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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PRODUTO 8: RELATÓRIO FINAL DA REVISÃO


DO PLANO – DOCUMENTO SÍNTESE

JANEIRO / 2023
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PREFEITURA DE JUIZ DE FORA Fábio Fonseca Oliveira


Secretaria do Governo (SG)
Margarida Salomão
Prefeita Lucas Silva Campos
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO URBANO - SEPUR Cássio Guerra


Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Lívia Delgado Rodrigues
Secretária SEPUR Giselle Belcavello
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Sarah C. Ribeiro Antunes
Gerente do Departamento de Saneamento e Meio Ambiente Alaeste Veiga Dofini
Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas (SESMAUR)
Amanda Teixeira de Rezende
Supervisora de Saneamento Lívia Passarella Almeida
Secretaria de Saúde (SS)
SECRETARIA DE OBRAS - SO
Maria Aparecida Franco de Assis
Secretaria de Saúde (SS)
Lincoln Santos Lima
Secretário SO
Eduardo Oliveira Santos
Secretaria de Assistência Social (SAS)
COMPANHIA DE SANEAMENTO MUNICIPAL - CESAMA
Cláudio Raul da Silva Santos
Júlio César Teixeira Secretaria de Assistência Social (SAS)
Presidente
Rafael Fabião Setti
Secretaria de Obras (SO)
DEPARTAMENTO DE LIMPEZA URBANA - DEMLURB
Luís Eduardo do Amaral Faria
Ana Luísa Afonso Guimarães Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Diretora Geral
Fabiano César Tosetti Leal
Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
GRUPO TÉCNICO EXECUTIVO
Ricardo Stahlschmidt Pinto Silva
Leonardo Leon Leite Moreira Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Mário de Araújo Porto Filho
Sarah Christina Ribeiro Antunes Companhia de Saneamento Municipal (CESAMA)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Telma Souza Chaves
Amanda Teixeira de Rezende Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Victória Abrahão Fonseca e Silva
João Gama de Araújo Velez Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DEMLURB)
Secretaria de Planejamento Urbano (SEPUR)
Mirene Augusta de Andrade Moraes
Cidinha Louzada Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais (ARISB-MG)
Secretaria da Secretaria do Governo (SG)
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GESTÃO E FISCALIZAÇÃO

Sarah C. Ribeiro Antunes


Gestora

Leonardo Leon Leite Moreira


Fiscal

Amanda Teixeira de Rezende


Fiscal Suplente

CONSULTORIA
Ampla Assessoria e Planejamento Ltda.

Paulo Inácio Vila Filho


Engenheiro Sanitarista e Ambiental

Vinicius Augusto Belatto


Engenheiro Civil, Sanitarista e Ambiental

Camila Ely Januário Silva


Engenheira Sanitarista e Ambiental

Cristiane Tarouco Folzke


Engenheira Sanitarista e Ambiental. Msc Eng. Ambiental

Nadine Lory Bortolotto


Engenheira Sanitarista e Ambiental e Engenheira de Segurança do Trabalho.

Salomé Garcia Bernardes


Geógrafa

Paulo César Mência


Advogado

Oliva Rech Silva


Assistente Social

Rosangela Maria Silva


Licenciada em Letras

Joseane Maria Koerich


Bacharel em Ciências Econômicas

Fabiana Teresinha da Silva


Assistente Administrativa e Financeira
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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...................................................................................................... 1

1 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DA REVISÃO DO PSB-JF ............... 2

2 CARACTERIZAÇÃO MUNICIPAL E ESTUDO POPULACIONAL ...................... 3

3 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE


ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................................................................... 13

4 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ................... 14

5 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ................... 23

6 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS


PLUVIAIS URBANAS ............................................................................................... 31

7 ATUALIZAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA


UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO .................... 44

8 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ............................................................. 61

9 REDEFINIÇÃO DE AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA ................ 77

10 TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE


INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE JUIZ DE FORA ...... 90

11 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA 92

12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 99


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LISTA DE SIGLAS PROSAB - Programa de Pesquisas em Saneamento Básico


PSB-JF – Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora
APP – Área de Preservação Permanente PVC - Policloreto de Vinila
ARISB-MG – Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais RP – Região de Planejamento
CCO – Centro de Controle Operacional SAA – Sistema de Abastecimento de Água
CESAMA – Companhia de Saneamento Municipal SEPUR - Secretaria de Planejamento Urbano
COMSAB – Conselho Municipal de Saneamento Básico SES – Sistema de Esgotamento Sanitário
COPASA - Companhia de Saneamento de Minas Gerais SESMAUR – Secretaria de Sustentabilidade em Meio Ambiente e Atividades Urbanas
CPRM – COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS SIG - Sistema de Informações Geográfica
DAE - Departamento de Águas e Esgotos SISURB - Sistema Municipal de Informação para o Desenvolvimento Territorial
DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
DEMLURB – Departamento Municipal de Limpeza Urbana SO – Secretária de Obras
DEOS - Departamento de Operação do Sistema SSGEOP – Subsecretaria de Gestão de Obras e Projetos
DETA - Departamento de Tratamento de Água SSPDC – Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil
DETE - Departamento de Tratamento de Esgoto STE - Supervisão de Estação de Tratamento de Esgoto
DMC - Distritos de Medição e Controle SUDS – Sistemas de Drenagem Urbana Sustentável
DOMO - Manutenções de Obras e Contribuições Urbanas TIR - Taxa Interna de Retorno
DRDE - Diretoria de Desenvolvimento e Expansão VPL - Valor Presente Líquido
DRFA - Diretoria Financeira e Administrativa VRP - Válvulas Redutoras de Pressão – VRP
DRTO - Diretoria Técnica e Operacional WACC - Custo Médio Ponderado de Capital
EEE – Estação Elevatória de Esgoto ZEIS -Zonas Especiais de Interesse Social
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
FOFA - Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ODS – Objetivos do Desenvolvimento Sustentável
ONU - Organização das Nações Unidas
PDP - Plano Diretor Participativo
PEAD - Polietileno de Alta Densidade
PJF – Prefeitura de Juiz de Fora
PLANSAB - Plano Nacional de Saneamento Básico
PMGIRS – Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
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APRESENTAÇÃO

O presente documento refere-se ao Produto 8: Relatório Final da Revisão do Plano -


Documento Síntese, correspondente à Fase VIII da revisão do Plano de Saneamento de Juiz
de Fora, elaborado pela empresa AMPLA Consultoria e Planejamento, vencedora do certame
licitatório, conforme Contrato de Prestação de Serviço no 01.2022.005 firmado entre a
empresa e o município de Juiz de Fora-MG.

A partir do exposto, este relatório estrutura-se em nove (9) capítulos principais, em acordo
com escopo apontado pelo Plano de Trabalho da presente revisão do PSB-JF, são eles:

• Introdução e Contextualização;
• Caracterização Geral do Município;
• Diagnóstico dos Serviços de Abastecimento de Água;
• Diagnóstico dos Serviços de Esgotamento Sanitário;
• Diagnóstico dos Serviços de Manejo de Águas Pluviais e Drenagem Urbana;
• Atualização dos Prognósticos e Alternativas para Universalização dos Serviços de
Saneamento Básico;
• Programa, Projetos e Ações;
• Redefinição de Ações de Emergência e Contingência;
• Termo de Referência para Elaboração do Sistema de Informação Municipal de
Saneamento Básico de Juiz de Fora;
• Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática.

Reitera-se que este é um relatório síntese, sendo abordado ao longo do texto apenas os
itens principais da revisão do PSB-JF. Para um maior detalhamento das propostas, sugere-
se a leitura integral dos oito (8) produtos que compõem a revisão do Plano de Saneamento
Básico do município de Juiz de Fora.

Todos os produtos e relatórios produzidos que compõem a revisão do PSB-JF se


encontram disponibilizados no portal eletrônico do Plano, a ser acessado através de:
https://www.pjf.mg.gov.br/secretarias/sepur/planos_programas/saneamento_basico/revisao_
psb2022/)

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

1 INTRODUÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DA REVISÃO DO PSB-JF Figura 1: Princípios Fundamentais do Plano de Saneamento Básico.

O Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora, doravante denominado PSB-JF, é um


instrumento de implantação da Política Municipal de Saneamento Básico, uma ferramenta
estratégica para assegurar o acesso universal e de qualidade aos serviços públicos de
saneamento básico. Sua revisão tem por finalidade avaliar e estabelecer objetivos e metas
quanto à prestação de serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário e manejo
das águas pluviais

Em 2014 foi finalizado o PSB-JF, através da parceria entre a Prefeitura de Juiz de Fora e a
sociedade empresária ESSE Consultoria, abrangendo os 4 (quatro) componentes do
Saneamento Básico: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana
e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Fonte: Plano Nacional de Saneamento Básico – versão atualizada 2019.

A revisão do PSB-JF, iniciada em 2022, baseia-se na Lei Federal nº 11.445/2007, atualizada


pela Lei Federal nº 14.026/2020. Esta buscou refletir as necessidades e anseios da população Diferente do PSB-JF (2014), a sua revisão compreendeu 3 (três) dos sistemas de
local, promovendo planejamento democrático e participativo dos serviços de saneamento saneamento básico: abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem e manejo de
básico. águas pluviais urbanas. Isto, pois em 31 maio de 2021 foi aprovado, por meio do Decreto
Municipal nº 14.568, o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Juiz de
Neste Plano estão considerados os princípios fundamentais da Lei Federal n° 11.445/2007, Fora. Sendo assim, o sistema de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos não foi
definidos em seu Art. 2°, bem como as metas definidas no Plano Nacional de Saneamento incluído à revisão, conforme requerido pelo Termo de Referência de elaboração da revisão
Básico – PLANSAB (versão atualizada de 2019), e também, os princípios fundamentais da do PSB-JF.
Lei Municipal nº 14.290/21, definidos no Art. 4º do Capítulo II, da Política Municipal de
Saneamento Básico de Juiz de Fora. A revisão do PSB-JF foi dividida em 8 fases distintas, dispostas no Quadro 1.

Esses princípios materializam as principais diretrizes do planejamento, as quais devem ser


base para a definição das principais metas, ações e objetivos para os serviços de saneamento
básico municipal, estando apresentados na Figura 1.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 1: Fases da Revisão do PSB-JF. 2 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO


Fase Descrição
Planejamento do processo de revisão do PSB-JF e definição dos canais de participação da
I
sociedade e de comunicação social na elaboração do plano. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS
Atualização do diagnóstico da situação do saneamento básico e de seus impactos nas condições
II de vida da população, tendo como referência o PSB-JF e dados secundários disponibilizados pelo Localiza na porção sudeste do Estado de Minas Gerais, na região da Zona da Mata Mineira,
Município. uma das mesorregiões geográficas que compõem o Estado de Minas. A Zona da Mata ainda
Atualização dos prognósticos e alternativas para universalização dos serviços de saneamento
se subdivide em microrregiões. Atualmente a microrregião de Juiz de Fora – 065, é composta
III básico pospostos no PSB-JF e a elaboração de novos itens que se façam necessários. Objetivos e
por 33 municípios. Com uma área territorial de 1.435,749 km² segundo o IBGE e a FJP,
Metas atualizados.
situando-se à latitude de 21° 41’ 20” S, e à longitude de 43° 20’ 40” W, a uma altitude média
IV Redefinição de programas, projetos e ações necessárias para atingir objetivos e metas.
V Redefinição de ações para emergências e contingências. de 700 metros acima do nível do mar.
Atualização do Produto referente ao Termo de Referência para a elaboração do Sistema de
VI Informações de Saneamento Básico de Juiz de Fora, avaliando a possibilidade de execução direta Seu território está dividido em 9 distritos: o Distrito-Sede, com área de 750,30 km² , Distrito
deste sistema.
de Torreões com 147,72 km², tendo como sede a Vila de Torreões, Distrito Humaitá de Minas
Atualização dos mecanismos propostos no PSB-JF para a avaliação sistemática da eficiência, da
109,62 km², tendo como sede o núcleo urbano Humaitá, Distrito, Monte Verde de Minas
VII efetividade, da eficácia e do impacto das ações programadas. Avaliação do estado atual do
87,517 km², tendo como sede núcleo urbano de Monte Verde, Distrito de Rosário de Minas
saneamento no município levando em conta os mecanismos propostos no PSB-JF.
VIII Relatório Final da Revisão do Plano - Documento Síntese. com 113,21 km², tendo como sede a Vila de Rosário de Minas, Distrito de Penido com 55,22
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022. km², tendo sede como núcleo urbano Penido, Distrito de Valadares com 67,14 km², tendo
como sede núcleo urbano de Valadares, Distrito de Sarandira com 75,10 km², tendo como
Ao longo do processo da elaboração do PSB de Juiz de Fora, destacam-se as atividades núcleo a Vila de Sarandira e o Distrito Caetés de Minas com 30,25 Km², tendo como sede o
relacionadas à mobilização social. Ao todo, foram dois períodos de Consulta Pública abertos, núcleo urbano de Caetés.
cada um contabilizando 15 dias corridos: Consulta Pública de Diagnóstico e Consulta Pública
Final. Em ambos os processos, os respectivos produtos e relatórios ficaram disponibilizados No Estado de Minas Gerais, o município de Juiz de Fora limita-se com os municípios listados
para o acesso virtual da população, que por sua vez, teve a possibilidade de interagir com o abaixo, conforme pode ser visualizado no mapeamento da Figura 2.
município através de um endereço de e-mail, onde críticas, dúvidas e sugestões foram
encaminhadas para a equipe técnica responsável pela elaboração do Plano. Ainda, em • Ao Norte: Ewbank da Câmara e Santos Dumont;
ambos os períodos, aplicou-se à população questionários abordando a temática • À Nordeste: Piau e Coronel Pacheco;
abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana. • À Noroeste: Bias Fortes e Santos Dumont;
• À Leste: Chácara e Bicas;
Por fim, realizou-se uma Audiência Pública Final da Revisão do PSB de Juiz de Fora, no mês
• À Oeste: Lima Duarte e Pedro Teixeira;
de dezembro de 2022. Neste evento público, representantes do município e técnicos da
• Ao Sul: Matias Barbosa e Belmiro Braga;
consultoria contratada para elaborar o PSB apresentaram os principais resultados da revisão
• À Sudeste: Pequeri e Santana do Deserto;
do PSB, assim como tiraram dúvidas dos participantes presentes no evento.
• À Sudoeste: Santa Bárbara do Monte Verde.

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Em termos de acessibilidade, Juiz de Fora se localiza no entroncamento entre as rodovias


BR-040 e a BR-267. Os acessos terrestres principais ocorrem a partir de rodovias federais e
estadual, são elas:

• Rodovia Federal BR-040 (Rio de Janeiro, Juiz de Fora, Belo Horizonte, Brasília);
• Rodovia Federal BR-267 (Leopoldina – Juiz de Fora – Porto Murtinho);
• Rodovia Estadual MG-353 (Rio Novo – Coronel Pacheco – Juiz de Fora – Rio Preto).

O município apresenta um aeroporto para acesso aéreo localizado no bairro Aeroporto (Na
Região de Planejamento Oeste), além disso, a cerca de 45,7 km de distância –
aproximadamente 1 hora de viagem - pela Rodovia MG-353, se encontra o Aeroporto da Zona
da Mata na cidade de Goianá. Juiz de Fora conta ainda com uma linha férrea que corta o
município no sentido noroeste-sudeste, paralelo em muitos trechos ao Rio Paraibuna,
cortando inclusive o centro urbano. Os principais acessos ao município podem ser
visualizados na Figura 3.

Considerando a importância de buscar soluções conjuntas entre as municipalidades próximas


e de problemas similares, o Governo do Estado de Minas Gerais dividiu o estado em
microrregiões, com respectivas Associações de Municípios, dentro de um entendimento da
descentralização administrativa como benéfica e econômica, e fortalecedora dos governos
locais.

A Figura 4 destaca Juiz de Fora e os outros 33 municípios atualmente compreendidos na


Microrregião de Juiz de Fora.

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Figura 2: Mapa de localização de Juiz de Fora.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 3: Mapa de acessos à Juiz de Fora.

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Figura 4: Mapa da microrregião de Juiz de Fora.

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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E AMBIENTAIS temperatura média anual de 19,4°C com médias anuais de temperaturas mínimas e máximas
nos valores de 15,6°C e 25,0°C, respectivamente. Em relação às chuvas, o município de Juiz
Juiz de Fora integra a microrregião de Juiz de Fora com a mesorregião da Zona da Mata. O de Fora possui precipitação média anual de 1564,8 mm segundo o Instituto Nacional de
município consolidou-se como centro regional da Zona da Mata Mineira, possui grandes Meteorologia (INMET).
ofertas de prestação de serviços, educação, saúde e comércio e conta com a presença de
diversas indústrias, além da polarização de uma região agrícola composta por alguns Os domínios geológicos da região na qual se insere Juiz de Fora são conformados por
municípios da região. unidades de grande extensão, sendo o “Complexo Juiz de Fora” e a unidade “Gnaisse
Piedade”. As rochas destas unidades são metamórficas, coerentes, duras e resistentes,
Dentre os limites de Juiz de Fora, são encontrados os seguintes usos e ocupações do solo: destacam-se, ainda, por serem muito antigas e terem sido submetidas a intensos
dobramentos, falhamentos e fraturamentos. São encontrados sobre a litologia materiais
• Formação Florestal; residuais, coluviais e aluviais (sedimentos aluvionares), com espessuras e características
• Silvicultura; particulares distintas.
• Pastagem;
• Mosaico de Agricultura e Pastagem; Juiz de Fora se localiza na Unidade Serrana da Zona da Mata, pertencente à Região
• Área Urbanizada; Mantiqueira Setentrional. É caracterizada pelo relevo acidentado, que passa dos 1.000

• Outras áreas não vegetais; metros nos pontos mais elevados. Os padrões de relevo apresentam tendência ao controle

• Afloramento Rochosos; estrutural, como pode ser visto nas cartas topográficas do IBGE (Escala 1/50.000), onde

• Mineração; alinhamento dos topos de morros é notório.

• Corpos d’água;
O relevo da cidade possui grande distinção. É evidente que exista uma “cidade alta” em Juiz
• Plantação de Café (beta)
de Fora. A ocupação da cidade alta teve seu início em uma planície altimontana e em seguida
se expandiu para os pontos mais elevados.
A maior parte do município é coberta por Pastagens (46%), Agricultura (17,2%) e Formações
Florestais (29,3%). Contudo, a área urbanizada também representa uma importante porção
Em relação a topografia, tem-se um município predominantemente montanhoso. Este é
(6,3 %). Porém, estas não ocupam integralmente todas as áreas de urbanização dispostas
abrangido principalmente por cotas altimétricas de 700 a 800 metros, contudo possui também
pelo Plano Diretor. A ocupação urbana de Juiz de Fora se deu nas áreas de vale do seu curso
na região sul e sudeste algumas áreas mais baixas, com um pouco mais de 500 metros, onde
d’água principal, o Rio Paraibuna, e de seus córregos tributários, avançando
encontram-se as áreas de várzea do Rio Paraibuna.
progressivamente ao longo da história para as áreas de colinas, morrotes e encostas e topos
de morros
Quanto a pedologia, quase toda a extensão do município é composta por latossolos. Os
latossolos são solos minerais, homogêneos, com pouca diferenciação entre os horizontes ou
Juiz de Fora possui clima subtropical, com inverno seco, ou seja, um clima mesotérmico com
camadas, reconhecido facilmente pela cor quase homogênea do solo com a profundidade.
verões quentes e estação chuvosa também no verão, a Classificação Climática (SCC) de
Köppen predominante no município é a variedade “Cwa”. O município de Juiz de Fora possui

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São solos profundos, bem drenados e com baixa capacidade de troca de cátions, com textura A projeção populacional rural de Juiz de Fora para os próximos 20 anos foi realizada com
média ou mais fina (argilosa, muito argilosa) e, com mais frequência, são pouco férteis. base em 4 métodos: Aritmético, geométrico, previsão e crescimento; Com base nesses 4
métodos a população rural adotada por ser observada no Quadro 2. Já na Projeção
Já os neossolos, presentes em uma pequena porção ao oeste do município, caracterizam-se populacional total municipal utilizou-se o método AiBi descrita pelo IBGE, os resultados estão
por apresentar pequena profundidade (rasos) ou por predomínio de areias quartzosas ou pela dispostos no Quadro 2.
presença de camadas distinta herdadas dos materiais de origem.
Quadro 2: Valores por ano da População Total Adotada.

O município de Juiz de Fora se localiza na bacia do Médio rio Paraibuna, na mesorregião Sul Ano Urbana % Rural % Total
1 2023 578.489 98,88 6.567 1,12 585.056
- sudoeste, pertencendo à bacia hidrográfica do rio Paraíba do Sul, na Unidade de 2 2024 581.942 98,88 6.585 1,12 588.527
Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos. 3 2025 585.190 98,88 6.603 1,12 591.793
4 2026 588.226 98,89 6.621 1,11 594.847
5 2027 591.043 98,89 6.639 1,11 597.682
Na porção mineira da bacia do rio Paraíba do Sul, a qual Juiz de Fora está inserida, nota-se 6 2028 593.636 98,89 6.656 1,11 600.293
7 2029 596.000 98,89 6.674 1,11 602.675
nos aquíferos a predominância da formação geológica do tipo gnaissico-granítico em toda a 8 2030 598.135 98,89 6.692 1,11 604.827
área (cerca de 85% de área), com existência de áreas constituídas pelas formações 9 2031 600.035 98,89 6.710 1,11 606.746
10 2032 601.697 98,89 6.728 1,11 608.425
geológicas dos tipos xistoso, quartzítico e basáltico. 11 2033 603.120 98,89 6.746 1,11 609.866
12 2034 604.305 98,89 6.764 1,11 611.069
13 2035 605.255 98,89 6.782 1,11 612.037
As unidades aquíferas encontradas no município de Juiz de Fora, podem ser classificadas 14 2036 605.969 98,89 6.800 1,11 612.769
em 4 tipos: Aquífero fissurado; Aquífero dos corpos quartzíticos; Aquíferos dos solos de 15 2037 606.448 98,89 6.818 1,11 613.266
16 2038 606.695 98,89 6.836 1,11 613.530
alteração ou residuais; e Aquífero aluvionar. 17 2039 606.714 98,88 6.854 1,12 613.568
18 2040 606.509 98,88 6.872 1,12 613.381
19 2041 606.085 98,88 6.890 1,12 612.974
PROJEÇÃO POPULACIONAL 20 2042 605.446 98,87 6.907 1,13 612.354
Fonte: Elaborado por Ampla Consultoria, 2022.

Quanto ao crescimento populacional do município, Juiz de Fora passou por um crescimento


populacional médio de 1,65% ao ano ao longo das últimas 3 décadas. Particularmente a INFORMAÇÕES SOCIOECONOMICAS
população urbana contribuiu mais significativamente para o crescimento populacional do
município, em média 1,67% ao ano, enquanto que a população rural apresentou crescimento Conforme o Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, no âmbito econômico, no município
médio de 0,30% ao ano nesse período. de Juiz de Fora as proporções encontradas para a quantidade de pessoas pobres, ao longo
das décadas, mostraram decrescimento, passando de 18% em 1991, um valor bem abaixo
Com a falta de dados censitários mais atualizados, a população estimada pelo IBGE para das médias estaduais e nacionais para um pouco mais de 5% em 2010, se mantendo abaixo
Juiz de Fora nos anos de 2020 e 2021 é 573. 285 e 577.532 habitantes respectivamente. das médias. Já a proporção de indivíduos extremamente pobres no município de Juiz de Fora
apresentou uma forte redução, entre 1991 a 2010, reduziu o índice de 5,06% para 0,88%.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

A renda per capita no município de Juiz de Fora apresentou crescimento de 72,85% terceiro, os serviços relacionados à administração, defesa, educação e saúde públicas e
considerável entre 1991 e 2010, onde em 1991 a renda per capita era de R$ 607,97 em 1991, seguridade social.
passando para R$ 1.050,88 no ano de 2010.
As principais atividades industriais do município, segundo o percentual do PIB interno, são a
O Produto Interno Bruto Per capita (PIB Per Capita) municipal é calculado pela razão entre o fabricação de alimentos e bebidas, produtos têxteis, artigos de vestuário, produtos de metal,
Produto Interno Bruto (PIB) e a quantidade de habitantes do município. Juiz de Fora metalurgia, mobiliário, montagem de veículos e outros. Os principais produtos agrícolas são
apresentou PIB per capita municipal de R$32.864,04 no ano de 2019. Na Figura 5 encontra- o milho e a cana-de-açúcar, e as principais criações são os galináceos, bovinos e suínos.
se a evolução do PIB municipal.
No que diz respeito ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM, um índice que
Figura 5: Evolução do PIB per capita de Juiz de Fora. leva em conta quesitos de comparação pertinentes à educação, renda e longevidade, e a
média aritmética deles determina o valor efetivo para cada população analisada. No último
33000,0
ano analisado, Juiz de Fora apresentou um valor de IDH Médio de 0,778, um número IDH
Milhões de R$

classificado como alto, consolidando-o com 7º no ranking estadual e 145°no ranking nacional
28000,0
em 2010.
23000,0

TRANSPORTE
18000,0

13000,0 O Município possui uma rodoviária, o Terminal Rodoviário Miguel Mansur, localizado na
Avenida Brasil, 9501 no bairro São Dimas. O terminal é administrado pela Sociedade Nacional
8000,0 de Apoio Rodoviário e Turístico (SINART). O Terminal localiza-se em um terreno de
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019
43.060,24 m² e possui uma área construída de 18.3130,35 m². Segundo a SINART, possui
Fonte: IBGE, 2019.
um movimento de 2 milhões de usuários por ano.
O setor de serviços é responsável por 63,3% do PIB do município, enquanto a indústria gera
21,06% do PIB. A frota de veículos de Juiz de Fora encontra em crescimento, no ano de 2010 o número de
veículos registrados no Município era de 178.552, já em 2020 são 284.509 veículos,
Considerando o setor de serviços, a atividade com maior valor adicionado bruto ao PIB correspondendo a um crescimento de 59,3%. Os principais veículos são os automóveis e as
municipal corresponde àquelas agrupadas como “Demais serviços”, que compreende motocicletas, que juntos respondem a 79% da frota de 2020.
atividades como: transporte, armazenagem e correios; alojamento e alimentação; informação
e comunicação; atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados; atividades No que se refere à pavimentação das ruas de Juiz de Fora, o Município possui a EMPAV -
imobiliárias; atividades profissionais, científicas e técnicas, administrativas e serviços Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização é uma Empresa Municipal da
complementares; educação e saúde privados, bem como outras atividades de serviços. Em administração indireta, cujo objetivo principal é atender o município nas demandas de
segundo lugar tem-se o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas e, em pavimentação asfáltica de ruas, recomposição asfáltica de pavimentos, manutenção de

10
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

praças e jardins, poda e corte de árvores, pequenas obras civis e fabricação de artefatos de A mortalidade é medida contabilizando os óbitos numa localidade em um determinado ano.
concreto. Atualmente, recebeu a atribuição pelos serviços voltados a iluminação pública do Pode ser entendida como um indicador social de forte importância, tendo em vista que, quanto
município. piores as condições de vida, maior a taxa de mortalidade observada e menor a esperança de
vida. O índice pode, no entanto, ser bastante afetado pelo grau de longevidade da população.
Juiz de Fora recebeu a primeira ferrovia no ano de 1875, no dia 30 de dezembro foi
inaugurada a estação provisória da Estrada de Ferro D. Pedro II. A cidade é interceptada até O Quadro 3 apresenta os dados relativos ao total de óbitos, sem diferenciação na faixa etária,
hoje pela ferrovia pertencente à antiga Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima bem como o total de óbitos infantis no município entre os anos de 2011 e 2020.
(RFFSA), estatal que em 1996 cobria 73% do território brasileiro com 22 mil quilômetros de
Quadro 3: Mortalidade no município.
linhas. Com a extinção da RFFSA em 2007 a ferrovia passou a ser operada pela MRS
Indicadores de
2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Logística, concessionária que controla, opera e monitora a Malha Sudeste da antiga Rede mortalidade
Total 4.044 3.992 4.062 4.031 4.177 4.417 4.274 4.180 4.466 4.860
Ferroviária Federal. Atualmente a concessionária utiliza a ferrovia que conta com 1.643 km
Infantis (menos de
90 97 86 97 80 77 68 76 79 72
de malha - trilhos para escoamento da produção de minérios, cimentos e componentes 1 ano)
Mortalidade infantil
siderúrgicos originários da Zona Metalúrgica. por 1.000 13,78 14,27 13,24 14,33 11,90 12,30 10,32 11,66 12,23 11,91
nascidos-vivos
Fonte: DATASUS, 2022.
Juiz de Fora possui o Aeroporto Francisco Álvares de Assis, mais conhecido como “Aeroporto
Na Figura 6 estão descritos em gráfico os percentuais referentes a causas de óbitos (segundo
da Serrinha”, que se localiza na Avenida Guadalajara s/n, a 910 metros de altitude, e a
tipos de doenças listadas em capítulos do CID10) dentre uma quantidade total de 4860, no
aproximadamente 6 km da área central da sede urbana. Este aeroporto foi inaugurado em
ano de 2020.
1958 e conta com uma pista de 1.535 m de comprimento, operando com voos comerciais
Figura 6: Causas de Óbitos do ano de 2019.
regulares.
1% 2% I. Algumas doenças infecciosas e parasitárias

4%
SAÚDE II. Neoplasias (tumores)
20% III. Doenças sangue órgãos hematopoiéticos e
13% transtornos imunitárarios
De acordo com dados do Ministério da Saúde, no ano de 2020, o Município de Juiz de Fora IV. Doenças endócrinas nutricionais e
metabólicas
conta com 1659 estabelecimentos de saúde públicos e privados.
V. Transtornos mentais e comportamentais

VI. Doenças do sistema nervoso


A taxa de natalidade no município de Juiz de Fora apresentou aumento entre os anos de
IX. Doenças do aparelho circulatório
1994 e 2000 (de 769 para 16,41), que voltou a cair em 2010 (12,04). Esta predisposição à
21% X. Doenças do aparelho respiratório
queda pode ser explicada pelo comum andamento que se observa com a urbanização. O 26%
aumento no grau de educação, na utilização de métodos contraceptivos no planejamento XI. Doenças do aparelho digestivo

familiar são alguns dos fatores mais relevantes que justificam o declínio da natalidade. XII. Doenças da pele e do tecido subcutâneo
4% 3% 6%
0% XIII.Doenças sistema osteomuscular e tecido
conjuntivo

Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano, 2022.

11
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Além disso, doenças de transmissão hídrica também se fazem presentes na cidade de Juiz Figura 7: Evolução Indicadores de Habitação.

de Fora, mostrando a importância do saneamento básico e da água de qualidade. Nos últimos 100

anos a Toxoplasmose Gestacional apresentou grande crescimento no município. A doença 98


96
se trata de uma infecção parasitária causada por um protozoário intracelular obrigatório
94
pertencente ao filo Apicomplexa e a família Sarcocystidae
92

%
90
Quanto a morbidade, se faz necessário destacar os problemas atrelados ao Aedes aegypti e 88
a dengue. A dengue é considerada a única arbovirose completamente adaptada aos seres 86

humanos e possui ampla circulação em áreas urbanas, especialmente grandes cidades de 84


1991 2000 2010
países tropicais. O Brasil é o país mais afetado pela dengue das Américas, as condições
% da população em domicílios com água encanada
favoráveis à sua proliferação tanto nos aspectos naturais (país tropical com elevada % da população em domicílios com coleta de lixo.
umidade), quanto nos aspectos humanos, explicam os elevados números de casos. Juiz de
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2022.
Fora enfrentou em 2010 a primeira epidemia de dengue. Segundo os dados da secretaria de
Saúde de Minas Gerais, registaram-se 9.273 casos notificados.
Em Juiz de Fora o fornecimento de energia elétrica é de responsabilidade da Companhia
Energética de Minas Gerais (CEMIG) que atende a 99,8% dos domicílios de Juiz de Fora,
HABITAÇÃO
segundo o Censo Demográfico do IBGE (2010), neste censo 170.535 domicílios foram
No que diz respeito as habitações em Juiz de Fora, de acordo com o Censo de 2010, Juiz de levados em conta, onde 170.216 possuem acesso à energia elétrica e 319 não possuem
Fora possuía, dentre seus 170.487 domicílios particulares permanentes, parcela de 89,41% acesso.
de habitações construídas em alvenaria com revestimento, 10,24% de habitações de
alvenaria sem revestimento. Em 2021 o município de Juiz de Fora conta com 268.292 imóveis EDUCAÇÃO E TRABALHO
e 188.426 domicílios.
A respeito da educação no município de Juiz de Fora, os dados oriundos dos Censos

No Quadro 4 e na Figura 7 estão representados os números percentuais referentes aos demográficos dos anos de 1991, 2000 e 2010, mostram uma redução na taxa de

domicílios relacionados ao saneamento básico no Município de Juiz de Fora, de acordo com analfabetismo de 7,55% para 4,71% na primeira década, para 3,25% no ano de 2010. A

dados censitários dos anos de 1991, 2000 e 2010. expectativa de Anos de Estudo da população de Juiz de Fora no ano de 2010 é de 9,91 anos,
superior a expectativa nacional (9,54).
Quadro 4: Acesso ao Saneamento.

Característica dos domicílios: Saneamento 1991 2000 2010 De acordo com dados referentes a 2020 do Ministério da Educação (MEC), o município de
% da população em domicílios com água Juiz de Fora possui estabelecimentos de ensino de educação básica, enquadrados como
96,6 98,44 97,98
encanada
% da população em domicílios com coleta de estaduais, municipais e particulares. Dentre o total, os estabelecimentos que oferecem ensino
90,25 98,62 99,13
lixo.
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2022.
da modalidade de educação infantil são 245, os de ensino fundamental são 213, e os de
ensino médio totalizam em 64.

12
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

No município de Juiz de Fora atuam 1729 docentes que trabalham em instituições com 3 DIAGNÓSTICO INSTITUCIONAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE
educação infantil, 4258 com ensino fundamental e 1523 com ensino médio. Entre 2010 e
ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2020 o município reduziu seu número de matrícula escolar total em quase 10%. Mais
especificamente, as quedas na quantidade de matrículas no ensino fundamental e médio
HISTÓRICO INSTITUCIONAL
foram as mais acentuadas, enquanto as matrículas no ensino infantil em contrapartida
aumentaram cerca de 11%.
O primeiro sistema de abastecimento de água implantado em Juiz de Fora é datado de 1887,
sendo de responsabilidade da Prefeitura a prestação dos serviços de abastecimento de água
No que se refere ao Trabalho, no município de Juiz de Fora, a taxa de atividade aumentou
e esgotamento sanitário.
de 64,19% para 66,51% entre os anos de 2000 à 2010, enquanto que a taxa de desocupação
caiu de 13,47% para 7,45% no mesmo período. Ainda, para este mesmo espaço amostral,
Em 1963 é criado o Departamento de Águas e Esgotos - DAE, em caráter de autarquia
nota-se uma evolução no grau de formalização dos ocupados, que subiu de 72,24% para
municipal com autonomia administrativa, tendo como fonte de recursos a cobrança de tarifas
73,74%.
por prestação de serviços.

Destaca-se também, o crescimento do nível educacional entre os anos 2000 e 2010. A


Em 1990 o DAE é substituído pela Companhia de Saneamento e Pesquisa do Meio Ambiente
parcela de concluintes do ensino fundamental subiu de 58,61% para 71,10%, os que possuem
– CESAMA, através da Lei Municipal n° 7762/1990, sendo esta uma empresa pública da
ensino médio completo foram de 40,56% para 53,19% em uma década, já os ocupados com
administração indireta, dotada de autonomia financeira, administrativa e patrimonial, cabendo
ensino superior completo passaram de 12,40% para 19,17%.
à Prefeitura Municipal e ao DEMLURB – Departamento Municipal de Limpeza Urbana
(minoritariamente) seu controle acionário.

Em 2001 a razão social da CESAMA passa a ser Companhia de Saneamento Municipal,


mantendo a sigla, visto que o objetivo da empresa não é a atividade de planejamento e gestão
ambiental, e sim planejar e executar sistemas de abastecimento de águas e esgotamento
sanitário.

REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS

A regulação da prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário


do município de Juiz de Fora é realizada pela Agência Reguladora Intermunicipal de
Saneamento de Minas Gerais – ARISB-MG, por meio do Convênio de Cooperação n°
02.2020.004 entre o município de Juiz de Fora e a ARISB-MG, com a interveniência da
CESAMA, englobando as seguintes obrigações por parte da ARISB-MG:

13
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

• Realizar a gestão associada de serviços públicos; 4 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


• Verificar e acompanhar, por parte do interveniente, o cumprimento do PSB de Juiz de
Fora; De acordo com a Lei Federal nº 11.445/07, alterada pela Lei Federal nº 14.026/2020, em seu
• Fixar, reajustar e revisar valores das taxas, tarifas e outras formas de contraprestação Art. 3° Inciso I, o serviço público de abastecimento de água é “constituído pelas atividades e
dos serviços públicos de saneamento básico; pela disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias
• Homologar, regular e fiscalizar, inclusive as questões tarifárias; ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e seus
• Editar regulamentos, abrangendo as normas relativas às dimensões técnica, instrumentos de medição”.
econômica e social de prestação de serviços;
• Exercer fiscalização e poder de polícia; Ainda de acordo com a mesma legislação, em seu Art 3°-A tem-se a seguinte definição do
• Proceder análise, fixação, revisão e reajuste do valor das taxas, tarifas e outros preços serviço público de abastecimento de água:
públicos;
• Decidir sobre a fixação e reajuste de taxas e tarifas relativas aos serviços públicos de “Consideram-se serviços públicos de abastecimento de água a sua distribuição
mediante ligação predial, incluídos eventuais instrumentos de medição, bem como,
saneamento; quando vinculadas a essa finalidade, as seguintes atividades:
I – reservação de água bruta;
• Receber, apurar e encaminhar, através de sua Ouvidoria, as reclamações dos II – captação de água bruta;
III – adução de água bruta;
usuários; IV – tratamento de água bruta;
V – adução de água tratada;
• Criar e operar sistema de informações sobre os serviços públicos de saneamento VI – reservação de água tratada.”
básico;
• Comunicar aos órgãos competentes os fatos que possam configurar infração à ordem COBERTURA DE ATENDIMENTO E INFORMAÇÕES GERAIS
econômica, ao meio ambiente ou aos direitos do consumidor;
A cobertura de atendimento é caracterizada pela disponibilização do serviço de
• Dirimir, no âmbito administrativo, as divergências entre os agentes setoriais, bem como
abastecimento de água potável realizado pela CESAMA.
entre estes e os usuários;
• Deliberar quanto à interpretação das leis, normas e contratos, bem como sobre os
Quadro 5: Atendimento de Água
casos omissos;
Atendimento de Índice de Atendimento Total* (2021): 96,0%
• Definir a pauta das revisões tarifárias, assim como os procedimentos e prazos de Água
revisões e reajustes, ouvidos o titular, os usuários e o prestador dos serviços; Índice de Atendimento Urbano (2021): 97,1%
• Divulgar semestralmente relatório das atividades realizadas, indicando os objetivos e
*Total = Urbano + Rural.
resultados alcançados, devendo ser apresentado ao titular do serviço para apreciação. Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

No que se refere ao consumo per capita, considerando a população projetada pelo IBGE, a
média no período analisado de 2016 a 2021 foi de 147,06 L/hab.dia, chegando a máxima de
152,31 L/hab.dia em 2020.

14
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Por fim, analisando as perdas na distribuição, baseado num histórico de 10 anos, é possível Figura 9: Captações de Água Bruta.

identificar uma variação entre 28% e 34%, conforme demonstrado na Figura 8.

Figura 8: Índice de Perdas na Distribuição. Captação


Chapéu
D'Uvas

Captação Dr.
João Penido

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

CAPTAÇÃO E ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA


Captação São
Pedro
O sistema de captação de água bruta é composto de 4 unidades para atendimento do sistema
Sede, cuja capacidade total é de 1.800 L/s, as quais estão detalhadas no Quadro 6 e
apresentadas na Figura 9.

Quadro 6: Captações de Água Bruta.


Vazão de Vazão de Classe do
Captação Tipo de Captação
Operação (L/s) Outorga (L/s) Manancial
Chapéu D’Uvas Reservatório 750 900 1
Captação
Dr. João Penido Reservatório 600 750 1 Ribeirão
Ribeirão Espírito Santo Barragem de Nível 350 620 1 Espírito
São Pedro Reservatório 100 40 1 Santo
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Fonte: Arquivo Técnico da Ampla, 2022.

15
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

O sistema de produção de água para a área urbana de Juiz de Fora conta atualmente com 3
unidades de tratamento, sendo: ETA CDI, ETA Marechal Castelo Branco e ETA São Pedro,
ETA São Pedro
cuja capacidade total é de 1.670 L/s, as quais estão detalhadas no Quadro 7 e apresentadas
na Figura 10.

Quadro 7: Estações de Tratamento de Água.

Estação de Tratamento de Água Tipo de Tratamento Vazão de Projeto (L/s)

CDI Convencional 620 Fonte: Arquivo Técnico da Ampla, 2022.


Marechal Castelo Branco Convencional 900
São Pedro Convencional 150 No que tange às condições atuais das instalações existentes, foram identificadas diversas
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
necessidades de melhorias operacionais, dentre as quais, pode-se destacar:

Figura 10: Estações de Tratamento de Água.


• Investimento para colocar em operação as obras de ampliação da ETA CDI, pois o
projeto foi concebido considerando o aumento da capacidade de floculação e filtração,
porém não houve ampliação da capacidade de decantação na mesma proporção de
floculadores e filtros, impossibilitando a utilização da capacidade máxima projetada de
ETA CDI
1.000 L/s.
• Decantador da ETA CDI não suporta a vazão de operação atual, trabalhando com
reduzido tempo de detenção, gerando carreamento de sólidos para o filtro e
consequentemente reduzindo a carreira de filtração.
• O mesmo problema de decantação ocorre na ETA Castelo Branco e na ETA São
Pedro.
• ETA São Pedro possui apenas uma câmara de floculação, diminuindo a eficiência de
formação de flocos e prejudicando o processo de clarificação.
ETA Marechal
Castelo Branco
RESERVATÓRIOS DE ÁGUA TRATADA

O sistema de distribuição de água de Juiz de Fora é composto de 98 unidades de reservação,


as quais combinadas resultam numa capacidade de reservação de 52.708 m³. Na Figura 11,
observa-se a localização das unidades operacionais no sistema de distribuição.

16
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Considerando a necessidade de reservação que atenda as variações horárias do dia de maior


consumo do ano, estima-se uma necessidade de reservação de cerca de 35.028 m³ ao final
do ano de 2021. Deste modo, pode-se concluir, de modo geral, que o sistema de reservação
atende as demandas de abastecimento.

Entretanto, existe um relevante número de ligações que dependem do funcionamento das


elevatórias para serem abastecidas, não possuindo uma influência direta de reservatório,
resultando em imediata intermitência quando ocorre uma parada no sistema de
bombeamento.

17
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 11: Reservatórios de Água Tratada.

18
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ELEVATÓRIAS DE ÁGUA TRATADA

O sistema de distribuição de Juiz de Fora é composto de cerca de 160 unidades de


bombeamento (elevatórias) de água tratada. Na Figura 12, observa-se a localização das
unidades operacionais no sistema de distribuição.

Esta grande quantidade de unidades de bombeamento torna o sistema extremamente


sensível e com potenciais intermitências pontuais muito superiores a um sistema que opere
em sua maioria por gravidade, seja por demandas de manutenção ou por falta de energia
elétrica nas unidades operacionais.

Deste modo, é de extrema importância a manutenção preventiva e preditiva das unidades


operacionais, algo que vem sendo realizado de modo satisfatório pela CESAMA por meio de
equipes terceirizadas, além da equipe de manutenção eletromecânica própria para realizar o
gerenciamento destes serviços.

Outro ponto de extrema relevância, é a necessidade de conjuntos motobomba reservas para


as unidades de bombeamento, de modo a garantir a continuidade do abastecimento durante
a realização de reparos eletromecânicos. Para tanto, a CESAMA possui diversas unidades
de conjuntos motobomba em seu almoxarifado central para garantir a imediata reposição.

Todas as bombas de reposição são devidamente cadastradas e com informativo das


unidades operacionais compatíveis para substituição, resultando em maior agilidade na
reposição e, consequentemente, redução no período de intermitência.

Importante destacar a busca contínua da CESAMA por eficiência energética, fato que pode
ser observado na renovação de ativos eletromecânicos, no adequado estado de conservação
das unidades operacionais, em especial pelas tecnologias utilizadas de acionamento por
inversor de frequência ou por soft start, o que garante uma relevante economia de energia
elétrica nas despesas operacionais da CESAMA.

19
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 12: Elevatórias de Água Tratada.

20
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA MICROMEDIÇÃO

Segundo o cadastro técnico do sistema de abastecimento de água de Juiz de Fora, a Segundo informações repassadas pela CESAMA, em dezembro de 2021, o município de Juiz
extensão de rede de distribuição de água é de aproximadamente de 1.888,69 km, divididos de Fora contava com a seguinte estrutura de micromedição:
em diâmetros entre 20 e 1.200 mm.
Quadro 9: Micromedição.

O relevo acidentado de Juiz de Fora, além de exigir uma demanda muito grande de Micromedição
157.446 ligações de água.
bombeamentos de água, necessita de uma grande quantidade de válvulas redutoras de
pressão – VRP, totalizando 55 unidades, cuja função, é manter uma pressão constante de 270.214 economias.
saída de uma rede de distribuição, de acordo com as demandas de consumo da população.
1,716 economias por ligação.

Dentre as principais deficiências no sistema de distribuição de água, pode-se destacar:


100% das ligações hidrometradas.
Quadro 8: Deficiências da Rede de Distribuição de Água. Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
Deficiências
Necessidade de atualização do cadastro técnico das redes e VRP's
Outro ponto levantado, com base no cadastro comercial da Cesama, é com relação às

Existência de 13,8 km com rede de diâmetro inferior a 50 mm ligações sociais, ou seja, aquelas solicitadas por usuários inscritos no CadÚnico, que em
2021 totalizaram 7.110 ligações. Ainda de acordo com a Gerência Comercial da CESAMA,
Cerca 165 km de rede em FF com diâmetro inferior a 200 mm hoje são atendidas 8.958 economias com a tarifa social para famílias cadastradas no
Cerca de 76,6 km da rede de distribuição tem material CadÚnico da Prefeitura de Juiz de Fora.
desconhecido

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022. Segundo informações obtidas ao longo da visita técnica, a CESAMA aplica um programa de
substituição programada em tempo não superior a 5 anos.
O sistema de abastecimento de água de Juiz de Fora é provido de macromedição em boa
parte do sistema, com destaque para as principais unidades operacionais, tais como Por fim, tem-se a seguinte distribuição de economias por classe de consumo demonstrado na

captações de água bruta, estações de tratamento de água, bem como reservatórios e Figura 13.
elevatórias de maior porte.

A CESAMA está implantando um programa de macromedição na rede de distribuição, com a


implantação de distritos de medição e controle – DMC, permitindo um gerenciamento mais
apurado de pequenas áreas, resultando em elevação da eficiência no combate ao controle
de perdas.

21
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 13: Economias Por Classe de Consumo. medição e controle que abrangem 34.702 ligações de água, ou seja, 22,6% do total. A
implantação de DMC’s auxilia no aumento da eficiência na pesquisa e no combate às perdas
Comerciais
de água na rede de distribuição.
7%

Industriais
1% Ainda com relação aos dados fornecidos pela CESAMA, observou-se que o cadastro técnico
Públicas se encontra, em parte, desatualizado.
1%
Residenciais Mista
88% 3% A CESAMA possui uma logística operacional que supre as demandas atuais, dispondo de
corpo funcional para a operação diária, bem como de manutenção preventiva e corretiva,
além de um corpo técnico direcionado para a gestão comercial e administrativa da
companhia.

Fonte: CESAMA, 2021.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário são operados pela CESAMA.


Nos levantamentos realizados ao longo da construção do PSB/JF, verificou-se a existência
de mananciais suficientes para suprir as demandas atuais de consumo de água da população.

As unidades operacionais visitadas apresentavam-se, majoritariamente em adequado estado


de conservação no que diz respeito às suas estruturas civis, o mesmo pode se dizer das
unidades eletromecânicas, as quais são compostas usualmente por equipamentos novos e
em sua maioria com acionamentos de elevada eficiência energética, tais como inversores de
frequência e soft start.

Outro aspecto positivo na operação do sistema de abastecimento de água é a existência de


um centro de controle operacional, o qual permite uma supervisão e controle das unidades
operacionais e das variáveis hidráulicas.

Para a realização de um controle adequado, a CESAMA conta ainda com macromedição em


todas as principais unidades operacionais do sistema, bem como um total de 20 distritos de

22
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

5 DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO o que acaba impactando diretamente na qualidade dos corpos hídricos do município, a se
destacar o Rio Paraibuna, assim como na saúde dos habitantes de Juiz de Fora. Na Figura

De acordo com a Lei Federal nº 11.445/07, alterada pelas Leis Federais nº 13.308/2016 e nº 14, apresenta-se um mapa com a cobertura da rede coletora de esgoto existente.

14.026/2020, o sistema de esgotamento sanitário é constituído pelas atividades e pela


disponibilização e manutenção de infraestruturas e instalações operacionais necessárias à Um ponto relevante nesta análise é referente à Estação de Tratamento de Esgoto União

coleta, ao transporte, ao tratamento e à disposição final adequados dos esgotos sanitários, Indústria, atualmente em fase de início de operação. Esta unidade de tratamento é a mais

desde as ligações prediais até sua destinação final para produção de água de reuso ou seu representativa do sistema existente. Com esta ETE em pleno funcionamento, o índice de

lançamento de forma adequada no meio ambiente. tratamento de esgoto em Juiz de Fora avançará significativamente.

Com relação à concepção do SES de Juiz de Fora, atualmente, a Sede do município é


COBERTURA DE ATENDIMENTO E INFORMAÇÕES GERAIS
atendida por três sistemas independentes: Sistema Barreira do Triunfo, Sistema Barbosa
A cobertura de atendimento do sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora pode ser Lage (Subsistema Norte e Subsistema Reversão) e Sistema União Indústria (Subsistema Vila
avaliada a partir de duas óticas diferentes, a se destacar a população atendida com a coleta Ideal, Subsistema Ipiranga e Subsistema Retiro).
de esgoto, representada pelo Índice de Atendimento Total Urbano, e o índice de tratamento
do esgoto coletado, conforme apresentado no Quadro 10. Destaca-se que o município de Para atender a demanda de tratamento do esgoto gerado nestes sistemas, foram
Juiz de Fora já atingiu a meta de 90% de cobertura de coleta de esgoto, segundo fixado pelo identificadas três estações de tratamento de esgoto, cada uma delas localizada na respectiva
Marco do Saneamento no Brasil, instituído pela Lei nº 11.445/07 e atualizado pela Lei nº área de abrangência do sistema, sendo elas: ETE Barreira do Triunfo, ETE Barbosa Lage e
14.026/20, que definiu o prazo limite como sendo o ano de 2033. ETE União Indústria.

Quadro 10: Atendimento do SES de Juiz de Fora O transporte do esgoto é realizado por redes coletoras, coletores tronco e interceptores. A
Cobertura de Índice de Atendimento Total Urbano (2021): 94,7% transposição entre as bacias de esgotamento sanitário do sistema, bem como eventuais
Atendimento
travessias, são realizadas com a utilização de estações elevatórias de esgoto. No Sistema
Barbosa Lage foram identificadas seis unidades de recalque de esgoto (duas fora de
Índice de Tratamento de Esgoto (2021): 7,4%
operação), já no Sistema União Indústria, esta conta com duas unidades de recalque.
Índice de Tratamento de Esgoto (2022): 31%

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Conforme apresentado, o índice de tratamento de esgoto é relativamente baixo, quando


comparado com o percentual de atendimento com a coleta de esgoto em Juiz de Fora. Desta
forma, observa-se um alto nível de afastamento dos esgotos, porém sem o devido tratamento,

23
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 14: Cobertura da Rede Coletora do SES

24
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Segundo dados fornecidos pela CESAMA, ao final do ano de 2021, o SES de Juiz de Fora Quadro 12: Estações Elevatórias de Esgoto Existentes

atendia um total de 153.423 ligações, sendo que 144.522 eram ligações ativas, ou seja, Sistema Unidade de Recalque Situação
EEE 01 - Barbosa Lage Em operação
aproximadamente 94%. No que se refere às economias, segundo a CESAMA o total, para o
EEE 02 - GAC Em operação
mesmo ano, era de 267.189 economias, sendo que economias ativas representavam EEE 03 - Nova Era Em operação
Barbosa Lage
EEE 05 - Benfica Em operação
aproximadamente 96%, 256.402 economias. Com relação às características do sistema, no EEE 09 – Bairro Industrial Inoperante
que tange ligações prediais, economias e extensão de rede, apresenta-se o Quadro 11. EEE 11 - Cerâmica Inoperante
EEE Independência Em operação
União Indústria
EEE Vila Ideal Em operação
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
Quadro 11: Ligações e Redes de Esgoto Sanitário

Informações Ligações Prediais (2021): 153.425 unid. Figura 15: Estações Elevatórias de Esgoto
Gerais do SES
Economias de Esgoto (2021): 267.189 unid.
Extensão de Rede (2021): 1.369 km
EEE Vila
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022. Ideal

Com base nas informações apresentadas anteriormente, tem-se que a densidade de


economias por ligação de esgoto no município de Juiz de Fora é de 1,74 econ./lig., valor este
que indica uma tendência de verticalização no município. Quando correlacionado o total de
economias, com o número de habitantes atendidos, segundo dados oficiais da CESAMA,
tem-se uma densidade, para o ano de 2021, de 2,25 habitantes por economia (residencial).
Quando observada as classes de consumidores, há uma relação direta entre o SAA e o SES, EEE
Independência
sendo as ligações ou economias predominantemente de uso residencial. Esta classe
representa aproximadamente 88% do total de ligações e economias.

ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS DE ESGOTO

No que tange o recalque do esgoto coletado no município de Juiz de Fora, há 6 unidades no


SES Barbosa Lage, sendo 2 inoperantes, e 2 unidades no SES União Indústria. A seguir, no
Quadro 12, está apresentada a relação de elevatórias instaladas, classificadas por sistema EEE Benfica

de esgotamento (indicando a qual ETE o esgoto é lançado). Na sequência, apresenta-se


algumas figuras referentes às elevatórias de esgoto. Em seguida, na Figura 16, um mapa
com a localização destas unidades.

Fonte: Arquivo Técnico da Ampla, 2022.

25
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 16: Localização das Estações Elevatórias de Esgoto do SES de Juiz de Fora

26
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ESGOTO

O SES de Juiz de Fora, conforme apresentado anteriormente, tem sua concepção


ETE Barbosa
considerando a descentralização do tratamento dos esgotos coletados. Desta forma, Lage
atualmente, o SES de Juiz de Fora conta com 5 estações de tratamento de esgoto em
operação, sendo que duas são unidades de tratamento exclusivas para o atendimento dos
condomínios residenciais Portal do Aeroporto e Alphaville. A seguir, no Quadro 13 e na Figura
10, apresenta-se a relação de todas as estações de tratamento de esgoto do SES de Juiz de
Fora, bem como suas principais características.

Quadro 13: Estações de Tratamento de Esgoto do SES Juiz de Fora


ETE Barreira
Capacidade de Vazão de Tratamento do Triunfo
ETE Tipo de Tratamento
Tratamento (L/s) (L/s)
União Indústria UASB 691 11,6

Barbosa Lage Lodos Ativados 73 47


Barreira do
Lodos Ativados 10 5
Triunfo
Portal do
UASB + Lodos Ativados Não informado Não informado
Aeroporto
Alphaville UASB Não informado Não informado
Fonte: Adaptado de CESAMA, 2022
ETE Portal
do
Considerando-se todas as unidades em operação, o SES de Juiz de Fora possui uma Aeroporto
capacidade total de tratamento de, aproximadamente, 774 L/s, sendo que a ETE União
Indústria, a maior unidade de tratamento do sistema, representa aproximadamente 90% deste
total instalado.

Figura 17: Estações de Tratamento de Esgoto

ETE
Alphaville

ETE União
Indústria

Fonte: Arquivo Técnico da Ampla, 2022.

27
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Na Figura 18 apresenta-se um mapa com a localização de todas as estações de tratamento


do SES de Juiz de Fora, inclusive o local onde, futuramente, será instalada a ETE Santa
Luzia, unidade de tratamento complementar ao Sistema União Indústria. Destaca-se que a
ETE Santa Luzia fará parta da concepção futura do SES de Juiz de Fora, assim como a ETE
Barreira do Triunfo será desativada, dando lugar para uma estação elevatória de esgoto, a
qual encaminhará o esgoto daquela bacia para o SES Barreira do Triunfo, conforme
apresentado em detalhes no respectivo relatório de Programas, Projetos e Ações do PSB de
Juiz de Fora.

EMISSÁRIOS FINAIS E CORPOS RECEPTORES

No Quadro 14 apresenta-se a relação das estações de tratamento de esgoto e seus


respectivos corpos receptores, bem como dos emissários finais e suas características
técnicas observadas nas visitas in loco.

Quadro 14: Emissários Finais e Corpos Receptores do SES Juiz de Fora

Emissário Final
ETE Corpo receptor
Tipo Diâmetro (mm) Extensão (m) Material
União Indústria Rio Paraibuna Direto 1.000 330 Concreto

Barbosa Lage Rio Paraibuna Direto Não informado - Concreto


Barreira do
Rio Paraibuna Direto 300 80 PEAD
Triunfo
Galeria de Não
Alphaville Córrego Belo Vale Não informado Não informado
drenagem informado
Portal do
Córrego Teixeiras Direto 200 50 PEAD
Aeroporto
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

Como pode ser observado, com exceção das estações de tratamento de esgoto localizadas
em condomínios fechados, as quais tem menor relevância ao sistema de tratamento como
um todo, e que por sua vez, utilizam de córregos próximos como corpo receptor de seus
efluentes, as demais têm o Rio Paraibuna como corpo receptor.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 18: Localização das Estações de Tratamento de Esgoto do SES de Juiz de Fora

29
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

CONSIDERAÇÕES FINAIS o plano de investimento proposto pela CESAMA, considerando a implantação de diversos
trechos de coletores tronco e interceptores, seja de fato executado, tendo em vista que são

O sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora, conforme informações e indicadores unidades essenciais para o transporte do esgoto até as unidades de tratamento.

apresentados ao longo do relatório, no que tange a coleta dos esgotos, dispõe-se de redes
coletoras que abrangem quase que a totalidade da Área Urbana do município. Todavia, no No que tange o planejamento estratégico da CESAMA, bem como o alinhamento às

que se refere às unidades lineares de maior porte, como os coletores tronco e interceptores, propostas da administração municipal para a temática do esgotamento sanitário, constatou-

há muitos projetos e obras a serem executadas ainda. se que há grandes intervenções previstas para execução ainda no curto prazo. Tal ponto
corrobora o compromisso de melhorar a coleta do esgoto, bem como o de ampliar de forma

Um ponto sensível para a coleta dos esgotos gerados no município de Juiz de Fora é a grande significativa o tratamento deste efluente coletado, refletindo assim, em mais qualidade de vida

contribuição de águas pluviais no sistema. Conforme já pontuado em diversos itens ao longo para os munícipes de Juiz de Fora, melhora da salubridade ambiental, além da preservação

do diagnóstico, observou-se que este é um problema crônico, em parte causado pela dos cursos d’água que fazem parte da dinâmica urbana do município.

concepção de um sistema unitário (na sua grande maioria localizado na região mais antiga
do SES, ou seja, no centro), mas também, pelo fato de haver muitas ligações irregulares de Por fim, destaca-se a ausência de coleta e tratamento de esgotos nos Núcleos Urbanos do

água pluvial, tanto nas residências, quanto ao longo da extensão das redes coletoras. município de Juiz de Fora. Nestas localidades, assim como na Zona Rural do município, o
tratamento do esgoto gerado é realizado de forma individual, sem atuação por parte da

A topografia da área urbana do município favorece que o esgoto coletado seja, em grande CESAMA, bem como da PJF. Por se tratar de áreas menos adensadas, principalmente as

parte do sistema, transportado por gravidade. Nos pontos onde há a necessidade da propriedades rurais, a utilização de fossas sépticas, e outros sistemas individuais de

implantação de estações elevatórias de esgoto, ou já há a unidade implantada (em operação tratamento, é uma alternativa viável para manutenção da salubridade ambiental destas

ou não) ou há projeto prevendo-a. Com relação ao estado de conservação destas unidades, localidades. Todavia, é necessária uma atuação do poder público, seja na educação

observou-se que, de um modo geral, todas se apresentavam em situação satisfatória de ambiental, no apoio ou na fiscalização.

conservação e operação. Destaca-se um ponto bastante positivo observado, no que se refere


à eficiência energética das elevatórias de esgoto, sendo que todas de maior relevância para
o SES de Juiz de Fora contavam com acionamento realizado por inversor de frequência.

A grande deficiência identificada no SES de Juiz de Fora é quanto ao tratamento dos esgotos
coletados. Considerando o baixo índice de tratamento, aproximadamente 31% do total
coletado, esta fragilidade do sistema implica diretamente na baixa qualidade da água dos
córregos que cortam o território municipal, bem como do Rio Paraibuna, responsável por
drenar toda a área urbana de Juiz de Fora.

Todavia, um ponto muito positivo é a implantação da ETE União Indústria, a qual ampliará de
maneira significativa o percentual do esgoto a ser tratado e já coletado no sistema, desde que

30
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

6 DIAGNÓSTICO DOS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS A retificação do Rio Paraibuna, em 1979, ocorreu com o objetivo de controlar os
transbordamentos de suas margens sobre a planície de inundação. Além disso, a partir da
PLUVIAIS URBANAS
década de 80 uma série de intervenções estruturais na macrodrenagem foi realizada, porém
não impediram a ocorrência de problemas posteriores relacionados ao fenômeno.
De acordo com a Lei Federal nº 11.445/2007, alterada pelas Leis Federais nº 13.308/2016 e
nº 14.026/2020, os sistemas de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas são
De acordo com a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil - SSPDC, os eventos de
“constituídos pelas atividades, pela infraestrutura e pelas instalações operacionais de
inundações mais recentes atingiram os bairros Santa Luzia (RP Sul), Igrejinha (RP Norte),
drenagem de águas pluviais, transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de
Industrial (RP Centro-oeste) e bairro Linhares (RP Leste) e compreenderam as seguintes
vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas, contempladas
datas:
a limpeza e a fiscalização preventiva das redes” (Art. 3º da Lei nº 11.445/2007, alterado pelo
Art. 7º da Lei nº 14.026/2020). As principais infraestruturas de drenagem presentes no 17/12/2021 28/12/2021 11/01/2022 19/02/2022
Bairro Santa Bairro Bairro Bairro
município classificam-se como de microdrenagem e de macrodrenagem, sendo: Luzia Igrejinha Industrial Linhares

Microdrenagem Em janeiro de 2022 o Rio Paraibuna teve a sua segunda maior cheia em 20 anos, elevando
Reúne as atividades de captação dos seu nível em 3,98 metros, apenas 37 centímetros abaixo do limite dos tabuleiros das pontes
escoamentos de superfície, por meio de uma
infraestrutura que abrange toda a malha viária de uma do município, que é de 4,35 metros (TRIBUNA DE MINAS, 2022).
cidade: sarjetas, bocas de lobo, caixas de ligação, poços de visita e
suas redes subterrêneas.
CARACTERÍSTICAS DAS BACIAS E MICROBACIAS DA ÁREA URBANA DE
Macrodrenagem JUIZ DE FORA
Constitui-se no conjunto de canais naturais e de galerias por
onde escoam os cursos d’água, como os córregos, os ribeirões
O município de Juiz de Fora encontra-se compreendido por três bacias hidrográficas: Bacia
e rios, bem como os equipamentos urbanos para a regularização
de cheias. A macrodrenagem constitui-se, portanto, nos meios do Rio Paraibuna, Bacia do Rio do Peixe e Bacia do Rio Cágado.
receptores dos escoamentos pluviais oriundos da microdrenagem.

O comportamento das bacias hidrográficas está diretamente ligado às suas características


geomorfológicas, como comprimento, área, forma da bacia, densidade de drenagem e de
HISTÓRICO DA SITUAÇÃO DA DRENAGEM PLUVIAL NO MUNICÍPIO
rios. Tendo em vista que a identificação de tais características auxilia no entendimento quanto
ao risco de enchentes, disponibilidade de solo, entre outros.
O município de Juiz de Fora é historicamente afetado pelas enchentes e inundações.
Destaca-se o evento ocorrido em janeiro de 1906, quando o Rio Paraibuna atingiu a cota de
O mapeamento da Figura 19 apresenta a delimitação das bacias hidrográficas do município,
675,70 m, e de dezembro de 1940, quando o Rio Paraibuna atingiu a cota de 676,13 m. Tais
mostrando os distritos compreendidos pela mesma, bem como a delimitação dos Distritos,
ocorridos causaram incontáveis prejuízos à cidade e a seus habitantes, levantando
definidos pelo Plano Diretor Participativo – PDP.
preocupações públicas acerca das questões da drenagem e do saneamento.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 19: Bacias hidrográficas de Juiz de Fora.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

A seguir, no Quadro 15, apresenta-se o resumo dos principais aspectos verificados quanto Figura 20: Gráficos de uso do solo nas bacias hidrográficas de Juiz de Fora.

às características geofísicas das bacias hidrográficas de Juiz de Fora.

Quadro 15: Resumo dos aspectos geofísicos das bacias hidrográficas de Juiz de Fora.
Bacia do Rio Bacia do Rio Bacia do Rio
Aspetos Geofísicos
Paraibuna do Peixe Cágado
Área de Drenagem (km²) 765 606 64
Comprimento do Rio Principal (km) 57 85 20
Altitude Máxima (m) 1060 1080 920
Altitude Mínima (m) 520 480 520
Declividades Superiores (%) >70% >70% >70%
Declividades Inferiores (%) 0a3 0a3 0a3
Porção de Área de Urbana (%) 11,60 0,20 0,00
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

A bacia do Rio Paraibuna compreende 53% do município, constituindo, desta forma, a maior
área de drenagem do município. É nesta bacia que está inserido o Distrito Sede do município,
isto é, a principal consolidação urbana do município, o qual corresponde a 54% do total da
bacia do Rio Paraibuna.

O Distrito Sede encontra-se inserido em planície de inundação de rio, rodeado de elevações


topográficas com declividades acentuadas e em ponto de convergência de exutórios de
diversas sub-bacias hidrográficas, fatores que naturalmente inferem a uma maior
suscetibilidade a eventos de inundação. Aliado a esses fatores tem-se a impermeabilização
do solo em decorrência do crescimento urbano, evidenciado nas últimas décadas. Foi
verificado crescimento em quase 20% do uso do solo urbano na bacia quando comparado
com os dados de 2000, a partir dos dados disponibilizados pela plataforma Mapbiomas.

Os gráficos da Figura 20 corroboram o exposto, os quais apresentam os percentuais de uso


do solo verificados nas bacias. A bacia do Rio Paraibuna é aquela que apresenta maior
porção de ocupação urbana em relação às demais.

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

GESTÃO DOS SERVIÇOS E SISTEMA EXISTENTE Figura 21: Sistema de drenagem urbana de Juiz de Fora.

Há secretarias e órgãos municipais com atuação direta e indireta sobre a gestão e operação
do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, com destaque à Secretaria de
Obras (SO), cuja prestação dos serviços do sistema é atribuída. O organograma da SO possui
atribuições bem definidas, com destaque ao Departamento de Operações, Manutenções de
Obras e Contribuições Urbanas (DOMO) e da Subsecretaria de Gestão de Obras e Projetos
(SSGEOP). Atualmente os serviços são prestados pelos funcionários efetivos da Secretaria,
mas existe a perspectiva de contratação futura de empresa terceirizada para suprir as
crescentes demandas no setor. Quanto ao quadro de veículos, observou-se que no geral a
frota disponível é antiga, sendo a maioria com mais de 10 anos de uso. Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Apesar de existir convênio de cooperação com a Agência Reguladora Intermunicipal de O cadastro de redes de drenagem existente é incompleto, incorporando apenas a localização
Saneamento Básico de Minas Gerais (ARISB-MG), a mesma não atua ainda nos serviços de e diâmetro das redes que passaram em algum momento por manutenções pela Secretaria de
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, englobando apenas os serviços de Obras. Dessa forma, sabe-se que pelo menos 10,28% de vias urbanas são atendidas por
abastecimento de água e esgotamento sanitário. redes de drenagem, o que corresponde a cerca de 163,36 km de vias (Figura 22). Contudo,
sabe-se que esse valor não corresponde à realidade do município, que apresenta um maior
A infraestrutura de drenagem do município tem como característica o fato de ter sido quantitativo de vias com sistema de drenagem. Entende-se que o valor tende a aumentar com
implantada ao longo dos anos, visando normalmente soluções pontuais, emergenciais ou o avanço dos serviços de manutenção e, consequentemente, com o avanço do
casuísticas (depois de enchentes e alagamentos, por exemplo), não se considerando uma cadastramento das estruturas. Identificou-se ainda, neste contexto, que ocorre a
abordagem mais ampla, no contexto global das bacias de contribuição (PSB-JF, 2014). pavimentação de vias sem a implantação de redes e dispositivos de drenagem pluvial,
principalmente em ruas situadas em regiões de morros.
O sistema implantado opera totalmente por gravidade no qual, as águas pluviais coletadas
pelo sistema de microdrenagem são conduzidas por uma rede de galerias subterrâneas até
os canais mais próximos de macrodrenagem, que compõem a hidrografia da região. O Rio
Paraibuna é o curso d´água que atravessa o Distrito Sede do município, sendo principal
receptor das águas pluviais urbanas geradas em sua bacia hidrográfica.

A Figura 21 apresenta um fluxograma dos principais elementos do sistema de drenagem do


município.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 22: Mapeamento das redes e canais de drenagem pluvial subterrâneos cadastrados até o momento.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Outro ponto importante volta-se a não padronização das unidades operacionais adotadas no de eventos chuvosos, tendo em vista o histórico do município de desastres relacionados a
sistema de drenagem urbana. No geral, não foram verificados padrões dos dispositivos alagamentos e inundações.
quanto a tamanhos, formas e materiais utilizados, embora estes dependam de cada situação.
Somado a isso, tem-se ainda as ocorrências de furtos de grades de bocas de lobo no Além disso, são realizadas ações de intervenções de limpeza mecanizada e
município, que prejudica a gestão de manutenção dos dispositivos. desassoreamento nas macrodrenagens próximas das linhas ferroviárias, realizadas pela SO
a partir de um convênio com a MRS Logística, empresa responsável pela ferrovia de Juiz de
As ações de limpeza e manutenção no sistema de macro e de microdrenagem são realizadas Fora.
pela SO, mas também recebem ações praticadas pelas equipes do DEMLURB , conforme
indicado na Figura 23. PROBLEMÁTICAS RELACIONADAS ÀS CONDIÇÕES DOS DISPOSITIVOS E
ÀS DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA DE MICRODRENAGEM
Figura 23: Ações da SO e DEMLURB relacionadas à drenagem urbana.

Secretaria de Obras - SO Aliado aos fatores geofísicos da bacia do Rio Paraibuna, abordado anteriormente, evidenciou-
se, ao longo da fase de diagnóstico, diversas problemáticas e deficiências relacionadas ao
• São realizados pequenos reparos na rede de microdrenagem,
consertos de bueiros e bocas de lobo, resolução de sistema de drenagem, dispostas na Figura 24.
entupimentos, troca ou reparo por danos, obras em pequenos
trechos de galerias em vias e canais,além de ações de
desassoreamento e limpeza mecanizada da macrodrenagem do
município; Figura 24: Problemáticas e deficiências relacionadas à drenagem urbana.

• Em 2021 a RP Norte foi a região apresentou maior demanda dos


serviços. Aumento da impermeabilização do solo na bacia do Rio Paraibuna

Departamento Municipal de Limpeza Urbana - Aumento da magnitude das chuvas ao longo da série histórica
DEMLURB

• Ações de remoção de sedimentos e resíduos sólidos de Existência de redes e canais de drenagem subdimensionados
equipamentos de drenagem localizados nos logradouros
públicos durante as limpezas públicas;

• Ações de roçada e capina nas duas margens do Rio Paraibuna e Disposição irregular de resíduos sólidos na rede urbana de drenagem
em demais rios e córregos do município, com operações
intensificadas antes de eventos chuvosos.

Contribuições indevidas de esgotos sanitários na sistema de drenagem urbana


Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Destaca-se ainda as ações de roçada e capina realizadas nas duas margens do Rio
Paraibuna e em demais rios e córregos do município, que promovem, também, o recolhimento Tais problemáticas tendem a contribuir para a ocorrência de problemas críticos e crônicos

dos resíduos sólidos irregulares encontrados no local. Tais atividades ocorrem conforme observados no município, como, principalmente, alagamentos, enxurradas, inundações e

necessidade, porém, de acordo com o DEMLURB, existem operações intensificadas antes deslizamentos.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

A seguir são apresentadas as descrições de cada um dos eventos supracitados. Em Figura 26: Descrição dos eventos relacionados ao sistema de drenagem em Juiz de Fora.

sequência, apresentam-se os mapeamentos dos pontos mais crônicos e recorrentes frente


Alagamentos
aos eventos de alagamentos e enxurradas (Figura 27 e Figura 28), respectivamente. Estes
locais compreendem os pontos apresentados pela SO, durante as visitas técnicas ao • São definidos pela extrapolação da capacidade de escoamento
de sistemas de drenagem urbana e consequente acúmulo de
município realizadas em março de 2022, bem como os levantamentos realizados pela água em ruas, calçadas ou outras infraestruturas urbanas, em
decorrência de precipitações intensas , segundo a COBRADE -
SSPDC. Classificação e Codificação Brasileira de Desastres elaborado
pela Defesa Civil do Rio de Janeiro.

• Estão aliados à deficiência do sistema de drenagem, não se


O mapeamento das áreas de risco a inundações identificadas pela SSPDC é apresentado na referindo, portanto, a um processo natural.
Figura 22. De acordo com a SSPDC, o mapeamento está passando por atualização, sendo
Enxurradas
disponibilizado a delimitação da mancha de inundação do bairro Igrejinha indicada no
mapeamento. A Figura 29 apresenta o mapeamento unificado de riscos geológicos • São enchentes ou inundações bruscas e de curta duração,
dificultando a tomada de medidas protetivas (CPRM, 2021);
desenvolvido pela SSPDC.
• De acordo com a COBRADE, são caracterizadas pelo
escoamento superficial de alta velocidade e energia, provocado
por chuvas intensas e concentradas, normalmente em pequenas
O mapeamento de áreas de risco a inundações aponta para um total de 58 áreas de risco, bacias de relevo acidentado.
sendo a maioria caracterizada como R2, ou risco médio (Figura 25). Quanto às áreas de risco
a deslizamentos, verifica-se que a maior parte das áreas, 37% em relação ao total,
classificam-se como R3, isto é, são locais com alto risco a ocorrência de deslizamentos Deslizamentos
(Figura 30).
• São movimentos de massa, isto é, deslocamento de solo e/ou
rochas sob o efeito da gravidade, potencializado pela ação da
água;
Figura 25: Parcelas de áreas de deslizamentos e inundações quanto ao grau de risco.
• Caracterizam-se, principalmente, por apresentar poucos planos
Grau de Risco a Inundações Grau de Risco a Deslizamentos de deslocamento e velocidades médias a altas;
3% 2%
• São os processos de movimentos de massa mais identificados
em Juiz de Fora.
11%
19% Risco Baixo (R1)
Inundações
Risco Médio (R2)
41%
• Ocorrem quando há o extravasamento das águas do canal fluvial
33% Risco Alto (R3) principal, atingindo a planície de inundação;
53%
37% Risco Muito Alto • Tais eventos integram a dinâmica fluvial natural, ocasionadas
(R4) durante eventos pluviométricos episódicos ou contínuos,
podendo ser intensificados por ações humanas inadequadas,
como a impermeabilização do solo e a insuficiência na
capacidade de transporte dos sistemas de drenagem pluvial.
.
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

37
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 27: Pontos de alagamento no município apontados pela SO e pelo monitoramento da Defesa Civil.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 28: Pontos de ocorrência de enxurradas no município.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 29: Mapeamento de áreas de risco a inundações.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 30: Mapeamento de áreas de risco a deslizamentos.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

A seguir, no Quadro 16, é apresentado um resumo das sub-bacias em que foi identificado Destaca-se as sub-bacias BD 45 (Córrego São Pedro/Ingleses) – RP Oeste, BE 55 (Ribeirão
maior quantitativo de problemas de disposição inadequada de resíduos sólidos, pontos de Yungue – RP Leste) e BD 59 (Córrego Ipiranga – RP Sul) como àquelas mais problemáticas
alagamentos, pontos de enxurradas, bem como áreas de risco a inundações e deslizamentos. em relação ao quantitativo dos fatores analisados, apresentando recorrência em mais de um
tipo de problemática.
Quadro 16: Resumo das sub-bacias com maior quantitativo de registros por problemática.

Problemática Sub-bacias A Figura 31 mostra a localização das sub-bacias apontadas pelo Quadro 16, isto é, das sub-
bacias que apresentaram maior quantitativo de problemas analisados ao longo da etapa de
• BD 45 (Córrego São Pedro/Ingleses– RP Oeste); diagnóstico (Produto 2 do PSB-JF), relacionados à drenagem urbana.
Disposição • BE 55 (Ribeirão Yungue – RP Leste);
inadequada por • BD 59 (Córrego Ipiranga – RP Sul);
resíduos sólidos • BE 59 (Sem nome – RP Sudeste);
• BD 41 (Córrego Carlos Chagas – RP Centro-oeste).

• BD 47 (Sem nome – RP Nordeste) – Influenciada pela BE 41 (Ribeirão das


Rosas – RP Nordeste);
Pontos de • BD 45 (Córrego São Pedro/Ingleses – RP Oeste);
Alagamentos • BD 48 (Córrego Independência/Dom Bosco – RP Centro);
• BD 29 (Córrego Santa Cruz – RP Norte);
• BD 59 (Córrego Ipiranga – RP Sul).

• BE 55 (Ribeirão Yungue – RP Leste);


Pontos de
• BD 48 (Córrego Independência/Dom Bosco – RP Centro);
Enxurradas
• BD 45 (Córrego São Pedro/Ingleses – RP Oeste).

• BE 55 (Ribeirão Yungue/”Córrego” do Yung – RP Leste);


• BE 72 (Ribeirão Marmelo/Floresta – RP Sudeste);
Áreas de risco a
• BD 26 (Córrego Igrejinha/Três Pontes – RP Norte);
Inundações
• BD 39 (Córrego Humaitá/Cachoeirinha – RP Centro-oeste);
• BD 59 (Córrego Ipiranga – RP Sul)

• BD 59 (Córrego Ipiranga – RP Sul);


Áreas de risco a • BE 55 (Ribeirão Yungue – RP Leste);
Deslizamentos • BD 45 (Córrego São Pedro/Ingleses – RP Oeste);
• BD 29 (Córrego Santa Cruz – RP Norte).

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

42
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 31: Localização das sub-bacias com maior quantitativo de problemas relacionados à drenagem urbana.

43
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

7 ATUALIZAÇÃO DOS PROGNÓSTICOS E ALTERNATIVAS PARA Figura 32: Matriz SWOT ou FOFA.

UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SANEAMENTO BÁSICO

A atualização dos prognósticos compreende as estratégias propostas e a formulação de


novas para alcançar os objetivos, diretrizes e metas definidas neste PSB-JF, na Política
Federal de Saneamento Básico e na Política Municipal de Saneamento Básico. Além disso,
também consiste na análise, revisão e seleção das alternativas de intervenção visando a
melhoria das condições sanitárias em áreas urbanas e rurais.

O horizonte de planejamento foi estabelecido em 20 anos, ou seja, do Ano 1 – 2023 até o


último ano de projeto – 2042, trabalhados conforme os períodos de curto, médio e longo
prazos, indicados a seguir:
Fonte: Distribuição XXI, 2018.
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo
O método SWOT apresenta as seguintes definições apresentadas abaixo. Em seguida são
(Ano 1 a 4) (Ano 5 a 8) (Ano 9 a 20)
apresentadas as matrizes elaboradas para os sistemas de saneamento do PSB-JF, nos
Quadros 17, 18 e 19.
ANÁLISE SWOT

• São as variáveis internas e controláveis que propiciam condições favoráveis aos setores de
Análise SWOT ou Análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, em saneamento em relação ao seu ambiente;
• São características ou qualidades que podem colaborar positivamente no desempenho do
português) é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário, sendo usada como base Forças setor.

para gestão e planejamento estratégico.


• São consideradas deficiências internas aos setores de saneamento que inibem a capacidade
de desempenho dos mesmos;
A Análise SWOT é um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica no • As fraquezas devem ser superadas para evitar a ineficiência do sistema.
Fraquezas
ambiente em questão, que neste caso, trata-se do saneamento básico do município de Juiz
de Fora, a se destacar os sistemas de Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e
• São variáveis contextuais ou circunstâncias e características do ambiente externo que possam
Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas. Na Figura 32 apresenta-se um esquema ter impacto sobre os setores de saneamento de forma que proporcionem certa facilitação para
Oportunidades a concretização dos objetivos estratégicos estabelecidos.
para entendimento da matriz de análise SWOT ou FOFA.

Trata-se de uma ferramenta que busca posicionar estrategicamente o setor saneamento


• São variáveis, circunstâncias ou características do ambiente externo que possam ter impactos
básico num ambiente social, institucional, administrativo e operacional no município de Juiz negativos sobre o desenvolvimento das metas e objetivos estabelecidos.
Ameaças
de Fora.

44
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 17: Análise SWOT – Sistema de Abastecimento de Água.

FORÇAS FRAQUEZAS

• Bom nível de sustentabilidade econômico-financeira na prestação dos serviços • Não atendimento da integralidade das ações propostas no PSB de 2014

• Potencial hídrico suficiente frente as demandas de abastecimento • Estações de tratamento de água operam acima de sua capacidade de projeto

• Maior segurança hídrica com a utilização de 4 mananciais • Cadastro técnico com necessidade de atualização

• Índice de perdas de 33%, abaixo da média nacional de 39% e da média da COPASA de 40% • Existência de redes com diâmetros inferiores a 50 mm, gerando perda de carga no sistema
• Concepção do sistema foi evoluindo de acordo com a expansão da ocupação urbana, resultando na
• Projeto de Implantação de Distritos de Medição e Controle - DMCs em fase inicial.
necessidade de muitas elevatórias e reservatórios de menor porte
• Existência de Centro de Controle Operacional - CCO para supervisão/telecomando das principais
• Falta de adequação das licenças ambientais
unidades operacionais
• Maioria das elevatórias tem acionamento por inversor de frequência, melhorando a eficiência
• Situações em áreas de alta vulnerabilidade social, como as ZEIS, sem acesso ao abastecimento de água
energética
• Macromedição implantada em todas as unidades de produção e principais elevatórias • Baixo nível de adesão de famílias à tarifa social em relação à demanda existente

• Programa de substituição de hidrômetros em prazo inferior a 5 anos

• Existência de tarifa social a ser aplicada a população economicamente carente

• Agência reguladora atuante

• Existência de Política Municipal de Saneamento, FMSB e COMSAB operante

OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Baixo nível de endividamento da CESAMA, abrindo espaço para obtenção de financiamentos a fim • Empresa pública está suscetível a mudanças políticas que podem prejudicar a sustentabilidade e
de viabilizar investimentos qualidade da prestação dos serviços
• Readequação de plano de investimentos, a partir da Revisão do PSB com metas e ações de
• Crescente ocupação das áreas situadas próximo aos mananciais de água bruta
acordo com a realidade atual
• Estabelecimento de Taxa Interna de Retorno - TIR de longo prazo no próximo ciclo tarifário • Evolução da ocupação de áreas irregulares.
• Redução da quantidade e/ou qualidade da água distribuída caso não seja elevada a capacidade de
• Ampliação da cobertura da tarifa social visando a redução da inadimplência.
produção das Estações de Tratamento de Água
• Plano de Saneamento Básico sendo revisado antes do prazo final definido pela Lei 14.026/20 • Escassez de linhas de créditos bancários para empresas públicas de saneamento
• Expansão das áreas ocupadas e o relevo bastante acidentado pode prejudicar o abastecimento com níveis
• Áreas de vulnerabilidade mapeadas e identificadas (ZEIS).
de pressurização exigidos
• Possibilidade de implantar sistema de reuso do efluente das ETAs.
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

45
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 18: Análise SWOT – Sistema de Esgotamento Sanitário.

FORÇAS FRAQUEZAS

• Índice de cobertura de coleta de esgoto superior a 90% • Baixo índice de tratamento de esgoto

• Recente implantação de unidades operacionais relevantes ao SES de Juiz de Fora • Distritos Urbanos sem sistema coletivo de esgotamento sanitário
• Situações em áreas de alta vulnerabilidade social, como as ZEIS, sem acesso ao sistema de esgotamento
• Concepção do SES consolidada
sanitário
• Padronização da instalação predial das ligações de esgoto domiciliares • Equipe operacional reduzida para a execução das manutenções corretivas e preventivas do SES

• Ações de Educação Ambiental • Lançamento de água pluvial no sistema de coleta de esgotos

• Estações de Tratamento de Esgoto em plenas condições de operação • Cadastro técnico desatualizado e defasado

• Vazão de tratamento instalada de 774 L/s • Ocorrência do lançamento irregular de esgoto no sistema de macrodrenagem e microdrenagem
• Equipamentos eletromecânicos com acionamento por inversor de frequência (unidades de maior
• Inexistência de programa específico para fiscalização e correção de ligações irregulares
relevância)
• Existência de Tarifa Social • Baixa adesão à Tarifa Social

• CCO do SES em operação com telemetria das principais unidades operacionais • Não atendimento da integralidade das ações propostas no PSB de 2014

• Monitoramento e controle quantitativo e qualitativo do tratamento de esgoto nas estações

• Licenças ambientais vigentes

• Indicadores econômicos positivos da CESAMA

• Agência Reguladora atuante

• Existência de Política, Fundo e Conselho Municipal de Saneamento Básico recente e operante

• Bom nível de sustentabilidade econômico-financeira na prestação dos serviços

OPORTUNIDADES AMEAÇAS

• Estudos de Concepção e Projetos do SES já elaborados • Evolução da ocupação em áreas irregulares

• Plano de Saneamento Básico sendo revisado antes do prazo final definido pela Lei 14.026/20 • Pontos de inundação e alagamento que impactam na operação do SES

• Ampliação da cobertura da Tarifa Social visando a redução da inadimplência • Mobilidade urbana (área central) dificulta e onera a realização de obras no SES

• Saúde financeira para obtenção de financiamentos para novos investimentos no SES • Escassez de linhas de financiamento para o saneamento

• Áreas de vulnerabilidade mapeadas e identificadas (ZEIS) • Dificuldade na fiscalização das ligações irregulares
• Empresa pública está suscetível a mudanças políticas que podem prejudicar a sustentabilidade e qualidade
• Possibilidade de implantar sistema de reuso do efluente das ETEs
da prestação dos serviços
• Expansão das áreas ocupadas e o relevo bastante acidentado pode prejudicar o sistema de esgotamento
• Topografia da Sede favorável para o escoamento do esgoto por gravidade
sanitário
• Baixo nível de endividamento da CESAMA, abrindo espaço para obtenção de financiamentos a fim
de viabilizar investimentos
• Readequação de plano de investimentos, a partir da Revisão do PSB com metas e ações de acordo
com a realidade atual
• Estabelecimento de Taxa Interna de Retorno - TIR de longo prazo no próximo ciclo tarifário
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

46
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 19: Análise SWOT – Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

FORÇAS FRAQUEZAS
• Plano Diretor recentemente atualizado, constando diretrizes para o zoneamento municipal e • Pouca execução das ações propostas pelo PSB-JF, elaborado em 2014, e pelo PD/JF ZN, elaborado
considerando regiões de planejamento urbano. em 2011.
• Possui Manual de Drenagem com orientações para técnicas de drenagem de controle na fonte, além de
• Quantitativo significativo de pontos de alagamentos (mais de 100 pontos), somente no Distrito Sede.
diretrizes para dimensionamento de sistemas de microdrenagem.
• São intensificadas as operações de limpezas em redes de macrodrenagem antes de eventos chuvosos. • Quantitativos significativos áreas de risco a inundações e deslizamentos.
• Existe mapeamento e levantamento quantitativo dos pontos de descartes irregulares de resíduos
• Não existem diretrizes legais municipais para implantação de obras de amortecimento de cheias.
sólidos.
• Existe levantamento dos pontos de enxurradas e alagamentos, incluindo ocorrências de alagamentos
• Pouca padronização de unidades operacionais adotadas no sistema de drenagem.
não registradas (apontadas em redes sociais) são monitoradas pela Defesa Civil.
• Mesmo não possuindo cadastro completo, existe levantamento cadastral em andamento das redes de • As obras e projetos por parte da Secretaria de Obras não compreendem técnicas compensatórias em
drenagem do Distrito Sede. drenagem urbana.
• Existe monitoramento hidrológico do Rio Paraibuna, incluindo monitoramento do seu nível e sistema de
• A frota disponível para o atendimento dos serviços de drenagem é majoritariamente antiga (> 10 anos).
alerta.
• Falta de fiscalização e regularização do poder público quanto ao controle da impermeabilização do solo
• 100% da população urbana é atendida pelo serviço de coleta de resíduos domiciliares.
pelo uso urbano e à ocupação em fundos de vale e em áreas de risco a inundações e deslizamentos.
• Existe Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos atualizado recentemente.
• Existe programa de despoluição e recuperação ambiental do Rio Paraibuna, com obras importantes em
implantação e investimentos previstos para curto prazo.
• Existência de Política Municipal de Saneamento Básico recente, FMSB e COMSAB operante.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
• Existem projetos e estudos em andamento para áreas historicamente problemáticas a inundações, • Existe problemática frente às contribuições clandestinas de esgotos domésticos nos sistemas de
inclusive compreendendo estruturas de controle de cheias. drenagem do município.
• Falta de conscientização ambiental da população quanto à disposição inadequada de resíduos sólidos
• Existem recursos financeiros previstos a serem aplicados em demandas voltadas à drenagem urbana.
em vias e margens de rios.
• O município encontra-se em processo de licitação para a atualização e revisão do Plano de Drenagem
• Vem sendo observada tendência de aumento da magnitude das chuvas no município.
para todo o município
• Existem ações de educação ambiental a serem retomadas, principalmente em escolas, compreendendo
• Atos de vandalismos a lixeiras pública e furtos de grades de ferro das bocas de lobo pela população.
conscientização ambiental, bem como noções básicas de defesa civil.
• Plano de Saneamento Básico sendo revisado antes do prazo final definido pela Lei Federal n° • As características topográficas e geomorfológicas da bacia do Rio Paraibuna favorecem para uma
14.026/2020. região com intensa geodinâmica superficial e suscetibilidade a inundações.
• Maior parte das ZEIS encontram-se em áreas de risco geológico
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

47
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE Visando analisar as projeções para cada um dos cenários construídos para o sistema de
ÁGUA abastecimento de água de Juiz de Fora, foram calculadas as vazões médias anuais de
tratamento. Para o cenário de referência, tem-se as seguintes projeções demonstradas no
CENÁRIOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE Quadro 20.
ÁGUA
Quadro 20: Vazões Projetadas do SAA.
Para a definição das necessidades dos serviços públicos de abastecimento de água, definiu- Vazões
Projetadas e Capacidade de Tratamento Atual = 1.520 L/s
se cenários possíveis para o eixo do saneamento em questão. Ao todo foram projetados nove Capacidade
Atual do SAA Vazão Projetada no Ano 1 = 1.472 L/s.
cenários de evolução das demandas de atendimento ao longo do horizonte de planejamento.

Vazão Projetada no Ano 20 = 1.451 L/s.


Para a estruturação desses, foram consideradas três variáveis de projeção das demandas na
Folga no Ano 20 = 69 L/s.
prestação dos serviços, conforme demonstrado na Figura 33.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022

Figura 33: Variáveis de Construção dos Cenários.

Na Figura 34pode-se observar que, com a redução das perdas de água ao longo do período
Consumo Per Capita de
Perdas na Distribuição Cobertura de Atendimento de planejamento de 33% para 25%, a vazão demandada não supera a capacidade
Água
operacional das estações de tratamento, resultando até mesmo na redução da vazão
demandada nos primeiros anos de planejamento.
•Meta pessimista de
•Constante ao longo do manutenção da situação
horizonte temporal atual do índice de perdas
Figura 34: Vazões Anuais Projetadas no Cenário de Referência.
•Meta factível de redução
•Crescente ao longo do das perdas até o patamar
•Atender 99% da população Demanda de Água x Capacidade de Tratamento
horizonte temporal de 25%
até o ano 2033. 1.540,00
•Meta otimista de redução 1.520,00
das perdas até 22,5% 1.500,00
•Decrescente ao longo do
1.480,00

Vazão (L/s)
horizonte temporal
1.460,00
1.440,00
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022 1.420,00
1.400,00
1.380,00
COMPATIBILIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS 1.360,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Anos
Com o advento da Lei Federal n° 14.026/2020, existe uma exigência legal de atendimento de
Demanda de Tratamento (L/s) Capacidade das ETAs (L/s)
99% da população com a prestação do serviço de abastecimento de água até o ano de 2033,
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022
motivo pelo qual, em todos os cenários será considerado o pleno atendimento da lei federal.

48
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ÁREAS COM DÉFICIT DE ATENDIMENTO Quadro 21: Categorização das Intervenções.

Categorização
das Área 1 - Cobertura de atendimento de 0% a 20%.
Conforme demonstrado no diagnóstico do sistema de abastecimento de água, a cobertura Intervenções
atual é de 96% da população, estando em situação muito próximo de atingir a meta de Área 2 - Cobertura de atendimento de 20% a 40%.
universalização estipulada pelo marco legal do saneamento, que é de 99% até o ano de 2033.
Área 3 - Cobertura de atendimento de 40% a 60%.

Segundo as informações levantadas juntamente à CESAMA e à Administração Municipal, a Área 4 - Cobertura de atendimento de 60% a 80%..
ampliação do nível de atendimento passa especialmente pela ampliação da cobertura em
Área 5 - Cobertura de atendimento de 80% a 100%..
Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS, bem como em área de expansão localizada ao
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
oeste da BR 040.

Atualmente o sistema de abastecimento de água não está universalizado em cerca de 23


No caso do atendimento das ZEIS, o grande problema para o pleno atendimento destas áreas
ZEIS, cuja gravidade foi relacionada ao déficit do percentual de atendimento, conforme
está relacionado à necessidade de regularização fundiária, visto que muitas destas
apresentado no Quadro 22 e Figura 35.
ocupações estão inseridas em áreas de risco, áreas de preservação permanente - APP, entre
outras irregularidades que impedem a instalação do serviço público de abastecimento de
Quadro 22: ZEIS Com Déficit de Atendimento.
água. Cobertura de Região de Categorização de
Código da ZEIS Bairro
Atendimento - SAA Planejamento Intervenções
0% a 20% N 01 Náutico Norte 1
Tomando-se como base o levantamento de áreas vulneráveis existentes no município de Juiz C 06 Bairu Centro
21% a 40% 2
N 07 Ponte Preta V Norte
de Fora, a identificação de áreas com déficit de atendimento foi definida a partir das NE 05 Parque Guarani Nordeste
NE 06 Granjas Bethania Nordeste
coberturas de atendimento nas ZEIS. Para isso, adotou-se cinco faixas de análise, de 1 a 5, 41% a 60% 3
CO 01 Cidade do Sol Centroeste
respectivamente para as faixas de coberturas. S 08 Bela Aurora (Ipir Sul
CO 15 Remonta Centroeste
61% a 80% 4
S 06 Ipiranga Sul
L 08 Linhares Leste
Além das áreas das ZEIS, é importante destacar a área de expansão à oeste da BR 040, L 21 Santa Rita Leste
onde novos loteamentos estão sendo implantados, além de outras áreas rurais do município, N 08 Vila Esperanca Norte
N 10 Vila Esperanca Norte
em que não existe nenhuma infraestrutura pública de abastecimento, vide a Figura 36. N 12 Santa Cruz Norte
CO 04 Jardim Natal Centroeste
N 17 Santa Cruz Norte
81% a 100% 5
O 01 Borboleta Oeste
O 05 Jardim Casablanca Oeste
O 06 Jardim Casablanca Oeste
S 16 Santa Efigenia Sul
S 22 Cruzeiro do Sul Sul
SE 04 Retiro Sudeste
SE 08 Costa Carvalho Sudeste
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 35: Áreas com Déficit de Atendimento.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 36: Áreas Sem Atendimento.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO COMPATIBILIZAÇÃO DAS CARÊNCIAS


SANITÁRIO
Com objetivo de compatibilizar as carências identificadas no sistema de esgotamento
CENÁRIOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ESGOTAMENTO sanitário, frente à evolução das demandas, foram calculadas as vazões médias de
SANITÁRIO tratamento, para o Ano 1 a 20, bem como o déficit identificado, ao se comparar com a
capacidade atual de tratamento do sistema, conforme apresentado no Quadro 23.
Para a definição das necessidades dos serviços públicos de esgotamento sanitário, definiu-
se cenários possíveis para o eixo do saneamento em questão. Ao todo foram projetados doze Para o cenário de referência adotado, tem-se as informações apresentadas a seguir. Na
cenários de evolução das demandas de atendimento ao longo do horizonte de planejamento. sequência, na Figura 38, apresenta-se um gráfico com esta análise. Destaca-se que entre os
anos 11 e 13, observa-se uma pequena diminuição da vazão de esgoto projetada. Isto ocorre,
Reitera-se que o SES está diretamente relacionado ao SAA, ou seja, a geração de esgoto pois conforme as premissas de cálculo, considerou-se uma diminuição do coeficiente de
está ligada ao consumo de água. Sendo assim, algumas das variáveis dos cenários deste infiltração ao longo dos anos.
sistema foram análogas ao do sistema de abastecimento de água – geração per capita de
esgoto e consumo per capita de água. Quadro 23: Projeção de Demandas e Capacidade de Tratamento

Vazões
Projetadas e Capacidade de Tratamento: 774 L/s
Com relação aos parâmetros normatizadas adotados para os cálculos das projeções de
Capacidade
demandas nos diferentes cenários analisados, tem-se a Figura 37. Atual do SES Vazão Projetada Ano 1: 404 L/s.

Vazão Projetada Ano 20: 1.070 L/s.


Figura 37: Variáveis de Construção dos Cenário
Déficit: 296 L/s
Geração de Esgoto Per
Coeficiente de Infiltração Cobertura de Atendimento Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.
Capita
Figura 38: Gráfico de Demandas e Capacidade do Cenário de Referência
•Constante ao longo do •Coeficiente de infiltração •Crescente, partindo de um
horizonte temporal constante em 0,35 L/s.km percentual estimado de
ao longo de todo o 31% de cobertura de
•Crescente ao longo do horizonte de planejamento tratamento de esgoto, até
horizonte temporal atingir 90% em 2033, sendo
o crescimento de 9% no
Ano 1 e 10% no Ano 2, e de
•Decrescente ao longo do •Decrescente, partindo do
5% a.a. até o Ano 11
horizonte temporal valor de 0,35 L/s.km no Ano
1, até atingir o 0,1 L/s.km
no Ano 14, sendo o •Crescente, partindo de um
decrescimento de 0,02 percentual estimado de
L/s.km a.a. 31% de cobertura de
tratamento de esgoto, até
atingir 99% em 2042, sendo
o crescimento de 9% no
Ano 1 e 10% no Ano 2, de
5% a.a. até o Ano 11, e de
1% a.a. até o Ano 20

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022. Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ÁREAS COM DÉFICIT DE ATENDIMENTO Quadro 24: Áreas de Déficit de Atendimento


Cobertura de Categorização
Código da Região de
Atendimento Bairro de
ZEIS Planejamento
A partir do diagnóstico do sistema de esgotamento sanitário de Juiz de Fora, apresentado no - SES (%) Intervenções
L 02 Vitorino Braga Leste
Produto 2 – Tomo II desta revisão do PSB, conclui-se que as Regiões de Planejamento – RP N 01 Náutico Norte
NE 05 Parque Guarani Nordeste
Oeste, RP Norte, e RP Leste – que possuem ZEIS com vulnerabilidade no atendimento dos
C 06 Bairu Centro
serviços de esgotamento sanitário, somam, aproximadamente, metade do total de ZEIS N 04 Ponte Preta II Norte
N 07 Ponte Preta V Norte
vulneráveis identificadas no município de Juiz de Fora.
N 09 Vila Esperança Norte
N16 Santa Lucia Norte
0% a 20% 1
CO 08 Amazonia Centro oeste
As ZEIS refletem o reconhecimento oficial de que uma parte substancial da cidade, que é
O 02 Borboleta Oeste
fruto de processos de produção e apropriação do espaço que não correspondem à O 10 Borboleta Oeste
O 11 Torreões Oeste
urbanização formal, não podendo ser tratados pelos mesmos parâmetros vigentes na O 12 Cruzeiro de Santo Oeste
legislação (COSTA & BRAGA, 2001). S 04 Cruzeiro do Sul Sul
C 09 Poço Rico Centro
L 26 Floresta Leste
No Quadro 24, apresenta-se as áreas identificadas. Na Figura 39, tem-se as ZEIS mapeadas, O 04 Morada do Serro Oeste
21% a 40% 2
S 09 Bela Aurora Sul
conforme metodologia de hierarquização já apresentada no item anterior, referente às áreas L 10 Linhares Leste
com déficit de atendimento do SAA. L 11 Linhares Leste
NE 01 Santa Terezinha Nordeste
41% a 60% NE 06 Granjas Bethania Nordeste 3
N 10 Vila Esperança Norte
S 08 Bela Aurora Sul
S 23 Santa Efigênia Sul
C 05 Dom Bosco Centro
L 07 Linhares Leste
NE 10 Eldorado Nordeste
L 24 Santa Paula Leste
CO 01 Cidade do Sol Centro oeste
61 a 80% O 05 Jardim Casablanca Oeste 4
O 06 Jardim Casablanca Oeste
S 06 Ipiranga Sul
S 17 Santa Efigênia Sul
SE 04 Retiro Sudeste
SE 07 Retiro Sudeste
C 02 Dom Bosco Centro
C 04 Dom Bosco Centro
L 03 Três Moinhos Leste
CO 10 Carlos Chagas Centro oeste
81% a 100% 5
O 08 Adolfo Vireque Oeste
S 15 Sagrado Coração de Jesus Sul
S 16 Santa Efigênia Sul
SE 01 Santo Antônio Sudeste

Fonte: Adaptado de SEPUR (2022).

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 39: Mapa das Áreas com Déficit de Atendimento

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

ALTERNATIVAS TÉCNICAS PARA OS SERVIÇOS DE DRENAGEM E MANEJO Tais medidas, de controle na fonte ou descentralizadas em drenagem urbana, visam
DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS promover a redução e a retenção do escoamento pluvial de forma a qualificar os sistemas
tradicionais de drenagem pluvial e ao mesmo tempo evitar as ampliações destes. Além disso,
Na Figura 40 tem-se as alternativas estruturais e não estruturais adaptadas ao município, os SUDS contribuem para a redução das cargas poluidoras oriundas do escoamento
baseando-se nas técnicas compensatórias em drenagem urbana, também conhecidas como superficial. No Produto 3 são apresentadas maiores informações acerca das técnicas
Sistemas Sustentáveis de Drenagem Urbana (SUDS). apontadas pela Figura 40.

O termo compensatório faz referência ao propósito central de tais técnicas de procurar As necessidades do sistema de drenagem e manejo de águas pluviais para o município de
compensar ou minorar os impactos da urbanização sobre o ciclo hidrológico (PROSAB, Juiz de Fora no período de planejamento compreendido, entre o ano de 2023 até 2042, estão
2009). Esse conjunto de medidas visa atingir o adequado funcionamento do sistema de relacionadas às disponibilidades do serviço de drenagem urbana. Destaca-se que a
drenagem e manejo de águas pluviais urbanas. disponibilidade do serviço se relaciona tanto a dispositivos como sarjetas, meio-fio, bueiros,
galerias, bocas de lobo, até obras de macrodrenagem. A Figura 41 apresenta as principais
Figura 40: medidas não estruturais e estruturais para as prospectivas técnicas em drenagem urbana. fraquezas identificadas no município, classificadas conforme necessidade ou demanda de
resolução.

Figura 41: Necessidades do Serviço de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Os SUDS objetivam o amortecimento das cheias, por meio de estruturas de armazenamento


de águas pluviais, bem a redução dos volumes de escoamento superficial, através de
estruturas de infiltração, ou ainda soluções combinadas de armazenamento e de infiltração. Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

55
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

A partir das necessidades de universalização, melhorias operacionais e melhoria bacias BD 41 e BD 42. Estas encontram-se inseridas na RP Centro-oeste. A terceira sub-
organizacional e gerencial, apresentadas anteriormente, serão apresentadas nos próximos bacia a ser priorizada é a BD 48, sub-bacia do Córrego Independência (majoritariamente
itens as metas para atendimento dessas melhorias, bem como programas, projetos e ações pertencente à RP Centro).
de atingimento às metas. Tais programas, projetos e ações são, portanto, compatibilizados e
alinhados às carências identificadas em Juiz de Fora. As últimas sub-bacias a serem priorizadas, ambas classificadas na 22º de priorização são BE
34, sub-bacia do Córrego Remonta/Ribeirão dos Burros, e BD 30, ambas predominantemente
ÁREAS DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA inseridas na RP Norte.

A partir do exposto no Produto 2, foram definidas áreas de intervenção prioritárias ao Ressalta-se que dentro das unidades de planejamento prioritárias, deve-se haver ainda um
planejamento, isto é, determinou-se as sub-bacias hidrográficas, unidades de planejamento maior foco para as áreas de ZEIS estabelecidas pelo Plano Diretor Participativo.
do presente estudo, que apresentam maior criticidade quanto aos problemas evidenciados e
que, por este motivo, demandam de prioridade nas intervenções quando comparado com as
demais.

As áreas de intervenção compreendem as sub-bacias hidrográficas que apresentam


problemas relacionados ao sistema de drenagem. Para o processo de hierarquização foram
analisados quatro (4) parâmetros:

• Quantitativo de pontos de alagamentos pela área da sub-bacia (km²);


• Quantitativo de pontos de enxurradas pela área da sub-bacia (km²);
• Área de risco a deslizamentos (km²) pela área da sub-bacia (km²);
• Área de risco a inundações (km²) pela área da sub-bacia (km²).

A metodologia para a definição das áreas, conforme prioridade de intervenção, está disposta
ao longo do Produto 3 da presente revisão do PSB-JF. O mapeamento da Figura 42apresenta
os resultados obtidos.

Observa-se que as sub-bacias com maior prioridade se encontram localizadas na região


central do município. As bacias BE 57 e a 58 (compreendidas pelas RP Centro, Leste e
Sudeste) são consideradas de maior prioridade, apresentando concentração relevante de
pontos de alagamentos, enxurradas e deslizamentos de terra por km². Logo em seguida está
a região da sub-bacia do Córrego Carlos Chagas (BD 43) compreendendo também as sub-

56
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 42: Mapa de áreas de intervenção prioritárias em drenagem urbana.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

OBJETIVOS E METAS DO PSB-JF

Os objetivos e metas definidos para a revisão do PSB-JF estão pautados nos princípios
fundamentais da Política Federal de Saneamento Básico, instituída pela Lei Federal
n°11.445/2007, atualizada pela Lei Federal nº 14.026/2020. Esses princípios materializam as
principais diretrizes do planejamento, as quais foram a base para a definição dos principais
objetivos, metas e ações para os serviços de saneamento básico municipal.

De maneira bem objetiva, as metas compreendem o atingimento de um determinado objetivo


mensurável, num intervalo de tempo previamente definido.

Conforme preconiza a Lei Federal nº 11.445/2007, atualizada pela Lei Federal nº


14.026/2020, os serviços públicos de saneamento devem ser prestados buscando-se a
universalização do acesso com a ampliação progressiva a todos os usuários e/ou domicílios
do município de Juiz de Fora, a integralidade de todas as atividades e componentes de cada
um dos serviços com eficiência e conformidade às necessidades da população e a adoção
de métodos, técnicas e processos que considerem as características regionais e locais do
município.

A seguir, apresenta-se a síntese das metas, objetivos e indicadores definidos para os três
sistemas de saneamento objetos da revisão do PSB-JF (Quadro 25) e as metas a serem
buscadas dentro do novo horizonte de planejamento (Quadro 26), definidos anteriormente no
Produto 3.

58
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 25: Síntese dos Objetivos, Metas e Indicadores

Meta Objetivo Indicador


SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA
Indicador de Cobertura = ((Quantidade de economias residenciais ativas de água + Quantidade de
Meta de Atendimento Universalização dos serviços de abastecimento de água economias residenciais inativas de água) / (Quantidade de domicílios residenciais existentes na área
de abrangência do prestador de serviços)) × 100
Distribuição de água de acordo com os padrões de potabilidade Indicador de Qualidade = (Quantidade de amostras para coliformes totais com resultados dentro do
Meta de Qualidade da Água
estabelecidos na legislação vigente padrão / Quantidade de amostras analisadas para coliformes totais) × 100
Redução no percentual de economias atingidas por interrupção ICA = (1 – Quantidade média de economias atingidas x Duração total das ocorrências / Quantidade
Meta de Continuidade no Abastecimento
no abastecimento de economias ativas de água x Tempo total transcorrido) × 100
Meta de Redução de Perdas no Sistema de Distribuição Redução do Índice de Perdas de Água na Distribuição (Volume Macromedido - Volume Micromedido) / Volume Macromedido) * 100
Meta de Eficiência nos Prazos de Atendimento Elevação do atendimento de ordens de serviço dentro do prazo (Número de Ordens de Serviço Atendidas no Prazo / Número de Ordens de Serviço )* 100
Meta de Eficiência de Arrecadação Aumento financeiro da arrecadação. (Arrecadação total / Receita operacional total) × 100
SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Coleta = ((Quantidade de economias residenciais ativas de esgoto +
Quantidade de economias residenciais inativas de esgoto) /
(Quantidade de domicílios residenciais existentes
na área de abrangência do prestador de serviços)) × 100
Implantar um sistema coletivo com coleta, transporte, tratamento
Meta de Atendimento do SES Urbano e disposição final adequada dos esgotos gerados na área urbana
Tratamento = ((Quantidade de economias residenciais ativas
de Juiz de Fora.
com tratamento de esgoto + Quantidade de economias residenciais inativas
com tratamento de esgoto) / (Quantidade de domicílios residenciais existentes
na área de abrangência do prestador de serviços))
× 100
Implantar sistemas individuais de tratamento de esgoto na zona (Quantidade de economias rurais atendidas pelos serviços de esgotamento sanitário (soluções
Meta de Atendimento do SES Rural
rural do município de Juiz de Fora individuais) / total de economias rurais) x 100
Incidência das análises de DBO das águas residuárias na saída do tratamento
Garantir a eficiência do tratamento do esgoto coletado, assim no padrão estabelecido = (Quantidade de amostras analisadas para aferição de DBO com resultado
Meta de Eficiência do Tratamento de Esgoto
como sua disposição final de forma adequada dentro do padrão na saída do tratamento / Quantidade de amostras analisadas para aferição de DBO
removido na ETE) × 100
SISTEMA DE DRENAGEM URBANA
Índice de Cobertura do Sistema de Microdrenagem (%) = (Extensão de Vias Urbanas Pavimentadas
Meta de universalização dos serviços de drenagem Alcançar a universalização dos serviços de drenagem e manejo
com Sistema de Microdrenagem Implantado, em km / Extensão Total de Vias Urbanas Pavimentadas,
urbana e manejo das águas pluviais das águas pluviais urbanas.
em km) x 100
Índice de Manutenção do Sistema de Microdrenagem (%) = Extensão de Vias Urbanas com
Garantir que todas as vias urbanas pavimentadas tenham
Meta de Eficiência do Sistema de Microdrenagem Microdrenagem em que foi realizada manutenção, em km / Extensão Total de Vias Urbanas com
sistema de drenagem implantado e operando adequadamente.
Microdrenagem implantada no município, em km) x 100
Garantir adequada operação do sistema, manutenções, limpezas Índice de Manutenção do Sistema de Macrodrenagem (%) = (Extensão de Canais Existentes em que
Meta de Eficiência do Sistema de Macrodrenagem
e fiscalização das redes de macrodrenagem. foi realizada manutenção, em km / Extensão Total de Canais Existentes no município, em km) x 100

Melhorar a qualidade dos recursos hídricos, segundo o seu Índice de Qualidade da Água dos Recursos Hídricos (%) = (N° de Amostras de acordo com o seu
Meta de Melhoria da Qualidade dos Recursos Hídricos
enquadramento regional e Res. CONAMA n° 357/2005. enquadramento regional e Res. CONAMA n° 357/2005) / (N° de Amostras Analisadas) x 100

Parcela de domicílios em situação de risco a inundações (%) = (Número de domicílios sujeitos a


inundações / Número total de domicílios no município) x 100
Meta de Redução da Parcela de Pessoas em Situação Promover a segurança da população e a proteção do meio
de Risco ambiente a partir da redução das áreas de risco.
Parcela de domicílios em situação de risco a deslizamentos (%) = (Número de domicílios sujeitos a
deslizamentos / Número total de domicílios no município) x 100
Evolução da Implantação de Técnicas Compensatórias (%) = ((N° Técnicas compensatórias no (Ano
Prevenir alagamentos e inundações, garantir segurança e
Meta de Implantação de Técnicas Compensatórias X) - N° de Técnicas compensatórias no (Ano X-1)) / N° de Técnicas compensatórias no (Ano X-1)) x
prevenir impactos à jusante.
100

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 26: Síntese das Metas nos Períodos de Planejamento.

Meta Período de Planejamento Curto Período de Planejamento Médio Período de Planejamento Longo

SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Meta de Atendimento 97% 98% 99%

Meta de Qualidade da Água 98% 100% 100%

Meta de Continuidade no Abastecimento Atingir 95% Atingir 98% Manter 98%

Meta de Redução de Perdas no Sistema de Distribuição 32% 28% 25%

Meta de Eficiência nos Prazos de Atendimento Incremento de 2% a.a. Atingir 95% Atingir e Manter 98%

Meta de Eficiência de Arrecadação Manter 99% Manter 99% Manter 99%

SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Meta de Atendimento do SES Urbano Coleta: 94,7% e Tratamento: 55% Coleta: 94,7% e Tratamento: 75% Coleta: 99% e Tratamento: 99%

Meta de Atendimento do SES Rural 30% 70% 99%

Meta de Eficiência do Tratamento de Esgoto Atendimento integral da legislação aplicável Atendimento integral da legislação aplicável Atendimento integral da legislação aplicável

SISTEMA DE DRENAGEM URBANA


Meta de universalização dos serviços de drenagem
Medição Inicial Aumento de 5 a 10% ao ano* 98%
urbana e manejo das águas pluviais
Meta de Eficiência do Sistema de Microdrenagem Medição inicial Aumento em 5% ao ano* 98%
Meta de Eficiência do Sistema de Macrodrenagem Medição Inicial Aumento em 5% ao ano* 98%

Caso haja atendimento aos padrões mínimos,


realizar ações de manutenção da condição
O padrão de qualidade da Classe deve estar
existente e melhoria contínua do cenário
Verificação inicial da condição de qualidade dos atendido ou mantido. Caso contrário, deverá ser
Meta de Melhoria da Qualidade dos Recursos Hídricos encontrado;
cursos d’água. prevista ação incidente no foco da causa do não
Se os padrões mínimos não foram atendidos,
atendimento.
deverão ser priorizadas ações para o atendimento
do padrão da Classe ou melhoria da Classe.

Meta de Redução da Parcela de Pessoas em Situação de 90% dos domicílios fora de áreas
Elaboração de projetos e ações estruturais Redução de 5% ao ano
Risco Hidrológico de risco a inundações **
Meta de Redução da Parcela de Pessoas em Situação de Medição inicial, bem como elaboração de projetos 90% dos domicílios fora de áreas
Redução de 5% a 10% ao ano*
Risco Geológico e ações estruturais de risco a deslizamentos**
Manutenção das estruturas e implantação de
Meta de Aumento de Implantação de Técnicas Finalização do Plano de Drenagem Urbana Elaboração dos projetos e obras indicados no
novas, segundo indicativo do Plano de Drenagem
Compensatórias (delimitação dos grandes projetos e estudos) Plano de Drenagem Urbana
Urbana e suas atualizações
*A meta deverá ser atualizada após a medição inicial.
**Adoção deste valor se deve a complexidade das ações a serem executadas e as particularidades das áreas de risco.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

8 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES As ações que envolvem especificamente cada eixo do saneamento foram agrupadas em 3
(três) grandes programas, seguindo o que estabelece a Secretaria Nacional de Saneamento

Nesta etapa serão apresentados os programas específicos que contemplam as soluções Ambiental – SNSA (2013). A exceção fica para o eixo Drenagem Urbana, que devido a sua

práticas (projetos e ações) de gestão para o alcance efetivo das metas estabelecidas. particularidade, foi necessário a criação de um quarto programa.

Os programas e projetos previstos determinarão ações factíveis de serem atendidas nos Com um número reduzido de programas busca torná-los fortes, conhecidos e perenes. Nos

prazos estipulados e que representarão as aspirações sociais com alternativas de próximos itens são apresentados a síntese de cada um destes programas. Para maiores

intervenção, visando o atendimento das demandas e prioridades da sociedade. informações e detalhamentos das ações, sugere-se a leitura do Produto 4 - Redefinição dos
Programas, Projetos e Ações.

Na Figura 43 apresenta-se a descrição de cada etapa para a construção dos programas,


projetos e ações do PSB-JF. PROGRAMA DE AÇÕES GERAIS DO PSB-JF

Figura 43: Descrição das etapas de construção dos programas, projetos e ações do PSB-JF. A Figura 44 apresenta os projetos que compreendem o programa de ações gerais do PSB-
JF.
• Apresentação e atualização dos programas existentes;
• Desenvolvimento de novos programas para alcance dos objetivos e metas definidos no
Programas cenário futuro. Figura 44: Projetos do programa de ações gerais do PSB-JF.

• Visa fomentar ações que vislumbrem a sustentabilidade


• Possuem escopo específico, têm custos e são restritos no tempo; Projeto de Educação Ambiental e ambiental do município de Juiz de Fora, além da garantia da
• Quando possuem o mesmo objetivo são agrupados em programas. Sustentabilidade qualidade de vida do munícipe, sendo ele o público-alvo deste
Projetos projeto.

• Conjunto de atividades ou processos;


• Uma vez encerrado o projeto e atingido seu objetivo, as ações tornam-se atividades ou • Tem o objetivo de fomentar parcerias com instituições técnicas
Ações processos rotineiros de operação ou manutenção. Projeto de Desenvolvimento de e de ensino, a fim de buscar soluções modernas e otimizadas
Tecnologias para os sistemas de saneamento do município de Juiz de
Fora.

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.


• Tem como objetivo principal fomentar o acesso ao benefício
Projeto de Ampliação da Tarifa às famílias que se enquadram nos requisitos mínimos da
Social Tarifa Social dos serviços de abastecimento de água e
Buscando a compatibilização com as propostas do plano anterior, esta etapa foi dividida em esgotamento sanitário.
4 (quatro): Programas de Ações Gerais, Programas de Ações do Sistema de Abastecimento
de Água, Programa de Ações do Sistema de Esgotamento Sanitário e Programa de Ações do Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais Urbanas.


O Quadro 27 apresenta os Programas, Projetos e Ações Gerais propostos para PSB-JF,
destacando os respectivos responsáveis e prazos de execução. Na sequência, os Programas,

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Projetos e Ações específicos para cada um dos sistemas de saneamento abordados nesta
revisão do PSB de Juiz de Fora.

Quadro 27: Resumo dos Programas, Projetos e Ações - Programa de Ações Gerais.

Programa Projeto Código Ação Tipo de Ação Responsável (is) Prazo


Campanhas e programas de educação ambiental e de Curto, Médio e
AG1 Não-estrutural SESMAUR
Educação Ambiental e sustentabilidade Longo Prazo
Sustentabilidade
Continuação do Programa de Educação Ambiental no Parque da Curto, Médio e
AG2 Não-estrutural SESMAUR
Lajinha, estendendo também para outros parques. Longo Prazo
Programa de Ações Gerais do Fomentar parcerias com instituições técnicas e de ensino, a fim
PSB-JF Desenvolvimento de Curto, Médio e
AG3 de buscar soluções modernas e otimizadas para os sistemas de Não-estrutural PJF / CESAMA
Tecnologias Longo Prazo
saneamento do município de Juiz de Fora
Fomentar o acesso ao benefício às famílias que se enquadram
Curto, Médio e
Ampliação da Tarifa Social AG4 nos requisitos mínimos da Tarifa Social dos serviços de Não-estrutural PJF / CESAMA
Longo Prazo
abastecimento de água e esgotamento sanitário
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PROGRAMA DE AÇÕES DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Quadro 28: Resumo dos Programas, Projetos e Ações - Sistema de Abastecimento de Água.

Programa Projeto Código Principais Ações Propostas Tipo de Ação Responsável Prazo
A1 Ampliar capacidade de decantação na ETA CDI Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo
Ampliação da Capacidade de
Tratamento Operacionalizar floculadores e filtros da ampliação na ETA
A2 Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo
CDI
Ampliação da Capacidade de Implantação de novos reservatórios em áreas de déficit de
A3 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Reservação reservação
Ampliação de Elevatória de
A4 Elevatória Alto dos Pinheiros Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Água Tratada
Ampliar as redes de distribuição para atender o crescimento
A5 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Aumento da Cobertura da Rede vegetativo
de Distribuição Ampliar as ligações prediais de água para ampliar
A6 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
atendimento e suprir o crescimento vegetativo
Programa de Universalização A7 Regularização fundiária de ZEIS Não Estrutural PJF Curto, Médio e Longo Prazo
dos Serviços
Ampliação de Atendimento das Ampliar cobertura de abastecimento nas localidades
A8 Estrutural CESAMA Médio e Longo Prazo
Áreas de Vulnerabilidade regularizadas
Ações de fiscalização e monitoramento da efetiva ligação das
A9 Não Estrutural PJF/CESAMA Médio e Longo Prazo
residências ao sistema de abastecimento de água
Ampliação do monitoramento contínuo dos sistemas
A10 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
individuais
Cadastramento das unidades consumidoras e suas
A11 Estrutural PJF/CESAMA Curto Prazo
respectivas fontes de água
Atendimento na Área Rural
Estudar a possibilidade de implantação de um sistema público
A12 Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
de captação, tratamento e distribuição de água
Ação educacional visando a utilização de boas práticas pelos
A13 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
usuários

Ampliação da capacidade do vertedouro da Represa Dr. João


A14 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Penido
Melhoria Operacional na
A15 Construção de Drenagem da ETA CDI Estrutural CESAMA Curto Prazo
Captação
Melhorias no sistema de captação dos núcleos urbanos dos
A16 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
distritos e localidades afastadas
A17 Melhorias no processo de decantação das ETAs Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo

A18 Melhorias no processo de Floculação da ETA São Pedro Estrutural CESAMA Médio Prazo
Programa de Melhorias
Operacionais Melhoria Operacional no A19 Projeto do sistema de tratamento de resíduos das ETAs Não Estrutural CESAMA Curto Prazo
Tratamento
A20 Implantação de sistema de tratamento de resíduos nas ETAs Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo

A21 Estudo para implantação de novas tecnologias de tratamento Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

A22 Recuperação estrutural de reservatórios Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Melhoria Operacional na
Reservação
A23 Integração de unidades de reservação ao CCO Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Programa Projeto Código Principais Ações Propostas Tipo de Ação Responsável Prazo
Continuação dos trabalhos de manutenção preditiva e
A24 Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
preventiva nas elevatórias
Melhorias operacionais nos sistemas dos núcleos urbanos dos
A25 Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo
distritos
Melhoria Operacional nas
A26 Implantação de CMB reserva nas unidades que não possuem Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo
elevatórias de Água Tratada
Implantação de melhoria nos acionamentos realizados por
A27 Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo
partida direta

A28 Integração de unidades ao CCO Estrutural CESAMA Curto e Médio Prazo

A29 Atualização do cadastro técnico e comercial Não Estrutural CESAMA Curto Prazo

A30 Estudo de otimização da rede de distribuição Não Estrutural CESAMA Curto Prazo

A31 Ampliação dos DMCs Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

Controle e Redução de Perdas A32 Estruturação do Centro de Controle Operacional Estrutural CESAMA Médio Prazo

A33 Atualização do parque de hidrômetros Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

A34 Substituição de redes e ramais inadequados Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

A35 Pesquisa e reparo de vazamentos Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo

Conjunto de ações que visam a redução das despesas com


Eficiência Energética A36 Estrutural e Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
energia elétrica

Atualização do Plano Diretor de


A37 Atualizar o plano diretor de abastecimento de água Não Estrutural PJF/CESAMA Médio Prazo
Água
Fomentar a capacitação e atualização continuada dos
Capacitação Profissional A38 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Programa de Melhorias colaboradores
Organizacionais
A39 Cadastramento/recadastramento de usuários na tarifa social Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Projeto de Ampliação da Tarifa
Social
A40 Ampliar a divulgação da Tarifa Social Não Estrutural PJF/SAS/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PROGRAMA DE AÇÕES DO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Quadro 29: Resumo dos Programas, Projetos e Ações - Sistema de Esgotamento Sanitário.

Programa Projeto Código Principais Ações Propostas Tipo de Ação Responsável Prazo
E1 Ampliar a quantidade de ligações de esgoto Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
E2 Implantar e substituir redes coletoras Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Coleta e Transporte de Esgoto
E3 Implantar interceptores e coletores-tronco de esgoto Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
E4 Implantar estações elevatórias de esgoto Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Ampliar a capacidade de tratamento do SES de Juiz de Fora
E5 Estrutural CESAMA Curto Prazo
(ETE Barbosa Lage e ETE Santa Luzia)

Desativação da ETE Barreira do Triunfo e passagem do esgoto


Tratamento de Esgoto E6 para a ETE Barbosa Lage (projeto básico/executivo para Estrutural CESAMA Curto Prazo
Integração dos Sistemas Barreira do Triunfo e Barbosa Lage)

Medidas de fiscalização e controle do lançamento de efluentes


Programa de Universalização E7 Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
não domésticos no SES
dos Serviços
E8 Regularização fundiária das ZEIS Não Estrutural PJF Longo Prazo
Levantamento cadastral das comunidades e elaboração de
E9 projetos específicos para a implantação da rede coletora nestes Não Estrutural PJF/CESAMA Longo Prazo
Implantação do SES em Áreas de locais
Vulnerabilidade Ampliar cobertura de esgotamento sanitário nas localidades
E10 Estrutural PJF/CESAMA Longo Prazo
regularizadas
Ações de fiscalização e monitoramento da efetiva ligação das
E11 Não Estrutural PJF/CESAMA Longo Prazo
residências ao sistema de esgotamento sanitário
E12 Disponibilizar apoio técnico Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Soluções Individuais – Distritos e
Área Rural Divulgação de diretrizes para implantação e manutenção de
E13 Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
soluções individuais.

Centro de Controle e Operação Ampliar a cobertura do CCO a todas as unidades operacionais


E14 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
do SES do SES
Fiscalização das ligações residenciais/comerciais, buscando
E15 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
eliminar as ligações cruzadas existentes
Se Liga Juiz de Fora
Conscientização e apoio à população quanto à correta ligação
E16 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
ao SES
Programa de Melhorias
Otimização das Estações Automatizar e instrumentalizar o sistema de esgotamento
Operacionais E17 Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Elevatórias de Esgoto sanitário
E18 Implantar a 2ª etapa na ETE União Indústria Estrutural CESAMA Longo Prazo
Melhorias das Estações de
Tratamento Analisar e avaliar a possibilidade de alternativas de tratamento,
E19 Não Estrutural CESAMA Longo Prazo
além de lodos ativados
Conjunto de ações que visam a redução das despesas com
Eficiência Energética E20 Estrutural e Não Estrutural CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
energia elétrica

Atualização do Plano Diretor de


E21 Atualizar o Plano Diretor de Esgotamento Sanitário Não Estrutural PJF/CESAMA Médio Prazo
Programa de Melhorias Esgoto
Organizacionais Capacitação dos Profissionais Fomentar a capacitação e atualização continuada dos
E22 Não Estrutural PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
Ligados ao SES colaboradores
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PROGRAMA DE AÇÕES DO SISTEMA DE DRENAGEM E MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANAS

Quadro 30: Resumo dos Programas, Projetos e Ações – Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
Programa Projeto Código Ação Tipo de Ação Responsável (is) Prazo
Realização de estudos e projetos de ampliação de redes de
D1 microdrenagem, bem como busca de recursos financeiros para início Não estrutural SO Curto Prazo
Estudos e Obras de micro e das obras.
macrodrenagem urbana
Programa de Início das obras e realização de licitações, bem como contrato das
Universalização dos D2 Estrutural SO Médio e Longo Prazo
obras e compra de materiais.
Serviços
Dar continuidade ao cadastro da rede de micro e macrodrenagem
Cadastro da Rede de
D3 existente através de equipe técnica especializada com uso de vistoria Não estrutural SO Curto, Médio e Longo Prazo
Drenagem Existente
subterrânea, inspeções destrutivas e levantamentos

Iniciar os procedimentos para reavaliação dimensional dos dispositivos


D4 Estrutural SO Curto Prazo
dos locais com problemas de alagamentos
Redução dos Pontos de
Alagamento Execução de obras necessárias à adequação dos problemas de
D5 Estrutural SO Curto a Médio Prazo
alagamento existentes, conforme áreas de intervenção prioritárias

Elaboração de Plano de Manutenção e Limpeza da Micro e


D6 Não estrutural SO Curto Prazo
Limpeza e Manutenção macrodrenagem
Preventiva e Corretiva Execução dos serviços de limpeza e manutenção a partir do Plano de
D7 Estrutural SO Curto, Médio e Longo Prazo
Manutenção e Limpeza, acompanhada de cadastramento.
D8 Verificação inicial da condição de qualidade dos cursos d’água. Não estrutural SESMAUR Curto Prazo
Continuação do levantamento de pontos de descartes irregulares para
D9 Estrutural DEMLURB Curto Prazo
todas as RPs
Redução da Poluição dos
Sistemas de Drenagem e D10 Execução das ações não-estruturais definidas pelo PMGIRS Não estrutural DEMLURB Curto, Médio e Longo Prazo
Corpos Receptores
Programa de Melhorias D11 Execução das ações estruturais definidas pelo PMGIRS Estrutural DEMLURB Curto, Médio e Longo Prazo
Operacionais e Não estrutural
Qualidade dos Serviços D12 Fiscalizar as ligações prediais de esgoto do SES de Juiz de Fora PJF/CESAMA Curto, Médio e Longo Prazo
/Estrutural
Mapeamento de áreas de APP desmatadas do perímetro urbano e
D13 Não estrutural SESMAUR Curto Prazo
plantio de árvores nativas nesses locais
Avaliação da delimitação do Parque Linear Eixo Paraibuna, proposta
Proteção, Recuperação e D14 pelo PDP (2018) ou de outras possíveis áreas para criação de parques Não estrutural SEPUR/SESMAUR Curto Prazo
Ampliação de Áreas Verdes lineares.
D15 Desenvolvimento de um Plano de Arborização Urbana. Não estrutural SESMAUR Curto a Médio Prazo
Elaboração de projeto e implantação de parques lineares integrados
D16 Estrutural SESMAUR/SO Médio Prazo
ao meio urbano.
Criação de legislação que obrigue uso de técnicas de controle na fonte
D17 nas obras públicas e privadas municipais ou estruturação de incentivos Não estrutural SESMAUR/SEPUR/SO Curto Prazo
Controle de Escoamento na fiscais para uso das técnicas.
Fonte
Implantação de técnicas de escoamento na fonte em todas as obras
D18 Estrutural SO Médio a Longo Prazo
públicas.

66
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Programa Projeto Código Ação Tipo de Ação Responsável (is) Prazo


Manter as ações de formação e treinamento com a comunidade
D19 Não estrutural SSPDC Curto, Médio e Longo Prazo
realizada pelo Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec).
Ampliação da fiscalização sobre o uso e ocupação do solo para evitar
D20 Não estrutural SESMAUR Curto, Médio e Longo Prazo
novas ocupações irregulares.
Não estrutural
D21 Implantação das Ações do Plano de Redução de Riscos. SSPDC Curto, Médio e Longo Prazo
/Estrutural
Desenvolvimento de cronograma para elaboração de projetos e de
D22 execução para a estabilização de encostas inseridas nas áreas de Não estrutural SO Curto, Médio e Longo Prazo
Redução de Áreas de Risco risco.
Implantação das Obras de Intervenções de Estabilização de Encostas
D23 Estrutural SO Curto Prazo
emergenciais já programadas
Programa Juiz de Fora Implantação das Obras de Intervenções de Estabilização de Encostas
Resiliente D24 Estrutural SO Curto, Médio e Longo Prazo
definidas pelo cronograma
Elaboração de estudos e projetos de amortecimento de cheias em
D25 Não estrutural SO Curto Prazo
áreas suscetíveis a inundações
Implantação das estruturas de amortecimento de cheias projetadas
D26 Estrutural SO Médio a Longo Prazo
para o município
Divulgação das ações propostas pelo Plano de Contingência a
D27 Não estrutural SSPDC Curto, Médio e Longo Prazo
Desastres
Proteção contra Desastres
Ambientais D28 Implantação do Plano Preventivo de Proteção e Defesa Civil. Estrutural SSPDC Médio Prazo
D29 Criação de sistema de alarme próprio. Estrutural SSPDC Médio Prazo
Ampliação da Rede de
D30 Criação de Plano de Monitoramento Hidrológico Não estrutural SSPDC Curto a Médio Prazo
Monitoramento Hidrológico

(Re) estruturação Criação um departamento próprio ou unidade de gestão exclusiva à


D31 Não estrutural PJF Curto Prazo
Organizacional para Drenagem Urbana
Atendimento ao Sistema de
Drenagem Urbana e Manejo Estruturação de instrumento de cobrança específico para os serviços
de Águas Pluviais D32 Não estrutural SO Curto Prazo
de drenagem urbana

Capacitação de
Programa de Melhorias Profissionais Ligados ao Integrar e capacitar pessoal para ações de gestão e gerenciamento
D33 Não estrutural SO Curto, Médio e Longo Prazo
Operacionais Sistema de Drenagem dos sistemas de drenagem e demais serviços do saneamento
Urbana
Revisão do Plano de D34 Revisão do Plano e do Manual de Drenagem Urbana de Juiz de Fora. Não estrutural SO Curto Prazo
Drenagem Urbana de Juiz
de Fora e do Manual de Implementar e divulgar o Manual de Drenagem, após revisão e
D35 Não estrutural PJF Médio a Longo Prazo
Drenagem Urbana atualização.
Orientações Técnicas para
Criação de Orientações Técnicas de SUDS para Subsidiar Análises
Subsidiar Análises D36 Não estrutural SEPUR Curto Prazo
Urbanísticas
Urbanísticas

Bairro Industrial
Programa de Controle Bairro Santa Luzia Realização de estudos e projetos de redes de macrodrenagem, bem
D37 Não estrutural SO Curto Prazo
de Inundações com Bairro Mariano como busca de recursos financeiros para início das obras.
Requalificação Urbana Procópio/Democrata
e Soluções Baseadas Bairro Linhares
na Natureza Bairro São Pedro D38 Realização de processos licitatórios e início das obras Estrutural SO Médio e Longo Prazo
Rua Cesário Alvim
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

HIERARQUIZAÇÃO DAS AÇÕES IMEDIATAS OU PRIORITÁRIAS • Elevatória Alto dos Pinheiros;


• Projeto das unidades de tratamento dos resíduos das ETAs Castelo Branco e CDI.
A definição da hierarquização das ações de intervenção prioritária teve como instrumentos
básicos as diretrizes, objetivos e metas definidas ao longo do período de planejamento. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

A seguir são apresentadas as ações ou intervenções imediatas ou prioritárias definidas para Para o presente PSB-JF, foram consideradas ações imediatas do sistema de esgotamento
os sistemas de abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana. Para a sanitário, aquelas que fazem parte do planejamento de investimentos da CESAMA no triênio
hierarquização das ações foi utilizado a metodologia GUT, onde foi avaliado a Gravidade, a de abril de 2022 a março de 2025, as quais estão descritas a seguir:
Urgência e a Tendência de piora do problema caso a ação não seja executada.

• Remodelação da rede coletora;


SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA • Ampliação da extensão da rede coletora;
• Ampliação de ligações de esgoto;
Para o presente PSB-JF, foram consideradas ações imediatas do sistema de abastecimento
• Complementação do Coletor Tronco Tapera;
de água, aquelas que fazem parte do planejamento de investimentos da CESAMA no triênio
• Implantar Coletor Tronco Santa Luzia;
de abril de 2022 a março de 2025, as quais estão descritas a seguir:
• Complementação de interceptores IP2 e IP3 e travessias;
• Complemento do Coletor São Pedro;
• Implantação da quarta adutora de água tratada;
• Implantar Elevatória Mariano Procópio;
• Ligações de água e esgoto;
• Projeto básico/executivo para integração dos Sistemas Barreira do Triunfo e Barbosa
• Remodelação das redes de água;
Lage;
• Extensão de rede de água e esgoto;
• Ampliar a ETE Barbosa Lage;
• Substituição de hidrômetros;
• Implantar a ETE Santa Luzia;
• Serviços de automação e eficiência energética;
• Cooperação Técnica UFJF/CESAMA.
• Controle de perdas;
• Construção de drenagem pluvial da ETA CDI; SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS
• Adutora e elevatória Bairu;
• Execução de fundação e montagem de reservatórios metálicos em aço carbono em A seguir, são apresentadas as ações imediatas para o sistema de drenagem e manejo das
diversos bairros; águas pluviais urbanas, a partir da metodologia GUT:
• Obra para aumento de carga na subestação da ETA CDI;
• Estação elevatória de água no Esplanada; • Iniciar os procedimentos para reavaliação dimensional dos dispositivos dos locais com
• Projeto de ampliação do vertedouro de emergência da Represa Dr. João Penido; problemas de alagamentos;
• Ampliação do abastecimento de água no bairro Chapéu D’Uvas; • Iniciar a execução de obras necessárias à adequação dos problemas de alagamento
• Ampliação do abastecimento de água no núcleo urbano de Monte Verde; existentes, conforme áreas de intervenção prioritárias;

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

• Implantação das obras de intervenções de estabilização de encostas emergenciais já reduzindo até 2,6% no Ano 4, mantendo-se constante ao longo do período de
programadas; planejamento;
• Elaboração de Plano de Manutenção e Limpeza da micro e macrodrenagem; • Inadimplência média mantida em 1,0% a.a., de acordo com o histórico recente.
• Verificação inicial da condição de qualidade dos cursos d’água;
• Desenvolvimento de cronograma para elaboração de projetos e de execução para a A projeção anual resultou numa arrecadação estimada em R$ 9.182.012.660 ao longo dos
estabilização de encostas inseridas nas áreas de risco; 20 anos projetados.

• Fiscalizar as ligações prediais de esgoto do SES de Juiz de Fora;


• Criação um departamento próprio ou unidade de gestão exclusiva à Drenagem Os investimentos totais projetados para os sistemas de abastecimento de água, esgotamento

Urbana; sanitário e operacionais, necessários para atender as metas fixadas estão apresentados no

• Dar continuidade ao cadastro da rede de micro e macrodrenagem existente através de Quadro 31.

equipe técnica especializada com uso de vistoria subterrânea, inspeções destrutivas e


Quadro 31: Investimentos Anuais Projetados.
levantamentos;
Abastecimento de Água Esgotamento Sanitário Investimento Total
Ano
• Revisão do Plano e do Manual de Drenagem Urbana de Juiz de Fora; (R$) (R$) (R$)
2023 33.633.542 62.567.633 96.201.175
• Ampliação da fiscalização sobre o uso e ocupação do solo para evitar novas 2024 74.067.296 86.923.454 160.990.749
ocupações irregulares; 2025 28.302.543 17.924.625 46.227.168
2026 42.579.699 25.643.565 68.223.264
• Implantação das Obras de Intervenções de Estabilização de Encostas definidas pelo 2027 51.729.308 25.613.341 77.342.649
2028 37.593.566 25.560.217 63.153.784
cronograma. 2029 30.500.570 19.094.558 49.595.129
2030 23.436.556 17.716.767 41.153.323
2031 23.402.382 17.623.485 41.025.867
ESTUDO DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICO FINANCEIRO DOS 2032 23.079.529 17.511.580 40.591.109
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DE 2033 23.055.163 115.670.875 138.726.038
2034 18.736.749 17.261.862 35.998.611
JUIZ DE FORA 2035 18.731.971 17.117.661 35.849.632
2036 18.717.144 16.961.307 35.678.451
2037 18.695.634 20.282.754 38.978.388
No cálculo da projeção do faturamento foram utilizados os seguintes dados, critérios e 2038 18.720.757 28.466.067 47.186.823
parâmetros: 2039 19.044.191 28.624.130 47.668.321
2040 19.012.753 28.770.818 47.783.571
2041 17.553.617 28.903.968 46.457.584
2042 16.535.090 796.793 17.331.883
• Manutenção da estrutura tarifária atual;
Total 557.128.059 619.035.461 1.176.163.520
• Faturamento médio mensal de R$ 48,90 por economia de água; Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

• Faturamento médio mensal de R$ 31,79 por economia de esgoto;


• Das informações disponíveis, têm-se que o faturamento dos serviços indiretos Já no Quadro 32 e no Quadro 33 são apresentados em detalhes os investimentos projetados

representa um percentual de 3,4% do faturamento de água e esgoto no ano 1 e para os sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário.

69
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 32: Cronograma do SAA.


Ano 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042
Ação
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
CAPEX - Abastecimento de Água 33.633.542 74.067.296 28.302.543 42.579.699 51.729.308 37.593.566 30.500.570 23.436.556 23.402.382 23.079.529 23.055.163 18.736.749 18.731.971 18.717.144 18.695.634 18.720.757 19.044.191 19.012.753 17.553.617 16.535.090
Projetos e Gerenciamento de Obra 0 0 755.626 1.173.047 1.425.814 1.038.710 841.683 645.460 647.288 638.320 637.643 517.687 517.555 517.143 516.545 517.243 526.228 525.354 484.823 456.530
Renovação de Ativos 0 0 1.259.377 1.955.079 2.376.357 1.731.184 1.402.804 1.075.766 1.078.814 1.063.867 1.062.739 862.812 862.591 861.905 860.909 862.072 877.046 875.590 808.038 760.884

Estação de Tratamento de Água - ETA 0 0 0 6.000.000 14.100.000 1.500.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


A19 e A20 Estação de Tratamendo de Lodo - ETA São Pedro 0 0 0 0 3.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A1 Ampliação do Decantador da ETA CDI 0 0 0 0 6.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A17 Melhorias no Processo de Decantação - ETA CDI 0 0 0 6.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A17 Melhorias no Processo de Decantação - ETA Marechal Castelo Branco 0 0 0 0 4.200.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A17 Melhorias no Processo de Decantação - ETA São Pedro 0 0 0 0 900.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A18 Melhorias no Processo de Floculação - ETA São Pedro 0 0 0 0 0 1.500.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Estações Elevatórias de Água Tratada - Boosters 0 0 2.000.000 2.260.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000
A24 ao A28 e A36 Programa de Automação e Eficiência Energética 0 0 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000 2.000.000
A26 CMB Reserva e Inversor de Frequência na EEAT JK (30 cv) 0 0 0 45.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A26 CMB Reserva e Inversor de Frequência na EEAT Centenário (20 cv) 0 0 0 35.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A26 CMB Reserva e Inversor de Frequência na EEAT Zona D (200 cv) 0 0 0 180.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Reservatórios 0 0 0 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


A22 Recuperação Estrutural 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Evolução de Redes e Ligações Prediais 0 0 14.160.770 14.198.172 14.230.643 14.254.037 14.272.809 7.673.531 7.678.914 7.679.163 7.482.047 6.441.334 6.386.924 6.326.863 6.262.338 6.194.520 6.123.957 6.050.746 5.975.382 4.994.266
A5 e A8 Extensão de Rede 0 0 6.375.824 6.407.957 6.436.707 6.457.002 6.473.914 6.484.061 6.489.134 6.490.826 6.482.955 5.450.531 5.405.313 5.355.166 5.301.080 5.244.126 5.184.855 5.123.253 5.059.924 4.994.266
A5 Adutoras de Água Tratada 0 0 6.610.356 6.610.356 6.610.356 6.610.356 6.610.356 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A6 e A8 Ligações Prediais 0 0 1.174.590 1.179.860 1.183.580 1.186.680 1.188.540 1.189.470 1.189.780 1.188.337 999.092 990.804 981.611 971.698 961.258 950.393 939.101 927.493 915.458 0

Atendimento na Área Rural 0 0 0 150.000 200.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


A11 Cadastro das Unidades Consumidoras 150.000
A12 Elaboração de Projetos 200.000

Controle Operacional 0 0 0 9.156.946 9.656.946 9.156.946 3.687.425 3.687.425 3.687.425 3.333.258 3.333.258 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A29 Atualização do Cadastro de redes e adutoras 0 0 0 2.552.021 2.552.021 2.552.021 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A29 Atualização do Cadastro Comercial 1.003.485 1.003.485 1.003.485
A30 Estudo de Otimização das Redes de Abastecimento 0 0 0 1.914.016 1.914.016 1.914.016 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A28 Macromedidores e Telemetrias nas Elevatórias 0 0 0 125.000 125.000 125.000 125.000 125.000 125.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A23 Macromedidores e Telemetria nos Reservatórios 0 0 0 95.833 95.833 95.833 95.833 95.833 95.833 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A31 Implantação de Distritos de Medição e Controle 0 0 0 3.333.258 3.333.258 3.333.258 3.333.258 3.333.258 3.333.258 3.333.258 3.333.258 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A31 Telemetria dos Macromedidores dos DMCs 0 0 0 133.333 133.333 133.333 133.333 133.333 133.333 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A33 Estruturação de Centro de Controle Operacional 0 0 0 0 500.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Substituição de Hidrômetros 0 0 3.802.680 3.802.680 3.802.680 3.922.560 4.252.320 4.257.360 4.259.400 4.260.840 4.381.920 4.712.400 4.717.800 4.719.960 4.720.842 4.768.665 5.095.937 5.097.779 5.096.101 5.092.941
A28 Susbtituição de Hidrômetros 0 0 3.802.680 3.802.680 3.802.680 3.922.560 4.252.320 4.257.360 4.259.400 4.260.840 4.381.920 4.712.400 4.717.800 4.719.960 4.720.842 4.768.665 5.095.937 5.097.779 5.096.101 5.092.941

Custeio na Renovação de Redes e Ligações de Água 0 0 5.224.090 3.683.774 3.736.868 3.790.129 3.843.530 3.897.014 3.950.540 4.004.080 4.057.556 4.102.515 4.147.101 4.191.273 4.235.000 4.278.256 4.321.024 4.363.284 3.089.273 3.130.468
A34 Renovação da Rede de Água 0 0 2.908.920 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 1.315.748 0 0
A34 Renovação dos Cavaletes de Ligação de Água 0 0 2.315.170 2.368.026 2.421.120 2.474.381 2.527.782 2.581.266 2.634.792 2.688.332 2.741.808 2.786.767 2.831.353 2.875.525 2.919.252 2.962.508 3.005.276 3.047.536 3.089.273 3.130.468

Melhorias Organizacionais 100.000 100.000 1.100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
A37 Atualização do Plano Diretor de Abastecimento de Água 0 0 1.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A38 Capacitação Continuada de Colaboradores 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Ações da CESAMA Previstas no Triênio 2023-2025 33.533.542 73.967.296 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


A29 Ligações de Água e Esgoto 1.731.150 1.731.150 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A29 Remodelação de redes - Água 9.809.850 9.809.850 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A5 Extensão Rede de Agua 1.609.970 1.609.970 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A28 Substituição de Hidrometros 2.700.594 2.700.594 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A22 e A23 Serviços de Automação e Eficiencia Energetica 2.769.840 4.154.760 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A29 ao A35 Controle de Perdas 1.246.428 1.246.428 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Elaboração de Projetos e Gerenciamento de Obras 2.247.951 3.088.244 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A15 Construção de drenagem da ETA CDI 505.496 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A3 Execução de reservatórios metálicos em aço carbono em diversos bairros 4.616.400 4.616.400 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A14 Vertedouro de Emergência João Penido (Valor Estimado) 0 18.465.600 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A5 Ampliação Abast. Agua Distrito Chapeu D'Uvas (Valor Estimado) 2.596.725 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A5 Ampliação Abast. Agua Monte Verde (Valor Estimado) 2.596.725 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A4 Elevatória Alto dos Pinheiros (Valor Estimado) 500.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A19 Projeto do Tratamento de Residuos das ETA's Castelo Barnco e CDI 602.413 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
A20 Unidades de Tratamento de Residuos das ETA's Castelo Barnco e CDI 0 26.544.300 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

70
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 33: Cronograma do SES.


Ano 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042
Ação
Período 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
CAPEX - Esgotamento Sanitário 62.567.633 86.923.454 17.924.625 25.643.565 25.613.341 25.560.217 19.094.558 17.716.767 17.623.485 17.511.580 115.670.875 17.261.862 17.117.661 16.961.307 20.282.754 28.466.067 28.624.130 28.770.818 28.903.968 796.793
Projetos e Gerenciamento de Obra 0 0 497.906 712.321 711.482 710.006 530.404 492.132 489.541 486.433 3.213.080 479.496 475.491 471.147 563.410 790.724 795.115 799.189 802.888 22.133
Renovação de Ativos 0 0 829.844 1.187.202 1.185.803 1.183.343 884.007 820.221 815.902 810.721 5.355.133 799.160 792.484 785.246 939.016 1.317.873 1.325.191 1.331.982 1.338.147 36.889

Coleta e Transporte de Esgoto 0 0 13.229.541 21.972.577 21.935.508 21.877.256 15.881.504 15.796.775 15.701.454 15.588.943 15.468.348 15.340.129 15.197.919 15.044.536 18.111.427 25.678.309 25.810.117 25.931.317 26.039.914 0
E2 Extensão de Rede 0 0 6.259.291 13.764.077 13.732.258 13.682.256 13.632.254 13.559.525 13.477.704 13.381.128 13.277.611 13.167.552 13.045.483 12.913.824 15.546.360 22.041.566 22.154.707 22.258.742 22.351.958 0
E1 Ligações Prediais 0 0 1.032.750 2.271.000 2.265.750 2.257.500 2.249.250 2.237.250 2.223.750 2.207.815 2.190.736 2.172.577 2.152.436 2.130.712 2.565.067 3.636.742 3.655.410 3.672.575 3.687.955 0
E3 Coletores Tronco e Interceptores 0 0 5.937.500 5.937.500 5.937.500 5.937.500 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Tratamento de Esgoto 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 91.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0


E18 2ª Etapa da ETE União Indústria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 91.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Melhorias Operacionais e Qualidade dos Serviços 443.799 455.493 2.267.334 1.671.465 1.680.549 1.689.612 1.698.642 507.639 516.588 525.483 534.314 543.077 551.768 560.377 568.900 579.160 593.707 608.329 623.019 637.771
E14 Centro de Controle e Operação do SES 0 0 600.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E15/E16 Projeto Se Liga Juiz de Fora 443.799 455.493 467.334 471.465 480.549 489.612 498.642 507.639 516.588 525.483 534.314 543.077 551.768 560.377 568.900 579.160 593.707 608.329 623.019 637.771
E17/20 Projeto de Automatização e Eficiência Energética do SES 0 0 1.200.000 1.200.000 1.200.000 1.200.000 1.200.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Melhorias Organizacionais e Gerenciais 100.000 100.000 1.100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000
E21 Atualização do Plano Diretor de Esgoto 0 0 1.000.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E22 Capacitação Continuada de Colaboradores 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000

Ações da CESAMA Previstas no Triênio 2023-2025 62.023.834 86.367.961 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0


Elaboração de Projetos e Gerenciamento de Obras 3.483.899 3.822.097 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E3 CT Tapera 421.882 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E3 CT Santa luzia 9.694.494 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E3 CT São Pedro 5.193.450 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E3 IP-2, IP-3 e Travessias 2.622.115 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E4 Elevatória Mariano Procópio 2.769.840 923.280 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E5 ETE Santa Luzia 7.213.125 10.098.375 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E5 ETE Barbosa Lage 0 41.547.600 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E2 Remodelação da Rede Coletora 10.617.720 10.617.720 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E2 Extensão de Rede Coletora 3.756.596 3.756.596 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E1 Ligação de Esgoto 4.039.350 4.039.350 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E6 Elaboração de projetos (integração dos Sist. Bar. Triunfo e Barbosa Lage) 219.279 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
E6 Integração do Sistema Barreira do Triunfo e Barbosa Lage 11.541.000 11.541.000 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Cooperação Técnica UFJF/CESAMA 451.084 21.943 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Para a projeção das despesas com exploração foram utilizados como base as despesas
fornecidas pela CESAMA. Para a projeção destas despesas operacionais, leva-se em conta:

• Evolução dos níveis de cobertura dos sistemas de água e esgoto.


• Evolução das demandas de água e de esgoto.

Com base nas premissas acima adotadas, foi realizada a projeção anual das despesas de
exploração apresentada no Quadro 34 resultando num custo ao longo do período de
planejamento de R$ 3.985.322.500.

71
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 34: Projeção de Despesas.


Fundo
Outras Participação Municipal
Despesa Materiais de Energia Despesas Outras
Ano OPEX Materiais Serviços Despesas Regulação nos Lucros de Inadimplência
com Pessoal Tratamento Elétrica Gerais Despesas
Operacionais e Resultado Saneamento
Básico
2023 (158.962.458)
(72.774.116) (5.795.591) (4.246.972) (24.924.559) (34.843.940) (187.711) (1.407.836) (120.418) (242.421) (1.032.413) (10.709.184) (2.677.296)
2024 (163.253.056)
(74.495.121) (5.932.649) (4.347.407) (25.513.990) (35.667.950) (192.151) (1.441.129) (123.266) (248.154) (1.056.828) (11.497.581) (2.736.830)
2025 (167.438.936)
(76.226.690) (6.070.548) (4.448.458) (26.107.038) (36.497.018) (196.617) (1.474.627) (126.131) (253.922) (1.081.393) (12.159.892) (2.796.602)
2026 (171.622.099)
(77.966.986) (6.209.142) (4.550.019) (26.703.076) (37.330.264) (201.106) (1.508.293) (129.011) (259.719) (1.106.082) (12.800.267) (2.858.135)
2027 (175.857.559)
(79.715.089) (6.348.357) (4.652.035) (27.301.787) (38.167.249) (205.615) (1.542.111) (131.903) (265.542) (1.130.881) (13.475.681) (2.921.307)
2028 (180.167.547)
(81.468.705) (6.488.012) (4.754.373) (27.902.387) (39.006.872) (210.138) (1.576.035) (134.805) (271.384) (1.155.759) (14.208.600) (2.990.478)
2029 (184.520.954)
(83.226.913) (6.628.032) (4.856.979) (28.504.559) (39.848.695) (214.673) (1.610.048) (137.714) (277.241) (1.180.702) (14.975.345) (3.060.053)
2030 (188.915.203)
(84.987.877) (6.768.272) (4.959.746) (29.107.676) (40.691.837) (219.215) (1.644.115) (140.628) (283.107) (1.205.684) (15.777.069) (3.129.977)
2031 (193.348.619)
(86.750.219) (6.908.621) (5.062.593) (29.711.264) (41.535.639) (223.761) (1.678.208) (143.544) (288.977) (1.230.686) (16.614.916) (3.200.190)
2032 (197.820.647)
(88.513.020) (7.049.008) (5.165.467) (30.315.009) (42.379.661) (228.308) (1.712.310) (146.461) (294.849) (1.255.694) (17.490.201) (3.270.659)
2033 (202.327.070)
(90.273.684) (7.189.223) (5.268.216) (30.918.023) (43.222.659) (232.849) (1.746.370) (149.374) (300.714) (1.280.671) (18.403.987) (3.341.297)
2034 (206.269.407)
(91.753.959) (7.307.110) (5.354.603) (31.425.005) (43.931.409) (236.668) (1.775.006) (151.824) (305.645) (1.301.671) (19.320.909) (3.405.599)
2035 (210.224.787)
(93.221.952) (7.424.018) (5.440.272) (31.927.781) (44.634.278) (240.454) (1.803.405) (154.253) (310.535) (1.322.497) (20.275.563) (3.469.778)
2036 (214.191.582)
(94.676.327) (7.539.842) (5.525.147) (32.425.893) (45.330.626) (244.205) (1.831.540) (156.659) (315.380) (1.343.130) (21.269.051) (3.533.781)
2037 (218.168.783)
(96.116.013) (7.654.495) (5.609.165) (32.918.974) (46.019.942) (247.919) (1.859.392) (159.042) (320.176) (1.363.554) (22.302.546) (3.597.566)
2038 (222.187.807)
(97.540.232) (7.767.917) (5.692.280) (33.406.758) (46.701.852) (251.592) (1.886.944) (161.398) (324.920) (1.383.759) (23.404.757) (3.665.399)
2039 (226.297.030)
(98.948.353) (7.880.058) (5.774.455) (33.889.028) (47.376.054) (255.225) (1.914.184) (163.728) (329.611) (1.403.735) (24.619.292) (3.743.307)
2040 (230.426.044)
(100.339.744) (7.990.865) (5.855.654) (34.365.569) (48.042.247) (258.813) (1.941.101) (166.031) (334.246) (1.423.474) (25.886.899) (3.821.401)
2041 (234.575.838)
(101.713.936) (8.100.303) (5.935.850) (34.836.218) (48.700.204) (262.358) (1.967.685) (168.304) (338.823) (1.442.969) (27.209.529) (3.899.657)
2042 (238.747.073)
(103.070.297) (8.208.321) (6.015.005) (35.300.761) (49.349.624) (265.857) (1.993.924) (170.549) (343.342) (1.462.211) (28.589.142) (3.978.041)
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.
Com base nas projeções de faturamento, investimentos e despesas apresentadas, foi
estruturada uma projeção de DRE e Fluxo de Caixa, de modo a permitir uma adequada
análise da viabilidade dos investimentos projetados, como mostra o Quadro 35.

72
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 35: Projeção de Despesas.


Ano 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042
(+) Receita Bruta 267.730 287.440 303.997 320.007 336.892 355.215 374.384 394.427 415.373 437.255 460.100 483.023 506.889 531.726 557.564 585.119 615.482 647.172 680.238 714.729

(-) PIS/COFINS -25.205 -27.034 -28.562 -30.036 -31.589 -33.307 -35.105 -36.984 -38.948 -41.000 -43.142 -45.292 -47.529 -49.858 -52.281 -54.865 -57.712 -60.683 -63.784 -67.018

(-) Evasão de Receita -2.677 -2.874 -3.040 -3.200 -3.369 -3.552 -3.744 -3.944 -4.154 -4.373 -4.601 -4.830 -5.069 -5.317 -5.576 -5.851 -6.155 -6.472 -6.802 -7.147

(=) Receita Líquida 239.847 257.531 272.395 286.770 301.934 318.355 335.535 353.498 372.271 391.882 412.356 432.901 454.291 476.551 499.707 524.403 551.616 580.017 609.652 640.563

(-) OPEX -158.962 -163.253 -167.439 -171.622 -175.858 -180.168 -184.521 -188.915 -193.349 -197.821 -202.327 -206.269 -210.225 -214.192 -218.169 -222.188 -226.297 -230.426 -234.576 -238.747

EBITDA 80.885 94.278 104.956 115.148 126.076 138.188 151.014 164.583 178.922 194.062 210.029 226.631 244.066 262.359 281.538 302.215 325.318 349.591 375.076 401.816

Depreciação e Amortização -14.641 -14.988 -15.336 -15.686 -16.038 -16.391 -16.745 -17.099 -17.453 -17.808 -18.162 -18.460 -18.755 -19.048 -19.338 -19.624 -19.908 -20.187 -20.464 -20.737

EBIT 66.243 79.291 89.620 99.462 110.038 121.797 134.269 147.484 161.469 176.254 191.867 208.171 225.310 243.311 262.200 282.591 305.411 329.404 354.612 381.079

Despesa Financeira -23.279 -23.830 -24.384 -24.940 -25.500 -26.061 -26.623 -27.186 -27.750 -28.314 -28.877 -29.351 -29.820 -30.286 -30.746 -31.202 -31.652 -32.097 -32.537 -32.971

EBT 42.964 55.461 65.236 74.521 84.539 95.736 107.646 120.298 133.719 147.940 162.990 178.821 195.490 213.025 231.454 251.389 273.759 297.307 322.075 348.109

Impostos -14.584 -18.833 -22.156 -25.313 -28.719 -32.526 -36.576 -40.877 -45.440 -50.276 -55.393 -60.775 -66.443 -72.405 -78.671 -85.448 -93.054 -101.060 -109.482 -118.333

Lucro Líquido 28.380 36.628 43.080 49.208 55.819 63.210 71.071 79.421 88.278 97.664 107.597 118.046 129.048 140.621 152.784 165.941 180.705 196.246 212.594 229.776

(+) Juros -23.279 -23.830 -24.384 -24.940 -25.500 -26.061 -26.623 -27.186 -27.750 -28.314 -28.877 -29.351 -29.820 -30.286 -30.746 -31.202 -31.652 -32.097 -32.537 -32.971
(+) Depreciação -14.641 -14.988 -15.336 -15.686 -16.038 -16.391 -16.745 -17.099 -17.453 -17.808 -18.162 -18.460 -18.755 -19.048 -19.338 -19.624 -19.908 -20.187 -20.464 -20.737
(=) Fluxo de Caixa
66.301 75.446 82.800 89.835 97.357 105.661 114.438 123.706 133.482 143.786 154.637 165.856 177.623 189.954 202.868 216.767 232.264 248.531 265.594 283.483
Operacional

(-) CAPEX -96.201 -160.991 -46.227 -68.223 -77.343 -63.154 -49.595 -41.153 -41.026 -40.591 -138.726 -35.999 -35.850 -35.678 -38.978 -47.187 -47.668 -47.784 -46.458 -17.332
(-) Necessidade de Capital
-6.869 -902 -728 -697 -744 -819 -865 -913 -963 -1.014 -1.068 -1.102 -1.155 -1.210 -1.267 -1.363 -1.519 -1.593 -1.671 -1.751
de Giro Líquido
Fluxo de Caixa dos Ativos -36.769 -86.447 35.845 20.915 19.270 41.688 63.978 81.639 91.493 102.181 14.843 128.756 140.618 153.066 162.622 168.217 183.078 199.154 217.466 264.400
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

73
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

O valor resultante para o indicador financeiro TIR (taxa interna de retorno) na modelagem CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO DO SISTEMA DE DRENAGEM E
econômica para a prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário MANEJO DAS ÁGUAS PLUVIAIS URBANA
de Juiz de Fora foi de 34,88%.
A gestão e operacionalização do Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
Considerando que o WACC (custo médio ponderado de capital) da CESAMA está estimado de Juiz de Fora é atualmente realizada pela própria Administração Municipal através de suas
em 10,80%, conclui-se que o resultado apresentado demonstra viabilidade do projeto, ou secretarias municipais e outros órgãos públicos correlatos. Conforme já abordado
seja, os investimentos realizados resultarão em retorno financeiro positivo. anteriormente, diferentemente dos serviços de abastecimento de água, esgotamento
sanitário e coleta dos resíduos sólidos urbanos, em que existe uma estrutura tarifária e/ou
Os outros indicadores que demonstram a viabilidade do plano de investimentos, é o VPL taxas específicas para cobrir as despesas operacionais dos sistemas, não existe uma taxa
(valor presente líquido), cujo resultado foi de R$ 509.364.651,18, o que demonstra ser o valor específica para o sistema de drenagem para cobrir as despesas operacionais e os
aproximado a ser gerado pelo projeto ao longo dos 20 anos. Por fim, tem-se o PAYBACK investimentos necessários. No geral, as despesas e investimentos deste sistema são
descontado, que demonstra o retorno dos investimentos iniciais no prazo de até 7 anos. cobertos pelo caixa único da Administração Municipal anualmente, que destina os valores
conforme a Lei orçamentária anual das secretarias atuantes e/ou dos projetos e obras a
Apesar do excelente resultado apresentado, cabe salientar que isto só será possível com a serem realizados.
implantação de elevados investimentos nos anos iniciais, visando a ampliação do
atendimento dos serviços de água e esgoto, bem como investimentos visando uma maior Os custos do Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas referem-se aos
eficiência operacional no longo prazo. Estes investimentos previstos, poderão gerar um fluxo projetos das obras a serem realizadas, à operação e manutenção, bem como outras
de caixa dos ativos negativo em cerca de R$ 123.216.292 no curto prazo, o qual deve ser necessidades previstas. Devido à complexidade e volume de obras de macrodrenagem,
coberto pelas receitas tarifárias e potenciais financiamentos a serem captados pela CESAMA. serão estimados os investimentos necessários para melhorias na microdrenagem. Salienta-
se que futuros projetos e estimativa de custos para o sistema de macrodrenagem serão objeto
Por fim, é importante salientar que o presente estudo de viabilidade apresenta uma projeção de estudo da Revisão do Plano de Drenagem do município.
estimativa de receitas e despesas de acordo com a situação atual da prestação dos serviços.
Estes números devem ser devidamente reavaliados quando da elaboração das revisões e Para auxiliar na precificação dos projetos previstos ao sistema utilizou-se como base
reajustes tarifários em parceria com o corpo técnico da agência reguladora ARISB-MG. principalmente o planejamento de investimentos definidos pelo plano plurianual,
disponibilizados pela Administração Municipal, bem como outros projetos existentes no
município.

No Quadro 36 e no Quadro 37, apresentados a seguir, tem-se a quantificação e a estimativa


de custos para as necessidades do Sistema de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais
Urbanas, indicando as medidas de curto, médio e de longo prazo, no decorrer do horizonte
de planejamento de 20 anos.

74
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 36: Cronograma físico-financeiro do Sistema de Drenagem Urbana.

2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030 2031 2032
Descrição Quant. Unid. Preço Unitário (R$) Total (R$)
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
PROGRAMA DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
Estudos e Projetos de
R$ R$
Ampliação da 1 Verba 3.000.000 3.000.000 3.000.000 0 0 0 0 0 0 0
9.000.000,00 9.000.000,00
Microdrenagem Urbana
Ampliação da R$ R$
797 km 0 0 0 14.676.505 14.482.591 14.528.254 14.566.306 14.589.137 14.600.552 14.604.358
Microdrenagem Urbana 315.000,00 222.651.007,80
Projeto do Cadastro da
R$ R$
Rede de Drenagem 1.424.890 m 118.266 124.678 131.090 137.502 143.914 150.326 156.738 163.150 169.562 175.974
1,66 2.365.317,40
Existente
Subtotal 235.234.656 3.118.268 3.124.680 3.131.092 14.814.009 14.626.507 14.678.582 14.723.046 14.752.289 14.770.117 14.780.334
PROGRAMA DE MELHORIAS OPERACIONAIS E QUALIDADE DOS SERVIÇOS
Descrição Quant. Unid. Preço Unitário (R$) Total (R$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Projeto de Redução dos R$ R$
1 Verba 12.000.000 12.000.000 17.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000
Pontos de Alagamento 245.000.000,00 245.000.000,00
Projeto de Limpeza e
R$ R$
Manutenção Preventiva e 1 Verba 9.000.000 9.000.000 9.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000
129.000.000,00 129.000.000,00
Corretiva
Projeto de Redução da
Poluição dos Sistemas de R$
1 Verba R$ 177.617,12 7.397 7.592 7.789 7.858 8.009 8.160 8.311 8.461 8.610 8.758
Drenagem e Corpos 177.617,12
Receptores
Projeto de Proteção,
R$
Recuperação e Ampliação 1 Verba R$ 6.780.000,00 43.333 43.333 43.333 150.000 1.625.000 1.625.000 1.625.000 1.625.000 0 0
6.780.000,00
de Áreas Verdes
Projeto de Controle de R$ R$
1 Verba 2.000.000 1.500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000
Escoamento na Fonte 12.500.000,00 12.500.000,00
Subtotal 393.457.617 23.050.730 22.550.925 26.551.122 18.657.858 20.133.009 20.133.160 20.133.311 20.133.461 18.508.610 18.508.758
PROGRAMA JUIZ DE FORA RESILIENTE
Descrição Quant. Unid. Preço Unitário (R$) Total (R$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Projeto de Redução de R$ R$
1 Verba 25.025.000 25.025.000 25.025.000 25.025.000 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633
Áreas de Risco 421.438.131,67 421.438.131,67
Projeto de Proteção a R$
1 Verba R$ 1.700.000,00 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 100.000 75.000 75.000
Desastres 1.700.000,00
Projeto de Ampliação da
R$
Rede de Monitoramento 1 Verba R$ 6.000,00 750 750 750 750 750 750 750 750 0 0
6.000,00
Hidrológico
Subtotal 423.144.132 25.125.750 25.125.750 25.125.750 25.125.750 20.184.383 20.184.383 20.184.383 20.184.383 20.158.633 20.158.633
PROGRAMA DE MELHORISA ORGANIZACIONAIS E GERENCIAIS
Descrição Quant. Unid. Preço Unitário (R$) Total (R$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Projeto de Capacitação de
Profissionais Ligados ao R$ R$
1 Verba
Sistema de Drenagem 600.000,00 600.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00
Urbana
Revisão do Plano de
Drenagem Urbana de Juiz R$ R$
1 Verba 1.500.000 1.500.000 0 0 0 0 0 0 0 0
de Fora e do Manual de 3.000.000,00 3.000.000,00
Drenagem Urbana
Subtotal 3.600.000 1.530.000 1.530.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000
PROGRAMA DE CONTROLE DE INUNDAÇÕES COM REQUALIFICAÇÃO URBANA E SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA
Descrição Quant. Unid. Preço Unitário (R$) Total (R$) Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Realização de estudos,
R$ R$
projetos e obras de redes 1 Verba
1.000.000.000,00 1.000.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00
de drenagem urbana
Subtotal 1.000.000.000,00
50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00
TOTAL 2.055.436.405 102.824.748 102.331.355 104.837.964 108.627.617 104.973.899 105.026.125 105.070.740 105.100.133 103.467.360 103.477.725

75
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 37: Cronograma físico-financeiro do Sistema de Drenagem Urbana (Continuação).

Preço Unitário 2033 2034 2035 2036 2037 2038 2039 2040 2041 2042
Descrição Quant. Unid. Total (R$)
(R$) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
PROGRAMA DE UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS
Estudos e Projetos de
R$ R$
Ampliação da Microdrenagem 1 Verba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
9.000.000,00 9.000.000,00
Urbana
Ampliação da Microdrenagem R$ R$
797 km 14.586.648 12.263.694 12.161.953 12.049.123 11.927.431 11.799.284 11.665.924 11.527.319 11.384.830 11.237.099
Urbana 315.000,00 222.651.007,80
Projeto do Cadastro da Rede R$ R$
1.424.890 m 182.386 188.798 195.210 201.622 208.034 214.446 220.858 227.270 233.682 240.094
de Drenagem Existente 1,66 2.365.317,40
Subtotal 235.234.656 14.769.036 12.452.495 12.357.166 12.250.748 12.135.468 12.013.733 11.886.785 11.754.592 11.618.515 11.477.196
PROGRAMA DE MELHORIAS OPERACIONAIS E QUALIDADE DOS SERVIÇOS
Preço Unitário
Descrição Quant. Unid. Total (R$) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(R$)
Projeto de Redução dos R$ R$
1 Verba 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000 12.000.000
Pontos de Alagamento 245.000.000,00 245.000.000,00
Projeto de Limpeza e
R$ R$
Manutenção Preventiva e 1 Verba 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000 6.000.000
129.000.000,00 129.000.000,00
Corretiva
Projeto de Redução da
Poluição dos Sistemas de R$
1 Verba R$ 177.617,12 8.905 9.051 9.196 9.340 9.482 9.653 9.895 10.139 10.384 10.630
Drenagem e Corpos 177.617,12
Receptores
Projeto de Proteção,
R$
Recuperação e Ampliação de 1 Verba R$ 6.780.000,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
6.780.000,00
Áreas Verdes
Projeto de Controle de R$
1 Verba R$ 12.500.000,00 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000 500.000
Escoamento na Fonte 12.500.000,00
Subtotal 393.457.617 18.508.905 18.509.051 18.509.196 18.509.340 18.509.482 18.509.653 18.509.895 18.510.139 18.510.384 18.510.630
PROGRAMA JUIZ DE FORA RESILIENTE
Preço Unitário
Descrição Quant. Unid. Total (R$) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(R$)
Projeto de Redução de Áreas R$ R$
1 Verba 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633 20.083.633
de Risco 421.438.131,67 421.438.131,67
Projeto de Proteção a R$
1 Verba R$ 1.700.000,00 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000 75.000
Desastres 1.700.000,00
Projeto de Ampliação da Rede R$
1 Verba R$ 6.000,00 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
de Monitoramento Hidrológico 6.000,00
Subtotal 423.144.132 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633 20.158.633
PROGRAMA DE MELHORISA ORGANIZACIONAIS E GERENCIAIS
Preço Unitário
Descrição Quant. Unid. Total (R$) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(R$)
Projeto de Capacitação de
R$ R$
Profissionais Ligados ao 1 Verba
600.000,00 600.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00 30.000,00
Sistema de Drenagem Urbana
Revisão do Plano de
Drenagem Urbana de Juiz de R$ R$
1 Verba 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Fora e do Manual de 3.000.000,00 3.000.000,00
Drenagem Urbana
Subtotal 3.600.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000
PROGRAMA DE CONTROLE DE INUNDAÇÕES COM REQUALIFICAÇÃO URBANA E SOLUÇÕES BASEADAS NA NATUREZA
Preço Unitário
Descrição Quant. Unid. Total (R$) Ano 11 Ano 12 Ano 13 Ano 14 Ano 15 Ano 16 Ano 17 Ano 18 Ano 19 Ano 20
(R$)
Realização de estudos,
R$ R$
projetos e obras de redes de 1 Verba
1.000.000.000,00 1.000.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00
drenagem urbana
Subtotal 1.000.000.000,00
50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00 50.000.000,00
TOTAL 2.055.436.405 103.466.575 101.150.180 101.054.995 100.948.720 100.833.583 100.712.019 100.585.314 100.453.364 100.317.532 100.176.459

76
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

9 REDEFINIÇÃO DE AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA

A seguir serão apresentadas as principais causas potenciais de interrupção nos serviços de


abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, respectivamente, bem
como as ações emergenciais a serem traçadas para a solução do problema.

O Plano de Atendimento aos Sistemas de Emergência visa, principalmente, definir ações e


medidas voltadas à minimização e mitigação das consequências advindas de acidentes em
qualquer um dos serviços de saneamento básico prestados em um município.

Para a elaboração plano de ações de emergência e contingência, considerou-se a


importância, a gravidade e o alcance de possíveis ocorrências, correlacionando-as às
possíveis origens. Destaca-se que foram incluídos estados de alerta para orientar a tomada
de decisão de acordo com a gravidade de cada uma das situações.

A primeira etapa do plano de ações de emergência e contingência é identificar os eventos


mais suscetíveis de ocorrer em um determinado sistema de saneamento. Posteriormente, os
eventos excepcionais a considerar em cada plano podem ser agrupados em três estados de
alerta, conforme a gravidade da situação (VIEIRA et al, s/d), como pode ser observado no
Quadro 38.

Quadro 38: Situações de Alerta.

Situação Descrição

Incidente, anomalia ou suspeita que, pelas suas dimensões ou


1 Situação anormal confinamento, não é uma ameaça para além do local onde foi
produzida.
Acidente que pode evoluir para situação de emergência se não
2 Situação de perigo for considerada uma ação corretiva imediata, mantendo-se,
contudo, o sistema em funcionamento.
Acidente grave ou catastrófico, descontrolado ou de difícil
controle, que originou ou pode originar danos pessoais,
3 Situação de emergência materiais ou ambientais; requer ação corretiva imediata para a
recuperação do controle e minimização das suas
consequências.
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

77
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PRINCIPAIS EVENTOS DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E SUAS ORIGENS

78
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Quadro 39: Ações de Contingência - Caso de Evento de Paralização da Captação no Manancial


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação da captação de água bruta
Ajustar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Paralisação da Captação no Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Manancial Superficial de Anormal Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Pequeno Porte Realizar manobras de rede para atendimento da população
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema eletromecânico se for o caso
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Promover o controle de água disponível nos reservatórios
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação anormal
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação da captação de água bruta
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Paralisação da Captação no Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Manancial Superficial de Perigosa
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema eletromecânico se for o caso
Grande Porte
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Implementar plano de racionamento e manobras na operação
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para reabilitação do poço
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Paralisação da Captação no
Anormal Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Manancial Subterrâneo
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Implementar rodízio de abastecimento
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 40: Ações de Contingência - Rompimento de Barragem


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar defesa civil para evitar o maior dano possível a terceiros
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Rompimento de Barragem Emergencial
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Implementar plano de racionamento e manobras na operação
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Quadro 41: Ações de Contingência - Evento de Paralisação da ETA.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Paralisação de ETA de Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Anormal
Pequeno Porte
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Paralisar a operação da ETA até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Paralisação de ETA de Grande
Emergencial Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais.
Porte
Implementar rodízio de abastecimento
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Disponibilizar caminhão pipa para atendimento da população atingida a partir de fontes alternativas cadastradas
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 42: Ações de Contingência - Evento de Paralisação da Estação Elevatória de Água Tratada.
Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso
Paralisação de Estação Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Elevatória de Água Tratada de Anormal
Pequeno Porte Realizar manobras na rede de distribuição para atendimento da área afetada
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Acionar a Concessionária de energia elétrica para reabilitação do fornecimento de energia elétrica se for o caso

Paralisação de Estação Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento


Elevatória de Água Tratada de Perigosa Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Grande Porte
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
Realizar manobras na rede de distribuição para atendimento de atividades essenciais
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Quadro 43: Ações de Contingência - Evento de Rompimento da Adutora de Água Tratada.

Evento de Emergência Situação Ação de Contingência


Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA

Realizar manobras na rede de distribuição para estanqueamento da adutora

Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA

Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento


Rompimento de Adutora de Comunicar órgão responsável pelo trânsito
Anormal
Água de Pequeno Porte
Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação

Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema

Executar reparos no trecho da tubulação danificada

Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento

Elaborar relatório de análise de situação emergencial

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Evento de Emergência Situação Ação de Contingência


Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA

Paralisação do sistema de distribuição abastecido pela adutora

Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA

Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento

Comunicar órgão responsável pelo trânsito

Solicitar ao órgão competente o isolamento da área, retirada de pessoas e sinalização adequada


Rompimento de Adutora de
Emergencial
Água de Grande Porte Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação

Realizar manobras na rede ou caminhão pipa para atendimento a atividades essenciais

Implementar rodízio de abastecimento se for o caso

Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema

Executar reparos no trecho da tubulação danificada

Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento

Elaborar relatório de análise de situação emergencial


Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

Quadro 44: Ações de Contingência - Evento de Problema na Infraestrutura Física de Reservatório.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA

Problema na Estrutura Física Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento


Anormal
de Reservatório Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos estruturais no reservatório
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela CESAMA
Realizar manobras de rede para atendimento de atividades essenciais

Desmoronamento de Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA


Emergencial
Reservatório Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela falta de água através de meios de comunicação
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 45: Ações de Contingência - Evento de Problema na Qualidade da Água Distribuída.


Evento de Emergência Situação Ação de Contingência
Identificação da situação pela CESAMA
Acionar equipe para identificar o fato gerador do problema de tratamento na ETA ou Poço em questão
Paralisar a operação da ETA ou do Poço até a conclusão das medidas saneadoras
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da CESAMA
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar a população atingida pela possível falta de água através de meios de comunicação
Qualidade da Água Distribuída
em Desacordo com a Portaria Realizar manobras de descarga de rede caso identificada a necessidade.
Emergencial
de Potabilidade do Ministério Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
da Saúde
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos se for o caso
Promover o controle e racionamento de água disponível nos reservatórios
Implementar rodízio de abastecimento se for o caso
Realizar manobras de rede ou utilização de caminhão pipa para atendimento de atividades essenciais.
Informar à população o retorno da normalidade no abastecimento
Elaborar relatório de análise de situação emergencial
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PRINCIPAIS EVENTOS DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO E SUAS ORIGENS

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Quadro 46: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações Perigosas para o Sistema de Esgotamento Sanitário

Evento Situação Plano de Ação de Emergência


Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
pequeno porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Reparo das instalações danificadas
Interrupção do funcionamento da estação de tratamento (ETE) de
Perigosa Utilização de caminhões limpa fossa, caso necessário
grande porte
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Rompimento das linhas de recalque Perigosa
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Executar reparos no trecho da tubulação danificada
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Lançamento do efluente tratado fora dos padrões de qualidade
exigidos pela legislação vigente (Resoluções CONAMA nº Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Perigosa
357/2005 e nº 430/2011 e Deliberação Normativa Conjunta Comunicar órgão municipal ambiental e/ou estadual e Vigilância Sanitária municipal
COPAM/CERH-MG nº 01/2008)
Solicitar ao órgão competente o isolamento da área e retirada de pessoas (caso necessário)
Comunicar e orientar a população atingida
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Quadro 47: Ações de Contingência no Caso da Ocorrência de Situações de Emergência para o Sistema de Esgotamento Sanitário

Evento Situação Plano de Ação de Emergência


Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar com a concessionária a disponibilidade de energia elétrica na rede
Extravasamento de Esgoto nas Estações Elevatórias Emergencial Se necessário, utilizar geradores de energia elétrica
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos eletromecânicos
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção para verificar o motivo
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Extravasamento de Esgoto nas Redes Coletoras (Poços de Visita) Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos (desobstrução)
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Informar à população o retorno da normalidade no sistema
Identificação da situação pela prestadora dos serviços (problema externo ou intradomiciliar)
Acionar emergencialmente a equipe de manutenção
Comunicar a diretoria e o setor de comunicação da prestadora dos serviços
Comunicar e orientar a população atingida
Verificar a disponibilidade de material necessário para a resolução do problema
Retorno de esgoto aos imóveis conectados à rede coletora Emergencial
Se necessário, utilizar caminhões do tipo limpa fossa
Executar reparos nas instalações danificadas e/ou troca de equipamentos
No caso de ligações irregulares de águas pluviais, notificar o usuário e instruir para regularização
Comunicar órgão responsável pelo trânsito (se necessário)
Comunicar a Agência Reguladora após a constatação do evento
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PRINCIPAIS EVENTOS DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA E SUAS ORIGENS

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

AÇÕES DE EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS PARA O SISTEMA DE DRENAGEM URBANA

Quadro 48: Ações de Emergência e Contingência – Sistema de Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas.
Evento Situação Ações de Emergência e Contingência
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal Avaliar o sistema de drenagem existente no local para verificação de sua capacidade;
Executar a limpeza e manutenção preventiva no local buscando evitar o agravamento do problema;
Sensibilizar a comunidade através de iniciativas de educação, evitando o lançamento de resíduos nas vias públicas e bocas de lobo.
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego para isolamento das vias atingidas e utilização de rotas alternativas;
Ocorrência de Comunicar a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil (SSPDC) para verificar os danos e riscos à população;
Alagamentos Perigo
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Executar a limpeza e manutenção emergencial corretiva no local buscando desobstruir bocas de bolo ou galerias;
Registrar o evento.
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Isolar vias atingidas e utilizar rotas alternativas de tráfego;
Emergencial Intensificação da comunicação com as comunidades afetadas;
Remoção e apoio às populações afetadas;
Realização dos serviços de recomposição das áreas afetadas.
Ocorrência de Colapso Comunicação à população para paralisação dos serviços;
na prestação dos Emergencial
serviços Contratação emergencial de serviço terceirizado, visando suprir imediatamente ou assim que possível o(s) serviço(s) impactados.
Alerta sobre a possibilidade de ocorrência de deslizamentos
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Comunicar as comunidades das áreas de risco a deslizamentos.
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Acionar dos procedimentos específicos pelo Plano de Emergência e Contingência para as áreas de risco a deslizamentos;
Acionar demais órgãos municipais para atuação em situação emergência conforme Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Perigo Realizar interdição de áreas afetadas e remoção da população das áreas de risco, se necessário;
Realizar interrupção parcial ou total do tráfego pelas áreas atingidas;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam estabilizar os taludes, encostas e deslizamentos (contenções emergenciais, se possível).
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas.
Ativar os procedimentos do Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Ocorrência de Promover resgates, se necessário, em áreas isoladas e/ou atingidas e; ou soterramentos;
Deslizamentos Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Realizar interdição de áreas afetadas e remoção da população atingida, se necessário;
Identificar bairros, domicílios atingidos e moradores que necessitam de abrigo;
Definir e organizar locais de abrigo temporário, de acordo com o os locais previamente indicados pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Comunicar a população local da localização dos abrigos;
Acionar os serviços emergenciais de assistência social;
Emergencial Conferir estabelecimento e transporte para os abrigos temporários;
Providenciar cadastramento de famílias e as áreas atingidas;
Acionar serviços de assistências médica, social e alimentar;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam estabilizar os taludes, encostas e deslizamentos (contenções emergenciais, se possível);
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas;
Acionar estados de alerta, emergência ou calamidade, se necessário;
Providenciar contratações emergenciais, se necessário (limpeza, remoção de entulhos, árvores, estabilização de infraestrutura, pessoal capacitado, veículos ou máquinas);
Elaborar relatório de análise de situação emergencial;

88
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Evento Situação Ações de Emergência e Contingência


Alertar sobre a possibilidade de ocorrência de chuva intensa;
Comunicar às autoridades de controle de tráfego;
Anormal
Comunicar as comunidades das áreas de risco a inundações;
Executar a limpeza e manutenção preventiva no local buscando evitar o agravamento do problema;
Comunicar a SSPDC para verificar os danos e riscos à população;
Alertar sobre a possibilidade de ocorrência de transbordamento da calha dos rios principais;
Acionar dos procedimentos específicos pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos para as áreas de risco a inundação;
Acionar demais órgãos municipais para atuação em situação emergência conforme Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos;
Perigo
Identificar bairros, domicílios atingidos e moradores que necessitam de abrigo;
Intensificar a comunicação com as comunidades afetadas;
Isolar o tráfego, utilizando rotas alternativas e apoio de campo para orientar a mobilidade urbana e os transportes;
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas.
Ocorrência de Eventos
Evacuar áreas de risco e áreas atingidas;
de Inundações e
Enchentes Definir e organizar locais de abrigo temporário, de acordo com o os locais previamente indicados pelo Plano de Contingência;
Promover assistência médica, social e alimentar à população atingida, incluindo remoção para abrigos provisórios, caso necessário;
Comunicar a população local da localização dos abrigos;
Promover resgates, se necessário, em áreas isoladas e/ou inundadas;
Conferir estabelecimento e transporte para os abrigos temporários;
Providenciar cadastramento de famílias e as áreas atingidas;
Emergencial Providenciar contratações emergenciais, se necessário (limpeza, remoção de entulhos, árvores, estabilização de infraestrutura);
Providenciar ações previstas pelo Plano de Contingência de Desastres Hidrogeológicos, segundo tipo e abrangência do evento;
Realizar manutenção emergencial nos locais que permitam favorecer o escoamento da água na bacia;
Realizar levantamento e monitoramento da situação de eventos de chuva para as próximas horas;
Acionamento da vigilância sanitária para auxílio na redução e monitoramento das doenças de veiculação hídrica;
Acionar estados de alerta, emergência ou calamidade, se necessário;
Elaborar relatório de análise de situação emergencial.
Identificar a situação pela Administração Municipal/Defesa Civil/Órgão Ambiental Municipal e Estadual;
Acionar órgãos ambientais e polícia ambiental, se necessário;
Anormal
Identificar tipo de poluente (químico, biológico, combustível, inflamável, etc.);
Comunicar a população local.
Identificar a situação pela Administração Municipal/Defesa Civil/Órgão Ambiental Municipal e Estadual;
Identificar empresa e/ou causa do acidente;
Acionar órgãos ambientais e polícia ambiental, se necessário;
Identificar tipo de poluente (químico, biológico, combustível, inflamável, etc.);
Perigo
Comunicar a população local;
Ocorrência de
Realizar interrupção parcial ou total do tráfego pela via atingida e/ou acesso ao curso de água à jusante;
Contaminação das
Acionar equipes de contenção da poluição no local, caso possível;
Águas
Providenciar ações previstas pelo órgão ambiental local/estadual e/ou defesa civil pelo tipo de contaminante.
Comunicar a população local;
Providenciar acionamento do responsável, caso atinja abastecimento local (rede de abastecimento de água);
Realizar manutenção emergencial no local buscando remoção do poluente, se possível;
Realizar remoção do lodo de fundo do canal e/ou curso de água destinando conforme legislação, no que couber;
Emergencial Providenciar ações previstas pelo órgão ambiental local/estadual e/ou defesa civil pelo tipo de contaminante;
Providenciar limpeza de margens e/ou áreas possivelmente atingidas;
Impedir atividades de pesca e/ou similares na área atingida à jusante;
Elaborar relatório de análise de situação emergencial.
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

89
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

10 TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO SISTEMA DE

INFORMAÇÃO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE JUIZ DE FORA

O Termo de Referência se pauta na definição dos instrumentos e ferramentas voltados ao


saneamento básico necessários ao gerenciamento do Sistema de Informação existente no
município, o SISURB, Sistema Municipal de Informação para o Desenvolvimento Territorial,
bem como à contratação de empresa especializada para realização do gerenciamento da
plataforma escolhida pela prefeitura para esta função.

O SISURB, foi criado pela Lei Complementar nº 82/2018, que institui o Plano Diretor
Participativo de Juiz de Fora (PDP/JF). Este tem por objetivo coletar e gerir dados e
OBJETIVOS
informações, organizar fluxos e procedimentos com vistas ao planejamento integrado do
território. Destaca-se que a denominação SISURB é uma proposta adotada neste Termo de
Possibilitar o conhecimento da
Referência, podendo sofrer alterações na sua consolidação. realidade municipal de forma
Criar uma base de informações contínua e sistemática, capaz de
georreferenciada, padronizada, subsidiar o processo de
Este Sistema Municipal de Informação deverá ser alimentado periodicamente com os dados atualizada e confiável no âmbito da planejamento e gestão
administração municipal de Juiz de democráticos, em especial a
característicos de cada um dos serviços de saneamento básico, ditos indicadores, prestados Fora elaboração, revisão e avaliação dos
à população do município de Juiz de Fora. A introdução de dados no sistema deverá resultados da implementação do
PSB-JF
acontecer de forma simples e direta, bem como a atualização desses itens no endereço
eletrônico a ser disponibilizado para tal.
DIRETRIZES
Ainda, a construção e o gerenciamento da plataforma correspondente ao Sistema Municipal
de Informação deverão ser compatibilizados ao Sistema de Informações Geográfica (SIG) da Adequação aos
softwares e aos
Prefeitura Municipal de Juiz de Fora. métodos de entrada de
dados utilizados pela
PJF
MÓDULO SANEAMENTO BÁSICO DO SISURB

O banco de dados de informações referente ao saneamento básico será um módulo do


SISURB. O fluxograma a seguir apresenta os módulos que poderão compreender o SISURB,
de acordo com PDP/JF, com destaque para o Módulo de Saneamento Básico, em que serão Adequação à Lei Geral Integração com os
de Proteção de Dados demais processos do
armazenados os dados obtidos na presente revisão do PSB-JF, bem como as demais Pessoais SISURB
informações relacionadas ao saneamento básico no município.

90
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

PRAZOS E PRODUTOS ESPERADOS

Quadro 49 apresenta cronograma das etapas de execução do Módulo de Saneamento


Básico, integrado ao SISURB, apresentando os produtos esperados e os seus respectivos
prazos.

Quadro 49: Cronograma das etapas de execução do Módulo de Saneamento Básico, integrado ao SISURB.

Meses
Etapas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12

1 – Elaboração de Plano de Trabalho com a empresa contratada para o gerenciamento do SISURB


a partir da plataforma utilizada pela prefeitura

2 – Levantamento de informações referentes às bases de dados de cada um dos serviços de


saneamento básico prestados no município pelas Secretarias envolvidas
3 – Compatibilização da plataforma com as ferramentas e bases de dados utilizadas no sistema da
Prefeitura de Juiz de Fora
4 – Integração das informações levantadas pelo Módulo Saneamento Básico com as demais bases
de dados que compreendem o SISURB
5 – Associação dos indicadores do PSB-JF aos indicadores do SNIS ou da SINISA, caso este
último já esteja em funcionamento, relacionando-os aos ODS
6 – Montagem de base cartográfica digital, estruturação da informação espacial para a
plataforma ArcGIS Enterprise ou outra plataforma utilizada pela prefeitura e montagem de dados
de georreferenciamento, de acordo com a à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei
Federal nº 13.709/2018, alterada pela Lei 13.853/2019)
7 – Definição de equipe específica responsável em cada Secretaria envolvida para o levantamento
contínuo de informações do SISURB
8 – Treinamento da equipe definida na etapa anterior

9 - Definição e estruturação do sítio eletrônico para apresentação dos resultados introduzidos no


ArcGIS Enterprise para consulta pública.

10 – Suporte técnico de administração do banco de dados, ao ambiente tecnológico do sistema


interno e externo aos usuários (*)
Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

11 MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA Figura 45: Indicadores de acompanhamento das metas do PSB-JF

INDICADORES DE ACOMPANHAMENTO

Os indicadores de desempenho no setor de saneamento básico são medidas quantitativas


de um aspecto particular do desempenho da entidade operadora e/ou do seu nível de serviço.
É um instrumento de apoio ao monitoramento da eficiência, eficácia e efetividade das ações
dos planos de saneamento básico.

Ao longo do Produto 7 foram apresentados os indicadores de acompanhamento e avaliação


do PSB-JF, bem como do desempenho na prestação dos serviços de saneamento,
organizados em dois grupos distintos:

• Metas - onde se avalia por meio de indicadores a devida execução das metas
estabelecidas no PSB/JF.
• SNIS – São os indicadores estabelecidos no Sistema Nacional de Informações sobre
o Saneamento, onde se avalia parâmetros operacionais de prestação dos serviços.

Todos os indicadores SNIS selecionados, e suas fórmulas de cálculo, podem ser visualizados
ao longo do Produto 7.

Na Figura 45 são apresentados indicadores de desempenho relacionados ao


acompanhamento das metas, definidas no Produto 3, para os serviços de abastecimento de
água, esgotamento sanitário e drenagem urbana e manejo das águas pluviais.

Fonte: Elaborado por AMPLA, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

COMPATIBILIZAÇÃO DAS METAS DO PSB COM OS OBJETIVOS DO


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Além dos objetivos do PSB-JF estarem em consonância com os anseios da Administração


Municipal e o Planejamento Plurianual municipal, realizou-se uma compatibilização para
demonstrar como as ações propostas no planejamento estratégico do PSB-JF auxiliam o
município no atendimento dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das
Organização das Nações Unidas (ONU). Estes visam erradicar a pobreza, proteger o meio
ambiente e o clima, além de garantir a paz e de prosperidade.

Nas Figuras 46 a 50 estão apresentados para cada ODS, as metas dos sistemas de
abastecimento de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, respectivamente, que de
forma direta ou indireta auxiliam no atendimento dos objetivos globais.

93
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 46: Ações do Sistema de Abastecimento de Água e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

94
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 47: Ações do Sistema de Abastecimento de Água e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Continuação).

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 48: Ações do Sistema de Esgotamento Sanitário e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 49: Ações do Sistema Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

97
Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

Figura 50: Ações do Sistema Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (Continuação).

Fonte: Elaborado por Ampla, 2022.

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Revisão do Plano de Saneamento Básico de Juiz de Fora – PSB/JF

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