ao reque- truir, por meio de relatório, onde obrigato-
Art. 199 Estão isentos do pagamento da rente que proceda, no prazo de até 30 riamente deverá constar:
contrapartida financeira correspondente à (trinta) dias, a revisões e ajustes no pro- I- A identificação do beneficiário e o seu
Outorga Onerosa do Direito de Construir jeto apresentado. objeto;
as obras realizadas pelo Poder Público; Parágrafo único. O não atendimento por II- A quantidade de metros quadrados atri-
Art. 200 Estão isentas da outorga onerosa parte do requerente das situações previs- buída;
do direito de construir hospitais e institui- tas no caput implicará no indeferimento III- A forma de cálculo da contrapartida,
ções de ensino em todo o Munícipio; do pedido de concessão de outorga one- de acordo com a especificidade de cada
Art. 201 Será concedido desconto de até rosa do direito de construir. projeto;
50% (cinquenta por cento) da OODC em Art. 207 Caberá a Secretaria Municipal IV- A indicação da contrapartida;
imóveis que fomentem a atividade turísti- competente, após aprovação do requeri- V- A descrição do imóvel doado pelo be-
ca, devidamente enquadrados na Lei de mento de outorga onerosa do direito de neficiário, quando for o caso.
Zoneamento e de Uso e Ocupação do construir, emitir o Certificado de Potencial Art. 211 O CONCID deverá tornar públi-
Solo. Adicional Construtivo – CEPAC, decor- cos os relatórios de controle e monito-
Art. 202 A contrapartida financeira corres- rente da Outorga Onerosa do Direito de ramento previstos no art. 204 desta Lei
pondente à Outorga Onerosa do Direito Construir, conforme modelo constante no Complementar.
de Construir (OODC) poderá ser paga em Anexo 05 (modelo CEPAC) deste Plano Art. 212 Após a expedição do Alvará de
espécie diretamente ao Fundo Municipal Diretor. Licença para Construção ou do Certifica-
de Desenvolvimento Urbano -FUNDURB Parágrafo único. O Certificado de que tra- do de Concessão de Outorga Onerosa
ou, a critério da Administração Pública, ta o caput será numerado em ordem se- de Construir, a Secretaria Municipal com-
através de termo de compensação na for- quencial e deverá conter: petente deverá encaminhar o processo
ma de prestação de serviços, execução I- A indicação da zona onde o lote estiver administrativo à Procuradoria-Geral do
de obras ou doação de bens móveis e situado; Município, com todos os dados e informa-
imóveis, respeitados os valores resultan- II- A quantidade de metros quadrados de ções disponíveis, para fins de publicação
tes da aplicação da fórmula de cálculo. área utilizados por índices e coeficientes; do ato no órgão de imprensa oficial do
Parágrafo único. O valor da contraparti- III- A contrapartida correspondente à ou- Município.
da financeira poderá ser reduzido em até torga onerosa do direito de construir; Art. 213 O Poder Executivo poderá regu-
20% quando da celebração de Termo de IV- O número do processo administrativo; lamentar, por Decreto, os procedimentos
Compensação. V- O prazo de caducidade da outorga administrativos não previstos neste Plano
Art. 203 A outorga onerosa do direito de onerosa do direito de construir; Diretor de Desenvolvimento Sustentável.
construir deverá ser requerida simultane- VI- A obrigatoriedade de averbação no Subseção VI
amente com o pedido de aprovação do cartório competente. Das Operações Urbanas Consorciadas
projeto ou Alvará de Licença para Cons- Art. 208 O Certificado de Potencial Adi- Art. 214 Considera-se Operação Urbana
trução, através de processo administra- cional Construtivo somente será expedido Consorciada o conjunto de intervenções e
tivo, devidamente instruído com a docu- após quitação do valor depositado direta- medidas coordenadas pelo poder público
mentação exigida pelo Código de Obras mente ao FUNDURB, ou após assinatura municipal, com a participação dos proprie-
e Edificações. do termo de compensação. tários, moradores, usuários permanentes
Parágrafo único. O processo administra- Art. 209 O Alvará de Licença para Cons- e investidores privados, com o objetivo de
tivo de que trata o caput será analisado trução somente será expedido após a alcançar em uma área transformações ur-
pelos setores competentes da Secretaria emissão do Certificado de Potencial Adi- banísticas estruturais, melhorias sociais e
Municipal competente. cional Construtivo. a valorização ambiental.
Art. 204 O parecer favorável à concessão § 1º A expedição do habite-se para edifi- Art. 215 Poderão ser previstas nas opera-
da outorga não dispensa o requerente da cação ficará condicionada ao cumprimen- ções urbanas consorciadas, entre outras
adequação do projeto às normas técnicas to total da contrapartida assumida pelo medidas:
e ao disposto na legislação pertinente. beneficiário, referente aos índices adicio- I- A modificação de índices e característi-
Art. 205 Na hipótese de deferimento da nais utilizados para aprovação do projeto. cas de parcelamento, uso e ocupação do
concessão da outorga onerosa do direito § 2º No Alvará de Licença para Constru- solo e subsolo, bem como alterações das
de construir, a construção deverá ser exe- ção deverá constar o número do Certifi- normas edilícias, considerado o impacto
cutada de acordo com o projeto aprovado cado de Potencial Adicional Construtivo ambiental delas decorrente;
pela Secretaria Municipal competente, Decorrente da Outorga Onerosa do Direi- II- A regularização de construções, refor-
não sendo passível de legalização atra- to de Construir. mas ou ampliações executadas em desa-
vés da Mais Valia. Art. 210 Caberá a Secretaria Municipal cordo com a legislação vigente;
Art. 206 Antes de decidir sobre o pedido competente e ao CONCID monitorar e III- A concessão de incentivos a operações
de concessão de outorga onerosa do di- controlar, permanentemente, o impacto urbanas que utilizam tecnologias visando
reito de construir, a Secretaria Municipal da outorga onerosa do direito de cons- a redução de impactos ambientais, e que

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comprovem a utilização, nas construções Art. 218 Entende-se como transferência Potencial Construtivo Passível de Trans-
e uso de edificações urbanas, de tecnolo- do direito de construir o instrumento de ferência e Certidão de Transferência de
gias que reduzam os impactos ambientais política urbana por meio do qual se permi- Potencial Construtivo.
e economizem recursos naturais, espe- te, como forma de compensação, ao pro- § 4º A Declaração de Potencial Construti-
cificadas as modalidades de design e de prietário de imóvel sobre o qual incide um vo Passível de Transferência conterá no
obras a serem contempladas. interesse público de preservação de bens mínimo:
Art. 216 Cada operação urbana consor- de interesse socioambiental, a transferên- I- O potencial construtivo passível de
ciada será criada e aprovada, caso a cia, para outro local, do potencial constru- transferência;
caso, por lei municipal específica, que de- tivo que foi impedido de utilizar, prevista II- A data de referência;
limitará a área de aplicação, a área de ou- nos termos do art. 35 da Lei Federal nº III- Valor unitário por metro quadrado do
torga da operação e estabelecerá o plano 10.257, de 2001 – Estatuto da Cidade. terreno cedente;
da operação, contemplando, no mínimo: Art. 219 Fica autorizada a transferência IV- Informação de que o potencial cons-
I- Indicação dos perímetros de outorga da do direito de construir de imóveis urbanos trutivo passível de transferência foi origi-
Operação Urbana Consorciada; privados ou públicos, para fins de viabi- nado sem doação de terreno;
II- Finalidades da operação, com delimi- lizar: § 5º O enquadramento dos imóveis,
tação da área de aplicação do perímetro I- A preservação de bem de interesse his- conforme o caput deste artigo, será defi-
expandido no qual poderão ser realiza- tórico, paisagístico, ambiental, social ou nido por lei específica, no prazo de 180
dos investimentos, com recursos da pró- cultural; (cento e oitenta) dias, aprovado pelo
pria Operação Urbana Consorciada, que II- A preservação de áreas de propriedade CONCID.
atendam às necessidades habitacionais particular, de interesse cultural, localiza- § 6º Será considerada como data de
da população de baixa renda e melhorem das em AEIC, conforme Anexo 04, que referência a data do protocolo da solicita-
as condições dos sistemas ambientais, de atendam os parâmetros estabelecidos na ção da Declaração de Potencial Construti-
drenagem, de saneamento e de mobilida- legislação de parcelamento, uso e ocupa- vo Passível de Transferência à Secretaria
de, entre outros; ção do solo; Municipal competente.
III- Programa básico de ocupação da área III- A preservação de áreas de proprieda- Art. 220 O direito de construir do proprie-
e intervenções urbanas previstas, de particular, de interesse ambiental, lo- tário de imóvel é limitado pelos direitos de
IV- Articulando a Operação Urbana Con- calizadas em AEIA, conforme Anexo 03, vizinhança, pelos coeficientes de apro-
sorciada com o seu Plano Urbanístico; que atendam os parâmetros estabeleci- veitamento, estabelecidos na Lei Munici-
V- Estudo prévio de impacto ambiental; dos na legislação de parcelamento, uso e pal de Zoneamento de Uso e Ocupação
VI- Estudo de impacto de vizinhança; ocupação do solo; do Solo, pelas determinações do Plano
VII- Programa de atendimento econômi- IV- Programas de regularização fundiária Diretor de Desenvolvimento Sustentável
co, social e habitacional para a população e urbanização de áreas ocupadas por po- e pelas demais legislações urbanísticas
afetada pela operação, quando for o caso; pulação de baixa renda e Habitação de aplicáveis.
VIII- Mecanismos de garantia de preser- Interesse Social, localizadas nas AEIS, Art. 221 A transferência total ou parcial de
vação dos imóveis e espaços urbanos de conforme Anexo 02. potencial construtivo também poderá ser
especial valor histórico, cultural, arquitetô- § 1º O Poder Público Municipal poderá re- autorizada pelo Poder Público Municipal
nico, paisagístico e ambiental, protegidos ceber imóveis para o atendimento às fina- como forma de compensação, a partir
por tombamento ou lei, conforme as AEIA lidades previstas neste artigo, oferecendo da data de publicação do Plano Diretor,
e AEIC, previstas nos Anexos 03 e 04; como contrapartida ao proprietário a pos- mediante acordo com o proprietário, nas
IX- Instrumentos urbanísticos comple- sibilidade de transferência do direito de intervenções do Município nas proprie-
mentares e de gestão ambiental a serem construir do bem doado, nas condições dades tais como tombamento, desapro-
utilizados na implantação da Operação previstas nesta Lei Complementar. priações e outras formas de intervenção,
Urbana Consorciada; § 2º A transferência prevista no caput, quando o imóvel for necessário para fins
X- Contrapartidas a serem exigidas dos nos casos em que não houver doação de:
proprietários, usuários permanentes e in- do imóvel cedente, fica condicionada às I- Implantação de equipamentos urbanos,
vestidores privados em função dos bene- disposições previstas em lei, em especial comunitários e melhoramentos viários;
fícios recebidos; ao atendimento às providências relativas II- Preservação, quando o imóvel for con-
Art. 217 As áreas para aplicação das à conservação do imóvel cedente, e caso siderado de interesse histórico, ambien-
operações urbanas consorciadas serão estas providências não forem tomadas, tal, paisagístico, social ou cultural;
instituídas por lei municipal específica, o proprietário do imóvel ficará sujeito às III- Servir a programas de regularização
atendendo os critérios definidos nesta Lei sanções cabíveis. fundiária, urbanização de áreas ocupadas
Complementar. § 3º O controle da transferência do direito por população de baixa renda e habitação
Subseção VII de construir será realizado pela Secreta- de interesse social;
Da Transferência do Direito ria Municipal competente, que expedirá, IV- Preservação de patrimônio imaterial;
de Construir mediante requerimento, Declaração de V- Preservação de áreas tombadas fede-

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rais e estaduais. Art. 226 Serão incentivos fiscais na co- Do Impacto Ambiental
Parágrafo único. A mesma faculdade po- brança do Imposto sobre a propriedade Art. 230 Considera-se impacto ambiental
derá ser concedida ao proprietário que territorial e urbana para os imóveis que qualquer alteração das propriedades físi-
doar ao Poder Público seu imóvel, ou par- adotarem as práticas sustentáveis esta- cas, químicas e biológicas do meio am-
te dele, para os fins previstos neste artigo. belecidas na lei específica. biente, causada por qualquer forma de
Art. 222 O volume construtivo, base de Seção II matéria ou energia, resultante das ativida-
cálculo e demais critérios necessários à Dos Instrumentos de des humanas que, direta ou indiretamen-
aplicação da Transferência de Potencial Regularização Fundiária te, afetem:
Construtivo serão definidos em legisla- Art. 227 O Poder Público poderá valer-se I- A saúde, a segurança e o bem-estar da
ção municipal específica, observando-se do conjunto de medidas jurídicas, urba- população;
o coeficiente de aproveitamento máximo nísticas, ambientais e sociais que visam II- As atividades sociais e econômicas;
permitido na zona para onde ele for trans- à regularização de assentamentos irregu- III- A biota;
ferido. lares e à titulação de seus ocupantes, de IV- As condições estéticas e sanitárias do
Parágrafo único. O proprietário de imóvel, modo a garantir o direito social à mora- meio ambiente;
enquadrado na forma da legislação urba- dia, o pleno desenvolvimento das funções V- A qualidade e quantidade dos recursos
nística, que transferir potencial construti- sociais da propriedade urbana e o direito ambientais;
vo assumirá a obrigação de manter aque- ao meio ambiente ecologicamente equili- VI- Os costumes, a cultura e as formas de
le preservado e conservado, mediante brado. sobrevivência das populações.
projeto e cronograma aprovado por órgão Art. 228 O Poder Público, mediante lei es- Art. 231 A execução de planos, progra-
competente do poder público municipal. pecífica, deverá promover a melhoria dos mas, obras, a localização, a instalação,
Art. 223 O impacto da transferência de assentamentos irregulares com ocupação a operação e a ampliação de atividade,
potencial construtivo deverá ser contro- existente, mediante, onde couber, a exe- o parcelamento e uso do solo, a explora-
lado pelo CONCID, que tornará públicos cução de sua reurbanização, reforma ou ção de recursos ambientais de qualquer
os relatórios do monitoramento do uso do implantação ou melhoria de sua infraes- espécie, de iniciativa privada ou do Poder
instrumento. trutura urbana capaz de propiciar moradia Público Federal, Estadual ou Municipal,
Art. 224 A expedição da Certidão de digna aos seus moradores, abrangendo consideradas efetiva ou potencialmen-
Transferência de Potencial Construtivo sua regularização urbanística, ambien- te poluidoras, ou capazes, de qualquer
de imóveis enquadrados como AEIC fica tal e fundiária por meio da utilização de forma, de causar degradação ambiental,
condicionada à comprovação do esta- instrumentos urbanísticos próprios, tais dependerão de prévio licenciamento mu-
do de conservação do imóvel cedente, como: nicipal, com anuência da Secretaria Muni-
mediante manifestação do proprietário e I- Criação de Zonas Especiais de Interes- cipal competente pelo licenciamento am-
anuência do órgão municipal de preser- se Social bem como a regularização fun- biental ,sem prejuízo de outras licenças
vação. diária de interesse social; legalmente exigíveis.
§ 1º Quando o imóvel cedente apresentar II- Regularização fundiária de interesse Parágrafo único. O Poder Público defini-
estado de conservação inadequado ou in- específico; rá em lei específica os empreendimentos
satisfatório, deverá ser exigida do proprie- III- Direito de Laje; ou atividades potencialmente poluidoras
tário a adoção de medidas de restauro ou IV- Concessão do direito real de uso, indi- ou de significativa alteração do meio am-
de conservação. vidual ou coletiva; biente que estarão sujeitas à elaboração
§ 2º Nos casos enquadrados no disposto V- Concessão de uso especial para fins e apresentação do Estudo de Impacto
no parágrafo anterior, a expedição da cer- de moradia; Ambiental - EIA e respectivo Relatório de
tidão de transferência de potencial cons- VI- Usucapião especial coletivo de imóvel Impacto Ambiental – RIMA, bem como
trutivo fica condicionada à verificação das urbano, individual ou coletivo; estabelecerá as diretrizes, instrumentos,
condições de conservação e preservação VII- Direito de preempção; procedimentos e as variáveis ambientais
do imóvel cedente. VIII- Assistência técnica, jurídica e social para a elaboração do EIA/RIMA.
Subseção VIII gratuita para as comunidades e grupos Seção II
Do IPTU Sustentável sociais menos favorecidos. Do Impacto de Vizinhança
Art. 225 O IPTU Sustentável é o instru- Art. 229 Os instrumentos mencionados Art. 232 A construção, ampliação, instala-
mento através do qual a municipalidade neste capítulo regem-se pela legislação ção, modificação e operação de empre-
busca gerar incentivos à sustentabilidade, que lhes é própria, observando, ainda e endimentos, atividades e intervenções
à preservação do patrimônio ambiental, no que couber, o disposto nesta Lei Com- urbanísticas que causem relevante im-
histórico e cultural. plementar. pactos ambientais, culturais, urbanos e
Parágrafo único. O IPTU Sustentável de- CAPÍTULO II socioeconômicos de vizinhança, estarão
verá ter seus parâmetros definidos em lei DO IMPACTO AMBIENTAL E sujeitos à avaliação do Estudo de Impacto
específica que instituirá a política de in- DE VIZINHANÇA de Vizinhança (EIV) por parte do CON-
centivos. Seção I CID, previamente à emissão das licenças

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ou alvarás de construção, reforma ou fun- com área total construída superior a 1.000 cluindo consumo de água e de energia
cionamento. m² (mil metros quadrados), estádios, gi- elétrica, bem como geração de resíduos
Parágrafo único. O Estudo de Impacto de násios esportivos, casas noturnas, centro sólidos, líquidos e efluentes de drenagem
Vizinhança tem por objetivo, no mínimo: de convenções, auditórios, salão de expo- de águas pluviais;
I- Definir medidas mitigadoras e compen- sição, cinemas e teatros; VI- As demandas por serviços, equipa-
satórias em relação aos impactos nega- VIII- Depósitos em qualquer sistema mentos públicos comunitários, tais como
tivos de empreendimentos, atividades e construtivo ou de armazenagem quando os de saúde e educação;
intervenções urbanísticas; definido sua especificidade de armazena- VII- A geração de tráfego e de demandas
II- Definir medidas intensificadoras em mento; por melhorias e complementações nos
relação aos impactos positivos de em- IX- Plantas industriais com área total sistemas de transporte coletivo e de cir-
preendimentos, atividades e intervenções construída superior a 5.000m² (cinco me- culação não motorizada, em especial de
urbanísticas; tros quadrados); bicicletas e pedestres, incluindo, entre ou-
III- Democratizar o processo de licencia- X- Cemitérios e crematórios, aterros sani- tros como estacionamento, carga e des-
mento urbano e ambiental; tários e casas de custódia; carga, embarque e desembarque;
IV- Orientar a realização de adaptações XI- Aeródromo, terminais rodoviários de VIII- A geração de poluição sonora, at-
aos projetos objeto de licenciamento ur- qualquer natureza, portos, terminais pes- mosférica e hídrica, incluindo os lençóis
bano e ambiental, de forma a adequá-los queiros, marinas; freáticos;
às características urbanísticas, ambien- XII- Postos de abastecimentos de com- IX- Vibração;
tais, culturais e socioeconômicas locais; bustível, e outras instalações que arma- X- Risco de explosão e incêndio;
V- Assegurar a utilização adequada e zenem derivados de petróleo e gás na- XI- Geração, coleta e depósito de resídu-
sustentável dos recursos ambientais, cul- tural e demais geradores potenciais de os sólidos;
turais, urbanos e humanos; ruído, risco de explosão e incêndio; XII- Impactos urbanos, ambientais, so-
VI- Subsidiar processos de tomadas de Parágrafo único. Para os fins do disposto cioeconômicos e culturais gerados tanto
decisão relativos ao licenciamento urbano no caput, considera-se empreendimento pelos empreendimentos, atividades e in-
e ambiental; de impacto aquele que, público ou priva- tervenções urbanísticas propostas quanto
VII- Contribuir para a garantia de boas do, possa causar alteração de qualquer já existentes na população residente ou
condições de saúde e segurança da po- natureza no ambiente natural ou construí- atuante no entorno;
pulação; do, sobrecarga no tráfego, na capacidade XIII- Os efeitos da volumetria do empre-
VIII- Evitar mudanças irreversíveis e da- de atendimento da infraestrutura básica endimento e das intervenções urbanísti-
nos graves ao meio ambiente, às ativida- ou ter repercussão ambiental significativa. cas propostas sobre a ventilação, ilumina-
des culturais e ao espaço urbano. Art. 234 O Estudo de Impacto de Vizinhan- ção, paisagem urbana, recursos naturais
Art. 233 Estão sujeitos ao EIV os seguin- ça – EIV deverá considerar o sistema de e patrimônios culturais do entorno.
tes empreendimentos: transportes, o meio ambiente, a infraes- XIV- Ventilação e iluminação;
I- Loteamentos com área total de terreno trutura básica, a estrutura socioeconômi- XV- Definição das medidas mitigadoras e
superior a 100.000m² (cem mil metros ca e os padrões funcionais e urbanísticos compensatórias dos impactos negativos,
quadrados); de vizinhança, além de contemplar e es- bem como daquelas potencializadoras
II- Residências multifamiliares e condomí- clarecer os efeitos positivos e negativos dos impactos positivos;
nios horizontais com área total construída do empreendimento ou atividade quanto à XVI- Potencialidade de concentração de
superior a 10.000m² (dez mil metros qua- qualidade de vida da população residen- atividades similares na área;
drados); te ou usuária da área em questão de seu XVII- A potencial indução de desenvolvi-
III- Empreendimentos comerciais e ser- entorno, devendo incluir, no que couber, a mento e o caráter estruturante no muni-
viços com área total edificada superior a análise e proposição de soluções para as cípio;
3.000m² (três mil metros quadrados); seguintes questões: XVIII- Impacto sobre a habitação e sobre
IV- Serviços de hospedagem com área to- I- Adensamento populacional e seus efei- as atividades dos moradores e dos usuá-
tal construída superior a 5.000 m² (cinco tos sobre o espaço urbano e a população rios da área de intervenção;
mil metros quadrados), que se encontram moradora e usuária da área; Parágrafo único. O órgão competente do
em vias estruturantes e arteriais, indepen- II- As alterações no uso e ocupação do Poder Público poderá exigir requisitos
dente do porte; solo e seus efeitos na estrutura urbana; adicionais, em face das peculiaridades
V- Hospitais, sanatórios e clínicas de saú- III- Os efeitos na valorização ou desvalo- do empreendimento ou da atividade, bem
de com área total construída superior a rização imobiliária, no perfil socioeconô- como das características específicas da
5.000 m² (cinco mil metros quadrados); mico da área e da população moradora e área, desde que tecnicamente justifica-
VI- Estabelecimentos escolares com área usuária; dos.
total construída superior a 2.000 m² (dois IV- Áreas de interesse histórico, cultural, Art. 235 O Poder Público, baseado no Es-
mil metros quadrados); arqueológico, paisagístico e ambiental; tudo de Impacto de Vizinhança – EIV, po-
VII- Templos religiosos, casas de festas V- Equipamentos públicos urbanos, in- derá negar autorização para a realização

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do empreendimento ou exigir do empre- Termo de Compromisso pelo interessado, para tratar da arrecadação;
endedor, às suas expensas, as medidas em que este se comprometa a arcar in- II- Comprovação do tempo de abandono e
atenuadoras, mitigadoras e compensa- tegralmente com as despesas decorren- de inadimplência fiscal;
tórias relativas aos impactos previsíveis tes das obras e serviços necessários à III- Notificação ao titular do domínio para,
decorrentes da implantação da atividade. minimização dos impactos relacionados querendo, apresentar impugnação em
§ 1º O Poder Público, para eliminar ou mi- à implantação do empreendimento e às prazo de 180 dias, contado da data de re-
nimizar impactos negativos a serem gera- demais exigências apontadas antes da cebimento da notificação.
dos pelo empreendimento, deverá exigir, finalização do empreendimento. § 3º Ausência de manifestação do titular
quando couber, a adoção das alterações § 5º O certificado de conclusão da do domínio será interpretada como con-
e complementações necessárias ao pro- obra ou o alvará de funcionamento só se- cordância com a arrecadação.
jeto como condição de sua aprovação, rão emitidos mediante comprovação da § 4º Respeitado o procedimento de ar-
bem como a execução de melhorias na conclusão dos investimentos exigidos. recadação, o Município poderá realizar,
infraestrutura urbana e nos equipamentos Art. 236 A elaboração do EIV não substitui diretamente ou por meio de terceiros, os
comunitários, tais como: o licenciamento ambiental / Estudo do Im- investimentos necessários para que o
I- Ampliação das redes de infraestrutura pacto Ambiental, requerido nos termos da imóvel urbano arrecadado atinja os ob-
urbana; legislação ambiental, quando for o caso. jetivos que atendam a função social da
II- Área de terreno ou área edificada para Art. 237 Dar-se-á publicidade obrigatória propriedade.
instalação de equipamentos comunitários aos documentos integrantes do EIV e do § 5º Na hipótese de o proprietário reivin-
em percentual compatível com o neces- Relatório de Impacto de Vizinhança – RIV, dicar a posse do imóvel declarado aban-
sário para o atendimento da demanda a que ficarão disponíveis para consulta pú- donado, no transcorrer do triênio a que
ser gerada pelo empreendimento; blica, no órgão municipal competente, por alude o art. 1.276 da Lei nº 10.406, de 10
III- Ampliação e adequação do sistema vi- qualquer interessado. de janeiro de 2002 (Código Civil), fica as-
ário e do sistema de transporte coletivo, § 1º Serão fornecidas cópias do EIV/ segurado ao Poder Executivo Municipal o
faixas de desaceleração, ponto de ônibus, RIV quando solicitadas pelas associações direito ao ressarcimento prévio, e em va-
faixa de pedestres e sinalização; de moradores e/ou entidades representa- lor atualizado, de todas as despesas em
IV- Proteção acústica, uso de filtros e ou- tivas da área afetada. que eventualmente houver incorrido, in-
tros procedimentos que eliminem incômo- § 2º O órgão responsável pela análi- clusive tributárias, em razão do exercício
dos da atividade; se do EIV realizará audiência pública, na da posse provisória.
V- Manutenção de imóveis, fachadas ou forma da lei. Art. 240 Os imóveis arrecadados pelos
outros elementos arquitetônicos ou natu- Art. 238 Os projetos de empreendimentos Municípios poderão ser destinados aos
rais considerados de interesse paisagís- de impacto serão inicialmente analisados programas habitacionais, à prestação de
tico, histórico, artístico, arqueológico ou nos termos pertinentes à legislação ur- serviços públicos, ao fomento da REUR-
cultural, bem como recuperação ambien- banística em geral e, em seguida, acom- B-S ou serão objeto de concessão de
tal da área; panhados dos respectivos EIV’s serão direito real de uso a entidades civis que
VI- Cotas de emprego e cursos de capa- submetidos, por competência, ao órgão comprovadamente tenham fins filantrópi-
citação profissional, entre outros progra- municipal ambiental. cos, assistenciais, educativos, esportivos
mas de inclusão social e geração de em- CAPÍTULO III ou outros, no interesse do Município.
prego e renda; DA ARRECADAÇÃO DE BEM IMÓVEL TÍTULO VI
VII- Implantação de percentual habitação ABANDONADO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
de interesse social no empreendimento; Art. 239 Os imóveis urbanos privados DA CIDADE
VIII- Possibilidade de construção de equi- abandonados cujos proprietários não pos- CAPÍTULO I
pamentos públicos comunitários prefe- suam a intenção de conservá-los em seu DOS OBJETIVOS
rencialmente nas áreas adjacentes ao patrimônio ficam sujeitos à arrecadação Art. 241 A gestão urbana consiste no
empreendimento, ou em outras áreas da na condição de bem vago. processo democrático, participativo e
cidade. § 1º A intenção referida no caput deste transparente de negociação, decisão,
§ 2º As exigências previstas no §1º, deve- artigo será presumida quando o proprie- corresponsabilização, ação e controle
rão ser proporcionais ao porte e ao impac- tário, cessados os atos de posse sobre o social, envolvendo os Poderes Executivo,
to do empreendimento. imóvel, não adimplir os ônus fiscais insti- Legislativo e a sociedade civil, em confor-
§ 3º As medidas compensatórias adicio- tuídos sobre a propriedade predial e terri- midade com as determinações do Plano
nais indicadas pelo órgão competente de- torial urbana, por cinco anos. Diretor e dos demais instrumentos de po-
verão ser proporcionais ao impacto gera- § 2º O procedimento de arrecadação de lítica urbana e de planejamento e gestão
do pelo empreendimento e considerarão imóveis urbanos abandonados obedece- municipal.
o princípio da razoabilidade econômica. rá ao disposto em ato do Poder Executivo Art. 242 No processo de gestão participa-
§ 4º A aprovação do empreendimen- municipal e observará, no mínimo: tiva, caberá ao poder público municipal:
to ficará condicionada à assinatura de I- Abertura de processo administrativo I- Instituir o Sistema de Planejamento e

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Gestão Territorial; acompanhamento e controle da imple- espaço urbano, com foco na melhoria da
II- Induzir e mobilizar a ação cooperativa e mentação das ações. qualidade de vida no Município de Saqua-
integrada dos diversos agentes econômi- Art. 244 São objetivos do Sistema de Pla- rema, bem como, analisar e emitir parecer
cos e sociais atuantes na cidade; nejamento e Gestão Urbana: deliberativo sobre os casos não especifi-
III- Articular e coordenar, em assuntos de I- Garantir a eficácia da gestão, voltada cados neste Plano Diretor de Desenvolvi-
sua competência, a ação dos órgãos pú- para se alcançar a melhoria da qualidade mento Sustentável.
blicos federais, estaduais e municipais; de vida dos munícipes; Art. 247 O CONCID constitui os seguintes
IV- Fomentar o desenvolvimento das ativi- II- Garantir mecanismos de monitora- princípios:
dades fundamentais da cidade; mento e gestão do Plano Diretor, na for- I- Propor, discutir e aprovar diretrizes e
V- Garantir e incentivar o processo de mulação e aprovação dos programas e normas para implantação dos programas
gestão democrática do desenvolvimento projetos para sua implementação e na a serem formulados pelos órgãos da Ad-
urbano, na perspectiva da formulação, indicação das necessidades, seu detalha- ministração Pública Municipal, relaciona-
implementação fiscalização e controle mento, atualização e revisão; dos à política de desenvolvimento urbano;
social; III- Garantir estruturas e processos demo- II- Apreciar e propor diretrizes para formu-
VI- Coordenar o processo de formulação cráticos e participativos para o acompa- lação e implementação das políticas de
de planos, programas e projetos para o nhamento e controle da gestão da política desenvolvimento urbano do Município;
desenvolvimento urbano; urbana, de forma continuada, permanente III- Emitir orientações e recomendações
VII- Promover capacitações na área de e dinâmica. referentes à aplicação da Lei Federal n°
políticas públicas e urbanas, para setores Art. 245 A gestão democrática da cidade 10.257, de 10 de julho de 2001 – Esta-
dos movimentos sociais e agentes públi- é direito da sociedade e essencial para tuto da Cidade e demais atos normativos
cos; a concretização de suas funções sociais, relacionados ao desenvolvimento urbano
VIII- Promover a integração intersetorial será realizada mediante processo per- municipal;
entre as instâncias democráticas: conse- manente, descentralizado e participativo IV- Propor aos órgãos competentes medi-
lhos, fóruns, conferências; de planejamento, controle e avaliação, das e normas para implementação, acom-
IX- Dotar as áreas de planejamento, con- e será o fundamento para a elaboração, panhamento e avaliação da legislação ur-
trole urbano e defesa civil de meios téc- revisão, aperfeiçoamento, implementação banística;
nicos e recursos humanos e financeiros e acompanhamento do Plano Diretor de V- Promover articulações junto aos ór-
necessários para que se possa aplicar Desenvolvimento Sustentável e de pla- gãos da Administração Pública Municipal,
os instrumentos regulatórios que norma- nos, programas e projetos setoriais, re- Estadual e Federal, bem como com enti-
tizam e disciplinam o uso e ocupação dos gionais, locais e específicos. dades não governamentais, visando obter
morros e de gestão de risco; Parágrafo único. O CONCID, juntamente colaboração, recursos e assessoria para
X- Implantar e manter um Sistema de In- com a sociedade civil, é responsável pela assuntos de sua competência;
formações Georreferenciadas voltadas democratização da gestão da cidade. VI- Viabilizar a participação da sociedade
para apoiar o planejamento e a Gestão de CAPÍTULO III civil nas diversas etapas do planejamento
Riscos, com informações geoambientais, DA CRIAÇÃO DO CONSELHO MUNICI- e gestão da política de desenvolvimento
urbanística, socioeconômica e interven- PAL DA CIDADE E DO FUNDO urbano;
ções físicas. DE DESENVOLVIMENTO URBANO VII- Criar instrumentos e mecanismos de
CAPÍTULO II Seção I integração das políticas de desenvolvi-
DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO Do Conselho Municipal da Cidade – mento urbano;
E GESTÃO CONCID VIII- Zelar pela continuidade das políticas,
Art. 243 O Sistema de Planejamento e Art. 246 Fica instituído o Conselho Mu- planos, programas e projetos de desen-
Gestão compreende as estruturas de nicipal da Cidade (CONCID), um órgão volvimento urbano no Município;
gestão e planejamento e os instrumentos colegiado de caráter permanente, consul- IX- Acompanhar e avaliar a elaboração
de democratização, os órgãos do Poder tivo, deliberativo e de assessoramento ao e a execução da proposta orçamentária
Público e os canais de participação da Poder Executivo, como o coordenador da do Município, sugerindo as modificações
sociedade na formulação de estratégias instância participativa da gestão do Plano necessárias à consecução da política de
de gestão municipal da política urbana, Diretor de Desenvolvimento Sustentável desenvolvimento urbano;
orientando-se pelos seguintes princípios: de Saquarema. X- Indicar ao Poder Executivo sobre a
I- Integração e coordenação dos proces- Parágrafo único. O CONCID juntamente necessidade de convocar a Conferência
sos de planejamento e gestão do desen- com a Secretaria Municipal competente, Municipal da Cidade;
volvimento urbano, articulando os diver- fica responsável por propor as diretrizes XI- Propor diretrizes e instrumentos da
sos órgãos do Poder Público, canais de gerais para a formulação e implementa- política de desenvolvimento urbano, em
participação e demais agentes públicos e ção da Política Municipal de Desenvolvi- consonância com as deliberações apro-
privados; mento Urbano e Rural, debater e acompa- vadas pela Conferência Municipal da Ci-
II- Participação da sociedade civil no nhar as políticas públicas relacionadas ao dade;

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XII- Dar publicidade e divulgar seus traba- construção civil; § 3º 5% (cinco por cento) da previsão
lhos e decisões; d) 1 (um) representante de entidade com orçamentária do FUNDURB deverá obri-
XIII- Propor a realização de estudos, pes- atuação na área ambiental; gatoriamente ser destinado ao custeio,
quisas, debates, seminários, audiências e) 1 (um) representante de entidade de projetos e ações das políticas públicas de
públicas ou cursos afetos à política muni- turismo. assuntos fundiários.
cipal de desenvolvimento urbano; III- Caso não seja atendido o número de CAPÍTULO IV
XIV- Propor ações e adotar procedimen- vagas, fica a critério do poder público a DO FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AM-
tos e mecanismos, visando combater a convocação de novos representantes da BIENTE (FMMA) E DO SISTEMA MUNI-
segregação socioespacial no Município; sociedade civil organizada diferentes do CIPAL DE MEIO AMBIENTE (SIMMA)
XV- Acompanhar e avaliar a implementa- inciso II. Seção I
ção e a gestão do Plano Diretor de De- Seção II Do Fundo Municipal de Meio Ambiente
senvolvimento Sustentável, bem como a Fundo de Desenvolvimento Urbano – (FMMA)
legislação correlata, zelando pelo cumpri- FUNDURB Art. 250 O Fundo Municipal de Meio
mento dos planos, programas, projetos e Art. 249 O Fundo de Desenvolvimento Ambiente (FMMA) é um instrumento de
instrumentos a ele relacionados; Urbano (FUNDURB) será constituído de captação e aplicação de recursos, com o
XVI- Analisar planos, programas e proje- recursos utilizados para: objetivo implementar ações destinadas a
tos que, devido a sua dimensão, impactos I- Execução de programas e projetos ha- uma adequada gestão dos recursos na-
ou conflitos, necessitem de parecer de 2 bitacionais de interesse social, incluindo a turais incluindo a manutenção, melhoria
(dois) ou mais Conselhos Municipais; regularização fundiária e a aquisição de e recuperação da qualidade ambiental,
XVII- Avaliar assuntos de notório interes- imóveis para constituição de reserva fun- de forma a garantir um desenvolvimento
se público, motivado por indivíduos ou or- diária e de parque habitacional público de integrado e sustentável e a elevação da
ganizações sociais desde que plenamen- locação social; qualidade de vida da população local.
te justificados; II- Sistema de transporte coletivo público, Seção II
XVIII- Convocar audiência pública, sem- sistema ciclo viário e sistema de circula- Sistema Municipal de Meio Ambiente
pre que necessário para o esclarecimento ção de pedestres; Art. 251 O Sistema Municipal de Meio
de questões ou circunstâncias de fato, de III- Execução de políticas públicas de es- Ambiente tem a finalidade de licenciar e
interesse público relevante, debatidas no truturação urbana e administrativa; controlar empreendimentos e atividades
âmbito do Conselho; IV- Implantação, manutenção e reforma de impacto local, considerados com efe-
XIX- Elaborar e aprovar seu Regimento de equipamentos públicos urbanos e co- tiva ou potencial poluição e ou capazes,
Interno, sua forma de funcionamento e munitários, culturais, de lazer e áreas ver- sob qualquer forma, de causar degrada-
das Câmaras Setoriais, bem como a arti- des; ção ambiental.
culação e integração com os demais Con- V- Proteção, recuperação e valorização Art. 252 Toda construção, instalação, am-
selhos Municipais. de bens e de áreas de valor histórico, pliação, reforma, recuperação, alteração,
Art. 248 O CONCID compõe-se de 10 cultural ou paisagístico, incluindo o finan- operação e desativação de obras, pré-
membros, representantes de Órgãos do ciamento de obras em imóveis públicos dios, estabelecimentos, empreendimen-
Governo Municipal, do Poder Legislativo classificados como AEIC; tos e atividades utilizadoras de recursos
e de representantes da sociedade civil, VI- Criação e implementação de unidades ambientais ou consideradas efetiva ou
nomeados pelo Prefeito, na seguinte for- de conservação ou proteção de outras potencialmente poluidoras, inclusive so-
ma: áreas de interesse ambiental. noras ou visuais, bem como capazes, sob
I- 5 (cinco) representantes de Órgãos do § 1º É vedada a aplicação dos recursos fi- qualquer forma, de causar degradação
Poder Executivo, sendo obrigatório: nanceiros do FUNDURB em despesas de ambiental, dependerão de prévio licencia-
a) 1 (um) representante da Secretaria custeio e projetos, ressalvadas aquelas mento do órgão ambiental competente,
competente pelo ordenamento territorial relacionadas com a elaboração de pro- sem prejuízo de outras licenças legalmen-
municipal; jetos destinados à execução das obras e te exigíveis.
b) 1 (um) representante da Secretaria intervenções de que trata o caput. Art. 253 Caberá ao Município o licencia-
competente pelo regulamento ambiental § 2º 5% (cinco por cento) da previsão or- mento ambiental dos empreendimentos e
do município; çamentária do FUNDURB será obrigato- atividades consideradas como de impacto
II- 5 (cinco) representantes da sociedade riamente, mediante edital, ser destinado à local e aquelas que lhe forem delegadas
civil organizada, sendo: aplicação direta na recuperação, restau- pelo Estado ou pela União por instrumen-
a) 1 (um) representante da Ordem dos ração e manutenção dos bens de patri- to legal ou convênio.
Advogados do Brasil; mônio cultural, inclusive para salvaguarda Parágrafo único. Inclui-se na competência
b) 1 (um) representante de entidade em- do patrimônio imaterial, ao financiamento do órgão ambiental municipal a análise de
presarial do comércio; da concessão de bolsa de pesquisa, em projetos de entidades, públicas ou priva-
c) 1 (um) representante de entidade não memória regional, tecnologia, ações de das, objetivando a preservação ou a re-
governamental, com atuação na área da formação profissional. cuperação de recursos naturais afetados

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por processos de exploração predatórios ciamento; eletrônico do Poder Público Municipal,


ou poluidores. VII- Atualizar as plantas de valores, com bem como por outros meios úteis a tal
CAPÍTULO V os impostos territoriais pertinente ao códi- finalidade, em linguagem acessível à po-
DA CRIAÇÃO DO CADASTRO TERRI- go tributário atual do Município. pulação.
TORIAL MULTININALITÁRIO (CTM) VIII- Incorporar o georreferenciamento. Art. 258 É assegurado a qualquer interes-
Art. 254 O Poder Público Municipal criará § 3º O Cadastro Territorial Multifinalitário sado, nos termos da lei, o direito à ampla
e manterá atualizado, permanentemen- adotará a divisão administrativa do Muni- informação sobre os conteúdos de docu-
te, o Cadastro Territorial Multifinalitário cípio como unidade territorial básica para mentos, informações, estudos, planos,
(CTM) de informações sociais, culturais, a organização de todos os dados, indica- programas, projetos, processos e atos
econômicas, financeiras, patrimoniais, dores e cadastros relativos ao território administrativos e contratos.
administrativas, físico-territoriais, geológi- municipal, devendo, quando possível, Art. 259 A gestão do CTM é de responsa-
cas, ambientais, imobiliárias, segurança e dispor de informações desagregadas por bilidade e da competência do Município.
qualidade de vida e outras de relevante setor censitário para subsidiar o Abairra- TÍTULO VII
interesse para o Município, progressiva- mento. DOS INSTRUMENTOS DE
mente georreferenciadas em meio digital. § 4º O Cadastro Territorial Multifinalitário PARTICIPAÇÃO SOCIAL
Art. 255 O Cadastro Territorial Multifina- buscará a compatibilização topológica en- CAPÍTULO I
litário (CTM) será o inventário territorial tre lotes, quadras, setores censitários e DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICA
oficial e sistemático do município e será áreas de ponderação do IBGE e demais Art. 260 O Poder Público Municipal reali-
embasado no levantamento dos limites de divisões territoriais dos órgãos públicos zará audiências públicas por ocasião do
cada parcela, que recebe uma identifica- das três esferas de governo. processo de licenciamento de empreendi-
ção numérica inequívoca. § 5º O Município promoverá entendimento mentos no entorna da área de influência
§ 1º O sistema a que se refere este artigo para que o Estado, a União e outras ins- de unidades de conservação ambiental,
deve atender aos princípios da simplifi- tituições públicas, como Cartórios Eleito- grandes empreendimentos em geral e
cação, economicidade, eficácia, clareza, rais, Correios e Poder Judiciário, promova atividades públicas e privadas geradoras
precisão e segurança, evitando-se a du- gestão de serviço integrada. de possíveis impactos urbanístico ou am-
plicação de meios e instrumentos para § 6º O Cadastro Territorial Multifinalitário biental, listadas a seguir:
fins idênticos. deverá oferecer indicadores dos serviços I- Estradas de rodagem com duas ou mais
§ 2º O Cadastro Territorial Multifinalitário públicos, da infraestrutura instalada e dos pistas de rolamento;
buscará, progressivamente, permitir: demais temas pertinentes a serem anual- II- Ferrovias;
I- Mapeamento de investimentos, proje- mente aferidos, publicados no Diário Ofi- III- Portos e terminais de minério, petróleo
tos e programas públicos das diversas cial do Município e divulgados por outros e produtos químicos;
secretarias, órgãos descentralizados e meios a toda a população, em especial IV- Aeroportos, conforme definidos na le-
concessionárias previstos nos respecti- aos Conselhos e as entidades represen- gislação pertinente;
vos orçamentos, bem como de seu efetivo tativas da sociedade civil. V- Oleodutos, gasodutos, minerodutos e
dispêndio por etapas de realização; § 7º O CTM deve ser utilizado como re- emissários submarinos de esgotos sani-
II- Cadastro e mapeamento de licencia- ferência básica para qualquer atividade tários ou industriais;
mentos de projetos, programas e empre- de sistemas ou representações geoes- VI- Linhas de transmissão de energia elé-
endimentos públicos e privados com sua paciais, planos, programas e projetos do trica, com capacidade acima de 230 kW;
localização geográfica e em seus estágios Município. VII- Barragens e usinas de geração de
de aprovação, execução e sua conclusão; Art. 256 Os agentes públicos e privados, energia elétrica (qualquer que seja a fon-
III- Realizar o gerenciamento e o controle em especial os concessionários de servi- te de energia primária), com capacidade
do Plano de Gestão de Áreas Públicas; ços públicos que desenvolvem atividades igual ou superior a 10 mw;
IV- Mapeamento e caracterização de re- no Município, deverão fornecer ao Exe- VIII- Extração de combustível fóssil (pe-
moções e fluxo de moradores removidos cutivo, no prazo que este fixar, todos os tróleo, xisto, carvão);
previstos, em curso e sua evolução tem- dados e informações que forem conside- IX- Extração de minério, inclusive areia;
poral; rados necessários ao Cadastro Territorial X- Abertura e drenagem de canais de na-
V- Carta Geotécnica Ambiental, mape- Multifinalitário. vegação, drenagem ou irrigação, retifica-
amento do uso e ocupação da terra de Parágrafo único. O disposto neste artigo ção de cursos d'água, abertura de barras
seus usos predominantes, e da distribui- aplica-se também às pessoas jurídicas ou e embocaduras, transposição de bacias,
ção espacial dos parâmetros urbanísti- autorizadas de serviços públicos federais construção de diques;
cos como coeficientes de aproveitamento ou estaduais, mesmo quando submetidas XI- Aterros sanitários, processamento e
aprovados; ao regime de direito privado. destino final de resíduos tóxicos ou peri-
VI- Quantidades de áreas gravadas em Art. 257 Deve ser assegurada ampla di- gosos;
cada tipo de AEIS e dos empreendimen- vulgação dos dados do Cadastro Territo- XII- Complexos ou unidades petroquími-
tos executados e em processo de licen- rial Multifinalitário, por intermédio do sítio cas, cloroquímicas, siderúrgicas e usinas

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de destilação de álcool; lizado no portal eletrônico do Poder Públi- Art. 269 A Outorga Onerosa deverá ser
XIII- Distritos industriais e Zonas Estrita- co Municipal no prazo de 30 dias a partir regulamentada em conjunto com revisão
mente Industriais - ZEI; de sua apresentação, podendo este prazo da Lei de Zoneamento.
XIV- Projetos de desenvolvimento urbano ser prorrogado por motivo fundamentado. Art. 270 O Poder Público disponibilizará
e exploração econômica de madeira ou CAPÍTULO III em seu sítio eletrônico esta Lei Comple-
lenha em áreas acima de 50 (cinquenta) DOS INSTRUMENTOS DE PROMOÇÃO mentar e toda legislação municipal de
hectares, ou menores quando confron- DA CIDADANIA controle urbanístico.
tantes com unidades de conservação da Art. 263 O Executivo promoverá ativi- Art. 271 São partes integrantes desta Lei
natureza ou em áreas de interesse espe- dades de formação para os munícipes, Complementar os Mapas em anexo.
cial ou ambiental, conforme definidas pela como cursos, seminários e oficinas, com Art. 272 Esta Lei Complementar entra em
legislação em vigor; o objetivo de ampliar a troca de infor- vigor na data de sua publicação, revoga-
XV- Projetos agropecuários em áreas su- mação sobre as políticas de desenvolvi- das as disposições em contrário.
periores a 200 (duzentos) hectares, ou mento urbano, favorecendo seu contínuo Saquarema, 08 de dezembro de 2021
menores quando situados total ou parcial- aperfeiçoamento. Manoela Ramos de Souza Gomes Alves
mente em áreas de interesse especial ou Parágrafo único. Tais atividades serão Prefeita
ambiental, conforme definidas pela legis- planejadas em conjunto com os represen- SIGLAS
lação em vigor; tantes dos conselhos e deverão ser orga- AEIC - Área de Especial Interesse Cultu-
XVI- Qualquer atividade que utilize carvão nizadas, ordinariamente, no mínimo uma ral
vegetal, derivados ou produtos similares vez por ano, antecedendo a discussão do AEIS - Área de Especial Interesse Social
acima de 10 (dez) toneladas por dia. orçamento municipal. AEIA - Área de Especial Interesse Am-
§ 1º O Executivo dará ampla publicidade TÍTULO VIII biental
aos resultados advindos das audiências DAS DISPOSIÇÕES FINAIS CEPAC - Certificado de Potencial Adicio-
públicas especialmente indicando as me- E TRANSITÓRIAS nal Construtivo
didas adotadas em função das opiniões Art. 264 O CONCID referido nesta Lei CIEJA - Centro Integrado de Educação
e manifestações colhidas junto à popula- Complementar deverá, no prazo máximo de Jovens e Adultos
ção. de 180 (cento e oitenta) dias, a partir da CONCID - Conselho Municipal das Cida-
§ 2º Todos os documentos relativos ao publicação do Plano Diretor de Desen- des
tema da audiência pública, tais como es- volvimento Sustentável ser instalado nos CRAS - Centro de Referência da Assis-
tudos, plantas, planilhas e projetos, serão termos desta Lei Complementar. tência Social
colocados à disposição de qualquer inte- Parágrafo único. Caberá ao Chefe do Po- EHMP - Empreendimento de Habitação
ressado para exame na Secretaria Muni- der Executivo Municipal, durante o perío- de Mercado Popular
cipal competente, 15 dias após a realiza- do mencionado no caput, praticar os atos EIA - Estudo de Impacto Ambiental
ção da respectiva audiência pública. inerentes às atribuições deste Conselho. EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança
§ 3º O Executivo poderá complementar as Art. 265 O FUNDURB referido nesta Lei EJA - Programa de Educação de Jo-
audiências públicas com atividades parti- Complementar deverá no prazo máximo vens e Adultos
cipativas que ampliem a participação dos de 180 (cento e oitenta) dias a partir da FMMA - Fundo Municipal de Meio Am-
munícipes, tais como oficinas, seminários publicação do Plano Diretor de Desenvol- biente
e atividades formativas. vimento Sustentável ser regulamentado. FMP - Faixa Marginal de Proteção
CAPÍTULO II Art. 266 O Plano Diretor de Desenvolvi- FUNDURB - Fundo Municipal de Desen-
DA INICIATIVA POPULAR DE PLANOS, mento Sustentável terá vigência de no volvimento Urbano
PROGRAMAS E máximo 10 (dez) anos, contados a partir HIS - Habitação de Interesse Social
PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO da data da sua publicação no Diário Ofi- HMP - Habitação de Mercado Popular
URBANO cial do Município, devendo ser revisado e IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico
Art. 261 A iniciativa popular de planos, atualizado nesse prazo máximo. e Artístico Nacional
programas e projetos de desenvolvimento Art. 267 Como condição de eficácia, o ITBI - Imposto Sobre a Transmissão de
urbano poderá ser tomada por eleitores Plano Diretor de Desenvolvimento Sus- Bens Imóveis
do Município em caso de planos, progra- tentável deverá ser norteador das Leis de LA - Licenciamento Ambiental
mas e projetos de impacto estrutural so- Zoneamento de Uso e Ocupação do Solo, LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias
bre a cidade. Lei de Parcelamento do Solo Urbano, Có- LECAM - Levantamento e Cadastro Ar-
Art. 262 Qualquer proposta de iniciativa digo de Obras e Edificações e demais ins- queológico do Município
popular de planos, programas e projetos trumentos legais citados no escopo desta LO - Licença de Operação
de desenvolvimento urbano e ambiental Lei Complementar. LOA - Lei de Orçamento Anual
deverá ser apreciada pelo Executivo em Art. 268 A Lei de abairramento será regu- PEV - Posto de Entrega Voluntário
parecer técnico circunstanciado sobre o lamentada no prazo de 1 ano, contados PLHIS - Plano Local de Habitação de In-
seu conteúdo e alcance, a ser disponibi- da data da publicação deste Plano. teresse Social

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Ano IV ● Nº 786 ● EDIÇÃO EXTRA
Quinta-feira, 09 de dezembro de 2021

PPA - Plano Plurianual Secretaria Municipal de Desenvolvimento


PRONATEC - Programa Nacional de Social – Representante: Daniele Borges
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego dos Santos Vignoli
REURB - Regularização Fundiária Urba- Suplente: Claydson Silva de Assis Faria
na Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e
RIV - Relatório de Impacto de Vizinhança Turismo – Representante: Rafael da Cos-
RPPN - Reservas Particulares do Patri- ta Castro
mônio Natural Suplente: Daniele Luize Dantas Mazzeo
SIMMA - Sistema Municipal de Meio Am- Secretaria Municipal de Cultura - Repre-
biente sentante: Manoel Vieira Gomes Junior
SNHIS - Sistema Nacional de Habitação Suplente: Wagner Bruno Bitencourt
de Interesse Social Secretaria Municipal de Urbanismo – Re-
VLT - Veículo Leve Sobre Trilhos  presentante: Felipe de Oliveira Araújo
EQUIPE TÉCNICA Suplente: Sarah Karolyna Serafim Rama-
Secretaria Municipal de Urbanismo: lho
Danilo Goretti Villa Verde – Coordenador
Geral 1ª Etapa
Felipe de Oliveira Araújo – Coordenador
Geral 2ª Etapa
Sarah Karolyna Serafim Ramalho – Dire-
tora de Urbanismo
Mirella Furtado de Mendonça – Assessora
de Planejamento Urbano
Barbara Lisboa Freitas – Assessora de
Projetos
Gabriel Nazareth Bravo da Costa – As-
sessor
Iago Duarte Novaes - Assessor
Ursula Cunha dos Reis – Estagiária
Maiara Macedo Pinheiro – Estagiária
Dayane Azevedo dos Santos – Estagiária
Comitê Gestor:
Representantes da Sociedade Civil:
Organização Social e Cultural Aimberê -
Representante: Luiz Carlos Lopes
Suplente: Ricardo Ramos da Silva
Movimento Articulado de Mulheres Ami-
gas de Saquarema - Representante: Ivo-
niza de Oliveira
Suplente: Fátima Roque
Associação Raízes - Representante: Vâ-
nia Lúcia de Araújo Monte Silva
Suplente: Henrique Carlos de Oliveira
Lions Clube de Saquarema - Represen-
tante: Ricardo Sanchez Correia
Suplente: Roberto Mascarenhas Arruda
Associação de Arquitetos e Engenheiros
da Região dos Lagos - Representante:
Luíz Sérgio Santos Souza
Suplente: José Elias de Azevedo Vignoli
Representantes do Poder Público:
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
– Representante: Gilmar Rocha de Ma-
galhães
Suplente: Lucas Lepesteur Giolito

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ANEXO 1
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Legenda
Macrozoneamento 07 - MACROZONA RURAL DE BACAXÁ
01 - MACROZONA URBANA DE SAQUAREMA 08 - MACROZONA URBANA DE JACONÉ
02 - MACROZONA AMBIENTAL DE VILATUR 09 - MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA DE SAMPAIO CORREIA
03 - MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA DE SAQUAREMA 10 - MACROZONA RURURBANA DE JACONÉ
04 - MACROZONA URBANA DE BACAXÁ 11 - MACROZONA RURAL DE SAMPAIO CORREIA
05 - MACROZONA DE EXPANSÃO URBANA DE BACAXÁ 12 -MACROZONA AMBIENTAL DE SAMPAIO CORREIA
06 - MACROZONA RURURBANA DE BACAXÁ Parque Estadual Costa do Sol
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ANEXO 2
D.O.S
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Legenda
Área de Especial Interesse Social: Granja Água Branca 2 Morro do Sabão Serrinha Visual Park
Bacaxá Guarani Nova Canaã- Bacaxá Torre Rio da Areia - Bacaxá
Charqueado Madressilva Parque Swan Vila Feliz
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Granja Água Branca 1 Morrinho de Sampaio Recreio Guanabara- Bacaxá Vilatur - Saquarema
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ANEXO 3
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Legenda
Lagunas Área de Proteção Ambiental Municipal Zona de Expansão Urbana e Florestal
Hidrografia Parque Estadual Costa do Sol Zona de Preservação da Vida Silvestre
Desafetação da APA de Massambaba Área de Proteção Ambiental Estadua: Zona de Ocupação Controlada
Zona de Conservação da Vida Silvestre Bairros
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ANEXO 4
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Legenda
Equipamentos de Cultura Blocos/Bandas Edificações Religioso
Associação/Artístico Centro Social/Educação Feiras/Festas Sítios Arqueológicos
Associção/Esporte Cinema/Teatro Museus/Centro Culturais Bairros
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ANEXO 5
PREFEITURA MUNICIPAL DE SAQUAREMA
Região dos Lagos – Estado do Rio de Janeiro
SECRETARIA MUNICIPAL DE URBANISMO

CERTIFICADO DE POTENCIAL CONSTRUTIVO DECORRENTE DA OUTORGA ONEROSA DO


DIREITO DE CONSTRUIR REFERENTE AO PROCESSO ADMINISTRATIVO XXXXXXX

Nº 000/2021

A SECRETARIA DE URBANISMO DA CIDADE DE SAQUAREMA, por meio do Secretário de Urbanismo e do


Presidente do Conselho Municipal da Cidade - CONCID
CERTIFICA
1 – Que o proprietário do imóvel situado (endereço completo), Saquarema, de propriedade de (nome) (nacionalidade) (estado
civil) (profissão) (endereço completo, (CPF e identidade) preenche os requisitos da Lei XX/2021, nos termos do protocolo
administrativo nº XXX/20XX, fazendo jus ao total de XXXX m2 de potencial construtivo.
2 – O presente certificado terá validade e eficácia com a averbação do cartório competente do (s) item (s) acima.
3 – O presente certificado possui validade de 03(três) anos a partir da data de sua expedição. O prazo de caducidade do
certificado implicará no cancelamento automático da averbação à margem da matrícula.

Saquarema, de de 2021

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