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AGOSTO/2012
COORDENAÇÃO
Amanda F. G. Posenatto
CONSULTORES TEMÁTICOS
CREA: 210066471-9
CREA: 210468049-2
CREA: 210632671-8
Jéssica Domingos
Tecnóloga Ambiental
Arquiteta e Urbanista
Profissionais do Direito
CREA: 210145208-1
APOIO TÉCNICO
COMITÊ DE COORDENAÇÃO
Representante do Empresariado
COMITÊ EXECUTIVO
LISTA DE FIGURAS.........................................................................................................................12
LISTA DE TABELAS.........................................................................................................................14
LISTA DE QUADROS.......................................................................................................................15
APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................16
2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO...................................................................................................18
3.1. Localização.............................................................................................................................21
3.2. Geologia..................................................................................................................................24
3.3. Pedologia................................................................................................................................29
3.4. Vegetação...............................................................................................................................33
3.5. Clima........................................................................................................................................41
3.6. Hidrologia................................................................................................................................46
4. ASPECTOS SOCIOECONOMICOS.......................................................................................50
4.1. População...............................................................................................................................50
4.3. Economia................................................................................................................................56
4.4. Habitação................................................................................................................................68
5. SERVICOS PÚBLICOS............................................................................................................71
5.1. Educação................................................................................................................................71
5.2. Saúde......................................................................................................................................77
5.2.1.1. Diarréia............................................................................................................................78
5.3. Comunicação..........................................................................................................................82
5.4.2. Artesanato...........................................................................................................................82
5.7. Pavimentação.........................................................................................................................88
5.8. Transporte...............................................................................................................................88
7. ESTRUTURA FUNIDÁRIA.......................................................................................................99
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................101
FIGURA 14: Gráfico da Evolução da População nos Anos de 1980, 1991, 2000 e
2010.
Aspectos Socioeconômicos, Culturais, Ambientais e de Infraestrutura Pá gina 11
FIGURA 15: Gráfico da Pirâmide Etária do Município de Guamaré em 2010
FIGURA 19: Gráfico do Índice do Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte
e Guamaré (Dez/2000=100)
FIGURA 30: Foto Aérea de Baixa do Meio - Identificação do Traçado das Vias e
Formas de Ocupação do Território
LISTA DE TABELAS
TABELA 01. Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte e Guamaré 1999-
2008 (Em Mil Reais Dez/2000=100)
TABELA 03. Produto Interno Bruto Per Capita Rio Grande do Norte e Guamaré
1999-2009 (Dez/2000=100)
LISTA DE QUADROS
O setor de saneamento foi regulamentado, em 2007, pela Lei nº. 11.445 (Política
Nacional de Saneamento Básico) que estabeleceu as diretrizes nacionais para
prestação dos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem
urbana e manejo de águas pluviais e limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos.
O alcance dessa meta será atingida mediante o planejamento dos serviços, cabendo
aos municípios elaborarem seus planos de saneamento básico, instrumento que
traçará as diretrizes, objetivos, metas e ações para um horizonte de 20 anos, sendo
revisados a cada quatro.
2. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO
Após sua emancipação, Guamaré passou por uma longa fase de estruturação
administrativa, porém, a descoberta de petróleo na região litorânea e a localização
estratégica de seu porto passaram a trazer impactos ambientais, econômicos e
sociais, que ocasionaram uma brusca inserção de valores tecnológicos, sociais e
culturais, promovendo uma descaracterização na população local (CANDÉAS,
2010).
3.1. Localização
1
Evaporitos, formados pela precipitação de sais, quando a água se encontra saturada.
Formados por areias finas e grossas, com níveis de cascalho, associadas às praias
atuais, dunas móveis e planícies de deflação, encontrando-se os sedimentos bem
selecionados.
Por fim, o Perfil do Município do IDEMA (2000), faz uma correlação dos usos que
podem ser feitos segundo as potencialidades geológicas do município, ao se
associar alguns recursos minerais, como os descritos na sequência:
II − as áreas de afloramento das rochas calcárias, por vezes, são exploradas para
extração de pedras utilizadas em calçamentos de vias. Apesar de a atividade ser
considerada incipiente no contexto municipal, devem ser adotados critérios de
procedimento para evitar a degradação ambiental, estando à atividade sujeita ao
licenciamento ambiental;
3.3. Pedologia
Por fim, os Cambissolos com textura que varia de arenosa a argilosa, e de rasos a
profundos. Possuem uma alta fertilidade natural, rico em nutrientes para as plantas,
e PH que vai de neutro a alcalino. São originários a partir do calcário, e apresentam
cores geralmente amareladas, avermelhadas, acinzentadas e bruno-escuro.
Quando irrigados podem tornar-se bem produtivos com culturas de milho, feijão,
mamona e algodão ou servir para a fruticultura.
3.4. Vegetação
2
Fisionômico: na Ecologia significa o caráter dado a uma comunidade vegetal pela forma biológica de seus componentes; O
termo ainda pode ser sinônimo de feição, aspecto.
3
Relativo à ecologia, que trata da parte da biologia que estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente em que
vivem bem como as suas recíprocas influências.
De acordo com o Anuário Estatístico do Rio Grande do Norte (IDEMA, 2008), bem
como no Perfil do Município de Guamaré (IDEMA, 2009), foram identificados dois
tipos de formação vegetal em Guamaré: Caatinga Hipoxerófila (arbustivo-arbórea) e
Formação de Praias e Dunas.
Para o caso específico do Rio Grande do Norte, foi identificada uma área
desmatada, entre o período comentado, de 1.142 km², indicando que os municípios
de Mossoró e Touros foram os que mais tiveram a supressão de vegetação. Antes
disso, já havia sido registrado um desmatamento de 21.418 km². Ou seja, isso
representa o desmatamento do Bioma Caatinga nos limites territoriais do RN, em
quase 50%, já que a área total de caatinga no Estado estende-se por 49.402 km².
Algumas estratégias que têm sido posta em pauta para o uso sustentável do bioma,
são: desenvolver a educação ambiental, ampliar o ecoturismo, reforçar o papel das
unidades de conservação e, instituição das áreas de reserva legal, este último,
sendo extremamente importante de aplicação em Guamaré, em decorrência da
expansão de atividades, como parques eólicos em extensas faixas de terra, que
exige supressão vegetal, não ficando dispensada a implantação de possíveis áreas
de proteção, onde a vegetação esteja significativamente conservada, além da
implantação da educação ambiental para a população.
3.5. Clima
QUADRO 02: Média da precipitação acumulada (mm) entre 1961 a 2010 na estação de Macau, por
trimestre.
Trimestre Média
jan-fev-mar 215
fev-mar-abr 344
mar-abr-mai 380
abr-mai-jun 297
mai-jun-jul 161
jun-jul-ago 72
jul-ago-set 47
ago-set-out 14
set-out-nov 8
out-nov-dez 12
nov-dez-jan 39
dez-jan-fev 86
Fonte: INMET
Adaptado por: Start Pesquisa e Consultoria Técnica, 2012.
Nota-se, desse modo, que o período que registra menores índices médios
pluviométricos na região na qual Guamaré está inserida é aquele entre os meses de
3.6. Hidrologia
Alguns desses rios e riachos perdem parte de seu volume de água superficial em
decorrência da evapotranspiração ou infiltração nas áreas arenosas (Figura 12). No
período chuvoso, por sua vez, estes cursos passam a aumentar a sua vazão, bem
como sua extensão em relação às margens, ficando as áreas do entorno sujeitas a
inundações.
FIGURA 12: Vista Parcial Da Cidade De Guamaré E Entorno, Mostrando Parte Dos Recursos
Hídricos Do Município.
Fonte: Prefeitura Municipal, 2004.
FIGURA 13: Qualidade das Águas Subterrâneas em Guamaré Conforme a Situação do Poço.
Fonte: Plano Diretor Participativo de Guamaré (Leitura da Cidade e do Território), 2011.
4. ASPECTOS SOCIOECONOMICOS
4.1. População
4.1.1. Evolução
4
População absoluta é o total de habitantes de um determinado local, que pode indicar se o mesmo é
populoso ou não.
Aspectos Socioeconômicos, Culturais, Ambientais e de Infraestrutura Pá gina 50
4.1.2. Estrutura etária da população
Área
No ano 2000, a maioria dos moradores do município (55,84%), estava na zona rural,
enquanto que a minoria (44,16%) da população pertencia ao perímetro urbano. No
ano de 2010, de acordo com o IBGE, houve um salto quantitativo de
aproximadamente 10% dessa população elevando o percentual da população rural
para 64,48% do total de habitantes do município. Atualmente, a população do
Município de Guamaré apresenta-se de forma majoritariamente rural, conforme
representa a Figura X abaixo:
FIGURA 16. Gráfico da Distribuição da População por Zona do Município de Guamaré em 2010
Fonte: IBGE, 2010.
Organização: Start Pesquisa e Consultoria Técnica, 2011.
[...] parte do pressuposto de que para aferir o avanço de uma população não se
deve considerar apenas a dimensão econômica, mas também outras características
sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.
4.3. Economia
TABELA 01. Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte e Guamaré 1999-2008 (Em Mil Reais
Dez/2000=100)
FIGURA 19. Gráfico do Índice do Produto Interno Bruto do Rio Grande do Norte e Guamaré
(Dez/2000=100)
Elaboração Start Pesquisa e Consultoria Técnica (2011).
A questão é saber qual o setor da economia de Guamaré que mais impulsiona o seu
desempenho. Para responder esta questão é importante analisar a participação
relativa dos grandes setores da economia no valor adicionado bruto.
Diante disso, restam os serviços como um dos setores da economia local mais
significativo, compondo a atividade econômica que elevou expressivamente a sua
participação relativa no valor adicionado do município.
No que diz respeito às lavouras temporárias, tanto a área plantada quanto o valor da
produção representam menos de meio por cento da área plantada assim como do
valor da produção do estado. As lavouras permanentes não apresentam relevância,
nem do ponto de vista da área plantada nem do valor da produção.
4.4. Habitação
A especulação imobiliária causada pela grande procura de imóveis para locação, por
parte dos trabalhadores do parque industrial de Guamaré, sobretudo, na sede do
município, vem causando um fenômeno de migração da população local para as
áreas rurais do município. Isso ocorre, porque o preço médio dos aluguéis cobrados
está muito acima da média cobrada pelos municípios vizinhos, o que inviabiliza a
moradia para os munícipes, que possuem renda média em torno de um salário
mínimo. Além disso, vem proliferando a quantidade de edificações irregulares e de
habitações utilizadas como meio de hospedagem para esse público.
Ressalta-se que não foi identificada a oferta de programas sociais que apresentem
relação direta com as questões do saneamento básico, como incentivo à construção
de banheiros.
De modo geral, verifica-se que a oferta dos serviços públicos, bem como a
infraestrutura não acompanharam o desenvolvimento econômico do município, tanto
em termos de quantidade como de qualidade. Além disso, ressalta-se que a maioria
desses serviços concentra-se na Sede e em Baixa do Meio.
5.1. Educação
Escola Mun. Francisco Maciel de Assis Santa Maria III Ed. Infantil e
Pública
Fundamental I e II
Rede
Fundamental I
Arca do Saber Sede Ed. Infantil
Coração Valente Sede Ed. Infantil
Total - 4 a 17
0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos
anos
TABELA 08: Pessoas De 5 Anos Ou Mais De Idade Alfabetizadas Segundo Grupos De Idade
5.2. Saúde
Verifica-se que o distrito de Baixa do Meio é contemplado por dois PSF’s, cujas
equipes atendem no mesmo posto de saúde.
O município possui também hospital, situado na sede, equipado com 32 (trinta e
dois) leitos. No distrito de Baixa do Meio, encontra-se uma unidade mista de saúde
que oferece tanto o serviço de consulta quanto de urgência, para o qual possui
apenas 03 (três) leitos de observação.
Além da rede pública de saúde, existem no município 02 (duas) clínicas médicas
particulares para atendimento em geral.
Verifica-se que o ano de 2012, até o mês de junho, já apresenta 478 casos de
diarreia a mais do total do ano de 2009, que inclusive foi o que apresentou menor
quantidade de notificações. Destaca-se ainda o ano de 2010, quando se registrou o
maior número de notificações.
Tais doenças possuem relação com o saneamento básico haja vista que a
transmissão do vírus da dengue se deve a deficiências na gestão dos resíduos
sólidos e da limpeza urbana, e a proliferação das hepatites virais é decorrente do
uso de água imprópria para consumo.
De acordo com a Figura 23, pode-se notar a evolução nas notificações dos casos
das doenças acima referenciadas, entre os anos de 2009 e 2012:
FIGURA 24: Porcentagem De Crianças De Até Dois Anos Desnutridas, Atendidas Nas Unidades
De Saúde, Entre 2009 E 2012*
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de Guamaré
*os dados de 2012 são referentes até o mês de junho
Pré-natal
Hiperdia
Programa de Imunização
Hanseníase
Tuberculose
Saúde do Idoso
Saúde do adolescente
Saúde do trabalhador
Atividade física
Nota-se a partir do quadro 07, que não há nenhum programa de saúde diretamente
voltado para prevenção, controle e tratamento das doenças de veiculação hídrica, ou
relacionadas diretamente à ausência ou deficiência na infraestrutura de saneamento
básico (abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e limpeza
urbana).
No tocante às emissoras de televisão, além dos canais abertos, tem-se como opção
a televisão por assinatura pela SKY e Embratel.
5.4.2. Artesanato
O principal objetivo deste item é avaliar se os recursos e atrativos que podem ser
identificados como patrimônio histórico e cultural do município de Guamaré
apresentam a infraestrutura de saneamento adequada.
Carnaval
Paixão de Cristo
Emancipação Política
Associações
A APAC, que atende pessoas que cumprem regime semiaberto, e a APAD, que
ampara dependentes químicos, ambas realizam atividades ligadas ao
reaproveitamento de materiais recicláveis, praticando o artesanato e valorizando a
prática da coleta seletiva, contribuindo para uma destinação adequada dos resíduos
sólidos.
Cumpre ressaltar que algumas áreas periféricas da Sede municipal ainda não
dispõem de energia elétrica, como os barracos localizados às margens do rio do
Miassaba, próximo ao antigo heliporto.
5.7. Pavimentação
5.8. Transporte
5
É a faixa contida na zona costeira, de largura variável, compreendendo uma porção marítima e outra terrestre, caracterizada
pela interface entre a terra e o mar.
Baseado nos tipos de tecido urbano definido por Cândido Malta Campos Filho
(2003), o espaço urbano de Guamaré pode ser classificado em quatro tipos. O
primeiro tipo surge e se desenvolve de maneira isolada, usualmente na periferia do
espaço urbano, em virtude da ausência de planejamento, em áreas ambientalmente
frágeis, como pode ser visto, por exemplo, nos assentamentos informais, como o de
Santa Maria.
Por fim, o quarto tipo que se caracteriza por áreas que ao longo do tempo se
tornaram centrais, em geral, uma centralidade provocada pelo crescimento
demográfico de áreas adjacentes e por um processo de adensamento urbano
produzido pela própria área, ou pela formação dos dois processos, onde um
fortalece o outro. Este é o caso identificado na Sede do Município e na comunidade
de Baixa do Meio.
De acordo com Vicente Del Rio (1991), “o parcelamento, assim como o traçado
viário, são os ordenadores do espaço, estrutura fundiária, relações, distâncias,
circulação e acessibilidade etc.” da cidade.
FIGURA 30. Foto Aérea de Baixa do Meio - Identificação do Traçado das Vias e Formas de
Ocupação do Território
Fonte: Google Maps, 2006.
Na Zona Rural, de acordo com visita de campo, esta apresenta dois tipos de
traçados: o primeiro é espontâneo, encontrado principalmente nas comunidades
rurais e nas ocupações informais da área de expansão; e um segundo tipo é o
formal, dos lotes regulares e quarteirões do tipo quadrangular e retangular alongado,
encontrados, sobretudo, nos conjuntos habitacionais, nos assentamentos rurais
oficiais, e nas áreas de expansão. (Ver Figura Abaixo)
7. ESTRUTURA FUNIDÁRIA
De acordo com o mapa da SPU que demarca a linha de preamar de 1833, incluindo
a parte acrescida de marinha que soma 33,00m, boa parte das áreas próprias para
edificações, no município, está dentro deste limite. No entanto, a Igreja através da
paróquia de Nossa Sra. da Conceição também reivindica a propriedade dessas
terras que se sobrepõem a área citada anteriormente, gerando um problema
fundiário que caracteriza o acesso a terra no município, há bastante tempo.
Ressalta-se que em boa parte das comunidades que se formou ao longo do tempo
no município, os proprietários não possuem documentação legal do seu imóvel,
evidenciando, portanto, que os problemas fundiários se estendem, por todo o
território municipal. A situação fica mais grave, na faixa costeira do município, com a
ocupação da orla pela atividade pesqueira, envolvendo questões ambientais e de
subsistência de seus ocupantes, que na maioria são pescadores, que fazem uso da
área, como depósito de material para a pesca.
REFERÊNCIAS
CANDÉAS, M. J. Guamaré ontem e hoje: apontamentos para sua história. Natal: Ed.
do autor, 2010.